Relatório sobre o Estudo de Pré-Viabilidade
Transcrição
Relatório sobre o Estudo de Pré-Viabilidade
Dezembro 2014 SASOL TECHNOLOGY (PTY) LTD EM NOME DA SASOL NEW ENERGY HOLDINGS (PTY) LTD E DA ELECTRICIDADE DE MOÇAMBIQUE (EDM) Relatório sobre o Estudo de PréViabilidade Ambiental e Definição do Âmbito e Termos de Referência - Projecto da Central Térmica de Temane (MGtP) Para comentário público até Terça-feira, dia 17 de Fevereiro de 2015 RELATÓRIO Apresentado à: Direcção Provincial para a Coordenação da Acção Ambiental Av. Eduardo Mondlane Inhambane (DPCA-I) Referência do MICOA: 1096/180/DGA/DPCAI/14 o Relatório N : 1405502-13168-7 Distribution: 1 x cópia DPCA Inhambane 1 x cópia Sasol 1 x cópia EDM 1 x cópia Arquivos da Golder PROJECTO MGTP: EPDA & TDR Sumário Executivo Antecedentes ao Projecto A economia de Moçambique é uma das economias com crescimento mais rápido no continente africano com uma procura de electricidade a aumentar em aproximadamente 14% por ano. Com vista a solucionar o défice de electricidade com que se depara Moçambique no momento actual e a fim de auxiliar ainda mais este país a se tornar auto-suficiente em termos de energia eléctrica, a EDM e a Sasol propõem, em parceria, construir e exploração de uma segunda central térmica, designada por Projecto da Central Térmica de Temane (MGtP). A Sasol Technology (Pty) Ltd., agindo conjuntamente em nome da Sasol New Energy Holdings (Pty) Ltd (SNE) e em parceria com a empresa pública moçambicana, Electricidade de Moçambique (EDM) propõem o desenvolvimento do Projecto da Central Térmica de Temane (MGtP), uma central térmica com uma potência para 400MW alimentada por gás natural do campo de gás da Sasol existente em Temane, o qual é processado na Unidade Central de Processamento (CPF). A electricidade produzida pelo Projecto MGtP será distribuída directamente a partir da planta MGtP através de uma linha de transmissão de energia eléctrica (400 kV) com uma extensão total de 25 km (Figura 1), para a proposta subestação de Vilanculos. O gás natural será transportado a partir da CPF para a planta MGtP através de um gasoduto de 2 km. A água da planta MGtP será extraída de um furo de água e transportada para o local do projecto também através de uma conduta com um comprimento de 2 km ou de 13 km, que atravessa o Rio Govuro para leste do local da MGtP. Será também construída uma estrada de acesso com uma extensão de 3 km que ligará o local do projecto MGtP com à existente estrada de acesso para a CPF. O projecto irá ainda incluir actividades temporárias durante a fase de construção do mesmo, as quais irão envolver um local de desembarque na praia para o descarregamento de equipamento pesado e de materiais perto de Inhassoro, através do uso de batelões que transportam o referido equipamento e materiais dos navios que ficam ancorados ao longo da costa. Este equipamento e materiais serão então transportados para o local do projecto MGtP usando camiões de grandes dimensões, o que incluirá possíveis melhoramentos rodoviários e a construção de pontes temporárias. A fim de alcançar, com sucesso o objectivo do projecto, a central térmica MGtP é um projecto com um prazo de finalização específico, com uma data de colocação em funcionamento durante o último trimestre de 2018 (o que inclui um período de construção de aproximadamente de 2 a 3 anos). Foram considerados três locais alternativos para a construção da central térmica MGtP, que ficará situada a aproximadamente 500 m para sul da CPF. A CPF e o local proposto para o projecto MGtP estão localizados na área de Temane/Mangugumete, Distrito de Inhassoro, Província de Inhambane, Moçambique. O local para o projecto MGtP está localizad a aproximadamente 30 km a sudoeste da vila de Inhassoro e a 40 km a noroeste da vila de Vilanculos. O Rio Govuro está a aproximadamente a 8 km para oeste do local proposto para o projecto MGtP. Segundo as estimativas a dimensão da área do projecto MGtP será de 140 ha. Estão presentemente a ser consideradas duas alternativas tecnológicas para o uso neste projecto: de motores a gás; e turbinas a gás (com as opções adicionais de um arrefecimento ou a seco ou húmido para a tecnologia de turbinas a gás). Também estão de momento a ser avaliados locais alternativos para o estabelecimento das estruturas de desembarque na praia perto de Inhassoro, bem como rotas alternativas para o transporte do equipamento e materiais. Quadro Legal A Lei do Ambiente (Lei nº 20/97 de 1 de Outubro) especifica que todas as actividades públicas e privadas, que possam potencialmente influenciar o ambiente, devem ser precedidas por uma Avaliação do Impacto Ambiental (AIA) para fins de obtenção de uma Licença Ambiental (LA). Esta Lei está baseada no princípio de precaução visado a prevenir a ocorrência de impactos ambientais ou sociais negativos significativos ou irreversíveis, não obstante a existência de certeza científica sobre a ocorrência desses impactos sobre o ambiente. O processo da AIA é regulamentado pelo Decreto56/2010 bem como nos requisitos preconizados nos regulamentos gerais aplicáveis à Avaliação do Impacto Ambiental (AIA) publicados em termos do Decreto 45/2004 conforme alterações efectuadas no Decreto 42/2008 e do Decreto Ministerial nº 129/2006 Dezembro 2014 Relatório No: 1405502-13168-7 PROJECTO MGTP: EPDA & TDR e do Decreto nº 130/2006 que determina os princípios para a elaboração de estudos de Avaliação do Impacto Ambiental e Social (AIAS) e do processo de participação pública durante o processo AIAS; O projecto MGtP proposto irá dar origem a toda uma série de actividades listadas em conformidade com a lei e que irão exigir: A apresentação de um requerimento a solicitar a pré-avaliação do projecto pela Direcção Provincial de Coordenação da Acção Ambiental de Inhambane “DPCA-I” (requerimento este que foi apresentado a 18 de Setembro de 2014 e aprovado a 23 de Outubro de 2014); A elaboração e apresentação de um relatório de pré-viabilidade e definição do âmbito (o presente documento) que inclui os Termos de Referência para a AIAS; e Um relatório sobre a avaliação detalhada de impacto ambiental (AIA) que deve incluir os estudos especializados e um plano preliminar de gestão ambiental (PGA). Relatório sobre a Definição de Âmbito O presente relatório (EPDA & TdR) que foi elaborado em cumprimento dos requisitos aplicáveis aos relatórios sobre a Definição de Âmbito conforme preconizado na legislação relevante inclui uma visão geral dos requisitos legais que regem o processo AIA, bem como uma avaliação de outros requisitos legais actuais/ pendentes que estão ligados à actividade em questão e às obrigações associadas com os vários protocolos/ convenções aos quais a Sasol e a EDM terão que aderir. Este relatório apresenta uma descrição das actividades que constituem o assunto do processo da AIA, o ambiente receptor afectado bem como os planos para os levantamentos no terreno e estudos exigidos que irão abordar os potenciais impactos ambientais identificados. O documento inclui ainda uma descrição da classificação do impacto bem como os princípios orientadores para a preparação de medidas de gestão e de mitigação. Com base na informação que se encontra disponível até à presente data, não foram identificadas quaisquer falhas que inviabilizem a realização do projecto MGtP. Prevê-se que os potenciais impactos do projecto possam ser classificados, de forma geral, como de escala baixa a média, seguindo-se uma descrição desses potenciais impactos. Os impactos moderados poderão ocorrer sobre a paisagem visual local, devido ao aumento dos níveis de ruído e impactos derivados das vibrações, impactos baixos a moderados sobre a qualidade do ar devido à emissão de fumos e gases produzidos pela planta e pela maquinaria de construção, um nível baixo de risco de poluição química do solo devido a derrames acidentais. Os níveis mais elevados de impacto poderão ocorrer sobre biodiversidade local, o desmatamento do local irá causar a perda de vegetação no local do projecto bem como a perda de habitats de animais, muito embora não se prevê que sejam encontradas espécies raras ou ameaçadas. Os impactos socioeconómicos e culturais serão de uma natureza baixa a moderada devido à escassez de habitações em redor do local do projecto. Alguns dos impactos socioeconómicos serão positivos em termos de criação de emprego e estimulação da economia local, regional e nacional. Todos estes impactos são receptivos a medidas de mitigação bem estabelecidas e nenhum deles pode ser considerado como qualquer falha que venha a inviabilizar o projecto. Rumo a Seguir O presente relatório de definição do âmbito inclui um plano de estudo para a AIA e providencia o quadro estrutural e prazos para a fase seguinte do processo de autorização. Este quadro inclui os termos de referência para os estudos especializados propostos bem como uma descrição da classificação dos impactos. Dezembro 2014 Relatório No: 1405502-13168-7 PROJECTO MGTP: EPDA & TDR Índice 1.0 INTRODUÇÃO ........................................................................................................................................................... 1 1.1 2.0 3.0 4.0 5.0 Identificação do Proponente e Justificação Legal para o Projecto................................................................ 4 1.1.1 O Proponente .......................................................................................................................................... 4 1.1.2 Justificação Legal para o Projecto .......................................................................................................... 4 1.2 Finalidade e Estrutura do presente Relatório ............................................................................................... 4 1.3 Dados relativos à Equipa Proposta responsável pela AIA ............................................................................ 5 1.4 Processo a ser seguido para fins da AIA ...................................................................................................... 6 DESCRIÇÃO DO PROJECTO ................................................................................................................................... 8 2.1 Central Térmica (Processamento de Gás em Energia Eléctrica) e Infra-estruturas Principais ..................... 8 2.2 Infra-estruturas Auxiliares ........................................................................................................................... 11 ALTERNATIVAS RELATIVAS AO PROJECTO ..................................................................................................... 13 3.1 Alternativa de Não Avançar ........................................................................................................................ 13 3.2 Tecnologias e Combustíveis Alternativos ................................................................................................... 14 3.3 Alternativas para o Local da Central Térmica ............................................................................................. 15 3.4 Locais Temporários para o Desembarque na Praia e Alternativas relativas às Rotas ............................... 18 QUADRO LEGAL .................................................................................................................................................... 21 4.1 Legislação Nacional Aplicável ao Projecto ................................................................................................. 21 4.2 Directrizes Internacionais Aplicáveis ao Projecto ....................................................................................... 24 O AMBIENTE RECEPTOR ...................................................................................................................................... 25 5.1 O Ambiente Biofísico .................................................................................................................................. 25 5.1.1 Topografia ............................................................................................................................................. 25 5.1.2 Clima ..................................................................................................................................................... 27 5.1.3 Solos ..................................................................................................................................................... 27 5.1.4 Qualidade do Ar .................................................................................................................................... 28 5.1.5 Ruído .................................................................................................................................................... 28 5.1.6 Hidrologia .............................................................................................................................................. 29 5.1.7 Água subterrânea.................................................................................................................................. 31 5.1.8 Fauna e flora ......................................................................................................................................... 32 5.1.8.1 Vegetação ......................................................................................................................................... 32 5.1.8.2 Fauna ................................................................................................................................................ 36 Dezembro 2014 Relatório No. 1405502-13168-7 PROJECTO MGTP: EPDA & TDR 5.1.8.3 5.1.9 5.2 6.0 Resumo de Situação de Referência Biofísica ....................................................................................... 38 Ambiente Socioeconómico ......................................................................................................................... 38 5.2.1 Contexto da área de estudo .................................................................................................................. 38 5.2.7 Resumo da Situação Socioeconómica de Referência .......................................................................... 43 QUESTÕES AMBIENTAIS DESTACADAS PELO PROJECTO ............................................................................. 44 6.1 7.0 Aspectos aquáticos............................................................................................................................ 37 Questões fundamentais que serão analisadas no EIA ............................................................................... 44 6.1.1 Questões Relacionadas com o Impacto sobre a Qualidade do Ar ........................................................ 44 6.1.2 Questões Relacionadas com o Impacto do Ruído ................................................................................ 45 6.1.3 Questões Relacionadas com a Poluição das Águas Superficiais e das Águas Subterrâneas .............. 46 6.1.4 Questões Relacionadas com a Integridade do Ecossistema ................................................................ 47 6.1.5 Questões Relacionadas com o Desenvolvimento Turístico e Actividades Socioeconómicas ............... 48 6.1.6 Questões Relacionadas com Emprego e Benefícios Económicos ........................................................ 48 6.1.7 Questões Relacionadas com o Reassentamento e Restauração dos Meios de Sustento .................... 48 6.1.8 Questões Relacionadas com Patologias Sociais e de Saúde ............................................................... 49 6.1.9 Questões Relacionadas com o Património Cultural .............................................................................. 50 6.2 A Área de Influência do Projecto ................................................................................................................ 50 6.3 Impactos que poderiam potencialmente inviabilizar o Desenvolvimento Proposto ..................................... 56 TERMOS DE REFERÊNCIA PARA A AIA .............................................................................................................. 57 7.1 Âmbito e Metodologia dos Estudos Especializados .................................................................................... 57 7.1.1 Qualidade do Ar .................................................................................................................................... 57 7.1.2 Gases com Efeito de Estufa (GHG) ...................................................................................................... 58 7.1.3 Ruído .................................................................................................................................................... 58 7.1.4 Águas Subterrâneas ............................................................................................................................. 59 7.1.5 Águas Superficiais ................................................................................................................................ 59 7.1.6 Solos ..................................................................................................................................................... 60 7.1.7 Flora Terrestre e Habitats ..................................................................................................................... 60 7.1.8 Fauna Terrestre .................................................................................................................................... 61 7.1.9 Fauna e Flora Aquática ......................................................................................................................... 62 7.1.10 Mamíferos Marinhos ............................................................................................................................. 63 7.1.11 Património Cultural................................................................................................................................ 63 7.1.12 Avaliação do Impacto Social (AIS) ........................................................................................................ 64 7.1.13 Avaliação do Impacto sobre a Saúde.................................................................................................... 64 Dezembro 2014 Relatório No. 1405502-13168-7 PROJECTO MGTP: EPDA & TDR 7.1.14 Estética Visual ...................................................................................................................................... 65 7.1.15 Tráfico ................................................................................................................................................... 65 7.1.16 Gestão de Resíduos ............................................................................................................................. 66 7.1.17 Avaliação de Risco................................................................................................................................ 66 7.2 8.0 Critérios de Classificação da Avaliação dos Impactos ................................................................................ 67 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ........................................................................................................................ 69 TABLES Tabela 1: Dados do Proponente ................................................................................................................................................ 4 Tabela 2: Estrutura do Relatório EPDA em Relação ao Regulamento sobre o Processo de Avaliação de Impacto Ambiental (Decreto 45/2004, conforme alterações) .................................................................................................. 5 Tabela 3: Dados de Contacto para os elementos líderes da AISS ............................................................................................ 5 Tabela 4: Equipa de estudo proposta para a AIA....................................................................................................................... 5 Tabela 5: Avaliação das alternativas de locais adjacentes à CPF (uma pontuação elevada indica a preferência por um local) ........................................................................................................................................................... 17 Tabela 6: Área de Influência Directa e Indirecta da Planta da MGtP ....................................................................................... 52 Tabela 7: Área de Influência Directa e Indirecta das Infra-estruturas Lineares (Condutas de Gás e de Água, Linha de Transmissão e Estradas de Acesso) .................................................................................................................. 54 Tabela 8: Sistema de classificação para a avaliação de impactos........................................................................................... 68 Tabela 9: Classificação da Significância do Impacto ............................................................................................................... 68 Tabela 10: Tipos de impactos .................................................................................................................................................. 69 FIGURES Figura 1: Localização do Projecto .............................................................................................................................................. 3 Figura 2: Processo AIA a ser seguido em conformidade com o estatuído no Decreto 45/2004, conforme alterações .................................................................................................................................................................. 7 Figura 3: Exemplos de locais de centrais térmicas (Fonte: www.industcards.com e www.wartsila.com) .................................. 8 Figura 4: Plano da Disposição Conceitual da Planta MGtP ..................................................................................................... 10 Figura 5: Local típico de desembarque na praia com o descarregamento de equipamento pesado de um batelão (fonte: Comarco) ..................................................................................................................................................... 12 Figura 6: Exemplo de equipamento a ser descarregado de um batelão. De notar os níveis da rampa, o batelão e o pontão (fonte: SUBTECH) .................................................................................................................................... 12 Figura 7: Transporte por camiões para equipamento pesado com um atrelado de 16 eixos a transportar um gerador de 360 toneladas (fonte: ALE) ................................................................................................................... 13 Figura 8: Alternativas propostas para o local do projecto MGtP .............................................................................................. 16 Figura 9: Locais alternativos de desembarque na praia e rotas alternativas em Inhassoro ..................................................... 19 Figura 10: Rotas alternativas a norte e a sul de Inhassoro para o local da MGtP .................................................................... 20 Figura 11: Topografia da área de estudo a nível regional ........................................................................................................ 26 Figura 12: A rosa-dos-ventos em 2013 relativa à CPF de Temane ......................................................................................... 27 Dezembro 2014 Relatório No. 1405502-13168-7 PROJECTO MGTP: EPDA & TDR Figura 13: Características da água superficial na área regional de estudo .............................................................................. 30 Figura 14: Unidades de vegetação da área regional de estudo ............................................................................................... 34 ANEXOS ANEXO A Limitações do Documento ANEXO B CVs da Equipa de Estudo da AIA Dezembro 2014 Relatório No. 1405502-13168-7 PROJECTO MGTP: EPDA & TDR Lista de Acrónimos AIA Avaliação de Impacto Ambiental AIASS Avaliação de Impacto Ambiental, Social e de Saúde AII Área de Influência Indirecta CPF Central Processing Facility (Unidade Central de Processamento) CTRG Central Térmica de Ressano Garcia EDM Electricidade de Moçambique, E.P EPDA Estudo de Pré-viabilidade Ambiental e Definição de Âmbito FGD Focus Group Discussion (Discussão em Grupos Focais) GHG Greenhouse Gas (Gases com Efeito de Estufa) HVAC High Voltage Alternating Current (Corrente Alternada de Alta Voltagem) HVDC High Voltage Direct Current (Corrente Directa de Alta Voltagem) IFC International Finance Corporation (Corporação Financeira Internacional) ISO International Standards Organisation (Organização Internacional para Padronização) IUCN International Union for Conservation of Nature (União Internacional para a Conservação da Natureza e dos Recursos Naturais) MICOA Ministério para a Coordenação da Acção Ambiental MW Megawatt NSI No significant area of influence (Área de influência sem significância) OMS Organização Mundial da Saúde ONG Organização Não Governamental PGA Plano de Gestão Ambiental PGA-o Plano de Gestão Ambiental para as Operações PNAB Parque Nacional do Arquipélago de Bazaruto PPIR Programa de Planeamento e Implementação do Reassentamento SASS5 South African Scoring System Version 5 (Sistema de Classificação da África do Sul Versão 5) SGS Société Générale de Surveillance (Sociedade Geral de Fiscalização) SP Significance Points (Pontos de significância (de impactos)) STE/CESUL Projecto de Interligação da Rede Nacional de Energia Centro-Sul TdR Termos de Referência U Uncertain ((Área) Incerta) ZPP Zona de Protecção Parcial Dezembro 2014 Relatório No. 1405502-13168-7 PROJECTO MGTP: EPDA & TDR 1.0 INTRODUÇÃO A economia de Moçambique é uma das economias com crescimento mais rápido no continente africano com uma procura de electricidade a aumentar em aproximadamente 14% por ano. Presentemente, Moçambique importa electricidade da África do Sul a fim de fazer face às demandas de electricidade existentes no país. Já existem vários projectos em curso visados a solucionar a escassez de electricidade, tais como a Central Térmica de Ressano Garcia (CTRG), que constitui uma parceria entre a empresa pública de fornecimento de energia eléctrica, Electricidade de Moçambique (EDM) e a Sasol, na construção de uma central térmica com uma capacidade de 175 MW (megawatt) perto de Ressano Garcia, em Moçambique, próximo da fronteira com a África do Sul. Com vista a solucionar o défice de electricidade com que se depara Moçambique no momento actual e a fim de auxiliar ainda mais este país a se tornar auto-suficiente em termos de energia eléctrica, a EDM e a Sasol propõem, em parceria, a construição e exploração de uma segunda central térmica, designada por Projecto da Central Térmica de Temane (MGtP). A Sasol Technology (Pty) Ltd., agindo conjuntamente em nome da Sasol New Energy Holdings (Pty) Ltd (SNE) e em parceria com a empresa pública moçambicana, Electricidade de Moçambique (EDM) propõem desenvolver o Projecto da Central Térmica de Temane (MGtP), uma central térmica com uma potência de 400MW alimentada por gás natural do campo de gás da Sasol existente em Temane. O projecto proposto irá extrair o gás da Unidade Central de Processamento (CPF) existente no campo de gás de Temane da Sasol Exploration & Production International (SEPI). Consequentemente, o local designado para o projecto MGtP está situado nas proximidades da Unidade Central de Processamento (CPF). O local preferido para o estabelecimento do projecto MGtP está situado a aproximadamente 500 m a sul da CPF. A CPF, e consequentemente o local proposto para o MGtP, estão localizados na área de Temane, Distrito de Inhassoro, Província de Inhambane, Moçambique; e a uma distância de aproximadamente 40 km a noroeste da vila de Vilanculos. O Rio Govuro fica a 8 km a oeste do local proposto para o projecto MGtP. A dimensão da área delimitada para o projecto MGtP é de 140 ha. As servidões associadas para o projecto MGtP irão incluir: 1) A servidão da linha de transmissão de energia eléctrica (400 KV); desde o local da central térmica proposta até à subestação de Vilanculos com um comprimento total de 25 km em sentido sudoeste da MGtP em direcção à futura subestação de energia eléctrica de Vilanculos. [Nota: o desenvolvimento da referida subestação situa-se fora da linha de delimitação do âmbito da desminagem dado esta fazer parte de uma infra-estrutura independente. A autorização ambiental relativa a esta subestação foi obtida no âmbito do projecto STE/CESUL. (Ref. do MICOA: 75/MICOA/12 de 22 de Maio)]; 2) A servidão da conduta de canalização para água; com um comprimento total de 13 km, estendendo-se para norte e este da planta MGtP até ao local de um furo de água proposto que irá ficar localizado na margem este do Rio Govuro, directamente a este da MGtP, próximo do furo de água existente T9 que abastece a CPF; 3) A servidão da estrada de acesso; com um comprimento total de 3 km, que seguirá o alinhamento da conduta de água proposta em sentido nordeste da planta MGtP e que irá ligar com uma estrada existente que liga à CPF em Temane; 4) A servidão do gasoduto; com um comprimento total de 2 km, que iniciará a partir do compressor de alta pressão (AP) na CPF e seguirá em sentido sul no lado ocidental da planta MGtP para ligar com a central de energia eléctrica; 5) Alargamento nominal adicional da servidão para o estabelecimento de áreas de viragem de viaturas em pontos a serem identificados ao longo das servidões lineares; 6) Local temporário de desembarque na praia e acampamento associado bem como a área de estaleiro para a construção para fins do manuseamento e descarregamento seguro de equipamento e infraestruturas pesadas para a construção da planta MGtP. A localização exacta ainda está por determinar sendo, contudo, previsto, que fique situado perto da vila de Inhassoro; e Dezembro 2014 Relatório No. 1405502-13168-7 1 PROJECTO MGTP: EPDA & TDR 7) Pontes e estradas de acesso temporárias ou melhoramento e reforço de pontes existentes e de troços de estrada que atravessam o Rio Govuro onde as pontes existentes não suportam o peso das cargas do equipamento que necessita de ser transportado do local de desembarque na praia até ao local proposto para a planta MGtP. Terão que ser construídos novos troços de estrada nos locais onde as estradas existentes não são acessíveis ou são inadequadas a fim de permitir o transporte seguro do equipamento para o local do projecto MGtP. A Figura 1 apresenta o mapa de localização do proposto projecto MGtP e as respectivas servidões lineares. Dezembro 2014 Relatório No. 1405502-13168-7 2 PROJECTO MGTP: EPDA & TDR Figura 1: Localização do Projecto Dezembro 2014 Relatório No. 1405502-13168-7 3 PROJECTO MGTP: EPDA & TDR 1.1 1.1.1 Identificação do Proponente e Justificação Legal para o Projecto O Proponente O proponente do projecto MGtP é a Sasol Technology (Pty) Ltd, agindo em nome e em representação conjunta da Sasol New Energy Holdings (Pty) Ltd (SNE) e da Electricidade de Moçambique (EDM). O Eng. Adriano Jonas, membro do Conselho de Administração da EDM, é o representante nomeado do proponente e será responsável pela retenção da autorização ambiental caso esta seja concedida. Tabela 1: Dados do Proponente Dados de Contacto em Moçambique Dados de Contacto relativos ao Projecto Dados de Contacto Técnico para a AIA Electricidade De Moçambique (EDM): Sasol New Energy Holdings (Pty) Ltd: Sasol Technology (Pty) Ltd: Adriano Jonas Membro do Conselho de Administração da EDM Tel.: +258 2149 3960 Fax: +258 2149 1040 Hubert Naude Director - Desenvolvimento de Empreendimentos Comerciais Tel.: 011 344 1532 Fax: 011 522 1559 Endereço electrónico: [email protected] Jerónimo Marrime Gestor Ambiental Tel.: +258 2135 3694 Fax: +258 2135 3694 Endereço electrónico: [email protected] 1.1.2 11 Cradock Ave Rosebank Johannesburg South Africa Esca Coetzee Especialista Ambiental Tel.: 011 344 0049 Fax: 011 522 1175 Endereço electrónico: [email protected] Louis Louw Gestor do Projecto Tel.: 011 344 0111 Fax: 011 219 1619 Endereço electrónico: [email protected] Justificação Legal para o Projecto O projecto MGtP é um Projecto de Desenvolvimento Conjunto entre a EDM (51%) e a Sasol (49%). Em 29 de Maio de 2014 foi assinado um Acordo de Desenvolvimento Conjunto (na sigla correspondente em Inglês - Joint Development Agreement -JDA) entre as duas entidades. 1.2 Finalidade e Estrutura do presente Relatório Em termos da Lei Ambiental de Moçambique (Decreto nº 45/2004 de 29 de Setembro de 2004 com alterações através do decreto 42/2008 de 4 de Novembro de 2008) este projecto proposto foi classificado como sendo um projecto de ‘Categoria A’ pelo Ministério para a Coordenação da Acção Ambiental (MICOA). Para projectos classificados como de ‘Categoria A’ deve ser elaborada uma Avaliação de Impacto Ambiental (AIA) por consultores independentes para a devida consideração pelo MICOA, como base para ser determinado se será ou não concedida uma autorização ambiental para o projecto, e caso sim, sob que condições. O presente documento apresenta o Relatório preliminar de Pré-viabilidade Ambiental e Definição do âmbito (EPDA) e os Termos de Referência (TdR) para a Avaliação do Impacto Ambiental. Este relatório foi elaborado em conformidade com os requisitos contidos nos Artigos 10º e 11º do Regulamento Geral para a AIA (Decreto nº 45/2004 de 29 de Setembro de 2004 com alterações pelo Decreto nº 42/2008 de 4 de Novembro de 2008). As investigações preliminares (definição do âmbito) empreendidas pela equipa de estudo para a AIA encontram-se aqui consolidadas. O relatório é constituído por subsecções descritas na Tabela 2. A relação entre as secções e o requisito correspondente estipulado no regulamento geral aplicável à AIA (Decreto nº 45/2004 de 29 de Setembro de 2004 com alterações pelo Decreto nº 42/2008 de 4 de Novembro de 2008) encontra-se indicada nesta tabela. Dezembro 2014 Relatório No. 1405502-13168-7 4 PROJECTO MGTP: EPDA & TDR Tabela 2: Estrutura do Relatório EPDA em Relação ao Regulamento sobre o Processo de Avaliação de Impacto Ambiental (Decreto 45/2004, conforme alterações) Secção Título Artigo Relevante no Decreto 45/2004 Resumo Não Técnico Artigo 10(2)a 1 Introdução Artigo 10(2)b, Artigo 11(1)d-f 2 Descrição do Projecto Artigo 10(2)d 3 O Ambiente do Projecto Artigo 10(2)e 4 Quadro Legal Artigo 10& 11 Questões Ambientais Levantadas pelo Projecto Termos de Referência para a AIA 5 6 1.3 Artigo 10(2)f-h Artigo 11(1)a-c Dados relativos à Equipa Proposta responsável pela AIA A Tabela 4 apresenta a equipa de estudo para a AIA. Esta equipa possui um equilíbrio adequado em termos de competências a nível local e a nível internacional. A maior parte dos elementos integrantes da equipa de estudo possui vasta experiência em trabalhos realizados em Moçambique e em outras regiões de África. A Golder Associates Moçambique Limitada é uma empresa independente de consultoria ambiental registada junto do MICOA e foi nomeada pela Sasol/EDM como a empresa profissional ambiental líder neste projecto. Os líderes do projecto para a realização da presente AISS e seus dados de contacto encontram-se apresentados a seguir: Tabela 3: Dados de Contacto para os elementos líderes da AISS Líder da AISS Gisela Boavida Aiden Stoop Localização Dados de Contacto Golder Associados Moçambique Limitada Avenida Patrice Lumumba Nº 577, Cidade de Maputo Tel.: [+258] (21) 301 292 Fax: [+258] (21) 301 289 [email protected] Golder Associates Africa (Pty) Ltd (South Africa) Building 1, Golder House, Magwa Crescent West Maxwell Office Park, Waterfall City Midrand, South Africa Tel.: [+27] (11) 254 4800 Fax: [+27] 086 582 1561 [email protected] Tabela 4: Equipa de estudo proposta para a AIA Elemento da Baseada em Moçambique Equipa Organização T Greyling Consultor Estratégico Golder Associados Moçambique G Boavida Coordenadora da AIA & Líder do Processo de Participação Pública Golder Associados Moçambique C Boavida Assistente do Processo de Participação Pública Golder Associados Moçambique Dezembro 2014 Relatório No. 1405502-13168-7 5 PROJECTO MGTP: EPDA & TDR Z Makane Processo de Participação Pública Golder Associados Moçambique S Chivambo Fauna e Flora Golder Associados Moçambique H Nhamaze Avaliação do Impacto Social & de Saúde KULA: Studies & Applied Research, Ltd. L Adamowicz Património Arqueológico e Cultural Ancient & RREQUAL, Ltd F Nato Assistente de Geohidrologia no Terreno Golder Associados Moçambique Organização Elemento da Equipa Baseada na África do Sul B Baxter Director do Projecto da AIA Golder Associates South Africa M Wood Consultor Estratégico Mark Wood Consultants A Stoop Líder do Projecto da AIA Golder Associates South Africa A de Castro Flora / Biodiversidade Terrestre De Castro & Brits A Zinn Fauna e Terras Húmidas Golder Associates South Africa W Aken Fauna Aquática Golder Associates South Africa L Coetzee Qualidade do Ar Golder Associates South Africa A Bennett Golder Associates South Africa D Mercer Ruído Planeamento da Energia / GHG/CDM T Coleman Hidrologia da Superfície Golder Associates South Africa J Pretorius Geohidrologia Golder Associates South Africa C Steyn Solos Golder Associates South Africa P Kruger Avaliação do Impacto do Tráfico Techworld J Bothma Avaliação do Impacto Visual Golder Associates South Africa O Allen Gestão de Resíduos Golder Associates South Africa N Juggath Avaliação de Riscos Golder Associates South Africa Golder Associates South Africa Os Curricula Vitae dos consultores que formam a equipa de estudo encontram-se incluídos no ANEXO B. Nenhum dos especialistas nomeados possui qualquer interesse financeiro neste projecto . 1.4 Processo a ser seguido para fins da AIA O processo da AIA será efectuado em conformidade com os requisitos estabelecidos no Decreto56/2010 bem como nos requisitos preconizados nos regulamentos gerais aplicáveis à Avaliação do Impacto Ambiental (AIA) publicados em termos do Decreto 45/2004 conforme alterações efectuadas no Decreto 42/2008. A Figura 2 ilustra as várias fases do processo da AIA, desde a pré-avaliação até à tomada de decisão. O Processo de Participação Pública constitui uma parte integral do processo da AIA desde a altura de definição do âmbito da mesma e até à altura em que a versão preliminar da AIA esteja concluída. Dezembro 2014 Relatório No. 1405502-13168-7 6 PROJECTO MGTP: EPDA & TDR Figura 2: Processo AIA a ser seguido em conformidade com o estatuído no Decreto 45/2004, conforme alterações Os seus comentários são importantes Caso deseje participar na determinação do âmbito para a AIA, agradecíamos que apresente os seus comentários ao presente documento até ao dia 17 de Fevereiro de 2015 to: Cândida Boavida Golder Associados Moçambique Lda. Avenida Patrice Lumumba 577, Maputo Tel.: 21 301 292 ou 21 360 750; Fax: 21 301 289 Email: [email protected] Dezembro 2014 Relatório No. 1405502-13168-7 7 PROJECTO MGTP: EPDA & TDR 2.0 2.1 DESCRIÇÃO DO PROJECTO Central Térmica (Processamento de Gás em Energia Eléctrica) e Infra-estruturas Principais O Projecto MGtP irá produzir energia eléctrica a partir de gás natural numa central térmica localizada a 500 m para Sul da CPF. O projecto compreende a construção e operação das seguintes componentes principais: Central Térmica com uma capacidade de produção de 400MW; Gasoduto ( ±1-2 km) que irá alimentar a Central Térmica com gás natural provindo da CPF; Linha de transmissão de energia eléctrica de 400kV (± 25 km) a ligar à subestação de Vilanculos; Conduta de abastecimento de água a partir dos furos de água existentes (estes furos estão situados a uma distância de ±13 km); e Estrada alcatroada de acesso para o local da central térmica MGtP site e estradas de manutenção em cascalho dentro das servidões da linha de transmissão eléctrica e da conduta; Estruturas temporárias de desembarque em Inhassoro para fins de descarregamento e entrega de equipamento e de infra-estruturas necessárias para a construção da central térmica; e Estruturas temporárias de ponte a atravessar o Rio Govuro e seus afluentes, bem como possíveis estradas novas e melhoramentos a estradas com vista a permitir o transporte seguro do equipamento para o local do projecto. Existe a possibilidade de reassentamento limitado (machambas), desmatamento e desminagem (remoção de minas terrestres) a fim de permitir o acesso ao local aos especialistas geotécnicos, técnicos envolvidos em engenharia preliminar e ambiental e social e para fins de realização de estudos no terreno. Figura 3: Exemplos de locais de centrais térmicas (Fonte: www.industcards.com e www.wartsila.com) A selecção final da tecnologia que irá fazer parte da componente de produção de energia eléctrica do projecto MGtP não foi ainda determinada nesta fase do processo. Contudo, as seguintes componentes principais da infra-estrutura estão a ser avaliadas em termos de viabilidade para a melhor escolha tecnológica para o projecto MGtP: Motores a gás; Turbinas a vapor somente para Turbinas a Gás de Ciclo Combinado (ou fechado) (TGCC); e Grupos Geradores de Turbinas a Gás (somente para as TGCC); Dezembro 2014 Relatório No. 1405502-13168-7 8 PROJECTO MGTP: EPDA & TDR As componentes indicadas a seguir também estão a ser avaliadas em termos de viabilidade para a determinação da melhor escolha tecnológica para a MGtP. Caldeiras de Recuperação de Calor HRSG (somente para as TGCC); Gestão de óleos lubrificantes; Controlo de emissões; Sistemas auxiliares directamente associados com os grupos geradores e as turbinas a vapor, tais como, transformadores; Equipamento eléctrico (incluindo a subestação com bloco de potência) e materiais (incluindo cabos de interligação) directamente associado com os grupos geradores e respectivos sistemas auxiliares, incluindo as ligações com as linhas eléctricas normais ou com a linha de transmissão; Sistemas de controlo (incluindo o respectivo equipamento, sala de controlo, cabos de interligação, materiais e software) incluindo as ligações a um Centro de Controlo geral (comum) da Central Eléctrica e Aquisição de Dados (sistema SCADA) ou sistema de controlo distribuído; Volumes exigidos de abastecimento de água; Sistemas de serviços públicos e de processos e canalização associada com o local da planta MGtP. Estes irão incluir água floculada para o arrefecimento de água e fornecimento de água potável, água para extinção de incêndios, sistemas de esgotos, etc. Incluirá também os sistemas de serviços e de provisão de energia eléctrica necessários o arranque do projecto e respectiva construção; Somente para as TGSS, fornecimento de água desmineralizada incluindo desaeração, dosagem, regeneração, manuseamento de produtos gastos / regenerados, entre outros; Nesta fase inicial do projecto apresenta-se uma configuração provisória das pegadas das infra-estruturas, incluindo os alinhamentos lineares propostos, os quais se encontram ilustrados na Figura 1. Na Figura 4 apresenta-se uma configuração conceitual do local da planta MGtP. Dezembro 2014 Relatório No. 1405502-13168-7 9 PROJECTO MGTP: EPDA & TDR Figura 4: Plano da Disposição Conceitual da Planta MGtP Dezembro 2014 Relatório No. 1405502-13168-7 10 PROJECTO MGTP: EPDA & TDR 2.2 Infra-estruturas Auxiliares O projecto MGtP também irá incluir as infra-estruturas indicadas a seguir: Instalações de manutenção, edifício administrativo e outros edifícios; Telecomunicações e segurança; Tratamento e manuseamento de resíduos (sólidos e efluentes) e/ou manuseamento e eliminação por terceiros; Preparação do local, obras de engenharia civil e desenvolvimento das infra-estruturas para toda a planta; Acampamento para o pessoal de construção (incluindo habitações/alojamento para a construção e operações); 2.3 Mão-de-Obra A mão-de-obra ainda está por determinar dado esta ser influenciada pelo tipo de tecnologia que for seleccionada para a construção e operações do projecto MGtP. Este aspecto será avaliado durante a AIA para o projecto. 2.4 Matéria-Prima e Equipamento A matéria-prima necessária para a construção e exploração do projecto MGtP ainda está por determinar durante os estudos de viabilidade técnica. O gás natural irá ser usado como matéria-prima a fim de produzir energia eléctrica e este será canalizado a partir da CPF existente para o local do MGtP. O equipamento pesado e as componentes pré-fabricadas para a central térmica serão trazidos por via marítima e transferidos por batelões e desembarcados na praia perto de Inhassoro. O equipamento e as componentes serão transportados para o local do projecto em viaturas pesadas especiais com capacidade para cargas com grande peso e grandes dimensões fora do comum. A Figura 5, Figura 6 e Figura 7 ilustram exemplos de actividades envolvidas com o estabelecimento de um local temporário de desembarque na praia, o descarregamento e transporte de equipamento pesado de grandes dimensões por via rodoviária para o local do projecto. Encontram-se presentemente a ser avaliadas várias opções para o estabelecimento do local de desembarque na praia bem com as rotas que serão utilizadas para o transporte do equipamento e de materiais para o local da MGtP e as opções alternativas encontram-se ilustradas na Figura 9 e Figura 10 sob a descrição de alternativas na secção 3.4. Dezembro 2014 Relatório No. 1405502-13168-7 11 PROJECTO MGTP: EPDA & TDR Figura 5: Local típico de desembarque na praia com o descarregamento de equipamento pesado de um batelão (fonte: Comarco) Figura 6: Exemplo de equipamento a ser descarregado de um batelão. De notar os níveis da rampa, o batelão e o pontão (fonte: SUBTECH) Dezembro 2014 Relatório No. 1405502-13168-7 12 PROJECTO MGTP: EPDA & TDR Figura 7: Transporte por camiões para equipamento pesado com um atrelado de 16 eixos a transportar um gerador de 360 toneladas (fonte: ALE) 2.5 Consumo de água e de electricidade O tipo, origem e quantidade do consumo de água e de energia ainda estão por ser determinados com base na tecnologia seleccionada para fins de construção e exploração da planta MGtP e serão descritas na AIA. Nesta fase do projecto sabe-se que a água será fornecida a partir dos furos de água existentes (a uma distância de ±13 km, relativamente a qualquer das opções tecnológicas indicadas a seguir: 3 Motor a Gás: 12 m /dia; Turbina a Gás (Arrefecimento a seco): 120 – 240 m /dia; ou 3 3 Turbina a Gás (Arrefecimento a húmido): 2400– 4800 m /dia. 2.6 Combustíveis e Lubrificantes A tecnologia preferida para ser usada para fins de exploração do projecto MGtP ainda não foi finalizada nesta fase do projecto e estes detalhes serão incluídos na AIA. O gás natural originado na CPF será usado como combustível para a produção de energia eléctrica. Os detalhes relativos aos produtos químicos e lubrificantes específicos necessários para a planta MGtP serão descritos na AIA. 2.7 Propriedade Fundiária A terra é presentemente propriedade do Governo de Moçambique. A Sasol e a EDM estão a requerer o direito de propriedade da terra através do requerimento de um DUAT (Direito de Uso e de Aproveitamento da Terra). 3.0 3.1 ALTERNATIVAS RELATIVAS AO PROJECTO Alternativa de Não Avançar A alternativa de não avançar com o projecto proposto da central térmica resultaria na demanda futura de electricidade exceder ainda mais a oferta. Tal como foi referido anteriormente no presente relatório, Moçambique está presentemente com um défice em termos de fornecimento de energia eléctrica. Assim, a falta de um sistema seguro e fiável de geração e distribuição de electricidade iria limitar o desenvolvimento económico existente e futuro bem como limitar o desenvolvimento socioeconómico. Como resultado, a opção de não avançar com projecto teria um impacto socioeconómico negativo em Moçambique e portanto Dezembro 2014 Relatório No. 1405502-13168-7 13 PROJECTO MGTP: EPDA & TDR não seria considerado como constituindo uma alternativa viável ou aceitável ao desenvolvimento do projecto proposto. 3.2 Tecnologias e Combustíveis Alternativos Foram consideradas tecnologias alternativas de produção de energia eléctrica mas estas foram determinadas como não sendo favoráveis por várias razões, que se encontram brevemente listadas a seguir: Centrais térmicas a carvão: Esta tecnologia não foi considerada dado existirem já planos para construir centrais térmicas a carvão na Província de Tete (em Benga e Moatize). A produção de energia eléctrica em centrais a carvão providencia projectos complementares de produção de energia às tecnologias como a geração de energia eléctrica através do processamento de gás. É importante destacar, que esta é uma alternativa que providencia flexibilidade (tal como a energia hidráulica) para providenciar um equilíbrio à geração de energia a partir de outras fontes. Energia Hidráulica: A energia hidráulica é relativamente dispendiosa quando comparada com as centrais térmicas a gás e também envolve longos prazos de construção, bem como extensos impactos ambientais e sociais quando são alagadas áreas vastas pela barragem, aspecto tipicamente necessário para esse tipo de projectos. Moçambique está orientado para a diversificação dos tipos de produção de energia e assegurar a produção de energia eléctrica. Energia nuclear: Esta opção não foi considerada devido aos custos elevados envolvidos nesta tecnologia. Energia renovável (eólica & solar): O clima prevalecente em Moçambique é entendido como não sendo favorável à produção de energia eólica. Os projectos solares tipicamente exigem vastas áreas de terra a fim de se produzir electricidade. Para o estabelecimento de um projecto de tamanho comparável em termos de produção de energia eléctrica solar, seriam necessárias vastas áreas de terra e tal pode envolver um número considerável de reassentamentos das populações locais bem como a perda de acesso às machambas com as consequência socioeconómicas associadas, o que pode provar tornar-se insustentável. Os projectos de energia renovável também implicam custos elevados por unidade de energia produzida quando comparados com a tecnologia com uso de gás para a produção de energia eléctrica. Assim, a energia renovável eólica e solar não foi considerada como uma alternativa viável. Importação de energia eléctrica dos países vizinhos: Presentemente Moçambique depende dos países vizinhos para fins de fornecimento de energia eléctrica e importa electricidade da África do Sul durante os períodos pico de procura e portanto depende dos países vizinhos para conseguir equilibrar a procura de energia eléctrica durante os períodos de pico. A flexibilidade que a produção de energia eléctrica derivada do gás providencia um equilíbrio na procura de energia em Moçambique é vantajoso dado permitir uma maior independência na gestão da sua própria procura a nível local em Moçambique. A decisão de implementar uma central térmica a gás foi em grande medida orientada pelo facto de que o gás natural se encontra prontamente disponível na área de Temane através da rede de poços de gás e linhas de fluxo da Sasol que transportam o gás natural para a CPF. Os prazos curtos envolvidos na construção e colocação em funcionamento de uma central térmica a gás são mais favoráveis do que muitas das tecnologias acima referida, dado também oferecerem as vantagens de constituir um fornecedor prontamente utilizável de energia em períodos de pico. Esta tecnologia também auxilia a diversificar a variedade de sistemas de produção de energia eléctrica em Moçambique no momento actual, a Energia Hidroeléctrica a ser fornecida a partir de Cahora Bassa e outros locais, centrais térmicas a carvão planeadas para a Província de Tete bem como centrais térmicas a carvão mais pequenas que se encontram presentemente a funcionar e a serem construídas na área de Ressano Garcia. Este tipo de tecnologia proporciona também uma forma de combustível fóssil mais limpo quando comparado com a electricidade produzida através do uso de carvão, diesel e petróleo. A tecnologia preferida para a central térmica a gás ainda não foi determinada nesta fase e as opções que estão a ser consideradas são: Dezembro 2014 Relatório No. 1405502-13168-7 14 PROJECTO MGTP: EPDA & TDR Motores a Gás; Turbinas a Gás (Arrefecimento a Seco); ou Turbinas a Gás (Arrefecimento a Húmido). 3.3 Alternativas para o Local da Central Térmica Uma vez que o gás natural seria fornecido pela CPF, foi favorecido um local mais próximo da CPF em vez de um local mais próximo da subestação de Vilanculos. A subestação de Vilanculos já possui a devida autorização como parte do Projecto de Interligação da Rede Nacional de Energia Centro-Sul tendo sido concedida a licença ambiental (carta de aprovação pelo MICOA com referência: 75/MICOA/12 de 22 de Maio). Este projecto incluiu a subestação de Vilanculos e a combinação de uma linha de transmissão suspensa de energia eléctrica com Corrente Directa de Alta Voltagem de 800 kV (HVDC) e uma linha de transmissão suspensa de energia eléctrica com Corrente Alternada de Alta Voltagem (HVAC) de 400 kV. Este projecto visa reforçar a rede de conectividade de energia eléctrica de Moçambique. O projecto MGtP irá procurar fazer uso desta infra-estrutura através da produção de energia eléctrica e o estabelecimento da rota da sua própria linha de transmissão ao lado da linha de transmissão do projecto STE/CESUL a ligar com a subestação de Vilanculos e a alimentar a energia eléctrica para a rede nacional. O posicionamento da subestação de Vilanculos e o alinhamento da linha de transmissão CESUL ao lado da linha de transmissão MGtP proposta pode ser observado na Figura 11 num capítulo posterior. Para o posicionamento da planta da MGtP perto da subestação de Vilanculos seria necessário um gasoduto com um comprimento de aproximadamente 25 km o que se tornaria muito mais dispendioso do que o custo de uma linha de transmissão de electricidade com o mesmo comprimento. Os vários locais em Temane nas redondezas da CPF que foram investigados só necessitariam de uma conduta de fornecimento de gás com 1 a 2 km de extensão o que é economicamente mais favorável. Os locais em Temane também são áreas mais remotas como menos população a viver nestas áreas em comparação com as áreas em redor da subestação de Vilanculos, o que poderia exigir um nível substancial de reassentamento de populações e a perda de machambas através do uso dessas terras para o projecto MGtP. A disponibilidade de água na região da subestação de Vilanculos também constitui uma questão de preocupação (devido à informação limitada sobre esta área). Relativamente aos locais preferidos em Temane, foi feita uma avaliação e comparação de alto nível sobre dois potenciais locais perto da CPF de Temane: o Local 1 a sul da CPF e o Local 2 a oeste da CPF. O Local 2 foi subsequentemente desconsiderado devido às condições não favoráveis do local; topografia e proximidade às linhas de inundação (consultar a Figura 8 a seguir). Dezembro 2014 Relatório No. 1405502-13168-7 15 PROJECTO MGTP: EPDA & TDR Figura 8: Alternativas propostas para o local do projecto MGtP Dezembro 2014 Relatório No. 1405502-13168-7 16 PROJECTO MGTP: EPDA & TDR O Local 1, localizado a uma distância de 500 m a sul da CPF foi escolhido como o local preferido e a avaliação de alto nível efectuada incluiu: A disponibilidade da terra (menor densidade populacional com base num levantamento geográfico através do Google Earth); Topografia / áreas de risco de inundações; A proximidade da CPF para proporcionar uma ligação o mais curta possível para o gasoduto entre a MGtP e a CPF; Distância para ligar a linha de transmissão de 400 kV à planeada subestação de Vilanculos; Existe informação relativamente a esta área sobre a qualidade e a quantidade de água disponível para o projecto MGtP dado o projecto ir utilizar o mesmo aquífero que o projecto da CPF; e A nova estrada de acesso para a MGtP terá uma extensão curta (1 - 2 km) para ligar com a infraestrutura de estradas existente. A localização da planta MGtP nas proximidades da CPF assegura que o desenvolvimento desta infraestrutura não irá desnecessariamente fragmentar a paisagem local e que os serviços de apoio associados (energia eléctrica, águas, estradas, etc.) podem ser centralmente posicionados e utilizados da melhor forma possível. Tabela 5: Avaliação das alternativas de locais adjacentes à CPF (uma pontuação elevada indica a preferência por um local) Local 1 Factores relativos à localização Local 2 (a Sul da CPF) (a Oeste da CPF) 23 15 20 15 10 13 Impactos semelhantes Impactos semelhantes 5. Acesso ao local: (Incluindo a desminagem, acessibilidade para a construção.) Acesso semelhante ao local Acesso semelhante ao local 6. Disponibilidade & Impacto das Infra-estruturas: (Estradas, proximidade de alojamento do pessoa, ruído, etc.) 8 9 Total 80 71 1. Disponibilidade da terra: a. Considerar a densidade populacional e a posição da autoridade local. b. Acesso às servidões da conduta e da linha de transmissão de energia eléctrica. c. Considerar a futura expansão da CPF e a zona de exclusão. 2. Adequabilidade da terra (Local): a. Geologia/ Topografia / Linhas de Inundação. b. Travessias do gasoduto e das estradas. 3. Custos de capital, & a relação entre benefício e custo das infra-estruturas: a. Gasoduto versus uma linha de transmissão. b. Abastecimento de água. 4. Aspectos Ambientais: Incluindo o impacto do custo & prazos relativos a: a. Flora, fauna, avifauna protegidas b. Questões culturais & de património. Dezembro 2014 Relatório No. 1405502-13168-7 17 PROJECTO MGTP: EPDA & TDR Adicionalmente, foi ainda considerado um terceiro potencial local em Temane situado a Este da CPF mas este não foi sujeito a qualquer avaliação devido à planeada expansão da CPF para Leste. A mudança para uma área situada mais a este desta área incluiria a possibilidade de se ter que fazer o reassentamento de pessoas e inclui preocupações relativas às linhas de inundação. 