Banco Privado Português SA

Transcrição

Banco Privado Português SA
2007
[ sons do mundo ]
[ harmonia ]
Assim se pautou o crescimento do Banco; de facto, a nossa expansão
tricontinental fez-se de forma programada e ordenada, sem que em nenhum
momento se comprometesse o projecto global.
5
Índice
Índice
7 Mensagem do Presidente do Conselho de Administração
10 Órgãos Sociais
13 Síntese do Histórico Financeiro
17 Actividade em 2007
61 Análise das Demonstrações Financeiras
82 Proposta de Aplicação de Resultados
83 Referências Finais
84 Informações Diversas
88 Demonstrações Financeiras – Actividade Consolidada
96 Anexos às Demonstrações Financeiras em 31 de Dezembro de 2007 e 2006
188 Demonstrações Financeiras – Actividade Individual
196 Anexos às Demonstrações Financeiras em 31 de Dezembro de 2007 e 2006
217 Relatório e Parecer do Conselho Fiscal – Actividade Consolidada
218 Certificação Legal das Contas – Actividade Consolidada
221 Relatório e Parecer do Conselho Fiscal – Actividade Individual
222 Certificação Legal das Contas – Actividade Individual
[ mensagem do presidente ]
O Banco Privado evidenciou em 2007 um desenvolvimento notável com as principais métricas de negócio, nomeadamente
activos sob gestão e resultado líquido, a subirem a taxas superiores a 30%.
Um marco importante do exercício foi o desinvestimento final na sociedade Jerónimo Martins que permitiu aos seus investidores
a concretização de importantes mais-valias e ao Banco Privado as respectivas comissões. Na sequência desta e de outras
operações de Private Equity o Banco Privado foi considerado pelo segundo ano consecutivo pela Euromoney como o melhor
Banco em Portugal nesta área.
Os excelentes resultados alcançados, não obstante, tiveram como panorama uma grave crise financeira internacional iniciada no
chamado sub-prime e que arrastou todos os mercados financeiros, sendo bem possível que as ondas de choque aí originadas
continuem com alguma duração. De todas as formas estamos confiantes no modelo de negócio desenvolvido e mantemos
objectivos de crescimento muito ambiciosos para os anos próximos.
Um forte enfoque no negócio compaginou-se com um importante investimento no desenvolvimento dos nossos recursos
humanos, da presença em novas geografias e no exercício da nossa Responsabilidade Social. Neste particular foram relevantes
os Concertos da Artista Mariza, sobretudo em Espanha, e as exposições promovidas pela Ellipse Foundation quer no seu Art
Centre de Cascais quer noutras localidades.
É, pois, com satisfação que apresento o Relatório e Contas relativo a 2007, agradecendo o empenho dos nossos Colaboradores, o
apoio continuado dos nossos Accionistas e a confiança dos nossos Clientes. Esta conjunção de vontades é um inestimável
património que me dá grande confiança quanto ao futuro.
João Oliveira Rendeiro
Presidente do Conselho de Administração
[ fado ]
Produto urbano e lisboeta por excelência, projecta a partir de meados
do século XIX até aos nossos dias a expressão maior da musicalidade lusa,
ao mesmo tempo popular e cosmopolita.
10
Órgãos
Sociais
Conselho de Administração
João Oliveira Rendeiro Presidente
Paulo Guichard Administrador Executivo
Salvador Fezas Vital Administrador Executivo
Fernando Lima Administrador Executivo
Diogo Vaz Guedes Administrador não Executivo
Luiz Vasconcellos Administrador não Executivo
Manuel Rodriguez Administrador não Executivo
Conselho Fiscal
António Pinto Barbosa Presidente
João das Neves Martins Membro Efectivo
Deloitte & Associados Membro Efectivo
Assembleia Geral
José Miguel Júdice Presidente
Nuno de Brito Lopes Vice Presidente
Cristina Cardão Secretária
Conselho Consultivo
Francisco Pinto Balsemão Presidente
Stefano Saviotti Vice Presidente
António Gabriel Bastos Vice Presidente
Vogais
Alain Minc
Álvaro Pinto Correia
Álvaro Roque de Pinho Bissaia Barreto
António Pires de Lima
Arnaldo Pinto
Carlos Jorge Tomás Ruivo
Enrique Centelles
Hareb Al-Darmaki
João de Deus Pinheiro
Joaquim António Flores Ferreira dos Santos
Joaquim Alberto Vieira Coimbra
Jorge Braga de Macedo
José António Gomes Leite
José Meireles da Costa Rodrigues
Maria José Nogueira Pinto
Nuno Viegas do Nascimento
Raul de Almeida Capela
Sílvio Henriques Cerveira
Órgãos
Sociais
Conselho Consultivo/Espanha
Ricardo Martí Fluxá Presidente
Vogais
Marcelino Oreja Aguirre
Enrique Morera Guajardo
Cándido Velázquez-Gaztelu Ruiz
Sebastián Escarrer Jaume
Juan Villar Mir de Fuentes
Antonio Pérez González
Javier Salas Collantes
José Carlos Rodríguez San Pedro
Vicente Cotino Escrivá
Manuel Blanco Losada
Rafael Escuredo Rodríguez
Conselho Consultivo/Brasil
António Hermann Dias Menezes de Azevedo Presidente
Vogais
Affonso Celso Pastore
Álvaro Coelho da Fonseca
António Alberto Gouvea Vieira
Eliane Lustosa
Horácio Lafer Piva
José Pio Borges
Marcílio Marques Moreira
Rubens António Barbosa
11
Órgãos
Sociais
Síntese
do Histórico
Financeiro
(Euro)
1995*
1996*
1997*
1998*
1999*
2000*
2001*
2002*
2003*
24.818.857
101.525.898
213.283.297
314.600.877
249.717.890
313.859.958
504.476.134
366.061.733
598.779.949
1.094.876
3.389.546
7.589.873
10.120.300
14.162.623
17.997.765
21.381.281
22.834.499
23.076.469
Cash Flow Operacional(2)
232.225
1.008.968
2.768.079
3.387.491
4.988.518
9.742.097
10.249.348
9.921.867
10.365.883
Res. Líquido
195.589
566.190
2.543.954
2.324.373
4.319.779
5.742.930
7.613.335
7.757.448
8.194.173
-
249.399
498.798
748.197
872.896
1.496.394
2.000.000
2.250.000
2.500.000
ROE
2,3%
4,2%
10,0%
10,1%
8,9%
8,0%
6,3%
5,9%
5,8%
Earn/share
0,13
0,16
0,53
0,61
0,64
0,45
0,08
0,07
0,07
Cost/Income ratio
66,2%
74,2%
67,0%
67,6%
66,0%
61,2%
54,9%
57,9%
63,4%
Capitais Próprios(3)
8.624.216
18.879.500
23.947.287
25.782.863
51.306.352
83.174.549
135.111.018
140.868.466
144.463.702
2004
2005
2006
2007
799.222.996
1.277.985.209
1.604.585.377
2.187.214.331
Produto Bancário(1)
32.749.149
37.646.631
43.453.282
53.370.931
Cash Flow Operacional(2)
17.607.363
19.806.379
23.577.378
26.861.929
Res. Líquido
10.049.748
14.078.828
18.181.606
24.407.124
Dividendos
3.517.500
5.701.900
8.252.750
12.154.050
ROE
5,0%
7,0%
9,0%
11,4%
Earn/share
0,07
0,09
0,12
0,16
Cost/Income ratio
50,9%
50,9%
48,5%
54,4%
Capitais Próprios(3)
202.065.214
213.231.502
218.090.854
256.191.104
Total Balanço
Produto Bancário(1)
Dividendos
Total Balanço
* Até à data de 10/96, a informação refere-se à Sociedade de Investimento. Desta data e até 12/93, refere-se ao Banco Privado.
(1) – Margem Financeira + Comissões Líquidas + Lucros Líquidos em operações financeiras
(2) – Produto Bancário - Gastos Gerais Administrativos - Custos com o Pessoal
(3) – A partir de 2006, inclui Acções Próprias (implementação IAS/IFRS); sem este efeito, valor comparativo seria 233.477.984 EUR em 2006
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[ f lamenco ]
Ícone incontornável, o bailado Flamenco ilustra universalmente
um povo latino, alegre e apaixonado.
Actividade
em 2007
Actividade em 2007
Evolução dos Mercados Financeiros
O comportamento dos mercados financeiros apresentou, em 2007, duas metades completamente distintas.
Na sequência do excelente comportamento no ano transacto, a facilidade no acesso a liquidez por parte dos agentes económicos fez
com que os prémios de risco nas diferentes classes de activos fossem cada vez mais reduzido nos primeiros seis meses. Este ambiente
de alguma euforia registou-se, apesar dos avisos por parte das autoridades monetárias (que referiram os perigos a que as diferentes
economias poderiam encontrar-se sujeitas).
A situação esteve também na origem de dados macroeconómicos positivos (no inicio de 2007), revelando um comportamento
positivo tanto da economia norte-americana, como europeia, e contribuiu para que, em termos globais, se continuassem a registar
ritmos de crescimento económico significativos nas economias emergentes (com particular destaque para a China).
Ao longo dos primeiros meses do ano verificaram-se episódios esporádicos de desvalorizações diárias significativas nos mercados
accionistas (sobretudo chineses) mas que foram rapidamente corrigidos, pelo que foram encarados pelos agentes económicos como
situações pontuais.
Contudo, seria o mercado imobiliário norte-americano (que já vinha sendo apontado como potencial fonte de problemas graves por
diferentes intervenientes no mercado), que despoletaria na segunda metade do ano uma situação de crise bastante profunda nos
mercados.
A facilidade no acesso ao crédito por parte dos particulares (com níveis de taxa de juro relativamente baixas), bem como uma
envolvente macroeconómica favorável (com particular destaque para o nível do emprego), e ainda o contributo muito positivo para
o rendimento disponível (oferecido pelo comportamento dos mercados accionistas), estiveram na origem da subida de preços no
mercado imobiliário nos Estados Unidos, bem como de outros bens (por força de uma elevada procura). Estes efeitos provocaram
pressões inflacionistas combatidas com uma politica monetária contraccionista. As perspectivas quanto à evolução desta última
provocaram uma subida das taxas de juro mais longas, que tiveram como resultado aumentos significativos com os encargos dos
particulares no crédito hipotecário obtido.
O aumento dos encargos fez com que a procura no mercado imobiliário se reduzisse, provocando a descida de preços e, consequentemente,
dificuldades em fazer face aos pagamentos, dado que a venda se torna pouco rentável (sobretudo nos casos em que a capacidade
de endividamento era pior e os empréstimos haviam sido concedidos com condições mais agressivas por parte das entidades financeiras).
Em termos simplistas, o aumento de crédito mal parado em muitas instituições de crédito e, sobretudo, a maior dificuldade em
titularizar os créditos hipotecários concedidos (decorrente de um funcionamento dos mercados financeiros que passou a ser
deficiente), levaram não só a dificuldades no acesso ao crédito por parte das próprias instituições, como também à constituição de
provisões, afectando de forma dramática os resultados.
Paralelamente ao incremento de incerteza verificado no mercado, a falta de transparência sobre a exposição das Instituições a potenciais
problemas (tanto por via de crédito directo como indirectamente por via de estruturas e derivados financeiros), levou a que o mercado
monetário deixasse pura e simplesmente de funcionar de forma regular, mantendo as Instituições a liquidez de que dispunham,
e sem a querer ceder a outras entidades (face à incerteza existente).
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Actividade
em 2007
A ampliar este estado de insegurança, a divulgação das dificuldades da Northern Rock (e a necessidade de aumentos de capital por
parte de algumas Instituições) tornou as instituições financeiras ainda mais prudentes e rigorosas, na concessão de créditos,
dificultando a normalização do funcionamento dos mercados.
As autoridades monetárias actuaram de imediato, cedendo liquidez num volume anormalmente elevado, para que houvesse todo
o incentivo a que os mercados monetários voltassem a funcionar, tendo mesmo a Reserva Federal reduzido as suas taxas directoras.
A situação tornou-se particularmente delicada devido aos efeitos globais combinados dos preços e da demografia. Tanto o preço do
petróleo como o das commodities registaram apreciações decorrentes do crescimento económico global (e do desenvolvimento dos
países emergentes), com o consequente aumento da procura por energia e recursos agrícolas. A barreira dos 100 dólares por barril
de Brent foi quebrada recentemente e o ouro atingiu 900 dólares por onça, enquanto o arroz, milho, soja e outras commodities
agrícolas se tornaram bastante mais caras, fazendo com que os números recentes de inflação na Europa e Estados Unidos estejam
perto dos níveis mais elevados da última década. Este contexto torna complexa a acção das autoridades monetárias, uma vez que a
adopção de politicas monetárias mais expansionistas, que agora se justificariam, podem dar origem a ainda maiores pressões
inflacionistas no futuro.
A situação de enorme incerteza levou a um estreitamento muito significativo do mercado primário, tendo, sobretudo os bancos,
procurado reforçar os seus capitais e liquidez através de novas emissões. Esta necessidade resulta sobretudo da existência de balanços
bastante pressionados por operações de crédito de grande dimensão, tanto na área de fusões e aquisições, como de leverage buy
outs, bem como na necessidade de incorporação no balanço de veículos especiais de investimento (SIV).
Apesar da envolvente negativa, com os spreads de crédito a alargarem significativamente na última parte do ano, o mercado de crédito
registou níveis de default extremamente baixos. A Moody´s aponta para taxas de default para a componente abaixo de investment
grade de perto de 1%, a nível global, para os últimos 12 meses do ano.
Contudo, na fase final do ano foram divulgadas expectativas de um forte crescimento destes níveis para o ano de 2008.
Em termos accionistas, refira-se a performance positiva da bolsa norte-americana; de facto, apesar de um enquadramento negativo,
foi possível ás empresas manter margens elevadas (embora a fase final do ano tenha sido mais difícil e se anteveja uma redução
substancial dos resultados em 2008). A ajuda ás empresas mais globais proporcionada por um dólar fraco permitirá limitar este
impacto negativo, tal como sucedeu já na parte final do ano.
Actividade
em 2007
As Áreas de Negócio
A actividade do Grupo, e mais concretamente ao nível do Banco Privado continua centrada no desenvolvimento do seu triângulo
estratégico de negócio, já amplamente testado na sua eficácia: Private Banking/Corporate Advisory/Private Equity.
Private Banking
Particulares
O ano de 2007 foi caracterizado por um forte crescimento do volume de activos sob gestão e da captação de novos clientes. Assim,
os objectivos traçados para o quadriénio no Plano Privado 2007 foram não só cumpridos como amplamente ultrapassados.
Este crescimento permitiu ao Banco Privado aumentar significativamente a quota de mercado em todo o território nacional e consolidar
a sua imagem como um Banco de referência na área de Private Banking, reafirmando o seu carácter de instituição especializada
e independente.
A procura permanente da prestação de um serviço de excelência, numa óptica de global wealth management (activos financeiros,
arte, imobiliário, planeamento financeiro e seguros) tem permitido um elevado grau de satisfação e fidelização dos nossos Clientes,
proporcionando a angariação de um elevado número de novos cliente na óptica de member-get-member.
A melhoria da articulação da área de Private Banking com as outras áreas do Grupo tem proporcionado ganhos de eficiência e a geração
de negócios na vertente do cross selling. É de salientar, neste contexto, a interligação com a área de Asset Management, que tem
contribuído para a criação de novas e inovadoras estratégias de investimento.
Por último (e como consequência do forte crescimento da actividade), foram reforçadas as equipas comerciais nas várias regiões com
a finalidade de preparar o novo quadriénio (2008/11).
Institucionais
Durante o ano de 2007 foi feito um esforço bem sucedido para aumentar o número de clientes e aumentar os montantes sob gestão.
Mesmo num contexto de grande concorrência conseguimos um aumento de 18% nos montantes sob gestão no final de 2007
(nomeadamente no segundo semestre do ano) face ao final de 2006, tendo suplantado os nossos objectivos.
Neste contexto, saliente-se a colaboração desenvolvida com a rede de Senior Advisers do Banco, possuidora de uma alargada rede
de contactos, constituindo por isso um canal privilegiado de acesso a um universo alargado de potenciais clientes.
O modelo de gestão comercial seguido permitiu um maior enfoque nos segmentos de clientes que procuram uma gestão de activos
especializada, e que privilegiam uma relação de investimento mais duradoura.
Ao longo do ano de 2008 pretendemos manter a mesma agressividade comercial no sentido de manter não só os actuais Clientes,
mas aumentar o seu envolvimento com o Banco, e conquistar novos clientes de modo a atingir os ambiciosos objectivos que nos
propomos alcançar já no primeiro ano do Plano Quadrienal 2008-2011.
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Actividade
em 2007
No próximo ano, a nossa actuação terá como mote não só o crescimento, mas também a diversificação da nossa oferta, tendo já identificado
as estratégias de investimento que pretendemos lançar proximamente, as quais entendemos que melhor adequam as nossas capacidades
ás necessidades dos nossos Clientes.
Em 2007 desenvolvemos um importante esforço para o estabelecimento de parcerias com entidades nacionais e internacionais que
nos facilitarão a entrada em alguns segmentos de mercado. Estas parcerias, que se encontram em processo de formalização, deverão
trazer já resultados palpáveis durante 2008, sendo um importante factor para se atingirem os nossos objectivos de crescimento
e diversificação.
África Austral
O ano de 2007 marcou estrategicamente a actividade de Private Banking no Continente Africano, tendo sido consolidada esta área
de negócio (finalizando com sucesso os objectivos delineados para o quadriénio findo, para além da preparação, aos vários níveis,
para o quadriénio seguinte).
Os objectivos anuais foram ultrapassados em recursos captados e em número de Clientes, tendo o saldo médio aumentado
substancialmente nesta área de negócio. Assim, o quadriénio fechou com o objectivo plenamente atingido em termos de activos sob
gestão.
Ao nível dos Recursos Humanos, conforme orçamentado para o ano corrente, a equipa da África Austral encontra-se formada em
todas as áreas geográficas de negócio.
Relativamente aos recursos sob gestão, as opções tomadas em termos de aplicações financeiras e alocação dos mesmos vieram
demonstrar uma significativa satisfação por parte dos nossos Clientes não-residentes.
Geograficamente, o triângulo estrategicamente definido entre Lisboa (Sede do Banco Privado), Luanda (Private Banker) e Johannesburg
(Escritório de Representação), provou a sua funcionalidade no negócio, e foi apreciado pelos Clientes na sua relação com o Banco.
As deslocações assíduas por parte dos Private Bankers proporcionaram uma presença adequada no acompanhamento dos actuais
Clientes do Banco, assim como potenciaram futuros negócios, em conformidade com o crescimento pretendido.
O próximo ano dará início a um novo quadriénio, com objectivos ambiciosos a todos os níveis, o que define a actividade comercial
do Banco Privado para a área comercial da África Austral.
Actividade
em 2007
Sucursal em Espanha
Durante o ano de 2007, o modelo multi-escritório foi completado com a abertura do escritório de Vigo na Galiza, para continuar
os ambiciosos projectos do Banco nessa zona de Espanha. Esta visão permite-nos analisar a actividade da Sucursal de um ponto de vista
geográfico, verificando a actividade dos diferentes Escritórios, mas sem esquecer os importantes aspectos comuns entre eles.
Escritório de Madrid
O Escritório de Madrid manteve um elevado ritmo de actividade comercial, com múltiplos eventos e acções comerciais dirigidos ao
seu segmento alvo de Private Banking. Isto permitiu ultrapassar, pela primeira vez, os ambiciosos objectivos de angariação nesta área,
bem como obter importantes operações de assessoria a clientes privados que proporcionaram lucros substanciais para equilibrar as
contas do Escritório. Todavia, é ainda necessário reforçar com novos Private Bankers a equipa comercial, para demonstrar a autêntica
magnitude do mercado de Madrid e da zona centro, dado que foi ultrapassada a massa crítica necessária para ter um escritório
consolidado.
Área de Institucionais
Salienta-se a criação desta área como extensão natural da área de Private Banking; operando também a partir de Madrid (e com o objectivo
de angariação de clientes de tipo Institucional quer organismos públicos, como privados) e disponibilizando uma oferta própria
adaptada ao perfil de cada segmento/cliente. Para este efeito, foi contratado um Director de Área que está a desenvolver, juntamente
com a área de Asset Management, uma oferta específica (como a área de Investimento Socialmente Responsável) que foi apresentada
num evento especial realizado no mês de Outubro.
Canal Indirecto
Foi desenvolvido durante o ano de 2007 um projecto de reestruturação desta área (juntamente com dois professores de IESE) para
redimensionar a rede, melhorar a eficiência do canal tradicional e analisar as dificuldades de angariação de Agentes no projecto
iniciado no ano anterior.
O resultado do trabalho foi muito interessante, com importantes colaborações não apenas na área dos canais de distribuição, mas
ainda ao nível do marketing institucional, que terão lugar ao longo do exercício de 2008.
Marketing
Para além dos eventos de micro-marketing desenvolvidos pelos diferentes escritórios (entre os quais se destacam as brilhantes
actuações de Mariza em Vigo e Sevilha), foram celebrados dois importantes eventos por ocasião das reuniões do Conselho Consultivo
em Março (Sevilha) e Novembro (Madrid) respectivamente.
No primeiro deles, os nossos convidados foram o Sr. Emilio Lamo de Espinosa, Catedrático de Sociologia, que cativou a audiência
com uma dissertação sobre a globalização e o papel da economia emergente num mundo global. Não menos impressionante foi
desfrutar em Madrid da presença de um importante e activo investidor como Ram Bhavnani, que tivemos oportunidade de conhecer
melhor graças a um interessante colóquio moderado pelo Professor Juan Roure no espaço da Bolsa de Madrid.
Finalmente, salientam-se algumas acções de marketing institucional para fomentar a imagem de marca em Espanha, como a divulgação
do prémio Euromoney atribuído ao Banco Privado como o melhor Banco nas áreas de Private Equity e Imobiliário em Portugal,
sendo, no entanto, necessária maior projecção para alcançar a notoriedade desejada.
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Actividade
em 2007
Gestão de Activos
Embora o Grupo não possua ainda uma unidade de gestão de activos em Espanha, destaca-se a difusão atingida pelos três Fundos
registados em Espanha (mas cuja gestão é feita pelos nossos especialistas em Portugal), designadamente o Privado Iberian
Opportunities, que atraiu a atenção dos meios especializados pelos seus resultados (mesmo em tempos turbulentos como os vividos
na segunda metade do exercício). Esperamos que entre em funcionamento durante o ano de 2008 a unidade de gestão local,
devidamente aprovada pelos reguladores espanhóis.
Assessoria a Empresas
Nesta área, a actividade deu um salto qualitativo com a contratação de uma nova profissional para o escritório de Madrid; foi ainda
criada a rede de Sénior Advisers para potenciar a atribuição de mandatos, fundamentalmente na área de M&A (quer local, quer cross
border).
Escritório de Sevilha
Com dois anos de funcionamento, o escritório de Sevilha está a atingir os objectivos propostos, angariando novos clientes, tanto
a nível institucional como particular (integrando, alguns deles, o corpo de Accionistas do Banco), o que reforça a nossa posição na
Andaluzia. Além disso, durante 2007 iniciaram-se contactos nas províncias limítrofes (Cádis, Córdoba e Málaga), com a obtenção de
novos clientes.
Neste período foram iniciados vários projectos, tais como a criação de uma sociedade participada com Inmobiliaria del Sur (LUSANDAL)
para desenvolver projectos imobiliários em Portugal e, ainda, a assinatura de acordos institucionais com diferentes organizações
(entre elas a Confederación de Empresarios de Andalucía – CEA).
Durante este ano, o escritório ampliou os seus quadros e as suas instalações, para poder continuar a crescer não só dentro da área
de Private Banking, bem como nas outras áreas de negócio do Banco.
Entre as actividades desenvolvidas nos últimos meses, destaca-se a realização de um seminário sobre o Investimento em Portugal
que, por ocasião do Conselho Consultivo do Banco Privado Português, teve lugar na Fundação Antares Foro no fim do mês de
Março, tendo sido encerrado pelo Exmo. Dr. Manuel Pinho, Ministro da Economia e Inovação de Portugal. Este evento contou com
a presença de múltiplas personalidades da Sociedade Civil Andaluza que participaram na conferência proferida pelo Sr. Emílio Lamo
de Espinosa.
O ano terminou com o concerto de Natal da fadista Mariza, ao qual assistiram cerca de 800 personalidades do mundo social
e empresarial.
Escritório de Valência
Após a abertura do Escritório em Dezembro de 2006, a actuação do Banco Privado Português na zona do Levante destacou-se pela
intensa actividade comercial desenvolvida pelos seus Private Bankers e pela realização de eventos dirigidos a potenciais clientes.
Além disso, o triângulo estratégico de negócio que oferecemos (Private Banking, Corporate Advisory e Private Equity), permite-nos
proporcionar um grande valor acrescentado e incrementar o conhecimento e prestígio da marca Banco Privado na região.
Actividade
em 2007
Para 2008 esperamos obter resultados de grande nível graças ao trabalho de cross-selling realizado durante 2007, para além da
sempre necessária colaboração dos membros do Conselho Consultivo, assim como da realização de um evento de primeiro nível
como será certamente o Concerto de Mariza. Adicionalmente, no ano de 2007 foram celebrados acordos e parcerias importantes
com Instituições de relevo na Comunidade Valenciana, como a Fundación de Estudios Bursátiles y Financieros e a Câmara de Comercio
de Valência.
Escritório de Vigo
A abertura do Escritório de Vigo, no primeiro semestre de 2007, tem vindo a consolidar a presença de Banco Privado na Comunidade
Galega.
A actividade comercial desenvolvida durante este período foi muito satisfatória, tendo sido ultrapassados os objectivos de angariação
inicialmente previstos. O trabalho realizado tem-se reflectido, quer no aumento do volume de negócio, quer num conhecimento mais
amplo do Banco, junto do segmento ao qual nos dirigimos.
Actualmente, a Equipa da Galiza é composta por um Director Sénior, um Comercial e uma Colaboradora de apoio, encontrando-se
prevista, para meados do ano, a incorporação de um novo membro na área comercial. Além disso, são aproveitadas as sinergias com
os Departamentos de Corporate e Imobiliário, trabalhando conjuntamente com eles em diversos projectos.
Relativamente aos eventos, cabe destacar o Concerto de Mariza realizado em Maio por ocasião da inauguração do Escritório de Vigo.
O evento saldou-se por um enorme êxito, contando com uma assistência de mais de 600 pessoas, entre as quais se encontravam
várias personalidades sociais e políticas, além de conhecidos empresários galegos.
Brasil
O ano de 2007 foi positivo para o Escritório de Representação do Banco Privado em São Paulo, no Brasil, com a concretização
de importantes negócios e maior consolidação da marca no país.
Neste ano, o escritório contou com a colaboração directa de originação de negócios imobiliários no país através de uma directoria
local.
Além disso, o escritório consolidou a sua actuação no segmento de particulares na cidade de São Paulo, com a identificação e prospecção
de novos clientes, e deu um passo importante para o interior do estado, nomeadamente nas cidades de Campinas e Ribeirão Preto.
Finalmente, a área de Fusões e Aquisições conseguiu o seu primeiro mandato, o qual deverá ter o closing no primeiro trimestre do
ano de 2008.
O aumento do volume de negócios tem permitido uma maior utilização da estratégia de cross selling entre as áreas de actuação.
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Actividade
em 2007
Corporate Advisory
O ano de 2007 caracterizou-se por uma maior focalização da actividade do departamento na assessoria a operações de M&A
(aquisições e processos de venda de empresas), em detrimento de prestações de serviços de outra natureza (avaliações, estudos
sectoriais e outros).
De assinalar a qualidade das operações angariadas, em processos envolvendo empresas líderes nos seus sectores de actividade e/ou
área de intervenção geográfica.
No sentido de incrementar o nível de deal flow atingido nos anos anteriores, foi reforçada a equipa existente de Senior Advisers,
envolvendo personalidades com ampla experiência no mundo empresarial e relevante network de contactos, o que se reflectiu não
só numa maior capacidade de intervenção, mas também deixa antever boas perspectivas para a actividade de originação a desenvolver
ao longo de 2008.
Entre os vários desafios que se colocam ao Corporate para 2008, destaca-se o aprofundamento e sistematização da actividade de
cross selling com os canais existentes de Private Banking e Privado Seguros, a dinamização da actual rede de Senior Advisers, e o closing
esperado de várias operações muito relevantes (em execução no final de 2007).
Private Equity
O ano de 2007 foi especialmente positivo para a área de Private Equity, tendo fechado com um valor de mercado dos activos sob
gestão de cerca de E 994 milhões. As estruturas financeiras nos veículos foram particularmente sensíveis aos movimentos nos
mercados globais de capitais e, acompanhando estas tendências, promoveu-se não só a criação de novos veículos (Privado
Financeiras e Kendal II) mas também, o fecho de veículos existentes (veículos Jerónimo Martins) e aumentos de capital em veículos
existentes (Liminorke). Foi também criado um veículo de investimento em fundos de fundos de Private Equity (Global Private Equity
Selection – GPES).
SPV’s
Jerónimo Martins (Ashurst Management e Zenith)
2007 foi o ano de desinvestimento nos veículos Jerónimo Martins, com a respectiva distribuição dos net proceeds aos accionistas.
O investimento global teve uma duração de 6,2 anos (Abril de 2001 a Julho de 2007) tendo-se obtido uma TIR média líquida de
aproximadamente 34%.
Os veículos Ashurst (Strand, Multiplus e Fitron), com uma duração de 6,2 anos (Abril de 2001 a Julho de 2007) proporcionaram aos
seus accionistas uma TIR média líquida de aproximadamente 35%. O veículo Zenith, com uma duração de 3 anos (Julho de 2004
a Julho de 2007), proporcionou aos seus accionistas uma TIR média líquida de aproximadamente 28%.
O processo de desinvestimento foi realizado em duas fases, com grande sucesso em ambas. Em Fevereiro teve lugar o desinvestimento
de 15% do capital da Jerónimo Martins mediante uma operação de ABB (Acelerated Book-Building) e Private Placement, mediante
mandato atribuído ao BPI. Em Julho teve lugar a segunda e última fase, tendo sido colocado no mercado internacional 3,37% do
capital da Jerónimo Martins através de um ABB, mediante mandato atribuído ao JP Morgan.
Actividade
em 2007
Kendall Develops
Criado para investir em operadoras de concessões rodoviárias, o veículo Kendall Develops teve, em 2007, um ano de grande destaque,
tendo sido alcançada uma posição qualificada de 5% no capital da Brisa – Autoestradas de Portugal, S.A.
Lançado em Novembro de 2005, o veículo conta com E 100 milhões em capital, e linhas de crédito no valor de E 202,5 milhões.
O veículo manteve a sua posição de 5% no capital da OHL Brasil, e reforçou a posição na Brisa de 3% para 5% do capital, mediante
a utilização da quase totalidade das linhas de crédito contratadas, sendo actualmente um dos 5 maiores accionistas (em conjunto
com o Grupo Mello, Abertis, Babcock & Brown e Cinveste). A posição de 5% na Brisa permite-nos uma influência significativa no desenho
actual e futuro da estrutura accionista.
Refira-se que o veículo optou por descontinuar a política de protecção cambial para as suas posições em reais, uma vez que se
considera que, no médio prazo, o BRL deverá ser uma moeda estável face ao EUR, dada a situação macroeconómica sólida do Brasil
(apesar de poder ter oscilações de curto prazo).
Liminorke
Criado em Novembro de 2006 para investir em empresas energéticas, o veículo Liminorke teve em 2007 um ano particularmente
activo, quer em termos de investimento, quer em termos de performance.
Em termos de investimento, houve um reforço significativo nas três sociedades que o veículo já detinha no final de 2006: na Galp
Energia, foi aumentada a posição de 0,7% para 0,9% do capital; na Enagás o investimento realizado permitiu ao veículo passar de
uma posição de 0,25% para 2% do capital; na Red Eléctrica de España (REE), aumentando a posição de 0,16% para 1% do capital.
Finalmente, e já em Dezembro de 2007, o veículo participou com êxito na tranche internacional de investidores institucionais da
Oferta Pública de Venda (IPO) da espanhola Iberdrola Renovables, que é a empresa líder mundial em energias renováveis (com
destaque para a energia eólica), estando presente, entre outros, nos 3 grandes mercados geográficos em termos de energia
renovável, actual e/ou potencial: Espanha, Reino Unido e Estados Unidos.
Refira-se que esta é a empresa com maior capacidade instalada (7.300 MW) e pipeline (41.200 MW) para os próximos anos, tendo
uma equipa de gestão de excelência amplamente reconhecida pelo mercado (quer em termos financeiros, quer em termos
empresariais).
Para a realização deste avultado volume de investimentos, procedeu-se a um aumento de capital de E 60 milhões em Junho de 2007,
ficando desta forma o veículo capitalizado em E 130 milhões. Este financiamento (via aumento de capital) foi complementado com
a contratação de linhas de crédito de cerca de E 115 milhões.
O investimento na Iberdrola Renovables veio reforçar o papel do Banco Privado (através da Liminorke) como player financeiro de referência
no mercado ibérico de energia, presente nas diversas áreas chave (transmissão de gás e electricidade; produção, exploração e distribuição
de petróleo e energias renováveis).
Finalmente, cabe destacar a performance da Galp Energia, tendo iniciado o ano nos E 6,91 e encerrado o período em E 18,39 (ou seja
uma valorização de cerca de 166%).
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Actividade
em 2007
Privado Financeiras
Criado em Março de 2007, o veículo Privado Financeiras tem por objectivo realizar investimentos no sector financeiro.
O veículo angariou, junto de um conjunto de investidores, E 100 milhões de capital. Posteriormente, e após a decisão de tomada de
uma participação de referência no capital do Millennium BCP, foi negociado junto do Banco JP Morgan um financiamento via Equity
SWAP de até E 200 milhões. Com estes recursos, foi possível adquirir 2,4% do capital do Millennium BCP.
A Privado Financeiras detinha todos os direitos económicos sobre as acções do Millennium BCP detidas via o Equity SWAP, mas
a propriedade legal sobre as mesmas era do JP Morgan, detendo entre outros, os direitos de voto. O JP Morgan concedeu, sempre
que solicitado, procuração à Privado Financeiras para votar nas Assembleias Gerais do Millennium BCP.
No entanto, foi decidido converter o Equity SWAP em contrato de crédito (Non-Recourse Equity Financing), também com o JP
Morgan, mantendo a Privado Financeiras todas as condições económicas negociadas no âmbito do Equity SWAP, mas passando a
deter a propriedade plena das acções do Millennium BCP. Esta operação de liquidação física do Equity SWAP, celebrado com o JP
Morgan através da conversão do mesmo num contrato de crédito com penhor de acções, foi comunicada pela Privado Financeiras
ao mercado no dia 30 de Novembro, assim como o facto da participação detida no capital do Millennium BCP ser nesta data de 2,3%.
Kendal II
Criado em Outubro de 2007, o veículo Kendal II tem por objectivo realizar investimentos e, potencialmente, assumir responsabilidades
na gestão não-executiva de empresas de concessões (rodoviárias, gestão de portos, aeroportos, concessões de água, etc.) e empresas
com actividades relacionadas com infra-estruturas.
Tendo por base as características estratégicas, operacionais e financeiras destas empresas (e um conjunto de pressupostos sobre
algumas variáveis chave neste sector), o veículo angariou, junto de um conjunto de investidores privados e institucionais, E 70 milhões
de capital que, posteriormente, serão potenciados com o recurso a dívida externa.
O seu primeiro investimento foi a participação na operação pública de venda (IPO) do capital da Hamburger Hafen und Logistik AG
(HHLA), empresa que detém a concessão de 3 dos 4 terminais do Porto de Hamburgo. Em volume de contentores, o Porto de
Hamburgo é o 2º maior da Europa e a HHLA é a 10ª maior empresa a nível mundial, tendo operado em 2006 mais de 6 milhões de
contentores (TEU). Existe uma crescente procura na utilização de terminais de contentores nos portos em todo o mundo, e prevê-se
uma falta de capacidade dos portos europeus em 2011, com a procura a superar a oferta em 40% na região de influência do Porto
de Hamburgo.
Foi também realizado um investimento de 2% no capital da Mota-Engil, que é um dos principais grupos concessionários portugueses,
tendo uma presença muito relevante no sector da construção, concessão de auto-estradas e de portos.
Actividade
em 2007
Global Private Equity Selection (GPES)
Criado em Março de 2007, este veículo conta com cerca de 20 investidores (very high net-worth individuals, instituições e empresas)
e recebeu compromissos de E 25 milhões, 25% acima do objectivo inicial.
O GPES realizou investimentos em fundos da HarbourVest Partners, Lehman Brothers Funds of Funds e Coller Capital, casas de elevada
reputação internacional e com um invejável track-record de criação de valor.
Historicamente os fundos de fundos têm apresentado, (das formas de exposição ao negócio de Private Equity), a melhor relação
risco/retorno. Este tipo de estratégias tem um baixo coeficiente de correlação com os activos tradicionais (acções e obrigações) pelo
que a sua introdução permite optimizar o portfolio dos investidores.
O veículo GPES chamou E 5,5 milhões desde o seu início até 31 de Dezembro de 2007, correspondendo este valor a 22% dos
compromissos; no período em análise, efectuaram-se distribuições de capital no valor de 2,16% do capital chamado.
Neste primeiro ano de actividade, todos os fundos subjacentes apresentaram indicadores de performance muito positivos (atendendo
à juventude do veículo). Para além de uma demonstrada capacidade de investir os montantes captados, destaca-se o facto de terem
já ocorrido distribuições de capital, pelo que o ritmo e a qualidade dos investimentos realizados indicia um bom desempenho futuro.
Imobiliário
O ano de 2007 confirmou o posicionamento estratégico do Banco Privado no negócio de Private Equity imobiliário, dando ênfase
à sua actividade de gestão activa dos projectos imobiliários como forma de potenciar o valor dos investimentos. A gestão activa dos
projectos imobiliários tem implícito um deal making agressivo nas aquisições, uma escolha criteriosa das equipas envolvidas nos
projectos, a definição do conceito e do mix do produto, a gestão e acompanhamento das aprovações e a definição das estratégias
de vendas. Em suma: um papel liderante nas actividades mais intensivas na criação de valor nesta área de investimento.
Desenvolvimento dos projectos, durante 2007
Resort Integrado de Golfe – Vila do Bispo
Este projecto, que tem como mercado alvo, o turismo residencial com origem no Norte da Europa (principalmente no Reino Unido
e Irlanda), evoluiu de acordo com o previsto, sendo de destacar os seguintes factos:
(i) constituição de uma equipa de projecto muito qualificada, combinando consultores e projectistas portugueses e internacionais,
com provada experiência nos seus campos de actuação;
(ii) elaboração do master plan do Resort;
(iii) aquisição de lotes adicionais de terreno;
(iv) uma abordagem inovadora no campo energético.
O conceito do Resort Integrado de Golfe ficou concluído durante o ano de 2007 e o seu desenho, embora numa fase preliminar,
deixa antever um empreendimento que ficará alinhado no topo do Algarve e da Europa do Mediterrâneo. A exploração dessa
potencialidade implicou a necessidade de aquisição de novas parcelas de terreno, aumentando o perímetro dos 280 ha inicialmente
previstos para cerca de 320 ha.
Finalmente, a instituição do Regime PIN+, veio abrir uma via para a aprovação mais célere do projecto, sem prejuízo da satisfação dos
requisitos territoriais e do ambiente.
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Actividade
em 2007
Mixed-Use scheme – Faro
O ano de 2007 permitiu a consolidação do conceito imobiliário a desenvolver no terreno localizado no Vale da Amoreira, Faro. O conceito
de Mixed-Use Development, que foi projectado para este terreno, compreenderá diversos usos: Centro Comercial, Habitação,
Hospital Privado, Serviços (Residências Assistidas, Hotelaria e outros). O empreendimento incluirá ainda o futuro parque da cidade
de Faro, a expensas dos promotores.
Durante o exercício de 2007, foi constituída a equipa de urbanistas e seleccionado o arquitecto responsável pelo desenho do parque
da cidade. A escolha recaiu sobre uma equipa constituída pelos melhores urbanistas portugueses, que contribuirão decisivamente
para imprimir uma imagem de elevada qualidade ao projecto, tornando-o numa referência (não apenas na cidade de Faro, como também
em todo o Algarve).
Ainda durante o ano de 2007, foi constituído um fundo de investimento imobiliário fechado de subscrição particular (fundo IMOGHARB),
o qual passará a ser o veículo de investimento neste projecto.
A gestão activa do Banco Privado neste projecto, implicou igualmente a selecção criteriosa dos compradores/promotores imobiliários
que irão desenvolver os projectos individuais, tendo-se optado por operadores com uma imagem sólida no mercado, cujos standards
de qualidade aumentam ainda mais a imagem de qualidade global de todo o empreendimento. Importa referir que o lote para a construção
do centro comercial foi atribuído à Chamartín Imobiliária.
Durante o ano de 2008, deverá ficar concluída a elaboração do Plano de Urbanização.
Outros veículos de Private Equity Imobiliário
CTEMA Property Fund
Este veículo de investimento (que inclui três projectos localizados em zonas prime: dois na Avenida da Liberdade, em Lisboa, e um
na margem do rio Douro, com frente de rio e vista para o mar, no Porto), iniciará o seu período de desinvestimento durante o ano
de 2008.
Relativamente aos dois projectos localizados na cidade de Lisboa, antevê-se a realização de mais valias significativas com a alienação
dos imóveis.
Relativamente ao projecto localizado na cidade do Porto realizaram-se durante o ano de 2007, as obras de contenção da escarpa
e iniciaram-se os trabalhos de betonagem da laje do primeiro andar, prevendo-se que a totalidade da obra de construção fique
concluída no final do ano 2009. A comercialização do empreendimento está a decorrer de acordo com o previsto.
Ceará Investment Fund
Durante o ano de 2007, o Ceará Fund avançou com o seu maior projecto denominado Aquiraz Riviera, um Resort de Praia e Golfe,
localizado a 28 km do Aeroporto Internacional de Fortaleza.
Este projecto, ancorado no conceito de tropical chic, tem uma extensão de cerca de 300 ha e uma frente de mar de 1.800 metros
e pretende ser um dos maiores empreendimentos turísticos e hoteleiros da América Latina. O projecto prevê a construção de hotéis,
SPA, campo de golfe, academia de ténis, centro hípico, village mall, (inclui lojas comerciais, restaurantes e centro de convenções),
640 lotes de moradias turísticas e 800 apartamentos.
Actividade
em 2007
Em Junho de 2007, realizou-se o lançamento da primeira pedra que deu início à construção do Aquiraz Riviera.
Lusandal, S.A.
A joint venture criada, em finais do ano 2006, com a Inmobiliária del Sur, iniciou a sua actividade plena durante o ano de 2007, com
a constituição de uma equipa de gestão que tem como objectivo orientar a sua actuação para a busca de oportunidades no segmento
de promoção imobiliária residencial, em Lisboa e no Algarve.
Perspectivas para o quadriénio 2008/2011
No próximo quadriénio (2008/2011), o Banco Privado deverá:
• Concluir o desinvestimento do veículo CTEMA Property Fund;
• Desenvolver os projectos de Faro e de Vila do Bispo, de acordo com os respectivos Business Plans, dado que ambos apresentam
elevada capacidade de retorno; e
• Continuar a apostar no binómio (i) projectos de grande escala e de elevado potencial de geração de lucros e (ii) projectos de menor
escala localizados em zonas prime.
Ellipse Foundation
Durante o ano de 2007, o Banco Privado acompanhou o desenvolvimento da actividade da Ellipse Foundation, a qual esteve
centrada sobretudo na dinamização da Colecção em termos da sua projecção junto do público:
– Art Centre:
• Exposições temporárias integradas na grande exposição anual (Open House): Alice de Robert Wilson (Mar-Set’07) e Costa da
Caparica 1989 de Hedi Slimane (Maio – Set’07)
• Inauguração em 16 de Novembro de 2007 da exposição Come, come, come into my world, comissariada por Andrew Renton
• Visitas guiadas
• Ateliers de crianças
– Realização de uma grande mostra da Colecção em Coimbra (CAV – Centro de Artes Visuais), comissariada por Delfim Sardo.
– Início da colaboração com Curadores externos, nomeadamente no âmbito da organização das exposições do CAV e da exposição
Come, come, come into my world
A Colecção continuou a ser reforçada com a representação de novos artistas e o incremento do acervo de artistas já representados,
de acordo com a política de investimento anteriormente delineada.
No final do ano, a Colecção Ellipse era constituída por 783 obras de 161 artistas.
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Actividade
em 2007
A Colecção incorporava obras de arte representativas de várias técnicas de relevo na arte contemporânea, sendo de realçar o peso
da fotografia.
Fotografia
Vídeo e Filme
Escultura e Instalação
Pintura
Desenho
50%
9%
18%
8%
15%
Dos investimentos realizados em 2007 resulta um reforço ao nível dos artistas Mid Career (61% do total de artistas representados),
verificando-se ainda uma presença significativa quer de artistas consagrados (19%) quer de artistas emergentes (20%).
Privado Seguros
No âmbito da estratégia de gestão global do património dos seus Clientes, o Grupo arrancou formalmente com uma nova área de
negócio no âmbito da corretagem e consultoria de seguros. Mantendo os mesmos princípios da actividade bancária – independência
e especialização – esta actividade disponibiliza aos Clientes um serviço adicional no âmbito da gestão de riscos associados aos seus activos.
O compromisso perante os Clientes tem como vectores principais a abrangência de actuação em todo o mercado segurador, a optimização
do binómio preço/coberturas e o serviço de excelência.
Ao longo de 2007, a Privado Seguros apostou no desenvolvimento de ferramentas de serviço, na implementação de canais comerciais
potenciadores do crescimento orgânico e assumiu uma estratégia de implantação no mercado nacional que passará por aquisições
enquadradas nos seus segmentos alvo de mercado. A aquisição de uma carteira de seguros de crédito foi o primeiro passo na
concretização do plano, potenciando não só o crescimento do negócio, como também a aquisição de know-how numa área especializada
da gestão de carteiras de seguros de empresas.
As parcerias com entidades associativas foram igualmente identificadas como veículo de crescimento. A constituição de uma
mediadora de seguros em parceria com a ANTRAL (Associação Nacional dos Transportadores Rodoviários em Automóveis Ligeiros)
é um dos projectos que deverá ser concluído em 2008. O mercado potencial para esta unidade de negócio, embora fragmentado,
é muito elevado.
Outro projecto para 2008, ainda no âmbito das parcerias, tem a ver com a futura sociedade de corretagem de seguros a constituir
com a AIMMAP – Associação dos Industriais Metalúrgicos, Metalomecânicos e Afins de Portugal.
A expansão da actividade de corretagem de seguros constitui uma aposta estratégica do Grupo no seu plano quadrienal 2008-2011.
Actividade
em 2007
Gestão de Activos Financeiros de Terceiros
Retorno Relativo
O ano de 2007 constituiu um enorme desafio para a equipa de gestão de activos com a volatilidade no mercado a subir significativamente
e o mercado de acções a registar momentos de stress bastante acentuados.
Depois de um primeiro semestre ainda a beneficiar do final do bull market, o segundo semestre de 2007 foi bastante complicado,
com os índices a perderem grande parte da performance até aí acumulada. O ano terminou com ganhos modestos nas principais bolsas
mundiais, com a Europa a subir 6.8%, e os EUA a subir em apenas 3.5%. Excepção feita para Portugal que subiu 16.2% e para os mercados
emergentes, que pelo quinto ano consecutivo lideram as subidas das bolsas mundiais com ganhos em média superiores a 30%.
A nossa filosofia de investimento permitiu-nos obter bons resultados, com praticamente todas as nossas estratégias a fazerem
outperformance ao benchmark (com excepção apenas do North America Selection, com menos 0.4% que o S&P). Quando
comparados com a concorrência, destacam-se igualmente pela positiva, o que nos satisfaz e motiva para continuar a procurar as melhores
alternativas de investimento.
As duas estratégias de investimento alternativo tiveram um grande ano, com performances muito boas (a excederem os benchmarks)
e igualmente de grande parte da oferta na indústria alternativa. Afirmam-se assim, nesta conjuntura mais difícil, como uma óptima
solução de investimento para quem procura rentabilidade, mas se quer resguardar de riscos excessivos.
Em relação às perspectivas para 2008, o desafio será a obtenção de performance num ambiente que prevemos de elevada volatilidade,
onde a gestão do risco assumirá por certo uma maior preponderância. Este cenário será mais provável pelo menos para o primeiro semestre
do ano, uma vez que existe grande expectativa em relação aos seguintes pontos:
•
•
•
•
A extensão do abrandamento da economia americana;
O impacto que esse abrandamento terá nas economias mundiais, na Europa e em particular nas economias Ibéricas;
O efeito da crise sub-prime nos resultados dos bancos;
O impacto nas economias da contracção da concessão de crédito por parte dos bancos.
Continuamos a acreditar que estamos perante um abrandamento económico e que este ciclo será mais curto do que os recentes
ciclos, por esforço quer do FED (que deverá cortar as taxas agressivamente), quer do governo americano (que tudo fará para evitar
uma recessão com eleições presidenciais em Novembro de 2008). Assim, acreditamos que a volatilidade de mercado nos criará
oportunidades de investimento que deveremos aproveitar.
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Actividade
em 2007
Gestão de Activos Financeiros de Terceiros
Retorno Absoluto
O ano de 2007 tornou-se novamente um desafio para esta área de gestão de activos financeiros do Banco Privado. De facto, a subida
(previsível) das taxas de juro em termos globais implicava a desvalorização dos activos de taxa fixa, ao mesmo tempo que a apetência
pelo risco (transportada dos anos anteriores) fazia com que os prémios pelo mesmo resultassem reduzidos (não permitindo oferecer
retornos particularmente interessantes). Por estes motivos, esperava-se uma redução ou, quando muito, uma manutenção dos
montantes sob gestão, dado o desempenho muito positivo que registavam as outras classes de activos.
A evolução dos mercados financeiros veio, contudo, alterar substancialmente o cenário que era antevisto, mas que de alguma forma
se concretizou ao longo da primeira metade de 2007. A incerteza gerada nos investidores relativamente à exposição de algumas
instituições a certas estruturas financeiras com maior risco, bem como as necessidades de liquidez que se fizeram sentir nos sistemas
financeiros na segunda metade de 2007, tornaram mais atractivos os investimentos em instrumentos de taxa fixa e seus derivados
(o que acabou por permitir mais um ano de crescimento dos montantes sob gestão da área).
O Banco manteve (e promoveu), a situação de concorrência interna no lançamento de estruturas financeiras que simultaneamente
permitam a optimização dos retornos dos clientes e sejam ajustadas à situação dos mercados financeiros. Esta situação tem permitido
não só o desenvolvimento de competências profissionais mas também da notoriedade do Banco, que são pontos estratégicos num
quadro de maior concorrência (e que se espera seja aumentado ao longo de 2008).
Refira-se que os retornos atractivos proporcionados tiveram a sua origem principalmente nos seguintes factores: na maturidade
muito curta dos activos financeiros detidos; na gestão activa de produtos derivados ligados a instrumentos de rendimento fixo
(pouco exigentes no que concerne à utilização de capital) e ainda no extremo rigor na qualidade de crédito dos activos adquiridos.
Face ao aumento dos montantes sob gestão, o Banco tem definido um plano detalhado de ampliação das suas equipas de gestão.
Sendo importante que a dimensão das equipas de gestão seja garantia de um acompanhamento adequado das carteiras sob gestão,
a preocupação central na contratação de recursos humanos do Banco centra-se: na manutenção e aumento da qualidade dos
colaboradores; no reforço da cultura existente na área de gestão de activos (que permita a criação de um ambiente de desenvolvimento
profissional dos colaboradores); e na contribuição dos colaboradores para a continuação da estratégia de inovação financeira
(e criação de valor acrescentado significativo) nesta área.
Actividade
em 2007
Gestão de Activos Financeiros Próprios
Rendimento Fixo
A gestão de activos de rendimento fixo, ao longo de 2007, teve como preocupações fundamentais a qualidade de crédito da carteira,
a manutenção de um risco de taxa de juro extremamente limitado e um recurso muito limitado a capitais do Banco. Esta situação
justificou-se pela elevada incerteza quanto aos níveis dos prémios de risco (que se afiguravam muito baixos), bem como de alguns
receios de abrandamento do crescimento a nível global (o que se viria a confirmar na segunda metade do ano).
As posições estiveram centradas em activos de taxa variável e/ou maturidade muito curta, com liquidez razoável, com o objectivo
de limitar os riscos decorrentes de evoluções negativas na qualidade de crédito dos diferentes emitentes e/ou estruturas financeiras,
e, simultaneamente, minorar os efeitos de ocorrência de quaisquer eventos pontuais adversos.
Neste enquadramento, foi possível beneficiar de um carry positivo, com um risco de taxa de juro reduzido, fazendo recurso de financiamento
através da entrega (como colateral) das posições longas assumidas.
Face à incerteza e volatilidade que caracterizaram grande parte de 2007, decidiu-se, em sede de gestão de risco, limitar o trading
na componente de taxa fixa, pelo que este não teve este ano uma expressão significativa.
Mercado Cambial
A evolução dos mercados cambiais ao longo do ano ficou assinalada pela continuada depreciação do dólar norte-americano face
ao euro e pelo desfazer do chamado carry trade na sequência da volatilidade e incerteza registados nos mercados financeiros.
A expectativa de um claro abrandamento do crescimento económico nos Estados Unidos no final do ano gerou expectativas de ainda
mais cortes por parte das autoridades monetárias, fazendo com que a tendência de depreciação do dólar possa ser continuada (pelo
menos na primeira metade de 2008).
