4º ano. Design de Comunicação. ano lectivo 2008

Transcrição

4º ano. Design de Comunicação. ano lectivo 2008
Faculdade de Belas-Artes da Universidade de Lisboa. 4º ano. licenciatura. Design de Comunicação. ano lectivo 2008/2009. 2º semestre. assistente designer Sofia Gonçalves
Laboratório II
///
[email protected]
Laboratório II
4º ano. Design de Comunicação. ano lectivo 2008/2009.
assistente designer Sofia Gonçalves
página } #
[ lombada ]
Laboratório II
4º ano. 2º semestre. Design de Comunicação
The Web page does not contradict the codex format; it reorganizes it in terms of the electronic
presentation. The order of a book (beginning, chapters and end) is restructured in terms of
a new pragmatic situation, but the portals or windows are still thought of as “pages,” and
they share many of their traditional aspects.
Alejandro Tapia (2003). “Graphic Design in the Digital Era: The Rhetoric of Hypertext” in Design Issues, Volume 19
Before the invention of computers, poets and narrators dreamt of a totally open text that
readers could infinitely re-compose in different ways. Such was the idea of Le Livre, as extolled by Mallarmé. Raymond Queneau also invented a combinatorial algorithm by virtue
of which it was possible to compose, from a finite set of lines, millions of poems. In the early
sixties, Max Saporta wrote and published a novel whose pages could be displaced to compose
different stories, and Nanni Balestrini gave a computer a disconnected list of verses that
the machine combined in different ways to compose different poems.
Umberto Eco (2003). “Vegetal and mineral memory: The future of books”
_
1.
Introdução
Partindo do conceito de Laboratório, a disciplina propõe uma apropriação dos seus processos: circunscreve-se uma hipótese, coloca-se
em teste, examinam-se os resultados, constróem-se modelos. Ao assumir metodologias exploratórias e experimentais, a motivação da
produção faz-se através de princípios e processos de especulação, conduzidos a partir da observação, análise e crítica de um contexto
e temática específicos. O enfoque no reconhecimento de um espaço (delimitado/mapeável), sublinha a possibilidade do designer se
assumir como agente de investigação, com competências, metodologias e motivações próprias. Neste sentido, o processo de experimentação implica um processo de consciencialização das metodologias projectuais aliado ao reconhecimento da importância das tecnologias e ferramentas em Design de Comunicação. Mais do que projectos fechados, os resultado da produção nesta disciplina, regem-se pelos princípios da descoberta através da experiência (intuitiva e/ou cientifíca/metódica), apoiados pela aquisição das respectivas
competências técnicas que viabilizam a exploração no terreno.
_
2.
Síntese programática
The frontiers of a book are never clear-cut: beyond the title, the first lines, and the last full
stop, beyond its internal configuration and its autonomous form, it is caught up in a system
of references to other books, other texts, other sentences; it is a node within a network... The
book is not simply an object that one holds in one’s hands; ... its unity is variable and relative.
As soon as one questions that unity, it loses its self-evidence; it indicates itself, constructs itself,
only on a basis of a complex field of discourse.
Michel Foucault cit. Lupton e Miller (1999). “Disciplines of Design: Writing with Foucault” in Design Writing Research
O livro, como objecto de comunicação, configura implicitamente a possibilidade da “Rede”. Desmaterializando o volume do objecto
num conjunto de páginas que agora se configuram no ecrã, efectivamos a desconstrução da sua estrutura matriz, o texto, que assim
se dispersa através de uma rede de outros textos. Partindo da análise de Foucault, em “The Archeology of Knowledge”, da aparente
unidade física do livro impresso como protótipo da unidade do discurso profissional, Lupton e Miller definem a disciplina do Design
como “texto” que naturalmente cita “outros textos”; o Design é construído a partir da acumulação de conhecimento de outras disciplinas, como um enorme livro que se escreve gradualmente e continuadamente, e que se afirma, assim, como “sistema de dispersão”.
