O estilo sai à rua em Lisboa

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O estilo sai à rua em Lisboa
A1
ID: 37266048
02-09-2011 | Outlook
Tiragem: 19711
Pág: 12
País: Portugal
Cores: Cor
Period.: Semanal
Área: 26,63 x 36,63 cm²
Âmbito: Economia, Negócios e.
Corte: 1 de 4
O estilo sai à rua em Lisboa
O Vogue Fashion Night Out Lisboa é já no próximo dia 8 de Setembro. Mais de 100 marcas já
se inscreveram para mimar os clientes. Nenhum ‘fashionista’ vai ficar em casa. E você?
TEXTO REBECA VENÂNCIO INFOGRAFIA MARTA CARVALHO
á regras a cumprir se se quiser sobreviver ao serão mais
glamoroso da cidade de Lisboa, a Vogue Fashion Night
Out (FNO), marcada para a
próxima quinta-feira, dia 8
H
de Setembro.
Usar os sapatos mais confortáveis do armário é um imperativo para calcorrear a
cidade. A noite é longa e começa mal se sai
do trabalho, com as lojas abertas entre as
19 e as 23 horas. Caprichar no ‘outfit’ é essencial. A concorrência é feroz no que toca
a ser a pessoa mais ‘fashionista’ da Baixa da
cidade. Água é outro ‘must have’: os ‘flutes’ de champanhe regam a noite e, por
isso, é importante garantir outras formas
de hidratação. Depois, é pegar no mapa e
fazer-se à calçada.
Mais de 150 marcas responderam à chamada da revista Vogue Portugal, que ajuda
a organizar aquela que é a segunda edição
da Fashion Night Out, em Lisboa. O objec-
tivo é investir no comércio tradicional e o
dinheiro angariado com a venda das t-shirts oficiais do evento serve também
um propósito solidário, pois é doado à
Acreditar, que ajuda crianças com cancro.
Em 2010, não chegaram à centena os estabelecimentos e as marcas que se renderam ao
evento que tem cativado consumidores e curiososem16paísesemtodoomundo.Masem
2011 a escolha alargou-se e todas as marcas
que aderiram têm mimos para quem se atrever a sair de casa na noite mais cosmopolita
da capital portuguesa. México, Austrália,
Brasil, China, França, Alemanha, Índia, Itália,Japão,Rússia,CoreiadoSul,Taiwan,Turquia e Reino Unido são os restantes países
com edições da FNO, e até quem, como Portugal, vive dias difíceis no que diz respeito ao
recheiodacarteira-comoaGréciaeEspanha
- não quiseram faltar.
O que se pode esperar então da FNO?
Para quem sempre sonhou com uns sapatos Louboutin, celebrizados em séries
Há DJs contratados
e champanhe
a rodos. Sessões
de maquilhagem
e descontos
que podem chegar
aos 70%, numa
iniciativa que
envolve, este ano,
mais de 150 marcas
como o Sexo e a Cidade, pode vir a ter uns
nos pés já na noite do próximo dia 8 de Setembro. A Fashion Clinic vai sortear um
par pelos clientes que visitem a loja entre as
19 e as 23 horas de quinta-feira. Para homem, há sapatos Gucci.
A Burberry, a Timberland, a Furla, a
Tod’s, a Tru Trussardi -tudo lojas ao longo
da Avenida da Liberdade - são algumas das
marcas que querem valorizar os melhores
clientes da noite, por isso, quem fizer a
compra mais elevada recebe malas, sapatos ou roupa das insígnias.
No Chiado, reinam os descontos. Com
centenas de pessoas a aproveitar para passear e usufruir dos ‘sets’ de DJs contratados,
dos ‘cocktails’ e petiscos, muitas outras vão
poder também aproveitar os saldos fora de
tempo em lojas como &So What, 7 Camicie,
Accessorize, Blanco, Levi’s Store, Pull &
Bear, Pepe Jeans, Sisley, Soulmood,
Springfield ou Storytailors, com descontos
que podem oscilar entre os 10 e os 70%.
ID: 37266048
02-09-2011 | Outlook
Tiragem: 19711
Pág: 13
País: Portugal
Cores: Cor
Period.: Semanal
Área: 27,23 x 37,18 cm²
Âmbito: Economia, Negócios e.
Corte: 2 de 4
Reportagem
UM DIA NA VOGUE
Para quem quiser descansar da moda, há
beleza para distribuir. A Nike, por exemplo, conta com a ajuda de uma especialista
em aconselhamento de imagem
‘sportswear’, enquanto outras optam pela
maquilhagem. É o caso das galerias da Rua
Garrett, que têm ‘stands’ promocionais de
maquilhagem de Yves Saint Laurent ou a
H&M - que em 2010 ficou fechada - e abre
portas com um ‘corner’ de maquilhagem,
como se pode encontrar também na Marc,
by Marc Jacobs, na Perfumes & Companhia, na Ruly’s ou a Loja das Meias e
Max&Co, da Rua Castilho.