3.4 Locais Temporários para o Desembarque na Praia e Alternativas relativas às Rotas Foram consideradas vários meios alternativos de transporte de equipamento e materiais pesados com grandes dimensões para o local e estas incluíram trazer-se o equipamento do estrangeiro por via marítima e atracar num dos portos existentes (Maputo, Inhambane ou Beira) e então fazer o transporte por via-férrea e/ou por estrada para o local da MGtP. Estas opções de transporte através dos portos existentes de Maputo, Inhambane e Beira não foram consideradas viáveis pelos seguintes motivos: As infra-estruturas portuárias existentes nestes portos são limitadas e inadequadas a manusear as cargas com pesos muito elevados, Calado insuficiente (profundidade do porto necessária para acomodar embarcações grandes), e Limitações em termos de infra-estruturas ao longo das rotas a partir destes portos para o local da MGtP (não existe qualquer infra-estrutura rodoviária que ligue ao local da MGtP). Existem várias obstruções suspensas ao longo das estradas entre estes portos e o local da MGtP (pontes, linhas suspensas de transmissão de energia eléctrica, linhas de telefone e outras infraestruturas) sem rotas alternativas para fazer desvios nos locais destas obstruções. Portanto, como parte da fase de construção da central térmica MGtP foi considerado que o transporte do equipamento pesado e dos materiais seria feito por via marítima por navio que permaneceria ancorado no mar alto ao largo da costa de Inhassoro. O equipamento e os materiais seriam então transferidos para um batelão com capacidade suficiente para se movimentar durante a maré alta para as águas rasas adjacentes à praia para o descarregamento da carga (Figura 5 e Figura 6) para um pontão temporário de descarregamento (tipicamente contentores enchidos com areia) perto da vila de Inhassoro. Na mudança da maré, o batelão assenta na praia e é iniciado o descarregamento do equipamento conforme referido na secção 2.4. Presentemente, estão a ser avaliados vários locais alternativos de desembarque na praia juntamente as opções alternativas das rotas rodoviárias a serem usadas para o transporte do equipamento e materiais ao longo das vias públicas para o local MGtP perto da CPF. A Figura 9 e a Figura 10 indicam os locais alternativos de desembarque na praia e as respectivas rotas a serem investigadas. Estes locais e as alternativas de transporte rodoviário estão presentemente a serem avaliados. Será seleccionada uma opção preferida a qual será avaliada durante a realização da AIA. Dezembro 2014 Relatório No. 1405502-13168-7 18 PROJECTO MGTP: EPDA & TDR Figura 9: Locais alternativos de desembarque na praia e rotas alternativas em Inhassoro Dezembro 2014 Relatório No. 1405502-13168-7 19 PROJECTO MGTP: EPDA & TDR Figura 10: Rotas alternativas a norte e a sul de Inhassoro para o local da MGtP Dezembro 2014 Relatório No. 1405502-13168-7 20 PROJECTO MGTP: EPDA & TDR 4.0 QUADRO LEGAL A presente secção apresenta um resumo sobre a legislação ambiental e social de Moçambique relevante ao Projecto MGtP bem como as Directrizes Internacionais aplicáveis ao projecto. 4.1 Legislação Nacional Aplicável ao Projecto Quadro Legal Ambiental Constituição da República de Moçambique, 16 de Novembro de 2004 A constituição estabelece o direito fundamental a um ambiente equilibrado e o dever correspondente de o defender (Artigo 90.1). A constituição declara, adicionalmente, que os recursos naturais no solo e no subsolo, em águas interiores, em águas territoriais, na plataforma continental, e na zona económica exclusiva constituem propriedade do Estado (Artigo 98.1). Política Nacional sobre o Ambiente (Resolução nº 5/1995). Esta política estabelece as bases para o desenvolvimento sustentável de Moçambique através de um compromisso aceitável e realista entre o desenvolvimento socioeconómico e a protecção ambiental. Lei do Ambiente (Decreto nº 20/1997). A Lei do Ambiente define vários conceitos e princípios fundamentais de gestão ambiental, estabelecendo o quadro institucional básico para a protecção ambiental; estabelece uma norma geral que proíbe a realização de todas as actividades que causam danos ambientais e que excedam os limites legalmente definidos (com particular destaque para a poluição); estipula normas especiais para a protecção do meio ambiente (em particular a protecção da biodiversidade); preconiza um conjunto de instrumentos de gestão ambiental (a licença ambiental, o processo de avaliação do impacto ambiental e toda a auditoria ambiental), e descreve o sistema de inspecção, violações e penalidades em casos de não conformidade. Lei de Terras (Lei nº 19/1997 de 1 de Outubro) Esta Lei estabelece os termos em que se opera a constituição, exercício, modificação, transmissão e extinção de direito de uso e aproveitamento da terra em Moçambique. Como princípio geral esta lei determina que a terra é propriedade do Estado e não pode ser vendida ou, por qualquer outra forma alienada, hipotecada ou penhorada. Lei de Águas (Lei 16/1991) A principal legislação que rege os recursos hídricos é a Lei de Águas (Lei nº 16/91 de 3 de Agosto de 1991). O uso de água pode ser considerado “comum” (para fins domésticos, uso familiar ou uso pessoal, em cujo caso é considerado como sendo grátis em termos de custo e de acesso) ou “privado”. O outorgar de uma licença ou concessão para uso de água pode ser concedido a qualquer colectiva, pública ou privada, nacional ou estrangeira se: a) o requerente estiver legalmente autorizado a permanecer em Moçambique (ou seja, possui o registo e licenças relevantes); e b) a concessão não afecta negativamente o equilíbrio ambiental e ecológico. Com relação ao Projecto MGtP será necessária uma concessão de direito de acesso e uso de água devido à validade de longo prazo da concessão de geração de energia, que se estende por um período até 50 anos. Regulamento da Lei de Florestas e Fauna Bravia (Decreto nº Este Regulamento é aplicável a todas as actividades que envolvem a protecção, conservação, uso, exploração e produção de recursos florestais e de fauna bravia e inclui a comercialização, transporte, armazenamento e transformação Dezembro 2014 Relatório No. 1405502-13168-7 21 PROJECTO MGTP: EPDA & TDR 12/2002, de 6 de Junho) primária (por meios artesanais ou industriais) destes recursos. Licenças e Autorizações Ambientais Lei do Ambiente (Decreto nº 20/1997) A Lei do Ambiente exige o licenciamento ambiental e o registo de actividades que, devido à sua natureza, localização ou proporções venham provavelmente a causar impactos significativos sobre o ambiente, e estão sujeitos a legislação específica. A licença ambiental é emitida com base na Avaliação de Impacto Ambiental (AIA) que deve preceder a concessão de quaisquer outras licenças exigidas por lei para cada um dos casos (Artigos 15º e 16º da Lei do Ambiente). Regulamento sobre o Processo de Avaliação do Impacto Ambiental (Decreto nº 45/2004), conforme alterações pelo Decreto nº 42/2008 Este Regulamento estabelece os requisitos relativos à AIA para projectos bem como os procedimentos de prevenção, controlo, mitigação e reabilitação que devem ser cumpridos. Estes requisitos são alcançados através da realização de Avaliações de Impacto Ambiental (AIAs), Estudos Ambientais Simplificados (EAS) e/ou a adopção de boas normas de gestão ambiental em conformidade com a classificação das actividades de qualquer projecto novo. A categoria de projecto A (AIA completa) aplica-se a todas as centrais eléctricas novas que podem causar impactos negativos sobre o ambiente (Anexo I do Decreto nº 45/2004 de 29 de Setembro, conforme alterações pelo Decreto nº 42/2008 de 4 de Novembro. Deverão ainda ser levados em consideração o Decreto Ministerial nº 129/2006 e o Decreto nº 130/2006 que determinam os princípios para a compilação de um estudo AIA e as Fases do Processo de Participação Pública durante o processo EAS. O Projecto MGtP deve aderir ao Regulamento sobre o Processo de Avaliação de Impacto Ambiental (Decreto 45/2004 e sua actualização Decreto 42/2008). O Regulamento Ambiental define as actividades ou projectos de Categoria A como estando sujeitos a uma AIA completa. A licença ambiental que é emitida nos termos do regulamento é válida por 5 anos devendo então ser renovada. Regulamentos Ambientais para as Operações Petrolíferas (Decreto 56/2010) Qualidade Ambiental Regulamento sobre os Padrões de Qualidade Ambiental e de Emissão de Efluentes (Decreto nº 18/2004), com adições e alterações Estes regulamentos determinam os requisitos aplicáveis à AIA para Operações Petrolíferas (incluindo gás), e a prevenção, controlo, mitigação e procedimentos de reabilitação que devem ser cumpridos. Estes requisitos são alcançados através de Avaliações do Impacto Ambiental (AIAs), Avaliações Simplificadas do Impacto Ambiental (ASIAs) e /ou a adopção de boas normas de gestão ambiental em conformidade com a classificação das actividades de um novo projecto. Entre os aspectos importantes dos Regulamentos contam-se as obrigações indicadas a seguir: a licença é válida por um período de 5 anos e será renovável após esse período (Artigo 21); o proponente deve apresentar relatórios sobre a monitorização dos parâmetros ambientais em conformidade com o que foi aprovado no PGA a serem enviados ao MICOA e ao INP (Artigo 27); e qualquer expansão ou alteração a um projecto que não tenha antecipado na AIA deve ser comunicado ao MICOA por escrito (Artigo 30). O Regulamento segue o preconizado no Artigo 10º da Lei do Ambiente, e relaciona-se com os padrões de qualidade ambiental relativos ao ar, água e solo. Com relação ao ar/atmosfera, o Regulamento estabelece padrões para limites de emissões relacionados com processos industriais especificados e a respeito da qualidade do ar ambiente. No que se relaciona com os recursos hídricos, o Regulamento especifica os requisitos de conformidade relativos a efluentes líquidos industriais que sejam descarregados para o meio ambiente. São Dezembro 2014 Relatório No. 1405502-13168-7 22 PROJECTO MGTP: EPDA & TDR na forma de um suplemento (Decreto nº 67/2010) especificados padrões para as várias indústrias, incluindo descargas domésticas (entendendo-se como se referindo a descargas das redes de tratamento de águas residuais) e descargas derivadas da indústria petroquímica. Durante o processo visado à concessão da licença ambiental deve ser determinado o local de emissão de qualquer fonte a fim de assegurar que não exista qualquer mudança na qualidade da água no corpo de água receptor, que venha a impedir o uso da água para outros fins. Regulamento sobre a Qualidade da Água para o Consumo Humano (Diploma Ministerial nº 180/2004). Este Regulamento estabelece os parâmetros de qualidade para a água intencionada para consumo humano e os procedimentos visados ao seu controlo, de forma a proteger os consumidores contra quaisquer efeitos nocivos de qualquer contaminação que possa ocorrer nas várias fases do sistema de abastecimento de água. Regulamento sobre a Gestão de Resíduos (Decreto nº 13/2006) O Decreto Nº 13/2006 de 15 de Junho de 2006 é o instrumento legal que regula a gestão de resíduos em Moçambique. Este estipula que o Ministério para a Coordenação da Acção Ambiental constitui a entidade competente responsável pela aprovação de todos os regulamentos necessários para fazer cumprir a lei. Este regulamento aplica-se a empresas registadas envolvidas na gestão de resíduos, mas as regras contidas no mesmo não se aplicam à gestão de resíduos bio-médicos, de águas residuais, com excepção das que contenham características de risco e à gestão de resíduos perigosos que são sujeitos a regulamentação específica. O tratamento de efluentes previsto para a Central Térmica de Ressano Garcia (CTRG) inclui uma unidade de tratamento de resíduos e um incinerador. O funcionamento destas instalações requer a devida licença. Inspecções e Auditorias Regulamento sobre a Inspecção Ambiental (Decreto nº 11/2006). Este Regulamento rege as actividades de supervisão, controlo e auditoria relacionadas com a aderência aos padrões de protecção ambiental em todo o país. Regulamento Relativo ao Processo de Auditoria Ambiental (Decreto nº 25/2011). O Regulamento define a auditoria ambiental como um instrumento para a gestão e avaliação sistemática da capacidade de uma organização de proteger o ambiente e contém normas para tornar esta gestão efectivamente operacional. Afectação dos Solos e Ordenamento Territorial Lei de Terras (Lei nº 19/1997 de 1 de Outubro) e Regulamento da Lei de Terras (Decreto nº 66/1998) Esta Lei estabelece as Zonas Totais ou Parciais de Protecção. As primeiras são designadas como sendo as que estão reservadas para actividades de conservação da natureza e de defesa e segurança do Estado, enquanto as zonas de protecção parcial incluem, entre outros, os leitos de cursos de água no interior, águas territoriais, a zona económica exclusiva, a plataforma continental, bem como a faixa costeira, ilhas, baías e estuários medidos na marca máxima de maré alta até uma distância de 100 metros em terra. As Zonas de Protecção Parcial podem ser estabelecidas em redor de indústrias com vista a impedir o conflito de uso das terras em redor das suas delimitações. Lei sobre o Ordenamento Territorial (Lei nº 19/2007) e Directiva sobre o Processo de Esta lei determina as definições e cálculo de compensação justa e proporciona uma orientação em situações onde os direitos dos cidadãos tenham sido afectados através da expropriação ou Direitos Preferenciais de Passagem. Esta lei estabelece as devidas previdências para a compensação por perda de bens tangíveis e intangíveis; a ruptura da coesão social e perda de bens de produção. Dezembro 2014 Relatório No. 1405502-13168-7 23 PROJECTO MGTP: EPDA & TDR Expropriação para Fins de Ordenamento Territorial (Estatuto Ministerial nº 181/2010). O Regulamento exige o pagamento de uma compensação justa antes da transferência ou expropriação da propriedade. Património Cultural Lei de Património Cultural (Decreto 10/1988) e Regulamento de Protecção do Património Arqueológico (Decreto 27/1994) Esta lei estabelece as condições para a protecção legal do património cultural material e não material de Moçambique, por exemplo, monumentos, complexos de edifícios, edifícios com importância história, locais com importância artística ou científica e elementos naturais de interesse especial estético ou científico. Outras Licenças, Autorizações e Concessões Regulamento para o licenciamento da actividade industrial (Decreto nº 39/2003) Este decreto aplica-se a empresas de indústrias transformadoras que, independentemente das suas dimensões, se proponham empreender actividades produtivas. De acordo com este decreto, a Central Térmica de Ressano Garcia (CTRG) é classificada como uma indústria de grandes dimensões, dado envolver um investimento superior a 10 milhões de dólares norte-americanos. Em termos deste Decreto 29/2003 é exigida a apresentação de uma AIA autorizada com aprovação pelo MICOA em apoio ao requerimento para emissão da licença para uma actividade industrial. Lei de Produção, Transporte, Distribuição e Comercialização de Energia Eléctrica (Lei nº 21/1997) A concessão para a produção de energia eléctrica constitui um instrumento legal estabelecido pela Lei nº 21/1997 de 1 de Outubro de 1997 que regulamenta a produção, transporte, distribuição e comercialização de energia eléctrica em Moçambique, bem como a sua importação e exportação para ou do território nacional. O Projecto MGtP irá necessitar desta concessão. 4.2 Directrizes Internacionais Aplicáveis ao Projecto De acordo com os critérios de selecção usados pelas várias instituições financeiras, o âmbito, duração e potenciais questões sociais e ambientais associadas com o Projecto MGtP proposto dão origem à obrigação de se realizar uma Avaliação de Impacto Ambiental, Social e de Saúde (AISS – na sigla correspondente em Inglês - ESHIA). O conteúdo desta AISS é determinado pela identificação das principais questões e pelas abordagens das mesmas em termos legais e de política. No caso do proposto Projecto MGtP, a metodologia proposta para fins da realização da Avaliação de Impacto Ambiental, Social e de Saúde (AIASS) e respectivos estudos especializados a serem realizados, foi moldada por várias políticas e disposições legais, incluindo as determinadas pelas instituições internacionais de financiamento e pelos requisitos legislativos. A fim de promover uma vigilância e administração ambiental responsável e um desenvolvimento socialmente responsável, o proposto Projecto MGtP irá incorporar, tanto quanto possível, os Princípios do Equador bem como as políticas ambientais e sociais da International Finance Corporation (Corporação Financeira Internacional) (IFC). Estas políticas providenciam um quadro de referência que proporciona às instituições financeiras fazer uma avaliação dos riscos ambientais, sociais e de saúde dos projectos, em particular os projectos executados em países em desenvolvimento. Através dos Princípios do Equador, os Padrões de Desempenho da IFC são agora reconhecidos como constituindo a melhor prática internacional Dezembro 2014 Relatório No. 1405502-13168-7 24 PROJECTO MGTP: EPDA & TDR em termos de financiamento de projectos. Estes Padrões de Desempenho encontram-se resumidos a seguir: Padrão de Desempenho 1: Avaliação e Gestão de Riscos e Impactos Ambientais e Sociais; Padrão de Desempenho 2: Condições de Emprego e Trabalho; Padrão de Desempenho 3: Eficiência de Recursos e Prevenção da Poluição; Padrão de Desempenho 4: Saúde e Segurança da Comunidade; Padrão de Desempenho 5: Aquisição de Terra e Reassentamento Involuntário; Padrão de Desempenho 6: Conservação da Biodiversidade e Gestão Sustentável de Recursos Naturais Vivos; Padrão de Desempenho 7: Povos Indígenas; e Padrão de Desempenho: Património Cultural. Para além da legislação e directrizes listadas acima, aplicar-se-ão também ao Projecto MGtP as políticas corporativas da Sasol e da EDM. 5.0 5.1 5.1.1 O AMBIENTE RECEPTOR O Ambiente Biofísico Topografia A área de estudo está situada ao longo da planície costeira de Moçambique, a aproximadamente 20 km para o interior da costa. O terreno que circunda o local da planta MGtP é uma planície costeira nivelada elevada ligeiramente ondulada a cerca de 30 m acima do nível do mar. Existem linhas de drenagem sazonais locais na área imediata a sul do local preferido que limitam a extensão do local numa direcção para sul. A partir do local do Projecto MGtP existe um gradiente suave de <1% para Este em direcção ao Rio Govuro, seguido de uma ligeira elevação para um divisor de águas que se estende a grosso modo de norte a sul entre Inhassoro e Vilanculos, a cerca de 6 km para o interior. A servidão para a conduta de água mantém este gradiente ligeiro de <1% em sentido Este para o Rio Govuro e com um ligeiro aumento de altitude para um gradiente de 1-2% no local do posicionamento do furo de água (fonte de água). A servidão da linha de transmissão segue um gradiente ligeiro de 2-3% até Manusse, onde a servidão do Projecto MGtP se estende ao lado da servidão do Projecto de Interligação da Rede Nacional de Energia Centro-Sul (CESUL), que liga com a subestação proposta em Vilanculos (CESUL),e mantém este gradiente ligeiro. Consultar a Figura 11 que contém um mapa a ilustrar a topografia do local. Dezembro 2014 Relatório No. 1405502-13168-7 25 PROJECTO MGTP: EPDA & TDR Figura 11: Topografia da área de estudo a nível regional Dezembro 2014 Relatório No. 1405502-13168-7 26 PROJECTO MGTP: EPDA & TDR 5.1.2 Clima A área de estudo está situada na zona subtropical do Hemisfério Sul e tem duas estações por ano. Durante a estação chuvosa de Verão ocorrem temperaturas médias de 27ºC enquanto a estação das chuvas se estende entre Outubro a Março com o pico da precipitação a ocorrer entre Dezembro e Março. As áreas costeiras são frequentemente invadidas por um ar quente, instável, marítimo, que causa condições húmidas quentes no Verão. Os Invernos são secos e frescos com temperaturas entre os 18 e os 20ºC. A precipitação média anual é de aproximadamente 1.000 mm ao longo da faixa costeira Dominam os ventos sul, com uma grande percentagem anual de ventos a soprar de Sul para Sudeste. A área de estudo está sujeita a ciclones tropicais intensos, e esta área é considerada como tendo um risco bastante alto a este respeito, tendo sido registados na região de Vilanculos, entre 1975 e 2012 a ocorrência de nove ciclones classificados como muito intensos (com velocidades máximas superiores a 212 km/h). Tipicamente os ciclones têm origem perto da ilha de Madagáscar no Canal de Moçambique, entre Dezembro e Março com os períodos pico de risco em Dezembro e Janeiro. Figura 12: A rosa-dos-ventos em 2013 relativa à CPF de Temane 5.1.3 Solos A área de estudo está situada na bacia sedimentar Meso-Cenozóica do Quaternário inferior do sul de Moçambique que alcança uma largura máxima de cerca de 60 km a sul de Vilanculos. Os solos da área de estudo são constituídos por Arenossolos Gleicos (Ah), Fluvissolos Eutricos (FS) e Lixissolos Háplicos (W). Os Arenossolos Gleicos têm características muito semelhantes aos Arenossolos muito embora tenham uma capacidade muito melhor de retenção de água. Estes predominam na área Este da EN-1 e demarcam o vale do Rio Govuro. Muito embora não sejam adequados para agricultura, o seu teor de matéria orgânica pode variar consideravelmente (de 0 a 5%). Os Fluvissolos Eutricos (FS) (ou depósitos de areia aluvial) são conhecidos pela sua capacidade de retenção de água que vai de imperfeita a um nível alto, e pelo teor orgânico baixo a alto (0.5-3.5%). Estes solos são comuns no vale do Rio Govuro, onde será posicionada a proposta conduta para água. A textura é grossa ou média e a cor é entre castanho a cinzento. Os solos são profundos (com mais de 100 cm) mas têm uma drenagem fraca, o que pode constituir um problema para a agricultura. Tipicamente são associados com vegetação das florestas ribeirinhas e o pH dos solos pode variar entre 6 e 8.5 Dezembro 2014 Relatório No. 1405502-13168-7 27 PROJECTO MGTP: EPDA & TDR Os Lixissolos Hálicos ocorrem no lado Este do Rio Govuro, onde irá terminar a conduta da água. Estes são predominantemente solos vermelhos calcários que são derivados de pedras calcárias. Estes solos têm uma boa capacidade de drenagem, com um teor orgânico moderadamente superficial (1-1.5%) e são sensíveis à erosão. 5.1.4 Qualidade do Ar As condições gerais de referência da Qualidade do Ar relativamente ao local do Projecto MGtP (500m a sul da CPF) podem ser descritas com base nos resultados obtidos de vários programas de monitorização realizados no local da CPF pela SGS Environmental durante 2011, 2012 e 2013. A última campanha de monitorização da qualidade do ar, que se realizou durante o período entre 29 de Maio de 2013 e 12 de Junho de 2013, incluiu a medição da precipitação de poeiras SO 2, NO2, e de PM10. Os resultados obtidos podem ser resumidos da seguinte forma: As medições de SO2 observadas estavam abaixo do limite de detecção do laboratório, que confirma também as previsões de concentração muito baixa de SO 2 inferiores a 1 µg/m³ relativamente à medida horária máxima. As previsões de referência para o NO2 compararam-se favoravelmente com as observações e constatou-se que são baixas, ou seja, inferiores a 11 µg/m³. Não existe padrão médio quinzenal; no entanto, em comparação com a média horária de 190 µg/m³ e a média anual de 10 µg/m³, as previsões indicam que estas observações se devem situar bem abaixo do padrão, caso se fizesse a extrapolação de um padrão equivalente por um período de duas semanas. As concentrações de NO2 previstas na Zona de Protecção Parcial ou na delimitação do local do Projecto MGtP indicaram situarem-se bem abaixo da média horária e anual de Moçambique e dos padrões especificados no PGA-o. As concentrações moderadas de PM10 medidas durante a campanha mais recente estão relacionadas com as fontes de fundo bem como com as emissões das instalações da CPF. As concentrações médias de PM10 registadas situaram-se, em geral, bem abaixo do padrão da Sasol especificado no PGA-o e as taxas mais recentes de precipitação de poeira situaram-se bem abaixo do limite de 1 200 2 mg/m -dia especificado pelos Regulamentos Nacionais da África do Sul para o Controlo de Poeiras (South African National Dust Control Regulations - NDCR) aplicável a áreas não residenciais. As operações actuais não resultaram em qualquer aumento significativo nas concentrações de fundo de SO2 e de NO2 com base nos resultados da campanha de amostragem passiva. 5.1.5 Ruído Os níveis de ruído ambiente encontram-se descritos com base nos resultados obtidos durante estudos recentes e anteriores realizados pela empresa Frans Malherbe Acoustic Consulting (FMAC, 2014 & 2009) e outros (Schoeman, 2013). O local do Projecto MGtP que se encontra situado a 500m a Sul da CPF e a 2km a sudoeste da central eléctrica da EDM tem os níveis gerais de ruído ambiente indicados a seguir, os quais foram registos num ponto de medição situado a 500m a sudoeste da CPF: Durante o período diurno: 43.8 dBA Durante o período nocturno: 45.2 dBA Os níveis de ruído ambiente em redor do local do Projecto MGtP são, na sua maioria, dominados pelas fontes de ruídos tais como a CPF e a Central Eléctrica da EDM. No entanto, para além do facto de o local do MGtP estar situado próximo destas fontes dominantes de ruído, os níveis de ruído durante o período nocturno em geral situam-se abaixo de 45 dBA, valor este que constitui o limite de orientação especificado pela OMS para áreas residenciais durante o período nocturno. Com relação ao resto da área de estudo do Projecto MGtP que é por natureza uma área rural, com alguns assentamentos populacionais maiores encontrados próximo da estrada EN-1, os níveis gerais de ruído ambiente para o período diurno e nocturno são, respectivamente, na ordem dos 42.7 dBA e 35 dBA. Estes níveis de ruído ambiente são típicos de ambientes rurais e situam-se muito abaixo dos limites determinados pelas directrizes da OMS. Dezembro 2014 Relatório No. 1405502-13168-7 28 PROJECTO MGTP: EPDA & TDR 5.1.6 Hidrologia A área de estudo é dominada por dois sistemas de drenagem, separados por uma divisória de águas com tendência norte-sul. O sistema do Rio Govuro tem uma extensão de aproximadamente 185 km, iniciando a 130 km para Sul do local do projecto e desaguando no oceano a cerca de 50 km para Norte do local do projecto em Macovane (a sul de Mambone), onde desagua no mar através de um estuário dominado por pântanos de mangais. Este é considerado como um dos rios mais importantes na região Norte da Província de Inhambane. Tem poucos afluentes e nenhum deles ocorre perto do local da planta MGtP, localizada a 8 km a Oeste do Rio Govuro. A conduta da água irá atravessar o Rio Govuro a fim de transportar a água de um furo de água localizado a cerca de 3 km para Este do canal principal do Rio Govuro. Este rio está associado com extensas terras húmidas. Consultar a Figura 13 que contém uma ilustração das características da água superficial da área regional de estudo. Dezembro 2014 Relatório No. 1405502-13168-7 29 PROJECTO MGTP: EPDA & TDR Figura 13: Características da água superficial na área regional de estudo Dezembro 2014 Relatório No. 1405502-13168-7 30 PROJECTO MGTP: EPDA & TDR Os níveis de água no rio Govuro variam entre uma profundidade de 0.5 m a 3 m em qualquer ano. Os fluxos 3 máximos diários registados na central durante um período de 22 anos foram de 26m /s. Os fluxos médios 3 3 diários no período de Inverno são tipicamente cerca de 2-3m /s e de 5-6m /s no Verão. Não existe qualquer variação no fluxo mínimo. A qualidade da água em geral é boa e presentemente não está afectada por qualquer extracção significativa de água ou descarga de efluentes. Não existem quaisquer características de água superficial perto do local do MGtP, mas no entanto, foi identificada uma linha de drenagem seca imediatamente a sul do local que pode encher com água e correr desde a sua fonte situada numa área mais elevada a oeste do Rio Govuro situado a Este, durante períodos de chuvas intensas. O local do Projecto MGtP está posicionado fora da dimensão do evento de inundações num período de 100 anos relativamente a esta linha de drenagem. Ao longo da servidão da linha de transmissão ocorre um número muito reduzido de características de água superficial; contudo este aspecto será confirmado durante a AIA. 5.1.7 Água subterrânea O sistema hidrogeológico na área local foi caracterizado durante autorizações anteriores relativas ao desenvolvimento de campos de poços. A água subterrânea está directamente determinada e controlada pela litologia e geologia estrutural. Foram identificadas quadro unidades hidrogeológicas principais na área de estudo do Projecto MGtP com base nas suas propriedades físicas e relativa idade geológica, que são: O aquífero livre superficial, fracturado e não drenante Jofane, O aquífero cárstico profundo confinado Jofane, O aquífero aluvial não confinado ao longo do Rio Govuro (depósitos quaternários), e O aquífero costeiro não confinado não consolidado (depósitos quaternários). A maior parte da informação disponível está concentrada na CPF já existente pois é onde se realizam operações intensivas de perfurações, e onde têm sido feitos testes de aquíferos desde a instalação da CPF, portanto esta informação providencia uma ideia adequada do sistema geohidrológico subjacente ao local do Projecto MGtP. A realização de furos de monitorização na CPF revelou a existência de um aquífero livre não drenante por baixo do local, a uma profundidade de entre 14 a 20 metros abaixo do nível do solo (mbgl - below ground level). Este aquífero é considerado como tendo uma importância menor e está localizado dentro da Formação de Calcário Jofane altamente fracturado e lixiviado. A base do aquífero é constituída por uma camada uniforme e impermeável de argila com cerca de 6m de espessura. A sua transmissibilidade 2 é baixa, tendo sido registado um valor médio de 15m /dia (Golder, 2014). Este sistema não pode ser considerado como constituindo uma fonte de água subterrânea potável e somente tem significância na CPF para fins de monitorização da qualidade de água da CPF. Qualquer contaminação detectada no sistema vai constituir um primeiro aviso de poluição do aquífero viável de Calcário de Jofane. O aquífero cárstico confinado localizado dentro da Formação de Calcário de Jofane existe por baixo da camada de argila descrita acima. As perfurações mostraram que este aquífero é constituído por calcário fracturado e lixiviado tornando-se mais competente com o aumento de profundidade. As partes mais competentes do aquífero estão muitas vezes associadas com uma formação cavernosa/em forma de colmeia. Os níveis hidrológicos variam entre os 12 a 17 mbgl mas podem variar consideravelmente com a 2 ocorrência de chuvas. Os valores de transmissibilidade registados variam entre 90 a 700 m /dia, com uma 2 média de aproximadamente 500m /dia registada. O aquífero de calcário Jofane constitui a principal fonte de água para as comunidades da área de Temane. A qualidade da água em certas áreas tem tendência a conter um nível elevado de salinidade em algumas áreas, ultrapassando os padrões de qualidade para água potável. Contudo existem provas da existência de áreas situadas no aquífero que são caracterizadas por conterem água doce, muito provavelmente devido a áreas mais altas de recarga. Muito provavelmente estas áreas não são cobertas pela camada de argila encontrada no local do MGtP, que confina o sistema em alguns locais. O sistema de águas subterrâneas é considerado vulnerável a potencial poluição, particularmente em áreas onde não existe a camada de argila. O aquífero é claramente heterogéneo devido a mecanismos de fluxo fracturado, o que explica a razão de Dezembro 2014 Relatório No. 1405502-13168-7 31 PROJECTO MGTP: EPDA & TDR haver apenas 75% de correlação entre topografia e nível de elevação das águas subterrâneas. Estima-se que este aquífero é recarregado a uma taxa conservadora de 5% de precipitação média anual (MAP). A qualidade da água subterrânea do aquífero de calcário de Jofane é relativamente pobre e possui um teor de salinidade mais elevado do que outras águas na área do projecto. A razão para este nível elevado de salinidade é provavelmente devido a uma maior permanência no aquífero cárstico onde o calcário interage com a água e resulta na introdução de minerais na solução. Os resultados indicados a seguir são representativos deste aquífero: pH Condutividade Eléctrica Total de Sólidos Dissolvidos Cloro Sulfato Nitrato 6.9 185 mS/m Cálcio Potássio 151 mg/L 5.3 mg/L 989 mg/L Sódio 164 mg/L 293 mg/L 56 mg/L 1.8 mg/L Magnésio Bicarbonato 62 mg/L 616 mg/L À medida que se avança para Este a geologia de superfície muda de depósitos quaternários desgastados de calcário para depósitos quaternários não consolidados do canal do Rio Govuro e da dunas de areias costeiras. Muito embora não se tenham realizado quaisquer testes recentes ao aquífero relativamente aos sedimentos aluviais no Rio Govuro, estudos anteriores indicaram resultados variáveis para este sistema, com uma contaminação ocasional alta antecipando-se um nível elevado de interacção de águas subterrâneas / 2 superficiais. Foram informados níveis registados e transmissibilidade de até cerca de 1000 m /dia. O sistema pode ser considerado como uma fonte viável de água subterrânea, como evidenciado pelo facto de que a Sasol extrai água por bomba dos sedimentos aluviais ao longo do Rio Govuro para o abastecimento à CPF. É proposto o uso desta água extraída do furo de água no Temane-9, que tem um nível de produção 3 sustentável de 200m /d e a água será extraída por bomba e canalizada para o local do MGtP. 5.1.8 5.1.8.1 Fauna e flora Vegetação A vegetação na área de estudo foi descrita como parte de um campo de poços e em linha com o permitido pela CPF e consiste num mosaico complexo, floristicamente diversificado de tipos de vegetação e comunidades de plantas, divididos em oito unidades de vegetação / habitats. Algumas partes da área local são inacessíveis ao homem, devido à densa vegetação e à ausência de vias de acesso. Como resultado, estão presentes nesta área habitats quase intocados. Em outras áreas, o cultivo intenso ao longo de décadas tem resultado na transformação ou perda de habitats. Todas as ilhas da Planície de Inundação do Rio Govuro na área de estudo são cultivadas, com uma média de um terço de três unidades de vegetação / habitats distintas transformadas devido ao cultivo. Este mapeamento detalhado da vegetação permitiu que o local escolhido para o Projecto MGtP fosse feito de forma a evitar área com um valor de vegetação elevado. No entanto, a flora da área de estudo é altamente rica em espécies (alta diversidade-α) no contexto de Moçambique, conforme determinado através dos levantamentos ecológicos realizados recentemente. A área de estudo regional contém pelo menos 389 espécies de plantas indígenas e é provável que mais sejam encontradas com base em uma pesquisa aprofundada. Isso representa quase 10% da taxa de 3.982 de plantas indígenas conhecidas actualmente em Moçambique e inclui: Quatro espécies anteriormente não conhecidas como existindo em Moçambique (Helichrysopsis septentrionale, (Asteraceae) e os juncos Rhynchosporarubra subsp. africana, Fimbristylisbivalvis e Schoenusnigricans. H. septentrionale); Três espécies endémicas a Moçambique (Carissa praterissima (DD), Croton inhambanensis (VU) e Xyliamedoncae (VU)); Dezembro 2014 Relatório No. 1405502-13168-7 32 PROJECTO MGTP: EPDA & TDR Duas das espécies acima referidas endémicas à Província da Inhambane (Croton inhambanensis (VU) e Xyliamedoncae (VU)); Seis espécies classificadas como espécies de interesse para a conservação (Xylia medoncae (VU), Croton inhambanesis (VU), Pavetta gracillima (DD), Carissa praterissima (DD), Afzelia quanzensis (LRnt) e Dalbergia melanoxylon (LR-nt).); e Dois potencialmente novos ‘ecotipos’ únicos, com base em gramíneas, antes só conhecidos a partir de alguns indivíduos em outros lugares de Moçambique e a altitudes diferentes (nomeadamente, as gramíneas Trichopteryx dreagena e Chrysopogon serrulatus). Todos os novos registos para Moçambique, bem como os dois ecotipos prováveis foram registados a partir da Planície de Inundação do Rio Govuro, lagos-barreira costeira e corpos de água costeiros. Três dos quatro novos registos e um dos dois ecotipos foram registados em áreas de turfa (turfeiras) em correntes costeiras. Estes habitats foram evitados durante o posicionamento do local proposto para a planta da central térmica. Os elementos-chave de cada unidade de vegetação/habitat encontram-se aqui resumidos. Consultar a Figura 14 que apresenta o mapa das unidades de vegetação. Dezembro 2014 Relatório No. 1405502-13168-7 33 PROJECTO MGTP: EPDA & TDR Figura 14: Unidades de vegetação da área regional de estudo Dezembro 2014 Relatório No. 1405502-13168-7 34 PROJECTO MGTP: EPDA & TDR Unidade de Vegetação/ habitat 1: Mosaico Misto de Matas e Brenhas Esta unidade compreende um habitat espacialmente muito restrito e muitas das espécies aqui encontradas são na sua maioria ou totalmente limitadas a esses habitats. Esta unidade ocorre a partir das proximidades do Rio Save no norte até Inhambane no sul (uma extensão de cerca de 300 km), e a partir de aproximadamente 20 km para o interior da costa até uma distância de 60 km para o interior. Esta constitui a maior unidade de habitats na área de estudo. Toda a área de estudo a Oeste do Rio Govuro está incluída dentro desta unidade de vegetação/habitat, que é constituída por um mosaico de vegetação de matas e brenhas densas, caracterizada por pequenas 2 manchas de floresta alta frequentes (em geral não superiores a 200 m de extensão) ou de brenhas em morros de muchém, onde ocorrem as árvores maiores (até 16 m de altura). Dentro da área de estudo, esses fragmentos florestais em morros de muchém ocorrem apenas dentro desta unidade de vegetação/habitat, e estão ausentes a Este do Rio Govuro. A árvore de tamarindo é totalmente restrita aos morros de muchém na área de estudo. As formações de brenhas densas contêm árvores com uma altura até 18 m. As formações de brenhas baixas dentro desta unidade são extremamente densas (muitas vezes com 95% a 100% de cobertura de copa) e impenetráveis. A riqueza de espécies e cobertura de trepadeiras lenhosas é alta. As maiores concentrações de Palmeiras Lala, localmente conhecidas como Uchema, usadas para fazer o vinho de palma e importantes para a economia local, estão nas margens das terras húmidas e habitats de terras baixas, mas também ocorrem por todas as unidades vegetação / habitat 1 e 2. A palmeira parece ser colhida de forma sustentável e é muitas vezes deixada em terras agrícolas devido ao valor que possuem. O corte de madeira, na sua maioria ilegal, resultou numa grave sobre-exploração da árvore Chanfuta, anteriormente uma das espécies dominantes nas brenhas densas da área de estudo. O local do projecto MGtP e respectivas servidões encontram-se localizados nesta unidade de vegetação. Unidade de Vegetação/Habitat 2. Matas e Brenhas Baixas de Julbernardia-Brachystegia (inclui florestas costeiras e dunares) Toda a área de estudo a Este do Rio Govuro está incluída dentro desta unidade de vegetação/habitat, à excepção das terras húmidas. Esta é a segunda maior unidade de habitat na área de estudo. Esta unidade compreende basicamente comunidades de matas e brenhas baixas com as últimas apresentando a maior riqueza de espécies. Tanto a floresta costeira quanto a floresta dunar ocorrem dentro deste habitat, com árvores de até 18 m de altura na floresta costeira. Faixas estreitas de floresta dunar baixa distinta ocorrem nas dunas frontais altas. Embora estes sejam o tipo de vegetação de menor tamanho dos tipos de vegetação dentro da área estudo mais ampla, constituem as maiores e melhor conservadas manchas de floresta costeira e dunar ao longo de 90 km de linha costeira. Duas das árvores dominantes dentro desta unidade não foram registadas em qualquer outro lugar dentro da área de estudo e foram registadas duas espécies de plantas com interesse para a conservação nesta unidade de vegetação/habitat. A ausência de árvores de grande porte da maior parte desta unidade de vegetação/habitat é provavelmente o resultado do uso actual e histórico do fogo para limpar a terra para o cultivo, causando assim um aumento significativo na frequência natural de incêndios nestes habitats costeiros. Quase todas as grandes árvores de diâmetro à altura do peito > 30 cm dentro de habitats florestais apresentavam sinais de danos causados pelo fogo. Duas espécies de árvores (Julbernardia e Brachystegia) a Este da área de estudo estão aparentemente a ser colhidas de forma insustentável para a venda de lenha. Unidade de Vegetação/Habitat 3.1. Planície de Inundação do Rio Govuro Os sistemas de terras húmidas que ocorrem na planície costeira são os mais importantes do país (http://ramsar.wetlands.org). Estes incluem planícies de inundação ribeirinhas, pântanos, depressões Dezembro 2014 Relatório No. 1405502-13168-7 35 PROJECTO MGTP: EPDA & TDR sazonalmente inundadas, em grande parte situados na planície de inundação do Rio Govuro e florestas de mangais (dependendo das marés) ao longo da costa. A vegetação de pântanos e pastagens higrófilas compreende comunidades de plantas totalmente restritas ao Rio Govuro e partes da província de Inhambane. Várias espécies de plantas são, em grande parte ou totalmente restritas a esses habitats da planície de inundação, incluindo um junco, que é um novo registo para Moçambique, e uma gramínea que provavelmente representa um 'ecotipo "único destas espécies. O Rio Govuro também desempenha um papel fundamental na manutenção dos mangais na foz do Govuro (na Baía de Bartolomeu Dias, a norte da área de estudo), considerados como alguns dos mais ricos em espécies de toda a costa Leste de África (http://ramsar.wetlands.org), e formando a base de uma importante pesca comercial e de subsistência. O rio constitui uma fonte de água potável, providencia o material de construção (caniço) bem como o caniço para telhados de colmo resistente ao muchém (conhecido localmente como D'jeca ou Musule) para as comunidades locais, e auxilia na atenuação de inundações. Unidade de Vegetação/Habitat 3.3. Linhas Efémeras de Drenagem Para Este do Rio Govuro ocorrem vários cursos de água efémeros, em alguns casos formando grandes planícies de terras húmidas efémeras, os quais drenam para o rio. Estas linhas de drenagem contribuem, de forma significativa, para a diversidade florística e de habitats na área de estudo e possuem um importante valor funcional em termos de manutenção de padrões hidrológicos e da qualidade da água nos sistemas nos quais desaguam. Foram registadas várias espécies de plantas apenas encontradas em Linhas Efémeras de Drenagem, incluindo uma espécie endémica limitada, anteriormente conhecida apenas numa pequena área costeira de Inhambane. Unidade de Vegetação/Habitat 3.5. Lagos-Barreira Costeira Na área mais ampla de estudo ocorrem doze lagos da barreira costeira, alguns perto da conduta de canalização de água e do furo de extracção de água. Não foi identificado nenhum material publicado nem quaisquer relatórios especializados que abordem a vegetação dos lagos-barreira costeira na área de estudo ou seu entorno. A pequena planta Helichrysopsis septentrionale registada nas zonas eulitorais de ambos os lagos é uma nova espécie para Moçambique. Esta unidade de vegetação/habitat constitui um habitat parcialmente restrito e altamente especializado, que pode conter várias espécies endémicas destes lagos e que possui, portanto, um alto valor em termos de conservação. As rotas alternativas temporárias de transporte que estão a ser consideradas para fins de transporte de equipamento para o local do projecto terão que assegurar que levam em consideração as unidades de vegetação sensível caso sejam propostas novas rotas que se desviem das estradas e das trilhas existentes. Este aspecto será avaliado em mais detalhe na AIA caso venham a ser estabelecidas novas rotas de transporte. 5.1.8.2 Fauna Pela análise dos dados de distribuição faunística e disponibilidade de habitats conclui-se que se espera que ocorram na área de estudo 29 espécies de sapos, 56 espécies de répteis, 275 espécies de pássaros e 94 espécies de mamíferos, resultando num total de 454 espécies de animais. É evidente que tanto os biotipos de florestas como de bosques potencialmente suportam a mais diversa gama de fauna terrestre (362 e 363 espécies). A segunda maior classificação ocorre nas terras húmidas costeiras com 156 espécies, seguida pelo Rio Govuro e planície de inundação (143 espécies). A floresta e bosques mistos da Unidade de Vegetação/Habitat 1 têm a capacidade de suportar 7 espécies de sapos, 51 de répteis, 213 de pássaros e 92 de mamíferos. Doze espécies da Lista Vermelha podem potencialmente ocorrer aqui: abutre-real (Torgos tracheliotus) e abutre-de-cabeça-branca (Trigonoceps occipitalis); aves de rapina: águia rabota ou águia bateleur (Terathopius ecaudatus), tartaranhão-rabilongo (Circus macrourus), águia-marcial (Polemaetus bellicosus), águia coroada (Stephanoaetus coronatus) e falcão-sombrio (Falco concolor); o rolieiro-europeu (Coracias garrulus); beija-flor-de-garganta-azul-africano (Anthreptes reichenowi); secretário (Sagittarius serpentarius); morcego-focinho-de-folha-estriado (Hipposideros vittatus) e o leopardo (Panthera pardus). Dezembro 2014 Relatório No. 1405502-13168-7 36 PROJECTO MGTP: EPDA & TDR Não são encontradas muitas espécies de mamíferos constantes na Lista Vermelha nas florestas desta área, e apenas o morcego-focinho-de-folha-estriado (Hipposideros vittatus) e o leopardo secreto (Panthera pardus) provavelmente ocorrem em pequenos números nas partes mais densas e mais isoladas da área de estudo. Uma tropa de babuínos foi observada na área de estudo numa área densa e isolada de floresta não transformada na floresta de Julbernardia-Brachystegia junto à costa, uma observação rara para a região de Inhassoro. A densidade de pequenas espécies de caça é maior em direcção à costa do que no restante deste tipo particular de vegetação. A Unidade de Vegetação/Habitat 2: florestas e bosques de Julbernardia-brachystegia, tem a capacidade de suportar 7 espécies de sapos, 51 de répteis, 215 de pássaros e 89 de mamíferos. O tipo de vegetação tem o potencial de suportar as mesmas doze espécies da Lista Vermelha, que as da unidade vegetação/habitat 1 ou seja, florestas e bosques mistos, devido à sua estrutura e funcionamento semelhantes. As florestas costeiras e dunares são o habitat favorito da quase ameaçada águia-coroada (Stephanoaetus coronatus) e do quase ameaçado beija-flor-de-garganta-azul-africano (Anthreptes reichenowi). É provável que a Unidade de Vegetação/Habitat 3.1: Planície de inundação do Rio Govuro providencie habitat para 29 espécies de sapos, 7 de répteis, 74 de pássaros e 33 espécies de mamíferos. Quatro espécies da Lista Vermelha podem ocorrer aqui: a tartaruga de carapaça ondulada do Zambeze (Cycloderma frenatum) e aves de rapina: tartaranhão-rabillongo (Circus macrourus) e falcão-sombrio (Falco concolor). A condição do hipopótamo (Hippopotamus amphibius) no rio é incerta. As Unidades de Vegetação/Habitat 3.2, 3.3 e 3.5: Riachos Costeiros, Linhas de Drenagem Efémeras e Lagos-Barreira (Terras Húmidas) contêm habitats adequados para 29 espécies de sapos, 7 de répteis, 92 de pássaros e 28 espécies de mamíferos. Espera-se encontrar nestas terras húmidas, fauna constante na Lista Vermelha incluindo a tartaruga de carapaça ondulada do Zambeze (Cycloderma frenatum), bem como o tartaranhão-rabillongo (Circus macrourus) e o falcão-sombrio (Falco concolor). Também é possível que o flamingo pequeno (Phoeniconaias minor) visite estas terras húmidas, particularmente os lagos-barreira. O estado dos hipopótamos (Hippopotamus amphibius) na área é incerto, mas as condições do habitat são favoráveis à sua existência. A unidade de Vegetação/Habitat 3.4: Pântanos de Mangais borda extensas planícies de lama que fornecem a base de alimento para milhares de pernaltas de água doce e marinhas. As águas mais profundas fornecem um habitat favorável para o mamífero da Lista Vermelha, o dugongo (Dugong dugong). Nas áreas consideradas não transformadas, provavelmente ocorrem níveis variáveis de utilização pelas populações locais, mas existem habitats adequados para a maioria das espécies animais antecipadas. 5.1.8.3 Aspectos aquáticos A avaliação dos habitats nas áreas do Rio Govuro indica que todos os locais se encontram, em grande parte, não modificados (com a excepção óbvia dos pontos de travessia existentes) e que os impactos actuais são insignificantes. O único uso notável dos recursos vegetais no sistema fluvial é a colheita do junco comum (Phragmites australis) e do capim-serra (Cladium mariscus), que são duas das espécies dominantes na zona central da planície de inundação. As avaliações SASS5 dos levantamentos recentes indicaram um nível mais alto em todos os diferentes locais em comparação com os levantamentos ECOSUN realizados em 2005. O facto de que a classificação de valores 4.3 a 4.8 nos diferentes locais representa uma condição “Moderada” pode ser atribuído às classificações de sensibilidade mais baixa dos abundantes taxa respiradores encontrados num ambiente dominado por vegetação existente em habitats lentos/com pouca profundidade. Vinte e seis (26) das antecipadas 47 espécies de peixe nas bacias hidrográficas foram recolhidas ou observadas nos locais identificados no rio Govuro desde 2004. Foram registadas algumas espécies estuarinas ou marinhas no rio. Durante o levantamento anterior (Fevereiro de 2014) foram recolhidas ou observadas vinte e duas (22) espécies, em comparação com as 14 espécies anteriormente notificadas em 2004-2005. Dezembro 2014 Relatório No. 1405502-13168-7 37 PROJECTO MGTP: EPDA & TDR Todos os locais onde se extraíram amostras de peixe têm uma avaliação equivalente ao estado de “Alta Diversidade de Peixes”. Os resultados do levantamento actual, e a comparação com os anteriores dados do levantamento relacionados com as comunidades de peixes, indicam que o rio se encontra ainda num estado muito bom dado que os impactos induzidos pelo homem não afectaram o rio de forma significativa. Os dois lagos-barreira onde foram extraídas amostras registaram um nível muito baixo de diversidade de peixes, uma vez que só a tilápia de Moçambique (Oreochromis mossambicus) foi a espécie que registou números elevados. O facto de que estes lagos variam em tamanho, volumes de água, qualidade da água e parâmetros físicos durante as várias estações do ano, pode constituir uma explicação da razão por que estes peixes resistentes conseguem sobreviver. 5.1.9 Resumo de Situação de Referência Biofísica Em geral o local do Projecto MGtP pode ser descrito como uma área plana coberta por unidades de vegetação mistas de Florestas e Mosaico de Brenhas. Estas áreas têm tido uma actividade humana limitada devido à sua inacessibilidade; no entanto, existem áreas onde se verificam influências humanas um pouco mais afastadas do local do projecto, tais como a recolha de madeira e as práticas de agricultura para subsistência. Existe um número muito reduzido de corpos de água superficiais perto do local do projecto MGtP e alguns canais de drenagem não perenes são evidentes para sul da delimitação da área do projecto MGtP e mais para sul ao longo da servidão da linha de transmissão. Propõe-se instalar a conduta de água a atravessar o Rio Govuro perene e as terras húmidas a aproximadamente 8 km para Este do local do Projecto MGtP. O local preferido para o Projecto MGtP está localizado adjacente à CPF numa área que tem sido investigada até à data com um certo nível de detalhe. É este entendimento do ambiente biofísico da situação de referência que facultou ao proponente posicionar o local do Projecto MGtP e infra-estrutura associada de tal forma a fazer uso das servidões existentes, colocando as servidões lineares do Projecto MGtP adjacentes às existentes estradas, condutas, linhas de transmissão autorizadas e outras rotas. Através da localização do Projecto MGtP num posicionamento adjacente à CPF, o ambiente rural não é necessariamente fragmentado e dessa forma as infra-estruturas industriais ficam agrupadas. O local do Projecto MGtP já foi posicionado mais perto da CPF a fim de ser mantido fora da linha de inundação para sul do local. Através da AIA, serão realizados vários estudos especializados que irão fazer levantamentos no terreno e que irão proporcionar a recolha de dados de referência mais focados relativamente ao local do Projecto MGtP e servidões das infra-estruturas associadas. 5.2 Ambiente Socioeconómico 5.2.1 Contexto da área de estudo A área de estudo está situada nos Distritos de Inhassoro e de Vilanculos na província de Inhambane, a sul de Moçambique. A província de Inhambane é constituída por doze distritos, incluindo os distritos de Inhassoro e Vilanculos e dois municípios, nomeadamente o Município de Inhambane e o Município da Maxixe. A infra-estrutura do projecto, com a excepção de uma das secções mais a sul da linha de transmissão, enquadra-se no distrito de Inhassoro. Este distrito está localizado a norte da província de Inhambane, a 360 km da capital provincial. As divisões administrativas que atravessam a parte sul da área de estudo não reflectem qualquer distinção de ordem física, socioeconómica ou cultural. A área de estudo pode ser considerada como uma unidade com limitações e oportunidades socioeconómicas semelhantes. 5.2.2 Demografia A área de estudo do Projecto MGtP é uma área rural por natureza com alguns assentamentos populacionais situados a uma proximidade relativa das infra-estruturas propostas. Existem assentamentos agrícolas rurais nominais adjacentes à linha de transmissão. Mais para Este, à medida que uma pessoa se afasta do local do Projecto MGtP, ocorrem assentamentos mais densos ao longo da EN-1 (a Este e a Oeste da estrada) e a partir da EN-1 num sentido Este em direcção à costa. Dezembro 2014 Relatório No. 1405502-13168-7 38 PROJECTO MGTP: EPDA & TDR 5.2.3 Padrões de Assentamento Ao longo da costa adjacente à área de estudo existem vários assentamentos incluindo agregados familiares em aldeias de pescadores. Outras partes da faixa costeira são delimitadas para a construção de empreendimentos turísticos, incluindo casas de férias. Muito embora as famílias na área de estudo estejam, na sua maioria, agrupadas em povoados, também existem alguns assentamentos novos isolados ao longo das estradas e habitações antigas espalhadas entre os povoados e as estradas ligadas por trilhas. A localização de infra-estruturas como escolas, postos de saúde, bombas de água e algumas lojas informais pequenas correspondem aos centros populacionais com maior concentração de famílias. As habitações na área de estudo são essencialmente construídas com materiais locais, muito embora existam algumas casas construídas com materiais convencionais (cimento e tijolos). Os materiais usados para as habitações são recolhidos pela comunidade local em áreas não habitadas. É feito uso extenso de capim para telhados, que é extraído do Rio Govuro e terras húmidas associadas. 5.2.4 Actividades Económicas Na Província de Inhambane, os sectores económicos mais activos são a agricultura, a pesca, turismo, transporte e comunicações. Os distritos costeiros providenciam as principais contribuições em termos de turismo, pesca e produtos industriais. A agricultura constitui a actividade económica primária nos distritos de Inhassoro e de Vilanculos. Vastas proporções da produtividade económica destes distritos também provêm do sector de turismo e da pesca artesanal. As actividades económicas no enquadramento do Posto Administrativo de Vilanculos também estão relacionadas com o Município de Vilanculos. Este município funciona como um centro de desenvolvimento, estimulando o comércio local e prestação de serviços nesta região. O distrito de Vilanculos inclui o principal centro comercial a nível regional da Província e é também o principal portal para actividades turísticas de alta qualidade no Arquipélago de Bazaruto. 