Carta Mensal - Pezco Microanalysis
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Carta Mensal CONJUNTURA • MERCADOS • INFRAESTRUTURA OUT 2013 Especial: FOMC: a redução que não veio Política: Sonháticos mais socialistas são suficientes para atrair os “órfãos de junho”? Macro: Países não devem competir entre si Infra: Acompanhamentos e análises Calendário Econômico: Outubro N No Ne E S Se SUMÁRIO Especial: FOMC: A redução que não veio Crise, pós-crise e o adiamento da retirada dos Microsoft estímulos Conjuntura Macro: Países não devem competir entre si Os impactos do protecionismo sobre a economia brasileira Política: Sonháticos mais socialistas são suficientes para atrair os “órfãos de junho”? Possíveis desdobramentos sobre a filiação de Marina Silva ao PSB Conjuntura Microanalysis: SEÇÕES ESPECIAL ................................................................................. 4 MAPA MUNDI DOS RISCOS ..................................................... 8 MERCADO FINANCEIRO ......................................................... 9 CONJUNTURA MACROANALYSIS .......................................... 10 O CENÁRIO DA POLÍTICA ...................................................... 13 CENÁRIO ECONÔMICO DO BRASIL ....................................... 19 CONJUNTURA SETORIAL MICROANALYSIS ......................... 21 SAVE THE DATE! ....................................................................34 HOT TOPICS ............................................................................35 CALENDÁRIO MENSAL: PROGRAME-SE .............................. 38 EDITORIAL N ovamente, a questão da credibilidade! Em um seminário sobre projetos de infraestrutura no Brasil, realizado em Nova York, a presidente Dilma Roussef enfatizou a segurança jurídica, a estabilidade econômica e a responsabilidade fiscal. Adicionalmente, a revista britânica The Economist, em contraposição à edição de 2009 quando ressaltou a decolagem da economia brasileira, agora tenta explicar as razões que a transformaram em um “voo de galinha”. Entre as possíveis razões elencadas na reportagem, destacam-se: a excessiva carga tributária, a falta de reformas estruturais, a mão pesada do Estado sobre o setor érika Monteiro [email protected] privado, o baixo investimento em infraestrutura, entre outras. Não por acaso, as críticas da revista vão ao encontro da pauta defendida pelo governo brasileiro em Nova York. O questionamento sobre a solidez nos fundamentos da economia e sobre o ambiente para investimentos são fáceis de questionar, tendo em vista inclusive o resultado vazio na concessão da BR-262 entre Espírito Santo e Minas Gerais, o reduzido número de interessados no leilão do Campo de Economista pela Universidade Mackenzie. Mestre em Economia Política pela PUC - São Paulo. Professora de Economia dos cursos de Direito da Universidade Nove de Julho. Analista econômica da Pezco Microanalysis. Editora da Carta Mensal. Libra e o primeiro déficit primário registrado desde dezembro de 2001? Infelizmente, discursos e justificativas dão vazio, quando não é possível corroborá-los com a realidade! Neste mês, nosso Especial analisa a decisão do FOMC de adiar a retirada dos estímulos; o Cenário da Política examina possíveis desdobramentos sobre a filiação de Marina Silva ao PSB, enquanto que a Conjuntura Macroanalysis aborda as implicações das medidas protecionistas. Sob o aspecto microeconômico, discutimos sobre a baixa atratividade dos leilões de rodovias; trazemos informações acerca da Conta de Desenvolvimento Energético e sobre o leilão da área de libra; informamos sobre a tentativa do governo de reduzir as incertezas que pairam sobre os leilões de ferrovias; apresentamos alguns detalhes sobre a 2ª rodada dos leilões de aeroportos e sobre as possíveis consolidações que podem ocorrer no segmento de telefonia móvel; informamamos sobre a abertuda da consulta pública das áreas portuárias de Paranaguá, São Sebastião, Aratu e Salvador e também sobre as alterações na Lei 11.445/11 e os novos dados de cobertura de Saneamento da PNAD. Por fim, essa CARTA traz ainda um evento sobre o setor de Saneamento, nossas exposições na imprensa e o Calendário dos indicadores macroeconômicos para o mês de Outubro. ESPECIAL por João Ricardo Costa Filho FOMC: a redução que não veio N a última reunião do FOMC, conforme a Pezco Microanalysis antecipou, o anúncio da autoridade monetária veio na linha de manutenção dos estímulos monetários e um esclarecimento sobre a sua decisão. O mercado, contudo, se surpreendeu, e a surpresa se materializou na forma de fortes oscilações nas taxas de câmbio e juros, especialmente no Brasil. uma (muito) breve descrição da crise de 2008 De problemas no mercado imobiliário dos EUA emergiu a maior crise financeira após a Grande Depressão. O colapso nos preços dos imóveis em um ambiente de elevação de taxas de juros dificultou o refinanciamento, e os empréstimos de alto risco não mais puderam ser adimplentes. S&P Case-Shiller 20-City Home Price Index 220,0 Index January 2000 = 100 200,0 180,0 160,0 140,0 120,0 100,0 80,0 Jan-00 Dec-01 Nov-03 Oct-05 Sep-07 Aug-09 Jul-11 Jun-13 Source: S&P Dow Jones Indices LLC/FRED Ao propagar-se através de complexos instrumentos derivativos, a crise atingiu o lado real da economia, e mesmo após cinco anos da quebra do Lehman Brothers, os EUA ainda não se recuperaram: 4 ESPECIAL A política monetária esgotou o instrumental convencional ao esbarrar no limite inferior da taxa de juros nominal: Effective Federal Funds Rate 6,0 5,0 Percent 4,0 3,0 2,0 1,0 0,0 Jan-06 Feb-07 Mar-08 Apr-09 May-10 Jun-11 Jul-12 Aug-13 Source: Board of Governors of the Federal Reserve System/FRED Em períodos de contração econômica, é natural que o endividamento do governo aumente, mas mesmo os estabilizadores automáticos não foram suficientes para colocar os EUA na trajetória pré-crise: Federal Debt Held by the Public 12000000,0 11000000,0 Millions of Dollars 10000000,0 9000000,0 8000000,0 7000000,0 6000000,0 5000000,0 4000000,0 3000000,0 Jan-01 Oct-02 Jul-04 Apr-06 Jan-08 Oct-09 Jul-11 Source: U.S. Department of the Treasury: Financial Management Service/FRED Como é de se esperar em situações de armadilha da liquidez, 5 ESPECIAL o endividamento do governo não causou o aumento das taxas de juros, mas sim a Grande Recessão causou queda das mesmas. 10-Year Treasury Constant Maturity Rate 6,0 5,5 5,0 Percent 4,5 4,0 3,5 3,0 2,5 2,0 1,5 1,0 Jan-01 Apr-02 Jul-03 Oct-04 Jan-06 Apr-07 Jul-08 Oct-09 Jan-11 May-12 Source: Board of Governors of the Federal Reserve System/FRED O Pós-crise Como importante estudioso da Grande Depressão, Ben Bernanke conhecia bem o instrumental não convencional que poderia ser implementado para evitar o risco de deflação e tentar estimular a economia. Em três momentos distintos, utilizou uma forma de relaxamento quantitativa conhecida popularmente no mercado financeiro como Quantitative Easing, comprando títulos públicos e de hipotecas, colaborando para diminuir as taxas de juros mais longas e os custos de capitação para crédito imobiliário. Após cinco anos de investidas monetárias, começou-se a questionar como e – principalmente – quando a expansão seria encerrada. Os programas de liquidez do Federal Reserve nunca foram desenhados para durarem eternamente, mas o mercado desconsiderou isso. Quando o presidente do Banco Central dos EUA comentou que a mera redução do ritmo de compras estava sendo discutida, houve um movimento forte nas taxas de juros... 10-Year Treasury Constant Maturity Rate 3,5 Percent 3,0 2,5 2,0 1,5 1,0 Jan-12 Mar-12 May-12 Jul-12 Sep-12 Nov-12 Jan-13 Mar-13 May-13 Jul-13 Source: Board of Governors of the Federal Reserve System/FRED 6 ESPECIAL ...e de câmbio: Fonte: Relatório da XP; Bloomberg; Em 21/08/2013 Em uma evolução na condução da política monetária, o Federal Reserve introduziu o “forward guidance”, indicando os próximos passos da política monetária. Ben Bernanke deixou claro que o foco está no mercado de trabalho. As estatísticas de emprego, contudo, são de análise hermética. Ao mesmo tempo em que a taxa de desemprego converge para o nível de 7%, no qual a redução dos estímulos pode começar... ...a situação não é tão boa assim: Civilian Employment-Population Ratio 66,0 10,0 64,0 8,0 62,0 Percent Percent Civilian Unemployment Rate 12,0 6,0 60,0 4,0 58,0 2,0 56,0 0,0 Jan-00 Dec-01 Nov-03 Oct-05 Source: U.S. Department of Labor: Bureau of Labor Statistics/FRED Sep-07 Aug-09 Jul-11 Jun-13 54,0 Jan-00 Dec-01 Nov-03 Oct-05 Sep-07 Aug-09 Jul-11 Jun-13 Source: U.S. Department of Labor: Bureau of Labor Statistics/FRED Foi com base nos estudos da Grande Depressão, da Crise de 2008 e principalmente nos trabalhos do Bernanke que a Pezco Microanalysis entendeu que a redução não se daria em setembro/2013. A entidade monetária deve esperar que os indicadores mostrem uma recuperação mais sólida do que a apresentada até o momento. 