Melhoria na eficiência que exige mais investimentos

Transcrição

Melhoria na eficiência que exige mais investimentos
Fala, Presidente
Com a palavra, Borghi
Pág. 2
Safra 2013/2014
A única certeza são as
incertezas
Pág. 3
Seguro Agrícola
Se quiser receber,
não vacile
Pág. 4
Plantio Direto
Agricultura de precisão
Melhoria na eficiência
que exige mais
investimentos
A técnica contribui para serem evitados desperdícios em insumos
por respeitar as características – e necessidades – de cada parte
da propriedade. São, porém, indispensáveis investimentos em
equipamentos e conhecimentos.
Págs. 8 e 9
Que tal uma avaliação?
Pág. 6
Manejo Integrado
Opção inteligente
para gastar menos e
preservar mais
Págs. 14 e 15
2
Quando as dificuldades são terríveis os
desafios se tornam apaixonantes”. Dom Hélder Câmara
Editorial
Fala, presidente...
Nossa missão, além de representar
e defender nossos produtores rurais,
é contribuir para que o setor se fortaleça, cresça com solidez e, acima de
tudo, tenha seus legítimos direitos
respeitados. Também pautamos para
a disseminação de informações seguras e confiáveis para a correta tomada
de decisões em todas as áreas da
atividade agropecuária.
Nesta edição, espaço para uma visão crítica da técnica do plantio direto.
Depois de mais de 30 anos – é oportuno o momento para uma reanálise
e avaliação, tal como na vida, são necessários ajustes para a continuidade
de uma caminhada saudável.
Caminhada saudável, mas com
modernidade e exigências de uma atividade mais competitiva é o que nos
direciona a atualíssima agricultura de
precisão. Sempre lembrando que cada
vez mais é indispensável ser preciso
nas decisões, operações em todas
as fases da nossa atividade, pois isso
nos levará ao menor desperdício, de
insumos, serviços e recursos.
Conforme diz o jargão jurídico, o
Direito não socorre aqueles que dormem. Por isso que, sempre atentos,
inserimos matéria sobre o Novo Código Florestal e a averbação da reserva
legal, sempre contando com o apoio
e conhecimento dos nossos parceiros.
De olho na segurança de nossas
famílias rurais e na preservação do
patrimônio, a presente edição orienta
sobre cuidados para reduzir o risco de
assaltos, roubos e furtos na propriedade rural. Não dá pra vacilar pois relatos
de nossos associados que já passaram
por traumática experiência revelam
a dor e o trauma de estarmos impotentes diante de armas e ameaças de
morte em nossa propriedade.
Se não podemos nos descuidar das
ações em nossas atividades agropecuárias, adotando técnicas modernas, e
sermos vigilantes na preservação do
patrimônio familiar, existe outro bem
que merece atenção especial: nosso
bem estar. E isto passa pela saúde da
mente e de um olhar positivo sobre a
vida mesmo diante de cenários nada
agradáveis. Nesta edição, dicas para
o cultivo de pensamentos positivos
que, no fundo, contribuem para o
satisfatório desempenho de nossas
atividades e melhoram nossos relacionamentos interpessoais e, acima
Edição especial – setembro/2013
Produção e Edição
jornalista Luiz Carlos Rizzo
Assistente de produção: Cristina Barbosa
Repórter: Kaique Augusto
Editoração: Andréa Tragueta
Coordenação geral: Valdecir Mokwa e
Alessandro Carreira
Revisão Final: Ivoneti Catharina Rigon Bastiani
E-mail: [email protected]
Impressão: O Diário do Norte do Paraná
Fotos: Arquivo Sindicato, Divulgação e
Agência Estadual de Notícias
Tiragem: 3.000 exemplares
DIRETORIA DO SINDICATO
RURAL DE MARINGÁ
GESTÃO 2010/2013
EFETIVOS
de tudo, familiares.
Pra finalizar, que tal a seguinte
reflexão do poeta lusitano Fernando
Pessoa que vale para todas – absolutamente todas – as áreas de nossas vidas:
“Espere o melhor. Prepare-se para
o pior”
Forte e solidário abraço,
presidente José Antônio Borghi
novidade
Como renegociar dívidas rurais
Produtores que não conseguiram pagar
os financiamentos por frustração de safra
decorrentes de problemas climáticos e sem
acesso ao Proagro e Seguro Rural devem
pedir a renegociação dos débitos
Produtores rurais que não tiveram acesso
ao Proagro e Seguro Rural e que tiveram
prejuízos em suas lavouras em função do
excesso de chuvas, de geadas e que não poderão liquidar suas parcelas de financiamentos
em 2013 por incapacidade de pagamento,
podem renegociar suas operações de crédito
rural oficial, conforme o disposto no Manual
do Crédito Rural (MCR) no capitulo 2 seção
6.
Segundo o MCR 2-6-9, independentemente de consulta ao Banco Central, é
devida a prorrogação da dívida, aos mesmos
encargos financeiros antes pactuados no instrumento de crédito, desde que se comprove
incapacidade de pagamento ao mutuário,
em consequência de:
A) Dificuldade de comercialização dos
produtos.
B) Frustração de safras, por fatores adversos.
C) Eventuais ocorrências prejudiciais ao
desenvolvimento das explorações.
Não importa se a dívida originária é de
custeio de safras anteriores que foi parcelada ou da safra atual. Vale ressaltar que os
agentes financeiros calculam toda a renda
proveniente da venda da produção obtida e
de seguros em caso de perdas e esses valores
são amortizados nos financiamentos.
O produtor deve estar atento às consequências da renegociação, pois a prorrogação
pode impedir o acesso a novos financiamentos por conta do aumento do risco no
agente financeiro. Lembrando que algumas
operações também tem limite no número de
vezes a ser renegociada.
A prorrogação pode ser realizada, no caso
de custeios, em até 5 anos. Para protocolar os
pedidos de prorrogação, recomenda-se que
seja feito com antecedência de pelo menos 15
dias em relação ao vencimento da operação,
com laudo técnico assinado por assistente
técnico e um quadro de capacidade de pagamento mostrando receitas e custos da safra.
Protocolar sempre o pedido em duas vias,
guardando a via que foi protocolada com
recebido do gerente.
Caso o gerente se negue a receber, o produtor deve fazer a entrega do documento
utilizando os serviços do cartório de títulos
e documentos (três vias de igual teor e datadas).
FAEP
Presidente:
José Antônio Borghi
1º Vice-Presidente
Antônio de Souza Gomes Neto
2º Vice-Presidente
Júlio Azevedo da Rocha
3º Vice-Presidente
João Batista Versari
Secretária
Hasue Komura Ito
2º SecretáriO
Milton Fujii
Tesoureiro
Marco Bruschi Neto
2º Tesoureiro
Ivaldo de Oliveira
Conselho Fiscal
Antonio Carlos Marcolli
Ivoneti Catharina Rigon Bastiani
Ivaldo Meneguette
Suplentes da diretoria
1º. Élio Ramos
2º. Carlos Amarildo Polotto
3º. Walter Garcia de Oliveira
4º. João Pedro Volpato
5º. Antonio Molonha
6º. Valdemir Dolfini
7º. João Aparecido Bortolasci
8º. José Carlos Visioli
Suplentes do conselho fiscal
Luiz Carlos Dias
Antonio Campagnoli
Sidney Meneguetti
Delegado Representante
José Antônio Borghi
Suplentes de delegado
Ágide Meneguette
Retribua bondade ao ódio. Não se irrite e não brigue com seus semelhantes. O homem sábio está
sempre livre da ira Taoísmo
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Incertezas. Assim será a comercialização de 2013/2014
Apertem os cintos, recomendam os consultores de
mercado. Os preços da soja e do milho que serão colhidos em 2014 podem descer ladeira abaixo
Para quem está no campo, a safra 2013/2014, que
começa a ser plantada no segundo semestre do ano, já
está no radar. Ao produtor, interessa o que pode acontecer daqui para a frente. O atual cenário não é dos mais
confiáveis para muitos agricultores.
