Janeiro - Auxiliadora Sorocaba

Transcrição

Janeiro - Auxiliadora Sorocaba
Informativo da Paróquia Nossa Senhora Auxiliadora - Arquidiocese de Sorocaba
Sorocaba/SP - Ano XII - No. 57 - Janeiro 2012
Ano Novo, Vida Nova
Meia noite!
Fogos de artifícios explodem no ar, a euforia
toma onta das pessoas que se beijam e
se abraçam desejando umas às outras paz,
alegria,felicidade...
Um novo ano está despontando em nossas vidas!
Muitas expectativas, muitos sonhos, alguns não
realizados, ainda, mas o ano novo mexe com as pessoas
e as faz viver um tempo de esperança.
É momento para repensar o que aconteceu no ano
passado e aprender com os erros e acertos.
É momento de fazer planos e buscar uma nova vida, uma
nova maneira de viver.
É momento de voltar o nosso olhar para aquele que quer
fazer parte dos nossos dias no novo ano: Jesus Cristo!
Ele, a Luz que ilumina a vida de todos nós,
quer brilhar com você, quer estar com você,
abençoando e mostrando o caminho para uma
vida mais feliz, pois a vida é semelhante a uma
estrada que nos leva ao infinito; torna-se dom
quando acolhida como um presente de Deus Pai e é
caminho de alegria quando partilhada com amor.
Comemore, faça festa, compartilhe a sua alegria com as
pessoas e procure viver cada dia de 2012 como se ele
fosse o único.
Que esse sol que desponta no novo dia do Ano Novo seja
sempre a Luz de Cristo a iluminar a sua vida!
Um Feliz Ano Novo para todos!
Hélio Cesar de Deus
Ano Novo com Maria
2012, Ano da Fé
Já estamos vivendo um novo ano, 2012 não é mais
futuro, é presente. E nossa caminhada prossegue com
erros e acertos, certezas e incertezas, dores e alegrias,
dificuldades, como sempre nos acontece, por vezes difícil
de entender e aceitar, até pela nossa fragilidade humana.
Dom Hilário Mozer, SDB, Bispo Emérito de Tubarão/SC, diz
que “Maria é a porta do Ano Novo”.
Então, neste ano, nos deixemos guiar pelas mãos daquela
que nos trouxe o Amor no Natal, e todas as portas se
abrirão para nós.
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O Papa Bento XVI anunciou dia 17 de Dezembro que a
Igreja celebrará em 2012 o “Ano da Fé” que terá início em
11 de outubro de 2012, no 50º aniversário da abertura do
Concílio Vaticano II e se concluirá em 24 de novembro de
2013, Solenidade de Cristo Rei do Universo. Diz o Papa: “Será um momento de graça e compromisso
para uma plena conversão a Deus, para fortalecer a nossa
fé n’Ele e a anunciá-Lo com alegria ao homem do nosso
tempo. O Ano da Fé é um convite para uma autêntica e
renovada conversão ao Senhor, único Salvador do mundo”.
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1º de Janeiro. Dia Mundial da Paz
O Dia Mundial da Paz, foi criado pelo Papa Paulo VI, para que fosse celebrado sempre no
primeiro dia do ano, a partir de 1968, e acontece até hoje.
Dizia o Papa em sua primeira mensagem para este dia: “Dirigimo-nos a todos os homens de
boa vontade, para os exortar a celebrar o Dia da Paz, em todo o mundo, no primeiro dia do
ano civil, 1 de Janeiro de 1968. Desejaríamos que depois, cada ano, esta celebração se viesse
a repetir, como augúrio e promessa, no início do calendário que mede e traça o caminho da
vida humana no tempo que seja a Paz, com o seu justo e benéfico equilíbrio, a dominar o
processar-se da história no futuro”.
Mensagem do Pároco
Mais um ano se inicia e é com grande alegria que desejo a
todos, muita paz, saúde e fraternidade. Vamos agradecer
pelo ano que passou, não só nos momentos alegres, mas
também nos momentos difíceis, pois isso faz parte da vida,
não podemos desanimar diante das dificuldades e muito
menos desistir de conquistar nossos objetivos e se no ano que
passou não conseguimos realizá-los, vamos trabalhar para
que neste ano possamos concretizar e atingir nossas metas,
para isso, devemos acreditar cada vez mais no amor de Deus,
na sua infinita misericórdia e seguir em frente sem desanimar,
como um barco a vela, que segue em alto mar para onde o
vento sopra, se entregar nos braços de Deus e deixar que Ele
nos mostre o caminho, porém, devemos fazer a nossa parte,
arregaçar as mangas e fazer as coisas acontecerem.
