conference - clarity2010 conference website

Transcrição

conference - clarity2010 conference website
Lisbon, Portugal
12 - 14 October 2010
conference
abstracts & biographies
1
Clarity2010 program
Published October 2010
Português Claro
Rua da Madalena 80
Lisboa
Portugal
www.portuguesclaro.com
Program © Português Claro 2010
Individual abstracts and biographies remain © of each author
All photos © individual authors
Cover photo by Ana Santos
Índice
Contents
Bem-vindos à Clarity2010
Welcome messages
Os nossos patrocinadores
Our sponsors
Resumos das apresentações
Conference abstracts
Biografias dos oradores
Speakers’ biographies
02
04
07
61
Bem-vindos à Clarity2010.
Bem-vindos à Clarity2010
É um prazer receber-vos na Clarity2010 e na cidade de
Lisboa. Parece que foi ontem que, num momento de
loucura há dois anos atrás, me ofereci para realizar a
conferência deste ano.
I am delighted to welcome you all to Clarity2010 and
the city of Lisbon. It seems like only yesterday that, in a
moment of madness two years ago, I offered to host this
year’s conference.
O compromisso de Portugal com a linguagem clara evoluiu
muito nos últimos três anos. Muitas iniciativas privadas e
governamentais estão em curso, o que faz desta a altura
perfeita para os maiores peritos em linguagem clara
reunirem aqui e partilharem as suas ideias.
Portugal’s commitment to plain language has come a
long distance in the last three years. Many private and
governmental initiatives are now under way, making it
a perfect time for the world’s most experienced plainlanguage professionals to gather here and share their
ideas.
Para alguns de vocês, a linguagem clara é um campo novo
e excitante; para outros, é uma paixão e uma profissão há
décadas. Com a Clarity2010, pretendemos oferecer-vos
uma mistura de sessões e temas que interessem tanto a
novatos como a especialistas.
Procurámos saber que tópicos gostariam de ver abordados
na conferência e esforçámo-nos ao máximo para ir ao
encontro dos vossos interesses. Haverá um enfoque
maior no trabalho multidisciplinar, com profissionais
de linguagem clara, designers de informação e peritos
em usabilidade a apresentar projectos comuns. E
os participantes sairão da conferência com novos
conhecimentos que irão reforçar a qualidade do seu
trabalho e ajudá-los a divulgar mais eficazmente a
linguagem clara.
Sempre admirei o facto de a Clarity ser dirigida por
voluntários nos seus tempos livres. Promover a linguagem
jurídica clara é uma batalha constante e o empenho dos
nossos membros mostra como somos apaixonados pela
clareza e pelos direitos do público. Sinto-me orgulhosa de
fazer parte desta associação e privilegiada por organizar
esta conferência.
Desejo-vos a todos um evento verdadeiramente inspirador
e uma óptima estadia em Portugal.
Sandra Fisher-Martins
Directora-geral
Português Claro
4
For some of you, plain language is a new and exciting
field; for others, it has been a passion and a profession for
decades. Clarity2010 aims to provide a mixture of sessions
and subjects that will cater for both novices and experts.
We asked around for what topics people would like to
see covered at the conference and have done our best
to meet your requests. There will be a greater focus on
multidisciplinary work, with plain-language practitioners,
information designers and usability experts presenting joint
projects. And you will come away with facts and figures
that will help you develop the quality, research base and
expertise of your practices while enabling you to spread the
word of plain language more effectively.
I have always admired the fact that Clarity is run by
dedicated volunteers in their spare time. Promoting plain
legal language is a continuous battle and the commitment
of our members reflects how passionate we are about
clarity and the rights of the public. I am proud to be part
of this association and feel very privileged to host its
conference.
I wish you all a truly inspiring event and a wonderful time
in Portugal.
Sandra Fisher-Martins
Director
Português Claro
Bem-vindos à Clarity2010, a quarta conferência
internacional da Clarity.
Welcome to Clarity2010, Clarity’s fourth international
conference.
Este ano, mais de 80 oradores e 200 participantes
vão reunir em Lisboa para discutir formas de tornar a
linguagem jurídica mais acessível. Graças à variedade
de especialistas que vão participar no evento, teremos
também a oportunidade de conhecer projectos de
linguagem clara na administração pública, na saúde, nas
finanças e noutras áreas.
This year, more than 80 speakers and 200 delegates will
gather in Lisbon to discuss ways of making legal language
more accessible. Thanks to the variety of experts taking
part in the event, we will also have the opportunity to hear
about plain language projects in the fields of government,
health care, finance and others.
2010 é o Ano Europeu do Combate à Pobreza e Exclusão
Social e a Clarity2010 orgulha-se de fazer parte desta
iniciativa. A linguagem clara sempre teve um papel
importante no acesso à educação, à saúde e aos benefícios
sociais.
Este ano, iremos prestar atenção não só à linguagem mas
também a muitas outras disciplinas que contribuem para
a clareza. Pessoalmente, estou ansioso por aprender mais
sobre o papel cada vez mais importante do design e da
visualização de informação na comunicação jurídica.
Gostaria de agradecer à Faculdade de Direito da
Universidade Nova de Lisboa por nos disponibilizar este
óptimo espaço e à Ordem dos Advogados pelo seu apoio.
Estamos também gratos aos parceiros da conferência: a
Presidência do Conselho de Ministros, a Segurança Social,
a empresa de software Opensoft e a firma de advogados
Vieira de Almeida & Associados. E damos umas calorosas
boas-vindas aos nossos convidados especiais: o Secretário
de Estado da Presidência do Conselho de Ministros, a
Secretária de Estado da Modernização Administrativa e o
Bastonário da Ordem dos Advogados.
Lisboa é uma cidade acolhedora e magnífica. Tenho a
certeza de que vão gostar.
Christopher Balmford
Presidente
Clarity
5
2010 is the European Year for Combating Poverty and
Social Exclusion, and Clarity2010 is proud to be part of
this initiative. Plain language has always had an important
role in facilitating access to education, healthcare and
social benefits.
This year we will be looking not only at language but at
several other disciplines that contribute to clarity. I’m
personally looking forward to learning more about how
design and information visualisation are playing an ever
more important role in legal communication.
I want to thank the Law School at Universidade Nova
de Lisboa for providing this beautiful venue, and to the
Portuguese Bar Association for their continuing support.
We are also grateful to the conference sponsors: the
Presidency of the Council of Ministers, the Institute of
Social Security, the software firm Opensoft and the law
firm Vieira de Almeida & Associados. And we give a very
warm welcome to our special guests: the Secretary of
State for the Presidency of the Council of Ministers, the
Secretary of State for Administrative Modernization, and
the President of the Portuguese Bar Association.
Lisbon is a welcoming, gorgeous city. I am sure you will
have a great time.
Christopher Balmford
President
Clarity
clarity2010
clarity2010conference
patrocínios | sponsors
Um evento Clarity
Organizado por
A Clarity event
Hosted by
Patrocinadores
Sponsored by
Apoiado por
Supported by
International Institute
CONSELHO
DISTRITAL DE LISBOA
for Information Design
Media Partner
6
JUNTOS POR UMA SOCIEDADE
PARA TODOS
www.2010combateapobreza.pt
www.2010againstpoverty.eu
7
resumos
abstracts
8
clarity2010 conferência
09:00 | abertura | opening
João Tiago Silveira
Secretário de Estado
da Presidência do Conselho de Ministros
Portugal
Secretary of State
Presidency of the Council of Ministers
Portugal
09:30 | sessão plenária | plenary session
Martin Cutts
Director de Investigação
Plain Language Commission, Reino Unido
Uma introdução à simplificação da
linguagem jurídica
“Não pode pôr isto em linguagem clara, porque é
linguagem jurídica.” Esta mentira foi contada a muitos
de nós quando, na década de 1980, começámos a
examinar a estranha linguagem usada nos documentos
jurídicos e demos os primeiros passos, hesitantes, na sua
clarificação para o público em geral. A ideia da linguagem
jurídica clara está agora mais consensual, e os velhos
mitos aparecem menos e são mais fáceis de desafiar. De
facto, em vários países, a lei passou a exigir que certos
documentos jurídicos sejam escritos em linguagem clara.
Esta apresentação irá mostrar dez técnicas simples que
podem ser usadas para clarificar um documento jurídico.
Mostra também cinco armadilhas a evitar.
Research Director
Plain Language Commission, UK
A beginner’s guide to plain legal language
“You can’t put this into plain language because it’s legal.”
Many of us were told this untruth when we started
examining the strange language used in legal documents
back in the 1980s and took our first faltering steps in
clarifying them for a mass audience.
The idea of plain legal language is better established
now, and the old myths are more rarely heard and easier
to challenge. Indeed, in several countries, the law now
requires certain kinds of legal documents to be written in
plain language.
This event sets out ten simple techniques you can use to
get started on clarifying a legal document. It also shows
five pitfalls you should avoid.
Joseph Kimble
Professor de Direito
Thomas Cooley Law School, EUA
Professor
Thomas Cooley Law School, USA
As mais recentes descobertas sobre os
benefícios da linguagem clara
The latest research on the benefits of plain
language
Em 1997, publiquei o artigo Writing for Dollars, Writing
to Please (Escrever para poupar, escrever para agradar).
Nele reuni e resumi mais de duas dúzias de estudos
empíricos que demonstravam os benefícios da utilização
da linguagem clara em documentos empresariais,
governamentais e jurídicos. Este artigo tem sido citado por
inúmeros autores e publicações.
Actualmente estou a compilar os estudos mais recentes
e a reunir os dados num livro que também irá abordar os
muitos mitos que existem sobre a linguagem clara. Durante
a sessão vou apresentar os estudos mais interessantes e
desmistificar os mitos que ainda persistem.
In 1997, I published the article Writing for Dollars, Writing
to Please. It collected and summarized more than two
dozen empirical studies showing the benefits of plain
language in business, governmental, and legal documents.
The article has been widely cited.
10:00 | intervalo | coffee break
9
I’m now collecting the later studies and combining all the
evidence into a book that will also address the many myths
about plain language.
I’ll highlight some of the best studies and explode some of
the persistent myths in this session.
clarity2010 conferência
10:45 | sessões paralelas | parallel sessions
Sala 1 | Escrever e reescrever a lei
Writing and rewriting the law | Room 1
Anne-Marie Hasselrot
Directora Adjunta
Ministério da Justiça
Suécia
Deputy Director
Ministry of Justice
Sweden
Advogados e especialistas em linguagem
clara a trabalhar em equipa – a abordagem
sueca à legislação clara
Lawyers and plain language experts
working as a team – the Swedish approach
to clear legislation
No Ministério da Justiça sueco, cinco linguistas e cinco
advogados trabalham na revisão da nova legislação
proposta e garantem que esta tem elevada qualidade
jurídica e é tão clara e acessível quanto possível.
In the Swedish Ministry of Justice, five linguists and five
lawyers work as a team to ensure that new legislation
is of high legal quality and as clear and user-friendly as
possible. Legislation has an impact on decision-making
at all levels of society. It is, therefore, important that
it is understandable. In a modern democracy, it is a
natural aim to ensure openness and clarity within the
public administration and guarantee that documents are
written in a way that meets the readers’ needs. In order
to bring about this result, it makes sense to start at the
very top, i.e. to modernise and simplify the language used
in legislation. The idea behind this is that if legislation
is written in clear language, it will have an impact on
the language used in all administrative documents. The
division has a key role in the legislative drafting in the
ministries. No Government Bill, Government Ordinance or
Committee Terms of Reference may be sent to the printers
without the division’s approval.
A legislação tem um grande impacto na tomada de
decisões, a todos os níveis da sociedade. Por isso, é muito
importante que seja compreensível. Numa democracia
moderna, é um objectivo natural assegurar a abertura
e a clareza na administração pública e garantir que os
documentos são escritos tendo em conta as necessidades
dos seus leitores. Para atingir este objectivo, faz sentido
começar do início, isto é, modernizar e simplificar a
linguagem usada na legislação. A ideia por trás disto
é a de que, se a legislação for escrita em linguagem
clara, terá um grande impacto na linguagem usada em
todos os documentos administrativos. Esta divisão tem
um importante papel na escrita de leis nos ministérios.
Nenhum decreto governamental ou termo de referência
do comité podem ser impressos sem a aprovação desta
divisão.
I will touch upon the following questions:
•
the working methods to achieve plain language in
legislation
Irei abordar as seguintes questões:
•
os métodos de clarificação da linguagem da legislação
•
the legal basis for plain language work in Sweden
•
a base legal para o trabalho em linguagem clara
•
•
o desafio ligado à utilização da linguagem clara nos
textos da União Europeia e como estes afectam a
linguagem usada na legislação sueca
the challenge of plain language in European Union
texts, and how they affect the language in Swedish
legislation
•
some of the most common problems in our work.
•
alguns dos problemas mais frequentes no nosso
trabalho.
Aino Piehl
Consultora de Línguas da UE
Instituto de Investigação de Línguas, Finlândia
EU Language Consultant
Research Institute for the Languages of Finland
Experiências da implementação do
programa Legislar Melhor na Finlândia
Experiences from implementing the Better
Regulation Programme in Finland
Quando tomou o poder em 2007, o Governo finlandês
decidiu implementar um programa de desenvolvimento
para a produção de legislação, o programa Legislar Melhor.
Como muitos dos seus antecessores, este programa
enfatiza o facto de os legisladores precisarem de formação
e de apoio para serem capazes de formular melhores
The present Finnish government decided to implement
a development programme for lawmaking, the Better
Regulation Programme, when it came to office in 2007.
This programme, like many of its predecessors, stresses
the point that legal drafters need training and support
if they are to be able to formulate better statutes. To
10
clarity2010 conference
leis. Com esta finalidade, o Governo adoptou uma
Agenda Legislativa que incluía 22 projectos legislativos
importantes, aos quais foi prometido todo o apoio
necessário para que servissem como casos experimentais e
também como projectos-piloto. O Instituto de Investigação
de Línguas da Finlândia ofereceu ajuda para utilizar
Linguagem Clara nos projectos de lei governamentais
que estes projectos legislativos iriam produzir. Esta
apresentação mostra o que tem sido feito e analisa o
sucesso das medidas implementadas. Apesar de todo
o entusiasmo e esforço, há que dizer que os resultados
obtidos não correspondem às elevadas expectativas. No
entanto, isto não se aplica apenas à Linguagem Clara,
mas também a outras medidas para se legislar melhor.
Esta apresentação expõe também algumas ideias para o
futuro. As próximas eleições parlamentares terão lugar na
Primavera de 2011. Agora é o momento de se tirarem
conclusões sobre a implementação do Programa Legislar
Melhor e definir recomendações para o próximo Governo
com base nesta experiência. Nesta época de globalização
e integração, legislar melhor é uma questão de cooperação
internacional entre Estados. No entanto, a linguagem não
consta das suas agendas. O que deve ser feito para que
passe a constar?
this end, the government adopted a Legislative Agenda
that included 22 important legislative projects, which
were promised all necessary support, so that they could
serve as experimental cases, and hopefully, as model
projects as well. The Research Institute for the Languages
of Finland offered help in achieving Plain Language in
the Government Bills these legislative projects were to
produce. This paper discusses what has been done and
considers the success of those measures. In spite of all the
enthusiasm and hard work, it must be said that the result
does not meet the high expectations. There is, however,
a little consolation in that this does not only apply to
the case of Plain Language, but also to other measures
that aim for better lawmaking. This paper also presents
a few thoughts about the future. Next parliamentary
elections will be held in spring of 2011. Now is the time
to draw conclusions about what is to be learned from
the implementation of the Better Regulation Programme
and what recommendations should be given to the next
government on the basis of this experience. In these
times of globalisation and integration, better regulation
is an object of international cooperation between states.
Language, though, is not a topic on those agendas. What
should be done to put it there?
Eamonn Moran
Legislador
Departamento da Justiça, Hong Kong, China
Law Draftsman
Department of Justice, Hong Kong, China
Reescrever a legislação: um dilema muito
moderno
Intergenerational drafting: a very modern
dilemma
A legislação de qualquer país contém leis escritas há
séculos. Estas leis eram escritas no estilo da época e não
combinam com os actuais padrões de legística, focados na
clareza. Ocasionalmente, é necessário emendar estas leis
para abordar novas questões ou implementar alterações.
Nem sempre é praticável ou politicamente aceitável
reescrever toda a lei. Um exercício de emenda poderá ser a
única opção.
Just about every jurisdiction’s statute book contains laws
dating from centuries ago. These laws were written in the
style of their times and do not accord with modern plain
language drafting standards. There is a need, of course,
to amend these laws from time to time to address a new
concern or implement a changed policy. It is not always
practicable or politically acceptable to rewrite the whole
law. An amending exercise may be the only option.
Mas este processo cria um dilema para os legisladores e
os redactores de leis. Será que devemos comprometer os
princípios modernos da escrita de leis para produzir uma
emenda que se adeqúe melhor ao resto do documento?
Será que se pode argumentar que não o fazer pode
levantar questões sobre a possibilidade de um conceito
ganhar um significado diferente apenas porque se exprime
numa linguagem diferente?
This process then creates a dilemma for policy makers,
law drafters and law makers. Should you compromise
modern drafting principles to produce an amendment that
fits better within the context of the whole document? Is
there an argument that not to do so may lead to arguments
about whether something carries a different meaning
merely because the same concept is expressed in different
language?
Iremos analisar alguns exemplos deste dilema. Serão
discutidos os méritos relativos de se manter a coerência
nas técnicas modernas de escrita de leis e de se
adaptar ao contexto existente. Iremos também examinar
abordagens possíveis para se manter a coerência nas
práticas modernas, incluindo o uso da notoriedade e a
promulgação de disposições interpretativas especiais.
In this presentation we will look at some examples of this
dilemma. The relative merits of maintaining consistency
in modern drafting techniques and conforming with the
existing context will be discussed. The presentation will
also discuss possible approaches to assist with maintaining
consistency in modern practice including making use of
publicity and by the enactment of special interpretative
provisions.
11
clarity2010 conference
John Wilson
Consultor de Legislação, Reino Unido
Clareza no direito penal – sonho ou
realidade?
Esta será uma apresentação relativamente leve baseada
no trabalho de actualização e codificação da legislação
criminal (crimes e procedimentos) que fiz recentemente
para Gibraltar e Santa Helena. Analisa os problemas de
incorporar 50 anos de legislação criminal do Reino Unido
no livro de estatutos de uma pequena jurisdição e a
necessidade de adaptar e simplificar esquemas legislativos
complexos. Analisa também as mudanças estilísticas que
ocorreram na redacção de textos jurídicos nos últimos anos
e apresenta formas de as pequenas jurisdições abrirem
caminho à clarificação da lei.
A apresentação ilustra os perigos de ‘cortar e colar’ na
redacção de textos jurídicos, mas também demonstra
como a codificação do direito criminal pode tornar a lei
mais acessível e fácil de compreender.
Sala 2 | Clareza no mundo financeiro
Law Drafting Consultant, UK
Clarity in criminal law – dream or reality?
This is a fairly lighthearted paper based on the work I
have done recently for Gibraltar and St Helena in updating
and codifying their criminal legislation (offences and
procedure). It looks at the problems of updating the statute
book of a small jurisdiction to incorporate 50 years of
UK criminal legislation, and the need for adaptation and
simplification of complex legislative schemes. It looks
at the stylistic changes in UK criminal law drafting in
recent years and shows some of the ways in which small
jurisdictions can lead the way in clarifying the law.
The paper illustrates the dangers of ‘cut and paste’ drafting
but also shows that codification of criminal law can make
the law more accessible and easier to follow.
Clarity in the financial world | Room 2
Neil James
Presidente
Plain English Foundation, Austrália
President
Plain English Foundation, Australia
Nunca invista naquilo que não compreende:
o papel da linguagem na crise financeira
Never invest in what you don’t understand:
language and the global financial crisis
É cada vez mais aceite que a linguagem obscura contribuiu
significativamente para o colapso do crédito imobiliário e
o congelamento dos empréstimos financeiros de 2008.
No entanto, a linguagem dos governos, reguladores e
corporações nas suas tentativas de resolver a crise não tem
sido alvo de escrutínio.
It’s increasingly accepted that unclear language contributed
significantly to the subprime mortgage meltdown and
the financial lending freeze of 2008. What is less well
scrutinised is the language of governments, regulators and
corporations during their attempts to solve the crisis.
A relação entre a linguagem pobre e a confusão do crédito
imobiliário é relativamente fácil de estabelecer. Que
possibilidade tiveram os proprietários comuns de perceber
os verdadeiros riscos que corriam se as taxas de juros
variáveis lhes foram explicadas como neste extracto de um
documento de empréstimo da Fannie Mae:
“Antes de cada Data de Mudança de Pagamento, o Titular da
Nota irá calcular o montante do pagamento mensal que seria
suficiente para restituir o capital não pago que se espera que eu
pague na Data de Mudança de Pagamento na íntegra na Data
de Vencimento em parcelas substancialmente iguais à taxa de
juro efectiva durante o mês que antecede a Data de Mudança de
Pagamento.”
Do mesmo modo, a linguagem foi claramente uma das
causas do congelamento dos empréstimos interbancários
que se seguiu ao colapso do crédito imobiliário. As
obrigações de dívida colateralizadas tinham sido agrupadas
em títulos cada vez mais complexos descritos em termos
tão incompreensíveis que nem mesmo os especialistas
12
The link between poor language and the subprime
mortgage mess is relatively easy to make. What chance
did ordinary homeowners have of understanding their real
risks when adjustable interest rates were explained like this
extract from a Fannie Mae loan document:
“Before each Payment Change Date, the Note Holder will calculate
the amount of the monthly payment that would be sufficient
to repay the unpaid principle that I am expected to owe at the
Payment Change Date in full on the Maturity Date in substantially
equal instalments at the interest rate effective during the month
preceding the Payment Change Date.”
Similarly, language was clearly a factor in the interbank
lending freeze that followed the subprime collapse.
Collateralised debt obligations had been packaged into
more and more complex securities that were described in
such incomprehensible terms that even financial experts
could no longer tell who owned what and who owed what
to whom. So they stopped lending.
And what language were governments and regulators
using in their attempts to fix the financial crisis? Too
clarity2010 conferência
financeiros os conseguiam perceber. Por isso, deixaram de
conceder empréstimos.
E que linguagem usavam os governos e reguladores nas
suas tentativas de resolver a crise financeira? Demasiadas
vezes, os reguladores continuaram a fazer o que o
antigo presidente do banco central norte-americano,
Alan Greenspan, descrevia como “balbuciar com grande
coerência”. Os governos adicionavam então a sua própria
agenda política ao redefinir “dívidas tóxicas” como “activos
legados” ou eufemísticamente descrever grandes resgates
financeiros como “pacotes de assistência temporária de
capital” ou “travões de liquidez”.
often, regulators continued what former Federal Reserve
Chairman Alan Greenspan described as learning ‘to
mumble with great coherence’. Governments then added
their own political spin as they redefined ‘toxic debts’
as ‘legacy assets’ or euphemistically described massive
financial bailouts as ‘temporary capital assistance
packages’ or ‘liquidity backstops’.
I will illustrate some of the worst linguistic excesses of the
global financial crisis and show how clarity of language
should be used as a reliable barometer of financial health.
If there is a simple lesson to be drawn from the crisis it
might be this: never invest in what you don’t understand.
Irei ilustrar alguns dos piores excessos linguísticos da crise
financeira global e mostrar como a clareza da linguagem
deveria ser usada como barómetro da saúde financeira. Se
há uma lição a retirar da crise pode ser esta: nunca invista
naquilo que não compreende.
Kristin Kleimann
Susan Kleimann
Directora
Kleimann Communication Group, EUA
Presidente
Kleimann Communication Group, EUA
Principal
Kleimann Communication Group, USA
President
Kleimann Communication Group, USA
Consegue compreender este aviso de
privacidade?
Can you understand what this privacy
notice says?
Facebook ... registos pessoais de saúde... fontes de
receitas bancárias... Na última década, passámos de ter
medo de roubo de identidade para uma redefinição do
conceito de privacidade. Esta apresentação focar-se-á nos
desafios resultantes da percepção dos consumidores das
políticas de privacidade e nas lições de um grande projecto
feito para o governo federal dos EUA.
Facebook... personal health records... bank revenue
streams... In the last decade we have moved from a fear of
identity theft to a redefinition of what is meant by privacy.
This presentation will focus on the challenges of dealing
with consumers’ understanding of privacy policies and
lessons learned from a major project for the U.S. federal
government.
Em 2001, os avisos de privacidade de instituições
financeiras começaram a chegar à caixa de email
dos consumidores. Uma nova lei exigia que todas as
instituições financeiras informassem os seus clientes sobre
o modo como os bancos usavam e disponibilizavam os
seus dados pessoais e sobre o seu direito de ‘exclusão’
para evitar alguns tipos de utilização dos dados.
Estes avisos de privacidade eram longos e geralmente
incompreensíveis. Em resposta aos media, aos
consumidores e às queixas do Congresso, as oito agências
federais responsáveis por implementar os regulamentos
para os avisos embarcaram num enorme projecto para os
tornar mais compreensíveis para os consumidores.
In 2001, privacy notices from financial institutions
began appearing in consumers’ mailboxes. A new law
required financial institutions to tell their customers how
the banks used and disclosed their personal information
and what rights consumers had to ‘opt out’ of certain
types of sharing. When the privacy notices arrived,
they were lengthy and generally incomprehensible.
In response to media, consumer, and Congressional
complaints, the eight federal agencies responsible for
implementing the regulations for privacy notices undertook
a major interagency project to make the notices more
understandable and usable for consumers.
Iremos descrever os testes qualitativos que as agências
usaram para criar o aviso de privacidade estandardizado
que começou a ser usado em Dezembro de 2009.
A apresentação examina os resultados da extensa pesquisa
qualitativa (focus groups, entrevistas exploratórias
individuais), assim como as ‘Dicas para a Criação de
Avisos’:
This presentation describes the qualitative testing that
the Agencies used to create a standardized financial
privacy notice that took effect in December 2009. The
presentation discusses findings from extensive qualitative
research (focus groups, one-on-one depth interviews) as
well as ‘Tips for Creating Disclosures’ based on lessons
learnt from this project:
•
How do you translate several very complex laws
into concepts that consumers can quickly and easily
understand so they can make a decision based on that
information?
•
Como traduzir várias leis complexas em conceitos que
os consumidores compreendem rápida e facilmente de
forma a tomarem uma decisão informada?
•
Como fazer com que uma notificação se mantenha
neutra – para não influenciar o comportamento?
•
How do you make the notice neutral – so that the
notice does not drive behaviour?
•
Como usar técnicas de linguagem clara e design de
informação para assegurar que os consumidores
compreendem e utilizam a informação?
•
How do you use plain language and information
design techniques to ensure that consumers can
understand and act upon the information?
13
clarity2010 conferência
Helena Englund Hjalmarsson
Consultora de Linguagem Clara
Språkkonsulterna, Suécia
Plain-language Consultant
Språkkonsulterna, Sweden
Simplificar um contrato bancário – uma
história de sucesso
Simple banking – a success story about a
bank contract
Este caso de estudo descreve a cooperação entre
especialistas em linguagem clara e juristas num dos
maiores bancos suecos. A Directiva sobre Pagamento
de Serviços (PSD) fornece a base jurídica para a criação
de um mercado único para pagamentos na UE. Um dos
principais objectivos desta directiva é tornar obrigatório o
fornecimento de informação legível e clara aos clientes,
para facilitar a comparação de serviços. Esta directiva deu
lugar a uma nova lei para o pagamento de serviços e a
recomendações da Autoridade de Supervisão dos Serviços
Financeiros sueca para os bancos e instituições financeiras.
This is a case study about the cooperation between
language experts and lawyers on a project for one of
Sweden’s largest banks. The Directive on Payment Services
(PSD) provides the legal foundation for the creation of
an EU-wide single market for payments. One of the main
purposes of the directive is to provide the customers with
clear and legible information to make it easy to compare
the services. The PSD has resulted in a new law for
payment services in Sweden and recommendations from
the Swedish Financial Supervisory Authority to banks and
financial institutes.
Um dos maiores bancos suecos, o SEB, preparava-se para
interpretar a nova lei com a habitual prudência, o que
resultaria num documento de 13 páginas impressas em
letras pequeninas, que era suposto os clientes aceitarem
antes de assinarem um contrato de serviços. Mas a
nova proposta de valor do SEB é ‘Simples’ e, depois de
algumas semanas de estreita cooperação com advogados,
conseguimos provar que era possível seguir as normas
da nova Directiva e dar aos clientes informação clara
e sucinta. Vou descrever como decorreu o projecto, os
obstáculos que encontrámos e como os superámos.
One of the largest banks, SEB, was on its way to interpret
the new law with the usual cautiousness. This would
have resulted in a 13-page long, small print document,
which customers were supposed to accept before signing a
service contract. However, SEB’s new unique selling point
is ‘Simple’, and after a few weeks of close cooperation
with lawyers we managed to prove it was possible to
follow the PSD directive and provide customers with clear,
succinct information about payment services. As one of
the language experts involved in the project, I will tell you
about the process, its obstacles and its success.
Sala 3 | Linguagem clara e a web
Plain language and the web | Room 3
Elza Barboza
Bibliotecária
Instituto Brasileiro de Informação em Ciência e
Tecnologia, Brasil
Librarian
Institute of Information in Science and Technology,
Brazil
Implantação do Português Claro nos
websites do Governo Federal
Using plain language in the federal
government websites
Desde 1990, o Instituto Brasileiro de Geografia e
Estatística (IBGE) vem divulgando um índice de
analfabetismo funcional tendo como base os anos de
escolaridade. É analfabeto funcional todo cidadão que não
tenha completado pelo menos quatro anos de escolaridade.
Segundo estatística do IBGE 2003, em uma população
economicamente ativa, 30,3 % de brasileiros foram
considerados analfabetos funcionais. No entanto, outros
indicadores apontam que 54% da população brasileira
economicamente ativa é composta de analfabetos
funcionais. Os estudos sugeriram o estabelecimento de um
novo indicador nacional de alfabetismo funcional: aumento
para 8 anos de escolaridade como patamar mínimo e
levantamentos das habilidades de leitura e escrita e de
matemática.
Since 1990, the Brazilian Institute of Geography and
Statistics (IBGE) has been promoting a functional illiteracy
index based on years of education. Every citizen who
hasn’t completed at least four years of schooling is
considered to be functionally illiterate. According to 2003
statistics, in an economically active population 30,3%
of Brazilians are functionally illiterate. However, other
indicators show that 54% of the economically active
Brazilian population is functionally illiterate. Studies have
suggested the establishment of a new national indicator
of functional literacy, based on increasing the minimum
schooling years to eight and on surveying reading, writing
and maths skills.
Aplicada uma fórmula para medir a inteligibilidade dos
websites dos Ministérios do Governo Federal, sentiu‑se
a necessidade de planejar, implantar e adotar uma
14
Once a formula was used to measure the readability of the
Federal Government Ministries’ websites, there was the
need to plan, implement and adopt a language accessible
to those citizens. Some of the goals are: to produce a
Plain Portuguese handbook, to be used in the writing of
clarity2010 conference
linguagem mais acessível a esse grande contingente de
cidadãos. São objetivos específicos: elaborar um manual
de estilo de português claro, para ser utilizado na redação
de textos dos websites governamentais e construir um
léxico de palavras utilizadas nos sites do Governo Federal,
para apoiar no uso do português claro.
government texts and websites; and to build a Language
Corpus of the words used in the Federal Government’s
websites, to allow for the creation of a thesaurus to support
the use of Plain Portuguese.
Besides being part of the W3C standard, plain language is
also the responsibility of governments.
A linguagem clara, além de ser recomendação do W3C, é
também responsabilidade do governo.
Miriam Vincent
Advogada e Produtora de Conteúdos para a web
Direcção do Registo Federal, EUA
Staff Attorney and Webwright
Office of the Federal Register, USA
O básico (e o essencial) sobre web design:
integração da linguagem clara e da usabilidade
Basics (and musts) of web design:
integration of plain language and usability
Já ouviu falar (ou pensou) nestas questões: O meu
website está escrito em linguagem clara, porque é que
hei-de importar‑me com a usabilidade? Sei tudo sobre
usabilidade, porque é que hei-de usar linguagem clara?
Have you heard (or thought of) these questions: My site is
written in plain language, why do I care about usability?
I know all about usability, why do I also have to use
plain language? These are two different, yet compatible,
concepts.
Estes dois conceitos, apesar de diferentes, são
compatíveis. As pessoas precisam de ser capazes de
navegar num site para encontrar a informação que
precisam. E também precisam de compreender a
informação quando a encontram.
Conheça os argumentos para a integração dos dois
conjuntos de princípios e saiba ao que deve estar atento/
perguntar enquanto desenha o seu site.
People need to be able to navigate your site and find the
information they need. They also need to understand the
information once they’ve found it.
Hear arguments for integrating both sets of principles and
learn what to look for/ask for when designing your site.
Caroline Jarrett
Consultora de Usabilidade
Effortmark Limited, Reino Unido
Dicas de design e escrita para formulários
complexos
Muitos dos conselhos publicados sobre concepção de
formulários destinam-se a formulários simples para tarefas
diárias, como fazer compras online ou registar-se num site.
O que acontece quando os formulários são complexos?
Serão estes conselhos relevantes ou não?
Neste workshop, Caroline Jarrett vai partilhar dicas de
escrita e design para formulários complexos, com base
na sua experiência com formulários jurídicos, fiscais e de
seguros. Terá oportunidade de aprender mais sobre:
•
Relação: a necessidade que a organização tem dos
dados recolhidos no formulário comparada com os
objectivos do utilizador quando o preenche. Estarão
equilibradas? Como pode descobrir o que é realmente
necessário e importante para o futuro, tendo em conta
o que aconteceu no passado?
•
Diálogo: a sequência de pergunta-resposta que
compõe a maior parte do formulário. O que podemos
fazer para ajudar os utilizadores a responder às
perguntas de forma correcta? Nunca ninguém disse:
“Gostava que este formulário tivesse instruções
15
User Experience and Usability Consultant
Effortmark Limited, UK
Design and writing tips for complex forms
Much of the published advice on designing forms is aimed
at simple forms for everyday tasks, such as checking out
on an e-commerce site or signing up for a web site. What
happens when the forms are complex ones? Is the advice
relevant, or not?
In this workshop, Caroline Jarrett will share design tips
for complex forms based on her experience of working on
complex legal, tax, and insurance forms. Join her to find
out about:
•
Relationship: the organisation’s need for the data
gathered by the form compared to the user’s aims in
filling out the form. Are these in balance? How can
you find out what is really necessary and important
for the future, compared to what has happened in the
past?
•
Conversation: the question-and-answer sequence that
makes up the main part of the form. What can we do
to support users so that they answer the questions
accurately? No-one ever said ‘I wish this form had
longer, more complicated instructions’ – but how can
we make sure users have the information they need to
make appropriate decisions as they fill in the form?
clarity2010 conference
mais longas e complicadas” – mas como podemos
garantir que os utilizadores têm a informação de que
necessitam ao preencher o formulário?
•
Aspecto: os formulários complexos são também,
muitas vezes, longos e feios – mas não têm de ser
assim. Veremos como organizar formulários em
secções e como torná-los o mais atraentes possível.
•
Appearance: Complex forms are often long and ugly as
well – but they don’t have to be that way. We’ll think
about how to organise complex forms into sections
and how to make them as attractive as possible.
Martin Foessleitner
Director
Instituto Internacional do Design de Informação
Director
International Institute for Information Design
Houston, can you read me?
Houston, can you read me?
Linguagem clara + design de informação + utilizador
Plain language meets information design meets the user.
This will be an investigation how information design can
contribute to the discipline of plain language and vice
versa, for the benefit of users.
Esta será uma investigação sobre como o design de
informação pode contribuir para a disciplina da linguagem
clara e vice-versa, para benefício dos utilizadores.
Segundo o dicionário, design de informação é a
definição, planeamento e formulação dos conteúdos
de uma mensagem e dos ambientes em que esta será
apresentada com a intenção de satisfazer as necessidades
do público‑alvo. Convidamos a comunidade da linguagem
clara a utilizar as ferramentas do design de informação
para maior clareza. As ferramentas cobrem quase todas
as áreas do design: formas, padrões, linhas, cores,
proporções, animações, tipografia, ícones, pictogramas e
muito mais em termos de gráficos, princípios e métodos
de design. Sempre com o objectivo de atingir os atributos
da informação de elevada qualidade: acessível, adequada,
atraente, credível, completa, concisa, sem erros, fácil
de interpretar, objectiva, relevante, oportuna, segura,
inteligível e de valor.
O texto, a escolha das palavras e a linguagem são
fundamentais para a compreensão – algo que é muitas
vezes subvalorizado pelos designers.
Vamos descobrir juntos o poder de cada disciplina,
os benefícios da cooperação entre as duas e o
aumento significativo na compreensão que conduz
a um comportamento mais consciente por parte dos
consumidores e dos cidadãos.
As per definition: information design is the defining,
planning, and shaping of the contents of a message
and the environments in which it is presented, with the
intention to satisfy the information needs of the intended
recipients. It is an offer to the plain language community
to use the toolkit of information design for higher clarity,
or it could be called high-quality-information. The toolkit
covers anything on design: shapes, patterns, lines, colours,
proportions, animation, typography, icons, pictograms and
a lot more on graphics, design principles and methods.
All this is meant for reaching the attributes of high-quality
information: accessibility, appropriateness, attractiveness,
credibility, completeness, conciseness, without errors,
interpretability, objectiveness, relevance, timeliness,
security, understandibility, value.
Text, wording and language are key to understanding,
a circumstance that may be often undervalued among
designers.
Let’s discover together the power of each discipline, the
benefits of cooperation and the significant improvement of
better understanding, leading to thoughtful behaviour of
consumers and citizens.
12:00 | sessões paralelas | parallel sessions
Sala 1 | A linguagem clara na UE
Plain language in the EU | Room 1
William Robinson
Sir William Dale Visiting Fellow
Instituto de Estudos Jurídicos Avançados,
Universidade de Londres, Reino Unido
Sir William Dale Visiting Fellow
Institute of Advanced Legal Studies,
University of London, UK
Tornar a legislação da UE mais acessível
Making EU legislation more accessible
Introdução
Apelos à UE para tornar a legislação mais acessível (1992, 1997).