5.2.4.1 Produção Agrícola Culturas A mandioca, feijão-nhemba e amendoim são cultivados em geral somente para consumo doméstico. A produção comercial de milho e de amendoim só ocorre nas áreas interiores do distrito onde o solo é mais fértil e somente onde existem chuvas suficientes. Alguns proprietários de cabeças de gado ocupam vastas faixas de terra no interior do Posto Administrativo de Vilanculos. Os produtos hortícolas são produzidos em baixios ao longo do Rio Govuro e são cultivados como colheitas de subsistência ou são vendidos para proporcionar um rendimento adicional. No entanto, na maior parte das áreas de baixios ao longo da costa a água é salobra e não é adequada para a irrigação, como seria necessário para o cultivo de produtos hortícolas. As mangueiras, palmeiras e cajueiros perto da costa são usados para consumo local e para a produção de bebidas alcoólicas. A irrigação em pequena escala, o plantio de ananases e de jatrofa (ou pinhão manso) encontram-se nas fases iniciais de serem promovidas pelo sector agrícola, muito embora ainda com rendimentos variáveis para as famílias e associações de agricultores que as usam. Pecuária A maior parte das famílias faz a criação de animais domésticos e aproximadamente metade das famílias em Inhassoro criam cabritos (em média cerca de oito) e três quartos das famílias fazem criação de galinhas. Esta criação de animais é feita para consumo próprio e para venda a fim de complementar os rendimentos da família. A criação de animais em números maiores foi indicada como sendo muito rara. Segurança Alimentar A agricultura de subsistência constitui a principal fonte de meios de sustento para a maior parte da população em Inhassoro e Vilanculos e a grande maioria das famílias nesta área está dependente da terra Dezembro 2014 Relatório No. 1405502-13168-7 39 PROJECTO MGTP: EPDA & TDR para a produção de alimentos. Esta actividade é executada pela maior parte da população usando métodos manuais simples em pequenas machambas familiares. A maior parte das famílias nas áreas rurais ainda utiliza os métodos de corte-e-queima deixando a terra em pousio após dois ou três anos de cultivo. A tracção animal e o uso de tractores são raros, muito embora existam em algumas partes dos distritos. Quaisquer excedentes da reduzida produção agrícola são vendidos localmente em barracas ao longo da estrada para providenciar algum rendimento mas a maior parte das famílias tem um reduzido poder de compra e poucos rendimentos. Os distritos de Inhassoro e de Vilanculos sofrem de um baixo nível de produtividade do solo, precipitação reduzida e têm uma tendência para ciclones; e a dependência das comunidades locais na agricultura irrigada pela chuva torna essas populações vulneráveis a secas e como resultado, deparam-se com problemas cíclicos de segurança alimentar. A combinação de preços altos de alimentos básicos e baixos níveis de produção significa uma forte dependência de outras fontes de rendimento. Este facto é exacerbado quando os agregados familiares se deparam com anos consecutivos de chuvas irregulares com períodos de seca prolongados. As famílias recorrem à procura de emprego ocasional, onde este se encontra disponível. Para as populações que vivem perto da costa, este emprego é essencialmente relacionado com as actividades pesqueiras. Algumas famílias têm familiares a trabalhar na África do Sul ou na Suazilândia que enviam para casa grande parte dos seus salários. Tal proporciona uma fonte importante de rendimentos. As comunidades locais também utilizam as plantas selvagens como alimentos para suprimir a fome durante os períodos de escassez. Muito embora as secas sejam uma ocorrência normal e os meios de sustento da população possuem mecanismos para poderem superar estas instâncias, após anos consecutivos maus, esta capacidade dos agregados familiares de lidar e superar estas instâncias desgastou-se. Portanto, os agregados familiares pobres que vivem afastados da costa deparam-se com faltas significativas de alimentos devido ao facto de não poderem ganhar dinheiro adicional suficiente para cobrir as perdas na produção de colheitas e não possuírem reservas suficientes como meio de apoio. 5.2.4.2 Uso de Recursos Naturais Os recursos florestais são vastamente usados a nível local, dado a lenha constituir a fonte principal de combustível usada pelas famílias. Estes recursos são geralmente cortados dentro de um raio de cerca de 500 metros da maior parte das áreas de habitação e das áreas de machambas e tem levado à desflorestação em redor da maioria dos assentamentos populacionais, juntamente com a erosão em alguns locais. As áreas florestadas foram substituídas pelo desenvolvimento de pastos de savana e matas e brenhas secundárias. A actividade florestal comercial não se encontra substancialmente desenvolvida nos distritos de Inhassoro e Vilanculos. Existe algum abate de espécies com valor comercial tais como a Chanfuta, Mecrusse e os mangais para a recolha de madeira e de materiais de construção. Esta prática é comum em especial nas áreas perto das estradas onde existe a facilidade de transporte para o mercado e existe um alto nível de procura por postes de madeira (Mecrusse) para o interior dos distritos. O caniço extraído do Rio Govuro e dos lagos e terras húmidas ao longo da costa também é recolhido para a construção de telhados de colmo para instalações turísticas e casas de férias de investidores estrangeiros. A falta de instalações de processamento ou de armazenamento para os produtos que são cultivados e que crescem naturalmente significa que a melhor opção para uso de frutos excedentes (castanha-de-cajú e amarula) e outros produtos como cana-de-açúcar, é a produção de bebidas fermentadas ou destiladas. A extracção e venda de vinho de palmeira das palmeiras malala constitui também uma actividade amplamente praticada na área de estudo, e esta actividade é realizada durante todo o ano. Este produto pode providenciar uma fonte segura de rendimentos na estação seca quando já não existem outras alternativas. Como resultado do cultivo agrícola itinerante (métodos de corte-e-queima para o desbravamento) e o uso de fogo para forçar os animais a sair das tocas durante a caça, a queima não controlada de áreas de bosques tornou-se uma ocorrência cada vez mais familiar. Nos últimos anos têm-se realizado campanhas intensivas de educação geral das comunidades com relação a esta questão e com vista a reduzir a destruição destas áreas florestais. Dezembro 2014 Relatório No. 1405502-13168-7 40 PROJECTO MGTP: EPDA & TDR Pesca A nível nacional, a pesca artesanal na Província de Inhambane ocupa o quarto lugar em cinco províncias costeiras com maior produção de pescado, depois de Nampula, Zambézia e Maputo. A pesca marinha constitui uma actividade económica importante nos distritos de Inhassoro e Vilanculos, particularmente ao longo da costa. A maior parte da pesca é em pequena escala e de tipo artesanal usando redes (redes de cerco), fio de pesca e pesca com lança. A pesca providencia alimentos e rendimentos para uma grande parte da população economicamente activa onde a maioria dos homens são pescadores. A pesca constitui a fonte principal dos rendimentos do agregado familiar ou em dinheiro ou em produtos. Durante a estação fechada à pesca, os pescadores mais afectados empreendem outras formas de geração de rendimentos e nos anos bons cultivam e beneficiam das colheitas agrícolas no Inverno. A pesca nos riachos de água doce e nos lagos em redor da área de estudo é praticada quando existe peixe disponível depois das chuvas e nos lagos de superfície com uma qualidade de água apropriada. O pescado geralmente é reduzido e em geral é utilizado para a troca de produtos ou para consumo dado ter um valor baixo no mercado. Turismo A avaliação por parte do Ministério do Turismo realizada em 2006 com relação ao desempenho nacional de turismo classificou as áreas costeiras de Vilanculos e Inhassoro e o Parque Nacional do Arquipélago de Bazaruto (PNAB) em segundo lugar como o centro de maior atracção turística no país depois da cidade de Maputo. Inhassoro tem cinco hotéis estabelecidos há longa data e um número crescente de estâncias de férias de luxo e alojamentos turísticos (onde as pessoas preparam as suas próprias refeições) orientados essencialmente para os visitantes internacionais, mas também para um número crescente de Moçambicanos. Para além disso, existem complexos turísticos mais pequenos orientados para clientes a nível local. Existem também casas de férias tanto em Inhassoro e Vilanculos localizadas ao longo das praias a norte e sul dos centros distritais. A estratégia visada ao aumento do turismo no distrito de Inhassoro concentra-se nos atractivos marinhos e de praias e o melhoramento do acesso ao Arquipélago de Bazaruto. O turismo está a desempenhar um papel cada vez mais acentuado no desenvolvimento económico, gerando receitas importantes directa e indirectamente na vila de Inhassoro e Município de Vilanculos e arredores bem como nas ilhas do Arquipélago de Bazaruto. A região de Vilanculos/Inhassoro/Bazaruto constitui uma das três Áreas Prioritárias para o Investimento Turístico (APIT) incorporadas no Plano de Desenvolvimento Estratégico para Moçambique. Esta estratégia facilitou a identificação do local par o projecto âncora de investimento turístico da IFC/INATUR e pode-se assumir que este centro turístico irá agir como um elemento catalisador para outros empreendimentos de turismo e oportunidades associadas de emprego e um crescimento económico secundário no futuro. A maior parte das populações na área de estudo ainda não sentíramos benefícios deste potencial crescimento, muito embora as expectativas de turismo sejam elevadas, enquanto ao mesmo tempo o desenvolvimento turístico esteja a afectar negativamente os meios de sustento dos pescadores locais dado o seu acesso e uso da praia (bem como o uso do ambiente marinho no PNAB) estar a ser cada vez mais limitado. 5.2.4.3 Indústria e Comércio Local Para além do turismo e da produção de gás, existe um nível limitado de comércio e indústria na área de estudo e arredores. 5.2.4.4 Emprego Basicamente, as populações são pobres, com a maioria a viver com 1.25 USD ou menos por dia, com poucas oportunidades de ganhar mais. Os meios de sustento destas populações são baseados na agricultura de subsistência, plantação de alimentos básicos, e criação de galinhas e de outros animais domésticos. Perto da costa, a estratégia dos meios de sustento durante a maior parte do ano é a pesca. Dezembro 2014 Relatório No. 1405502-13168-7 41 PROJECTO MGTP: EPDA & TDR Existem poucas alternativas de fontes de rendimentos (pequenas lojas informais, abate de árvores para secar e vender como lenha, venda de algum vinho de palma lala e produtos hortícolas). Esta situação coloca as pessoas a um elevado nível de vulnerabilidade no evento de uma mudança que não seja gerida adequadamente. Entre as posses de maior valor para estas populações estão as redes mosquiteiras distribuídas gratuitamente pelo governo de vez em quanto (muito embora num dos povoados não existem praticamente nenhumas) e um telemóvel. Um terço das populações tem uma bicicleta e um rádio. Os carros são muito poucos. 5.2.4.5 Desenvolvimento a Nível Local A estratégia de desenvolvimento do Governo de Moçambique está resumida em dois planos, o Plano de Acção para a Redução da Pobreza Absoluta 2006-2009 (PARPA II) e o Plano de Acção para a Redução da Pobreza 2011-2014 (PARP). Estes planos nacionais providenciam o contexto para o Plano de Desenvolvimento da Província de Inhambane e Plano para o Desenvolvimento do Distrito de Inhassoro. O desenvolvimento humano, social e económico está incluído em todos estes planos. Os planos estão ligados aos Objectivos de Desenvolvimento do Milénio (ODM) ao qual Moçambique é signatário. Apesar de se considerar que tem havido progressos consideráveis, o país não tem possibilidade de atingir todos esses objectivos até 2015 como previsto. O Investimento social realizado no âmbito da Responsabilidade Corporativa (CSI) pela Sasol nos últimos 10 anos em Moçambique é de 13 milhões de USD. Na província de Inhambane, o valor total é de mais de 10.6 milhões de USD, e na área afectada do projecto cerca de 1.6 milhões de USD. Quase 200 projectos foram implementados desde 2003, principalmente projectos de infra-estruturas tais como construção de escolas, clínicas de saúde e furos de água equipados com bombas manuais. Este Programa resultou em benefícios substanciais para milhares de pessoas durante os últimos 10 anos, como por exemplo, o acesso a água, ao ensino e aos serviços de saúde. É importante destacar que os projectos da Sasol visam apoiar os objectivos de desenvolvimento do governo. Portanto, num esforço para apoiar o governo a ir de encontro aos objectivos do ODM, o foco do Investimento Social Corporativo (CSI) da Sasol para os próximos três anos irá ser centrado nos sectores de saúde (2014) e educação, saúde e ambiente para os anos de 2015 e 2106 respectivamente. 5.2.5 5.2.5.1 Equipamentos, Estruturas e Serviços Locais Escolas As escolas primárias estão localizadas em Mabime, Mangarelane, Mangugumete, Chitsotso, Maimelane e Temane e uma escola secundária na principal vila de Inhassoro. Um terço da população não tem educação formal e cerca de metade terminou o ensino primário. Apenas 8.2% completou o ensino secundário. A alfabetização adulta está abaixo de 7.3%. Nenhum dos entrevistados completou o ensino universitário e apenas 0.6% fez o ensino profissionalizante. 5.2.5.2 Serviços de Saúde Existem seis unidades sanitárias e duas novas em construção no Distrito de Inhassoro, tendo a Sasol sido responsável pela construção da unidade de Mangugumete e estando actualmente a construir uma nova unidade sanitária em Temane. Existem duas unidades sanitárias de Nível I com serviços de maternidade e de internamento, nomeadamente a de Inhassoro e Mangugumete, com 24 e 17 camas, em 2013 respectivamente (ou seja, 41 camas no total para um Distrito com uma população de 23.000 pessoas). Mais de um terço da população afectada continua a precisar de fazer deslocações de mais de 10 km para chegar à unidade sanitária mais próxima, muitas das vezes em estradas em muito mau estado. 5.2.5.3 Acesso a Água e a Instalações de Saneamento A principal fonte de água é a água dos furos, principalmente fornecidos pela Sasol e equipados com bombas manuais e o saneamento na maior parte dos casos é com base em latrinas ou enterrando os dejectos humanos. Há muito poucas latrinas melhoradas. Dezembro 2014 Relatório No. 1405502-13168-7 42 PROJECTO MGTP: EPDA & TDR 5.2.5.4 Electricidade A electricidade para Inhassoro, Vilanculos, Temane, Mangugumete e Maimelane é na sua maioria fornecida através de geradores que utilizam o gás natural do campo de Temane. Esta electricidade é comercializada pela empresa local EDM: Nenhum dos outros povoados na área de estudo tem electricidade e a maior parte cozinha fazendo uso de carvão ou de lenha obtidos localmente. São usadas lâmpadas locais de querosene para iluminação. Em algumas vilas, estão a ser usados painéis solares grandes por alguns habitantes e painéis menores por outros. Os painéis solares são uma das principais importações pelos trabalhadores migrantes na África do Sul. A posse de um painel solar constitui um dos principais factores de definição de status para as famílias na área. 5.2.6 5.2.6.1 Aspectos Culturais Características socioculturais das Comunidades na Área de Estudo A maior parte da população que vive na área de estudo pertence ao grupo étnico Matsua sendo a principal língua falada o Chitsua. No entanto existem algumas famílias que migraram para área durante o conflito armado provenientes de províncias e distritos vizinhos. A maior parte da população é Católica (45%) seguida de Protestantes (27%). O sul de Moçambique é caracteristicamente patriarcal sendo a herança e a autoridade transmitida através da linha masculina. As decisões importantes são tomadas pelo elemento masculino mais idoso da família, ou no caso de decisões que afectam a comunidade, pelos anciãos. A nível de família nas áreas rurais do sul, os chefes dos agregados familiares são geralmente homens, enquanto nos casos em que existem mulheres como chefes de família deve-se geralmente ao facto de serem viúvas ou, a nível temporário, devido à ausência prolongada dos maridos ou outros familiares masculinos que se encontram como trabalhares migratórios na África do Sul ou em outras cidades. Os chefes dos agregados familiares tomam as decisões relacionadas com o grupo familiar ou agregado familiar, como por exemplo, decisões relativas ao uso de colheitas e de qualquer rendimento derivado das mesmas, e sobre a distribuição de terras. Enquanto este sistema existe a nível de famílias, a nível comunitário o processo de tomada de decisões envolve os líderes tradicionais tais como os chefes de terras e régulos. Estas figuras de autoridade têm a maior influência e reconhecimento e estão envolvidos na resolução de disputas relacionadas com a terra, distribuição de terras a recém-chegados e arbitragem em casos que envolvem direitos fundiários. As cerimónias tradicionais na área de estudo normalmente têm lugar num local específico, como por exemplo na casa do líder tradicional, com todos os elementos da comunidade presentes. Também são realizadas cerimónias a nível familiar seguindo as tradições existentes em cada grupo familiar. As cerimónias tradicionais que envolvem invocar os antepassados para fins de assegurar a produtividade da terra e do mar são geralmente realizadas pelos líderes locais ou “proprietários de terras” ou chefes de terras, ou pelos régulos, que podem ter a assistência dos curandeiros tradicionais. Os locais sagrados incluem cemitérios, árvores e florestas sagradas usada para apaziguar os espíritos e ainda alguns corpos de água no interior. Os líderes locais podem ser autoridades tradicionais que ainda têm algum tipo de influência informal como chefes, ou podem ser indivíduos legal e formalmente reconhecidos pelo governo. 5.2.7 Resumo da Situação Socioeconómica de Referência O local proposto para o Projecto MGtP está localizado adjacente às instalações CPF existentes (a 500 m para sul), num ambiente predominantemente rural. Os assentamentos ou povoados mais próximos estão situados a aproximadamente 1.5 km para Este e para Oeste. A infra-estrutura linear proposta, como a conduta para a água e a linha de transmissão, irá atravessar alguns agregados familiares espalhados na área e as suas respectivas machambas. Esta infra-estrutura foi posicionada de forma a evitar interferir com a população local e com as actividades de subsistência agrícola. O local de desembarque na praia que irá ser necessário para trazer o equipamento e infra-estruturas por mar constituirá uma actividade temporária somente durante a fase de construção e a sua localização ainda está por determinar. Este local de desembarque e a rota da estrada para o Projecto MGtP serão cuidadosamente considerados no contexto Dezembro 2014 Relatório No. 1405502-13168-7 43 PROJECTO MGTP: EPDA & TDR dos povoados e assentamentos costeiros, bem como de outros aspectos sensíveis de ordem social e ambiental. 6.0 6.1 QUESTÕES AMBIENTAIS DESTACADAS PELO PROJECTO Questões fundamentais que serão analisadas no EIA As questões que se encontram examinadas no presente capítulo foram determinadas através de vários encontros com a equipa de estudo especializada, com base nos conhecimentos dessa mesma equipa sobre a área de estudo e sobre as actividades da Sasol existentes em Moçambique. As questões principais serão analisadas e actualizadas após a definição do âmbito de âmbito a nível público e pelas autoridades governamentais, a qual terá lugar entre 19 de Janeiro de 2015 a 17 de Fevereiro de 2015. Na eventualidade de serem levantadas questões adicionais nestes fóruns e que justifiquem alterações aos termos de referência dos estudos especializados, estas serão incluídas no documento final apresentado ao MICOA. As questões principais especificadas a seguir estão apresentadas num formato simples, com uma breve explicação após cada uma delas. 6.1.1 Questões Relacionadas com o Impacto sobre a Qualidade do Ar Questão Fundamental 1: Até que ponto as actividades associadas de construção terão impacto sobre a qualidade do ar nas comunidades envolventes? A construção e o desenvolvimento do local do Projecto MGtP irá envolver o uso de equipamento pesado, tanto para o transporte dos materiais de construção como para as próprias actividades de construção. As questões relativas à qualidade do ar associadas com as actividades de construção são essencialmente questões sobre perturbação ou incómodo, particularmente no que se relaciona a poeiras. As actividades de construção podem perturbar ou incomodar os habitantes que residem perto das estradas de acesso e do próprio local do projecto. Os agregados familiares próximos podem ser expostos a poeiras produzidas pelas viaturas pesadas usadas nas obras de construção e outro tipo de tráfico, particularmente durante a estação seca. Para fins da AIA, deve ser usado um modelo de dispersão de ar a fim de se fazer uma previsão da dispersão dos poluentes e em particular das poeiras derivados do local do projecto da central térmica e das estradas de acesso, usando factores genéricos de emissão que se encontram disponíveis através de bases internacionais de dados e levando em consideração a proximidade dos agregados familiares ao local de construção e às estradas de acesso. Tal deve providenciar a base para quaisquer medidas de mitigação necessárias a fim de reduzir a produção de poeiras e de outros poluentes do ar durante a construção, bem como o impacto cumulativo das operações. Questão Fundamental 2: Será que o funcionamento da Central Térmica irá resultar em impactos sobre a qualidade do ar nas comunidades circundantes e existe alguma possibilidade de que a deposição de poluentes no solo possa vir a afectar a produção de colheitas? Durante os últimos 10 anos tem sido feita a monitorização de três parâmetros de qualidade do ar na área de delimitação da CPF. Estes parâmetros são as Matérias Particuladas (PM10), dióxido de enxofre (SO2) e dióxido de azoto (NO2). Os valores medidos relativamente a estes parâmetros são comparados com os requisitos aplicáveis à qualidade do ar especificados na legislação de Moçambique e, onde não exista qualquer valor especificado (como é o caso das PM10), estes são comparados com as directrizes da Organização Mundial da Saúde. A directriz da OMS relativamente às PM 10 encontra-se incluída no Plano de Gestão Ambiental para as Operações (PGA-o) para a CPF. As medições de PM10 ocasionalmente excederam o limite de qualidade do ar ambiente recomendado na área de delimitação da CPF, mas os peritos em matéria de qualidade do ar atribuíram este facto à incidência de fogos no mato e outras actividades nas áreas rurais, que aumentaram os níveis ambientes para níveis elevados durante alguns meses do ano. Os resultados mais recentes da monitorização realizada na área de delimitação da CPF, registados em 2013, ilustram que todos os três parâmetros de qualidade do Dezembro 2014 Relatório No. 1405502-13168-7 44 PROJECTO MGTP: EPDA & TDR ar se encontram bem em linha com os padrões e directrizes de qualidade do ar ambiente, tal como especificado no PGA-o e preconizado na legislação de Moçambique. Não obstante o baixo nível de impacto sobre a qualidade do ar causado pela Planta, têm-se registado instâncias em que as comunidades envolventes se têm queixado sobre a poluição atmosférica, atribuindo as culpas da falha das colheitas ao projecto. Tal tem ocorrido em particular, com relação ao fumo negro da chaminé da chama, que até 2006 era bastante visível. A comunicação com as comunidades afectadas aparentemente resolveu esta questão, e subsequentemente a Sasol montou um aerador sob pressão na torre do queimador, o que aumenta a turbulência no topo, resultando numa combustão mais eficiente e uma chama de queima mais limpa. O funcionamento da nova central térmica irá resultar em emissões adicionais. Muito embora seja pouco provável que estas fontes adicionais venham a mudar, de forma significante, o baixo nível do impacto sobre a qualidade do ar presentemente produzido na planta adjacente da CPF, é necessário que tal seja verificado na AIA através da modelação e análise da dispersão. A AIA também terá que levar em consideração a significância do risco da deposição cumulativa de poluentes atmosféricos sobre a fertilidade do solo ao longo de muitos anos, dado que esta questão constitui uma questão de possível preocupação para as comunidades envolventes. 6.1.2 Questões Relacionadas com o Impacto do Ruído Questão Fundamental 3: Até que ponto as actividades de construção resultarão em perturbações causadas por ruídos nas comunidades circundantes? O funcionamento de maquinaria e de equipamento pesado de construção constitui uma actividade ruidosa. Para além dos ruídos causados pela maquinaria e equipamento de construção, existem várias outras fontes de ruído no local de construção que podem contribuir para o impacto geral do ruído, incluindo os compressores e os geradores. Dado que as actividades de construção podem levar entre 24 a 34 meses a finalizar, existe a possibilidade de um impacto considerável de ruído nas áreas onde os agregados familiares se encontram localizados perto do local do projecto, especialmente se as actividades de construção continuarem durante o período nocturno. Durante o período nocturno (reconhecido pela Organização Mundial da Saúde como o período entre as 22h00 e as 06h00), tanto a transmissão de som como a sensibilidade dos receptores aumentam, e a significância do impacto do ruído é portanto muito maior durante esse período. Muito embora a área de localização do projecto MGtP seja em geral mais isolada do que nas áreas mais próximas de Inhassoro, e existam muito menos agregados familiares que possam sofrer qualquer tipo de impacto, os potenciais impactos do ruído devem ser verificados e a AIA deverá investigar o impacto do ruído que as actividades de construção terão nos agregados familiares circundantes bem como quais as medidas de mitigação que devem ser levadas em consideração na avaliação acústica, onde necessário, caso existam agregados familiares que estejam situados muito próximo das áreas de construção. Questão Fundamental 4: Que impacto terão as emissões cumulativas de ruído da nova central térmica nos níveis de som nas comunidades circundantes? As actuais emissões de ruído nas áreas de estudo são essencialmente derivadas da CPF. Têm sido feitas durante vários anos medições em redor do perímetro do local e nas áreas circundantes e foi determinado que os níveis de ruído no período nocturno, causado pela planta CPF, excedem os limites recomendados pela OMS/Banco Mundial para a área de delimitação da planta e na orla da Zona de Protecção Parcial, que está situada a uma distância de 500 m da vedação da planta CPF e que constitui a área onde o uso de terra pela comunidade é proibido. Nos agregados familiares circundantes mais próximos para além desta delimitação da ZPP, os níveis de ruído estão em conformidade com o limite de 45 dBA estipulado pela OMS para o período nocturno com a excepção de um agregado familiar situado a noroeste da planta, onde o nível de ruído nocturno medido foi de 46.6 dBA. As outras excedências do limite nos agregados familiares em redor da CPF são o resultado de um nível elevado de ruído produzido pela central eléctrica da EDM, que está situada a uns 750 m a nordeste da CPF. Enquanto os níveis de ruídos causados pelas instalações nunca tenham constituído uma questão de preocupação levantada pelas comunidades residentes em redor da CPF, existe a possibilidade de um Dezembro 2014 Relatório No. 1405502-13168-7 45 PROJECTO MGTP: EPDA & TDR aumento gradual dos níveis de som mecânicos como resultado da nova central térmica bem como do aumento de emissões sonoras. A nova central térmica pode causar um aumento no ruído durante o período nocturno. Tal pode vir a resultar na excedência das directrizes do Banco Mundial a distâncias maiores da área ocupada pela CPF e pela central térmica e em áreas onde residam números elevados de pessoas, em particular nas áreas nordeste e noroeste das instalações do projecto. As investigações enquadradas na AIA irão exigir a modelação das emissões de ruídos produzidos nas instalações de forma a determinar os potenciais aumentos nos níveis sonoros nas áreas circundantes, como base para a avaliação do impacto e o desenvolvimento de quaisquer medidas de mitigação necessárias. 6.1.3 Questões Relacionadas com a Poluição das Águas Superficiais e das Águas Subterrâneas Questão Fundamental 5: Qual é o risco de possível poluição das águas subterrâneas e das águas superficiais causada pela descarga de águas residuais tratadas pela unidade de processamento bem como causada pelo manuseamento e gestão dos resíduos sólidos? A gestão das águas residuais e dos resíduos sólidos na CPF está presentemente a ser feita em conformidade com o PGA-o, que inclui os requisitos determinados pela lei de Moçambique. As águas residuais das CPF são constituídas por águas produzidas (água que é limpa do fluxo de gás), águas residuais industriais, a maior parte das quais provém de águas de lavagem das instalações e águas pluviais captadas da parte interior da área da planta, e inclui ainda o efluente doméstico. As águas residuais industriais são tratadas de forma a aderirem aos padrões de descarga especificados no PGA-o e juntamente com as águas residuais domésticas, que são tratadas num sistema de biorreactor com membrana para o tratamento de águas residuais, são testadas em termos dos padrões de desempenho especificados no PGA-o e sujeitas a estarem em conformidade com os mesmos são irrigadas para os relvados e jardins da CPF. Os resíduos sólidos são escolhidos e separados numa área de separação para fins de reciclagem. Todos os materiais recicláveis (plásticos, papel e ferro-velho) são disponibilizados a empresas de reciclagem que recolhem este material na CPF. Os efluentes sólidos e líquidos que sejam apropriados para fins de incineração são enviados para um incinerador no local. Estes incluem resíduos oleosos desidratados derivados da estação de tratamento de águas residuais, lamas de depuração da estação de tratamento de águas de esgotos, e várias outras correntes de resíduos que são consideradas apropriadas para incineração. As cinzas residuais são eliminadas num local de tratamento e eliminação de resíduos perigosos que se encontra adequadamente revestido, e que se situa dentro dos limites das instalações da CPF. Ao longo dos anos, a Sasol reforçou a sua capacidade em termos de gestão de águas residuais e gestão de resíduos sólidos na CPF, de forma a aderir totalmente aos requisitos do seu PGA-o e a vários procedimentos detalhados de gestão de resíduos, que constituem parte do padrão ISO 14001 aprovado do seu Sistema de Gestão Ambiental. A monitorização e auditorias independentes têm documentado o elevado nível de desempenho a este respeito.Com pequenas excepções, a monitorização regular (bianual) das águas subterrâneas nos furos de águas subterrâneas em redor da CPF não tem indicado qualquer desvio significativo no quadro de qualidade de águas a nível regional. O projecto MGtP proposto irá produzir resíduos adicionais de construção, durante a fase de construção, bem como um aumento baixo a moderado nas quantidades de águas residuais e resíduos sólidos derivados das operações. Para além de uma Estação de Tratamento de Água Residuais Industriais separada para a Central Térmica MGtP, que será idêntica às instalações existentes na CPF, os sistemas de gestão de resíduos irão provavelmente ser semelhantes aos implementados na CPF, aderindo aos princípios e práticas estabelecidos e que foram desenvolvidos para as instalações existentes da CPF. Para fins da AIA, deve ser realizada uma avaliação exaustiva das práticas existentes de gestão de águas residuais e de resíduos sólidos, como base para a verificação do desempenho da planta existente e avaliação do provável impacto da Central Térmica MGtP sobre as águas subterrâneas e de superfície, tanto durante a fase de construção como durante a fase operacional do projecto. Dezembro 2014 Relatório No. 1405502-13168-7 46 PROJECTO MGTP: EPDA & TDR 6.1.4 Questões Relacionadas com a Integridade do Ecossistema Questão Fundamental 6: Qual é o risco das actividades de construção sobre a biodiversidade, flora e fauna na área, com referência específica às espécies constantes na Lista Vermelha da IUCN? A maior parte das infra-estruturas do projecto MGtP será localizada em habitats que têm sido extensivamente modificados por agricultores de subsistência ao longo de muitos anos. Enquanto a intensidade do uso arável aumenta de forma acentuada quando mais próximo de assentamentos populacionais maiores, ocorrem alguns habitats não perturbados em todas as áreas mas que foram tipicamente cultivados em dado momento no passado, e se encontram em várias fases de recuperação. Assim, não se prevê que a sensibilidade deste habitat secundário à mudança seja alta, com algumas excepções e condições específicas, que são: Manchas florestais: Muitas vezes com um diâmetro não superior a 20 – 25 metros, estas manchas são ricas em termos de biodiversidade. Estas estão tipicamente associadas com formigueiros. Existe evidência de ocorrência das mesmas na área de estudo e no local da central térmica MGtP e embora não constituam unidades de vegetação reconhecidas, estas são sensíveis a qualquer tipo de perturbação. Rios e Terras húmidas: O Rio Govuro e terras húmidas associadas constituem habitats com uma elevada diversidade e sensibilidade biológicas. Lagos-Barreira: Estes sistemas fluem numa cadeia com uma orientação norte-sul através da área de estudo e são considerados como sendo habitats com um elevado nível de biodiversidade e sensibilidade. Linhas costeiras de drenagem: Em geral, são linhas de drenagem curtas e largas com uma orla extensa nas terras húmidas, estendendo-se desde a bacia hidrográfica que se situa paralela à costa a aproximadamente 6 km no interior, até ao mar. As indicações iniciais são que estas constituem sistemas bio-diversos altamente produtivos, com uma excelente qualidade de água, providenciando um habitat para uma variedade de peixes e de outras espécies. Adicionalmente, existem cerca de dezoito espécies de plantas registadas na Lista Vermelha relativa ao Distrito de Inhambane, doze espécies de aves registadas na Lista Vermelha, três espécies de répteis registadas na Lista Vermelha e três espécies de mamíferos registadas na Lista Vermelha, e que devem ser levadas em consideração. É pouco provável que os impactos directos das actividades de construção sejam significativos, desde que as áreas sensíveis e as espécies registadas na Lista Vermelha da IUCN (no que se relaciona com as actividades de desmatamento e de desminagem foi desenvolvido um Plano de Gestão Ambiental (PGA) específico para orientar estas actividades). O impacto operacional directo do projecto irá provavelmente ser insignificante. Os impactos ecológicos indirectos que justificam a devida consideração na AIA estão relacionados com a possibilidade de um maior assentamento na área como resultado do acesso providenciado pelas estradas de areia permanentes ao longo das servidões do gasoduto e da linha de transmissão, e a perda do habitat e impacto sobre a fauna que podem resultar deste acesso. Prevê-se que este impacto tenha uma significância baixa a Leste da Estrada Nacional EN-1 uma vez que já existe um bom acesso mas as servidões do gasoduto e das linhas de transmissão a sul do local da central térmica MGtP encontram-se mais isoladas, e o impacto deste facto terá que ser levado em consideração na AIA. Dezembro 2014 Relatório No. 1405502-13168-7 47 PROJECTO MGTP: EPDA & TDR 6.1.5 Questões Relacionadas com o Desenvolvimento Turístico e Actividades Socioeconómicas Questão Fundamental 7: Será que a localização das estruturas temporárias de desembarque na praia e actividades na faixa costeira a sul de Inhassoro têm impacto sobre a indústria do turismo e as actividades dos pescadores locais? O Arquipélago de Bazaruto constitui um destino turístico bem conhecido a nível internacional. Segundo a avaliação do desempenho do turismo efectuada pelo Ministério do Turismo, as áreas costeiras de Vilanculos e de Inhassoro, juntamente com o Parque Nacional do Arquipélago de Bazaruto (PNAB) constituem o segundo maior centro de receitas derivadas do turismo no país, a seguir à Cidade de Maputo. As estruturas temporárias de desembarque na praia podem exigir que os navios fiquem ancorados num dos dois pontos de ancoragem conhecidos perto da Ilha de Bazaruto. O equipamento e os materiais serão então transferidos por batelões por mar, e trazidos para Inhassoro atracando o batelão num pontão temporário construído na praia e que se estende para o mar. O batelão irá atracar neste pontão e durante a maré baixa o equipamento e os materiais serão transportados do batelão para terra para posterior transporte para a área de estaleiro de construção e eventualmente para o local do projecto MGtP. Devido a estas actividades, muito embora sejam temporárias e tenham uma duração limitada (o desembarque do equipamento e dos materiais só será feito durante a maré baixa) pode existir uma percepção de impacto das embarcações ancoradas ao largo que entra em conflito com a beleza cénica da Ilha de Bazaruto e actividades turísticas associadas. As estruturas de desembarque na praia perto de Inhassoro também podem por si próprias ser consideradas como um impacto negativo de um ponto de vista de turismo. Os pescadores locais que utilizam de forma extensiva a faixa costeira para fins de pesca artesanal podem considerar que estas actividades temporárias podem interferir com as suas actividades de pesca diária. Estes impactos antecipados terão que ser avaliados na AIA e qualquer tipo de mitigação necessária terá que ser informada através de consulta com as partes interessadas. 6.1.6 Questões Relacionadas com Emprego e Benefícios Económicos Questão Fundamental 8: Quais as oportunidades de emprego e outros benefícios económicos que virão a resultar da construção e funcionamento do projecto e qual a proporção destas oportunidades de emprego que irão beneficiar os trabalhadores moçambicanos? As oportunidades de emprego e a forma como estas são distribuídas entre as populações locais e de outras regiões constitui uma questão fundamental levantada por muitas das partes interessadas. Na medida que esta informação se encontrar disponível, esta será apresentada e avaliada na AIA. Com relação ao impacto macroeconómico; devido ao nível preliminar do planeamento técnico de engenharia e financeiro, a Sasol/EDM não está em condições de providenciar informação detalhada por sectores sobre os gastos de construção e das operações que poderiam ser usados para apoiar um modelo macroeconómico. Como resultado, os multiplicadores económicos a montante e a jusante que são tipicamente associados com projectos de alta envergadura deste tipo, e que criam oportunidades significativas de emprego, receitas fiscais e outros benefícios económicos não podem ser calculados. 6.1.7 Questões Relacionadas com o Reassentamento e Restauração dos Meios de Sustento Questão Fundamental 9: Até que ponto a construção e operações do projecto irão resultar na necessidade de reassentamento e de que forma serão afectados e restaurados os meios de sustento das populações afectadas? Não existem proprietários conhecidos no local do projecto MGtP nem proprietários de campos cultivados que ocupem a pegada deste local ou que possam resultar em qualquer tipo de perda para as comunidades ou ter impacto sobre a sua segurança alimentar. Não se antecipa qualquer reassentamento relativamente ao local do projecto MGtP. Dezembro 2014 Relatório No. 1405502-13168-7 48 PROJECTO MGTP: EPDA & TDR A conduta de água que irá funcionar deste o local do projecto MGtP atravessando o Rio Govuro até ao furo de abastecimento de água ficará localizada na servidão existente do gasoduto da Sasol e da estrada. Não se prevê a localização de qualquer tipo de assentamento populacional dentro desta servidão e não haverá portanto necessidade de reassentamento. Podem, no entanto, existir campos agrícolas que estejam localizados dentro desta servidão. A linha de transmissão irá procurar evitar quaisquer assentamentos e campos agrícolas através de um alinhamento cuidadoso da servidão da linha de servidão bem como da colocação das estruturas de assentamento das torres. A AIA deve levar em consideração a perda permanente das terras agrícolas em termos da sua disponibilidade para uso agrícola e o efeito que este aspecto terá sobre a segurança alimentar nas comunidades afectadas. As populações nas áreas afectadas pelo projecto sofrem de extrema pobreza, e é provável que questões relacionadas com a perda de acesso a terras venham a ser significativas. O facto de que a maior parte das terras que podem vir a sofrer impacto devido ao projecto não se encontrarem cultivadas não significa que não são usadas como parte do ciclo de agricultura para subsistência. O pousio dos campos agrícolas constitui um elemento importante da agricultura de subsistência dado que em geral, não são aplicados fertilizantes e a contínua fertilidade da terra está dependente do seu uso rotativo. A realização de sessões de consulta com as comunidades rurais sobre o uso da terra e a disponibilidade de outras terras para o cultivo rotativo de colheitas deve providenciar informação importante para esta avaliação, bem como a realização de consultas com a Sasol sobre as oportunidades para reduzir a esterilização das terras da menor forma possível. Para além disso, a AIA deve providenciar uma estimativa das prováveis perdas de culturas e de outros recursos naturais que irão ocorrer como resultado da localização das infra-estruturas lineares, bem como a perda de quaisquer infra-estruturas, incluindo agregados familiares (caso aplicável). Uma análise das actuais imagens por satélite sugere que a necessidade de reassentamento devido à perda dos agregados familiares será insignificante e pode possivelmente ser completamente evitada. Os impactos devem ser considerados no contexto do Programa de Planeamento e Implementação do Reassentamento (PPIR) da Sasol, que foi elaborado em consulta com o Governo de Moçambique e com o Banco Mundial, e que providenciou a base para todas as anteriores compensações concedidas a pessoas que tenham sofrido perdas como resultado das actividades da Sasol. 6.1.8 Questões Relacionadas com Patologias Sociais e de Saúde Questão Fundamental 10: Até que ponto a construção e operações do projecto irão resultar num aumento das patologias sociais nas comunidades envolventes? O impacto de uma numerosa força de trabalho em obras de construção sobre as comunidades nas áreas circundantes resulta potencialmente em várias patologias sociais. Pode registar-se um aumento na prevalência do HIV/SIDA, associada com a prostituição. Também existe, tipicamente, um aumento na incidência de brigas, abuso de álcool e de uso de drogas associados com o grande influxo de trabalhadores estrangeiros (não locais) durante a fase de construção. A transmissão de malária pode aumentar. Para fins da AIA, estes impactos devem ser avaliados através da análise de dados relacionados com os impactos de anteriores construções, que foram recolhidos durante os últimos 10 anos, e através de entrevistas às populações residentes nestas áreas, incluindo líderes comunitários, profissionais de saúde e ONGs focadas na área de saúde sobre as suas experiências relativamente a impactos anteriores da construção. Esta constatação pode providenciar pontos de vista úteis sobre os problemas com que se deparam as comunidades locais durante a fase de construção do projecto e identificar oportunidades para uma mitigação eficaz dos impactos negativos. Questão Fundamental 11: Quais serão as consequências sociais da expansão sobre as comunidades circundantes? Foi feita referência ao impacto de grandes forças de trabalho envolvidas em actividades de construção sobre as patologias sociais nas comunidades afectadas. Este impacto será aumentado na Central Térmica, onde a mão-de-obra para a construção da nova planta será alojada. O projecto actuará como um elemento de atracção para pessoas que procuram emprego, causando a migração de pessoas para as comunidades mais próximas o que terá um impacto adicional sobre os Dezembro 2014 Relatório No. 1405502-13168-7 49 PROJECTO MGTP: EPDA & TDR povoados tais como Mangugumete. Para fins da presente AIA, estes povoados podem servir como estudos de caso no que se relaciona com os efeitos positivos e negativos da presença da Sasol nesta área durante os últimos 10 anos, e podem ainda ser usados como uma base para a avaliação dos impactos causados pela construção da nova planta. Nos levantamentos no terreno para fins da Avaliação do Impacto Social para a AIA haverá uma oportunidade para se fazer uma avaliação das mudanças que ocorreram nestes povoados, em termos de demografia, estado de saúde, emprego, rendimentos disponíveis e outros indicadores sociais, levando em consideração o investimento social que a Sasol fez nestes sectores no decorrer dos anos, e usar esta informação como base para a avaliação do impacto e o desenvolvimento de medidas apropriadas de mitigação. 6.1.9 Questões Relacionadas com o Património Cultural Questão Fundamental 12: Será que a localização das infra-estruturas do projecto terá impacto sobre o património cultural tal como se encontra definido pela Lei de Protecção do Património Cultural de Moçambique (Decreto nº 10/88)? A Lei de Protecção do Património Cultural de Moçambique (Decreto nº 10/88) protege legalmente os bens materiais e não materiais que constituem a história cultural de Moçambique. Este património cultural pode incluir uma vasta variedade de artefactos, locais e formações biológicas que têm interesse científico ou estético. O Arquipélago de Bazaruto encontra-se especificado nessa lei como um exemplo de um local natural com interesse científico e estético. Existe pouca informação disponível sobre o património cultural da área de estudo. Os recursos patrimoniais, que se sabe existirem na área e que podem vir a ser afectados pela construção de áreas de poços e linhas de fluxo, incluem: Sepulturas e cemitérios; Locais sagrados; Estruturas, ruínas históricas, círculos em pedra, fortificações antigas; Líticos e artefactos em cerâmica que eram usados por caçadores-recolectores; Vestígios da história portuguesa, incluindo implementos, moedas, documentos e manuscritos; Pequenos símbolos de liderança, essencialmente religiosos (Manyikeni Zimbabwe e outros símbolos); e Artefactos da Idade da Pedra. Será necessário fazer-se um levantamento no terreno a fim de determinar a ocorrência e a possível significância de quaisquer artefactos ou locais de valor patrimonial nas áreas de poços e ao longo das rotas das estruturas lineares. Para além disso, devem ser usadas auscultações com as comunidades durante o levantamento social para fins de identificação e mapeamento de quaisquer sepulturas, cemitérios e locais sagrados. Deve ser elaborado um procedimento de gestão de descobertas acidentais em conformidade com os requisitos da IFC (2012) em conformidade com as especificações dos Padrões de Desempenho da IFC. 6.2 A Área de Influência do Projecto As delimitações físicas da área de influência do projecto variam entre uma componente ambiental e a outra. Em alguns casos, a área de estudo pode estender-se somente até às delimitações físicas associadas com as actividades propostas enquanto em outros casos esta pode estender-se para além destas delimitações. Com base no uso de uma análise preliminar das questões, descritas acima, as tabelas a seguir apresentam um resumo da área de influência do projecto para cada uma das componentes ambientais. As definições das áreas utilizadas na tabela são como estão definidas a seguir: Dezembro 2014 Relatório No. 1405502-13168-7 50 PROJECTO MGTP: EPDA & TDR NSI Área de influência sem significância (sigla correspondente ao termo em Inglês - No significant area of influence). U Área incerta de influência que requer investigação na AIA (sigla correspondente ao termo em Inglês – Uncertain). Site (significa o Local) O local imediato d desenvolvimento, que no caso do local da Central Térmica MGtP é uma área com uma extensão de 140 hectares localizada a 500 m a sul da CPF, no caso da linha de transmissão é uma área de servidão com 55 m de largura dentro da ZPP de 200 m de largura e com relação à conduta de água e de gás é a servidão com uma largura de 50 metros necessária para a construção da infra-estrutura linear e manutenção da mesma. ZPP A zona tampão de 500 m em redor da delimitação da MGtP, juridicamente definida, que proíbe o uso da terra para fins de assentamento ou outros possíveis usos que podem entrar em conflito com o funcionamento seguro da planta. Local A área nas proximidades do local, em geral num raio de alguns quilómetros. Em redor da planta da MGtP, é a área até e incluindo os povoados de Temane e de Mangugumete, no cruzamento com a EN-1. Ao longo da linha de transmissão e da servidão da conduta é a área de 2 km em ambos os lados das mesmas. Regional Toda a área desde a parte oeste do local da MGtP e CPF existente até à costa e de Inhassoro até Vilanculos ou, no caso dos sistemas fluviais, a área desde os cruzamentos no Rio Govuro em sentido norte para o mar ou a área das linhas curtas de drenagem costeira em direcção ao mar. Nacional A República de Moçambique A Tabela 6 e a Tabela 7 apresentam um resumo das áreas de influência do projecto previstas, com relação às componentes ambientais fundamentais. Dezembro 2014 Relatório No. 1405502-13168-7 51 PROJECTO MGTP: EPDA & TDR Tabela 6: Área de Influência Directa e Indirecta da Planta da MGtP Planta MGtP Impacto do projecto sobre: Geo-hidrologia Hidrologia da Superfície Solos / Agricultura Qualidade do Ar Fase de Construção Fase Operacional Área de Influência Directa Área de Influência Indirecta Área de Influência Directa Área de Influência Indirecta NSI NSI NSI NSI Site NSI Site NSI Site NSI NSI NSI ZPP NSI Local NSI Local NSI Local NSI Site NSI NSI NSI NSI Site NSI NSI NSI NSI NSI NSI NSI NSI NSI NSI Ruído Ecologia Terrestre e Biodiversidade Terras húmidas Fauna Terrestre Fauna e Flora Aquáticas Mamíferos marinhos Ambiente Social U U NSI NSI Nacional Nacional Nacional Nacional Dezembro 2014 Relatório No. 1405502-13168-7 Descrição Durante as fases de construção e de operações, não se antecipa qualquer impacto significante nas águas subterrâneas. Gestão dos resíduos sólidos e das águas residuais em linha com padrões rigorosos de acordo com os procedimentos existentes no PGA-o. Os impactos da construção sobre a água superficial são limitados ao próprio local. Todas as águas residuais tratadas durante as operações (existentes e futuras) são retidas no local para fins de irrigação dos relvados e jardins, sujeitos aos limites finais de qualidade das águas residuais especificados no PGA-o. Os impactos da construção irão resultar na perda de solo devido à pegada do local da Planta da MGtP. Os impactos da construção (essencialmente poeira) podem estender-se ultrapassando a delimitação da área para dentro da ZPP (500 metros em redor do local da MGtP). Os impactos operacionais podem estender-se para a ZPP mas é pouco provável que excedam os limites do PGA-o para além desta delimitação. A deposição aérea de poluentes nos solos, muito embora seja pouco provável, pode estender-se para a área local. Os impactos da construção podem estender-se em cerca de 1 a 2 km até aos locais onde existem alguns agregados familiares na comunidade local, particularmente se forem realizados trabalhos à noite. Os ruídos operacionais no período nocturno podem exceder as directrizes do Banco Mundial em alguns locais de agregados familiares. Os impactos da construção resultarão na perda de vegetação no local da Planta da MGtP. Não existem quaisquer terras húmidas na possível área de influência da nova planta MGtP. A perda directa de habitats de fauna irá ocorrer no local da planta MGtP. Não existem quaisquer recursos aquáticos na área de influência da nova planta MGtP. Durante a fase de construção das estruturas temporárias de desembarque registar-se-á um aumento de actividades de embarcações entre a Ilha de Bazaruto (ponto de ancoragem) e os batelões a transportarem o equipamento destas embarcações até ao local de desembarque na praia perto de Inhassoro (estão sob investigação locais alternativos). Os potenciais impactos directos e indirectos (se existirem alguns) sobre os mamíferos marinhos terão que ser investigados durante a AIA. Impactos positivos em termos de emprego da fase de construção, enquanto a curto prazo serão a nível 52 PROJECTO MGTP: EPDA & TDR Planta MGtP Impacto do projecto sobre: Fase de Construção Área de Influência Directa Área de Influência Indirecta Fase Operacional Área de Influência Directa e Económico Saúde Comunitária Local Património Cultural Nacional Local Nacional Site NSI NSI NSI Local NSI Local NSI Regional NSI Local NSI Visual Tráfico Dezembro 2014 Relatório No. 1405502-13168-7 Descrição Área de Influência Indirecta nacional em termos de extensão física. Os multiplicadores estender-se-ão também a nível nacional. Os benefícios da fase operacional devido às taxas de royalties, impostos e despesas operacionais contínuas estender-se-ão também a nível nacional. A electricidade produzida pelo projecto irá também contribuir para satisfazer a procura crescente em Moçambique e os benefícios estender-se-ão a todos os sectores da economia nacional. Os impactos negativos sobre a saúde das equipas numerosas de trabalhadores de construção serão sentidos essencialmente sobre as comunidades locais mais próximas dos locais de construção. Os efeitos indirectos da construção (por ex., propagação do HIV/SIDA) estender-se-ão para além da área local. Os impactos operacionais podem ser positivos e negativos. Os impactos positivos do Investimento Social Corporativo da Sasol durante as operações (por ex., clínicas de saúde) serão sentidos para além da área local. Alguns artefactos de património cultural no local da Planta MGtP poderão ser destruídos. Será estabelecido um procedimento de descobertas incidentais na eventualidade de quaisquer descobertas deste tipo; no entanto, nem sempre é possível detectar artefactos enterrados enquanto se realizam as actividades de construção. As actividades de construção irão produzir poeira e o equipamento de construção tal como guindastes suspensos também serão visíveis a partir das comunidades circundantes. Esta planta MGtP após ter sido construída e se encontrar operacional irá adicionar à existente natureza visual industrial da área dado ficar situada adjacente à CPF, mas no entanto a planta e a chaminé de queima serão visíveis às comunidades locais circundantes. Durante as actividades de desembarque temporárias na praia, serão trazidos de Inhassoro para o local equipamento e materiais pesados por via rodoviária (estão ainda a ser avaliadas rotas alternativas) e irão afectar os outros utilizadores das estradas através de curtas interrupções ao fluxo do tráfico. No entanto, este impacto será temporário e de curta duração. O tráfico geral relacionado com as obras de construção também será limitado à área local. Durante as operações os números de viaturas serão muito limitados e somente limitados à movimentação de viaturas locais até à Estrada Nacional (EN-1), com viaturas ocasionais que aqui se deslocam para trazer suprimentos para o local do projecto. 