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BISCOITOS l CANDIES l CHOCOLATES l SNACKS l SUCOS E REFRESCOS 28 Nº 238 Agosto 2014 isso é muito natural Sucos, néctares e refrescos arrasam no consumo plugado na boa forma ROBERTET a lapidação dos aromas FEBRACHOCO veja a tropa de elite do chocolate Carta do Editor A n o X X V I I I - n º 2 3 8 - a g o s t o de 2 0 1 4 Diretores Beatriz de Mello Helman e Hélio Helman REDAÇÃO Diretor Hélio Helman [email protected] Editor Fábio fujii [email protected] Diretor de Arte samuel felix [email protected] administração Diretora BEATRIZ Helman [email protected] Publicidade Antonio Canela barreto Jalil issa gerjis jr. Sérgio antonio da silva [email protected] International Sales multimedia, inc. (USA) Fone: +1-407-903-5000 - Fax: +1-407-363-9809 U.S. Toll Free: 1-800-985-8588 e-mail: [email protected] Assinatura keli oyan Fotografia shutterstock Foto da Capa shutterstock Design da Capa samuel felix Bureau, CTP e Impressão IPSIS GRÁFICA E EDITORA EDITORA DEFINIÇÃO Doce Revista é uma publicação mensal da Editora Definição Ltda. (CNPJ 60.893.617/0001-05) dirigida ao setor doceiro e às suas redes de atacadistas, distribuidores, varejistas e supermercadistas. Redação, administração e publicidade: Rua Itambé, 341 - casa 15 - São Paulo - SP - 01239-001 Fone/Fax: (011) 3666-8301 e-mail: [email protected] site: www.docerevista.com.br Dispensada da emissão de documentação fiscal, conforme Regime Especial Processo DRT/1 nº 11554/90 de 10/09/90. Circulação SETEMBRO de 2014 Membro da Anatec Associação Nacional das editoras de publicações técnicas dirigidas e especializadas. Consumo com a mão no freio P rovedora global de informações e insights sobre o que os consumidores assistem e compram, a consultoria Nielsen investigou no primeiro semestre as variações de volume, valor e preço de 137 categorias de produtos de consumo de massa, em todas as regiões do país. O resultado desse pente-fino pode ser conferido no estudo Tendências 1º Trimestre de 2014, divulgado no início de agosto. De um modo geral, apesar de alguns pontos positivos apresentados no cenário econômico, como a redução do desemprego (5%), a queda da inadimplência (4,4%) e o aumento da renda real (3%), os brasileiros apresentaram uma redução de 2,5% na intenção de consumo no primeiro trimestre, em relação ao mesmo período do ano anterior. Essa mudança no comportamento é associada ao aumento da inflação (2,9%), ao comprometimento da renda (0,3%) e ao endividamento crescente (4,7%). Diante desse cenário, a classe C foi o público mais afetado em sua vida financeira, pois apresenta, em média, um gasto 15% superior à sua renda mensal. Embora a classe A/B seja quem mais contribuiu para o crescimento em 2014, a classe C ainda é o principal grupo consumidor, confirma a sondagem da Nielsen. No primeiro trimestre, o público em geral reduziu as idas aos pontos de venda (3,6%), mas aumentou o tíquete médio gasto (8,2%). Por esse motivo, praticamente todas as cestas analisadas pela empresa apresentaram um crescimento em valor em comparação com o mesmo período de 2013. Bebidas alcoólicas cravaram alta de 15,6%, enquanto bebidas não alcoólicas, que é tema da reportagem especial da presente edição, avançaram 6,6%. Enquanto higiene e beleza assinalaram 5,3%, e limpeza caseira, 6,2%, os segmentos de mercearia doce subiram 3,2%, mercearia salgada, 4,6%, e itens perecíveis,15,3%. Com o intuito de reagir frente ao aumento de preços e conquistar o bolso do consumidor, algumas marcas investiram em ações para reduzir preços no PDV. Duas foram as ações mais recorrentes bancadas por fabricantes e varejistas para tornar os produtos atraentes: descontos diretos no preço final e embalagens promocionais do tipo leve três, pague dois. Entre as categorias que mais investiram em descontos, sobressaem as cestas de bebidas alcoólicas (83%), bebidas não alcoólicas (80%), puxadas por sucos prontos, néctares e refrescos em pó; mercearia doce (70%) e higiene e beleza (61%). Com as embalagens promocionais, os destaques foram principalmente higiene e beleza, bebidas não alcoólicas e limpeza caseira. Pela lupa da consultoria, na mercearia doce, itens como leite condensado e biscoitos tiveram o melhor desempenho em volume, com alta de 13,3% e 3,4%, respectivamente. Já em mercearia salgada os destaques foram peixe enlatado (20,7%) e pão (10,4%). Em perecíveis, sorvetes se destacaram das demais categorias, com 35,3% de aumento. Também o verão mais esticado deu sua contribuição para o crescimento em volume da cesta de bebidas não alcoólicas. Os energéticos foram o destaque do período, com 34,8% de alta, seguidos de água de coco (30,8%) e sucos prontos (28,4%). • Agosto 2014 Doce Revista 3 Sumário 28 CAPA SUCOS PRONTOS E REFRESCOS EM PÓ alto giro nas gôndolas Associados a hábitos saudáveis, sucos, néctares e refrescos têm o consumo acelerado com a melhora na renda do brasileiro e oferta compatível com todos os gostos e bolsos 10 VITRINE ATACADISTA MADU DOCES se reinventa Ao ver a demanda de itens de decoração de mesa abocanhar metade do faturamento da loja, a distribuidora campeã da zona norte paulistana investe em especialização e espaço exclusivo para artigos de festa 12 INSUMOS ROBERTET de casa nova Depois de cinco décadas no mesmo prédio, a divisão de aromas naturais da companhia francesa instala uma unidade separada da fábrica de fragrâncias para melhor atender a clientela de alimentos e bebidas 14 EQUIPAMENTOS GOTESP demanda bem engrenada Na contramão da desaceleração generalizada nas vendas de máquinas, a fabricante de embaladoras engorda o seu talonário de pedidos com encomendas da indústria de guloseimas 16 FEIRA FEBRACHOCO chocolate fino em foco Em sua terceira edição, este ano dedicada ao mercado premium, congresso e feira reúnem na cidade de Gramado profissionais da indústria chocolateira nacional SEÇÕES 06 MIX analista da Mintel mostra como gomas com xilitol auxiliam a diminuir a cárie dental entre crianças na Índia 08 CONSULTORES a análise de especialistas dos mercados de açúcar e cacau 26 DESTAQUE enquete exclusiva apura opinião do trade sobre vendas de bebidas não alcoólicas 34 GIRO os lançamentos que enfeitam as prateleiras do atacado distribuidor doceiro 38 SAÚDE & BEM-ESTAR Victoria Pagani, gerente de marketing para a América Latina da Tate & Lyle, avalia as possibilidades de ingredientes funcionais em guloseimas 4 Doce Revista Agosto 2014 www.docerevista.com.br MIX Sorriso saudável Gomas de mascar com xilitol auxiliam a diminuir a cárie entre crianças na Índia I ngredientes que conferem grama é dirigido às crianças, propriedades funcionais, os principais consumidores sem descaracterizar o sade chicles, com a vantagem bor da guloseima, ganham adicional de criar um impacto cada vez mais espaço no positivo na saúde oral. Semercado de candies. Foi por gundo os estudantes, a goma essa trilha que um grupo de de mascar não substitui a estudantes da Universidade escovação regular e o uso do da Pensilvânia criou uma so- Ranjana Sundaresan* fio dental, mas atuará como um “produto auxiliar de hilução simples para combater problemas de saúde dentário entre con- giene bucal”. A goma com xilitol, em si, sumidores que vivem com menos de não é uma novidade. O aspecto mais US$ 2,50 (R$ 5,69) por dia. Batizado de importante dessa ação é garantir que Sweet Bites (Doces Mordidas), o projeto ela seja acessível aos consumidores de consiste na utilização de uma goma de baixa renda. Com produtos no varejo de preços mascar com benefícios dentários através do xilitol, um substituto do açúcar elevados, o mercado de higiene oral na comum, com 40% menos calorias e Índia é projetado para crescer em uma que pode ser consumido por diabéticos CAGR (taxa composta de crescimento proporcionando ao paladar uma sensa- anual) de 14,7% em valor entre 2014 e 2018. Devido aos preços altos dos ção de frescor. Em fase de teste de campo, o pro- produtos, um chicle com preço baixo jeto está sendo pilotado em Bangalore, e benefícios saudáveis adicionados na Índia. Para tanto, os pesquisadores provavelmente vai ser atraente e abrir fecharam uma parceria com um fabri- a categoria de goma de mascar como cante de goma de mascar à base de um formato alternativo para produtos xilitol. A distribuição dos chicles é feita de higiene oral. Tem sido comprovado por meio de grupos de mulheres locais. que o xilitol melhora a saúde dental, A goma de mascar segue com in- diminuindo a formação de placa carioformações sobre cuidados dentários e gênica. Seu papel na higiene bucal é a expectativa dos alunos é ensinar os reconhecido por autoridades alimenconsumidores de baixa renda como li- tares. Em 2009, a Autoridade Europeia dar, de forma geral, com a cárie. O pro- para Segurança Alimentar (EFSA) apro- vou esse posicionamento saudável e permitiu que o xilitol fosse usado como adoçante em gomas de mascar. Estudos recentes têm mostrado que o benefício máximo desse edulcorante nos dentes é atingido quando de 2g a 3g são consumidos, pelo menos, três vezes ao dia após as refeições. O xilitol é cada vez mais aceito como um adoçante em doces e confeitos. E a maioria dos produtos que vem com a substância destaca sua função odontológica. Globalmente, a goma de xilitol foi responsável por mais de um terço do total de lançamentos entre 2010 e 2013. Há também oportunidades para aumentar o consumo dessa modalidade de goma de mascar entre adultos por meio de ofertas de produtos com sabores locais populares, tais como o de cravo. Na Índia, no entanto, apenas 13% dos chicles lançados durante esse período contêm xilitol. Caso o projeto Sweet Bites seja bem sucedido na Índia, seguramente haverá espaço para que seja expandido a outros países de economia emergente e regiões com alta prevalência da cárie. • * Ranjana Sundaresan é analista do setor alimentício da Mintel. Fornecedora global de inteligência de mídia, consumidor e produto, por mais de 40 anos a Mintel tem propiciado a compreensão de tendências chaves, oferecendo dados exclusivos e análises que impactam diretamente nos negócios de clientes espalhados pelo globo. Mais informações sobre esse artigo podem ser obtidas pelo email: [email protected] ou pelo telefone 0800 095 9094. 