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Borbón, J. A. (2012), América Latina: caminos de la integración regional, FLACSO, Costa Rica/San José, 175p., ISBN 978-9977-68-240-2 A obra editada por Josette Altmann Borbón no ano de 2012, publicada pela Faculdade LatinoAmericana de Ciências Sociais (FLACSO) da Costa Rica, apresenta 175 páginas, dividas em sete capítulos, e 3 anexos. Ela aborda os principais avanços e limitações nos processos de integração regional no início do século XXI, como: a Aliança Bolivariana para os Povos de Nossa América (ALBA), o Sistema de Integração Centro-americano (SICA), e a Comunidade de Estados Latino-americanos e Caribenhos (CELAC). A publicação inicia com o artigo, Integración Política: Un camino hacia la integración Latinoamericana elaborado por Francisco Rojas Aravena, Josette Altmann Borbón, e Tatiana Beirute Brealey. Após percorrer brevemente as tentativas de integração regionais, eles demonstram o novo enfoque do regionalismo no qual prevalece a agenda política sobre a comercial. Nesse sentido, foi criada no ano de 2010 a CELAC, uma relevante instituição que, apesar das dificuldades, constitui um importante esforço no sentido de impulsionar a integração regional, concertação política, fomentar processos de diálogo, cooperação, e estabelecer mecanismos próprios e procedimentos. Para efetivação desse processo, os autores defendem que a CELAC deve constituir um projeto político estratégico, que garanta a mesma o papel de liderança regional. O segundo artigo intitulado El Grupo Río y la Cumbre la Unidad: La nueva Comunidad de Estados Latinoamericanos y Caribeños é do embaixador mexicano José Antonio Zabalgoitia, que inicia sua análise a partir do alargamento do Grupo Rio e da realização da Cúpula da América Latina e do Caribe sobre Integração e Desenvolvimento (CALC), momento em que pela primeira vez os países latino americanos, chegaram ao consenso da necessidade estabelecer uma organização que 154 ][ Investigaciones Geográficas, Boletín 87, 2015 inclua todos as países da região. Desta maneira, o documento “Declaração da Cúpula da Unidade” definiu os termos de referências das negociações como a necessidade que a região tem de espaço para consolidar e projetar sua identidade comum. Para tanto, foi estabelecido um vínculo entre o Grupo Rio e a CALC que influiu em valores, princípios, propósitos da agenda básica futura. Segundo o autor, o resultado foi a constituição da Celac, uma instancia regional latino-americana e caribenha com potencial para tornar-se o interlocutor da América Latina no mundo. El doble movimiento sudamericano: Construcción regional y gobernanza global de Grace Jaramillo, expõe como ocorreu uma mudança de paradigma do regionalismo, após o ano 2000, que passou a ser visto como uma forma de resistência, permitindo estabelecer um espaço para construção de políticas internas, visando a contestação da ordem global. Desta maneira, ao adentar o terceiro milênio, a crise internacional, o fracasso dos projetos de liberalização, atrelado ao crescimento econômico mundial no período de 2002 a 2008 possibilitou a América do Sul gerar excedentes e aos governos locais ampliar sua autonomia para tomada de decisões referentes a política econômica. Por outro lado, após os ataques terroristas de 11 de setembro de 2001 houve o redirecionamento do foco dos EUA da América Latina para o Oriente Médio. Esse contexto, caracterizou um duplo movimento, qual seja: a globalização e as forças externas por um lado e a política interna regional por outro. Estes são impreteríveis para compreender as diversas condicionantes que permitiram o aparecimento e o avanço de um projeto de integração política como a Unasul. O trabalho Alcances y desafíos del liderazgo venezolano en América Latina escrito por Francine América Latina: caminos de la integración regional Jácome, buscou identificar as principais mudanças decorrentes da gestão Hugo Chavez e como as mesmas repercutiram sobre a liderança do país na região. Para tanto, a autora apresenta a ALBA e sua intenção em transformar a América Latina e o Caribe em um bloco autônomo que se tornaria um pólo de poder em um mundo multipolar, privilegiando a união política e visando desenvolver a “nova integração do sul”. No entanto, a autora questiona qual o poder real teria a Venezuela? Na opinião da mesma ocorre um debilitamento