Momentos Rock
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Momentos Rock
Momento Rock Aqui você encontra vários assuntos e fatos com atitude Rock, rebeldia e revolução, mesmo quando falam de Bossa Nova, ou Música Clássica. Mas a maior parte é sobre os artistas de Rock, mesmo. BOATOS A fábrica de boatos no Rock é poderosa, principalmente porque os jornalistas precisam de material para trabalhar. Lógico que o apetite dos fãs por qualquer coisa sobre ídolos também alimenta a fábrica. Alguns são hilários: O Elvis não morreu veio de uma revista de fofocas distribuídas por fãs que não chegaram perto do caixão. Ele teria permanecido vivo em tratamento especial para sua saúde debilitada por anos de remédios - Elvis era hipocondríaco - e não teria mais como cantar ou se apresentar. Com a profusão de imitadores de Elvis, é possível que o Rei do Rock ainda esteja em atividade, incógnito sob seu próprio disfarce. The Dark Side of the Moon, do Floyd, também foi perseguido por boataria. Conta a lenda que o disco inteiro pode ser sincronizado com o filme O Mágico de Oz, porque a canção Brain Damage casa com o momento do filme onde o espantalho canta If I only have a brain. Há várias coincidências, procure a sua, mas vai ter que assistir ao Mágico de Oz pra isso. Stairway to Heaven, do Led Zeppelin, ouvida de trás pra frente, estaria dizendo Here's to my sweet Satan - algo como Estou aqui meu querido Satã. No que Robert Plant, o autor, advertiu que sua idéia de "fazer música não incluía andar pra trás". Mas a mais elaborada mentira de tablóides e fãs loucos foi contra os Beatles. Alguém viu sinais de que Paul Macartney havia morrido num acidente de carro e havia sido substituído nos Beatles por um sósia. Um jornal americano, Michigan Daily, comprou a história. As alegações eram: A Capa de Abbey Road, o último disco gravado por eles, lançado antes de Get Back, o último a ser comercializado. Na foto os quatro atravessam a rua, John na frente vestido de branco significaria o padre, Ringo de preto, o carregador do caixão, Paul, o sósia, descalço, significaria o defunto, e George, de jeans velho, o coveiro. A morte parece sempre inaugurar os boatos. Na falta de informação, publica-se a versão. Assim a detestável Courtney Love teria matado o hipersensível Curt Cobain envenenando a heroína que ele tomava. Como se fosse preciso envenenar o próprio veneno. LOU REED DEFINE O ROCK “Rock’n’Roll é tão fabuloso, as pessoas deviam começar a morrer por ele. (...) As pessoas simplesmente devem morrer pela música. As pessoas estão morrendo por tudo o mais, então por que não pela música? Morrer por ela. Não é bárbaro? Você não morreria por algo bárbaro? Talvez eu deva morrer. Além do mais, todos os grandes cantores de blues morreram. Mas a vida está ficando melhor agora. Não quero morrer. Quero?” - Lou Reed (ex-Velvet Underground) O NOME ROCK N ROLL A história oficial diz que veio de um disc-jockey norte-americano, Alan Freed, que se inspirou em um velho blues: My daddy he rocks me with a steady roll (Meu homem me embala com um balanço legal). Ele foi um personagem importante para os primeiros momentos do rock, já que passou a divulgar ‘festinhas de rock’n’roll após o programa de música clássica que mantinha em uma rádio em Ohio. Tudo começou quando foi convidado por um amigo a visitar uma loja de discos em que viu vários jovens dançando ao som de uma música que até então ele nunca havia parado para ouvir: o rhythm and blues. ELVIS : ÍDOLO POR QUATRO DÓLARES No Verão de 55, em seu novo emprego para uma companhia de eletricidade, Elvis Aaron Presley estacionou durante a hora do almoço diante do número 706 da Union Avenue, em Memphis. Pagou quatro dólares e saiu com o único exemplar do primeiro disco de Elvis Presley, um acetato de dez polegadas com uma canção em cada lado. Era um presente para sua mãe, Gladys. Durante o período em que se alistou, em 59, Elvis perdeu a mãe, fato que muitos consideram nunca ter sido superado por ele. No início dos anos 60, enquanto o rock’n’roll seguia seu curso, Elvis resolveu gravar “baladas água com açúcar”, como It’s Now ou Never e Are You Lonesome Tonight?. Nesta época, ele não dominava mais as paradas, deixando até mesmo de apresentar-se em público e perdendo a postura de “roqueiro rebelde”. LITERATURA E MÚSICA SE ENCONTRAM Por volta de 1960, um novo personagem surge no cenário do rock, movido pelo ideal de revolução e por forte sentimento político: Bob Dylan, o “apanhador nos campos de centeio”. Como compara Muggiati (1973), Dylan é a personificação de Holden Caulfield, o garoto desajustado do livro de J. D. Salinger – personagem considerado o ponto de ruptura no modelo juvenil americano da década de 50. Paralelamente à música de Dylan, o movimento beatnik também movimentava a América, inclusive influenciando na composição das músicas e na postura dos jovens da época. A expressão beat, segundo Mugiatti (1985, p. 61), poderia representar “batida”, “ritmo” ou também “derrotado”, “cansado”, enquanto que nik relacionava-se a “esquerdismo”, “rebelião”. Jack Kerouac e Allen Ginsberg foram importantes representantes da estética beat. Aldous Huxley, autor de Admirável Mundo Novo, teve sua obra citada várias vezes, mas a banda The Doors fez a melhor homenagem