Diretor da Fiesp deve R$ 6,9 bi ao governo

Transcrição

Diretor da Fiesp deve R$ 6,9 bi ao governo
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FUNDADO EM
1875
R$ 4,00 ANO 137 Nº 44834 EDIÇÃO DE 23H30
18 DE JULHO DE 2016
Caderno2
DANIEL TEIXEIRA/ESTADÃO
Segunda-feira
JULIO MESQUITA
(1862 - 1927)
l Cor do futuro
O Festival
Internacional
de Linguagem
Eletrônica espera
100 mil visitantes.
Novos personagens
O humorista Ceará
estreia seu segundo
programa solo
PÁG. C3
estadão.com.br
Link
Como Lego
Desafios atrasam
chegada de celular
desmontável. PÁG. B8
FELIPE RAU/ESTADÃO
Diretor da
Fiesp deve
R$ 6,9 bi
ao governo
JOE PENNEY/REUTERS
Atirador mata três
policiais nos EUA
Tensão. Polícia
bloqueia rua em
Baton Rouge
depois do ataque
Três policiais foram mortos a tiros e três ficaram feridos, ontem, em Baton Rouge (EUA).
Eles respondiam a uma ocorrência e foram
atacados por Gavin Long, negro e veterano de
guerra no Iraque, que foi morto. No dia 5, na
mesma cidade, policiais brancos mataram
um negro. INTERNACIONAL / PÁG. A10
Procuradoria da Fazenda acusa Laodse de Abreu
de sonegação fiscal e cobra débito bilionário
O empresário Laodse de Abreu Duarte, diretor da Fiesp e presidente do
Sindicato da Indústria de Óleos Vegetais, é o maior devedor da União entre as pessoas físicas, segundo levantamento do Estadão Dados. Sua dívida é de R$ 6,9 bilhões. É maior do que
os débitos dos governos da Bahia e de
Pernambuco individualmente com o
Tesouro. Laodse já foi condenado à
prisão por crime contra a ordem tributária, mas recorreu. Além de Laodse, aparecem no topo do ranking dois
de seus irmãos, Luiz Lian e Luce
Cleo. Quase a totalidade da dívida
atribuída aos três irmãos diz respeito
a um mesmo débito. Eles eram gestores do grupo empresarial familiar
Duagro, que está sendo cobrado pela
Procuradoria-Geral da Fazenda Na-
Empresário foi citado no
esquema do mensalão
l Um dos inquéritos sobre o mensalão
indica que o esquema montado por
Marcos Valério de Souza fez sete pagamentos a uma empresa de comércio e
exportação de grãos ligada a Laodse
Abreu Duarte. Ele nega. PÁG. A4
Negócios
Petros perde R$ 6,7 bi com investimentos
O fundo de pensão dos funcionários da Petrobrás (Petros) teve rombo de R$ 6,7 bilhões nos investimentos em empresas em 2015, considerando as maiores perdas. O valor re-
l
editorial
cional. Segundo a Fazenda, a empresa realizou supostas operações de
compra e venda de títulos da Argentina e dos EUA, sem pagar impostos.
Os irmãos negam sonegação e questionam as dívidas. POLÍTICA / PÁG.A4
presenta 11% do patrimônio do fundo. Os maiores prejuízos foram registrados com as participações na
Sete Brasil, Usina de Belo Monte, Invepar, Vale, BRF Foods e JBS. PÁG. B1
Confirmada morte de brasileira em Nice
Um exame de DNA identificou ontem o
corpo da carioca Elizabeth Cristina de
Assis Ribeiro, de 30 anos, que morreu
no atentado em Nice. A filha dela de 6
anos, Kayla, também morreu no atentado. Outras duas filhas de Elizabeth e o
marido se salvaram. Mais dois brasileiros que estavam no momento do ata-
JF DIORIO/ESTADÃO
Perfil
Deltan Dallagnol
A força da
sanfona
PROCURADOR
O ‘PREGADOR’
DA LAVA JATO
Instrumento é protagonista
de festival em Juazeiro que
reuniu músicos nordestinos –
como Mestrinho –, gaúchos,
argentinos e americanos.
D
eltan Dallagonl, procurador chefe da Lava Jato, se
dedica a viajar pelo País para divulgar a campanha Dez Medidas contra a Corrupção. Ele já fez
mais de 150 palestras sobre o combate ao crime. POLÍTICA/ PÁG. A5
CADERNO2 / PÁG. C5
Faltam carros
usados nas lojas
A venda de carros com até três anos
de uso cresceu 23,6% no primeiro semestre. Vários modelos sumiram
das lojas. ECONOMIA / PÁG. B3
JOSÉ ROBERTO DE TOLEDO
Façam suas apostas
A eleição para prefeito de São Paulo
será uma disputa entre candidatos
rejeitados ou desconhecidos pela
maioria da população.
LÚCIA GUIMARÃES
O mundo pós-fato
No mundo da TV em que falsos conflitos são resolvidos com soluções simplistas capturadas por múltiplas câmeras, Trump é mestre de cerimônias.
POLÍTICA / PÁG. A6
CADERNO2 / PÁG. C8
ARQUIVO PESSOAL
que continuam desaparecidos, segundo o Consulado do Brasil em Paris. Eles
não tiveram as identidades divulgadas.
Também ontem, a polícia francesa prendeu dois suspeitos de ajudarem o tunisiano Mohamed Lahouaiej Bouhlel no
atentado que matou 84 pessoas com
um caminhão. INTERNACIONAL / PÁG. A8
Haddad quer
pagar a quem
usar bicicleta
A Prefeitura quer pagar para o paulistano trocar o carro ou o ônibus
pela bicicleta. Pela proposta, quem
for para o trabalho pedalando terá
direito a crédito no bilhete mobilidade, que substituiria o bilhete único. O crédito poderá ser resgatado
em dinheiro. METRÓPOLE / PÁG. A12
JOSÉ POLICE NETO
VEREADOR
“Subsídio não deve ser repassado
apenas para o transporte coletivo.
Ao incentivar o uso da bicicleta,
tiram-se carros das ruas”
DIRETO DA FONTE
DEMOCRACIA
LIBERAL ESGOTADA
F
uturo embaixador do Brasil
em Washington, Sérgio Amaral diz que partidos, nos EUA
e Europa, não captaram as insatisfações da sociedade. CADERNO 2 / PÁG. C2
Edição de Esportes
Palmeiras aumenta
vantagem na liderança
Palmeiras venceu o Inter por 1 a 0.
Com o empate de 1 a 1 de Corinthians e
São Paulo, o time elevou para 3 pontos
a vantagem no Brasileiro. PÁGs. D1 e D2
Suspensa expansão da
Riviera de S. Lourenço
Voo nacional passa a ter
revista mais rígida
Turquia prende 6 mil
após tentativa de golpe
METRÓPOLE / PÁG. A13
METRÓPOLE / PÁG. A13
INTERNACIONAL / PÁG. A7
Tempo em SP
18° Máx. 6° Mín.
Dia de
sol e frio.
Pág. A14
Esta publicação é impressa em papel certificado FSC® garantia
de manejo florestal responsável, pela S. A. O Estado de S. Paulo
NOTAS & INFORMAÇÕES
O ajuste e os impostos
Plano de estabilização sem aumento
de impostos será novidade no País,
bem-vinda, mas incerta. PÁG. A3
Anos de desperdício
Os anos de lulopetismo no governo
foram tempos nos quais se viveu com
os olhos atados ao presente. PÁG. A3
A2 Espaço aberto
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O ESTADO DE S. PAULO
SEGUNDA-FEIRA, 18 DE JULHO DE 2016
Publicado desde 1875
Américo de Campos (1875-1884)
Francisco Rangel Pestana (1875-1890)
Mapeamento
tecnológico
]
l
JOSÉ
GOLDEMBERG
M
capa
José Vieira de Carvalho Mesquita (1947-1988)
Julio de Mesquita Neto (1948-1996)
Luiz Vieira de Carvalho Mesquita (1947-1997)
Ruy Mesquita (1947-2013)
Jornalismo
substantivo
]
l
apas foram
no passado
instrumento
essencial
não só para a
navegação,
como para o comércio entre
países e a própria locomoção
das pessoas em tempos de paz
e dos exércitos em tempos de
guerra. São bem conhecidas as
histórias de grandes batalhas
que foram perdidas no passado
pela falta de conhecimento das
melhores estradas e rotas que
permitiriam aos comandantes
escolher suas estratégias.
O grande império colonial
português teve início com o mapeamento gradativo da costa
da África, que permitiu a Vasco
da Gama atingir a Índia, em
1498. Até recentemente qualquer viagem por via terrestre,
no Brasil ou no exterior, exigia
a compra de um pacote de mapas que davam em maior ou menor detalhe informações dos
caminhos a seguir. Mesmo assim eram frequentes erros de
trajeto devidos à falta de sinalização adequada.
Mapas começaram a se tornar obsoletos a partir da década de 1990 com o desenvolvimento do GPS (global positioning system, sistema global de
posicionamento) que utiliza sinais emitidos por satélites girando em torno da Terra para
nos localizar. Mais ainda, as versões modernas do GPS, que temos nos nossos automóveis, escolhem não só a rota para chegar ao destino escolhido, mas a
“melhor” rota, desviando-nos
de engarrafamentos e acidentes ao longo do caminho.
Inspirada no exemplo do
GPS, a Agência Internacional
de Energia, sediada em Paris,
decidiu preparar “mapas tecnológicos” detalhados para identificar as oportunidades de redução de emissões de gases de
efeito estufa nos diferentes setores da indústria e os caminhos a seguir para se modernizarem e se tornarem mais eficientes e competitivos. Essa
busca se tornou particularmente importante pelo fato de que
o extraordinário desenvolvimento tecnológico no século
20 foi feito com máquinas e
equipamentos movidos a combustíveis fósseis (carvão mineral, petróleo e gás natural) com
contribuições pequenas de outras formas de energia, como a
solar e a hidrelétrica.
Julio Mesquita (1885-1927)
Julio de Mesquita Filho (1915-1969)
Francisco Mesquita (1915-1969)
Luiz Carlos Mesquita (1952-1970)
CARLOS ALBERTO
DI FRANCO
Uma consequência inevitável do uso de combustíveis fósseis é a emissão de gases de efeito estufa, responsáveis pelo
aquecimento global. Reduzir
essas emissões é o objetivo
principal da Convenção do Clima, adotada no Rio de Janeiro
em 1992, e decisões importantes para atingir esse objetivo foram tomadas recentemente na
Conferência de Paris, onde cada país apresentou metas de redução a serem alcançadas até
2025 ou 2030 e estratégias gerais para atingi-las.
Uma dessas propostas é a
adoção de uma taxa sobre a
quantidade de carbono emitido – como, por exemplo, US$
50 por tonelada. Se isto fosse
feito, o custo de um barril de
petróleo aumentaria significativamente, o que aceleraria o
Ele aponta caminhos
para desenvolvimento
sustentável que traga
benefícios econômicos
uso de fontes de energia renováveis em todas as cadeias industriais que usam combustíveis fósseis ou estimularia o
uso de tecnologias mais eficientes. Contudo é pouco provável
que elas sejam adotadas nos
próximos anos.
O que ocorre hoje, todavia, e
vai continuar, é a busca incessante de processos tecnológicos que reduzam os custos de
produção e emissão de poluentes, o que é feito no mundo todo por milhares de indústrias e
empreendedores criativos. De
quando em quando são feitas
descobertas revolucionárias,
como aconteceu na área de informática. Na grande maioria
dos casos, porém, os avanços
são incrementais, mas não menos significativos.
A preparação de mapas tecnológicos envolve um grande
número de técnicos das próprias indústrias, que conhecem a tecnologia atual, e cientistas e técnicos das universidades e dos institutos de pesquisa, que podem ver mais à frente. No processo, mais especialistas se capacitam, o que é particularmente importante em
países em desenvolvimento.
Até agora 23 desses mapas foram produzidos, cobrindo temas tão variados como produção de cimento, hidrelétricas e
energia nuclear. Estão em pre-
paração mais três, estes sobre
energia eólica, bioenergia e redes inteligentes para o suprimento de energia.
Todos eles dão um panorama mundial da tecnologia, mas
para serem realmente úteis precisam ser detalhados para as
condições existentes em cada
país, levando em conta seu estágio de desenvolvimento, seus
recursos naturais e sua capacitação técnica.
Isso é o que está sendo feito
atualmente para o setor de cimento no Brasil, que é bastante
moderno e tem a interessante
característica de se tratar de
um setor com menores emissões de gases responsáveis pelo aquecimento global, quando
comparadas com as emissões
de outros países.
Seria muito recomendável
que esse esforço de mapeamento tecnológico fosse estendido
para outras atividades industriais do nosso país. Um dos aspectos mais interessantes desse tipo de trabalho é que ele
permite também identificar as
barreiras institucionais e regulatórias que impedem o avanço tecnológico.
Dispondo de um desses “mapas” o governo poderia aperfeiçoar seus instrumentos regulatórios; os bancos, seus investimentos; e os industriais, suas
escolhas. Por exemplo, no mapa tecnológico da indústria de
cimento na Polônia verificouse que o uso de resíduos urbanos como combustível, nessa
indústria, cresceu de menos de
20% para mais de 80% quando
lixões foram proibidos e impostos elevados foram criados para desencorajar a disposição
dos resíduos em aterros sanitários. Sem outra opção as indústrias passaram a usar os resíduos como combustível na produção de cimento.
Os mapas tecnológicos da
Agência Internacional de Energia têm como foco principal a
redução de gases de efeito estufa, mas esse é apenas um dos
aspectos do problema. Mais do
que isso, porém, eles apontam
caminhos para a modernização e um desenvolvimento sustentável que traga benefícios
econômicos e ambientais.
]
PROFESSOR EMÉRITO DA USP,
É PRESIDENTE DA FUNDAÇÃO
DE AMPARO À PESQUISA DO
ESTADO DE SÃO PAULO (FAPESP)
J
ornalismo é a busca
do essencial, sem adereços, qualificativos
ou adornos. O jornalismo transformador é
substantivo. Sua força
não está na militância ideológica ou partidária, mas no vigor
persuasivo da verdade factual
e na integridade da sua opinião. A credibilidade não é fruto de um momento. É o somatório de uma longa e transparente coerência.
A ferramenta de trabalho
dos jornalistas é a curiosidade.
A dúvida. A interrogação. Há
um ceticismo ético, base da
boa reportagem investigativa.
É a saudável desconfiança que
se alimenta de uma paixão: o
desejo dominante de descobrir
e contar a verdade.
Outra coisa, bem diferente, é
o jornalismo de suspeita. O profissional suspicaz não tem
“olhos de ver”. Não admite que
possam existir decência, retidão, bondade. Tudo passa por
um crivo negativo que se traduz numa incapacidade crescente de elogiar o que deu certo. O jornalista não deve ser ingênuo. Mas não precisa ser cínico. Basta ser honrado, trabalhador, independente.
A fórmula de um bom jornal
reclama uma balanceada combinação de convicção e dúvida.
A candura, num país marcado
pela tradição da impunidade,
acaba sendo um desserviço à sociedade. É indispensável o exercício da denúncia fundamentada. Precisamos, independentemente do escárnio e do fôlego
das máfias corruptas e corruptoras, perseverar num verdadeiro jornalismo de buldogues.
Um dia a coisa vai mudar. E vai
mudar graças também ao esforço investigativo dos bons jornalistas. Essa atitude, contudo,
não se confunde com o cinismo de quem sabe “o preço de
cada coisa e o valor de coisa alguma”. O repórter, observador
diário da corrupção e da miséria moral, não pode deixar que
a alma envelheça. Convém renovar a rebeldia sonhadora do
começo da carreira. Todos os
dias. O coração do repórter deve pulsar em cada matéria.
Alguns desvios, no entanto,
podem comprometer o resultado final do trabalho. A precipitação é um vírus que ameaça a
qualidade informativa. Repórteres carentes de informação
especializada e de documenta-
ção apropriada ficam reféns da
fonte. Sobra declaração, mas
falta apuração rigorosa. O poder público tem notável capacidade de pautar jornais. Fonte
de governo é importante, mas
não é a única. O jornalismo de
registro, pobre e simplificador,
repercute o Brasil oficial, mas
oculta a verdadeira dimensão
do País real. Muitas pautas estão quicando na nossa frente.
Muitas histórias interessantes
estão para ser contadas. Precisamos fugir do show político e
fazer a opção pela informação
que realmente conta. Só assim,
com didatismo e equilíbrio,
conseguiremos separar a notícia do lixo declaratório.
A incompetência foge dos
bancos de dados. Troca milhão
por bilhão. E, surpreendentemente, nada acontece. O jornalismo é o único negócio em que
a satisfação do cliente (o leitor) parece interessar muito
pouco. O jornalismo não fundamentado em documentação é
o resultado acabado de uma
perversa patologia: o despreparo de repórteres e a obsessão
de editores com o fechamento.
A chave de uma boa edição, no
impresso e no digital, é o planejamento. Quando editores não
formam os seus repórteres,
quando a qualidade é expulsa
pela ditadura do deadline, quando as entrevistas são feitas só
pelo telefone e já não se olha
Carente de informação
e boa dialética, o leitor
sente-se conduzido por
nossas idiossincrasias
nos olhos do entrevistado, está
na hora de repensar todo o processo de edição.
O culto à frivolidade e a submissão à ditadura dos modismos estão na outra ponta do
problema. Vivemos sob o domínio do politicamente correto.
E o dogma do politicamente
correto não deixa saída: de um
lado, só há vilões; de outro, só
se captam perfis de mocinhos.
E sabemos que não é assim. A
vida tem matizes. O verdadeiro
jornalismo não busca apenas argumentos que reforcem a bola
da vez, mas também, com a
mesma vontade, os argumentos opostos. Estamos carentes
de informação e faltos da boa
dialética. Sente-se o leitor conduzido pela força de nossas
idiossincrasias.
Por outro lado, ao tentar disputar espaço com o mundo do
entretenimento, a chamada imprensa séria está entrando
num perigoso processo de autofagia. A frivolidade não é a melhor companheira para a viagem da qualidade. Pode até
atrair num primeiro momento,
mas depois, não duvidemos,
termina sofrendo arranhões irreparáveis no seu prestígio, na
sua marca.
Registremos, ademais, os perigos do jornalismo de dossiê.
Os riscos de instrumentalização da imprensa são evidentes.
Por isso é preciso revalorizar, e
muito, as clássicas perguntas
que devem ser feitas a qualquer
repórter que cumpre pauta investigativa. Checou? Tem provas? A quem interessa essa informação? Trata-se de eficiente terapia no combate ao vírus
da leviandade.
O esforço de isenção, no entanto, não se confunde com a
omissão. O leitor espera uma
imprensa combativa, disposta
a exercer o seu intransferível
dever de denúncia. Menos registro e mais apuração. Menos
fofoca e mais seriedade. Menos
espetáculo de marketing político e mais consistência.
Finalmente, precisamos ter
transparência no reconhecimento de nossos eventuais
equívocos. Uma imprensa ética sabe reconhecer os seus erros. As palavras podem informar corretamente, denunciar
situações injustas, cobrar soluções. Mas podem também esquartejar reputações, destruir
patrimônios, desinformar.
Confessar um erro de português ou uma troca de legendas
é fácil. Porém admitir a prática
de atitudes de prejulgamento,
de manipulação informativa
ou de leviandade noticiosa exige coragem moral. Reconhecer o erro, limpa e abertamente, é o pré-requisito da qualidade e, por isso, um dos alicerces
da credibilidade.
A força de uma publicação
não é fruto do acaso. É uma conquista diária. A credibilidade
não combina com a leviandade. Só há uma receita duradoura: ética, profissionalismo e talento. O leitor, cada vez mais
crítico e exigente, quer notícia.
Quer informação substantiva.
]
JORNALISTA
E-MAIL: [email protected]
Fórum dos Leitores
O TERROR
Em êxtase...
... ele esmagava criancinhas. Em
Nice, mais um massacre inexplicável. Incompreensível o ódio
que essa gente tem de nós, ocidentais (somos os infiéis e devemos morrer). Fico imaginando
esse motorista gritando “Alá é
grande” enquanto esmagava
crianças. Pois bem, diante desse
acontecimento, o que mais é revoltante é que as grandes potências assistem a esse espetáculo
de horror apaticamente: sabem
onde está o inimigo, têm todas
as condições de destruí-lo sumariamente e nada fazem. Preparem-se para novos episódios desses, é uma desgraça sem fim.
IVAN BERTAZZO
[email protected]
São Paulo
Tolerante com a intolerância
Tenho um apartamento em Ni-
ce há muitos anos. Com vários
amigos franceses e brasileiros
que moram por lá, ouço sempre
reclamações contra o governo
pela complacência, tolerância,
ou seja lá o que for, com os islâmicos. Por exemplo: aluno cristão que falta à escola pública (de
horário integral) tem de pagar a
comida que foi feita para ele e
perdida com sua ausência; os islâmicos não necessitam pagar
nada. Uma brasileira cristã com
duas filhas na escola pública
(que como a maioria das escolas
oficiais tem 70% de islâmicos)
está saindo da país porque suas
filhas estão sofrendo bullying.
Como exemplo da posição assumida por eles, por ocasião do ato
de terrorismo no Charlie Hebdo,
uma professora pediu que seus
alunos fizessem um minuto de
silêncio em homenagem às vítimas. Os islâmicos não só não fizeram, como disseram que eles
mereciam o que foi feito por
ofenderem o profeta. Também
se recusam a cantar a Marselhesa
em datas nacionais. A continuar
assim, em breve atos como o de
Nice se repetirão!
RUBENS PAULO GONÇALVES
[email protected]
São Paulo
Escola sem ideologia
Assustei-me ao ler o texto de
Marcelo Rubens Paiva deste sábado, incentivando a difusão de
ideologias políticas nas escolas
para mentes tão porosas quanto
as dos jovens! Milhares de jovens são influenciados diariamente em escolas islamitas com
discursos semelhantes ao dele:
contestam o regime (ocidental),
o sistema (capitalismo), sugerem o diferente (a sharia ),
expõem a injustiça social e procuram a indignação. Lembre-se
o sr. Marcelo que o movimento
taleban, que significa estudante
em urdu (língua falada no Paquistão), se iniciou justamente em escolas. E qual o resultado? Assassinos suicidas cometendo carnificinas pelo mundo! Cuidado com
o que apregoa, sr. Marcelo.
SANDRA MARIA GONÇALVES
[email protected]
São Paulo
Professor deportado
Conforme noticiado, o professor Adlène Hicheur, nascido na
Argélia e naturalizado francês,
foi deportado do Brasil, onde
morava havia três anos, em 15/7.
Condenado a cinco anos sob a
acusação de planejar atentados
terroristas na França, após dois
anos na prisão obteve liberdade
provisória e se mudou para o Rio
de Janeiro, onde se tornou professor na UFRJ. Hicheur não teve a mesma sorte do italiano Cesare Battisti, que permanece em
situação irregular no Brasil, condenado pela Justiça italiana à prisão perpétua por crimes cometidos quando integrava um grupo
comunista. Conforme muitos juristas, o ato de concessão do visto de permanência de Battisti pela União é mais um exemplo da
política exterior hipócrita durante o governo Lula.
EDGARD GOBBI
[email protected]
Campinas
Segurança olímpica
Crer que o esquema de segurança implantado no Rio para prevenir atentados durante as Jogos
Olímpicos seja eficiente é ser otimista ou ingênuo. Quando a Força de Segurança Nacional é subjugada pelas milícias, a ponto de
ser impedida de usar a rede de internet que é controlada pelas milícias que comandam os morros
e as “comunidades”, o que esperar que os militares possam fazer contra grupos terroristas ou
lobos solitários, que buscam notoriedade a qualquer custo? Se
passarmos incólumes, mereceremos uma medalha, não de ouro,
mas de santo ou Cristo protetor.
CLAUDIO JUCHEM
[email protected]
São Paulo
Diárias das Forças
Aumentaram, depois de protestos, as diárias dos militares PMs
que compõem a Força Nacional
que dará segurança na Olimpíada. E quanto ao pessoal das Forças Armadas deslocado para o
Rio de Janeiro e que não protesta nem faz greve? Eles vão ter a
mesma consideração?
PAULO MARCOS GOMES LUSTOZA
[email protected]
Rio de Janeiro
MORDOMIAS
Bolsa Olimpíada
Deputados e senadores, que ganham salários acima dos de 95%
do povo brasileiro, vão poder assistir às cerimônias de abertura e
encerramento dos Jogos Olímpicos como cortesia, com seus respectivos cônjuges. Por quê?
LUÍZ FRID
[email protected]
São Paulo
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O ESTADO DE S. PAULO
Conselho de Administração
Presidente
Roberto Crissiuma Mesquita
SEGUNDA-FEIRA, 18 DE JULHO DE 2016
Opinião
Membros
Fernando C. Mesquita,
Fernão Lara Mesquita,
Francisco Mesquita Neto,
Getulio Luiz de Alencar e
Júlio César Mesquita
Editor Responsável: Antonio Carlos Pereira
Notas e Informações A3
estadão.com.br
Diretor Presidente: Francisco Mesquita Neto
Diretor de Jornalismo: João Fábio Caminoto
Diretor da Sucursal de Brasília: Marcelo Beraba
Diretor de Mercado Anunciante: Flavio Pestana
Diretor Financeiro: Jorge Casmerides
Diretora Jurídica: Mariana Uemura Sampaio
Diretor de Tecnologia: Nelson Garzeri
A versão na Internet de
O Estado de S. Paulo
Notas & Informações
O ajuste e os impostos
Plano de estabilização sem aumento
de impostos será
uma novidade no
Brasil, muito bemvinda, mas por enquanto muito incerta. Segundo o ministro da Fazenda, Henrique Meirelles, o plano A é consertar as contas
públicas sem depender de maior tributação. Mas a contenção do gasto,
já se sabe, será apenas parte do esforço – na melhor hipótese, a principal. O governo deverá recorrer também a privatizações e concessões
para fortalecer a receita. Mas ficará
nisso? Sem descartar uma elevação
de impostos e contribuições, o presidente em exercício Michel Temer
decidiu adiar qualquer anúncio a
respeito do assunto.
“Só cogitaremos se for absolutamente indispensável”, disse ele ao
Estado. Enquanto isso, técnicos do
governo continuam fazendo contas
e já estimam para o próximo ano
uma receita adicional de R$ 8 bilhões, mas sem mostrar de onde pode vir esse dinheiro e sem confirmar se haverá elevação de alíquotas. Não devem estar fazendo um
exercício meramente acadêmico.
A cifra aparece num ofício encaminhado pelo Executivo à Comissão Mista de Orçamento (CMO)
do Congresso Nacional. O detalhamento, segundo se informou no Senado, deverá ser conhecido quando for mandado ao Legislativo o
projeto orçamentário para 2017.
Não é necessária muita especulação para entender por que o governo prefere deixar para esse momento qualquer decisão oficial sobre o
assunto.
A proposta de lei orçamentária será enviada ao Legislativo no fim de
agosto, como ocorre todo ano. Então deverá estar encerrado o proces-
so de impeachment e o governo provisório se tornará efetivo. Se adiar
até lá qualquer anúncio a respeito
de mais tributos, o presidente interino evitará discussões mais complicadas durante a transição política.
Confirmado no posto, o presidente
da República terá condições muito
mais favoráveis para cuidar de medidas amargas, incluída qualquer
elevação de encargos tributários.
Por enquanto, basta ao governo a
aprovação, como parte da Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO), da
nova meta fiscal para 2017, com autorização para um déficit primário
– sem a conta de juros, portanto –
de até R$ 139 bilhões. Essa mudança implica outras alterações no projeto, mas, até agora, sem referência
a aumentos de alíquotas ou a receitas de tributos inexistentes. Não se
trata somente de evitar assuntos incômodos, mas de manter livre de
impropriedades o texto da propos-
ta da LDO.
Desprezando esse cuidado, além
de tantos outros, a equipe da presidente Dilma Rousseff chegou a incluir oficialmente em suas projeções a arrecadação de um tributo
inexistente, a Contribuição Provisória sobre Movimentação Financeira
(CPMF). A agenda do governo petista incluía a recriação desse tributo, extinto em 2007, mas isso dependeria da aprovação de um projeto. Uma referência à CPMF constava do projeto original da LDO, enviado pela presidente Dilma Rousseff. Na terça-feira passada, o relator da proposta, senador Wellington Fagundes (PR-MT), pediu a retirada do item.
O cuidado de evitar menção a impostos inexistentes é um sinal muito positivo, depois dos muitos deslizes da administração anterior. Esse
cuidado, segundo todos os indícios,
será mantido na elaboração da pro-
A internacionalização do direito
Anos de desperdício
om a ratificação,
pelo governo brasileiro, da Convenção Multilateral
sobre Assistência
Mútua Administrativa em Matéria Tributária, a Receita Federal passará, a partir de
outubro, a ter acesso às informações financeiras de pessoas físicas e jurídicas em mais de 90 países. O Brasil assinou essa Convenção em 2011, durante reunião da cúpula do G-20, na França. E, para que pudesse ter efeitos práticos, o governo depositou recentemente o instrumento de ratificação na Organização
para Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE), encerrando mais uma etapa de um
processo de internacionalização
do direito tributário.
Considerada o mecanismo
de cooperação tributária mais
amplo já criado em escala internacional, a Convenção autoriza
os países signatários a trocar informações sobre contas correntes e seus titulares, investimentos, rendimentos de fundos,
aquisição ou venda de ações,
previdência privada e recebimento de aluguéis e de juros.
Entre outras inovações, permite o rastreamento de recursos
financeiros e bens patrimoniais não declarados por cidadãos e empresas em seus respectivos países. Também prevê
a cobrança de créditos fiscais
de um país por outro.
Entre 2016 e 2017, a troca de
informações será feita por
meio de solicitação formal. A
partir de 2018, o intercâmbio
de dados será automático. “A
Brasil não aproveita adequadamente seu capital humano,
aponta estudo
do Fórum Econômico Mundial. Entre 130 países, o Brasil ficou na 83.ª posição do Índice de Capital Humano, que mede como cada nação desenvolve e cultiva o potencial de seu capital humano.
Criado em 2013 para ser
uma ferramenta de análise da
dinâmica entre educação, emprego e força de trabalho, o
índice tem a finalidade de auxiliar a tomada de decisões do
poder público e dos agentes
privados. Como lembra o Fórum Econômico Mundial, um
adequado desenvolvimento
do capital humano é decisivo
não apenas para a produtividade de uma sociedade, mas
também para o funcionamento de suas instituições sociais
e políticas.
O estudo analisa a situação
de cinco faixas etárias da população – menores de 15 anos, entre 15 e 24 anos, entre 25 e 55
anos, entre 55 e 64 anos e mais
de 65 anos – a partir de indicadores de ensino, capacitação e
emprego. Em 2015, o foco principal foi estudar os fatores que
contribuem para o desenvolvimento de uma adequada, produtiva e saudável força de trabalho. Em 2016, o estudo concentrou seus esforços na busca por melhorar o desenho das
políticas educacionais e o planejamento da força de trabalho do futuro.
O cenário global do capital
C
SAÚDE PÚBLICA
Doentes imaginários
O ministro da saúde, Ricardo
Barros, perdeu uma ótima oportunidade de ficar calado quando
disse que o povo brasileiro imagina estar doente, mas não está.
Pra ele deve ser muito fácil, porque a qualquer doença que possa ter o Hospital Sírio-Libanês
estará à sua disposição! Pobre
povo brasileiro, que nem ficar
doente pode.
ANGELA MARIA DE SOUZA BICHI
[email protected]
Santo André
Haja imaginação
Então, o ministro Ricardo Barros acredita que a maioria que
procura o atendimento público
de saúde “imagina” que está
doente! É claro que ele e sua família, quando adoecem, não precisam “imaginar” nada, pois sabem que serão atendidos no Sí-
troca automática é uma nova
era. Ter dinheiro no exterior será como ter dinheiro no Brasil.
Receberemos informações dos
outros países do mesmo modo
como recebemos informações
dos bancos brasileiros. Não haverá mais espaço para a ocultação de ativos financeiros e rendimentos no exterior”, afirmou
o coordenador de Relações Internacionais da Receita Federal, Flávio Araújo, em entrevista ao jornal Valor.
Com isso, quando a Receita
descobrir que há recursos não
declarados por cidadãos e empresas brasileiros num determinado país, ela poderá pedir ao
órgão congênere desse país
que cobre os créditos fiscais.
Na prática, isso permite que
uma pessoa física ou jurídica
com uma dívida tributária no
Brasil possa ter seus bens penhorados em qualquer país signatário da Convenção. Por causa de sua abrangência, as autoridades fiscais esperam que um
número expressivo de contribuintes se registrem no programa
de regularização de ativos do
exterior, previsto pela Lei de
Repatriação.
Viabilizada pela expansão
das tecnologias de informação
e comunicação, a Convenção é
mais um passo do processo de
globalização econômica. Em
tempos de integração dos mercados, não apenas as atividades
econômicas se internacionalizam. O direito também acaba
seguindo esse caminho, levando ordens jurídicas nacionais a
ceder espaço para soluções normativas internacionais, elabora-
das e negociadas por organismos multilaterais.
Esse processo se intensificou nas últimas três décadas.
No final dos anos 80, por exemplo, a OCDE criou o Grupo de
Ação Financeira sobre Lavagem de Dinheiro, para incorporar os avanços da tecnologia no
combate mundial ao crime organizado e às fontes de financiamento de grupos terroristas. Na mesma linha, o Banco
Mundial e o Fundo Monetário
Internacional também estimularam a uniformização de institutos jurídicos nos campos do
direito financeiro, tributário e
societário. O mesmo ocorreu
depois da crise bancária de
2008, quando o Banco de Compensações Internacionais impôs regras muito rigorosas e padronizadas para todos os bancos comerciais e de investimento. No final de 2015, a Conferência do Clima da ONU, realizada em Paris, culminou com um
acordo histórico, que envolveu
quase todos os países do mundo num projeto de internacionalização da legislação ambiental para reduzir as emissões de
carbono e conter os efeitos do
aquecimento global.
Se no passado os legisladores concebiam soluções legais
com base nas tradições jurídicas de seus países, no mundo
globalizado os mecanismos
normativos estão sendo elaborados com base em padrões
mundiais mínimos, como é o
caso da Convenção Multilateral sobre Assistência Mútua
Administrativa em Matéria
Tributária.
rio-Libanês, no Albert Einstein
ou algum outro hospital de alta
qualidade, assistidos por médicos altamente competentes. E,
claro, suas caríssimas despesas
hospitalares serão pagas pelos
contribuintes, que ficam “imaginando” que poderiam ter uma
saúde pública decente, se tivéssemos homens públicos honestos
e um ministro competente.
“Agora que o argelino
suspeito de terrorismo
foi deportado para a
França, quando será a
vez do terrorista
condenado, para a Itália?”
PAULO BOIN
[email protected]
São Paulo
BANDEIRA NACIONAL
Que país é esse?
Mais uma vez, o incomPeTente
prefeito Fernando Haddad demonstrou que age apenas para o
seu partido político, e não para a
população, ao proibir a exibição
da nossa bandeira no prédio da
Fiesp. Como fica isso? Vamos
simplesmente nos calar?
JOHN EDGAR BRADFIELD
[email protected]
Itanhaém
ELY WEINSTEIN / SÃO PAULO,
SOBRE ADLÈNE HICHEUR
E CESARE BATTISTI
[email protected]
“Proibir a Bandeira
Nacional é como dar
as costas para o que
mais honra um país”
MOISES GOLDSTEIN / SÃO PAULO,
SOBRE O PREFEITO PETISTA
HADDAD CONTRA A FIESP
[email protected]
O
posta da lei do Orçamento-Geral
da União. Requisitos de transparência foram abandonados durante
anos, desde o primeiro mandato da
presidente Dilma Rousseff, e as previsões infundadas, assim como os
truques de maquiagem, foram denunciadas em várias ocasiões pela
imprensa.
Falta conhecer com maior precisão as fontes de recursos para a administração das contas públicas no
próximo ano. O detalhamento completo só deve aparecer dentro de algumas semanas, mas informações
parciais poderão surgir antes disso.
De toda forma, o governo poderia
esclarecer, de uma vez por todas, se
desistirá da recriação da CPMF. A
referência ao tributo inexistente ficará fora da proposta orçamentária, mas a renúncia efetiva a essa
contribuição é outra história. Um
esclarecimento final seria muito
bem recebido.
humano está cada vez mais
complexo e com evoluções
mais rápidas, lembra o Fórum
Econômico Mundial. Calculase que, até 2020, a cada dia entrarão 25 mil novos trabalhadores no mercado de trabalho, e,
em todo o mundo, 200 milhões de pessoas estarão desempregadas. Ao mesmo tempo, estima-se que na próxima
década haverá escassez de 50
milhões de trabalhadores altamente qualificados. Desafiador, o cenário impõe aos países repensar tanto a educação
ofertada como a gestão do
mercado de trabalho.
No topo do índice está a Finlândia, que, entre outros aspectos, conta com uma população
jovem altamente qualificada,
oferece a melhor educação primária e tem a maior taxa de ensino superior completo na faixa de 25 a 54 anos. Logo abaixo
vêm Noruega e Suíça. Na quarta posição está o Japão, que se
destaca como primeiro colocado nas duas faixas etárias mais
altas – entre 55 e 64 anos e
maiores de 65 anos. De acordo
com o estudo, 19 países aproveitam ao menos 80% do potencial de seu capital humano.
Com o 83.º lugar no índice,
o Brasil ficou em pior posição
que Uruguai (60.º), Colômbia
(64.º), México (65.º), Bolívia
(77.º) e Paraguai (82.º). Aparece na frente de Arábia Saudita
(87.º) e Venezuela (89.º), por
exemplo.
Ao comentar os resultados
brasileiros, o relatório destaca
o contraste de ser a maior economia da América Latina e ter
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Condomínio de Itaipava
é prisão de Cerveró
5.039
Ex-diretor da área internacional da
Petrobrás cumpre pena domiciliar
na região serrana do Rio
l “Delícia de prisão! Casa chique, cheia de mordomias, imensa
área verde, clima de montanha...”
ANA MARIA
l “Vocês chamam isso de prisão? Isso é um tapa na cara da nossa sociedade!”
INÁCIO DA COSTA VALIM
HÁ
2.484
DIAS
POR DECISÃO
JUDICIAL, O ESTADO
ESTÁ SOB CENSURA.
ENTENDA O CASO:
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/CENSURA
índices educacionais tão deficientes. O estudo lembra também que, na percepção dos empresários sobre a disponibilidade de mão de obra qualificada, o Brasil ocupa uma das piores posições. Entre as 130 nações, ficou em 114.º lugar nesse quesito.
Quando se olham os resultados por faixa etária, constatase que o pior resultado brasileiro se dá entre os menores de
15 anos. Nessa faixa, obteve a
100.ª posição. Dessa forma,
sem uma significativa mudança na educação básica, os resultados nacionais tendem a piorar ainda mais com o tempo, já
que em relação aos outros países o Brasil desenvolve menos
as novas gerações que as faixas etárias mais velhas.
O relatório do Fórum Econômico Mundial afirma que, entre os fatores que propiciam a
longo prazo o desenvolvimento de uma nação, o capital humano talvez seja o mais importante. Pode-se, portanto, ver o
Índice de Capital Humano
também como uma comparação do real investimento de cada país em seu futuro.
Sob essa ótica, não surpreende a posição brasileira
no ranking. Os anos de lulopetismo no governo federal foram tempos de desperdício de
oportunidades, nos quais se viveu – por deliberada opção política – com os olhos atados
ao presente. Característico do
populismo, tal imediatismo
tem um alto preço social. A população brasileira conhece
bem essa conta.
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l “Tinha de ter vendido essa mansão e ele ser colocado em um
apartamento de 52 metros quadrados.”
Carga tributária federal: 3,65%.
CECÍLIA SELLITTI ARAUJO
PUBLICAÇÃO DA S.A. O ESTADO DE S. PAULO
política
A4
%HermesFileInfo:A-4:20160718:
O ESTADO DE S. PAULO
SEGUNDA-FEIRA, 18 DE JULHO DE 2016
Política
COLUNA DO
ESTADÃO
ANDREZA MATAIS
MARCELO DE MORAES
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POLITICA.ESTADAO.COM.BR/BLOGS/COLUNA-DO-ESTADAO/
ENTREVISTA
José Agripino Maia, presidente nacional do DEM
Ao escolher DEM como
inimigo, PT nos ajudou
A
eleição de Rodrigo Maia à presidência da Câmara
traz o DEM de volta ao cargo que ocupou há 19 anos
e à vice-presidência da República, que comandou
nas gestões FHC. Mas há outra data no calendário. Há seis
anos, Lula declarou que a sigla deveria ser “extirpada.”
Presidente do DEM, José Agripino, diz que, ao escolher a
sigla como inimiga, o PT a ajudou e garante que não devolve a praga. “Eu jamais cometeria o pecado da arrogância.
Eles cometeram.” Sobre a eleição presidencial de 2018,
diz que Aécio é estrategista, mas é cedo para prognóstico.
José Agripino Maia (RN).
Senador e presidente nacional do DEM
l Presidência da Câmara
editorial
O Democratas passa a exercer protagonismo na formulação das políticas de governo. Esse é um dado novo.
Agora será protagonismo
em defesa da solução da
crise do País. Daquilo que o
presidente Temer procura.
l Acordo com PSDB
Não ouve esse acordo, não.
O que há é uma intenção
de em 2017 o DEM apoiar
um nome do PSDB para comandar a Câmara. Se você
me perguntar: a intenção é
justificável? Eu acho que é.
A estratégia do PSDB foi
correta. Agora, é preciso
que construa a candidatura
com acertos daqui até 2017.
l Lula
Lula nos elegeu como inimigos. Disse que o DEM deveria ser extirpado. O efeito
foi contrário. Quanto mais
o PT cai, mais crescemos
porque somos um contraponto a eles. O prefeito de
Salvador, ACM Neto, é hoje
o mais bem avaliado. O PT
está em franco declínio.
l PT
Não desejo que o PT seja
extirpado. Ao contrário. Na
democracia é fundamental
a oposição. Eu jamais cometeria o pecado da arrogância. Eles cometeram.
l Crescimento
Esses contrapontos no plano político e no plano administrativo, com a presença
de Rodrigo Maia na presidência da Câmara, vão deixar o partido em evidência.
Isso, por consequência, pode atrair mais adeptos. Que
o processo de crescimento
está em curso, está. Ele vai
desaguar em quê? É cedo
para fazer prognóstico.
l Desafio
O Rodrigo terá que mostrar
que é capaz de agregar, de
ser o presidente de todos
na Câmara dos Deputados
e conseguir fazer aquilo
que o País precisa, que é a
aprovação das medidas para que o País saia da crise.
Essa é a tarefa que se
impõe. E, na eleição, ele se
mostrou capaz de unir forças.
l Aliança em 2018
Ainda é cedo para pensar. A
prioridade agora é a aprovação das medidas para o País
sair da crise. Conseguindo
essa tarefa, o DEM terá
exercido um protagonismo
importante na saída da
maior crise da história recente do Brasil.
l Apoio a Aécio Neves
O comportamento do
PSDB na disputa pela presidência da Câmara, somando, visando 2017 e 2018,
mostra que Aécio é um estrategista de muito boa qualidade. Agora, o País vai
atravessar muitas turbulências daqui até 2018. É cedo
para um prognóstico de como estará a liderança A, B
ou C daqui a dois anos.
Av. Cidade Jardim, 318 • São Paulo • SP
Tel.: (11) 3037-7347 • flemings.com.br
Cofres públicos. Total de débitos de difícil recuperação atinge R$ 1 trilhão; empresário
Laodse de Abreu Duarte e irmãos respondem pelo maior passivo entre as pessoas físicas
Dívida de diretor da Fiesp
com a União é de R$ 6,9 bi
DIVULGAÇÃO
Daniel Bramatti
Guilherme Duarte
José Roberto de Toledo
Rodrigo Burgarelli
O empresário Laodse de
Abreu Duarte, um dos diretores da Federação das Indústrias do Estado de São Paulo
(Fiesp), é o maior devedor da
União entre as pessoas físicas. Sua dívida é maior do que
a dos governos da Bahia, de
Pernambuco e de outros 16
Estados individualmente: R$
6,9 bilhões. Laodse – que já
foi condenado à prisão por
crime contra a ordem tributária, mas recorreu – é um dos
milhares de integrantes do cadastro da dívida ativa da
União, que concentra débitos
de difícil recuperação.
Além de Laodse, aparecem
no topo do ranking dos devedores pessoas físicas dois de seus
irmãos: Luiz Lian e Luce Cleo,
com dívidas superiores a R$
6,6 bilhões. No caso desses
três irmãos, quase a totalidade
do valor atribuído a cada um
diz respeito a uma mesma dívida, já que eles eram gestores de
um mesmo grupo empresarial
familiar que está sendo cobrado pela Procuradoria-Geral da
Fazenda Nacional.
A soma dos valores devidos
por empresas e pessoas para o
governo federal ultrapassou recentemente R$ 1 trilhão. São
milhões de devedores, mas
uma pequena elite domina o topo desse indesejável ranking:
os 13,5 mil que devem mais de
R$ 15 milhões são responsáveis, juntos, por uma dívida de
R$ 812 bilhões aos cofres federais – mais de três quartos do
total devido à União.
O débito desses maiores devedores representa cinco vezes
o buraco total no Orçamento fe-
Fazenda. Segundo ministério, dívida dos 13,5 mil maiores devedores chega a R$ 812 bi
Laodse foi citado em
casos do mensalão
e do Banestado
com mais débitos com a União, o
empresário Laodse de Abreu
Duarte aparece em escândalos
de repercussão nacional. Um dos
inquéritos sobre o esquema do
mensalão indica que o esquema
montado pelo empresário Marcos Valério de Souza fez sete pagamentos a uma empresa de comércio e exportação de grãos
ligada a Abreu Duarte.
Em 2003, o empresário foi condenado a cinco anos de prisão –
pena que foi posteriormente convertida a prisão domiciliar – após
ser acusado pelo Ministério Público de participar de suposto esquema de falsificação de operações de exportação de soja, com
valor superior a US$ 60 milhões.
Laodse também foi indiciado pela CPI do Banestado, em 2004.
Em 2006, o Ministério da Justiça pediu aos Estados Unidos
colaboração para investigar a
suspeita de lavagem de dinheiro
e crimes financeiros envolvendo
o empresário, João Francisco
Daniel (irmão do ex-prefeito de
Santo André Celso Daniel) e Geraldo Rondon da Rocha Azevedo. O inquérito foi arquivado em
2010. / D. B. , G. D., J. R. T. e R. B.
deral previsto para 2016. Nesse
grupo – que exclui dívidas do
estoque previdenciário, do
FGTS e dos casos em que há suspensão da cobrança por determinação judicial – estão desde
empresas quebradas, como a
Varig e a Vasp, mas também motores do PIB nacional, como a
Vale, a Carital Brasil (antiga Parmalat) e até a estatal Petrobrás.
Mas como pessoas físicas chegam a dever tanto ao Fisco? A ex-
plicação é que os integrantes da
família Abreu Duarte foram incluídos como corresponsáveis
em um processo tributário que
envolveu uma de suas empresas,
a Duagro – que deve, no total, R$
6,84 bilhões ao governo.
Segundo a Fazenda, a empresa realizou supostas operações
de compra e venda de títulos da
Argentina e dos Estados Unidos
sem pagar os devidos tributos
entre 1999 e 2002. Denúncia do
l Além do título da pessoa física
Ministério Público apontou que
a Duagro “fraudou a fiscalização
tributária.” Para o MP, há dúvida sobre a real existência dos títulos negociados, já que alguns
não foram lançados nas datas registradas na contabilidade.
A Procuradoria suspeita que
a empresa tenha servido como
“laranja” em “um esquema de
sonegação ainda maior, envolvendo dezenas de outras renomadas e grandes empresas, cujo valor somente poderá vir a
ser recuperado, em tese, se houver um grande estudo do núcleo central do esquema”.
Segundo o site da Fiesp, Laodse é um dos atuais 86 diretores
da entidade, sem especificação.
Ele também integra o Conselho
Superior do Agronegócio da federação e preside o Sindicato
da Indústria de Óleos Vegetais
e seus derivados em São Paulo.
Offshore. Um quarto irmão de
Laodse aparece na lista de devedores da União com débitos de
R$ 3 milhões e também é dono
de offshore em paraíso fiscal,
segundo os Panamá Papers. Lívio Canuto de Abreu Duarte foi
sócio da Oil Midwest LTD, empresa registrada nas Ilhas Virgens Britânicas pela firma panamenha Mossack Fonseca.
l Impeachment
É uma questão de tempo. O
crime de responsabilidade
é a peça jurídica que é exigida para que o processo exista, mas a necessidade de
troca de comando, de exaustão do modelo do PT é que
levou a tantos votos para o
andamento do processo.
Carital Brasil
26,0
Laodse Denis de Abreu Duarte*
6,9
l Governo Dilma
Padma Indústria de Alimentos
24,9
Luiz Lian de Abreu Duarte*
6,6
Viação Aérea Rio-Grandense
9,4
Luce Cleo de Abreu Duarte*
6,6
Viação Aérea São Paulo
8,3
Ernesto Angel Lazzaro
6,6
Duagro SA
6,8
Fabio Cunha Simoes de Carvalho
4,2
Condor - Factoring
4,2
Bernardino Justino Vargas
4,2
Betafac
3,6
Alberto Israel Lifsitch
4,2
PPL Participações
Cooperativa Fluminense de
Produtos de Açúcar e Álcool
Scarpa Plásticos
3,6
Antonio Celso Cipriani
2,1
3,5
Washington Armenio Lopes
2,0
2,9
Chong Jin Jeon
2,0
Era um governo que, ao final, já não havia mais pessoas que se dispusessem a
ocupar as funções. Isso
mostra a falência de um governo que existia de fato,
mas não de verdade. Quem
vai querer se aproximar de
um governo falido?
l Governo Temer
Com os resultados que ele
tem conseguido no Congresso, com as sinalizações
da equipe econômica, o Brasil volta a criar expectativas
favoráveis.
l Desvio de dinheiro
Existe um processo que
não tem nada a ver com
Lava Jato. Tenho absoluta
tranquilidade com
relação à verdade que
está comigo nesse caso.
Quero que as investigações
ocorram com celeridade
para que elas se encerrem
o mais rápido possível
com a comprovação
da minha inocência.
ENTREVISTA A ANDREZA MATAIS
OS MAIORES DEVEDORES
●
Pessoas físicas e empresas devem mais de R$ 1 trilhão para os cofres federais
Pessoa jurídica
Pessoa física
VALOR EM BILHÕES DE REAIS
VALOR EM BILHÕES DE REAIS
* Os débitos de diferentes pessoas podem se referir a uma mesma dívida, se elas houverem sido sócias ou diretoras de uma mesma empresa devedora. Esse é o caso dos irmãos Abreu Duarte
FONTE: PROCURADORIA-GERAL DA FAZENDA NACIONAL
INFOGRÁFICO/ESTADÃO
Firma ‘nunca se prestou’ a
sonegação, diz empresário
Procurado pela reportagem, o
empresário Laodse de Abreu
Duarte informou, por e-mail,
que sua condenação por crime
contra a ordem tributária ainda
não foi julgada em segunda instância, “o que torna precipitado
qualquer conclusão ou juízo”.
Ele disse ainda que a Duagro
“nunca se prestou” ao suposto
esquema de sonegação fiscal
descrito pela Procuradoria.
O empresário afirmou também não ter nenhum tipo de ligação com os casos do mensalão e
do Banestado. “Não mantive relação comercial ou pessoal com
os mencionados e não respon-
do a processo ou procedimentos que tenham ligações ou relacionados a estes”, escreveu. Ele
negou ainda ter “relação de qualquer espécie” com João Francisco Daniel e Geraldo Rondon da
Rocha Azevedo e disse que o Judiciário ainda analisa recurso à
sua condenação pelas operações de exportação de soja.
O advogado Fabrício Henrique de Souza, que representa a
família, informou que as dívidas
que aparecem no nome dos três
irmãos resultam de “questiona-
mentos da Receita Federal por
operações mercantis realizadas” e que elas ainda estão sendo questionadas judicialmente.
Já o advogado de Lívio Canuto
de Abreu Duarte, Ademir Sica,
disse que as cobranças da União
são indevidas, já que Lívio saiu
da direção das empresas familiares em 1997. Ele não quis comentar sobre a existência da offshore e desconhecia se ela foi declarada às autoridades brasileiras.
Procurada, a Fiesp não se pronunciou. / D. B., G. D., J. R. T. e R. B.
%HermesFileInfo:A-5:20160718:
O ESTADO DE S. PAULO
SEGUNDA-FEIRA, 18 DE JULHO DE 2016
Governo aposta em quórum do impeachment no Senado
Para o Planalto, votação
de processo contra
Dilma vai mobilizar a
Casa em torno de pautas
prioritárias para Temer
cos. A matéria, entretanto, sofre com divergências dentro da
própria base do governo.
Quórum baixo. A maior preocu-
PLACAR DO IMPEACHMENT NO SENADO
38
A FAVOR
19
NÃO QUISERAM
RESPONDER
6
INDECISOS
18
Por partido
PMDB
CONTRA
SE HOUVER AO MENOS
54 VOTOS DOS 81
SENADORES A FAVOR
DO IMPEACHMENT,
DILMA TERÁ O
MANDATO CASSADO
Isabela Bonfim
Daiene Cardoso / BRASÍLIA
O Palácio do Planalto aposta
no retorno dos trabalhos da Comissão Especial do impeachment do Senado, após o recesso parlamentar, para atrair quórum necessário às votações no
plenário das pautas consideradas prioritárias pelo presidente em exercício Michel Temer.
Na Câmara, por outro lado, a
preocupação é de que as ausências travem as votações.
Os parlamentares voltam às
atividades no Congresso Nacio-
Política A5
PT PSDB PSB PP Outros
A favor
10
–
10
1
3
14
Contra
2
10
–
2
–
4
Indeciso
1
–
–
2
–
3
Não respondeu
6
–
1
2
4
6
NA WEB.
NAVEGUE NO PLACAR
POR NOME, ESTADO
OU PARTIDO DO
SENADOR E ASSISTA
A DEPOIMENTOS
estadao.com.br/
e/placarsenado
INFOGRÁFICO/ESTADÃO
nal no dia 2 de agosto, quando a
comissão no Senado se reúne
para a leitura do parecer do relator, senador Antonio Anastasia
(PSDB-MG). A expectativa é de
que as sessões atraiam outros
senadores, ajudando a completar o quórum necessário para
votar a pauta do governo.
Entre as matérias mais im-
portantes está a Desvinculação de Receitas da União
(DRU), que, por se tratar de
uma proposta de emenda à
Constituição (PEC), precisa
do apoio de três quintos da Casa (49 senadores). O projeto,
aprovado na semana passada
na Comissão de Constituição e
Justiça, está pronto para ser le-
vado ao plenário. A PEC prorroga para 2023 a desvinculação
de 30% das receitas da União e,
apesar de não aumentar a arrecadação do governo, flexibiliza
a alocação dos recursos.
ICMS. Também pronto para
ser votado no plenário é o projeto de fixação em 12% da alíquota
de ICMS do querosene da aviação. A proposta sacrifica a arrecadação e o caixa dos Estados,
mas o governo federal aposta na
padronização do imposto para
estimular as empresas aéreas.
Na lista, há ainda o projeto
que regulamenta os jogos de
azar e poderia angariar até R$ 15
bilhões por ano aos cofres públi-
pação do Planalto, entretanto,
está na Câmara. Em ano eleitoral, agosto e setembro costumam ser meses de baixa produtividade. O novo presidente da
Casa, Rodrigo Maia (DEM-RJ),
revelou a intenção de realizar
sessões deliberativas às segundas e terças-feiras, mas há dúvidas se a proposta vai funcionar.
O líder do governo, André Moura (PSC-SE), por exemplo, defende o modelo de duas semanas de esforço concentrado.
Moura espera aprovar na primeira quinzena de agosto o projeto de lei que desobriga a Petrobrás de ser operadora exclusiva
do pré-sal, a renegociação da
dívida dos Estados e o projeto de
lei da governança em fundos de
pensão. A proposta do teto para
os gastos do governo só deve chegar ao plenário em setembro.
Mobilização
COMBATER A
CORRUPÇÃO
COMO ‘AMOR
AO PRÓXIMO’
FABIO SEIXO/O GLOBO
Deltan Dallagnol, da força-tarefa da Lava Jato,
prega mudanças na lei em igrejas e congressos
Luciana Nunes Leal / RIO
N
o auditório da Primeira Igreja Batista de Curitiba, o procurador
Deltan Dallagnol propõe a cada espectador da palestra “Liderança Corajosa” que, durante um minuto, discuta
com o companheiro ao lado
sobre a questão: a Operação
Lava Jato transforma o País?
“Outro dia, fiz a mesma proposta para um grupo de mulheres e quase não consegui
retomar a palestra”, brinca
Dallagnol. A plateia ri, conversa e pouco depois o procurador retoma o raciocínio.
Diz que a investigação do
maior esquema de desvio de
recursos e pagamento de propina em estatais brasileiras
“infelizmente não muda o
País”, mas pode despertar
uma inédita mobilização de
combate à corrupção.
“Vivemos uma janela de
oportunidade, o caso Lava Jato deixou a sociedade altamente sensível e esperançosa
de mudanças”, diz Dallagnol.
A declaração é quase um
mantra do procurador de 36
anos que chefia a força-tarefa
da Lava Jato em Curitiba, onde a investigação começou
em março de 2014. Além do
trabalho na Lava Jato, Dallagnol se dedica a viajar o País
para divulgar a campanha
Dez Medidas contra a Corrupção, que alcançou 2,2 milhões de assinaturas e já tramita como projeto de lei de
iniciativa popular na Câmara
dos Deputados. Em palestra no
Rio para investidores, na semana passada, o procurador disse
que já fez, “sem ganhar nada por
isso”, mais de 150 palestras só
sobre as medidas anticorrupção
e perdeu as contas das apresentações sobre outros temas ligados ao combate ao crime.
Quando Dallagnol, com um
grupo de colegas, decidiu levar
adiante a campanha pelo projeto de iniciativa popular, o ponto
de partida foi a Igreja Batista,
que frequenta desde criança.
Os convites se expandiram. Hoje vão do Congresso Brasileiro
de Cirurgiões à Associação Brasileira de Private Equity e Venture Capital, plateia do procurador na noite de 7 de julho em
um hotel no Rio. “Vou decepcionar os que esperam mais um momento sobre como lucrar nos
negócios. Se vocês seguirem minhas dicas, infelizmente vão falir. Tenho ações de Petrobrás,
do BTG Pactual e da Queiroz
Galvão”, disse o procurador, citando estatal, banco e empreiteira investigados na Lava Jato,
para diversão dos investidores.
Palestra. Procurador da força-tarefa da Lava Jato, Deltan Dallagnol fala durante evento em igreja batista no Rio
mo excesso de prisões preventivas e delações premiadas. Insistentemente defende a tese de
que o combate à corrupção “é
uma questão de amor ao próximo, de serviço à sociedade”.
