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Lisbon, Portugal 12 - 14 October 2010 conference abstracts & biographies 1 Clarity2010 program Published October 2010 Português Claro Rua da Madalena 80 Lisboa Portugal www.portuguesclaro.com Program © Português Claro 2010 Individual abstracts and biographies remain © of each author All photos © individual authors Cover photo by Ana Santos Índice Contents Bem-vindos à Clarity2010 Welcome messages Os nossos patrocinadores Our sponsors Resumos das apresentações Conference abstracts Biografias dos oradores Speakers’ biographies 02 04 07 61 Bem-vindos à Clarity2010. Bem-vindos à Clarity2010 É um prazer receber-vos na Clarity2010 e na cidade de Lisboa. Parece que foi ontem que, num momento de loucura há dois anos atrás, me ofereci para realizar a conferência deste ano. I am delighted to welcome you all to Clarity2010 and the city of Lisbon. It seems like only yesterday that, in a moment of madness two years ago, I offered to host this year’s conference. O compromisso de Portugal com a linguagem clara evoluiu muito nos últimos três anos. Muitas iniciativas privadas e governamentais estão em curso, o que faz desta a altura perfeita para os maiores peritos em linguagem clara reunirem aqui e partilharem as suas ideias. Portugal’s commitment to plain language has come a long distance in the last three years. Many private and governmental initiatives are now under way, making it a perfect time for the world’s most experienced plainlanguage professionals to gather here and share their ideas. Para alguns de vocês, a linguagem clara é um campo novo e excitante; para outros, é uma paixão e uma profissão há décadas. Com a Clarity2010, pretendemos oferecer-vos uma mistura de sessões e temas que interessem tanto a novatos como a especialistas. Procurámos saber que tópicos gostariam de ver abordados na conferência e esforçámo-nos ao máximo para ir ao encontro dos vossos interesses. Haverá um enfoque maior no trabalho multidisciplinar, com profissionais de linguagem clara, designers de informação e peritos em usabilidade a apresentar projectos comuns. E os participantes sairão da conferência com novos conhecimentos que irão reforçar a qualidade do seu trabalho e ajudá-los a divulgar mais eficazmente a linguagem clara. Sempre admirei o facto de a Clarity ser dirigida por voluntários nos seus tempos livres. Promover a linguagem jurídica clara é uma batalha constante e o empenho dos nossos membros mostra como somos apaixonados pela clareza e pelos direitos do público. Sinto-me orgulhosa de fazer parte desta associação e privilegiada por organizar esta conferência. Desejo-vos a todos um evento verdadeiramente inspirador e uma óptima estadia em Portugal. Sandra Fisher-Martins Directora-geral Português Claro 4 For some of you, plain language is a new and exciting field; for others, it has been a passion and a profession for decades. Clarity2010 aims to provide a mixture of sessions and subjects that will cater for both novices and experts. We asked around for what topics people would like to see covered at the conference and have done our best to meet your requests. There will be a greater focus on multidisciplinary work, with plain-language practitioners, information designers and usability experts presenting joint projects. And you will come away with facts and figures that will help you develop the quality, research base and expertise of your practices while enabling you to spread the word of plain language more effectively. I have always admired the fact that Clarity is run by dedicated volunteers in their spare time. Promoting plain legal language is a continuous battle and the commitment of our members reflects how passionate we are about clarity and the rights of the public. I am proud to be part of this association and feel very privileged to host its conference. I wish you all a truly inspiring event and a wonderful time in Portugal. Sandra Fisher-Martins Director Português Claro Bem-vindos à Clarity2010, a quarta conferência internacional da Clarity. Welcome to Clarity2010, Clarity’s fourth international conference. Este ano, mais de 80 oradores e 200 participantes vão reunir em Lisboa para discutir formas de tornar a linguagem jurídica mais acessível. Graças à variedade de especialistas que vão participar no evento, teremos também a oportunidade de conhecer projectos de linguagem clara na administração pública, na saúde, nas finanças e noutras áreas. This year, more than 80 speakers and 200 delegates will gather in Lisbon to discuss ways of making legal language more accessible. Thanks to the variety of experts taking part in the event, we will also have the opportunity to hear about plain language projects in the fields of government, health care, finance and others. 2010 é o Ano Europeu do Combate à Pobreza e Exclusão Social e a Clarity2010 orgulha-se de fazer parte desta iniciativa. A linguagem clara sempre teve um papel importante no acesso à educação, à saúde e aos benefícios sociais. Este ano, iremos prestar atenção não só à linguagem mas também a muitas outras disciplinas que contribuem para a clareza. Pessoalmente, estou ansioso por aprender mais sobre o papel cada vez mais importante do design e da visualização de informação na comunicação jurídica. Gostaria de agradecer à Faculdade de Direito da Universidade Nova de Lisboa por nos disponibilizar este óptimo espaço e à Ordem dos Advogados pelo seu apoio. Estamos também gratos aos parceiros da conferência: a Presidência do Conselho de Ministros, a Segurança Social, a empresa de software Opensoft e a firma de advogados Vieira de Almeida & Associados. E damos umas calorosas boas-vindas aos nossos convidados especiais: o Secretário de Estado da Presidência do Conselho de Ministros, a Secretária de Estado da Modernização Administrativa e o Bastonário da Ordem dos Advogados. Lisboa é uma cidade acolhedora e magnífica. Tenho a certeza de que vão gostar. Christopher Balmford Presidente Clarity 5 2010 is the European Year for Combating Poverty and Social Exclusion, and Clarity2010 is proud to be part of this initiative. Plain language has always had an important role in facilitating access to education, healthcare and social benefits. This year we will be looking not only at language but at several other disciplines that contribute to clarity. I’m personally looking forward to learning more about how design and information visualisation are playing an ever more important role in legal communication. I want to thank the Law School at Universidade Nova de Lisboa for providing this beautiful venue, and to the Portuguese Bar Association for their continuing support. We are also grateful to the conference sponsors: the Presidency of the Council of Ministers, the Institute of Social Security, the software firm Opensoft and the law firm Vieira de Almeida & Associados. And we give a very warm welcome to our special guests: the Secretary of State for the Presidency of the Council of Ministers, the Secretary of State for Administrative Modernization, and the President of the Portuguese Bar Association. Lisbon is a welcoming, gorgeous city. I am sure you will have a great time. Christopher Balmford President Clarity clarity2010 clarity2010conference patrocínios | sponsors Um evento Clarity Organizado por A Clarity event Hosted by Patrocinadores Sponsored by Apoiado por Supported by International Institute CONSELHO DISTRITAL DE LISBOA for Information Design Media Partner 6 JUNTOS POR UMA SOCIEDADE PARA TODOS www.2010combateapobreza.pt www.2010againstpoverty.eu 7 resumos abstracts 8 clarity2010 conferência 09:00 | abertura | opening João Tiago Silveira Secretário de Estado da Presidência do Conselho de Ministros Portugal Secretary of State Presidency of the Council of Ministers Portugal 09:30 | sessão plenária | plenary session Martin Cutts Director de Investigação Plain Language Commission, Reino Unido Uma introdução à simplificação da linguagem jurídica “Não pode pôr isto em linguagem clara, porque é linguagem jurídica.” Esta mentira foi contada a muitos de nós quando, na década de 1980, começámos a examinar a estranha linguagem usada nos documentos jurídicos e demos os primeiros passos, hesitantes, na sua clarificação para o público em geral. A ideia da linguagem jurídica clara está agora mais consensual, e os velhos mitos aparecem menos e são mais fáceis de desafiar. De facto, em vários países, a lei passou a exigir que certos documentos jurídicos sejam escritos em linguagem clara. Esta apresentação irá mostrar dez técnicas simples que podem ser usadas para clarificar um documento jurídico. Mostra também cinco armadilhas a evitar. Research Director Plain Language Commission, UK A beginner’s guide to plain legal language “You can’t put this into plain language because it’s legal.” Many of us were told this untruth when we started examining the strange language used in legal documents back in the 1980s and took our first faltering steps in clarifying them for a mass audience. The idea of plain legal language is better established now, and the old myths are more rarely heard and easier to challenge. Indeed, in several countries, the law now requires certain kinds of legal documents to be written in plain language. This event sets out ten simple techniques you can use to get started on clarifying a legal document. It also shows five pitfalls you should avoid. Joseph Kimble Professor de Direito Thomas Cooley Law School, EUA Professor Thomas Cooley Law School, USA As mais recentes descobertas sobre os benefícios da linguagem clara The latest research on the benefits of plain language Em 1997, publiquei o artigo Writing for Dollars, Writing to Please (Escrever para poupar, escrever para agradar). Nele reuni e resumi mais de duas dúzias de estudos empíricos que demonstravam os benefícios da utilização da linguagem clara em documentos empresariais, governamentais e jurídicos. Este artigo tem sido citado por inúmeros autores e publicações. Actualmente estou a compilar os estudos mais recentes e a reunir os dados num livro que também irá abordar os muitos mitos que existem sobre a linguagem clara. Durante a sessão vou apresentar os estudos mais interessantes e desmistificar os mitos que ainda persistem. In 1997, I published the article Writing for Dollars, Writing to Please. It collected and summarized more than two dozen empirical studies showing the benefits of plain language in business, governmental, and legal documents. The article has been widely cited. 10:00 | intervalo | coffee break 9 I’m now collecting the later studies and combining all the evidence into a book that will also address the many myths about plain language. I’ll highlight some of the best studies and explode some of the persistent myths in this session. clarity2010 conferência 10:45 | sessões paralelas | parallel sessions Sala 1 | Escrever e reescrever a lei Writing and rewriting the law | Room 1 Anne-Marie Hasselrot Directora Adjunta Ministério da Justiça Suécia Deputy Director Ministry of Justice Sweden Advogados e especialistas em linguagem clara a trabalhar em equipa – a abordagem sueca à legislação clara Lawyers and plain language experts working as a team – the Swedish approach to clear legislation No Ministério da Justiça sueco, cinco linguistas e cinco advogados trabalham na revisão da nova legislação proposta e garantem que esta tem elevada qualidade jurídica e é tão clara e acessível quanto possível. In the Swedish Ministry of Justice, five linguists and five lawyers work as a team to ensure that new legislation is of high legal quality and as clear and user-friendly as possible. Legislation has an impact on decision-making at all levels of society. It is, therefore, important that it is understandable. In a modern democracy, it is a natural aim to ensure openness and clarity within the public administration and guarantee that documents are written in a way that meets the readers’ needs. In order to bring about this result, it makes sense to start at the very top, i.e. to modernise and simplify the language used in legislation. The idea behind this is that if legislation is written in clear language, it will have an impact on the language used in all administrative documents. The division has a key role in the legislative drafting in the ministries. No Government Bill, Government Ordinance or Committee Terms of Reference may be sent to the printers without the division’s approval. A legislação tem um grande impacto na tomada de decisões, a todos os níveis da sociedade. Por isso, é muito importante que seja compreensível. Numa democracia moderna, é um objectivo natural assegurar a abertura e a clareza na administração pública e garantir que os documentos são escritos tendo em conta as necessidades dos seus leitores. Para atingir este objectivo, faz sentido começar do início, isto é, modernizar e simplificar a linguagem usada na legislação. A ideia por trás disto é a de que, se a legislação for escrita em linguagem clara, terá um grande impacto na linguagem usada em todos os documentos administrativos. Esta divisão tem um importante papel na escrita de leis nos ministérios. Nenhum decreto governamental ou termo de referência do comité podem ser impressos sem a aprovação desta divisão. I will touch upon the following questions: • the working methods to achieve plain language in legislation Irei abordar as seguintes questões: • os métodos de clarificação da linguagem da legislação • the legal basis for plain language work in Sweden • a base legal para o trabalho em linguagem clara • • o desafio ligado à utilização da linguagem clara nos textos da União Europeia e como estes afectam a linguagem usada na legislação sueca the challenge of plain language in European Union texts, and how they affect the language in Swedish legislation • some of the most common problems in our work. • alguns dos problemas mais frequentes no nosso trabalho. Aino Piehl Consultora de Línguas da UE Instituto de Investigação de Línguas, Finlândia EU Language Consultant Research Institute for the Languages of Finland Experiências da implementação do programa Legislar Melhor na Finlândia Experiences from implementing the Better Regulation Programme in Finland Quando tomou o poder em 2007, o Governo finlandês decidiu implementar um programa de desenvolvimento para a produção de legislação, o programa Legislar Melhor. Como muitos dos seus antecessores, este programa enfatiza o facto de os legisladores precisarem de formação e de apoio para serem capazes de formular melhores The present Finnish government decided to implement a development programme for lawmaking, the Better Regulation Programme, when it came to office in 2007. This programme, like many of its predecessors, stresses the point that legal drafters need training and support if they are to be able to formulate better statutes. To 10 clarity2010 conference leis. Com esta finalidade, o Governo adoptou uma Agenda Legislativa que incluía 22 projectos legislativos importantes, aos quais foi prometido todo o apoio necessário para que servissem como casos experimentais e também como projectos-piloto. O Instituto de Investigação de Línguas da Finlândia ofereceu ajuda para utilizar Linguagem Clara nos projectos de lei governamentais que estes projectos legislativos iriam produzir. Esta apresentação mostra o que tem sido feito e analisa o sucesso das medidas implementadas. Apesar de todo o entusiasmo e esforço, há que dizer que os resultados obtidos não correspondem às elevadas expectativas. No entanto, isto não se aplica apenas à Linguagem Clara, mas também a outras medidas para se legislar melhor. Esta apresentação expõe também algumas ideias para o futuro. As próximas eleições parlamentares terão lugar na Primavera de 2011. Agora é o momento de se tirarem conclusões sobre a implementação do Programa Legislar Melhor e definir recomendações para o próximo Governo com base nesta experiência. Nesta época de globalização e integração, legislar melhor é uma questão de cooperação internacional entre Estados. No entanto, a linguagem não consta das suas agendas. O que deve ser feito para que passe a constar? this end, the government adopted a Legislative Agenda that included 22 important legislative projects, which were promised all necessary support, so that they could serve as experimental cases, and hopefully, as model projects as well. The Research Institute for the Languages of Finland offered help in achieving Plain Language in the Government Bills these legislative projects were to produce. This paper discusses what has been done and considers the success of those measures. In spite of all the enthusiasm and hard work, it must be said that the result does not meet the high expectations. There is, however, a little consolation in that this does not only apply to the case of Plain Language, but also to other measures that aim for better lawmaking. This paper also presents a few thoughts about the future. Next parliamentary elections will be held in spring of 2011. Now is the time to draw conclusions about what is to be learned from the implementation of the Better Regulation Programme and what recommendations should be given to the next government on the basis of this experience. In these times of globalisation and integration, better regulation is an object of international cooperation between states. Language, though, is not a topic on those agendas. What should be done to put it there? Eamonn Moran Legislador Departamento da Justiça, Hong Kong, China Law Draftsman Department of Justice, Hong Kong, China Reescrever a legislação: um dilema muito moderno Intergenerational drafting: a very modern dilemma A legislação de qualquer país contém leis escritas há séculos. Estas leis eram escritas no estilo da época e não combinam com os actuais padrões de legística, focados na clareza. Ocasionalmente, é necessário emendar estas leis para abordar novas questões ou implementar alterações. Nem sempre é praticável ou politicamente aceitável reescrever toda a lei. Um exercício de emenda poderá ser a única opção. Just about every jurisdiction’s statute book contains laws dating from centuries ago. These laws were written in the style of their times and do not accord with modern plain language drafting standards. There is a need, of course, to amend these laws from time to time to address a new concern or implement a changed policy. It is not always practicable or politically acceptable to rewrite the whole law. An amending exercise may be the only option. Mas este processo cria um dilema para os legisladores e os redactores de leis. Será que devemos comprometer os princípios modernos da escrita de leis para produzir uma emenda que se adeqúe melhor ao resto do documento? Será que se pode argumentar que não o fazer pode levantar questões sobre a possibilidade de um conceito ganhar um significado diferente apenas porque se exprime numa linguagem diferente? This process then creates a dilemma for policy makers, law drafters and law makers. Should you compromise modern drafting principles to produce an amendment that fits better within the context of the whole document? Is there an argument that not to do so may lead to arguments about whether something carries a different meaning merely because the same concept is expressed in different language? Iremos analisar alguns exemplos deste dilema. Serão discutidos os méritos relativos de se manter a coerência nas técnicas modernas de escrita de leis e de se adaptar ao contexto existente. Iremos também examinar abordagens possíveis para se manter a coerência nas práticas modernas, incluindo o uso da notoriedade e a promulgação de disposições interpretativas especiais. In this presentation we will look at some examples of this dilemma. The relative merits of maintaining consistency in modern drafting techniques and conforming with the existing context will be discussed. The presentation will also discuss possible approaches to assist with maintaining consistency in modern practice including making use of publicity and by the enactment of special interpretative provisions. 11 clarity2010 conference John Wilson Consultor de Legislação, Reino Unido Clareza no direito penal – sonho ou realidade? Esta será uma apresentação relativamente leve baseada no trabalho de actualização e codificação da legislação criminal (crimes e procedimentos) que fiz recentemente para Gibraltar e Santa Helena. Analisa os problemas de incorporar 50 anos de legislação criminal do Reino Unido no livro de estatutos de uma pequena jurisdição e a necessidade de adaptar e simplificar esquemas legislativos complexos. Analisa também as mudanças estilísticas que ocorreram na redacção de textos jurídicos nos últimos anos e apresenta formas de as pequenas jurisdições abrirem caminho à clarificação da lei. A apresentação ilustra os perigos de ‘cortar e colar’ na redacção de textos jurídicos, mas também demonstra como a codificação do direito criminal pode tornar a lei mais acessível e fácil de compreender. Sala 2 | Clareza no mundo financeiro Law Drafting Consultant, UK Clarity in criminal law – dream or reality? This is a fairly lighthearted paper based on the work I have done recently for Gibraltar and St Helena in updating and codifying their criminal legislation (offences and procedure). It looks at the problems of updating the statute book of a small jurisdiction to incorporate 50 years of UK criminal legislation, and the need for adaptation and simplification of complex legislative schemes. It looks at the stylistic changes in UK criminal law drafting in recent years and shows some of the ways in which small jurisdictions can lead the way in clarifying the law. The paper illustrates the dangers of ‘cut and paste’ drafting but also shows that codification of criminal law can make the law more accessible and easier to follow. Clarity in the financial world | Room 2 Neil James Presidente Plain English Foundation, Austrália President Plain English Foundation, Australia Nunca invista naquilo que não compreende: o papel da linguagem na crise financeira Never invest in what you don’t understand: language and the global financial crisis É cada vez mais aceite que a linguagem obscura contribuiu significativamente para o colapso do crédito imobiliário e o congelamento dos empréstimos financeiros de 2008. No entanto, a linguagem dos governos, reguladores e corporações nas suas tentativas de resolver a crise não tem sido alvo de escrutínio. It’s increasingly accepted that unclear language contributed significantly to the subprime mortgage meltdown and the financial lending freeze of 2008. What is less well scrutinised is the language of governments, regulators and corporations during their attempts to solve the crisis. A relação entre a linguagem pobre e a confusão do crédito imobiliário é relativamente fácil de estabelecer. Que possibilidade tiveram os proprietários comuns de perceber os verdadeiros riscos que corriam se as taxas de juros variáveis lhes foram explicadas como neste extracto de um documento de empréstimo da Fannie Mae: “Antes de cada Data de Mudança de Pagamento, o Titular da Nota irá calcular o montante do pagamento mensal que seria suficiente para restituir o capital não pago que se espera que eu pague na Data de Mudança de Pagamento na íntegra na Data de Vencimento em parcelas substancialmente iguais à taxa de juro efectiva durante o mês que antecede a Data de Mudança de Pagamento.” Do mesmo modo, a linguagem foi claramente uma das causas do congelamento dos empréstimos interbancários que se seguiu ao colapso do crédito imobiliário. As obrigações de dívida colateralizadas tinham sido agrupadas em títulos cada vez mais complexos descritos em termos tão incompreensíveis que nem mesmo os especialistas 12 The link between poor language and the subprime mortgage mess is relatively easy to make. What chance did ordinary homeowners have of understanding their real risks when adjustable interest rates were explained like this extract from a Fannie Mae loan document: “Before each Payment Change Date, the Note Holder will calculate the amount of the monthly payment that would be sufficient to repay the unpaid principle that I am expected to owe at the Payment Change Date in full on the Maturity Date in substantially equal instalments at the interest rate effective during the month preceding the Payment Change Date.” Similarly, language was clearly a factor in the interbank lending freeze that followed the subprime collapse. Collateralised debt obligations had been packaged into more and more complex securities that were described in such incomprehensible terms that even financial experts could no longer tell who owned what and who owed what to whom. So they stopped lending. And what language were governments and regulators using in their attempts to fix the financial crisis? Too clarity2010 conferência financeiros os conseguiam perceber. Por isso, deixaram de conceder empréstimos. E que linguagem usavam os governos e reguladores nas suas tentativas de resolver a crise financeira? Demasiadas vezes, os reguladores continuaram a fazer o que o antigo presidente do banco central norte-americano, Alan Greenspan, descrevia como “balbuciar com grande coerência”. Os governos adicionavam então a sua própria agenda política ao redefinir “dívidas tóxicas” como “activos legados” ou eufemísticamente descrever grandes resgates financeiros como “pacotes de assistência temporária de capital” ou “travões de liquidez”. often, regulators continued what former Federal Reserve Chairman Alan Greenspan described as learning ‘to mumble with great coherence’. Governments then added their own political spin as they redefined ‘toxic debts’ as ‘legacy assets’ or euphemistically described massive financial bailouts as ‘temporary capital assistance packages’ or ‘liquidity backstops’. I will illustrate some of the worst linguistic excesses of the global financial crisis and show how clarity of language should be used as a reliable barometer of financial health. If there is a simple lesson to be drawn from the crisis it might be this: never invest in what you don’t understand. Irei ilustrar alguns dos piores excessos linguísticos da crise financeira global e mostrar como a clareza da linguagem deveria ser usada como barómetro da saúde financeira. Se há uma lição a retirar da crise pode ser esta: nunca invista naquilo que não compreende. Kristin Kleimann Susan Kleimann Directora Kleimann Communication Group, EUA Presidente Kleimann Communication Group, EUA Principal Kleimann Communication Group, USA President Kleimann Communication Group, USA Consegue compreender este aviso de privacidade? Can you understand what this privacy notice says? Facebook ... registos pessoais de saúde... fontes de receitas bancárias... Na última década, passámos de ter medo de roubo de identidade para uma redefinição do conceito de privacidade. Esta apresentação focar-se-á nos desafios resultantes da percepção dos consumidores das políticas de privacidade e nas lições de um grande projecto feito para o governo federal dos EUA. Facebook... personal health records... bank revenue streams... In the last decade we have moved from a fear of identity theft to a redefinition of what is meant by privacy. This presentation will focus on the challenges of dealing with consumers’ understanding of privacy policies and lessons learned from a major project for the U.S. federal government. Em 2001, os avisos de privacidade de instituições financeiras começaram a chegar à caixa de email dos consumidores. Uma nova lei exigia que todas as instituições financeiras informassem os seus clientes sobre o modo como os bancos usavam e disponibilizavam os seus dados pessoais e sobre o seu direito de ‘exclusão’ para evitar alguns tipos de utilização dos dados. Estes avisos de privacidade eram longos e geralmente incompreensíveis. Em resposta aos media, aos consumidores e às queixas do Congresso, as oito agências federais responsáveis por implementar os regulamentos para os avisos embarcaram num enorme projecto para os tornar mais compreensíveis para os consumidores. In 2001, privacy notices from financial institutions began appearing in consumers’ mailboxes. A new law required financial institutions to tell their customers how the banks used and disclosed their personal information and what rights consumers had to ‘opt out’ of certain types of sharing. When the privacy notices arrived, they were lengthy and generally incomprehensible. In response to media, consumer, and Congressional complaints, the eight federal agencies responsible for implementing the regulations for privacy notices undertook a major interagency project to make the notices more understandable and usable for consumers. Iremos descrever os testes qualitativos que as agências usaram para criar o aviso de privacidade estandardizado que começou a ser usado em Dezembro de 2009. A apresentação examina os resultados da extensa pesquisa qualitativa (focus groups, entrevistas exploratórias individuais), assim como as ‘Dicas para a Criação de Avisos’: This presentation describes the qualitative testing that the Agencies used to create a standardized financial privacy notice that took effect in December 2009. The presentation discusses findings from extensive qualitative research (focus groups, one-on-one depth interviews) as well as ‘Tips for Creating Disclosures’ based on lessons learnt from this project: • How do you translate several very complex laws into concepts that consumers can quickly and easily understand so they can make a decision based on that information? • Como traduzir várias leis complexas em conceitos que os consumidores compreendem rápida e facilmente de forma a tomarem uma decisão informada? • Como fazer com que uma notificação se mantenha neutra – para não influenciar o comportamento? • How do you make the notice neutral – so that the notice does not drive behaviour? • Como usar técnicas de linguagem clara e design de informação para assegurar que os consumidores compreendem e utilizam a informação? • How do you use plain language and information design techniques to ensure that consumers can understand and act upon the information? 13 clarity2010 conferência Helena Englund Hjalmarsson Consultora de Linguagem Clara Språkkonsulterna, Suécia Plain-language Consultant Språkkonsulterna, Sweden Simplificar um contrato bancário – uma história de sucesso Simple banking – a success story about a bank contract Este caso de estudo descreve a cooperação entre especialistas em linguagem clara e juristas num dos maiores bancos suecos. A Directiva sobre Pagamento de Serviços (PSD) fornece a base jurídica para a criação de um mercado único para pagamentos na UE. Um dos principais objectivos desta directiva é tornar obrigatório o fornecimento de informação legível e clara aos clientes, para facilitar a comparação de serviços. Esta directiva deu lugar a uma nova lei para o pagamento de serviços e a recomendações da Autoridade de Supervisão dos Serviços Financeiros sueca para os bancos e instituições financeiras. This is a case study about the cooperation between language experts and lawyers on a project for one of Sweden’s largest banks. The Directive on Payment Services (PSD) provides the legal foundation for the creation of an EU-wide single market for payments. One of the main purposes of the directive is to provide the customers with clear and legible information to make it easy to compare the services. The PSD has resulted in a new law for payment services in Sweden and recommendations from the Swedish Financial Supervisory Authority to banks and financial institutes. Um dos maiores bancos suecos, o SEB, preparava-se para interpretar a nova lei com a habitual prudência, o que resultaria num documento de 13 páginas impressas em letras pequeninas, que era suposto os clientes aceitarem antes de assinarem um contrato de serviços. Mas a nova proposta de valor do SEB é ‘Simples’ e, depois de algumas semanas de estreita cooperação com advogados, conseguimos provar que era possível seguir as normas da nova Directiva e dar aos clientes informação clara e sucinta. Vou descrever como decorreu o projecto, os obstáculos que encontrámos e como os superámos. One of the largest banks, SEB, was on its way to interpret the new law with the usual cautiousness. This would have resulted in a 13-page long, small print document, which customers were supposed to accept before signing a service contract. However, SEB’s new unique selling point is ‘Simple’, and after a few weeks of close cooperation with lawyers we managed to prove it was possible to follow the PSD directive and provide customers with clear, succinct information about payment services. As one of the language experts involved in the project, I will tell you about the process, its obstacles and its success. Sala 3 | Linguagem clara e a web Plain language and the web | Room 3 Elza Barboza Bibliotecária Instituto Brasileiro de Informação em Ciência e Tecnologia, Brasil Librarian Institute of Information in Science and Technology, Brazil Implantação do Português Claro nos websites do Governo Federal Using plain language in the federal government websites Desde 1990, o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) vem divulgando um índice de analfabetismo funcional tendo como base os anos de escolaridade. É analfabeto funcional todo cidadão que não tenha completado pelo menos quatro anos de escolaridade. Segundo estatística do IBGE 2003, em uma população economicamente ativa, 30,3 % de brasileiros foram considerados analfabetos funcionais. No entanto, outros indicadores apontam que 54% da população brasileira economicamente ativa é composta de analfabetos funcionais. Os estudos sugeriram o estabelecimento de um novo indicador nacional de alfabetismo funcional: aumento para 8 anos de escolaridade como patamar mínimo e levantamentos das habilidades de leitura e escrita e de matemática. Since 1990, the Brazilian Institute of Geography and Statistics (IBGE) has been promoting a functional illiteracy index based on years of education. Every citizen who hasn’t completed at least four years of schooling is considered to be functionally illiterate. According to 2003 statistics, in an economically active population 30,3% of Brazilians are functionally illiterate. However, other indicators show that 54% of the economically active Brazilian population is functionally illiterate. Studies have suggested the establishment of a new national indicator of functional literacy, based on increasing the minimum schooling years to eight and on surveying reading, writing and maths skills. Aplicada uma fórmula para medir a inteligibilidade dos websites dos Ministérios do Governo Federal, sentiu‑se a necessidade de planejar, implantar e adotar uma 14 Once a formula was used to measure the readability of the Federal Government Ministries’ websites, there was the need to plan, implement and adopt a language accessible to those citizens. Some of the goals are: to produce a Plain Portuguese handbook, to be used in the writing of clarity2010 conference linguagem mais acessível a esse grande contingente de cidadãos. São objetivos específicos: elaborar um manual de estilo de português claro, para ser utilizado na redação de textos dos websites governamentais e construir um léxico de palavras utilizadas nos sites do Governo Federal, para apoiar no uso do português claro. government texts and websites; and to build a Language Corpus of the words used in the Federal Government’s websites, to allow for the creation of a thesaurus to support the use of Plain Portuguese. Besides being part of the W3C standard, plain language is also the responsibility of governments. A linguagem clara, além de ser recomendação do W3C, é também responsabilidade do governo. Miriam Vincent Advogada e Produtora de Conteúdos para a web Direcção do Registo Federal, EUA Staff Attorney and Webwright Office of the Federal Register, USA O básico (e o essencial) sobre web design: integração da linguagem clara e da usabilidade Basics (and musts) of web design: integration of plain language and usability Já ouviu falar (ou pensou) nestas questões: O meu website está escrito em linguagem clara, porque é que hei-de importar‑me com a usabilidade? Sei tudo sobre usabilidade, porque é que hei-de usar linguagem clara? Have you heard (or thought of) these questions: My site is written in plain language, why do I care about usability? I know all about usability, why do I also have to use plain language? These are two different, yet compatible, concepts. Estes dois conceitos, apesar de diferentes, são compatíveis. As pessoas precisam de ser capazes de navegar num site para encontrar a informação que precisam. E também precisam de compreender a informação quando a encontram. Conheça os argumentos para a integração dos dois conjuntos de princípios e saiba ao que deve estar atento/ perguntar enquanto desenha o seu site. People need to be able to navigate your site and find the information they need. They also need to understand the information once they’ve found it. Hear arguments for integrating both sets of principles and learn what to look for/ask for when designing your site. Caroline Jarrett Consultora de Usabilidade Effortmark Limited, Reino Unido Dicas de design e escrita para formulários complexos Muitos dos conselhos publicados sobre concepção de formulários destinam-se a formulários simples para tarefas diárias, como fazer compras online ou registar-se num site. O que acontece quando os formulários são complexos? Serão estes conselhos relevantes ou não? Neste workshop, Caroline Jarrett vai partilhar dicas de escrita e design para formulários complexos, com base na sua experiência com formulários jurídicos, fiscais e de seguros. Terá oportunidade de aprender mais sobre: • Relação: a necessidade que a organização tem dos dados recolhidos no formulário comparada com os objectivos do utilizador quando o preenche. Estarão equilibradas? Como pode descobrir o que é realmente necessário e importante para o futuro, tendo em conta o que aconteceu no passado? • Diálogo: a sequência de pergunta-resposta que compõe a maior parte do formulário. O que podemos fazer para ajudar os utilizadores a responder às perguntas de forma correcta? Nunca ninguém disse: “Gostava que este formulário tivesse instruções 15 User Experience and Usability Consultant Effortmark Limited, UK Design and writing tips for complex forms Much of the published advice on designing forms is aimed at simple forms for everyday tasks, such as checking out on an e-commerce site or signing up for a web site. What happens when the forms are complex ones? Is the advice relevant, or not? In this workshop, Caroline Jarrett will share design tips for complex forms based on her experience of working on complex legal, tax, and insurance forms. Join her to find out about: • Relationship: the organisation’s need for the data gathered by the form compared to the user’s aims in filling out the form. Are these in balance? How can you find out what is really necessary and important for the future, compared to what has happened in the past? • Conversation: the question-and-answer sequence that makes up the main part of the form. What can we do to support users so that they answer the questions accurately? No-one ever said ‘I wish this form had longer, more complicated instructions’ – but how can we make sure users have the information they need to make appropriate decisions as they fill in the form? clarity2010 conference mais longas e complicadas” – mas como podemos garantir que os utilizadores têm a informação de que necessitam ao preencher o formulário? • Aspecto: os formulários complexos são também, muitas vezes, longos e feios – mas não têm de ser assim. Veremos como organizar formulários em secções e como torná-los o mais atraentes possível. • Appearance: Complex forms are often long and ugly as well – but they don’t have to be that way. We’ll think about how to organise complex forms into sections and how to make them as attractive as possible. Martin Foessleitner Director Instituto Internacional do Design de Informação Director International Institute for Information Design Houston, can you read me? Houston, can you read me? Linguagem clara + design de informação + utilizador Plain language meets information design meets the user. This will be an investigation how information design can contribute to the discipline of plain language and vice versa, for the benefit of users. Esta será uma investigação sobre como o design de informação pode contribuir para a disciplina da linguagem clara e vice-versa, para benefício dos utilizadores. Segundo o dicionário, design de informação é a definição, planeamento e formulação dos conteúdos de uma mensagem e dos ambientes em que esta será apresentada com a intenção de satisfazer as necessidades do público‑alvo. Convidamos a comunidade da linguagem clara a utilizar as ferramentas do design de informação para maior clareza. As ferramentas cobrem quase todas as áreas do design: formas, padrões, linhas, cores, proporções, animações, tipografia, ícones, pictogramas e muito mais em termos de gráficos, princípios e métodos de design. Sempre com o objectivo de atingir os atributos da informação de elevada qualidade: acessível, adequada, atraente, credível, completa, concisa, sem erros, fácil de interpretar, objectiva, relevante, oportuna, segura, inteligível e de valor. O texto, a escolha das palavras e a linguagem são fundamentais para a compreensão – algo que é muitas vezes subvalorizado pelos designers. Vamos descobrir juntos o poder de cada disciplina, os benefícios da cooperação entre as duas e o aumento significativo na compreensão que conduz a um comportamento mais consciente por parte dos consumidores e dos cidadãos. As per definition: information design is the defining, planning, and shaping of the contents of a message and the environments in which it is presented, with the intention to satisfy the information needs of the intended recipients. It is an offer to the plain language community to use the toolkit of information design for higher clarity, or it could be called high-quality-information. The toolkit covers anything on design: shapes, patterns, lines, colours, proportions, animation, typography, icons, pictograms and a lot more on graphics, design principles and methods. All this is meant for reaching the attributes of high-quality information: accessibility, appropriateness, attractiveness, credibility, completeness, conciseness, without errors, interpretability, objectiveness, relevance, timeliness, security, understandibility, value. Text, wording and language are key to understanding, a circumstance that may be often undervalued among designers. Let’s discover together the power of each discipline, the benefits of cooperation and the significant improvement of better understanding, leading to thoughtful behaviour of consumers and citizens. 