Livro de resumos

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Julho, 2015
TIC@Portugal’15 - Encontro de Professores sobre Utilização Educativa das TIC
ÍNDICE
Resumos apresentados em Aveiro Academia de Código Júnior no 1o Ciclo – Projeto Piloto ........................................................................ 4 Aprendizagem das ciências: Questionamento & Tecnologias .................................................................. 5 Aprendizagem e ferramentas da WEB 2.0 ................................................................................................ 6 O projeto eTwinning “Languages of the Heart”: um exemplo de integração curricular
sustentável das TIC ................................................................................................................................... 7 Projeto Agire: modelo Edulabs na construção do futuro da educação ..................................................... 9 Projeto Inov@r com tecnologias táteis ................................................................................................... 10 Uma experiência de Educação para os média no 1.º CEB ...................................................................... 11 Workshop - "WEBMAT: manipulando"................................................................................................... 12
Resumos apresentados em Bragança Criação e exploração de atividades interativas multimédia com um aluno portador do Síndrome
de Down .................................................................................................................................................. 14 Desenvolvimento de competências de leitura e escrita com recurso a ferramentas digitais .................. 15 Desenvolvimento e exploração de um e-book interativo nas práticas educativas de 1ºciclo: Um
caso para a aprendizagem do estudo do meio ......................................................................................... 16
Resumos apresentados em Faro “A discutir é que a gente se entende”: filosofia para crianças do 1º ciclo .............................................. 18 A robótica educativa e a orientação espacial .......................................................................................... 20 As TIC no ensino e as TIC na aprendizagem ......................................................................................... 22 A União Europeia e os dispositivos móveis ........................................................................................... 24 Experiências de um grupo de formação “online” .................................................................................. 25 Física e química na ponta dos dedos ....................................................................................................... 26 História a 40 mãos .................................................................................................................................. 27 TIC@Portugal’15 - Encontro de Professores sobre Utilização Educativa das TIC
Livros com história... das palavras de papel ao digital ........................................................................... 29 Potencialidades das TIC na aprendizagem das línguas estrangeiras ...................................................... 30 Os dispositivos móveis em contexto educativo ...................................................................................... 31 Utilização das tecnologias de informação e comunicação e da plataforma Moodle em situação
de formação de professores: Um estudo de caso .................................................................................... 32
Resumos apresentados no Monte da Caparica A aplicação do projeto eTwinning “Foodtastic” como uma boa prática pedagógica no segundo
ciclo ......................................................................................................................................................... 34 Acelerador de ensino: Mathduo .............................................................................................................. 36 @ programar no 1.º ciclo ........................................................................................................................ 37 As TIC na divulgação e preservação do património ............................................................................... 38 A utilização de meios digitais por crianças até 6 anos de idade ............................................................. 39 Entre Creixomil e Mafra: na “porta ao lado” .......................................................................................... 41 eTwinning: a Comunidade de Escolas da Europa................................................................................... 45 História Digital – Reis de Portugal ......................................................................................................... 47 Literacia dos médias ............................................................................................................................... 48 Metodologias ativas com integração das tecnologias digitais num curso profissional ........................... 49 Orthopter-ON - Identificação interativa de gafanhotos e grilos na sala de aula no ensino da
biodiversidade ......................................................................................................................................... 51 Os tablets como recurso motivador de mais e melhores aprendizagens ................................................. 52 Projetos Europeus e a Literacia para os Media ....................................................................................... 54 Robotis – Clube de robótica do agrupamento de escolas D. Dinis ......................................................... 55 Tablet: Uma solução para alunos de baixa visão .................................................................................... 57 Utilização do vídeo no processo de ensino/aprendizagem ..................................................................... 58
Resumos apresentados em Setúbal TIC@Portugal’15 - Encontro de Professores sobre Utilização Educativa das TIC
Cenários de Aprendizagem em contexto interdisciplinar ....................................................................... 60 Clube Scratch na Bela Vista ................................................................................................................... 61 O contributo das TIC para a escrita e a reescrita no 1.º ciclo do Ensino Básico .................................... 63 Os tablets como recurso motivador de mais e melhores aprendizagens ................................................. 64 Os três porquinhos e a sala de aula inclusiva .......................................................................................... 66 Resolvendo problemas através da Tecnologia: O programa APPS For Good e a sua aplicação
em contexto escolar................................................................................................................................. 67 TIC@Portugal’15 - Encontro de Professores sobre Utilização Educativa das TIC
RESUMOS APRESENTADOS EM
AVEIRO
TIC@Portugal’15 - Encontro de Professores sobre Utilização Educativa das TIC
ACADEMIA DE CÓDIGO JÚNIOR NO 1O CICLO – PROJETO PILOTO
Isabel Barbosa1, Filipe Moreira2, Lúcia Pombo1 e Maria José Loureiro3
1
Universidade de Aveiro; 2 AC; 3 Centro de Competência TIC da Universidade de Aveiro
Apresentação do projeto piloto desenvolvido pela Academia de Código Júnior, em parceria, entre
outros, com a Universidade de Aveiro. O projeto visa a introdução do código no primeiro ciclo.
Para além de desenvolver competências de programação, procura-se desenvolver competências
transversais, designadamente ao nível da resolução de problemas, colaboração, comunicação e do
pensamento lógico.