Para Glauber Silveira, presidente da Associação dos
Produtores de Soja (Aprosoja), não é somente a posição
das tradings que está gerando incertezas em relação à
próxima safra. De acordo com a análise da entidade, os
produtores também têm evitado fechar negócios que
envolvam a troca de soja por insumos. A preferência
é por assumir a dívida pelos produtos necessários ao
cultivo da lavoura e esperar que a oleaginosa suba de
preço no futuro.
Soja: tendências do mercado
“Há um conjunto de elementos que se somam”, diz
Silveira. Entre eles, também estão as dificuldades de
logística, que devem se acentuar, e os preços internacionais pressionados para o primeiro semestre de 2014,
situação que não ocorreu no mesmo período neste ano.
Por isso, entre os produtores, o ambiente é de cautela e
preocupação com o que vai ocorrer nos próximos meses
nos mercados da soja e do milho.
No início de maio, na Bolsa de Chicago, nos Estados
Unidos, a grande responsável pelas oscilações mundiais
da oleaginosa, a diferença de preços entre o contrato
spot (para pagamento e entrega posterior) e os vencimentos do primeiro semestre de 2014 desencorajava as
vendas antecipadas da próxima safra brasileira de grãos.
Segundo análise da consultoria Safras & Mercado, as
vendas antecipadas, realizadas até o mês passado, não
passavam de 1% do total previsto para a próxima colheita, que deve ficar acima de 82 milhões de toneladas.
Em 2012, nesta época, esse índice era de 14%. Com base
nas últimas cinco safras, segundo a consultoria, a média
para os primeiros cinco meses do ano é de 4% de hedge
da colheita futura.
Para o consultor André Pessoa, da Agroconsult, a
tendência para a soja no mercado internacional é de
preços descendo a ladeira nos próximos dois a três anos,
independentemente das decisões de compra e venda
dos produtores. Ele prevê, para a safra 2013/2014, uma
cotação de US$ 26,40 a saca de 60 quilos no mercado
Milho: cotações voláteis
Para o milho, ao contrário da soja, que tem um cenário
previsível, a volatilidade dos preços deve predominar nos
próximos anos. Segundo Pessoa, a atual cotação internacional não é má, mas a logística deficiente no Brasil atrapalha o planejamento da venda da safra. Em maio, a cotação
em Chicago era de US$ 17,60 a saca, e para setembro está
em US$ 11. “Mas, como o custo no Brasil compromete a
concorrência com outros mercados, o produtor pode ter
prejuízo na safra 2013/2014”, diz Pessoa.
Silveira acredita que o produtor está pagando por ser
eficiente no campo. “O que ocorreu com o milho foi fruto
da capacidade do agricultor de responder rapidamente à
demanda mundial, mais a disponibilidade de crédito”, diz.
“É preciso reagir e cobrar por uma logística eficiente para
estocar a safra, porque não podemos sair desse mercado.”
(Dinheiro Rural)
internacional.
Esse patamar não é nada empolgante para os produtores que têm como referência, nos últimos tempos, o
ótimo preço de US$ 37 a saca. Mas, para Pessoa, as atuais
cotações ainda estão acima do que deve ser praticado na
safra seguinte, a de 2014/2015. “Nossas análises apontam
que a cotação deve oscilar entre US$ 22 e US$ 28 a saca”,
diz. Segundo os estudos da Agroconsult, a média de
preço da oleaginosa na próxima década não deve passar
de US$ 28 a saca.
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Nenhuma porta leva à felicidade ou infelicidade; elas só entram quando são chamadas
Provérbio Japonês
seguro rural
Cuidados essenciais
para receber o
seguro agrícola
Produzir alimentos a céu aberto é investimento de alto risco. Portanto,
deixar de fazer seguro é correr o risco de sofrer prejuízos altíssimos que
minam a saúde financeira do produtor rural. Muito cuidado!
O produtor que opta pelo seguro rural
precisa se prevenir para não ser pego no
contrapé e ficar no prejuízo. No caso de
perda da produção por adversidades climáticas, o capital aplicado voltará ao seu
bolso se forem adotadas medidas exigidas
pela lei. A principal delas é a vistoria sobre
a lavoura perdida. Sem esta condição,
dificilmente ele será ressarcido.
O agente financeiro – ou a seguradora – deve ser avisado sobre a perda para
que, através da vistoria, seja quantificado
o tamanho do estrago mediante avaliação
preliminar. Isto é feito pelo perito que se
desloca até a propriedade. O produtor precisa também dispor de todas as notas fiscais
de compras de insumos, sementes, adubos
e tecnologia aplicada para a conferência.
Segundo Pedro Loyola, consultor da
Federação da Agricultura do Paraná
(Faep), o perito faz duas ou três visitas na
propriedade. Ao final, o produtor assinará
um laudo se concordar com a avaliação
do banco. Se achar que as perdas forem
maiores do que as apontados pelo laudo,
Modalidades de seguro agrícola
Ninguém contesta. Proteger-se dos
riscos causados pelos problemas climáticos é de extrema importância para
o produtor rural. Isto, na maioria dos
casos, pode ser feito mediante duas diferentes modalidades: o seguro agrícola
privado, que conta com subvenção do
governo federal e é realizado através de
seguradoras, e o Programa de Garantia
da Atividade Agropecuária (Proagro),
para aqueles que utilizam recursos do
Programa Nacional de Fortalecimento
da Agricultura Familiar (Pronaf ) ou
Programa Nacional de Apoio ao Médio
Produtor Rural (Pronamp), e obrigatoriamente precisam aderir ao seguro
junto a uma instituição financeira.
Apesar dos riscos em se produzir alimentos a céu aberto, algo que
acontece praticamente só na agricultura e pecuária, de cada cem produtores rurais paranaenses quarenta
por cento deixam de fazer qualquer
seguro agrícola. O levantamento é da
Federação da Agricultura do Estado
do Paraná (Faep).
Enquanto é alto o percentual de
contratações de seguro entre produtores de milho safrinha e trigo, duas
das principais culturas afetadas pela
geada, o inverso acontece no caso da
cafeicultura. A maioria dos cafeicultores fica na torcida para que não
ocorra geada para que a produção
seja assegurada. Na prática, o risco
de prejuízos elevados é grande. Em
1975, por exemplo, dos 900 milhões
de pés de café, a geada destruiu mais
de 500 milhões de pés, reduzindo a
praticamente zero a produção do ano
seguinte.
o produtor não assinará o documento e
pedirá uma nova perícia sobre a produção frustrada.
Requisitar
perícias.
Indispensável
Para ser beneficiado pelo seguro, o agricultor deve obrigatoriamente requisitar a última perícia antes da colheita. Isto independe
da modalidade de seguro adquirida. Loyola
lembra que a vistoria final das perdas deve
ser realizada antes que o agricultor entre em
campo com a máquina para a colheita.
É fundamental, porém, que ele comunique ao banco com pelo menos dez dias de
antecedência. Vai que o perito não poder ir
devido aos muitos requisitos de uma região
atingida. O técnico da Faep já presenciou
muitos casos em que o produtor não espera a
seguradora e acaba colhendo. Se isto acontecer, o seguro não lhe é indenizado. Portanto,
o banco é quem deve liberar a área para a
colheita.
No caso de novos eventos climáticos
prejudicarem fortemente as lavouras, principalmente do trigo e café, a seguradora deverá
ser acionada pela segunda vez para serem
evitados prejuízos maiores.
A preguiça anda tão lentamente que a
pobreza depressa a alcança. Benjamim Franklin
Sindicato Rural disponibiliza mais uma
alternativa de seguros aos associados
Parceria entre Sindicato Rural de Maringá
e A7 Corretora de Seguros permitirá aos associados assegurar lavouras e bens variados
em condições diferenciadas. Segundo Nilson
Aceti, diretor da empresa, poderão ser cobertos
tratores, colheitadeiras, maquinários em geral,
automóveis, barracões, residência, culturas
(principalmente de soja, milho, trigo), hortifrutis e pomares comerciais, bem como o seguro de
vida dos produtores e seus funcionários.
Os critérios obedecerão a avaliações, enquadramentos e vistorias. Em relação às
lavouras, serão observadas épocas de plantio
(zoneamento agrícola conforme MAPA) e
coberturas seguradas de acordo com cada
município. Maquinários, equipamentos, automóveis, barracão e casas terão que passar por
vistoria. Caso obedeçam aos padrões exigidos,
ficarão cobertos pelo seguro.