6 Doce Revista Agosto 2014 www.docerevista.com.br www.docerevista.com.br Agosto 2014 Doce Revista 7 Consultores Cacau Conjuntura volátil e indefinida A tendência de alta iniciada na segunda quinzena de julho teve prosseguimento em agosto. O contrato de dezembro/2014, que passou a ser a base de referência, registrou ganhos de US$ 200 entre o início do movimento em 17 de julho e seu ponto mais alto em 18 de agosto, quando fechou cotado a US$ 3,260, vaThomas Hartmann lor não visto desde maio de 2011. Os preços cederam ligeiramente nas duas últimas semanas de agosto e assumiram feições de consolidação, mas permaneceram acima do importante nível psicológico de US$ 3,200. O avanço continuou sendo alimentado pelos fundos especulativos, que somaram mais quase 10.000 contratos à sua posição comprada líquida de 136.800 contratos em julho. Enquanto isso, o cenário fundamental tornou-se cada vez mais baixista. As entradas de cacau na Costa do Marfim chegaram a 1.732.000 toneladas (t) na semana terminada em 24 de agosto e já se tem como certo que sua safra alcançará o total de 1.800.000 t – como também que a safra mundial de 2013/2014 terminará com superávit. Quanto à safra de 2014/2015, um clima favorável prevalece na maioria dos países produtores, o advento de um fenômeno El Niño de maior intensidade já está descartado e os altos preços pagos aos produtores estimulam a melhoria dos tratos de cultivo das plantações. Embora as previsões ainda apontem um déficit para esta safra, seu tamanho vem sendo sucessivamente revisto para baixo. Em contraste com isso, as perspectivas da expansão da demanda tornam-se cada vez piores. A queda do ratio combinado dos produtos de cacau já derrubou a rentabilidade de muitas indústrias processadoras para o vermelho e os recentes aumentos dos preços dos principais fabricantes mundiais de chocolate tem o potencial de inibir o consumo. Com base nos últimos dados, parece pouco provável que o aumento das moagens na safra 2013/2014 chegue a 2,5% e é possível que fique abaixo de 2%. O fato de, mesmo assim, os preços ainda se sustentarem nos 8 Doce Revista Agosto 2014 atuais níveis elevados se deve ao respaldo que os fundos especulativos recebem de três fatores. O principal deles é a estrutura invertida do mercado de futuros. Ela torna lucrativa a rolagem para frente das posições compradas. Não menos importante é a confortável condição vendida dos dois principais produtores, Gana e Costa do Marfim, que já comercializaram o total das suas safras principais de 2014/2015 e podem se dar ao luxo de comparecer ao mercado vendedor apenas quando as cotações estiverem em alta. O terceiro fator é a posição mal comprada das indústrias, cuja cobertura com preços é avaliada com menos de seis meses. Isso faz com que entrem comprando no mercado cada vez que os preços mostram sinal de fraqueza e acabem sustando sua queda. Recentemente, somou-se a esses fatores o surgimento da epidemia de Ebola. Embora ainda não tivesse atingido os grandes países produtores de cacau – com exceção de uma dezena e meia dos casos na Nigéria – há receios de +-que a doença possa alastrar-se para as regiões produtoras. Embora seja quase nula a probabilidade de, mesmo neste caso, a produção de cacau sofrer uma redução, existe o perigo de distúrbios da infraestrutura nos países atingidos causarem atrasos no escoamento das safras. Em resumo, a conjuntura do mercado de cacau continua altamente volátil e indefinida. Thomas Hartmann é cacauicultor, analista do mercado internacional de cacau e titular da TH Consultoria e Estudos de Mercado. www.docerevista.com.br Açúcar Viés continua de baixa A o longo de agosto o mercado de açúcar apresentou um viés de baixa para preços na Bolsa de Nova York. Após se aproximar do nível de 18 cents/lb no período anterior, a commodity só operou em baixa. O excesso de oferta mundial, com base em elevados estoques, estão entre os fatores que têm determinado esse Ronaldo Lima Santana movimento baixista. A safra no Centro-Sul do Brasil (maior região produtora e açúcar e álcool) segue com expectativa de quebra expressiva na produção, embora os números, até o momento, não confirmem essa possibilidade. A partir do momento em que a quebra brasileira começar a ser melhor visualizada será muito provável a ocorrência de uma recuperação de preços em âmbito internacional. O gráfico a seguir mostra o comportamento dos preços do açúcar demerara na Bolsa de Nova York, tomando como base o vencimento de outubro próximo. No mercado interno, para os preços do açúcar (cor até 250 ICUMSA), prevaleceu a pressão de oferta até a primeira quinzena de agosto, movimento influenciado principalmente pela queda de preços no mercado internacional. A partir da segunda metade do mês, o cenário interno passou a “descolar” das cotações internacionais e a apresentar tímida inversão na curva de preços. Embora os estoques locais sejam relativamente elevados, a quebra de safra na região se torna cada vez mais evidente, dando o devido suporte para os preços. Além disso, as exportações de açúcar branco, que se mostram com remuneração equivalente ao açúcar de mercado interno, e o viés alcooleiro de safra contribuem para o suporte dos preços verificado na segunda quinzena do mês. O comprador, por sua vez, ainda manteve uma postura cautelosa. O gráfico seguinte apresenta os preços médios semanais negociados em São Paulo apurados pelo Índice JOB Economia de preços. A JOB Economia há 20 anos no mercado, através de seus relatórios e trabalhos de consultoria, tem como objetivo principal antecipar movimentos de mercado para um posicionamento correto nas estratégias empresariais de seus clientes e, por fim, contribuir para que façam um bom trading. Solicite um exemplar do relatório e veja como esse trabalho pode auxiliar na tomada de decisões. Para mais informações acesse o site [email protected]. Ronaldo Lima Santana é sócio-gerente da JOB Economia e Planejamento www.docerevista.com.br Agosto 2014 Doce Revista 9 Vitrine Atacadista Comemoração é com ela Madu Doces amplia distribuição de candies com espaço dedicado a artigos para festa Madu Doces mix de 10.000 itens puxado por artigos de festa. O mais recente investimento da Madu Doces, comércio atacadista de guloseimas da zona norte paulistana, confirma uma tendência que vem se intensificando na distribuição de candies. Em busca de diversificar a oferta com itens de maior valor agregado, as operações de formato cash and carry (atacado de autosserviço) têm investido na ampliação do mix de artigos para festa, sem prejuízo, pelo menos até o momento, ao espaço dedicado a chocolates e confeitos. “Como todo atacado doceiro, mantemos um bom sortimento de salgadinhos, chocolates e balas, mas a venda de artigos de festa hoje já atinge 50% do faturamento da loja”, argumenta Duarte Vasconcelos, diretor da Madu. Sem abrir valores, ele inaugurou no início de setembro uma ala de 600 metros quadrados de área de venda exclusiva para itens de festa e brinquedos, na sobreloja construída especialmente para esse propósito. A maior dificuldade para expandir as vendas nesse filão era o espaço físico na loja principal, compartilhado com 10 Doce Revista Agosto 2014 linhas de guloseimas. “Kits de festa, coleções licenciadas e artigos personalizados necessitam de área maior para uma exposição adequada e isso já não era mais possível junto com os 10.000 itens do nosso mix”, relata Vasconcelos. Ao perceber nos contatos com a clientela que a Madu poderia se transformar em uma alternativa à rua 25 de Março, tradicional reduto do segmento de festas no centro da cidade, ele decidiu incrementar o mostruário. A introdução dos brinquedos, no entanto, é por enquanto apenas uma aposta gerada pelo giro crescente de candy toys. A Madu Doces abriu as portas 25 anos atrás em um acanhado endereço da Vila Penteado. Na época, o comércio de doces Ribeiro & Trentino (R&T) era quem dava as cartas no ramo, abastecendo as imediações da Vila Brasilândia, Cachoeirinha e Itaberaba. “Começamos em um espaço de 75 metros quadrados, próximo à loja atual, uma Kombi e cinco funcionários, operando apenas pelo sistema de balcão”, rememora Vasconcelos. Apesar de ofertar itens de mercea- ria, incluindo higiene e limpeza, ele logo percebeu a demanda mais intensa por biscoitos, doces e salgadinhos do tipo snacks a granel, que adquiria em fardos, fracionava e vendia em embalagens de 100g. “No início, abastecíamos os estoques com o Trentino ou com o atacado Macarroni, também aqui da zona norte, mas com o tempo e o avanço dos negócios a indústria e os distribuidores passaram a nos atender”, relata o atacadista. Com o fechamento da R&T há cerca de dez anos, a Madu passou a dominar o comércio local de doces, ao lado da Ferros Doces, hoje seu principal concorrente na região. Três anos após iniciar as atividades, a Madu transformou sua operação de vendas por atacado de balcão em autosserviço, ajustando o mix para guloseimas. Já nessa época o atacadista se ressentia de mais espaço para estocar mercadoria, tendo de usar a própria Kombi e a garagem de sua residência para esse fim. “Todo dia de manhã, movimentávamos esse estoque de casa para a loja”, lembra Vasconcelos. Para ele, foi assim www.docerevista.com.br de 900 metros quadrados para estoque.