a esse clássico da literatura. The Doors of Perception é um dos capítulos do livro e nomeou a banda californiana. SÓ, ENTRE MILHARES DE AMANTES Acontece o Festival de Monterey, em 1967, quando surge uma nova estrela que teria seu nome gravado na história do rock: Janis Joplin. Essa branca do Texas, que passou a adolescência ouvindo cantoras negras de blues como Bessie Smith e Billie Holliday, aos 17 anos abandona a família para cantar em troca de bebida nos bares de beira de estrada, seguindo a trilha errante dos cantores de blues. A voz rouca de Janis e sua interpretação nos palcos a tornaram uma das cantoras mais sensuais de todos os tempos; uma de suas frases confirma essa característica, mas também demonstra a sua dor ao lidar com as pressões da carreira: “Faço amor no palco com 25 mil pessoas e depois vou para casa sozinha” DROGAS INÍCIO SEM FIM Músicos de Blues fumavam maconha, nos anos 30,Elvis adorava pílulas, Elton Jonh foi viciado em cocaína por vinte anos e a heroína de Miles Davis e Billie Hollyday não era exatamente Bessie Smith. Uns passaram, outros não, todos refletiram dor e sofrimento, além de grandes imagens e descrições, para seus trabalhos. O ano de 1966 marca a primeira experiência dos Beatles com o LSD (até então, a maconha era a droga mais consumida). Neste disco, a dupla de compositores LennonMcCartney praticamente se desfez, na medida em que o vocalista geralmente era o autor da canção que interpretava. Egotrip. Outro importante artista que tomava todas era Jimi Hendrix que inaugurou o virtuosismo nas canções de rock; o uso de tecnologia para a distorção de sons, apresentações de contorcionismos com a guitarra e o visual extravagante. Era lisérgico. The Doors foi outro do grupo chamado Acid Rock, surgiu em 1967 e teve uma curta, porém marcante carreira. Jim Morrison, vocalista e líder da banda, mostrava grande sensualidade no palco. Morrison curtia o xamanismo, antiga religião asteca, origem de chás especiais. Xamã significa “sacerdote mágico, que entra em transe”, e essa descrição é adequada à postura de Jim Morrison. Xamãs tomavam peiote em chá, um cactus do deserto de Sonora, no México. “Naqueles dias a vida ou corria muito rápida ou então tudo parava, no torpor das drogas como em câmara lenta.” No mesmo filme estavam The Grateful Dead, Buffalo Springfield, The Byrds, The Mamas and Papas (autores da clássica California Dreamin’), Creedence Clearwater e Jefferson Airplane. Entretanto, em 1970, as mortes: Jimi Hendrix é sufocado com seu próprio vômito, depois de uma intoxicação de barbitúricos e Janis Joplin é encontrada em seu quarto, vítima de overdose de heroína. No ano seguinte, Jim Morrison morre devido a uma parada cardíaca. Os três formaram a chamada “Santíssima Trindade Trágica do Rock". As drogas continuam a influenciar gerações de compositores enquanto matam e enlouquecem os mais sedentos. Bad trip para Kurt Cobain, Sid Vicious, entre muitos que virão. TRANSMISSÕES GENÉTICAS A performance do The Who foi o ponto que mais caracterizou o grupo inglês, um dos primeiros a destruir instrumentos no palco (não se esquecendo dos rituais de Hendrix com a guitarra). Este costume, que se tornou comum em muitas bandas de rock que despontariam anos depois, tem explicações antropológicas. Segundo estudiosos das manifestações culturais de antigas tribos, a raiz desta atitude dos artistas de rock está no potlatch. O potlatch é uma prática das sociedades primitivas que consiste na troca ou destruição de bens pelos chefes do clã ou da tribo. O líder afirma com esse gesto sua independência, mostrando maior capacidade de retribuir do que de receber. (...) desafia assim os chefes de outras tribos a negarem, como ele, a riqueza, recolhendo desse ato de aparente autodestruição um prestígio político imenso, e reforçando sua imagem junto aos seus. (MUGGIATI, 1985, p. 100) A destruição nos palcos era aceita pelo público, o que caracteriza uma nova forma de comunicação entre a banda e a platéia de seus shows. O grupo inglês passou a infundir uma nova atitude para o rock, que o tornou mais pesado e sofisticado – o que se convencionou chamar hard rock. Pete Towshend, o inventor da onda, disse apenas que estava puto com o equipamento, com o show, com a vida e resolveu quebrar tudo. MANSON DO MAL Os assassinatos da atriz Sharon Tate (mulher do diretor de cinema Roman Polanski) e do casal Labianca, cometidos por hippies fanáticos, seguidores da seita liderada por Charles Manson, abalaram o mundo e ajudaram a exterminar o movimento hippie nos Estados Unidos. ”Misturando Bíblia e Beatles em sua imaginação distorcida, Manson lhe dava uma interpretação altamente pessoal, em que se via como o agente de um novo Apocalipse.” (MUGGIATI, 1985, p. 49) Tanto na casa de Sharon Tate quanto na casa dos Labianca, foram encontradas inscrições a sangue nas paredes. No último caso, as palavras PIGS e HELTER SKELTER foram escritas com o sangue das vítimas na porta da geladeira. As palavras são alusões a duas canções dos Beatles. FESTIVAL DE ALTAMONT O Festival de Altamont, que aconteceu em uma pista de corridas desativada a uns 60 quilômetros de São Francisco, tinha trezentas mil pessoas, que esperavam para ver, entre outros, Rolling Stones e Jefferson Airplane. Mas se