Semelhanças entre Cristianismo e Hinduísmo
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Semelhanças entre Cristianismo e Hinduísmo
SAGRADO CÍRCULO DE THELEMA - SCT TESE FILOSÓFICA DO GRAU DE MAGO 3.2 A GRANDE CONVERGÊNCIA CURITIBA (PR) 2010 1 GILSON WENCESLAU FLORES RODRIGUES (Frater Thoth) A GRANDE CONVERGÊNCIA Este trabalho tem como finalidade explicar o processo de síntese cósmica através das diferentes Tradições Espiritualistas em geral e do SCT em especial. Instrutor: Mestre Genelohim. CURITIBA (PR) 2010 2 CAPÍTULO 1 Semelhanças entre Cristianismo, Hinduísmo e Budismo As religiões mais conhecidas pela humanidade atual são: o Cristianismo, o Islamismo, o Hinduísmo, o Budismo, o Judaísmo, o Taoísmo e o Xintoísmo. Todas as Tradições Religiosas do mundo possuem, entre si, pontos de convergência em suas respectivas doutrinas, ou seja, ensinamentos idênticos que são transmitidos de diferentes formas. Cada Tradição Religiosa possui dois lados que são o lado Esotérico (ou interno) e o lado Exotérico (ou externo). Desta forma podemos falar da existência de um Cristianismo Esotérico ou interno que é destinado aos iniciados e também podemos falar de um Cristianismo Exotérico ou externo que é destinado aos indivíduos ainda não preparados para entender os aspectos mais profundos dos ensinamentos Cristãos. O mesmo podemos dizer sobre as demais Tradições. Podemos falar de um Budismo Esotérico e de um Budismo Exotérico; de um Hinduísmo Esotérico e de um Hinduísmo Exotérico e assim sucessivamente. Este texto tem como finalidade “evidenciar” a síntese de todas as Tradições Religiosas em geral e as semelhanças existentes entre Cristianismo, Hinduísmo e Budismo em especial. Muito embora estas três Tradições tenham surgido em épocas distintas não podemos deixar de reconhecer as diversas semelhanças que estas três Tradições possuem entre si. Estas três tradições – e também as demais tradições do planeta – cultuam uma Divindade Suprema que possui um nome específico em cada Tradição. No Cristianismo esta Divindade Suprema é chamada pelo nome de DEUS. No Hinduísmo é chamado de PARABRAHMAN e no Budismo é chamado de BUDA. Cristianismo Hinduísmo Budismo Deus Parabrahman Buda No entanto em todas as Religiões a Divindade Suprema é representada, geometricamente, por um Triângulo Eqüilátero. Cada lado do triângulo representa um aspecto da Divindade Suprema, ou seja, o Triângulo Eqüilátero representa os três aspectos, fundamentais, da Divindade Suprema. Com base nesta “tripartição” da Divindade Suprema é que surgiram as “Trilogias” nas diversas Religiões. 3 O Cristianismo possui uma Trilogia (chamada de “trindade”): Pai, Filho e Espírito Santo. O Hinduísmo também possui uma Trilogia (chamada de “trimurti”): Brahma, Vishnu e Shiva. O Budismo também tem a sua Trilogia (chamada de “trikaya”). Se traçarmos uma analogia entre as três Trilogias, tanto pela ordem em que se apresentam, como pelos seus atributos, chegaremos à seguinte conclusão: Cristianismo Hinduísmo Budismo Pai Brahma Dharmakaya Filho Vishnu Sambhogakaya Espírito Santo Shiva Nirmanakaya Antes de continuar a discorrer sobre este assunto preciso esclarecer ao leitor que a Trilogia Budista (ou “trikaya”) NÃO deve ser confundida com as três jóias (ou três refúgios): Buda, Dhamma (ou Dharma) e Sangha. Dhammapada (capítulo XIV – tópicos 190, 191 e 192): Aquele que se refugia no Buda, no Dhamma e no Sangha, percebe claramente a sabedoria das Quatro Verdades: a Dor - dukkha- , a origem da Dor, a cessação da Dor e o Óctuplo Caminho que conduz à cessação da Dor. Em verdade, este é o Supremo Refúgio. Recolher-se nele é libertar-se de todo sofrimento. (Dhammapada/Atthaka). Aqueles que se refugiam nas Três Jóias – Buda, Dharma, Sangha – são chamados de discípulos de Buda. (Bukkyo Dendo Kyokai). As três jóias ou três refúgios são os “requisitos” que um indivíduo tem que cumprir para ser reconhecido como um verdadeiro discípulo de BUDA. A Trilogia Budista é chamada “trikaya” (tri = três e “kaya” = corpo) que quer dizer os Três aspectos do corpo de BUDA. Vou transcrever um trecho do livro “A Doutrina de Buda” que explica, de forma clara e concisa, este conceito: Buda tem três aspectos: o da Essência ou Dharma-Kaya, o da Recompensa ou Sambhoga-Kaya e o aspecto da Manifestação ou Nirmana-Kaya. (Bukkyo Dendo Kyokai). É esta a Trilogia Budista por excelência! 4 O Cristianismo diz que Deus-Pai criou todo o universo. O Hinduísmo atribui o Poder da Criação a Brahma. O Cristianismo atribui ao Filho, representado na pessoa de Jesus, o papel de “cumpridor” da Vontade do Pai. No Hinduísmo quem desempenha este papel é Vishnu que é conhecido como o “conservador” ou o “mantenedor”. O Cristianismo atribui ao Espírito Santo, ainda que de forma não muito clara, as Forças da Natureza sendo muitas vezes simbolizado por uma pomba branca. No Hinduísmo quem possui este atributo é Shiva que é conhecido como o “transformador” e é representado como um Deus em forma humana que habita o topo de uma montanha. Muito embora o Espírito Santo dos Cristãos e o Shiva dos Hindus possuam representações distintas o que podemos dizer é que o que ambos tem em comum é a associação com a “natureza”. O Hinduísmo e o Budismo possuem muitas disciplinas espirituais sendo que a mais conhecida pelos ocidentais é o Yoga que em sânscrito quer dizer união (no sentido místico). Assim a disciplina do Yoga ensina a aqueles que o praticam a se “unirem” a Deus através de práticas espirituais apropriadas que são ensinadas de Mestre a discípulo. Existem vários tipos de Yoga sendo que as principais são: 1. Raja-Yoga – união através da Meditação e Concentração; 2. Jnana-Yoga – união através do conhecimento; 3. Bhakti-Yoga – união através da devoção; 4. Karma-Yoga – união através do correto agir. Os praticantes de Raja-Yoga são conhecidos como “Raja-Yogues”. Os praticantes de Jnana-Yoga são conhecidos como “Jnanes”. Os praticantes de Bhakti-Yoga são conhecidos como “Bhaktas” e os praticantes de Karma-Yoga são conhecidos como “Karma-Yogues”. A prática de um desses sistemas de Yoga não exclui os demais, de tal forma que um praticante de Jnana-Yoga também praticará as demais Yogas. O que vai caracterizar a tipologia de um Yogue é a ênfase de suas práticas. Se o Yogue enfatiza mais o aspecto cognitivo de suas práticas espirituais então será classificado como um “Jnane”. No entanto podemos encontrar ensinamentos similares ao Yoga Hindu em outras Tradições, inclusive no Cristianismo. 