Quero transmitir a vocês uma mensagem de confiança,
porque cada um sabe da sua capacidade, cada um tem seu
limite, ou seja, cada um sabe até onde pode chegar , por isso
devemos acreditar em nosso Pai Soberano, Senhor da vida,
pois Ele é que nos deu o dom de viver, então meus irmãos
vamos abraçar esse dom e fazer por merecer e acima de tudo
agradecer por tudo que Ele nos deu e colocar em prática
nosso projeto de
vida e para ficar ainda melhor compartilhar esse dom com o
próximo, isso é paz e fraternidade.
Quero terminar com uma frase do poeta Carlos Drummond
de Andrade:“Para sonhar um
Ano Novo que mereça este nome, você, meu caro, tem de
merecê-lo, tem de fazê-lo novo,
eu sei que não é fácil, mas tente, experimente, consciente.
É dentro de você que o Ano Novo cochila e espera desde
sempre.”
Um Feliz Ano Novo
repleto de alegrias!
Padre João
de Campos Junior - Pároco
2012 Ano da Fé
No dia 17 de Dezembro durante a celebração eucarística do encontro “Novos
evangelizadores para a Nova Evangelização – A Palavra de Deus cresce e se
multiplica”, promovido pelo Pontifício Conselho para a Nova Evangelização, o Papa
Bento XVI anunciou que a Igreja celebrará o “Ano da Fé” que terá início em 11
de outubro de 2012, no 50º aniversário da abertura do Concílio VaticanoII e se
concluirá em 24 de novembro de 2013, Solenidade de Cristo Rei do Universo. O
intuito do “Ano da Fé” é dar novo impulso à missão eclesial.
Aos presentes o Papa disse: “Será um momento de graça e compromisso para uma
plena conversão a Deus, para fortalecer a nossa fé n’Ele e a anunciá-Lo com alegria
ao homem do nosso tempo. Queridos irmãos e irmãs, vocês estão entre os protagonistas da nova evangelização que a Igreja
iniciou e leva avante, não sem dificuldade, mas com o mesmo entusiasmo dos primeiros cristãos”.
O Papa Bento XVI escreveu uma Carta Apostólica sob “Porta fidei”, Porta da Fé, pela qual se proclama 2012 o Ano da Fé. Acompanhe
o início da Carta:
“A porta da fé, que introduz na vida de comunhão com Deus e permite a entrada na sua Igreja, está sempre aberta para nós.”
Estas as primeiras palavras da Carta Apostólica em que Bento XVI proclama o Ano da Fé, a celebrar a partir de Outubro de 2012,
indicando as motivações, finalidades e linhas orientadoras desta iniciativa que assinalará os cinquenta anos do início do Concílio
Ecuménico Vaticano II. Esta Carta Apostólica sob forma de Motu Proprio tem como nome, das primeiras duas palavras do texto
original latino, “Porta fidei”, “a porta da fé”, alusão à passagem do livro dos Atos dos Apóstolos onde se refere que Paulo e
Barnabé, na sua ação evangelizadora anunciavam “o que Deus tinha feito com eles e como tinha aberto aos pagãos a porta da fé”.
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Ano Novo com Maria
Meia noite em ponto! Feliz ano novo! Abraços, beijos, champanhe,
fogos de artifício... tudo é festa: chegou o 1º de janeiro de 2012!
Ano Novo, esperanças, desejos, votos de felicidade, planos...É
assim mesmo: o tempo se renova, as pessoas se refazem, muitos
querem recomeçar a vida, outros querem mudá-la para melhor,
enfim, o ser humano está sempre em ebulição, deseja caminhar,
subir, superar obstáculos...Será bom também pensar na famosa
frase de S. Agostinho: “Senhor, o nosso coração foi feito para
ti e está sempre inquieto enquanto não repousar em ti” (Livro
das Confissões).Afinal, os tempos e a história estão nas mãos de
Deus.Como diz o provérbio: “O homem se agita, Deus o conduz”.
Por baixo da teia das relações humanas e dos acontecimentos de
todo tipo estão os dedos de Deus que, lenta, mas firmemente,
vão tecendo o grande painel do final de tudo: a felicidade!Então,
comecemos bem o Ano Novo. Entremos pela porta da frente e
vamos ao encontro de Quem nos pode fazer felizes. Que porta
é essa?