12:00 | sessões paralelas | parallel sessions Sala 1 | A linguagem clara na UE Plain language in the EU | Room 1 William Robinson Sir William Dale Visiting Fellow Instituto de Estudos Jurídicos Avançados, Universidade de Londres, Reino Unido Sir William Dale Visiting Fellow Institute of Advanced Legal Studies, University of London, UK Tornar a legislação da UE mais acessível Making EU legislation more accessible Introdução Apelos à UE para tornar a legislação mais acessível (1992, 1997). Introduction Calls for EU legislation to be made more accessible (1992, 1997). 16 clarity2010 conferência Acessibilidade física Importância de o texto de legislação estar disponível. No sistema da UE, a versão em papel é autêntica. Será que a versão online é suficientemente fácil de encontrar e confiável? A lei está disponível em 23 línguas? E se as instituições da UE decidem publicar apenas parte da lei? Physical accessibility Importance of the text of legislation actually being available. In the EU system the paper version is authentic. Is the Internet version findable and sufficiently reliable? Is the act available in 23 languages? What if the EU institutions decide to publish only part of an act? Acessibilidade estrutural Será que as leis da UE estão estruturadas de uma forma acessível? Será que as leis da UE sofrem emendas demasiado frequentemente: há algo de errado na forma como a UE adopta as suas leis? É possível encontrar as emendas? Será que a codificação e a remodelação são mesmo as soluções mágicas? Structural accessibility Are EU acts structured in an accessible way? Are EU acts amended too often: is there something wrong with the way the EU adopts its acts? Is it possible to find the amendments? Are codification and recasting really the magic solutions? Acessibilidade linguística A exigência de que a linguagem da legislação seja acessível é universal, mas no sistema da UE essa exigência desencadeia um número específico de aspectos. De acordo com o Tribunal Europeu de Justiça (TEJ), para compreender correctamente uma lei da UE, os utilizadores precisam de analisar as várias versões nas diferentes línguas. Quem é que pode analisar 23 versões? Será que a linguagem usada nas leis da UE é compreensível, apesar do princípio do significado autónomo dos termos? Será que a UE pode usar linguagem clara? Será que precisamos de um requisito obrigatório para que as leis da UE sejam redigidas de forma clara e acessível? Esta não é uma sugestão nova; longe disso. No passado, houve resistência por parte das instituições com medo de que as leis pudessem ser anuladas. O que mudou? Houve desenvolvimentos no TEJ (Advogados Gerais) e desenvolvimentos na sociedade. Linguistic accessibility The requirement that the language of legislation be accessible is universal but in the EU system that requirement entails a number of specific aspects. According to the European Court of Justice (ECJ), in order to understand an EU act properly users need to look at the different language versions. Who can look at 23 versions? Is the language used in EU acts understandable, despite the principle of the autonomous meaning of terms? Could the EU use plain language? Do we now need a binding requirement that EU acts be clearly drafted and accessible? This is not a new suggestion; far from it. In the past it was resisted by institutions for fear of acts being annulled. What has changed? Developments at the ECJ (Advocate Generals) and developments in society. Luís Moreira Tradutor Comissão Europeia Translator European Commission Carta dos Direitos Fundamentais da União Europeia em linguagem simplificada The European Union Charter of Fundamental Rights in plain language A Carta dos Direitos Fundamentais em linguagem simplificada foi uma iniciativa dos tradutores da Representação da Comissão Europeia em Portugal, com a colaboração da Português Claro, empresa especializada em comunicação em linguagem clara. The Charter of Fundamental Rights in plain language was created by the Representation of the European Commission in Portugal in partnership with Português Claro, a Portuguese company specialized in plain language. Sendo um texto legal, o cidadão comum tem muitas vezes dificuldade em compreender as implicações do que nele está escrito. Através deste trabalho de simplificação da linguagem, pretendeu-se proporcionar a todos os leitores um melhor entendimento dos direitos e liberdades previstos na Carta e contribuir assim para o reforço da cidadania europeia e da democracia mediante uma melhor comunicação e transparência. A Carta em linguagem simplificada pretende igualmente divulgar em Portugal a importância de se utilizar uma linguagem simples e directa, que o leitor possa entender à primeira, ou seja: utiliza apenas palavras familiares, evita termos demasiado complexos e frases rebuscadas, apresentando a informação da maneira mais clara possível e deixando de fora tudo o que é desnecessário. Quando foi adoptada, em Dezembro de 2000, a Carta representava apenas um compromisso político. Com a 17 Because the Charter is a legal text, it is often difficult for the average citizen to understand its implications. This simplification project aims to enable all readers to better understand the Charter’s rights and freedoms, thus reinforcing European citizenship and democracy through transparency and clearer communication. Also, the Charter in plain language publicizes in Portugal the importance of using a simple and direct form of language, one that the reader understands at first reading, and uses only common words, avoids complex terms and flowery sentences, presents information in the clearest way possible, and eliminates all unnecessary words. When adopted, in December 2000, the Charter represented only a political commitment. With the Lisbon Treaty, in December 2009, the Charter acquired the same legal value as the European Union treaties. The Charter’s plain language version doesn’t replace the original text. That is why we have chosen to present both clarity2010 conferência entrada em vigor do Tratado de Lisboa, em 1 de Dezembro de 2009, a Carta passou a ter o mesmo valor jurídico que os Tratados (artigo 6.º do Tratado de Lisboa). texts side by side: the original Charter and the simplified version. The latter is an informative document and it has no force in law. A versão em linguagem simplificada não substitui a consulta do texto original. Por este motivo, optou-se por apresentar lado a lado ambos os textos: a Carta legalmente em vigor e o texto simplificado. A versão simplificada não tem, pois, força de lei, constituindo um mero documento de informação e divulgação. Ingemar Strandvik Gestor da Qualidade Direcção-Geral de Tradução Comissão Europeia Quality Manager Directorate-General for Translation European Commission Redacção legislativa clara no contexto da UE – o desafio do multilingualismo Clear legislative drafting in the EU context – the challenge of multilingualism A Agenda da Transparência, com preocupações sobre ‘o déficit de democracia’, ‘a falta de legitimidade’, ‘a qualidade da legislação’, ‘diminuir a distância entre os cidadãos e a UE’, etc., entrou em cena quando os dinamarqueses votaram ‘Não’ ao Tratado de Maastricht em 1992. Como incidentes semelhantes se seguiram, desde então que a transparência se tem mantido no topo da agenda política. Esta contestação à legitimidade da UE deu origem a acções e medidas concretas (um acordo interinstitucional na qualidade da redacção legislativa, um Guia Conjunto de Práticas para a redacção de textos legislativos, a iniciativa Legislar Melhor, as campanhas de escrita clara, etc.) e a documentos importantes de definição de políticas (o White Paper sobre Governação Europeia, a Iniciativa de Transparência, o Plano D, etc.). The Transparency Agenda, with concerns about ‘the democratic deficit’, ‘the lack of legitimacy’, ‘the quality of legislation’, ‘bridging the gap between the citizens and the EU’, etc. entered the scene when the Danes voted no to the Maastricht Treaty in 1992. As similar incidents have followed over the years, transparency has been at the top of the political agenda since. This questioning of the EU’s legitimacy has given rise to a number of concrete actions and measures (an Inter-institutional agreement on the legislative drafting quality, a Joint Practical Guide for the drafting of legal acts, the Better Regulation initiative, clear writing campaigns, etc.) and to important policy documents (the White Paper on European Governance, the Transparency Initiative, the D Plan, etc). Hoje em dia, toda a gente é claramente a favor da ‘transparência’, da ‘alta qualidade’ e da ‘escrita clara’. No entanto, o que isto significa em concreto e como atingi-lo na prática torna-se mais claro quando têm de ser feitas escolhas concretas. Além disso, a maioria das reflexões sobre a qualidade legislativa esquecem um aspecto essencial da transparência, nomeadamente o facto de que 22 das 23 versões oficiais da legislação europeia são traduções. Esta apresentação quer realçar algumas das características específicas da redacção de textos legislativos da UE para mostrar que a consciência de certas questões relacionadas com a tradução é de importância primordial para a qualidade destas traduções e, consequentemente, para a qualidade global da legislação da UE e a transparência no geral. O que é que a ‘linguagem clara’ e a ‘redacção clara de textos legislativos’ significam no contexto multilingue da União Europeia e como é que a qualidade nestas áreas se relaciona com outros aspectos da qualidade legislativa de originais e traduções? Isto inclui, concretamente, uma reflexão sobre a natureza da tradução jurídica na UE e as diferenças em relação a outros tipos de tradução jurídica. Inclui também uma análise dos diferentes aspectos da qualidade e de como estes se relacionam e interagem entre si, em particular a qualidade da redacção jurídica, da linguagem e da terminologia. 18 Nowadays, everybody is strongly in favour of ‘transparency’, ‘high quality’ and ‘clear writing’. However, what this means concretely and how to achieve it in practice is less clear at the moment when concrete choices have to be made. Moreover, in most reflections on the legislative quality that have taken place within this context one essential aspect of transparency is missing, namely the fact that 22 of the 23 official language versions of the European legislation are translations. This presentation aims at highlighting some specific features of the EU legislative drafting context to show that awareness of certain translation-related issues is of paramount importance to the quality of these translations, i.e. for the overall quality of EU legislation and transparency at large. What does ‘plain language’ and ‘clear legislative drafting’ mean in the multilingual context of the European Union and how does the quality aspect of ‘plain language’ and ‘clear legislative drafting’ relate to other aspects of the legislative quality of originals and translations? Concretely, this includes a reflection on the nature of the EU legislative translation and differences with regard to other kinds of legal translation. It also includes a discussion on different quality aspects and how they are inter-related and interact, in particular the linguistic drafting quality, the legislative drafting quality and the terminological quality. clarity2010 conference Sala 2 | Clarificar contratos Clarifying contracts | Room 2 John Geiger Advogado Director-Geral para a Qualidade Condado de Los Angeles, EUA Lawyer General Manager - Standards & Practices Los Angeles County, USA Remodelar um contrato-modelo Remodelling a model contract Os pequenos empresários que queriam fazer negócio com o Condado de Los Angeles, especialmente aqueles que não tinham a vantagem de ter aconselhamento jurídico, liam o modelo de contrato do Condado e perguntavam repetidamente: “Será que isto pode estar escrito de maneira a que nós possamos compreender?” No entanto, várias partes do modelo de contrato são retiradas – palavra por palavra – do código do Condado, das portarias regulamentares, de memorandos do conselho distrital, da política de gestão de riscos ou da tradição institucional. Então, como reescrever quando não podemos reescrever? Este é um dilema frequente, quer se trabalhe com documentos já existentes quer quando somos os últimos participantes na negociação de um contrato. Small business vendors who wanted to do business with Los Angeles County, and especially those without the benefit of legal counsel, read the County’s model contract and repeatedly asked, “Can’t this be written so we can understand it?” But significant portions of the County’s model contract are mandated – verbatim – by County Code, Board Ordinance, County Counsel opinion memos, Risk Management policy, or intransigent institutional memory. So how do you re-write when you cannot rewrite? This is often the dilemma, whether you’re working with preexisting form documents or are the last participant to the table in contract negotiations. Este é um caso de estudo sobre tradução para linguagem clara a um nível macro, oriundo do maior Condado dos EUA. O contrato remodelado foi: (1) reestruturado de forma a justapor conceitos e cláusulas relacionados, organizado do mais para o menos importante, do geral para o específico, do usado frequentemente para o usado raramente, das regras para as excepções; e (2) comentado com traduções e explicações em linguagem clara para cada cláusula padrão. Esta abordagem macro permite aumentar a clareza sem causar grandes revoluções institucionais. Em Dezembro de 2008, o novo contrato começou a ser testado no terreno com os empresários do Condado, que mostraram preferi-lo ao anterior. O Gabinete das Pequenas Empresas incluiu no seu simpósio trimestral um módulo sobre contratos governamentais em linguagem clara. Até à data, o contrato remodelado já foi apresentado e distribuído em seis destes simpósios. Com a sua nova estrutura e as suas anotações, o contrato é agora mais fácil de compreender, mesmo sem termos retirado a linguagem obrigatória. O Center for Plain Language em Washington D.C. reconheceu o contrato remodelado com um ClearMark Award de Excelência em 2010. From the largest County in the United States, this is a case study of plain language legal translation at the macro level. The remodelled contract is: (1) restructured to juxtapose related concepts and clauses, placing major before minor, general before specific, frequently before seldom used, rules before exceptions; and (2) annotated with plain language translations and explanations for each Countystandard clause. Perhaps most significantly, this macro approach allows for clarity without institutional calamity. Starting in December 2008, the remodelled contact was field tested with small business entrepreneurs countrywide. In particular, the County’s Office of Small Business included a module on government contracts in plain language during its quarterly Bridging the Gap symposium. To date, the remodelled contract has been presented and distributed at six such symposia. Oral feedback and written evaluations show a strong preference for the remodelled contact. With its new structure and annotations, the contract is now easier to understand, without removing the mandatory language. The Center for Plain Language in Washington D.C. recognized the County’s remodelled contact with a 2010 ClearMark Award of Excellence. Susanne Hoogwater Advogada Criativa Legal Visuals, Holanda Creative Lawyer Legal Visuals, Netherlands Visual Contract Index Visual Contract Index O Visual Contract Index é um painel visual para contratos, conjuntos de políticas estandardizadas, termos e condições. O objectivo é convidar os seus utilizadores a ler e perceber pelo menos as palavras-chave e o que fica acordado no documento. Idealmente, isto leva a um maior entendimento da informação jurídica, antes de se aceitar ou assinar. This is a visual dashboard for contracts, sets of standardized policies, and terms and conditions. The goal is to invite users to read and understand at least the keywords and agreements of the document. Ideally this would lead to further engagement with the legal information, before accepting or signing. 19 clarity2010 conference O Visual Contract Index fornece um design integrado de ícones, linguagem clara e um sistema de informação em camadas através de hiperligações. The Visual Contract Index provides an integrated design of icons, plain language and a system of layered information via hyperlinks. O Visual Contract Index foi lançado em 2009 e usado por um pequeno número de empresas. A Legal Visuals está interessada em projectos-piloto maiores para testar e avaliar o conceito junto de profissionais e consumidores privados de informação jurídica. The Visual Contract Index was launched in 2009 and used by a small number of business owners. Legal Visuals is interested in larger pilot projects to test and evaluate the concept amongst professional and private consumers of legal information. Sala 3 | Acesso à informação Access to information | Room 3 Angela Morelli Designer de Informação Universidade Central St Martins , Reino Unido Information Designer Central St Martins University, UK Uma gota no oceano A drop in the ocean Angela defende que o design de informação é uma ferramenta vital para democratizar informação complicada e muitas vezes inacessível. Não só pode ser usado para apresentar informação complicada de forma mais acessível – e para uma audiência maior – como pode também revelar verdades importantes que de outra forma permaneceriam escondidas por detrás dos dados. “Os dados são factos; a informação é o significado que os seres humanos atribuem a esses factos”, afirmam W. Davies e A. McCormack no seu livro The Information Age. Angela is an advocate of the view that Information Design is a vital tool in democratizing complicated, at times inaccessible, information. Not only can Information Design be used to present complicated information in a more accessible way – making it available to a wider audience – but it can also reveal important truths which would otherwise remain hidden behind the data. “Data are facts; information is the meaning that human beings assign to these facts”, W. Davies and A.McCormack claim in their book The Information Age. Angela irá focar-se em alguns dos seus projectos mais recentes para ilustrar esta questão. Em particular, irá descrever uma viagem de 12 meses que nasceu do seu grande interesse pela Crise da Água. O objectivo do projecto, baseado numa investigação da UNESCO e da Universidade de Twente, na Holanda, era tornar a “pegada de água” de 132 nações visível e aumentar a nossa consciência deste recurso tão valioso quanto vulnerável. Angela will focus on some of her recent projects to illustrate this point. In particular, her presentation will describe a 12-month journey that arose out of her great interest in the Water Crisis. The aim of the project, which was based on research carried out by UNESCO and the University of Twente in the Netherlands, was to visualize the water footprint of 132 nations and enhance our awareness of this vulnerable yet vital resource. O processo de design mostra claramente como, na apresentação de dados estatísticos, a exigência de autenticidade e precisão, a ênfase na acessibilidade e a clareza tornam a viagem difícil e muitas vezes turbulenta – muito longe da imobilidade dos números de uma tabela. Ver uma criança caminhar seis horas todos os dias para ir buscar água a um charco significa mais para aqueles que o testemunham do que todas as estatísticas do mundo. The design process clearly shows how, in the display of statistical data, the demand for truth and precision, the focus on accessibility and clarity, makes the journey difficult and often turbulent – far away from the immobility of numbers placed in a table of figures. Watching a child walk six hours every day to collect water from a puddle means more to those who witness it than all the statistics they could ever collect in a lifetime. Um projecto de design não é uma solução completa – poderá argumentar-se que representa uma “gota no oceano” – mas nunca devemos menosprezar o poder dessa gota. Conseguir uma mudança de hábitos não é uma tarefa fácil, mas só pode decorrer de uma verdadeira compreensão do problema, de consciência e reflexão. O design tem um papel insubstituível neste processo, ajudando a educar, informar e sensibilizar para questões que não podemos ver com os nossos próprios olhos. A design project is not a complete solution, it is true – someone could argue that it represents ‘a drop in the ocean’ – but we should never underestimate the power of that drop. Bringing about a change of habits is not an easy task but it can only follow from a true understanding of the problem, from awareness and reflection. Design has a vital, irreplaceable role to play in raising awareness of issues that we may not be able to witness with our own eyes. 20 clarity2010 conferência Mark Starford Director Executivo Board Resource Center, EUA Executive Director Board Resource Center, USA Carol Risley Directora do Departamento de Serviços de Desenvolvimento do Estado da Califórnia, EUA Chief, California State Department of Developmental Services, USA Sinta-se Seguro, Esteja Seguro: prevenção em linguagem clara Feel Safer, Be Safer: plain language disaster preparedness Embora as agências públicas promovam o planeamento pessoal como uma boa medida de preparação para grandes emergências, a maioria dos indivíduos não está preparado. Os recentes desastres naturais nos EUA e a nível internacional demonstram a necessidade de mitigar as suas trágicas consequências. Os cidadãos, sobretudo as pessoas mais vulneráveis, deficientes, idosos e famílias, têm poucos recursos para estarem preparados para a próxima emergência ou desastres. While public officials promote personal planning as a good practice measure of readiness for major emergencies, most individuals are unprepared. The aftermath of recent natural disasters in the US and internationally tragically demonstrated the need to mitigate the extent of human devastation. Community members, particularly vulnerable persons with disabilities, elderly and families are equipped with few resources to be ready for the next emergency or disaster. O Departamento de Serviços de Desenvolvimento da Califórnia (DDS), juntamente com o fundo de Segurança Nacional, responderam a esta necessidade desenvolvendo o projecto Sentir-se Seguro, Estar Seguro. Uma comissão composta por pessoas com deficiências criou um mecanismo de consciencialização e preparação para partilhar com os seus pares, família, vizinhos e agências da comunidade. The California Department of Developmental Services (DDS), with U.S. Homeland Security funding, answered the call by developing Feeling Safe, Being Safe. A statewide committee composed of persons with disabilities created a mechanism for raising awareness and increasing preparedness to share with peers, family, neighbors and community agencies. Estima-se que 70% dos californianos não estão preparados para um desastre natural ou para um ataque terrorista. Em comparação com outros grupos, as pessoas com deficiência, os pobres e os idosos são os que menos precauções tomam. Dados recentes do DDS sugerem que quase 65% dos seus 240.000 clientes têm dificuldade em ler mais do que frases simples. Um estudo de 2004, revelou que quase 53% dos trabalhadores de Los Angeles têm iliteracia funcional. Sabendo isto, o DDS insistiu que estaria na melhor posição para identificar capacidades, corroborar necessidades de preparação e definir como ajudar a ensinar os outros. Sentir-se Seguro, Estar Seguro é uma formação online com um design de informação fácil de seguir, uma linguagem acessível e ferramentas digitais que incorporam uma estratégia de aprendizagem e de acção chamada PensarPlanear-Fazer. Estas ferramentas servem dois objectivos: aumentar a preparação para situações de emergência e criar oportunidades para as pessoas com baixos níveis de literacia, com deficiências e idosas serem vistas como membros da comunidade que ajudam os outros. Uma linguagem clara e um design acessível facilita realmente a participação total na sociedade e nas suas responsabilidades. Ao concentrar-se no objectivo, na audiência e na usabilidade, o projecto Sentir-se Seguro, Estar Seguro assegura que os seus utilizadores compreendem a necessidade de preparação e seguem um plano seguro de acções. As ferramentas são facilmente adaptáveis, podendo ser usadas em várias regiões, várias condições de desastre e várias culturas. O workshop, apresentado pelo criador da ferramenta e pela representante do DDS, irá demonstrar a metodologia, as capacidades de replicação e de adaptação a diversas culturas. Todos os participantes vão receber cópias do DVD, ferramentas de formação, e estratégias e recursos fáceis de utilizar, disponíveis em linguagem clara. 21 The California Governor’s Office estimated 70 percent of Californians are unprepared for natural disasters or a terrorist attack. Persons with disabilities, the poor and elderly are least likely to have planning in place compared to other groups. Recent readability data from DDS suggests nearly 65 percent of the 240,000 clients have difficulty reading beyond simple sentences. A 2004 study revealed nearly 53 percent of workers in Los Angeles, CA region were functionally illiterate. Recognizing this, DDS insisted they were in the best position to identify abilities, support needs to be prepared and how to help teach others. Feeling Safe, Being Safe’s sequenced webcast training with an easy-to-follow informational design, accessible language and digital media tools incorporate a learning and action oriented strategy called Think–Plan–Do. These tools serve two objectives: to increase personal emergency preparedness and create opportunities for persons with low literacy, disabilities and elderly to be viewed as community members who assist others. Clear language and accessible design does facilitate full participation in society with its responsibilities. By concentrating on purpose, audience and usability, Feeling Safe, Being Safe ensures users understand the necessity of preparedness for emergencies or disasters and follow a safe course of action. The tools are easily adapted for use by variety of regions, disaster conditions and cultures. This workshop, led by the tool developer and representative from the Office of Human Rights of the California Department of Developmental Services, will showcase the webcast methodology, replication capabilities and applicability for use in diverse cultures. All attendees will receive copies of the DVD, training tools and easy to use strategies and resources available in plain language. clarity2010 conferência Eleanor Cornelius Professora Universidade de Joanesburgo, África do Sul Lecturer University of Johannesburg, South Africa Há cidadãos mais iguais que outros? Are some citizens more equal than others? Análise de uma brochura em linguagem clara An analysis of a plain language brochure from an applied linguistic and translation theoretical perspective A defesa da linguagem clara tem ganho um impulso bastante significativo em países como os EUA, Canadá, Inglaterra e Austrália desde a década de 1940. No entanto, na África do Sul, o movimento para a utilização da linguagem clara apenas foi introduzido a meio da década de 1990, a seguir à queda do regime do Apartheid, portanto num clima político em que a defesa dos direitos humanos se tornava extremamente importante. Na África do Sul actual, qualquer cidadão deve estar informado dos seus direitos básicos, através de uma linguagem que seja clara e de fácil compreensão. A linguagem do governo e a legislação são difíceis de compreender e, consequentemente, o acesso à informação fica limitado. Num país multilingue e multicultural, a utilização de línguas africanas indígenas também deveria ser activamente promovida, de modo a que a 'linguagem clara’ não fosse necessariamente equivalente a 'inglês claro’. Em 2010 assiste-se a um interesse renovado pela linguagem clara, com a introdução da nova Lei do Consumidor. Esta apresenta requisitos de utilização da linguagem clara que terão um profundo impacto nos documentos institucionais e dirigidos aos consumidores. Se um documento for revisto para ficar mais fácil de compreender, a reescrita em linguagem clara pode ser vista como uma tradução, um processo em que se intervém num texto complexo para ajustá-lo à competência linguística de um público-alvo definido. O objectivo principal desta revisão é descodificar conteúdo complexo, diminuindo, assim, as dificuldades de processamento cognitivo com que o leitor é confrontado. Assim, deve ser dada particular atenção às características linguísticas empregues no texto alternativo. Neste caso de estudo, é feita a análise léxico-gramatical de uma brochura baseada numa Lei do Parlamento, na perspectiva da linguagem clara. Mais, a análise tem como fundamento uma abordagem funcionalista à tradução teórica, na qual o público-alvo tem o papel principal, e o objectivo do texto está em primeiro plano. Serão apresentadas algumas recomendações no que diz respeito ao cumprimento da legislação sobre linguagem clara na África do Sul. 13:00 - 14:00 | almoço | lunch 22 Advocacy for plain language has gained remarkable momentum in countries such as the USA, Canada, Britain and Australia since the 1940s. However, in South Africa, the movement for the use of plain language was only introduced in the mid-1990s, following the demise of the Apartheid regime, and thus in a political climate in which the entrenchment of human rights became critically important. In contemporary South Africa, ordinary citizens must be informed of their basic rights, and in language that is clear and easy to understand. The language of government, the law and legislation is difficult to understand on every level, and as a result access to information is constrained. In a multilingual and multicultural country, the use of the indigenous African languages should also be actively promoted, and ‘plain language’ should not necessarily be equated with ‘plain English’. In 2010 there is renewed interest in plain language, with the introduction of the all new Consumer Protection Act. Its requirements for the use of plain language will have a profound effect on institutional and consumer documents. If a document is revised in order to render it easier to understand, then plain language drafting may be regarded as a form of intra-lingual translation, a process during which particular interventions are brought to bear on a complex text in order to fit the linguistic competence of a particular target audience. The primary goal of such revision is to unlock complicated content and to mediate meaning by lessening any cognitive processing difficulties the reader may be confronted with. Careful consideration must therefore be given to the linguistic features employed in the alternative text. In this case study a lexico-grammatical analysis of a brochure, which is based on the content of an act of parliament, is conducted from a plain language perspective. In addition, the analysis is strongly grounded in a functionalist approach to translation theory, in which the intended target reader occupies the central position, and the purpose of the text is foregrounded. Some recommendations will be made with regard to plain language compliance in terms of legislation in South Africa. clarity2010 conference 14:00 | sessão plenária | plenary session Profissionalizar a linguagem clara Professionalising plain language: an update Desde 2008 que um grupo de trabalho internacional se tem debruçado sobre as questões levantadas pela profissionalização da linguagem clara. Esta sessão vai incidir sobre o seu segundo relatório, agora publicado, que explora uma definição, critérios de qualidade, um processo de certificação profissional e medidas para desenvolver a investigação e a formação. An International Plain Language Working Group has been working on ways to strengthen the institutional struture for plain language. Its options paper explores a standard definition, standards and certification, and measures to promote research, training and advocacy. This plenary will explore some of the key issues practitioners face in professionalising plain language. Sessão presidida por Neil James (Austrália) Chaired by Neil James (Australia) Annetta Cheek (EUA), Eamonn Moran (Hong Kong), Helena Englund Hjalmarsson (Suécia), Karen Schriver (EUA), Karine Nicolay (Bélgica), Sandra Fisher-Martins (Portugal), Susan Kleimann (EUA) Annetta Cheek (USA), Eamonn Moran (Hong Kong), Helena Englund Hjalmarsson (Sweden), Karen Schriver (USA), Karine Nicolay (Belgium), Sandra Fisher-Martins (Portugal), Susan Kleimann (USA) 14:45 | sessões paralelas | parallel sessions Sala 1 | Aplicar a linguagem clara I Applying plain language I | Room 1 Daphne Perry Formadora, Consultora e Autora de Conteúdos em Linguagem Clara Clarifynow, Reino Unido Plain English Trainer, Writer and Consultant Clarifynow, UK Simplificar os precedentes de uma firma de advogados Putting a law firm’s precedents into plain language Em 2006, uma firma de advogados de Londres decidiu adoptar a linguagem clara. Um dos primeiros projectos foi passar todos os seus documentos anteriores – cláusulas, acordos, regras e orientação – para inglês claro. In 2006 a City of London law firm launched its plain language movement. One of the first projects was to start putting its precedent documents – clauses, agreements, rules and guidance – into plain English. Esta apresentação irá descrever: This presentation will describe: • como seleccionámos os primeiros documentos • how we selected the first target documents • como organizámos o trabalho • how we organised the work • as questões legais que emergiram • legal issues that emerged from the work • os standards para reescrever os documentos • the standards set for the rewritten documents • como medimos o sucesso do projecto • how we measured success • o impacto do projecto na organização e nos seus clientes • the impact of the project on the organisation and its clients • os próximos passos do projecto. • the next steps for the project. Ysmar Vianna Engenheiro MJV Tecnologia, Brasil Engineer MJV Tecnologia, Brazil Eliminar o “Segurês” Getting rid of “insurancese” Este trabalho foi realizado para uma seguradora de renome, que tinha a necessidade de se aproximar de seus usuários. Dentre as barreiras, a linguagem técnica (“segurês”) era apontada como um dos maiores problemas. This project was carried out for a renowned insurance company, which felt the need to establish a closer relationship with its users. Among the barriers it faced, technical language (or ‘insurancese’) was pointed out 23 clarity2010 conference O trabalho consistiu em investigar e apontar directrizes para melhorar o entendimento dos segurados sobre os serviços prestados pela seguradora. Para tanto, aplicámos a metodologia de Design de Serviços centrado no usuário e realizámos pesquisa etnográfica com segurados, prestadores de serviços, corretores de seguro e executivos da seguradora. Analisámos e sintetizámos os dados levantados, cruzando essas informações, para identificar os pontos de contacto segurado/seguradora, personas e critérios para nortear o desenvolvimento. as one of the major issues. The project consisted in researching and defining guidelines to ensure that all the clients understood the services provided by the insurer. Ideias e soluções inovadoras foram criadas colaborativamente pelas equipes da MJV e da seguradora, a partir das informações recolhidas nas fases anteriores. Concluímos que o segurado tem uma grande dificuldade em compreender os impressos que lhe são enviados. Essa ‘barreira’ teve de ser vencida através da elaboração de comunicação dependente do contexto em que o segurado está no momento em que a comunicação é feita. Por exemplo, foi constatado que o usuário não sabia como proceder no momento do acidente, por conta do stress da situação em si e por falta de informações claras acessíveis no momento. A solução foi elaborar material cuja linguagem textual e gráfica fosse análoga à utilizada em situações de emergência (semelhante ao utilizado em aviões), de cunho didático e postura amigável. Using this data, innovative ideas and solutions were developed cooperatively by the MJV team and the insurers’ team. We concluded that the insured has trouble understanding the forms. We had to overcome that barrier by creating materials adjusted to the users’ context when they receive them. For instance, we found that the user did not know how to proceed when an accident occurred, mainly due to the stress it caused and the lack of timely, clear and accessible information. Our answer was to create material with graphical and textual languages similar to those used in emergency situations (like in airplanes) with an educational and friendly look. Antes da implementação, prototipámos diversos materiais de comunicação com os segurados, para validar o entendimento que tínhamos dos problemas e suas soluções. Através dos protótipos de baixa fidelidade foi possível, em um curto período de tempo, avaliar múltiplos conceitos e identificar novos requisitos. Numa primeira fase, a implementação consistiu na produção de uma ‘webpage’ personalizada para cada segurado e um kit de boas vindas impresso para ser enviado para cada seguro contratado. O projeto foi realizado com a participação de cientistas da computação, designers, antropólogos, desenvolvedores de negócios e publicitários, trabalhando juntos em equipe. We applied user-focused service design methodologies and performed an ethnographic study with insured people, service providers, insurance brokers and insurance executives. We analysed, synthesized and cross-checked all the data to identify contact points between the insurer and the insured, personas and criteria to guide the development. Before we implemented this project, we prototyped several communication materials with insured people, in order to validate our understanding of their problems and possible solutions. Through low-fidelity prototypes, we were able to, in a short period of time, evaluate multiple concepts and identify new requirements. In this first stage, the implementation consisted of building a personalized web page for each insured and a printed welcome kit to be sent out with each contract. The project was a team effort involving computer scientists, designers, anthropologists, business developers and advertisers. Steve Blunt Renee Cullinan Director Cisco Systems, EUA Sócia-gerente Atalanta Partners, EUA Senior Director Cisco Systems, USA Managing Partner Atalanta Partners, USA A Cisco Systems executa a sua estratégia através da clareza Cisco systems drives strategy execution through clarity and alignment Iremos demonstrar o poder e a necessidade de uma linguagem clara, explícita e simples para sustentar a execução da estratégia dentro de grandes empresas com uma estrutura complexa. We will demonstrate the power and necessity of clear, explicit, plain language to support strategy execution within large, complex corporations. Background Cisco Systems é uma empresa que vale 36 mil milhões de dólares com sede em San Jose, Califórnia, que emprega 65.000 pessoas a nível internacional. A sua área de serviços, a Cisco Services, representa cerca de 20% (sete mil milhões de dólares) do seu lucro, a maioria do qual é gerado através de parcerias com outras empresas. No ano passado, a Cisco Services definiu uma nova visão para a forma de trabalhar com esses parceiros. Para que se concretize, é necessário um forte compromisso e colaboração entre todos os trabalhadores da empresa – do Departamento de Vendas, 24 Background Cisco Systems is a $36B technology company based in San Jose, California employing 65,000 people globally. Its services organization, Cisco Services, represents 20% ($7B) of Cisco’s revenue, most of which is generated through partnerships with business partners. Last year, the Cisco Services organization established a bold new vision for how it would do business with those partners. In order to succeed, strong commitment and collaboration across the organization was required – from Sales, Marketing, Legal, Operations, Finance, Regional Leadership, and others. clarity2010 conferência de Marketing, Jurídico, de Projectos, Financeiro, Liderança Regional, entre outros. Reconhecendo o elevado nível de complexidade e risco, a direcção criou uma grande equipa de projecto multidisciplinar e multifuncional. Um dos primeiros projectos foi um documento de requisitos que iria servir como ponto de referência para todas as actividades de execução da estratégia da empresa. A equipa criou um denso documento de 180 páginas para validação. Embora tecnicamente correcto, o documento era estruturalmente complicado, ambíguo e assente em jargão técnico e acrónimos. Em vez de ser aprovado, o documento levantou mais de 400 questões e rapidamente se tornou claro que os membros da equipa de projecto tinha visões substancialmente diferentes dos principais objectivos a que a empresa se propunha. Tornou-se igualmente claro que, sem um alinhamento, o projecto iria falhar, custando à empresa dezenas de milhões de dólares. A solução Steven Blunt e a Atalanta Partners iniciaram o processo de produção de um novo documento de requisitos que reunisse o apoio total da equipa executiva e, mais importante que isso, que demonstrasse que a equipa tinha o alinhamento e o empenho necessários para a execução do projecto. Desenhámos uma abordagem centrada na clareza da linguagem e na clareza visual. Como resultado, foi criado um novo documento de requisitos com 50 páginas numa linguagem clara, que reflectia a sabedoria colectiva e as decisões tomadas em conjunto pela equipa. O documento de requisitos foi ratificado e continua a servir como ponto de referência. Nesta sessão, iremos partilhar: • Os desafios de executar estratégias multifuncionais num ambiente altamente complexo e interdependente • As práticas e ferramentas específicas que desenvolvemos e implementámos para ultrapassar esses desafios • As lições que aprendemos • Exemplo do ‘antes’ e ‘depois’ do documento de requisitos. Sala 2 | Traduzir com clareza Katrin Hallik Especialista em Planeamento da Linguagem Instituto da Língua, Estónia Senior Language Planner The Institute of the Estonian Language A experiência única do planeamento da língua estónia nos textos da EU O planeamento da linguagem da UE foi lançado no Instituto da Língua Estónia em Maio de 2008, pelo Ministério da Educação e Pesquisa como resposta às necessidades dos tradutores estónios a trabalhar nas instituições da UE. A Unidade de Planeamento da Língua da UE é actualmente composta pela terminologista Katre Kasemets e pela especialista em planeamento da linguagem Katrin Hallik. O principal objectivo desta unidade é promover a utilização da linguagem clara nos textos estónios da UE e na legislação estónia. Oferecemos formação em 25 Recognizing the high level of complexity and risk, executives funded a large cross-functional project team. One of the early deliverables was a requirements document that would serve as the reference point for all strategy execution activities. The team created a dense 180-page requirements document for ratification. While technically sound, the document was structurally complicated, ambiguous, and heavily reliant on lingo and acronyms. Instead of being approved, it prompted over 400 questions and it quickly became clear that members of the project team had substantively different interpretations of key assumptions and goals. It also became clear that without alignment, the project would fail, costing the company tens of millions of dollars. The solution Steve Blunt and Atalanta Partners initiated a process to produce a new requirements document that would have the full support and ratification of the executive team and, more importantly, would indicate that the working team had the necessary alignment and commitment required for execution. We designed an approach with clear language and visual clarity at its core. As a result, a new 50-page requirements document was created with clear prose that reflected the collective wisdom and decisions of the team. The requirements document was ratified and continues to serve as a point of reference. In this session, we will share: • The challenges of successfully executing cross‑functional strategies in a highly complex, interdependent environment • The specific practices and tools we developed and implemented to address those challenges • The lessons learned • Samples of the ‘before‘ and ‘after‘ requirements document Translating for clarity | Room 2 Katre Kasemets Terminologista Sénior Instituto da Língua, Estónia Senior Terminologist The Institute of the Estonian Language Unique experience of Estonian language planning in EU texts EU language planning was launched at the Institute of the Estonian Language in May 2008 by the Ministry of Education and Research in response to the needs of Estonian translators working in EU institutions. The EU Language Planning Unit is currently composed of senior terminologist Katre Kasemets and senior language planner Katrin Hallik. The main goal of the unit is to enhance clear language usage in Estonian EU-texts and Estonian legislation. It provides complementary training on Estonian language and terminology to the translators, interpreters, and officials working with EU legislation clarity2010 conferência língua e terminologia estónias a tradutores, intérpretes e funcionários que trabalhem com a legislação europeia no Luxemburgo e em Bruxelas, mas também na Estónia. Damos consultoria em linguística e terminologia, realizamos pesquisa e palestras, cooperamos com universidades na formação de tradutores, e compilamos e publicamos brochuras e artigos sobre tradução. Até agora, foram publicadas duas colecções de artigos: A Língua da União Europeia como nossa Língua Comum e É possível usar linguagem clara e simplificada nos textos europeus? A primeira contém artigos de linguistas estónios, planeadores de língua e participantes no Simpósio Internacional de tradução de textos da UE, que teve lugar em Talin em 2007. A segunda é composta por artigos de terminologistas e tradutores seniores dos departamentos de língua estónia nas instituições da UE. A unidade organiza ainda workshops anuais para tradutores freelancer a trabalhar na Estónia e fornece apoio através do seu site (eurokeelehoole.eki.ee). Nesta apresentação vamos descrever o modelo estónio de serviço público de consultoria de linguagem clara. Daremos uma perspectiva geral da parte prática do trabalho e exemplos concretos dos obstáculos e desafios enfrentados pelos tradutores estónios. in Luxembourg and Brussels, as well as in Estonia. In addition, it offers terminological and linguistic consultation, research and lectures on Estonian eurolanguage, provides translator training syllabus for universities, and compiles and publishes brochures and articles on translation. So far, two collections of articles have been published: The Language of the European Union as Our Common Language and Is It Possible To Use Clear and Simple Language in Eurotexts?. The first contains articles by Estonian linguists, language planners, and participants of an international symposium on the translation of the EU texts, held in Tallinn in 2007. The latter is composed of articles by senior terminologists and translators working at the Estonian language departments of EU institutions. The unit has also organized annual workshops for freelance translators working in Estonia and provides support via its website (eurokeelehoole.eki.ee). The presentation will offer an insight into the Estonian model of state-supported clear language consultation service. It will provide an overview of the practical side of the work and share concrete examples of the obstacles and challenges faced by the Estonian translators. Taru Virtanen Tradutora Sénior Gabinete do Primeiro-Ministro, Finlândia Senior Translator Prime Minister’s Office, Finland O trabalho de terminologia do Governo para promover a clareza Government terminology work to promote clarity O objectivo desta apresentação é descrever o papel do trabalho do Governo na área da terminologia na melhoria da consistência e da transparência das traduções de textos jurídicos e administrativos na Finlândia. The purpose is this presentation is to describe the role of government terminology work in improving the consistency and transparency of the translations of legal and administrative texts in Finland. A Constituição da Finlândia declara que “as línguas nacionais da Finlândia são o finlandês e o sueco. O direito de cada pessoa usar a sua língua, finlandês ou sueco, perante os tribunais e outras autoridades e de receber os documentos oficiais nessa língua é garantido por Lei”. Com esta finalidade, o Gabinete do Primeiro-Ministro fundou a Comissão da Língua Sueca, um elemento coordenador para as questões relacionadas com a utilização do sueco pelas autoridades governamentais na Finlândia. A Comissão publica manuais e directivas e organiza formações de linguagem jurídica em sueco. Em Maio de 2010, publicou uma versão revista de Svenskt lagspråk i Finland, Slaf. Este guia apoia a harmonização da linguagem jurídica em sueco na Finlândia. The Constitution of Finland states that the “national languages of Finland are Finnish and Swedish. The right of everyone to use his or her own language, either Finnish or Swedish, before courts of law and other authorities, and to receive official documents in that language, shall be guaranteed by an Act”. To this end, the Prime Minister’s Office has set up the Swedish Language Board, a coordinating body for questions relating to the use of Swedish by government authorities in Finland. The Board publishes handbooks and instructions and organises training on Swedish legal language. In May 2010, it published a revised version of Svenskt lagspråk i Finland, Slaf. This guide supports the harmonising of Swedish legal language in Finland. O Gabinete do Primeiro-Ministro dispõe também de um Serviço de Terminologia integrado na Unidade de Tradução do Governo. O serviço é responsável por compilar glossários e dar orientações sobre a terminologia relacionada com a administração do Estado. O objectivo é estabelecer e harmonizar a terminologia nos ministérios, tanto nas línguas nacionais como estrangeiras. O Serviço de Terminologia produziu, em cooperação com o Ministério da Justiça, um conjunto de instruções para traduzir textos jurídicos para línguas estrangeiras. Além das orientações gerais, o pacote oferece instruções concretas, modelos e The Prime Minister’s Office also houses a Terminology Service which functions as part of the Government Translation Unit. The Service is responsible for compiling glossaries and providing guidance on terminology related to the Finnish state administration. The objective is to establish and harmonise terminology within the government ministries both in national and foreign languages. As part of its duties, the Terminology Service has produced, in cooperation with the Ministry of Justice, a set of instructions for translating legal texts into foreign languages. In addition to general guidelines, the package 26 clarity2010 conference glossários para redactores e tradutores jurídicos. Os projectos de glossários nascem da necessidade de fornecer uma terminologia clara, consistente e estandardizada para ser usada num determinado campo da administração pública. Os projectos são levados a cabo num regime de colaboração entre terminologistas, funcionários públicos e outros especialistas na área em causa. Os glossários analisam os conceitos-chave seleccionados e determinam as relações entre eles. As descrições são sempre fornecidas nas línguas nacionais e num número seleccionado de línguas estrangeiras. O Serviço de Terminologia está envolvido na elaboração de cerca de 20 glossários, a maioria dos quais disponibilizados na Internet. Produz também glossários ad hoc de acordo com as necessidades de tradução temáticas dos ministérios (por exemplo, procedimentos governamentais, a gripe das aves e a política ambiental). Nesta conferência, iremos examinar o trabalho de terminologia a partir do ponto de vista de um tradutor. offers concrete instructions, models and glossaries for law drafters and translators. Glossary projects are based on a recognised need to provide a clear and consistent terminology that will set out a standard for use in a certain field of state administration. The projects are carried out in cooperation among terminologists, civil servants and other specialists in the given field. The glossaries analyse chosen key concepts and determine the relations between them. Descriptions are always provided in the national languages and in a chosen number of foreign languages. The Terminology Service has been involved in the drawing up of 20 glossaries, most of them available on the internet.It also produces ‘ad hoc’ glossaries in accordance with ministries’ topical translation needs. Such glossaries have been compiled, for example, on government rules of procedure, avian flu and climate policy. The conference presentation intends to examine the terminology work from a translator’s point of view. Caroline Lindberg Advogada CLEO (Community Legal Education Ontario), Canadá Staff Lawyer CLEO (Community Legal Education Ontario), Canada “Os seus direitos. A sua linguagem.” Desenvolver recursos multilingues de Direito em linguagem clara ‘Your Rights. Your Language.’ Developing plain language multilingual legal information resources CLEO é uma clínica jurídica pública sedeada na província canadiana de Ontário. A nossa equipa inclui advogados e editores com conhecimentos de linguagem clara. Desenvolvemos materiais e projectos para pessoas com baixos rendimentos e para grupos minoritários, incluindo pessoas com baixos níveis de literacia, imigrantes e refugiados, idosos, mulheres e trabalhadores em situação de vulnerabilidade. Ao fornecermos informação prática sobre a legislação tão simples e clara quanto possível, ajudamos as pessoas a compreender e a exercer os seus direitos. CLEO (Community Legal Education Ontario/Éducation juridique communautaire Ontario) is a publicly funded legal clinic based in the Canadian province of Ontario. Our staff includes lawyers and editors with plain language skills. We develop materials and projects for people with low incomes, and other disadvantaged groups, including people with literacy challenges, immigrants and refugees, seniors, women, and vulnerable workers. By providing practical information about the law as simply and clearly as possible, we help people understand and exercise their legal rights. Há alguns anos, encetámos o projecto de produzir materiais escritos e áudio em linguagem clara, em árabe, chinês, somali, espanhol, tâmil e urdu, assim como nas línguas oficiais do Canadá, o inglês e o francês. Este projecto-piloto foi levado a cabo em estreita colaboração com um grupo comunitário que nos aconselhou acerca de cada uma das línguas e das necessidades de informação jurídica das suas comunidades. Este grupo ajudou-nos a escolher os temas e a desenvolver o conteúdo para os textos em inglês claro. Os focus groups deram-nos a informação necessária para fazer com que as traduções fossem culturalmente sensíveis e legíveis. O projecto tinha como objectivos abordar algumas das principais necessidades de informação jurídica das comunidades vulneráveis e descobrir as melhores práticas para produzir materiais multilinguísticos em linguagem jurídica clara. A nossa apresentação descrever o modo como implementámos o projecto e quais as boas práticas e lições que retirámos da criação de materiais jurídicos fáceis de compreender, em texto e áudio, para uma audiência multilingue. Discutiremos o papel dos advogados na garantia do rigor da informação, em inglês e na tradução, enquanto colaboram com outros profissionais e membros da comunidade 27 A few years ago, we embarked on a project to produce plain language text and audio materials in Arabic, Chinese, Somali, Spanish, Tamil and Urdu, as well as Canada’s official languages, English and French. This pilot project was carried out in close collaboration with a community advisory group who brought expertise in each of the languages and in the legal information needs of their communities. The advisory group helped choose the topics and develop the content for the English plain language texts. Community focus groups provided input to make the translations culturally sensitive and readable. The project’s key goals were to address some critical legal information needs of underserved communities and to learn more about best practices for producing plain language multilingual legal information resources. Our presentation will include further details about how we undertook the project and we’ll expand on what best practices we suggest and the lessons we learned about creating easy-to-understand legal information in text and audio for a multilingual audience. We will discuss the role of lawyers in ensuring accuracy of the information, in English and in translation, while working collaboratively with other professionals and community members. clarity2010 conference Sala 3 | Clareza para principiantes Clarity for beginners| Room 3 Anki Mattson Especialista em Linguagem Clara Språkkonsulterna, Sweden Plain-language Expert Språkkonsulterna, Suécia Linguagem clara – o que é preciso? Plain language – what does it take? No meu trabalho como consultora de linguagem clara, discuto frequentemente velhos e novos métodos para atingir a linguagem clara e os ideais por trás dela. Em todas as camadas da sociedade encontro pessoas que questionam a linguagem clara, desde especialistas jurídicos a directores-gerais. Pode ser um desafio encontrar boas respostas às questões que surgem nestas discussões! In my work as a plain-language consultant I often discuss old and new methods of achieving plain language, and the ideals behind them. People from all levels of society seem to question plain language, from legal experts to chief-executives. It can be a challenge to find satisfactory answers to the questions that arise in those discussions! A linguagem clara melhora a sociedade: Temos a certeza de que a linguagem clara melhora a sociedade? Será que a transparência é sempre a melhor opção para manter as pessoas em segurança? Plain language makes a better society: Are we sure that plain language improves society? Is openness always the best option to keep everyone safe? Exigências regulamentares sobre linguagem clara nas agências estatais e noutros organismos oficiais: Será que podemos impor a clareza através de leis e regulamentos? Será que esta poderá evoluir naturalmente com o tempo? O acesso a especialistas certificados é essencial para o sucesso da simplificação da linguagem: Que papel devem ter os especialistas em linguagem clara? Será que os outros especialistas podem deixar a escrita para os peritos em linguagem clara? Quem é realmente responsável pela linguagem especializada? Incluir formação em comunicação clara em toda a educação superior (Direito, Economia, Tecnologia, etc.): Será que se deveria deixar a aprendizagem de técnicas de linguagem clara interferir com a educação especializada? Será que a linguagem clara iria roubar atenção aos temas ‘reais’ de uma educação superior? Incluir a linguagem clara nos objectivos de todos os funcionários públicos: Será que os funcionários públicos têm o tempo e os conhecimentos necessários para comunicar em linguagem clara? Como poderão saber se o estão a fazer da melhor forma? Quem são os responsáveis? Investigar e avaliar para perceber o que é realmente mais compreensível: Será que a linguagem clara é efectivamente mais fácil de perceber? Que sintaxe, que palavras e que princípios podemos usar? Quem garante que o que defendemos resulta numa comunicação mais clara? These are some of the topics I will cover: Regulation demanding plain language from state agencies and other official bodies: Can we force plain language on a society by imposing laws and regulations? Would it evolve naturally, given enough time? Access to authorised plain-language experts is essential for successful plain-language work: What role should plain language experts play? Can the specialists leave the writing and communicating to the plain-language experts? Who is really responsible for the expert language? Including clear communication and plain language in all higher education (law, economics, technology, for example): Should learning to communicate in plain language be allowed to interfere with specialist education? Would plain language shift the focus away from the ‘real’ topics in higher education? Plain language as a goal for all civil servants: Do civil servants have the time and knowledge needed to communicate in plain language? How can they tell if they are doing it properly? Who is responsible? Research establishing and questioning what really is more comprehensible: Is plain language really easier to understand? Which syntax should we use, which words, and which disposition principles? Who makes sure that what we advocate leads to clearer communication? Sarah Carr Redactora e Editora Carr Consultancy / Plain Language Commission, Reino Unido Freelance Writer and Editor / Associate Carr Consultancy / Plain Language Commission, UK Espalhar a palavra: escrever uma newsletter em linguagem clara Spreading the word: experiences of writing a plain-language newsletter Em Janeiro de 2007, a Plain Language Commission (PLC) lançou uma newsletter gratuita mensal, a Pikestaff, que eu escrevo e que é editada pelo director de investigação, In January 2007, Plain Language Commission (PLC) launched a free monthly newsletter, Pikestaff, which I write and research director Martin Cutts edits. By the time of the 28 clarity2010 conferência Martin Cutts. Na altura desta conferência, teremos publicado cerca de 40 edições, para cerca de 2000 clientes, colegas, entre outros. O feedback tem sido positivo e os dados informais sugerem benefícios para o negócio. conference, we will have published over 40 issues, now distributed to around 2,000 customers, colleagues and others. Informal feedback has been positive, and anecdotal evidence suggests that it has boosted business. Esta sessão irá relatar as nossas experiências com a produção da Pikestaff. Como enquadramento, iremos usar as cinco fases do processo de escrita da PLC: This session will describe our experiences of producing Pikestaff. It will use as a framework for this the PROCESS method (PLC’s five-stage approach to writing) – and will include the following topics: Objectivo O que queremos alcançar através da produção da newsletter, quais os nossos leitores-alvo, título, frequência e momento de publicação, método de distribuição, promoção e atracção de novos leitores. Conteúdo Tamanho médio, temas, tipo e dimensão dos artigos, rubricas regulares, encorajar contribuições de outras pessoas, assegurar a exactidão dos conteúdos, arquivar. Estrutura Organizar temas e itens, ajudas à navegação, utilização de gráficos, pensar no layout e no design. Estilo Linguagem usada, explicação de jargão técnico, assegurar a exactidão. Revisão total Editar e rever a newsletter final, lidar com erros que nos escapam. Com base no trabalho que desenvolvi para a PLC e na minha experiência como freelancer na escrita e edição de outras newsletters, esta sessão apresentará dicas e identificará possíveis dificuldades. Encorajará os participantes a partilhar as suas próprias experiências na produção e leitura de diferentes newsletters. 16:00 | intervalo | coffee break 29 Purpose What you want to achieve through producing a newsletter, target readers, thinking of a title, frequency and timing, method of distribution, promoting the publication and attracting new readers. Content Overall length, topics, article types and length, regular slots, encouraging contributions from others, ensuring factual accuracy, archiving content. Structure Organising topics and items, navigational aids, using graphics, thinking about layout and design. Style Language used, explaining technical jargon, ensuring accuracy. Revision of everything Editing and proofreading the finished newsletter, dealing with any errors that slip through the net. Based on what has worked for PLC and my freelance experience of writing and editing other newsletters, the session will provide tips and identify possible pitfalls. It will encourage participants to add to these by sharing their own experiences of producing and reading different newsletters. clarity2010 conferência 16:15 | sessões paralelas | parallel sessions Sala 1 | A clareza pode ser regulada? Can clarity be regulated? | Room 1 Annetta Cheek Presidente Center for Plain Language, EUA Chair Center for Plain Language, USA A batalha pela Lei The battle of the Bill Como conseguir que a legislatura aprove uma lei que apoie a linguagem clara? Esta comunicação irá apresentar os esforços dos apoiantes da linguagem clara para conseguir que o Congresso dos Estados Unidos aprovasse uma lei que exige que todas as agências federais redijam certos documentos em linguagem clara. Irei pôr-vos ao corrente da situação actual, como chegámos até aqui e o que irá acontecer no futuro. How do you get your legislature to pass a bill supporting plain language? This paper will explore the efforts of plain language supporters to get the United States Congress to pass a bill requiring federal agencies to write certain documents in plain language. I’ll report on where we are, how we got there, and what happens next. Eva Olovsson Especialista em Linguagem Språkrådet – Instituto de Línguas da Suécia Language Expert Språkrådet – The Language Council of Sweden A Lei da Linguagem e as autoridades públicas The Language Law and the Public Authorities A Suécia adoptou uma política de língua oficial em 2005 e uma Lei da Língua em 2009. Por fim, o estatuto da Suécia como uma sociedade multilingue foi oficialmente reconhecido, com o sueco como a língua principal. Sweden adopted an official language policy in 2005 and a Language Law in 2009. At last Sweden’s status as a multilingual society, with Swedish as its main language, was officially recognised. A Lei da Língua é uma lei genérica, que não prevê sanções. Não contém detalhes sobre a linguagem, com excepção da chamada cláusula da Linguagem Clara que faz a seguinte recomendação: “A linguagem do sector público deve ser correcta, simples e compreensível”. The Language Law is a framework law which does not involve any legal sanctions. It contains no details about language except in the so called Plain Language clause which prescribes: “The language of the public sector is to be cultivated, simple and comprehensible.” Qual o impacto desta lei na utilização da linguagem, até agora? Como é que a lei é aplicada pelas autoridades públicas, organizações, universidades, escolas, etc.? Qual a reacção das autoridades, dos media, do público? What is the impact on language usage so far? How is the law applied by public authorities, organisations, universities, schools etc.? What are the reactions among the authorities, the media, the public? Språkrådet, o Instituto de Línguas da Suécia, é, antes de mais, responsável por colocar em prática a política de língua oficial e por supervisionar a aplicação da Lei da Língua. Algumas das suas principais tarefas dizem respeito à redacção e publicação de manuais, guias de estilo e listas detalhadas de palavras que aconselham os funcionários nas questões linguísticas, e à condução de projectos de investigação em linguagem. Outras tarefas importantes passam por monitorizar o cumprimento da legislação, informar o público sobre a nova lei e os objectivos da política de língua e analisar questões ligadas à língua e à linguagem. Språkrådet, the Language Council of Sweden, is primarily responsible for putting the official language policy into practice and for monitoring the application of the Language Law. Important tasks are to write and publish handbooks, style manuals and detailed word lists, to give advice in questions of language usage, and conduct language research. Other important tasks are monitoring that legislation is observed, informing the public about the new law and the language policy goals and investigating what is happening in Sweden in language matters. Vou resumir o primeiro ano e meio desta Lei, apresentando algumas reacções e interpretações que dela fazem quando aplicada em vários contextos. Por fim, falarei sobre o modo como o Instituto de Línguas irá acompanhar a implementação da Lei. 30 I will summarise the first year and a half of the Language Law by presenting some of the reactions to the law and some of its interpretations when applied in various contexts. Finally, I will comment on how the Language Council will follow up the Language Act. clarity2010 conference Marina Posniak Arquitecta de Informação Siegel+Gale, EUA Information Architect Siegel+Gale, EUA Como se regula a simplicidade? How do you regulate simplicity? Vamos explorar as vantagens e as desvantagens de três abordagens aos deveres de informação: Regras, Modelos e Orientações. We will explore the benefits and drawbacks of three approaches to disclosure: Rules, Models and Guidelines. Ao investigar a maneira de desenvolver modelos eficazes, abordaremos questões relacionadas com audiência, boas práticas, canais de divulgação, estrutura, escrita em linguagem clara, design de informação e pesquisa do consumidor. Como muitas das formas de pesquisa do consumidor não são adequadas à investigação de documentos, vamos concentrar-nos numa definição de pesquisa do consumidor em que tanto a compreensão como a percepção são avaliadas. A trabalhar há 30 anos como consultores para os sectores público e privado, já vimos regulamentos bem‑intencionados darem origem a maus resultados durante a implementação e conhecemos diversas empresas que contornavam o espírito da lei. Delving into how to develop effective models, we will explore issues of audience, best practices, delivery channels, structure, plain language writing, information design and consumer research. Since many forms of consumer research are not well suited to researching documents, we will focus on defining consumer research so that both comprehension and perception are measured. Having worked for over thirty years as consultants to industry and government, we have seen well-intentioned regulation go awry during implementation and witnessed companies circumvent the spirit of regulation. Our presentation will be of interest to both the writers of regulations and their audiences. A nossa apresentação será de interesse tanto para quem escreve regulamentos como para quem tem de os utilizar. Deborah Bosley Professora Adjunta de Inglês UNC Charlotte, EUA Uma visão global dos novos regulamentos e leis americanos que exigem linguagem clara Os EUA aprovaram recentemente várias leis e regulamentos federais que exigem a utilização da linguagem clara nos sectores financeiro, da saúde e dos seguros. Esta apresentação irá explicar os requisitos da linguagem clara destas novas leis, discutir potenciais ou actuais pontos de pesquisa sobre ‘compreensibilidade’ de documentos produzidos devido a estes novos requisitos e mostrar exemplos de ‘boas práticas’. As leis a discutir dizem respeito a: 1. Lei da Protecção do Paciente e dos Cuidados Médicos Acessíveis: muitas vezes referida como Reforma do Sistema de Saúde, inclui cláusulas que exigem um plano de informação em “linguagem clara”. 2. Comissão de Valores Mobiliários americana: os regulamentos mais recentes exigem maior transparência e clareza nas procurações que os accionistas recebem antes das reuniões anuais das empresas públicas. Estes regulamentos reforçam a importância da utilização de linguagem clara para explicar, entre outras coisas, os prémios dos administradores. 3. A Lei de Responsabilidade na Utilização do Cartão de Crédito exige que a maioria da informação que está inscrita na parte de trás dos extractos do cartão de crédito seja escrita de forma “clara e evidente” (o que é geralmente 31 Associate Professor of English UNC Charlotte, USA An overview of new U.S. laws and regulations requiring plain language The U.S. recently passed several laws and regulations at the federal level that require the use of plain language in the financial, health, and insurance sectors. This presentation will explain the plain language requirements for these new laws, discuss existing or potential research on the ‘understandability’ of documents produced as a result of these new requirements, and show ‘best practices’ examples. The laws to be discussed are 1. PPACA: Patient Protection and Affordable Care Act, often referred to as Healthcare Reform, includes provisions that require 'plain language" plan information 2. SEC: Securities Exchange Commission: Recent regulations require more transparency and clarity in proxy statements that shareholders receive prior to the annual meetings of public companies. These regulations increase the focus on the use of plain language to explain, among other things, executive compensation. 3. CCARD: The Credit Card Accountability Responsibility & Disclosure Act requires that most of the information appearing on the back of our credit card statements be written in a “clear and conspicuous” manner. In general, “clear and conspicuous” can be interpreted to mean ‘plain language.’ 4. GLB: The Gramm-Leach-Bliley Act (also known as the Financial Services Modernization Act) requires clarity2010 conference interpretado como significando ‘em linguagem clara’). 4. A Lei da Modernização dos Serviços Financeiros exige que os avisos de privacidade do sector financeiro sejam “claros e evidentes”, ou seja, “devem ser de razoável compreensão e pensados para chamar a atenção para a natureza e o significado da informação que contêm”. Sala 2 | Boa governação Sissel Motzfeldt Consultora Sénior e Gestora de Projectos Agência para a Gestão Pública e eGovernment, Noruega Senior adviser and project manager, Agency for Public Management and eGovernment, Norway A linguagem clara no sector público norueguês Na Noruega, a linguagem clara é uma prioridade importante para o governo. Nos últimos anos, reforçou‑se o trabalho de melhoria da linguagem dos documentos públicos e das publicações destinadas aos cidadãos. Em 2006 o governo norueguês estabeleceu um secção permanente dedicada à linguagem clara e, dois anos mais tarde, surgiu o projecto ‘Linguagem Clara na Administração Pública’. O projecto representa uma colaboração estreita entre a Agência para a Gestão Pública e eGovernment e o Instituto de Línguas da Noruega e é financiado pelo Ministério da Administração Pública, da Reforma e da Igreja. Juntos, estes organismos têm a possibilidade de alcançar uma vasta audiência e assegurar a qualidade das ferramentas de comunicação e da linguagem. O projecto pretende encorajar as agências públicas a desenvolver boas práticas no que diz respeito à linguagem. Para o fazer, a equipa desenvolve várias actividades: apoio e financiamento de projectos, formação e um prémio para a linguagem clara. Um conjunto de ferramentas online são essenciais para o trabalho da equipa. O acesso ao website é livre e os grupos-alvo utilizam-no activamente e são encorajados a partilhar as suas experiências e resultados. Desta forma, as ferramentas estão constantemente a ser aperfeiçoadas, servindo como repositórios de conhecimento, tanto para o sector público como para o privado. that financial privacy notices must be “clear and conspicuous”… meaning they “must be reasonably understandable and designed to call attention to the nature and significance of its information.” Good governance | Room 2 Torunn Reksten Consultora em Linguagem Clara Instituto de Línguas da Noruega Plain-language advisor Language Council of Norway Plain language in Norway’s public sector In Norway clear language is a high priority at government level. The work to improve the language in public documents and publications intended for citizens has been further strengthened over the past few years. In 2006 the Norwegian Government established a permanent section for clear language at government level, and two years later the project ‘Plain Language in Norway’s Civil Service’ was established. The project is a close cooperation between the Agency for Public Management and eGovernment (Difi) and the Language Council of Norway, and it is funded by the Ministry of Government Administration, Reform and Church Affairs (FAD). Together these parties have the unique opportunity to reach a broad audience and ensure high quality language and communication tools. The project aims to stimulate public agencies to develop good language practices. In order to achieve this goal, the team has initiated several activities and measures such as project grants and support, training courses and a clear language award. A web-based toolbox is crucial for the team’s work. The web page is open and free of charge, and the target groups use it actively and are encouraged to share their experiences and results. Thus the tool box is constantly developed and improved, serving as a considerable pool of knowledge for both public and private sectors. Tunde Opeibi Assessor Especial do Governador de Lagos Governo do Estado de Lagos, Nigéria Senior Special Assistant to the Governor of Lagos Lagos State Government, Nigeria Linguagem, lei e governação: comunicação clara na Nigéria Language, law and governance: clear communication in Nigeria A apresentação tentará relacionar a comunicação clara e o estabelecimento de um conjunto de princípios de boa governação na Nigéria. Focará, particularmente, a utilização de estratégias de comunicação para melhorar o processo de institucionalização de uma ética democrática viável e sustentável nas reformas jurídicas, no The paper attempts to establish a connection between clear communication and the entrenchment of the principles of good governance in Nigeria. It focuses particularly on the use of communication strategies to enhance the process of institutionalizing a viable and sustainable democratic ethos on the tripod of legal 32 clarity2010 conferência envolvimento do cidadão e na redefinição de instituições democráticas fortes. reforms, citizen engagement and re-engineering of strong democratic institutions. Através de exemplos de reformas político-legais da administração do Dr. Babatunde Raji Fashola, governador do estado de Lagos (ele próprio, um advogado), a apresentação usará um enquadramento discursivo-analítico para examinar de que modo as reformas políticas e legais ajudam a promover uma governação democrática e a melhorar o bem-estar dos cidadãos. Using some examples of legal-political reforms under the administration of Mr. Babatunde Raji Fashola, SAN, the Governor of Lagos State (himself a lawyer), the paper uses a discursive-analytic framework to examine how legal and political reforms help to promote democratic governance and enhance the welfare of the citizens. Examinará o papel da comunicação clara no espaço sociopolítico e legal como um princípio importante de boa governação. Os dados foram retirados de relatórios, excertos de discursos e comentários da actividade desenvolvida aquando da administração do Dr. Fashola, entre 2007 e 2010. A ênfase é colocada no modo como alguns programas governamentais nas áreas de reformas legais, respeito pela lei, envolvimento e defesa dos cidadãos, entre outras, fazem parte dos esforços para promover a boa governação em Lagos, Nigéria, ao tornar o governo mais participativo e promover o acesso dos cidadãos à justiça. It discusses the role of clear communication in sociopolitical and legal space as one important principle that undergirds good governance. The data is drawn from reports, excerpts from selected speeches, and commentaries on the activities of the administration of Mr. Fashola between 2007 and 2010. Emphasis is placed on how some programs of the government in the areas of legal reforms, respect for rule of law, citizen engagements, advocacy among others are part of efforts to promote good governance in Lagos, Nigeria, by making the government truly participatory as well as helping to promote citizens’ access to justice. Whitney Quesenbery Consultora e Fundadora WQusability, EUA Principal Consultant WQusability, USA Instruções para o voto à distância no Minnesota: da recontagem à clareza Minnesota absentee ballot instructions: from recount to clarity Em 2008, foi a vez de o Minnesota ter uma eleição contestada e um longo e penoso processo de recontagem. No final, o resultado foi decidido pelos votos ausentes - os votos de cidadãos do Minnesota temporariamente fora do estado. Uma das conclusões do rescaldo das eleições foi que as instruções para lidar com os votos de pessoas ausentes eram confusas, o que levava à rejeição de votos por causa de erros técnicos. In 2008, it was Minnesota’s turn to have a famously contested election and a long, bitter recount process. In the end, the outcome was determined by absentee ballots – ballots cast by Minnesota citizens temporarily outside of the state. One of the conclusions in the aftermath of the election was that the instructions for correctly casting an absentee ballot were confusing, leading to ballots being rejected on technicalities. Quando o Gabinete do Secretário de Estado começou o processo de revisão dos requisitos legais, recorreu‑se a especialista em eleições, incluindo o projecto de Usabilidade Cívica da Associação de Profissionais da Usabilidade. Com uma equipa de voluntários a nível nacional, trabalhámos com os oficiais do governo para melhorar as instruções. O nosso objectivo era certificarmo‑nos de que os cidadãos conseguiriam não só compreender estas instruções, mas também usá-las para proceder ao seu voto de forma legal e precisa. O projecto incluiu dezenas de estudos, ilustrações criadas exclusivamente para o projecto revistas pela equipa jurídica e regulatória e dois testes de usabilidade conduzidos por voluntários locais e pelo Gabinete do Secretário de Estado. When the Secretary of State’s office began the process of revising the legal requirements, they turned to election advocates, including the Usability Professionals’ Association (UPA) Usability in Civic Life project. With a team of volunteers from across the country, we worked with the government officials to improve the instructions. Our goal was to make sure that citizens could not only understand them, but use them to return their ballot legally and accurately. Este caso de estudo irá abordar o processo de reescrita em linguagem clara, o modo como envolvemos uma equipa de cidadãos voluntários para melhorarmos este instrumento da democracia, e as lições que aprendemos ao trazer novos voluntários para um contexto jurídico especializado. Este projecto foi um dos finalistas do Prémio ClearMark do Center for Plain Language. A equipa de projecto incluía: Mark Ritchie, Secretário de Estado do Minnesota, Beth Fraser, John Dusek, Whitney Quesenbery, Christina Zyzniewski, Dana Botka, Ginny Redish, Dana Chisnell, Sarah Swierenga, Josephine Scott, Gretchen Enger, Josh Carroll, David Rosen e Larry Norden. 