53 PROJECTO MGTP: EPDA & TDR Tabela 7: Área de Influência Directa e Indirecta das Infra-estruturas Lineares (Condutas de Gás e de Água, Linha de Transmissão e Estradas de Acesso) Infra-estruturas Lineares da Planta MGtP (Condutas de Gás e de Água, Linha de Transmissão e Estradas de Acesso) Impacto do projecto sobre: Fase de Construção Área de Influência Directa Área de Influência Indirecta Fase Operacional Área de Área de Influênci Influência a Directa Indirecta Geo-hidrologia Hidrologia da Superfície NSI NSI NSI U Local U NSI NSI Site NSI NSI NSI Local NSI NSI NSI Local NSI NSI NSI Site NSI NSI Regional Local NSI NSI NSI Local NSI NSI Regional Solos Qualidade do Ar Ruído Ecologia Terrestre e Biodiversidade Terras húmidas Fauna Terrestre Dezembro 2014 Relatório No. 1405502-13168-7 Descrição Não ser registará qualquer impacto significativo durante a construção, sujeita à gestão cuidadosa de materiais perigosos de construção, águas residuais e resíduos sólidos. Durante a fase operacional, o abastecimento de água para a MGtP será feito por bomba a partir do furo de abastecimento de água (T9) o que pode reduzir a recarga do aquífero, muito embora não de forma significativa, e este aspecto necessitará de ser investigado durante a realização da AIA. O impacto da construção deve ser limitado ao local e área imediatamente circundantes sujeito à gestão apropriada das águas residuais e de resíduos sólidos durante a construção da linha de transmissão e da conduta. A travessia da conduta no Rio Govuro e seus afluentes pode ter um impacto localizado sobre o fluxo ou qualidade (sedimentação) caso os trabalhos de construção não sejam geridos de forma apropriada. Dentro da área de servidão serão perdidas terras devido à implantação do local de assentamento das torres para a linha de transmissão e das estradas de manutenção. Durante a construção das condutas de gás e de água também será removido ou decapado solo o qual será substituído, muito embora a construção destas condutas siga as servidões das estradas e da conduta existentes. O impacto da fase de construção sobre a qualidade do ar (essencialmente poeira) pode estender-se sobre uma área de algumas centenas de metros dos locais de trabalho, se não for feita uma gestão adequada. Não se prevê qualquer impacto significante durante as operações – o tráfico de viaturas para ao longo da linha de transmissão e das estradas de manutenção da servidão da conduta será muito ocasional. O impacto directo durante as obras de construção das linhas de transmissão ou das condutas realizadas durante o período nocturno (caso sejam realizadas) pode estender-se até cerca de 1 km do local de origem. Não haverá qualquer ruído operacional associado com as infra-estruturas lineares. A perda directa de vegetação durante a fase de construção da linha de transmissão e das estradas será somente ligada a área directa destas infra-estruturas. Os impactos da fase operacional em áreas isoladas (infra-estruturas lineares a sul e a sudoeste da MGtP) irão provavelmente dar origem a um aumento de assentamentos populacionais nestas áreas, com a subsequente desflorestação e práticas agrícolas. O impacto da construção sobre as terras húmidas pode ocorrer nos pontos de travessia do Rio Govuro onde ocorrem extensas áreas de terras húmidas na planície de inundação do rio. Perda directa de habitats na fase de construção. A fauna irá afastar-se do local devido à perturbação 54 PROJECTO MGTP: EPDA & TDR Infra-estruturas Lineares da Planta MGtP (Condutas de Gás e de Água, Linha de Transmissão e Estradas de Acesso) Impacto do projecto sobre: Fauna e Flora Aquáticas Reassentamento e Meios de Sustento Fase de Construção Área de Influência Directa Local Área de Influência Indirecta NSI Fase Operacional Área de Área de Influênci Influência a Directa Indirecta NSI NSI Site Local NSI NSI Local Nacional NSI NSI Site NSI NSI NSI Saúde Comunitária Património Cultural Dezembro 2014 Relatório No. 1405502-13168-7 Descrição causada pelas áreas de construção. Durante a construção podem registar-se incidentes de caça se não forem controlados. Durante as operações, a perda indirecta de fauna relaciona-se com o aumento de acesso e de assentamento populacional em áreas anteriormente inacessíveis (aumento de pressão na agricultura e na caça). Tal aplica-se principalmente à linha de transmissão a sul e a sudoeste do local da MGtP, que será estabelecida em áreas que presentemente são inacessíveis. Consultar terras húmidas acima. Segundo as previsões nenhum agregado familiar irá necessitar de reassentamento como resultado da pegada de construção da infra-estrutura linear, mas os efeitos indirectos da perda de acesso a terras podem estender-se de forma mais vasta para a área local. Durante a fase operacional não se registará qualquer impacto significativo. Os impactos negativos sobre a saúde vastas equipas de trabalhadores de construção serão essencialmente sentidos nas comunidades locais mais próximas dos locais de construção. Os efeitos indirectos da construção (por ex., propagação do HIV/SIDA) estender-se-ão para além da área local. Os impactos operacionais podem ser positivos e negativos. Os impactos positivos do Investimento Social Corporativo da Sasol durante as operações da Central Térmica MGtP (por ex., clínicas de saúde) terão efeito para além da área local. Alguns artefactos de património cultural ao longo do direito de passagem da infra-estrutura linear poderão ser destruídos. Será estabelecido um procedimento de descobertas incidentais na eventualidade de quaisquer descobertas deste tipo; no entanto, nem sempre é possível detectar artefactos enterrados enquanto se realizam as actividades de construção. Não se antecipam quaisquer impactos operacionais ou impactos de longo prazo indirectos. 55 PROJECTO MGTP: EPDA & TDR 6.3 Impactos que poderiam potencialmente inviabilizar o Desenvolvimento Proposto A equipa de estudo não encontrou quaisquer impactos que poderiam potencialmente inviabilizar o projecto proposto. Enquanto a maior parte das infra-estruturas da Central Térmica MGtP está proposta ser construída em locais novos, as infra-estruturas propostas em geral ficam situadas dentro da área geral de exploração e de outras actividades que a Sasol realizou nos últimos 10 anos. O local da Central Térmica MGtP está localizado a uma distância de 500 metros a sul da CPF na orla da sua ZPP e as infra-estruturas lineares tais como a estrada de acesso e a conduta de abastecimento de água seguem a servidão existente da conduta da Sasol. A linha de transmissão também segue servidões existentes e ficará situada ao longo destas servidões; primeiramente ao longo da servidão do gasoduto CPF – Secunda e depois seguindo a servidão da linha de transmissão CESUL até que alcança o ponto de ligação na subestação já autorizada de Vilanculos, que também fez parte do projecto CESUL. A planta da Central Térmica MGtP está localizada a 500 metros para sul da CPF existente numa área que tem sido alvo de estudos intensivos durante os últimos 10 anos, e cujos impactos são bem conhecidos e estão vastamente monitorizados. Os riscos de maiores consequências potenciais, identificados durante a definição do âmbito, são os seguintes: O potencial conflito entre as actividades de desembarque na praia (incluindo a ancoragem de embarcações de grande porte mesmo fora do Parque Nacional de Bazaruto) e a indústria de turismo bem como com as comunidades em Inhassoro e nas áreas circundantes (turismo e pesca artesanal). Muito embora estas actividades só irão ocorrer durante um período de tempo relativamente curto e consequentemente constituirão um impacto temporário e reversível, estas necessitarão de uma consideração cuidadosa durante a realização da AIA; O aumento das emissões atmosféricas derivadas da central térmica e os efeitos sobre a saúde das comunidades locais. Os efeitos ecológicos directos e indirectos do melhoramento de acesso em algumas áreas onde presentemente o acesso é praticamente inexistente, particularmente para a linha de transmissão a sudoeste e a sul do local da MGtP. As áreas para sul dos locais de desembarque propostos na praia são ecologicamente sensíveis e este aspecto necessitará de ser adequadamente considerado durante a avaliação de alternativas e avaliado durante a realização da AIA. Algumas destas áreas são ainda áreas muito remotas, e existe evidência de que o melhoramento de acesso tem impactos indirectos significativos, particularmente como resultado do aumento de assentamentos populacionais e práticas agrícolas em pequena escala nesta área. As patologias sociais associadas com projectos de construção de grande envergadura em comunidades pequenas. Estes impactos já ocorreram como resultado da construção da CPF e existe, como resultado, uma oportunidade para deduzir lições aprendidas com base na situação presentemente existente com vista a reduzir os impactos negativos do novo projecto. De um ponto de vista positivo, o programa de investimento social da Sasol nas comunidades locais durante os últimos 10 anos também pode ser analisado a fim de determinar a sua eficácia e a natureza de quaisquer mudanças que podem ocasionar o melhoramento da contribuição que faz a respeito do desenvolvimento sustentável. Nenhum dos impactos negativos é presentemente considerado como constituindo falhas que inviabilizem o projecto, mas tudo requer uma consideração cuidadosa na AIA. Dezembro 2014 Relatório No. 1405502-13168-7 56 PROJECTO MGTP: EPDA & TDR 7.0 7.1 TERMOS DE REFERÊNCIA PARA A AIA Âmbito e Metodologia dos Estudos Especializados Na presente secção estabelecem-se os termos de referência de cada um dos estudos especializados recomendados para servirem de base para a AIA. Propõe-se a realização dos seguintes estudos especializados: Qualidade do Ar; Gases com Efeito de Estufa (GHG); Ruído; Águas Subterrâneas; Águas Superficiais; Solos; Flora Terrestre e Habitats; Fauna Terrestre; Fauna e Flora Aquáticas; Mamíferos Marinhos; Património Cultural; Avaliação do Impacto Social; Avaliação do Impacto sobre a Saúde; Estética Visual; Tráfico rodoviário; Gestão de Resíduos; e Avaliação de Risco. Alguns dos estudos acima referidos providenciam informação de referência que apoia a avaliação dos impactos noutros estudos (Solos, Gestão de Resíduos). As subsecções apresentadas a seguir descrevem cada um dos estudos especializados. Apresenta-se uma descrição sucinta dos objectivos, métodos e resultados de cada um dos estudos. A maior parte destes estudos especializados inclui a investigação de referência no terreno, que se encontra descrita no texto. Em algumas instâncias, tal como no caso dos estudos biológicos, é necessário efectuar-se um trabalho de referência sazonal, e a metodologia requer vários levantamentos. 7.1.1 Qualidade do Ar Objectivos Avaliar o impacto do projecto sobre a qualidade do ar nas comunidades em redor do local da MGtP como Fase do Projecto Construção e Operação Dezembro 2014 Relatório No. 1405502-13168-7 Metodologia Base de Referência Verificar a consistência da base de dados meteorológicos da CPF da Sasol Elaborar um inventário de emissões Mapear a densidade populacional num raio de 5 km da planta Fazer a recolha de dados de qualidade de referência do ar (usar dados 57 PROJECTO MGTP: EPDA & TDR Objectivos Fase do Projecto existentes recolhidos durante os últimos 8 anos em redor da CPF e fazer medições adicionais no terreno de poluentes seleccionados de critério medidos pela Sasol – PM10, SO2, NO2, CO, H2S e COVs. Utilizar amostradores electrónicos para as PM10, baldes para recolha de precipitação de poeiras para poeiras sedimentáveis e colectores passivos Radiello para outros poluentes Avaliação do Impacto Elaborar o modelo de dispersão dos poluentes utilizando o software AEROMOD aprovado pela Agência de Protecção Ambiental dos Estados Unidos (EPA) Fazer a avaliação dos impactos através da comparação de resultados com outros padrões e directrizes de Moçambique e outros, em conformidade com as especificações do PGA-o para a CPF bem como em relação às directrizes IFC/OMS Fazer recomendações sobre qualquer medida de mitigação necessária resultado da construção e operação da central térmica 7.1.2 Gases com Efeito de Estufa (GHG) Objectivos Avaliar a dimensão das emissões de GHG do projecto através do ciclo de vida do gás para a central térmica 7.1.3 Metodologia Fase do Projecto Construção e Operação Metodologia Base de Referência Avaliar aos dados recolhidos, fazendo uma análise das lacunas Documentar as fontes de emissão, factores de emissão, procura em termos de energia eléctrica, etc. Avaliação do Impacto Um relatório a detalhar a dimensão antecipada das emissões CHG para as fases de construção e de operação Representações gráficas dos resultados Recomendar quaisquer medidas necessárias de mitigação Ruído Objectivos Avaliação do impacto do projecto sobre os níveis de ruído nas comunidades residentes em redor do local da MGtP como resultado da construção e operação de uma central térmica Fase do Projecto Construção e Operação Dezembro 2014 Relatório No. 1405502-13168-7 Metodologia Base de Referência Elaborar um inventário das emissões de ruído utilizando medições de fontes de ruídos na CPF existente Fazer um inventário da emissão de ruído usando medições das fontes de ruído existentes na planta da CPF Mapear a densidade populacional dentro de um raio de 3 km da planta e dentro de um raio de 1 km da infra-estrutura linear Reunir dados de base de referência sobre a poluição sonora (utilizando dados já existentes de medições anteriores de monitorização de ruídos na CPF e medições adicionais no terreno na localidade dos agregados familiares mais próximos) Elaborar a modelação da existente poluição sonora ambiental e fazer a correlação com medições no terreno utilizando o software de modelação internacional de ruído Avaliação do Impacto Elaborar a modelação de futura poluição sonora ambiental com base em dados relacionados com fontes futuras associadas com a central térmica Fazer a avaliação dos impactos através da comparação de resultados 58 PROJECTO MGTP: EPDA & TDR obtidos das directrizes da OMS aplicáveis aos níveis sonoros diurnos e nocturnos (conforme incluídos no PGA-o existente) Fazer recomendações sobre qualquer mitigação necessária 7.1.4 Águas Subterrâneas Objectivos Avaliar o possível impacto sobre as águas subterrâneas causado pela construção e operação da central térmica sobre a qualidade das águas subterrâneas e abastecimento dos sistemas de aquíferos locais e regionais 7.1.5 Fase do Projecto Construção e Operação Metodologia Base de Referência Fazer a caracterização das condições prevalentes das águas subterrâneas em redor da CPF, com base num censo hidrográfico dos furos de água existentes. Será feita a recolha de dados relativos ao uso existente, produção registada (caso se encontre disponível), profundidade registada ou medida, nível estático da água e medições no terreno de pH e da condutividade Extrair análises para determinar a qualidade da água nos furos de água disponíveis em redor da planta. Fazer a análise dos dados sobre parâmetros do aquífero a partir da monitorização dos furos de água perfurados pela Sasol na CPF Com base nos dados pré-existentes e novos relativos aos furos de água, determinar e documentar uma base de referência das águas subterrâneas para essa área Avaliação do Impacto Fazer uma análise dos relatórios anuais relacionados com o impacto existente da Sasol sobre as águas subterrâneas na CPF. Analisar os resultados do estudo da Gestão de Resíduos relativamente à gestão de águas residuais e de resíduos sólidos na CPF Fazer uma avaliação do impacto das águas subterrâneas causado pela construção e operação da central térmica sobre a qualidade das águas subterrâneas e abastecimento dos sistemas de aquíferos locais e regionais Fazer recomendações sobre medidas de mitigação e de monitorização necessárias, conforme for necessário Águas Superficiais Objectivos Avaliar o impacto do projecto sobre os sistemas de águas superficiais Fase do Projecto Construção e Operação Dezembro 2014 Relatório No. 1405502-13168-7 Metodologia Base de Referência Fazer a análise da informação de referência relativa ao Rio Govuro com base nos registos existentes dos fluxos e nos relatórios hidrológicos Fazer a análise da qualidade da água e do programa de monitorização do fluxo e continuar com o programa de monitorização de referência Determinar a localização e estado de quaisquer outros canais de drenagem sazonais afectados pelas infra-estruturas lineares Descrição do sistema anual sazonal de águas superficiais (produção média anual, fluxos médios mensais, fluxos de cheias, fluxos baixos) relativamente à área de estudo com base nos dados regionais e hidrológicos locais Avaliação do Impacto Fazer uma avaliação do plano de gestão de águas pluviais da Sasol em comparação com os critérios do desenho Fazer uma avaliação do equilíbrio de água e volumes dos efluentes da Sasol Avaliar o potencial impacto da construção sobre a hidrologia superficial (remoção da vegetação e sedimentação) 59 PROJECTO MGTP: EPDA & TDR Objectivos Fase do Projecto Metodologia Avaliar os impactos do sistema de águas superficiais / subterrâneas, incluindo os níveis e qualidade dos fluxos Recomendar medidas de mitigação Recomendar a monitorização conforme necessário ** metodologias de amostragem em conformidade com os protocolos padrão internacionais da Golder Associates 7.1.6 Solos Objectivos Avaliar o impacto do projecto sobre os solos e o potencial agrícola Fase do Projecto Construção e Operação Metodologia Base de Referência Fazer uma análise do uso actual dos solos no enquadramento da área de estudo e de áreas como os locais da MGtP e ao longo das infra-estruturas lineares Retirar amostras dos solos no local das instalações e em locais representativos ao longo da linha de transmissão e das servidões da conduta Providenciar informação sobre a capacidade da terra como uma base parcial para a avaliação socioeconómica da perda de terra no local da MGtP ou ao longo das servidões lineares, caso aplicável Avaliação do Impacto Providenciar informação sobre a capacidade da terra para ser incluída no estudo especializado da Avaliação do Impacto Social sobre a perda de terras e segurança alimentar Fazer uma avaliação crítica sobre quaisquer mudanças na qualidade do solo em redor da CPF (atribuíveis à deposição aérea) e avaliar o potencial impacto da planta MGtP nesta base Fazer recomendações sobre quaisquer medidas de mitigação e de monitorização necessárias ** metodologias de amostragem em conformidade com os protocolos padrão internacionais da Golder Associates 7.1.7 Flora Terrestre e Habitats Objectivos Avaliar o impacto do projecto sobre a ecologia terrestre e biodiversidade botânica causada pelo projecto MGtP como resultado da construção e operação de uma central térmica e melhoramento do acesso a estas áreas Fase do Projecto Construção e Operação Dezembro 2014 Relatório No. 1405502-13168-7 Metodologia Base de Referência Consultar e analisar a literatura científica existente e relatórios elaborados por consultores com relação aos habitats e à vegetação na área de estudo. Fazer a estratificação da área de estudo em unidades mais ou menos homogéneas através do uso de imagens satélite e com base em experiência de amostragens anteriores na área Realizar levantamentos durante a estação de chuvas. Fazer descrições do habitat, descrições da vegetação e buscas de espécies registadas na Lista Vermelha e de outras espécies de importância para a conservação. O levantamento no terreno deve incluir a pegada da planta MGtP e uma zona tampão de 200 metros e todas as servidões lineares (um corredor com uma largura aproximada de 100 m). O levantamento deve envolver técnicas de avaliação rápida, sem o uso de transectos formais de vegetação Utilizar técnicas rápidas de amostragem em pontos fixos ao longo das infra-estruturas lineares e no local da MGTP. Classificar a vegetação em conformidade a classificação de Edwards (1983), e detectar espécies da Lista Vermelha e espécies de importância para a conservação utilizando o ‘método de elementos finitos de Huebner (2007) 60 PROJECTO MGTP: EPDA & TDR Objectivos Fase do Projecto Metodologia Fazer o mapeamento e descrever os tipos de habitat/vegetação de larga escala e comunidades de plantas sensíveis. A descrição deve cobrir a fisiognomia vegetal, riqueza de espécies, espécies dominantes, espécies típicas, espécies de importância para a conservação e espécies de plantas alienígenas. O habitat ocupado por cada tipo de vegetação será descrito em termos de topografia, características do solo, características hidrológicas, estado ecológico (ou seja, natural/pristino, modificado ou criticamente modificado) e importância em termos de conservação e uso da terra Tirar fotografias com georreferenciamento, de ponto fixo, de cada local de amostragem Providenciar uma contextualização de larga escala das descrições do habitat e vegetação através da análise dos tipos de habitats e de vegetação da área de estudo como um todo, com base nos relatórios compilados pelo autor da área de estudo (de Castro, 2002) e relatórios de outros consultores Avaliação do Impacto Avaliar o possível impacto directo da construção na perda dos habitats, utilizando critérios reconhecidos de avaliação dos impactos, levando em consideração o estado de conservação local e regional dos habitats afectados, o efeito sobre pequenas áreas de biodiversidade elevada, e o impacto em quaisquer espécies registadas na Lista Vermelha encontradas ou antecipadas Avaliar o risco da destruição de habitats como resultado de mudanças nos padrões de assentamento e acesso melhorado, criados pelo projecto. A avaliação deve ser baseada numa análise da evidência no terreno do impacto nos habitats causado pelas estradas de acesso existentes e linhas de corte associadas com projectos anteriores, juntamente com os relatórios especializados de monitorização que façam referência a esta questão desde 2002. Fazer recomendações sobre qualquer mitigação e monitorização necessárias, incluindo a alteração da localização da MGtP dentro da dimensão da pegada no local, reabilitação de áreas perturbadas ou degradadas e realinhamento da infra-estrutura linear, caso necessário 7.1.8 Fauna Terrestre Objectivos Fazer a avaliação do impacto do projecto sobre a fauna terrestre causado pelo projecto da MGtP como resultado da construção e operação de uma central térmica e acesso melhorado a estas áreas Fase do Projecto Construção e Operação Dezembro 2014 Relatório No. 1405502-13168-7 Metodologia Base de Referência Fazer o mapeamento e avaliação dos habitats juntamente com os especialistas em vegetação e em terras húmidas Fazer a revisão das fontes de literatura incluindo a Lista Vermelha de Dados da IUCN de espécies ameaçadas para Moçambique, CITES e relatórios existentes de consultores entre outros. Determinar a localização dos levantamentos no terreno com base nos habitats, com destaque para habitats potencialmente sensíveis Utilizar métodos de levantamento reconhecidos internacionalmente para os diferentes grupos faunísticos, incluindo: - Mamíferos: transectos lineares para fazer a monitorização diurna de mamíferos. Observações visuais e sinais também indicativos da presença de mamíferos. Armadilhas de caixa (armadilhas de Sherman para captar pequenos mamíferos terrestres vivos ilesos). 61 PROJECTO MGTP: EPDA & TDR - Morcegos: levantamentos ecológicos do local em habitats sensíveis a morcegos - Aves: transectos de levantamentos usando o método de levantamento rápido visual - Répteis: amostragem de transectos combinada com buscas sistemáticas em áreas de refúgio (armadilhas de queda e vedações com desvios) - Anfíbios: levantamento dos sons nocturnos e levantamentos sobre observações visuais nocturnas (essencialmente nas terras húmidas) - Insectos: (busca activa de insectos, especialmente borboletas e libélulas listadas na Lista Vermelha da IUCN) O levantamento no terreno deve ser repetido na estação de Outono/Inverno Avaliação do Impacto Avaliação dos impactos do projecto com particular referência aos impactos sobre pequenas manchas de alta diversidade encontradas na área e os impactos sobre locais de procriação conhecidos ou antecipados de espécies faunísticas ameaçadas Avaliação do risco da destruição de habitats e aumento de caça da fauna como resultado de mudanças nos padrões de assentamento e acesso melhorado, criados pelo projecto. A avaliação deve ser baseada na análise da evidência no terreno do impacto de habitats com base em elementos existentes de projectos anteriores, juntamente com os especialistas na matéria Recomendar medidas de mitigação e de monitorização, caso necessário 7.1.9 Fauna e Flora Aquática Objectivos Avaliar o impacto da construção e operação do projecto e actividades associadas sobre a fauna e flora aquática Fase do Projecto Construção e Operação Dezembro 2014 Relatório No. 1405502-13168-7 Metodologia Base de Referência Consultar e analisar a literatura científica existente sobre o ambiente aquático enquadrado na área de estudo (relatórios disponibilizado pela Universidade Eduardo Mondlane & Ecosun) com relação aos habitats aquáticos sensíveis, fauna e flora aquáticas, tendências existentes Determinar e fazer a selecção dos locais para a realização de levantamentos no terreno relativamente a habitats aquáticos sensíveis nas áreas potencialmente afectadas pela construção da conduta e de outras travessias do rio (ponte temporária de desvio), incluindo: - O Rio Govuro e terras húmidas associadas, - Lagos-barreira mais próximos das possíveis rotas de transporte; e - Linhas de drenagem costeira curtas Fazer a recolha de amostras para fins de determinação de peixes e de macro-invertebrados, utilizando os métodos seguintes (estação chuvosa e estação seca): - Ictiofauna: recolha de amostras de peixes utilizando electro-choques, redes de lançamento e redes de arrasto - Macro-invertebrados: determinação das comunidades de macroinvertebrados de acordo com o sistema de classificação SASS5 da África do Sul - Plantas aquáticas: delimitação da zona ribeirinha e avaliação dos habitats relacionados com a vegetação nas margens e vegetação aquática Determinar as classificações de integridade dos habitats para cada um dos sistemas aquáticos, para uso como referência contra as quais podem ser medidas alterações futuras Avaliação do Impacto 62 PROJECTO MGTP: EPDA & TDR Objectivos Fase do Projecto Metodologia 7.1.10 Mamíferos Marinhos Objectivos Fazer a avaliação do impacto do desembarque temporário na praia e actividades associadas (navios e batelões) sobre os mamíferos marinhos (especificamente os Dugongos e as Tartarugas) 7.1.11 Determinar a probabilidade de perturbação do ambiente aquático durante as obras de construção do projecto, com base na avaliação das pegadas das áreas de construção desmatadas, a provável geração de sedimentos durante as obras de construção e a probabilidade de derrames (com base nos resultados do estudo sobre os resíduos). De notar que a travessia do Rio Govuro será feita utilizando uma nova conduta de água e possivelmente uma ponte temporária como parte da actividade de trazer para o local equipamento pesado durante a construção Avaliar os riscos para o ambiente aquático durante a construção e operação do projecto, usando critérios padronizados de avaliação de impactos Recomendar medidas de mitigação e monitorização, onde necessário Fase do Projecto Construção Metodologia Base de Referência Fazer uma avaliação da literatura disponível existente Levantamento no terreno e recolha de dados Relatórios de referência Avaliação do Impacto Avaliação do aumento previsto de actividades marinhas e actividades de desembarque na praia durante a fase de construção temporária do projecto sobre os mamíferos marinhos tais como Dugongos e Tartarugas. Relatório sobre a avaliação do impacto sobre os mamíferos marinhos Recomendar medidas de mitigação Avaliação por partes por peritos reconhecidos Património Cultural Objectivos Avaliar o impacto causado pela construção da planta MGtP e das infra-estruturas lineares sobre o património cultural Fase do Projecto Construção Dezembro 2014 Relatório No. 1405502-13168-7 Metodologia Base de Referência Consultar e analisar as referências relativamente ao património cultural na área de estudo Seleccionar áreas de maior sensibilidade como foco para o trabalho realizado no terreno Elaborar perguntas sobre a localização de sepulturas, locais sagrados e outros recursos patrimoniais no formato de um questionário estruturado a ser aplicado pela equipa de avaliação do impacto social Realizar levantamentos no terreno relativamente ao local da planta MGtP e das servidões das infra-estruturas lineares. Os levantamentos no terreno devem incluir buscas estruturadas nas áreas de impacto da construção Fazer o registo, fotografar e mapear a localização de todos os locais / artefactos encontrados e fazer uma avaliação da sua significância no contexto do património cultural de Moçambique Avaliação do Impacto Nos casos onde os locais possam ficar danificados ou sejam destruídos durante a construção avaliar o impacto da construção sobre o local e 63 PROJECTO MGTP: EPDA & TDR Objectivos Fase do Projecto Metodologia 7.1.12 Avaliação do Impacto Social (AIS) Objectivos Avaliar o impacto da construção e operações do projecto sobre o bem-estar socioeconómico das comunidades na área de estudo 7.1.13 recomendar opções preferenciais de gestão, incluindo: Registo do local (sem ser necessária a escavação ou remoção do artefacto) O material espalhado na superfície deve ser removido antes da construção O local deve ser vedado a fim de impedir danos à construção (caso se situe fora do alinhamento da construção) O local deve ser escavado Caso o local tenha uma significância alta em termos de conservação a infra-estrutura do poço ou linha de fluxo de ser mudada para outro lugar Recomendar um protocolo sobre “descobertas incidentais” em conformidade com as directrizes da IFC a este respeito. Fase do Projecto Construção e Operação Metodologia Base de Referência Consultar e analisar a literatura científica e relatórios compilados por consultores e ONGs sobre as condições socioeconómicas nas comunidades nas áreas de estudo Preparar e realizar 5 entrevistas com informadores principais a fim de auxiliar na recolha de dados demográficos socioeconómicos Fazer uma avaliação da informação disponível sobre o projecto no que se relaciona com os acampamentos de pessoal, números prováveis de emprego, estratégia de emprego local Fazer uma avaliação do efeito que a política de Investimento Social Corporativo da Sasol tem tido nas comunidades circundantes nos últimos 10 anos. Avaliação do Impacto Fazer uma avaliação crítica do potencial impacto das obras de construção e operação do projecto sobre o estado socioeconómico das comunidades afectadas, levando em consideração o compromisso contínuo por parte da Sasol com relação ao investimento social nas áreas afectadas pelo projecto Recomendar medidas visadas a minimizar os impactos negativos e a optimizar os positivos Recomendar exigências em termos de monitorização para as fases de construção e operacional do projecto Avaliação do Impacto sobre a Saúde Objectivos Avaliar o impacto da construção e operação do projecto sobre a saúde e bem-estar das comunidades circundantes (Nota: O relatório sobre a Avaliação Fase do Projecto Construção e Operação Dezembro 2014 Relatório No. 1405502-13168-7 Metodologia Base de Referência Consultar os dados existentes relacionados com o estado de saúde das comunidades perto do local da central térmica MGtP com particular referência a estudos incumbidos pela Sasol, nomeadamente : - Perfil Social e Demográfico das Comunidades de Temane e de Mangugumete (KULA, 2010) - Levantamento de Referência sobre Conhecimentos, Atitudes, Práticas e Comportamentos relacionados com o HIV e SIDA entre a força de trabalho da Sasol e as Comunidades na Planta de Temane (KULA, 64 PROJECTO MGTP: EPDA & TDR Fase do Projecto Objectivos do Impacto sobre a Saúde será combinado com o Relatório sobre a Avaliação do Impacto Social) 7.1.14 2008) Analisar outra informação relevante obtida junto dos Serviços Distritais de Saúde em Inhassoro, Relatórios Anuais da Acção Social e Assistência a Mulheres e Plano Estratégico de Cinco Anos para o Distrito de Inhassoro Elaborar e aplicar entrevistas semi-estruturadas com informantes chave (pessoal do sector de saúde e autoridades locais) nas comunidades locais afectadas pelas infra-estruturas existentes do projecto da Sasol Realizar, em cada comunidade alvo, discussões em grupo com diferentes grupos de participantes (homens jovens, mulheres, idosos / anciãos tribais, curandeiros tradicionais, estudantes e moças) a respeito de questões relacionadas com saúde. Elaborar uma análise estruturada sobre os actuais efeitos do projecto de gás natural sobre a saúde das comunidades afectadas, levando em consideração os dados de pesquisa disponíveis, as opiniões expressas pelas partes afectadas e de interesse a nível local, oficiais governamentais e do sector de Saúde, ONGs e o investimento feito por parte da Sasol nestas mesmas comunidades nos últimos 10 anos, tanto em termos de infra-estruturas de saúde e outras Avaliação do Impacto Utilizar a avaliação de base de referência dos impactos dos projectos anteriores como base para a avaliação dos impactos dos impactos do projecto proposto Fazer recomendações sobre medidas de mitigação e de monitorização, conforme for necessário Estética Visual Objectivos Avaliar o impacto da construção e operação da central térmica e do desenvolvimento de outras infraestruturas principais visíveis sobre o ambiente estético visual e sentido de lugar das áreas circundantes 7.1.15 Metodologia Fase do Projecto Construção e Operação Metodologia Base de Referência Mapear o uso da terra das áreas circundantes; tirar fotografias da área circundante em redor das infra-estruturas principais do projecto principal a fim de registar os recursos visuais e o sentido de lugar Desenvolver uma análise da panorâmica com base SIG Avaliação do Impacto Elaborar a análise da visibilidade / panorâmica por meio do mapeamento da central térmica bem como de outras infra-estruturas principais; mapa da pegada de iluminação a indicar a extensão do impacto da luz da centra térmica Relatório sobre a avaliação do impacto visual Recomendar medidas de mitigação Tráfico Objectivos Avaliar o impacto do tráfico durante a construção e operação da Fase do Projecto Construção e Operação Dezembro 2014 Relatório No. 1405502-13168-7 Metodologia Base de Referência Fazer a avaliação da literatura existente disponível Planear e realizar levantamentos sobre o tráfico de forma a obter dados de contagem do tráfico 65 PROJECTO MGTP: EPDA & TDR central térmica sobre os utilizadores das estradas circundantes e das comunidades nas cercanias 7.1.16 Gestão de Resíduos Objectivos Fazer uma análise crítica das práticas de gestão das águas residuais e resíduos sólidos existentes na CPF como base para uma avaliação do impacto do novo projecto MGtP 7.1.17 Relatórios de referência Avaliação do Impacto Avaliação do aumento previsto de tráfico produzido pelo projecto sobre as infra-estruturas de transporte existentes e outros utilizadores das estradas e sobre as comunidades circundantes Relatório sobre a avaliação do impacto do tráfico Recomendar medidas de mitigação Fase do Projecto Construção e Operação Metodologia Base de Referência e Avaliação do Impacto Fazer a recolha e verificação da consistência dos dados da Sasol e dos dados independentes disponíveis com relação à gestão de materiais perigosos, águas residuais e resíduos sólidos na CPF Utilizar os dados de monitorização existentes da Sasol bem como os resultados dos relatórios independentes de monitorização elaborados periodicamente desde 2004, fazer uma avaliação crítica do impacto da gestão de materiais perigosos, águas residuais e resíduos sólidos existentes na CPF, em termos de conformidade com os requisitos do PGAo, da IFC e outras directrizes internacionais e procedimentos detalhados do ISO 14001 da Sasol Avaliação do Impacto Verificar a proposta estratégia de gestão de águas residuais e de resíduos sólidos relativos ao estabelecimento da central térmica Confirmar o quadro regulamentar de acordo com o qual as águas residuais e os resíduos sólidos devem ser geridos Fazer uma análise dos métodos propostos para a gestão das águas residuais e produção de resíduos sólidos como resultado da construção e operação da nova central térmica, levando em consideração a integração parcial dos serviços de gestão de resíduos na CPF e com relação aos requisitos de conformidade com o PGA-o, a IFC e outras directrizes internacionais e os procedimentos detalhados da norma ISO 14001 da Sasol Fazer recomendações sobre quaisquer medidas necessárias visadas a melhorar as práticas de gestão das águas residuais e de resíduos sólidos nas instalações combinadas a fim de assegurar a aderência aos padrões legais, ao PGA-o e às directrizes da IFC / Banco Mundial Onde necessário, considerar estratégias alternativas de gestão, levando em consideração a sensibilidade do ambiente circundante Classificar os potenciais impactos em conformidade com um quadro metodológico reconhecido Recomendar medidas de mitigação e de monitorização, conforme necessário Avaliação de Risco Objectivos Realizar um estudo do risco a fim de fazer uma avaliação de uma Fase do Projecto Construção e Operação Dezembro 2014 Relatório No. 1405502-13168-7 Metodologia O estudo da avaliação do risco irá identificar as categorias de risco apropriadas conforme exigido pelo projecto. O risco e os impactos serão identificados para as fases fundamentais do ciclo do projecto incluindo; - Pré-construção; 66 PROJECTO MGTP: EPDA & TDR Fase do Projecto - Construção; - Operações; - Desmobilização; e - Encerramento A avaliação do risco constitui o processo real de identificação de risco, análise de risco e avaliação de risco, conforme ilustrado a seguir. Processo de avaliação de risco: 7.2 O processo de adquirir um entendimento da natureza do risco e determinar o nível do risco (definido como a magnitude de um risco expresso, como função das suas consequências e probabilidade de ocorrência). Avaliação do Risco O processo de determinar, reconhecer e descrever os riscos Análise do Risco forma integrada dos potenciais riscos sociais, ambientais, de mão-de-obra, saúde e segurança e os impactos como resultado do projecto Metodologia Indentificação do Risco Objectivos O processo de determinar quais os riscos que necessitam de ser tratados e aos quais deve ser dada atenção prioritária na base de um método de classificação prédeterminado. Um risco constitui a probabilidade de algo acontecer ou circunstâncias resultantes ou que mudem que venham a ter impacto sobre os objectivos, medidos em termos de probabilidade e consequências. As componentes da descrição de um risco são o perigo ou fonte do risco, o evento que irá ocorrer devido ao perigo, a causa e as consequências. Critérios de Classificação da Avaliação dos Impactos Os potenciais impactos são avaliados segundo o carácter, a intensidade (ou severidade), a duração, a extensão e a probabilidade de ocorrência do impacto. Estes critérios encontram-se discutidos em mais detalhe a seguir: O Carácter de um impacto pode ser positivo, neutro ou negativo com relação a um impacto específico. Um impacto positivo é um impacto que é considerado como representando um melhoramento na base de referência ou que introduz uma mudança positiva. Um impacto negativo é um impacto que é considerado como representando uma mudança negativa relativamente à base de referência, ou que introduz um factor novo indesejável. A Intensidade / Severidade é a medição do grau de mudança numa medição ou análise (por ex., a concentração de um metal na água comparado com o valor da directriz de qualidade da água relativo ao metal), e é classificada como nenhuma, insignificante, baixa, moderada ou alta. A categorização da intensidade do impacto pode ser baseada num conjunto de critérios (por ex., níveis de riscos para a saúde, conceitos ecológicos e/ou opinião profissional). O estudo especializado deve tentar quantificar a magnitude e descrever em linhas gerais o raciocínio usado. São usados padrões apropriados, vastamente reconhecimentos como medida do nível do impacto. A Duração refere-se ao período de tempo durante o qual pode ocorrer um impacto ambiental: ou seja, transiente (menos de 1 ano), de curto prazo (0 a 5 anos), médio prazo (5 a 15 anos), longo prazo (superior a 15 anos com o impacto terminando após o encerramento do projecto) ou permanente. A Escala/Extensão Geográfica refere-se à área que pode ser afectada pelo impacto e é classificada como local do projecto, nível local, regional, nacional ou internacional. A referência não é somente em termos da vastidão física mas pode incluir a abrangência num sentido mais abstracto, tal como um impacto com implicações a nível de política regional que ocorre a nível local. Dezembro 2014 Relatório No. 1405502-13168-7 67 PROJECTO MGTP: EPDA & TDR A Probabilidade de ocorrência é uma descrição da probabilidade do impacto ocorrer na realidade indicada como improvável (com menos de 5% de probabilidade), baixa probabilidade (5% a 40% de probabilidade), probabilidade média (40% a 60% de probabilidade), altamente provável (muito provável, com um probabilidade de entre 60% a 90%) ou definitiva (o impacto irá ocorrer definitivamente). A Significância do Impacto será classificada usando o sistema de classificação ilustrado na Tabela 8 a seguir. A significância dos impactos é avaliada em relação às duas fases principais do projecto: i) a fase da construção; ii) a fase de operações. Muito embora seja, de certa forma, um termo subjectivo, é consensualmente reconhecido que a significância é uma função da magnitude do impacto e da probabilidade do impacto ocorrer. A magnitude do impacto é uma função da extensão ou abrangência, duração e severidade do impacto, tal como se encontra ilustrado na Tabela 8. Tabela 8: Sistema de classificação para a avaliação de impactos Extensão ou Severidade Duração Abrangência 10 (Muito elevada 5 (Permanente) 5 (Internacional) /desconhecida) 4 (Longo prazo – o impacto 8 (Alta) cessa após o encerramento da 4 (Nacional) actividade) 6 (Moderada) 3 (Médio termo, 5 a 15 anos) 3 (Regional) 4 (Baixa) 2 (Curto prazo, 0 a 5 anos) 2 (Local) 1 (Local do 2 (Insignificante) 1 (Transiente) Projecto) 1 (Nenhuma) Probabilidade 5 (Definitiva/ desconhecida) 4 (Altamente provável) 3 (Probabilidade Médio) 2 (Probabilidade Baixa) 1 (Improvável) 0 (Nenhuma) Após a classificação destes critérios para cada um dos impactos, foi calculada a classificação de significância usando a fórmula indicada a seguir: PS (pontos de significância) = (severidade + duração + extensão) x probabilidade. O valor máximo é de 100 pontos de significância (SP). Os potenciais impactos ambientais foram então classificados como tendo uma significância Alta (SP >75), Moderada (SP 46 – 75), Baixa (SP ≤15 - 45) ou Insignificante (SP < 15), tanto com e sem medidas de mitigação em conformidade com a Tabela 9. Tabela 9: Classificação da Significância do Impacto Valor Significância Comentário Onde um limite ou padrão aceite pode ser excedido, ou Indica uma ocorrem impactos com uma magnitude elevada a SP >75 significância recursos/receptores sensíveis/de alto valor. Os impactos de ambiental alta significância alta irão tipicamente influenciar a decisão de prosseguir com o projecto. Onde será sentido um efeito, mas a magnitude do impacto é suficientemente pequena e está em conformidade com os Indica uma padrões aceites, e/ou o receptor tem uma sensibilidade/valor significância SP 46 - 75 baixos. Esse tipo de impacto é improvável que venha a ter ambiental influência na decisão. Os impactos podem justificar uma moderada modificação significante do desenho do projecto ou uma mitigação alternativa. SP 15 - 45 Indica uma significância ambiental baixa Dezembro 2014 Relatório No. 1405502-13168-7 Onde será sentido um efeito, mas a magnitude do impacto é reduzida e está em conformidade com os padrões aceites, e/ou o receptor tem uma sensibilidade/valor baixos ou a probabilidade do impacto é extremamente baixa. É improvável que esse tipo de impacto tenha influência na decisão muito embora o impacto deva ainda ser reduzido a um nível tão 68 PROJECTO MGTP: EPDA & TDR Valor Significância SP < 15 Indica uma significância ambiental insignificante + Impacto Positivo Comentário baixo quanto possível, em particular quando este se aproxima de uma significância moderada. Onde um recurso ou receptor não será afectado de qualquer forma material por uma actividade específica, ou o efeito previsto seja considerado como sendo imperceptível ou não se possa distinguir dos níveis de fundo naturais. Não é necessária qualquer mitigação. Onde são prováveis consequências / efeitos positivos. Adicionalmente aos critérios de classificação indicados acima, a terminologia usada na presente avaliação para descrever os impactos que surgem relacionados com o projecto actual encontram-se delineados na Tabela 10 a seguir. A fim de se poder fazer uma avaliação completa das potenciais mudanças que o projecto pode causar, a área do projecto pode ser dividida em Áreas de Influência Directa (AID) e Áreas de Influência Indirecta (AII). Os impactos directos são definidos como mudanças que são causadas por actividades relacionadas com o projecto e podem ocorrer na mesma altura e no mesmo local onde as actividades do projecto estejam a ocorrer, ou seja, no enquadramento das AID. Os impactos indirectos são as mudanças que são causadas por actividades relacionadas com o projecto, mas que são sentidas numa altura posterior e fora das AID. Os impactos indirectos secundários são aqueles que resultam de actividades que ocorrem fora das AID. Tabela 10: Tipos de impactos Termo para a Natureza do Impacto Definição Impacto directo Os impactos podem ser o resultado de uma interacção directa entre uma actividade planeada do projecto e o ambiente receptor / ou os receptores (ou seja, entre uma descarga de um efluente e a qualidade da água receptora desse efluente). Impacto indirecto Os impactos que resultam de outras actividades que são encorajadas a ocorrer como consequência do Projecto (ou seja, a poluição da água que impõe uma exigência sobre os recursos hídricos adicionais). Impacto cumulativo Os impactos que actuam em conjunto com outros impactos (incluindo os derivados de actividades simultâneas ou planeadas) e que afectam os mesmos recursos e/ou receptores que o Projecto. 8.0 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS Burger, L & Akinshipe, O. 2014.Airsheds Planning Professionals. Air Quality Impact Assessment for the ESIA for the Sasol PSA & LPG Project. July, 2014. Coates Palgrave. K. 1983. Trees of South Africa.2 nd Edition. Struik: Cape Town. ERM & Consultec. 2008. Environmental Impact Assessment for Sasol’s proposed Inhassoro Development Project in Inhambane Province, Mozambique. Final Scoping Report. ERM &Consultec. 2009. Environmental Impact Assessment for Sasol’s proposed Inhassoro Development Project in Inhambane Province, Mozambique. Environmental Impact Assessment Report. Golder Associados Mozambique, 2014. Environmental Scope Definition Report & Terms of Reference, Sasol PSA Development and LPG Project, Mozambique. Dezembro 2014 Relatório No. 1405502-13168-7 69 PROJECTO MGTP: EPDA & TDR IFC, 2012. International Finance Corporation’s Guidance Notes: Performance Standards on Social & Environmental Sustainability. 1 January 20012. IFC, 2012. Investment Finance Corporate, Multilateral Investment Guarantee Agency, The World Bank. Facilitating Large-Scale Tourism Resorts in Mozambique. The Tourism Investment Generation Approach. March 2012. INAM 2012.Mozambique Institute of Meteorology (INAM). Data 2012, http://www.inam.gov.mz/ IUCN, 2008.IUCN Red List of Threatened Species. Website: www.iucn.org/redlist IUCN, 2012.IUCN Red List of Threatened Species, accessed 10 April 2014, www.iucnredlist.org Kotze DC, Marneweck GC, Batchelor AL, Lindley DS and Collins NB. 2008. WET-EcoServices: a technique for rapidly assessing ecosystem services supplied by wetlands. WRC Report No.TT 339/08. Water Research Commission, Pretoria. KULA. 2008. Baseline survey of knowledge, attitudes and practices and behaviour related to HIV and AIDS among Sasol's workforce and Temane Plant Communities. October 2008. KULA, 2010. Social and Demographic Profile of Temane and Mangugumete Communities. Malherbe, F. 2009. Noise Impact Study for the Inhassoro Project in Mozambique. Report No 09/1/3. April 2009. Malherbe, F. 20012. Noise Impact Study for the Phase 1 and Phase 2 PSA Inhassoro Early Oil Project (IEOP) in Mozambique, April 2014 Mark Wood Consultants. 2001. Sasol Natural Gas Project – Mozambique to South Africa: Environmental Impact study of a proposed natural gas field at Temane and Pande in Mozambique. Mark Wood Consultants. 2002. EIA 2002 - Seismic Exploration, Exploratory and Development drilling Temane and Pande The World Bank. 2007. ‘Beating the Odds: Sustaining Inclusion in a Growing Economy. A Mozambique Poverty, Gender and Social Assessment’. Africa Region, Poverty Reduction and Economic Management, Report No. 40048-MZ, 2007. Tinley, KL. (1971). Determinants of Coastal Conservation: Dynamics and Diversity of the environment as Exemplified by The Mozambique Coast. Proceedings of SARCCUS Symposium, Government Printer, Pretoria. Schoeman, J, 2013 Nershco Report No. 13SHSSASMOZ702.1.1 of 05/12/2013, An Environmental Noise Survey conducted at Sasol Petroleum Temane. May, 2013 Van Wyk B. & Van Wyk P. 1997. Field Guide to the trees of Southern Africa. Struik: Cape Town. Vorenkamp, S. & Mahler, B. Blowout Prevention by Wild Well Control Inc. http://www.utexas.edu/ce/petex/newsletters/spring10/bop/) Dezembro 2014 Relatório No. 1405502-13168-7 70 PROJECTO MGTP: EPDA & TDR GOLDER ASSOCIADOS MOÇAMBIQUE LIMITADA Aiden Stoop Especilista Ambiental Sénior Dr. Brent Baxter Director do Projecto AIAS Gisela Boavida Especilista Ambiental Sénior AS/BB/up NUIT 400196265 Directors: R Hounsome, G Michau, RGM Heath Golder, Golder Associates and the GA globe design are trademarks of Golder Associates Corporation. \\joh1-s-fs1\gaadata\projects\1405502 - sasol mgtp esia&eshia mozambique\6.1 deliverables\1405502-epda & tor\pt_1405502-13168-7_mgtp_epda&tor_final.docx Dezembro 2014 Relatório No. 1405502-13168-7 71 PROJECTO MGTP: EPDA & TDR ANEXO A Limitações do Documento Dezembro 2014 Relatório No. 1405502-13168-7 72 PROJECTO MGTP: EPDA & TDR LIMITAÇÕES DO DOCUMENTO O presente documento foi providenciado pela Golder Associados Moçambique Lda. (Golder) sujeito às limitações seguintes: i) O presente Documento foi elaborado com a finalidade específica delineada na proposta da Golder, e não é aceite qualquer responsabilidade pelo uso do presente Documento, no todo ou em parte, em outros contextos ou para quaisquer outros fins. ii) O âmbito e o período de Serviços da Golder são conforme se encontram descritos na proposta da Golder, e estão sujeitos a restrições e a limitações. A Golder não efectuou uma avaliação completa de todas as condições ou circunstâncias possíveis que podem existir no local de referência no Documento. Caso qualquer serviço não esteja expressamente indicado, não deve ser feita a suposição de que este tenha sido providenciado. Caso alguma questão não seja abordada, não deve ser feita a suposição de que tenha sido feita qualquer determinação pela Golder a este respeito. iii) Podem existir condições que não tenham sido detectadas dada a natureza limitada da questão para a qual foram retidos os serviços da Golder a respeito deste local. Podem ocorrer variações em locais de investigação, e podem existir condições especiais relativas ao local e que não tenham sido reveladas pela investigação e que portanto não tenham sido levadas em consideração no Documento. Assim, podem ser necessários estudos e acções adicionais. iv) Para além disso, reconhece-se que o passar do tempo pode afectar a informação e avaliação providenciada no presente Documento. As opiniões da Golder são baseadas em informação que existia na altura em que foi elaborado este Documento. Reconhece-se que os Serviços providenciados permitiram à Golder formular uma mera opinião sobre as condições actuais existentes no local na altura em que foi feita a visita ao local e não podem ser usados para avaliar o efeito de quaisquer mudanças subsequentes na qualidade do local, ou áreas circundantes, ou de quaisquer leis ou regulamentos. v) Quaisquer avaliações feitas no presente Documento são baseadas nas condições indicadas em fontes publicadas e na investigação descrita. Não está incluída qualquer garantia, tanto expressa como implícita, de que as condições actuais estão exactamente conformes com as avaliações contidas no presente Documento. vi) Nos casos em que os dados fornecidos pelo cliente ou por outras fontes externas tenham sido usados, incluindo dados de pesquisa anterior realizada no local, foi feita a suposição de que a informação está correcta a menos que de outra forma especificado. A Golder não aceita qualquer responsabilidade por dados incompletos ou inexactos que tenham sido disponibilizados por outras partes. vii) O Cliente concorda que só avançará com a apresentação de quaisquer reclamações e com vista a procurar recuperar perdas, danos ou outras responsabilidades da parte da Golder Associados Moçambique Lda. e não de qualquer das empresas afiliadas à Golder. Na medida do que é permitido em termos da lei, o Cliente reconhece e concorda que não terá qualquer recurso legal e renuncia a qualquer despesa, perda, reclamação, demanda ou instauração de caso contra as empresas afiliadas da Golder, seus trabalhadores, técnicos e directores. viii) O presente Documento é apresentado para o uso exclusivo pelo Cliente e é confidencial ao mesmo e aos seus consultores profissionais. Não será aceite qualquer responsabilidade seja de que natureza for pelo conteúdo do presente Documento para com qualquer outra pessoa que não seja o Cliente. Qualquer uso do presente Documento por uma terceira parte, ou qualquer consideração sobre o Documento ou decisões tomadas com base no mesmo, constituem a responsabilidade única das terceiras partes em questão. A Golder não aceita qualquer responsabilização por danos, caso existam alguns, incorridos por qualquer terceira parte como resultado de decisões ou acções tomadas com base no presente Documento. GOLDER ASSOCIADOS MOÇAMBIQUE LIMITADA Dezembro 2014 Relatório No. 1405502-13168-7 1 PROJECTO MGTP: EPDA & TDR ANEXO B CVs da Equipa de Estudo da AIA Dezembro 2014 Relatório No. 1405502-13168-7 2 Curriculum Vitae TISHA GREYLING Golder Associados Mozambique Lda, Maputo, Mozambique EDUCATION • • • B.A. (Lang), University of Pretoria, 1976 M.A. (Linguistics), University of Stellenbosch, 1994 Three certificate training courses, International Association for Public Participation, 2003 Tisha Greyling is a senior principal with Golder Associates. Her 30-year experience and expertise cover the following: • • • • • • • National, regional and company policy and strategy planning and development Design and facilitation of multi-party and multi-country participatory processes Implementation of socio-economic performance programs to international standards Public sensitivity analysis, public disclosure strategy, planning and implementation Cross-cultural communication, strategy and capacity building for indigenous peoples Social risk management and advice Strategic direction of social and environmental permitting for new developments. She has worked in the mining, oil and gas, energy, waste management, industrial forestry, chemical and paper manufacturing sectors in South Africa, Namibia, Mozambique, Swaziland, Botswana, Lesotho, Ghana, Democratic Republic of the Congo, Nigeria, Kenya, Tanzania, Zimbabwe, the UK, Romania, Canada, the USA, Australia, Papua New Guinea, Japan and Singapore. Tisha is an accredited trainer with the International Association for Public Participation (IAP2). She has developed and reviewed numerous guides on Public Participation /Stakeholder Engagement, presented training in social impact management to a wide range of companies and organisations, has worked extensively with international bodies and has directed social impact management programs for several large mining and oil and gas companies. EXPERIENCE IN THE OIL AND GAS SECTOR - EXAMPLES Shell Exploration Company B.V. South Africa Project involved license application for shale gas exploration over 90 000 sq km. Acted as strategic stakeholder engagement advisor providing client advice on risk communication, public meeting facilitation, landowner and stakeholder focus groups facilitation, writing and editing of Environmental Management Plan 2010 - 2011 ExxonMobil Papua New Guinea and Australia Project Director for social services for PNG LNG Project to IFC Performance Standards. Project covered gas extraction, a gas conditioning plant, 260-km 34’on-land gas pipeline, 400 km marine pipeline, LNG Plant and related infrastructure. Directing around 50 social scientists and 07/06 Page 1 of 4 Curriculum Vitae TISHA GREYLING communication specialists working in the Project’s social teams. Services cover social strategy, stakeholder engagement, resettlement, community development, contractor compliance control and briefings/trainings of ExxonMobil management, construction managers and construction contractors. 2009 – 2011 Yemen Liquid Natural Gas (Largest shareholder Total) Yemen Project Director for social and environmental services for YLNG to international lender standards. Project covers gas extraction, 300-km gas pipeline, LNG Plant and related infrastructure. Social services include socio-economic surveys, community development projects, stakeholder awareness creation and engagement, labour audits, contractor controls and strategic advice to public affairs department. Also designed and presented 5-day training course to YLNG community affairs, public relations, contractor control and other staff in stakeholder engagement methodologies and administration, compensation negotiations and record-keeping. 2005 – 2008 Chevron Nigeria Nigeria Designed and presented two 2-day training courses in Lagos and Warri to Chevron Nigeria community affairs officers in stakeholder engagement principles, approaches and methodologies in high-risk public situations. 2009 Transnet Ltd, South African fuels transportation company South Africa Project Director for Environmental and Social Impact Assessment (ESIA) for the New National MultiProducts Project (NMPP) for Transnet Ltd. Transnet Ltd is the South African State company with the mandate to ensure security of fuel supply to the country. The NMPP Project was one of the largest infrastructure projects ever in South Africa (US$ 2 billion). The project consists of a coastal and inland fuel accumulation terminal capable of storing up to 180 000 m3 of different fuels joined by a 555-km 24’ multi-products pipeline across mainly private land, with eight pump stations along the route. Acted as strategic advisor and client interface for the ESIA and co-directed a 30-member team conducting public information and consultation for permitting, with over 4000 stakeholders, and landowner consultation and negotiation with 900 private landowners, across four South African provinces. Co-authored ESIA reports. 2007 - 2009 Transnet Pipelines South Africa Facilitated collaborative process between Transnet Pipelines (state fuel and gas transportation mandate) and the South African oil industry (BP, Shell, Caltex, Total/Sasol, Chevron, Engen, others) for fuel accumulation for security of supply. Major issues were rationalisation of fuel storage and back-of-port facilities in the Port of Durban, upgrade of oil berths and loading and off-loading equipment, emergency response planning, fire management, competition and government policy and strategy. 2007. 07/06 Page 2 of 4 Curriculum Vitae TISHA GREYLING Norsk Hydro (Mozambique O&G) Mozambique Strategic advisor to and reviewer of an Environmental and Social Impact Assessment conducted to World Bank Standards by an international expert team. Project covered a seismic survey (2D and 3D) for oil and gas exploration off the Quirimbas Archipelago, northern Mozambique. Major issues were potential impacts to marine life and threatened species, economic impacts to high-end tourism developments and socio-economic impacts to artisanal fisherfolk. 