É Maria, a Mãe de Jesus. A Igreja, no primeiro dia do ano, não
quer que nos sintamos sozinhos celebrando a grande festa; quer
que nossa Mãe participe da alegria geral.Por isso, na liturgia,
celebramos a solenidade da Santa Mãe de Deus, Aquela que, no
Natal, passou, de seus braços aos nossos, seu Filho Jesus.Maria
é a porta do Ano Novo.Ela nos acolhe em sua casa e nos leva ao
encontro do Senhor da Felicidade, Jesus.Celebre o Ano Novo com
Maria.Seu coração não ficará feliz só com festas, luzes, barulho,
comes e bebes... Terminada a celebração, você sentirá a boca
amarga, o coração vazio...Com Maria, é diferente!Ela, como em
Caná, providenciará o vinho bom da alegria. Na festa de Maria,
estará presente seu Filho Jesus, seus discípulos e discípulas.
Haverá a partilha do “pão divino” e do “vinho celeste”.Se você
não faltar à festa, verá que seu rosto vai brilhar, seu coração vai
se dilatar, seu sorriso será mais bonito e sincero. Você, então,
poderá dizer: comecei bem o ano!Quero caminhar de mãos
dadas com Maria, em companhia de seu Filho. Quero olhar
todos os dias para Ela, aprender a ser como Ela, que vivia de
olhos atentos aos sinais de Deus e dos irmãos, de mãos abertas,
sempre pronta para ajudar.
O ano novo, como uma criancinha, precisa ser ajudado a dar os
primeiros passos, depois a se firmar, depois...As mães sabem
fazer isso muito bem; a Mãe de Jesus também.Entregue seu
ano novo a Ela, deixe-se guiar e sustentar por Ela, verá que será
um ano muito bom, como uma árvore, carregado de frutos.
Chegando ao fim, você estará contente.Por isso, FELIZ ANO
NOVO, mas sempre caminhando com Maria.Sendo assim, Maria
não é somente a “porta” do ano novo, será também a “porta” de
cada dia do ano novo.Isso é muito bom, pois, se Maria caminha
conosco, é certo que estaremos caminhando pelo Caminho
que é Jesus.Quando estive em Lourdes, no ano passado, com
um grupo de Salesianos do Brasil (depois de visitar Roma e os
“lugares santos” salesianos em Turim), tive a sensação de me
encontrar junto à porta do céu.Em Lourdes toca-se com as mãos
a presença de Maria.Ali, tudo parece levar a gente para o alto.
Aliás, em Lourdes, Nossa Senhora tem duas imagens muito
significativas: a imagem da gruta onde Ela apareceu olha para
baixo, para a humanidade sofredora e pecadora; a imagem da
praça, sobre uma coluna, tem o olhar levantado para o céu.O
primeiro olhar nos conforta, o segundo nos enche de esperança
e alegria.São esses olhares de Maria que devem ser nossos
também durante todo o ano novo que se inicia.Ela nos convida a
olhar para os nossos irmãos/as para socorrê-los em suas penas e,
ao mesmo tempo, olhar para o céu, donde jorra sobre nós uma
torrente de esperança e de alegria.Maria nos convida a caminhar
de cabeça erguida.Vamos então começar o ano novo com Maria,
dizendo-lhe assim: Ó Maria, porta do céu, porta do ano novo,
porta da minha vida! Leva-me a caminhar contigo pelo Caminho
que é teu Filho Jesus. Segura-me pela mão, para que eu não me
desvie da rota segura. Mostra-me os perigos e dá-me coragem
e força para superá-los. Ensina-me o Evangelho da Palavra e do
Serviço aos irmãos.Cumpre para comigo tua missão de Mãe que
aceitaste junto à cruz.E quando chegar a minha hora, ó “Porta
do Céu”, leva-me contigo ao paraíso. Amém.FELIZ ANO NOVO!
Fonte: Blog de Dom Hilario Mozer, SDB
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Os Sete Sacramentos da Igreja
Penitência ou Confissão
No mês passado, ao falarmos do Sacramento da Eucaristia, finalizamos os Sacramentos da Iniciação Cristã, que são
três: o Batismo, a Crisma e a Eucaristia pelos quais o homem recebe a vida nova de Cristo. Neste mês e também no
próximo estaremos abordando os Sacramentos de Cura, que são dois: a Penitência e a Unção dos Enfermos.
