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Borbón, J. A. (2012),
América Latina: caminos de la integración regional,
FLACSO, Costa Rica/San José,
175p., ISBN 978-9977-68-240-2
A obra editada por Josette Altmann Borbón no
ano de 2012, publicada pela Faculdade LatinoAmericana de Ciências Sociais (FLACSO) da Costa
Rica, apresenta 175 páginas, dividas em sete capítulos, e 3 anexos. Ela aborda os principais avanços
e limitações nos processos de integração regional
no início do século XXI, como: a Aliança Bolivariana para os Povos de Nossa América (ALBA), o
Sistema de Integração Centro-americano (SICA),
e a Comunidade de Estados Latino-americanos e
Caribenhos (CELAC).
A publicação inicia com o artigo, Integración
Política: Un camino hacia la integración Latinoamericana elaborado por Francisco Rojas Aravena,
Josette Altmann Borbón, e Tatiana Beirute Brealey.
Após percorrer brevemente as tentativas de integração regionais, eles demonstram o novo enfoque
do regionalismo no qual prevalece a agenda política
sobre a comercial. Nesse sentido, foi criada no ano
de 2010 a CELAC, uma relevante instituição que,
apesar das dificuldades, constitui um importante
esforço no sentido de impulsionar a integração
regional, concertação política, fomentar processos
de diálogo, cooperação, e estabelecer mecanismos
próprios e procedimentos. Para efetivação desse
processo, os autores defendem que a CELAC deve
constituir um projeto político estratégico, que
garanta a mesma o papel de liderança regional.
O segundo artigo intitulado El Grupo Río y la
Cumbre la Unidad: La nueva Comunidad de Estados Latinoamericanos y Caribeños é do embaixador
mexicano José Antonio Zabalgoitia, que inicia
sua análise a partir do alargamento do Grupo Rio
e da realização da Cúpula da América Latina e
do Caribe sobre Integração e Desenvolvimento
(CALC), momento em que pela primeira vez os
países latino americanos, chegaram ao consenso
da necessidade estabelecer uma organização que
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inclua todos as países da região. Desta maneira, o
documento “Declaração da Cúpula da Unidade”
definiu os termos de referências das negociações
como a necessidade que a região tem de espaço para
consolidar e projetar sua identidade comum. Para
tanto, foi estabelecido um vínculo entre o Grupo
Rio e a CALC que influiu em valores, princípios,
propósitos da agenda básica futura. Segundo o
autor, o resultado foi a constituição da Celac, uma
instancia regional latino-americana e caribenha
com potencial para tornar-se o interlocutor da
América Latina no mundo.
El doble movimiento sudamericano: Construcción
regional y gobernanza global de Grace Jaramillo,
expõe como ocorreu uma mudança de paradigma
do regionalismo, após o ano 2000, que passou a ser
visto como uma forma de resistência, permitindo
estabelecer um espaço para construção de políticas
internas, visando a contestação da ordem global.
Desta maneira, ao adentar o terceiro milênio,
a crise internacional, o fracasso dos projetos de
liberalização, atrelado ao crescimento econômico
mundial no período de 2002 a 2008 possibilitou
a América do Sul gerar excedentes e aos governos
locais ampliar sua autonomia para tomada de decisões referentes a política econômica. Por outro
lado, após os ataques terroristas de 11 de setembro
de 2001 houve o redirecionamento do foco dos
EUA da América Latina para o Oriente Médio.
Esse contexto, caracterizou um duplo movimento,
qual seja: a globalização e as forças externas por um
lado e a política interna regional por outro. Estes
são impreteríveis para compreender as diversas
condicionantes que permitiram o aparecimento
e o avanço de um projeto de integração política
como a Unasul.
O trabalho Alcances y desafíos del liderazgo
venezolano en América Latina escrito por Francine
América Latina: caminos de la integración regional
Jácome, buscou identificar as principais mudanças
decorrentes da gestão Hugo Chavez e como as
mesmas repercutiram sobre a liderança do país na
região. Para tanto, a autora apresenta a ALBA e sua
intenção em transformar a América Latina e o
Caribe em um bloco autônomo que se tornaria
um pólo de poder em um mundo multipolar, privilegiando a união política e visando desenvolver
a “nova integração do sul”. No entanto, a autora
questiona qual o poder real teria a Venezuela? Na
opinião da mesma ocorre um debilitamento da
ALBA, pois os países membros tem benefícios na
compra do petróleo, mas não estão dispostos a
seguir a agenda política ideológica da iniciativa.