2006 - 2007. SA Oil Industries Environmental Committee South Africa Facilitated process of communication between the Oil Industries SA Environmental Committee and the Department of Environmental Affairs pertaining to the setting of new air quality standards. 2006 - 2007 Confidential client East African Marine Eco-Region Stakeholder and public sensitivity risk assessment along the East African Marine Eco-Region pertaining to oil and gas development off the coasts of Tanzania, Kenya and Ethiopia. 2006. Sasol Gas South Africa Led public participation process during an EIA for environmental permitting of conversion of the 700 km Sasol Gas Network in South Africa from synthetic (hydrogen rich) gas to natural gas (methane gas). Major issues were environmental and community risks. 2000 - 2001 Air Products (SA) (Air Liquid) South Africa Led public participation process for environmental permitting of a 110-km long, 130-bar hydrogen gas pipeline through mainly built-up areas . Major issues were environmental and community safety risks.. 2000 - 2001. Natref Refinery (Total and Sasol) South Africa Led public participation process for environmental permitting of an 80% expansion of the refinery, Major issues were air quality and water pollution control. 2000 – 2001 Sasol Gas Corporation South Africa Led public participation process for environmental permitting of the Medium-term Gas Expansion and Sky High Projects (coal to liquids) for Sasol Secunda, Major issues were air quality, water pollution control and socio-economic benefits. 1996 to 2000 Department of Minerals and Energy South Africa Designed and led an 18-month national consultation process for a new Energy Policy for South Africa. 1994 - 1995 07/06 Page 3 of 4 Curriculum Vitae TISHA GREYLING PUBLIC PARTICIPATION GUIDE DEVELOPMENT AND TRAINING Greyling, T, 2002. Guide to public participation in South Africa. Theory and practice. 80 pp. Greyling, T, 2008. Guide to public participation in environmental authorisation. Theory and Practice. 90 pp. (This guide currently used as a module in the Environmental Masters Course of Free State University, South Africa) Department of Water Affairs and Forestry, 1999. Guide to Public Participation in Catchment Management Agencies and Water User Associations. Department of Water Affairs and Forestry, South Africa Chamber of Mines of South Africa. 2002. Public Participation guidelines for stakeholders in the mining industry. 110 pp. Chamber of Mines, South Africa Department of Water Affairs and Forestry, 2003. Guide to Public Participation for determining the class of a water resource, resource quality objectives and the Reserve. 34 pp. Department of Water Affairs and Forestry, South Africa Southern African Institute for Environmental Assessment (SAIEA), 2005. Public participation in environmental authorisation. SAIA, 2005 Numerous guides reviewed on behalf of client or professional bodies. Certificate training courses of the International Association of Public Participation. Delivered numerous times in South Africa, Ghana, Canada, UK, USA, Australia, Peru. 2005 - 2011. Southern African Institute for Environmental assessment. Public participation in environmental authorisation. Developed training workbook, train the trainer manual and piloted the first course with participants from across Africa, funded by World Bank and CIDA. 2005 Social Management to international performance standards for the PNG LNG Project for ExxonMobil. Presented to company and contractor personnel in PNG, Australia, Japan and Singapore, 2009 – 2010 PUBLICATIONS Publications record also includes author, co-author or editor of over 500 published reports, papers, articles, newsletters on aspects of natural resource and water use and other documents, and reports required for Environmental Impact Assessments. Acted as editor or editorial coordinator of conference proceedings published internationally for example by Wiley and Sons, Elsevier, IUCN, World Bank and others. 07/06 Page 4 of 4 Resumé GISELA BOAVIDA Golder Associates Mozambique Ltd. – Mozambique Senior Environmental Consultant Ms Boavida is an environmental professional with wide technical knowledge, acute economic and political awareness and more than a decade of experience in the pursuit of Sustainable Development. She is proficient in Environmental and Social Impact Assessments (ESIA), Strategic Environmental Assessments (SEA), Feasibility Studies (FS), Sustainability Appraisals (SA) Corporate Social Responsibility (CSR) and Environmental Management Plans (EMP’s). Education MSc Environmental Planning Policy and Regulation University, London School of Economics and Political Science, United Kingdom, 2004 BSc Environmental Sciences University, University of East London, United Kingdom, 2000 Languages English – Fluent Portuguese – Fluent French – Conversational Spanish – Fluent She has gained valuable experience through working in ESIA’s for infrastructure projects in numerous geographic locations managing contracts, resources, budgets and overall delivery of projects. Her experience extends to a variety of areas including large transport infrastructure, port development, Mining, Oil & Gas, mixed-use developments, and large sporting facilities. In the UK and Middle East she worked in the development of sustainable solutions focusing on the provision of environmental and social infrastructure with climate change resilience. This work was based on LEED and Estidama (Abu Dhabi’s Planning Sustainability tool) standards of assessment. Her work in Africa has been largely focused on providing a range of environmental services to the Mining, Oil & Gas sectors as well as to the development of Ports and associated infrastructure. At strategic level, she worked in four strategic assessments for the development of masterplans for new cities in the United Arab Emirates. She also contributed to the UAE national transport policy by providing environmental and sustainability key objectives as strategic recommendations for further policy, plans and programs. Ms Boavida has worked on projects in Sierra Leone, Mozambique, Liberia, Kuwait, Dubai & Abu Dhabi, Sultanate of Oman, the Kingdom of Bahrain, and the United Kingdom. Employment History Aurecon – Moҫambique Senior Environmental Consultant (June 2012 to July 2013) ERM – South Africa Principal Environmental Consultant (2011 to May 2012) WS Atkins & Partners Overseas – Bahrain, Kuwait, Abu Dhabi Senior Environmental Consultant (2008 to 2011) Transport for London- Crossrail – United Kingdom Environmental Consultation Manager (2001 to 2005) 1 Resumé GISELA BOAVIDA PROJECT EXPERIENCE – ENVIRONMENTAL MANAGEMENT Sasol Technology (Sasol and EDM in partnership) Mozambique In country -Co lead of ESIA for environmental permitting of USD 600 million greenfields development for a gas to power plant, 25Km overhead transmission line, 2 Km gas supply pipeline and 13Km water supply pipeline. The main tasks include the coordinate the ESIA in Mozambique, co-writing the reports, managing specialists in country, design and manage the public participation process and ensuring the regulatory process is delivered smoothly and within the planned schedule. Sasol Petroleum Mozambique Ltd & Sasol Petroleum Limitada Mozambique In-country EIA co-lead for the Sasol’s PSA Development and LPG Project. Coordinated in-country specialists, co- produced EIA reports, coordinated and managed the public consultations and co-presented the public meetings. The proposed project is in Inhassoro field, Inhambane province. It is part of the Sasol Natural Gas project but includes a liquids plant and 19 new wells, expanding the gas exploration and introducing the exploration of the first oil wells in Mozambique. Beacon Hill, Minas Moatize Mozambique Senior Environmental Consultant: Review and update of the Minas Moatize Environmental Management Plan to satisfy international lender requirements. Provide environmental advisory services to Minas Moatize on environmental license and environmental compliance. Integrated Growth Poles Project - World Bank Mozambique Senior Environmental Advisor. The project involved the identification, assessment and recommendation of infrastructure projects that would be financed by a Priority Infrastructure Program and a Capacity Building for Planning Coordination and Implementation of Public Investment Programs. Responsible for providing environmental and sustainability specialist input and appraising shortlisted projects which, if implemented, can act as catalysts for growth in specific areas of Mozambique, 2012. ESIA Maputo Intermodal Container Depot (MICD - Dubai Port) World & Grinrod Mauritius Mozambique Project Manager: Led the ESIA and associated EMP for a new container depot as part of the Maputo Port expansion. The work was approved by the Mozambican environmental regulatory authority, 2012. ESIA Development Company (MPDC) Maputo, Mozambique Project Manager: Led the review and update of the existing ESIA. The work which excluded site surveys required a review of the current Port’s masterplan and identification of the environmental and social impacts arising from the existing operation of the Port’s sub-concessionaries located within the Maputo Port. The work concluded with the development of a comprehensive EMP to limit the significance of the impacts identified. The work was approved by Mozambican environmental regulatory authority, 2012. Environmental and Social Assessment and Planning for Anadarko Mozambique Principal Environmental Consultant. Project assistant working for an international Oil & Gas company assisting with the environmental planning process required to obtain the environmental license for the construction and operation of a Liquefied Natural Gas (LNG) plant, 2012. 2 Resumé GISELA BOAVIDA ESIA for the Marampa Mines (London Mining, Sierra Leone) Sierra Leone Principal Environmental Consultant, Project Manager for an ESIA required in order to increase iron-ore extraction. The work involved updating the existing environmental studies and identifying additional environmental work. The studies which enabled the development of suitable environmental and social mitigation measures were carried out in line with IFC Standards of Performance to qualify the proposed increase in iron-ore extraction for international funding, 2012. ESIA, Abu Dhabi Bus Stations redevelopment (DoT, Abu Dhabi) Abu Dhabi , United Arab Emirate Senior Environmental Consultant. Coordinated a subconsultancy (WSP) environmental work output and the integration of the work in the design of seven buses stations. The work focused largely on consultation with Abu Dhabi Authority for Cultural Heritage (ADACH) to develop solutions culturally accepted to an Arab nation, 2011. Zayed Sport City; Construction Environmental Abu Dhabi Senior Environmental Consultant. Assisted the development of the CEMP to follow principles of sustainable construction. Provided recommendations associated with best practice construction methodology to be implemented in redevelopment of the sporting facilities in the heart of Abu Dhabi, 2010-2011. Kuwait Metro Kuwait City, Kuwait Senior Environmental Consultant. Led the strategic environmental work required to approve feasibility work and development of route options for the Kuwait Metro. Successfully undertook consultation with regulators from the start and up to project approval, 2010-2011. Kuwait City Public Transport Masterplan Kuwait Senior Environmental Consultant. Coordinated and incorporated environmental, social and sustainability objectives in the development of the Masterplan. Liaison with local consultants, stakeholders and regulators to identify constraints and opportunities presented by public transport options including transport infrastructure for a metro system, 2009-2010. Khalifa Port Masterplan Abu Dhabi, United Arab Emirates (UAE) Senior Environmental Consultant. Reviewed the design to ensure the sustainability of the Concept Master Plan, including the conformance and integration of environmental, economic and social sustainability, 2010-2010. Marina City Development Abu Dhabi, United Arab Emirates (UAE) Senior Environmental Consultant. Coordinated and managed an ESIA for a mixed use development comprising villas, tower blocks and amenity areas covering an area of 320,000sqm of newly reclaimed land. Provided specialist advice to ensure minimum negative environmental and social impact and enhancement of benefits. Transport Feasibility Study for Quarrying Material Dubai, United Arab Emirates Led an environmental scoping study for transportation of quarry material from Oman to the UAE, through the desert. The study involved a good understanding of the environmental and social costs and benefits of the proposed scheme and available options, 2007-2011. Environmental Health and Safety Management System, Policy Analysis and Review Kuwait City, Kuwait Senior Environmental Consultant. Coordinated gap analysis of current policy, undertaking reviews of Codes of Practice and formulation of environmental policy applicable to a particular industry sector, 2007-2011. 3 Resumé Port Sultan Muscat, Sultanate of Oman Durrat al Bahrain Kingdom of Bahrain GISELA BOAVIDA Senior Environmental Consultant. Led a preliminary scoping study focusing on environmental and social implications (potential impacts and opportunities) to be considered in the master plan for the redevelopment of the Muscat Port. Provided input to the second phase of environmental and social assessment to assist the selection of the best option for the master plan. 2007-2011. Senior Environmental Consultant. Reviewed and updated environmental assessment studies of a large dredging and reclamation project for the development of a tourist resort. Developed environmental design mitigation, compensation and sustainable design plans in liaison with the environmental regulator. 2007-2011 Capital City/North Wathaba and Ruwais Strategic Environmental Assissments (SEA) Abu Dhabi, United Arab Emiates (UAE) Senior Environmental Consultant. Coordinated the collection and integration of environmental, social and economic baseline information for three regions with different policy objectives. Worked with a team identifying constraints and opportunities of each region and developing recommendations with key sustainable principles for the development of plans and programs relevant to those regions.2007-2011. ESIA London 2012 Olympics London, United Kingdom Assisted the development of the non-technical summary and environmental commitments to support the 2007 Olympic Games planning application. 20062008. Iron Ore Mining Liberia Stansted Airport Expansion and M11 Widening Scheme Essex, United Kingdom ESIA London 2012 Olympics, Olympic Athlete Village London, United Kingdom Assisted the development of environmental and social mitigation measures designed to offset the impacts to the local communities caused by from the development of infrastructure for mining in Liberia. 2006-2008. Reviewed and coordinated the ESIA for expansion of the Stansted Airport. Provided environmental input into project design, feasibility and option selection at different phases. 2006-2008. Coordinated the ESIA for the construction and operation of the village. Incorporated assurances and commitments for the environmental protection as a result of the scheme and as part of the wider Olympic development. TRAINING Public Speaking skills 2005 Leadership in Energy & Environmental Design (Leed): principles of sustainability for green buildings USGBC, Examination pending Estidama 2011 PROFESSIONAL AFFILIATIONS Associate Member, Institute of Environmental Management & Assessment, UK 4 Curriculum Vitae CÂNDIDA BOAVIDA Golder Associates Mozambique Ltd. – Mozambique Projects Assistant Education BSc Natural Sciences Biochemistry, University of Johannesburg, Johannesburg, 2009 Certifications Cândida is a dynamic young lady with knowledge in the Science and Marketing fields. After finishing her internship at Roche products, she joined Doctors Without Borders South Africa, as a canvasser where she further developed her communication and marketing skills. In 2012 she returned to Mozambique to embrace a new challenge as an Event Coordinator, through her communication and negotiation skills she provided exemplary levels of service to a broad range of guests including VIPs and high profile individuals. She recently joined Golder as a Projects Assistant, where she runs the public participation office and assists in projects and proposals. She organized the second round of public participation for the PSA Development and LPG Project, for Sasol Petroleum Mozambique Limitada and Sasol Petroleum Temane Limitada, after which she assisted with writing the Public Participation Report. Employment History Golder Associates Mozambique, Limited – Maputo, Mozambique Languages Changaan – Fluent Sotho – Fluent Zulu – Fluent Portuguese – Fluent English – Fluent Projects assistant (2014 to Present) As a Projects Assistant, Cândida facilitates with projects and proposals and runs the public participation office. She engages with stakeholders to encourage their participation during EIAs and public meetings. She is also responsible for producing quality written information materials such as stakeholder and authorities’ notice letters, comment sheets and database management. She recently organized the second round of public participation for the Sasol Petroleum Mozambique Limitada and Sasol Petroleum Temane Limitada, PSA Development and LPG Project, near Inhassoro, Inhambane Province, after which she assisted with writing the Public Participation Report. Girassol indy Congress Hotel and Spa – Maputo,Mozambique Events Coordinator (2012 to 2014) As an Event Coordinator, she was awarded with a certificate of merit for excellence and quality in her performance. Amongst the many events organized by her, are the Western Indian Ocean Marine Science Association Conference (WIOMSA) that took place in 2013, the International Quality and Productivity Center (IQPC), Oil and Gas Summit in 2013 and the Third Review Conference of the Mine Ban Convention, held in 2014. Médecins Sans Frontières – South Africa Canvasser (2010 to 2012) As a canvasser for Doctors Without Borders, she has travelled around South Africa communicating and presenting information about MSF to the public, her ability to speak local languages and her people’s skills helped her raise funds and to offer good donor service and feeling of gratitude and belonging to new donors. 1 Curriculum Vitae CÂNDIDA BOAVIDA PROJECT EXPERIENCE – MAJOR PROJECTS Inhassoro Inhambane province, Mozambique Organized the second round of Public Participation for the Sasol Petroleum Mozambique Limitada and Sasol Petroleum Temane Limitada, PSA Development and LPG Project, near Inhassoro, Inhambane Province and assisted with writing the Public Participation Report. TRAINING Project Management Fundamentals Golder Associates Mozambique, Limited, 22 August 2014 Environmental Management of Railways AMAIA, Associação Moçambicana de Avaliação de Impacto Ambiental ( Mozambican Association for Environmental Impact Assessments), 10 October 2014, 10 October 2014 SUPPLEMENTAL SKILLS Interpersonal skills A hands-on team member and critical thinker, who can quickly learn new systems, develop expertise and produce significant contributions. Organizational Skills Superior ability to concurrently manage numerous projects while meeting rigorous performance standards and demanding schedules Communication Skills Is able to engage in different languages with people from different sectors of society in a concise and understandable way. PROFESSIONAL AFFILIATIONS Member of AMAIA, Associação Moçambicana de Avaliação de Impacto Ambiental 2 Curriculum Vitae SIMPLICIO CHIVAMBO Golder Associates Mozambique Ltd. – Mozambique Environmental Scientist Education BSc (Hons) Biological Sciences - Variant of Ecology and Natural Resources Management , University Eduardo Mondlane, Maputo, 2012 Master Aquatic Biology and Coastline Ecosystems, Eduardo Mondlane University, Maputo, Enrolled Languages English - Fair and improving – Fluent Portuguese - Fluent – Fluent Spanish - Basics – Fluent Simplicio Chivambo is an Environmental Scientist based in Maputo, Mozambique. He has a BSc (hons) in Biological Sciences variant of Ecology and Natural Resources Management, and at moment he is finalizing his master course in Aquatic Biology and coastline Ecosystems. Mr. Simplício has experience in coordinating water quality and other environmental monitoring projects in various areas of Mozambique, conduct scientific ecological baseline collections and conduct baseline desktop research. In the last two years Mr. Simplício has been involved in various projects in environmental field providing support to scientist conducting ecological evaluations for Environmental Impact Assessments, other licensing process and due diligence assessments for lenders and companies for acquisitions In the last two years Mr. Simplício has been involved in various projects in environmental field providing support to scientist conducting ecological evaluations for Environmental Impact Assessments, other licensing process and due diligence assessments for lenders and companies for acquisitions. Employment History Golder Associates Mozambique Ltd – Maputo Environmental Scientist (2013 to Present) Aquatic scientist and environmental practitioner coordinating water quality and other environmental monitoring projects in various areas in Mozambique. Responsible for scientific ecological baseline data collection, conducting baseline desktop research and providing support to scientists conducting ecological evaluations for Environmental Impact Assessments, other licensing processes and due diligence assessments for lenders and companies for acquisitions. Engages with professional bodies, research institutions and regulatory authorities for data collection and their input into permitting processes. Through thorough knowledge of Mozambique regulatory requirements and international standards and as such provides advice on procedural issues during permitting processes. Writes sections of reports and EMPs. Project management includes budgeting, scheduling and day-to-day administration and operational coordination of components of projects. Ministry for Coordination of Environmental Affairs – Maputo Environmental Technician (2009 to 2011) Give assistance to environmental technical team during the process of review of the Environmental Impact Assessment projects submitted to Direcção Nacional de Avaliação de Impacto Ambiental, support the environmental inspectors team during the environmental audits performed by MICOA. And assist the senior staff with day-to-day activities. 1 Curriculum Vitae SIMPLICIO CHIVAMBO PROJECT EXPERIENCE – ENVIRONMENTAL ASSESSMENT Sasol Technology (Pty) Inhambane, Mozambique Sasol Technology (Pty) acting jointly on behalf of Sasol New Energy Holdings (Pty) Ltd (SNE) and Eletricidade de Moçambique (EDM), contracted Golder Associates Africa to conduct and ESIA for the proposed Mozambique Gas to Power project that will be located close to the existing Central Processing Facility (CPF) in Temane gas fields, Inhassoro District and approximately 40 km northwest of Vilanculos. in this project Simplicio worked as fauna and flora specialists. Jindal Steel and Power Limited (JSPL) Tete Province, Mozambique Jindal Steel and Power Limited (JSPL) contracted Golder Associates Africa to conduct an Independent Technical Review of the Chirodzi Coal Mine located 80 km northwest of Tete Province, district of Cahora Bassa. The objective of Independent Technical Review was review the mine plan and operational parameter underpinning the financial projects and to identify major risks which could potentially impact the performance of the asset. Simplicio was responsible to assist the audit team and review the EIA according to Mozambique and international requirements GS Cimentos Maputo, Mozambique GS Cimentos contracted Golder Associates Africa to conduct an Independent Technical Review of the Limestone mine located approximately 10 km south of Maputo Province. The objective of Independent Technical Review was review the mine plan and operational parameter underpinning the financial projects and to identify major risks which could potentially impact the performance of the asset. Simplicio was responsible to assist the audit team and review the EIA according to Mozambique and international requirements. Sasol Gas Maputo, Mozambique Sasol Gas contracted Golder Associates Mozambique to assist with the renew of the environmental licence for MSP Project including loopline. In this project Simplicio worked as project manager. Minas Moatiza Maputo , Mozambique Minas Moatize has contracted Golder Associates Mozambique Ltd, to update the EMP of the Minas Moatize and assist Minas Moatize with the renew of the environmental licence. In this project Simplicio worked as Project coordinator Rio Tinto Benga Tete Province, Mozambique Sasol International Sasol Inhambane, Mozambique Corredor Lgistico e Integrado de Nacala Nampula, Mozambique Golder was responsible for report on aquatic ecosystem monitoring program which has the aim of verifying and monitor the impacts associated with mining activities in Benga Coal Mine. In this project Simplício worked project assistant and member of aquatic sampling team working on the Zambezi and Rovubwe River Systems. Golder Associates Africa (Pty) Ltd, was contracted by Sasol International to conduct the EIA for proposed expansion of exploration of gas and oil in Temane and Inhassoro fields, inhambane province. In the project as fauna and flora specialist Golder is responsible to report on water (drinkable, waste water, ground water, surface water and marine water) monitoring program of the port that is being constructed in Nacala a Velha. The objective of the environmental program was to verify the environmental performance of their units, the efficiency of the control system, and environmental quality in the vicinity of their projects to minimise negative impacts on the environment. In this project Simplicio worked has project coordinator and team lead. 2 Curriculum Vitae SIMPLICIO CHIVAMBO Republic of Mozambique Pipeline Investiment Company (ROMPCO) Maputo Province, Mozambique Republic of Mozambique Pipeline Investment Company (ROMPCO) has contracted Golder Associates Mozambique Ltd to assist ROMPCO with renew of environmental licence for Mozambique to Secunda Pipeline (MSP) and to get an environmental permit for a loopline project which is part of MSP project. In this project Simplicio worked as project manager. Confidential Project Tete Province Tete Province, Mozambique A coal Company based in Tete Province (Central Mozambique) has contracted Golder Associates Mozambique Ltd to conduct a due diligence on environmental regulatory compliance according to the Mozambique laws and regulations The review included, water waste and on the operational mine requirements. The study concluded with provision of comments and recommendations TRAINING Advanced Course on Scientific Tools for Costal Biodiversity Assessments Western Indian Ocean Science Association (WIOMSA) in collaboration with University of Lisbon, University Eduardo Mondlane , Inhaca Island Marine Biological Station and University of Aveiro, 2013 Environmental Management of Railways Natural History Museum-Mozambican Association for Environmental Impact Association, 2014 Bird watching Fundamentals and Environmental Education Association of Environmental Conservation and Education, 2014 Project Management Fundamentals Golder Associates Africa, 2014 3 CURRICULUM VITAE HÉLDER NHAMAZE Office Home Studies and Applied Research, Ltd PH 9 6º andar flat 2 Bairro da Coop Maputo – Mozambique Cell: (+258) 82 4481880 [email protected] Ahmed Sekou Touré, 1425 R/C Esq. Tel/Fax: (+258) 21316601 Cell: (+258)82.3047337 Bairro Central PO.BOX 3629 [email protected] www.kula.co.mz Maputo – Mozambique 1. Family name: Nhamaze 2. First name: Hélder 3. Date of birth: 19th January 1977 4. Nationality: Mozambique Maputo, Mozambique 5. Residence: 6. Education: Institution Degree(s) or Diploma(s) obtained: (date from – date to) 2002 - 2003 University College Dublin, Master of Science in Sociology (M.Soc.Sc). Dissertation: Culture and Ireland Development: An analysis of discourses and practices with reference to Ireland’s development assistance 1998 - 2000 UFICS-Universidade Eduardo Honours degree in Anthropology. Minor dissertation: Cultural Identity in the Mondlane process of building the Mozambican nation, 1975-1990. The case of Marromeu district 1995 - 1998 UFICS-Universidade Eduardo Bachelor degree in Social Sciences Mondlane 7. Language skills: indicate competence on a scale of 1 to 5 (1 – excellent; 5 – basic) Language Portuguese English Reading 1 1 Speaking 1 1 8. Membership of professional bodies: Anthropology Association of Mozambique 9. Other skills: (e.g. computer literacy, etc.) 10. Present position: Writing 1 1 MS Word, Excel. Access, PowerPoint Lecturer, Researcher and free lance consultant 11. Years with the present employer: Since May 2006 is running a consultancy firm (KULA) 12 Key qualifications: (relevant to the assignment) - Advisory and consulting in developing countries Mid term and final evaluations Institutional assessment, capacity building and strategic planning - Facilitating formulation of development programs and projects Participatory processes and facilitation of workshops with public institutions Training and CSO coaching 13 Specific experiences in developing countries: Country Mozambique Date from - Date to 1998-2013 South Africa 2006 Angola 2007 Tanzania 2013 13. Professional experience: Date from – Date to Location July 2013 Maputo Mozambique Company Position Ministry of Health/Deloitte Team Member (M&E, Consulting Overseas Situational Analysis Project Mozambique and Governance) References : Dimitri Peffer, +258 820552301, [email protected] June 2013 Manhiça Faculty of EducationLead Consultant Eduardo Mondlane Mozambique University/ActionAid Mozambique References : Francisco Januário, +258 826981112, [email protected] April/May 2013 Zambézia Nuclei of Feminine Team Leader Associations of Zambézia Mozambique (NAFEZA) References : Candida Quintano, +258 827229250, [email protected] March/April 2013 Dar Es Salaam, Belgian Technical Team Leader Cooperation (BTC) Coast Region, Kilimanjaro Tanzania Office Tanzania Description Team member for the JANS (Joint Assessment of National Health Strategies) of the Mozambique Health Sector Strategic Plan (PESS 20132017) Consultant for Universidade Eduardo Mondlane’s Education Faculty in data analysis and writing up of the “Final Longitudinal Study Report” combining data from 4 waves; under the “Stop Violence Against Girls in Schools (SVAGS)” Project in Manhiça District, commissioned by ActionAid Mozambique Baseline Study in three districts of Zambézia province (Inhassunge, Quelimane and Alto Molócuè) on Gender Based Violence (GBV). The study aims at 200 households using both qualitative and quantitative approach Final Evaluation of the Programme “HIV/AIDS Awareness Creation at Primary Schools in Seven Districts of Tanzania” TAN 050171 References : Vincent Vercruysse, +255 785855215, [email protected] Final Evaluation of National Plan of Action for the Prevention and Fight March/April 2013 Gaza, Zambézia, Ministry of Women and Team Leader of Violence Against Women (2008-2012) Social Welfare (MMAS) Maputo Mozambique Mozambique References : Estrela Herculano, +258 824776340, [email protected] January 2013 Manhiça Faculty of EducationLead Consultant Eduardo Mondlane Mozambique University/ActionAid Mozambique August/September 2012 Manhiça Mozambique Faculty of EducationEduardo Mondlane University/ActionAid Lead Consultant Consultant for Universidade Eduardo Mondlane’s Education Faculty in the Mozambique Wave 3 Longitudinal Study under the “Stop Violence Against Girls in Schools (SVAGS)” Project in Manhiça District, commissioned by ActionAid Mozambique Consultant for Universidade Eduardo Mondlane’s Education Faculty in the Mozambique Wave 2 Longitudinal Study under the “Stop Violence Against Girls in Schools (SVAGS)” Project in Manhiça District, Mozambique March/June 2012 Manhiça Mozambique Faculty of EducationEduardo Mondlane University/ActionAid Mozambique Lead Consultant References : Francisco Januário, +258 826981112, [email protected] September Mossuril, Zavala United Nation’s Education, Lead Consultant Science and Culture 2011/January 2012 Mozambique Organization (UNESCO) References : Lorraine Johnson, [email protected] August/September Cape Town, Volunteer & Service Enquiry Southern Africa 2011 South Africa (VOSESA)/Canada World Inhambane, Youth (CWY) Mozambique Lead Consultant commissioned by ActionAid Mozambique Consultant for Universidade Eduardo Mondlane’s Education Faculty in the Mozambique Wave 1 Longitudinal Study under the “Stop Violence Against Girls in Schools (SVAGS)” Project in Manhiça District, commissioned by ActionAid Mozambique Complimentary Evaluation of the “Socio-cultural Approach to Sexual and Reproductive Health”Project Study on the Contribution of South-South Youth Volunteer Exchange Programmes in Southern Africa References : Jacob Mati, +27 11 486-0245, [email protected] March 2011/to date Nampula, Tete United Nations Children’s Qualitative Analysis and Gaza Fund (UNICEF) Expert Mozambique Mozambique based Research part of the Out-Of-School-Children Initiative (OOSCI), conducted in another 23 countries References : Anjana Mangalagiri, +258 21 481 158, [email protected] February/March 2011 Cabo Delgado Health Research for Action M&E Expert/National (HERA)/Swiss and Maputo Consultant Development Cooperation Mozambique (SDC) External Review on the transformation of WIWANANA project into a national community health NGO in Chiure and Ancuabe districts (Cabo Delgado Province) References : Martine Vandermeulen, +3238445930, [email protected] August/September Tete and Maputo Health Research for Action M&E Expert/National Evaluation of FICA Projects in the Health Sector of Tete (HERA)/Flanders Province 2010 Consultant Mozambique International Cooperation Agency (FICA) References : Martine Vandermeulen, +3238445930, [email protected] June 2010/April 2011 Nampula, Tete, Save the Children Team Leader/Ethnographic Sofala and Gaza Mozambique/Africa Climate Change and Researcher Mozambique Resilience Alliance Baseline study to increase use of evidence by Ethiopia, Uganda and Mozambique governments in developing and implementing policies to improve poor people’s adaptive capacity to climate related shocks and stresses (ACCRA) References : Melq Gomes, +25821493140, [email protected] May/June 2010 Inhambane SASOL Petroleum Social Impact International (SPI) Ltd Expert/Team Leader Mozambique References : Eulália Temba, +258 21 357405, [email protected] April/July 2010 Maputo IBF International National Consultant/EU Delegation Consultant/Workshop Mozambique Mozambique Facilitator References : Marion Le Boulch, +32 2 237 09 11, [email protected] March 2010/April 2011 Maputo Snowy Mountains Social Impact Expert Engineering Corporation Mozambique (SMEC) International Ltd/Electricity of Mozambique (EDM) Design of the Social, Economic and Demographic Profile of Temane and Mangungumete Communities, surrounding the Inhambane Plant Workshop facilitation under the EU funded “Support to Government of Mozambique in its dialogue and relations with Civil Society” project Assist the Establishment of Environmental and Social Impact Unit (ESIU) in EDM in order to ensure effective implementation of the environmental and social guidelines in its projects.. References : Michael Holics, +265 1 927 261, [email protected] January/April 2010 Maputo, Sofala United Nations Education, Team Leader/Expert on Assessment of “Capacity Building of Teacher Trainers in Teacher Science and Culture Training Institutes (TTIs)” for implementing SRH, HIV and and Nampula M&E AIDS Education in Schools through appropriate Socio-Cultural Organization (UNESCO) Mozambique Approaches References : Zulmira Rodrigues, +258-21 49 44 50, [email protected] September 2009/April Maputo, Sofala, International Organization Expert on M&E “Hot Spot” Mapping Study on Two Transport Corridors in Mozambique. The study’s objective is to increase the 2010 Manica and Tete for Migration (IOM) understanding of the relationship between HIV and AIDS and Mozambique population mobility, covering the corridors of Beira and Tete References : Stuart Simpson, +258 823056218, [email protected] June 2009/February Maputo and Khulisa Management Team Leader/M&E Baseline Study in Mozambique. The Initiative has covered five 2010 Inhambane Services/SADC Care and Expert Southern Africa countries (South Africa, Swaziland, Support for Teaching and Mozambique, Zambia and Democratic Republic of Congo) and Mozambique aims at ensuring rights and basic needs of vulnerable children. Learning Initiative (CSTL) References : Elna Hirschfeld, +27-11-447-6464, [email protected] April/May 2009 Maputo and Royal Netherlands M&E Expert Embassy (RNE)/Population Zambézia External Review of PSI/Mozambique’s project “Social Marketing of Public Health Commodities 2005-2010” Mozambique Services International (PSI) References : Annie Vestjens, +258 21 484218, [email protected] March/April 2009 Maputo, International Labour Office Local consultant/M&E Nampula and (ILO) Expert Sofala Mozambique References : Johanna Silvander, +260 211 257354, [email protected] December 2008/March Maputo, Gaza United Nations Education, Lead Consultant/M&E Science and Culture 2009 and Inhambane Expert Organization (UNESCO) Mozambique Mid Term Evaluation of the Working Out of Poverty (WOOP) Programme Evaluation of the Pilot HIV and AIDS Workplace Policy in Education Institutions in Mozambique References : Zulmira Rodrigues, +258-21 49 44 50, [email protected] November Maputo AURECON/Swedish Social Science Expert International Development 2008/November 2011 Mozambique Agency (SIDA) SIDA’s Project Monitoring in Connection with the Institutional and Budget Support of the Decentralised Management of Regional Roads in Mozambique References : José Camba, +258 21 49 3632, [email protected] November Maputo, Manica United States Agency for M&E Expert/Team International Development Leader 2008/February 2009 and Gaza (USAID) Mozambique USAID Mozambique’s Evaluation of Orphaned and Vulnerable Children (OVC) and Home Based Care (HBC) Programs under President’s Emergency Plan for AIDS Relief (PEPFAR) References : Hanise Sumbana, +258 21 35 20 80, [email protected] November 2008/April Maputo Tearfund M&E Expert/Team 2009 Leader Mozambique Baseline study and design of Terafund Mozambique’s Monitoring and Evaluation Framework References : Earnest Mswera, +258 21 498886, [email protected] June/December 2008 Maputo, Gaza, United Nations Children’s M&E Expert/Team Sofala, Manica, Fund (UNICEF)/KPMG Leader Tete, Zambézia, Nampula and Cabo Delgado Mozambique References : Antonio Madureira, +258 21355200, [email protected] May/November 2008 Maputo, Gaza, World Food Programme Inhambane, (WFP) Sofala, Manica Team Leader/M&E Expert Roll-out of Monitoring and Evaluation Tools, Care and Support of Orphaned and Vulnerable Children Establishment of the M&E system for the food distribution targeting Orphans and Vulnerable Children (OVC) and Tete Mozambique References : Birgitte Yigen, +258 82 4102186, [email protected] January/June 2008 Maputo USA Centers for Disease Local expert on Control (CDC) HIV/AIDS Mozambique References : Mindy Hochegesang, +258 21 312 747/8, [email protected] November/December Maputo Denmark Trade Union’s Team leader/Expert on Federation (3F) and M&E and HIV and 2007 Mozambique Mozambique Workers’ AIDS Organization (OTM) References : Julia Holm, [email protected] November 2007 Luanda Angola Ministry for Social Assistance and Angola Reintegration (MINARS) and UNICEF Training expert Mozambique Behavioral Surveillance Survey (BSS) Phase 1: Identification of Most At Risk Populations (MARP) Evaluation of “Support to women worker´s struggle against AIDS in Mozambique”, development project between 3F and OTM and preappraisal of OTM second phase proposal. Program Monitoring Workshop: Monitoring the Angola National Plan of Action for Orphans and Vulnerable Children References : Richard Mukonda, +244-222-331010, [email protected] October 2007/January Maputo United Nations System in Expert on M&E and 2008 Mozambique HIV/AIDS Mozambique HIV/AIDS related Knowledge Attitudes and Practices (KAP) study for the United Nations System staff in Mozambique References : Mari Luntamo, +258 21 484 517, [email protected] September/December Maputo Mozambique Aluminium Expert on M&E and 2007 Smelter (MOZAL) HIV/AIDS Mozambique HIV/AIDS related KAP among staff References : Sofia Jambane, [email protected] July/October 2007 Maputo, Gaza, Mozambique Ministry of Manica, Sofala, Interior (MINT) Nampula and Cabo Delgado Mozambique References : Badrudino Rugnate, +258 82 3964960 July/September 2007 Maputo Project HOPE Mozambique References : Hector Jalipa, [email protected] Expert on M&E and HIV/AIDS Knowledge Attitudes and Practices (KAP) study and HIV/AIDS impact assessment Team leader/M&E Expert Final Grant Evaluation of the project Economic Empowerment as a means to mitigating HIV/AIDS and it’s impacts in Zambézia province May/July 2007 Zambézia Mozambique Project HOPE Team leader/Ethnographic Researcher References : Hector Jalipa, [email protected] March/April 2007 Maputo and Family Health International Lead facilitator Pretoria (FHI) (Mozambique and South Africa) Follow-up Survey on Health Data of Village Health Banks (VHB) and Village Savings and Loans (VSL) Members in Zambézia province Mozambique Workshop, as part of Regional Workshops for Strengthening the In Country Capacity in M&E of OVC (Mozambique, South Africa and Tanzania). References : Inoussa Kabore, +1.703.516.9779 December 2006/July Maputo United Nations Children’s 2007 Fund (UNICEF) Mozambique Expert on M&E and OVC Strengthening Monitoring and Evaluation System for Orphaned and Vulnerable Children in cooperation with UNICEF/Mozambique Ministry of Women and Social Welfare (MMAS) References : Patricia Fernandes, [email protected] November 2006/ Maputo Save the Children March 2007 Mozambique Expert on M&E and OVC Mid Term Review of Save the Children’s Mitigation of the Impact of HIV/AIDS on Orphans and Vulnerable Children in Mozambique 2004-2008 References : Helen Novela, [email protected] November/December Maputo United Nations’ Development Program 2006 Mozambique (UNDP) Local expert on HIV/AIDS Final Evaluation of UNDP’s HIV/AIDS Programme References : Stella Pinto, [email protected] October/December Maputo United Nations Children’s 2006 Fund (UNICEF) Mozambique Expert on Participatory Mid Term Review of UNICEF/ICS/GESOM Mobile Units Project Methodologies References : Patricia Fernandes, [email protected] June/September 2006 Maputo Mozambique Ministry of Transports and Mozambique Communications Expert on M&E and HIV/AIDS HIV/AIDS related Knowledge Attitudes and Practices (KAP) study, impact assessment and HIV/AIDS Strategic Plan design References : Leia Machava, +258 82 8748800 May/July 2006 Limpopo, Edburgh consultants/EC Kwazulu Natal Delegation Pretoria and Gauteng Expert on Socio Cultural issues Mid term review of the European Commission funded Partnerships for the delivery of Primary Health Care including HIV& AIDS Programme (PDPHCP) Province South Africa References : Petra Novakova, +3130254 4975, [email protected] May/2005 to Apr/2006 Maputo National HIV/AIDS Mozambique Program Coordinator Save the Children USA References : Mark Fritzler, + 258 21491408, [email protected] September Maputo Instituto Superior de 2005/September 2006 Mozambique Ciências e Tecnologia (ISCTEM) References : Filimone Meigos, [email protected] Maputo Save the Children Federation April 2004/April 2005 Mozambique References : Mark Fritzler, + 258 21491408, [email protected] February 2004 Mozambique SMEC International/National Directorate for Hydrological Resources (DNA) Lecturer Identifying and networking with potential partners from among local organizations; Promote inter-sectoral coordination among the different SCUS projects and programs; Conduct participatory needs identification of local partners and community groups; Supporting workplace HIV/AIDS initiatives for SC staff members and their families; Coordinate capacity building support to partners and facilitate links to resources both within and outside the project;In collaboration with the national M&E Officer, ensuring implementation of locally owned M&E framework through participation of all stakeholders including community based organizations Subjects taught: Introduction to Social Sciences, Contemporary Sociological Theories National HIV/AIDS M&E Lead the process of baseline assessment and situation analysis Officer Develop and standardize data collection tools and train project staff on the use of the M&E system Technical M&E support to community based groups (i.e. OVC committees) Promote participation of the various stakeholders in project design, implementation and development of qualitative indicators Ensure HIV/AIDS mainstreaming among SC Alliance members and local partners Consultant Mozambique Flood Risk Analysis Project; Administrative Posts demarcation using Geographical Information System (GIS) Socio-economic analysis of possible floods in Zambeze, Pungoé, Limpopo and Umbelúzi basins References : Madeira Fredy Madeira, +258 82 7725639, [email protected] November/December Mozambique UNAIDS/Zambézia Consultant Rapid Research on HIV/AIDS Profile and Situation Analysis in 2003 HIV/AIDS Nuclei (NPCS) Zambézia Province; Ethnographic research, in 4 districts of the province (Alto Molócuè, Gurué, Milange and Morrumbala), towards designing each one’s profile References : Manuela Dallas, + 258 82 5617038 February/August 2002 Maputo National Aids Council Officer of the Technical Address the socio-cultural dimension in the programs, projects and Mozambique (CNCS) Unit for Planning, activities Monitoring and Evaluation Mainstreaming HIV/AIDS through the multi-sectoral approach (Initially SocioOrganise and conduct planning seminars with the several ministries Anthropological and monitor subsequent activities Advisory Unit) Assist the elaboration of the Manual for Monitoring and Evaluation of the HIV/AIDS initiatives References : Diogo Milagre, + 25821495396, [email protected] June 2001/January Mozambique National Mine Action Officer of the Research Evaluation of programs and projects 2002 Institute (IND) and Planning Department Design and implementation of training programs Assist the design and implementation of the Annual Operations Plan and the Five-year Mine Action Plan References : Artur Veríssimo, [email protected] February 2001/ to date Maputo Eduardo Mondlane Lecturer Subjects taught: Anthropology of Development, Anthropology of Mozambique University (UEM) Politics, Trans-culturalism and Modernity, Anthropological Epistemology, Anthropology of Rural Communities, History of African Thinking References : Alexandre Mate, +258 82 6174642 August/December 1999 International Labour Senior Researcher Youth Illegal Migrant Project – Ressano Garcia Organisation (ILO) Conducting interviews; Data analysis and accomplishment of the Harare, final report Zimbabwe References : Roberto Lora, +393339198124, [email protected] February/May 1998 Eduardo Mondlane University Maputo Mozambique References : Alexandre Mate, +258 82 6174642 Junior Researcher Research Project Modernity and Economic Integration 19871997 Interviews evaluation, qualitative analysis Final report accomplishment 15. Other relevant information (e.g. Publications): - Developing Workplace Programmes on HIV and AIDS for UNHCR Partners in Southern Africa organized by UNHCR Southern Africa Regional Office (Johannesburg, September 26th – 28th, 2005) Presentation: “HIV/AIDS in the workplace: The Case of Save the Children – Mozambique” Food Security – HIV/AIDS Africa Program Learning Group organized by Save the Children USA (Mangochi, February 14 th- 18th, 2005) Child Participation on Policy design and Programming organized by Save the Children (UK) Southern Africa Regional Office (Maputo, February 07th-09 th, 2005) How to Mobilize Communities for HIV/AIDS Care and Support organized by SC Alliance HIV/AIDS Network for Southern Africa (Mbabane, August 10th-12th, 2004) V European Conference on African Studies (Lisbon, 27-29 June, 2013). Presentation: “Positively Enlightened: ways of thinking about ‘Culture’ and ‘ Development’” LEONARDO ADAMOWICZ Maputo 3, C.P. 3610, Rua Comt. João Belo 203 II Dt, Moçambique, Tel. /FAX: +258-21326287; + 258 - 827737080 Email: [email protected] ; [email protected] PERSONAL INFORMATION Civil state: widower Nationality: Mozambican Born: 24-06-1945, Kiejdany, Lituania Filiation: Stanislaw Adamowicz e Angélica Stankiewicz - Laudanska SUMMARY OF QUALIFICATION Fine arts and art conservation; Archeology, Heritage Conservation and Protection; GIS - Installation and programming database; Civic education to the outdoors (Scouting), sub-aquatic tourism and sports. EDUCATION 1952 – 1959 Primary school: Village Khabarovsk, Ust-Ordynsk, Irkutsk, the Soviet Union (Siberia); School at the gulag Concentration camp. (cont.) Primary school n º 7 in Gdansk - Orunia 1959 – 1964 Secondary school Techniques of Plastic Arts, Lyceum of Fine Art Techniques in Gdyni-Orlowie, Poland /Polónia; Graphical arts; painting; sculpture, photograph; art history; 1966 – 1973 University of Warsaw 1. Department of Classic and African Archaeology Mediterranean and African archaeology; Egyptology; Museologia; History of Art; Classic languages; Philosophy and Logic. Thesis (Master of Art): “Sarcophagus of the painter of Kertch”. During 3-5 year, additional course of pedagogy and psychology at the University of Warsaw. 2. Institute of the African Studies Post-graduate studies: Anthropology; Ethnology; History and Geography of Africa, Agriculture, Demography and Economy of the African Communities. Political Movements in Africa. Final thesis: “Settlement patterns in the ends of 19 century in Eastern Africa” 1988 – 1994 Uppsala University Settlement Pattern of the Early Farming Community in Northern Mozambique. (PhD thesis); Since 1995 – Nomination to category of Professor by Superior Institute of Polytechnic University - actually Polytechnic University.. 1 PROFESSIONAL EXPERCIÊNCIA 1965 – 1969 University of Warsaw, Warsaw, Polónia, Institute of Archaeology Archaeological excavations: Nowogród (1965 Poland), Lomza (1966 Poland), Dukla (1967 Poland), Novae (1968 Bulgaria), Kerch (1969 USSR), 1970- 1975 Institute of the African Studies, Academic Association of the Polish Africanists (research carried through out 1ª and 2ª Expedition of the Polish Students Africa); The Director of 1ª Expedition of the Polish Students Africa (AWA 1972-73) The Director of 2ª Expedition of the Polish Students Africa (AWA - the SAHARA 1974/75) The Director of 3ª Expedition of the Polish Students Africa (AWA - Zambezia 1976) (partial Accomplishment) Archaeological excavation: Dongola (1973 Sudan), Alexandria (1973 Egipt), AkkaTata (1975 Marrocco), Tarhit (1975 Algeria); 1977 – 1978 University of Ibadan (Nigeria) 1978 – 1979 University H.S. in Addis Abeba (Etiopia) Bibliographical studies (1975), Zurich (1976) and Hamburg (Institute für Africa Kunde) (1979)/ Bibliographical studies in Lisbon, Zurich and Hamburg 1981 – 1994 University Eduardo Mondlane, Maputo, Moçambique Dept. of Archaeology and Anthropology Excavations the Province of Inhambane (1981, Chibuene, Manyikeni and Inhambane), Province of Maputo (1981 - 83, Caimane, University Campus, Chonguene), the head of the Archaeo-Anthropological Projecto in the Northern of Moçambique. Province of Nampula - CIPRIANA (1981 - 94, 136 Archaeological Stations), Archaeological Survey in the Provinces of Niassa and Cabo Delgado. The founder of the Exposition-Laboratory in the House of Culture in Nampula. Archaeological Survey CIPRIANA III -1992 /94 (Niassa, Nampula and Handle Delgado Provinces); Administration of lessons in the Course of History, Humanistic Faculty of Eduardo Mondlane Universitry (1988 - 1993) Since 1988 Cooperation with Uppsala University PhD course , Participation in the research and workshop´s Urban Origin Project. Scholarship of the Projecto “Micron-Regional Archaeology” Since 1996 - Cooperation with the Direcção Nacional de Cultura, Cultural Heritage Department. Seminaries, research, publications and documentation of the cultural património. Since 2000 - Polytechnic and University Superior Institute (now Polytechnic University) Lecturing: Geography of Tourism and Cultural Heritage 2000 – 2008 Banco de Moçambique. Preservation, conservation and restauration of Cultural Heritage of the Banco de Moçambique. 2 2005 lecturing at the Liceu José Craveirinha - Maputo 12 Aulas por semana - História Universal - 9, 10, 11 e 12 ano; Since 2006 – (continuation) Lecturing at Polytechnic University – A POLITECNICA in two courses: Tourism and Communication Science. Since 2007 - Cooperation with: 1. (continuation) Eduardo Mondlane University – Dept. of Archaeology and Anthropology; Lecturing at Archaeology and Cultural Heritage Management. 2. (continuation) Uppsala University – African Archaeology; 3. Ministry of Culture – National Board of Cultural Heritage; PUBLICATIONS (List restricted only to scientific publications) Adamowicz, L. 1970. Sarkofag malarza z Kerczu (“Sarcophagus of painter from Kertch” / Tese MA “Sarcófago do pintor de Kertch”.) Swiatowid, nr 12, pp 45-68. Wroclaw / Warszawa. Adamowicz, L. 1973. Przemiany we wzorach osadnictwa wiejskiego w Afryce Wschodniej pod koniec XIX wieku. “Changings in Settlement Pattern in Eastern Africa in the end of the 19 century” / Tese final: “Mudanças nos padrões de povoamento nos finais do seculo 19 na Africa Oriental”. Africana Bulletin, 7, pp 3-82, Instytut Afrykanistyczny. Uniwersytet Warszawski. Warszawa Adamowicz, L. 1977. Proces ludzkiej adaptacji w sytuacjach wyjatkowych (Process of Human Adaptation in extreme situation. Comparison between expatriate from refugies camp in Spanish Sahara, Somalia, Northern Irak, Central Siberia, etc), PhD Thesis, Polska Akademia Nauk, Kwartalnik Demograficzny 25, pp 27-145. Adamowicz, L. 1979. Afryka. Kontynenty. Wydawnictwo Filmowe, Warszawa. Adamowicz, L. 1982. Preliminary report of the archaeological exploration in Northern Mozambique. Report 1. DAA / UEM, 1983:11, Maputo. Adamowicz, L. 1983. Preliminary report on 3rd season's archaeological research of the residential pattern in LSA and EIA in Nampula Province. Report 2. DAA / UEM, 1983:9, Maputo. Adamowicz, L. 1984a. An investigation of residential pattern in Nampula Province from an archaeological perspective: a progress report. Textos para Debate, 3, DAA / UEM, 1984:21, Maputo. Adamowicz, L. 1984b. Alguns aspectos das pinturas rupestres na Provincia de Nampula. Textos para debate, 5, DAA / UEM, 1985:68, Nampula. Adamowicz, L. 1985. Report and comments on the progress of CIPRIANA 81 / 86. Archaeological Project in Nampula Province, Textos para debate, 6, 1985:88, Nampula, 1986:105, Maputo. 3 Adamowicz, L. 1986. Contribuição para o conhecimento da arqueologia entre os rios Lúrio e Ligonha, Provincia de Nampula. Projecto CIPRIANA 1981 / 86. Trabalhos de Arqueologia e Antropologia, DAA / UEM, 3. 1987:45-144, Maputo. Adamowicz, L. 1988. The economic and social context of Early Farming adaptations to highlands of Northern Mozambique. Urban Origins in Eastern Africa. In Proceedings of the 1989 Madagascar Workshop, P.J.J. Sinclair and J.A.Rakotoarisoa (eds.) , 1990:179-184, Stockholm.3 Adamowicz, L. 1991. Newly discovered stone age and early iron age sites in Nampula Province northern Mozambique. In Proceedings of the 1990 Workshop Harare and Great Zimbabwe, P.J.J. Sinclair & G. Pwiti (eds.), 137-196. Stockholm: Swedish Central Board of National Antiquities Adamowicz, L. 1992. Early Farming Community Pottery from Northern Mozambique. Nampula (in press). Adamowicz, L. 1992a. Settlement pattern in ethnoarchaeological research in Nampula Province. In Proceedings of the 1991 Workshop Zanzibar, P.J.J. Sinclair & A. Juma (eds.), 137-196. Stockholm: Swedish Central Board of National Antiquities. Adamowicz, L. 1992b. Cronometria C14 das estações arqueologicas da Província de Nampula. Seminário sobre 15 anos de historiografia de Moçambique, Universidade Eduardo Mondlane, 1991:105, Maputo. Adamowicz, L. 1992c. A Origem de Agricultura em Moçambique. Trabalhos de Arqueologia e Antropologia, nº. 7:135, Maputo. Adamowicz, L., Sinclair,P., Duarte,R., Morais, J. 1993, A perspective on archaeological research in Mozambique. In The Archaeology of Africa, Food, metals and towns. Ed,. Thurstan Shaw, Paul Sinclair, Bassey Andah, Alex Okpoko, London and New York, pp 410431 Articles and papers in different journals, revue and seminar papers. Adamowicz, L. 1995. Arqueologia em Mozambique. Przeglad Archeologiczny. 