5 No Hinduísmo, e também no Budismo, o conhecimento espiritual é chamado de Jnana (que em Sânscrito quer dizer “conhecimento”). No Cristianismo Esotérico a nomenclatura utilizada para se referir ao conhecimento espiritual é Gnosis (que em Grego quer dizer “conhecimento”). A Doutrina Espiritual que no Hinduísmo (e também no Budismo) é conhecida pelo nome de Jnana-Yoga possui o seu equivalente no Cristianismo Esotérico e se chama Gnosticismo. Se fizermos uma relação de equivalência entre os conceitos de “Jnana” e “Gnosis” concluiremos que os Gnósticos são os Jnanes Cristãos enquanto que os Jnanes Hindus e Budistas são os Gnósticos do Oriente. No Cristianismo é claro e evidente a idéia de um Mestre Espiritual – O Mestre Jesus – que realiza milagres, salva as almas dos devotos e manifesta poderes sobrenaturais. Este traço marcante do Cristianismo também é muito encontrado no Hinduísmo e em alguns segmentos do Budismo. No Hinduísmo existem vários santos que desempenham papel similar ao que Jesus desempenha no Cristianismo. No entanto dentro do Hinduísmo é mais comum vermos tal papel ser atribuído a Krishna, a oitava encarnação do Deus Vishnu. No Budismo Indiano não é tão freqüente a realização de milagres e a manifestação de poderes sobrenaturais mas podemos encontrar estas manifestações em algumas Escolas do Budismo Tibetano e como exemplo eu cito a Escola Kagyu onde foi iniciado o famoso Milarepa que foi um importante Mestre Espiritual do Budismo Tibetano e que, à semelhança de Jesus, realizava milagres e manifestava poderes sobrenaturais. O leitor poderá saber com profundidade sobre as grandes realizações deste Santo Tibetano através do livro intitulado “Milarepa: história de um yogi tibetano” escrito pelo ocidental W. Y. Evans-Wentz que foi um dos maiores pesquisadores do Budismo Tibetano. No entanto é necessário esclarecer ao leitor que as Tradições Religiosas verdadeiras não têm como meta a aquisição de poderes psíquicos para a satisfação do Eu Inferior. Jesus, Buda, Milarepa, Lao Tsé e todos os outros Mestres Espirituais que pisaram sobre o nosso planeta possuíam Poderes Sobrenaturais, ou Siddhis como tais poderes são chamados na Índia, mas alguns destes Mestres não os manifestavam para não desviar a atenção de seus discípulos do objetivo maior que é a “iluminação” enquanto que outros Mestres, à semelhança do Mestre Jesus, manifestavam tais poderes com o objetivo de fortalecer a Fé de seus discípulos e destruir o “ceticismo” dos materialistas. Não existe uma regra fixa sobre se é certo ou não a manifestação de tais Poderes. Fica a critério de cada Mestre Espiritual decidir se 6 vai ou não manifestar os seus Siddhis. O que precisa ficar claro ao leitor é que as Tradições Esotéricas do Oriente ensinam que os Siddhis se manifestam como conseqüência do desenvolvimento espiritual do discípulo enquanto que as Tradições Esotéricas do Ocidente normalmente ensinam técnicas específicas para o desenvolvimento de tais Poderes mas como parte de um processo iniciático. Este presente trabalho não tem como finalidade julgar qual dos dois sistemas – oriental e ocidental – é o correto, até mesmo porque é um grande equívoco fazer tal julgamento, visto que nenhuma Tradição Esotérica é melhor que as demais, todas são igualmente importantes. Cabe a cada pessoa escolher a Tradição Esotérica que é melhor para si, seja ela ocidental ou oriental. Para finalizar este capítulo será evidenciada outra semelhança entre o Cristianismo, o Hinduísmo e o Budismo. Na verdade esta semelhança é comum em todas as Tradições Esotéricas do Planeta: A Relação Mestre-Discípulo! No Cristianismo houve verdadeiras Comunidades Espirituais compostas de vários discípulos que orbitavam em torno de um Mestre, e todos residiam em um mesmo espaço geográfico. Primeiramente houve a pequena comunidade formada por Jesus e seus 12 apóstolos mas posteriormente surgiram diversas outras Fraternidades Iniciáticas Cristãs que se organizaram em forma de “comunidades” tais como os Cátaros no Sul da França e os Bogomilos na Península Itálica, entre outros exemplos que poderiam aqui ser citados. Mas a formação de Comunidades Espirituais também é muito comum no Hinduísmo e no Budismo. No Hinduísmo, uma Comunidade Espiritual é normalmente chamada de Ashram enquanto que nas Escolas Budistas é chamada de Monastério ou sanga. Ramakrishna, um dos maiores Santos Hindus, tinha o seu Ashram. Ramana Maharshi, outro Santo Hindu, também tinha o seu Ashram. Bodhidharma, discípulo de Buda, organizou vários Monastérios ou sangas na China e no Japão para que o Budismo pudesse se estabelecer nestes países. Uma Comunidade Espiritual, independente do nome que se dê, possui analogia com o Sistema Solar onde os discípulos são os Planetas em suas respectivas órbitas e o Mestre é o Sol que ilumina as Almas dos discípulos. Todo Homem e toda Mulher é uma Estrela. (Tópico 3 do antigo Liber Legis). 7 CAPÍTULO 2 Sagrado Círculo de Thelema, Lei de Thelema e Síntese Cósmica O presente capítulo tem por finalidade explicar três coisas: 1) A missão do Sagrado Círculo de Thelema (ou simplesmente SCT) no Cenário Espiritualista Mundial e suas relações, de equivalência e igualdade, com duas Fraternidades Iniciáticas: Golden Dawn e Astrum Argentum; 2) A Lei de Thelema e a Missão do Thelemita; 3) O Processo de Síntese Cósmica elaborado pelas Fraternidades Iniciáticas que trabalham em Harmonia com o Eon de Hórus, mais conhecido como a Era de Aquário. Com relação ao primeiro tópico vou começar explicando sobre a missão do SCT com base na mensagem contida no Neo Liber Legis acrescido de meu entendimento e experiência adquiridos ao longo do meu discipulado, e em seguida vou explicar, com base no meu entendimento, as relações de equivalência e igualdade do SCT com outras duas Fraternidades Iniciáticas: a Golden Dawn e a Astrum Argentum. 1. A missão do Sagrado Círculo de Thelema (ou simplesmente SCT) no Cenário Espiritualista Mundial e suas relações, de equivalência e igualdade, com duas Fraternidades Iniciáticas: Golden Dawn e Astrum Argentum; 1.1) A missão do Sagrado Círculo de Thelema: O SCT é uma Fraternidade Iniciática cujas origens remontam ao ano de 1409 A.C. no Egito. É uma Fraternidade Iniciática que tem como objetivo maior divulgar a Lei de Thelema para aqueles buscadores que não conseguiram se satisfazer com os métodos adotados pelas Fraternidades Osirianas e Pseudo-Thelemitas. Todas as Tradições Iniciáticas abordam questões relacionadas ao Fim da Era ou Final dos Tempos. Cada tradição possui um jeito próprio de abordar tais questões. Atualmente são amplamente divulgados e vendidos nas grandes livrarias, livros escritos por renomados pesquisadores que tratam a fundo deste assunto. Um bom exemplo disto que posso 8 mencionar, é a grande procura, por parte de buscadores, por livros relacionados às Profecias Maias do ano 2012 