da ALBA, pois os países membros tem benefícios na compra do petróleo, mas não estão dispostos a seguir a agenda política ideológica da iniciativa. Ademais, falta também sustentabilidade nos projetos, existem dificuldades para criar confiança entre os membros, além de outros fatores que tornam difícil aprofundar o caráter revolucionário e manter a importância geopolítica do bloco. El Alba: un nuevo eje de la integración regional de José Briceño Ruiz, considera que existem três eixos de integração regional na América Latina. O primeiro neoliberal focado na política de mercado, que configura-se nas negociações bilaterais de tratado de livre comércio dos EUA com países da região que impulsionaram a “Aliança do Pacifico”. O segundo revisionista refere-se ao Mercosul que atualmente incorporou programas com dimensão sociais, além da busca pela integração produtiva, e a Unasul, cuja agenda consta temas políticos como segurança, defesa, infraestrutura e desenvolvimento social enquanto foco. E por fim a ALBA que tratase de um eixo “anti-sistémico” pautado em uma nova concepção de integração anticapitalista e anti-imperialista. Porém, existem algumas dúvidas que colocam-se sobre a sustentabilidade da ALBA, uma vez que a maior parte dos programas foi/é financiado pela Venezuela, por meio dos elevados preços do petróleo, suscetível as variações de mercado. Também surgem questionamento sobre membros do grupo, que estão inseridos em outros esquemas integracionistas, como a Nicarágua que também pertence ao CAFTA-RD. Na Integración Centroamericana en tiempos de revalorización de la Política de Josette Altmann Borbón, o autor afirma que a integração econômica na região Centro América foi fortalecida nos últimos anos, tornando-se importante para os países da região. Contudo, alguns elementos devem ser considerados para uma agenda de integração sul americana, a fim de garantir maior representatividade em foros internacionais, haja vista o padrão de inserção nacional na econômica internacional, e as remessas que influenciam as exportações de mercadorias, tornando-se a principal fonte de divisa para alguns países. Além disso, ainda existe uma forte dependência dos países da região em relação aos Estados Unidos, fator que torna a região vulnerável aos ciclos econômicos desse país. Para a mesma, alguns desafios, devem ser superados a médio prazo, como problemas referentes a falta de vontade política, falta de consenso entre os países membros, baixa institucionalidade, baixa integração social e elevada assimetria entre os países, para avançar na consolidação regional Centro-Americana. Já o último artigo El Proyecto Mesoamérica: No solo de comercio vive la integración de Ennio Rodríguez, apresentou o Projeto Mesoamérica, realizado pela iniciativa do Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID), com destaque para o Sistema Mesoamericano de Saúde Pública, a Autopista Mesoamericana de Informação, a Interconexão Elétrica, e a Rede Intermodal de Rodovias. Importantes iniciativas, não comerciais que contribuem para promover a integração regional Centro-Americana. Ao final, a obra conta com documentos aprovados na III CALC em anexo, a saber: Nº 1: Declaración de Caracas “En el Bicentenario de la Lucha por la Independencia hacia el Camino de Nuestros Libertadores”; Nº 2: Plan de Acción de Caracas 2012; Nº 3: Procedimientos para el Funcionamiento Orgánico de la CELAC. Vitor Helio Pererira de Souza Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC) Investigaciones Geográficas, Boletín 87, 2015 ][ 155 Mateos, P. (2014), Names, Ethnicity and Population, Springer, London, 269 p., ISBN (impreso) 978-3-642-45412-7, ISBN (digital) 978-3-642-45413-4, DOI 10.1007/978-3-642-45413-4 Esta obra está dividida en Introducción, tres partes con ocho capítulos, conclusiones y listado de abreviaturas. Las primeras ideas que desliza al lector son la polisemia y multidimensionalidad del concepto de etnicidad, las controversias de que ha sido objeto tanto en ciencias sociales como biomédicas y cómo el enfoque étnico ha permitido hacer una “gestión de poblaciones” a partir de etiquetar externamente a las minorías étnicas; por lo cual el autor vislumbra la necesidad de promover clasificaciones étnicas no convencionales y alternativas que permitan mostrar a grupos que han quedado “fuera de radar” del reconocimiento público y político. El