3/95. Warszawa Adamowicz, L., 1996. Foraging and Farming Communities in Northern Mozambique. PhD Thesis, Uppsala University. Adamowicz, L., 2005a, Computer Analysis of Pottery SONGO and NIAMARA, pp 250, In. Macamo S., 2005. Privileged Places in Southern Central Mozambique, Uppsala University. Adamowicz, L., 2005b, Computer Analysis of Pottery from 1999 and 2000 Degue – Mufa Excavation, pp 252, In. Macamo S., 2005. Privileged Places in Southern Central Mozambique, Uppsala University. Since 2009 – Contributor of rev. “INDICO” and “M de Moçambique” 4 Adamowicz, L. 2009, Pré-história de Moçambique, Indico, nº 49, pp 16 – 24; Adamowicz, L. 2010, Museu ao Ar Livre - Manyikeni, M de Moçambique, nº 1, pp 22 – 44; Adamowicz, L. 2011, Tesouro Real Afundado em Mongincual, M de Moçambique, nº 6, pp. 44 – 50; 2001 – 12 31 Papers published in Swedish, Polish, Russian and German archaeological newspapers and reviews ADDITIONAL ACTIVITIES Training. Casa de Cultura, Gdansk-Orunia, Dworcowa 9, Poland, Instructor os the Fine Art for Youth (1961-1964) Circle of Archaeology by Corespondence / Circulo de Interesse de Arqueologia por Correspondência criado em Nampula entre professores da Historia de Escolas Primarias, Secundárias e Universitárias. Nampula C.P. 520 Exhibitions. Exposição - Laboratório Deposito Arqueológico na Casa de Cultura, Nampula, C.P. 520 com os achados de 149 estações arqueologicas do norte de Moçambique. Video Production. TVM. O autor de guião e co-realizador do filme na TVE-Maputo, com seis capitulos cada de 20 minutos sob titulo: Na pista de antigamente - de caçador ao agricultor. Author of the Permanent Exhibition in Manyikeni and Chibuene Archaeogical Sites Museums, 2009; Author of the Permanent Exhibition in museums in Chai and Moeda; ASSOCIATIONS AND COMMUNITÁRIAN ACTIVITIES 1. Polskie Towarzystwo Archeologiczne i Numizmatyczne (PTAiN) Archaeological Society in Poland / Sociedade Polaca da Arqueologia e Numizmatica) since 1969 2. Akademickie Zrzeszenie Afrykanistów Polskich (AZAP) Associação Academica dos Africanistos Polacos, fundador e Presidente (1974 - 1979) 3. The International Committee of Archaeological Heritage Management (ICOMOS, ICAHM) since 1980 4. The Worl Archaeological Congress (WAC) since 1990 5. The South African Archaeological Society since 1993 6. Peace keeping Observer . Observador Internacional das Eleições em Moçambique em 1994 (ONUMOZ) 7. National Chief Scout of the Liga dos Escuteiros de Moçambique (LEMO) since 1994 5 Curriculum Vitae Education Ph.D. (Botany) , University of Natal, South Africa B.Sc. (Hons, Botany), University of Natal, South Africa B.Sc. (Botany, Zoology), University of Natal, South Africa Languages English – Fluent BRENT BAXTER Johannesburg Associate and Strategic Advisor Provides Strategic Leadership to Golders Environmental Assessment teams in Africa. Previously managed Golder's Environmental Services Business Unit comprising 65 staff in five offices in Africa grouped in specialist teams in the fields of ESIA, Stakeholder Consultation, Social Assessment and Resettlement Planning and Land Development. Project Director Project Director and senior advisor in the fields of environmental impact assessments, development of environmental management plans, environmental compliance and due diligence auditing, lender compliance against equator principles and international performance standards, rehabilitation and restoration planning, mine closure, ecological assessments, biodiversity management planning and environmental monitoring. Employment History Golder Associates Africa (Pty) Ltd – Johannesburg, South Africa Strategic Advisor, Environmental Services. Associate (2002 to Present) Provides Strategic Leadership to Golders Environmental Assessment teams in Africa. Previously managed Golders Environmental Services Business Unit comprising 65 staff in five offices in Africa grouped in specialist teams in the fields of ESIA, Stakeholder Consultation, Social Assessment and Resettlement Planning and Land Development. Project Director and senior advisor in the fields of environmental impact assessments, development of environmental management plans, environmental compliance and due diligence auditing, lender compliance against equator principles and international performance standards, rehabilitation and restoration planning, mine closure, ecological assessments, biodiversity management planning and environmental monitoring. Wates, Meiring and Barnard – Johannesburg, South Africa Environmental Scientist then Associate (2001 to 2002) Responsible for environmental consulting services to the mining industry covering environmental impact assessments, development of environmental management plans, environmental auditing, rehabilitation and restoration planning, mine closure, ecological assessments and environmental monitoring. Envirogreen Consulting – Johannesburg, South Africa Managing Director and Director (1998 to 2001) Responsible for co-ordination and management of consulting services to the mining industry covering mine closure, rehabilitation and restoration planning and contaminated site assessment. Envirogreen – Potchefstroom, South Africa Rehabilitation Research Scientist, then Consulting & Research Manager (1997 to 1 Curriculum Vitae BRENT BAXTER 1998) Responsible for development and implementation of rehabilitation trials and initiation of a small consulting group focussed on rehabilitation and restoration planning and mine closure. Anglo Coal Environmental Services – Witbank, South Africa Assistant Scientific Officer, then Environmental Engineer (1994 to 1997) Responsible for advising Anglo Coal opencast and underground mines on a broad range of environmental issues and completion of various technical studies including post mining land rehabilitation planning, cleanup and restoration of contaminated sites, environmental impact assessments, environmental management plans and environmental audits. Managed Anglo Coals rehabilitation research programme and developed and implemented trials to facilitate the re-establishment of native species. University of Natal – Pietermaritzburg, South Africa Researcher (1990 to 1994) Carried out research programme towards PhD. Research was focussed on ecophysiological aspects of seed dormancy, germination and the establishment of native southern African grasses, particularly the climax species Themeda triandra. Developed techniques for the successful re-establishment of native grasses into disturbed habitats. 2 Curriculum Vitae BRENT BAXTER PROJECT EXPERIENCE – UNCONVENTIONAL GAS EXPERIENCE Karoo Gas Project, Shell Upstream International Project manager and technical lead assisting Shell in the siting of potential exploration well sites. Project entailed use of existing National GIS datasets to inform development of a GIS spatial model that spanned the 90,000 km² exploration area. This model was used to inform positioning of exploration wells in order to minimise potential environmental impact prior to commencement of exploration. Required close collaboration between Golder technical team and Shell exploration team. Karoo Gas Project, Project director and senior review for development of three environmental management programs in support of Shells three Karoo gas exploration permits totalling 90,000 km². Work entailed development of environmental management programs, high-level evaluation of potential impacts and consultation with stakeholder communities to build capacity and understanding of unconventional gas development, including hydraulic fracturing technology Waterberg Gas Project, Anglo Coal Project director for the successful permitting of a 37 well bulk CBM gas yield test well-field. The project included permitting of reverse osmosis water treatment plant and associated waste handling infrastructure. The project is located in the Waterberg coalfield, Limpopo province, South Africa Waterberg Gas Project, Anglo Coal Project director for third-party review of specialist groundwater report. The report which was the subject of the technical review had been independently commissioned by the Petroleum Agency of South Africa and evaluated long-term groundwater monitoring data in proximity to Anglo Coals CBM five spot test sites in the Waterberg coalfield. Technical Study Tour, Unconventional Gas Developments, USA and Canada USA and Canada While not technically a project it is relevant to include in this experience record that Brent has spent three weeks, during mid-2012, travelling through parts of the USA and Canada where unconventional gas development is taking place. The focus of this study tour, funded entirely by Golder, was to meet with regulators, developers, contractors and members of civil society to discuss and understand how learnings from UCG and CBM development in these regions could be applied to the growing number of UCG / CBM projects in Southern Africa. PROJECT EXPERIENCE – SITE CLOSURE, DECOMMISSIONING AND REHABILITATION PLANNING Department of Minerals and Energy Project co-ordinator for technical and economic feasibility of controlling underground coal fires, stabilisation of unsafe ground and rehabilitation of the defunct Transvaal and Delagoa Bay Colliery. Conducted for the South African Department of Minerals and Energy. [Witbank, South Africa]. United Nations Mission in Kosovo Specialist contributions related to rehabilitation of lead / zinc tailings involving site assessment and sampling to inform development of an appropriate rehabilitation approach and design of field trials to demonstrate the success of proposed measures. [Trepca, Kosovo]. 3 Curriculum Vitae BRENT BAXTER Samancor Manganese Mines Project manager for development of conceptual closure plan and liability cost determinations for BHP Billitons operational Wessels and Mamatwan manganese mines and the decommissioned Hotazel, Smartt Rissik and Middelplaats manganese mines situated in the Kalahari desert system. [Hotazel, South Africa]. Stilfontein Gold Mine Tailings Dam Complex Project manager for assessment of the closure and rehabilitation costs for the Stilfontein Gold Mine tailings dam complex. Conducted for Durban Roodepoort Deep. [Stilfontein, South Africa]. Marico Fluorspar Mine Lead auditor during pre-acquisition audit and determination of closure and rehabilitation costs for the decommissioned Marico Fluorspar Mine. [Zeerust, South Africa]. Gallery Gold, Mupane Gold Mine Steelpoort, South Africa Vantech Thesen Island Marina Development Iron Duke Gold Mine Hartebeestfontein Gold Mine Anglo Coal Anglo Gold Ergo De Beers, Premier Diamond Mine Project manager for rehabilitation and mine closure planning as part of the environmental impact assessment being carried out for Gallery Gold’s Mupane Gold Mine. [Francistown, Botswana]. Project manager for closure planning for the Free State North 6 tailings dam and development and implementation of a post-rehabilitation monitoring programme for rehabilitated tailings dams in the region. [Welkom, South Africa]. Project manager for development of a rehabilitation plan for combined mining areas and mining and industrial waste sites. [Steelpoort, South Africa]. Project manager during preparation of rehabilitation and planting plans for greenbelt, residential and estuarine areas of a marina under construction in the Knysna estuary. [Knysna, South Africa]. Project manager for development of a rehabilitation plan for an iron sulphide waste rock dump at the Anglo American owned Iron Duke Gold Mine. [Zimbabwe]. Project manager and specialist ecologist for development of closure plan for Avgold’s Hartebeestfontein No.7 slimes dam and implementation of subsequent post-rehabilitation biological monitoring. [Klerksdorp, South Africa]. Specialist rehabilitation planning, sourcing of materials for use in rehabilitation, monitoring of rehabilitated land and implementation and management of rehabilitation trials at a number of operational and closed mine sites. [Mpumalanga, South Africa]. Project manager during monitoring and reporting on performance of various grass covers on the Withok and Daggafontein gold tailings dams. [Johannesburg, South Africa]. Revegetation and ecological specialist to review performance of rehabilitation trials on fine kimberlite residues, and advise De Beers regarding future revegetation programmes. [Cullinan, South Africa]. 4 Curriculum Vitae BRENT BAXTER PROJECT EXPERIENCE – ENVIRONMENTAL AUDITS Government of Uganda, Environmental audit of Kasese Cobolt Lead auditor for environmental compliance audit of Kasese Cobalt Company and development of environmental monitoring programmes [2005] Specialist ecological inputs to the decommissioning and closure plan for Kilembe Cobalt mine. [Uganda]. Kenor, Audit of SMD Gold Mining Operations Project manager for development of environmental, social and health international best practice standards. Lead auditor for internal audit against these standards to inform development of detailed environmental, health and social action plans and subsequent annual performance auditing against implementation of action plans [2002/2003]. [Lero, Guinea]. Pre Acquisition audit, Iscor Environmental auditor as part of a pre acquisition due diligence audit of Iscor Iron & Steels Sishen, Thabazimbi and Welgevonden Mines and review of closure cost provision prior to launching of Kumba Resources [2001]. [South Africa]. Idwala, Limpopo Province Anglo Coal South Africa Maluti-A-Phofung Municipality Auditor of decommissioned industrial minerals mine as part of corporate environmental due diligence audit. [South Africa]. Environmental auditor of Anglo Coal mines as part of internal environmental audit teams as follows; New Vaal Colliery (1994, 1997), Goedehoop Colliery (1994), New Denmark Colliery (1995), Landau Colliery (1995), Kriel Colliery (1997) and Arnot Colliery (1997) Project strategic guidance for compilation of a Status Quo report for the Platberg Nature Reserve to document the condition/status of the land under management, infrastructure and amenities [2002]. [Harrismith, South Africa]. PROJECT EXPERIENCE – ENVIRONMENTAL ASSESSMENT Zambeze Coal Project, Rio Tinto Coal Mozambique Bakouma Uranium Mine, UraMin Project director for development of large-scale opencast coal mine including beneficiation plant and waste handling infrastructure. Unique project features include need to engage traditional communities, some of whom will require resettlement. Project is located in the Zambezi Valley, Tete Region, Mozambique. ESIA project manager for large opencast Greenfields uranium development located in the east of the CAR. Project team is a multinational team comprised of Golder specialists worldwide and external consultants. Project includes development of opencast mine and associated infrastructure, concentrator, mine residue deposits and transport links to site. This is a current project for which we are busy executing baseline studies and initiating the public consultation programme, including liaison with government authorities and stakeholders. [Central African Republic]. 5 Curriculum Vitae BRENT BAXTER Kembe Falls Hydroelectric Project, UraMin Project lead for initial screening of a proposed hydroelectric dam and associated power generation infrastructure and transmission lines. Project is located in south central Central African Republic, with transmission lines linking to the regional capital Bangassou and to the Bakouma mine site. Project is in its early stages comprising prefeasibility screening and development of high level ESIA and baseline studies work plans. [Central African Republic]. Stiegler's Gorge Hydroelectric Project, Jeffares & Green Project lead for prefeasibility screening of a proposed hydroelectric dam site located within the Selous Game Reserve, Tanzania. Project involves high level review of previous EIA and associated specialist work conducted during the 1980’s and provision of strategic guidance regarding EIA requirements and work plan to developers investigating re-initiation of this project. [Tanzania]. Gold Mega Dam Project, Harmony Project director for EIA/EMP for three Mega dams planned to receive tailings from the slimes dam reprocessing and re-treatment operations to be located in the Welkom, Randfontein and Leandra areas in the Free State, Gauteng and Mpumalanga provinces respectively. Key responsibility includes strategic advice and review to three independent EIA teams. [South Africa]. Waterberg Gas Project, Anglo Coal Heidelberg Underground Coal Mine, Anglo Coal Beira Port, Rio Doce Mozambique Project lead for EIA and environmental permitting associated with development of the second five spot gas production well located in the Waterberg coalfield. [Limpopo Province, South Africa]. Project lead for EIA/EMP for proposed greenfields underground coal mine. Project is currently in the baseline studies phase. [Gauteng Province, South Africa]. Development of an environmental management plan for phase 1 dredging activities associated with developing coal export port at Beira.[Mozambique]. Namakwa Sands, Anglo Base Metals Project manager for various projects including EIA/EMP for mine expansion, EIA/EMP for construction of a reverse osmosis water treatment plant at the mineral separation plant, annual performance assessment review audit and development of consolidated environmental management programmes for the mine site and mineral separation plant. [Western Cape Province, South Africa]. Benga Coal Mine, Riversdale Project director for the environmental impact assessment for a proposed opencast coal mine and associated washing plant, residue disposal and linear infrastructure, Tete, Mozambique. The project includes an independent EIA process for development of a 400 MW coal-fired power station. [Mozambique]. Heidelberg Opencast Coal Mine, Anglo Coal Project lead for EIA for proposed greenfields opencast coal mine, in a very sensitive environmental and stakeholder setting. [Gauteng Province, South Africa]. Greenfields coal mine, Anglo Coal Project review and strategic guidance an Environmental Impact Assessment for Anglo Coals Mafube Macro opencast coal mine project. [Greenfields coal mine, Anglo Coal]. Greenfields Copper mine, First Quantum Project manager for an environmental impact assessment for planned greenfields Frontier opencast copper mine and concentrator located in south eastern DRC. [Democratic Republic of Congo]. 6 Curriculum Vitae BRENT BAXTER Environmental screening, Anglo Coal Project manager for an environmental screening to identify potential fatal flaws and ascertain, in consultation with stakeholders, whether such issues can be mitigated, for a proposed opencast coal mine in a very sensitive setting. This work is carried out to inform a decision on whether the client should proceed with an EIA. [Gauteng Province, South Africa]. Expansion to Namakwa Sands Operations, Anglo Project manager for Environmental Impact Assessment for planned expansion to mining and processing operations at Anglo’s Namakwa Sands operation. Role in project is that of providing strategic direction and review. [Western Cape, South Africa]. New Tailings Dump at Venetia Mine, De Beers Senior review of Environmental Impact Assessment for a new tailings residue facility at Venetia Mine. Project included land owner consultation, authority liaison, amendment of the environmental management plan and environmental input to the design. [Limpopo Province, South Africa]. New Tailings Dump at Finsch Mine, De Beers Senior review of Environmental Impact Assessment for a new tailings residue facility at Finsch Mine. Project included land owner consultation, authority liaison, amendment of the environmental management plan and environmental input to the design. [Northern Cape, South Africa]. Coal Transport Infrastructure, Eskom Project manager for Environmental Impact Assessment for rail or conveyor transport infrastructure to bring coal to Tutuka and Majuba power stations. Project included land owner consultation with owners of farms along almost 400 km of potential routes and final optimisation of the alignment of preferred routes across privately owned land. Also included were assessment of the sensitivity of various competing routes, route selection and development of environmental management plan for construction and operational phases of project. [Mpumalanga, South Africa]. Coal Transport Conveyor, BHP Billiton, Ingwe Coal Project manager for environmental impact assessment for a 50 km long coal transport conveyor system for Ingwe Coal. The project entailed route selection and refinement, consultation with directly affected land owners and stakeholders and assessment of impacts of the proposed operation on the receiving environment. [Delmas, South Africa]. Letseng Diamonds Project manager for Environmental Impact Statement and Environmental Management Plan for re-commissioning of diamond mining activities at a remote high altitude mine site in the Lesotho highlands. [Highlands, Lesotho]. BHP Billiton, Lwala Chromite Mine Project manager for Environmental Impact Assessment and Environmental Management Plan for proposed opencast chrome mine. Project involved grassroots consultation and capacity building in rural communities. [Limpopo Province, South Africa]. Belulane Hazardous Waste Site Rio Tinto Specialist ecological and land rehabilitation review as part of an international team reviewing the Belulane hazardous waste site EIA under the auspices of the Netherlands Commission for EIA. [Maputo, Mozambique]. Sustainability Assessment Rossing Uranium Mine. Specialist contribution to assessment of impacts to the biophysical environment associated with various mine life extension scenarios, and evaluation of whether such activities contributed to sustainable development. [Swakopmund, Namibia]. 7 Curriculum Vitae Kumba Resources, Sishen South Iron Ore Mine Angel Diamonds Manganese Metals Company Anglo Coal, New Vaal Colliery Anglo Coal, Greenside Colliery BRENT BAXTER Project manager for environmental impact assessment for the proposed Sishen South opencast iron ore mine and development of EMP for mining operations. [Postmasburg, South Africa]. Project manager for environmental assessment of a new mine in Lesotho. Development of a project brief and environmental management plan for proposed kimberlite bulk sampling activities, at a remote site in Lesotho. Project entailed site and project evaluation and grassroots engagement with local directly affected community. [Postmasburg, South Africa]. Compilation of a conceptual Environmental Management Plan for an industrial hazardous waste site. [Nelspruit, South Africa]. Project manager for environmental impact assessment of the planned 500 hectare opencast coal pit to mine the Maccauvlei West reserve area. This project comprised an extension of existing opencast operations. Particular sensitivities included the site being located directly opposite the towns of Vereeniging and Vanderbijlpark. The site is also located on the banks of the Vaal River. The project was reported as an addendum to the existing mine Environmental Management Programme Report. [Vereeniging, South Africa]. Project manager for environmental assessment of planned mine life expansion project and development of an addendum to the mine Environmental Management Programme Report. [Witbank, South Africa]. Anglo Coal Project manager for fatal flaw assessment of a proposed Greenfields opencast coal mine. Project involved consultation with key stakeholders/authorities and site assessment to identify potential fatal flaws and significant environmental and social issues to a project in a sensitive regional setting. [South Africa]. Anglo Coal Project manager and biophysical environment specialist conducting screening of a proposed small opencast coal pit site to identify significant social and environmental issues and potential fatal flaws. [Mpumulanga, South Africa]. Assmang, Manganese Mines Project manager and biophysical environment specialist conducting screening of a proposed small opencast coal pit site to identify significant social and environmental issues and potential fatal flaws. [Mpumulanga, South Africa]. Samancor Botanical specialist and project manager responsible for development of an alien plant control plan for the Samancor, Meyerton Works industrial site. [Black Rock, South Africa]. 8 Curriculum Vitae Anglo Coal South Africa BRENT BAXTER While working with Anglo Coal, the following specialist work was undertaken and reported; Baseline ecological assessment prior to mining expansions at Kleinkopje Colliery; Baseline ecological assessment of the proposed Haasfontein mini pit site, Goedehoop Colliery; Baseline ecological assessment of proposed Block 11 shaft and overland conveyor, Goedehoop Colliery; Baseline ecological assessment of proposed Schoongesight mini pit site, Landau Colliery; Baseline ecological survey of proposed Eight Shaft borrow pits, Arnot Colliery; Baseline ecological survey of proposed Vlaklaagte shafts, mining sections and overland conveyor, Goodehoop Colliery; Soil survey of proposed Vlaklaagte shaft footprint and conveyor alignments, Goedehoop Colliery; Soil survey of proposed Block 11 shaft footprint and conveyor alignment, Goedehoop Colliery; Soil survey within footprint of proposed coal discard dump expansion, Goedehoop Colliery; Assessment of clean/dirty storm water drainage systems at various mines; Review of capacity of pollution control dams at select mines; Assessment of contaminated portions of Anglo Coals Natal Anthracite Colliery and Vryheid Coronation Colliery to inform rehabilitation and closure planning; Assessment of vegetation performance on rehabilitated opencast land and discard dumps; Post rehabilitation assessment of depth of soil placement on various rehabilitated dumps; Specifications for soil conditioning, revegetation and land maintenance of mine affected land; Reports on maintenance, development and performance of mined land rehabilitation trials. BHP Billiton Project manager and biophysical environment specialist for an environmental sensitivity assessment for forty three target prospecting sites in the arid Northern Cape ecosystem. [South Africa]. 9 Curriculum Vitae BRENT BAXTER New Diamond Corporation, Crown Diamond Mine Project manager for development of an Environmental Management Programme for the recovery of diamonds by re-treatment of old diamond bearing mine residue deposits. [Kroonstad, South Africa]. Anglo Coal Project manager for development of an Environmental Management Programme Report for a greenfields opencast coal development at Kleinkopje Colliery. [Witbank, South Africa]. Mine Waste Solutions Project manager for Environmental Management Programme Report for remining and processing of a gold slimes dam complex and associated conversion of old uranium plant to a Carbon in Leach (CIL) plant. [Stilfontein, South Africa]. PROFESSIONAL AFFILIATIONS Certified Environmental Assessment Practitioner (EAPSA No. 0077/06) Registered Professional Natural Scientist (Pr.Sci.Nat) Society for Ecological Restoration International Association of Impact Assessment (International, and South African Chapter) PUBLICATIONS Other Baxter, BJM & Van Der Nest, L.J. (1999) The Economic Implications of Alternate Rehabilitation and Closure Strategies for Gold Tailings Dams. Tailings and Waste Disposal in Mining, AIC, 10-12 May 1999, Sandton Baxter BJM (1998) Contract Mining and Responsible Environmental Management. Contract Mining in Africa: Summit 98, AIC, 13-14 May 1998, Fourways. Baxter, BJM & Van Der Nest, LJ (1998) Rehabilitation of Gold Tailings for Closure - Achieving Effective Mine Closure, IBC 22-22 October 1998, Pretoria. Baxter, B & Heydenrych, G (1998) Mine Closure and Decommissioning Plans: Practical Aspects. Mine Closure: IBC 24-25 February 1998, Pretoria Baxter B.J.M., van Staden, J. and Granger J.E. (1995) Plant - derived smoke and seed germination: is all smoke good smoke? That is the burning question. South African Journal of Botany 61: 275-277. Baxter B.J.M., van Staden, J. and Granger J.E. (1994) The growth responses of two ecotypes of Themeda triandra transplants along an altitudinal gradient in Natal: some preliminary results. Twenty-ninth Annual Meeting of the Grassland Society of Southern Africa, Harare, Zimbabwe. Brown, N.A.C., de Lange, J.H., van Staden, J. and Baxter, B.J.M. (1994) Plantderived smoke: An important newly discovered natural cue for seed germination. Current Research and its Application to Australian Plant Species. Proceedings of Workshop 3: Revegetation of Mine Sites Using Appropriate Species. Third International Conference on Environmental Issues and Waste Management in 10 Curriculum Vitae BRENT BAXTER Energy and Mineral Production, Curtin University of Technology, Perth, Western Australia: 69-73 Baxter B.J.M., van Staden J., Granger J.E. and Brown N.A.C. (1994) Plant derived smoke and smoke extracts stimulate seed germination of the fire - climax grass Themeda triandra Forssk. Environmental and Experimental Botany 34(2): 217-223. Baxter, B.J.M. and van Staden J. (1994) Plant - derived smoke: An effective seed pre-treatment. Plant Growth Regulation 14: 279-282. Baxter B.J.M., Cuthbert, B., Granger J.E. & van Staden J. (1993) Viability of indigenous grass seed. Nineteenth Annual Congress of the South African Association of Botanists, Cape Town, South Africa. Baxter B.J.M., van Staden J. and Granger J.E. (1993) Seed germination response to temperature in two altitudinally separate populations of the perennial grass Themeda triandra Forssk. South African Journal of Science 89: 141-144. Baxter B.J.M., van Staden J. and Granger J.E. (1993) Technology to improve seed germination in the important indigenous grass Themeda triandra. Biotech SA ’93, First South African Biotechnology Conference, Grahamstown, South Africa Baxter B.J.M., van Staden J. and Granger J.E. (1993) Seed dormancy in the perennial grass Themeda triandra Forssk. Nineteenth Annual Congress of the South African Association of Botanists, Cape Town, South Africa. Baxter, B.J.M. and van Staden, J (1993) Coat-imposed and embryo dormancy in Themeda triandra Forssk. Proceedings of the Fourth International Workshop on Seeds, Paris, vol. 2 pp 677-682. Steenkamp, S.J, van Deventer P.W. & Baxter B.J.M. (2001) Gold Tailings – Turnkey Dry Land Rehabilitation. Chamber Of Mines Of South Africa, Conference On Environmentally Responsible Mining In Southern Africa, September 2001, Johannesburg. Wates, J.A., Lorentz, S.A., Marais, H., Baxter, B.J.M., Theron, M. and Dollar, L. (2006) An evaluation of the performance and effectiveness of improved soil cover designs to limit through flow of water and ingress of air. Water Research Commission. (WRC Report No. 1350/1/06). Witcomb, A, Baxter, BJM & Wates, J. (2001) The Transvaal & Delagoa Bay Colliery Rehabilitation Plan. Coal Indaba, Johannesburg, South Africa. Witcomb, A. and Baxter, B.J.M. (2000) Abandoned coal mined land in South Africa. Mining Environmental Management. 11 Curriculum Vitae MARK DOVETON WOOD Age Parent Firm Address Telephone/Fax Email Registration No Nationality Position in Organization : 59 : Mark Wood Consultants : PO Box 41820 : Craighall 2024 : Gauteng Province : South Africa : +27(11) 327-1567 : +27(11) 447-7018 : [email protected] : CK 89/23449/23 : South African : Member EDUCATION B.Sc (Geog) Witwatersrand 1979 BA (Psych) Witwatersrand 1983 EMPLOYMENT HISTORY 1980 – 1985: Project Scientist, Dames & Moore, South Africa 1985 – 1986: Associate, Dames & Moore, South Africa 1986 – 1987: Partner, Knight, Dames & Moore, South Africa 1987 – present: Member, Mark Wood Consultants Areas of Expertise Mark Wood’s expertise covers the following: Environmental Impact Assessment of large, multidisciplinary, development projects Integrated Environmental Management (IEM) training and capacity building in corporate and government organizations Review of EIAs and Environmental Management Plans in accordance with IFC and other guidelines Public involvement and conflict resolution in Environmental Assessment Overall Summary of Experience Mark Wood has spent most of the past 30 years leading, guiding and reviewing EIAs for major development projects in the mining, industrial and energy sectors. Many of these projects have been cross cultural and have involved complex social and environmental issues. He has led some of the largest EIA’s in Africa. He has extensive experience of quality assurance, both as an external and internal reviewer. He has prepared many EIA reviews on behalf of Government and assists and guides project EIA teams as a senior advisor on legal compliance and international best practice. He has ongoing involvement in training of EIA and public participation practitioners, locally and internationally. Mark Doveton Wood CV (General) 2013 1 He has worked with World Bank, IFC and other European financiers and is familiar with the policy guidelines and requirements of the international finance community. World Bank and IFC contacts are provided below for reference purposes. He has worked extensively in Africa and in Papua New Guinea. African countries include Lesotho, Botswana, Swaziland, Namibia, Mozambique, Ghana, Zambia, Democratic Republic of Congo and Nigeria. Major sectors in which he has been involved in the past 15 years have included the following; Oil and Gas (oil and gas processing plants, liquefied natural gas terminals, major oil and gas trunk lines, gas fired power stations, onshore and offshore oil and gas exploration and drilling) Electrical Energy (coal fired power stations, nuclear power stations, gas fired power stations, major transmission lines, photovoltaic solar energy) Mining (coal, platinum, copper/cobalt, uranium) Industrial (cement, hazardous waste) Transport (highways, railways, light rail) Water (major dams) Housing (township development) Agriculture (aquaculture) Selected Project Experience (Approximate Date Order starting in 2013) Initial Assessment of Key Issues affecting the construction of a 325 km oil pipeline in South Sudan. Responsibility: Author. The assessment involved red flagging critical issues affecting the routing of the proposed pipeline and the location of the oil refinery. Amoung others, critical issues included wetland impacts, impacts on migratory mammal species due to construction of a permanent access road and various social issues including resettlement. (Client: MSA). Environmental Impact Assessment and Management Plan for a proposed 80MW Photovoltaic Solar Installation near Balfour, Mpumalanga, South Africa, May 2010 to present. Responsibility: EIA Coordinator. The project is situated on old mining land near the Grootvlei power station in Mpumalanga, South Africa Key issues include socio economic benefits, impact on agriculture, visual impacts and impacts on drainage in areas of hydric soils. (Client: Clare Energy/Sunpower Pty Ltd). Environmental Impact Assessment and Management Plan for the Phase 4 Expansion of the Impala Platinum Precious Metal Refinery in Springs, Gauteng, South Africa, October 2008 to present. Responsibility: EIA Co-ordinator. The refinery is surrounded by residential development and the expansion proposals are therefore in the context of a highly sensitive urban environment. The scoping phase of the study is nearing completion. (Client: Impala Platinum). Training Courses on EIA Practice and Public Participation, September 2008 – present. Responsibility: EIA and Public Participation Training. The courses have involved training of Government, private industry and other participants in the principles of environmental impact assessment and public participation. Courses have included Chevron Nigeria, IAIA Mozambique and the National Environmental Authority in Ghana. (Client: Chevron, AMAIA, Newmont). Annual Integrated Disclosure Report for Sasol Ltd’s Natural Gas Project, Mozambique, January 2004 – on-going. Responsibility: Project Review Consultant. The report is an annual requirement of the project financiers and involves a comprehensive review of Sasol’s compliance with its legal and other obligations in respect of the environmental and social issues in Mozambique and South Africa. The report is based on a critical evaluation of independent audit reports, prepared during the year, as well as consultants’ reports and other documentation prepared by Sasol’s ESOs and other project personnel. (Client: Sasol Petroleum International). Due Diligence Review of Environmental and Social compliance with Equator Principles and IFC Performance Standards for four Glencore Copper Mines in Zambia and the DRC, December 2010. Responsibility: Due Diligence Report. The project involved a review of all available information to ascertain compliance with social aspects of the Equator Principles and IFC Performance Standards. (Client: Glencore). Mark Doveton Wood CV (General) 2013 2 Environmental Auditing of Sasol Temane Mozambique Project Infrastructure, January 2005 – 2010. Responsibility: Environmental Auditor. The consultant was responsible for the annual independent audit of Sasol’s Resettlement Planning and Implementation Programme over a 5 year period. The work involved verification that the intent of the programme, which was to re-establish the livelihoods of the affected people, had met its objectives. Reports were submitted to the project financiers annually (Client: Sasol Petroleum International). Environmental Review of the Proposal to Implement a 500 tonne / annum Aquaculture Project at Katse Dam, Lesotho, September 2010 to November 2010. Responsibility: Project Reviewer. The consultant worked with a team of 10 Government officials from the Lesotho NEC and other Lesotho Government authorities in order to formulate a consolidated review with requirements for amendments to the EIA report. The report has subsequently been finalized and submitted. The project was approved by the Lesotho NEC. (Client: Lesotho National Environmental Council (NEC)). Liquefied Natural Gas Project, Papua New Guinea (PNG), September 2009 – September 2010. Responsibility: Social Impact Management Implementation Training. The consultant trained ExxonMobil Senior Project Management and Project staff, and Early Works and EPC Contractor staff (Management, Discipline Leads and Field Workers) in the implementation of the project Social Management Plans. The work included the development of training packages for the various levels of staff and the initial training followed by refresher sessions, held in Port Moresby, Brisbane, Melbourne, Singapore and Narita (Japan). (Client: ExxonMobil). Environmental Review of Eskom’s Proposed Nuclear 1 Power Station Project, Western Cape, South Africa, January 2010 – September 2010. Responsibility: Environmental Review Consultant. The consultant was appointed by Eskom to review the Draft EIA for the project. The siting of the project is highly controversial and is likely to lead to appeals and court challenges. (Client: Eskom). Environmental Review and Ongoing Strategic Guidance for the Rand Uranium Cook Project, Combined Mega Tailings Facility in Merafong Local Municipality, Westonarea, Gauteng Province, South Africa, February 2010 - August 2010. Responsibility: Strategic Environmental Advisor. The project involved advising Golder Associates and Rand Uranium about stakeholder, legal and other risks concerning the EIA process that had been followed in the Scoping for the EIA. (Client: Golder Associates) Environmental Impact Assessment and Environmental Management Plan for the Transnet NMPP Project, South Africa, June 2007 – February 2009. Responsibility: EIA Co-ordinator. The project included the assessment of the impact of Transnet’s plans to accumulate and transport large volumes of fuel between Durban and Heidelberg in South Africa. In order to do this, Transnet planned to construct a coastal and an inland fuel terminal, linked by a 540 km multi-products pipeline. The fuels will include diesel, aviation fuel and petrol. It is anticipated that the project will be a major contributor in meeting the fuel needs of the industrial heartland of South Africa for the period up to 2030. The project was estimated to cost US$ 2 billion and is one of South Africa’s largest infrastructure projects.The EIA involved a full suite of specialist studies, including social impact assessment, risk assessment, terrestrial ecology, wetlands and river systems, noise, air quality, cultural heritage and others. Over a thousand landowners and other stakeholders were involved in the public participation for the project. The project has received environmental approvals and construction was started in 2009 (Client: Transnet). Environmental Impact Assessment and Environmental Management Plan for the Benga Coal Project, Tete Province, Mozambique, October 2007 – November 2008. Responsibility: EIA Co-ordinator. Responsible for the coordination of the EIA and EMP for the project which involved the proposal to construct a 20mtpa open pit coal mine in the Benga district of Tete Province in Mozambique. A wide variety of social and environmental issues were addressed including the need to resettle over 1,000 families required. (Client: Riversdale Mining). Environmental Impact Assessment of the Use of Alternative Fuels in the AfriSam Dudfield Cement Kilns, NW Province, South Africa, January 2007 – February 2008. Responsibility: EIA Co-ordinator. The project involved the assessment of the burning of wastes in the kilns as a supplement to coal. Key issues included air quality and health effects and, in particular, the potential to generate dioxins and furans in upset or start up conditions. Accumulation of dioxins and furans in the food chain in the surrounding areas were a particular consideration. Management requirements were specifically Mark Doveton Wood CV (General) 2013 3 designed to test the validity of the air quality modelling results and to ensure auditing of compliance by competent independent professionals (Client: AfriSam South Africa). Environmental Impact Assessment of Seismic Acquisition for Offshore Oil and Gas Exploration in the Quirimbas Archipelago, Mozambique, June 2006 – November 2007. Responsibility: EIA Coordinator. The project includes an assessment of the impact of seismic acquisition on the adjacent Quirimbas National Park, which is a marine and terrestrial park of international importance. Impacts of seismic acquisition are mainly about the acoustic effects of the air gun arrays on marine species and the consequent effects on ecological functioning, artisanal fishing and tourism. Extensive recommendations were made in the EMP to minimize the risk of the sound blast on marine species, artisanal fisherman and commercial lodges in the area. The project was later approved and implemented and monitoring confirmed low levels of environmental and social impact (Client: Hydro Energy, Norway). Environmental Impact Assessment for the Tenke Fungurume Copper Cobalt Mine in the Democratic Republic of the Congo (DRC), February 2006 - March 2007. Responsibility: EIA Co-leader. The project included proposals to mine and process copper and cobalt from a rich deposit between the villages of Tenke and Fungurume in the southern DRC. Unique plant associations occurred on the hill slopes where copper and cobalt - rich rock outcropped, having become tolerant of the toxicity in the soils. Large numbers of people lived in the areas around the mine, practicing slash and burn agriculture. Many people were dependent on artisanal mining of product, which was hand-excavated and sold illegally to local traders. The EIA involved extensive social and ecological assessment and a detailed programme of public consultation and capacity building. (Client: Phelps Dodge, USA) Strategic Environmental and Social Assessment of the Development of the Ibhubezi Gas Fields off the West Coast of South Africa, 2003-2004. Responsibility: Project Review Consultant. The assessment involved a critical evaluation of the desirability of various options proposed for the development of the offshore Ibhubezi Gas fields. The most favoured option, proposed by the client, was to supply gas via a high pressure gas pipeline to two anchor industries: Mossgas (an existing gas - to liquid plant on the Southern Cape Coast, soon to exhaust its gas supply from an existing gas fields) and a combined cycle gas fired power station, a location for which is still to be determined. The assessment considered a wide range of strategic issues associated with the development of the gas industry in the Southern Cape, including other options for the supply of natural gas, such as importing Liquefied Natural Gas. (Client: PetroSA). Regional Environmental and Social Assessment of the Sasol Natural Gas Project in Mozambique and South Africa, July 2003. Responsibility: Project Co-ordinator. The assessment was intended to look beyond the immediate zone of direct social and economic impacts of the project components, to address induced and cumulative impacts in the geographic areas affected by the eight project components. The study was prepared in consultation with the World Bank Mission for the project and in accordance with their requirements (Client: Sasol Ltd.) Environmental Impact Assessment of a Proposed Hydrogen Pipeline to Supply Impala Platinum in Springs, Gauteng, South Africa, January 2002 – May 2003. Responsibility: EIA Co-ordinator. The EIA evaluated a proposal to supply hydrogen to Impala Platinum from the Sasol hydrogen reformers in Sasolburg, via a 110km pipeline, through urban, peri-urban and rural areas to the Impala Platinum Refinery premises in Springs. Detailed social and biophysical investigations were undertaken, including an assessment of construction and operational impacts. Key social impacts were related to community risks in the event of an accident as well as the potential for impacts on residential property values. Biophysical impacts were mainly in respect of construction effects through sensitive terrestrial and aquatic habitats. The project was approved by the Environmental Authority (Client: Air Products). Environmental Impact Assessment of the Sasol Gas Field Development at Temane and Pande in Mozambique, January 2000 – August 2001. Responsibility: EIA Co-ordinator. The EIA was completed for the three main project elements, namely: (a) Seismic exploration work (b) The development and operation of the gas fields near the coast in Inhambane Province and (c) the development and operation of the main supply pipeline to South Africa. The work was conducted with the assistance of local Mozambique consultants, Impacto. A comprehensive range of specialist investigations was prepared with these reports including studies on the impacts on fauna, flora, Mark Doveton Wood CV (General) 2013 4 tourism, near shore ecosystems, aesthetics, noise, archaeology, agriculture and socio-economics. (Client: Sasol Ltd). Environmental Impact Assessment, Environmental Management Plan, Construction and PostConstruction Monitoring of a Natural Gas Pipeline between Temane in Inhambane Province in Mozambique and Secunda in Mpumalanga Province in South Africa, February 1999 – August 2001. Responsibility: EIA Co-ordinator. The combined pipelines were approximately 700 km long. Separate EIAs were undertaken for the South African and Mozambique sections of the route. Reports were prepared to meet the requirements of the Environmental Authorities of both countries as well as international donor agencies (World Bank, IMF, European Investment Banks). The Environmental Management Plans for both sections of pipeline included requirements for control of (a) design impact (b) construction impact (c) operational impact (d) monitoring and auditing. Construction is currently underway and is being conducted in accordance with the requirements of the Construction Management Plan. (Sasol Ltd). Environmental Impact Assessment of a Proposed Base Metal Refinery for Impala Platinum in Springs, Gauteng Province, South Africa, April 2005 – April 2006. Responsibility: EIA Co-ordinator. The study involved full public participation, scoping, specialist investigation and reporting of Impala Platinum’s proposal to double the capacity of their base metal refinery in Springs. Key issues included air quality, water quality, waste management, noise, traffic and explosion hazards. Air quality issues were exacerbated by existing pollution loads in the atmosphere and caused by surrounding activities. (Client: Impala Platinum). Environmental Scoping Assessment for a Methane-rich Gas Pipeline to supply the Engen refinery in Durban South,KwaZulu Natal Province, South Africa, October 2000 - March 2001. Responsibility: EIA Co-ordinator. The study area was predominantly in industrial and residential precincts and the investigations concentrated on public risks of the operation of the line and route alternatives to minimize risks. The project was approved and the pipeline built in the year 2000. (Sasol Gas). Environmental Impact Assessment of a Proposed Low Income Settlement at Brandvlei near Tarlton, Gauteng Province, South Africa, October 1999 – March 2000. Responsibility: EIA Co-ordinator. The proposal included a green fields development of 716 site and service erven intended for rural homeless people from the general area. The EIA process consisted of a full scoping investigation including a public open day. The scoping report determined that the main risks would be in relation to water pollution, depending on the sewage treatment process selected. The area had high farming potential and was dependant on groundwater. Opportunities existed to link the settlement with a farming initiative on adjacent land owned by WGSC and to use the treated liquid sewage effluent to supply this. Other issues concerned air pollution and the social interaction between the new residents and the existing landowners. The EIA phase of the project has still to be completed. (Client: Western Gauteng Services Council). Environmental Review Consultant for South African National Roads Agency projects. January 2001 – June 2004. Responsibility: Project Reviewer. The work included (a) The Superhighways Project, involving the upgrading and tolling of the N1 to Pretoria and other highway infrastructure around Johannesburg and Pretoria (b) The Platinum Toll Highway Project and (c) The Transkei Toll Highway Project. (Client: SA National Roads Agency Limited). Environmental Impact Assessment and EMPR of the Alpha Saldanha Cement Plant and Limestone Mine, W. Cape Province, South Africa, 1997 - June 2006. Responsibility: EIA Co-ordinator. The EIA included extensive public participation and 13 specialist studies, including alternatives, flora, fauna, air quality, groundwater and surface water, acoustics, mariculture and near shore ecosystems, aesthetics, palaeontology, economics, tourism and resort development and town planning and social infrastructure. The findings of the study indicated a significant level of impact, particularly in relation to the mining, which is proposed in an area near the coast with high social, ecological and paleontological sensitivity. The EMPR is currently being undertaken (Client: Alpha Ltd). Comprehensive Mitigation Planning (CMP) and Implementation Monitoring of the Maguga Dam Resettlement Planning in Swaziland, 1999 - 2001. Responsibility: Project Reviewer. The project Mark Doveton Wood CV (General) 2013 5 involved comprehensive assessment, planning and implementation in both the Reservoir Area, where the dam is under construction, and the Resettlement Area, where some 400 people must be resettled from the dam basin. The CMP involved all of the work necessary to ensure that the reservoir and resettled communities were fairly compensated for the impacts they experience. The study team consists of some 29 professionals in the social and biophysical sciences. Implementation will involve monitoring of all the contract work necessary to re-house affected families, develop agricultural lands, construct infrastructure and all other activities necessary to mitigate the impacts of the reservoir on the affected community. (Client: Komati Basin Water Authority). Environmental Impact Assessment of the Proposed Mazenod to Mohale 132kV Transmission Line in Lesotho, 1996 - 1997. Responsibility: EIA Co-ordinator. Key issues were social and aesthetic. Visual simulations were compiled to illustrate impacts of the line in the most sensitive mountain passes. Recommendations were made to re-align an existing 33kV line onto a double circuit tower with the new line in order to minimize these impacts. (Client: Lesotho Highlands Development Authority). Environmental Impact Assessment of Bulk Infrastructure for Magaliesburg Rural Council Area, Gauteng Province, South Africa, October 1998 – September 1999. Responsibility: EIA Coordinator. The study involved site selection and environmental assessment of a sewage treatment works. The Magaliesburg local area is environmentally sensitive, and is one of Gauteng’s premier local hospitality and ecotourism destinations. Odour management was a key issue in the study and special measures were recommended to minimize odour risks at nearby tourism venues. The sewage treatment works was built according to the recommended specifications and its operation is monitored in terms of an Environmental Management Plan (Client: Western Gauteng Services Council). Environmental Impact Assessment of a Proposal to build a Crude Oil Pipeline between Durban and Vrede in the KwaZulu-Natal and Free State Provinces of South Africa, February 1997 – March 1999. Responsibility: EIA Co-ordinator. The EIA included an assessment of corridor alternatives that resulted in the selection of a corridor based on technical and environmental criteria. The regulatory authorities accepted this corridor as the subject of detailed investigation in the EIA. The route was 400kms long and involved approximately 380 landowners and several hundred rural subsistence farmers. (Client: The Crude Oil Pipeline Joint Venture). Social and Environmental Planning Study for the Lesotho Highlands Feed Roads and Reservoir Crossing Project. Contract LHDA 78, 1993 – 1998. Responsibility: EIA Co-ordinator. The study included identification and review of constraints and opportunities affecting the development of the proposals. Work also included environmental and social management of detailed design and construction. (Client: Lesotho Highlands Development Authority). Environmental Impact Assessment, Impact Management and Construction Supervision of a 400 kV line through the Gauteng, Orange Free State and Natal, South Africa, 1989 - 1990. Responsibility: EIA Co-ordinator. The EIA recommended realignment of the route around the Memel wetlands. Impact management and construction supervision involved extensive erosion control measures. (Client: Eskom). Environmental Impact Management Plans for eight major quarries, 1990-1998. Responsibility: EIA Co-ordinator. The projects variously involved the formulation of Environmental Management Programme Reports (EMPR's), mining development plans, rehabilitation specifications, progressive reclamation proposals and operational impact plans. (Client: Hippo Quarries). Environmental Impact Assessment of a Proposed Sewage Treatment Works for Graskop in the Mpumalanga Province, South Africa, 1994. Responsibility: EIA Co-ordinator. The study involved modelling of measured and simulated river and sewage effluent flow data at various points downstream where recreational use was occurring. Special standards for phosphorous and nitrogen were recommended for the works. (Client: Hawkins Hawkins & Osborne). Environmental Impact Assessment, Management Plan and Special Conditions of Contract for a proposed gas pipeline between Tembisa and Roslyn in Gauteng, South Africa, 1994 – 1995. Mark Doveton Wood CV (General) 2013 6 Responsibility: EIA Co-ordinator. The high-pressure gas pipeline was proposed through the urban and peri-urban areas surrounding Pretoria, including two sensitive areas of natural heritage, the Witwatersberg and the Magaliesberg. The EIA involved comprehensive public and authority scoping and included an investigation of alternatives through the Magaliesberg. The project was approved subject to the conditions set out in the EIA, and an Environmental Management Plan and Special Conditions of Contract were prepared for construction of the pipeline. (Client: Sasol Ltd). Environmental Impact Assessment of the National Road 3, Harrismith bypass alternatives, Free State Province, South Africa, 1993-1994. Responsibility: EIA Co-ordinator. The EIA recommended against the western bypass alternative planned by the Department of Transport since 1985. Major issues were social, including impact on regional development potential, local business in the town, acoustics, pedestrian safety and traffic impact. (Department of Transport). Environmental Impact Assessment and Impact Management of a 400kV - transmission line and construction of access roads between Newcastle and Richards Bay, 1991-1992. Responsibility: EIA Co-ordinator. The study included assessment of ecological, aesthetic and social criteria. Extensive negotiations with tribal leaders and councillors in KwaZulu Natal were undertaken. (Client: Eskom). Environmental Impact Assessment, management and construction monitoring of the N17 expressway south of Johannesburg, 1986-1987. Responsibility: EIA Co-ordinator. Investigation spanned seven years and included assessment of a wide range of issues along a 50km stretch of urban and periurban roads. Issues included expropriation of property and houses, acoustics, visual impacts, property depreciation, ecological impacts on open space and many others. (Client: Department of Transport). PUBLICATIONS AND REPORTS 15 papers published and delivered at local conferences 10 articles published in technical journals MEMBERSHIPS Registered Environmental Assessment Practitioner – South Africa Member of the International Association of Impact Assessment REFERENCES Robert Robelus, Sr. Environmental Specialist, The World Bank Africa Region, Environment and Social Development Group 1818 H Street, NW, Washington, DC 20433, USA Phone: (202) 473-3642; Fax: (202) 473-8185 Email: [email protected] Justin Pooley, Senior Specialist, Southern Europe & Central Asia IFC Environment & Social Development Department Buyukdere Cad. No 185 Kanyon Ofis Blogu Kat 10, Levent, Istanbul Turkey Tel: +90-212-385-2531 Fax: +90-212-385-3001 Cell: +90-533-963-3450 E-mail: [email protected] Mark Doveton Wood CV (General) 2013 7 Curriculum Vitae Education MSc Environmental Management, University of Johannesburg, Johannesburg, 2006 BSc (Hons.) Geography and Environmental Management, Rand Afrikaans University, Johannesburg, 2004 AIDEN STOOP Golder Associates Africa (Pty.) Ltd. – Johannesburg Senior Environmental Scientist / EAP Aiden is a Senior Environmental Scientist with a background in Environmental Management, Impact Assessment and Project Management. He has worked locally in South Africa, Mozambique, Namibia, Lesotho, Republic of Congo and the United Kingdom where he has gained valuable experience in delivering large integrated ESIA's in line with local regulatory requirements as well as in terms of Equator Principles and IFC Performance Standards. BSc Earth Sciences (Geography and Geology), Rand Afrikaans University, Johannesburg, 2003 Employment History Languages Screening, Scoping and Environmental Impact Assessments (EIA's), Environmental Management Plans (EMP's), Project Management, Integrated Regulatory Process (IRP) co-ordination and Public Participation. English – Fluent Afrikaans – Fluent Golder Associates Africa (Pty) Ltd – Johannesburg Senior Environmental Scientist / EAP (2010 to Present) URS Corporation Ltd – London, UK Environmental Scientist (2008 to 2009) Member of the Environmental Assessment Team, based in London. Proposal writing, scoping reports and environmental statements as part of the EIA process. Project management of a wide range of urban regeneration EIA's, including the retail, office, residential, hotel and educational sectors. Waterman Environmental UK – London, UK Environmental Scientist (2007 to 2008) Joined the Environmental Assessment and Design Team in the preparation of EIA's for various detailed and outline planning applications for a number of urban mixed-use developments. Project management, overseeing sub-contractors, liaising with internal and external design teams. Environmental monitoring and auditing duties pertaining to a site-specific demolition and construction EMP. Harrison Group Environmental UK Ltd – London, UK Environmental Scientist (2007 to 2007) Undertook short-term contract work on the 2012 Olympic Games site in Stratford, London. Responsible for overseeing Contaminated Land site investigations at various drilling sites by undertaking ground condition investigation by means of soil sampling, water sampling and gas monitoring. Digby Wells and Associates – Johannesburg Junior Environmental Scientist (2005 to 2006) Assisted with various EIA's, EMP's and BFS reports. Managed numerous prospecting rights applications and undertook public consultation with affected stakeholders. 