33 The project included dozens of drafts, new illustrations created for the project review by the legal and regulatory team, and two usability tests conducted by local volunteers and the Secretary of State’s office. This case study will look at both the plain language process, how we engaged a team of citizen-volunteers to improve this key to democracy, and lessons learned about bringing new volunteers into a specialized legal context. This project was a finalist for a Center for Plain Language ClearMark award. The project team included: Mark Ritchie, MN Secretary of State, Beth Fraser, John Dusek, Whitney Quesenbery, Christina Zyzniewski, Dana Botka, Ginny Redish, Dana Chisnell, Sarah Swierenga, Josephine Scott, Gretchen Enger, Josh Carroll, David Rosen, Larry Norden. clarity2010 conferência Sala 3 | Formar competências Training skills | Room 3 Mariana Bozetti Directora do Centro de Escrita em Espanhol Claro Marval, O’Farrell & Mairal, Argentina Espanhol Claro: como desenvolver um programa de técnicas de escrita para uma firma de advogados Marval, O’Farrell & Mairal é uma das maiores firmas de advogados da Argentina. Fundada em 1923, a firma tem mais de 300 advogados que trabalham em várias áreas do Direito Comercial. Em 1998, a Marval, O’Farrell & Mairal iniciou um projecto ambicioso: treinar advogados para escrever em espanhol claro. Para atingir este objectivo, a empresa contratou dois especialistas em linguística: Pedro Mairal e Mariana Bozetti, ambos com bastante experiência em literatura e escrita criativa. Deram uma formação-piloto em 1998, com base nos preceitos de clareza estabelecidos pela retórica clássica e numa adaptação para espanhol dos princípios do inglês claro. A firma de advogados considerou esta formação extremamente útil e, até esta data, ela continua a realizar-se. Actualmente, o programa é dado por Mariana Bozetti e consiste em 5 cursos dados alternadamente: Técnicas de Escrita I, Técnicas de Escrita II, Pontuação para advogados, Escrita de e-mails e Esboço de Leis (co‑leccionado por um advogado e um ex-juiz). Existe também um centro de consultoria para escrita e revisão e esclarecimento de dúvidas ou questões por telefone ou e-mail. Para reforçar a importância que a firma atribui à linguagem clara, é mensalmente publicado um boletim interno que cobre vários temas, tais como erros comuns ou questões de redacção. Nestes 12 anos de formação ininterrupta, o programa do curso evoluiu de forma a incorporar linguística textual e análise de discurso. O propósito deste caso de estudo é analisar o programa da formação e o seu impacto na escrita dos advogados. Faremos também uma descrição detalhada do conteúdo de cada formação, mostrando de que modo contribuem para o objectivo principal: que os advogados da Marval, O’Farrell & Mairal aprendam a simplificar a sua linguagem escrita. Este caso de estudo aplica-se a qualquer firma cuja língua seja o espanhol ou qualquer instituição interessada em embarcar num programa de linguagem clara. Director of Plain Spanish Writing Centre Marval, O’Farrell & Mairal, Argentina Plain Spanish: how to design a writing‑skills programme for a law firm Marval, O’Farrell & Mairal is one of Argentina’s leading law firms. Founded in 1923, the firm has over three hundred lawyers who work in a wide range of corporate legal areas. In 1998, Marval, O’Farrell & Mairal initiated an ambitious undertaking: to train lawyers to write in clear Spanish language. For this purpose, the company took on two language experts: Pedro Mairal and Mariana Bozetti, both with a background in literature and creative writing. They gave the pilot course in 1998, based on the precepts of clarity established in classic rhetoric (Quintilian, Institutio Oratoria, Volume VIII) and on a Spanish adaptation of plain English principles. The firm’s lawyers found the course very useful and to this date plain Spanish writing courses have continued. Today, the programme is taught by Mariana Bozetti and consists of five courses given in rotation: Writing Skills I, Writing Skills II, Punctuation for lawyers, Writing e-mails and Legal Drafting (co-taught by a lawyer and a former judge). There is also an advice centre for writing and reviewing written work as well as the possibility of consulting via e-mail or telephone regarding any particular query or doubt that the writer may have. To reinforce the importance of plain language, an in-house monthly bulletin is published covering a range of topics such as common errors and drafting questions. Over this twelve-year period of uninterrupted training, the course design has evolved incorporating textual linguistics and discourse analysis to enrich the perspective of teaching writing skills in this context. The purpose of this case study is to analyze the design of this in-house training programme in plain Spanish and its effectiveness on the lawyers’ writing. A detailed description of each course’s content will also be given, showing how the sum of partial objectives leads to a greater goal: that the lawyers of Marval, O’Farrell & Mairal learn how to simplify their written language. This case study applies to any Spanish-speaking law firm or institution interested in embarking on a plain language programme. Joanna Richardson Directora de Simplificação da Linguagem Marval, O’Farrell & Mairal, Argentina Plain English Director Marval, O’Farrell & Mairal, Argentina Curso de e-learning sobre comunicação escrita para uma empresa multinacional E-learning course on written communications for a multinational firm Este caso de estudo vai focar-se num projecto para uma This case study will focus on a project I was asked to 34 clarity2010 conference empresa multinacional que tradicionalmente geria várias siderurgias no México, na Venezuela e no Brasil. Em 2001, a empresa expandiu-se para a Roménia, Rússia, EUA, Japão, Canadá e China. Como parte da sua expansão global, esta empresa escolheu o inglês como língua oficial para todas as comunicações internas escritas. write for a multinational company which traditionally ran steel mills in Mexico, Venezuela and Brazil. In 2001 the company expanded to Romania, Russia, the USA, Japan, Canada and China. As part of their global expansion, they chose to use English as the common language for all internal written communications. Desde 2004 que trabalho como consultora para o seu Departamento de Comunicação, fornecendo-lhes cursos personalizados de escrita em inglês claro para as newsletters internas e para os seus estagiários. Em 2006, desenvolvi um curso sobre Emails Eficazes, mas no ano passado, em 2009, apresentaram-me o maior desafio até à data: um curso online com orientações para todas as comunicações escritas e orais. Since 2004, I have worked as a consultant for their Communications Department, giving them tailor-made courses on Plain English writing for their in-house newsletters as well as for their trainees. In 2006 I wrote a course on Effective E-mails for them but last year, in 2009, they presented me with the biggest challenge yet: an online course to set out guidelines for all their written and spoken communications. A empresa tem uma universidade empresarial onde treinam todos os seus funcionários, tanto em sala de aulas como online. Têm um Departamento de Educação e Informática especializado em criar cursos de e-learning. A minha função era apenas escrever um documento em Word, que seria mais tarde colocado online com um formato mais dinâmico. Ainda assim, o projecto apresentava várias áreas totalmente novas. The company has a corporate University where they train all their employees both in the classroom and on-line. They have an education and IT department specialized in creating e-learnings. My remit was only to write a Word document, which would later be put on-line and given a more dynamic format. Even so, the project presented several totally new areas. Como ensinar um grupo de alunos de diversas culturas algo tão subjectivo como escrever? Até os níveis de educação dos alunos variavam consideravelmente, desde directores e altos quadros de gestão a técnicos administrativos. Todos tinham, no entanto, uma coisa em comum: a necessidade de escrever e comunicar de forma clara no local de trabalho. A única solução foi abordar as suas necessidades de escrita em inglês claro. Há uma crescente procura de cursos de e-learning nas empresas, não só para poupar tempo e dinheiro, mas também por motivos didácticos. Este caso de estudo é relevante para qualquer pessoa que esteja a preparar um curso online sobre técnicas de comunicação escrita. How to teach a culturally diverse student body to do something as subjective as writing? Even the education levels of the students varied considerably, from directors and highly-skilled management to administrative employees. They all, however, had one thing in common: the need to write and communicate clearly in the workplace. The only solution was to address their writing needs in Plain English. There is an increasing demand for e-learnings within companies, not just to save time and money but also for didactic reasons. This case-study is relevant for anyone preparing an on-line training course in writing skills. Nad Rosenberg Presidente TechWRITE, EUA Utilização eficaz da imagem em apresentações online e tutoriais de e-learning Esta sessão explica como elementos visuais eficazes podem melhorar a clareza das apresentações e dos tutoriais de e-learning. A sessão cobre os princípios básicos da criação e selecção de elementos visuais que tornam as apresentações e os tutoriais mais cativantes e fáceis de compreender. Para além disso, apresentará vários exemplos e sugestões práticas para escolha de elementos visuais eficazes. Os temas analisados incluem: De que modo elementos visuais eficazes podem melhorar a clareza das apresentações e tutoriais Porquê e quando usar imagens Simplificar a complexidade 35 President TechWRITE, USA Effective use of visuals in online presentations and e-learning tutorials This talk explains how effective visuals can improve the clarity of presentations and e-learning tutorials. The session covers the basic principles of creating or selecting visuals that make presentations and tutorials more engaging and easier to understand. Further, it provides numerous examples and gives attendees real-world suggestions for choosing effective visuals. Topics to be discussed will include: How effective visuals can improve the clarity of your presentation or tutorial Why and when to use visuals Simplify complexity Cognitive load Carga cognitiva Cueing techniques Técnicas de localização Visual and auditory loads clarity2010 conference Cargas visuais e auditivas Conceitos abstractos Abstract concepts Using color effectively Usar eficazmente a cor Using human images effectively Usar eficazmente imagens humanas Using animation appropriately Usar apropriadamente animações Developing a graphical layout Desenvolver um layout gráfico 17:30 | cocktails até amanhã 36 clarity2010 conferência 09:00 | abertura | opening Maria Manuel Leitão Marques Secretária de Estado para a Modernização Administrativa, Portugal Secretary of State for Administrative Modernization Portugal 09:20 | sessão plenária | plenary session A clareza no mundo Clarity around the world Graça Fonseca Vereadora de Modernização Administrativa e Descentralização Câmara Municipal de Lisboa, Portugal Administração e sociedade civil: importância da simplificação no Município de Lisboa A simplificação administrativa das práticas, processos e procedimentos no Município de Lisboa tem vindo a ser prosseguida através de variados programas e medidas concretas. O simpLiS é o programa de simplificação de práticas, procedimentos e regulamentos administrativos da Câmara Municipal de Lisboa que procura “dar um novo impulso à cidade”, tornar mais simples a vida dos cidadãos, das empresas e de outros agentes em Lisboa. Trata-se de um programa ambicioso e transparente. Ambicioso, porque compromete os serviços municipais com um conjunto de medidas que aproximam a Câmara dos cidadãos e das empresas e criam novos e melhores métodos de trabalho, tornando-a menos burocrática. Transparente, porque presta contas aos cidadãos pelos resultados obtidos e porque é aberto à sua participação. O programa simpLiS é responsabilidade de toda a estrutura municipal. Cada medida é da responsabilidade da Direcção Municipal que a propõe e/ou que detém as competências necessárias para a sua execução. A participação dos cidadãos e empresas é independente da residência ou sede social e está aberta a todos os que se relacionam a qualquer título com a autarquia e que pretendem contribuir para melhorar o desempenho daquela. Com o objectivo de tornar a Câmara Municipal de Lisboa mais ágil, o simpLiS 2010 tem como um dos principais objectivos atingir um maior número de procedimentos simplificados, nomeadamente através da eliminação de licenciamentos desnecessários, da eliminação de documentos instrutórios e de uma linguagem administrativa clara e transparente, estando em curso ou já concluídas importantes medidas nessa matéria. 37 Councillor for Administrative Modernization Lisbon Council, Portugal Administration and civil society: the importance of simplification for the Lisbon Council The administrative simplification of the Council’s procedures has been pursued through several specific programs and measures. SimpLIS is a program to simplify the Council’s practices, procedures and administrative regulations, to breathe new life into the city and make life easier for citizens, businesses and other stakeholders. This is an ambitious and transparent program. It’s ambitious, because it binds the municipal services with a set of measures designed to bring the Council closer to citizens and businesses, by creating new, improved and less bureaucratic working methods. It’s also transparent, because it is accountable for its results and is open to citizen participation. The program involves all municipal departments. Each initiative is managed by the department that suggests it or that will implement it. Every citizen or organization interested in contributing to improve our services can take part in this process. simpLiS’ main goal is to make the Lisbon Council more active. In 2010 we expect to increase the number of simplified procedures. This will be accomplished by eliminating unnecessary licensing processes and preliminary documents, and using a clear and transparent administrative language. clarity2010 conferência Paul Strickland Director da Unidade de Edição e Coordenador da Clear Writing Campaign Direcção-Geral de Tradução, Comissão Europeia Head of Editing and Coordinator of the Clear Writing Campaign Directorate-General for Translation, European Commission A Clear Writing Campaign da Comissão Europeia The European Commission Clear Writing Campaign A União Europeia, com as suas 23 línguas oficiais, é muitas vezes vista como uma Torre de Babel. No entanto, o multilinguismo é essencial para a sua legitimidade democrática. Os cidadãos da UE têm de conseguir ler as suas leis e obter informação sobre as suas políticas na sua própria língua. The European Union, with its 23 official languages, is often seen as a Tower of Babel: yet multilingualism is essential to its democratic legitimacy. The EU’s citizens must be able to read its laws and obtain information on its policies in their own language. Mas o multilinguismo coloca desafios à Comissão Europeia. A maioria dos funcionários tem de escrever documentos de políticas (muitas vezes complexos e técnicos) numa língua que não é a sua língua materna, e isto agrava os problemas estilísticos comuns a todos os burocratas. O resultado é frequentemente publicado em livros e páginas da internet, tornando esses conteúdos difíceis de ler para o público em geral. Textos confusos também são um problema para os tradutores e legisladores da UE. Demora muito mais tempo a traduzir um documento longo e confuso, e muitas vezes há divergências entre as traduções. Se o texto for uma peça legislativa fundamental, o Tribunal Europeu de Justiça poderá ter de intervir. Para resolver estes problemas, a Comissão lançou a Clear Writing Campaign, uma nova campanha para consciencializar os seus colaboradores da necessidade de se escrever de forma clara e dos princípios envolvidos. O desafio a longo prazo, contudo, é mudar a cultura da instituição – e isto levará o seu tempo. But multilingualism poses challenges for the European Commission. Most officials have to draft policy documents (often complex and technical) in a language which is not their mother tongue, and this compounds the stylistic problems typical of bureaucrats everywhere. The result all too easily finds its way into booklets and web pages, making them difficult to read for the general public. Unclear texts are also a problem for EU translators and legislators. It takes much longer to translate a wordy, unclear document, and there may well be divergences between the translations. If the text is a piece of key legislation, the European Court of Justice may have to intervene. To tackle these problems, the Commission has launched a new campaign to raise its staff’s awareness of the need for clear writing and of the principles involved. The long-term challenge, however, is to bring about a change of culture in the institution and this will take time. Mami Okawara Professor and Dean Graduate School of Regional Policy, Takasaki City University of Economics (Japan) Modernizar o sistema jurídico japonês Esta apresentação descreve o primeiro projecto japonês na área da linguagem clara desenvolvido por especialistas jurídicos em colaboração com não-especialistas. O projecto foi lançado pela Associação de Ordens de Advogados do Japão (AOAJ) em 2004, como forma de preparação para a implementação do sistema de juiz leigo (saiban-in ) em 2009. Os juízes leigos japoneses tomam as suas decisões em colaboração com os juízes profissionais. Por isso, juízes, advogados e procuradores perceberam que era essencial que os procedimentos tribunais se tornassem mais eficientes e compreensíveis para os leigos. A AOAJ decidiu incluir no projecto especialistas em linguagem, como linguístas, psicólogos sociais e profissionais de televisão, na esperança que o projecto pudesse reflectir o quotidiano japonês. Como os especialistas jurídicos se consideram peritos em linguagem, a incorporação de especialistas não-jurídicos no projecto foi um método extremamente pouco convencional no Japão. O projecto começou com uma análise qualitativa da compreensão 38 Professora Universitária e Reitora Faculdade de Política Regional, Universidade de Economia de Takasaki, Japão Japan’s Project to Simplify Courtroom Language This presentation introduces Japan’s first plain language project carried out by legal experts in collaboration with non-legal experts. The project was launched by the Japan Federation of Bar Associations (JFBA) in 2004 to prepare for the implementation of the lay judge (saiban-in ) system in 2009. As Japanese lay judges actually decide the case with professional judges, judges as well as lawyers and prosecutors realized that it is essential that court procedures are made more efficient and comprehensible for lay participation. The JFBA decided to include languagerelated experts such as linguists, a social-psychologist and television casters in the project in the hope that the project could reflect daily Japanese usage. As legal experts regard themselves as language experts, the incorporation of nonlegal experts into the project was a highly unconventional method in Japan. The project started with a survey on lay understanding of fifty legal terms commonly used in the clarity2010 conference leiga de 50 termos jurídicos frequentemente usados numa sala de tribunal. O inquérito examinou primeiro o tipo de termos jurídicos que as pessoas leigas sentiam que conheciam e depois até que ponto as pessoas leigas efectivamente compreendiam os termos que diziam conhecer. O inquérito também identificou expressões que as pessoas leigas usavam quando explicavam esses termos ‘conhecidos’. O grau de importância das cinquenta palavras foi medido através de um inquérito feito a advogados. As cinquenta palavras foram classificadas em 4 grupos: a) importante mas desconhecida; b) importante e conhecida; c) pouco importante, mas conhecida; d) nem importante nem conhecida. O projecto começou por parafrasear termos jurídicos pela ordem de a), b), c) e d). A reescrita dos termos foi realizada por especialistas jurídicos e não-jurídicos. Os especialistas jurídicos deram explicações legalmente correctas, mas extremamente longas. Os especialistas em linguagem forneciam, então, paráfrases curtas e compreensíveis para estas expressões. Depois de uma longa discussão para cada termo jurídico, as diferenças de compreensão entre as culturas jurídica e leiga foram encurtadas. A equipa de projecto apresentou um relatório provisório sobre 16 termos jurídicos, que foi largamente divulgado pelos media. No final, o trabalho de parafrasear os 50 termos jurídicos foi publicado em dois livros: um livro para leigos e outro para especialistas jurídicos que realça os aspectos mais importantes da discussão entre especialistas jurídicos e leigos. Na minha apresentação, vou examinar os resultados dos inquéritos e alguns dos resultados do projecto até à data. courtroom, using a quantitative analysis. The survey first examined the type of legal terms which lay people felt they knew, and then how lay people actually understood the terms they had indicated they knew. The survey also identified expressions lay people used when they were explaining those ‘known’ terms. The degree of importance of the fifty words was measured by a survey for attorneys. The fifty words were ultimately classified into four groups: a) important but not known; b) important and well-known; c) not important but well-known; and d) neither important nor known. The project thus commenced paraphrasing legal terms in the order of a), b), c) and d). Rewording work was conducted by joint effort between legal and non-legal experts. Legal experts offered legally adequate but rather lengthy explanations for the legalese. Language experts then provided understandable but brief paraphrases to these words. After a long discussion of each legal term, the gap of understanding between legal and lay cultures was narrowed; comprehensible and sufficient rewording was thus produced. The project team presented an interim report on sixteen legal terms, which was widely covered in the media. The paraphrase work on the fifty legal terms was completed and published in two books: one book for lay people, and the other for legal experts with the highlights of the discussion between lay and legal experts. In my presentation, I will discuss the details of the surveys and some of the results from the project that we have seen to date. Candice Burt Directora Simplified, África do Sul Director Simplified, South Africa Desenvolvimentos na África do Sul: aproximar legisladores, reguladores e profissionais Developments in South Africa: bridging the gaps between law-makers, regulators and practitioners Agora que já existem leis sólidas sobre linguagem clara, poder-se-ia pensar que o esforço pela simplificação da linguagem na África do Sul atingiu o seu objectivo. Mas isto está longe de ser verdade. Esta apresentação mostra que, para tornar as leis sobre linguagem clara eficazes, tem de haver um entendimento e uma relação de colaboração entre legisladores, reguladores e profissionais. Now that strong plain language laws are in place, one may think that the push for plain language in South Africa is complete. This is far from true. This speech shows that to make plain language laws effective, there must be a common understanding and working relationship between law-makers, regulators and practitioners. Os legisladores fizeram um bom enquadramento, embora teórico, da linguagem clara. A lei deixa de fora questões contextuais importantes, como a relação entre políticas de linguagem e de linguagem clara, a eficácia da comunicação escrita para uma população de consumidores muito iletrada e como avaliar a linguagem clara. No entanto, a lei prevê a criação de regulamentos ou directrizes, especificamente para lidar com estas questões contextuais e de implementação. Contudo, apesar das leis já terem entrado em vigor, ainda não existem regulamentos e os reguladores ainda não sabem quando estarão disponíveis. Isto significa, por 39 The law-makers have given us a strong, albeit theoretical, framework for plain language. The law does not address key contextual issues such as the relationship between plain language policy and language policy, the effectiveness of written communication as a whole for a largely illiterate consumer base, and how to measure plain language. However, the law does provide for regulations or guidelines for plain language to be drawn up, specifically to deal with these contextual and implementation issues. However, even as the laws reach their effective dates, there are still no regulations, and the regulators have not given a due date for them. This means, for example, that businesses in various industries are converting clarity2010 conference exemplo, que várias organizações estão a passar milhares de documentos para linguagem clara sem nenhum critério de avaliação acordado pelos reguladores. Muitos profissionais da linguagem clara estão a publicitar os seus próprios standards, que vão desde critérios de legibilidade simples (talvez demasiado simplistas) até testes com utilizadores, caros e impraticáveis. Enquanto profissional, é muito difícil ser-se ouvido pelos reguladores. Estamos a tentar resolver este problema através da criação de um grupo de pressão – o Plain Language Group of South Africa. Apenas quando conseguirmos estabelecer um entendimento entre legisladores, reguladores e profissionais da linguagem clara poderão as leis ser eficazes no seu objectivo – dotar consumidores e cidadãos das ferramentas necessárias para tomarem decisões informadas. Se não o fizermos, as leis correm o risco de se tornarem inviáveis e não serem aplicadas. thousands of documents into plain language without any measurement criteria that the regulators have agreed to. Many plain language practitioners are publicising their own standards, ranging from simple (I believe overly simplistic) readability criteria to very expensive, perhaps impractical, notions of user testing. It is very difficult, as a practitioner, to have one’s voice heard by the regulators. We are trying to solve this problem by setting up a long overdue South African lobbying group for plain language – called the Plain Language Group of South Africa. I believe that only if we can build a common understanding between law-makers, regulators and plain language practitioners, will the laws be effective in their purpose – to empower consumers and citizens to make informed decisions. If we do not, the laws run the risk of becoming unfeasible and unenforceable. 10:45 | intervalo | coffee break 11:00 | sessões paralelas | parallel sessions Sala 1 | Construir uma cultura de clareza Building a culture of clarity | Room 1 Karen Baker Vice-presidente Healthwise, EUA Construir uma cultura de linguagem empresarial clara Construir uma cultura de linguagem clara é sempre complicado, mas o ambiente empresarial apresenta um conjunto de desafios especial. Karen Baker irá analisar a história da sua organização, as estratégias e os programas usados para construir e manter uma cultura de linguagem clara. Serão apresentados alguns dos desafios que esta tarefa apresenta, bem como algumas sugestões para começar. Susan Kleimann, Presidente do Kleimann Communication Group, servirá como moderadora deste painel. Senior Vice President Healthwise, USA Building a corporate plain language culture Building a plain language culture is a major undertaking, but a corporate setting presents a special set of challenges. Karen Baker of Healthwise will discuss her organization’s history, strategies, and programs to build and sustain a corporate culture of plain language. She will address typical pitfalls and challenges and suggest steps for others to take. Dr. Susan Kleimann, President of Kleimann Communication Group, will serve as moderator for this panel. John Geiger Jaclyn Hill Director-Geral para a Qualidade Condado de Los Angeles, EUA Presidente da Comissão para a Qualidade e Produtividade Condado de Los Angeles, EUA General Manager - Standards & Practices Los Angeles County, USA Chair, Quality and Productivity Commission, Los Angeles County, USA LA Confidential L.A. Confidential LA Confidential é a história verdadeira de uma campanha de cinco anos levada a cabo pelo Condado de Los Angeles, através da sua Comissão para a Qualidade e Produtividade, para implementar iniciativas e programas de simplificação L.A. Confidential is the true story of a five-year campaign by the County of Los Angeles, though its Quality and Productivity Commission, to implement plain language initiatives and programs. Los Angeles is the largest County 40 clarity2010 conferência da linguagem. Los Angeles é o maior Condado dos EUA, com uma população de mais de 10 milhões de residentes, e uma força de trabalho governamental de mais de 100.000 empregados distribuídos por 39 departamentos. Este é um caso de estudo cheio de exemplos estratégicos de como superar obstáculos políticos, financeiros, culturais e, por vezes, até psicológicos à linguagem clara. O programa inclui também métodos, estratégias e boas práticas para implementar, expandir e ajustar iniciativas e programas de simplificação da linguagem administrativa. in the United States, with a highly-diverse population of over 10 million residents, and a governmental workforce of over 100,000 employees spread over thirty-nine different departments. A Associação Nacional de Municípios reconheceu o condado de Los Angeles pelos seus esforços e sucessos na implementação da linguagem clara. The National Association of Counties recognized Los Angeles County in 2009 for its achievement and success in plain language implementation. This is a case study filled with strategic examples in overcoming political, financial, cultural, and at times, psychological impediments to plain language. The program also includes methods, strategies, and best practices for implementing, expanding, and fine-tuning plain language initiatives and programs. Dana Botka Directora de Comunicação com o Cliente Estado de Washington, Dept. do Trabalho, EUA Manager, Customer Communications State of Washington, Dept. of Labor and Industries, USA O argumento para a clareza na administração pública: basta falar dos custos Making the argument for clarity in government: Talk about costs A linguagem clara é uma forma poderosa de ajudar os cidadãos a compreender as obrigações e os benefícios do seu próprio governo. É uma questão de bom senso e justiça. Mas e se este argumento não chegar? E se as agências governamentais estiverem demasiado distraídas e pressionadas pelos seus orçamentos cada vez mais curtos para nos ouvirem? Plain language is a powerful way to help citizens from all walks of life understand their own government obligations and benefits. It’s an issue of common sense and justice. But what if that argument isn’t enough? What if government agencies are too distracted and burdened by their shrinking budgets to hear you? Dana irá descrever a estratégia que gostaria de ter começado a usar mais cedo: apresentar sempre a linguagem clara em termos dos custos que a má comunicação acarreta hoje para as organizações. É isto que interessa aos gestores. Irá descrever brevemente dois projectos que dirigiu para o estado de Washington. Projecto 1 Um programa estatal destinado a responder aos pedidos dos cidadãos para consultar registos públicos estava a ser inundado com telefonemas de cidadãos confusos. Depois de vários meses de reescrita e testes com utilizadores, foram lançadas novas cartas e brochuras. Com uma redução de 95% nos telefonemas, já era possível responder aos pedidos em metade do tempo. Poupou-se também 110.000 dólares anuais porque deixou de ser necessário recrutar mais dois colaboradores. Projecto 2 Médicos e seguradores usam linguagens diferentes e vivem em mundos diferentes. Quem gere participações não sabe descrever a informação médica de que necessita para decidir. E os médicos nem sempre sabem fornecê-la. Dana realizou testes com utilizadores e análise de tarefas para perceber o que estava a causar estas dificuldades de comunicação, e os enormes custos que implicavam. Depois de persuadir os gestores de que um sistema claro e previsível de questões iria reduzir significativamente os custos dos pedidos de indemnização, Dana está actualmente a criar uma nova forma, mais clara, de solicitar e fornecer informação médica. 41 Dana will describe the strategy she wished she’d started using earlier: Always frame the plain language proposal in terms of the cost the poor communication now creates for the organization. Managers get interested. She will briefly describe two plain language projects she directed for the state of Washington. Project 1 A small state program charged with responding to citizen requests for public records was overwhelmed by phone calls from confused citizens. After several months of “group rewrites” and usability testing with a program team, the new explanatory letters and inserts were launched. As customer calls quickly fell by 95%, the program was able to respond to records requests in half the time. It also saved an annual $110,000 by eliminating an earlier plan to hire two additional employees. Project 2 Doctors and insurance adjusters speak a different language and live in very different cultures. People who manage claims don’t always know how to describe the medical information they need to make decisions. And rushed doctors aren’t always good at delivering it. In early 2010, Dana began benchmark usability testing and task analysis to discover exactly what factors were causing the communication gap, and the huge cost it was creating. After convincing managers that a clear and predictable system of questions could significantly reduce the cost of many workers’ compensation claims, she now is working with her agency to create a new and “plain” way to ask for medical information, and deliver it. clarity2010 conferência Sala 2 | Uma questão de linguagem A matter of language | Room 2 Ben Piper Legislador-chefe e Jurista Comissão Nacional de Transportes, Austrália Quando é que palavras ‘emprestadas’vv se tornam inglês? Um advogado não-linguista investiga Um dos principais princípios do inglês claro na área jurídica foi a substituição de palavras latinas e outras palavras e frases estrangeiras por equivalentes em inglês. Isto pode ser óptimo para lex loci delicti e caveat emptor, mas será que este princípio também se aplica a palavras como per, per cent, eg., ibid, quorum, status quo e pro rata? Este workshop irá explorar interactivamente (através de sondagens informais) a questão das palavras ‘emprestadas’ que se tornaram inglês. Chief Legislative Drafter and Counsel National Transport Commission, Australia When do ‘borrowed’ words become English? A non-linguist lawyer investigates One of the first precepts of Plain English in the legal area was for Latin and other foreign words and phrases to be replaced with English equivalents. That’s all very well for lex loci delicti and caveat emptor, but does this precept also apply to words and phrases like per, per cent, eg., ibid, quorum, status quo and pro rata? This workshop will interactively (through the use of straw polls) explore the issue of when ‘borrowed’ words become English. Nicole Fernbach Fundadora e Directora Centro Internacional de Legibilidade, Canadá Podemos ser claros em francês? O modelo da legibilidade Founder and Director Centre International de Lisibilité, Canada Can we be plain in French? The readability model O conceito de clareza adoptado pelo movimento pela linguagem clara foca-se nas questões da língua inglesa e na expressão anglo-americana da lei (da chamada common law). Ao reduzir o conceito ao inglês claro, podemos também conceber modelos específicos para outras línguas: o alemão claro, o português claro, etc. The concept of clarity as expressed in the plain language movement has dealt first and foremost with issues in English and in the Anglo-American expression of the law, otherwise called common law. When we reduce the concept to plain English, we are also able to conceive a model tailored to each specific language, such as plain German, plain Portuguese, etc. Esta apresentação falará de um modelo francês proposto nos anos 70 e 80, em parte por referência ao modelo inglês e aos estudos de Flesch e Gunning. Os seus autores eram estudiosos de França e da Bélgica. Queriam passar uma dupla mensagem: podemos ser claros em francês mas o que é bom para o leitor inglês não funciona necessariamente para o francês. Em vez da palavra “claro”, a literatura falava de “legibilidade” (lisibilité) como sendo o objectivo dos escritores “eficientes”, naquela altura, jornalistas, maioritariamente The presentation will be about a plain French model that was proposed in the 70’s and 80’s, partly by reference to the plain English model and to studies by Flesch and Gunning. Its authors were scholars from France and Belgium. They had a dual message: we could be plain in French but what was good for the English reader was not necessarily the answer for the French. Instead of the word “plain”, the literature spoke of “readability” (lisibilité) as being the goal of “efficient” writers, mostly journalists, at the time. O modelo da legibilidade será comparado com os standards para a língua inglesa que estão a ser definidos pela Clarity. Qual o conceito de legibilidade em francês? Porque é que a abordagem quantitativa que prevalece em inglês nem sempre é considerada válida para o francês? Quais são as principais diferenças metódicas na escolha de palavras ou de comprimento de frases? E o estilo, o tom e a necessária e culturalmente imposta distância entre os actores sociais e políticos? Serão o design e a estrutura independentes da percepção cultural ou mudam para o leitor francês? The readability model will be compared to the English language standards as we have now established them in Clarity. What is the concept of readability in French? Why the quantitative approach that prevails in English, for example with the Flesch-Kincaid Index, is not always considered valid in French? What are the major methodical differences in choice of words or length of sentences? What about the style and tone, and the culture-imposed and necessary distance between social or political actors? Are design and structure independent of cultural perceptions or do they change for the French reader? Existem muitas questões que podemos levantar quando 42 clarity2010 conference analisamos o modelo da Clarity e a sua utilidade num mundo diverso e global, onde os produtores de conteúdos terão sempre de adaptar a sua mensagem. There are multiple questions that we could raise while analyzing the Clarity model and its future for a diverse and global world, where content providers will have to localize and adjust their message. Peter Rodney Legislador e Consultor Jurídico Governo de Gibraltar Law Draftsman and Legal Adviser Government of Gibraltar Direitos e deveres Rights and duties Esta apresentação debruça-se sobre a utilização correcta da palavra ‘direitos’. Devemos lembrar Hohfeld e os conceitos de direitos, privilégios, poderes e liberdades. Estes conceitos são todos diferentes e não podem ser todos considerados direitos. This presentation will discuss the correct use of the word ‘rights’. We should remember Hohfeld and the concepts of rights, privileges, powers and liberties. These are not the same and cannot all be bundled together as rights. Enganamo-nos a nós e aos outros quando dizemos que temos ‘direito’ à liberdade de expressão ou ‘direito’ à greve. Não pretendo fazer juízos políticos – todos os governos de qualquer cor política tendem a prometer-nos direitos adicionais. A questão importante é compreender e colocar em linguagem clara a completa descrição desses ‘direitos’. Sala 3 | Masterclass I We mislead ourselves and others when we say we have a ‘right’ to free speech or a ‘right’ to strike. There is no political point intended to be made - all governments of whatever colour tend to promise us additional rights. The important point is to understand, and put in clear language, how those ‘rights’ should properly be described. Masterclass I | Room 3 Karen Shriver Presidente KSA Communication Design and Research, EUA Presidente KSA Communication Design and Research, EUA Ler na internet Reading on the Web Nas últimas décadas, o design de informação tem estado numa fase de transição – da criação de comunicações fundamentalmente feitas em papel para a mistura actual de papel e artefactos electrónicos. O repertório dos defensores da linguagem clara tem de passar a incluir estratégias visuais e verbais para a Internet. Essa mudança de suportes força-nos a questionar como é ler num ambiente electrónico e a repensar formas de envolver as pessoas com os nossos conteúdos. Desenhar comunicações electrónicas eficazes requer uma melhor compreensão da leitura na Internet. Over the past few decades information design has been in transition—moving from the creation of mainly paperbased communications to today’s mix of paper and electronic artefacts. Plain language advocates’ repertoire must now include visual and verbal strategies for the Web. This shift in media compels us to ask what reading looks like in an electronic environment and to reconsider how people might engage with our content. To design effective electronic communications requires a better understanding of reading on the Web. As primeiras pesquisas sobre o assunto limitavam‑se à forma como a tecnologia influenciava o que as pessoas faziam, especialmente como o tamanho dos ecrãs de computador e a fraca legibilidade da tipografia constrangiam a leitura. Embora a influência da tecnologia seja importante para a leitura – crucial até – especialmente porque estamos a deixar de desenhar para grandes ecrãs de computador para passar a desenhar para pequenos ecrãs de telemóveis, a tecnologia não é a única consideração importante para um design de informação online eficaz. A excelência no design de informação online inclui a antecipação da forma como as pessoas se vão envolver com o conteúdo online – cognitivamente, emocionalmente e culturalmente. Temos também de estar atentos aos objectivos dos utilizadores e à forma 43 Early research about reading online was limited to how the technology itself influenced what people did, especially with how the size of computer screens and the poor legibility of typography constrained reading. While the influence of technology on reading is important—even crucial—particularly as we move from designing for large computer screens to the small screens of mobile phones, technology is not the most important consideration in effective online information design. Excellence in online information design involves anticipating how people may engage with Web content—cognitively, emotionally, and culturally. Excellence also calls on us to be responsive to people’s expanding purposes—from “retrieving information” to “learning new content” to “analysing content” to “sharing information” to “having fun.” By understanding reading online, plain language advocates can take more clarity2010 conference como se expandem - desde a “obtenção de informação”, à “aprendizagem de novos conteúdos”, à “análise de conteúdos”, à “partilha de informação” e até à “diversão”. Ao compreender como funciona a leitura online, os defensores da linguagem clara podem agir de formas mais apropriadas ao nível da retórica. Esta sessão mostrará como evoluiu o conceito de leitura na Internet e terá um olhar crítico sobre os diferentes objectivos das pessoas no seu envolvimento online. Examinaremos a literatura empírica sobre ler online desde 1980 até 2010. Dá uma visão geral sobre as características gráficas e textuais que a pesquisa mostra que podem ajudar ou obstruir a usabilidade. Para apoiar esta análise, apresentarei a minha pesquisa actual sobre os diferentes objectivos da leitura online e o que estes objectivos implicam no desenho de conteúdos. Também analiso a pesquisa sobre como o design visual e a escrita eficazes podem ajudar as pessoas a compreender, lembrar e apreciar o conteúdo online, quando criam relações e possibilitam acções. Os profissionais da linguagem clara afirmam que o seu trabalho é moldado pelos utilizadores e outras partes interessadas. Mas o que significa levar os utilizadores a sério? Como é que podemos desencadear acções apropriadas ao nível da retórica sem compreender como é que as pessoas se envolvem com o nosso conteúdo? Esta sessão mostrará como um maior conhecimento de diversos utilizadores e dos objectivos híbridos da sua leitura estão a mudar as nossas ideias sobre a natureza do design de informação. appropriate rhetorical action. This session will sketch evolving conceptions of reading on the Web and will take a critical look at people’s diverse purposes for online engagement. It examines the empirical literature about reading online from 1980 to 2010. It overviews the textual and graphic features that research shows can help or hinder usability. To support this analysis, I discuss my ongoing research on people’s diverse purposes for reading online and suggest what these purposes imply for designing content and for supporting the human relationships that we intend to enable. I also point to research about how effective writing and visual design can help people understand, remember, and appreciate online content while creating relationships and enabling actions. Plain language advocates take as a truism that stakeholders shape their work in fundamental ways. But what does it mean to take stakeholders seriously? How can we take appropriate rhetorical action unless we understand how people might engage with our content? This session will illustrate how an increased awareness of diverse online stakeholders and their hybrid purposes for reading are changing our ideas about the nature of information design. 