A parceria possibilitará além da contratação de diversos tipos de seguros, uma espécie
de assessoria com o intuito minimizar as
frequentes dúvidas ou dificuldades frequen-
tes entre o produtor e as seguradoras de um
modo geral, já que, é muito comum a falta de
informação.
José Antônio Borghi, presidente do Sindicato Rural de Maringá, enfatiza que o mais
novo serviço disponibilizado é mais uma
alternativa para os sindicalizados: “Com a
possibilidade de crescimento que se espera do
seguro rural no Brasil, queremos que nossos
produtores tenham, através da cobertura do
seguro sobre seus bens, mais tranquilidade e
segurança de que o fruto de seu trabalho não
se perca por diferentes imprevistos que também fazem parte da vida. Pretendemos que o
produtor venha tirar qualquer dúvida e buscar
a orientação e o acompanhamento necessário
no seu Sindicato.”.
Todas as informações sobre o assunto podem ser obtidas na sede do Sindicato Rural
de Maringá (Rua Piratininga, 391 - Centro Maringá-PR) ou telefone 44 3220-1550, e em
breve nas Extensões de Base nos municípios
de Floresta, Itambé e Paiçandu.
5
6
Os homens juntam nuvens e depois queixam-se das tempestades
De Maistre
Plantio direto
Repensar o plantio direto. A hora é agora!
Escolha de culturas e de defensivos pode potencializar benefícios do sistema que usa a palhada como tapete
O Plantio Direto na Palha (PDP) entra numa nova
fase depois de quarenta anos sendo utilizado no Paraná.
No passado, a principal finalidade era evitar erosões
e agilizar o plantio. Na atualidade, o PDP engloba um
conjunto de práticas que o torna muito mais complexo
e o consagra como tecnologia.
Além da escolha das variedades de sementes, defensivos e maquinários, é preciso saber quais as culturas mais
adequadas para rotação. Em cada decisão, torna-se possível potencializar o próprio sistema. O domínio dessa
complexidade vem sendo apontado como o grande
desafio atual.
O surgimento de pragas inesperadas nas últimas safras faz a pesquisa rever a maneira como é feita a rotação
e a escolha dos produtos que entram no sistema.
“É preciso pensar não somente na sucessão, mas em
como evitar que uma cultura prejudique a outra. Quem
só planta soja e trigo ou soja e milho acaba danificando
o plantio direto”, ressalta o chefe de transferência de
tecnologia da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa), Amélio Dall´Agnol.
Komagome:
combinação
de agricultura
e preservação
ambiental
No Noroeste, o problema é maior
As regiões de clima quente e seco, que dispõem de menos
palha, também desafiam a pesquisa. “O fundamento do PDP
é ter palhada. Se não tiver cobertura de um resíduo de cultura
anterior, pode ser feita uma cobertura plantada. Esse é o insumo básico do plantio direto, além plano de rotação de culturas”,
diz um dos pais do PDP, Manoel Henrique” None Pereira.
“O plantio direto é a tecnologia que mais revolucionou o
agronegócio brasileiro. Traz benefícios ambientais, com menos erosão e gás carbônico, e permite antecipar o cultivo após
a colheita. Agora é possível avançar nesse sistema.”garante
Amélio Dall´agnol, chefe de transferência de tecnologia da
Embrapa Soja.
Difícil é convencer
o produtor a mudar
Mas, fazer com que o agricultor mude o planejamento das lavouras
nem sempre é fácil, reconhece a professora de Agronomia da Universidade Estadual de Ponta Grossa (UEPG), Marluce Gonçalves Cortez. Ela
trabalha com o controle de plantas invasoras, defesa fitossanitária e uso de
herbicidas dentro do PDP. “O produtor aposta no que está rendendo lucro
pra ele. Quando encontramos focos de problemas, a primeira orientação
é para modificar a cultura, rotacionar com produtos diferentes.”
A consequência da repetição, afirma Marluce, é o esgotamento da terra.
“Uma cultura retira do solo todo ano o que ela precisa, e isso precisa ser
reposto. Caso contrário, aparecerão deficiências, como pragas inesperadas e de difícil controle.”
A prática iniciada há mais de trinta
anos no Paraná, que consiste em manter
uma adubação natural do solo e reaproveitar os nutrientes deixados por plantações anteriores, visa a sustentabilidade.
Ao reduzir os impactos no solo e contribuir para o aumento da produtividade, a
técnica está bem consolidada. Comprova
que agricultura e preservação ambiental
podem sim andar lado a lado.
Um dos adeptos desse sistema é o agricultor Dalton Makio Komagome, de
Floresta. Para ele, o plantio direto visa
o futuro. “É um avanço. Na atualidade,
com a mão de obra cada vez mais escassa,
nós conseguimos aumentar a produção e
manter a média de produtividade. Além
de diminuir os custos, preserva o solo e
ajuda o meio ambiente por manter equilíbrio entre necessidade de maior produtividade e controle ambiental.”
Para um melhor resultado, é necessário que o agricultor também faça a rotação de culturas, combinando plantas com
diferentes nutrientes. Assim, ele garante a
qualidade do solo e evita o uso de adubos
sintéticos. Mas antes de se iniciar o uso
do plantio direto é necessário também
verificar a acidez do solo, e fazer todas as
correções exigidas, para assim evitar um
eventual fracasso na produção.
É justamente a possibilidade de realizar
um sonho que torna a vida interessante. Paulo Coelho
7
33
Prazo para entrega do ITR 2013 encerrou
30 de setembro
também foi a data
final para o ADA 2013
O contribuinte que não declarou, deve procurar o Sindicato Rural de seu município para
informações de como declarar após o fim do prazo
Encerrou em 30 de setembro o prazo para declarar o ITR 2013 (Imposto
Territorial Rural) e o proprietário rural
que não declarou ainda, deve procurar
o Sindicato Rural de seu município para
regularizar a situação. A multa para quem
perdeu o prazo é de 1% (um por cento)
ao mês-calendário ou fração de atraso,
calculada sobre o total do imposto devido - não podendo o seu valor ser inferior
a R$ 50,00 no caso de imóvel rural sujeito
à apuração do imposto, além de multa e
juros. No caso de imóvel rural imune ou
isento, a não apresentação da declaração
no prazo implica em multa de R$ 50,00.
A declaração do Imposto sobre a Propriedade Territorial Rural (ITR) incide
sobre os imóveis localizados fora das
áreas urbanas dos municípios. A alíquota é maior para propriedades de maior
área e baixo grau de utilização, de modo
a desestimular os grandes latifúndios
Proprietários rurais também entregaram o ADA até 30 de setembro. O Ato
Declaratório Ambiental (ADA) serve para
comprovar a existência de áreas de interesse
ambiental na propriedade. Estas áreas são
classificadas como “não tributáveis” ficando, portanto, isentas do ITR.
improdutivos.
São obrigados a apresentar a declaração do Imposto Territorial Rural
o proprietário, o titular do domínio
útil ou possuidor a qualquer título de
imóvel rural, exceto o imune ou isento; e o titular do domínio útil para o
qual houve alteração nas informações
cadastrais correspondentes ao imóvel
rural.
São áreas de interesse ambiental:
- Áreas de Preservação Permanente
(APP), Reservas Legais (RLs), Reservas Particulares do Patrimônio Natural
(RPPN), Interesse Ecológico, Servidão
Ambiental, Cobertas por Floresta Nativa e
Alagadas para constituição de reservatório
de usinas hidrelétricas. Por meio do ADA,
também é possível ter redução da alíquota
para as áreas de manejo florestal.
Para entregar o ADA, o interessado deve
ir até o Sindicato Rural ou ligar para obter
informações. As declarações retificadoras
referentes ao ADA podem ser entregues até
30 de dezembro.
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Boa
Código
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Florestaldesde que...