1 Curriculum Vitae AIDEN STOOP PROJECT EXPERIENCE – ENVIRONMENTAL ASSESSMENT Sasol Mozambique Gas to Power (MGtP) ESHIA Inhassoro & Vilanculos, Mozambique Environmental, Social and Health Impact Assessment (ESHIA) to local Mozambique legal requirements and against EP / IFC Performance Standards for greenfields site development of a 400 MW natural gas fired power plant and 25 km transmission line with supporting infrastructure, near Inhassoro and Vilanculos, Mozambique. SacOil Malawi Block 1 Onshore Exploration Permitting Chitipa, Rumphi and Mzimba Provinces, Malawi Environmental permitting to local Malawi regulatory requirements and IFC Performance Standards for the onshore exploration activities of the Block 1 license covering an area of 12,000 square kilometres. The proposed exploration activities will include aerial gravimetric and land based seismic data acquisition. Debmarine Atlantic 1 EMPR Review & Update Atlantic 1 offshore license block, Oranjemund and Windhoek, Namibia Review and update of Debmarine's EMPR for their Atlantic 1 license block (5,000 square kilometres) which involves off-shore marine mining activities through 5 production and 2 exploration vessels at sea, a land based logistics and administration facility and the head office in Windhoek. Exxaro Mayoko Iron Ore Project - Republic of Congo Mayoko-Pointe Noire, Republic of Congo Environmental, Social and Health Impact Assessment (ESHIA) to EP/IFC Performance Standards for the greenfields iron ore mine development, upgrade of rail and port infrastructure for Exxaro Resources Limited in Republic of Congo. ESHIA and Project Management. IFC Wind Monitoring Project - Renewable Energy Feasibility Study Various, Lesotho Conducted site screening investigation and permitting (project brief) for the establishment of 3 wind monitoring sites as part of the IFC's feasibility study into the potential for renewable (wind) energy generation in Lesotho. Screening, permitting and project management. Lesotho Highlands Aquaculture Project EIA and EMP Mohale District, Lesotho EIA and EMP for the proposed 500 tonne trout per annum aquaculture project to be established in the Mohale Dam, Lesotho. EIA and project management Ruighoek Chrome Mine - EMP Amendment North West, South Africa EMP Amendment for a new processing plant at the existing Ruighoek Chrome Mine near PiIanesburg National Park. EMP Amendment project management. Lesotho Highlands Aquaculture Project EIA and EMP Katse District, Lesotho EIA and EMP for a proposed 500 tonne trout per annum aquaculture project to be established in the Katse Dam near Katse Village. EIA and project management. Anglo New Vaal Colliery Life Extension Project - EIA and EMP Free State, South Africa Integrated EIA and EMP for 3 new coal resource areas to the south of existing operations near Vereeniging and Sasolburg. EIA project management. 2 Curriculum Vitae AIDEN STOOP Anglo New Denmark Colliery - EIA and EMP Amendment Mpumalanga, South Africa EMP Amendment for proposed new infrastructure at NDC, near Standerton. EIA Project Management. Art'otel, Hoxton London, UK Art'otel, Hoxton - Project Managed the EIA for the scheme, which consisted a of a hotel-led mixed use development on a brownfield site. The scheme consisted of a 17 storey tower with two inter-linking buildings providing 352 hotel guest rooms, offices, retail units, an art gallery, cinema, gym, spa, restaurants and bars. Guoman Thistle Hotel, Heathrow London, UK Chichester Marina Chichester, UK East Road. Hackney London, UK Citygate Exchange, London London, UK Chelsea Barracks, London London, UK Undertook the EIA screening process and managed the various sub-consultants in delivering their technical assessments as part of the outline planning application for the complete redevelopment of the existing hotel to provide a modern 4-storey 250 bedroom 4* hotel and a 350 bedroom budget hotel with associated meeting facilities, restaurants, bars and a 300 space surface car park. The proposals included the redevelopment of the existing small-medium craft marina and it's existing facilities and workshops, to provide revamped facilities which are to include new workshops, offices and a road network in this ecologically sensitive area. Provided input into the EIA for the proposed redevelopment of buildings on East Road into a 17 storey mixed-use development, including offices, hotel and student accommodation. Assisted the Project Director in delivering the EIA for the proposals for the complete redevelopment of the site to provide a mixed-use development comprising of office and retail uses. Assisted the Project Manager in undertaking the EIA for the redevelopment of the historical Chelsea Barracks. The proposals included the provision of a residential led development, comprising 634 units over 9 blocks, including some retail uses and community facilities. TRAINING Golder Project Management Fundamentals - refresher Golder Associates, 2013 Golder Associated Integrated Management Systems (GAIMS) Golder Associates, 2012 Basic Fire Fighting City of Johannesburg EMS Training Academy, October 2010 Hazards and Risks Identification (HIRA) Training Golder Associates, July 2010 Fire Prevention and Protection Training National Occupational Safety and Health Consultancy, 3 June 2010 Project Management 24 Training Course Golder Associates, 18-20 May 2010 3 Curriculum Vitae AIDEN STOOP PUBLICATIONS Other Stoop, A. (2006): A Framework Methodology for Cumulative Impact Assessment of Wetlands. Published M.Sc thesis (ISBN 9783838363271) 4 CURRICULUM VITAE NAME: PROFESSION: FIRM: DATE OF BIRTH: 17 Jan 1970 Antonio (Tony) de Castro ID no.: 7001175027086 Botanist and Ecologist De Castro & Brits Ecological Consultants c.c. NATIONALITY: South African ___________________________________________________________________________ EDUCATION Matric - King Edward VII High School, Johannesburg, 1987. Bachelor of Science (Botany and Zoology) - Rand Afrikaans University, Johannesburg, 1991. B.Sc. Hons (Botany) - Rand Afrikaans University, Johannesburg, 1994. MAIN AREAS OF SPECIALISATION Botanical and ecological researcher on various impact assessment and development projects involving the description of terrestrial, wetland and aquatic ecosystems, the assessment of anthropogenic impacts on these systems and the sustainable utilisation of natural resources. Has collected over 2000 plant specimens that are lodged at the following herbaria: National Herbarium (Pretoria), Schweikerdt Herbarium (University of Pretoria), University of Johannesburg Herbarium and Compton Herbarium. Main areas of specialisation within this field are: plant taxonomy, floristics, plant utilisation and autecology of threatened species; ecosystem description and analysis; vegetation description and analysis in the Grassland, Savanna and Forest Biomes of Southern Africa. Also acts as Co-ordinating Specialist/Team leader for biophysical aspects of larger Environmental Impact Assessments, Environmental Management Plans, Strategic Environmental Assessments, Resettlement Plans and Sustainable Utilisation Plans. COURSES Certificate in Seed Science, University of Pretoria, Pretoria 1996. MEMBERSHIP South African Association of Botanists (Professional Member) South African Council for Natural Scientific Professions (Registered as a ‘Professional Natural Scientist’ in the fields of Botanical Science and Ecological Science; Registration number: 400270/07) EMPLOYMENT HISTORY Research Assistant (1992-1997), and Technical Lecturer (1995-1997) in the Department of Botany at the Rand Afrikaans University. Part-time Ecological Consultant since 1992, and full-time Ecological Consultant since 1997. Senior Consultant at ECOSUN c.c. from 1997 to 1999, and Senior Consultant and Managing Member at De Castro & Brits Ecological Consultants from 1999 to present. 1992 - 1997 Research Assistant to Prof. B-E. Van Wyk and part-time Technical Lecturer in the Department of Botany at the Rand Afrikaans University (now the University of Johannesburg). In capacity as a research assistant was involved in various projects including the following: Collection and identification of plant material for post-graduate students compiling taxonomic revisions of various genera in the Apiaceae and Fabaceae. Collection, identification and curation of plant material for taxonomic and ethobotanical research projects headed by Prof. Ben-Erik Van Wyk. Floristic surveys and vegetation sampling, for the purposes of compilation of comprehensive species lists and vegetation description, for the following areas: o Zuurberg National Park (Eastern Cape Province) o Goden Gate National Park (Free State Province) o Magaliesburg Prtotected National Environment (Gauteng Province). As part of an exchange programme spent four weeks at the Department of Chemistry of the University of Addis Ababa (Ethiopia), where he initiated a study on the identity, biological activity and conservation of plants that are sources of ‘toothbrush sticks’ in Ethiopia. Was responsible for the identification of all species utilised and location and description of natural populations of these species. In capacity as technical lecturer was responsible for preparation of all 3rd year and Honours level practical classes in Taxonomy, Economic Botany and Ecology, and was also the demonstrator during these classes. In the absence of Prof. Van Wyk, also acted as substitute lecturer for all practical and theoretical classes in Taxonomy, Economic Botany and Ecology. 1997 - 1999 Senior Specialist Consultant responsible for all botanical assessments and baseline ecological assessments. 1999 - present Botanical and Ecological specialist consultant on various projects involving the description of terrestrial, wetland and aquatic ecosystems, the assessment of anthropogenic impacts on these systems and the sustainable utilisation of natural resources. Also acts as Co-ordinating Specialist/Team leader for biophysical aspects of Environmental Impact Assessments, Environmental Management Plans, Strategic Environmental Assessments, Resettlement Plans and Sustainable Utilisation Plans. Specialises in the botany and ecology of Grassland, Savanna and Forest Biomes. Has specialised in ecological surveys of linear alignments in Southern Africa since 2002, and has completed ecological surveys for two of the longest pipelines constructed in Southern Africa in the past decade, namely the 520km SASOL Natural Gas Pipeline from Temane (Vilanculo, Mozambique) to Komatipoort (Mpumalanga, South Africa) and the 500km Petronet New Multi-Products Pipeline from Durban (KwaZulu-Natal, South Africa) to Johannesburg (Gauteng, South Africa). COUNTRIES OF WORK EXPERIENCE South Africa, Mozambique, Swaziland, Botswana, Lesotho, Zimbabwe and Ethiopia. PUBLICATION RECORD Refereed articles in accredited scientific journals: 1. De Castro, A. & Van Wyk, B-E. 1994. Diagnostic characters and geographic distribution of Alepidea species used in traditional medicine. South African Journal of Botany 60 (6): 345--350. 2. Holzapfel, C.W., Van Wyk, B-E., De Castro, A., Marais, W. & Herbst, M. 1995. A Chemotaxonomic survey of Kaurene derivatives in the genus Alepidea (Apiaceae). Biochemical Systematics and Ecology 23 (7/8): 799--803. 3. Kasu, A., Dagne, E., Abate, D., De Castro, A. & Van Wyk, B-E. 1999. The identity, biological activity and conservation of Ethiopian toothbrush sticks. East. Af. Med. J. 76 (11). 4. Smit, A.K., Van der Bank, F.H. & De Castro, A. 2001. Biochemical genetic markers to identify two morphologically similar African Mastomys species (Rodentia: Muridae). Biochemical Systematics and Ecology 29 (1) pp 21-30. 5. Winter, P.J.D., De Castro, A. & Van Wyk B-E. 2008. Taxonomic notes and an improved key to the species of Alepidea (Apiaceae). Taxon 57. Publications in technical journals: 1. De Castro, A. & Van Wyk, A.E. 2000. An Introduction to the Ecology of the coastal plains between Beira and Savanne (Mozambique). Plantlife 22. Conference presentations: 1. De Castro, A. Brits, M. & Van Wyk, B-E. Ethnobotanical studies in the Klipriviersberg, part 1: utilization of thatching grass. Poster presentation, South African Association of Botanists Annual Congress, Bloemfontein, 1995. 2. Brits, M., De Castro, A. & Van Wyk, B-E. Ethnobotanical studies in the Klipriviersberg, part 2: utilization of medicinal plants. Poster presentation, South African Association of Botanists Annual Congress, Stellenbosch, 1996. 3. De Castro, A. & Van Wyk, B-E. A reappraisal of the taxonomy of the genus Alepidea (Apiaceae) on the basis of comparative morphology. Paper presentation, South African Association of Botanists Annual Congress, Stellenbosch, 1996. 4. De Castro, A., Van Wyk, B-E & Tilney, P.M. Alepidea amataymbica (“Ikhathazo”) is actually two species. Poster presentation, South African Association of Botanists Annual Congress, Stellenbosch, 1996. 5. Gono-Bwalya, A., Viljoen, A.M. & De Castro, A. The chemotaxonomy and biological activity of Salvia stenophylla and related species. Poster presentation, 7th Conference of the International Society of Ethnopharmacology, University of Pretoria, 2003. 6. Gono-Bwalya, A., Viljoen, A.M., De Castro, A., Demirci, B. & Baser, K.H.C. The chemotaxonomy of Salvia stenophylla and related taxa. Poster presentation, XVIIth AETFAT Congress, Addis Ababa, Ethiopia, 2003. Acknowledgements for contributions to biological thesis and publications: Listed in acknowledgements of following publications for contributions made in terms of distribution records, habitat and population data, collection and identification of plant material and provision of photographic material: 1. Raimondo, D., Vo Staden, L., Foden, W., Victor, J.E., Helme, N.A., Turner, R.C., Kamundi, D.A., Manyama, P.A. (editors). 2009. Red List of South African Plants. Strelitzia no. 25. South African National Biodiversity Institute: Pretoria. 2. Minter, L.R., Burger, M., Harrison, J.A.,Braak, H.H., Bishop, P.J. & Kloepfer, D. 2004. Atlas and Red Data Book of the Frogs of South Africa, Lesotho and Swaziland. Avian Demography Institute, University of Cape Town; Cape Town. 3. Subramoney, S. 2003. The composition, geographical variation and anti-microbial activity of Lippia javanica (Verbenaceae) leaf essential oils. Unpublished M.Sc. (Medicine) Thesis. Faculty of Health Sciences, University of the Witwatersrand. 4. Van Wyk, B-E. & Smith, G. 1996. Guide to the Aloes of South Africa. Briza Publications; Pretoria. 5. Van Wyk, B-E., Van Oudtshoorn, B. & Gericke, N. 1997. Medicinal Plants of South Africa. Briza Publications; Pretoria. MENTORSHIP EXPERIENCE Registered Co-supervisor of one MSc student, namely Angela Gono-Bwalya (0110815J), from 2002 to 2004. Thesis entitled ‘The chemotaxonomy and biological activity of Salvia stenophylla (Lamiaceace) and related taxa’. MSc (Med) Thesis, School of Pharmacy, Faculty of Health Sciences, University of the Witwatersrand. CONSULTING REPORTS Author of over 420 specialist reports dealing with various aspects of plant and animal ecology and in particular the floristics, threatened species, and sustainable utilisation of the vegetation of the Savanna, Forest and Grassland Biomes of Southern Africa. Various projects include specialist assessments of threatened plant species, plant communities and habitats, and the development of management strategies for the protection of theses species and habitats. Examples of previously completed specialist studies, compiled for the purposes of Baseline Assessments, Scoping Exercises, Environmental Impact Assessments and Environmental Management Plans include: Botanical Biodiversity Baseline Assessment update, Development of a comprehensive Alien Plant Control Programme and Monitoring of vegetation and ‘plant species of conservation concern’ at the 12000ha AngloGold Ashanti, Vaal Reefs Mine Complex. Project included the identification, description and mapping of ‘Core Biodiversity Management Areas’ and the development of ‘Biodiversity Action Plans’ for five Threatened and Near Threatened species recorded by the author. Project for Clean Stream Biological Consultants, on behalf of AngloGold Ashanti (20122013). Position: Principal Botanical and Ecological Specialist. Botanical Biodiversity Baseline Assessment update, Development of a comprehensive Alien Plant Control Programme and Monitoring of vegetation and ‘plant species of conservation concern’ at the 3500ha AngloGold Ashanti, West Wits Mine Complex. Project included the identification, description and mapping of ‘Core Biodiversity Management Areas’ and the development of ‘Biodiversity Action Plans’ for two Near Threatened plant species recorded by the author. Project for Clean Stream Biological Consultants, on behalf of AngloGold Ashanti (2012-2013). Position: Principal Botanical and Ecological Specialist. Specialist Rehabilitation Monitoring and Alien Plant Control Monitoring for the 540km Petronet Multi Products Pipeline alignment situated between Durban and Tshwane (KwaZulu-Natal, Mumlanga, Free State and Gauteng). Project for Petronet NMPP (2012-present). Position: Botanical and Ecological Specialist. Ecological Baseline and Impact Assessment for a 12km mining effluent pipeline at the Mponeng mine in the West Wits Mine Complex of AngloGold Ashanti (Gauteng Province, South Africa). Project for the Centre for Environmental Management at the North-West University, on behalf of AngloGold Ashanti (2012). Position: Principal Botanical and Ecological Specialist. Ecological Baseline Assessment and Carrying Capacity Assessment for the proposed 6 000ha Zinave National Park Game Sanctuary area (Inhambane Province, Mozambique). Project for EcoAcao Lda on behalf of the Mozambique Government (2011). Position: Project Manager and principal Botanical and Ecological Specialist. National ‘Resource Survey’ for the medicinal plant Pelargonium sidoides. Project for the South African National Biodiversity Institute (2010). Position: Project Manager and principal Botanical Specialist. Baseline Ecological assessment for the Landau Anglo Coal Colliery surface rights area comprising 5000ha (Oogies, Mpumalanga). Project for Clean Stream Environmental Services on behalf of Anglo Coal (2010). Position: Project Manager and principal Botanical Specialist. Carrying Capacity Assessment, Grazing Plan and Burning Programme for the 12 000ha Tweefontein Colliery (Oogies, Mpumalanga). Project for Clean Stream Biological Consultants on behalf of Xstrata (2009). Position: Botanical and Ecological Specialist. Ecological Baseline Assessment for an EIA conducted for the proposed Oil-based Mud Treatment Facility at Soyo (Angola). Project for Biotechnics Consultants Canada, on behalf of MiSwaco (2009). Position: Botanical and Ecological Specialist. Baseline Botanical Biodiversity Study for the Xstrata Mpunzi Colliery surface rights area comprising 6000ha (Oogies, Mpumalanga). Project for Clean Stream Biological Consultants on behalf of Xstrata (2009). Position: Botanical and Ecological Specialist. Specialist follow-up Flora and Fauna threatened species survey for the 500km Petronet Multi Products Pipeline alignment situated between Durban and Tshwane (KwaZulu-Natal, Mumlanga, Free State and Gauteng). Project for Petronet NMPP (2009). Position: Project Manager and Botanical and Ecological Specialist. Baseline Vegetation and Faunal Assessment of the 500km Petronet Multi Products Pipeline alignment situated between Durban and Tshwane (KwaZulu-Natal, Mumlanga, Free State and Gauteng). Project for Mark Wood Consultants on behalf of Petronet (2008). Position: Botanical Specialist and Principal Field Ecologist. Baseline Assessment of Botanical Biodiversity within the 22 000ha Anglo Ashanti Vaal Reefs Gold Mines property (Orkney, North West Province). Project for Clean Stream Biological Services on behalf of Anglo Ashanti (2006-2007). Position: Botanical Specialist. Baseline Assessment of Botanical Biodiversity within the 3 400ha Anglo Ashanti West Wits Gold Mines property (Carletonville, North West Province). Project for Clean Stream Biological Services on behalf of Anglo Ashanti (2006-2007). Position: Botanical Specialist. Baseline Assessment of Botanical Biodiversity within the 14 000ha Xstrata Coal Spitskop Colliery property (Ermelo, Mpumalanga). Project for Clean Stream Biological Services on behalf of Xstrata Coal (2006-2007). Position: Botanical Specialist. Baseline Botanical Survey and Impact Assessment for a proposed residential development site on Portion 44 of the Farm Witpoortjie (Brakpan, Gauteng). Project for Singisa Environmental Consultants (2006). Position: Botanical Specialist. Roma-Semonkong-Sekake Road Construction Project (Lesotho). Environmental Impact Assessment and Environmental Management Plan. Ecologist and Biophysical Specialist Coordinator for all biophysical work required for the completion of the EIA and EMP for this 150km long road alignment. Project for Consult 4 on behalf of the Lesotho Government (2005). Position: Ecologist and Biophysical Specialist Co-ordinator. Sasol Natural Gas Project (Sofala Province; Mozambique). Baseline Botanical and Ecological Survey of the proposed Seismic Exploration Block on the north bank of the Save River. Special emphasis placed on the identification of sensitive and/or threatened plant species and communities and the mitigation of impacts on these species and habitats. Project for Sasol Mozambique Lda. (2004). Position: Botanical and Ecological Consultant. Boschmans North Colliery EMPR (Mpumalanga South Africa). Baseline Botanical Survey for the 320ha mine property. Included compilation of a species list, vegetation map, identification of sensitive habitats, analysis of occurrence/potential occurrence of threatened plant species and preliminary analysis of envisaged impacts and recommendation of mitigation measures. Project for Cleanstream Environmental Services (2004). Position: Botanical Consultant. Sasol Natural Gas Project (Inhambane, Gaza and Maputo Provinces; Mozambique). Including conduction of ecological baseline surveys and compilation of EIA’s and EMP’s for the gas processing facilities, seismic exploration cutlines and the 520km pipeline route alignment extending from Vilanculous to Ressano Garcia. Completed studies included a survey of available commercial timber resources and the sustainable management of these resources. Project for Mark Wood Consultants on behalf of Sasol (Pty) Ltd (November 2000 – October 2004). Position: Botanist and Principal Ecological Consultant. Ecological Assessment of the proposed gas flow line crossing point of the Govuru River (Inhambane Province, Mozambique). Project for Metago Environmental Engineers Pty (Ltd) on behalf of SASOL (2002). Position: Principal ecologist and riparian vegetation specialist. Floristic survey of the proposed 2 500Ha Khutso Game Reserve and ecotourism development (Watergberg, Northern Province). Project for Mark Wood Consultants on behalf of Khutso Development Consortium (2002). Position: Specialist Botanical Consultant. Biological Monitoring and Rehabilitation Programme for the reach of the Moreleta Spruit affected by a petrol spill from a service station (Gauteng, South Africa). Project for Mills & Otten on behalf of Total (2001). Position: Riparian Vegetation Specialist and Co-ordinator of Biological Monitoring Programme. Ecological Reserve Determination for the Ngagane River catchment (KwaZulu-Natal, South Africa). Project for Waites, Meiring and Barnard Pty (Ltd) on behalf of the Department of Water Affairs (2000 - 2001). Position: Riparian Vegetation Specialist. Survey of wood resources (with emphasis on fuel wood) of the Komati Downstream Development Project area (Swaziland). Project for Loxton, Venn and Associates, on behalf of SKPE (2000). Position: Specialist Botanical Consultant. Survey of forage resources of the Komati Downstream Development Project area (Swaziland). Project for Loxton, Venn and Associates, on behalf of SKPE (2000). Position: Specialist Botanical Consultant. Survey of threatened plant species along the proposed 350km SASOL/ARCO gas pipeline route alignment, between Secunda and Komatipoort (Mpumalanga). Project for Mark Wood Consultants on behalf of SASOL (2000). Position: Specialist Botanical Consultant and Plant Conservation Biologist. Ecological and Floristic Survey of the proposed 400ha Fort West Urban Development on the Daspoortrand (Pretoria, Gauteng). Project for Environmental Outsource on behalf of Pretoria City Council (2000). Position: Specialist Botanical and Ecological Consultant. Ecological Impact Assessment of the Riverine Vegetation of the Grootspruit River at Hayford Colliery (Mpumalanga, South Africa); a contribution to an E.I.A. for the proposed river diversion. Project for Waites, Meiring and Barnard Pty (Ltd), on behalf of Hayford Colliery (1999). Position: Specialist Botanical Consultant. Ecological (vegetation and fauna) Baseline assessment of the proposed Hekpoort Agrivillage (Gauteng, South Africa). Project for Environmental Design Partnership on behalf of the Department of Land Affairs (1999). Position: Specialist Ecological Consultant. Maguga Dam Project, Task MDC-7 (Swaziland): Including all Ecological aspects of the Review of Task MDC-6, all Botanical studies required for the completion of the environmental studies (including a Scoping Report, EIA & EMP Reports and Recommendation of Monitoring Programme), and implementation of EMP’s for the Reservoir area and the Resettlement area for displaced people. A new locality record for the Critically Endangered species Siphonochilus aethiopicus was discovered by the author during this survey and a conservation strategy was successfully developed and implemented. Project for Maguga Dam Network on behalf of Komati River Basin Water Authority (1999-2005) Position: Ecologist and Principal Biophysical Environmentalist. Ecological Baseline Assessment for input into the Magalies Moot Strategic Environmental Assessment (Gauteng, South Africa). Project for Loxton, Venn & Associates on behalf of Gauteng Provincial Government (1998). Position: Specialist Botanist and Ecological Consultant Development and implementation of an Integrated Biological, Chemical and Mechanical Control Programme for the aquatic weeds Eichhornia crassipes and Azolla filiculoides on the Nooitgedacht Dam at the Maroela Sun Casino (Gauteng, South Africa). Project for Maroela Sun Casino (1998 to 2000). Position: Specialist Ecological Consultant and Project Manager. Ecological Survey of Savane River coastal plain (Sofala Province, Mozambique). Project for L&W Environmental Consultants Pty (Ltd) on behalf of Johannesburg Consolidated Investments (1998). Position: Botanical Consultant and Principal Ecological Consultant. Habitat Integrity Assessment of the Waterval River (Mpumalanga, South Africa). Project for Waites, Meiring and Barnard Pty (Ltd), on behalf of SASOL (1998). Position: Specialist Ecological Consultant and Project Manager. Environmental Impact Assessment, with emphasis on Instream Flow Requirements, for the proposed Pumped Storage Hydroelectric Scheme on the Steelpoort River (Mpumalanga, South Africa). Project for Loxton, Venn & Associates on behalf of Eskom. (1998). Position: Specialist Botanical and Instream Flow Requirements Consultant. Baseline Vegetation Survey and Impact Assessment for the proposed Graceland Casino development along the Trichardt Spruit near Secunda (Mpumalanga, South Africa). Project for Environmental Design Partnership on behalf of Global Resorts (1997). Position: Specialist Botanical Consultant. Baseline Vegetation Survey and Impact Assessment for the proposed Flamingo Pan Casino Development in Welkom (Free State, South Africa). Project for Environmental Design Partnership (1997). Position: Specialist Ecological Consultant and Project Manager. Baseline Vegetation Survey and Impact Assessment for a proposed sugar irrigation scheme in Gazankulu (Mpumalanga, South Africa). Project for the Rand Afrikaans University on behalf of the Transvaal Sugar Board (1996). Position: Specialist Botanical Consultant. Baseline Vegetation Survey for Spitzkop Collieries mine property (Mpumalanga, South Africa). Project for the Rand Afrikaans University on behalf of Spitzkop Colliery (1992). Position: Specialist Botanical Consultant. Curriculum Vitae Education MSc. Resource Conservation Biology, University of the Witwatersrand, Johannesburg, 2013 BSc. Hons. Ecology and Conservation Biology, University of KwaZuluNatal, Pietermaritzburg, 2005 BSc. Zoology and Grassland Science, University of KwaZuluNatal, Pietermaritzburg, 2004 ANDREW ZINN Golder Associates Africa (Pty.) Ltd. – Johannesburg Terrestrial Ecologist Andrew Zinn is a terrestrial ecologist with Golder Associates Africa Pty Ltd. In this role he conducts terrestrial ecology studies, comprising flora and fauna surveys, for baseline ecological assessments and ecological impact assessments. He has worked on projects in several African countries including Botswana, Democratic Republic of Congo, Ghana, Mozambique, South Africa and Tanzania. Andrew is a qualified ecologist, holding a Master of Science degree in Resource Conservation Biology from the University of the Witwatersrand. Before joining Golder's Ecology Division, Andrew worked for WSP Environment and Energy. He has also worked on a range of conservation and ecology related projects, both locally in South Africa, including work in the Kruger National Park, as well as further afield in Northern Ireland and the United Arab Emirates. Languages English – Fluent Employment History Sub-contracted to KPMG UAE – Abu Dhabi, United Arab Emirates Independent ecological consultant (2011 to 2011) I was subcontracted to KPMG UAE as a subject matter expert on a team conducting an internal audit of the Conservation Department of Sir Bani Yas Desert Island, in the United Arab Emirates. The island is a conservation and tourism destination off the coast of Abu Dhabi, in the Arabian Gulf. WSP Environment and Energy – Johannesburg Consultant (2008 to 2011) As an environmental consultant I was involved in a wide range of environmental projects. These included managing environmental authorisation projects (EIA and BA studies), facilitating stakeholder engagement processes, conducting compliance audits and developing environmental management programmes (EMP). I was also involved in specialist ecological projects. Yale University/Kansas State University – Satara, Kruger National Park Researcher (2007 to 2008) I was employed as a research technician on the Savanna Convergence Project in the Kruger National Park, South Africa. The project is long-term, crosscontinental study investigating the roles of fire and herbivory on savanna/prairie vegetation dynamics. I was responsible for the collection and analyses of vegetation and herbivore distribution data. 1 Curriculum Vitae ANDREW ZINN PROJECT EXPERIENCE – ECOLOGY Kipushi Mine Katanga Province, Democratic Republic of Congo Arcelor Mittal Gauteng and Western Cape, South Africa Phalaborwa Mining Company Limpopo Province, South Africa Conducted a terrestrial ecology assessment, including flora and fauna sampling, of the Kipushi Mine lease area. Conducted exotic invasive plant species assessments at various Arcelor Mittal properties, including Vereeniging, Vanderbijlpark, Pretoria and Suldanha Conduct annual VEGRAI monitoring assessments at select sampling points along the Olifants and Selati Rivers. Kusile Power Station Mpumalanga Province, South Africa Completed a search and rescue operation of Red Data and Protected plants growing in the development footprint of the proposed Kusile Power Station 10 year ash stack. Ndumo - Gezisa Power-line Project Maputaland, KwaZuluNatal, South Africa Conducted a terrestrial ecology assessment, including flora and fauna sampling, of the proposed route alternatives of the Ndumo-Gezisa Power-line. Scaw Metals Manufacturing Facilities Gauteng & Free State, South Africa Conducted exotic invasive plant species assessment at various Scaw Metal properties to provide control and eradication recommendations. Jwaneng Diamond Mine Southern District, Botswana Conducted a flora assessment of undisturbed and disturbed areas at Jwaneng Diamond Mine to inform the development of a re-vegetation protocol, as part of the mines rehabilitation programme. Komoa Copper Project Katanga Province, Democratic Republic of Congo Participated on the terrestrial ecology assessment of the exploration area of the proposed Komoa Copper Mine. Bulyanhulu Gold Mine Shinyana Region, Tanzania Conducted a terrestrial ecology assessment, including flora and fauna sampling, of the site of the proposed tailings facility No. 4 at Bulyanhulu Gold Mine. Tshikondeni Coal Mine Limpopo Province, South Africa Conducted a terrestrial ecology assessment of theTshikondeni Coal Mine lease area, with the aim of providing a ecological baseline to inform the development of a mine rehabilitation plan. Grootegeluk Coal Mine Limpopo Province, South Africa Conducted an ecological sensitivities assessment of the sites of the proposed entrance road and cyclic ponds at Exxaro Coal's Grootegeluk Mine. Mafube Colliery Nooitgedacht Mpumalanga Province, South Africa Conducted an ecological survey and impact assessment of the Nooitgedacht portion of the proposed Mafube Colliery. 2 Curriculum Vitae Ruighoek Chrome Mine North-West Province, South Africa ANDREW ZINN Conducted an ecological survey and impact assessment of areas of Ruighoek Mine in which open cast pit mining has been proposed. TRAINING Basic Principles of Ecological Rehabilitation and Mine Closure Centre for Environmental Management, North-West University, 2008 PROFESSIONAL AFFILIATIONS Southern African Wildlife Management Association PUBLICATIONS Journal Articles Burkepile, D.E., C.E. Burns, E. Amendola, G.M. Buis, N. Govender, V. Nelson, C.J. Tambling, D.I. Thompson, A.D. Zinn and M.D. Smith. Habitat selection by large herbivores in a southern African savanna: the relative roles of bottom-up and top-down forces. Ecosphere, 4(11):139 (2013), http://dx.doi.org/10.1890/ES13-00078.7. Knapp, A.K., D.L. Hoover, J.M. Blair, G. Buis, D.E. Burkepile, A. Chamberlain, S.L. Collins, R.W.S Fynn, K.P. Kirkman, M.D. Smith, D. Blake, N. Govender, P. O'Neal, T. Schreck and A. Zinn. A test of two mechanisims proposed to optimize grassland aboveground primary productivity in response to grazing. Journal of Plant Ecology, 5 (2012), 357-365. Zinn, A.D., D. Ward and K. Kirkman. Inducible defences in Acacia sieberiana in response to giraffe browsing. African Journal of Range and Forage Science, 24 (2007), 123-129. Zinn, A.D.. Exploitation vs. Conservation: A Burgeoning Fifth Column -. African Wildlife, 61 (2007), 9-11. 3 Resumé WARREN AKEN Golder Associates Africa (Pty.) Ltd. – Johannesburg Divisional Leader: Ecology Aquatic Biologist Employment History Independent Consultant – Madagascar and RSA Education M.Sc (Aquatic Health), University of Johannesburg, Johannesburg, South Africa, 2013 B.Sc Honours (Ichthyology and Fisheries Science), Rhodes University, Grahamstown, South Africa, 2004 B.Sc (Ichthyology Zoology) , Rhodes University, Grahamstown, South Africa, 2003 Matric, Pretoria Boys High School, South Africa , 2000 Certifications Fish husbandry technician / Aquatic Biologist (July 2007 to December 2007) Worked as a sub-consultant for Golder Associates in Madagascar as well as in South Africa as an assistant aquatic biologist. Kyle of Sutherland District Salmon Fishery Board Scotland – Highland, Assistant Biologist (May 2005 to September 2005) I was employed as seasonal assistants for the summer. I was involved in the planting out of salmon fry, anti-poaching work and electro-fishing. As well as collection and recording of data with respect to the above. Maidenhead Aquatics – Thames Valley, UK Sales Assistant / Fish keeper (January 2005 to May 2005) I had the responsibility for maintaining and overlooking the marine section within the shop. I was employed as a sales assistant. SASS5 Practitioner (Department of Water Affairs Accreditation), May 2012 Languages English – Fluent 1 Resumé WARREN AKEN PROJECT EXPERIENCE – BIOLOGICAL SCIENCES Kansanshi Solwezi, Zambia Worked as lead on the aquatics team for the baseline and impact assessment study of the aquatic ecosystems associated with a proposed TSF. Blesbokspruit Springs, South Africa Worked on the Ecology team providing specialist input for the Ecological Economic Study. The project is based around the Eco System Services, which the Blesbokspruit provides. Johannesburg Water Johannesburg, South Africa Golder is responsible for monitoring the aquatic ecosystems associated with four (4) of Johannesburg Waters Waste Water Treatment Works (WWTW’s). I am project manager and coordinate the aquatic monitoring and Whole Effluent Toxicity (WET) testing. Matla Kriel, South Africa I have been involved in the biological monitoring program for the Matla River Diversion (Exxaro Resources), since baseline and impact assessment, through to present, where I now manage the project and conduct biannual aquatic monitoring. Kusile Ogies, South Africa Working as part of the team for the baseline study for the proposed Bravo (Eskom) power station, I participated in the aquatics screening assessment and survey. Palaborwa Mining Company Mpumalanga, South Africa Golder Associates (Pty) Ltd. conducts biomonitoring on sections of the Olifants and Selati Rivers associated with Palabora Mining Company (Pty) Ltd., Foskor (Pty) Ltd and Sasol Nitro (Pty) Ltd. I worked as part of the Aquatics team, conducting aquatic sampling for biomonitoring. Dynatec Ambatovy Biodiversity Project Madagascar Riversdale Benga Coal Concession Mozambique Golder Associates Africa (Pty) Ltd. was responsible for the Biodiversity Management for the Ambatovy Nickel and Cobalt mine in Madagascar. I worked on the aquatics salvaging fish from the rivers and housing them in systems we built on the mine site. Conditioning and husbandry of these salvaged fish was a part of the work. Riversdale Mining (Pty) Ltd was contracted by Golder Associates Africa (Pty) Ltd. to conduct the EIA for the proposed Benga Coal Concession. I was a part of the Aquatic Sampling Team conducting work on the Zambezi and Rovubwe River Systems. Lonmin Exploration Drilling Tanzania Golder Associates Africa (Pty) Ltd. was approached by Lonmin Plc to conduct an environmental assessment of aquatic ecosystems associated with their exploration drilling activities in Tanzania. Prior to submitting a full work plan I attended a site visit in order to assess the area, identify sites and begin the collection of data. Vale Mozambique Vale has contracted Golder Associates Africa (Pty) Ltd. to carry out ecological work of which I conducted an ichthyofaunal assessment within the Moatize Industrial Complex. 2 Resumé WARREN AKEN SUPPLEMENTAL SKILLS GIS Practitioner I have experience and am currently using ArcMap 10 software. Skills include map production and analysis of ecological data. PROFESSIONAL AFFILIATIONS South African Society for Aquatic Scientists (SASAqS) Water Institute of Southern Africa (WISA) Zoological Society of Southern Africa (ZSSA) PUBLICATIONS Other TAYLOR, J.C., GRAHAM, M., AKEN, W. And VAN RENSBURG, L. 2009. The Application of European Diatom Indices in Tropical and Sub-Tropical Rivers. International Symposium “Use of Algae for Monitoring Rivers”. (Poster) 3 Resumé Education NHD Eng. (Chem), Natal Technikon, Durban, 1990 ND Eng. (Chem), Natal Technikon, Durban, 1989 Languages English – Fluent Afrikaans – Fluent LANCE COETZEE Golder Associates Africa (Pty) Ltd. – Durban Senior Air Dispersion Modeller Lance Coetzee is a senior consultant for Golder Associates Africa; he is an atmospheric dispersion modelling expert with 20 years of experience in air quality impacts assessments (AQIA’s) for the mining, manufacturing and oil and gas sectors. He has been involved with strategic and environmental impact assessments (SEA’s & EIA’s), throughout Africa including the Democratic Republic of the Congo, Kenya, Ghana, Madagascar, Namibia, Mozambique, Uganda and Zambia. Lance has also been involved with the establishment, operation, maintenance and calibration of ambient, passive, dust fallout and meteorological monitoring networks and responsible for managing the Richards Bay Clean Air Association (RBCAA) ambient air quality monitoring network since 2007 and Coega Integrated development Zone (IDZ) ambient air quality monitoring network from 2007 to 2009. Employment History Golder Associates – Durban Senior Air Dispersion Modeller (2013 to Present) Senior Air Dispersion Modeller Ward Councillor serving on the Environmental and Energy Portfolios. SGS Environmental Services – Cape Town Senior Consultant (2007 to 2012) Senior Consultant responsible for the air impacts assessments as well as management of the RBCAA (2007 to 2012) and Coega IDZ (2007 - 2009) ambient air quality monitoring networks. City of Tshwane Metropolitan Municipality (Pretoria) – Pretoria Ward Councillor (2000 to 2006) Ward Councillor serving on the Environmental and Energy Portfolios. Environmental Management Services – Centurion Consultant / Computer Programmer (1997 to 2000) Consultant / Computer Programmer responsible for air impact assessments, he also assisted with the development of in house analysis and dispersion modelling computer programmes. SAPPI/SAICCOR – Umkomaas Technical Officer / Assistant Environmentalist (1991 to 1996) Technical Officer / Assistant Environmentalist responsible for quality, statistical process control, trouble shooting, process optimisation, process simulation and feasibility studies. He also assisted with the commissioning and management of the occupational and ambient air quality networks. 1 Resumé LANCE COETZEE PROJECT EXPERIENCE – AIR QUALITY CNOOC Kingfisher, Buhuka, Uganda Sasol Temane, Inhambane, Mozambique GSBPL Gold Mine Prestea, Wassa West, Ghana Richards Bay Clean Air Association (RBCAA) Richards Bay, KwaZuluNatal, South Africa AMBL Kamoa, Katanga, Democratic Republic of Congo TNPT Iron Ore Terminal Saldanha Western Cape, South Africa Coega IDZ Coega, Eastern Cape, South Africa Setup and commissioning and management of a 3 site the baseline air quality monitoring network for CNOOC in Uganda. Parameters monitored included benzene, toluene, ethyl benzene, xylene, sulphur dioxide, nitrogen dioxide, hydrogen sulphide, particulates and dust fallout (2014). Setup and commissioning and management of a 13 site the baseline air quality monitoring network for Sasol Temane in Mozambique. Parameters monitored included benzene, toluene, ethyl benzene, xylene, sulphur dioxide, nitrogen dioxide, hydrogen sulphide, particulates and dust fallout (2014). Setup and commissioning and management of a 2 site the baseline air quality monitoring network for Golden Star (Bogoso/Prestea) Limited (GSBPL) in Ghana. Parameters monitored included benzene, toluene, ethyl benzene, xylene, sulphur dioxide, nitrogen dioxide, hydrogen sulphide, particulates and dust fallout (2014). Responsible for managing the Richards Bay Clean Air Association (RBCAA) ambient air quality monitoring network since 2007. The network consists of 11 monitoring stations and a base station. Pollutants of concern include sulphur dioxide, total reduced sulphur and particulates. Setup and commissioning and management of an 11 site the baseline air quality monitoring network for African Minerals Barbados Limited (AMBL) for the proposed Kamoa copper mine in Katanga, Democratic Republic of Congo. Pollutants of concern include particulates and dust fallout (2011). Sampling surface dust from the roads in the Iron Ore Terminal at Saldanha for moisture, silt content and silt loading to determine of particulate emissions from roads (2011). Responsible for managing the Coega IDZ ambient air quality monitoring network from 2007 to 2009. The network consists of 3 monitoring stations and a base station. Pollutants of concern include sulphur dioxide, nitrogen oxides, ozone and particulates. PROJECT EXPERIENCE – ENVIRONMENTAL ASSESSMENT CNOOC Kingfisher, Buhuka, Uganda Air quality impact assessment for the Chinese National Offshore Oil Company (CNOOC) for the proposed Kingfisher oilfield development in Buhuka, Uganda. Pollutants of concern included benzene, toluene, ethyl benzene, xylene, sulphur dioxide, nitrogen dioxide, hydrogen sulphide, particulates and dust fallout (2014). AMBL copper mine Kamoa, Katanga, Democratic Republic of Congo Air quality impact assessment for African Minerals Barbados Limited (AMBL) for the proposed Kamoa copper mine in Katanga, Democratic Republic of Congo. Pollutants of concern include particulates and dust fallout (2011). VSAD Terminal Lesedi, Gauteng, South Africa Emission inventory for Vopak South African Development (VSAD) proposed Terminal in South Africa. Pollutants of concern included sulphur dioxide, nitrogen dioxide, particulates and dust fallout (2013). 2 Resumé LANCE COETZEE DPM Acid Plant Tsumeb, Oshikoto, Namibia Air quality impact assessment for Dundee Precious Metals (DPM) proposed acid plant in Tsumeb, Namibia (2013). Pollutants of concern included sulphur dioxide, and particulates. TRONOX Faibreeze Mine Mtunzini, Kwazulu-Natal, South Africa Simulation of the dispersion of TSP, respirable dust (PM-10) and dust fallout due to onsite activity, to produce isopleths plots, displaying ambient air quality impacts for the proposed Fairbreeze Mine and associated activities for various scenarios including mitigating effects of vegetation and wind breaks (2012). Chevron Refinery Milnerton, Western Cape, South Africa Simulation of the emissions from the Chevron refinery loading bays, pollutants of concern included benzene (2011). TNPT Iron Ore Terminal Saldanha Saldanha, Western Cape, South Africa Sampling surface dust from the roads in the Iron Ore Terminal at Saldanha for moisture, silt content and silt loading to determine of particulate emissions from roads. Ambatovy Nickel Mine Ambatovy, Toamasina, Madagascar Simulation of flaring of ammonia including chemical transformation, pollutants of concern included ammonia and nitrogen dioxide (2011). Athi-River Power Plant Athi-River, Nairobi, Kenya Air impact assessment for a proposed 84MW thermal power plant (seven reciprocating engines) in Athi River, Kenya. Use of fuels with differing sulphur contents, as well as control technologies aimed at reducing emissions of nitrous oxides were simulated (2010). Port of Richards Bay Richards Bay, KwaZuluNatal, South Africa The aim of the study was the quantification and assessment of current air quality focusing on fine particulate matter and dust fallout (2009). Coega IDZ Coega, Eastern Cape, South Africa The project involved the simulation of emissions from industries proposed for the Coega IDZ. The aim of the investigation is the quantification and assessment of the pollutant and particulate levels associated with various combinations of the proposed industries (2008). Port of Richards Bay Richards Bay, KwaZuluNatal, South Africa Emission Inventory - Transnet National Ports Authority, Richards Bay, South Africa The projected involved compiling an air emission inventory for the Port of Richards Bay using defensible methods that could be audited and used as a strategic planning tool to manage and mitigate air emissions (2008). Neptune Ship Broking Ferroalloy Operation Durban, KwaZulu-Natal, South Africa The project involved the estimation and simulation of particulate emissions from the proposed operation as a result of vehicle traffic on industrial paved surfaces, aggregate handling and stockpiling and industrial wind erosion (2007). Assmang Manganese Works Cato Ridge, KwaZuluNatal, South Africa The project was undertaken as part of the EIA for the proposed operation of two new furnaces at the Works in Cato Ridge, KwaZulu-Natal. The aim of the investigation was the quantification and assessment of current air quality conditions as well as any possible increase in pollutant and particulate levels associated with the proposed expansion (2007). Wesizwe Platinum Mine Bakubung, North West Province, South Africa Estimation and simulation of particulate emissions from the proposed operation as a result of vehicle traffic on un-paved surfaces, aggregate handling and stockpiling and industrial wind erosion (2006). 3 Resumé Bluff Mechanical Appliance Coal Terminals Durban Harbour, KwaZulu-Natal, South Africa LANCE COETZEE The aim of the investigation was the quantification and assessment of possible increments in inhalable particulate concentrations or PM10 and dust fallout levels associated with a proposed expansion (2002). Inhambane Power Station Inhambane, Inhambane Province, Mozambique This aim of the investigation was to simulate emissions from a thermal power plant in Inhambane, Mozambique (2000). Platinum Toll Highway Pretoria, Gauteng, South Africa This was comprehensive air pollution study of the proposed Platinum toll highway, planned to be routed from Warmbaths via Pretoria to the Skilpadhek border post with Botswana (2000). Richards Bay Coal Terminal Richards Bay, KwaZuluNatal, South Africa The aim of the investigation is the quantification and assessment of possible increments in air quality impacts related to the proposed expansion. This was achieved through the comparison of impacts associated with current operations with predicted impacts occurring following the proposed expansion (2000). Waterval Smelter Rustenburg, North West Province, South Africa This assessment involved determining the potential impact of sulphur dioxide emissions emanating from the Waterval Smelter as a result of various plant design options (1999). Swartklip Incinerator Cape Flats, Western Cape, South Africa Assessment of the impact of potential gaseous emissions which may emanate from a proposed incineration facility on the Cape Flats. In addition scrubber efficiencies required to reduce maximum ground level concentrations to their ambient guidelines were calculated. Compounds of specific concern included suspected carcinogens antimony, hexavalent chrome (chrome VI) as well as boron and lead (1998). Holfontein Plasma Conversion Facility Delmas, Mpumalanga, South Africa Simulation of the impact of potential gaseous emissions which may emanate from a proposed plasma conversion facility at the Holfontein Landfill site. Pollutants of concern included hydrogen chloride, carbon dioxide and sulphur dioxide (1998). Mufulira Smelter Mufulira, Copperbelt, Zambia Athlone Power Station Cape Town, Western Cape, South Africa Simulation of ground level concentrations of sulphur dioxide that may occur from additional design options to the Mufulira Smelter upgrade (1998). Air quality impact assessment of predicted ground level concentrations of sulphur dioxide and particulates downwind of the Athlone Power Station situated in Cape Town (1996). PROFESSIONAL AFFILIATIONS National Association for Clean Air (NACA) 4 Resumé Education BSc (Hons) Environmental Sciences/Geography, University of the Witwatersrand, 2002 BSc Environmental sciences, University of the Witwatersrand, 2000 Certifications Pr. Sci. Nat. (Environmental Science) - Reg No. 400142/08, 2008 Languages English – Fluent Afrikaans – Fluent ADAM BENNETT Golder Associates Africa (Pty.) Ltd. – Johannesburg Golder Associates Africa (Pty) Ltd: Divisional Leader Atmospheric Management Services (May 2011 - present) & Senior Air Quality Specialist (January 2011 to May 2011): Responsibilities including: Marketing and business development of Golder's air quality consulting services Project management of various air quality management and monitoring projects, Establishment, operation and management of air quality monitoring networks (Ambient, Stack, Dust fallout and meteorology), Undertaking of air quality impact and baseline assessments, air quality management plans, atmospheric emission licensing, atmospheric impact reporting, monitoring network auditing and optimization, Air quality monitoring data validation and verification, Dispersion modelling and GIS (co-ordination and project management), Scientific air quality and environmental data analysis, interpretation and reporting, Preparing tenders, proposals and quotes, Development and co-ordination air quality training courses, Mentoring of interns and junior staff, Financial administration of projects, Financial administration of the division, Management of the Divisional HR requirements; and Technical air quality report writing and reviewing. Employment History Gondwana Environmental Solutions (Pty) Ltd (GES) – Johannesburg Project Manager, Senior Environmental and Air Quality Scientist (April 2006 to December 2010) Responsibilities including: Project management of various air quality management and environmental projects, GES Emergency Response Unit (GES ERU) Unit manager, Line Manager for the GES Water Services Unit, Dust fallout laboratory co-ordinator, Establishment, operation and management of air quality monitoring networks (Ambient, Stack, and Dust fallout), Undertaking of Air quality impact and baseline assessments, air quality management plans, Dispersion modelling and GIS (co-ordination and project management), Scientific air quality and environmental data analysis, interpretation and reporting, Preparing tenders, proposals and quotes, Co-ordinate air quality training courses, Trainer and facilitator of Emergency response training courses, Mentoring of interns and junior staff, Financial administration of projects, Marketing, 1 Resumé ADAM BENNETT Technical Report writing and reviewing, Environmental impact assessments, Environmental management plans and planning, Environmental management systems, Pollution assessments and rehabilitation plans and planning, Environmental auditing, Waste management plans, systems and planning, Industrial clustering, Noise assessments, Health and Safety Committee Chairperson, and Company debt collector Strategic Environmental Focus (Pty) Ltd (SEF) – Pretoria Project Manager: Mining and Industrial Unit (June 2005 to April 2006) Responsibilities including: Project management of several EIA projects, Supervision of environmental managers and environmental assistants on specific projects, Financial administration of projects, Facilitation at stakeholder engagement meetings, Technical report writing and quality control of various reports and documents, Industrial clustering for Industrial Development Zones (IDZ’s) The development of Integrated Waste Management Plans and Systems, Environmental Management Plans (EMP’s), not linked to a specific EIA, Environmental Management Plans for Rehabilitation, Environmental management systems (EMS’s) Environmental auditing, Pollution assessments, Compilation of Standard Environmental Management Plans (SEMP’s) in terms of the MPRDA (Act No. 28 of 2002) and Environmental Management Plans for Rehabilitation (EMPR’s) in terms of the MPRDA (Act No. 28 of 2002) The Department of Agriculture and Environmental Affairs – KwaZulu Natal, Cedara Environmental Officer: Hazardous Chemicals & Waste Management (June 2003 to June 2005) Responsibilities including: Assessment and reviewing of environmental impact assessments by applying holistic thinking and the principles of sustainable development thus enabling sound decision-making, Instructing consultants to proceed into the various phases of the EIA process, Ensuring that the options/alternatives and trade-offs are considered and are balanced, Department representation on various EIA steering committees, Making and issuing of decisions on EIA’s i.e. granting exemption RoD’s, Standard RoD’s, notifications of failure to respond in terms of the EIA process, withdrawing of EIA’s, conditions of approval etc…. Compliance auditing of conditions of approval for EIA’s, Environmental site inspections of proposed and alternative sites for EIA’s, Complaints, investigations/enquiries handling and management with regards to 2 Resumé ADAM BENNETT EIA’s and general environmental management issues, Waste minimization and recycling, Air quality and climatic change, Landfill monitoring, Observing progress on environmental interventions and reporting and referring problems to relevant departments, Facilitation at community meetings, Member of monitoring committees, Responding to environmental emergencies including hazardous spill response, Technical Report writing, Supervision of interns in the field of integrated environmental management, Coast care, Incident Commander for several Major Hazardous spillages within KZN, and Health and Safety Committee Chairperson for the Directorate Environment and Technology Development. ATB Photography – Johannesburg Member (June 2010 to Present) ATB photography provides professional photographic and videography services with a specialisation in wedding photography. Ads African Flies – Johannesburg Sole proprietor (1993 to Present) Manufacturing and supply of a diverse range of fly fishing products for the fly fishing industry. 