Jesus Cristo, médico das nossas almas e dos nossos corpos, que perdoou os pecados ao paralítico e lhe restituiu a
saúde do corpo quis que a sua Igreja continuasse, com a força do Espírito Santo, a sua obra de cura e de salvação. É
esta a finalidade dos sacramentos de cura. O primeiro a ser abordado é o Sacramento da Penitência.
O amor faz parte da essência do Cristianismo, Deus nos amou
primeiro e nos enviou seu Filho para que n’Ele tivéssemos
vida. Jesus veio ao mundo para nos salvar do pecado e de suas
conseqüências. O convite a conversão e o perdão dos pecados
estão presentes nas palavras e ações de Jesus. Manifestandose como aquele que tem poder de perdoar os pecados, Cristo,
Sumo Sacerdote da Nova e Eterna Aliança, oferece uma vez por
todas o sacrifício pelos nossos pecados.
O sacramento da Confissão foi instituído pelo Cristo ressuscitado
na noite de Páscoa, para a conversão dos batizados que se
afastaram dele pelo pecado, quando apareceu a seus apóstolos
e lhes disse: “ Recebei o Espírito Santo. A quem perdoardes
os pecados, lhe serão perdoados; a quem os retiverdes, serão
retidos”. (Jo 20, 22-23)
A realidade do Pecado só se esclarece à luz da Revelação divina.
Caracterizado pelo abandono e desprezo de Deus, pela renúncia
ao Seu amor Misericordioso, o pecado é uma ação ou atitude
pela qual se transgride a vontade de Deus. É uma ofensa a Deus
e uma ferida na Igreja.
O apelo de Cristo à conversão ressoa na vida dos batizados
continuamente . A conversão é um processo continuo na vida
de cada pessoa e de toda a Igreja. “Meu sacrifício, ó Senhor,
é um espírito contrito, um coração arrependido e humilhado,”
a penitencia interior implica a dor e a repulsa pelos pecados
cometidos, o firme propósito de não mais pecar e a confiança
na ajuda Divina.
Aqueles que se aproximam do Sacramento da Penitência
obtêm da misericórdia divina o perdão da ofensa feita a Deus
e ao mesmo tempo são reconciliados com a Igreja que feriram
pecando, e a qual colabora para sua conversão com caridade,
exemplo e orações.Esse sacramento também é chamado de:
“Aqueles a quem perdoardes os pecados, lhe serão
perdoados; aqueles a quem os retiverdes, lhes serão
retidos” (Jo 20,22-23).
1. Sacramento da Conversão, porque realiza sacramentalmente
o apelo de Jesus à conversão e o esforço de regressar à casa do
Pai da qual o pecador se afastou pelo pecado. É o caminho de
volta ao Pai;
2. Sacramento da Penitência porque consagra uma caminhada
pessoal e eclesial de conversão, de arrependimento e de
satisfação por parte do cristão pecador;
3. Sacramento da Confissão, porque o reconhecimento, a
confissão dos pecados perante o sacerdote é um elemento
essencial deste sacramento. Num sentido profundo, este
sacramento é também uma confissão, reconhecimento e louvor
da santidade de Deus e da sua misericórdia para com o homem;
“Meu sacrifício, ó Senhor, é um espírito contrito, um
coração arrependido e humilhado.”
4. Sacramento do Perdão, porque, pela absolvição sacramental
do sacerdote, Deus concede ao penitente “o perdão e a paz”;
5. Sacramento da Reconciliação, porque dá ao pecador o amor
de Deus que reconcilia. Quem vive do amor misericordioso de
Deus está pronto a responder ao apelo do Senhor: “Vai primeiro
reconciliar-te com teu irmão” (Mt 5,24).
A Confissão é necessária porque Jesus nos convida à conversão.
A primeira e fundamental conversão é selada com o Batismo. A
segunda conversão é uma tarefa ininterrupta para toda a Igreja,
e Cristo nos convida pela vida toda a realizá-la. Santo Ambrósio
diz que na Igreja existem a água e as lágrimas: a água do Batismo
e as lágrimas da Penitência.Sem a penitência interior, entretanto,
as obras de penitência externas são estéreis, enganadoras e
vazias. A penitência interior é uma reorientação radical de toda
a vida, um retorno, uma conversão para Deus de todo nosso
coração, um rompimento com o pecado, uma aversão ao mal e
às más obras que cometemos.