12:00 | sessões paralelas | parallel sessions Sala 1 | Nos tribunais In the courts | Room 1 Nancy Marder Professora de Direito Chicago-Kent College of Law, EUA Professor of Law Chicago-Kent College of Law, USA Ajudar os jurados a compreender as instruções Helping jurors to understand jury instructions No final de um julgamento americano, o juiz instrui os jurados sobre as leis relevantes. Mas, e se os jurados não perceberem as instruções, devido à linguagem ou à forma como são apresentadas? As instruções para o júri devem ser escritas em linguagem que os jurados possam compreender e apresentadas de forma a que os jurados possam usá-las correctamente durante as suas deliberações. At the end of an American trial, the judge instructs the jury on the relevant law. But what if the jury does not understand the instructions, either because of the language or the presentation? Jury instructions need to be written in language that jurors can understand and presented in ways that reach jurors so that they can use the instructions correctly during their deliberations. Esta apresentação examina as razões pelas quais as instruções para o júri são tão difíceis de compreender e que passos podem ser dados para as tornar mais acessíveis. Parte do problema reside no facto de normalmente as instruções para jurados serem escritas por uma comissão de profissionais cujo objectivo é produzir uma instrução-padrão que reflicta a Lei com exactidão. Esta instrução está escrita para membros da comunidade jurídica e não para pessoas comuns. Outra 44 This paper examines why jury instructions are so difficult to grasp and what steps can be taken to make them more accessible to jurors. Part of the problem is that jury instructions are typically drafted by a committee of professionals whose goal is to produce a pattern instruction that accurately encapsulates the law. Such an instruction is written for members of the legal community, but not necessarily for laypersons. Another part of the problem is the way that judges deliver instructions. Typically, judges simply read the instructions aloud. It is difficult for jurors clarity2010 conferência parte do problema é a forma como os juízes apresentam as instruções. Tipicamente, limitam-se a ler as instruções em voz alta. É difícil para os jurados compreender a linguagem e os conceitos jurídicos a partir de instruções dadas desta forma. Esta apresentação explora um conjunto de passos que os juízes e as comissões jurídicas podem dar, incluindo o teste empírico de instruções com leigos, de forma a que a linguagem e a apresentação de instruções para o júri na sala de tribunal deixem de ser barreiras à compreensão dos jurados. to grasp legal language and concepts from instructions delivered in this manner. This paper explores a range of steps that judges and committees can take, including the empirical testing of instructions using laypersons, so that the language and courtroom presentation of jury instructions are no longer barriers to juror comprehension. Leonardo Souza Professor Universidade Federal de Goiás, Brasil Lecturer Federal University of Goiás, Brazil Contribuições da teoria dos atos de fala de J.L.Austin para a análise de sentenças judiciais The language of court sentences – an analysis influenced by J. L. Austin Os Movimentos de Democratização da Justiça foram iniciados, no Brasil, na década de 1950. A preocupação central dos estudiosos era com a sistemática processual, ou seja, com o excesso de recursos protelatórios, com a burocracia do Judiciário, etc. Por isso, foram criados diversos instrumentos para facilitar a solução de conflitos. The Justice Democratization Movements started, in Brazil, in the 1950s. The scholars were concerned with the procedural system, i.e. the excess of deferring appeals, the Justice bureaucracy, etc. To solve these problems, several initiatives were taken to facilitate conflict resolution. Os Juizados Especiais Cíveis e Criminais, por exemplo, foram criados a fim de tornar mais célere a solução de conflitos. Nesses órgãos, a presença do advogado é dispensável; e as partes são isentas de custas e honorários. Essas “inovações” na processualística brasileira seguem o modelo norte-americano e obedecem aos princípios da simplicidade, informalidade, economia processual e celeridade. Para alcançar a finalidade desses órgãos, é importante que a linguagem usada pelos profissionais do Direito seja acessível, pois as partes não estão assistidas por profissionais habilitados. No entanto, com o passar dos tempos, nota-se que os Juizados se transformaram num microssistema reprodutor da mesma prática do juízo comum, a saber: emprego de uma linguagem arcaica, repleta de latinismos, jargões e construções inversas. Tenho estudado as sentenças judiciais dos Juizados Especiais Cíveis em que figuram como parte-autora pessoas físicas. A escolha pela sentença se deu por esses textos serem dirigidos especificamente aos leigos. Sendo o Juizado um ambiente vinculado ao Judiciário, em que devem ser observadas estratégias para facilitação do acesso à Justiça, as sentenças nele proferidas devem ser de fácil compreensão. A ideia é analisar esses textos sob a perspectiva de J. L. Austin, para quem a linguagem deve ser estudada em seu uso, ou seja, levando em consideração os sujeitos e as condições de produção do discurso. A pesquisa está ainda no início, mas pode-se assumir que a linguagem empregada nas sentenças do Juizado Especial não é de fácil compreensão, fazendo com que o analfabeto e o pobre mantenha a histórica dificuldade de acesso ao Judiciário. O uso dessa linguagem tem contribuído apenas para a manutenção do status de quem trabalha na área. 45 The Special Civil and Criminal Courts, for instance, were created to speed up conflict resolution. In these courts the presence of an attorney is expendable; and none of the parts is obligated to pay any costs or fees. These “innovations” in the Brazilian procedural system follow the North-American model and the principles of simplicity, informality, procedural efficiency and celerity. To achieve the purposes of the State Courts, it is important to use accessible language, because the parts are not assisted by accredited professionals. However, these courts have become a micro system that copies the practices of common courts: the use of an archaic language, filled with Latinism, jargon and passive sentences. I have been studying the legal sentences given in Special Civil Courts, in which the plaintiff is an individual. I decided to study sentences because they are specifically written for lay people. Being the Special Civil Courts bound to the judicial system, in which strategies to facilitate the access to Justice must be observed, the sentences should be easy to understand. The goal is to analyze these texts through J. L. Austin perspective, for whom language must be studied taking into account the subjects and the conditions in which the speech is produced. This research is still in the beginning, but we can assume that the language applied in State Courts sentences is not easy to understand, which hinders poor and illiterate people’s access to Justice. The use of that sort of language contributes only to the social and professional status of those who work in this area. clarity2010 conferência Shannon Wheatman Vice-presidente Kinsella Media, EUA Vice President Kinsella Media, USA A maioria das acções colectivas nos EUA não cumpre requisitos de linguagem clara Majority of Class Actions in U.S. Do Not Meet Plain Language Requirement of Rule 23 No dia 1 de Dezembro de 2003 a Regra de Procedimento Civil Federal 23 dos EUA (também conhecida como “Regra 23”) foi emendada para passar a exigir que todas as intimações de acções legais colectivas do tribunal federal “declarem clara e resumidamente, em linguagem clara e fácil de compreender” a informação que os envolvidos na acção precisam para tomar uma decisão informada sobre a questão. Em 2000, o Conselho das Regras Civis da Conferência Judicial dos Estados Unidos pediu ajuda ao Centro Judicial Federal (CJF), a agência de pesquisa e educação do sistema judicial federal, para desenhar modelos de intimações que satisfaçam o requisito da linguagem clara. On December 1, 2003, U.S. Federal Rule of Civil Procedure 23 (“Rule 23”) was amended to require that class action notices in federal court “clearly and concisely state in plain, easily understood language” the information that class members need to make an informed decision. In 2000, the Advisory Committee on Civil Rules of the Judicial Conference of the United States solicited assistance from the Federal Judicial Center (“FJC”), the research and education agency of the federal judicial system, to draft model notices that would satisfy the plain language requirement. A verdadeira questão é: qual o progresso nos últimos seis anos? Bem, se folhear as páginas dos maiores jornais e semanários, irá provavelmente encontrar uma intimação típica - isto é, se a conseguir ver. Muitas intimações continuam a ser escritas em letras pequeninas; o título normalmente informa o leitor da visão oficial do tribunal e não incentiva à leitura. Se conseguir ultrapassar os problemas de design que afastam muitas pessoas, será provavelmente confrontado com grandes blocos de texto cheio de jargão incompreensível para muitos leigos. Um estudo de 511 intimações de acções legais colectivas publicadas entre 2004 e 2009 mostra que menos de 30% cumprem o requisito da linguagem clara. Já progredimos alguma coisa desde que a emenda com a exigência da linguagem clara foi aprovada, mas ainda temos um longo caminho a percorrer para atingir os objectivos do Conselho, que exige que “as intimações sejam escritas em linguagem clara e fácil de compreender” e que “se trabalhe constantemente na difícil tarefa de comunicar com os envolvidos em acções legais colectivas”. No entanto, estes não podem beneficiar da Regra 23 se os funcionários da área não forem responsabilizados. The real question: how far has class action notice come in the past six years? Well, if you turn the page of many major newspapers and periodicals you’ll probably find a typical class action notice—that is, if you can see it. Many notices continue to be written in small, fine print; the headline usually informs the reader of the court’s officiallooking case caption and does not give any incentive for actual class members to read it. If you can get past the design features that drive many away, you will likely be met with large blocks of jargon-filled text that are unintelligible to many laypersons. A study of 511 class action notices published from 20042009 show that less than 30% are meeting the plain language requirement. We have progressed, some, over the years since the passage of the plain language amendment, but we still have a long way to go to realize the Advisory Committee’s goals that “notice be couched in plain, easily understood language” and that we “work unremittingly at the difficult task of communicating with class members.” However, class members cannot benefit from Rule 23 if practitioners are not held accountable. The research uncovers many shortcomings in the notices and offers insight on improving the design and content of class action notice. A pesquisa põe a descoberto muitas falhas nas intimações e dá ideias para melhorar o seu design e o seu conteúdo. Sala 2 | Linguagem e software Language and software | Room 2 William Lutz Professor Honorário de Inglês Universidade de Rutgers, EUA Emeritus Professor of English Rutgers University, USA Linguagem jurídica e tecnologia interactiva Legal Language and Interactive Technology O uso crescente de tecnologia interactiva vai alterar radicalmente a natureza e o papel da linguagem usada em documentos jurídicos e prospectos financeiros. Vou explorar, através de exemplos, o funcionamento desta tecnologia, e o que está a fazer e fará aos tradicionais The growing use of interactive technology will radically alter the nature and role of language in financial disclosure and legal documents. I will explore, with examples, how this technology works, and what it is doing and will do to traditional legal documents and procedures. My 46 clarity2010 conference documentos e procedimentos jurídicos. A minha apresentação tem como base o meu trabalho na Comissão do Mercado de Valores Mobiliários americana, onde preparei um relatório sobre como a comissão poderia definir os prospectos financeiros para o século XXI. presentation is based on my work at the US Securities and Exchange Commission where I prepared a report on how the Commission could move financial disclosure into the 21st century. Daphne Perry Formadora, Consultora e Autora de Conteúdos em Linguagem Clara Clarifynow, Reino Unido Plain Language Trainer, Writer and Consultant Clarifynow, UK Software de edição para o movimento pela linguagem clara Style checking software for the plain language movement Como é que nós, especialistas e entusiastas da linguagem clara, divulgamos as boas técnicas de escrita nas nossas organizações? Será que um software de edição pode ajudar a estabelecer standards de inglês claro, executá-los e medir os resultados? How do we, as plain language experts and enthusiasts, spread good writing throughout our organisations? Can style checking software help you set plain English standards, enforce them, and measure the results? Este workshop vai analisar produtos concorrentes, incluindo o software que tenho usado nos últimos 4 anos como ferramenta de formação e para medir e gerir o inglês claro numa firma de advocacia em Londres. This workshop will discuss competing products, including the software I have used for the last 4 years as a training tool, to measure and manage plain English, in a City of London law firm. Participants will: Os participantes vão poder: • see a style-checker program in action • ver um programa de edição em funcionamento • • partilhar as suas experiências de usar um software que dá apoio em inglês claro (ou português claro) share experience of using software to support plain English (or plain Portuguese) • • analisar o valor destes programas para os documentos legais e financeiros. discuss these programs’ value for legal and business documents. Laura Bergstrom Redactora na Área de User Experience Microsoft, EUA UX Writer Microsoft, USA A linguagem nos interfaces de software Language in software user interfaces A linguagem é uma ajuda preciosa na criação de significados nas interfaces de software. As palavras certas podem levar a uma melhor usabilidade e guiar o conhecimento, o comportamento e as respostas emocionais dos nossos utilizadores. Language is critical to help create meaning in software interfaces. The right words can create stronger usability and guide our users’ understanding, behavior, and emotional response. Na última década, cada vez mais empresas na indústria da tecnologia tomaram consciência de que a linguagem das interfaces de utilizador (IU) precisa de ser clara, concisa e coloquial, para resultar na compreensão e sucesso do utilizador. O desafio nesta área é que o desenvolvimento de software implica equipas multidisciplinares, onde a linguagem é vista como algo extremamente subjectivo e passível de discussões. Como envolver as partes interessadas de forma adequada, sem uma exigência de consenso que não deixa ninguém satisfeito, muito menos os utilizadores do software? Neste workshop, vamos descrever como a nossa equipa procura desenhar a linguagem de IU em colaboração com o resto das disciplinas que trabalham na interface. Vamos discutir como desenvolvemos orientações, princípios e processos que abordam a linguagem como um todo – desde a história da marca e dos objectivos do utilizador 47 In the past decade, more companies in the technology industry have become aware that user interface (UI) language needs to be written in a clear, concise, and conversational manner that results in user understanding and success. The challenge with this has been that software development requires working in multidisciplinary teams, where language is seen as largely subjective and open to debate. How do you engage critical stakeholders appropriately without requiring a consensus approach that leaves no one happy, least of all the software’s users? In this workshop, we will share how our team strives to “design” the UI language in collaboration with the rest of the disciplines working on the user interface. We’ll discuss how we’ve developed guidelines, principles, and processes that take a holistic approach to language—from the brand story and user goals to each individual term choice. The end goal is a single voice that clearly communicates complicated technical concepts with the use of plain clarity2010 conference até à escolha individual de cada termo. O objectivo final é utilizar uma só voz capaz de comunicar conceitos técnicos complicados através da linguagem clara. Isto irá assegurar que o utilizador pode completar as suas tarefas com sucesso – e até entusiasmo. language. This ensures the user successfully—and even happily—can complete their tasks. Sala 3 | Masterclass II Masterclass II | Room 3 Whitney Quesenbery Consultora e Fundadora WQusability, EUA Principal Consultant WQusability, USA Usabilidade: conduzir uma análise de especialista (centrada no utilizador) Usability: conducting a (user-centered) expert review “Pode dar uma olhadela a isto?” Se lhe pedirem para dar veredictos rápidos quando preferia conduzir testes de usabilidade adequados, venha aprender o que fazer se tiver de dar uma opinião rápida. “Can you have a quick look at this?” If you are asked to give quick verdicts when you’d rather run a proper usability test, come learn what to do if you have to give an opinion quickly. Muitas vezes, pedem-nos uma opinião sobre um design ou uma questão de usabilidade em apenas alguns minutos. Mas mesmo numa ‘análise instantânea’, pode focar-se nos utilizadores, em vez de seguir listas de orientações. Opiniões especializadas instantâneas podem ser usadas para substituir uma análise cuidada de uma audiência ou um processo de design centrado no utilizador. Mas vão sempre acontecer. Too often, we are asked for an opinion on a design or usability issue in just a few minutes. But even in an “instant review” you can focus on users, instead of lists of guidelines. Instant, expert opinions can often be used to substitute for careful audience analysis or a user-centered design process. But they are a fact of life. Esta masterclass irá demonstrar como começar uma análise e o que fazer se tiver três minutos, meia hora ou dois dias para dar a sua opinião. Terá tempo para praticar a técnica e colocar questões. A aula irá terminar com ideias sobre como continuar a usar personas para revisões contínuas, ao longo de todo o projecto. Ao usar na sua análise uma abordagem centrada no utilizador, pode melhorar os seus conselhos, aumentar a sua credibilidade como especialista e ensinar, já agora, algo sobre design centrado no utilizador. Objectivos • Aprender a criar personagens rapidamente, se não tiver outra pesquisa de utilizadores para se apoiar • Aprender um processo para dar feedback quando o tempo é curto • Praticar o processo com casos reais • Explorar os limites do julgamento rápido e do conhecimento dos especialistas. 13:00 - 14:00 | almoço | lunch 48 This masterclass will show you how to start a review, and what to do if you have three minutes, thirty minutes, or two days to give feedback. You will have time to practice the technique and ask questions. The class will end with ideas about how to continue to use personas for ongoing reviews during the course of a project. By taking a usercentered approach to a review, you can improve your advice, add to your credibility as an expert, and teach a bit about user-centered design in the process. Goals • Learn how to create quick personas, if you have no other user research to draw on • Learn a process for giving feedback when time is short • Practice the process on real examples • Explore the limits of quick judgment and of expertise clarity2010 conferência 14:00 | sessão plenária | plenary session Simplificar documentos jurídicos Cinco equipas internacionais de advogados, designers de informação, consultores de usabilidade e especialistas em linguagem clara reescreveram e redesenharam cinco documentos jurídicos complexos, testando ambas as versões (antes e depois) com utilizadores reais. Nesta sessão dinâmica, eles partilharão as suas experiências e os seus resultados. Simplifying legal documents Five international teams of lawyers, information designers, usability consultants and plain-language experts rewrote and redesigned five complex legal documents, testing the before and after versions with real users. In this dynamic session they will share their experiences and results. Chaired by Sandra Fisher-Martins (Portugal) Sessão apresentada por Sandra Fisher-Martins (Portugal) 14:45 | sessões paralelas | parallel sessions Sala 1 | Clareza no sector público Plain language and government | Room 1 Diana Ettner Adjunta do Secretário de Estado Presidência do Conselho de Ministros, Portugal Adviser of the Secretary of State Presidency of the Council of Ministers, Portugal SIMPLEGIS – Menos leis, mais acesso, melhor aplicação SIMPLEGIS – fewer laws, easier access, improved enforcement O Programa SIMPLEGIS, lançado publicamente pelo Governo no passado mês de Maio de 2010, tem três objectivos essenciais: i) simplificar a legislação, com menos leis, ii) garantir mais acesso à legislação para as pessoas e empresas e iii) melhorar a aplicação das leis, para que estas possam atingir os objectivos que levaram à sua aprovação com mais eficácia. Launched by the Government in May 2010, the programme SIMPLEGIS sets out three goals: 1) to simplify legislation, by having fewer laws; 2) to make laws more accessible to citizens and businesses; 3) to improve law enforcement. To simplify legislation, by having fewer laws, SIMPLEGIS appoints ambitious results to be achieved. For example, until the end of 2010 it has been set out to i) repeal at least 300 decree-laws (decretos-lei) and implementing decrees (decretos regulamentares) rendered obsolete, ii) have the number of acts repealed exceed the volume of new enactments, iii) avoid errors that might require correction by means of amending statements (declarações de rectificação) in light of the goal of ensuring a success rate (i.e., flawless legislative acts) of at least 95%, so that people and businesses trust the legislation that is published in the Official Gazette. In addition, a level of “ZERO delay” as regards the transposition of EU directives has been aimed to achieve before the end of the 1st semester of 2011. To make laws more accessible to citizens and businesses, SIMPLEGIS includes the following measures, to be made available during the second semester of 2011: i) to publish decree-laws and implementing decrees in Diário da República (Portuguese Official Gazette) alongside with summaries describing their contents in a clear and plain language, both in Portuguese and English ii) to prepare consolidated versions of the laws that avoid dispersion and reflect the text that is in force at a particular moment; iii) to improve access to laws, by publishing very specific acts in other websites instead of the Official Gazette; iv) to grant access to legislation in a way that is quicker, easier and with less costs, by making available online a new web Para simplificar a legislação, com menos leis, o SIMPLEGIS tem vários objectivos ambiciosos. Assim, a título de exemplo, pretende-se, em 2010, i) revogar pelo menos 300 leis, decretos-leis e decretos regulamentares desnecessários, ii) revogar mais decretos-leis e decretos regulamentares que os aprovados, iii) errar menos, garantindo que não há declarações de rectificação em 95% dos decretos-leis e decretos regulamentares, para que possa haver confiança no texto publicado em Diário da República, e, até ao final do 1.º semestre de 2011, iv) assegurar “atraso ZERO” na transposição de directivas da União Europeia (UE), para deixarmos de ter directivas por transpor fora de prazo. Para garantir mais acesso à legislação para as pessoas e empresas, o SIMPLEGIS prevê, designadamente, i) que as leis possam ser mais compreensíveis, através da disponibilização de resumos explicativos do texto dos diplomas em português e inglês, ii) que os textos das leis sejam menos dispersos através da disponibilização de versões consolidadas dos diplomas que permitam dar a conhecer a versão em vigor em cada momento, iii) uma melhor publicidade das leis, substituindo publicações de actos em Diário da República por outras formas de divulgação pública que tornem a consulta mais fácil e acessível e iv) que o acesso às leis se torne mais rápido, fácil e com menos custos, através do 49 clarity2010 conferência lançamento de um novo portal de informação legislativa, no 2.º semestre de 2011. Finalmente, para melhorar a aplicação das leis e garantir que possam cumprir os seus objectivos, o SIMPLEGIS prevê, entre outras medidas, i) a elaboração de 10 “Manuais de instruções” de decretos-leis e decretos regulamentares em 2010 e 2011, para ajudar os seus destinatários a aplicar e beneficiar das suas novidades e ii) ter leis melhor avaliadas, com novos modelos de avaliação legislativa prévia e sucessiva. portal devoted to legal and legislative information. At last, to improve law enforcement, setting the ground for greater levels of efficiency in pursuit of the regulatory goals, SIMPLEGIS will undertake, among others, the following actions: i) to elaborate ten “manuals of instructions” regarding particular decree-laws and implementing decrees between 2010 and 2011, in order to convey the necessary information on their correct application to those who deal with such regulation; ii) to have better evaluation of laws, with new ex ante and ex post evaluation models. Anne-Marie Chisnall Directora da Equipa de Edição Write Limited, Nova Zelândia Inglês claro para auditores - trazer clareza ao Gabinete do Auditor-Geral da Nova Zelândia Anne-Marie Chisnall partilha os objectivos, as actividades e os resultados de um projecto bem-sucedido de simplificação da linguagem do Gabinete do Auditor‑Geral da Nova Zelândia. O projecto incluiu os elementos necessários para persuadir auditores altamente especializados e ocupados a repensar o seu estilo de escrita e a produzir relatórios de auditoria claros e orientados para o leitor. O projecto durou três anos, criando uma enorme riqueza de informação para partilhar. Este estudo de caso: • cobre escrita financeira, jurídica e estatal • reflecte sobre os desafios de convencer profissionais maduros e altamente qualificados a examinar a sua forma de comunicar e a pensar de forma um pouco diferente • inclui um standard personalizado de inglês claro, que é a base de muitas outras actividades • produziu excelentes resultados em toda a organização. Elsa Freire Directora do Projecto do Contact Center Instituto da Segurança Social, Portugal Contact Center Project Manager Social Security Institute, Portugal Manager, Document Clarity Team Write Limited, New Zealand Plain English for Auditors Anne-Marie Chisnall shares the goals, activities, and results of a successful plain English project at New Zealand’s Office of the Auditor General. The project included all of the elements needed to persuade busy, highly skilled auditors to think differently about their writing style and produce clear,, reader-friendly audit reports. The project has run for three years, creating a wealth of information to share. The case study will interest conference delegates because it: • covers financial, legal, and government writing, in a compliance environment • includes the challenges associated with convincing mature, highly skilled, professional people to examine their way of communicating and think a little differently has been run effectively by a project team with a project leader • includes a custom-built plain English standard that is the foundation for many other activities • has produced excellent results across the organisation. Ana Paula Martins Directora de Comunicação Instituto da Segurança Social, Portugal Communications Director Social Security Institute, Portugal A nova linguagem da Segurança Social Simplifying the language of social security A Segurança Social portuguesa abriu o seu call center em Dezembro de 2008. O nosso maior desafio foi traduzir todas as informações de produtos e serviços para uma linguagem que tanto os operadores do centro como os clientes conseguissem compreender. Portuguese Social Security opened its call centre in December 2008. Our main challenge was to translate all product and service information into a language that both call centre operators and clients could understand. Working with Português Claro, we developed more than 100 plain language scripts explaining how to request benefits, calculate your pension, adopt a child, etc. The scripts, that were initially just for the call centre, became a tool for all frontline staff and were even put online, as downloadable guides for the public. This project was a turning point for Social Security’s communication strategy. Over the last two years, our Trabalhámos com a Português Claro para desenvolver mais de 100 guiões em linguagem clara, que explicam como pedir subsídios, calcular pensões, adoptar uma criança, etc. Os guiões, que inicialmente eram apenas para o call center, tornaram-se uma ferramenta para todo o atendimento e foram até publicados on-line como guias que o público pode descarregar. 50 clarity2010 conference Este projecto foi um ponto de viragem na estratégia de comunicação da Segurança Social. Nos últimos dois anos, a nossa linguagem tornou-se mais simples e mais focada no utilizador. Os nossos novos panfletos e brochuras estão escritos em linguagem clara e estamos prestes a redesenhar o nosso website. Sala 2 | Para além das palavras a clareza pelo design language became simpler and more user-focused. Our new leaflets and brochures are written in plain language and we are about to redesign our website. Beyond words clarity through design | Room 2 Robert Linsky Designer de Informação NEPS, EUA Information Design Doc NEPS, USA A clareza para além da linguagem clara – não se pode ter uma sem ter a outra Clarity beyond plain language – you can’t have one without the other A linguagem clara é necessária para qualquer comunicação clara, mas sem outros aspectos do design de informação, apenas a linguagem clara não é suficiente. Psicologia, experiência de utilizador, tipografia, espaço em branco, design gráfico, testes de usabilidade, etc., são todos aspectos importantes que tornam as comunicações claras e bem-sucedidas. Plain language is necessary in any clear communications, but without the other aspects of information design, plain language by itself is not enough. Psychology, user experience, sociology, typography, white space, graphic design, usability testing, etc. are all important aspects that make any communications clear and successful. Robert Linsky, designer de informação com mais de 30 anos de experiência, vai usar casos de estudo e exemplos de antes-e-depois para demonstrar como a clareza nas comunicações envolve não só a linguagem clara, mas também todos ‘os outros’ necessários para tornar as comunicações mais claras. Durante a sessão, Linsky envolverá a audiência, e quaisquer documentos que sugiram para demonstrar como os seus princípios vão além da linguagem clara para produzir um documento eficaz. O principal objectivo de qualquer documento será comunicar eficazmente a informação certa à pessoa certa no momento certo de uma forma clara e fácil de compreender. Robert Linsky, an information design practitioner with over 30 years experience, will use case studies and before and after examples to demonstrate how clarity in communications involves not only plain language, but all ‘the others’ needed to make the communications clear. During the session, he will also engage the audience and any documents they submit to demonstrate how his principles go beyond plain language to a successful document. The ultimate goal in any document is to communicate effectively by providing the right information to the right person at the right time in a clear and easily understandable way. Ana Alexandrino da Silva Investigadora técnica Observatório do QREN, Portugal Statistician QREN Observatory, Portugal Os três Rs dos gráficos estatísticos Sustainable charts for a clearer message Estamos soterrados em informação e rodeados de gráficos. Mas ver sempre os mesmos gráficos acaba por tornálos pouco apelativos. As imagens devem ser atraentes e interessantes, mas a maioria dos softwares limitam-se a fazê-las aborrecidas e enganadoras. We are overwhelmed by information and surrounded by graphics. However, seeing always the same type of charts makes them unappealing. An image should be attractive and interesting, but most of software programs make them boring and deceiving. O mundo das representações estatísticas tem sérios problemas ambientais: produzimos demasiados gráficos desnecessários, usamos sempre o mesmo tipo de imagens, esquecemo-nos dos gráficos mais antigos e que não estão na moda, e não criamos novas formas mais eficazes de apresentar a informação. The ‘world’ of statistical graphics has some environmental problems: we produce too many unnecessary graphics, we always use the same kind of charts and rarely recover old graphs that are not in the graphic mainstream, and, finally, we fail to create new ways of presenting information more effectively. Está na altura de aplicar aos gráficos os três Rs do ambiente: reduzir, reutilizar e reciclar. It’s time to create a better visual environment using the three Rs: reduce, reuse and recycle. 51 clarity2010 conference Bruce Robertson CEO Diagram Visual Information, Reino Unido CEO Diagram Visual Information, UK Clareza – métodos do passado Clarity – past methods 1. A clareza pode ser atingida através do uso de imagens 1. Clarity can be achieved by use of images. 2. Mapas, gráficos, diagramas 2. Maps, charts, diagrams. 3. Há padrões que revelam mais do que parágrafos 3. Patterns reveal more than paragraphs. 4. Explicar acções, localizações, conceitos e valor através de métodos visuais 4. Explaining actions, locations, concepts, and value by visual methods. 5. Exemplos de 4000 anos de clareza visual 5. Examples of 4,000 years of visual clarity. 6. O casamento das palavras e das imagens 6. The marriage of words and image. 