que, segundo esta civilização ameríndia, será o Fim desta Era de Materialismo que todos nós conhecemos, muito embora esta avançada civilização não tenha deixado claro como isto vai acontecer na respectiva data. Praticamente todos os sistemas políticos, econômicos e até educacionais já estão corrompidos e demonstram absoluta ineficácia em solucionar os problemas que nós, humanos, enfrentamos há séculos. No entanto não são só os sistemas mundanos que estão corrompidos. As Fraternidades Iniciáticas, em sua maioria, também estão corrompidas em maior ou menor grau. A prova disto é que nos tempos atuais é muito comum encontrarmos adeptos de tais Fraternidades que, mesmo se encontrando no último grau de sua Fraternidade, nunca tiveram uma experiência mística transcendental, e só conhecem a iniciação através do que leram em livros... e nada mais. A Verdadeira Iniciação é dada acima das Polaridades e não por meio de procedimentos Pseudo-Ocultistas como os existentes nos Templos amaldiçoados de Porquê. (Tópico 117 do Neo Liber Legis) Podemos encontrar nesta triste realidade, ordens muito conhecidas pelos buscadores: Maçonaria, Ordens Rosacrucianas, Ordens Martinistas, Teosofia e suas derivações, Igrejas Gnósticas e etc. O que podemos observar nestas Ordens Iniciáticas – e em outras tantas que eu poderia aqui citar – é que todas elas, sem exceção, são excessivamente ritualísticas e possuem doutrinas impregnadas de teorias, preconceitos de toda espécie e etnocentrismos. Tais Ordens Iniciáticas ao assumirem estas posturas anti-iniciáticas tornam seus ensinamentos esotéricos difíceis, às vezes impossíveis, de serem assimilados por aqueles que buscam a verdadeira iniciação. Frente a esta triste realidade fica fácil perceber a missão do SCT. Tal missão consiste em trazer aos sinceros buscadores, ensinamentos iniciáticos livres de dogmas, teorias, rituais e de outras coisas mais que não possuem relação alguma com a verdadeira iniciação. A Condenação, os Véus, os Rituais e o Sexo não mais precisarão existir dando a razão, pois a Consciência Plena eleva ao mais alto sumo o motivo da extensão maior. Essa é a Lei do Adepto Maior. (Tópico 87 do Neo Liber Legis) 9 Mediante este trecho do Neo Liber Legis (dentre outros trechos) pode-se afirmar que qualquer Fraternidade Iniciática e Religião que atenda a esses requisitos está em perfeita sintonia com as vibrações do Aeon de Hórus mesmo que não seja, formalmente, Thelemita. 1.2) Relações de Equivalência e Igualdade do SCT com duas Fraternidades Iniciáticas: Golden Dawn e Astrum Argentum. A atual manifestação do SCT se deu no ano de 1982 da Era Vulgar sob a direção do Mestre Genelohim, um mestre Thelemita do Brasil. No entanto esta manifestação atual do SCT se processou dentro de um contexto que contou com a participação de outras Fraternidades Iniciáticas, todas vindas da Europa: Golden Dawn – organização iniciática fundada na Inglaterra no ano de 1888 por três Maçons de alto grau: Samuel Liddell Mac Gregor Mathers, William Wynn Westcott e William Robert Woodman. Estes três Maçons eram também importantes iniciados da “Societas Rosicruciana in Anglia – SRIA”. A Golden Dawn foi a mais conhecida e respeitada organização iniciática do Ocidente nos séculos XIX e primeira metade do XX. Sua estrutura de Graus era toda baseada na Árvore da Vida (Cabala Hebraica). A Golden Dawn possuía três círculos: 1. Golden Dawn que era o círculo externo; 2. Rosae Rubeae et Aureae Crucis que era o Colégio Rosacruciano interno e 3. Astri Argentei que era o círculo mais interno. O currículo de estudos da Golden Dawn era muito extenso e abarcava as seguintes disciplinas iniciáticas: Kabbalah, Alquimia, Astrologia, ensinamentos de Hermes Trismegisto, Cristianismo Esotérico, Tarô, Geomancia, Druidas, Celtas e etc. Astrum Argentum – organização iniciática fundada por Aleister Crowley e George Cecil Jones em 1907. Tanto Crowley quanto Jones eram importantes iniciados da Golden Dawn. A Astrum Argentum (ou simplesmente A.’.A.’.) não é nada mais e nada menos que uma ramificação da Golden Dawn. A prova disto é que a A.’.A.’. herdou toda a estrutura de Graus da Golden Dawn e também muitos de seus ensinamentos e rituais. Um argumento que posso utilizar, dentre tantos outros, para explicar esta forte ligação entre as duas ordens é que o círculo mais interno da Golden Dawn se chama 10 Astri Argentei muito embora também tenha outros nomes. Aleister Crowley ao batizar o seu sistema de iniciação, apenas flexionou o nome Astri Argentei para Astrum Argentum que, em ambos os casos, significa Estrela de Prata ou Estrela Brilhante. É claro que além de flexionar o nome original, Crowley também acrescentou a seu sistema de iniciação dois importantes elementos que não existiam na Golden Dawn: 1. a Lei de Thelema e 2. algumas práticas do Esoterismo Oriental associadas com os rituais que ele aprendeu na Golden Dawn. Ordo Templi Orientis – organização iniciática fundada na Alemanha por volta de 1900. Os seus fundadores foram: Theodor Reuss, Karl Kellner e Franz Hartmann. Muitos importantes ocultistas europeus de renome foram membros da Ordo Templi Orientis (ou simplesmente OTO). Entre eles: Papus, Rudolf Steiner, Arnold KrummHeller, Aleister Crowley, Karl Germer, Metzger, Gerald Gardner e etc. Na verdade a História da OTO é muito nebulosa. Como conseqüência de disputas internas a OTO se fragmentou em vários ramos independentes e cada um destes ramos conta uma versão diferente da referida História. Na gestão de seus fundadores a OTO era uma organização de caráter maçônico que pretendia, assim como muitas outras organizações iniciáticas de sua época, ser a legítima herdeira da Tradição da primeira Ordem dos Cavaleiros Templários. A OTO não possui um sistema exato de graus tal como a Golden Dawn e a Astrum Argentum possuem, de tal forma que fica difícil estabelecer uma relação de equivalência de seus graus com outros sistemas iniciáticos baseados na Árvore da Vida Cabalística. Outro fator que dificulta estabelecer as equivalências é que, desde o início de sua fundação, muitos membros oriundos de outras Fraternidades Iniciáticas já eram aceitos na OTO em seu último grau (o IXº grau) e, portanto, não dava para saber quais eram os efeitos das práticas da OTO em seus adeptos. Existia o Xº grau que não era iniciático e sim um grau administrativo. Alguns ramos da OTO que aderiram à Lei de Thelema criaram o XIº e o XIIº graus preservando os graus anteriores. O currículo de estudos da OTO abarca diversas disciplinas iniciáticas tanto do ocidente quanto do oriente. A OTO, à semelhança da Golden Dawn, é excessivamente ritualística. Fraternitas Rosicruciana Antiqua – Foi fundada