argumento central del libro se soporta en la idea de que la mayoría de las personas hemos adquirido nuestro nombre y apellido de antepasados inmediatos, o ha sido elegido por nuestros padres en formas no aleatorias sino mediadas por factores lingüísticos, religiosos, regionales, culturales e incluso jurídicos, así que nuestros nombres se eligen y se transmiten a través del tiempo y en el espacio moldeados por normas sociales no escritas, que producen patrones geográficos según la frecuencia de distribución en el espacio, lo que puede evidenciar los flujos migratorios, matrimoniales, condiciones de salud, herencia genética, proximidad ancestral dentro y entre las poblaciones, y proporcionar indicadores de estructuras de la población e incluso indicar zonas de origen. Pablo Mateos recurre a una estrategia metodológica que parte de investigar el uso del nombre y apellidos de las personas para estudiar la etnia a nivel de población. En sus palabras, el libro sigue el viaje de los nombres de las personas en todo el mundo, propone el análisis de redes de nombres, patrones geográficos y frecuencia de nombres para construir mapas. 156 ][ Investigaciones Geográficas, Boletín 87, 2015 Un elemento novedoso también dentro de la trama del lbro, es que el autor muestra la total imbricación de conocimientos sobre la etnicidad desde diversas disciplinas científicas que transitan de ida y vuelta por la lingüística, la sociología, la antropología, la psicología, la historia, pasando por la genética, epidemiología, geografía, demografía, genealogía, hasta la economía, la física y las ciencias de la comunicación. En cuanto al proceso metodológico, el autor sñala que los datos del registro de población pueden ser usados para construir redes de nombres globales. El estudio de caso que muestra corresponde a la ciudad de Auckland, Nueva Zelanda, una pequeña población étnicamente diversa en la que se pudo, mediante el procedimiento explicado en el libro, elaborar la primera red de nombres de la población de una ciudad completa, a partir de la vina: nombre y apellido. El autor sugiere que los efectos netos de la migración humana en los últimos siglos ha sido generar nuevas “comunidades de nombres”, además de mostrar cómo las prácticas de asignar nombre, proporcionan perdurables fichas de afiliación cultural en la era de la globalización. Presenta también en forma novedosa algunas aplicaciones de la Clasificación Onomap a diferentes escalas geográficas, en temas como “integración social” o “segregación espacial” de grupos minoritarios, describiendo la técnica de agrupación de edes de nomenclatura y los antecedentes de la construcción de una clasificación mundial de nombres y apellidos en categorías de carácter Cultural, Étnico, origen Lingüístico (CEL). La tercer y última parte del libro aborda las aplicaciones de los mapas de nombres en relación con la etnicidad, geografía y el origen étnico de los pueblos, utilizando la corriente geográfica Names, Ethnicity and Population de distribución de los nombres de las personas para descubrir los flujos histórics y contemporáneos de migración, así como las regiones de interacción cultural, utilizado frecuencias de apellidos de un barrio, una ciudad, una región o un continente. Podemos decir, usando una frase del autor, que el libro muestra como, utilizado conocimientos de diversas disciplinas científicas, podemos encontrar “El mundo en una ciudad” y representarlo en mapas, pues “el espacio geográfico es la clave para vincular las temporalidades sociales y los procesos etnoculturales en las que se descubre el pasado y el presente de las migraciones actuales”. Esta obra suma información desde un ángulo novedoso a varias disciplinas, es pródigo en contenido e interesante, proporciona una revisión minuciosa de los autores involucrados en el tema y antropológicamenre ofrece ideas novedosas sobre cómo mirar el parentesco, una de las principales áreas de estudio desde la antropología social. Finalmente, es un libro que todo interesado en aspectos relevantes a las tecnologías geográficas y de infomación debe leer. Georgina Vera Fregoso CIESAS Occidente Investigaciones Geográficas, Boletín 87, 2015 ][ 157 Checa, M. M., A. García, P. Soto y P. Sunyer (coords.; 2014), Paisaje y Territorio. Articulaciones teóricas y empíricas, Tirant Humanidades, Universidad Autónoma Metropolitana, México, 