Criador do curso “Humanismo em Nove Lições”, voltado
para juízes, e um dos autores
do estudo Corpo e Alma na Magistratura Brasileira, o cientista
social Luiz Werneck Vianna
tem observado a nova geração
de profissionais de Direito no
Brasil. “São filhos dessas nol
Weber, Luther King. O pales-
trante adapta sua apresentação à plateia, mas segue um roteiro padrão que mistura pequenos filmes, tabelas, charges, mapas, citações de intelectuais como Max Weber, um
dos pensadores da sociologia,
e o pastor e ativista americano
Martin Luther King. Vez ou outra, faz referência a alguma passagem bíblica. Rebate acusações de abusos da Lava Jato, co-
‘Missão’
“A velha tradição está sendo
deslocada. Há um
movimento em que está
presente a mística da
salvação, da missão de
salvação. Há alguma coisa
de revolução dos santos,
como a que ocorreu com o
advento do protestantismo,
nesses juízes e promotores.”
Luiz Werneck Vianna
CIENTISTA SOCIAL E PESQUISADOR DE
PROFISSIONAIS DO DIREITO
vas correntes que aproximam
o Direito da sociedade. Estávamos necrosados em uma tradição positivista que interditava
uma percepção nova dos problemas sociais. É um movimento geracional que coincide
com a mudança de bibliografia
do Direito, em que cientistas
sociais têm sido cada vez mais
incorporados. É um Direito
mais responsivo, mais aberto a
problemas sociais, voltado para temas como o reconhecimento das minorias”, disse.
Em muitos profissionais,
Werneck Vianna identificou
traços comuns, como o fato de
completarem os estudos em
universidades americanas, vínculos com a religião e idades
em torno de 40 anos. “A velha
tradição está sendo deslocada.
A “common law” (Direito baseado mais na jurisprudência e nas
decisões dos tribunais do que apenas no texto da lei) passou a ser
incorporada por essas novas
gerações, muitos foram estudar nos Estados Unidos. Há
um grupo de pessoas formadas
no campo do Direito que escolheu a carreira pública e tenta
assumir um protagonismo em
mudanças no País. Há um movimento em que está presente
a mística da salvação, da missão de salvação. Há alguma coisa de revolução dos santos, como a que ocorreu com o advento do protestantismo, nesses
juízes e promotores”, disse o
pesquisador.
Dallagnol em muito se encaixa nesse novo perfil. Em 2003,
quando ingressou por concurso no Ministério Público Federal, tinha 23 anos e era o segundo mais novo procurador do
País. Logo passou a trabalhar
na investigação de remessas ilegais de dinheiro para o exterior
no caso Banestado. “Hoje está
perdido nos escaninhos do Judiciário rumo à prescrição”, lamenta ele em mais um trecho
recorrente de suas palestras.
“Minha história é de alguém
que teve fracassos sucessivos
no combate à corrupção”, resume. Entre 2013 e 2014, Dallagnol fez mestrado na Universida-
de Harvard (EUA). “Quanto
voltei, estava ‘grávido’ do
meu primeiro filho, pensava
em ir para a academia. Mas
entrei em um caso (inicialmente, uma investigação sobre
lavagem de dinheiro) que hoje é a Lava Jato. Deu no que
deu”, conta o procurador
aos ouvintes.
O coordenador da Lava Jato desperta na plateia muita
curiosidade sobre os rumos
das investigações e a impunidade, mas também sobre sua
vida pessoal. Conta que é casado, tem dois filhos e reconhece que sacrifica a vida familiar pela causa do combate à corrupção. Não são raras
as perguntas sobre o que planeja no futuro. A uma espectadora que foi mais direta e
questionou se pretende entrar para a política, o procurador não afastou a possibilidade. “Eu descartaria poucas coisas em relação a meu
futuro, cogito talvez até virar pastor. Mas nós focamos
no presente”, respondeu.
A6 Política
%HermesFileInfo:A-6:20160718:
O ESTADO DE S. PAULO
SEGUNDA-FEIRA, 18 DE JULHO DE 2016
JOSÉ ROBERTO
DE TOLEDO
] blogs.estadao.com.br/vox-publica / twitter.com/zerotoledo
l
Façam suas apostas
F
ora os candidatos, seus padrinhos e apadrinhados, quase
ninguém está preocupado
com a eleição municipal. O desdém
é ainda maior do que em anos anteriores. A causa é a desilusão com os
políticos e com a própria política.
Isso fica claro na recente pesquisa
do Datafolha em São Paulo, mas vale para outras capitais. Em Curitiba,
o Ibope registrou o mesmo grau de
distanciamento do eleitor em relação às candidaturas. No que isso vai
dar? Em surpresas e sustos.
Interceptados na rua pelos pesquisadores do Datafolha, nada menos
do que 83% dos paulistanos foram
incapazes de dizer, por conta pró-
pria, o nome de um candidato a prefeito
que estará na urna eletrônica daqui a
dois meses e duas semanas. Faltam 76
dias para votarem, mas só 16% têm um
nome na ponta da língua. O resto não
sabe responder, cita nomes de políticos
que não são candidatos ou diz que vai
anular ou votar em branco. A grande
maioria só consegue escolher um postulante depois de ser informado pelo pesquisador de quais são as opções.
Não é sempre assim? O desinteresse
e a desinformação sempre foram altos,
mas nunca tão altos. Em julho de 2012,
ou seja, faltando tanto quanto falta hoje
para a eleição, o principal grupo de eleitores sem candidato era do mesmo tamanho que hoje. Os mesmos 61% não
sabiam responder espontaneamente
ao Datafolha em quem votariam para
prefeito. A grande diferença este ano é a
taxa de branco e nulo: de 8% quatro
anos atrás, pulou para 18% agora, na pesquisa espontânea. Quando o eleitor sou-
A eleição para prefeito de São
Paulo será uma disputa entre
rejeitados ou desconhecidos
ber quem são os candidatos esse porcentual vai cair, certo? Errado.
Nos cenários estimulados, quando
são confrontados com listas de nomes
de possíveis candidatos, a taxa de branco e nulo aumenta em vez de diminuir.
Vai a 20%. O eleitor não está nada satisfeito com o atual prefeito (só 14%
acham a gestão de Fernando Haddad,
do PT, ótima ou boa), mas tampouco
se empolga com as alternativas – seja
porque não gosta delas, seja porque
não sabe muito bem quem são elas.
Os potenciais de voto dos candidatos
paulistanos auferidos pelo Datafolha
são de dar dó. Com exceção do líder Celso Russomanno (PRB), todos os outros
nomes cogitados até agora provocaram
a resposta “não votaria de jeito nenhum” na maioria do eleitorado. Dos
52% de Marta Suplicy (PMDB) aos 77%
de Marco Feliciano (PSC), passando
por 56% de Luiza Erundina (PSOL),
58% de Andrea Matarazzo (PSD), 65%
de João Doria (PSDB) e 69% de Haddad.
Isso quer dizer que Russomanno,
com apenas 38% de “não votaria de jeito
nenhum” e 47% de “votaria com certeza” ou “poderia votar”, já está eleito?
Não. Por pelo menos três motivos:
1) Apenas 4% dos eleitores citam seu
nome espontaneamente. É menos do
que os que citam Haddad de cabeça
(6%). Isso significa que Russomanno
tem um voto muito pouco consolidado. Seu eleitor já se mostrou volátil quatro anos atrás, quando ele liderou até a
reta final e acabou fora do segundo
turno na última hora.
2) Seu tempo de TV é ridiculamente menor do que os de Doria e Haddad. Em uma eleição curta e sem
doações empresariais, a TV (e a propaganda negativa via redes sociais e
WhatsApp) ainda manda.
3) Russomanno corre sério risco
de ter sua candidatura impugnada
pela Justiça. Tanto é assim que nem
conseguiu convencer partidos de peso a se coligarem à sua chapa.
Em resumo, a eleição para prefeito
de São Paulo – e provavelmente em
muitas outras metrópoles brasileiras – será uma disputa entre candidatos rejeitados ou desconhecidos pela
maioria da população, que farão uma
campanha curta, com 40 dias de duração, sem a abundância de recursos de
pleitos passados, e que enfrentarão o
descaso e o desinteresse do eleitor.
O resultado? Uma eleição que será decidida na última hora e na qual
o único favorito deve ser um forfait.
Nunca uma eleição se pareceu tanto
com corrida de cavalos.
JOSÉ ROBERTO DE TOLEDO ESCREVE
ÀS SEGUNDAS E QUINTAS-FEIRAS
Incerteza jurídica
isola candidatura
de Russomanno
ALEX FERREIRA / CÂMARA DOS DEPUTADOS
Julgamento do STF de recurso de pré-candidato e líder nas pesquisas,
que pode enquadrá-lo na Ficha Limpa, afasta aliança com partidos
Pedro Venceslau
Valmar Hupsel Filho
O deputado Celso Russomanno (PRB) lidera com folga as
pesquisas de intenção de voto para a Prefeitura de São
Paulo, mas a insegurança jurídica que ameaça a confirmação de sua candidatura afastou partidos que estavam
próximos de fechar uma aliança em torno de seu nome.
É o caso do PTB e do Solidariedade. O primeiro havia firmado
um acordo informal de apoiá-lo
em troca de indicar o candidato
a vice, mas acabou migrando para a pré-candidatura da senadora Marta Suplicy (PMDB-SP). O
segundo optou por lançar um
candidato próprio, o deputado
Major Olímpio.
O futuro de Russomanno depende do Superior Tribunal Federal, onde corre um processo
que poderá tirá-lo da disputa.
O deputado do PRB é alvo de
uma ação penal por peculato.
De acordo com a denúncia do
Ministério Público (MP), o deputado empregou, entre 1997 e
2001, em sua produtora, em
São Paulo, uma funcionária
que trabalhava em seu gabinete
de deputado. Ainda segundo a
denúncia, o salário dessa funcionária era pago pela Câmara.
Em primeira instância, Russomanno foi condenado em
2014 a dois anos e dois meses de
prisão em regime aberto. A pena foi revertida pela Justiça em
trabalhos comunitários e multa de 25 cestas básicas, no valor
de R$ 200 cada uma.
No Supremo, a ação está conclusa para decisão. A relatora,
ministra Cármen Lúcia, já ordenou que o processo entre na
pauta de julgamento, o que deve acontecer logo após o fim
do recesso do Judiciário, na
primeira semana de agosto. A
expectativa é de que a decisão
saia antes do dia 15, quando se
encerra o prazo para inscrição
de candidaturas para as próximas eleições. Russomanno
tem contra si um parecer do
procurador-geral da República, Rodrigo Janot, que no início de junho manifestou-se a
favor da condenação.
Convicção de inocência. Em
abril, o deputado chegou a pedir autorização para restituir o
valor dos salários questionados pelo Ministério Público.
Na ocasião, a defesa argumentou que, embora convicta da
inocência e de uma decisão favorável da Corte, o deputado estaria disposto a pagar para que
“não se tenha dúvidas quanto a
sua lisura no agir e de sua conduta como homem público”.
Se o Supremo ratificar a condenação em primeira instância,
Russomanno será enquadrado
na Lei da Ficha Limpa e terá os
direitos políticos suspensos
por oito anos. Nesse caso, ele
não perderia o mandato de deputado federal, mas ficaria im-
l
Obstáculo
“Pode ser que essa questão
no Supremo Tribunal
Federal (ação penal por
peculato que deve entrar na
pauta de julgamento na
primeira semana de agosto)
tenha atrapalhado, mas
estamos tranquilos.”
Aildo Rodrigues
PRESIDENTE DO PRB PAULISTANO
pedido de concorrer à Prefeitura de São Paulo este ano.
Convenção antecipada. “Pode
ser que essa questão no Supremo
Tribunal Federal tenha atrapalhado, mas estamos tranquilos”,
diz o presidente do PRB paulistano, Aildo Rodrigues Ferreira. O
dirigente conta que o PRB decidiu antecipar de 30 de julho para
o dia 24 a convenção da legenda
para “dissipar os rumores” de
que Russomanno desistiria.
Sem opções de aliança com os
grandes e médios partidos, o deputado tenta formar um palanque com partidos “nanicos” –
PTN, PTdoB e PEN. Russomanno também tenta atrair o PSC,
que cogita lançar a candidatura
do deputado Marco Feliciano.
O candidato do PRB tem liderado as pesquisas de intenção
de votos. No mais recente levantamento feito pelo Datafolha,
divulgado na sexta-feira passada, Russomanno aparece com
25% das intenções de voto, contra 16% de Marta Suplicy. A deputada e ex-prefeita Luiza Erundina (PSOL) apareceu com
10%, seguida pelo prefeito Fernando Haddad (PT), com 8%;
João Doria (PSDB), 6%; e Marco Feliciano (PSC), com 4%.
Na pesquisa Ibope divulgada
no dia 21 de junho, Russomanno
aparece com 26% das intenções
de voto, seguido de Marta (10%),
Erundina (8%), Haddad (7%),
Doria (6%), Matarazzo (4%) e Feliciano (4%). Os deputado Major
Olímpio (SD) e Roberto Tripoli
(PV) obtêm 2% cada.
Defesa. Procurado pelo Estado, Russomanno informou,
por meio de sua assessoria, que
não iria comentar o assunto.
internacional
Tribuna. O deputado federal Celso Russomanno (PRB) em sessão na Câmara, no ano passado
PARA LEMBRAR
Em 2012, apoio
foi de 6 siglas
Em 2012, Russomanno reuniu
um total de seis partidos (PRB /
PTB / PTN / PHS / PRP / PT do
B) em torno de sua candidatura
e liderou as pesquisas até uma
semana antes do primeiro turno. No final de setembro, o candidato pelo PRB cravava 35%
das intenções de votos, quase
o dobro de seus principais adversários, Fernando Haddad (PT),
que tinha 18%, e José serra
(PSDB), que marcava 17%.
Com pouco tempo de TV, entretanto, Russomanno não conseguiu se defender dos ataques
dos adversários. Em poucos
dias, sua candidatura perdeu fôlego de forma vertiginosa, a ponto
de nem chegar ao segundo turno. A estratégia da campanha
petista centrou em um tema caro
Doria é alvo do MP Eleitoral antes do início da campanha
Pré-candidatura do PSDB
é investigada por suspeita
de abuso de poder
econômico e propaganda
antecipada; defesa nega
Antes mesmo de formalizar
sua candidatura, o empresário
João Doria, nome do PSDB para a disputa pela Prefeitura de
São Paulo, é alvo de investigações abertas pelo Ministério
Público Eleitoral de São Paulo.
No início do mês, o MPE abriu
dois procedimentos para apurar se Doria teria se beneficia-
do de jantares promovidos por
empresas e feito propaganda
eleitoral antecipada.
O empresário também já foi
alvo de representação por suspeita de abuso de poder econômico durante o processo de prévias para a escolha do candidato tucano à Prefeitura.
A representação foi feita pelo
ex-governador paulista Alberto Goldman, que integra a Executiva nacional do PSDB, e pelo
senador tucano José Aníbal
(SP). Ambos apoiaram na disputa interna o vereador Andrea
Matarazzo, que abandonou as
prévias no segundo turno e dei-
xou o PSDB – ele se filiou ao
PSD e também é pré-candidato
a prefeito na capital paulista.
Goldman e Aníbal acusaram
o empresário de comprar votos
nas primárias tucanas, oferecer comida e até promover
churrasco para militantes do
partido na capital paulista.
O MP Eleitoral investiga a participação de Doria em um jantar
oferecido no início de junho pela empresa Gocil, parceira do
Grupo Lide, uma associação de
empresários organizada pelo
empresário. Além de ser proibida a doação ou qualquer tipo de
financiamento de empresas pa-
l
‘Homenagem’
“É um jantar (realizado por
empresa em junho) que não
tem nada a ver com
campanha (eleitoral). É um
jantar em homenagem ao
empresário João Doria.”
Anderson Pomini
ADVOGADO DE DORIA SOBRE
PROCEDIMENTO DE INVESTIGAÇÃO
DO MINISTÉRIO PÚBLICO ELEITORAL
ra políticos e partidos, a legislação eleitoral proíbe que pré-candidatos realizem eventos políticos que não sejam financiados
pelo próprio partido.
Ao discursar no evento, Doria disse que, se eleito, ficaria
apenas quatro anos à frente da
Prefeitura e, após esse período,
gostaria de olhar para as pessoas e dizer: “Cumpri o meu dever com honra e honestidade e
fui um bom prefeito dessa cidade”. O conteúdo do vídeo foi
publicado pelo jornal Folha de
S.Paulo. Segundo o MP, o jantar foi patrocinado pela Gocil, a
um custo de R$ 60 mil.
Lide. A empresa afirmou que o
evento foi um “jantar empresarial” sem nenhuma relação co-
à periferia: o transporte público.
A campanha de Haddad começou a veicular uma propaganda em que pinçava do programa de Russomanno a proposta de cobrar a tarifa do ônibus proporcionalmente à distância percorrida.
O candidato do PRB terminou
a campanha do primeiro turno
em terceiro lugar, com 21,6%
dos votos válidos, contra 30%
de Serra e 28,9% de Haddad.
notação política oferecido “em
homenagem” a Doria.
O advogado Anderson Pomini afirma que o jantar foi oferecido a Doria por uma empresa associada ao Lide em razão de seu
afastamento do comando da associação para se dedicar à candidatura. “É um jantar que não
tem nada a ver com campanha.
É um jantar em homenagem ao
empresário João Doria”, disse.
“Quais foram os convidados?
Todos os associados vinculados à Lide. Então não tem nada
de irregular, é um absurdo.”
Sobre a ação apresentada por
Goldman e Aníbal, o advogado
classificou como o “inconformismo daqueles que não venceram as prévias”. / P.V.,V.H.F. e
MATEUS COUTINHO
%HermesFileInfo:A-7:20160718:
O ESTADO DE S. PAULO
SEGUNDA-FEIRA, 18 DE JULHO DE 2016
Internacional
A7
Violência policial
Nos EUA, atirador
mata 3 policiais em
Baton Rouge. Pág. A10
Av. Cidade Jardim, 318 • São Paulo • SP
Tel.: (11) 3037-7347 • flemings.com.br
TENSÃO TURCA. Repressão
Crise na Turquia. Ministros turcos dizem que Casa Branca participou da quartelada para derrubar governo e acusam americanos
de protegerem clérigo Fethullah Gülen, que vive exilado no país; Washington garantiu que acusações ameaçam relação bilateral
Após golpe frustrado, Erdogan prende
6 mil pessoas e abre tensão com EUA
HUSEYIN ALDEMIR/REUTERS
Jamil Chade
CORRESPONDENTE / GENEBRA
política
O presidente turco, Recep
Tayyip Erdogan, ampliou ontem a repressão contra grupos suspeitos de envolvimento no fracassado golpe de estado na Turquia. Autoridades anunciaram mais de 6 mil
prisões e indicaram que a onda de detenções continuará.
Membros do governo já falam em restaurar a pena de
morte no país. Dois dias após
tentativa de golpe, a crise voltou a testar as relações entre
Ancara e Washington.
Ontem, por várias cidades da
Turquia, funerais foram realizados para alguns dos quase 300
mortos durante os confrontos.
Mostrando-se emocionado no
enterro de um de seus aliados, o
presidente prometeu que “limparia o país do vírus” que existe
na máquina do Estado. O recado era direcionado a seu principal opositor, Fethullah Gülen,
exilado nos EUA desde 1999.
Erdogan deu início no fim de
semana a uma caçada a qualquer pessoa envolvida no movimento criado por Gülen, independentemente de ter ou não
um papel no golpe, com as prisões de 29 generais, mais de 3
mil soldados e outros 2,8 mil juízes e magistrados, entre eles um
dos nomes mais importantes do
Judiciário, Alparsian Altan.
Um dos assessores militares
de Erdogan, o general Ali Yazici,
também foi preso. Outro três generais da cúpula das Forças Armadas foram detidos, acusados
de terem comandado o golpe. O
comandante da base turca usada pelos EUA para atacar o Estado Islâmico também foi preso.
“Continuaremos a limpar o vírus de todas as instituições do
Estado”, disse Erdogan. Segundo ele, o governo e membros da
oposição se reuniriam para começar a avaliar uma nova lei no
Parlamento para reintroduzir a
pena de morte. Em 2004, a pena
capital havia sido abolida, numa
tentativa de acelerar a adesão de
Ancara à UE.
Antes inimiga,
internet salvou
governo turco
GENEBRA
Respaldo. Partidários do presidente turco Recep Tayyip Erdogan se reúnem em ato pró-governo na Praça Taksim
Analistas apontaram que o
golpe deve dar o espaço para
que Erdogan aumente seu poder. No entanto, o chanceler da
França, Jean Marc Ayrault, indicou que o líder turco não poderia usar o golpe como um “cheque em branco” para silenciar
opositores.
Dentro da Turquia, muitos dizem que o golpe pode ter sido
uma tentativa desesperada de
parte dos militares diante da
concentração cada vez maior
de poder nas mãos do presidente, que planejava uma remoção
de generais em setembro.
“Nada justifica o que ocorreu
na Turquia, mas temos um golpe de Estado em câmara lenta
promovido pelo governo”, afirmou um professor de ciências
políticas de Istambul ao Estado. Temendo represália, ele pediu para ter sua identidade preservada. O analista Dogu Ergil,
da Universidade de Ancara,
acredita que dificilmente Gülen esteja envolvido e o amadorismo da iniciativa não condiz
com a organização das redes do
l
Após golpe fracassado
3 mil
soldados foram presos
na Turquia
2,8 mil
magistrado e 29 generais
também foram detidos
opositor. “Isso significa, portanto, que pode haver outro grupo
de oposição no país”, disse.
Tensão. O golpe voltou a criar
tensão entre Washington e Ancara. O presidente Barack Obama afirmou que não reconheceria o governo golpista. Ainda assim, Suleyman Soylu, ministro
do Trabalho de Erdogan, sugeriu que a ofensiva foi patrocinada pela Casa Branca. “Os EUA
estão por trás do golpe”, disse.
Horas depois, o secretário de
Estado dos EUA, John Kerry disse que a acusação era “irresponsável” e não aceitaria o tom. Ele
pediu que a Turquia “respeite
as regras” e use procedimentos
legais” para julgar os golpistas.
Em nota, o Departamento de Es-
tado alertou que tais acusações
“afetariam a relação bilateral”.
Outro ponto de fricção é o fato de Gülen viver nos EUA desde 1999. O Ministério da Justiça
da Turquia indicou que pedirá
sua extradição e fez um alerta
para que os EUA não protejam o
suposto autor do golpe. Kerry
respondeu de forma dura. “Então, que se apresentem evidências legítimas contra ele.”
Ao New York Times, Gülen negou envolvimento com o golpe,
mas não descartou que seus seguidores pudessem estar entre
os organizadores. Ele comparou Erdogan ao nazismo. “Eles
confiscaram propriedades, imprensa, quebraram portas e assediaram pessoas da mesma maneira que a SS de Hitler”, disse.
Os piores inimigos de Recep
Tayyip Erdogan viraram seu
maior aliado contra o golpe: a
internet, as redes sociais e os
meios de comunicação. Um dos
primeiros atos dos golpistas na
Turquia foi ordenar a suspensão de sites como Facebook,
Twitter e WhatsApp. Foi o fracasso em controlá-los que permitiu uma brecha para que o governo apelasse à população para que tomasse as ruas.
Após o golpe, a internet foi
bloqueada, mas voltou uma hora depois. Imediatamente, o governo usou um arsenal de mensagens nas redes sociais para pedir que o povo resistisse. Erdogan entrou ao vivo na TV por
meio do Facetime. Fontes em
Ancara confirmaram ao Estado
que houve temor de o presidente passar a imagem de um líder
acuado. “No fim, decidimos que
não tínhamos mais nada a perder. A difusão precisaria ocorrer para mostrar que o presidente estava vivo e apelava ao povo
para que tomasse as ruas”, explicou um aliado de Erdogan.
O uso do Facetime só foi possível por que as operadoras não
atenderam aos pedidos dos golpistas de suspender os serviços.
O contragolpe midiático continuaria pela madrugada. Num de
seus tuítes, às 3h50, o presidente pedia pela “unidade da Turquia”. “Sobreviveremos”, escreveu. Essa mensagem foi compartilhada por mais de 26 mil pessoas. Analistas apontaram a ironia da situação. Em julho de
2015, Erdogan declarou que era
“contra as redes sociais”. Nos últimos 12 meses, o governo ordenou, por cinco ocasiões, que a
internet fosse suspensa, alegando ameaças terroristas. / J.C.
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O ESTADO DE S. PAULO
SEGUNDA-FEIRA, 18 DE JULHO DE 2016
A FRANÇA SOB ATAQUE. Identificação das vítimas
Exame de DNA
confirma morte de
brasileira em Nice
OLIVIER ANRIGO/EFE
Itamaraty recebeu notícia do governo francês; polícia prende mais
dois homens e agora são 6 pessoas detidas após ataque que matou 84
Leonêncio Nossa
BRASÍLIA
Um exame de DNA identificou ontem o corpo da brasileira Elizabeth Cristina de Assis
Ribeiro, de 30 anos, que morreu no atentado em Nice. A
confirmação foi enviada ontem ao Itamaraty pelo governo francês. Outros dois brasileiros que estavam no momento do ataque continuam
desaparecidos, segundo o
Consulado do Brasil em Paris
– eles não tiveram as identidades divulgadas.
Carioca de Olaria, zona norte
do Rio, Elizabeth morava na Suíça e estava em Nice a passeio
com o marido, Silyan, suíço, e
três filhas. Kayla, de 6 anos, também morreu no atentado. Djulia, de 4 anos, e Kimea, de 7 meses, foram salvas pelo pai.
Silyan e as duas filhas estão
internados no hospital da Fundação Lenval, em Nice. Segundo autoridades suíças todos estão “em estado de choque”,
mas já não correm riscos.
Jean Sauterel, porta-voz da
polícia de Vaud, ainda apontou
que, até agora, não tem notícias
sobre a mãe e afirmou que o serviço consular estava atuando ao
lado dos franceses para tentar
descobrir o paradeiro da brasileira. Na cidade suíça de Yverdon, onde morava a família, a
notícia da morte de Kayla comoveu a população, que ontem co-
locou velas nos terraços da cidade para homenagear a menina.
O Conselho Cantonal de Vaud
(região onde fica a cidade) também emitiu um comunicado lamentando a morte.
No atentado de Nice, reivindicado pelo Estado Islâmico, o tunisiano Mohamed Lahouaiej
Bouhlel, motorista do caminhão que matou 84 pessoas,
contou com a ajuda de cúmplices. A revelação faz parte do
avanço das investigações do Ministério Público, que ontem
prendeu dois novos suspeitos e
encontrou no celular de um deles uma mensagem de Bouhlel
para um dos suspeitos: “Traga
mais armas”.
A apuração também indica
que o motorista tunisiano fez
duas visitas ao local do crime às
vésperas do feriado nacional do
14 de Julho, Dia da Bastilha, paARQUIVO PESSOAL
Vítima. Elizabeth ao lado
de Silyan, marido suíço
ra observar o local. O avanço da
investigação reforça a hipótese
de que Bouhlel esteve em contato com uma célula terrorista
em Nice. A cidade é, em números absolutos, a que mais forneceu jihadistas franceses para o
Estado Islâmico, tanto na Síria
como no Iraque – estima-se em
120 o total de moradores da cidade que se juntaram ao EI.
Embora o tunisiano não tivesse antecedentes de religiosidade ou de atividades ligadas ao
extremismo islâmico – e, por isso, não era monitorado pelos
serviços secretos –, o ministro
francês do Interior, Bernard Cazeneuve, afirmou que o tunisiano passou por um rápido processo de radicalização.
Outra constatação das investigações é a de que Bouhlel vinha planejando o crime que cometeu. Em mensagem, revelada pela rede BFMTV, foi enviada no dia 14, às 22h27, pouco
mais de 15 minutos antes de acelerar seu caminhão de 19 toneladas contra a multidão que acompanhava os festejos, o tunisiano
escreveu para um dos supostos
cúmplices: “Traga mais armas.
Traga e 5 a C.”
O significado da segunda parte do SMS ainda não veio a público. O destinatário da mensagem
foi um dos dois preso ontem. No
total, seis pessoas seguem detidas, já que a ex-mulher de Bouhlel, que foi vítima de violência
conjugal durante a relação, foi
Homenagem. Moradores de Nice fazem vigília por vítimas de ataque na orla da cidade
liberada pela polícia por não ter
vínculos com o crime ocorrido
na Promenade des Anglais.
Além da provável ajuda para
cometer o atentado, o tunisiano
também fez vários reconhecimentos no local do ataque. O caminhão alugado, que dirigia desde 11 de julho, usado no massacre, foi identificado na mesma
região nos dias 12 e 13, véspera e
antevéspera do crime.
Um dos focos dos investigadores agora é entender em que
meios e como se deu a radicalização rápida de Bouhlel. No intervalo de algumas semanas, o imigrante tunisiano de 31 anos abandonou o uso de álcool e haxixe,
deixou de ter relações com mulheres e adotou hábitos islâmicos radicais. Essa constatação
foi tirada da análise de centenas
de testemunhos de parentes, vi-
zinhos, conhecidos e colegas de
trabalho do motorista ouvidos
pela polícia nos últimos dias.
Enquanto as investigações
avançam, em Nice, uma primeira grande missa em celebração
aos mortos foi realizada ontem,
ao mesmo tempo em que as homenagens continuam na Promenade des Anglais, principal via
da orla de Nice – que só abrirá à
circulação total hoje.
De acordo com o último balanço do Ministério da Saúde, o número de mortos segue o mesmo
– 84 pessoas, sendo 10 crianças e
adolescentes. Um total de 18
pessoas ainda estão internadas
em estado crítico, incluindo
crianças. Outros 29 feridos estão em unidades de terapia intensiva, mas não correm mais
risco. De todos os hospitalizados, apenas uma pessoa ainda
não foi identificada.
No plano político francês, os
opositores ampliaram ontem as
críticas ao governo do socialista
François Hollande. O ex-presidente Nicolas Sarkozy, líder do
Partido Republicano, pediu um
novo e duro aperto na legislação
antiterrorista, incluindo a obrigatoriedade do uso de tornozeleira eletrônica para pessoas
“em risco de radicalização”.
Em resposta, o primeiro-ministro da França, Manuel Valls,
usou o nacionalismo e o radicalismo do provável candidato à
presidência dos Estados Unidos, Donald Trump, para advertir sobre os excessos que comprometeriam o Estado de direito. “A resposta ao Estado Islâmico não pode ser a ‘trumpização’
dos espíritos na França”, afirmou Valls.
ENTREVISTA
Sophie Kasini, autora do livro ‘Nas Sombras do Estado Islâmico’
‘Será muito difícil
combater a
propaganda do EI’
Francesa acreditou nas
promessas do grupo e
viajou para ser voluntária
em Raqqa; depois quis
voltar e foi feita prisioneira
Fernanda Simas
A congolesa naturalizada francesa Sophie Kasiki (nome fictício) viveu desde os 9 anos na
França e foi educada dentro da
religião católica, mas decidiu,
em 2015, abandonar a vida que
tinha ao lado do marido para
se dedicar a uma promessa de
ser voluntária em uma maternidade. Com 34 anos, ela pegou
o filho, de 4 anos, e foi para
Raqqa, na Síria, para se juntar
“aos meninos”, como chamava
três jovens que auxiliava em
Paris como assistente social.
“Quando chegamos a
Raqqa, fui rapidamente presa”,
afirmou Sophie ao Estado sobre a chegada ao local que descobriu ser uma cidade-modelo
do Estado Islâmico. A jovem
se deixou iludir pelo discurso
dos meninos que ajudava e,
aos poucos, percebeu como
eles se tornaram “fanáticos perigosos”, atuando para servir
ao califado. A promessa era ficar um mês como voluntária
na maternidade local, mas
com dez dias decidiu que queria voltar para casa.
“Devolvam meu telefone e
meu passaporte. Diariamente
eu repetia isso. Insistia, lem-
REUTERS
brava a palavra que tinham me
dado, andava atrás deles no
apartamento, mostrando mecanismos pelos quais o EI pretensamente paradisíaco os manipulava e cegava. Tudo
inútil”, relata a jovem no livro
Nas sombras do Estado Islâmico
(Editora Best Seller), em que
decidiu contar o que passou e
tentar evitar que mais jovens
sejam atraídos por falsas propagandas do grupo extremista.
l O que aconteceu quando você
voltou à França?
Na volta à França, parti sob
custódia dos agentes da direção-geral para Segurança Interna para responder aos questionamentos deles.
l Por que você decidiu escrever
o livro?
Quando a oportunidade apareceu, decidi escrever para contar
as mentiras e o sofrimento causado pelo Estado Islâmico a todas as pessoas que não querem
aderir aos ideais dele. E contar
sobre o que passei em Raqqa.
Meu objetivo é dissuadir a ida
de outros infelizes, sobretudo
mulheres e jovens garotas.
l Como foi o início da sua vida
com o Estado Islâmico?
No começo, quando chegamos
a Raqqa, “os meninos” que eu
conhecia se comportaram de
maneira tão comum que até pareciam normais. Mas eu fui ra-
Radicalismo. Membros do EI confiscam cigarros em Raqqa
pidamente presa e fiquei chocada com as grandes armas
portadas pela maioria dos estrangeiros.
l Que mudança fez você decidir
voltar para casa?
pois de dez dias, vendo o comportamento perigoso e desrespeitoso deles, que acabaram
machucando mulheres estrangeiras e sírias que davam à luz
no hospital onde eu era voluntária, além das trocas de mensagens na internet com meu
marido, decidi que queria voltar mais cedo.
Será muito difícil combater rapidamente a propaganda do Estado Islâmico, que infelizmente é muito forte e moderna. Os
países deveriam combater em
terra e nós usando nossos testemunhos, para prevenir que
mais pessoas partam para a
morte certa.
l Você sofreu algum tipo de violência?
Há mais de um ano voltamos
de Raqqa e tivemos a sorte de
podermos reconstruir nossa família e seguir com a vida.
MALÁSIA
GRÃ-BRETANHA
MERCOSUL
SÍRIA
Assad toma rota de
acesso a cidade rebelde
Malaysia Airlines fecha
indenização a vítimas
Milhares de venezuelanos se
deslocaram até a fronteira do
país com a Colômbia para comprar alimentos e remédios na
nação vizinha, aproveitando
ontem mais uma abertura temporária da fronteira neste fim
de semana. A decisão do governo venezuelano de suspender
a proibição de entrada e saída
na fronteira com a Colômbia,
mantida desde o ano passado,
animou muita gente que vive a
centenas de quilômetros da
fronteira a viajar para entrar
em território colombiano e se
O Exército da Síria e milícias
aliadas tomaram ontem a única rodovia que dá acesso à parte da cidade de Alepo controlada por rebeldes, apertando o
cerco às áreas de oposição na
cidade do norte do país, que o
presidente Bashar Assad prometeu retomar com respaldo
militar russo. Alepo tem sido
um importante campo de batalha na guerra civil da Síria desde que os rebeldes tomaram a
região, em 2012, e uma derrota
no local seria o maior revés da
oposição em cinco anos de conflito.
A companhia aérea Malaysia
O secretário de Estado que
Airlines fechou ontem um acor- tem a função de negociar a saído de indenização para a
da do Reino Unido da
maior parte das vítiUnião Europeia, Damas do voo MH17,
vid Davis, disse onque foi abatido
tem que quer chePOLICIAIS FORAM
quando sobrevoagar a um acordo
FEITOS REFÉNS
va o leste da Ucrâgeneroso para os
ONTEM NA
nia – à época em
britânicos após o
ARMÊNIA
guerra civil –, dois
resultado do refeanos atrás, disse a
rendo de junho, mas
rede estatal de TV
se recusou a garantir
NOS, da Holanda. A NOS
plenos direitos no país
atribuiu a informação a Veeru
para os cidadãos da União EuMewa, advogado representan- ropeia. Davis disse também
te das vítimas holandesas do
que o Reino Unido deve iniciar
acidente.
o processo no início de 2017.
abastecer com itens de necessidade básica, difíceis de serem
obtidos na Venezuela há meses. A abertura da fronteira foi
ampliada de 12 horas para 48
horas pelo governo do presidente Nicolás Maduro (foto).
l Como você vê a propaganda de
recrutamento utilizada pelo EI?
É possível combatê-la?
Na base onde ficávamos, os jovens diziam que poderiam me
levar de volta à França após
um mês e por isso não era necessário que eu dissesse onde
ia ou fosse embora. Mas, de-
VENEZUELA
Chavismo amplia abertura de fronteira e
população vai às compras na Colômbia
Sim, a partir do momento em
que comecei a pedir aos jovens
que me ajudassem a voltar, seu
comportamento em relação a
mim mudou. Eu me tornei suspeita, eles desconfiavam de
mim e eu desconfiava deles.
Britânicos esperam
acordo generoso
7
l Como você vive hoje?
Uruguai marca reunião
de cúpula para o dia 30
O Uruguai convocou uma reunião do Conselho do Mercado
Comum para 30 de julho, com
o objetivo de buscar uma saída
para a crise gerada pela falta de
consenso sobre a transferência
da presidência rotativa para a
Venezuela. “Há uma situação
bastante firme de cada um dos
países do Mercosul, que foi expressa. Até o 30 continuaremos
conversando e veremos qual é
a alternativa que temos e qual
é o quórum que temos”, afirmou na noite de sábado o chanceler uruguaio, Rodolfo Nin
Novoa, ao Canal 4.
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O ESTADO DE S. PAULO
SEGUNDA-FEIRA, 18 DE JULHO DE 2016
Internacional A9
Físico deportado é vigiado na França
Adlène Hicheur, ex-professor da UFRJ, foi expulso pelo Brasil na sexta-feira, onde foi colocado em uma espécie de prisão domiciliar
Andrei Netto
CORRESPONDENTE / PARIS
Deportado do Brasil na noite
de sexta-feira, o físico Adlène
Hicheur, condenado em 2009
por associação com organizações terroristas, está em prisão domiciliar França. A decisão foi tomada tão logo ele
chegou a Paris. Em razão do
estado de emergência em vigor em razão da ameaça terrorista, ele tem de se apresentar
a uma delegacia de polícia
três vezes por dia e informar
cada passo.
Hicheur está vivendo na casa
de seus pais, localizada na cidade de Vienne, cerca de 500 quilômetros a sudeste de Paris. Ele
foi obrigado a deixar o território brasileiro por ordem do ministro da Justiça, Alexandre de
Moraes. Em nota, o ministério
justificou o “interesse nacional” para acatar a recomendação da Polícia Federal, que havia indeferido o pedido de prorrogação de sua autorização de
trabalho no país.
A deportação sumária aconteceu porque Hicheur foi condenado pela Justiça da França, em
2009, por seu envolvimento
com um membro da rede terro-
REPRODUÇÃO/FACEBOOK
rista Al-Qaeda do Magreb Islâmico (AQMI). Mensagens de email interceptadas pela Direção Nacional de Inteligência Interior (DCRI, na sigla em francês), indicaram que, sob o pseudônimo de Abou Doujana, Hicheur trocou mensagens em
que discutiam a hipótese de
que ele se unisse a uma “unidade operacional” em solo francês.
Sua condenação foi um marco negativo de sua carreira, mesmo contando com um comitê
internacional de apoio – do
qual fazia parte Jack Steinberger, prêmio Nobel de Física de
1988. Sem poder exercer suas
atividades em centros de pesquisa de alto nível na França e
na Europa, o físico aceitou um
convite para trabalhar como
professor-visitante da Universidade Federal do Rio de Janeiro
(UFRJ), em 2013. Hicheur também recebeu uma bolsa do Centro Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq) em 2014.
Condenação. Sua condição de
condenado por terrorismo foi
revelada pela revista Época, e
então seus problemas começaram também no Brasil, culminando com a deportação. Ao
chegar a Paris, Hicheur teve de
l Críticas
aguardar uma hora no avião por
“A decisão de reenviar
uma escolta policial. Em VienHicheur à França não
ne, o cientista está sob controle
repousa sobre qualquer
judiciário, uma espécie de prielemento jurídico ou
são domiciliar, que limita sua lifactual. É uma decisão
berdade de ir e vir.
que repousa no arbitrário,
Nessa condição, ele tem de se
em um clima extremamente apresentar três vezes por dia a
repressivo e pouco
uma delegacia de polícia e inforrespeitoso das liberdades
mar todas as suas saídas de caindividuais em nome
sa. Na prática, Hicheur foi inde uma pretensa luta
cluído entre as pessoas em vigicontra o terrorismo”
lância estrita na França. Desde
Patrick Baudouin
os atentados de Paris e SaintEX-ADVOGADO DE HICHEUR
Denis, em 13 de novembro, o
país está em estado de emergên-
Portas fechadas. Adlène Hicheur, ex-professor da UFRJ deportado pelo Brasil: liberdade vigiada na França
cia, que ampliou os poderes da
polícia, do Ministério Público e
da Justiça.
Procedimentos. “Ficamos muito surpresos com a decisão do
governo brasileiro, que imagino deva ter atendido a um pedido do governo francês”, afirmou ao Estado a advogada Clémence Bectarte, que deve voltar a representar o pesquisador.
“Hicheur cumpriu sua pena, tinha emprego e residência fixas
no Brasil. Não compreendemos a razão da deportação,
nem da prisão domiciliar.”
Para a Patrick Baudouin, exadvogado de Hicheur e ex-presidente da Federação Internacional das Ligas de Direitos Humanos, a deportação do físico do
Brasil para a França é uma injustiça.
“A decisão de reenviar Hicheur à França não repousa sobre qualquer elemento jurídico
ou factual. É uma decisão que
repousa no arbitrário, em um
clima extremamente repressivo e pouco respeitoso das liberdades individuais em nome de
uma pretensa luta contra o terrorismo”, criticou. “Lutar con-
tra o terrorismo não significa tomar medidas de última hora, superficiais e com caráter arbitrário.”
Clémence Bectarte receberá
hoje Halim Hicheur, irmão do
pesquisador, para decidir os
procedimentos legais que serão tomados para levantar a prisão domiciliar em curso na
França. “Essa é uma medida humilhante, discriminatória e um
entrave à liberdade de uma pessoa que já cumpriu sua pena”,
lembrou Bectarte. “É preciso
evitar essa psicose em que alguns países estão caindo.”
PARA LEMBRAR
Professor era
vigiado pela PF
Em janeiro, a revista Época
revelou que o físico Adlène
Hicheur, de 39 anos, era monitorado pela Polícia Federal. Ele ficou preso na França entre 2009 e 2012 sob acusação de planejar atos terroristas.
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O ESTADO DE S. PAULO
SEGUNDA-FEIRA, 18 DE JULHO DE 2016
Artigo
Obama e a estratégia do ‘bata na toupeira’
Ações militares pontuais do
presidente não são
destinadas a pôr fim a
guerras e são facilmente
suportáveis pelos EUA
]
l
FAREED
ZAKARIA
THE WASHINGTON POST
V
irou consenso que Barack Obama fracassou nos esforços de
tirar os Estados Unidos dos
conflitos no Oriente Médio. Tendo
prometido pôr fim a essas guerras, o
que ele fez foi aumentar, no ano passado, as intervenções americanas no Iraque, Síria e outros países. A retirada
de tropas do Afeganistão é feita a conta-gotas.
Quando Obama chegou à Casa
Branca, havia 180 mil soldados ameri-
canos combatendo em duas guerras,
no Iraque e no Afeganistão. O objetivo dessas guerras era botar ordem política nos dois países – na verdade,
criar democracias liberais que funcionassem.
A política militar americana sob
Obama tem sido diferente – mais limitada no alcance e modesta nos objetivos. Os Estados Unidos estão ativamente engajados nos esforços para
derrotar grupos terroristas, impedir
que ganhem terreno e trabalhar com
aliados locais para expulsar militantes. Mas essas políticas envolvem um
pequeno número de forças especiais
e instrutores, poder aéreo e drones.
Pode-se concluir que Obama chegou a essa política de intervenção leve por meio de tentativa e erro. Em
seu primeiro mandato, ele assinalou
que “a maré da guerra estava baixando” e ele sem dúvida esperava ter menos atividade militar no último ano
da presidência. Mas o caos político no
Oriente Médio e a ascensão do Esta-
do Islâmico o forçaram a adotar uma
estratégia para a região: atacar grupos
terroristas sem ampliar essa missão
para a reconstrução de países.
Mas a história está cheia de exemplos de intervenções mal escolhidas,
em apoio a regimes renegados, com
consequências inesperadas e assustadoras escaladas de violência que produziram instabilidade ainda maior e
enfraqueceram a superpotência, diminuindo sua capacidade de atuar
em pontos estratégicos do sistema
global. Hoje, por exemplo, atolados
em outra grande guerra no Oriente
Médio, os EUA ficam com menos
meios de ajudar seus aliados na Ásia a
deter o expansionismo chinês no Mar
do Sul da China – o que pode ameaçar
a paz na região econômica mais dinâmica do mundo.
Assim, o desafio é selecionar cuidadosamente as intervenções, encontrar aliados decentes e assegurar que
os esforços americanos sejam criteriosamente definidos e limitados ao
suficiente para ajudar atores locais
sem sucumbir às constantes pressões
para um envolvimento cada vez
maior. Sobretudo, é preciso ter em
mente que esses são desafios em andamento, de não fácil solução. Essa abordagem vai desapontar tanto intervencionistas ardentes quanto anti-intervencionistas, mas reflete a realidade
de ser a maior potência do mundo.
Um corolário importante é reconhecer que essas não são guerras pela
sobrevivência nacional, não podendo, portanto, ser feitas com a retórica
e moral que caracterizam tais lutas
pela existência. Não podemos torturar e prender usando analogias com a
2ª Guerra Mundial.
Essa estratégia funciona? Ela vem
sendo comparada ao jogo “Whac-AMole” (“bata na toupeira”) – que seria continuar batendo no adversário
sem nunca resolver o problema. É verdade que não resolve, mas resolver,
de fato, envolveria criar um sistema
político efetivo e inclusivo em luga-
res como a Síria, que fosse visto como
legítimo por todos os membros da sociedade – tarefa quase impossível para um país estrangeiro. Melhor é concentrar as energias americanas em
derrotar os grupos mais perigosos, o
que daria aos regimes locais a chance
de assumir o controle de seus países.
São ações militares pontuais, não
destinadas a pôr fim a guerras, e facilmente suportáveis pelos Estados Unidos. Podem funcionar. A estratégia
do “bata na toupeira” não é nada engraçada para a toupeira. Basta perguntar ao Estado Islâmico, que vê seu território encolher, seu califado ruir e
seu dinheiro secar. Tais políticas podem não resolver todos os problemas
do Oriente Médio – novos grupos e
novos problemas vão surgir. Mas os
Estados Unidos estariam prontos para bater também nesses novos. /
TRADUÇÃO DE ROBERTO MUNIZ
]
É COLUNISTA
Atirador
mata 3
policiais
nos EUA
SEAN GARDNER/AFP
Tiroteio ocorreu na mesma cidade onde
negro foi morto por agentes brancos no dia 5
BATON ROUGE, EUA
Três policiais foram mortos a
tiros e diversos outros ficaram feridos ontem em Baton
Rouge, no Estado de Louisiana. De acordo com Kip Holden, prefeito da cidade, eles
respondiam a uma ocorrência quando sofreram uma emboscada por um atirador.
Don Coppola, chefe de polícia de Baton Rouge, disse que o
atirador foi morto. Ele foi identificado como Gavin Long, negro
e veterano da guerra no Iraque.
Ele estava todo de preto e usava
uma máscara. Segundo Coppola, às 9 horas (11 horas em Brasília), a polícia recebeu uma chamada sobre um “suspeito” que
caminhava na Airline Highway,
via expressa que corta a cidade,
com um fuzil de assalto na mão.
Quando os agentes chegaram
ao local, em uma loja de conveniência, a menos de dois quilômetros de uma delegacia de polícia, os tiros começaram. Testemunhas relataram que ouviram
pelo menos 30 disparos de fuzil
e de pistola. O ataque ocorreu
em uma área violenta da cidade
onde atuam traficantes de droga.
“Não houve conversa, apenas
tiros”, disse o capitão L’Jean
McKneely. “Já isolamos a região e estamos investigando junto com a comunidade local para
ver se alguém notou algum comportamento suspeito ou há
cúmplices.” Segundo McKneely, três agentes ficaram feridos, um em estado grave.
A polícia de Baton Rouge, que
no início acreditava na hipótese
de vários atiradores, confirmou
que apenas um realizou a ação.
Após abater o homem mascarado, os policiais usaram um robô
para descobrir se havia algum
explosivo no corpo.
Reação. O presidente Barack
Obama lamentou mais um caso
de violência contra policiais.
“Pela segunda vez em duas semanas, policiais que colocam
suas vidas em risco todos os
dias, foram covardemente assassinados ao realizar o seu trabalho”, afirmou o presidente.
“Estes ataques a servidores públicos, ao Estado de direito e à
sociedade civilizada têm de acabar.”
O democrata John Bel
Edwards, governador de Louisiana, também condenou os assassinatos. “Este foi um ataque
inominável e injustificável contra todos nós em um tempo em
que precisamos de unidade e de
Emergência. Policiais de Baton Rouge, na Louisiana, se reúnem à frente de carro crivado de balas após ataque de atirador
cicatrizar nossas feridas”, disse
o governador, que visitou os policiais feridos no hospital em Baton Rouge.
O provável candidato do Partido Republicano à presidência,
Donald Trump, culpou a “falta
de liderança” pelas mortes de
ontem. “Quantos policiais terão de morrer em razão da falta
de liderança em nosso país”, disse Trump pelo Twitter. “Exigimos justiça e ordem pública.”
Kip Holden, o prefeito de Baton Rouge, pediu calma à população no canal de TV local
WAFB9, temendo um novo aumento da tensão na cidade.
“Não deixemos que ninguém separe esta comunidade com
ações absurdas de violência.”
Um vídeo exibido ontem pela
mesma emissora de TV mostra
os policiais chegando ao local
do tiroteio. No começo, é ouvida uma sucessão de tiros com
TENSÃO RACIAL
l Trayvon Martin
l Philando Castile
Em 26 de fevereiro de 2012, o
adolescente Trayvon Martin perdeu a vida após ser baleado pelo
ex-vigia George Zimmerman, em
Stanford, na Flórida
Foi morto este mês em uma abordagem de trânsito por um policial branco ao lado da namorada
no subúrbio de Saint Paul, Missouri. Ela transmitiu o crime por
meio de um aplicativo de celular
l Mike Brown
De 18 anos, foi morto com dois
tiros na cabeça, na cidade de Ferguson, no Missouri, em 9 de agosto de 2014. A morte do jovem provocou uma onda de protestos em
170 cidades de 37 estados americanos
l Alton Sterling
alguns segundos de intervalos.
Em seguida, um breve e intenso
tiroteio.
Veda Sterling, tia de Alton, negro morto por policiais brancos
no dia 5 em Baton Rouge, disse
que custou a acreditar quando
viu a notícia do tiroteio pela TV.
“Isto é uma loucura”, afirmou.
“Imagino que agora as coisas fi-
Vendedor ambulante, foi morto
em uma abordagem policial em
Baton Rouge, na Lousiana, mesma cidade americana em que
atiradores abriram fogo ontem
contra policiais
Trump é estrela de convenção republicana esvaziada
Diversos líderes do
partido optaram por não
participar do evento que
deve nomear o magnata
candidato à presidência
Cláudia Trevisan
ENVIADA ESPECIAL
CLEVELAND, EUA
Líderes do Partido Republicano se reúnem a partir de hoje
para a formalizar a candidatura
de um dos mais controvertidos
representantes da legenda a disputar a presidência dos EUA, o
bilionário Donald Trump. A
convenção destinada a consagrar a escolha promete ser a
mais turbulenta da história do
país em décadas, dentro e fora
da arena em que os delegados
se reunirão durante quatro
dias.
Milhares de manifestantes
pró e contra Trump começaram a chegar ontem a Cleveland, em Ohio, onde a polícia se
prepara para a possibilidade de
violência durante os protestos.
A nomeação do bilionário ocorre em um momento de instabilidade marcado por ataques terroristas em diferentes partes
do mundo e aumento da tensão
racial nos EUA. Em resposta à
sucessão de atos violentos recentes, Trump passou a se apresentar como o candidato da “lei
e da ordem”.
Na primeira semana deste
mês, dois homens negros foram mortos a tiros por policiais
brancos, o que provocou mani-
TIMOTHY A. CLARY/AFP
Em Cleveland. Republicano se preparam para convenção
festações em diferentes cidades americanas. Durante um
protesto realizado em Dallas,
um homem negro matou a tiros
cinco policiais brancos, no que
o presidente Barack Obama
classificou como um crime de
ódio racial. Ontem, três policiais foram assassinados em Baton Rouge, a mesma cidade em
que um dos homens negros havia sido morto pela polícia. Em
uma prévia do que ocorrerá nos
próximo dias, centenas de pessoas protestaram ontem no centro de Cleveland contra a candidatura do republicano.
Trump anunciou a intenção
de disputar a nomeação republicana em junho do ano passado,
com um discurso no qual atacou imigrantes mexicanos e começou a construir a retórica populista que impulsionaria sua
candidatura nos meses seguintes.
Poucos no establishment republicano levaram sua pretensão a sério, mas o bilionário conquistou as bases do partido
com ataques aos políticos tradicionais e propostas de construir um muro na fronteira com
carão 100 vezes pior.” Segundo
ela, o ataque de ontem não tem
relação com a morte do sobrinho. “Não foi uma retaliação.
Não havia nenhum protesto
ocorrendo no local.”
Tensão. O ataque de ontem
ocorre no momento em que os
EUA passam por uma onda de
tensão racial desencadeada pelo assassinato de dois negros
por policiais brancos: além de
Alton Sterling, de 37 anos, Philando Castile foi assassinado
em uma ocorrência de trânsito
na cidade de St. Anthony, no Estado de Minnesota.
As duas mortes provocaram
protestos em várias cidades
americanas. Durante uma dessas manifestações, no dia 8, em
Dallas, o negro Micah Xavier
Johnson, um franco-atirador,
disparou contra a multidão e matou cinco policiais em Dallas.
o México e impedir a entrada de
muçulmanos nos Estados Unidos. O candidato também defendeu o uso da tortura contra
suspeitos de atos terroristas e o
assassinato de integrantes de
suas famílias.
Ausências. As convenções dos
EUA costumam ser megaeventos de propaganda, nos quais os
partidos demonstram unidade
e promovem o seu candidato.
No entanto, o evento que consagrará Trump evidenciará as divisões internas entre os republicanos. Algumas das principais estrelas da legenda estarão ausentes. Tradicionais financiadores
do encontro, empresas importantes como FedEx, Visa, Pepsi
e Coca-Cola decidiram não contribuir para a organização do
evento nestas eleições em razão do temor de serem associadas à retórica agressiva de
Trump.
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O ESTADO DE S. PAULO
SEGUNDA-FEIRA, 18 DE JULHO DE 2016
Internacional A11
Estadão
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A12
%HermesFileInfo:A-12:20160718:
O ESTADO DE S. PAULO
SEGUNDA-FEIRA, 18 DE JULHO DE 2016
Metrópole
Educação
Experiência imigrante
ajuda a ampliar
horizontes. Pág. A14
Transporte. Bilhete mobilidade, que substituirá o bilhete único, passará a acumular créditos para quem fizer parte do trajeto diário
de bike. Eles poderão ser resgatados em dinheiro ou gastos em uma rede credenciada de serviços; Paris adota modelo semelhante
Haddad planeja pagar para paulistano
trocar ônibus ou carro por bicicleta
HÉLVIO ROMERO/ESTADÃO
Adriana Ferraz
Internacional
A gestão Fernando Haddad
(PT) planeja recompensar financeiramente o paulistano
que trocar o carro ou o ônibus pela bicicleta, por meio
da criação do bilhete mobilidade, que substituirá o atual
bilhete único. Segundo a Prefeitura, quem fizer parte do
percurso diário de bike passará a acumular créditos. Eles
serão calculados de acordo
com a distância, o local e o horário percorridos, e poderão
ser resgatados em dinheiro
ou consumidos em uma rede
credenciada de serviços.
A ideia é estimular o uso da
bicicleta como meio de locomoção até o trabalho e integrar os
diferentes tipos de modais. Para isso, a Prefeitura promete
dar “descontos” na passagem
de ônibus, na viagem de táxi ou
nos percursos realizados em
carros compartilhados, como o
Uber. Todos passariam a aceitar os créditos acumulados pelos ciclistas, assim como estabelecimentos credenciados, como em um programa de milhagem. Também está previsto o
resgate em dinheiro de créditos, a exemplo da Nota Fiscal
Paulista. Se essa for a opção, o
reembolso deverá ser liberado a
cada quatro meses ou duas vezes ao ano, em conta bancária.
Segundo prevê o projeto, desenvolvido em parceria com o
vereador José Police Neto
(PSD), a verba para o pagamento dos ciclistas sairia do montante repassado às empresas de
ônibus como subsídio – por
ano, são cerca de R$ 2 bilhões. O
valor é necessário porque a tarifa, hoje de R$ 3,80, não cobre
todos os custos do sistema. De
acordo com a empresa que presta o serviço e a quantidade de
viagens dentro de três horas
(período do bilhete único), esse valor pode alcançar até R$ 5.
“Subsídio não deve ser repassado apenas para o transporte
coletivo. Temos de mudar essa
lógica e usar melhor esse dinheiro. Ao incentivar o uso da bicicleta, tiram-se carros das ruas e
passageiros dos ônibus superlotados”, afirma Police Neto. O
projeto de lei proposto originalmente por ele já foi aprovado
em primeira discussão e, com o
apoio da gestão Haddad, deve
ter o aval definitivo da Câmara
Municipal até o fim do ano. A
previsão é de adotar o bilhete
mobilidade já em 2017.
Valores. Os valores dos créditos não estão definidos. Mas, se-
COMO VAI FUNCIONAR
● Prefeitura
1
2 O sistema faz a leitura
do trajeto feito de bike e
calcula os créditos
O valor dos créditos vai variar
de acordo com o horário, o
local e a distância da viagem
4
O valor dos créditos é que determinará o sucesso ou o fracasso
do programa, na avaliação do ciclista Roberson Miguel, de 36
anos. Defensor da expansão das
ciclovias para a periferia e do
uso da bicicleta como meio de
transporte diário, ele vê potencial no projeto, desde que o
reembolso seja equiparado ao
subsídio pago às empresas de
transporte.
O programa também
prevê a criação de uma
rede credenciada, que
aceitará os créditos como
pagamento por serviços,
como conserto de bike
3 Créditos podem ser
gastos em passagens de
ônibus ou viagens em
carros compartilhados,
como o Uber e táxis
5 O ciclista ainda poderá
optar por resgatar os
créditos em dinheiro,
via conta bancária
Potencial. O foco será o trabalhador, que tem 6% de seu salário descontado em folha
l
Abrangência
7 mil km
de ciclovias deverão ser instaladas na cidade de São Paulo até
2030, segundo o Plano Municipal
de Mobilidade. Desse total, 400
km devem ser finalizados ainda
neste ano.
gundo a SP Negócios, empresa
municipal responsável pela implementação , deverão ser calculados de modo a atrair o paulistano no horário de pico. “É
quando os ônibus já são muito
explorados, então, faz mais sentido fazermos um incentivo
mais forte nesse período”, diz o
diretor-presidente, Rodrigo Pirajá. “Dessa forma, racionalizamos mais o transporte como
um todo, com base no uso de
vários modais.”
Subsecretário do Tesouro
Municipal, Luiz Felipe Vidal
Arellano reforça que o valor dos
créditos deve ser suficiente pa-
400 mil
viagens de bicicleta são feitas
por dia na capital.