7. Onde estaremos em 2020 7. Where we are going by 2020. Sala 3 | Masterclass III Masterclass III | Room 3 Ben Piper Legislador-chefe e Jurista Comissão Nacional de Transportes, Austrália Chief Legislative Drafter and Counsel National Transport Commission, Australia Escrever leis em linguagem clara Drafting in plain language Ben não é um mestre nem um professor, mas há 25 anos que se esforça por escrever numa linguagem jurídica clara, por isso espera ter aprendido algo sobre o assunto. Será que aprendeu? Só há uma forma de descobrir… Ben’s not a master, and he’s not a teacher, but he’s been trying to write in plain language at the legal writing coalface for 25 years now, so he hopes he’s learnt something about plain language. Has he ? There’s only one way to find out. 16:00 | intervalo | coffee break 52 clarity2010 conferência 16:15 | sessão plenária | plenary session Sala 1 | Aplicar a linguagem clara II Applying plain language II | Room 1 John Spotila CEO R3i Solutions, EUA CEO R3i Solutions, USA A observância da linguagem clara na Reserva do Exército dos EUA Plain Language NEPA Compliance for US Army Reserve De acordo com a Lei de Política Nacional Ambiental (NEPA), a Reserva do Exército americano (USAR) deve considerar os impactos ambientais de todas as acções que propõe. Sempre que adequado, fornece aos decisores e ao público um Estudo de Impacto Ambiental (EIA) que compara os impactos previstos pela proposta inicial com algumas alternativas razoáveis. Under the National Environmental Policy Act (NEPA), the U.S. Army Reserve (USAR) must consider the environmental impacts of all proposed actions. When appropriate, it provides decision-makers and the public with an Environmental Assessment (EA) comparing the projected impacts of its proposal and one or more reasonable alternatives. A USAR prepara anualmente cerca de 40 ou mais EIA para a construção de novos Centros de Treino militares cuja preparação, revisão e aprovação leva em média sete meses e tem um custo de 50 mil dólares. Embora estes centros sejam muito semelhantes a nível estético, na sua finalidade e nas actividades projectadas, os EIA são muito diferentes no que diz respeito à sua organização, estilo e qualidade de escrita. As suas principais características são a extensão excessiva e a prosa incompreensível. Muitos incluíam termos técnicos, linguagem monótona e material irrelevante que impedia os leitores de compreender as questões relevantes e avaliar as alternativas. USAR annually prepares 40 or more EAs for the construction of new military training centers. As of 2008, the associated EA preparation, review and approval process took an average of seven months at a cost of $50,000. Although these centers are very similar in their physical appearance, intended use and projected activity, the EAs varied greatly in their organization, writing style and quality. Their most common characteristics were excessive length and incomprehensible prose. Many included technical jargon, repetitious language and irrelevant material that made it harder for their audience to understand the issues and evaluate the alternatives. Em 2008, trabalhámos com a USAR na preparação de modelos em linguagem clara para os novos EIA e documentos associados. Coordenámos, com a USAR, uma equipa de especialistas nestas matérias e conselheiros jurídicos. O nosso modelo de linguagem abordava as situações que ocorriam mais frequentemente, deixando sempre alguma flexibilidade. De seguida, demos formação a um grupo de colaboradores da USAR para usarem correctamente estes modelos e produzirem EIA em linguagem clara. Working closely with USAR, we prepared plain language templates in 2008 for use in preparing new construction EAs and their related documents. We coordinated closely with USAR subject matter experts and legal counsel. Our model language addressed commonly occurring situations while allowing flexibility for varying circumstances. We then trained a group of designated USAR staff in proper use of the templates to produce plain language EAs. Os novos EIA em linguagem clara permitem à USAR cumprir as regras da NEPA. Identificam claramente as questões e informam melhor os decisores e o público. A nova abordagem também poupa tempo e dinheiro, com a preparação, revisão e aprovação do EIA, a demorar agora uma média de dois meses com um custo de 20 mil dólares. The resulting plain language EAs can improve USAR compliance with NEPA. They identify issues more clearly and inform decision-makers and the public more effectively than their predecessors. The new approach also saves money and time, with EA preparation, review and approval now requiring only two months and an average cost of $20,000. Sarah Slabbert Presidente The Plain Language Institute, África do Sul President The Plain Language Institute, South Africa A linguagem das facturas municipais sul-africanas – um estudo de caso Plain language for South African municipal bills – a case study As facturas mensais de água e electricidade que os municípios enviam aos seus consumidores são um ponto The monthly water and electricity bills that municipalities send out to consumers are a key legal and communication 53 clarity2010 conferência de contacto muito importante entre o governo local e os cidadãos. Assim sendo, as facturas municipais constituem uma oportunidade única para as Câmaras Municipais informarem, educarem e influenciarem o comportamento dos seus clientes e demonstrarem que as suas comunicações são claras, precisas e acessíveis. Um recente estudo financiado pela Comissão de Pesquisa de Águas Sul-Africana revelou que as contas municipais do país ainda têm de percorrer um longo caminho para aproveitar esta oportunidade. Esta apresentação irá discutir as metodologias e as conclusões deste estudo e as suas implicações na teoria da linguagem clara. Como parte do estudo, foi desenvolvida uma ferramenta de avaliação das facturas municipais. Esta ferramenta transforma cinco critérios de avaliação qualitativa em categorias mensuráveis para calcular um índice de pontuação. interface between local government and citizens. As such, municipal bills offer a unique opportunity for municipalities to inform, educate and influence the behaviour of their customers and to establish their communication as clear, accurate and customer friendly. A recent study funded by the South African Water Research Commission found that municipal bills in this country still have a long way to go to optimise this opportunity. The paper will discuss the methodology and findings of this study and the implications for plain language theory. As part of the study, an assessment tool was developed to evaluate municipal accounts. The tool translates five sets of qualitative criteria into measurable categories to calculate an index score. Foi feito um inquérito nacional com 2500 adultos urbanos que testava três facturas que representavam no índice de pontuação as categorias ‘fraco’, ‘médio’ e ‘bom’. O estudo revelou que muitos consumidores pagavam as suas contas municipais todos os meses sem compreenderem quanta água ou electricidade tinham gasto. Muitos consumidores não percebiam a diferença entre litro e kilolitro. Também não compreendiam o significado de muitos dos termos, abreviaturas e símbolos utilizados. A national survey of 2500 urban adults was used to test three bills that represented “weak”, “average” and “good” on the index scale. The study found that many consumers pay their municipal bill every month without understanding how much water or electricity they have used. Many consumers do not comprehend the difference between litre and kilolitre. Nor do they know what “balance brought forward”, “arrears” or “consumption” mean. The use of non-standard abbreviations, unexplained acronyms and symbols, which are common to South African municipal bills, makes them even more difficult to understand. A capacidade de encontrar a informação correcta numa conta está relacionada com o nível socioeconómico e com a língua falada em casa. Numa nota mais positiva, o estudo provou que um valor elevado no índice de clareza da linguagem, layout e design melhorava significativamente a compreensão e aumentava a confiança nos valores cobrados. Respondents’ ability to find the correct information on the tested bills correlated with socioeconomic status and home language. On the positive side, the study found that a high index score on clarity in language, layout and design improved consumers’ understanding of municipal bills significantly and increased their trust in the correctness of the account. Neste momento, os serviços públicos sul-africanos estão a atravessar uma crise. Esta apresentação sugere que facturas municipais em linguagem clara podem ser uma excelente forma de aumentar a consciência e participação dos consumidores na gestão dos recursos de água e energia do país. Service delivery at local government level is currently in a crisis in South Africa. The paper will conclude that municipal bills in plain language could be a valuable tool to increase consumer awareness and participation in the regulation and management of the country’s water and energy resources. Karel van der Waarde Consultor e Investigador Universidade de Avans, Holanda Consultant and Researcher Avans University, Holland Informação sobre medicamentos: argumentos jurídicos e visuais Information about medicines: legal and visual arguments? A informação sobre medicamentos, tal como aparece nos folhetos e nas próprias embalagens, está regulamentada de forma rigorosa. Na Europa, para se poder comercializar um medicamento, é obrigatório respeitar regulamentos, orientações e modelos. Estes determinam os conteúdos e fornecem orientações para a escrita, o design e os testes de legibilidade dos folhetos e das embalagens. Infelizmente, isto não é feito a partir da perspectiva do paciente, nem da perspectiva das “melhores práticas” em campos como a linguagem clara, o design de documentos ou o design de informação. Uma informação pobre sobre os medicamentos provoca um aumento de custos, de erros e fatalidades e de desperdício. Information about medicines, as it appears on medicine packs and in package inserts, is strictly regulated. In Europe, in order to market a medicine, it is obligatory to adhere to regulations, guidelines and templates. These prescribe the contents, and provide advise for writing, designing and testing of package leaflets and packaging. Unfortunately, this is not considered from the perspective of the patient, nor of the perspective of ‘best practice’ in fields like ‘plain language’, ‘document design’ or ‘information design’. Poor information about medicines leads – apart from increasing anxiety - to increased costs, increased numbers of mistakes and fatalities, and high waste. Abordagem Uma investigação detalhada da informação visual que está Approach A detailed analysis of the visual information for patients, 54 clarity2010 conference disponível para pacientes, enfermeiros, farmacêuticos e médicos revela que, apesar das boas intenções, as questões mais importantes não estão a ser abordadas. Todos os utilizadores de informação visual sobre medicamentos são obrigados a usar técnicas alternativas para complementar, ignorar ou contornar a informação que lhes é fornecida. Por exemplo, os pacientes fazem listas e consultam a internet, os farmacêuticos re-empacotam os medicamentos e os enfermeiros escrevem instruções adicionais. Foi analisada uma colecção destas “informações complementares” e, com base nessa análise, foram criados e testados protótipos. Resultados Os protótipos mostram que a informação sobre medicamentos pode ser melhorada. Algumas destas melhorias podem ser feitas no âmbito do actual quadro regulamentar, outras mostram claramente as suas limitações. Os protótipos também demonstraram diversas inconsistências nos regulamentos, directrizes e modelos fornecidos. Conclusão O actual quadro regulamentar bloqueia o desenvolvimento da informação sobre medicamentos e é prejudicial para os pacientes, farmacêuticos e enfermeiros. Os protótipos não só demonstram que é possível fornecer melhor informação cumprindo o quadro regulamentar, mas também sugerem formas de melhorá-lo. Sala 2 | Educar pela clareza Karine Nicolay Professora e Gestora de Projectos Katholieke HogeschoolKempen, Bélgica Lecturer and Plain Language Project Manager Katholieke Hogeschool Kempen, Belgium Um projecto para formar especialistas em linguagem clara Há uma tendência para a democratização, participação e cidadania na UE e além fronteiras. Cada vez mais países adoptam leis sobre linguagem clara (Suécia, UE, EUA, Portugal...). É de esperar que a necessidade de utilização da linguagem clara se torne mais forte nos próximos anos e crie oportunidades de negócio. Neste momento, há uma falta de consultores profissionais nesta área e – como identificado pelo International Plain Language Working Group – existe grande necessidade de formação e investigação. A resposta apropriada a estas tendências, necessidades e factos pode ser um curso de formação em linguagem clara. Em Março de 2010, Karine Nicolay, Jan Dekelver da K.H.Kempen (Bélgica/Flandres) e Sandra Fisher-Martins da Português Claro (Portugal) visitaram o Departamento de Linguagem Clara na Universidade de Estocolmo, o Instituto de Línguas da Suécia (Språkrådet), a Språkkonsulterna e a associação sueca de consultores certificados de linguagem (ESS). Depois desta visita, decidimos candidatar-nos a fundos para montar um curso de um ano em comunicação clara no âmbito do programa Lifelong Learning da Comissão Europeia, com parceiros da Suécia, Flandres, Portugal, Reino Unido e Europa de Leste. 55 nurses, pharmacists and doctors reveals that – despite all good intentions – the results are not addressing the most relevant questions. All beholders of visual information about medicines have techniques to supplement, ignore or work around the provided information. For example, patients make lists and consult the internet, pharmacists repack medicines, and nurses write additional instructions. A collection of these ‘information supplements’ was analysed. Based on this analysis, prototypes were developed and tested. Result The development of prototypes shows that information about medicines can be improved. Some of this can be done within the current regulatory framework, other modifications show the limits and boundaries of the legal construction. The prototypes also highlight several of the practical inconsistencies in the regulations, guidelines and templates. Conclusion The current regulatory framework blocks the development of information about medicines. This approach can be defended until it is proven to be detrimental for patients, pharmacists and nurses. The prototypes do not only show that it is possible to provide suitable information about medicines within the current regulatory framework, but also show how the legal framework itself could be modified. Educating for clarity | Room 2 Jan Dekelver Professor e Gestor de Projectos Katholieke Hogeschool Kempen, Bélgica Lecturer and Project Manager Katholieke Hogeschool Kempen, Belgium A plain language training project There is a trend towards democratisation, participation and citizenship in the EU and beyond. More and more countries adopt plain language laws (Sweden, EU, US, Portugal…). It is expected that the call for plain language will become stronger in the next few years and will offer business opportunities. At this moment there is a lack of professional plain language practitioners and – as stated in the International Plain Language Working Group’ options paper – there is a need for plain language training and research. The appropriate answer to these trends, needs and facts can be provided by a broad plain language training course. In March 2010 Karine Nicolay, Jan Dekelver from K.H.Kempen (Belgium/Flanders) and Sandra FisherMartins from Português Claro (Portugal) visited the Plain Language Department of Stockholm University, the Swedish Language Council (Språkrådet), Språkkonsult and the association for Swedish certified language consultants (Ess). After this visit they decided to apply for funding to set up a 1-year-course on plain communication out of the Lifelong Learning programme (LLP) from the European Commission, with partners from Sweden, Flanders, Portugal, Great-Brittain and eastern Europe. Each partner can adapt the course to its own national clarity2010 conference Cada parceiro pode adaptar o curso às necessidades e possibilidades nacionais. O curso está aberto a estudantes com um bacharelato ou mestrado. Será apoiado nas tecnologias de informação e fará uso de técnicas inovadoras de b-learning e de comunidades virtuais. Os candidatos farão um teste de admissão para garantir um nível uniforme de competências. Haverá módulos em Inglês e módulos nas línguas nacionais, com foco no multilinguismo. O curso terá um módulo geral obrigatório de introdução e módulos opcionais em áreas especializadas. Terá um foco especial na comunicação clara nos institutos da Comissão Europeia. Os outros módulos obrigatórios são: design da informação, gestão de projectos e gramática. O curso dá aos estudantes um “Diploma europeu em linguagem clara”, que pode abrir caminho a uma certificação profissional internacional. Rosa Galán needs and possibilities. The course is open to students with a bachelor or masters degree. It will be ICT-supported and make use of innovative blended learning and virtual campus techniques. Before entering, applicants take an admissions test to guarantee a uniform level of competence. There will be modules in English and the national language(s), with a focus on multilingualism. The course will have a mandatory general introduction module and optional modules in specialized fields. There will be a special focus on plain communication in the European Commission institutes. Other mandatory modules are: information design, project management, grammar. The course offers students a ‘European diploma on plain language’ which can open the path to an international professional certification. Antonio Canizales Directora do Departamento de Línguas Instituto Tecnológico Autónomo de México Coordenador do Departamento de Línguas Instituto Tecnológico Autónomo do México Head of the Department of Languages Instituto Tecnológico Autónomo de México (ITAM) Coordinador of Languages Instituto Tecnológico Autónomo de México Lenguaje Claro no Instituto Tecnológico Autónomo do México After Clarity Mexico 2008, what has plain language achieved at ITAM? No México, a administração de Vicente Fox introduziu o projecto da Linguagem Clara em Outubro de 2004, intitulado inicialmente “Lenguaje Ciudadano”. Desde então, este projecto tem passado por várias mudanças e, actualmente, está a sofrer um revés no sector público. In Mexico, Vicente Fox’s administration introduced the Plain Language project, originally named “Lenguaje Ciudadano”, in October 2004. Since then, this project has undergone many changes, and today it is suffering a setback in the public sector. No campo académico, especialmente no Instituto Tecnológico Autónomo do México (ITAM), que organizou a Clarity2008, continuamos empenhados em ensinar aos estudantes a importância da linguagem clara nos vários programas académicos. Esta apresentação tem como objectivo partilhar a experiência de ensinar a linguagem clara através de vários cursos e workshops, focados nos principais programas académicos do ITAM, desde o Direito à Gestão, passando pela Economia, entre outros. Pretende-se também dar uma perspectiva mais alargada sobre o futuro da linguagem clara no México e sobre os desafios de habituar os estudantes a escrever em linguagem clara nas suas profissões. In the academic field, specifically at the Instituto Tecnológico Autónomo de México (ITAM), that hosted the last Clarity Conference in 2008, we have committed ourselves to teach our students the importance of Plain Language in the various academic programs. The purpose of this presentation is to share our experience of how we teach Plain Language by means of different courses and workshops, focused on the main academic programs taught at ITAM, from law to business management to economics, amongst other disciplines. We also intend to give a more comprehensive overview of the future of Plain Language in Mexico, and the challenge of getting students used to writing texts in Plain Language in their professions. 56 clarity2010 conferência João Salis Gomes Professor Universitário ISCTE / INA, Portugal Lecturer ISCTE / National Institute for Administration, Portugal DELEGE – o novo diploma do INA em simplificação da linguagem normativa DELEGE – INA’s new diploma in simplification of legal language A qualidade dos actos normativos é uma exigência de cidadania que surge cada vez mais no centro das preocupações dos poderes públicos e da sociedade em geral. Esta exigência constitui, para os responsáveis pela elaboração de textos legislativos e regulamentares, um desafio complexo. Há que encontrar respostas adequadas para as múltiplas questões de âmbito jurídico, em sentido estrito, nos planos organizativo, material e formal: a pertinência das leis, a racionalidade do processo legislativo, os modelos de concentração legislativa. Mas está também em causa algo de essencial do ponto de vista democrático: a simplificação da comunicação, uma vez que os actos normativos são, necessariamente, actos de comunicação e só pela sua eficácia enquanto tal se legitimam. The quality of normative acts is a growing citizenship demand amongst public authorities and the global society. This presents a complex challenge for legal drafters, and it raises several legal and democratic questions. There are legal issues about form and content, relevance of the law and the legislative process. But there are also issues about democracy and simplification: legal texts are meant to communicate and are only effective when they do so. O Diploma de Especialização em Simplificação da Comunicação Legislativa e Regulamentar – DELEGE nasce em 2010, no Instituto Nacional de Administração (INA) que, no início da década de 90, produziu em Portugal os primeiros trabalhos sobre simplificação da comunicação administrativa. O DELEGE visa apresentar e discutir um conjunto de técnicas de concepção e elaboração de actos normativos numa perspectiva prática de simplificação. 57 The DELEGE (Diploma in Simplification of Legal and Regulatory Communications) was created in 2010 by the Portuguese National Institute of Administration (INA). In the early 90s, INA produced the first studies about simplification of administrative communications. Since then, it has provided training in simplification of legal and administrative communications. DELEGE’s goal is to present and debate a set of techniques to produce normative acts according to the simplification approach. clarity2010 conferência Sala 3 | Direito proactivo e visualização de contratos Proactive law and contract visualization| Room 3 Gerlinde Berger-Walliser Professora Adjunta ICN Business School, França Associate Professor ICN Business School, France Melhorar o entendimento jurídico através do direito proactivo e da visualização Enhancing legal understanding through proactive law and visualization Os empresários mostram sempre uma resistência natural a ler contratos – e com razão. No actual mundo de negócios feito em rede, há demasiados contratos e esses contratos são muito longos. Lê-los requereria mais tempo do que aquele que a maioria dos gestores pode dispensar. E mesmo que o fizessem, o mais provável seria não compreenderem os seus conteúdos, uma vez que os contratos são escritos por advogados para advogados numa linguagem que quem não seja advogado não compreende facilmente. Nesta contribuição, gostaria de discutir como isto pode mudar e introduzir três conceitos ligados entre si que podem ajudar a realizar esta mudança. Business people are reluctant to read contracts - for good reason. In today’s networked business, there are simply too many contracts and those contracts are much too long. Reading them would require more time than most managers can reasonably spend. And even if they did, they most probably would not understand their content as contracts are typically written by lawyers for lawyers in a language non-lawyers don’t easily understand. In this contribution I would like to discuss how things should change and introduce three interconnected concepts that I believe can help make the change. Estudos recentes demonstram a importância crescente dos contratos para a cadeia de valor das empresas, muito ligadas entre si. Para fazer com que os empresários leiam contratos, proponho uma nova mentalidade proactiva orientada para a melhoria dos resultados do negócio, a criação de valor e a prevenção de problemas. Pretendo assim aumentar os conhecimentos da audiência sobre uma abordagem proactiva ao Direito presente nos contratos e ajudar a desenvolver novas ferramentas para guiar a interpretação do contrato, com o objectivo de promover o sucesso do negócio e prevenir problemas jurídicos desnecessários. A abordagem denominada Direito pró-activo surgiu na Finlândia no final da década de 1990, baseada no movimento de Direito preventivo iniciado nos EUA em 1950. Enquanto que a abordagem tradicional é na sua maioria reactiva, tentando resolver um problema, um custo ou um conflito, o Direito pró-activo está virado para o futuro: como é que as partes se devem comportar nos seus negócios de forma a atingir os seus objectivos e evitar riscos, disputas e custos desnecessários. O Direito próactivo troca a perspectiva dos advogados pela perspectiva das partes. Um contrato pró-activo é desenhado e escrito para as partes e para as pessoas responsáveis pela sua implementação no terreno e não para um juiz que é suposto decidir sobre as falhas de uma ou ambas as partes. Os contratos pró-activos são claros. Permitem às partes alinhar os objectivos de negócio e o Direito. Assim sendo, precisam de ser compreensíveis e fáceis de ler. Aqui, a literacia contratual e a visualização de informação jurídica visa simplificar a comunicação entre profissionais de forma a facilitar as escolhas contratuais e tornar os contratos mais fáceis de desenhar e usar, tanto para os empresários como para os juristas. 58 Recent research proves the growing importance of contracts for the value chain of today’s interconnected enterprises. In order to make businesspeople read contracts I propose a new proactive mindset that is directed towards improving business outcomes, creating value and preventing problems. The panel contribution seeks to enhance the audience’s understanding about the proactive approach to contracting and law and help develop new tools to guide contract interpretation so as to promote business success and prevent unnecessary legal problems. The approach specifically called proactive law emerged in Finland in the late 1990s based on the preventive law movement initiated in the US in 1950. Whereas the traditional approach to law is often reactive, trying to solve what has emerged as a problem, a cost or a conflict, proactive law is future-oriented: how the parties should conduct themselves or their business in order to reach their goals and avoid unnecessary risks, costs and disputes. Proactive law shifts the perspective from the lawyers to the parties and insofar can help enhancing legal understanding. A proactive contract is designed and written for the parties and the people in charge of its implementation in the field, not for a judge who is supposed to decide about the parties’ failures. Proactive contracts are about clarity. They are expected to provide parties with predictable outcomes and to align business goals and the law. Therefore they need to be understandable and easy to read. Here, contractual literacy and visualization of legal information can help cross-professional communication so contractual choices become easier to make and contracts easier to design and use, for legal and business professionals alike. clarity2010 conference Helena Haapio Especialista em Contratos Internacionais Lexpert / Universidade de Vaasa, Finlândia International Contract Counsel Lexpert / University of Vaasa, Finland Clarificar contratos através da visualização Contract clarity through visualization Actualmente, as empresas estão cada vez mais dependentes umas das outras – e de contratos. Os contratos têm muitas funções. Enquanto alguns podem ter de servir como prova em tribunal, a maioria deles não tem essa função. Em vez disso, precisam de funcionar como ferramentas de gestão de negócio, ajudando as partes a atingir os seus objectivos e a evitar os tribunais. Para o fazer, os contratos devem traduzir objectivos, expectativas e promessas numa linguagem que possa ser facilmente compreendida. Aqui, os tribunais e os advogados não são a audiência primária, as pessoas que trabalham nas equipas que implementam os contratos é que o são. Para que os contratos se traduzam em bons resultados, as pessoas no terreno precisam de saber o que se espera que façam e não façam. In today’s business environment, companies are increasingly dependent on each other – and on contracts. Contracts have many functions. While some of them may need to work as evidence in court, most of them don’t. Instead, they need to work as management tools in business, helping the parties reach their goals and stay out of the courtroom. In order to function as business and management tools, contracts must translate goals, expectations and promises into a language that is understood in the way intended. Here, courts and opposing counsel are not the primary audience, people working in delivery teams implementing the contracts are. In order for contracts to translate into successful performance, the people in the field need to know what they are expected to do and refrain from doing. A elaboração de contratos complexos envolve muitos participantes, muitas vezes gestores e advogados de vários países e várias experiências culturais e profissionais. Nestes casos, o desafio é atingir um equilíbrio entre os diferentes requisitos e preferências, facilitando a comunicação e a coordenação. Uma vez concluído o contrato, é preciso assegurar uma transição suave entre os vários estádios do seu ciclo de vida. When crafting complex contracts, many participants are involved, often business managers and lawyers from several countries and cultural and professional backgrounds. The challenge, then, is to achieve a balance between the different requirements and preferences and to facilitate communication and coordination. Once the contract has been made, a seamless transition between the various stages of its life-cycle needs to be secured. A visualização é usada em muitas áreas para ajudar a reduzir a complexidade e disponibilizar a informação de forma rápida. Esta sessão toma como ponto de partida o projecto Street Vendor conduzido por Candy Chang, uma designer, planeadora urbana e artista, em colaboração com o Centro para Pedagogia Urbana (UA). Tendo reparado que o livro de regulamentos municipais para os vendedores ambulantes de Nova Iorque era “assustador e difícil de compreender para qualquer pessoa, muito mais para uma pessoa cuja língua materna não é o inglês”, prepararam um Guia Visual do Vendedor Ambulante que tornava os regulamentos acessíveis e compreensíveis. Agora que o Guia está pronto e disponível online (http://candychang. com/street-vendor-guide/), é de estranhar não vermos mais projectos do género. Porque é que não vemos nada disto no campo dos contratos internacionais? A maioria dos contratos actuais de empresas são compostos apenas por texto, preto e branco, sem imagens, gráficos ou exemplos. Porquê? Existem oportunidades tremendas para melhorar! Porque não descrever as áreas de responsabilidade das partes e as suas interacções através de infografias ou imagens utilizando as ferramentas e métodos de design já existentes? Porque não usar visualizações de contratos, definições de âmbito de projectos, níveis de serviço e por aí fora, para melhor a comunicação entre fronteiras e profissões? Esta sessão demonstra, com exemplos, como a visualização pode tornar os contratos mais acessíveis e facilitar a tomada de decisões contratuais a advogados e não só. Visualization is used in many areas to help reduce complexity and convey information quickly. This session is inspired by and builds on the work of the Street Vendor Project carried out by Candy Chang, a designer, urban planner and artist, in collaboration with the Center for Urban Pedagogy. Having noted that the “rulebook of legal code” was “intimidating and hard to understand by anyone, let alone someone whose first language isn’t English”, they prepared a visual Vendor Guide that makes city regulations and rights accessible and understandable. Now that the Guide is readily available online (http://candychang.com/street-vendor-guide/), one can only wonder why we don’t see more of this. Why do we not see anything close to this in the field of cross-border contracting? Most companies’ current contracts are text-only, black and white, with no pictures, graphs or examples. Why? Tremendous opportunities for improvement exist! Why not describe the parties’ areas of responsibility and interaction in infographs or images using existing design tools and methods? Why not visualize contracts, work scope specifications, service levels, and so on, for easier understanding and communication across borders and professions? This session demonstrates, with examples, work in progress showing how visualization can make contracts accessible and contractual choices easier to make, for lawyers and non-lawyers alike. 59 clarity2010 conference Katri Rekola CEO Rekola Design, Finlândia CEO Rekola Design, Finland Visualização de contratos de prestação de serviços: o caso de um fabricante de equipamentos Visualization of services and service contracts: the case of an equipment manufacturer Esta apresentação introduz o caso de um fabricantes de equipamentos industriais – Empresa A – que enfrenta o desafio de vender contratos de serviços. A empresa tem fornecido, na sua grande maioria, serviços de manutenção, de forma relativamente bem sucedida, durante anos, e tem uma base de clientes mais ou menos estável constituída pelas empresas que lhe compram maquinaria. This presentation introduces the case of an industrial equipment manufacturer – Company A – facing the challenge of selling service contracts. The company has been providing mainly maintenance services quite successfully for years and has an established customer base in the companies that have bought their machinery. Com a terciarização da indústria produtora, o negócio tem tendência a focar-se cada vez mais nos serviços e nas relações de serviços. No entanto, a equipa de vendas prefere vender máquinas e estão muito habituados a oferecer serviços como um bónus. A isto acrescenta-se a enorme separação que existe naturalmente entre o Departamento de Vendas e o Departamento Jurídico e é compreensível que a Empresa A esteja perante um desafio. A cultura da empresa, no que diz respeito aos contratos, é que o Departamento Jurídico preocupa-se com as “coisas legais”, enquanto que o conteúdo, quer seja referente a equipamento ou serviços, é da responsabilidade do resto da empresa. Uma das principais fontes de confusão é a complexidade da oferta e a multiplicidade de opções dadas aos clientes. Está a tornar-se cada vez mais complicado ter uma ideia clara dos direitos, funções, responsabilidades ou resultados que derivam das escolhas dos clientes ou a melhor forma para redigir um contrato que faça sentido do ponto de vista legal e empresarial, e esteja bem estruturado (com, por exemplo, os anexos correctos), de modo a encorajar a colaboração entre diferentes profissionais de diferentes áreas. A Empresa A decidiu tentar a visualização: foi usado design tanto na descrição de serviços como nos contratos, especialmente para facilitar a comunicação interna e dar ao Departamento de Vendas uma ferramenta visual para vender serviços. As reacções iniciais são positivas: por exemplo, os engenheiros gostam da forma como os principais indicadores de performance podem ser apresentados numa tabela como parte do fluxograma do processo. Claro que, como em qualquer processo de mudança, existem algumas resistências e muitos desafios a enfrentar, mas a Empresa A está bem encaminhada para se tornar numa adepta das ferramentas visuais até num contexto jurídico. With the servitization of the manufacturing industry, the business focus is increasingly on services and service relationships. However, the sales people much prefer to sell machines and are quite likely to give services away for free as a bonus. Add to this the gap between the business people and the legal professionals, and it is understandable that Company A faces a challenge. The company culture and the way to do things as regards contracting, is that the legal department worries about ‘the legal stuff’ while the content, whether it is equipment or services, is the responsibility of the rest of the organization. One of the main sources for confusion is the complexity of the service offering and the multiplicity of the options the customers can choose from. It is getting harder for all parties to have a clear picture of what entitlements, roles, responsibilities, or deliverables follow from the customers’ choices or how to best draft a contract that makes sense from both the legal and the business point of view and is structured clearly with for example the right appendices while encouraging cross-professional collaboration. Company A decides to try visualization: visuals are used both in the service descriptions and the contracts, especially to facilitate internal communication and to give the sales people a visual tool to sell services. The initial reactions are positive: for example engineers especially like the way key performance indicators can be presented in a chart as part of the service process flowchart. Of course, as with any change, there is some resistance and many challenges, but Company A is well on its way to becoming a firm believer in visual tools even in a legal context. 17:30 | sessão de encerramento | closing session António Marinho Pinto Bastonário da Ordem dos Advogados, Portugal 60 President of the Portuguese Bar Association, Portugal biografias biographies 61 clarity2010 Karen Baker sempre acreditou que a informação pode fazer a diferença. Na Healthwise, tenta garantir que todas as informações e ferramentas satisfazem as necessidades das pessoas que as usam. Karen ajuda a Healthwise a ir para além do conceito de consumer-friendly até ao verdadeiro conceito de literacia em saúde e contribuiu para que toda a empresa adoptasse a linguagem clara. Foi jornalista, com funções que iam de editora no Chicago Sun-Times a directora executiva no Idaho Statesman. Nos seus tempos livres, Karen é voluntária de terapia com animais num hospital local com o seu cão de água português, Lucky. Karen Baker Vice-Presidente Healthwise, EUA Senior Vice President Healthwise, USA Karen Baker has always believed that information has the power to make a difference. At Healthwise, she leads efforts to make sure that all Healthwise information and tools meet the needs of the people who use them. Baker helps Healthwise go beyond ‘consumer-friendly’ to encompass true health literacy, and has helped Healthwise to embrace plain language across the enterprise. She formerly was a journalist, with positions ranging from copy editor at the Chicago Sun-Times to executive editor at the Idaho Statesman. In her spare time, Karen is a pet therapy volunteer at a local hospital with her Portuguese water dog, Lucky. Christopher Balmford é o fundador e director de: • Cleardocs, um negócio online que produz pacotes de documentos jurídicos “prontos-a-assinar” na Austrália e no Reino Unido – os atributos da marca Cleardocs são “clareza, simplicidade e facilidade de utilização” • Words and Beyond, uma consultora australiana que ajuda as organizações a desenvolver culturas que valorizem e produzam comunicação clara. Christopher é também Presidente da Clarity. Christopher Balmford, a former lawyer, is the founder and managing director of: Christopher Balmford Advogado e Presidente Clarity Lawyer and President Clarity • Cleardocs, an online business providing ‘ready-to-sign’ legal document packages in Australia and the UK – the hallmarks of the Cleardocs brand are ‘clarity, simplicity, and ease of use’ • Words and Beyond, a plain-language training and rewriting consultancy in Australia (Sydney and Melbourne) which helps organisations to develop cultures that value and deliver clear communication. Christopher is also the President of Clarity. Gerlinde Berger-Walliser é Professora Adjunta de Direito na ICN Business School em Nancy (França) e membro do Centro Europeu de Investigação em Economia Financeira e Gestão de Empresas. Tem um Doutoramento em Direito pela Universidade de Bielefeld (Alemanha) e uma Licenciatura em Direito Internacional pela UC Davis. É um dos membros do IACCM Proactive Think Tank e participa num projecto Erasmus de desenvolvimento curricular sobre Direito Pró-activo e Gestão Proactive. Actualmente, está a leccionar durante um semestre a dar aulas e a fazer pesquisa na California State University Northridge. Gerlinde Berger-Walliser Professora Adjunta ICN Business School, França Associate Professor ICN Business School, France 62 Gerlinde Berger-Walliser is an Associate Professor of Law at ICN Business School in Nancy (France) and member of the Centre Européen de Recherche en Economie Financière et Gestion des Entreprises. She holds a doctorate in law from the University of Bielefeld (Germany) and a Licentiate in International Law from UC Davis. She is core team member of IACCM Proactive Think Tank and participates in an EU Erasmus Curriculum Development project on Proactive Law and Proactive Management. Currently she’s spending a semester teaching and researching at California State University Northridge. clarity2010 Laura Bergstrom é uma escritora na área de user experience na Microsoft. Geriu equipas de assistência ao utilizador do Windows e do Windows Server, liderou o lançamento da escrita focada no utilizador para Comunicações Unificadas e escreve guiões de cinema, obras ficcionais e não ficcionais. Nos seus tempos livres, Laura gosta de escrever sobre cultura, design de interiores, arquitectura paisagista e design de eventos. Laura Bergstrom is a user experience writer at Microsoft who has been a manager for Windows and Windows Server user assistance teams, led the release of UX writing for Unified Communications, and writes screenplays, fiction, and nonfiction. In her off time, Laura also enjoys writing about culture, interior design, landscape design, and event design. Laura Bergstrom [email protected] Redactora (user experience) Microsoft, EUA UX Writer Microsoft, USA Steve Blunt é Director Sénior da Cisco Systems. Com 25 anos de experiência empresarial, desde 2005 que Steve lidera iniciativas de mudança organizacional de larga escala. Tem desenvolvido o seu trabalho na Cisco no seu país natal, a Austrália, na área do Pacífico e, mais recentemente, nos Estados Unidos. Antes de entrar para a Cisco, Steve trabalhou para a IBM, a Lotus e a Dell na Europa e na Ásia. Steve Blunt is a Senior Director at Cisco Systems. With 25 years of broad business experience he has led large scale, cross-functional corporate change initiatives since 2005. His work at Cisco has spanned his home country Australia, the Asia Pacific region and (as an expatriate) the US. Prior to Cisco, Steve worked at IBM, Lotus and Dell in Europe and Asia. Steve Blunt Director Cisco Systems, EUA Senior Director Cisco Systems, USA Deborah S. Bosley, professora adjunta de Inglês na UNC Charlotte, dá aulas de escrita técnica a estudantes de bacharelato e licenciatura. Deborah Bosley já fez várias apresentações para instituições empresariais, académicas e governamentais nos EUA e na UE. Publicou três livros e mais de 20 artigos e pertenceu ao painel sobre avisos de privacidade no sector financeiro, patrocinado pela Comissão Federal de Comércio. Deborah também pertence ao conselho de administração do Center for Plain Language e foi recentemente entrevistada para o programa de rádio do Wall Street Journal, This Weekend. Deborah S. Bosley, an associate professor of English at UNC Charlotte, teaches technical writing to undergraduate and graduate students. Deborah Bosley has given presentations to businesses, academic and government institutions in the US and the EU. She has published three books and over two dozen articles and was a panelist on “Get Noticed: Writing Effective Financial Privacy Notices” sponsored by the Federal Trade Commission. Deborah also serves on the board of the Center for Plain Language and was recently interviewed on the Wall Street Journal‘s This Weekend radio broadcast. 