7 MAPA MUNDI DOS RISCOS EUA — Permanecem as incertezas quanto ao início da retirada dos estímulos monetários e aprofunda-se o embate entre Republicanos e Democratas no Congresso sobre a elevação do teto da dívida. CHINA — A alteração da taxa de câmbio da China para um Renminbi mais forte e a redução do ritmo de crescimento chinês são duas alternativas possíveis, ambas arriscadas. A mudança política acende a luz amarela em direção a um modelo econômico mais concentrado no consumo, que pode ter como plano de fundo uma mudança cambial, cuja onda de propagação chegaria aos quatro cantos deste planeta. $ O “B” DOS BRICS — A inflação preocupa, assim como a perda de produtividade da economia e o excesso de gastos públicos. As medidas de proteção, o microgerenciamento de políticas pelo governo, a mudança de regime macroeconômico, a instabilidade regulatória, entre outros problemas têm levado o país a uma situação de restrição de capacidade de crescimento. Tudo isso gera custos para a sociedade brasileira; os impactos mais negativos só serão observados no médio e longo prazo. ZONA DO EURO — Saída da recessão após 1 ano e meio, com crescimento de 0,3% puxado, principalmente, pela Alemanha, França e, surpreendentemente, Portugal. Contudo, diversos países ainda permanecem em recessão. 8 MERCADO FINANCEIRO Retorno dos Investimentos em 2013, até setembro IBOVESPA IPCA 5,6% -14,0% 3,4% Juros 30 dias 27-set-13 25-set-13 23-set-13 19-set-13 Câmbio: Euros por Dólar Câmbio: Reais por Dólar 0,77 2,44 2,40 2,36 2,32 2,28 2,24 2,20 2,16 2,12 2,08 2,04 2,00 17-set-13 13-set-13 9-set-13 11-set-13 5-set-13 30-ago-13 Selic % a.a 90d 180d 1ano 2anos 5anos Média Móvel Anual 0,77 Média Móvel Mensal 0,76 0,76 Média Móvel Mensal 0,75 R$ por US$ 0,75 0,74 0,74 EUR por US$ 29-ago-13 31-ago-13 2-set-13 4-set-13 6-set-13 8-set-13 10-set-13 12-set-13 14-set-13 16-set-13 18-set-13 20-set-13 22-set-13 24-set-13 26-set-13 28-set-13 30-set-13 0,73 27-set-13 25-set-13 Risco-País Renda variável: IBOVESPA 30-set-13 26-set-13 24-set-13 20-set-13 18-set-13 Risco País 16-set-13 27-set-13 25-set-13 23-set-13 19-set-13 17-set-13 13-set-13 11-set-13 O câmbio nas últimas 504 sessões, BRL por USD 2,50 2,40 2,30 2,20 2,10 2,00 1,90 1,80 1,70 1,60 Média Móvel Mensal R$ por US$ 18-set-13 9-ago-13 30-jun-13 21-mai-13 11-abr-13 2-mar-13 21-jan-13 2-nov-12 12-dez-12 23-set-12 14-ago-12 5-jul-12 16-abr-12 26-mai-12 7-mar-12 27-jan-12 18-dez-11 Média Móvel anual 8-nov-11 9-set-13 5-set-13 Média Móvel Mensal 12-set-13 Ibovespa 6-set-13 Média Móvel anual 4-set-13 255,00 250,00 245,00 240,00 235,00 230,00 225,00 220,00 215,00 210,00 205,00 2-set-13 57.000 56.000 55.000 54.000 53.000 52.000 51.000 50.000 49.000 10-set-13 23-set-13 19-set-13 17-set-13 13-set-13 9-set-13 11-set-13 5-set-13 3-set-13 30-ago-13 Média Móvel Anual 29-set-11 Quanto à curva de juros, frente a um cenário fiscal deteriorado, sua trajetória — atravessando a curva de 2011 pelo segundo mês consecutivo — reflete a expectativa do mercado pela continuidade do ciclo de aperto monetário. -2,51% Juros 360 dias 31/08/2012 60d 9,1% Renda Fixa: as taxas de juros 30/08/2013 30d EUR x US$ 10,50 10,30 10,10 9,90 9,70 9,50 9,30 9,10 8,90 8,70 8,50 31/08/2011 3-set-13 Os mesmos fatores inspiraram o movimento cambial, ponderados pelos leilões do Banco Central. Com isso e, principalmente, pelo pronunciamento do FED, após quatro meses consecutivos de alta, o Real valorizou-se em 6,0%, fechando cotado a R$ 2,23 (PTAX). Frente à moeda europeia, a desvalorização da moeda americana foi de 2,4% no mês, motivada pela saída oficial da Zona do Euro da recessão, com crescimento de 0,3% no 2º trimestre em relação ao anterior. Renda Fixa: as Curvas de Juros 12,0 11,5 11,0 10,5 10,0 9,5 9,0 8,5 8,0 7,5 7,0 30-ago-13 A volatilidade do IBOVESPA em setembro refletiu as boas notícias da economia chinesa e da economia americana, o anúncio da continuidade do programa de estímulos do FED, os picos do Grupo X, as dúvidas sobre a intervenção na Síria, os rumores sobre reajustes nos preços dos combustíveis e, mais uma vez, o impasse americano sobre a elevação do teto da dívida. Apesar da queda acumulada anual estar em 14%, a valorização de 4,65% representou o melhor resultado mensal desde novembro de 2012. R$ x US$ 3-set-13 Microsoft JUROS - CDI 9 CONJUNTURA MACROANALYSIS por João Ricardo Costa Filho Países não devem competir entre si O s reflexos da adoção da nova matriz econômica apontam os problemas do câmbio administrado, a leniência com as metas de inflação e a falta de rigor fiscal. Além de destruir o tripé, o microgerenciamento por parte do governo tem interferido na alocação de recursos e criado distorções que prejudicam o crescimento da economia brasileira. Destaco aqui o recente movimento protecionista via aumento de tributos sobre produtos importados. Em um artigo publicado na American Economic Review em 1993, Paul Krugman fez uma interessante análise sobre alguns princípios básicos relacionados ao comércio internacional: What Do Undergrads Need to Know About Trade? (O que os universitários precisam saber sobre importação?). Impactos do protecionismo recente na economia brasileira Primeiro, é necessário compreendermos que o comércio internacional é fundamentalmente uma relação de troca mutuamente benéfica. Países não competem entre si, e sim as empresas competem com empresas. Essa diferença é extremamente importante para identificar que os ganhos do comércio internacional estão majoritariamente nas importações, e não nas exportações: importar produtos com uma tecnologia superior, ou intensivos em recursos menos escassos em outros países, por preços menores do 10 CONJUNTURA MACROANALYSIS que se fossem produzidos domesticamente. Quando o comércio se dá entre países semelhantes, podem ocorrer ganhos de escala nas duas direções. Microsoft Fechar-se ao comércio internacional é eliminar uma importante porta de acesso à tecnologia e a mercados maiores. Como diria Krugman, o comércio internacional é uma atividade econômica como outra qualquer, sujeita aos mesmos princípios de uma economia fechada. Assim, se os custos para trazer produtos da China são menores do que os de levar produtos do Centro-Oeste do Brasil para o Porto de Santos, o problema está na infraestrutura tupiniquim, e não no valor dos produtos chineses. Nesse contexto é fundamental entender o papel da produtividade. Para aumentar o padrão de vida do brasileiro, faz-se necessária uma agenda genuína de produtividade. No longo prazo, o crescimento é ditado pelo progresso tecnológico. Este é direcionado pela inovação e pela educação. Para inovar, o arranjo institucional deve estimular a iniciativa privada a buscar as melhores soluções, em um ambiente econômico competitivo cujas regras sejam claras e estáveis. Aumentos de tarifas de importação para proteger empresas nacionais vão na contramão das prescrições da teoria econômica. Para ter uma indústria saudável, deve-se estimular a competição e proporcionar a ela a oportunidade de adquirir os melhores produtos de outros países, a preços baixos. Aí 11 CONJUNTURA MACROANALYSIS entra também a educação. Não adianta ter os melhores processos de produção sem profissionais qualificados. Os países que fizeram as lições de casa nesse sentido colhem hoje os frutos de uma educação bem estruturada. Na outra ponta, países como o Brasil sofrem para competir e se veem tentados a escolher a saída mais fácil, mas que não resolve o problema. Fechar-se ao comércio internacional é eliminar uma importante porta de acesso à tecnologia e a mercados maiores. sua solvência. Há sempre a questão do emprego. No curto prazo, a demanda agregada dita o nível de emprego, mas no longo prazo este se dá pela sua taxa natural. Portanto, o comércio internacional deve ser analisado sob a ótica dos incrementos à eficiência, e não sobre quantos empregos são criados ou perdidos. É claro que a política econômica deve objetivar a suavização dos ciclos de negócio mirando o pleno emprego. Mas aumentar tarifas de importação vai contra a criação de postos de trabalho. A proteção proporciona espaços para a prática de preços maiores. Com os produtos custando mais, as famílias demandam menos produtos e, portanto, há uma menor necessidade de mão de obra para produzi-los. Se a renda disponível diminuir, há também perda de demanda e emprego em outros setores. Nesse arranjo, o governo deve abster-se de auxiliar indústrias específicas. As políticas de campeões nacionais podem até ajudar alguns poucos selecionados, em detrimento de outras empresas que ficam em segundo plano na alocação dos recursos tão escassos. Mas o resultado líquido é insatisfatório. O governo deve regulamentar e fiscalizar, de maneira horizontal, proporcionando o melhor arranjo institucional possível. Criadas as condições ideais, o mercado fará o resto. Blindar a indústria nacional da concorrência parece uma solução fácil, mas um olhar atento revela que não é fácil, e muito menos, solução. 