Metalworking World 3/2014
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W ss W aor M yaen 0 110 3/14 a revista de negócios e tecnologia da sandvik coromant Velozes e curiosos Um grupo de estudantes ingleses de engenharia renovou seus Minis e os levou para passear na Itália. GC4315: Nova técnica suporta o calor De volta para o presente NORuega Parceiro silencioso INovação Usinagem digital TECnologia Pousos seguros HUNgria Benefícios da flexibilidade TECnologia Avanços na usinagem de engrenagens FRANça Um novo parceiro de serviços TECnologia Melhores práticas para componentes da indústria Perfil editorial klas forsström presidente da sandvik coromant Estamos onde os estudantes estão “ Você não terá nenhum cliente em 20 anos!” o início do discurso de abertura de um seminário chamou a atenção do público, e a sala ficou em silêncio. Para ter clientes em 2034, afirmou o palestrante, as empresas precisam se integrar com aqueles que se tornarão clientes no futuro: os estudantes. Neste momento comecei a me sentir verdadeiramente orgulhoso, já que temos uma forte relação com os profissionais de amanhã, e vamos reforçá-la cada vez mais. Trabalhamos em estreita colaboração com várias escolas e universidades do mundo – o Manufacturing Technology Centre, na Inglaterra, e a Universidade de BeiHang, na China, por exemplo – patrocinando seminários e cursos e atuando como professores convidados. Estamos onde os estudantes estão. Também patrocinamos e participamos de atividades externas, que visam criar interesse pela indústria de manufatura. O rally Italian Job Mini, sobre o qual falamos na página 16, e o carro Bloodhound, que vai tentar quebrar o recorde de velocidade em terra em 2016, são dois projetos espetaculares que funcionam como atrativos para muitos estudantes que ainda não escolheram suas carreiras. A necessidade de aumentar o interesse pelo nosso setor é grande. A Inglaterra, por exemplo, enfrentará em breve uma escassez de 830 mil engenheiros. O projeto Bloodhound sozinho deve estimular a formação de cem mil técnicos de engenharia até 2018. Para nós, todas essas atividades servem para atrair os melhores talentos não só para a Sandvik Coromant – o que certamente 2 metalworking world gostaríamos – , mas para a indústria como um todo. Ficamos felizes em ver os talentos do futuro em nossos clientes. Queremos parceiros que façam perguntas difíceis e nos desafiem constantemente a sermos melhores. Concordo com o palestrante: uma estreita relação com os estudantes é de grande importância, por todas as razões anteriores. Pessoalmente, acrescentaria outra razão: a alegria. Ver o brilho, a paixão e todas as ideias que transbordam dos futuros profissionais do nosso setor aquece meu coração. Bem-vindo à indústria! Boa leitura! klas forsström Presidente da Sandvik Coromant Metalworking World é uma revista de negócios e tecnologia da AB Sandvik Coromant, 811 81 Sandviken, Suécia. Tel: +46 (26) 26 60 00. Metalworking World é publicada três vezes por ano em inglês americano e britânico, alemão, chinês, coreano, dinamarquês, espanhol, finlandês, francês, holandês, húngaro, italiano, japonês, polonês, português, russo, sueco, tailandês e tcheco. A revista é gratuita para clientes da Sandvik Coromant no mundo inteiro. Uma publicação da Spoon Publishing, Estocolmo, Suécia. ISSN 1652-5825. Editora-chefe e responsável legal na Suécia: Björn Rodzandt. Editor-executivo: Mats Söderström. Gerente de contas: Christina Hoffmann. Editor: Geoff Mortimore. Direção de arte: Emily Ranneby. Editor técnico: Börje Ahnlén. Subeditora: Valerie Mindel. Coordena-ção: Lianne Mills. Coordenação de idiomas: Sergio Tenconi. Diagramação das versões: Louise Holpp.Pré-impres-são: Markus Dahlstedt. Foto de capa: Martin Adolfsson. Artigos não solicitados serão recusados. O conteúdo desta publicação só poderá ser reproduzido com autorização do gerente editorial da Metalworking World. Matérias e opiniões expressas na Metalworking World não necessariamente refletem os pontos de vista da Sandvik Coromant ou da editora. Correspondências e pedidos de informação sobre a revista são bem-vindos. Contato: Metalworking World, Spoon Publishing AB, rosenlundsgatan 40, 118 53 Estocolmo, Suécia. Tel: +46 (8) 442 96 20. E-mail: [email protected]. Informações sobre distribuição: Catarina Andersson, Sandvik Coromant. Tel:+46 (26) 26 62 63. E-mail: mww. [email protected]. Impresso na Suécia, gráfica Sandvikens Tryckeri. Impresso em papéis MultiArt Matt 115g e MultiArt Gloss 200g, da Papyrus AB, com certificação ISO 14001e registro junto ao Sistema Comunitário Europeu de Ecogestão e Auditoria (EMAS). Coromant Capto, CoroMill, CoroCut, CoroPlex, CoroTurn, CoroThread, CoroDrill, CoroBore, CoroGrip, AutoTAS, GC, Inveio, Silent Tools, InvoMilling e iLock são todas marcas registradas da Sandvik Coromant. Receba sua cópia gratuita da revista. Envie seu e-mail para [email protected]. A Metalworking World tem caráter informativo. As informações veiculadas na revista são de natureza genérica e não devem ser entendidas como recomendações ou utilizadas como base para tomadas de decisão em casos específicos. Qualquer uso dessas informações é de total responsabilidade do usuário. 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Correntes iluminadas Rodas e correntes de bicicletas velhas são tudo o que a artista californiana Carolina Fontoura Alzaga precisa para transformar lixo em arte. Desde que começou, há sete anos, a mexicana que vive em Los Angeles construiu uma centena de lustres artesanais com bicicletas velhas, e a lista de espera para suas luxuosas criações recicladas é extensa. “Acho que temos uma responsabilidade ética como seres humanos de não depender tanto do uso de materiais novos”, conta. “Eu não quero me limitar a usar apenas material reciclado, mas considero uma prática muito importante. Também é ótimo poder mudar o destino de algo que iria para o lixo. Reivindicar a reutilização é algo poderoso.” Para criar os modelos maiores, com até 2,5 metros de altura e 1,2 metro de diâmetro, Fontoura Alzaga trabalha com um engenheiro e um soldador de estruturas. Cada lustre leva de duas a dez semanas para ficar pronto. Ela recolhe materiais de 120 lojas de bicicletas nos arredores de Los Angeles, juntando correntes velhas que estão enferrujadas, esticadas ou arrebentadas. Ela também coleta pedaços de aço e peças de bicicletas em vários ferros-velhos. “Eu realmente gosto de procurar metais velhos”, afirma. “É resistente, é duro, é ruidoso. A atmosfera nos pátios é terrível, mas eu gosto. Para mim, há algo de muito romântico em ir a um ferro-velho e achar pequenos tesouros. É realmente uma caça ao tesouro. Também fico muito feliz por conseguir ver beleza em algo que ninguém mais vê.” n 4 metalworking world assista ao vídeo dessa história no ipad Jogo Rápido a força dos braços As alavancas fazem a cadeira ser mais rápida que as tradicionais. sacode um empurrão a mais Medicina - Cadeiras de rodas comuns são projetadas para corredores de hospitais ou pisos regulares. Locomover-se com uma cadeira de rodas em um país em desenvolvimento, onde calçadas são frequentemente irregulares ou inexistentes, pode ser um desafio e uma limitação para uma pessoa com deficiência. Agora existe a LFC (Leveraged Freedom Chair, ou cadeira livre com alavancas), a mountain bike das cadeiras de rodas, projetada para os muitos desafios do dia a dia. A cadeira é leve e usa alavancas no lugar do movimento de empurrar tradicional. Os usuários podem mudar de marcha pela posição das mãos, o que permite ir 80% mais rápido do que com uma cadeira de rodas normal e ultrapassar os obstáculos. energia - A regra geral para moinhos de vento é quanto maior, melhor. Mas a pesquisadora Smitha Rao, da Universidade do Texas, EUA, vai na direção oposta, com um moinho de liga de níquel com um sistema microeletromecânico (MEMS). As turbinas eólicas de eixo horizontal têm um motor de três pás de 1,8 milímetro de diâmetro e uma torre de 2 mm. A invenção ainda não é comercializada, mas a esperança é que você possa carregar a bateria do seu celular apenas sacudindo-o ou deixando à brisa de uma janela. Anúncio que mata a sede engenharia - Parece milagre, mas é uma campanha inteligente para promover a Universidade de Engenharia e Tecnologia do Peru e inspirar jovens a seguirem a carreira de engenharia. O outdoor na rodovia soluciona um problema local, a falta de água corrente em Lima, fazendo água a partir do ar extremamente úmido, por meio de um sistema de osmose reversa. A água é condensada e purificada e pode ser recolhida pelos moradores na base do painel. Em seus primeiros três meses, o outdoor produziu 9.450 litros de água potável. “Queríamos que os futuros estudantes vissem como os engenheiros também resolvem necessidades sociais em várias situações cotidianas”, explica Alejandro Aponte, diretor de criação da agência de publicidade Mayo DraftFCB, que trabalhou no projeto. o termo: wearable ou “usável”, tecnologia que é usada próxima ao corpo, sobre o corpo ou no interior do corpo. O número: $1 gota a gota Este outdoor transforma ar em água. Para cada libra (1/2 quilo) de metal duro reciclado ao longo de um mês, a Sandvik Coromant nos