As relações que se constróem a partir destes pressupostos (todos os textos se referem a outros textos, todas as palavras se referem a
outras palavras e, todas as formas de design, tipografia, ilustração, hipermedia, etc. se referem a outras formas do design), fazem-nos
chegar ao campo de exploração da disciplina “Laboratório II”, que encontra no Livro e na Página, espaços preferenciais de reflexo das
alterações ocorridas. Com eles, começaremos a questionar, mudança de paradigma, a confluência, ou a continuidade negociada entre
os princípios tradicionais do Design Gráfico e a expansão do Design para os processos, princípios e linguagens da Comunicação nos
media digitais: do objecto ao sistema, do texto ao hipertexto, do livro e tradição tipográfica, ao hiper-livro e gráficos em movimento.
A importância dos processos de fragmentação nos novos media, centra a investigação e produção da disciplina, na Página, que para
além de exibir a mesma coerência semântica nos suportes materiais e virtuais (página impressa/página web), afirma-se como possível
ecotone, i.e. local onde se encontra “tradicional” e “novo”, história e contemporaneidade, imprensa e media on-line, cultura material e
cultura digital, Design Gráfico e Design de Comunicação. De objecto a sistema, de plano a “sítio”, a Página assume-se como espaço de
reconfiguração do Design de Comunicação pela Cultura Digital.
{ legenda.
fig. de capa: The End of Books. Octave Uzanne. Scribner’s magazine. 1894
página } 01
_
3.
Campo de exploração e Conteúdos
A disciplina tem como territórios de investigação os media em transição e/ou convergência, onde impresso e electrónico coexistem e
onde constantemente se aferem possibilidades, limites e apropriações dos vários modelos de comunicação. Em cada um dos módulos
programáticos serão apresentados exemplos referenciais bem como bibliografia complementar.
The pixels of the electronic medium
define a space inherently different
from that of ink on paper.
Jay David Bolter
Only light. Always neat, new,
clean, never showing traces of use,
never worn out, never aging. The
screen is a mirror of other contents.
Nadia Gisler & Adrian Müller (2005), “Being Invisible”
in Total Interactions: Theory and Practice
of a New Paradigm for the Design Disciplines
3. 1. O livro como modelo da metamorfose: da estrutura linear ao hipermédia
Media digitais como agentes de provocação da primazia do livro
Livro digital e hiper-livro: processos de referencialidade, transformação e expansão do modelo do livro
Formatos híbridos e processos de remediação bilateral
(do livro impresso para o digital, da biblioteca física à biblioteca virtual, e vice-versa)
3.2. Do volume à unidade, do objecto ao sistema, do Livro à Página:
lógicas da “continuidade negociada” ou da mudança de paradigma
O futuro do livro através da página: a World Wide Web e as possibilidades de adaptação do “texto”/livro
Texto e paratexto e a passagem das convenções da página impressa para a página digital
3.3. A página como território comum: da semântica à forma e à função
Da “página-papel” à “página-ecrã”, ou do plano para ao “sítio”
A expansão das coordenadas x/y para x/y/z: meta-design e grelhas dinâmicas
O ecrã como página hipermedia e suas formas de “leitura”
3.4. Forma(s) e Conteúdo(s)
Texto. Hipertexto. Hipermedia
Texto vs. imagem? O Livro e a Página como modelos centrais do confronto ou do diálogo
Texto e Imagem, a palavra como imagem, a imagem como palavra através das tecnologias de reprodução (da imprensa de tipos móveis
ao PoD—Print on Demand) e dispositivos de apresentação.
World Wide Web e a relação imagem/texto: lugar de conflito ou apaziguamento?