8 km
é a distância média por viagem.
ra estimular as pessoas a andar
de bicicleta. “Se for muito baixo
ninguém se sentirá incentivado
a aderir, mas, por outro lado,
não pode representar uma elevação dos gastos da Prefeitura”,
diz, referindo-se ao custo dos
subsídios.
Formatos semelhantes já funcionam em outras cidades do
mundo. Em Paris, por exemplo,
o ciclista recebe cerca de R$
0,90 (¤0,25) por quilômetro rodado. “Em São Paulo, acho que
oferecer de R$ 4 a R$ 8 por dia
em créditos resolveria. Esse seria um valor significativo para
atrair e para ajudar a bancar a
manutenção da bicicleta, o seguro, os equipamentos. Quem
aceita o desafio de ajudar a cidade deve ser reconhecido e recompensado”, diz Police Neto.
Aplicativos. Para participar do
programa, o ciclista deverá adquirir o bilhete mobilidade (ou
continuar usando seu bilhete
único) e baixar um aplicativo indicado pela Prefeitura. A checagem do percurso feito pelo ciclista poderá ser feita com a ajuda da tecnologia, via celular, ou
mesmo por meio de pontos de
medições – em terminais, estações de metrô ou de aluguel de
bicicleta.
O foco será o trabalhador,
que tem 6% de seu salário descontado para o complemento
do transporte – o restante é pago pelo empregador. A estimativa é de que o modelo de créditos seja vantajoso para quem recebe até R$ 3 mil mensais. Acima disso, o reembolso em créditos não compensará o desconto
na folha salarial.
Para ciclista, só vai funcionar se o
reembolso for igual ao subsídio
‘Empresa ganha por
passageiro’, alega; para
cicloativista, troca do
carro garante economia
anual de R$ 7,2 mil
vai acompanhar percurso via aplicativos
Ciclista baixa o aplicativo e
adquire o bilhete mobilidade
“A Prefeitura tem de definir
um valor cheio. Não é justo fazer esse cálculo de acordo com
a distância percorrida. O ciclista vai deixar de usar o ônibus ao
pedalar três, quatro ou dez quilômetros”, diz. Para o ativista,
repassar o subsídio integral é a
política mais justa. “A empresa
ganha a mesma quantia por passageiro que passa cinco minutos ou duas horas no ônibus.
Por que os ciclistas não podem
ter o mesmo tratamento?”, indaga o técnico em informática.
Morador do Jardim Damasceno, na zona norte, Miguel usa a
ciclovia da Avenida Inajar de
Souza para chegar ao centro.
Ele diz que, de bike, demora de
15 a 20 minutos para fazer o primeiro trajeto da viagem, do bairro ao Terminal Cachoeirinha.
De ônibus, seriam 45 minutos.
“É um trecho plano, fácil de cruzar pedalando. Com o bilhete
mobilidade, acho que mais pessoas poderiam optar por essa
troca.”
Outra ressalva feita por ele
diz respeito ao uso dos créditos. O ciclista defende que a rede credenciada sugerida pela
Prefeitura seja mais diversificada – e inclua, por exemplo, sacolões municipais, mercados e
papelarias. “Esse seria um forte
atrativo. Andar de bicicleta renderia compra de alimentos ou
de material escolar.”
FONTE: SP NEGÓCIOS/VEREADOR JOSÉ POLICE NETO
INFOGRÁFICO/ESTADÃO
QUATRO PERGUNTAS PARA...
Rodrigo Pirajá, diretor-presidente da SP Negócios
1.
Só o ciclista poderá receber créditos da Prefeitura
ou também o pedestre? A
mesma sistemática poderá servir, no futuro, para quem prefere caminhar para o trabalho.
2.
No caso da bicicleta, para
dar certo, o programa
demanda também investimento em infraestrutura? Sim,
temos de alimentar essa infraestrutura. Não basta a gente dar crédito financeiro porque a infraestrutura pode ser
tão precária que o dinheiro
não compensa a dificuldade
que o ciclista vai ter. A ideia é
investir em novos bicicletários e vestiários em terminais
públicos, mas também incentivar o que chamamos de mercado secundário.
WERTHER SANTANA/ESTADÃO
3.
O que significa isso? Nesse mercado, o ciclista
poderá gastar os créditos. São estabelecimentos credenciados que oferecerão, por
exemplo, período para estacionamento de bicicleta, compra
de equipamentos, conserto,
manutenção. Parte da estrutura será pública, mas outra parte virá do mercado.
4.
Como a Prefeitura repassará os créditos dos ciclistas para os comerciantes? Por celular ou pelo
próprio sistema de recarga do
bilhete, por exemplo. Muitos
estabelecimentos já estão capacitados a oferecer esse serviço na cidade. A partir disso,
faremos a transferência dos
créditos. / A.F.
que promova a bike como meio
de transporte é bem-vinda. “Estamos discutindo uma mudança cultural. Isso, sabemos, leva
tempo. Então, quanto mais formas de incentivo tivermos, melhor será”, diz.
Economia. Sócia-fundadora do
Miguel. ‘Não é justo fazer cálculo pela distância percorrida’
IPTU. Segundo o vereador José
Police Neto (PSD), cogita-se
ainda permitir o uso desses
créditos no pagamento de tributos, como o Imposto Predial e
Territorial Urbano (IPTU), ou
contas de água ou luz. A gama
completa de opções deverá ser
definida somente com a regulamentação do projeto, pelo prefeito, após a aprovação definitiva pela Câmara.
Para a ciclista Fabia Barbieri,
de 39 anos, qualquer política
aplicativo Bike na Firma – no
qual empregadores cadastrados concedem benefícios a funcionários que vão trabalhar de
bicicleta –, ela afirma que substituir o carro pela bicicleta durante a semana rende uma economia de R$ 7,2 mil por ano. “Vale
a pena, financeiramente falando. Talvez esse projeto ajude a
mostrar isso.” / A. F.
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%HermesFileInfo:A-13:20160718:
O ESTADO DE S. PAULO
SEGUNDA-FEIRA, 18 DE JULHO DE 2016
Voo nacional
passa a
ter revista
mais rígida
Metrópole A13
RENATO S. CERQUEIRA/FUTURA PRESS-3/7/2016
Recomendação é para o passageiro chegar
ao aeroporto com 1h30 de antecedência
Felipe Resk
Maria Regina Silva
Às vésperas da Rio-2016, a
Agência Nacional de Aviação
Civil (Anac) resolveu reforçar a fiscalização nos aeroportos do País a partir de hoje.
Os passageiros vão ser submetidos a revistas para acessar áreas restritas – saguão de
embarque, pista e aeronave –
e terão de abrir as bagagens
de mão. Por isso, devem chegar com 1h30 de antecedência em voos nacionais.
Com a medida, todos os passageiros estão sujeitos a passar
por revista física por um agente
do mesmo sexo, independentemente do disparo do alarme de
raios X. A agência explica que a
revista poderá ocorrer em local
público ou reservado, a critério
do passageiro e do agente, e
com presença de testemunha.
Será exigida a retirada de computador portátil e, se necessário, de outros dispositivos eletrônicos transportados em malas ou mochilas, que terão de
passar por raio X. Atualmente,
essa medida é adotada somente
para voos internacionais.
Os agentes também poderão
fazer inspeção manual dos pertences de mão. A Anac informa
que o passageiro deverá abrir
suas bagagens e, caso recuse ser
submetido a algum dos procedimentos, será proibido de entrar
na área de embarque.
Nem crianças vão ficar de fora da inspeção. A idade mínima,
no entanto, é “uma informação
reservada”, segundo a agência.
Passageiros com necessidade
de assistência especial também
serão inspecionados. A Anac
diz ainda que todos os vistores
estão orientados, mas os passageiros devem ficar atentos hoje
aos novos procedimentos – sobretudo porque o nevoeiro deve afetar as operações nos aeroportos do Sudeste.
Procedimento. Para especialis-
ta em segurança, o aumento do
rigor está associado à proximidade dos Jogos Olímpicos e à
intensificação do fluxo em aeroportos nacionais. Casos recentes de terrorismo na Europa
também fizeram o governo brasileiro reforçar estratégias de segurança. “Com a proximidade
l
Risco de antipatia
“A Anac já tinha
normas de maior rigor há
mais tempo. Mas, pela
antipatia que isso traz,
resolvia não aplicar.”
José Vicente Filho
ESPECIALISTA EM SEGURANÇA
Congonhas. Será exigida a retirada de computadores portáteis das mochilas; nem crianças vão ficar de fora das análises
da Olimpíada e os estrangeiros
entrando por vários aeroportos, principalmente Rio de Janeiro e São Paulo, é natural que
esse rigor apareça”, diz o coronel reformado da PM José Vicente Filho, especialista em segurança pública.
“Quanto maior é a intensidade da segurança, maior é o incômodo para os passageiros”, afirma Vicente Filho. “E a demora
na checagem é o preço a pagar
pela segurança.”
A Anac negou que a medida
tenha ligação com os Jogos
Olímpicos ou qualquer outro fator externo. “Esses procedimentos de segurança são adotados e padronizados internacionalmente”, diz a agência, em nota. Eles foram normatizados pelo Regulamento Brasileiro da
Aviação Civil (RBAC) 107, da
Anac, há um ano. Em nota, a
agência afirmou ainda que a segurança do transporte aéreo é
considerada prioridade.
Juiz suspende obras de expansão
da Riviera de São Lourenço
Ele considerou
‘a perspectiva de
devastação total da área’
em que fica o condomínio
de luxo de Bertioga
O juiz federal Mateus Castelo
Branco Firmino da Silva determinou anteontem a suspensão
imediata das obras de expansão
da Riviera de São Lourenço, um
projeto urbanístico com condo-
mínios de luxo que vem sendo
implementado há 33 anos em
Bertioga, no litoral paulista. O
magistrado ainda determinou
uma multa diária de R$ 500 mil
à construtora Sobloco, ao governo do Estado, à Companhia Ambiental de São Paulo (Cetesb), à
empresa Praias Paulistas S/A e à
Companhia Fazenda Aracaú, caso a decisão não seja cumprida.
A decisão liminar do magistrado atende a um pedido do procurador da República em Santos
Luis Eduardo Marrocos de
Araújo, que moveu uma ação civil pública e identificou que as
obras estariam causando dano
intenso à região, “com perspectiva de devastação total da área
em questão de horas”, assinala
a decisão. A região do empreendimento tem vegetação de Mata Atlântica e outros biomas
protegidos pela legislação e,
por isso, virou alvo do Ministério Público Federal (MPF).
Para o juiz Mateus Castelo
PERGUNTAS & RESPOSTAS
Pode ser usado
scanner corporal
poral. Mas, caso persista dúvida do agente de proteção, poderá ser solicitada posteriormente a revista física.
1.
4.
Como será feita a revista
física nos passageiros?
Todos podem ser submetidos à revista física?
Ela ocorrerá em local público, no momento da inspeção.
Também pode ser em local
reservado e com testemunha,
caso o passageiro solicite.
Sim, até autoridades. A Anac
afirma, porém, que o método
para seleção das pessoas é definido por norma sigilosa.
2.
5.
Vão ser realizadas revistas
íntimas nos passageiros?
Qual vai ser o procedimento
se algum objeto suspeito for
localizado?
Não, a medida não está prevista em nenhum momento.
O agente de Proteção da Aviação Civil (Apac) solicita verificação detalhada do objeto. Se
necessário, o passageiro é encaminhado para prestar esclarecimentos à Policia Federal.
3.
Existe alguma alternativa
além da revista física?
Pode ser usado o scanner cor-
nada foi feito sem prévia licença ambiental expedida pela Cetesb, após expressivas compensações ambientais, exigidas de
conformidade com a Lei da Mata Atlântica”.
A Cetesb, por sua vez, informou por meio de nota oficial
que ainda não recebeu a notificação judicial e, portanto, fica
impossibilitada de se manifestar a respeito. “Assim que o departamento jurídico da companhia tiver conhecimento do
teor da referida medida liminar, se posicionará.” A reportagem não localizou representantes das demais empresas citadas na decisão de anteontem. /
Branco, o fato de a ação envolver o desmatamento ilegal de
áreas e vegetações que são de
domínio da União torna 0 caso
da alçada da Justiça Federal. O
empreendimento de quase 9 milhões de metros quadrados tem
atualmente cerca de 60% de sua
área ocupada, com mais de 11
mil unidades habitacionais, distribuídas entre 2 mil casas e 200
edifícios, além de um shopping
center, escolas, consultórios
médicos e dentários, dentre outros serviços.
Respostas. Procurada, a Soblo-
co informou que “as obras se
restringiam aos Módulos 1 e 9, e
foram paralisadas”. Mas ressaltou ainda que “absolutamente
FAUSTO MACEDO, JULIA AFFONSO e
6.
Além do notebook, será solicitada a retirada de outro
equipamento eletrônicos?
A princípio, não. Mas o agente pode pedir para inspecionar qualquer item da bagagem, se achar necessário.
7.
Houve alguma mudança
nos itens proibidos na bagagem de mão?
Não. A lista, que inclui objetos pontiagudos, pode ser
acessada no site da Anac.
8.
Os procedimentos valem
para quais aeroportos?
Todos os brasileiros, tanto
para voos nacionais quanto
para internacionais.
PARA LEMBRAR
Em 2011, o Ministério Público Estadual (MPE) entrou
com uma ação civil pública
questionando licenças ambientais do conjunto. Na
ocasião, promotores firmaram um acordo com as empresas, em que elas se comprometeram a comprar terrenos e construir uma unidade básica de saúde, uma unidade de assistência social,
um centro comunitário, um
departamento de operações
ambientais e dois ecopontos na região.
MATEUS COUTINHO
ARQUITETURA E URBANISMO
GOIÂNIA
RIO
SEGURANÇA
O Conjunto Moderno da Pampulha, de Belo Horizonte, obra
do arquiteto brasileiro Oscar
Niemeyer, tornou-se ontem o
20.º Patrimônio Cultural da
Humanidade da Organização
das Nações Unidas para a Educação, Ciência e Cultura (Unesco) no País. A obra mineira é
formada por cinco prédios: a
Igreja São Francisco de Assis; o
Cassino; a Casa do Baile; o Iate
Tênis Clube; e a Casa Kubitschek. Todos foram construídos em 1942 e 1943.
A conquista do título prevê
despoluição da Lagoa da Pampulha e a demolição de um estacionamento anexo ao clube.
Até a semana passada, a Unesco registrava 1.031 lugares do
mundo em sua lista de patrimônio cultural, em 169 países.
da Cunha, de 37 anos, foi vítima de uma “carta-bomba”, ao
abrir um embrulho em seu escritório em Goiânia. Com a detonação do explosivo, perdeu
três dedos das mãos. Ele passou por cirurgia e não corre
risco de morrer. A motivação e
a autoria do crime ainda estão
sendo apuradas pela polícia
goiana e a Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) informou
que vai acompanhar as investigações. Para a entidade, ataques a advogados são “afronta
direta à democracia”.
anteontem um homem acusaza, no Ceará, foram vítimas de
do de matar a facadas Chuma série de atentados
ristiane Andrade, de
desde sexta-feira. Em
46 anos, na frente
diferentes casos, os
da filha, de 7 anos.
bandidos atiraram
AGENTES FORAM
O crime acontecontra policiais,
BALEADOS EM
ceu na quinta-feiviaturas e delegaATAQUES NO CE; 1
ra, no Estácio, e
cias, além de incenDELES MORREU
provocou comoção
diarem ônibus. Onnas redes sociais,
tem, criminosos alpor causa da divulgavejaram a fachada do
ção de um vídeo em que a
17.º Distrito Policial (Conmenina, desesperada, pede so- junto Vila Velha) e atacaram
corro e diz conhecer o assassi- um carro da Polícia Militar, no
no. O suspeito foi namorado
bairro Panamericano. Os polide Christiane por três anos.
ciais não se feriram.
Falecimentos
Para publicar anúncio fúnebre: Balcão Iguatemi – Shopping Iguatemi 1a - 04, tel. 3815-3523 / fax 3814-0120 – Atendimento de 2ª a sábado, das 10 às 22 horas, e aos domingos, das 14 às 20 horas.
Balcão Limão – Av. Prof. Celestino Bourroul, 100, tel. 3856-2139 / fax 3856-2852 – Atendimento de 2ª a 6ª das 9 às 19 horas. Só serão publicadas notícias de falecimento/missa encaminhadas pelo e-mail
[email protected], com nome do remetente, endereço, RG e telefone, ou para a redação no fax 3856-2560
Irene Docha – Aos 91 anos. Filha de
João Almasi e Catharina Jacob. Era
casada com Imre Docha Junior. Deixa os filhos Américo e Irene. O enterro foi realizado no Cemitério da Paz.
Leonardo Maria Caetano Patriarca – Aos 92 anos. Era casado
com Hermínia Helena. Deixa as filhas
Paola, Giuliana e netas. O enterro foi
realizado no Cemitério Morumby.
Wilson Ribeiro de Souza – Aos
90 anos. Filho de José Ribeiro de Sou-
za e Geraldina Alves de Souza. Era
viúvo. Deixa as filhas Ana Silvia, Vera
Lucia e Wilsinho (in memoriam). O enterro foi realizado no Cemitério Municipal de Bebedouro.
Orlando Pereira da Silva – Aos
87 anos. Filho de Antonio Pereira da
Silva e Isolina Alves Borges. Era casado com Maria Augusta da Silva.
Deixa filhos. O enterro foi realizado
no Cemitério Parque dos Girassóis.
Severino Gabriel de Araujo –
CLIMA
Conjunto da Pampulha vira 20º Patrimônio Advogado perde 3 dedos Preso suspeito de matar Fortaleza tem uma série Domingo foi de neve
ao abrir ‘carta-bomba’
mulher na frente da filha de ataques a policiais
nos Estados do Sul
Cultural da Humanidade no Brasil
O advogado Walmir Oliveira
Policiais militares prenderam
Forças de segurança de Fortale- Ontem, houve registro de neve
Aos 72 anos. Filho de José e Julia Maria da Conceição. Era casado com Maria Leopoldina de Araujo. Deixa filhos.
O enterro foi realizado no Cemitério
Parque dos Girassóis.
MISSAS
Maria Jacintha de Rezende –
Hoje, às 9 horas, na Igreja São José, na R. Dinamarca, 32 (7º dia).
Evangelina Barros Teixeira de
Castro – Hoje, às 17h30, na Cape-
4
la da Igreja Matriz de São Gabriel
Arcanjo, na R. Oliveira Dias, 301, Jd.
Paulista (10 anos).
Maria Cecilia de Gouvêa Guerra
– Hoje, às 18h30, na Igreja São Gabriel, na Av. São Gabriel, 108, Jd.
Paulista (7º dia).
Maria Aparecida Pinto Ribeiro
– Amanhã, às 17 horas, na Igreja N.
Sra. do Perpétuo Socorro, 100, na
R. Honório Libero (1 ano).
Alzira Luz – Dia 21, às 17 horas,
na Igreja N. Sra. do Perpétuo Socorro, na R. Honório Líbero, 100, Jd.
Paulistano (7º dia).
Roberta Prates Markert – Dia
21, às 20 horas, na Igreja Nossa Senhora do Rosário da Pompéia, na
Av. Pompéia, 1.250 (1 ano).
Othon de Barros Gômara – Hoje, às 12 horas, na Igreja São José,
na R. Dinamarca, 32 (7º dia).
Osvaldo Lacerda – Hoje, às
17h30, na Capela da Igreja Matriz
em diversas áreas do Rio Grande do Sul e de Santa Catarina.
O Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet) relatou 3,8°C
abaixo de zero em São Joaquim (SC). Pelo menos outras
oito cidades tiveram registros
de neve. Segundo a Climatempo, com a chegada de uma nova massa de ar polar, há previsão de geada e temperaturas
muito baixas, hoje e amanhã,
em diversas áreas do Sul e do
Sudeste. Em São Paulo, a temperatura pode ficar abaixo de
zero na Serra da Mantiqueira.
Serviço funerário da Prefeitura:
0800-109850 (24 horas)
www.prefeitura.sp.gov.br/servicofunerario
de São Gabriel Arcanjo, na R. Oliveira Dias, 301, Jd. Paulista (5 anos).
Sidney Jorge Michaluate – Hoje, às 19 horas, na Catedral Ortodoxa, na R. Vergueiro, 1.515 (7º dia).
Jacques Roberto Galvão Bresciani – Dia 20, às 18h30, na Igreja
N. Sra. do Perpétuo Socorro, na R.
Honório Líbero, 100 (7º dia).
Paulo Saldanha da Gama Filho
– Dia 22, às 12 horas, na Igreja São
José, na R. Dinamarca, 32 (30 dias).
A14 Metrópole
%HermesFileInfo:A-14:20160718:
O ESTADO DE S. PAULO
SEGUNDA-FEIRA, 18 DE JULHO DE 2016
NA WEB
Portal. Confira outras iniciativas de
instituições de ensino paulistanas
estadao.com.br/e/blogdoscolegios
Experiência de imigrantes inspira alunos
Colégios particulares da capital chamam estrangeiros para conversas e aulas; estudantes se empolgam e desenvolvem a cidadania
Isabela Palhares
Quando chegou ao Brasil
em 2014, o nigeriano Shakiru Olawale, de 31 anos, teve
de se adaptar a uma nova
realidade: deixou as aulas
de Matemática, Ciências e
História para adolescentes
para ensinar Inglês a adultos. Mas, no mês passado,
ele teve a oportunidade de
voltar a ensinar para os jovens, dessa vez sobre a cultura de seu país. Como ele,
outros imigrantes estão sendo convidados por colégios
particulares de São Paulo
para dar aulas e trocar experiências com estudantes.
O Colégio Oswald de Andrade, na Vila Madalena, zona sul da capital, iniciou neste ano um trabalho na disciplina de Inglês de troca de
cartas entre alunos do 2.º
ano do ensino médio e imigrantes, que dão aulas de idioma e cultura no projeto Abraço Cultural. “Inicialmente,
nossa ideia era fazer com que
os alunos tivessem uma experiência mais real com o idioma ao serem obrigados a se
comunicar com quem tem
uma única língua em comum, o inglês. Mas eles fical
Satisfação
“Eles queriam saber
sobre mim, o meu país,
minha cultura. Não tenho
muita oportunidade de
falar sobre isso e foi legal
ver esse interesse deles”
Shakiru Olawale
NIGERIANO E PROFESSOR NO
ABRAÇO CULTURAL
GABRIELA BILÓ / ESTADÃO
ram tão entusiasmados com a
troca de experiências que o projeto cresceu”, afirma Maria Cristina Ramos, coordenadora da
disciplina no colégio.
Os alunos escreveram 22 cartas para seis imigrantes de Congo, Síria, Paquistão e Nigéria.
Em inglês, eles contaram sobre
as tradições, a cultura e a situação política no Brasil. “Quando
receberam as respostas e ficaram sabendo sobre outras culturas, os motivos da vinda dessas
pessoas para cá, ficaram ainda
mais interessados”, conta Maria Cristina.
Troca. Por isso, o colégio orga-
nizou uma tarde de oficinas de
culinária paquistanesa, dança
nigeriana e caligrafia árabe. “Os
alunos ao perceberem que eles
tinham uma vida difícil e sofrem preconceito no Brasil, quiseram fazer uma recepção calorosa no colégio. Alguns trouxeram paçoca e brigadeiro para
que todos pudessem experimentar”, diz a coordenadora.
Olawale conversou com os
alunos e ensinou a eles um pouco sobre sua cultura, o que foi
gratificante. “Na Nigéria, o sistema de ensino é diferente. Lá,
eu dava aula de todas as disciplinas para os alunos, ficava muito
próximo deles e sinto falta disso. Com esses jovens, pude resgatar um pouco desse trabalho”, destaca.
Para Joana Fontana, coordenadora do Abraço Cultural, experiências como essa são importantes para resgatar a autoestima de imigrantes que sofreram
em seu país de origem e ainda
são alvo de preconceito e vulnerabilidade no Brasil. “Eles passam por situações muito difí-
Saudade. ‘Lá, dava aula de todas as disciplinas, ficava muito próximo. Pude resgatar um pouco do trabalho’, diz Olawale
ceis por aqui. É enriquecedor
ver adolescentes curiosos, que
valorizam a cultura deles.”
A ideia, segundo Joana, é fazer parceria com outros colégios, não apenas para trabalhar
o inglês, mas para a “formação
cidadã” dos estudantes. “Para
que conheçam outras culturas
que não sejam as europeias, que
entendam e sejam sensíveis aos
problemas do mundo.”
No Colégio Equipe, em Higienópolis, região central, quatro
imigrantes de Congo, Síria e Camarões deram uma palestra aos
pais e alunos. “Eles contaram
ALÔ,
SÃOPAULO
sobre a vida no Brasil e percebemos o quanto é difícil a situação
deles. Por isso, queremos fazer
um projeto de oficina em que
nos ensinem sobre sua cultura.
Mas queremos fazer um trabalho que beneficie esses imigrantes. Isso é parte da missão humanista do colégio”, afirma Antonio Carlos de Carvalho, professor de Geografia.
Segundo Carvalho, a ideia é
apresentar aos alunos a cultura
de outros povos e também abordar temas como imigração e globalização e fazer com que reflitam sobre os problemas que ou-
18°
6°
Probabilidade de chuva
Volume de chuva
Umidade relativa
QUI
21/7
17°
11°
6°/21°
0%
S. J. do Rio Preto
UR: 45%
0%
Adamantina
Araraquara
5°/21°
1mm
UR: 50%
8°/22°
7°/21°
UR: 45%
20%
Ribeirão Preto
7°/20°
Araçatuba
0mm
7°/20°
São Carlos
Presidente Prudente
4°/20°
6°/19°
Marília
5°/19°
Itapetininga
5°/17°
Itapeva
Parcialmente
nublado
2º Prêmio
17.187
R$ 20.000,00
Sena (acumulou)
3º Prêmio
17.158
R$ 17.000,00
Quina (22)
4º Prêmio
49.429
R$ 15.000,00
Quadra (1.154)
5º Prêmio
45.441
R$ 13.099,00
QUINA Nº 4.133
MEGA-SENA Nº 1.838
07
R$ 125,90
09
38
62
66
16/7/2016
16/7/2016
Sena (1)
R$ 25.207.139,21
Quina (115)
R$ 20.709,91
Quadra (5.293)
05
08
R$ 642,80
24
30
57
59
Nublado
DUPLA SENA Nº 1.518
16/7/2016
05
R$ 2.557.257,93
R$ 3.151,78
10
R$ 68,66
20
24
25
Chuva
LOTOFÁCIL Nº 1.388
15/7/2016
01
03
05
07
08
10
11
12
15
18
19
20
21
23
25
27
LOTOMANIA Nº 1.675
15/7/2016
Nenhuma aposta acertou as 20 dezenas e o
prêmio acumulou em R$ 5.139.400,93.
2º sorteio
Sena (1)
R$ 76.273,16
08
10
15
19
21
R$ 3.120,27
27
31
37
38
39
R$ 75,11
40
51
55
58
76
48
81
82
93
96
97
Quina (20)
Quadra (1.055)
02
Pancadas
de chuva
Treze apostas acertaram as 15 dezenas e cada
uma receberá o prêmio de R$ 79.406,89.
1º sorteio
24
28
29
33
L
SE
1,5m
S
Cananeia
VE SER USADO PARA A CONFERÊNCIA
OFICIAL DAS LOTERIAS. DEPENDENDO
DO HORÁRIO DOS SORTEIOS E DO
FECHAMENTO DA EDIÇÃO, ALGUNS
RESULTADOS PODEM ESTAR
DEFASADOS. CONFIRA OS
RESULTADOS OFICIAIS NO SITE
WWW.CAIXA.GOV.BR
Terno (5.467)
9°/19°
4°/15°
06.792
R$ 7.151,95
SO
3°/15°
1º Prêmio
Quadra (64)
8°/18°
Iguape
Céu
claro
NE
20nós
O
9°/19°
Massa de
ar polar
FEDERAL Nº 5.093
16/7/2016
Santos
3°/16°
CAPITAL
N
Ubatuba
Guarujá
R$ 1.000.000,00
21°/29°
23°/34°
22°/30°
17°/37°
4°/13°
19°/33°
19°/29°
20°/31°
11°/23°
22°/30°
25°/30°
21°/35°
18°/23°
TÁBUA DE MARÉS: Porto de Santos
NO
6°/18°
Nova
2/8 (17h46)
Mín./Máx.
Sol
Sol/chuva
Sol/chuva
Sol
Geada
Sol
Sol
Sol
Sol
Sol
Sol/chuva
Sol/chuva
Sol
São Paulo
Sorocaba
5°/18°
ATENÇÃO: O QUADRO ABAIXO NÃO DE-
R$ 3.981.434,07
S. J. dos Campos
7°/19°
LOTERIAS
Quina (acumulou)
2°/15°
7°/19°
8°/20°
4°/20°
www.estadao.com.br/sms
Tempo
Maceió
Manaus
Natal
Palmas
Porto Alegre
Porto Velho
Recife
Rio Branco
Rio de Janeiro
Salvador
São Luís
Teresina
Vitória
23°/30°
24°/33°
9°/25°
23°/34°
14°/27°
7°/22°
15°/25°
-1°/14°
5°/15°
24°/33°
13°/26°
19°/29°
24°/33°
C. do Jordão
Campinas
Piracicaba
Ourinhos
Receba por sms a previsão de onde você está
Mín./Máx.
Sol
Sol/chuva
Sol
Sol/chuva
Sol
Sol
Sol
Geada
Sol
Sol/chuva
Sol
Sol/chuva
Sol/chuva
Bauru
4°/18°
TEMPERATURA BAIXA
A presença de uma massa de
ar frio irá manter a temperatura mais baixa nos próximos
dias em São Paulo. O frio
deverá favorecer a formação
de nevoeiro nas primeiras
horas da manhã e atrapalhar
os voos nos principais
aeroportos do Estado.
Poente
17h39
NOITE
NO MUNDO
Tempo
Abaixo de 19°
Franca
TARDE
NAS CAPITAIS
Aracaju
Belém
Belo Horizonte
Boa Vista
Brasília
Campo Grande
Cuiabá
Curitiba
Florianópolis
Fortaleza
Goiânia
João Pessoa
Macapá
19°/23°
0mm
Cheia
19/7 (19h59)
Minguante
26/7 (20h02)
MANHÃ
24°/27°
6°/22°
19°
12°
Nascente
6h47
28°/32°
Na capital
QUA
20/7
Crescente
11/7 (21h52)
0%
0mm
40%
Acima de 32°
Votuporanga
18°
8°
Anderson Nogueira.
Segundo ele, além de o tema da imigração fazer parte
do currículo de ensino, também é uma oportunidade para a escola debater questões
como preconceito e respeito
às diferenças. “Eles (alunos)
passam a enxergar as diferenças de cultura e identidade
de uma maneira muito mais
natural, o que leva a um menor número de conflitos em
sala de aula. Este também é
um papel da escola: formar
alunos mais sensíveis e respeitosos.”
PREVISÃO PARA HOJE EM SÃO PAULO
Predomínio de sol e frio
PRÓXIMOS DIAS EM SP
A temperatura continua baixa nos próximos
dias, principalmente pela manhã e à noite.
TER
19/7
tras nações enfrentam.
Já o Colégio Mary Ward, no
Tatuapé, zona leste, fez uma gincana no fim do primeiro semestre e arrecadou cobertores e alimentos a serem doados para
abrigos da cidade, incluindo os
que recebem imigrantes. “Aproveitamos e abordamos o tema
com os alunos. Eu sempre explico que o Brasil é um país formado por imigrantes, que os avôs e
bisavós dos alunos podem ter
passado por situações difíceis
de adaptação – como os refugiados enfrentam hoje”, diz o professor de História do colégio,
5GIWPFC
6GTÁC
0h25
6h36
12h33
19h27
1h06
7h20
13h21
20h04
1,1
0,4
1,3
0,5
Chuva com
trovoadas
1,2
0,3
1,4
0,5
3WCTVC
3WKPVC
1h43
8h01
14h03
20h40
2h19
8h42
14h42
21h14
1,3
0,1
1,5
0,4
1,4
0,1
1,5
0,4
Fuso Mín./Máx.
Assunção
0
Atenas
6
Barcelona
5
Berlim
5
Bruxelas
5
Buenos Aires 0
Caracas
-1,5
Chicago
-2
Estocolmo
5
Genebra
5
Johannesburgo 5
Lima
-2
Lisboa
4
Londres
4
Los Angeles
-4
Madri
5
México
-3
Miami
-1
Montevidéu
0
Moscou
6
Nova York
-1
Paris
5
Roma
5
Santiago
0
Sydney
14
Tel-Aviv
6
Tóquio
12
Toronto
-1
Washington
-1
5°/16°
21°/28°
14°/29°
12°/21°
16°/27°
9°/11°
15°/27°
22°/30°
11°/21°
10°/27°
2°/17°
15°/22°
15°/35°
13°/27°
16°/28°
20°/38°
11°/21°
26°/34°
3°/12°
16°/28°
19°/34°
16°/28°
20°/28°
6°/16°
10°/23°
24°/31°
24°/32°
20°/29°
23°/33°
Volume de chuva (mm)
Probabilidade de chuva (%)
HÁ UM SÉCULO
SÃO PAULO RECLAMA
Tutor para filho de Euclides
(Rio) - O juiz da 1ª vara de orp-
Teve algum direito
hãos officiou ao director do
Instituto João Alfredo, a fim de
ser presente amanhan em cartório o menor Manuel Affonso,
filho do saudoso escriptor Euclides da Cunha, afim de prestar declarações sobre a escolha
de um tutor nativo, que deverá
ser nomeado.
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6
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6
Esportes
E&N
B1
%HermesFileInfo:B-1:20160718:
INCLUI CLASSIFICADOS
SEGUNDA-FEIRA, 18 DE JULHO DE 2016
Usados
em alta
Em meio à crise,
faltam carros
seminovos
Pág. B3
O ESTADO DE S. PAULO
Desde 1968
Invista em Ouro!
Cotações de fechamento
do ouro, em 15/07/2016
*Ouro Puro
%
Compra
Venda
137,12
137,81
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ECONOMIA & NEGÓCIOS
Fundos de pensão. Conselho fiscal da fundação dos funcionários da Petrobrás questiona forma de contabilidade feita com
investimento em Eldorado Celulose e rombo poderá aumentar em R$ 1,1 bilhão; no total, o déficit do Petros foi de R$ 23 bilhões
Prejuízo do Petros com investimentos
em empresas chega a R$ 6,7 bilhões
Josette Goulart
O fundo de pensão dos funcionários da Petrobrás (Petros)
teve um rombo de R$ 6,7 bilhões em seus investimentos
em empresas no ano passado,
considerando apenas as maiores perdas. O valor representa
11% do total do patrimônio do
fundo. Até o fechamento do balanço, que acontece no dia 31,
esse valor poderá chegar a R$
8 bilhões, o que elevará o déficit total da fundação. Isso porque o conselho fiscal questiona a valorização de mais de
300%, ou cerca de R$ 1,1 bilhão,
contabilizada como investimento na Eldorado Celulose.
O Estado teve acesso ao detalhamento do balanço da fundação, que está sendo apresentado
por membros do conselho fiscal
a beneficiários do Petros. O déficit do fundo foi de R$ 23 bilhões
até o fim de 2015, sendo cerca de
R$ 16 bilhões registrados somente no ano passado.
Do total de perdas, dois terços correspondem a fatores co-
mo mudanças nas premissas para os cálculos de aposentadorias futuras, contingências judiciais e questões pendentes com
a própria estatal. Ao levar em
conta a mudança no padrão de
idade de cônjuge e filhos, o fundo estimou, por exemplo, um
déficit de R$ 5 bilhões. Em relação à Petrobrás, o Petros pagou
a diferença de níveis salariais entre 2004 e 2006 e o conselho
fiscal entende que deve cobrar
R$ 2,5 bilhões da estatal.
Na linha dos investimentos,
os maiores prejuízos foram registrados com Sete Brasil, Belo
Monte, Vale, Invepar, BRF
Foods e JBS. O maior tombo foi
com a Sete Brasil, empresa criada para gerenciar as sondas do
pré-sal e que está em recuperação judicial. O Petros reconheceu que perdeu a totalidade do
investimento. Mesmo com as dificuldades financeiras da Sete,
que já se arrastam desde o fim de
2014, o fundo colocou mais R$
315 milhões na empresa no ano
passado. Agora, teve de registrar
uma perda de R$ 1,7 bilhão.
SETE BRASIL-7/1/2014
l
Cifras
R$ 384 mi
era o valor registrado como investimento na Eldorado em 2014
R$ 1,55 bi
foi o valor registrado no fim de
2015, com valorização de 306%
Sete. Fundo reconheceu que perdeu todo o investimento
Prejuízos também foram registrados com a usina de Belo Monte, com perdas de R$ 468 milhões. A empresa dona da usina,
a Norte Energia, está passando
por processo de auditoria promovido pela Eletrobrás para apurar
supostos pagamentos de propina envolvendo o empreendimento. Outra investigação que pode
causar mais perdas é a que está
sendo feita pela Polícia Federal e
envolve a Eldorado Celulose, do
grupo J&F, da família Batista,
que também é dona da Friboi. A
Eldorado foi delatada por um exvice presidente da Caixa que afirma que houve pagamento de propinas para a liberação de financiamentos com recursos do FIFGTS, fundo que usa recursos
do FGTS e é gerido pelo banco.
Mesmo antes da operação policial, o conselho fiscal já questio-
nava a forma como a Eldorado
foi contabilizada no balanço da
Petros, em que se levou em conta uma antecipação da rentabilidade de uma nova fábrica que sequer foi construída. O valor da
empresa de celulose no balanço
passou de R$ 384 milhões, em
2014, para R$ 1,5 bilhão. Essa
fábrica agora corre o risco de
nem sair do papel, já que boa parte do financiamento previsto era
de dinheiro público.
No mercado acionário, as
maiores perdas foram com a
BRF Foods, que se desvalorizou
R$ 1,67 bilhão, e com a Vale. O
investimento na mineradora é
feito por meio de um fundo, e a
queda, explicada sobretudo pelo recuo nos preços do minério,
foi de R$ 873 milhões. Também
foram registradas perdas com
investimentos em títulos de
crédito privado. Já são cerca de
R$ 1 bilhão de créditos problemáticos, distribuídos em 70 investimentos, e que estão sendo
questionados por um trabalho
de auditoria no fundo.
O conselho fiscal deve se reunir nesta semana para dar seu
parecer sobre o balanço. Já o
conselho deliberativo se reúne
no dia 28, para dar o aval final e
publicar o balanço. A partir de
então será negociada forma de
se cobrir o déficit do fundo.
O Petros não quis fazer comentários, mas informou que, de janeiro a abril de 2016, os investimentos apresentaram rendimento de 7,58%, acima da meta
de 5,16%. Em 2015, a meta era de
16,3%, considerando a inflação.
O Petros não só não conseguiu
atingir a meta como perdeu R$
2,3 bilhões de seu patrimônio,
que agora é de R$ 59,5 bilhões.
Menu válido de 2ª a 6ª feira (exceto feriados), das 12h às 15h. Imagens meramente ilustrativas.
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B2 Economia
%HermesFileInfo:B-2:20160718:
O ESTADO DE S. PAULO
SEGUNDA-FEIRA, 18 DE JULHO DE 2016
PANORÂMICA
Editado por:
Cátia Luz
[email protected]
Colaboraram:
Aline Bronzati, Fernando Scheller, Marina Gazzoni e Renato Jakitas
Rivais ‘rondam’ a Brasil Kirin
C
inco anos após comprar a
Schincariol, o grupo japonês Kirin vê seus ativos no
Brasil virarem alvo de grandes cervejarias internacionais – entre elas
Heineken, Ambev e Carlsberg. Desde que assumiu o grupo, por mais
de R$ 6 bilhões, a Kirin viu sua posição se enfraquecer; hoje, sua capacidade instalada é bem maior do
que suas vendas. Entre as opções
estão a venda total dos ativos ou
um “fatiamento”, dizem fontes.
A holandesa Heineken estaria de
olho em todos os ativos de bebidas da Kirin, apurou o Estado, em-
bora a negociação ainda não seja formal. Uma fonte afirmou, porém, que
representantes da Heineken tiveram
uma reunião com a Kirin no Japão,
no fim de junho, para tentar definir
bases para uma negociação formal.
O apetite da Heineken é grande,
pois a empresa viu sua posição global ser enfraquecida após a união entre AB InBev e SAB Miller, que hoje
dominam cerca de 30% do mercado
global de cervejas. Dentro do portfólio global de bebidas da Kirin, o principal interesse da Heineken é o Brasil. A holandesa, que entrou no País
após a compra da Femsa, conseguiu
TURISMO
crescer e solidificar sua marca como
“premium” e superar a Kirin em termos de vendas, com 9,4% do setor.
Entre as demais candidatas pelo
ativo, a Carlsberg poderia usar a Kirin para finalmente se estabelecer de
forma relevante no País. Para a Ambev, a alternativa seria adquirir, por
um preço baixo, as fábricas da Kirin
para vendê-las posteriormente, com
a meta de proteger sua posição de
domínio de dois terços do setor.
Procuradas, Heineken, Carlsberg e
Ambev não comentaram. Em nota, a
Kirin “nega toda e qualquer especulação sobre sua posição estratégica”.
O MAPA DA BOLSA
● As ações que mais subiram e
0%
Melhores
7,5%
as que mais caíram na semana
entre 8 e 15 de julho
Oi PN
NA SEMANA
EM UM MÊS
49,70%
5%
%
15
-4
Gol PN
EM UM MÊS
95,62%
PDG ON
EM UM MÊS
42,86%
-37
,5%
%
22,5
Eletropaulo PN
EM UM MÊS
82,65%
V-Agro ON
EM UM MÊS
98,20%
5%
7% 25,7
24,4
-2,53%
-2,41%
-30%
,5%
4%
Minerva ON
EM UM MÊS
-2,08%
Marfrig ON
EM UM MÊS
-6,71%
Parcorretora ON
EM UM MÊS
5,56%
%
-5,8
%
17,90%
0%
FONTE: ECONOMÁTICA
O presidente da Associação Brasileira
de Agência de Viagens (Abav), Edmar
Bull, disse que a entidade avalia medidas contra o avanço do Smiles, programa de fidelidade da Gol, no segmento
de hotelaria (a empresa anunciou na
quarta-feira parceria com a companhia americana Rocketmiles). O cliente poderá fazer reserva em 400 mil hotéis da rede do Rocketmiles no site do
Smiles e acumular milhas. Para a
Abav, o Smiles está concorrendo com
as agências, usando milhas como
“moeda paralela”. “Para vender hotel
tem de ser agência de viagem ou dono
de hotel”, afirmou Bull. O presidente
do Smiles, Leonel Andrade, disse que
a empresa não pretende ser uma agência de viagens, mas poderá firmar parcerias com este tipo de empresa.
SEM TAXAS ADICIONAIS
Máquina de cartão da Rede
terá mensalidade única
A Rede, empresa do Itaú Unibanco
que é vice-líder no setor de captura de
pagamentos com cartões, decidiu consolidar o aluguel de suas maquininhas
de cartões e também as taxas cobradas
por operação em uma mensalidade
única, na tentativa de atrair o pequeno
lojista e, consequentemente, fidelizálo. A expectativa da empresa, segundo
o diretor de Produtos da Rede, Frederico Alves Souza, é dobrar, em até dois
anos, a base atual de pequenos e médios comércios. Na prática, em vez de
pagar o aluguel da máquina e ainda a
taxa de desconto com base nas vendas
feitas com cartões, o lojista escolhe
um plano de valor único, a partir de R$
109 por mês. O preço vai depender da
máquina escolhida, do volume de vendas (que varia R$ 1 mil a R$ 10 mil) e
do prazo de recebimento.
l
37,5
EM UM MÊS
,50
-7,5
%
Rumo Logística ON
%
-3,21%
5%
0,40%
45
-1
EM UM MÊS
62
NA SEMANA
Embraer ON
9%
Piores
30%
,8
47
-2,72%
-22
27,66%
Agências de viagem avaliam
medidas contra o Smiles
Empresas com volume
diário de negociação
superior a R$ 1 milhão e
presentes em 80% dos
pregões na semana
Iluminação pública
135
é o total de cidades que têm condições
de desenvolver Parcerias Público Privadas (PPP) no setor de iluminação, segundo estudo do Banco Mundial divulgado
em junho, visando à substituição de lâmpadas comuns pela tecnologia LED, que
é mais econômica. Apesar desse contingente representar só 2,4% do total de
cidades, concentra 40,9% da população.
Hoje, segundo o Banco Mundial, cerca de
50 cidades brasileiras fazem esforços de
PPP visando à substituição pelo LED.
INFOGRÁFICO/ESTADÃO
Primeira pessoa
André Inserra,
presidente para
as Américas da
Atlas Schindler
‘Vamos investir
R$ 100 milhões no
Brasil até 2017’
O executivo brasileiro André Inserra assumiu a presidência para as
Américas da fabricante de escadas
rolantes e elevadores Atlas Schindler, função que será acumulada
com o comando da operação brasileira. Uma das metas do executivo
será ampliar a sinergia das operações da região, do Canadá à Argentina. E a sua primeira prova já está
em curso: transformar a fábrica da
empresa em Londrina (PR) no
centro exportador para a América
Latina – função antes ocupada pela China.
l O Brasil será fornecedor para toda
a região das Américas?
Essa é uma grande mudança. A
operação brasileira vai suprir de
elevadores todos os mercados do
México para baixo. Essa era uma
função da China, mas nós temos
uma fábrica preparada e dominamos a logística da região.
l A desvalorização do real pesou?
O patamar do dólar acima dos R$
3 coloca a gente num nível mais
competitivo. Mas, primeiro, pesou
o fato de que a fábrica é uma excelência em produção mundialmente. Tirando alguns produtos muito
especiais, que são produzidos com
escala muito baixa, tudo o que se
faz no mundo, é feito aqui.
l Essa mudança vai trazer algum investimento adicional?
Vamos investir R$ 100 milhões
em dois anos, até 2017, pensando
unicamente no Brasil. O foco é
investir em 150 novos postos no
País, além de comprar um novo
terreno e construir uma novo prédio para a matriz em São Paulo.
l O sr. disse, em 2013, que não havia
bolha imobiliária. O que acha agora?
Não. O que aconteceu é que a recessão foi muito rápida, que surpreendeu o mundo inteiro. Mas o
mercado é resiliente. Antes do
‘boom’, comprava 6 mil elevadores por ano. No auge, chegou a 14
mil; e serão 8 mil em 2016.
“Esse capital vem para reforçar o caixa em um momento de incerteza.”
Claudia Sender, presidente da Latam, ao comentar a venda de 10% do capital da aérea à Qatar, anunciada na semana passada
RAFAEL ARBEX / ESTADÃO
Artigo
Crise e responsabilidade
]
l
JORGE J.
OKUBARO
O
que mais espanta na crise
em que o País está mergulhado não são seus sinais econômicos e sociais, que continuam a piorar e, assim, a solapar as esperanças
daqueles que viam no afastamento
da presidente Dilma Rousseff a oportunidade para que, embora lentamente, se começasse a recolocar as
coisas no lugar. Para boa parte da população, pior do que a renitência e
até o agravamento das dificuldades
com que tem de se haver é a constatação de que seu sofrimento diuturno
não comove quem tem poderes para
encaminhar as soluções e a responsabilidade de fazê-lo.
Não se trata do presidente em exercício Michel Temer, cuja interinidade no cargo naturalmente lhe impõe
restrições ao poder de decidir, sobretudo nas questões que implicam consequências de longo prazo – embora
em diversos episódios ele próprio tenha demonstrado no mínimo timidez para exercer o poder, mesmo
nos limites a que se considera confinado. Trata-se daqueles que, espertamente, se valem dessa interinidade
para auferir vantagens de diversas
naturezas, sobretudo pessoais, pois
de sua aprovação dependem medi-
das indispensáveis para debelar a crise.
Deputados e senadores, mesmo alguns dos mais influentes entre eles,
não demonstraram ter entendido o sentido de urgência que a gravidade da crise econômica, e sobretudo fiscal,
impõe à busca de medidas realistas para enfrentá-la. Não faltam exemplos da
resistência dos parlamentares à assunção da responsabilidade que lhes cabe.
Um recente, da semana passada, talvez
sintetize o comportamento médio dos
congressistas, quando há conflito entre
interesses pessoais e coletivos. Eles
pensam primeiro nos seus.
Mesmo estando o País abalado pelos
graves desequilíbrios das contas públicas, que só podem ser combatidos com
corte de gastos ou aumento de receitas
– ou ambas as medidas, a depender da
evolução do quadro –, o relator do projeto da Lei de Diretrizes Orçamentárias para 2017, senador Wellington Fagundes (PR-MT), acrescentou R$ 2,4
bilhões às despesas propostas pelo governo. A maior parte desse acréscimo
(R$ 1,6 bilhão) seria destinada às emendas parlamentares obrigatórias, aquelas que os congressistas adicionam ao
Orçamento elaborado pelo Executivo,
em geral para atender a seus interesses
paroquiais. Era a contrapartida para a
aprovação da meta fiscal para 2017
(déficit primário de R$ 139 bilhões para
o governo federal) proposta pelo Executivo – em resumo, uma chantagem
parlamentar. A irresponsabilidade de
uma iniciativa como essa era tal que,
pressionado pela área econômica do governo, o relator desistiu dela. Embora
encerrado, o episódio ilustra o modo
de pensar e agir de parte do Congresso,
ao qual cabe decidir sobre as grandes
questões nacionais.
Também mostram a natureza e a qualidade dos atuais membros do Congresso, as manobras que, mesmo tendo renunciado à presidência da Câmara e
com altíssimo índice de rejeição popular, o ainda deputado (afastado do exercício do mandato) Eduardo Cunha
(PMDB-RJ) vinha conseguindo impor
à Comissão de Constituição e Justiça
da Casa para retardar o processo de sua
cassação. A flacidez e a volubilidade
Deputados e senadores não
demonstraram ter entendido a
urgência de enfrentar a crise
econômica e sobretudo fiscal
dos acordos e blocos que resultam de
entendimentos que esse material humano consegue alcançar – e que ficaram nítidas na disputa para a sucessão
de Cunha na presidência da Câmara –
não oferecem ao governo, qualquer que
seja, segurança de contar no Legislativo com o apoio necessário para fazer
avançar seus projetos. Mais do que o
governo, o País se tornou refém de interesses menores. É bem-vinda, por isso,
a disposição do presidente em exercí-
cio Michel Temer de, como disse ao Estado, “desidratar” o Centrão, o grupo
multipartidário que pratica com volúpia esse jogo de trocas. Com a nova mesa da Casa, presidida por Rodrigo Maia
(DEM-RJ), a atuação desse grupo deverá perder exuberância.
No ambiente político que prevaleceu
até agora, porém, a crise só poderia persistir, mesmo tendo sido afastado o
que, para a maioria da população, parecia ser seu foco – a presença de Dilma
Rousseff na Presidência da República.
Data tradicionalmente comemorada
pelo comércio, por causa do aumento
de vendas que costuma propiciar, desta
vez nem o Dia das Mães trouxe alívio
para o varejo. Contrariando as expectativas dos analistas, as vendas do varejo
restrito (que exclui veículos e material
de construção) caíram 1% em maio na
comparação com abril.
O mercado de trabalho continua
ruim e talvez ainda piore, antes de começar a melhorar. O aumento do desemprego e a queda de renda real inibem as compras. Acrescentando-se a
esses fatores a manutenção dos juros
reais em nível muito alto, o que penaliza a tomada de empréstimos, e o aumento da cautela dos bancos na concessão de financiamentos, para fugir do risco crescente de inadimplência, não fica
difícil entender os problemas pelos
quais passa o comércio. É claro que, se
o comércio não aumenta as vendas, a
indústria não aumenta a produção, o
que estende a já longa crise do setor
manufatureiro, comprometendo
ainda mais o mercado de trabalho,
sobretudo com o fechamento de postos de trabalho que exigem melhor
qualificação e, por isso, oferecem remuneração mais alta.
O Produto Interno Bruto (PIB),
que encolheu 3,8% em 2015, no pior
resultado anual em um quarto de século, continuou a recuar no primeiro
trimestre deste ano. De acordo com
o IBGE, a redução foi de 0,3% na comparação com o último trimestre de
2015. O recuo de maio do Índice de
Atividades do Banco Central (IBCBr), considerado um termômetro da
economia, é uma indicação forte de
que o resultado do primeiro semestre será negativo. É possível que, até
o fim do ano, haja alguma melhora,
mas também em 2016 o PIB encolherá – talvez até mais do que em 2015.
Melhora, mas modesta, deve vir só
no ano que vem.
Se as coisas não piorarem, ficarão
como estão, mas num nível muito
baixo. Quem vive de seu trabalho sabe quanto isso é ruim. Mas o estado
de morbidez do quadro econômico,
social e político ainda não preocupa
o suficiente quem tem a responsabilidade de combatê-lo.
]
JORNALISTA, É AUTOR DE O SÚDITO (BANZAI, MASSATERU!), ED. TERCEIRO
%HermesFileInfo:B-3:20160718:
O ESTADO DE S. PAULO
SEGUNDA-FEIRA, 18 DE JULHO DE 2016
Em meio à crise,
faltam carros
usados nas lojas
Consumidor deixa de comprar modelo novo e recorre a veículos com
até três anos de uso; venda de seminovos subiu 23% no 1º semestre
Cleide Silva
A crise que derrubou o mercado de carros zero-quilômetro
teve efeito inverso no segmento de seminovos. As vendas de modelos com até três
anos de uso cresceram 23,6%
no primeiro semestre, quase
o mesmo porcentual de queda registrado nos novos, de
25,4% no período.
Com essa substituição promovida pelo consumidor, vários carros usados desapareceram das lojas, principalmente
na faixa de preço de R$ 30 mil a
R$ 50 mil. Segundo lojistas, a
escassez é maior em modelos
de boa aceitação no mercado de
novos, como Chevrolet Onix –
campeão de vendas entre os zero quilômetro –, Honda Fit,
Hyundai HB20, Toyota Corolla
e vários automóveis com motor
1.0 mais equipados.
Preço mais em conta é o principal atrativo dos seminovos para o consumidor que pretende
comprar um zero, mas tem receio de desembolsar alto valor
num período de insegurança no
mercado de trabalho e falta de
crédito para financiamento.
Na revenda Honda Dealer, na
zona sul de São Paulo, o estoque
de usados girava em torno de
150 carros, mas atualmente só
há 50 unidades na loja, diz o supervisor Vytas Cipas. Nenhum
deles é do modelo Fit, o mais
procurado da marca. “Até um
Fit batido que recebemos foi
vendido no mesmo dia em que
chegou; não deu tempo nem de
prepará-lo para exposição”.
O corretor de seguros Rogério Borges Leite, comprador desse Fit, costuma trocar de carro a
cada três ou quatro anos, normalmente por um zero, mas,
desta vez, preferiu o usado. “Foi
um achado; fui à loja e vi o carro,
com um amassado no para-choque, e fechei negócio antes mesmo do conserto”, conta ele, que
diz ter economizado R$ 10 mil
na versão 2015 em relação ao
que pagaria pelo modelo zero.
Para tentar convencer proprietários de seminovos a trocarem de carro, lojistas oferecem
vantagens, principalmente o pagamento do valor integral avaliado pela Fundação Instituto
de Pesquisas Econômicas. A Tabela Fipe, como é conhecida, é
usada como parâmetro para negociações e, normalmente, paga-se no máximo 85% a 90% do
preço sugerido. Se a troca for
por um carro zero, também há
descontos de até R$ 2 mil.
mais atual, algumas vezes bem
significativas. Um Onix 2016
custa quase R$ 43 mil, enquanto
sua versão 2013 sai 24% mais barata, segundo pesquisa da consultoria Molicar. Para o Fit, a diferença é de 29% – nesse perío-
do, o modelo teve o design renovado e o motor 1.4 substituído
por 1.5 (ver quadro).
Vítor Meizikas, analista de
mercado da Molicar, diz que os
preços dos usados não tiveram
valorização significativa. “O no-
vo é que ficou mais caro, parte
por renovações e parte por causa da alta do dólar, pois muitos
componentes são importados”.
No ramo de usados há mais
de 50 anos, Roberto Giannetti,
da Giannetti Automóveis, na região central de São Paulo, também enfrenta grande dificuldade em conseguir modelos de
2013 a 2015, “porque os donos
que trocavam mais rápido de
carro agora demoram mais”. O
único veículo desse segmento
disponível na loja atualmente é
um Hyundai ix35 2015, blindado, à venda por R$ 125 mil.
Carros com mais de quatro
anos de uso, diz Giannetti, são
mais difíceis de vender porque
o financiamento e o seguro são
mais caros. Segundo a Federação Nacional das Associações
dos Revendedores de Veículos
(Fenauto), no primeiro semestre as vendas de modelos com
quatro a 12 anos caíram 12% e,
acima disso, 17,2%.
ZERO X USADO
● Diferença
de preço em relação ao modelo com 3 anos de uso
MODELO 2013 (SEMI NOVO)
EM REAIS
10.198
MODELO 2016 (ZERO)
DIFERENÇA
18.000
16.100
62.000
42.952
50.000**
44.000*
33.900
32.754
Chevrolet Onix
LT 1.0 (MyLink)
*Versão antiga, DX-MT 1.4
Honda Fit
DX-CVT 1.5
Hyundai HB20
Confort Style 1.0
**Versão 2017
FONTE: MOLICAR
INFOGRÁFICO/ESTADÃO
Grupo Caoa
abrirá 12 lojas
de seminovos
De olho no filão, o grupo Caoa,
um dos maiores revendedores
de carros zero-quilômetro no
País, inaugurou cinco lojas exclusivas de veículos seminovos
no primeiro trimestre e planeja
abrir mais 12 até o fim do ano
em vários Estados.
“Com a crise econômica, precisamos gerar receitas de todos
os lados e percebemos que o segmento de seminovos é rentável,
mas precisava de um novo direcionamento”, justifica o diretor
executivo de planejamento de
vendas da Caoa, Sandro Corrochano.
O grupo tem 127 concessionárias das marcas Hyundai, Ford e
Subaru, além de uma fábrica em
Anápolis (GO), que produz veículos sob licença da Hyundai,
exceto o HB20, que é fabricado
pela própria montadora coreana em Piracicaba (SP).
Corrochano afirma que, por
falta de espaço nas concessionárias, 80% dos usados que entravam na troca por modelos novos eram repassados para lojistas independentes (sem vínculo com montadoras) que, evidentemente, os revendiam a
preços superiores aos que tinham pago.
Rentabilidade. “Com as lojas
exclusivas, podemos pagar
mais pelo usado na troca, gerando vendas de novos, e depois revendê-lo diretamente ao consumidor obtendo maior rentabilidade”, afirma Corrochano. Agora, apenas 30% dos usados ficam com os lojistas.
O diretor não revela o investimento nessa expansão, mas informa que o grupo tem conseguido bons preços de locação
porque prioriza imóveis de concessionárias que fecharam as
portas, incluindo da própria rede Caoa.
A expectativa de Corrochano
é de um crescimento de pelo menos 20% nas vendas de usados
este ano. O grupo já tinha inaugurado oito lojas exclusivas de
seminovos em 2015, ano em que
vendeu 24 mil unidades, incluindo os estoques de 25 concessionárias que tinham área para novos e usados./ C.S.