O bom desempenho das economias asiáticas permitiu também a apreciação destas moedas, embora não numa amplitude que ponha
em causa o crescimento das exportações destes países para a Europa e Estados Unidos, pelo que a apreciação moderada e gradual
destas moedas deverá ter continuidade (apesar dos recorrentes rumores de diversificação das reservas destes países e dos do Médio
Oriente).
Para além do importante volume de operações com origem em clientes (a qual deverá ganhar peso nos próximos anos como
resultado do desenvolvimento do processo de internacionalização do Banco), foram assumidas posições de trading de muito curto
prazo, com restrições relevantes no que toca ao controle de risco, tanto em ienes como em dólares norte-americanos, tendo sido
obtidos bons resultados nas mesmas.
Paralelamente, os resultados obtidos foram reforçados pelo facto de algumas opções (transitadas do ano anterior), terem chegado
à sua maturidade, gerando um resultado muito positivo.
Prevê-se que em 2008 se registe um aumento significativo da volatilidade que permita a obtenção de resultados bastante positivos
nesta área.
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Actividade
em 2007
Funding & Liquidity
O Banco Privado Português tornou a apresentar um perfil estruturalmente aplicador de fundos, o qual foi este ano reforçado não
só pelo aumento dos activos sob gestão registado ao longo do ano, como também pelo facto de as maturidades dos activos detidos
serem bastante curtas. A situação do Banco relativamente a este ponto foi particularmente relevante, para ultrapassar com grande
conforto a situação de elevada incerteza vivida nos mercados financeiros na segunda metade do ano.
Foi ainda dada continuidade à estratégia de diversificação de contrapartes em diferentes áreas de negócio, que permite não só a redução
dos riscos de concentração, como de alguma forma permite aumentar as garantias do acesso a liquidez quando necessário.
A situação de stress vivida na segunda metade de 2007 nos mercados monetários interbancários obrigou a cuidados redobrados por
parte da gestão de risco do Banco, tendo-se aumentado o escrutínio nas operações de cedência de fundos pelo Banco.
Marketing Operacional de Asset Management
O Marketing Operacional de Asset Management continuou em 2007 a sua missão de estreitar a ligação entre os departamentos
de Gestão de Activos e Private Banking, com o objectivo de cruzar o melhor possível as visões do primeiro com as necessidades
do segundo.
O ano foi marcado pelo lançamento de novas estratégias de investimento, quer no Retorno Absoluto, quer no Retorno Relativo.
Em ambas as áreas as novas estratégias foram pioneiras e inovadoras no panorama de gestão de activos em Portugal e, como tal,
requereram um esforço adicional de acompanhamento da área comercial, quer na formação, quer na transmissão das vantagens das
estratégias aos Clientes.
Ao mesmo tempo, continuaram a ser desenvolvidos esforços para o desenvolvimento da actividade fora de Portugal, nomeadamente
colaborando na apresentação do pedido de autorização de uma gestora de activos em Espanha. Foram igualmente criadas ofertas
específicas para os mercados mais centrados em dólares, como o Brasil e a África Austral.
Por fim, o departamento participou também na promoção dos veículos de Private Equity, participando em apresentações e reuniões
com investidores no âmbito das três operações levadas a cabo em 2007.
Mas a maior fatia do tempo foi investida no acompanhamento dos Clientes, nomeadamente na divulgação da visão do Banco sobre
os mercados financeiros e aconselhamento quanto ao posicionamento dos investimentos. Ao longo do ano, foram feitos mais de 30
mini-seminários com Clientes, consultores e Private Bankers, um pouco por todo o país, envolvendo também os quatro escritórios
de Espanha.
O crescimento do Banco em 2007 e as perspectivas para os tempos mais próximos asseguram que 2008 será novamente um ano
pleno de actividade.
Actividade
em 2007
As Áreas de Apoio ao Negócio
O desenvolvimento dos negócios do Grupo tem que ser apoiado numa máquina eficiente, que proporcione um serviço ao Cliente
idealmente sem falhas e de grande qualidade percebida.
Sistemas
Terminado o quadriénio 2004-2007, e tendo o Banco Privado Português confirmado as suas expectativas de crescimento, a Direcção
de Sistemas, a par com as restantes Direcções do Banco, vê cumpridos, igualmente, os objectivos a que se propôs.
Todavia, o novo plano estratégico do Banco para o próximo quadriénio, mantém uma genuína ambição de crescimento, suportada
no track record‘ atingido. Desta forma, o desafio proposto à Direcção de Sistemas será igual ao esforço de crescimento a que o Banco
se propõe. Consciente deste facto, a actividade da Direcção ao longo de 2007 pautou-se pelo cumprimento dos seus objectivos, mas
igualmente dotando o Banco dos meios que serão a base da sua actividade futura de suporte ao negócio.
A intervenção da Direcção junto dos operadores de comunicações (e o trabalho desenvolvido em conjunto), dotou o Banco de uma
infra-estrutura de comunicações sustentável, segura, de ampla largura de banda, multi-serviços e, em todas as suas vertentes,
inovadora como o prova o recente Case Study‘ desenvolvido pelo operador de comunicações parceiro neste projecto.
As comunicações integradas, concluídas no final de 2007, suportam o negócio pelo facto de permitirem numa mesma infra-estrutura
a utilização de Dados, Voz e Vídeo entre todos os escritórios do Banco, nas diversas plataformas geográficas, na qual serão
futuramente instalados outros serviços fazendo uso de aplicações colaborativas.
No seguimento da implementação da nova rede de comunicações integrada, a Direcção identificou e iniciou a implementação de um
projecto de Tele-Presença de Alta Definição a concluir em Janeiro de 2008, que dotará o Banco de um meio de contacto personalizado
entre todos os seus escritórios, que não só diminuirá o número de deslocações, mas sobretudo permitirá uma aproximação dos
colaboradores das diferentes áreas a uma cultura comum ao Banco Privado, de participação activa no negócio e vida do Banco.
Este meio será ainda facilitador do contacto com Clientes que disponham de meios próprios para interagir com este sistema ou que,
de outra forma, se desloquem a qualquer dos nossos escritórios, a partir do qual poderão interagir com os nossos especialistas em
investimento, residentes noutro ponto geográfico. O suporte à actividade Internacional do Banco beneficiará seriamente desta
proximidade tecnológica dada a qualidade da comunicação estabelecida.
Ao longo de 2007 outros projectos foram igualmente implementados já com a intenção de continuidade no próximo quadriénio.
A identificação e implementação do Projecto Privado Seguros, dotando esta área de negócio com uma aplicação conceituada e líder
no mercado Português (que entrará em produção total em Janeiro de 2008) é outro dos marcos do trabalho desenvolvido pela
Direcção em conjunto com os colaboradores directamente envolvidos nesta área de negócio.
A Direcção de Sistemas foi igualmente co-responsável, desta vez em colaboração com a Direcção de Operações, pela identificação
e implementação de um projecto para consolidação de informação financeira fazendo uso de uma aplicação CPM inovadora no mercado,
tendo originado mais um Case Study’ promovido pelo fornecedor, baseado não somente na tecnologia inovadora, mas igualmente
no sucesso do projecto (tendo em conta a sua rápida e atempada conclusão). Este mesmo software irá suportar outras aplicações,
estando já prevista a implementação de um novo projecto para controlo orçamental a acontecer em 2008.
35
36
Actividade
em 2007
Anualmente a Direcção de Sistemas tem vindo a modernizar e aumentar o parque de equipamentos, tendo sido possível melhorar
constantemente os equipamentos distribuídos a colaboradores, os servidores de suporte a aplicações, o equipamento de armazenamento
centralizado de dados e os equipamentos de segurança.
No campo da segurança, a Direcção tem optado por realizar auditorias efectuadas por empresas especializadas e, no seu seguimento,
implementar mecanismos e/ou equipamentos para colmatar as possíveis falhas encontradas (o que aconteceu igualmente no ano 2007).
No capítulo da gestão e controlo da actividade da Direcção de Sistemas, dando resposta às solicitações cada vez maiores das entidades
reguladoras (quer nacionais quer internacionais), a Direcção desenvolveu já um conjunto de politicas organizadas segundo as melhores
praticas internacionais e completará em 2008 este conjunto de documentação para orientação da sua actividade.
Ainda no âmbito da organização da Direcção, foi criado o departamento de HelpDesk e implementada uma solução de software de controlo
da sua actividade. O sucesso com que o fizemos, à partida validado pelas reacções que fomos obtendo dos diferentes colaboradores,
será formalmente mensurado no início de 2008 com as conclusões dos inquéritos de satisfação aos colaboradores/utilizadores deste
serviço.
Acreditamos que a nova arquitectura infraestrutural e uma orientação vocacionada à prestação de serviços à organização, em linha
com as tendências do mercado de TI e validadas internacionalmente, proporcionarão ao Banco Privado Português um adequado
suporte tecnológico do seu negócio, garantindo simultaneamente o grau de confidencialidade e fiabilidade que os nossos Clientes
exigem. Os passos dados neste sentido (com incidência no último semestre de 2007) serão as bases sólidas de que necessitávamos
para cumprir, como até aqui, as ambiciosas metas a que o Banco se propõe para o futuro.
Operações
O ano de 2007 assentou num forte e diversificado crescimento de negócio e actividades do Grupo, que elevou a capacidade e espectro
de acção da Direcção de Operações.
A Direcção de Operações, em todas as áreas funcionais e geográficas, manteve a sua estrutura de recursos. Para se compatibilizar
face à capacidade de resposta que se exige (garantindo, em permanência, o processamento das operações, a eficácia dos mecanismos
de controlo, a qualidade de execução, o cumprimento das melhores práticas e directivas reguladoras), introduziu determinadas
melhorias na cadeia de processos e organização com o consequente incremento de produtividade.
O processamento straight-through e a implementação de determinados automatismos, aliados a um processo de reorganização da
Direcção, permitiram, não somente, atingir os objectivos traçados para o quadriénio 2004-2007 (agora findo), como também potenciar
uma base de progressão para o próximo quadriénio (2008-2011).
Para tal, a Direcção de Operações procedeu à reorganização funcional dos seus recursos, com especial enfoque na segregação funcional
de tarefas e aumento de níveis de controlo correlacionado a maiores volumes operativos.
Esse ajustamento organizacional permitiu uma maior polivalência funcional dos recursos, incrementando desta forma a capacidade
de especialização funcional. Por outro lado, a criação de novos procedimentos de interligação das áreas comerciais e gestoras com
as áreas operacionais, perfilaram-se indispensáveis, redefinindo-se alguns interlocutores e fases na cadeia de processos.
Actividade
em 2007
Com estas medidas atingimos os objectivos internos, com uma base operacional que irá potenciar esse continuado crescimento.
A Direcção de Operações passou a contar com 4 departamentos funcionais, aglomerando as diversas funções identificadas no quadro
abaixo:
DIRECÇÃO DE OPERAÇÕES FINANCEIRA
DEPARTAMENTO
DE BACKOFFICE
Funçãode Tesourariae
Transferências
DEPARTAMENTO DE SUPOERTE
ADMINISTRATIVO E RECURSOS HUMANOS
Função de Custódia
e Títulos
Função de Fornecedores
e Pagamentos
DEPARTAMENTO
DE OPERAÇÕES
Função
Operacional
Clientes
Função
Operacional
Fundos e Áreas
Gestoras
Função
Pessoal
DEPARTAMENTO
FINANCEIRO E CONTABILIDADE
Função
de Reporte
e Documentação
Função
Financeira
Função
Contabilidade
Função
Supervisão
e Tutela
Esta definição foi adequada a espaços físicos, tendo existido um projecto logístico que culminou numa realocação de novas zonas
de trabalho, garantindo as necessidades de arquivo, novas tecnologias e comunicações.
Detalhando as actividades funcionais adstritas a cada área operacional, importa realçar as principais (com especial impacto no decorrer
de 2007):
– Departamento BackOffice:
• Concretização de Planos de Contingência e Alternativas aos sistemas de pagamentos e transferências à disposição do Banco;
• Adesão às novas plataformas de liquidação;
• Incremento de mecanismos de controlo de KYC;
– Departamento de Suporte Administrativo e Recursos Humanos:
•
•
•
•
Implementação de Sistema de Controlo e Gestão de Activos (Imobilizado);
Redefinição da componente de processamento de seguros, assentando na nova unidade de negócio do Grupo – A Privado Seguros;
Optimização processual da gestão administrativa de fornecedores;
Na Função laboral importa enaltecer a função de HelpDesk e o cumprimento das novas exigências legais;
37
38
Actividade
em 2007
– Departamento de Operações:
•
•
•
•
•
Acompanhar a Internacionalização do Banco, garantindo um modelo operativo que se adequa a cada zona geográfica;
Aumento da produtividade via incremento de sistemas de informação;
Segmentação e especialização funcional, adequando o perfil do recurso às diversas estratégias e oferta do Banco;
Criação de mecanismos adicionais de controlo;
Projecto de Digitalização para suporte documental da actividade;
– Departamento Financeiro e Contabilidade:
•
•
•
•
Assegurar novas normas de relato financeiro;
Incremento na relação com as casas de rating;
Acompanhamento no crescimento e composição do grupo societário;
Aprofundamento de controlos financeiros e consequente reporte, com aumento de capacidade de resposta pela introdução de um
software adquirido para o efeito – Tagetik;
• Uma maior dedicação pela exigência de reporting externo às entidades de supervisão e tutela;
O testemunho resultante da actividade do ano de 2007, que testou a operativa do Banco Privado para o cumprimento das métricas
definidas, permite-nos, com confiança, assumir que estão lançadas as bases para o crescimento da actividade (ainda mais agressivo
e constante) para os próximos anos.
Actividade
em 2007
Gestão de Risco e Auditoria
Risco
A principal função da Direcção de Risco e Auditoria (DRA) consiste na gestão e controlo dos riscos em que o Grupo incorre no normal
desenvolvimento da sua actividade, de forma a salvaguardar os equilíbrios fundamentais do negócio e, consequentemente, os interesses
dos seus Clientes e Accionistas.
Com base nas directivas estabelecidas pela Comissão Executiva, a DRA estabelece o seu plano de actuação visando a salvaguarda de um
nível de exposição aos vários tipos de risco consonante com as opções estratégicas tomadas, particularmente para fazer face
ao business plan delineado, e visando a optimização do binómio risco/retorno e protecção dos activos dos principais stakeholders
do Grupo.
Nesta perspectiva, os principais riscos monitorizados são:
• Risco de Crédito – Análise do crédito concedido tendo em conta montantes, garantias, taxas de juro e periodicidade de fixação,
prazos residuais e spreads;
• Risco de Mercado – Análise da composição da carteira com recurso a indicadores baseados na Duration, Sensitivity Analysis e VaR
(Value at Risk);
• Risco de Taxa de Juro – Análise das posições activas e passivas, da sua duração e sensibilidade às taxas de juro;
• Risco de Liquidez – Acompanhamento e avaliação dos recursos e da capacidade de financiamento do Grupo;
• Risco de Contraparte – Análise e avaliação dos indicadores financeiros das contrapartes de negócio e estabelecimento e acompanhamento
de limites de exposição para operações no mercado monetário e cambial.
Para tal, a Direcção baseia-se num modelo desenvolvido internamente – BPP Scoring Model.
• Risco Operacional – Análise e identificação de eventos susceptíveis de gerar perdas, directas ou indirectas, resultantes de processos
internos, falhas de pessoas, sistemas inadequados e eventos externos, actuando sobre os mesmos ou apresentando propostas e/ou
procedimentos que visem a sua mitigação.
À excepção do Risco Operacional, a monitorização dos diversos riscos centra-se, essencialmente, na análise e acompanhamento
da carteira própria da instituição. No entanto, o âmbito de actuação da DRA tem-se vindo a alargar ao acompanhamento e monitorização
da actividade das áreas de Asset Management.
A gestão do Risco Operacional, transversal a toda a instituição, apoia-se num sistema específico que permite uma melhor identificação
das áreas ou actividades que representem um nível de risco mais relevante (histórico ou potencial).
Em simultâneo com a Auditoria Baseada no Risco (ABR), a introdução deste sistema representa um poderoso instrumento que vem
dotar a auditoria tradicional de uma visão e metodologia cujo enfoque é o risco operacional, permitindo uma actuação atempada
na implementação de medidas curativas e preventivas dessas fontes de risco.
39
40
Actividade
em 2007
Auditoria Interna
O principal objectivo presente no desenvolvimento das actividades de Auditoria Interna é a avaliação dos métodos e procedimentos
de controlo interno e a verificação do seu cumprimento.
Procura-se a identificação de eventos representativos e/ou potenciadores de risco para a instituição, permitindo a constituição
de uma base de análise que suporte a implementação de medidas ou procedimentos que visem a mitigação dos riscos identificados.
A actividade da área é desenvolvida com base numa filosofia de risk based approach – Auditoria Baseada no Risco – que, apoiando-se
na informação de risco operacional disponível na instituição, permite uma maior focalização na avaliação das áreas e/ou processos
identificados como de maior sensibilidade e/ou de maior risco (potencial ou efectivo), visando a avaliação das debilidades existentes,
bem como a emissão de recomendações para a sua mitigação.
É também da responsabilidade da área de Auditoria Interna a manutenção do Manual de Procedimentos do Banco, competindo-lhe
a alteração ou a criação de novos procedimentos, bem como a gestão da sua publicação na intranet do Banco.
Actividade
em 2007
Recursos Humanos
No encerramento do quadriénio 2004-2007, assistiu-se no ano de 2007 à consolidação do crescimento orgânico do Grupo,
preparando em antecipação os desafios que se colocam para o quadriénio 2008-2011.
A aquisição, durante o ano de 2007, da Privado Seguros, contribuiu de forma notória para o crescimento observado (mais de 25%
da variação ocorrida), embora tenha sido ao nível do Banco que se observaram os principais reforços do quadro de colaboradores:
• O reforço da rede comercial e da Direcção de Private Banking em concreto representou mais de 32% da variação ocorrida, mantendo,
apesar do crescimento extraordinário da actividade seguradora, o seu peso relativo na estrutura global;
• Também as áreas de Corporate Advisory e Private Equity mantiveram este peso, representando as contratações de 2007 cerca de 10%
da variação ocorrida;
• Ao nível das áreas de suporte, assistiu-se a uma nova melhoria do rácio [nº colaboradores área negócio/nº colaboradores áreas
de suporte].
A evolução do seguinte quadro de colaboradores descreve estas alterações:
Área
31-12-2004
Var.
3
1
31-12-2005
Var.
4
0
31-12-2006
Var.
4
0
31-12-2007
Administração:
Número colaboradores
% total
2,50%
3,15%
3,00%
4
2,17%
Private Banking:
Número colaboradores
% total
39
5
32,50%
44
-1
34,65%
43
16
32,33%
59
32,07%
Corporate Advisory e Private Equity:
Número colaboradores
% total
18
2
15,00%
20
-3
15,75%
17
5
12,78%
22
11,96%
Gestão de Activos e Actividade Seguradora:
Número colaboradores
% total
16
-1
13,33%
15
5
11,81%
20
15
15,04%
35
19,02%
Áreas de suporte:
Número colaboradores
% total
TOTAL (Nº colaboradores)
44
0
36,67%
120
44
5
34,65%
7
127
49
15
36,84%
6
133
64
34,78%
51
184
41
42
Actividade
em 2007
Graficamente, esta distribuição apresenta-se da seguinte forma:
4
0
59
20
Administração
22
40
60
35
80
Private Banking
64
120
100
Gestão de Activos
e Actividade Seguradora
140
160
180
Corporate Advisory
e Private Equity
200
Áreas de suporte
Um crescimento centrado no desenvolvimento do negócio e na expansão geográfica da actividade permanecem como resultados
visíveis da política de Recursos Humanos encetada no início do quadriénio:
País
31-12-2004
31-12-2005
31-12-2006
31-12-2007
Variação
Var. %
Portugal
105
107
114
152
38
33%
Espanha
11
13
14
21
7
50%
África Austral
2
2
1
3
2
200%
Brasil
2
5
4
8
4
100%
Total
120
127
133
184
51
38%
Actividade
em 2007
Apesar da actividade em Portugal permanecer como a mais relevante, é inegável o crescimento no estrangeiro e o peso visível que a actividade
internacional já assume:
País/Zona
Cidade/Região
Total
Lisboa
103
Portugal
Porto
49
Total Portugal
152
Espanha
Madrid
10
Sevilha
5
Valência
3
Vigo
3
Total Espanha
21
Brasil
São Paulo
8
Total Brasil
8
África Austral
África Austral
3
Total África Austral
3
Total Global
184
152
0
20
Portugal
40
60
80
Espanha
21
100
120
140
Brasil
160
8
3
180
200
África Austral
43
44
Actividade
em 2007
O crescimento da actividade na Península Ibérica e Espanha em particular têm um evidente reflexo na repartição anexa, com um peso
mais significativo relativamente a anos transactos.
A formação profissional e o desenvolvimento qualitativo do quadro de Recursos Humanos mantêm-se como apostas permanentes
para a consecução dos objectivos traçados. Embora não exista uma Direcção centralizada e global de gestão de Recursos Humanos
(existindo um Departamento de gestão administrativa de Recursos Humanos), têm vindo a ser previstos nos orçamentos das diferentes
Direcções que compõem o Grupo uma afectação específica para este efeito e em consonância com esta aposta.
Apresentamos ainda um conjunto de indicadores qualitativos relevantes sobre a composição do quadro de recursos humanos do Grupo:
Participação por Classes
100
84
0%
10%
Masculino
20%
30%
40%
50%
60%
70%
80%
90%
100%
Feminino
Embora não exista qualquer tipo de medidas activas ao nível desta repartição, foi conseguido um efectivo equilíbrio em consonância
com os indicadores demográficos dos países e zonas em que o Grupo Privado Holding está presente.
Actividade
em 2007
Número de Colaboradores/Faixa Etária
60
59
60
40
22
20
15
13
10
5
0
=<25
anos
26 a 30
anos
31 a 35
anos
36 a 40
anos
41 a 45
anos
46 a 50
anos
> 50
anos
Com uma média etária global de 36 anos, a idade da maioria dos colaboradores do Grupo concentra-se precisamente nas faixas entre
os 31 e os 40 anos. É uma média de idades que, embora em crescendo, é ainda baixa.
Colaboradores por Categorias Profissionais
4
0
56
20
Administração
99
40
60
80
Quadros Directivos/Chefias
100
25
120
140
Quadros Técnicos
160
180
200
Secretariado/Administrativo
O gráfico acima é particularmente importante para ilustrar o peso que os colaboradores afectos a funções administrativas e secretariado
representam ao nível do total de colaboradores do Grupo integrados em áreas de suporte, anteriormente descrito (64), com impacto
limitado ao nível dos custos estruturais.
45
46
Actividade
em 2007
Numa fase em que se assiste a uma regulamentação crescente e muito significativa sobre o sector financeiro – DMIF, Basileia II,
Controlo de Risco e Notações de Crédito, Acompanhamentos da Situação de Liquidez face à volatilidade observada em 2007, etc.
– e ao crescimento da actividade front, é legítimo esperar um reforço da estrutura a este nível.
O crescimento atrás descrito das áreas de negócio em 2007, acompanhado pelo crescimento das áreas de suporte, foi algo desequilibrado
ao nível da composição, dado que a expansão da actividade ao nível das áreas de negócio (de maior qualificação) acarretou essencialmente
crescimento do suporte administrativo e secretariado, sendo necessária uma revisão do equilíbrio a este nível para 2008.
Colaboradores por Área/Departamento
32%
0%
10%
13%
20%
30%
40%
8%
50%
8%
7%
60%
4%
4%
70%
24%
80%
90%
Private Banking
Secretariado e Administrativos
Actividade Seguradora
Gestão de Activos
M&A/Estruturação
Operações
Real Estate
Outros
100%
Relembramos que, para o quadriénio 2004/2007, os órgãos de gestão do Banco Privado identificaram a área de Recursos Humanos
como uma área crítica de sucesso para os desafios que se apresentaram neste quadriénio.
Esta aposta mantém-se para o quadriénio 2008-2011, e apesar de não estarem quantificados objectivos em termos de número
de colaboradores para o final do quadriénio, será seguramente assente numa estrutura similar à actualmente observada, dado que
apesar de pequenas melhorias serem possíveis, reflectem um equilíbrio global de funcionamento e uma estrutura eficiente.
Actividade
em 2007
Marketing
A Direcção de Marketing desenvolveu ao longo do ano de 2007 a sua actividade normal, repartida pelas áreas de Marketing Institucional
e Marketing Operacional:
Marketing Institucional
A campanha de publicidade, que cumpriu o 8º ano de veiculação no Expresso, assumiu a temática da filantropia e do mecenato,
procurando transmitir a necessidade de os detentores da riqueza poderem partilhá-la solidariamente, beneficiando a comunidade.
Os suportes físicos fundamentais para a actividade (Estacionário, Vídeo Institucional, Relatório & Contas, Newsletter, Apresentações
Sinalética, etc) foram produzidos, melhorados e reformulados, sempre no propósito de garantir a boa imagem do Banco.
Marketing Operacional
O maior e mais importante cliente interno da Direcção de Marketing é sem dúvida o Private Banking, em relação ao qual se deu extenso
apoio e monitorização em termos de objectivos e segmentação de Clientes, utilizando (entre outros instrumentos) o Contact Plus.
Ao nível dos Canais de Distribuição, a Direcção de Marketing foi solicitada para apoiar quer o Canal Consultores (gestão, monitorização
e controle) quer o Canal Clientes e os Canais Alternativos.
A Direcção promoveu várias grandes iniciativas (onde se destacam os Conselhos Consultivos e os Concertos da Mariza em Vigo e Sevilha)
para além do apoio corrente aos Mini-Eventos e Mini-Seminários.
A terminar, gostaríamos de referir a participação em acções de formação a novos colaboradores do Banco.
47
48
Actividade
em 2007
Controlo de Gestão
A Direcção de Controlo de Gestão tem como missão a concepção, implementação e melhoria contínua do modelo de informação de gestão
do Grupo Privado Holding.
A evolução de cada uma das Áreas de actuação (Private Banking, Corporate Advisory e Private Equity) e a expansão geográfica do Banco
(actualmente presente em Portugal, Espanha, África Austral e Brasil), exigem uma perspectiva individualizada de cada uma das
actividades e localizações no que respeita a objectivos de posicionamento, de crescimento e de rentabilidade.
O contexto de crescimento e diversificação geográfica levanta um desafio relevante à monitorização individualizada e, em simultâneo,
à visão integrada da actividade desenvolvida, bem como do alinhamento dos resultados alcançados com os objectivos estratégicos
definidos.
Em 2007 a actividade desta Direcção foi centrada nos seguintes aspectos principais:
• Apoio à definição das orientações estratégicas, considerando diferentes horizontes temporais;
• Preparação do Plano quadrienal 2008/2011;
• Desenvolvimento do processo anual de planeamento e orçamento, em conjunto com os responsáveis das Áreas/Plataformas
geográficas;
• Preparação periódica de informação relevante ao acompanhamento dos objectivos definidos por área de negócio e localização
geográfica;
• Validação, uniformização e desenvolvimento dos conceitos e das regras de negócio relevantes para a monitorização da actividade;
• Desenvolvimento dos critérios analíticos com o objectivo de suportar um grau mais exigente de controlo e gestão de proveitos e de custos.
Em 2008 a Direcção de Controlo de Gestão dará continuidade ao trabalho que tem vindo a desenvolver, tendo sido estabelecidos
como objectivos centrais a monitorização dos objectivos definidos por Área/Plataforma geográfica e o acompanhamento do Plano
Quadrienal 2008/2011.
Actividade
em 2007
Assessoria Jurídica
A aposta na continuidade da expansão a nível global da actividade do Grupo Privado Holding implicou a necessidade de aceitar
novos desafios durante o ano de 2007, o que levou a um intenso e criativo trabalho na área de assessoria jurídica, tal como previsto
durante o ano de 2006.
Verificou-se, por um lado, um recurso crescente dos serviços jurídicos pelas principais áreas de negócio estratégicas do Banco: Private
Banking/Corporate Advisory/Private Equity. Com efeito, este aumento deveu-se em parte ao próprio crescimento do Grupo (quer em
termos de activos sob gestão, como dos colaboradores afectos a cada uma das áreas de negócio). Por outro lado, constatou-se um
aumento exponencial (e cada vez mais consolidado) das solicitações jurídicas por parte das áreas de Imobiliário e Seguros. Esse facto
deveu-se à necessidade de acompanhamento na continuidade e sedimentação de projectos já iniciados durante o ano transacto, bem
como em assegurar (e nalguns casos implementar), novos projectos e parcerias com entidades fora do Grupo Privado Holding.
O Banco Privado Português, S.A., no âmbito de uma parceria com o Grupo CRE/Costa Duarte tomou, numa primeira fase, uma
participação maioritária (80% do capital e direitos de voto) na CRE – Corretor de Seguros, S.A., tendo-se, alterado já numa segunda
fase a sua denominação para Privado Seguros – Corretores e Consultores, S.A. e procedido a uma remodelação estatutária e dos
órgãos sociais daquela sociedade. Esta nova área de seguros, além de solicitar apoio na contratação de novos colaboradores para o seu
quadro de pessoal, tem intensificado as parcerias. Está já em fase de finalização a constituição de uma mediadora em parceria com
a ANTRAL e foi iniciado um projecto para a criação de raiz de outra mediadora de seguros em parceria com a AIMMAP (sociedade
actualmente denominada AIDUST – Consultoria e Apoio à Indústria, S.A.). Está, também, a ser estudada a possibilidade de, em
parceria com alguns dos grupos nacionais, criar uma corretora de seguros em Angola.
No âmbito da actividade de imobiliário, deu entrada em 2007 na Comissão do Mercado de Valores Mobiliários o pedido para a constituição
do primeiro fundo de investimento imobiliário, o qual já se encontra em pleno funcionamento. Paralelamente, foram e estão a ser
analisados, do ponto de vista contratual, algumas oportunidades de negócio, sendo que algumas se encontram numa fase já mais
avançada do que outras. Concomitantemente, e em parceria com um Grupo Espanhol da Região de Andaluzia, foi constituída a Lusandal
– Sociedade Imobiliária, S.A., a qual se encontra numa fase inicial de implementação e análise de novos projectos.
Por último, refira-se a constituição da holding imobiliária do Grupo Privado Holding – Citromina – a qual abarcará novos projectos
imobiliários. No início do próximo ano está prevista a alteração da sua denominação social para Privado Imobiliário – SGPS, S.A., bem
como a alteração total dos seus estatutos.
Ao nível do Compliance legal as exigências introduzidas pela transposição de normativos comunitários (nomeadamente da Directiva
dos Mercados de Instrumentos Financeiros (“DMIF”) para o ordenamento jurídico nacional no dia 1 de Novembro, sem que legalmente
tivesse sido concedido um período de adaptação aos vários intermediários financeiros), obrigou a uma rápida adaptação a novos
requisitos legais. Assim, procedeu-se à redução a escrito, e consequente revisão, de algumas políticas (execução e transmissão de
ordens e de conflito de interesses), e iniciou-se o processo de qualificação dos Clientes em função dos seus conhecimentos e perfil.
Em termos de deveres de informação, o Grupo Privado Holding efectuou (e está a efectuar) uma profunda remodelação e revisão
nesta matéria, de forma a assegurar um maior nível de transparência. Este processo implicará necessariamente a revisão, total ou
parcial, das minutas contratuais adoptadas. Perspectiva-se que este trabalho se prolongue durante o início do primeiro semestre de
2008, uma vez que a Comissão do Mercado de Valores Mobiliários tem vindo a alterar a regulamentação em vigor relativa a muitos
aspectos da intermediação financeira.
Para o ano de 2008 prevê-se, novamente, um incremento da actividade jurídica com intensificação das solicitações, não só ao nível
do apoio jurídico a prestar às diferentes áreas de negócio, como no âmbito do Compliance legal, uma vez que, cada vez mais, é essencial
um acompanhamento constante da nova legislação, de forma a assegurar o estreito e pontual cumprimento da legalidade vigente.
49
Actividade
em 2007
Em cumprimento da Instrução nº 22/2001, publica-se o seguinte Documento de Gestão e Controlo de Risco.
Gestão e Controlo de Risco
A gestão e controlo de risco do Grupo são da responsabilidade da Direcção de Risco e Auditoria (DRA).
Esta direcção tem como princípio orientador a salvaguarda de um nível de exposição aos vários tipos de risco coerente com as opções
estratégicas tomadas, com base nas directivas da Comissão Executiva e para fazer face ao business plan delineado.
Procurou-se, assim, concorrer de modo determinado para a homogeneização de critérios e políticas, através da criação de uma
estrutura única com capacidade de resposta às necessidades das várias áreas do Grupo.
Mantendo este posicionamento, e tendo por base o know-how e experiência interna adquirida da equipa de Risk Management,
o Banco Privado Português implementou um modelo de gestão e controlo de riscos integrado, eficaz e adaptado à realidade do
seu negócio, visando:
• o desenvolvimento de políticas de risco de acordo com os objectivos estratégicos e de negócio delineados;
• a salvaguarda da solvabilidade financeira – assegurando que os níveis de exposição a cada momento, respeitam integralmente os
limites aprovados numa óptica de maximização do binómio risco/retorno;
• a adaptação das análises e indicadores de risco às permanentes alterações na envolvente de negócio.
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52
Actividade
em 2007
Estrutura Organizacional
A actividade de gestão e controlo de riscos desenvolve-se numa base de cooperação e de total segregação de funções com as áreas
gestoras e operacionais da instituição, com o objectivo de assegurar a independência da mesma na prossecução de um objectivo
comum: a defesa dos interesses da instituição e dos seus Clientes.
COMISSÃO EXECUTIVA
Comité de Risco
DRA
RISCO
Risco
de
Mercado
Risco
de
Crédito
Risco
de
Liquidez
AUDITORIA
Risco
de
Contraparte
Risco
Operacional
Monitorização
e
Acompanhamento
A Comissão Executiva, mediante plano e proposta do Comité de Risco, aprova as linhas mestras que pautam a actividade de Risk
Management, bem como as condições necessárias à sua implementação: estrutura organizacional, procedimentos e normas internas,
sistemas e modelos para medição do risco e estabelecimento de limites, sistemas de informação e de controlo.
A DRA é responsável por supervisionar a implementação da política geral de riscos aprovada, e por assegurar que os níveis de exposição
ao risco, a cada momento, são consistentes com a estratégia previamente delineada.
No sentido de assegurar que o risco é monitorizado e gerido de forma adequada, em cada fase e em cada área de actuação do Banco,
a função de Risk Management encontra-se repartida por tipo de risco: mercado (preço e taxa de juro), crédito, liquidez, contraparte
e operacional.
No Grupo Privado Holding, a função de gestão e controlo de riscos é uma função de suporte à Comissão Executiva.
Actividade
em 2007
Gestão de Risco de Mercado
Neste âmbito a DRA tem como principal função a avaliação, controlo e monitorização dos riscos de mercado inerentes à actividade
desenvolvida.
O risco de mercado é entendido como o risco de eventuais perdas associadas a alterações adversas no valor de um instrumento
financeiro, como consequência de variações de taxas de câmbio, taxas de juro ou preços.
Ao nível do risco de mercado, o principal elemento de avaliação de riscos consiste na estimativa das perdas potenciais sob condições
adversas de mercado, recorrendo-se para isso à metodologia Value at Risk (VaR), através de estimativas baseadas no modelo
de variâncias/co-variâncias.
Para as estimativas do VaR, o Grupo implementou um sistema de avaliação do Risco de Mercado baseado em volatilidades históricas
– HSVaR ou Historical Simulation VaR.
Nas suas estimativas, o Banco utiliza um intervalo de confiança de 99%, considerando um horizonte temporal (holding period)
de 10 dias úteis.
São igualmente efectuadas análises de sensibilidade, suportadas por duration-based indicators, bem como a produção de indicadores
que combinam o VAR com os limites de perda máximo definidos. Complementarmente são elaboradas análises de Risk-Return, que
numa perspectiva de back-testing, permitem aferir do ajuste do modelo à realidade, bem como obter medidas de rendibilidade por
unidade de risco.
Os níveis de VaR autorizados, os limites de perda máxima definidos, e os critérios de análise praticados, são estabelecidos pela
Comissão Executiva e monitorizados diariamente pela DRA.
Regularmente, é produzido um documento de Risco onde se apresenta à Comissão Executiva as conclusões das análises supra
mencionadas.
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Actividade
em 2007
Gestão de Risco de Taxa de Juro
Quer pela natureza do negócio da instituição, quer por opção estratégica, o Grupo tende a utilizar instrumentos de taxa de juro variável
e de curta duração, procurando reduzir o mismatch entre as suas taxas de juro activas e passivas e minimizando a sua exposição a este
tipo de risco.
Desta forma, o recurso a instrumentos com durações superiores é pontual e resulta de decisões de investimento numa perspectiva
de trading que, pela sua natureza, são posições detidas por prazos reduzidos.
A gestão de risco de taxa de juro é da responsabilidade da Direcção de Mercados, cabendo por seu turno à Direcção de Risco e Auditoria
o acompanhamento e monitorização dos níveis de risco, bem como a apresentação de relatórios que permitam um acompanhamento
mais eficiente deste pela área gestora.
A análise deste tipo de risco é realizada com base nas posições de balanço, numa óptica consolidada, onde são consideradas as rúbricas
activas e passivas relevantes. Os relatórios de análise resultantes são parte integrante do Comité de Risco.
Gestão de Risco de Crédito
Os riscos inerentes à carteira de crédito a clientes são pouco expressivos na actividade do Grupo, pois a instituição segue uma política
de concessão de crédito essencialmente destinada ao reforço de carteiras sob gestão.
É também política do Grupo que o crédito concedido seja totalmente colateralizado por activos financeiros com elevada liquidez que
se encontrem à guarda da mesma, exigindo-se um nível de cobertura superior à dimensão do crédito.
Desta forma, consegue-se alcançar um grau de cobertura da carteira de crédito muito superior à dimensão do mesmo, e com um elevado
nível de convertibilidade.
Não obstante, a instituição tem implementado um sistema de gestão e controlo do risco de crédito bastante rigoroso, alargando o conceito
aos riscos de formalização, legal e fiscal.
A gestão do risco de crédito é realizada em cada uma das suas fases (análise, aprovação e monitorização), envolvendo todos os participantes
no processo de decisão, desde os Private Bankers (responsáveis pela angariação do risco), passando pela DRA, até à Comissão
Executiva, órgão que decide a estratégia de risco a implementar e concede a aprovação final. Este modelo de funcionamento permite
uma gestão diária muito apurada, assegurando o envolvimento dos vários intervenientes ao longo do ciclo de vida do risco e salvaguardando
os critérios de independência.
Neste contexto a DRA assume um papel consultor e de reporte, que visa fornecer à Comissão Executiva, toda a informação necessária
para que as medidas certas sejam tomadas em tempo útil:
• Submetendo à Comissão Executiva a adopção de medidas que, em conformidade com as melhores práticas do sector e com
as recomendações das entidades de supervisão, assegurem a cada momento a correcta identificação, quantificação, monitorização
e controlo do risco de crédito;
• Procurando assegurar um nível de risco de crédito adequado, acompanhando de perto e participando no processo de análise
e aprovação da tomada de risco, nomeadamente ao nível da avaliação da qualidade das coberturas (grau de convertibilidade e risco
de mercado implícito).
Actividade
em 2007
A DRA conduz permanentemente uma análise de toda a carteira de crédito com o objectivo de identificar atempadamente qualquer
situação que possa afectar o risco de crédito do Banco, para assim decidir quais as medidas mais eficazes a serem tomadas.
Gestão de Risco de Liquidez
A manutenção de uma forte capacidade de liquidez tem sido uma opção estratégica do Grupo.
O acompanhamento deste risco é realizado através do liquidity gap analysis – identificação e análise de períodos futuros de liquidez
negativa – bem como a avaliação do mismatch entre posições activas e passivas e a concentração temporal das renovações, visando
uma gestão atempada e planificada da sua liquidez.
São também projectados cenários comportamentais de rúbricas relevantes ao nível da liquidez, com base em comportamentos
históricos, bem como em situações de adversidade extrema (stress testing).
Em complementaridade, esta Direcção acompanha o grau de convertibilidade dos activos investidos, bem como a capacidade
de financiamento da instituição junto de outras instituições financeiras.
Gestão de Risco de Contraparte
Regra geral, o Grupo não apresenta exposição significativa a este tipo de risco. Na realidade, as contrapartes com as quais transacciona,
sendo de primeira linha e com notação de rating claramente acima do que normalmente se designa por investment grade,
assegurando à partida um confortável grau de segurança.
Para a determinação de limites de exposição ao risco de contraparte, o Grupo recorre a um software interno de notação de ratings
– BPP Scoring Model – do qual, e em combinação com análises detalhadas, resulta uma grelha geral de limites de exposição ao risco
de contraparte.
Nesta vertente é importante salientar que, para as operações que envolvem valores mobiliários, o Grupo recorre a instituições
internacionais para assegurar os serviços de custódia e settlement dos mesmos. Estas instituições seguem, na sua generalidade, uma
política de payment against delivery, o que se traduz numa drástica redução do risco de contraparte associado a este tipo de transacções.
A grelha de limites de exposição ao risco de contraparte passa pela aprovação da Comissão Executiva, sendo também delineados
níveis de aprovação especiais para eventuais necessidades (devidamente justificadas e analisadas) de incremento de envolvimento
para além dos limites estabelecidos.
Sempre que se registe uma alteração das condições de solidez de uma instituição, procede-se à revisão imediata dos pressupostos
que fundamentam a atribuição do nível de risco dessa instituição, sendo uma opção válida a suspensão imediata de todos os limites
de exposição sempre que tal se entender necessário.
A monitorização da liquidação das operações é realizada pelo Back Office que, aquando da ocorrência de qualquer irregularidade,
prontamente notifica as áreas gestoras, a Direcção de Risco e Auditoria e a Comissão Executiva.
Sendo sistemática a monitorização do cumprimento dos limites aprovados, sempre que se verifique uma ultrapassagem destes para
além das competências de validação dos mesmos, é imediatamente despoletada uma Comunicação Interna para a Comissão
Executiva dando conhecimento da dita situação de excepção.
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Actividade
em 2007
Gestão de Risco Operacional
O Risco Operacional é internamente definido como a estimativa de perdas – directas ou indirectas – resultantes de processos internos,
falhas de pessoas, sistemas inadequados e eventos externos.
A quantificação dos riscos operacionais possibilita estabelecer critérios qualitativos/quantitativos entre os diversos processos e as categorias
de risco, complementando de uma forma mais robusta as políticas de controlo interno.
Desta forma, optou-se por se classificar os diversos riscos operacionais de acordo com uma matriz própria.
De uma forma genérica, o objectivo do sistema de risco operacional implementado consiste na avaliação de riscos e medição de perdas
operacionais, visando:
• A identificação e avaliação das perdas operacionais – Permitindo o desenvolvimento de políticas de actuação que visem a mitigação
dos riscos operacionais mais significativos;
• A prevenção dos riscos operacionais – O módulo de Self Assessment permitirá antecipar situações potenciais de risco, possibilitando
uma actuação preventiva.
Compliance
No universo do Grupo, o conceito de Compliance é transversal a toda a instituição, sendo exigido a todos os seus colaboradores um
padrão de conduta que assegure o cumprimento rigoroso de todas as disposições legais, regulamentares e contratuais aplicáveis à actividade
bancária, financeira e de intermediação.
Na prossecução de elevados princípios éticos e deontológicos, encontra-se implementado um Regulamento Interno sobre normas
de conduta que visa orientar e incentivar os seus colaboradores no cumprimento deste objectivo, bem como um manual de procedimentos
que direcciona a actuação dos colaboradores no cumprimento das normas interna e externas.
Para assegurar a conformidade com as normas de compliance estabelecidas, foi definida uma estrutura composta por um Head of Compliance
e por vários Compliance Officers.
A função de Compliance encontra-se descentralizada dentro da Instituição, existindo vários Compliance Officers de acordo com
a especialização funcional de cada um deles, cabendo-lhes assegurar o cumprimento de todas as obrigações que são exigidas à instituição,
bem como incentivarem todos os colaboradores ao cumprimento desses requisitos.
Ao Head of Compliance cabe assegurar a coordenação e a formação de grupos de trabalho, constituídos por Compliance Officers,
sempre que se identificam situações de inconformidade ou a introdução de novos requisitos nesta matéria.
É também sua responsabilidade o reporte ao Conselho de Administração das insuficiências detectadas e das medidas curativas propostas.
[ bossa nova ]
Surgindo como novidade (e modernidade) musical brasileira, depressa
atravessou fronteiras, assumindo-se como uma das mais universais
melodias em todo o mundo.
Análise das
Demonstrações
Financeiras
Análise das Demonstrações Financeiras da Privado Holding
2007 – Mercados Financeiros e Conjuntura Económica
A análise da conjuntura económica em 2007 está incontornavelmente marcada pela crise de liquidez (com origem na crise do mercado
de sub-prime dos E.U.A.) que se abateu sobre os mercados financeiros no 2º Semestre. Estabelecendo o paralelo entre os principais
indicadores às escalas nacional e internacional:
Plano Internacional
Plano Nacional
Expansão económica sustentada, média de crescimento do PIB
Expansão económica confirmou sinais positivos de evolução
(crescimento do PIB de cerca de 1,9% em 2007,
mundial em 2007 de cerca de 5,2% (5,4% em 2006)
China (Δ PIB 11,5%), Índia (Δ PIB próxima de 9%), EUA (Δ PIB 2,2%),
novos membros da União Europeia e América Latina (Δ PIB próximo
de 5%) continuam a dinamizar crescimento mundial
Zona Euro consolidou melhorias (Δ PIB 2,7% em 2007, similar
a 2006), com Alemanha a reassumir um papel central,
Japão confirmou ciclo positivo (ainda abaixo de 0,5%)...
...mas E.U.A. estão em nítida e acentuada desaceleração
perto de 1,3% em 2006)
Procura interna e investimento já com evoluções positivas
(negativas em 2006), manutenção de balança comercial positiva,
concentrada em serviços, melhoria do défice do PIB
e redução do IHPC;
Taxa de desemprego, apesar de ligeiro agravamento
(de 7,7% para cerca de 8,0%) «controlada» após anos
de agravamento (4,1% em 2001), e medidas de saneamento
da dívida pública a ganhar credibilidade;
Exportações permanecem como pólo dinamizador, com maior
diversificação de países de destino
Apresentando algumas das principais condicionantes da evolução observada:
Plano Internacional
Plano Nacional
Crise de Liquidez (Subprime) levou Banco Central Europeu,
Política orçamental de natureza restritiva, no âmbito
Reserva Federal e outras Autoridades Monetárias a intervir
do Programa de Estabilidade e Crescimento e impacto limitado
nos mercados financeiros
da Crise de Liquidez;
Mercados financeiros com resultados dispares:
- Commodities em forte crescimento;
… com repercussão mais positiva em Portugal ao nível do
mercado accionista, mas de repercussões similares nos restante;
- Accionista com evolução positiva;
- Obrigacionista com evolução muito negativa;
Aumentos significativos dos preços do Petróleo (na média de 2007, o Brent subiu de 65,4$/barril para 72,5$/barril, tendo terminado o ano
em 94$/barril. depois de ter iniciado o ano a 55$/barril, Δ 57%) e commodities em geral, com impacto ainda sentido na economia
portuguesa (nomeadamente crise de agriflação)
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Análise das
Demonstrações
Financeiras
A consolidação do desempenho das economias asiáticas (China e Índia em particular) e da América Latina (Brasil com melhorias notórias),
ajudada ainda pelo crescimento das principais economias Africanas, contribuiu decisivamente para a manutenção do crescimento
mundial.
Os receios inflacionistas acabaram por se confirmar em 2007, com origem na evolução dos preços de Petróleo e commodities (ouro
com variação de 30%, e agriflação em particular), embora a uma escala mais contida do que era temido. A crise de liquidez e o desempenho
da economia dos EUA contiveram estes efeitos, e o aumento dos prémios de risco (spreads) para o crédito e redução para depósitos,
serviram de incentivo à poupança e travão ao consumo.
Na Europa, a redinamização da economia alemã, fortemente baseada na revitalização do sector industrial (automóvel em particular),
marcou o ano de 2007, e este país está a assumir novamente o seu papel de motor de expansão da Europa.
Ao nível dos principais indicadores e mercados financeiros, 2007 manteve contrastes notórios:
Taxas de Juro
Manutenção das taxas da zona EUR
(directoras e de mercado): cerca de 4%,
e forte redução nos E.U.A.: de 5,25%,
para 4,25%. Japão: de 0,25%
para 0,50%.
Evolução das margens inverteu
sentido de estreitamento,
com volatilidade muito elevada
e atingindo máximos históricos;
Taxas de Câmbio
Euro apreciou-se 11% face a USD,
Novo crescimento generalizado
e face ao cabaz de divisas dos principais
e assinalável dos índices bolsistas
parceiros económicos da U.E.,
internacionais, incluindo também
apreciou-se cerca de 6,2%.
dos mercados norte-americanos:
Dólar EUA: + 11%
Iene Japão: +4%
Libra Esterlina: +9%
Yield dos títulos de dívida pública:
EUA – 4,02%, - 48 b.p. face a 2006
EUR – 4,55%, + 65 b.p. face a 2006
Mercados de capitais
CAC 40 (França) +1% (+18% 06)
DAX (Alemanha) +22% (+22% 06)
Ibex (Espanha) +7% (+32% 06)
PSI 20 (Portugal) +59% (+30% 06)
Nasdaq (EUA) +10% (+10% 06)
Real Brasil: -8%
S&P 500 (EUA) +4% (+14% 06)
Dow Jones (EUA) +6% (+16% 06)
À semelhança do observado em 2006 nos mercados de capitais, mantiveram-se tendências para concentrações e M&A, que
animaram novamente os principais índices bolsistas, sendo um indicador evidente da existência de oportunidades de aquisição
e de ainda alguma sub-valorização de activos. Todavia, o início de 2008 tem vindo a ser marcado por evoluções bastante negativas,
de proporções inesperadas, o que reforça o carácter volátil e imprevisível da evolução destes mercados.
Finalmente, ao nível do sector bancário português, o insucesso da OPA BCP/BPI e da proposta de fusão subsequente, as alterações
sucessivas no patamar mais elevado da gestão do BCP, e os incontornáveis efeitos da crise de liquidez, marcaram fortemente o ano
de 2007.
Entre os resultados previstos já divulgados, a redução em cerca de 28% dos resultados do BCP, em contraponto com a manutenção
da tendência de crescimento dos restantes bancos, é também um factor de destaque, e que deverá levar a que o Resultado Líquido
agregado do sector bancário apresente uma taxa de crescimento bastante modesta face aos anos transactos.
Análise das
Demonstrações
Financeiras
A crise de liquidez acarretou também impactos muito significativos ao nível da capitalização e solvabilidade dos principais bancos
nacionais: o início de 2008 tem vindo a ser pródigo em anúncios de planos de aumento de capital e emissões elegíveis para efeitos
de solvabilidade, o que é sintomático em relação aos efeitos da crise mencionada.
Um outro impacto desta crise foi sentido ao nível das margens praticadas pelos principais bancos portugueses: estima-se que durante
o ano de 2007, os financiamentos concedidos a entidades não financeiras (empresas e famílias) envolveram spreads cerca de 85
a 90 b.p. mais elevados que em 2006, ao passo que os depósitos passaram a conhecer melhores remunerações, com variações
positivas dos spreads de referência da mesma grandeza.
Este facto aliado à variação d taxa Euribor 3M - também variou fortemente em 2007, de 3,725% no início do ano para 4,684% no final
do ano (depois de ter ultrapassado mesmo os 4,95%) – condicionou a gestão de liquidez do sector bancário em geral, e da gestão
da margem financeira em particular.
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64
Análise das
Demonstrações
Financeiras
2007 – Actividade Desenvolvida
As demonstrações financeiras são o espelho fiel de um ano de actividade com duas facetas absolutamente distintas ao nível das contas
de exploração:
• um ano ímpar e marcante na história do Grupo ao nível dos proveitos com comissões e receitas de carácter mais recorrente, por
um lado, mas também,
• um ano extraordinariamente difícil em termos de volatilidade de mercados, flutuações e instabilidade, sem paralelo no panorama
financeiro dos últimos anos.
A aposta no triângulo estratégico da actividade do Grupo teve uma vez mais, no seu vértice da actividade de Private Equity,
os resultados mais marcantes no ano de 2007: o encerramento dos veículos ligados ao investimento em Jerónimo Martins, com taxas
de rentabilidade anualizadas extraordinárias constituiu-se como o marco de referência do quadriénio 2004-2007 em geral, e do ano
de 2007 em particular.
As performance fees proporcionadas por estes veículos contribuíram em mais de 25 milhões de euros para o produto bancário
do ano, e também os novos veículos entretanto criados têm vindo a proporcionar uma base recorrente de proveitos para o Grupo,
sempre sem prejuízo da rentabilidade proporcionada aos seus investidores.
O cumprimento dos objectivos de execução orçamental, permanentemente fundamentado num contínuo alargamento da base
de clientes e numa estrutura accionista coesa e sempre envolvida e comprometida com as estratégias delineadas, evidenciou uma
vez mais uma menor dependência de resultados em operações financeiras (com um carácter menos previsível), e um crescimento
ainda mais forte dos proveitos de carácter recorrente (comissões líquidas e margem financeira).
O ano de 2007 foi aliás o mais eloquente a este nível, dado que a rúbrica de resultados em operações financeiras se saldou por um
valor global negativo, consequência inevitável da volatilidade e alargamento das margens observadas ao nível dos títulos de dívida,
classe de instrumentos financeiros para o qual, desde sempre, o Grupo direccionou parte significativa do seu investimento de balanço,
e onde os efeitos negativos foram mais evidentes.
Não obstante este cenário extremamente adverso, o Grupo foi capaz de prosseguir com sucesso a sua política de geração de fontes
alternativas de proveitos – baseadas na consolidação da sua margem financeira e no crescimento da sua base de comissões – que
não só compensaram estes efeitos adversos, como inclusivamente permitiram uma nova taxa de crescimento do resultado líquido
superior a 30%.