pelo Alemão Arnold Krumm-Heller em 1927 na Alemanha. Trata-se de uma Ordem Rosacruciana Cristã mas que recebeu influências de diversas outras Tradições Iniciáticas tais como Thelema, Magia Rúnica, Memphis-Misraim, Esoterismo Inca e etc. A Fraternitas Rosicruciana Antiqua (ou 11 simplesmente FRA) possui um sistema de 3 graus muito embora existam ramos da FRA que possuem diferentes números de graus em seus sistemas. A FRA, tal como a OTO, possui um sistema de graus que torna difícil estabelecer uma relação de equivalência com outras Ordens cujos sistemas estão baseados na Árvore da Vida Cabalística. No entanto é possível estabelecer algumas relações da FRA com outras Fraternidades Iniciáticas no que diz respeito aos seus propósitos e discursos. A FRA chegou ao Brasil no ano de 1933 sob a direção de um discípulo do Krumm-Heller chamado Giuseppe Cambareri que, posteriormente, se distanciou da FRA e fundou a sua própria ordem chamada “Fraternidade Branca Universal do Arcanjo Mickael – FBUAM” que se encontra muito ativa nas cidades de São Paulo e Curitiba muito embora a sua sede seja na cidade de Paraty, no litoral Fluminense. É possível estabelecer algum tipo de relação entre estas quatro ordens e também destas quatro ordens com o SCT. Nesta Tese eu escolhi estabelecer relações de equivalência e igualdade entre o SCT, a Golden Dawn e a Astrum Argentum devido ao fato de estas três Fraternidades Iniciáticas possuírem um sistema de Graus baseados na Cabala. Devido a esta característica torna-se fácil estabelecer tais relações entre estas três Fraternidades Iniciáticas. Alguns leitores poderão argumentar “Mas o sistema de Graus do SCT é baseado na Spira Legis e não na Cabala...”. E eu respondo “A Spira Legis é inspirada na Cabala, com a qual se relaciona e harmoniza. Portanto é perfeitamente possível correlacionar Cabala e Spira Legis”. Agora vamos começar a estabelecer as relações de equivalência e igualdade entre as três Fraternidades Iniciáticas citadas: 12 Tipologia dos Sagrado Círculo Graus de Thelema Golden Dawn Astrum Argentum Graus acima do Adepto Maior Ipsissimus Ipsissimus Véu do Abismo Mago Magus Magus Mestre do Templo Magister Templi Magister Templi Terapeuta Adeptus Exemptus Adeptus Exemptus Magnetizador Adeptus Major Adeptus Major Filósofo Adeptus Minor Adeptus Minor Graus situados Prático Philosophus Philosophus abaixo do Véu de Teórico Practicus Practicus Parroketh Zelador Theoricus Zelator Initiatur Zelator Neófito Graus situados abaixo do Véu do Abismo e acima do Véu de Parroketh Neófito - Probacionista - Probacionista - Ao analisarmos esta tabela podemos chegar a algumas conclusões óbvias! Existe uma exata relação de equivalência – e até de igualdade como irei explicar mais adiante – entre os graus situados acima do Véu do Abismo. O SCT utiliza uma nomenclatura em língua portuguesa já que esta Fraternidade Iniciática optou por se manifestar no Brasil. A Golden Dawn e a Astrum Argentum utilizam nomenclaturas em latim. Com relação aos graus situação acima do Véu do Abismo o que a Golden Dawn e Astrum Argentum chamam de “Magister Templi” e “Magus”, no SCT é chamado de “Mestre do Templo” e “Mago”. O que a Golden Dawn e a Astrum Argentum chamam de “Ipsissimus”, no SCT é chamado de “Adepto Maior”. Agora vou explicar as relações de equivalência e igualdade com relação aos Graus situados acima do Véu do Abismo. Escolhi explicar, em especial, os graus acima do Véu do Abismo visto que possuem uma relação Matemática exata e atributos imutáveis. O Grau de Mestre do Templo (ou Magister Templi) é um Grau Iniciático cujo atributo é “cuidar de seu rebanho”, ou seja, cuidar dos discípulos que se situam em Graus abaixo do Véu do Abismo no sentido de instruí-los. Um Mestre do Templo do SCT vai instruir outros discípulos, também membros do SCT, que se encontram em Graus situados 13 abaixo do Véu do Abismo. O mesmo pode ser dito a um indivíduo que é Mestre do Templo da Golden Dawn e da Astrum Argentum. Isto se chama “equivalência”. O que eu estou querendo comunicar ao leitor é que o Grau de Mestre do Templo do SCT NÃO é igual ao Grau de Mestre do Templo da Golden Dawn ou da Astrum Argentum ou de qualquer outra Fraternidade Iniciática. Um Mestre do Templo do SCT está comprometido com um determinado tipo de método iniciático que não existe em outras Fraternidades Iniciáticas. Este método iniciático é a Spira Legis. Portanto um Mestre do Templo do SCT só é Mestre do Templo dentro do SCT. O mesmo afirmo com relação a um Mestre do Templo da Golden Dawn e da Astrum Argentum. Um Mestre do Templo da Golden Dawn só pode exercer o seu cargo de Mestre do Templo dentro da Golden Dawn e em nenhuma outra Fraternidade Iniciática. O mesmo pode ser afirmado para um Mestre do Templo da Astrum Argentum. Faço questão de dar estas explicações para, entre outras coisas, afirmar que o Marcelo Motta (famoso iniciado da Astrum Argentum) está EQUIVOCADO quando afirma, em sua obra CARTA A UM MAÇOM, que os Graus situados acima do Véu do Abismo são os mesmos para todas as Fraternidades Iniciáticas. Vou transcrever o trecho desta obra onde Marcelo Motta faz a referida afirmação mas antes preciso explicar ao leitor que na Astrum Argentum, Fraternidade Iniciática onde Marcelo Motta foi iniciado, os Graus situados acima do Véu do Abismo compõem o Círculo mais Interno desta Fraternidade Iniciática chamado “Collegium ad Spiritum Sanctum – S.’.S.’.” muito embora este círculo interno da Astrum Argentum também tenha outras denominações. Agora vou transcrever o trecho da obra CARTA A UM MAÇOM (pág. 09): A R.C. está abaixo do Abismo: a Grande Ordem que não tem nome é simbolizada pelo Olho no Triângulo, e este é o Collegium Summum, ou a S.S., da A.’.A.’. A A.·.A.