423 p., ISBN 978-84-16349-08-1 y 978-607-28-03-42-8 Este libro es el resultado de un coloquio sobre paisaje y territorio celebrado en la Universidad Autónoma Metropolitana-Iztapalapa celebrado en 2011, que recopila las presentaciones realizadas en el mismo y algunos trabajos complementarios. Por lo mismo, encontramos al menos 14 diferentes definiciones y enfoques al hablar de paisaje, presentados por 18 autores de nueve instituciones. Esencialmente participan geógrafos (la mayoría humanos) junto a antropólogos, sociólogos y arquitectos. Mexicanos y españoles, principalmente, iberoamericanos todos. Está conformado por cuatro bloques; en el primero, el más conceptual, tres geógrafos, desde las tres grandes líneas de la geografía (humana, regional, física), nos presentan su manera de entender y analizar el paisaje. En el segundo y el tercero se plantean otras miradas al paisaje, desde la literatura, el arte, los paisajes performativos, los paisajes extremos, los paisajes de la vulnerabilidad, el paisaje en la antigua China. Y para terminar, en el cuarto bloque, cinco estudios de caso y propuestas metodológicas diversas, desarrollados por geógrafos, arquitectos y sociólogos, en la región centro y centro occidente de México. Como texto de geografía y de paisaje, este es un libro de viajes. Por un lado, nos permite un viaje a través del concepto de paisaje, de las disciplinas de estudio, de las ciencias y las artes, de los principales autores, desde la perspectiva de geógrafos de distintas instituciones del ámbito iberoamericano. Podemos encontrar al menos una definición diferente en cada uno de los capítulos. Es un viaje a través de la polisemia del concepto, y de las escuelas y enfoques que se trabajan desde las ciencias sociales, básicamente. Y también es un viaje en el espacio, recorriendo paisajes y territorios. Desde China a Europa y de aquí a América, recorriendo varios continentes y 158 ][ Investigaciones Geográficas, Boletín 87, 2015 algunos países. Iniciamos el recorrido en España, con los paisajes de La Huerta de Murcia, que utiliza Rafael Mata para ejemplificar la metodología aplicada en la generación del Atlas de los Paisajes de España. Otro ejemplo en una escala más local es el Plan Especial para la defensa del Paisaje del Conjunto Patrimonial de los Molinos del Campo de Criptana, en la provincia de Ciudad Real, donde se encuentran los molinos que inspiraron a Cervantes para las aventuras de Don Quijote de la Mancha. Cruzamos a la isla de Menorca en el Mediterráneo en donde se integró el paisaje en los instrumentos de Ordenación Territorial y Urbanística y en el Plan Territorial Insular. El autor nos lleva también al Reino Unido y a Francia, al revisar los ejemplos de atlas regionales y departamentales en los que se han utilizado metodologías que integran el paisaje. Igualmente Nicolás Ortega nos hace recorrer Francia e Inglaterra, con las ilustraciones y descripciones de Paul Vidal de la Blache, y de escritores (Rousseau, Saint Pierre) y pintores (Turner, Constable), recorre Los Alpes con De Martonne, para finalmente cruzar a América, con Élisée Reclus que nos describe los paisajes de Colombia en su Viaje a la Sierra Nevada de Santa Marta. Con los viajes de Humboldt, que haciendo escala en las Islas Canarias llega al continente americano, y nos describe en sus cuadros de la naturaleza las cataratas de Maipures en el Orinoco, el Amazonas, la cordillera de Los Andes, donde narra y dibuja cascadas, pasos naturales, grandes volcanes. De la mano de Perla Zusman llegamos a la pampa argentina, y se nos cruza en el camino otra vez Humboldt, dado que condenó este paisaje que no consideraba digno de ser representado; recorremos la pampa con indios, malones y gauchos y sus vínculos con este extenso territorio, hasta llegar a los paisajes contemporáneos de los clubes de polo y los countries, donde Paisaje y Territorio. Articulaciones teóricas y empíricas las élites están conformando una nueva ruralidad. Cruzamos Los Andes hacia la región del Bío Bío en Chile, asolada en 2010 por el terremoto y posterior tsunami, con graves consecuencias (pérdida de más de 500 vidas, y dos millones de damnificados) consecuencias a nivel social y urbanístico en la zona, recorriendo paisajes naturales, simbólicos y de la vulnerabilidad. Del sur de América viajamos hacia el norte, y llegamos a México, donde se desarrollan