zodiaco - processo ciclico

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zodiaco - processo ciclico
O Zodíaco como um processo contínuo e cíclico de desenvolvimento
O Zodíaco como um processo contínuo e cíclico de
desenvolvimento
“O que está acima é como o que está em baixo”
O processo contínuo e cíclico de desenvolvimento do Ser encontra analogia com as diferentes
etapas da manifestação da vida, que pode ser percebido através da Ronda Zodiacal – o
caminho que a Terra faz em volta do Sol – dando origem às distintas estações do ano.
A divisão do ano em quatro estações, e do círculo zodiacal em quatro quadrantes descreve a
expressão das diferentes qualidades de energias associadas aos elementos – ou
TRIPLICIDADES: FOGO – TERRA – Ar - ÁGUA que chegam ao planeta Terra através do Sol.
Podemos estabelecer também uma relação entre as fases das estações do ano e os signos
do zodíaco, através da percepção da divisão tri-fásica (começo, meio e fim – ou
QUADRUPLICIDADE) de cada estação, e aplicar o mesmo princípio que norteia o
entendimento dos ritmos da vida.
QUADRUPLICIDADE - (12 / 3 = 4)
Toda manifestação de qualquer fenômeno na natureza está sujeita às três conhecidas
dinâmicas das fases: Cardinal, Fixa e Mutável.
Fase 1: Todo fenômeno tem seu impulso inicial no desprendimento da ENERGIA-VIDA. A
fase CARDINAL é a semente da força na direção da conquista (os signos cardinais são
aqueles que dão início às estações:
Áries-primavera/ Câncer-verão / Libra-outono /
Capricórnio-inverno, no Hemisfério Norte).
Fase 2: Quando o processo que começou na fase cardinal atinge toda a plenitude de sua
expressão inicial, amadurece a conquista e adquire FORMA, ou consolida-se na fase FIXA onde ganha corpo, materializa-se, manifesta-se concretamente. Os signos fixos são aqueles
que dão sustentação e forma concreta ao que foi iniciado naquela estação: Touro – Leão Escorpião - Aquário.
Fase 3: A fase MUTÁVEL é o início do fim da estação - onde se encontram os resultados, e a
avaliação, o ajuste e o aperfeiçoamento para o novo início. Os signos mutáveis: Gêmeos –
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O Zodíaco como um processo contínuo e cíclico de desenvolvimento
Virgem – Sagitário – Peixes, promovem a preparação e a adaptação da FORMA criada à
natureza da próxima estação, para o novo começo que se aproxima. Origina-se aí um novo
PENSAMENTO-semente para a nova criação.
Obedecendo ao princípio da correspondência, a primeira casa de nosso mapa é onde se dá o
início de todos os processos.
Para o Ser o signo ASCENDENTE é o começo da existência, a "porta de entrada" no planeta,
a manifestação na realidade, em presença, da essência da vida - o "ponto zero", o ponto de
partida. O inicio da jornada pessoal.
A "idéia-semente" da vida tem origem numa fase ainda anterior a essa, na fase mutável dos
Peixes, na dimensão, para nós ainda oculta da realidade, no campo das possibilidades
infinitas, onde se formam os pensamentos - naquilo que vem antes mesmo da manifestação
em energia, e que ganha força cardinal, impulso para atravessar os campos da subjetividade
e se expressar tão espontaneamente quanto for de sua própria natureza essencial.
PRIMEIRO QUADRANTE: O IMPULSO / a fase vegetativa – a primavera
É em Áries que a força mais pura e primitiva se expressa. É o impulso primeiro para a vida.
São os fótons que trazem a informação vital, e se desprendem do Sol (exaltado em Áries - o
FOGO) doador de vida – é o princípio fecundador – a expressão essencial do pensamento
divino - para chegar ao corpo de nosso planeta Terra – solo receptivo e fértil em seus ciclos
harmônicos regulados periodicamente pela Lua (exaltada em Touro - a TERRA), e se
combinarem com os sais minerais da Terra, para produzir o milagre verde da fotossíntese.
Solo fértil, terra viva. Abundância, riquezas, recursos que parecem ser inesgotáveis.
É essa a força da primavera, a expressão primeira da verdade da vida, uma explosão de
cores, aromas, perfumes. Os bichos que saem das tocas, as árvores enfeitadas de flores, a
natureza em festa. O Sol exaltado em Áries é a primavera que exalta a vida, que derrete a
neve, o gelo que veio do inverno de Capricórnio, para fazer a vida vingar.