·. é apenas uma das Fraternidades Iniciáticas, e abaixo do Abismo é das mais novas. Foi organizada em sua forma presente na primeira década deste século. Quanto à S.S., é a mesma para todas as fraternidades iniciáticas. Isto é fonte de surpresa, às vezes, para iniciados de graus mais baixos, pois, chegando a certas consecuções, verificam que Mestres que pareceram pregar doutrinas completamente opostas ( como, por exemplo, Maomé e Jonas ) estão sentados lado a lado no Areópago dos Adeptos. Continuando a minha explicação anterior; um indivíduo que atingiu o Grau de Mestre do Templo ou de Mago, mesmo já tendo ultrapassado o Véu do Abismo ainda está “confinado” (no bom sentido da palavra!) aos métodos da Fraternidade Iniciática que 14 lhe concedeu o respectivo Grau (Mestre do Templo ou Mago). Enquanto o Mestre do Templo vai instruir o rebanho da Fraternidade Iniciática da qual faz parte, o Mago vai Criar algo inteiramente novo com base nos conhecimentos que adquiriu na Fraternidade Iniciática que lhe concedeu o Grau de Mago. Portanto o Mago, tal como o Mestre do Templo, NÃO pode validar o seu Grau Iniciático em outras Fraternidades Iniciáticas pelo simples fato de estar ainda “confinado” ao(s) método(s) da Fraternidade Iniciática que lhe concedeu o Grau de Mago. Um método iniciático tem começo, meio e fim. Um Mestre do Templo ou um Mago que queiram validar o seu Grau Iniciático em outra Fraternidade é o mesmo que um indivíduo que sofre de Câncer de Pele querer interromper um tratamento eficaz já no seu último estágio para continuar em um outro tratamento no mesmo ponto em que parou no primeiro. Um tratamento médico possui começo, meio e fim e se interrompermos um tratamento para entrar em outro então teremos que recomeçar da estaca ZERO. O mesmo podemos dizer com relação aos métodos iniciáticos. Agora com relação ao Grau de Adepto Maior ou Ipsissimus já é possível estabelecer uma relação de igualdade entre as diferentes Fraternidades Iniciáticas. O Grau de Adepto Maior ou Ipsissimus é o Grande Objetivo a ser alcançado por todo e qualquer iniciado independente de a qual Fraternidade Iniciática esteja vinculado. Este elevado Grau Iniciático tem relação direta com a Sephirah Kether da Cabala Hebraica e com a Esfera Branca da Spira Legis. A Sephirah Kether e a Esfera Branca da Spira Legis possuem os mesmos atributos e qualidades. Portanto o Grau de Adepto Maior do SCT é IGUAL ao Grau de Ipsissimus da Golden Dawn e também IGUAL ao Grau de Ipsissimus da Astrum Argentum. O Grau de Adepto Maior ou Ipsissimus é a conclusão do trabalho iniciático e, portanto, todos os iniciados que tenham atingido este elevado grau são iguais entre si, independente de em qual Fraternidade Iniciática tenham sido treinados para chegarem a este sublime grau. Um Adepto Maior do SCT é também Adepto Maior de toda a Humanidade. Um Ipsissimus da Golden Dawn é também Ipsissimus de toda a Humanidade. Um Ipsissimus da Astrum Argentum é também Ipsissimus de toda a Humanidade. Concluo toda esta explicação afirmando que só o Grau de Adepto Maior ou Ipsissimus é que é igual para todas as Fraternidades Iniciáticas porque é neste Grau que o iniciado 15 transcende todos os Métodos! Os Graus de “Mestre do Templo” e de “Mago” das diversas Fraternidades Iniciáticas são apenas equivalentes entre si. O que eu expliquei até agora foram as relações de equivalência e igualdade entre os Graus do SCT, da Golden Dawn e da Astrum Argentum. Agora eu vou explicar sobre as relações de equivalência e igualdade entre os círculos internos do SCT, da Golden Dawn e da Astrum Argentum. Veja a Tabela abaixo: Localização dos Sagrado Círculo Círculos Internos de Thelema Acima do Véu do Grau 3 ou Pirâmide Golden Dawn Astrum Argentum 3ª Ordem ou Astri 3ª Ordem ou Silver Sagrada – formado Argentei ou Star ou Collegium pelos Graus de Collegium ad ad Spiritum Mestre do Templo, Spiritum Sanctum – Sanctum – formado Mago e Adepto formado pelos pelos Graus de Maior. Graus de Magister Magister Templi, Templi, Magus e Magus e Ipsissimus. Ipsissimus. Abaixo do Véu do Grau 2 2ª Ordem ou 2ª Ordem ou Abismo e acima do Roseae Rubeae et Rosacruz Véu de Parroketh Aureae Crucis Círculos Externos: Grau 1 1ª Ordem ou 1ª Ordem ou Abaixo do Véu de Golden Dawn Golden Dawn Abismo Parroketh Grau 0 - - Os Graus localizados acima do Véu do Abismo compõem o círculo mais interno de cada Fraternidade Iniciática. Dentro de cada Fraternidade Iniciática o Círculo mais Interno – constituído pelos Graus de Mestre do Templo, Mago e Adepto Maior ou Ipsissimus – possui vários nomes. No SCT é chamado de Pirâmide Sagrada. Na Golden Dawn é chamado de Astri Argentei ou Collegium ad Spiritum Sanctum entre outros nomes. Na Astrum Argentum é chamado de Silver Star ou Collegium ad Spiritum Sanctum entre outros nomes. 16 O que eu quero comunicar ao leitor é que os Círculos Internos das diferentes Fraternidades Iniciáticas possuem relações de equivalências, mas NÃO são iguais entre si. Novamente vou transcrever o trecho da obra CARTA A UM MAÇOM (página 09) onde Marcelo Motta afirma que o círculo mais interno da Astrum Argentum, denominado S’.S.’., é o mesmo para todas as Fraternidades Iniciáticas: A R.C. está abaixo do Abismo: a Grande Ordem que não tem nome é simbolizada pelo Olho no Triângulo, e este é o Collegium Summum, ou a S.S., da A.’.A.’. A A.·.A.·. é apenas uma das Fraternidades Iniciáticas, e abaixo do Abismo é das mais novas. Foi organizada em sua forma presente na primeira década deste século. Quanto à S.S., é a mesma para todas as fraternidades iniciáticas. Isto é fonte de surpresa, às vezes, para iniciados de graus mais baixos, pois, chegando a certas consecuções, verificam que Mestres que pareceram pregar doutrinas completamente opostas ( como, por exemplo, Maomé e Jonas ) estão sentados lado a lado no Areópago dos Adeptos. Volto a afirmar que Marcelo Motta está EQUIVOCADO! O círculo mais interno da Astrum Argentum, denominado S.’.S.’., é constituído pelos graus de Magister Templi, Magus e Ipsissimus. Como expliquei anteriormente, os graus de Magister Templi (“Mestre do Templo” em Português) e Magus (“Mago” em Português) das diferentes Fraternidades Iniciáticas são apenas “equivalentes” entre si. Só o grau de Ipsissimus (ou Adepto Maior) é que é IGUAL para todas as Fraternidades Iniciáticas. Como destes três elevados graus iniciáticos só com um deles é que se pode estabelecer uma relação de igualdade entre as diversas Fraternidades Iniciáticas, podemos concluir que NÃO existe um Círculo Interno comum a todas as Fraternidades Iniciáticas, tal como foi explicado por Marcelo Motta. O Collegium ad Spiritum Sanctum da Astrum Argentum só pode ser alcançado por indivíduos que escolheram trilhar o discipulado proposto pela Astrum Argentum desde o 1º grau de iniciação. A Astri Argentei da Golden Dawn só pode ser alcançada por indivíduos que escolheram trilhar o discipulado proposto pela Golden Dawn desde o 1º grau de iniciação. A Pirâmide Sagrada do Sagrado Círculo de Thelema só pode ser alcançada por indivíduos que escolheram trilhar o discipulado proposto pelo Sagrado Círculo de Thelema desde o 1º grau de iniciação. Isto é lógico e inquestionável! Neste minha Tese eu, Frater Thoth, defendo que a única coisa que pode ser considerada IGUAL para todas as Fraternidades Iniciáticas é o sublime Grau de Adepto Maior ou 17 Ipsissimus. A única possibilidade de existir um Círculo Interno comum a todas as Fraternidades Iniciáticas é se considerarmos a existência de um único Grande Círculo Interno constituído por indivíduos, de todas as Tradições Iniciáticas do Planeta, que tenham atingido o Grau de Adepto Maior ou Ipsissimus. Neste caso este único Grande Círculo Interno NÃO tem, absolutamente, relação com o que foi explicado por Marcelo Motta em sua obra CARTA A UM MAÇOM. Concluo esta dissertação afirmando que o Grau de Adepto Maior ou Ipsissimus é a “síntese” de todas as Fraternidades Iniciáticas do Planeta. No entanto quero deixar bem claro que esta questão levantada por mim pode ser entendida e explicada de uma outra forma como será elucidado no 3º tópico deste capítulo. 