depararam com a falta de organização do festival, programado de última hora. Muita sujeira, drogas, doenças e quatro mortes foram os resultados de Altamont. O documentário da turnê americana dos Stones, Gimme Shelter, mostra a cena de um jovem negro que puxou um revólver e foi esfaqueado por membros do “Hell Angels” – os seguranças improvisados do evento. OZZY MORDE UM MORCEGO Ozzy cantou com o Black Sabbath na primeira fase da banda, até 78; é da sua época clássicos como Iron Man e a homônima e sombria Black Sabbath. A vida de Ozzy freqüentemente foi associada a histórias surpreendentes, muito além do relity show onde mostra sua família disfuncional em funcionamento. Célebre pelas imagens de mutilação de animais durante seus shows, Osbourne, como reza a lenda, teria tomado dolorosas injeções anti-rábicas depois de ter arrancado, com os dentes, a cabeça de um morcego jogado pela platéia. Essa não foi marketing. REVOLUÇÃO POR 600 DÓLARES Bleach - infectados - foi primeiro álbum do Nirvana e colocou a subpop, gravadora independente, com uma fila de bandas na porta. O grunge surgia em Seatlle no início dos anos 90 como variação do hardcore americano de Nova York, Sonic Youth, e projetaria moda, comportamento, e zilhões de CD, shows camisetas, etc... O nome original de Bleach era Too many humans; a mudança definitiva foi inspirada em um cartaz de prevenção à AIDS em San Francisco, pra dependentes de heroína, como Kurt Cobain, vocalista da banda: “Bleach your works”, algo como “desinfete suas agulhas”. Este álbum foi produzido por apenas seiscentos dólares - não era demo - os integrantes do Nirvana tinham muitos problemas para conseguir dinheiro, viviam arrumando empregos temporários ou vendendo objetos pessoais. Kurt, mais de uma vez, chegou a morar dentro do carro. Segundo Kurt, a heroína (que havia experimentado um ano antes) o ajudava a fugir de suas dores de estômago, que o atormentavam. BABU BABOU - Alô, Babu, é o Renato. Você sabe tocar baixo? - Não, Renato, só sei tocar alto. - Rá, rá, rá, tá! Muito engraçado. Té mais. E assim, por causa de uma piada, Babu perdeu a chance de tocar com a Legião Urbana, que poucos anos depois se tornaria uma das maiores bandas de rock no Brasil. Essa é apenas uma das histórias que o jornalista Paulo Marchetti, 30 anos de idade, conta no livro O Diário da Turma 1976/1986: A Historia do Rock de Brasília. Ótimo livro de consultas. GARANHÃO BOSSA NOVA Um episódio engraçado envolvendo o cinema Metro Copacabana aconteceu com Roberto Menescal, autor de O Barquinho. Na época, os carros eram um sonho quase inatingível para muitos adolescentes, principalmente os carros conversíveis. Um amigo de Menescal, Gustavo, comprou um Studebaker branco, com rodas cromadas e capota conversível azul-marinho, automática. Menescal, que já tocava um violãozinho, teve a idéia de irem os dois com carro e violão para a porta do Metro, a fim de esperar a saída da sessão das quatro e impressionar as garotas. Estava tudo planejado: eles ficariam parados na porta do cinema. Assim que se abrissem as portas, Gustavo apertaria o botão da capota, que se abriria lentamente mostrando os dois com o violão no banco de trás. Seria difícil para qualquer garota resistir a tal espetáculo. Tudo teria corrido muito bem não fosse o fato de o violão ter sido deixado na parte traseira, perto do porta-malas do carro. Na hora H, Gustavo apertou o botão e, conforme a capota foi baixando, também foi esmagando lentamente o instrumento. Eles ainda tentaram impedir a catástrofe, mas era tarde demais: todo mundo realmente parou, mas para olhar o violão sendo destruído. "Foi a maior vergonha", lembra Menescal. FUCK YOU O momento que a Rainha da Inglaterra ficou sabendo da existência do movimento punk em seu país foi repartido com todos os seus súditos que assistiam regularmente o Tonight Show , do apresentador Bill Grundy, em maio de 76. Até onde Elizabeth e o povo inglês sabiam, era um novo estilo de música que sendo inglesa, só poderia dar em orgulho e sucessos como foi com os Beatles. Real engano. O apresentador, para desafiar a desobediência latente do Sex Pistol Jonhy Rotten, simplesmente pediu que ele demonstrasse as idéias do movimento, "niqui" Jonhy Rotten mandou um fuck you, bem alto, e depois uma saraivada de palavrões que devem ter deixado sua majestade e seu reino, enojados. Foi a primeira vez na TV inglesa que se ouvia algo parecido, em 30 anos de TV. Nos Estados Unidos foi Jim Morrison o autor de semelhante absurdo, falou Get Higher, fique doidão, para 40 milhões de americanos via satélite, na letra de Light My Fire. Deus castiga quem diz nome feio. Morrison morreu em Paris, com 27 anos, velho, gordo e feio. E Jonnhy Rotten foi condenado a permanecer vivo. DYLAN VAIADO Em 17 de maio de 1966, no Manchester Free Trade Hall, Inglaterra, a carreira de Bob Dylan deu uma guinada espantosa e inesperada, para o mal. Cansado das estradas da folk music, onde ele caminhava desde os dezesseis anos, e revoltado com a carga de responsabilidade que ele e Joan Baez carregavam da política de esquerda norte-americana, Dylan resolveu tocar rock’n‘Roll, com guitarras, banda e novo repertório, como " Hurricane", ainda política, sobre um lutador negro preso injustamente pela polícia, mas bem