“Hoje em dia, cerca de 60% das compras são feitas diretamente da indústria e os restantes 40% de atacadistas e distribuidores”, informa Vasconcelos. Com crescimento na faixa de 10% ao ano, o faturamento da Madu é sustentado pelos artigos de festa e complementado pela venda de confeitos (balas, pirulitos, chicles), Vasconcelos nova ala exclusiva de itens de festa e brinquedos que abocanham 40% da operaque conseguiu driblar a inflação vigente, ção. “Chocolates e salgadinhos hoje convertendo capital volátil em estoque representam apenas 10% do giro total”, de produtos. “Meu dinheiro era toda a repassa o comerciante. Entre os fornecedores que habitualmente fecham minha mercadoria”, frisa. Na primeira expansão, em 2001, parcerias e promoções com a Madu, a Madu passou a ocupar um espaço Vasconcelos destaca a Dori, Mavalério, com 300 metros de área de venda e Harald, Garoto, Docile e Santa Rita. “Já mesma metragem para estoque. Dez no segmento de festa, operamos com anos depois, construiu a sede atual, todas as marcas mais conhecidas, como que exibe 2.400 metros quadrados de Festcolor, Regina, Pic Pic, Cromus e Piárea de venda, dois terrenos para es- ffer & Cia.”, completa ele. tacionamento com 35 vagas e área Pelos menos 500 pessoas circulam www.docerevista.com.br diariamente pelos corredores da Madu, calcula Vasconcelos, sem dar pistas do tíquete médio de compra. Além de cobrir as vilas e jardins da zona norte paulistana, o atacado atende clientes de outros bairros e municípios da Grande São Paulo que, muitas vezes, cruzam a cidade para comprar no estabelecimento pelo farto sortimento e preços atrativos. “Ajustamos o mark up à demanda e, com isso, somos bastante competitivos”, assinala o dirigente, sem abrir cifras. Embora tenha desfrutado de alguma elevação na demanda no período da Copa e Festas Juninas, é pela aproximação das datas tradicionais do setor (Cosme e Damião e Dia da Criança) que ele esfrega as mãos. “Tivemos uma alta de 5% no período da Copa, mas ela se refletiu mais em volumes e não no faturamento, porque o giro ficou restrito a doces, pipocas, amendoim e salgadinhos de baixo valor agregado”, avalia o comerciante. • Agosto 2014 Doce Revista 11 Insumos Sabor ampliado Robertet instala unidade de aromas separada da planta de fragrâncias Nova unidade da Robertet capacidade laboratorial quintuplicada. C om unidade no Brasil desde 1963, a francesa Robertet cintila na cena global de fragrâncias e aromas enfatizando sua atuação no filão natural. O posicionamento remonta às origens da companhia há mais de 160 anos. Ela iniciou as atividades com a extração e destilação de ingredientes naturais de flores e plantas. A empresa desembarcou no Brasil há 50 anos inicialmente com sua divisão de fragrâncias e, em 1974, instalou a divisão de aromas na mesma unidade em Barueri (SP). Com investimento de R$ 3 milhões, a operação de aromas ganha nova sede no mesmo município, quintuplicando assim sua capacidade de desenvolvimento laboratorial, repassa Albertina 12 Doce Revista Agosto 2014 Palmari Bellucci, coordenadora de marketing da Robertet Brasil. “O certificado de segurança alimentar conquistado recentemente pela divisão de aromas exige uma série de práticas, cuja implementação na ala de fragrâncias se beneficia com a separação das duas unidades”, sublinha a executiva, referindo-se ao certificado FSSC 22000, reconhecido pela Iniciativa Global de Segurança Alimentar (GFSI) como o sistema de gestão da segurança alimentar de maior amplitude, incorporando o ISO 22000, ISO/TS220, HACCP e aplicação de todas etapas do Codex Alimentarius. Inaugurada em agosto, a nova unidade de aromas concentra nos seus 1.200 metros quadrados de área construída amplos laboratórios de diferentes capacidades. Eles irão possibilitar agilidade e especificidade na criação e maior eficiência em desenvolvimentos, assim como ganho de agilidade, argumenta Albertina. Ela frisa que, com a duplicação da área de produção e armazenamento e as dimensões quintuplicadas dos laboratórios de desenvolvimento, a Robertet terá sua capacidade produtiva expandida para 150 toneladas/mês. “Além de salas de aplicação exclusiva para bebidas, confeitaria, forneados, chocolates e ala de desenvolvimentos de aromas doces e salgados, a área de análise sensorial contará com quatro cabines de avaliação”, reporta a coordenadora. www.docerevista.com.br Albertina salas exclusivas para desenvolvimento de chocolates, confeitos e forneados. Sensações sob medida A atuação da Robertet no país não destoa da cobertura aos segmentos de alimentos e bebidas operada por www.docerevista.com.br concorrentes, a maioria formada por corporações multinacionais. Mas sobressai entre os pesos-pesados do setor justamente pela expertise desenvolvida ao longo de décadas na extração de frutas e pelo know-how acurado em produtos naturais. “Um exemplo aplicado ao setor de confectionery pode ser aferido na tecnologia Robertet Sensation, que estimula os sentidos através da criação de sabores e sensações únicas”, assinala Albertina. Se o fabricante de confeito, detalha ela, almeja personalizar, intensificar ou promover um atributo específico, os aromas da linha Sensation adaptam-se a qualquer propósito e até mesmo podem encobrir o after taste indesejado. Frequentemente utilizado em linhas de candies como balas e chicles o aroma gelado cria uma sensação de frio na boca, bem como o quente propicia sensação de calor e o efervescente confere efeito de explosão na boca. Também fazem parte dessa linha o aroma doce, que mascara o residual, e o amargo, utilizado na criação de notas autênticas. Já o alcoólico passa a impressão de uma bebida destilada em produtos com baixo teor ou isentos de álcool. Albertina também distingue o aroma que traz um toque de adstringência ao sabor. Após três anos de desenvolvimento, a linha Natur-Cell configura uma tecnologia eficiente em projetos de formulações em pó, esclarece Albertina. “Trata-se de um processo projetado para aplicações em chocolates, bebidas e snacks, entre outras guloseimas, que promove uma encapsulação com estrutura granular contínua”, descreve a expert, assinalando que a sua aplicação estica a vida de prateleira (shelf-life) dos produtos. Nos anos 80, já sob o comando da quarta geração da família Maubert, fundadora da companhia, a empresa adquiriu a americana Jay Flavors (atual Robertet Flavors), arrematando não apenas a base de manufatura mas a clientela formada pelos maiores produtores de alimentos dos EUA. Anteriormente, ela já havia incorporado a francesa Cavalier, dando início à sua expansão internacional, hoje estendida a mais de 50 países. Além de reconhecida mundialmente em ingredientes naturais, a Robertet é pioneira no mercado de matérias-primas naturais. Assim, o grupo hoje tem 45% do seu faturamento oriundo das operações com aromas; 35% são obtidos com o negócio de fragrâncias e os 20% restantes provêm das vendas de extratos naturais. • Agosto 2014 Doce Revista 13 Equipamentos Demanda lubrificada Apesar da marcha lenta no mercado de máquinas, a Gotesp engata a quinta e acelera a instalação de empacotadoras para confeitos Linha flowpack da Gotesp velocidade de 500 unidades por minuto com selagem a frio. E m declínio que vem se acentuando nos últimos anos, o setor de bens de capital fechou o primeiro semestre com faturamento bruto real de R$ 34,9 bilhões. O resultado representou queda de 13,2% em comparação ao mesmo período do ano passado, repassa a Associação Brasileira de Máquinas e Equipamentos (Abimaq). Contrariando a freada geral nas vendas de equipamentos industriais, o segmento de máquinas embaladoras, principalmente as dedicadas ao setor de alimentos, exibe robustez puxada por incrementos na produção de guloseimas como confeitos de amendoim e biscoitos. Pelo menos esse é o motor que vem impulsionando os projetos na Gotesp, indústria especializada em linhas de embalagens dos tipos portfólio e flowpack para chocolates, biscoitos e candies. “De cada dez empacotado14 Doce Revista Agosto 2014 ras portfólio para biscoitos encomendadas hoje no Brasil, oito saem da nossa unidade”, dimensiona Fabiano Passarini, engenheiro de vendas da empresa, sediada em Caieiras (SP). Entre as recentes investidas na ala de confeitos, ele insere a estreia de linhas flowpack horizontais da marca nas empresas Santa Helena e Agtal, fabricantes de confeitos à base de amendoim. Em ambas, a Gotesp instalou sua embaladora Speed Pack 300 que, além de sistema de troca de bobinas automático e acionamento por servomotores, incorpora conjunto de automação completo para alimentação equipado com esteiras de sincronismo, descreve Passarini. Lançado há oito anos, acrescenta ele, o modelo vem ganhando nos últimos três anos a preferência de fabricantes de confeitos para linhas de pós-processamento de barras de cereais e de chocolate. “Em embalagens de bombons e tabletes com selagem a frio, a Speed Pack atinge até 500 unidades por minuto”, dimensiona o executivo. Na Santa Helena, detalha ele, o equipamento é acionado no acondicionamento de paçocas do tipo rolha de 15g, podendo alcançar velocidade de até 415 unidades por minuto. Já na Agtal, as duas linhas instaladas vem sendo utilizadas no empacotamento das barras Mixed Nuts de 30g, totalizando potencial de 500 unidades por minuto. “Uma outra aplicação na qual a embaladora tem sido bastante requisitada é em linhas de minibolos do tipo Ana Maria”, sublinha Passarini. Além de fornecer para a Santa Edwiges, fabricante de panificados baseada em Ribeirão Pires (SP), introduziu recentemente suas empacotadoras na francesa Jacquet, www.docerevista.com.br Passarini 30 unidades vendidas em 2013 e investimentos em corte e dobra. fabricante de minibolos e minibrownies, instalada desde 2012 em Guarapuava (PR). Preço competitivo Operando com prazo de entrega de oito meses a um ano, no caso de linhas de empacotamento completas, a Gotesp colocou cerca de 30 embaladoras Speed Pack no ano passado, www.docerevista.com.br informa Passarini. Segundo ele, a prosseguir a boa receptividade