Beck- Engº Agrº- DTE/FAEP
OCarla
instrutor
do Senar/Paraná, Maurício Silva (Índio), responsável pelo curso de agricultura de precisão
A presidente
Dilma Rousseff
sancionou a Lei 12.727
Medida Provisória
571/2012aspectos
que trata do Código
Florestal com novedessa tecnologia que
aos
associados
do jáSindicato
Ruraloriginada
de Maringá,
aborda
importantes
vetos ao texto do Congresso. Adicionalmente a presidente assinou o Decreto 7830/2012 que regulamenta o Cadastro Ambiental Rural
(CAR)
e o Programa
da Regularização
Ambiental (PRA).
vetados e nãorurais
contemplados
no Decreto
ser tratados
por
precisa
ser melhor
conhecida
pelosOs pontos
produtores
para
que poderão
não haja
frustração
de expectativas.
meio de outros instrumentos, como atos do Ministério do Meio Ambiente.
92%asdas
propriedades
do Paraná – até 4 módulos fiscais, média de 72 hectares – os vetos da presidente da República ao
P –Para
Quais
inovações
querurais
se impleprojeto
de
lei
do
novo
Código
Florestal,
pelo Congresso, praticamente não mudam nada.
mentam a partir da agricultura aprovado
de
Esta
imensa
maioria
de
propriedades,
com
utilização
já consolidada antes de 22 de julho de 2008, continua sendo beneficiada pelas
precisão?
dimensões
de
áreas
de
proteção
permanente
–
matas
ciliares,
por exemplo – já em vigor, como 5 metros de matas ciliares em áreas com até
R: O produtor passa a tratar a área não pela
1média,
módulo
fiscal,
até
15
para
aquelas
com
até
4
módulos.
mas sim com mais precisão, dando
Seguem abaixo
principais
considerações
sobre o Decreto e as conquistas com o Novo Código florestal.
tratamento
para os
cada
porçãovetos,
da área
de
acordo a necessidade exigida. Por exemplo,
existem faixas de terra na propriedade que
precisam de dosagens maiores de determinados insumos, outras menos e áreas que
nem necessitam. A agricultura de precisão
trabalha a área como heterogênea, identificando as manchas e dando tratamento
diferenciado em termos de nutrição e cuidados da área.
Produção sustentável: compatibilizar negócio com preservação ambiental
P - A agricultura de precisão aumenta
o trabalho e a preocupação com a área
em que é utilizada?
R: Depende do espaço onde será utiliza1.oÁREAS
DETrata-se
VÁRZEAS
A presidente
do
sistema.
de–um
conjunto longo de cursos d’água com menos de 10
o artigo
que possibilitava
a utili- metros de largura. O Decreto restabelece
devetou
técnicas
e tecnologias
que permitem
zação das várzeas desde que estivessem os 20 metros.
fazer aquilo que é necessário e nas do- em grandes áreas de inicio certamente vai
fora dos limites de proteção de matas
O importante éEM
que,APP:
no final
sagens
A ter
ciliarestecnicamente
de 30 metrosrecomendadas.
para rios de até 10
3. altos
USOcustos.
DE FRUTÍFERAS
A
das
contas,
os
investimentos
retornam.
agricultura
de
precisão
aumenta
os
custos
metros de largura. Agora todas as vár- presidente vetou o artigo que permitia o
sezeas
aplicada
em grandes áreas,
os uso de frutíferas para recompor as áreas
são consideradas
APP. embora
Entretanto
– Quais as principais
dicas para
retornos
emocupadas
produtividade
sejama comas várzeas
anteriores
22 de Pconsolidadas
em APP. Segundo
a quem
presicomeçando?
pensadores.
Mas,
é possível
agricultor está
julho de 2008
poderão
ser ao
consideradas
dente,
ao autorizar indiscriminadamente
consolidadas
desde
que não
o uso
de frutíferas
paraeatem
recomParaisolado
quem está
começando
uma
pequeno
usar essas
técnicas
semestejam
muito R:
em áreas
de riscooperacionais
e sejam observados
posição de
APPs,
independentemente
do
área
é melhor
começar artesanalcusto.
Os trabalhos
também pequena
critérios técnicos
deosconservação
do mente,
tamanho
da propriedade
, o dispositivo
fazendo
uma sondagem
da área,
aumentam,
bem como
cuidados. Mas,
e daé água
descritos no
Programa
de usando
compromete
a biodiversidade
APPs,
aparelhos
baratos paradas
ir conheaosolo
final,
compensador
porque
vemos
Regularização
(PRA)
reduzindo
a capacidade
dessas
áreas dee depois
optar por essa
tecnologia
em
aumento
de 20%Ambiental
em média no
rendimen- cendo
sempenharem suas funções ambientais
grandes espaços.
to das culturas.
2. APP de áreas consolidadas para básicas. Vale lembrar que o novo Código
propriedades maiores que 4 módulos Florestal ( Lei 12651de 25 maio de 2012)
Pprevê
- Em atermos
de aparelhos,
as
P-fiscais:
Os custos são mais elevados?
possibilidade
do uso de quais
espécies
inovações
do
mercado
no
momento?
RO– Em
princípio,
são
realmente
mais
eleCongresso Nacional tinha diminuído nativas e exóticas, de forma intercalada,
– Narecomposição
atualidade, o que
movados.
Portanto,
agricultura
para 15
metros a faixa
mínimadedeprecisão
vegeta- Rpara
detemos
APPs de
emmais
pequesão os receptores,
inicialmente
pode
ser mais
cara dode
que
o derno
ção exigida ao
longo
de margens
rios
nos imóveis
rurais. com precisão de até
para propriedades
entre 4 dois centímetros, maquinas aplicadoras das
método
tradicional. com
Devetamanho
ser implemene 15de
módulos
fiscais A MPpara
original
4. APP
de 5 metros
rios menores
variáveis
do solo,para
aplicando
em doses
tada
forma gradativa,
queprevia
se vá taxas
que propriedades
com
tamanho entre
que 2ometros
de largura:
O artigo
que
que é mais
necessário
para cada
aprendendo,
sempre
terceirizando
algo4 certas
e 10omódulos
fiscais
deveriam
determinava
que
rios intermitentes
do solo,
regulando
sozinho.(cujo
Hoje
para
produtor não
levar
grandesrecompor
sustos. Se espaço
vegetaçãodenuma
área
20 metros ao também
curso tem
águaequipamentos
apenas em que
determijá temos
atuam
a aagricultura
precisão
forde
implementada
Começar aos
poucos...
Segundo Flávio Eduardo Sanches, da New Agro, especialista
em agricultura de precisão, são as
seguintes as vantagens da agricultura de precisão:
1 – É possível direcionar o
equipamento na área de trabalho
e, consequentemente, tirar maior
proveito e obter melhor rendimento.
Veja como fi
Os vetos mais importantes
nado período do ano) de até 2 metros
deveriam ter recuperação de 5 metros
para
qualquer
tamanho
de propriedade,
em piloto
automático.
Além
do GPS.
também foi vetado. Passa a valer a “escadinha” com as dimensões de acordo com
- A prática
agricultura de precisão
oPtamanho
dada
propriedade.
já é utilizada há um bom tempo em vários
países, porémde
no Brasil
começou
5.
Recomposição
APP só
e Reserva
a ser utilizada
Legal
no PRA – no inicio dos anos 90.
AExiste
presidente
o parámuitotambém
espaçosuspendeu
para expansão?
grafo
sobre
implantação as
doempresas
Programa
R: Sim!
Faltaaprofissionais,
esde
Ambiental (PRA).
O veto
tãoRegularização
vendendo as tecnologias,
mas não
estão
refere-se
à imposição
prazo
20 diasdo
conseguindo
atender de
a todas
asde
dúvidas
após
a adesão
proprietário
PRA
agricultor.
Odo
agricultor
nãorural
deveaoaceitar
para
que
eles
promovam
a
regularização
passivamente os argumentos dos vendedoambiental. Segundo a justificativa, os
res e optar
por essa
tecnologia.
Hoje ainda
prazos
deverão
ter uma
regulamentação
temos
erros
que
precisam
ser
corrigidos,
específica. A organização e os procedioperadores
serao
treinados.
Enfim,
mentos
paradevem
adesão
PRA deverão
serhá
que se ter
cautela. específica.
objeto
demuita
regulamentação
6.