É também o desejo e a decisão de mudar de vida com a esperança
da misericórdia divina e a confiança na ajuda de sua graça.
A conversão é, antes de tudo, uma obra da graça de Deus que
reconduz nossos corações a Ele. E ao descobrir a grandeza do
amor de Deus nosso coração experimenta o horror e o peso do
pecado e começa a ter receio de ofender a Deus pelo mesmo
pecado, e assim ficar separado d’Ele.Somente Deus perdoa os
pecados, mas confiou o exercício do poder de absolvição ao
ministério apostólico, os bispos e os padres. Conferindo aos
apóstolos seu próprio poder de perdoar os pecados, o Senhor
também lhes dá a autoridade de reconciliar os pecadores com
a Igreja.
A reconciliação com a Igreja é inseparável da reconciliação com
Deus. O sacramento da Penitência foi instituído por Jesus para
aqueles que, depois do Batismo, cometeram pecado grave e
com isso perderam a graça batismal e feriram a comunhão
eclesial. É uma nova possibilidade de converter-se e de recobrar
a graça da justificação.
Há cinco condições para se fazer uma boa confissão: l. Examinar
a consciência, a fim de descobrir os pecados cometidos; 2.
Arrepender-se dos pecados cometidos, ou seja, querer não
cometê-los mais;3. Propor não pecar mais. Sem esse propósito,
a confissão fica nula.
4. Confessar os pecados ao padre. Somente se é obrigado a
confessar os pecados graves, mas é aconselhável confessar
todos, tanto os graves como os leves. 5. Cumprir a penitência
que o padre determinar. A Igreja pede que o fiel se confesse ao
menos uma vez por ano.
As graças que o sacramento da Penitência e Reconciliação nos
oferece são: a reconciliação com Deus, pela qual o penitente
recobra a graça; a reconciliação com a Igreja; a remissão da
pena eterna devida aos pecados mortais; a remissão, pelo
menos em parte, das penas temporais, sequelas do pecado; a
paz e a serenidade da consciência, e a consolação espiritual;
o acréscimo de forças espirituais para o combate cristão.A
confissão individual e integral dos pecados graves, seguida
da absolvição, continua sendo o único meio ordinário de
reconciliação com Deus e com a Igreja.
Fontes: Catecismo da Igreja Católica (1420 - 1424);
Caminho de vida - Preparação para a Crisma
Livro 2. Autor Padre Alfieri Eduardo Bompani.
O Filho Pródigo
Um homem tinha dois filhos. O filho mais novo disse ao pai:
“Pai, dá-me a parte da herança que me cabe”. E o pai dividiu os
bens entre eles. Poucos dias depois, o filho mais novo juntou o
que era seu e partiu para um lugar distante. E ali esbanjou tudo
numa vida desenfreada. Quando tinha esbanjado tudo o que
possuía, chegou uma grande fome àquela região, e ele começou
a passar necessidade. Então, foi pedir trabalho a um homem do
lugar, que o mandou para seu sítio cuidar dos porcos. Ele queria
matar a fome com a comida que os porcos comiam, mas nem
isto lhe davam. Então caiu em si e disse: “Quantos empregados
do meu pai têm pão com fartura, e eu aqui, morrendo de fome.
Vou voltar para meu pai e dizer-lhe: Pai, pequei contra Deus e
contra ti; já não mereço ser chamado teu filho. Trata-me como
teus empregados. Então ele partiu e voltou para seu pai. Quando
ainda estava longe, seu pai o avistou e foi tomado de compaixão.
Correu-lhe ao encontro, abraçou-o e o cobriu de beijos. O filho,
então, lhe disse: ‘Pai, pequei contra Deus e contra ti. Já não
mereço ser chamado teu filho’. Mas o pai disse aos empregados:
‘Trazei depressa a melhor túnica para vestir meu filho. Colocai-lhe
um anel no dedo e sandálias nos pés. Trazei um novilho gordo
e matai-o, para comermos e festejarmos. Pois este meu filho
estava morto e tornou a viver; estava perdido e foi encontrado’. E
começaram a festa”. (Lc 15, 11-24)
Na parábola do Filho Pródigo - palavra que significa esbanjador,
gastador - encontra-se talvez a ilustração mais esclarecedora
sobre o Sacramento da Penitência. Nela podemos ver as atitudes
de humildade de Deus que, embora triste com a atitude do filho,
respeita sua condição de ser livre, e a atitude amorosa do Pai na
sua volta . O Pai se comove ao abraçar o filho recuperado, faz-lhe
festa e o reintroduz na vida da familia.