A informação em Touro está incorporada na semente fecundada, A ENERGIA adquire
FORMA e se manifesta na realidade, penetra na realidade e interage com o meio ambiente à
volta - buscando expressar-se como VEGETAL, para reconhecer-se nessa interação, para
aperfeiçoar-se e experimentar-se em sua própria natureza.
A semente abre-se para o exterior, aflora na superfície, cresce para o ambiente, floresce em
contato com o mundo agora, ganha o Ar (Gêmeos), respira a atmosfera, sujeita-se às leis de
mutação e à ação do tempo. E sofre o desgaste da entropia: transforma-se naquilo que
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O Zodíaco como um processo contínuo e cíclico de desenvolvimento
nasceu para ser, a árvore inteira, e deixa a velha forma, ao mudar de forma. A nova forma é o
novo PENSAMENTO, que invade o ambiente, que potencializa a mente, que é aquilo que vem
antes da expressão da ENERGIA. É o reconhecimento da nova etapa, novas iniciativas, um
novo impulso.
O signo de Gêmeos é a última etapa da primavera e tem essa qualidade exploratória, da
descoberta, de sair para o mundo à volta, comunicar sua natureza. Juntamente com os outros
dois signos da primavera, Áries e Touro, representam os PROTÓTIPOS DAS TRÊS
QUADRUPLICIDADES e expressam de forma potencializada as forças do CARDINAL – FIXO
– MUTÁVEL.
SEGUNDO QUADRANTE: O INSTINTO / a fase animal – o Verão
A planta que brota, cria raízes, que precisam ser regadas, cuidadas. É preciso fazê-las
crescer para dar frutos e atingir o propósito. Esse é o papel da Água de Câncer. Criar o
ambiente propício, com a água, o calor e a força plena do Sol de VERÃO, para nutrir uma
condição de conforto para a Alma. O signo de Câncer é a morada da alma, é o mais íntimo de
nosso Ser, é a nossa casa. A água do mar, onde a vida é nutrida, é a mesma água do útero,
onde o feto habita, é a nossa primeira morada. Água pura e cristalina, vivificante, que nunca
foi tocada, a fonte de nossa natureza interior, onde o humano é fecundado, moldado, pois a
água é a nossa primeira condição de vida. O signo de Câncer é o útero do Zodíaco, é ali que
somos gestados. É onde acessamos as raízes de nossa árvore ancestral - da nossa
linhagem, antepassados, a cultura, nação, família, tudo que nutre a essência. Essa é fase
INSTINTIVA do ser, o instinto pela sobrevida, a procriação, a prole, a transmissão da vida, a
alimentação, o cuidar do ninho, do íntimo. O símbolo do signo de Câncer é os olhos da alma
– o que tem olho tem alma, tem o registro, a fixação da experiência na alma, seja ela Animal,
coletiva, coletiva familiar, ou individual - em Caranguejo adquirimos o OLHO QUE TUDO VÊ –
reconhecemos as raízes e começamos a nos desprender delas.
Assim como o fogo Cardinal do Áries procura a terra Fixa do Touro para incorporar e dar
forma aos princípios que regem a vida, também a água Cardinal de Câncer - o domicílio da
Lua - procura o fogo Fixo do Leão - o domicílio do Sol – para incorporar os princípios do Ser,
consolidar o Ser, incorporar o Sol, ser o Sol, "solar" - a carreira solo! E fazer nascer o Ser
Humano: criar, dar crias, experimentar o prazer de Ser você mesmo, de se auto reconhecer
em sua própria criação e capacidade de expressão criativa do Amor do Criador pela Criatura
criada pelo amor: - a criança. E expressar aquilo que vai para além de si, que sai de si e fica
impresso na própria obra, em tudo que você é, e faz. Onde você é aquilo que faz, em sua
autenticidade. É a presença da essência da vida que habita o Ser que se imortaliza na
criação.
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O Zodíaco como um processo contínuo e cíclico de desenvolvimento
A semente cardinal do Ser no fogo de Áries se consolida no fogo fixo do Leão e descobre o
Ser Imortal, ou aquilo que em nós não morre nunca e sobrevive ao tempo biológico - e é
assim que somos aptos à transmissão de energias, a sermos condutores ou canais para a
vida, e passar por todo ciclo da existência, através das múltiplas formas, transformações, e
viver o propósito maior, que nos faz nascer de novo: o impulso na direção de experimentar o
universo inteiro!