3.5. Design crítico e campo de especulação: do modelo de comunicação à metáfora
A página como metáfora para a interface
Conceitos inerentes à cultura digital na sua relação com o conceito de página
Abalar os alicerces da autoridade: a desconstrução do paradigma escritor/leitor e as novas economias culturais
(cultura da participação, autoria e inteligência colectiva, sistemas de gestão dos conteúdos pelos utilizadores)
{ legenda. fig. 2.1 }
The Institute for Words & Pictures book. CalArts
Zak Kyes e Tahli Fisher. 2005
{ legenda. fig. 2.2 }
Clássico HTML. “Error 404: page missing”
página } 02
_
4.
Desenvolvimento
4.1. EXPERIÊNCIA INTUITIVA
Exercices de Style [Raymond Queneau]
Texto e Hipertexto: exploração dos momentos de passagem entre estruturas lineares e não-lineares.
Forma e conteúdo: a Página web como efectivação das possibilidades multidimensionais do Texto. A memória da Página.
_de 10 de Março a 28 de Abril
4.2. EXPERIÊNCIA METÓDICA ou CIENTÍFICA
A Biblioteca de Babel [Jorge Luis Borges]
Meta-Página: interrogação e crítica da forma através das suas próprias convenções.
Da página como objecto à página como sistema.
Investigação e exploração dos princípios de auto-referencialidade (conteúdos, tipologias, estruturas, acções) sustentados por uma aproximação analítica e crítica ao
artefacto Página. Transformação do modelo de comunicação em metáfora da interface digital.
_de 30 de Abril a 16 de Junho
_
5.
Objectivos
_Aprofundamento das capacidades de experimentação dos princípios, convenções e linguagens do Design.
_Evolução das capacidades de investigação que levam a uma produção prática como a síntese dos processos de reconhecimento, questionamento e aprofundamento
de um contexto ou temática.
_Aquisição de competências técnicas que efectivam a exploração da página em ecrã, nos meios digitais on-line.
_ Desenvolvimento de metodologias, processos e linguagens pessoais, na exploração de domínios específicos de criação e produção do Design de Comunicação.
_
6.
Critérios e metodologia
Como disciplina teórico-prática, propõe-se um conjunto de módulos teóricos, que estimulem o desenvolvimento da análise e discussão dos contextos propostos e
sua consequente aplicação aos projectos desenvolvidos. A cada módulo de análise, corresponde uma breve lista bibliográfica ou referencial, que agrega os aspectos
essenciais dos tópicos estudados. Prevê-se igualmente uma componente formativa que dote os alunos de capacidades técnicas nos domínios da Página digital on-line.
O conjunto de competências adquiridas (teóricas, críticas e técnicas), será implementado nos exercícios práticos. Sempre que se considere pertinente, propõe-se a
articulação com actividades paralelas que podem incluir visitas de estudo, visitas a exposições, assistência a conferências, entre outras. Considera-se essencial a correspondência às metodologias, prazos e objectivos propostos em cada projecto e aos critérios transversais de fundamentação, pesquisa e investigação, metodologia,
articulação entre teoria e prática, experimentação e desenvolvimento, linguagem e expressão e pertinência das propostas num contexto cultural e social.
_
7.
Avaliação
A avaliação da disciplina Laboratório II é contínua, periódica e final. Estão previstas duas avaliações periódicas e uma final.
_
A avaliação contínua, incide sobre a assiduidade, cumprimento dos prazos de entrega, participação, colaboração, competências críticas e de comunicação, empenho,
autonomia/iniciativa e evolução de cada aluno ao longo do semestre.
_
As avaliações periódicas, de carácter individual, incidem sobre as componentes teórico-práticas dos projectos propostos para a disciplina. Nos momentos de avaliação,
cada aluno deverá apresentar, o desenvolvimento e/ou conclusão dos projectos em curso.
A escala utilizada nas avaliações periódicas é qualitativa e será a seguinte:
A (EXCELENTE): desempenho excepcional, apenas com algumas insuficiências de carácter menor.
B (MUITO BOM): resultados superiores à média, apesar de um certo número de insuficiências.
