Mercadores do Mediterrâneo

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Mercadores do Mediterrâneo
Os fenícios eram mercadores, piratas e os mais audaciosos marinheiros do mundo antigo. Viviam ao longo da
faixa litorânea na extremidade oriental do mar Mediterrâneo, geralmente conhecida como o Levante, e que, atualmente, faz parte da Síria, Líbano e Israel. Sua língua tinha afinidades com a babilônica e a hebraica.
Eram originalmente chamados de cananeus, pois viviam na terra de Canaã. A partir de 1200 a.C., aproximadamente, começaram, a ser chamados de fenícios, do grego phoinos, ou vermelho, pelo fato de produzirem uma
belíssima tinta púrpura avermelhada.
O principal porto dos fenícios era Tiro, que, de acordo com a história, foi fundado há 4700 anos. A cidade de Tiro
tinha estreitos vínculos com o reino de Israel. Hiram, rei da cidade, fornecia madeira de cedro a Salomão para a
construção do Templo de Jerusalém; e Ahab, rei de Israel, casou-se com Jezebel, princesa de Tiro.
Os fenícios se incluem entre os primeiros povos a fazer uso do alfabeto. Este tinha 22 letras e todas elas consoantes. Constitui a base do alfabeto que usamos até hoje. A palavra Bíblia origina-se do termo Biblo, que é o nome
de um porto fenício. Os gregos o empregaram para significar livro.
Os fenícios eram artesãos habilidosos, faziam artigos de vidro, armas, jóias e tecidos. Eles se dedicavam ao comércio dessas mercadorias ao longo das costas do Mediterrâneo e importavam outras mercadorias de lugares tão
distantes quanto a Inglaterra. Mas o maior destaque dos fenícios foi na fabricação de objetos de vidro. Com os
egípcios, aprenderam a técnica e chegaram a rivalizar e até a superar seus mestres.
O comércio desenvolvido pelos fenícios, ao longo da costa mediterrânea, ajudou-os a expandir o conhecimento
científico e tecnológico. Fundaram muitas colônias, entre as quais Cartago (hoje na Tunísia), considerada a mais
importante. Outras colônias foram: Marselha (França), Cádiz (Espanha), Malta, Sicília e Chipre.
Os fenícios foram o primeiro povo a fabricar, em grande escala, o vidro transparente. Inventaram o processo de
assoprar o vidro e tornaram-se famosos por seus colares de contas vitrificadas. Fizeram a tinta que fez a fama de
Tiro (uma viva tonalidade violeta escura) a partir de uma glândula de um molusco do mar. Era caro o tecido tingido com esta tinta, que foi usada pelos gregos e romanos como um sinal de posição social. Mas durante o processo de fabricação exalava um odor horrível. A esse respeito, muitos povos não gostavam de visitar Tiro por causa
deste forte odor, semelhante ao cheiro de alho.
Os fenícios
A proximidade do mar, as florestas de cedro e a existência de excelentes portos contribuíram para transformar os
fenícios numa civilização de navegadores e comerciantes.
Os fenícios eram de origem semita e povoaram as costas do Mediterrâneo, por volta de 3000 a.C. Organizaram-se
em cidades-estados, destacando-se Biblos, Sídon e Tiro. A ascensão marítimo-comercial dos fenícios ocorreu após
a conquista de Creta pelos aqueus. Foram os fenícios quem realizaram a primeira viagem de circunavegação da
África. A partir do século VII a.C., a Fenícia entrou em decadência e foi conquistada sucessivamente, pelos assírios, babilônios e persas.
Os fenícios desenvolveram uma civilização de navegadores e comerciantes. Além do comércio marítimo e terrestre, desenvolveram uma próspera indústria ligada à produção naval, têxtil e metalúrgica.
Sua sociedade era rigidamente hierarquizada e o regime político das cidades-estados era a monarquia teocrática.
Nas ciências, desenvolveram a matemática e a astronomia, impulsionando a construção naval e a navegação. A
religião dos fenícios era politeísta e tinha como principais divindades Baal e Astarte. A maior realização dos fenícios foi a criação do alfabeto, adotado mais tarde pelos gregos e difundido para o ocidente.

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