Ademais, falta também sustentabilidade nos projetos, existem dificuldades para criar confiança entre
os membros, além de outros fatores que tornam
difícil aprofundar o caráter revolucionário e manter
a importância geopolítica do bloco.
El Alba: un nuevo eje de la integración regional
de José Briceño Ruiz, considera que existem três
eixos de integração regional na América Latina. O
primeiro neoliberal focado na política de mercado, que configura-se nas negociações bilaterais de
tratado de livre comércio dos EUA com países da
região que impulsionaram a “Aliança do Pacifico”.
O segundo revisionista refere-se ao Mercosul que
atualmente incorporou programas com dimensão
sociais, além da busca pela integração produtiva, e
a Unasul, cuja agenda consta temas políticos como
segurança, defesa, infraestrutura e desenvolvimento
social enquanto foco. E por fim a ALBA que tratase de um eixo “anti-sistémico” pautado em uma
nova concepção de integração anticapitalista e
anti-imperialista. Porém, existem algumas dúvidas
que colocam-se sobre a sustentabilidade da ALBA,
uma vez que a maior parte dos programas foi/é
financiado pela Venezuela, por meio dos elevados preços do petróleo, suscetível as variações de
mercado. Também surgem questionamento sobre
membros do grupo, que estão inseridos em outros
esquemas integracionistas, como a Nicarágua que
também pertence ao CAFTA-RD.
Na Integración Centroamericana en tiempos de
revalorización de la Política de Josette Altmann
Borbón, o autor afirma que a integração econômica
na região Centro América foi fortalecida nos últimos anos, tornando-se importante para os países
da região. Contudo, alguns elementos devem ser
considerados para uma agenda de integração sul
americana, a fim de garantir maior representatividade em foros internacionais, haja vista o padrão de
inserção nacional na econômica internacional, e as
remessas que influenciam as exportações de mercadorias, tornando-se a principal fonte de divisa para
alguns países. Além disso, ainda existe uma forte
dependência dos países da região em relação aos
Estados Unidos, fator que torna a região vulnerável
aos ciclos econômicos desse país. Para a mesma,
alguns desafios, devem ser superados a médio prazo, como problemas referentes a falta de vontade
política, falta de consenso entre os países membros,
baixa institucionalidade, baixa integração social e
elevada assimetria entre os países, para avançar na
consolidação regional Centro-Americana.
Já o último artigo El Proyecto Mesoamérica:
No solo de comercio vive la integración de Ennio
Rodríguez, apresentou o Projeto Mesoamérica,
realizado pela iniciativa do Banco Interamericano
de Desenvolvimento (BID), com destaque para
o Sistema Mesoamericano de Saúde Pública, a
Autopista Mesoamericana de Informação, a Interconexão Elétrica, e a Rede Intermodal de Rodovias. Importantes iniciativas, não comerciais que
contribuem para promover a integração regional
Centro-Americana.
Ao final, a obra conta com documentos aprovados na III CALC em anexo, a saber: Nº 1: Declaración de Caracas “En el Bicentenario de la Lucha
por la Independencia hacia el Camino de Nuestros
Libertadores”; Nº 2: Plan de Acción de Caracas
2012; Nº 3: Procedimientos para el Funcionamiento
Orgánico de la CELAC.
Vitor Helio Pererira de Souza
Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC)
Investigaciones Geográficas, Boletín 87, 2015 ][ 155
Mateos, P. (2014),
Names, Ethnicity and Population,
Springer, London,
269 p., ISBN (impreso) 978-3-642-45412-7, ISBN (digital) 978-3-642-45413-4,
DOI 10.1007/978-3-642-45413-4
Esta obra está dividida en Introducción, tres
partes con ocho capítulos, conclusiones y listado
de abreviaturas. Las primeras ideas que desliza al
lector son la polisemia y multidimensionalidad del
concepto de etnicidad, las controversias de que ha
sido objeto tanto en ciencias sociales como biomédicas y cómo el enfoque étnico ha permitido hacer
una “gestión de poblaciones” a partir de etiquetar
externamente a las minorías étnicas; por lo cual el
autor vislumbra la necesidad de promover clasificaciones étnicas no convencionales y alternativas
que permitan mostrar a grupos que han quedado
“fuera de radar” del reconocimiento público
y político.
