Untitled - WordPress.com
Transcrição
Untitled - WordPress.com
Fábio Tremonte Bio Fábio Tremonte [São Paulo, SP, 1975] Artista e educador. Mestre em artes visuais (2012) e bacharel em artes plásticas, ambas pela Escola de Comunicações e Artes da Universidade de São Paulo Como artista. participei de diversas exposições coletivas no Brasil, destacando Deslize - Surf Skate no Museu de Arte do Rio, Não mais impossível na CCBNB de Fortaleza, Abre-alas na A Gentil Carioca e Técnicas de desaparecimento em Guantánamo (2012), Porque sim. na Galeria Millan e Exposição de Verão na Galeria Silvia Cintra + Box4 (2011), 15º Salão da Bahia no MAM Bahia [2008], Panorama da Arte Brasileira no MAM São Paulo [2005], Ocupação no Paço das Artes [2005], Artista Personagem no Mariantônia [2004] e Vizinhos na Galeria Vermelho [2003]. Dentre suas individuais destacam-se Ilhas no MARP [2010], Nada Mais no Ateliê 397 [2009], Vista para o mar no Centro Cultural São Paulo [2006], Paisagem #4 no Paço das Artes [2005]. Em 2015, participei da residência Barda del desierto em Contralmirante Cordero, Rio Negro, Patagônia, Argentina. Statement Minha pesquisa parte da análise e do diálogos entre arte e educação e das possibilidades que estes meios permitem pensar a história, a sociedade, a política e as relações entre sujeito e espaço. A partir do conceito de deslocamento e sua relação com os espaços percorridos, a arquitetura, a configuração da paisagem urbana e natural, as relações sociais e a alteridade, pretendo gerar uma reflexão sobre o lugar que ocupamos, investigando os percursos como sendo, ao mesmo tempo, uma prática artística e uma forma necessária para a vida cotidiana, além, de resistência ou crítica frente as tradicionais formas de circulação e ocupação dos territórios, além de pensar como o próprio sujeito pode tornar-se autor de suas ações, com isso visito as noções de contra-história, história dos vencidos, utopias e desencanto. Interessam-me também vislumbrar pequenas ações cotidianas, além do caminhar, como cozinhar, conversar, cochilar, festejar, a convivência coletiva, também, como forma de resistência e possibilidade de mudança do mundo. Cv Formação 2012 Mestre em artes visuais – Escola de Comunicações e Artes da Universidade de São Paulo (ECA – USP) 2008 Graduado em artes plásticas – Escola de Comunicações e Artes da Universidade de São Paulo (ECA – USP) Manifesto, 2013 Aquarela sobre papel. 63 x 148,5 cm. Exposições individuais 2010 Ilhas – Projeto parede – Museu de Arte de Ribeirão Preto – Ribeirão Preto, SP 2009 Nada mais – Ateliê 397 – São Paulo, SP 2008 Ilhas de silêncio – Galeria Carminha Macedo – Belo Horizonte, MG 2007 Camuflagem – Projeto fachada – Galeria Vermelho – São Paulo, SP 2006 Vista para o mar – Programa de Exposições 2006 – Centro Cultural São Paulo – São Paulo, SP 2005 Paisagem #4 – Temporada de Projetos 2005 – 2006 – Paço das Artes – São Paulo, SP 2004 Paisagem #1 – Programa de exposições – Museu de Arte de Ribeirão Preto – Ribeirão Preto, SP Lugar para sonhar – Sesc Ribeirão Preto – Ribeirão Preto, SP 2000 Desenhos – Galeria Frei Confaloni – Goiânia, GO Delírio Tropical. Apartamento, 2013. Cartaz A2. Exposições coletivas 2014 Deslize < Surfe Skate> – Museu de Arte do Rio – Rio de Janeiro, RJ 2013 Two cities – Veredas – São Paulo, SP e RM – Auckland, Nova Zelândia Arquitetura tátil – Galeria Um Zero Três – São Paulo, SP 2012 AB – Gramatura – São Paulo, SP Técnicas de desaparecimento – Guantánamo, Cuba Abre alas 8 – A Gentil Carioca – Rio de Janeiro, RJ Não mais impossível [Fábio Tremonte e Lais Myrrha] – Centro Cultural Banco do Nordeste – Fortaleza, CE 2011 Assim sem você – Galeria Oscar Cruz – São Paulo, SP Porque sim. – Galeria Millan – São Paulo, SP Exposição de Verão – Galeria Silvia Cintra + Box4 – Rio de Janeiro, RJ 2009 Gabinete – Museu Victor Meirelles – Florianópolis, SC 2008 15º Salão da Bahia – Museu de Arte Moderna – Salvador, BA Gabinete – Galeria Virgílio – São Paulo, SP Gabinete – Museu Murillo La Greca – Recife, SP Turistas, volver – Galeria Carminha Macedo – Belo Horizonte, MG 2007 Festival-Dispositivo – Paço das Artes – São Paulo, SP Mostra Audiovisual Novas Imagens [motomix 2007] – Cinemateca – São Paulo, SP Recortar e Colar|Crtl_C + Crtl_V – SESC Pompéia – São Paulo, SP 58º Salão de Abril – MAUC – Fortaleza, CE Abre alas 4 [grupo empreZa] – A Gentil Carioca – Rio de Janeiro, RJ 2006 Unimultiplicidade [grupo empreZa] – Galeria Frei Confaloni – Goiânia, GO Doze vetores – Galeria Isabel Aninat – Santiago, Chile Coletiva – Galeria Carminha Macedo – Belo Horizonte, MG Fiat Mostra Brasil [grupo empreZa] – Porão das Artes – São Paulo, SP VIII Bienal do Recôncavo – Centro Cultural Danemmann – São Félix, BA Mostra Coletiva do Programa de Exposições 2006 – Centro Cultural São Paulo – São Paulo, SP Presente Líquido – Casa Andrade Muricy – Curitiba, PR Cinema de Bolso [motomix 2006] – Museu da Imagem e do som – São Paulo, SP VERBO [grupo empreZa] – Galeria Vermelho – São Paulo, SP 2005 Panorama da Arte Brasileira [grupo empreZa] – Museu de Arte Moderna de São Paulo – São Paulo, SP Nano exposição – Galeria ArtBo – Bogotá, Colômbia; Galeria Murilo Mendes – Belo Horizonte, MG e Ateliê Eliane Prolick – Curitiba, PR 2º Serão Performático [grupo empreZa] – Moradia Estudantil da UNESP – São Paulo, SP Coletivações [Los Valderramas] – Universidade de St. Denis, Paris 8 – Paris, França 30º Salão de Arte de Ribeirão Preto – Museu de Arte de Ribeirão Preto – Ribeirão Preto, SP 17º Salão de Artes Plásticas da Praia Grande – Shopping Litoral Sul – Praia Grande, SP Açúcar Invertido 4 [grupo empreZa] – Residência Sangue Bom – Paris, Metz e Marseille, França Salão de Maio – Projeto de intervenções urbanas – Salvador, BA Ocupação – Paço das Artes – São Paulo, SP Desenhos A-Z – Galeria Porta 33 – Funchal, Ilha da Madeira, Portugal 2004 Artista-personagem – Centro Universitário Mariantônia – São Paulo, SP Artista-personagem – Casa de Cultura – Ribeirão Preto, SP 29° Salão de Arte de Ribeirão Preto – Museu de Arte de Ribeirão Preto – Ribeirão preto, SP 9ª Bienal de Santos – Centro Cultural Patrícia Galvão – Santos, SP [In.CoRpo.Ro] ações performáticas [grupo empreZa] – Galeria do Instituto de Artes da UNESP – São Paulo, SP Açúcar Invertido 2 [grupo empreZa] – The America’s Society – New York, NY, EUA 2003 Mostra de Arte da Juventude 2003 – SESC – Ribeirão Preto, SP Experimental [Los Valderramas] – Museu de Arte Contemporânea do Ceará – Centro Dragão do Mar de Arte e Cultura – Fortaleza, CE Latinidades [Los Valderramas] – Ciclo Manifestação –SESC Vila Mariana – São Paulo, SP Vizinhos – Galeria Vermelho – São Paulo, SP Mídia Tática Brasil [projeto rejeitados] – Casa das Rosas – São Paulo, SP 9º Salão da Bahia [projeto rejeitados] – Museu de Arte Moderna da Bahia – Salvador, BA 2002 “37”, gosia kurdziel au 1422 – Citè des Arts – Paris, França Diálogos Possíveis [grupo empreZa] – Galeria da Faculdade de Artes Visuais da Universidade Federal de Goiás – Goiânia, GO mapA 2 [2ª mostra de arte performática] – Festival de Arte de Goiás – Cidade de Goiás, GO Açúcar Invertido – FUNARTE – Rio de Janeiro, RJ Serão Performático [grupo empreZa] – Centro de Contra Cultura de São Paulo [Casa da Grazi] – São Paulo, SP 2001 33º Salão de Arte Contemporânea de Piracicaba – Engenho Central – Piracicaba, SP Ruídos [Fábio Tremonte, Graziela Kunsch e Lia Chaia] – Centro de Contra Cultura de São Paulo [Casa da Grazi] – São Paulo, SP 4° Prêmio Revelação de Artes Plásticas de Americana – Museu de Arte Contemporânea – Americana, SP 1999 Olhar provável – Museu de Artes Plásticas Quirino da Silva – Mococa, SP Como siento Fábio Tremonte Sofia Bauchwitz “Lo que más nos hace falta hoy es poder creer en el mundo. Hemos perdido el mundo o hemos sido desposeídos de él. Creer en el mundo es suscitar acontecimientos, incluso muy pequeños, que escapen del control o que den lugar a nuevos espacios-tiempo.” Deleuze Calles y bailes “Si no puedo bailar, tu revolución no me interesa “, decía Emma Goldman, y en Ação Zen, Dancing with myself Tremonte baila solo, y lo hace con la música de Billy Idol al fondo, ese ejemplar de punk rock apolítico tan pegajoso. Pero político es el gesto de bailar: la revolución es también, y justamente, el acto de insistir en gestos placenteros y democráticos. La repetición de gestos cargados de simbolismos está siempre presente en el trabajo de Fábio Tremonte. Por ejemplo, montar un tira y afloja unilateral con el pilar de una institución pública como es el MAR, Museo de Arte do Rio, o caminar por las calles de la ciudad llevando al hombro una bandera roja, o transformar el gesto de doblar dicha bandera en un ritual moderno que habla, entre tantas cosas, de una extensión temporal de la ausencia de un otro gesto más radical (aunque, analizando las banderas que vienen siendo levantadas en el mundo, doblar una bandera, como quien se prepara para guardarla, es uno de los gestos más radicales que he visto…Será que una revolución sin banderas, al desnudo, nos aguarda?). Tremonte tiene un cuerpo de trabajo diverso en el que reflexiona desde el lugar que ocupa en el espacio y desde las tensiones que vivencia. El caminar solo con una bandera roja es, como el propio artista dice, una manera de convocarnos a la lucha, una lucha que responde a una crisis universal y humana. Conocí su trabajo en la época de mi residencia artística en Los Ángeles (MAK Schindler Scholarship Program), junto a la artista brasileña, Monica Rizzolli. Mi proyecto estaba enfocado en el caminar como manera de coexistir y abrir mundos. Fábio Tremonte también entiende el andar diario, por las calles tan poco propicias para el caminante y para el encuentro entre personas, como un acto de resistencia. Redflag [caminhando], su caminata con bandera al hombro, es para mí como caminar hacia el oasis: No importa ya tanto si se encuentra algo, sino que se siga caminando. Hipotéticamente se buscaba un lugar adecuando donde hincar la bandera roja, pero se concluye que es el seguir buscando, o no encontrando, que abre un nuevo territorio. Claro que lo que vemos en el video de la acción son recortes, pero entendemos que Fábio anduvo mucho. Pienso en todas aquellas personas que andan, y mucho, todos los días: ¿que habrá despertado en esos cuerpos esta bandera solitaria? Decido escribir sobre Fabio Tremonte en el mejor día posible para hablar del fin del mundo. Si hoy me desperté con las noticias, si hoy el discurso fascista me quitó la alegría y las ganas, si hoy estoy descrente deste mundo, incrédula…es justamente el mejor momento para recordar su trabajo. ¿Hay un mundo después del fin del Mundo? Solo si seguimos andando sabremos… Fábio habla desde su cuerpo, pero desde su boca salen muchísimos Otros. Repite la voz de las luchas indígenas de Brasil. Voces y gritos resilientes que la clase dominante de todos los sectores (los que dominan los espacios culturales, los espacios de lucha social, la política) insiste en no oír con la debida atención y respeto. Activa por detalles la lucha callejera que todavía no es del todo, que siempre está por estallar. Tremonte habla de la condición colonial que seguimos viviendo en Brasil, lo hace desde su propia voz o desde los collages de referentes que suenan como él. Pero podría servir para el contexto que se vive hoy en España, en Alemania, en todos los lugares.