Estados Unidos doou um dólar para a organização beneficente Workshops for Warriors. No total, foram doados mais de 40 mil dólares. metalworking world 5 jogo rápido aplausos de titãs 225.000 o número: Número de turbinas eólicas no mundo em 2013. puxando ferro Flexionando o Braço Titã. medicina - A cada ano, milhares de trabalhadores precisam tirar licença médica devido a lesões causadas por carregar peso excessivo. O Braço Titã é um exoesqueleto motorizado da parte superior do corpo para uso em reabilitação e aplicações terapêuticas, bem como em trabalhos que exijam muita força. O braço possui sensores que fornecem dados sobre os movimentos do usuário, que são úteis na terapia física. Por trás do projeto estão quatro estudantes de engenharia mecânica da Universidade da Pensilvânia, EUA. Eles receberam diversos reconhecimentos por sua inovação, incluindo o Prêmio James Dyson. Baterias inclusas energia - Engenheiros da Volvo desenvolveram um novo tipo de bateria de carro que é parte integrante da carroceria do veículo. A bateria é um sanduíche de fibra de carbono, nanobaterias e de super-condensados, que são moldados na estrutura em um forno. Além de terem uma “memória” e tempo de recarga mais rápido do que as baterias de íon-lítio, as nanobaterias, feitas de um nanomaterial, são mais leves e mais fortes do que o aço, reduzindo o peso do carro em 15%. Os engenheiros estimam que um veículo poderia rodar 130 km com uma única carga. o número: prêmio incentiva a inovação o engenheiro sul coreano Changhun Son é a primeira pessoa a ganhar o prêmio interno de inovação da Sandvik Coromant, o Bright Yellow Challange. O prêmio será concedido anualmente ao colaborador que elaborar a solução mais inovadora do ano. Son ganhou o prêmio pelo software que desenvolveu para os processos de máquinas, a fim de dar aos clientes respostas mais rápidas sobre questões de investimento em máquinas. No fim, a solução levará a melhores processos para a fabricação de ferramentas especiais. 6 metalworking world 10 a Toyota no Japão substituiu alguns robôs por humanos, e obteve ganhos de eficiência. Com a substituição de cem robôs por pessoas, a empresa reduziu os resíduos na produção de virabrequins em 10%. O objetivo é alcançar melhor entendimento de como os processos e máquinas funcionam. Exposição internacional de metalmecânica abm, Exposição Internacional Metalmecânica, é considerada uma das maiores do setor, figurando entre as 5 melhores do mundo. Este ano, ela aconteceu na Messe Stuttgart, Alemanha, entre 16 e 24 de setembro, e contou com mais de 1.300 expositores de quase 30 países. A Sandvik Coromant marcou presença com um estande no Pavilhão 1. jogo rápido texto: HENRIK EMILSON ILUSTRAção: Niklas thulin e-bikes Qualquer um que já passou horas em uma estrada poluída e congestionada a caminho do trabalho provavelmente concordará que este cenário precisa mudar no futuro. De muitas maneiras, os veículos elétricos de duas rodas – ou e-bikes, como é popularmente chamada essa mistura de bicicleta e motocicleta com um motor elétrico – representam uma solução. No entanto, tecnologia elétrica, novos materiais leves, design moderno, baterias eficientes e recarga rápida são apenas partes do quebra-cabeça. Investimentos em infraestrutura e inovações também são fundamentais. n 130 milhões Benefícios Os pequenos motores das e-bikes ajudam a superar as dificuldades de uma bicicleta tradicional – ladeiras, vento, distância e transpiração. Muitas e-bikes atingem uma velocidade de cerca de 30 km por hora e podem rodar 50 km antes de recarregar. 81 e-bikes com baterias de 300 watts, carregadas com eletricidade gerada por carvão, produzem a mesma quantidade de poluição que um único carro. Novos materiais e novos modelos O bambu é uma tendência na construção de bicicletas, oferecendo um quadro leve e forte, com um efeito antivibratório natural. A empresa química BASF lançou uma e-bike de plástico chamada Concept 1865, imitando um velocípede do século XIX. A bicicleta tem a tradicional roda frontal grande e vem com várias soluções inteligentes, como iluminação LED no quadro e bateria no assento removível. Número de e-bikes na China, que cresce aproximadamente 30% por ano. Infraestrutura Recentemente, o arquiteto britânico Norman Foster sugeriu a SkyCycle como solução para o trânsito de Londres. O projeto consiste em 220 km de vias sem carros acima da rede ferroviária. As dez rotas, seguindo as diferentes linhas de metrô acima do solo, teriam um total de 200 pontos de acesso e cada um com capacidade para 12 mil ciclistas por hora. Em Copenhague, na Dinamarca, 40% dos deslocamentos agora são feitos de bicicleta, graças a uma extensa rede de ciclovias. Com a futura expansão da infraestrutura, o número deve chegar a 50% em 2025. Ciclovias parecidas foram criadas em Nova York e Chicago, nos EUA; em Gröningen, na Holanda e em Guangzhou, na China. assista ao vídeo sobre e-bikes no ipad metalworking world 7 jogo rápido texto: Henrik emilson foto: Daniel Byrne O carro dos sonhos eficiência energética A nova geração de DeLoreans é equipada com motores elétricos. 8 metalworking world Era o sonho de um homem, mas o sonho mostrou ser apenas um cochilo na história da indústria automotiva. John DeLorean era um executivo que deixou a General Motors em 1973 para perseguir seu sonho de lançar uma marca própria de automóveis. Sua fábrica foi instalada em Belfast, na Irlanda, e em 1981 ficaram prontos os primeiros veículos DeLorean, com suas carrocerias de aço inoxidável e portas que se abriam como asas de gaivotas. A empresa teve vida curta. Os carros acabaram saindo mais caros do que o planejado e, ainda por cima, esse esportivo não era muito rápido. Quando a empresa encerrou as atividades, apenas um ano depois, só 9.000 unidades haviam sido produzidas. Passados 30 anos e três filmes De Volta Para o Futuro, onde o DeLorean aparece como uma máquina do tempo, o modelo é hoje considerado cult. Stephen Wynne, um mecânico especializado em DeLoreans, antecipou a popularidade e a procura que o carro viria a ter e comprou grande parte dos estoques e das peças do modelo. Há alguns anos, depois de ter sido repetidamente questionado se eles ainda podiam ser comprados, ele decidiu começar a produção. Desta vez o carro é uma mistura de peças antigas e novas, com um chassi mais leve, motor elétrico e velocidade máxima de 195 km/h. O novo DeLorean vem com um adesivo com uma citação que faz referência a De Volta Para o Futuro: “Gasolina? Para onde vamos, não precisamos de gasolina”. n texto: Tomas Lundin foto: Adam lach Na medida da perfeição A Dana, um dos principais fornecedores de peças de powertrain do mundo, adquiriu uma solução turnkey sob medida da DMG MORI e da Sandvik Coromant para sua nova fábrica na Hungria. Agora, as peças que vinham de fora são produzidas internamente, com feedback instantâneo das linhas de montagem, garantindo maiores produtividade e qualidade. Györ, Hungria. metalworking world 9 [1] A DMG MORI, a Sandvik Coromant e a Dana trabalharam juntas na solução turnkey. [2] Valorizar os talentos é crucial para o plano de expansão de negócios da Dana. [3] 10 [3] Heikko Hornung, da Sandvik Coromant (à esq.) e Dorin Schäffer, diretor geral da DMG MORI na Hungria (à dir). [1] [2] [4] Das 170 ferramentas na solução turnkey da Dana, 80 foram feitas exclusivamente para a unidade de Györ. [4] metalworking world Hoje, cerca de 30% das peças para eixos pesados e transmissões são produzidas internamente. nnn A pequena cidade húngara Györ, entre Viena e Budapeste, é um local privilegiado para a indústria automotiva. Alguns dos fabricantes internacionais mais conhecidos estão na região, atraídos pelo número de profissionais qualificados e pela longa tradição de produção automotiva. No topo da lista está a Audi, cuja planta em Györ é a maior fábrica de automóveis do mundo. A Dana inaugurou uma unidade na cidade há cinco anos, originalmente para montagem de eixos e transmissões para veículos fora de estrada entregues por outras unidades da empresa ou por fornecedores externos. Mas, em 2012, a Dana investiu em produção própria e, hoje, cerca de 30% das peças são produzidas no local. “Agora somos capazes de reagir imediatamente se houver problemas com peças”, conta Zoltán Király, diretor geral da empresa em Györ. “Este feedback instantâneo prova que estamos acelerando o processo e alcançando melhor qualidade. E, claro, somos menos dependentes de entregas externas.” Para minimizar o tempo de start-up e os custos de treinamento, a Dana decidiu investir em uma solução turnkey. “Nós não tínhamos o conhecimento, por isso precisávamos comprar não apenas máquinas, mas competência”, explica Király. No início de 2013, o fabricante de máquinas-ferramenta DMG MORI começou a projetar o sistema de produção e a Sandvik Coromant foi escolhida para fornecer a solução completa de ferramentas. Das 170 ferramentas utilizadas, 80 foram desenvolvidas exclusivamente para a planta em Györ. Algumas também foram adquiridas de outra empresa. “A Sandvik foi muito flexível”, afirma Ralf Riedemann, presidente da Mori Seiki GmbH e diretor geral da Mori Seiki Europe AG. “Não é muito comum, mas a Sandvik entendeu que isso era necessário para oferecer um pacote de usinagem otimizado.” metalworking world 11 [1] [2] [3] [4] todo O projeto foi estudado e desenvolvido em cinco meses, no centro de tecnologia da DMG MORI em Wernau, na Alemanha. “Foi um projeto muito exigente”, conta Riedemann. “No fim, conseguimos demonstrar que éramos capazes de produzir soluções turnkey muito complexas em tempo recorde. E o segmento turnkey é um mercado estratégico em que queremos crescer ainda mais. Por isso, também era muito importante mostrar a nossa expertise.” Para a Dana, a história foi um sucesso. Comprar um pacote turnkey e planejar iniciar a produção em apenas seis meses foi uma experiência ousada. “Sim, estávamos sob a pressão do tempo, mas o processo foi muito tranquilo”, lembra Ferenc Rezsofi, líder do projeto da Dana durante a fase de start-up. O fator mais importante do sucesso, lembra Dorin Schäffer, diretor geral da DMG MORI para a Hungria, foi o fato de todos os envolvidos no projeto acreditarem em colaboração e comunicação intensas. “Essa atitude virou a marca do projeto”, conta Heiko Hornung, gerente sênior de contas estratégicas da Sandvik Coromant. n [1] No total, o projeto turnkey é composto por três células de produção com 11 máquinas. [2] A Dana comemora 110 anos em 2014. 