El argumento central del libro se soporta en la
idea de que la mayoría de las personas hemos adquirido nuestro nombre y apellido de antepasados
inmediatos, o ha sido elegido por nuestros padres
en formas no aleatorias sino mediadas por factores
lingüísticos, religiosos, regionales, culturales e incluso jurídicos, así que nuestros nombres se eligen
y se transmiten a través del tiempo y en el espacio
moldeados por normas sociales no escritas, que producen patrones geográficos según la frecuencia de
distribución en el espacio, lo que puede evidenciar
los flujos migratorios, matrimoniales, condiciones
de salud, herencia genética, proximidad ancestral
dentro y entre las poblaciones, y proporcionar indicadores de estructuras de la población e incluso
indicar zonas de origen.
Pablo Mateos recurre a una estrategia metodológica que parte de investigar el uso del nombre
y apellidos de las personas para estudiar la etnia a
nivel de población. En sus palabras, el libro sigue
el viaje de los nombres de las personas en todo el
mundo, propone el análisis de redes de nombres,
patrones geográficos y frecuencia de nombres para
construir mapas.
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Un elemento novedoso también dentro de la
trama del lbro, es que el autor muestra la total
imbricación de conocimientos sobre la etnicidad
desde diversas disciplinas científicas que transitan
de ida y vuelta por la lingüística, la sociología, la
antropología, la psicología, la historia, pasando por
la genética, epidemiología, geografía, demografía,
genealogía, hasta la economía, la física y las ciencias
de la comunicación.
En cuanto al proceso metodológico, el autor
sñala que los datos del registro de población pueden
ser usados para construir redes de nombres globales.
El estudio de caso que muestra corresponde a la
ciudad de Auckland, Nueva Zelanda, una pequeña
población étnicamente diversa en la que se pudo,
mediante el procedimiento explicado en el libro,
elaborar la primera red de nombres de la población
de una ciudad completa, a partir de la vina: nombre
y apellido.
El autor sugiere que los efectos netos de la
migración humana en los últimos siglos ha sido
generar nuevas “comunidades de nombres”, además
de mostrar cómo las prácticas de asignar nombre,
proporcionan perdurables fichas de afiliación
cultural en la era de la globalización. Presenta
también en forma novedosa algunas aplicaciones
de la Clasificación Onomap a diferentes escalas
geográficas, en temas como “integración social”
o “segregación espacial” de grupos minoritarios,
describiendo la técnica de agrupación de edes de
nomenclatura y los antecedentes de la construcción de una clasificación mundial de nombres y
apellidos en categorías de carácter Cultural, Étnico,
origen Lingüístico (CEL).
La tercer y última parte del libro aborda las
aplicaciones de los mapas de nombres en relación
con la etnicidad, geografía y el origen étnico de
los pueblos, utilizando la corriente geográfica
Names, Ethnicity and Population
de distribución de los nombres de las personas para
descubrir los flujos histórics y contemporáneos de
migración, así como las regiones de interacción
cultural, utilizado frecuencias de apellidos de un
barrio, una ciudad, una región o un continente.
Podemos decir, usando una frase del autor, que
el libro muestra como, utilizado conocimientos de
diversas disciplinas científicas, podemos encontrar
“El mundo en una ciudad” y representarlo en
mapas, pues “el espacio geográfico es la clave para
vincular las temporalidades sociales y los procesos
etnoculturales en las que se descubre el pasado y el
presente de las migraciones actuales”.
Esta obra suma información desde un ángulo
novedoso a varias disciplinas, es pródigo en contenido e interesante, proporciona una revisión
minuciosa de los autores involucrados en el tema
y antropológicamenre ofrece ideas novedosas sobre
cómo mirar el parentesco, una de las principales
áreas de estudio desde la antropología social.
Finalmente, es un libro que todo interesado en
aspectos relevantes a las tecnologías geográficas y
de infomación debe leer.
Georgina Vera Fregoso
CIESAS Occidente
Investigaciones Geográficas, Boletín 87, 2015 ][ 157
Checa, M. M., A. García, P. Soto y P. Sunyer (coords.; 2014),
Paisaje y Territorio. Articulaciones teóricas y empíricas,
Tirant Humanidades, Universidad Autónoma Metropolitana, México,
423 p., ISBN 978-84-16349-08-1 y 978-607-28-03-42-8
Este libro es el resultado de un coloquio sobre
paisaje y territorio celebrado en la Universidad
Autónoma Metropolitana-Iztapalapa celebrado
en 2011, que recopila las presentaciones realizadas
en el mismo y algunos trabajos complementarios.
