SILÊNCIO E ARQUIVO NA REDE ELETRÔNICA: o morto feito
Transcrição
SILÊNCIO E ARQUIVO NA REDE ELETRÔNICA: o morto feito
V JORNADA DE AD NA CI “LEITORES DE IMAGENS” 07 e 08 de novembro UFSCar V Jornada Nacional e I Internacional de Análise do Discurso na Ciência da Informação: “Leitores de Imagens” SILÊNCIO E ARQUIVO NA REDE ELETRÔNICA: O MORTO FEITO (DE) VIVO PATTI, Ane Ribeiro Doutoranda da FFCLRP (USP) ROMÃO, Lucília Maria Sousa Profa. Orientadora, FFCLRP (USP) Resumo: A partir da perspectiva teórico-metodológica da Análise do Discurso proposta por Pêcheux, trazemos à tona o entrelaçamento do sujeito, com a historicidade e os atravessamentos movediços na linguagem: Ideologia e Inconsciente fazem do sujeito um sujeito discursivo, não somente um indivíduo empírico, mas um sujeito da linguagem, portanto, dividido, errante, plural, capaz de dar vida ao que não tem e mortificar o que tem, ou é vida. Apostamos que é pela ideologia que o sujeito encontra evidências de sentido e passa a naturalizá-las e, para isso, há um silenciamento necessário para que os sentidos possam emergir e se encadear de uma determinada forma, e não de outra: assim é possível ao humano “mortificar” o “vivo” e “avivar” o “morto”. Nos interessa, neste recorte do meu projeto de doutorado, investigar sobre um sítio discursivo que inscreve a criança-boneco (reborn-babies) feito (de) vivo, em que o morto é discursivisado de vivo, é (re)vestido de vivo, é inscrito no social (tra)vestido como um vivo, especialmente via internet, por “reborneiras”. Pretendemos recuperar alguns sentidos históricos sobre a infância, o brincar, os efeitos da cibercultura sobre estes sujeitos-cuidadores-de-reborn-babies, assim como fazer avançar os estudos sobre o silêncio e o silenciamento da teoria discursiva. Palavras-chave: Sujeito, Análise do Discurso, Produção de Sentidos, Reborn-babies.