Apesar da eficiência da estrutura do Grupo não ter conhecido em 2007 um dos seus anos mais notáveis em termos de desempenho
– com um ligeiro recuo do rácio cost-income, com uma origem muito particular ao nível dos custos operativos, mais concretamente
do peso que estes assumem relativamente ao Produto Bancário e a que não são alheios os resultados em operações financeiras
mencionados – permanece um valor de referência no panorama global do sector financeiro, e face aos investimentos realizados,
especialmente ao nível de sistemas de informação, foram criadas bases que nos permitem encarar com reforçado optimismo
a evolução deste desempenho nos próximos anos.
A atribuição, no início de 2007, dos prémios da revista Euromoney, distinguindo a actividade desenvolvida nas áreas de Private Equity
e Real Estate são um reconhecimento muito justo para a excelente performance destas áreas, e o reconquistar deste galardão já no
início de 2008 para a actividade de Private Equity é uma prova da vitalidade e validade da manutenção da aposta no triângulo
estratégico da actividade do Grupo.
Análise das
Demonstrações
Financeiras
A actividade Real Estate, depois de um ano de 2006 em que revelou plenamente o seu potencial de geração de valor para o Grupo,
pareceu ter passado em 2007 um ano sabático, atendendo às contas de exploração. Todavia, uma análise cuidada do balanço não
só contraria qualquer conclusão neste âmbito, como inclusivamente acentuou o optimismo e as elevadas expectativas em relação ao
desempenho desta actividade.
A carteira própria de investimento na área de imobiliário cresceu fortemente em 2007:
• no Algarve, o Fundo de Investimento Imobiliário Imogharb (ex-Imoseagle cinco) aumentou fortemente a sua actividade, e a promoção
imobiliária deste projecto tem vindo a conseguir uma eficácia notável, estando contratadas vendas que asseguram já o sucesso
deste projecto;
• ainda no Algarve, o desenvolvimento do projecto Vale da Rã / Vila do Bispo conheceu em 2007 um ano de franca actividade, com
evoluções muito tangíveis do empreendimento;
• em Lisboa, o Fundo Libertas está prestes a libertar os cash-flows previstos e que potenciarão os resultados do Grupo, e foi ainda
iniciado o investimento Imoseagle Sete/Alexandre Herculano 40 cuja valorização conseguida já no final de 2007 rivalizará com as melhores
rentabilidades que historicamente proporcionámos aos nossos Clientes.
A muito curto prazo, estas valorizações conseguidas terão reflexos evidentes nas contas de exploração do Grupo, uma vez reunidas
todas as condições para o efeito, e sem dúvida que 2007 foi um excelente ano para o contínuo alicerçar de uma base de geração de
resultados que contribuirá fortemente a curto prazo para o crescimento da actividade do Grupo.
Outros projectos estão já no pipeline da actividade de Real Estate, que prometem manter esta tendência de criação de valor para o Grupo.
A actividade de Private Banking permanece como a actividade fundamental de todo o Grupo, e sem a qual não teria sido possível
obter a «massa crítica» que permite o desenvolvimento desta actividade e projectos.
Em 2007, como é já apanágio do Grupo, uma vez mais foram superados todos os objectivos de captação e crescimento dos volumes
sob gestão, bem como de base de proveitos, afirmando a notável evolução do “comissionamento” líquido do Grupo.
O contínuo desenvolvimento de novos mercados, a prestação de serviços financeiros inovadores, uma oferta muito diferenciada e um
crescimento evidente da actividade continuam a ser características muito particulares do Grupo.
A capitalização do Grupo afirmou-se novamente como um dos pilares essenciais desta actividade, no sentido de confortar os nossos
Clientes quanto à defesa do respectivo património, bem como na redução da volatilidade do retorno dos accionistas (o que tem
contribuído decisivamente para a consolidação destas duas bases fundamentais – Clientes e Accionistas).
E apesar das recentes volatilidades e da tendência generalizada que se assiste actualmente no sector bancário para recorrer a operações
de capitalização, não estão para já previstas quaisquer medidas neste âmbito.
O processo de internacionalização do Grupo é a grande aposta para o futuro: apesar das taxas de crescimento conseguidas nos anos
mais recentes não deixarem de ser notáveis, e do facto dos mercados internacionais em que o Grupo está activo serem
reconhecidamente difíceis, cremos que as estratégias adoptadas para o desenvolvimento da actividade nestes mercados permitirá ao
Grupo crescer a ritmos ainda mais fortes.
As demonstrações financeiras, em base consolidada, apresentam uma performance global ajustada aos objectivos ambiciosamente
definidos, confirmando-se assim a salvaguardada e prossecução das orientações estratégicas do Grupo.
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Análise das
Demonstrações
Financeiras
I – Análise de Balanço
I.1 – Rúbricas Patrimoniais Activas
Valores Consolidados
(EUR)
Activo
Activos de liquidez imediata
Caixa e disponibilidades em Bancos Centrais
Disponib. e outros créditos s/ I.C.s
31-Dez-07
% ALT
31-Dez-06
% ALT
Δ%
346.277.086
15,8%
248.697.193
15,5%
39%
15.765.122
0,7%
5.970.097
0,4%
164%
330.511.964
15,1%
242.727.096
15,1%
36%
Créditos sobre clientes
773.824.244
35,4%
303.167.774
18,9%
155%
Activos financeiros:
285.560.114
13,1%
418.183.381
26,1%
-32%
37.207.467
1,7%
120.917.128
7,5%
-69%
175.994.632
8,0%
257.470.886
16,0%
-32%
69.569.104
3,2%
28.375.459
1,8%
145%
2.788.911
0,1%
11.419.908
0,7%
-76%
3.629.118
0,2%
1.419.984
0,1%
156%
-100%
Detidos para negociação
Ao justo valor através de resultados
Disponíveis para venda
Não correntes detidos para venda
Filiais e associadas excluídas de consolidação
Propriedades de investimento
0
0,0%
398.828
0,0%
Activos tangíveis e intangíveis
14.307.454
0,7%
13.449.292
0,8%
6%
Activos por impostos correntes e diferidos
15.679.668
0,7%
9.299.460
0,6%
69%
721.293.327
33,0%
596.304.605
37,2%
21%
26.643.320
1,2%
13.664.860
0,9%
95%
2.187.214.331
100%
1.604.585.377
100%
36%
Vendas a prazo de títulos
Outros activos e contas de regularização
Total do Activo
ALT – Activo Líquido Total
• Seguindo a realidade já observada nos anos transactos, o total do activo líquido cresceu novamente, de forma acentuada,
em 2007: 36%.
• A origem da variação observada – aproximadamente 583 milhões de euros – centrou-se em créditos sobre clientes (crescimento
de 470 milhões de euros, taxa de 155%), e disponibilidades e aplicações sobre instituições de crédito (crescimento de 88 milhões
de euros, taxa de 36%).
• Paralelamente, assistiu-se a uma permuta entre a carteira de Activos Financeiros (reduziu-se cerca de 132 milhões de euros) e as
operações de Venda a Prazo de Títulos (cresceram cerca de 125 milhões de Euros): referimos conjuntamente estas variações uma
vez que, em termos líquidos, no ano de 2007 e depois de uma actividade intensa da carteira de activos financeiros, assistiu-se
a uma transferência líquida efectiva de activos entre estas duas rúbricas.
• A já referida volatilidade dos mercados financeiras, os impactos sentidos nas contas de exploração e um re-alinhamento do perfil
dos instrumentos financeiros em que o Grupo investe ditaram esta alteração de composição, sem prejuízo de uma nova possível
alteração em 2008, uma vez alcançada alguma estabilização dos mercados financeiros em geral.
Análise das
Demonstrações
Financeiras
• Esta realidade não cerceou contudo o contributo decisivo das equipas de Asset Management para o desempenho alcançado. Uma
vez mais, esta área revelou o seu contributo como um pilar importante para a contínua afirmação da marca Banco Privado
Português como uma marca de referência destacada no negócio de Private Banking, que se reviu no crescimento do volume dos
patrimónios sob gestão e/ou depositados junto do Banco (crescimento próximo de 40%) – corolário da competitividade e adequação
dos serviços financeiros oferecidos, bem espelhadas nos resultados proporcionados por estes serviços, e adiante explanados.
• A transposição destes mesmos princípios para a gestão dos activos próprios, proporcionaram mais uma vez resultados financeiros
assinaláveis, com os quais se prossegue num avolumar de um track-record consistente, e que continua a contribuir decisivamente
para uma fidelização e ampliação ainda mais acentuada da base de clientes.
Em síntese desta análise das rúbricas patrimoniais activas, apresentamos o gráfico seguinte que ilustra as variações observadas
e a importância de cada rúbrica no activo consolidado.
Evolução das Principais Rúbricas do Activo
2007 2006
(M. EUR)
800
700
600
500
400
300
200
100
0
Activos
de liq.
imediata
Créditos
sobre
clientes
Activos
financeiros
Vendas
a prazo
de títulos
Activos
tangíveis
e intangíveis
Impostos
correntes
e diferidos
Outras
rúbricas
activo
67
68
Análise das
Demonstrações
Financeiras
I.2 – Rúbricas Patrimoniais do Passivo e Situação Líquida
I.2.1 – Passivo
Valores Consolidados
(EUR)
Passivo
31-Dez-07
% ALT
31-Dez-06
% ALT
Δ%
Débitos para com instituições de crédito
608.310.314
27,8%
265.191.148
16,5%
129%
Depósitos de clientes
584.763.077
26,7%
416.580.515
26,0%
40%
Passivos financeiros de negociação
Compras a prazo de títulos
Passivos por impostos correntes e diferidos
599.197
0,0%
674.302
0,0%
-11%
721.664.060
33,0%
692.208.401
43,1%
4%
397.414
0,0%
1.965.877
0,1%
-80%
Provisões
2.721.088
0,1%
0
0,0%
-
Passivos subordinados
7.524.522
0,3%
7.517.975
0,5%
0%
Outros passivos
5.043.555
0,2%
2.356.305
0,1%
114%
1.931.023.227
88%
1.386.494.523
86%
39%
Total do Passivo
ALT – Activo Líquido Total
• Variação também assinalável nas rúbricas de Passivo – aproximadamente 545 milhões de euros – em 2007 centrada em débitos
para com instituições de crédito (343 milhões de euros, 129% de crescimento) e no recurso mais intenso a operações de compra
a prazo de títulos (29 milhões de euros, 4% de crescimento), embora os depósitos de clientes (168 milhões de euros, 40% de
crescimento), sejam igualmente muito significativas para explicar a variação observada. Globalmente, estas 3 rúbricas representam
praticamente 99% do passivo total.
• É sempre importante relembrar que a expressão dos activos sob gestão e depositados junto do Grupo não se esgota na rúbrica de
depósito de clientes, embora a sua representatividade tenha crescido face a 2006: em 31 de Dezembro de 2007, esta rúbrica representa
perto de 20% (17% em 2006) do valor líquido dos patrimónios sob gestão e valores depositados junto do Grupo.
• É ainda importante interligar as variações observadas ao nível dos activos com as que agora apresentamos ao nível do passivo: o recurso
mais intenso a operações de repo durante o ano de 2007 culminou nas fortes evoluções apresentadas ao nível do crédito sobre
clientes e recursos de instituições de crédito.
• As estratégias de investimento geridas pelo Grupo (fundamentalmente ao nível de retorno absoluto) e o seu grau de leverage
financeiro, indispensáveis para a prossecução dos objectivos e referências de retorno delineadas, aliadas ao forte crescimento dos
patrimónios sob gestão, ditaram esta evolução, estando estas estratégias na origem das variações observadas.
Análise das
Demonstrações
Financeiras
• Uma contínua monitorização do risco associado a estas estratégias e adequação da sua composição para os objectivos delineados
são naturalmente objecto de um acompanhamento específico, assegurando um crescimento do activo equilibrado e consonante
com a solvabilidade do Grupo.
• Uma vez mais, agora como sinopse desta breve análise das rúbricas patrimoniais do passivo, apresentamos o gráfico seguinte que
ilustra as variações observadas e a importância de cada rúbrica no passivo consolidado.
Evolução das Principais Rúbricas do Passivo
2007 2006
(M. EUR)
800
700
600
500
400
300
200
100
0
Débitos
instit.
crédito
Depósitos
clientes
Compras
a prazo
títulos
Provisões
Passivos
subordinados
Passivos
por
impostos
Outras
rubricas
passivo
69
70
Análise das
Demonstrações
Financeiras
I.2.2 – Situação Líquida
Valores Consolidados
(EUR)
Capital Próprio
31-Dez-07
% ALT
31-Dez-06
% ALT
Δ%
150.050.000
6,9%
150.050.000
9,4%
0%
45.000.000
2,1%
45.000.000
2,8%
0%
-441.447
0,0%
888.760
0,1%
-150%
Reserva de justo valor
10.391.984
0,5%
2.822.848
0,2%
-
Reservas e res. transitados
26.828.123
1,2%
14.368.380
0,9%
87%
Acções próprias
-3.179.538
-0,1%
-15.387.130
-1,0%
-79%
3.134.858
0,1%
2.166.390
0,1%
-
24.407.124
1,1%
18.181.606
1,1%
34%
256.191.104
12%
218.090.854
14%
17%
Capital
Prémios de emissão
Outros instrumentos de capital
Interesses minoritários
Lucro do exercício
Total do Capital Próprio
ALT – Activo Líquido Total
• Em 31 de Dezembro de 2007, o capital social da Privado Holding representa cerca de 7% do activo líquido total, e pouco mais
de 58% do volume de capitais próprios, o que permanece assinalável face ao já referido crescimento do volume do activo líquido.
• O crescimento da rúbrica de acções próprias em 2006, que se ficou a dever a uma tomada de posição temporária em acções da
Privado Holding, alienada em 2007, teve uma variação quase simétrica em 2007, com uma redução muito forte desta rúbrica
e reforço da capitalização do Grupo.
• A variação da rúbrica de reservas e resultados transitados, ficou essencialmente a dever-se à incorporação do lucro do exercício
de 2006 (deduzido do dividendo pago), bem como pela variação da rúbrica de Outros Instrumentos de Capital.
• Durante o exercício de 2007, os colaboradores do Grupo exerceram os seus direitos relativos ao plano de stock options do quadriénio
2004-2007, o que explica a variação observada nesta rúbrica.
Análise das
Demonstrações
Financeiras
Valores Consolidados
(EUR)
Principais Variações Patrimoniais
31-Dez-07
31-Dez-06
Variação
Activos de liquidez imediata
346.277.086
248.697.193
97.579.893
Créditos sobre clientes
773.824.244
303.167.774
470.656.470
Activos financeiros
285.560.114
418.183.381
-132.623.267
Vendas a prazo de títulos
721.293.327
596.304.605
124.988.722
60.259.560
37.833.596
22.425.964
Débitos para com instituições de crédito
-608.310.314
-265.191.148
-343.119.166
Depósitos de clientes
-584.763.077
-416.580.515
-168.182.562
Compras a prazo de títulos
-721.664.060
-692.208.401
-29.455.659
Outras rúbricas de passivo
-13.564.688
-12.514.459
-1.050.229
258.912.192
217.692.026
41.220.166
Outras rubricas de activo
Total do Capital Próprio
Ao nível dos Fundos Próprios e rácio de solvabilidade, os valores de referência encontram-se abaixo especificados:
Valores Consolidados
(EUR)
Fundos Próprios
2007
2006
Δ%
207.066.002
195.378.640
6%
150.050.000
150.050.000
0%
-3.179.538
-15.387.130
-79%
6.095.468
2.992.787
104%
404.600
4.000.000
-90%
0
0
-
Total de Fundos Próprios
212.756.870
194.371.427
9%
Requisitos de Fundos Próprios
115.478.863
102.819.069
12%
10,2%
10,5%
-3%
14,3%
15,2%
-6%
14,7%
15,1%
-3%
Fundos Próprios de Base
dos quais: Acções
dos quais: Acções Próprias
Fundos Próprios Complementares
Deduções (-)
Fundos Próprios Suplementares
Core Tier 1
Tier 1
Rácio de Solvabilidade
71
72
Análise das
Demonstrações
Financeiras
Apesar do crescimento da base do total de Fundos Próprios, o crescimento da actividade e dos activos elevaram os requisitos de fundos
próprios calculados de acordo com a instrução nº25/97 do Banco de Portugal.
Também ao nível do rácio de cobertura se sente ainda – embora de forma menos evidente – o efeito positivo do aumento de capital
em 2004 (Fundos Próprios / [Imobilizado + Participações Financeiras]):
Evolução do Rácio de Cobertura
2007
2006
0%
200 %
400 %
600 %
800 %
1000 %
1200 %
1400 %
Análise das
Demonstrações
Financeiras
II – Análise da Demonstração de Resultados e Outros Indicadores
II.1 – Introdução
Com um resultado líquido final pouco superior a 24 milhões de euros, 2007 revelou-se um ano de consolidação dos resultados
alcançados (pouco mais de 18 milhões de euros em 2006), em linha com a tendência observada em exercícios anteriores, num crescimento
próximo de 34% entre 2006 e 2007.
Demonstração de Resultados Consolidada
Valores Consolidados
(EUR)
Apuramento do Resultado Líquido
Juros e proveitos equiparados
Juros e custos equiparados
Margem Financeira
31-Dez-07
% ALT
31-Dez-06
% ALT
Δ%
59.368.551
2,7%
32.828.500
2,0%
81%
-41.961.167
-1,9%
-20.469.710
-1,3%
105%
17.407.384
0,8%
12.358.790
0,8%
41%
60.544.583
2,8%
21.143.830
1,3%
186%
-26.931.273
-1,2%
2.245.986
0,1%
-1299%
-5.564.624
-0,3%
2.559.237
0,2%
-317%
8.431.383
0,4%
169.190
0,0%
4883%
-516.522
0,0%
4.976.249
0,3%
-110%
Produto Bancário
53.370.931
2,4%
43.453.282
2,7%
23%
Custos com o pessoal
-12.431.449
-0,6%
-9.476.899
-0,6%
31%
Gastos gerais administrativos
-14.077.553
-0,6%
-10.399.005
-0,6%
35%
26.861.929
1,2%
23.577.378
1,5%
14%
Amortizações
-1.692.583
-0,1%
-1.185.699
-0,1%
43%
Provisões e imparidade (líquida)
-2.721.088
-0,1%
0
0,0%
-
71.815
0,0%
50.992
0,0%
41%
22.520.073
1,0%
22.442.671
1,4%
0%
1.712.162
0,1%
-4.293.499
-0,3%
-140%
174.889
0,0%
32.434
0,0%
-
24.407.124
1,1%
18.181.606
1,1%
34%
Comissões, Valor líquido
Resultados de activos financeiros
Resultados reavaliação cambial
Rendimentos instrumentos capital
Outros resultados de exploração
Cash Flow Operacional
Resultados em empresas associadas
Resultado da Activ. Corrente
Impostos
Interesses minoritários
Lucro do Exercício
ALT – Activo Líquido Total
73
74
Análise das
Demonstrações
Financeiras
Margem Financeira
• Volume das carteiras próprias (obrigações) observado em 2007 como factor fundamental para a performance observada;
• Objectivo de execução orçamental total do ano superado;
• Da execução global, pouco menos de 50% foi originada pela gestão de activos financeiros da carteira própria, sendo a actividade
de Private Banking responsável por pouco mais de 10%, e a área de gestão de clientes institucionais representou pouco mais de 30%
da execução, sendo o remanescente resultado da gestão dos excedentes correntes de tesouraria (margem de segurança);
Comissões (valor líquido)
• Crescimento muito forte (186%), essencialmente alicerçado na cobrança da performance fee referente aos veículos de investimento
da Jerónimo Martins (mais de 25 milhões de euros, sem base comparativa em anos transactos) mas também como resultado
directo do crescimento do volume dos patrimónios sob gestão e/ou depositados junto do Banco, com melhorias sensíveis nas taxas
efectivas das comissões cobradas (actividade de Private Banking, essencialmente).
• Reforçado o carácter recorrente destes proveitos, que foram ainda ajudados pela comissões geradas, essencialmente de estruturação
e intermediação, ao nível da actividade de Private Equity.
• Foi reforçada uma base de comissionamento estável que permite continuar a encarar com optimismo a execução orçamental dos
próximos anos.
Resultados em Operações Financeiras
• Ao nível dos Resultados em Activos Financeiros, essencialmente decorrentes das menos valias líquidas da gestão das carteiras próprias
de títulos (Negociação, ao justo valor através de resultados), verificou-se uma forte variação negativa dos resultados alcançados.
• Embora ao nível dos instrumentos de capital da carteira de negociação se tenha conseguido uma melhoria dos resultados (3,4
milhões de euros contra 2,7 milhões em 2006), foi ao nível dos instrumentos de dívida que se verificaram as variações negativas
mais importantes: de +0,3 milhões de euros em 2006 para – 6,4 milhões de euros em 2007 relativamente aos afectos à carteira
de negociação, e de -1,4 milhões de euros em 2006 para -16,4 milhões de euros em 2007 relativamente à carteira de justo valor
de resultados;
• Também os instrumentos financeiros derivados conheceram uma evolução negativa, embora aqui directamente compensados
(positivamente) pelos rendimentos de Instrumentos de Capital, totalmente interligados em termos de variação ocorrida.
• Os Resultados de reavaliação cambial, decorrentes da gestão da posição cambial (essencialmente através de operações de trading),
registaram um forte decréscimo. Também aqui a volatilidade das principais moedas em que o Grupo habitualmente negoceia
condicionou os resultados alcançados e ditaram as evoluções observadas;
• Finalmente, a rúbrica de Outros resultados de exploração tem a sua execução essencialmente associada às mais valias realizadas
em operações associadas à área de Real Estate: as mais valias geradas pela gestão e detenção de activos imobiliários explicaram
essencialmente o valor observado em 2006, e que não tiveram paralelo em 2007, embora se preveja um novo retomar desta rúbrica
já em 2008.
Análise das
Demonstrações
Financeiras
Outros Custos Operacionais
• Mais uma vez, o investimento realizado ao nível da actividade internacional e o forte crescimento da actividade comercial do Banco
Privado implicaram o aumento destes custos, com reflexos nas rúbricas de Custos com o pessoal e Gastos gerais administrativos;
• O crescimento da estrutura orgânica (quadro de recursos humanos aumentou de 133 para 184 colaboradores em base consolidada),
um forte investimento em plataformas tecnológicas que dotaram o Grupo de um conjunto de ferramentas que tornarão a estrutura
mais eficiente a prazo, a efectiva abertura de novos escritórios em Espanha, e um vastíssimo conjunto de actividades de natureza
comercial (com os resultados já evidenciados) tiveram implicações incontornáveis a este nível, contudo salvaguardando-se sempre
o carácter variável (custos directamente proporcionais ao nível de actividade) e a “economicidade” dos mesmos (variação destes
custos foi claramente inferior à dos proveitos associados).
Amortizações
• A abertura de novo edifício em Lisboa já em 2006 (na Rua Alexandre Herculano, substituindo as anteriores instalações no
empreendimento das Amoreiras), indispensável para a prossecução das métricas de crescimento delineadas (com impacto ainda limitado
em amortizações em 2006 e já mais forte em 2007), e as obras de recondicionamento da Sede estiveram na origem da forte
variação observada.
II.2 - Produto Bancário
Em 2007 o Grupo apresentou, ao nível do produto bancário, uma evolução positiva face a 2006, mantendo a tendência dos anos anteriores.
(EUR)
Produto Bancário Consolidado
Margem financeira
Resultados de activos financeiros
Resultados reavaliação cambial
Outros resultados de exploração
Proveitos líquidos de serviços bancários
Total
2007
% Total
2006
% Total
Δ%
17.407.384
33%
12.358.790
29%
41%
-26.931.273
-50%
2.245.986
42%
-1299%
-5.564.624
-10%
2.559.237
42%
-317%
7.914.861
14%
5.145.439
42%
54%
60.544.583
113%
21.143.830
28%
186%
53.370.931
100%
43.453.282
100%
23%
É evidente a alteração da composição qualitativa do produto bancário consolidado: embora a variação do contributo líquido dos
lucros em operações financeiras não seja em si um facto positivo pela redução de valor observada, a melhoria da contribuição dos Proveitos
Líquidos de Serviços Bancários (comissionamento) não só compensou e ultrapassou largamente este efeito.
A evolução da margem financeira também compensa parcialmente a redução atrás mencionada, na medida em que o padrão da negociação
de títulos que anteriormente contribuiu também, em grande escala, para os Lucros líquidos em operações financeiras, foi substituído
por um padrão mais consentâneo com a actividade de carteira de investimento (com um volume mais contido de transacções), que
acarretou proveitos de margem financeira superiores em detrimento dos ganhos de preço.
75
76
Análise das
Demonstrações
Financeiras
Composição do Produto Bancário
Result.
Reav.
Cambial
- 10 %
-60%
Margem
Financeira
33 %
Result. Activos Financ.
- 50 %
-40%
-20%
0%
20%
Outros Result.
Exploração
14 %
Proveitos Líquidos de Serv. Bancários
113 %
40%
60%
80%
100%
120%
140%
160%
180%
Evolução das Principais Rúbricas do Produto Bancário
(M. EUR)
2007 2006
70
60
50
40
30
20
10
0
-10
-20
-30
Proveitos Líq.
Serv. Banc.
Margem
Financeira
Result. Activos
Financ.
Resultados
Reav. Cambial
Outros resultados
da exploração
Produto
Bancário
Prosseguiu, em 2007, a implementação de uma estratégia com vista ao crescimento sustentado, implicando investimentos
significativos em termos de estrutura (Recursos Humanos, Marketing e Sistemas) para fazer face ao Business plan em vigor, com
alterações estruturais assinaláveis ao nível dos recursos humanos.
O forte investimento em recursos humanos e estruturas condicionaram de alguma forma os resultados conseguidos, mas sem que
tivessem representado uma ameaça para a rentabilidade do Grupo.
Análise das
Demonstrações
Financeiras
Afectação do Produto Bancário
Produto Bancário
53.370.931 EUR
Outros Custos (1)
-266.283 EUR
10 %
Custos c/ Pessoal
12.431.449 EUR
0%
10 %
20 %
Outros Custos Administrativos
14.077.553 EUR
30 %
40 %
Resultado Líquido
24.407.124 EUR
50 %
60 %
70 %
80 %
90 %
100 %
(1) Incluí amortizações do exercício, outros custos de exploração, provisões líquidas, resultados extraordinários, imposto sobre lucros, outros impostos e os interesses minoritários.
II.3 – Análise de Indicadores
(EUR)
Indicadores de Actividade
2007
2006
Δ%
Margem Financeira
17.407.384
12.358.790
41%
Produto Bancário
53.370.931
43.453.282
23%
Rendibilidade
ROA
1,12%
1,13%
-1%
ROE
11,37%
9,03%
26%
46,90%
47,68%
-2%
184
133
38%
Produto Bancário per capita
290.059
326.716
-11%
Total Custos Administrativos/Produto Bancário
49,67%
45,74%
9%
54%
49%
12%
Disponibilidades s/ Inst. Crédito/Resp. s I.C.'s
54,33%
91,53%
-41%
Activos Liquidez Imediata/Activo Total
15,83%
15,50%
2%
132,33%
72,78%
82%
Produtividade
Custos c/pessoal/Total Custos Administrativos
Número de empregados
Cost-Income
Outros Indicadores
Crédito a Clientes/Depósitos de Clientes
77
78
Análise das
Demonstrações
Financeiras
Em primeiro lugar, queremos esclarecer que o rácio cost-income calculado em anos transactos resultava da fórmula:
[Custos com o pessoal + Gastos gerais administrativos + Amortizações] / [Produto Bancário].
A percentagem alcançada – acima dos 50% - passou a incluir, em consonância com a generalidade das análises actualmente
apresentadas, o efeito de Impostos sobre Lucros, e introduzindo este efeito no indicador de 2006 para se obter uma base
comparativa, o rácio de 2006 sobe para 58%, pelo que, numa base comparativa, assistiu-se a uma melhoria de 4% no mesmo.
O ROE foi elevado notavelmente, tendo sido alcançada a meta de atingir um indicador superior a 10% no final do quadriénio
2004-2007.
Análise de Rendibilidade
2007 2006
(M. EUR)
40 %
30 %
20 %
10 %
0%
ROE
ROA
Var. Res. Líq
Análise das
Demonstrações
Financeiras
Finalmente, e abordando as questões relacionadas com a produtividade da estrutura de recursos humanos existente, apresentamos
os indicadores seguintes:
Produtividade
2007 2006
C. Administ/P. Bancário
C. Pessoal/C. Admin.
Var. Prod. Bancário per Capita
- 20 %
- 10 %
0%
10 %
20 %
30 %
40 %
50 %
Apesar de todo o investimento já descrito em Recursos Humanos e Estruturas para o novo quadriénio que se avizinha, a contenção
dos custos é uma realidade evidente, especialmente dos Custos com Pessoal, cujo crescimento foi o menor.
A variação do produto bancário per capita fez regressar os valores para os níveis observados em 2005, embora se espere já em 2008,
como resultado dos fortes investimentos realizados, um retomar da produtividade a este nível.
79
80
Análise das
Demonstrações
Financeiras
(EUR)
Contributo para Resultado Líquido por Área de Negócio do Grupo Privado Holding
Actividade Bancária/Financeira
Privado Holding
Resultado Líquido Base Individual
Banco Privado Português
Holding
Outras
Portugal
Espanha
27.142.467
-78,627
-6.743.313
-2.508.569
27.063.840
Cayman África do Sul
97.459
-76.811
Brasil
-27.901
Outros
560.966
-8.698.169
Eliminação de Consolidação:
Eliminação de dividendos intra-grupo
-22.245.206
-165.399
-734.490
Ganhos em acções próprias
36.391
Provisões não elegíveis
-9.371
501.945
Amortização goodwill
Saldos Comuns de Consolidação:
-1.527.311
-7.320.00
-312.097
5.941.566
10.215.694
-1.347.638
-312.122
-1.375.540
-63.253
Interesses Minoritários:
Interesses Minoritários
Contribuição Resultado Consolidado
-2.422.740
-78.627
-1.188.691
-2.472.178
8.788.842
-2.501.367
3.588.999
-10,28%
14,7%
-86.182
Análise das
Demonstrações
Financeiras
Actividade de Gestão
Private Equity
Privado Geste
Privado Geste
30.288.071
PCapital
Geste Advisers
Outros
PCapital
31.773.816
-272.424
-232.605
61.789.463
Consolidado
Outras
334.413
101.808
-31.400.000
80.256.942
80.256.942
-170.444
-53.981.049
-734.490
-1.500.291
189.848
-7.177.500
0
176.625
-1.111.929
24.596.316
-95.799
176.625
-403.049
334.413
23.388.588
-68.636
95,8%
-0,3%
24.407.584
24.407.584
81
82
Análise das
Demonstrações
Financeiras
Proposta de Aplicação de Resultados
No exercício de 2007, a Privado Holding, S.G.P.S., S.A. alcançou um lucro, ao nível da actividade consolidada, de EUR 24.407.124,
e um lucro ao nível da actividade individual, de EUR 27.142.467.
O Conselho de Administração propõe que, relativamente ao exercício de 2007, seja distribuído para dividendos o valor de EUR 12.154.050,
correspondente a sensivelmente (pay out ratio) 50 % do resultado da actividade consolidada.
Assim, nos termos da alínea b) do artº 376º do Código das Sociedade Comerciais, o Conselho de Administração propõe a seguinte
aplicação do resultado líquido da actividade individual apurado no exercício de 2007:
Reserva Legal (artº 295º do Código das Sociedades Comerciais)
E 1.357.124
Resultados Transitados
E 13.631.293
Dividendos
E 12.154.050
Resutado Individual
E 27.142.467
Análise das
Demonstrações
Financeiras
Referências Finais
Ao concluir o relatório, o Conselho de Administração não pode deixar de agradecer a todos os que o apoiaram ao longo do exercício
em análise.
Desde logo, ao Conselho Consultivo que, nas suas reuniões periódicas, contribuiu com elevado valor para a reflexão estratégica e para
o desenvolvimento das relações com os Clientes.
Aos Órgãos Sociais, pela contribuição que deram para o bom desenvolvimento da actividade em 2007. Também uma especial
referência às Autoridades de Supervisão, nomeadamente ao Banco de Portugal e à Comissão de Mercado de Valores Mobiliários, pela
disponibilidade e atenção com que acompanharam os assuntos do Grupo.
Aos consultores e auditores, e em especial à Deloitte & Associados, SROC, S.A. pelo rigor e independência dos trabalhos efectuados.
A todos os Accionistas, é devida uma palavra de consideração e agradecimento pela confiança que depositaram na instituição.
Um agradecimento particular também aos nossos Clientes, pela confiança depositada, que constitui o nosso maior incentivo e a melhor
compensação para um contínuo aperfeiçoamento e melhoria do serviço prestado.
O Conselho de Administração agradece ainda a todos os Colaboradores o seu empenho, dedicação, competência e motivação, sem
os quais não teria sido possível alcançar os objectivos traçados.
Lisboa, 28 de Fevereiro de 2008
O Conselho de Administração
João Oliveira Rendeiro
Presidente Conselho de Administração
Diogo Vaz Guedes
Vogal
Fernando Lima
Vogal
Luiz de Almeida e Vasconcellos
Vogal
Manuel Rodriguez
Vogal
Paulo Guichard
Vogal
Salvador Fezas Vital
Vogal
83
84
Análise das
Demonstrações
Financeiras
Informações Diversas
A participação no capital da Privado Holding, SGPS, S.A. dos membros do Conselho fiscal e do Conselho de Administração, em
exercício no final do ano de 2007, foi a seguinte:
Membros do Conselho
de Administração/Fiscal
Saldo
a 31-Dez-2006
Adquiridas em 2007
(Nota 1)
Alienadas em 2007
Saldo
a 31-Dez-2007
Joma Advisers
20.362.104
0
0
20.362.104
Paulo Guichard
127.188
700.000
0
827.188
97.891
700.000
0
797.891
0
470.00
Luiz Vasconcellos
1.500.500
0
0
1.500.500
Manuel Rodriguez: Alfa Europa Eco, S.A.
8.147.556
0
0
8.147.556
João Oliveira Rendeiro:
Salvador Fezas Vital
Fernando Garcia Lima
470.00
Nota 1:
Paulo Guichard adquiriu 700.000 acções em 2 de Maio de 2007, no âmbito do Plano de Stock Options, ao valor unitário de E 2,00;
Salvador Fezas Vital adquiriu 700.000 acções em 2 de Maio de 2007, no âmbito do Plano de Stock Options, ao valor unitário de E 2,00;
Fernando Garcia Lima adquiriu 470.000 acções em 2 de Maio de 2007, no âmbito do Plano de Stock Options, ao valor unitário de E 2,00.
Análise das
Demonstrações
Financeiras
Relação de accionistas da Privado Holding, S.G.P.S., S.A. com participações iguais ou superiores a 2% do capital social
Accionista
Participação
%
20.362.104
13,57
Francisco Pinto Balsemão
9.675.579
6,45
Saviotti, SGPS, S.A.
9.502.315
6,33
Alfa Europa Eco, S.A.
8.147.556
5,43
BASCOL, SGPS, S.A.
5.214.947
3,48
Sofip, SGPS, S.A.
4.469.875
2,98
Helene Investments Holdings
3.750.000
2,50
JVC Investimentos, SGPS, S.A.
3.750.000
2,50
Partners Equity Trust
3.730.584
2,49
Copper Investments LLC
3.385.634
2,26
SF – Sociedade de Controlo, S.A.
3.249.000
2,17
Joaquim António Ferreira dos Santos
3.125.000
2,08
Fundação Luso Americana para o Desenvolvimento
3.031.250
2,02
Joma Advisers
85
[ kwaito ]
Como expressão e validação de conceitos, onde ritmos e idiomas
se misturam de uma forma única, o Kwaito é universalmente
expressão e símbolo de reflexão de vida.
88
Demonstrações
Financeiras
Privado Holding, SGPS, S.A. e Subsidiárias
Balanços Consolidados em 31 de Dezembro de 2007 e 2006
(Montantes expressos em Euros)
2007
2006
Notas
Activo
bruto
Imparidade
e amortizações
Activo
líquido
Caixa e disponibilidades em bancos centrais
4
15.765.122
-
15.765.122
5.970.097
Disponibilidades em outras instituições de crédito
5
53.135.069
-
53.135.069
91.772.081
Activos financeiros detidos para negociação
6
37.207.467
-
37.207.467
120.917.128
Outros activos financ. ao justo valor através de resultados
6
175.994.632
-
175.994.632
257.470.886
7 e 33
69.772.895
(203.791)
69.569.104
28.375.459
9
277.376.895
-
277.376.895
150.955.015
10 e 33
773.834.097
(9.853)
773.824.244
303.167.774
11
2.788.911
-
2.788.911
11.419.908
2.8.
-
-
-
398.828
Outros activos tangíveis
12
20.366.515
(6.679.759)
13.686.756
12.952.706
Activos intangíveis
13
6.599.739
(5.979.041)
620.698
496.586
Investimentos em associadas
14
3.629.118
-
3.629.118
1.419.984
Activos por impostos correntes
15
8.986.603
-
8.986.603
8.986.603
Activos por impostos diferidos
15
6.693.065
-
6.693.065
312.857
Outros activos
16
747.936.647
-
747.936.647
609.969.465
2.200.086.775
(12.872.444)
2.187.214.331
1.604.585.377
Activo
Activos financeiros disponíveis para venda
Aplicações em instituições de crédito
Crédito a clientes
Activos não correntes detidos para venda
Propriedades de investimento
Total do Activo
O Anexo faz parte integrante destes balanços.
Activo
líquido
Privado Holding, SGPS, S.A. e Subsidiárias
Balanços Consolidados em 31 de Dezembro de 2007 e 2006
(Montantes expressos em Euros)
Passivo e Situação Líquida
Passivos financeiros detidos para negociação
Notas
2007
2006
8
599.197
674.302
Recursos de outras instituições de crédito
17
608.310.314
265.191.148
Recursos de clientes e outros empréstimos
18
584.763.077
416.580.515
Provisões
32
2.721.088
-
Passivos por impostos correntes
15
331.452
899.735
Passivos por impostos diferidos
15
65.962
1.066.142
Outros passivos subordinados
19
7.524.522
7.517.975
Outros passivos
20
726.707.615
694.564.706
1.931.023.227
1.386.494.523
Total do Passivo
Capital
21
150.050.000
150.050.000
Prémios de emissão
21
45.000.000
45.000.000
Outros instrumentos de capital
22
(559.451)
888.760
Acções próprias
23
(3.179.538)
(15.387.130)
Reserva de justo valor
24
10.391.984
2.822.848
Outras reservas e resultados transitados
24
26.946.127
14.368.380
Resultado do exercício atribuível aos accionistas do Banco
24
24.407.124
18.181.606
Interesses minoritários
25
3.134.858
2.166.390
256.191.104
218.090.854
2.187.214.331
1.604.585.377
Total da Situação Líquida
Total do Passivo e da Situação Líquida
O Anexo faz parte integrante destes balanços.
Demonstrações
Financeiras
89
Privado Holding, SGPS, S.A. e Subsidiárias
Demonstrações dos Resultados Consolidados para os Exercícios findos em 31 de Dezembro de 2007 e 2006
(Montantes expressos em Euros)
Juros e rendimentos similares
Juros e encargos similares
Rendimentos de instrumentos de capital
Notas
2007
2006
26
26
27
59.368.551
(41.961.167)
8.431.383
32.828.500
(20.469.710)
169.190
25.838.767
12.527.980
Margem Financeira Alargada
Rendimentos de serviços e comissões
28
61.783.158
23.138.378
Encargos com serviços e comissões
28
(1.238.575)
(1.994.548)
Resultados em operações financeiras
29
(32.495.897)
4.805.223
Outros resultados de exploração
30
(516.522)
4.976.249
53.370.931
43.453.282
Produto Bancário
Custos com pessoal
31
(12.431.449)
(9.476.899)
Outros gastos administrativos
32
(14.077.553)
(10.399.005)
(1.185.699)
Amortizações do exercício
12 e 13
(1.692.583)
Imparidade de outros activos financeiros líquida
de reversões e recuperações
33
(2.721.088)
-
Resultados em empresas associadas
14
71.815
50.992
22.520.073
22.442.671
(4.355.299)
Resultado Antes de Impostos
e de Interesses Minoritários
Impostos sobre lucros
Correntes
15
(4.716.427)
Diferidos
15
6.428.589
61.800
1.712.162
(4.293.499)
24.232.235
18.149.172
174.889
32.434
24.407.124
18.181.606
146.870.462
134.662.870
0,17
0,14
Resultado consolidado antes de interesses minoritários
Interesses minoritários
25
Resultado Líquido Consolidado
Atribuível aos Accionistas da Privado Holding
Acções em circulação
Resultado por acção
O Anexo faz parte integrante destas demonstrações.
21 e 23
Demonstrações
Financeiras
91
92
Demonstrações
Financeiras
Privado Holding, SGPS, S.A. e Subsidiárias
Demonstrações das Alterações nos Capitais Próprios Consolidados para os Exercícios findos em 31 de Dezembro de 2007 e 2006
(Montantes expressos em Euros)
(EUR)
Notas
Saldos em 31 de Dezembro de 2005
Capital
Outros
Prémios de instrumentos
emissão
capital
150.050.000
45.000.000
615.730
24
-
-
-
22 e 24
-
-
(58.065)
-
-
-
-
-
-
Distribuição do lucro do exercício de 2005:
Distribuição de dividendos
Anulação de dividendos distribuídos a acções próprias
Transferência para reservas e resultados transitados
Valorização de activos financeiros disponíveis para venda:
Anulação do efeito de anos anteriores
Acréscimos
7
-
-
-
Efeito fiscal
15
-
-
-
Outros instrumentos de capital
22
-
-
331.095
Aquisição de acções próprias
23
-
-
-
Interesses minoritários
25
-
-
-
-
-
-
150.050.000
45.000.000
888.760
24
-
-
-
22 e 24
-
-
(454.926)
-
-
-
-
-
-
Lucro do exercício
Saldos em 31 de Dezembro de 2006
Distribuição do lucro do exercício de 2006:
Distribuição de dividendos
Anulação de dividendos distribuídos a acções próprias
Transferência para reservas e resultados transitados
Valorização de activos financeiros disponíveis para venda:
Anulação do efeito de anos anteriores
Acréscimos
7
-
-
-
Efeito fiscal
15
-
-
-
Outros instrumentos de capital
22
-
-
Programa de atribuição de acções
22
Alienação de acções próprias
23
-
-
-
Interesses minoritários
25
-
-
-
-
-
-
150.050.000
45.000.000
(559.451)
Lucro do exercício
Saldos em 31 de Dezembro de 2007
O Anexo faz parte integrante destas demonstrações.
331.095
(1.324.380)
Privado Holding, SGPS, S.A. e Subsidiárias
Demonstrações das Alterações nos Capitais Próprios Consolidados para os Exercícios findos em 31 de Dezembro de 2007 e 2006
(Montantes expressos em Euros)
Outras reservas e resultados transitados
Acções
próprias
Reserva de
justo valor
Reserva
legal
Resultados
transitados
Total
Lucro do
exercício
Interesses
minoritários
Total
(9.025.010)
(2.180)
-
6.236.831
6.236.831
13.471.974
-
206.347.345
-
-
-
-
-
(5.701.900)
-
(5.701.900)
-
-
-
361.475
361.475
-
-
303.410
-
-
549.676
7.220.398
7.770.074
(7.770.074)
-
-
-
2.180
-
-
-
-
-
2.180
-
3.840.609
-
-
-
-
-
3.840.609
-
(1.017.761)
-
-
-
-
-
(1.017.761)
-
-
-
-
-
-
-
331.095
(6.362.120)
-
-
-
-
-
-
(6.362.120)
-
-
-
-
-
-
2.166.390
2.166.390
-
-
-
-
-
18.181.606
-
18.181.606
(15.387.130)
2.822.848
549.676
13.818.704
14.368.380
18.181.606
2.166.390
218.090.854
-
-
-
-
-
(8.252.750)
-
(8.252.750)
-
-
-
590.021
590.021
-
-
135.095
-
-
759.130
9.169.726
9.928.856
(9.928.856)
-
-
-
(2.822.848)
-
-
-
-
-
(2.822.848)
-
10.457.946
-
-
-
-
-
10.457.946
-
(65.962)
-
-
-
-
-
(65.962)
-
-
-
-
-
-
-
331.095
-
-
-
1.324.380
1.324.380
-
-
-
12.207.592
-
734.490
-
734.490
-
-
12.942.082
-
-
-
-
-
-
968.468
968.468
-
-
-
-
-
24.407.124
-
24.407.124
(3.179.538)
10.391.984
2.043.296
24.902.831
26.946.127
24.407.124
3.134.858
256.191.104
Demonstrações
Financeiras
93
Privado Holding, SGPS, S.A. e Subsidiárias
Demonstrações dos Fluxos de Caixa Consolidados para os Exercícios findos em 31 de Dezembro de 2007 e 2006
(Montantes expressos em Euros)
2007
2006
Fluxos de Caixa das Actividades Operacionais:
Juros e comissões recebidas
116.759.337
60.407.405
Juros e comissões pagas
(35.702.362)
(21.238.379)
Pagamentos ao pessoal e fornecedores
(25.181.225)
(19.318.300)
(5.284.710)
(4.995.031)
Pagamentos de impostos sobre os lucros
Outros resultados
Resultados operacionais antes das alterações nos activos operacionais
(24.509.221)
10.325.550
26.081.819
25.181.245
(Aumentos) diminuições de activos operacionais:
Activos financeiros ao justo valor através de resultados
163.749.884
(79.866.675)
Activos financeiros disponíveis para venda
(33.588.207)
(22.087.968)
Aplicações em instituições de crédito
(126.419.240)
(103.651.946)
Créditos a clientes
(469.189.294)
7.854.285
Outros activos
(133.153.938)
(102.816.194)
(598.600.795)
(300.568.498)
Aumentos (diminuições) de passivos operacionais:
(75.105)
674.302
Recursos de outras instituições de crédito
338.755.036
64.121.908
Recursos de clientes e outros empréstimos
165.055.859
116.054.413
Passivos financeiros detidos para negociação
30.908.732
162.740.230
534.644.522
343.590.853
(37.874.454)
68.203.600
Aquisições líquidas de alienações de activos tangíveis,
intangíveis e propriedades de investimento
(2.550.745)
(4.148.850)
Variação de investimentos em associadas
(2.209.134)
-
8.630.997
(10.832.408)
Outros passivos
Caixa líquida das actividades operacionais
Fluxos de Caixa das Actividades de Investimento:
Variação de activos não correntes detidos para venda
Variação de acções próprias
12.942.082
(6.362.120)
Caixa líquida das actividades de investimento
16.813.200
(21.343.378)
Fluxos de Caixa das Actividades de Financiamento:
(7.780.733)
(5.340.425)
(7.780.733)
(5.340.425)
(28.841.987)
41.519.797
Caixa e seus equivalentes no início do período
97.742.178
56.222.381
Caixa e seus equivalentes no fim do período
68.900.191
97.742.178
Pagamento de dividendos
Caixa líquida das actividades de financiamento
Aumento (diminuição) líquido de caixa e seus equivalentes
O Anexo faz parte integrante destas demonstrações.
Demonstrações
Financeiras
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Anexos
às Demonstrações
Financeiras
Privado Holding, SGPS, S.A. e Subsidiárias
Anexo às Demonstrações Financeiras Consolidadas em 31 de Dezembro de 2007 e 2006
(Montantes expressos em Euros)
1. Nota Introdutória
A Privado Holding SGPS, S.A. (adiante igualmente designada por Privado Holding, Sociedade ou Grupo) foi constituída em 30 de
Junho de 2003 tendo iniciado a sua actividade nessa data. A Sociedade tem por objecto a gestão de participações sociais noutras
sociedades como forma indirecta do exercício de actividades económicas, detendo a totalidade das acções representativas do capital
do Banco Privado Português, S.A. (adiante designado por Banco ou Banco Privado).
A Sociedade tem sede social na Rua Mouzinho da Silveira, nº 12, freguesia do Coração de Jesus, em Lisboa.
As demonstrações financeiras da Sociedade e das suas filiais e associadas em 31 de Dezembro de 2007 encontram-se pendentes
de aprovação pelos correspondentes órgãos sociais. No entanto, o Conselho de Administração da Sociedade entende que estas demonstrações
financeiras virão a ser aprovadas sem alterações significativas.
2. Políticas Contabilísticas
2.1. Bases de apresentação
As demonstrações financeiras consolidadas em 31 de Dezembro de 2007 foram preparadas com base nas Normas Internacionais
de Relato Financeiro (IFRS) tal como adoptadas na União Europeia, na sequência do Regulamento (CE) Nº 1606/2002 do Parlamento
Europeu e do Conselho, de 19 de Julho e das disposições do Decreto-Lei nº 35/2005, de 17 de Fevereiro.
2.2. Princípios de consolidação
As demonstrações financeiras consolidadas incluem as contas da Sociedade e as das entidades controladas directamente e indirectamente
pelo Grupo (Nota 3).
A nível das empresas participadas, são consideradas “filiais” aquelas nas quais a Sociedade exerce um controlo efectivo sobre a sua
gestão corrente de modo a obter benefícios económicos das suas actividades. Normalmente, o controlo é evidenciado pela detenção
de mais de 50% do capital ou dos direitos de voto.
A consolidação das contas das empresas filiais foi efectuada pelo método da integração global. As transacções e os saldos significativos
entre as empresas objecto de consolidação foram eliminados. Adicionalmente, quando aplicável, são efectuados ajustamentos de
consolidação de forma a assegurar a consistência na aplicação dos princípios contabilísticos do Grupo.
O valor correspondente à participação de terceiros nas empresas filiais é apresentado na rúbrica “Interesses minoritários”, do capital
próprio.
O lucro consolidado resulta da agregação dos resultados líquidos da Sociedade e das empresas filiais, na proporção da respectiva
participação efectiva, após os ajustamentos de consolidação, designadamente a eliminação de dividendos recebidos.
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Anexo às Demonstrações Financeiras Consolidadas em 31 de Dezembro de 2007 e 2006
(Montantes expressos em Euros)
2.3. Concentrações de actividades empresariais e goodwill
As aquisições de filiais são registadas pelo método da compra. O custo de aquisição corresponde ao justo valor agregado dos activos
entregues e passivos incorridos ou assumidos em contrapartida da obtenção de controlo sobre a entidade adquirida, acrescido de
custos incorridos directamente atribuíveis à operação. Na data de aquisição, os activos, passivos e passivos contingentes identificáveis
que reúnam os requisitos para reconhecimento previstos na Norma IFRS 3 – “Concentrações de actividades empresariais” são
registados pelo respectivo justo valor.
O goodwill corresponde à diferença positiva entre o custo de aquisição de uma filial e a percentagem efectiva adquirida pelo Grupo
no justo valor dos respectivos activos, passivos e passivos contingentes. O goodwill é registado como um activo, não sendo objecto
de amortização. No entanto é objecto de testes de imparidade com uma periodicidade mínima anual.
Caso, após reavaliação pelo Grupo, se verifique que a parcela correspondente à sua percentagem de participação nos activos,
passivos e passivos contingentes identificáveis da entidade adquirida excede o custo de aquisição, o excesso é imediatamente
reflectido como um proveito na demonstração dos resultados do exercício.
Até 1 de Janeiro de 2005, e conforme permitido pelas políticas contabilísticas definidas pelo Banco de Portugal, o goodwill era
totalmente anulado por contrapartida de reservas no ano de aquisição das participações. De acordo com o permitido pela Norma
IFRS 1, o Grupo não efectuou qualquer alteração a esse registo, pelo que o goodwill gerado em operações ocorridas até 1 de Janeiro
de 2005 permanece registado em reservas.
As aquisições de subsidiárias e associadas com o objectivo de venda num prazo não superior a um ano são classificadas de acordo
com a Norma IFRS 5 – “Activos não correntes detidos para venda e unidades operacionais descontinuadas” (Nota 11).
2.4. Investimentos em associadas
Consideram-se empresas “associadas” aquelas sobre as quais a Sociedade tem uma influência significativa, mas sobre as quais não
exerce um controlo efectivo sobre a gestão. Assume-se a existência de influência significativa sempre que a participação do Grupo
se situa, directa ou indirectamente, entre 20% e 50% do capital ou dos direitos de voto.
Os investimentos em associadas são valorizados pelo método da equivalência patrimonial. De acordo com este método, as participações
são inicialmente valorizadas pelo respectivo custo de aquisição, sendo o valor subsequentemente ajustado com base na percentagem
efectiva do Grupo nas variações do capital próprio (incluindo resultados) das associadas.
Caso existam divergências com impacto materialmente relevante, são efectuados ajustamentos aos capitais próprios das empresas
associadas utilizados para cálculo da equivalência patrimonial, de forma a reflectir a utilização dos princípios contabilísticos do Grupo.
O goodwill correspondente à diferença positiva entre o custo de aquisição de uma associada e a percentagem efectiva adquirida pelo
Grupo no justo valor dos respectivos activos, passivos e passivos contingentes, permanece reflectido no valor do investimento, sendo
a totalidade do valor de balanço do investimento objecto de testes de imparidade anuais.
Os resultados realizados em transacções com empresas associadas são eliminados na medida da percentagem de participação efectiva
do Grupo nas entidades em questão.
Anexos
às Demonstrações
Financeiras
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Financeiras
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(Montantes expressos em Euros)
2.5. Conversão de saldos e transacções em moeda estrangeira
As contas individuais de cada entidade do Grupo incluídas na consolidação são preparadas de acordo com a divisa utilizada no ambiente
económico em que operam (denominada “moeda funcional”). Em 31 de Dezembro de 2007 e 2006, com excepção do B.P.P. – Escritório
de Representação no Brasil, Ltda. cuja moeda funcional é o Real, as restantes empresas do Grupo tinham como moeda funcional o Euro.
