Conhecendo as balsas de Sâo Paulo

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Conhecendo as balsas de Sâo Paulo
Boney - Fotografia - Trekking - Ciclismo
Conhecendo as balsas de Sâo Paulo
Hoje fui conhecer as balsas de São Paulo, as que atravessam a Represa Billings em três pontos. O sistema de balsas
é gratuito e conta com operadores, trabalhando em turnos de três horários para que a travessia esteja à disposição da
população diariamente durante 24 horas. A Balsa Bororé parte do bairro do Grajaú, zona sul da Capital, rumo à Ilha do
Bororé. Da Ilha do Bororé sai a Balsa Taquacetuba em direção a São Bernardo do Campo. A Balsa João Basso
transporta a maior quantidade de passageiros e chega ao Riacho Grande, também em São Bernardo do Campo.
Sai de casa tarde, já passavam do meio dia, e fui direto de trem até o Grajaú, lá encontrei uma bela estação e um
terminal urbano de ônibus, que eu não conhecia, a última vez que eu tinha visto a Estação Grajaú, foi em 1990, era de
madeira, agora é praticamente uma estação do metrô, com um terminal enorme, com mais de 30 linhas de ônibus.
Embarquei na linha Ilha do Bororé, em 15 minutos eu já estava atravessando a 1ª balsa, que liga o Bairro do Grajaú a
Ilha do Bororé, desci do ônibus e fiquei conversando com os outros usuários da balsa, a travessia durou 6 minutos, mas
foi muito interessante me amparar nas grades da balsa, vê-la se atracar na outra margem, em um lugar chamado Ilha
do Bororé, e estar ainda dentro do município de São Paulo, fiquei ali mesmo, na entrada da ilha, procurei o Posto de
Atendimento ao Turista para pedir informações, ver roteiros, lugares pra visitar na ilha, mas infelizmente o posto estava
fechado, segui adiante pela estrada, observando a paisagem rural que ali estava, um lugar ainda cheio de muita mata
atlântica, poços artesianos, hortas, plantações, chácaras, eucaliptos, araucárias, cantos de aves, cavalos na rua, e fumaça
de fogão a lenha. Fui caminhando sob este cenário até 8 km a frente, aonde encontrei a 2ª balsa, que liga a Ilha do
Bororé a São Bernardo, embarquei e 10 minutos depois estava na outra margem, agora a paisagem ficou mais rural
ainda, estrada de terra, lama, e uma vendinha de cachaça, estava no interior de São Bernardo do Campo, parei na
vendinha de cachaça pra pedir informações, fui atendido pela Dona Edna, uma simpatia de senhora Paranaense de
nascimento, que está a 20 anos neste local meio ermo, provei sua cachaça de cambuci, até aqueceu o corpo, estava
mesmo muito frio e ventando forte, ela ainda meu deu um cacho de banana vermelha, um tipo de banana pequena e
bem grossa, de casca avermelhada, que fica ótima frita tipo banana chips, ou depois de amadurecer cozinhar na panela
de pressão, ou fazer a milanesa, uma simpatia esta senhora. Neste ponto esperei um ônibus circular gratuito, que me
deixaria na balsa de Riacho Grande, foram 40 minutos de estrada de terra, mato, algumas casas, mato, uma vila, mato
de novo, me senti muito longe de São Paulo, quando chegou na balsa do Riacho Grande, percebi que era a balsa mais
movimentada, e a mais rápida para atravessar, foram 2 minutos, de lá peguei mais um ônibus que me deixou na
Rodovia Anchieta, no outro lado do Riacho Grande, como eu estava com fome, acabei jantando em um daqueles
restaurantes flutuantes e fui pra casa.
Gostei muito de conhecer as balsas de São Paulo, observar as pessoas que as usam, o modo de vida dos lugares que
passei, é uma realidade muito distante do que estou acostumado no centro, me senti na área rural de um interiorzão
mesmo, e isso ainda dentro do nosso município. São Paulo é uma aventura.
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Produzido em: 29 September, 2016, 22:15