rock’n’ roll, longe das baladas Folk. . Musicalmente era A renovação. Mas o público veio abaixo, chamando o artista de traidor de Woody Gutrie, seu mestre folk. Dylan sofreu essa resposta durante anos, até se consagrar como ídolo de todas as tribos, nos anos 70. Outros grandes mestres da música vaiados por platéias fanáticas : Erasmo Carlos no Rock in Rio I, Carlinhos Brown no Rock in Rio III, João Gilberto, várias vezes, Caetano, Chico Buarque e Tom Jobim no Festival da Canção, entre outros incompreendidos. A MORTE NO RAP A grande virada milionária da Rap music favoreceu indivíduos, digamos, sociopatas. Marion "Suge" Knight , um gigante que foi guarda costas de clubes fundou a gravadora Death Row - corredor da Morte - em 1992, suspeita a polícia, com dinheiro de tráfico de drogas e prostituição. O Selo foi um sucesso com Dr Dre e Snoop Doggy Dogg, entre outros. Reza uma de várias lendas que Vanilla Ice renovou contrato quando estava pendurado de uma janela por capangas da gravadora. Marion Knight nega tudo. Quando Puff Daddy fundou o selo Bad Boy Records com Big Notorius, formou-se mais que um conflito de gravadoras, mas uma guerra de gangues. O principal rapper da Death Row era Tupac Sharur, que foi assaltado e levou um tiro no saco, acusando Puff Daddy e BIG de terem feito o serviço. Em setembro de 1996, Tupac foi baleado na saída de uma luta de Mike Tyson pelo título mundial, por dois desconhecidos. Morreu cinco dias depois. Em março de 1997, Big Notorius morreu do mesmo jeito, e Knight foi acusado formalmente do crime. Não foi preso porque já estava preso por violação de guarda paterna e assalto à mão armada. Cool People. . ACID HOUSE Junte um galpão todo decorado, moderno, com milhares de jovens de fora do movimento hippie, longe do power flower, afim de esquecer o desapego da vida cotidiana e curtir somente as drogas, dançar, dançar, dançar. Era a Hacienda, uma boate em Manchester, na Inglaterra, de uma turma que andava com Ian Curtis, do Joy Division e depois o New Order. Ouvindo a novidade Reagge e os alemães eletrônicos, surgiu o Happy Mondays, com um som muito dançante e misturando sons gravados, samplers, com baixo, bateria, guitarra, dois vocais e muitas drogas novas, como a Locozade, um remédio para alucinar quando se bebe álcool. Assim nasceram as raves na Inglaterra e o Acid House, seu primeiro estilo forte de público. BERRY GORDY FUNDA A MOTOWN Berry Gordy era dono de uma loja de discos em Detroit no início da década de 50, e descobriu que ninguém dava a mínima para o jazz e o soul modernos, haviam poucos títulos justamente na melhor música americana. Decidiu ali sua próxima loja. Uma gravadora fundada em 1959, chamada Tamla Motown que definiu um novo gosto musical, mais instruído, mais black music, para o público médio americano. O "Som da Motown " demorou a se definir e artistas como The Supremes gravaram até country music. Mas com os compositores Holland-Dozier-Holland, Smokey Robinson e Marvin Gaye a coisa andou. O catálogo Motown vai desde Ray Charles até Steve Wonder, passando pelos grupos vocais The Orioles, Comodores, entre outros. JERRY LEE LEWIS EXPULSO DA INGLATERRA Jerry Lee Lewis, 28 anos, mal saiu do aeroporto de Heathrow em 1958, quando os repórteres conheceram a esposa de Jerry Lee, Myra, então com 13 anos, e prima do cantor, conhecido pelo apelido The Killer. Naquele tempo ninguém dava conta de sua vida privada, mas Jerry Lee nunca escondeu. Vários shows foram cancelados e no Parlamento Inglês apareceu um deputado querendo uma lei que proibisse a importação de música americana. Foi um sinal a mais para a juventude inglesa ouvir o ritmin' blues que geraria os Beatles, Stones, The Who, Eric Clapton, etc... SYD BARRETT PIROU Dizem que foi o excesso de LSD, outros viram o problema como excesso de percepção da realidade. Foram estas as conversas e matérias sobre Syd Barrett , protótipo de gênio moderno da música, quando ele pirou na paranóia. O primeiro guitarrista, vocalista e compositor do Pink Floyd foi responsável direto pelo sucesso da banda, em 67, com a canção 'See Emily Play'. As letras já refletiam sua aguda sensibilidade e fragilidade para entender conceitos mais terrenos, como guerra, peste, etc... Barrett saiu do Floyd em 69 e lançou dois álbuns solos : 'The Madcap Laughs' and 'Barrett' - de novo versando sobre loucura e desespero. Em 1971, Ele se internou literalmente numa Casa antiga em Cambridge, sua cidade natal, na Inglaterra. Desde então só deu uma entrevista nos anos 80, e morreu em silêncio, em 2006. ROBERT JOHNSON E O DIABO Essa é a lenda mais antiga e mais falada do Rock n Roll, não admira que seja a mais deslavada impossibilidade musical. Na época, qualquer pessoa que fosse bonita, sedutora, com habilidades especiais, e uma certeza de gênio sobre as novidades que trazia era imediatamente tachado de bruxo, filho do cão. Ainda mais se fosse negro. Lembre-se que estamos em Nova Orleans, cidade no sul dos Estados Unidos influenciada pela cultura tribal dos Negros do Haiti, cultuadores do Voodoo. Johnson era alto, forte, bonito, cantava com voz grossa e penetrante, era espada com as mulheres. Gostava de boas roupas, era boêmio e usufruiu rápido um pouco da riqueza das primeiras de suas 11 gravações. Até aí já se explica