Introduction
Calls for EU legislation to be made more accessible (1992, 1997).
16
clarity2010 conferência
Acessibilidade física
Importância de o texto de legislação estar disponível.
No sistema da UE, a versão em papel é autêntica. Será
que a versão online é suficientemente fácil de encontrar
e confiável? A lei está disponível em 23 línguas? E se as
instituições da UE decidem publicar apenas parte da lei?
Physical accessibility
Importance of the text of legislation actually being
available. In the EU system the paper version is authentic.
Is the Internet version findable and sufficiently reliable?
Is the act available in 23 languages? What if the EU
institutions decide to publish only part of an act?
Acessibilidade estrutural
Será que as leis da UE estão estruturadas de uma forma
acessível? Será que as leis da UE sofrem emendas demasiado
frequentemente: há algo de errado na forma como a UE
adopta as suas leis? É possível encontrar as emendas? Será
que a codificação e a remodelação são mesmo as soluções
mágicas?
Structural accessibility
Are EU acts structured in an accessible way? Are EU
acts amended too often: is there something wrong with
the way the EU adopts its acts? Is it possible to find the
amendments? Are codification and recasting really the
magic solutions?
Acessibilidade linguística
A exigência de que a linguagem da legislação seja
acessível é universal, mas no sistema da UE essa exigência
desencadeia um número específico de aspectos. De
acordo com o Tribunal Europeu de Justiça (TEJ), para
compreender correctamente uma lei da UE, os utilizadores
precisam de analisar as várias versões nas diferentes
línguas. Quem é que pode analisar 23 versões? Será que
a linguagem usada nas leis da UE é compreensível, apesar
do princípio do significado autónomo dos termos? Será que
a UE pode usar linguagem clara?
Será que precisamos de um requisito obrigatório para que
as leis da UE sejam redigidas de forma clara e acessível?
Esta não é uma sugestão nova; longe disso. No passado,
houve resistência por parte das instituições com medo
de que as leis pudessem ser anuladas. O que mudou?
Houve desenvolvimentos no TEJ (Advogados Gerais) e
desenvolvimentos na sociedade.
Linguistic accessibility
The requirement that the language of legislation be
accessible is universal but in the EU system that
requirement entails a number of specific aspects.
According to the European Court of Justice (ECJ), in order
to understand an EU act properly users need to look at the
different language versions. Who can look at 23 versions?
Is the language used in EU acts understandable, despite
the principle of the autonomous meaning of terms? Could
the EU use plain language?
Do we now need a binding requirement that EU acts be
clearly drafted and accessible?
This is not a new suggestion; far from it. In the past it
was resisted by institutions for fear of acts being annulled.
What has changed? Developments at the ECJ (Advocate
Generals) and developments in society.
Luís Moreira
Tradutor
Comissão Europeia
Translator
European Commission
Carta dos Direitos Fundamentais da União
Europeia em linguagem simplificada
The European Union Charter of
Fundamental Rights in plain language
A Carta dos Direitos Fundamentais em linguagem
simplificada foi uma iniciativa dos tradutores da
Representação da Comissão Europeia em Portugal, com a
colaboração da Português Claro, empresa especializada em
comunicação em linguagem clara.
The Charter of Fundamental Rights in plain language was
created by the Representation of the European Commission
in Portugal in partnership with Português Claro, a
Portuguese company specialized in plain language.
Sendo um texto legal, o cidadão comum tem muitas
vezes dificuldade em compreender as implicações do que
nele está escrito. Através deste trabalho de simplificação
da linguagem, pretendeu-se proporcionar a todos os
leitores um melhor entendimento dos direitos e liberdades
previstos na Carta e contribuir assim para o reforço da
cidadania europeia e da democracia mediante uma melhor
comunicação e transparência.
A Carta em linguagem simplificada pretende igualmente
divulgar em Portugal a importância de se utilizar uma
linguagem simples e directa, que o leitor possa entender
à primeira, ou seja: utiliza apenas palavras familiares,
evita termos demasiado complexos e frases rebuscadas,
apresentando a informação da maneira mais clara possível
e deixando de fora tudo o que é desnecessário.
Quando foi adoptada, em Dezembro de 2000, a Carta
representava apenas um compromisso político. Com a
17
Because the Charter is a legal text, it is often difficult
for the average citizen to understand its implications.
This simplification project aims to enable all readers to
better understand the Charter’s rights and freedoms, thus
reinforcing European citizenship and democracy through
transparency and clearer communication.
Also, the Charter in plain language publicizes in Portugal
the importance of using a simple and direct form of
language, one that the reader understands at first reading,
and uses only common words, avoids complex terms and
flowery sentences, presents information in the clearest way
possible, and eliminates all unnecessary words.
When adopted, in December 2000, the Charter
represented only a political commitment. With the Lisbon
Treaty, in December 2009, the Charter acquired the same
legal value as the European Union treaties.
The Charter’s plain language version doesn’t replace the
original text. That is why we have chosen to present both
clarity2010 conferência
entrada em vigor do Tratado de Lisboa, em 1 de Dezembro
de 2009, a Carta passou a ter o mesmo valor jurídico que
os Tratados (artigo 6.º do Tratado de Lisboa).
texts side by side: the original Charter and the simplified
version. The latter is an informative document and it has
no force in law.
A versão em linguagem simplificada não substitui a
consulta do texto original. Por este motivo, optou-se por
apresentar lado a lado ambos os textos: a Carta legalmente
em vigor e o texto simplificado. A versão simplificada não
tem, pois, força de lei, constituindo um mero documento
de informação e divulgação.
Ingemar Strandvik
Gestor da Qualidade
Direcção-Geral de Tradução
Comissão Europeia
Quality Manager
Directorate-General for Translation
European Commission
Redacção legislativa clara no contexto da
UE – o desafio do multilingualismo
Clear legislative drafting in the EU context
– the challenge of multilingualism
A Agenda da Transparência, com preocupações sobre
‘o déficit de democracia’, ‘a falta de legitimidade’, ‘a
qualidade da legislação’, ‘diminuir a distância entre
os cidadãos e a UE’, etc., entrou em cena quando os
dinamarqueses votaram ‘Não’ ao Tratado de Maastricht
em 1992. Como incidentes semelhantes se seguiram,
desde então que a transparência se tem mantido no topo
da agenda política. Esta contestação à legitimidade da
UE deu origem a acções e medidas concretas (um acordo
interinstitucional na qualidade da redacção legislativa,
um Guia Conjunto de Práticas para a redacção de textos
legislativos, a iniciativa Legislar Melhor, as campanhas
de escrita clara, etc.) e a documentos importantes de
definição de políticas (o White Paper sobre Governação
Europeia, a Iniciativa de Transparência, o Plano D, etc.).
The Transparency Agenda, with concerns about ‘the
democratic deficit’, ‘the lack of legitimacy’, ‘the quality
of legislation’, ‘bridging the gap between the citizens and
the EU’, etc. entered the scene when the Danes voted
no to the Maastricht Treaty in 1992. As similar incidents
have followed over the years, transparency has been at
the top of the political agenda since. This questioning of
the EU’s legitimacy has given rise to a number of concrete
actions and measures (an Inter-institutional agreement on
the legislative drafting quality, a Joint Practical Guide for
the drafting of legal acts, the Better Regulation initiative,
clear writing campaigns, etc.) and to important policy
documents (the White Paper on European Governance, the
Transparency Initiative, the D Plan, etc).
Hoje em dia, toda a gente é claramente a favor da
‘transparência’, da ‘alta qualidade’ e da ‘escrita clara’. No
entanto, o que isto significa em concreto e como atingi-lo
na prática torna-se mais claro quando têm de ser feitas
escolhas concretas. Além disso, a maioria das reflexões
sobre a qualidade legislativa esquecem um aspecto
essencial da transparência, nomeadamente o facto de
que 22 das 23 versões oficiais da legislação europeia são
traduções.
Esta apresentação quer realçar algumas das características
específicas da redacção de textos legislativos da UE para
mostrar que a consciência de certas questões relacionadas
com a tradução é de importância primordial para a
qualidade destas traduções e, consequentemente, para a
qualidade global da legislação da UE e a transparência no
geral.
O que é que a ‘linguagem clara’ e a ‘redacção clara de
textos legislativos’ significam no contexto multilingue da
União Europeia e como é que a qualidade nestas áreas
se relaciona com outros aspectos da qualidade legislativa
de originais e traduções? Isto inclui, concretamente, uma
reflexão sobre a natureza da tradução jurídica na UE e as
diferenças em relação a outros tipos de tradução jurídica.
Inclui também uma análise dos diferentes aspectos da
qualidade e de como estes se relacionam e interagem
entre si, em particular a qualidade da redacção jurídica, da
linguagem e da terminologia.
18
Nowadays, everybody is strongly in favour of ‘transparency’,
‘high quality’ and ‘clear writing’. However, what this means
concretely and how to achieve it in practice is less clear
at the moment when concrete choices have to be made.
Moreover, in most reflections on the legislative quality that
have taken place within this context one essential aspect of
transparency is missing, namely the fact that 22 of the 23
official language versions of the European legislation are
translations.
This presentation aims at highlighting some specific
features of the EU legislative drafting context to show
that awareness of certain translation-related issues
is of paramount importance to the quality of these
translations, i.e. for the overall quality of EU legislation and
transparency at large.
What does ‘plain language’ and ‘clear legislative drafting’
mean in the multilingual context of the European Union
and how does the quality aspect of ‘plain language’ and
‘clear legislative drafting’ relate to other aspects of the
legislative quality of originals and translations? Concretely,
this includes a reflection on the nature of the EU legislative
translation and differences with regard to other kinds of
legal translation. It also includes a discussion on different
quality aspects and how they are inter-related and interact,
in particular the linguistic drafting quality, the legislative
drafting quality and the terminological quality.
clarity2010 conference
Sala 2 | Clarificar contratos
Clarifying contracts | Room 2
John Geiger
Advogado
Director-Geral para a Qualidade
Condado de Los Angeles, EUA
Lawyer
General Manager - Standards & Practices
Los Angeles County, USA
Remodelar um contrato-modelo
Remodelling a model contract
Os pequenos empresários que queriam fazer negócio com
o Condado de Los Angeles, especialmente aqueles que
não tinham a vantagem de ter aconselhamento jurídico,
liam o modelo de contrato do Condado e perguntavam
repetidamente: “Será que isto pode estar escrito de
maneira a que nós possamos compreender?” No entanto,
várias partes do modelo de contrato são retiradas –
palavra por palavra – do código do Condado, das portarias
regulamentares, de memorandos do conselho distrital, da
política de gestão de riscos ou da tradição institucional.
Então, como reescrever quando não podemos reescrever?
Este é um dilema frequente, quer se trabalhe com
documentos já existentes quer quando somos os últimos
participantes na negociação de um contrato.
Small business vendors who wanted to do business with
Los Angeles County, and especially those without the
benefit of legal counsel, read the County’s model contract
and repeatedly asked, “Can’t this be written so we can
understand it?” But significant portions of the County’s
model contract are mandated – verbatim – by County
Code, Board Ordinance, County Counsel opinion memos,
Risk Management policy, or intransigent institutional
memory. So how do you re-write when you cannot rewrite? This is often the dilemma, whether you’re working
with preexisting form documents or are the last participant
to the table in contract negotiations.
Este é um caso de estudo sobre tradução para linguagem
clara a um nível macro, oriundo do maior Condado dos
EUA. O contrato remodelado foi: (1) reestruturado de
forma a justapor conceitos e cláusulas relacionados,
organizado do mais para o menos importante, do geral
para o específico, do usado frequentemente para o usado
raramente, das regras para as excepções; e (2) comentado
com traduções e explicações em linguagem clara para cada
cláusula padrão. Esta abordagem macro permite aumentar
a clareza sem causar grandes revoluções institucionais.
Em Dezembro de 2008, o novo contrato começou a ser
testado no terreno com os empresários do Condado, que
mostraram preferi-lo ao anterior.
O Gabinete das Pequenas Empresas incluiu no seu
simpósio trimestral um módulo sobre contratos
governamentais em linguagem clara. Até à data, o contrato
remodelado já foi apresentado e distribuído em seis destes
simpósios. Com a sua nova estrutura e as suas anotações,
o contrato é agora mais fácil de compreender, mesmo sem
termos retirado a linguagem obrigatória.
O Center for Plain Language em Washington D.C.
reconheceu o contrato remodelado com um ClearMark
Award de Excelência em 2010.
From the largest County in the United States, this is a case
study of plain language legal translation at the macro level.
The remodelled contract is: (1) restructured to juxtapose
related concepts and clauses, placing major before minor,
general before specific, frequently before seldom used,
rules before exceptions; and (2) annotated with plain
language translations and explanations for each Countystandard clause. Perhaps most significantly, this macro
approach allows for clarity without institutional calamity.
Starting in December 2008, the remodelled contact was
field tested with small business entrepreneurs countrywide.
In particular, the County’s Office of Small Business
included a module on government contracts in plain
language during its quarterly Bridging the Gap symposium.
To date, the remodelled contract has been presented and
distributed at six such symposia. Oral feedback and written
evaluations show a strong preference for the remodelled
contact. With its new structure and annotations, the
contract is now easier to understand, without removing the
mandatory language.
The Center for Plain Language in Washington D.C.
recognized the County’s remodelled contact with a 2010
ClearMark Award of Excellence.
Susanne Hoogwater
Advogada Criativa
Legal Visuals, Holanda
Creative Lawyer
Legal Visuals, Netherlands
Visual Contract Index
Visual Contract Index
O Visual Contract Index é um painel visual para contratos,
conjuntos de políticas estandardizadas, termos e condições.
O objectivo é convidar os seus utilizadores a ler e perceber
pelo menos as palavras-chave e o que fica acordado no
documento. Idealmente, isto leva a um maior entendimento
da informação jurídica, antes de se aceitar ou assinar.
This is a visual dashboard for contracts, sets of
standardized policies, and terms and conditions. The
goal is to invite users to read and understand at least
the keywords and agreements of the document. Ideally
this would lead to further engagement with the legal
information, before accepting or signing.
19
clarity2010 conference
O Visual Contract Index fornece um design integrado de
ícones, linguagem clara e um sistema de informação em
camadas através de hiperligações.
The Visual Contract Index provides an integrated design of
icons, plain language and a system of layered information
via hyperlinks.
O Visual Contract Index foi lançado em 2009 e usado
por um pequeno número de empresas. A Legal Visuals
está interessada em projectos-piloto maiores para testar
e avaliar o conceito junto de profissionais e consumidores
privados de informação jurídica.
The Visual Contract Index was launched in 2009 and used
by a small number of business owners. Legal Visuals is
interested in larger pilot projects to test and evaluate the
concept amongst professional and private consumers of
legal information.
Sala 3 | Acesso à informação
Access to information | Room 3
Angela Morelli
Designer de Informação
Universidade Central St Martins , Reino Unido
Information Designer
Central St Martins University, UK
Uma gota no oceano
A drop in the ocean
Angela defende que o design de informação é uma
ferramenta vital para democratizar informação complicada
e muitas vezes inacessível. Não só pode ser usado
para apresentar informação complicada de forma mais
acessível – e para uma audiência maior – como pode
também revelar verdades importantes que de outra forma
permaneceriam escondidas por detrás dos dados. “Os
dados são factos; a informação é o significado que os seres
humanos atribuem a esses factos”, afirmam W. Davies e
A. McCormack no seu livro The Information Age.
Angela is an advocate of the view that Information Design
is a vital tool in democratizing complicated, at times
inaccessible, information. Not only can Information Design
be used to present complicated information in a more
accessible way – making it available to a wider audience
– but it can also reveal important truths which would
otherwise remain hidden behind the data. “Data are facts;
information is the meaning that human beings assign to
these facts”, W. Davies and A.McCormack claim in their
book The Information Age.
Angela irá focar-se em alguns dos seus projectos mais
recentes para ilustrar esta questão. Em particular, irá
descrever uma viagem de 12 meses que nasceu do seu
grande interesse pela Crise da Água. O objectivo do
projecto, baseado numa investigação da UNESCO e da
Universidade de Twente, na Holanda, era tornar a “pegada
de água” de 132 nações visível e aumentar a nossa
consciência deste recurso tão valioso quanto vulnerável.
Angela will focus on some of her recent projects to
illustrate this point. In particular, her presentation will
describe a 12-month journey that arose out of her great
interest in the Water Crisis. The aim of the project, which
was based on research carried out by UNESCO and the
University of Twente in the Netherlands, was to visualize
the water footprint of 132 nations and enhance our
awareness of this vulnerable yet vital resource.
O processo de design mostra claramente como, na
apresentação de dados estatísticos, a exigência de
autenticidade e precisão, a ênfase na acessibilidade e a
clareza tornam a viagem difícil e muitas vezes turbulenta
– muito longe da imobilidade dos números de uma tabela.
Ver uma criança caminhar seis horas todos os dias para ir
buscar água a um charco significa mais para aqueles que o
testemunham do que todas as estatísticas do mundo.
The design process clearly shows how, in the display
of statistical data, the demand for truth and precision,
the focus on accessibility and clarity, makes the journey
difficult and often turbulent – far away from the immobility
of numbers placed in a table of figures. Watching a child
walk six hours every day to collect water from a puddle
means more to those who witness it than all the statistics
they could ever collect in a lifetime.
Um projecto de design não é uma solução completa
– poderá argumentar-se que representa uma “gota no
oceano” – mas nunca devemos menosprezar o poder
dessa gota. Conseguir uma mudança de hábitos não é
uma tarefa fácil, mas só pode decorrer de uma verdadeira
compreensão do problema, de consciência e reflexão.
O design tem um papel insubstituível neste processo,
ajudando a educar, informar e sensibilizar para questões
que não podemos ver com os nossos próprios olhos.
A design project is not a complete solution, it is true –
someone could argue that it represents ‘a drop in the
ocean’ – but we should never underestimate the power of
that drop. Bringing about a change of habits is not an easy
task but it can only follow from a true understanding of the
problem, from awareness and reflection. Design has a vital,
irreplaceable role to play in raising awareness of issues
that we may not be able to witness with our own eyes.
20
clarity2010 conferência
Mark Starford
Director Executivo
Board Resource Center, EUA
Executive Director
Board Resource Center, USA
Carol Risley
Directora do Departamento de Serviços de
Desenvolvimento do Estado da Califórnia, EUA
Chief, California State Department of
Developmental Services, USA
Sinta-se Seguro, Esteja Seguro: prevenção
em linguagem clara
Feel Safer, Be Safer: plain language
disaster preparedness
Embora as agências públicas promovam o planeamento
pessoal como uma boa medida de preparação para
grandes emergências, a maioria dos indivíduos não está
preparado. Os recentes desastres naturais nos EUA e a
nível internacional demonstram a necessidade de mitigar
as suas trágicas consequências. Os cidadãos, sobretudo
as pessoas mais vulneráveis, deficientes, idosos e famílias,
têm poucos recursos para estarem preparados para a
próxima emergência ou desastres.
While public officials promote personal planning as a good
practice measure of readiness for major emergencies,
most individuals are unprepared. The aftermath of recent
natural disasters in the US and internationally tragically
demonstrated the need to mitigate the extent of human
devastation. Community members, particularly vulnerable
persons with disabilities, elderly and families are equipped
with few resources to be ready for the next emergency or
disaster.
O Departamento de Serviços de Desenvolvimento da
Califórnia (DDS), juntamente com o fundo de Segurança
Nacional, responderam a esta necessidade desenvolvendo
o projecto Sentir-se Seguro, Estar Seguro. Uma comissão
composta por pessoas com deficiências criou um
mecanismo de consciencialização e preparação para
partilhar com os seus pares, família, vizinhos e agências
da comunidade.
The California Department of Developmental Services
(DDS), with U.S. Homeland Security funding, answered
the call by developing Feeling Safe, Being Safe. A statewide
committee composed of persons with disabilities created
a mechanism for raising awareness and increasing
preparedness to share with peers, family, neighbors and
community agencies.
Estima-se que 70% dos californianos não estão preparados
para um desastre natural ou para um ataque terrorista.
Em comparação com outros grupos, as pessoas com
deficiência, os pobres e os idosos são os que menos
precauções tomam. Dados recentes do DDS sugerem que
quase 65% dos seus 240.000 clientes têm dificuldade
em ler mais do que frases simples. Um estudo de 2004,
revelou que quase 53% dos trabalhadores de Los Angeles
têm iliteracia funcional.
Sabendo isto, o DDS insistiu que estaria na melhor posição
para identificar capacidades, corroborar necessidades
de preparação e definir como ajudar a ensinar os outros.
Sentir-se Seguro, Estar Seguro é uma formação online com
um design de informação fácil de seguir, uma linguagem
acessível e ferramentas digitais que incorporam uma
estratégia de aprendizagem e de acção chamada PensarPlanear-Fazer. Estas ferramentas servem dois objectivos:
aumentar a preparação para situações de emergência e
criar oportunidades para as pessoas com baixos níveis
de literacia, com deficiências e idosas serem vistas como
membros da comunidade que ajudam os outros.
Uma linguagem clara e um design acessível facilita
realmente a participação total na sociedade e nas
suas responsabilidades. Ao concentrar-se no objectivo,
na audiência e na usabilidade, o projecto Sentir-se
Seguro, Estar Seguro assegura que os seus utilizadores
compreendem a necessidade de preparação e seguem um
plano seguro de acções. As ferramentas são facilmente
adaptáveis, podendo ser usadas em várias regiões, várias
condições de desastre e várias culturas.
O workshop, apresentado pelo criador da ferramenta e
pela representante do DDS, irá demonstrar a metodologia,
as capacidades de replicação e de adaptação a diversas
culturas. Todos os participantes vão receber cópias do
DVD, ferramentas de formação, e estratégias e recursos
fáceis de utilizar, disponíveis em linguagem clara.
21
The California Governor’s Office estimated 70 percent
of Californians are unprepared for natural disasters or a
terrorist attack. Persons with disabilities, the poor and
elderly are least likely to have planning in place compared
to other groups. Recent readability data from DDS suggests
nearly 65 percent of the 240,000 clients have difficulty
reading beyond simple sentences. A 2004 study revealed
nearly 53 percent of workers in Los Angeles, CA region
were functionally illiterate.
Recognizing this, DDS insisted they were in the best
position to identify abilities, support needs to be prepared
and how to help teach others. Feeling Safe, Being
Safe’s sequenced webcast training with an easy-to-follow
informational design, accessible language and digital media
tools incorporate a learning and action oriented strategy
called Think–Plan–Do. These tools serve two objectives:
to increase personal emergency preparedness and create
opportunities for persons with low literacy, disabilities and
elderly to be viewed as community members who assist
others.
Clear language and accessible design does facilitate
full participation in society with its responsibilities. By
concentrating on purpose, audience and usability, Feeling
Safe, Being Safe ensures users understand the necessity
of preparedness for emergencies or disasters and follow a
safe course of action. The tools are easily adapted for use
by variety of regions, disaster conditions and cultures.
This workshop, led by the tool developer and
representative from the Office of Human Rights of the
California Department of Developmental Services, will
showcase the webcast methodology, replication capabilities
and applicability for use in diverse cultures. All attendees
will receive copies of the DVD, training tools and easy to
use strategies and resources available in plain language.
clarity2010 conferência
Eleanor Cornelius
Professora
Universidade de Joanesburgo, África do Sul
Lecturer
University of Johannesburg, South Africa
Há cidadãos mais iguais que outros?
Are some citizens more equal than others?
Análise de uma brochura em linguagem clara
An analysis of a plain language brochure from an applied
linguistic and translation theoretical perspective
A defesa da linguagem clara tem ganho um impulso
bastante significativo em países como os EUA, Canadá,
Inglaterra e Austrália desde a década de 1940. No
entanto, na África do Sul, o movimento para a utilização
da linguagem clara apenas foi introduzido a meio da
década de 1990, a seguir à queda do regime do Apartheid,
portanto num clima político em que a defesa dos direitos
humanos se tornava extremamente importante. Na África
do Sul actual, qualquer cidadão deve estar informado
dos seus direitos básicos, através de uma linguagem
que seja clara e de fácil compreensão. A linguagem do
governo e a legislação são difíceis de compreender e,
consequentemente, o acesso à informação fica limitado.
Num país multilingue e multicultural, a utilização
de línguas africanas indígenas também deveria ser
activamente promovida, de modo a que a 'linguagem clara’
não fosse necessariamente equivalente a 'inglês claro’.
Em 2010 assiste-se a um interesse renovado pela
linguagem clara, com a introdução da nova Lei do
Consumidor. Esta apresenta requisitos de utilização da
linguagem clara que terão um profundo impacto nos
documentos institucionais e dirigidos aos consumidores.
Se um documento for revisto para ficar mais fácil de
compreender, a reescrita em linguagem clara pode
ser vista como uma tradução, um processo em que se
intervém num texto complexo para ajustá-lo à competência
linguística de um público-alvo definido. O objectivo
principal desta revisão é descodificar conteúdo complexo,
diminuindo, assim, as dificuldades de processamento
cognitivo com que o leitor é confrontado. Assim, deve
ser dada particular atenção às características linguísticas
empregues no texto alternativo.
Neste caso de estudo, é feita a análise léxico-gramatical
de uma brochura baseada numa Lei do Parlamento, na
perspectiva da linguagem clara. Mais, a análise tem como
fundamento uma abordagem funcionalista à tradução
teórica, na qual o público-alvo tem o papel principal,
e o objectivo do texto está em primeiro plano. Serão
apresentadas algumas recomendações no que diz respeito
ao cumprimento da legislação sobre linguagem clara na
África do Sul.
13:00 - 14:00 | almoço | lunch
22
Advocacy for plain language has gained remarkable
momentum in countries such as the USA, Canada,
Britain and Australia since the 1940s. However, in South
Africa, the movement for the use of plain language was
only introduced in the mid-1990s, following the demise
of the Apartheid regime, and thus in a political climate
in which the entrenchment of human rights became
critically important. In contemporary South Africa,
ordinary citizens must be informed of their basic rights,
and in language that is clear and easy to understand.
The language of government, the law and legislation is
difficult to understand on every level, and as a result
access to information is constrained. In a multilingual and
multicultural country, the use of the indigenous African
languages should also be actively promoted, and ‘plain
language’ should not necessarily be equated with ‘plain
English’.
In 2010 there is renewed interest in plain language, with
the introduction of the all new Consumer Protection Act.
Its requirements for the use of plain language will have a
profound effect on institutional and consumer documents.
If a document is revised in order to render it easier to
understand, then plain language drafting may be regarded
as a form of intra-lingual translation, a process during
which particular interventions are brought to bear on a
complex text in order to fit the linguistic competence of
a particular target audience. The primary goal of such
revision is to unlock complicated content and to mediate
meaning by lessening any cognitive processing difficulties
the reader may be confronted with. Careful consideration
must therefore be given to the linguistic features employed
in the alternative text.
In this case study a lexico-grammatical analysis of
a brochure, which is based on the content of an act
of parliament, is conducted from a plain language
perspective. In addition, the analysis is strongly grounded
in a functionalist approach to translation theory, in which
the intended target reader occupies the central position,
and the purpose of the text is foregrounded. Some
recommendations will be made with regard to plain
language compliance in terms of legislation in South Africa.
clarity2010 conference
14:00 | sessão plenária | plenary session
Profissionalizar a linguagem clara
Professionalising plain language: an update
Desde 2008 que um grupo de trabalho internacional
se tem debruçado sobre as questões levantadas pela
profissionalização da linguagem clara. Esta sessão vai
incidir sobre o seu segundo relatório, agora publicado, que
explora uma definição, critérios de qualidade, um processo
de certificação profissional e medidas para desenvolver a
investigação e a formação.
An International Plain Language Working Group has been
working on ways to strengthen the institutional struture
for plain language. Its options paper explores a standard
definition, standards and certification, and measures to
promote research, training and advocacy. This plenary
will explore some of the key issues practitioners face in
professionalising plain language.
Sessão presidida por Neil James (Austrália)
Chaired by Neil James (Australia)
Annetta Cheek (EUA), Eamonn Moran (Hong Kong),
Helena Englund Hjalmarsson (Suécia), Karen Schriver
(EUA), Karine Nicolay (Bélgica), Sandra Fisher-Martins
(Portugal), Susan Kleimann (EUA)
Annetta Cheek (USA), Eamonn Moran (Hong Kong),
Helena Englund Hjalmarsson (Sweden), Karen Schriver
(USA), Karine Nicolay (Belgium), Sandra Fisher-Martins
(Portugal), Susan Kleimann (USA)
14:45 | sessões paralelas | parallel sessions
Sala 1 | Aplicar a linguagem clara I
Applying plain language I | Room 1
Daphne Perry
Formadora, Consultora
e Autora de Conteúdos em Linguagem Clara
Clarifynow, Reino Unido
Plain English Trainer, Writer and Consultant
Clarifynow, UK
Simplificar os precedentes de uma firma de
advogados
Putting a law firm’s precedents into plain
language
Em 2006, uma firma de advogados de Londres decidiu
adoptar a linguagem clara. Um dos primeiros projectos foi
passar todos os seus documentos anteriores – cláusulas,
acordos, regras e orientação – para inglês claro.
In 2006 a City of London law firm launched its plain
language movement. One of the first projects was to start
putting its precedent documents – clauses, agreements,
rules and guidance – into plain English.
Esta apresentação irá descrever:
This presentation will describe:
•
como seleccionámos os primeiros documentos
•
how we selected the first target documents
•
como organizámos o trabalho
•
how we organised the work
•
as questões legais que emergiram
•
legal issues that emerged from the work
•
os standards para reescrever os documentos
•
the standards set for the rewritten documents
•
como medimos o sucesso do projecto
•
how we measured success
•
o impacto do projecto na organização e nos seus
clientes
•
the impact of the project on the organisation and its
clients
•
os próximos passos do projecto.
•
the next steps for the project.
Ysmar Vianna
Engenheiro
MJV Tecnologia, Brasil
Engineer
MJV Tecnologia, Brazil
Eliminar o “Segurês”
Getting rid of “insurancese”
Este trabalho foi realizado para uma seguradora de
renome, que tinha a necessidade de se aproximar de
seus usuários. Dentre as barreiras, a linguagem técnica
(“segurês”) era apontada como um dos maiores problemas.
This project was carried out for a renowned insurance
company, which felt the need to establish a closer
relationship with its users. Among the barriers it faced,
technical language (or ‘insurancese’) was pointed out
23
clarity2010 conference
O trabalho consistiu em investigar e apontar directrizes
para melhorar o entendimento dos segurados sobre os
serviços prestados pela seguradora. Para tanto, aplicámos
a metodologia de Design de Serviços centrado no usuário
e realizámos pesquisa etnográfica com segurados,
prestadores de serviços, corretores de seguro e executivos
da seguradora. Analisámos e sintetizámos os dados
levantados, cruzando essas informações, para identificar
os pontos de contacto segurado/seguradora, personas e
critérios para nortear o desenvolvimento.
as one of the major issues. The project consisted in
researching and defining guidelines to ensure that all the
clients understood the services provided by the insurer.
Ideias e soluções inovadoras foram criadas
colaborativamente pelas equipes da MJV e da seguradora,
a partir das informações recolhidas nas fases anteriores.
Concluímos que o segurado tem uma grande dificuldade
em compreender os impressos que lhe são enviados. Essa
‘barreira’ teve de ser vencida através da elaboração de
comunicação dependente do contexto em que o segurado
está no momento em que a comunicação é feita. Por
exemplo, foi constatado que o usuário não sabia como
proceder no momento do acidente, por conta do stress
da situação em si e por falta de informações claras
acessíveis no momento. A solução foi elaborar material
cuja linguagem textual e gráfica fosse análoga à utilizada
em situações de emergência (semelhante ao utilizado em
aviões), de cunho didático e postura amigável.
Using this data, innovative ideas and solutions were
developed cooperatively by the MJV team and the
insurers’ team. We concluded that the insured has trouble
understanding the forms. We had to overcome that barrier
by creating materials adjusted to the users’ context when
they receive them.
For instance, we found that the user did not know how
to proceed when an accident occurred, mainly due to the
stress it caused and the lack of timely, clear and accessible
information. Our answer was to create material with
graphical and textual languages similar to those used in
emergency situations (like in airplanes) with an educational
and friendly look.
Antes da implementação, prototipámos diversos materiais
de comunicação com os segurados, para validar o
entendimento que tínhamos dos problemas e suas
soluções. Através dos protótipos de baixa fidelidade foi
possível, em um curto período de tempo, avaliar múltiplos
conceitos e identificar novos requisitos.
Numa primeira fase, a implementação consistiu na
produção de uma ‘webpage’ personalizada para cada
segurado e um kit de boas vindas impresso para ser
enviado para cada seguro contratado. O projeto foi
realizado com a participação de cientistas da computação,
designers, antropólogos, desenvolvedores de negócios e
publicitários, trabalhando juntos em equipe.
We applied user-focused service design methodologies
and performed an ethnographic study with insured
people, service providers, insurance brokers and insurance
executives. We analysed, synthesized and cross-checked
all the data to identify contact points between the insurer
and the insured, personas and criteria to guide the
development.
Before we implemented this project, we prototyped several
communication materials with insured people, in order to
validate our understanding of their problems and possible
solutions. Through low-fidelity prototypes, we were able to,
in a short period of time, evaluate multiple concepts and
identify new requirements.
In this first stage, the implementation consisted of building
a personalized web page for each insured and a printed
welcome kit to be sent out with each contract. The project
was a team effort involving computer scientists, designers,
anthropologists, business developers and advertisers.
Steve Blunt
Renee Cullinan
Director
Cisco Systems, EUA
Sócia-gerente
Atalanta Partners, EUA
Senior Director
Cisco Systems, USA
Managing Partner
Atalanta Partners, USA
A Cisco Systems executa a sua estratégia
através da clareza
Cisco systems drives strategy execution
through clarity and alignment
Iremos demonstrar o poder e a necessidade de uma
linguagem clara, explícita e simples para sustentar a
execução da estratégia dentro de grandes empresas com
uma estrutura complexa.
We will demonstrate the power and necessity of clear,
explicit, plain language to support strategy execution within
large, complex corporations.
Background
Cisco Systems é uma empresa que vale 36 mil milhões
de dólares com sede em San Jose, Califórnia, que
emprega 65.000 pessoas a nível internacional. A sua
área de serviços, a Cisco Services, representa cerca
de 20% (sete mil milhões de dólares) do seu lucro,
a maioria do qual é gerado através de parcerias com
outras empresas. No ano passado, a Cisco Services
definiu uma nova visão para a forma de trabalhar com
esses parceiros. Para que se concretize, é necessário
um forte compromisso e colaboração entre todos os
trabalhadores da empresa – do Departamento de Vendas,
24
Background
Cisco Systems is a $36B technology company based in
San Jose, California employing 65,000 people globally.
Its services organization, Cisco Services, represents 20%
($7B) of Cisco’s revenue, most of which is generated
through partnerships with business partners. Last year, the
Cisco Services organization established a bold new vision
for how it would do business with those partners. In order
to succeed, strong commitment and collaboration across
the organization was required – from Sales, Marketing,
Legal, Operations, Finance, Regional Leadership, and
others.
clarity2010 conferência
de Marketing, Jurídico, de Projectos, Financeiro, Liderança
Regional, entre outros. Reconhecendo o elevado nível
de complexidade e risco, a direcção criou uma grande
equipa de projecto multidisciplinar e multifuncional. Um
dos primeiros projectos foi um documento de requisitos
que iria servir como ponto de referência para todas as
actividades de execução da estratégia da empresa. A
equipa criou um denso documento de 180 páginas para
validação. Embora tecnicamente correcto, o documento
era estruturalmente complicado, ambíguo e assente em
jargão técnico e acrónimos. Em vez de ser aprovado, o
documento levantou mais de 400 questões e rapidamente
se tornou claro que os membros da equipa de projecto
tinha visões substancialmente diferentes dos principais
objectivos a que a empresa se propunha. Tornou-se
igualmente claro que, sem um alinhamento, o projecto iria
falhar, custando à empresa dezenas de milhões de dólares.
A solução
Steven Blunt e a Atalanta Partners iniciaram o processo
de produção de um novo documento de requisitos
que reunisse o apoio total da equipa executiva e, mais
importante que isso, que demonstrasse que a equipa tinha
o alinhamento e o empenho necessários para a execução
do projecto. Desenhámos uma abordagem centrada na
clareza da linguagem e na clareza visual. Como resultado,
foi criado um novo documento de requisitos com 50
páginas numa linguagem clara, que reflectia a sabedoria
colectiva e as decisões tomadas em conjunto pela equipa.
O documento de requisitos foi ratificado e continua a servir
como ponto de referência.
Nesta sessão, iremos partilhar:
•
Os desafios de executar estratégias multifuncionais
num ambiente altamente complexo e interdependente
•
As práticas e ferramentas específicas que
desenvolvemos e implementámos para ultrapassar
esses desafios
•
As lições que aprendemos
•
Exemplo do ‘antes’ e ‘depois’ do documento de
requisitos.
Sala 2 | Traduzir com clareza
Katrin Hallik
Especialista em Planeamento da Linguagem
Instituto da Língua, Estónia
Senior Language Planner
The Institute of the Estonian Language
A experiência única do planeamento da
língua estónia nos textos da EU
O planeamento da linguagem da UE foi lançado no
Instituto da Língua Estónia em Maio de 2008, pelo
Ministério da Educação e Pesquisa como resposta às
necessidades dos tradutores estónios a trabalhar nas
instituições da UE.
A Unidade de Planeamento da Língua da UE é
actualmente composta pela terminologista Katre Kasemets
e pela especialista em planeamento da linguagem Katrin
Hallik. O principal objectivo desta unidade é promover
a utilização da linguagem clara nos textos estónios da
UE e na legislação estónia. Oferecemos formação em
25
Recognizing the high level of complexity and risk,
executives funded a large cross-functional project team.