O gatilho
quetecnololimita6 -Gatilho
O Brasilde
já25%:
desenvolve
boas
va
emna
25%
de área a ser recomposta para
gias
área?
propriedades
maiores
que 4 módulos
R: Sim. A cada dia
está surgindo
novidades
fiscais
foinão
vetado:
Fica valendo
as dimene quem
acompanhar
a tecnologia
fica
sões
no Decreto.
para estabelecidas
trás.
2 – Existem estatísticas comprovando que áreas que produziam,
em média, 80 sacas de soja por
hectare, na atualidade conseguem
rendimento de quase 200 sacas por
hectare nada
mesma
área.
Tamanho
propriedade
Rec
ao l
3 – Embora os produtores rurais
0corretamente
a 1 módulo tenham muita preo- 5 m
cupação com os custos de produ1ção,
a 2 dependendo
módulos do tamanho da 8 m
propriedade no mesmo ano –em
- o rendimento operacio- 15 m
2dois
a 4 anos
módulos
nal oferecido pela máquina, e a dide manobra, compensam 20 m
4minuição
a 10 módulos
o valor foi agregado para a prática. de la
COMO VAI FUNCIONAR A RECO
4 -10
Existe
ainda um campo enor- à me
+ de
módulos
me a ser explorado no Brasil, que, d’ág
em relação ao EUA, está 10 anos de 3
atrasado. Hoje os norte-americanos, de forma massiva, trabalham
Áreas
consolidadas
são as Áreas
com agricultura
de precisão.
No de Pres
de
2008,a técnica
com edificações,
Brasil,
despertoubenfeitorias,
maior
ocupadas
comúltimos
arroz, encostas
ocupada
interesse nos
cinco anos.
Quando
As pessoas
faço o bem,
têm sinto-me
medo dasbem,
mudanças.
e quando
Eufaço
tenho
o mal,
medosinto-me
que as coisas
mal. Eis
nunca
a minha
mudem
religião
Abraham
Chico Buarque
Lincoln
Saiba que...
Reconhecida como uma das últimas
fronteiras agrícolas, a agricultura de
pre cis ão não s e rest r inge ao us o de
máquinas, computadores e tecnologia
GPS para o monitoramento da propriedade agrícola. Trata-se antes de saber identificar as diferenças do campo
e respeitá-las, para que não haja desperdício, tanto no bolso quanto para o
meio ambiente”, explica o coordenador
da Rede de Agricultura de Precisão da
Embrapa, Ricardo Inamasu.
Segundo ele, antes de o agricultor
preocupar-se com a aquisição de tecnolog i a, é pre cis o que ele ent re em
contato com o real objetivo da agricultura de precisão: o gerenciamento
detalhado das atividades agrícolas,
levando-se em consideração a chamada variabilidade espacial e climática.
C om iss o, deixa-s e de considerar a
propr ie d ade como um único blo co
homogêneo, para identificar as carac-
terísticas específicas de cada parte do
terreno – e atuar sobre elas de maneiras
distintas. “É uma comunhão do homem
com a terra. Um cuidando e tirando
proveito do outro.”
No Brasil, o advento da agricultura
de precisão é relativamente recente,
de meados dos anos 90 para cá, mesma
época em que chegaram ao país equipamentos de alta tecnologia à lavoura,
daí a confusão. Na Europa e Estados
Unidos, a adoção do conceito no dia a
dia do campo ocorreu antes.
Crescimento
Por isso, há muito espaço para crescer, em especial nas pequenas propriedades, mais relutantes em implantar
novidades relacionadas à agricultura
de precisão, seja pelo custo do investimento, seja pela resistência cultural
à tecnologia. “Hoje, a quantidade de
p equenos pro dutores que adot am a
Sindicato e Senar disponibilizam
curso de agricultura de precisão
ficou a “escadinha”
Preocupado em sempre apresen- Amostragem de solo: tipos de
tar as mais modernas tecnologias amostragem (pontos, gride e zona
que permitam maior retorno sobre o de manejo); tipos de amostradores
capital investido, compatibilizando (manual, elétrico e hidráulico); sencom a preservação
meio ambien- % sores
de solo,
de planta, de pragas e
composição
das faixasdo
marginais
do imóvel
ocupado
te,do
o Sindicato
Rural
longo
curso d’agua
* de Maringá e o doenças;
Senar-Paraná começaram a oferecer
- Mapas de fertilidade, produtivio curso
agricultura
dade e de aplicação;
metrosrecentemente
para qualquer
larguradede
rio
10%
de precisão aos associados.
- Barra de luzes;
metros para qualquer largura de rio
10% - Piloto automático;
Eis o conteúdo:
- Corte automático de seção;
: Reconhecer
tecno- 20% - Aplicações à taxa variável;
metros Objetivo
para qualquer
largura deasrio
logias de precisão disponíveis para a
- Monitoramento de colheita;
agricultura.
- Sistemas de Informação Geográmetros
para rios de até 10 metros
sem limites
fica (SIG).
argura
Conteúdo Programático :
No primeiro curso, houve 15 par- Agricultura
de Precisão: con- sem
ticipantes
etade da
largura do curso
limites inscritos, número que deceituação; agricultura
gua, observado
o mínimo convencional verá se manter nos próximos. A finavantagens e lidade é apresentar ao produtor rural
30 e xoagricultura
máximo de moderna;
100 metros,
desafios; ciclos em AP;
o que é a tecnologia de Precisão e os
- GNSS: Datum e sistemas de co- equipamentos utilizados no processo,
servação
Permanente
(APP)eeUTM;
de Reserva
ocupadas
antesa mobilizadora
de 22 de julho do
ordenadas
geográficas
GPS eLegal,
segundo
assinala
, atividades
agrossilvipastoris,
ecoturismo
turismo
rural. Exemplos:
GLONASS;
receptores (tipos,
preci- ouSenar
no Sindicato
Rural,várzeas
Angélica
s comsão,
café,
uvas ee aviários
entre
outros.
funções
principais
erros);
Pelisson.
OMPOSIÇÃO PARA ÁREAS CONSOLIDADAS
9
Equipamentos de
marcas
diferentes.
Código Florestal.
Não
é
agricultura de precisão não chega a
20%”, conta o coordenador de vendas Cuidado!
o ideal, mas o possível
da Ar vus, Paulo Fabris. Segundo ele,
Um desafio ainda precisa ser superado
apesar do baixo percentual, a situação
já está mudando. “O pequeno precisa no segmento de agricultura de precisão: as
se readequar para não ser engolido por empresas não adotam uma norma capaz
completo pelo grande. Além disso, hoje de fazer com que equipamentos de difehá várias linhas de financiamento que rentes marcas instalados em uma mesma
englobam a agricultura de precisão estrutura “conversem” entre si. Assim, o
e tornam a aquisição das tecnologias agricultor deve ficar atento e certificar-se
de que há compatibilidade entre os produmais acessível.”
A s e d i me nt a ç ã o d o s e tor no País tos adquiridos.
“São dois impedimentos para que as
traz outra melhoria: a adaptação da
tecnologia ao mercado nacional. “Um empresas nacionais adotem o padrão
op e r a d or d e m á qu i n a n o s E s t a d o s único. Obrigatoriamente, ela limita o
Unidos tem nível superior. Não é nossa desenvolvimento de particularidades
realidade. Por iss o, utilizamos uma nos projetos e, sem diferencial, perdemos
O presidente
Frentereadequada
Parlamentarcompetitividade. Outro: é difícil fazer
linguagem
bemda
simples,
da
Agropecuária
da
Câmara
Federal,
assistência técnica de uma máquina com
aos nossos padrões”, explica o gerente
equipamentos
agregados de diferentes
nacional
deHomero
vendas daPereira,
Agres, Márcio
deputado
vê avanços
e,
argumenta o supervisor regioBlau.
Outra vantagem
é que o produto
principalmente,
segurança
jurídicaempresas”,
aos
nacional
é cerca
de 20% mais barato. nal de vendas da Verion, Marcos Nascimprodutores
rurais
bem Ferraz.
“Isto sem perder a qualidade.”