para esse equipamento, a expectativa para o ano em curso é de pelo menos igualar o número de unidades vendidas. “Além de ofertar uma máquina nacional com cadastro na Finame (Agência Especial de Financiamento Industrial) e preço competitivo, que pode chegar até 30% da cotação de um modelo similar importado, oferecemos suporte local que realmente funciona”, sustenta o executivo. Ele frisa que a atuação da assistência técnica tem sido chave na seleção da Gotesp pela clientela do setor de confectionery. Outro destaque do mostruário da Gotesp é a linha de embaladoras do tipo portfólio Gopack Speed, carro-chefe da empresa e largamente utilizada na indústria de biscoitos. Ela opera com velocidade de até 90 pacotes por minuto (ou 180 ppm, no caso do modelo Double). Com ca- pacidade para 12 linhas por ano no caso de projetos de automação completos, desde esteiras de transporte, calhas vibratórias, carregadores de produtos a sistemas de transferências, redução e multiplicação de fileiras, a Gotesp investe pesado para expandir o potencial atual. A mais recente aposta vingou com a aquisição de maquinário para corte a água de chapas de aço, encorpando assim a capacidade de corte e dobra da unidade em Caieiras. “O investimento foi em torno de R$ 2 milhões, pois processos de corte e dobra requerem para algumas partes das máquinas cuidado especial e tecnologia de ponta”, sublinha Passarini, acenando com a compra de uma estação de corte a laser ainda este ano. Apesar de reduzir a dependência de subcontratação, acrescenta ele, cerca de 60% dos serviços devem continuar terceirizados. • Agosto 2014 Doce Revista 15 Feira Chocolate fino é outra coisa Febrachoco materializa salto de qualidade no setor de chocolate em oportunidade de negócios apesar da desaceleração do mercado Recinto de exposição em Gramado expectativa de reunir 4.000 empresários do setor de chocolate. F arto em variedades exageradamente doces, o mercado brasileiro de chocolates vem ganhando produtos reconhecidos pelo status de chocolate fino. Para se enquadrar nesse conceito, eles reúnem maior concentração de sólidos de cacau, ingredientes como a manteiga de cacau de alta pureza e passam por torra e processamento de nível superior às variantes convencionais. A produção dessa matéria-prima, no entanto, ainda é pequena, em torno de 1% da produção nacional. Questões como essa entram em pauta na programação da Febrachoco – Feira Brasileira do Mercado de Chocolate, prevista para 10 a 12 de setembro em Gramado (RS). Em sua terceira edição, o evento de maior relevância para o setor chocolateiro do Brasil abre espaço para o projeto Chocolate Premium Brasil, da Abicab (Associação Brasileira da Indústria de Cacau, Chocolate, Amendoim, Balas e Derivados). 16 Doce Revista Agosto 2014 “A pesquisa inédita sobre a produção e consumo de chocolate premium no Brasil será o grande destaque da apresentação a cargo da Abicab”, frisa Caio Tomazeli, coordenador da feira e diretor de chocolate premium da entidade. Além da divulgação dos dados, análise e projeção dos rumos da categoria no país, acrescenta ele, a Febrachoco contará com palestras técnicas, exibição de cases de sucesso de design, comunicação e marketing, avaliações de potencial de mercado e inovações tecnológicas, tudo reunido no recinto de exposição Serra Park, de Gramado. A feira vai mais uma vez abrigar o Chocolatino – Congresso Latino Americano do Chocolate, que debaterá e avaliará trabalhos e tendências do mercado de chocolate e suas diversas aplicações na indústria da alimentação, completa Tomazeli. Na última edição, promovida em 2012, o Chocolatino reuniu durante três dias profissionais, empresários e estudantes interessados no setor e na sua cadeia de negócios para avaliar e debater trabalhos e tendênTomazeli pesquisa sobre chocolate premium será cias do mercado ponto alto. de chocolate, além das suas diversas aplicações na indústria de alimentação e nos demais segmentos. Entre as atrações programadas, ganhou destaque o lançamento do Programa de Inovação para Chocolate Gourmet, do Cereal Chocotec – Centro de Tecnologia de Cereais e Chocolate, do Ital (Instituto de Tecnologia de Alimentos). “Além de um importante passo para disseminar esse conceito no segmento de chocolate artesanal, a iniciativa buscou identificar e aprimorar produtos de indústrias de chocolate que buscam focar seus produtos nos segmentos premium”, comenta Tomazeli. Entre as atrações paralelas da edição atual, o coordenador destaca a montagem do Espaço Gourmet. Ali estão previstas oficinas de chocolate e sorvete com apresentações de chefs consagrados, mostrando na prática como desenvolver receitas com variedades premium. “Além disso, os painéis, debates e a divulgação de informações exclusivas sobre o potencial de chocolates premium no Brasil irão oferecer às empresas um cenário atualizado para tomada de decisões estratégicas”, acentua o executivo. Na montagem de 2012, a Febrachoco registrou um público de 2.500 visitantes, a maioria constituída por empresários do setor. “A expectativa para a montagem deste ano é de elevar esse índice a 4.000 empresários, já que esta é uma feira profissional”, frisa Tomazeli. Para ele, o mercado de chocolates no Brasil está passando por um salto de qualidade e a missão da Febrachoco é materializar essa tendência em um evento com conteúdo e oportunidade de negócios. • www.docerevista.com.br Sua melhor conexão com o mercado! Amplie sua marca com inserções semanais nos newsletters da Doce Revista newsletter 4 disparos mensais Opt-in (enviados somente para usuários com interesse nas informações) diferenciado e qualificado Cobertura nacional banner 600x90px Pacote de Audiência Digital 11.821* CONSULTE-NOS 11 3666.8301 *fonte: Google Analytics/Locaweb junho|julho de 2014 E AINDA GANHE UM HALF BANNER MENSAL NO SITE Telefax: (11) 3666-8301 | [email protected] | www.editoradefinicao.com.br Rua Itambé, 341 - casa 15 Higienópolis - CEP 01239-001 | São Paulo - SP - Brasil Feira / Febrachoco Vanguarda chocolateira O cupando em torno de 6.000 metros quadrados, a mostra de produtos e serviços da Febrachoco 2014 reúne cerca de 50 empresas da cadeia de negócios do chocolate e produtos relacionados, como matérias-primas, ingredientes, coberturas, equipamentos, embalagens, formas e moldes, tecnologias e serviços utilizados pelo setor. Confira aqui os principais expositores e lançamentos no evento. BARRY CALLEBAUT Grife número um global de produtos de cacau e chocolate gourmet, a empresa apresenta o novo blend da marca de coberturas e chocolate industrial Sicao e a mais recente reestilização das embalagens dessa linha. Levando em conta mais de 150 anos de experiência e tradição do grupo Barry Callebaut, os produtos Sicao resultam de adaptação ao paladar e receitas brasileiras do mais celebrado chocolate gourmet do planeta, repassa Antonio Moreira, gerente de marketing da companhia no Brasil. “Os chocolates e a cobertura Sicao são produzidos em Extrema, no sul de Minas Gerais, com amêndoas de cacau primordialmente da Bahia e do Pará”, informa ele. As embalagens Sicao, por sua vez, acabam de ser renovadas, ganhando ilustrações de receitas do chef chocolatier Bertrand Busquet, consultor técnico da Barry Callebaut no Brasil, e identidade visual associada a um código de cores para facilitar a identificação dos produtos nas gôndolas. Outra novidade da marca é a variante de sabor denominada Blend – menos amargo que o Meio Amargo, e menos doce que o Ao 18 Doce Revista Agosto 2014 Leite – ,“bastante equilibrada”, frisa Moreira, para atender diferentes aplicações. O produto passa a encorpar o portfólio da Sicao ao lado das versões Ao Leite, Meio Amargo e Branco. Além dos chocolates, a Barry Callebaut apresenta coberturas em formato fácil derretimento (moedas/gotas) e gotas forneáveis, ideais para receitas que vão ao forno, como cookies, muffins e chocotones, arremata o gerente. CARBER destaca os envoltórios de papel chumbo (alumínio) e poli (transparente, metalizado e perolado), além de sacos nas mesmas variações do poli. “Também iremos mostrar nosso patenteado papel para trufas e outros papéis como o de seda, laminado e celofane incolor, completando o mix com a linha artesanal composta de caixas decorativas, forma para doces e cup cakes, sacolinhas, fitas decorativas, etiquetas, bonecos decorativos e formas especiais para chocolate”, anuncia o executivo. CC LIMA Há 29 anos na cena de embalagens para datas temáticas como Páscoa, Dia das Mães e Natal, a indústria gráfica frisa em seu estande o atendimento personalizado de pequenas quantidades pelo sistema de rotogravura. “Somos a única no Brasil a operar com esse perfil de clientes, viabilizando embalagens exclusivas para empresas de chocolate artesanal, doçarias e indústrias confeiteiras de pequeno porte”, frisa Rogério Ishiy, da equipe de marketing da Carber. Entre as novidades especialmente preparadas para apresentação na Febrachoco, ele Fornecedora de máquinas para o setor de confeitos (confectionery) na ativa desde 2011, a empresa se especializou em linhas dedicadas à produção de chocolates, biscoitos e doces. “Um dos pontos altos da operação é o time de profissionais na ala de projetos, capacitado a desenvolver as mais variadas linhas para produção, processo e logística nas principais indústrias alimentícias do país e América Latina”, repassa Crenil José de Lima, diretor da indústria baseada em www.docerevista.com.br www.docerevista.com.br Agosto 2014 Doce Revista 19 Limeira (SP). Outro trunfo que equipara a CC Lima aos mais renomados fornecedores de equipamentos para o setor doceiro é a eficiência do corpo técnico, capaz de prestar assistência em no máximo 24 horas após a solicitação em todo território nacional, garante o industrial. Além de linhas de cobrideiras de chocolate (de 220 a 1.600 mm de largura útil de