Mas em Leão, a FORMA fixa que o Eu assume em sua auto-referência e criação, apesar de
ser um processo interativo e dinâmico, nem sempre permite uma clara visão de um propósito
maior. Em Leão se é tão espontaneamente direcionado a expressar a própria natureza
criativa, justamente para reconhecer-se a si próprio, que nem sempre se enxerga o que está
além do Eu - nem sempre se enxerga as necessidades do outro, do próximo - ou aquilo que
está além do eu: o outro, o nós.
Na verdade, começamos a ir em direção ao outro e aprendemos a integrá-lo em nossa vida,
desde a etapa Cardinal de Câncer, é ali, na "família", que aprendemos a tomar iniciativas de
conjugar o nós. Mas em Leão precisamos de nós mesmos, no sentido de consolidar (aprender
a lidar com o Sol) a formação do Eu, que no fogo de Áries era só potencial. A exuberância do
Eu, o princípio “com sol-idador” da fase Fixa, a partir das experiências de si mesmo começa a
ajustar-se ao outro e a reconhecer-se através da experiência do contato com aquilo que está
lá fora - a criança cresce na direção de criar seu território no mundo, construir o seu reinado,
de se tornar Senhor de seu Castelo. Abrindo e ampliando as fronteiras de si mesmo, a
confiança em seu Sol, até se deparar com outros "reis", e seus castelos. Limites de fronteiras,
crises de ocupação de espaços no mundo. A fase FIXA precisa se moldar ao que é possível
manifestar-se. Adaptar-se – finalizar essa etapa do Verão.
Aquilo que era sólido (Fixo) começa a ajustar-se às fronteiras estabelecidas pelo "território"
do outro. Inicia-se a fase mutável de Terra (Virgem) – trazendo restrições à expansão infinda
do Eu e a necessidade de novos aprendizados na vida prática, no dia a dia, de como lidar
com o limite imposto pelo outro, e com os valores do outro. Sentimos a pressão da presença
do outro - do que vem de "fora" - o estrangeiro “invadindo" as fronteiras de nosso território na
mesma proporção em que a gente avança em direção ao outro.
Adaptação do "Eu ao Outro" - aprendemos a co-operar, a trabalhar (Terra) juntos; a fazer
juntos, fazer com - a experiência de fazer juntos - de trabalhar a terra, de plantar o trigo e
selecionar o grão, colocar a mão na massa - de amassar o pão - compartilhar o fruto- ou
resultado da realização, é a forma mais direta, prática e simples de Virgem - signo mutável
Terra - de aprendermos a lidar com o outro, de nos adaptar ao outro, às demandas do mundo
exterior. É o modo mutável emprestado ao elemento Terra, que confere flexibilidade ao Touro
fixo, para fazer de seus recursos uma ferramenta de contato com o mundo do outro - com o
que está acima e além do horizonte do si mesmo. Virgem ajuda a levar para o outro o que
temos constituído (fixo) de riquezas, de bens, de dons (do Touro), para fazer a troca, para nos
aproximarmos da fase Cardinal de Libra, que corresponde à "Casa do Outro".
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O Zodíaco como um processo contínuo e cíclico de desenvolvimento
Está em Virgem, na Terra, no modo prático de organizar a nossa vida, o "PensamentoSemente" que nos indica um caminho reto para encontrarmos o outro em nós mesmos. O Eu
com o Outro - o "Encontro", e não o EU versus o OUTRO. Por isso Libra é o ponto de
equilíbrio do mapa - o meio caminho para chegarmos a jornada de nossa realização - o
caminho do meio. O que fica entre o eu e o outro. Ou seja, a única coisa que separa o eu do
outro - é o próprio eu! Assim a cardinalidade do signo de Ar (Libra) é o impulso inerente ao
Eu, em ir, na direção do encontro com o outro, em si mesmo.