12 O CENÁRIO DA POLÍTICA por Leonardo Trevisan Sonháticos mais socialistas são suficientes para atrair os “órfãos de junho”? N a política, como na guerra, o elemento surpresa pode ser definidor. No mínimo, surpresa altera o curso tático do confronto. A decisão de Marina Silva de compor – ainda é cedo para saber exatamente em que termos – chapa com o PSB de Eduardo Campos devolveu expectativas diferentes ao jogo político eleitoral. A recuperação nas pesquisas na última semana de setembro da candidata Dilma, depois do tombo de junho, tinha devolvido movimento de inércia no caminho da tranquila reeleição. Esse cenário exige reavaliação. A hipótese do movimento de inércia, neste momento, saiu do horizonte de médio prazo. Este é ponto sensível, mas não decisivo: retirar inércia é relevante, mas tem poder de alterar o resultado “da guerra”? A coligação Campos/Marina tem viabilidade suficiente para alterar resultados nacionais, além do espaço capitalizado na mídia? A mais recente pesquisa do Ibope, divulgada 27/09, mostra importante contradição. Primeiro, Dilma alcançou alta de oito pontos, saindo dos 30%, na debacle de julho, para 38% no final de setembro. Marina fez caminho contrário: foi de 22% para 16%, na mesma comparação. A pesquisa do Ibope é bem consistente metodologicamente, feita em parceria com o Estadão. A leitura aritmética sugere que Dilma abriu 22 pontos sobre Marina. Na mesma pesquisa, Aécio foi de 13% para 11% e Campos de 5% para 4%. Esta é a parte aritmética da “fotografia visível” do momento eleitoral pré coligação Campos /Marina. Há outra, talvez mais relevante: os números do Ibope mostram que um em cada três eleitores do País ainda está rigorosamente sem candidato. Este é o dado importante e sugere que o fator surpresa pode ser essencial para alterar o resultado final. Descontadas as faixas de eleitores definidos, a pesquisa encontrou 15% de votos brancos ou 13 O CENÁRIO DA POLÍTICA Micr oso ft nulos (deve cair para 10% no dia da eleição, taxa histórica no Brasil) e outros 20% do eleitorado literalmente “a deriva”, a expressão é do analista José Roberto de Toledo do Voz Publica. É quantidade de votos suficiente para levar qualquer um dos candidatos de oposição ao segundo turno contra Dilma. Este dado não significa que o segundo turno já está definido, apenas sinaliza a importância e a viabilidade de qualquer ‘fator surpresa” nas eleições de 2014. Trata-se de alteração no “curso tático do confronto” com real possibilidade de mudança do resultado final. O Palácio do Planalto não trabalhava com esta hipótese, a de “cessão de direitos” na cabeça de chapa por parte de Marina. Isto é um fato. Depois, o Planalto confiava na “relação pessoal” Lula/Campos para repor o PSB como “linha auxiliar” na candidatura oficial. A mídia toda registrou que na manhã de sábado, quando Marina anunciou a adesão ao PSB, Campos teria procurado Lula para avisar antes da mídia, mas o celular do ex-presidente estaria o tempo todo “fora de área”... Marina e Campos conhecem bem as regras do jogo ... Este movimento de estremecimento entre Campos e Lula, com fortíssimas repercussões nas políticas estaduais, é essencial para entender a aliança Campos/Marina. Em especial, na política como ela é, e não como qualquer um gostaria que fosse. Tanto Marina, como Campos foram integrantes da famosa base aliada e sabem muito bem como são as regras do jogo. Tudo o que aconteceu na eleição municipal de 2012 em Pernambuco – e aconteceu nas estaduais para 2014 – deixaram bem claro para Eduardo Campos quais podem ser os limites de suas ambições, mesmo quando se é, oficialmente, “amigo” de Lula. O caso Rands foi tão significativo que serviu de referência para o Brasil todo. Só para lembrar, o ex-deputado federal de 4 mandatos, Maurício Rands, líder do PT na Câmara dos Deputados, foi preterido sem explicações no pleito municipal de 2012 para prefeito de Recife. 14 O CENÁRIO DA POLÍTICA Recorde-se que Rands e o então prefeito João da Costa (índice de aprovação de 70%) disputaram um prévia e foram tirados do páreo pela direção nacional do partido, sem explicações, que escolheu a candidatura do senador Humberto Costa. O governador Campos rompeu aliança local PSB /PT e elegeu o candidato do PSB, em chapa puro sangue, em primeiro turno. Motivo da ruptura PT/ PSB: as lutas internas no PT são mais fortes do que a realidade política, seja ela qual for. Ficou, para qualquer um, também a lição: o projeto de poder pertence ao comando do PT e não à bancada aliada. Até o PMDB, com larga experiência anotou o recado. Como se viu depois na disputa pelo comando das duas Casas — Câmara e Senado. Campos é amigo de Lula, mas preferiu fazer novos amigos ... Este quadro tem especial referência nas composições políticas nos Estados. Eduardo Campos tem uma dívida moral com Lula: no final dos anos 90, Campos complicou-se com denúncias na diretoria da Sudene e Lula usou a força política petista para encerrar o caso. O neto de Miguel Arraes repete sempre que é grato a Lula. E este diz que Campos tem “todo o direito de fazer sua vida”. O projeto político do PSB, com a candidatura de Campos à Presidência ganhou muita consistência desde as eleições de 2010, quando o partido conquistou 5 governos estaduais e triplicou a bancada na Câmara. Desde então, multiplicaram-se também as aproximações com ex-adversários, mesmo em um arco ideológico bem diferente do ideário “socialista”. O PSB ganhou cada vez mais musculatura política. Apesar das alianças políticas cada vez mais estranhas. Ou, por causa delas. Foi deste modo, por exemplo em Santa Catarina com a família Bornhausen (ex-DEM) ou em Goiás, aliança com a liderança de Ronaldo Caiado, para citar dois exemplos. Na complexa política do Rio de Janeiro, um quadro ainda mais complicado: intervenção da Executiva Nacional para a entrega do partido ao comando do exjogador Romário. Foi neste processo de formar um arco de alianças cada vez mais amplo que as conversas entre PSB/Marina começaram faz seis meses. Ganharam força quando o senador Rodrigo Rollemberg, 15 O CENÁRIO DA POLÍTICA do PSB, entrou com mandato de segurança no Supremo Tribunal, em março, para suspender projeto no Congresso que restringia criação de partidos, o que afetaria a pretensão da Rede de Marina. Com o sucesso da ação na Justiça abriu-se via entre o senador e Marina. Foi Rollemberg quem reuniu-se com Marina logo depois da decisão do TSE. No arco ideológico, projeto Campos é mais flexível “ ... as conversas entre PSB/ Marina começaram faz seis meses ... de O Palácio do Planalto tinha todo conhecimento da aproximação entre PSB/Rede mas considerava que seria difícil um dos dois candidatos ceder a cabeça de chapa. O projeto de Campos é flexível o suficiente para acolher as propostas de Marina. O inverso é mais discutível. Especialmente, pelas parcerias nos Estados que Campos já firmou. Basta um exemplo: há três dias o senador Heráclito Fortes, deixou o DEM do Piauí e filiou-se no PSB de Campos, com direito à grande festa. A reação da liderança da Rede com estes acordos foi cautelosa ao extremo. Em declaração ao Estadão de 6/10, Pedro Ivo, coordenador de organização da Rede e um dos negociadores com o PSB afirmou: “Somos independentes. Não somos obrigados a apoiar o PSB. Nosso compromisso é apenas com a chapa nacional. Em muitos estados podemos ter posicionamento diferente”. A realidade operacional da política brasileira, a de seus palanques reais, das pressões locais e provinciais, é bem diferente deste tipo de linguagem. Mesmo só no compromisso nacional há questões especialmente complexas. Basta o exemplo da atuação do PSB quando da aprovação do novo Código Florestal, item que era suficiente para impedir filiações à Rede. Recorde-se que 27 dos 30 deputados federais do PSB votaram a favor do Código Florestal, totalmente rejeitado pela Rede. O processo decisório de aceitação da aliança com o PSB não foi, por sua vez, absolutamente consensual no interior da Rede. As pressões eram bem diferenciadas entre dois grupos, digamos entre os “sonháticos” e os pragmáticos. Os “sonháticos“ preferiam preservar a pureza da construção de atitude; os operadores preferiam construir uma estrada para Marina pregar seu credo. Na véspera da decisão obrigatória, tanto o Estadão , como o Globo noticiavam as pressões dos grupos empresariais que financiaram 16 “ O CENÁRIO DA POLÍTICA os passos da Rede para que ela saísse candidata. Além desse fato, havia também a pressão dos deputados que estavam sem legenda e que precisavam de alguma estrutura partidária para continuarem na política. Na