varios de los trabajos presentados en este libro, desde el Golfo de México al oeste del país, siempre en la franja central, empezando por Veracruz para conocer el fuerte de San Juan de Ulúa, actualmente rodeado de contenedores, astilleros y grúas que envilecen este paisaje patrimonio cultural; seguimos hacia el centro, y pasamos por la actual Ciudad de México, antes Tenochtitlán, soporte de la identidad mexicana, descrita en crónicas de conquistadores, en los relatos de informadores y en los antiguos códices, hoy convertida en una plaza dura sin rastro de aquella fisionomía donde la vegetación era un componente esencial (en palabras de los autores, Alcántara y Acebes); también reconocemos los paisajes del Valle de México, en las pinturas de artistas paisajistas, con Landesio y Velasco como sus máximos exponentes. La actual Colonia Bosque Belén de las Flores en el poniente de la ciudad, se nos presenta a través de las sucesivas transformaciones sufridas, y de las percepciones de la incertidumbre y el arraigo de sus pobladores; transformaciones que inician desde la colonia, cuando los nuevos modos de producción provenientes del viejo mundo, transforman la relación de la población indígena con la naturaleza, los modos de vida y los territorios, adquiriendo una nueva fisionomía social y económica. En la actualidad, el aumento de la población y la reducción del espacio para viviendas ha configurado una aglomeración que genera condiciones sociales en permanente tensión. Esta colonia surge a partir del pueblo-hospital de Santa Fe, fundado por Vasco de Quiroga. La presencia del Tata Vasco, también la encontramos en Michoacán, en el actual ex convento de Tzintzuntzan situado en la cuenca del lago Pátzcuaro, donde se desarrolló un proyecto de restauración tanto del conjunto conventual como de los espacios ajardinados y el atrio con especial énfasis en los olivos centenarios, que supuestamente fueron plantadas por orden de Vasco de Quiroga. Si seguimos nuestro viaje hacia el poniente, llegamos a Jalisco, donde encontramos, por una parte, el paisaje agavero declarado patrimonio de la humanidad como paisaje cultural por la UNESCO, con la declaratoria oficial en 2006 de “Paisaje Agavero y las antiguas instalaciones industriales de Tequila”, aquí cabe destacar la azulatría del paisaje, como lo define Luis Felipe Cabrales, donde el cultivo del agave azul (de origen prehispánico) del que se obtiene el tequila, configura un paisaje irrepetible, no exento de conflictos entre agricultura e industria y recientemente con una explotación turística llamada “La Ruta del Tequila” en manos de los grandes corporativos de las industrias tequileras globalizadas, que dejan atrás las promociones turísticas gubernamentales y locales. Se observa que la patrimonialización del paisaje ha operado como factor acelerador de la terciarización económica, configurando una nueva ruralidad condicionados en gran medida por la cercanía a la gran urbe, Guadalajara, la segunda ciudad del país, quedando minimizada la lectura del paisaje agrario y la riqueza de la cultura rural. Esto enlaza con los paisajes del pueblo huertero de Atotonilco el Alto, ubicado en los límites de la zona declarada patrimonio por el paisaje agavero, y donde el autor, José J. Hernández presenta una lectura del paisaje cultural desde la ecología cultural y con enfoque histórico, y nos lo presenta como “un paisaje que no es bien visto”, analiza y cuestiona esta patrimonialización y puesta en valor de algunos paisajes que se consideran tienen características excepcionales frente a los configurados en la cotidianeidad del mundo rural; de forma que la protección de los primeros va asociada a la mercantilización de los mismos y al olvido de los segundos. Hablábamos del deporte del polo practicado en las zonas rurales de la provincia de Buenos Aires, pero también vamos a viajar a los Polos, Norte y Sur, con los valientes y temerarios exploradores que por tierra y mar cruzaron estos paisajes extremos, como nos dice Martín Checa. Del Ártico a la Antártida, del océano surcado por témpanos de hielo del Norte, al área de convergencia de corrientes de los distintos océanos del planeta en el Sur, creando Investigaciones Geográficas, Boletín 87, 2015 ][ 159 Sara Barrasa García una plataforma de hasta 3 000 metros sobre el nivel del mar y registrando temperaturas próximas a los 