2) A Lei de Thelema e a Missão do Thelemita 2.1) A Lei de Thelema A expressão Lei de Thelema, ou simplesmente Thelema, significa Verdadeira Vontade ou Vontade de Deus ou Vontade Divina. Thelemita é aquele que realiza a Vontade de Deus ou que pelo menos se esforça para isto. O conceito de Vontade Divina existe desde os primórdios dos tempos! Em todas as Religiões existe alguma referência com relação à existência da Vontade Divina (Thelema) e de pessoas encarregadas de realizála (os Thelemitas) sobre a Face da Terra. Mesmo nas Fraternidades Iniciáticas do Aeon de Osíris é possível encontrar algumas referências, por mais discretas que sejam, sobre a Lei de Thelema no seu aspecto iniciático, muito embora os métodos adotados por essas Fraternidades NÃO sejam mais eficazes para a época atual. Vou transcrever um trecho de um livro de uma Fraternidade Iniciática do Eon de Osíris, chamada Ordem Martinista, onde é possível encontrar referências à Lei de Thelema: De fato, o Homem pode fazer com que a Vontade Divina propriamente dita venha até ele para se unir com seu desejo; a partir de então ele passa a trabalhar e a atuar de acordo com a Divindade, que se digna, por assim dizer, a compartilhar sua obra, suas propriedades e seus poderes com o Homem: e se, ao lhe dar o desejo, que é como a raiz da planta, Ele reserva a Vontade, que é como seu botão ou flor, não é com a intenção de que o Homem permaneça na privação desta Vontade Divina e não a conheça; mas, ao contrário, seu desejo é que o Homem chame por ela, a conheça por ele mesmo; pois, se 18 o Homem é a planta, Deus é a seiva ou a vida. E o que seria da árvore se a seiva não corresse em suas veias? (Louis Claude de Saint-Martin) Nesta Tese eu, Frater Thoth, defendo que a Lei de Thelema está presente em todas as Tradições Iniciáticas, de forma mais evidente em algumas e de forma mais tímida em outras. Assim podemos falar da existência de Thelemitas-Hindus, da existência de Thelemitas-Budistas, da existência de Thelemitas-Cristãos e assim por diante. A prova de que este meu raciocínio está correto é o fato de o SCT contar com a presença de Mestres Hinduístas e Budistas em sua respectiva Egrégora: Ramana Maharshi, Ramakrishna e Buda. E também contar com a presença do Mestre Jesus em sua Egrégora como pode ser observado em dois trechos do Neo Liber Legis: O Crestos é a única Fonte, o restante é a reserva do pó do Espírito, nada mais. (Neo Liber Legis, tópico 101) [...]. Horus virá como cobrador de tudo que fizeram contra os ensinamentos do Nazareno. (Neo Liber Legis, tópico 119) Com relação à primeira citação foi mencionado o Cristo Cósmico e não o Mestre Jesus propriamente dito. Mas foi o Mestre Jesus quem encarnou em si o Cristo Cósmico e também foi o Mestre Jesus o mais importante divulgador do Cristo Cósmico. Não há como falar do Cristo Cósmico sem mencionar o Mestre Jesus e, portanto, no tópico 101 do Neo Liber Legis está subentendido o reconhecimento do Mestre Jesus, como um dos mais importantes Mestres Espirituais da Humanidade, pelo SCT. Com relação à segunda citação o Mestre Jesus é mencionado. Mas agora fica uma questão a ser respondida: Terá sido Jesus iniciado no SCT? Não sei a resposta mas eu acredito que sim. Afinal de contas não faria sentido algum, pelo menos a meu ver, o Deus Horus querer punir os responsáveis pela destruição do Cristianismo sem que Jesus tivesse sido iniciado no SCT. A verdade sempre aparece! Já dizia o antigo ditado popular. Precisamos deixar claro ao leitor que para integrar a Egrégora do SCT não precisa, necessariamente, ter sido formalmente iniciado no SCT muito embora seja este o caminho mais certo e mais seguro. O último Grau do SCT, o Grau de Adepto Maior, que corresponde à Esfera Branca da Spira Legis, “abarca” todas as Estrelas do Universo Cósmico. Ou seja, todos os homens e mulheres que realizaram as suas Verdadeiras 19 Vontades estão dentro da Egrégora do SCT mesmo que formalmente não tenham sido iniciados em seu sistema de Graus. Exemplos: Ramakrishna e Ramana Maharshi estão dentro da Egrégora do SCT e no entanto ambos foram iniciados no Hinduísmo, mais especificamente no Advaita-Vedanta. O Nipônico Mikao Usui, fundador do Reiki, era Cristão e é um dos Mestres que integram a Egrégora do SCT. O Conde Saint-Germain é um iniciado da Ordem Rosa+Cruz e da Maçonaria Esotérica e é um dos Mestres que integram a Egrégora do SCT. O Paramahansa Shivaji – Mago da Golden Dawn, fundador da A.’.A.’. e grande iniciado do Budismo Theravada – é um dos Mestres do SCT. E tantos outros exemplos que eu poderia aqui citar... Não Há Divisas, Há Unidade em Thelema. (Neo Líber Legis, tópico 97). O SCT é uma Fraternidade Iniciática “Oniabarcante” e é esta a sua principal característica. Provavelmente nunca se ouviu falar, na História da Iniciação, de alguma outra Fraternidade Iniciática possuidora desta característica. O SCT contém, em sua Egrégora, todos os verdadeiros Mestres Espirituais originários das mais diversas Tradições Iniciáticas. No SCT, no seu Grau de Adepto Maior, tudo se unifica sob a égide do Deus Hórus. [...] Só há um Senhor, e infinito é o seu mundo. Não há Governos, há um só poder e uma única força. (NLL, tópico 108) Há uma pequena diferença entre o Grau de Adepto Maior do SCT e o Grau de Ipsissimus de antigas Fraternidades Iniciáticas. Muito embora seja possível estabelecer uma relação de “igualdade” entre as diversas Fraternidades Iniciáticas a partir deste sublime Grau; no SCT este Grau, chamado de “Adepto Maior”, é “oniabarcante” enquanto que nas antigas Fraternidades Iniciáticas (Golden Dawn e outras) este mesmo Grau, denominado “Ipsissimus”, NÃO abarcava em si todos os Mestres Espirituais da Humanidade estando restrito a um forte sectarismo que é uma das principais características das Fraternidades Iniciáticas do Aeon de Osíris. Conclusão: o Grau de Ipsissimus da Golden Dawn, e de outras Fraternidades Iniciáticas de sua época e mais antigas, só abarcava os Mestres Espirituais da Tradição Esotérica Ocidental do Continente Europeu. A Egrégora da Golden Dawn, mesmo no seu Grau de Ipsissimus, não conta com a presença de Mestres como Buda, Krishna, Lao Tse e outros Mestres 20 Orientais. O Grau de Adepto Maior do SCT abarca todos os Mestres Espirituais tanto do Ocidente quanto do Oriente. Inclusive a Esfera Branca da Spira Legis, onde é concedido o Grau de Adepto Maior, possui dois nomes: 1) Universo Oniabarcante e 2) TAO. Estes dois nomes, o primeiro ocidental e o segundo oriental, revelam a tendência natural do SCT de promover uma síntese cósmica entre as Tradições Esotéricas do Ocidente e do Oriente. Uma característica inexistente entre as Fraternidades Iniciáticas do Aeon de Osíris. Mesmo se tratando de uma Fraternidade Iniciática “Oniabarcante” existe um prérequisito fundamental para integrar a Egrégora do SCT: ser Thelemita. E isto NÃO é nada fácil! [...]Não é permitido ser Thelemita àquele que se paute no destino e no karma. [...]