Psicoterapia Analítico-Comportamental
Transcrição
Psicoterapia Analítico-Comportamental
16/06/2015 PSICOTERAPIAS 1 ONDA 1950: Joseph Wolpe – África do Sul – dessenssibilização sistemática para fobias e outros distúrbios de ansiedade Contracondicionamento Psicoterapia AnalíticoComportamental Larissa Botelho Gaça Terapeuta Cognitivo-Comportamental/ Neuropsicóloga PSICOTERAPIAS 1 ONDA Ogden Lindslay – USA – técnicas operantes no trabalho com pacientes esquizofrênicos PSICOTERAPIAS 1 ONDA Hans Eysenck – Inglaterra 1952: artigo de revisão no qual concluiu que a eficácia da psicanálise era a mesma que nenhum tratamento The effects of psychotherapy: an evaluation. Eysenck, H. J. Journal of Consulting Psychology, Vol 16(5), Oct 1952, 319324.http://dx.doi.org/10.1037/h0063633 PSICOTERAPIAS 1 ONDA Observação de aspectos observáveis e mensuráveis do comportamento Críticas: não é possível realizar um trabalho eficiente ignorando-se a subjetividade do paciente PSICOTERAPIAS 2 ONDA Aaron Beck – USA 1970: Terapia cognitiva: depressão REVOLUÇÃO COGNITIVA 1 16/06/2015 PSICOTERAPIAS 3 ONDA “Fundamentada em uma abordagem centrada no princípio empírico, a terceira onda da terapia comportamental e cognitiva é particularmente sensível ao contexto e funções de fenômenos psicológicos, não apenas a sua forma, e assim tende a enfatizar estratégias contextuais e experenciais de mudança, além de outras mais diretas e didáticas. Estes tratamentos tendem a buscar a construção de repertórios amplos, flexíveis e eficazes ao longo de uma abordagem de problemas estritamente definida, e para enfatizar a relevância das questões a serem examinadas para os clínicos bem como os clientes. A terceira onda reformula e sintetiza as gerações anteriores de terapia comportamental e cognitiva e leva-os a frente nestas questões, problemas e domínios anteriormente endereçados principalmente por outras tradições, na esperança de melhorar tanto o entendimento quanto os resultados.” Hayes, 2004. PSICOTERAPIAS 3 ONDA Terapia de Aceitação e Compromisso - ACT – Hayes, 1999 Terapia Comportamental Dialética – DBT – Linehan, 1993 Sistema de Análise Cognitivo-Comportamental da Psicoterapia – CBASP – McCullough, 2000 Psicoterapia Analítico-Funcional – FAP, Kohlenberg & Tsai, 1991 Terapia Comportamental Integrativa de Casais – IBCT – Jacobson e Christensen, 1996 Mindfulness baseada em Terapia Cognitiva – Segal, Williams & Teasdale, 2002 Terapia por Contingências de Reforçamento – Guilhardi, 2004 ANÁLISE FUNCIONAL Baseado na seleção por consequências Identificação de relações ambiente-comportamento decorrentes da história ambiental dos indivíduos e com o planejamento de uma intervenção baseada naquela identificação PSICOTERAPIAS 3 ONDA • Características: Mindfulness Aceitação Valores de vida do paciente Relacionamentos Relação terapeuta-cliente PSICOTERAPIAS 3 ONDA Terapia de Aceitação e Compromisso - ACT – Hayes, 1999 Terapia Comportamental Dialética – DBT – Linehan, 1993 Sistema de Análise Cognitivo-Comportamental da Psicoterapia – CBASP – McCullough, 2000 Psicoterapia Analítico-Funcional – FAP, Kohlenberg & Tsai, 1991 Terapia Comportamental Integrativa de Casais – IBCT – Jacobson e Christensen, 1996 Mindfulness baseada em Terapia Cognitiva – Segal, Williams & Teasdale, 2002 Terapia por Contingências de Reforçamento – Guilhardi, 2004 ANÁLISE FUNCIONAL Importância nas variáveis das quais o comportamento é função, considerando o histórico e manutenção, ao invés da topografia do comportamento 2 16/06/2015 ANÁLISE FUNCIONAL Externalismo como recorte de análise: considera-se variáveis biológicas e eventos privados, mas o alcance da intervenção