One of the early deliverables was a requirements document
that would serve as the reference point for all strategy
execution activities. The team created a dense 180-page
requirements document for ratification. While technically
sound, the document was structurally complicated,
ambiguous, and heavily reliant on lingo and acronyms.
Instead of being approved, it prompted over 400 questions
and it quickly became clear that members of the project
team had substantively different interpretations of key
assumptions and goals. It also became clear that without
alignment, the project would fail, costing the company tens
of millions of dollars.
The solution
Steve Blunt and Atalanta Partners initiated a process to
produce a new requirements document that would have
the full support and ratification of the executive team and,
more importantly, would indicate that the working team
had the necessary alignment and commitment required for
execution. We designed an approach with clear language
and visual clarity at its core. As a result, a new 50-page
requirements document was created with clear prose that
reflected the collective wisdom and decisions of the team.
The requirements document was ratified and continues to
serve as a point of reference.
In this session, we will share:
•
The challenges of successfully executing
cross‑functional strategies in a highly complex,
interdependent environment
•
The specific practices and tools we developed and
implemented to address those challenges
•
The lessons learned
•
Samples of the ‘before‘ and ‘after‘ requirements
document
Translating for clarity | Room 2
Katre Kasemets
Terminologista Sénior
Instituto da Língua, Estónia
Senior Terminologist
The Institute of the Estonian Language
Unique experience of Estonian language
planning in EU texts
EU language planning was launched at the Institute of
the Estonian Language in May 2008 by the Ministry
of Education and Research in response to the needs of
Estonian translators working in EU institutions.
The EU Language Planning Unit is currently composed of
senior terminologist Katre Kasemets and senior language
planner Katrin Hallik. The main goal of the unit is to
enhance clear language usage in Estonian EU-texts and
Estonian legislation. It provides complementary training
on Estonian language and terminology to the translators,
interpreters, and officials working with EU legislation
clarity2010 conferência
língua e terminologia estónias a tradutores, intérpretes
e funcionários que trabalhem com a legislação europeia
no Luxemburgo e em Bruxelas, mas também na Estónia.
Damos consultoria em linguística e terminologia,
realizamos pesquisa e palestras, cooperamos com
universidades na formação de tradutores, e compilamos e
publicamos brochuras e artigos sobre tradução. Até agora,
foram publicadas duas colecções de artigos: A Língua da
União Europeia como nossa Língua Comum e É possível
usar linguagem clara e simplificada nos textos europeus?
A primeira contém artigos de linguistas estónios,
planeadores de língua e participantes no Simpósio
Internacional de tradução de textos da UE, que teve lugar
em Talin em 2007. A segunda é composta por artigos de
terminologistas e tradutores seniores dos departamentos de
língua estónia nas instituições da UE.
A unidade organiza ainda workshops anuais para
tradutores freelancer a trabalhar na Estónia e fornece apoio
através do seu site (eurokeelehoole.eki.ee).
Nesta apresentação vamos descrever o modelo estónio
de serviço público de consultoria de linguagem clara.
Daremos uma perspectiva geral da parte prática do
trabalho e exemplos concretos dos obstáculos e desafios
enfrentados pelos tradutores estónios.
in Luxembourg and Brussels, as well as in Estonia. In
addition, it offers terminological and linguistic consultation,
research and lectures on Estonian eurolanguage, provides
translator training syllabus for universities, and compiles
and publishes brochures and articles on translation.
So far, two collections of articles have been published:
The Language of the European Union as Our Common
Language and Is It Possible To Use Clear and Simple
Language in Eurotexts?. The first contains articles by
Estonian linguists, language planners, and participants of
an international symposium on the translation of the EU
texts, held in Tallinn in 2007. The latter is composed of
articles by senior terminologists and translators working at
the Estonian language departments of EU institutions.
The unit has also organized annual workshops for freelance
translators working in Estonia and provides support via its
website (eurokeelehoole.eki.ee).
The presentation will offer an insight into the Estonian
model of state-supported clear language consultation
service. It will provide an overview of the practical side of
the work and share concrete examples of the obstacles and
challenges faced by the Estonian translators.
Taru Virtanen
Tradutora Sénior
Gabinete do Primeiro-Ministro, Finlândia
Senior Translator
Prime Minister’s Office, Finland
O trabalho de terminologia do Governo
para promover a clareza
Government terminology work to promote
clarity
O objectivo desta apresentação é descrever o papel do
trabalho do Governo na área da terminologia na melhoria
da consistência e da transparência das traduções de textos
jurídicos e administrativos na Finlândia.
The purpose is this presentation is to describe the role of
government terminology work in improving the consistency
and transparency of the translations of legal and
administrative texts in Finland.
A Constituição da Finlândia declara que “as línguas
nacionais da Finlândia são o finlandês e o sueco. O direito
de cada pessoa usar a sua língua, finlandês ou sueco,
perante os tribunais e outras autoridades e de receber os
documentos oficiais nessa língua é garantido por Lei”. Com
esta finalidade, o Gabinete do Primeiro-Ministro fundou a
Comissão da Língua Sueca, um elemento coordenador para
as questões relacionadas com a utilização do sueco pelas
autoridades governamentais na Finlândia. A Comissão
publica manuais e directivas e organiza formações de
linguagem jurídica em sueco. Em Maio de 2010, publicou
uma versão revista de Svenskt lagspråk i Finland, Slaf.
Este guia apoia a harmonização da linguagem jurídica em
sueco na Finlândia.
The Constitution of Finland states that the “national
languages of Finland are Finnish and Swedish. The right
of everyone to use his or her own language, either Finnish
or Swedish, before courts of law and other authorities,
and to receive official documents in that language,
shall be guaranteed by an Act”. To this end, the Prime
Minister’s Office has set up the Swedish Language Board,
a coordinating body for questions relating to the use of
Swedish by government authorities in Finland. The Board
publishes handbooks and instructions and organises
training on Swedish legal language. In May 2010, it
published a revised version of Svenskt lagspråk i Finland,
Slaf. This guide supports the harmonising of Swedish legal
language in Finland.
O Gabinete do Primeiro-Ministro dispõe também de
um Serviço de Terminologia integrado na Unidade
de Tradução do Governo. O serviço é responsável por
compilar glossários e dar orientações sobre a terminologia
relacionada com a administração do Estado. O objectivo é
estabelecer e harmonizar a terminologia nos ministérios,
tanto nas línguas nacionais como estrangeiras. O Serviço
de Terminologia produziu, em cooperação com o Ministério
da Justiça, um conjunto de instruções para traduzir textos
jurídicos para línguas estrangeiras. Além das orientações
gerais, o pacote oferece instruções concretas, modelos e
The Prime Minister’s Office also houses a Terminology
Service which functions as part of the Government
Translation Unit. The Service is responsible for compiling
glossaries and providing guidance on terminology related
to the Finnish state administration. The objective is
to establish and harmonise terminology within the
government ministries both in national and foreign
languages. As part of its duties, the Terminology Service
has produced, in cooperation with the Ministry of Justice,
a set of instructions for translating legal texts into foreign
languages. In addition to general guidelines, the package
26
clarity2010 conference
glossários para redactores e tradutores jurídicos.
Os projectos de glossários nascem da necessidade
de fornecer uma terminologia clara, consistente e
estandardizada para ser usada num determinado campo
da administração pública. Os projectos são levados a
cabo num regime de colaboração entre terminologistas,
funcionários públicos e outros especialistas na área
em causa. Os glossários analisam os conceitos-chave
seleccionados e determinam as relações entre eles. As
descrições são sempre fornecidas nas línguas nacionais
e num número seleccionado de línguas estrangeiras. O
Serviço de Terminologia está envolvido na elaboração
de cerca de 20 glossários, a maioria dos quais
disponibilizados na Internet. Produz também glossários
ad hoc de acordo com as necessidades de tradução
temáticas dos ministérios (por exemplo, procedimentos
governamentais, a gripe das aves e a política ambiental).
Nesta conferência, iremos examinar o trabalho de
terminologia a partir do ponto de vista de um tradutor.
offers concrete instructions, models and glossaries for law
drafters and translators.
Glossary projects are based on a recognised need to
provide a clear and consistent terminology that will set out
a standard for use in a certain field of state administration.
The projects are carried out in cooperation among
terminologists, civil servants and other specialists in the
given field. The glossaries analyse chosen key concepts
and determine the relations between them. Descriptions
are always provided in the national languages and in a
chosen number of foreign languages. The Terminology
Service has been involved in the drawing up of 20
glossaries, most of them available on the internet.It also
produces ‘ad hoc’ glossaries in accordance with ministries’
topical translation needs. Such glossaries have been
compiled, for example, on government rules of procedure,
avian flu and climate policy.
The conference presentation intends to examine the
terminology work from a translator’s point of view.
Caroline Lindberg
Advogada
CLEO (Community Legal Education Ontario),
Canadá
Staff Lawyer
CLEO (Community Legal Education Ontario),
Canada
“Os seus direitos. A sua linguagem.”
Desenvolver recursos multilingues de
Direito em linguagem clara
‘Your Rights. Your Language.’
Developing plain language multilingual
legal information resources
CLEO é uma clínica jurídica pública sedeada na província
canadiana de Ontário. A nossa equipa inclui advogados
e editores com conhecimentos de linguagem clara.
Desenvolvemos materiais e projectos para pessoas com baixos
rendimentos e para grupos minoritários, incluindo pessoas
com baixos níveis de literacia, imigrantes e refugiados, idosos,
mulheres e trabalhadores em situação de vulnerabilidade. Ao
fornecermos informação prática sobre a legislação tão simples
e clara quanto possível, ajudamos as pessoas a compreender
e a exercer os seus direitos.
CLEO (Community Legal Education Ontario/Éducation
juridique communautaire Ontario) is a publicly funded
legal clinic based in the Canadian province of Ontario.
Our staff includes lawyers and editors with plain language
skills. We develop materials and projects for people with
low incomes, and other disadvantaged groups, including
people with literacy challenges, immigrants and refugees,
seniors, women, and vulnerable workers. By providing
practical information about the law as simply and clearly
as possible, we help people understand and exercise their
legal rights.
Há alguns anos, encetámos o projecto de produzir materiais
escritos e áudio em linguagem clara, em árabe, chinês,
somali, espanhol, tâmil e urdu, assim como nas línguas
oficiais do Canadá, o inglês e o francês. Este projecto-piloto
foi levado a cabo em estreita colaboração com um grupo
comunitário que nos aconselhou acerca de cada uma das
línguas e das necessidades de informação jurídica das suas
comunidades. Este grupo ajudou-nos a escolher os temas
e a desenvolver o conteúdo para os textos em inglês claro.
Os focus groups deram-nos a informação necessária para
fazer com que as traduções fossem culturalmente sensíveis e
legíveis.
O projecto tinha como objectivos abordar algumas das
principais necessidades de informação jurídica das
comunidades vulneráveis e descobrir as melhores práticas
para produzir materiais multilinguísticos em linguagem jurídica
clara.
A nossa apresentação descrever o modo como implementámos
o projecto e quais as boas práticas e lições que retirámos da
criação de materiais jurídicos fáceis de compreender, em texto
e áudio, para uma audiência multilingue. Discutiremos o papel
dos advogados na garantia do rigor da informação, em inglês
e na tradução, enquanto colaboram com outros profissionais e
membros da comunidade
27
A few years ago, we embarked on a project to produce
plain language text and audio materials in Arabic, Chinese,
Somali, Spanish, Tamil and Urdu, as well as Canada’s
official languages, English and French. This pilot project
was carried out in close collaboration with a community
advisory group who brought expertise in each of the
languages and in the legal information needs of their
communities. The advisory group helped choose the topics
and develop the content for the English plain language
texts. Community focus groups provided input to make the
translations culturally sensitive and readable.
The project’s key goals were to address some critical
legal information needs of underserved communities and
to learn more about best practices for producing plain
language multilingual legal information resources.
Our presentation will include further details about how
we undertook the project and we’ll expand on what best
practices we suggest and the lessons we learned about
creating easy-to-understand legal information in text and
audio for a multilingual audience. We will discuss the
role of lawyers in ensuring accuracy of the information, in
English and in translation, while working collaboratively
with other professionals and community members.
clarity2010 conference
Sala 3 | Clareza para principiantes
Clarity for beginners| Room 3
Anki Mattson
Especialista em Linguagem Clara
Språkkonsulterna, Sweden
Plain-language Expert
Språkkonsulterna, Suécia
Linguagem clara – o que é preciso?
Plain language – what does it take?
No meu trabalho como consultora de linguagem clara,
discuto frequentemente velhos e novos métodos para
atingir a linguagem clara e os ideais por trás dela. Em
todas as camadas da sociedade encontro pessoas que
questionam a linguagem clara, desde especialistas
jurídicos a directores-gerais. Pode ser um desafio encontrar
boas respostas às questões que surgem nestas discussões!
In my work as a plain-language consultant I often discuss
old and new methods of achieving plain language, and
the ideals behind them. People from all levels of society
seem to question plain language, from legal experts to
chief-executives. It can be a challenge to find satisfactory
answers to the questions that arise in those discussions!
A linguagem clara melhora a sociedade: Temos a certeza
de que a linguagem clara melhora a sociedade? Será que
a transparência é sempre a melhor opção para manter as
pessoas em segurança?
Plain language makes a better society: Are we sure that
plain language improves society? Is openness always the
best option to keep everyone safe?
Exigências regulamentares sobre linguagem clara nas
agências estatais e noutros organismos oficiais: Será que
podemos impor a clareza através de leis e regulamentos?
Será que esta poderá evoluir naturalmente com o tempo?
O acesso a especialistas certificados é essencial para o
sucesso da simplificação da linguagem: Que papel devem
ter os especialistas em linguagem clara? Será que os
outros especialistas podem deixar a escrita para os peritos
em linguagem clara? Quem é realmente responsável pela
linguagem especializada?
Incluir formação em comunicação clara em toda a
educação superior (Direito, Economia, Tecnologia, etc.):
Será que se deveria deixar a aprendizagem de técnicas de
linguagem clara interferir com a educação especializada?
Será que a linguagem clara iria roubar atenção aos temas
‘reais’ de uma educação superior?
Incluir a linguagem clara nos objectivos de todos os
funcionários públicos: Será que os funcionários públicos
têm o tempo e os conhecimentos necessários para
comunicar em linguagem clara? Como poderão saber se o
estão a fazer da melhor forma? Quem são os responsáveis?
Investigar e avaliar para perceber o que é realmente
mais compreensível: Será que a linguagem clara é
efectivamente mais fácil de perceber? Que sintaxe, que
palavras e que princípios podemos usar? Quem garante
que o que defendemos resulta numa comunicação mais
clara?
These are some of the topics I will cover:
Regulation demanding plain language from state agencies
and other official bodies: Can we force plain language on a
society by imposing laws and regulations? Would it evolve
naturally, given enough time?
Access to authorised plain-language experts is essential
for successful plain-language work: What role should plain
language experts play? Can the specialists leave the writing
and communicating to the plain-language experts? Who is
really responsible for the expert language?
Including clear communication and plain language
in all higher education (law, economics, technology,
for example): Should learning to communicate in plain
language be allowed to interfere with specialist education?
Would plain language shift the focus away from the ‘real’
topics in higher education?
Plain language as a goal for all civil servants: Do
civil servants have the time and knowledge needed to
communicate in plain language? How can they tell if they
are doing it properly? Who is responsible?
Research establishing and questioning what really is
more comprehensible: Is plain language really easier to
understand? Which syntax should we use, which words,
and which disposition principles? Who makes sure that
what we advocate leads to clearer communication?
Sarah Carr
Redactora e Editora
Carr Consultancy / Plain Language Commission,
Reino Unido
Freelance Writer and Editor / Associate
Carr Consultancy / Plain Language Commission,
UK
Espalhar a palavra: escrever uma
newsletter em linguagem clara
Spreading the word: experiences of writing
a plain-language newsletter
Em Janeiro de 2007, a Plain Language Commission (PLC)
lançou uma newsletter gratuita mensal, a Pikestaff, que
eu escrevo e que é editada pelo director de investigação,
In January 2007, Plain Language Commission (PLC)
launched a free monthly newsletter, Pikestaff, which I write
and research director Martin Cutts edits. By the time of the
28
clarity2010 conferência
Martin Cutts. Na altura desta conferência, teremos
publicado cerca de 40 edições, para cerca de 2000
clientes, colegas, entre outros. O feedback tem sido positivo
e os dados informais sugerem benefícios para o negócio.
conference, we will have published over 40 issues, now
distributed to around 2,000 customers, colleagues and
others. Informal feedback has been positive, and anecdotal
evidence suggests that it has boosted business.
Esta sessão irá relatar as nossas experiências com a
produção da Pikestaff. Como enquadramento, iremos usar
as cinco fases do processo de escrita da PLC:
This session will describe our experiences of producing
Pikestaff. It will use as a framework for this the PROCESS
method (PLC’s five-stage approach to writing) – and will
include the following topics:
Objectivo
O que queremos alcançar através da produção da
newsletter, quais os nossos leitores-alvo, título, frequência
e momento de publicação, método de distribuição,
promoção e atracção de novos leitores.
Conteúdo
Tamanho médio, temas, tipo e dimensão dos artigos,
rubricas regulares, encorajar contribuições de outras
pessoas, assegurar a exactidão dos conteúdos, arquivar.
Estrutura
Organizar temas e itens, ajudas à navegação, utilização de
gráficos, pensar no layout e no design.
Estilo
Linguagem usada, explicação de jargão técnico, assegurar
a exactidão.
Revisão total
Editar e rever a newsletter final, lidar com erros que nos
escapam.
Com base no trabalho que desenvolvi para a PLC e na
minha experiência como freelancer na escrita e edição
de outras newsletters, esta sessão apresentará dicas
e identificará possíveis dificuldades. Encorajará os
participantes a partilhar as suas próprias experiências na
produção e leitura de diferentes newsletters.
16:00 | intervalo | coffee break
29
Purpose
What you want to achieve through producing a newsletter,
target readers, thinking of a title, frequency and timing,
method of distribution, promoting the publication and
attracting new readers.
Content
Overall length, topics, article types and length, regular
slots, encouraging contributions from others, ensuring
factual accuracy, archiving content.
Structure
Organising topics and items, navigational aids, using
graphics, thinking about layout and design.
Style
Language used, explaining technical jargon, ensuring
accuracy.
Revision of everything
Editing and proofreading the finished newsletter, dealing
with any errors that slip through the net.
Based on what has worked for PLC and my freelance
experience of writing and editing other newsletters, the
session will provide tips and identify possible pitfalls. It will
encourage participants to add to these by sharing their own
experiences of producing and reading different newsletters.
clarity2010 conferência
16:15 | sessões paralelas | parallel sessions
Sala 1 | A clareza pode ser regulada?
Can clarity be regulated? | Room 1
Annetta Cheek
Presidente
Center for Plain Language, EUA
Chair
Center for Plain Language, USA
A batalha pela Lei
The battle of the Bill
Como conseguir que a legislatura aprove uma lei que apoie
a linguagem clara? Esta comunicação irá apresentar os
esforços dos apoiantes da linguagem clara para conseguir
que o Congresso dos Estados Unidos aprovasse uma lei
que exige que todas as agências federais redijam certos
documentos em linguagem clara. Irei pôr-vos ao corrente
da situação actual, como chegámos até aqui e o que irá
acontecer no futuro.
How do you get your legislature to pass a bill supporting
plain language? This paper will explore the efforts of plain
language supporters to get the United States Congress
to pass a bill requiring federal agencies to write certain
documents in plain language. I’ll report on where we are,
how we got there, and what happens next.
Eva Olovsson
Especialista em Linguagem
Språkrådet – Instituto de Línguas da Suécia
Language Expert
Språkrådet – The Language Council of Sweden
A Lei da Linguagem e as autoridades
públicas
The Language Law and the Public
Authorities
A Suécia adoptou uma política de língua oficial em 2005
e uma Lei da Língua em 2009. Por fim, o estatuto da
Suécia como uma sociedade multilingue foi oficialmente
reconhecido, com o sueco como a língua principal.
Sweden adopted an official language policy in 2005 and
a Language Law in 2009. At last Sweden’s status as a
multilingual society, with Swedish as its main language,
was officially recognised.
A Lei da Língua é uma lei genérica, que não prevê sanções.
Não contém detalhes sobre a linguagem, com excepção da
chamada cláusula da Linguagem Clara que faz a seguinte
recomendação: “A linguagem do sector público deve ser
correcta, simples e compreensível”.
The Language Law is a framework law which does not
involve any legal sanctions. It contains no details about
language except in the so called Plain Language clause
which prescribes: “The language of the public sector is to
be cultivated, simple and comprehensible.”
Qual o impacto desta lei na utilização da linguagem, até
agora? Como é que a lei é aplicada pelas autoridades
públicas, organizações, universidades, escolas, etc.? Qual
a reacção das autoridades, dos media, do público?
What is the impact on language usage so far? How is
the law applied by public authorities, organisations,
universities, schools etc.? What are the reactions among
the authorities, the media, the public?
Språkrådet, o Instituto de Línguas da Suécia, é, antes
de mais, responsável por colocar em prática a política
de língua oficial e por supervisionar a aplicação da Lei
da Língua. Algumas das suas principais tarefas dizem
respeito à redacção e publicação de manuais, guias de
estilo e listas detalhadas de palavras que aconselham os
funcionários nas questões linguísticas, e à condução de
projectos de investigação em linguagem. Outras tarefas
importantes passam por monitorizar o cumprimento
da legislação, informar o público sobre a nova lei e os
objectivos da política de língua e analisar questões ligadas
à língua e à linguagem.
Språkrådet, the Language Council of Sweden, is primarily
responsible for putting the official language policy into
practice and for monitoring the application of the Language
Law. Important tasks are to write and publish handbooks,
style manuals and detailed word lists, to give advice
in questions of language usage, and conduct language
research. Other important tasks are monitoring that
legislation is observed, informing the public about the new
law and the language policy goals and investigating what is
happening in Sweden in language matters.
Vou resumir o primeiro ano e meio desta Lei, apresentando
algumas reacções e interpretações que dela fazem quando
aplicada em vários contextos. Por fim, falarei sobre o
modo como o Instituto de Línguas irá acompanhar a
implementação da Lei.
30
I will summarise the first year and a half of the Language
Law by presenting some of the reactions to the law
and some of its interpretations when applied in various
contexts. Finally, I will comment on how the Language
Council will follow up the Language Act.
clarity2010 conference
Marina Posniak
Arquitecta de Informação
Siegel+Gale, EUA
Information Architect
Siegel+Gale, EUA
Como se regula a simplicidade?
How do you regulate simplicity?
Vamos explorar as vantagens e as desvantagens de três
abordagens aos deveres de informação: Regras, Modelos e
Orientações.
We will explore the benefits and drawbacks of three
approaches to disclosure: Rules, Models and Guidelines.
Ao investigar a maneira de desenvolver modelos eficazes,
abordaremos questões relacionadas com audiência,
boas práticas, canais de divulgação, estrutura, escrita
em linguagem clara, design de informação e pesquisa
do consumidor. Como muitas das formas de pesquisa
do consumidor não são adequadas à investigação de
documentos, vamos concentrar-nos numa definição de
pesquisa do consumidor em que tanto a compreensão
como a percepção são avaliadas.
A trabalhar há 30 anos como consultores para os
sectores público e privado, já vimos regulamentos
bem‑intencionados darem origem a maus resultados
durante a implementação e conhecemos diversas empresas
que contornavam o espírito da lei.
Delving into how to develop effective models, we will
explore issues of audience, best practices, delivery
channels, structure, plain language writing, information
design and consumer research. Since many forms of
consumer research are not well suited to researching
documents, we will focus on defining consumer research
so that both comprehension and perception are measured.
Having worked for over thirty years as consultants to
industry and government, we have seen well-intentioned
regulation go awry during implementation and witnessed
companies circumvent the spirit of regulation.
Our presentation will be of interest to both the writers of
regulations and their audiences.
A nossa apresentação será de interesse tanto para quem
escreve regulamentos como para quem tem de os utilizar.
Deborah Bosley
Professora Adjunta de Inglês
UNC Charlotte, EUA
Uma visão global dos novos regulamentos
e leis americanos que exigem linguagem
clara
Os EUA aprovaram recentemente várias leis e
regulamentos federais que exigem a utilização da
linguagem clara nos sectores financeiro, da saúde e dos
seguros. Esta apresentação irá explicar os requisitos da
linguagem clara destas novas leis, discutir potenciais ou
actuais pontos de pesquisa sobre ‘compreensibilidade’ de
documentos produzidos devido a estes novos requisitos
e mostrar exemplos de ‘boas práticas’. As leis a discutir
dizem respeito a:
1. Lei da Protecção do Paciente e dos Cuidados Médicos
Acessíveis: muitas vezes referida como Reforma do
Sistema de Saúde, inclui cláusulas que exigem um plano
de informação em “linguagem clara”.
2. Comissão de Valores Mobiliários americana: os
regulamentos mais recentes exigem maior transparência
e clareza nas procurações que os accionistas recebem
antes das reuniões anuais das empresas públicas. Estes
regulamentos reforçam a importância da utilização de
linguagem clara para explicar, entre outras coisas, os
prémios dos administradores.
3. A Lei de Responsabilidade na Utilização do Cartão de
Crédito exige que a maioria da informação que está inscrita
na parte de trás dos extractos do cartão de crédito seja
escrita de forma “clara e evidente” (o que é geralmente
31
Associate Professor of English
UNC Charlotte, USA
An overview of new U.S. laws and
regulations requiring plain language
The U.S. recently passed several laws and regulations at
the federal level that require the use of plain language
in the financial, health, and insurance sectors. This
presentation will explain the plain language requirements
for these new laws, discuss existing or potential research
on the ‘understandability’ of documents produced as a
result of these new requirements, and show ‘best practices’
examples. The laws to be discussed are
1. PPACA: Patient Protection and Affordable Care Act,
often referred to as Healthcare Reform, includes provisions
that require 'plain language" plan information
2. SEC: Securities Exchange Commission: Recent
regulations require more transparency and clarity in proxy
statements that shareholders receive prior to the annual
meetings of public companies. These regulations increase
the focus on the use of plain language to explain, among
other things, executive compensation.
3. CCARD: The Credit Card Accountability Responsibility
& Disclosure Act requires that most of the information
appearing on the back of our credit card statements be
written in a “clear and conspicuous” manner. In general,
“clear and conspicuous” can be interpreted to mean ‘plain
language.’
4. GLB: The Gramm-Leach-Bliley Act (also known
as the Financial Services Modernization Act) requires
clarity2010 conference
interpretado como significando ‘em linguagem clara’).
4. A Lei da Modernização dos Serviços Financeiros exige
que os avisos de privacidade do sector financeiro sejam
“claros e evidentes”, ou seja, “devem ser de razoável
compreensão e pensados para chamar a atenção para a
natureza e o significado da informação que contêm”.
Sala 2 | Boa governação
Sissel Motzfeldt
Consultora Sénior e Gestora de Projectos
Agência para a Gestão Pública e eGovernment,
Noruega
Senior adviser and project manager, Agency for
Public Management and eGovernment, Norway
A linguagem clara no sector público
norueguês
Na Noruega, a linguagem clara é uma prioridade
importante para o governo. Nos últimos anos, reforçou‑se
o trabalho de melhoria da linguagem dos documentos
públicos e das publicações destinadas aos cidadãos.
Em 2006 o governo norueguês estabeleceu um secção
permanente dedicada à linguagem clara e, dois anos mais
tarde, surgiu o projecto ‘Linguagem Clara na Administração
Pública’.
O projecto representa uma colaboração estreita entre a
Agência para a Gestão Pública e eGovernment e o Instituto
de Línguas da Noruega e é financiado pelo Ministério da
Administração Pública, da Reforma e da Igreja. Juntos,
estes organismos têm a possibilidade de alcançar uma
vasta audiência e assegurar a qualidade das ferramentas
de comunicação e da linguagem.
O projecto pretende encorajar as agências públicas a
desenvolver boas práticas no que diz respeito à linguagem.
Para o fazer, a equipa desenvolve várias actividades: apoio
e financiamento de projectos, formação e um prémio para
a linguagem clara. Um conjunto de ferramentas online são
essenciais para o trabalho da equipa. O acesso ao website
é livre e os grupos-alvo utilizam-no activamente e são
encorajados a partilhar as suas experiências e resultados.
Desta forma, as ferramentas estão constantemente
a ser aperfeiçoadas, servindo como repositórios de
conhecimento, tanto para o sector público como para o
privado.
that financial privacy notices must be “clear and
conspicuous”… meaning they “must be reasonably
understandable and designed to call attention to the nature
and significance of its information.”
Good governance | Room 2
Torunn Reksten
Consultora em Linguagem Clara
Instituto de Línguas da Noruega
Plain-language advisor
Language Council of Norway
Plain language in Norway’s public sector
In Norway clear language is a high priority at government
level. The work to improve the language in public
documents and publications intended for citizens has been
further strengthened over the past few years. In 2006 the
Norwegian Government established a permanent section
for clear language at government level, and two years later
the project ‘Plain Language in Norway’s Civil Service’ was
established.
The project is a close cooperation between the Agency
for Public Management and eGovernment (Difi) and the
Language Council of Norway, and it is funded by the
Ministry of Government Administration, Reform and
Church Affairs (FAD). Together these parties have the
unique opportunity to reach a broad audience and ensure
high quality language and communication tools.
The project aims to stimulate public agencies to develop
good language practices. In order to achieve this goal, the
team has initiated several activities and measures such as
project grants and support, training courses and a clear
language award. A web-based toolbox is crucial for the
team’s work. The web page is open and free of charge,
and the target groups use it actively and are encouraged
to share their experiences and results. Thus the tool
box is constantly developed and improved, serving as a
considerable pool of knowledge for both public and private
sectors.
Tunde Opeibi
Assessor Especial do Governador de Lagos
Governo do Estado de Lagos, Nigéria
Senior Special Assistant to the Governor of Lagos
Lagos State Government, Nigeria
Linguagem, lei e governação: comunicação
clara na Nigéria
Language, law and governance: clear
communication in Nigeria
A apresentação tentará relacionar a comunicação clara
e o estabelecimento de um conjunto de princípios de
boa governação na Nigéria. Focará, particularmente,
a utilização de estratégias de comunicação para
melhorar o processo de institucionalização de uma ética
democrática viável e sustentável nas reformas jurídicas, no
The paper attempts to establish a connection between
clear communication and the entrenchment of the
principles of good governance in Nigeria. It focuses
particularly on the use of communication strategies to
enhance the process of institutionalizing a viable and
sustainable democratic ethos on the tripod of legal
32
clarity2010 conferência
envolvimento do cidadão e na redefinição de instituições
democráticas fortes.
reforms, citizen engagement and re-engineering of strong
democratic institutions.
Através de exemplos de reformas político-legais da
administração do Dr. Babatunde Raji Fashola, governador
do estado de Lagos (ele próprio, um advogado), a
apresentação usará um enquadramento discursivo-analítico
para examinar de que modo as reformas políticas e legais
ajudam a promover uma governação democrática e a
melhorar o bem-estar dos cidadãos.
Using some examples of legal-political reforms under the
administration of Mr. Babatunde Raji Fashola, SAN, the
Governor of Lagos State (himself a lawyer), the paper uses
a discursive-analytic framework to examine how legal and
political reforms help to promote democratic governance
and enhance the welfare of the citizens.
Examinará o papel da comunicação clara no espaço
sociopolítico e legal como um princípio importante de boa
governação. Os dados foram retirados de relatórios, excertos
de discursos e comentários da actividade desenvolvida
aquando da administração do Dr. Fashola, entre 2007
e 2010. A ênfase é colocada no modo como alguns
programas governamentais nas áreas de reformas legais,
respeito pela lei, envolvimento e defesa dos cidadãos, entre
outras, fazem parte dos esforços para promover a boa
governação em Lagos, Nigéria, ao tornar o governo mais
participativo e promover o acesso dos cidadãos à justiça.
It discusses the role of clear communication in sociopolitical and legal space as one important principle
that undergirds good governance. The data is drawn
from reports, excerpts from selected speeches, and
commentaries on the activities of the administration of Mr.
Fashola between 2007 and 2010. Emphasis is placed
on how some programs of the government in the areas of
legal reforms, respect for rule of law, citizen engagements,
advocacy among others are part of efforts to promote good
governance in Lagos, Nigeria, by making the government
truly participatory as well as helping to promote citizens’
access to justice.
Whitney Quesenbery
Consultora e Fundadora
WQusability, EUA
Principal Consultant
WQusability, USA
Instruções para o voto à distância no
Minnesota: da recontagem à clareza
Minnesota absentee ballot instructions:
from recount to clarity
Em 2008, foi a vez de o Minnesota ter uma eleição
contestada e um longo e penoso processo de recontagem.
No final, o resultado foi decidido pelos votos ausentes - os
votos de cidadãos do Minnesota temporariamente fora
do estado. Uma das conclusões do rescaldo das eleições
foi que as instruções para lidar com os votos de pessoas
ausentes eram confusas, o que levava à rejeição de votos
por causa de erros técnicos.
In 2008, it was Minnesota’s turn to have a famously
contested election and a long, bitter recount process. In
the end, the outcome was determined by absentee ballots
– ballots cast by Minnesota citizens temporarily outside of
the state. One of the conclusions in the aftermath of the
election was that the instructions for correctly casting an
absentee ballot were confusing, leading to ballots being
rejected on technicalities.
Quando o Gabinete do Secretário de Estado começou
o processo de revisão dos requisitos legais, recorreu‑se
a especialista em eleições, incluindo o projecto de
Usabilidade Cívica da Associação de Profissionais da
Usabilidade. Com uma equipa de voluntários a nível
nacional, trabalhámos com os oficiais do governo
para melhorar as instruções. O nosso objectivo era
certificarmo‑nos de que os cidadãos conseguiriam não
só compreender estas instruções, mas também usá-las
para proceder ao seu voto de forma legal e precisa. O
projecto incluiu dezenas de estudos, ilustrações criadas
exclusivamente para o projecto revistas pela equipa jurídica
e regulatória e dois testes de usabilidade conduzidos por
voluntários locais e pelo Gabinete do Secretário de Estado.
When the Secretary of State’s office began the process
of revising the legal requirements, they turned to
election advocates, including the Usability Professionals’
Association (UPA) Usability in Civic Life project. With a
team of volunteers from across the country, we worked
with the government officials to improve the instructions.
Our goal was to make sure that citizens could not only
understand them, but use them to return their ballot legally
and accurately.
Este caso de estudo irá abordar o processo de reescrita em
linguagem clara, o modo como envolvemos uma equipa de
cidadãos voluntários para melhorarmos este instrumento
da democracia, e as lições que aprendemos ao trazer
novos voluntários para um contexto jurídico especializado.
Este projecto foi um dos finalistas do Prémio ClearMark do
Center for Plain Language.
A equipa de projecto incluía: Mark Ritchie, Secretário de
Estado do Minnesota, Beth Fraser, John Dusek, Whitney
Quesenbery, Christina Zyzniewski, Dana Botka, Ginny
Redish, Dana Chisnell, Sarah Swierenga, Josephine Scott,
Gretchen Enger, Josh Carroll, David Rosen e Larry Norden.
33
The project included dozens of drafts, new illustrations
created for the project review by the legal and regulatory
team, and two usability tests conducted by local volunteers
and the Secretary of State’s office.
This case study will look at both the plain language
process, how we engaged a team of citizen-volunteers to
improve this key to democracy, and lessons learned about
bringing new volunteers into a specialized legal context.
This project was a finalist for a Center for Plain Language
ClearMark award.
The project team included: Mark Ritchie, MN Secretary
of State, Beth Fraser, John Dusek, Whitney Quesenbery,
Christina Zyzniewski, Dana Botka, Ginny Redish, Dana
Chisnell, Sarah Swierenga, Josephine Scott, Gretchen
Enger, Josh Carroll, David Rosen, Larry Norden.
clarity2010 conferência
Sala 3 | Formar competências
Training skills | Room 3
Mariana Bozetti
Directora do Centro de Escrita em Espanhol Claro
Marval, O’Farrell & Mairal, Argentina
Espanhol Claro: como desenvolver um
programa de técnicas de escrita para uma
firma de advogados
Marval, O’Farrell & Mairal é uma das maiores firmas de
advogados da Argentina. Fundada em 1923, a firma tem
mais de 300 advogados que trabalham em várias áreas do
Direito Comercial.
Em 1998, a Marval, O’Farrell & Mairal iniciou um projecto
ambicioso: treinar advogados para escrever em espanhol
claro. Para atingir este objectivo, a empresa contratou
dois especialistas em linguística: Pedro Mairal e Mariana
Bozetti, ambos com bastante experiência em literatura e
escrita criativa. Deram uma formação-piloto em 1998, com
base nos preceitos de clareza estabelecidos pela retórica
clássica e numa adaptação para espanhol dos princípios do
inglês claro. A firma de advogados considerou esta formação
extremamente útil e, até esta data, ela continua a realizar-se.
Actualmente, o programa é dado por Mariana Bozetti e
consiste em 5 cursos dados alternadamente: Técnicas
de Escrita I, Técnicas de Escrita II, Pontuação para
advogados, Escrita de e-mails e Esboço de Leis
(co‑leccionado por um advogado e um ex-juiz). Existe
também um centro de consultoria para escrita e revisão
e esclarecimento de dúvidas ou questões por telefone ou
e-mail. Para reforçar a importância que a firma atribui à
linguagem clara, é mensalmente publicado um boletim
interno que cobre vários temas, tais como erros comuns ou
questões de redacção.
Nestes 12 anos de formação ininterrupta, o programa do
curso evoluiu de forma a incorporar linguística textual e
análise de discurso.
O propósito deste caso de estudo é analisar o programa
da formação e o seu impacto na escrita dos advogados.
Faremos também uma descrição detalhada do conteúdo de
cada formação, mostrando de que modo contribuem para o
objectivo principal: que os advogados da Marval, O’Farrell
& Mairal aprendam a simplificar a sua linguagem escrita.
Este caso de estudo aplica-se a qualquer firma cuja língua
seja o espanhol ou qualquer instituição interessada em
embarcar num programa de linguagem clara.