chapa, Marina escolheu preservar cacife político As irritadas declarações, um dia depois da decisão do TSE, do deputado Alfredo Sirkis (ex-PV do RJ) de que a ex-senadora “falha como operadora política”, além da afirmação de que “cultiva processo decisório caótico e acaba só conseguindo trabalhar direito com seus incondicionais” (Estadão, 5/10, pg A4) foram definidoras. Era o sinal mais evidente de que os operadoras da política que estavam na Rede, com as mesmas convicções dos “sonháticos”, tinham “limites” para a sobrevivência política e pretendiam respeitá-los. A conversa na madrugada de sábado com a liderança do PSB foi feita sob o condão dessas pressões dos operadoras da política na Rede. A cúpula do PSB percebeu a necessidade dos operadores da política na Rede e ofereceu a eles o que mais precisavam: legenda para disputarem as urnas de 2014. A oferta foi incondicional para a esfera legislativa. Para os cargos majoritários a conversa é outra. A cúpula do PSB já tem compromissos firmados, estado por estado, com alianças específicas e os cumprirá. O acordo com a Rede veio depois destes acertos e não terá poder de reformulá-los. Não foi por outra razão que Marina preservou seu cacife político e não confirmou seu lugar pessoal na chapa. A aliança com o PSB oferecia uma terceira via, um autêntico Plano C, desobrigando-a a tomar uma decisão entre não disputar ou entrar em um partido tradicional. Se o PSB só tinha ganhos eleitorais com a adesão da Rede, começando com o show de mídia que recebeu, Marina precisava de alguma estrutura para abrigar seus operadores políticos. Foi compensador para os dois lados, como qualquer bom negócio deve ser. Na hora da decisão, o tempo na tv conta Sobra , no entanto, o cotidiano do jogo político, até as eleições. A candidatura Aécio Neves, provavelmente será a mais afetada, 17 O CENÁRIO DA POLÍTICA Microsoft se a candidatura Campos subir na pesquisas empurrada pela Rede. Neste caso, se a adesão do PPS de Roberto Freire (bom dia dr. Serra) ocorrer, a sangria nos votos do PSDB será ainda mais significativa. Ou seja, o cacife de Serra aumentou depois da aliança Campos/Marina. Se é verdade que os dias anteriores ao pleito são os decisivos, o tempo de tv no horário gratuito continua essencial para os operadores da política. Aqui reside a maior força da candidatura petista: o PT tem 2 min 47s, o aliado PMDB, 2min18s, o PR, 1min02s, o PSD, 1min37s, além dos 27 segundos respectivos do PC do B e do Pros. Na oposição, PSDB tem 1min37 s, mais os 42 segundos do DEM e eventuais 40 segundos do Solidariedade. O bloco Campos/Marina terá 56 segundos do PSB e eventuais mais 11 segundos do PPS. Estes tempos referem-se a blocos obrigatórios de 25 minutos diários no horário gratuito. Se a hipótese PSB/Rede deslanchar nas pesquisas e ocupar toda a densidade política na esfera da oposição, sua maior conquista será o espaço de desafiante no segundo turno. Aí o tempo na tv se iguala. Mas, nesse caso, o discurso da ética e da atitude política terá de conviver com propostas reais de operação do poder. Aí as diferenças serão enormes, dentro da Rede e na aliança com o PSB. Marina, sabiamente, não fala sobre temas difíceis. Esse silêncio terá limite se a hipótese de poder estiver muito perto. E, neste ponto, o fator surpresa já terá perdido seu poder. Uma linha sobre São Paulo Lula indicou para vice da candidatura de Alexandre Padilha, o usineiro, Alexandre Biagi Filho. O alvo, óbvio, é lidar com a resistência conservadora do interior paulista. Lula acha que São Paulo vale mais do que a metade do Brasil. Ele pode ter razão. 18 CENÁRIO ECONÔMICO DO BRASIL Contas Nacionais PIB Real (% a.a.) 2009 2010 2011 2012 -0,3 7,5 2,7 0,9 3.239 PIB (R$ bi) 1 PIB Per Capita (US$) 1 Taxa de Investimento (Fbkf/PIB) População Residente (milhões de hab) 4.143 4.423 2,0 4.773 2,3 5.171 8.354 11.476 12.007 11.482 11.106 10.949 191,5 193,3 195,0 196,5 198,0 199,5 4,4 7,0 4,1 3,1 3,0 2,9 -6,7 21,3 4,7 -4,0 2,3 3,2 -7,6 35,8 9,7 0,2 18,0 1 3.770 2013P 2014P 19,5 19,3 18,3 18,4 18,6 PIB - Ótica de Demanda Real (% a.a.) Consumo das famílias 3,1 Consumo do Governo Investimento -9,1 Exportação Importação 4,2 11,5 1,9 4,5 3,2 3,1 4,4 0,5 -0,6 -1,6 6,2 6,0 PIB - Ótica da Oferta Real (% a.a.) Agropecuária -3,1 6,3 3,9 -2,3 3,4 2,6 Indústria -5,6 10,4 1,6 -0,8 2,1 2,7 -7,3 10,6 0,4 -2,8 1,0 3,0 43,7 45,2 49,0 53,5 17,5 19,8 2,1 Serviços Atividade Econômica Produção Industrial (%)2 Comércio Varejista - Restrito (% a.a.) 2 5,9 5,5 10,9 2,7 6,7 1,7 9,0 2,4 3,3 2,7 3,3 Crédito Crédito Total/PIB6 (%) 29,5 29,6 31,5 Pessoa Física 5,5 5,3 6,0 5,9 Pessoa Jurídica 1,7 1,7 2,1 2,1 60,9 53,3 54,1 54,1 55,5 58,1 5,3 5,2 5,7 4,8 5,3 5,3 Recuros Livres 14,2 Recursos Direcionados 15,6 33,7 Inadimplência de 15 a 90 dias (%) 3 Setor Público Dívida Bruta5 6 (% PIB) Dívida líquida5 6 (% PIB) Juros sobre a Dívida5 6 (%PIB) Saldo Nominal5 6 (% PIB) Saldo primário5 6 (% PIB) 42,1 39,1 -2,5 -2,6 -2,5 36,3 41,8 2,0 2,7 32,0 40,4 37,1 Carga Tributária (% PIB) 34,4 35,0 1 35,1 -3,3 Prazo Médio dos Títulos Consolidados do Tesouro e do Bacen (meses) Participação Prefixado dívida mobiliária4 (%) 36,4 40,3 3,1 41,8 2,4 35,4 -3,8 1,5 37,0 -4,4 0,9 46,1 Preços correntes; 2Com ajuste sazonal; 3Média anual; 4Posição de custódia; 5Setor Público consolidado; 6Fim do período 19 CENÁRIO ECONÔMICO DO BRASIL Preços IPCA (%a.a) Livres (Peso: 70,6) Comercializáveis (Peso: 33,1) Não Comercializáveis (Peso: 37,5) Monitorados (Peso: 29,4) Serviços (Peso: 24,1) IGP-M (% a.a.) IPA-M (% a.a.) IPC-M (% a.a.) INCC-M (% a.a.) Setor Externo Transações correntes/PIB (%) Transações correntes (US$ bi) Balança comercial (US$ bi)(líquido) Exportações (fob) (US$ bi) (líquido) 2009 2010 2011 4,3 5,9 6,5 5,8 2,6 6,9 4,4 4,5 6,2 3,6 4,2 5,5 4,7 6,4 7,1 7,3 3,1 7,6 -1,7 11,3 4,0 6,1 -4,4 3,2 -1,5 13,9 7,6 -2,2 6,6 8,6 9,0 5,1 4,4 6,2 7,6 -2,2 2012P 2013P 2014P 6,6 5,8 5,9 4,5 5,5 -3,3 -3,8 8,5 8,7 7,8 8,7 5,8 7,3 -2,4 -24,3 -47,3 -52,5 -54,3 -72,4 -82,2 153,0 202,0 256,0 242,6 240,5 236,6 -38,0 -41,1 -41,0 -37,0 25,3 20,1 29,8 19,4 -226,2 Balança de Serviços (US$ bi) (líquido) -19,2 -181,8 Balança de Rendas (US$ bi) (líquido) -33,7 -39,5 -47,3 -35,5 -40,0 -36,0 70,1 98,8 110,8 74,6 50,0 35,0 -10,1 11,6 -1,0 -2,8 8,0 9,0 Transferências Unilaterais (US$ bi) (líquido) Conta Capital e Financeira (líquido) Investimento Estrangeiro Direto (IED) (US$ bi) Investimento Brasileiro Direto (IBD) (US$ bi) Reservas (US$ bi) Mercado Financeiro Taxa de Câmbio2 (R$/US$) Variação cambial, % Taxa de Juros - SELIC (% a.a.) TJLP (% a.a.) 3 Risco- País (EMBI+)(pontos-base) Índice Bovespa2 (pontos) 3,3 26,0 -30,8 2,9 48,5 3,0 66,7 238,5 288,6 352,0 1,74 1,66 8,75 192 -24,7 6,0 2,8 65,3 234,7 -12,2 -127,7 Importações (fob) (US$ bi) (líquido) 223,1 5,7 2,9 60,0 248,8 3,0 60,0 380 358 310 1,88 2,04 2,30 2,44 10,75 11,00 7,25 10,0 9,5 189 228 142 240 300 BBB BBB- -4,6 6,0 13,3 6,0 8,5 5,5 68.588 69.304 56.754 60.952 BBB- BBB BBB BBB 12,7 5,0 5,9 5,0 Rating Soberano Fitch Moody’s Standard & Poors’ 1 Baa3 BBB- Baa3 BBB Baa2 BBB Baa2 BBB Baa2 BBB Baa3 BBB- Líquido; 2Fim do período; 3Média anual; Fontes: Banco Central do Brasil; IBGE - Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística; IPEADATA. 20 CONJUNTURA SETORIAL MICROANALYSIS »»Portos P orto de Santos e Paraná – Com a proximidade da divulgação dos editais para o arrendamento de terminais no Porto de Santos e do Pará, prevista para 25 de outubro, acirra-se o conflito de interesses entre as partes e avolumam-se as críticas sobre as regras submetidas à consulta pública, após o recebimento de 3104 contribuições. Ao todo serão licitadas 20 áreas no Porto de Santos, agrupadas em 11 terminais e outras 20 no Pará, com investimentos previstos de R$ 3 bilhões. Entre os principais questionamentos, destacamse: »» Exigência de operar de 70% a 85% do volume mínimo de carga, sob risco de cancelamento do contrato; »» Superestimação e, em alguns casos, subestimação dos estudos de demanda agravado pelo fato deste ser um dos critérios de seleção; »» Inconsistências entre a dimensão dos berços de atracação e do calado em relação ao navio-tipo; »» Inexigibilidade quanto ao conhecimento do novo operador sobre determinadas operações de carga, tal como cargas perigosas; »» Ausência de informações acerca dos bens que serão indenizados pelo novo concessionário. Paranaguá, São Sebastião, Aratu e Salvador – A ANTAQ – Agência Nacional de Transportes Aquaviários abriu consulta pública, até 25 de outubro, sobre as áreas de Paranaguá, São Sebastião, Aratu e Salvador. PORTOS 2009 2010 2011 2012 Granéis Sólidos 433,0 504,8 543,1 554,2 Granéis Líquidos 197,9 210,4 212,3 217,1 Carga Geral 102,0 118,8 130,1 132,4 Carga Total (milhões de ton) Movimentaçãp de Cargas, por instalações portuárias (milhões de ton) Porto Público 260 289 309 316 Terminais de Uso Privado (TUP) 473 545 577 588 Movimentação de Cargas, por tipo de navegação (milhões de ton) Longo Curso Cabotagem Interior 531,3 616,1 657,7 670,7 31,4 28,4 31,7 29,9 170,2 185,8 Movimentação de Cargas do Comércio Exterior (milhões de ton) Exportações Importações 439,8 91,5 489,3 126,8 193,4 514,3 143,4 201,0 525,4 144,8 Fontes: ANTAQ - Agência Nacional de Transportes Aquaviários. 