12 metalworking world [3] Entre 135 mil e 140 mil peças são produzidas por ano. [4] A produção é altamente automatizada, com poucas pessoas em cada turno. visão técnica “Nós não tínhamos o conhecimento, por isso precisávamos comprar não apenas máquinas, mas competência.” Zoltán Király, diretor geral da Dana em Györ O projeto turnkey da DMG Mori é composto por três células de produção com 11 máquinas, das quais cinco estão instaladas em um sistema de pool de paletes linear com 28 paletes e três estações set-up produzindo quatro famílias de produtos diferentes: seis tipos de carcaças de eixos, quatro de mangas de eixo, dois de suportes de engrenagens planetárias e quatro de caixas centrais. Desde agosto de 2013, a produção é realizada em quatro turnos, 24 horas por dia, sete dias por semana, que produzem entre 135 mil e 140 mil peças por ano. “Este foi realmente um projeto transnacional, com perfeita comunicação entre a Dana Győr, a DMG MORI na Hungria e na Alemanha e a Sandvik Coromant na Hungria, Alemanha e Europa Central”, diz Laszlo Joszay, gerente da Sandvik Coromant na Hungria. “Foi um verdadeiro trabalho em equipe, com responsabilidades compartilhadas, entendimento comum das reais necessidades do cliente e visão do todo. Isso mostra o nível de competência da Sandvik Coromant, capaz de lidar com projetos internacionais completos, utilizando nosso conhecimento exclusivo de engenharia. “ Quase metade das 170 ferramentas foi projetada pela Sandvik Coromant exclusivamente para a planta em Györ. “Desenvolvemos um modelo 3D específico para cada uma e investimos muito esforço de engenharia”, afirma Michael Huppertz, líder do projeto para investimento em máquinas da Sandvik Coromant. A produção em Györ é altamente automatizada, com apenas três operadores, um líder de turno e uma pessoa responsável pela qualidade, por turno. Os operadores foram treinados nas instalações da DMG MORI na Alemanha e em Györ, onde a Sandvik Coromant e a DMG MORI ajudam com especialistas no local. “A maioria dos nossos operadores é jovem, bem formada e extremamente ambiciosa”, afirma Laszlo Nyeki, operador de CNC e líder de turno. Nyeki, 35 anos, se descreve como um “professor e amigo mais velho”. Atrair os melhores talentos para atuar na fábrica é um dos fatores mais críticos, uma vez que a Dana planeja expandir sua engenharia para incluir componentes de transmissões. A Audi está contratando bastante, assim como a Mercedes, que fica em Kecskemét, a 250 km de Györ. metalworking world 13 Tecnologia texto: turkka kulmala imagem: Mike James Pousos seguros a indústria aeroespacial demanda aviões cada vez maiores, capazes de transportar mais passageiros e mais cargas. Ao mesmo tempo, esforça-se ao máximo para reduzir o consumo de combustível. Novos materiais estruturais e tecnologias de fabricação reduzem o peso das aeronaves, mas o aumento das cargas tende a elevar a massa total e, com isso, a exigência sobre o trem de pouso. A Administração Federal de Aviação dos EUA determina uma razão de descida máxima de cerca de três metros por segundo para um avião comercial durante a aterrissagem. Considerando o peso típico de um avião de médio porte moderno, cerca de 150 a 250 toneladas, a energia cinética de aterrissagem pode ficar na faixa de 700 a 1.200 MJ. Em outras palavras, os principais amortecedores do trem de pouso absorvem instantaneamente uma quantidade de energia comparável ao impulso do motor a jato do avião ou a energia gerada em uma colisão de carros, entre 200 e 300 kN. Para produzir componentes de aeronaves como trens de pouso que possam suportar cargas elevadas repetidamente e de forma segura, a indústria aeroespacial precisa de processos de usinagem seguros e produtivos. Parceira comprometida de longo prazo, a Sandvik Coromant está pronta para o desafio.n 14 metalworking world Usinagem de furos profundos A usinagem da nervura principal de um trem de pouso geralmente começa com uma operação de furação profunda para abrir a câmara interna. Diâmetros típicos variam de 80 a 250 milímetros, e as faixas de profundidade do furo de 10 a 15 vezes o diâmetro. Cabeças de broca especiais são usadas para deixar o material perto das exigências de acabamento. Mandrilamento de garrafa O peso do trem de pouso impacta diretamente o consumo de combustível. Um desafio é aliviar o trem de pouso o máximo possível, mantendo as tolerâncias. Uma maneira de reduzir o peso é produzir uma cavidade na seção do eixo da nervura principal. No processo de mandrilamento de garrafa, uma parte da haste dos cilindros de aço do trem de pouso principal é furada, gerando uma diminuição de peso significativa. Especialistas da Sandvik Coromant dão suporte à indústria aeroespacial desenvolvendo soluções de mandrilamento de garrafa seguras e produtivas. Silent Tools O conceito antivibratório Silent Tools oferecido pela Sandvik Coromant é uma necessidade na realização de operações desafiadoras de torneamento interno com balanços extremos. O programa de barras de mandrilar Silent Tools se estende até diâmetros de 250 milímetros, enquanto balanços alcançam, e as vezes ultrapassam, a proporção de 14 vezes o diâmetro. Devido às numerosas e exigentes operações de usinagem interna e ao projeto complexo de um trem de pouso, é necessária uma transição precisa e eficiente entre várias cabeças de corte. As cabeças de corte, com seu acoplamento serrilhado, conhecido como CoroTurn SL, conectam-se à barra de mandrilar Silent Tools e proporcionam uma solução de troca rápida fácil e confiável, sem comprometer o desempenho. A combinação das ferramentas Silent Tools e do CoroTurn SL cria uma solução líder mundial para usinagem de furos profundos encontrados em trens de pouso feitos para as modernas aeronaves atuais. Máquina-ferramenta: Dedicação x flexibilidade Uma máquina-ferramenta dedicada e especializada é a escolha óbvia para operações de usinagem avançada, como furação profunda, devido aos requisitos rigorosos que a indústria aeroespacial precisa atender. Fabricantes do setor e muitas outras indústrias são atraídos para as oportunidades oferecidas pela filosofia atual de set-up único: com flexibilidade e capacidades suficientes, todas as peças do trem de pouso poderão, em breve, ser produzidas em uma única máquina multitarefa. Tornofresamento Devido à complexidade das diferentes características da nervura principal do trem de pouso, pode ser difícil criar até os perfis mais básicos – um diâmetro externo, por exemplo. A combinação de torneamento e fresamento pode resolver o problema, permitindo a remoção de grandes quantidades de material em um único set-up. O extenso programa de fresamento da Sandvik Coromant – incluindo a CoroMill 300 com pastilhas redondas, a CoroMill 390 e as fresas de topo inteiriças de metal duro CoroMill Plura e a fresa CoroMill 316 com cabeça intercambiável – oferece uma ótima base para qualquer operação de tornofresamento. Em aplicações aeroespaciais, isso se traduz na capacidade de produzir qualquer tipo de trem de pouso, seja para grandes aeronaves ou veículos aéreos não tripulados (VANT). RESUMO Aumento do tamanho das aeronaves e exigências para reduzir o peso criam novos desafios de usinagem para os fabricantes de trem de pouso. A Sandvik Coromant oferece soluções certificadas e líderes de mercado, incluindo furação profunda, mandrilamento de garrafa e tornofresamento. metalworking world 15 James Laker não deixa parafuso solto. texto: geoff mortimore foto: edward shaw Coventr y Pisando fundo Inspiração. Vinte e um estudantes, três carros Mini e um passeio e tanto. Participar do rally Italian Job Mini pode ser a maior aventura dos estudantes do Manufacturing Technology Centre, na Inglaterra. 