TERCEIRO QUADRANTE: O PENSAMENTO – o outono
A cardinalidade de Libra, signo de Ar, sinaliza o impulso básico para o relacionamento e
contato com o outro, próprio à nossa natureza. Somos seres relacionais, interativos, como um
“sistema aberto”, em constante troca com o contexto à volta. Não somos seres isolados,
fechados em nós mesmos. A auto-suficiência e a autonomia dependem da nossa capacidade
relacional. Somos seres interdependentes uns dos outros. Nenhum ser humano sobreviveria,
se ao nascer fosse deixado por conta própria, sem o alimento, sem a proteção do calor,
carinho e contato com a mãe. A presença do outro em nossa vida é indispensável para a
nossa existência - desde o primeiro instante experimentamos a presença do outro como parte
integrante do nosso Ser.
Aos poucos vamos nos "des-envolvendo" das dinâmicas vinculativas e de dependência
instintivas e emocionais estabelecidas desde nossa entrada neste planeta, para chegarmos a
compreender a nossa Individualidade, e o papel que nos é reservado nesta trama cósmica.
Esse é o quadrante do PENSAMENTO, como característica exclusiva do SER HUMANO. O
processo de consciência, auto-consciência, desenvolvimento da vontade própria e da
imaginação criativa são inerentes ao Humano. Talvez daí venha que Libra é uma balança –
um objeto inanimado - que sugere imparcialidade de julgamento e de percepção da realidade
através do pensamento. Também porque nessa ocasião planeta Terra, em seu giro ao redor
do Sol, chega exatamente ao Equador, gerando o fenômeno do Equinócio – em todas as
partes da Terra os dias e as noites têm a mesma duração. A temperatura não é quente nem
fria, e enquanto no hemisfério norte há outono, no sul é primavera. Yin e yang em perfeito
estado de harmonia.
Nascer é um ato individual, sim, sem dúvidas, um ícone de vitória! É único, pessoal e
intransferível, mas traz matizado na própria experiência de vir à luz, a necessidade que temos
uns dos outros, a importância da presença do "outro", nos acolhendo em nossa fragilidade,
que se torna a própria fortaleza: ou seja, a nossa capacidade de nos reconhecermos entre si,
como seres individuais, distintos, mas interdependentes, com autonomia para poder ajudarnos uns aos outros. Este talvez seja o ideal de harmonia dentro de uma parceria, a
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O Zodíaco como um processo contínuo e cíclico de desenvolvimento
cooperação e participação ativa na melhoria do bem estar do planeta - onde o outro não está
fora, se não que é "um doze avos" de nosso mapa inteiro.
A cardinalidade de Libra executa e amadurece no outono (hemisfério norte) a idéiapensamento de Gêmeos (Mutável de AR) - em Gêmeos vivemos a semente primaveril do
pensamento exploratório das descobertas, onde se origina a importância do "outro" em nossa
vida. Na iconografia medieval do signo de Gêmeos encontramos várias representações de um
"jovem casal" - que inclusive inspiraram autores como Alice Bailey a considerar este signo,
regido por Mercúrio, mas tendo uma “regência esotérica" de Vênus! Hermes=Mercúrio e
Afrodite=Vênus - "Hermafrodita". A natureza ainda "assexuada" da expressão geminiana é
matizada pela constante curiosidade e interesse juvenil pela polaridade, ainda em formação.
Em Libra já existe o impulso por uma escolha – e discernimento - pela seleção - que é
assunto de Vênus, seja no homem ou na mulher.
A mutabilidade geminiana é disfarçada de terra pela mutabilidade do signo de Virgem
(também regido por Mercúrio) que antecede Libra; a seleção, e critérios práticos de escolha,
da fase anterior, nos moldam a fazer devidamente a parceria. Ou parceria devida.
Essa iniciativa de fazer parceria vai ganhar FORMA e fixedez no mergulho as profundezas do
Escorpião - signo da Água – onde ocorre uma verdadeira alquimia pela qual os PARCEIROS
passam a partir da dinâmica da relação. Jung descreve de modo brilhante a transformação
que duas pessoas passam a partir do relacionamento: "Duas pessoas são como duas
substâncias químicas. Quando uma reage, as duas se transformam".
A FORMA (Fixo) que vamos incorporando em Escorpião vai modelando as responsabilidades
por aquilo que deixa de ser só "do eu" e passa a ser do outro também, e a partir daí - de todo
o outro.