21 CONJUNTURA SETORIAL MICROANALYSIS »»Transporte Aéreo Microsoft »» 2ª Rodada de Leilões: Confins e Galeão – O TCU – Tribunal de Contas da União aprovou com ressalvas o edital de licitação dos aeroportos de Confins e Galeão. Algumas das interposições do TCU foram ao encontro das contribuições apresentadas pela Pezco Microanalysis à Audiência Pública realizada pela ANAC, a saber: »» Participação minoritária da Infraero em todos os aeroportos – tal como questionado no edital de concessão dos aeroportos de Guarulhos, Viracopos e Confins em 2012, o Tribunal volta a questionar essa necessidade, sugerindo, ao menos, redução gradativa da participação da estatal; »» Operador com experiência em movimentação mínima de 35 milhões de passageiros por ano – TCU considerou que tal requisito restringe demasiadamente o número de potenciais participantes – dos 33 aeroportos habilitados informados pelo Conselho Nacional de Desestatização, 21, segundo o TCU, são administrados por entidades públicas subnacionais e, portanto, teriam participação limitada, assim recomenda que tal exigência seja comprovada tecnicamente. »» Restrição da participação dos atuais concessionários com participação superior a 15%. Em resposta ao questionamento, o Ministro Moreira Franco justificou tal exigência sob a alegação de defesa da concorrência, contudo, sinaliza em direção a acatar a decisão do TCU caso tal argumento não seja aceito. Ademais, o TCU também recomendou elevação dos preços mínimos de outorga, de R$ 4,73 bilhões para R$ 4,828 bilhões e de R$ 994 milhões para R$ 1,096 bilhão, respectivamente 22 CONJUNTURA SETORIAL MICROANALYSIS para os aeroportos de Galeão e Confins. Note-se que, para o leilão dos três primeiros aeroportos concedidos, a outorga mínima para os três aeroportos foi de R$ 5,5 bilhões, contudo, as ofertas vencedoras apresentaram ágio total de 345,5%. Quanto à elevação do percentual de participação do operador aeroportuário de 10% para 25% foi considerada adequada, tendo em vista “garantir um maior comprometimento da atuação da empresa responsável pela operação [...] com os resultados econômicofinanceiros da concessionária, almejando um maior alinhamento entre as atividades gerenciais e operacionais do aeroporto e seus resultados” (Acórdão 2466/2013 – TCU, pág. 13). Em atenção às solicitações do TCU, no edital, o governo reduziu as exigências para os operadores interessados no Galeão, de 35 para 22 milhões de passageiros e, de Confins, para 12 milhões, bem como elevou os valores de outorga. Quanto aos demais questionamentos, não houve alterações, permanecendo restrita aos consórcios vencedores no leilão anterior, participação máxima de 14,99%. O leilão está previsto para 22 de novembro na BM&F Bovespa, em São Paulo. No mais, o TCU também sugeriu que os futuros leilões sejam embasados de um conjunto de indicadores que envolvam, não apenas, movimentação de passageiros, mas também movimentação de carga e qualidade do serviço, e que ainda, apresentem estudos acerca da competitividade. Pacote aéreo e tarifas – Entre as reivindicações apresentadas em agosto pelas Aéreas, o governo sinaliza com duas possibilidades, quais sejam: a desoneração do PIS/COFINS incidente sobre o QAV e a liberação da participação do capital estrangeiro nas empresas, hoje restrito a 20%. Segundo o último Anuário de Transporte Aéreo divulgado pela ANAC, os custos com combustíveis representaram 34,9% dos custos e despesas operacionais da indústria em 2011. O gráfico abaixo, apresenta 23 CONJUNTURA SETORIAL MICROANALYSIS detalhamento da composição de tais custos e despesas: Composição dos custos e das despesas operacionais da indústria, 2011 Despesas Administrativas Gerais 16% Outras Despesas Operacionais 7% Custo com Tripulação 12% Total de Custos Indiretos 9% Custo com Tarifas de Navegação Aérea 3% Custo com Tarifas Aeroportuárias 2% Custo com Arrendamento, Manutenção e Seguro de Aeronaves 12% Custo com Depreciação de Equip. de Voo 4% Custo com Combustível 35% Fonte: Anuário do Transporte Aéreo, 2011. Quanto às demais, com o objetivo de não atribuir maiores prejuízos a Petrobrás, não se cogita alterar a fórmula do QAV, tampouco utilizar recursos do Fundo Nacional de Aviação Civil para cobrir as tarifas de navegação aérea sob a alegação do Ministro da Secretaria de Aviação Civil (SAC), Moreira Franco, de que não haverá injeção de recursos públicos. No mais, a unificação das alíquotas do ICMS pleiteada pelas companhias, permanece sem definições. O último relatório de Tarifas Aéreas Domésticas divulgado pela ANAC revelou elevação da tarifa aérea média doméstica real – que corresponde ao valor médio pago por passageiro em uma viagem aérea – de 0,84% em 2012 em relação ao período anterior, após três anos consecutivos de queda, conforme demonstrado no gráfico a seguir. Distribuição de slots – Em Congonhas, o resultado que se desenha é pela manutenção do número de slots para as empresas TAM e Gol, destinando os slots adicionais ao 24 CONJUNTURA SETORIAL MICROANALYSIS estímulo da concorrência, possivelmente, em benefício da Azul que conta com apenas dois slots semanais, entre as 3.252 operações realizadas. Todavia, as novas regras relativas à distribuição dos slots que deverão ser anunciadas em breve pela SAC, considerando critérios de pontualidade e regularidade, podem ainda penalizar as duas maiores companhias aéreas. Evolução da tarifa aérea média doméstica real (R$) 650 600 550 500 450 400 350 300 250 200 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010 2011 2012 Fonte: Tarifas Aéreas Domésticas, 4º trim/2012, ANAC. TRANSPORTE AÉREO 2009 2010 2011 2012 115.002 139.393 161.76 172.920 13.133 15.971 18.194 18.697 1.250,2 1.563.8 1.404.2 70,2 81,5 87,0 84,3 102,0 116,1 119,2 31,9 3,2 52,9 - Passageiros (milhões)(1) Voos Domésticos Voos Internacionais Carga Total (milhões de ton) (1) 1.114,7 RPK (milhões de PAX.km PG TR), medida da demanda Voos Domésticos Voos Internacionais (2) 56,3 21,0 23,5 ASK (milhões de assentos.km PG TR), medida da oferta Voos Domésticos Voos Internacionais IPCA - Avião (%)(3) Fontes: (1) Infraero; (2) 30,2 ANAC - Agência Nacional de Aviação Civil; 30,8 (3) 26,3 26,4 (2) 33,4 33,4 Banco Central 25 CONJUNTURA SETORIAL MICROANALYSIS Microsoft »»Ferrovias N o início de outubro foi aprovado no Senado o projeto de lei originado na Medida Provisória 618 que permite o aumento do capital da VALEC em R$ 15 bilhões. O objetivo do governo é o de reforçar que a empresa consiga cumprir os compromissos de compra da capacidade de carga ferroviária e reduzir as incertezas dos possíveis investidores privados das licitações ferroviárias. Apesar do discurso sobre reforçar as garantias aos investidores, o mercado sinaliza preocupações com a extensão do cronograma das obras e o risco político, distribuído no horizonte de 30 anos de concessão. Adicionalmente, decisão recente do TCU levanta dúvidas sobre a capacidade de compra de grandes volumes de trilhos pela VALEC, aumentando o risco das concessões. TRANSPORTE FERROVIÁRIO 2008 2009 2010 2011 Extensão da Malha Ferroviária de carga (km) 29.187 29.486 30.784 28.692 1,41 1,27 1,34 1,3 196.308 177.327 204.311 20.024 21.391 20.582 267,0 245,3 277,9 Passageiros (milhões de passageiros) Carga Total (TKU) (2) Minério de Ferro Soja Siderurgia, Cimento e Construção Civil Produção de Transporte (bilhões de TKU (1)(2) ) 25.057 19.014 22.669 291,9 Produção da Indústria Nacional(3) Locomotivas Vagões Carros de Passageiros 29 22 68 5.118 1.022 3.261 447 438 430 113 5.616 336 Fonte: Carga Transportada em Tonelada x Quilômetro Útil; ANTT - Agência Nacional de Transporte Terrestre; ABIFER - Associação Brasileira da Indústria Ferroviária; IPEADATA; CNT - Confederação Nacional do Transporte; DNIT - Departamento de Infraesturura de Transporte 1 2 3 26 CONJUNTURA SETORIAL MICROANALYSIS »»Rodovias As propostas apresentadas na sexta feira, 13 de setembro, foram sensíveis para a percepção do mercado sobre o programa de concessões rodoviárias – assim como de todo o programa federal de concessões. A concessão da BR-050, que liga os estados de Goiás e Minas Gerais, recebeu apenas oito propostas, abaixo das trinta e poucas esperadas pelo governo. A BR-262, que liga os estados de Minas Gerais e Espírito Santo, não recebeu nenhuma proposta, simplesmente não houve interessados. A concessão da BR-262 é referente a um trecho de 375 quilômetros e destes, 188 