C (BOM): trabalho em geral sólido, com algumas insuficiências.
D (SATISFAZ): trabalho razoável, mas com lacunas importantes.
E (SUFICIENTE): o desempenho limita-se a cumprir os critérios mínimos.
FX (INSUFICIENTE): é necessário trabalho suplementar para a atribuição dos créditos.
F (INSUFICIENTE): é necessário um trabalho suplementar considerável.
A
18/20
B
16/17
C
14/15
D
12/13
E
10/11
FX
8/9
F
ø/7
_
A avaliação final é o resultado da apreciação dos projectos e do desempenho do aluno, no contexto da turma, e resulta da seguinte ponderação:
Av. Contínua 10%
1º exercício: 35 %
2º exercício: 55%
Só serão admitidos à avaliação final alunos que tenham obtido uma classificação positiva como resultado da avaliação contínua e de ambas as avaliações periódicas.
A segunda avaliação periódica corresponde ao momento de admissão à avaliação final.
As faltas às avaliações, obrigam à justificação das mesmas na secretaria da faculdade e da entrega da respectiva cópia ao docente da disciplina. Em caso contrário, o
docente reserva-se o direito de atribuir a classificação de “Ø”, na pauta correspondente.
O docente reserva-se o direito de recusar avaliar e classificar projectos que não tenham sido acompanhados no decurso das aulas, sendo atribuída a classificação “Ø”.
Todos os projectos apresentados fora dos prazos estabelecidos serão penalizados na classificação em 20%.
Os projectos desenvolvidos são propriedade da Faculdade; após a avaliação final da disciplina, os exemplares apresentados ou outros registos de documentação, deverão ser entregues para efeitos de arquivo documental da FBAUL.
página } 03
_
8.
_
Calendário:
1ª avaliação periódica: 28.04.2009
2ª avaliação periódica: 18.06.2009
avaliação final (de acordo com calendário da FBAUL): 22.06 a 24.07.2009
Biblio.
grafia
{ filia }
_
4 livros + 3 pdf + 6 docs “em linha”
A bibliography is also a collection,
but a conceptual one.
It is a potential library that conveys
different things to different readers,
depending on their knowledge of the
books listed; a summary of a text’s
provenance, it’s lineage.
Katherine Gillieson, “The Book Abstracted: A medidation
and two bibliographies” in Dot Dot Dot 12, Verão 2006
{fig.} White Book. Roma Publications #31. Inaki Bonillas, Roger Willems. Amsterdão, 2002.
AARSETH, Espen 2005. “O Livro e O Labirinto”. in Cibertexto: Perspectivas sobre Literatura Ergódica. Pedra de Roseta, Lisboa, pp. 19-26
AAVV 2008. ISSUE MAGAZINE #00. Publishing Online, disponível em http://www.issue-magazine.net/ [último acesso: 28.2.2009]
BaBo, Maria Augusta 1999. “O hiperlivro: ainda um livro?” in Real vs. Virtual, BRAGANÇA DE MIRANDA, José (org.), Revista de Comunicação e Linguagens,
25-26, Edição Cosmos, Lisboa, ISBN 972-762-158-9
BOLTER, Jay David e GRUSIN, Richard 2000. Remediation: Understanding New Media, MIT Press: Cambridge, Massachussets
CHRISTIN, Anne-Marie 2000. “The First Page” in European Review, vol 8, n°4, Cambridge University Press, p. 457-466. Disponível em www.ceei.univ-paris7.
fr/07_ressource/01/document/the_first_page.pdf [último acesso: 28.02.2009]
DRUCKER, Johanna 2003. “The Virtual Codex from Page Space to E-space”; conferência apresentada no seminário History of the Book; Syracuse University Seminar.