. (NLL, tópico 115). Mas é justamente a “dificuldade” de se transformar em um Thelemita que faz da Lei de Thelema a maior de todas as Leis Espirituais, e do Thelemita o mais importante de todos os iniciados da Nova Era, anunciada pelo Deus Hórus! Estude a vida dos Santos. As coisas fáceis de fazer não são o caminho do Senhor. O caminho Dele é o que é difícil! (Paramahansa Yogananda). Um verdadeiro Thelemita é aquele indivíduo que foi além de seu Ego terreno e que encontrou Deus dentro de sí próprio. [...]A Lei de Thelema não é uma conquista e sim o verbo que se despe para o próprio Deus que é o Homem em essência. (NLL, tópico 115). Jesus, Ramana Maharshi, Buda, Lao Tsé, Hermes Trismegisto são Thelemitas porque cada um deles realizou a sua Verdadeira Vontade. E todos eles, e tantos outros que também realizaram as suas Verdadeiras Vontades, estão presentes na Egrégora do SCT. Muitos leitores ficam escandalizados e desconfiados ao lerem um determinado trecho do tópico 122 do Neo Liber Legis, “[...] Só o Sagrado Círculo de Thelema possui, em sua simplicidade, o Poder e a Glória da Alta Iniciação. [...]”. É por isso que se faz necessária a prática constante de alguma disciplina iniciática. Existem certas mensagens 21 contidas em livros sagrados que são impossíveis de serem entendidas pelo intelecto. Para o entendimento de certas mensagens de caráter transcendental é necessário que o indivíduo desenvolva a sua “intuição” e outras faculdades do Espírito. Esta mensagem do tópico 122 do NLL NÃO deve ser entendida como uma forma de sectarismo. O Sagrado Círculo de Thelema NÃO é uma organização sectária e este trecho do tópico 122 do NLL NÃO despreza os sagrados ensinamentos de outras Fraternidades Iniciáticas. Como eu já havia escrito no início deste tópico a Lei de Thelema sempre existiu mas, no entanto, o Sagrado Círculo de Thelema foi a primeira Fraternidade Iniciática a ensinar a Lei de Thelema de forma completa e pura; livre de rituais, véus, condenações e outros elementos incompatíveis com a Era Atual. Inclusive a mensagem reveladora do NLL reafirma a importância e o valor do Hinduísmo e do Budismo, de forma clara e evidente, e de todas as outras Tradições que tenham reformulado as suas doutrinas no sentido de se adaptarem à Nova Civilização anunciada pelo Deus Hórus. Mas isto só é possível de entender se confrontarmos um trecho do Antigo Liber Legis com um trecho do Neo Liber Legis. Vamos começar pelo trecho do Antigo Liber Legis: Com minhas garras eu arranco fora a carne do Indiano e do Budista, Mongol e Din. (Antigo Liber Legis, Capítulo III, tópico 53). Este tópico do Antigo Liber Legis apenas nega o aspecto “osiriano” do Hinduísmo, do Budismo e de outras Tradições do Extremo Oriente mas não a Tradição em sí. Veja agora o trecho do Neo Liber Legis: O Corpo do Adepto é o Nada da Felicidade. Ser Nada é redimir a Essência de Hadit, o Alpha da Ressurreição. (Neo Liber Legis, tópico 88). Este trecho do Neo Liber Legis reafirma um antigo ensinamento Hinduísta e Budista que diz respeito à reorientação, por parte do discípulo, das energias utilizadas em obras mundanas para a realização do trabalho iniciático. É um ensinamento Hinduísta e Budista que está em sintonia com a Lei de Thelema. Como o leitor pode ver, o Sagrado Círculo de Thelema NÃO despreza nenhuma tradição mas apenas nega aqueles elementos – rituais, véus, condenações e etc... – que não estão em sintonia com o Aeon de Hórus. O Sagrado Círculo de Thelema trabalha em associação com outras duas Fraternidades Iniciáticas: a Sociedade Budista e 22 Hinduísta Renovadora e a Ordem da Santíssima Trinosofia. A primeira, como o próprio nome sugere, trabalha com os ensinamentos Hinduístas e Budistas sob a égide do Mestre Ramana Maharshi e a segunda trabalha com a Alquimia dos Rosacruzes sob a égide do Mestre Saint Germain. Quando o tópico 122 do Neo Liber Legis, entre outros tópicos, afirma que só o Sagrado Círculo de Thelema possui o poder e a glória da verdadeira iniciação NÃO devemos entender esta afirmação no sentido de que todas as outras Fraternidades Iniciáticas são falsas ou inválidas. A forma correta de entender o tópico 122 do NLL (e outros tópicos similares) é que o Sagrado Círculo de Thelema é o Arquétipo Ideal de Iniciação em que todas as demais Fraternidades Iniciáticas terão que se basear para que consigam agir de acordo com os desígnios da Suprema Hierarquia Espiritual na Nova Era anunciada pelo Deus Hórus. Em cada época da História da Humanidade, em diferentes lugares, houve um Arquétipo Ideal de Iniciação. Na Europa, no período compreendido entre 1888 e primeira década do século XX, o Arquétipo Ideal de Iniciação era o da Golden Dawn que obteve reconhecimento e respeito por parte de outras Fraternidades Iniciáticas de sua época. Na Índia, 500 anos Antes de Cristo, o Arquétipo Ideal de Iniciação era o Budismo, que obteve forte adesão por parte dos povos de raça amarela (chineses, japoneses, coreanos, tailandeses e etc.). Cada civilização do planeta, em determinada época, teve o seu Arquétipo Ideal de Iniciação. Agora vem a seguinte pergunta: Qual é o Arquétipo Ideal de Iniciação adotado pelo Sagrado Círculo de Thelema? Esta pergunta será respondida com um trecho do Neo Liber Legis: Julgamentos, Rituais, não mais existirão. Só a Consciência Verdadeira, que eleva o Homem na mais Alta Iniciação. (NLL Renovado, tópico 18) O Arquétipo Ideal de Iniciação do Sagrado Círculo de Thelema, e de todas as demais Fraternidades Iniciáticas que queiram adentrar a Nova Era anunciada pelo Deus Hórus, é o Arquétipo da exclusão de tudo aquilo que não conduz o homem rumo à iniciação tais como segredos, rituais, véus, condenações e outros elementos indesejáveis. Na Nova Era anunciada pelo Deus Hórus todos os homens e mulheres poderão ser iniciados se assim o quiserem. Pedi, e dar-se-vos-á; buscai, e encontrareis; batei, e abrir-se-vos-á. (Bíblia – Mateus, Cap. 07, versículo 07). 