As transacções em moeda estrangeira são registadas com base nas taxas de câmbio indicativas na data da transacção. Em cada data
de balanço, os activos e passivos monetários denominados em moeda estrangeira são convertidos para Euros com base na taxa de
câmbio em vigor. Os activos não monetários que sejam valorizados ao justo valor são convertidos com base na taxa de câmbio em
vigor na data da última valorização. Os activos não monetários registados ao custo histórico permanecem registados ao câmbio
original.
As diferenças de câmbio apuradas na conversão cambial são reflectidas em resultados do exercício, com excepção das originadas por
instrumentos financeiros não monetários, tais como acções e unidades de participação, classificados como disponíveis para venda,
que são registadas numa rúbrica específica de capital próprio até à sua alienação.
2.6. Instrumentos financeiros
a) Activos financeiros
Os activos financeiros são registados na data de contratação pelo respectivo justo valor, acrescido de custos directamente atribuíveis
à transacção. Os activos financeiros são classificados no reconhecimento inicial numa das seguintes categorias definidas na Norma
IAS 39:
i) Activos financeiros ao justo valor através de resultados
Esta categoria inclui:
• Activos financeiros detidos para negociação, os quais englobam essencialmente títulos adquiridos com o objectivo de realização
de ganhos a partir de flutuações de curto prazo nos preços de mercado. Incluem-se também nesta categoria os instrumentos
financeiros derivados, excluindo aqueles que cumpram os requisitos de contabilidade de cobertura; e
• Activos financeiros classificados como ao justo valor através de resultados.
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(Montantes expressos em Euros)
A utilização da “Fair value option” implica o registo nesta categoria dos instrumentos financeiros de forma irrevogável no
reconhecimento inicial, encontrando-se limitada a situações em que a sua aplicação resulte na produção de informação financeira
mais relevante, nomeadamente:
• Caso a sua aplicação elimine ou reduza de forma significativa uma inconsistência no reconhecimento ou mensuração (“accounting
mismatch”) que, caso contrário, ocorreria em resultado de mensurar activos e passivos ou reconhecer ganhos e perdas nos mesmos
de forma inconsistente;
• Grupos de activos financeiros, passivos financeiros ou ambos que sejam geridos e o seu desempenho avaliado com base no justo
valor, de acordo com estratégias de gestão de risco e de investimento formalmente documentadas, e informação sobre o grupo
seja distribuída internamente aos órgãos de gestão.
• Adicionalmente, é possível classificar nesta categoria instrumentos financeiros que contenham um ou mais derivados embutidos,
a menos que:
- Os derivados embutidos não modifiquem significativamente os fluxos de caixa que de outra forma seriam exigidos pelo contrato;
- Fique claro, com pouca ou nenhuma análise, que a separação dos derivados implícitos não deve ser efectuada.
Em 31 de Dezembro de 2007 e 2006, o Grupo não detém instrumentos financeiros classificados como ao justo valor através de resultados
ao abrigo da “Fair value option” .
Os activos financeiros classificados nesta categoria são registados ao justo valor, sendo os ganhos e perdas gerados pela valorização
subsequente reflectidos em resultados do exercício, nas rubricas de “Resultados em operações financeiras”. Os juros são reflectidos
nas rubricas apropriadas de “Juros e rendimentos similares”.
ii) Empréstimos e contas a receber
São activos financeiros com pagamentos fixos ou determináveis, não cotados num mercado activo, e não incluídos em qualquer uma
das categorias de activos financeiros referidas anteriormente. Esta categoria inclui crédito concedido a clientes do Grupo, valores a receber
de outras instituições financeiras e valores a receber pela prestação de serviços ou alienação de bens.
No reconhecimento inicial estes activos são registados pelo seu justo valor, deduzido de eventuais comissões incluídas na taxa
efectiva, e acrescido de todos os custos incrementais directamente atribuíveis à transacção. Subsequentemente, estes activos são reconhecidos
em balanço ao custo amortizado, deduzido de eventuais perdas por imparidade.
Os juros são reconhecidos com base no método da taxa efectiva, que permite calcular o custo amortizado e repartir os juros ao longo
do período das operações. A taxa efectiva é aquela que, sendo utilizada para descontar os fluxos de caixa futuros estimados associados
ao instrumento financeiro, permite igualar o seu valor actual ao valor do instrumento financeiro na data do reconhecimento inicial.
Anexos
às Demonstrações
Financeiras
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às Demonstrações
Financeiras
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(Montantes expressos em Euros)
iii) Activos financeiros disponíveis para venda
Esta categoria inclui títulos de rendimento variável não classificados como activos ao justo valor através de resultados, incluindo
Special Purposes Vehicles (SPV) geridos pela Direcção de Private Equity e participações financeiras com carácter de estabilidade, bem
como outros instrumentos financeiros aqui registados no reconhecimento inicial e que não se enquadrem nas restantes categorias
previstas na Norma IAS 39 acima descritas.
Os activos financeiros disponíveis para venda são mensurados ao justo valor, com excepção de instrumentos de capital próprio não
cotados num mercado activo e cujo justo valor não pode ser mensurado com fiabilidade, que permanecem registados ao custo.
Os ganhos ou perdas resultantes da reavaliação são registados directamente em capitais próprios, na “Reserva de justo valor”.
No momento da venda, ou caso seja determinada imparidade, as variações acumuladas no justo valor são transferidas para proveitos
ou custos do exercício.
Os juros relativos a instrumentos de dívida classificados nesta categoria são determinados com base no método da taxa efectiva,
sendo reconhecidos em resultados.
Os dividendos de instrumentos de capital próprio classificados nesta categoria são registados como proveitos na demonstração dos
resultados quando é estabelecido o direito do Grupo ao seu recebimento.
Justo valor
Conforme acima referido, os activos financeiros enquadrados nas categorias de “Activos financeiros ao justo valor através de resultados”
e “Activos financeiros disponíveis para venda” são registados pelo justo valor.
O justo valor de um instrumento financeiro corresponde ao montante pelo qual um activo ou passivo financeiro pode ser vendido
ou liquidado entre partes independentes, informadas e interessadas na concretização da transacção em condições normais de mercado.
O justo valor de activos financeiros é determinado pela Direcção de Asset Management sendo sujeito a revisão por parte da Direcção
de Risco e Auditoria, com base nos seguintes critérios:
• Cotação de fecho na data de balanço, para instrumentos transaccionados em mercados activos;
• Relativamente a instrumentos de dívida não transaccionados em mercados activos (incluindo títulos não cotados ou com reduzida
liquidez) são utilizados métodos e técnicas de valorização, que incluem:
i) Preços (bid prices) difundidos por meios de difusão de informação financeira, nomeadamente a Bloomberg e a Reuters, incluindo
preços de mercado disponíveis em transacções recentes;
ii) Cotações indicativas (bid prices) obtidas junto de instituições financeiras que funcionem como market-makers;
iii) Modelos internos de valorização, os quais têm em conta os dados de mercado que seriam utilizados na definição de um preço
para o instrumento financeiro, reflectindo as taxas de juro de mercado e a volatilidade, bem como a liquidez e o risco de crédito
associado ao instrumento.
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• Os restantes instrumentos de capital próprio não cotados e cujo justo valor não possa ser mensurado com fiabilidade (por exemplo,
pela inexistência de transacções recentes) são mantidos ao custo, deduzidos de eventuais perdas por imparidade.
b) Passivos financeiros
Os passivos financeiros são registados na data de contratação ao respectivo justo valor, deduzido de custos directamente atribuíveis
à transacção. Os passivos são classificados nas seguintes categorias:
i) Passivos financeiros detidos para negociação
Os passivos financeiros detidos para negociação correspondem a instrumentos financeiros derivados com reavaliação negativa e vendas
de títulos a descoberto, os quais se encontram reflectidos pelo justo valor.
ii) Outros passivos financeiros
Esta categoria inclui recursos de outras instituições de crédito e de clientes, bem como passivos incorridos para pagamento de prestações
de serviços ou compra de activos.
c) Derivados e contabilidade de cobertura
A Sociedade realiza operações com produtos derivados no âmbito da sua actividade, com o objectivo de satisfazer as necessidades
dos seus clientes e de reduzir a sua exposição a flutuações cambiais, de taxas de juro e de cotações.
Os instrumentos financeiros derivados são registados pelo seu justo valor na data da sua contratação. Adicionalmente, são reflectidos
em rubricas extrapatrimoniais pelo respectivo valor nocional.
Subsequentemente, os instrumentos financeiros derivados são mensurados pelo respectivo justo valor. O justo valor é apurado:
• Com base em cotações obtidas em mercados activos (por exemplo, no que respeita a futuros transaccionados em mercados
organizados);
• Com base em modelos que incorporam técnicas de valorização aceites no mercado, incluindo cash-flows descontados e modelos
de valorização de opções.
Derivados embutidos
Os instrumentos financeiros derivados embutidos noutros instrumentos financeiros são destacados do contrato de base e tratados
como derivados autónomos no âmbito da Norma IAS 39, sempre que:
• As características económicas e os riscos do derivado embutido não estejam intimamente relacionados com o contrato de base,
conforme definido na Norma IAS 39; e
• A totalidade do instrumento financeiro combinado não esteja registada ao justo valor com as variações no justo valor reflectidas
em resultados.
Anexos
às Demonstrações
Financeiras
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Anexos
às Demonstrações
Financeiras
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Derivados de cobertura
Tratam-se de derivados contratados com o objectivo de cobertura da exposição do Grupo a um determinado risco inerente à sua
actividade. A classificação como derivados de cobertura e a utilização do conceito de contabilidade de cobertura, está sujeita ao
cumprimento das regras definidas na Norma IAS 39. Em 31 de Dezembro de 2007 e 2006, o Grupo não detém instrumentos financeiros
de cobertura.
Derivados de negociação
São considerados derivados de negociação todos os instrumentos financeiros derivados que não estejam associados a relações de cobertura
eficazes de acordo com a Norma IAS 39, incluindo:
• Derivados contratados para cobertura de risco em activos ou passivos registados ao justo valor através de resultados, tornando assim
desnecessária a utilização de contabilidade de cobertura;
• Derivados contratados para cobertura de risco que não constituem coberturas eficazes ao abrigo da Norma IAS 39;
• Derivados contratados com o objectivo de trading.
Os derivados de negociação são registados ao justo valor, sendo os resultados apurados diariamente reconhecidos em proveitos e custos
do exercício, nas rubricas de “Resultados em operações financeiras”. No caso de derivados que tenham associada uma componente
de juros (como por exemplo, swaps de taxa de juro) a periodificação de juros relativa ao período em curso e os fluxos liquidados são
reflectidos em “Juros e rendimentos similares” e “Juros e encargos similares”, da demonstração dos resultados.
d) Imparidade de activos financeiros
Activos financeiros ao custo amortizado
O Grupo efectua periodicamente análises de imparidade dos seus activos financeiros registados ao custo amortizado, nomeadamente,
para o crédito a clientes.
A identificação de indícios de imparidade é efectuada numa base individual pela Direcção de Risco e Auditoria para os clientes que
apresentam uma cobertura pelos activos sob gestão da Sociedade ou por garantias apresentadas inferior ao crédito concedido.
Os seguintes eventos podem constituir indícios de imparidade:
• Incumprimento das cláusulas contratuais, nomeadamente atrasos nos pagamentos de juros ou capital;
• Dificuldades financeiras significativas do devedor ou do emissor da dívida;
• Existência de uma elevada probabilidade de declaração de falência do devedor ou do emissor da dívida;
• Concessão de facilidades ao devedor em resultado das suas dificuldades financeiras que não seriam concedidas numa situação
normal;
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(Montantes expressos em Euros)
• Comportamento histórico das cobranças que permita deduzir que o valor nominal nunca será recuperado na totalidade; e
• Dados indicativos de uma redução mensurável no valor estimado dos cash-flows futuros de um grupo de activos financeiros desde
o seu registo inicial, embora essa redução não possa ser identificada nos activos financeiros individuais do grupo.
Sempre que sejam identificados indícios de imparidade em activos analisados individualmente, a eventual perda por imparidade
corresponde à diferença entre o valor inscrito no balanço no momento da análise e o valor actual dos fluxos de caixa futuros que se
espera receber (valor recuperável), descontado com base na taxa de juro efectiva original do activo.
O montante apurado de imparidade é reconhecido em custos do exercício, sendo reflectido no balanço separadamente como uma
dedução ao valor do crédito a que respeita.
Em 31 de Dezembro de 2007 e 2006, não foram apuradas pelo Grupo perdas por imparidade, para além de um crédito concedido
a um antigo empregado. Adicionalmente, o Grupo não apresenta qualquer histórico de perdas por imparidade relativamente a crédito
a clientes.
Activos financeiros disponíveis para venda
Conforme referido na Nota 2.6. a), os activos financeiros disponíveis para venda são registados ao justo valor, sendo as variações no justo
valor reflectidas directamente em capital próprio, na “Reserva de justo valor”.
Sempre que exista evidência objectiva de imparidade, as menos - valias acumuladas que tenham sido reconhecidas na Reserva de justo
valor devem ser transferidas para custos do exercício sob a forma de perdas por imparidade.
Para além dos indícios de imparidade acima referidos para activos registados ao custo amortizado, a Norma IAS 39 prevê ainda
os seguintes indícios específicos para imparidade em activos de rendimento variável:
• Informação sobre alterações significativas com impacto adverso na envolvente tecnológica, de mercado, económica ou legal em
que o emissor opera, e que indique que o custo do investimento não venha a ser recuperado; e
• Um declínio prolongado e significativo do valor de mercado abaixo do preço de custo.
Em cada data de referência das demonstrações financeiras é efectuada uma análise da existência de perdas por imparidade em
activos financeiros disponíveis para venda.
As perdas por imparidade em activos de rendimento variável não podem ser revertidas, pelo que eventuais mais-valias potenciais
originadas após o reconhecimento de perdas por imparidade são reflectidas na Reserva de justo valor.
Relativamente a activos financeiros registados ao custo, nomeadamente instrumentos de capital próprio não cotados e cujo justo
valor não possa ser mensurado com fiabilidade, o Grupo efectua igualmente análises periódicas de imparidade. Neste âmbito, o valor
recuperável corresponde à melhor estimativa dos fluxos futuros a receber do activo, descontados a uma taxa que reflicta de forma
adequada o risco associado à sua detenção.
O montante de perda por imparidade apurado é reconhecido directamente em resultados do exercício. As perdas por imparidade
nestes activos não podem ser revertidas.
Anexos
às Demonstrações
Financeiras
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às Demonstrações
Financeiras
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2.7. Activos não correntes detidos para venda e grupos de activos e passivos a alienar
De acordo com a Norma IFRS 5 – “Activos não correntes detidos para venda e operações descontinuadas”, os activos não correntes,
ou grupos de activos e passivos a alienar são classificados como detidos para venda sempre que seja expectável que o seu valor de
balanço venha a ser recuperado através de venda, e não de uso continuado. Para que um activo (ou grupo de activos e passivos) seja
classificado nesta rúbrica deverá ser assegurado o cumprimento dos seguintes requisitos:
• A probabilidade de ocorrência da venda é elevada;
• O activo está disponível para venda imediata no seu estado actual; e
• Existe a expectativa de que a venda se venha a concretizar até um ano após a classificação do activo nesta rubrica.
Os activos registados nesta rúbrica são valorizados ao menor entre o custo de aquisição e o justo valor, deduzido dos custos a incorrer
na venda.
2.8. Propriedades de investimento
Correspondem aos terrenos detidos pelo Grupo com o objectivo de obtenção de rendimentos através da sua valorização.
As propriedades de investimento são registadas ao custo de aquisição e não são amortizadas. No entanto, são objecto de testes
de imparidade com uma periodicidade mínima anual.
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2.9. Outros activos tangíveis
São registados ao custo de aquisição, deduzido das amortizações e perdas por imparidade acumuladas. Os custos de reparação,
manutenção e outras despesas associadas ao seu uso são reconhecidos como custo do exercício, na rúbrica “Outros gastos
administrativos”.
As amortizações são calculadas e registadas em custos do exercício numa base sistemática ao longo do período de vida útil estimado
do bem, o qual corresponde ao período em que se espera que o activo esteja disponível para uso, que é:
Anos
Imóveis e obras em imóveis
10 a 50
Equipamento:
Mobiliário e material
Máquinas e ferramentas
Equipamento informático
Instalações interiores
8 a 10
5a7
4
4a8
Material de transporte
4
Equipamento de segurança
8
Os terrenos não são objecto de amortização.
Periodicamente são realizadas análises de evidência de imparidade em activos tangíveis, de acordo com a Norma IAS 36 –
“Imparidade de activos”. Sempre que o valor líquido contabilístico dos activos tangíveis exceda o seu valor recuperável, é reconhecida
uma perda por imparidade com reflexo nos resultados do exercício. As perdas por imparidade podem ser revertidas, também com
impacto em resultados do exercício, caso em períodos seguintes se verifique um aumento do valor recuperável do activo.
O Grupo avalia periodicamente a adequação da vida útil estimada para os activos tangíveis.
Anexos
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2.10. Locação financeira
As operações de locação financeira são registadas da seguinte forma:
Como locatário
Os activos em regime de locação financeira são registados pelo justo valor no activo e no passivo, processando-se as respectivas
amortizações.
As rendas relativas a contratos de locação financeira são desdobradas de acordo com o respectivo plano financeiro, reduzindo-se
o passivo pela parte correspondente à amortização do capital. Os juros suportados são registados como custos financeiros.
Como locador
Os activos em regime de locação financeira são registados no balanço como crédito concedido, sendo este reembolsado através das
amortizações de capital constantes do plano financeiro dos contratos. Os juros incluídos nas rendas são registados como proveitos
financeiros.
2.11. Activos intangíveis
Esta rúbrica compreende custos com a aquisição, desenvolvimento ou preparação para uso de software utilizado no exercício das
actividades do Grupo. Os activos intangíveis são registados ao custo de aquisição, deduzido de amortizações e perdas por imparidade
acumuladas.
As amortizações são registadas como custos do exercício numa base sistemática ao longo da vida útil estimada dos activos, a qual
corresponde a um período de 3 anos.
As despesas com manutenção de software são contabilizadas como custo do exercício no momento em que são incorridas.
2.12. Impostos sobre lucros
A Sociedade e as suas subsidiárias estão sujeitas ao regime fiscal consignado no Código do Imposto sobre o Rendimento das Pessoas
Colectivas (IRC) e correspondente Derrama. Porém, a Sucursal Financeira Exterior na Região Autónoma da Madeira do Banco Privado
beneficia, ao abrigo do Artigo 33º do Estatuto dos Benefícios Fiscais, de isenção de IRC até 31 de Dezembro de 2011. Para efeitos
de aplicação desta isenção, de acordo com o disposto no Artigo 33º A do Estatuto dos Benefícios Fiscais, considera-se que pelo
menos 85% do lucro tributável da actividade global do Banco Privado é resultante de actividades exercidas fora do âmbito
institucional da zona franca da Madeira.
A Sociedade encontra-se abrangida pelo regime de preços de transferência, o qual exige que os preços a adoptar sejam aqueles que
seriam estabelecidos em condições de plena concorrência, que assegurem que são adoptadas condições de mercado nas relações
comerciais e financeiras entre entidades relacionadas, introduzindo os devidos mecanismos de correcção quando tal não suceda
(Artigo 58º do Código do IRC). Caso não sejam, a administração tributária está autorizada a proceder aos ajustamentos ao lucro
tributável da Sociedade que se revelem necessários para reflectir a aplicação das regras de preços de transferência.
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Anexo às Demonstrações Financeiras Consolidadas em 31 de Dezembro de 2007 e 2006
(Montantes expressos em Euros)
O total dos impostos sobre lucros registados em resultados engloba os impostos correntes e os impostos diferidos.
O imposto corrente é calculado com base no resultado fiscal do exercício, o qual difere do resultado contabilístico devido a ajustamentos
ao lucro tributável resultantes de custos ou proveitos não relevantes para efeitos fiscais, ou que apenas serão considerados noutros
períodos.
Os impostos diferidos correspondem ao impacto no imposto a recuperar/pagar em períodos futuros resultante de diferenças
temporárias dedutíveis ou tributáveis entre o valor de balanço dos activos e passivos e a sua base fiscal, utilizada na determinação
do lucro tributável.
Os passivos por impostos diferidos são normalmente registados para todas as diferenças temporárias tributáveis, enquanto que os
impostos diferidos activos só são registados até ao montante em que seja provável a existência de lucros tributáveis futuros que permitam
a utilização das correspondentes diferenças tributárias dedutíveis ou prejuízos fiscais. No entanto, não são registados impostos
diferidos nas seguintes situações:
• Diferenças temporárias resultantes de goodwill;
• Diferenças temporárias originadas no reconhecimento inicial de activos e passivos em transacções que não afectem o resultado
contabilístico ou o lucro tributável; e
• Diferenças temporárias resultantes de lucros não distribuídos por empresas filiais e associadas, na medida em que o Grupo tenha
a possibilidade de controlar a sua reversão e seja provável que a mesma não venha ocorrer num futuro previsível.
As principais situações que originam diferenças temporárias ao nível do Grupo correspondem à imputação de lucros de sociedades
sujeitas a um regime fiscal privilegiado, prejuízos fiscais reportáveis do Banco, bem como provisões temporariamente não aceites
como custo.
Os impostos diferidos são calculados com base nas taxas de imposto que se antecipa estarem em vigor à data da reversão das
diferenças temporárias, que correspondem às taxas aprovadas ou substancialmente aprovadas na data de balanço.
Os impostos sobre o rendimento (correntes ou diferidos) são reflectidos nos resultados do exercício, excepto nos casos em que as
transacções que os originaram tenham sido reflectidas noutras rubricas de capital próprio (por exemplo, no caso da reavaliação de
activos financeiros disponíveis para venda). Nestes casos, o correspondente imposto é igualmente reflectido por contrapartida de
capital próprio, não afectando o resultado do exercício.
Anexos
às Demonstrações
Financeiras
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Anexos
às Demonstrações
Financeiras
Privado Holding, SGPS, S.A. e Subsidiárias
Anexo às Demonstrações Financeiras Consolidadas em 31 de Dezembro de 2007 e 2006
(Montantes expressos em Euros)
2.13. Provisões e passivos contingentes
Uma provisão é constituída quando existe uma obrigação presente (legal ou construtiva) resultante de eventos passados onde seja
provável o futuro dispêndio de recursos, e este possa ser determinado com fiabilidade. O montante da provisão corresponde à melhor
estimativa do valor a desembolsar para liquidar a responsabilidade na data de balanço.
Caso não seja provável o futuro dispêndio de recursos, trata-se de um passivo contingente. Os passivos contingentes são apenas objecto
de divulgação, a menos que a possibilidade da sua concretização seja remota.
As provisões para outros riscos destinam-se a fazer face a contingências diversas resultantes da actividade do Grupo.
2.14. Benefícios dos empregados
Em 31 de Dezembro de 2007 e 2006, a Sociedade não dispunha de quadro próprio de pessoal, estando as tarefas inerentes ao seu
funcionamento a cargo do efectivo do Banco Privado.
O Banco assumia anteriormente a designação de Sigma Capital - Sociedade de Investimentos, S.A., a qual estava abrangida pelo
regime geral da Segurança Social. Consequentemente, pelo facto de o Banco não ter subscrito o Acordo Colectivo de Trabalho
em vigor para o sector bancário, continua a estar abrangido pelo Regime Geral da Segurança Social não tendo, em 31 de Dezembro
de 2007 e 2006, quaisquer responsabilidades com pensões ou com complementos de reforma para com os seus empregados.
As restantes filiais e subsidiárias da Sociedade não têm igualmente quaisquer responsabilidades com pensões ou com complementos
de reforma para com os seus empregados.
2.15. Programa de atribuição de acções
Em 31 de Dezembro de 2006, o Banco tinha em curso um programa de atribuição de 8.960.413 acções aos seus colaboradores e a três
dos seus administradores, relativamente ao quadriénio 2004-2007.
As acções correspondentes a este programa, encontravam-se na posse do Partners Equity Trust (Trust), entidade constituída sob as
leis da República da Nova Zelândia, que tem como objecto social exclusivo a gestão do programa de atribuição de acções a colaboradores
do Banco (Notas 22 e 23). A atribuição deste programa estava subordinada ao desempenho dos colaboradores e da sua permanência
nos quadros do Banco no quadriénio 2004-2007.
Em Junho de 2007, a Sociedade informou o número de acções que cada colaborador e três dos administradores do Banco poderia
adquirir ao preço unitário de 2 Euros. Na mesma data, os colaboradores do Banco e três dos seus administradores adquiriram
6.997.079 acções, representativas de 4,66% do capital da Sociedade, na sua maioria recorrendo a um financiamento pessoal junto
do Banco BPI.
As acções não adquiridas pelos colaboradores podem ser transaccionadas pelo Trust segundo instruções dos dois responsáveis pela
gestão do mesmo, sendo um membro da Administração, e outro quadro directivo do Banco.
Privado Holding, SGPS, S.A. e Subsidiárias
Anexo às Demonstrações Financeiras Consolidadas em 31 de Dezembro de 2007 e 2006
(Montantes expressos em Euros)
Até 31 de Dezembro de 2007, os custos com o programa de atribuição de acções eram periodificados em custos com pessoal, em
contrapartida da rúbrica “Outros instrumentos de capital”, conforme definido na IFRS 2 para programas de share-based payment.
O prémio das opções na data de atribuição era periodificado de forma linear desde o início do programa (1 de Janeiro de 2004) até
à respectiva data de disponibilização ao colaborador.
Em 31 de Dezembro de 2007, não se encontrava em curso nenhum programa de atribuição de acções aos colaboradores ou órgãos
de administração do Grupo.
2.16. Comissões
Em 31 de Dezembro de 2007 e 2006, o Grupo não cobrava comissões nas operações de crédito.
As comissões por serviços prestados são normalmente reconhecidas como proveito ao longo do período de prestação do serviço
ou de uma só vez, se resultarem da execução de actos únicos.
Os proveitos associados a comissões de performance pela gestão de Sociedades cuja actividade consiste exclusivamente no investimento
em valores mobiliários representativos de partes de capital de outras sociedades são apenas reconhecidas após a liquidação destes
investimentos.
No exercício de 2007, em virtude da alienação da totalidade da participação na Jerónimo Martins, o Grupo registou na rúbrica de
“Rendimentos e Encargos com serviços e comissões” as comissões de performance cobradas às entidades responsáveis pela gestão
desta participação, no montante de 26.630.972 Euros (Nota 28).
2.17. Valores recebidos em depósito
Os valores recebidos em depósito, nomeadamente os títulos de clientes, encontramse registados em rubricas extrapatrimoniais
ao valor de mercado ou, no caso de títulos não cotados, ao valor nominal.
2.18. Caixa e seus equivalentes
Para efeitos da preparação da demonstração dos fluxos de caixa, o Grupo considera como “Caixa e seus equivalentes” o total das
rubricas “Caixa e disponibilidades em bancos centrais” e “Disponibilidades em outras instituições de crédito”.
Anexos
às Demonstrações
Financeiras
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110
Anexos
às Demonstrações
Financeiras
Privado Holding, SGPS, S.A. e Subsidiárias
Anexo às Demonstrações Financeiras Consolidadas em 31 de Dezembro de 2007 e 2006
(Montantes expressos em Euros)
2.19. Estimativas contabilísticas críticas e aspectos julgamentais mais relevantes
na aplicação das políticas contabilísticas
Na aplicação das políticas contabilísticas acima descritas, é necessária a realização de estimativas pelo Conselho de Administração da
Sociedade e das empresas do Grupo. As estimativas com maior impacto nas demonstrações financeiras consolidadas da Sociedade
incluem as abaixo apresentadas:
Determinação de impostos sobre lucros
Os impostos sobre os lucros (correntes e diferidos) são determinados pelas empresas do Grupo com base nas regras definidas pelo
enquadramento fiscal em vigor. No entanto, em algumas situações a legislação fiscal pode não ser suficientemente clara e objectiva
e originar a existência de diferentes interpretações. Nestes casos, os valores registados resultam do melhor entendimento dos órgãos
responsáveis da Sociedade e das filias sobre o correcto enquadramento das suas operações, o qual é no entanto susceptível de ser
questionado por parte das Autoridades Fiscais.
Valorização de instrumentos financeiros não transaccionados em mercados activos
De acordo com a Norma IAS 39, o Grupo valoriza ao justo valor todos os instrumentos financeiros, com excepção dos registados pelo
custo amortizado. Na valorização de instrumentos financeiros não negociados em mercados líquidos, são utilizados os modelos
e técnicas de valorização descritos na Nota 2.6. a). As valorizações obtidas correspondem à melhor estimativa do justo valor dos
referidos instrumentos na data do balanço. Conforme referido na Nota 2.6. a), a valorização destes instrumentos financeiros
é determinada pela Direcção de Asset Management sendo revista pela Direcção de Risco e Auditoria.
Na Nota 36 – Divulgações relativas a instrumentos financeiros, na secção “Justo valor”, são apresentadas as fontes utilizadas pelo
Grupo no apuramento do justo valor dos instrumentos financeiros.
Determinação de perdas por imparidade em activos financeiros disponíveis para venda
Conforme descrito na Nota 2.6. d), as menos-valias resultantes da valorização destes activos são reconhecidas por contrapartida da
Reserva de justo valor. Sempre que exista evidência objectiva de imparidade, as menos-valias acumuladas que tenham sido
reconhecidas na Reserva de justo valor devem ser transferidas para custos do exercício.
No caso de instrumentos de capital, a determinação da existência de perdas por imparidade pode revestir-se de alguma
subjectividade. O Grupo determina a existência ou não de imparidade nestes activos através de uma análise específica em cada data
de balanço e tendo em consideração os indícios definidos na Norma IAS 39 (ver Nota 2.6. d)). Como critério genérico, é determinada
imparidade sempre que se considere que seja pouco provável a integral recuperação do montante investido pelo Grupo.
2.20. Adopção de novas Normas (IAS/IFRS) ou revisão de Normas já emitidas
Em 2007 o Grupo utilizou as Normas e Interpretações emitidas pelo International Accounting Standards Board (IASB) e pelo International
Financial Reporting Interpretations Committee (IFRIC) que são relevantes para as suas operações e efectivas para os períodos iniciados
a partir de 1 de Janeiro de 2007, desde que aprovadas pela União Europeia.
Privado Holding, SGPS, S.A. e Subsidiárias
Anexo às Demonstrações Financeiras Consolidadas em 31 de Dezembro de 2007 e 2006
(Montantes expressos em Euros)
Em 2007, as únicas alterações com impacto nas divulgações apresentadas pelo Grupo no Anexo às demonstrações financeiras
consolidadas resultaram das seguintes Normas:
• “IFRS 7 – Instrumentos financeiros: divulgações”, no qual foram definidos requisitos adicionais de divulgações relativamente
à relevância dos instrumentos financeiros na posição financeira e resultados do Grupo e à natureza e extensão dos riscos provenientes
de instrumentos financeiros;
• Alteração ao “IAS 1 – Apresentação das demonstrações financeiras”, na qual foram definidos requisitos de divulgação adicionais,
nomeadamente ao nível de gestão e requisitos de capital (ver Nota 38).
Na data de aprovação destas demonstrações financeiras pelo Conselho de Administração, face à actividade desenvolvida pelo Grupo,
as Normas relevantes que estão disponíveis para aplicação antecipada são as seguintes:
Novas Normas:
• “IFRS 8 – Segmentos operacionais”. Esta norma é de aplicação obrigatória a partir de 1 de Janeiro de 2009. O IFRS 8 estabelece
que o Grupo deverá reportar informação quantitativa e qualitativa sobre os segmentos reportados, os quais correspondem a segmentos
operacionais ou agregações de segmentos operacionais. Os segmentos operacionais correspondem a componentes da actividade
para os quais o Grupo dispõe de informação financeira autónoma a qual é objecto de análise pelos órgãos de decisão do Grupo
nas decisões de afectação de recursos e de medição da performance. O IFRS 8 introduz ainda um requisito de divulgação de transacções
com os maiores clientes.
• “IAS 1 (Revisão) – Apresentação das demonstrações financeiras”. Esta norma, de aplicação obrigatória a partir de 1 de Janeiro de 2009,
introduz um conjunto de alterações relativamente à denominação das demonstrações financeiras. Os principais impactos desta
revisão do IAS 1 são, entre outros, os seguintes:
- Introdução de um novo requisito para incluir a demonstração da posição financeira no início do primeiro período comparativo
caso seja aplicada de forma retrospectiva uma política contabilística, ocorra um “restatement” das demonstrações financeiras,
ou existam reclassificações nas demonstrações financeiras;
- Todos os ganhos e perdas (incluindo os que são contabilizados directamente em capitais próprios) devem ser apresentados no
futuro: i) Numa declaração única: “statement of comprehensive income”; ou ii) Em duas declarações (demonstração dos resultados
e “statement of comprehensive income”);
- Deixa de ser permitido apresentar os itens de “other comprehensive income” (por exemplo, ganhos ou perdas na reavaliação de activos
financeiros disponíveis para venda) separadamente na demonstração de alterações nos capitais próprios.
As normas referidas têm efeitos apenas a nível de apresentação e das divulgações. Deste modo, o Conselho de Administração antecipa
que a adopção destas Normas em períodos futuros não terá um impacto materialmente relevante nas demonstrações financeiras
consolidadas do Grupo.
Anexos
às Demonstrações
Financeiras
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112
Anexos
às Demonstrações
Financeiras
Privado Holding, SGPS, S.A. e Subsidiárias
Anexo às Demonstrações Financeiras Consolidadas em 31 de Dezembro de 2007 e 2006
(Montantes expressos em Euros)
3. Empresas do Grupo e Transacções Ocorridas no Período
Em 31 de Dezembro de 2007 e 2006, os dados financeiros mais significativos retirados das contas individuais das entidades incluídas
no perímetro de consolidação, podem ser resumidos da seguinte forma:
2007
Subsidiárias
Sede
Banco Privado Português, S.A.
Portugal
PCapital – SGPS, S.A.
Portugal
Privado Geste, SGPS, S.A.
Portugal
Geste Advisers, Limited (Geste)
Ilhas Cayman
Banco Privado Português (Cayman), Ltd.
Ilhas Cayman
Imoprivado – Sociedade Imobiliária, S.A.
Portugal
Kinetics, SGPS, S.A.
Portugal
Privado Development Capital Advisers, Ltd.
Ilhas Cayman
Privado Development Capital Promoters, Ltd.
Ilhas Cayman
BPP – Escritório de Representação no Brasil, Ltda.
Brasil
Privado Fundos – Sociedade Gestora de Fundos
de Investimento Mobiliário, S.A.
Portugal
Sociedade Y2K – Imobiliária, S.A.
Portugal
Sociedade Evitu – Imobiliária, S.A.
Portugal
Sociedade Toupronto – Imobiliária, S.A.
Portugal
Fino SARL
Luxemburgo
Belt Finance SARL
Luxemburgo
Vale da Rã - Investimentos Turísticos e Imobiliários, S.A.
Portugal
Privado Seguros Corretores e Consultores, S.A.
Portugal
Citromina, SGPS, S.A.
Portugal
Lusandal - Sociedade Imobiliária, S.A.
Portugal
Imoseagle Cinco - Gestão Mobiliária e Imobiliária, Lda
Portugal
Imoseagle Sete - Gestão Mobiliária e Imobiliária, Lda
Portugal
Avenida 35 - Imobiliária, S.A.
Portugal
IMOGHARB - Fundo de Investimentro Imobiliário Fechado
Portugal
Participação
directa
Participação
efectiva
Método de
consolidação/
registo
100,00%
100,00%
100,00%
-
100,00%
100,00%
100,00%
100,00%
100,00%
100,00%
99,90%
Integral
Integral
Integral
Integral
Integral
Integral
Integral
Integral
Integral
Integral
1.409.770.007
38.157.873
23.916.630
3.974.886
697.283.787
14.299.490
20.047.092
1.011.178
1.829.475
387.551
195.076.483
(115.429)
15.419.813
3.864.048
40.100.341
689.709
3.347.889
679.441
268.924
(140.812)
(9.328.694)
(232.606)
30.288.769
31.565.483
97.460
(26.217)
283.436
645.476
(1.402)
(20.610)
100,00%
50,00%
50,00%
-
100,00%
100,00%
100,00%
100,00%
100,00%
50,00%
27,85%
80,00%
50,00%
100,00%
25,00%
50,00%
Integral
Integral
Integral
Integral
Integral
Integral
Integral
Integral
Integral
Integral
Eq. Patrimonial
Integral
Eq. Patrimonial
Eq. Patrimonial
398.758
436.976
440.726
437.191
8.427.492
3.979.487
3.907.443
474.730
5.049.861
215
4.473.528
3.730.734
214.719
14.329.662
392.236
73.879
77.575
74.144
5.014.992
3.911.679
2.543.928
332.130
1.901.961
(28.736)
155.409
(42.282)
205.650
9.985.897
(8.954)
6.198
6.037
5.973
19.190
(47.834)
(243.411)
(19.481)
(139)
(78.489)
178.515
(47.282)
1.681
(14.103)
Activo
Situação
líquida*
Lucro/
(Prejuízo)
2006
Subsidiárias
Banco Privado Português, S.A.
PCapital – SGPS, S.A.
Privado Geste, SGPS, S.A.
Geste Advisers, Limited (Geste)
Banco Privado Português (Cayman), Ltd.
Imoprivado – Sociedade Imobiliária, S.A.
Kinetics, SGPS, S.A.
Privado Development Capital Advisers, Ltd.
Privado Development Capital Promoters, Ltd.
BPP – Escritório de Representação no Brasil, Ltda.
Privado Fundos – Sociedade Gestora de Fundos
de Investimento Mobiliário, S.A.
Sociedade Y2K – Imobiliária, S.A.
Sociedade Evitu – Imobiliária, S.A.
Sociedade Toupronto – Imobiliária, S.A.
Fino SARL
Belt Finance SARL
Vale da Rã - Investimentos Turísticos e Imobiliários, S.A.
Imoseagle Cinco - Gestão Mobiliária e Imobiliária, Lda
Avenida 35 - Imobiliária, S.A.
* Inclui resultado líquido
Sede
Participação
directa
Participação
efectiva
Método de
consolidação/
registo
Activo
Situação
líquida*
Lucro/
(Prejuízo)
Portugal
Portugal
Portugal
Ilhas Cayman
Ilhas Cayman
Portugal
Portugal
Ilhas Cayman
Ilhas Cayman
Brasil
100,00%
100,00%
100,00%
-
100,00%
100,00%
100,00%
100,00%
100,00%
100,00%
99,90%
Integral
Integral
Integral
Integral
Integral
Integral
Integral
Integral
Integral
Integral
1.020.036.354
22.675.198
29.650.878
3.711.671
259.246.289
11.240.391
8.260.153
802.709
834.061
505.123
153.999.768
4.063.248
7.121.435
3.698.565
18.574.591
715.926
3.234.897
630.955
24.326
(112.910)
14.673.566
519.640
13.096.356
8.489.247
(14.229)
(47.740)
179.415
592.990
(232)
(47.757)
Portugal
Portugal
Portugal
Portugal
Luxemburgo
Luxemburgo
Portugal
Portugal
Portugal
-
100,00%
100,00%
100,00%
100,00%
100,00%
50,00%
27,85%
50,00%
25,00%
Integral
Integral
Integral
Integral
Integral
Integral
Integral
Eq. Patrimonial
Eq. Patrimonial
403.595
518.851
523.797
520.257
8.408.301
5.013.324
444.994
13.402.224
435.634
401.190
67.681
71.538
68.171
4.995.801
3.959.513
421.311
3.774.409
349.694
(5.340)
3.340
3.035
3.215
4.395.801
(40.487)
(27.517)
(20.248)
294.857
Privado Holding, SGPS, S.A. e Subsidiárias
Anexo às Demonstrações Financeiras Consolidadas em 31 de Dezembro de 2007 e 2006
(Montantes expressos em Euros)
A Sociedade adquiriu a totalidade das acções do Banco Privado em 22 de Dezembro de 2004 (Nota 21). O Banco Privado é uma
sociedade anónima, com sede em Lisboa, constituída em 9 de Agosto de 1996, por alteração da denominação e objecto social da
Sigma Capital - Sociedade de Investimentos, S.A., a qual iniciou a sua actividade em 12 de Setembro de 1995. A constituição do Banco
Privado foi autorizada pelo Banco de Portugal em 20 de Maio de 1996.
O Banco Privado tem por objecto a obtenção de recursos de terceiros, os quais aplica essencialmente sob a forma de títulos e em
instituições de crédito. Adicionalmente, dedica-se à gestão de activos financeiros de investidores institucionais e particulares, à prestação
de serviços financeiros, à administração de fundos de investimento e outras actividades consentidas por lei à actividade bancária.
Para a realização das suas operações, o Banco Privado dispõe de dois balcões, um em Lisboa e um no Porto, e um escritório de
representação na África do Sul. Adicionalmente, dispõe de duas sucursais: a Sucursal Financeira Exterior na Zona Franca da Madeira
e uma Sucursal em Espanha.
Adicionalmente, o Banco detém participações superiores a 50% nas seguintes sociedades:
• Banco Privado Português (Cayman), Ltd., cujo objecto é idêntico ao do Banco Privado sendo igualmente responsável pela gestão
de sociedades cujo objecto consiste exclusivamente no investimento em valores mobiliários representativos de partes de capital de
outras sociedades.
• Privado Fundos – Sociedade Gestora de Fundos de Fundos de Investimento, S.A. que tem por objecto a gestão de organismos de
investimento colectivo, incluindo fundos de investimento mobiliário e imobiliário.
• Imoprivado – Sociedade Imobiliária, S.A., cuja actividade consiste na gestão de activos imobiliários, designadamente o imóvel sito
na Rua Mouzinho da Silveira, nº 12, em Lisboa, que é utilizado como sede da Sociedade e do Banco Privado. Esta sociedade é,
ainda, detentora de 100% do capital de três sociedades imobiliárias, que em conjunto são titulares da propriedade sobre um imóvel
sito na Avenida de Montevideu, nº 66-80, Porto, utilizado pela delegação do Banco Privado nesta cidade:
- Y2K – Imobiliária, S.A.;
- Evitu – Imobiliária, S.A.;
- Toupronto – Imobiliária, S.A..
No exercício de 2006, a Imoprivado constituiu a sociedade Imoseagle Cinco com o objectivo de adquirir um terreno sito em Vale
da Amoreira, Distrito de Faro para o desenvolvimento de um projecto turístico e imobiliário. Este terreno foi alienado em 2007
ao IMOGHARB - Fundo de Investimento Imobiliário Fechado, o qual em 31 de Dezembro de 2007 era detido em 50% pelo Grupo.
• Privado Development Capital Advisers, Ltd., constituída no decurso do exercício de 2000. Esta Sociedade tem sede nas Ilhas
Cayman e tem como objecto a gestão de fundos de private equity. Esta sociedade é responsável pela gestão do Ctema Property
Fund, Ceará Investment Fund e Stichting Ellipse Foundation.
• BPP – Escritório de representação no Brasil, Ltda., constituída no decurso do exercício de 2004. Esta sociedade tem sede no Brasil
e o seu objecto é idêntico ao do Banco.
• Privado Seguros - Corretores e Consultores, S.A., sociedade adquirida no exercício de 2007 que tem como actividade principal
a mediação de seguros.
Anexos
às Demonstrações
Financeiras
113
114
Anexos
às Demonstrações
Financeiras
Privado Holding, SGPS, S.A. e Subsidiárias
Anexo às Demonstrações Financeiras Consolidadas em 31 de Dezembro de 2007 e 2006
(Montantes expressos em Euros)
A PCapital – Sociedade Gestora de Participações Sociais, S.A. tem como objecto a gestão de participações sociais em outras
sociedades, como forma indirecta do exercício de actividades económicas. A PCapital detém participações superiores a 50% nas seguintes
sociedades:
• Privado Development Capital Promoters, Ltd., constituída no decurso do exercício de 2000. Esta sociedade tem sede nas Ilhas Cayman
e tem como objecto a promoção e colocação de fundos de private equity. Esta sociedade é responsável pela promoção e colocação
do Ctema Property Fund e Ceará Investment Fund.
• Kinetics, Sociedade Gestora de Participações Sociais, S.A., cujo objecto é a gestão de participações sociais noutras sociedades, como
forma indirecta do exercício de actividades económicas.
A Imoseagle Sete - Gestão Mobiliária e Imobiliária, S.A., detida em partes iguais pela Privado Holding e pela PCapital detém como
único activo um imóvel sito na Avenida Alexandre Herculano nº 40. Este imóvel foi adquirido no exercício de 2007 com o objectivo
de desenvolvimento de um projecto imobiliário para uma futura construção de um condomínio fechado ou um hotel de charme.
A Privado Geste, SGPS, S.A., detida integralmente pela Privado Holding, é uma sociedade anónima, com sede na Zona Franca da Madeira,
tendo sido constituída em 22 de Dezembro de 2005 com o objectivo de prestar serviços de gestão de activos para o Grupo.
A Privado Geste detém a Geste Advisers, Limited, cuja actividade principal é a gestão de fundos de investimento e prestação de serviços
de assessoria em gestão de activos às diversas sociedades do Grupo. Em 31 de Dezembro de 2007 e 2006, a Geste geria o fundo
“Iberian Opportunities Fund”.
Em Outubro de 2006, a Privado Geste constituiu duas sociedades sedeadas no Luxemburgo denominadas Fino S.A.R.L. (Fino) e Belt
Finance S.A.R.L. (Belt), sendo o capital da Belt detido na sua globalidade pela Fino. Estas duas sociedades foram constituídas com o
objectivo de adquirir a sociedade Vale da Rã – Investimentos Turísticos & Imobiliários, S.A. (Vale da Rã) detentora de 166 hectares e
118 hectares, da Herdade de Vale da Rã e Herdade dos Pardieiros, respectivamente. Estas herdades situam-se em Vila do Bispo,
Algarve, sendo o objectivo do Grupo construir nas mesmas um empreendimento imobiliário e turístico, incluindo equipamentos de
golfe, lotes para edificação de moradias e para construção em altura para uso predominantemente turístico.
Deste modo, em 29 de Novembro de 2006, a Belt adquiriu ao valor nominal uma participação de 55,70% na Vale da Rã, na sequência
de um aumento de capital realizado por esta sociedade no montante de 398.828 Euros.
Por sua vez, em 19 de Dezembro de 2006, a Fino alienou 16.000 acções da Belt correspondentes a 50% da sua participação nesta
sociedade, a cinco clientes do Grupo, tendo registado uma mais valia com esta operação de 4.400.000 Euros (Nota 30).
A Citromina, SGPS, S.A. detida na sua totalidade pela Privado Holding é uma sociedade anónima, com sede em Lisboa, tendo sido
constituída em 16 de Agosto de 2007 com o objectivo de gestão de participações sociais noutras sociedades como forma indirecta
do exercício de actividades económicas, nomeadamente da gestão das sociedades responsáveis pelo segmento imobiliário do Grupo.
Neste sentido, em 2008 alterou a sua denominação para Privado Imobiliária, SGPS, S.A.. Em 31 de Dezembro de 2007, esta sociedade
detinha 49,99% do IMOGHARB - Fundo de Investimento Imobiliário Fechado.
A Lusandal – Sociedade Imobiliária, S.A. detida em partes iguais pela Privado Holding e pela Imobiliária del Sur, S.A. é uma sociedade
anónima, com sede em Lisboa, tendo sido constituída com o objectivo de promoção imobiliária, gestão de imóveis próprios e alheios,
compra, venda e administração de imóveis rústicos, urbanos e mistos e revenda dos adquiridos para esse fim e prestação de serviços conexos
com as referidas actividades. Em 31 de Dezembro de 2007, esta Sociedade ainda não se encontrava a gerir projectos imobiliários.
Privado Holding, SGPS, S.A. e Subsidiárias
Anexo às Demonstrações Financeiras Consolidadas em 31 de Dezembro de 2007 e 2006
(Montantes expressos em Euros)
4. Caixa e Disponibilidades em Bancos Centrais
Esta rúbrica tem a seguinte composição:
2007
2006
Depósitos à ordem no Banco de Portugal
14.722.496
5.422.361
Depósitos à ordem no Banco de Espanha
1.007.562
531.355
35.064
16.381
15.765.122
5.970.097
Caixa
Os depósitos à ordem no Banco de Portugal visam satisfazer as exigências de reservas mínimas do Sistema Europeu de Bancos
Centrais (SEBC). Estes depósitos são remunerados e correspondem a 2% dos depósitos e títulos de dívida com prazo até dois anos,
excluindo os depósitos e os títulos de dívida de instituições sujeitas ao regime de reservas mínimas do SEBC.
5. Disponibilidades à Vista sobre Instituições de Crédito
Esta rúbrica tem a seguinte composição:
2007
2006
Depósitos à ordem:
• Em instituições no País
• Em instituições no estrangeiro
1.447.860
5.338.051
51.687.209
86.434.030
53.135.069
91.772.081
Os depósitos à ordem em instituições de crédito no País e no estrangeiro são remunerados às taxas de juro vigentes no mercado.
Em 31 de Dezembro de 2007 e 2006, os depósitos à ordem eram denominados por moeda de acordo com as seguintes percentagens:
2007
2006
Denominados em Euros
95,52%
94,93%
Denominados em USD
3,16%
3,82%
Denominados em outras moedas
1,32%
1,25%
Anexos
às Demonstrações
Financeiras
115
116
Anexos
às Demonstrações
Financeiras
Privado Holding, SGPS, S.A. e Subsidiárias
Anexo às Demonstrações Financeiras Consolidadas em 31 de Dezembro de 2007 e 2006
(Montantes expressos em Euros)
6. Activos Financeiros detidos para Negociação e Outros Activos Financeiros ao Justo Valor
através de Resultados
Estas rubricas têm a seguinte composição:
2007
Detidos para
negociação
Ao justo
valor através
de resultados
• Obrigações de dívida pública portuguesa
-
• Obrigações de dívida pública estrangeira
504.660
2006
Total
Detidos para
negociação
Ao justo
valor através
de resultados
Total
6.405.887
6.405.887
14.392
11.714.186
11.728.578
-
504660
-
-
-
Instrumentos de dívida
- De emissores públicos:
- De outros emissores:
• Obrigações:
De residentes
De não residentes
10
-
10
10.208.934
4.028.395
14.237.329
4.404.865
169.588.745
173.993.610
99.311.374
241.728.305
341.039.679
4.909.535
175.994.632
180.904.167
109.534.700
257.470.886
367.005.586
23.464.520
-
23.464.520
1.382.416
-
1.382.416
2.650.819
-
2.650.819
2.707.983
-
2.707.983
Instrumentos de capital
• Acções:
De residentes
De não residentes
Unidades de participação
Instrumentos derivados com justo valor positivo (Nota 8)
5.408.140
-
5.408.140
6.938.383
-
6.938.383
31.523.479
-
31.523.479
11.028.782
-
11.028.782
774.453
-
774.453
353.646
-
353.646
37.207.467 175.994.632 213.202.099
120.917.128 257.470.886 378.388.014
Em 31 de Dezembro de 2007 e 2006, o detalhe do inventário de títulos é apresentado nos Anexos I e II, respectivamente.
Nas mesmas datas, o Grupo detinha títulos de dívida dados em garantia cujo valor de mercado ascendia a 1.243.182 Euros e 1.069.883 Euros,
respectivamente (Nota 34).
Privado Holding, SGPS, S.A. e Subsidiárias
Anexo às Demonstrações Financeiras Consolidadas em 31 de Dezembro de 2007 e 2006
(Montantes expressos em Euros)
7. Activos Financeiros Disponíveis para Venda
Esta rúbrica tem a seguinte composição:
00000 2007
%
Valor de participação
mercado
efectiva
Custo
de aquisição
Aumentos/
diminuições
da reserva de
justo valor
Valor de
mercado
Juro
Quantidade
Moeda
Valor
médio de
aquisição
OB SUB CEMAH
2.500.000
EUR
100,00%
100,00%
-
2.500.000
-
2.500.000
CEMAH II SUBORDINADAS 28/12/2011
1.500.000
EUR
100,00%
100,00%
-
1.500.000
- 1.500.000 691
4.000.000
-
Imparidade
(Nota 33)
Valor de
balanço
35.611
-
2.535.611
-
1.500.691
36.302
-
Instrumentos de dívida
Obrigações emitidas por residentes
Valorizados ao custo histórico
4.000.000
4.036.302
Instrumentos de capital:
Valorizados ao justo valor
LIMINORKE, SGPS
KENDALL
16.743.894
EUR
1,08
1,75
14%
18.047.247
11.254.568
29.301.815
-
-
29.301.815
9.240.845
EUR
1,14
1,37
10%
10.488.669
2.171.289
12.659.958
-
-
12.659.958
PRIVADO FINANCEIRAS
9.369.800
EUR
1,00
0,63
9%
9.369.800
(3.466.826)
5.902.974
-
-
5.902.974
BLUE SAGE SARL
5.320.668
EUR
1,00
1,00
18%
5.320.668
-
5.320.668
-
-
5.320.668
BLUE BELL SARL
4.627.883
EUR
1,00
1,00
12%
4.627.883
-
4.627.883
-
-
4.627.883
62.000
EUR
1,00
1,00
Inf. 1%
62.000
-
62.000
-
-
62.000
47.916.267
9.959.031
57.875.298
-
-
57.875.298
KENDALL II
Valorizados ao custo histórico
AQUAPURA HOTELS VILLAS & SPA, SGPS, S.A. 2.597.574
EUR
1,00
1,00
12%
2.597.574
-
2.597.574
-
-
2.597.574
HOLMA – SERVIÇOS DE CONSULTORIA, LDA.
1.500.000
EUR
1,00
1,00
11%
1.500.000
-
1.500.000
-
-
1.500.000
21.510
EUR
5,00
DIVINVEST-PROMOÇÃO IMOBILIÁRIA, S.A.