quilômetros devem ser duplicados no prazo de cinco anos, para que então a concessionária possa iniciar a cobrança do pedágio. Microsoft Foram recorrentes as idas e vindas do governo federal para estabelecer as condições para a realização dos leilões. As diversas mudanças nos prazos de concessão, formas de financiamento e na taxa interna de retorno, foram feitas para garantir a atratividade ao setor privado. A posição do governo federal era a de licitar os trechos mais atrativos em primeiro lugar, para que pudessem ditar o ritmo dos leilões seguintes, mas pelo visto, mudanças deverão ser feitas em função da falta de interessados pela BR-262 e da concorrência menor que a esperada pela BR-050. TRANSPORTE RODOVIÁRIO Extensão da Malha Rodoviária (km) Arrecadação dos Pedágios (R$ bilhão) 2009 2010 2011 2012 1.634.071 1.580.964 1.712.481 - 1.044,5 1.363,0 1.526,4 34,5 37,2 39,8 8,2 2 Fluxo de Veículos (milhões) Frota de Automóveis (milhões) 59,4 6 Carros Caminhões 2,0 Ônibus 0,42 10,4 64,8 2,1 0,45 12,1 13,4 70,5 76,1 2,3 2,4 0,49 - 42,7 0,51 Fonte: ANTT - Agência Nacional de Transportes; ABCR - Associação Brasileira de Concessionárias de Rodovias; IPEADATA, CNT - Confederação Nacional do Transporte; DNIT - Departamento Nacional de Infraestrutura de Transporte; 6 DENATRAN - Departamento Nacional de Trânsito 2 27 CONJUNTURA SETORIAL MICROANALYSIS »»Saneamento E m 17 de Setembro de 2013 foi publicada a Lei nº 12.862 com o objetivo de alterar os artigos 2º, 48º e 49º da lei nº 11.445 de janeiro de 2007 que estabelece as diretrizes nacionais para o saneamento básico. As três alterações estão diretamente relacionadas à economia no consumo de água. No artigo 2º a “adoção de medidas de fomento à moderação do consumo de água” foi incluída nos princípios fundamentais da prestação de serviços públicos federais de saneamento básico. O artigo 48º prevê o estímulo ao desenvolvimento e aperfeiçoamento de equipamentos e métodos para economizar água, e o artigo 49º, além de incentivar a adoção dos equipamentos que gerem maior economia de água, prevê a promoção da educação ambiental como princípio básico de uso racional da água. Basta saber como e em quais programas o governo federal pretende viabilizar estes estímulos. Além da mudança na lei nº 11.445, dada a preocupação com a economia no consumo de água, os dados PNAD divulgados no final de setembro pelo IBGE indicaram lentidão na evolução da cobertura de saneamento no país. De acordo com a pesquisa, em 2012, mais de 40 % dos domicílios não tinham acesso à rede coletora de esgoto e aproximadamente 25% dos domicílios não receberam água com canalização interna da rede geral. SANEAMENTO 2009 2010 2011 2012 Cobertura de domicílios por rede de água (% ligação à rede geral)(1) Total Urbano Rural 82,9 82,8(2) 83,5 84,4 78,5 78,9 79,6 80,2 3,9(2) 3,9 4,2 55,4(2) 54,9 57,1 0,7 0,7 4,4 (2) Cobertura de domicílios por rede de esgoto (% rede coletora)(1) Total 52,4 Urbana 51,6 Rural Coleta de lixo (% de domicílios com coleta direta)(1) IPCA - Taxa de Água e Esgoto (%)(4) Fonte: (1) IBGE - PNAD; (2) IBGE - Censo 2010; (3) 0,9 55,0 0,4 54,3 (2) (2) 82,0 87,4(2) 4,9 3,4 IBGE - Plano Nacional de Saneamento Básico; (4) 56,3 83,6 88,8 8,3 8,8 Banco Central 28 CONJUNTURA SETORIAL MICROANALYSIS T IM – A ampliação da participação da Telefónica da España no consórcio Telco que controla a Telecom Italia, aqueceu os debates sobre a telefonia celular no Brasil, uma vez que, com isso um mesmo grupo controlaria as duas maiores operadoras do Brasil – Vivo e TIM, ou seja, 55,9% do mercado, segundo dados da Teleco de jul/2013. Inicialmente, o aporte da Telefónica somente ampliaria sua participação na Telecom em 4,5 p.p., de 10% para 14,5%; no próximo ano, a depender do posicionamento das autoridades regulatórias brasileiras, a empresa espanhola assumiria o controle da italiana. Entre as soluções apontadas por especialistas para o caso, encontramse: »»Telecomunicações »» Uma possível devolução das licenças e faixas de frequência sobrepostas à Anatel, uma vez que ultrapassariam o limite permitido que é de 80 megahertz de faixa de espectro por cada grupo econômico; com possíveis impactos na qualidade dos serviços para acomodar a base de clientes ampliada em uma rede mais restrita. »» Divisão da TIM entre as três outras operadoras: Claro, Oi e Vivo. »» Venda da TIM a outro grupo que ainda não atua na telefonia móvel no mercado brasileiro. Entre as possíveis interessadas, apontam-se: a americana AT&T, a britânica Vodafone, a Portugal Telecom, a francesa Vivendi, a Nextel, a chilena Entel e a Millicon, atuante em países da América e da África. Essa última posição foi defendida pelo ministro das Comunicações, Paulo Bernardo, mais inclinado a ampliação da concorrência no setor. Ademais, também há resistência por parte das autoridades regulatórias italianas em razão de o controle de uma grande empresa nacional tornar-se estrangeiro; cogita-se, inclusive, que o governo faça uso de uma golden share. Extensão dos serviços de banda larga 4G a pequenos e médios provedores – em medida publicada no Diário Oficial da União, o Ministério das Telecomunicações oferece tal possibilidade às empresas que não obtiveram esse direito no leilão. Para tanto, terão que manifestar interesse à Anatel, passar por uma seleção e pagar uma taxa. Todavia, o alto investimento exigido em instalação de antenas para atuar 29 CONJUNTURA SETORIAL MICROANALYSIS nessa faixa continua figurando uma importante barreira à entrada de outras empresas na prestação desse serviço. Portugal Telecom e Oi — Foi anunciada a fusão das empresas que resultará na criação da CorpCo, uma operadora multinacional com receita de R$ 37 bilhões e uma dívida líquida de R$ 41 bilhões. Contudo, devido à pulverização do capital da empresa entre ações nas Bolsas de São Paulo, Portugal e Nova York, não haverá um controlador, o que abre possibilidades para que outro grande grupo possa fazer uma oferta pelo controle. A operação ainda será submetida ao CADE - Conselho Administrativo de Defesa Econômica. Consulta Pública – A fixação de valores máximos da VUM, da TU-RL e de Exploração Industrial de Linha Dedicada (EILD) com base em modelos de custos será, em breve, submetida à consulta pública. A proposta é que os preços sejam estabelecidos pelo modelo “top down” e que, no longo prazo, convirjam para os resultados obtidos pelo modelo “bottom up”. Atualmente, os preços e tarifas são definidos por modelos diversos – o Plano Geral de Metas de Competição (PGMC), por exemplo, adota o modelo retail minus, cujo critério é adotar valores que permitam a competição. PNAD 2012 – O IBGE divulgou da última Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios, os gráficos a seguir apresentam a evolução da penetração do microcomputador com acesso a 60,0 Penetração do microcomputador com acesso à Internet, Brasil e Regiões, % 50,0 40,0 30,0 20,0 10,0 0,0 2003 Fonte: PNAD, IBGE 2004 2005 BR 2006 N 2007 NE 2008 SE 2009 S 2011 2012 CO 30 CONJUNTURA SETORIAL MICROANALYSIS Internet e da telefonia celular para o Brasil e para as cinco Grandes Regiões. Penetração do telefone celular, Brasil e Regiões, % 70,0 60,0 50,0 40,0 30,0 20,0 10,0 0,0 2003 2004 BR Fonte: PNAD, IBGE TELECOMUNICAÇÕES 2005 2006 N 2009 2007 NE 2008 SE 2009 S 2011 2012 CO 2010 2011 2012 Telefones em serviço por 100 habitantes (teledensidade)(1) Teledensidade fixa em serviço 21,6 21,7 22,0 22,5 Teledensidade celular 90,5 104,7 123,9 132,9 82,5 82,3 81,8 80,5 Teledensidade Tv por assinatura 3,9 5,0 6,5 8,2 Teledensidade Banda Larga 5,9 7,1 8,4 8,6 34,6 38,3 42,9 46,4 11,4 13,8 16,7 20,0 8,7 20,6 41,1 65,9 1,1 0,9 1,5 0,8 2,5 1,9 6,2 Pré-pagos (% Total) (2) Domicílios com computador (% Total)(1) Com acesso à Internet Acessos Banda Larga (milhões) 27,3 Fixa ADSL 7,7 Móvel 3G (via celular) Índice de Preços ao Consumidor 4,1 IPCA - Telefone Fixo 0,9 IPCA - Telefone Celular Fontes: Teleco; (2) Telebrasil; 36,5 40,3 9,0 14,6 10,4 33,2 - 52,5 (3) IPCA - Comunicação (1) - (2) (3) Banco Central 0,8 0,2 -1,6 4,1 31 CONJUNTURA SETORIAL MICROANALYSIS »»Energia O s gastos primários do governo continuam a aumentar para garantir a redução das tarifas de energia elétrica. Na primeira semana de outubro o Tesouro Nacional emitiu mais de R$ 2 bilhões em LTNs como aporte à Conta de Desenvolvimento Energético (CDE). Após a criação da Medida Provisória – MP 615 em maio deste ano, que autoriza o endividamento em favor da CDE, o valor nominal destes aportes chega a aproximadamente R$ 7 bilhões. Em relação à contratação de energia futura, o Governo F e d e r a l prorrogou em o um mês prazo para cadastramento dos interessados Microsoft em participar do Leilão A-5, assim como a data de início do suprimento, que de janeiro de 2018 passou para maio de 2018. Apesar das mudanças nas datas, o leilão continua marcado para dezembro deste ano. Com o novo prazo, os interessados têm até o dia 10 de outubro para apresentar as propostas. Particularmente no caso das termelétricas, também é necessário apresentar documentos para a comprovação da disponibilidade de combustível até o dia 7 de novembro. 