Director of Plain Spanish Writing Centre
Marval, O’Farrell & Mairal, Argentina
Plain Spanish: how to design a
writing‑skills programme for a law firm
Marval, O’Farrell & Mairal is one of Argentina’s leading law
firms. Founded in 1923, the firm has over three hundred
lawyers who work in a wide range of corporate legal areas.
In 1998, Marval, O’Farrell & Mairal initiated an ambitious
undertaking: to train lawyers to write in clear Spanish
language. For this purpose, the company took on two
language experts: Pedro Mairal and Mariana Bozetti, both
with a background in literature and creative writing. They
gave the pilot course in 1998, based on the precepts of
clarity established in classic rhetoric (Quintilian, Institutio
Oratoria, Volume VIII) and on a Spanish adaptation of plain
English principles. The firm’s lawyers found the course very
useful and to this date plain Spanish writing courses have
continued.
Today, the programme is taught by Mariana Bozetti
and consists of five courses given in rotation: Writing
Skills I, Writing Skills II, Punctuation for lawyers, Writing
e-mails and Legal Drafting (co-taught by a lawyer and a
former judge). There is also an advice centre for writing
and reviewing written work as well as the possibility of
consulting via e-mail or telephone regarding any particular
query or doubt that the writer may have. To reinforce the
importance of plain language, an in-house monthly bulletin
is published covering a range of topics such as common
errors and drafting questions.
Over this twelve-year period of uninterrupted training, the
course design has evolved incorporating textual linguistics
and discourse analysis to enrich the perspective of teaching
writing skills in this context.
The purpose of this case study is to analyze the design of
this in-house training programme in plain Spanish and its
effectiveness on the lawyers’ writing. A detailed description
of each course’s content will also be given, showing how
the sum of partial objectives leads to a greater goal: that
the lawyers of Marval, O’Farrell & Mairal learn how to
simplify their written language. This case study applies to
any Spanish-speaking law firm or institution interested in
embarking on a plain language programme.
Joanna Richardson
Directora de Simplificação da Linguagem
Marval, O’Farrell & Mairal, Argentina
Plain English Director
Marval, O’Farrell & Mairal, Argentina
Curso de e-learning sobre comunicação
escrita para uma empresa multinacional
E-learning course on written
communications for a multinational firm
Este caso de estudo vai focar-se num projecto para uma
This case study will focus on a project I was asked to
34
clarity2010 conference
empresa multinacional que tradicionalmente geria várias
siderurgias no México, na Venezuela e no Brasil. Em 2001,
a empresa expandiu-se para a Roménia, Rússia, EUA,
Japão, Canadá e China. Como parte da sua expansão
global, esta empresa escolheu o inglês como língua oficial
para todas as comunicações internas escritas.
write for a multinational company which traditionally ran
steel mills in Mexico, Venezuela and Brazil. In 2001 the
company expanded to Romania, Russia, the USA, Japan,
Canada and China. As part of their global expansion,
they chose to use English as the common language for all
internal written communications.
Desde 2004 que trabalho como consultora para o
seu Departamento de Comunicação, fornecendo-lhes
cursos personalizados de escrita em inglês claro para as
newsletters internas e para os seus estagiários. Em 2006,
desenvolvi um curso sobre Emails Eficazes, mas no ano
passado, em 2009, apresentaram-me o maior desafio até
à data: um curso online com orientações para todas as
comunicações escritas e orais.
Since 2004, I have worked as a consultant for their
Communications Department, giving them tailor-made
courses on Plain English writing for their in-house
newsletters as well as for their trainees. In 2006 I wrote a
course on Effective E-mails for them but last year, in 2009,
they presented me with the biggest challenge yet: an online course to set out guidelines for all their written and
spoken communications.
A empresa tem uma universidade empresarial onde
treinam todos os seus funcionários, tanto em sala de
aulas como online. Têm um Departamento de Educação
e Informática especializado em criar cursos de e-learning.
A minha função era apenas escrever um documento
em Word, que seria mais tarde colocado online com
um formato mais dinâmico. Ainda assim, o projecto
apresentava várias áreas totalmente novas.
The company has a corporate University where they train
all their employees both in the classroom and on-line.
They have an education and IT department specialized in
creating e-learnings. My remit was only to write a Word
document, which would later be put on-line and given
a more dynamic format. Even so, the project presented
several totally new areas.
Como ensinar um grupo de alunos de diversas culturas
algo tão subjectivo como escrever? Até os níveis de
educação dos alunos variavam consideravelmente,
desde directores e altos quadros de gestão a técnicos
administrativos. Todos tinham, no entanto, uma coisa em
comum: a necessidade de escrever e comunicar de forma
clara no local de trabalho. A única solução foi abordar as
suas necessidades de escrita em inglês claro.
Há uma crescente procura de cursos de e-learning nas
empresas, não só para poupar tempo e dinheiro, mas
também por motivos didácticos. Este caso de estudo é
relevante para qualquer pessoa que esteja a preparar um
curso online sobre técnicas de comunicação escrita.
How to teach a culturally diverse student body to do
something as subjective as writing? Even the education
levels of the students varied considerably, from directors
and highly-skilled management to administrative
employees. They all, however, had one thing in common:
the need to write and communicate clearly in the
workplace. The only solution was to address their writing
needs in Plain English.
There is an increasing demand for e-learnings within
companies, not just to save time and money but also for
didactic reasons. This case-study is relevant for anyone
preparing an on-line training course in writing skills.
Nad Rosenberg
Presidente
TechWRITE, EUA
Utilização eficaz da imagem em
apresentações online e tutoriais de
e-learning
Esta sessão explica como elementos visuais eficazes
podem melhorar a clareza das apresentações e dos
tutoriais de e-learning.
A sessão cobre os princípios básicos da criação e selecção
de elementos visuais que tornam as apresentações e os
tutoriais mais cativantes e fáceis de compreender.
Para além disso, apresentará vários exemplos e sugestões
práticas para escolha de elementos visuais eficazes.
Os temas analisados incluem:
De que modo elementos visuais eficazes podem
melhorar a clareza das apresentações e tutoriais
Porquê e quando usar imagens
Simplificar a complexidade
35
President
TechWRITE, USA
Effective use of visuals in online
presentations and e-learning tutorials
This talk explains how effective visuals can improve the
clarity of presentations and e-learning tutorials.
The session covers the basic principles of creating or
selecting visuals that make presentations and tutorials
more engaging and easier to understand.
Further, it provides numerous examples and gives
attendees real-world suggestions for choosing effective
visuals.
Topics to be discussed will include:
How effective visuals can improve the clarity of your
presentation or tutorial
Why and when to use visuals
Simplify complexity
Cognitive load
Carga cognitiva
Cueing techniques
Técnicas de localização
Visual and auditory loads
clarity2010 conference
Cargas visuais e auditivas
Conceitos abstractos
Abstract concepts
Using color effectively
Usar eficazmente a cor
Using human images effectively
Usar eficazmente imagens humanas
Using animation appropriately
Usar apropriadamente animações
Developing a graphical layout
Desenvolver um layout gráfico
17:30 | cocktails
até amanhã
36
clarity2010 conferência
09:00 | abertura | opening
Maria Manuel Leitão Marques
Secretária de Estado para a Modernização
Administrativa, Portugal
Secretary of State for Administrative Modernization
Portugal
09:20 | sessão plenária | plenary session
A clareza no mundo
Clarity around the world
Graça Fonseca
Vereadora de Modernização Administrativa e
Descentralização
Câmara Municipal de Lisboa, Portugal
Administração e sociedade civil: importância
da simplificação no Município de Lisboa
A simplificação administrativa das práticas, processos e
procedimentos no Município de Lisboa tem vindo a ser
prosseguida através de variados programas e medidas
concretas.
O simpLiS é o programa de simplificação de práticas,
procedimentos e regulamentos administrativos da Câmara
Municipal de Lisboa que procura “dar um novo impulso
à cidade”, tornar mais simples a vida dos cidadãos, das
empresas e de outros agentes em Lisboa. Trata-se de um
programa ambicioso e transparente. Ambicioso, porque
compromete os serviços municipais com um conjunto de
medidas que aproximam a Câmara dos cidadãos e das
empresas e criam novos e melhores métodos de trabalho,
tornando-a menos burocrática. Transparente, porque presta
contas aos cidadãos pelos resultados obtidos e porque é
aberto à sua participação.
O programa simpLiS é responsabilidade de toda a estrutura
municipal. Cada medida é da responsabilidade da Direcção
Municipal que a propõe e/ou que detém as competências
necessárias para a sua execução. A participação dos
cidadãos e empresas é independente da residência ou
sede social e está aberta a todos os que se relacionam a
qualquer título com a autarquia e que pretendem contribuir
para melhorar o desempenho daquela.
Com o objectivo de tornar a Câmara Municipal de Lisboa
mais ágil, o simpLiS 2010 tem como um dos principais
objectivos atingir um maior número de procedimentos
simplificados, nomeadamente através da eliminação
de licenciamentos desnecessários, da eliminação
de documentos instrutórios e de uma linguagem
administrativa clara e transparente, estando em curso ou já
concluídas importantes medidas nessa matéria.
37
Councillor for Administrative Modernization
Lisbon Council, Portugal
Administration and civil society: the
importance of simplification for the Lisbon
Council
The administrative simplification of the Council’s
procedures has been pursued through several specific
programs and measures.
SimpLIS is a program to simplify the Council’s practices,
procedures and administrative regulations, to breathe
new life into the city and make life easier for citizens,
businesses and other stakeholders. This is an ambitious
and transparent program. It’s ambitious, because it binds
the municipal services with a set of measures designed
to bring the Council closer to citizens and businesses, by
creating new, improved and less bureaucratic working
methods. It’s also transparent, because it is accountable
for its results and is open to citizen participation.
The program involves all municipal departments. Each
initiative is managed by the department that suggests it
or that will implement it. Every citizen or organization
interested in contributing to improve our services can take
part in this process.
simpLiS’ main goal is to make the Lisbon Council more
active. In 2010 we expect to increase the number
of simplified procedures. This will be accomplished
by eliminating unnecessary licensing processes and
preliminary documents, and using a clear and transparent
administrative language.
clarity2010 conferência
Paul Strickland
Director da Unidade de Edição e Coordenador da
Clear Writing Campaign
Direcção-Geral de Tradução, Comissão Europeia
Head of Editing and Coordinator of the
Clear Writing Campaign
Directorate-General for Translation, European Commission
A Clear Writing Campaign da Comissão
Europeia
The European Commission Clear Writing
Campaign
A União Europeia, com as suas 23 línguas oficiais, é
muitas vezes vista como uma Torre de Babel. No entanto,
o multilinguismo é essencial para a sua legitimidade
democrática. Os cidadãos da UE têm de conseguir ler as
suas leis e obter informação sobre as suas políticas na sua
própria língua.
The European Union, with its 23 official languages, is
often seen as a Tower of Babel: yet multilingualism is
essential to its democratic legitimacy. The EU’s citizens
must be able to read its laws and obtain information on its
policies in their own language.
Mas o multilinguismo coloca desafios à Comissão
Europeia. A maioria dos funcionários tem de escrever
documentos de políticas (muitas vezes complexos e
técnicos) numa língua que não é a sua língua materna,
e isto agrava os problemas estilísticos comuns a todos
os burocratas. O resultado é frequentemente publicado
em livros e páginas da internet, tornando esses
conteúdos difíceis de ler para o público em geral. Textos
confusos também são um problema para os tradutores e
legisladores da UE. Demora muito mais tempo a traduzir
um documento longo e confuso, e muitas vezes há
divergências entre as traduções. Se o texto for uma peça
legislativa fundamental, o Tribunal Europeu de Justiça
poderá ter de intervir.
Para resolver estes problemas, a Comissão lançou a
Clear Writing Campaign, uma nova campanha para
consciencializar os seus colaboradores da necessidade
de se escrever de forma clara e dos princípios envolvidos.
O desafio a longo prazo, contudo, é mudar a cultura da
instituição – e isto levará o seu tempo.
But multilingualism poses challenges for the European
Commission. Most officials have to draft policy documents
(often complex and technical) in a language which is not
their mother tongue, and this compounds the stylistic
problems typical of bureaucrats everywhere. The result
all too easily finds its way into booklets and web pages,
making them difficult to read for the general public.
Unclear texts are also a problem for EU translators and
legislators. It takes much longer to translate a wordy,
unclear document, and there may well be divergences
between the translations. If the text is a piece of key
legislation, the European Court of Justice may have to
intervene.
To tackle these problems, the Commission has launched a
new campaign to raise its staff’s awareness of the need for
clear writing and of the principles involved. The long-term
challenge, however, is to bring about a change of culture in
the institution and this will take time.
Mami Okawara
Professor and Dean
Graduate School of Regional Policy, Takasaki
City University of Economics (Japan)
Modernizar o sistema jurídico japonês
Esta apresentação descreve o primeiro projecto japonês
na área da linguagem clara desenvolvido por especialistas
jurídicos em colaboração com não-especialistas. O projecto
foi lançado pela Associação de Ordens de Advogados do
Japão (AOAJ) em 2004, como forma de preparação para
a implementação do sistema de juiz leigo (saiban-in ) em
2009. Os juízes leigos japoneses tomam as suas decisões
em colaboração com os juízes profissionais. Por isso,
juízes, advogados e procuradores perceberam que era
essencial que os procedimentos tribunais se tornassem
mais eficientes e compreensíveis para os leigos. A AOAJ
decidiu incluir no projecto especialistas em linguagem,
como linguístas, psicólogos sociais e profissionais de
televisão, na esperança que o projecto pudesse reflectir
o quotidiano japonês. Como os especialistas jurídicos
se consideram peritos em linguagem, a incorporação de
especialistas não-jurídicos no projecto foi um método
extremamente pouco convencional no Japão. O projecto
começou com uma análise qualitativa da compreensão
38
Professora Universitária e Reitora
Faculdade de Política Regional, Universidade de Economia de
Takasaki, Japão
Japan’s Project to Simplify Courtroom
Language
This presentation introduces Japan’s first plain language
project carried out by legal experts in collaboration with
non-legal experts. The project was launched by the Japan
Federation of Bar Associations (JFBA) in 2004 to prepare
for the implementation of the lay judge (saiban-in ) system
in 2009. As Japanese lay judges actually decide the
case with professional judges, judges as well as lawyers
and prosecutors realized that it is essential that court
procedures are made more efficient and comprehensible for
lay participation. The JFBA decided to include languagerelated experts such as linguists, a social-psychologist and
television casters in the project in the hope that the project
could reflect daily Japanese usage. As legal experts regard
themselves as language experts, the incorporation of nonlegal experts into the project was a highly unconventional
method in Japan. The project started with a survey on lay
understanding of fifty legal terms commonly used in the
clarity2010 conference
leiga de 50 termos jurídicos frequentemente usados
numa sala de tribunal. O inquérito examinou primeiro o
tipo de termos jurídicos que as pessoas leigas sentiam
que conheciam e depois até que ponto as pessoas leigas
efectivamente compreendiam os termos que diziam
conhecer. O inquérito também identificou expressões
que as pessoas leigas usavam quando explicavam esses
termos ‘conhecidos’. O grau de importância das cinquenta
palavras foi medido através de um inquérito feito a
advogados. As cinquenta palavras foram classificadas em
4 grupos: a) importante mas desconhecida; b) importante
e conhecida; c) pouco importante, mas conhecida; d) nem
importante nem conhecida.
O projecto começou por parafrasear termos jurídicos
pela ordem de a), b), c) e d). A reescrita dos termos foi
realizada por especialistas jurídicos e não-jurídicos. Os
especialistas jurídicos deram explicações legalmente
correctas, mas extremamente longas. Os especialistas
em linguagem forneciam, então, paráfrases curtas e
compreensíveis para estas expressões. Depois de uma
longa discussão para cada termo jurídico, as diferenças
de compreensão entre as culturas jurídica e leiga foram
encurtadas.
A equipa de projecto apresentou um relatório provisório
sobre 16 termos jurídicos, que foi largamente divulgado
pelos media. No final, o trabalho de parafrasear os 50
termos jurídicos foi publicado em dois livros: um livro para
leigos e outro para especialistas jurídicos que realça os
aspectos mais importantes da discussão entre especialistas
jurídicos e leigos. Na minha apresentação, vou examinar
os resultados dos inquéritos e alguns dos resultados do
projecto até à data.
courtroom, using a quantitative analysis. The survey first
examined the type of legal terms which lay people felt
they knew, and then how lay people actually understood
the terms they had indicated they knew. The survey also
identified expressions lay people used when they were
explaining those ‘known’ terms. The degree of importance
of the fifty words was measured by a survey for attorneys.
The fifty words were ultimately classified into four groups:
a) important but not known; b) important and well-known;
c) not important but well-known; and d) neither important
nor known.
The project thus commenced paraphrasing legal terms
in the order of a), b), c) and d). Rewording work was
conducted by joint effort between legal and non-legal
experts. Legal experts offered legally adequate but rather
lengthy explanations for the legalese. Language experts
then provided understandable but brief paraphrases to
these words. After a long discussion of each legal term,
the gap of understanding between legal and lay cultures
was narrowed; comprehensible and sufficient rewording
was thus produced.
The project team presented an interim report on sixteen
legal terms, which was widely covered in the media. The
paraphrase work on the fifty legal terms was completed
and published in two books: one book for lay people,
and the other for legal experts with the highlights of
the discussion between lay and legal experts. In my
presentation, I will discuss the details of the surveys and
some of the results from the project that we have seen to
date.
Candice Burt
Directora
Simplified, África do Sul
Director
Simplified, South Africa
Desenvolvimentos na África do Sul:
aproximar legisladores, reguladores e
profissionais
Developments in South Africa: bridging the
gaps between law-makers, regulators and
practitioners
Agora que já existem leis sólidas sobre linguagem clara,
poder-se-ia pensar que o esforço pela simplificação da
linguagem na África do Sul atingiu o seu objectivo. Mas
isto está longe de ser verdade. Esta apresentação mostra
que, para tornar as leis sobre linguagem clara eficazes, tem
de haver um entendimento e uma relação de colaboração
entre legisladores, reguladores e profissionais.
Now that strong plain language laws are in place, one may
think that the push for plain language in South Africa is
complete. This is far from true. This speech shows that
to make plain language laws effective, there must be a
common understanding and working relationship between
law-makers, regulators and practitioners.
Os legisladores fizeram um bom enquadramento,
embora teórico, da linguagem clara. A lei deixa de
fora questões contextuais importantes, como a relação
entre políticas de linguagem e de linguagem clara, a
eficácia da comunicação escrita para uma população de
consumidores muito iletrada e como avaliar a linguagem
clara. No entanto, a lei prevê a criação de regulamentos ou
directrizes, especificamente para lidar com estas questões
contextuais e de implementação.
Contudo, apesar das leis já terem entrado em vigor, ainda
não existem regulamentos e os reguladores ainda não
sabem quando estarão disponíveis. Isto significa, por
39
The law-makers have given us a strong, albeit theoretical,
framework for plain language. The law does not address
key contextual issues such as the relationship between
plain language policy and language policy, the effectiveness
of written communication as a whole for a largely illiterate
consumer base, and how to measure plain language.
However, the law does provide for regulations or guidelines
for plain language to be drawn up, specifically to deal with
these contextual and implementation issues.
However, even as the laws reach their effective dates,
there are still no regulations, and the regulators have
not given a due date for them. This means, for example,
that businesses in various industries are converting
clarity2010 conference
exemplo, que várias organizações estão a passar milhares
de documentos para linguagem clara sem nenhum critério
de avaliação acordado pelos reguladores.
Muitos profissionais da linguagem clara estão a publicitar
os seus próprios standards, que vão desde critérios de
legibilidade simples (talvez demasiado simplistas) até
testes com utilizadores, caros e impraticáveis. Enquanto
profissional, é muito difícil ser-se ouvido pelos reguladores.
Estamos a tentar resolver este problema através da criação
de um grupo de pressão – o Plain Language Group of
South Africa.
Apenas quando conseguirmos estabelecer um
entendimento entre legisladores, reguladores e profissionais
da linguagem clara poderão as leis ser eficazes no seu
objectivo – dotar consumidores e cidadãos das ferramentas
necessárias para tomarem decisões informadas. Se não o
fizermos, as leis correm o risco de se tornarem inviáveis e
não serem aplicadas.
thousands of documents into plain language without any
measurement criteria that the regulators have agreed to.
Many plain language practitioners are publicising their own
standards, ranging from simple (I believe overly simplistic)
readability criteria to very expensive, perhaps impractical,
notions of user testing. It is very difficult, as a practitioner,
to have one’s voice heard by the regulators. We are trying
to solve this problem by setting up a long overdue South
African lobbying group for plain language – called the Plain
Language Group of South Africa.
I believe that only if we can build a common understanding
between law-makers, regulators and plain language
practitioners, will the laws be effective in their purpose
– to empower consumers and citizens to make informed
decisions. If we do not, the laws run the risk of becoming
unfeasible and unenforceable.
10:45 | intervalo | coffee break
11:00 | sessões paralelas | parallel sessions
Sala 1 | Construir uma cultura de clareza
Building a culture of clarity | Room 1
Karen Baker
Vice-presidente
Healthwise, EUA
Construir uma cultura de linguagem
empresarial clara
Construir uma cultura de linguagem clara é sempre
complicado, mas o ambiente empresarial apresenta um
conjunto de desafios especial. Karen Baker irá analisar a
história da sua organização, as estratégias e os programas
usados para construir e manter uma cultura de linguagem
clara. Serão apresentados alguns dos desafios que esta tarefa
apresenta, bem como algumas sugestões para começar.
Susan Kleimann, Presidente do Kleimann Communication
Group, servirá como moderadora deste painel.
Senior Vice President
Healthwise, USA
Building a corporate plain language culture
Building a plain language culture is a major undertaking,
but a corporate setting presents a special set of challenges.
Karen Baker of Healthwise will discuss her organization’s
history, strategies, and programs to build and sustain
a corporate culture of plain language. She will address
typical pitfalls and challenges and suggest steps for
others to take. Dr. Susan Kleimann, President of Kleimann
Communication Group, will serve as moderator for this
panel.
John Geiger
Jaclyn Hill
Director-Geral para a Qualidade
Condado de Los Angeles, EUA
Presidente da Comissão para a Qualidade e
Produtividade Condado de Los Angeles, EUA
General Manager - Standards & Practices
Los Angeles County, USA
Chair, Quality and Productivity Commission,
Los Angeles County, USA
LA Confidential
L.A. Confidential
LA Confidential é a história verdadeira de uma campanha
de cinco anos levada a cabo pelo Condado de Los Angeles,
através da sua Comissão para a Qualidade e Produtividade,
para implementar iniciativas e programas de simplificação
L.A. Confidential is the true story of a five-year campaign
by the County of Los Angeles, though its Quality and
Productivity Commission, to implement plain language
initiatives and programs. Los Angeles is the largest County
40
clarity2010 conferência
da linguagem. Los Angeles é o maior Condado dos EUA,
com uma população de mais de 10 milhões de residentes,
e uma força de trabalho governamental de mais de
100.000 empregados distribuídos por 39 departamentos.
Este é um caso de estudo cheio de exemplos estratégicos
de como superar obstáculos políticos, financeiros,
culturais e, por vezes, até psicológicos à linguagem clara.
O programa inclui também métodos, estratégias e boas
práticas para implementar, expandir e ajustar iniciativas e
programas de simplificação da linguagem administrativa.
in the United States, with a highly-diverse population
of over 10 million residents, and a governmental workforce of over 100,000 employees spread over thirty-nine
different departments.
A Associação Nacional de Municípios reconheceu o
condado de Los Angeles pelos seus esforços e sucessos na
implementação da linguagem clara.
The National Association of Counties recognized Los
Angeles County in 2009 for its achievement and success in
plain language implementation.
This is a case study filled with strategic examples in
overcoming political, financial, cultural, and at times,
psychological impediments to plain language. The program
also includes methods, strategies, and best practices for
implementing, expanding, and fine-tuning plain language
initiatives and programs.
Dana Botka
Directora de Comunicação com o Cliente
Estado de Washington, Dept. do Trabalho, EUA
Manager, Customer Communications
State of Washington, Dept. of Labor and Industries, USA
O argumento para a clareza na administração
pública: basta falar dos custos
Making the argument for clarity in
government: Talk about costs
A linguagem clara é uma forma poderosa de ajudar os
cidadãos a compreender as obrigações e os benefícios
do seu próprio governo. É uma questão de bom senso
e justiça. Mas e se este argumento não chegar? E se as
agências governamentais estiverem demasiado distraídas e
pressionadas pelos seus orçamentos cada vez mais curtos
para nos ouvirem?
Plain language is a powerful way to help citizens from
all walks of life understand their own government
obligations and benefits. It’s an issue of common sense
and justice. But what if that argument isn’t enough? What
if government agencies are too distracted and burdened by
their shrinking budgets to hear you?
Dana irá descrever a estratégia que gostaria de ter
começado a usar mais cedo: apresentar sempre a
linguagem clara em termos dos custos que a má
comunicação acarreta hoje para as organizações. É isto
que interessa aos gestores.
Irá descrever brevemente dois projectos que dirigiu para o
estado de Washington.
Projecto 1
Um programa estatal destinado a responder aos pedidos
dos cidadãos para consultar registos públicos estava a ser
inundado com telefonemas de cidadãos confusos. Depois
de vários meses de reescrita e testes com utilizadores,
foram lançadas novas cartas e brochuras. Com uma
redução de 95% nos telefonemas, já era possível
responder aos pedidos em metade do tempo. Poupou-se
também 110.000 dólares anuais porque deixou de ser
necessário recrutar mais dois colaboradores.
Projecto 2
Médicos e seguradores usam linguagens diferentes e vivem
em mundos diferentes. Quem gere participações não sabe
descrever a informação médica de que necessita para
decidir. E os médicos nem sempre sabem fornecê-la.
Dana realizou testes com utilizadores e análise de tarefas
para perceber o que estava a causar estas dificuldades
de comunicação, e os enormes custos que implicavam.
Depois de persuadir os gestores de que um sistema claro
e previsível de questões iria reduzir significativamente
os custos dos pedidos de indemnização, Dana está
actualmente a criar uma nova forma, mais clara, de
solicitar e fornecer informação médica.
41
Dana will describe the strategy she wished she’d started
using earlier: Always frame the plain language proposal in
terms of the cost the poor communication now creates for
the organization. Managers get interested.
She will briefly describe two plain language projects she
directed for the state of Washington.
Project 1
A small state program charged with responding to citizen
requests for public records was overwhelmed by phone
calls from confused citizens. After several months of “group
rewrites” and usability testing with a program team, the
new explanatory letters and inserts were launched. As
customer calls quickly fell by 95%, the program was able
to respond to records requests in half the time. It also
saved an annual $110,000 by eliminating an earlier plan
to hire two additional employees.
Project 2
Doctors and insurance adjusters speak a different
language and live in very different cultures. People who
manage claims don’t always know how to describe the
medical information they need to make decisions. And
rushed doctors aren’t always good at delivering it. In early
2010, Dana began benchmark usability testing and task
analysis to discover exactly what factors were causing the
communication gap, and the huge cost it was creating.
After convincing managers that a clear and predictable
system of questions could significantly reduce the cost of
many workers’ compensation claims, she now is working
with her agency to create a new and “plain” way to ask for
medical information, and deliver it.
clarity2010 conferência
Sala 2 | Uma questão de linguagem
A matter of language | Room 2
Ben Piper
Legislador-chefe e Jurista
Comissão Nacional de Transportes, Austrália
Quando é que palavras ‘emprestadas’vv se
tornam inglês? Um advogado não-linguista
investiga
Um dos principais princípios do inglês claro na área
jurídica foi a substituição de palavras latinas e outras
palavras e frases estrangeiras por equivalentes em inglês.
Isto pode ser óptimo para lex loci delicti e caveat emptor,
mas será que este princípio também se aplica a palavras
como per, per cent, eg., ibid, quorum, status quo e pro
rata?
Este workshop irá explorar interactivamente (através de
sondagens informais) a questão das palavras ‘emprestadas’
que se tornaram inglês.
Chief Legislative Drafter and Counsel
National Transport Commission, Australia
When do ‘borrowed’ words become
English? A non-linguist lawyer investigates
One of the first precepts of Plain English in the legal area
was for Latin and other foreign words and phrases to be
replaced with English equivalents.
That’s all very well for lex loci delicti and caveat emptor,
but does this precept also apply to words and phrases like
per, per cent, eg., ibid, quorum, status quo and pro rata?
This workshop will interactively (through the use of straw
polls) explore the issue of when ‘borrowed’ words become
English.
Nicole Fernbach
Fundadora e Directora
Centro Internacional de Legibilidade, Canadá
Podemos ser claros em francês? O modelo
da legibilidade
Founder and Director
Centre International de Lisibilité, Canada
Can we be plain in French?
The readability model
O conceito de clareza adoptado pelo movimento pela
linguagem clara foca-se nas questões da língua inglesa
e na expressão anglo-americana da lei (da chamada
common law). Ao reduzir o conceito ao inglês claro,
podemos também conceber modelos específicos para
outras línguas: o alemão claro, o português claro, etc.
The concept of clarity as expressed in the plain language
movement has dealt first and foremost with issues in
English and in the Anglo-American expression of the
law, otherwise called common law. When we reduce the
concept to plain English, we are also able to conceive a
model tailored to each specific language, such as plain
German, plain Portuguese, etc.
Esta apresentação falará de um modelo francês proposto
nos anos 70 e 80, em parte por referência ao modelo
inglês e aos estudos de Flesch e Gunning. Os seus autores
eram estudiosos de França e da Bélgica. Queriam passar
uma dupla mensagem: podemos ser claros em francês
mas o que é bom para o leitor inglês não funciona
necessariamente para o francês. Em vez da palavra “claro”,
a literatura falava de “legibilidade” (lisibilité) como sendo
o objectivo dos escritores “eficientes”, naquela altura,
jornalistas, maioritariamente
The presentation will be about a plain French model that
was proposed in the 70’s and 80’s, partly by reference
to the plain English model and to studies by Flesch and
Gunning. Its authors were scholars from France and
Belgium. They had a dual message: we could be plain in
French but what was good for the English reader was not
necessarily the answer for the French. Instead of the word
“plain”, the literature spoke of “readability” (lisibilité) as
being the goal of “efficient” writers, mostly journalists, at
the time.
O modelo da legibilidade será comparado com os
standards para a língua inglesa que estão a ser definidos
pela Clarity. Qual o conceito de legibilidade em francês?
Porque é que a abordagem quantitativa que prevalece em
inglês nem sempre é considerada válida para o francês?
Quais são as principais diferenças metódicas na escolha
de palavras ou de comprimento de frases? E o estilo, o tom
e a necessária e culturalmente imposta distância entre os
actores sociais e políticos? Serão o design e a estrutura
independentes da percepção cultural ou mudam para o
leitor francês?
The readability model will be compared to the English
language standards as we have now established them
in Clarity. What is the concept of readability in French?
Why the quantitative approach that prevails in English,
for example with the Flesch-Kincaid Index, is not always
considered valid in French? What are the major methodical
differences in choice of words or length of sentences? What
about the style and tone, and the culture-imposed and
necessary distance between social or political actors? Are
design and structure independent of cultural perceptions or
do they change for the French reader?
Existem muitas questões que podemos levantar quando
42
clarity2010 conference
analisamos o modelo da Clarity e a sua utilidade num
mundo diverso e global, onde os produtores de conteúdos
terão sempre de adaptar a sua mensagem.
There are multiple questions that we could raise while
analyzing the Clarity model and its future for a diverse and
global world, where content providers will have to localize
and adjust their message.
Peter Rodney
Legislador e Consultor Jurídico
Governo de Gibraltar
Law Draftsman and Legal Adviser
Government of Gibraltar
Direitos e deveres
Rights and duties
Esta apresentação debruça-se sobre a utilização correcta
da palavra ‘direitos’. Devemos lembrar Hohfeld e os
conceitos de direitos, privilégios, poderes e liberdades.
Estes conceitos são todos diferentes e não podem ser todos
considerados direitos.
This presentation will discuss the correct use of the word
‘rights’. We should remember Hohfeld and the concepts of
rights, privileges, powers and liberties. These are not the
same and cannot all be bundled together as rights.
Enganamo-nos a nós e aos outros quando dizemos que
temos ‘direito’ à liberdade de expressão ou ‘direito’ à greve.
Não pretendo fazer juízos políticos – todos os governos
de qualquer cor política tendem a prometer-nos direitos
adicionais. A questão importante é compreender e colocar
em linguagem clara a completa descrição desses ‘direitos’.
Sala 3 | Masterclass I
We mislead ourselves and others when we say we have a
‘right’ to free speech or a ‘right’ to strike.
There is no political point intended to be made - all
governments of whatever colour tend to promise us
additional rights. The important point is to understand, and
put in clear language, how those ‘rights’ should properly be
described.
Masterclass I | Room 3
Karen Shriver
Presidente
KSA Communication Design and Research, EUA
Presidente
KSA Communication Design and Research, EUA
Ler na internet
Reading on the Web
Nas últimas décadas, o design de informação tem estado
numa fase de transição – da criação de comunicações
fundamentalmente feitas em papel para a mistura
actual de papel e artefactos electrónicos. O repertório
dos defensores da linguagem clara tem de passar a
incluir estratégias visuais e verbais para a Internet. Essa
mudança de suportes força-nos a questionar como é
ler num ambiente electrónico e a repensar formas de
envolver as pessoas com os nossos conteúdos. Desenhar
comunicações electrónicas eficazes requer uma melhor
compreensão da leitura na Internet.
Over the past few decades information design has been
in transition—moving from the creation of mainly paperbased communications to today’s mix of paper and
electronic artefacts. Plain language advocates’ repertoire
must now include visual and verbal strategies for the Web.
This shift in media compels us to ask what reading looks
like in an electronic environment and to reconsider how
people might engage with our content. To design effective
electronic communications requires a better understanding
of reading on the Web.
As primeiras pesquisas sobre o assunto limitavam‑se à
forma como a tecnologia influenciava o que as pessoas
faziam, especialmente como o tamanho dos ecrãs
de computador e a fraca legibilidade da tipografia
constrangiam a leitura. Embora a influência da tecnologia
seja importante para a leitura – crucial até – especialmente
porque estamos a deixar de desenhar para grandes
ecrãs de computador para passar a desenhar para
pequenos ecrãs de telemóveis, a tecnologia não é a única
consideração importante para um design de informação
online eficaz. A excelência no design de informação
online inclui a antecipação da forma como as pessoas se
vão envolver com o conteúdo online – cognitivamente,
emocionalmente e culturalmente. Temos também de
estar atentos aos objectivos dos utilizadores e à forma
43
Early research about reading online was limited to how the
technology itself influenced what people did, especially
with how the size of computer screens and the poor
legibility of typography constrained reading. While the
influence of technology on reading is important—even
crucial—particularly as we move from designing for large
computer screens to the small screens of mobile phones,
technology is not the most important consideration in
effective online information design. Excellence in online
information design involves anticipating how people may
engage with Web content—cognitively, emotionally, and
culturally. Excellence also calls on us to be responsive to
people’s expanding purposes—from “retrieving information”
to “learning new content” to “analysing content” to
“sharing information” to “having fun.” By understanding
reading online, plain language advocates can take more
clarity2010 conference
como se expandem - desde a “obtenção de informação”,
à “aprendizagem de novos conteúdos”, à “análise de
conteúdos”, à “partilha de informação” e até à “diversão”.
Ao compreender como funciona a leitura online, os
defensores da linguagem clara podem agir de formas mais
apropriadas ao nível da retórica.
Esta sessão mostrará como evoluiu o conceito de leitura
na Internet e terá um olhar crítico sobre os diferentes
objectivos das pessoas no seu envolvimento online.
Examinaremos a literatura empírica sobre ler online
desde 1980 até 2010. Dá uma visão geral sobre as
características gráficas e textuais que a pesquisa mostra
que podem ajudar ou obstruir a usabilidade. Para apoiar
esta análise, apresentarei a minha pesquisa actual sobre
os diferentes objectivos da leitura online e o que estes
objectivos implicam no desenho de conteúdos. Também
analiso a pesquisa sobre como o design visual e a escrita
eficazes podem ajudar as pessoas a compreender, lembrar
e apreciar o conteúdo online, quando criam relações e
possibilitam acções.
Os profissionais da linguagem clara afirmam que o seu
trabalho é moldado pelos utilizadores e outras partes
interessadas. Mas o que significa levar os utilizadores
a sério? Como é que podemos desencadear acções
apropriadas ao nível da retórica sem compreender como é
que as pessoas se envolvem com o nosso conteúdo? Esta
sessão mostrará como um maior conhecimento de diversos
utilizadores e dos objectivos híbridos da sua leitura estão
a mudar as nossas ideias sobre a natureza do design de
informação.
appropriate rhetorical action.
This session will sketch evolving conceptions of reading
on the Web and will take a critical look at people’s
diverse purposes for online engagement. It examines the
empirical literature about reading online from 1980 to
2010. It overviews the textual and graphic features that
research shows can help or hinder usability. To support
this analysis, I discuss my ongoing research on people’s
diverse purposes for reading online and suggest what these
purposes imply for designing content and for supporting
the human relationships that we intend to enable. I also
point to research about how effective writing and visual
design can help people understand, remember, and
appreciate online content while creating relationships and
enabling actions.
Plain language advocates take as a truism that
stakeholders shape their work in fundamental ways. But
what does it mean to take stakeholders seriously? How can
we take appropriate rhetorical action unless we understand
how people might engage with our content? This session
will illustrate how an increased awareness of diverse online
stakeholders and their hybrid purposes for reading are
changing our ideas about the nature of information design.
12:00 | sessões paralelas | parallel sessions
Sala 1 | Nos tribunais
In the courts | Room 1
Nancy Marder
Professora de Direito
Chicago-Kent College of Law, EUA
Professor of Law
Chicago-Kent College of Law, USA
Ajudar os jurados a compreender as instruções
Helping jurors to understand jury instructions
No final de um julgamento americano, o juiz instrui os
jurados sobre as leis relevantes. Mas, e se os jurados
não perceberem as instruções, devido à linguagem ou
à forma como são apresentadas? As instruções para o
júri devem ser escritas em linguagem que os jurados
possam compreender e apresentadas de forma a que os
jurados possam usá-las correctamente durante as suas
deliberações.