a inveja da massa que o rondava. Porém quando pegava o violão, o slide de vidro e começava seus shows de blues, a sedução era total. Johnson, para completar a lenda, morreu de forma horrível. O marido ciumento da vadia da vez resolveu assassiná-lo, envenenando sua bebida. Era o ano de 1939, Jonhson tinha 28 anos. Sua forma de ver o blues, desrespeitando as regras clássicas, buscando novos acordes e novas escalas, pode ser percebida em todo os bluesmen do mundo e ainda de Led Zeppelin a Miles Davis, em diferentes estilos para guitarra. BOB MARLEY & THE WAILERS' EXPLODEM COM O REAGGE A polícia inglesa até hoje não sabe o que os atingiu. Eram apenas 3 mil pessoas, no Lyceum Ballroom para a apresentação de uma banda jamaicana. Deveria ser mais um show simples de música folclórica dançante vinda da Jamaica para seus compatriotas imigrantes jamaicanos residentes em Londres. Mas os ingressos esgotaram. Havia mais brancos do que o esperado, e menos ingressos que público. Portas de Incêndio foram demolidas, e catracas de entrada foram arrancadas. Já era notória na comunidade jamaicana e seus amigos punks ingleses a força emotiva e dançante do reagge de Bob Marley and The Wailers. Não é fácil apontar o dia ou o mês quando começa um novo movimento musical a fazer sucesso. Mas o dia 17 de julho de 1975 com certeza mostrou Bob Marley ao mundo. As notícias do show ganharam manchetes, e não foi pelas catracas quebradas, mas pela vibração dançante daquele novo ritmo, descendente do Ska da Jamaica, de ritmos caribenhos e da música de Bob Dylan. O povo de Kingston, Jamaica, também colaborou. Havia uma moda de Grupos de Som, os Soundsistems, uma espécie de trio elétrico que não anda, mas todo mundo vai ver e dançar o Reagge. Que nem em São Luiz do Maranhão, hoje em dia. ROUBANDO UM DEFUNTO Graham Parson foi um cantor country famoso no final dos anos 60, participou dos Byrds, era amigo de Keith Richards, dos Stones e acumulou uma longa experiência em química - cocaína, barbitúricos, morfina e whisky. Morto em 19 setembro de 73, ainda seria manchete internacional por conta de dois grandes amigos dele que resolveram cumprir uma velha promessa. O empresário de Parson, Phil Kaufman e seu amigo, Michael Martin, sabiam de uma conversa que Parson teve com outro doido da turma, Clarence White, onde havia dito que não queria ser enterrado, e sim cremado. Amigo é isso aí. Kaufman não teve dúvidas quando soube da morte de Parson, foi com Michael até o necrotério da Continental Airlines, na Califórnia e roubou o corpo de Parsons. Os dois, bêbados e inspirados, ainda bateram num muro, mas conseguiram chegar até o Joshua Tree National Monument, e lá encharcaram o corpo com gasolina, colocaram uns galhos em cima, e Graham Parson virou cinzas, em pleno deserto. NEIL YOUNG É PROCESSADO POR NãO SER NEIL YOUNG. Neil Young, do grupo de folk rock dos anos 60, Crosby Still Nash and Young, foi o mais famoso em carreira solo. Na Reprise Records, gravou After de The Goldrush e Harvest, seus álbuns lendários, contendo, A Heart of Gold, Cortez the Killer, entre outras. Mas o bicho carpinteiro resolveu mudar e ingressou na Geffen's sob a promessa que teria controle artístico sobre seu trabalho. Após o álbum Trans, onde experimentou música eletrônica e o vocoder, e Everybody' rockin, com influência de rockabilly, Neil Young acabou processado pela gravadora nova por não soar como Neil Young ! O argumento é que os álbuns não vendiam por que não eram o som Folk esperado de Neil Young. Geffens, naturalmente, perdeu o processo, e o contrato com Young. Que está artista até hoje, veio no Rock in Rio III com seu projeto sobre música dos Índios Apaches. Vende pouco, mas e daí ? É Neil Young. MOMENTO ROCK : A INSPIRAÇÃO Um único momento na vida de um artista pode mudar seu destino. Cláudio Zolli, em Noite do prazer, por ex . Sem talento, no entanto, não adianta ser inspirado ou diligente, a obra será sempre menor. Vejam como é polêmico. Manoel Bandeira diz: “Não faço poesia quando quero e sim quando ela, a poesia, quer.” “Até para se atravessar uma rua precisa inspiração”. João Cabral de Mello Neto já acha que um poema pode ser concebido racionalmente, resultante de uma elaboração mental. Paul Valèry, poeta do Séc. XIX, afirmava: “O primeiro verso é ditado pelos deuses”. Stravinsky era enfático: “a inspiração vem do trabalho.” Carlos Drummond de Andrade: “Não sou do tipo que senta e diz: vou criar uma poesia e conseguir.” Para ele todo ato resultava de um impulso e esse impulso era a inspiração. Chico Buarque, se analisa: “Sou um bom artesão. Trabalho bem com as palavras. Só que às vezes vem um lampejo, uma idéia luminosa – e esse lance eu não domino. Por esse eu não respondo. Respondo pelo artesanato, tenho consciência do meu potencial. Mas os momentos mágicos – estes me surpreendem.” Dorival Caymmi: “quando o tema se apresenta a ponto de ser uma canção, inesperadamente a canção aparece, sai. Eu só faço nessa condição, por isso sou considerado preguiçoso. Eu não faço criação a não ser espontaneamente, eu não tenho fábrica de canções. Não sei fazer nada sob encomenda”. Colaborou Renato Vivacqua. CAUBY e a Era do Rádio Cauby tinha a tia Corina, que era irmã de seu pai, mas foi educado por outra tia sua, esta irmã de