16 metalworking world Além da reforma, os alunos também são responsáveis pelo financiamento e pelo marketing do projeto. Não há solução rápida quando se trabalha em um carro de 30 anos. Para os cinéfilos e aficionados por automóveis clássicos de todo o mundo, Michael Caine podia ser o destaque do filme The Italian Job (Um golpe à italiana), de 1969, mas as verdadeiras estrelas eram os Minis que a quadrilha usou para fugir após roubar um carregamento de ouro em Turim. Em homenagem ao filme, entusiastas e fãs do carro britânico criaram um rally que refaz a rota de fuga pelos Alpes italianos. Nos 25 anos do rally, ele se tornou quase tão icônico quanto o próprio filme. Quando os gestores do Manufacturing Technology Centre (MTC) em Coventry, Inglaterra, souberam do evento, decidiram que o rally seria a maneira perfeita de desenvolver engenheiros e técnicos, direcionando suas habilidades técnicas e de marketing para uma boa causa (o rally ajuda instituições assistenciais infantis). “É uma boa maneira de aprender habilidades além da engenharia, e uma grande oportunidade de melhorar a comunicação, marketing, gestão de projetos e captação de recursos, por exemplo”, afirma Leigh Carnes, Diretor de Operações do MTC. A equipe 21-strong, formada por universitários e pós-graduandos, é responsável pelo projeto do início ao fim. Suas energias estão focadas em três Minis: “Mike”, modelo de 1981, “Tango”, de 1992, e “Charlie”, de 1966. O trabalho começou em maio de 2013, com atividades iniciais de planejamento e captação de recursos, antes mesmo que os carros fossem adquiridos. O grupo é dividido em subequipes que abrangem marketing e patrocínio, questões técnicas internas e tecnologia. Durante o rally, cada carro terá um piloto e um navegador. Um veículo de apoio do MTC com duas pessoas dará suporte constante ao longo da jornada, que cobrirá a cidade de Turim, os alpes italianos e o clássico circuito de corridas de Monza. Presumindo que tudo corra bem, espera-se que o projeto se torne um evento anual para os estudantes do Centro. O rally em si é secundário para o MTC. Mais importante é a forma como a equipe lida com os muitos desafios envolvidos, começando com as etapas de planejamento, e como eles usam suas habilidades e iniciativas para alcançar seus objetivos. metalworking world 17 The Italian Job O filme de 1969 é estrelado por Michael Caine, que planeja roubar um carregamento de ouro nas ruas de Turim ao criar um engarrafamento com Minis. Em 2003, uma nova versão foi lançada, desta vez em Los Angeles e estrelada por Mark Wahlberg, cuja gangue de ladrões profissionais conduz os Minis em um complexo plano de assalto e vingança. Para o MTC, o Italian Job também aborda a séria questão da iminente escassez de mão de obra qualificada no setor de engenharia. “Ele se encaixa na nossa missão de desenvolver o futuro da indústria britânica nos jovens engenheiros, dando-lhes conhecimento e desafiando-os a serem criativos”, explica Mo Al-Badani, responsável pelo marketing do projeto. O projeto foi dividido em três fases: primeiro, levantar fundos e encontrar patrocinadores, entre eles a Sandvik Coromant e vários outros nomes importantes; segundo, adquirir três Minis; e, finalmente, os reparos e o próprio rally. Não demorou muito para o grupo perceber que a compra e reforma dos carros seria, provavelmente, o menor de seus desafios. “O maior desafio tem sido a parte de marketing e captação de recursos”, conta o gerente de projeto Imran Agha. “Nós não pensamos em nenhum aspecto comercial da iniciativa. De gerenciamento de projetos à captação de recursos, tudo tem sido uma grande surpresa. E ainda temos que enfrentar problemas diários em termos técnicos, incluindo a substituição de um motor inteiro em um carro e a montagem de uma oficina automotiva completa onde trabalhamos.” Phil Leather instruindo o grupo. Entretanto, outra questão, mais difícil de prever, se tornou evidente em um estágio inicial. “Saúde e segurança são o meu maior desafio”, diz Al-Badani. “Pensávamos que só compraríamos carros e os consertaríamos, mas havia tantos documentos de avaliação de riscos e outras coisas para resolver que acabamos fazendo um treinamento intensivo para abranger tudo.” A gestão do tempo também se mostrou uma grande aprendizagem para a equipe. As horas que dedicam aos carros se iniciam após os turnos de trabalho no MTC. “Organizar é um desafio, porque é necessário muita energia e comprometimento”, afirma Al-Badani. “Começamos a mexer nos carros depois de um longo dia de trabalho, o que já diz muito sobre o MTC e o futuro desta empresa da qual nos orgulhamos e gostamos tanto.” n Da esq.: Ray Yim, Mo Al-Badani e Agata Suwala. 18 metalworking world Os três carros que participarão do rally foram batizados Mike, Tango, Charlie, referindo-se à própria sigla do Centro, MTC. a conexão Sandvik Coromant MTC O Manufacturing Technology Centre foi criado em 2010, em Coventry, na Inglaterra. O objetivo era aproximar academia e indústria. Uma fábrica com esse propósito foi inaugurada em 2011 e atende setores como aeroespacial, automotivo, transporte, saúde, robótica, produção de alimentos, defesa, naval e tecnologias de informação e de comunicações. Entre os membros fundadores estão empresas como Aero Engine Controls, Airbus e Rolls-Royce; Na relação principal de parceiros figuram a Sandvik Coromant, Siemens, HP e Alstom. No lado acadêmico, as universidades próximas, de Birmingham, Loughborough e Nottingham e o TWI LTD (The Welding Institute) também são parceiros, trabalhando em projetos que incluem automação inteligente, ferramentas e dispositivos de fixação avançados, produção de eletrônicos, engenharia computadorizada, fabricação de alta integridade, metrologia e testes não destrutivos. A Sandvik Coromant integra o rol dos principais parceiros industriais do MTC desde 2011 e fornece patrocínio e assistência para a equipe do rally Italian Job Mini. Engenheiros ficaram de plantão para ajudar com recomendações sobre tudo, da compra dos veículos à preparação dos carros para o rally. O suporte de marketing no projeto é tão importante quanto as ferramentas em si, com um grande foco destinado à conscientização antes e durante o evento. “O Mini é um verdadeiro ícone da engenharia britânica, e nós, como empresa, queríamos trabalhar com foco contínuo na indústria do Reino Unido, por isso, vimos essa corrida como uma oportunidade ideal”, afirma Howard Meachin, gerente sênior de engenharia da Sandvik Coromant no Reino Unido. Turim Ele também ajuda a lidar com a falta de novos profissionais no ramo da engenharia. “Queríamos apoiar uma iniciativa capaz de ajudar a resolver a ‘falta de competências’”, conta Meachin. “Não apenas atrair, incentivar e estimular novos talentos, mas também garantir a retenção deles no futuro. O Italian Job oferece à equipe uma grande oportunidade de desenvolver habilidades adicionais, como gerenciamento de projetos, compras, marketing e gestão de pessoas, que eles não poderiam desenvolver em suas tarefas diárias.” Imran Agha, gerente de projetos. “Sai la strada per Torino?” Praticando o essencial. metalworking world 19 Tecnologia texto: christer richt imagem: IDA Knudsen Avanços na usinagem deengrenagens Há uma grande mudança tecnológica em curso na usinagem de qualquer tipo de dente ou peças de engrenagens em todas as máquinas, afirma Mats Wennmo, gerente técnico sênior da Sandvik Coromant para soluções de usinagem de engrenagens. O que impulsiona essa mudança na usinagem de engrenagens e quais os benefícios que motivam os fabricantes? Existem três motivações principais: • Aumentos de produtividade • Melhorias no manuseio de ferramentas e logística • Fabricação sustentável. A boa notícia para os fabricantes é que isso se aplica desde máquinas antigas e convencionais até novos centros de usinagem de cinco eixos. Os benefícios da mudança tecnológica valem para todo tipo de usinagem de engrenagens. Por muito tempo, presumia-se que ferramentas de HSS (aço rápido) eram as únicas adequadas para usinar dentes de engrenagens. Porém, em praticamente todos os outros tipos de usinagem, o metal duro ou materiais de ferramentas ainda mais duros dominam e elevam o desempenho. Agora, a produção de engrenagens também está se modernizando, impulsionada por novas tecnologias de ferramentas e métodos de usinagem. Há uma grande diferença de produtividade entre ferramentas de HSS e de metal duro, e isso realmente pende a favor de ferramentas com pastilhas intercambiáveis. Em fresamento com caracol vemos melhorias de 50% a 300%. Além disso, a reafiação e recobertura e a necessidade de 20 metalworking world inúmeras ferramentas de backup, juntamente com a administração e logística de fresas de HSS, são eliminadas quando se usa ferramentas com pastilhas intercambiáveis. As ferramentas permanecem na fábrica sob controle, podendo ser mantidas e reajustadas na máquina e ainda têm um campo de aplicação mais amplo. A usinagem sem refrigeração também é possível com ferramentas com pastilhas intercambiáveis. Além de ser mais sustentável, ela reduz custos. Hoje a usinagem de engrenagens é mais exigente e, certamente, é preciso investir em novas máquinas para se beneficiar. Além disso, muitos fabricantes de engrenagens não podem esperar novos equipamentos. Como eles ganham tempo com as máquinas que têm? Sim, a usinagem de engrenagens é mais exigente hoje, o que significa que as ferramentas de HSS estão ainda