50° C bajo cero. Las crónicas de los exploradores, Scott, Amundsen, Payer, Ross… nos cuentan las sensaciones y experiencias en los extremos del planeta. Hemos recorrido distintos paisajes del mundo de la mano de pintores y escritores, en la literatura y en la academia, donde pinceles y plumas nos han mostrado escenas, costumbres, luces y colores, entre lo real, lo interpretado, lo percibido y lo imaginado. Para concluir nuestro viaje, vamos a trasladarnos a la Tierra Media, siguiendo el camino a Mordor de la mano de Armando García, y gracias a la pluma de J.R.R. Tolkien; vamos a viajar en compañía de hobbits, elfos, magos, enanos y humanos, y a luchar contra orcos y las fuerzas del mal. Es este un viaje por un mundo mitológico de fantasía moderna, a través de la obra magistral de Tolkien, titulada El señor de los anillos, donde se construyen paisajes detalladamente descritos e intrínsecamente ligados a las comunidades que los habitan: la Comarca, las minas de Moria, el valle de Rivendel, Lothlórien, Rohan, Gondor y Mordor, destino final de la aventura. Recientemente, este libro ha sido llevado a la gran pantalla de la mano de Peter Jackson, de forma que los paisajes y escenas imaginados en nuestras mentes durante la lectura, se han materializado en nuestras retinas a través de sus películas, y los paisajes de Nueva Zelanda se han convertido en la imaginada Tierra Media, confirmando la importancia del paisaje en esta historia fantástica, donde sin 160 ][ Investigaciones Geográficas, Boletín 87, 2015 lugar a dudas, el paisaje es, junto a Frodo, Legolas, Gandalf y Aragorn, uno más de los protagonistas. A modo de conclusión Todo lo presentando en esta obra, es tan correcto como cuestionable. Encontramos que el PAISAJE se ha convertido en un término que está en boca de todos, que está de moda, que se ha vuelto popular, casi promiscuo. Está presente en discursos políticos y en la Academia (donde se integra en diversas disciplinas), y se lo apropian tanto las ciencias como las artes, donde se estudia, se analiza, se gestiona y se administra. Hay una tendencia a buscar las diferencias en los enfoques o definiciones, la invitación es a buscar las similitudes y los enfoques comunes, sobre todo complementarios. Algunos de los capítulos de este libro, ya han sido publicados total o parcialmente en otros medios, pero se considera una oportunidad para la difusión en el ámbito latinoamericano. Pienso que esta obra necesita una reflexión final donde se pongan a dialogar los discursos de los distintos autores, que en algunos casos son similares, en otros complementarios y en otros, contradictorios. Sara Barrasa García Centro de Investigaciones en Geografía Ambiental Universidad Nacional Autónoma de México VI Congreso Iberoamericano de Estudios Territoriales y Ambientales Entre los días 8 y 12 de septiembre de 2014 tuvo lugar el VI Congreso Iberoamericano de Estudios Territoriales y Ambientales en el Departamento de Geografía de la Facultad de Filosofía, Letras y Ciencias Humanas de la Universidad de San Pablo (Brasil), organizado por los Programas de posgrado en Geografía Física y Humana, y bajo la presidencia de dos profesores de la casa, en representación de cada uno de los programas: Profesor Emerson Galvani (Geografía Física) y Profesora Mónica Arroyo (Geografía Humana). Estos congresos tienen el objetivo de promover el intercambio entre investigadores de instituciones de países latinoamericanos e ibéricos para discutir la producción de la geografía contemporánea. En 2014, el evento estuvo constituido por dos conferencias, seis mesas redondas y sesiones donde se profundizó el intercambio sobre seis ejes temáticos: a) Transformaciones territoriales en perspectiva histórica: procesos, escalas y contradicciones; b) Dinámicas y conflictos territoriales en el campo y desarrollo rural; c) Desigualdades urbano-regionales: actores, políticas y perspectivas; d) Problemas socioambientales en el espacio urbano y regional; e) Medio ambiente, recursos y ordenamiento territorial, y f ) Representaciones cartográficas y geotecnologías en los estudios territoriales y ambientales. La mesa de apertura contó con la participación de Jorge Gaspar de la Universidad de Lisboa. Entre los distintos aspectos que aportó al debate, el autor destacó la necesidad de incorporar en la disciplina nuevos elementos de la contemporaneidad. La