trabalho), acessórios, túneis de resfriamento linear (de 220 a 2.400 mm de largura útil de trabalho) e resfriamento vertical para formas, a empresa exibe em seu portfólio temperadeiras de chocolates, com capacidade de 30 a 3.000 quilos/hora e tanques para derretimento e armazenagem de chocolate ou similar para produções de 150 a 33.000 quilos. Completam o mix unidades dosadoras, centrífugas, bombas de engrenagens e formadoras de centros de bombons, com 320 a 1.000mm largura útil. “Para esta edição da Febrachoco, exibiremos a cobrideira de chocolate de 320mm de largura útil e nossa linha temperadeira para 100 quilos/hora”, antecipa Lima. DUAS RODAS Parada obrigatória para profissionais que buscam a alta gastronomia e premiunização em suas linhas de produtos, o estande Selecta, da Duas Rodas, vai apresentar receitas sofisticadas com valor agregado, sem deixar de lado a praticidade e aplicabilidade. “Elas permitirão aos profissionais da gastronomia e fabricantes de chocolates e derivados 22 Doce Revista Agosto 2014 acompanharem as preparações com os produtos da marca Selecta”, informa Adriane Gneipel, responsável pelo marketing da indústria de chocolates e ingredientes de Jaraguá do Sul (SC). Entre esses profissionais presentes, ela destaca o chef pâtissier Alex Santos, que comandará criações e apresentações de receitas diferenciadas tanto pelo sabor quanto pelo design, a exemplo do Brownie Contemporâneo e Tarte Tatin. “Além e fundadores Valdir e Janete Cardoso, a marca virou referência de sabor em chocolate caseiro de Gramado, destacando-se também na cena de entretenimento turístico, com o universo temático visual presente em suas lojas. Desde 2009, o de opções de formulações a partir de chocolates, serão elaborados pratos harmonizados com sorvetes e que prometem surpreender pela criatividade e sintonia de textura e sabores”, acrescenta a executiva. Ela esclarece que, para apreciar as aulas e dicas no Espaço Gourmet Selecta, será necessária apenas a inscrição para o ingresso no recinto. Um pré-agendamento poderá ser feito pelo site (www.febrachoco.com.br) da feira. Parque Terra Mágica Florybal ocupa uma área de 1.700 metros quadrados e conta com seções específicas para cada processo e tipo de chocolate. As seis lojas nas cidades de Gramado e Canela exibem uma variedade de mais de 400 sabores, divididos em linhas de bombons, drágeas, ramas, fondues e itens personalizados. “Acreditamos que o chocolate proporciona momentos coloridos de prazer e de alegria. A ideia do parque existe desde quando iniciamos com as lojas temáticas e esperamos que cada visitante encontre seu mundo mágico, de alegria e de entretenimento”, sublinha Valdir Cardoso. FLORYBAL LIMAQ Todo o processo de fabricação do chocolate artesanal pode ser conferido no projeto da Florybal, que estará na Febrachoco com estande de divulgação de seu parque temático. Idealizado pelos sócios Com mais de 20 anos de janela, a indústria se dedica única e exclusivamente à fabricação de máquinas e equipamentos para o setor de alimentos, com foco nos segmentos de cho- www.docerevista.com.br www.docerevista.com.br Agosto 2014 Doce Revista 23 Feira colates, bombons, biscoitos e doces em barras (barras de cereais, nuts, orgânicas e de proteínas), além de dispositivos de apoio a linhas contínuas de produção. “O segmento de chocolate artesanal está em ebulição e a demanda de linhas auxiliares, como temperadeiras e moldadoras, tem se intensificado”, observa Edmar Dal Pogetto Filho, gerente comercial da Limaq. Por conta dessa constatação, a indústria segue para Gramado com os mais recentes itens de seu portfólio para chocolate. Poderão ser conferidos no estande da Limaq as minitemperadeiras LTF-100 e LTF-30, a minicentrífuga LCTR-4 e a minimoldadora de bombons LMR-200. “Também iremos mostrar a minilinha para cobertura de chocolates modelo LCC-220, uma das estrelas do mostruário”, adianta Pogetto Filho. MONTANHÊS “O carinho do artesão integrado à qualidade das tecnologias atuais é o segredo do Chocolate Montanhês, há 35 anos o preferido de Campos do Jordão”, sintetiza Humberto Tomazeli, diretor da grife que leva para Gramado uma amostra dos quitutes elaborados na estância paulista. “ Vamos levar, acima de tudo, uma paixão em forma de bombons, trufas, tabletes, barras, dragas ou ramas de chocolate branco, ao leite e meio amargo, com castanhas, amêndoas, nozes, avelãs ou licores”, ilustra ele. 24 Doce Revista Agosto 2014 Esses cobiçados pitéus de Campos do Jordão, relata, são produzidos em uma fábrica com 1.500 metros quadrados de área construída em um terreno de 5.000 metros, com sistema de controle de temperatura e umidade e modernas máquinas para a fabricação de chocolates, além de completo sistema de tratamento de efluentes que atendem as mais rigorosas normas ambientais. Chocolatino, sob o título “Preparação Moderna de Chocolates Premium”, informa Ferreira. NKS NETZSCH Motivada pelo avanço da demanda de chocolate fino ou gourmet, a Netzsch exibe em Gramado as tecnologias Mambo, Tango, Rumba, Salsa e PreCutter, apresentadas no primeiro semestre na feira alemã Interpack, mostra número um global do setor de máquinas para confeitos (confectionery). “Entre as inovações introduzidas no segmento de doces, sobressai o sistema Mambo, composto por uma unidade compacta e completamente fechada para produção de compounds, recheios e coberturas”, enfatiza Rafael Ferreira, gerente de vendas da Netzsch. Outro destaque no estande: uma planta completa e compacta para produção de chocolates premium pelo sistema ChocoEasy, que integra as etapas do processo clássico de fabricação de chocolate. Enquanto o sistema ChocoEasy é direcionado a pequenas produções (50 até 300 quilos), projetos para capacidades maiores são comercializados sob a marca Rumba, que processa de 750 até 6.000 quilos. “Plantas com essas tecnologias serão abordadas durante o congresso A empresa enfatiza o seu sistema de alta precisão e padronização de dosagens para chocolates e doces. Desenvolvida com know-how próprio, a linha completa exibe dosadoras automáticas para indústrias de grande porte e modelos semiautomáticos para micro e pequenas empresas, além de cobrideiras, derretedeiras, centrífugas, túneis de resfriamento, esteiras e mesas vibratórias, alinha Eduardo Guiné, diretor da NKS, que assina os projetos de engenharia dos equipamentos. “Especialmente para a Febrachoco, iremos exibir em primeira mão: a dosadora NKS One-Shot, que incorpora um sistema revolucionário de dosagem simultânea de recheio e chocolate para a produção de bombons e cones trufados, moedinhas recheadas e garrafinhas de licor, em uma única etapa, com rapidez e sem desperdício ou sujeira”, frisa o empresário. Os fabricantes brasileiros de confeitos, acrescenta ele, só encontram esse tipo de equipamento fora do país e, na maioria das vezes, eles são obrigados a fazer adaptações no formato dos produtos. “Com a NKS One-Shot isso é passado”, assinala Guiné. Além dessa novidade, a NKS leva para a Febrachoco ideias e linhas de apoio para a fabricação de doces, como bolos, bem casado, cocada, quindim, biscoito tipo champanhe, mousse, pão de mel, macaron, cupcake, petit gateau, barras de www.docerevista.com.br chocolate com agregados (amendoim, granulado, flocos de arroz, etc) e ovos de Páscoa. PRAWER A fábrica que prima pela produção artesanal há quase 40 anos apresenta sua nova linha de chocolates gourmet. Entre as estrelas dessa safra premium cintila uma série de chocolates com ingredientes funcionais, a exemplo do fudge de nibs de cacau e cranberry, repassa Samanta Saraiva dos Anjos, engenheira de alimentos da Prawer. “Conhecida por sua ação no combate às infecções do trato urinário, a cranberry é rica em proantocianidina, substância apontada por estudos como sendo de 15 a 25 vezes mais potente do que a vitamina E para inibir a aderência de bactérias E.coli na mucosa da bexiga”, informa a especialista. Já os nibs de cacau, completa ela, são lascas da amêndoa do cacau in natura e, portanto, com altas concentrações de antioxidantes e outros benefícios do cacau. Composto à base de chocolate semiamargo e amargo, com elevados teores de cacau, a formulação apresentada é rica em antioxidantes, combate os radicais livres, retardando o envelhecimento, e ajuda a diminuir o colesterol ruim, além de conter vitaminas A, B, C, D, E e sais minerais, como o ferro e o fósforo. Sempre pioneira em conceitos e desenvolvimentos, com inspiração a partir da Europa e EUA, a Prawer fabrica linhas diferenciadas, focada exclusivamente na produção artesanal, com qualidade e ousadia para inovar sem o uso de maquinário em larga escala, conclui Samanta. é possível acompanhar a produção diária de balas e entender a transformação do açúcar em pequenas jóias, com os desenhos detalhados. A personalização de balas e candies atende desde casamentos, festas infantis e corporativas, bem como empresas de vários segmentos que buscam surpreender colaboradores e clientes com um produto inusitado. Entre as atrações em Gramado poderão ser conferidos cerca de 35 sabores de balas, entre os quais o de maçã verde, butterscotch, menta e limão siciliano. SUPER MIX ROCKY CANDY Considerada a primeira boutique de balas gourmet genuinamente brasileira, a empresa leva esse conceito e todo seu multicolorido arsenal de guloseimas para a estreia na Febrachoco. Paulistana da gema, a Rocky Candy abriu sua primeira loja em 2012, no bairro dos Jardins, e não parou de conquistar clientes e entusiastas com suas balas e candies com cara de infância. Nessa unidade, www.docerevista.com.br Capítulo à parte na programação da Febrachoco, a indústria de sorvete artesanal ganha diversos eventos paralelos voltados para a atividade. Atenta a essa movimentação, a empresa Super Mix, especializada em linhas e equipamentos para o segmento, comparece com seu portfólio, especialmente o direcionado à produção de sorvetes do tipo soft e frozen, em ascensão no país. Instalada em Ribeirão Preto (SP), a Super Mix está na ativa há seis anos. Entre as principais características, reforçadas na feira, poderão ser conferidos equipamentos que primam pela durabilidade, com boa relação de qualidade e preço.