Diferença. A diferença de preço de um carro com três anos de
uso para a versão nova varia de
acordo com as condições do
usado e das mudanças promovidas pela fabricante no modelo
Consumidor abre mão do ‘cheiro de carro novo’
JOSÉ PATRICIO/ESTADÃO
Diferença de valores
leva tradicionais clientes
de modelos zero a
migrarem para os
seminovos
Nos últimos 14 anos, Fernanda
Moraes, sócia de uma agência
de eventos em São Caetano do
Sul, no ABC paulista, teve cinco
carros adquiridos novinhos.
Neste mês, ela preferiu comprar um Hyundai Tucson 2012 e
economizou R$ 21 mil em relação ao preço da versão zero.
“Usei o dinheiro que tinha disponível no momento”, diz. “E
uma das vantagens é que o carro
ainda está na garantia até 2017”.
Fernanda pretende trocar novamente de carro no próximo ano,
Economia B3
Mudança. Após cinco carros zero, Fernanda opta pelo usado
por outro seminovo.
“Por insegurança, o consumidor está abdicando do ‘cheiro
do carro novo’ e procura um seminovo, a preços 20% a 25%
mais baixos”, diz Henning Dornbusch, presidente da Eurobike,
especializada em veículos de luxo. Até há pouco tempo, 15% da
receita do grupo vinham da ven-
da de seminovos, participação
que este ano subiu para 22%.
A revenda Amazon, da marca
Volkswagen, paga pelo seminovo utilizado na troca por outro
carro em média 10% a mais em
relação ao que pagaria em épocas de mercado mais aquecido.
“A bola da vez são modelos 1.0
mais completos, que ficam pouco tempo na loja”, informa Marcos Leite, gerente da Amazon.
Antes da crise se aprofundar,
a concessionária vendia, em média, 100 carros novos e 50 usados por mês. Hoje, são 70 novos
e 60 usados e a tendência é essa
proporção aumentar mais.
“Muitos clientes estão adiando
a compra do veículo dos sonhos
e pegam o usado”, diz Leite.
Na Sorana Toyota, na região
norte da capital, a venda de usa-
dos “está contrabalançando as
finanças”, afirma o gerente Carlos Sakamoto. Para captar modelos usados, a loja oferece descontos de R$ 2 mil no Etios novo e também valoriza o preço
do carro utilizado na troca.
Online. No mercado online
também há mais demanda que
oferta. A WebMotors, maior site de venda de carros do País,
registrou nos últimos 12 meses
l
Escassez
“Em razão da queda do
poder aquisitivo e da
restrição ao crédito, quem
compraria um zero migra
para o seminovo. E quem
tem um seminovo não
troca pelo zero, gerando
a escassez.”
Rodrigo Borer
PRESIDENTE DA WEBMOTORS
alta de 74% no volume de seminovos em estoque, enquanto a
procura (proposta enviada ao
vendedor) aumentou 78%. “Os
dois índices cresceram bastante, mas o interesse pelo modelo
à venda está maior que a disponibilidade”, afirma o presidente da empresa, Rodrigo Borer.
Segundo ele, “em razão da
queda do poder aquisitivo e da
restrição ao crédito, quem compraria um zero migra para o seminovo. E quem tem o seminovo não troca pelo zero, gerando
a escassez”. A WebMotors mantém média de 330 mil anúncios e
atua no País há 21 anos. Neste
mês, mudou o modelo de cobrança. Antes, cobrava o anúncio. Agora, cobra também o repasse ao vendedor da ligação ou
do e-mail de interessados no carro, independente de o contato
gerar negócio. O valor varia de
R$ 10 a R$ 40 por repasse, dependendo do valor do veículo./ C.S.
B4 Economia
%HermesFileInfo:B-4:20160718:
O ESTADO DE S. PAULO
SEGUNDA-FEIRA, 18 DE JULHO DE 2016
SECRETARIA DE GESTÃO
AVISO DE REAGENDAMENTO DE LICITAÇÃO
PROCESSO: 6013.2016/0000001-8
PE nº 04 - DGSS/COBES -/2016
Torna-se público, para conhecimento dos interessados, que a SECRETARIA
MUNICIPAL DE GESTÃO por meio da Coordenadoria de Gestão de Bens e Serviços
- SMG/COBES, sediada à Rua Líbero Badaró, nº 425, 3º andar - São Paulo, SP, que
a licitação acima (Registro de Preços de Serviço de Gerenciamento do
Abastecimento de Veículos, Máquinas e Equipamentos, por meio de Cartão de
Pagamento Magnético ou Microprocessado, destinado à frota de veículos do
município de São Paulo - SP) foi REAGENDADA, em virtude de alterações no Edital.
A data e horário para o recebimento das propostas e abertura da sessão pública do
pregão ficam estipulados para as 09h30 do dia 28 de julho de 2016.
SECRETARIA DOS
NEGÓCIOS JURÍDICOS
EDITAL PARA CONHECIMENTO DE TERCEIROS INTERESSADOS, COM PRAZO
DE 10 (DEZ) DIAS, expedido nos autos do PROC. Nº 0016438-88.2013.8.26.0053.
O(A) MM. Juiz(a) de Direito da 6º Vara da Fazenda Pública, do Foro Central - Fazenda
Pública/Acidentes, estado de São Paulo, Dr(a). Cynthia Thomé, na foram da lei, etc.
FAZ SABER A TERCEIROS INTERESSADOS NA LIDE que (o(a) MUNICIPALIDADE
DE SÃO PAULO move uma Desapropriação - Desapropriação por Utilidade Pública/
DL 3.365/41 de Desapropriação contra José Joaquim de Aguilar, Espólios de Maria
Isabel Aguilar e Francisco Gonçalves de Aguilar, Carlos Aguilar, Marlene Aguilar
Facury dos Santos casada com Hermano José Facury dos Santos, objetivando a
área de 272,69m² (total terreno e benfeitorias), concernente à totalidade do imóvel
situado na Rua Lagoa Salgada, 41/84, Itaquera, contribuinte nº 114.347.0011-8,
declarados de utilidade pública conforme Decreto Estadual nº 53.230, datado de
21/06/2012. Para o levantamento dos depósitos efetuados, foi determinada a
expedição do presente edital, com prazo de 10 (dez) dias a contar da publicação, nos
termos e para os fins do Dec. Lei nº 3.365/41, o qual será afixado e publicado na forma
da lei. NADA MAIS. São Paulo, 15 de julho de 2016.
SECRETARIA DE ASSISTÊNCIA E
DESENVOLVIMENTO SOCIAL
AUTO POSTO ESCALADA LTDA.,
LTDA., torna público que Requereu na CETESB a Renovação de Licença
de Operação, para Comércio varejista de combustíveis para veículos automotores, sito à Rua Teodoro
Sampaio, 1230 - Pinheiros - São Paulo /SP.
EDITAL DE CONVOCAÇÃO ASSEMBLÉIA GERAL EXTRAORDINARIA SINDIREPA - SINDICATO DA INDUSTRIA DE REPARAÇÃO DE
VEÍCULOS E ACESSÓRIOS DO ESTADO DE SÃO PAULO
Pelo presente edital ficam convocados todos os associados deste Sindicato, quites e em pleno gozo de seus direitos,
bem como todos os contribuintes desta entidade, para participarem da Assembléia Geral Extraordinária, a ser realizada
no dia 22 do mês de JULHO de 2016 às 15 horas em primeira convocação, a Avenida Indianópolis nº. 2357 nesta cidade,
a fim de deliberações sobre as seguintes matérias da Ordem do dia:
- Leitura, discussão e decisão sobre os itens da pauta de reivindicações da CUT e Força Sindical para a convenção
coletiva de trabalho para o exercício 2016/2017
- fixação do valor da contribuição assistencial de 2016
- fixação do valor da contribuição confederativa de 2017
Não havendo, na hora acima indicada, número legal de associados, para a instalação dos trabalhadores em primeira
convocação, a Assembléia será realizada duas horas após, no mesmo dia e local, em segunda convocação com qualquer
número de associados presentes.
São Paulo, 18 de Julho de 2016
Antonio Fiola - Presidente
AVISO DE ADIAMENTO DE LICITAÇÃO - ORIGEM SESA - PREGÃO ELETRÔNICO Nº 20160387 PUBLICAÇÃO Nº 201610396
A SECRETARIA DA SAÚDE - SESA, por intermédio do Pregoeiro e de membros da equipe de
apoio legalmente designados, torna público para conhecimento dos interessados o ADIAMENTO
da licitação acima citada, cujo objeto é: Registro de Preços para futuras e eventuais aquisições
de Material de Laboratório (Teste para velocidade de hemossedimentação), com instalação
de equipamento em regime de comodato, visando atender a necessidade de abastecimento
das Unidades de Saúde do Estado. MOTIVO: Correção no lançamento. RECEBIMENTO DAS
PROPOSTAS VIRTUAIS: No endereço www.comprasnet.gov.br, através do Nº 3872016, até o
dia 01/08/2016 às 8h30min (Horário de Brasília-DF). OBTENÇÃO DO EDITAL: No endereço
eletrônico acima ou no site www.seplag.ce.gov.br. Procuradoria Geral do Estado, em Fortaleza,
14 de Julho de 2016. JOSÉ CÉLIO BASTOS DE LIMA - PREGOEIRO
Secretaria de Estado da Administração
AVISO DE LICITAÇÃO
Pregão Eletrônico nº 0104/2016 - menor preço por item.
Objeto: Aquisição de café, leite, açúcar e água. Início da entrega de propostas:
às 13:30 horas do dia 20/07/2016. Fim da entrega de propostas: às 13:30
horas do dia 09/08/2016. Abertura da sessão: a partir das 13:30 horas do dia
09/08/2016. O Edital e seus anexos estão disponíveis no site
www.portaldecompras.sc.gov.br. Informações sobre o edital serão prestadas
através do e-mail [email protected], ou no seguinte endereço: Rodovia SC
401 - Km 5, nº 4600, 1º andar, CEP 88032-000, Saco Grande II,
Florianópolis/SC, no horário das 13:00 às 19:00, em dias úteis.
Protocolo CIG (SGP-e) SEA 2733/2016
AVISO DE REMARCAÇÃO DE LICITAÇÃO - ORIGEM SESA - PREGÃO ELETRÔNICO Nº 20150900 PUBLICAÇÃO Nº 201600199
A SECRETARIA DA SAÚDE - SESA, por intermédio do Pregoeiro e de membros da equipe
de apoio legalmente designados, torna público para conhecimento dos interessados a
REMARCAÇÃO da licitação acima citada, cujo objeto é: Registro de Preço para futuras e
eventuais aquisições de equipamento hospitalar (BIPAP). MOTIVO: Alterações no Edital.
RECEBIMENTO DAS PROPOSTAS VIRTUAIS: No endereço www.comprasnet.gov.br, através do
Nº 9002015, até o dia 01/08/2016 às 8h30min (Horário de Brasília-DF). OBTENÇÃO DO
EDITAL: No endereço eletrônico acima ou no site www.seplag.ce.gov.br. Procuradoria Geral do
Estado, em Fortaleza, 14 de Julho de 2016. ROBINSON DE BORBA E VELOSO - PREGOEIRO
COMUNICADO
A Secretaria Municipal de Assistência e Desenvolvimento Social - SMADS comunica
que, a partir de 18/07/16, na Seção Técnica de Licitações e Contratos, na Rua Líbero
Badaró, 561/569 - 2º andar - Centro - São Paulo, das 09:00 às 17:00 horas, fone para
informações: 3291-9712, estará à disposição dos interessados o respectivo caderno
de licitação para consulta e aquisição, até o último dia útil anterior à data designada
para a sessão de abertura do aludido certame e nos endereços eletrônicos:
http://e-negocioscidadesp.prefeitura.sp.gov.br e www.comprasnet.gov.br:
PREGÃO ELETRÔNICO 05/SMADS/2015 Proc. 2014-0.301.690-5.
OBJETO: Contratação de empresa para realizar ações cadastrais (no CADUnico,
BDC e PROSOCIAL ou qualquer outro banco de dados ou sistema que venha a ser
disponibilizado por SMADS), das famílias na cidade de São Paulo, de acordo com o
Termo de Referência constante do Anexo I do Edital.
SESSÃO DE ABERTURA: 29/07/16 às 10:00 horas.
CUSTO DO CADERNO: R$ 0,18 por folha.
COORDENAÇÃO DE
APERFEIÇOAMENTO DE PESSOAL
DE NÍVEL SUPERIOR - CAPES
Ministério da
Educação
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AVISO DE LICITAÇÃO
BALCÃO LIMÃO:
(11)
PREGÃO ELETRÔNICO Nº 1001/2016
Objeto: Registro de preços para Contratação de empresa
especializada para a prestação de serviços de digitalização de
processos administrativos e documentos avulsos e cadastramento
no Sistema Eletrônico de Informações (SEI). Total de grupos
licitados: 1. Retirada do Edital: a partir de 18/07/2016 de 08:30 às
11:30 e de 14h00 às 17h00 no endereço: SBN Quadra 02, Bloco L,
Lote 06, 2º subsolo, SBN - Brasília - DF e pelo site
comprasgovernamentais.gov.br. Entrega das propostas: a partir de
18/07/2016 às 08:30 no site comprasgovernamentais.gov.br.
Abertura das propostas: 29/07/2016 às 09h00 no site
comprasgovernamentais.gov.br.
Flavia Alice Praça Nogueira
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%HermesFileInfo:B-5:20160718:
O ESTADO DE S. PAULO
SEGUNDA-FEIRA, 18 DE JULHO DE 2016
Economia B5
MCMV incompleto tira R$ 70 bi do PIB
Esse será o impacto, em três anos, provocado pela interrupção no programa habitacional do governo das faixas voltadas para os mais pobres
Murilo Rodrigues Alves/
BRASÍLIA
l
Obras. Com o MCMV, o setor
da construção se transformou
em um dos protagonistas da
economia. No entanto, em
2015, o impacto do programa na
geração de renda e emprego diminuiu com o fim de parte significativa das obras e o reduzido
número de contratações. O PIB
da construção registrou retração de 7,6% e o total de empregos com carteira assinada atingiu 2,9 milhões de trabalhado-
res, patamar semelhante ao do
início de 2010. A projeção da
FGV para o PIB da construção
neste ano é de nova retração, da
ordem de 5% ao ano.
“As construtoras especializadas na faixa 1 estão encolhendo”, afirma José Carlos Martins, presidente da Câmara Brasileira da Indústria da Construção. Para ele, o programa não
voltará a contratar no mesmo
ritmo, dada à situação fiscal. A
aposta dele é que a faixa 1,5 –
prometida como a grande novidade do MCMV 3 e que não saiu
do papel – consiga alavancar as
contratações, com menos gastos para o governo, já que a faixa
utiliza recursos do FGTS.
As empresas desses empreendimentos que beneficiam os
mais pobres – com subsídio de
até 95% do valor do imóvel – precisam seguir exigências distintas do que é pedido nas outras
faixas. As construtoras vendem
ao governo federal um empreendimento completo, por
meio dos bancos oficiais que fazem os pagamentos de acordo
com a construção. Os beneficiários são escolhidos pelas prefeituras. Nas outras faixas, as construtoras usam recursos próprios ou outros tipos de financiamentos, seguindo as características e preços do programa.
DIDA SAMPAIO/ESTADÃO-13/7/2016
Dominó. Paralisia do programa também afeta o emprego
© 2016 CFA Institute. All rights reserved.
Com a suspensão das faixas
que atendem os mais pobres,
o Minha Casa Minha Vida
(MCMV) vai deixar de gerar
R$ 70 bilhões no Produto Interno Bruto (PIB) em três
anos, até 2018. Desde que a
terceira etapa do programa
começou, em janeiro de 2016,
a população que mais precisa
ficou de fora. As contratações da faixa 1, que beneficia
as famílias que ganham até
R$ 1,8 mil, estão suspensas
desde 2015 e não foram retomadas. A faixa 1,5 – que contemplaria famílias que ganham até R$ 2.350 por mês –
sequer chegou a sair do papel.
O Estado mostrou, na edição
de domingo, que a suspensão
de novas contratações e a paralisia das obras do programa atingem 6,1 milhões de famílias em
todo o País, número estimado
para os que precisam de moradia digna. O MCMV foi criado,
em 2009, justamente para combater o déficit habitacional,
mas a interrupção do programa
deve reverter a tendência favorável dos últimos anos.
Além do aspecto social de
atendimento da demanda habitacional da população de baixa
renda, a paralisia do programa
tem efeito econômico. No caso
do emprego, se o programa seguir sem as duas faixas vão deixar de ser geradas 1,3 milhão de
vagas, das quais 660 mil diretamente nas obras e outras 682
mil ao longo da cadeia, segundo
o estudo “Perenidade dos programas habitacionais”, da Fundação Getúlio Vargas (FGV).
Em momento de frustração
de recursos para o cumprimento das metas fiscais, a descontinuidade dessas duas faixas também afetaria a arrecadação em
R$ 19 bilhões nos três anos.
Se o programa todo parasse
(incluindo as faixas 2 e 3, direcionadas para famílias com renda de até R$ 3,6 mil e R$ 6,5 mil,
respectivamente), o impacto total seria da ordem de R$ 145,7
bilhões ao longo do período das
obras, estimado em três anos.
Esse valor corresponderia a
2,5% do PIB.
A meta do governo da presidente afastada Dilma Rousseff
era contratar 2 milhões de moradias até 2018 – número que foi
revisto de 3 milhões de unidades da promessa de campanha à
reeleição. O ministro das Cidades, Bruno Araújo, disse que
não assumiu a meta do governo
anterior. Segundo ele, em 2016,
devem ser contratadas 400 mil
unidades das faixas 2 e 3. O ministro prometeu lançar a faixa
1,5 em agosto deste ano e contra-
tar entre 40 mil e 50 mil unidades neste ano. As contratações
da faixa 1, porém, só vão retornar quando as obras já contratadas forem concluídas.
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Márcia Sadzevicius, CFA
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Efeitos
6,1 mi
é o total de famílias
prejudicadas pela
suspensão de novas
contratações e pela paralisação
de obras do programa
habitacional do governo
Bancos públicos
financiaram 83%
da infraestrutura
Juntos, BNDES, Caixa e
Tesouro desembolsaram
R$ 137,9 bilhões no fim
do 1º mandato de Dilma
Rousseff, aponta CNI
No fim do primeiro mandato da
presidente afastada Dilma
Rousseff, de cada R$ 100 investidos em infraestrutura, R$ 83 saíram dos bancos públicos, revela estudo inédito da Confederação Nacional da Indústria (CNI), que será divulgado hoje.
BNDES, Caixa e Tesouro Nacio-
nal garantiram juntos R$ 137,9
bilhões dos R$ 166,2 bilhões desembolsos para transportes,
energia elétrica, telecomunicações e saneamento em 2014. Sozinho, o banco de fomento foi
responsável por quase metade
dos empréstimos.
“A situação econômica atual
e o realismo desse novo governo do presidente Temer vai impedir que isso se repita. Mas temos um legado pesadíssimo
que vamos pagar nas próximas
décadas”, afirma Cláudio Frischtak, presidente da Inter.B e
um dos coautores do estudo. Se-
Construtoras
voltam à
incorporação
FABIO MOTTA/ESTADÃO-13/3/2013
l
Saldo
“É como se o governo
tivesse dado uma festa
para alguns poucos, que
tomaram um porre,
e todos nós teremos
que pagar a conta
nos próximos anos.”
“A situação econômica
atual e o realismo
desse novo governo vai
impedir que isso
se repita.”
Cláudio Frischtak
Ajuda. BNDES sozinho respondeu por quase 50% do crédito
gundo ele, essa dependência
quase absoluta pelos financiamentos com dinheiro público
gerou uma série de distorções
nos projetos.
“É como se o governo tivesse
dado uma festa para alguns poucos, que tomaram um porre, e
todos nós teremos que pagar a
conta nos próximos anos”, compara.
Qualidade. De acordo com o
estudo, o Brasil deveria investir
entre 4% e 5% do PIB em infraestrutura para se aproximar de
países com níveis semelhantes
de desenvolvimento.
PRESIDENTE DA INTER.B
Atualmente, pouco mais de
2% do PIB são investidos na
área. A CNI avalia que, em um
curto espaço de tempo, não é
possível ao País alcançar uma
taxa de investimento em infraestrutura na casa de 5% do
PIB – não apenas por restrições
macroeconômicas, mas pela au-
A paralisia do Minha Casa para
as famílias mais pobres está
obrigando as construtoras que
se especializaram no programa
a voltarem ao mercado de incorporação imobiliária.
No Maranhão, o programa de
habitação popular já respondeu
por até 90% do faturamento
das construtoras. Hoje, essa parcela varia entre 10% e 20%, segundo Osvaldino Pinho, presidente da Associação de Dirigentes de Empresas do Mercado
Imobiliário do Maranhão (Adenima). “Os atrasos deixaram as
empresas com um pé atrás em
relação ao governo”, diz Pinho.
As construtoras da faixa 1 do Minha Casa trabalhavam com a expectativa de pagamento pontual do governo federal de acordo com o andamento da construção. O atraso de até três meses para receber uma fatura inviabilizou a continuidade das
obras já que as empresas operavam com pouco capital para fazer o pagamento aos fornecedores e funcionários. Sem o Minha Casa, não há outra alternativa a não ser voltar ao mercado e
brigar com concorrentes de peso, como Gafisa, Cyrela e PDG.
Dono da Lastro, Pinho espera
a volta dos pagamentos para retomar as obras do empreendimento que toca em Imperatriz
junto com outras duas construtoras. Segundo o Ministério das
Cidades, a retomada das obras
das mais de 50,1 mil unidades
habitacionais que estão paradas em todo o País deve levar
um ano e custará R$ 1,2 bilhão
aos cofres públicos.
Em São Luís, as obras de 3 mil
unidades do Residencial Mato
Grosso foram retomadas no início do mês. O conjunto ficou parado por nove meses e só estará
concluído em julho de 2018. A
notícia de que as empresas voltariam a contratar levou 800 homens para a frente do canteiro
em busca de emprego. Eles foram dispensados pois, segundo
engenheiro responsável, Arie
Araújo, os 70 operários contratados eram suficientes para
manter a construção./ M.R.A.
sência de projetos de qualidade.
“O aumento da participação
privada no aporte de capitais e
na gestão de empreendimentos
é imprescindível para que o
País reverta o quadro de atraso”, afirma o presidente da
CNI, Robson Braga de Andrade.
Diante da frustração de recursos que deve se manter nos
próximos anos, é preciso uma
revisão do modelo de financiamento para aumentar a participação das fontes privadas. No
entanto, é improvável que instituições como fundos de pensão
e seguradoras venham a ampliar de imediato sua exposição
a papéis de infraestrutura.
Outras barreiras também dificultam a expansão do financiamento privado no setor, em especial o fato de as obras levarem um longo período para serem concluídas e para gerarem
retorno financeiro. / M.R.A.
B6 Economia
%HermesFileInfo:B-6:20160718:
O ESTADO DE S. PAULO
SEGUNDA-FEIRA, 18 DE JULHO DE 2016
FINANÇAS PESSOAIS
}
Como aproveitar o Tesouro Direto
antes que a taxa de juros comece a cair
Depois de um pico de rentabilidade, títulos prefixados e atrelados à inflação ainda têm boas oportunidades; simulador será lançado até outubro
TIAGO QUEIROZ/ESTADÃO
Hugo Passarelli
Natália Cacioli
Em meio às turbulências na
economia e na política, o primeiro semestre foi agitado
no Tesouro Direto. A boa notícia para quem apostou nesta aplicação foi que a percepção do risco brasileiro, mais
elevada no começo do ano do
que agora, turbinou a rentabilidade dos títulos. O Tesouro
Prefixado chegou a ser negociado a uma remuneração
perto de 17% ao ano e hoje
está em 12%. Ainda assim, segue como opção para se proteger da inflação.
“No começo do ano, as
perspectivas eram outras e
havia muita incerteza. Deve
ser difícil repetir o desempenho do primeiro semestre,
mas ainda há uma boa gordura nas rentabilidades”, afirma Mauro Mattes, gerente
de investimentos da Concórdia. O investidor também pode escolher o Tesouro IPCA,
que paga a variação da inflação no período acrescida de
um porcentual.
Há ainda o Tesouro Selic,
pós-fixado e com uma variação diária que acompanha a
trajetória da taxa básica de juros. Indicado aos mais conservadores, seu retorno é menor do que nos demais. Entre
os três títulos o investimento mínimo parte de R$ 30.
De acordo Mattes, a recomendação entre seus clientes hoje está mais inclinada
para o Tesouro IPCA. “Antes, a nossa sugestão era equilibrada entre os dois. Agora
AÇÕES
l Gol PN acumulou alta de
quase 48% na semana. O mercado continua na expectativa
de que o Senado aprove projeto que fixa em 12% a alíquota
máxima para a cobrança de
ICMS sobre querosene de
aviação. A votação deve ocorrer no dia 2 de agosto
PARA ENTENDER
MAIORES POR RENTABILIDADE
ICATU VANGUARDA FC DE FI RF REA*
ICATU VANGUARDA FMP FC FI RENDA *
MONT BLANC FI RF CRED PRIV PREV
BB OLIMPO 39 FI RF CRED PRIV*
BUTIA CRED PRIV FI RENDA FIXA MA*
FI RF IMA B ULTRA*
BB PREVIDENCIARIO RF IDKA 20 TIT*
ITAU VERSO K RF FI*
BB PREVIDENCIARIO RF IMA B5 FI*
WESTERN ASSET PREV INFLATION PLU*
NO ANO (%)
4,59
4,52
4,44
4,41
6,86
28,21
26,84
23,55
25,08
40,27
IBOVESPA
14,27IBX (50 AÇÕES MAIS NEGOCIADAS)
13,29IGC (GOVERNANÇA CORPORATIVA)
10,88ITAG (TAG ALONG DIFERENCIADO)
11,97IEE (ENERGIA ELÉTRICA)
BOLSAS INTERNACIONAIS
DOW JONES
NASDAQ
FRANKFURT
TÓQUIO
LONDRES
DIA (%)
1,26
0,71
0,67
0,65
0,64
0,34
0,08
0,12
0,06
0,06
MÊS (%)
DIA (%)
3,33
2,43
1,97
1,97
1,97
0,05
0,80
0,61
0,61
0,58
33,21
22,62
17,45
15,69
12,65
1,67
3,84
4,69
1,03
0,65
ANO
17,85
8,39
7,80
7,51
8,24
PL (R$ MILHÕES)
23,43
15,97
95,88
27,21
26,63
COTA (R$)
1,88
1,47
620,00
2,60
1,10
ANO
6,01
29,48
23,15
23,04
22,96
PL (R$ MILHÕES)
27,14
71,46
721,42
1.096,41
34,66
COTA (R$)
1.268,23
1,31
17,42
1,90
3.139,90
MAIORES POR RENTABILIDADE
MÊS (%)
DIA (%)
VINCI PRIORITARIO FI EM ACOES*
IVCT OPPORTUNITY LOGICA II FICFI*
EQUITY CP FI DE ACOES*
STAHL FIA IE*
MELLON FIA PETROBRAS*
62,16
28,62
19,13
16,97
15,45
23,56
5,12
8,95
0,83
2,51
MÊS (%)
DIA (%)
2,51
2,46
2,40
1,97
1,92
0,81
0,79
0,79
0,61
0,60
MÊS (%)
DIA (%)
15,68
15,67
15,66
15,66
15,66
2,52
2,53
2,53
2,53
2,53
MÊS (%)
DIA (%)
6,60
6,60
6,60
6,58
6,58
-2,64
-2,64
-2,63
-2,64
-2,64
ANO
68,18
4,86
65,47
16,54
78,07
PL (R$ MILHÕES)
62,61
2,02
2,49
1,92
220,48
COTA (R$)
0,33
0,32
4,17
1,94
1,21
Multimercados Livre
ANO
143,84
-2,58
48,95
56,92
52,40
PL (R$ MILHÕES)
42,95
0,00
0,70
60,95
4,48
COTA (R$)
1,13
12,00
3.668,76
80,59
40,55
118,63
76,34
63,74
57,05
56,83
2,04
1,47
4,54
9,21
1,19
6,26
0,44
-6,29
-13,32
6,84
-3,39
-2,53
-2,35
-1,97
-1,88
RUMO LOG ON
GERDAU MET PN
FIBRIA ON
USIMINAS PNA
JBS ON
SPECIAL RF REFERENCIADO DI FI
BRADESCO FI RF REF DI PERFORMANCE
BB TOP DI FI REFERENCIADO DI LP*
BRAM FI REFERENCIADO DI CORAL
ITAU RF REFERENCIADO DI FI
-55,43
-46,41
-44,62
-44,42
-31,22
RANKING DA SEMANA
l Em uma semana de otimismo o Ibovespa fechou em alta de
4,59%, enquanto a Caderneta de Poupança em queda de 4,92%
FI CAIXA BRASIL IRF M 1 TP RF*
BB IRF M 1 FI DE RENDA FIXA*
BB PREVIDENCIARIO RF IRF M1 TIT *
BB PREVIDENCIARIO RF IDKA 2 FI*
FI CAIXA BRASIL IMA B 5 TP RF LP*
DIA (%)
MÊS (%)
ANO (%)
PL (R$ MILHÕES)
COTA (%)
0,59
0,57
0,55
0,62
0,59
0,05
0,05
0,05
0,06
0,05
7,47
7,25
7,29
7,51
7,43
82.463,90
46.489,53
39.815,27
39.576,80
28.153,82
182,68
21,31
14,95
1,48
138,26
DIA (%)
MÊS (%)
ANO (%)
PL (R$ MILHÕES)
COTA (%)
0,53
0,54
0,53
0,95
0,95
0,05
0,05
0,05
0,11
0,11
7,95
7,97
7,91
9,39
9,69
9.630,88
7.631,15
7.631,10
6.322,11
5.370,62
1,88
1,84
1,97
1,87
2,05
DIA (%)
MÊS (%)
ANO (%)
PL (R$ MILHÕES)
COTA (%)
0,93
0,53
0,53
0,53
0,54
0,29
0,05
0,05
0,05
0,05
11,09
7,31
7,39
7,29
7,44
12.513,98
7.583,70
4.182,06
2.750,19
2.608,19
344,38
3,53
146,17
1,52
147,86
3,97
6,04
15,43
4,29
4,28
0,48
1,39
2,55
2,35
2,38
26,24
29,40
58,00
7,20
6,92
1.903,49
1.640,10
1.289,77
1.201,43
1.150,92
433,57
1,92
36,38
72,28
4,51
DIA (%)
MÊS (%)
ANO (%)
PL (R$ MILHÕES)
COTA (%)
0,51
0,62
0,54
0,54
0,57
0,04
0,06
0,05
0,06
0,06
7,19
7,81
6,94
7,14
7,23
80.188,49
76.073,84
58.626,49
37.517,90
36.260,04
3,32
3,34
3,39
6,73
3,47
DIA (%)
MÊS (%)
ANO (%)
PL (R$ MILHÕES)
COTA (%)
15,65
15,66
15,64
15,61
15,64
2,53
2,53
2,53
2,53
2,53
54,35
54,50
54,10
54,04
54,10
DIA (%)
MÊS (%)
ANO (%)
PL (R$ MILHÕES)
COTA (%)
6,57
6,54
6,56
6,56
6,57
-2,64
-2,65
-2,64
-2,64
-2,64
32,10
31,62
31,99
31,78
32,01
346,58
178,40
142,53
126,12
93,29
5,23
4,78
5,27
5,08
51,53
Renda Fixa Dur. Baixa Soberano
MAIORES POR PATRIMÔNIO
SAFRA GALILEO FI MULT*
FI MULT CRED PRIV CENTRAIS SICRE*
JUPITER FI MULT CRED PRIV INV EX*
CAIXA FI JUPITER MULT CRED PRIV *
FI EM COTAS DE FI MULT OLIMPO*
Multimercados Livre
MAIORES POR PATRIMÔNIO
ATMOS MASTER FI DE ACOES*
SPX FALCON MASTER FI ACOES*
GERACAO FUTURO L PAR FIA*
OPPORTUNITY LOG FI EM COTAS DE F*
OPPORTUNITY SPECIAL FIA*
ANO
29,31
29,54
3,56
23,17
22,73
PL (R$ MILHÕES)
11,62
24,19
1,58
1.420,62
5.150,44
COTA (R$)
116,84
1,18
1,04
23,71
3,16
Previdência Petrobrás FGTS
MAIORES POR PARTRIMÔNIO
BRASILPREV TOP TPF FI RF*
BRADESCO FI RF MASTER II PREVIDEN
BRASILPREV TOP TP FI RF CREDITO *
BRASILPREV RT FIX II FICFI RF*
BRADESCO FIC RF VGBL F10
Previdência Petrobrás FGTS
ANO
55,12
54,55
54,50
54,48
54,39
PL (R$ MILHÕES)
79,20
17,35
323,08
39,40
14,78
COTA (R$)
490,56
44,83
4,45
43,81
4,35
Previdência Vale FGTS
MAIORES POR PATRIMÔNIO
CAIXA FMP FGTS PETROBRAS III*
CAIXA FMP FGTS PETROBRAS IV*
CAIXA FMP FGTS PETROBRAS II*
BRADESCO FGTS PETROBRAS*
ITAU PETROBRAS FMP FGTS*
373,36
323,08
215,63
188,28
110,97
4,28
4,45
4,11
3,88
40,43
Previdência Vale FGTS
ANO
32,52
32,48
32,35
32,35
32,25
PL (R$ MILHÕES)
64,42
60,56
43,70
78,68
10,02
COTA (R$)
56,94
56,79
5,63
5,50
5,38
* ESSES FUNDOS INDICAM A COTA DE ABERTURA DE ONTEM, MAS OS DADOS SOBRE RENTABILIDADE E PATRIMÔNIO LÍQUIDO
REFEREM-SE AO DIA
MAIORES POR PATRIMÔNIO
CAIXA FMP FGTS VALE II*
CAIXA FMP FGTS VALE I*
BB FMP FGTS VALE DO RIO DOCE*
BRADESCO FMP FGTS VALE*
ITAU FMP FGTS VALE*
Renda Fixa Indexados
MAIORES POR PATRIMÔNIO
A percepção de que os juros
brasileiros estão entre os
mais atraentes do mundo ganhou outro reforço. Um relatório global da gestora de recursos BlackRock, antecipado ao Estado, coloca o País
em destaque no mapa da renda fixa para os investidores
estrangeiros.
Em meio a um cenário em
que grandes economias praticam juro nulo ou negativo,
também integram a lista da
BlackRock outros emergentes, como Índia, Indonésia e
Polônia.
O documento também ressalta, em análise sobre as
perspectivas para as economias emergentes, a mudança
do cenário político. “Governos não amigáveis ao mercado foram destituídos em economias-chave, como o Brasil”, diz o relatório.
A análise da BlackRock
vem na esteira de uma melhora generalizada do humor
dos investidores mundo afora e se segue também a uma
série de outros relatórios
que apontam para a mesma
direção.
Na semana passada, o banco HSBC divulgou uma publicação que já recomendava
aos estrangeiros a compra de
títulos brasileiros.
%
MAIORES BAIXAS EM 12 MESES
Previdência renda fixa
Previdência renda fixa
ITAUBANCO FMP FGTS VALE*
SANTANDER FMP FGTS VALE II*
BRADESCO FMP FGTS VALE PRIVATE*
SANTANDER FMP FGTS VALE*
UNIBANCO PB FMP FGTS VALE DO RIO*
%
MARFRIG ON
RUMO LOG ON
EMBRAER ON
COSAN ON
FIBRIA ON
MAIORES POR PATRIMÔNIO
MÊS (%)
VR1 FI MULT CRED PRIV*
NAUTILUS VOL FI MULTIMERCADO*
APPIA JPA FI MULTIMERCADO*
MACROINVEST MODERADO FI MULTIMER*
CAIXA FI FGP PR MULTIMERCADO*
MAIORES POR RENTABILIDADE
SID NACIONAL ON
BMFBOVESPA ON
SABESP ON
MRV ON
COSAN ON
Renda Fixa Dur. Baixa Grau Invest.
DIA (%)
MAIORES POR RENTABILIDADE
%
MAIORES ALTAS EM 12 MESES
20,03
19,12
15,20
15,02
12,69
MAIORES BAIXAS NA SEMANA
NA SEMANA % NO ANO %
MÊS (%)
ALFA I - FMP - FGTS PETROBRAS*
ITAU DESENV. PETROBRAS FMP FGTS*
CAIXA FMP FGTS PETROBRAS IV*
ITAUBANCO PETROBRAS FMP FGTS*
FMP FGTS UNIBANCO F PETR*
%
CESP PNB
GERDAU MET PN
USIMINAS PNA
P.ACUCAR-CBD PN
SID NACIONAL ON
investidor, considerando prazo
de investimento, apetite ao risco e intenção de resgate. Outro
recurso irá simular o quanto é
necessário investir para atingir
uma determinada quantia.
Para 2017, está no radar uma
reformulação da plataforma.
Desde a primeira leva de melhorias, em março de 2015, o número de investidores do Tesouro
Direto subiu 58%, atingindo
768,6 mil em maio deste ano.
MAIORES POR RENTABILIDADE
SAFRA PREV BOA ESPERANCA FI RF PR
BRADESCO FI RF MASTER NTN B 2050
PRIVATE FIC FI RF JURO REAL NTN B
ITAU FLEXP VERTICE IMAB5 MAIS RF*
BRASILPREV TOP ATUARIAL FI RF*
Tesouro. A primeira delas, a ser
lançada entre setembro e outubro deste ano, trará um simulador de investimentos, que permitirá comparar a rentabilidade dos títulos do Tesouro com
outros produtos de renda fixa,
como CDB, LCI, LCA e fundos.
Segundo a analista de Finanças e Controle da instituição,
Débora Araújo, o simulador
também irá apontar qual título
é mais indicado para o perfil do
MAIORES ALTAS NA SEMANA
NA SEMANA (%)
Renda Fixa Dur. Baixa Soberano
MAIORES POR RENTABILIDADE
seus títulos antes do vencimento.“Isso só serve para quem sabe que está apostando na queda
dos juros”, diz Amerson Magalhães, da Easynvest.
Contudo, se a perspectiva para os juros for de alta, o investidor terá perdas com a estratégia. Aos mais cautelosos, é sempre indicado manter o título até
o vencimento.
Duas mudanças em gestação
vão ajudar os investidores do
PRINCIPAIS ÍNDICES DA BOVESPA
Renda Fixa Indexados
MAIORES POR RENTABILIDADE
Mais rentável e tão acessível
quanto a poupança, o Tesouro Direto tem atraído a atenção do brasileiro. Antes de
comemorar os ganhos, porém, é preciso lembrar que,
ao contrário da caderneta, o
rendimento dos títulos do
Tesouro são tributados de
acordo com a tabela regressiva do Imposto de Renda.
No caso de resgate antes de
seis meses de aplicação, incide a alíquota de 22,5%; entre
seis meses e um ano, 20%;
entre um e dois anos, 17,5%;
acima de dois anos, 15%. Para o investidor, o recado é
claro: títulos de médio e longo prazo vão pagar menos
imposto de renda do que as
aplicações de curto prazo.
Bancos e corretoras também costumam cobrar uma
taxa de administração.
Mudanças. Tesouro Direto vai lançar simulador com comparação entre investimentos
sugerimos a maior parte da carteira no Tesouro IPCA”.
Neste cenário, quem tiver
mais sangue frio pode até testar
as emoções da renda variável na
renda fixa. Isso porque o valor e
rentabilidade dos títulos variam ao longo do tempo e caminham na direção inversa da taxa
de juros. Na prática, quanto
mais consolidada ficar a queda
do juro neste ano, maior pode
ser o retorno para quem vender
FUNDOS
Renda Fixa Dur. Baixa Grau Invest.
BlackRock
destaca renda
fixa brasileira
Saiba como é
cobrança de IR
FONTE: ANBIMA
ENTENDA:
REFERENCIADO DI - INVESTE, NO MÍNIMO, 95% DA CARTEIRA EM TÍTULOS QUE ACOMPANHAM O CDI OU A SELIC. RENDA FIXA - MANTÉM, NO MÍNIMO, 80% DA CARTEIRA EM TÍTULOS FEDERAIS. CURTO PRAZO - INVESTE
EM TÍTULOS DE ATÉ 375 DIAS QUE ACOMPANHAM O CDI OU A SELIC E TENHAM PRAZO MÉDIO DE ATÉ 60 DIAS. MULTIMERCADOS COM RENDA VARIÁVEL - APLICA EM DIVERSOS ATIVOS (COMO DÓLAR, OURO E AÇÕES).
AÇÕES LIVRE - NÃO ACOMPANHA ÍNDICES DE AÇÕES E NÃO SE VOLTA A SETOR ESPECÍFICO. IBX - ACOMPANHA O ÍNDICE BRASIL. IBX ATIVO - BUSCA SUPERAR O ÍNDICE BRASIL. IBOVESPA - BUSCA A VARIAÇÃO DO
IBOVESPA. IBOVESPA ATIVO - BUSCA SUPERAR O IBOVESPA. CAMBIAL S/ AVALANCAGEM - APLICAM CAMBIAL C/ ALAVANCAGEM - IDÊNTICO AO ANTERIOR, ADMITE ENDIVIDAMENTO.
0,76
1
Financeiro - BVSP
5,96
1
Ibovespa
4,59
1
1
Util. Pública - BVSP
4,15
1
IHFA(Fundos)ANBIMA 0,64
Debêntures - ANBIMA 0,50
1
Imobiliário - BVSP
3,83
1
Índ. Commodity BBG
1
DJ Asia/Pacífico
3,75
1
CDI
0,00
1
Petróleo BRENT
3,61
1
CDB Médio 30 dias
-0,06
1
Índ. Consumo - BVSP
3,48
1
Euro Comercial
-0,21
1
SP Europa 350
3,21
1
Dólar Comercial
-0,89
1
Índice Dow Jones
2,04
1
Ouro (US$)
-2,09
1
Industrial - BVSP
1,94
1
Poupança
-4,92
1
Tít Público - ANBIMA
20,03%
0,34
É a variação da
Cesp PNB
na semana
TESOURO DIRETO *
VENCIMENTO ANO (%)
TESOURO IPCA COM 15/5/2017
JUROS SEMESTRAIS 15/8/2020
15/8/2024
15/8/2026
TESOURO IPCA
15/5/2019
15/8/2024
15/5/2035
TESOURO PRE FIXADO 1/1/2017
1/1/2018
1/1/2019
1/1/2021
TESOURO SELIC
7/3/2017
1/3/2021
6,57
6,12
6,07
6,08
6,14
6,05
5,96
13,89
12,73
12,29
12,05
0,01
0,07
R$
2.925,34
2.969,46
2.971,44
2.966,59
2.460,00
1.812,33
981,58
941,88
840,66
753,60
603,37
7.951,70
7.926,70
* TÍTULOS A VENDA
CÂMBIO
MOEDA
Dólar comercial*
Dólar turismo*
Euro comercial*
Euro turismo*
Franco suíço*W*
ENTENDA:
NOTA DO TESOURO NACIONAL SÉRIE B
(NTN-B) - PAGA VARIAÇÃO DO IPCA E JUROS
FIXADOS NA COMPRA (PREFIXADO). OS JUROS
SÃO PAGOS TODO O SEMESTRE. NOTA DO TESOURO NACIONAL SÉRIE B (NTN-B) PRINCIPAL - PAGA A VARIAÇÃO DO IPCA E JURO PREFIXADO. O JURO E O PRINCIPAL SÃO PAGOS NO
VENCIMENTO. LETRA DO TESOURO NACIONAL
(LTN) - JURO PREFIXADO COM RECEBIMENTO
SEMESTRAL. NOTA DO TESOURO NACIONAL
SÉRIE F (NTN-F) - RENTABILIDADE DEFINIDA,
ACRESCIDA DE JURO PREFIXADO. JUROS SEMESTRAIS. LETRA FINANCEIRA DO TESOURO
(LFT) - RENTABILIDADE DA SELIC E RESGATE NO
VENCIMENTO.
POUPANÇA
COMPRA
VENDA
SEMANA
(R$)
(R$)
(%)
3,2661
3,2672
-0,91
3,3970
-1,16
3,6101
3,6121
-0,74
3,6000
3,2400
3,7800
-1,05
3,3211
-0,90
3,3191
Peso argentino**
0,2212
0,2214
Libra esterlina**
4,3069
4,3090
1,02
Iene**
0,0309
0,0309
-5,62
Peso chileno**
0,0050
0,0050
0,18
-1,34
Rublo**
0,0515
0,0515
-0,19
Yuan**
0,4880
0,4884
-0,93
Dólar australiano**
2,4755
2,4776
-0,63
Dólar canadense**
2,5156
2,5166
-0,21
Dólar Hong Kong**
0,4166
0,4167
-3,16
FONTE: * COTAÇÃO AE / ** COTAÇÃO BC
TR
27/6 a 27/7
28/6 a 28/7
29/6 a 29/7
30/6 a 30/7
1º/7 a 31/7
1º/7 a 1º/8
2/7 a 2/8
3/7 a 3/8
4/7 a 4/8
5/7 a 5/8
6/7 a 6/8
7/7 a 7/8
8/7 a 8/8
9/7 a 9/8
10/7 a 10/8
11/7 a 11/8
12/7 a 12/8
13/7 a 13/8
14/7 a 14/8
0,2035
0,2064
0,1869
0,1851
0,1621
0,1621
0,1631
0,1923
0,2217
0,2524
0,2401
0,2078
0,1934
0,1690
0,1985
0,2458
0,2303
0,2137
0,2197
TBF
POUP
1,0953
1,0481
1,0786
1,0767
1,0435
1,0435
1,0345
1,0840
1,1237
1,1045
1,0921
1,0495
1,0150
1,0404
1,0903
1,1681
1,0823
1,1256
1,0615
0,7045
0,7074
0,6629
0,6639
0,6933
0,7228
0,7537
0,7413
0,7088
0,6944
0,6698
0,6995
0,7470
0,7315
0,7148
0,7208
Poup. SELIC
0,7045
0,7074
0,6629
0,6639
0,6933
0,7228
0,7537
0,7413
0,7088
0,6944
0,6698
0,6995
0,7470
0,7315
0,7148
0,7208
%HermesFileInfo:B-7:20160718:
O ESTADO DE S. PAULO
SEGUNDA-FEIRA, 18 DE JULHO DE 2016
}
FINANÇAS PESSOAIS
Bolsa atinge o pico do
ano, mas ainda pode subir
Para analistas, cenário econômico pode ajudar índice Bovespa a ter
mais ganhos no segundo semestre; concessões e varejo são apostas
Malena Oliveira
Principal índice de ações do
mercado brasileiro, o Ibovespa ultrapassou os 55 mil pontos na semana passada e atingiu o maior patamar do ano
com o otimismo no mercado
externo e as perspectivas do
início da retomada da economia brasileira a partir do segundo semestre. Porém, ainda há espaço para ganhos,
avaliam analistas e gestores
de recursos.
“Os índices de confiança
começaram a melhorar e o
mercado financeiro já está
antecipando a melhora da atividade econômica”, diz Roberto Indech, analista da corretora Rico. O que está na mira dos gestores no momento
são as medidas de ajuste fiscal a serem tomadas pelo governo, determinantes para
impulsionar ou esfriar os negócios na Bolsa.
“A nossa visão é positiva
para o Brasil”, diz o gestor da
Rio Bravo Investimentos,
Eduardo Levy. Ele destaca,
porém, que o momento atual
é de volatilidade e que espera
essa melhora em um período
de até dois anos, com a queda
dos juros e da inflação. Ao in-
10 AÇÕES CAMPEÃS
● Papéis
renderam mais que o Ibovespa nos últimos 5 anos*
AÇÕES
RETORNO EM RELAÇÃO AO IBOVESPA
EM PORCENTAGEM
RaiaDrogasil ON
510
Equatorial ON
391
Cielo ON
345
Estácio ON
201
Ambev ON
184
Lojas Americanas PN
173
Lojas Renner ON
167
BM&FBovespa ON
163
Weg ON
129
Sabesp ON
123
*Período de 15/7/2011 a 15/7/2016
FONTE: ECONOMATICA/BROADCAST
l
INFOGRÁFICO/ESTADÃO
Foco
“Ações de empresas que
possuem uma gestão sólida
e apresentam bons
resultados operacionais
podem também ser um bom
negócio no segundo
semestre de 2016.”
Roberto Indech
ANALISTA DA RICO CORRETORA
vestidor arrojado, ele recomenda ampliar o porcentual de recursos aplicados na Bolsa. Para
quem tem perfil moderado, a
aposta recomendada é em fundos de renda fixa ou multimercados que tragam ganhos acima
do CDI - taxa de baliza os investimentos no mercado de renda
fixa no Brasil.
Papéis de empresas relacionadas a consumo e varejo são
Economia B7
NO PORTAL
Mais informações.
Colunas anteriores de Fábio Gallo
blogs.estadao.com.br/fabio-gallo
vistos como oportunidade de
negócio no segundo semestre.
Os efeitos da queda da renda e
do crédito escasso, contudo, podem adiar esse movimento.
Para o estrategista da Guide
Investimentos, Luis Gustavo
Pereira, a retomada das varejistas na Bolsa só virá em um segundo momento. Ele acrescenta que aposta em companhias
do setor elétrico e também naquelas ligadas às concessões de
infraestrutura.
Roberto Indech, da corretora
Rico, acrescenta que a busca deve ser pelas empresas com administração mais equilibrada.
“Ações de empresas que possuem gestão sólida e apresentam bons resultados operacionais podem também ser um
bom negócio.”
Nos últimos cinco anos, cinco dos dez papéis que mais subiram em relação ao Ibovespa são
de empresas de consumo e varejo: RaiaDrogasil - cuja fusão
trouxe bons ganhos aos investidores -, Ambev, Lojas Renner,
Lojas Americanas e Sabesp. A
lista ainda tem Equatorial Energia, Cielo, Estácio, Weg e
BM&FBovespa. Os dados são
provedora de informações financeiras Economatica.
Diretora comercial da Planner Corretora, Priscila Fracari
Vargas destaca que o desempenho de um ativo em determinado período não significa resultados semelhantes no futuro. Para ela, antes de tomar uma decisão de investimento, é preciso
entender o cenário econômico
e se preocupar mais com o próprio planejamento financeiro
do que com o movimento desse
ativo. “Há oportunidades e armadilhas em todos os mercados”, afirma.
Seu Dinheiro
6
Pergunte ao Fábio Gallo - Envie sua
pergunta. Elas serão publicadas às segundas - [email protected]
Curso fora
não pode ser
abatido do IR
l Tive um gasto educacional
com uma certificação emitida por
um instituto de fora do País. Como posso declarar no imposto de
renda esse gasto se o CNPJ do
instituto não está no recibo de
pagamento?
Esse tipo de gasto não é dedutível do imposto de renda, independentemente de constar ou
não no recibo de pagamento o
EIN (Employer Identification
Number), equivalente nos EUA
ao nosso CNPJ. A Receita Federal brasileira indica que são
dedutíveis de IR valores relativos a instrução em cursos em
estabelecimentos de ensino regulares. Gastos com cursos
preparatórios para concursos
ou vestibulares, por exemplo,
não são dedutíveis. No caso de
pós-graduação, compreendendo especialização, mestrado
ou doutorado, há previsão de
dedutibilidade dos gastos com
o curso em si. Mas, gastos relativos à elaboração de dissertação, tais como cópias, tradução de textos, impressão, sistemas, etc, não são consideradas
despesas de instrução. Por outro lado, embora os cursos livres não sejam dedutíveis como despesas de educação, caso sejam comprovadamente
necessários para o exercício
profissional, poderão ser deduzidos como despesas por aqueles que recebem rendimentos
de trabalho não-assalariado.
l Efetuei o levantamento de
depósito judicial correspondente à condenação da fazenda pública no pagamento de
honorários advocatícios. Recebi duas verbas: principal e
atualização monetária. Não foi
efetuado desconto de imposto
de renda na fonte. A conta judicial do depósito é como se
fosse uma caderneta de poupança. Indago: os juros recebidos são rendimentos não tributáveis como os de uma caderneta de poupança?
Esses rendimentos são tributáveis e não são tratados
como na caderneta de poupança, que tem lei própria
para essa isenção. Segundo
a Receita Federal (resposta
213), “os rendimentos pagos
em cumprimento de decisão judicial estão sujeitos
ao imposto sobre a renda na
fonte mediante aplicação da
tabela progressiva mensal.
A retenção, de responsabilidade da pessoa física ou jurídica obrigada ao pagamento, da-se-á no momento em
que, por qualquer forma, os
rendimentos se tornem disponíveis ao beneficiário”.
Em 2014 a 1ª Seção do Superior Tribunal de Justiça
manteve decisão que determinou o recolhimento de
IR e CSLL sobre juros recebidos em levantamento de
depósito judicial ou na devolução de tributos pela Receita. Para a maioria dos ministros, os juros devem ser tributados porque são uma remuneração. No entanto,
são encontradas decisões
conflitantes sobre o tema.
Artigo
Os planos de saúde mais baratos
A revisão da lei em vigor
para os planos de saúde
privados, que engessa as
operadoras e encarece os
planos, é fundamental para
viabilizar as mudanças
]
l
ANTONIO
PENTEADO
MENDONÇA
O
ministro da Saúde disse que
gostaria de criar planos de
saúde privados mais baratos para desonerar o SUS. A declaração precisa ser analisada com enorme cuidado. Em primeiro lugar porque vai na contramão da Constituição Federal, que determina que saúde é direito de todos e dever do Estado e coloca o sistema de saúde privado como suplementar do sistema
público. Em segundo lugar, fere
mantras sagrados de vários interes-
sados no assunto, que dizem que a saúde deve ser pública e que os planos de
saúde privados são a reencarnação do
demônio. Como se não bastasse, a única forma de viabilizar a ideia passa pela
redução dos procedimentos atualmente cobertos, o que, com certeza, encontraria forte resistência no Judiciário.
De qualquer forma, para viabilizar o
tema, é fundamental a revisão da Lei
dos Planos de Saúde Privados. A Lei
engessa as operadoras, obrigando-as a
oferecerem produtos que podem não
ser interessantes para um grande número de segurados e que, evidentemente, encarecem os planos, sem melhorar a rentabilidade das operadoras.
Se a ideia do ministro da Saúde evoluir até o ponto de permitir rever a Lei,
já terá sido uma boa coisa para o País.
Mesmo que a Lei continue ruim, dificilmente conseguirão piorá-la. E só a derrubada dos atuais procedimentos mínimos obrigatórios será uma vitória para
a população, que terá um sistema mais
transparente, sólido e capaz de atender melhor as necessidades de saúde.
Hoje, por exemplo, uma freira car-
melita descalça de 80 anos de idade, há
60 anos afastada do mundo, trancada
no convento, que contrate um plano
de saúde privado terá cobertura para
parto e AIDS. É um absurdo, mas é a lei.
Nossa freira terá que pagar por procedimentos que jamais fará uso e não
adianta ela dizer que não quer.
Por outro lado, na medida em que o
governo tem cada vez menos dinheiro
desemprego ou com o desemprego
real, aumenta seus custos e reduz suas
receitas.
Mexer na Lei dos Planos de Saúde
Privados seria quase que um ato de patriotismo. Ela é uma das piores leis votadas. Todos que militam na área sabem as razões porque, em 1998, foi tirada da gaveta onde dormia em berço
esplendido e votada a toque de caixa,
do jeito que estava, para ser modificada por dezenas de medidas provisórias, a primeira delas baixada 24 horas
depois da Lei entrar em vigor.
Não há razão para não se aumentar a
participação do setor privado na administração e oferta de saúde para a população. É verdade que a simples ideia de
se fazer isso atinge a alma de grupos
ideológicos ou com outros interesses
violentamente contra a medida. Mas,
se é para caminharmos para isso, é melhor definir o que cada um faz e em que
condições do que permanecer no estado atual, onde os planos de saúde privados vão assumindo responsabilidades
que não são suas, em nome da sobrevivência do brasileiro no curto prazo,
Hoje uma freira carmelita de
80 anos que contrate um
plano de saúde privado terá
cobertura para parto e AIDS
para colocar na saúde da população, as
operadoras de planos de saúde privados estão tendo que arcar com despesas excluídas de seus planos, ou porque o governo faz demagogia ou porque os tribunais mandam pagar. Isto,
somado à crise sem precedentes que
atinge o Brasil, está complicando o quadro, com dezenas de operadoras às portas da quebra porque a soma da antecipação dos atendimentos, por medo do
sem que as autoridades se preocupem com os milhões de segurados
que, em função do que vai sendo feito, podem ficar sem atendimento
no futuro, porque o plano quebrou.
É ver a quantidade de migrações
especiais que a ANS (Agência Nacional de Saúde Suplementar) tem autorizado para não se ter dúvida da
seriedade do momento.
A criação de planos mais baratos,
com a flexibilização das coberturas,
feita a sério, pode ser a solução que
os brasileiros merecem, que as operadoras pedem e que o governo precisa para evitar a piora acentuada do
atendimento à saúde da população.
Se Deus quiser, o ministro da Saúde deu o ponta pé inicial de uma partida mais justa, eficiente e útil para
todos os brasileiros.
]
ANTONIO PENTEADO MENDONÇA É SÓCIO
DE PENTEADO MENDONÇA E CHAR ADVOCACIA E SECRETÁRIO GERAL DA ACADEMIA PAULISTA DE LETRAS
A SEMANA
Segunda-feira 18
FGV: IPC-S (2ª Prévia, Jul).
Alemanha: Índice de Expecta-
Terça-feira 19
FGV: IGP-M (2ª Prévia, Jul).
Fipe: IPC (2ª Prévia, Jul).
CNI: Sondagem Industrial
(Jun).
Reino Unido: Inflação ao Con-
Quarta-feira 20
BC: Decisão de Juros.
Zona do Euro: Confiança do
Consumidor (Jul).
sumidor (Jun).
tivas (Jul).
Quinta-feira 21
IBGE: IPCA-15 (Jul).
CNI: Sondagem da Construção (Jun).
Zona do Euro: Decisão de Juros.
EUA: Atividade Nacional
(Jun).
Japão: PMI Industrial (Jul).
Sexta-feira 22
FGV: Sondagem da Indústria
(Prévia, Jul).
Zona do Euro: PMI Industrial
(Jul).
Alemanha: PMI Industrial
(Jul).
França: PMI Industrial
(Jul).
Reajuste do aluguel (Julho)
Taxa de Juros Pessoa Física (Julho)
IGP-M (FGV)
IGP-DI (FGV)
IPC (FIPE)
Linha de Crédito
Suas Contas
Imposto de Renda na fonte
Base de cálculo (R$)
Até 1.903,98
De 1.903,99 até 2.826,65
Alíquota
Inflação (%)
INSS
Parcela
a deduzir
–
Isento
7,5
142,80
De 2.826,66 até 3.751,05
15
354,80
De 3.751,06 até 4.664,68
22,5
636,13
Acima de 4.664,68
27,5
869,36
Deduções: R$ 189,59 por dependente; pensão alimentícia
integral; contribuição ao INSS. Aposentado com 65 anos ou
mais tem direito a uma dedução extra de R$ 1.903,98 no benefício recebido da previdência.