Disponível em: http://www.philobiblon.com/drucker/ [último acesso: 28.02.2009]
ECO, Umberto 1996. “Vegetal and mineral memory: The future of books”. Disponível em http://weekly.ahram.org.eg/2003/665/bo3.htm [último acesso: 28.2.2009]
GONÇALVES, Sofia 2009. “Página: espaço de reconfiguração do Design de Comunicação pela Cultura Digital”, in Cibertextualidades #3, Universidade Fernando Pessoa, Porto
LUDOVICO, Alessandro 2006. “Paper and Pixel, the mutation of publishing”. Disponível em http://magnet-ecp.org/files/the_magnet_reader.pdf [último acesso: 28.2.2009]
NEGROPONTE, Nicholas 1979. “Books without pages”. Architecture Machine Group, Massachusetts Institute of Technology; Cambridge, Massachusetts. Disponível em: http://portal.acm.org/citation.cfm?id=235741.235742 [último acesso: 20.6.2008]
PORTELA, Manuel 2003. “Hipertexto como Metalivro” in CiberLiteratura/Ciberscópio. Disponível em http://www.ciberscopio.net/artigos/tema2/clit_05.html [último acesso: 28.2.2009]
TAPIA, Alejandro 2003. “Graphic Design in the Digital Era: The Rhetoric of Hypertext” in Design Issues, vol. 19, Cambridge, Massachusetts: MIT Press. Disponível em: http://www.mitpressjournals.org/toc/desi/19/1 [último acesso: 20.6.2008]
WESTIN, Jonathan 2008. “Loss of culture – the translation of an analogue occurrence to a digital space”. Disponível em www.dreamconference.dk/nyheder/Westin,%20Jonathan2.pdf [último acesso: 28.2.2009]
página } 04
_
9.
Referências
__________________________________________________________________
__________________________________________________________________
Exploração dos limitEs Estruturais:
ExpEriências prEcursoras na página E no livro
livro-multimédia:
Expansão do códicE E do tExto/imagEm
como ElEmEntos convEncionais do livro
UN COUP DE DéS JAMAIS N’ABOLIRA LE HASARD
Stephane Mallarmé. Paris, 1897
http://joycean.org/essays/ucdd.php
+
VERSãO DIGITAL/UBUWEB
http://www.ubu.com/historical/mallarme/dice.html
+
Obras de análise de “Un coup de dés jamais n’abolira le hasard”:
fig. 3.1.
LES DESSINS TRANS-CONSCIENTS DE STéPHANE MALLARMé.
Ernst Fraenkel. Paris, 1960
http://www.philobiblon.com/drucker/
+
UN COUP DE DèS JAMAIS N’ABOLIRA LE HASARD.
Marcel Broodthaers. Antuérpia, 1969
http://www.moma.org/collection/browse_results.php?criteria=O%3AAD%3
AE%3A795&page_number=3&template_id=1&sort_order=1
+
UN COUP DE DèS JAMAIS N’ABOLIRA LE HASARD.
Massin. Paris, 1967
CALLIGRAMMES, POèMES DE LA PAIX ET DE LA GUERRE
Guillaume Apollinaire. Paris, 1913-1916
ZANG TUMB TUMB
Filippo Tommaso Marinetti. Milão, 1914
http://www.moma.org/collection/browse_results.php?object_id=31450
PAROLE IN LIBERTá.
Paolo Buzzi, Francesco Cangiullo e Corrado Govoni. Itália, 1915
fig. 3.2.
LES MOTS EN LIBERTé FUTURISTES
Filippo Tommaso Marinetti. Milão, 1919
DLyA GOLOSA (FOR THE VOICE)
El Lissitzky. poemas de V. Mayakovsky. Berlin, 1923
fig. 3.3.
CENT MILLE MILLIARD DES POèMES RAyMOND QUENEAU.
Edição Gallimard. Paris, 1961
http://www.flickr.com/photos/marcwathieu/2795521945/
+
adaptações digitais:
01. Magnus Bodi. 1997
http://x42.com/active/queneau.html?p=14860307433015&l=fr&n=New+Poem
02. Jacob Smullyan
http://www.smullyan.org/smulloni/queneau/index.html
03. Beverley Charles Rowe. última actualização: 2006
http://www.bevrowe.info/Queneau/QueneauHome_v2.html
__________________________________________________________________
tExto: da Ficção à hipErFicção
fig. 3.4.