At the end of an American trial, the judge instructs the
jury on the relevant law. But what if the jury does not
understand the instructions, either because of the language
or the presentation? Jury instructions need to be written
in language that jurors can understand and presented in
ways that reach jurors so that they can use the instructions
correctly during their deliberations.
Esta apresentação examina as razões pelas quais as
instruções para o júri são tão difíceis de compreender
e que passos podem ser dados para as tornar mais
acessíveis. Parte do problema reside no facto de
normalmente as instruções para jurados serem escritas
por uma comissão de profissionais cujo objectivo é
produzir uma instrução-padrão que reflicta a Lei com
exactidão. Esta instrução está escrita para membros da
comunidade jurídica e não para pessoas comuns. Outra
44
This paper examines why jury instructions are so difficult
to grasp and what steps can be taken to make them
more accessible to jurors. Part of the problem is that
jury instructions are typically drafted by a committee of
professionals whose goal is to produce a pattern instruction
that accurately encapsulates the law. Such an instruction
is written for members of the legal community, but not
necessarily for laypersons. Another part of the problem is
the way that judges deliver instructions. Typically, judges
simply read the instructions aloud. It is difficult for jurors
clarity2010 conferência
parte do problema é a forma como os juízes apresentam as
instruções. Tipicamente, limitam-se a ler as instruções em
voz alta. É difícil para os jurados compreender a linguagem
e os conceitos jurídicos a partir de instruções dadas desta
forma. Esta apresentação explora um conjunto de passos
que os juízes e as comissões jurídicas podem dar, incluindo
o teste empírico de instruções com leigos, de forma a que
a linguagem e a apresentação de instruções para o júri na
sala de tribunal deixem de ser barreiras à compreensão dos
jurados.
to grasp legal language and concepts from instructions
delivered in this manner. This paper explores a range
of steps that judges and committees can take, including
the empirical testing of instructions using laypersons,
so that the language and courtroom presentation of jury
instructions are no longer barriers to juror comprehension.
Leonardo Souza
Professor
Universidade Federal de Goiás, Brasil
Lecturer
Federal University of Goiás, Brazil
Contribuições da teoria dos atos de fala de
J.L.Austin para a análise de sentenças judiciais
The language of court sentences – an
analysis influenced by J. L. Austin
Os Movimentos de Democratização da Justiça foram
iniciados, no Brasil, na década de 1950. A preocupação
central dos estudiosos era com a sistemática processual,
ou seja, com o excesso de recursos protelatórios, com
a burocracia do Judiciário, etc. Por isso, foram criados
diversos instrumentos para facilitar a solução de conflitos.
The Justice Democratization Movements started, in Brazil,
in the 1950s. The scholars were concerned with the
procedural system, i.e. the excess of deferring appeals, the
Justice bureaucracy, etc. To solve these problems, several
initiatives were taken to facilitate conflict resolution.
Os Juizados Especiais Cíveis e Criminais, por exemplo,
foram criados a fim de tornar mais célere a solução de
conflitos. Nesses órgãos, a presença do advogado é
dispensável; e as partes são isentas de custas e honorários.
Essas “inovações” na processualística brasileira seguem
o modelo norte-americano e obedecem aos princípios
da simplicidade, informalidade, economia processual e
celeridade. Para alcançar a finalidade desses órgãos, é
importante que a linguagem usada pelos profissionais do
Direito seja acessível, pois as partes não estão assistidas
por profissionais habilitados. No entanto, com o passar
dos tempos, nota-se que os Juizados se transformaram
num microssistema reprodutor da mesma prática do juízo
comum, a saber: emprego de uma linguagem arcaica,
repleta de latinismos, jargões e construções inversas.
Tenho estudado as sentenças judiciais dos Juizados
Especiais Cíveis em que figuram como parte-autora
pessoas físicas. A escolha pela sentença se deu por esses
textos serem dirigidos especificamente aos leigos. Sendo
o Juizado um ambiente vinculado ao Judiciário, em que
devem ser observadas estratégias para facilitação do
acesso à Justiça, as sentenças nele proferidas devem ser
de fácil compreensão.
A ideia é analisar esses textos sob a perspectiva de J. L.
Austin, para quem a linguagem deve ser estudada em
seu uso, ou seja, levando em consideração os sujeitos e
as condições de produção do discurso. A pesquisa está
ainda no início, mas pode-se assumir que a linguagem
empregada nas sentenças do Juizado Especial não é
de fácil compreensão, fazendo com que o analfabeto e
o pobre mantenha a histórica dificuldade de acesso ao
Judiciário. O uso dessa linguagem tem contribuído apenas
para a manutenção do status de quem trabalha na área.
45
The Special Civil and Criminal Courts, for instance, were
created to speed up conflict resolution. In these courts
the presence of an attorney is expendable; and none of
the parts is obligated to pay any costs or fees. These
“innovations” in the Brazilian procedural system follow
the North-American model and the principles of simplicity,
informality, procedural efficiency and celerity. To achieve
the purposes of the State Courts, it is important to use
accessible language, because the parts are not assisted
by accredited professionals. However, these courts have
become a micro system that copies the practices of
common courts: the use of an archaic language, filled with
Latinism, jargon and passive sentences.
I have been studying the legal sentences given in Special
Civil Courts, in which the plaintiff is an individual. I
decided to study sentences because they are specifically
written for lay people. Being the Special Civil Courts bound
to the judicial system, in which strategies to facilitate the
access to Justice must be observed, the sentences should
be easy to understand.
The goal is to analyze these texts through J. L. Austin
perspective, for whom language must be studied taking
into account the subjects and the conditions in which the
speech is produced. This research is still in the beginning,
but we can assume that the language applied in State
Courts sentences is not easy to understand, which hinders
poor and illiterate people’s access to Justice. The use of
that sort of language contributes only to the social and
professional status of those who work in this area.
clarity2010 conferência
Shannon Wheatman
Vice-presidente
Kinsella Media, EUA
Vice President
Kinsella Media, USA
A maioria das acções colectivas nos EUA
não cumpre requisitos de linguagem clara
Majority of Class Actions in U.S. Do Not Meet
Plain Language Requirement of Rule 23
No dia 1 de Dezembro de 2003 a Regra de Procedimento
Civil Federal 23 dos EUA (também conhecida como “Regra
23”) foi emendada para passar a exigir que todas as
intimações de acções legais colectivas do tribunal federal
“declarem clara e resumidamente, em linguagem clara
e fácil de compreender” a informação que os envolvidos
na acção precisam para tomar uma decisão informada
sobre a questão. Em 2000, o Conselho das Regras Civis
da Conferência Judicial dos Estados Unidos pediu ajuda
ao Centro Judicial Federal (CJF), a agência de pesquisa
e educação do sistema judicial federal, para desenhar
modelos de intimações que satisfaçam o requisito da
linguagem clara.
On December 1, 2003, U.S. Federal Rule of Civil
Procedure 23 (“Rule 23”) was amended to require that
class action notices in federal court “clearly and concisely
state in plain, easily understood language” the information
that class members need to make an informed decision.
In 2000, the Advisory Committee on Civil Rules of
the Judicial Conference of the United States solicited
assistance from the Federal Judicial Center (“FJC”), the
research and education agency of the federal judicial
system, to draft model notices that would satisfy the plain
language requirement.
A verdadeira questão é: qual o progresso nos últimos seis
anos? Bem, se folhear as páginas dos maiores jornais e
semanários, irá provavelmente encontrar uma intimação
típica - isto é, se a conseguir ver. Muitas intimações
continuam a ser escritas em letras pequeninas; o título
normalmente informa o leitor da visão oficial do tribunal
e não incentiva à leitura. Se conseguir ultrapassar os
problemas de design que afastam muitas pessoas, será
provavelmente confrontado com grandes blocos de texto
cheio de jargão incompreensível para muitos leigos.
Um estudo de 511 intimações de acções legais colectivas
publicadas entre 2004 e 2009 mostra que menos de 30%
cumprem o requisito da linguagem clara. Já progredimos
alguma coisa desde que a emenda com a exigência
da linguagem clara foi aprovada, mas ainda temos um
longo caminho a percorrer para atingir os objectivos do
Conselho, que exige que “as intimações sejam escritas em
linguagem clara e fácil de compreender” e que “se trabalhe
constantemente na difícil tarefa de comunicar com os
envolvidos em acções legais colectivas”. No entanto, estes
não podem beneficiar da Regra 23 se os funcionários da
área não forem responsabilizados.
The real question: how far has class action notice come
in the past six years? Well, if you turn the page of many
major newspapers and periodicals you’ll probably find a
typical class action notice—that is, if you can see it. Many
notices continue to be written in small, fine print; the
headline usually informs the reader of the court’s officiallooking case caption and does not give any incentive
for actual class members to read it. If you can get past
the design features that drive many away, you will likely
be met with large blocks of jargon-filled text that are
unintelligible to many laypersons.
A study of 511 class action notices published from 20042009 show that less than 30% are meeting the plain
language requirement. We have progressed, some, over the
years since the passage of the plain language amendment,
but we still have a long way to go to realize the Advisory
Committee’s goals that “notice be couched in plain, easily
understood language” and that we “work unremittingly at
the difficult task of communicating with class members.”
However, class members cannot benefit from Rule 23 if
practitioners are not held accountable.
The research uncovers many shortcomings in the notices
and offers insight on improving the design and content of
class action notice.
A pesquisa põe a descoberto muitas falhas nas intimações
e dá ideias para melhorar o seu design e o seu conteúdo.
Sala 2 | Linguagem e software
Language and software | Room 2
William Lutz
Professor Honorário de Inglês
Universidade de Rutgers, EUA
Emeritus Professor of English
Rutgers University, USA
Linguagem jurídica e tecnologia interactiva
Legal Language and Interactive Technology
O uso crescente de tecnologia interactiva vai alterar
radicalmente a natureza e o papel da linguagem usada
em documentos jurídicos e prospectos financeiros. Vou
explorar, através de exemplos, o funcionamento desta
tecnologia, e o que está a fazer e fará aos tradicionais
The growing use of interactive technology will radically
alter the nature and role of language in financial disclosure
and legal documents. I will explore, with examples, how
this technology works, and what it is doing and will
do to traditional legal documents and procedures. My
46
clarity2010 conference
documentos e procedimentos jurídicos.
A minha apresentação tem como base o meu trabalho na
Comissão do Mercado de Valores Mobiliários americana,
onde preparei um relatório sobre como a comissão poderia
definir os prospectos financeiros para o século XXI.
presentation is based on my work at the US Securities and
Exchange Commission where I prepared a report on how
the Commission could move financial disclosure into the
21st century.
Daphne Perry
Formadora, Consultora e Autora de Conteúdos
em Linguagem Clara
Clarifynow, Reino Unido
Plain Language Trainer, Writer and Consultant
Clarifynow, UK
Software de edição para o movimento pela
linguagem clara
Style checking software for the plain
language movement
Como é que nós, especialistas e entusiastas da linguagem
clara, divulgamos as boas técnicas de escrita nas nossas
organizações? Será que um software de edição pode ajudar
a estabelecer standards de inglês claro, executá-los e medir
os resultados?
How do we, as plain language experts and enthusiasts,
spread good writing throughout our organisations? Can
style checking software help you set plain English
standards, enforce them, and measure the results? Este workshop vai analisar produtos concorrentes,
incluindo o software que tenho usado nos últimos 4 anos
como ferramenta de formação e para medir e gerir o inglês
claro numa firma de advocacia em Londres.
This workshop will discuss competing products, including
the software I have used for the last 4 years as a training
tool, to measure and manage plain English, in a City of
London law firm.
Participants will:
Os participantes vão poder:
•
see a style-checker program in action
•
ver um programa de edição em funcionamento
•
•
partilhar as suas experiências de usar um software
que dá apoio em inglês claro (ou português claro)
share experience of using software to support plain
English (or plain Portuguese)
•
•
analisar o valor destes programas para os documentos
legais e financeiros.
discuss these programs’ value for legal and business
documents. Laura Bergstrom
Redactora na Área de User Experience
Microsoft, EUA
UX Writer
Microsoft, USA
A linguagem nos interfaces de software
Language in software user interfaces
A linguagem é uma ajuda preciosa na criação de
significados nas interfaces de software. As palavras
certas podem levar a uma melhor usabilidade e guiar
o conhecimento, o comportamento e as respostas
emocionais dos nossos utilizadores.
Language is critical to help create meaning in software
interfaces. The right words can create stronger usability
and guide our users’ understanding, behavior, and
emotional response.
Na última década, cada vez mais empresas na indústria da
tecnologia tomaram consciência de que a linguagem das
interfaces de utilizador (IU) precisa de ser clara, concisa
e coloquial, para resultar na compreensão e sucesso do
utilizador. O desafio nesta área é que o desenvolvimento
de software implica equipas multidisciplinares, onde a
linguagem é vista como algo extremamente subjectivo
e passível de discussões. Como envolver as partes
interessadas de forma adequada, sem uma exigência de
consenso que não deixa ninguém satisfeito, muito menos
os utilizadores do software?
Neste workshop, vamos descrever como a nossa equipa
procura desenhar a linguagem de IU em colaboração com
o resto das disciplinas que trabalham na interface. Vamos
discutir como desenvolvemos orientações, princípios e
processos que abordam a linguagem como um todo –
desde a história da marca e dos objectivos do utilizador
47
In the past decade, more companies in the technology
industry have become aware that user interface (UI)
language needs to be written in a clear, concise, and
conversational manner that results in user understanding
and success. The challenge with this has been that
software development requires working in multidisciplinary
teams, where language is seen as largely subjective and
open to debate. How do you engage critical stakeholders
appropriately without requiring a consensus approach that
leaves no one happy, least of all the software’s users?
In this workshop, we will share how our team strives to
“design” the UI language in collaboration with the rest of
the disciplines working on the user interface. We’ll discuss
how we’ve developed guidelines, principles, and processes
that take a holistic approach to language—from the brand
story and user goals to each individual term choice. The
end goal is a single voice that clearly communicates
complicated technical concepts with the use of plain
clarity2010 conference
até à escolha individual de cada termo. O objectivo final é
utilizar uma só voz capaz de comunicar conceitos técnicos
complicados através da linguagem clara. Isto irá assegurar
que o utilizador pode completar as suas tarefas com
sucesso – e até entusiasmo.
language. This ensures the user successfully—and even
happily—can complete their tasks.
Sala 3 | Masterclass II
Masterclass II | Room 3
Whitney Quesenbery
Consultora e Fundadora
WQusability, EUA
Principal Consultant
WQusability, USA
Usabilidade: conduzir uma análise de
especialista (centrada no utilizador)
Usability: conducting a (user-centered)
expert review
“Pode dar uma olhadela a isto?” Se lhe pedirem para dar
veredictos rápidos quando preferia conduzir testes de
usabilidade adequados, venha aprender o que fazer se tiver
de dar uma opinião rápida.
“Can you have a quick look at this?” If you are asked to
give quick verdicts when you’d rather run a proper usability
test, come learn what to do if you have to give an opinion
quickly.
Muitas vezes, pedem-nos uma opinião sobre um design ou
uma questão de usabilidade em apenas alguns minutos.
Mas mesmo numa ‘análise instantânea’, pode focar-se
nos utilizadores, em vez de seguir listas de orientações.
Opiniões especializadas instantâneas podem ser usadas
para substituir uma análise cuidada de uma audiência ou
um processo de design centrado no utilizador. Mas vão
sempre acontecer.
Too often, we are asked for an opinion on a design or
usability issue in just a few minutes. But even in an
“instant review” you can focus on users, instead of lists of
guidelines. Instant, expert opinions can often be used to
substitute for careful audience analysis or a user-centered
design process. But they are a fact of life.
Esta masterclass irá demonstrar como começar uma
análise e o que fazer se tiver três minutos, meia hora
ou dois dias para dar a sua opinião. Terá tempo para
praticar a técnica e colocar questões. A aula irá terminar
com ideias sobre como continuar a usar personas para
revisões contínuas, ao longo de todo o projecto. Ao usar na
sua análise uma abordagem centrada no utilizador, pode
melhorar os seus conselhos, aumentar a sua credibilidade
como especialista e ensinar, já agora, algo sobre design
centrado no utilizador.
Objectivos
•
Aprender a criar personagens rapidamente, se não
tiver outra pesquisa de utilizadores para se apoiar
•
Aprender um processo para dar feedback quando o
tempo é curto
•
Praticar o processo com casos reais
•
Explorar os limites do julgamento rápido e do
conhecimento dos especialistas.
13:00 - 14:00 | almoço | lunch
48
This masterclass will show you how to start a review, and
what to do if you have three minutes, thirty minutes, or
two days to give feedback. You will have time to practice
the technique and ask questions. The class will end with
ideas about how to continue to use personas for ongoing
reviews during the course of a project. By taking a usercentered approach to a review, you can improve your
advice, add to your credibility as an expert, and teach a bit
about user-centered design in the process.
Goals
•
Learn how to create quick personas, if you have no
other user research to draw on
•
Learn a process for giving feedback when time is short
•
Practice the process on real examples
•
Explore the limits of quick judgment and of expertise
clarity2010 conferência
14:00 | sessão plenária | plenary session
Simplificar documentos jurídicos
Cinco equipas internacionais de advogados, designers de
informação, consultores de usabilidade e especialistas
em linguagem clara reescreveram e redesenharam cinco
documentos jurídicos complexos, testando ambas as
versões (antes e depois) com utilizadores reais. Nesta
sessão dinâmica, eles partilharão as suas experiências e os
seus resultados.
Simplifying legal documents
Five international teams of lawyers, information designers,
usability consultants and plain-language experts rewrote
and redesigned five complex legal documents, testing the
before and after versions with real users. In this dynamic
session they will share their experiences and results.
Chaired by Sandra Fisher-Martins (Portugal)
Sessão apresentada por Sandra Fisher-Martins (Portugal)
14:45 | sessões paralelas | parallel sessions
Sala 1 | Clareza no sector público
Plain language and government | Room 1
Diana Ettner
Adjunta do Secretário de Estado
Presidência do Conselho de Ministros, Portugal
Adviser of the Secretary of State
Presidency of the Council of Ministers, Portugal
SIMPLEGIS – Menos leis, mais acesso,
melhor aplicação
SIMPLEGIS – fewer laws, easier access,
improved enforcement
O Programa SIMPLEGIS, lançado publicamente pelo
Governo no passado mês de Maio de 2010, tem três
objectivos essenciais: i) simplificar a legislação, com
menos leis, ii) garantir mais acesso à legislação para as
pessoas e empresas e iii) melhorar a aplicação das leis,
para que estas possam atingir os objectivos que levaram à
sua aprovação com mais eficácia.
Launched by the Government in May 2010, the
programme SIMPLEGIS sets out three goals: 1) to simplify
legislation, by having fewer laws; 2) to make laws more
accessible to citizens and businesses; 3) to improve law
enforcement.
To simplify legislation, by having fewer laws, SIMPLEGIS
appoints ambitious results to be achieved. For example,
until the end of 2010 it has been set out to i) repeal at
least 300 decree-laws (decretos-lei) and implementing
decrees (decretos regulamentares) rendered obsolete,
ii) have the number of acts repealed exceed the volume
of new enactments, iii) avoid errors that might require
correction by means of amending statements (declarações
de rectificação) in light of the goal of ensuring a success
rate (i.e., flawless legislative acts) of at least 95%, so
that people and businesses trust the legislation that is
published in the Official Gazette. In addition, a level of
“ZERO delay” as regards the transposition of EU directives
has been aimed to achieve before the end of the 1st
semester of 2011.
To make laws more accessible to citizens and businesses,
SIMPLEGIS includes the following measures, to be made
available during the second semester of 2011: i) to
publish decree-laws and implementing decrees in Diário
da República (Portuguese Official Gazette) alongside with
summaries describing their contents in a clear and plain
language, both in Portuguese and English ii) to prepare
consolidated versions of the laws that avoid dispersion
and reflect the text that is in force at a particular moment;
iii) to improve access to laws, by publishing very specific
acts in other websites instead of the Official Gazette; iv) to
grant access to legislation in a way that is quicker, easier
and with less costs, by making available online a new web
Para simplificar a legislação, com menos leis, o
SIMPLEGIS tem vários objectivos ambiciosos. Assim, a
título de exemplo, pretende-se, em 2010, i) revogar pelo
menos 300 leis, decretos-leis e decretos regulamentares
desnecessários, ii) revogar mais decretos-leis e decretos
regulamentares que os aprovados, iii) errar menos,
garantindo que não há declarações de rectificação em
95% dos decretos-leis e decretos regulamentares, para
que possa haver confiança no texto publicado em Diário
da República, e, até ao final do 1.º semestre de 2011, iv)
assegurar “atraso ZERO” na transposição de directivas da
União Europeia (UE), para deixarmos de ter directivas por
transpor fora de prazo.
Para garantir mais acesso à legislação para as pessoas
e empresas, o SIMPLEGIS prevê, designadamente, i) que
as leis possam ser mais compreensíveis, através da
disponibilização de resumos explicativos do texto dos
diplomas em português e inglês, ii) que os textos das
leis sejam menos dispersos através da disponibilização
de versões consolidadas dos diplomas que permitam
dar a conhecer a versão em vigor em cada momento,
iii) uma melhor publicidade das leis, substituindo
publicações de actos em Diário da República por outras
formas de divulgação pública que tornem a consulta
mais fácil e acessível e iv) que o acesso às leis se torne
mais rápido, fácil e com menos custos, através do
49
clarity2010 conferência
lançamento de um novo portal de informação legislativa,
no 2.º semestre de 2011.
Finalmente, para melhorar a aplicação das leis e garantir
que possam cumprir os seus objectivos, o SIMPLEGIS
prevê, entre outras medidas, i) a elaboração de 10
“Manuais de instruções” de decretos-leis e decretos
regulamentares em 2010 e 2011, para ajudar os seus
destinatários a aplicar e beneficiar das suas novidades e ii)
ter leis melhor avaliadas, com novos modelos de avaliação
legislativa prévia e sucessiva.
portal devoted to legal and legislative information.
At last, to improve law enforcement, setting the ground for
greater levels of efficiency in pursuit of the regulatory goals,
SIMPLEGIS will undertake, among others, the following
actions: i) to elaborate ten “manuals of instructions”
regarding particular decree-laws and implementing decrees
between 2010 and 2011, in order to convey the necessary
information on their correct application to those who deal
with such regulation; ii) to have better evaluation of laws,
with new ex ante and ex post evaluation models.
Anne-Marie Chisnall
Directora da Equipa de Edição
Write Limited, Nova Zelândia
Inglês claro para auditores - trazer clareza
ao Gabinete do Auditor-Geral da Nova
Zelândia
Anne-Marie Chisnall partilha os objectivos, as actividades
e os resultados de um projecto bem-sucedido de
simplificação da linguagem do Gabinete do Auditor‑Geral
da Nova Zelândia. O projecto incluiu os elementos
necessários para persuadir auditores altamente
especializados e ocupados a repensar o seu estilo de
escrita e a produzir relatórios de auditoria claros e
orientados para o leitor. O projecto durou três anos, criando
uma enorme riqueza de informação para partilhar.
Este estudo de caso:
• cobre escrita financeira, jurídica e estatal
• reflecte sobre os desafios de convencer profissionais
maduros e altamente qualificados a examinar a sua
forma de comunicar e a pensar de forma um pouco
diferente
• inclui um standard personalizado de inglês claro, que
é a base de muitas outras actividades
• produziu excelentes resultados em toda a organização.
Elsa Freire
Directora do Projecto do Contact Center
Instituto da Segurança Social, Portugal
Contact Center Project Manager
Social Security Institute, Portugal
Manager, Document Clarity Team
Write Limited, New Zealand
Plain English for Auditors
Anne-Marie Chisnall shares the goals, activities, and results
of a successful plain English project at New Zealand’s
Office of the Auditor General. The project included all
of the elements needed to persuade busy, highly skilled
auditors to think differently about their writing style and
produce clear,, reader-friendly audit reports. The project
has run for three years, creating a wealth of information to
share.
The case study will interest conference delegates because
it:
•
covers financial, legal, and government writing, in a
compliance environment
•
includes the challenges associated with convincing
mature, highly skilled, professional people to examine
their way of communicating and think a little
differently has been run effectively by a project team
with a project leader
•
includes a custom-built plain English standard that is
the foundation for many other activities
•
has produced excellent results across the organisation.
Ana Paula Martins
Directora de Comunicação
Instituto da Segurança Social, Portugal
Communications Director
Social Security Institute, Portugal
A nova linguagem da Segurança Social
Simplifying the language of social security
A Segurança Social portuguesa abriu o seu call center em
Dezembro de 2008. O nosso maior desafio foi traduzir
todas as informações de produtos e serviços para uma
linguagem que tanto os operadores do centro como os
clientes conseguissem compreender.
Portuguese Social Security opened its call centre in
December 2008. Our main challenge was to translate all
product and service information into a language that both
call centre operators and clients could understand.
Working with Português Claro, we developed more than
100 plain language scripts explaining how to request
benefits, calculate your pension, adopt a child, etc. The
scripts, that were initially just for the call centre, became
a tool for all frontline staff and were even put online, as
downloadable guides for the public.
This project was a turning point for Social Security’s
communication strategy. Over the last two years, our
Trabalhámos com a Português Claro para desenvolver
mais de 100 guiões em linguagem clara, que explicam
como pedir subsídios, calcular pensões, adoptar uma
criança, etc. Os guiões, que inicialmente eram apenas
para o call center, tornaram-se uma ferramenta para todo
o atendimento e foram até publicados on-line como guias
que o público pode descarregar.
50
clarity2010 conference
Este projecto foi um ponto de viragem na estratégia de
comunicação da Segurança Social. Nos últimos dois anos,
a nossa linguagem tornou-se mais simples e mais focada
no utilizador. Os nossos novos panfletos e brochuras
estão escritos em linguagem clara e estamos prestes a
redesenhar o nosso website.
Sala 2 | Para além das palavras a clareza pelo design
language became simpler and more user-focused. Our new
leaflets and brochures are written in plain language and we
are about to redesign our website.
Beyond words
clarity through design
| Room 2
Robert Linsky
Designer de Informação
NEPS, EUA
Information Design Doc
NEPS, USA
A clareza para além da linguagem clara –
não se pode ter uma sem ter a outra
Clarity beyond plain language – you can’t
have one without the other
A linguagem clara é necessária para qualquer comunicação
clara, mas sem outros aspectos do design de informação,
apenas a linguagem clara não é suficiente. Psicologia,
experiência de utilizador, tipografia, espaço em branco,
design gráfico, testes de usabilidade, etc., são todos
aspectos importantes que tornam as comunicações claras
e bem-sucedidas.
Plain language is necessary in any clear communications,
but without the other aspects of information design,
plain language by itself is not enough. Psychology, user
experience, sociology, typography, white space, graphic
design, usability testing, etc. are all important aspects that
make any communications clear and successful.
Robert Linsky, designer de informação com mais de 30
anos de experiência, vai usar casos de estudo e exemplos
de antes-e-depois para demonstrar como a clareza nas
comunicações envolve não só a linguagem clara, mas
também todos ‘os outros’ necessários para tornar as
comunicações mais claras. Durante a sessão, Linsky
envolverá a audiência, e quaisquer documentos que
sugiram para demonstrar como os seus princípios vão além
da linguagem clara para produzir um documento eficaz.
O principal objectivo de qualquer documento será
comunicar eficazmente a informação certa à pessoa
certa no momento certo de uma forma clara e fácil de
compreender.
Robert Linsky, an information design practitioner with
over 30 years experience, will use case studies and
before and after examples to demonstrate how clarity in
communications involves not only plain language, but all
‘the others’ needed to make the communications clear.
During the session, he will also engage the audience
and any documents they submit to demonstrate how
his principles go beyond plain language to a successful
document.
The ultimate goal in any document is to communicate
effectively by providing the right information to the
right person at the right time in a clear and easily
understandable way.
Ana Alexandrino da Silva
Investigadora técnica
Observatório do QREN, Portugal
Statistician
QREN Observatory, Portugal
Os três Rs dos gráficos estatísticos
Sustainable charts for a clearer message
Estamos soterrados em informação e rodeados de gráficos.
Mas ver sempre os mesmos gráficos acaba por tornálos pouco apelativos. As imagens devem ser atraentes e
interessantes, mas a maioria dos softwares limitam-se a
fazê-las aborrecidas e enganadoras.
We are overwhelmed by information and surrounded by
graphics. However, seeing always the same type of charts
makes them unappealing. An image should be attractive
and interesting, but most of software programs make them
boring and deceiving.
O mundo das representações estatísticas tem sérios
problemas ambientais: produzimos demasiados gráficos
desnecessários, usamos sempre o mesmo tipo de imagens,
esquecemo-nos dos gráficos mais antigos e que não estão
na moda, e não criamos novas formas mais eficazes de
apresentar a informação.
The ‘world’ of statistical graphics has some environmental
problems: we produce too many unnecessary graphics, we
always use the same kind of charts and rarely recover old
graphs that are not in the graphic mainstream, and, finally,
we fail to create new ways of presenting information more
effectively.
Está na altura de aplicar aos gráficos os três Rs do
ambiente: reduzir, reutilizar e reciclar.
It’s time to create a better visual environment using the
three Rs: reduce, reuse and recycle.
51
clarity2010 conference
Bruce Robertson
CEO
Diagram Visual Information, Reino Unido
CEO
Diagram Visual Information, UK
Clareza – métodos do passado
Clarity – past methods
1. A clareza pode ser atingida através do uso de imagens
1. Clarity can be achieved by use of images.
2. Mapas, gráficos, diagramas
2. Maps, charts, diagrams.
3. Há padrões que revelam mais do que parágrafos
3. Patterns reveal more than paragraphs.
4. Explicar acções, localizações, conceitos e valor através
de métodos visuais
4. Explaining actions, locations, concepts, and value by
visual methods.
5. Exemplos de 4000 anos de clareza visual
5. Examples of 4,000 years of visual clarity.
6. O casamento das palavras e das imagens
6. The marriage of words and image.
7. Onde estaremos em 2020
7. Where we are going by 2020.
Sala 3 | Masterclass III
Masterclass III | Room 3
Ben Piper
Legislador-chefe e Jurista
Comissão Nacional de Transportes, Austrália
Chief Legislative Drafter and Counsel
National Transport Commission, Australia
Escrever leis em linguagem clara
Drafting in plain language
Ben não é um mestre nem um professor, mas há 25 anos
que se esforça por escrever numa linguagem jurídica clara,
por isso espera ter aprendido algo sobre o assunto. Será
que aprendeu? Só há uma forma de descobrir…
Ben’s not a master, and he’s not a teacher, but he’s
been trying to write in plain language at the legal writing
coalface for 25 years now, so he hopes he’s learnt
something about plain language. Has he ? There’s only one
way to find out.
16:00 | intervalo | coffee break
52
clarity2010 conferência
16:15 | sessão plenária | plenary session
Sala 1 | Aplicar a linguagem clara II
Applying plain language II | Room 1
John Spotila
CEO
R3i Solutions, EUA
CEO
R3i Solutions, USA
A observância da linguagem clara na
Reserva do Exército dos EUA
Plain Language NEPA Compliance for US
Army Reserve
De acordo com a Lei de Política Nacional Ambiental
(NEPA), a Reserva do Exército americano (USAR) deve
considerar os impactos ambientais de todas as acções
que propõe. Sempre que adequado, fornece aos decisores
e ao público um Estudo de Impacto Ambiental (EIA) que
compara os impactos previstos pela proposta inicial com
algumas alternativas razoáveis.
Under the National Environmental Policy Act (NEPA),
the U.S. Army Reserve (USAR) must consider the
environmental impacts of all proposed actions. When
appropriate, it provides decision-makers and the public
with an Environmental Assessment (EA) comparing
the projected impacts of its proposal and one or more
reasonable alternatives.
A USAR prepara anualmente cerca de 40 ou mais EIA
para a construção de novos Centros de Treino militares
cuja preparação, revisão e aprovação leva em média sete
meses e tem um custo de 50 mil dólares. Embora estes
centros sejam muito semelhantes a nível estético, na sua
finalidade e nas actividades projectadas, os EIA são muito
diferentes no que diz respeito à sua organização, estilo e
qualidade de escrita. As suas principais características são
a extensão excessiva e a prosa incompreensível. Muitos
incluíam termos técnicos, linguagem monótona e material
irrelevante que impedia os leitores de compreender as
questões relevantes e avaliar as alternativas.
USAR annually prepares 40 or more EAs for the
construction of new military training centers. As of 2008,
the associated EA preparation, review and approval
process took an average of seven months at a cost of
$50,000. Although these centers are very similar in their
physical appearance, intended use and projected activity,
the EAs varied greatly in their organization, writing style
and quality. Their most common characteristics were
excessive length and incomprehensible prose. Many
included technical jargon, repetitious language and
irrelevant material that made it harder for their audience to
understand the issues and evaluate the alternatives.
Em 2008, trabalhámos com a USAR na preparação
de modelos em linguagem clara para os novos EIA e
documentos associados. Coordenámos, com a USAR, uma
equipa de especialistas nestas matérias e conselheiros
jurídicos. O nosso modelo de linguagem abordava as
situações que ocorriam mais frequentemente, deixando
sempre alguma flexibilidade. De seguida, demos formação
a um grupo de colaboradores da USAR para usarem
correctamente estes modelos e produzirem EIA em
linguagem clara.
Working closely with USAR, we prepared plain language
templates in 2008 for use in preparing new construction
EAs and their related documents. We coordinated closely
with USAR subject matter experts and legal counsel. Our
model language addressed commonly occurring situations
while allowing flexibility for varying circumstances. We
then trained a group of designated USAR staff in proper
use of the templates to produce plain language EAs.
Os novos EIA em linguagem clara permitem à USAR
cumprir as regras da NEPA. Identificam claramente as
questões e informam melhor os decisores e o público. A
nova abordagem também poupa tempo e dinheiro, com a
preparação, revisão e aprovação do EIA, a demorar agora
uma média de dois meses com um custo de 20 mil dólares.
The resulting plain language EAs can improve USAR
compliance with NEPA. They identify issues more clearly
and inform decision-makers and the public more effectively
than their predecessors. The new approach also saves
money and time, with EA preparation, review and approval
now requiring only two months and an average cost of
$20,000.
Sarah Slabbert
Presidente
The Plain Language Institute, África do Sul
President
The Plain Language Institute, South Africa
A linguagem das facturas municipais
sul-africanas – um estudo de caso
Plain language for South African municipal
bills – a case study
As facturas mensais de água e electricidade que os
municípios enviam aos seus consumidores são um ponto
The monthly water and electricity bills that municipalities
send out to consumers are a key legal and communication
53
clarity2010 conferência
de contacto muito importante entre o governo local e os
cidadãos. Assim sendo, as facturas municipais constituem
uma oportunidade única para as Câmaras Municipais
informarem, educarem e influenciarem o comportamento
dos seus clientes e demonstrarem que as suas
comunicações são claras, precisas e acessíveis.
Um recente estudo financiado pela Comissão de Pesquisa
de Águas Sul-Africana revelou que as contas municipais
do país ainda têm de percorrer um longo caminho para
aproveitar esta oportunidade. Esta apresentação irá discutir
as metodologias e as conclusões deste estudo e as suas
implicações na teoria da linguagem clara. Como parte
do estudo, foi desenvolvida uma ferramenta de avaliação
das facturas municipais. Esta ferramenta transforma
cinco critérios de avaliação qualitativa em categorias
mensuráveis para calcular um índice de pontuação.
interface between local government and citizens. As such,
municipal bills offer a unique opportunity for municipalities
to inform, educate and influence the behaviour of their
customers and to establish their communication as clear,
accurate and customer friendly.
A recent study funded by the South African Water Research
Commission found that municipal bills in this country
still have a long way to go to optimise this opportunity.
The paper will discuss the methodology and findings of
this study and the implications for plain language theory.
As part of the study, an assessment tool was developed
to evaluate municipal accounts. The tool translates five
sets of qualitative criteria into measurable categories to
calculate an index score.
Foi feito um inquérito nacional com 2500 adultos urbanos
que testava três facturas que representavam no índice de
pontuação as categorias ‘fraco’, ‘médio’ e ‘bom’. O estudo
revelou que muitos consumidores pagavam as suas contas
municipais todos os meses sem compreenderem quanta
água ou electricidade tinham gasto. Muitos consumidores
não percebiam a diferença entre litro e kilolitro. Também
não compreendiam o significado de muitos dos termos,
abreviaturas e símbolos utilizados.
A national survey of 2500 urban adults was used to test
three bills that represented “weak”, “average” and “good”
on the index scale. The study found that many consumers
pay their municipal bill every month without understanding
how much water or electricity they have used. Many
consumers do not comprehend the difference between litre
and kilolitre. Nor do they know what “balance brought
forward”, “arrears” or “consumption” mean. The use of
non-standard abbreviations, unexplained acronyms and
symbols, which are common to South African municipal
bills, makes them even more difficult to understand.
A capacidade de encontrar a informação correcta numa
conta está relacionada com o nível socioeconómico e
com a língua falada em casa. Numa nota mais positiva,
o estudo provou que um valor elevado no índice de
clareza da linguagem, layout e design melhorava
significativamente a compreensão e aumentava a confiança
nos valores cobrados.
Respondents’ ability to find the correct information on the
tested bills correlated with socioeconomic status and home
language. On the positive side, the study found that a
high index score on clarity in language, layout and design
improved consumers’ understanding of municipal bills
significantly and increased their trust in the correctness of
the account.
Neste momento, os serviços públicos sul-africanos estão
a atravessar uma crise. Esta apresentação sugere que
facturas municipais em linguagem clara podem ser uma
excelente forma de aumentar a consciência e participação
dos consumidores na gestão dos recursos de água e
energia do país.
Service delivery at local government level is currently
in a crisis in South Africa. The paper will conclude that
municipal bills in plain language could be a valuable tool
to increase consumer awareness and participation in the
regulation and management of the country’s water and
energy resources.