Por lo mismo, encontramos al menos 14 diferentes
definiciones y enfoques al hablar de paisaje, presentados por 18 autores de nueve instituciones.
Esencialmente participan geógrafos (la mayoría
humanos) junto a antropólogos, sociólogos y arquitectos. Mexicanos y españoles, principalmente,
iberoamericanos todos. Está conformado por
cuatro bloques; en el primero, el más conceptual,
tres geógrafos, desde las tres grandes líneas de la
geografía (humana, regional, física), nos presentan
su manera de entender y analizar el paisaje. En el
segundo y el tercero se plantean otras miradas al
paisaje, desde la literatura, el arte, los paisajes performativos, los paisajes extremos, los paisajes de la
vulnerabilidad, el paisaje en la antigua China. Y
para terminar, en el cuarto bloque, cinco estudios
de caso y propuestas metodológicas diversas, desarrollados por geógrafos, arquitectos y sociólogos,
en la región centro y centro occidente de México.
Como texto de geografía y de paisaje, este
es un libro de viajes. Por un lado, nos permite
un viaje a través del concepto de paisaje, de las
disciplinas de estudio, de las ciencias y las artes,
de los principales autores, desde la perspectiva de
geógrafos de distintas instituciones del ámbito
iberoamericano. Podemos encontrar al menos una
definición diferente en cada uno de los capítulos.
Es un viaje a través de la polisemia del concepto,
y de las escuelas y enfoques que se trabajan desde
las ciencias sociales, básicamente.
Y también es un viaje en el espacio, recorriendo
paisajes y territorios. Desde China a Europa y de
aquí a América, recorriendo varios continentes y
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algunos países. Iniciamos el recorrido en España,
con los paisajes de La Huerta de Murcia, que utiliza Rafael Mata para ejemplificar la metodología
aplicada en la generación del Atlas de los Paisajes
de España. Otro ejemplo en una escala más local
es el Plan Especial para la defensa del Paisaje del
Conjunto Patrimonial de los Molinos del Campo
de Criptana, en la provincia de Ciudad Real,
donde se encuentran los molinos que inspiraron
a Cervantes para las aventuras de Don Quijote de
la Mancha. Cruzamos a la isla de Menorca en el
Mediterráneo en donde se integró el paisaje en los
instrumentos de Ordenación Territorial y Urbanística y en el Plan Territorial Insular. El autor nos
lleva también al Reino Unido y a Francia, al revisar
los ejemplos de atlas regionales y departamentales
en los que se han utilizado metodologías que integran el paisaje. Igualmente Nicolás Ortega nos hace
recorrer Francia e Inglaterra, con las ilustraciones y
descripciones de Paul Vidal de la Blache, y de escritores (Rousseau, Saint Pierre) y pintores (Turner,
Constable), recorre Los Alpes con De Martonne,
para finalmente cruzar a América, con Élisée Reclus
que nos describe los paisajes de Colombia en su
Viaje a la Sierra Nevada de Santa Marta. Con los
viajes de Humboldt, que haciendo escala en las Islas
Canarias llega al continente americano, y nos describe en sus cuadros de la naturaleza las cataratas de
Maipures en el Orinoco, el Amazonas, la cordillera
de Los Andes, donde narra y dibuja cascadas, pasos
naturales, grandes volcanes. De la mano de Perla
Zusman llegamos a la pampa argentina, y se nos
cruza en el camino otra vez Humboldt, dado que
condenó este paisaje que no consideraba digno de
ser representado; recorremos la pampa con indios,
malones y gauchos y sus vínculos con este extenso
territorio, hasta llegar a los paisajes contemporáneos de los clubes de polo y los countries, donde
Paisaje y Territorio. Articulaciones teóricas y empíricas
las élites están conformando una nueva ruralidad.
Cruzamos Los Andes hacia la región del Bío Bío en
Chile, asolada en 2010 por el terremoto y posterior
tsunami, con graves consecuencias (pérdida de más
de 500 vidas, y dos millones de damnificados) consecuencias a nivel social y urbanístico en la zona,
recorriendo paisajes naturales, simbólicos y de la
vulnerabilidad.