Depois, e porque, por esta altura, os
‘looks’ já vão estar praticamente renovados,
os cabelos não ficam de fora e há descontos
na Griffe Hairstyle - cortes a 15 euros -, na
Hairstation e descontos de 20% em serviços
da Jean Louis David no horário da FNO. No
roteiro está ainda o Lost in, no Príncipe Real,
que convida a descansar, enquanto assiste a
um espectáculo de danças orientais.
O editor de moda da Vogue
recomenda um tailleur de
saia em ‘tweed’, com
‘pumps’ Louboutin e para
finalizar, uma Chanel 2.55.
sentir-se tão bem em Londres, de
onde veio, e para onde vai, estudar
direcção criativa e jornalismo de
moda. Os pais, donos de uma
sapataria, no Porto, receberam com
choque a notícia de que já não faria
um curso de saúde. “A minha mãe
acha piada, mas o meu pai fica
histérico”. Apesar disso, reconhece,
quando “encontra sapatos diferentes,
normalmente compra-os para mim”.
Os horizontes estão abertos, na
redacção da Vogue. Susana Chaves é
jornalista de moda há 18 anos e é a
editora de beleza. Com uma mãe
sueca e uma tia inglesa, era-lhe
habitual ter revistas de moda nas
mãos, por isso, o bichinho nasceu
depressa e o ritmo não parou. Até
Outubro não há um dia na agenda
que não esteja preenchido.
À porta do gabinete da directora
está pendurado um cartaz de “O
Diabo Veste Prada”. O filme é uma
adaptação ao livro de Lauren
Weisberger, uma ex-assistente
pessoal de Anna Wintour, fielmente
satirizada por Meryl Streep. Até
hoje, a escritora mantém a versão de
que o argumento é ficcional. Aqui,
mesmo que O Diabo vestisse Prada até porque a marca já abriu uma loja
em Portugal - a redacção aguentava.
Porque há um cartaz, mas são vários
os autocolantes “Vogue Addict” que,
como tatuagens, forram os dossiers
da redacção mais ‘fashion’ do país.
Paulo Macedo é o editor de moda. Paula Mateus é a “Anna Wintour” da Vogue Portuguesa.
Fotos : Paula Nunes
‘MUST HAVE’
DA ESTAÇÃO
PARA MULHERES
DE NEGÓCIOS:
A moda tem destas coisas. Mesmo
que falhemos a compra da Vogue um
mês, ou que não tenhamos visto os
filmes que mostram o desgrenhar de
cabelos por um lugar na publicação
de moda, fazer uma visita à filial
portuguesa da revista, dirigida nos
EUA por Anna Wintour, é atrasar a
manhã e tirar do armário três
conjuntos diferentes. A Vogue tem
destas coisas. Impõe a obrigação do
bem vestir. Integrada no grupo
Cofina, tem 12 pessoas nos
bastidores. Paula Mateus é a Wintour
cá do sítio e celebra em breve nove
anos de capas nacionais.
A redacção da Vogue é sossegada.
Ali ser ‘loud’ está ‘out’ e o caos fica-se pelas milhares de revistas e
papéis espalhados por armários e
secretárias. Há Vogues em todas a
línguas, há maquilhagem, espelhos,
tira-nódoas, pacotes de roupa com
um destino previsível: Paris.
Para Paula Mateus, assumir a chefia
da revista mais icónica da moda foi
“um desafio enorme” que “não podia
recusar”. Por cá, não sente que
afecta o mercado e tão-pouco quer
ser temida como a editora-chefe da
edição norte-americana, mas está
certa que “ajuda a sonhar”. E até
nos seus nota a diferença. “É muito
giro presenciar a evolução da equipa.
As pessoas que trabalham aqui são
só pessoas que gostam de moda,
mas preocupam-se mais”, diz.
Paulo Macedo é director de moda da
revista. Por ele passam todas as
produções fotográficas. É ele que faz
o raio-x das tendências. Ex-modelo,
reconhece que, “no final do dia,
trabalhar em moda é só um cabide
de roupa”. Mas a superficialidade
não o assusta. Cultiva-a, até. “A
moda são pequenas doses diárias de
felicidade. É reconhecer a alegria nas
pequenas coisas. A moda é vermos
uma pessoa que passa na rua e se
veste bem, e isso melhora o nosso
dia.. Só serve para que as pessoas se
divirtam”.
Pedro Barbosa tem 20 anos e
termina esta semana o seu estágio
na revista. De papilon, o look preto
integral faz destacar os sapatos azuis
vivo. Os anéis na mão direita
convidam a excentricidade que o faz