Há uma exigência de desprendimento das velhas formas individuais de Ser que devem
morrer, nesta fase, como as folhas vermelhas que se desprendem das árvores no auge do
outono. A união, a fusão a integração do EU ao OUTRO, a transformação do UM no UNO - do
UM NO DOIS - é consumado na expressão da sexualidade e símbolo do Escorpião: a morte
do individual - a perda da ilusão da separatividade - para o renascimento do Ser em
comunhão com o outro, que se permite transformar-se através das dinâmicas das relações
mais profundas, entre os Seres Humanos: – Iniciação. Acesso aberto a outras dimensões da
realidade – em Escorpião vivemos e sentimos (Água) a partir daquela experiência que vai
para além das formas, das dinâmicas da transformação que passamos através da presença
do outro em nossa vida. Em Escorpião fazemos a consolidação daquele mesmo sentido de
unidade originado, ou gestado, na cardinalidade do signo de Água - Câncer, e impulsionado
para interatividade com o outro na cardinalidade do Ar – de Libra.
Entre Escorpião e Sagitário há um verdadeiro divisor de águas, principalmente quando após
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O Zodíaco como um processo contínuo e cíclico de desenvolvimento
a transformação a qual fomos submetidos se processa verdadeiramente nosso interior, o que
gera um estado de compromisso – ancorado na firmeza de propósito. Talvez por isso mesmo
esse signo possa ser representado em suas diferentes naturezas – o Escorpião, energias
inferiores, a Serpente, a Kundalini, e a Águia, a visão iluminada. Símbolos da transmutação
pela qual passam os verdadeiros Iniciados – CALAR.
Ao perder a "ilusão da separatividade", buscamos a visão de um propósito maior para a vida,
em Sagitário, Fogo-Mutável, que aponta sua "seta" para o mais alto em nós, para a Verdade
interior, vivida pela experiência da transformação da fase anterior - a alcançar o que está
acima e muito além do "em torno": a visão da transcendência e da espiritualidade - a
necessidade de ligação ou re-ligação a algo maior, mais alto, a compreensão do todo, a
cultura, a filosofia, a “grande viagem” – a visão de um propósito! Aquelas coisas que
acreditamos ser capazes de Ser – e a conexão com o mais alto nível de consciência, onde se
acesa com sabedoria superior as coisas da alma. A necessidade de elevar a energia que foi
despertada: a Religião, a grande caminhada rumo a um propósito maior para a vida, de
acordo com Leis, em direção ao auge, ao cume da montanha do Capricórnio.
Em Sagitário a semente inicial, cardinal, do Ser em Áries, que se "con-sol-lida" na fixedez do
Leão, se lança em direção a novos horizontes, na direção da conquista do alto - é a motivação
do fogo - a crença e a fé que remove as montanhas ou que nos dá a certeza de que vamos
conseguir chegar ao alto da montanha, e que nos leva a ir além para ampliar a nossas
fronteiras e a visão de mundo - mirar ao longe.
O pensamento semente do fogo de Sagitário traz a motivação do impulso para a conquista
cardinal da terra – e do melhor de si mesmo – o cume da montanha é o campo de realização
de Capricórnio.
QUARTO QUADRANTE: O SER – a chegada do inverno
A força de conquista da Terra, na cardinalidade de Capricórnio vem da Triplicidade de fogo
que dá sustentação à terra. O fogo mora dentro da terra. Quando o fogo queima a madeira –
ou o carvão, não está sendo destruído pelo fogo - senão que liberando a energia do Sol que
ali estava contida, presa na matéria. Os signos do elemento fogo vêm antes dos signos de
terra e ativam a expressão e materialização daquele elemento.
A realização de Capricórnio depende da inspiração, da confiança e da "semente de mostarda"
da fé do fogo mutável, que asperge de Sagitário: - "A fé remove montanhas" - já dizia a
sabedoria anciã; mas em Capricórnio, se a fé não tira a montanha da frente, serve o trator...
A ação, a iniciativa, o comprometimento de chegar ao ponto mais alto do Zodíaco se origina
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O Zodíaco como um processo contínuo e cíclico de desenvolvimento
na idéia da possibilidade de chegar lá - quer dizer: "Para cima todo santo ajuda" - seja por que
estamos motivados pelo que vamos alcançar; seja porque o futuro nos inspira em ir adiante,
na direção da expressão da Excelência, de Sermos o melhor de nós mesmos. Parece ser isso
o que em nós é Espiritual - esse "drive" na direção de uma constante melhoria e
aperfeiçoamento do Ser. O religioso de Sagitário se concretiza em Espiritual no Capricórnio.