No ano de 399 Santo Agostinho, que tinha um talento para
atrair as pessoas por sua oratória, proferiu um sermão sobre
esta parábola e, como sempre, seu objetivo era pastoral, pois a
ele interessava, em primeiro lugar, que a pregação despertasse
interesse, convencesse e fosse lembrada pelo povo. Vejamos sua
explicação:
Tendo recebido este patrimônio, o filho menor “partiu para
um lugar distante”. Distância significa: o esquecimento de seu
Criador. Dissipou sua herança gastando e não ajuntando; isto
é, consumindo toda sua capacidade em luxúria, em ídolos, em
todo tipo de desejos perversos, aos que a Verdade denominou
meretrizes.
Não é de admirar que essa orgia acabasse em fome; fome não
de pão visível mas da verdade invisível. E, por causa da fome, foi
servir a um dos senhores daquela região e cuidar de seus porcos.
Entenda-se: senhor, o diabo, o senhor dos demônios, sob cujo
poder caem todos os curiosos. À margem de Deus, por entregarse a seus próprios recursos, foi submetido à servidão e cuidar de
porcos, significa a servidão mais extrema e imunda que costuma
alegrar os demônios.
Até que, por fim, tomou consciência do lugar em que tinha caído;
do quanto tinha perdido; Quem tinha ofendido e a quem se tinha
submetido. Reparai no que diz o Evangelho: “Então caiu em si...”;
primeiramente, voltou-se para si e só assim pôde voltar para o
pai. “Quantos empregados, diz ele, do meu pai têm pão com
fartura, e eu, aqui, morrendo de fome!”
Levantou-se e voltou. Ele, caído por terra depois de contínuos
tropeços. O pai o vê ao longe e sai-lhe ao encontro. É dele que
fala o Salmo 139, 2: “Entendeste meus pensamentos de longe”.
Que pensamentos? Aqueles que o filho tinha em seu interior:
“Vou voltar para meu pai e dizer-lhe: Pai, pequei contra Deus e
contra ti; já não mereço ser chamado teu filho; trata-me como
teus empregados”. Ele ainda nada tinha dito, só pensava em dizer.
O pai, porém, ouvia como se o filho já o estivesse dizendo.
Por vezes, em meio a uma tribulação ou tentação, alguém pensa
em orar, e, no próprio ato de pensar o que irá dizer a Deus na
oração, considera que é filho e que, como tal, tem direito a
reivindicar a misericórdia do Pai. E diz de si para si: “Direi a meu
Deus isto e aquilo; não temo que, em lhe dizendo isto, e chorando,
não seja eu atendido pelo meu Deus”. Geralmente, Deus já o está
atendendo quando ele diz estas coisas; e mesmo antes, quando
as cogita, pois mesmo o pensamento não está oculto ao olhar de
Deus. Quando o homem delibera orar, já lá está Aquele que lá
estará quando ele começar a oração. (S. Agostinho)
Fonte: Jean Lauand - Cultura e Educação na Idade Média, Nota Introdutória ao
Sermão Sobre o Filho Pródigo (112A)
Os Sonhos de Dom Bosco
Neste mês de janeiro deixaremos de publicar um dos sonhos de Dom Bosco, para mostrar à todos de que maneira
ele trabalhava com seus jovens. Como estamos iniciando um novo ano, aprendamos com Dom Bosco como
tratar um jovem, quer seja ele nosso filho ou nosso aluno e assim trabalharmos nele uma mudança de vida.
Acredito, também, que ao lermos esse texto, escrito pelo próprio Dom Bosco, poderemos, antes, mudar o nosso
comportamento, a nossa maneira de ver as coisas, mudar a nossa vida, para depois entendermos melhor a juventude
“Sempre Trabalhei com Amor”
Antes de mais nada, se queremos ser amigos do verdadeiro bem
dos nossos alunos e levá-los ao cumprimento de seus deveres, é
indispensável jamais vos esquecerdes de que representais os pais
desta querida juventude. Ela sempre foi o terno objeto dos meus
trabalhos, dos meus estudos e do meu ministério sacerdotal;
não apenas meu, mas da cara congregação salesiana. Quantas
vezes, meus filhinhos, no decurso de toda a minha vida, tive de
me convencer desta grande verdade! É mais fácil encolerizar-se
do que ter paciência, ameaçar uma criança do que persuadi-la.