sua mãe, chamada tia Risoleta. Esta tia, muito religiosa, o educou e o fez cantar no coro da Igreja Católica a qual freqüentava junto com o menino Cauby, que a acompanhava nas missas diárias e principalmente aos domingos. Eram suas primeiras fãs em delírio. - E agora, todos de pé: aí vem Cauby Peixoto! O auditório da Rádio Nacional entra em delírio. Os ouvintes quase não percebem que Cauby está cantando uma versão de Blue Gardenia porque o barulho da platéia é maior do que o da sua voz. Ele agradece jogando beijos, enquanto algumas fãs sobem ao palco e lhe colocam faixas. As cartas confirmam a sua popularidade. Em junho de 1954, recebera 2245 correspondências, perdendo apenas para Emilinha Borba (2995), mas vencendo Marlene (2223). Em agosto, porém, alcançou o primeiro lugar com 3052 cartas, contra 2544 para Emilinha Borba e 2325 para Marlene. Foi o único artista a conseguir tal feito, desbancar as rainhas do rádio em seus melhores momentos. JOÃO GILBERTO Essa quem conta é Jair Rodrigues, parceiro de Elis Regina no programa de TV O Fino da Bossa, de 66. O João tinha mania de não ensaiar e falava o que ele queria: "Ah, eu vou cantar. Eu e violão". Então tudo bem, só voz e o violão. Aí, de repente ele começou a não tocar e dizia: "Eu gostaria da presença do Milton Banana". A Elis ficou invocada: "Mas pôrra, o que é isso?" E o Milton acho que não estava nem no Brasil. "Agora você vai se virar, não tem Milton Banana, se vira". Aí ele pegou o violão, fez alô, testando o microfone e começou a afinar. Na afinação aplaudiram ele, e o show saiu sem o Milton Banana, mesmo. O DINHO EM CANA Dinho Ouro Preto em 77 \ 78 era da turma da quadra 104 sul : Dinho, Dado Villa Lobos, Bebebe, Totoni, Pingey, Gão, Bi e Pedro Ribeiro, galera ouvia Deep Purple e Led Zeppelin, além de Cream e outros. Já na era punk, Dinho foi preso por porte de arma branca, mas veja como: Ele com os amigos Pedro, Pingey e Dado estavam com roupas punks que tinham alfinetes grandes e pulseiras de pinos, e a Poliça viu naquilo, arma branca. O processo durou meses até a Justiça entender o que era roupa de punk. CARROS PUNKS Pedro Ribeiro pegava o passat 78 do pai e colocava até 14 pessoas dentro, para ir as festas, cinemas nas embaixadas, exposições de fotografia, tudo que fosse de graça. Ele e o Bi foram dos primeiros a chegar em Brasília, em 71, para morar na 104 Sul, onde havia muitos filhos de diplomatas, que tinham instrumentos importados. Foi o primeiro contato. O Bernardo cunhou uma frase “ com a chave na mão ninguém lhe diz não “ sobre como era importante ter carro em Brasília. Outro carro famoso era o Opala Branco do Phillipe Seabra, da Plebe Rude, e o Galaxie Preto do Loro Jones da primeira formação do Plebe, parecido com os carros oficiais . Ele tinha um quepe, que usava para passar nas blitz. Outro carro famoso foi um Gordini velho comprado em sociedade entre a Helena , O Loro, o Gutge, também da Plebe e o Geruza. Quando enchiam de equipamentos e instrumentos, a galera ia de fora ajudando a empurrar o carro que ficava sem força. Ivete Sangalo também teve um carro velho, uma Brasília que ela usava para entregar quentinhas que vendia na época, em Salvador, anos 80. OS LOCAIS PUNKS DE BRASÍLIA O Cafofo era um boteco no setor comercial 408 Norte e tinha um porão que virou local de shows. Foi importante porque reuniu as turmas da 104 Sul 315 Norte e Colina. Tocaram lá o Aborto Elétrico, Blitx 64, e a Plebe Rude, que foram as primeiras bandas da turma, além de Detrito Federal, Peter Perfeito, ?Elite Sofisticada, Diamante Cor de Rosa. E outras. A Adega era também por lá, tinha um cinema e esse local de encontro entre punks e playboys, sempre tinha pancadaria, o Renato apanhava porque não sabia correr nem bater. Ele quem jogava Space Invaders à vera, tanto que tinha um amigo, o Feijão, que fazia as fichas de chumbo derretido, e amarrava um barbante pra puxar de volta. Brincadeira punk na época: jogava uma moeda no chão e todos tinham que brigam por ela, estilo bate e empurra. Ou então mais bizzarro: pegava um cigarro acesso e tinha que apertar o braço de um contra o de outro até apagar o cigarro, quem desistisse primeiro perdia o jogo. ROCKONHAS As festas eram cerimônias de contestação social. Dominava a juventude playbólica dos filhos de Brasília, pessoal arrumadinho ouvindo Jackson Five. A turma dos punks ia de penetra, dominava a festa e começava a zoação: Trocavam os copos de whisky por óleo de peroba, faziam interurbanos para o Japão pra saber como japonês dizia alô. Pulavam nus nas piscinas, por aí vai. A mais famosa das festas foi a que a turma organizava num sítio em Sobradinho, satélite de Brasília. Eram as Rockonhas e teve só duas: a primeira um grande sucesso , com show das bandas nascentes e ambiente bem woodstock, mas a segunda os playboys ficaram sabendo e organizaram com a polícia uma pancadaria geral. Teve gente se escondendo no mato até o dia seguinte. A cena está em Faroeste Cabloco que foi feita logo depois da rockonha. Numa festa dessas, aconteceu o episódio que gerou a música A DANÇA, da Legião. O Phillipe, da Plebe Rude, empurrou um playboy dentro da piscina, tinha um caco de vidro e o cara se cortou fundo. Era o irmão de um playboy violento chamado Jarrão. Um dia ele com a turma