Del sur de América viajamos hacia el norte, y
llegamos a México, donde se desarrollan varios de
los trabajos presentados en este libro, desde el Golfo
de México al oeste del país, siempre en la franja
central, empezando por Veracruz para conocer el
fuerte de San Juan de Ulúa, actualmente rodeado
de contenedores, astilleros y grúas que envilecen
este paisaje patrimonio cultural; seguimos hacia
el centro, y pasamos por la actual Ciudad de México, antes Tenochtitlán, soporte de la identidad
mexicana, descrita en crónicas de conquistadores,
en los relatos de informadores y en los antiguos
códices, hoy convertida en una plaza dura sin rastro
de aquella fisionomía donde la vegetación era un
componente esencial (en palabras de los autores,
Alcántara y Acebes); también reconocemos los paisajes del Valle de México, en las pinturas de artistas
paisajistas, con Landesio y Velasco como sus máximos exponentes. La actual Colonia Bosque Belén
de las Flores en el poniente de la ciudad, se nos
presenta a través de las sucesivas transformaciones
sufridas, y de las percepciones de la incertidumbre
y el arraigo de sus pobladores; transformaciones
que inician desde la colonia, cuando los nuevos
modos de producción provenientes del viejo
mundo, transforman la relación de la población
indígena con la naturaleza, los modos de vida y los
territorios, adquiriendo una nueva fisionomía social
y económica. En la actualidad, el aumento de la
población y la reducción del espacio para viviendas ha configurado una aglomeración que genera
condiciones sociales en permanente tensión. Esta
colonia surge a partir del pueblo-hospital de Santa
Fe, fundado por Vasco de Quiroga. La presencia del
Tata Vasco, también la encontramos en Michoacán,
en el actual ex convento de Tzintzuntzan situado
en la cuenca del lago Pátzcuaro, donde se desarrolló
un proyecto de restauración tanto del conjunto
conventual como de los espacios ajardinados y el
atrio con especial énfasis en los olivos centenarios,
que supuestamente fueron plantadas por orden de
Vasco de Quiroga. Si seguimos nuestro viaje hacia
el poniente, llegamos a Jalisco, donde encontramos,
por una parte, el paisaje agavero declarado patrimonio de la humanidad como paisaje cultural por
la UNESCO, con la declaratoria oficial en 2006 de
“Paisaje Agavero y las antiguas instalaciones industriales de Tequila”, aquí cabe destacar la azulatría
del paisaje, como lo define Luis Felipe Cabrales,
donde el cultivo del agave azul (de origen prehispánico) del que se obtiene el tequila, configura un
paisaje irrepetible, no exento de conflictos entre
agricultura e industria y recientemente con una
explotación turística llamada “La Ruta del Tequila”
en manos de los grandes corporativos de las industrias tequileras globalizadas, que dejan atrás las
promociones turísticas gubernamentales y locales.
Se observa que la patrimonialización del paisaje ha
operado como factor acelerador de la terciarización
económica, configurando una nueva ruralidad
condicionados en gran medida por la cercanía a
la gran urbe, Guadalajara, la segunda ciudad del
país, quedando minimizada la lectura del paisaje
agrario y la riqueza de la cultura rural. Esto enlaza
con los paisajes del pueblo huertero de Atotonilco
el Alto, ubicado en los límites de la zona declarada
patrimonio por el paisaje agavero, y donde el autor,
José J. Hernández presenta una lectura del paisaje
cultural desde la ecología cultural y con enfoque
histórico, y nos lo presenta como “un paisaje que
no es bien visto”, analiza y cuestiona esta patrimonialización y puesta en valor de algunos paisajes que
se consideran tienen características excepcionales
frente a los configurados en la cotidianeidad del
mundo rural; de forma que la protección de los pri­meros va asociada a la mercantilización de los
mismos y al olvido de los segundos.
Hablábamos del deporte del polo practicado en
las zonas rurales de la provincia de Buenos Aires,
pero también vamos a viajar a los Polos, Norte y
Sur, con los valientes y temerarios exploradores que
por tierra y mar cruzaron estos paisajes extremos,
como nos dice Martín Checa. Del Ártico a la Antártida, del océano surcado por témpanos de hielo
del Norte, al área de convergencia de corrientes de
los distintos océanos del planeta en el Sur, creando
Investigaciones Geográficas, Boletín 87, 2015 ][ 159
Sara Barrasa García
una plataforma de hasta 3 000 metros sobre el nivel
del mar y registrando temperaturas próximas a los
50° C bajo cero. Las crónicas de los exploradores,
Scott, Amundsen, Payer, Ross… nos cuentan las
sensaciones y experiencias en los extremos del
planeta.