23 2.2) A Missão do Thelemita A Missão do Thelemita consiste, principalmente, em ajudar a humanidade a progredir tanto Espiritualmente quanto materialmente. No Plano Espiritual o Thelemita ajuda os seus semelhantes através de sua Sabedoria e da Luz emanada de sua Estrela Interior. O Thelemita instrui a cada um de seus semelhantes a descobrir o seu brilho interior e sua órbita através da Sabedoria adquirida ao longo de várias encarnações. Não deveis mais aprender, pois os Sábios já o são [...]. (Neo Liber Legis, tópico 79). No plano material o Thelemita contribui para o estabelecimento de uma nova ética e de um novo conjunto de valores – fundamentados no altruísmo, no amor e na solidariedade – que serão a matéria-prima para a edificação da Nova Civilização. É preciso que os homens e mulheres de boa vontade se unam sob uma diretriz fraternal, com o firme desiderato de construir a Nova Civilização, que deverá SURGIR, como a Fenix, dos escombros da atual. (Mestre Therion, “Desvelando os Mistérios”). No entanto o Thelemita, após a data prevista para o início da Nova Civilização (ano 2013), vai lidar com um novo ciclo de acontecimentos até então desconhecidos pela humanidade. É necessário que o Thelemita tenha uma Mente aberta, livre de preconceitos e de outros entraves, para que possa “aprender” com as novas situações que vão se fazer presentes em sua vida. Se sua mente está vazia, está pronta para qualquer coisa; ela está aberta a tudo. Há muitas possibilidades na mente do principiante, mas poucas na do perito. (Shunryu Suzuki) 3) O processo de síntese cósmica elaborado pelas Fraternidades Iniciáticas que trabalham em Harmonia com o Eon de Horus, mais conhecido como a Era de Aquário. Todas as Fraternidades Iniciáticas, de todas as épocas, obedecem a um Arquétipo Universal de Iniciação. Neste tópico do capítulo 2 eu vou abordar sobre o que há de comum entre todas as Tradições e Fraternidades Iniciáticas. Vou começar pela 24 afirmação de muitas Tradições Iniciáticas de que existe uma Grande Escola Iniciática que abarca todos os sábios do mundo: “Contudo sempre existiu uma escola mais elevada, à qual este depósito de toda ciência foi confiado, e esta escola era a comunidade interior e luminosa do Senhor, a sociedade dos Eleitos que se propagou, sem interrupção, desde o primeiro dia da criação até aos tempos presentes; seus membros, é verdade, estão dispersas pelo mundo, mas eles estiveram sempre unidos por um espírito e por urna verdade, e não tiveram jamais senão um só conhecimento, uma única fonte de verdade, um senhor, um doutor e um mestre, em que reside substancialmente a plenitude Universal de Deus, e que os iniciou, Ele só, nos mistérios elevados da natureza e do Mundo Espiritual”. (Eckartshausen). Esta Escola mais elevada possui vários nomes em cada região o planeta. No ocidente esta Escola mencionada por Eckartshausen é normalmente chamada de Grande Fraternidade Branca e todas as Fraternidades Iniciáticas verdadeiras desenvolvem seus trabalhos espirituais em conformidade com as diretrizes desta elevada Escola que abarca todos os sábios da humanidade. Agora vou abordar o sistema de graus da Grande Fraternidade Branca, que é universal: “Ela tem, também, seus graus pelos quais o espírito pode desenvolver-se sucessivamente e elevar-se sempre cada vez mais. O primeiro grau, o menor, consiste no bem moral pelo qual a vontade simples, subordinada a Deus, é conduzida ao bem pelo móbil puro da vontade, quer dizer, Jesus Cristo, que ela recebeu pela fé. Os meios dos quais o espírito desta escola se serve são chamados inspirações. O segundo grau consiste no assentimento intelectual, pelo qual a compreensão do homem de bem que está unido a Deus, é coroada com a sabedoria e a luz do conhecimento; e os meios pelos quais o espírito se serve para este grau são chamados iluminações interiores. O terceiro grau enfim, e o mais elevado, é o completo despertar do nosso sensorium interno, pelo qual o homem interior alcança a visão objetiva das verdades metafísicas e reais. Este é o grau mais elevado onde a fé se transforma em visões claras e os meios pelos quais o espírito se serve para isso são as visões reais. Eis os três graus da verdadeira escola de sabedoria interior, da comunidade interior da luz. O mesmo espírito que aperfeiçoa os homens para esta comunidade, distribui também os graus, pela coação do próprio candidato, devidamente preparado”. (Eckartshausen). 25 “Quem nos chama Thelemitas não irá cometer erro, se ele olhar no íntimo a palavra. Pois existem nela Três Graus, O Eremita, e o Amante, e o homem da Terra. Faze o que tu queres deverá ser o todo da Lei”. (Antigo Liber Legis, Capítulo I, Tópico 40). Este sistema universal de três graus é visível nas Fraternidades Iniciáticas que possuem um sistema de Graus baseados na Árvore da Vida Cabalística. É claro que existem Fraternidades Iniciáticas que não adotam este sistema universal de graus como é o caso de Memphis-Misraim que possui um sistema de 97 Graus. No entanto, independente do sistema de Graus que uma Fraternidade Iniciática adote, o fato é que em todo e qualquer discipulado, desde que verdadeiro, o número de graus a nível “interno” é sempre em número de Três. Em resumo: pode-se afirmar que existe uma única grande Escola de Iniciação, chamada por alguns de Grande Fraternidade Branca, à qual todas as Fraternidades Iniciáticas estão espiritualmente subordinadas e que o desenvolvimento espiritual do indivíduo, independente de a qual Fraternidade Iniciática esteja ligado, é composto de Três Graus. E todas as Fraternidades Iniciáticas conduzem a uma mesma realidade transcendental que possui diversos nomes: Todas as Religiões são verdadeiras. Cada uma leva à mesma verdade, assim como diferentes rios deságuam no mesmo oceano. (Ramakrishna). Se todo homem e toda mulher é uma Estrela então toda Religião ou Tradição Iniciática é uma Constelação! 26 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS BUDA. Dhammapada/Atthaka. Editora Pensamento. EVANS-WENTZ, W. Y. Milarepa: História de um Yogi Tibetano. São Paulo: Editora Pensamento, [19--]. ECKARTSHAUSEN, Karl Von. A Núvem sobre o Santuário. HORUS. Neo Liber Legis. Mensagem canalizada pelo Mestre Genelohim na cidade de Niterói, RJ, no Ano de 1982. ________________________________. Desvelando os Mistérios. Capítulo 1. Pág. 03. HORUS. Liber al vel Legis. Mensagem canalizada pelo Mestre Therion na cidade do Cairo no Ano de 1904. KYOKAI, Bukkyo Dendo. A Doutrina de Buda. Fundação para propagação do Budismo. MOTTA, Marcelo Ramos. Carta a um Maçom. 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