3 Resumé ADAM BENNETT PROJECT EXPERIENCE – AIR QUALITY MANAGEMENT Ambient air quality monitoring Recent projects undertaken: - Establishment of the Tshedsa Mine AQMN (PM10, dust fallout & meteorology), RSA, May 2014 to present. - Sishen Iron Ore Company blasting investigations and monitoring (blast gasses), RSA, 2014-present - Establishment of the Ivanplats Platreef AQMN (PM10, evaporation, & meteorology), RSA, May 2014 to present. - Flexible packaging convertors ambient and occupational air quality monitoring (BTEX), Mitsubishi, RSA, 2014. - Establishment of the Kamoa copper project AQMN (PM10, PM2.5, & meteorology) - DRC, April 2014 to present. - Establishment of the Kipushi copper project AQMN (PM10, PM2.5, SO2, NO2, H2S, BTEX & meteorology) - DRC, June 2013 to present. - Richards Bay Clean Air Association Operation, calibrations and maintenance of 11 AQ monitoring stations, May 2013 to present. - Establishment of the Fleurhof residential development Air Quality Monitoring Network (AQMN) (PM10 & dust fallout) - RSA, February 2013 to present. - Establishment of the Rio Tinto Coal Mozambique Riversdale mine AQMN (PM10, SO2, NO2, BTEX, Dust fallout & meteorology)- Mozambique, 2012 to June 2013. - Establishment of the Pennyville residential development air quality monitoring network (dust fallout) - RSA, April 2013 to present. - Baseline monitoring for the Golder Star Resources Prestea mine EIA and due diligence assessment (PM10, PM2.5, SO2, NO2, H2S & BTEX)- Ghana, 2012 to 2013. - 2011 to 2006 undertaken > 26 air quality monitoring projects for a suite of clients including: Kansanshi Mine; Lonmin Platinum Marikana Operations; Aurecon; Assmang Chrome Machadodorp; City of Tshwane; City Of Johannesburg; GDARD; Lonmin Platinum Limpopo Operations; De Beers Kimberly mines; Mogale Gold; Transnet Pipelines; Lonmin Platinum Akanani operations; MRC Resources; Buffalo City Municipality; University of the Witwatersrand and Anglo Gold Ashanti. - AQMN equipment repair projects > 15 projects undertaken, 2005 to present. 4 Resumé ADAM BENNETT Air quality auditing Recent projects undertaken: - Centurion lake air pollution investigation and route cause analysis, South Africa, November 2014 - Tabacks compliance audits with NEM: AQA requirements for the Wonderkop smelter, Glencor, RSA, 2014 - Audit of the installation quality and data validity of the Kamoa copper project meteorological station, DRC, 2013 - Specialist assessment of air quality issues and impacts to address the Authorities Directive to Lime Distributors (Pty) Ltd, 2012 - Review of the Mooifontein open cast mine air quality impact assessment undertaken by Airshed Planning Professionals (Pty) Ltd, 2011 - Lonmin Platinum Marikana and Limpopo dust fallout monitoring network audit and network optimization project, 2010. - Lonmin Platinum Marikana ambient air quality station audit in terms of SANAS requirements and network optimization, 2010. - De Beers Kimberly mines dust fallout monitoring network audit/review project, 2009. Air emissions licencing Resent projects undertaken: - Postponement application for compliance with the emission limit timeframes, Vanchem, 2014 to present - AEL application for African Carbon Energy unconventional gas development, 2014 - Assisting Vopak with the AEL process for the fuel terminal, Jamerson park Current - Samancor Middelburg reductant drier AEL application, RSA, 2013. - Assisting Vaalkraantz Colliery with atmospheric emissions licencing issues, 2012 - Assist Hillside Aluminium (Hillside) with the preparation and implementation of a Sulphur Dioxide (SO2) emissions licensing strategy, 2011. - Study to identify the resource and operational system requirements for the Sedibeng District Municipality to deliver an effective AEL service, section 78 assessment, 2008 to 2009. SANAS Resent projects undertaken: -Development of the draft Richards Bay Clean Air Association air quality monitoring network quality assurance system manual required for SANAS accreditation, November 2014. - Development of the draft Lonmin Platinum Rustenburg (Marikana) operations air quality monitoring network quality assurance system manual required for SANAS accreditation, 2008. - Lonmin Platinum air quality monitoring network SANAS requirements compliance audit. As part of this project, each of the Lonmin (Rustenburg, Akanani & Limpopo) air quality monitoring networks were audited to identify possible issues or problems which may prevent the stations from being SANAS accredited, 2008. 5 Resumé Air quality management Stack emissions monitoring. ADAM BENNETT Recent projects undertaken: - Baseline and AQIA for the Vopak Reatile, RSA, 2014 - Baseline and AQIA for the Silicon Smelters, RSA, 2014 - Baseline and AQIA for the Ivanplats SA Kamoa mining project - DRC, 2013 to present. - Baseline and AQIA for the Ivanplats SA Kipushi mining project - DRC, 2013 to present. - Baseline and AQIA for the Vopak fuel terminal, Jamerson park, RSA, 2013 - Development of an AQMP for the Mafube Colliery in alignment with the Manual for Air Quality Management Planning of South Africa, 2013 - Baseline and AQIA for the Golder Star Resources Prestea mine EIA and due diligence assessment - Ghana, 2012 to 2013 - Baseline and AQIA for the Golder Star Resources Dumasi pit mine project Ghana, 2012 to 2013 - Baseline and AQIA for the Namibian custom smelters sulphuric acid plant, Tsumeb, Namibia, 2013 - Baseline and AQIA for Vopak for the Vopak Lesedi Petrochemical Terminal, 2013 to present. - 2012 to 2006 undertaken > 30 air quality management project for a suite of clients including: Tubatse Chromium; Rio Tinto Coal Mozambique; Zululand anthracite colliery; Calgro M3; Highveld Steel; Grootegeluk mine, Tubatse Chrome; Exxarro; Nyota Minerals (Ethiopia); Water Research Commission; Mooiplaats Integrated Environmental Waste Management Centre; Grinaker LTA; Margot Saner & Ass.; Great Basin Gold Limited, National Association of Clean; City of Tshwane; Lonmin Platinum; Capricorn District Municipality, Sedibeng District Municipality etc. Recent projects undertaken: - Supply of an industrial emissions monitor (Horiba PG250, stack gas analyser) to the City of Johannesburg, 2010. 6 Resumé ADAM BENNETT PROJECT EXPERIENCE – INTEGRATED ENVIRONMENTAL MANAGEMENT Environmental assessments, auditing and guidelines Projects undertaken: - Exxaro Grootegeluk mine char plant environmental pollution investigation, 2009. - Transnet pipelines Tarlton depot environmental performance audit, 2008. - Tembop Recovery cc environmental pollution investigation of the potential level of soil and groundwater contamination by unpermitted, illegal gold tailings dumps on the Tembop Recovery cc property 2007. - Environmental pollution assessment, for oil contamination in terms of the provisions of section 28 of the National Environmental Management Act, 1998 (act 107 of 1998), Denel Land Services, Pretoria, 2005 to 2006. - Environmental pollution assessment, pollution assessment on Portion 63 (A Portion of Portion 1) of the Farm Waterval 174 IQ for the purposes of a Scoping Report to be submitted to the GDACE, 2005 to 2006. - East London Industrial Development Zone, Industrial clustering, East London, 2005 to 2006. - Guideline development, Guideline manual for abattoir waste management facilities, including EIA phases, Department of Agriculture, Conservation and Environment (GDACE), 2005 to 2006. - Cedara pollution investigation for the Department of Agriculture and Environmental Affairs in regards to various pollution sources on the Cedara farm, operated by the Department, 2004 to 2005, including illegal disposal and incineration of waste. - Auditor judge for the 2005 KwaZulu Natal Cleanest town's competition for the industrial and general manufacturing category. Project involved the environmental auditing of all industrial and general manufacturing category entrants in terms of their waste management practices. Entrants included ABI, Lever Ponds, Illovo Sugar, Natal Portland Cement etc. - Representative for the Department of Agriculture and Environmental Affairs on the monitoring steering committees for SAPREF, ENGEN Refinery, Sappy Stanger, Sappy Saicor, 2003 to 2005. - Stanvac Canal pollution incident investigation and report development for the Minister of the Department of Agriculture and Environmental Affairs, 2004. - Environmental compliance auditing of the Ixopo incinerator in KZN due to regular public complaints, RSA, 2004 7 Resumé Environmental Impact Assessment (EIA's) ADAM BENNETT Projects undertaken: - One EIA undertaken for projects related to waste incineration activities - Seven EIA's undertaken for projects related to waste management activities - Two EIA's and associated EMProgramme reports undertaken for projects dealing with mining activities - One SEMP for a project dealing with borrow pits - Eleven EIA exemption processes undertaken for projects dealing with gas infrastructure and supply activities - Three EIA’s for projects dealing with water service supply and sanitation activities - One EIA for the establishment of a mortuary - One EIA for the development of an industry specific power generation plant - One EIA for the storage of hazardous chemicals for paint manufacture - One EIA for an industrial site upgrade. - Thee feasibility phase projects and assessment - Two projects involving environmental authorisation permitting/licensing/ authorisation amendments Waste management Projects undertaken: - Seven EIA's undertaken for projects dealing with waste and waste management activities - Assessment of the dumping of sawdust from the Frankiln Sawmill in railway borrow pits, 2003 to 2005. - Representative for the Department of Agriculture and Environmental Affairs on the landfill monitoring and steering committees for the BulBul drive (H:h) landfill site, Richmond landfill site and the Marian hill landfill site. - >10 investigations into illegal dumping of waste - Environmental compliance auditing of the Ixopo incinerator in KZN due to regular public complaints, RSA, 2004 Noise assessments Projects undertaken: - Kwaagastroon railway station noise impact assessment, Funani Environmental management services cc, 2009. - Noise assessment for the proposed PWV3 road extension across Pampoen Nek at Hartebeespoort Dam for Jeffares & Green Consulting Engineers (Pty) Ltd, 2008. 8 Resumé ADAM BENNETT PROJECT EXPERIENCE – EMERGENCY RESPONCE & INCIDENT COMMANDING Project undertaken: - Provision of emergency response training to several Department of Tourism and Economic Affairs staff - Awareness level training, 2007. - The Development of the Department of Agriculture and Environmental Affairs Draft Protocol on Management of Incidents on Major Transport Routes in the KZN Province that may result in significant pollution or degradation of the environment, 2004 to 2005. - Incident commander of the HCl tanker spill outside Richards Bay by marker board N2, 45,8N, 2005. - Incident response to the 7000L Bitumen tanker spillage on the N3 northbound lane between the Hilton and Duncan Mackenzie off-ramps, KwaZulu Natal, 2005. - Incident commander of the 33000L creosote tanker spillage on R614 outside Wartburg, KwaZulu Natal, 2003. - Incident response to the N3 Midway Ultra City off-ramp paint spillage, 2005. - Incident response to the N3 northbound lane molasses spillage near the Tugela river bridge, 2003. - Incident response to the N3 northbound lane, filter bag spillage outside Ashburton, KwaZulu Natal, 2004. - Incident response to the Jozini landfill and recycling centre fire, KwaZulu Natal, 2005. - Incident response to the Colenso Eskom sub-station transformer fire and oil spillage, KwaZulu Natal, 2005. - Incident response to the Willowton cooking oil spill at Cedara, 2004. - Incident response to the Estcort old road (alternate route to the N3) cooking oil spill, 2003. - Incident response to the Space Oils & Fuels Paraffin spillage outside Ladysmith, 2003 - Incident response to the Little Switzerland base oil spill, 2004. - Incident response to the Nyalazi train derailment and sulphuric acid spillage, 2004. - Incident response to the double train derailment in Black Ridge outside Pietermaritzburg. Note: all incident responses include multiple site visits with incident and rehabilitation reporting. 9 Resumé ADAM BENNETT TRAINING Manager Excellence Golder Associates Africa (Pty) Ltd. (internal training course), 2013 Project Management 24 Golder Associates Africa (Pty) Ltd. (internal training course), 2011 National Water Act, 1998 (Act No. 36 of 1998), Section 21(C) & (I) Water uses Department of Water and Environmental Affairs & Nemai Consulting, November 2009 Disaster risk management Southern business school, October 2008 SASOL HAZCHEM Operations Level Training Program (NFPA 472) SASOL & Southern African Emergency Services Institute, May 2007 Air Quality Management Training CSIR, February 2005 Project Management University of the Free State, January 2005 Coast Care Induction Program The Department of Environmental Affairs and tourism, June 2004 Introduction to Cleaner Production of the South African Metal Finishing Association South African Metal Finishing Association, February 2004 Hazardous Materials for First Responders, Awareness Level (NFPA 472) SASOL & Southern African Emergency Services Institute, October 2003 Chemical Emergency Preparedness Planning United States Environmental Protection Agency (USEPA), September 2003 Environmental Auditing Eagle Environmental, August 2003 Waste Management for Environmental Managers (SABS / ISO 14001: 1996) Potchefstroom University, August 2003 Introduction to Waste Management ICANDO, August 2003 Integrated Environmental Management (IEM) Natal University, June 2003 Environmental Management Cooperative Agreements Dept of Environmental Affairs and Tourism, May & August 2003 Integrated Development Planning (IDP) & Integrated Waste Management Planning (IWMP) Independent Consultant, May 2003 Skills Auditing Dept of Agriculture and Environmental Affairs, March 2003 10 Resumé ADAM BENNETT Implementing Environmental Management Systems Environmental Management (SABS / ISO 14001: 1996) Potchefstroom University, November 2002 The New Environmental Law Course for Environmental Managers (SABS / ISO 14001: 1996) Potchefstroom University, October 2002 PROFESSIONAL AFFILIATIONS National Association for Clean Air (NACA) – member Nikon Professional Shooter (NPS) - member African Bridal Industry Association (ABIA) - Accredited member PUBLICATIONS Conference Proceedings 2009. Dealing with the occupational health and safety risks of air quality station management. National Association for Clean Air 2009 conference. 2008. The Impact that Mismanaged HCRW has on the Environment. Health Care Risk Waste Imbizo, May. KwaZulu Natal. 2008. The Impact that Mismanaged HCRW has on the Environment. Health Care Risk Waste Imbizo, April. Gauteng. 2008. Challenges and lessons learnt from baseline air quality monitoring. National Association for Clean Air 2008 conference. 2007. Case Study Analysis of the Effects of the Snowfall Event on 27th June 2007 on Ambient Pollution Levels in Johannesburg (COJ) and Ekurhuleni (EMM). National Association for Clean Air 2007 conference. 2006. Basic overview of incident response and air quality - case study environmental roadside emergency incident. National Association for Clean Air 2006 conference. 11 Curriculum Vitae DAVID MERCER Golder Associates Africa (Pty) Ltd. – Durban Technical & Strategic Energy Consultancy (1990 to current) David's technical background in in Energy Engineering, having qualified in Fuel & Energy Engineering from Leeds University in 1990. He has since gained over twenty years' experience in Energy Consulting in the Industrial, Commercial and Civil Sectors. His clients have ranged from SMMEs to large multi-national organisations. He has also led pioneering strategic work for several international clients, including large-scale energy management projects and providing Governmental policy advice. Education B.Eng (Hons) Fuel & Energy Engineering, University of Leeds, United Kingdom, 1990 Certifications Fuel and Energy Engineering (B.Eng with Honours), 1990 Certified Energy Manager (CEM), 2010 Certified Measurement an Verification Professional (CMVP), 2011 Languages English – Fluent David's work has ranged from detailed, technical investigations to high-level strategy development in Energy Management. He has particular experience in CHP systems and energy efficiency strategies within the food & beverage, engineering, chemicals, paper and textiles industries. In 2004 David was instrumental in drafting the first Energy Efficiency Strategy for the Republic of South Africa, on behalf of the Department of Energy. He has since undertaken State-of-Energy studies for a number of South African Municipalities and developed the Energy Strategy for the City of Durban in 2007. David has industrial project experience in South Africa, Tanzania, Nigeria, UK, Eire, France, Czech Republic, Poland, Slovakia, Turkey and India. Employment History Golder Associates – Durban, RSA Engineering Lead (2012 to Present) WSP Industrial (Pty) Limited – Durban, RSA Principal Associate (2008 to 2012) Enviros (March) Consulting – Manchester, UK Senior Consultant (1998 to 2008) McKinnon & Clarke Limited – Stockport, UK Energy Consultant (1995 to 1998) Combined Power Systems Limited – Manchester, UK CHP Systems Engineer (1991 to 1995) White Young Consulting Engineers – Leeds, UK Assistant Energy Consultant (1990 to 1991) 1 Curriculum Vitae DAVID MERCER PROJECT EXPERIENCE – GREENHOUSE GAS EMISSIONS ACCOUNTING Various Industrial Sites International Undertaking Greenhouse Gas (GHG) emission projections for several greenfield developments as part of their ESHIAs. GHG inventories undertaken in accordance with the procedures set down within the IFC Performance Standards for Environmental Assessments. Clients have included Sasol, Exxaro and African Minerals Ltd. PROJECT EXPERIENCE – ENERGY STRATEGY AND ENERGY PLANNING Eskom Corporate Services National Utility, South Africa Establishing Eskom's internal baseline energy usage as part of its ongoing Energy Strategy. Delivering energy improvement guidelines to Eskom at corporate level. Compiling Eskom's official position and response to its obligations as stipulated within the National Energy Efficiency Strategy South African Department of Energy National Government, South Africa Compilation of the first National Energy Efficiency Strategy for the Republic of South Africa (published 2005). The work was undertaken under the auspices of the DANIDA CaBEERE Project. City of Johannesburg Gauteng, South Africa Undertaking the inaugural Sate-of-Energy report for Johannesburg city. Ethekwini Municipality KZN, South Africa Undertaking the inaugural State-of-Energy report for Durban. Compilation of the first Energy Efficiency Strategy for the Municipality. Compilation of Greenhouse Gas Inventories for the Municipality. Umhlathuze Municipality KZN, South Africa Undertaking the inaugural State-of-Energy report for Richards Bay. Compilation of the first Energy Efficiency Strategy for the Municipality. PROJECT EXPERIENCE – TRAINING AND CAPACITY BUILDING Various Industrial Sites KZN, South Africa Undertook a USAID-sponsored demonstration project to showcase the technique of energy Monitoring and Targeting (M&T) within the industrial sector. Sectors included Textiles and FMCG. The project included all M&T related activities, such as meter mapping, data collection and processing, regression analysis and reporting on energy performance. South African Department of Energy (DoE) National Government, South Africa Capacity building within the DoE, on behalf of DANIDA, as part of the Capacity Building in Energy Efficiency and Renewable Energy (CaBEERE) Project, 2000 2005. Work involved the project management of several industry-specific projects with regard to the future implementation of the National Energy Efficiency Strategy. Diageo (Guinness) Lagos, Benin, Aba, Nigeria Detailed Energy Efficiency training courses for management, engineering and trainee staff from three Nigerian breweries. Each modular course was one week in duration and included lecture-style sessions coupled with practical on-site investigations for the participants. The training material was specifically structured to match the client's own plant. A suite of energy savings opportunities was developed during the course of these events and was presented to the client on exit as a key deliverable. 2 Curriculum Vitae DAVID MERCER PROJECT EXPERIENCE – ENERGY EFFICIENCY Energy Efficiency Clubs KZN, South Africa Inception, management and operation of EE Clubs within Durban's industrial sector. These sector-specific Clubs included Textiles, Metal Finishing, Chemicals and Automotive. The regional Clubs included the Hammarsdale and Mariannhill industrial zones. Activities included targeted energy efficiency training, mentoring Club members in EE best practice and site specific advice in the form of walk-through audits. UTC Aerospace Systems Poland, India, France Undertook Phase 1 Energy Audits at five manufacturing premises in three countries. These audits included an Energy Management Practices workshop at each site, as well as the construction of energy balances within each facility and the subsequent identification of SEUs. The deliverable in each case was a report made in presentation format to the management staff at each facility. Tiger Brands Gauteng, Limpopo, KZN, South Africa Detailed energy audits for various divisions within Tiger Brands, including personal care products, snacks and fruit processing facilities. The audits included an assessment of Energy Management practices, metering reviews and tariff studies in addition to the identification of ECMs and EMOs across the sites. PZ Cussons Limited Nigeria Various Industrial Sites KZN, Cape & Gauteng, South Africa Detailed energy audits at three manufacturing premises, including soap and detergent manufacture, packaging and distribution. The advice given included alternative strategies for self-generation for each site, as well as heat-recovery opportunities via the existing power generation plant. Undertaking Resource Efficiency and Cleaner Production (RECP) audits on behalf of the National Cleaner Production Centre South Africa (NCPC-SA). The focus in the majority of cases was energy efficiency. Audited sectors included Industrial, (Chemicals, Beverages, Textiles) Commercial (ABSA) and Tourism (SANParks). TRAINING Energy Management Systems (EnMS) Expert Level UNIDO IEE Programme, November 2013 SUPPLEMENTAL SKILLS Energy Management Trainer David has undertaken and led several technical training initiatives, with the focus on Energy Efficiency. These have included high-level strategic advice to Management staff, in addition to extended and detailed technical training to frontline engineering personnel. David typically structures Energy training session using a combination of classroom sessions, written exercises and practical fieldwork examples where possible. David has delivered detailed training packages for several large organisations, including Unilever and Diageo. 3 Curriculum Vitae DAVID MERCER PROFESSIONAL AFFILIATIONS Association of Energy Engineers United Kingdom Energy Institute 4 Curriculum Vitae Education BSc. Civil Engineering, University of Natal, Durban, 1978 MSc. Eng., University of the Witwatersrand, Johannesburg, 1990 Languages TREVOR J COLEMAN Golder Associates Africa (Pty.) Ltd. – Johannesburg Senior Water Resources Engineer (Principal) I work in the Water Resources Division of the Environmental Technology Business Unit. My role in the division is a strategic advisor in surface water which includes hydrology and hydraulics. My current areas of work are the development of mine water management models and the development of integrated water resource management plans for catchments. The work involves hydrological, water quality and water resource systems analysis. English – Fluent Employment History Wates, Meiring and Barnard – Johannesburg, South Africa Director (2000 to 2002) My responsibility was that of discipline leader in the field of Water Resources as well as the head of the Water Resources Division. The role of discipline leader was to ensure that the company kept abreast of the latest technology, approaches and modeling in the fields of mine water management, catchment management strategy development, storm water design, impact assessments and water quality modeling. As head of the Water Resources Division, I was responsible for the financial performance, work load and human resources of the group. Sutherland and Associates – Johannesburg, South Africa Director (1992 to 1995) Started Sutherland and Associates as a specialist hydrologist. The skills developed and applied within the company were flood hydrology, river modeling, river diversions, mine water system modeling, catchment hydrology and water quality modeling. The work in these fields involved the application of existing hydrological software as well as the development of new software in particular in the field of mine water systems University of Witwatersrand – Johannesburg, South Africa Researcher (1989 to 1992) Worked at the Water systems Research Group as a research officer responsible for the running of three experimental catchments. This involved the collection of rainfall and runoff data, maintenance of instrumentation and database systems. The aim of the research was to assess the impact of urbanization on catchment water balances as well as the development of storm water management software to design urban storm water drainage systems to manage runoff quantity and quality. Also carried built physical scale models in the laboratory of hydraulic systems such as pump station intakes, sediment exclusion devices and mine decant systems. Department of Water Affairs and Forestry – Pretoria, South Africa Engineer (1979 to 1989) Worked at the Department in the of flood hydrology, flow measuring weir design, 1 Curriculum Vitae TREVOR J COLEMAN dam construction and project planning. In the Flood Hydrology section, the work entailed determination of flood peaks for dam spillway design, identification of structures such as bridges to use as measuring structures as well as the survey of rivers after major floods to estimate flood peaks. The work in the weir section included the selection of sites, the hydraulic and structural design of flow measuring weirs, preparation of drawings and the supervision of construction. While in the construction section, worked on the Sterkfontein Dam, Tugela Vaal pump storage scheme and the Inanda Dam. Responsible for the construction of the filter systems in the dam wall, grouting program, the stone crusher and quarry as well as the concrete placement program. In the project planning section carried out numerous system analyses to determine the yield of existing and new dams to supply power stations, urban centers and irrigation schemes. PROJECT EXPERIENCE – CIVIL ENGINEERING Stieglers Gorge Hydroelectric Scheme Tanzania Hydrological assesment of the measured flows in the Rufiji River basin was undertaken for use in determining the flow patterns for input to a high level assessment of the environmental water requirements at key points below proposed Stieglers Gorge Hydroelectric dam. The proposed Hydro Power release from the dam were simulated and compared to the recommended Ecological flows to provide a preliminary estimate of the impact of the proposed scheme on the environment. Catchment Management Strategy for the Ngagane River Kwazulu-Natal Province, South Africa Involved in the development of the catchment management strategy for the Ngagane River catchment. The involvement included the generation of monthly time series of runoff from rainfall, building a system analysis model of the catchment to determine the yield of the system, development of a water quality model to allocate waste load and to provide guidelines for future catchment development. Controlled Release Scheme Mpumalanga Province, South Africa Developed and implemented a controlled release scheme for the release of excess saline mine water during periods of high flow when assimilative capacity is available in the river system. Hydrology Assessment Zambezi River Mozambique The available rainfall and flow data was collected from ARA Zambezi in Tete. Rating curves were obtained and used to convert the measured flow depths to flow rates. A statistical analysis was undertaken on the floodpeaks and the 25th year and 100th year flood peaks were determined for the Zambezi River at Tete. The flow data was further analysed to determine flow duration curves to determine the potential to abstract water for water supply schemes. Development of the Integrated Water Resource Management Plan for the Upper and Middle Olifants catchments Mpumalanga Province, South Africa The development of the IWRMP includes the reconciliation of water requirements and water availability, the setting of Resource Water Quality Objectives (RWQO) and the development of strategies to manage the water quality to meet the RWQOs. The study area includes the Middelburg, Witbank, Loskop and Flag Boshielo Dams. The project involves the calibration of the hydrological WRSM2000 model and the WQS water quality model. The Water Resource Planning Model (WRPM) was set up for use to develop the water quality and water reconciliation strategies. 2 Curriculum Vitae Flood Line Determination Zambia, Botswana and South Africa TREVOR J COLEMAN Calculated flood peaks, flood lines and sized culverts for road crossings on a number of water courses in South Africa, Botswana, Swaziland and Zambia. PROFESSIONAL AFFILIATIONS Registered Professional Engineer of South Africa Member of Engineering Council of South Africa Member of the South African Institute of Civil Engineers PUBLICATIONS Other “Evaluation of Different Stormwater Management Policies for a Proposed Housing Development”, Urban Planning and Stormwater Management, Kuala Lumpur, Malaysia, June 1990 “Continuous Simulation of Urban Runoff”, (Co-author with Dean Simpson, CSIR), PROC. 5th SA Natl. Hydrol. Symp. Stellenbosch, November 1991. “Water Balance Comparison of Urban and Rural Catchments”, (co-author with Dr. Lambourne, Prof. Stephenson, University of the Witwatersrand). Proc. 5th SA Natl. Hydrol. Symp. Stellenbosch, November 1991. “Comparison of the Modelling of Suspended Solids Using SWMM3 Quality Prediction Algorithms to a Model Based of Sediment Transport Theory”, 6th ICUSD, Niagara Falls, Canada, September 1993. “Measurement and modelling of runoff water quality from an informal settlement land use catchment”, (Co-author with Dean Simpson, CSIR), 6th SANHS, Pietermaritzburg, September 1993. “The effect of different urban development types on stormwater runoff quality: A comparison between two Johannesburg Catchments”, Water SA, 1992. "The Use of Mine water to meet Future Urban Water Requirements in the Witbank Dam Catchment”, Sanchias Conference, Johannesburg, 2005. “Framework for Future Water Resource analysis in South Africa”, Sanchias Conference, Cape Town, 2007 3 Curriculum Vitae Education PhD Geohydrology Title: Dense non-aqueous phase liquids (DNAPLS) in South African Fractured Aquifers: Occurrence, fate and management, September 2007 MSc Geohydrology, Cum Laude, March 2000 JENNIFER PRETORIUS Golder Associates Africa (Pty.) Ltd. – Johannesburg Senior Geohydrologist Responsible for: Hydrogeological characterizations, aquifer delineation, groundwater assessments for mine dewatering, hydrocarbon pollution studies including implementation of remediation technologies. Bioremediation of petroleum polluted soil and groundwater. Natural attenuation evaluation and modeling. Database development and management. Geographical Information Systems. Numerical modelling of aquifer systems. BSc Honors Geohydrology, 1997 Employment History BSc Geology , 1991-1994 Department of Water Affairs and Forestry – Port Elizabeth, RSA Matric Matriculation Exemption , 1990 Languages Afrikaans – Fluent Geohydrological Technician (Jan 1996 to Dec 1998 ) Hydrocensus and handling of permits in the Uitenhage Subterranean Government Control Area, drilling supervision, community liaison and coordination of public meetings, water quality sampling and evaluation, participation in RDP projects English – Fluent Department of Water Affairs and Forestry – Bloemfontein, RSA Hydrologist (Geohydrology 1998-2000) Exploration and development of groundwater resources, management of groundwater resources, groundwater characterization and mapping, updating groundwater information systems, extension and groundwater awareness programs and administration. Duties include liaison with general public, industries and mines and interpretation of the Water Act of 1998 and the Water Services Act of 1997. Department of Water Affairs and Forestry – Bloemfontein, RSA Senior Water Pollution Control Officer (July 2000 to Feb 2003) Management of the quality of water resources, management of pollution incidents, policy and strategy implementation, initiation and project management of Catchment Management Studies, Water Use license application evaluation and authorization/refusal, inputs towards IDP’s, EIA’s, and EMP’s, issuing of permits for solid waste facilities. Duties include liaison and acting in an advisory capacity to the general public, municipalities, local government, national government departments, industries and mines. Interpretation and implementation of the National Water Act of 1998, Water Services Act of 1997 and the Environmental Conservation Act of 1989. Institute for Groundwater Studies – University of the Free State – Bloemfontein, RSA Full time PhD Student and Researcher (March 2003 to Sept 2007) Thesis focused on DNAPL movement in South African aquifer conditions with the aim of describing successful remediation techniques. Other projects include groundwater assessment for mining and industrial sites, research on urban groundwater contamination and pollution emanating from leaking underground petroleum storage tanks. 1 Curriculum Vitae JENNIFER PRETORIUS Institute for Groundwater Studies - University of the Free State – Bloemfontein, RSA Researcher/Lecturer and Deputy Director IGS (March 2003 to Sept 2007) PROJECT EXPERIENCE – VARIOUS Vale Mozambique Tullow Oil Ghana Puma Energy Botswana RBM South Africa Burnside International Mozambique Eskom South Africa GFI South Africa Various Clients Africa MiDA Ghana AngloCoal South Africa Iron Ore Mine South Africa Uranium Mine South Africa Steel Producer South Africa Debswana Botswana Water Research Commission South Africa Setup and management of environmental monitoring network for a port development. Environmental Audit Shipyard development Hydrocarbon spill remediation investigation S-P-R investigation of potential environmental contamination; Conceptual model construction. Rural water supply project, reporting, data interpretation UCG investigations; Groundwater monitoring assessment and review. Review of groundwater monitoring networks. Groundwater impact assessment and risk assessments for EIA purposes; Peer review of hydrogeological reports. Site investigation of service station along infrastructure upgrade project. Hydrogeological impact assessment for extension of mine oprations at coal mine, and investigation into brine voids (joint project with Water Research Commission) Site investigation and rehabilitation of hydrocarbon contaminated groundwater. Specialist groundwater investigation for new uranium mine developement Construction of geohydrogeological site conceptual model of DNAPL contaminated site with the aim of modelling the DNAPL contaminant movemonet and setting management and mitigation plan in place Follow -up phase that include long term groundwater manangement and active source remediation of DNAPL from fractured bedrock formations Dewatering project, construction of geohydrogeological site conceptual model for new mining extension project, with the purpose of modelling pore water pressure in slope of open pit; Hydrocarbon spill remediation investigation. Project Leader for research project on field investigations to study the fate and transport of light non-aqueous phase liquids (LNAPLs) in groundwater. Include field based studies and setting of guidance reports on the issues related to LNAPLs. 2 Curriculum Vitae RPM Anglo Platinum, South Africa Samancor Eastern Chrome Mines South Africa Mintails South Africa South Africa Chemwes Sephaku Cement (Itsoseng) Lichtenburg, South Africa Water Research Commission South Africa Nkomati Mine South Africa JENNIFER PRETORIUS A groundwater review at Anglo Platinum’s RPM – Mogalakwena Section. Assessment of regional and local groundwater quality, and the associated geochemical drivers. Groundwater Investigation for a proposed new Tailings dam facility. Proposed new West Rand Gold Operation (WERGO) Witfontein Tailings Disposal Facility, Groundwater Investigation (Project Leader). Included geochemical assessment/modelling and transport modelling. Water Use License and annual audit reports for Operations Tailings Dam Facility rehabilitation project, Stilfontein. Geohydrological Investigation for new mining and cement factory operations. Lead Researcher for research project on field investigations to study the fate and transport of dense non-aqueous phase liquids (DNAPLs) in groundwater - WRC 2007. Include field based studies and setting of guidance reports on the issues related to DNAPLs. Characterisation of environmental hazard associated with sulphate - generating saprolite layer. Department of Water Affairs (DWAF) Bloemfontein, South Africa Legal investigations regarding NAPL contaminants/spills for DWAF. Produced discussion document on Regulatory requirements for Underground Storage Tanks. Rietvly Tailings Facility : Xstrata South Africa Geohydrological investigation of proposed new site for Xstrata Rietvly Tailings Facility. Kalkveld Water User Association Free State, South Africa Assmang South Africa Groundwater Management Plan for the Kalkveld Water User Association. Determination of groundwater impacts associated with the proposed depositioning of chrome fines into the pits. 3 Curriculum Vitae JENNIFER PRETORIUS PROFESSIONAL AFFILIATIONS Member of South African Geological Society – Groundwater Division Registered with SACNSP – PrSciNat 400108/05 PUBLICATIONS Other Pretorius, J.A.,Harck,T.,Gunther,P., (2011) Brine Disposal / storage of Brine in underground Mining Compartments - A Case Study. Presented at SMRI Fall 2011 Technical Conference, 3-4 York, United Kingdom. J.A. Pretorius and BH Usher., 2000. Towards a groundwater management plan for the Taaibos Spruit and Leeu Spruit catchments, South Africa: A Situation Analyses – Groundwater: Past Achievements and Future Challenges, Sililo et. Al (eds) 2000 Balkema, Rotterdam, ISBN90 5809 159 7 Rehabilitation strategy for the gold tailings dams in the Klerksdorp area – a Government Perspective – Conference on Responsible Mining in Southern Africa, September 2001, Papers Volume 1. Jovanovic, N.Z., Maharaj, S., Xu, Y., Jia, H., Titus, R., Usher, B., Dennis, I., Pretorius, J. and Cave, L., 2004. Prioritization and risk assessment of groundwater contaminants in South African urban catchments. Waste Management 2004 Conference, 29 September-1 October 2004, Rhodes, Greece. Usher B, Pretorius, J and Dennis, I (2004) Prioritisation of the impacts of pollutants on groundwater flow systems in South African urban environments. XXXIII IAH & 7º ALHSUD Congress "Groundwater Flow Understanding: from local to regional scales", Zacatecas, Mexico, October 11th - 15th, 2004. Pretorius, JA and Usher, BH (2004) Phase 1 of the Establishment of Regulatory Processes for Dealing with Leaking Underground Storage Tanks in South Africa. XXXIII IAH & 7º ALHSUD Congress "Groundwater Flow Understanding: from local to regional scales", Zacatecas, Mexico, October 11th - 15th, 2004. Dennis, I, Usher, B and Pretorius, JA (2004) Prioritisation of the impacts of pollutants on groundwater flow systems in South Africa. In Water Resources of Arid Areas, Stephenson, D, Shemang E.M and Chaoka, T.R (eds). Taylor & Francis Group, London, ISBN 041535 9139 Usher B.H., Pretorius J.A., Dennis I., Jovanovic N., Clarke S., Cave L., and Titus R., (2004). Identification and Prioritisation of Groundwater Contaminants in South Africa's Urban Catchments. Published by the Water research Commission, Pretoria, South Africa, WRC Report No. 1326/1/04. ISBN 1-77005-196-1 4 Curriculum Vitae JENNIFER PRETORIUS Usher, BH, Pretorius, JA and van Tonder, GJ (2006) Management of a Karoo fractured-rock aquifer system – Kalkveld Water User Association (WUA). Water SA Vol. 32 No. 1 January 2006. ISSN 0378-4738 Robel Gebrekristos, Brent Usher, SE Lenong and Jennifer Pretorius Innovative methods to characterize fractured rock aquifers and comparison to established methods. (Best Poster at Biennial South African Groundwater Conference, Bloemfontein, 8-10 October 2007) Pretorius, JA, Usher, BH and Gebrekristos, RA (2007) Fate and transport of dense non-aqueous phase liquids (DNAPLs) in South African aquifer systems. Biennial South African Groundwater Conference, Bloemfontein, 8-10 October 2007. Pretorius JA, Usher BH and Gebrekristos, RA (2007) CHARACTERISING DNAPL FRACTURE FLOW IN THE FIELD USING A SURROGATE DNAPL. 2007 Geological Society of America Annual Meeting (28–31 October 2007), Denver Colorado, USA. Gebrekristos, R.A, Groenewald, J., Jagals, P., Lenong, S., Pienaar, M., Pretorius, J.A., Robertson, N., Traoré, H.N., Tshitenge, C., Usher, B.H. & Zadoroshnaya, V. 2008. Field and Laboratory investigations to study the fate and transport of dense non-aqueous phase liquids (DNAPLS) in groundwater. WRC Report No: 1501/5/08, Water Research Commission, Pretoria, South Africa. Gebrekristos, R.A, Pretorius, J.A. & Usher, B.H. 2008. Manual for site assessment at DNAPL contaminated sites in South Africa. WRC Report No: 1501/2/08, Water Research Commission, Pretoria, South Africa. Gebrekristos, R.A, Pretorius, J.A. & Usher, B.H. 2008. Guidelines for the acceptance of monitored natural attenuation processes in South Africa. WRC Report No: 1501/3/08, Water Research Commission, Pretoria, South Africa. Gebrekristos, R.A, Pretorius, J.A. & Usher, B.H. 2008. Grondwater monitoring guidelines for DNAPLs in South African Aquifers. WRC Report No: 1501/4/08, Water Research Commission, Pretoria, South Africa. Dennis, I., Pretorius, J.A., & Van Deventer, Piet. 2008. The tailings life cycle managing waste for life. 4th International Mining and Industrial Waste Management Conference, 11-12 March 2008, Rustenburg. Dennis, I., Pretorius, J.A., Steyl, G. & Van Deventer, Piet. 2008. Methods to Assess the Impacts of Tailings Dams on the Groundwater System in South Africa. In Journal of Mining and Metallurgy, v. 44A, no. 1. 5 Resumé OLIVIA ALLEN Golder Associates Africa (Pty.) Ltd. – Pretoria Senior Waste & Environmental Consultant Education B.Sc (cum laude) Zoology and Geography, University of the Free State , Bloemfontein, South Africa, 2002 B.Sc Honns. (cum laude) Geography, University of the Free State , Bloemfontein, South Africa, 2003 M.Sc Water Resource Management, University of Pretoria , Pretoria, South Africa, Languages English – Fluent Afrikaans – Proficient Olivia Allen has over 9 years’ experience in Environmental Impact Assessments (EIAs), Waste Impact Reports, Environmental Management Programmes (EMPs), EMP Performance Assessments, Environmental Compliance Audits, Project Management, Integrated Regulatory Processes co-ordination, Water Use Licence Applications, Integrated Water and Waste Management Plans, Integrated Waste Management Plans, Waste Management Licence Applications, Stakeholder Engagement, Plans for implementation of EMPs, covering the mining sector of coal, gold, diamonds, copper and platinum, the petroleum sector of gas extraction, and steel industrial sector. She has specific experience in mine water treatment related projects. She authored a paper titled “Quality Aspects of Environmental Impact Assessment Reports in the Free State Province, South Africa”. 2005: South African Geographical Journal, 87 (1), 52-57. Employment History Golder Associates Africa (Pty) Ltd – Gauteng, South Africa Senior Waste & Environmental Consultant (December 2013 to present) Market Sector lead for Integrated Waste Management Plans and Waste Management licence Applications, peer review of documentation, Waste related EIAs, Waste Impact Reports, Integrated Regulatory Process co-ordination, Stakeholder Engagement, Project Management Golder Associates Africa (Pty) Ltd – Gauteng, South Africa Waste & Environmental Consultant (June 2011 to December 2013) Waste related EIAs, Waste Management Licence Applications, Waste Impact Reports, Waste Management Plans, Integrated Regulatory Process coordination, Stakeholder Engagement, Project Management Golder Associates Africa (Pty) Ltd – Gauteng, South Africa Environmental Consultant (July 2008 to May 2011) EIAs, EMPs, Integrated Regulatory Process co-ordination, Stakeholder Engagement, EMP Performance Assessments, Project Management, Environmental Compliance Audits Clean Stream Monitoring Services – Gauteng, South Africa Environmental Scientist (August 2005 to June 2008) EIAs, EMPs, Integrated Water Use Licence Applications (IWULAs), Integrated Water and Waste Management Plans, Environmental Audits, EMP Performance Assessments, Stakeholder Engagement, Reviewing, Training, Project Management 1 Resumé OLIVIA ALLEN PROJECT EXPERIENCE PROJECT NAME IWMP for Debswana, Jwaneng Mine PROJECT DESCRIPTION PROJECT ROLE Development of an Integrated Waste Management Plan for a diamond mine, taking into consideration stringent security protocols for movement of waste between the various security areas Project Manager Development of an Integrated Waste Management Plan for a Greenfields site, development of conceptual engineering designs for waste management facilities, and submission of an application for an Integrated Waste Management Licence Project Manager Development of an Integrated Waste Management Plan for a Greenfields site Project Manager Closure Liability Assessment, IWMP & Integrated Regulatory Process for electrolytic manganese dioxide manufacturing facility Status quo of the facility and its activities in terms of legal compliance in respect of the relevant South African environmental law; and Environmental authorisations required in the event that the facility decommissions. Environmental Legal Review Mpumalanga, South Africa Development of a Waste Management Plan and Waste Licence Application for the proposed decommissioning, demolition and remediation of the facility. Jwaneng, Botswana IWMP and waste licence application for underground Platreef platinum mine Limpopo Province, South Africa IWMP for Mayoko iron ore mining project Niari Province, Republic of Congo Compilation of IWMP Compilation of IWMP Specialist/Engineering Coordination Compilation of IWMP Specialist/Engineering Coordination Compilation of Waste Management Plan and Waste Licence Application Co-ordinating the overall Integrated Regulatory Process Co-ordinating the overall Integrated Regulatory Process. Waste Licence Application for proposed Vanadium Disposal Facility at Sasol, Secunda A Basic Assessment process was required in support of an application for a waste management licence for the proposed medium term vanadium disposal facility. Project Manager Development of Waste Removal, Processing and Management Plan for nine historic waste sites, and site-wide Integrated Waste Management Plan Project Manager Report Compiler Mpumalanga, South Africa Tubatse Ferrochrome Limpopo, South Africa 2 Report Compiler Resumé ASA Metals, Dilokong Chrome Mine Limpopo, South Africa South Western Karoo Basin Gas Exploration Project Northern, Western and Eastern Cape, South Africa Underground Coal Gasification and Gasfired Power Generation Project Free State, South Africa eMalahleni Mine Water Reclamation Expansion Project Mpumalanga, South Africa OLIVIA ALLEN Waste Impact Report, Application for Waste Management Licence Project Manager EMPs in terms of the Mineral and Petroleum Resources Development Act, 2002 (Act 28 of 2002) in support of three gas exploration right applications Project Manager Report Compiler Compilation of three EMPs Specialist Co-ordination Public Participation (presenting at public meetings, interaction with I&APs) Waste Management Licence Application in terms of the National Environmental Management Waste Act, 2008 (Act 59 of 2008) Waste Specialist EIA in terms of the National Environmental Management Act, 1998 (Act 107 of 1998) (NEMA) to assess impacts associated with mine water abstraction, conveyance (pipelines), treatment, and storage and distribution of treated water (to end user). Waste management was also taken into consideration. Project Manager EMP Addenda in terms of the Mineral and Petroleum Resources Development Act, 2002 (Act 28 of 2002) to include additional infrastructure associated with the proposed project located on mining property in participating / affected mines’ EMPs Compilation of Scoping Report, EIA Report and EMPs Specialist Co-ordination Public Participation (presenting at public meetings, interaction with I&APs) Integrated Regulatory Process Co-ordination Public Participation Other Regulatory Processes were followed, such as a Water Use Licence Application in terms of the National Water Act, 1998 (Act 36 of 1998) and application for authorisation in terms of the National Heritage Resources Act, 1999 (Act 25 of 1999). Western Utilities Corporation Mine Water Reclamation Project Gauteng, South Africa EIA in terms of the National Environmental Management Act, 1998 (Act 107 of 1998) (NEMA) to assess impacts associated with mine water abstraction, conveyance (pipelines), treatment, and storage and distribution of treated water (to end user). 3 Project Manager Compilation of Scoping Report, EIA Report and EMPs Specialist Co-ordination Resumé OLIVIA ALLEN Waste management was also taken into consideration. Public Participation Other Regulatory Processes were followed, including a Water Use Licence Application in terms of the National Water Act, 1998 (Act 36 of 1998), application for authorisation in terms of the National Heritage Resources Act, 1999 (Act 25 of 1999), nuclear authorisation in terms of the National Nuclear Regulatory Act, 1999 (Act 47 of 1999), Water Service Provider Registration in terms of the Water Services Act, 1997 (Act 108 of 1997), Registration of servitudes for the pipelines and rezoning (where pipeline route is located on private land) New Denmark Colliery Reverse Osmosis Reject Pond Mpumalanga, South Africa Public Participation (presenting at public meetings, interaction with I&APs) Integrated Regulatory Process Co-ordination EIA in terms of the National Environmental Management Act, 1998 (Act 107 of 1998) (NEMA) to assess impacts associated with RO Reject conveyance (pipelines) and storage in evaporation pond. Project Manager EMP Amendment in terms of the Mineral and Petroleum Resources Development Act, 2002 (Act 28 of 2002) to include additional infrastructure associated with the proposed project located on mining property in the mine’s EMP Public Participation (presenting at public meetings, interaction with I&APs) Compilation of Scoping Report, EIA Report and EMPs Specialist Co-ordination Public Participation Other Regulatory Processes were followed, including a Water Use Licence Application in terms of the National Water Act, 1998 (Act 36 of 1998), and application for authorisation in terms of the National Heritage Resources Act, 1999 (Act 25 of 1999) Waterval Landfill Site EIA (in terms of the ECA) EIA Report Compiler Integrated Waste Management Licence Application Project Co-ordinator & Report Compiler North West, South Africa Evraz Highveld Steel and Vanadium Limited Mpumalanga, South Africa Waste Inventory EIA (NEMA) 4 Resumé Wasteman Bulbul Landfill OLIVIA ALLEN Waste Impact Report in terms of National Environmental Management: Waste Act Project Co-ordinator Development of an Integrated Waste Management Plan for PMC Project Manager New Clydesdale Coal Mpumalanga, South Africa EMP Performance Assessment (MPRDA) Auditor Lonmin Akanani Limpopo, South Africa Prospecting EMP Amendment (NEMA and MPRDA) Zululand Anthracite EIA and EMP (MPRDA and NEMA) Colliery Kwa-Zulu Natal, South Africa EMP Amendment/Addenda (MPRDA) Kwa-Zulu Natal, South Africa IWMP for Palabora Mining Company Limpopo, South Africa Report Compiler Report Compiler Report Compiler Report Compiler Project Manager & Report Compiler Public Participation (NEMA) IWULA (NWA) Environmental Audits (GN704) Implementation of EMP Tshikondeni Coal Mine EMP Amendment/Addenda (MPRDA) Limpopo, South Africa IWULA (NWA) Mafube Colliery EIA and EMP (NEMA and MPRDA) Mpumalanga, South Africa Leeuwpan Coal EIA and EMP (NEMA and MPRDA) Mpumalanga, South Africa EMP Amendment/Addenda (MPRDA) Project Manager & Report Compiler Project Manager & Report Compiler Project Manager & Report Compiler IWULA (NWA) Public Participation (NEMA) Goedehoop Colliery Mpumalanga, South Africa Integrated Regulatory Process Outlining integrated regulatory process for backfilling ash/coal discard into underground workings 5 Project Manager & Report Compiler Resumé OLIVIA ALLEN TRAINING Leadership Development Forum Golder Associates, 2013 & 2014: Modules attended: • Keys to Transformation • Courageous Conversations • Becoming a Trusted Advisor • Building your Network • Political Intelligence First Aid Level 1 Netcare 911, November 2011 Manager Excellence Golder Associates, August 2011 FSC Forest Management Auditing Course AB Training, 3 December 2010 Advanced EMS Auditor Course IEMA, 17 September 2010 Learning ArcGIS Desktop ESRI Training and Education, 20 April 2010 Technical Writing Skills Golder Associates, 2009 Project Management 24 Training Course Golder Associates, 19 February 2009 IEMA Approved Foundation Course in Environmental Auditing (South Africa) IEMA, 23 October 2009 Environmental Impact Assessment Training DEKRA NORISKA Industrial South Africa Events, 22 August 2007 PUBLICATIONS Other Kruger, E. and Chapman, O. A., 2005: Quality Aspects of Environmental Impact Assessment Reports in the Free State Province, South Africa. South African Geographical Journal, 87 (1), 52-57 6 Golder Associados Moçambique Limitada Avenida Patrice Lumumba Nº 577 Cidade de Maputo Moçambique T: [+258] (21) 301 292