32 CONJUNTURA SETORIAL MICROANALYSIS No dia 21 deste mês está marcada a 1º licitação de partilha de produção. A ANP divulgou as empresas interessadas no leilão da área de libra, as empresas são: Cnooc International Limited, China National Petroleum Corporation, Repsol/Sinopec, Ecopetrol, Mitsui & CO ONGC, Videsh, Petrogal, Petrobras, Petronas, Shell e Total. Após a assinatura do contrato de partilha de produção, previsto para novembro de 2013, a Petrobrás, como única operadora do pré-sal no sistema de partilha, terá direito a 30% do campo de libra. ENERGIA 2009 2010 2011 2012 Produção de Petróleo(1) (2) 711,9 750,0 768,5 754,4 Exportações 191,9 230,5 220,6 200,6 143,5 123,6 121,1 113,8 12.176 13.987 14.288 - 21,1 22,9 24,1 25,8 27.513 25.694 27.376 1,6 2,4 2,7 2,5 358.121 416.952 434.376 - Petróleo 38,3 35,9 36,5 - Energia Hidráulica 14,0 13,4 14,3 - (1) (2) Importações (1) (2) Reservas Provadas de Petróleo(1) (2) Produção de Gás Natural Produção de Álcool (1) (3) (em milhões de m ) 3 (3) (5) Produção de Biodiesel(1) (3) Reservas Provadas de Gás(1) (3) Matriz Energética Brasileira (%) (4) Produtos da Cana 18,7 Gás Natural 8,9 Lenha 10,7 10,3 Urânio Geração de Energia Elétrica 1,9 8,4 (TWh) Consumo de Energia Elétrica Oferta Interna de Energia 10,1 1,4 Outras fontes primárias IPCA - Energia Elétrica 18,9 (4) (TWh) (TWh) 10,2 1,6 9,8 - 515,8 532,9 506,1 550,4 568,8 4,0 2,9 98,9 98,7 99,3 99,5 13,1 13,3 13,6 415,7 4,7 (%)(6) 10,8 - 463,0 384,3 (4) (4) Domicílios com energia elétrica 9,2 16,8 3,0 433,0 - (%)(7) Total Urbana 84,6 Rural 85,6 14,3 86,1 85,9 Fontes: ANP - Agência Nacional de Petróleo; milhões de barris; milhões de m ; BEN - Balanço Energético Nacional; (5)UNICA - União da Indústria de Cana-de-açúcar; (6)Banco Central do Brasil; (7)IBGE Censo 2010 (1) (2) (3) 3 (4) 33 SAVE THE DATE! »»Entenda o Impacto das Tarifas para os investimentos no setor de saneamento »»Saiba como fazer a gestão adequada dos ativos de saneamento »»Conheça os detalhes na implantação da Contabilidade Regulatória »»Aprofunde-se sobre composição, reajuste e revisão tarifária em saneamento »»Avalie os reflexos dos movimentos políticos sociais para os setores de infraestrutura »» Entenda o alinhamento das normas contábeis locais às normas internacionais Programação completa e formas de inscrição em: www.hiria.com.br/agenda-de-eventos/Gestao-Financeira-do-Saneamento-2013/ Para fazer sua inscrição entre em contato pelo telefone 11 5093-7847 ou envie um e-mail para [email protected] www.hiria.com.br 34 HOT TOPICS Agência Estado| Mercado superestimou importância de concessões Frederico Araujo Turolla e João Ricardo Costa Filho, falam sobre as dificuldades de levar adiante o programa de concessões do governo federal e os possíveis efeitos para o cenário macroeconômico. Assista a entrevista completa, concedida à AETV. InfoMoney | Fomc: veja o que pode acontecer na reunião que promete mexer com o mercado Começa a ganhar força a ideia de que o Fed irá apenas apresentar maiores detalhes sobre fim do QE. Artigo publicado no portal InfoMoney, com comentários de João Ricardo Costa Filho. Link do artigo completo http://goo.gl/DIa9jS Amanhã | Empresas do sul devem perder participação no Ibovespa Na quarta-feira (11/09), a BM&FBovespa anunciou uma série de mudanças na metodologia do Ibovespa, o principal indicador do mercado de ações no Brasil. Artigo publicado no portal Amanhã, com comentários de João Ricardo Costa Filho. Link do artigo completo http://goo.gl/0gc6hM GloboNews | Consórcio Planalto vence leilão do trecho BR-050 entre Goiás e Minas Gerais Entrevista com sócio-diretor da Pezco Microanalysis, Cleveland Prates Teixeira, sobre o leilão do trecho BR-050 entre Goiás e Minas Gerais. Assista a entrevista completa no portal da GloboNews http://goo.gl/GLSjND por Daniel Sales Valor Econômico | Lentes acadêmicas Política monetária como principal instrumento em ciclos de curto prazo, sem desprezar possibilidades de estímulos keynesianos. Artigo publicado no jornal Valor Econômico, com participação de João Ricardo Costa Filho. Link do artigo completo (conteúdo para assinantes) http://goo.gl/OdwWuj DCI | Excesso de confiança A mais recente aposta de alguns analistas é no programa de concessões de infraestrutura do governo federal. Infelizmente, essa aposta está mirando em um alvo inatingível, por pelo menos quatro razões. Artigo publicado no jornal DCI, com comentários de Frederico Araujo Turolla. Link do DCI (conteúdo para assinantes) http://goo.gl/uUgz4x. Link do artigo em PDF http://goo.gl/qaLttW Terra | Especialistas questionam fundo de reserva dos Brics Enquanto os principais líderes mundiais se preparavam para o encontro entre as 20 maiores potências econômicas (incluindo União Europeia), lideranças do Brics (grupo das economias emergentes Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul) se reuniram às margens do megaevento ocorrido em São Petersburgo, Rússia, no início de setembro. Na reunião paralela, foi novamente discutida a criação do Arranjo Contingente de Reservas (CRA, na sigla em inglês). Artigo publicado no portal Terra, com comentários de João Ricardo Costa Filho. Link do artigo completo http://goo.gl/vDX5uR 35 HOT TOPICS Blog do Trevisan | Competitividade: me engana que eu voto! O World Economic Forum divulgou a edição 2013-2014 do seu tradicional “The Global Competitiveness Report”. O Brasil, que vinha ganhando algumas posições no ranking global de competitividade nos últimos anos, caiu agora da 48ª para a 56ª posição. Continuamos figurando entre os piores países do mundo em diversos pilares de competitividade, tais como... (continua). Artigo de Frederico Araujo Turolla, publicado no Blog do Leonardo Trevisan. Link do artigo completo http://goo.gl/LVSHgL G1 Economia | Programa de concessões pode estar superdimensionado, dizem analistas Zero Hora | Preço da gasolina em Porto Alegre varia até R$ 0,17 Levantamento de Zero Hora constata que valor do combustível em um mês ficou estável, mas há diferença entre o maior e o menor preço, de 6,2%. Artigo publicado no portal Zero Hora, com comentários de João Ricardo Costa Filho. Link do artigo completo http://goo.gl/P6qJaT Agência Estado | Mudança em regra para confins amplia leque de concorrentes em até 37,5% A flexibilização para o leilão do aeroporto de Confins (MG) anunciada ontem pelo ministro Moreira Franco, da Secretaria de Aviação Civil (SAC), tem potencial de aumentar em até 37,5% o leque de possíveis concorrentes, de acordo com levantamento apresentado pela consultoria Pezco Microanalysis ao Broadcast... (continua). Link do artigo completo http://goo.gl/K2IybM Jornal da Cultura | Leilão de rodovias Matéria exibida no Jornal da Cultura em 16/09/2013, com a participação de Cleveland Prates. Assista o a entrevista: Para especialistas, outros trechos podem não despertar interesse. Leilão da BR-050 foi o primeiro do pacote de privatizações de rodovias. Artigo publicado no portal G1, com comentários de Frederico Araujo Turolla. Link do artigo completo http://goo.gl/K10LV4 DCI | Tímida a retomada da indústria este ano Apesar de registrar crescimento em relação ao ano passado, a produção industrial ainda está muito aquém do que poderia ser diante de um ano ruim como foi 2012. Artigo publicado no DCI, com comentários de João Ricardo Costa Filho. Link do DCI (conteúdo para assinantes) http://goo.gl/A3cnr0. Link do artigo em PDF http://goo.gl/vchcyY Business Review Brasil | O preço do transporte urbano Mobilidade urbana brasileira ineficiente, onerosa a e insuficiente custa caro não somente para o país, como também para a população. Artigo de Frederico Araujo Turolla, publicado no portal Business Review Brasil. Link do artigo completo http://goo.gl/FsHwC7 36 HOT TOPICS Amanhã | No ano, dólar já subiu 19,2% Business Review Brasil | Concessões de ferrovias A sexta-feira (30) tinha tudo para ser dominada pelo otimismo, mas não foi assim que terminou a semana – e o mês. A moeda norteamericana fechou em alta pelo segundo pregão consecutivo, completando o quarto mês seguido de valorização ante o real. Artigo publicado no portal Amanhã, com comentários de João Ricardo Costa Filho – Link do artigo http://goo.gl/m7PJg6 Declarações da Presidente Dilma Rousseff de que “o Brasil ficou muito tempo sem investir em ferrovias” e de que “estamos dois séculos atrasados” no setor não constituem novidade apenas confirmam a persistência da estagnação nessa área. Artigo de Frederico Araujo Turolla, publicado no portal Business Review Brasil. Link