• Agosto 2014 Doce Revista 25 26 Doce Revista Agosto 2014 www.docerevista.com.br www.docerevista.com.br Agosto 2014 Doce Revista 27 Capa Colaborou Fernanda de Biagio Jorro de oportunidades Beneficiadas pela onda de saudabilidade, as categorias de sucos, néctares e refrescos avançam nas prateleiras em ritmo sem precedentes Sucos de fruta preferência de 97% dos consumidores no Brasil. A o deparar com a renda encolhida pela inflação batendo no topo da meta estabelecida pelo governo e com mais dívidas para pagar, o consumidor colocou um freio na compra de cerveja e refrigerante. Mas, no meio do caminho de consolidar novos hábitos, bebe mais suco pronto, chá, água mineral e vodca. Varredura da consultoria Nielsen, responsável por essa sacada, capta, por exemplo, que as vendas da categoria de sucos prontos para beber (SPB) no varejo nacional cresceram 10,5% em volume no ano passado em relação ao exercício anterior. A expansão para chá líquido foi de 10,4% e o de água mineral, 9,8%. Em contrapartida, as vendas de refrigerantes recuaram 4,3% e a produção encolheu 3,7% em 2013. “O consumo de SPB cresce a cada ano, independentemente da pressão inflacionária, pois vem se consolidando como um hábito”, observa Fabio Gomes, analista da Nielsen. Mas a elevação na renda e a conseqüente expansão do consumo têm seu 28 Doce Revista Agosto 2014 lado perverso. O Brasil já ocupa lugar de destaque no nada louvável ranking mundial da obesidade. Para virar esse jogo, vem tomando corpo a busca por opções alimentares saudáveis, incluindo as bebidas. É nessa linha que os refrigerantes, fonte de controvérsias, podem começar a dar lugar à água mineral e até mesmo para refrescos em pó e SPB, embora especialistas ainda discutam se os tipos industrializados são, de fato, menos nocivos ao organismo que bebidas carbonatadas não alcoólicas. Um relatório da consultoria Mintel sobre consumo de sucos de frutas no Brasil, por sinal, dimensiona que mais de 90% dos brasileiros bebem sucos frescos, e um em cada três tem o hábito de ingeri-los diariamente (ver à pág. 30). Esse alto índice se deve à ampla disponibilidade de frutas tropicais, que gera alta expectativa quanto à qualidade dos sucos prontos. O consumo de néctares de fruta (mistura de polpa com água e açúcar) fica atrás do de sucos frescos, com penetração entre 65% dos consumidores, sendo que apenas 13% bebem diariamente essa variante. O segmento de néctares, entretanto, tem apresentado um forte crescimento, avalia a Mintel. A sua maior concentração de polpa da fruta tende hoje em dia a atender à demanda dos consumidores, sobretudo os de maior renda, que podem comprar os produtos do segmento. Para a consultoria, estratégias de marketing com foco na exaltação dos atributos naturais dos néctares de fruta devem continuar a ter papel central na popularização dessa bebida. Apostas saudáveis A brasileira Juxx é uma das empresas que aposta no apelo natural e valores nutricionais de seus sucos prontos e, por conta disso, nota uma crescente resposta por parte dos consumidores que buscam cada vez mais saúde e bem-estar. “Além de deixar refrigerante de lado, as pessoas estão fazendo mais exercícios físicos e saindo do sedentawww.docerevista.com.br rismo”, comenta Edson Mazeto Junior, diretor executivo dessa indústria. No ano passado, repassa ele, as vendas da Juxx saltaram 42%, mostrando que o posicionamento pró-saúde da empresa se alinha com o atual cenário. Nos últimos cinco anos, o faturamento foi multiplicado por 14, contabiliza. Para Mazeto, o atual menu da Juxx vai exatamente ao encontro do que o consumidor busca. “Mais do que suco, as pessoas desejam bebidas que realmente façam bem à saúde”, ele intui. Os produtos da marca, prossegue, não contêm corantes, conservantes e aromatizantes artificiais. Ao contrário, levam alta concentração de fruta, oferecendo vitaminas e nutrientes. Composto pelas versões de cranberry, ameixa, romã e blueberry, o mostruário sobressai pela alta capacidade antioxidante das frutas. “Lançamos ainda a versão sem açúcar de toda a linha, exceto o Antiox, para alcançar indivíduos com limitações die- www.docerevista.com.br téticas”, ressalta o executivo. Ele considera que refrescos em pó perdem para SPB nos quesitos calorias, ingredientes naturais Junior, da Juxx e concentração Mazeto faturamento multiplicado de fruta. “Porém, por 14. atingem uma grande fatia da população por seu preço acessível”, confronta. Nos últimos três anos, a queda no volume de refrigerantes e o avanço de refrescos em pó também aparecem no radar da Ajinomoto, apesar dos sucos em pó serem considerados uma categoria madura e com penetração de 92% nos lares brasileiros, confirma Isabela Ambrifi, gerente das marcas MID e FIT da companhia japonesa. O portfólio atual, por sinal, também inclui versões inseridas no conceito de saudabilidade. “Há dois anos, aprimoramos a formulação de toda a linha MID oferecendo o dobro de vitamina C”, ilustra Isabela. Outro exemplo Isabela, da Ajinomoto bem sucedido sucos em pó exibem penetração de 92%. nesse campo: o lançamento da variante MID Vira Shake, que pode ser misturado ao leite. “O produto é um aliado das mães no incentivo do consumo de leite em ocasiões diferenciadas, como café da manhã e outras refeições, contribuindo para uma alimentação mais nutritiva”, ela assinala. Por ser um produto de baixo desembolso, o mercado de refresco em pó se beneficiou principalmente do aumento no número médio de vezes em que um consumidor vai ao ponto de venda por mês, argumenta a executiva. Com Agosto 2014 Doce Revista 29 Capa Pista livre para decolar “A s vendas de sucos prontos devem continuar a apresentar um forte crescimento. A substituição de sucos frescos e em pó pelas versões prontas deve impactar no volume de vendas, seguindo as recentes tendências do mercado”. Esse é o resumo do relatório Sucos de Fruta Brasil - Dezembro 2013, da consultoria Mintel, reproduzida aqui com exclusividade. Conforme o documento, o mercado de sucos de fruta cresceu 45% entre 2008 e 2013. A renda melhorada dos consumidores, a falta de tempo e o incremento na oferta de sucos prontos para beber (SPB) geraram maior atração por esse segmento em detrimento dos sucos frescos e refrescos em pó. As vendas no varejo cresceram 41%, atingindo 1,7 bilhão de litros. Com a inflação e avanço no consumo local, essas vendas aumentaram em valores 68% nesse período de cinco anos, atingindo R$ 8,6 bilhões. A troca dos sucos frescos e em pó pelo SPB vai continuar impactando o volume total de vendas, que deve subir 42%, podendo atingir 3,2 bilhões de litros em 2018. De acordo com tendências do mercado, o valor das vendas no varejo deve crescer menos em relação às vendas totais, podendo atingir uma taxa de 34%, representando 2,4 bilhões de litros consumidos até 2018. Avanços nos preços e no consumo devem contribuir para um aumento no valor das vendas no varejo acima do volume de vendas, em 49%, projetando R$ 12,7 bilhões para 2018. A preferência por sucos de fruta de 97% dos consumidores no Brasil reflete a posição já consolidada dos sucos de fruta frescos, opção de nove em cada dez adultos, sendo que um em três toma a bebida todos os dias. Os sucos prontos ficam atrás, já que néctares são consumidos por 65% dos brasileiros. Os refrescos em pó, preferidos por 69% dos consumidores, sendo que 30% deles bebem diariamente, é um segmento chave na categoria. O principal atrativo das bebidas em pó é o seu preço mais baixo em comparação aos sucos prontos. Os sucos de fruta são mais consumidos na hora das refeições (44%), para refrescar (42%) e hidratar (42%). A popularidade do consumo de sucos com as refeições explica, em parte, a demanda frequente dos tipos de sucos mais populares. mais poder aquisitivo, esse consumidor também passou a procurar produtos de maior valor agregado, por isso, o segmento de refrescos adoçados foi o que mais cresceu no período, especialmente comparado aos produtos em que é necessário adicionar açúcar. “O salto verificado em dez anos (2003 a 2013) foi de 123% em volume no total da categoria de refrescos em pó”, assinala Isabela. O relatório sobre sucos da Mintel capta que, enquanto três em cada dez brasileiros declaram consumir sucos frescos diariamente, a mesma quantidade de consumidores bebe refrescos em pó na mesma frequência. O alto consumo dessa categoria demonstra que o preço ainda é um fator de escolha importante para muitos consumidores. O seu baixo custo e conveniência são os principais diferenciais dos sucos em pó. Isabela argumenta que a categoria como um todo teve elevação de preço médio pela migração para marcas e segmentos de maior valor, pois o consumidor almeja sempre melhor qualidade, observa. Ao mesmo tempo, acrescenta, o preço médio teve um aumento bem abaixo da inflação no mesmo período. Isso foi possível, considera Isabela, graças ao aumento da escala e da alta concorrência. Mas nem sempre o ganho de escala é suficiente para cobrir a inflação sobre os custos, principalmen- te a elevação dos gastos com mão de obra. A indústria, por conta disso, vive o desafio de ser cada vez mais eficiente para não precisar repassar a inflação e, ao mesmo tempo, melhorar continuamente a qualidade dos produtos. Comparando com o último ano, indica a gerente com base em dados da Nielsen, a categoria de refresco em pó como um todo vem crescendo 8% em volume em 2014. Esse avanço cobre os refrescos adoçados, segmento no qual são considerados tanto os adoçados regulares, caso do refresco MID, que cresce 9%, como os adoçados diet/light, onde se enquadra o FIT, que cresce 12% no período. 