Hemos recorrido distintos paisajes del mundo
de la mano de pintores y escritores, en la literatura
y en la academia, donde pinceles y plumas nos han
mostrado escenas, costumbres, luces y colores, entre
lo real, lo interpretado, lo percibido y lo imaginado.
Para concluir nuestro viaje, vamos a trasladarnos a
la Tierra Media, siguiendo el camino a Mordor de
la mano de Armando García, y gracias a la pluma
de J.R.R. Tolkien; vamos a viajar en compañía de
hobbits, elfos, magos, enanos y humanos, y a luchar
contra orcos y las fuerzas del mal. Es este un viaje
por un mundo mitológico de fantasía moderna, a
través de la obra magistral de Tolkien, titulada El
señor de los anillos, donde se construyen paisajes
detalladamente descritos e intrínsecamente ligados
a las comunidades que los habitan: la Comarca, las
minas de Moria, el valle de Rivendel, Lothlórien,
Rohan, Gondor y Mordor, destino final de la aventura. Recientemente, este libro ha sido llevado a la
gran pantalla de la mano de Peter Jackson, de forma
que los paisajes y escenas imaginados en nuestras
mentes durante la lectura, se han materializado
en nuestras retinas a través de sus películas, y los
paisajes de Nueva Zelanda se han convertido en la
imaginada Tierra Media, confirmando la importancia del paisaje en esta historia fantástica, donde sin
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lugar a dudas, el paisaje es, junto a Frodo, Legolas,
Gandalf y Aragorn, uno más de los protagonistas.
A modo de conclusión
Todo lo presentando en esta obra, es tan correcto
como cuestionable. Encontramos que el PAISAJE
se ha convertido en un término que está en boca de
todos, que está de moda, que se ha vuelto popular,
casi promiscuo. Está presente en discursos políticos
y en la Academia (donde se integra en diversas disciplinas), y se lo apropian tanto las ciencias como
las artes, donde se estudia, se analiza, se gestiona y
se administra. Hay una tendencia a buscar las diferencias en los enfoques o definiciones, la invitación
es a buscar las similitudes y los enfoques comunes,
sobre todo complementarios.
Algunos de los capítulos de este libro, ya han
sido publicados total o parcialmente en otros
medios, pero se considera una oportunidad para
la difusión en el ámbito latinoamericano. Pienso
que esta obra necesita una reflexión final donde
se pongan a dialogar los discursos de los distintos
autores, que en algunos casos son similares, en
otros complementarios y en otros, contradictorios.
Sara Barrasa García
Centro de Investigaciones en
Geografía Ambiental
Universidad Nacional Autónoma de México
VI Congreso Iberoamericano de Estudios Territoriales y Ambientales
Entre los días 8 y 12 de septiembre de 2014 tuvo
lugar el VI Congreso Iberoamericano de Estudios
Territoriales y Ambientales en el Departamento
de Geografía de la Facultad de Filosofía, Letras y
Ciencias Humanas de la Universidad de San Pablo
(Brasil), organizado por los Programas de posgrado
en Geografía Física y Humana, y bajo la presidencia
de dos profesores de la casa, en representación de
cada uno de los programas: Profesor Emerson Galvani (Geografía Física) y Profesora Mónica Arroyo
(Geografía Humana).
Estos congresos tienen el objetivo de promover
el intercambio entre investigadores de instituciones
de países latinoamericanos e ibéricos para discutir
la producción de la geografía contemporánea. En
2014, el evento estuvo constituido por dos conferencias, seis mesas redondas y sesiones donde se
profundizó el intercambio sobre seis ejes temáticos:
a) Transformaciones territoriales en perspectiva
histórica: procesos, escalas y contradicciones;
b) Dinámicas y conflictos territoriales en el campo
y desarrollo rural; c) Desigualdades urbano-regionales: actores, políticas y perspectivas; d) Problemas
socioambientales en el espacio urbano y regional;
e) Medio ambiente, recursos y ordenamiento territorial, y f ) Representaciones cartográficas y geotecnologías en los estudios territoriales y ambientales.
La mesa de apertura contó con la participación
de Jorge Gaspar de la Universidad de Lisboa. Entre
los distintos aspectos que aportó al debate, el autor
destacó la necesidad de incorporar en la disciplina
nuevos elementos de la contemporaneidad.