do artigo completo http://goo.gl/b1yGrF Blog do Trevisan | O elixir de Bernanke O mundo financeiro parou para assistir ao Ben Bernanke. O mundo real não parou, até por que boa parte dele não imaginava o que estava em jogo naquele dia. O mundo ligado acreditava que o Federal Reserve reduziria as dezenas de bilhões de dólares que vem derramando no mercado... (continua). Artigo de Frederico Araujo Turolla, publicado no Blog do Leonardo Trevisan. Link do artigo completo http:// goo.gl/qY57nk DCI | Importações afetam a receita da Zona Franca Apesar de usufruir de benefícios importantes, as empresas instaladas no Polo Industrial de Manaus (PIM) não têm conseguido vencer a concorrência com importados. Artigo publicado no jornal DCI, com comentários de João Ricardo Costa Filho. Link do artigo completo (conteúdo para assinantes) http://goo.gl/p6L2Ve Business Review Brasil | Protecionismo brasileiro enfraquece o país Recente movimento protecionista via aumento de tributos sobre produtos importados prejudicam o crescimento da economia brasileira. Os reflexos da adoção da nova matriz econômica apontam os problemas do câmbio administrado, a leniência com as metas de inflação e a falta de rigor fiscal. Além de destruir o tripé, o microgerenciamento por parte do governo tem interferido na alocação de recursos e criado distorções que prejudicam o crescimento da economia brasileira. Destaco aqui o recente movimento protecionista via aumento de tributos sobre produtos importados...(continua). Artigo de João Ricardo Costa Filho, publicado no portal Business Review Brasil. Link do artigo completo http://goo.gl/mfsnCI DCI | Plano de Voo: Semana decisiva para a economia Terá reflexos pelo menos nos próximos dois anos na economia global a decisão que o Federal Reserve – o Banco Central dos EUA – anunciará sobre a taxa de juros naquele país e, principalmente, como será feita a redução do programa de compra de ativos, por meio do qual estavam sendo injetados cerca de US$ 85 bilhões ao ano no mercado norte-americano…Artigo publicado no jornal DCI, com comentários de João Ricardo Costa Filho. Link da publicação original http://goo.gl/OhFQhQ DCI | Demanda por equipamentos atrai empresas estrangeiras A expectativa de demanda gerada pelos pacotes de investimento em infraestrutura lançados pelo governo federal tem atraído cada vez mais apostas de empresas estrangeiras ao Brasil. Artigo publicado no jornal DCI, com comentários de Frederico Araujo Turolla. Link do DCI com artigo completo (conteúdo para assinantes) http://goo.gl/zrIUIQ 37 CALENDÁRIO MENSAL: PROGRAME-SE Mundo Eventos Feriados qua 02/out ter 01/out seg 30/set Brasil IPC-S Q4, FGV, Set Motor Vehicle Sales, Sep PMI Manufacturing Index, Sep ISM Mfg Index, Sep Construction Spending, Aug IPC-S Capitais Q1, FGV, Set MBA Purchase Applications IPC, Mensal, FIPE, Set ADP Employment Report, Sep Pesquisa Industrial Mensal: Produção Física – Brasil, IBGE, Ago Gallup U.S. Job Creation Index, Sep qui 03/out Challenger Job-Cut Report, Sep Gallup US Payroll to Population, Sep Dia Mundial do Dentista Dia do Petróleo Brasileiro Jobless Claims ISM Non-Mfg Index, Sep Fed Balance Sheet Money Supply sáb 05/out sex 04/out Employment Situation, Sep Treasury STRIPS Etapa 1 de Houston (EUA) de Fórmula Indy Grand Prix de Judô (Tashkent, Usbequistão) Campeonato Brasileiro de Judô (Manaus) dom 06/out Etapa 2 de Houston (EUA) de Fórmula Indy Grande Prêmio de Coréia do Sul de Fórmula 1 Chegada do Tour do Brasil / Volta Ciclística de São Paulo 5º Etapa da Copa Int. de Mountain Bike ( Mata de São João- BA) 38 CALENDÁRIO MENSAL: PROGRAME-SE seg 07/out Brasil ter 08/out qua 09/out qui 10/out sex 11/out sáb 12/out Eventos Gallup US Consumer Spending Masters de Xangai de Tênis Measure, Sep (China ) Feriados 52-Week Bill Announcement TD Ameritrade IMX, Sep Consumer Credit, Aug IGP-Di, FGV, Set dom 13/out Mundo IPC-S Q1, FGV, Out Pesquisa Industrial Mensal: Produção Física – Regional, IBGE, Ago Reunião Copom, Banco Central IPC-S Q1, FGV, Out NFIB Small Business Optimism Index, Sep ICSC-Goldman Store Sales, ICSC International Trade, Aug Redbook, Redbook MBA Purchase Applications IPC, Q37, FIPE, Out Wholesale Trade, Aug IPCA e INPC, IBGE, Set EIA Petroleum Status Report, EIA Custos e Índices da Construção Civil, IBGE, Set Divulgação Copom, Banco Central IGP-M 1º DEC, FGV, Out IPC-C1, FGV, Out Pesquisa Industrial Mensal: Emprego e Salário, IBGE, Ago Chain Store Sales, Sep 30ª Sessão Ordinária, CADE, Out FOMC Minutes, 9/18 Jobless Claims Import and Export Prices, Sep Treasury Budget, Sep Fed Balance Sheet Money Supply Indicadores Mercado de Trabalho, FGV, Set Producer Price Índex, Sep Retail Sales, Sep Consumer Sentiment, Oct Business Inventories, Aug Nossa Senhora Aparecida Grande Prêmio do Japão de Fórmula 1 Maratona de Chicago (EUA) 39 CALENDÁRIO MENSAL: PROGRAME-SE ter 15/out seg 14/out Brasil Eventos IPC-3i, FGV, Jul/Set Pesquisa Mensal de Comércio, IBGE, Ago Feriados US Holiday: Columbus Day ICSC-Goldman Store Sales, ICSC Empire State Mfg Survey, Oct Redbook, Redbook IGP-10, FGV, Out qua 16/out Mundo IPC-S Q2, FGV, Out Bank Reserve Settlement MBA Purchase Applications Consumer Price Index Atlanta Fed Business Inflation Expectations, Oct Housing Market Index, Oct qui 17/out Beige Book IPC-S Capitais Q2, FGV, Set Jobless Claims Indicadores Antecedentes e Coincidentes da Economia Brasileira, FGV, Set Industrial Production, Sep IPC, Q38, FIPE, Out sex 18/out sáb 19/out Fed Balance Sheet Money Supply Pesquisa Mensal de Serviços, IBGE, Ago IGP-M 2º DEC, FGV, Out dom 20/out Início da Copa do Mundo Sub 17 (Emirados Árabes ) Leading Indicators, Sep Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo 15, IBGE, Out Etapa de Fontana (EUA) de Fórmula Indy – última corrida Etapa de Curitiba Stock Car 40 CALENDÁRIO MENSAL: PROGRAME-SE seg 21/out Brasil ter 22/out qua 23/out qui 24/out Eventos Feriados Existing Home Sales, Sep Prévia Sond. Indústria, FGV, Out ICSC-Goldman Store Sales, ICSC Redbook, Redbook Richmond Fed Manufacturing Index, Oct Sondagem do Consumidor, FGV, Out IPC-S Q3, FGV, Out MBA Purchase Applications FHFA House Price Índex, Aug 31ª Sessão Ordinária, CADE, Out EIA Petroleum Status Report, EIA IPC-S Capitais Q3, FGV, Out Jobless Claims Pesquisa Mensal de Emprego, IBGE, Set PMI Manufacturing Index Flash, Oct Mercado aberto, Banco Central New Home Sales, Sep EIA Natural Gas Report, EIA Fed Balance Sheet Money Supply IPC, Q39, FIPE, Out Durable Goods Orders, Sep Setor externo, Banco Central Consumer Sentiment, Oct dom 27/out sáb 26/out sex 25/out Mundo Chicago Fed National Activity Índex, Sep Grande Prêmio da Índia de Fórmula 1 41 CALENDÁRIO MENSAL: PROGRAME-SE qui 31/out qua 30/out ter 29/out seg 28/out Brasil Mundo INCC-M, FGV, Out Pending Home Sales Índex, Sep Sondagem da Construção, FGV, Dallas Fed Mfg Survey, Oct Eventos Masters de Paris de Tênis (França) Feriados Out Sondagem da Indústria, FGV, Out Política monetária e operações de crédito, Banco Central FOMC Meeting Begins ICSC-Goldman Store Sales, ICSC Redbook, Redbook S&P Case-Shiller HPI, Aug Consumer Confidence, Oct IGP-M, FGV, Out ADP Employment Report, Sep Índice de Preços ao Produtor Indústrias de Transformação, IBGE, Set GDP, Q3:13 EIA Petroleum Status Report, EIA FOMC Meeting Announcement Sondagem Serviços, FGV, Out Jobless Claims Sondagem Comércio, FGV, Out Personal Income and Outlays, Sep Política fiscal, Banco Central Employment Cost Index, Q3:13 Farm Prices, Oct Fed Balance Sheet Money Supply Ana Cássia Silva 42 TERMO DE EXONERAÇÃO DE RESPONSABILIDADE Este documento tem como objetivo servir de base para a discussão de elementos do ambiente econômico e setorial, através da compilação de informações e exposição de análises e de pontos-de-vista. Tomamos os melhores cuidados com a confiabilidade das informações e de suas fontes, mas não podemos garantir a exatidão das mesmas ou das análises realizadas sobre elas. Todas as informações aqui contidas a título de “projeção” ou “previsão” se referem a análises com base em elementos e tendências atuais, cujos pressupostos podem mudar significativamente ao longo do tempo. A Pezco Micronalysis e empresas e pessoas que eventualmente participaram deste relatório não se responsabilizam por decisões tomadas com base neste relatório. Tanto Pezco Microanalysis quanto seus eventuais colaboradores e consultores, bem como convidados que figuram neste relatório, podem manter posições em ativos mencionados neste documento, bem como podem estar participando ou ter participado de projetos de consultoria/ assessoria relacionados a organizações e pessoas aqui mencionadas. Os profissionais que figuram neste documento não são, necessariamente, vinculados a Pezco Microanalysis em qualquer aspecto. 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