Pois que para se chegar ao melhor de si, se exige coerência - congruência - disciplina esforço - determinação – seriedade e acima de tudo - RESPONSABILIDADE COM O
PROPÓSITO MAIS ALTO.
A cardinalidade de Capricórnio é o Ponto de Excelência de nossa vida, o alto da árvore, o
chegar à perfeição que se origina nas dinâmicas de aperfeiçoamento prático, e organização e
da mutabilidade do signo de Terra de Virgem. Touro é a FORMA fixa da matéria, o recurso e a
abundância da matéria bruta - que vai se adaptar às circunstâncias do meio, ajustar-se à
possibilidade de continuidade de existência em Virgem - que segue o aperfeiçoamento, a
lapidação através da triplicidade de Terra, até a perfeição em Capricórnio.
Capricórnio é o signo do começo do Inverno – o momento em que a natureza se recolhe para
se preservar, descansar – entrar no pousio. Nesta etapa a natureza mostra toda a sua
severidade, talvez par aguçar-nos o sentido da solidariedade humana. É justo no Solstício do
Inverno que acontece o Natal, simbolizando o retorno da Luz Crística ao Planeta.
Antes passar por todos esses estágios de amadurecimento do Ser, que nos leva ao alto da
montanha, ao mais alto de nós mesmos, nada se sabe ou se pode dizer acerca do Homem.
Aquário é o signo do Filho do Homem: feito à Sua imagem e semelhança, verte do Céu a
"'Água da Sabedoria". Só podemos compartilhar com o mundo aquilo que Somos, apenas
após passar por todos esses estágios de desenvolvimento do Ser. Chega-se ao Ser Humano em Aquário - onde se con-sol-lida (fixo) a verdadeira FORMA Humana, a concretização da
idéia (Ar) original, o pensamento original - próprio ao Homem.
A triplicidade de Ar tem uma relação direta com o desenvolvimento da nossa capacidade
relacional e de compreensão da vida. A cardinalidade de Libra, no impulso em direção ao
outro, originado pela necessidade juvenil da mutabilidade de Gêmeos de reconhecimento das
diferenças, nos leva a compartilhar em Aquário, com todos, aquilo que somos: essa é a nossa
diferenciação, de todos os demais seres, é a nossa natureza realizada. Compartilhar com o
mundo o melhor de si mesmo, desde o alto da montanha da realização da própria
consciência. Chuvas de estrelas – Ganímedes verte do céu de seu cântaro a água da
sabedoria, a sabedoria que Liberta - o conhecimento, os relacionamentos e a compaixão e
fraternidade.
Os ritmos não cessam. O ser Humano, após passar por todo o processo de desenvolvimento
simbolizado pelos ritmos do Zodíaco, que são em essência ritmos da vida, chega ao seu
estágio de completude, em Peixes, a Água Mutável, e a sua natureza essencial. O signo
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O Zodíaco como um processo contínuo e cíclico de desenvolvimento
Peixes é a fase de dissolução da materialidade do Ser e a oportunidade de fusão com o
Cosmo Inteiro. O sentido de PERTINÈNCIA ao intangível - E este estágio diz respeito ao
acesso que temos ao "campo de possibilidades infinitas", lá onde a natureza recorre para criar
as constelações, planetas e estrelas. Neste "lugar" é para onde vamos nos recriar e
reconstituir celularmente o nosso corpo, a nossa força e energia, e nos re-integrarmos à fonte.
É lá onde o pensamento-semente, antes da manifestação dá origem à vida, antes do renascer
da primavera em Áries.
As águas de Peixes nos levam de volta de onde saímos - do estado de indiferenciação, no
qual a vida que habita no útero está em estado de união com o todo através da placenta da
mãe. O Sentido de Unidade é gerado na triplicidade da Água, a cardinalidade de Câncer nos
faz nascer em uma família, nosso primeiro laboratório alquímico - onde aprendemos e
começamos a conjugar o "nós" - em Escorpião - signo fixo da água consolidamos o "nós" - o
processo de transformação que passamos pela dinâmica de fusão com o outro. E o Peixes é
a fusão com o todo - somos "nós' uma gota, no oceano, o universo inteiro.
por José Maria
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