30 Doce Revista Agosto 2014 www.docerevista.com.br Segundo Isabela, as marcas da Ajinomoto possuem uma boa fatia de mercado dentro dos segmentos em que atuam. “Ambas estão atrás apenas do líder”, assinala, referindo-se ao refresco Tang na ala de adoçados e à marca Clight, no filão diet/light, ambos da americana Mondelez. “No segmento de adoçados regular, MID tem 10,5% de market share em volume e FIT sobressai no filão diet/light com participação de 21%”, ela posiciona. Mistura com leite Os refrescos em pó têm grande importância na cesta dos consumidores, avalia Isabela. De acordo com pesquisas internas da companhia, eles são percebidos como práticos e estão entre as bebidas industrializadas mais indispensáveis para o dia a dia. A categoria melhora continuamente a qualidade ao longo dos anos e está presente em mais de 90% dos domi- www.docerevista.com.br cílios brasileiros. É um item da lista básica de compras e, nesse universo, a marca exerce papel fundamental para a escolha dos consumidores. A variedade de sabores também é um atributo muito valorizado na categoria, uma vez que seu consumo é muito frequente e surge a necessidade de variar, observa a executiva. Além disso, inovações contribuem para movimentar e melhorar a percepção da categoria, como foi o caso de MID Vira Shake, versão especialmente desenvolvida para ser preparada com leite, de textura e sabor diferenciados. “Introduzida em 2012, essa novidade trouxe novas ocasiões de consumo, além de ser uma excelente ferramenta para ajudar na nutrição dos filhos, uma das principais preocupações das mães”, ressalta Isabela. A confirmação dessa percepção acaba de subir às gôndolas pelas mãos da concorrente Mondelez, que desen- Roberta e a novidade de Tang aposta da Mondelez. volveu o Tang com leite. “Essa é a nova aposta da marca que tem relevante presença na vida das mães e crianças, sendo líder absoluta no mercado de refrescos em pó, e a segunda do segmento de bebidas mais presente nos lares, segundo a pesquisa Brand Footprint 2014, da consultoria Kantar Wordpanel”, repassa Roberta Prado, ge- Agosto 2014 Doce Revista 31 Capa Figueiredo, da Jandaia portfólio maior e parque industrial atualizado. rente de Tang na Mondelez Brasil. Ela comenta que a proposta é convidar os consumidores a descobrir sensações, pois ele pode escolher o seu sabor de Tang preferido entre as 16 opções da linha, e fazer experiências diferentes com a mistura do leite. Além de trazer o sabor da fruta característico de Tang em nova forma de consumo, a iniciativa pode servir como um incentivo a mais para as crianças aproveitarem os 32 Doce Revista Agosto 2014 benefícios do leite, como cálcio e proteínas, nutrientes reconhecidamente de consumo insuficiente entre o público de 10 e 13 anos, observa Roberta. “Tang com leite combina perfeitamente com novas ocasiões de consumo para a marca, como o café da manhã, além do lanche da tarde e entre as refeições” afirma ela. Em junho, situa a gerente, a marca bancou merchandising no programa A Hora do Faro, da TV Record. No final de julho, promoveu a mistura de Tang com leite em várias plataformas: filme na TV, criado pela agência Ogilvy, degustações em pontos de venda (PDVs) em todo o país e ativações nos shoppings de São Paulo, Rio Janeiro e Porto Alegre, entre outras ações. “Além da nova sugestão de consumo, a identidade visual das embalagens de Tang foi completamente renovada. Elas estão mais modernas, destacam os sabores das frutas e facilitam a identificação dos sabores no PDV com novos códigos de cores na frente e no verso das embalagens”, informa Roberta. Estratégias para crescer Já no filão de SPB, estratégias que tornem os produtos mais acessíveis podem estimular a experimentação, percebe Eduardo Figueiredo, diretor da Sucos Jandaia. Embalagens de tamanho sub-representado, como as de www.docerevista.com.br 500ml e 600 ml, comuns nos segmentos de refrigerantes e água engarrafada, podem impactar com menores preços os consumidores e promover a experimentação. Outra: a opção dos sucos de fruta como acompanhamento para as refeições pode ser aproveitada por meio de itens formatados especificamente para essa ocasião. “A categoria de SPB se beneficiou do fortalecimento no poder aquisitivo da população nos últimos dez anos e hoje representa um dos segmentos que mais cresce no mercado de bebidas não alcoólicas, exibindo um avanço médio de 15% ao ano”, crava ele. Durante esse período, acrescenta, a Sucos Jandaia aumentou seu portfólio lançando vários produtos e atualizou o parque industrial. Essa evolução, observa Figueiredo, vem sendo mantida porque os preços da categoria se estabilizaram nos últimos anos e os produtos são práticos e acessíveis. www.docerevista.com.br Com o ingresso recente de grandes players da área alimentos, verifica-se no momento uma explosão na cena de produtos com a denominação zero, comenta Figueiredo. “Acompanhamos a tendência e introduzimos itens de baixa caloria, como as linhas Uva Light de 1l e o chá verde de 1l e 200ml”, sublinha. Aproximadamente metade dos consumidores de sucos de fruta consomem os produtos junto com as refeições, nota o dirigente. Segundo a Mintel, mulheres jovens exibem um consumo particularmente mais alto da categoria nas refeições, refletindo um comportamento pró-saudabilidade. Produtos formatados e promovidos para o consumo com as refeições podem auxiliar as marcas de suco a se aproveitarem mais efetivamente da popularidade dos sucos de fruta como acompanhamento para a comida. Já sucos de fruta com proposta energé- tica podem atrair os jovens, sugere a consultoria. Eles são os consumidores mais frequentes de SPB no Brasil. Contudo, apenas 21% desse público de 16 a 24 anos citam energia como razão para beber sucos de fruta. Benefícios energéticos são inerentes a várias frutas tropicais. Inovar em produtos que utilizem as superfrutas, como açaí e guaraná, podem ajudar as marcas de sucos a fortalecer a associação com a proposta energética. Atrair a atenção para atributos nutricionais, como cafeína e vitaminas, ajudam os produtos feitos com superfrutas a posicionarem-se como opções de bebida energética. As atuais tendências de saúde e bem-estar influenciam a implementação de ações de marketing voltadas para o mercado.Por conta disso, o tema da campanha publicitária da Jandaia para 2014 é Beba Saúde!, arremata Figueiredo. • Agosto 2014 Doce Revista 33 Giro QUEM: PRAWER PRODUTO: COBERTURA GRALATE GANCHO: TOQUE ARTESANAL Pioneira do chocolate artesanal no Brasil, a Chocolates Prawer, de Gramado (RS), segue o modelo bem sucedido dessa atividade em Bariloche, na Argentina. Em 1975 começou a operar com uma linha de barras e ramas de chocolate ao leite com matérias-primas selecionadas. Em 2005, lançou a marca Gralate e, no final de 2007, desenvolveu um projeto para a marca com novas formulações e embalagens adequadas também ao pequeno e médio varejo, padarias, cafés e confeitarias. O mais recente desdobramento dessa trajetória ganha as prateleiras do trade em setembro, com a cobertura Gralate ao leite, elaborada com ingredientes de alta qualidade. O foco de vendas é o pequeno varejo, padarias, cafés, confeitarias, delicatessens e restaurantes. Apresentada em embalagens de 500g e um quilo, com comercialização em caixas de 6 quilos, Gralate foi especialmente desenvolvida para uso profissional de confeiteiros e afins. Isso, todavia, não impede o con- 34 Doce Revista Agosto 2014 sumidor final de também utilizá-la em casa. No verso das embalagens, o produto orienta passo a passo como derreter, temperar e moldar receitas de chocolate. A linha completa exibe as variantes para trufas especiais Big Trufa e trufas artesanais de chocolate ao leite, com recheio especial cremoso nos sabores chocolate ao leite, avelã, laranja, maracujá, morango, amarula, café, licor de chocolate e torta de limão. maciez ao confeito. Única com esse perfil em sua categoria, a Azedinha está disponível em seis sabores (morango, cereja, tangerina, melancia, maçã verde e uva) em embalagens de 150g e 600g. QUEM: FINI PRODUTOS: BALAS E MARSHMALLOWS GANCHO: BEN 10 QUEM: SANTA RITA PRODUTO: BALA AZEDINHA GANCHO: SEIS SABORES Fabricante especializado em candies de Oliveira (MG), a Balas Santa Rita figura entre as poucas indústrias do setor que ousam bancar apostas no reduto de balas. Confome dados oficiais, o segmento vem enfrentando uma das mais agudas crises dos últimos anos, com queda acentuada na produção e consumo. Apesar desse quadro, a empresa reformulou seu mix de balas mastigáveis e acaba de colocar nas gôndolas a linha Azedinha, com nova fórmula que confere maior As novidades da marca não param e o semestre começa com uma leva de lançamentos sob medida para fãs de marshmallows, balas de gelatina e regaliz, todos com embalagens licenciadas do Ben10, um dos personagens mais famosos do universo de desenhos animados da Cartoon Network (CN). A linha de marshmallows ganha versão verde e branca, que são as cores do personagem, em embalagens de 50g e 250g ao preço sugerido de R$ 3,99 e R$ 6,45, respectivamente. As clássicas balas de gelatina, carro-chefe da marca, estão disponíveis em embalagens de 90g com sabores sortidos e formatos exclusivos com preço sugerido de R$ 3,99. Já o www.docerevista.com.br Regaliz Tubes é apresentado em embalagem de 80g nos sabores lima limão e framboesa, nas cores azul e verde, com preço sugerido de R$ 3,99. Outra inovação no portfólio são os marshmallows sabor nata, em formato de borboleta, que são alternativas para decoração de mesas de festas. Apresentado em embalagem de 250g, o produto sobe às gôndolas com preço sugerido de R$ 6,49. QUEM: MONDELEZ PRODUTO: BUBBALOO GANCHO: SABOR CEREJA Bubbaloo, marca de chicle de bola recheado campeã da Mondelez Brasil, acaba de incorporar