Tabela para empregado, empregado doméstico
e trabalhador avulso
Salário de contribuição
Até 1.556,94
De 1.556,95 a 2.594,92
De 2.594,93 a 5.189,82
Salário mínimo (2016)
Tabela para contribuição individual e facultativo
Alíquota
8%
9%
11%
R$ 880,00
Salário de
Contribuição
Alíquota (%)
(R$)
880,00
5% (não dá direito a Aposentadoria por
Tempo de Contribuição e Certidão de
Tempo de Contribuição)*
880,00
11% (não dá direito a Aposentadoria por
Tempo de Contribuição e Certidão de Tempo
de Contribuição)**
20
De 880,00
Índice
Valor
(R$)
44,00
96,80
até 5.189,82
*Alíquota exclusiva do Microempreendedor Individual e do Facultativo
de Baixa Renda
**Alíquota exclusiva do Plano Simplificado de Previdência
INPC (IBGE)
IGP-M (FGV)
IGP-DI (FGV)
IPA-DI (FGV)
IPC-DI (FGV)
IPC (FIPE)
IPCA (IBGE)
INCC (FGV)
ICV - Dieese
FIPEZAP-SP(FIPE)
Junho
No ano
12 Meses
0,47
1,69
1,63
2,10
0,26
0,65
0,35
6,04
5,91
6,02
6,89
4,50
5,00
4,42
9,49
12,21
12,32
14,79
8,54
10,18
1,93
4,19
8,84
6,46
0,45
-0,04
4,72
0,28
9,05
0,58
1,1221
1,1232
1,1018
IPCA (IBGE) 1,0884
INPC (IBGE) 1,0949
ICV (DIEESE) 1,0905
OBS.: Multiplique o valor do aluguel pelo fator
Cheque Especial
Instituição
CEF
Bradesco
Banco do Brasil
Itaú/Unibanco
Santander (Brasil)
Taxa de juros%
ao mês ao ano
11,75
279,30
11,85
283,27
11,95
287,45
12,55
313,38
15,21
446,99
Juros no Comércio
Cartão de Crédito
CDC - bancos - financiamento
de automóveis
Empréstimo Pessoal
Bancos
Empréstimo Pessoal
Financeiras
Taxa de juros%
ao mês ao ano
11,75
279,30
11,85
283,27
11,95
287,45
12,55
313,38
15,21
446,99
B8 Economia
%HermesFileInfo:B-8:20160718:
O ESTADO DE S. PAULO
SEGUNDA-FEIRA, 18 DE JULHO DE 2016
LINK ONLINE
Blogs e notícias. Acompanhe as
novidades de tecnologia no site do Link
link.estadao.com.br
6
Enigma. Após anos de desenvolvimento da tecnologia, fabricantes começam a olhar para aparelhos modulares como estratégia para
continuar a cativar consumidores; sucesso do formato – que enfrenta desafios de design e escala de produção – ainda é incerto
FOTOS: DIVULGAÇÃO
De
montar.
Primeiro
aparelho
do Google
chega em
2017
Smartphone
modular demora
a sair do papel
Thiago Sawada
Na primeira vez que mostrou
seu smartphone desmontável, cujos componentes são
encaixados como peças de Lego, o Google entusiasmou os
consumidores. Mas, passados três anos, as expectativas
foram diminuindo, com a demora na chegada do aparelho
– conhecido como Projeto
Ara – ao mercado. O tempo
mostrou que os desafios para
desenvolver um celular “de
montar” são maiores que os
esperados. Só em maio de
2016, o gigante das buscas revelou um protótipo do aparelho e prometeu colocá-lo à
venda no próximo ano.
A ideia de criar um celular modular não nasceu no Google.
Em meados de 2013, o desenvolvedor holandês Dave Hakkens
criou a PhoneBlocks. O objetivo da empresa era fabricar um
aparelho composto por uma espécie de chassi, que serviria de
base para módulos de processador, câmera, bateria, entre outros. O projeto permitiria que,
pela primeira vez, o consumidor personalizasse seu smartphone, de acordo com os recursos que valoriza, em vez de comprar um “pacote” pronto na loja. Além disso, Hakkens vislumbrou um futuro em que as pessoas só comprariam o smartphone uma vez, trocando apenas
um ou outro módulo com defeito ou ultrapassado. O smartphone deixaria de “durar” apenas
uns poucos anos.
O conceito inovador, contu-
do, esbarra em desafios que o
impedem de prosperar. Até
mesmo o Google, ao contrário
do que previa quando apresentou o Ara, voltou atrás e disse
que o aparelho não será completamente modular: ele virá com
componentes predefinidos como processador, memória
RAM, tela e bateria.
Nova perspectiva. Faz pouco
tempo que o conceito modular
entrou no radar dos grandes fabricantes de celulares. Desde
que o celular foi inventado, a indústria como um todo só pensava em comprimir cada vez mais
os componentes dentro do aparelho, num esforço para oferecer smartphones mais resistentes, finos, leves e elegantes.
A interface modular rompe
com essa lógica e apresenta novos desafios para garantir que
os aparelhos funcionem de forma adequada. “O fabricante precisa medir muito bem a quantidade de processamento e bateria que cada componente pode
consumir”, diz o professor de
comunicação digital da Pontifícia Universidade Católica do
l
Em marcha lenta
3,9%
foi o aumento do número de
smartphones vendidos no mundo
no primeiro trimestre de 2016,
segundo a Gartner. Apple,
Samsung e outras marcas vivem
estagnação em vendas e perdem
participação para chinesas
Rio Grande do Sul (PUC-RS),
Eduardo Pellanda. Uma simples troca de câmera poderia
exigir maior capacidade de processamento.
Outro problema é o ganho de
escala, que permite oferecer
smartphones a custos mais baixos. No caso dos aparelhos modulares, a fabricante teria que
oferecer uma grande quantidade de opções de módulos para
permitir a personalização, mas
alguns deles podem se tornar
muito caros se não houver demanda suficiente.
Adaptação. As dificuldades estão fazendo algumas empresas
a optar por um caminho intermediário. Em abril, a LG lançou
o G5, um smartphone com uma
base removível que permite ao
usuário encaixar módulos que
adicionam recursos extras ao
aparelho, como uma câmera
mais avançada que filma em
360 graus e alto-falantes mais
potentes. Outra companhia
que oferece essa possibilidade é
a Lenovo. A empresa vai lançar
em breve o Moto Z no País, que
inclui módulos parecidos com
uma capa protetora traseira. Ao
serem encaixados, eles adicionam ao aparelho um projetor
ou uma bateria extra.
Segundo as empresas, a estratégia é oferecer, separadamente, recursos adicionais que não
são essenciais para todos os consumidores, mas que podem
atrair o interesse de uma parcela deles. “Não queremos trazer
uma tecnologia que vai encarecer o produto para quem não
Personalizado. Moto Z oferece módulo extra de caixa de som
Perspectivas. Seja pelo viés da
Sustentável. PuzzlePhone é celular com vida útil mais longa
vai precisar dela”, diz Renato Arradi, gerente de produtos de
Mobile Business Group da Lenovo no Brasil.
O atual cenário também ajuda a explicar a estratégia dessas
marcas. Depois de anos de crescimento nas vendas de smartphones no mundo – elas aumentaram 42,3%, em 2013, 28,4%,
em 2014, e 14,4% no ano passado –, os fabricantes estão enfrentando a primeira desaceleração nas vendas. “Grandes fabricantes estão apostando em
tecnologia modular, pois o mercado está em queda”, diz o analista de pesquisa da consultoria
Gartner, Tuong Nguyen.
Durável. Enquanto grandes
companhias apostam na oferta
de acessórios extras, há startups que usam o conceito modular como forma de apenas estender a vida útil do aparelho e reduzir a quantidade de lixo eletrônico. É o caso da holandesa
Fairphone, que lançou seu primeiro smartphone modular no
final do ano passado. A empresa
produziu 40 mil unidades e vendeu todas por ¤ 530 (o equivalente a R$ 1.920). O interior do
aparelho tem partes que podem
ser substituídas: a empresa oferece seis módulos, que incluem
tela, câmera e bateria e, até mesmo, antena.
“Nosso objetivo é reinventar
a estrutura dos celulares para
que eles sejam mais fáceis de
consertar e durem por mais
tempo, gerando menos lixo ele-
Projeto do Google pode definir padrão para a tecnologia
A aposta do Google no design
modular vai muito além da oferta de mais uma opção de smartphone num mercado já saturado.
Segundo especialistas consultados pelo Estado, o gigante das
buscas pode transformar o Ara
em uma espécie de padrão para
que outras fabricantes possam
desenvolver seus próprios chassis e módulos de acordo com
seus interesses. Procurado, o
Google não comentou o projeto.
“A plataforma tem que ser
aberta porque não é viável para o
fabricante produzir todos os módulos sozinho”, diz Jó Ueyama,
professor do Instituto de Ciências Matemáticas e de Computação da Universidade de São Paulo (USP).
O Google não é o único que
tenta criar uma plataforma de
hardware aberta. A Lenovo, por
exemplo, vai permitir que outros fabricantes desenvolvam
módulos extras para o Moto Z,
quando o produto estiver no
mercado. Por enquanto, o
smartphone tem somente três
opções de módulos – um projetor, uma bateria extra e um altofalante – desenvolvidos em parceria com outras empresas.
O esforço da empresa, porém,
acontece apenas na direção de
estimular que terceiros desenvolvam módulos para seu
smartphone; a companhia não
pretende tornar as configurações dos módulos compatíveis
com aparelhos de terceiros.
“É improvável que uma fabricante defina um padrão. O mercado é muito competitivo e elas
não querem cooperar entre si”,
diz Eduardo Pellanda, professor
de comunicação digital da PUCRS. “Já o Google poderia propor
um padrão de hardware que se
comunicasse diretamente com
trônico”, diz o diretor de comunicação da empresa, Fabian
Hühne. Segundo relatório do
Programa da Organização das
Nações Unidas para o Meio Ambiente (Pnuma), divulgado em
meados de 2015, o volume de
resíduos eletrônicos descartados no mundo chega 41 milhões
de toneladas por ano. O volume
de eletrônicos descartados deve chegar a 50 milhões de toneladas em 2017.
Oferecer aparelhos que vão
continuar funcionando por um
bom tempo antes de serem de
serem deixados numa gaveta
qualquer é também a meta da
startup finlandesa Circular Devices. A empresa pretende lançar o PuzzlePhone no ano que
vem, um celular dividido em
três partes. O usuário compra o
“corpo” do aparelho e dois módulos: um com processador,
chip gráfico, memória e câmera; e outro com a bateria e outros componentes secundários. “Queremos que seja fácil
aprimorar o hardware assim como acontece com o software”,
diz o diretor de comunicação da
PuzzlePhone, Juan Díaz.
o sistema operacional.”
A definição de uma plataforma padrão para dispositivos modulares é importante para que
os módulos sejam fabricados
em escala e para que diferentes
l
Rivalidade
“É improvável as
fabricantes definam um
padrão. O mercado é muito
competitivo e elas não
querem cooperar entre si”
Eduardo Pellanda
PROFESSOR DA PUC-RS
fabricantes produzam módulos
e aparelhos modulares compatíveis entre si.
Novo mercado. Assim como o
surgimento das lojas de aplicativos levaram vários desenvolvedores a criar aplicações para dispositivos móveis, o mesmo pode ocorrer com a definição de
um padrão para smartphones
modulares. A diferença é que esse mercado estaria centrado no
hardware, não no software.
Se o Projeto Ara se tornar um
padrão, o Google pode tentar repetir o sucesso do sistema ope-
customização ou da sustentabilidade, o sucesso dos smartphones modulares ainda é cercado
de incertezas. “Os consumidores não estão buscando este tipo de solução”, diz Nguyen, da
Gartner. Para ele, a abordagem
de oferecer acessórios extras
não vai convencer o público a
trocar de aparelho.
Como este tipo de produto
aponta para segmentos de nicho, o vice-presidente da consultoria Forrester, Frank Gillett, acredita que mesmo a abordagem ambiental não vai resultar em grandes impactos. “Os
smartphones modulares não
vão reduzir o volume de lixo,
porque não devem se popularizar”, diz o executivo.
Para especialistas, o conceito
só vai ser relevante no mercado
de smartphones no futuro,
quando as diversas fabricantes
adotarem um mesmo padrão para criação de módulos.
racional Android, que hoje está
presente em 80% dos smartphones em todo o mundo. Como a
aposta é arriscada, o projeto
também pode terminar engavetado como o óculos inteligente
Google Glass. Mesmo após
inaugurar a categoria de eletrônicos que podem ser “vestidos” pelos usuários, ele foi descontinuado em 2015.
Mesmo assim pode não ser o
fim da linha para o conceito modular. Para o analista do Gartner, Tuong Nguyen, os smartphones não são os dispositivos
mais adequados para isso. “Talvez a tecnologia fosse melhor
aplicada em tablets e carros,
pois seria mais fácil customizálos para os usuários.” /T.S.
%HermesFileInfo:B-9:20160718:
O ESTADO DE S. PAULO
SEGUNDA-FEIRA, 18 DE JULHO DE 2016
Inclusão
social vira
negócio
de startups
REPRODUCÃO
APPS DA SEMANA
Daniel Gonzales
link.estadao.com.br/blogs/daniel-gonzales
xOS
Launcher
(Android,
grátis)
Que tal dar a
seu smartphone Android uma cara de iPhone?
Basta instalar este aplicativo, que
transforma a área de trabalho de
seu aparelho e dá a ela uma "cara" do concorrente – e você pode
selecionar ícones, papéis de parede e transições de tela a seu gosto. Um atrativo: o aplicativo quase não ocupa recursos de memória e nem de CPU, e, com ele, excluir ou mover apps para pastas
fica muito mais simples.
Empresas criam tecnologias para ajudar
comunicação de deficientes – e faturam alto
Thiago Sawada
As tecnologias para pessoas
com deficiência estão na mira de startups brasileiras. A
Livox, que desenvolveu um
aplicativo que ajuda essas
pessoas a se comunicarem,
acaba de receber US$ 550 mil
do Google para aprimorar o
sistema. O aplicativo, que
tem mais de 20 mil usuários
no País, gera dinheiro com a
venda da licença para famílias, governos e instituições
de amparo à deficientes.
“Aqui no Brasil, muitas pessoas acham errado ganhar dinheiro com negócios sociais.
Mas nós somos uma empresa
com fins lucrativos”, diz o
fundador e presidente executivo da Livox, Carlos Pereira.
O aplicativo surgiu da necessidade de Pereira se comunicar
com a filha Clara, de 8 anos, que
tem paralisia cerebral. “Minha
filha queria falar comigo, mas
não havia nenhum software de
comunicação alternativa em
português”, conta. O aplicativo
desenvolvido por Pereira – e
que se tornou o negócio principal da Livox – exibe figuras, textos e áudios para traduzir o que
os deficientes gostariam de dizer. Conforme o usuário toca
na tela, o sistema constrói uma
frase com base nesses conteúdos. Para usar o aplicativo, é preciso comprar pagar R$ 800 por
ano ou pagar pela licença vitalícia, no valor de R$ 1.350. Em quatro anos, a empresa já conseguiu faturar US$ 2,5 milhões.
Segundo João Melhado, coordenador de pesquisa e mobilização da entidade de apoio a empreendedores Endeavor, o Brasil tem boas oportunidades para interessados em soluções para pessoas com deficiência.
“Anos atrás, empresas que queriam resolver grandes problemas sociais eram marginalizadas”, afirma. Os deficientes representam a maior minoria no
País, segundo dados do Censo
2010, realizado pelo Instituto
Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Dados de 2010
mostram que 23,9% da população brasileira – o equivalente a
mais de 45 milhões de pessoas –
têm alguma deficiência. “É um
mercado que está dando seus
primeiros passos e está crescendo”, diz Melhado.
Um incentivo adicional para
a ampliação deste segmento é a
José Inácio
Pesquisador do
Comitê Olímpico
do Brasil.
Economia B9
Yoga
Relaxation
(iOS, grátis)
Comunicação. Aplicativo da Livox permite que deficientes se comuniquem por imagens
Lei de inclusão
impulsiona setor
l Sancionada em agosto do ano
passado pela presidente afastada Dilma Rousseff, a Lei Brasileira de Inclusão obriga empresas
a oferecerem conteúdos, produtos e serviços acessíveis à pessoas com deficiência, além de
impor outras obrigações.
Embora essa regra já estivesse
prevista, agora a ausência de recursos de acessibilidade é considerada uma forma de discriminação. Órgãos de fiscalização – como Ministério Público e Procon –
podem autuar e até mesmo multar quem desrespeitar a lei. /T.S.
Lei Brasileira da Inclusão, que
entrou em vigor em janeiro de
2016 (leia box acima). Entre as
novidades, o destaque fica para
a regra que obriga as empresas a
ajustarem seus sites para oferecer conteúdo acessível. “Isso gerou uma demanda imediata”,
afirma o gerente de negócios da
Hand Talk, Pedro Branco.
Fundada há quatro anos, a
startup oferece um aplicativo
gratuito que traduz textos para
a Língua Brasileira de Sinais (Libras). Ele já foi baixado quase 1
milhão de vezes. Além disso, a
empresa oferece um serviço
que traduz conteúdos na internet para Libras: empresas pagam para incorporar o intérprete virtual, chamado Hugo, em
seus sites. Mais de 3 mil sites
brasileiros já adotaram a tecnologia. A previsão da startup é faturar quatro vezes mais em
2016, em relação ao registrado
no ano passado.
“Finalmente as empresas estão abrindo os olhos e passando
a enxergar os deficientes como
consumidores”, diz o diretor da
Essential Accessibility, Aurélio
Pimenta. A empresa canadense, fundada em 2008, também
aposta no crescimento do
mercado nacional. Em dois
anos, investiu R$ 200 mil para trazer ao País um software
que, com a câmera do computador, monitora o movimento da cabeça da pessoa, como
forma de movimentar o cursor sem uso do mouse.
Apesar de promissor, o
segmento ainda oferece desafios para startups. “Poucos
negócios de impacto social já
receberam investimentos,
porque muitas vezes a startup não tem um modelo de
negócio escalável”, diz Melhado. Em geral, os empreendedores se mantêm mais focados em aprimorar a tecnologia do que cuidar da saúde
financeira do negócio.
Além disso, convencer as
empresas de que é preciso investir em acessibilidade não
é fácil. “Poucas empresas
veem a inclusão como prioridade”, diz o gerente de negócios da Hand Talk.
Este bonito
app para o iOS
traz diversos
exercícios da modalidade, para
iniciantes a praticantes de nível
avançado, acompanhados por
fotos e ilustrações. É possível
montar sequências de treinos
interativas e acompanhar uma
seção de vídeos, além do histórico de diversas práticas ligadas
ao Yoga (em inglês). Também há
uma parte especial dedicada apenas a práticas de meditação.
6Tin
(Windows
Phone,
grátis)
Votado na Windows Store
como um dos melhores apps sociais de 2016, o 6Tin é um cliente
oficial do Tinder para a plataforma
móvel da Microsoft. O app vai lhe
ajudar a descobrir pessoas de
quem você gosta nas proximidades, com uma série de recursos
interessantes, como chat e possibilidade de criar usuários anônimos. É possível ainda selecionar
a localização manualmente.
Ele é um herói
dos Jogos
Olímpicos.
E, como todo
herói, manteve
sua identidade
em segredo.
Conheça José Inácio, um pesquisador
que está nos bastidores para que
os Jogos Rio 2016 aconteçam
perfeitamente.
Ele trabalha em um dos laboratórios
do Comitê Olímpico do Brasil,
utilizando a tecnologia de redes
e servidores da Cisco para que o Time
Brasil tenha a melhor performance
de sua história nos Jogos Rio 2016.
Cisco. Celebrando os heróis dos
bastidores dos Jogos Olímpicos
e Paralímpicos Rio 2016.
cisco.com.br/rio2016
B10 Economia
%HermesFileInfo:B-10:20160718:
O ESTADO DE S. PAULO
SEGUNDA-FEIRA, 18 DE JULHO DE 2016
Nanicos,
mas enfezados
Concorrentes menores adotam estratégias inovadoras
para lançar um ataque contra as maiores marcas do mundo
E
las fabricam alguns dos produtos mais populares do
mundo. Seus logotipos são
reconhecidos de imediato; seus jingles ficam na cabeça dos consumidores. Para os investidores, elas são
uma promessa de retornos estáveis
em tempos turbulentos. E parecem
estar ficando cada vez maiores: em
30 de junho, a Mondelez ofereceu
US$ 23 bilhões pela Hershey, a fim
de criar a maior fábrica de doces e
chocolates do mundo; sete dias depois, a Danone, maior produtora global de iogurte, pagou US$ 12,5 bilhões pelo grupo de alimentos naturais WhiteWaveFoods. Apesar disso, há nuvens negras no horizonte
das gigantes do setor de bens de consumo não duráveis, que também inclui General Mills, Nestlé, Procter
& Gamble e Unilever. Num momento de franqueza, um de seus executivos reconhece: “Estamos meio que
no mato sem cachorro.”
Para se ter uma ideia problema
com que essas empresas se deparam, tome-se o exemplo de Daniel
Lubetzky, que começou a comercializar suas barrinhas de nozes e frutas secas em lojas de produtos naturais: hoje as barras Kind estão por
toda parte, dos aeroportos aos hipermercados Walmart. Ou pense-se
em Michael Dubin e Mark Levine,
empreendedores que, há cinco
anos, começaram a enviar lâminas
mais baratas aos consumidores. Hoje seu Dollar Shave Club controla
5% desse mercado nos EUA.
Histórias como essas não faltam. Entre 2011 e 2015, segundo estudo feito
pela consultoria Boston Consulting
Group e pela provedora de dados IRI,
as grandes fabricantes de não duráveis
perderam quase 3% de fatia de mercado nos EUA. Em países emergentes,
concorrentes locais dão cada vez mais
dores de cabeça às multinacionais. Faz
três anos que a gigante global Nestlé
não consegue atingir sua meta de crescimento anual, fixada entre 5% e 6%.
Durante certo tempo, as dimensões
das fabricantes de não duráveis conferiram a elas vantagens enormes. A centralização das decisões e a consolidação
dos processos industriais as ajudaram
a aumentar margens de lucros. Recorriam a grandes redes pagando alto para
ter lugar de destaque nas gôndolas.
Mas essas vantagens já não oferecem tantos benefícios. A consolidação
deixou grandes empresas mais expostas às variações cambiais, diz Nik Modi, do banco RBC Capital Markets. Os
comerciais de televisão vêm perdendo
impacto para redes sociais e avaliações
online sobre os produtos. Ao mesmo
tempo, as barreiras de entrada para as
pequenas empresas estão cada vez
mais baixas. Elas podem terceirizar a
produção e anunciar na internet. E a
distribuição já não representa um grande problema: uma marca jovem pode
ser testada em vendas online. A tendência é a mesma até quando se trata de
financiamento: no ano passado, segundo a provedora de dados CB Insights,
os investidores despejaram US$ 3,3 bilhões em empresas de não duráveis de
capital fechado, alta de 58% sobre 2014
e aumento acumulado, entre 2011 e
2015, de 638%.
Dificuldades. O que inspira ainda mais
ALY SONG/REUTERS-30/5/2012
preocupação é o fato de que os grandes
grupos têm dificuldade para acompanhar o ritmo acelerado de mudanças do
mercado de consumo. Ali Dibadj, da empresa de pesquisas de mercado Sanford
C. Bernstein, diz que, em países de renda média, parte dos consumidores acreditava que os produtos ocidentais tinham qualidade superior. Mas, conforme a economia desses países foi crescendo, grupos locais se mostraram mais afinados com as necessidades das pessoas.
Dados do RBC apontam que, de 2004
para cá, houve expansão de empresas lo- Fusões. Grandes marcas, como a
cais e regionais em economias emergen- Kraft, buscam empresas menores
tes. Na China, por exemplo, o Yunnan
Baiyao Group detém 10% do mercado gânicos tem se mostrado um desafio e
de cremes dentais, com alta de 45% nas tanto para as grandes fabricantes.
vendas ao ano desde 2004. No Brasil,
De fato, as empresas menores parequase 30% dos perfumes vendidos têm cem estar com a faca e o queijo na mão.
a marca “O Boticário”. E, na Índia, as Nos últimos anos, elas contribuíram de
Ghari Industries vendem mais de 17% maneira significativa para a proliferação
dos sabões e detergentes.
de novos produtos. Nos EUA, há mais de
Nos maiores mercados de consumo 4 mil cervejarias artesanais, número
do mundo, EUA e Europa, também é 200% superior ao da década passada.
comum que grandes empresas se moAs grandes empresas tentam reagir.
vimentem com velocidade paqui- Uma das alternativas é restringir o foco
dérmica. Se o consumidor quer um de atuação. Em 2014, a Procter & Gamble informou que iria vender ou consolidar cerca de cem marcas, a fim de se
Grandes empresas estão
concentrar em seus carros-chefe, como
perdendo espaço para
as lâminas Gillette e o sabão para lavadocompanhias locais e agora
ras de roupas Tide. A Mondelez, dona
buscam reinventar o negócio
das marcas Oreo e Cadbury, está gastando mais para entender quem se empanproduto básico, pode optar pelas mar- turra com quais guloseimas e por quê.
cas de baixo custo dos próprios varejisMas a estratégia mais bem-sucedida
tas, como Aldi e Walmart. Se está dis- tem sido a aquisição de outras empreposto a pagar mais, pode optar por pro- sas, seguida de redução de custos. O
dutos das pequenas fabricantes que go- maior destaque é o grupo brasileiro de
zam de mais prestígio que os das mais private equity 3G, que em 2013 comestabelecidas. Levantamento da con- prou a Heinz e, sem dar bola para os 147
sultoria Deloitte revela que um terço anos da empresa, promoveu cortes prodos americanos prefere pagar pelo me- fundos em seu orçamento; então foi a
nos 10% a mais pela versão “artesanal” vez da Kraft, que em 2015 fez uma fusão
de determinado produto, uma fatia com a Heinz; assim como o colosso das
maior do que a dos que se dizem incli- cervejas Anheuser-Busch InBev, presnados a pagar mais por conveniência e tes a engolir a SABMiller. A margem de
inovação. O interesse por produtos or- lucros da Heinz subiu de 18% para 28%
em apenas dois anos.
Há grandes empresas comprando
ou financiando concorrentes menores. Em 2013, duas companhias de
alimentos americanas e uma francesa — Campbell Soup, Hain Celestial
e Danone — adquiriram cada qual
uma fabricante de papinhas orgânicas para bebês. Faz tempo que a Coca-Cola e a gigante anglo-holandesa
Unilever investem ou compram empresas de menor porte. A General
Mills e a Campbell lançaram suas
próprias divisões de capital de risco.
É possível que essas estratégias deixem as fabricantes de bens não duráveis parecidas com grandes farmacêuticas, que adquirem empresas menores ou fazem joint ventures, para
então cuidar do marketing e da distribuição. Isso vem dando bons resultados aos laboratórios. Mas as grandes
fabricantes correm o risco de desembolsar somas consideráveis para comprar startups cujos produtos talvez
se revelem mera onda passageira.
Apesar dessas dificuldades, alguns executivos continuam confiantes. Tim Cofer, da Mondelez, diz
que cortes feitos com prudência e
reinvestimentos deixarão a empresa bem posicionada. Outros são
mais pessimistas. Recentemente, levantamento da consultoria EY junto a executivos de companhias de
bens de consumo mostrou que oito
em cada dez entrevistados dizem duvidar que suas empresas consigam
se adaptar às demandas dos consumidores. Kristina Rogers, da EY, diz
que a questão talvez seja repensar o
negócio, e não só reduzir custos e
fazer aquisições.
“Será que essas marcas espetaculares, avaliadas bilhões de dólares”,
indaga ela, “ainda são um modelo
robusto?”
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48000281 e requereu a Licença de
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à Avenida Luiz Merenda, nº145 Campanário - Diadema/SP.
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que foram extraviadas as Notas
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numeração 001 à 1600.
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O ESTADO DE S. PAULO
SEGUNDA-FEIRA, 18 DE JULHO DE 2016
Economia B11
Vender ativo do BNDES está mais difícil
Com desvalorização de 53,7% em 5 anos das fatias do banco em empresas, estratégia de gerar receita extra para ajuste fiscal fica comprometida
gum momento entendermos
que aquele investimento está
na hora de ser desmobilizado,
vamos fazer. Até porque o objetivo da carteira é sempre investir em novos projetos. Agora, a
gente não pode ter uma meta”,
disse Maria Silvia na semana
passada, após participar de um
seminário, na FGV, no Rio.
Para William Eid Jr., professor da FGV em São Paulo, embora a estratégia de se desfazer de
parte das participações societárias seja positiva para o BNDES,
não dá para contar com essas
operações como fonte de receita. O problema é que essas fatias são difíceis de vender, disse. “Muitas empresas foram favorecidas com aportes sem ter
muitas condições”, criticou.
Vinicius Neder/RIO
A estratégia de vender participações societárias do Banco
Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) em outras empresas para gerar receita extra e ajudar
no ajuste fiscal de 2017 vai se
deparar com uma carteira de
investimentos que vale menos da metade do que valia há
cinco anos. A carteira do BNDESPar, braço participações
societárias do banco de fomento, encerrou o primeiro
trimestre avaliada em R$
48,8 bilhões, 5,3% maior do
que no fim de 2015, mas 53,7%
menor do que no primeiro trimestre de 2011.
Em recente entrevista ao Estado, o ministro da Fazenda,
Henrique Meirelles citou a venda de participações do BNDES
como uma possível fonte de receita extra para cumprir a meta
fiscal de 2017. O objetivo de registrar déficit primário (saldo
negativo entre despesas e receitas públicas, sem contar juros)
de R$ 139 bilhões ainda depende de uma receita extra de R$ 55
bilhões.
Segundo a presidente do BNDES, Maria Silvia Bastos Marques, a nova diretoria do banco
está estudando a carteira de investimentos do BNDESPar,
mas não há uma meta de venda.
A executiva disse que não há
conversas sobre isso com o Ministério da Fazenda. “Se em al-
JBS. O BNDESPar fez investimentos polêmicos, como a compra de participação e de títulos
da dívida do frigorífico JBS. A
fatia do banco de fomento na
empresa é de R$ 6,1 bilhões,
com dados do primeiro trimestre. Também houve operações
que deram prejuízo, como a
compra de 30% da fabricante de
lácteos LBR.
Apesar disso, o principal investimento na carteira do BNDES é na Petrobrás. O BNDESPar tem R$ 11,4 bilhões em
ações da petroleira, 23% do total de investimentos. Além disso, o banco de fomento possui
participação direta na estatal.
No total, 17% do capital da Petrobrás pertencem ao BNDES.
Essa fatia encerrou 2015 avaliada em R$ 16,3 bilhões – em 2012,
antes da operação Lava Jato, de
atrasos na publicação do balanço e da crise da Petrobrás, a mesma fatia valia R$ 43,9 bilhões.
No primeiro trimestre, o BNDESPar registrou prejuízo de
R$ 1,8 bilhão, sobretudo por causa de uma baixa contábil de R$
Saída
“O momento não
é propício, por isso
tem de fazer esse tipo
de estrutura (operações
estruturadas).”
Wallim Vasconcellos
EX-DIRETOR DO BNDES
do não é favorável, o BNDESPar
teria de lançar mão de operações estruturadas para vender
suas participações com lucro,
disse Wallim Vasconcellos, sócio da gestora Iposeira Capital.
Algumas das opções são testar
o apetite de investidores, escolher empresas que tenham mais
interessados e fazer leilões de
fatias inteiras nas companhias,
em vez de vender as ações aos
poucos. “O momento não é propício, por isso tem de fazer esse
tipo de estrutura”, disse Vasconcellos, ex-diretor do BNDES. Segundo ele, não é possível vender uma carteira de R$
48 bilhões, “nem no médio prazo”, mas seria possível levantar
de R$ 2 bilhões a R$ 3 bilhões.
COMUNICADO
DE RECALL
RELAÇÃO DE CHASSIS
Land Rover Discovery 4 - SALLAAAG5CA626785 a SALLAAAM6DA653082
Land Rover Range Rover Sport - SALLSAAG6CA752903 a SALLSAAF4DA787400
Land Rover Range Rover Vogue - SALGA2KE6DA000013 a SALGA2HF4DA124233
A Land Rover Brasil convoca os proprietários dos veículos Land Rover, modelos Discovery 4, anos/modelos 2012 a 2013; Range Rover Sport, anos/modelos
2012 a 2013 e Range Rover Vogue, anos/modelos 2013 a 2014; a comparecer a uma concessionária Land Rover para realizar gratuitamente a substituição
do sensor de posição do virabrequim.
Componente envolvido: sensor de posição do virabrequim.
Defeito: possibilidade de rompimento de soldas internas do sensor de posição do virabrequim, podendo causar interrupção no sinal do sensor e provocar erro
de leitura eletrônica no módulo de gerenciamento do motor, ocasionando falha ou desligamento do motor sem aviso prévio.
Risco: caso o motor desligue sem aviso prévio, será necessário aplicar um esforço maior no pedal de freio para a frenagem do veículo, resultando em maior
distância até a sua parada total. A direção do veículo permanecerá funcional, com necessidade de maior esforço para acionamento. Veículos equipados com
sistema de suspensão pneumática poderão ter a suspensão rebaixada para a altura mínima. O desligamento do motor poderá aumentar o risco de acidentes,
com possibilidade de danos físicos e/ou materiais aos ocupantes e terceiros. Até o momento, nenhum acidente foi registrado no Brasil.
Solução: os concessionários autorizados Land Rover irão realizar a substituição do sensor de posição do virabrequim. O tempo estimado para reparo é de até
duas horas e trinta minutos.
Data de início do atendimento: 18 de julho de 2016.
Informações de Contato: para vericar se o seu veículo está envolvido na presente campanha, entre em contato com o Concessionário Autorizado Land
Rover de sua preferência; com a Central de Relacionamento com o Cliente Land Rover, através do telefone 0800 012 2733, das 9h às 18h, de segunda a sextafeira; pelo e-mail [email protected]
[email protected];; ou ainda pelo site www.landrover.com.br
www.landrover.com.br..
Visando resguardar a segurança e a satisfação de seus consumidores, a Land Rover Brasil adota esta medida e destaca a importância do pronto atendimento
a esta convocação.
Este anúncio também estará disponível no site www.landrover.com.br
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Na cidade somos todos pedestres.
ANO XXII - Nº 323 - Segunda-feira, 18 de julho de 2016
Boletim Semanal Sciesp
Sindicato dos Corretores de Imóveis no Estado de São Paulo
Chanceler da UNISciesp: Alexandre Tirelli
Jornalista Responsável: Alan Johnny - MTB 66458SP
Produção Gráfica: Publicidade Archote
www.sciesp.org.br
Sede Capital
Rua Pamplona, 1200 - Jd. Paulista - São Paulo / SP - 01405-906
11 3889-6299 - Capital e Grande São Paulo - 0800 17 6817 Demais Localidades.
EBRAE É EXCELÊNCIA EM EDUCAÇÃO PROFISSIONAL
PARA OBTER REGISTRO NO CRECI
Em quase duas décadas de fundação, a Escola Bra-
rias da EBRAE agora é disponibilizado também de for-
sileira de Ensino a Distância – EBRAE, mantida pelo
ma “ON LINE”. O aluno interage com personagens, em
Sindicato, já formou milhares de profissionais. Isso
modo passo a passo, assegurando concentração plena
significou desenvolvimento e progresso ao Brasil, pois
no estudo. Além de toda tecnologia, a escola mantém
a EBRAE é referência em ensino de qualidade e seus
um corpo docente de alto nível para orientar e tutoriar as
alunos conseguem inserção rápida no mercado de tra-
dúvidas, presencialmente e, também nos ambientes vir-
balho. “Nosso segmento sempre terá espaço para os
tuais. A adoção da ferramenta pedagógica “e-learning”
bons profissionais. A profissão de corretor de imóveis
(ensino via web) permitiu obter uma redução significati-
pode ser muito vantajosa. Temos uma demanda signi-
va no investimento final aos interessados em estudar o
ficativa ainda para ser atendida, por isso é fundamental
melhor curso de formação profissional para o mercado
ter conhecimento e formação adequada”, destaca Odil
imobiliário, ou seja, mais uma vez, a EBRAE contribui
Baur de Sá, presidente em exercício do Sindicato. Um
para o desenvolvimento do país. “No atual momento
especialista bem qualificado contribui de forma signifi-
econômico que passamos, é fundamental direcionar
cativa para o desenvolvimento da atividade econômica
nossos esforços para educação. Hoje, é possível ter
de uma nação, pois movimenta diversos setores, tais
acesso a formação profissional de qualidade com me-
como indústria, comércio e serviços.
nos de um salário mínimo de investimento”, aponta Ale-
Um fator fundamental para atender aos anseios da
xandre Tirelli, idealizador do projeto e-learning. Conhe-
sociedade é que suas instituições de ensino tenham
ça a escola EBRAE. Torne-se corretor de imóveis. Para
metodologias avançadas e sejam compreendidas facil-
mais informações acesse o site www.ebrae.com.br ou
mente. O conteúdo do curso de Transações Imobiliá-
ligue 11 3889-6299.
Diretoria do Sindicato e UNISciesp deliberam ações para a categoria
No último dia 12, a diretoria do Sindicato, o comitê
para que assim possamos otimizar o tempo e os recur-
Gestor e o chanceler da UNISciesp reuniram-se na
sos disponíveis”, destacou Odil Baur de Sá, presidente
Sede Social, para apreciar propostas, discutir assuntos
em exercício do Sciesp.
Não deixe este sorriso se apagar.
Acesse www.institutoadiante.org.br e saiba como.
“O Instituto Adiante é uma iniciativa sem ns lucrativos criado por mães e pais
de pessoas com autismo. Nosso objetivo é prestar atendimento especializado
para aqueles que não têm estrutura e condições nanceiras. Esses atendimentos
estão comprometidos por falta de recursos nanceiros e com isso o nosso
Instituto corre o risco de fechar. Precisamos de você para fazer a vida dessas
pessoas mais feliz.”
de interesse da categoria, apresentar os resultados obtidos no último período, avaliar as demandas atuais dos
corretores e corretoras de imóveis e também as possíveis ações nas áreas da educação, cultura, responsabilidade social e novos benefícios. “Uma classe unida
significa desenvolvimento pleno em todas as áreas. É
fundamental encontrarmos um denominador comum
Rua Benedito Ferreira, 40 - Jardim Adalgisa
Osasco - São Paulo - 011 3682 5499
AGRADECEMOS PELO APOIO DESTE VEÍCULO.
l
2,6 bilhões por causa dos investimentos na Petrobrás. Ano passado, o prejuízo foi de R$ 7,6 bilhões, na esteira de uma baixa
contábil de R$ 12,6 bilhões por
causa da petroleira.
Como o momento de merca-
B12 Economia
%HermesFileInfo:B-12:20160718:
O ESTADO DE S. PAULO
SEGUNDA-FEIRA, 18 DE JULHO DE 2016
MÍDIA&MKT }
ANOS 90
WEBSÉRIE
Rá-Tim-Bum
Desvendando tecnologias
A GE trará de volta os personagens Tíbio e Perônio, do Castelo
Rá-Tim-Bum, em uma websérie.
Com cinco episódios, a série colocará os cientistas do antigo programa da TV Cultura para explicar como funcionam as tecnologias da Olimpíada, como o sistema de iluminação das arenas.
A busca pela
medalha do
marketing na
Olimpíada
SIRLI FREITAS/AGÊNCIA RBS–3/7/2016
Coca-Cola, TAM e Bradesco são marcas
mais lembradas até agora, diz pesquisa
Fernando Scheller
l
Fora dos campos, tatames,
quadras e piscinas, uma disputa acirrada se dará também entre as patrocinadoras
da Olimpíada do Rio. O simples apoio ao evento não garante que a marca ganhe uma
“medalha” por sua capacidade de fazer um marketing eficiente. A briga pela atenção
do consumidor que estará de
olho em cada lance e em cada
recorde ocorrerá por meio
de ativações que vão amplificar o direito de uma empresa
de associar seu nome a um
dos principais eventos esportivos globais.
O trabalho, que vai se intensificar em agosto, durante a realização do evento, já
começou. Várias das patrocinadoras estão trabalhando a
“propriedade” há mais de
um ano. Segundo uma pesquisa da Interbrand, apoiar o
esporte é uma estratégia vencedora para ganhar visibilidade: em uma pesquisa feita
com 800 brasileiros, a consultoria apurou que 54% dos
entrevistados se lembram de
marcas que se associam a esportes; e 40% das pessoas disseram que ficam mais propensas a comprar produtos
dessas companhias.
No que se refere especificamente à Olimpíada, a Interbrand perguntou de quais
marcas que patrocinam os jogos que os entrevistados
mais lembravam. O ouro foi
para a Coca-Cola (citada por
23% dos pesquisados). O “pó-
No radar
54%
dos ouvidos na pesquisa feita
pela Interbrand que disseram se
lembrar de ações de patrocínio,
afirmaram se conectar com
ações voltadas ao esporte
23%
foi o porcentual de entrevistados
que citaram a Coca-Cola como
patrocinadora da Olimpíada do
Rio, o maior índice da pesquisa;
em segundo lugar veio a aérea
TAM, com 18%, seguida pelo
banco Bradesco, com 16%
dio” foi completado por TAM
(18%) e Bradesco (16%). Neste
caso, a companhia aérea teve o
melhor retorno sobre o investimento, pois é apenas apoiadora
do evento, sendo responsável
pelo transporte dos atletas brasileiros. “A empresa ainda aproveitou o ‘timing’ para lançar sua
nova marca, a Latam”, disse Daniella Bianchi, diretora executiva da Interbrand Brasil.
‘Corrida’. Para ganhar visibili-
dade à medida que os jogos se
aproximam, a Nissan – patrocinadora que ficou de fora da lista
das mais lembradas da Interbrand – quer fazer barulho nas
próximas semanas. A empresa,
que ganhou espaço no mercado
automotivo nos últimos anos,
está usando a Olimpíada para
solidificar sua imagem com o
público brasileiro. A montadora quer ser lembrada como uma
Pelo País. Evento da tocha olímpica, que tem três patrocinadores, é palco de ativações, como do Nissan Kicks (ao fundo)
montadora japonesa, com fábrica no Brasil e com uma posição
de marketing “atrevida”.
Segundo a gerente de patrocínios da Nissan, Eva Ng Kon Tia,
além do aspecto institucional, o
patrocínio também será usado
com um objetivo pontual: o lançamento do Nissan Kicks, que
já circulou o Brasil no evento do
revezamento da tocha, e será
anunciado para o grande público no dia 5 de agosto, abertura
do Rio 2016. O automóvel representa a entrada da Nissan nos
SUVs esportivos. O carro, que
custará cerca de R$ 90 mil, vai
brigar pelo público com veículos como Ford EcoSport e Honda HR-V.
No Rio de Janeiro, além dos
tradicionais live sites – estratégia a ser usada também por outras marcas –, a Nissan também
fechará um hotel na Praia de Copacabana, no Rio, para receber
DIVULGAÇÃO
Na TV. Coca-Cola faz ativação da Olimpíada desde 2015
convidados da marca e promover o Kicks.
O Bradesco, além de ter programado promoções e eventos
no Rio de Janeiro, está também
lançando alguns produtos rela-
cionados aos Jogos Olímpicos.
Em parceria com a Visa, o banco distribuiu a formadores de
opinião pulseiras com tecnologia de pagamento por aproximação embutida. A ideia é mostrar
Empresas ‘B2B’ também investem no ‘espírito olímpico’
Nem só de empresas que são
conhecidas do grande público vive o patrocínio olímpico. Neste ano, duas indústrias químicas, que vendem
insumos para grandes empresas e não se relacionam com
o consumidor final, também
estão pegando carona no espírito olímpico para construir marca e criar relacionamento com seus clientes.
A americana Dow Química,
que patrocina os jogos desde
2010, também estará presente
no evento Rio 2016. Além de colaborar com o Comitê Olímpico Internacional (COI) em materiais
que possam facilitar práticas esportivas – como o desenvolvimento de grama sintética para a
prática de certas modalidades –,
a empresa também tem suas matérias-primas usadas nas instalações na arena olímpica, como
nos sistemas de caixas d’água.
Além disso, segundo o líder
comercial da Dow para os Jogos
Olímpicos na América Latina,
Guilherme Dias, a empresa também faz algumas parcerias, com
a devida autorização do COI, para ajudar a promover a marca de
alguns de seus parceiros. Assim, os anéis olímpicos e a marca da Dow poderão coassinar peças que poderão ser vistas em
pontos de venda do mercado de
construção civil, por exemplo,
explica Dias. O executivo diz
que o patrocínio ao COI também ajuda a companhia a criar
relacionamento e a incentivar
outros públicos, incluindo os
funcionários da Dow.
Próteses. Já a petroquímica
brasileira Braskem, que tem
Odebrecht e Petrobrás como sócios e é conhecida pela fabricação de resinas plásticas, está
usando o esporte como estratégia de construção de marca. Como é relativamente jovem – foi
fundada em 2002 –, a Braskem
fez um grande esforço de marke-
ting relacionado aos Jogos Paralímpicos, que acontecem em setembro.
A empresa não é patrocinadora dos jogos, mas da equipe paralímpica brasileira de atletismo.
O objetivo é que o patrocínio
tenha relação com o principal
produto da Braskem: o plástico.
Segundo a diretora de marketing institucional da companhia, Claudia Bocciardi, foi feita uma pesquisa para entender
como o plástico pode ajudar no
que o banco também desenvolve tecnologias de ponta –
a pulseira, no caso, pode ser
usada na praia, pois é à prova
d’água. “Isso pode virar um
produto comercial no futuro”, explica o executivo do
Bradesco e responsável pelo
projeto olímpico, Fábio Dragone.
Já a operadora de telefonia
Claro está se concentrando
em garantir que a Olimpíada
seja “a mais conectada” da
história. Do ponto de vista de
produto, a empresa está lançando um chip – que poderá
ser usado também pelos turistas estrangeiros que visitarem o Rio – que permitirá
que o espectador compartilhe suas impressões sobre os
jogos em plataformas como
Facebook, WhatsApp e Twitter sem usar o plano de dados.
desenvolvimento da tecnologia das próteses que garantem um desempenho melhor aos brasileiros na Paralimpíada.
Embora tenha ativado fortemente o apoio aos atletas paralímpicos, a estratégia da companhia, durante o período do
evento, será retirar-se da mídia temporariamente. Como a
empresa não é patrocinadora
dos jogos ou do COI, a executiva diz que esse cuidado será tomado para evitar que qualquer
tipo de comunicação possa ser
classificado como “marketing
de emboscada”. / F.S.
Making of
‘Besouro
Mutante’ e os
palhaços
Um carro adaptado para levar o grupo circense Namakaca é o protagonista do
último episódio da websérie
do lubrificante Shell Helix.
O filme mostra como um
trio de palhaços usa o seu carro, batizado de “Besouro Mutante”. Os primeiros vídeos
abordaram as relações de
um fotógrafo e de uma banda com seus veículos.
Criação da agência Wunderman e da produtora Big Bonsai,
o filme foi gravado em dois dias
em Santana de Parnaíba e São
Paulo. Assim como nas outras
histórias, os personagens são
reais. Os atores Cafi Otta, Montanha e Du Circo se apresentam
desde 1990. No início, eles usavam o carro apenas como meio
de transporte. Com o tempo, o
conversível foi adaptado para fazer parte do espetáculo ganhando adereços como uma cama
elástica no banco de trás.
Para encerrar a campanha, a
Shell vai premiar as pessoas
com as histórias mais emocionantes de relação com o carro.
FOTOS REPRODUÇÃO
Picadeiro. Para ser parte do espetáculo, carro dos palhaços ganhou pintura divertida e cama elástica no banco de trás
caderno2
Caderno2
C1
%HermesFileInfo:C-1:20160718:
O ESTADO DE S. PAULO
SEGUNDA-FEIRA, 18 DE JULHO DE 2016 ANO XXX – Nº 10258
Brincando
no futuro
O File, em São Paulo,
mostra pesquisas de
linguagem eletrônica
Pág. C3
FELIPE RAU/ESTADÃO
Com foco
e disciplina,
Ceará amplia
seu leque de
personagens
em nova
série no
Multishow
s
a
t
s
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v
e
r
Ent
s
a
r
i
e
t
r
e
c
Cristina Padiglione
economia
Vamos encontrar Wellington
Muniz, o Ceará, em uma loja de
Sylvia Design, a quem ele entrevistará dali a alguns minutos, no
bairro do Carandiru, zona norte
de São Paulo. Ostenta lentes de
contato azuis, cílios postiços,
pancake e brilho nos lábios. Só
aguarda a chegada da peruca loira que o transformará em Gabi
Herpes, uma das tantas personagens que ele interpreta em sua
nova série no Multishow, Ceará
Fora da Casinha – estreia dia 25,
às 23 h, com exibição de segunda a sexta. Segundo programa
solo seu, ambos para o canal pago, a atração é toda gravada em
externas – o que convém ao nome. E exige do humorista uma
disciplina e concentração inimagináveis para quem está do outro lado da tela, pronto para rir.
Vem o cabeleireiro, ajeita as
madeixas de Gabi Herpes. Foto
daqui, foto dali, Ceará faz caras
e bocas para posar com a entrevistada, a também cearense Sylvia que, do zero, construiu um
império de lojas de móveis. Por
fim, Ceará ajeita a prótese de
herpes que dá nome à caricatura de Marília Gabriela e que logo mais será arrancada por ele
em cena, sem cerimônia. Ceará
faz rir só de a gente olhar a figura. Irreconhecível, poderia fugir da polícia, sem deixar suspeitas. “Eu fico muito diferente?”, duvida. “Muito!”, responde o coro da equipe a sua volta.
“Não me acho engraçado”,
diz, como todo gênio, sobre seu
ofício. “Sou muito crítico. Quando me vejo, vou achar alguma
coisa que posso melhorar. Digo:
‘essa piada não ficou no tempo
certo’, ‘essa voz pode ser melhor modulada’. Mas também,
quando acho alguma coisa legal,
vou vibrar, senão fica um sofrimento e acaba contagiando a
equipe. A minha mulher me
acha engraçado, algumas pessoas me acham engraçado.”
Sylvia também ri de Gabi herpes. Esbanja suas curvas num
pretinho colado ao corpo, que
deixa vazar parte da lateral e das
costas. “E esses olhos seus, são
de verdade ou são lentes, como
os meus?”, pergunta Gabi. “São
iguais aos seus”, ela responde,
sem medo da sinceridade. Gabi
retoma: “E essa bunda, também
é postiça?” “Ah, não, essa é minha mesmo!”, orgulha-se Sylvia.
Antenado, Ceará foge do script,
“
Não
me acho
engraçado.
Sou muito
crítico.
Quando me
vejo, acho
alguma
coisa que
eu posso
melhorar”
aproveita as deixas da entrevistada para emendar outras questões. E tanto se entretém, que a
voz de Gabi às vezes vai engrossando, cedendo espaço ao timbre do próprio Wellington, que
logo retoma o tom da apresentadora. Em dado momento, Sylvia
dá uma resposta que pode ser
mal interpretada pelo público, e
Ceará, em vez de se aproveitar
do deslize para zombar da entrevistada, como faria no Pânico,
dá-lhe um toque. “Vamos fazer
de novo”, pede.
“Não é o DNA do programa,
como é do Pânico, zoar a pessoa.
Ela sabe se vender bem, e eu
acho isso interessante. Também
sou um cara que vende o seu
produto. Uso redes sociais e falo pra todo mundo do Ceará Fora da Casinha.” Cioso de sua pre-
sença no Instagram e afins, Ceará posta teasers do programa, celebra as publicações sobre o que
vem aí e não se acanha em postar também vídeos e fotos da filha, Valentina, de 1 ano e meio.
Em poucos dias, promete, lançará um site, oceara.com.br, onde
publicará cenas de backstage e
outras micagens que não serão
vistas na tela da TV.
Só nessa temporada, Gabi
Herpes conversa com PC Siqueira, Mari Moon, Roberto
Leal e Preta Gil. Da conversa
com Sylvia, Gabi faz uma chamada para a entrada de Regina
Ralé, tributo a Casé, de uma sequência já gravada nas cercanias da movimentada Rua 25
de março. Regina também visitará Andréa Nóbrega, ex-mulher de Carlos Alberto, em sua
casa, em Alphaville, no episódio sobre os milionários – as
edições são todas temáticas.
Quantos personagens estarão em cena? “Eu não fico contando”, ele fala. “Tem personagens autorais e tem as imitações. Tem o padre Fábio Jr. de
Melo, isso não é imitação, a gente bola licenças, digamos. Na hora a gente diz: ‘Vamos fazer um
padre? Então vamos fazer o padre Fábio de Melo com Fábio
Jr.’”, explica, passando os dedos
nos cabelos, ao modo do cantor. Tem ainda um monge, um
mix de Bethânia com Caetano,
dupla sertaneja e outros tantos,
além, é claro, daquele que o tornou mais famoso, Silvio Santos.
“O Silvio é generoso comigo
demais. Muita gente acha que
o Silvio não gostava de mim,
Doce lar.
Humorista
faz pausa,
após três
meses de
gravação de
‘Ceará Fora
da Casinha’
mas não tem isso. O Silvio é
tão legal comigo que, no ano
passado, fui lá no Jogo das Três
Pistas. Quando começo a admirar mais a pessoa, fico mais caprichoso na interpretação.”
Cauteloso com a imagem que
reproduz de figuras reais, Ceará sabe que a caricatura é inevitável, faz parte do show, mas
“tem que tomar cuidado para
não exagerar na tinta, senão
vai borrar”. “Quando você faz
um personagem com imitação,
tem que dar o que você acredita, senão não fica nada.”
Gravado entre abril e julho,
Ceará Fora da Casinha pediu
uma rotina que tirava o humorista da cama às 7 h. Chegava
na sede da Formata, produtora
do programa, lá pelas 8 h, quando se submetia à caracterização do primeiro personagem
do dia. “Às vezes, a equipe vai
em casa e eu me maquio lá
mesmo. Saio quase pronto. Hoje, na correria, acabei esquecendo o esmalte ou unha postiça.”
Com contrato com o Multishow até abril de 2017, Ceará
só pode circular à vontade por
canais abertos, sem outras brechas na TV paga. Enquanto a
série estiver estreando, quer retomar os shows, mais ou menos
como fazia no Ceará, antes de
conseguir um lugar ao sol no rádio. Levará algumas perucas e
apetrechos para cima do palco,
a fim de revezar cantorias, imitações e contação de histórias.
Se tem uma coisa que tira o
humor de Wellington Muniz é
a tal cartilha do politicamente
correto. Celebra as conquistas
do Porta dos Fundos, Tá no Ar
e do próprio Pânico, onde esteve por quase 18 anos, certo de
que a internet ajudou, e muito,
a desatar alguns nós criados
nos últimos anos pela TV. Mas
não quer saber de pensar dez
vezes antes de contar uma piada. “Se a gente quer ser um
país de primeiro mundo, vamos nos espelhar nos Estados
Unidos, porque lá ninguém se
leva a sério, você pode fazer tudo. O Obama vai a um programa, o cara imita o Obama na
cara dele, o cara zoa com ele,
ele se pinta... Aqui não dá pra
fazer nada. Até porque, quem
aqui trabalha com humor não
consegue competir com os políticos. Alguns políticos são
mais engraçados que a gente,
mas eu mesmo não estou não
acho nada engraçado.”
MUITOS TIPOS EM UM
EDU VIANA/DIVULGAÇÃO
Dupla face. Padre Fábio de Melo e Fábio Jr., com mulets
EDU VIANA/DIVULGAÇÃO
Olha o gol! Calvão Bueno, caricatura do locutor da Globo
VIVIAN FERNANDES/DIVULGAÇÃO
Bethânia. Na pele da baiana, ele canta e se diverte
C2 Caderno 2
%HermesFileInfo:C-2:20160718:
O ESTADO DE S. PAULO
SEGUNDA-FEIRA, 18 DE JULHO DE 2016
DIRETO DA FONTE
SONIA RACY
Colaboração
Gabriel Manzano [email protected]
Marília Neustein [email protected]
Marina Gama Cubas [email protected]
Sofia Patsch [email protected]
Blog: estadão.com.br/diretodafonte Facebook: facebook.com/SoniaRacyEstadao Instagram: @colunadiretodafonte
Encontros Sérgio Amaral
‘Há no mundo, acredito, um certo
esgotamento da democracia liberal’
Para o futuro embaixador do Brasil em Washington, os partidos políticos – na Europa e
nos EUA – não foram capazes de captar a tempo a crescente insatisfação da sociedade
DENISE ANDRADE/ESTADÃO
Falta apenas a sabatina no
Senado, dia 11 de agosto, para que Sergio Amaral arrume suas malas rumo a
Washington. O diplomata
já recebeu o agrément (aceitação formal) do governo
americano para ser o novo
embaixador do Brasil nos
EUA, mas precisa ainda ter
seu nome aprovado no plenário da Casa. Experiência,
entretanto, não lhe falta.
Amaral já serviu, em duas
ocasiões diferentes, na embaixada brasileira da capital
americana. E volta ao local
cheio de planos: “Existe
uma multidão de grupos de
trabalho, de comissões mistas, de projetos que foram
assinados ou que resultaram em comunicados conjuntos entre Brasil e Estados Unidos. A maior parte
deles está paralisada ou
nem saiu do papel”, conta o
embaixador que já está pinçando, dentro de uma pilha
gigante, os projetos factíveis, além de estar pensando outras novas iniciativas.
O fato é que Brasil e Estados
Unidos mantêm uma antiga e
extensa relação comercial. O
mercado americano é o segundo maior comprador de produtos e serviços brasileiros no
exterior. Segundo os números do governo Temer, a China adquiriu, ano passado, US$
35,6 bilhões do Brasil, seguida
pelos Estados Unidos, com
US$ 24,2 bilhões. A balança,
no entanto, só é favorável ao
Brasil, no caso da China, que
comprou US$ 5 bilhões mais
do que vendeu. Já os EUA venderam US$ 2 bilhões mais do
que compraram por aqui.
vidos e não foram.
l Como o tema dos imigrantes?
Sim, incluindo o tema das importações, sobretudo provenientes da China, que transferem empregos e estão aguçando um sentimento nacionalista protecionista. Curiosamente, a Hillary Clinton tem hoje
a seu lado o senador Bernie
Amaral já foi embaixador em Sanders, que é uma espécie de
Paris e Londres, serviu na socialista tardio. Ele levantou
embaixada de Bonn, na Ale- uma série de questões socialismanha, e na missão perma- tas exatamente no momento
nente do Brasil junto à em que o socialismo no munONU, em Genebra. Também do está acabando. O populisfoi presidente da Associação mo, nesse sentido, significa lídos Países Produtores de Ca- deres ou partidos que estão tomando lugar dos
fé e do Conselho
Empresarial Bra- ‘A NOVA POLÍTICA partidos tradicionais. Trump fala
sil-China. Abaipara os desemxo, os melhores EXTERNA SERÁ
FIEL
AOS
VALORES
pregados cujas
momentos da
empresas onde
conversa.