5,00
3%
107.550
-
107.550
-
-
107.550
SOC MERCANTIL CLUB FINC. VIGO, S.A.
1
EUR 18.631,38 18.631,38
Inf. 1%
18.631
-
18.631
-
-
18.631
UNITENIS
1
EUR
3.990,38
3.990,38
Inf. 1%
3.990
-
3.990
-
-
3.990
100
USD
3.000,00
3.000,00
10%
203.791
-
203.791
-
(203.791)
-
4.431.536
-
4.431.536
-
(203.791)
4.227.745
MADISON MERCHANT PARTNERS
52.347.803
9.959.031 62.306.834
- (203.791) 62.103.043
Unidades de participação:
Valorizadas ao justo valor
C.E.A.R.Á.
PREF PAN EUROPEAN
GLOBAL PRIVATE EQUITY SELECTION
10.000
EUR
125,00
150,00
10%
1.250.000
250.000
1.500.000
-
-
1.500.000
9.005
EUR
100,00
115,61
3%
900.543
140.575
1.041.118
-
-
1.041.118
1.500
EUR
220,00
220,00
10%
330.000
-
330.000
-
-
330.000
TISHMAN SPEYER REAL ESTATE VENT LP
48.031
USD
5,74
9,06
3%
187.301
108.340
295.641
-
-
295.641
BRASIL OPPORTUNITIES
62.000
EUR
1,00
1,00
10%
62.000
-
62.000
-
-
62.000
2.729.844
498.915
3.228.759
-
-
3.228.759
Valorizadas ao custo histórico:
C.T.E.M.A.
2.010
EUR
100,00
100,00
Inf. 1%
201.000
-
201.000
-
-
201.000
2.930.844
498.915
3.429.759
-
-
3.429.759
59.278.647
10.457.946 69.736.593 36.302 (203.791) 69.569.104
Anexos
às Demonstrações
Financeiras
117
118
Anexos
às Demonstrações
Financeiras
Privado Holding, SGPS, S.A. e Subsidiárias
Anexo às Demonstrações Financeiras Consolidadas em 31 de Dezembro de 2007 e 2006
(Montantes expressos em Euros)
00000 2006
Valor de
mercado
%
participação
efectiva
Custo de
aquisição
Aumentos/
diminuições
da reserva de
justo valor
Valor de
mercado
Imparidade
(Nota 33)
Valor de
balanço
Quantidade
Moeda
Valor
médio de
aquisição
KENDALL
9.237.839
EUR
1,13
1,48
10%
10.484.610
3.187.392
13.672.002
-
13.672.002
LIMINORKE, SGPS
8.054.877
EUR
1,00
1,07
10%
8.054.877
563.841
8.618.718
-
8.618.718
28.380
BRL
7,47
8,54
Inf. 1%
211.957
30.277
242.234
-
242.234
18.751.444
3.781.510
22.532.954
-
22.532.954
Instrumentos de capital:
Valorizados ao justo valor
TERNA PARTIC S.A.
Valorizados ao custo histórico
HOLMA – SERVIÇOS DE CONSULTORIA, LDA.
1.500.000
EUR
1,00
1,00
11%
1.500.000
-
1.500.000
-
1.500.000
AQUAPURA S.G.P.S., S.A.
1.135.500
EUR
1,00
1,00
12%
1.135.500
-
1.135.500
-
1.135.500
DIVINVEST-PROMOÇÃO IMOBILIÁRIA, S.A.
21.510
EUR
5,00
5,00
3%
107.550
-
107.550
-
107.550
SOC MERCANTIL CLUB FINC. VIGO, S.A.
1
EUR
18.631,38
18.631,38
Inf. 1%
18.631
-
18.631
-
18.631
UNITENIS
1
EUR
3.990,38
3.990,38
Inf. 1%
3.990
-
3.990
-
3.990
100
USD
3.000,00
3.000,00
10,00%
300.000
-
227.790
(227.790)
-
3.065.671
-
2.993.461
(227.790)
2.765.671
21.817.115
3.781.510
25.526.415
MADISON MERCHANT PARTNERS
(227.790) 25.298.625
Unidades de participação:
Valorizadas ao justo valor
FUNDO LIBERTAS I
1.250
EUR
1.000,00
973,44
25%
1.250.000
(33.200)
1.216.800
-
1.216.800
PREF PAN EUROPEAN
6.998
EUR
100,00
105,64
3%
699.783
39.468
739.251
-
739.251
47.997
USD
10,10
11,55
3%
367.952
52.831
420.783
-
420.783
2.317.735
59.099
2.376.834
-
2.376.834
TISHMAN SPEYER REAL ESTATE VENT LP
Valorizadas ao custo histórico:
C.E.A.R.Á.
5.000
EUR
100,00
100,00
5%
500.000
-
500.000
-
500.000
C.T.E.M.A.
2.000
EUR
100,00
100,00
1%
200.000
-
200.000
-
200.000
700.000
-
700.000
-
700.000
3.017.735
59.099
3.076.834
-
3.076.834
24.834.850
3.840.609
28.603.249
(227.790) 28.375.459
A Liminorke – Sociedade Gestora de Participações Sociais, S.A. (Liminorke) é uma sociedade anónima com sede em Lisboa que foi
constituída em 29 de Setembro de 2006. Em 31 de Dezembro de 2007 e 2006, a sua actividade consiste essencialmente na gestão
de participações em empresas do sector de energia, nomeadamente Galp Energia SGPS, S.A., Enagás, S.A., Red Eléctrica de España,
S.A. e Iberdrola Renovables, S.A..
Privado Holding, SGPS, S.A. e Subsidiárias
Anexo às Demonstrações Financeiras Consolidadas em 31 de Dezembro de 2007 e 2006
(Montantes expressos em Euros)
No último trimestre de 2005, a PCapital adquiriu uma participação correspondente a 10% do capital da sociedade Kendall Develops,
SL cujos principais activos consistem em acções representativas do capital de sociedades concessionárias de exploração de autoestradas. Esta Sociedade é gerida pelo Grupo sendo os restantes accionistas clientes do Grupo. No primeiro trimestre de 2006, na
sequência de um aumento de capital de 50 milhões de Euros, a Pcapital passou a deter uma participação de 17% do capital desta
sociedade. Ainda, durante o exercício de 2006, alienou 7% da sua participação a clientes tendo registado uma mais valia com a alienação
de 794.300 Euros (Nota 29).
A Privado Financeiras, S.A. trata-se de uma sociedade constituída no decurso de 2007 que tem por objectivo o investimento em
participações estratégicas no sector financeiro, nomeadamente em Bancos e Companhias de Seguros, sendo detida em 9,37% e 90,63%
pelo Grupo e por clientes do Grupo, respectivamente. Em 31 de Dezembro de 2007, o principal activo desta sociedade corresponde
a uma participação no Millenium BCP.
Em Outubro de 2007, o Grupo constituiu a sociedade Kendall II Develops, SL (Kendal II) cujo principal objectivo é o investimento em
empresas de caminhos-de-ferro, concessionárias e empresas com actividade relacionada com infra-estruturas (estradas, pontes,
túneis, portos, aeroportos, entre outros), empresas de distribuição de água e de tratamento de águas residuais. Em 31 de Dezembro
de 2007, a Kendal II detém participações na Mota Engil e na Hamburger Hafen.
Na mesma data, a Kendall II é detida directamente pelo Grupo e por duas sociedades sedeadas no Luxemburgo denominadas Blue
Sage, SARL e Blue Bell, SARL, as quais são detidas por clientes investidores institucionais e particulares, respectivamente, bem como pelo
Grupo. Estas sociedades foram constituídas em Setembro de 2007, com o único objectivo de investirem na Kendall II, representando
desta forma o investimento principal do Grupo, de forma indirecta, na Kendall II.
A Aquapura iniciou a sua actividade em 2004, dedicando-se à gestão e exploração de infra-estruturas hoteleiras, de alojamento
e restauração. A primeira unidade hoteleira localiza-se na região do Douro e iniciou a sua exploração no exercício de 2007. A Aquapura
pretende internacionalizar a sua actividade através da exploração de unidades hoteleiras em outros países, nomeadamente Brasil,
Macedónia, República Checa, Hungria e Itália. Com o objectivo de financiar a sua estratégia de internacionalização, em Outubro de 2007
a Aquapura procedeu a um aumento de capital no montante de 12.312.202 Euros, tendo o Grupo realizado o montante de 1.462.074
Euros, correspondente à sua participação de 11,88%.
A Holma – Serviços de Consultadoria, Lda., tem por objecto social a prestação de apoio técnico de consultadoria à criação, desenvolvimento,
expansão e modernização de empresas industriais, comerciais e de serviços de âmbito internacional, entre outros. A actividade desta
sociedade consiste na intermediação das subscrições das participações numa fundação de direito holandês cujo objecto é a criação
e manutenção de uma colecção de arte, em representação dos clientes do Grupo.
Em 31 de Dezembro de 2007 e 2006, a participação da Privado Holding nesta sociedade inclui prestações suplementares no montante
de 1.410.000 Euros.
O CEARÀ investe no mercado imobiliário no Estado do Ceará no Brasil. Em 31 de Dezembro de 2007, dispõe de cinco projectos imobiliários
de natureza turística nos arredores da cidade de Fortaleza, nomeadamente o Aquiraz Riviera (o mais antigo e mais significativo),
Lagoa do Catu, Alfândega, Quadra do Futuro e Prainha (mais recente).
Anexos
às Demonstrações
Financeiras
119
120
Anexos
às Demonstrações
Financeiras
Privado Holding, SGPS, S.A. e Subsidiárias
Anexo às Demonstrações Financeiras Consolidadas em 31 de Dezembro de 2007 e 2006
(Montantes expressos em Euros)
À excepção do projecto Prainha, que aguarda a licença ambiental, todos os restantes projectos têm as licenças necessárias para iniciar,
de imediato, a construção. Durante o ano de 2007, foi iniciado o projecto Aquiraz Riviera, com a construção das obras de infra-estrutura,
nomeadamente rede viária, obras de saneamento e parte eléctrica ao nível do subsolo. Foi igualmente iniciada a construção do
campo de golfe e no último trimestre de 2007 iniciaram-se as obras de construção da primeira unidade hoteleira deste projecto.
O PREF PAN EUROPEAN (PREF) foi constituído em Novembro de 2005 e tem por objecto o investimento em unidades de participação
de fundos imobiliários europeus, nomeadamente Europa Continental, Reino Unido e Europa Central, os quais têm como principais
activos propriedades imobiliárias nos segmentos de escritórios, comercial, habitação e outros. O PREFF tem vindo progressivamente
a chamar o capital comprometido para fazer face às necessidades de investimento e, no final de 2007, tinha chamado 75% do capital
comprometido.
Privado Holding, SGPS, S.A. e Subsidiárias
Anexo às Demonstrações Financeiras Consolidadas em 31 de Dezembro de 2007 e 2006
(Montantes expressos em Euros)
8. Instrumentos Financeiros Derivados
Em 31 de Dezembro de 2007 e 2006, estas operações encontram-se valorizadas de acordo com os critérios descritos na Nota 2.6. c).
Em 31 de Dezembro de 2007 e 2006, o montante nocional e o valor contabilístico apresentavam a seguinte desagregação:
2007
Montante nacional
Valor contabilístico
Activos
detidos para
negociação
(Nota 6)
Passivos
detidos para
negociação
Total
756.710
(107.388)
649.322
-
-
-
(60.206.106)
-
-
-
-
93.000.000
17.743
(491.809)
(474.066)
-
101.648.036
774.453
(599.197)
175.256
Derivados
de negociação
Derivados
de cobertura
Total
68.854.142
-
68.854.142
(60.206.106)
-
93.000.000
101.648.036
Instrumentos financeiros derivados:
Forwards cambiais
Compras
Vendas
Credit Default Swaps
2006
Montante nacional
Valor contabilístico
Derivados
de negociação
Derivados
de cobertura
Total
Activos
detidos para
negociação
(Nota 6)
Passivos
detidos para
negociação
Total
-
(103.873)
(103.873)
168.254.274
-
168.254.274
-
-
-
(168.189.115)
-
(168.189.115)
-
-
-
140.000.000
-
140.000.000
255.072
(255.072)
-
4.943.500
-
4.943.500
98.574
(47.757)
50.817
145.008.659
-
145.008.659
353.646
(406.702)
(53.056)
Instrumentos financeiros derivados:
Forwards cambiais
Compras
Vendas
Swaps
Opções
Anexos
às Demonstrações
Financeiras
121
122
Anexos
às Demonstrações
Financeiras
Privado Holding, SGPS, S.A. e Subsidiárias
Anexo às Demonstrações Financeiras Consolidadas em 31 de Dezembro de 2007 e 2006
(Montantes expressos em Euros)
Em 31 de Dezembro de 2007 e 2006, o saldo da rúbrica “Passivos financeiros detidos para negociação” pode ser detalhado da
seguinte forma:
Reavaliação negativa de instrumentos financeiros derivados
2007
2006
599.197
406.702
-
267.600
599.197
674.302
Outros
Em 31 de Dezembro de 2006, a rúbrica “Outros” refere-se ao valor de mercado de 15.000 acções da Antena 3 Television. O Banco
procedeu à venda destas acções a descoberto pelo montante de 290.463 Euros.
A distribuição das operações com instrumentos financeiros derivados em 31 de Dezembro de 2007 e 2006 por prazos residuais
apresenta o seguinte detalhe por montante nocional:
2007
<= 3 meses
> 3 meses
<= 6 meses
> 6 meses
<= 1 ano
> 1 ano
<= 5 anos
Total
Instrumentos financeiros derivados:
Forwards cambiais
Compras
Vendas
Credit Default Swaps
68.854.142
-
-
-
68.854.142
(60.206.106)
-
-
-
(60.206.106)
33.000.000
-
60.000.000
-
93.000.000
41.648.036
-
60.000.000
-
101.648.036
> 1 ano
<= 5 anos
Total
2006
<= 3 meses
> 3 meses
<= 6 meses
> 6 meses
<= 1 ano
Instrumentos financeiros derivados:
Forwards cambiais
Compras
168.254.274
-
-
-
168.254.274
(168.189.115)
-
-
-
(168.189.115)
Swaps
40.000.000
-
-
100.000.000
140.000.000
Opções
4.943.500
-
-
-
4.943.500
45.008.659
-
-
100.000.000
145.008.659
Vendas
Privado Holding, SGPS, S.A. e Subsidiárias
Anexo às Demonstrações Financeiras Consolidadas em 31 de Dezembro de 2007 e 2006
(Montantes expressos em Euros)
O Grupo realiza operações com produtos derivados como parte normal da sua actividade, bem como para satisfazer as necessidades
dos seus clientes e gerir a sua exposição a flutuações cambiais, de taxas de juro e de cotações de títulos.
A distribuição das operações com instrumentos financeiros derivados em 31 de Dezembro de 2007 e 2006 por tipo de contraparte
apresenta o seguinte detalhe:
2007
Valor
nocional
2006
Valor
contabilístico
Valor
nocional
Valor
contabilístico
Forwards cambiais
Instituições Financeiras
Compras
Vendas
631.408
-
74.839.894
-
(25.463.097)
-
(74.636.283)
-
Clientes
Compras
(203.611)
34.127.782
17.914
99.738
34.726.360
-
93.414.380
-
(34.743.009)
-
(93.552.832)
-
8.648.036
649.322
65.159
(103.873)
93.000.000
(474.066)
-
-
Instituições Financeiras
-
-
70.000.000
255.072
Clientes
-
-
70.000.000
(255.072)
-
-
140.000.000
-
Instituições Financeiras
-
-
2.550.000
98.593
Clientes
-
-
2.393.500
(47.776)
-
-
4.943.500
50.817
101.648.036
175.256
145.008.659
(53.056)
Vendas
Credit Default Swaps
Instituições Financeiras
Swaps
Opções
Anexos
às Demonstrações
Financeiras
123
124
Anexos
às Demonstrações
Financeiras
Privado Holding, SGPS, S.A. e Subsidiárias
Anexo às Demonstrações Financeiras Consolidadas em 31 de Dezembro de 2007 e 2006
(Montantes expressos em Euros)
9. Aplicações em Instituições de Crédito
Esta rúbrica tema a seguinte composição:
Depósitos a prazo – Em instituições de crédito no estrangeiro
Juros a receber
2007
2006
277.305.740
150.886.500
71.155
68.515
277.376.895
150.955.015
Em 31 de Dezembro de 2007 e 2006, as “Aplicações em instituições de crédito” vencem essencialmente no primeiro trimestre do
exercício seguinte, são denominadas essencialmente em Euros, e remuneradas às taxas de juro médias anuais de 3,44% e 3,59%,
respectivamente.
10. Crédito a Clientes
Esta rúbrica tem a seguinte composição:
2007
2006
Crédito interno e externo – particulares e empresas:
• Operações de reporte de títulos (REPO’S)
455.067.207
-
• Empréstimos
183.348.762
184.669.722
• Descobertos em depósitos à ordem
130.239.027
114.795.980
Crédito e juros vencidos
Juros a receber
Imparidade do crédito concedido (Nota 33)
9.853
9.853
768.664.849
299.475.555
5.169.248
3.702.072
773.834.097
303.177.627
(9.853)
(9.853)
773.824.244
303.167.774
Privado Holding, SGPS, S.A. e Subsidiárias
Anexo às Demonstrações Financeiras Consolidadas em 31 de Dezembro de 2007 e 2006
(Montantes expressos em Euros)
Em 31 de Dezembro de 2007 e 2006, esta rúbrica apresenta a seguinte estrutura, em termos de prazos residuais de vencimento:
Até três meses
2007
2006
632.362.402
141.319.401
De três meses a um ano
67.627.289
90.656.060
De um a cinco anos
70.914.923
68.342.166
Mais de cinco anos
2.929.483
2.860.000
773.834.097
303.177.627
Em 31 de Dezembro de 2007, a rúbrica “Operações de reporte de títulos (REPO’s)” refere-se ao financiamento de curto prazo obtido
pelas Estratégias de Retorno Absoluto (Veículos geridos pela Direcção de Retorno Absoluto cujo o investimento assenta em aplicações
de tesouraria e instrumentos de dívida de baixo risco). Ao abrigo do mandato de gestão discricionária, o Grupo contrai financiamentos
junto de instituições financeiras, bem como junto de outras Estratégias de Retorno Absoluto (Notas 17 e 18).
Em 31 de Dezembro de 2007 e 2006, a rúbrica “Crédito a clientes” inclui créditos concedidos a um conjunto de sociedades cuja
gestão é assegurada pelo Grupo, de acordo com o seguinte detalhe:
00000000000002007
Kendall Develops S. L.
Ashurst Management, Ltd.
000000000000002006
Capital
Juros
Capital
Juros
24.627.719
664.860
-
-
-
-
23.263.414
838.718
Fitron Management Ltd.
-
-
6.000.000
2.251
Zenith - SGPS, S.A.
-
-
646.448
14.059
24.627.719
664.860
29.909.862
855.028
Em 31 de Dezembro de 2006. a actividade da Ashurst Management, Ltd., Fitron Management Ltd. e Zenith - SGPS, S.A. consistia
exclusivamente no investimento na Jerónimo Martins, detendo em conjunto 18,38% do capital desta sociedade. Em 2007, alienaram
a totalidade da participação na Jerónimo Martins, tendo desta forma reembolsado os empréstimos concedidos pelo Grupo.
Anexos
às Demonstrações
Financeiras
125
126
Anexos
às Demonstrações
Financeiras
Privado Holding, SGPS, S.A. e Subsidiárias
Anexo às Demonstrações Financeiras Consolidadas em 31 de Dezembro de 2007 e 2006
(Montantes expressos em Euros)
Em 31 de Dezembro de 2007 e 2006, a rúbrica “Crédito interno e externo – particulares e empresas” apresenta a seguinte decomposição
em termos do colateral associado ao crédito concedido:
Valores mobiliários ou activos financeiros
Acções da Privado Holding
Sem colateral
2007
2006
712.135.088
278.812.080
9.045.441
11.363.985
52.643.715
12.991.709
773.824.244
303.167.774
Em 31 de Dezembro de 2007 e 2006, o crédito concedido pela Privado Holding e Subsidiárias a accionistas ou sociedades em relação
de grupo ascendia a 42.423.950 Euros e 45.695.228 Euros, respectivamente. Adicionalmente, no exercício de 2006, tinham sido
concedidas garantias bancárias pelo Grupo a accionistas ou sociedades em relação de grupo, no montante de 500.000 Euros.
Em 31 de Dezembro de 2007 e 2006, a rúbrica “Sem colateral” apresenta o seguinte detalhe:
2007
2006
Holma – Serviços de Consultoria, Lda.
26.856.052
12.550.092
Kendall Develops S.L.
25.292.579
-
495.084
441.617
52.643.715
12.991.709
Colaboradores e órgãos de gestão
Privado Holding, SGPS, S.A. e Subsidiárias
Anexo às Demonstrações Financeiras Consolidadas em 31 de Dezembro de 2007 e 2006
(Montantes expressos em Euros)
11. Activos não Correntes Detidos para Venda
Em 31 de Dezembro de 2007 e 2006, esta rúbrica apresenta a seguinte composição:
2007
2006
IMOGHARB - Fundo de Investimento Imobiliário Fechado
1.500.000
-
Fundo Libertas I
1.288.911
-
M. Dias Branco
-
8.313.758
Imoseagle Cinco – Gestão Mobiliária e Imobiliária, Lda.
-
568.750
• Crossroads Fund Capital Call
-
1.252.847
• Coller International Partners
-
354.973
• Harbourvest International
-
929.580
2.788.911
11.419.908
Unidades de participação:
Em 31 de Dezembro de 2007, o saldo da rúbrica “Fundo Libertas I” refere-se à participação de 25% do Grupo neste fundo imobiliário
fechado detentor de um imóvel sito na Avenida da Liberdade. É intenção do Grupo alienar esta participação no primeiro semestre
de 2008.
Em Dezembro de 2006, o Grupo constituiu em parceria com a Turmuge – Empreendimentos Turísticos, S.A. (Turmuge) a sociedade
Imoseagle Cinco – Gestão Mobiliária e Imobiliária, Lda. (Imoseagle Cinco). Esta sociedade foi constituída com o objectivo de adquirir
um terreno sito em Vale da Amoreira, Distrito de Faro, com uma área total de, aproximadamente, 160.000 metros quadrados, para
o desenvolvimento de um projecto turístico e imobiliário. O terreno foi adquirido por, aproximadamente, 13.000.000 Euros, dos quais
3.790.000 foram liquidados em Dezembro de 2006, tendo os restantes 9.210.000 Euros sido liquidados no exercício de 2007.
A Imoseagle Cinco procedeu à liquidação dos 3.790.000 Euros, através de prestações suplementares concedidas em partes iguais
pelo Grupo e Turmuge, no montante de 1.895.000 Euros (Nota 14).
Em 2007, a Imoseagle Cinco alienou o referido imóvel ao IMOGHARB - Fundo de Investimento Imobiliário Fechado (Imogharb) pelo
montante de 13.700.000 Euros, dos quais 9.371.650 Euros foram liquidados em Dezembro de 2007, sendo os restantes 4.328.350
Euros liquidados no prazo máximo de 120 dias. Em Janeiro de 2008, a Sociedade alienou 15% da sua participação neste Fundo a um
terceiro pelo montante de 3.150.000 Euros, com uma mais-valia de 1.650.000 Euros. Em 31 de Dezembro de 2007, a participação
não alienável no prazo de um ano no fundo Imogharb (35%) encontra-se registada na rúbrica de “Investimentos em Filiais,
Associadas e Empreendimentos conjuntos” (Nota 14).
Em 31 de Dezembro de 2006, o Grupo registou a participação bem como as prestações suplementares concedidas à Imoseagle Cinco
que se estimavam alienar no prazo de um ano na rúbrica “Activos não correntes detidos para venda”, tendo a participação, bem
como as prestações suplementares não alienáveis no curto prazo, sido registadas na rúbrica de “Investimentos em Filiais, Associadas
e Empreendimentos conjuntos” (Nota 14).
Anexos
às Demonstrações
Financeiras
127
128
Anexos
às Demonstrações
Financeiras
Privado Holding, SGPS, S.A. e Subsidiárias
Anexo às Demonstrações Financeiras Consolidadas em 31 de Dezembro de 2007 e 2006
(Montantes expressos em Euros)
A sociedade M. Dias Branco, é o principal fabricante e vendedor de biscoitos e massas alimentícias do Brasil, actuando ainda nos segmentos
de moagem de trigo, refinação de óleo, gorduras, margarinas e cremes vegetais. O Grupo dispõe de uma participação de 0,971%
do capital desta empresa. Em 2007, o Banco vendeu a terceiros a sua participação nesta sociedade, com uma mais-valia de 3.621.199
Euros (Nota 29).
Em 31 de Dezembro de 2006, o saldo desta rúbrica engloba ainda a subscrição inicial realizada pelo Grupo em três fundos de fundos
de Private Equity constituídos no final de 2006. Estes fundos foram alienados ao respectivo custo de aquisição a um fundo constituído
no final de 2007 denominado “Global Private Equity Selection”, o qual é detido por clientes e pelo Grupo (Nota 7).
12 .Outros Activos Tangíveis
O movimento ocorrido nas rubricas de “Outros activos tangíveis” durante os exercícios de 2007 e 2006 foi o seguinte:
2007
Saldos em 31-12-2006
Valor Amortizações
bruto acumuladas
Imóveis serviço próprio
Abates e alienações
Adições
31-12-07
Valor Amortizações Amortizações
bruto acumuladas do exercício
Variação
cambial
Valor
líquido
13.421.919
(1.877.337)
583.317
-
-
(581.109)
18.663
11.565.453
2.060.422
(1.239.615)
929.709
-
-
(546.257)
9.040
1.213.299
525.743
(413.791)
37.057
-
-
(28.140)
2.029
122.898
1.968.251
(1.661.943)
329.989
-
-
(162.116)
144
474.325
273.791
(116.245)
162.296
-
-
(37.297)
-
282.545
-
-
19.750
-
-
-
-
19.750
18.799
(8.688)
-
-
-
(2.326)
-
7.785
5.596
(4.196)
-
-
-
(699)
-
701
18.274.521 (5.321.815)
2.062.118
-
- (1.357.944)
Equipamento:
Mobiliário e material
Máquinas e ferramentas
Equipamento informático
Instalações interiores
Material de transporte
Equipamento de segurança
Outro equipamento
29.876 13.686.756
2006
Saldos em 31-12-2005
Valor Amortizações
bruto acumuladas
Imóveis serviço próprio
Abates e alienações
Adições
31-12-06
Valor Amortizações Amortizações
bruto acumuladas do exercício
11.046.340
(1.515.472)
2.500.058
(120.229)
1.605.083
(1.085.336)
473.220
427.407
(380.893)
87.004
1.756.667
(1.506.029)
184.722
(89.710)
7.708
Variação
cambial
Valor
líquido
11.544.582
106.729
(468.594)
(4.250)
(2.945)
-
(167.157)
(2.059)
820.806
-
-
(21.104)
(462)
111.952
211.430
-
-
(155.727)
(33)
306.308
88.173
-
-
(25.638)
-
157.547
(7.708)
-
(7.708)
7.708
-
-
-
18.379
(6.346)
420
-
-
(2.342)
-
10.111
5.596
(3.497)
-
-
-
(699)
-
1.400
15.051.902 (4.594.991)
3.360.305
(130.882)
114.437
(841.261)
Equipamento:
Mobiliário e material
Máquinas e ferramentas
Equipamento informático
Instalações interiores
Material de transporte
Equipamento de segurança
Outro equipamento
(6.804) 12.952.706
Privado Holding, SGPS, S.A. e Subsidiárias
Anexo às Demonstrações Financeiras Consolidadas em 31 de Dezembro de 2007 e 2006
(Montantes expressos em Euros)
Em 31 de Dezembro de 2007 e 2006, a rúbrica imóveis de serviço próprio nas demonstrações financeiras consolidadas pode ser detalhada
como se segue:
2007
Valor
bruto
Amortizações
acumuladas
2006
Valor
líquido
Valor
bruto
Amortizações
acumuladas
Valor
líquido
Imóvel Avenida Alexandre Herculano nº 27 – Lisboa
5.640.055
(860.151)
4.779.904
5.640.055
(610.151)
5.029.904
Imóvel Avenida de Montevideu, nº 66-80 – Porto
3.927.421
(636.252)
3.291.169
3.927.421
(542.855)
3.384.566
Imóvel Mouzinho da Silveira, nº 12 – Lisboa
4.213.708
(949.594)
3.264.114
3.854.443
(724.331)
3.130.112
242.715
(12.449)
230.266
-
-
-
14.023.899
(2.458.446)
11.565.453
13.421.919
Imóvel Rua Alexandre Herculano nº 23 – Lisboa
(1.877.337) 11.544.582
O valor bruto inclui o custo de aquisição acrescido das obras de beneficiação realizadas nos imóveis.
Durante o exercício de 2000, o Banco Privado realizou um contrato de suprimentos com a Imoprivado no valor de 3.630.750 Euros,
através dos quais a Imoprivado adquiriu o capital e os suprimentos de três sociedades imobiliárias – Y2K, Evitu e Toupronto por
2.551.351 Euros e 1.079.016 Euros, respectivamente. O principal activo destas sociedades é o edifício na Avenida de Montevideu,
nº 66-80, que é utilizado pelos serviços do Banco, pelo que a diferença entre o valor de aquisição e a situação patrimonial das
empresas na data de aquisição, no montante global de 2.409.407 Euros, foi registada nas contas consolidadas em “Outros activos
tangíveis – imóveis de serviço próprio”.
Durante o exercício de 2004, o Banco Privado realizou um novo contrato de suprimentos com a Imoprivado no valor de 2.361.016
Euros, através do qual a Imoprivado adquiriu o imóvel sito na Avenida Alexandre Herculano nº 27 – Lisboa. Este imóvel passou a ser
utilizado pelos Serviços do Banco Privado em Novembro de 2006.
A rúbrica “Rua Alexandre Herculano nº 23 – Lisboa” refere-se às obras realizadas neste imóvel, o qual passou a ser utilizado pelos serviços
do Banco em 2007. Este imóvel encontra-se arrendado.
Anexos
às Demonstrações
Financeiras
129
130
Anexos
às Demonstrações
Financeiras
Privado Holding, SGPS, S.A. e Subsidiárias
Anexo às Demonstrações Financeiras Consolidadas em 31 de Dezembro de 2007 e 2006
(Montantes expressos em Euros)
13. Activos Intangíveis
O movimento ocorrido nas rubricas de “Activos intangíveis” durante os exercícios de 2007 e 2006 foi o seguinte:
2007
Saldos em 31-12-2006
Valor Amortizações
bruto acumuladas
Sistemas de tratamento automático de dados
5.390.188
(4.893.602)
31-12-07
Adições
Amortizações
do exercício
Valor
líquido
458.751
(334.639)
620.698
2006
Saldos em 31-12-2005
Valor Amortizações
bruto acumuladas
Sistemas de tratamento automático de dados
4.984.026
(4.549.164)
31-12-06
Adições
Amortizações
do exercício
Valor
líquido
406.162
(344.438)
496.586
14. Investimentos em Filiais, Associadas e Empreendimentos Conjuntos
Em 31 de Dezembro de 2007 e 2006, o saldo desta rúbrica apresenta a seguinte composição:
00000000002007
2006
Percentagem
de participação
Valor
de balanço
Valor
de balanço
IMOGHARB - Fundo de Investimento Imobiliário Fechado
35,00%
3.500.000
-
Imoseagle Cinco – Gestão Mobiliária e Imobiliária, Lda.
50,00%
77.705
1.328.750
Avenida 35 – Sociedade Imobiliária, S.A.
25,00%
51.413
91.234
3.629.118
1.419.984
Privado Holding, SGPS, S.A. e Subsidiárias
Anexo às Demonstrações Financeiras Consolidadas em 31 de Dezembro de 2007 e 2006
(Montantes expressos em Euros)
Os dados financeiros retirados das contas individuais provisórias destas entidades relativos aos exercícios económicos findos em
31 de Dezembro de 2007 e 2006, podem ser resumidos da seguinte forma:
2007
Percentagem
participação
Sede
efectiva
Activo
Situação
líquida
Lucro/
(Prejuízo)
IMOGHARB - Fundo de Investimento Imobiliário Fechado
Lisboa
35%
14.329.662
9.985.897
(14.103)
Imoseagle Cinco – Gestão Mobiliária e Imobiliária, Lda.
Lisboa
50%
4.473.528
155.409
178.515
Avenida 35 – Sociedade Imobiliária, S.A
Lisboa
25%
214.719
205.650
1.681
Activo
Situação
líquida (a)
Lucro/
(Prejuízo)
2006
Percentagem
participação
Sede
efectiva
Imoseagle Cinco – Gestão Mobiliária e Imobiliária, Lda.
Lisboa
50%
13.402.224
3.774.409
(20.248)
Avenida 35 – Sociedade Imobiliária, S.A
Lisboa
25%
435.634
349.694
294.857
(a) Em 31 de Dezembro de 2006, a situação líquida da “Avenida 35” e da “Imoseagle Cinco” inclui prestações suplementares nos
montantes de 145.725 Euros e 3.790.000 Euros, respectivamente, das quais 40.242 Euros e 1.895.000 Euros (Nota 11) concedidas
pelo Grupo, respectivamente. As prestações suplementares foram reembolsadas no decurso do exercício de 2007.
Em 2007, a Imoseagle Cinco alienou ao Fundo Imogharb pelo montante de 13.700.000 Euros o terreno sito em Vale da Amoreira, Distrito
de Faro. Esta alienação permitiu à Imoseagle Cinco reembolsar as prestações suplementares.
Em 2006, a sociedade “Avenida 35” alienou ao Fundo de Investimento Fechado Libertas I, pelo montante global de 6.100.000 Euros,
o prédio urbano sito na Avenida da Liberdade, nºs 29 a 41, e prédio urbano sito na Travessa da Glória, nºs 15, 17 e 19. Esta alienação
gerou uma mais-valia de 393.119 Euros e permitiu à “Avenida 35” reembolsar parte das prestações suplementares.
Anexos
às Demonstrações
Financeiras
131
132
Anexos
às Demonstrações
Financeiras
Privado Holding, SGPS, S.A. e Subsidiárias
Anexo às Demonstrações Financeiras Consolidadas em 31 de Dezembro de 2007 e 2006
(Montantes expressos em Euros)
O movimento ocorrido no valor de balanço destas participações nos exercícios de 2006 e 2007 e o respectivo impacto nas demonstrações
financeiras consolidadas pode ser demonstrado da seguinte forma:
Imoseagle
Cinco
IMOGHARB
Total
214.469
-
-
214.469
-
2.500
-
2.500
(174.227)
1.895.000
-
1.720.773
Avenida 35
Saldos em 31 de Dezembro de 2005
Aquisição
Prestações suplementares (Nota 11)
Transferência para activos não correntes detidos para venda (Nota 11)
-
(568.750)
-
(568.750)
Resultados em associadas (Nota 24)
50.992
-
-
50.992
Saldos em 31 de Dezembro de 2006
91.234
1.328.750
-
1.419.984
Aquisição de participação financeira
Reembolso de prestações suplementares
Transferência de / para activos não correntes detidos para venda (Nota 11)
Resultados em associadas e outras correcções (Nota 24)
Saldos em 31 de Dezembro de 2007
-
-
5.000.000
5.000.000
(36.431)
(1.895.000)
-
(1.931.431)
-
568.750
(1.500.000)
(931.250)
(3.390)
75.205
-
71.815
51.413
77.705
3.500.000
3.629.118
15. Imposto Sobre o Rendimento
Os saldos de activos e passivos por impostos sobre o rendimento em 31 de Dezembro de 2007 e 2006 eram os seguintes:
0000000000
Activos por impostos correntes:
• Imposto sobre o rendimento a recuperar
Passivos por impostos correntes:
• Pagamentos por conta
• Retenções na fonte (Nota 30)
• IRC a recuperar
• Pagamento especial por conta
• Estimativa de imposto corrente do exercício
Activos por impostos diferidos
Passivos por impostos diferidos
2007
2006
8.986.603
8.986.603
2.930.468
2.000.000
632.131
10.998
(5.905.049)
(331.452)
3.439.812
15.752
(4.355.299)
(899.735)
8.655.151
8.086.868
6.693.065
(65.962)
312.857
(1.086.142)
6.627.103
(773.285)
Privado Holding, SGPS, S.A. e Subsidiárias
Anexo às Demonstrações Financeiras Consolidadas em 31 de Dezembro de 2007 e 2006
(Montantes expressos em Euros)
A rúbrica “Imposto sobre o rendimento a recuperar” resulta de três liquidações adicionais de imposto pagas no primeiro semestre
de 2004, no primeiro semestre de 2005 e no primeiro semestre de 2006. As liquidações referem-se à correcção efectuada pela
Administração Fiscal, relativamente aos exercícios de 1999 a 2003, da imputação ao lucro tributável da Sucursal Financeira Exterior
na Zona Franca da Madeira (sujeita a regime de isenção temporária) dos resultados da sua participação no capital do Banco Privado
Português (Cayman) e da Geste.
As correcções aos exercícios de 1999 e 2000 não originaram liquidações adicionais de imposto mas apenas correcções ao reporte de
prejuízos fiscais. A correcção no montante total de 8.600.744 Euros relativa ao exercício de 2001 ocorreu em 2004, tendo resultado
no pagamento adicional de IRC no montante de 3.560.641 Euros.
No exercício de 2005, a correcção ao exercício de 2002, no montante de 8.374.774 Euros, originou um pagamento adicional de
imposto de 2.855.747 Euros. Em 2006, a correcção ao exercício de 2003, originou um pagamento adicional de imposto no montante
de 2.570.215 Euros.
O Conselho de Administração do Banco considera correcto o procedimento fiscal adoptado, pelo que após pagamento das liquidações
adicionais de imposto deduziu impugnação judicial, sendo, na sua opinião, recuperável o montante pago. Adicionalmente, o advogado
do Banco considera como bastante provável o sucesso das impugnações judiciais, pelo que não foi constituída qualquer provisão.
Em 31 de Dezembro de 2007, o saldo da rúbrica “IRC a recuperar” refere-se ao Imposto Sobre o Rendimento das Pessoas Colectivas
a recuperar decorrente da entrega de declaração de substituição do Modelo 22 do exercício de 2006 do Banco Privado.
De acordo com a legislação em vigor, as declarações fiscais estão sujeitas a revisão e correcção por parte das autoridades fiscais durante
um período de quatro anos, podendo resultar, devido a diferentes interpretações da legislação fiscal, eventuais correcções ao lucro
tributável. Deste modo, as declarações fiscais da Sociedade e das suas subsidiárias relativas aos exercícios de 2004 a 2007 poderão
vir ainda a ser sujeitas a revisão.
Na opinião do Conselho de Administração da Sociedade, não é previsível que qualquer outra correcção seja significativa para as demonstrações
financeiras em 31 de Dezembro de 2007.
Anexos
às Demonstrações
Financeiras
133
134
Anexos
às Demonstrações
Financeiras
Privado Holding, SGPS, S.A. e Subsidiárias
Anexo às Demonstrações Financeiras Consolidadas em 31 de Dezembro de 2007 e 2006
(Montantes expressos em Euros)
O detalhe e o movimento ocorrido nos impostos diferidos durante os exercícios de 2007 e 2006 foi o seguinte:
2007
Imputação de lucros de sociedades sujeitas a um regime fiscal privilegiado
Prejuízos fiscais reportáveis
Saldos em
31.12.2006
Variação em
resultados
Variação em
capital próprio
Saldos em
31-12-2007
157.142
2.982.971
-
3.140.113
17.975
2.761.632
-
2.779.607
-
721.088
-
721.088
3.782
28.717
-
32.499
133.958
(114.200)
-
19.758
Provisões temporariamente não aceites como custo
Activos intangíveis
Campanhas publicitárias
Valorização de activos financeiros disponíveis para venda
Reavaliação de instrumentos financeiros derivados
312.857
6.380.208
-
6.693.065
(1.017.761)
-
951.799
(65.962)
(48.381)
48.381
-
-
(1.066.142)
48.381
951.799
(65.962)
(753.285)
6.428.589
951.799
6.627.103
2006
Alteração de taxa
Saldos em
31.12.2005
Variação em
resultados
311.834
(148.762)
-
-
(5.930)
-
157.142
208.519
(69.506)
-
-
(5.055)
-
133.958
Transferências
Variação em
capital próprio
Resultados
Capital
próprio
Saldos em
31-12-2006
Imputação de lucros de sociedades sujeitas
a um regime fiscal privilegiado
Campanhas publicitárias
Prejuízos fiscais reportáveis
Activos intangíveis
-
17.975
-
-
-
-
17.975
60.795
(56.870)
-
-
(143)
-
3.782
Valorização de activos financeiros
disponíveis para venda
827
-
(827)
-
-
-
-
581.975
(257.163)
(827)
-
(11.128)
-
312.857
(1.017.761)
Valorização de activos financeiros
disponíveis para venda
Reavaliação de instrumentos financeiros derivados
-
-
827
(1.056.994)
-
38.406
(378.472)
328.265
-
-
1.826
-
(48.381)
(378.472)
328.265
827
(1.056.994)
1.826
38.406
(1.066.142)
203.503
71.102
-
(1.056.994)
(9.302)
38.406
(753.285)
A partir do exercício de 2007, de acordo com o Artigo 14º da Lei das Finanças Locais, a Derrama passa a corresponder, no máximo, a 1,5%
sobre o lucro tributável. Até ao final do exercício de 2006, correspondia a 10% sobre a colecta. Deste modo, em 31 de Dezembro de
2006, o Grupo registou os impostos diferidos activos e passivos originados por diferenças temporárias que se esperam reverter no
exercício de 2007 e seguintes, com base na taxa de 26,5%, ou seja, 25% (taxa de IRC) acrescida da Derrama (com excepção do imposto
referente aos prejuízos fiscais reportáveis em que utilizou apenas a taxa de IRC).
Privado Holding, SGPS, S.A. e Subsidiárias
Anexo às Demonstrações Financeiras Consolidadas em 31 de Dezembro de 2007 e 2006
(Montantes expressos em Euros)
Em 31 de Dezembro de 2007, o Grupo não registou impostos diferidos para as valias potencias dos instrumentos de capital registados
na rúbrica de “Activos financeiros disponíveis para venda” em virtude de serem participações detidas directamente por Sociedades Gestoras
de Participações Sociais e existir a intenção por parte do Conselho de Administração da sua permanência em carteira por um período
superior a 1 ano. Adicionalmente, o Grupo não regista impostos diferidos para as valias associadas a unidades de participação detidas
por sociedades não sujeitas a imposto.
A reconciliação entre a taxa nominal e a taxa efectiva de imposto verificadas nos exercícios de 2007 e 2006 pode ser demonstrada
como se segue:
2007
Taxa
Imposto
Taxa
Imposto
22.520.073
Resultado antes de impostos e de interesses minoritários
Imposto apurado com base na taxa nominal
2006
26,50%
5.967.819
22.442.671
27,50%
6.171.735
Impacto do regime de tributação da actividade da
Sucursal Financeira Exterior da Madeira (Nota 2.12)
-
-
3,20%
723.169
-34,50%
(7.760.460)
-13,40%
(3.005.558)
Prejuízo contabilístico do Banco
2,90%
664.161
-
-
Tributação autónoma
0,30%
75.000
-
-
-5,30%
(1.188.622)
-
-
Lucros de sociedades sujeitas a um regime fiscal privilegiado
Excesso de estimativa de impostos do exercício de 2006
Benefícios fiscais
Outro
-
-
-0,30%
(74.427)
2,40%
529.940
2,13%
478.580
-7,60%
(1.712.162)
19,13%
4.293.499
Em 31 de Dezembro de 2007 e 2006, o IRC a pagar tem a seguinte composição:
0000000000
2007
2006
Imposto sobre lucros:
• Privado Holding, S.A.
• Banco Privado
• Restantes subsidiárias
Imposto sobre lucros da Privado Holding e Subsidiárias
Pagamentos por conta
IRC a pagar
4.753.619
664.439
75.000
3.300.000
1.076.430
390.860
5.905.049
4.355.299
(2.930.468)
(3.439.812)
2.974.581
915.487
Anexos
às Demonstrações
Financeiras
135
136
Anexos
às Demonstrações
Financeiras
Privado Holding, SGPS, S.A. e Subsidiárias
Anexo às Demonstrações Financeiras Consolidadas em 31 de Dezembro de 2007 e 2006
(Montantes expressos em Euros)
Em 31 de Dezembro de 2007, o saldo da rúbrica “Restantes subsidiárias” inclui a estimativa de impostos da Privado Geste no montante
de 942.280 Euros.
No exercício findo em 31 de Dezembro de 2007, a rúbrica da demonstração dos resultados “Impostos correntes”, encontra-se deduzida
do excesso de estimativa da Privado Holding individual e do Banco Privado relativamente ao exercício de 2006, nos montantes de
556.491 Euros e 632.131 Euros, respectivamente.
16. Outros Activos
Em 31 de Dezembro de 2007 e 2006, esta rúbrica tem a seguinte composição:
0000000000
Devedores e outras aplicações
Património artístico
Comissões a receber:
• Comissões de gestão e custódia de activos
• Entidades geridas pela Capital Advisers
• Serviços de consultoria (Corporate Advisory)
Imoseagle 7
Vila do Bispo Resort
Associado em projectos imobiliários
Sector Público Administrativo:
• Retenção de impostos na fonte a recuperar
• Imposto sobre o valor acrescentado a recuperar
Adiantamentos a fornecedores
Aplicações - conta caução
Colaboradores
Fundação Serralves
Outros
Despesas com encargo diferido
Rendas e alugueres
Seguros
Outras
Contas de regularização activas
Operações sobre valores mobiliários a regularizar
Outras operações activas a regularizar
2007
2006
6.164.223
4.365.210
7.402.755
984.354
362.363
3.730.316
3.197.809
1.870.745
3.800.491
547.577
402.429
805.908
533.045
517.452
333.741
78.241
55.196
837.196
987.808
210.185
23.188
37.367
495.875
286.340
26.067.436
11.962.378
190.767
109.770
254.512
150.766
31.008
145.300
555.049
327.074
721.293.327
20.835
596.304.605
1.375.408
721.314.162
597.680.013
747.936.647
609.969.465
Privado Holding, SGPS, S.A. e Subsidiárias
Anexo às Demonstrações Financeiras Consolidadas em 31 de Dezembro de 2007 e 2006
(Montantes expressos em Euros)
Em 31 de Dezembro de 2007 e 2006, a rúbrica “Comissões de gestão e custódia de activos” corresponde à remuneração do Banco
Privado e Banco Privado (Cayman) pela sua actividade de gestão de activos de clientes referentes ao quarto trimestre de 2007 e 2006.
Estas comissões são cobradas no mês imediatamente subsequente ao final de trimestre.
Em 31 de Dezembro de 2007 e 2006, o saldo desta rúbrica pode ser detalhado da seguinte forma:
0000000000
Kendall Develops, SL
Liminorke – SGPS, S.A.
Privado Financeiras, S.A.
Zenith – SGPS, S.A.
Outros SPV
2007
2006
1.317.551
1.066.311
1.036.230
3.982.663
761.581
195.398
159.771
2.683.741
7.402.755
3.800.491
Em 31 de Dezembro de 2007 e 2006, a rúbrica “Entidades geridas pela Capital Advisers” corresponde às comissões cobradas pela
gestão das sociedades Ctema, Ceará e Stichting Ellipse Foundation.
Em 31 de Dezembro de 2007, o saldo da rúbrica “Imoseagle 7” refere-se ao custo de aquisição do imóvel sito na Avenida Alexandre
Herculano nº 40. Este imóvel foi adquirido no exercício de 2007 pela Imoseagle 7 com o objectivo de desenvolvimento de um projecto
imobiliário para uma futura construção de um condomínio fechado ou um hotel de charme.
Em 31 de Dezembro de 2007, o saldo da rúbrica “Vila do Bispo Resort” refere-se aos terrenos adquiridos pela Vale da Rã com o objectivo
de desenvolver um projecto imobiliário e turístico em Vila do Bispo e respectivas despesas directamente associadas ao projecto, nos
montantes de 2.475.090 Euros e 722.719 Euros, respectivamente. Em 2007, a Vale da Rã exerceu os direitos de aquisição de 94 hectares
da Herdade dos Pardieiros pelo montante de, aproximadamente, 2.000.000 Euros. No exercício findo em 31 de Dezembro de 2006,
os terrenos encontravam-se registados na rúbrica do activo “Propriedades de investimento” pelo montante de 398.828 Euros.
A rúbrica “Associado em projectos imobiliários” corresponde ao valor do crédito concedido pela Belt ao accionista fundador da Vale
da Rã e detentor do restante capital. Este crédito não vence juros nos primeiros dois anos e encontra-se garantido por hipoteca de terrenos.
No exercício de 2007, o accionista fundador da Vale da Rã utilizou parte deste empréstimo para financiar a aquisição de terrenos
pela Vale da Rã (Nota 20).
Em 31 de Dezembro de 2007 e 2006, a rúbrica “Imposto sobre o valor acrescentado a recuperar” inclui 395.601 Euros relacionados
com o pedido de reembolso de IVA apresentado pelo Banco Privado relativo ao direito de dedução conferido pela aplicação do método
do “pró-rata” dos exercícios de 1999 e 2000.
O saldo da rúbrica “Retenção de impostos na fonte a recuperar” refere-se ao montante pago pelo Banco Privado em Fevereiro de
2007 relativo à Declaração de Retenções na fonte de IRS/IRC e Imposto do Selo referente ao mês de Janeiro de 2007. A referida
Declaração foi submetida em nome do Técnico Oficial de Contas, ao invés de ser entregue em nome do Banco Privado. Em Dezembro
de 2007, o Banco Privado procedeu à submissão da Declaração em seu nome, bem como ao seu pagamento, tendo na mesma data
efectuado uma reclamação graciosa junto do Serviço de Finanças de Lisboa nº 2, por forma a recuperar o imposto pago em duplicado.
Anexos
às Demonstrações
Financeiras
137
138
Anexos
às Demonstrações
Financeiras
Privado Holding, SGPS, S.A. e Subsidiárias
Anexo às Demonstrações Financeiras Consolidadas em 31 de Dezembro de 2007 e 2006
(Montantes expressos em Euros)
Em 29 de Novembro de 2006, o Banco alienou à Fundação Serralves património artístico que se encontrava em exposição naquela
instituição pelo montante de 991.750 Euros. Com a alienação do património artístico a Sociedade registou uma mais valia de 363.001
Euros (Nota 30).
Em 31 de Dezembro de 2006, a rúbrica “Fundação Serralves” inclui o valor a liquidar pela Fundação Serralves pela aquisição de património
artístico da Sociedade, no montante de 495.875 Euros, correspondente à segunda e última prestação, a qual foi liquidada em Junho
de 2007.
Em 31 de Dezembro de 2007, a rúbrica “Devedores e outras aplicações - Outros” inclui comissões de angariação de fundos a receber
da Allfunds Bank, S.A., bem como a adiantamentos concedidos ao accionista Joma Advisers, nos montantes de 253.080 Euros
e 140.027 Euros, respectivamente.
Em 31 de Dezembro de 2007, a rúbrica “Operações sobre valores mobiliários a regularizar” corresponde ao montante a receber
resultante da venda de títulos maioritariamente a Estratégias e Veículos de Investimento administrados pelo Grupo, cuja liquidação
financeira ocorre no primeiro trimestre de 2008 e apresenta o seguinte detalhe por contraparte:
Estratégia de Retorno Absoluto
533.939.383
Clientes sob gestão discricionária
160.132.450
Instituições financeiras
26.045.011
Kendall Develops, SL II
1.176.484
721.293.327
Privado Holding, SGPS, S.A. e Subsidiárias
Anexo às Demonstrações Financeiras Consolidadas em 31 de Dezembro de 2007 e 2006
(Montantes expressos em Euros)
17. Recursos de Outras Instituições de Crédito
Esta rúbrica tem a seguinte composição:
0000000000
2007
2006
196.191.104
173.026.798
433.419
424.152
196.624.523
173.450.950
50.858.482
80.231.693
354.954.674
10.000.000
No país:
Empréstimos a curto prazo
Outros recursos
No estrangeiro:
Outros recursos
Empréstimos a curto prazo
Juros a pagar
405.813.156
90.231.693
602.437.679
263.682.643
5.872.635
1.508.505
608.310.314
265.191.148
A rúbrica “Empréstimos a curto prazo – no país” corresponde essencialmente a recursos obtidos junto das Caixas de Crédito Agrícola
Mútuo da Chamusca, Mafra, Bombarral, Leiria, Torres Vedras e Caixa Económica da Misericórdia Angra do Heroísmo.
Em 31 de Dezembro 2007, a rúbrica “Empréstimos a curto prazo – no estrangeiro” refere-se operações de reporte de títulos
celebrados pelo Grupo com o intuito de financiamento das Estratégias de Retorno Absoluto (Nota 10).