menos preparadas para o trabalho. Inicialmente, quando são novas, as fresas de HSS podem oferecer engrenagens de maior qualidade do que as ferramentas com pastilhas intercambiáveis. Mas depois da primeira reafiação, a qualidade alcançada passa a ser a mesma. Com reafiações subsequentes, a capacidade das fresas de HSS de se manter nas tolerâncias reduz até elas não conseguirem mais alcançar resultados satisfatórios. Power Skiving é uma solução da Sandvik Coromant que usa ferramentas intercambiáveis para desbaste e é utilizada em conjunto com ferramentas de acabamento monobloco. Em alguns aspectos, o método é superior à usinagem convencional de engrenagens e pode oferecer reduções do tempo de ciclo de mais de 50%. Mats Wennmo, gerente técnico sênior para soluções de usinagem de engrenagens, Sandvik Coromant Nas ferramentas com pastilhas intercambiáveis, as arestas de corte têm um nível diferente de durabilidade, e mudar as pastilhas devolve às fresas sua capacidade inicial. Qualquer máquina-ferramenta, seja uma máquina antiga e estável ou um novo centro de usinagem de cinco eixos, se beneficia da nova tecnologia. Uma grande vantagem das pastilhas intercambiáveis é que as classes de metal duro podem ser desenvolvidas ou adaptadas para atender demandas específicas, como condições de usinagem, materiais e operações. Como isto é útil na fabricação de engrenagens? estamos diante de uma variedade de aplicações em diferentes máquinas, e nós desenvolvemos uma gama de ferramentas e métodos para elevar a produção: • Fresamento com caracol • Fresas de disco/disco de corte • Power Skiving • InvoMilling. Fresas de disco são para acabamento e desbaste. Nos centros de usinagem, o desbaste pode ser utilizado com produtivas fresas de múltiplos dentes (por exemplo, a utilizada no fresamento uP-Gear), seguido por InvoMilling como método de acabamento. InvoMilling pode produzir qualquer desenho de flanco de dente e raiz, o que significa que o design da engrenagem não é limitado pela forma como ela é usinada. Para os centros de usinagem, é uma mudança para métodos de fabricação de engrenagens mais vantajosos e flexíveis, para pequenos e médios volumes. Também significa uma troca das fresas de engrenagens especiais e limitadas para as padrão, muito mais versáteis. As pastilhas intercambiáveis tornaram isso possível. Além disso, as recém-desenvolvidas CM171 e CM172 com pastilhas de perfil completo podem produzir qualquer estria, cremalheira ou engrenagem do módulo 0,8 até o 10. Máquinas convencionais e centros de usinagem podem, é claro, se beneficiar dos melhores níveis de produtividade que essas ferramentas oferecem. Outro benefício é que o corpo da fresa pode ser usado para vários módulos diferentes. Aumentos de produtividade alcançados com fresas tipo caracol reduziram muito o tempo de usinagem em máquinas antigas e novas. Esses caracóis se beneficiam da tecnologia de ferramenta modular, com o Coromant Capto, proporcionando trocas rápidas em máquinas e com adaptadores de suporte e de fuso. Os resultados são alta rigidez na montagem da ferramenta, alta precisão e set-up rápido e fácil. Normalmente, o tempo de máquinas paradas é reduzido de 30 para 5 minutos. Usinagem com fresas de disco é uma solução versátil e de baixo custo para a maioria dos tipos de engrenagens, estrias e cremalheiras, e as ferramentas são adequadas para diferentes tipos de máquinas – novas e antigas. n metalworking world 21 [1] [2] [1] Na área de 17.500 m2 da fábrica há guindastes com nomes de jogadores de futebol locais. [2] A solução Silent Tools aumentou a produtividade em 378%. [3] A Aarbakke fornece para plataformas petrolíferas em todo o mar do Norte. [4] Um dos segredos do sucesso da Aarbakke é o forte senso de companheirismo. [4] 22 metalworking world [3] texto:Susanna Lindgren foto: Karl Andersson SILÊNCIO DE OURO A norueguesa Aarbakke oferece à altamente competitiva indústria de petróleo e gás soluções turnkey avançadas para atividades submarinas e em poços. Ferramentas que melhoram o processo de corte em mais de 300% são muito bem-vindas aos processos, inclusive porque reduzem significativamente os níveis de ruído. Bryne, Noruega. discussões entre Aarbakke e Bernt Mæland, engenheiro de vendas da Sandvik Coromant Noruega, que visita regularmente a fábrica em Bryne, a 30 km ao sul de Stavanger. Foi Mæland que pediu aos seus colegas da Sandvik Teeness, em Trondheim, para irem à Bryne analisar o problema dos altos níveis de ruído. “A máquina fazia um som de alta frequência realmente irritante, que fazia todo mundo reclamar”, diz Mæland. “Ouça a diferença.” A ferramenta Silent Tools da Sandvik Teeness minimiza as vibrações através de um amortecedor. Para Aardal e sua equipe isso fez uma diferença enorme. “Eu nem preciso mais de protetor auricular”, conta. A maioria dos pedidos da Aarbakke é de pequenas séries de cinco a dez unidades de peças especiais para equipamentos submarinos ou de poços. Na planta, que ocupa uma área de 17.500 m2, peças e blocos de aço ficam alinhados para torneamento, fresamento, mandrilamento, furação e montagem. “Nosso ponto forte é entregar produtos de alta qualidade, e no prazo”, ressalta Inge Brigt A equipe da Aarbakke e seus valores fundamentais. Aarbakke, fundador e nnn Na fábrica da Aarbakke em Bryne, Noruega, o líder de equipe Kim Aardal veste uma camiseta preta com a inscrição Fellesskap em branco. A palavra significa “comunidade” em português. Todos os seus colegas de trabalho no local usam camisas semelhantes, com mensagens como “trabalho em equipe” e “felicidade”, que ajudam a incentivar o cuidado com produtos e pessoas. As mensagens não são apenas uma estampa. “Trabalhar em conjunto geralmente resulta em melhores soluções”, afirma Aardal, abrindo a porta para mostrar uma nova fresa slitting cutter especial, feita pela Sandvik Coromant. No interior da proteção, um cilindro de aço de um metro de comprimento está montado e pronto para ser cortado horizontalmente em vários pedaços. “Antes, esse processo demorava 45 minutos. Com esta fresa nova e sob medida, reduzimos para vinte. As lâminas de corte precisam ser trocadas duas vezes mais, mas só leva dois minutos, o que não é nada comparado com os 25 minutos que economizamos”, diz Aardal. A nova ferramenta é o resultado de reuniões e Aarbakke O avô de Inge Brigt Aarbakke abriu a fábrica Aarbakke Shoe em Bryne, Noruega, em 1918. Produzir ferraduras era um bom negócio na região rural norueguesa da época. Na década de 1960, a empresa passou de pai para filho, e Inge Brigt Aarbakke assumiu o lugar de seu pai no início de 1980. Sua primeira decisão foi fechar a fábrica de ferraduras, já que os cavalos de potência agora vinham da área de Petróleo e Gás. Os primeiros investimentos em um torno e uma fresa foram logo seguidos por outros. Hoje, a Aarbakke tem 18% do mercado de máquinas submarinas e de poços, que movimenta cerca de 420 milhões de euros. Ela teve um volume de negócios de 74 milhões de euros em 2013 e tem o objetivo de aumentar mais 24 milhões em 2014. Três quartos de sua produção vão para clientes no exterior. Apesar da base global de clientes, a empresa tem raízes muito locais, o que é visível no interior da fábrica, onde todos os guindastes têm nome de jogadores de futebol locais bem-sucedidos. metalworking world 23 [1] Inge Brigt Aarbakke, presidente e fundador da Aarbakke (à esq.) e Bernt Mæland, engenheiro de vendas da Sandvik Coromant. [1] “A Sandvik se baseia em confiança, qualidade e entrega – os mesmos valores que os clientes apreciam em nós.” [2] A última mão do processo. [3] A ferramenta Silent Tools reduziu significativamente os níveis de ruídos. [2] Inge Brigt Aarbakke, presidente e fundador presidente da empresa. “A indústria de petróleo está mudando. Não há mais margem para erros.” ainda segundo ele, a estratégia da Aarbakke sempre foi trabalhar de forma inteligente, testar soluções novas e inovadoras para melhorar o desempenho e ter uma estreita colaboração com clientes e fornecedores. Para ter sucesso, todos os colaboradores, clientes, produtos e máquinas são importantes. Ele exibe o slogan na nova coleção de uniformes que em breve serão entregues aos colaboradores: “Orgulho em cada movimento”. “Se queremos conquistar mais mercado, temos que começar no chão de fábrica”, reforça. “É como dirigir um carro de corrida. Se quiser vencer uma prova, a chave do sucesso está na preparação.” No chão de fábrica, Aardal é acompanhado por Ove Aase, outro líder de equipe da Aarbakke. “Acho que todos se orgulham de fazer um bom trabalho”, afirma Aase. Para ele, o mais gratificante é que cada dia oferece um novo desafio para melhorar o desempenho. As visitas semanais de Mæland, da Sandvik Coromant, levaram a vários avanços positivos. “O uso de fresas com pastilhas de cerâmica para trabalhar com o extremamente duro Inconel é apenas um dos vários exemplos”, diz Aase. “Enquanto a Sandvik entregar produtos de alta qualidade, ela continuará a ser o maior fornecedor de ferramentas de corte da Aarbakke”, conclui. n 24 metalworking world [3] visão técnica Integrex E-800 H II com a barra antivibratória Silent Tools. “Cada melhoria é uma pequena vitória. E isso traz uma ótima sensação.” Ove