O novo Código Florestal Brasileiro, Câmara Federal, deputado Homero
já vigente e com nove vetos da pre- Pereira. Embora seja representante
sidente Dilma Roussef, não era exa- do Mato Grosso, o parlamentar tem
tamente o que os produtores rurais suas origens em Goioerê, na região
queriam. Mas, ele representa muitos de Campo Mourão. Produtor rural,
avanços e agora existe segurança seu emprego emprego como extenjurídica. Na atualidade, o Brasil tem a sionista foi na Coagel (cooperativa
daquela
cidade).
legislação mais avançada do Quando
mundoo crescimento
de um
fortalece oRecentemente,
outro, todo mundo
para preservação dos recursos natu- Pereira esteve em Maringá para
Este par
é o ticipar
nosso jeitodedeevento
pensar, o promovido
jeito de uma
rais. Portanto, os produtoresganha.
deveriam receber mais por esse esforço. pela Sociedade Rural e que tratou
instituição financeira cooperativa. O Sicredi oferece um
Em resumo, este é o pensamen- de assuntos atuais da agropecuária,
ambiento central do presidente da atendimento
Frente dentre
próximo,elas,
comas novas
soluçõesregras
adequadas
às
Par lamentar da Agropecuár ia da tais para o campo.
necessidades de cada produtor rural. Assim nos tornamos o
3º maior repassador de crédito rural do país, contribuindo
com o crescimento dos associados que utilizam a força do
Sicredi para crescer no campo. Para nós, ninguém precisa
perder para todo mundo ganhar.
Associe-se ao Sicredi e conheça os benefícios de fazer
parte de uma instituição financeira cooperativa.
sicrediuniao.com.br
10
A saúde é o resultado não só de nossos atos como também de nossos pensamentos
Mahatma Gandhi
Confira os próximos cursos do Sindicato Rural de Maringá e SENAR-PR
outubro
CURSOLOCALINÍCIOFIMCH
MUNICÍPIO
Conservas, Molhos e Temperos
Promec
07/10/2013
08/10/2013
16h
Sarandi
Corte e CosturaPromec11/10/201314/11/2013100h
Sarandi
PanificaçãoFloresta14/10/201315/10/201316h
Floresta
Cultivo de Plantas Medicinais
Semulher - Floriano 14/10/2013
16/10/2013
24h
Maringá
JAA - OlericulturaPaiçandu14/10/201305/12/201380h
Paiçandu
Panificação
APMIF - Itambé
16/10/2013
17/10/2013
16hItambé
Forragicultura
APEZ - UEM
18/10/2013
25/10/2013
24h
Maringá
CasqueamentoCesumar18/10/201319/10/201316h
Maringá
Pá-carregadoraPrefeitura21/10/201325/10/201340h
Maringá
FloriculturaPaiçandu21/10/201322/10/201316h
Paiçandu
Conservas, Molhos e Temperos
SRM
23/10/2013
24/10/2013
16h
Maringá
Artesanato em Bambu
APMIF
28/10/2013
29/10/2013
16hItambé
Alimentos Derivados de Mandioca
Dr.Camargo
30/10/2013
31/10/2013
16h
Dr.Camargo
Classificação de Grãos (Soja e Milho)
AMEA
30/10/2013
31/10/2013
16h
Maringá
Culinária BásicaSRM30/10/201331/10/201316h
Maringá
Primeiros SocorrosPaiçandu31/10/201301/11/201316h
Paiçandu
NOVEMBRO
CURSOLOCALINÍCIOFIMCH
MUNICÍPIO
Operação e Manutenção de Motosserra Prefeitura
04/11/2013
08/11/2013
40h
Maringá
Artesanato em Palha de Milho - Flores
Floresta
04/11/2013
06/11/2013
24h
Floresta
Manejo de Gado de Corte
SRM
11/11/2013
13/11/2013
24h
Maringá
Artesanato em Palha de Milho - Flores
Paicandu
11/11/2013
13/11/2013
24h
Paiçandu
Artesanato em Palha de Milho - Bonecos SRM
13/11/2013
14/11/2013
16h
Maringá
Produção Alimentos Derivados de Leite Promec
18/11/2013
19/11/2013
16h
Sarandi
Agricultura OrgânicaSRM20/11/201322/11/201324h
Maringá
CasqueamentoSRM20/11/201321/11/201316h
Maringá
Derivados de SojaItambé20/11/201321/11/201316HItambé
PanificaçãoSRM22/11/201323/11/201316h
Maringá
Artesanato em Palha de Milho - FloresItambé
25/11/2013
27/11/2013
24hItambé
PanificaçãoSRM27/11/201328/11/201316h
Maringá
Manejo de Pragas (MIP)
EMATER
27/11/2013
28/11/2013
16h
Paiçandu
As informações sobre os cursos podem ser obtidas no Sindicato Rural de Maringá pelo telefone 44 32201550 ou nas extensões de base em Floresta 44 3236-1180, Itambé 44 3231-1440 e Paiçandu 44 3244-7676.
Não se pode semear de punhos fechados
Adolfo Perez Esquivel
11
Orientação Jurídica
Novo Código Florestal e a averbação da reserva legal
Fábio Lamonica Pereira
Advogado em Direito do Agronegócio
Com a vigência da Lei 12651/2012,
conhecida como Novo Código Florestal,
diversos questionamentos foram imediatamente levantados, deixando os produtores rurais sem saber exatamente o que
fazer. E há razão para tanto.
De início, vale ressaltar que, assim como
em toda matéria que sofra alterações legislativas, é necessário certo tempo para
que as autoridades possam se manifestar a
respeito delas a fim de que demais interpretações possam ser realizadas de maneira
coerente.
No caso do Novo Código Florestal é
notório que, logo após a sua promulgação, houve a propositura de três medidas
conhecidas como “Ação Direta de Inconstitucionalidade” (ADIn) de acordo com
as quais pontos essenciais da nova norma
estão sob questionamento junto ao Supremo Tribunal Federal.
Caso tais ações sejam julgadas procedentes, as disposições do Novo Código a
elas referentes voltariam à redação anterior, ou seja, justamente questões de maior
interesse social que tratam sobre Áreas de
Preservação Permanente, Reserva Legal e
anistia aos que desmataram, o que prejudicaria a grande maioria dos produtores.
Contudo, hoje, o Novo Código Florestal, tal como aprovado (já sofreu mudanças
por meio da Lei n. 12727/2012) está em
vigor e, bem ou mal, deverá determinar a
regularização ambiental de forma geral.
Segundo a Constituição Federal, a Legislação Federal ambiental deve dispor
sobre as questões genéricas (apesar de na
prática adentrar, indevidamente, em regulamentações), cabendo aos Estados e Municípios legislar de maneira complementar
e supletiva (desde que não se contrariem
as normas da Constituição e do Código) a
fim de que os detalhes sejam devidamente
regulamentados.
Portanto, a primeira atitude a ser tomada diz respeito justamente à criação do
Cadastro Ambiental Rural - CAR, ao qual
todos os produtores deverão aderir. O CAR
consiste em um “registro público eletrônico de âmbito nacional, obrigatório para
todos os imóveis rurais, com a finalidade
de integrar as informações ambientais das
propriedades e posses rurais, compondo
base de dados para controle, monitoramento, planejamento ambiental e econômico e
combate ao desmatamento” (art. 29 da Lei
12651/2012).
O Governo Federal criou um site na
internet (www.car.gov.br) para fins de concentração de informações relativas ao CAR,
sendo que os Estados também disponibilizarão programas próprios de acesso para a
efetivação do cadastro.
O requerimento para a inscrição no
CAR efetivado dentro de um ano a contar
de sua implantação, podendo ser prorrogado por igual período mediante ato da
autoridade competente.
Um dos questionamentos que tem gerado dúvidas, podendo até culminar com a
propositura de medidas judiciais por partes
de ONGs de caráter duvidoso, diz respeito
acerca da necessidade ou não de imediata
averbação da Reserva Legal. Tal questão tem
causado muita polêmica justamente pelo
fato de que há disposição vigente da Lei de
Registros Públicos (Lei 6015/73) prevendo
a necessidade de tal procedimento. Também há normas de determinados Estados
que estipulam prazo para que a averbação
seja formalizada, bem como permanecem vigentes as disposições do Decreto n.
6514/2008, e suas alterações, que penalizam até mesmo com a aplicação de multa a
Reserva que não tenha sido averbada.