DO BRASIL’
trabalhavam fol Se Donald
ram fechadas. Fala para os sinTrump ganhar as eleições nor- dicatos que sofrem a concorte-americanas, o que muda
rência dos produtos de fora ou
nos Estados Unidos e na sua
cujos associados estão perdenrelação com o Brasil? A tradido emprego. Ele fala de maneicional administração america- ra segmentada. E como unir esna é forte o suficiente para im- sas partes? Como unir o protepedir a implantação de ideias
cionismo em um partido libe‘estranhas’ que o candidato
ral, como o Republicano? De
vem apresentando?
que maneira Trump vai imEssas perguntas requerem plantar a ideia fantasiosa de fauma percepção um pouco zer um muro entre EUA e
mais ampla: a análise do no- México? Ou proibir a imigravo populismo na Europa e ção? É fato que a imigração
nos Estados Unidos. O mo- não se refere só ao imigrante
vimento parece refletir algu- em si, mas também às empremas coisas. Uma delas é um sas que precisam de migrantes
esgotamento da democra- para serem competitivas.
cia liberal, porque os partidos não foram capazes de l Acredita que hoje quem não é
captar a tempo a crescente politicamente correto é visto com
insatisfação da sociedade e bons olhos? Não há nada mais
dar uma resposta. Há uma politicamente incorreto que falar
crise de representatividade sobre o muro entre Estados Unina Europa, onde se vê um dos e México, concorda?
conjunto de partidos antieu- Trump dá uma resposta radiropeus. Nos EUA também cal, diferente dos partidos trahá uma crise de representa- dicionais, que deram respostas
tividade porque os partidos que não foram satisfatórias papolíticos esperavam que ra setores e camadas que estão
certos temas fossem absor- sofrendo esses problemas.
l Aqui na América Latina você vê
algo parecido?
Por aqui o populismo tinha
outro conceito, extremamente diferente, que era a capacidade dos partidos tradicionais manipularem as massas
com discurso popular. Depois, o populismo foi econômico. E hoje o populismo já é
diferente. O caso mais claro
do populismo atual na América Latina foi o de Hugo Chávez. Não acho que Lula tenha
sido exatamente populista.
Ele foi popular. Já em um segundo momento do governo
Dilma, ela sim foi claramente
populista quando as respostas
que dava não tinham um significado realista, não condiziam
com a realidade.
l O sr. acha que esse novo populismo inclui inverdades, como no
caso de Dilma?
Muitas das afirmações que Dilma fez, sobretudo na campanha, não condiziam com a realidade e essa foi uma das grandes razões da perda de popularidade dela. Os eleitores, inclusive do PT, se sentiram fraudados. Mas o impressionante é
que isso parece ser não só
uma prática, mas também um
recurso da política nos tempos contemporâneos.
l O Brasil vai ter eleições majo-
ritárias daqui a dois anos e
meio. Há algum perigo disso se
repetir por aqui?
Não. Inclusive porque o que
nós estamos sentindo no governo do presidente interino,
Michel Temer, é exatamente
o contrário. Ele está buscando uma pacificação, uma serenidade no trato das coisas e,
acima de tudo, tem uma grande capacidade de articulação
política. Acredito que isso vai
estabelecer um modelo, um
novo parâmetro de relações
do governo com o Congresso
e com a sociedade.
l Trata-se de um novo modelo
ou já tivemos conduções semelhantes a esta?
É um modelo parecido com o
que foi o governo Fernando
Henrique Cardoso. Que tinha
uma grande serenidade, tinha
capacidade de articulação e,
sobretudo, a capacidade de
uma discussão pública das
grandes questões.
l O que o Brasil pode esperar
da ida do sr. a Washington? O
que vai mudar?
Temos uma boa oportunidade de um aprofundamento
das nossas relações, porque,
antes de tudo, existe uma convergência nas políticas maiores dos dois países.
l O que isso quer dizer?
Obama, desde o início, assumiu compromissos que vão
exatamente na direção daquilo que o Brasil sempre reclamou ou sempre desejou: a afirmação do multilateralismo, a
afirmação da concertação como uma forma básica de entendimento. Mais do que isso,
ele deu um passo muito importante para as relações dos Estados Unidos com a América Latina: o reatamento das relações com Cuba.
l Mesmo com a proximidade do
governo Lula e Dilma com Cuba,
o Brasil não foi chamado a participar dessas negociações. Perdemos a oportunidade de ter tentado um entendimento?
Talvez o Brasil tenha perdido
essa oportunidade porque
não era visto como isento nessa relação entre Estados Unidos e Cuba. Mas voltemos à
convergência, qual é a nossa
parte nela? Ela está no discurso de posse do ministro José
Serra com orientação clara do
presidente Temer: a nova política externa vai ser fiel aos
valores e aos interesses do
Brasil e não às preferências
ideológicas de um partido.
l Que projetos o sr. levará para
Washington?
Tive uma grande surpresa ao
me debruçar na relação bilateral, que eu não acompanhava
havia muito tempo. Existe
uma multidão de grupos de
trabalho, de comissões mistas, de projetos que foram assinados ou que resultaram em
comunicados conjuntos entre
Brasil e Estados Unidos. A
maior parte deles está paralisada ou nem saiu do papel.
l Sabe por que não andaram?
O episódio da espionagem telefônica da Dilma praticamente
paralisou o relacionamento,
mas também há casos em que
nós não soubemos superar as
dificuldades. Tenho tido conversas com a embaixadora
americana no Brasil, preparando a minha ida, e nós resolvemos que a primeira coisa que
vamos fazer é uma limpeza da
mesa. Pegar essa pilha de projetos e acordos, separar o que é
viável, aquilo que pode ser resolvido a curto prazo, o que é
uma prioridade para os dois
países, e tentar resolver isso
da forma mais rápida possível.
l Pode mencionar alguns desses projetos?
Um que já está no Congresso é
o Open Sky, que permite a liberdade de frequência de voos entre os dois países. Há também
um acordo sobre carne, dando
liberdade de exportação in natura dos dois lados. Esse projeto
está bastante avançado existindo apenas algumas questões
técnicas que devem ser resolvidas nas próximas semanas para
que se concretize. Além disso,
está pronta para sair a questão
da aprovação do Global Entry –
programa que ajuda a agilizar a
entrada de passageiros internacionais de baixo risco, pré-aprovados, com destino aos EUA. Is-
so aumenta o prazo do visto
para viajantes frequentes ou
facilita a vida, sobretudo, da
comunidade de negócios.
l Na área cultural, podemos
esperar algo interessante?
Defendo que nós criemos nichos para falar para determinados segmentos da sociedade. Quando estive na embaixada, em 1992, começamos a
construir uma ponte entre a
comunidade judaica americana e a brasileira. Você sabia
que os judeus que fundaram
Nova York, em sua maioria,
migraram do Brasil para lá?
Na época em que a Inquisição se instalou na Espanha
e, depois, em Portugal, esses
judeus novos vieram para o
Brasil durante a ocupação
holandesa e se instalaram
no Nordeste, tendo importante papel na colonização
holandesa de Pernambuco.
Falo em desenvolver uma
ponte de aproximação.
l Como seria essa ponte de
aproximação?
Poderíamos começar com
uma exposição mostrando
que, quando eles foram expulsos com os holandeses
de Pernambuco, uma parte
migrou para Nova York –
que era a New Amsterdam
– e ajudaram na fundação
da cidade. Tanto assim que
o primeiro cemitério judeu
em NY se chama Cemitério
Brasileiro. Tem também
uma história que eu comecei lá atrás e que não evoluiu: a participação do Smithsonian Institute no desenvolvimento e criação de
parques temáticos ambientais na Amazônia. Nós os
ajudamos a criar um departamento sobre a Amazônia
e depois eles estudaram a
implantação de cinco parques temáticos. Quero muito ver isso acontecer.
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O ESTADO DE S. PAULO
SEGUNDA-FEIRA, 18 DE JULHO DE 2016
Caderno 2 C3
Visuais
FOTOS DANIEL TEIXEIRA/ESTADAO
A cor
do futuro
‘O Indivisível’. Obra
do artista japonês
Norimichi Hirakawa
O Festival Internacional de Linguagem Eletrônica (File) reúne 339 artistas de 31 países em busca de novos meios
Luz e treva.
‘Perspection’
(E) cruza
real e virtual;
‘Robinson’
(D) explora
expressões
do monstro
Antonio Gonçalves Filho
A fila gigantesca para penetrar
na instalação Tape São Paulo, no
primeiro dia do File – Festival
Internacional de Linguagem
Eletrônica, terça-feira, 12, não
deixou dúvidas: a 17.ª edição do
evento deverá ultrapassar o número de visitantes da última, 73
mil pessoas (em seis semanas),
podendo chegar a 100 mil espectadores. O sucesso não se limita
à instalação Tape, feita com fita
adesiva transparente pelo coletivo Numen/For Use, formado
por artistas croatas e austríacos. Quase todas as obras do festival são interativas.
Junte-se a isso as férias escolares e a familiaridade dos jovens
com gadgets eletrônicos e o resultado é um grande festival de
luzes, cores e som, do qual participam 29 brasileiros entre os
331 projetos selecionados.
“Venha Passar do Limite” é o
tema desta 17.ª edição do festival, concebido originalmente
como uma pequena mostra de
arte eletrônica – ela cresceu e
hoje incorpora várias modalidades do gênero, entre instalações interativas, como a do coletivo Numen, e obras de arte
virtual, como o ambiente imersivo The Night Cafe, do animador norte-americano Mac Cauley , que leva o espectador para dentro da tela homônima
de Van Gogh com a ajuda de
um óculos 3D. Além delas, o
festival tem games, anima-
Sensações.
Paula
Perissinotto
(acima) e
‘Tape’, obra
interativa
feita de fita
adesiva
ções e videoarte, feitos por
339 artistas de 31 países.
O festival, com curadoria de
Paula Perissinotto e Ricardo
Barreto, não privilegia nenhuma das mídias. É bastante heterogêneo, exibindo desde um led
show com uma escada inundada pela água, que cai como numa cachoeira (a obra Sentido
Único, da brasileira Angella Conte) até um autômato chamado
Robinson, do chinês Ting-Tong
Chang, um monstrengo de orelhas pontiagudas capaz de expressões assustadoras. “Não é
possível detectar uma tendência na arte eletrônica, uma convergência de linguagens”, obser-
va Paula Perissinotto.
Predomina, porém, certo espírito hedonista, característico
de nossa época, facilmente perceptível num experimento multissensorial que explora o tato,
o olfato, a audição e a visão. Chama-se Be Boy Be Girl, justamente porque seus idealizadores, os
holandeses Frederik Duerinck
e Marleine van der Werf, deixam o espectador escolher o gênero a que queira pertencer nessa instalação, projetada para simular uma ilha paradisíaca. Registrado em 3D, o filme em 360
graus mostra uma praia do Havaí, transportando o espectador para o cenário real (com
cheiro de filtro solar e sensação
de calor), e ainda permite que
ouça sons diversos a um ligeiro
movimento de cabeça (graças
ao áudio omni).
Embora seja uma instalação
mais simples, a Vídeo-Boleba, da
brasileira Celina Portella, não
deixa de impressionar, ao cruzar o ambiente real com o virtual. Num aparelho de televisão, instalado ao nível do chão,
dois garotos se revezam jogando bolinhas de gude que, ao sumir do quadro, surgem no plano real saindo da lateral da tela,
diante do público incrédulo.
Usando técnicas digitais
mais avançadas, a instalação
Ink Fall, do chinês Seph Li, jovem de 28 anos nascido em Pequim, faz o espectador retroceder 3 mil anos ao colocá-lo no
lugar dos pintores orientais que
pintavam Shanshui (pinturas
de cachoeiras e montanhas).
Passando o dedo sobre a tela
(que usa um software com mais
de 4 mil traços de tinta), ele simula os movimentos dos pintores chineses e ainda ganha como sensação adicional o som de
cordas a cada movimento.
Curiosamente, ao pesquisar
novas linguagens, os artistas
acabam topando com experimentos do passado, caso de Kalejdoskop, da alemã Karina Smigla-Bobinski, que acaba reeditando involuntariamente um
trabalho antigo da pintora Amélia Toledo, aproveitado, aliás,
pela indústria – porta-copos de
PVC flexível com líquido colorido em seu interior (criados em
1970 e que a artista brasileira
chamou de ‘discos tácteis’). No
experimento alemão, a pressão
de um dedo sobre as camadas
de folha de PVC produz o mesmo efeito psicodélico ao deslocar as tintas. O mundo dá voltas, mas não muda o mais perfeito invento tecnológico: o olho.
FILE SÃO PAULO
Galeria de Arte do Sesi. Av. Paulista, 1.313, tel. 3146-7439). Diariamente, 10h/20h (entrada até
19h40). Grátis. Até 28/8.
C4 Caderno 2
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O ESTADO DE S. PAULO
SEGUNDA-FEIRA, 18 DE JULHO DE 2016
VANESSA
BARBARA
Um farol
H
á um ano, o jornalista americano Ta-Nehisi Coates lançou Entre o Mundo e Eu, que
logo obteve o respeito da crítica e
alcançou o primeiro lugar na lista de
mais vendidos do The New York Times. Tempos depois, o livro continua atual, sobretudo após a onda recente de protestos nos Estados Unidos e a intensificação do debate sobre conflitos raciais.
É um livro curtinho e impressionante, que dá vontade de deglutir
com o Kindle e tudo. Coates escreve
SEGUNDA-FEIRA
LÚCIA GUIMARÃES
VANESSA BARBARA
uma carta ao filho adolescente falando
como os corpos dos negros são descartáveis, sobretudo por obra dos departamentos policiais. “Não interessa se a
destruição resulta de uma reação excessiva infeliz. Não interessa se teve
origem num mal-entendido. Não interessa se advém de uma política estúpida”, ele escreve. “Venda cigarros sem a
autorização devida, e o seu corpo pode
ser destruído. Leve a mal que alguém
tente cercá-lo, e o seu corpo pode ser
destruído. Vire em direção a uma escadaria escura, e o seu corpo pode ser
QUIROGA
] [email protected]
l
Teu medo
Mercúrio e Saturno em trígono;
Lua quase Cheia em Capricórnio
Ainda que tua alma seja destemida, continuarás sentindo medo,
essa informação está arraigada nas entranhas de tuas células e
também na base de todos teus sentimentos e pensamentos. O que
tornará tua alma destemida será a atitude de não te aconselhares
com o medo nem o tornares o pilar em torno do qual tudo o mais
seja construído por ti. Quando tua alma decide, mesmo que sem
intenção, fazer do medo seu principal conselheiro, isso encarece
tudo que tentas fazer, porque grande parte da energia vital será
consagrada a evitar perigos objetivos e subjetivos, transformando
teu andar numa dinâmica pesada e lenta. O medo é teu principal
adversário e tu não o derrotarás com brutalidade nem com investimentos enormes.
Quadrinhos
Frank & Ernest Bob Thaves
TERÇA-FEIRA
HUMBERTO WERNECK
ARNALDO JABOR
QUARTA-FEIRA
ROBERTO DAMATTA
destruído. Os destruidores raramente
serão responsabilizados. Em muitos
casos, receberão pensões. E a destruição é meramente a forma superlativa
de um domínio cujas prerrogativas incluem revistas, detenções, espancamentos e humilhações.”
O texto é pesado, bem escrito e lírico, mas sem sentimentalismo. O autor
fala de desigualdade social e da sensação de crescer nesse ambiente. “As
ruas transformam cada dia comum em
uma série de questões capciosas, e cada resposta incorreta traz consigo o
ÁRIES 21-3 a 20-4
QUINTA-FEIRA
LUIS FERNANDO
VERISSIMO
risco de um espancamento, um tiro ou
uma gravidez”, diz.
Coates nasceu em Baltimore, uma
das cidades americanas com os maiores índices de desigualdade social, racial e econômica. Ele conta que, por lá,
justificam-se as prisões e os guetos,
bem como a destruição do corpo dos
negros, como sendo um inconveniente a se pagar pela preservação da ordem. O escritor fala do assassinato de
um amigo de faculdade, Prince Carmen Jones Jr., cujo jipe foi confundido
por oficiais à paisana com o de um homem procurado por roubar uma arma
da polícia. O oficial sacou o revólver e
diz que se identificou, mas sem mostrar o distintivo, o que fez Jones correr
de volta para o carro, pensando se tra-
CÂNCER 21-6 a 21-7
Valerá a pena você colocar em prática seus anseios, mas tendo o cuidado de
não atropelar ninguém, o que é
bastante difícil para uma natureza como a sua. Porém, será
melhor tentar se movimentar
sem fazer ondas.
Há coisas práticas que
precisam ser feitas, independentemente de as pessoas
concordarem ou discordarem.
Por isso, será melhor perder o
menor tempo possível tentando convencer ninguém do que
quer que seja. Seguir em frente.
TOURO 21-4 a 20-5
LEÃO 22-7 a 22-8
Há coisas óbvias que
correm o risco de passarem despercebidas só porque
você não se acalma e, com espírito sereno, enxerga tudo
com mais realismo. O cenário
é complexo, mas nada além do
que você possa administrar.
GÊMEOS 21-5 a 20-6
Tudo pode e deve ser
feito com bom senso,
mas a ansiedade tenta você a
imaginar que sua alma deve
tomar decisões urgentes e até
precipitadas. Nada disso! O
tempo é favorável a você agora, use-o com sabedoria.
SEXTA-FEIRA
IGNÁCIO DE LOYOLA
BRANDÃO
MILTON HATOUM
SÁBADO
MARCELO RUBENS
PAIVA
SÉRGIO AUGUSTO
tar de um assalto. Quando ele deu
partida, o policial atirou 16 vezes.
Para quem não vive essa realidade, Coates passa uma impressão vívida de sufocamento, um desejo irresistível de se libertar e fugir em alta
velocidade. Ele conta como, aos poucos, passou a enxergar a discordância, a discussão e o caos, talvez até
mesmo o medo, como uma espécie
de poder. “O desconforto corrosivo
e a vertigem intelectual não era um
alarme. Era um farol”, escreve.
Segundo um crítico da revista Slate, o livro é “uma carta de amor escrita num momento de emergência
moral que Coates expõe com a precisão de uma autópsia e a força de um
exorcismo”.
LIBRA 23-9 a 22-10
Está tudo a postos, mas
as conversas precisarão
se estender o máximo possível
para acertar tudo e combinar
direito o que cada pessoa terá
de se responsabilizar por fazer.
Parece fácil, mas na prática
não o será tanto.
ESCORPIÃO 23-10 a 21-11
Não tenha dúvidas, você realizará o que deseja, mas não pela força de tanto
desejar, porém, porque terá se
erguido e feito tudo o necessário, inclusive alguns sacrifícios que, por enquanto, não
são considerados.
Neste momento se torna propício acertar vários assuntos que se alastram
há bastante tempo. Negocie
tudo, porém, tendo em mente
se livrar do entulho do passado
e continuar em frente com
uma vida renovada e melhor.
VIRGEM 23-8 a 22-9
SAGITÁRIO 22-11 a 21-12
Grandes projetos e movimentos começam
com ideias apenas, por isso o
entusiasmo que elas provocam
na alma. Porém, se a coisa ficar
apenas no entusiasmo, essa
mesma potência será sentida
depois com a frustração.
Aproveite a onda e tome atitudes que consolidem o avanço dos projetos
que interessam a você. Neste
momento não tente você seguir pela via da prudência, o
mundo está louco e loucas também hão de ser suas atitudes.
DOMINGO
VERISSIMO
FÁBIO PORCHAT
CAPRICÓRNIO 22-12 a 20-1
Está tudo certo no mundo incerto, considere
isso com carinho, pois, servirá
para você continuar em frente
e tomar as atitudes arriscadas
que outrora teriam sido impensáveis. Agora não é um momento qualquer.
AQUÁRIO 21-1 a 19-2
Afortunadamente, há
certa ajuda disponível,
o que tornará tudo mais fácil.
Porém, você precisa tomar cuidado com a mente, que fica formulando hipóteses para se livrar do que ela mesma precisa
tomar conta e fazer.
PEIXES 20-2 a 20-3
Tudo dará, definitivamente, imenso trabalho para realizar, mas é aí que
reside o desafio que sua alma
precisaria encarar com espírito infantil, como se fosse o que
verdadeiramente é, uma brincadeira do tamanho do cosmo.
Cruzadas & Sudoku
www.coquetel.com.br
A ideia
que o
inventor
anseia ter
Conjunto
popular
mexicano
de músicas vocal
e instrumental
Gordura
© Revistas COQUETEL
Quadris (pop.)
Pontos de despejo de
esgotos e galerias
pluviais em praias
Setor de atividade da O “D” de
empresa chinesa
ABCD (SP)
Alibaba
A fala dos
jovens
Cauda de animal
Recompensar
por vitória
Minduim Charles M. Schulz
O melhor de Calvin Bill Watterson
Raio
(abrev.)
Repetir-se
(o som)
Rodrigo
(?) Leme,
ator
brasileiro
É ministrada por
programas
como o
"Telecurso"
Matériaprima do
azeite
(?) a quem
doer: a
qualquer
preço
(?) Vegas,
cidade
Alain Delon, ator
Enche de
orgulho
Pronome
oblíquo
Consoantes
de "rede"
Alimento
apícola
Cura-se
M
Em + ele
Eliminados
do computador
I
M
Lobo (?),
vilão (Lit.)
Sílaba de
"último"
Local da
trompa de
Eustáquio
(Anat.)
Acrescentar
Norte
(abrev.)
(?) direta:
é enviada
pelo
correio
Herói que
O café
combateu
que foi
os mouros passado
(Hist.)
pelo filtro
Lógica
(abrev.)
Rita (?):
a Gata
Roqueira
(Mús.)
Prêmio do
Cinema
Estéril
(a terra)
Recruta Zero Mort Walker
5/el cid. 7/diadema. 8/mariachi. 9/envaidece. 14/comércio on-line.
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1
3
6
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6
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3
7
Turma da Mônica Mauricio de Sousa
8 1 5
9
5
6
2
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8
9
3
7
1
7
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7 6
SOLUÇÕES
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6
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1
2
5
9
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3
9
1
7
5
2
8
6
4
BANCO
Nível Fácil
5 7
7
4
3
l Bem pensado
“É preciso esquecer para viver; a vida é esquecimento; cumpre abrir espaço para o que
está por vir.” Miguel de Unamuno y Jugo
%HermesFileInfo:C-5:20160718:
O ESTADO DE S. PAULO
SEGUNDA-FEIRA, 18 DE JULHO DE 2016
Caderno 2 C5
Música
A sanfona
mostra sua
força em
festival
FOTOS JF DIORIO /ESTADÃO
Instrumento é protagonista de
quatro dias de festa em Juazeiro
João Paulo Carvalho
JUAZEIRO
Um bom festival não se faz apenas com atrações musicais de
peso. O primordial, em muitos
casos, é destampar bem os ouvidos, conhecer novos artistas e
deixar o preconceito de lado para entender propostas que vão
muito além do quesito musical.
O Festival Internacional da Sanfona, realizado em Juazeiro, na
Bahia, que começou na quarta,
13, e terminou no sábado, 16,
conseguiu reunir todos esses
atributos. De forma leve, os quatro dias da quarta edição do
evento promoveram a sanfona à
protagonista da música popular
brasileira e apresentaram ao público um pouco da cultura regional da terra de João Gilberto. Objeto tradicional de diversas festas culturais do Brasil e do mundo, o instrumento brilhou e mostrou sua pluralidade nas mãos
de gaúchos, nordestinos, norteamericanos e até argentinos.
A apresentação derradeira
foi de Fagner. Ele subiu ao palco no sábado, 16, e, sem surpresas, montou um repertório recheado de hits. De Deslizes, passando por Noturno (Coração
Alado) e Canteiros. As canções
do cearense foram cantadas em
coro pelo gigantesco público
que tomou conta da orla do Rio
São Francisco. O show de Fagner, entretanto, destoou das outras performances que tiveram
a sanfona como protagonista,
ainda que, no final da apresentação, Targino Gondim, curador
e diretor artístico do projeto, tenha subido ao palco com o cantor para trazer a sanfona de volta ao estrelato.
Houve, todavia, outros destaques. Em 2016, o festival trouxe
a atração internacional Murl
Sanders, dos Estados Unidos.
Simpático e arriscando-se no
português, o gringo roubou a cena no Centro Cultural João Gilberto, na abertura do evento, na
quinta, 14. Com a sanfona nas
mãos, Sweet Home Chicago,
clássico do blues, virou Sweet
Home Juazeiro. Uma brincadeira que acertou em cheio e agradou. Ob-La-Di, Ob-La-Da, dos
Beatles, ganhou uma versão inusitada na sanfona. Sanders é um
músico virtuoso, que sabe mostrar sua técnica no momento
certo. Preciso, casa bem os acordes do seu instrumento de ofício com o groove do baixo e os
riffs da guitarra, proporcionando à plateia uma sonoridade
agradável.
Outro destaque do festival foi
a homenagem ao mestre Dominguinhos, na sexta, 15. Ex-inte-
acesse
sescsp.org.br
MÚSICA
II Fime - Festival Internacional de
Música Experimental
Diego Espinosa (MEX)
e Peter Evans (EUA)
Dia 21. Qui., 20h.
Consolação
Verônica
Decide Morrer
Encerramento. Fagner se apresenta, no sábado, ao lado do sanfoneiro Targino Gondim, na orla do Rio São Francisco
Renato Borghetti. Gaúcho tocou ‘Felicidade’, de Lupicínio
grante da banda do cantor e
compositor, que morreu em
2013, Maestrinho se emocionou
ao apresentar Em Minha Alma,
música que compôs especialmente para ele. “Quero tocar
uma canção para o meu mestre
Dominguinhos. Ele que com toda a humildade do mundo me
chamou para tocar ao seu lado.
siga
sescsp
Tudo que existe de mais especial em minha alma está na melodia desta música. Vou homenageá-lo até o último dia da minha vida”, afirmou.
Em meio a tantos nomes de
peso, ainda houve espaço para o
tango argentino. O duo Vanina
Tagini e Gabriel Merlino mostraram algumas canções regio-
baixe o aplicativo
sesc são paulo
TEATRO
nais e encantaram pela elegância, característica marcante do
estilo. Gabriel Merlino vem de
uma outra escola da sanfona.
Apesar da diferença sonora, soube prender a atenção do público
com um vigor sonoro invejável.
Dono de um humor refinado,
Oswaldinho do Acordeon brincou o tempo todo com o público. Um dos maiores nomes nacionais da sanfona “revelou”
seu trauma por Asa Branca,
clássico de Luiz Gonzaga. “Tenho um certo medo de Asa Branca porque sou filho de sanfoneiro. Na infância, todos perguntavam para o meu pai se eu sabia
tocar. Ele dizia que sim e me chamava para dedilhar Asa Branca
para os amigos e a família toda.
Fiquei traumatizado”.
Quem também se apresentou
no festival foi o gaúcho Renato
Borghetti. Ao lado do violeiro
Daniel Sá, o músico deu um
show de competência. Muito
técnico, soube com muita precisão prender a atenção do públi-
ingressos online a partir de terça, 15h30
ingressos bilheterias a partir de quarta, 17h30
LANÇAMENTO
A MELANCOLIA
DE PANDORA
Edições Sesc SP
FOTOGRAFIA DE PALCO II LENISE PINHEIRO
Direção: Steven Wasson.
Com as Companhias BR 116 e Lusco-Fusco
(Brasil), e Theatre de L’ Ange Fou (França e EUA).
De 21 a 24. Qui. a sáb., 21h.
Dom., 18h. Belenzinho
Lançamento e sessão de autógrafos
com a autora.
Dia 19. Ter., 20h. Pompeia
co. “Ouvi vocês cantando há
poucos minutos. Eu e meu parceiro (Daniel) não cantamos,
mas queremos ouvir a voz de vocês nessa próxima música. Esse
cara compôs o hino do meu time, o Grêmio, de Porto Alegre”,
disse antes de tocar Felicidade,
de Lupicínio Rodrigues.
Na semana em que completou 138 anos de vida, a pequena
cidade de Juazeiro não só se
transformou na capital internacional da sanfona como também expandiu os horizontes de
quem via o instrumento como
mero coadjuvante ou item corriqueiro de festas regionais do
Sul e Nordeste do País. A sanfona é gigante. Uma protagonista
multifacetada capaz de mudar
vidas, promover sonhos e fazer
até a pessoa de fole mais endurecido não resistir ao seu encanto.
REPÓRTER E REPÓRTER FOTOGRÁFICO
VIAJARAM A CONVITE DA PRODUÇÃO
sesctv.org.br/aovivo
oiTV canal 128
ARTES VISUAIS
Geometria Afetiva
Obras de Felipe Cohen, Marina Welfort e
Wagner Malta Tavares abordam a presença
do construtivismo na produção
artística contemporânea.
Ter. a dom. Bom Retiro
Provocar Urbanos
Instalações com obras de Ángela León,
Coletivo Basurama, Erica Ferrari e Maurício
Adinolfi, Graziela Kunsch, Guilherme
Teixeira, Jarbas Lopes, Marcelo Cidade,
Rodrigo Bueno e Vinicius S.A.
Ter. a dom. Vila Mariana
Lançamento do primeiro disco da banda com
misto de New Wave e Pós Punk.
Dia 21. Qui., 21h30. Pompeia
Estou Cá
Potlatch - Trocas de Arte
A Anta de Copacabana
Mamãe
IDOSOS
ESPORTE E ATIVIDADE FÍSICA
Texto e direção: Rafael Camargo.
Com Adriano Petermann.
Dias 21 e 22. Qui. e sex., 20h.
Vila Mariana
Instrumental Sesc Brasil
BLACK MANTRA
Releituras de funk dos anos 70.
Dia 18. Seg., 19h. Dom., 18h.
Consolação
Avós e Netos
Texto e atuação: Álamo Facó.
Direção: Álamo Facó e Cesar Augusto.
De 19 a 22. Ter., a sex., 21h.
Pinheiros
CONFECÇÃO DE
BONECOS DE PANO
LITERATURA
NÉLIDA PIÑON
Bate-papo com a primeira mulher a presidir
a Academia Brasileira de Letras.
Dia 19. Ter., 19h30. Bom Retiro
Oficina com Glória Viana.
Dias 20 e 22. Qua. e sex., 14h. Santo Amaro
GESTÃO CULTURAL
Estratégias para
Gestão de Pessoas em
Instituições Culturais
CINEMA
80 Anos do Zé do Caixão
Ritual dos Sádicos
O Despertar da Besta
Exposição feita de trocas descontroladas.
Curadores participantes: Carolina de
Angelis, Juliana Biscalquin, Paulo Miyada
e Yudi Rafael.
Ter. a dom. Belenzinho
Edição 28: A Trajetória do Esporte
Curso com Marcia Regina Guiotem
e Paulo Rodrigues da Silva.
De 18 a 27. Seg. a qua., 19h30.
Centro de Pesquisa e Formação
Super Libris
Direção: Paulo Markun (Brasil, 2016).
Após a exibição, bate-papo com Paulo
Markun e Marco Aurélio Klein (ex-secretário
nacional da ABCD – Autoridade Brasileira de
Controle de Dopagem).
Dia 19. Ter., 20h.
CineSesc
Prá Todo Mundo Dançar!
Bate-papo com o jornalista e escritor
Roniwalter Jatobá.
Direção: José Roberto Torero.
Dia 18. Seg., 21h.
Curiosidades sobre as modalidades olímpicas
numa exposição virtual.
Até 30/7. Seg. a sáb., 9h30. São Caetano
Direção: José Mojica Marins (BRA, 1970).
Dia 19. Ter., 20h.
Santana
SESCTV
Operário do Mundo, Escrevei!
A Corrida do Doping
Handebol e Pólo Aquático
DANÇA
Com Grupo Babado de Chita.
Dia 20. Qua., 15h30. Santo André
Quem Com Porcos
Se Mistura Farelo Come
Com o Grupo Vão.
Dias 19 e 20. Ter. a qua., 20h30. Pinheiros
#FORADAMODA UMA EXPOSIÇÃO
EM CONSTRUÇÃO
Com novas instalações artísticas, oficinas e
performances, o projeto apresenta diferentes
aspectos da moda.
Obras de Adriana Yazbek, Lídia Lisboa, Dudu
Bertholini, Rita Comparato e Fábio Gurjão.
Ter. a dom. Ipiranga
C6 Caderno 2
%HermesFileInfo:C-6:20160718:
O ESTADO DE S. PAULO
SEGUNDA-FEIRA, 18 DE JULHO DE 2016
SEM INTERVALO
CRISTINA PADIGLIONE
32%
é o crescimento que a série ‘Um
Contra Todos’ dá à faixa nobre da FOX às
segundas-feiras. O ator Roberto Birindelli
entra em cena no episódio de hoje, como o
verdadeiro ‘Doutor do Tráfico’
] [email protected]
l
ARTHUR MENINEA/DIVULGAÇÃO
Markun lança
documentário
sobre doping
Amaral SOBRE O PASSADO NA TV TUPI, AO
‘PERSONA’: AMANHÃ, ÀS 23H30, NA TV CULTURA
A
poucos dias da Rio 2016, Paulo Markun põe na praça o documentário A Corrida do Doping (90 minutos), com lançamento
no CineSesc, amanhã, às 20 h. O título é coproduzido pela Arapy Produções, Globo Filmes e GloboNews,
que exibe uma versão mais curta (72
minutos) no dia 30. O filme conta
com a parceria do documentarista
francês Xavier Deleu e reúne depoimentos de especialistas e atletas de
grife, como Lance Armstrong, ciclista americano, vencedor de 7 Tours
de France, que perdeu as medalhas
pelo doping; e a russa Yulyia Stepanova, campeã dos 800 m, que, com
o marido, Vitaly Stepanova, ex-funcionário da Agência Russa Antidoping, denunciou o uso sistemático
de produtos proibidos entre atletas.
“Cheguei a fazer vários trabalhos,
inclusive de vilã. É o que mais
gosto de fazer.” Maria Adelaide
Série com Caco Ciocler no papel
de um médico que trabalha na periferia de São Paulo, Unidade Básica tem
estreia anunciada para setembro no
canal Universal. A produção é da Gullane e o enredo, de Newton Cannito.
Com Ana Petta, Vinicius Oliveira,
Carlota Joaquina e Bianca Muller.
Otaviano Costa apresentará o Brazilian Day do ano, dia 4 de setembro,
na Sexta Avenida, em Nova York,
com shows de Preta Gil, Jota Quest
e a dupla Cesar Menotti & Fabiano.
Leandro Hassum fará a apresentação da transmissão ao vivo pela Globo Internacional, no estúdio.
Amém
Walcyr Carrasco adora montar casamentos em suas novelas e desmontá-los à beira do
altar. Mas Eliane Giardini e Marco Nanini vão honrar a cerimônia, como honram qualquer
cena, em Êta Mundo Bom! É no capítulo de amanhã que Anastácia se une a Pancrácio.
SBT e Mixer celebram o resultado
da primeira série da produtora para
o canal. A Garota da Moto estreou
bem, na quarta-feira, e na quinta
subiu, chegando a 11 pontos de média, sendo o programa mais visto
do dia no canal.
Ana Maria Braga repagina seu
visual com frequência, mas a identidade visual do Mais Você pouco
se alterou em 16 anos. Então, anote aí: na segunda-feira, 25, tem reforma no ar, com novo logotipo,
vinhetas, tarjas e videografismo.
+ VC, com símbolos no lugar de
palavras, farão as vezes de cartão
de visitas do programa. O coração,
registro do programa, promete ganhar mais destaque, com paleta
de cores ampliada.
Anitta, ao receber o grupo Gigantes do Samba, formado por Alexandre Pires, Belo e Luiz Carlos, deu
ao Música Boa ao Vivo, do Multishow, a maior audiência desta
temporada, no dia 5/4.
Tíbio e Perônio (Flávio de Souza
e Henrique Stroeter) estão de volta. Os dois cientistas do Castelo RáTim-Bum gravam amanhã uma ação
comercial no cenário do Roda Viva,
para falar das novidades tecnológicas de uma marca de eletroeletrônicos no contexto da Rio 2016. Haverá transmissão ao vivo pelo Facebook Live, das 10 h às 12h30.
Música
Mimo desafia a
lógica de festivais,
em Portugal
BETO FIGUEIROA/DIVULGAÇÃO
Ao escolher a pequena Amarante para sua primeira
edição fora do Brasil, evento reforça seu conceito
Julio Maria /AMARANTE
A ponte de Amarante sobre o
Rio Tâmega viu conflitos que os
portugueses do Norte gostam
de contar. Construída ao lado
do mosteiro de São Gonçalo,
nos anos em que o próprio santo teria vivido na cidade, as
cheias primeiro acabaram com
suas estruturas no século 13 e,
mais de 600 anos depois, as tropas francesas de Napoleão Bonaparte foram colocadas para
correr a partir dali por soldados
e moradores de uma improvável resistência – sim, a cena pode ser revisitada com malícia
desde que a seleção de Portugal
fez o mesmo com a França na
conquista da Eurocopa.
A cidade de 14 mil habitantes
viu agora, entre sexta e domin-
go, sua ponte ganhar novo significado. Nem os patrocinadores
portugueses em potencial entenderam bem quando a produtora Lu Araújo chegou à região
com um conceito de festival gratuito de música por aquelas terras. Eles se perguntavam “mas
por que uma brasileira?”, perguntavam a ela “por que Amarante?” e não perguntavam a ninguém mas deveriam: “que música é essa que vai ocupar nossas
praças e igrejas do século 17?”
A primeira edição do festival
Mimo fora do Brasil, doze anos
depois da estreia deste conceito em Olinda, parece ter marcado um caminho sem volta. Tom
Zé comemorou 80 anos de idade tocando para uma plateia alucinada em praça pública e, no
dia seguinte, conversando com
Guia. TV
CULTURA
10h20
10h45
11h30
11h55
12h00
13h00
13h10
13h20
14h00
14h05
14h50
15h20
15h45
16h35
17h00
17h25
18h00
18h25
18h55
19h00
19h25
19h40
20h05
21h00
22h00
23h30
Blaze And The Monster Machines
Dora, A Aventureira
Patrulha Canina
Zupt! com Seninha
Jornal da Cultura
Cocoricó
Contos de Tinga Tinga
Bananas de Pijamas
Quintal da Cultura
Thomas e Seus Amigos
Shimmer e Shine
Blaze And The Monster Machines
Dora, A Aventureira
Que Monstro Te Mordeu?
Patrulha Canina
Zupt! com Seninha
Winx Club
Rocket Power
Shaun, O Carneiro
Sítio do Pica-Pau Amarelo
D.P.A - Detetives do Prédio Azul
A Pantera Cor de Rosa
Doctor Who
Jornal da Cultura
Roda Viva
Metrópolis
SBT
06h00
07h00
08h30
10h30
14h45
15h45
17h15
18h15
19h45
20h30
21h15
21h30
22h15
23h30
00h30
01h30
Primeiro Impacto
Carrossel Animado
Mundo Disney
Bom Dia & Cia
Casos de Família
Mar de Amor
Abismo de Paixão
Meu Coração É Teu
SBT Brasil
Cúmplices de Um Resgate
Carrossel
A Garota da Moto
Programa do Ratinho
Máquina da Fama
The Noite com Danilo Gentili
Jornal do SBT - Noite
GLOBO
05h00
06h00
07h30
08h50
10h15
10h50
12h00
12h47
13h25
14h09
15h11
Hora Um
Bom Dia Praça
Bom Dia Brasil
Mais Você
Bem Estar
Encontro com Fátima Bernardes
SPTV 1ª Edição
Globo Esporte
Jornal Hoje
Vídeo Show
Sessão da Tarde Filme Diário de
Um Banana 2 Rodrick É O Cara
16h49 Vale A Pena Ver de Novo Anjo
Mau
17h54 Malhação Seu Lugar no Mundo
18h26 Êta Mundo Bom!
Tom Zé. Músico comemorou 80 anos tocando para uma plateia alucinada em praça pública
fãs portugueses em um teatro dades, como Coimbra e Lisboa,
de lotação esgotada. Egberto e da Espanha. Depois de mais de
Gismonti fez ao piano um dispu- 40 atrações, com uma circulação
tado concerto de abertura em calculada em 15 mil pessoas, o
frente à Igreja de São Gonçalo. guitarrista Pat Metheny e o baiOs recifenses Rafael Marques e xista Ron Carter, ainda tocariam
Walter Areia, bandolim e con- na noite de domingo, dia 17. O
trabaixo acústico, abriram uma Brasil volta a receber a Mimo a
manhã com tepartir de outubro:
mas instrumen- NEGOCIAÇÕES
Tiradentes e Outais de choros e RECENTES DEVEM
ro Preto (7 a 9),
frevo na praça
Paraty (14 a 16),
em frente à Igre- LEVAR FESTIVAL
Rio de Janeiro (11
A
OUTROS
PAÍSES
ja São Pedro.
a 13 de novemHavia mais do
bro) e Olinda (18
que um projeto musical ali, e os a 20 de novembro).
portugueses percebiam isso. “EsAo investir em conceito, a Misa também é música brasileira?”, mo parece ter atingido logo em
perguntava um interessado de sua primeira edição na Europa
Lisboa enquanto ouvia Egberto um status que produtores de
tocar Maracatu. A grande parte marcas comerciais como Roberdas pessoas vinha do próprio to Medina, do Rock in Rio, trabaNorte de Portugal e de outras ci- lham anos para conseguir. Mes-
mo sem conhecer todos os artistas, o público se entrega a este
conceito. No interior de uma
igreja, ele vai aos séculos 15 e 16
na raiz da sonoridade ibérica do
violonista português Custódio
Castelo. Horas depois, no Parque Ribeirinho, pode estar a dois
palmos do chão, embarcando na
insistência rítmica do guitarrista africano Vieux Farka Touré,
filho do malinense Ali. Uma viagem em power trio, como um Jimi Hendrix neandertal, sem refrões ou segundas partes, um jeito de pensar música que só existe na África. E terminar a noite
na Lapa do Rio de Janeiro com o
banho de música brasileira do
bandolinista Hamilton de Holanda, que promoveu um dos melhores shows da edição com seu
Baile do Almeidinha.
A experiência vivida assim,
em bloco, parece transpassar
suavemente a primeira camada
do entretenimento e abrir espaço na alma para outras sensações. Impossível ouvir o que
Tom Zé canta e não se sentir
civilizatoriamente vingado, entregar-se a Egberto Gismonti e
não receber em troca o desbravamento de um espaço interno
ainda inexplorado. E no momento em que a mágica acontece, tudo se junta. Farka Touré
poderia tocar com Hamilton de
Holanda e Custódio estaria à
vontade ao lado de Tom mesmo
dentro de igrejas que por séculos proibiram toda e qualquer
sonoridade que não consideravam sacra. A ponte sobre o Rio
Tâmega tem mais uma história
para contar.
Cultura: 2182-3000; SBT: 3236-0111; Globo: 3131-2500; Record: 2184-4000; Rede TV!: 3306-1000; Gazeta: 3170-5757; Band: 3131-1313; ; Rede Vida: (17)3355-8432.
As programações são de responsabilidade exclusiva dos canais e podem ser alteradas à última hora.
19h16
19h36
20h30
21h14
22h23
22h53
00h28
01h06
01h47
02h34
SPTV 2ª Edição
Haja Coração
Jornal Nacional
Velho Chico
Liberdade, Liberdade
Tela Quente Filme Operação
Zodíaco
Jornal da Globo
Programa do Jô
Agentes da S.H.I.e.L.D.
Corujão I Filme Watchmen O
Filme
RECORD
06h00
07h28
08h55
10h00
12h00
14h45
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16h30
19h30
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22h30
00h15
01h15
Balanço Geral
SP no Ar
Fala Brasil
Hoje em Dia
Balanço Geral
Novela: Amor e Intrigas
Novela: Chamas da Vida
Cidade Alerta
Novela Escrava Mãe
Novela A Terra Prometida
Jornal da Record
Xuxa Meneghel
Serie: Heroes Reborn 1º Temp.
Fala Que Eu Te Escuto
REDETV!
09h00
09h30
15h00
18h00
19h15
21h30
22h45
00h00
00h35
01h30
Tá Sabendo?
Melhor Pra Você
A Tarde É Sua
Olha A Hra
RedeTV! News
TV Fama
Superpop
Leitura Dinâmica
É Notícia
Debate Brasil
GAZETA
08h45
10h00
10h30
12h00
14h00
17h50
18h00
19h00
20h00
22h00
22h30
23h30
Gazeta Shopping
Ateliê na TV
Revista da Cidade
Você Bonita
Mulheres
Gazeta News
Gazeta Esportiva
Jornal da Gazeta
Igreja Universal do Reino de Deus
Jornal da Gazeta Edição das 10
Todo Seu
Cidade Ocupada
BAND
08h00
09h10
10h10
11h00
12h30
15h00
16h00
Café com Jornal - Edição Brasil
Dia Dia
Os Simpsons
Jogo Aberto
Local
Qual É O Desafio?
Brasil Urgente - Edição Regional
17h00
18h50
19h20
20h25
22h10
22h15
22h20
22h45
00h00
00h50
00h55
Brasil Urgente - Edição Nacional
Local
Jornal da Band
Sila Prisioneira do Amor
Mundo Miss - Boletim
Maratona Rio 2016 - Boletim
Policia 24h - Melhores Momentos
A Liga
Jornal da Noite
Que Fim Levou? - Boletim
The Walking Dead
20h30 Sequestro
20h50 Sequestro
21h15 Aeroporto de Dubai
CONTROLE NA MÃO
SONY
12h10
13h05
14h00
16h00
17h00
18h00
19h00
21h00
Dr. Oz
Top Chef
e Agora, Meu Amor?
Marvel's Agents Of S.H.I.E.L.D.
Grey's Anatomy
Dr. Oz
Encontro de Amor
Escândalos - Os Bastidores do
Poder
21h55 Tempo de Decisão
TV PAGA
ARTE1
13h00
14h00
14h30
16h00
18h00
19h00
19h30
20h30
21h00
21h30
Arte 1 em Série
Arte 1 Comtexto
Arte 1 na Dança
Cine Clube Arte 1
Arte 1 Nacional
Curta Arte 1
Arte 1 Visual
Desafio Brasil Fashion
Se Cria Assim
Arte 1 em Série
CANAL BRASIL
12h00
12h30
13h00
13h30
15h00
15h40
17h30
17h46
18h00
20h00
Inventores do Brasil
Curta na Tela: Esculacho
O Som do Vinil
Filhas do Vento
Preto no Branco
Depois da Chuva
Curta na Tela: Cine Centímetro
Curta na Tela: Rua 36
Quando Eu Era Vivo
As Grandes Entrevistas do
Pasquim
21h00 Ayrton - Retratos e Memórias
21h30 Espelho
22h00 É Tudo Verdade: Eu Sou Carlos
Imperial
FOX
12h35
13h55
15h55
16h25
17h25
17h55
20h30
21h00
21h30
22h00
Spirit: O Corcel Indomável
Robocop (2014)
Os Simpsons
Os Simpsons
Os Simpsons
Transformers: O Lado Oculto da
Lua
Os Simpsons
Os Simpsons
Os Simpsons
Os Simpsons
FX
12h15
13h55
14h25
14h55
15h25
16h55
Incontrolável
American Dad
Bob's Burgers
Uma Família da Pesada
Anaconda 4
Uma Loucura de Casamento
O Robocop
de José Padilha
Fox / 13h55
18h40
19h10
20h45
21h00
Hermes e Renato
Muita Calma Nessa Hora
O Último Programa do Mundo
Jumper
GNT
12h00
13h00
13h30
14h00
14h30
15h00
15h30
16h30
17h00
18h00
18h45
19h30
20h30
21h00
21h30
22h00
A Espiã Que
Sabia de Menos
TC Pipoca / 17h55
16h50
17h55
20h00
21h45
Contestando Darwin
O Crime do Padre Amaro
118 Dias
Garoto 7
MAX PRIME
Luta de Estilos
Casa Nova, Vida Nova!
O Rei da Reforma
Calada Noite
Mais Cor, Por Favor
Rainha da Cocada
Que Seja Doce
Santa Ajuda
Decora
Diário do Olivier
Que Marravilha! Chato Para
Comer
Que Seja Doce
Cozinha Prática com Rita Lobo
S.O.S Salvem O Salão
Superbonita
Papo de Segunda
HBO
12h55 Belas e Perseguidas
14h30 Tickle Head, O Melhor Lugar da
Terra
16h30 Ricky Bobby - A Toda Velocidade
18h25 A Vaga
19h30 Hotel Transilvânia 2
21h00 Vice
21h30 Sr. Ávila, O Senhor dos Senhores
MAX
12h40 A Vida de Katrina Gilbert
14h00 A Outra Conspiração
15h40 Réquiem Pelos Mortos:
Primavera Americana
12h15
12h45
15h00
17h05
20h00
22h00
Especial Tóquio Motor Show
Limbo
O Abutre
Interestelar
True Detective
Três Reis
MULTISHOW
12h30
13h00
13h30
14h00
14h30
15h00
17h00
18h00
18h30
19h00
21h15
21h45
Admirador Secreto
Assustados
Não Tente Isso em Casa
Quer Dinheiro?
Vai Pra Onde?
Altas Horas
Prêmio de Humor
Bis
Lugar Incomum
TVz
Os Suburbanos
Vai Que Cola
NAT.GEOGRAPHIC
12h05
12h30
13h15
14h05
14h55
15h45
16h35
17h20
18h05
18h50
19h40
Truques da Mente
Mega Máquinas
Sos Carros
A Vida Secreta dos Predadores
Sos Cobra
Loucuras Animais
Ataque Animal
Escola de Predadores
Temporada de Pesca
Criaturas Mortais das Florestas
Os Verdadeiros Angry Birds
TV APARECIDA
12h00
12h30
13h00
14h00
15h00
15h15
17h30
18h00
19h00
20h00
21h00
21h30
Brasil Esportes
Tj Aparecida
Clubti
Vida com Arte
Consagração
Santa Receita
Terço de Aparecida
Missa de Aparecida - Santuário
Nacional
Clubti
Odair Terra
Vida no Sul
Saúde e Fé
TCM
12h00
12h30
13h00
13h30
14h00
15h00
18h00
19h30
20h30
21h00
21h30
22h00
A Pantera Cor-de-Rosa
Alf
Married With Children
The Nanny
Queen - Live At Milton Keynes
Pearl Harbor
Uma Professora Muito
Maluquinha
Xena
Alf
Married With Children
The Nanny
Um Grande Garoto
TELECINE ACTION
12h15
14h10
16h05
17h55
19h35
+ Velozes + Furiosos
O Inferno de Dante
Stigmata
Missão Babilônia
Velozes & Furiosos 5 - Operação
Rio
22h00 A Batalha de Riddick
TELECINE CULT
12h15 A Mão Que Balança O Berço
14h15 Salvo - Uma História de Amor e
Máfia
16h20 Sobrevivente
18h10 La Playa
19h55 Wanda Nevada
22h00 Rio Grande
TELECINE FUN
13h00
14h45
16h30
18h20
20h10
22h00
em Busca do Baile
Up: Altas Aventuras
Os Boxtrolls
Pequenos Grandes Astros
Festa no Céu
Superpai
TELECINE PIPOCA
13h20
15h30
17h55
20h15
22h00
Dois Lados do Amor
Hacker
A Espiã Que Sabia de Menos
Enterrando Minha Ex
Ted 2
TELECINE PREMIUM
13h35
15h30
17h05
19h45
22h00
Teen Beach Movie 2
A Casa dos Mortos
007 Contra Spectre
Evereste
O Garoto da Casa Ao Lado
TELECINE TOUCH
12h00
13h55
16h10
17h50
19h40
22h00
Ritmo Total 2h A Nova Batida
Compramos Um Zoológico
A Enteada
Contra A Maré
Ghost - do Outro Lado da Vida
Você Acredita?
TNT
13h31
15h49
17h20
19h03
20h40
Gigantes de Aço
Mib - Homens de Preto 2
O Dragão Dourado
Valente
Detona Ralph
UNIVERSAL CHANNEL
12h20
13h15
14h10
15h50
18h35
19h30
20h25
22h00
Grimm
House
R.I.P.D. - Agentes do Além
Bates Motel
Bates Motel
Bates Motel
Uma Noite de Crime
Bates Motel
WARNER
12h00
12h50
13h39
14h28
15h17
15h41
16h05
18h04
20h02
20h27
20h50
21h40
Friends
Gotham
Supernatural
Supernatural
Two And A Half Men
The Big Bang Theory
Agente 86
Caçador de Recompensas
Superstore
The Big Bang Theory
Supernatural
Supernatural
A programação completa de TV
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FILMES DO DIA
A vida num forte,
o clássico favorito
do próprio Ford
Luiz Carlos Merten
Rio Grande
22 H NO TELECINE CULT
(Rio Bravo). EUA, 1950. Dir. de John
Ford, com John Wayne, Maureen O’Hara, Ben Johnson, Victor MacLaglen,
Harry Carey Jr., Claude Jarman Jr.
O próprio Ford amava este filme e o
considerava um de seus maiores.
Fecho da trilogia da Cavalaria, sucede a Sangue de Herói e Legião Invencível, e mostra John Wayne e
Maureen O’Hara como casal separado que tem de voltar a conviver,
quando o filho alista-se no forte comandado pelo pai. Não acontece
muita coisa, e está aí toda a graça.
O cotidiano de um forte, lindamente
reconstituído – em preto e branco.
Reprise, 105 min.
VEJA TAMBÉM
Risco Total
Ação de Renny Harlin com Sylvester Stallone. Alpinista resgata grupo
nos Alpes. TCM, 0h30. Col, 99 min.
A
Caderno 2 C7
A
Guia. Cinema
ESTREIAS
Agnus Dei
Agnus Dei, França-Polônia/2016, 115 min. Drama. Dir. Anne Fontaine. Com Lou de Laâge,
Vincent Macaigne e Agata Buzek. Na Segunda
Guerra, ao atender um grupo de freiras
num convento, uma médica da Cruz Vermelha descobre que elas foram estupradas por soldados. 12 anos.
Caixa Belas Artes, Espaço Itaú Augusta, Frei
Caneca Itaú, Kinoplex Itaim, Reserva Cultural.
Caça-fantasmas
Ghostbusters, EUA/2016, 116 min. Comédia. Dir.
Paul Feig. Com Melissa McCarthy, Kristen Wiig,
Kate McKinnon. O filme é um remake do
longa homônimo lançado em 1984. Na
adaptação, são mulheres as caça-fantasmas: Erin, Abby e Jillian, três ex-professoras de parapsicologia, se juntam a Patty,
uma ex-funcionária do metrô, para criar
um serviço que ajuda pessoas em casos
de assombração. 10 anos.
DUBLADO: Anália Franco, Anália Franco (Imax/3D), Boavista, Boavista (3D), Boulevard
Tatuapé (3D), Bourbon – Espaço Itaú Pompeia,
Cidade Jardim (3D), Itaim Paulista (3D), Center
Norte (3D), Cidade São Paulo (3D), Eldorado,
Eldorado (3D), Iguatemi (3D), Interlagos, Interlagos (3D), Interlar Aricanduva, Interlar Aricanduva
(3D), Jardim Sul, Jardim Sul (3D), Kinoplex Vila
Olímpia (3D), Lapa (3D), Lar Center (3D), Mais
Shopping Largo 13, Mais Shopping Largo 13 (3D),
Marabá, Market Place, Market Place (3D), Metrô
Itaquera (3D), Metrô Santa Cruz (3D), Metrô Tatuapé, Metrô Tatuapé (3D), Metrô Tucuruvi (3D),
Mooca Plaza (3D), Pátio Higienópolis (3D), Pátio
Paulista (3D), Penha, Penha (3D), Plaza Sul, Raposo Shopping (3D), Santana Parque, Santana
Parque (3D), Shopping D (3D), SP Market (3D),
Tietê Plaza, Tietê Plaza (3D), Villa Lobos (3D).
LEGENDADO: Anália Franco (Imax/3D), Boulevard Tatuapé, Boulevard Tatuapé (3D), Bourbon
– Espaço Itaú Pompeia (Imax/3D), Cidade Jardim
(3D), Cidade São Paulo (3D), Eldorado (3D), Frei
Caneca – Espaço Itaú, Iguatemi (3D), Jardim Sul,
Jardim Sul (3D), JK Iguatemi (Imax/3D), JK Iguatemi (4DX), Kinoplex Itaim (3D), Kinoplex Vila
Olímpia (3D), Lar Center (3D), Market Place,
Market Place (3D), Metrô Santa Cruz (3D), Metrô
Tucuruvi (3D), Mooca Plaza (3D), Pátio Higienópolis (3D), Pátio Paulista (3D), Villa Lobos (3D).
Carrossel 2: O Sumiço de Maria
Joaquina
Brasil/2016, 92 min. Aventura. Dir. Maurício
Eça. Com Larissa Manoela, Jean Paulo Campos,
Maísa Silva. Ao irem juntos para um show,
a convite de uma cantora, as crianças da
Escola Mundial se animam. A excursão,
no entanto, se torna assustadora quando
os vilões Gonzales e Gonzalito sequestram Maria Joaquina. Livre.
Anália Franco, Boavista, Boulevard Tatuapé,
Bourbon – Espaço Itaú Pompeia, Bristol, Center
Norte, Cidade Jardim, Cidade São Paulo, Eldorado, Frei Caneca – Espaço Itaú, Iguatemi, Interlagos, Interlar Aricanduva, Itaim Paulista, Jardim
Sul, JK Iguatemi, Kinoplex Itaim, Kinoplex Vila
Olímpia, Lapa, Lar Center, Mais Shopping Largo
13, Marabá, Market Place, Metrô Itaquera, Metrô
Santa Cruz, Metrô Tatuapé, Metrô Tucuruvi,
Mooca Plaza, Pátio Higienópolis, Pátio Paulista,
Penha, Plaza Sul, Raposo Shopping, Santana
Parque, Shopping D, SP Market, Tietê Plaza,
Villa Lobos, West Plaza.
La Vanité
La Vanité, França/2015, 75 min. Drama. Dir.
Lionel Baier. Com Patrick Lapp, Carmen Maura,
Ivan Georgiev. Dave, um idoso com câncer
terminal, pretende realizar um suicídio
H
assistido no motel que projetou com sua
mulher, já morta. Num dos quartos, ele
aguarda Esperanza, da clínica de eutanásia que contratou. 12 anos.
Frei Caneca – Espaço Itaú, Reserva Cultural.
O Signo das Tetas
Brasil/2015, 68 min. Drama. Dir. Frederico Machado. Com Lauande Aires, João Capistrano,
Maria Ethel. Um homem, entre a insanidade e a razão, tenta reconstruir seu passado. Para fazer isso, percorre cidades do
interior do Maranhã, onde tenta reaver
sua história. 16 anos.
CineSesc.
A Última Premonição
Visions, EUA/2015, 82 min. Terror. Dir. Kevin
Greutert. Com Isla Fisher, Anson Mount, Gillian
Jacobs. Uma mulher sofre um acidente de
carro que a deixa à beira da morte. Após
sobreviver, começa a ter pesadelos estranhos, creditados por seus médicos aos
traumas do episódio. 14 anos.
DUBLADO: Anália Franco, Bourbon Itaú Pompeia, Interlagos, Interlar Aricanduva, Marabá,
Plaza Sul, Shopping D, SP Market. LEGENDADO:
Anália Franco, Bourbon – Espaço Itaú Pompeia,
Bristol, Jardim Sul, Splendor Paulista.
EM CARTAZ
A Academia das Musas
La Academia de las Musas, Espanha/2015, 92
min. Drama. Dir. José Luis Guerín. Com Emanuela Forgetta, Mireia Iniesta, Raffaele Pinto.