Aase, líder de equipe da Aarbakke Confiança mútua. A Sandvik Coromant fornece ferramentas de corte para Aarbakke há mais de 20 anos. O fato de o engenheiro de vendas Bernt Mæland já ter trabalhado como operador de máquinas na empresa e fazer visitas semanais tem sido uma vantagem para encontrar as melhores soluções. Situação: A Aarbakke tinha um problema com custos de produção excessivos e níveis de ruído elevados na máquina Mazak MTV-815/120. Solução: A Sandvik ofereceu ferramentas especiais, no caso um adaptador antivibratório Silent Tools e uma fresa sliting cutter com possibilidade de uso de velocidades de corte e de fuso maiores que a utilizada anteriormente. Resultado: Aumento de 378% na produtividade para o tempo total de ciclo, redução de custos e de mais da metade do tempo de produção, além de níveis de ruído significativamente reduzidos. Assista ao vídeo no ipad metalworking world 25 Tecnologia texto: Elaine Mcclarence imagem: Borgs desafio: Você está em busca de taxas de remoção de metal mais altas e desempenho previsível no torneamento de aços? solução: Opte pela GC4315, classe de pastilhas de última geração com tecnologia Inveio. Suportando o calor A Sandvik Coromant segue melhorando suas classes de pastilhas com a introdução da GC4315, que incorpora a inovadora tecnologia Inveio. A nova classe GC4315 amplia as capacidades das pastilhas e complementa a classe para torneamento geral GC4325 para aplicações que geram mais calor, como aquelas com altas velocidades de corte, longo tempo em corte, materiais duros ou com condições de usinagem sem refrigeração. Ambas as classes oferecem aos usuários alta resistência ao desgaste e longa vida útil da ferramenta em operações de torneamento de aço. A GC4315 é considerada uma classe de otimização para complementar a GC4325 e é particularmente adequada para aplicações automotivas e de petróleo e gás. no ambiente de produção em massa da indústria automotiva, os clientes estão sempre em busca de tempos de ciclo mais curtos, combinados com vida útil longa e previsível da ferramenta. A GC4315 é adequada para componentes de transmissão como eixos de entrada/saída, eixos de acionamento e pinhões para carros e caminhões fabricados com aços de baixa liga. A GC4315 garante longa vida útil das ferramentas em aplicações de cortes médios e acabamento com dados de corte muito altos. O desafio para o setor de petróleo e gás é a usinagem de peças cada vez maiores, que exige mais vida útil da ferramenta em set-ups instáveis. Clientes também cobram constantemente melhorias na produtividade para fazer mais peças com mais rapidez. Para peças como corpos de carretel, suporte para tubulação, tubos, acoplamentos, carcaças e 26 metalworking world juntas, a GC4315 surge para atender esses desafios em operações como as de torneamento em diâmetro externo e interno. A classe GC4315 melhora a vida útil da ferramenta e a segurança na produção. Com aumentos na resistência ao desgaste de flanco, resistência à deformação e aprimoramento na segurança das arestas, os benefícios são altas taxas de remoção de metal sem comprometer a vida útil da ferramenta. Essa classe é particularmente adequada para operações de produção automatizada, pois oferece usinagem previsível e confiável. A GC4315 pode oferecer benefícios reais para os clientes automotivos e de petróleo e gás, que tradicionalmente estão em busca de melhorias contínuas na vida útil da ferramenta ou de diminuições nos tempos de ciclo de suas operações e nas condições de set-up. A classe tem uma ampla área de aplicação que vai do desbaste ao acabamento, dos cortes contínuos a leves e interrompidos, e para usinagem com ou sem refrigeração. É apropriada para todos os tipos de aço. As próprias pastilhas estão disponíveis em uma ampla gama de tipos - negativo e positivo e, ainda, destinadas ao torneamento pesado. Essa nova classe de pastilhas pode fornecer considerável valor para o cliente por meio de um retorno mais rápido sobre o investimento, menos peças na fila para serem trabalhadas e um menor custo por peça. Devido ao aumento da produtividade que proporciona, a GC4315 ajuda os clientes a manterem sua competitividade para atenderem as demandas de mercado. n O efeito Inveio: Os cristais unidirecionais altamente compactados criam uma barreira robusta na direção da zona de corte e dos cavacos, melhorando significativamente a resistência à craterização e ao desgaste de flanco. Um outro efeito é que o calor é conduzido mais rapidamente para longe da zona de corte, ajudando a manter a aresta de corte viva por mais tempo em corte. resumo A nova classe GC4315 incorpora a inovadora tecnologia Inveio, ampliando a capacidade de sua gama de pastilhas e complementando a classe GC4325 para aplicações que geram mais calor. A classe proporciona considerável valor para os clientes por meio de um rápido retorno sobre o investimento e os ajuda a manter a competitividade graças ao aumento da produtividade. metalworking world 27 texto: Johan Rapp Ilustração: Maja Modén Inovação. A Internet das Coisas, a informatização de quase tudo e aparelhos inteligentes são os aspectos de uma nova era: A Segunda Era das Máquinas, de acordo com o professor do MIT Erik Brynjolfsson. nnn Em um futuro próximo, a Internet das Coisas estará cada vez mais presente no dia-a-dia das pessoas. Por exemplo, os alarmes serão integrados às agendas eletrônicas, de modo a se ajustar aos principais compromissos; as temperaturas das casas serão automaticamente ajustadas para economizar energia e as máquinas de lavar se ligarão exatamente no horário programado. Como isso é possível? Graças à crescente quantidade de objetos equipados com sensores que capturam dados e, sem a necessidade de intervenção humana, transmitem essas informações para pessoas e de máquina-para-máquina (M2M). O crescimento da Internet das Coisas (IoT - Internet of Things em inglês) é colossal. A Gartner, empresa de pesquisa especializada em desenvolvimento de TI, previu em um relatório em dezembro que a IoT passará de menos de um bilhão de unidades adaptadas em 2009 para 26 bilhões de unidades em 2020. A comunicação pela internet não será mais dominada por pessoas enviando textos, fotos ou vídeos, mas pela troca de informações entre máquinas. Isso mudará nossas vidas de várias formas. As máquinas já mostram seu potencial em diversas áreas. Em 1997, o supercomputador Deep Blue venceu o campeão mundial de xadrez 28 metalworking world pela primeira vez. Antes disso, muitas pessoas acreditavam ser impossível uma máquina superar a mente humana em um jogo de inteligência. Em 2011, com as contínuas quedas dos preços e aumentos de capacidade dos chips, outro computador, Watson, venceu um famoso jogo de perguntas na TV americana. Seriam sinais de que as máquinas podem substituir os seres humanos em praticamente tudo? O cinema gosta de explorar isso em filmes como O Exterminador do Futuro e Matrix. Erik Brynjolfsson, professor de gestão empresarial no MIT e co-autor do livro A Segunda Era das Máquinas (2014), rejeita esse tipo de previsão, mas concorda que estamos no início de uma nova revolução industrial. “Os computadores continuam a evoluir e as tecnologias digitais serão tão impactantes na transformação da sociedade e da economia como foram as máquinas a vapor 200 anos atrás”, afirma. estão para o poder mental – a habilidade de usar nosso cérebro para entender e definir nosso ambiente – assim como as máquinas a vapor estiveram para o trabalho braçal. No Os avanços tecnológicos processo, indústrias desaparecerão e muitas atividades profissionais mudarão radicalmente ou deixarão de existir, especialmente atividades de rotina, mas também profissões criativas. Hoje em dia já há computadores que escrevem romances. “A tecnologia sempre matou empregos, ao mesmo tempo em que criou outros”, conta Brynjolfsson. “Nos últimos tempos isso está fora do equilíbrio. As receitas caíram como resultado da mudança, mas estou esperançoso de que possamos inverter essa tendência negativa com a ajuda de educação e empreendedorismo. Ao deixar as fazendas no século 19, as pessoas não ficaram desempregadas. Eles inventaram novas indústrias, serviços e profissões.” na Segunda Era das Máquinas”, diz Brynjolfsson, que escreveu o livro com seu colega Andrew McAfee. A mensagem deles é uma reação ao pessimismo generalizado em torno dos avanços tecnológicos como gerador de redução de postos de trabalho, salários mais baixos para os trabalhadores não qualificados e distribuição cada vez mais desigual da riqueza. “Eu sou um otimista consciente”, diz ele. “Acredito que podemos moldar nosso futuro.” n a expectativa é de que a Internet das Coisas seja determinante na construção da sociedade em um futuro próximo. Kevin Ashton, co-fundador do Auto-ID Labs do MIT, cunhou o termo “Internet das Coisas” há 15 anos. Segundo ele, ela vai desencadear mudanças em nossas vidas maiores do que a própria Internet. O Gartner prevê que a IoT movimentará 1,9 trilhão de dólares em 2020. Os setores de manufatura, saúde e seguros saíram na frente no uso dela. Por exemplo, as indústrias de manufatura ganham com o monitoramento eficiente de peças e materiais, o que reduz os custos. Na área