o sabor cereja. Com recheio da fruta, goma macia e a diversão de fazer bolas, Bubbaloo reúne os três principais prazeres de consumir uma goma de mascar. “Cereja é um dos sabores mais pedidos pelos consumidores e, certamente, vai conquistar os fãs www.docerevista.com.br QUEM: ARCOR PRODUTO: BIG BIG GANCHO:MODERNIZAÇÃO da marca e dar ainda mais motivo para brincar”, argumenta Nathalia Tercero, gerente de marketing de Bubbaloo. Após três anos sem lançamentos no portfólio, Cereja é a nova aposta da marca, frisa ela. Com essa novidade, a linha passa a oferecer cinco sabores (cereja, tutti-frutti, morango, uva e hortelã). O sabor é uma edição limitada e já está disponível nas principais praças – exceto no Norte e Nordeste –, ao preço sugerido de R$ 0,25 a unidade. A embalagem de Bubbaloo Cereja foi desenvolvida pela agência XGuides e tem conceito inspirado na irreverência e no seu público, jovens de 12 a 14 anos, que estão constantemente em busca de diversão. A empresa acaba de modernizar toda a linha Big Big, campeã no segmento infantil, com o objetivo de aumentar a fatia da marca no Nordeste, onde detém 57% de participação. O cenário é favorável, já que os chicles Big Big estão entre os preferidos pela criançada, principalmente naquela região. Considerada a linha mais completas de toda a categoria de chicles infantis do mercado, conta com diversos formatos e embalagens, além de licenciamentos quentes como o Ben 10 e Hello Kitty. Desenvolvida pela agência de design Team Créatif, o redesign da linha traz para o mercado embalagens Agosto 2014 Doce Revista 35 Giro modernas, divertidas e coloridas, que ganham destaque no ponto de venda. Com as gôndolas cada vez mais disputadas, a Arcor moderniza um dos principais produtos do seu portfólio, tendo como proposta estreitar e fortalecer o relacionamento com o trade e o público consumidor da marca. Também as figurinhas estão mais atrativas, com frases e “emotions” que as crianças costumam utilizar nas redes sociais. “Com o rejuvenescimento queremos agregar ainda mais valor para o consumidor, além de aumentar a conexão com as referências visuais do nosso target”, sintetiza Ciro Mariani, gerente de marketing de guloseimas da Arcor Brasil. QUEM: CHOCOLIFE PRODUTO: SHAKES FUNCIONAIS GANCHO: NOVAS EMBALAGENS Presente na cena de alimentos funcionais há mais de 6 anos, a Chocolife foi 36 Doce Revista Agosto 2014 pioneira no desenvolvimento de shakes hipoalergênicos, bancando versões nos sabores baunilha e chocolate. “Essa categoria de shakes exibe blends com 22 vitaminas e minerais, é isenta de glúten, açúcar e lactose, apresenta 0% de soja e proteína de leite e, com um copo de 200ml, substitui parcialmente uma refeição, com saúde e proteção contra alergias”, sintetiza Virgínia de Ávila Dias, diretora da Chocolife. Desenvolvidas pela Wo Desing, as novas embalagens dos shakes e achocolatado da marca sobressaem pelo viés sustentável. “São caixas de papel com formato ergonômico (fácil de pegar) e com layout que mostra ao consumidor a leveza do produto”, frisa a executiva, completando que, além de certificadas pela FSC (Forest Stewardship Council), entidade ligada ao manejo florestal, elas se destacam pelo visual. “Apresentam cores vivas com ênfase no alimento, proporcionando ao consumidor identificar de pronto os sabores de cada produto, em especial o chocolate”, completa Virgínia. Oferecidos em embalagem de 400g, os shakes vêm com dosador de 25g e preço médio sugerido ao consumidor de R$ 75,00. Já o achocolatado em pó Chocolife, também em versão de 400g, tem preço médio sugerido ao consumidor de R$ R$ 35,00. QUEM: LA RIOJA PRODUTOS: BALAS E GELEIAS GANCHO: IMPORTADAS DA ESCÓCIA A importadora La Rioja amplia a li- www.docerevista.com.br Rioja traz a linha de balas Mrs. Bridges, com 16 sabores de frutos típicos europeus, e com a mesma embalagem sofisticada. Os produtos podem ser encontrados no empório La Rioja ao custo de R$ 17,90 cada. nha de produtos gourmet e traz, com exclusividade, as balas e geleias Mrs. Bridges. De origem escocesa, a linha de geleias possui 35% de fruta natural na composição e não contém aditivos nem conservantes. Comercializada em embalagens de vidro de 340g, é composta por dez sabores diferentes, a exemplo de raspberry (framboesa vermelha), blueberry, laranja com champanhe e lima com limão, além da tradicional de morango. Junto com as geleias, a La QUEM: ARCOR PRODUTO: CAIXA SORTIDA GANCHO: NOVO LAYOUT E MIX A empresa relança sua caixa de bombons sortidos com layout e mix renovados. Com 200g de itens com o puro chocolate da marca, a caixa do tipo surpresa combina as marcas Bon o Bon (15g) nos sabores Beijinho, Original e Brigadeiro; Tortuguita Iogurte de Morango (17g), Aerada no sabor Leite (14g), as versões Branca (18g) e de Leite (18g), e os confeitos Rocklets (15g) e Snack (12g). “Para ampliar nossa presença na categoria, reunimos os itens que oferecem ao consumidor as melhores sensações. Focamos na produção criativa, utilizando a combinação de sabores, que reforça nosso potencial na fabricação de chocolates”, argumenta Loredana Mariotto, diretora de marketing da Arcor, lembrando que a empresa é a terceira maior fabricante de chocolates no Brasil, com 4,5% de participação de mercado. • Top do mês mais açúcar em suas vendas! anuncie em doce revista. www.docerevista.com.br Agosto 2014 Doce Revista 37 Saúde & Bem-Estar nos bastidores do bom gosto Tate & Lyle apresenta ingredientes funcionais em protótipos de bebidas e guloseimas F onte global de soluções e ingredientes alimentícios, a Tate & Lyle anunciou durante a FiSA 2014 – Food Ingredients South America, feira especializada no setor de insumos, promovida em agosto em São Paulo, os resultados de uma pesquisa de testes de sabor com consumidores, realizada pela Ipsos. O estudo indicou que o adoçante Tasteva Stevia, lançado no evento, foi o preferido por praticamente dois entre três consumidores (63%) em comparação ao Rebaudiosídeo A (Reb A), ingrediente de stevia frequentemente associado a um sabor residual amargo, repassa Victoria Pagani, gerente de marketing para a América Latina da Tate & Lyle. Os participantes do estudo provaram duas bebidas de fruta. Uma foi adoçada com o Tasteva e a outra com o Reb A, detalha a executiva. Além da preferência geral pelo sabor, a maioria dos consumidores considerou o suco adoçado com o produto da Tate com gosto residual agradável ou nenhum gosto residual. Já 54% dos degustadores consideraram que a bebida adoçada com o Reb A deixou um sabor residual desagradável. Na entrevista a seguir, a especialista analisa a importância do estudo e destaca desenvolvimentos recentes da Tate & Lyle no front de saudabilidade. DR – Qual a importância desse estudo? Victoria – Ele demonstra aos fabricantes que sempre é possível oferecer ao mercado aprimoramentos, seguindo as tendências e sem sacrificar o sabor puro e doce. Os consumidores exigem produtos com baixo teor de açúcar e calorias, mas a integridade do sabor continua sua maior prioridade. Com o Tasteva, os fabricantes podem atender 38 Doce Revista Agosto 2014 Victoria ingredientes para redução de sódio, açúcar e calorias. essa necessidade com custo menor, já que não são necessários ingredientes que mascaram o sabor. DR – Como funcionam os protótipos de baixa caloria? Victoria – O chá verde detox e o sorvete de chocolate foram desenvolvidos para atender às demandas dos consumidores por produtos com menos açúcar, ao mesmo tempo em que mantêm as expectativas de sabor. Com 6g de açúcar e 140 calorias (0,14 Kcal) por porção de 100g, o sorvete de chocolate foi uma das formulações que os visitantes da FiSA puderam experimentar e conferir o doce sabor fornecido pelo adoçante Splenda, à base de sucralose. DR – E quanto às novidades na área de fibras alimentares? Victoria – A Tate & Lyle também apresentou sua fibra solúvel de milho no protótipo de chá verde detox de baixa caloria.Sob a marca Promitor Soluble Corn Fiber, a fibra solúvel é facilmente incorporada a uma série de aplicações, com resultados em testes sensoriais que mostram o sabor e cor neutra, sem textura granulada.O ingrediente tem passado por múltiplos testes clínicos com consumidores, mostrando excelentes resultados no que diz respeito à tolerância digestiva, sem causar o desconforto associado a alguns tipos de fibras. DR – Como funciona a tecnologia de redução do sódio? Victoria – Além dos edulcorantes, a Tate & Lyle mostrou o Soda-Lo Salt Microspheres, ingrediente para redução de sódio. Um protótipo exclusivo foi desenvolvido para um biscoito cream cracker, que chegou a reduzir em mais de 25% o teor de sódio em comparação com similares disponíveis no mercado (250mg vs. 340mg por porção). Soda-Lo é à base de sal marinho e tem formato de microesferas cristalinas ocas, conferindo sabor salgado de forma eficiente, em quantidade reduzida de produto, já que maximiza a superfície relativa do volume utilizado. DR – Que outras novidades na ala de saúde e bem-estar a empresa apresentou? Victoria – Outro lançamento saudável para o coração é o PromOat Beta Glucan, ingrediente natural e funcional oriundo da aveia. Fibra alimentar solúvel da aveia, a beta glucana é um ingrediente único que fornece aos alimentos e bebidas os efeitos reconhecidos da aveia, incluindo a redução da absorção do colesterol. Os visitantes tiveram a oportunidade de conhecer em primeira mão esse lançamento no protótipo de smoothie de frutas vermelhas. Com teor de beta glucana de 35%, o PromOat Beta Glucan ajuda na redução da absorção do colesterol, sendo um ingrediente solúvel que proporciona sabor límpido, coloração neutra e versatilidade. As autoridades de todo o mundo, incluindo as do Brasil, começaram a autorizar declarações sobre benefícios à saúde, como “redução do colesterol” atribuída a beta glucana de aveia. • www.docerevista.com.br