Karel van der Waarde
Consultor e Investigador
Universidade de Avans, Holanda
Consultant and Researcher
Avans University, Holland
Informação sobre medicamentos:
argumentos jurídicos e visuais
Information about medicines: legal and
visual arguments?
A informação sobre medicamentos, tal como aparece nos
folhetos e nas próprias embalagens, está regulamentada
de forma rigorosa. Na Europa, para se poder comercializar
um medicamento, é obrigatório respeitar regulamentos,
orientações e modelos. Estes determinam os conteúdos
e fornecem orientações para a escrita, o design e os
testes de legibilidade dos folhetos e das embalagens.
Infelizmente, isto não é feito a partir da perspectiva do
paciente, nem da perspectiva das “melhores práticas” em
campos como a linguagem clara, o design de documentos
ou o design de informação. Uma informação pobre sobre
os medicamentos provoca um aumento de custos, de erros
e fatalidades e de desperdício.
Information about medicines, as it appears on medicine
packs and in package inserts, is strictly regulated. In
Europe, in order to market a medicine, it is obligatory to
adhere to regulations, guidelines and templates. These
prescribe the contents, and provide advise for writing,
designing and testing of package leaflets and packaging.
Unfortunately, this is not considered from the perspective
of the patient, nor of the perspective of ‘best practice’
in fields like ‘plain language’, ‘document design’ or
‘information design’. Poor information about medicines
leads – apart from increasing anxiety - to increased costs,
increased numbers of mistakes and fatalities, and high
waste.
Abordagem
Uma investigação detalhada da informação visual que está
Approach
A detailed analysis of the visual information for patients,
54
clarity2010 conference
disponível para pacientes, enfermeiros, farmacêuticos e
médicos revela que, apesar das boas intenções, as questões
mais importantes não estão a ser abordadas. Todos os
utilizadores de informação visual sobre medicamentos são
obrigados a usar técnicas alternativas para complementar,
ignorar ou contornar a informação que lhes é fornecida. Por
exemplo, os pacientes fazem listas e consultam a internet,
os farmacêuticos re-empacotam os medicamentos e os
enfermeiros escrevem instruções adicionais. Foi analisada
uma colecção destas “informações complementares” e, com
base nessa análise, foram criados e testados protótipos.
Resultados
Os protótipos mostram que a informação sobre medicamentos
pode ser melhorada. Algumas destas melhorias podem ser
feitas no âmbito do actual quadro regulamentar, outras
mostram claramente as suas limitações. Os protótipos
também demonstraram diversas inconsistências nos
regulamentos, directrizes e modelos fornecidos.
Conclusão
O actual quadro regulamentar bloqueia o desenvolvimento
da informação sobre medicamentos e é prejudicial para os
pacientes, farmacêuticos e enfermeiros. Os protótipos não
só demonstram que é possível fornecer melhor informação
cumprindo o quadro regulamentar, mas também sugerem
formas de melhorá-lo.
Sala 2 | Educar pela clareza
Karine Nicolay
Professora e Gestora de Projectos
Katholieke HogeschoolKempen, Bélgica
Lecturer and Plain Language Project Manager
Katholieke Hogeschool Kempen, Belgium
Um projecto para formar especialistas em
linguagem clara
Há uma tendência para a democratização, participação e
cidadania na UE e além fronteiras. Cada vez mais países
adoptam leis sobre linguagem clara (Suécia, UE, EUA,
Portugal...). É de esperar que a necessidade de utilização
da linguagem clara se torne mais forte nos próximos
anos e crie oportunidades de negócio. Neste momento,
há uma falta de consultores profissionais nesta área
e – como identificado pelo International Plain Language
Working Group – existe grande necessidade de formação
e investigação. A resposta apropriada a estas tendências,
necessidades e factos pode ser um curso de formação em
linguagem clara.
Em Março de 2010, Karine Nicolay, Jan Dekelver da
K.H.Kempen (Bélgica/Flandres) e Sandra Fisher-Martins
da Português Claro (Portugal) visitaram o Departamento de
Linguagem Clara na Universidade de Estocolmo, o Instituto
de Línguas da Suécia (Språkrådet), a Språkkonsulterna e a
associação sueca de consultores certificados de linguagem
(ESS). Depois desta visita, decidimos candidatar-nos a
fundos para montar um curso de um ano em comunicação
clara no âmbito do programa Lifelong Learning da
Comissão Europeia, com parceiros da Suécia, Flandres,
Portugal, Reino Unido e Europa de Leste.
55
nurses, pharmacists and doctors reveals that – despite all
good intentions – the results are not addressing the most
relevant questions. All beholders of visual information
about medicines have techniques to supplement, ignore
or work around the provided information. For example,
patients make lists and consult the internet, pharmacists
repack medicines, and nurses write additional instructions.
A collection of these ‘information supplements’ was
analysed. Based on this analysis, prototypes were
developed and tested.
Result
The development of prototypes shows that information
about medicines can be improved. Some of this can
be done within the current regulatory framework, other
modifications show the limits and boundaries of the legal
construction. The prototypes also highlight several of the
practical inconsistencies in the regulations, guidelines and
templates.
Conclusion
The current regulatory framework blocks the development
of information about medicines. This approach can be
defended until it is proven to be detrimental for patients,
pharmacists and nurses. The prototypes do not only
show that it is possible to provide suitable information
about medicines within the current regulatory framework,
but also show how the legal framework itself could be
modified.
Educating for clarity | Room 2
Jan Dekelver
Professor e Gestor de Projectos
Katholieke Hogeschool Kempen, Bélgica
Lecturer and Project Manager
Katholieke Hogeschool Kempen, Belgium
A plain language training project
There is a trend towards democratisation, participation
and citizenship in the EU and beyond. More and more
countries adopt plain language laws (Sweden, EU, US,
Portugal…). It is expected that the call for plain language
will become stronger in the next few years and will offer
business opportunities. At this moment there is a lack of
professional plain language practitioners and – as stated in
the International Plain Language Working Group’ options
paper – there is a need for plain language training and
research. The appropriate answer to these trends, needs
and facts can be provided by a broad plain language
training course.
In March 2010 Karine Nicolay, Jan Dekelver from
K.H.Kempen (Belgium/Flanders) and Sandra FisherMartins from Português Claro (Portugal) visited the Plain
Language Department of Stockholm University, the
Swedish Language Council (Språkrådet), Språkkonsult and
the association for Swedish certified language consultants
(Ess). After this visit they decided to apply for funding to
set up a 1-year-course on plain communication out of the
Lifelong Learning programme (LLP) from the European
Commission, with partners from Sweden, Flanders,
Portugal, Great-Brittain and eastern Europe.
Each partner can adapt the course to its own national
clarity2010 conference
Cada parceiro pode adaptar o curso às necessidades e
possibilidades nacionais. O curso está aberto a estudantes
com um bacharelato ou mestrado. Será apoiado nas
tecnologias de informação e fará uso de técnicas
inovadoras de b-learning e de comunidades virtuais.
Os candidatos farão um teste de admissão para garantir
um nível uniforme de competências. Haverá módulos
em Inglês e módulos nas línguas nacionais, com foco
no multilinguismo. O curso terá um módulo geral
obrigatório de introdução e módulos opcionais em áreas
especializadas. Terá um foco especial na comunicação
clara nos institutos da Comissão Europeia. Os outros
módulos obrigatórios são: design da informação, gestão
de projectos e gramática. O curso dá aos estudantes um
“Diploma europeu em linguagem clara”, que pode abrir
caminho a uma certificação profissional internacional.
Rosa Galán
needs and possibilities. The course is open to students
with a bachelor or masters degree. It will be ICT-supported
and make use of innovative blended learning and virtual
campus techniques.
Before entering, applicants take an admissions test to
guarantee a uniform level of competence. There will
be modules in English and the national language(s),
with a focus on multilingualism. The course will have
a mandatory general introduction module and optional
modules in specialized fields. There will be a special focus
on plain communication in the European Commission
institutes. Other mandatory modules are: information
design, project management, grammar. The course
offers students a ‘European diploma on plain language’
which can open the path to an international professional
certification.
Antonio Canizales
Directora do Departamento de Línguas
Instituto Tecnológico Autónomo de México
Coordenador do Departamento de Línguas
Instituto Tecnológico Autónomo do México
Head of the Department of Languages
Instituto Tecnológico Autónomo de México (ITAM)
Coordinador of Languages
Instituto Tecnológico Autónomo de México
Lenguaje Claro no Instituto Tecnológico
Autónomo do México
After Clarity Mexico 2008, what has plain
language achieved at ITAM?
No México, a administração de Vicente Fox introduziu
o projecto da Linguagem Clara em Outubro de 2004,
intitulado inicialmente “Lenguaje Ciudadano”. Desde
então, este projecto tem passado por várias mudanças e,
actualmente, está a sofrer um revés no sector público.
In Mexico, Vicente Fox’s administration introduced the
Plain Language project, originally named “Lenguaje
Ciudadano”, in October 2004. Since then, this project
has undergone many changes, and today it is suffering a
setback in the public sector.
No campo académico, especialmente no Instituto
Tecnológico Autónomo do México (ITAM), que organizou
a Clarity2008, continuamos empenhados em ensinar aos
estudantes a importância da linguagem clara nos vários
programas académicos. Esta apresentação tem como
objectivo partilhar a experiência de ensinar a linguagem
clara através de vários cursos e workshops, focados nos
principais programas académicos do ITAM, desde o Direito
à Gestão, passando pela Economia, entre outros. Pretende-se
também dar uma perspectiva mais alargada sobre o futuro da
linguagem clara no México e sobre os desafios de habituar
os estudantes a escrever em linguagem clara nas suas
profissões.
In the academic field, specifically at the Instituto
Tecnológico Autónomo de México (ITAM), that hosted
the last Clarity Conference in 2008, we have committed
ourselves to teach our students the importance of Plain
Language in the various academic programs. The purpose
of this presentation is to share our experience of how we
teach Plain Language by means of different courses and
workshops, focused on the main academic programs
taught at ITAM, from law to business management to
economics, amongst other disciplines. We also intend to
give a more comprehensive overview of the future of Plain
Language in Mexico, and the challenge of getting students
used to writing texts in Plain Language in their professions.
56
clarity2010 conferência
João Salis Gomes
Professor Universitário
ISCTE / INA, Portugal
Lecturer
ISCTE / National Institute for Administration, Portugal
DELEGE – o novo diploma do INA em
simplificação da linguagem normativa
DELEGE – INA’s new diploma in
simplification of legal language
A qualidade dos actos normativos é uma exigência
de cidadania que surge cada vez mais no centro das
preocupações dos poderes públicos e da sociedade em
geral. Esta exigência constitui, para os responsáveis
pela elaboração de textos legislativos e regulamentares,
um desafio complexo. Há que encontrar respostas
adequadas para as múltiplas questões de âmbito jurídico,
em sentido estrito, nos planos organizativo, material e
formal: a pertinência das leis, a racionalidade do processo
legislativo, os modelos de concentração legislativa. Mas
está também em causa algo de essencial do ponto de
vista democrático: a simplificação da comunicação, uma
vez que os actos normativos são, necessariamente, actos
de comunicação e só pela sua eficácia enquanto tal se
legitimam.
The quality of normative acts is a growing citizenship
demand amongst public authorities and the global society.
This presents a complex challenge for legal drafters, and
it raises several legal and democratic questions. There are
legal issues about form and content, relevance of the law
and the legislative process. But there are also issues about
democracy and simplification: legal texts are meant to
communicate and are only effective when they do so.
O Diploma de Especialização em Simplificação da
Comunicação Legislativa e Regulamentar – DELEGE nasce
em 2010, no Instituto Nacional de Administração (INA)
que, no início da década de 90, produziu em Portugal os
primeiros trabalhos sobre simplificação da comunicação
administrativa. O DELEGE visa apresentar e discutir um
conjunto de técnicas de concepção e elaboração de actos
normativos numa perspectiva prática de simplificação.
57
The DELEGE (Diploma in Simplification of Legal and
Regulatory Communications) was created in 2010 by
the Portuguese National Institute of Administration (INA).
In the early 90s, INA produced the first studies about
simplification of administrative communications. Since
then, it has provided training in simplification of legal
and administrative communications. DELEGE’s goal is
to present and debate a set of techniques to produce
normative acts according to the simplification approach.
clarity2010 conferência
Sala 3 | Direito proactivo e visualização de contratos
Proactive law
and contract visualization|
Room 3
Gerlinde Berger-Walliser
Professora Adjunta
ICN Business School, França
Associate Professor
ICN Business School, France
Melhorar o entendimento jurídico através
do direito proactivo e da visualização
Enhancing legal understanding through
proactive law and visualization
Os empresários mostram sempre uma resistência
natural a ler contratos – e com razão. No actual mundo
de negócios feito em rede, há demasiados contratos e
esses contratos são muito longos. Lê-los requereria mais
tempo do que aquele que a maioria dos gestores pode
dispensar. E mesmo que o fizessem, o mais provável seria
não compreenderem os seus conteúdos, uma vez que os
contratos são escritos por advogados para advogados numa
linguagem que quem não seja advogado não compreende
facilmente. Nesta contribuição, gostaria de discutir como
isto pode mudar e introduzir três conceitos ligados entre si
que podem ajudar a realizar esta mudança.
Business people are reluctant to read contracts - for good
reason. In today’s networked business, there are simply
too many contracts and those contracts are much too
long. Reading them would require more time than most
managers can reasonably spend. And even if they did,
they most probably would not understand their content
as contracts are typically written by lawyers for lawyers
in a language non-lawyers don’t easily understand. In this
contribution I would like to discuss how things should
change and introduce three interconnected concepts that I
believe can help make the change.
Estudos recentes demonstram a importância crescente
dos contratos para a cadeia de valor das empresas, muito
ligadas entre si. Para fazer com que os empresários leiam
contratos, proponho uma nova mentalidade proactiva
orientada para a melhoria dos resultados do negócio, a
criação de valor e a prevenção de problemas. Pretendo
assim aumentar os conhecimentos da audiência sobre uma
abordagem proactiva ao Direito presente nos contratos
e ajudar a desenvolver novas ferramentas para guiar a
interpretação do contrato, com o objectivo de promover
o sucesso do negócio e prevenir problemas jurídicos
desnecessários.
A abordagem denominada Direito pró-activo surgiu
na Finlândia no final da década de 1990, baseada no
movimento de Direito preventivo iniciado nos EUA em
1950. Enquanto que a abordagem tradicional é na sua
maioria reactiva, tentando resolver um problema, um
custo ou um conflito, o Direito pró-activo está virado para
o futuro: como é que as partes se devem comportar nos
seus negócios de forma a atingir os seus objectivos e evitar
riscos, disputas e custos desnecessários. O Direito próactivo troca a perspectiva dos advogados pela perspectiva
das partes.
Um contrato pró-activo é desenhado e escrito para
as partes e para as pessoas responsáveis pela sua
implementação no terreno e não para um juiz que é
suposto decidir sobre as falhas de uma ou ambas as
partes. Os contratos pró-activos são claros. Permitem às
partes alinhar os objectivos de negócio e o Direito. Assim
sendo, precisam de ser compreensíveis e fáceis de ler.
Aqui, a literacia contratual e a visualização de informação
jurídica visa simplificar a comunicação entre profissionais
de forma a facilitar as escolhas contratuais e tornar os
contratos mais fáceis de desenhar e usar, tanto para os
empresários como para os juristas.
58
Recent research proves the growing importance of
contracts for the value chain of today’s interconnected
enterprises. In order to make businesspeople read contracts
I propose a new proactive mindset that is directed
towards improving business outcomes, creating value
and preventing problems. The panel contribution seeks to
enhance the audience’s understanding about the proactive
approach to contracting and law and help develop new
tools to guide contract interpretation so as to promote
business success and prevent unnecessary legal problems.
The approach specifically called proactive law emerged
in Finland in the late 1990s based on the preventive
law movement initiated in the US in 1950. Whereas
the traditional approach to law is often reactive, trying
to solve what has emerged as a problem, a cost or a
conflict, proactive law is future-oriented: how the parties
should conduct themselves or their business in order to
reach their goals and avoid unnecessary risks, costs and
disputes. Proactive law shifts the perspective from the
lawyers to the parties and insofar can help enhancing legal
understanding.
A proactive contract is designed and written for the parties
and the people in charge of its implementation in the
field, not for a judge who is supposed to decide about the
parties’ failures. Proactive contracts are about clarity. They
are expected to provide parties with predictable outcomes
and to align business goals and the law. Therefore they
need to be understandable and easy to read. Here,
contractual literacy and visualization of legal information
can help cross-professional communication so contractual
choices become easier to make and contracts easier to
design and use, for legal and business professionals alike.
clarity2010 conference
Helena Haapio
Especialista em Contratos Internacionais
Lexpert / Universidade de Vaasa, Finlândia
International Contract Counsel
Lexpert / University of Vaasa, Finland
Clarificar contratos através da visualização
Contract clarity through visualization
Actualmente, as empresas estão cada vez mais
dependentes umas das outras – e de contratos. Os
contratos têm muitas funções. Enquanto alguns podem ter
de servir como prova em tribunal, a maioria deles não tem
essa função. Em vez disso, precisam de funcionar como
ferramentas de gestão de negócio, ajudando as partes a
atingir os seus objectivos e a evitar os tribunais. Para o
fazer, os contratos devem traduzir objectivos, expectativas
e promessas numa linguagem que possa ser facilmente
compreendida. Aqui, os tribunais e os advogados não são a
audiência primária, as pessoas que trabalham nas equipas
que implementam os contratos é que o são. Para que os
contratos se traduzam em bons resultados, as pessoas no
terreno precisam de saber o que se espera que façam e
não façam.
In today’s business environment, companies are
increasingly dependent on each other – and on contracts.
Contracts have many functions. While some of them
may need to work as evidence in court, most of them
don’t. Instead, they need to work as management tools in
business, helping the parties reach their goals and stay
out of the courtroom. In order to function as business
and management tools, contracts must translate goals,
expectations and promises into a language that is
understood in the way intended. Here, courts and opposing
counsel are not the primary audience, people working in
delivery teams implementing the contracts are. In order
for contracts to translate into successful performance, the
people in the field need to know what they are expected to
do and refrain from doing.
A elaboração de contratos complexos envolve muitos
participantes, muitas vezes gestores e advogados de vários
países e várias experiências culturais e profissionais.
Nestes casos, o desafio é atingir um equilíbrio entre
os diferentes requisitos e preferências, facilitando a
comunicação e a coordenação. Uma vez concluído o
contrato, é preciso assegurar uma transição suave entre os
vários estádios do seu ciclo de vida.
When crafting complex contracts, many participants
are involved, often business managers and lawyers
from several countries and cultural and professional
backgrounds. The challenge, then, is to achieve a balance
between the different requirements and preferences and
to facilitate communication and coordination. Once the
contract has been made, a seamless transition between the
various stages of its life-cycle needs to be secured.
A visualização é usada em muitas áreas para ajudar a
reduzir a complexidade e disponibilizar a informação de
forma rápida. Esta sessão toma como ponto de partida o
projecto Street Vendor conduzido por Candy Chang, uma
designer, planeadora urbana e artista, em colaboração com
o Centro para Pedagogia Urbana (UA). Tendo reparado que
o livro de regulamentos municipais para os vendedores
ambulantes de Nova Iorque era “assustador e difícil de
compreender para qualquer pessoa, muito mais para uma
pessoa cuja língua materna não é o inglês”, prepararam
um Guia Visual do Vendedor Ambulante que tornava os
regulamentos acessíveis e compreensíveis. Agora que o
Guia está pronto e disponível online (http://candychang.
com/street-vendor-guide/), é de estranhar não vermos mais
projectos do género. Porque é que não vemos nada disto
no campo dos contratos internacionais? A maioria dos
contratos actuais de empresas são compostos apenas por
texto, preto e branco, sem imagens, gráficos ou exemplos.
Porquê? Existem oportunidades tremendas para melhorar!
Porque não descrever as áreas de responsabilidade das
partes e as suas interacções através de infografias ou
imagens utilizando as ferramentas e métodos de design
já existentes? Porque não usar visualizações de contratos,
definições de âmbito de projectos, níveis de serviço e
por aí fora, para melhor a comunicação entre fronteiras e
profissões? Esta sessão demonstra, com exemplos, como
a visualização pode tornar os contratos mais acessíveis e
facilitar a tomada de decisões contratuais a advogados e
não só.
Visualization is used in many areas to help reduce
complexity and convey information quickly. This session
is inspired by and builds on the work of the Street Vendor
Project carried out by Candy Chang, a designer, urban
planner and artist, in collaboration with the Center for
Urban Pedagogy. Having noted that the “rulebook of
legal code” was “intimidating and hard to understand
by anyone, let alone someone whose first language
isn’t English”, they prepared a visual Vendor Guide
that makes city regulations and rights accessible and
understandable. Now that the Guide is readily available
online (http://candychang.com/street-vendor-guide/),
one can only wonder why we don’t see more of this.
Why do we not see anything close to this in the field
of cross-border contracting? Most companies’ current
contracts are text-only, black and white, with no pictures,
graphs or examples. Why? Tremendous opportunities for
improvement exist! Why not describe the parties’ areas
of responsibility and interaction in infographs or images
using existing design tools and methods? Why not visualize
contracts, work scope specifications, service levels, and
so on, for easier understanding and communication across
borders and professions? This session demonstrates, with
examples, work in progress showing how visualization can
make contracts accessible and contractual choices easier
to make, for lawyers and non-lawyers alike.
59
clarity2010 conference
Katri Rekola
CEO
Rekola Design, Finlândia
CEO
Rekola Design, Finland
Visualização de contratos de prestação
de serviços: o caso de um fabricante de
equipamentos
Visualization of services and service
contracts: the case of an equipment
manufacturer
Esta apresentação introduz o caso de um fabricantes de
equipamentos industriais – Empresa A – que enfrenta o
desafio de vender contratos de serviços. A empresa tem
fornecido, na sua grande maioria, serviços de manutenção,
de forma relativamente bem sucedida, durante anos, e tem
uma base de clientes mais ou menos estável constituída
pelas empresas que lhe compram maquinaria.
This presentation introduces the case of an industrial
equipment manufacturer – Company A – facing the
challenge of selling service contracts. The company
has been providing mainly maintenance services quite
successfully for years and has an established customer
base in the companies that have bought their machinery.
Com a terciarização da indústria produtora, o negócio
tem tendência a focar-se cada vez mais nos serviços e
nas relações de serviços. No entanto, a equipa de vendas
prefere vender máquinas e estão muito habituados a
oferecer serviços como um bónus. A isto acrescenta-se
a enorme separação que existe naturalmente entre o
Departamento de Vendas e o Departamento Jurídico e é
compreensível que a Empresa A esteja perante um desafio.
A cultura da empresa, no que diz respeito aos contratos, é
que o Departamento Jurídico preocupa-se com as “coisas
legais”, enquanto que o conteúdo, quer seja referente a
equipamento ou serviços, é da responsabilidade do resto
da empresa. Uma das principais fontes de confusão é a
complexidade da oferta e a multiplicidade de opções dadas
aos clientes. Está a tornar-se cada vez mais complicado ter
uma ideia clara dos direitos, funções, responsabilidades
ou resultados que derivam das escolhas dos clientes
ou a melhor forma para redigir um contrato que faça
sentido do ponto de vista legal e empresarial, e esteja
bem estruturado (com, por exemplo, os anexos correctos),
de modo a encorajar a colaboração entre diferentes
profissionais de diferentes áreas.
A Empresa A decidiu tentar a visualização: foi usado
design tanto na descrição de serviços como nos contratos,
especialmente para facilitar a comunicação interna e
dar ao Departamento de Vendas uma ferramenta visual
para vender serviços. As reacções iniciais são positivas:
por exemplo, os engenheiros gostam da forma como
os principais indicadores de performance podem ser
apresentados numa tabela como parte do fluxograma
do processo. Claro que, como em qualquer processo de
mudança, existem algumas resistências e muitos desafios
a enfrentar, mas a Empresa A está bem encaminhada para
se tornar numa adepta das ferramentas visuais até num
contexto jurídico.
With the servitization of the manufacturing industry, the
business focus is increasingly on services and service
relationships. However, the sales people much prefer to
sell machines and are quite likely to give services away for
free as a bonus. Add to this the gap between the business
people and the legal professionals, and it is understandable
that Company A faces a challenge.
The company culture and the way to do things as regards
contracting, is that the legal department worries about ‘the
legal stuff’ while the content, whether it is equipment or
services, is the responsibility of the rest of the organization.
One of the main sources for confusion is the complexity
of the service offering and the multiplicity of the options
the customers can choose from. It is getting harder for all
parties to have a clear picture of what entitlements, roles,
responsibilities, or deliverables follow from the customers’
choices or how to best draft a contract that makes sense
from both the legal and the business point of view and is
structured clearly with for example the right appendices
while encouraging cross-professional collaboration.
Company A decides to try visualization: visuals are
used both in the service descriptions and the contracts,
especially to facilitate internal communication and to give
the sales people a visual tool to sell services. The initial
reactions are positive: for example engineers especially like
the way key performance indicators can be presented in a
chart as part of the service process flowchart. Of course,
as with any change, there is some resistance and many
challenges, but Company A is well on its way to becoming
a firm believer in visual tools even in a legal context.
17:30 | sessão de encerramento | closing session
António Marinho Pinto
Bastonário da Ordem dos Advogados,
Portugal
60
President of the Portuguese Bar Association,
Portugal
biografias
biographies
61
clarity2010
Karen Baker sempre acreditou que a informação pode fazer a diferença. Na
Healthwise, tenta garantir que todas as informações e ferramentas satisfazem as
necessidades das pessoas que as usam. Karen ajuda a Healthwise a ir para além
do conceito de consumer-friendly até ao verdadeiro conceito de literacia em saúde
e contribuiu para que toda a empresa adoptasse a linguagem clara.
Foi jornalista, com funções que iam de editora no Chicago Sun-Times a directora
executiva no Idaho Statesman. Nos seus tempos livres, Karen é voluntária de
terapia com animais num hospital local com o seu cão de água português, Lucky.
Karen Baker
Vice-Presidente
Healthwise, EUA
Senior Vice President
Healthwise, USA
Karen Baker has always believed that information has the power to make a
difference. At Healthwise, she leads efforts to make sure that all Healthwise
information and tools meet the needs of the people who use them. Baker helps
Healthwise go beyond ‘consumer-friendly’ to encompass true health literacy, and
has helped Healthwise to embrace plain language across the enterprise.
She formerly was a journalist, with positions ranging from copy editor at the
Chicago Sun-Times to executive editor at the Idaho Statesman. In her spare time,
Karen is a pet therapy volunteer at a local hospital with her Portuguese water dog,
Lucky.
Christopher Balmford é o fundador e director de:
•
Cleardocs, um negócio online que produz pacotes de documentos jurídicos
“prontos-a-assinar” na Austrália e no Reino Unido – os atributos da marca
Cleardocs são “clareza, simplicidade e facilidade de utilização”
•
Words and Beyond, uma consultora australiana que ajuda as organizações a
desenvolver culturas que valorizem e produzam comunicação clara.
Christopher é também Presidente da Clarity.
Christopher Balmford, a former lawyer, is the founder and managing director of:
Christopher Balmford
Advogado e Presidente
Clarity
Lawyer and President
Clarity
•
Cleardocs, an online business providing ‘ready-to-sign’ legal document
packages in Australia and the UK – the hallmarks of the Cleardocs brand are
‘clarity, simplicity, and ease of use’
•
Words and Beyond, a plain-language training and rewriting consultancy in
Australia (Sydney and Melbourne) which helps organisations to develop
cultures that value and deliver clear communication.
Christopher is also the President of Clarity.
Gerlinde Berger-Walliser é Professora Adjunta de Direito na ICN Business School
em Nancy (França) e membro do Centro Europeu de Investigação em Economia
Financeira e Gestão de Empresas. Tem um Doutoramento em Direito pela
Universidade de Bielefeld (Alemanha) e uma Licenciatura em Direito Internacional
pela UC Davis. É um dos membros do IACCM Proactive Think Tank e participa
num projecto Erasmus de desenvolvimento curricular sobre Direito Pró-activo e
Gestão Proactive. Actualmente, está a leccionar durante um semestre a dar aulas
e a fazer pesquisa na California State University Northridge.
Gerlinde Berger-Walliser
Professora Adjunta
ICN Business School, França
Associate Professor
ICN Business School, France
62
Gerlinde Berger-Walliser is an Associate Professor of Law at ICN Business
School in Nancy (France) and member of the Centre Européen de Recherche en
Economie Financière et Gestion des Entreprises. She holds a doctorate in law
from the University of Bielefeld (Germany) and a Licentiate in International Law
from UC Davis. She is core team member of IACCM Proactive Think Tank and
participates in an EU Erasmus Curriculum Development project on Proactive Law
and Proactive Management. Currently she’s spending a semester teaching and
researching at California State University Northridge.
clarity2010
Laura Bergstrom é uma escritora na área de user experience na Microsoft. Geriu
equipas de assistência ao utilizador do Windows e do Windows Server, liderou
o lançamento da escrita focada no utilizador para Comunicações Unificadas e
escreve guiões de cinema, obras ficcionais e não ficcionais.
Nos seus tempos livres, Laura gosta de escrever sobre cultura, design de
interiores, arquitectura paisagista e design de eventos.
Laura Bergstrom is a user experience writer at Microsoft who has been a manager
for Windows and Windows Server user assistance teams, led the release of
UX writing for Unified Communications, and writes screenplays, fiction, and
nonfiction.
In her off time, Laura also enjoys writing about culture, interior design, landscape
design, and event design.
Laura Bergstrom
[email protected]
Redactora (user experience)
Microsoft, EUA
UX Writer
Microsoft, USA
Steve Blunt é Director Sénior da Cisco Systems. Com 25 anos de experiência
empresarial, desde 2005 que Steve lidera iniciativas de mudança organizacional
de larga escala. Tem desenvolvido o seu trabalho na Cisco no seu país natal, a
Austrália, na área do Pacífico e, mais recentemente, nos Estados Unidos.
Antes de entrar para a Cisco, Steve trabalhou para a IBM, a Lotus e a Dell na
Europa e na Ásia.
Steve Blunt is a Senior Director at Cisco Systems. With 25 years of broad business
experience he has led large scale, cross-functional corporate change initiatives
since 2005. His work at Cisco has spanned his home country Australia, the Asia
Pacific region and (as an expatriate) the US.
Prior to Cisco, Steve worked at IBM, Lotus and Dell in Europe and Asia.
Steve Blunt
Director
Cisco Systems, EUA
Senior Director
Cisco Systems, USA
Deborah S. Bosley, professora adjunta de Inglês na UNC Charlotte, dá aulas de
escrita técnica a estudantes de bacharelato e licenciatura. Deborah Bosley já fez
várias apresentações para instituições empresariais, académicas e governamentais
nos EUA e na UE. Publicou três livros e mais de 20 artigos e pertenceu ao painel
sobre avisos de privacidade no sector financeiro, patrocinado pela Comissão
Federal de Comércio.
Deborah também pertence ao conselho de administração do Center for Plain
Language e foi recentemente entrevistada para o programa de rádio do Wall
Street Journal, This Weekend.
Deborah S. Bosley, an associate professor of English at UNC Charlotte, teaches
technical writing to undergraduate and graduate students. Deborah Bosley has
given presentations to businesses, academic and government institutions in the US
and the EU. She has published three books and over two dozen articles and was a
panelist on “Get Noticed: Writing Effective Financial Privacy Notices” sponsored by
the Federal Trade Commission.
Deborah also serves on the board of the Center for Plain Language and was
recently interviewed on the Wall Street Journal‘s This Weekend radio broadcast.
63
Deborah Bosley
[email protected]
Professora Adjunta de Inglês
UNC Charlotte, EUA
Associate Professor of English
UNC Charlotte, USA
clarity2010
Dana Howard Botka tem vindo a desenvolver, desde 2000, documentos, conteúdos
para a web e aplicações em linguagem clara para o estado de Washington e outras
organizações. A sua popular iniciativa “Plain Talk” recebeu uma recomendação do
Governador em 2005 e continua a ser usada em muitas agências estatais.
Dana é a proprietária da PlainPoint Communications, uma firma independente de
consultoria e formação. O seu objectivo é resolver os dispendiosos problemas que
a informação pouco clara causa às empresas.
Pertenceu ao conselho de administração do Center for Plain Language entre
2006 e 2010, foi oradora convidada na Universidade de Washington e dá
frequentemente formação e palestras sobre design e linguagem clara.
Dana Botka
[email protected]
Directora de Comunicação com o Cliente
Estado de Washington, Dept. do Trabalho,
EUA
Manager, Customer Communications
State of Washington, Dept. of Labor and
Industries, USA
Dana Howard Botka has been developing plain documents, web content, and
applications for the state of Washington and other organizations since 2000. Her
popular ‘Plain Talk’ initiative was endorsed by the Governor in 2005 and continues
to support many state agencies.
Dana is the owner of PlainPoint Communications, an independent consulting
and training firm. Her focus is on solving the costly business problems caused by
unclear information. She was a Center for Plain Language board member from
2006 to 2010, guest lectures at the University of Washington, and frequently
trains and speaks on plain language and design topics.
Mariana Bozetti licenciou-se em Literatura pela Universidade Católica Argentina,
Buenos Aires, em 1990. De 2004 - 2009, como investigadora na Academia
Argentina de Letras, contribuiu para a revisão da Gramática publicada pela Real
Academia Espanhola. Paralelamente ao trabalho que desenvolve na Marval,
O’Farrell & Mairal, Mariana ensina escrita académica na Universidade Torcuato Di
Tella e revisão de textos especializados na LITTERAE.
Em 2009 - 2010, patrocinada pelo World Bank, formou a equipa anticorrupção
do Gabinete do Procurador-Geral em técnicas de escrita em linguagem clara.
Mariana Bozetti
Directora do Centro de Escrita em Espanhol Claro
Marval, O’Farrell & Mairal, Argentina
Director of Plain Spanish Writing Centre
Marval, O’Farrell & Mairal, Argentina
Mariana Bozetti graduated from the Universidad Católica Argentina, Buenos Aires,
in 1990 with a degree in Literature. From 2004 to 2009, as a researcher for the
Academia Argentina de Letras, she contributed to the revision of the Gramática
published by the Real Academia Española. Along with her work at Marval,
O’Farrell & Mairal, Mariana teaches academic writing at the Universidad Torcuato
Di Tella, and proofreading of specialized texts at the LITTERAE.
In 2009/10, sponsored by the World Bank, she trained the anti-corruption team
from the District Attorney’s Office in plain writing skills.
Candice Burt é uma advogada especialista em linguagem clara. É directora da
Simplified, uma empresa de formação e consultoria de Joanesburgo. É também
representante da Clarity na África do Sul. O trabalho de Candice incide sobretudo
na simplificação de informação jurídica.
Em 2009, Candice e Frances Gordon escreveram capítulos para os livros The
Consumer Protection Act made easy, de Neville Melville, e Plain Language in Plain
English, de Cheryl Stephen. Este ano, Candice co-fundou o Plain Language Group
of South Africa com outros profissionais da linguagem clara. O seu objectivo é
pressionar o governo para que haja directrizes eficazes nesta área.
Candice Burt
Directora
Simplified, África do Sul
Directora
Simplified, South Africa
64
Candice Burt is a plain-language lawyer. She is a director of Simplified, a training
and consultancy firm in Johannesburg. She is also the South African representative
of Clarity. The main focus of Candice’s work is simplifying legal information.
In 2009, Candice, together with Frances Gordon, contributed chapters to Neville
Melville’s The Consumer Protection Act made easy and Cheryl Stephen’s Plain
Language in Plain English. This year, Candice co-founded the Plain Language
Group of South Africa with other plain-language practitioners. Its aim is to lobby
for effective plain-language guidelines.
clarity2010
Peter Butt foi presidente da Clarity e co-fundador do Centro de Linguagem
Jurídica Clara na Universidade de Sydney. Ensinou redacção jurídica clara em
diversos países. Actualmente, lecciona um curso de pós-graduação em legística
na Universidade de Sydney. Foi professor convidado no Reino Unido (Bristol e
Cambridge) e nos Estados Unidos (Vanderbilt). Peter escreveu dois livros sobre
legística e é co-editor do Dicionário Jurídico Australiano. Também escreveu
diversos livros sobre Direito de propriedade e uma coluna mensal sobre este tema
no Australian Law Journal.
Peter Butt is a past president of Clarity, and was co-founder of the Centre for Plain
Legal Language at the University of Sydney. He has given workshops on plain
language legal drafting in many countries. He teaches a post-graduate course in
legal drafting at Sydney University. He has held visiting professorships in the UK
(Bristol and Cambridge) and the USA (vderbilt). Peter has written two books on
legal drafting, and is a co-editor of the Australian Legal Dictionary. He has also
written a number of books on property law. He writes a monthly property law
column in the Australian Law Journal.
Peter Butt
Professor Honorário de Direito
Universidade de Sydney, Austrália
Emeritus Professor of Law
University of Sydney, Australia
É o coordenador de Línguas do Instituto Tecnológico Autónomo do México (ITAM), no
qual é professor a tempo inteiro. É também coordenador da Licenciatura em Tradução
e Textos Especializados do Departamento de Educação Continuada do ITAM.
Tem participado em conferências nacionais e internacionais como orador nas áreas
de tradução, escrita académica e ensino de línguas. Deu aulas nas disciplinas de
tradução e interpretação consecutiva como professor convidado no Instituto de
Estudos Internacionais de Monterey (Califórnia) e na Universidade de Ottawa. Tem
um mestrado em Tradução pela Universidade de Ottawa.
He is the coordinator of Languages at ITAM (Instituto Tecnológico Autónomo
de México), where he is a full-time professor. He is also the coordinator of the
Graduate Diploma on Translation of Specialized Texts at ITAM’s Continuing
Education Department.
He has participated in national and international conferences as a speaker in the
areas of translation, academic writing, and language teaching. He has taught
courses of translation and consecutive interpretation as a visiting professor at the
Monterey Institute of International Studies (California) and at the University of
Ottawa. He has a M.A. in Translation (University of Ottawa).