Em 31 de Dezembro de 2007 e 2006, os recursos de outras instituições de crédito apresentavam a seguinte estrutura, em termos de prazos
residuais de vencimento:
0000000000
Até três meses
De três meses a um ano
De um a cinco anos
2007
2006
526.972.728
79.609.527
1.728.059
228.815.848
31.375.300
5.000.000
608.310.314
265.191.148
Anexos
às Demonstrações
Financeiras
139
140
Anexos
às Demonstrações
Financeiras
Privado Holding, SGPS, S.A. e Subsidiárias
Anexo às Demonstrações Financeiras Consolidadas em 31 de Dezembro de 2007 e 2006
(Montantes expressos em Euros)
Os débitos para com instituições de crédito têm a seguinte composição por moeda e vencem juros às seguintes taxas anuais:
Moedas
Taxas médias
2007
2006
2007
2006
99,8%
100,0%
5,73%
4,01%
0,2%
-
5,00%
-
100,0%
100,0%
-
-
-
No país:
Empréstimos a curto prazo
• Euros
• Dólares Norte-Americanos
Outros recursos
• Euros
No estrangeiro:
Outros recursos
• Euros
96,6%
99,8%
3,00%
• Dólares Norte-Americanos
3,3%
0,2%
3,00%
-
• Outras moedas
0,1%
-
-
-
100,0%
100,0%
4,75%
3,42%
Empréstimos a curto prazo
• Euros
18. Recursos de Clientes e Outros Empréstimos
Esta rúbrica tem a seguinte composição:
0000000000
2007
2006
Depósitos de residentes:
Depósitos à ordem
41.998.887
103.973.561
Depósitos a prazo
155.543.478
154.935.522
197.542.365
258.909.083
Depósitos à ordem
219.491.840
113.324.171
Depósitos a prazo
162.573.432
42.335.388
382.065.272
155.659.559
579.607.637
414.568.642
Depósitos de não residentes:
Cheques e ordens a pagar
Juros a pagar de depósitos
105.975
89.111
5.049.465
1.922.762
584.763.077
416.580.515
Privado Holding, SGPS, S.A. e Subsidiárias
Anexo às Demonstrações Financeiras Consolidadas em 31 de Dezembro de 2007 e 2006
(Montantes expressos em Euros)
Em 31 de Dezembro 2007, a rúbrica “Depósitos de não residentes” inclui depósitos de Estratégias de Retorno Absoluto no montante
de 182.825.139 Euros, dos quais 100.112.533 Euros utilizados para financiar operações de reporte de títulos (Nota 10).
Os recursos de clientes e outros empréstimos em 31 de Dezembro de 2007 e 2006 apresentam a seguinte estrutura de acordo com
os respectivos prazos residuais até ao vencimento:
0000000000
Até três meses
De três meses a um ano
De um a cinco anos
2007
2006
430.276.066
135.554.111
13.777.460
314.340.012
88.380.014
11.848.616
579.607.637
414.568.642
Em 31 de Dezembro de 2007 e 2006, os depósitos a prazo de clientes residentes e não residentes venciam juros às seguintes taxas
de juro médias anuais e encontravam-se denominados nas seguintes moedas:
Moedas
• Euros
Taxas médias
2007
2006
2007
2006
2,97%
91,96%
87,79%
4,95%
• Dólares Norte-Americanos
7,54%
10,85%
4,75%
4,34%
• Libras Esterlinas
0,50%
1,36%
5,99%
4,58%
Anexos
às Demonstrações
Financeiras
141
142
Anexos
às Demonstrações
Financeiras
Privado Holding, SGPS, S.A. e Subsidiárias
Anexo às Demonstrações Financeiras Consolidadas em 31 de Dezembro de 2007 e 2006
(Montantes expressos em Euros)
19. Outros Passivos Subordinados
Em 31 de Dezembro de 2007 e 2006, esta rúbrica apresenta a seguinte composição:
0000000000
Obrigações de caixa subordinadas
Juros de obrigações de caixa subordinadas
2007
2006
7.481.968
42.554
7.481.968
36.007
7.524.522
7.517.975
A rúbrica “Obrigações de caixa subordinadas” corresponde a 748.196.846 obrigações de caixa subordinadas, com o valor unitário
de 0,01 Euros, emitidas em 24 de Novembro de 1998 por subscrição particular.
O pagamento de juros efectua-se semestral e postecipadamente, em 24 de Maio e 24 de Novembro de cada ano, correspondendo a taxa
de juro à média aritmética simples das taxas Euribor a 6 meses, divulgada cerca das 11 horas de Lisboa na página Reuters LBOA,
registadas nos últimos cinco dias úteis, contados a partir do antepenúltimo dia útil inclusive, anterior ao período semestral de contagem
de juros, acrescida de 1 ponto percentual e arredondada, se necessário, para o 1/16 de ponto percentual superior.
A amortização será feita ao par, de uma só vez, no dia 24 de Maio de 2008.
Privado Holding, SGPS, S.A. e Subsidiárias
Anexo às Demonstrações Financeiras Consolidadas em 31 de Dezembro de 2007 e 2006
(Montantes expressos em Euros)
20. Outros Passivos
Esta rúbrica tem a seguinte composição:
0000000000
2007
2006
Sector Público Administrativo:
• Retenção de impostos na fonte
592.473
518.359
• Contribuições para a Segurança Social
227.037
154.519
• Imposto sobre o valor acrescentado a pagar
109.589
-
1.984.176
1.144.974
363.477
442.310
721.664.060
692.208.401
Encargos a pagar:
• Férias e subsídio de férias
• Outros
Credores por operações sobre valores mobiliários
Associado em projectos imobiliários (Nota 16)
1.120.745
-
Fornecedores
454.819
53.297
Outros
191.239
42.846
726.707.615
694.564.706
Em 31 de Dezembro 2007 e 2006, a rúbrica “Encargos a pagar – Outros” inclui a estimativa de encargos com serviços de custódia
de títulos prestados por outras instituições financeiras ao Banco e a estimativa de despesas correntes a pagar no exercício subsequente.
Em 31 de Dezembro de 2007, a rúbrica “Credores por operações sobre valores mobiliários” corresponde ao montante a pagar resultante
da compra de títulos, cuja liquidação financeira ocorre no primeiro trimestre de 2008 e apresenta o seguinte detalhe por contraparte:
0000000000
Instituições financeiras
Estratégias de Retorno Absoluto
Clientes sob gestão discricionária
2007
460.526.165
135.106.827
126.031.068
721.664.060
Anexos
às Demonstrações
Financeiras
143
144
Anexos
às Demonstrações
Financeiras
Privado Holding, SGPS, S.A. e Subsidiárias
Anexo às Demonstrações Financeiras Consolidadas em 31 de Dezembro de 2007 e 2006
(Montantes expressos em Euros)
21. Capital Subscrito e Prémios de Emissão
Em 31 de Dezembro de 2003, o capital da Sociedade era composto por 50.000 acções com o valor nominal de 1 Euro cada, subscritas
por cinco accionistas em partes iguais.
Em 22 de Dezembro de 2004, a totalidade das acções representativas do capital do Banco Privado foram entregues pelos seus detentores
para realização em espécie do aumento de capital da Sociedade. Na sequência desta operação foram emitidas 125.000.000 acções
com valor nominal de 1 Euro e um prémio de emissão de 16 cêntimos por acção.
Na mesma data, foi efectuado um aumento de capital reservado a novos accionistas tendo sido subscritas e realizadas em dinheiro
25.000.000 acções representativas do capital da Sociedade, com valor nominal e um prémio de emissão de 1 Euro por acção.
Desta forma, em 31 de Dezembro de 2007 e 2006, o capital da Sociedade está representado por 150.050.000 acções com o valor nominal
de 1 Euro cada, integralmente subscrito e realizado.
Nos termos da Portaria nº 408/99, de 4 de Junho, publicada no Diário da República – I Série B, nº 129, os prémios de emissão não podem
ser utilizados para a atribuição de dividendos nem para a aquisição de acções próprias.
Em 31 de Dezembro de 2007 e 2006, a estrutura accionista é a seguinte:
2007
2006
Nº de Acções
%
Nº de Acções
%
20.362.104
13,57
20.362.104
13,57
9.675.579
6,4
59.675.579
6,45
Alfa Europa Eco, S.A.
8.147.556
5,43
8.147.556
5,43
Bascol, SGPS, S.A.
5.214.947
3,48
5.214.947
3,48
Sofip, SGPS, S.A.
4.469.875
2,98
4.469.875
2,98
Joma Advisers
Francisco Pinto Balsemão
Saviotti, SGPS, S.A.9.502.3156,339.502.3156,33
Partners Equity Trust
Outros (participações inferiores a 5%)
3.730.584
2,49
9.512.505
6,34
88.947.0405
59,27
83.165.1195
55,42
150.050.000
100,00
150.050.000
100,00
Em 22 de Dezembro de 2004, no processo de aumento de capital reservado a novos accionistas da Privado Holding, o Partners
Equity Trust, entidade constituída sob as leis da República da Nova Zelândia que tem como objecto exclusivo a gestão do programa
de atribuição de acções a colaboradores da Privado Holding, subscreveu um lote de 5.000.000 acções da Privado Holding.
Para financiar a aquisição destas acções, esta entidade obteve um crédito junto do Banco Privado Português (Cayman), Ltd., tendo
constituído um contrato de penhor sobre as acções como garantia do financiamento obtido.
Durante o ano de 2005, uma Instituição de Crédito Austríaca assegurou este financiamento, em termos similares aos anteriormente
assegurados pelo Banco Privado Português (Cayman), Ltd., por um prazo total de três anos, tendo por garantia o penhor dessas acções.
Privado Holding, SGPS, S.A. e Subsidiárias
Anexo às Demonstrações Financeiras Consolidadas em 31 de Dezembro de 2007 e 2006
(Montantes expressos em Euros)
Ainda durante o ano de 2005, os colaboradores englobados no programa de atribuição de acções referente ao quadriénio 20002003, exerceram as respectivas opções de compra de acções atribuídas, tendo alienado as mesmas ao Partners Equity Trust, num lote
global de 4.512.505 acções.
Para a aquisição deste lote, esta entidade obteve um novo crédito junto do Banco Privado Português (Cayman), Ltd., tendo
constituído um contrato de penhor sobre as acções como garantia do financiamento obtido. Em 2007, o Trust reembolsou parte do
empréstimo contraído através da venda das acções aos colaboradores do Banco, permanecendo 3.179.538 Euros em dívida em 31
de Dezembro de 2007, sendo este o valor a que se refere a rúbrica de “Acções próprias”.
22. Outros Instrumentos de Capital
Em 31 de Dezembro de 2007, o saldo desta rúbrica corresponde à diferença entre os dividendos atribuídos a acções próprias e os juros
de financiamento concedido pelo Banco Privado Português (Cayman), Ltd. para a sua aquisição (Nota 24).
Em 31 de Dezembro de 2006, o saldo desta rúbrica correspondia ao valor do prémio das opções de atribuição de acções da Privado
Holding aos colaboradores do Banco, bem como à diferença entre os dividendos atribuídos a acções próprias e os juros de financiamento
concedido pelo Banco Privado Português (Cayman), Ltd. para a sua aquisição (Nota 24).
A disponibilização das opções aos colaboradores estava condicionada à sua permanência nos quadros do Banco durante o quadriénio
2004-2007. Adicionalmente, o número de opções atribuídas a cada colaborador era variável de acordo com o número de meses em
que esteve abrangido pelo plano e pelo facto de ser membro executivo do Conselho de Administração do Banco.
O Grupo estimava que os colaboradores, pelo exercício das opções a atribuir, viessem a subscrever 8.960.413 acções. Conforme
referido na Nota 2.15, em Junho de 2007 os colaboradores do Banco e três dos seus administradores adquiriram 6.997.079 acções,
representativas de 4,66% do capital da Sociedade.
O valor das opções foi calculado utilizando como referência o preço pelo qual as acções da Privado Holding foram transaccionadas
no último trimestre do exercício de 2006 (2,12 Euros por acção). Desta forma, o valor da opção foi calculado pela actualização, a taxas
médias de mercado, da diferença entre o valor de transacção observado no final de 2006 e o preço de exercício da opção (2 Euros),
ou seja, 0,1109 Euros por acção.
O Conselho de Administração entendia que o valor da opção apurado desta forma, não divergia significativamente do valor que
resultaria caso fosse utilizado um modelo de avaliação de opções.
Anexos
às Demonstrações
Financeiras
145
146
Anexos
às Demonstrações
Financeiras
Privado Holding, SGPS, S.A. e Subsidiárias
Anexo às Demonstrações Financeiras Consolidadas em 31 de Dezembro de 2007 e 2006
(Montantes expressos em Euros)
23. Acções Próprias
Durante o ano de 2005, os colaboradores englobados no programa de atribuição de acções referente ao quadriénio 2000-2003, exerceram
as respectivas opções de compra, tendo alienado as acções adquiridas ao Partners Equity Trust, num lote global de 4.512.505 acções
ao preço unitário de 2 Euros cada.
Para financiar esta aquisição, o Trust obteve um crédito junto do Banco Privado Português (Cayman), Ltd., tendo constituído um
contrato de penhor sobre as acções como garantia do financiamento obtido. Em 2007, o Trust reembolsou parte do empréstimo
contraído através da venda das acções aos colaboradores do Banco, permanecendo em dívida 3.179.538 Euros.
No âmbito de uma operação de liquidez realizada no exercício de 2006, os accionistas da Sociedade foram convidados a transmitir
intenções de compra/venda de acções. Na sequência desta operação, a Privado Holding adquiriu um lote de 3.001.000 acções pelo
valor de 2,12 Euros cada, correspondentes a 2% do capital.
Em Junho de 2007, as acções adquiridas no evento de liquidez realizado em 2006, foram alienadas ao preço médio unitário de 2,36 Euros
(preço global de 7.096.610 Euros), gerando um ganho de 734.490 Euros (Nota 24).
24. Reservas, Resultados Transitados e Lucro do Exercício
Em 31 de Dezembro de 2007 e 2006, as rubricas de reservas e resultados transitados têm a seguinte composição:
0000000000
2007
2006
1.308.806
549.676
Outras reservas e resultados transitados:
• Reserva legal
• Outras reservas
• Resultados transitados
734.490
-
24.902.831
13.818.704
26.946.127
14.368.380
Reservas de justo valor
10.391.984
2.822.848
Lucro do exercício
24.407.124
18.181.606
61.627.231
35.372.834
Privado Holding, SGPS, S.A. e Subsidiárias
Anexo às Demonstrações Financeiras Consolidadas em 31 de Dezembro de 2007 e 2006
(Montantes expressos em Euros)
Reserva legal
De acordo com o disposto no Decreto-Lei nº 298/92, de 31 de Dezembro, alterado pelo Decreto-Lei nº 201/2002, de 26 de Setembro,
a Sociedade constitui um fundo de reserva legal até à concorrência do seu capital ou ao somatório das reservas livres constituídas e dos
resultados transitados, se superior. Para tal, é anualmente transferido para esta reserva uma fracção não inferior a 10% dos lucros
líquidos apurados em cada exercício, até perfazer o referido montante. Esta reserva só pode ser utilizada para a cobertura de prejuízos
acumulados ou para aumentar o capital.
Reserva de justo valor
A reserva de justo valor reflecte as mais e menos-valias potenciais em activos financeiros disponíveis para venda, líquidas do correspondente
efeito fiscal.
Dividendos
Na Assembleia Gerais da Sociedade realizadas em 28 de Março de 2007 e 31 de Março de 2006, foram deliberadas as distribuições
de dividendos relativos ao exercício de 2006 e 2005, nos montantes de 8.252.750 Euros e 5.701.900 Euros, respectivamente, dos quais
590.021 Euros e 361.475 Euros atribuídos a acções próprias.
Em reunião do Conselho de Administração realizada no dia 9 de Julho de 2005, foi deliberada a distribuição de dividendos antecipados
no montante de 3.517.500 Euros, dos quais 117.210 Euros atribuídos a acções próprias.
Anexos
às Demonstrações
Financeiras
147
148
Anexos
às Demonstrações
Financeiras
Privado Holding, SGPS, S.A. e Subsidiárias
Anexo às Demonstrações Financeiras Consolidadas em 31 de Dezembro de 2007 e 2006
(Montantes expressos em Euros)
Lucro do exercício
A determinação do resultado líquido consolidado nos exercícios de 2007 e 2006 pode ser demonstrada da seguinte forma:
0000000000
Resultado líquido individual da Privado Holding (Contas estatutárias)
2007
2006
27.142.467
15.182.590
Contribuição das filiais para o resultado:
• Geste Advisers
31.565.483
8.489.247
• Privado Geste
30.288.769
12.963.623
• Privado Development Capital Advisers
645.476
592.990
• Kinetics
283.436
179.415
• Banco Privado Português (Cayman)
97.460
(17.349)
• Privado Development Capital Promoters
(1.402)
(232)
• Imoprivado
(8.009)
(46.705)
• Privado Fundos
(8.954)
(5.340)
• Privado Seguros
(19.481)
-
• BPP – Escritório de Representação no Brasil
(20.610)
(47.757)
• Imoseagle Sete
(47.282)
-
• Lusandal
(78.489)
-
• PCapital
(232.606)
519.640
• Vale da Rã
• Banco Privado Português, S.A.
(243.411)
(27.517)
(9.328.694)
14.889.449
52.891.686
37.489.464
71.815
50.992
(21.857.657)
(8.301.509)
Ajustamentos ao resultado líquido do Grupo:
• Contribuição para o resultado das empresas associadas (Nota 14)
• Eliminação dos dividendos recebidos pela Privado Holding:
- Privado Geste
- PCapital
- Banco Privado
(387.549)
-
-
(7.368.624)
(592.990)
(1.133.943)
-
(9.325.939)
(31.400.000)
(8.250.000)
• Eliminação dos dividendos recebidos pelo Banco Privado:
- Privado Development Capital Advisers
- Banco Privado Português (Cayman)
• Eliminação dos dividendos recebidos pela Privado Geste:
- Geste Advisers
• Interesses minoritários (Nota 25)
• Anulação dos juros de financiamento concedido para aquisição de acções próprias
• Anulação das provisões para riscos gerais de crédito e risco-país, liquidas de impostos diferidos
• Mais valias de alienação das acções próprias (Nota 23)
• Anulação das provisões, líquidas de reversões constituídas pelo Banco Privado Português (Cayman)
• Outros
Resultado líquido consolidado
174.889
32.434
(135.095)
(303.410)
451.145
121.243
(734.490)
-
(1.527.311)
-
310.214
(11.692)
(55.627.029)
(34.490.448)
24.407.124
18.181.606
Privado Holding, SGPS, S.A. e Subsidiárias
Anexo às Demonstrações Financeiras Consolidadas em 31 de Dezembro de 2007 e 2006
(Montantes expressos em Euros)
O provisionamento do crédito nas demonstrações financeiras individuais do Banco Privado Português, S.A. foi determinado de acordo
com o disposto no Aviso do Banco de Portugal nº 3/95, com as alterações introduzidas pelo Aviso do Banco de Portugal nº 8/03, de
30 de Junho, de acordo com os princípios consagrados nas Normas de Contabilidade Ajustadas. Para efeitos consolidados, o crédito
a clientes é reconhecido em balanço ao custo amortizado, deduzido de eventuais perdas de imparidade.
As mais-valias realizadas pelo Banco relativamente à alienação de acções da Privado Holding foram anuladas no resultado líquido
consolidado por contrapartida da rúbrica de “Outras reservas” da situação líquida.
Em 2006, com a adopção das IFRS foi anulada por contrapartida de resultados transitados a provisão para riscos e encargos que
tinha sido anteriormente constituída pelo BPP Cayman, no montante de 2.000.000 Euros. Esta provisão apenas foi revertida nas
demonstrações financeiras do BPP Cayman no exercício de 2007. Adicionalmente, no exercício de 2007, o BPP Cayman registou
uma provisão para fazer face ao montante em dívida do Escritório de Representação do Brasil, no montante de 472.689 Euros, em
virtude do acordo de perdão da dívida celebrado entre estas duas entidades. Esta provisão é anulada nas demonstrações financeiras
consolidadas.
25. Interesses Minoritários
Em 31 de Dezembro de 2007 e 2006, o valor das participações de terceiros em filiais e a parcela do lucro consolidado atribuível a accionistas
minoritários tem a seguinte distribuição por entidade:
2007
Vale da Rã – Investimentos turísticos e imobiliários, S.A.
Privado Seguros – Corretores e Consultores, S.A.
Belt Finance S.A.R.L.
Lusandal – Sociedade Imobiliária, S.A.
2006
Participações
Lucro
Participações
Lucro
1.126.960
107.831
186.641
12.190
66.426
3.896
-
-
1.955.840
23.917
1.979.749
20.244
(14.368)
39.245
-
-
3.134.858
174.889
2.166.390
32.434
Anexos
às Demonstrações
Financeiras
149
150
Anexos
às Demonstrações
Financeiras
Privado Holding, SGPS, S.A. e Subsidiárias
Anexo às Demonstrações Financeiras Consolidadas em 31 de Dezembro de 2007 e 2006
(Montantes expressos em Euros)
26. Juros e Rendimentos e Juros e Encargos Similares
Estas rubricas têm a seguinte composição:
0000000000
2007
2006
Juros de outros activos financeiros ao justo valor através de resultados
22.861.504
12.709.419
Juros de crédito interno
17.893.046
14.468.173
Juros de aplicações em instituições de crédito
8.534.023
2.107.483
Juros de activos financeiros detidos para negociação
6.987.317
362.276
Outros juros e rendimentos similares
3.092.661
3.181.149
59.368.551
32.828.500
Juros e rendimentos similares:
Juros e encargos similares:
Juros de depósitos a prazo de clientes
24.594.479
11.986.615
Juros de recursos de instituições de crédito – a prazo
7.792.080
1.394.816
Juros de depósitos á ordem de clientes
6.664.937
3.650.474
Juros de outros passivos subordinados
385.321
296.941
Juros de recursos de instituições de crédito – de curto prazo
Outros juros e encargos similares
-
67.920
2.524.350
3.072.944
41.961.167
20.469.710
Em 31 de Dezembro de 2007 e 2006, as rubricas “Outros Juros e Rendimentos similares” e “Outros Juros e encargos similares” respeitam
essencialmente a juros de instrumentos financeiros derivados.
27. Rendimentos de Instrumentos de Capital
Esta rúbrica tem a seguinte composição:
0000000000
Profit Participating Notes
Outros dividendos recebidos
2007
2006
8.000.000
-
431.383
169.190
8.431.383
169.190
Privado Holding, SGPS, S.A. e Subsidiárias
Anexo às Demonstrações Financeiras Consolidadas em 31 de Dezembro de 2007 e 2006
(Montantes expressos em Euros)
Em 16 de Outubro de 2007, a Privado Holding subscreveu 40.000.000 Euros de German Silent Profit Participating Notes (“PPN”),
pelo prazo de 8 semanas, emitidas pela Mertus Zweite GmbH. Na mesma data, celebrou com o Dresdner Bank AG um Credit Default
Swap (“CDS”) sobre esta emissão, por forma a cobrir integralmente o risco de crédito do emitente.
Simultaneamente, a Privado Holding realizou com o Banco Privado um Back-to-Back Credit Default Swap com condições contratuais
simétricas às contratadas com o Dresdner Bank.
Resumidamente, os termos das condições contratuais celebradas foram:
Privado Holding:
i) Receberia o montante eventualmente distribuído pelas PPN, acrescido de juros à taxa Euribor a 2 meses calculados sobre o montante
nocional;
ii) Entregaria ao Banco Privado juros à taxa Euribor a 2 meses calculados sobre o montante nocional; e
iii) Receberia do Banco Privado e entregaria ao Dresdner Bank, AG 91,5% do montante bruto distribuído pelas PPN.
Banco Privado:
i) No início do contrato entregaria 40.000.000 Euros ao Dresdner Bank AG por conta da Privado Holding, de modo a subscrever as PPN;
ii) Pagaria à Privado Holding 91,5% do montante bruto eventualmente distribuído pelas PPN, deduzido de juros à taxa Euribor a 2 meses
calculados sobre o montante nocional; e
iii) No final do contrato receberia do Dresner Bank, através da Privado Holding, os 40.000.000 Euros entregues no início do contrato,
acrescidos ou deduzidos do diferencial para o justo valor do CDS na “Termination date” (11 de Dezembro de 2007).
Na “Termination date” o justo valor do CDS coincidiu com o seu valor nocional.
Anexos
às Demonstrações
Financeiras
151
152
Anexos
às Demonstrações
Financeiras
Privado Holding, SGPS, S.A. e Subsidiárias
Anexo às Demonstrações Financeiras Consolidadas em 31 de Dezembro de 2007 e 2006
(Montantes expressos em Euros)
28. Rendimentos e Encargos com Serviços e Comissões
Uma das actividades das Subsidiárias da Privado Holding refere-se à gestão de activos financeiros de investidores institucionais
e particulares. Em 31 de Dezembro de 2007 e 2006, as comissões obtidas pelo Grupo têm o seguinte detalhe:
0000000000
2007
2006
Rendimentos de serviços e comissões
Private Banking:
Estratégias de Retorno Absoluto
10.682.387
8.759.708
• Estratégias de Retorno Relativo
3.480.246
2.018.276
• Comissões de gestão directamente cobradas a clientes
2.955.136
2.947.713
• Comissões de custódia
1.864.202
1.742.339
361.023
357.911
Corporate Advisory
Entidades geridas pela Capital Advisers:
• Stichting Ellipse Foundation
310.040
310.040
• Ceará
252.055
251.366
• Ctema
87.058
86.820
40.634.381
5.988.034
1.156.630
676.171
61.783.158
23.138.378
Por serviços de custódia
579.282
484.078
Taxas de supervisão
343.464
211.714
Por operações sobre valores mobiliários
126.055
824.805
Por outros serviços bancários
189.774
473.951
1.238.575
1.994.548
Private Equity
Comissões por serviços bancários e outras comissões
Encargos com serviços e comissões
Em 31 de Dezembro de 2007 e 2006, a rúbrica “Estratégias de Retorno Relativo” inclui as comissões cobradas pela gestão do fundo
Iberian Opportunities Fund, nos montantes de 1.331.461 Euros e 1.549.941 Euros, respectivamente.
Privado Holding, SGPS, S.A. e Subsidiárias
Anexo às Demonstrações Financeiras Consolidadas em 31 de Dezembro de 2007 e 2006
(Montantes expressos em Euros)
Em 31 de Dezembro de 2007 e 2006, o saldo da rúbrica “private equity” apresentava o seguinte detalhe:
2007
Estruturação
e montagem
Gestão
Intermediação
Performance
Total
Strand Ventures
-
-
-
23.579.661
23.579.661
Kendall Develops, SL
-
4.359.363
1.194.990
-
5.554.353
1.135.867
3.147.604
-
-
4.283.471
-
332.291
44.500
3.051.311
3.428.102
Liminorke - SGPS, S.A.
645.000
2.769.691
-
-
3.414.691
Kendall II Develops, SL
-
168.608
-
-
168.608
Global Private Equity Selection
-
104.167
-
-
104.167
Cimbalo
-
101.328
-
-
101.328
1.780.867
10.983.052
1.239.490
Privado Financeiras, S.A.
Zenith - SGPS, S.A.
26.630.972 40.634.381
2006
Estruturação
e montagem
Gestão
Intermediação
Total
Kendall Develops, SL
715.517
2.473.902
749.850
3.939.269
Liminorke - SGPS, S.A.
820.800
195.399
-
1.016.199
Zenith - SGPS, S.A.
100.377
560.128
3.068
663.573
Ashurst Management, Ltd.
-
-
350.000
350.000
Cimbalo
-
18.993
-
18.993
1.636.694
3.248.422
1.102.918
5.988.034
Anexos
às Demonstrações
Financeiras
153
154
Anexos
às Demonstrações
Financeiras
Privado Holding, SGPS, S.A. e Subsidiárias
Anexo às Demonstrações Financeiras Consolidadas em 31 de Dezembro de 2007 e 2006
(Montantes expressos em Euros)
29. Resultados em Operações Financeiras
Estas rubricas têm a seguinte composição:
0000000000
2007
2006
(6.213.946)
2.559.237
Resultados cambiais
• Reavaliação da posição cambial
Resultados em activos e passivos detidos para negociação:
• Instrumentos de dívida
(6.446.225)
297.059
• Instrumentos de capital
3.373.182
2.728.489
- Forward rate agreement (Nota 8)
649.322
(103.873)
- Opções
359.047
(87.132)
(7.808.199)
-
(10.522.195)
2.834.543
(16.409.078)
(1.416.017)
-
827.460
(32.495.897)
4.805.223
• Instrumentos derivados
- Credit Default Swap
Resultados em outros activos financeiros ao justo valor através de resultados
• Instrumentos de dívida
Resultados em activos financeiros disponíveis para venda
• Instrumentos de capital
Em 31 de Dezembro de 2007, a rúbrica “Resultados em activos e passivos detidos para negociação – Instrumentos de dívida” inclui
as menos-valias realizadas com a alienação das obrigações Totta Rendimento China 6% e Stanlin Float 28/03/2018, nos montantes
de 2.528.594 Euros e 934.404 Euros, respectivamente.
Em 31 de Dezembro de 2007, a rúbrica “Resultados em activos e passivos detidos para negociação – Instrumentos de capital” inclui
a mais-valia realizada com a alienação da participação na M. Dias Branco no montante de 3.621.199 Euros (Nota 11). Na mesma
data, o saldo desta rúbrica inclui a menos-valia com o Banco BPI, S.A. no montante de 2.760.513 Euros.
Em 31 de Dezembro de 2006, a rúbrica “Resultados em activos e passivos detidos para negociação – Instrumentos de capital” inclui
a mais-valia realizada no primeiro trimestre de 2006 com a alienação de uma participação na Brisa – Auto-estradas de Portugal, S.A.,
no montante de 1.133.806 Euros. Esta participação era inferior a 1% e também tinha sido adquirida no primeiro trimestre de 2006.
Em 31 de Dezembro de 2007, a rúbrica “Instrumentos derivados” inclui 91,5% do montante bruto distribuído pelas PPN cujo valor
ascendeu a 7.320.000 Euros (Nota 27).
Privado Holding, SGPS, S.A. e Subsidiárias
Anexo às Demonstrações Financeiras Consolidadas em 31 de Dezembro de 2007 e 2006
(Montantes expressos em Euros)
Em 31 de Dezembro de 2007, a rúbrica “Resultados em outros activos financeiros ao justo valor através de resultados” inclui as menos-valias
com os seguintes títulos:
0000000000
2007
SYDBK STRNT 29/04/2049
FARIRWAY CDO 6% 06/16
CAJA MM STRNT 17/10/2016
GS FLOAT 04/10/2012
HBOS FLOAT 17-12
ERSTBK STRNT 29/07/2017
1.872.442
1.350.696
1.027.344
880.739
811.502
810.057
6.752.780
Outras valias inferiores a 800.000 Euros
9.656.298
16.409.078
Em 31 de Dezembro de 2006, a rúbrica “Resultados em activos financeiros disponíveis para venda” inclui a mais valia realizada pela
alienação da participação de 7% na sociedade Kendall Develops, SL, no montante de 794.300 Euros (Nota 7).
30. Outros Resultados de Exploração
Estas rubricas têm a seguinte composição:
0000000000
Outros rendimentos de exploração
Mais valias em activos não financeiros:
• Despesas de constituição
• Vale da Rã (Nota 3)
• Cidade Jardim
• Património artístico (Nota 16)
Impostos indirectos
Outros
Outros encargos de exploração
Donativos e quotizações
Impostos:
• Directos
• Indirectos
Outros
2007
2006
86.923
212.409
63.481
362.813
4.400.000
950.000
363.001
99.331
61.729
5.874.061
444.587
411.213
218.705
53.009
163.034
879.335
337.937
76.573
72.089
897.812
(516.522)
4.976.249
Anexos
às Demonstrações
Financeiras
155
156
Anexos
às Demonstrações
Financeiras
Privado Holding, SGPS, S.A. e Subsidiárias
Anexo às Demonstrações Financeiras Consolidadas em 31 de Dezembro de 2007 e 2006
(Montantes expressos em Euros)
A rúbrica “Mais valias em activos não financeiros – Despesas de constituição” refere-se a despesas incorridas com a escritura de aumento
de capital e alteração do contrato do Banco Privado celebrada em Agosto de 2000 e respectivos juros indemnizatórios nos montantes
de 74.820 Euros e 12.403 Euros, respectivamente. Estes montantes foram reembolsados pela Direcção Geral dos Registos e do Notariado
como resultado de uma decisão do Supremo Tribunal Administrativo.
No exercício de 2006, a Privado Geste cedeu a clientes a posição contratual que detinha desde o final de 2005 para a aquisição de vinte
fracções de luxo no bairro “Cidade Jardim” sito na região nobre da cidade de São Paulo – Brasil. Com a cedência da posição, a Privado
Geste registou uma mais valia de 950.000 Euros.
Em 31 de Dezembro de 2007 e 2006, a rúbrica de “Outros rendimentos de exploração – Impostos indirectos” corresponde ao IVA a recuperar
resultante do apuramento definitivo da taxa de pró-rata. A Sociedade apenas procede ao apuramento da taxa de pró-rata definitiva
no exercício subsequente.
O saldo da rúbrica “Outros encargos de exploração – Impostos Directos” inclui a diferença entre o imposto retido na Alemanha
(26,375%) e o montante de imposto que seria liquidado em Portugal (25%) decorrente do acordo de dupla tributação celebrado
entre estes dois países, relativamente ao rendimento distribuído pelas PPN (Nota 27). O imposto que seria liquidado em Portugal
decorrente do acordo de dupla tributação no montante de 2.000.000 Euros, foi registado como um valor a recuperar na rúbrica do balanço
“Passivos por impostos correntes” (Nota 15).
31. Custos com Pessoal
Esta rúbrica tem a seguinte composição:
0000000000
2007
2006
927.015
723.346
76.008
76.008
9.215.147
6.620.336
255.087
255.087
Órgãos de gestão:
• Remunerações
• Programa de atribuição de acções
Empregados:
• Remunerações
• Programa de atribuição de acções
Encargos sociais obrigatórios:
• Encargos relativos a remunerações
• Outros encargos sociais obrigatórios
Outros custos com o pessoal
1.230.505
960.105
416.758
297.475
310.929
544.542
12.431.449
9.476.899
Privado Holding, SGPS, S.A. e Subsidiárias
Anexo às Demonstrações Financeiras Consolidadas em 31 de Dezembro de 2007 e 2006
(Montantes expressos em Euros)
Em 31 de Dezembro de 2007 e 2006, a Sociedade não dispunha de quadro próprio de pessoal, estando as tarefas inerentes ao seu
funcionamento a cargo do efectivo do Banco e das restantes subsidiárias. O número de efectivos ao serviço do Banco e das restantes
subsidiárias, nestas datas, estava decomposto pelas seguintes funções:
0000000000
2007
2006
Administradores
4
4
Directores - Coordenadores
6
2
23
21
Directores
Directores - Adjuntos
2
9
Sub-Directores
23
18
Outros quadros
100
60
Administrativos
26
19
184
133
2007
2006
Serviços especializados
6.218.015
4.065.199
Deslocações, estadias e representação
2.537.484
1.829.519
Rendas e alugueres
1.817.818
1.558.374
Publicidade e edição de publicações
1.233.277
1.006.063
Comunicações
758.852
660.746
Água energia e combustíveis
446.275
329.385
Material de consumo corrente
401.924
312.948
Conservação e reparação
266.827
175.589
Seguros
211.399
119.456
Outros serviços de terceiros
131.830
210.850
53.852
130.876
14.077.553
10.399.005
32. Outros Gastos Administrativos
Esta rúbrica tem a seguinte composição:
0000000000
Outros fornecimentos de terceiros
Anexos
às Demonstrações
Financeiras
157
158
Anexos
às Demonstrações
Financeiras
Privado Holding, SGPS, S.A. e Subsidiárias
Anexo às Demonstrações Financeiras Consolidadas em 31 de Dezembro de 2007 e 2006
(Montantes expressos em Euros)
33. Imparidade e Provisões
O movimento na Imparidade nos exercícios de 2007 e 2006 foi o seguinte:
2007
Saldos em
31-12-2006
Imparidade de activos financeiros disponíveis para venda (Nota 7)
Imparidade para crédito a clientes (Nota 10)
Provisão para outros riscos e encargos
Reforços
Diferenças
de câmbio
Saldos em
31-12-2007
227.790
-
(24.000)
203.790
9.853
-
-
9.853
237.643
-
(24.000)
213.643
-
2.721.088
-
2.721.088
237.643
2.721.088
(24.000)
2.934.731
Reforços
Diferenças
de câmbio
Saldos em
31-12-2006
254.302
-
(26.512)
227.790
9.853
-
-
9.853
264.155
-
(26.512)
237.643
2006
Saldos em
31-12-2005
Imparidade de activos financeiros disponíveis para venda (Nota 7)
Imparidade para crédito a clientes (Nota 10)
As provisões para outros riscos e encargos correspondem à melhor estimativa do Grupo de eventuais montantes a despender na resolução
de contingências diversas decorrentes da sua actividade.
Privado Holding, SGPS, S.A. e Subsidiárias
Anexo às Demonstrações Financeiras Consolidadas em 31 de Dezembro de 2007 e 2006
(Montantes expressos em Euros)
34. Passivos Contingentes e Compromissos
Os passivos contingentes associados à actividade bancária encontram-se registados em rubricas extrapatrimoniais e apresentam
o seguinte detalhe:
0000000000
2007
2006
• Garantias prestadas
8.892.444
4.345.980
• Activos dados em garantia
1.243.182
1.069.883
10.053.060
4.779.322
1.192.941
1.019.358
Passivos eventuais:
Compromissos:
• Sistema de Indemnização aos Investidores
Depósito e guarda de valores, dos quais:
• Estratégias de investimento e SPV de Private Equity
2.133.508.121
940.935.497
• Outros clientes
3.720.507.487
3.049.236.299
5.854.015.608
3.990.171.796
Valores administrados, dos quais:
• Estratégias de investimento e SPV de Private Equity
1.504.855.559
691.196.106
• Outros clientes
3.457.723.078
3.013.709.617
4.962.578.637
3.704.905.723
• Estratégias de investimento e SPV de Private Equity
2.064.129.121
1.609.698.668
• Outros clientes
3.520.669.236
2.776.515.074
5.584.798.357
4.386.213.742
Serviços prestados por terceiros, dos quais:
Em 31 de Dezembro de 2007 e 2006, o saldo da rúbrica “Activos dados em garantia” corresponde ao valor dos títulos dados em
garantia pelo Banco para cobertura de compromissos assumidos.
Anexos
às Demonstrações
Financeiras
159
160
Anexos
às Demonstrações
Financeiras
Privado Holding, SGPS, S.A. e Subsidiárias
Anexo às Demonstrações Financeiras Consolidadas em 31 de Dezembro de 2007 e 2006
(Montantes expressos em Euros)
Em 31 de Dezembro de 2007 e 2006, a rúbrica “Activos dados em garantia” corresponde ao valor de mercado de títulos de dívida
dados em garantia pelo Grupo (Nota 6) relativamente às seguintes situações:
0000000000
Sistema de Indemnização aos Investidores (SII)
Fundo de Garantia de Depósitos
2007
2006
1.192.941
1.019.358
50.241
50.525
1.243.182
1.069.883
Na rúbrica “Depósito e guarda de valores” estão registados os valores das carteiras de títulos geridas pela Sociedade e subsidiárias
e depositadas na própria instituição.
A rúbrica “Valores administrados” corresponde ao valor do património líquido das carteiras sob gestão e depositadas na própria
instituição. Em 31 de Dezembro de 2007 e 2006, este património inclui a valorização dos SPV de Private Equity sob gestão do Grupo
nos montantes de 1.504.855.559 Euros e 1.309.601.608 Euros, respectivamente. Desta forma, nestas datas, o valor líquido dos
restantes patrimónios geridos pelo Grupo Privado Holding ascende a 3.457.723.078 Euros e 2.395.304.115 Euros, respectivamente.
Na rúbrica de “Serviços prestados por terceiros” estão registados os valores das carteiras de títulos geridas pela Sociedade e subsidiárias,
à sua guarda e integrados na carteira própria, e depositados em outras instituições de crédito.
35. Entidades Relacionadas
São consideradas entidades relacionadas do Grupo todas as empresas controladas pelo Grupo, as empresas associadas e os órgãos
de gestão do Banco.
Órgãos de gestão
Em 2007 e 2006, os custos suportados relativos à remuneração, bem como o programa de atribuição de acções ao Conselho de Administração
do Banco ascendem a 1.003.023 Euros e 799.354 Euros, respectivamente (Nota 31).
Em 2007 e 2006 não foram pagos prémios aos membros do Conselho de Administração do Banco.
Em 31 de Dezembro de 2007 e 2006, os órgãos de gestão têm operações de crédito contratadas junto do Banco no montante de 205.963
Euros e 235.179 Euros, respectivamente. O Banco não tem qualquer responsabilidade adicional ou benefício de longo prazo concedido
ao Conselho de Administração, para além dos acima referidos.
Privado Holding, SGPS, S.A. e Subsidiárias
Anexo às Demonstrações Financeiras Consolidadas em 31 de Dezembro de 2007 e 2006
(Montantes expressos em Euros)
36. Relato por Segmentos
Para dar cumprimento aos requisitos da Norma IAS 14, a Sociedade adoptou os segmentos de negócio que representam as suas áreas
de actividade aglutinadas por natureza de originação, e que, no seu conjunto, visam assegurar uma plataforma dinâmica de negócio
de banca de investimento. A saber:
• Private banking – Inclui a actividade de gestão discricionária e não discricionária de activos financeiros de particulares e de pequenas
e médias empresas (particulares e empresas), bem como de empresas especializadas no sector (institucionais).
• Private equity – Inclui a actividade de gestão de activos financeiros específicos em contraste com a actividade de gestão diversificada
de activos financeiros realizada no segmento de Private Banking.
• Proprietary portfolio – Inclui a actividade de negociação de títulos da Sociedade (carteira própria).
• Corporate advisory – Corresponde à actividade de aconselhamento e intermediação de fusões e aquisições de empresas.
• Real Estate – Corresponde à actividade de gestão e intermediação imobiliária.
• Outros – Restantes actividades não enquadráveis em qualquer das categorias anteriores.
Anexos
às Demonstrações
Financeiras
161
162
Anexos
às Demonstrações
Financeiras
Privado Holding, SGPS, S.A. e Subsidiárias
Anexo às Demonstrações Financeiras Consolidadas em 31 de Dezembro de 2007 e 2006
(Montantes expressos em Euros)
Em 31 de Dezembro de 2007 e 2006, a distribuição dos resultados e das principais rubricas de balanço por linhas de negócio é a seguinte:
2007
Private Banking
Particulares
e empresas
Juros e rendimentos similares
Juros e encargos similares
I.
Rendimentos de serviços e comissões
Encargos com serviços e comissões
II.
Rendimentos de instrumentos de capital
Institucionais
Private
equity
Real
estate
Proprietary
portfolio
Corporate
advisory
Outros
Total
18.678.366
23.024.819
1.039.475
282.425
16.343.466
-
-
59.368.551
(16.358.616)
(18.144.327)
(3.519.017)
-
(3.939.207)
-
-
(41.961.167)
2.319.750
4.880.492
(2.479.542)
282.425
12.404.259
-
-
17.407.384
16.703.471
6.507
40.634.381
381.731
3.696.045
361.023
-
61.783.158
(982.242)
32.676
978.150
(849)
(1.266.310)
-
-
(1.238.575)
15.721.229
39.183
41.612.531
380.882
2.429.735
361.023
-
60.544.583
32.192
-
32.914
-
8.366.277
-
-
8.431.383
(62.078)
(16.933.432)
539.126
1.254
(16.064.767)
24.000
-
(32.495.897)
III.
(29.886)
(16.933.432)
572.040
1.254
(7.698.490)
24.000
-
(24.064.514)
Imparidade de outros activos financeiros líquida de reversões
-
-
-
-
(2.721.088)
-
-
(2.721.088)
Resultados em filiais e associadas
-
-
-
71.815
-
-
-
71.815
Outros resultados de exploração
-
-
-
-
-
-
(516.522)
(516.522)
Resultados de operações financeiras
IV.
-
-
-
71.815
(2.721.088)
-
(516.522)
(3.165.795)
Total
18.011.093
(12.013.757)
39.705.029
736.376
4.414.416
385.023
(516.522)
50.721.658
Outros custos e proveitos
(26.314.534)
Resultado líquido do exercício
24.407.124
Caixa e disponibilidades em bancos centrais
-
-
-
-
15.765.122
-
-
15.765.122
Disponibilidades em outras instituições de crédito
-
-
-
-
53.135.069
-
-
53.135.069
Activos financeiros detidos para negociação
-
-
-
-
37.207.467
-
-
37.207.467
Outros activos financeiros ao justo valor através de resultados
-
175.994.632
-
-
-
-
-
175.994.632
1.417.390
4.036.302
62.302.872
1.808.550
-
-
3.990
69.569.104
-
-
-
-
277.376.895
-
-
277.376.895
Activos financeiros disponíveis para venda
Aplicações em instituições de crédito
Crédito a clientes
706.352.032
1.574.657
60.902.945
4.994.610
-
-
-
773.824.244
Activos não correntes detidos para venda
-
-
-
2.788.911
-
-
-
2.788.911
Passivos financeiros detidos para negociação
-
-
-
-
599.197
-
-
599.197
Recursos de outras instituições de crédito
39.042.732
446.671.654
-
-
122.595.928
-
-
608.310.314
Recursos de clientes e outros empréstimos
492.244.695
83.102.569
6.622.819
157.886
2.635.108
-
-
584.763.077
181.668.055 134.824.125 22.422.321
405.560.648
Activo líquido total
1.401.176.967
362.363 41.199.852 2.187.214.331
Privado Holding, SGPS, S.A. e Subsidiárias
Anexo às Demonstrações Financeiras Consolidadas em 31 de Dezembro de 2007 e 2006
(Montantes expressos em Euros)
2006
Private Banking
Particulares
e empresas
Institucionais
Private
equity
Real
estate
Proprietary
portfolio
Corporate
advisory
Outros
Total
Juros e rendimentos similares
13.377.071
13.509.749
1.756.946
-
4.184.734
-
-
32.828.500
Juros e encargos similares
(6.888.742)
(9.116.617)
(1.746.698)
-
(2.717.653)
-
-
(20.469.710)
6.488.329
4.393.132
10.248
-
1.467.081
-
-
12.358.790
I.
Rendimentos de serviços e comissões
15.468.037
115.650
5.988.034
338.186
870.560
357.911
-
23.138.378
Encargos com serviços e comissões
(1.466.346)
(164.707)
(5.229)
(6.512)
(350.254)
(1.500)
-
(1.994.548)
14.001.691
(49.057)
5.982.805
331.674
520.306
356.411
-
21.143.830
II.
Rendimentos de instrumentos de capital
-
-
-
-
169.190
-
-
169.190
200.063
(1.610.049)
699.346
33.274
5.482.589
-
-
4.805.223
200.063
(1.610.049)
699.346
33.274
5.651.779
-
-
4.974.413
Resultados em filiais e associadas
-
-
-
50.992
-
-
-
50.992
Outros resultados de exploração
-
-
-
5.424.556
-
-
(448.307)
4.976.249
Resultados de operações financeiras
III.
IV.
-
-
-
5.475.548
-
-
(448.307)
5.027.241
Total
20.690.083
2.734.026
6.692.399
5.840.496
7.639.166
356.411
(448.307)
43.504.274
Outros custos e proveitos
(25.322.668)
Resultado líquido do exercício
18.181.606
Caixa e disponibilidades em bancos centrais
-
-
-
-
5.970.097
-
-
5.970.097
Disponibilidades em outras instituições de crédito
-
-
-
-
91.772.081
-
-
91.772.081
Activos financeiros detidos para negociação
-
-
-
-
120.917.128
-
-
120.917.128
Outros activos financeiros ao justo valor através de resultados
-
257.470.886
-
-
-
-
-
257.470.886
1.178.665
-
24.926.220
2.024.350
242.234
-
3.990
28.375.459
-
-
-
-
150.955.015
-
-
150.955.015
Activos financeiros disponíveis para venda
Aplicações em instituições de crédito
Crédito a clientes
12.550.092
259.852.792
30.764.890
-
-
-
-
303.167.774
Activos não correntes detidos para venda
-
-
2.537.400
568.750
8.313.758
-
-
11.419.908
Propriedades de investimento
-
-
-
398.828
-
-
-
398.828
Passivos financeiros detidos para negociação
-
-
-
-
674.302
-
-
674.302
-
164.579.765
-
-
100.611.383
-
-
265.191.148
271.732.513
82.480.364
62.317.853
49.785
-
-
-
416.580.515
257.347.886 56.781.252
5.293.738
378.193.500
Recursos de outras instituições de crédito
Recursos de clientes e outros empréstimos
Activo líquido total
875.081.327
402.429 31.485.245 1.604.585.377
Anexos
às Demonstrações
Financeiras
163
164
Anexos
às Demonstrações
Financeiras
Privado Holding, SGPS, S.A. e Subsidiárias
Anexo às Demonstrações Financeiras Consolidadas em 31 de Dezembro de 2007 e 2006
(Montantes expressos em Euros)
Em 31 de Dezembro de 2007 e 2006, a distribuição dos resultados por áreas geográficas é a seguinte:
2007
Portugal
Continente
Juros e rendimentos similares
Zona franca
da Madeira
Total
Ilhas
Cayman
Espanha
África
do Sul
Brasil
Total
45.598.985
353.554
45.952.539
10.020.932
2.145.511
1.249.569
-
59.368.551
(24.074.861)
(195.853)
(24.270.714)
(14.405.230)
(2.317.516)
(967.707)
-
(41.961.167)
21.524.124
157.701
21.681.825
(4.384.298)
(172.005)
281.862
-
17.407.384
Rendimentos de serviços e comissões
35.159.176
5.398.035
40.557.211
19.889.238
1.285.453
-
51.256
61.783.158
Encargos com serviços e comissões
(1.124.064)
(6.778)
(1.130.842)
-
(105.572)
-
(2.161)
(1.238.575)
34.035.112
5.391.257
39.426.369
19.889.238
1.179.881
-
49.095
60.544.583
Juros e encargos similares
I.
II.
Rendimentos de instrumentos de capital
8.372.446
-
8.372.446
58.937
-
-
-
8.431.383
(34.481.202)
7.891.689
(26.589.513)
(5.942.728)
7.564
36.071
(7.291)
(32.495.897)
III.
(26.108.756)
7.891.689
(18.217.067)
(5.883.791)
7.564
36.071
(7.291)
(24.064.514)
Imparidade de outros activos financeiros líquida de reversões
(2.721.088)
-
(2.721.088)
-
-
-
-
(2.721.088)
71.815
-
71.815
-
-
-
-
71.815
(411.914)
-
(411.914)
(42.308)
(62.140)
(160)
-
(516.522)
Resultados de operações financeiras
Resultados em filiais e associadas
Outros resultados de exploração
Outros custos e proveitos
Resultado líquido do exercício
IV.
(3.061.187)
-
(3.061.187)
(42.308)
(62.140)
(160)
-
(3.165.795)
Total
26.389.293
13.440.647
39.829.940
9.578.841
953.300
317.773
41.804
50.721.658
(26.314.534)
24.407.124
Privado Holding, SGPS, S.A. e Subsidiárias
Anexo às Demonstrações Financeiras Consolidadas em 31 de Dezembro de 2007 e 2006
(Montantes expressos em Euros)
2006
Portugal
Continente
Juros e rendimentos similares
Juros e encargos similares
I.
Rendimentos de serviços e comissões
Encargos com serviços e comissões
II.
Rendimentos de instrumentos de capital
Resultados de operações financeiras
III.
Resultados em filiais e associadas
Outros resultados de exploração
Outros custos e proveitos
Resultado líquido do exercício
Zona franca
da Madeira
Total
Ilhas
Cayman
Espanha
África
do Sul
Brasil
Total
22.222.382
1.195.211
23.417.593
7.678.197
697.944
1.034.766
-
32.828.500
(13.504.890)
(1.582.342)
(15.087.232)
(4.173.201)
(680.788)
(440.225)
(88.264)
(20.469.710)
8.717.492
(387.131)
8.330.361
3.504.996
17.156
594.541
(88.264)
12.358.790
6.028.655
3.964.420
9.993.075
11.611.863
1.179.764
90.387
263.289
23.138.378
(1.293.110)
(36.741)
(1.329.851)
(500.954)
(61.855)
(70.886)
(31.002)
(1.994.548)
4.735.545
3.927.679
8.663.224
11.110.909
1.117.909
19.501
232.287
21.143.830
167.110
-
167.110
363
-
470
1.247
169.190
1.000.834
2.941.083
3.941.917
596.977
(216.144)
202.859
279.614
4.805.223
1.167.944
2.941.083
4.109.027
597.340
(216.144)
203.329
280.861
4.974.413
50.992
-
50.992
-
-
-
-
50.992
(367.648)
4.445.352
4.077.704
(12.514)
18.652
(859)
893.266
4.976.249
IV.
(316.656)
4.445.352
4.128.696
(12.514)
18.652
(859)
893.266
5.027.241
Total
14.304.325
10.926.983
25.231.308
15.200.731
937.573
816.512
1.318.150
43.504.274
(25.322.668)
18.181.606
Anexos
às Demonstrações
Financeiras
165
166
Anexos
às Demonstrações
Financeiras
Privado Holding, SGPS, S.A. e Subsidiárias
Anexo às Demonstrações Financeiras Consolidadas em 31 de Dezembro de 2007 e 2006
(Montantes expressos em Euros)
37. Instrumentos Financeiros
Gestão e controlo do risco
A gestão e controlo do risco do Grupo são da responsabilidade da Direcção de Risco e Auditoria, tendo esta Direcção como princípio
orientador a salvaguarda de um nível de exposição aos vários tipos de risco coerente com as opções estratégicas tomadas, com base
nas directivas da Comissão Executiva e o business plan delineado.
Risco de mercado
O risco de mercado é entendido como o risco de eventuais perdas associadas a alterações adversas no valor de um instrumento
financeiro, como consequência de variações de taxas de câmbio, taxas de juro, ou preços.
O principal elemento de avaliação deste risco consiste na estimativa das perdas potenciais sob condições adversas de mercado,
recorrendo-se para isso à metodologia Value at Risk (VaR).
A metodologia VaR consiste na estimativa de perdas potenciais associadas a instrumentos ou a activos financeiros associadas a alterações
das condições de mercado (preços, câmbios e taxas de juro) num determinado período de tempo e com um determinado nível de confiança.
Para as estimativas do VaR, o Grupo implementou um sistema de avaliação do risco de mercado baseado em volatilidades históricas
– HSVaR ou Historical Simulation VaR.