AFTERNOON
Michael Joyce. 1987, 1989, 1990, 1992
http://www.wwnorton.com/college/english/pmaf/hypertext/aft/index.html
+
aplicação hipertextual para criação de obras de hiperficção
“STORySPACE”
http://www.eastgate.com/storyspace/index.html
PROJECTO WAXWEB
David Blair
www.iath.virginia.edu/wax
fig. 3.5.
HUMUMENT
Tom Philips
www.rosacordis.com/humument
A VIDA E OPINIõES DE TRISTRAM SHANDy
Laurence Sterne. 1759 a 1767
http://www1.gifu-u.ac.jp/~masaru/TS/contents.html
SMS: SHIT MUST STOP
Fluxus Letter Edged in Black Press Inc. William Copley (ed.). 1968
http://www.colophon.com/SMS/
ASPEN: “A MAGAZINE IN A BOX”
Phyllis Johnson (ed.). Aspen. E.U.A. 1965-1971
www.hofstra.edu/PDF/lib_sc_weingrow_usrp_gann.pdf
+
ASPEN (projecto de remediação digital/on-line).
Andrew Stafford/ UbuWeb (arquivo de poesia experimental). 1996
http://www.ubu.com/aspen/intro.html
REVUE Où
Revista multimédia de poesia-sonora
Henri Chopin (ed.). Paris, 1964 a 1973
http://www.discogs.com/release/337879
FUSE FONTSHOP INTERNATIONAL.
Neville Brody e Jon Wozencroft (eds.) Londres. 1994
UNKNOWN PUBLIC
Laurence Ashton (prod.) e John L. Walters (eds.).
design: vários autores. Londres
AGRIPPA (A BOOK OF THE DEAD)
William Gibson e Dennis Ashbaugh. 1992
www.williamgibsonbooks.com/source/agrippa.asp
livro: http://agrippa.english.ucsb.edu/
vídeo:
http://agrippa.english.ucsb.edu/still-shots-from-reagrippavideo-based-ondec-9-1992-transmission-of-agrippa-1993/
__________________________________________________________________
lógicas da puBlicação Expandidas pEla rEdE
ISSUE MAGAZINE #00,
http://www.issue-magazine.net/
PORTABLE DOCUMENTS: ARTISTS-MADE BOOKS.
ZINES AND OTHER DOCUMENTS
http://www.portabledocument.org/
SOFTWARE TAKES COMMAND
Lev Manovich
http://lab.softwarestudies.com/2008/11/softbook.html
IF:BOOK
A project fof The Institute for the Future of the Book
http://www.futureofthebook.org/blog/
A (NETWORKED BOOK) ABOUT (NETWORKED ART)
http://turbulence.org/networked/
__________________________________________________________________
projEctos dE invEstigação
THE DEPARTMENT OF READING
http://www.reading.department.cc/
THE TOMORROW BOOK
Jan Van Eyck
http://www.charlesnypels.nl/tomorrow.html
PROJECTO UBISCRIBE:
UBISCRIBE 0.9.0: PERVASIVE, PERSONAL, PARTICIPATORy
Arie Altena, Sandra Fauconnier, Claudia Hardi, Jouke Kleerebezem,
Inga Zimprich (eds.). Jan van Eyck Academie. Maastricht, 2006
http://www.ubiscribe.net/ubipod/wiki/pmwiki.php
+
http://idie.enclavexquise.com/ubibook/ubibook-index.html
{ legendas}
fig. 3.1: Un coup de dés jamais n’abolira le hasard. Stephane Mallarmé. Paris, 1897
2ª img: Prova manuscrita por Mallarmé de um plano do poema, para a edição Didot/Vollard, nunca publicada
fig. 3.2: Les dessins trans-conscients de Stéphane Mallarmé. Ernst Fraenkel. Paris, 1960
fig. 3.3: Un Coup de Dès Jamais N’Abolira Le Hasard. Marcel Broodthaers. 1969
fig. 3.4: Un Coup de Dès Jamais N’Abolira Le Hasard.Versão digital/UBUweb
fig. 3.5: Un Coup de dès jamais n’abolira le hasard. Massin. Paris, 1967
página } 05
__________________________________________________________________
__________________________________________________________________
Inversão da remediação:
o livro infectado pelas lógicas digitais
Convergência bipolarizada:
edições simultâneas impressas e hipermédia
Do you see what I see?