da saúde, sandálias inteligentes e outros dispositivos portáteis para pessoas idosas podem conter sensores que detectam riscos de quedas e identificam condições médicas. Se algo está errado, o dispositivo pode alertar o médico. Sensores em carros podem indicar os hábitos de direção, facilitando ajustar o prêmio de seguro ao perfil de risco do motorista. Bilhões de unidades de Internet das Coisas, juntamente com a atividade humana em smartphones, tablets e computadores, produzem enormes quantidades de dados (Big Data) que podem ser analisados para fornecer todos os tipos de informações valiosas. “O Big Data é mais um exemplo das grandes oportunidades criadas metalworking world 29 Rumo à Indústria 4.0 “A manufatura está no centro da revolução tecnológica.” Total de aparelhos conectados, em bilhões de unidades 20092020 25 Que tipo de colaboradores a Sandvik Coromant precisa para atender essas futuras exigências? “A manufatura está no centro da revolução tecnológica”, afirma Kalhori. “Assim como bancos, seguros de saúde e outros setores. Já temos clientes nas montadoras que dizem estar na indústria 3.8. É essencial que sejamos capazes de atender as suas necessidades. “Haverá uma grande demanda por pessoas capacitadas que entendam e possam desenvolver soluções inteligentes e autônomas. Precisamos de pessoas que conheçam os novos sistemas e seu respectivo valor para os negócios e que saibam como comunicá-los.” A Internet das Coisas deve ter rápido crescimento ao longo dos próximos seis anos. metalworking world 15 10 5 PC, smartphones e tabletsInternet das coisas 30 20 0 fonte: Gartner (novembro de 2013) Em relação às ferramentas de usinagem produzidas pela Sandvik Coromant, a digitalização ajuda a reduzir a distância entre os mundos físico e digital. Uma ferramenta não é mais uma peça de hardware. Agora ela é uma máquina inteligente feita de metal e números binários. No início do ano, a Sandvik Coromant lançou um software chamado Adveon, uma biblioteca digital de gestão de ferramentas baseada na norma ISO13399 que facilita a criação de montagens de ferramentas digitais de alta qualidade. Ele pode ser usado facilmente durante o planejamento de processos e na programação CAM, realizando simulações realistas de testes de colisão e oferecendo ao setor de usinagem uma plataforma criativa e com potencial de gerar grande economia. “O Adveon também está no caminho das fábricas inteligentes e da Internet das Coisas”, afirma Vahid Kalhori, gerente de usinagem inteligente da Sandvik Coromant Como também está o conceito de usinagem inteligente da empresa, que inclui sistemas de autoaprendizagem autônomos. As ferramentas “entendem” como se comportar durante uma usinagem e se comunicam diretamente com as máquinas. Em caso de mau funcionamento, a ferramenta alerta ou ajusta o processo automaticamente, segundo Kalhori. A estratégia da Sandvik Coromant é atender as demandas da Indústria 4.0 que consiste em fábricas inteligentes altamente automatizadas por meio de robótica; Sistemas Ciber-Físicos (CPS - Cyber Physical Systems) que são redes de máquinas interativas em vez de unidades de produção independentes; e da Internet das Coisas, ou comunicação entre objetos físicos, que abre ampla possibilidades para monitoramento e análises de dados. Benoit Ménard, diretor de engenharia de processos da GIMA, com uma carcaça de eixo de tração traseira. ao seu dispor! Beauvais, França. Há 18 meses o fabricante de transeixos GIMA mantém um contrato de serviço completo com a Sandvik Coromant. Esse contrato propicia controle de custos e melhor desempenho, e também o que o cliente descreve como "competência", "capacidade rápida de resposta" e "disponibilidade". texto: Anna McQueen foto: Audrey Bardou metalworking world 31 Groupement International de Mécanique Agricole (GIMA) foi criada em 1994. É especializada na produção de caixas de câmbio e eixos traseiros para transmissões de tratores. Tem dois acionistas, a empresa americana AGCO SA e a alemã CLAAS Tractor SAS. As transmissões GIMA são usadas em marcas de tratores AGCO e CLAAS. Em 2013, a GIMA registrou vendas de 325 milhões de euros e produziu mais de 25 mil transeixos. Em suas instalações de 43 mil m2 em Beauvais, na França, atuam 981 colaboradores, dos quais 118 na área de pesquisa e desenvolvimento. A GIMA celebra seu 20º aniversário em setembro de 2014. “Controlar custos é essencial para melhorar o desempenho e um contrato de serviço completo nos permite fazer exatamente isso.” Jonathan Cohen, gerente de compras da GIMA. 32 metalworking world nnn Para as crianças do norte da França, viajar para Beauvais é como ir ao paraíso, porque lá, de poucos em poucos minutos, passa uma carreta transportando três ou quatro novos e brilhantes tratores para o mercado. E você pode ter certeza de que uma boa parte deles possui carcaças de caixa de câmbio que foram fresadas, furadas, rosqueadas e mandriladas por ferramentas da Sandvik Coromant. Há 15 anos, a Sandvik Coromant desfruta de uma forte relação com a Groupement International de Mécanique Agricole (GIMA), que produz transeixos para tratores AGCO e CLAAS. Em 2012, quando montou uma nova linha de usinagem de transmissões e carcaças de caixas de câmbio, a GIMA decidiu transformar a sua relação com a Sandvik Coromant em um contrato de serviço completo, criando uma parceria de ganho mútuo ainda maior para as duas. "Um contrato de serviço completo é como uma parceria para melhorar a produtividade e os processos", explica Benoit Ménard, diretor de engenharia de processos da GIMA. "Ele permite integrar o fornecedor em nossa linha de produção. "Capacidade rápida de resposta e confiança são fundamentais para a nossa relação e trabalhamos lado a lado diariamente para garantir que sejamos o mais eficiente possível", diz ele. ferramentas Sandvik Coromant são usadas em três peças da carcaça do transeixo produzidas pela GIMA. Em vez de comprar ferramentas da Sandvik Coromant, a GIMA paga a empresa por carcaça produzida. Quanto melhor o processo e mais eficiente a Yapici Resit, operador na GIMA. metalworking world 33 A Sandvik Coromant e a GIMA atuam juntas há 15 anos. Em 2012, a relação se intensificou com a assinatura de um contrato de serviço completo. Matthieu Levasseur, gerente de engenharia de processos, GIMA. Fornecer ferramentas é parte do programa de serviço completo. 34 metalworking world produção, mais peças podem ser usinadas e, então, faturadas. Desde que o acordo foi assinado, a Sandvik Coromant tem seu próprio escritório na fábrica. "Se aparece um problema, ficamos sabendo ao mesmo tempo que o cliente", conta Pascal Nicolas, vendedor da Sandvik Coromant responsável pela GIMA. "Se o relatório da manhã disser que uma ferramenta está quebrando repetidamente, nós estaremos lá para trocar a cabeça ou modificar as condições de corte. Também instalamos um gabinete de suprimentos digital para que possamos monitorar cada ferramenta em uso e garantir que a GIMA nunca fique sem e que a produção nunca pare. "Esse nível de serviço é essencial para uma empresa com quase 200 máquinas operando 24 horas por dia, sete dias por semana. "A estratégia de serviço completo significa que a Sandvik Coromant faz parte da equipe", ressalta Stéphane Magnier, gerente de progresso contínuo. "Eles não esperam que a gente vá até eles, eles simplesmente continuam com o trabalho. A Sandvik Coromant absorveu a cultura empresarial da GIMA. A maioria dos fornecedores não vê as coisas do ponto de vista do cliente, mas nós falamos a mesma língua." entre Novembro de 2012 e fevereiro 2014, a parceria entre GIMA e Sandvik Coromant gerou uma economia de 15% a 25%. Com as novas linhas de usinagem da MCM e o contrato de serviço completo da Sandvik Coromant, a GIMA também reduziu os tempos de usinagem de algumas peças de cem minutos para apenas 85 minutos. "Controlar custos é essencial para melhorar o desempenho, e um contrato de serviço completo nos permite fazer exatamente isso", conta Jonathan Cohen, gerente de compras da GIMA. "Em 2013, produzimos mais de 25 mil transmissões e para 2018 queremos 35 mil. Para isso, precisamos aumentar a nossa capacidade e uma parte essencial do nosso contrato com a Sandvik Coromant é o compromisso com a redução dos tempos de fresamento e o aumento de volumes." Matthieu Levasseur, gerente de engenharia de processos para usinagem, diz: "Já que a Sandvik Coromant está tão intimamente envolvida com a GIMA, não temos que esperar até o final do mês para descobrir que há um problema. Eles avaliam o corte imediatamente, e esse rigor nos torna mais eficientes. Ter uma parceria de serviço completo nos permite controlar cada centavo do custo da peça, e o custo por peça é a base de tudo. Nós estamos no controle agora." n visão técnica Jérôme Barbier, da GIMA (esq.), e Pascal Nicolas, da Sandvik Coromant. há 18 meses a Sandvik Coromant mantém um contrato de serviço completo com a GIMA, explica o vendedor da Sandvik Coromant Pascal Nicolas. "A GIMA nos paga por peça produzida, de acordo com o preço que combinamos no início. Todos os problemas são verificados e tratados pela GIMA e pela Sandvik Coromant durante as nossas reuniões mensais de acompanhamento. Trabalhamos juntos na