Estes modelos consideram as posições em risco actuais (portfolio em risco actual) e simulam qual seria o seu valor em cada um dos
dias históricos considerados, com base nas condições de mercado verificadas nesses mesmos dias e tendo por base séries temporais
de preços dos activos.
A série temporal das valorizações do portfolio em risco considera assim as potenciais correlações existentes entre os preços dos
diversos activos e instrumentos financeiros, sendo sobre esta série que se formarão as estimativas do modelo.
O modelo implementado no Grupo considera os seguintes parâmetros:
• Intervalo de confiança: 99%;
• Holding period (período de detenção do portfolio): 10 dias úteis – prazo teórico que se considera como suficiente para a liquidação
ou cobertura das posições (anulação do risco);
• Dimensão da série temporal de preços: 500 dias úteis (2 anos), todos com o mesmo peso relativo;
• Quando a dimensão da série histórica é inferior às 500 observações estabelecidas, está é substituída pelo índice que melhor a representa;
• Avaliação de instrumentos derivados ou estruturados: a sua valorização para cada um dos períodos da série baseia-se na alteração
dos preços dos activos subjacentes e cálculo do respectivo valor.
Em 31 de Dezembro de 2007 e 2006, o VaR da carteira de títulos ascendia a 1.511.483 Euros e 2.508.652 Euros, respectivamente.
Privado Holding, SGPS, S.A. e Subsidiárias
Anexo às Demonstrações Financeiras Consolidadas em 31 de Dezembro de 2007 e 2006
(Montantes expressos em Euros)
Não são realizadas análises de backtesting baseadas na comparação das estimativas do modelo com as alterações verificadas no período
estimado, nem de stresstesting (avaliação de resultados com base em modelos que simulam condições de mercado de volatilidade
atípicamente elevada).
Os níveis de VaR autorizados, os limites de perda máxima definidos, e os critérios de análise praticados, são estabelecidos pela
Comissão Executiva.
Risco de taxa de juro
O risco de taxa de juro é entendido como o risco de perdas associadas a alterações adversas no valor de um instrumento ou activo
financeiro como consequência de variações das taxas de juro.
Este tipo de risco resulta essencialmente do mismatch entre as taxas de juros activas e passivas, resultante, por exemplo, de
indexantes diferentes e de períodos de exposição diferentes.
Para o acompanhamento e monitorização do risco de taxa de juro, a Direcção de Risco e Auditoria recorre a um software
desenvolvido pela empresa Sungard no âmbito da gestão de activos e passivos designado por “Focus ALM”. No exercício de 2006, o
Grupo utilizava um software desenvolvido pela CAP Gemini denominado de ALM II.
A análise e acompanhamento deste tipo de risco é realizada com base nas posições do balanço com relevância para este tipo de risco,
sendo produzidos os seguintes indicadores:
• Sensibilidade por 100 basis points – avaliação do impacto no valor dos activos associado a uma deslocação paralela ascendente
das curvas de taxa de juro em 100 basis points; e
• Sensibilidade por 200 basis points – avaliação do impacto no valor dos activos associado a uma deslocação paralela ascendente
das curvas de taxa de juro em 200 basis points.
Anexos
às Demonstrações
Financeiras
167
168
Anexos
às Demonstrações
Financeiras
Privado Holding, SGPS, S.A. e Subsidiárias
Anexo às Demonstrações Financeiras Consolidadas em 31 de Dezembro de 2007 e 2006
(Montantes expressos em Euros)
Em 31 de Dezembro de 2007, o impacto nas demonstrações financeiras resultante da variação da taxa de juro de referência utilizando
os pressupostos acima referidos seria o seguinte:
0000000000
Activo
Caixa e disponibilidades em bancos centrais
Disponibilidades em outras instituições de crédito
2007
200 bp
100 bp
25.203
12.666
184.299
92.623
Activos financeiros detidos para negociação
3.180.180
1.649.656
Outros activos financeiros ao justo valor através de resultados
2.409.040
1.237.765
Activos financeiros disponíveis para venda
Aplicações em instituições de crédito
Crédito a clientes
Outros activos
80.000
40.000
550.907
280.615
6.553.943
3.330.780
(67.376)
(33.978)
12.916.196
6.610.127
Passivos
Recursos de outras instituições de crédito
Recursos de clientes e outros empréstimos
Outros passivos subordinados
Outros passivos
Credit Default Swaps
Outros
Impacto na margem financeira
970.832
488.600
3.922.554
1.979.482
125.488
63.318
5.532
2.780
5.024.406
2.534.180
1.042.198
525.857
779
392
1.042.977
526.249
8.934.767
4.602.196
Em 31 de Dezembro de 2006, o impacto nas demonstrações financeiras resultante da variação da taxa de juro de referência utilizando
os pressupostos acima referidos ascendia a 9.279.003 Euros 5.380.597 Euros, respectivamente.
Privado Holding, SGPS, S.A. e Subsidiárias
Anexo às Demonstrações Financeiras Consolidadas em 31 de Dezembro de 2007 e 2006
(Montantes expressos em Euros)
Em 31 de Dezembro de 2007 e 2006, o tipo de exposição ao risco de taxa de juro pode ser resumida como segue:
2007
Taxa fixa
Taxa variável
Não sujeito ao risco
de taxa de juro
Total
504.660
46.975.721
4.036.302
-
15.730.058
53.135.069
4.404.865
129.018.911
277.376.895
773.824.244
-
35.064
32.297.942
65.532.802
2.788.911
747.936.647
15.765.122
53.135.069
37.207.467
175.994.632
69.569.104
277.376.895
773.824.244
2.788.911
747.936.647
51.516.683
1.253.490.042
848.591.366
2.153.598.091
-
(608.310.314)
(584.657.102)
(7.524.522)
(1.200.491.938)
(599.197)
(105.975)
(726.707.615)
(727.412.787)
(599.197)
(608.310.314)
(584.763.077)
(7.524.522)
(726.707.615)
(1.927.904.725)
51.516.683
52.998.104
121.178.579
225.693.366
Activo
Caixa e disponibilidades em bancos centrais
Disponibilidades em outras instituições de crédito
Activos financeiros detidos para negociação
Outros activos financeiros ao justo valor através de resultados
Activos financeiros disponíveis para venda
Aplicações em instituições de crédito
Crédito a clientes
Activos não correntes detidos para venda
Outros activos
Passivos
Passivos financeiros detidos para negociação
Recursos de outras instituições de crédito
Recursos de clientes e outros empréstimos
Outros passivos subordinados
Outros passivos
Gap de liquidez
2006
Taxa fixa
Taxa variável
Não sujeito ao risco
de taxa de juro
Total
41.972.699
86.373.935
-
5.953.716
91.772.081
67.915.647
171.096.951
150.886.500
303.167.774
2.601.939
16.381
11.028.781
28.375.459
68.515
11.419.908
607.362.526
5.970.097
91.772.081
120.917.127
257.470.886
28.375.459
150.955.015
303.167.774
11.419.908
609.964.465
128.346.634
793.394.608
658.271.570
1.580.012.812
(183.026.798)
(197.270.911)
(380.297.709)
(255.072)
(80.655.844)
(217.297.732)
(7.481.968)
(305.690.616)
(419.230)
(1.508.506)
(2.011.872)
(36.007)
(694.564.706)
(698.540.321)
(674.302)
(265.191.148)
(416.580.515)
(7.517.975)
(694.564.706)
(1.384.528.646)
(251.951.075)
487.703.992
(40.268.751)
195.484.166
Activo
Caixa e disponibilidades em bancos centrais
Disponibilidades em outras instituições de crédito
Activos financeiros detidos para negociação
Outros activos financeiros ao justo valor através de resultados
Activos financeiros disponíveis para venda
Aplicações em instituições de crédito
Crédito a clientes
Activos não correntes detidos para venda
Outros activos
Passivos
Passivos financeiros detidos para negociação
Recursos de outras instituições de crédito
Recursos de clientes e outros empréstimos
Outros passivos subordinados
Outros passivos
Gap de liquidez
Anexos
às Demonstrações
Financeiras
169
170
Anexos
às Demonstrações
Financeiras
Privado Holding, SGPS, S.A. e Subsidiárias
Anexo às Demonstrações Financeiras Consolidadas em 31 de Dezembro de 2007 e 2006
(Montantes expressos em Euros)
Em 31 de Dezembro de 2007 e 2006, a exposição ao risco de taxa de juro pode ser decomposta nos seguintes intervalos temporais:
2007
Prazos de refixação de taxa / Maturidade residual
Activo
Caixa e disponibilidades em bancos centrais
Disponibilidades em outras instituições de crédito
Activos financeiros detidos para negociação
Outros activos financeiros ao justo valor através de resultados
Aplicações em instituições de crédito
Crédito a clientes
Passivo
Recursos de outras instituições de crédito
Recursos de clientes e outros empréstimos
Outros passivos
Exposição líquida
À vista
Até
3 meses
De 3 meses
a 12 meses
De 1
a 3 anos Indeterminado
53.135.069
115.540.175
168.675.244
3.494.776
35.124.271
260.697.505
516.745.269
816.061.821
910.089
86.498.874
16.679.390
141.538.800
245.627.153
-
(49.571.345)
(261.490.727)
(311.062.072)
(477.401.383)
(173.834.802)
(651.236.185)
(81.337.586)
(149.331.573)
(7.524.522)
(238.193.681)
-
(142.386.828)
164.825.636
7.433.472
-
15.730.058
7.395.766
23.125.824
Total
15.730.058
53.135.069
4.404.865
129.018.911
277.376.895
773.824.244
1.253.490.042
- (608.310.314)
- (584.657.102)
(7.524.522)
- (1.200.491.938)
23.125.824
52.998.104
2006
Prazos de refixação de taxa / Maturidade residual
Activo
Caixa e disponibilidades em bancos centrais
Disponibilidades em outras instituições de crédito
Activos financeiros detidos para negociação
Outros activos financeiros ao justo valor através de resultados
Aplicações em instituições de crédito
Crédito a clientes
Outros activos
Passivo
Passivos financeiros detidos para negociação
Recursos de outras instituições de crédito
Recursos de clientes e outros empréstimos
Outros passivos
Exposição líquida
À vista
Até
3 meses
De 3 meses
a 12 meses
De 1
a 3 anos Indeterminado
91.772.081
118.488.199
210.260.280
67.915.622
118.323.478
150.886.500
47.836.504
384.962.104
25
23.905.189
128.241.247
2.601.939
154.748.400
8.601.824
8.601.824
5.953.716
28.868.284
34.822.000
5.953.716
91.772.081
67.915.647
171.096.951
150.886.500
303.167.774
2.601.939
793.394.608
(217.297.732)
(217.297.732)
(255.072)
(80.517.613)
(80.772.685)
(7.481.968)
(7.481.968)
-
(138.231)
(138.231)
(255.072)
(80.655.844)
(217.297.732)
(7.481.968)
(305.690.616)
(7.037.452)
304.189.419
147.266.432
8.601.824
Total
34.683.769 487.703.992
Privado Holding, SGPS, S.A. e Subsidiárias
Anexo às Demonstrações Financeiras Consolidadas em 31 de Dezembro de 2007 e 2006
(Montantes expressos em Euros)
Na construção dos quadros acima, foram utilizados os seguintes pressupostos:
• Nos instrumentos de taxa variável (por exemplo, indexados à Euribor), o valor de balanço foi classificado de acordo com o respectivo
prazo até à próxima refixação de taxa;
• Em 31 de Dezembro de 2007, o valor de balanço dos “Outros activos financeiros ao justo valor através de resultados” incluído na
coluna “Indeterminado” corresponde ao valor de balanço dos títulos “5-year Commodity Linked Notes 10 USD” e “5-year Commodity
Linked Notes 10 EUR”; e
• Os depósitos à ordem de clientes foram incluídos no intervalo “À vista”.
Anexos
às Demonstrações
Financeiras
171
172
Anexos
às Demonstrações
Financeiras
Privado Holding, SGPS, S.A. e Subsidiárias
Anexo às Demonstrações Financeiras Consolidadas em 31 de Dezembro de 2007 e 2006
(Montantes expressos em Euros)
Risco cambial
O risco cambial é entendido como o risco de perdas associadas a alterações adversas no valor de um instrumento ou activo financeiro
como consequência de variações das taxas de câmbio.
Em 31 de Dezembro de 2007 e 2006, os instrumentos financeiros apresentam a seguinte decomposição por moeda:
2007
Moeda
Euros
Dólares norte
americanos
Libra
esterlina
Iene
Real
brasileiro
Coroa
sueca
Outras
Total
Activo
Caixa e disponibilidades em Bancos Centrais
15.759.230
4.048
125
-
26
-
1.693
15.765.122
Disponibilidades em outras instituições de crédito
50.755.995
1.679.733
292.992
14.859
189.865
97.988
103.637
53.135.069
35.046.082
1.128.651
-
18.729
862.698
151.307
-
37.207.467
171.003.285
4.991.347
-
-
-
-
-
175.994.632
Activos financeiros detidos para negociação
Outros activos financeiros ao justo valor através de resultados
Activos financeiros disponíveis para venda
69.273.463
295.641
-
-
-
-
-
69.569.104
Aplicações em instituições de crédito
273.541.227
3.835.668
-
-
-
-
-
277.376.895
Crédito a clientes
724.353.704
45.905.829
3.292.004
168.498
3.082
455
100.672
773.824.244
2.788.911
-
-
-
-
-
-
2.788.911
739.091.871
7.795.954
43.184
6.159
397.356
-
602.123
747.936.647
2.081.613.768
65.636.871
3.628.305
208.245
1.453.027
249.750
808.125
2.153.598.091
Activos não correntes detidos para venda
Outros activos
Passivo
Passivos financeiros detidos para negociação
(492.061)
(96.544)
-
(10.592)
-
-
-
(599.197)
Recursos de outras instituições de crédito
(606.209.337)
(2.033.473)
-
-
-
-
(67.504)
(608.310.314)
Recursos de clientes e outros empréstimos
(536.199.570)
(45.609.603)
(2.625.665)
(254.082)
(7.758)
(3.240)
(63.159)
(584.763.077)
(7.524.522)
-
-
-
-
-
-
(7.524.522)
(720.219.651)
(5.914.811)
(238)
-
-
-
(572.915)
(726.707.615)
(1.870.645.141)
(53.654.431)
(2.625.903)
(264.674)
(7.758)
(3.240)
(703.578) (1.927.904.725
11.982.440
1.002.402
(56.429)
1.445.269
246.510
104.547 225.693.366
Outros passivos subordinados
Outros passivos
Exposição líquida
Privado Holding, SGPS, S.A. e Subsidiárias
Anexo às Demonstrações Financeiras Consolidadas em 31 de Dezembro de 2007 e 2006
(Montantes expressos em Euros)
2006
Moeda
Euros
Dólares norte
americanos
Libra
esterlina
Iene
Real
brasileiro
Coroa
sueca
Outras
Total
Activo
Caixa e disponibilidades em Bancos Centrais
Disponibilidades em outras instituições de crédito
5.965.868
2.074
-
-
24
-
2.131
5.970.097
87.120.420
3.503.691
360.736
633.221
43.412
20.442
90.159
91.772.081
Activos financeiros detidos para negociação
120.336.828
-
-
-
286.442
291.440
2.417
120.917.127
Outros activos financeiros ao justo valor através de resultados
249.949.216
7.521.670
-
-
-
-
-
257.470.886
27.712.442
420.783
-
-
242.234
-
-
28.375.459
Aplicações em instituições de crédito
150.955.015
-
-
-
-
-
-
150.955.015
Crédito a clientes
265.314.225
37.301.911
21.673
109.220
-
332.641
88.104
303.167.774
1.498.404
1.607.821
-
-
8.313.683
-
-
11.419.908
609.176.720
-
759.750
-
2.458
-
25.537
609.964.465
1.518.029.138
50.357.950
1.142.159
742.441
8.888.253
644.523
208.348
1.580.012.812
Activos financeiros disponíveis para venda
Activos não correntes detidos para venda
Outros activos
Passivo
Passivos financeiros detidos para negociação
(670.153)
(4.149)
-
-
-
-
-
(674.302)
Recursos de outras instituições de crédito
(264.858.966)
(329.921)
(2.261)
-
-
-
-
(265.191.148)
Recursos de clientes e outros empréstimos
(376.031.314)
(36.602.389)
(3.418.248)
(514.206)
(67)
-
(14.291)
(416.580.515)
(7.517.975)
-
-
-
-
-
-
(7.517.975)
(691.434.740)
(2.969.453)
(159.874)
-
-
-
(639)
(694.564.706)
(1.340.513.148)
(39.905.912)
(3.580.383)
(514.206)
(67)
-
(14.930) (1.384.528.646)
10.452.038
(2.438.224)
228.235
8.888.186
644.523
193.418 195.484.166
Outros passivos subordinados
Outros passivos
Exposição líquida
Anexos
às Demonstrações
Financeiras
173
174
Anexos
às Demonstrações
Financeiras
Privado Holding, SGPS, S.A. e Subsidiárias
Anexo às Demonstrações Financeiras Consolidadas em 31 de Dezembro de 2007 e 2006
(Montantes expressos em Euros)
Risco de crédito
O risco de crédito corresponde a perdas financeiras decorrentes do incumprimento das contrapartes com as quais são celebrados
os instrumentos financeiros.
Em termos de política de concessão de crédito estabeleceu-se que o crédito concedido seja totalmente colateralizado por activos
financeiros com elevada liquidez que se encontrem à guarda do Grupo, exigindo-se um nível de cobertura superior à dimensão
do crédito.
Desta forma, o acompanhamento do risco de crédito associado ao crédito concedido focaliza-se na avaliação da qualidade dos instrumentos
financeiros entregues em garantia (rating e liquidez de mercado) e no acompanhamento do grau de cobertura das garantias,
tornando desnecessário a estimativa da capacidade de pagamento dos clientes com recurso a modelos de ratings internos.
Em termos do risco de crédito associado aos activos detidos nas carteiras de títulos, a análise e acompanhamento do seu risco de crédito
é realizado através de ratings externos (Moody’s, Standard & Poors ou Fitch Ratings).
Exposição máxima ao risco de crédito.
Em 31 de Dezembro de 2007 e 2006, a exposição máxima ao risco de crédito por tipo de instrumento financeiro, excluindo os títulos
em carteira, pode ser resumida como segue:
2007
Tipo de instrumento financeiro
Valor da
exposição
Valor
contabilístico
bruto
2006
Provisões/
Imparidade
Valor
contabilístico
líquido
Valor da
exposição
Valor
contabilístico
Provisões/
bruto Imparidade
Valor
contabilístico
líquido
Patrimoniais:
Disponibilidades em outras instituições de crédito
53.135.069
53.135.069
-
53.135.069
91.772.081
91.772.081
-
91.772.081
Aplicações em instituições de crédito
277.376.895
277.376.895
-
277.376.895
150.955.015
150.955.015
-
150.955.015
Crédito a clientes
773.834.097
773.834.097
(9.853)
773.824.244
303.177.627
303.177.627
(9.853)
303.167.774
Outros activos
747.936.647
747.936.647
-
747.936.647
609.969.465
609.969.465
-
609.969.465
75.000.000
(470.470)
-
(470.470)
-
-
-
-
1.927.282.708
1.851.812.238
(9.853)
1.851.802.385
1.155.874.188
1.155.874.188
(9.853)
1.155.864.335
8.892.444
8.892.444
-
8.892.444
4.345.980
4.345.980
-
4.345.980
1.936.175.152
1.860.704.682
Derivados - Credit Default Swaps
Extrapatrimoniais:
Garantias prestadas
(9.853) 1.860.694.829
1.160.220.168 1.160.220.168
(9.853) 1.160.210.315
A rúbrica “Derivados - Credit Default Swaps” refere-se ao valor nominal e respectivo valor contabilístico dos Credit Default Swaps
para os quais o Grupo está a vender protecção.
Em 31 de Dezembro de 2007 e 2006, não existem operações de crédito reestruturadas.
Privado Holding, SGPS, S.A. e Subsidiárias
Anexo às Demonstrações Financeiras Consolidadas em 31 de Dezembro de 2007 e 2006
(Montantes expressos em Euros)
Em 31 de Dezembro de 2007 e 2006, a repartição das rubricas das carteiras de títulos por rating externo de contraparte é a que se
apresenta:
2007
Activos financeiros detidos para negociação
Outros activos financeiros ao justo valor
através de resultados
Acções, UP's
e derivados Indeterminado
AAA
AA
A
BBB
BB
B
Total
504.660
6.587
4
2.000.400
903.503
1.494.375
32.297.932
6
37.207.467
10.135.544
106.341.821
30.761.618
8.540.038
4.054.514
-
-
16.161.097
175.994.632
Acções, UP's
e derivados Indeterminado
Total
2006
Activos financeiros detidos para negociação
Outros activos financeiros ao justo valor
através de resultados
AAA
AA
A
BBB
BB
B
-
1.669.800
30.631.488
15.836.070
17.536.696
26.957.415
9.722.572
18.563.087
120.917.128
10.133.031
56.685.889
20.789.795
2.067.485
1.000.294
16.834.963
-
149.959.429
257.470.886
Os ratings apresentados baseiam-se no sistema de notações da Standard & Poors e Fitch Ratings, bem como em notação equivalente
da Moody’s.
Risco de liquidez
Risco de liquidez corresponde ao risco de o Grupo ter dificuldades na obtenção de fundos de forma a cumprir com os seus
compromissos. O risco de liquidez pode ser reflectido, por exemplo, na incapacidade do Grupo alienar um activo financeiro de uma
forma célere a um valor próximo do seu justo valor.
O acompanhamento deste risco é realizado através do liquidity gap analysis – identificação e análise de períodos futuros de liquidez
negativa, bem como a avaliação do mismatch entre posições activas e passivas e a concentração temporal das renovações, visando
uma gestão atempada e planificada da liquidez do Grupo.
Complementarmente, é também analisado o grau de convertibilidade em liquidez dos activos financeiros detidos, bem como a
capacidade de financiamento da instituição junto de outras instituições financeiras.
Anexos
às Demonstrações
Financeiras
175
176
Anexos
às Demonstrações
Financeiras
Privado Holding, SGPS, S.A. e Subsidiárias
Anexo às Demonstrações Financeiras Consolidadas em 31 de Dezembro de 2007 e 2006
(Montantes expressos em Euros)
Em 31 de Dezembro de 2007 e 2006, os prazos residuais contratuais dos instrumentos financeiros apresentam a seguinte
composição:
2007
Prazos residuais contratuais
Activo
Caixa e disponibilidades em bancos centrais
Disponibilidades em outras instituições de crédito
Activos financeiros detidos para negociação
Outros activos financeiros ao justo valor através de resultados
Activos financeiros disponíveis para venda
Aplicações em instituições de crédito
Crédito a clientes
Activos não correntes detidos para venda
Outros activos
Passivo
Passivos financeiros de negociação
Recursos de outras instituições de crédito
Recursos de clientes e outros empréstimos
Outros passivos subordinados
Outros passivos
Gap de liquidez
À vista
Até
3 meses
De 3 meses
a 1 ano
De 1
a 3 anos
De 3
a 5 anos
15.765.122
53.135.069
115.540.175
184.440.366
157.301
491.499
600.364
12.265.190
52.976
263.155.338
525.984.876
733.847.190
1.536.554.734
489.598
1.534.275
295.433
42.402.257
163.470
10.436.316
96.261.473
2.788.911
154.371.733
1.447.615
4.569.616
4.355.668
25.442.386
472.247
35.021.961
119.576.782
190.886.275
1.447.615
4.569.616
854.306
57.150.638
472.247
23.015.027
117.106.913
204.616.362
903.504
88.680.078
4.000.000
1.874.009
2.919.629
98.377.220
(599.197)
(49.571.345)
(485.028.533)
(261.596.730)
(178.591.387)
(723.239.213)
(311.168.075) (1.386.859.133)
(103.175.269)
(150.481.706)
(7.623.281)
(2.347.653)
(263.627.909)
(69.798.635)
(57.334.657)
(127.133.292)
(68.562.073)
(45.093.676)
(113.655.749)
(1.488.792)
(1.120.745)
(2.609.537)
(599.197)
- (776.135.855)
- (694.586.948)
(7.623.281)
- (726.707.611)
- (2.205.053.695)
149.695.601 (109.256.176)
63.752.983
90.960.613
95.767.683
111.920.192 276.113.186
(126.727.709)
Mais
de 5 anos Indeterminado
32.297.932
65.532.803
14.089.457
111.920.192
Total
19.307.251
64.300.075
39.307.207
225.940.549
70.693.743
333.502.651
977.389.848
2.788.911
747.936.647
2.481.166.881
Privado Holding, SGPS, S.A. e Subsidiárias
Anexo às Demonstrações Financeiras Consolidadas em 31 de Dezembro de 2007 e 2006
(Montantes expressos em Euros)
2006
Prazos residuais contratuais
Activo
Caixa e disponibilidades em bancos centrais
Disponibilidades em outras instituições de crédito
Activos financeiros detidos para negociação
Outros activos financeiros ao justo valor através de resultados
Activos financeiros disponíveis para venda
Aplicações em instituições de crédito
Crédito a clientes
Activos não correntes detidos para venda
Outros activos
Passivo
Passivos financeiros de negociação
Recursos de outras instituições de crédito
Recursos de clientes e outros empréstimos
Outros passivos subordinados
Outros passivos
Gap de liquidez
À vista
Até
3 meses
De 3 meses
a 1 ano
De 1
a 3 anos
De 3
a 5 anos
Mais
de 5 anos Indeterminado
5.970.097
91.772.081
353.646
105.938.108
204.033.932
47.761
458.860
1.197.314
18.687.393
148.083.762
37.137.810
55.021
601.937.530
807.605.451
143.282
1.376.581
28.679.414
104.841.978
4.674.819
105.843.509
11.591.207
1.412.786
258.563.576
382.086
3.670.883
42.962.731
90.936.860
16.145.586
62.044.288
216.142.435
382.086
3.670.883
13.930.175
44.331.902
12.076.401
68.807.638
143.199.086
46.976.890
66.094.175
2.860.000
115.931.065
(80.655.844)
(217.297.732)
(297.953.576)
(358.902)
(149.202.321)
(107.507.310)
(693.190.147)
(949.899.778)
(41.114.540)
(99.749.438)
(187.050)
(1.374.559)
(142.425.587)
(21.412.598)
(46.812.630)
(7.576.532)
(75.801.760)
(26.412.598)
(50.222.549)
(76.635.147)
-
(315.400)
(674.302)
- (318.797.901)
- (521.589.659)
(7.763.582)
- (694.564.706)
- (1.542.715.848)
(93.919.644) (142.294.327)
116.137.989
140.340.675
66.563.939
115.931.065
46.023.390 248.783.086
11.028.782
28.375.459
6.619.149
46.023.390
Total
6.925.313
100.949.289
145.128.952
324.892.308
28.375.459
180.980.568
382.631.353
11.646.228
609.969.465
1.791.498.934
Anexos
às Demonstrações
Financeiras
177
178
Anexos
às Demonstrações
Financeiras
Privado Holding, SGPS, S.A. e Subsidiárias
Anexo às Demonstrações Financeiras Consolidadas em 31 de Dezembro de 2007 e 2006
(Montantes expressos em Euros)
Foram assumidos os seguintes pressupostos na construção destes mapas:
• Os fluxos contratuais dos activos e passivos financeiros de curto prazo estão calculados no pressuposto do reinvestimento e continuidade
indeterminada do negócio. Deste modo, o capital foi classificado na primeira data de reinvestimento enquanto que os juros foram
classificados nos respectivos horizontes temporais de cobrança, até à maturidade residual máxima de 5 anos. Não foram calculados
juros para além deste prazo;
• Os “cash-flows” futuros, quer de capitais quer de juros, são estimados com base nos valores de referência observados em 31 de
Dezembro de 2007 e 2006, bem como em função das respectivas condições contratuais em vigor. Neste pressuposto, as taxas de
juro utilizadas para calcular os fluxos contratuais futuros decorrem:
- Da diferença entre a taxa de juro em vigor em 31 de Dezembro de 2007 e 2006 para cada um dos períodos de referência e a taxa
de mercado à vista (spread), nomeadamente:
-
Até 3 meses (Euribor a 1 mês – Euribor à vista);
De 3 meses a 1 ano (Euribor a 9 meses – Euribor à vista);
De 1 a 3 anos (Euribor a 12 meses – Euribor à vista); e
De 3 a 5 anos (Euribor a 12 meses – Euribor à vista).
- Da soma do spread à taxa de juro que o activo/passivo se encontra a ser remunerado à data de 31 de Dezembro de 2007 e 2006.
• As acções e as unidades de participação foram classificadas como a prazo indeterminado; e
• O Património artístico, bem como os outros activos relacionados com projectos imobiliários que não apresentem data de vencimento
foram classificados como a prazo indeterminado.
Justo valor
Em 31 de Dezembro de 2007 e 2006, o Grupo mantém uma parte significativa do seu activo registada ao justo valor através de resultados,
nomeadamente toda a carteira de títulos e os instrumentos financeiros derivados.
Relativamente aos principais activos e passivos financeiros que se encontram reflectidos ao custo, devem ser salientados os seguintes
aspectos:
• As aplicações e recursos com outras instituições de crédito são na sua quase totalidade remuneradas a taxas de juro indexadas e com
prazos de refixação curtos;
• Conforme evidenciado acima na secção relativa ao risco de taxa de juro, o crédito concedido é na sua totalidade remunerado a taxas
indexadas à Euribor, com prazos de refixação curtos; e
• Conforme evidenciado acima na secção relativa ao risco de taxa de juro, os depósitos de clientes são na sua quase totalidade
remunerados a taxas indexadas à Euribor, com prazos de refixação curtos.
Face ao exposto, o Grupo considera que o valor de balanço dos seus activos financeiros, líquidos de provisões, e dos seus passivos
financeiros, constitui uma aproximação fiável ao respectivo justo valor.
Privado Holding, SGPS, S.A. e Subsidiárias
Anexo às Demonstrações Financeiras Consolidadas em 31 de Dezembro de 2007 e 2006
(Montantes expressos em Euros)
Em 31 de Dezembro de 2007 e 2006, a forma de apuramento do justo valor dos instrumentos financeiros pode ser resumida como
se segue:
2007
Instrumentos financeiros valorizados ao justo valor
Técnicas de valorização baseadas em:
Custo
de aquisição
Cotações em
mercado activo
Activos financeiros detidos para negociação
-
26.115.339
6.182.593
4.909.535
37.207.467
Outros activos financeiros ao justo valor através de resultados
-
-
-
175.994.632
175.994.632
Tipo de instrumento financeiro
Dados de mercado
Outros
Total
Activos
Activos financeiros disponíveis para venda
8.465.047
-
61.104.057
-
69.569.104
8.465.047
26.115.339
67.286.650
180.904.167
282.771.203
-
-
(599.197)
-
(599.197)
Passivos
Passivos financeiros detidos para negociação
2006
Instrumentos financeiros valorizados ao justo valor
Tipo de instrumento financeiro
Custo
de aquisição
Cotações em
mercado activo
Técnicas de valorização baseadas em:
Dados de mercado
Outros
Total
Activos
Activos financeiros detidos para negociação
-
4.090.399
7.292.029
109.534.700
120.917.128
Outros activos financeiros ao justo valor através de resultados
4.028.395
-
-
253.442.491
257.470.886
Activos financeiros disponíveis para venda
3.465.671
-
24.909.788
-
28.375.459
7.494.066
4.090.399
32.201.817
362.977.191
406.763.473
-
(267.600)
(406.702)
-
(674.302)
Passivos
Passivos financeiros detidos para negociação
Os principais pressupostos utilizados na construção dos quadros acima apresentados são os seguintes:
• Os valores relativos a cotações em mercado activo correspondem a instrumentos de capital cotados em Bolsa;
• A valorização dos instrumentos financeiros derivados é efectuada através de técnicas de valorização baseadas em dados de mercado;
• As unidades de participação cuja valorização é efectuada através de informação recebida da Sociedade Gestora, bem como os
Special Purposes Vehicles geridos pela Direcção de Private Equity são apresentados na coluna “Técnicas de valorização – dados de
mercado”; e
• Os títulos em carteira cuja valorização corresponde a bids indicativos fornecidos por contribuidores ou a modelos de valorização
internos são apresentados em “Técnicas de valorização – outras”.
Anexos
às Demonstrações
Financeiras
179
180
Anexos
às Demonstrações
Financeiras
Privado Holding, SGPS, S.A. e Subsidiárias
Anexo às Demonstrações Financeiras Consolidadas em 31 de Dezembro de 2007 e 2006
(Montantes expressos em Euros)
38. Gestão de Capital
Em 31 de Dezembro de 2007, o detalhe dos fundos próprios e o respectivo rácio de solvabilidade da Privado Holding em termos
consolidados é o que se apresenta:
0000000000
Fundos próprios de base
Fundos próprios complementares
Deduções
Fundos próprios totais
Requisitos de fundos próprios:
• Risco de crédito
• Riscos de posição e riscos cambiais
Requisitos de fundos próprios totais
Rácio de solvabilidade
2007
207.066.002
6.095.468
(404.600)
212.756.870
109.835.593
5.643.270
115.478.863
14,7%
182
Anexo I
Privado Holding, SGPS, S.A. e Subsidiárias
Inventário de Títulos em 31 de Dezembro de 2007
(Montantes expressos em Euros)
Quantidade
Moeda
Valor
médio de
aquisição
Valor de
mercado
Custo de
aquisição
Menos
valias
Mais
valias
Valor de
mercado
Juro
Valor de
balanço
700.000
USD
99,94%
100,04%
475.209
-
488
475.697
28.963
504.660
6
3
1
EUR
EUR
EUR
100,00%
100,00%
100,00%
100,00%
100,00%
99,44%
6
3
1
10
-
-
6
3
1
10
-
6
3
1
10
2.000.000
1.500.000
1.000.000
7.000
EUR
EUR
EUR
EUR
99,97%
100,86%
97,57%
90,87%
100,02%
99,63%
88,75%
91,25%
1.999.453
1.512.973
975.706
6.361
4.494.493
(18.598)
(88.206)
(106.804)
947
27
974
2.000.400
1.494.375
887.500
6.388
4.388.663
16.003
199
16.202
2.000.400
1.494.375
903.503
6.587
4.404.865
2.346.839
1.010.000
75.000
36.750
EUR
EUR
EUR
EUR
6,53
10,06
5,41
9,35
5,36
10,05
5,12
9,55
15.332.966
10.156.987
405.460
343.725
26.239.138
(2.753.909)
(6.487)
(21.460)
(2.781.856)
7.238
7.238
12.579.057
10.150.500
384.000
350.963
23.464.520
-
12.579.057
10.150.500
384.000
350.963
23.464.520
Acções emitidas por não residentes
GRIFOLS
SECHE ENVIRONNEMENT
FORTHNET SA
VEOLIA ENVIRONNEMENT
M. DIAS BRANCO
VALLOUREC
BANCO PANAMERICANO SA
ROCHE HOLDING AG-GENUSS
ALL AMERICA LATINA LOGISTICA
JHSF PARTICIPACOES SA
KLABIN SEGALL SA
INMOBILIARIA DEL SUR, SA SERIES A/L
BRASCAN RESIDENTIAL-ON
GUALA CLOSURES SPA
26.275
2.740
35.765
3.500
20.000
1.000
52.300
1.280
15.000
60.000
25.000
1.866
23.250
1.131
EUR
EUR
EUR
EUR
BRL
EUR
BRL
CHF
BRL
BRL
BRL
EUR
BRL
EUR
15,19
123,84
10,57
57,35
23,82
200,37
9,94
196,09
21,48
7,03
15,32
45,16
11,27
3,68
15,41
132,71
10,04
62,45
24,87
185,15
8,90
195,60
23,04
5,66
13,44
54,00
11,00
4,17
399.058
339.331
378.119
200.708
183.504
200.365
200.330
151.685
124.091
162.397
147.546
84.276
100.932
4.158
2.676.500
(19.038)
(15.215)
(21.048)
(378)
(31.595)
(18.131)
(2.426)
(107.831)
5.840
24.294
17.867
8.076
9.022
16.488
563
82.150
404.898
363.625
359.081
218.575
191.580
185.150
179.282
151.307
133.113
130.802
129.415
100.764
98.506
4.721
2.650.819
-
404.898
363.625
359.081
218.575
191.580
185.150
179.282
151.307
133.113
130.802
129.415
100.764
98.506
4.721
2.650.819
Unidades de participação
PRIVADO LIQUIDEZ DINAMICA ESPANHA
PRIVADO MULTIBONDS FI
PRIVADO IBERIAN OPPORTUNITIES FI
PRIVADO LIQUIDEZ DINAMICA PORTUGAL
245.474
229.067
30.000
5.000
EUR
EUR
EUR
EUR
10,2
10,0
10,0
5,0
10,8
10,2
13,8
4,80
2.502.000
2.300.000
300.000
25.000
5.127.000
(976)
(976)
140.335
26.772
115.009
282.116
2.642.335
2.326.772
415.009
24.024
5.408.140
-
2.642.335
2.326.772
415.009
24.024
5.408.140
39.012.350
(2.997.467)
372.966
36.387.849
45.165
36.433.014
Detidos para Negociação
Instrumentos de dívida
De emissores públicos estrangeiros
SWED 6.125 02/01/2008
De outros emissores
Obrigações emitidas por residentes
SEMAPA
EDP-25ªEM. 11/23/08
G.D.L. 08/13
Obrigações emitidas por não residentes
ICICI FLOAT MAR/09
TUI FLOAT 17/08/09
NXPBVT 10/15/13
BSP- EURO FUTUR
Instrumentos de capital
Acções emitidas por residentes
BANCO BPI S.A
BRISA - NOM (PRIVATZ.)
MOTA-ENGIL SGPS
PT MULTIMÉDIA, SGPS-NOM.
Privado Holding, SGPS, S.A. e Subsidiárias
Inventário de Títulos em 31 de Dezembro de 2007
(Montantes expressos em Euros)
Quantidade
Moeda
Valor
médio de
aquisição
Valor de
mercado
Custo de
aquisição
Menos
valias
Mais
valias
Valor de
mercado
Juro
Valor de
balanço
Outros Activos Financeiros ao Justo Valor através de Resultados
Instrumentos de dívida
De emissores públicos
Obrigações de dívida pública portuguesa
OT 5.375 06/08
OT PGB 5.85 05/20/10
OT 5.375 06/08
4.950.000
1.150.000
57.235
EUR
EUR
EUR
108,03%
107,26%
99,35%
100,48%
103,73%
100,48%
5.347.256
1.233.486
56.861
6.637.603
(373.446)
(40.545)
(413.991)
649
649
4.973.810
1.192.941
57.510
6.224.261
138.847
41.174
1.605
181.626
5.112.657
1.234.115
59.115
6.405.887
De outros emissores
Obrigações emitidas por não residentes
GS FLOAT 04/10/2012
23.000.000
CDO FORTIS EUR 300 07/07/2008
20.000.000
FARIRWAY CDO 6% 06/16
20.050.000
GAUGUIN 04/10/13
10.000.000
PERL 25 B2
10.000.000
FTD FORTIS EUR 166 07/07/2008
10.000.000
ELVAFD FLOAT 17 - CP
10.000.000
HVB STRNT MAR/08 5.67%
10.000.000
HVB ALSTOM BASELL TUI
10.000.000
REGAT 14 A1 21/12/2013
8.000.000
VOD 0% 01/13/12
7.000.000
ALLEGRO INV CORP
5.000.000
LEH 0% 06/12/13
5.000.000
5-YEAR COMMODITY-LINKED NOTES 10USD 4.000.000
NXPBVT 10/15/13
4.500.000
5-YEAR COMMODITY-LINKED NOTES 10EUR 2.700.000
OCELOT CDO II CLASSE C - COMBO A
3.000.000
DAIMLERCHRYSLER FLOAT 16/03/2010
2.000.000
OPR 2006-1A A2A
2.000.000
OCELOT CDO II CLASSE D - COMBO BBB
2.000.000
DEXIA CREDIT LOCAL
1.000.000
BANIF FLOAT 11/03/10
1.000.000
BNP WORLD BSK 08/10 CBK
1.114.000
PREPS 2005 1B2
1.000.000
EUR
EUR
EUR
EUR
EUR
EUR
EUR
EUR
EUR
EUR
EUR
EUR
EUR
USD
EUR
EUR
EUR
EUR
EUR
EUR
EUR
EUR
USD
EUR
100,00%
98,51%
100,00%
100,26%
99,82%
99,81%
100,00%
100,00%
100,10%
99,59%
95,00%
100,79%
99,50%
100,00%
102,45%
100,00%
98,76%
95,45%
100,00%
96,74%
98,50%
99,93%
100,50%
93,95%
96,43%
98,94%
94,54%
100,00%
99,82%
98,96%
100,00%
99,69%
99,57%
100,00%
98,51%
103,42%
92,11%
150,21%
88,50%
122,75%
77,56%
99,43%
82,46%
78,23%
103,53%
98,10%
120,23%
85,05%
23.000.524
19.702.000
20.050.000
10.026.000
9.982.000
9.981.000
10.000.000
10.000.000
10.010.000
7.967.164
6.650.347
5.039.500
4.975.156
2.717.207
4.610.100
2.700.000
2.962.800
1.909.027
2.000.000
1.934.800
985.000
999.250
760.526
939.500
169.901.901
(821.624)
(1.094.730)
(26.000)
(85.000)
(31.000)
(53.000)
(369.656)
(627.600)
(636.000)
(350.800)
(370.200)
(18.250)
(89.000)
(4.572.860)
86.000
32.836
245.353
131.500
1.364.309
614.250
79.573
50.300
149.305
2.753.426
22.178.900
19.788.000
18.955.270
10.000.000
9.982.000
9.896.000
10.000.000
9.969.000
9.957.000
8.000.000
6.895.700
5.171.000
4.605.500
4.081.516
3.982.500
3.314.250
2.326.800
1.988.600
1.649.200
1.564.600
1.035.300
981.000
909.831
850.500
168.082.467
286.452
363.300
36.758
135.544
152.008
150.383
18.413
17.041
20.399
128.450
76.837
0
13.728
72.014
4.352
4.160
0
2.901
7.697
15.841
1.506.278
22.465.352
20.151.300
18.992.028
10.135.544
10.134.008
10.046.383
10.018.413
9.986.041
9.977.399
8.128.450
6.972.537
5.171.000
4.619.228
4.081.516
4.054.514
3.314.250
2.331.152
1.992.760
1.649.200
1.567.501
1.035.300
988.697
909.831
866.341
169.588.745
2.754.075 174.306.728
1.687.904
175.994.632
176.539.504 (4.986.851)
Anexo I
183
184
Anexo II
Privado Holding, SGPS, S.A. e Subsidiárias
Inventário de Títulos em 31 de Dezembro de 2006
(Montantes expressos em Euros)
Quantidade
Moeda
Valor
médio de
aquisição
Valor de
mercado
Custo de
aquisição
Menos
valias
Mais
valias
Valor de
mercado
Juro
Valor de
balanço
10.000
3.990
49
EUR
EUR
EUR
100,82%
100,90%
102,02%
99,85%
100,37%
101,05%
10.082
4.026
50
14.158
(97)
(21)
(118)
-
9.985
4.005
50
14.040
182
169
1
352
10.167
4.174
51
14.392
10.148.000
24
21
1
EUR
EUR
EUR
EUR
100,33%
100,00%
100,00%
100,00%
100,60%
100,00%
100,00%
99,44%
10.181.836
24
21
1
10.181.882
-
27.052
27.052
10.208.888
24
21
1
10.208.934
-
10.208.888
24
21
1
10.208.934
18.000.000
15.037.000
12.495.000
11.000.000
10.351.000
10.000.000
10.000.000
4.000.000
4.000.000
2.000.000
700.000
500.000
200.000
24.392
EUR
EUR
EUR
EUR
EUR
EUR
EUR
EUR
EUR
EUR
EUR
EUR
EUR
EUR
103,26%
105,88%
100,89%
99,69%
100,39%
100,00%
99,91%
105,84%
100,20%
100,89%
102,53%
101,75%
100,95%
102,25%
102,00%
100,50%
101,70%
99,59%
100,54%
100,00%
99,90%
106,50%
100,50%
101,10%
103,35%
101,38%
100,80%
100,25%
18.586.426
15.920.915
12.605.838
10.966.130
10.391.720
10.000.000
9.991.466
4.233.694
4.007.829
2.017.702
717.723
508.750
201.900
24.941
100.175.034
(226.426)
(808.730)
(10.790)
(1.466)
(1.850)
(300)
(487)
(1.050.049)
101.577
15.279
26.306
12.171
4.298
5.727
165.358
18.360.000
15.112.185
12.707.415
10.955.340
10.406.999
10.000.000
9.990.000
4.260.000
4.020.000
2.022.000
723.450
506.900
201.600
24.454
99.290.343
435
11.128
6.904
1.466
1.098
21.031
18.360.000
15.112.620
12.707.415
10.955.340
10.406.999
10.011.128
9.990.000
4.260.000
4.020.000
2.022.000
723.450
513.804
203.066
25.552
99.311.374
340.000
66.750
22.114
14.919
EUR
EUR
EUR
EUR
2,15
4,41
7,29
5,74
2,4
4,68
7,5
5,91
731.000
294.315
161.203
85.627
1.272.145
-
85.000
18.075
4.652
2.544
110.271
816.000
312.390
165.855
88.171
1.382.416
-
816.000
312.390
165.855
88.171
1.382.416
Acções emitidas por não residentes
SANOFI-AVENTIS
GRIFOLS
SOGECABLE
FASTWEB SPA
TELE 2
SOLARWORLD AG
ENAGÁS
H&R WASAG AG
RED ELECTRICA DE ESPANA
NATRA SA
H&R WASAG AG-DIREITOS
ORIFLAME COSMETICS SA-SDR
6.500
44.636
16.000
6.750
26.250
5.425
10.485
3.100
3.607
8.920
3.100
35
EUR
EUR
EUR
EUR
EUR
EUR
EUR
EUR
EUR
EUR
EUR
EUR
70,33
7,4
25,33
37,96
9,68
44,45
18,43
49,1
32,04
8,73
27,6
69,95
10,1
27
43,32
11,06
47,6
17,62
38,92
32,49
10,82
3
30,81
457.162
330.522
405.343
256.220
254.002
241.164
193.204
152.204
115.561
77.845
966
2.484.193
(2.487)
(8.458)
(31.552)
(42.497)
120.302
26.657
36.190
36.361
17.066
1.630
18.669
9.300
112
266.287
454.675
450.824
432.000
292.410
290.363
258.230
184.746
120.652
117.191
96.514
9.300
1.078
2.707.983
-
454.675
450.824
432.000
292.410
290.363
258.230
184.746
120.652
117.191
96.514
9.300
1.078
2.707.983
Unidades de participação
PRIVADO LIQUIDEZ DINAMICA
PRIVADO MULTIBONDS FI
TOTTA RENDIMENTO CHINA 6%
PRIVADO IBERIAN OPPORTUNITIES FI
SANTANDER RENDIMENTO CHINA 6%
TOTTA SUPER INV
CP SUPER INV
SANTANDER SUPER INV
KENDALL
BPI CAP SEG EURO
CREDITO PREDIAL GARANTIDO 6 ANOS
245.474
229.067
658.400
30.000
325.150
230.400
221.950
178.900
3.006
4.500
3.600
EUR
EUR
EUR
EUR
EUR
EUR
EUR
EUR
EUR
EUR
EUR
10,19
10,04
0,97
10
0,96
1,05
1,05
1,06
1
0,97
0,9
10,59
10,15
1
11,67
0,99
1,06
1,06
1,06
1,48
0,99
0,9
2.502.000
2.300.001
635.610
300.000
311.155
242.761
233.910
189.229
3.006
4.349
3.249
6.725.270
(9)
(9)
97.551
24.354
22.724
50.172
10.776
2.477
2.334
1.192
1.443
99
213.122
2.599.551
2.324.355
658.334
350.172
321.931
245.238
236.244
190.421
4.449
4.448
3.240
6.938.383
-
2.599.551
2.324.355
658.334
350.172
321.931
245.238
236.244
190.421
4.449
4.448
3.240
6.938.383
782.090 120.542.099
21.383
120.563.482
Detidos para Negociação
Instrumentos de dívida
De emissores públicos
Obrigações de dívida pública portuguesa
OT PGB 4,875 08/17/07
OT 6.625% 02/07
OT 5.375 06/08
De outros emissores
Obrigações emitidas por residentes
CXGD FLOAT SET 49
EDP-25ªEM. 11/23/08
SEMAPA
G.D.L. 08/13
Obrigações emitidas por não residentes
ALOFP FLOAT 03/09
NATGRE FLOAT JUL/49
HUNTSM 10.125 JUL/09
GM 4.375% 10/07
CXGD FLOAT 49/14
BANIF FLOAT 29/12/2049
F M CREDIT 4.875% 05/17/07
RHA 8% 06/10
GMAC 5.625% JUL/07
TUI FLOAT 17/08/09
DZBK FLOAT 49
NXPBVT 10/15/13
ALSTOM ALOFPFLOAT 07/08
ALAFP 5.625% 03/07
Instrumentos de capital
Acções emitidas por residentes
PORTUCEL
IMPRESA - SGPS
SONAE INDÚSTRIA - SGPS
BANCO BPI S.A
120.852.682 (1.092.673)
Privado Holding, SGPS, S.A. e Subsidiárias
Inventário de Títulos em 31 de Dezembro de 2006
(Montantes expressos em Euros)
Quantidade
Moeda
Valor
médio de
aquisição
Valor de
mercado
Custo de
aquisição
Menos
valias
Mais
valias
Valor de
mercado
Juro
Valor de
balanço
Outros Activos Financeiros ao Justo Valor Através de Resultados
Instrumentos de dívida
De emissores públicos
Obrigações de dívida pública portuguesa
OT 5.375 06/08
OT PGB 5.85 05/20/10
10.250.000
1.000.000
EUR
EUR
108,03%
107,72%
101,05%
103,22%
11.072.601
1.077.214
12.149.815
(714.976)
(45.014)
(759.990)
-
10.357.625
1.032.200
11.389.825
288.299
36.062
324.361
10.645.924
1.068.262
11.714.186
De outros emissores
Obrigações emitidas por residentes
OB SUB CEMAH
CEMAH II SUBORDINADAS 28/12/2011
2.500.000
1.500.000
EUR
EUR
100,00%
100,00%
100,00%
100,00%
2.500.000
1.500.000
4.000.000
-
-
2.500.000
1.500.000
4.000.000
27.823
572
28.395
2.527.823
1.500.572
4.028.395
30.000.000
20.050.000
20.000.000
11.500.000
10.000.000
10.000.000
10.000.000
10.000.000
10.000.000
10.000.000
8.000.000
7.500.000
7.000.000
5.000.000
5.000.000
5.000.000
5.000.000
5.000.000
5.000.000
5.000.000
5.000.000
4.000.000
3.000.000
3.000.000
3.000.000
3.000.000
4.000.000
3.000.000
3.000.000
2.000.000
2.000.000
1.000.000
1.000.000
1.000.000
1.000.000
1.000.000
1.114.000
1.000.000
487.000
EUR
EUR
EUR
EUR
EUR
EUR
EUR
EUR
EUR
EUR
EUR
EUR
EUR
EUR
EUR
EUR
EUR
EUR
EUR
EUR
EUR
USD
EUR
EUR
EUR
EUR
USD
EUR
EUR
EUR
EUR
EUR
EUR
EUR
EUR
EUR
USD
USD
EUR
100,00%
99,78%
98,50%
102,19%
100,00%
100,00%
100,00%
100,00%
100,00%
100,00%
98,81%
100,00%
100,00%
100,00%
100,00%
100,00%
100,00%
100,00%
100,00%
100,00%
100,00%
100,00%
99,50%
100,00%
100,00%
99,88%
100,00%
99,80%
99,00%
105,63%
100,00%
99,93%
100,00%
100,00%
98,50%
93,86%
100,50%
100,00%
100,90%
97,84%
101,28%
98,66%
99,90%
100,00%
100,42%
100,31%
99,84%
100,40%
100,22%
100,95%
99,94%
102,74%
106,86%
100,18%
100,38%
103,13%
99,30%
99,91%
100,17%
100,32%
108,41%
107,80%
97,76%
102,00%
99,92%
94,00%
94,38%
82,90%
103,00%
96,74%
99,92%
98,25%
100,00%
98,50%
92,08%
100,50%
98,50%
100,54%
30.000.000
20.005.000
19.700.000
11.751.680
10.000.000
10.000.000
10.000.000
10.000.000
10.000.000
10.000.000
7.905.000
7.500.000
7.000.000
5.000.000
5.000.000
5.000.000
5.000.000
5.000.000
5.000.000
5.000.000
5.000.000
3.037.206
2.985.000
3.000.000
3.000.000
2.996.400
3.037.206
2.994.000
2.970.000
2.112.500
2.000.000
999.250
1.000.000
1.000.000
985.000
938.600
850.091
759.301
491.383
239.017.617
(648.000)
(263.180)
(16.000)
(4.500)
(35.000)
(4.500)
(67.200)
(182.233)
(162.600)
(483.000)
(52.500)
(65.200)
(50)
(17.500)
(17.820)
(11.389)
(1.748)
(2.032.420)
300.966
32.000
42.000
31.000
40.000
22.000
171.000
191.590
342.950
9.000
19.000
156.500
8.500
16.000
255.480
249.000
60.000
1.161
1.948.147
29.352.000
20.305.966
19.732.000
11.488.500
10.000.000
10.042.000
10.031.000
9.984.000
10.040.000
10.022.000
8.076.000
7.495.500
7.191.590
5.342.950
5.009.000
5.019.000
5.156.500
4.965.000
4.995.500
5.008.500
5.016.000
3.292.686
3.234.000
2.932.800
3.060.000
2.997.561
2.854.973
2.831.400
2.487.000
2.060.000
1.934.800
999.200
982.500
1.000.000
985.000
920.780
850.091
747.912
489.635
238.933.344
35.312
33.417
279.433
350.199
332.222
239.750
102.031
108.822
16.803
18.233
10.453
74.312
189.229
153.144
184.575
102.917
87.329
10.235
170.203
3.149
27.384
3.500
31.667
53.907
132.685
6.304
17.794
15.841
4.111
2.794.961
29.387.312
20.339.383
20.011.433
11.838.699
10.332.222
10.281.750
10.133.031
10.092.822
10.056.803
10.040.233
8.086.453
7.569.812
7.191.590
5.342.950
5.198.229
5.172.144
5.156.500
5.149.575
5.098.417
5.095.829
5.026.235
3.292.686
3.234.000
3.103.003
3.060.000
3.000.710
2.882.357
2.834.900
2.518.667
2.113.907
2.067.485
1.005.504
1.000.294
1.000.000
985.000
936.621
850.091
752.023
489.635
241.728.305
255.167.432 (2.792.410) 1.948.147 254.323.169 3.147.717
257.470.886
Obrigações emitidas por não residentes
FORTIS FLOAT 12/07
FARIRWAY CDO 6% 06/16
CDO FORTIS EUR 300 07/07/2008
F M CREDIT 4.875% 05/17/07
FORTIS CNL 4.6% 18/04/07
FTD FORTIS 6.3% 04 OUT 2007
GAUGUIN 04/10/13
FTD FORTIS EUR 166 07/07/2008
HVB ALSTOM BASELL TUI
HVB STR 12/20/07
REGAT 14 A1 21/12/2013
FTD DC C GHUICHARD
CLIMBER BNP PARIBAS EUROSTOXX 50
CERTS COMMODITIES GS
HVB STRNT 03/20/07 4.65 (TAXA FIXA)
CLN SAS ALTRIA GMAC
ALLEGRO INV CORP
FTD VNU FIAT TDC ALC 4.14% 9/2/07
FOR FOR 2Y
BAYER HYPO VEREI HVB 6.25% 09/20/07
HVB STRNT 03/20/07
5-YEAR COMMODITY-LINKED NOTES 10USD
GOLDMAN SACHS ACÇÕES VS OBRIGAÇÕES
OCELOT CDO II CLASSE C - COMBO A
5-YEAR COMMODITY-LINKED NOTES 10EUR
ALLNCE FLOAT 09/21/10
RESIDENTIAL REINS CAT BOND
FORTIS FLOAT 03/16
GOLDMAN SACHS 5% 15 YR
ATUGRP FLOAT 01/10/2014
OCELOT CDO II CLASSE D - COMBO BBB
BANIF FLOAT 11/03/10
AIOLOS LTD
OPR 2006-1A A2A
DEXIA CREDIT LOCAL
PREPS 2005 1B2
BNP WORLD BSK 08/10 CBK
CASCADIA LIMITED
CXGD FLOAT 49/14
Anexo II
185
188
Demonstrações
Financeiras
Privado Holding, SGPS, S.A.