Hollie Lubbock. Reino Unido, 2007
http://www.hollielubbock.co.uk/com website
Mediawork Project
Peter Lunenfeld. MIT Press Mass. CA. 2001http://mitpress.mit.edu/e-books/mediawork/#
Typographic Links
Dan Collier. Reino Unido, 2007
http://www.visualcomplexity.com/vc/project.cfm?id=527
Boring Boring boring
ZacK Plague
http://www.zachplague.com/
+ txt de apoio:
http://www.aiga.org/content.cfm/the-book-as-transformer-an-interviewwith-zach-plague
Archäologie der Zukunst
(the Archaelogy of the Future)
Jonas Voegeli. Mathias michel. 2007 Fully Booked p. 064
+ Digital by design p. 38
__________________________________________________________________
Dispositivos de leitura
Justine
Henry Hobson. 2004
Fully Booked p. 066
Dell’ Artificiose Machine
Roda de Livros. Agostino Ramelli’s. Itália, 1588
http://cnum.cnam.fr/GIFS/fDY3/0650.T.317r.744.1327.gif
Wood for Trees
Henry Hobson. 2006
Fully Booked p. 067
Empty Trashcan
Hans Gremmen. Werkplaats
Tipographie. Arnhem, 2001’02
http://hansgremmen.nl/?mpl%20action=ref&ref=Empty_Trashcan
Off-line
Lenneke Heeren.
Trabalho académico final da AKV St. Joost. Breda, 2006
http://www.robgiesendorf.nl/offline.html
Zeit für die Bombe (Time for the Bomb)
Agnes Wartner.
Trabalho académico final da Hochschule für Gestaltung
und Kunst. Basel, 2007
http://www.slanted.de/eintrag/zeitfuer-die-bombe
créditos do texto original:
“Zeit für die Bombe”, 1997, de Susanne Berkenheger
MI Magazine
http://www.vandasye.com/mi-magazine/index.htm
http://oliverlaric.com/mi/mi.htm
The Citizens
Nick Crowe (1999)
http://www.bookworks.org.uk/asp/multiview.asp?page=3
Magic Book: Mixed Reality Book
HiTLAB Nova Zelândia, 2000-até ao presente
http://www.hitlabnz.org/wiki/MagicBook_-_Mixed_Reality_Book
The Future of Books: book/laptop
Kyle Bean. 2008
http://www.yankodesign.com/2008/04/21/the-future-ofbooks/
Kindle Amazon. 2008
http://www.amazon.com/Kindle-Amazons-Wireless-Reading-Device/dp/
B000FI73MA/ref=cm_cr_pr_pb_t
+ txt de apoio
“Notify the Next of Kindle” in a brief message: 200 words or less about design.