de playboys acuou a turma dos punks na Adega e quis saber quem era o Phillipe, mas todos diziam que eram o Philipe, no melhor espírito " Eu sou Spartacus “. " Ah, é? então vai apanhar todo mundo “, o Renato Russo disse que ele devia era atacar o Sistema que prejudicava todo mundo. “ Ah então o teu nome agora é sistema e você vai apanhar primeiro “ , e assim saiu o verso “ mas você nunca dançou , com ódio de verdade “. A.B.O. A Associação Brasileira de Odontologia entrou para história do punk de Brasília por sediar o Festival da ABO. Plebe, Legião, Capital e XXX tiveram seus shows gravados e mandados para a Fluminense FM, que começou a tocar no Rio. Foi o início da carreira deles. E de outros Peter Perfeito, Iron Medonho, Elite , et... Depois uma gravadora independente, a Sebo do Disco, gravou um LP com Finis Africae, Elite Sofisticada, Escola de Escândalo ( ex - xxx ) , e Detrito Federal, só mil cópias que viraram raridade. Daí surgiu o Finis para a EMI, em 84. O NOME ROCK TEM OUTRAS ORIGENS ? O termo Rock n Roll já não era novidade quando Alan Freed, o famoso radialista e produtor de Ritmin' Blues, o utilizou para definir suas bandas preferidas e batizar programas de rádio. A versão oficial é que ele tirou o nome de um velho blues, gravado pela cantora Trixie Smith, em 1922 um acetato 78 rpm com o nome My Man Rocks Me With One Steady Roll . Mas há controvérsias. Em 1934, John Lomax e seu filho Alan começaram a gravar música negra do Sul dos EUA e registraram um estilo de Gospel, música religiosa, batizado de "rocking and reeling" . Daí prá Rocking and rolling é um pulo... Em 1947 surgiram as confirmações do sucesso do nome: Roy Brown Good Rockin' Tonight in Texas (1947), e de Detroit o saxofonista Wild Bill Moore We're Gonna Rock We're Gonna Roll (1948) e I Want To Rock And Roll. O primeiro assunto preferido do Rock foi, portanto, o próprio rock. INVENTORES Os inventores de traquitanas elétricas capazes de manipular sons de instrumentos foram decisivos para dar uma linha progressiva e rápida para a história do rock. Desde Graham Bell com o fonógrafo, mas foram os inventores que tocavam alguma coisa quem definiram as sonoridades John Hammond criou o órgão hammond, precursor de todos os teclados modernos, e George Beauchamp, a primeira guitarra elétrica, a Rickenbacker, que ainda passaria nas mãos do jazz e blues, antes de ser copiada por Gibson e Les Paul, que em 1940 inventaria o echo delay chegando ao rock com o sócio Leo Fender. A década de 40 ajudou a acelerar as invenções, com a eletrificação de todo o país e a guerra produzindo mais inovações e um novo clima de crescimento e satisfação dos americanos vencedores. Por exemplo, o som estéreo, num filme da Disney, Fantasia, em 47. HENDRIX FALA " Muitos dos jovens de hoje sentem que não estão conseguindo nada de bom, nada de justo, então eles revertem esta sensação em algo alto ou estridente, quase beirando a violência.. É mais do que música. É como uma igreja , como uma fundação para o perdido ou o potencialmente perdido . JH MOMENTO ROCK : POGO Não é uma bola que salta nem uma argola que acende, o pogo é aquela dança frenética e agressiva feita entre grandes amigos geralmente presentes num show de punk hardcore. Num show no Manchester Free Trade, uma espécie de mercado público em Guadalupe, em 75, Jonh Beverly resolveu pular e socar quem estivesse por perto. Poderia ter ficado naquilo mesmo, ele apanhava de uns dez e o baile continuava. Mas a plebe era rude e o pogo começou e não parou até hoje. Jonh Beverly era Sid Vicious, o pior baixista da melhor banda punk, o Sex Pistols. Era boa gente, até que matou a namorada Nancy Spungen e depois morreu de overdose. MÚSICOS CLÁSSICOS E NEGROS Para mudar a discriminação contra os negros nos anos 50 e 60, pesquisadores e músicos fizera sua parte. Fuçaram e descobriram a presença de negros e mulatos que fizeram grande música desde o século XVII. Um selo francês, a Cedille Records, dispõe obras de Chevalier de Meude-Monpas and Chevalier de Saint-Georges, seguidores de Mozart, o primeiro era coronel na Revolução Francesa. Nos EUA, Joseph White e Samuel Coleridge-Taylor foram os primeiros. O pianista do Haiti, Loduvic Lamothe, morto em 1953 com 72 anos, ficou conhecido como o Chopin Negro. Scott Joplin (1868-1917), era músico de bares, ficou famoso como o Rei do Ragtime, mas compôs três óperas clássicas. Mas o topo do mundo ficou para o violinista George Augustus Polgreen Bridgetower, que ainda jovem, na Europa, foi acompanhado ao piano por ninguém menos que o maior de todos os músicos, Beethoven. E para George Walker, primeiro músico negro americano a ganhar o Prêmio Pulitzer de Música, em 1922. OS MORTOS DO ROCK É claro que todas as profissões têm seus riscos, mas nem todas têm tanta repercussão como os mortos do Rock. Veja a lista mais macabra desse site,quase todos morreram jovens 03/02/1959 - Buddy Holly (guitarrista, vocalista e compositor do The Crickets), em acidente aéreo aos 23 anos • 03/02/1959 - Ritchie Valens (cantor), no mesmo acidente aéreo aos 18 anos • • • • 17/04/1960 - Eddie Cochran (cantor e compositor), em acidente automobilístico 10/04/1962 - Stuart Sutcliffe (ex-baixista do The Beatles), de hemorragia cerebral 05/03/1963 - Patsy Cline (cantora de