redução de nossos custos compartilhados, e nosso plano de ação é definido por consenso, dependendo das eventuais anomalias que encontramos em uma ferramenta em particular." Benoit Ménard, diretor de engenharia de processos da GIMA, diz: "Se eu tivesse que resumir os nossos parceiros da Sandvik Coromant em três qualidades, eu diria competência, capacidade rápida de resposta e disponibilidade. E essas capas amarelas na fábrica significam trabalho em equipe, colaboração e parceria. É simples assim. Há uma abundância de catálogos de ferramentas por aí, mas com eles, a ferramenta é tudo que você tem. Com a Sandvik Coromant, trata-se de trabalhar em conjunto para garantir produtividade, ótimas sugestões e soluções certas." Como parte do contrato de serviço completo, a Sandvik Coromant fornece à GIMA os seguintes produtos: Fresamento: CoroMill 365, CoroMill 245, CoroMill 390, CoroMill 490, S60 e outras ferramentas específicas. Furação: CoroDrill 861, CoroDrill 870, CoroDrill 880 e CoroDrill 460XM e também outras pontas de broca específicas. Rosqueamento com macho: CoroTap, entre outras ferramentas específicas. Barras de mandrilar: barras especializadas, incluindo um grande número de barras Silent Tools. Assista ao vídeo no ipad metalworking world 35 Tecnologia texto: christer richt imagem: Borgs foto: Sasmir Soudah desafio: Perguntamos a Carl Widigsson, gerente do portfólio de componentes da indústria, qual é a melhor forma de estabelecer um processo de manufatura competitivo. Solução: Opte por soluções de engenharia específicas para seu componente. A melhor solução o número de componentes da indústria vem crescendo hoje em dia, tal como a complexidade e a sofisticação dos materiais de que são feitos. Para produzi-los de forma competitiva, é necessário crescer de forma ainda mais rápida. Como garantir que nossas soluções estejam adequadas para qualquer componente da indústria que precise ser usinado? A resposta: uma abordagem sistemática para soluções de usinagem para componentes da indústria assentada em uma base sólida e que envolva experiência. Uma base construída com desenvolvimento, know-how e aplicações comprovadas é um passo para alcançar a excelência e a competitividade da manufatura. A Sandvik Coromant tem parcerias de longa data com indústrias que buscam se aperfeiçoar. No passado, no entanto, a nossa abordagem focava principalmente em soluções individuais, visando melhorar os meios e métodos existentes. O mapeamento dos principais componentes da indústria é uma maneira lógica de trabalhar, entendendo os desafios dos clientes a fim de alcançar as melhores práticas. ferramentas standart e métodos são muitas vezes superados por Carl Widigsson, gerente de portfólio de componentes da indústria, Sandvik Coromant. 36 metalworking world soluções de engenharia, o que significa que há um enorme banco e atividades que podem levar a melhores práticas para componentes da indústria novos e existentes. Isso abrange até 20 centros de competência de engenharia em todo o mundo, tornando as melhores práticas disponíveis para uma ampla gama de indústrias. Isto é para empresas que querem trabalhar com um parceiro que ofereça uma proposta de negócio com melhorias garantidas na produção, principalmente com tempos de usinagem mais curtos, peças de melhor qualidade e aumento na segurança do processo. Nosso foco principal até Soluções para componentes da indústria focam em recursos e experiência, o que significa lidar com operações desafiadoras e direcioná-las de forma rápida e precisa para os melhores resultados possíveis, muitas vezes levando à eliminação de gargalos. agora tem sido nas indústrias aeroespacial, automotiva e de petróleo e gás, mas a ambição em longo prazo é incluir qualquer tipo de indústria que queira discutir soluções para as peças que realmente importam para ela. componentes da indústria, a questão poderia ser resolvida de forma rápida e precisa, levando a uma solução muito melhor. Em última análise, a empresa poderia aumentar o rendimento total destas peças em 30%. AS propostas de negócio apresentam resultados de processos testados e outro exemplo, com muito mais envolvimento, foi um recente projeto usando o banco de soluções para componentes da indústria e a competência de especialistas em aplicações. O projeto envolvia um dos principais fabricantes de motores a jato que estava desenvolvendo um novo motor. Depois que a equipe de soluções em componentes descreveu o que poderia ser oferecido entre as melhores soluções disponíveis no mercado, o fabricante ficou interessado. Depois de trabalhar por 18 meses no projeto e propor alternativas radicais na forma como as peças poderiam ser feitas, a equipe recomendou grandes mudanças de usinagem, que foram adotadas pelo fabricante. Elas resultaram em uma redução de 75% no tempo de fabricação, bem como em reduções nas ferramentas necessárias e até mesmo no investimento em máquinas-ferramentas, se comparado com o plano original de produção do fabricante. n com visualização CAM e utilizam recursos de engenharia, ferramentas e software dos principais centros de competência em usinagem do mundo. Eles são parte de uma rede global de especialistas em usinagem que têm o input e o output de qualquer tipo de operação de usinagem. Propostas para atender novas aplicações podem ser estabelecidas a partir da comprovada experiência em usinagem e set-ups com fácil manipulação dos elementos que compõem as soluções, sem se impor sobre a integridade das soluções anteriores ou existentes. Avaliação, recomendação, testes, demonstração, comunicação e implementação são palavras-chave no caminho para se chegar a soluções para componentes da indústria. Outra parte dessas soluções é o desenvolvimento de parcerias com fornecedores complementares, como empresas de software e de equipamentos. O que pode ser alcançado? vejamos dois exemplos da indústria aeroespacial. O primeiro é uma solução para uma empresa que selecionou uma operação de usinagem envolvendo apenas duas ferramentas e utilizando layouts CAD. A empresa tinha considerável conhecimento de produção, especialmente de usinagem de discos de motores de aeronaves. Muitas operações já tinham sido feitas com as soluções de melhores práticas da Sandvik Coromant. No entanto, uma operação – um aspecto crítico envolvendo uma complexa operação de canais – estava causando um gargalo. Centrando-se nesta operação a partir do perfil da peça e recursos das soluções para Resumo Uma redução de 75% no tempo de fabricação. Meta fantasiosa? Não, resultados comprovados pelo cliente. Um dos clientes disse à equipe de soluções para componentes: “Está claro para mim que vocês são obviamente melhores na fabricação dessas peças do que nós.” metalworking world 37 nota final texto: henrik emilson foto: MARTIN ADOLFSSON A vida em uma caixa 38 metalworking world O arquiteto americano Peter DeMaria sonha revolucionar o setor imobiliário desde os anos 1980, quando estudou a visão futurista de sustentabilidade de Buckminster Fuller na faculdade de Arquitetura. Hoje, é assim que ele trabalha: Em vez de desenvolver um novo produto, ele repensa o uso de algo já existente. Como surgiu a ideia de transformar contêineres em casas? Como arquiteto, qual a importância de reaproveitar materiais no processo de construção? “Na verdade não inventamos nada. Contêineres existem desde a década de 1950 e sei de pessoas que os usaram para diferentes finalidades no passado. Quando um cliente disse que queria uma nova casa com um toque industrial, eu disse que seu orçamento não era suficiente. Eu sugeri então que ele construísse o imóvel em um contêiner e ele gostou da ideia. A casa acabou se tornando um modelo para projetos em todo os Estados Unidos.” “Essa é a parte que mais gosto. Após começar a trabalhar com contêineres, trouxemos essa mentalidade para todo o processo. Repensamos tudo, da pré-fabricação à forma como fazemos as fundações. Móveis podem ser feitos com barris usados e mesmo que amemos peças novas e elegantes, sabemos que temos nossa cota de frugalidade. Vejo isso em nossos clientes, como eles entendem que nossas ideias respeitam o planeta e como elas simplesmente fazem sentido. Costumo dizer que não reciclamos, mas transformamos. Pegamos algo que já existe e modificamos um pouco para dar a ele um novo uso. Nós damos a esse objeto uma nova função e uma nova razão de existir.” n Assista ao vídeo no ipad metalworking world 39 Print n:o C-5000:580 POR/01 © AB Sandvik Coromant 2014:3 Cristalização da inovação Três novas classes, uma inovação na ciência dos materiais: Inveio. Cientificamente, a tecnologia Inveio é o arranjo de uma estrutura de grãos de cristais de óxido de alumínio na cobertura da pastilha. É simplesmente um método inovador que cria uma aresta de corte excepcionalmente durável e altamente previsível quanto aos padrões de desgaste. Torneamento de aços Fresamento de ferros fundidos GC4325 GC4315 GC3330 Linha de arestas com desempenho extraordinário Resistência ao desgaste crucial para cortes em altas temperaturas Sua nova classe de primeira escolha com durabilidade elevada em até 40%. www.sandvik.coromant.com/productnews
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