63 Deborah Bosley [email protected] Professora Adjunta de Inglês UNC Charlotte, EUA Associate Professor of English UNC Charlotte, USA clarity2010 Dana Howard Botka tem vindo a desenvolver, desde 2000, documentos, conteúdos para a web e aplicações em linguagem clara para o estado de Washington e outras organizações. A sua popular iniciativa “Plain Talk” recebeu uma recomendação do Governador em 2005 e continua a ser usada em muitas agências estatais. Dana é a proprietária da PlainPoint Communications, uma firma independente de consultoria e formação. O seu objectivo é resolver os dispendiosos problemas que a informação pouco clara causa às empresas. Pertenceu ao conselho de administração do Center for Plain Language entre 2006 e 2010, foi oradora convidada na Universidade de Washington e dá frequentemente formação e palestras sobre design e linguagem clara. Dana Botka [email protected] Directora de Comunicação com o Cliente Estado de Washington, Dept. do Trabalho, EUA Manager, Customer Communications State of Washington, Dept. of Labor and Industries, USA Dana Howard Botka has been developing plain documents, web content, and applications for the state of Washington and other organizations since 2000. Her popular ‘Plain Talk’ initiative was endorsed by the Governor in 2005 and continues to support many state agencies. Dana is the owner of PlainPoint Communications, an independent consulting and training firm. Her focus is on solving the costly business problems caused by unclear information. She was a Center for Plain Language board member from 2006 to 2010, guest lectures at the University of Washington, and frequently trains and speaks on plain language and design topics. Mariana Bozetti licenciou-se em Literatura pela Universidade Católica Argentina, Buenos Aires, em 1990. De 2004 - 2009, como investigadora na Academia Argentina de Letras, contribuiu para a revisão da Gramática publicada pela Real Academia Espanhola. Paralelamente ao trabalho que desenvolve na Marval, O’Farrell & Mairal, Mariana ensina escrita académica na Universidade Torcuato Di Tella e revisão de textos especializados na LITTERAE. Em 2009 - 2010, patrocinada pelo World Bank, formou a equipa anticorrupção do Gabinete do Procurador-Geral em técnicas de escrita em linguagem clara. Mariana Bozetti Directora do Centro de Escrita em Espanhol Claro Marval, O’Farrell & Mairal, Argentina Director of Plain Spanish Writing Centre Marval, O’Farrell & Mairal, Argentina Mariana Bozetti graduated from the Universidad Católica Argentina, Buenos Aires, in 1990 with a degree in Literature. From 2004 to 2009, as a researcher for the Academia Argentina de Letras, she contributed to the revision of the Gramática published by the Real Academia Española. Along with her work at Marval, O’Farrell & Mairal, Mariana teaches academic writing at the Universidad Torcuato Di Tella, and proofreading of specialized texts at the LITTERAE. In 2009/10, sponsored by the World Bank, she trained the anti-corruption team from the District Attorney’s Office in plain writing skills. Candice Burt é uma advogada especialista em linguagem clara. É directora da Simplified, uma empresa de formação e consultoria de Joanesburgo. É também representante da Clarity na África do Sul. O trabalho de Candice incide sobretudo na simplificação de informação jurídica. Em 2009, Candice e Frances Gordon escreveram capítulos para os livros The Consumer Protection Act made easy, de Neville Melville, e Plain Language in Plain English, de Cheryl Stephen. Este ano, Candice co-fundou o Plain Language Group of South Africa com outros profissionais da linguagem clara. O seu objectivo é pressionar o governo para que haja directrizes eficazes nesta área. Candice Burt Directora Simplified, África do Sul Directora Simplified, South Africa 64 Candice Burt is a plain-language lawyer. She is a director of Simplified, a training and consultancy firm in Johannesburg. She is also the South African representative of Clarity. The main focus of Candice’s work is simplifying legal information. In 2009, Candice, together with Frances Gordon, contributed chapters to Neville Melville’s The Consumer Protection Act made easy and Cheryl Stephen’s Plain Language in Plain English. This year, Candice co-founded the Plain Language Group of South Africa with other plain-language practitioners. Its aim is to lobby for effective plain-language guidelines. clarity2010 Peter Butt foi presidente da Clarity e co-fundador do Centro de Linguagem Jurídica Clara na Universidade de Sydney. Ensinou redacção jurídica clara em diversos países. Actualmente, lecciona um curso de pós-graduação em legística na Universidade de Sydney. Foi professor convidado no Reino Unido (Bristol e Cambridge) e nos Estados Unidos (Vanderbilt). Peter escreveu dois livros sobre legística e é co-editor do Dicionário Jurídico Australiano. Também escreveu diversos livros sobre Direito de propriedade e uma coluna mensal sobre este tema no Australian Law Journal. Peter Butt is a past president of Clarity, and was co-founder of the Centre for Plain Legal Language at the University of Sydney. He has given workshops on plain language legal drafting in many countries. He teaches a post-graduate course in legal drafting at Sydney University. He has held visiting professorships in the UK (Bristol and Cambridge) and the USA (vderbilt). Peter has written two books on legal drafting, and is a co-editor of the Australian Legal Dictionary. He has also written a number of books on property law. He writes a monthly property law column in the Australian Law Journal. Peter Butt Professor Honorário de Direito Universidade de Sydney, Austrália Emeritus Professor of Law University of Sydney, Australia É o coordenador de Línguas do Instituto Tecnológico Autónomo do México (ITAM), no qual é professor a tempo inteiro. É também coordenador da Licenciatura em Tradução e Textos Especializados do Departamento de Educação Continuada do ITAM. Tem participado em conferências nacionais e internacionais como orador nas áreas de tradução, escrita académica e ensino de línguas. Deu aulas nas disciplinas de tradução e interpretação consecutiva como professor convidado no Instituto de Estudos Internacionais de Monterey (Califórnia) e na Universidade de Ottawa. Tem um mestrado em Tradução pela Universidade de Ottawa. He is the coordinator of Languages at ITAM (Instituto Tecnológico Autónomo de México), where he is a full-time professor. He is also the coordinator of the Graduate Diploma on Translation of Specialized Texts at ITAM’s Continuing Education Department. He has participated in national and international conferences as a speaker in the areas of translation, academic writing, and language teaching. He has taught courses of translation and consecutive interpretation as a visiting professor at the Monterey Institute of International Studies (California) and at the University of Ottawa. He has a M.A. in Translation (University of Ottawa). Antonio Canizales Coordenador do Departamento de Línguas Instituto Tecnológico Autónomo do México Coordinador of Languages Instituto Tecnológico Autónomo de México Sarah Carr tem uma licenciatura em Línguas Modernas e Inglês e um MBA e é membro avançado da Sociedade de Editores e Revisores. Trabalhou como gestora no Serviço Nacional de Saúde britânico durante sete anos, antes de se tornar escritora e editora freelance, especializada em escrita e edição em linguagem clara, há 13 anos. As suas publicações incluem Tackling NHS Jargon: getting the message across (Radcliffe Medical Press, 2002) e muitos artigos na imprensa e na internet. Trabalhou como professora convidada na Universidade de Manchester e, actualmente, é a representante da Clarity no Reino Unido. Sarah has a first degree in modern languages and English, and a master’s in business administration (MBA), and is an advanced member of the Society for Editors and Proofreaders. She worked as a general manager in the National Health Service (NHS) for seven years, before becoming a freelance writer and editor, specialising in plain English writing and editing, 13 years ago. Sarah’s publications include Tackling NHS Jargon: getting the message across (Radcliffe Medical Press, 2002) and many journal and internet articles. She has worked as a visiting fellow at Manchester University, and is currently UK representative for Clarity. 65 Sarah Carr [email protected] Redactora e Editora Carr Consultancy / Plain Language Commission Reino Unido Freelance Writer and Editor / Associate Carr Consultancy / Plain Language Commission UK clarity2010 Annetta Cheek é antropóloga doutorada pela Universidade do Arizona. A sua carreira de 25 anos no Governo Federal dos EUA focou-se na escrita e na implementação de regulamentos. Durante quatro anos foi a principal especialista em linguagem clara da equipa do Vice-Presidente Al Gore. Foi presidente do grupo de promoção da linguagem clara de uma associação de agências federais, a PLAIN, desde que este foi fundado em 1995 até se reformar em 2007, e geria o website do grupo, www.plainlanguage.gov. Actualmente, é Presidente do Center for Plain Language. Annetta Cheek Presidente Center for Plain Language, EUA Chair Center for Plain Language, USA Annetta Cheek is an anthropologist with a PhD from the University of Arizona. Her 25-year US Federal government career focused on writing and implementing regulations. She spent four years as the chief plain language expert on Vice President Gore’s task force for reinventing government. She was the chair of the federal interagency plain language advocacy group, PLAIN, since it was founded in 1995 until she retired in 2007, and administered the group’s website, plainlanguage.gov. She is now the Chair of the board of the Center for Plain Language. Anne-Marie é consultora para vários clientes dos sectores público e privado da Nova Zelândia. Juntou-se à Write Limited em 2005 e tornou-se directora da equipa de edição no início de 2009. Como especialista em inglês claro, Anne-Marie gere ou trabalha em vários projectos de simplificação, incluindo reescrita de documentos, avaliação de documentos, testes com utilizadores, guias de estilo, entre outros. Muito do seu trabalho envolve documentação complexa, jurídica ou altamente técnica. Anne-Marie Chisnall is a trusted advisor to a wide variety of clients in both the public and private sectors in New Zealand. She joined Write Limited in 2005 and became manager of Write’s Document Clarity Team in early 2009. Anne-Marie Chisnall Directora da Equipa de Edição Write Limited, Nova Zelândia As a plain English specialist, Anne‑Marie leads or works on all types of document clarity projects, including document redrafting, document assessments, document audits, user-testing projects, style guides, and more. Much of her work involves complex, legal, or highly technical documentation. Manager, Document Clarity Team Write Limited, New Zealand Eleanor Cornelius tem um Mestrado em Linguística Geral. É credenciada em interpretação simultânea (Inglês-Afrikaans; Afrikaans-Inglês). Está, neste momento, a preparar o doutoramento sobre linguagem clara, focado na compreensão de documentos legais por falantes nativos de Afrikaans, uma das línguas oficiais da África do Sul. Na Universidade de Joanesburgo, dá aulas de linguística, psicolinguística, prática linguística (incluindo linguagem clara), tradução jurídica prática e interpretação simultânea e consecutiva. Orienta também estudantes de mestrado. Eleanor Cornelius [email protected] Professora Universidade de Joanesburgo, África do Sul Lecturer University of Johannesburg, South Africa 66 Eleanor Cornelius holds an MA in General Linguistics. She is a fully accredited simultaneous interpreter (English-Afrikaans; Afrikaans-English). Eleanor is currently engaged in doctoral studies on the topic of plain language, focusing on the comprehension of legal documents by mother-tongue speakers of Afrikaans, one of the official languages of South Africa. At the University of Johannesburg she teaches courses in linguistics, psycholinguistics, language practice (including plain language), practical legal translation and simultaneous, consecutive and liaison interpreting. She also provides guidance to master’s students. clarity2010 Renee Cullinan é sócia-gerente da Atalanta Partners, uma empresa de consultoria focada em levar clareza às estratégias empresariais. Nos últimos 20 anos, Renee trabalhou com várias empresas da lista Fortune 500, incluindo Symantec, The Gap, Genentech, Chiron Corporation e a General Electric. Renee Cullinan is Managing Partner at Atalanta Partners, a consulting firm focused on bringing clarity and meaning to corporate strategies. Over the past 20 years, Renee has consulted for Fortune 500 companies including Symantec, The Gap, Genentech, Chiron Corporation and General Electric. Renee Cullinan [email protected] Sócia-Gerente Atalanta Partners, EUA Managing Partner Atalanta Partners, USA Martin Cutts é autor do The Oxford Guide to Plain English (OUP, 2009), que inclui um capítulo sobre linguagem jurídica. É também autor e co-autor de vários livros que demonstram como a linguagem jurídica pode ser clarificada (todos disponíveis para download na secção ‘Books’ de www.clearest.co.uk). Martin foi co-fundador da Plain English Campaign no Reino Unido em 1979 e foi sócio da mesma até 1988. Desde 1994, é director de investigação da Plain Language Commission, uma empresa de edição e formação dedicada à escrita em linguagem clara. Embora não seja advogado, dirige acções de formação para firmas de advocacia. Fala uma espécie de Português subturístico absolutamente inútil. Martin Cutts is author of The Oxford Guide to Plain English (OUP, 2009), which includes a chapter on legal language. He’s also author or co-author of several books showing how legalistic language can be clarified (all on free download under ‘Books’ at www.clearest.co.uk). Martin Cutts Martin co-founded the UK’s Plain English Campaign in 1979 and was a partner there till 1988. Since 1994 he has been research director of Plain Language Commission, a UK-based editing and training business dedicated to clear writing. Though not a lawyer, he runs writing courses for law firms. He speaks a wholly useless form of sub-tourist Portuguese. Research Director Plain Language Commission, UK [email protected] Director de Investigação Plain Language Commission, Reino Unido Jan Dekelver tem um background em engenharia e actualmente dirige K-point, (www.k-point.be), um centro de investigação de tecnologias de informação e comunicação (TIC) e inclusão pertencente ao Katholieke Hogeschool Kempen University College (instituto politécnico da Universidade Católica de Leuven). A sua investigação foca-se sobretudo em projectos sobre competências de comunicação e TIC de indivíduos com dificuldades de aprendizagem e baixa literacia. O seu projecto mais recente, INCLUSO, procura esclarecer se e até que ponto o software social pode apoiar a inclusão social de jovens em risco. Em 2009, Jan recebeu um prémio nacional como ’engenheiro social‘. Jan Dekelver has an engineering background and currently leads K-point, (www.kpoint.be), a research centre on information and communication technologies (ICT) and inclusion at the Katholieke Hogeschool Kempen University College, a part of K.U.Leuven association. His main research relates to projects involving communication and ICT skills of people with intellectual disabilities and low literacy. His latest project, INCLUSO, is researching if and how social software can support the social inclusion of young people at risk. In 2009, he received a national award as ‘social engineer’. 67 Jan Dekelver Professor e Gestor de Projectos Katholieke Hogeschool Kempen, Bélgica Lecturer and Project Manager Katholieke Hogeschool Kempen, Belgium clarity2010 Helena Englund Hjalmarsson tem um bacharelato em Consultoria da Língua Sueca e uma licenciatura em Administração de Recursos Humanos para Pedagogos. É sócia e CEO de uma agência de consultoria de linguagem clara, a Språkkonsulterna, é especialista em escrita para a Web. É também co-autora dos livros Klarspråk på nätet (Linguagem Clara na Web) e Tillgängliga webbplatser i praktiken (Como Construir Websites Acessíveis), que são usados em escritórios editoriais por toda a Suécia. Até há pouco foi a Presidente da Associação de Consultores de Línguagem Suecos. Consultora de Linguagem Clara Språkkonsulterna, Suécia Helena Englund Hjalmarsson has a Bachelor degree in Swedish Language Consultancy and a university diploma in Human Resources Administration for Pedagogues. She is partner and CEO at the Plain Language agency Språkkonsulterna. She specializes in legible language and writing for the Web. She is also the co-author of Klarspråk på nätet (Plain Language on the Web) and Tillgängliga webbplatser i praktiken (Accessible Websites in Practice), two books that can be found in editorial offices across Sweden. Plain-Language Consultant Språkkonsulterna, Sweden Until recently she was the chairperson of The Association of Swedish Language Consultants. Helena Englund Hjalmarsson [email protected] Diana Ettner é Adjunta do Secretário de Estado da Presidência do Conselho de Ministros. Formada em Direito, é actualmente uma das responsáveis pelo projecto de simplificação legislativa do Governo: SIMPLEGIS. Diana Ettner is an adviser to the Secretary of State of the Presidency of the Council of Ministers. With a degree in Law, Diana manages SIMPLEGIS, the government’s legislation simplification project. Diana Ettner Adjunta do Secretário de Estado da Presidência do Conselho de Ministros, Portugal Adviser of the Secretary of State of the Presidency of the Council of Ministers, Portugal Nicole-Marie Fernbach é licenciada em Direito e em Literatura Inglesa (Université de Bordeaux, France, 1971) e mestre em Direito (Université de Montréal, 1987). Anteriormente revisora jurídica no Gabinete de Tradução da Secretaria de Estado do Canadá (1975-1982), Nicole é uma tradutora certificada pela Ordem dos Tradutores do Quebec. É também fundadora e proprietária da Juricom e lecciona, há mais de 30 anos, tradução e escrita jurídica. É autora de artigos sobre escrita jurídica clara e do livro La lisibilité dans la rédaction juridique au Québec (1990). Fundou o Centro Internacional de Legibilidade, em Montreal. Nicole Fernbach [email protected] Fundadora e Directora Centro Internacional de Legibilidade, Canadá Founder and Director Centre International de Lisibilité, Canada 68 Nicole-Marie Fernbach has a bachelor’s degree in Law and a bachelor’s degree in English Literature (Université de Bordeaux, France, 1971), and a master’s degree in Law (Université de Montréal, 1987). Formerly a legal reviser, at the Translation Bureau of the Secretary of State of Canada (1975-1982), Nicole is a Certified Translator. She is also the founder and owner of Juricom and has taught legal translation and legal writing for more than 30 years. She is the author of articles on clear legal writing and a book entitled La lisibilité dans la rédaction juridique au Québec (1990). Nicole is also the founder of the Centre International de Lisibilité, Montreal. clarity2010 Elza Barboza é Tecnologista Senior do IBICT, onde desenvolvo trabalhos relacionados a avaliação e controle de qualidade em bases de dados, avaliação de websites quanto à acessibilidade e usabilidade (conteúdo, design, layout, navegação), e estudo de normas e directrizes de avaliação. Sou bacharel em Letras Anglo-Germânicas (UFPE,1966) e bacharel em Biblioteconomia e Documentação (UFPE, 1973), mestre em Ciência da Informação (IBICT, 1978) e doutora em Ciência da Informação (UnB, 1998). Elza Barboza is a Senior Technologist at IBICT. Her work is related to database quality control and assessment, website accessibility and usability evaluation (content, design, layout, navigation), and research of evaluation standards and guidelines. Elza has a bachelor’s degree in Anglo-Germanic Linguistics (UFPE, 1966) and in Library and Documentation Studies (UFPE, 1973), a master’s in Information Science (IBICT, 1978) and a PhD in Information Science (UnB, 1998). Elza Ferraz Barboza [email protected] Bibliotecária Instituto de Informação em Ciência e Tecnologia, Brasil Librarian Institute of Science and Technology Information, Brazil Sandra Fisher-Martins é directora da Português Claro, uma empresa de consultoria e formação que introduziu em Portugal o conceito de linguagem clara e que, desde 2007, ajuda as empresas e instituições portuguesas a comunicar de uma forma mais clara. Sandra interessa-se pelo uso da linguagem clara e do design de informação como forma de ajudar os cidadãos a tomar decisões mais informadas acerca da sua saúde, educação, bem-estar e direitos cívicos. Os seus clientes incluem o governo, as Finanças, a Segurança Social, a Caixa Geral de Depósitos e a Zon. Sandra representa a Clarity em Portugal. É membro do conselho de administração da PLAIN e pertence ao International Plain Language Working Group. Sandra Fisher-Martins runs Português Claro, a training and consultancy firm that introduced plain language in Portugal and has been helping Portuguese companies and government agencies communicate clearly since 2007. Sandra is particularly interested in the use of plain language and information design in public documents as a way of helping citizens make informed choices about their health, education, welfare, and civil rights. Her clients include the Government, Inland Revenue, Social Security, Caixa (Portugal’s largest bank) and ZON (telecommunications). Sandra Fisher-Martins [email protected] Directora Português Claro Director Português Claro Sandra is the Portuguese representative for Clarity. She is a member of the board of PLAIN and part of the International Plain Language Working Group. Martin Foessleitner tem 10 anos de experiência de gestão numa empresa japonesa de digital imaging, primeiro como Gestor de Produto na Europa de Leste e depois como Director de Marketing na Áustria, antes de ter fundado a High- PerformanceVienna GmbH em 1999. A empresa aplica o design de informação como uma ponte entre as disciplinas do marketing e das vendas em empresas multinacionais. Martin é membro da administração do Instituto Internacional de Design de Informação (IIID) e da designaustria. Martin Foessleitner has a 10-year management background in a Japanese company of the digital imaging business, as a Product Manager in Eastern Europe and as Marketing Director in Austria before he founded High-Performance-Vienna GmbH in 1999. The company’s work applies information design to link the gap between the disciplines of marketing and sales in multinational corporations. Martin is board member of the International Institute for Information Design (IIID) and designaustria. Martin Foessleitner [email protected] Director Instituto Internacional de Design de Informação Director International Institute for Information Design 69 clarity2010 Graça Fonseca é a vereadora com o pelouro da Modernização Administrativa e Descentralização da Câmara Municipal de Lisboa. Doutoranda em Sociologia e licenciada em Direito, Graça Fonseca é responsável por várias medidas de simplificação administrativa e inovação no Município de Lisboa, incluindo o projecto SimpLis. Graça Fonseca is the councillor in charge of Administrative Modernization at the City Council of Lisbon. Graça manages several of the Council’s administrative innovation and simplification initiatives, including the project SimpLis. She has a degree in Law and is preparing a PhD in Sociology. Graça Fonseca Vereadora de Modernização Administrativa e Descentralização Câmara Municipal de Lisboa, Portugal Councillor for Administrative Modernization Lisbon Council, Portugal Elsa Freire coordenou o projecto de implementação do centro de contacto Via Segurança Social e dirige a operação a nível nacional desde o seu arranque, em Dezembro 2008. Anteriormente desenvolveu a sua actividade profissional nas áreas de operações, gestão de projectos, reengenharia de processos de trabalho, e auditoria. Trabalhou numa empresa do grupo Portugal Telecom e das World Directories (Páginas Amarelas, SA), e numa empresa de auditoria multinacional (Arthur Andersen, SA). Elsa Freire coordinated the setting up of the Via Social Security Contact Center and, since its launch in December 2008, has run its operations. Elsa Freire Directora do Contact Center Instituto da Segurança Social, Portugal Previously, Elsa worked in operations, project management, business process reengineering and auditing. She worked for a Portugal Telecom company, for World Directories (Páginas Amarelas, SA) and for an international consulting firm (Arthur Andersen, SA). Contact Center Director Social Security Institute, Portugal Rosa Margarita Galán Vélez é Presidente da Rede de Linguagem Clara no México desde Agosto de 2006. Desde 1998, é Chefe do Departamento Académico de Línguas do Instituto Tecnológico Autónomo de México, no qual é professora a tempo inteiro. Coordena a Licenciatura em Escrita Profissional. Tem participado como oradora em conferências nacionais e internacionais sobre ensino e avaliação da escrita. Tem um doutoramento em Educação e um mestrado em Literaturas Comparadas. Rosa Margarita Galán Vélez has been President of the Plain Language Network in Mexico since August 2006. Rosa Galán Directora do Departamento de Línguas Instituto Tecnológico Autónomo de México Head of the Department of Languages Instituto Tecnológico Autónomo de México 70 Since 1998, she has been the Head of the Language Academic Department at ITAM (Instituto Tecnológico Autónomo de México), where she is a full-time teacher. She coordinates the Graduate Diploma on Professional Writing. She has participated in national and international conferences as a speaker on the teaching and evaluation of writing. She has a PhD in Education and a master’s degree in Comparative Literature. clarity2010 John L. Geiger é advogado e gestor executivo do Departamento de Serviços Internos do Condado de Los Angeles. John tem desempenhado um papel fundamental no avanço da Iniciativa pela Linguagem Clara. Em Abril de 2010, o Center for Plain Language reconheceu a sua reescrita do modelo de contrato do Condado com um prémio de excelência ClearMark. John tem uma licenciatura em Direito Juris Doctor da University of Southern California, um mestrado em Guionismo da University of California, Los Angeles e um bacharelato em Inglês da University of California, Berkeley. É também membro do Writers Guild of America. John L. Geiger is an attorney and executive manager in Los Angeles County’s Internal Services Department. He has been instrumental in advancing the County’s Plain Language Initiative. In April 2010, the Center for Plain Language recognized John’s re-write of the County’s contract template with a ClearMark Award of Excellence. John is a graduate of the University of Southern California (Juris Doctor), the University of California, Los Angeles (Master of Fine Arts – Screenwriting), and the University of California, Berkeley (Bachelor of Arts – English). He is also a member of the Writers Guild of America. John Geiger Advogado Director-Geral para a Qualidade Condado de Los Angeles, EUA Lawyer General Manager–Standards & Practice Los Angeles County, USA Com um mestrado em Direito e outro em Qualidade, Helena trabalha como Especialista Internacional de Contratos para a Lexpert, sedeada em Helsínquia, na Finlândia. Ajuda as empresas a alcançar o sucesso através da utilização de uma abordagem proactive, que lhes permite obter melhores resultados e evitar problemas legais. Nomeada “Exportadora de Educação do Ano” pelo Instituto Finlandês para o Comércio Internacional, conduz frequentemente workshops de formação em várias partes do mundo. Está activamente envolvida no desenvolvimento da Escola Nórdica para o Direito Pró-Activo (www.proactivelaw.org) e no ProActive ThinkTank (www.proactivethinktank.com). Master of Law and Master of Quality, Helena works as International Contract Counsel for Lexpert Ltd, based in Helsinki, Finland. She helps corporate clients become more successful by applying a proactive approach; one that helps them achieve better business results and stay out of legal trouble. Nominated “Export Educator of the Year” by Finnish Institute for International Trade, she regularly conducts training workshops in various parts of the world. She is actively involved in the development of the Nordic School of Proactive Law and the ProActive ThinkTank. Helena Haapio [email protected] Especialista em Contratos Internacionais Lexpert Ltd / Universidade de Vaasa, Finlândia International Contract Counsel Lexpert Ltd / University of Vaasa, Finland Katrin Hallik tem um bacharelato em Inglês e Filologia Francesa pela Universidade de Tallinn e um mestrado em Interpretação de Conferências da Universidade Aberta de Talinn. De 1997 a 2008, trabalhou como tradutora e intérprete freelancer. Desde 2008, é especialista em planeamento da linguagem no Instituto da Língua Estónia. Katrin Hallik has a BA in English and French Philology from Tallinn University and a master’s degree in conference interpretation at The Open University of Tallinn. From 1997 to 2008 she worked as freelance interpreter and translator and, since 2008, is Senior Language Planner at the Institute of the Estonian Language. Katrin Hallik [email protected] Especialista em Planeamento da Linguagem Instituto da Língua, Estónia Senior Language Planner The Institute of the Estonian Language 71 clarity2010 Anne-Marie Hasselrot é Directora de Departamento e Especialista em Linguagem no Ministério da Justiça da Suécia. Desde 1997 que trabalha na Divisão para a Revisão Jurídica e Linguística da Legislação. O seu trabalho implica rever e modernizar a linguagem de todos os tipos de documentos governamentais, sobretudo actos legislativos. Faz também parte do Serviço de Linguagem da União Europeia, que dá apoio a tradutores, agências e ministérios suecos. Anne-Marie Hasselrot Anne-Marie Hasselrot is a Deputy Director and Language Expert from the Swedish Ministry of Justice. Since 1997, she has been working at the Division for Legal and Linguistic Draft Revision. Her work involves revising and modernising the language of all kinds of government documents, primarily legislative acts. She is also involved in the EU Language Service, which provides support to Swedish translators, ministries and public agencies. Directora Ministério da Justiça, Suécia Deputy Director Ministry of Justice, Sweden Susanne Hoogwater é uma designer de informação jurídica, advogada criativa, autora e formadora. É autora de Beeldtaal voor Juristen (Linguagem Visual para Advogados, primeira edição em 2005, segunda edição em 2010). Fundou a sua própria empresa, a Legal Visuals, em 2005. Susanne nasceu na Holanda e vive em Denver, Colorado, nos Estados Unidos. Outros dos seus projectos jurídicos criativos são: www.goodmoodlaw.com, www.legalsketchpad.com e www.peacemapping.com. Susanne Hoogwater [email protected] Advogada Criativa Legal Visuals, EUA Susanne Hoogwater is a legal information designer, creative lawyer, author and trainer. She has a background in legal practice as an attorney and corporate lawyer. She is the author of Beeldtaal voor Juristen (Visual language for Lawyers, first edition 2005, second edition 2010). She started her own business, Legal Visuals, in 2005. Susanne is a native of the Netherlands and lives in Denver, Colorado, United States. Her other creative legal projects are: www.goodmoodlaw.com, www.legalsketchpad.com and www.peacemapping.com. Creative Lawyer Legal Visuals, USA Dr Neil James é Director Executivo da Plain English Foundation na Austrália, que combina auditoria, edição e formação com uma campanha por uma linguagem pública mais ética e eficaz. Neil tem um doutoramento em Inglês e publicou três livros e cerca de 60 artigos e ensaios sobre linguagem e literatura. O seu último livro, Writing at Work, procura actualizar a retórica dos profissionais. Neil aparece frequentemente nos media australianos e tem um programa na ABC Radio. Organizou a conferência PLAIN2009 e é actualmente presidente do International Plain Language Working Group. Neil James [email protected] Presidente Plain English Foundation, Austrália President Plain English Foundation, Australia 72 Dr Neil James is Executive Director of the Plain English Foundation in Australia, which combines plain English auditing, editing and training with a campaign for more ethical and effective public language. Neil has a doctorate in English and has published three books and over 60 articles and essays on language and literature. His latest book Writing at Work focuses on reforming the rhetoric of the professions. Neil is a regular speaker in the media throughout Australia, where he features on the ABC Radio network. He hosted the PLAIN 2009 conference and is currently chair of the International Plain Language Working Group. clarity2010 Caroline Jarrett tem trabalhado na melhoria da usabilidade de formulários complexos desde 1992. Tem um interesse particular nos desafios proporcionados pelos formulários de impostos e pelos formulários jurídicos. Caroline é co-autora de Forms that work: Designing web forms for usability e User Interface Design and Evaluation, ambos publicados pela Morgan Kaufmann. Caroline Jarrett has worked on improving the usability of complex forms since 1992. She is particularly interested in the challenges offered by tax and legal forms. Caroline is co-author of Forms that work: Designing web forms for usability and User Interface Design and Evaluation, both published by Morgan Kaufmann. Caroline Jarrett [email protected] Consultora de Usabilidade e de User Experience Effortmark Limited, Reino Unido User Experience and Usability Consultant Effortmark Limited, UK Katre Kasemets tem um bacharelato em Estónio e Filologia Fino-Húngara da Universidade de Tartu e um mestrado em Filologia Estónia da Universidade de Tallinn. Entre 2002 e 2008 foi editora e directora do Departamento de Língua na Editora Estonian Encyclopaedia Publishers Ltd. Desde 2008 que é terminologista sénior no Instituto da Língua Estónia. Katre Kasemets has a BA in Estonian and Finno-Ugrian Philology from the University of Tartu and an MA in Estonian Philology from Tallinn University. From 2002 to 2008, she worked as Language Editor and Head of the Language Department at the Estonian Encyclopaedia Publishers Ltd. Since 2008, Katre has been Senior Terminologist at the Institute of the Estonian Language. Katre Kasemets [email protected] Terminologista Sénior Instituto da Língua, Estónia Senior Terminologist The Institute of the Estonian Language Joseph Kimble lecciona há mais de 25 anos na Thomas Cooley Law School em Lansing, no Michigan. Escreveu o livro Lifting the Fog of Legalese: Essays on Plain Language, publicou vários artigos sobre escrita jurídica e deu palestras por todo o mundo. É o editor do The Scribes Journal of Legal Writing e da coluna “Plain Language” no jornal da Ordem dos Advogados do Michigan, foi presidente da Clarity e consultor para a escrita das normas dos tribunais federais americanos. Liderou o trabalho de reescrita das Normas Federais de Processo Civil e das Normas Federais de Processo Probatório. Joseph Kimble has taught for 25 years at Thomas Cooley Law School in Lansing, Michigan. He has written a book called Lifting the Fog of Legalese: Essays on Plain Language, published many articles on legal writing, and lectured throughout the United States and abroad. He is the editor of The Scribes Journal of Legal Writing, the longtime editor of the ‘Plain Language’ column in the Michigan Bar Journal, a past president of Clarity, and the drafting consultant on all U.S. federal court rules. He led the work of redrafting the Federal Rules of Civil Procedure and Federal Rules of Evidence. 73 Joseph Kimble [email protected] Professor Thomas Cooley Law School, EUA Professor Thomas Cooley Law School, USA clarity2010 Há mais de 16 anos que Kristin M. Kleimann tem resolvido problemas de comunicação utilizando design de informação, investigação, linguagem clara e avaliação. Kristin acredita que não se pode modificar o conteúdo da comunicação escrita sem analisar o design, e não se pode mudar o design da comunicação escrita sem analisar o conteúdo. Tem trabalhado com inúmeras organizações privadas e governamentais, ajudandoas a desenvolver e desenhar peças de comunicação que sejam claras e fáceis de usar pelo leitor. Kristin publicou vários artigos e concebeu vários seminários presenciais e pela web. Kristin Kleimann [email protected] Directora Kleimann Communication Group, EUA Principal Kleimann Communication Group, USA For over 16 years, Kristin M. Kleimann has solved real world communication problems using information design, research, plain language, and testing. Kristin believes that one cannot change content in written communication without also considering design; and one cannot change design in written communication without also considering content. She has worked with numerous government and private agencies to help them develop and design communication pieces that are clear and easy-to-use for the reader. Kristin has authored several articles and designed seminars and webinars. Susan Kleimann, Presidente do Kleimann Communication Group, tem mais de 30 anos de experiência como especialista em comunicação. Susan tem dirigido projectos transformativos de pesquisa, design e processos organizacionais relacionados com documentos de política pública com grande visibilidade e impacto para várias agências governamentais. Foi directora do Centro para Design de Documentos no American Institutes for Research, a primeira Directora Executiva do Center for Plain Language e presidente do júri dos primeiros prémios ClearMark. Susan Kleimann Presidente Kleimann Communication Group, EUA President Kleimann Communication Group, USA Susan Kleimann, President of Kleimann Communication Group, has over 30 years of experience providing thoughtful technical communication expertise to numerous organizations. She has led transformative research, design, and organisational process projects related to public policy documents with high visibility and farreaching impact for multiple government agencies. She served as the Director of the Document Design Center at the American Institutes of Research, the first Executive Director of the Center for Plain Language, and Chair of the Center’s first ClearMark Awards. Caroline Lindberg pertence à equipa de advogados da CLEO (Community Legal Education Ontario/Éducation juridique communautaire Ontario) há mais do que 10 anos. CLEO é uma clinica jurídica comunitária na província canadiana de Ontario que fornece informação em linguagem clara a pessoas vulneráveis e com baixos rendimentos e para que possam compreender os seus direitos e exercê-los. Caroline tem uma licenciatura da Escola de Direito da Universidade de Toronto e fala francês, espanhol e sueco. Caroline Lindberg has been a staff lawyer at CLEO (Community Legal Education Ontario/Éducation juridique communautaire Ontario) for more than ten years. Caroline Lindberg [email protected] CLEO is a community legal clinic dedicated to providing low-income and disadvantaged people in the Canadian province of Ontario with the plain language legal information they need to understand and exercise their legal rights. Advogada Community Legal Education Ontario, Canadá Caroline is a graduate of the University of Toronto Law School and she also speaks French, Spanish and Swedish. Staff Lawyer Community Legal Education Ontario, Canada 74 clarity2010 Robert Linsky é designer de informação há mais de 30 anos. Actualmente, trabalha como Especialista em Design de Informação e Director de Design na NEPS, LLC. Robert é membro do Instituto Internacional de Design de Informação (IIID), do Instituto de Pesquisa em Comunicação (CRA), da Associação de Design de Informação (IDA) e da direcção editorial do Information Design Journal. Recentemente, foi júri do programa de prémios ClearMark do Center for Plain Language. Robert Linsky has been a practicing information designer for over 30 years. Currently he serves as the Information Design Doc and Head of Design at NEPS, LLC. Robert is a member of the International Institute for Information Design (IIID), a Fellow of the Communications Research Institute (CRI), a member of Information Design Association (IDA), and a member of the editorial board of the Information Design Journal. He recently served as a judge for the Center for Plain Language ClearMark awards program. Robert Linsky [email protected] Designer de Informação NEPS, EUA Information Design Doc NEPS USA William Lutz é advogado e Professor Honorário de Inglês na Universidade de Rutgers em Nova Jersey. É autor ou co-autor de 17 livros. Trabalha em linguagem clara há mais de 20 anos. Em 1989, ajudou a preparar o Guia de Inglês Claro da Comissão do Mercado de Valores Mobiliários americana e em 2009 preparou um relatório para a Comissão sobre formas de modernizar o seu sistema de divulgação de informação. William Lutz is Emeritus Professor of English at Rutgers University in New Jersey and an attorney. He is the author or co-author of 17 books. He has worked for over 20 years in plain language. In 1989 he helped prepare the US Securities and Exchange Commission’s Plain English Handbook, and in 2009 he prepared a report for the SEC on how it could modernize its disclosure system. William Lutz [email protected] Professor Honorário de Inglês Universidade de Rutgers, EUA Emeritus Professor of English Rutgers University, USA Nancy S. Marder é Professora de Direito no Chicago-Kent College of Law nos Estados Unidos. Escreve sobre o sistema de jurados americano e tem publicado diversos artigos e ensaios sobre o tema, assim como um livro chamado The Jury Process. Também dá uma formação chamada “Jurados, Juízes e Julgamentos”. Nancy participou como oradora em várias conferências e simpósios nos Estados Unidos e noutros países sobre temas como instruções para jurados, os jurados e a cultura popular e as câmaras na sala de tribunal. Nancy S. Marder is a Professor of Law at Chicago-Kent College of Law in the United States. She writes about the American jury system and has published numerous articles and essays on the jury, as well as a book called The Jury Process. She also teaches a law-school course on the jury called “Juries, Judges & Trials.” Nancy has spoken at many conferences and symposia in the United States and abroad on a range of topics including jury instructions, the jury and popular culture, and cameras in the courtroom. Nancy Marder [email protected] Professora de Direito Chicago-Kent College of Law, EUA Professor of Law Chicago-Kent College of Law, USA 75 clarity2010 Ana Paula Martins é Directora de Comunicação do Instituto da Segurança Social desde 2002. Licenciada em Comunicação Organizacional, iniciou a sua carreira na Segurança Social há 25 anos como programadora informática e analista no Instituto de Gestão Financeira, onde foi responsável pela criação do Núcleo de Comunicação. Ana Paula Martins is Director of Communication at the Institute for Social Security since 2002. With a degree in Organisational Communications, Ana Paula started her Social Security career 25 years ago as a software programmer and analyst at the Institute for Financial Management, where she later launched a Communication Department. Ana Paula Martins Directora de Comunicação Instituto da Segurança Social, Portugal Communication Director Social Security Institute, Portugal Anki Mattson é especialista em linguagem clara e tem uma licenciatura da Universidade de Estocolmo. Desde 2004 que dirige uma das maiores agências de consultoria em linguagem clara, com clientes nos sectores público e privado. O seu trabalho foca-se na linguagem oficial e jurídica. Anki é uma forte defensora da linguagem clara, que acredita que “a linguagem oficial clara é um direito democrático dos cidadãos e a linguagem jurídica clara é um direito fundamental”. A sua agência está a organizar a conferência PLAIN 2011 em Estocolmo, na Suécia. Anki Mattson www.sprakkonsulterna.se Especialista em Linguagem Clara Språkkonsulterna, Suécia Plain-Language Expert Språkkonsulterna, Sweden Anki Mattson is a plain-language expert with a diploma from Stockholm University. Since 2004 she runs one of Sweden’s largest plain language agencies, The Language Consultants, with clients in the public and private sectors. Her work focuses on official and legal language and she is a strong advocate for plain language, guided by the motto: ”Clear official language is a citizen’s democratic right, and clear legal language is a human right!” Anki’s agency is organizing the Plain 2011 conference in Stockholm, Sweden. www.plain2011.com Eamonn Moran é redactor de leis no Departamento de Justiça de Hong Kong e membro da Comissão de Reforma do Direito de Hong Kong. Mantém estas posições desde Janeiro de 2008. Tem 36 anos de experiência em legística, incluindo oito anos como Chief Parliamentary Counsel de Vitória, na Austrália. Tem uma vasta experiência no ensino e na realização de apresentações sobre escrita de leis e interpretação regulamentar e interessa-se há muito pela adopção de técnicas de linguagem clara na redacção de leis. É Presidente da Commonwealth Association of Legislative Counsel desde 2007. Eamonn Moran [email protected] Legislador Departmento da Justiça, Hong Kong, China Law Draftsman Department of Justice, Hong Kong, China 76 Eamonn Moran is Law Draftsman in the Department of Justice of Hong Kong, and a Member of the Law Reform Commission of Hong Kong. He has held these posts since January 2008. He has 36 years’ experience in legislative drafting, including eight years as Chief Parliamentary Counsel in Victoria, Australia. He has extensive experience in teaching and presenting on legislative drafting and statutory interpretation, and has had a long interest in the adoption of plain language techniques in legislative drafting. He has been President of the