crítica de Chip Kidd ao Kindle
http://abriefmessage.com/2007/11/28/kidd/
BiblioRol.l: a Device for the Reading Activity
in Ubiquitous Computing
Itsuki Shibata, Kaori Ochiati e Kazuya Sumaki. Japão, 2005
http://moma.org/exhibitions/2008/elasticmind/#/24/
Nobel Peace Center
David Small. 2002
http://www.davidsmall.com/portfolio/nobel-peace-center-nobel-field-nobelchamber-wallp/
Beyond Pages
Masaki Fujihata. 1995
http://www.iamas.ac.jp/interaction/i97/artist_Fujihata.html
http://www.youtube.com/watch?v=flXXXhe9diY
Illuminated manuscript
David Small. 2002
http://www.davidsmall.com/portfolio/illuminated-manuscript/
{ legenda. fig. 4.1 }
Empty Trashcan
Hans Gremmen. Werkplaats Tipographie. Arnhem, 2001’02
página } 06
__________________________________________________________________
Livro digital e dispositivos de leitura
em ecrã de computador
Pages without paper
Christopher Martin Schmandt.
Massachusetts Institute of Technology. Cambridge, MA, 1978
http://www.media.mit.edu/speech/sig_papers1.html
GoogleBooks
http://books.google.com/
Jewel Flipbook
Dorothy Krause. MIT. MA, 2004
http://www.dotkrause.com/Flipbook/FlipBook%20Jewel/template.htm
readme.cc
Walter Grond (dir.). 2005www.readme.cc
__________________________________________________________________
Scribd
http://www.scribd.com/
Aplicações de conversão da página
do ecrã para o papel
The Café Society
http://www.thecafesociety.org/
WikiPublisher
http://www.wikipublisher.org/wiki/index.php
__________________________________________________________________
Livro, bibliotecas digitais e Redes sociais
Expanded Book
Voyager. 1991
01. (Jurassic park) http://www.smackerel.net/black_white_09.html#
02. (The Hitchhiker’s Guide to the Galaxy) http://staff.funnygarbage.com/
colin/hitch.html
Eldritch Press: HTML Books
Eric Eldred
http://www.eldritchpress.org/
Projecto Gutenberg
Michael Hart (1970-)
http://www.gutenberg.org/wiki/Main_Page
{ legenda. fig. 4.1 }
Pages without paper. Christopher Martin Schmandt.
Massachusetts Institute of Technology. Cambridge, MA, 1978
página } 07
Sophie: the Future of Reading
Institute for the Future of Books. NY, 2008
http://opensophie.org/ Books Chris Karr. 2008 http://books.aetherial.net/
wordpress/
OpenLibrary
http://openlibrary.org/
LibraryThing: Catalog your books online
http://www.librarything.com/
delicious bookmarks
A Internet como um livro interminável
http://delicious.com
Amaznode
http://amaznode.fladdict.net/
__________________________________________________________________
Artefactos críticos:
teste das convenções do livro
a partir dos pressupostos digitais
Projecto Valence
Ben Fry. 2000
http://benfry.com/valence/
Amazon Noir: The Big Book Crime
Paolo Cirio, Ubermorgen.com e Alessandro Ludovico 2006
Prémio Transmediale’08
www.amazon-noir.com
(…) face ao livro, objectualização do texto, surge o hiperlivro já não como objecto mas como sua virtualização; o
hiperlivro é o texto tornado pro-jecto.
(…) O hiper-livro não mata o livro, mas suspende-lhe os contornos, desfaz-lhe os limites, reorganiza e reformula-lhe
o paratexto. Se o livro introduziu o campo da perspectiva na superfície plana da escrita, o hiperlivro abre o volume,
definitivamente, ao espaço multidimensional de ramificações infinitas. Na verdade é de uma crise dos limites que
se trata, não só porque esses limites tendem a desvanescer-se—esbatem-se o início e o fim dos textos, já que a própria
noção de sequencialidade é posta em causa—como ainda porque o corpo de texto está disponível ao contacto e contágio
com outros corpos de outros textos.
Maria Augusta Babo (1999), “O hiperlivro: ainda um livro?” in Real vs. Virtual, Revista de Comunicação e Linguagens, pp. 25-26
{ legenda. figs. 5.1 + 5.2 } The End of Books. Octave Uzanne. Scribner’s magazine. 1894
página } #