segunda mesa redonda versó sobre las “Dinámicas territoriales y globalización: mercado, Estado y sociedad”. En ella, especialistas de Cuba, Portugal y Brasil dieron cuenta de las diversas perspectivas teóricas en torno a la problemática de la desigualdad territorial, analizando las transformaciones en el proceso histórico y en la globalización en particular, así como la acción de los actores sociales en cada uno de los países. El ordenamiento territorial fue el tema de la tercera mesa redonda. Los cuatro trabajos tuvieron como denominador común el uso de sistemas de información geográfica (SIG) bastante sofisticados para delinear políticas públicas de manejo de áreas de riesgo o de áreas de prevención. Cada autor, con su mirada sobre diferentes problemas y situaciones, desarrolló ideas propositivas sobre las técnicas de medición, aplicación en prácticas de los gobiernos locales y en el trabajo educativo con las respectivas comunidades. En la cuarta mesa “Geotecnologías en la representación actual del mundo y de los lugares”, las intervenciones se orientaron a destacar las innovaciones en los métodos de producción de conocimiento territorial a partir de las nuevas tecnologías y sus aplicaciones en el análisis de problemáticas ambientales y estudios urbanos. Por otro lado, se analizó la producción de conocimiento cartográfico y geográfico en relación con el proceso de construcción de territorios coloniales y nacionales en Brasil. En la noche del cuarto día del evento se celebraron los 70 años de la primera tesis en Geografía defendida en la Universidad de San Pablo. En esa ocasión, profesores del Programa de Posgraduación en Geografía Física y Humana relataron experiencias y reflexionaron acerca del presente y del futuro de la agenda disciplinar. La mesa siguiente, cuyo tema central fue “Desastres Naturales y Ordenamiento del territorio”, contó con la participación del investigador Carlos Valdir de Meneses Bateira que presentó sus estudios sobre el modelado de susceptibilidad de las vertientes; estuvo presente también Irasema Alcántara Ayala comentando sobre las investigaInvestigaciones Geográficas, Boletín 87, 2015 ][ 161 Villy Creuz y Silvia I. Busch ciones forenses de desastres como herramienta metodológica para estudiar y aprehender sus causas y sus procesos; Eduardo Soares de Macedo centró su exposición en la implementación de políticas públicas a partir de investigaciones en comunidades en riesgo; finalmente, la investigadora María Isabel Andrade dio cuenta de los estudios de manejo, ocupación y urbanización, y mostró datos de los desastres ocurridos en la Argentina y la ausencia de prácticas de planificación integrales. La última mesa redonda estuvo abocada a “La urbanización contemporanea: entre la cohesión y la fragmentación”. En ella, las exposiciones tuvieron en común el esfuerzo de síntesis y de teorización en la comprensión de la fragmentación urbana en el periodo de la globalización. En ese sentido, los discursos dieron cuenta de la diversidad y riqueza de abordajes. La primera exposición, de María Laura Silveira, indagó las características y los mecanismos de los circuitos de la economía urbana y la transformación en las articulaciones entre los actores, a partir de las variables del periodo; la segunda explicación constó de un análisis histórico de las etapas de estructuración socio-espacial en Bogotá; Márcio Piñon de Oliveira se refirió a Río de 162 ][ Investigaciones Geográficas, Boletín 87, 2015 Janeiro y comentó las posibilidades de construcción de la ciudadanía en el siglo XXI, teniendo en cuenta los eventos actuales en la capital fluminense. En la última charla, Ana Fani Alessandri Carlos analizó el modo de producción capitalista y las nuevas funciones que en el proceso de acumulación dan lugar a una jerarquización en y de los lugares acentuando la fragmentación del espacio urbano. La conferencia de cierre estuvo a cargo de Marlén Palet Rabaza; en ella mostró los diferentes tipos de riesgos a los cuales las sociedades están sometidas, y la necesidad de fomentar una mirada más amplia sobre la gestión ambiental en Cuba. En el cierre del congreso se anunció la próxima sede del VII CIETA, que tendrá lugar en la Univerdad Nacional de Colombia en 2016, en la ciuad de Bogotá. Villy Creuz Conicet, Instituto de Geografía UBA, Argentina Silvia I. Busch FFyL, Universidad de Buenos Aires