Considerando que o Novo Código criou
um cadastro específico que reunirá diversas informações de todas as propriedades
do País e que o proprietário ou possuidor
tem prazo de um ano (já com possibilidade
de prorrogação de mais um ano) para a
adesão, não há motivos para a imediata
averbação, nem tampouco para sanções.
O Novo Código, aliás, dispõe expressamente que o registro da Reserva Legal
no CAR elimina a obrigação de averbação
junto ao Cartório de Registro de Imóveis.
Ao mesmo tempo, permite àqueles que
“desejarem” averbar a Reserva Legal antes
de efetivado o CAR fazê-lo gratuitamente.
Logo, expressa ou tacitamente, a obrigação
de Averbação tal qual concebida anteriormente à vigência do atual Código deixou
de existir.
De toda sorte, os produtores não devem
tomar medidas precipitadas sem que haja
obediência às determinações constantes
das normas gerais estipuladas pelo Novo
Código Florestal bem como pelos normativos que passarão a ser disciplinados pelos
Estados e Municípios dentro da competência que lhes caibam.
[email protected]
A arte de vencer se aprende nas derrotas
12
Simon Bolivar
Fundo de Aval será retomado para
beneficiar pequeno agricultor
O Governo do Paraná retomou o programa Fundo de Aval, para pequenos
agricultores familiares comprarem máquinas, implementos e equipamentos para
modernização da propriedade.
Segundo oo secretário da Agricultura
e do Abastecimento, Norberto Ortigara,
foi decidido novo fluxo operacional para o
processo de aval com aporte de R$ 1 milhão
para alavancar até R$ 10 milhões em novos
financiamentos para a agricultura familiar.
O Fundo de Aval estava paralisado
desde fim de 2010, em função da inadimplência acumulada, que atingiu R$ 12,3
milhões. Foi definida a cobrança desse
passivo pela Fomento Paraná.
A expectativa é que até o fim de outubro,
o Banco Regional de Desenvolvimento do
Extremo Sul - BRDE - inicie as primeiras
operações de investimentos com o apoio
do Fundo de Aval. De acordo com Ortigara, o Estado deu o aval, mas também, é seu
dever a recomposição do passivo para que
possa avançar com outras propostas de
financiamento para beneficiar o agricultor
familiar.
REGIÕES
Segundo levantamento da Fomento
Paraná, agricultores das regiões do Arenito, de Laranjeiras do Sul, Norte Pioneiro
e Litoral concentram entre 70% a 80% da
dívida com o fundo. São cerca de 5 mil agricultores inadimplentes. Conforme entendimento da Procuradoria Geral do Estado
(PGE), esse passivo deve ser cobrado pela
agência, que poderá parcelar a dívida.
Ortigara ressaltou que o objetivo do
Tratores não precisam ser emplacados
Até o final do próximo ano ficará suspensa a obrigatoriedade do emplacamento de tratores. A decisão, do Conselho
Nacional de Trânsito (CONTRAN),
corresponde às expectativas e reivindicações dos produtores rurais e entidades
representativas.
A dilatação do prazo permitirá ampliar
a discussão sobre o tema até que se chegue
a um equilíbrio entre o que é necessário e
o que é factível ser cumprido. A decisão
evitará que produtores sejam autuados e
multados, o que lhes penalizaria de forma
injusta.
44 3220-5100
Rodovia PR-317, 5.228 - Maringá-PR
programa Fundo de Aval é facilitar o acesso
ao crédito a quem não tem garantias suficientes. O Estado oferece essas garantias,
mas a relação deve ser transparente dos
dois lados. “É preciso que o agricultor
pague seu débito junto à Fomento Paraná
para que ela possa emprestar para outros
produtores”, disse.
Conforme balancete apresentado pela
Fomento Paraná, o Fundo de Aval estava
com R$ 8 milhões aportados, que com as
aplicações financeiras atingiram aproximadamente R$ 12,8 milhões. Porém
descontando as parcelas de contratos honrados pelo Fundo até 2011, o saldo atual é
de cerca de R$ 563 mil. Segundo o secretário, o governador concordou em fazer
novo aporte. Mas agora é preciso evitar a
inadimplência. “É dever do Estado cobrar
Matraca para plantio: símbolo da
pequena propriedade e do minifúndio
sob pena do fundo se exaurir com acúmulo
de débitos, inviabilizando a continuidade
do programa”, justificou.
Fonte: SEAB
Caminhões para produtores (pessoa
física) serão financiados no PSI
O Conselho Monetário Nacional
baixou a Resolução nº 4.238 que autoriza o financiamento de caminhões
destinado a produtores rurais pessoas físicas no Programa de Sustentação do Investimento - PSI BNDES.
Os veículos poderão ser financiados
com t axa de juros de 4,0% ao ano e
prazo de pagamento de até dez anos.
O benefício estende-se até o final de
dezembro.
A Resolução atende a medida da FAEP
que solicitou o financiamento para produtores rurais na condição de pessoa física.
Antes o financiamento era permitido apenas para pessoas jurídicas com exigência
de Registro Nacional de Transportadores
Rodoviários de Carga - RNTRC efetuada
há no mínimo dois anos, o que não atendia
as necessidades dos produtores rurais.
O financiamento de caminhões pelo
PSI é apontado como um estímulo a investimentos que podem reduzir o custo
do frete na próxima colheita, que tende a
ser recorde.
No começo de setembro, a compra
de caminhões pelo Programa de Sustentação do Investimento (PSI) estava na
dependência de portaria do Ministério da
Fazenda. A Federação da Agricultura do
Paraná (FAEP) pressionou para a rápida
tramitação do processo a fim de que os financiamentos de caminhões começassem
a ser feitos.
O que torna belo o deserto é que ele esconde um poço nalgum lugar
Antoine de Saint Exupéry
13
33
Sindicato Rural promove I Almoço do Agricultor
No último dia 28 de Julho aconteceu o primeiro
almoço em homenagem ao Dia do Agricultor, promovido pelo Sindicato Rural de Maringá. O evento
foi realizado nas dependências da Associação da
Cocamar de Maringá.
Estiveram presentes mais de 400 pessoas, entre elas,
a diretoria do Sindicato, associados, funcionários e
familiares.
Na ocasião os convidados almoçaram ao som de
boa música e dança, que se estendeu durante todo
o dia. Após o almoço, houve várias rodadas de um
divertido bingo, com oferta de prêmios.
Ao término do evento foram entregues placas de
homenagem e agradecimento aos dez primeiros associados da história do Sindicato Rural de Maringá. As
imagens do I Almoço do Agricultor podem ser vistas
no site www.sindrural.com.br e no perfil do Facebook
Sindicato Rural de Maringá.
A tua primeira lei deve ser o respeito a ti mesmo
14
Pitágoras
Orientação Técnica
Produtor, use aliados naturais
contra pragas e doenças
Engenheiro-agrônomo Celso Daniel Seratto
Mestre e coordenador do trabalho com grãos da Emater
Produtor rural, você conhece o Manejo Integrado de Pragas (MIP) ou já ouviu falar no Manejo Integrado de Doenças (MID)?
Pelo MIP, por exemplo, você economiza na hora da aplicação de produtos químicos, deixando que um inimigo natural faça o
combate às pragas das lavouras.
Um exemplo disso é a vespa Trichogramma sp, que se tornou uma importante ferramenta ao combate de lagartas de soja.
A vespinha, como é conhecida - com pouco mais de três milímetros - é cada vez mais utilizada para fazer o controle biológico
natural contra pragas e reduzir a aplicação de inseticidas nas lavouras. O produtor pode usar todas as técnicas de manejo de
pragas para racionalizar e diminuir o uso de inseticidas.
Eficiência do manejo integrado de pragas
O MIP é o arranjo e uso de técnicas que se
baseiam no conhecimento sobre o comportamento e a biologia dos insetos pragas, ou
seja, dos insetos que atuam como inimigos
naturais da lavoura que está sendo cultivada.
Assim como o MIP, o MID consiste em conhecimentos e técnicas comprovadas cientificamente, com base no comportamento
e na biologia dos fungos e das cultivares na
lavoura. Através das duas técnicas, podemos
tomar decisão sobre o momento e a maneira
mais eficiente para controlar as doenças.