normalmente se dá no nível de comportamentos externalizados ANÁLISE FUNCIONAL Recurso explicativo de que se serve a análise do comportamento e também como estratégia ou método de intervenção em terapias comportamentais ANÁLISE FUNCIONAL Não se faz generalizações e replicações da análise funcional, considerando-se a complexidade das relações comportamentais Terapia Comportamental Dialética – DBT – Linehan, 1993 Conceitos de TCC Treino de Habilidades Sociais e emocionais Inicialmente para mulheres com TP Borderline, e depois ansiedade, bipolar, TA e outros Objetivos Eficácia interpessoal Regulação Emocional – treino de atenção plena Tolerância ao Estresse Autocontrole Linehan, M. M. (1993). Cognitive-Behavioral Treatment of Borderline Personality Disorder. New York: Guilford Press. Sistema de Análise Cognitivo-Comportamental da Psicoterapia – CBASP – McCullough, 2000 Desenvolvida inicialmente para tratar distimia Relação terapêutica é o principal eixo a ser trabalhado Objetivos: Terapia Comportamental Integrativa de Casais – IBCT – Jacobson e Christensen, 1996 Aceitação emocional Terapia comportamental orientada à mudanças Verifica-se a capacidade de cada um em colaborar Base teórica da psicologia comportamental Restrabelecer conexões interpessoais Aprender estilos de enfrentamento novos e adaptativos Torna o paciente consciente de sua função no ambiente Jacobson, N. S. & Christensen, A. (1996). Acceptance and change in couple therapy. New York: Norton. 3 16/06/2015 Mindfulness baseada em Terapia Cognitiva – Segal, Williams & Teasdale, 2002 Origem nas práticas orientais de meditação Atenção plena: concentração no momento atual, sem julgamento Sem julgar: aceitar pensamentos, sensações e sentimentos como legítimos Andar no “piloto automático” promove modos rígidos e limitados de reagir no ambiente atual Terapia de Aceitação e Compromisso - ACT – Hayes, 1999 Associa processos de aceitação e atenção a processos de compromisso e mudança de comportamento para a criação de uma flexibilidade psicológica Baseada na Teoria do Quadro Relacional (Hayes, 2001) Relacionar: responder a um evento por meio de outro Segal, Z. V., Williams, J. M. G., & Teasdale, J. T. (2001). Mindfulness-based cognitive therapy for depression: A new approach to preventing relapse. New York: Guilford Press. Terapia de Aceitação e Compromisso - ACT – Hayes, 1999 ACT ACT Emoções “negativas”: são verbalmente previstas, avaliadas e evitadas Sentir-se bem e evitar a dor é culturalmente muito reforçado Quanto mais se busca evitar, maior a magnitude das “sensações negativas” ACT Intervenção ACEITAÇÃO Envolvimento ativo e consciente dos eventos pessoais sem tentativas desnecessárias de mudar sua freqüência ou forma, uma vez que tal empreendimento causaria danos psicológicos Ex.: ansiedade, dor. 4 16/06/2015 ACT Intervenção ACT Intervenção DESFUSÃO COGNITIVA Mudar amaneira que o indivíduo interage e se relaciona com os pensamentos através da criação de contextos nos quais as funções nocivas são diminuídas Ex.: um pensamento observado sem envolvimento emocional e repetido até que se torne apenas um som. ACT Intervenção ESTAR PRESENTE Linguagem mais como uma ferramenta para a anotação e descrição de eventos do que como instrumento para a previsão e julgamento destes Ex.: não julgar ou atribuir valor a eventos íntimos (pensamentos, sentimentos) ACT Intervenção EU COMO CONTEXTO Estar consciente de seu fluxo de experiências vinculando-se a ele Ex.: conscientização, metáforas e processos experenciais VALORES Qualidades escolhidas que não podem ser definidas como objetos e sim como exemplos a serem alcançados Estimula valores