Antonio Canizales
Coordenador do Departamento de Línguas
Instituto Tecnológico Autónomo do México
Coordinador of Languages
Instituto Tecnológico Autónomo de México
Sarah Carr tem uma licenciatura em Línguas Modernas e Inglês e um MBA e é
membro avançado da Sociedade de Editores e Revisores. Trabalhou como gestora
no Serviço Nacional de Saúde britânico durante sete anos, antes de se tornar
escritora e editora freelance, especializada em escrita e edição em linguagem
clara, há 13 anos.
As suas publicações incluem Tackling NHS Jargon: getting the message across
(Radcliffe Medical Press, 2002) e muitos artigos na imprensa e na internet.
Trabalhou como professora convidada na Universidade de Manchester e,
actualmente, é a representante da Clarity no Reino Unido.
Sarah has a first degree in modern languages and English, and a master’s in
business administration (MBA), and is an advanced member of the Society for
Editors and Proofreaders. She worked as a general manager in the National
Health Service (NHS) for seven years, before becoming a freelance writer and
editor, specialising in plain English writing and editing, 13 years ago.
Sarah’s publications include Tackling NHS Jargon: getting the message across
(Radcliffe Medical Press, 2002) and many journal and internet articles. She
has worked as a visiting fellow at Manchester University, and is currently UK
representative for Clarity.
65
Sarah Carr
[email protected]
Redactora e Editora
Carr Consultancy / Plain Language Commission
Reino Unido
Freelance Writer and Editor / Associate
Carr Consultancy / Plain Language Commission
UK
clarity2010
Annetta Cheek é antropóloga doutorada pela Universidade do Arizona. A sua
carreira de 25 anos no Governo Federal dos EUA focou-se na escrita e na
implementação de regulamentos. Durante quatro anos foi a principal especialista
em linguagem clara da equipa do Vice-Presidente Al Gore. Foi presidente do
grupo de promoção da linguagem clara de uma associação de agências federais,
a PLAIN, desde que este foi fundado em 1995 até se reformar em 2007, e geria
o website do grupo, www.plainlanguage.gov. Actualmente, é Presidente do Center
for Plain Language.
Annetta Cheek
Presidente
Center for Plain Language, EUA
Chair
Center for Plain Language, USA
Annetta Cheek is an anthropologist with a PhD from the University of Arizona.
Her 25-year US Federal government career focused on writing and implementing
regulations. She spent four years as the chief plain language expert on Vice
President Gore’s task force for reinventing government. She was the chair of
the federal interagency plain language advocacy group, PLAIN, since it was
founded in 1995 until she retired in 2007, and administered the group’s website,
plainlanguage.gov. She is now the Chair of the board of the Center for Plain
Language.
Anne-Marie é consultora para vários clientes dos sectores público e privado da
Nova Zelândia. Juntou-se à Write Limited em 2005 e tornou-se directora da
equipa de edição no início de 2009.
Como especialista em inglês claro, Anne-Marie gere ou trabalha em vários
projectos de simplificação, incluindo reescrita de documentos, avaliação de
documentos, testes com utilizadores, guias de estilo, entre outros. Muito do seu
trabalho envolve documentação complexa, jurídica ou altamente técnica.
Anne-Marie Chisnall is a trusted advisor to a wide variety of clients in both the
public and private sectors in New Zealand. She joined Write Limited in 2005 and
became manager of Write’s Document Clarity Team in early 2009.
Anne-Marie Chisnall
Directora da Equipa de Edição
Write Limited, Nova Zelândia
As a plain English specialist, Anne‑Marie leads or works on all types of document
clarity projects, including document redrafting, document assessments, document
audits, user-testing projects, style guides, and more. Much of her work involves
complex, legal, or highly technical documentation.
Manager, Document Clarity Team
Write Limited, New Zealand
Eleanor Cornelius tem um Mestrado em Linguística Geral. É credenciada em
interpretação simultânea (Inglês-Afrikaans; Afrikaans-Inglês). Está, neste
momento, a preparar o doutoramento sobre linguagem clara, focado na
compreensão de documentos legais por falantes nativos de Afrikaans, uma das
línguas oficiais da África do Sul.
Na Universidade de Joanesburgo, dá aulas de linguística, psicolinguística, prática
linguística (incluindo linguagem clara), tradução jurídica prática e interpretação
simultânea e consecutiva. Orienta também estudantes de mestrado.
Eleanor Cornelius
[email protected]
Professora
Universidade de Joanesburgo, África do Sul
Lecturer
University of Johannesburg, South Africa
66
Eleanor Cornelius holds an MA in General Linguistics. She is a fully accredited
simultaneous interpreter (English-Afrikaans; Afrikaans-English). Eleanor is
currently engaged in doctoral studies on the topic of plain language, focusing on
the comprehension of legal documents by mother-tongue speakers of Afrikaans,
one of the official languages of South Africa.
At the University of Johannesburg she teaches courses in linguistics,
psycholinguistics, language practice (including plain language), practical legal
translation and simultaneous, consecutive and liaison interpreting. She also
provides guidance to master’s students.
clarity2010
Renee Cullinan é sócia-gerente da Atalanta Partners, uma empresa de consultoria
focada em levar clareza às estratégias empresariais. Nos últimos 20 anos, Renee
trabalhou com várias empresas da lista Fortune 500, incluindo Symantec, The
Gap, Genentech, Chiron Corporation e a General Electric.
Renee Cullinan is Managing Partner at Atalanta Partners, a consulting firm focused
on bringing clarity and meaning to corporate strategies. Over the past 20 years,
Renee has consulted for Fortune 500 companies including Symantec, The Gap,
Genentech, Chiron Corporation and General Electric.
Renee Cullinan
[email protected]
Sócia-Gerente
Atalanta Partners, EUA
Managing Partner
Atalanta Partners, USA
Martin Cutts é autor do The Oxford Guide to Plain English (OUP, 2009), que inclui
um capítulo sobre linguagem jurídica. É também autor e co-autor de vários livros
que demonstram como a linguagem jurídica pode ser clarificada (todos disponíveis
para download na secção ‘Books’ de www.clearest.co.uk).
Martin foi co-fundador da Plain English Campaign no Reino Unido em 1979 e
foi sócio da mesma até 1988. Desde 1994, é director de investigação da Plain
Language Commission, uma empresa de edição e formação dedicada à escrita
em linguagem clara. Embora não seja advogado, dirige acções de formação para
firmas de advocacia. Fala uma espécie de Português subturístico absolutamente
inútil.
Martin Cutts is author of The Oxford Guide to Plain English (OUP, 2009), which
includes a chapter on legal language. He’s also author or co-author of several
books showing how legalistic language can be clarified (all on free download under
‘Books’ at www.clearest.co.uk).
Martin Cutts
Martin co-founded the UK’s Plain English Campaign in 1979 and was a partner
there till 1988. Since 1994 he has been research director of Plain Language
Commission, a UK-based editing and training business dedicated to clear writing.
Though not a lawyer, he runs writing courses for law firms. He speaks a wholly
useless form of sub-tourist Portuguese.
Research Director
Plain Language Commission, UK
[email protected]
Director de Investigação
Plain Language Commission, Reino Unido
Jan Dekelver tem um background em engenharia e actualmente dirige K-point,
(www.k-point.be), um centro de investigação de tecnologias de informação e
comunicação (TIC) e inclusão pertencente ao Katholieke Hogeschool Kempen
University College (instituto politécnico da Universidade Católica de Leuven).
A sua investigação foca-se sobretudo em projectos sobre competências de
comunicação e TIC de indivíduos com dificuldades de aprendizagem e baixa
literacia. O seu projecto mais recente, INCLUSO, procura esclarecer se e até que
ponto o software social pode apoiar a inclusão social de jovens em risco. Em
2009, Jan recebeu um prémio nacional como ’engenheiro social‘.
Jan Dekelver has an engineering background and currently leads K-point, (www.kpoint.be), a research centre on information and communication technologies (ICT)
and inclusion at the Katholieke Hogeschool Kempen University College, a part of
K.U.Leuven association.
His main research relates to projects involving communication and ICT skills of
people with intellectual disabilities and low literacy. His latest project, INCLUSO,
is researching if and how social software can support the social inclusion of young
people at risk. In 2009, he received a national award as ‘social engineer’.
67
Jan Dekelver
Professor e Gestor de Projectos
Katholieke Hogeschool Kempen, Bélgica
Lecturer and Project Manager
Katholieke Hogeschool Kempen, Belgium
clarity2010
Helena Englund Hjalmarsson tem um bacharelato em Consultoria da Língua
Sueca e uma licenciatura em Administração de Recursos Humanos para
Pedagogos. É sócia e CEO de uma agência de consultoria de linguagem clara, a
Språkkonsulterna, é especialista em escrita para a Web. É também co-autora dos
livros Klarspråk på nätet (Linguagem Clara na Web) e Tillgängliga webbplatser i
praktiken (Como Construir Websites Acessíveis), que são usados em escritórios
editoriais por toda a Suécia.
Até há pouco foi a Presidente da Associação de Consultores de Línguagem Suecos.
Consultora de Linguagem Clara
Språkkonsulterna, Suécia
Helena Englund Hjalmarsson has a Bachelor degree in Swedish Language
Consultancy and a university diploma in Human Resources Administration
for Pedagogues. She is partner and CEO at the Plain Language agency
Språkkonsulterna. She specializes in legible language and writing for the Web.
She is also the co-author of Klarspråk på nätet (Plain Language on the Web) and
Tillgängliga webbplatser i praktiken (Accessible Websites in Practice), two books
that can be found in editorial offices across Sweden.
Plain-Language Consultant
Språkkonsulterna, Sweden
Until recently she was the chairperson of The Association of Swedish Language
Consultants.
Helena Englund Hjalmarsson
[email protected]
Diana Ettner é Adjunta do Secretário de Estado da Presidência do Conselho de
Ministros. Formada em Direito, é actualmente uma das responsáveis pelo projecto
de simplificação legislativa do Governo: SIMPLEGIS.
Diana Ettner is an adviser to the Secretary of State of the Presidency of the Council
of Ministers. With a degree in Law, Diana manages SIMPLEGIS, the government’s
legislation simplification project.
Diana Ettner
Adjunta do Secretário de Estado da
Presidência do Conselho de Ministros,
Portugal
Adviser of the Secretary of State of the
Presidency of the Council of Ministers,
Portugal
Nicole-Marie Fernbach é licenciada em Direito e em Literatura Inglesa (Université
de Bordeaux, France, 1971) e mestre em Direito (Université de Montréal, 1987).
Anteriormente revisora jurídica no Gabinete de Tradução da Secretaria de Estado
do Canadá (1975-1982), Nicole é uma tradutora certificada pela Ordem dos
Tradutores do Quebec. É também fundadora e proprietária da Juricom e lecciona,
há mais de 30 anos, tradução e escrita jurídica. É autora de artigos sobre escrita
jurídica clara e do livro La lisibilité dans la rédaction juridique au Québec (1990).
Fundou o Centro Internacional de Legibilidade, em Montreal.
Nicole Fernbach
[email protected]
Fundadora e Directora
Centro Internacional de Legibilidade, Canadá
Founder and Director
Centre International de Lisibilité, Canada
68
Nicole-Marie Fernbach has a bachelor’s degree in Law and a bachelor’s degree in
English Literature (Université de Bordeaux, France, 1971), and a master’s degree
in Law (Université de Montréal, 1987). Formerly a legal reviser, at the Translation
Bureau of the Secretary of State of Canada (1975-1982), Nicole is a Certified
Translator. She is also the founder and owner of Juricom and has taught legal
translation and legal writing for more than 30 years. She is the author of articles
on clear legal writing and a book entitled La lisibilité dans la rédaction juridique au
Québec (1990).
Nicole is also the founder of the Centre International de Lisibilité, Montreal.
clarity2010
Elza Barboza é Tecnologista Senior do IBICT, onde desenvolvo trabalhos
relacionados a avaliação e controle de qualidade em bases de dados, avaliação
de websites quanto à acessibilidade e usabilidade (conteúdo, design, layout,
navegação), e estudo de normas e directrizes de avaliação.
Sou bacharel em Letras Anglo-Germânicas (UFPE,1966) e bacharel em
Biblioteconomia e Documentação (UFPE, 1973), mestre em Ciência da
Informação (IBICT, 1978) e doutora em Ciência da Informação (UnB, 1998).
Elza Barboza is a Senior Technologist at IBICT. Her work is related to database
quality control and assessment, website accessibility and usability evaluation
(content, design, layout, navigation), and research of evaluation standards and
guidelines.
Elza has a bachelor’s degree in Anglo-Germanic Linguistics (UFPE, 1966) and
in Library and Documentation Studies (UFPE, 1973), a master’s in Information
Science (IBICT, 1978) and a PhD in Information Science (UnB, 1998).
Elza Ferraz Barboza
[email protected]
Bibliotecária
Instituto de Informação em Ciência e
Tecnologia, Brasil
Librarian
Institute of Science and Technology
Information, Brazil
Sandra Fisher-Martins é directora da Português Claro, uma empresa de consultoria e
formação que introduziu em Portugal o conceito de linguagem clara e que, desde 2007,
ajuda as empresas e instituições portuguesas a comunicar de uma forma mais clara.
Sandra interessa-se pelo uso da linguagem clara e do design de informação como
forma de ajudar os cidadãos a tomar decisões mais informadas acerca da sua
saúde, educação, bem-estar e direitos cívicos. Os seus clientes incluem o governo,
as Finanças, a Segurança Social, a Caixa Geral de Depósitos e a Zon.
Sandra representa a Clarity em Portugal. É membro do conselho de administração
da PLAIN e pertence ao International Plain Language Working Group.
Sandra Fisher-Martins runs Português Claro, a training and consultancy firm that
introduced plain language in Portugal and has been helping Portuguese companies
and government agencies communicate clearly since 2007.
Sandra is particularly interested in the use of plain language and information
design in public documents as a way of helping citizens make informed choices
about their health, education, welfare, and civil rights. Her clients include the
Government, Inland Revenue, Social Security, Caixa (Portugal’s largest bank) and
ZON (telecommunications).
Sandra Fisher-Martins
[email protected]
Directora
Português Claro
Director
Português Claro
Sandra is the Portuguese representative for Clarity. She is a member of the board
of PLAIN and part of the International Plain Language Working Group.
Martin Foessleitner tem 10 anos de experiência de gestão numa empresa japonesa
de digital imaging, primeiro como Gestor de Produto na Europa de Leste e depois
como Director de Marketing na Áustria, antes de ter fundado a High- PerformanceVienna GmbH em 1999. A empresa aplica o design de informação como uma
ponte entre as disciplinas do marketing e das vendas em empresas multinacionais.
Martin é membro da administração do Instituto Internacional de Design de
Informação (IIID) e da designaustria.
Martin Foessleitner has a 10-year management background in a Japanese
company of the digital imaging business, as a Product Manager in Eastern Europe
and as Marketing Director in Austria before he founded High-Performance-Vienna
GmbH in 1999. The company’s work applies information design to link the gap
between the disciplines of marketing and sales in multinational corporations.
Martin is board member of the International Institute for Information Design (IIID)
and designaustria.
Martin Foessleitner
[email protected]
Director
Instituto Internacional de Design de Informação
Director
International Institute for Information Design
69
clarity2010
Graça Fonseca é a vereadora com o pelouro da Modernização Administrativa e
Descentralização da Câmara Municipal de Lisboa.
Doutoranda em Sociologia e licenciada em Direito, Graça Fonseca é responsável
por várias medidas de simplificação administrativa e inovação no Município de
Lisboa, incluindo o projecto SimpLis.
Graça Fonseca is the councillor in charge of Administrative Modernization at the
City Council of Lisbon.
Graça manages several of the Council’s administrative innovation and
simplification initiatives, including the project SimpLis. She has a degree in Law
and is preparing a PhD in Sociology.
Graça Fonseca
Vereadora de Modernização Administrativa
e Descentralização
Câmara Municipal de Lisboa, Portugal
Councillor for Administrative Modernization
Lisbon Council, Portugal
Elsa Freire coordenou o projecto de implementação do centro de contacto Via
Segurança Social e dirige a operação a nível nacional desde o seu arranque, em
Dezembro 2008.
Anteriormente desenvolveu a sua actividade profissional nas áreas de operações,
gestão de projectos, reengenharia de processos de trabalho, e auditoria. Trabalhou
numa empresa do grupo Portugal Telecom e das World Directories (Páginas
Amarelas, SA), e numa empresa de auditoria multinacional (Arthur Andersen, SA).
Elsa Freire coordinated the setting up of the Via Social Security Contact Center
and, since its launch in December 2008, has run its operations.
Elsa Freire
Directora do Contact Center
Instituto da Segurança Social, Portugal
Previously, Elsa worked in operations, project management, business process
reengineering and auditing. She worked for a Portugal Telecom company, for
World Directories (Páginas Amarelas, SA) and for an international consulting firm
(Arthur Andersen, SA).
Contact Center Director
Social Security Institute, Portugal
Rosa Margarita Galán Vélez é Presidente da Rede de Linguagem Clara no México
desde Agosto de 2006.
Desde 1998, é Chefe do Departamento Académico de Línguas do Instituto
Tecnológico Autónomo de México, no qual é professora a tempo inteiro. Coordena
a Licenciatura em Escrita Profissional. Tem participado como oradora em
conferências nacionais e internacionais sobre ensino e avaliação da escrita. Tem
um doutoramento em Educação e um mestrado em Literaturas Comparadas.
Rosa Margarita Galán Vélez has been President of the Plain Language Network in
Mexico since August 2006.
Rosa Galán
Directora do Departamento de Línguas
Instituto Tecnológico Autónomo de México
Head of the Department of Languages
Instituto Tecnológico Autónomo de México
70
Since 1998, she has been the Head of the Language Academic Department
at ITAM (Instituto Tecnológico Autónomo de México), where she is a full-time
teacher. She coordinates the Graduate Diploma on Professional Writing. She has
participated in national and international conferences as a speaker on the teaching
and evaluation of writing. She has a PhD in Education and a master’s degree in
Comparative Literature.
clarity2010
John L. Geiger é advogado e gestor executivo do Departamento de Serviços
Internos do Condado de Los Angeles. John tem desempenhado um papel
fundamental no avanço da Iniciativa pela Linguagem Clara. Em Abril de 2010, o
Center for Plain Language reconheceu a sua reescrita do modelo de contrato do
Condado com um prémio de excelência ClearMark.
John tem uma licenciatura em Direito Juris Doctor da University of Southern
California, um mestrado em Guionismo da University of California, Los Angeles e
um bacharelato em Inglês da University of California, Berkeley. É também membro
do Writers Guild of America.
John L. Geiger is an attorney and executive manager in Los Angeles County’s
Internal Services Department. He has been instrumental in advancing the County’s
Plain Language Initiative. In April 2010, the Center for Plain Language recognized
John’s re-write of the County’s contract template with a ClearMark Award of
Excellence.
John is a graduate of the University of Southern California (Juris Doctor), the
University of California, Los Angeles (Master of Fine Arts – Screenwriting), and the
University of California, Berkeley (Bachelor of Arts – English). He is also a member
of the Writers Guild of America.
John Geiger
Advogado
Director-Geral para a Qualidade
Condado de Los Angeles, EUA
Lawyer
General Manager–Standards & Practice
Los Angeles County, USA
Com um mestrado em Direito e outro em Qualidade, Helena trabalha como
Especialista Internacional de Contratos para a Lexpert, sedeada em Helsínquia,
na Finlândia. Ajuda as empresas a alcançar o sucesso através da utilização de
uma abordagem proactive, que lhes permite obter melhores resultados e evitar
problemas legais.
Nomeada “Exportadora de Educação do Ano” pelo Instituto Finlandês para o
Comércio Internacional, conduz frequentemente workshops de formação em
várias partes do mundo. Está activamente envolvida no desenvolvimento da
Escola Nórdica para o Direito Pró-Activo (www.proactivelaw.org) e no ProActive
ThinkTank (www.proactivethinktank.com).
Master of Law and Master of Quality, Helena works as International Contract
Counsel for Lexpert Ltd, based in Helsinki, Finland. She helps corporate clients
become more successful by applying a proactive approach; one that helps them
achieve better business results and stay out of legal trouble.
Nominated “Export Educator of the Year” by Finnish Institute for International
Trade, she regularly conducts training workshops in various parts of the world. She
is actively involved in the development of the Nordic School of Proactive Law and
the ProActive ThinkTank.
Helena Haapio
[email protected]
Especialista em Contratos Internacionais
Lexpert Ltd / Universidade de Vaasa, Finlândia
International Contract Counsel
Lexpert Ltd / University of Vaasa, Finland
Katrin Hallik tem um bacharelato em Inglês e Filologia Francesa pela Universidade
de Tallinn e um mestrado em Interpretação de Conferências da Universidade
Aberta de Talinn.
De 1997 a 2008, trabalhou como tradutora e intérprete freelancer. Desde 2008,
é especialista em planeamento da linguagem no Instituto da Língua Estónia.
Katrin Hallik has a BA in English and French Philology from Tallinn University and
a master’s degree in conference interpretation at The Open University of Tallinn.
From 1997 to 2008 she worked as freelance interpreter and translator and, since
2008, is Senior Language Planner at the Institute of the Estonian Language.
Katrin Hallik
[email protected]
Especialista em Planeamento da Linguagem
Instituto da Língua, Estónia
Senior Language Planner
The Institute of the Estonian Language
71
clarity2010
Anne-Marie Hasselrot é Directora de Departamento e Especialista em Linguagem
no Ministério da Justiça da Suécia. Desde 1997 que trabalha na Divisão para
a Revisão Jurídica e Linguística da Legislação. O seu trabalho implica rever
e modernizar a linguagem de todos os tipos de documentos governamentais,
sobretudo actos legislativos. Faz também parte do Serviço de Linguagem da União
Europeia, que dá apoio a tradutores, agências e ministérios suecos.
Anne-Marie Hasselrot
Anne-Marie Hasselrot is a Deputy Director and Language Expert from the Swedish
Ministry of Justice. Since 1997, she has been working at the Division for Legal
and Linguistic Draft Revision. Her work involves revising and modernising the
language of all kinds of government documents, primarily legislative acts. She
is also involved in the EU Language Service, which provides support to Swedish
translators, ministries and public agencies.
Directora
Ministério da Justiça, Suécia
Deputy Director
Ministry of Justice, Sweden
Susanne Hoogwater é uma designer de informação jurídica, advogada criativa,
autora e formadora. É autora de Beeldtaal voor Juristen (Linguagem Visual para
Advogados, primeira edição em 2005, segunda edição em 2010). Fundou a sua
própria empresa, a Legal Visuals, em 2005.
Susanne nasceu na Holanda e vive em Denver, Colorado, nos Estados Unidos.
Outros dos seus projectos jurídicos criativos são: www.goodmoodlaw.com,
www.legalsketchpad.com e www.peacemapping.com.
Susanne Hoogwater
[email protected]
Advogada Criativa
Legal Visuals, EUA
Susanne Hoogwater is a legal information designer, creative lawyer, author and
trainer. She has a background in legal practice as an attorney and corporate
lawyer. She is the author of Beeldtaal voor Juristen (Visual language for Lawyers,
first edition 2005, second edition 2010). She started her own business, Legal
Visuals, in 2005.
Susanne is a native of the Netherlands and lives in Denver, Colorado, United
States. Her other creative legal projects are: www.goodmoodlaw.com,
www.legalsketchpad.com and www.peacemapping.com.
Creative Lawyer
Legal Visuals, USA
Dr Neil James é Director Executivo da Plain English Foundation na Austrália, que
combina auditoria, edição e formação com uma campanha por uma linguagem
pública mais ética e eficaz.
Neil tem um doutoramento em Inglês e publicou três livros e cerca de 60 artigos e
ensaios sobre linguagem e literatura. O seu último livro, Writing at Work, procura
actualizar a retórica dos profissionais.
Neil aparece frequentemente nos media australianos e tem um programa na
ABC Radio. Organizou a conferência PLAIN2009 e é actualmente presidente do
International Plain Language Working Group.
Neil James
[email protected]
Presidente
Plain English Foundation, Austrália
President
Plain English Foundation, Australia
72
Dr Neil James is Executive Director of the Plain English Foundation in Australia,
which combines plain English auditing, editing and training with a campaign for
more ethical and effective public language.
Neil has a doctorate in English and has published three books and over 60 articles
and essays on language and literature. His latest book Writing at Work focuses on
reforming the rhetoric of the professions.
Neil is a regular speaker in the media throughout Australia, where he features on
the ABC Radio network. He hosted the PLAIN 2009 conference and is currently
chair of the International Plain Language Working Group.
clarity2010
Caroline Jarrett tem trabalhado na melhoria da usabilidade de formulários
complexos desde 1992. Tem um interesse particular nos desafios proporcionados
pelos formulários de impostos e pelos formulários jurídicos.
Caroline é co-autora de Forms that work: Designing web forms for usability e User
Interface Design and Evaluation, ambos publicados pela Morgan Kaufmann.
Caroline Jarrett has worked on improving the usability of complex forms since
1992. She is particularly interested in the challenges offered by tax and legal
forms.
Caroline is co-author of Forms that work: Designing web forms for usability and
User Interface Design and Evaluation, both published by Morgan Kaufmann.
Caroline Jarrett
[email protected]
Consultora de Usabilidade e de User Experience
Effortmark Limited, Reino Unido
User Experience and Usability Consultant
Effortmark Limited, UK
Katre Kasemets tem um bacharelato em Estónio e Filologia Fino-Húngara da
Universidade de Tartu e um mestrado em Filologia Estónia da Universidade de
Tallinn.
Entre 2002 e 2008 foi editora e directora do Departamento de Língua na Editora
Estonian Encyclopaedia Publishers Ltd. Desde 2008 que é terminologista sénior
no Instituto da Língua Estónia.
Katre Kasemets has a BA in Estonian and Finno-Ugrian Philology from the
University of Tartu and an MA in Estonian Philology from Tallinn University.
From 2002 to 2008, she worked as Language Editor and Head of the Language
Department at the Estonian Encyclopaedia Publishers Ltd. Since 2008, Katre has
been Senior Terminologist at the Institute of the Estonian Language.
Katre Kasemets
[email protected]
Terminologista Sénior
Instituto da Língua, Estónia
Senior Terminologist
The Institute of the Estonian Language
Joseph Kimble lecciona há mais de 25 anos na Thomas Cooley Law School em
Lansing, no Michigan. Escreveu o livro Lifting the Fog of Legalese: Essays on Plain
Language, publicou vários artigos sobre escrita jurídica e deu palestras por todo o
mundo.
É o editor do The Scribes Journal of Legal Writing e da coluna “Plain Language” no
jornal da Ordem dos Advogados do Michigan, foi presidente da Clarity e consultor
para a escrita das normas dos tribunais federais americanos. Liderou o trabalho
de reescrita das Normas Federais de Processo Civil e das Normas Federais de
Processo Probatório.
Joseph Kimble has taught for 25 years at Thomas Cooley Law School in Lansing,
Michigan. He has written a book called Lifting the Fog of Legalese: Essays on
Plain Language, published many articles on legal writing, and lectured throughout
the United States and abroad.
He is the editor of The Scribes Journal of Legal Writing, the longtime editor of the
‘Plain Language’ column in the Michigan Bar Journal, a past president of Clarity,
and the drafting consultant on all U.S. federal court rules. He led the work of
redrafting the Federal Rules of Civil Procedure and Federal Rules of Evidence.
73
Joseph Kimble
[email protected]
Professor
Thomas Cooley Law School, EUA
Professor
Thomas Cooley Law School, USA
clarity2010
Há mais de 16 anos que Kristin M. Kleimann tem resolvido problemas de
comunicação utilizando design de informação, investigação, linguagem clara e
avaliação. Kristin acredita que não se pode modificar o conteúdo da comunicação
escrita sem analisar o design, e não se pode mudar o design da comunicação
escrita sem analisar o conteúdo.
Tem trabalhado com inúmeras organizações privadas e governamentais, ajudandoas a desenvolver e desenhar peças de comunicação que sejam claras e fáceis
de usar pelo leitor. Kristin publicou vários artigos e concebeu vários seminários
presenciais e pela web.
Kristin Kleimann
[email protected]
Directora
Kleimann Communication Group, EUA
Principal
Kleimann Communication Group, USA
For over 16 years, Kristin M. Kleimann has solved real world communication
problems using information design, research, plain language, and testing. Kristin
believes that one cannot change content in written communication without also
considering design; and one cannot change design in written communication
without also considering content.
She has worked with numerous government and private agencies to help them
develop and design communication pieces that are clear and easy-to-use for the
reader. Kristin has authored several articles and designed seminars and webinars.
Susan Kleimann, Presidente do Kleimann Communication Group, tem mais de
30 anos de experiência como especialista em comunicação. Susan tem dirigido
projectos transformativos de pesquisa, design e processos organizacionais
relacionados com documentos de política pública com grande visibilidade e
impacto para várias agências governamentais.
Foi directora do Centro para Design de Documentos no American Institutes
for Research, a primeira Directora Executiva do Center for Plain Language e
presidente do júri dos primeiros prémios ClearMark.
Susan Kleimann
Presidente
Kleimann Communication Group, EUA
President
Kleimann Communication Group, USA
Susan Kleimann, President of Kleimann Communication Group, has over 30 years
of experience providing thoughtful technical communication expertise to numerous
organizations. She has led transformative research, design, and organisational
process projects related to public policy documents with high visibility and farreaching impact for multiple government agencies.
She served as the Director of the Document Design Center at the American
Institutes of Research, the first Executive Director of the Center for Plain Language,
and Chair of the Center’s first ClearMark Awards.
Caroline Lindberg pertence à equipa de advogados da CLEO (Community Legal
Education Ontario/Éducation juridique communautaire Ontario) há mais do que 10
anos.
CLEO é uma clinica jurídica comunitária na província canadiana de Ontario que
fornece informação em linguagem clara a pessoas vulneráveis e com baixos
rendimentos e para que possam compreender os seus direitos e exercê-los.
Caroline tem uma licenciatura da Escola de Direito da Universidade de Toronto e
fala francês, espanhol e sueco.
Caroline Lindberg has been a staff lawyer at CLEO (Community Legal Education
Ontario/Éducation juridique communautaire Ontario) for more than ten years.
Caroline Lindberg
[email protected]
CLEO is a community legal clinic dedicated to providing low-income and
disadvantaged people in the Canadian province of Ontario with the plain language
legal information they need to understand and exercise their legal rights.
Advogada
Community Legal Education Ontario, Canadá
Caroline is a graduate of the University of Toronto Law School and she also speaks
French, Spanish and Swedish.
Staff Lawyer
Community Legal Education Ontario, Canada
74
clarity2010
Robert Linsky é designer de informação há mais de 30 anos. Actualmente,
trabalha como Especialista em Design de Informação e Director de Design na
NEPS, LLC.
Robert é membro do Instituto Internacional de Design de Informação (IIID),
do Instituto de Pesquisa em Comunicação (CRA), da Associação de Design
de Informação (IDA) e da direcção editorial do Information Design Journal.
Recentemente, foi júri do programa de prémios ClearMark do Center for Plain
Language.
Robert Linsky has been a practicing information designer for over 30 years.
Currently he serves as the Information Design Doc and Head of Design at NEPS,
LLC.
Robert is a member of the International Institute for Information Design (IIID), a
Fellow of the Communications Research Institute (CRI), a member of Information
Design Association (IDA), and a member of the editorial board of the Information
Design Journal. He recently served as a judge for the Center for Plain Language
ClearMark awards program.
Robert Linsky
[email protected]
Designer de Informação
NEPS, EUA
Information Design Doc
NEPS USA
William Lutz é advogado e Professor Honorário de Inglês na Universidade de
Rutgers em Nova Jersey. É autor ou co-autor de 17 livros. Trabalha em linguagem
clara há mais de 20 anos.
Em 1989, ajudou a preparar o Guia de Inglês Claro da Comissão do Mercado de
Valores Mobiliários americana e em 2009 preparou um relatório para a Comissão
sobre formas de modernizar o seu sistema de divulgação de informação.
William Lutz is Emeritus Professor of English at Rutgers University in New Jersey
and an attorney. He is the author or co-author of 17 books. He has worked for
over 20 years in plain language.
In 1989 he helped prepare the US Securities and Exchange Commission’s Plain
English Handbook, and in 2009 he prepared a report for the SEC on how it could
modernize its disclosure system.
William Lutz
[email protected]
Professor Honorário de Inglês
Universidade de Rutgers, EUA
Emeritus Professor of English
Rutgers University, USA
Nancy S. Marder é Professora de Direito no Chicago-Kent College of Law nos
Estados Unidos. Escreve sobre o sistema de jurados americano e tem publicado
diversos artigos e ensaios sobre o tema, assim como um livro chamado The Jury
Process.
Também dá uma formação chamada “Jurados, Juízes e Julgamentos”. Nancy
participou como oradora em várias conferências e simpósios nos Estados Unidos
e noutros países sobre temas como instruções para jurados, os jurados e a cultura
popular e as câmaras na sala de tribunal.
Nancy S. Marder is a Professor of Law at Chicago-Kent College of Law in the
United States. She writes about the American jury system and has published
numerous articles and essays on the jury, as well as a book called The Jury
Process.
She also teaches a law-school course on the jury called “Juries, Judges & Trials.”
Nancy has spoken at many conferences and symposia in the United States and
abroad on a range of topics including jury instructions, the jury and popular
culture, and cameras in the courtroom.
Nancy Marder
[email protected]
Professora de Direito
Chicago-Kent College of Law, EUA
Professor of Law
Chicago-Kent College of Law, USA
75
clarity2010
Ana Paula Martins é Directora de Comunicação do Instituto da Segurança Social
desde 2002. Licenciada em Comunicação Organizacional, iniciou a sua carreira
na Segurança Social há 25 anos como programadora informática e analista no
Instituto de Gestão Financeira, onde foi responsável pela criação do Núcleo de
Comunicação.
Ana Paula Martins is Director of Communication at the Institute for Social
Security since 2002. With a degree in Organisational Communications, Ana Paula
started her Social Security career 25 years ago as a software programmer and
analyst at the Institute for Financial Management, where she later launched a
Communication Department.
Ana Paula Martins
Directora de Comunicação
Instituto da Segurança Social, Portugal
Communication Director
Social Security Institute, Portugal
Anki Mattson é especialista em linguagem clara e tem uma licenciatura da
Universidade de Estocolmo. Desde 2004 que dirige uma das maiores agências de
consultoria em linguagem clara, com clientes nos sectores público e privado. O
seu trabalho foca-se na linguagem oficial e jurídica.
Anki é uma forte defensora da linguagem clara, que acredita que “a linguagem
oficial clara é um direito democrático dos cidadãos e a linguagem jurídica clara é
um direito fundamental”.
A sua agência está a organizar a conferência PLAIN 2011 em Estocolmo, na
Suécia.
Anki Mattson
www.sprakkonsulterna.se
Especialista em Linguagem Clara
Språkkonsulterna, Suécia
Plain-Language Expert
Språkkonsulterna, Sweden
Anki Mattson is a plain-language expert with a diploma from Stockholm University.
Since 2004 she runs one of Sweden’s largest plain language agencies, The
Language Consultants, with clients in the public and private sectors. Her work
focuses on official and legal language and she is a strong advocate for plain
language, guided by the motto: ”Clear official language is a citizen’s democratic
right, and clear legal language is a human right!”
Anki’s agency is organizing the Plain 2011 conference in Stockholm, Sweden.
www.plain2011.com
Eamonn Moran é redactor de leis no Departamento de Justiça de Hong Kong
e membro da Comissão de Reforma do Direito de Hong Kong. Mantém estas
posições desde Janeiro de 2008. Tem 36 anos de experiência em legística,
incluindo oito anos como Chief Parliamentary Counsel de Vitória, na Austrália.
Tem uma vasta experiência no ensino e na realização de apresentações sobre
escrita de leis e interpretação regulamentar e interessa-se há muito pela adopção
de técnicas de linguagem clara na redacção de leis.
É Presidente da Commonwealth Association of Legislative Counsel desde 2007.
Eamonn Moran
[email protected]
Legislador
Departmento da Justiça, Hong Kong, China
Law Draftsman
Department of Justice, Hong Kong, China
76
Eamonn Moran is Law Draftsman in the Department of Justice of Hong Kong, and
a Member of the Law Reform Commission of Hong Kong. He has held these posts
since January 2008. He has 36 years’ experience in legislative drafting, including
eight years as Chief Parliamentary Counsel in Victoria, Australia.
He has extensive experience in teaching and presenting on legislative drafting
and statutory interpretation, and has had a long interest in the adoption of plain
language techniques in legislative drafting.
He has been President of the Commonwealth Association of Legislative Counsel
since 2007.
clarity2010
De formação jurídica, trabalha há mais de 20 anos para a Comissão Europeia em
diferentes áreas, desde o controlo financeiro, fiscalidade, educação até à tradução.
With a background in Law, I have been working for the European Commission for
more than 20 years, in areas as diverse as finance, fiscal matters, education and
translation.
Luís Moreira
Tradutor
Comissão Europeia, Portugal
Translator
European Commission, Portugal
Angela Morelli tem um mestrado em Design de Comunicação do Central St
Martins, onde se especializou em Design de Informação. Tem uma licenciatura em
Engenharia e um mestrado em Design Industrial tirado em Milão.
O seu projecto de mestrado, The Global Water Footprint of Humanity, recebeu a
menção honrosa do concurso de design INDEX: AIGA Aspen Design Challenge
Designing Water’s Future. A sua infografia intitulada The Steady State Economy foi
seleccionada para a colectânea de ilustração britânica contemporânea, Images 34.
Angela é Professora Adjunta da Universidade Central St Martins em Londres.
Angela Morelli gained her MA in Communication Design from Central St Martins,
where she specialised in Information Design. Her first degree was in Engineering
and she has an MA in Industrial Design from Milan.
Her MA project, The Global Water Footprint of Humanity, was awarded Honorable
Mention for outstanding work at the INDEX: AIGA Aspen Design Challenge
Designing Water’s Future. Her recent info-graphics representation of The Steady
State Economy has been selected for Images 34, The best of British Contemporary
Illustration 2010. She is Associate Lecturer at Central St Martins.