Balanços Individuais em 31 de Dezembro de 2007 e 2006
(Montantes expressos em Euros)
2007
Activo
Disponibilidades em outras instituições de crédito
Investimentos em filiais e associadas
Activos por impostos correntes
Activos por impostos diferidos
Outros activos
Total do activo
O Anexo faz parte integrante destes balanços.
2006
Notas
Activo
bruto
Imparidade
Activo
líquido
Activo
líquido
4
5
6
6
7
21.974.086
203.425.000
3.690.150
10.101.450
-
21.974.086
203.425.000
3.690.150
10.101.450
51.676.106
153.350.000
172.684
2.277
9.694.100
239.190.686
-
239.190.686
214.895.167
Privado Holding, SGPS, S.A.
Balanços Individuais em 31 de Dezembro de 2007 e 2006
(Montantes expressos em Euros)
Notas
2007
2006
Recursos de outras instituições de crédito
8
2.904.295
2.904.295
Provisões
9
2.721.088
-
Passivos por impostos correntes
6
2.654.714
-
30.000
-
8.310.097
2.904.295
Passivo e Situação Líquida
Outros passivos
Total do passivo
Capital
10
150.050.000
150.050.000
Prémios de emissão
10
45.000.000
45.000.000
Outras reservas e resultados transitados
11
8.688.122
1.758.282
Resultado líquido do exercício
11
27.142.467
15.182.590
230.880.589
211.990.872
239.190.686
214.895.167
Total da situação líquida
Total do passivo e da situação líquida
O Anexo faz parte integrante destes balanços.
Demonstrações
Financeiras
189
Privado Holding, SGPS, S.A.
Demonstrações dos Resultados Individuais para os Exercícios Findos em 31 de Dezembro de 2007 e 2006
(Montantes expressos em Euros)
Juros e rendimentos similares
Juros e encargos similares
Rendimentos de instrumentos de capital
Notas
2007
2006
12
12
13
667.588
(268.178)
30.245.206
315.245
15.670.134
30.644.616
15.985.379
Margem financeira
Outros resultados de exploração
14
(94.700)
-
30.549.916
15.985.379
15
(177.106)
(78.966)
9
(2.721.088)
27.651.722
15.906.413
Correntes
6
(4.197.128)
(721.555)
Diferidos
6
3.687.873
(2.268)
27.142.467
15.182.590
Produto bancário
Gastos gerais administrativos
Provisões líquidas de reposições e anulações
Resultado antes de impostos
Impostos
Resultado líquido do exercício
O Anexo faz parte integrante destas demonstrações.
Demonstrações
Financeiras
191
192
Demonstrações
Financeiras
Privado Holding, SGPS, S.A.
Demonstrações das Alterações no Capital Próprio Individual para os Exercícios Findos em 31 de Dezembro de 2007 e 2006
(Montantes expressos em Euros)
(EUR)
Notas
Saldos em 31 de Dezembro de 2005
Capital
Prémios
de emissão
150.050.000
45.000.000
-
-
Distribuição do lucro do exercício de 2005:
Distribuição de dividendos
11
Transferência para reservas e resultados transitados
-
Lucro do exercício de 2006
-
-
150.050.000
45.000.000
-
-
-
-
-
-
150.050.000
45.000.000
Saldos em 31 de Dezembro de 2006
Distribuição do lucro do exercício de 2006:
Distribuição de dividendos
Transferência para reservas e resultados transitados
Lucro do exercício de 2007
Saldos em 31 de Dezembro de 2007
O Anexo faz parte integrante destas demonstrações.
11
Privado Holding, SGPS, S.A.
Demonstrações das Alterações no Capital Próprio Individual para os Exercícios Findos em 31 de Dezembro de 2007 e 2006
(Montantes expressos em Euros)
Outras reservas e resultados transitados
Reserva
legal
Resultados
transitados
Total
Distribuição
de dividendos
Lucro
do exercício
Total
-
(3.857)
(3.857)
(3.517.500)
10.981.539
202.510.182
-
-
-
-
(5.701.900)
(5.701.900)
549.676
1.212.463
1.762.139
3.517.500
(5.279.639)
-
-
-
-
-
15.182.590
15.182.590
549.676
1.208.606
1.758.282
-
15.182.590
211.990.872
-
-
-
-
(8.252.750)
(8.252.750)
759.130
6.170.710
6.929.840
-
(6.929.840)
-
-
-
-
-
27.142.467
27.142.467
1.308.806
7.379.316
8.688.122
-
27.142.467
230.880.589
Demonstrações
Financeiras
193
Privado Holding, SGPS, S.A.
Demonstrações dos Fluxos de Caixa Individuais para os Exercícios Findos em 31 de Dezembro de 2007 e 2006
(Montantes expressos em Euros)
2007
2006
609.857
1.822.953
Fluxos de Caixa das Actividades Operacionais:
Juros recebidos
Juros pagos
(268.178)
-
Pagamentos a fornecedores
(104.075)
(78.966)
Pagamentos de impostos sobre os lucros
(1.479.730)
(1.916.239)
Resultados operacionais antes das alterações nos activos e passivos operacionais
(1.242.126)
(172.252)
-
50.000.000
(Aumentos) diminuições de activos operacionais:
Aplicações em instituições de crédito
Outros activos
(407.350)
(317.451)
(407.350)
49.682.549
30.000
-
(1.619.476)
49.510.297
Aumentos (diminuições) de passivos operacionais:
Outros passivos
Caixa líquida das actividades operacionais
Fluxos de Caixa das Actividades de Investimento:
30.245.206
15.670.134
Investimentos em filiais e associadas
(50.075.000)
(7.802.421)
Caixa líquida das actividades de investimento
(19.829.794)
7.867.713
Rendimentos de instrumentos de capital
Fluxos de Caixa das Actividades de Financiamento:
(8.252.750)
(5.701.900)
(8.252.750)
(5.701.900)
(29.702.020)
51.676.110
Caixa e seus equivalentes no início do período
48.771.811
(2.904.299)
Caixa e seus equivalentes no fim do período
19.069.791
48.771.811
Pagamento de dividendos
Caixa líquida das actividades de financiamento
Aumento (diminuição) líquido de caixa e seus equivalentes
O Anexo faz parte integrante destas demonstrações.
Demonstrações
Financeiras
195
196
Anexos
às Demonstrações
Financeiras
Privado Holding, SGPS, S.A.
Anexo às Demonstrações Financeiras Individuais em 31 de Dezembro de 2007 e 2006
(Montantes expressos em Euros)
1. Nota Introdutória
A Privado Holding SGPS, S.A. (adiante designada por Privado Holding ou Sociedade) foi constituída em 30 de Junho de 2003 tendo
iniciado a sua actividade nessa data. A Sociedade tem por objecto a gestão de participações sociais noutras sociedades como forma
indirecta do exercício de actividades económicas, detendo a totalidade das acções representativas do capital do Banco Privado
Português, S.A. (Banco Privado ou Banco), da PCapital – Sociedade Gestora de Participações Sociais, S.A. (PCapital) da Privado
Geste, SGPS, S.A. (Privado Geste) e Citromina, SGPS, S.A. (Citromina).
A Sociedade tem sede social na Rua Mouzinho da Silveira, nº 12, freguesia do Coração de Jesus, em Lisboa.
2. Políticas Contabilísticas
2.1. Bases de apresentação
As demonstrações financeiras individuais da Sociedade foram preparadas no pressuposto da continuidade das operações, com base
nos livros e registos contabilísticos mantidos de acordo com os princípios consagrados nas Normas de Contabilidade Ajustadas (NCA),
nos termos do Aviso nº 1/2005, de 21 de Fevereiro e das Instruções nº 23/2004 e nº 9/2005, do Banco de Portugal, na sequência
da competência que lhe é conferida pelo número 3 do Artigo 115º do Regime Geral das Instituições de Crédito e Sociedades Financeiras,
aprovado pelo Decreto-Lei nº 298/92, de 31 de Dezembro.
As NCA correspondem em geral às Normas Internacionais de Relato Financeiro (IAS/IFRS), conforme adoptadas pela União Europeia,
de acordo com o Regulamento (CE) nº 1606/2002 do Parlamento Europeu e do Conselho, de 19 de Julho, transposto para o ordenamento
nacional pelo Decreto-Lei nº 35/2005, de 17 de Fevereiro e pelo Aviso nº 1/2005, de 21 de Fevereiro, do Banco de Portugal. Em 31
de Dezembro de 2007 e 2006, não existem excepções com impacto significativo nas demonstrações financeiras individuais
da Sociedade entre as NCA e as Normas Internacionais de Relato Financeiro (IAS/IFRS), conforme adoptadas pela União Europeia.
As demonstrações financeiras individuais da Sociedade relativas ao exercício findo em 31 de Dezembro de 2007 não foram ainda
objecto de aprovação pela Assembleia Geral. Contudo, o Conselho de Administração admite que venham a ser aprovadas sem alterações
significativas.
Privado Holding, SGPS, S.A.
Anexo às Demonstrações Financeiras Individuais em 31 de Dezembro de 2007 e 2006
(Montantes expressos em Euros)
2.2. Resumo das principais políticas contabilísticas
As políticas contabilísticas mais significativas utilizadas na preparação das demonstrações financeiras individuais foram as seguintes:
a) Investimentos em filiais e associadas
Esta rúbrica inclui as participações em empresas nas quais a Sociedade exerce um controlo efectivo sobre a sua gestão corrente, de modo
a obter benefícios económicos das suas actividades, denominadas “filiais”. Normalmente o controlo é evidenciado pela detenção de mais
de 50% do capital ou dos direitos de voto.
Nos termos da Norma IAS 27 – “Demonstrações Financeiras Consolidadas e Separadas” estes investimentos encontram-se registados
ao custo de aquisição.
Os dividendos são registados como proveitos no exercício em que é aprovada a sua distribuição pelas filiais, na rúbrica de “Rendimentos
de instrumentos de capital”.
b) Especialização de exercícios
A Sociedade regista as suas receitas e despesas de acordo com o princípio da especialização de exercícios, sendo reconhecidas à medida
que são geradas, independentemente do momento do seu recebimento ou pagamento.
c) Impostos
A Sociedade está sujeita a tributação em sede de Imposto sobre o Rendimento das Pessoas Colectivas (IRC) e respectiva Derrama,
cuja taxa agregada nos exercícios de 2007 e 2006 corresponde a 26,5% e 27,5%, respectivamente.
Nos termos do Artigo 31º do Estatuto dos Benefícios Fiscais (EBF), são excluídos de tributação em IRC os dividendos auferidos pela
Sociedade desde que as respectivas participações tenham permanecido na sua titularidade, de modo ininterrupto, durante o ano anterior
à data da colocação à disposição dos lucros ou, se detida há menos tempo, desde que a participação seja mantida durante o tempo
necessário para completar esse período.
Por outro lado, nos termos do Artigo 60º do Código do IRC, são imputados à Sociedade, na proporção da sua participação
e independentemente de distribuição, os lucros obtidos por sociedades não residentes, submetidas a um regime fiscal claramente
mais favorável, desde que a Sociedade detenha, directa ou indirectamente, uma participação social de, pelo menos 25%, ou de pelo
menos 10% no caso de a sociedade não residente ser detida, directa ou indirectamente, em mais de 50% por sócios residentes.
Considera-se que uma sociedade está submetida a um regime claramente mais favorável quando:
i) O território de residência da mesma constar da Portaria nº 150/2004, de 13 de Fevereiro; ou
ii) Quando aquela aí não for tributada em imposto sobre o rendimento idêntico ou análogo ao IRC; ou ainda
iii) Quando o imposto efectivamente pago seja igual ou inferior a 60% do IRC que seria devido se a sociedade fosse residente em
Portugal.
Anexos
às Demonstrações
Financeiras
197
198
Anexos
às Demonstrações
Financeiras
Privado Holding, SGPS, S.A.
Anexo às Demonstrações Financeiras Individuais em 31 de Dezembro de 2007 e 2006
(Montantes expressos em Euros)
A imputação dos lucros em questão é feita na base tributável da Sociedade relativa ao exercício que integrar o termo do período
de tributação da sociedade não residente e corresponde ao lucro obtido por esta, depois de deduzido, se aplicável, o imposto sobre
o rendimento incidente sobre esses lucros de acordo com o respectivo regime fiscal no Estado de residência.
Quando ao sócio residente sejam distribuídos lucros relativos à sua participação em sociedade não residente a que tenha sido aplicável
o referido anteriormente, são deduzidos na base tributável relativa ao exercício em que esses rendimentos sejam obtidos, até à sua
concorrência, os valores que o sujeito passivo prove que já foram imputados para efeitos de determinação do lucro tributável de
exercícios anteriores, sem prejuízo de aplicação nesse exercício do crédito de imposto por dupla tributação internacional.
A Sociedade encontra-se abrangida pelo regime de preços de transferência, o qual exige que os preços a adoptar sejam aqueles que
seriam estabelecidos em condições de plena concorrência, que assegurem que são adoptadas condições de mercado nas relações
comerciais e financeiras entre entidades relacionadas, introduzindo os devidos mecanismos de correcção quando tal não suceda
(Artigo 58º do Código do IRC). Caso não sejam, a administração tributária está autorizada a proceder aos ajustamentos ao lucro
tributável da Sociedade que se revelem necessários para reflectir a aplicação do princípio de livre concorrência.
O imposto corrente é calculado com base no resultado fiscal do exercício, o qual difere do resultado contabilístico devido a ajustamentos
ao lucro tributável resultantes de custos ou proveitos não relevantes para efeitos fiscais, ou que apenas serão considerados noutros
períodos.
Os impostos diferidos correspondem ao impacto no imposto a recuperar/pagar em períodos futuros resultante de diferenças
temporárias dedutíveis ou tributáveis entre o valor de balanço dos activos e passivos e a sua base fiscal, utilizada na determinação
do lucro tributável.
Os passivos por impostos diferidos são normalmente registados para todas as diferenças temporárias tributáveis, enquanto que os impostos
diferidos activos só são registados até ao montante em que seja provável a existência de lucros tributáveis futuros que permitam a utilização
das correspondentes diferenças tributárias dedutíveis ou prejuízos fiscais. No entanto, não são registados impostos diferidos nas seguintes
situações:
• Diferenças temporárias resultantes de goodwill;
• Diferenças temporárias originadas no reconhecimento inicial de activos e passivos em transacções que não afectem o resultado
contabilístico ou o lucro tributável;
• Diferenças temporárias resultantes de lucros não distribuídos por empresas filiais e associadas, na medida em que a Sociedade tenha
a possibilidade de controlar a sua reversão e seja provável que a mesma não venha a ocorrer num futuro previsível.
Os impostos diferidos são calculados com base nas taxas de imposto que se antecipa estarem em vigor à data da reversão das diferenças
temporárias, que correspondem às taxas aprovadas ou substancialmente aprovadas na data de balanço.
Os impostos sobre o rendimento (correntes ou diferidos) são reflectidos nos resultados do exercício, na medida em que as transacções
que os originaram sejam reflectidas igualmente nos resultados do exercício.
Privado Holding, SGPS, S.A.
Anexo às Demonstrações Financeiras Individuais em 31 de Dezembro de 2007 e 2006
(Montantes expressos em Euros)
d) Instrumentos financeiros derivados
No exercício de 2007, a Privado Holding utilizou instrumentos financeiros derivados (Back-to-Back Credit Default Swaps) com o objectivo
de negociação. Os derivados de negociação eram registados ao justo valor, sendo os resultados apurados diariamente reconhecidos
em proveitos e custos do exercício, nas rubricas de “Resultados de activos e passivos avaliados ao justo valor através de resultados”.
As reavaliações positivas e negativas eram registadas nas rubricas “Activos financeiros ao justo valor através de resultados” e “Passivos
financeiros ao justo valor através de resultados”, respectivamente.
e) Provisões e passivos contingentes
Uma provisão é constituída quando existe uma obrigação presente (legal ou construtiva) resultante de eventos passados onde seja
provável o futuro dispêndio de recursos, e este possa ser determinado com fiabilidade. O montante da provisão corresponde à melhor
estimativa do valor a desembolsar para liquidar a responsabilidade na data de balanço.
Caso não seja provável o futuro dispêndio de recursos, trata-se de um passivo contingente. Os passivos contingentes são apenas objecto
de divulgação, a menos que a possibilidade da sua concretização seja remota.
As provisões para outros riscos destinam-se a fazer face a contingências diversas resultantes da actividade da Sociedade.
f) Caixa e seus equivalentes
Para efeitos da preparação da demonstração dos fluxos de caixa, a Sociedade considera como “Caixa e seus equivalentes” o total do saldo
das rubricas “Disponibilidades em outras instituições de crédito” e “Recursos de outras instituições de crédito”.
3. Principais Estimativas e Incertezas Associadas à Aplicação das Políticas Contabilísticas
Na aplicação das políticas contabilísticas supra descritas, é necessária a realização de estimativas e a adopção de pressupostos por parte
do Conselho de Administração da Sociedade. A estimativa com maior impacto nas demonstrações financeiras individuais da Sociedade
corresponde à determinação dos impostos sobre lucros.
Os impostos sobre os lucros (correntes e diferidos) são determinados pela Sociedade com base nas regras definidas pelo enquadramento
fiscal em vigor. No entanto, em algumas situações, a legislação fiscal pode não ser suficientemente clara e objectiva, originando a existência
de diferentes interpretações. Nestes casos, os valores registados resultam do melhor entendimento dos órgãos responsáveis da Sociedade
sobre o correcto enquadramento das suas operações, o qual é no entanto susceptível de ser questionado por parte das Autoridades Fiscais.
Adicionalmente, o reconhecimento de impostos diferidos activos pressupõe a existência de resultados e de matéria colectável futura.
4. Disponibilidades em Outras Instituições de Crédito
Em 31 de Dezembro de 2007 e 2006, o saldo desta rúbrica corresponde a um depósito à ordem domiciliado no Banco Privado, o qual
não é remunerado.
Anexos
às Demonstrações
Financeiras
199
200
Anexos
às Demonstrações
Financeiras
Privado Holding, SGPS, S.A.
Anexo às Demonstrações Financeiras Individuais em 31 de Dezembro de 2007 e 2006
(Montantes expressos em Euros)
5. Investimentos em Filiais e Associadas
Em 31 de Dezembro de 2007 e 2006, esta rúbrica apresenta a seguinte composição:
0000000000
2007
2006
Banco Privado
195.000.000
145.000.000
Privado Geste
7.600.000
7.600.000
750.000
750.000
Citromina
50.000
-
Lusandal
22.500
-
2.500
-
203.425.000
153.350.000
PCapital
Imoseagle Sete
Em 31 de Dezembro de 2007, o valor de balanço do Banco Privado inclui prestações suplementares concedidas pela Sociedade,
no montante de 50.000.000 Euros.
O valor de balanço do investimento na Privado Geste inclui prestações suplementares concedidas pela Sociedade, no montante
de 7.550.000 Euros.
Privado Holding, SGPS, S.A.
Anexo às Demonstrações Financeiras Individuais em 31 de Dezembro de 2007 e 2006
(Montantes expressos em Euros)
Em 31 de Dezembro de 2007 e 2006, os dados financeiros mais significativos retirados das contas individuais das entidades detidas
directa e indirectamente pela Sociedade, podem ser resumidos da seguinte forma:
2007
Subsidiárias
Sede
Banco Privado Português, S.A.
Portugal
PCapital – SGPS, S.A.
Portugal
Privado Geste, SGPS, S.A.
Portugal
Geste Advisers, Limited (Geste)
Ilhas Cayman
Banco Privado Português (Cayman), Ltd.
Ilhas Cayman
Imoprivado – Sociedade Imobiliária, S.A.
Portugal
Kinetics, SGPS, S.A.
Portugal
Privado Development Capital Advisers, Ltd.
Ilhas Cayman
Privado Development Capital Promoters, Ltd.
Ilhas Cayman
BPP – Escritório de Representação no Brasil, Ltda.
Brasil
Privado Fundos – Sociedade Gestora de Fundos
de Investimento Mobiliário, S.A.
Portugal
Sociedade Y2K – Imobiliária, S.A.
Portugal
Sociedade Evitu – Imobiliária, S.A.
Portugal
Sociedade Toupronto – Imobiliária, S.A.
Portugal
Fino SARL
Luxemburgo
Belt Finance SARL
Luxemburgo
Vale da Rã - Investimentos Turísticos e Imobiliários, S.A.
Portugal
Privado Seguros Corretores e Consultores, S.A.
Portugal
Citromina, SGPS, S.A.
Portugal
Lusandal - Sociedade Imobiliária, S.A.
Portugal
Imoseagle Cinco - Gestão Mobiliária e Imobiliária, Lda
Portugal
Imoseagle Sete - Gestão Mobiliária e Imobiliária, Lda
Portugal
Avenida 35 - Imobiliária, S.A.
Portugal
IMOGHARB - Fundo de Investimentro Imobiliário Fechado
Portugal
Participação
directa
Participação
efectiva
Método de
consolidação/
registo
Activo
Situação
líquida*
Lucro/
(Prejuízo)
100,00%
100,00%
100,00%
-
100,00%
100,00%
100,00%
100,00%
100,00%
100,00%
99,90%
Integral
Integral
Integral
Integral
Integral
Integral
Integral
Integral
Integral
Integral
1.409.770.007
38.157.873
23.916.630
3.974.886
697.283.787
14.299.490
20.047.092
1.011.178
1.829.475
387.551
195.076.483
(115.429)
15.419.813
3.864.048
40.100.341
689.709
3.347.889
679.441
268.924
(140.812)
(9.328.694)
(232.606)
30.288.769
31.565.483
97.460
(26.217)
283.436
645.476
(1.402)
(20.610)
100,00%
50,00%
50,00%
-
100,00%
100,00%
100,00%
100,00%
100,00%
50,00%
27,85%
80,00%
50,00%
100,00%
25,00%
50,00%
Integral
Integral
Integral
Integral
Integral
Integral
Integral
Integral
Integral
Integral
Eq. Patrimonial
Integral
Eq. Patrimonial
Eq. Patrimonial
398.758
436.976
440.726
437.191
8.427.492
3.979.487
3.907.443
474.730
5.049.861
215
4.473.528
3.730.734
214.719
14.329.662
392.236
73.879
77.575
74.144
5.014.992
3.911.679
2.543.928
332.130
1.901.961
(28.736)
155.409
(42.282)
205.650
9.985.897
(8.954)
6.198
6.037
5.973
19.190
(47.834)
(243.411)
(19.481)
(139)
(78.489)
178.515
(47.282)
1.681
(14.103)
2006
Subsidiárias
Banco Privado Português, S.A.
PCapital – SGPS, S.A.
Privado Geste, SGPS, S.A.
Geste Advisers, Limited (Geste)
Banco Privado Português (Cayman), Ltd.
Imoprivado – Sociedade Imobiliária, S.A.
Kinetics, SGPS, S.A.
Privado Development Capital Advisers, Ltd.
Privado Development Capital Promoters, Ltd.
BPP – Escritório de Representação no Brasil, Ltda.
Privado Fundos – Sociedade Gestora de Fundos
de Investimento Mobiliário, S.A.
Sociedade Y2K – Imobiliária, S.A.
Sociedade Evitu – Imobiliária, S.A.
Sociedade Toupronto – Imobiliária, S.A.
Fino SARL
Belt Finance SARL
Vale da Rã - Investimentos Turísticos e Imobiliários, S.A.
Imoseagle Cinco - Gestão Mobiliária e Imobiliária, Lda
Avenida 35 - Imobiliária, S.A.
* Inclui resultado líquido
Sede
Participação
directa
Participação
efectiva
Método de
consolidação/
registo
Activo
Situação
líquida*
Lucro/
(Prejuízo)
Portugal
Portugal
Portugal
Ilhas Cayman
Ilhas Cayman
Portugal
Portugal
Ilhas Cayman
Ilhas Cayman
Brasil
100,00%
100,00%
100,00%
-
100,00%
100,00%
100,00%
100,00%
100,00%
100,00%
99,90%
Integral
Integral
Integral
Integral
Integral
Integral
Integral
Integral
Integral
Integral
1.020.036.354
22.675.198
29.650.878
3.711.671
259.246.289
11.240.391
8.260.153
802.709
834.061
505.123
153.999.768
4.063.248
7.121.435
3.698.565
18.574.591
715.926
3.234.897
630.955
24.326
(112.910)
14.673.566
519.640
13.096.356
8.489.247
(14.229)
(47.740)
179.415
592.990
(232)
(47.757)
Portugal
Portugal
Portugal
Portugal
Luxemburgo
Luxemburgo
Portugal
Portugal
Portugal
-
100,00%
100,00%
100,00%
100,00%
100,00%
50,00%
27,85%
50,00%
25,00%
Integral
Integral
Integral
Integral
Integral
Integral
Integral
Eq. Patrimonial
Eq. Patrimonial
403.595
518.851
523.797
520.257
8.408.301
5.013.324
444.994
13.402.224
435.634
401.190
67.681
71.538
68.171
4.995.801
3.959.513
421.311
3.774.409
349.694
(5.340)
3.340
3.035
3.215
4.395.801
(40.487)
(27.517)
(20.248)
294.857
Anexos
às Demonstrações
Financeiras
201
202
Anexos
às Demonstrações
Financeiras
Privado Holding, SGPS, S.A.
Anexo às Demonstrações Financeiras Individuais em 31 de Dezembro de 2007 e 2006
(Montantes expressos em Euros)
A Sociedade adquiriu a totalidade das acções do Banco Privado em 22 de Dezembro de 2004 (Nota 10). O Banco Privado é uma
sociedade anónima, com sede social em Lisboa, constituída em 9 de Agosto de 1996, por alteração da denominação e objecto social
da Sigma Capital – Sociedade de Investimentos, S.A., a qual iniciou a sua actividade em 12 de Setembro de 1995. A constituição do
Banco Privado foi autorizada pelo Banco de Portugal em 20 de Maio de 1996.
O Banco Privado tem por objecto social a obtenção de recursos de terceiros, os quais aplica essencialmente sob a forma de títulos
e em instituições de crédito. Adicionalmente, dedica-se à gestão de activos financeiros de investidores institucionais e particulares,
à prestação de serviços financeiros, à administração de fundos de investimento e outras actividades consentidas por lei à actividade
bancária.
Para a realização das suas operações, o Banco Privado dispõe de dois balcões, um em Lisboa e um no Porto, e um escritório de
representação na África do Sul. Adicionalmente, dispõe de duas sucursais: a Sucursal Financeira Exterior na Zona Franca da Madeira
e uma Sucursal em Espanha.
Adicionalmente, o Banco detém participações superiores a 50% nas seguintes sociedades:
• Banco Privado Português (Cayman), Ltd., cujo objecto é idêntico ao do Banco Privado sendo igualmente responsável pela gestão
de sociedades cujo objecto social consiste exclusivamente no investimento em valores mobiliários representativos de partes de capital
de outras sociedades.
• Privado Fundos – Sociedade Gestora de Fundos de Fundos de Investimento, S.A. que tem por objecto a gestão de organismos de
investimento colectivo, incluindo fundos de investimento mobiliário e imobiliário.
• Imoprivado – Sociedade Imobiliária, S.A., cuja actividade consiste na gestão de activos imobiliários, designadamente o imóvel sito
na Rua Mouzinho da Silveira, nº12, em Lisboa, que é utilizado como sede da Sociedade e do Banco Privado. Esta sociedade
é, ainda, detentora de 100% do capital social de três sociedades imobiliárias, que em conjunto são titulares da propriedade sobre
um imóvel sito na Avenida de Montevideu, nº 66-80, Porto, utilizado pela delegação do Banco Privado nesta cidade:
- Y2K – Imobiliária, S.A.;
- Evitu – Imobiliária, S.A.;
- Toupronto – Imobiliária, S.A..
• No exercício de 2006, a Imoprivado constituiu a sociedade Imoseagle Cinco com o objectivo de adquirir um terreno sito em Vale
da Amoreira, Distrito de Faro para o desenvolvimento de um projecto turístico e imobiliário. Este terreno foi alienado em 2007
ao IMOGHARB – Fundo de Investimento Imobiliário Fechado, o qual em 31 de Dezembro de 2007 era detido em 50% pelo Grupo
Privado Holding.
• Privado Development Capital Advisers, Ltd., constituída no decurso do exercício de 2000. Esta Sociedade tem sede nas Ilhas
Cayman e tem como objecto a gestão de fundos de private equity. Esta sociedade é responsável pela gestão do Ctema Property
Fund, Ceará Investment Fund e Stichting Ellipse Foundation.
• BPP – Escritório de representação no Brasil, Ltda., constituída no decurso do exercício de 2004. Esta sociedade tem sede no Brasil
e o seu objecto é idêntico ao do Banco.
Privado Holding, SGPS, S.A.
Anexo às Demonstrações Financeiras Individuais em 31 de Dezembro de 2007 e 2006
(Montantes expressos em Euros)
• Privado Seguros – Corretores e Consultores, S.A., sociedade adquirida no exercício de 2007 que tem como actividade principal a mediação
de seguros.
• A PCapital – Sociedade Gestora de Participações Sociais, S.A. tem como objecto a gestão de participações sociais em outras sociedades,
como forma indirecta do exercício de actividades económicas. A PCapital detém participações superiores a 50% nas seguintes
sociedades:
• Privado Development Capital Promoters, Ltd., constituída no decurso do exercício de 2000. Esta sociedade tem sede nas Ilhas Cayman
e tem como objecto a promoção e colocação de fundos de private equity. Esta sociedade é responsável pela promoção e colocação
do Ctema Property Fund e Ceará Investment Fund.
• Kinetics, Sociedade Gestora de Participações Sociais, S.A., cujo objecto é a gestão de participações sociais noutras sociedades, como
forma indirecta do exercício de actividades económicas.
A situação líquida negativa da PCapital resulta da desvalorização da Privado Financeiras, S.A., sociedade constituída no decurso de
2007 que tem por objectivo o investimento em participações estratégicas no sector financeiro. Em 31 de Dezembro de 2007, o principal
activo desta sociedade corresponde a uma participação no Millenium BCP. O Conselho de Administração da Sociedade não registou
qualquer provisão para a participação na PCapital, por considerar que a desvalorização do Millenium BCP será revertida a curto prazo.
Imoseagle Sete – Gestão Mobiliária e Imobiliária, S.A., detida em partes iguais pela Privado Holding e pela PCapital detém como
único activo um imóvel sito na Avenida Alexandre Herculano nº 40. Este imóvel foi adquirido no exercício de 2007 com o objectivo
de desenvolvimento de um projecto imobiliário para uma futura construção de um condomínio fechado ou um hotel de charme.
A Privado Geste, SGPS, S.A., detida integralmente pela Privado Holding, é uma sociedade anónima, com sede na Zona Franca da Madeira,
tendo sido constituída em 22 de Dezembro de 2005 com o objectivo de prestar serviços de gestão de activos para o grupo Privado
Holding.
A Privado Geste detém a Geste Advisers, Limited, cuja actividade principal é a gestão de fundos de investimento e prestação de serviços
de assessoria em gestão de activos às diversas sociedades do Grupo. Em 31 de Dezembro de 2007 e 2006, a Geste geria o fundo
Iberian Opportunities Fund.
Em Outubro de 2006, a Privado Geste constituiu duas sociedades sedeadas no Luxemburgo denominadas Fino S.A.R.L. (Fino) e Belt
Finance S.A.R.L. (Belt), sendo o capital da Belt detido na sua globalidade pela Fino. Estas duas sociedades foram constituídas com
o objectivo de adquirir a sociedade Vale da Rã – Investimentos Turísticos & Imobiliários, S.A. (Vale da Rã) detentora de 166 hectares
e 118 hectares, da Herdade de Vale da Rã e Herdade dos Pardieiros, respectivamente. Estas herdades situam-se em Vila do Bispo,
Algarve, sendo o objectivo do Grupo Privado Holding construir nas mesmas um empreendimento imobiliário e turístico, incluindo
equipamentos de golfe, lotes para edificação de moradias e para construção em altura para uso predominantemente turístico.
Deste modo, em 29 de Novembro de 2006, a Belt adquiriu ao valor nominal uma participação de 55,70% na Vale da Rã, na sequência
de um aumento de capital realizado por esta sociedade no montante de 398.828 Euros.
Por sua vez, em 19 de Dezembro de 2006, a Fino alienou 16.000 acções da Belt correspondentes a 50% da sua participação nesta
sociedade, a cinco clientes do Grupo Privado Holding.
Anexos
às Demonstrações
Financeiras
203
204
Anexos
às Demonstrações
Financeiras
Privado Holding, SGPS, S.A.
Anexo às Demonstrações Financeiras Individuais em 31 de Dezembro de 2007 e 2006
(Montantes expressos em Euros)
A Citromina, SGPS, S.A. detida na sua totalidade pela Privado Holding é uma sociedade anónima, com sede em Lisboa, tendo sido
constituída em 16 de Agosto de 2007 com o objectivo de gestão de participações sociais noutras sociedades como forma indirecta
do exercício de actividades económicas, nomeadamente da gestão das sociedades responsáveis pelo segmento imobiliário do Grupo.
Neste sentido, em 2008 alterou a sua denominação para Privado Imobiliária, SGPS, S.A.. Em 31 de Dezembro de 2007, esta sociedade
detinha 49,99% do IMOGHARB – Fundo de Investimento Imobiliário Fechado.
A Lusandal – Sociedade Imobiliária, S.A. detida em partes iguais pela Privado Holding e pela Imobiliária del Sur, S.A. é uma sociedade
anónima, com sede em Lisboa, tendo sido constituída com o objectivo de promoção imobiliária, gestão de imóveis próprios e alheios,
compra, venda e administração de imóveis rústicos, urbanos e mistos e revenda dos adquiridos para esse fim e prestação de serviços
conexos com as referidas actividades. Em 31 de Dezembro de 2007, esta Sociedade ainda não se encontrava a gerir projectos
imobiliários.
6. Imposto Sobre o Rendimento
Os saldos de passivos e activos por impostos sobre o rendimento em 31 de Dezembro de 2007 e 2006 eram os seguintes:
0000000000
2007
2006
Activos/(passivos) por impostos correntes:
• Retenções na fonte (Nota 14)
• Pagamentos por conta
• Estimativa de imposto corrente do exercício
Imposto sobre o rendimento a (pagar)/receber
2.000.000
-
98.905
837.123
(4.753.619)
(664.439)
(2.654.714)
172.684
No exercício findo em 31 de Dezembro de 2007, a rúbrica da demonstração dos resultados “Impostos correntes”, encontra-se deduzida
do excesso de estimativa do exercício de 2006, no montante de 556.491 Euros (Em 2006 encontra-se acrescida da insuficiência de estimativa
do exercício de 2005, no montante de 57.116 Euros).
De acordo com a legislação em vigor, as declarações fiscais estão sujeitas a revisão e correcção por parte das autoridades fiscais durante
um período de quatro anos, ou durante seis anos nas situações em que existam prejuízos fiscais reportáveis. Desse facto poderão resultar,
devido a diferentes interpretações da legislação fiscal, eventuais liquidações adicionais relativamente aos exercícios de 2004 a 2007.
O Conselho de Administração da Sociedade entende que as eventuais correcções resultantes de revisões/inspecções por parte das
autoridades fiscais às suas declarações de impostos não terão um efeito significativo nas demonstrações financeiras.
Privado Holding, SGPS, S.A.
Anexo às Demonstrações Financeiras Individuais em 31 de Dezembro de 2007 e 2006
(Montantes expressos em Euros)
A reconciliação entre a taxa nominal e a taxa efectiva de imposto corrente, relativa aos exercícios findos em 31 de Dezembro de 2007
e 2006, pode ser demonstrada como se segue:
2007
Estimado 2006
Taxa
Imposto
Taxa
Imposto
27.651.722
Resultado antes de impostos
Imposto apurado com base na taxa nominal
26,50%
Imputação de lucros de sociedade
sujeitas a um regime fiscal privilegiado
15.906.413
7.327.706
27,50%
4.374.264
9,30%
2.572.574
3,87%
615.793
-21,32%
(5.894.980)
-27,09%
(4.309.287)
Provisões não dedutíveis (Nota 9)
2,61%
721.088
Outros
0,10%
27.231
-0,10%
(16.331)
17,19%
4.753.619
4,18%
664.439
Dividendos recebidos (Nota 13)
0,00%
-
O movimento ocorrido nos impostos diferidos activos, nos exercícios findos em 31 de Dezembro de 2007 e 2006, foi o seguinte:
2007
Imputação de lucros de sociedade
sujeitas a um regime fiscal privilegiado
Provisões temporariamente não aceites
como custo fiscal (Nota 9)
Activos intangíveis
Saldos em
31.12.2005
Reversão
Alteração
de taxa
Saldos em
31.12.2006
Reversão
Reforços
Saldos em
31.12.2007
-
-
-
-
-
2.969.062
2.969.062
-
-
-
-
-
721.088
721.088
4.545
(2.182)
(86)
2.277
(2.277)
-
-
4.545
(2.182)
(86)
2.277
(2.277)
3.690.150
3.690.150
A partir do exercício de 2007, de acordo com o Artigo 14º da Lei das Finanças Locais, a derrama passa a corresponder, no máximo,
a 1,5% sobre o lucro tributável. Até ao final do exercício de 2006, correspondia a 10% sobre a colecta. Deste modo, em 31 de Dezembro
de 2006, o Grupo Privado Holding registou os impostos diferidos activos originados por diferenças temporárias que se esperam
reverter no exercício de 2007 e seguintes, com base na taxa de 26,5%, ou seja, 25% (taxa de IRC) acrescida da Derrama.
Anexos
às Demonstrações
Financeiras
205
206
Anexos
às Demonstrações
Financeiras
Privado Holding, SGPS, S.A.
Anexo às Demonstrações Financeiras Individuais em 31 de Dezembro de 2007 e 2006
(Montantes expressos em Euros)
7. Outros Activos
Em 31 de Dezembro de 2007 e 2006, esta rúbrica tem a seguinte composição:
0000000000
PCapital
Juros a receber
Outros
2007
2006
9.868.867
9.527.188
208.062
150.331
24.521
16.581
10.101.450
9.694.100
A rúbrica “PCapital” corresponde aos suprimentos concedidos pela Sociedade a esta participada como forma de financiamento da aquisição
das acções representativas do capital social de empresas detidas pelo Banco Privado no âmbito da reestruturação do Grupo Privado
Holding. Em 31 de Dezembro de 2007 e 2006, os suprimentos são remunerados a uma taxa de juro anual bruta de 4,34% e 3,25%,
respectivamente (Euribor 6M + 0,5% de spread), vencendo-se em Janeiro de 2008 e 2007, respectivamente.
8. Recursos de Outras Instituições de Crédito
Em 31 de Dezembro de 2007 e 2006, esta rúbrica corresponde a um descoberto em depósito à ordem domiciliado no Banco Privado
(Cayman). Este descoberto não é remunerado.
9. Provisões
Em 31 de Dezembro de 2007, as provisões constituídas correspondem à melhor estimativa da Sociedade de eventuais montantes
a despender na resolução de contingências diversas decorrentes da sua actividade.
10. Capital Subscrito e Prémios de Emissão
Em 31 de Dezembro de 2003, o capital da Sociedade era composto por 50.000 acções com o valor nominal de 1 Euro cada, subscritas
por cinco accionistas em partes iguais.
Em 22 de Dezembro de 2004, a totalidade das acções representativas do capital social do Banco Privado foram entregues pelos seus
detentores para realização em espécie do aumento de capital da Sociedade. Na sequência desta operação foram emitidas
125.000.000 acções com valor nominal de 1 Euro e um prémio de emissão de 16 cêntimos por acção.
Na mesma data, foi efectuado um aumento de capital reservado a novos accionistas tendo sido subscritas e realizadas em dinheiro
25.000.000 acções representativas do capital da Sociedade, com valor nominal e um prémio de emissão de 1 Euro por acção.
Privado Holding, SGPS, S.A.
Anexo às Demonstrações Financeiras Individuais em 31 de Dezembro de 2007 e 2006
(Montantes expressos em Euros)
Desta forma, em 31 de Dezembro de 2007 e 2006, o capital da Sociedade está representado por 150.050.000 acções com o valor
nominal de 1 Euro cada, integralmente subscrito e realizado.
Nos termos da Portaria nº 408/99, de 4 de Junho, publicada no Diário da República – I Série B, nº 129, os prémios de emissão não podem
ser utilizados para a atribuição de dividendos nem para a aquisição de acções próprias.
Em 31 de Dezembro de 2007 e 2006, a estrutura accionista é a seguinte:
2007
Joma Advisers
2006
Nº de Acções
%
Nº de Acções
%
13,57
20.362.104
13,57
20.362.104
Francisco Pinto Balsemão
9.675.579
6,4
59.675.579
6,45
Saviotti, SGPS, S.A.
9.502.315
6,33
9.502.315
6,33
Alfa Europa Eco, S.A.
8.147.556
5,43
8.147.556
5,43
Bascol, SGPS, S.A.
5.214.947
3,48
5.214.947
3,48
Sofip, SGPS, S.A.
4.469.875
2,98
4.469.875
2,98
Partners Equity Trust
Outros (participações inferiores a 5%)
3.730.584
2,49
9.512.505
6,34
88.947.0405
59,27
83.165.1195
55,42
150.050.000
100,00
150.050.000
100,00
11. Reservas, Resultados Transitados e Lucro do Exercício
Em 31 de Dezembro de 2007 e 2006, as rubricas de reservas e resultados transitados têm a seguinte composição:
0000000000
2007
2006
Outras reservas e resultados transitados:
• Reserva legal
1.308.806
549.676
• Resultados transitados
7.379.316
1.208.606
8.688.122
1.758.282
27.142.467
15.182.590
35.830.589
16.940.872
Lucro do exercício
Anexos
às Demonstrações
Financeiras
207
208
Anexos
às Demonstrações
Financeiras
Privado Holding, SGPS, S.A.
Anexo às Demonstrações Financeiras Individuais em 31 de Dezembro de 2007 e 2006
(Montantes expressos em Euros)
Reserva legal
De acordo com o disposto no Decreto-Lei nº 298/92, de 31 de Dezembro, alterado pelo Decreto-Lei nº 201/2002, de 26 de Setembro,
a Sociedade constitui um fundo de reserva legal até à concorrência do seu capital social ou ao somatório das reservas livres
constituídas e dos resultados transitados, se superior. Para tal, é anualmente transferido para esta reserva uma fracção não inferior
a 10% dos lucros líquidos apurados em cada exercício, até perfazer o referido montante. Esta reserva só pode ser utilizada para a cobertura
de prejuízos acumulados ou para aumentar o capital.
Dividendos
Nas Assembleias Gerais da Sociedade realizadas em 28 de Março de 2007 e 31 de Março de 2006, foram deliberadas as distribuições
de dividendos relativos aos exercícios de 2006 e 2005, nos montantes de 8.252.750 Euros e 5.701.900 Euros, respectivamente.
12. Juros e Rendimentos/Encargos Similares
Esta rúbrica tem a seguinte composição:
0000000000
2007
2006
Juros de suprimentos
399.410
302.745
Juros de instrumentos financeiros
268.178
-
-
12.500
667.588
315.245
268.178
-
Juros e rendimentos similares
Juros de aplicações em instituições de crédito
Juros e encargos similares
Juros de instrumentos financeiros
Em 31 de Dezembro de 2007, as rubricas de “Juros de instrumentos financeiros” respeitam aos juros recebidos do Dresner e simultaneamente
liquidados ao Banco Privado, na sequência de um contrato de Credit Default Swap celebrado com estas entidades (Nota 13).
Privado Holding, SGPS, S.A.
Anexo às Demonstrações Financeiras Individuais em 31 de Dezembro de 2007 e 2006
(Montantes expressos em Euros)
13. Rendimentos de Instrumentos de Capital
Esta rúbrica tem a seguinte composição:
0000000000
2007
2006
21.857.657
8.301.510
Investimentos em filiais e associadas (dividendos):
• Privado Geste
• PCapital
387.549
-
-
7.368.624
8.000.000
-
30.245.206
15.670.134
• Banco Privado
Instrumentos derivados
Em 16 de Outubro de 2007, a Privado Holding subscreveu 40.000.000 Euros de German Silent Profit Participating Notes (“PPN”),
pelo prazo de 8 semanas, emitidas pela Mertus Zweite GmbH. Na mesma data, celebrou com o Dresdner Bank AG um Credit Default
Swap (“CDS”) sobre esta emissão, por forma a cobrir integralmente o risco de crédito do emitente.
Simultaneamente, a Privado Holding realizou com o Banco Privado um Back-to-Back Credit Default Swap com condições contratuais
simétricas às contratadas com o Dresdner Bank.
Resumidamente, os termos das condições contratuais celebradas foram:
Privado Holding:
i) Receberia o montante eventualmente distribuído pelas PPN, acrescido de juros à taxa Euribor a 2 meses calculados sobre o montante
nocional;
ii) Entregaria ao Banco Privado juros à taxa Euribor a 2 meses calculados sobre o montante nocional; e
iii) Receberia do Banco Privado e entregaria ao Dresdner Bank, AG 91,5% do montante bruto distribuído pelas PPN.
Banco Privado:
i) No início do contrato entregaria 40.000.000 Euros ao Dresdner Bank AG por conta da Privado Holding, de modo a subscrever as PPN;
ii) Pagaria à Privado Holding 91,5% do montante bruto eventualmente distribuído pelas PPN, deduzido de juros à taxa Euribor a 2 meses
calculados sobre o montante nocional; e
iii) No final do contrato receberia do Dresner Bank, através da Privado Holding, os 40.000.000 Euros entregues no início do contrato,
acrescidos ou deduzidos do diferencial para o justo valor do CDS na “Termination date” (11 de Dezembro de 2007).
Na “Termination date” o justo valor do CDS coincidiu com o seu valor nocional.
Anexos
às Demonstrações
Financeiras
209
210
Anexos
às Demonstrações
Financeiras
Privado Holding, SGPS, S.A.
Anexo às Demonstrações Financeiras Individuais em 31 de Dezembro de 2007 e 2006
(Montantes expressos em Euros)
14. Outros Resultados de Exploração
No exercício de 2007 esta rúbrica apresenta a seguinte composição:
0000000000
2007
Imposto não recuperável
110.000
Outros proveitos de exploração
(15.300)
94.700
O saldo da rúbrica “Imposto não recuperável” refere-se à diferença entre o imposto retido na Alemanha (26,375%) e o montante de
imposto que seria liquidado em Portugal (25%) decorrente do acordo de dupla tributação celebrado entre estes dois países,
relativamente ao rendimento distribuído pelas PPN (Nota 13). O imposto que seria liquidado em Portugal decorrente do acordo de dupla
tributação, foi registado como um valor a recuperar na rúbrica do balanço “Passivos por impostos correntes” (Nota 6).
15. Gastos Gerais Administrativos
Nos exercícios de 2007 e 2006 esta rúbrica apresenta a seguinte composição:
0000000000
2007
2006
Serviços especializados:
• Auditoria e revisão oficial das contas
104.415
39.930
• Serviços de advocacia
23.047
26.595
Seguros
34.335
-
Outros
15.309
12.441
177.106
78.966
Privado Holding, SGPS, S.A.
Anexo às Demonstrações Financeiras Individuais em 31 de Dezembro de 2007 e 2006
(Montantes expressos em Euros)
16. Justo Valor e Riscos Financeiros
Justo valor
Em 31 de Dezembro de 2007 e 2006, o Conselho de Administração da Sociedade entende que o justo valor dos instrumentos financeiros
activos e passivos registados ao custo amortizado não difere significativamente do seu justo valor.
Risco de crédito e de mercado
A Sociedade considera que, face à sua actividade, não se encontra exposta ao risco de crédito e de mercado. De referir que os activos
da Sociedade correspondem essencialmente a disponibilidades junto do Banco Privado, investimentos em filiais e associadas e a suprimentos
concedidos à PCapital.
Risco cambial
Em 31 de Dezembro de 2007 e 2006, todos os activos e passivos encontram-se denominados em Euros.
Anexos
às Demonstrações
Financeiras
211
212
Anexos
às Demonstrações
Financeiras
Privado Holding, SGPS, S.A.
Anexo às Demonstrações Financeiras Individuais em 31 de Dezembro de 2007 e 2006
(Montantes expressos em Euros)
Risco de liquidez
Em 31 de Dezembro de 2007 e 2006, os prazos contratuais residuais relativos aos activos e passivos financeiros apresentam a seguinte
composição:
2007
À vista
Até 3 meses
Indeterminado
Total
Activo
Disponibilidades em outras instituições de crédito
Outros activos
21.974.086
-
-
21.974.086
-
208.062
9.868.867
10.076.929
21.974.086
208.062
9.868.867
32.051.015
(2.904.295)
-
-
(2.904.295)
19.069.791
208.062
9.868.867
29.146.720
Indeterminado
Total
Passivo
Recursos de outras instituições de crédito
Exposição líquida
2006
À vista
Até 3 meses
Activo
Disponibilidades em outras instituições de crédito
Outros activos
51.676.106
-
-
51.676.106
-
166.912
9.527.188
9.694.100
51.676.106
166.912
9.527.188
61.370.206
(2.904.295)
-
-
(2.904.295)
48.771.811
166.912
9.527.188
58.465.911
Passivo
Recursos de outras instituições de crédito
Exposição líquida
Privado Holding, SGPS, S.A.
Anexo às Demonstrações Financeiras Individuais em 31 de Dezembro de 2007 e 2006
(Montantes expressos em Euros)
Risco de taxa de juro
Em 31 de Dezembro de 2007 e 2006, o tipo de exposição ao risco de taxa de juro pode ser resumida como segue:
2007
Taxa
variável
Não sujeito
a risco de
taxa de juro
Total
Activo
Disponibilidades em outras instituições de crédito
Outros activos
-
21.974.086
21.974.086
10.076.929
-
10.076.929
10.076.929
21.974.086
32.051.015
-
(2.904.295)
(2.904.295)
10.076.929
19.069.791
29.146.720
Passivo
Recursos de outras instituições de crédito
Exposição líquida
2006
Taxa
variável
Não sujeito
a risco de
taxa de juro
Total
Activo
Disponibilidades em outras instituições de crédito
Outros activos
-
51.676.106
51.676.106
9.694.100
-
9.694.100
9.694.100
51.676.106
61.370.206
-
(2.904.295)
(2.904.295)
9.694.100
48.771.811
58.465.911
Passivo
Recursos de outras instituições de crédito
Exposição líquida
Anexos
às Demonstrações
Financeiras
213
[ oenmix do tresie ]
Assim se pautou o crescimento do Banco; de facto, a nossa expansão
tricontinental fez-se de forma programada e ordenada, sem que em nenhum
momento se comprometesse o projecto global.
Relatório e Parecer
do Conselho Fiscal
Actividade Consolidada
217
218
Certificação Legal
das Contas
Actividade Consolidada
Certificação Legal
das Contas
Actividade Consolidada
219
Relatório e Parecer
do Conselho Fiscal
Atividade Individual
221
222
Certificação Legal
das Contas
Atividade Individual
Certificação Legal
das Contas
Atividade Individual
223
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