consistentes e não processos de verbalização que possam levar a escolhas baseadas na evitação ou conivência social Ex.: na família, carreira profissional e etc https://www.youtube.com/watch?v=D3lAVOMUWc4 O convidado indesejado ACT Intervenção Psicoterapia Analítico-Funcional – FAP, Kohlenberg & Tsai, 1987 AÇÃO E COMPROMISSO Semelhante a terapia comportamental tradicional, mas lida com as barreiras psicológicas das mudanças com as técnicas descritas anteriormente A partir da 2 onda, necessidade de construir uma relação terapêutica de natureza colaborativa, uma vez que esse é o contexto mais propício a uma terapia produtiva (Shinohara, 2000) Ex.: objetivos concretos e consistentes com valores podem ser alcançados com experimentos de curto, médio e longo prazo Relação terapeuta-cliente no processo de mudança terapêutica como proposta sistematizada Comportamentos ocorridos durante a sessão são classificados a fim de apontar classes funcionais constituídas dos problemas do cliente Hayes, Pistorello e Biglan, 2008. 5 16/06/2015 FAP FAP Comportamentos Clinicamente Relevantes (CCR) – comptos-alvo na terapia CCR1 - comportamentos problemáticos que devem ser enfraquecidos ao longo da terapia uma vez que impossibilitam a ocorrência de repertórios efetivos FAP CCR2 - comportamentos que fazem parte do progresso do cliente ocorrido nas sessões de terapia, e que apresentam uma baixa probabilidade de ocorrerem no início do tratamento CCR3 - interpretações que o próprio cliente faz de seu comportamento em relação ao terapeuta ou à situação terapêutica FAP Terapeuta observa CCR, constrói ambiente terapêutico favorável à evocação de CCR, reforça os progressos, observa os efeitos potenciais do seu próprio comportamento em relação aos CCR do cliente e fornece interpretações de variáveis que afetam o comportamento do cliente (Kohlenberg & Tsai, 2001) O que diferencia a relação terapêutica das relações do dia a dia é a audiência não punitiva, pois o terapeuta compreende os comportamentos do cliente sem julgá-lo TERAPIA POR CONTINGÊNCIAS DE REFORÇAMENTO – GUILHARDI, 2004 FAP Esse contexto emocional afeta a relação terapêutica. A conscientização, a aceitação e, por que não?, o compartilhar dessas emoções com os clientes viabilizam um processo de determinação recíproca, no qual terapeuta e cliente são mutuamente tocados pelos efeitos da interação e possibilitam uma aceitação genuína, ao mesmo tempo mobilizando movimentos de inquietude e busca pela mudança e pelo saber frente ao inusitado.¨” Importância das contingências de reforçamento, maior do que comportamentos e sentimentos. Ou seja, de quais variáveis o comportamento é função? Comportamentos são função da interação entre história genética, história de contingência de reforçamentos e reforçamentos atuais O significado não está na ação em si, e sim no que o determina Braga e Vandenberghe, 2006. *Ver exemplos de Abrangência e Função 6 16/06/2015 TERAPIA POR CONTINGÊNCIAS DE REFORÇAMENTO – GUILHARDI, 2004 Exercício – Caso Ana Tríplice contingência: ANTECEDENTE – RESPOSTA – CONSEQUÊNCIA Vídeo: conceito contingência tríplice 7
Documentos relacionados
Esquiva experiencial do cliente no grupo terapêutico e promoção de
vivenciar aquilo que é inescapável: seus sentimentos, sensações e pensamentos ruins, produtos de contingências reais da vida. Não é o terapeuta que, deliberadamente, constrói na sessão experiências...
Leia maisterapias contextuais
prática e psicoterápica do condicionamento clássico e a aprendizagem operante. A Segunda Geração emprega tanto técnicas comportamentais quanto cognitivas através da reestruturação cognitiva (crença...
Leia mais