O uso das técnicas está cada vez mais
crescendo no país. Desde 1970 as técnicas
são conhecidas e utilizadas em todo o mundo
e tem avançado em países como o Canadá,
Estados Unidos, Alemanha, França, Itália e
Espanha, China, o Japão e a Austrália.
Os produtores e profissionais que prestam
assistência técnica devem seguir os protocolos de controle e as pesquisas desenvolvidas
no meio científico. É o que nós da Emater
buscamos fazer. O princípio básico é de só
intervir, agir na lavoura, quando se atinge um
nível elevado de dano econômico causado
pelo inseto nas lavouras. É o ponto em que
o prejuízo provocado pelo inseto-praga vai
ultrapassar o custo de controle. Por isso, essas
práticas exigem mais conhecimento e certa
convivência com a presença das pragas.
Todas as técnicas empregadas no MIP são
validadas por pesquisas e experiências de
campo desenvolvidas pela Emater, entre outros. Por exemplo, no controle da lagarta da
soja (Anticarsia gemmatalis), só se recomenda a intervenção com produtos químicos
antes do florescimento, quando a desfolha
está prestes a alcançar a marca de 30% da área
foliar; e depois do florescimento, quando está
perto dos 15%.
No entanto, é evidente que devem ser consideradas as condições e previsões climáticas
para os próximos 10 dias, permitindo tomar
uma decisão bastante segura de intervenção
com o uso de inseticidas. E, nesse caso, o recomendado é utilizar produtos seletivos aos
inimigos naturais, sempre que possível. A
estratégia central do MIP é sempre a de causar o menor impacto possível no ambiente,
permitindo que a natureza também ajude no
controle das pragas que estão causando o dano
econômico. É esse justamente o ponto central:
as pragas só devem ser controladas quando
provocam um dano que justifique essa ação.
Os produtores, na maioria das vezes, iniciam
o controle das pragas antes desse prazo que citei
e isso acaba ampliando o número de aplicações
e, consequentemente, provocam um desiquilíbrio desnecessário no meio ambiente.
Outra técnica de MIP que pode ser utilizada em diversas culturas como milho,
algodão e tomate, por exemplo, é o uso de
parasitoides para o controle das lagartas.
Nesse caso, o Trichogramma pretiosum e
dos percevejos da soja, com o uso do Trissolcus basalis. Hoje, já existe fornecedor
idôneo desses parasitoides no Brasil. No
caso do uso Trichogramma, por exemplo,
já se comprovou a eficiência para resolver os
problemas com algumas pragas importantes, que estão aí causando apreensão entre
os produtores, como é o caso da lagarta-falsa-medideira (Pseudoplusia includens),
a lagarta-da-espiga do milho (Helicoverpa
zea), a lagarta-das-maçãs do algodoeiro (Heliothis virescens) e, da temida Helicoverpa
armigera, (conhecida anteriormente como
a traça-do-tomateiro).
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Homem poderoso é quem tem poder sobre si mesmo
Sêneca
Cuidado para não eliminar os inimigos naturais!
Ao seguir um calendário para aplicação do produto, o produtor
pode provocar a eliminação precoce de inimigos naturais e forte desequilíbrio ambiental nas propriedades. Assim, o que visivelmente, num
primeiro momento, parece muito eficiente, se volta contra o próprio
produtor, já que permite a rápida reinfestação dos insetos praga, exi-
gindo uma nova intervenção química para o controle. Dessa maneira,
se inicia uma roda viva que pode não ter fim. E nesse jogo, quem sai
perdendo, normalmente, é o produtor, pois, com o excesso de uso de
produtos químicos, ele acelera a seleção dos insetos-praga e aumenta
a necessidade de intervenções.
Redução de custos e
equilíbrio ambiental
Além de garantir economia ao produtor, o uso das técnicas ajuda no equilíbrio
do ambiente de produção. É o que nós da
Emater constatamos no dia a dia no campo.
As técnicas permitem que o produtor tenha
mais segurança e eficiência no controle das
pragas, reduzindo o número de aplicações.
Dessa forma, ele consegue eliminar as
aplicações desnecessárias, reduz a carga de
agrotóxicos utilizada na lavoura e minimiza
a exposição dele aos produtos químicos e
protege a sua saúde. Sem contar na redução
dos riscos de contaminação ambiental. No
caso da vespinha, por exemplo, nós verificamos que, entre os produtores que fazem
o manejo de pragas, houve uma queda no
número de aplicação de produtos. Geralmente, eles realizavam, em média, de três
a cinco aplicações de produtos químicos
para combater as lagartas. Com o controle
biológico, esse número passou para duas
aplicações.
As técnicas podem ser adotadas em
qualquer tamanho de propriedade. Porém,
exigem um monitoramento mais constante
dos talhões pelos produtores e profissionais que prestam assistência. Além disso,
exigem mais conhecimento e capacitação.
Como adotar manejos integrados contra pragas e doenças
O primeiro passo é conhecer as técnicas e experiências existentes,
participando de eventos organizados pela Emater e as organizações de
pesquisa oficiais. Nestas ocasiões é possível aprender com a experiência dos produtores que já adotam essas práticas. Outra etapa é discutir
com um profissional que assiste o planejamento para a instalação da
lavoura, optando por cultivares mais resistentes ou tolerantes, quando
for possível. Além disso, existem estratégias de época de plantio que
pode ser adotadas, melhorando as condições para das técnicas preconizadas. Outro passo é monitorar a área semanalmente e não tem outro
jeito! Antes de fazer a intervenção, é preciso avaliar a situação com a assistência de um profissional habilitado e só fazê-la quando necessário.
Depois disso, verificar o resultado da intervenção para aperfeiçoar seu
conhecimento e prática com a utilização das técnicas de MIP (manejo
integrado de pragas) e MID (manejo integrado de doenças).
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• Produtos para jardins
• Serviços de jardinagem
ENG. AGRÔNOMOS
Karla Meneguetti Blanco
Luís Fernando P. Crepaldi
Av. Joaquim Duarte Moleirinho, 3950 - Jd. Universo (próx. ao Contorno Sul)
www. manejoja.com.br | (44) 3046-0887 | Maringá-PR
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A esperança é o sonho do homem acordado
Aristóteles
Variáveis que influenciam os preços
internacionais na Bolsa de Chicago
Ao contrário do que se pensa, o apetite dos fundos de investimentos tem peso muito grande na formação
das cotações que não se limitam simplesmente à oferta e demanda
Gilda M. Bozza
Economista DTE/FAEP
O desempenho dos preços das commodities não se fundamenta simplesmente
em oferta e demanda específicas e variações climáticas, mas também em variáveis
macroeconômicas e financeiras mundiais, assim como no apetite dos fundos de
investimentos.
Nos tempos atuais torna-se necessário analisar o comportamento de todas as
variáveis fundamentais e financeiras, como forma de obter uma análise mais precisa do quadro de preços. No fator fundamental, assume importância a América
do Sul, com o Brasil como líder interferindo na formação de preços internacionais.
A especulação financeira passou a interferir no mercado de commodities
agrícolas, as quais não passaram incólumes pelos sustos, tanto em razão dos movimentos financeiros que os sucederam quanto pelas ameaças ao consumo que
representam.
A disparada do preço das commodities agrícolas tem levado os fundos de investimento norte-americanos a aumentarem as apostas nesse mercado.Tendência de
clima desfavorável os fundos entram comprando, tendência de clima favorável ao
plantio, os fundos vendem. Rumores no mercado financeiro igualmente interferem na estratégia dos fundos, que a qualquer momento podem fugir do mercado
de commodities e procurar abrigo no dólar.
Voracidade dos fundos
de investimentos
Os fundos de investimentos que atuam em todos os mercados mundiais de
ações, commodities e derivativos, são responsáveis por 86% das operações diárias da Bolsa de Chicago (CBOT). De acordo com especialistas, estima-se que
os fundos investem em margem inicial de US$ 200 bilhões em contratos futuros
e pelo menos cinco vezes este valor em margens de manutenção de posições em
ajustes diários.
CAMPOS VERDES
Comércio de Produtos Agrícolas
Rua Pioneiro Victorio Marcon, 756
Fone: (44) 3032-2255
Maringá-PR

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