Commonwealth Association of Legislative Counsel since 2007. clarity2010 De formação jurídica, trabalha há mais de 20 anos para a Comissão Europeia em diferentes áreas, desde o controlo financeiro, fiscalidade, educação até à tradução. With a background in Law, I have been working for the European Commission for more than 20 years, in areas as diverse as finance, fiscal matters, education and translation. Luís Moreira Tradutor Comissão Europeia, Portugal Translator European Commission, Portugal Angela Morelli tem um mestrado em Design de Comunicação do Central St Martins, onde se especializou em Design de Informação. Tem uma licenciatura em Engenharia e um mestrado em Design Industrial tirado em Milão. O seu projecto de mestrado, The Global Water Footprint of Humanity, recebeu a menção honrosa do concurso de design INDEX: AIGA Aspen Design Challenge Designing Water’s Future. A sua infografia intitulada The Steady State Economy foi seleccionada para a colectânea de ilustração britânica contemporânea, Images 34. Angela é Professora Adjunta da Universidade Central St Martins em Londres. Angela Morelli gained her MA in Communication Design from Central St Martins, where she specialised in Information Design. Her first degree was in Engineering and she has an MA in Industrial Design from Milan. Her MA project, The Global Water Footprint of Humanity, was awarded Honorable Mention for outstanding work at the INDEX: AIGA Aspen Design Challenge Designing Water’s Future. Her recent info-graphics representation of The Steady State Economy has been selected for Images 34, The best of British Contemporary Illustration 2010. She is Associate Lecturer at Central St Martins. Angela Morelli www.angelamorelli.com Designer de Informação Universidade Central St Martins, Reino Unido Information Designer Central St Martins University London, UK Sissel C. Motzfeldt é consultora da Agência para Gestão Pública e eGovernment, que procura renovar o sector público norueguês. É a gestora do projecto “Linguagem Clara nos Serviços Públicos Noruegueses”. Sissel tem mais de 30 anos de experiência no Governo Central e teve um papel importante na definição da sua nova política de comunicação. Tem também trabalhado na área da participação dos cidadãos e no desenvolvimento de estratégias de comunicação para ministérios e agências públicas. Sissel C. Motzfeldt is a senior adviser at the Agency for Public Management and eGovernment, which aims to strengthen the government’s work in renewing the Norwegian public sector. She is the project manager for the project “Plain Language in Norway’s Civil Service”. She has more than 30 years of experience at the Norwegian Central Government and has played a major role in the development of its new Communication Policy. In addition she has primarily worked with user involvement and strategy development for ministries and agencies in the field of communication. Sissel Motzfeldt [email protected] Consultora e Gestora de Projectos Agência para Gestão Pública e eGovernment, Noruega Senior Adviser and Project Manager Agency for Public Management and eGovernment, Norway 77 clarity2010 Karine Nicolay é professora de comunicação e gestora de projectos na Katholieke Hogeschool Kempen (instituto politécnico ligado à Universidade de Leuven). Trabalha na área da linguagem clara desde o início da década de noventa, tendo sido editora do jornal flamengo em linguagem clara Wablieft. Com o seu colega Jan Dekelver, estabeleceu o serviço de formação e reescrita em linguagem clara da escola. Juntos, integram e coordenam vários projectos comparticipados pela União Europeia. Karine trabalha em projectos de formação e reescrita para empresas privadas e autoridades públicas. É membro do International Plain Language Working Group, desde 2001. Karine Nicolay Professora e Gestora de Projectos de linguagem clara Katholieke Hogeschool Kempen, Bélgica Lecturer and Plain Language Project Manager Katholieke Hogeschool Kempen, Belgium Karine Nicolay is a lecturer on communication skills and plain language project manager at the Katholieke Hogeschool Kempen (university college associated with Leuven University). She has been in the plain-language field since the early nineties, as editor-in-chief of the Flemish plain-language newspaper ‘Wablieft’. With her colleague Jan Dekelver, she established the school’s plain language training and rewriting services. Together they have participated in and coordinated several European funded projects. Karine gets training and rewriting assignments from both private companies and public authorities. In 2010 she became a member of the International Plain Language Working Group. Mami Hiraike Okawara é Professora e Reitora da Faculdade de Política Local da Universidade de Economia da Cidade de Takasaki, no Japão. Também pertence à comissão de mediação do Tribunal de Família de Maebashi. Tem um doutoramento em linguística da Universidade de Sidney. O foco da sua investigação é a linguagem jurídica, tendo publicado A sociedade americana vista através dos seus tribunais (1998), O sistema japonês de juízes leigos visto pelos olhos das pessoas leigas (2008), As peculiaridades da linguagem jurídica (2009) e A história secreta dos tribunais (2010). Mami Okawara Professora Universitária e Reitora Universidade de Economia de Takasaki, Japão Professor and Dean Takasaki City University of Economics, Japan Mami Hiraike Okawara is Professor and Dean at the Graduate School of Regional Policy, Takasaki City University of Economics, Japan. She is also a conciliation commissioner at Maebashi Family Court. She received her doctorate in linguistics at Sydney University. Her research interest is the analysis of legal language. She published Saiban kara Mita America Shakai (American Society Viewed through Trials, 1998), Shimin kara Mita Saiban-In Saiban (The Japanese Lay Judge System Viewed through Lay People, 2008), Saiban Omoshiro Kotoba-Gaku (Peculiar Legal Language Studies, 2009) and Mina ga Shiranai Saiban Gyoukai Urabanashi (An Inside Story of the Courtroom World, 2010). Eva Olovsson trabalha no Instituto de Línguas da Suécia desde 2006, onde é responsável pelo trabalho em linguagem clara com os organismos públicos. Eva tem uma vasta experiência como consultora de linguagem clara. No passado, trabalhou nos Gabinetes do Governo, na revisão da legislação sueca. Eva Olovsson has worked at the Swedish Language Council since 2006. Here she is responsible for plain language work concerning public authorities. Eva has a great deal of experience of working with authorities as a Plain Language Consultant. Previously, she worked as a language expert at the Government Offices, revising Swedish legislation. Eva Olovsson Especialista em Linguagem Språkrådet – Instituto de Línguas da Suécia Language Expert Språkrådet – The Language Council of Sweden 78 clarity2010 O Dr. Tunde Opeibi é professor catedrático na Universidade de Lagos na Nigéria. Foi recentemente nomeado Assistente Especial (Discursos & Comunicação) do Governador do Estado de Lagos, a capital económica da Nigéria. As suas áreas de investigação incluem a sociolinguística, o discurso jurídico e a comunicação política. É actualmente o representante nacional da Clarity na Nigéria. Dr Tunde Opeibi is Senior Lecturer at the University of Lagos in Nigeria. He was recently appointed as Senior Special Assistant (Speech & Communication) to the Governor of Lagos State, Nigeria’s economic capital city. His research interests include Sociolinguistics, Legal Discourse and Political Communication. He is presently the country representative for Clarity in Nigeria. Tunde Opeibi [email protected] Assessor Especial do Governador Governo do Estado de Lagos, Nigéria Senior Special Assistant to the Governor Lagos State Government, Nigeria Experiente redactora e revisora jurídica, Daphne tem apoiado o movimento pela linguagem clara numa firma de advocacia da City de Londres, enquanto formadora, autora de conteúdos e especialista de linguagem clara. Antes disso, exerceu Direito Comercial, também em Londres, durante 12 anos. Actualmente trabalha como freelancer especialista em comunicação jurídica e empresarial. É membro da Clarity há cerca de 17 anos e faz parte da sua Comissão. Experienced in legal drafting and editing, Daphne has for many years supported the plain language movement in a City of London law firm as a trainer, writer and plain language expert. Before that, she practised for 12 years as a commercial barrister in London. She is now a freelance trainer, writer and consultant for law and business. Daphne has been a Clarity member for 17 years and now serves on the committee. Daphne Perry [email protected] Formadora, Consultora e Autora de Conteúdos em Linguagem Clara Clarifynow, Reino Unido Plain English Trainer, Writer and Consultant Clarifynow, UK Aino Piehl trabalha como investigadora e especialista em linguagem da União Europeia no Instituto de Pesquisa das Línguas da Finlândia. Os seus interesses de investigação incluem a compreensão de leis e textos administrativos e a influência da legislação da UE nas leis e regulamentos finlandeses. Aino é co-autora de dois manuais para redactores de textos oficiais e um guia para produzir textos e discursos para serem mais tarde traduzidos e interpretados. Aino Piehl works as a researcher and EU language specialist in the Research Institute for the Languages of Finland. Her research interests include the comprehensibility of laws and administrative texts and the influence of EU legislation on Finnish laws and regulations. She is the co-author of two handbooks for writers of official texts and a guidebook for officials producing texts and speeches later to be translated and interpreted. Aino Piehl [email protected] Consultora de Línguas da UE Instituto de Investigação das Línguas, Finlândia EU Language Consultant Research Institute for the Languages of Finland 79 clarity2010 Trabalhei como redactor jurídico para o Gabinete do Chief Parliamentary Counsel de Victoria, na Austrália, de 1985 a 2006. Desde 2006 que trabalho na Comissão Nacional de Transportes, onde sou neste momento o principal jurista e redactor jurídico. O inglês claro tem sido uma paixão durante toda a minha carreira profissional. I worked as a legislative drafter for the Office of the Chief Parliamentary Counsel, Victoria from 1985 to 2006. Since 2006 I have worked at the National Transport Commission, and I am now the Commission’s Chief Legislative Drafter and Counsel. Plain English has been a passion of mine throughout my professional career. Ben Piper Legislador-Chefe e Jurista Comissão Nacional de Transportes, Austrália Chief Legislative Drafter and Counsel National Transport Commission, Australia Marina Posniak é uma arquitecta de informação do grupo de Simplificação da Siegel+Gale, onde se foca na estratégia de conteúdos, na escrita em linguagem clara e no design de informação. Os seus clientes incluem o serviço de Finanças americano, a American Express e o Banco da América. Recentemente tem estado dedicada ao desenvolvimento de standards e directrizes sobre escrita clara para papel e para a web. Marina tem um mestrado em Planeamento da Comunicação e Design de Informação da Carnegie Mellon University. Natural do Brasil, fala português fluente. Marina Posniak [email protected] Arquitecta de Informação Siegel+Gale, EUA Information Architect Siegel+Gale, USA Marina Posniak is an information architect in Siegel+Gale’s Simplification group, where she focuses on content strategy, plain-language writing, and designing information so it makes sense to users. Marina’s clients have included the Internal Revenue Service, American Express, Bank of America, and United Airlines Mileage Plus. Her recent work centers on developing plain-language guidelines and standards for web and print. Marina has a Master’s degree in Communication Planning and Information Design from Carnegie Mellon University. A native of Brazil, she speaks fluent Portuguese. Whitney Quesenbery é investigadora na área da experiência do utilizador e especialista em usabilidade, com uma paixão pela comunicação clara. Trabalha com empresas como a Universidade Aberta e o Instituto Nacional do Cancro. Foi membro de dois comités de aconselhamento americanos: a Comissão de Acessibilidade e a Comissão de Assistência às Eleições, esta última na criação de requisitos para os sistemas de voto das eleições americanas. Com Kevin Brooks, publicou recentemente Storytelling for User Experience: Crafting Stories for Better Design. Whitney é membro da Sociedade para a Comunicação Técnica e ex-presidente da Associação de Profissionais de Usabilidade. Whitney Quesenbery Consultora e Fundadora WQusability, EUA Principal Consultant WQusability, USA 80 Whitney Quesenbery is a user experience researcher and usability expert with a passion for clear communication. She works with companies from The Open University to the National Cancer Institute. She has served on two US advisory committees: the U.S. Access Board updating accessibility regulations and the Elections Assistance Commission creating requirements for voting systems. She and Kevin Brooks recently published Storytelling for User Experience: Crafting Stories for Better Design. Whitney is a Fellow of the Society for Technical Communication and past president of Usability Professionals’ Association. clarity2010 Katri Rekola, que tem um mestrado em Engenharia e um doutoramento em Economia, trabalha com a Rekola Design, que fundou em 1997. A empresa ajuda os seus clientes – muitos deles empresas industriais internacionais – a criar e fornecer serviços de qualidade a outras empresas. As áreas de especialidade são a inovação de serviços, desenvolvimento e design, melhoria da qualidade de serviços e gestão da oferta. Katri escreveu três livros sobre serviços e co-escreveu um sobre contratos de prestação de serviços com Helena Haapio. Publicou artigos sobre design, desenvolvimento e visualização e deu inúmeras palestras por todo o mundo. Katri Rekola, M Sc (Eng.), Ph.D (Econ.), works with Rekola Design, based in Finland. The company helps their customers – many of them global manufacturing companies – create and provide successful, good-quality B2B services. Focus areas include service innovations, development and design, service quality improvement, and offering management Katri Rekola She has authored three books on services and co-authored one on service contracts with Helena Haapio. Katri has published articles on service design, development, productization, and visualization and given presentations at many European and US events. CEO Rekola Design, Finland CEO Rekola Design, Finlândia Torunn Reksten é consultora de linguagem clara no Instituto de Línguas da Noruega, que é o órgão consultivo do Estado norueguês para as questões da linguagem. É editora das publicações do Instituto destinadas a promover a clareza na comunicação do sector público e membro da equipa do projecto “Linguagem Clara nos, Serviços Públicos Noruegueses”. Trabalhou como tradutora para diversas agências governamentais e, durante vários anos foi assessora da SIRENE e da Interpol para o campo da cooperação policial internacional. Torunn Reksten is a plain language advisor at the Language Council of Norway, which is the consultative body for the Norwegian state and government on language issues. She is editor of the Language Council’s publication for good and clear language in the public sector and a member of the ‘Plain Language in Norway’s Civil Service’ project team. She has worked as a translator for various authorities, and several years as an advisor for SIRENE and Interpol in the field of international police co-operation. Torunn Reksten [email protected] Consultora de Linguagem Clara Instituto de Línguas da Noruega Plain-Language Advisor Institute of Languages, Norway Joanna Richardson tem uma licenciatura em Literatura Espanhola, Portuguesa e Latino-americana do King’s College em Londres. Esta inglesa emigrou para a Argentina em 1985, para Salta, onde fundou um instituto onde dava aulas de inglês. Depois foi para Buenos Aires onde trabalhou como tradutora. Desde 2001, trabalha na firma de advogados argentina Marval, O’Farrell & Mairal, ensinando técnicas de escrita em inglês claro a advogados. Trabalha também como consultora no Departamento de Comunicação da Tenaris desde 2004, aconselhando-os sobre as suas publicações e os seus programas de formação. Joanna Richardson has a degree in Spanish, Portuguese & Latin American Literature from King’s College London. A British national, she emigrated to Argentina in 1985, first to Salta where she set up an institute teaching English and then to Buenos Aires where she worked as a translator. Since 2001 she has worked in-house at Argentina’s largest law firm, Marval, O’Farrell & Mairal, teaching lawyers Plain English Writing skills. She has also worked as a consultant for the Communications department of Tenaris since 2004, advising them on their publications and training programmes. 81 Joanna Richardson Directora de Linguagem Clara Marval, O’Farrell & Mairal, Argentina Plain English Director Marval, O’Farrell & Mairal, Argentina clarity2010 Carol Risley é a Chefe do Gabinete dos Direitos Humanos do Departamento de Serviços de Desenvolvimento do Estado da Califórnia. É sua responsabilidade proteger os direitos das 240.000 pessoas que usam o sistema e dos seus 7.000 funcionários. Carol estabelece planos de emergência/desastre para consumidores, famílias, serviços de apoio e os hospitais públicos. Carol Risley is Chief of the California’s Department of Developmental Services, Office of Human Rights and Advocacy Services. She is charged with protecting the rights of 240,000 persons served by the system and 7,000 employees. She establishes emergency/disaster plans for consumers, families, service providers and the system’s state hospitals. Carol Risley [email protected] Directora Departamento de Serviços de Desenvolvimento do Estado da Califórnia, EUA Chief California State Department of Developmental Services, USA Bruce Robertson é professor de informação visual, co-fundador nos anos 50 da empresa Diagram Visual Information. Tem trabalhos publicados em mais de 53 línguas, agora disponíveis on-line. Bruce Robertson is a British professor of visual information, co-founder in 1950s of Diagram Visual Information. Robert has published works in 53 languages, now available from on-line services. Bruce Robertson [email protected] CEO Diagram Visual Information, Reino Unido CEO Diagram Visual Information, UK William Robinson trabalhou durante muitos anos no campo da linguagem e do Direito europeu. Após trabalhar como tradutor jurídico no Tribunal Europeu de Justiça e Gabinete de Patentes Europeu, voltou ao Tribunal em 1983, como revisor de traduções de julgamentos e de outros textos. De 1996 a 2009 foi revisor jurídico do Serviço Jurídico da Comissão Europeia, revendo os textos legislativos e trabalhado na orientação e formação de redactores jurídicos. William está agora dedicado à pesquisa independente sobre as questões de redacção de textos jurídicos da UE, como Sir William Dale Visiting Fellow no Instituto de Estudos Jurídicos Avançados da Universidade de Londres. William Robinson [email protected] Sir William Dale Visiting Fellow Instituto de Estudos Jurídicos Avançados, Universidade de Londres, Reino Unido Sir William Dale Visiting Fellow Institute of Advanced Legal Studies, University of London, UK 82 William Robinson has for many years worked in the field of European law and language. After working as a legal translator at the European Court of Justice and European Patent Office, he returned to the Court in 1983 as reviser of translations of its judgments and other texts. From 1996 to 2009 he was a legal reviser in the European Commission’s Legal Service revising draft legislation and working on guidance and training for drafters. He is now engaged in independent research into EU legislative drafting issues as Sir William Dale Visiting Fellow at the Institute of Advanced Legal Studies, University of London. clarity2010 Actualmente legislador e consultor jurídico para o Governo de Gibraltar, Peter Rodney tem estado ligado à Clarity há já vários anos. Advogado, ex-funcionário público do Reino Unido e internacional, Peter, ocasionalmente, presta serviços de consultoria jurídica à Plain English Campaign. Currently law draftsman and legal adviser to the Government of Gibraltar, Peter Rodney has been associated with Clarity for some time. A barrister, former UK civil servant and international civil servant, Peter is also occasional legal consultant to Plain English Campaign. Peter Rodney Legislador e Consultor Jurídico Governo de Gibraltar Law Draftsman and Legal Adviser Government of Gibraltar Nad Rosenberg é presidente e fundadora da TechWRITE, Inc. (www.techw.com), uma empresa de desenvolvimento de conteúdos e de e-learning sedeada em Woodbury, em Nova Jersey (EUA). Antes de fundar a TechWRITE, Nad geriu departamentos de documentação em várias grandes empresas. Tirou a licenciatura na Universidade de Carnegie Mellon, é membro associado da Sociedade para a Comunicação Técnica, pertence ao conselho de administração da Plain Language Association InterNational e é ex-presidente do Philadelphia Metro Chapter da Sociedade para a Comunicação Técnica. www.techw.com Nad Rosenberg is president and founder of TechWRITE, Inc. (www.techw.com), an e-learning/content development company based in Woodbury, New Jersey (USA). Before starting TechWRITE, Nad managed documentation departments for several large corporations. She is a graduate of Carnegie Mellon University, an Associate Fellow at the Society for Technical Communication, on the Board of Directors of the Plain Language Association InterNational, and a Past President of the Philadelphia Metro Chapter of the Society for Technical Communication. Nad Rosenberg [email protected] Presidente TechWRITE, EUA President TechWRITE, USA www.techw.com João Salis Gomes é professor do ISCTE e coordenador executivo do mestrado em Administração Pública. Colaborador regular do Instituto Nacional de Administração, coordena o Diploma de Especialização em Simplificação da Comunicação Legislativa e Regulamentar – DELEGE. João é consultor para a reforma do Estado e da Administração Pública no âmbito de projectos da União Europeia, nomeadamente nos PALOP, no Brasil, em países da Europa de Leste e da antiga União Soviética e na China. Apresenta com regularidade comunicações em seminários e conferências nas suas áreas de especialidade e é organizador e co-autor de diversos livros e outras publicações. João Salis Gomes is a lecturer at ISCTE University, where he coordinates the master degree in Public Administration. A regular collaborator of the National Institute for Administration, João coordinates the Diploma in Simplification of Legal Communication – DELEGE. As a consultant for government reform, he has work in EU projects in Africa, Brazil, Eastern Europe and China. João speaks regularly at seminars and conferences, and has organized and coauthored several books and publications. João Salis Gomes [email protected]. Professor Universitário ISCTE / INA, Portugal Lecturer ISCTE / INA, Portugal 83 clarity2010 A Dra. Karen Schriver é Presidente da KSA Communication Design and Research. Foi professora de retórica e design de informação na Universidade de Carnegie Mellon onde co-dirigiu os programas da licenciatura em escrita profissional. O seu livro, Dynamics in Document Design: Creating Texts for Readers – agora na sua 9ª edição – é considerado uma obra incontornável nesta área. Redesenha websites, guias de instruções, materiais educacionais, relatórios técnicos e formulários. Ganhou dez prémios nacionais para design de informação e os seus clientes incluem a Apple, a IBM, a Mitsubishi, a ATT, a Sprint, a Fujitsu, a Microsoft e a Sony. Karen Schriver [email protected] Presidente KSA Communication Design and Research, EUA President KSA Communication Design and Research,USA Dr. Karen Schriver is President of KSA Communication Design and Research. She is a former professor of rhetoric and information design at Carnegie Mellon University where she co-directed the graduate programs in professional writing. Her book, Dynamics in Document Design: Creating Texts for Readers – now in its 9th printing – is regarded as an essential work in the field. She redesigns websites, instruction guides, educational materials, technical reports, and forms. Winner of ten national awards for information design, her clients include Apple, IBM, Mitsubishi, ATT, Sprint, Fujitsu, Microsoft, and Sony. Eleanor Sharpston dedicou-se à música, ao estudo dos clássicos, à economia e às línguas modernas antes de decidir que queria especializar-se em Direito Europeu e Direitos Humanos. Educada em Cambridge e Oxford, tornou-se Advogada-Geral do Tribunal Europeu em Janeiro de 2006. É membro das Ordens de Advogados da Irlanda e de Gibraltar. Publicou livros e artigos sobre Direito Europeu. Como seria de esperar em alguém que passou a infância no Brasil e metade da carreira na Europa continental, fala fluentemente francês, razoavelmente alemão, espanhol, português e italiano e tem conhecimentos básicos de holandês e sueco. Eleanor Sharpston Advogada-Geral Tribunal de Justiça das Comunidades Europeias, UE Advocate General Court of Justice of the European Communities, EU Eleanor Sharpston passed through music, classics, economics and modern languages on her way to deciding that she wanted to be a barrister specialising in EU law and the European Convention on Human Rights. Educated at Cambridge and Oxford, she was sworn in as Advocate General at the European Court of Justice on January 2006. She is a member of the Irish Bar and the Gibraltar Bar. She has (inevitably) published books and articles on EU law. As befits a Euro-lawyer who spent her childhood in Brazil and then half her practising life on the continental side of the Channel, she is fluent in French; has reasonable German; a working knowledge of Spanish, Portuguese and Italian; and rudimentary Dutch and Swedish. Ana Alexandrino da Silva é autora do Livro Gráficos e mapas: representação de informação estatística. Esteve no Instituto Nacional de Estatística durante 11 anos, tendo participado no desenvolvimento de diversas publicações de análise e divulgação de informação estatística. Presentemente, integra equipa técnica do Observatório do QREN. Mestre em “Estatística e Gestão de Informação” pela Universidade Nova de Lisboa e Licenciada em “Matemática aplicada à economia e gestão” pela Universidade Técnica de Lisboa. Ana da Silva [email protected] Investigadora técnica Observatório do QREN, Portugal Statistician QREN Observatory, Portugal 84 Ana Alexandrino da Silva recently published a book about graphs, maps and ways of representing statistical information, Gráficos e mapas: representação de informação estatística. She worked for the Portuguese Institute of Statistics for 11 years, where she collaborated in several publications. Currently she is part of the QREN Observatory team. She holds a master’s degree in Statistics and Information Management from Universidade Nova de Lisboa and a degree in Applied Maths from Universidade Técnica de Lisboa. clarity2010 Dra. Sarah Slabbert é directora da firma Plain Language Institute e tem uma vasta experiência como consultora para o desenvolvimento, tanto no sector público como no privado. Foi também Investigadora Honorária da Universidade de Witwatersrand. Como investigadora universitária publicou um livro e diversos artigos. Os temas incluíam: linguagem clara, discurso transformativo, tsotsitaal (dialecto falado na África do Sul), linguagem e identidade, linguagem e educação, code switching, e variedades urbanas das línguas africanas. Dr Slabbert heads the Plain Language Institute and has many years of experience as development consultant in both the private and the public sectors. She has also been an Honorary Research Associate of the University of the Witwatersrand. As an academic researcher she has published a book and numerous research articles. Subjects included plain language, transformation discourse, tsotsitaal, language and identity, language and education, code switching, and the urban varieties of the African languages. Sarah Slabbert Presidente The Plain Language Institute, África do Sul President The Plain Language Institute, South Africa Leonardo Souza é licenciado em Letras pela Universidade Estadual de Goiás, bacharel em Direito pela Universidade Federal de Goiás, Especialista em Direito do Trabalho e Previdenciário e Mestrando em Letras pela Universidade Federal de Goiás. É professor de Língua Portuguesa e Direito na Educação Básica e na Universidade. Leonardo Souza has a degree in Literature from the Universidade Estadual de Goiás, a degree in Law from Universidade Federal de Goiás and is working towards a masters in Literature. He is an expert on Labour laws. Leonardo teaches Portuguese and Law at undergraduate and graduate level. Leonardo Souza [email protected] Professor Universidade Federal de Goiás, Brasil Lecturer Federal University of Goiás, Brazil Como CEO da R3i Solutions, John Spotila ajuda os seus clientes a melhorar processos e a comunicar de forma mais clara. O Presidente Clinton nomeou-o Administrador do Gabinete de Informação e Assuntos Regulamentares. Neste papel, John enfatizou a importância de utilizar a linguagem clara nos principais regulamentos federais. Ajudou também a definir e implementar o compromisso público da Administração Clinton de expandir o uso da linguagem clara. Antes disso, como Conselheiro-Geral do organismo de apoio às pequenas empresas (SBA), John liderou um esforço sem precedentes para reescrever todos os regulamentos da SBA em linguagem clara em apenas 10 meses em 1996. As CEO of R3i Solutions, John Spotila helps clients improve their processes and communicate more clearly. President Clinton appointed John his Senate-confirmed Administrator of the Office of Information and Regulatory Affairs. In this role he emphasized the importance of using plain language in significant federal regulations. He also helped shape and implement the Clinton Administration’s public commitment to using plain language broadly. Earlier, as General Counsel at the Small Business Administration, John led an unprecedented agency-wide effort that streamlined all of SBA’s regulations and converted them to plain language over a 10-month period in early 1996. 85 John Spotila CEO R3i Solutions, EUA CEO R3i Solutions, USA clarity2010 Mark Starford é Director do Board Resource Center, uma organização que fornece facilitação e formação em liderança estratégica e desenvolve materiais acessíveis, tanto para o sector público como para o privado. O Board Resource Center tem uma ampla biblioteca de recursos que facilitam o acesso e a compreensão de temas complexos. Mark trabalha com pessoas com uma literacia limitada desde 1972. É um professor certificado e tem um mestrado em Educação. Mark Starford [email protected] Director Executivo Board Resource Center, EUA Mark Starford is the Executive Director of the Board Resource Center, which provides strategic leadership facilitation/training and accessible material development for private and public sectors. Board Resource Center has a comprehensive library of accessible media that makes complex subjects easy to access and apply. Mark’s work for persons with limited literacy began in 1972. He holds a teaching credential and a masters in Education. Executive Director Board Resource Center, USA Ingemar Strandvik trabalha actualmente como Director de Qualidade para a Direcção-Geral de Tradução da Comissão Europeia. Anteriormente, teve funções de intérprete em tribunal, tradutor jurídico autorizado, professor universitário e lexicógrafo. Tem um mestrado em Direito Comunitário e já trabalhou com questões relacionadas com a transparência na Comissão Europeia. Ingemar Strandvik is currently working as a quality manager in the European Commission’s Directorate-General for Translation. He has a background as court interpreter, authorised legal translator, university teacher and lexicographer. He has a Master’s degree in EU law and formerly worked with transparency-related issues in the European Commission. Ingemar Strandvik Director de Qualidade Direcção-Geral de Tradução, Comissão Europeia Quality Manager Directorate-General for Translation, European Commission Paul Strickland formou-se em História e Línguas Modernas na Universidade de Oxford e trabalhou como contabilista, professor e tradutor antes de entrar para o Serviço de Tradução da Comissão Europeia em 1989. Mais tarde, passou para a Direcção-Geral do Comércio onde trabalhou durante vários anos na protecção do comércio, contratos públicos e propriedade intelectual. Integrou durante quatro anos a delegação da Comissão na Austrália e na Nova Zelândia, sedeada em Canberra. Desde então, regressou às raízes e é actualmente Director da Unidade de Edição da Direcção-Geral da Tradução. Combina estas funções com a coordenação de um grupo de trabalho interdepartamental que lançou recentemente a campanha Clear Writing na Comissão. Paul Strickland [email protected] Director da Unidade de Edição Direcção-Geral de Tradução, Comissão Europeia Head of Editing Directorate-General for Translation, European Commission 86 Paul Strickland graduated in Modern History and Modern Languages from Oxford University and worked as an accountant, teacher and translator before joining the European Commission’s Translation Service in 1989. He subsequently moved to the Directorate-General for Trade where he worked for several years on commercial defence, public procurement and intellectual property issues. He also spent four years at the Commission’s Delegation to Australia and New Zealand, based in Canberra. He has since returned to his roots and is currently Head of Editing in the DirectorateGeneral for Translation. He combines this job with chairing an inter-departmental Task Force which recently launched a Clear Writing Campaign in the Commission. clarity2010 Jaclyn Tilley Hill é Presidente Honorária da Comissão para a Qualidade e Produtividade do Distrito de Los Angeles. Desde 2004, encabeça a Iniciativa pela Linguagem Clara do distrito, que resultou numa melhor comunicação com o público. O programa ganhou o prémio National Association of Counties Achievement em 2009 e foi reconhecido com o prémio de excelência Clear Mark em 2010, na categoria de melhor revisão de um documento público. A Comissária Tilley Hill frequentou a California Western University e a University of Southern California. É membro vitalício da Associação de Jurados da Califórnia. Jaclyn Tilley Hill is Chair Emeritus of the Los Angeles County Quality and Productivity Commission. Since 2004, she has championed the County’s Plain Language Initiative resulting in better communication with the public. The program won a 2009 National Association of Counties Achievement Award and was recognized with a 2010 ClearMark Award of Excellence in the category of best revised public document. Commissioner Tilley Hill attended California Western University and the University of Southern California. She is a life member of the California Grand Jurors Association. Jaclyn Tilley Hill Presidente Honorária Comissão para a Qualidade e Produtividade Condado de Los Angeles, EUA Chair Emeritus Los Angeles County Quality and Productivity Commission, USA Karel van der Waarde estudou design gráfico em Eindhoven (Holanda), Leicester (Reino Unido) e Reading (Reino Unido). Em 1995, lançou uma consultora de investigação e design na Bélgica, especialista em desenvolver e testar informação visual. O seu principal foco é a informação sobre medicamentos para pacientes, médicos e farmacêuticos. Este trabalho requer estudos de observação, desenvolvimento de protótipos e testes, assim como lobbying e publicação de informação científica. Karel publica frequentemente artigos e dá palestras sobre informação visual. Avans Hogeschool nomeou-o professor de Retórica Visual em 2006. É moderador das listas de discussão InfoDesign e InfoDesign-Cafe. Karel van der Waarde studied graphic design in Eindhoven (the Netherlands), Leicester (UK) and Reading (UK). In 1995, he started a design and research consultancy in Belgium specialising in developing and testing visual information. The main focus is on information about medicines for patients, doctors and pharmacists. This requires observational studies, prototyping and testing, as well as lobbying and publishing evidence-based information. Karel frequently publishes and lectures about visual information. Avans Hogeschool appointed him as a scholar in Visual Rhetoric in 2006. He is moderator of the InfoDesign and InfoDesign-Cafe discussion lists. Karel van der Waarde Consultor e Investigador Universidade de Avans, Holanda Consultant and Researcher Avans University, Holland Ysmar Vianna é um engenheiro formado pelo Instituto de Tecnologia Aeronáutica em 1966, com um mestrado em Ciência da Computação pela Universidade da Califórnia em Berkeley em 1969 e 1972. É director e sócio da MJV Tecnologia e Inovação, empresa de tecnologia da informação e de inovação baseada em design. Foi professor universitário na Universidade Federal do Rio de Janeiro, chefiando o Núcleo de Computação e o Departamento de Computação por vários anos. É autor de vários trabalhos publicados e consultor de empresas na área de inovação. Ysmar Vianna has a degree in Engineering from Instituto de Tecnologia Aeronáutica (1966) and a MSc in Computing Science from California University, Berkeley (1969 and 1972). He is a partner and director of MJV Tecnologia e Inovação, a design-based innovation and IT consultancy firm. Ysmar lectured at Universidade Federal do Rio de Janeiro and headed its Computation Section and Computation Department for several years. Currently an innovation business consultant, he has published several articles. Ysmar Vianna Engenheiro MJV Tecnologia, Brasil Engineer MJV Tecnologia, Brazil 87 clarity2010 Miriam tem mais de 10 anos de experiência a trabalhar para o governo federal dos Estados Unidos e quase 15 anos de experiência de design de websites. É membro da Plain Language Action and Information Network e membro da administração da associação PLAIN International. Gere o website www.plainlanguage.gov há mais de 5 anos. Miriam has over 10 years’ experience working for the US federal government and nearly 15 years’ experience in website design. She is a member of the Plain Language Action and Information Network and a board member of PLAIN International. She has been managing www.plainlanguage.gov for more than 5 years. Miriam Vincent [email protected] Advogada/Produtora de Conteúdos para a Web Direcção do Registo Federal/PLAIN, EUA Staff Attorney/Webwright Office of the Federal Register/PLAIN, USA Taru Virtanen tem um mestrado e trabalha como Tradutora Sénior no Gabinete do Primeiro Ministro finlandês desde 1999. Tem a seu cargo a organização e produção de traduções para línguas estrangeiras, sobretudo para inglês. Foi responsável pela organização das traduções da Presidência finlandesa da UE em 1999 e 2006. Taru fundou a Rede de Tradutores do Governo Finlandês em 2000 e é membro da Conferência de Serviços de Tradução nos Estados Europeus. Em 1995-96 trabalhou como tradutora para o Comité Económico e Social Europeu e para o Comité das Regiões em Bruxelas. Taru Virtanen, Master of Arts, has been employed as Senior Translator at the Finnish Prime Minister’s Office since 1999. Taru is in charge of organising and producing translations into foreign languages, mainly into English. She was responsible for the translation arrangements of the Finnish EU Presidencies in 1999 and 2006. Taru founded the Finnish Government Translators’ Network in 2000, and she is a member of the Conference of Translation Services of European States. In 199596, Taru worked as a translator for the European Economic and Social Committee and the Committee of the Regions in Brussels. Taru Virtanen Tradutora Sénior Gabinete do Primeiro-Ministro, Finlândia Senior Translator Prime Minister’s Office, Finland A Dra. Wheatman é Vice-Presidente da Kinsella Media, uma empresa especializada em avisos jurídicos em linguagem clara. Shannon participou em mais de 100 acções judiciais colectivas e foi reconhecida como especialista em avisos em linguagem clara pelos tribunais americanos e canadianos. A sua especialização na linguagem clara foi aprofundada pela sua educação, incluindo a sua dissertação de doutoramento sobre a redacção de avisos de acções colectivas em linguagem clara e a sua tese de mestrado sobre compreensão das instruções para jurados. Shannon Wheatman [email protected] Vice-Presidente Kinsella Media, EUA Vice President Kinsella Media, USA 88 Dr. Shannon Wheatman is the Vice President of Kinsella Media, a firm specialising in plain language legal notices. Shannon has been involved in over 100 class actions and has been recognized as a plain language legal notice expert in state and federal courts across the U.S. and in Canada. Her plain language expertise was advanced by her education, including her doctoral dissertation on plain language drafting of class action notice and her master’s thesis on comprehension of jury instructions. clarity2010 Advogado britânico com cerca de 30 anos de experiência na redacção de legislação em vários lugares do mundo (Ilhas do Pacífico, Estados Associados das Índias Ocidentais, Hong Kong e, agora, Gibraltar e Santa Helena). Foi procuradorgeral em Tuvalu (1977-1978) e em Monserrat (1979-1983). Foi Director da Unidade de Localização & Adaptação de Leis no Gabinete da Procuradoria Geral de Hong Kong (1985 a 1996). Foi Primeiro Conselheiro Parlamentar em Fiji (2000 a 2002). De momento, está sedeado no Reino Unido, onde faz consultoria jurídica para países do Commonwealth. John é membro da Clarity desde 2005. British barrister with 30 years’ experience of law drafting in various parts of the world (Pacific Islands, West Indies, Hong Kong, and now Gibraltar and St Helena). He was Attorney-General of Tuvalu (1977 to 1978) and of Montserrat (1979 to 1983), Head of the Localisation & Adaptation of Laws Unit in the Hong Kong Attorney-General’s Chambers (1985 to 1996), and First Parliamentary Counsel in Fiji (2000 to 2002). Now based in the UK doing law drafting consultancy work for Commonwealth jurisdictions. John has been a member of Clarity since 2005. 89 John Wilson [email protected] Consultor de Legislação Reino Unido Law Drafting Consultant UK www.clarity2010.com www.portuguesclaro.pt