Direi mesmo que é mais cômodo, para nossa impaciência e nossa
soberba, castigar os que resistem do que corrigi-los, suportandoos com firmeza e suavidade.
Tomai cuidado para que ninguém vos julgue dominados por um
ímpeto de violenta indignação. É muito difícil, quando se castiga,
conservar aquela calma tão necessária para afastar qualquer
dúvida de que agimos para demonstrar a nossa autoridade ou
descarregar o próprio mal humor.
Consideremos como nossos filhos aqueles sobre os quais
exercemos certo poder. Ponhamo-nos a seu seviço, assim
como Jesus, que veio para obedecer e não para dar ordens;
envergonhemo-nos de tudo o que nos possa dara parência de
dominadores; e se algum domínio exercemos sobre eles, é para
melhor servirmos. Assim procedia Jesus com seus apóstolos;
tolerava-os na sua ignorância e rudeza, e até mesmo na sua
pouca fidelidade. A afeição e a familiaridade com que tratava os
pecadores eram tais que em alguns causava espanto, em outros
escândalo, mas em muitos infundia a esperança de receber o
perdão de Deus. Por isso nos ordenou que aprendêssemos d’Ele a
ser mansos e humildes de coração.
Uma vez que são nossos filhos, afastemos toda cólera quando
devemos corrigir-lhes as faltas ou, pelo menos, a moderemos de
tal modo que pareça totalmente dominada.
Nada de agitação de ânimo, nada de desprezo no olhar, nada de
injúrias nos lábios; então sereis verdadeiros pais se conseguirem
uma verdadeira correção.
Em determinados momentos muito graves, vale mais uma
recomendação a Deus, um ato de humildade perante ele, do que
uma tempestade de palavras que só fazem mal a quem as ouve e
não e não tem proveito algum para quem as merece.
São João Bosco.
São João Bosco – Dom Bosco (1815-1888), citado em:
“Liturgia das Horas-vol III”, págs.1225-1226,
Ed.Vozes/Paulinas/Paulus/Ave-Maria, 1996
31 de Janeiro: Dia de Dom Bosco
Dia 31 de Janeiro é para todos os salesianos, do mundo inteiro, um dia muito especial. Nesse dia a igreja
comemora São João Bosco, pai e mestre da juventude e fundador da Congregação Salesiana.
O homem que deu sua vida para os jovens quiz fundar uma congregação para que seu trabalho tivesse
continuidade e para que os jovens tivessem sempre a quem recorrer nas suas dificuldades.
Graças a ele escolas, oratórios, obras sociais e paróquias, espalhadas por mais de 130 países, dão continuidade
a sua obra maravilhosa.
Dentre muitas, deixou aos seus colaboradores esta recomendação:
“Amem-se como irmãos. Façam o bem a todos e o mal a ninguém. Digam a meus jovens que os espero no
paraíso”.
São João Bosco, rogai por nós!
A Noite de Natal
A noite do dia 24 de Dezembro de 2010 vai ficar gravada para
todos nós, como um momento de grande emoção que vivemos
durante o ano. A celebração do Natal do Senhor foi, sem dúvida
nenhuma, uma das mais belas que já participamos.
Na abertura, os integrantes da Banda Divina Face, assessorados
pela Alessandra, do Grupo de Jovens SDB, interpretaram a música
Panis Angélicus, do compositor francês Cesar Franck. Em seguida
a Alessandra interpretou a música Hallelujah do compositor
canadense Leonard Cohen e, no final a Alessandra e a Banda
Divina Face interpretaram Ave Maria de Charles Gounod, sendo
aplaudidos de pé pelas mais de quinhentas pessoas que estavam
presentes, todos extasiados e emocionados com as interpretações.
Na seqüência Padre João celebrou a missa e em cada momento
a emoção tomava conta das pessoas e o “gran finale” ficou por
conta da procissão, no momento de ação de graças, quando nosso
pároco, ladeado pelos ministros, levou a imagem do Menino Jesus
ao presépio, e o povo, animado pela Banda Divina Face, cantou a
música Noite Feliz. Muitos não conseguiram conter as lágrimas.
Acompanhe as fotos desse momento mágico que vivemos.

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