rockabilly ), em acidente aéreo 07/10/1966 - Johnny Kidd (vocalista do Johnny Kidd & The Pirates ), acidente automobilístico 03/09/1969 - Brian Jones (guitarrista dos Rolling Stones), afogamento, aos 27 anos • • • • • • • • • • • • • • • • • • • 18/09/1970 - Jimi Hendrix, overdose aos 27 anos 04/10/1970 - Janis Joplin, overdose aos 27 anos 03/07/1971 - Jim Morrison, overdose aos 27 anos 03/05/1972 - Les Harvey (The Sensational Alex Harvey Band), eletrocutado no palco ao pisar num fio elétrico com os pés molhados 06/11/1972 - Billy Murcia (baterista do The New York Dolls), overdose 21/11/1972 - Berry Oakley (The Allman Brothers Band), acidente de motocicleta 14/06/1973 - Clarence White (ex-The Byrds), atropelado 19/09/1973 - Gram Parsons (ex-The Byrds), overdose de tequila e morfina 29/07/1974 - Mama 'Cass' Elliot (The Mamas & The Papas), ataque cardíaco, aos 30 anos 02/10/1975 - Dave Alexander (baixista do The Stooges), pneumonia, aos 28 anos 04/12/1976 - Tommy Bolin (guitarrista do Deep Purple), overdose aos 25 anos 16/08/1977 - Elvis Presley, insuficiência cardíaca, aos 42 anos 20/10/1977 - Ronnie van Zant (Lynyrd Skynyrd), acidente aéreo 20/10/1977 - Steven Gaines (Lynyrd Skynyrd), acidente aéreo 07/09/1978 - Keith Moon (baterista do The Who), overdose, aos 32 anos 02/02/1979 - Sid Vicious (baixista dos Sex Pistols), overdose, aos 21 anos 19/08/1979 - Dorsey Burnette, ataque cardíaco, aos 47 anos 17/11/1979 - John Glascock (baixista do Jethro Tull), complicações cardíacas, aos 28 anos • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • 19/02/1980 18/05/1980 23 anos 25/09/1980 anos 08/12/1980 anos 19/02/1981 11/05/1981 19/03/1982 anos 16/06/1982 24 anos 14/04/1983 28/12/1983 01/04/1984 12/12/1985 anos 04/01/1986 anos 27/09/1986 anos 11/09/1987 06/12/1988 21/08/1988 - Bon Scott (vocalista do AC/DC), overdose alcóolica, aos 33 anos - Ian Curtis (vocalista do Joy Division), suicídio por enforcamento, aos - John Bonham (baterista do Led Zeppelin), overdose alcoólica, aos 33 - John Lennon (guitarrista e vocalista dos Beatles), assassinado, aos 40 - Bill Haley, ataque cardíaco, aos 55 anos - Bob Marley, câncer, aos 36 anos - Randy Rhoads (guitarrista do Ozzy Osbourne), acidente aéreo, aos 25 - James Honeyman-Scott (guitarrista do The Pretenders), overdose, aos - Pete Farndon (baixista do The Pretenders), overdose, aos 30 anos Dennis Wilson (baterista do Beach Boys), afogado, aos 39 anos Marvin Gaye, assassinado pelo pai dele, aos 44 anos Ian Stewart (tecladista do Rolling Stones), ataque cardíaco, aos 47 - Phil Lynott (vocalista e guitarrista do Thin Lizzy), overdose, aos 36 - Cliff Burton (baixista do Metallica), acidente automobilístico, aos 24 - Peter Tosh, assassinado, aos 42 anos - Roy Orbison, ataque cardíaco, aos 52 anos - Raul Seixas, parada cardíaca, aos 43 anos 07/07/1990 - Cazuza, AIDS, aos 32 anos 27/08/1990 - Stevie Ray Vaughan, acidente aéreo, aos 35 anos 06/09/1990 - Tom Fogerty (guitarrista do Creedence Clearwater Revival), tuberculose, aos 48 anos 08/01/1991 - Steve Clark (guitarrista do Def Leppard), insuficiência respiratória, aos 30 anos 24/11/1991 - Freddie Mercury (vocalista do Queen), AIDS, aos 45 anos 24/11/1991 - Eric Carr (baterista do Kiss), câncer, aos 41 anos 04/12/1993 - Frank Zappa, câncer, aos 52 anos 05/04/1994 - Kurt Cobain (vocalista e guitarrista do Nirvana), suicídio, aos 27 anos 08/08/1995 - Jerry Garcia (vocalista e guitarrista Grateful Dead), aos 53 anos 21/10/1995 - Shannon Boom (vocalista do Blind Melon), overdose, aos 28 anos 12/07/1996 - Johnatan Melvoin (tecladista do Smashing Pumpkins), overdose aos 37 anos 11/10/1996 - Renato Russo (vocalista da Legião Urbana), AIDS, aos 36 anos 02/02/1997 - Chico Science, acidente automobilístico, aos 30 anos 31/10/1997- John Denver (cantor solo), acidente aéreo, aos 55 anos 22/11/1997 - Michael Hutchence (vocalista do INXS), suicídio, aos 37 anos • 20/08/1999 - Bobby Sheehan (baixista do Blues Traveler) • 19/12/2000 - Robert Buck (guitarrista do 10.000 Maniacs), complicações no fígado, aos 42 anos • • • • • • • • • • • • • • • • • • • 15/04/2001 - Joey Ramone (vocalista dos Ramones), de câncer linfático 13/06/2001 - Marcelo Fromer (guitarrista dos Titãs), atropelamento 21/06/2001 - John Lee Hooker, (cantor de blues americano), dormindo, aos 83 anos 29/11/2001 - George Harrison (ex-Beatles), câncer, aos 58 anos 16/12/2001 - Stuart Adamson (ex-vocalista do Big Country), asfixia por enforcamento, aos 43 anos 29/12/2001 - Cássia Eller, overdose, aos 39 anos. 03/01/2002 - Zac Foley (baixista do EMF), overdose, aos 31 anos 05/04/2002 - Layne Staley (vocalista do Alice In Chains), overdose, aos 34 anos 05/06/2002 - Dee Dee Ramone (baixista dos Ramones), overdose, aos 50 anos 28/06/2002 - John Entwistle (baixista do The Who), ataque cardíaco, aos 57 anos 12/01/2003 - Maurice Gibb (vocalista, baixista e teclista do Bee Gees), ataque cardíaco, 53 anos 06/10/2003 - Dave Rowberry (tecladista do The Animals), ataque cardíaco, aos 62 anos 15/09/2004 - Johnny Ramone (guitarrista dos Ramones), câncer na próstrata, aos 55 anos 04/11/2004 - Rob Heaton (ex-baterista do New Model Army), câncer no pâncreas, aos 43 anos 08/12/2004 - Dimebag Darrel (ex-guitarrista do Pantera), assassinado, aos 38 anos