Um filólogo ministra o curso 'A Academia de Musas', em que o conceito de musa é estudado. No entanto, ele, casado,
complica sua vida ao se envolver com
algumas das alunas. 14 anos.
Spcine Olido.
O Botão de Pérola HHHH
El Botón de Nácar, Chile-Espanha-França-/2015,
82 min. Documentário. Dir. Patricio Guzmán.
No documentário, a água é o ponto de
partida para a abordagem de diversos
assuntos da história do Chile. 14 anos.
CineSesc.
Um Belo Verão
La Belle Saison, França/2015, 105 min. Drama.
Dir. Catherine Corsini. Com Cécile De France. Na
França dos anos 1970, uma filha de fazendeiros se muda do campo para Paris. Na
cidade, conhece uma feminista casada, e
se apaixona por ela – a primeira paixão
homossexual da jovem. 14 anos.
Caixa Belas Artes, Frei Caneca – Espaço Itaú.
Big Jato HHH
Brasil/2014, 97 min. Comédia. Dir. Cláudio
Assis. Com Matheus Nachtergaele, Rafael Nicácio. O pai de Francisco o leva pelas viagens que faz com o Big Jato, um caminhão-pipa que limpa as fossas de cidades
sem saneamento. 16 anos.
Espaço Itaú Augusta.
Thea Sharrock. Com Emilia Clarke, Sam Claflin,
Janet McTeer. Lou tem a vida mudada ao
se tornar a cuidadora de Will, que sofreu
um acidente. 12 anos.
DUBLADO: Anália Franco, Boulevard Tatuapé,
Center Norte, Interlagos, Interlar Aricanduva,
Jardim Sul, Mais Shopping Largo 13, Metrô Itaquera, Metrô Tatuapé, Penha, Plaza Sul, Raposo
Shopping, Santana Parque, Shopping D, SP
Market, Tietê Plaza. LEGENDADO: Boulevard
Tatuapé, Bourbon – Espaço Itaú Pompeia, Bristol, Center Norte, Cidade Jardim, Cidade São
Paulo, Eldorado, Iguatemi, Jardim Sul, JK Iguatemi, Kinoplex Itaim, Kinoplex Vila Olímpia, Lar
Center, Market Place, Metrô Santa Cruz, Metrô
Tucuruvi, Mooca Plaza, Pátio Higienópolis, Pátio
Paulista, Villa Lobos.
De Amor e Trevas HHH
A Tale of Love and Darkness, EUA/2016, 98 min.
Drama. Dir. Natalie Portman. Com Natalie
Portman, Gilad Kahana, Amirr Tessler. Baseado no livro homônimo do autor israelense Amós Oz, o longa aborda a vida em
Jerusalém antes da criação do Estado de
Israel. Na cidade, vivia a mãe de Oz, Fania, uma mulher culta mas insatisfeita
com o casamento, que teve influência
decisiva na vida do escritor. 12 anos.
Reserva Cultural.
A Era do Gelo: Big Bang
Ice Age: Collision Course, EUA/2016, 95 min.
Animação. Dir. Mike Thurmeier e Galen T.
Chu.Na quinta parte da franquia, o esquilo
Scrat desencadeia uma chuva de meteoros, e um deles vem em direção à Terra.
O mamute Manny e sua turma de animais
tentam impedir a colisão. Livre.
DUBLADO: Anália Franco, Anália Franco (3D),
Boavista, Boavista (3D), Boulevard Tatuapé,
Boulevard Tatuapé (3D), Bourbon – Espaço Itaú
Pompeia, Bourbon – Espaço Itaú Pompeia (3D),
Bristol, Center Norte (3D), Cidade Jardim, Cidade
Jardim (3D), Cidade São Paulo (3D), Eldorado,
Eldorado (3D), Frei Caneca – Espaço Itaú, Iguatemi, Interlagos, Interlagos (3D), Interlar Aricanduva, Interlar Aricanduva (3D), Itaim Paulista, Itaim
Paulista (3D), Jardim Sul (3D), JK Iguatemi, JK
Iguatemi (4DX), Kinoplex Itaim (3D), Kinoplex
Itaim, Kinoplex Vila Olímpia, Lapa, Lapa (3D), Lar
Center (3D) (3D), Mais Shopping Largo 13, Mais
Shopping Largo 13 (3D), Marabá, Market Place,
Market Place (3D), Metrô Itaquera, Metrô Itaquera (3D), Metrô Santa Cruz, Metrô Santa Cruz (3D),
Metrô Tatuapé, Metrô Tatuapé (3D), Metrô Tucuruvi, Metrô Tucuruvi (3D), Mooca Plaza, Mooca
Plaza (3D), Pátio Higienópolis, Pátio Higienópolis
(3D), Pátio Paulista, Pátio Paulista (3D), Penha,
Penha (3D), Plaza Sul, Raposo Shopping, Raposo
Shopping (3D), Santana Parque, Santana Parque
(3D), Shopping D, Shopping D (3D), SP Market, SP
Market (3D), Splendor Paulista, Tietê Plaza, Tietê
Plaza (3D), Villa Lobos, Villa Lobos (3D), West
Plaza. LEGENDADO: Bristol, Frei Caneca – Espaço Itaú, Jardim Sul, Jardim Sul (3D), Splendor
Paulista.
ça/2016, 110 min. Comédia. Dir. Stephen Frears.
Com Meryl Streep, Hugh Grant, Simon Helberg.
Florence, uma herdeira rica, tenta a carreira de cantora lírica, embora não tenha
voz para tanto. Baseado na mesma história verídica que inspira o longa ‘Marguerite’. 10 anos.
Bourbon – Espaço Itaú Pompeia, Cidade Jardim,
Cinesala, Espaço Itaú Augusta, Frei Caneca –
Espaço Itaú, Iguatemi, JK Iguatemi, Kinoplex
Itaim, Kinoplex Vila Olímpia, Pátio Higienópolis,
Reserva Cultural, Villa Lobos.
Futuro Junho
Brasil/2015, 100 min. Documentário. Dir. Maria Augusta Ramos. Quatro trabalhadores
paulistanos têm as rotinas filmadas, logo
antes da Copa do Mundo de 2014, realizada no Brasil: um metalúrgico, um motoboy, um analista financeiro e um metroviário. Livre.
Frei Caneca – Espaço Itaú.
Incompreendida
Incompresa, França-Itália/2014, 107 min. Drama. Dir. Asia Argento. Com Giulia Salerno,
Charlotte Gainsbourg, Gabriel Garko. Aria,
filha de um ator e uma pianista temperamentais, tem os sentimentos e a infância
negligenciados e é maltratada diariamente. 16 anos.
Reserva Cultural.
Independence Day: O Ressurgimento HH
Independence Day: Resurgence, EUA/2016, 100
min. Ficção Científica. Dir. Roland Emmerich.
Com Liam Hemsworth, Jeff Goldblum, Maika
Monroe. Vinte anos após a invasão alienígena do primeiro filme, atividades entre os
extraterrestres mantidos em quarentena
pelo governo americano parecem anunciar um novo ataque. 10 anos.
DUBLADO: Anália Franco, Boavista, Interlagos,
Interlar Aricanduva (3D), Marabá, Metrô Tatuapé,
Metrô Tatuapé (3D), Metrô Tucuruvi, Penha,
Plaza Sul, Santana Parque, Shopping D, Shopping D (3D), SP Market, Tietê Plaza. LEGENDADO: Bourbon – Espaço Itaú Pompeia (3D), Cidade
Jardim (3D), Cidade São Paulo (3D), Eldorado,
Iguatemi (3D), Jardim Sul, JK Iguatemi, Market
Place (3D), Metrô Santa Cruz, Pátio Paulista,
Splendor Paulista, Villa Lobos (3D).
Janis: Little Girl Blue
Janis: Little Girl Blue, EUA/2015, 107 min. Documentário. Dir. Amy Berg. Aborda a figura
da cantora americana de rock Janis Joplin. O filme é baseado em material de
arquivo – entrevistas que exploram desde
o início de seu estrelato até sua morte,
envolta em vícios. 14 anos.
Caixa Belas Artes, Espaço Itaú Augusta, Frei
Caneca – Espaço Itaú, Spcine Olido.
Jogo do Dinheiro HHH
Money Monster, EUA/2016, 98 min. Thriller. Dir.
Jodie Foster. Com George Clooney, Julia Roberts, Jack O'Connell. Lee Gates (George
Clooney), apresentador de um programa
de investimentos, é surpreendido no estúdio por Kyle (Jack O’Connell). O homem o
faz de refém – se a produtora Patty (Julia
Roberts) tirar o programa do ar, ele diz
que vai matá-lo. 14 anos.
Kinoplex Itaim.
Os Campos Voltarão
Torneranno i Prati, Itália/2014, 80 min. Drama.
Dir. Ermanno Olmi. Com Claudio Santamaria,
Camillo Grassi, Niccolò Senni. Um grupo de
soldados passa por dificuldades no front
italiano, após os combates em Altipiano,
nordeste da Itália, em 1917, durante a
Primeira Guerra Mundial. 14 anos.
CineSesc.
Espaço Além – Marina Abramovic e o
Brasil
Brasil/2016, 86 min. Documentário. Dir. Marco
Del Fiol e Gustavo Almeida. O documentário
acompanha a artista sérvia Marina Abramovic durante uma visita ao Brasil em
que experimentou rituais sagrados. No
longa, além da interação da artista com
paisagens místicas como a Chapada dos
Veadeiros e a Chapada Diamantina, há
uma exposição de seu processo de pesquisa e criação. 14 anos.
Caixa Belas Artes.
Como Eu Era Antes de Você HHH
Me Before You, EUA/2016, 110 min. Drama. Dir.
Florence: Quem É Essa Mulher?
Florence Foster Jenkins, Reino Unido-Fran-
Julieta
Julieta, Espanha/2016, 100 min. Drama. Dir.
Pedro Almodóvar. Com Emma Suárez, Adriana
Ugarte, Daniel Grao. Prestes a se mudar da
Espanha para Portugal, Julieta encontra
uma amiga de infância da filha. Ela desfaz seus planos e permanece no país,
lug.). Como Eu Era Antes de Você - 12a. - 22h40. A Era do Gelo: O
Big Bang - 3D - dub. - L. - 12h20 / 14h50 / 17h35 / 20h. l 4 (269
lug.). A Era do Gelo: O Big Bang - dub. - L. - 11h10. Caça-Fantasmas
- dub. - 10a. - 13h35 / 16h15. Como Eu Era Antes de Você - 12a. 19h15. Truque de Mestre: O Segundo Ato - 12a. - 22h. l 5 (275 lug.).
Procurando Dory - 3D - dub. - L. - 11h / 13h20 / 15h45 / 18h05 /
20h45. l 6 (271 lug.). Porta dos Fundos - Contrato Vitalício - 14a. 21h30. Carrossel 2 - O Sumiço de Maria Joaquina - L. - 12h / 14h15
/ 16h45 / 19h. l 7 (191 lug.). Truque de Mestre: O Segundo Ato 12a. - 18h45. Como Eu Era Antes de Você - 12a. - 21h45. A Era do
Gelo: O Big Bang - dub. - L. - 11h45 / 14h / 16h30. l 8 (303 lug.).
Carrossel 2 - O Sumiço de Maria Joaquina - L. - 11h20 / 13h45 / 16h
/ 18h15 / 20h30. l 9 (303 lug.). Carrossel 2 - O Sumiço de Maria
Joaquina - L. - 13h / 15h10 / 17h20. Caça-Fantasmas - 3D - 10a. 19h30 / 22h15.
HFrei Caneca - Espaço Itaú
R. Frei Caneca, 569, Consolação. 3472-2365. R$ 33 (2ª e 3ª R$ 26;
4ª R$ 24; 3D R$ 34/R$ 37). l 1 (247 lug.). Julieta - 14a. - 14h30 /
16h50 / 19h10 / 21h20. l 2 (200 lug.). Caça-Fantasmas - 10a. - 14h /
16h30 / 19h / 21h40. l 3 (164 lug.). Procurando Dory - dub. - L. - 14h
/ 16h / 18h / 20h. Leg. 22h. l 4 (99 lug.). Um Belo Verão - 14a. 21h40. A Era do Gelo: O Big Bang - dub. - L. - 14h / 15h50 / 17h50.
Leg. 19h50. l 5 (99 lug.). Menino 23: Infâncias Perdidas no Brasil 12a. - 18h. A Morte de J. P. Cuenca - 18a. - 14h. Futuro Junho - L. 16h. Janis: Little Girl Blue - 14a. - 22h. Paratodos - L. - 20h. l 6
(120 lug.). Carrossel 2 - O Sumiço de Maria Joaquina - L. - 14h / 16h
/ 18h / 20h / 22h. l 7 (99 lug.). La Vanité - 12a. - 14h20 / 16h10 / 18h
/ 21h40. O Outro Lado do Paraíso - 10a. - 19h40. l 8 (99 lug.). Agnus Dei - 12a. - 14h / 16h30 / 19h / 21h30. l 9 (120 lug.). Florence:
Quem é Essa Mulher? - 10a. - 14h40 / 17h / 19h20 / 21h40.
HIguatemi Cinemark
Av. Brig. Faria Lima, 2232, Jardim Paulistano. 3814-8713. R$
26/R$ 33 (3D R$ 32/R$ 37; Prime R$ 48/R$ 57; Prime3D R$ 57/R$
61). l 1 (275 lug.). Carrossel 2 - O Sumiço de Maria Joaquina - L. 12h40 / 15h / 17h20 / 19h40. Florence: Quem é Essa Mulher? - 10a.
- 22h. l 2 (135 lug.). A Era do Gelo: O Big Bang - dub. - L. - 11h40 /
14h / 16h20 / 18h40. Truque de Mestre: O Segundo Ato - 12a. - 21h.
l 3 (136 lug.). Procurando Dory - dub. - L. - 12h / 14h40 / 17h40 /
20h20. l 4 (147 lug.). Caça-Fantasmas - 3D - dub. - 10a. - 12h20 /
15h20. Leg. 18h / 20h40. l 5 (66 lug.). Caça-Fantasmas - 3D - 10a. 21h40. Florence: Quem é Essa Mulher? - 10a. - 18h20. Carrossel 2 O Sumiço de Maria Joaquina - L. - 11h20 / 13h40 / 16h. l 6 (80
lug.). Como Eu Era Antes de Você - 12a. - 11h / 14h20 / 19h20 /
22h20. Julieta - 14a. - 17h.
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/ 16h30. Procurando Dory - 3D - dub. - L. - 14h05 / 18h50. l 2 (314
lug.). Carrossel 2 - O Sumiço de Maria Joaquina - L. - 13h50 /
16h20 / 18h40 / 21h. l 3 (198 lug.). Caça-Fantasmas - 3D - dub. 10a. - 12h50 / 15h30 / 18h10 / 20h50. l 4 (198 lug.). Procurando
Dory - dub. - L. - 14h35 / 17h01 / 19h30 / 22h. Porta dos Fundos Contrato Vitalício - 14a. - 11h50. l 5 (170 lug.). Caça-Fantasmas dub. - 10a. - 14h / 16h40 / 19h40 / 22h20. l 6 (221 lug.). Mais Forte
Que o Mundo - A História de José Aldo - 14a. - 21h50. Carrossel 2 O Sumiço de Maria Joaquina - L. - 12h / 14h50 / 17h10 / 19h25. l 7
(223 lug.). Carrossel 2 - O Sumiço de Maria Joaquina - L. - 13h /
15h20 / 17h40 / 20h15. Independence Day: O Ressurgimento dub. - 10a. - 22h30. l 8 (217 lug.). Como Eu Era Antes de Você dub. - 12a. - 21h30. A Era do Gelo: O Big Bang - dub. - L. - 12h10 /
14h30 / 16h50 / 19h10. l 9 (140 lug.). A Última Premonição - dub. 14a. - 20h45. Procurando Dory - dub. - L. - 13h20 / 15h50 / 18h20. l
10 (129 lug.). Como Eu Era Antes de Você - dub. - 12a. - 22h25. A
Era do Gelo: O Big Bang - dub. - L. - 12h40 / 15h / 17h30 / 20h.
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Antes de Você - dub. - 12a. - 20h40. A Era do Gelo: O Big Bang dub. - L. - 13h / 15h20 / 17h50. l 2 (192 lug.). Carrossel 2 - O Sumiço
de Maria Joaquina - L. - 12h10 / 14h30 / 16h50 / 19h15. A Última
Premonição - dub. - 14a. - 21h50. l 3 (207 lug.). Procurando Dory 3D - dub. - L. - 13h15 / 15h40 / 18h15. Truque de Mestre: O Segundo
Ato - dub. - 12a. - 20h50. l 4 (148 lug.). As Tartarugas Ninja: Fora
das Sombras - dub. - 10a. - 11h30. Invocação do Mal 2 - dub. - 14a. 21h10. A Era do Gelo: O Big Bang - dub. - L. - 14h / 16h20 / 18h40. l
5 (149 lug.). Caça-Fantasmas - dub. - 10a. - 13h50 / 16h40 / 19h30 /
22h20. l 6 (222 lug.). Carrossel 2 - O Sumiço de Maria Joaquina L. - 13h10 / 15h30 / 17h45 / 20h15. Porta dos Fundos - Contrato
Vitalício - 14a. - 22h30. l 7 (132 lug.). Como Eu Era Antes de Você dub. - 12a. - 20h / 22h35. Caça-Fantasmas - dub. - 10a. - 12h /
17h20. A Última Premonição - dub. - 14a. - 14h40. l 9 (196 lug.).
Procurando Dory - dub. - L. - 12h45 / 15h15 / 17h40 / 20h15. l 10
(384 lug.). Caça-Fantasmas - 3D - dub. - 10a. - 13h / 15h40 / 18h30 /
21h20. l 11 (261 lug.). Carrossel 2 - O Sumiço de Maria Joaquina L. - 13h40 / 16h / 18h15 / 20h45. l 12 (255 lug.). A Era do Gelo: O
Big Bang - 3D - dub. - L. - 12h / 14h30 / 16h50 / 19h25. Independence Day: O Ressurgimento - 3D - dub. - 10a. - 22h. l 13 (216 lug.).
Invocação do Mal 2 - dub. - 14a. - 22h15. Carrossel 2 - O Sumiço de
Maria Joaquina - L. - 12h40 / 15h / 17h25 / 19h45. l 14 (261 lug.).
Como Eu Era Antes de Você - dub. - 12a. - 21h40. Procurando Dory
- 3D - dub. - L. - 11h45 / 14h15 / 16h40 / 19h15.
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21h10. Carrossel 2 - O Sumiço de Maria Joaquina - L. - 13h / 15h.
Como Eu Era Antes de Você - dub. - 12a. - 18h50. l 3 (191 lug.). Carrossel 2 - O Sumiço de Maria Joaquina - L. - 14h / 16h / 18h / 20h /
22h. l 4 (239 lug.). Caça-Fantasmas - 3D - dub. - 10a. - 13h25 /
15h50 / 18h15 / 20h40. Leg. 23h05. l 5 (228 lug.). A Era do Gelo: O
Big Bang - 3D - dub. - L. - 13h35 / 15h40 / 17h45 / 19h50. Leg.
21h55. l 6 (228 lug.). Procurando Dory - 3D - dub. - L. - 13h10 /
15h20 / 17h30 / 19h40 / 21h50. l 7 (177 lug.). Procurando Dory dub. - L. - 13h50 / 16h / 18h10 / 20h20. Truque de Mestre: O Segundo Ato - dub. - 12a. - 22h30. l 8 (165 lug.). Independence Day: O
Ressurgimento - 10a. - 21h25. A Era do Gelo: O Big Bang - dub. - L.
- 13h05 / 15h10 / 17h15 / 19h20.l 9XPlus (413 lug.). Caça-Fantasmas - 3D - dub. - 10a. - 21h35. Carrossel 2 - O Sumiço de Maria Joaquina - L. - 13h30 / 15h30 / 17h30 / 19h30. l 10 (191 lug.). Caça-Fantasmas - dub. - 10a. - 13h55 / 16h20 / 18h45 / 21h10. Leg. 23h35.
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Era do Gelo: O Big Bang - 3D - dub. - L. - 12h30 / 15h10 / 17h30 /
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/ 16h20 / 19h. Florence: Quem é Essa Mulher? - 10a. - 21h20. l 6
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Joaquina - L. - 15h / 17h10 / 19h20. Como Eu Era Antes de Você 12a. - 21h20. l 2 (125 lug.). Procurando Dory - dub. - L. - 15h40 / 18h
/ 20h20. l 3 (144 lug.). A Era do Gelo: O Big Bang - dub. - L. - 16h /
18h20 / 20h40. l 4 (176 lug.). Procurando Dory - 3D - L. - 21h. Em
3D dub. 13h50 / 16h10 / 18h40. l 5 (189 lug.). Caça-Fantasmas - 3D
- dub. - 10a. - 14h. Leg. 16h30 / 19h / 21h30. l 6 (98 lug.). Florence:
Quem é Essa Mulher? - 10a. - 14h40 / 17h / 19h20 / 21h40. l 7 (98
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Era do Gelo: O Big Bang - 3D - dub. - L. - 12h / 14h20 / 16h40. Como
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Eu Era Antes de Você - dub. - 12a. - 20h40. A Era do Gelo: O Big
Bang - dub. - L. - 13h15 / 15h45 / 18h20. l 3 (171 lug.). Carrossel 2 O Sumiço de Maria Joaquina - L. - 12h50 / 15h / 17h15 / 19h40 /
21h50. l 4 (179 lug.). A Era do Gelo: O Big Bang - 3D - dub. - L. 14h15 / 16h45 / 19h / 21h15. l 5 (131 lug.). Caça-Fantasmas - dub. 10a. - 22h30. Carrossel 2 - O Sumiço de Maria Joaquina - L. 13h50 / 16h / 18h10 / 20h20. l 6 (136 lug.). Caça-Fantasmas - 3D dub. - 10a. - 12h40 / 15h15 / 17h50 / 20h30. l 7 (217 lug.). Procurando Dory - 3D - dub. - L. - 14h30 / 17h / 19h30 / 22h. l 8 (136 lug.).
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lug.). Caça-Fantasmas - 3D - dub. - 10a. - 12h50 / 15h50. Leg. 18h40
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7 (151 lug.). Caça-Fantasmas - 10a. - 21h. A Era do Gelo: O Big Bang
- dub. - L. - 11h / 13h35 / 16h / 18h20. l 8 (209 lug.). Porta dos Fundos - Contrato Vitalício - 14a. - 21h15. Carrossel 2 - O Sumiço de
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Antes de Você - dub. - 12a. - 20h. l 3 (376 lug.). Carrossel 2 - O
Sumiço de Maria Joaquina - L. - 13h50 / 16h20 / 18h40 / 21h. l 4
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Dory - 3D - dub. - L. - 12h / 14h30 / 17h / 19h30. l 5 (195 lug.). Invocação do Mal 2 - dub. - 14a. - 21h20. A Era do Gelo: O Big Bang - dub. 3D - L. - 14h. 11h40 / 16h40 / 19h.
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16h15 / 18h45 / 21h15. l 2 (396 lug.). A Era do Gelo: O Big Bang - 3D
- dub. - L. - 14h15 / 16h30 / 19h / 21h30. l 3 (323 lug.). Caça-Fantasmas - 3D - dub. - 10a. - 14h / 17h / 19h40 / 22h20. l 4 (261 lug.). A
Era do Gelo: O Big Bang - dub. - L. - 13h45 / 16h. Carrossel 2 - O
Sumiço de Maria Joaquina - L. - 18h30. Invocação do Mal 2 - dub. 14a. - 21h. l 5 (285 lug.). Procurando Dory - dub. - L. - 13h15 / 15h45
/ 18h15 / 20h45. l 6 (164 lug.). Como Eu Era Antes de Você - dub. 12a. - 14h45 / 17h15 / 20h15. l 7 (211 lug.). Invocação do Mal 2 - dub.
- 14a. - 22h10. Carrossel 2 - O Sumiço de Maria Joaquina - L. - 13h
/15h15 / 17h30 / 20h. l 8 (254 lug.). Carrossel 2 - O Sumiço de Maria Joaquina - L. - 14h30 / 16h45 / 19h15 / 21h45.
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14h30 / 17h / 19h20. Porta dos Fundos - Contrato Vitalício - 14a. 21h40. l 2 (224 lug.). Como Eu Era Antes de Você - 12a. - 18h50 /
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20h50. l 4 (227 lug.). Independence Day: O Ressurgimento - 10a. -
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onde revisita seu passado. 14 anos.
Bourbon Itaú Pompeia, Bristol, Caixa Belas Artes, Cidade Jardim, Cinesala, Espaço Itaú Augusta, Frei Caneca – Espaço Itaú, Iguatemi, JK Iguatemi, Kinoplex Itaim, Reserva Cultural.
Com Eduardo Moscovis, Simone Iliescu, Jonas
Bloch. Nos anos 1960, Antônio vê sua esperança em Brasília ser destruída pela ditadura. 10 anos.
Caixa Belas Artes, Frei Caneca – Espaço Itaú.
Mais Forte que o Mundo – José Aldo
Brasil/2016, 124 min. Drama. Dir. Afonso Poyart.
Com José Loreto, Rômulo Arantes Neto. Aborda a vi-da de José Aldo, campeão peso-pena do UFC. 12 anos.
Anália Franco, Cidade Jardim, Eldorado, Iguatemi, Interlagos, Jardim Sul, Market Place, Metrô
Santa Cruz, Metrô Tatuapé, Santana Parque,
Shopping D, SP Market, Spcine Olido.
Paratodos HHHH
Brasil/2016, 110 min. Documentário. Dir. Marcelo Mesquita. Acompanha a rotina de quatro equipes paraolímpicas, de 2013 a
2016. Livre.
Frei Caneca – Espaço Itaú.
Marguerite HHH
Marguerite, França-República Checa/2015, 133
min. Drama. Dir. Xavier Giannoli. Com Catherine Frot, André Marcon, Michel Fau. Marguerite, uma senhora rica e péssima no canto,
é levada a acreditar que canta bem pelos
amigos. 14 anos.
Caixa Belas Artes, Espaço Itaú Augusta.
Memórias Secretas HHH
Remember, Canadá-Alemanha/2015, 95 min.
Drama. Dir. Atom Egoyan. Com Christopher
Plummer, Dean Norris, Martin Landau. Morador de uma casa de retiro, o idoso Zev
sofre com sua senilidade, que o deixa
com lembranças confusas ou falhas.
Logo após a morte de sua mulher, ele
parte em busca de um guarda nazista
que matou sua família durante a Segunda Guerra. 14 anos.
Reserva Cultural.
A Morte de J.P. Cuenca
Brasil/2015, 120 min. Documentário. Dir. João
Paulo Cuenca. O longa é baseado numa
história que o diretor viveu. Na ocasião,
ele teve a identidade roubada, e dado
como morto. 18 anos.
Frei Caneca – Espaço Itaú.
Menino 23: Infâncias Perdidas no Brasil
Brasil/2016, 80 min. Documentário. Dir. Belisario Franca. O longa acompanha a pesquisa
do professor de Sidney Aguilar, que descobriu que vários meninos negros foram
encarcerados e escravizados num orfanato no Rio, em 1930. 12 anos.
Frei Caneca – Espaço Itaú.
Na Ventania
Risttuules, Estônia/2014, 87 min. Drama. Dir.
Martti Helde. Com Laura Peterson, Ingrid Isotamm, Mirt Preegel. Na Estônia da Segunda
Guerra, Erna, estudante de fi-losofia, é
mandada para um campo de trabalho
forçado com a filha. 12 anos.
Caixa Belas Artes.
Nise – O Coração da Loucura HHH
Brasil/2012, 108 min. Drama. Dir. Roberto Berliner. Com Glória Pires, Augusto Madeira, Fernando Eiras. Nise da Silveira volta ao hospital
psiquiátrico no Rio onde trabalhou nos
anos 1950. Lá, cria um método de terapia
pioneiro. 12 anos.
Espaço Itaú Augusta.
Nós ou Nada em Paris
Nous Trois ou Rien, França/2015, 102 min. Comédia. Dir. Kheiron. Com Kheiron, Gérard Darmon.
Com a revolução iraniana, uma família
parte de uma pequena aldeia no país
para morar em Paris. 12 anos.
Caixa Belas Artes.
O Outro Lado do Paraíso HH
Brasil/2014, 102 min. Drama. Dir. André Ristum.
Ponto Zero HHH
Brasil/2015, 94 min. Drama. Dir. José Pedro
Goulart. Com Sandro Aliprandini, Patricia Selonk, Eucir de Souza. Ênio passa por uma
puberdade difícil. Oprimido pelos alunos
da escola, tem de fazer companhia à
mãe, que sente a falta do pai que trabalha muito. 14 anos.
Caixa Belas Artes.
Porta dos Fundos – Contrato Vitalício
Brasil/2015, 100 min. Comédia. Dir. Ian SBF.
Com Fábio Porchat, Gregório Duvivier, Clarice
Falcão. O ator Rodrigo, bêbado, assina um
contrato em que promete participar do
próximo filme de Miguel. 14 anos.
Anália Franco, Bourbon – Espaço Itaú Pompeia,
Center Norte, Eldorado, Interlagos, Interlar Aricanduva, Market Place, Metrô Santa Cruz, Raposo Shopping, Shopping D, SP Market.
Procurando Dory
Finding Dory, EUA/2016, 102 min. Animação.
Dir. Andrew Stanton, Angus MacLane. Uma
peixinha com perda de memória recente
procura os pais, de quem se separou ainda pequena. Livre.
DUBLADO: Anália Franco, Anália Franco (3D),
Boavista, Boavista (3D), Boulevard Tatuapé (3D),
Bourbon – Espaço Itaú Pompeia, Bourbon –
Espaço Itaú Pompeia (3D), Bristol, Center Norte
(3D), Cidade Jardim, Cidade Jardim (3D), Cidade
São Paulo, Eldorado, Eldorado (3D), Frei Caneca
– Espaço Itaú, Iguatemi, Interlagos, Interlagos
(3D), Interlar Aricanduva, Interlar Aricanduva
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Brasil/2016, 90 min. Drama. Dir. Tata Amaral.
Com Carlos Alberto Riccelli, Felipe Rocha. Telmo, um diretor de teatro, resgata suas
memórias da ditadura por meio da montagem de uma peça. 12 anos.
Caixa Belas Artes.
O Valor de um Homem HHHH
La Loi du Marché, França/2015, 93 min. Drama.
Dir. Stéphane Brize. Com Vincent Lindon, Karine
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Dory - dub. - L. - 18h15. Leg. 18h15. l 5 (133 lug.). A Era do Gelo: O
Big Bang - dub. - L. - 12h40 / 14h45. Leg. 19h10. Como Eu Era Antes de Você - 12a. - 16h50 / 21h15.
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Essa Mulher? - 10a. - 14h / 19h. Marguerite - 14a. - 16h30 / 21h30. l
5 (31 lug.). Big Jato - 16a. - 14h / 20h. Paulina - 16a. - 15h50 / 21h50.
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Era Antes de Você - dub. - 12a. - 22h. Carrossel 2 - O Sumiço de
Maria Joaquina - L. - 12h20 / 15h / 17h20 / 19h40. l 5 (344 lug.).
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22h30. Procurando Dory - dub. - L. - 12h10 / 14h35 / 17h05. l 3 (271
22h25. Carrossel 2 - O Sumiço de Maria Joaquina - L. - 12h50 /
15h20 / 17h40 / 20h. l 5 (224 lug.). Procurando Dory - dub. - L. 12h / 14h40 / 17h20 / 19h50. Truque de Mestre: O Segundo Ato 12a. - 22h20. l 6 (228 lug.). Como Eu Era Antes de Você - 12a. 22h30. Caça-Fantasmas - 3D - dub. - 10a. - 14h10 / 16h50 / 19h40.
l 7 (261 lug.). Carrossel 2 - O Sumiço de Maria Joaquina - L. 13h30 / 16h / 18h15 / 20h40. l 8 (250 lug.). A Era do Gelo: O Big
Bang - 3D - dub. - L. - 12h30 / 14h50 / 17h10 / 19h30. Caça-Fantasmas - 3D - 10a. - 21h50. l 10 (376 lug.). Procurando Dory - 3D - dub.
- L. - 13h / 15h40 / 18h20 / 21h.
HMetrô Tatuapé - Cinemark
Av. Radial Leste, 1, Tatuapé. 2092-9237. R$ 17/R$ 25 (4ª R$ 24; 3D
R$ 25/R$ 30). l 1 (283 lug.). Carrossel 2 - O Sumiço de Maria Joaquina - L. - 13h40 / 16h / 18h40 / 21h. l 2 (159 lug.). Carrossel 2 - O
Sumiço de Maria Joaquina - L. - 12h40 / 15h20 / 17h40 / 20h. Invocação do Mal 2 - dub. - 14a. - 22h20. l 3 (126 lug.). As Tartarugas
Ninja: Fora das Sombras - dub. - 10a. - 11h20. Procurando Dory dub. - L. - 14h / 16h30 / 19h10 / 21h40. l 4 (194 lug.). A Era do Gelo:
O Big Bang - 3D - dub. - L. - 11h / 13h20 / 15h50 / 18h20 / 21h20. l 5
(117 lug.). A Era do Gelo: O Big Bang - dub. - L. - 12h20 / 15h / 17h30.
Como Eu Era Antes de Você - dub. - 12a. - 19h50 / 22h30. l 6 (113
lug.). Carrossel 2 - O Sumiço de Maria Joaquina - L. - 14h20 /
19h35. Caça-Fantasmas - dub. - 10a. - 11h30 / 16h50 / 22h. l 7 (199
lug.). Procurando Dory - 3D - dub. - L. - 13h / 15h40 / 18h10 / 20h40.
l 8 (268 lug.). Caça-Fantasmas - 3D - dub. - 10a. - 12h / 14h50 /
17h50 / 20h50.
HMetrô Tucuruvi - Cinemark
Av. Doutor Antônio Maria Laet, 566, Tucuruvi. 4873-0893. R$
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l 1 (196 lug.). Carrossel 2 - O Sumiço de Maria Joaquina - L. 12h50 / 15h10 / 17h30 / 19h50. Invocação do Mal 2 - dub. - 14a. 22h10. l 2 (197 lug.). Procurando Dory - 3D - dub. - L. - 14h40. Caça-Fantasmas - 3D - 10a. - 19h40 / 22h20. A Era do Gelo: O Big
Bang - 3D - dub. - L. - 12h20 / 17h20. l 3 (254 lug.). Procurando
Dory - 3D - dub. - L. - 11h / 13h30 / 16h / 18h30 / 21h10. l 4 (186 lug.).
Independence Day: O Ressurgimento - dub. - 10a. - 21h. A Era do
Gelo: O Big Bang - dub. - L. - 11h30 / 14h / 16h20 / 18h40. l 5 (203
lug.). Carrossel 2 - O Sumiço de Maria Joaquina - L. - 11h50 /
14h20 / 16h40. Como Eu Era Antes de Você - 12a. - 21h50. Procurando Dory - dub. - L. - 19h10. l 6 (349 lug.). Caça-Fantasmas - 3D
- dub. - 10a. - 13h30 / 16h10 / 18h50 / 21h30.
HMooca Plaza Shopping - Cinemark
R. Capitao Pacheco e Chaves, 313, Mooca. 3548-4680. R$ 19/R$
25 (3D R$ 25/R$ 29; XD2D R$ 25/R$ 29; XD3D R$ 28/R$ 33). l 1
(358 lug.). Caça-Fantasmas - 3D - dub. - 10a. - 12h30 / 15h15 /
18h15. Leg. 21h.l 2 (161 lug.). A Era do Gelo: O Big Bang - 3D - dub. L. - 12h45 / 15h / 17h30 / 20h. Porta dos Fundos - Contrato Vitalício - 14a. - 22h15. l 3 (264 lug.). Como Eu Era Antes de Você - 12a. 21h30. Carrossel 2 - O Sumiço de Maria Joaquina - L. - 12h15 /
14h30 / 16h45 / 19h10. l 4 (176 lug.). A Era do Gelo: O Big Bang dub. - L. - 14h / 19h. Truque de Mestre: O Segundo Ato - 12a. 21h15. Procurando Dory - dub. - L. - 16h20. l 5 (176 lug.). Independence Day: O Ressurgimento - 3D - 10a. - 22h. Procurando Dory 3D - dub. - L. - 12h / 14h40 / 17h10 / 19h40. l 6 (176 lug.). Como Eu
Era Antes de Você - 12a. - 22h45. Carrossel 2 - O Sumiço de Maria
Joaquina - L. - 13h15 / 15h30 / 18h / 20h30.
HPátio Higienópolis - Cinemark
Av. Higienópolis, 646, Higienópolis. 3823-2875. R$ 23/R$ 25 (4ª R$
22; 3D R$ 31/R$ 33). l 1 (108 lug.). Procurando Dory - 3D - dub. - L. 13h / 15h40 / 18h / 20h40. l 2 (115 lug.). Truque de Mestre: O Segundo Ato - 12a. - 22h25. A Era do Gelo: O Big Bang - 3D - dub. - L. 12h40 / 15h20 / 17h40 / 20h. l 3 (112 lug.). A Era do Gelo: O Big
Bang - dub. - L. - 14h / 18h30. Carrossel 2 - O Sumiço de Maria Joaquina - L. - 11h30 / 16h20 / 21h. l 4 (100 lug.). Procurando Dory dub. - L. - 11h50 / 14h20. Florence: Quem é Essa Mulher? - 10a. 16h40 / 19h15 / 21h50. l 5 (208 lug.). Caça-Fantasmas - 3D - dub. 10a. - 13h20 / 16h / 18h50. Caça-Fantasmas - 3D - 10a. - 21h30. l 6
(219 lug.). Carrossel 2 - O Sumiço de Maria Joaquina - L. - 12h20 /
15h / 17h20 / 19h40. Como Eu Era Antes de Você - 12a. - 22h10.
HPátio Paulista - Cinemark
R. Treze de Maio, 1947, Arco 501, Paraíso. 3262-4065. R$ 24/R$ 29
(3D R$ 32/R$ 35; 4ª R$ 31). l 1 (204 lug.). Procurando Dory - 3D dub. - L. - 13h10 / 15h40 / 18h30 / 21h10. l 2 (184 lug.). Procurando
Dory - dub. - 3D - L. - 14h. 16h30. Caça-Fantasmas - 3D - 10a. - 19h /
21h50. l 3 (184 lug.). A Era do Gelo: O Big Bang - 3D - dub. - L. - 13h
/ 15h20 / 17h40 / 20h. Truque de Mestre: O Segundo Ato - 12a. 22h20. l 4 (193 lug.). Caça-Fantasmas - 3D - dub. - 10a. - 12h10 /
15h15 / 18h / 20h50. l 5 (189 lug.). Carrossel 2 - O Sumiço de Maria
Joaquina - L. - 13h30 / 16h / 18h20 / 20h40. l 6 (174 lug.). Independence Day: O Ressurgimento - 10a. - 21h40. Carrossel 2 - O Sumiço de Maria Joaquina - L. - 12h20 / 14h40 / 17h / 19h20. l 7 (154
lug.). A Era do Gelo: O Big Bang - dub. - L. - 12h / 14h20. Como Eu
Era Antes de Você - 12a. - 16h40 / 19h30 / 22h10.
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dom. R$ 20; 3D R$ 18/R$ 24). l 1 (120 lug.). A Era do Gelo: O Big
Bang - dub. - L. - 14h50 / 17h / 19h10 / 21h10. l 2 (92 lug.). Caça-Fantasmas - dub. - 10a. - 14h20 / 16h50 / 19h15. Independence Day: O
Ressurgimento - dub. - 10a. - 21h45. l 3 (166 lug.). Como Eu Era
Antes de Você - dub. - 12a. - 21h30. Procurando Dory - dub. - L. 15h / 17h10 / 19h20. l 4 (172 lug.). Carrossel 2 - O Sumiço de Maria
Joaquina - L. - 13h40 / 15h40 / 17h40 / 19h40 / 21h40. l 5 (260
lug.). Caça-Fantasmas - 3D - dub. - 10a. - 21h50. A Era do Gelo: O
Big Bang - 3D - dub. - L. - 13h50 / 15h50 / 17h50 / 19h50. l 6 (332
lug.). Procurando Dory - 3D - dub. - L. - 14h30 / 16h45 / 19h / 21h15.
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Pça. Leonor Kaupa, 100, Bsq da Saúde. 5073-8642. R$ 23/R$ 25
(4ª R$ 18; 5ª a dom. R$ 26/R$ 29). l 1 (140 lug.). Carrossel 2 - O
Sumiço de Maria Joaquina - L. - 13h40 / 15h40 / 17h45. A Última
Premonição - dub. - 14a. - 19h50 / 21h40. l 2 (263 lug.). Carrossel 2
- O Sumiço de Maria Joaquina - L. - 12h30 / 14h40 / 16h40 / 18h45
/ 20h50. l 3 (140 lug.). Caça-Fantasmas - dub. - 10a. - 13h20 / 16h /
18h30 / 21h. l 4 (140 lug.). A Era do Gelo: O Big Bang - dub. - L. 12h05 / 14h05 / 16h15 / 18h15 / 20h20. l 5 (140 lug.). A Era do Gelo:
O Big Bang - dub. - L. - 15h / 19h25. Procurando Dory - dub. - L. 12h50 / 17h10. Como Eu Era Antes de Você - dub. - 12a. - 21h30. l
6 (234 lug.). Procurando Dory - dub. - L. - 12h10 / 14h20 / 16h30 /
19h / 21h15.
HSantana Parque Shopping - UCI
R. Conselheiro Moreira de Barros, 2780, Lauzane Paulista. 31312211. R$ 17/R$ 21 (4ª R$ 16; 3D R$ 25/R$ 27). l 1 (327 lug.). Carrossel 2 - O Sumiço de Maria Joaquina - L. - 13h35 / 15h40 / 17h45 /
19h50 / 21h55. l 2 (167 lug.). Procurando Dory - dub. - L. - 13h30 /
C8 Caderno 2
%HermesFileInfo:C-8:20160718:
O ESTADO DE S. PAULO
SEGUNDA-FEIRA, 18 DE JULHO DE 2016
LÚCIA
GUIMARÃES
SEGUNDA-FEIRA
LÚCIA GUIMARÃES
VANESSA BARBARA
TERÇA-FEIRA
HUMBERTO WERNECK
ARNALDO JABOR
QUARTA-FEIRA
ROBERTO DAMATTA
QUINTA-FEIRA
LUIS FERNANDO
VERISSIMO
SEXTA-FEIRA
IGNÁCIO DE LOYOLA
BRANDÃO
MILTON HATOUM
SÁBADO
MARCELO RUBENS
PAIVA
SÉRGIO AUGUSTO
DOMINGO
VERISSIMO
FÁBIO PORCHAT
] [email protected]
l
Golpes, contragolpes
e o mundo pós-fato
B
em-vindos a Cleveland, Ohio.
Não tragam bolas de tênis para o perímetro da Arena
Quicken Loans. Mas podem trazer
suas pistolas e rifles para celebrar ou
protestar contra a convenção do Partido Republicano que começa hoje.
Hoje é o dia seguinte a um novo assassinato de policiais por um beneficiário da liberdade de portar armas
que demagogos fingem estar garantida na Segunda Emenda da Constituição. Este é o país que Donald Trump
promete devolver a uma imaginada
glória pré-década de 1960.
Quando historiadores se debruçarem sobre o Orwelliano 2016, hão de
notar que a tentativa de golpe lançada
pela segunda maior força militar dos aliados ocidentais, na Turquia, é prima contextual distante da candidatura de Donald Trump. O golpe turco que, enquanto escrevo, parece fadado ao fracasso, ignorou a era digital. Os milicos marcharam sobre uma TV estatal com audiência
um pouco maior do que a da TV Brasil e
deixaram Recep Tayip Erdogan livre para falar à nação via aplicativo FaceTime.
Então, CEO da Apple, Tim Cook, já está
planejando um iCoup? A exortação do
ditador eleito e paranoico de carteirinha
Erdogan levou os turcos para as ruas e os
soldados se esconderam em seus tanques. Notem a ironia de Erdogan ter antes se declarado inimigo da rede social.
Para vergonha dos líderes do golpe, até
os massacrados curdos e a metade dos
turcos que odeiam Erdogan ou são perseguidos por ele defenderam seu mandato.
Já o candidato mais nefasto e obscurantista desde George Wallace, em
1968, tratado como filho bastardo do
Partido Republicano, é o filho legítimo
da rede social. Ele faz campanha em
tweets para seus quase 10 milhões de
seguidores. Quanto mais escatologia e
asneira, maior sua visibilidade.
Trump cresceu como um tumor no
vácuo cultural e político em que a realidade se mudou para os reality shows.
O homem que quer ter o dedo no botão
nuclear fica muito mais à vontade numa casa do Big Brother do que na casa
do povo, o inconveniente Congresso.
No mundo da TV em que falsos conflitos são resolvidos com soluções simplistas capturadas por múltiplas câmeras,
Donald Trump é o mestre de cerimônias. Não há ingenuidade no fato de
Trump ser admirador de Vladimir Putin.
O medíocre ex-agente da KGB é o mais
bem sucedido líder do mundo pós-fato,
num tripé de acumulação de poder através da intimidação, suborno de oligarcas
e propaganda. Putin e Trump têm a mentalidade de líderes de gangues. Oferecem proteção mafiosa ao tipo de eleitor
exausto para quem, se a globalização não
lhe tomou o emprego, a tecnologia tornou obsoleto.
Quando decidiu investir pesado em
televisão, Vladimir Putin importou produtores para imitar os reality shows norte-americanos, inclusive a versão eslava do The Apprentice de Donald Trump.
A fusão da propaganda com a mídia na
Rússia foi explicada no livro Nada É Verdade e Tudo É Possível, pelo o russo-britânico Peter Pomerantsev. Ele narra sua
experiência trabalhando como produ-
tor de reality shows para a TV russa.
A ideia de roteirizar a realidade
contaminou a política a partir da eleição de Putin, que, de cinzento e mal
ajambrado burocrata, foi reinventado como o musculoso super-herói.
Adorado mesmo por mais de 80 por
cento dos eleitores? Conhecedores
da psique russa acrescentam doses
de temor a esta relação com o grande
líder. O medo é também o combustível favorito da campanha Trump.
Que mais poderosa prova disso do
que o triste espetáculo de eleitores
brandindo armas na porta da convenção do Partido Republicano?
*
O protesto contra agressões antissemitas sofridas por jornalistas judeus que narrei na coluna Heil Trump,
em 20 de junho, parece ter surtido
efeito. Pela primeira vez, neste longo
inverno de destempero político no
Brasil, o Twitter levou a sério uma
queixa minha sobre abuso verbal e
suspendeu a conta de um agressor.
Estilo
FOTOS DIVULGAÇÃO
Alta moda.
Mantôs e
mitras de
um lado,
florais
românticos
e lenços de
outro na
passarela
montada na
Via San
Gregorio
Maria Rita Alonso / NÁPOLES
Estamos no Sul da Itália, em pleno verão europeu e tudo ali é
barulhento, intenso, quente e
cheio de história. Para apresentar sua nova coleção de Alta Moda, os estilistas Domenico Dolce e Stefano Gabbana decidiram armar um desfile em Nápoles, destino totalmente fora do
circuito fashion europeu. A
ideia fez todo o sentido para
eles, após definirem que Sophia
Loren seria a musa inspiradora
da coleção. Ela, que nasceu em
Roma e foi criada em um vilarejo pobre de Nápoles, voltou à
cidade acompanhada da tropa
de elite da moda italiana, em
um evento que durou quatro
dias e contou com uma exposição em sua homenagem e dois
desfiles que pararam o lugar.
“Perguntamos para Sophia onde ela gostaria que fizéssemos o
desfile. E ela respondeu: ‘Nápoles, com certeza’”, contou Dolce. “Pronto, aqui estamos!”
A passarela foi montada em
um ponto turístico, a Via San
Gregorio Armeno, centro do comércio de presépios, estátuas
de personalidades em miniaturas, pandeiros decorados e artesanato local. É uma rua super estreita, típica da cidade erguida
na encosta do golfo de Nápoles,
em um urbanismo labiríntico e
Tributo
a Nápoles
Dolce & Gabbana faz desfile de Alta
Moda inspirado no sul da Itália
repleto de relíquias góticas, barrocas, romanas e gregas – o centro antigo é tombado pela Unesco. A população ali se orgulha de
ser reconhecida como a terra da
pizza, do futebol e de Sophia Loren, que assistiu ao desfile como
uma rainha, sentada em um trono, para o delírio do público,
que acompanhou tudo de perto.
Foi uma comoção tão grande
que os terraços da rua foram alugados por 40 euros a hora. As
pessoas gritavam “Sophia, bellissima!!”, enquanto ela acenava.
O desfile começou com uma
fanfarra, ao som de O Sole Mio e
outros hits napolitanos, tocados por músicos seniores em
instrumentos de sopro. Então,
vieram as modelos. Ao todo, foram 99 meninas, com looks diferentes, muitos deles fazendo referências ao estilo e às personagens vividas por Sophia. A blusa
com decote de ombro-a-ombro
vista no filme O Ouro de Nápoles, de 1954, abriu o desfile. Vestidos e corpetes tirados de seu figurino em Matrimônio à Italiana, de 1964, também estavam lá.
Uma modelo com maiô retrô e
faixa de miss carregava o título
de “Senhorita Elegância”, lembrando o episódio em que Sophia, aos 15 anos, venceu um concurso de miss.
A sequência de vestidos co-
Ícones. A
coleção fez
referências
aos figurinos
e ao estilo
de Sophia
Loren, além
de celebrar
outros
elementos
da cultura
napolitana
quetel, com cintura marcada e
florais enormes estampados,
foi um dos pontos altos do desfile. “Os estilistas acabam de colocar as rosas na ordem do dia
fashion novamente”, disse Daniela Falcão, diretora da Vogue
Brasil. Algumas modelos de lenços de seda na cabeça reforçavam o espírito vintage da coleção, enquanto outras tantas ostentavam mantôs com bordados magníficos e chapéus que
pareciam mitras usadas por pontífices. A renda preta, que marca
as criações dos estilistas e lembram os antigos vestidos das mamas italianas, surgiu em peças
que modelavam o corpo. Algumas delas traziam estampas de
limões sicilianos. Calças jeans
bordadas (usadas pela primeira
vez em um desfile de Alta Moda) e peças elegantes de alfaiataria davam um toque cool ao
show que foi ultra-exuberante.
Quanto mais brilho e mais extravagância, mais o público
aplaudia. Os principais clientes
da marca, cerca de 400 pessoas
vindas da China, Rússia, México, Brasil e de alguns países da
Europa e da África, foram aconselhados a não usar joias pesadas na rua já que o desfile foi
totalmente aberto ao público –
o staff de seguranças, por sinal,
era enorme. “Esse foi o show
mais complicado que já fizemos em termos de estrutura”,
afirmou Dolce. “Mas é uma experiência única e valeu a pena.
Para nós, é especial estar na Via
San Gregorio, que é a rua dos
artesãos. Cada família aqui valoriza suas raízes e segue criando
de forma artesanal, assim como
na alta costura.”
Nessa época do ano, as grandes marcas de moda francesas
participam da semana da Alta
Costura, evento que celebra a
excelência e a tradição da moda
francesa, promovido pela Câmara Sindical da Alta Costura, comissão reguladora que estabelece e fiscaliza uma série de regras
impostas a seus associados. Historicamente, esse evento traz o
suprassumo do luxo em termos
de roupas e acessórios. São peças únicas, feitas sob medida, e
voltadas para um seleto público
capaz de pagar por valores sempre na casa dos 5 ou 6 dígitos.
Algumas grifes de outros países
acabaram quebrando o cerco
francês e conseguiram um espaço nessa agenda de desfiles de
Haute Couture, caso por exemplo da Valentino e da Versace.
A Dolce & Gabbana fez justamente o contrário. Em vez de
pleitear um lugar entre as maisons da França, decidiu lançar
sua Alta Moda como uma declaração de amor à Itália. Pouco antes do desfile, os estilistas receberam a imprensa de moda
mundial para explicar a coleção. "Nossa moda não segue tendências. Fazemos uma roupa
atemporal, que diz muito sobre
a nossa emoção e a nossa cultura”, disse Dolce. Enquanto isso,
Gabbana mostrava um chapéu
curioso em forma de baba ao
rum, doce típico de Nápoles. Tudo na maior descontração, como manda o figurino italiano.
help
D1
O ESTADO DE S. PAULO
Edição de
Esportes
%HermesFileInfo:D-1:20160718:
SEGUNDA-FEIRA, 18 DE JULHO DE 2016
Empate
no Itaquerão
Corinthians e São
Paulo favorecem
rival Palmeiras
SEGUNDA
Pág. D2
DANIEL TEIXEIRA/ESTADÃO
Campeonato Brasileiro
JEFERSON GUAREZE/AGIF
Confiança.
Confirmado no
time titular, Erik
decidiu no Sul
Metrópole
RODADA
ALVIVERDE
Palmeiras joga bem,
quebra tabu de quase 20
anos, vence o Inter e, com
empate do Corinthians,
abre vantagem na tabela
Glauco de Pierri
O Palmeiras do técnico Cuca
vai, aos poucos, quebrando alguns tabus que incomodavam a torcida alviverde. De
quebra, o time mantém a liderança do Campeonato Brasileiro com consistência e com
um bom futebol – a equipe foi
a grande vencedora da rodada. Ontem, em Porto Alegre,
vitória em cima do Internacional por 1 a 0, onde não conquistava um resultado positivo desde 1997. Com 32 pontos, se mantém firme na primeira posição da tabela.
“Fazia muito tempo que a
gente não ganhava no Recife
também (contra o Sport), do
Corinthians no Pacaembu...As
coisas têm fluído bem para nós.
Fico mais feliz ainda pela apresentação do time. O Inter estava super motivado, com estreia
do Falcão, e fizemos um jogo
quase perfeito. Perdemos alguns gols, é verdade, mas merecemos a vitória”, disse o técnico Cuca na saída do gramado.
O Internacional vinha de seis
jogos sem vitórias – cinco derrotas e quatro empates – e precisava de um resultado positivo na
estreia do técnico Falcão. Para
isso, a diretoria fez promoção
de ingressos e contou com boa
presença de seu torcedor no Beira-Rio. Mas foi o Palmeiras
quem dominou as ações do começo ao fim da primeira etapa.
No jogo que marcou a despedida temporária de Fernando
INTERNACIONAL 0
PALMEIRAS
1
15ª RODADA DO
BRASILEIRÃO
Gol: Erik, aos 10 minutos do 1º Tempo.
INTERNACIONAL (4-4-2): Marcelo
Lomba; William, Paulão, Ernando e
Raphinha; Fernando Bob (Ariel),
Rodrigo Dourado, Gustavo Ferrareis
(Anderson) e Andrigo (Valdívia); Vitinho
e Eduardo Sasha.
Técnico: Paulo Roberto Falcão.
PALMEIRAS (4-3-3): Fernando Prass;
Jean, Edu Dracena, Vitor Hugo e
Zé Roberto; Thiago Santos, Tchê Tchê
e Cleiton Xavier (Dudu); Erik (Rafael Marques), Róger Guedes (Leandro Pereira) e
Gabriel Jesus.
Técnico: Cuca.
Juiz: André Luiz de Freitas Castro (GO).
Cartões amarelos: Raphinha, Paulão,
Gabriel Jesus, Thiago Santos Ariel e
William
Público: 27.293 pagantes.
Renda: R$ 774.870,00.
Local: Beira-Rio, em Porto Alegre.
Prass e Gabriel Jesus – eles se
apresentam hoje em Teresópolis para a preparação da seleção
brasileira que vai brigar pela medalha de ouro nos Jogos Olímpicos, coube ao atacante a primeira chance do jogo. Logo aos dois
minutos, ele recebeu ótimo lançamento de Cleiton Xavier,
saiu de frente para o gol e tocou
por cobertura, mas a bola saiu à
direita de Marcelo Lomba.
Aos 10, porém, o atacante
Erik não vacilou – Cleiton Xavier levantou na área mais uma
vez, Gabriel Jesus desviou, a zaga do Internacional dormiu no
ponto e o atacante que veio do
Goiás deu um carrinho para
marcar o gol da vitória.
Cuca pedia para o Palmeiras
tocar a bola com calma para
criar as chances de gol e foi isso
que o time fez. De passe em passe, Jean cruzou rasteiro para Gabriel Jesus escorar rente à trave,
aos 25. E no final da primeira
etapa, aos 46, ótima trama ofensiva entre Jesus e Róger Guedes, que recebeu pela esquerda
na área, mas bateu fraco para a
defesa de Marcelo Lomba. Nos
primeiros 45 minutos, Fernando Prass foi um espectador.
No segundo tempo, Falcão
voltou com o criativo meia Valdívia – ele não jogava havia oito
meses por conta de uma lesão.
O Colorado tentou colocar pressão no Palmeiras, mas o alviverde se defendeu muito bem.
Sem conseguir entrar na área,
o Inter passou a levantar bolas
na área, mas Edu Dracena e Vitor Hugo, muito bem posicionados, não deram chances aos atacantes da equipe. O Palmeiras
ficou com os contra-ataques,
mas não conseguiu encaixar nenhum de forma correta. Mas
nem precisou para garantir sua
10.ª vitória no Brasileirão.
Gabriel Jesus diz
que fica pelo menos
até o fim do ano
l O atacante Gabriel Jesus afir-
mou ontem, logo após a vitória
do Palmeiras, que após voltar da
seleção olímpica, ficará no clube
pelo menos até o término do Brasileirão deste ano, em dezembro.
“Isso está bem claro: eu ficarei até o fim do ano, talvez até o
ano que vem”, disse o atacante.
Gabriel Jesus é o artilheiro do
Brasileirão com 10 gols. Ele disse que espera voltar ao Palmeiras com o time na liderança. “Espero voltar líder, mas é cedo para falar em título. O campeonato
é difícil, e estamos jogando nosso futebol", afirmou Jesus.
D2 Esportes
%HermesFileInfo:D-2:20160718:
O ESTADO DE S. PAULO
SEGUNDA-FEIRA, 18 DE JULHO DE 2016
ANTERO
GRECO
]
l
[email protected] | http://blogs.estadao.com.br/antero-greco
Canelada olímpica
F
ernando Prass, Gabriel Jesus,
Thiago Maia, Zeca, Gabigol,
Luan têm algumas coisas em
comum. São bons de bola, titulares
de times que ocupam a parte de cima da classificação do Brasileiro e...
fazem parte da lista de convocados
para a seleção olímpica. Por causa
do sonho do ouro no futebol, os dois
primeiros desfalcarão o Palmeiras
por muitas rodadas, assim como os
três santistas e o atacante do Grêmio serão baixas na hora em que a
competição nacional pega fogo.
A CBF desferiu no trio de concorrentes ao título da Série A uma bem
dada canelada olímpica – e todos
aceitaram de cabeça baixa, ao con-
trário de europeus, que negociaram liberação de atletas ou se negaram a
atender ao apelo da pátria de chuteiras. O grupo fica, a partir de agora, à
disposição de Rogério Micale, técnico
de equipe que se reúne pela primeira
vez menos de 20 dias antes dos Jogos.
O problema não está na requisição
dos rapazes; a experiência lhes será interessante e lucrativa, mesmo que seja
lorota a conversa de “projeto olímpico”. A inconveniência se manifesta no
fato de o campeonato não parar. Ao
contrário, continuará como se nada de
extraordinário estivesse a ocorrer no
período. E os clubes se omitem.