Angela Morelli
www.angelamorelli.com
Designer de Informação
Universidade Central St Martins, Reino Unido
Information Designer
Central St Martins University London, UK
Sissel C. Motzfeldt é consultora da Agência para Gestão Pública e eGovernment,
que procura renovar o sector público norueguês. É a gestora do projecto
“Linguagem Clara nos Serviços Públicos Noruegueses”.
Sissel tem mais de 30 anos de experiência no Governo Central e teve um papel
importante na definição da sua nova política de comunicação. Tem também
trabalhado na área da participação dos cidadãos e no desenvolvimento de
estratégias de comunicação para ministérios e agências públicas.
Sissel C. Motzfeldt is a senior adviser at the Agency for Public Management and
eGovernment, which aims to strengthen the government’s work in renewing
the Norwegian public sector. She is the project manager for the project “Plain
Language in Norway’s Civil Service”.
She has more than 30 years of experience at the Norwegian Central Government
and has played a major role in the development of its new Communication
Policy. In addition she has primarily worked with user involvement and strategy
development for ministries and agencies in the field of communication.
Sissel Motzfeldt
[email protected]
Consultora e Gestora de Projectos
Agência para Gestão Pública e
eGovernment, Noruega
Senior Adviser and Project Manager
Agency for Public Management and
eGovernment, Norway
77
clarity2010
Karine Nicolay é professora de comunicação e gestora de projectos na Katholieke
Hogeschool Kempen (instituto politécnico ligado à Universidade de Leuven).
Trabalha na área da linguagem clara desde o início da década de noventa, tendo
sido editora do jornal flamengo em linguagem clara Wablieft.
Com o seu colega Jan Dekelver, estabeleceu o serviço de formação e reescrita
em linguagem clara da escola. Juntos, integram e coordenam vários projectos
comparticipados pela União Europeia.
Karine trabalha em projectos de formação e reescrita para empresas privadas e
autoridades públicas. É membro do International Plain Language Working Group,
desde 2001.
Karine Nicolay
Professora e Gestora de Projectos de
linguagem clara
Katholieke Hogeschool Kempen, Bélgica
Lecturer and Plain Language Project
Manager
Katholieke Hogeschool Kempen, Belgium
Karine Nicolay is a lecturer on communication skills and plain language project
manager at the Katholieke Hogeschool Kempen (university college associated
with Leuven University). She has been in the plain-language field since the early
nineties, as editor-in-chief of the Flemish plain-language newspaper ‘Wablieft’.
With her colleague Jan Dekelver, she established the school’s plain language
training and rewriting services. Together they have participated in and coordinated
several European funded projects. Karine gets training and rewriting assignments
from both private companies and public authorities. In 2010 she became a
member of the International Plain Language Working Group.
Mami Hiraike Okawara é Professora e Reitora da Faculdade de Política Local
da Universidade de Economia da Cidade de Takasaki, no Japão. Também
pertence à comissão de mediação do Tribunal de Família de Maebashi. Tem
um doutoramento em linguística da Universidade de Sidney. O foco da sua
investigação é a linguagem jurídica, tendo publicado A sociedade americana vista
através dos seus tribunais (1998), O sistema japonês de juízes leigos visto pelos
olhos das pessoas leigas (2008), As peculiaridades da linguagem jurídica (2009)
e A história secreta dos tribunais (2010).
Mami Okawara
Professora Universitária e Reitora
Universidade de Economia de Takasaki, Japão
Professor and Dean
Takasaki City University of Economics, Japan
Mami Hiraike Okawara is Professor and Dean at the Graduate School of Regional
Policy, Takasaki City University of Economics, Japan. She is also a conciliation
commissioner at Maebashi Family Court. She received her doctorate in linguistics
at Sydney University. Her research interest is the analysis of legal language. She
published Saiban kara Mita America Shakai (American Society Viewed through
Trials, 1998), Shimin kara Mita Saiban-In Saiban (The Japanese Lay Judge
System Viewed through Lay People, 2008), Saiban Omoshiro Kotoba-Gaku
(Peculiar Legal Language Studies, 2009) and Mina ga Shiranai Saiban Gyoukai
Urabanashi (An Inside Story of the Courtroom World, 2010).
Eva Olovsson trabalha no Instituto de Línguas da Suécia desde 2006, onde é
responsável pelo trabalho em linguagem clara com os organismos públicos.
Eva tem uma vasta experiência como consultora de linguagem clara. No passado,
trabalhou nos Gabinetes do Governo, na revisão da legislação sueca.
Eva Olovsson has worked at the Swedish Language Council since 2006. Here she
is responsible for plain language work concerning public authorities.
Eva has a great deal of experience of working with authorities as a Plain Language
Consultant. Previously, she worked as a language expert at the Government
Offices, revising Swedish legislation.
Eva Olovsson
Especialista em Linguagem
Språkrådet – Instituto de Línguas da Suécia
Language Expert
Språkrådet – The Language Council of Sweden
78
clarity2010
O Dr. Tunde Opeibi é professor catedrático na Universidade de Lagos na Nigéria.
Foi recentemente nomeado Assistente Especial (Discursos & Comunicação) do
Governador do Estado de Lagos, a capital económica da Nigéria.
As suas áreas de investigação incluem a sociolinguística, o discurso jurídico e
a comunicação política. É actualmente o representante nacional da Clarity na
Nigéria.
Dr Tunde Opeibi is Senior Lecturer at the University of Lagos in Nigeria. He was
recently appointed as Senior Special Assistant (Speech & Communication) to the
Governor of Lagos State, Nigeria’s economic capital city.
His research interests include Sociolinguistics, Legal Discourse and Political
Communication. He is presently the country representative for Clarity in Nigeria.
Tunde Opeibi
[email protected]
Assessor Especial do Governador
Governo do Estado de Lagos, Nigéria
Senior Special Assistant to the Governor
Lagos State Government, Nigeria
Experiente redactora e revisora jurídica, Daphne tem apoiado o movimento
pela linguagem clara numa firma de advocacia da City de Londres, enquanto
formadora, autora de conteúdos e especialista de linguagem clara.
Antes disso, exerceu Direito Comercial, também em Londres, durante 12 anos.
Actualmente trabalha como freelancer especialista em comunicação jurídica e
empresarial.
É membro da Clarity há cerca de 17 anos e faz parte da sua Comissão.
Experienced in legal drafting and editing, Daphne has for many years supported
the plain language movement in a City of London law firm as a trainer, writer and
plain language expert.
Before that, she practised for 12 years as a commercial barrister in London. She is
now a freelance trainer, writer and consultant for law and business.
Daphne has been a Clarity member for 17 years and now serves on the
committee.
Daphne Perry
[email protected]
Formadora, Consultora e Autora de
Conteúdos em Linguagem Clara
Clarifynow, Reino Unido
Plain English Trainer, Writer and Consultant
Clarifynow, UK
Aino Piehl trabalha como investigadora e especialista em linguagem da União
Europeia no Instituto de Pesquisa das Línguas da Finlândia. Os seus interesses de
investigação incluem a compreensão de leis e textos administrativos e a influência
da legislação da UE nas leis e regulamentos finlandeses.
Aino é co-autora de dois manuais para redactores de textos oficiais e um guia para
produzir textos e discursos para serem mais tarde traduzidos e interpretados.
Aino Piehl works as a researcher and EU language specialist in the Research
Institute for the Languages of Finland. Her research interests include the
comprehensibility of laws and administrative texts and the influence of EU
legislation on Finnish laws and regulations.
She is the co-author of two handbooks for writers of official texts and a guidebook
for officials producing texts and speeches later to be translated and interpreted.
Aino Piehl
[email protected]
Consultora de Línguas da UE
Instituto de Investigação das Línguas, Finlândia
EU Language Consultant
Research Institute for the Languages of Finland
79
clarity2010
Trabalhei como redactor jurídico para o Gabinete do Chief Parliamentary Counsel
de Victoria, na Austrália, de 1985 a 2006. Desde 2006 que trabalho na
Comissão Nacional de Transportes, onde sou neste momento o principal jurista e
redactor jurídico.
O inglês claro tem sido uma paixão durante toda a minha carreira profissional.
I worked as a legislative drafter for the Office of the Chief Parliamentary Counsel,
Victoria from 1985 to 2006. Since 2006 I have worked at the National Transport
Commission, and I am now the Commission’s Chief Legislative Drafter and
Counsel.
Plain English has been a passion of mine throughout my professional career.
Ben Piper
Legislador-Chefe e Jurista
Comissão Nacional de Transportes, Austrália
Chief Legislative Drafter and Counsel
National Transport Commission, Australia
Marina Posniak é uma arquitecta de informação do grupo de Simplificação da
Siegel+Gale, onde se foca na estratégia de conteúdos, na escrita em linguagem
clara e no design de informação. Os seus clientes incluem o serviço de Finanças
americano, a American Express e o Banco da América. Recentemente tem estado
dedicada ao desenvolvimento de standards e directrizes sobre escrita clara para
papel e para a web.
Marina tem um mestrado em Planeamento da Comunicação e Design de
Informação da Carnegie Mellon University. Natural do Brasil, fala português
fluente.
Marina Posniak
[email protected]
Arquitecta de Informação
Siegel+Gale, EUA
Information Architect
Siegel+Gale, USA
Marina Posniak is an information architect in Siegel+Gale’s Simplification group,
where she focuses on content strategy, plain-language writing, and designing
information so it makes sense to users. Marina’s clients have included the Internal
Revenue Service, American Express, Bank of America, and United Airlines Mileage
Plus. Her recent work centers on developing plain-language guidelines and
standards for web and print.
Marina has a Master’s degree in Communication Planning and Information Design
from Carnegie Mellon University. A native of Brazil, she speaks fluent Portuguese.
Whitney Quesenbery é investigadora na área da experiência do utilizador e
especialista em usabilidade, com uma paixão pela comunicação clara. Trabalha
com empresas como a Universidade Aberta e o Instituto Nacional do Cancro.
Foi membro de dois comités de aconselhamento americanos: a Comissão de
Acessibilidade e a Comissão de Assistência às Eleições, esta última na criação de
requisitos para os sistemas de voto das eleições americanas.
Com Kevin Brooks, publicou recentemente Storytelling for User Experience:
Crafting Stories for Better Design. Whitney é membro da Sociedade para
a Comunicação Técnica e ex-presidente da Associação de Profissionais de
Usabilidade.
Whitney Quesenbery
Consultora e Fundadora
WQusability, EUA
Principal Consultant
WQusability, USA
80
Whitney Quesenbery is a user experience researcher and usability expert with
a passion for clear communication. She works with companies from The Open
University to the National Cancer Institute. She has served on two US advisory
committees: the U.S. Access Board updating accessibility regulations and the
Elections Assistance Commission creating requirements for voting systems.
She and Kevin Brooks recently published Storytelling for User Experience:
Crafting Stories for Better Design. Whitney is a Fellow of the Society for Technical
Communication and past president of Usability Professionals’ Association.
clarity2010
Katri Rekola, que tem um mestrado em Engenharia e um doutoramento em
Economia, trabalha com a Rekola Design, que fundou em 1997. A empresa
ajuda os seus clientes – muitos deles empresas industriais internacionais – a criar
e fornecer serviços de qualidade a outras empresas. As áreas de especialidade
são a inovação de serviços, desenvolvimento e design, melhoria da qualidade de
serviços e gestão da oferta.
Katri escreveu três livros sobre serviços e co-escreveu um sobre contratos
de prestação de serviços com Helena Haapio. Publicou artigos sobre design,
desenvolvimento e visualização e deu inúmeras palestras por todo o mundo.
Katri Rekola, M Sc (Eng.), Ph.D (Econ.), works with Rekola Design, based in
Finland. The company helps their customers – many of them global manufacturing
companies – create and provide successful, good-quality B2B services. Focus
areas include service innovations, development and design, service quality
improvement, and offering management
Katri Rekola
She has authored three books on services and co-authored one on service
contracts with Helena Haapio. Katri has published articles on service design,
development, productization, and visualization and given presentations at many
European and US events.
CEO
Rekola Design, Finland
CEO
Rekola Design, Finlândia
Torunn Reksten é consultora de linguagem clara no Instituto de Línguas da
Noruega, que é o órgão consultivo do Estado norueguês para as questões da
linguagem. É editora das publicações do Instituto destinadas a promover a clareza
na comunicação do sector público e membro da equipa do projecto “Linguagem
Clara nos, Serviços Públicos Noruegueses”.
Trabalhou como tradutora para diversas agências governamentais e, durante vários
anos foi assessora da SIRENE e da Interpol para o campo da cooperação policial
internacional.
Torunn Reksten is a plain language advisor at the Language Council of Norway,
which is the consultative body for the Norwegian state and government on
language issues. She is editor of the Language Council’s publication for good
and clear language in the public sector and a member of the ‘Plain Language in
Norway’s Civil Service’ project team.
She has worked as a translator for various authorities, and several years as an
advisor for SIRENE and Interpol in the field of international police co-operation.
Torunn Reksten
[email protected]
Consultora de Linguagem Clara
Instituto de Línguas da Noruega
Plain-Language Advisor
Institute of Languages, Norway
Joanna Richardson tem uma licenciatura em Literatura Espanhola, Portuguesa
e Latino-americana do King’s College em Londres. Esta inglesa emigrou para a
Argentina em 1985, para Salta, onde fundou um instituto onde dava aulas de
inglês. Depois foi para Buenos Aires onde trabalhou como tradutora.
Desde 2001, trabalha na firma de advogados argentina Marval, O’Farrell & Mairal,
ensinando técnicas de escrita em inglês claro a advogados. Trabalha também
como consultora no Departamento de Comunicação da Tenaris desde 2004,
aconselhando-os sobre as suas publicações e os seus programas de formação.
Joanna Richardson has a degree in Spanish, Portuguese & Latin American
Literature from King’s College London. A British national, she emigrated to
Argentina in 1985, first to Salta where she set up an institute teaching English
and then to Buenos Aires where she worked as a translator.
Since 2001 she has worked in-house at Argentina’s largest law firm, Marval,
O’Farrell & Mairal, teaching lawyers Plain English Writing skills. She has also
worked as a consultant for the Communications department of Tenaris since
2004, advising them on their publications and training programmes.
81
Joanna Richardson
Directora de Linguagem Clara
Marval, O’Farrell & Mairal, Argentina
Plain English Director
Marval, O’Farrell & Mairal, Argentina
clarity2010
Carol Risley é a Chefe do Gabinete dos Direitos Humanos do Departamento de
Serviços de Desenvolvimento do Estado da Califórnia. É sua responsabilidade
proteger os direitos das 240.000 pessoas que usam o sistema e dos seus 7.000
funcionários. Carol estabelece planos de emergência/desastre para consumidores,
famílias, serviços de apoio e os hospitais públicos.
Carol Risley is Chief of the California’s Department of Developmental Services,
Office of Human Rights and Advocacy Services. She is charged with protecting the
rights of 240,000 persons served by the system and 7,000 employees.
She establishes emergency/disaster plans for consumers, families, service
providers and the system’s state hospitals.
Carol Risley
[email protected]
Directora
Departamento de Serviços de
Desenvolvimento do Estado da Califórnia, EUA
Chief
California State Department of
Developmental Services, USA
Bruce Robertson é professor de informação visual, co-fundador nos anos 50 da
empresa Diagram Visual Information. Tem trabalhos publicados em mais de 53
línguas, agora disponíveis on-line.
Bruce Robertson is a British professor of visual information, co-founder in 1950s
of Diagram Visual Information. Robert has published works in 53 languages, now
available from on-line services.
Bruce Robertson
[email protected]
CEO
Diagram Visual Information, Reino Unido
CEO
Diagram Visual Information, UK
William Robinson trabalhou durante muitos anos no campo da linguagem e do
Direito europeu. Após trabalhar como tradutor jurídico no Tribunal Europeu de
Justiça e Gabinete de Patentes Europeu, voltou ao Tribunal em 1983, como
revisor de traduções de julgamentos e de outros textos. De 1996 a 2009 foi
revisor jurídico do Serviço Jurídico da Comissão Europeia, revendo os textos
legislativos e trabalhado na orientação e formação de redactores jurídicos.
William está agora dedicado à pesquisa independente sobre as questões de
redacção de textos jurídicos da UE, como Sir William Dale Visiting Fellow no
Instituto de Estudos Jurídicos Avançados da Universidade de Londres.
William Robinson
[email protected]
Sir William Dale Visiting Fellow
Instituto de Estudos Jurídicos Avançados,
Universidade de Londres, Reino Unido
Sir William Dale Visiting Fellow
Institute of Advanced Legal Studies,
University of London, UK
82
William Robinson has for many years worked in the field of European law and
language. After working as a legal translator at the European Court of Justice and
European Patent Office, he returned to the Court in 1983 as reviser of translations
of its judgments and other texts. From 1996 to 2009 he was a legal reviser in the
European Commission’s Legal Service revising draft legislation and working on
guidance and training for drafters.
He is now engaged in independent research into EU legislative drafting issues
as Sir William Dale Visiting Fellow at the Institute of Advanced Legal Studies,
University of London.
clarity2010
Actualmente legislador e consultor jurídico para o Governo de Gibraltar, Peter
Rodney tem estado ligado à Clarity há já vários anos. Advogado, ex-funcionário
público do Reino Unido e internacional, Peter, ocasionalmente, presta serviços de
consultoria jurídica à Plain English Campaign.
Currently law draftsman and legal adviser to the Government of Gibraltar, Peter
Rodney has been associated with Clarity for some time. A barrister, former UK civil
servant and international civil servant, Peter is also occasional legal consultant to
Plain English Campaign.
Peter Rodney
Legislador e Consultor Jurídico
Governo de Gibraltar
Law Draftsman and Legal Adviser
Government of Gibraltar
Nad Rosenberg é presidente e fundadora da TechWRITE, Inc. (www.techw.com),
uma empresa de desenvolvimento de conteúdos e de e-learning sedeada em
Woodbury, em Nova Jersey (EUA).
Antes de fundar a TechWRITE, Nad geriu departamentos de documentação
em várias grandes empresas. Tirou a licenciatura na Universidade de Carnegie
Mellon, é membro associado da Sociedade para a Comunicação Técnica, pertence
ao conselho de administração da Plain Language Association InterNational e é
ex-presidente do Philadelphia Metro Chapter da Sociedade para a Comunicação
Técnica.
www.techw.com
Nad Rosenberg is president and founder of TechWRITE, Inc. (www.techw.com), an
e-learning/content development company based in Woodbury, New Jersey (USA).
Before starting TechWRITE, Nad managed documentation departments for several
large corporations. She is a graduate of Carnegie Mellon University, an Associate
Fellow at the Society for Technical Communication, on the Board of Directors
of the Plain Language Association InterNational, and a Past President of the
Philadelphia Metro Chapter of the Society for Technical Communication.
Nad Rosenberg
[email protected]
Presidente
TechWRITE, EUA
President
TechWRITE, USA
www.techw.com
João Salis Gomes é professor do ISCTE e coordenador executivo do mestrado
em Administração Pública. Colaborador regular do Instituto Nacional de
Administração, coordena o Diploma de Especialização em Simplificação da
Comunicação Legislativa e Regulamentar – DELEGE. João é consultor para a
reforma do Estado e da Administração Pública no âmbito de projectos da União
Europeia, nomeadamente nos PALOP, no Brasil, em países da Europa de Leste e
da antiga União Soviética e na China. Apresenta com regularidade comunicações
em seminários e conferências nas suas áreas de especialidade e é organizador e
co-autor de diversos livros e outras publicações.
João Salis Gomes is a lecturer at ISCTE University, where he coordinates the
master degree in Public Administration. A regular collaborator of the National
Institute for Administration, João coordinates the Diploma in Simplification of
Legal Communication – DELEGE. As a consultant for government reform, he has
work in EU projects in Africa, Brazil, Eastern Europe and China.
João speaks regularly at seminars and conferences, and has organized and coauthored several books and publications.
João Salis Gomes
[email protected].
Professor Universitário
ISCTE / INA, Portugal
Lecturer
ISCTE / INA, Portugal
83
clarity2010
A Dra. Karen Schriver é Presidente da KSA Communication Design and Research.
Foi professora de retórica e design de informação na Universidade de Carnegie
Mellon onde co-dirigiu os programas da licenciatura em escrita profissional. O seu
livro, Dynamics in Document Design: Creating Texts for Readers – agora na sua 9ª
edição – é considerado uma obra incontornável nesta área. Redesenha websites,
guias de instruções, materiais educacionais, relatórios técnicos e formulários.
Ganhou dez prémios nacionais para design de informação e os seus clientes
incluem a Apple, a IBM, a Mitsubishi, a ATT, a Sprint, a Fujitsu, a Microsoft e a
Sony.
Karen Schriver
[email protected]
Presidente
KSA Communication Design and Research, EUA
President
KSA Communication Design and Research,USA
Dr. Karen Schriver is President of KSA Communication Design and Research.
She is a former professor of rhetoric and information design at Carnegie Mellon
University where she co-directed the graduate programs in professional writing.
Her book, Dynamics in Document Design: Creating Texts for Readers – now in its
9th printing – is regarded as an essential work in the field. She redesigns websites,
instruction guides, educational materials, technical reports, and forms. Winner
of ten national awards for information design, her clients include Apple, IBM,
Mitsubishi, ATT, Sprint, Fujitsu, Microsoft, and Sony.
Eleanor Sharpston dedicou-se à música, ao estudo dos clássicos, à economia e às
línguas modernas antes de decidir que queria especializar-se em Direito Europeu e
Direitos Humanos. Educada em Cambridge e Oxford, tornou-se Advogada-Geral do
Tribunal Europeu em Janeiro de 2006.
É membro das Ordens de Advogados da Irlanda e de Gibraltar. Publicou
livros e artigos sobre Direito Europeu. Como seria de esperar em alguém que
passou a infância no Brasil e metade da carreira na Europa continental, fala
fluentemente francês, razoavelmente alemão, espanhol, português e italiano e tem
conhecimentos básicos de holandês e sueco.
Eleanor Sharpston
Advogada-Geral
Tribunal de Justiça das Comunidades
Europeias, UE
Advocate General
Court of Justice of the European
Communities, EU
Eleanor Sharpston passed through music, classics, economics and modern
languages on her way to deciding that she wanted to be a barrister specialising in
EU law and the European Convention on Human Rights. Educated at Cambridge
and Oxford, she was sworn in as Advocate General at the European Court of
Justice on January 2006.
She is a member of the Irish Bar and the Gibraltar Bar. She has (inevitably)
published books and articles on EU law. As befits a Euro-lawyer who spent her
childhood in Brazil and then half her practising life on the continental side of the
Channel, she is fluent in French; has reasonable German; a working knowledge of
Spanish, Portuguese and Italian; and rudimentary Dutch and Swedish.
Ana Alexandrino da Silva é autora do Livro Gráficos e mapas: representação de
informação estatística. Esteve no Instituto Nacional de Estatística durante 11
anos, tendo participado no desenvolvimento de diversas publicações de análise
e divulgação de informação estatística. Presentemente, integra equipa técnica
do Observatório do QREN. Mestre em “Estatística e Gestão de Informação” pela
Universidade Nova de Lisboa e Licenciada em “Matemática aplicada à economia e
gestão” pela Universidade Técnica de Lisboa.
Ana da Silva
[email protected]
Investigadora técnica
Observatório do QREN, Portugal
Statistician
QREN Observatory, Portugal
84
Ana Alexandrino da Silva recently published a book about graphs, maps and
ways of representing statistical information, Gráficos e mapas: representação de
informação estatística. She worked for the Portuguese Institute of Statistics for 11
years, where she collaborated in several publications. Currently she is part of the
QREN Observatory team. She holds a master’s degree in Statistics and Information
Management from Universidade Nova de Lisboa and a degree in Applied Maths
from Universidade Técnica de Lisboa.
clarity2010
Dra. Sarah Slabbert é directora da firma Plain Language Institute e tem uma
vasta experiência como consultora para o desenvolvimento, tanto no sector
público como no privado. Foi também Investigadora Honorária da Universidade de
Witwatersrand.
Como investigadora universitária publicou um livro e diversos artigos. Os temas
incluíam: linguagem clara, discurso transformativo, tsotsitaal (dialecto falado na
África do Sul), linguagem e identidade, linguagem e educação, code switching, e
variedades urbanas das línguas africanas.
Dr Slabbert heads the Plain Language Institute and has many years of experience
as development consultant in both the private and the public sectors. She has also
been an Honorary Research Associate of the University of the Witwatersrand.
As an academic researcher she has published a book and numerous research
articles. Subjects included plain language, transformation discourse, tsotsitaal,
language and identity, language and education, code switching, and the urban
varieties of the African languages.
Sarah Slabbert
Presidente
The Plain Language Institute, África do Sul
President
The Plain Language Institute, South Africa
Leonardo Souza é licenciado em Letras pela Universidade Estadual de Goiás,
bacharel em Direito pela Universidade Federal de Goiás, Especialista em Direito
do Trabalho e Previdenciário e Mestrando em Letras pela Universidade Federal de
Goiás.
É professor de Língua Portuguesa e Direito na Educação Básica e na Universidade.
Leonardo Souza has a degree in Literature from the Universidade Estadual de
Goiás, a degree in Law from Universidade Federal de Goiás and is working towards
a masters in Literature. He is an expert on Labour laws.
Leonardo teaches Portuguese and Law at undergraduate and graduate level.
Leonardo Souza
[email protected]
Professor
Universidade Federal de Goiás, Brasil
Lecturer
Federal University of Goiás, Brazil
Como CEO da R3i Solutions, John Spotila ajuda os seus clientes a melhorar
processos e a comunicar de forma mais clara.
O Presidente Clinton nomeou-o Administrador do Gabinete de Informação e
Assuntos Regulamentares. Neste papel, John enfatizou a importância de utilizar
a linguagem clara nos principais regulamentos federais. Ajudou também a definir
e implementar o compromisso público da Administração Clinton de expandir o
uso da linguagem clara. Antes disso, como Conselheiro-Geral do organismo de
apoio às pequenas empresas (SBA), John liderou um esforço sem precedentes
para reescrever todos os regulamentos da SBA em linguagem clara em apenas 10
meses em 1996.
As CEO of R3i Solutions, John Spotila helps clients improve their processes and
communicate more clearly.
President Clinton appointed John his Senate-confirmed Administrator of the Office
of Information and Regulatory Affairs. In this role he emphasized the importance
of using plain language in significant federal regulations. He also helped shape and
implement the Clinton Administration’s public commitment to using plain language
broadly. Earlier, as General Counsel at the Small Business Administration, John led
an unprecedented agency-wide effort that streamlined all of SBA’s regulations and
converted them to plain language over a 10-month period in early 1996.
85
John Spotila
CEO
R3i Solutions, EUA
CEO
R3i Solutions, USA
clarity2010
Mark Starford é Director do Board Resource Center, uma organização que fornece
facilitação e formação em liderança estratégica e desenvolve materiais acessíveis,
tanto para o sector público como para o privado.
O Board Resource Center tem uma ampla biblioteca de recursos que facilitam o
acesso e a compreensão de temas complexos.
Mark trabalha com pessoas com uma literacia limitada desde 1972. É um
professor certificado e tem um mestrado em Educação.
Mark Starford
[email protected]
Director Executivo
Board Resource Center, EUA
Mark Starford is the Executive Director of the Board Resource Center, which
provides strategic leadership facilitation/training and accessible material
development for private and public sectors. Board Resource Center has a
comprehensive library of accessible media that makes complex subjects easy to
access and apply.
Mark’s work for persons with limited literacy began in 1972. He holds a teaching
credential and a masters in Education.
Executive Director
Board Resource Center, USA
Ingemar Strandvik trabalha actualmente como Director de Qualidade para a
Direcção-Geral de Tradução da Comissão Europeia. Anteriormente, teve funções
de intérprete em tribunal, tradutor jurídico autorizado, professor universitário e
lexicógrafo. Tem um mestrado em Direito Comunitário e já trabalhou com questões
relacionadas com a transparência na Comissão Europeia.
Ingemar Strandvik is currently working as a quality manager in the European
Commission’s Directorate-General for Translation. He has a background as court
interpreter, authorised legal translator, university teacher and lexicographer. He has
a Master’s degree in EU law and formerly worked with transparency-related issues
in the European Commission.
Ingemar Strandvik
Director de Qualidade
Direcção-Geral de Tradução,
Comissão Europeia
Quality Manager
Directorate-General for Translation,
European Commission
Paul Strickland formou-se em História e Línguas Modernas na Universidade de
Oxford e trabalhou como contabilista, professor e tradutor antes de entrar para
o Serviço de Tradução da Comissão Europeia em 1989. Mais tarde, passou
para a Direcção-Geral do Comércio onde trabalhou durante vários anos na
protecção do comércio, contratos públicos e propriedade intelectual. Integrou
durante quatro anos a delegação da Comissão na Austrália e na Nova Zelândia,
sedeada em Canberra. Desde então, regressou às raízes e é actualmente Director
da Unidade de Edição da Direcção-Geral da Tradução. Combina estas funções
com a coordenação de um grupo de trabalho interdepartamental que lançou
recentemente a campanha Clear Writing na Comissão.
Paul Strickland
[email protected]
Director da Unidade de Edição
Direcção-Geral de Tradução,
Comissão Europeia
Head of Editing
Directorate-General for Translation,
European Commission
86
Paul Strickland graduated in Modern History and Modern Languages from Oxford
University and worked as an accountant, teacher and translator before joining the
European Commission’s Translation Service in 1989. He subsequently moved to
the Directorate-General for Trade where he worked for several years on commercial
defence, public procurement and intellectual property issues. He also spent four years
at the Commission’s Delegation to Australia and New Zealand, based in Canberra.
He has since returned to his roots and is currently Head of Editing in the DirectorateGeneral for Translation. He combines this job with chairing an inter-departmental Task
Force which recently launched a Clear Writing Campaign in the Commission.
clarity2010
Jaclyn Tilley Hill é Presidente Honorária da Comissão para a Qualidade e
Produtividade do Distrito de Los Angeles. Desde 2004, encabeça a Iniciativa
pela Linguagem Clara do distrito, que resultou numa melhor comunicação
com o público. O programa ganhou o prémio National Association of Counties
Achievement em 2009 e foi reconhecido com o prémio de excelência Clear Mark
em 2010, na categoria de melhor revisão de um documento público.
A Comissária Tilley Hill frequentou a California Western University e a University of
Southern California. É membro vitalício da Associação de Jurados da Califórnia.
Jaclyn Tilley Hill is Chair Emeritus of the Los Angeles County Quality and
Productivity Commission. Since 2004, she has championed the County’s Plain
Language Initiative resulting in better communication with the public. The program
won a 2009 National Association of Counties Achievement Award and was
recognized with a 2010 ClearMark Award of Excellence in the category of best
revised public document.
Commissioner Tilley Hill attended California Western University and the University
of Southern California. She is a life member of the California Grand Jurors
Association.
Jaclyn Tilley Hill
Presidente Honorária
Comissão para a Qualidade e Produtividade
Condado de Los Angeles, EUA
Chair Emeritus
Los Angeles County Quality and
Productivity Commission, USA
Karel van der Waarde estudou design gráfico em Eindhoven (Holanda), Leicester
(Reino Unido) e Reading (Reino Unido). Em 1995, lançou uma consultora
de investigação e design na Bélgica, especialista em desenvolver e testar
informação visual. O seu principal foco é a informação sobre medicamentos para
pacientes, médicos e farmacêuticos. Este trabalho requer estudos de observação,
desenvolvimento de protótipos e testes, assim como lobbying e publicação de
informação científica. Karel publica frequentemente artigos e dá palestras sobre
informação visual. Avans Hogeschool nomeou-o professor de Retórica Visual em
2006. É moderador das listas de discussão InfoDesign e InfoDesign-Cafe.
Karel van der Waarde studied graphic design in Eindhoven (the Netherlands),
Leicester (UK) and Reading (UK). In 1995, he started a design and research
consultancy in Belgium specialising in developing and testing visual information.
The main focus is on information about medicines for patients, doctors and
pharmacists. This requires observational studies, prototyping and testing, as
well as lobbying and publishing evidence-based information. Karel frequently
publishes and lectures about visual information. Avans Hogeschool appointed him
as a scholar in Visual Rhetoric in 2006. He is moderator of the InfoDesign and
InfoDesign-Cafe discussion lists.
Karel van der Waarde
Consultor e Investigador
Universidade de Avans, Holanda
Consultant and Researcher
Avans University, Holland
Ysmar Vianna é um engenheiro formado pelo Instituto de Tecnologia Aeronáutica
em 1966, com um mestrado em Ciência da Computação pela Universidade da
Califórnia em Berkeley em 1969 e 1972. É director e sócio da MJV Tecnologia e
Inovação, empresa de tecnologia da informação e de inovação baseada em design.
Foi professor universitário na Universidade Federal do Rio de Janeiro, chefiando o
Núcleo de Computação e o Departamento de Computação por vários anos. É autor
de vários trabalhos publicados e consultor de empresas na área de inovação.
Ysmar Vianna has a degree in Engineering from Instituto de Tecnologia Aeronáutica
(1966) and a MSc in Computing Science from California University, Berkeley
(1969 and 1972). He is a partner and director of MJV Tecnologia e Inovação, a
design-based innovation and IT consultancy firm.
Ysmar lectured at Universidade Federal do Rio de Janeiro and headed its
Computation Section and Computation Department for several years. Currently an
innovation business consultant, he has published several articles.
Ysmar Vianna
Engenheiro
MJV Tecnologia, Brasil
Engineer
MJV Tecnologia, Brazil
87
clarity2010
Miriam tem mais de 10 anos de experiência a trabalhar para o governo federal dos
Estados Unidos e quase 15 anos de experiência de design de websites. É membro
da Plain Language Action and Information Network e membro da administração
da associação PLAIN International. Gere o website www.plainlanguage.gov há
mais de 5 anos.
Miriam has over 10 years’ experience working for the US federal government
and nearly 15 years’ experience in website design. She is a member of the
Plain Language Action and Information Network and a board member of PLAIN
International. She has been managing www.plainlanguage.gov for more than 5
years.
Miriam Vincent
[email protected]
Advogada/Produtora de Conteúdos para a Web
Direcção do Registo Federal/PLAIN, EUA
Staff Attorney/Webwright
Office of the Federal Register/PLAIN, USA
Taru Virtanen tem um mestrado e trabalha como Tradutora Sénior no Gabinete
do Primeiro Ministro finlandês desde 1999. Tem a seu cargo a organização e
produção de traduções para línguas estrangeiras, sobretudo para inglês. Foi
responsável pela organização das traduções da Presidência finlandesa da UE em
1999 e 2006.
Taru fundou a Rede de Tradutores do Governo Finlandês em 2000 e é membro
da Conferência de Serviços de Tradução nos Estados Europeus. Em 1995-96
trabalhou como tradutora para o Comité Económico e Social Europeu e para o
Comité das Regiões em Bruxelas.
Taru Virtanen, Master of Arts, has been employed as Senior Translator at the
Finnish Prime Minister’s Office since 1999. Taru is in charge of organising and
producing translations into foreign languages, mainly into English. She was
responsible for the translation arrangements of the Finnish EU Presidencies in
1999 and 2006.
Taru founded the Finnish Government Translators’ Network in 2000, and she is a
member of the Conference of Translation Services of European States. In 199596, Taru worked as a translator for the European Economic and Social Committee
and the Committee of the Regions in Brussels.
Taru Virtanen
Tradutora Sénior
Gabinete do Primeiro-Ministro, Finlândia
Senior Translator
Prime Minister’s Office, Finland
A Dra. Wheatman é Vice-Presidente da Kinsella Media, uma empresa
especializada em avisos jurídicos em linguagem clara. Shannon participou em
mais de 100 acções judiciais colectivas e foi reconhecida como especialista
em avisos em linguagem clara pelos tribunais americanos e canadianos. A sua
especialização na linguagem clara foi aprofundada pela sua educação, incluindo a
sua dissertação de doutoramento sobre a redacção de avisos de acções colectivas
em linguagem clara e a sua tese de mestrado sobre compreensão das instruções
para jurados.
Shannon Wheatman
[email protected]
Vice-Presidente
Kinsella Media, EUA
Vice President
Kinsella Media, USA
88
Dr. Shannon Wheatman is the Vice President of Kinsella Media, a firm specialising
in plain language legal notices. Shannon has been involved in over 100 class
actions and has been recognized as a plain language legal notice expert in state
and federal courts across the U.S. and in Canada. Her plain language expertise
was advanced by her education, including her doctoral dissertation on plain
language drafting of class action notice and her master’s thesis on comprehension
of jury instructions.
clarity2010
Advogado britânico com cerca de 30 anos de experiência na redacção de
legislação em vários lugares do mundo (Ilhas do Pacífico, Estados Associados das
Índias Ocidentais, Hong Kong e, agora, Gibraltar e Santa Helena). Foi procuradorgeral em Tuvalu (1977-1978) e em Monserrat (1979-1983). Foi Director da
Unidade de Localização & Adaptação de Leis no Gabinete da Procuradoria Geral
de Hong Kong (1985 a 1996). Foi Primeiro Conselheiro Parlamentar em Fiji
(2000 a 2002).
De momento, está sedeado no Reino Unido, onde faz consultoria jurídica para
países do Commonwealth. John é membro da Clarity desde 2005.
British barrister with 30 years’ experience of law drafting in various parts of the
world (Pacific Islands, West Indies, Hong Kong, and now Gibraltar and St Helena).
He was Attorney-General of Tuvalu (1977 to 1978) and of Montserrat (1979 to
1983), Head of the Localisation & Adaptation of Laws Unit in the Hong Kong
Attorney-General’s Chambers (1985 to 1996), and First Parliamentary Counsel in
Fiji (2000 to 2002).
Now based in the UK doing law drafting consultancy work for Commonwealth
jurisdictions. John has been a member of Clarity since 2005.
89
John Wilson
[email protected]
Consultor de Legislação
Reino Unido
Law Drafting Consultant
UK
www.clarity2010.com
www.portuguesclaro.pt

Documentos relacionados