La segunda mesa redonda versó sobre las “Dinámicas territoriales y globalización: mercado, Estado
y sociedad”. En ella, especialistas de Cuba, Portugal
y Brasil dieron cuenta de las diversas perspectivas
teóricas en torno a la problemática de la desigualdad territorial, analizando las transformaciones
en el proceso histórico y en la globalización en
particular, así como la acción de los actores sociales
en cada uno de los países.
El ordenamiento territorial fue el tema de la
tercera mesa redonda. Los cuatro trabajos tuvieron
como denominador común el uso de sistemas de
información geográfica (SIG) bastante sofisticados
para delinear políticas públicas de manejo de áreas
de riesgo o de áreas de prevención. Cada autor, con
su mirada sobre diferentes problemas y situaciones,
desarrolló ideas propositivas sobre las técnicas de
medición, aplicación en prácticas de los gobiernos
locales y en el trabajo educativo con las respectivas
comunidades.
En la cuarta mesa “Geotecnologías en la representación actual del mundo y de los lugares”, las
intervenciones se orientaron a destacar las innovaciones en los métodos de producción de conocimiento territorial a partir de las nuevas tecnologías
y sus aplicaciones en el análisis de problemáticas
ambientales y estudios urbanos. Por otro lado, se
analizó la producción de conocimiento cartográfico
y geográfico en relación con el proceso de construcción de territorios coloniales y nacionales en Brasil.
En la noche del cuarto día del evento se celebraron los 70 años de la primera tesis en Geografía
defendida en la Universidad de San Pablo. En esa
ocasión, profesores del Programa de Posgraduación
en Geografía Física y Humana relataron experiencias y reflexionaron acerca del presente y del futuro
de la agenda disciplinar.
La mesa siguiente, cuyo tema central fue “Desastres Naturales y Ordenamiento del territorio”,
contó con la participación del investigador Carlos
Valdir de Meneses Bateira que presentó sus estudios sobre el modelado de susceptibilidad de
las vertientes; estuvo presente también Irasema
Alcántara Ayala comentando sobre las investigaInvestigaciones Geográficas, Boletín 87, 2015 ][ 161
Villy Creuz y Silvia I. Busch
ciones forenses de desastres como herramienta
metodológica para estudiar y aprehender sus causas
y sus procesos; Eduardo Soares de Macedo centró
su exposición en la implementación de políticas
públicas a partir de investigaciones en comunidades
en riesgo; finalmente, la investigadora María Isabel
Andrade dio cuenta de los estudios de manejo,
ocupación y urbanización, y mostró datos de los
desastres ocurridos en la Argentina y la ausencia de
prácticas de planificación integrales.
La última mesa redonda estuvo abocada a “La
urbanización contemporanea: entre la cohesión y la
fragmentación”. En ella, las exposiciones tuvieron
en común el esfuerzo de síntesis y de teorización
en la comprensión de la fragmentación urbana en
el periodo de la globalización. En ese sentido, los
discursos dieron cuenta de la diversidad y riqueza
de abordajes. La primera exposición, de María
Laura Silveira, indagó las características y los mecanismos de los circuitos de la economía urbana
y la transformación en las articulaciones entre los
actores, a partir de las variables del periodo; la segunda explicación constó de un análisis histórico
de las etapas de estructuración socio-espacial en
Bogotá; Márcio Piñon de Oliveira se refirió a Río de
162 ][ Investigaciones Geográficas, Boletín 87, 2015
Janeiro y comentó las posibilidades de construcción
de la ciudadanía en el siglo XXI, teniendo en cuenta
los eventos actuales en la capital fluminense. En la
última charla, Ana Fani Alessandri Carlos analizó
el modo de producción capitalista y las nuevas funciones que en el proceso de acumulación dan lugar
a una jerarquización en y de los lugares acentuando
la fragmentación del espacio urbano.
La conferencia de cierre estuvo a cargo de
Marlén Palet Rabaza; en ella mostró los diferentes
tipos de riesgos a los cuales las sociedades están
sometidas, y la necesidad de fomentar una mirada
más amplia sobre la gestión ambiental en Cuba.
En el cierre del congreso se anunció la próxima
sede del VII CIETA, que tendrá lugar en la Univerdad Nacional de Colombia en 2016, en la ciuad
de Bogotá.
Villy Creuz
Conicet, Instituto de Geografía
UBA, Argentina
Silvia I. Busch
FFyL, Universidad de Buenos Aires