Líder que marca. Prass e Gabriel Je-
sus foram de novo importantes para o
Palmeiras, que chegou à 10.ª vitória em
15 apresentações. O goleiro esbanjou
segurança, nas raras investidas do Inter, no clássico de ontem à tarde, em
Porto Alegre, e o atacante infernizou a
No embalo pela liderança,
Palmeiras, Santos e Grêmio
perdem titulares para a seleção
zaga rival. Gabriel criou chances – e as
perdeu, para variar –, chamou faltas,
abriu espaços e até recuou para defender. Houve momento, na etapa final,
em que concedeu três escanteios, tão
concentrado estava em fechar espaço.
O Palmeiras soube equilibrar, no Beira-Rio, o ímpeto ofensivo e a cautela ao
ser pressionado. Ao mesmo tempo em
que buscou o gol, sobretudo em contragolpes, teve estratégia e inteligência
para domar e anular o Inter. A turma
de Cuca não foi retranqueira; longe disso. Só no primeiro tempo, poderia ter
saído com vantagem de dois ou três
gols. Mas se mostrou solidária em toda
ocasião em que era atacada.
Um dos segredos para a quebra de
tabu de 19 anos sem bater o Colorado
em casa foi Thiago Santos. O moço se
comportou como cão de guarda, se desdobrou e entortou o meio-campo gaúcho. Cuca ainda testou mudanças, como a entrada de Leandro no lugar de
Roger e Rafael Marques na vaga de
Erik. Não tirou Gabriel porque Cleiton
Xavier sentiu dores e precisou ceder
vaga para Dudu. Como tem elenco vasto, o treinador palestrino aposta na hipótese de sentir menos a ausência de
peças-chave como Prass e Gabriel.
Já Falcão percebeu, no retorno ao
banco do Inter, o tamanho do enrosco
em que se meteu. O time acumula seis
derrotas (cinco consecutivas) e um
empate nos últimos sete jogos, despencou na tabela e não acha rumo. Mai
suma vez no papel de fogo de palha.
Superação tricolor. O São Paulo ti-
nha tudo para sair abatido do choque em Itaquera, após a desclassificação na Libertadores e a negociação de três jogadores. No entanto,
comportou-se bem, dentro dos limites, segurou o Corinthians e botou
um ponto a mais na algibeira. O 1 a 1
teve valor de vitória para tricolores.
O resultado vai na conta da dedicação são-paulina e nos erros alvinegros. Cristóvão Borges conseguiu
equivocar-se nas três substituições:
tirou o trio Rodriguinho, Giovanni
Augusto e Marquinhos Gabriel para
colocar Elias, Guilherme e Rildo. Se
o Corinthians não ia bem com os
que começaram, ficou mais capenga com os que entraram. A ponto de
permitir que o adversário chegasse
com perigo nos minutos finais.
O São Paulo se doou, e mereceu o
prêmio do empate. Porém, haverá
que melhorar muito, para brigar ao
menos pelo G-4. (A propósito:
quem vendeu a ideia de Centurión
como craque?) O Corinthians deu
sinais de que terá dificuldade para
manter-se colado na liderança.
Campeonato Brasileiro
Empate no Itaquerão favorece rival
HÉLVIO ROMERO/ESTADÃO
Corinthians e São Paulo
empatam em bom jogo,
mas resultado deixa
Palmeiras isolado na
liderança do campeonato
CORINTHIANS
SÃO PAULO
15ª RODADA
DO BRASILEIRÃO
CORINTHIANS
6
Cássio
6
Fagner
4,5
Yago
5,5
Balbuena
5,5
Uendel
7
Bruno Henrique
6 (6)
Rodriguinho (Elias)
6 (5)
M. Gabriel (Rildo)
4 (5,5) G. Augusto (Guilherme)
6
Romero
6
Danilo
Técnico:
6
Cristóvão Borges
ATUAÇÕES
Daniel Batista
Corinthians e São Paulo protagonizaram um bom jogo no
Itaquerão onde o resultado
agradou apenas a uma torcida: a do Palmeiras. O empate
por 1 a 1 fez com que o time
alvinegro deixasse o rival alviverde aumentar a vantagem
na liderança enquanto o time
tricolor perdeu uma boa oportunidade de vencer pela primeira vez na casa do rival e
mostrar que a eliminação da
Libertadores ficou para trás.
Com o resultado, o Corinthians chegou aos 29 pontos e
viu o Palmeiras somar 32, com a
vitória sobre o Internacional,
no Beira-Rio. Já o São Paulo fica
com 22 pontos e continua distante dos primeiros colocados.
Nenhuma das equipes têm
muito motivos para celebrar. O
Corinthians não soube aproveitar o fato de jogar em casa e se
manter na briga pela ponta, embora não tenha faltado apoio da
torcida, que quebrou o recorde
de público da arena no Brasileiro, com 42.099 pagantes.
Já o São Paulo teve, pelo menos, três grandes oportunidades de marcar o seu segundo gol,
mas não soube aproveitar. Como prêmio de consolação, o time mostrou brio e pela primeira
vez deixou o Itaquerão sem perder. Foram quatro vitórias corintianas nos jogos anteriores.
Outro ponto favorável foi a
boa atuação de Cueva, na primeira partida após a saída de
Ganso para o Sevilla. Fica a sensação de que o peruano poderá
Torcedores se
enfrentam em
Carapicuíba
Centurión e Cueva, toques rápidos e lançamentos.
Foi justamente com essas características que as equipes chegaram ao gol. Aos 13, Cueva recebeu em velocidade pela esquerda e após dar um drible em Yago, foi derrubado pelo corintiano. Na cobrança, o peruano bateu no canto esquerdo e marcou seu primeiro gol com a camisa tricolor.
Quando parecia que o Corinthians teria dificuldades, a sorte apareceu. Rodrigo Caio tentou afastar a bola da área, mas
chutou em cima de Bruno Henrique, que cabeceou em direção
ao gol e não deu tempo de Denis
evitar o gol.
São Paulo entraram em confronto ontem, horas antes do clássico, em Carapicuíba, região oeste
da Grande São Paulo.
Segundo a Polícia Militar, sãopaulinos prepararam uma emboscada para os rivais, mas acabaram sendo surpreendidos na Avenida Tancredo Neves, altura do
número 49 – o local fica a quase
70 km distância do Itaquerão,
onde foi disputada a partida.
Um torcedor do São Paulo,
vítima de espancamento, foi encaminhado para o Hospital Regio-
nal de Carapicuíba – o seu estado de saúde não foi revelado.
O confronto é o primeiro de
conhecimento da Polícia Militar
após a determinação de torcida
única nos clássicos paulistas,
que foi solicitada pelo Ministério
Público e atendido pela Secretária de Segurança Pública após
confronto entre palmeirenses e
corintianos, em abril deste ano.
ser o substituto do camisa 10.
A lembrança da goleada por 6
a 1 no último encontro entre as
equipes no Itaquerão estava viva para os torcedores. Aos gritos de “É, 6 a 1” e “Oh, oh, chuta
que é o Denis no gol” os corintianos recepcionaram os rivais ainda durante o aquecimento.
Apesar das provocações da
torcida, o que se viu foi uma partida equilibrada e com duas pro-
postas completamente distintas. O Corinthians apostava no
toque de bola, movimentação e
procurava forçar o erro do adversário. O São Paulo era correria pura, principalmente com
vel, mas além dele, temos outros jogadores de muita qualidade no ataque”, avisou.
Já Cristóvão confirmou que
Pato joga na próxima rodada.
“Ele e o André estão prontos,
mas temos de ter cuidado. Se
não for o jogo inteiro, pelo menos uma parte dele”, contou o
treinador.
Pato voltou de empréstimo
do Chelsea, chegou a negociar
com a Lazio, mas as conversas
não foram adiante e como Cristóvão tem pedido a contratação
de um atacante, a solução encontrada foi aproveitá-lo.
Em relação ao jogo, o meia
Fagner preferiu destacar o fato
da equipe suportar a pressão.
“Vale ressaltar o empenho do
time. A equipe pressionada, soube se suportar bem e o Cassio
não fez nenhuma defesa difícil
no jogo. Temos que continuar
fazendo nosso trabalho e clássico é sempre difícil”, comentou
o corintiano. /D.B.
Postura após eliminação
é elogiada no São Paulo
l Torcedores de Corinthians e
Cristóvão vê pior jogo e
Cássio faz alerta a Pato
O técnico Cristóvão Borges não
teve muito o que comemorar
em seu primeiro clássico no comando do Corinthians. O treinador afirmou, após o empate
por 1 a 1 com o São Paulo, que a
equipe teve a pior atuação desde que ele chegou ao clube e o
assunto Pato agitou o vestiário
da equipe após a partida.
“Erramos na construção e no
último passe. O São Paulo esperou para jogar no nosso erro e
deve ter sido o jogo com mais
erros desde que estou aqui. O
São Paulo foi melhor”, resumiu
o treinador.
A má atuação dos atacantes
na partida de ontem fez com
que a expectativa para a reestreia de Alexandre Pato aumen-
SÃO PAULO
ATUAÇÕES
Denis
7
Bruno
6
Maicon
6,5
Rodrigo Caio
6
Mena
5
Hudson
6
Thiago Mendes
5,5
Centurión (Gilberto) 4,5 (5,5)
Cueva
7,5
M. Bastos (Luiz Araújo) 5,5 (6)
Ytalo (Wesley)
5 (6,5)
Técnico:
Edgardo Bauza
6
Gols: Cueva, aos 15, Bruno Henrique, aos 21 do 1º Tempo.
Juiz: Péricles Bassols Pegado Cortez (PE).
Cartões amarelos: Cueva, Hudson, Rodriguinho, Fagner,
Thiago Mendes e Elias.
Renda: R$ 2.620.166,00.
Público: 42.099 pagantes.
Local: Itaquerão, em São Paulo.
Melhor. São Paulo, de Mena, foi superior ao Corinthians,de Romero, mas não venceu
tasse ainda mais. O jogador deverá ficar no banco de reservas
na partida contra o Figueirense,
sábado, no Itaquerão.
O goleiro Cássio, um dos poucos jogadores que atuou com Pato em sua primeira passagem pelo clube mandou um recado para o companheiro. “Todo mundo quer que o Pato jogue, mas
não pode colocar pressão nos
outros só porque ele está aqui”,
avisou o goleiro.
Nos bastidores, muita gente
no clube diz que Cássio chegou
a ter uma discussão com Pato
no passado, embora ambos neguem. Mas ontem, o goleiro deixou claro que não concorda plenamente com seu retorno.
“A qualidade do Pato é inegá-
A postura do time do São Paulo
no empate por 1 a 1 com o Corinthians surpreendeu muita gente, mas não o técnico Edgardo
Bauza, que após a partida, afirmou que teve uma conversa
com os jogadores para evitar
uma natural desmotivação
após o time ter sido eliminado
da Libertadores.
“Fomos a melhor equipe brasileira na Libertadores e ficamos entre os quatro melhores
do continente. Pensem o que
quiser, gostem ou não, mas é o
fato. E, se o árbitro tivesse sido
justo, não sei o que teria acontecido em Medellín. Temos a obrigação ao vestir a camisa do São
Paulo, que tem uma história pesada e rica. E quem não se ali-
1
1
Pressão. No segundo tempo,
o Corinthians voltou explorando as jogadas pelo meio da área
e teve uma chance com Romero, que cabeceou para uma grande defesa de Denis, algo que pa-
nhar nisso, sabe que vai sair da
equipe”, avisou.
Com a confirmação da ida de
Ganso para o Sevilla, Bauza reforçou a necessidade da chegada de reforços e disse esperar
por novidades nos próximos
dias. “Tenho falado com a diretoria para chegar mais dois ou
três jogadores, sendo um deles,
centroavante já que o Calleri se
foi. Estamos buscando um ou
dois mais na parte ofensiva”.
Os jogadores do São Paulo
adotaram discurso parecido e
bateram na tecla de que o resultado mais justo seria a vitória
tricolor. “Acredito que tivemos
as melhores chances. Tirando a
cabeçada do Romero, eles não
fizeram quase nada. A gente fez
JOGOU MUITO...
... & JOGOU NADA
Cueva.
Peruano abriu
a defesa,
sofreu pênalti
e bateu bem.
Giovanni
Augusto. Não
acertou nem
as jogadas
mais simples
rece ter desestabilizado os corintianos. Cristóvão viu uma
possibilidade de conseguir virar o jogo, mexeu no time, mas
as alterações tiveram um efeito
contrário.
O São Paulo cresceu e teve
duas grandes oportunidades de
marcar, em chutes de Hudson –
que na pequena área finalizou e
mandou por cima do gol – e com
Wesley, que na entrada da área,
chutou fraco, a bola desviou na
zaga e foi lentamente para escanteio. Mais uma vez, a sorte
esteve do lado corintiano.
E os minutos finais foram de
sufoco corintiano e pressão dos
são-paulinos. Por isso, ao final
do jogo, os visitantes mais lamentaram do que comemoraram o resultado enquanto o time da casa mostrou preocupação com a má atuação e, principalmente, por ver o Palmeiras
ampliar a vantagem na liderança do Brasileirão.
uma grande partida”, resumiu
Rodrigo Caio.
A boa atuação da equipe, apesar do empate, fez com que o
goleiro Denis projetasse o início de uma nova fase e de recuperação na tabela. “Temos de
melhorar muito e todos jogadores sabem disso. Precisamos
conquistar mais pontos e, se jogarmos com fizemos hoje (ontem), e até um pouco mais, com
alguns reforços, que provavelmente vão chegar, temos chances de encostar na parte da cima da tabela”, analisou.
Destaque da partida, o meia
Cueva lembrou da Copa América para demonstrar sua personalidade. “Sempre passou por
mim a vontade de querer fazer
mais e marcar gols. Depois de
ter errado na Copa América,
não tremi e tenho essa personalidade”, comentou, lembrando
que desperdiçou uma cobrança
pela seleção peruana contra a
Colômbia. / D.B.
%HermesFileInfo:D-3:20160718:
O ESTADO DE S. PAULO
SEGUNDA-FEIRA, 18 DE JULHO DE 2016
Esportes D3
Rio-2016
Seleção olímpica
se apresenta hoje
em Teresópolis
Almir Leite
Com Neymar como principal
estrela e também esperança,
a seleção olímpica dá início
de forma efetiva hoje à caminhada para tentar, nos Jogos
do Rio, a inédita medalha de
ouro no futebol. O grupo de
18 jogadores convocados pelo técnico Rogério Micale se
apresenta na Granja Comary,
local da primeira fase de treinamentos. Serão 10 dias de
preparação em Teresópolis e
um amistoso contra o Japão,
dia 30 em Goiânia, antes da estreia em 4 de agosto, contra a
África do Sul, em Brasília.
A reunião do grupo olímpico
marca também o início do período em que os times do País ficarão sem os jogadores convocados por Micale por até seis rodadas do Campeonato Brasileiro e alguns também da Copa do
Brasil, como o Santos, que não
terá Zeca, Thiago Maia e Gabriel Barbosa no duelo contra o
Gama, o de ida na quarta-feira.
Dos 18 selecionados, 13
atuam no País. Entre os jogadores que atuam no exterior, só Renato Augusto, do Beijing Gouan
chinês, estava em atividade.
Os outros virão de período
de férias. Neymar, por exemplo, passou os últimos dias envolvido com compromissos
com patrocinadores e participação em programas de TV. Mas
voltou a treinar fisicamente há
cerca de dez dias, para começar
a readquirir a forma física.
Neymar é o único jogador do
grupo atual que já disputou
uma Olimpíada. Em 2012, ele
conquistou a medalha de prata
em Londres - o Brasil, treinado
então por Mano Menezes, perdeu a final para o México.
Micale descarta a possibilidade de os jogadores apresentarem desgaste físico que comprometa o desempenho da Olimpíada - uma das desculpas usadas pelos técnicos que comandavam a seleção principal para
tentar justificar os fracassos na
Copa do Mundo de 2014 e nas
Copas América de 2015 e 2016.
O treinador lembra que a
maioria dos atletas está no
meio do campeonato por seus
times. “É um bom nível até de
treinamento, porque não é nem
no começo e nem está no final
(de temporada)’’, disse ao Estado. “Os que vêm de fora estão
voltando de férias, então a gente vai ter de tomar um cuidado
para individualizar essa prepa-
ração de alguns deles, principalmente esses vindos da Europa,
e tentar equacionar isso a um
padrão mínimo para que esse
grupo mantenha um nível parecido para a competição.’’
Hoje os jogadores serão submetidos a exames médicos e
avaliação física. O primeiro treino com bola está marcado para
a tarde de amanhã. Como Micale contará com apenas 16 jogadores de linha, a CBF chamou
sete jogadores convocados recentemente para a seleção sub20 para participar dos treinamentos. Entre eles estão o goleiro Daniel Fuzato, do Palmeiras,
e o meia Guilherme, do Santos.
Eles se apresentam amanhã.
Experiência. Renato Augusto, atuando na China, é um dos convocados com mais de 23 anos
Fotos meramente ilustrativas.
Neymar encabeça o
grupo de 18 convocados
que vai dar início à
preparação para tentar
ganhar o inédito ouro
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140
Polêmica
Uma declaração surpreendente do atacante Riascos à rádio
Itatiaia, pouco tempo depois da
derrota do Cruzeiro para o Flu-
Saídas. Dorival perde o sono
mesmo quando o assunto é a
possível transferência de seus
principais jogadores para o exterior. No sábado, representantes
do Barcelona e do Manchester
United estiveram na Vila observando o meia Lucas Lima e o atacante Gabriel. “Eu torço para
que isso (saída de jogadores)
não aconteça, porque quero ver
o Santos forte. Acho que está na
hora de o torcedor do Santos ter
algumas alegrias diferentes das
que vem tendo. Está na hora de
nos posicionarmos. Será impossível repor essas peças. O Santos vai ter de novamente remar
para montar seu time. Se quiserem perder, é isso.”
Violência
Riascos xinga clube
após derrota e está
fora do Cruzeiro
Após a derrota para o
Fluminense, colombiano
dá entrevista para rádio.
Diretor de futebol afirma
que ele não fica no clube
Dorival pede
regularidade
para seu time
A boa vitória em cima da Ponte
Preta por 3 a 1 no último sábado,
na Vila Belmiro, consolidou o
Santos no G-4 do Campeonato
Brasileiro. Mas o técnico Dorival Júnior quer mais – para ele,
se o time mostrar regularidade
nos próximos jogos, poderá brigar pelo título.
“Temos de valorizar o trabalho diante da Ponte, um adversário direto. Fico muito feliz de
ver o time voltar a jogar uma
grande partida. Espero que
mantenhamos essa postura. Temos de fazer o nosso melhor para. Se queremos conquistar algo, será com atuações dessa forma” disse o treinador.
O técnico quer ver o Santos
somar o máximo de pontos possível nos últimos quatro jogos
do primeiro turno. Na próxima
rodada, o clube viaja a Salvador
para enfrentar o Vitória. Depois, faz duas partidas em casa,
ambas na Vila Belmiro – contra
Cruzeiro e Flamengo. Por fim, o
time encara o América-MG, em
Belo Horizonte, na 19.ª rodada.
Antes, porém, na quarta-feira, o time encara o Gama, pela
Copa do Brasil, às 21h45 no estádio Bezerrão, em Brasília.
à vista
sem juros
nos cartões
Santos
minense, por 2 a 0, ontem em
Edson Passos, no Rio de Janeiro, aumentou ainda mais a crise
no clube mineiro.
Logo após o fim do jogo, o colombiano, que entrou na segunda etapa, foi questionado sobre
sua fase em Belo Horizonte.
“Não está normal. Não estou feliz com isso que está acontecendo. Tem que encontrar uma solução porque não pode tirar mi-
nha felicidade para jogar nessa
merda aqui”, disparou.
A declaração causou revolta
na direção cruzeirense. “Diante
dessa postura, nós não aceitamos de forma alguma a participação de atletas com essa conduta e com esse posicionamento. A partir de agora, ele está fora da delegação e passa a ser um
problema administrativo e jurídico. Vamos até o final para
que ele pague da forma mais dura e legal pelo comportamento
que teve. O Cruzeiro vive esse
momento difícil, de reorganização, mas é com respeito e honestidade que vamos voltar para onde devemos estar”, disse o diretor de futebol Thiago Scuro.
Contratado em janeiro de
2015, Riascos tem vínculo com
o Cruzeiro até janeiro de
2018 e recebe um dos maiores salários do elenco.
Ele já foi emprestado ao
Vasco, na temporada passada, e retornou à Toca da Raposa II em maio deste ano – o
jogador chegou a dizer publicamente que não queria deixar o time carioca. Ele chegou a receber oportunidades
com Paulo Bento, mas não teve bom rendimento.
Ontem, entrou em campo
aos 22 minutos do segundo
tempo e mais uma vez não foi
bem. Displicente, deu um
chutão na bola em lance parado e levou o terceiro amarelo
– ele está suspenso da próxima rodada, quando o Cruzeiro enfrenta o Sport, em casa.
Suspeito de matar
torcedor é preso no Rio
RIO
O militar do exército Leonardo
Fernandes Oliveira, de 22 anos,
foi preso ontem acusado de matar o botafoguense Thiago da
Silva França, de 31 anos.
O crime ocorreu no sábado,
em Bento Ribeiro, zona norte
do Rio, durante uma briga entre
torcidas organizadas do Flamengo e Botafogo.
Segundo informações dos órgãos de Segurança Pública, Leonardo teria desferido golpes
com enxada, pedra e madeira
para cometer o homicídio. Por
ser militar, Leonardo foi detido
e está sob a custódia do Exército, onde está preso.
A Divisão de Homicídios busca agora identificar e localizar
outros dois integrantes da torcida do Flamengo que também teriam participado das agressões.
Ainda na confusão, 20 torcedores e outros cinco menores
de idade foram detidos e encaminhados ao 30.º Distrito Policial. No entanto, todos eles assinaram um termo de compromisso e acabaram liberados.
D4 Esportes
%HermesFileInfo:D-4:20160718:
O ESTADO DE S. PAULO
SEGUNDA-FEIRA, 18 DE JULHO DE 2016
Rio-2016
Jogos dão prejuízo, mostra estudo
Economistas americanos
dizem que custos são
altos e legado não se
concretiza; Los Angeles e
Barcelona são exceções
Jamil Chade / GENEBRA
Orçamentos estourados, previsões de ganho furadas, déficit e corrupção. Nos últimos
30 anos, a organização de Jogos Olímpicos deixou para as
cidades sedes um legado econômico bem diferente das
promessas feitas por seus or-
ganizadores. Salvo no caso
de Los Angeles em 1984 e Barcelona em 1992, todas as demais sedes constataram que
os supostos benefícios anunciados jamais se concretizaram.
Isso é o que revela um amplo
e detalhado estudo publicado
pelos economistas americanos,
Robert A. Baade, da Lake Forest
College de Illinois, e Victor Matheson, do College of the Holy
Cross, de Worcester nos EUA.
Publicado no Journal of Economic Perspectives da prestigiosa
American Economic Association, o levantamento desmitifi-
ca os resultados econômicos do
movimento olímpico e alerta
para a falência que o modelo representa para quem realiza um
evento.
Segundo eles, é mais fácil um
atleta vencer a medalha de ouro
na Olimpíada que o evento dar
lucros para os anfitriões.
“A esmagadora conclusão é
de que, na maioria dos casos, a
Olimpíada é uma proposta que
gera perdas para a cidade-sede”, aponta o estudo, alertando
que os raros casos de benefícios
são registrados “sob condições
muito específicas e incomuns”.
Os economistas também che-
gam à constatação de que “o
custo-benefício é pior para cidades em países em desenvolvimento que do mundo industrializado” e que, da forma que hoje
é conduzida, a “Olimpíada não
é economicamente viável para
a maioria das cidades”.
Estouro. Se existem vários mo-
tivos para essa constatação, o
estudo mostra que os principais fatores são os custos elevados para as instalações esportivas, os pagamentos que precisam ser feitos ao COI, uma administração de má qualidade,
corrupção e as expectativas “ir-
reais” de ganhos futuros.
Se não bastasse, o documento mostra como “de forma consistente”, todas os Jogos superam seus orçamentos originais.
“Entre 1968 e 2012, todos os Jogos custaram mais do que originalmente estimado”, alertou.
Em média, 150%. Mas, no caso
de Montreal em 1976 e Sarajevo
em 1984, o preço final foi dez
vezes acima do planejado.
Mesmo em Londres, em
2012, uma manobra tentou mostrar que o valor ficou abaixo do
estimado. Em 2005, quando a
cidade obteve o direito de sediar o evento, o orçamento era
Cerimônia de abertura
tem teste de segurança
Simulação com 700
veículos entre ônibus,
ambulância, helicópteros
e carros mediu trajetos
para evitar atrasos
Luciana Nunes Leal / RIO
As principais vias do entorno
do Maracanã foram fechadas
ontem das 6h ao meio-dia para
treinamento do esquema de segurança e transporte da cerimônia de abertura da Olimpíada,
em 5 de agosto. Policiais, militares das Forças Armadas, agentes de trânsito e profissionais
de saúde simularam a chegada e
saída de atletas, voluntários, organizadores e autoridades. Foram interditados total ou par-
FABIO MOTTA/ESTADÃO
cialmente 13 ruas e viadutos na
região do Maracanã, na zona
norte.
A Secretaria Extraordinária
de Segurança para Grandes
Eventos, do Ministério da Justiça, informou em nota que foram usados no treinamento
700 veículos, entre ônibus, ambulâncias, motos, carros, vans e
helicópteros. Também foram
testados 15 painéis, fixos e móveis, de avisos de trânsito aos
motoristas. Dois mil profissionais participaram do treinamento.
A simulação de deslocamento passou por pontos da zona
sul, centro e Barra da Tijuca (zona oeste), além do entorno do
estádio. Trechos das vias foram
fechados para passagem dos
comboios e liberados em segui-
Maracanã. Em torno no estádio foi interditado para teste para cerimônia de abertura
da. Uma das preocupações dos
organizadores é medir o tempo
dos trajetos, a fim de evitar atrasos na cerimônia de abertura
dos Jogos Olímpicos. A previ-
são é de que a festa comece às
20h e termine às 23h do próximo dia 5. Os portões do Maracanã serão abertos às 16h30.
Outro treinamento aconte-
ceu no entorno do Palácio do
Itamaraty, no centro. Trechos
da Avenida Presidente Vargas, a
principal da região, foram interditados. Uma das possibilida-
de 2,4 bilhões de libras esterlinas. Dois anos depois, uma nova
previsão apontou para 9,3 bilhões de libras. Quando, em
2012, o preço total ficou em 8,7
bilhões, os organizadores argumentaram que o valor havia ficado abaixo do previsto.
O estudo não cita o Rio de Janeiro. Mas os dados oficiais do
evento apontam que a estimativa original de R$ 5,6 bilhões para
as instalações esportivas já ficou em R$ 7,5 bilhões. No que se
refere ao custo total, incluindo
as obras de infraestrutura, elas
passaram de R$ 28,8 bilhões em
2009 para R$ 39 bilhões.
des é que o palácio seja usado
para recepção de chefes de Estado durante os Jogos. Por causa
das interdições, houve engarrafamento na área próxima à Rodoviária Novo Rio, onde acontecem obras de revitalização da
região portuária.
Na véspera, as forças de segurança fizeram uma simulação
de um ataque terrorista na estação de trem de Deodoro, na zona oeste do Rio, que tem sete
instalações olímpicas. Segundo
os responsáveis, a simulação já
estava prevista antes do atentado em Nice, no dia 14 de julho.
Além da explosão de uma
bomba, foi simulada uma troca
de tiros e perseguição aos terroristas. Voluntários que vão trabalhar na Olimpíada fizeram o
papel de torcedores feridos.
PAULO CALÇADE
Excepcionalmente, o
colunista não escreve hoje
PLACAR ESTADO
CLASSIFICAÇÃO
1º
Palmeiras
2º Corinthians
3º Grêmio
15ª RODADA
ARTILHEIROS
16ª RODADA
J
V
E
D
GP
GC
SG
SÁBADO
SÁBADO (23/7)
l 10 gols
32
15
10
2
3
31
14
17
3 Botafogo (Diogo Barbosa,
29
15
9
2
4
25
11
14
Neilton, Salgueiro)
Corinthians x Figueirense
Gabriel Jesus
Arena Corinthians, 16h
(Palmeiras)
3 Flamengo (Everton, Jorge, Guerrero)
27
15
8
3
4
25
19
6
4º Santos
26
15
8
2
5
27
14
13
Santa Cruz x Coritiba
l 8 gols
5º Atlético-PR
24
15
7
3
5
17
15
2
Gabriel)
Arruda, 18h30
Grafite
6º Flamengo
24
15
7
3
5
18
18
0
1 Ponte Preta (Roger)
DOMINGO (24/7)
23
15
7
2
6
18
23
-5
ONTEM
(Santa Cruz)
7º Ponte Preta
Ponte Preta x Internacional
Diego Souza
Moisés Lucarelli, 11h
(Sport)
8º São Paulo
22
15
6
4
5
16
14
2
9º Fluminense
21
15
5
6
4
15
15
0
10º Internacional
20
15
6
2
7
15
14
1
11º Atlético-MG
20
14
5
5
4
22
22
0
12º Vitória
19
15
4
7
4
18
21
-3
13º Chapecoense
19
15
4
7
4
21
26
-5
14º Santa Cruz
17
15
5
2
8
19
20
-1
15º Botafogo
17
15
4
5
6
19
24
-5
16º Figueirense
16
15
3
7
5
13
18
-5
3 Santos (Victor Ferraz, Vitor Bueno,
0 América-MG
3 Santa Cruz (Tiago Costa, Marcílio,
Palmeiras x Atlético-MG
Arthur)
0 Internacional
Allianz Parque, 11h
1 Palmeiras (Erik)
Cruzeiro x Sport
1 Corinthians (Bruno Henrique)
Mineirão, 16h
1 São Paulo (Cueva)
Chapecoense x Botafogo
2 Fluminense (Cícero, Marcos Junior)
Bruno Rangel
(Chapecoense)
l 6 gols
Cazares e Fred
Sassá
17º Sport
15
15
4
3
8
23
26
-3
1 Chapecoense (Dener)
Arena da Baixada, 16h
18º Cruzeiro
15
15
4
3
8
18
25
-7
1 Atlético-PR (Pablo)
Grêmio x São Paulo
(Botafogo)
19º Coritiba
15
14
3
6
5
15
18
-3
1 Vitória (Diego Renan)
8
15
2
2
11
9
Arena do Grêmio, 16h
Rafael Moura
Vitória x Santos
(Figueirense)
Manoel Barradas, 18h30
Vitor Bueno
HOJE
SEGUNDA-FEIRA (25/7)
(Santos)
Atlético-MG x Coritiba
Flamengo x América-MG
Kieza
Mineirão, 20h
Kleber Andrade, 20h
(Vitória)
20º América-MG
27 -18
n Libertadores n Sul-Americana n Zona de rebaixamento
Regulamento:
Os clubes se enfrentam em turno e returno. Será campeão aquele
que somar mais pontos ao final das 38 rodadas. Os quatro melhores classificados garantem
vaga na Libertadores. Os quatro últimos serão rebaixados à Série B. Em caso de empate em
pontos, os critérios de desempate serão, nesta ordem: maior número de vitórias, melhor
saldo de gols, mais gols a favor, confronto direto, menos cartões vermelhos e amarelos.
SÉRIE D
SELEÇÃO ESTADO
Meia do Santos é o
destaque da rodada
1
Tiago Cardoso
(Santa Cruz)
2
1
3
5
7
6
5
5
7
3
3
3
5
5
8
6
5
5
3
5
27
26
24
19
14
15
22
15
17
21
26
21
18
14
11
17
13
9
15
11
5
7
7
0
2
4
-1
1
5
4
0
1
-4
-5
-3
-3
-9
-7
GRUPO A
9 -15
1º
2º
3º
4º
5º
6º
7º
8º
9º
10º
Fortaleza
Botafogo-PB
ASA
ABC
Remo
Salgueiro
América-RN
River
Confiança
Cuiabá
1º
2º
3º
4º
5º
6º
7º
8º
9º
10º
Guarani
Botafogo-SP
Mogi Mirim
Juventude
Boa Esporte
Ypiranga
Tombense
Portuguesa
Macaé
Guaratinguetá
GRUPO B
PG
J
V
E GP SG
17
15
15
14
13
13
12
8
7
6
9
9
9
9
9
9
9
9
9
9
5
4
4
4
3
3
3
2
1
1
2
3
3
2
4
4
3
2
4
3
PG
J
V
E GP SG
18
15
15
14
14
13
13
8
7
4
9
9
9
9
9
9
8
8
9
9
5
4
4
4
4
4
3
2
2
1
3
3
3
2
2
1
4
2
1
1
6
Jorge
(Flamengo)
11
Cueva
(São Paulo)
9
3 vitórias
como visitante tem o Palmeiras:
Flamengo (2 x 1), Sport (3 x 1) e ontem
contra o Internacional (1 x 0).
l Vitor Bueno marcou um gol,
participou diretamente de outro e
apresentou boa movimentação.
6 derrotas
seguidas acumula o lanterna
América-MG. O técnico português
Sérgio Vieira acabou demitido.
12
18
9
16
15
12
13
7
8
9
6
4
1
4
3
1
-2
-6
-8
-3
8
9
3
6
6
-4
4
-5
-7
-20
n Classificados à segunda fase n Rebaixados à série D
16ª rodada
Atlético-GO
Paraná
CRB
Avaí
Sampaio Corrêa
Brasil
Ceará
Goiás
Luverdense
Bragantino
9ª rodada
América-RN
ASA
Salgueiro
Cuiabá
Fortaleza
Boa Esporte
Guarani
Juventude
Botafogo-SP
Portuguesa
1
0
3
1
0
2
1
4
1
2
x
x
x
x
x
x
x
x
x
x
2
0
0
1
0
2
0
2
1
0
Londrina
Paysandu
Tupi
Oeste
Bahia
Vila Nova
Criciúma
Náutico
Vasco
Joinville
1
2
1
0
1
4
2
2
1
x
x
x
x
x
x
x
x
x
x
1
1
1
1
0
0
1
1
1
Remo
ABC
Confiança
River
Botafogo-PB
Guaratinguetá
Ypiranga
Mogi Mirim
Macaé
Tombense (hoje)
O melhor da TV
l CICLISMO
1
Corinthians
São Paulo
1x1
2
Botafogo
Flamengo
3x3
3
Internacional
Palmeiras
0x1
4
América-RN
Remo
1x1
5
Ceará
Criciúma
1x0
6
Goiás
Náutico
4x2
7
ASA
ABC
2x1
8
Fortaleza
Botafogo-PB
1x0
19h15 / EI Maxx
9
América-MG
Santa Cruz
0x3
BRASILEIRO - SÉRIE A
Atlético-MG x Coritiba
10
Figueirense
Chapecoense
1x1
11
Atlético-PR
Vitória
1x1
12
Sport
Grêmio
4x2
VOLTA DA FRANÇA
16ª etapa
9h30 / ESPN
l FUTEBOL
EUROCOPA SUB-19
Holanda x França
7h / SporTV
Marcílio
(Santa Cruz)
12
9
8
11
12
6
11
8
8
7
n Acesso à série A n Rebaixados à série C
Vitor Hugo
(Palmeiras)
Vitor Bueno
(Santos)
Gabriel
(Santos)
2
BRASILEIRO - SÉRIE C
E GP SG
4
5
10
3
Geromel
(Grêmio)
Victor Ferraz
(Santos)
Diego Souza
(Sport)
7
Marcos Junior
(Fluminense)
V
16 10
16 10
16 9
16 8
16 6
16 6
16 6
16 6
16 5
16 6
16 6
16 6
16 5
16 5
16 4
16 4
16 4
16 3
16 3
Concurso 710
2
8
J
32
31
30
29
25
24
23
23
22
21
21
21
20
20
20
18
17
14
12
LOTECA
*Classificados para a próxima fase.
2 Grêmio (Pedro Geromel-2)
GRUPO A-9
*Campinense 1 x 0 Murici
*Fluminense-BA 0 x 0 Sergipe
Campinense (10 pontos), Fluminense (9),
Murici (8), Sergipe (4)
Edmilson )
GRUPO A-10
GRUPO A-1
Comercial-MS 0 x 2 Ceilândia*
Trem 0 x 1 Atlético-AC*
*Aparecidense 3 x 2 Araguaia
Nacional-AM 2 x 1 Genus
Ceilândia (15 pontos), Aparecidense (13),
Atlético-AC (14 pontos), Nacional (8),
Comercial-MS (4), Araguaia (3)
Nacional (7), Trem (4)
GRUPO A-2
GRUPO A-11
Baré 0 x 4 Solimões*
Sinop 0 x 2 Anápolis*
São Francisco 1 x 2 Palmas*
Luziânia 0 x 0 Sete de Dourados*
Princesa do Solimões (13 pontos),
Sete de Dourados (11 pontos),
Palmas (10), São Francisco (5), Baré (0)
Anápolis (11), Luziânia (6), Sinop (3).
GRUPO A-12
GRUPO A-3
Rondoniense 2 x 1 São Raimundo* *Volta Redonda 4 x 0 Goianésia
Desportiva 0 x 1 URT*
Rio Branco-AC 1 x 1 Náutico-RR*
Volta Redonda (14 pontos), URT (13),
São Raimundo (13 pontos), Náutico (9),
Desportiva (7), Goianésia (0)
Rondoniense (7), Rio Branco (4)
GRUPO A-4
GRUPO A-13
*Moto Club 4 x 0 Santos-AP
*Caldense 0 x 1 Espírito Santo*
Tocantinópolis 0 x 2 Águia*
Audax 0 x 2 Boavista
Águia (11 pontos), Moto Club (10),
Caldense (13 pontos), Espírito Santo (8),
Tocantinópolis (8), Santos-AP (2)
Boavista (7), Audax (4)
GRUPO A-14
GRUPO A-5
Portuguesa-RJ 1 x 0 Villa Nova
Icasa 0 x 4 Juazeirense*
São José-RS 0 x 1 São Bento*
*Altos 4 x 1 Maranhão
São Bento (13 pontos), Portuguesa (7),
Altos (16 pontos), Juazeirense (11),
Villa Nova (7), São José (5)
Maranhão (6), Icasa (1)
GRUPO A-15
GRUPO A-6
*Brusque 4 x 0 Madureira
Central 1 x 1 Guarani-CE
*J. Malucelli 1 x 1 Novo Hamburgo
*CSA 1 x 1 Parnahyba*
J. Malucelli (11 pontos), Brusque (9),
CSA (11 pontos), Parnahyba (9),
Novo Hamburgo (8), Madureira (4)
Central (9), Guarani de Juazeiro (2)
GRUPO A-16
GRUPO A-7
São Paulo-RS 2 x 0 PSTC
*América-PE 2 x 1 Galícia
*Linense 0 x 1 Inter de Lages*
*Globo 1 x 1 Sousa
Inter de Lages (10 pontos), Linense (10),
Globo (11 pontos), América (10),
São Paulo (9), PSTC (5).
Sousa (10), Galícia (3)
GRUPO A-17
GRUPO A-8
Metropolitano 0 x 2 Caxias*
*Uniclinic 4 x 0 Serra Talhada
Maringá 1 x 1 Ituano*
*Itabaiana 3 x 0 Potiguar
Ituano (13 pontos), Caxias (9);
Uniclinic (12 pontos), Itabaiana (11),
Maringá (8); Metropolitano (4)
Potiguar (10), Serra Talhada (0)
4 Sport (Serginho, Diego Souza-2,
Vasco
CRB
Ceará
Atlético-GO
Paraná
Londrina
Criciúma
Brasil
Luverdense
Bahia
Náutico
Vila Nova
Avaí
Oeste
Paysandu
Goiás
Bragantino
Joinville
Tupi
20º Sampaio Corrêa 11 16
(Atlético-MG)
Atlético-PR x Fluminense
1 Figueirense (Rafael Moura)
1º
2º
3º
4º
5º
6º
7º
8º
9º
10º
11º
12º
13º
14º
15º
16º
17º
18º
19º
l 7 gols
Arena Condá, 16h
0 Cruzeiro
BRASILEIRO - SÉRIE B
PG
PG
13
Santos
14
Fluminense
Ponte Preta
3x1
Cruzeiro
2x0
Estimativa de prêmio: não informado
AMISTOSO
PSV Eindhoven x Sporting
15h30 / SporTV 2
BRASILEIRO - SÉRIE C
Portuguesa x Tombense
20h / SporTV
%HermesFileInfo:D-5:20160718:
O ESTADO DE S. PAULO
SEGUNDA-FEIRA, 18 DE JULHO DE 2016
Esportes D5
Tênis
‘Muitos se
escondem
atrás do
zika’
Marcelo Melo critica
ausência de atletas no
tênis; Bruno Soares diz
que vírus ‘não muda
a rotina de ninguém’
Nathalia Garcia
ENVIADA ESPECIAL
BELO HORIZONTE
Só a medalha interessa para
os tenistas Bruno Soares e
Marcelo Melo nos Jogos
Olímpicos. E, de preferência,
a dourada. Em entrevista ao
Estado, os mineiros falam sobre a disputa no Rio e também criticam os atletas que
usam o zika como justificativa para não participar do
evento. “Muitos estão se escondendo atrás desse vírus. É
desculpa”, diz Melo.
l A Copa Davis serviu como teste para vocês para a Olimpíada?
Bruno Soares – Foi muito importante por vários fatores. A
gente pôde ter uma semana de
preparação jogando juntos todos os dias e treinando o que a
gente pode melhorar como dupla. Em questão de jogo, tivemos uma situação parecida
com o que a gente vai encontrar no Rio: quadra rápida, calor da torcida, energia de jogo
e toda a responsabilidade em
um confronto importante para
o Brasil. Só tem a acrescentar
na nossa preparação. Quanto
mais tempo a gente passa dentro de quadra junto, mais ajuda a chegar bem no Rio.
Marcelo Melo – Os detalhes vão
sendo importantes para a gente. Jogar em casa mostra o que
precisamos melhorar em nosso jogo, mas a gente sabe o que
tem de fazer.
l Faltou um pouco do calor da
torcida em Belo Horizonte?
Soares – A torcida tem de se
acostumar. Tem muita gente
que veio aqui que não acompanha um jogo ao vivo ou vai a
uma Copa Davis há muito tempo. Estão acostumados a ficar
mais tranquilos. Na sexta-feira, tentaram entender a situação e depois a turma viu que
pode e deve participar mais,
gritar mais. Cabe a nós jogadores também contagiar a torcida, com bom tênis ou chamando o público mesmo em um
momento de dificuldade. A
gente estava com a nossa gangue a postos, fazendo barulho
o tempo todo e o estádio vinha
junto depois.
l Nos Jogos do Rio, acredita que
terão um apoio maior?
Melo – Acho que vai ser bem parecido. No Rio, o que pode
acontecer, é ter mais pessoas
que não entendem de tênis
irem assistir aos jogos. A gente
tem também de chamar a torcida, não adianta vir só de um lado essa energia. Estamos acostumado a jogar com o público.
l No Rio Open e no Brasil Open
vocês não conseguiram repetir o
bom desempenho que mostram
em Copa Davis. Qual é o motivo?
Soares – Rio e São Paulo são semanas bastante complicadas
para a gente. Temos uma demanda muito grande e nosso
foco nem sempre é só o tênis.
Realmente não é fácil para a
gente jogar aqui, passamos
pouco tempo no Brasil. Na Copa Davis, tem uma regra mais
rígida porque a gente está representando o Brasil. No Rio e
em São Paulo, a gente não conseguiu render o nosso melhor.
Estávamos cansados, mas não
é uma coisa para se preocupar.
A gente jogou em Miami no
ano passado, um lugar que podemos fazer a nossa rotina e
só pensar no tênis, e jogamos
muito bem. No Rio vai ser diferente. Não vamos ter essa demanda, vamos estar lá focados
em fazer uma boa Olimpíada.
PAULO FONSECA/EFE-16/7/2016
Torcida. Bruno Soares (E) e Marcelo Melo acreditam que o fato de jogarem em casa pode fazer diferença na Olimpíada
Bellucci dá vitória
ao Brasil contra
Equador na Davis
l O sufoco do Brasil contra o
Equador na Copa Davis chegou
ao fim ontem pelas mãos de Thomaz Bellucci após 3 horas e 22
minutos de partida. O tenista brasileiro venceu Emilio Gomez por
3 sets a 1, com parciais de 7/6
(13/11), 6/7 (6/8), 6/2 e 7/5, em
Belo Horizonte. Assim, o País fechou a série por 3 a 1 e terá a
chance de disputar os playoffs
do Grupo Mundial, em setembro.
Bellucci deixa Belo Horizonte
com a sensação de dever cumprido. “O mais importante foi a nos-
l Só a medalha seria um bom
resultado para vocês no Rio?
Soares – O que pesa para mim
na Olimpíada é que não existe
resultado. Tem medalha ou
não medalha porque não tem
ponto e não tem premiação.
Você perde nas quartas e pensa: ‘Legal, cheguei perto.’ Mas
no fim das contas: ganhou medalha? Não. Ninguém está muito preocupado se você perdeu
na primeira ou na segunda rodada. É diferente de um torneio que você chega nas quartas, consegue juntar tantos
pontos e isso vai te ajudar. Em
sa vitória, fizemos nosso papel
bem feito, estou feliz de ter conseguido meus dois pontos, a equipe deu 100% e tem de sair de cabeça erguida”, afirmou. O sentimento de orgulho é compartilhado pelo capitão João Zwetsch.
“Foram guerreiros e heroicos em
alguns momentos dentro da quadra, temos de enaltecer.”
O líder do Brasil também fez
questão de elogiar a boa condição física apresentada por Bellucci. “Foram jogos muito duros, em
que o nervosismo e a tensão aumentam o desgaste físico. Para
mim, foi o ponto mais importante
dele no confronto”, elogiou.
A torcida na Arena Minas Tênis
Clube demorou para interagir
com o tenista, a ponto de o capi-
Londres, chegamos nas quartas, à beira da medalha. É preciso voltar quatro anos depois
para tentar de novo.
Melo – A gente vai para tentar
o ouro, mas ao mesmo tempo
temos o pé no chão do passo a
passo. Em Londres, a gente
chegou perto, mas um perto
que era longe ao mesmo tempo. O que não muda muito. A
gente conseguindo uma medalha vai ser um passo muito importante. Nosso pensamento é
a medalha de ouro mesmo.
l Os tenistas estrangeiros têm
Vôlei
Ginástica
Brasil perde final da Liga
Mundial para Sérvia
Barrado de ir
a TV, Diego
passa mal
Time de Bernardinho foi
derrotado por 3 sets a 0.
Maior vencedor, Brasil
não vence o torneio
há seis edições
CRACÓVIA, Polônia
Fora dos Jogos Olímpicos, a seleção masculina da Sérvia depositou todas as fichas na Liga
Mundial e conseguiu conquistar, ontem o seu primeiro título
no torneio. O time europeu
atropelou o Brasil com uma vitória por 3 sets a 0, com parciais
de 25/22, 25/22 e 25/21, em Cracóvia, na Polônia, palco na fase final da competição.
Agora a Sérvia entra para a lista dos campeões da Liga Mundial após ter ficado com a medalha de prata em cinco oportunidades, sendo que em três delas
perdeu para o Brasil. Na atual
edição do torneio, porém, deu o
troco em grande estilo tanto
que as duas derrotas brasileiras
no torneio foram para os sérvios - a equipe dirigida por Bernardinho terminou o torneio
com 11 triunfos em 13 partidas.
Já o Brasil, maior campeão do
torneio com nove títulos, não
levanta o troféu da Liga Mundial há seis anos, com quatro vice-campeonatos.
Embora os números de pontos de ataque tenham sido parelhos, com 39 para a Sérvia e 40
para o Brasil, o time comandado por Bernardinho abusou dos
erros. Ao final, a seleção brasileira cedeu 24 pontos por falhas
contra 11 dos europeus, o que
acabou pesando demais para a
derrota.
Wallace foi o principal destaque do Brasil na partida ao marcar 18 pontos, sete a mais do
que Lucarelli. Já Marko Ivovic
liderou o ataque da Sérvia com
16 acertos. Na escalação brasileira, o que mais chamou a atenção foi a presença do libero Tiago Brendle em vaga que costuma ser ocupada por Serginho.
A partida começou de maneira bastante disputada, com a
Sérvia em vantagem de dois
pontos até que abriu 18 a 13. O
Brasil ainda tentou reagir, encostou em 22 a 20, mas não conseguiu evitar a derrota na pri-
meira parcial por 25 a 22.
O segundo set foi praticamente uma cópia do primeiro, com o Brasil tentando reverter a desvantagem de dois
pontos. Marko Ivovic e Luburic se revezaram nos ataques
e a seleção não conseguiu detê-los até o final em novo 25 a
22.
Após certo equilíbrio, o terceiro set acabou sendo mais
tranquilo para a Sérvia. Na
metade do set, os europeus
tinham a vantagem de 15 a 10.
Contra um adversário determinado a matar o jogo o quanto antes, o saque para fora de
Eder foi o ponto final que virou história para os sérvios.
Agora, após o vice-campeonato, a seleção volta ao Brasil
para a reta final de preparação aos Jogos do Rio. Bernardinho vai precisar realizar
três cortes para definir a relação final de 12 jogadores que
vão buscar o ouro na Olimpíada.
A seleção masculina estreia nos Jogos no dia 7 de
agosto, pela manhã, no Maracanãzinho.
Vinicius Neder / RIO
O ginasta Diego Hypolito, uma
das esperanças de medalha do
Brasil nos Jogos Olímpicos, passou mal e chegou a ser socorrido por uma ambulância nos bastidores do programa “Domingão do Faustão”, da TV Globo,
após dizer para a produção que
não poderia participar de um
tão João Zwetsch instigar o público no tie-break do primeiro set. A
vibração foi aumentando e chegou à quadra, com Bellucci dando soco no ar na comemoração
depois de um suado início de jogo. O número 49 do mundo, que
cedeu a segunda parcial para o
adversário, deslanchou na sequência e confirmou o favoritismo diante do 317º do ranking.
O Brasil somou a sexta vitória
contra o Equador em nove encontros. A repescagem será definida
em sorteio, na terça-feira, às 7h
(de Brasília), em Londres. Os rivais mais prováveis do Brasil são
Suíça, Bélgica e Alemanha (em
casa), Austrália, Canadá e Espanha (fora), Casaquistão e Japão
(a ser decidido em sorteio). / N.G.
los) Raonic saiu e o (Daniel)
Nestor entrou. Acordei com
uma mensagem dele perguntando a respeito do zika, ficou
tranquilo. A maioria das pessoas está bem informada.
Melo – Muitos estão se escondendo atrás desse vírus para
não vir ao Brasil. Acho que é
uma desculpa, podem assumir
que não querem participar da
Olimpíada por outros motivos. Se realmente é por isso
que não estão vindo, não consigo entender. Não entra na minha cabeça deixar de participar de uma Olimpíada por causa de um potencial risco baixíssimo. Temos outros riscos
muito maiores, mesmo fora do
Brasil. Isso é bobagem.
l Na Olimpíada, muitas duplas
são formadas por jogadores de
simples. Isso incomoda?
Soares – Todo mundo vem me
perguntar. Segurança não me
perguntaram tanto, perguntaram da cidade, coisas para fazer, do lado positivo. Do lado
da preocupação, falam do zika.
Fui muito claro, zika não mudou a rotina de ninguém que
eu conheça até agora aqui no
Brasil. Não tenho preocupação
alguma, não muda em nada a
vida do pessoal da Tennis Route, que está no Rio. É essa tranquilidade que a gente está tentando passar. Curioso, o (Mi-
perguntado para vocês como são
as condições no Rio?
Soares – Não incomoda. No circuito acontece isso também,
principalmente nos Masters
1.000. A única coisa que é diferente é que não temos um banco de dados muito grande em
cima desses caras. Não temos
um histórico muito grande de
coisas que podemos usar, do
jeito que eles jogam. Mas isso
faz parte, temos grandes jogadores de simples que também
jogam bem duplas. A campanha dos irmãos Murray na Davis, por exemplo. A Olimpíada
junta o melhor dos dois mundos, vai ser muito duro
quadro do programa com o jogador Neymar, o ator Rafael Zulu
e sua irmã e também ginasta Daniele Hypolito.
Segundo uma produtora do
programa, Diego recebeu um telefonema um minuto antes de
entrar no ar. Ao desligar informou a ela que não entraria no
palco pois, se participasse, poderia ficar fora dos jogos. O atleta não disse quem telefonou.
O Comitê Olímpico Brasileiro (COB) informou, em nota,
que a proibição de Diego participar partiu do técnico do atleta,
Marcos Goto. O objetivo foi
“evitar tirá-lo do foco às vésperas dos Jogos ”, diz a nota.
O apresentador criticou no ar
o Comitê Olímpico Brasileiro,
acusando a entidade de praticar
censura. E cobrou uma explicação do presidente da entidade,
Carlos Arthur Nuzman.
Após o quadro, o apresentador voltou ao assunto para informar ter recebido a informação,
por parte de Nuzman, de que o
presidente do COB não participou da decisão. Faustão chegou
a dizer que o motivo da ausência teria sido o afastamento do
técnico da ginástica Fernando
de Carvalho Lopes. O treinador
foi demitido pela Confederação
de Ginástica após ter sido acusado de assédio sexual.
D6 Esportes
%HermesFileInfo:D-6:20160718:
O ESTADO DE S. PAULO
SEGUNDA-FEIRA, 18 DE JULHO DE 2016
Atletas Olímpicos ]
ANNA MEARES
cvc.com.br
ANDREW WINNING/REUTERS
PEDALADAS
DE UMA
LENDA VIVA
Deu certo.Anna
Meares celebra vitória
no Coomnwealth
Games, disputa
esportiva envolvendo
países com influência
britânica
Ciclista supera cadeira de rodas e busca o terceiro ouro, no Rio-2016
Anna Meares ganhou o
ouro e o bronze olímpico
no ciclismo de pista, nos 500 metros
contra o relógio e no sprint por equipes. Isso com apenas 20 anos, em Atenas, na Grécia, em 2004. Mas uma
fratura no pescoço e o deslocamento
do ombro, sete meses antes dos Jogos de Pequim, na China, tornaram
diminutas as chances de a atleta australiana virar um ícone do esporte
mundial, correto? Nada disso.
A queda com o rosto contra o piso
de madeira se deu a 65 km/h, durante uma prova em Los Angeles, Estados Unidos, válida pela Copa do
Mundo. Por apenas dois milímetros
a vértebra atingida não se quebrou.
Caso isso acontecesse, ela teria fica-
OLIMPÍADA 2016
A História de Anna
Meares é um livro
sobre a coragem e a
determinação de uma
jovem que superou
um trauma grave,
com risco de vida, para perceber que mal
tinha sido capaz de sonhar.
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Páginas: 272
do tetraplégica ou até mesmo morrido,
segundo os médicos. Para muitos, o cenário quase trágico seria suficiente para um bloqueio físico ou mental. Para o
abandono da carreira. Para a completa
mudança do estilo de vida. Só que a
australiana não se imaginou distante
das vitórias no ciclismo, mesmo em
uma cadeira de rodas.
Imediatamente, Ana Meares iniciou
um trabalho intensivo de reabilitação.
Nem as fortes enxaquecas, que a acompanham até hoje, a fizeram esmorecer.
Existe inclusive um trabalho específico para minimizá-las. Há ocasiões nas
quais são necessários até dois dias para
recuperações plenas.
Com dedicação, talento e perfeccionismo, a atleta não só confirmou presença nos Jogos, justamente no país onde a
bicicleta é o principal meio de locomoção, como também obteve mais uma
medalha, a de prata, novamente na modalidade contra o relógio.
A experiência digna de reverência virou livro: The Anna Meares Story, publicado em 2009 (vide detalhes ao lado). A
autobiografia aborda da fase de sacrifício até o principal feito da ciclista até
aquele momento. Uma obra absolutamente motivadora para quaisquer indivíduos ou segmentos sociais.
Mas enganam-se os que pensam que
Anna Meares pôs freio em sua história
de sucesso logo depois. A disposição para novos capítulos significativos em
CURRÍCULO
OLIMPÍADA
2 ouros
2004 - Atenas
2012 - Londres
1p
prata
2008 - Pequim
2 bronzes
2004 - Atenas
2012 - Londres
CAMPEONATOS MUNDIAIS
11
OUROS
10
PRATAS
6
BRONZES
RONZ
INFOGRÁFICO/ESTADÃO
sua história esportiva parece mesmo
não ter fim.
Em 2012, em Melbourne, na Austrália, ela ganhou o Campeonato Mundial
nas modalidades keiren (corrida em oito voltas, com bicicleta motorizada) e
contra o relógio, quando estabeleceu novo recorde: 33s10, em 500 metros.
No mesmo ano, em Londres, na In-
glaterra, a ciclista voltou a ganhar o ouro olímpico, dessa vez batendo a arquirrival Victoria Pendleton. A confirmação do lugar mais alto do pódio só saiu
após uma foto, comprovando uma vantagem mínima sobre a musa britânica.
Como se não bastasse, a australiana
obteve ainda mais um bronze, novamente no sprint por equipes.
A disputa entre Anna Meares e Victoria Pendleton rende holofotes na imprensa mundial. E não incomoda a australiana. Pelo contrário. Ela reconhece
que isso ajuda na divulgação do esporte,
um dos mais tradicionais dos Jogos
Olímpicos.
Com a sequência de resultados positivos, Anna Meares fez uma atualização
de seu livro, em 2013. E haja tinta.
Como uma máquina papa-títulos,
em 2015, em Saint-Quentin-en-Yvelines, na França, ela alcançou a 11a medalha de ouro em campeonatos mundiais, superando a francesa Felicia Ballanger como a mais bem sucedida ciclista de pista do planeta. A performance da australiana na temporada foi eleita a melhor de sua carreira pelos profissionais que a assessoram. Até uma lesão nas costas prejudicá-la nos exercícios de musculação.
Este ano, a preparação da atleta está
voltada para os Jogos do Rio-2016, quando Anna Meares poderá se tornar a única ciclista australiana com três medalhas de ouro. Embora ela evite fazer qual-
quer projeção para a competição.
Tida como um ídolo em seu país,
nos últimos meses a atleta dedicouse também a rebater via rede social
uma série de críticas aos técnicos da
equipe de ciclismo da terra dos cangurus. Em especial a Gary West, seu
fiel apoiador há décadas na série de
conquistas. As concorrentes ao time
olímpico se mostraram avessas à influencia dele.
Episódio superado, Anna Meares
recebeu nos últimos dias uma boa notícia. A confederação olímpica australiana prestigiou a ciclista. Ela será a
porta-bandeira da delegação na cerimônia de abertura dos Jogos, dia 5 de
agosto, no Estádio do Maracanã.
Antes da atleta, apenas um ciclista
australiano tinha carregado a bandeira do país na abertura de uma competição olímpica. Trata-se de Duc Gray,
em 1936, em Berlim, na Alemanha,
Além de Anna Meares, somente
mais duas australianas no ciclismo
tiveram o privilégio de disputar quatro edições dos Jogos.
NA WEB
Veja o vídeo da última conquista olímpica de Anna Meares
estadao.com.br/annameares
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