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TIC@Portugal’15 - Encontro de Professores sobre Utilização Educativa das TIC
APRENDIZAGEM DAS CIÊNCIAS: QUESTIONAMENTO & TECNOLOGIAS
Leonel Rocha
Agrupamento de Vagos
A promoção do Questionamento pelos alunos pode ser uma estratégia interessante a que os
docentes poderão recorrer com o objetivo de promover a integração da Web 2.0 no ensino e
aprendizagem das ciências. Nesta comunicação apresenta-se o trabalho realizado ao longo de um
ano letivo com alunos do 9º ano de escolaridade na dinamização de um blogue de turma. Os
dados recolhidos permitem-nos afirmar que a promoção de questionamento transformou a
dinâmica das aulas e facilitou a integração do blogue no processo de ensino e de aprendizagem.
Ao incentivar os alunos a formularem perguntas, inverte-se a tradicional centralidade do
professor e convida-se os alunos a ocupar esse espaço e assumir o papel de questionador. Os
alunos, ao partilhar as suas perguntas, mantinham-se expectantes no desenvolvimento das
atividades que poderiam ajudar a esclarecer as suas dúvidas. Esta abordagem implica que o
professor adapte a sua prática pedagógica, no sentido de dar uma resposta mais eficaz às
necessidades e aos interesses dos alunos.
Ao integrar ferramentas da Web 2.0 em sala de aula, como apoio ao ensino presencial, tal como
foi realizado neste estudo, usamos as ferramentas comunicacionais que os alunos utilizam
abundantemente no seu dia-a-dia fora das aulas, valorizando assim as competências digitais que
os jovens adquirem fundamentalmente fora da escola e fazendo-as convergir com o que acontece
em sala de aula.
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TIC@Portugal’15 - Encontro de Professores sobre Utilização Educativa das TIC
APRENDIZAGEM E FERRAMENTAS DA WEB 2.0
José Rosa
Agrupamento de Escolas Soares Basto
Em breves minutos serão apresentadas algumas (poucas) ferramentas da web 2.0 que podem e
devem ser utilizadas em contexto de aprendizagem.
Esta comunicação surge na sequência da participação do preletor no Curso ERASMUS + TSP
[Tap, Swipe, Pinch] em setembro de 2013 e no compromisso assumido de desmultiplicar a
formação junto dos docentes do Agrupamento de Escolas Soares Basto.
O conteúdo da comunicação centrar-se-á em ferramentas como o MOODLE, a DRIVE do
Google, as Redes Sociais, os servidores de Podcast ou de Ficheiros e o trabalho com ferramentas
de conversão.
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TIC@Portugal’15 - Encontro de Professores sobre Utilização Educativa das TIC
O PROJETO ETWINNING “LANGUAGES OF THE HEART”: UM EXEMPLO DE
INTEGRAÇÃO CURRICULAR SUSTENTÁVEL DAS TIC
Maria Piedade Silva
Agrupamento de Escolas Sátão
O projeto eTwinning “Languages of the Heart” (LoH), desenvolvido no âmbito da disciplina de
Inglês do 11o ano, apresenta-se como uma abordagem didática de ensino/aprendizagem das
línguas assente na integração curricular das TIC através da ação eTwinning.
No meio socioeconómico desfavorecido no qual está inserido o Agrupamento de Escolas de
Sátão, em que as oportunidades de interação com a diversidade linguística e cultural são
reduzidas ou quase inexistentes, a integração das TIC e a utilização de aplicações (padlet,
timetoast, powtoon, etc...) que facilitam a comunicação e a colaboração online representam uma
possibilidade de abertura da sala de aula ao mundo e uma oportunidade para o diálogo
intercultural que este projeto procurou maximizar.
Foi neste contexto que concebemos o projeto eTwinning “Languages of the Heart” implementado
através da metodologia de trabalho de projeto com o objetivo de promover aprendizagens mais
personalizadas e mais significativas e um ensino que atende às necessidades e aspirações
individuais dos alunos e fomenta o seu crescimento global, enquanto cidadão ativo e interventivo
numa realidade que se pauta pela pluralidade de perspetivas e mundivisões.
REFERÊNCIAS
KRAJCIK, J. S., & Blumenfeld, P. C. (2006). Project-Based Learning. In R. K. Sawyer (Ed.),
The Cambridge Handbook of the Learning Sciences (pp. 317-333). Cambridge, UK:
Cambridge University Press.
LOOI, C.-K., & Wong, L.-H. (2014). Implementing Mobile Learning Curricula in Schools: A
Programme of Research from Innovation to Scaling. Educational Technology & Society, 17
(2), 72–84. Retirado de: http://ifets.info/journals/17_2/7.pdf
7
TIC@Portugal’15 - Encontro de Professores sobre Utilização Educativa das TIC
UNESCO (2008). ICT competency standards for teachers. Paris: United Nations Educational,
Scientific
and
Cultural
Organization.
Retirado
de
http://cst.unescoci.org/sites/projects/cst/The%20Standards/ICTCSTPolicy%20Framework.pd
f
WEIMER, M. (2002). Learner-Centered Teaching: Five Key Changes to Practice. San Francisco,
CA: Jossey-Bass.
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TIC@Portugal’15 - Encontro de Professores sobre Utilização Educativa das TIC
PROJETO AGIRE: MODELO EDULABS NA CONSTRUÇÃO DO FUTURO DA
EDUCAÇÃO
Lúcia Pombo, Vânia Carlos e Maria João loureiro
Universidade de Aveiro
A presente comunicação insere-se no contexto do projeto “AGIRE - Apoio à Gestão Integrada da
Rede Escolar”, que resulta de uma colaboração entre o consórcio E-Xample, a Universidade de
Aveiro e o Agrupamento de Escolas da Gafanha da Nazaré (Aveiro) centrada na criação de
ecossistemas de aprendizagem experimentais a que se denominou de Edulabs. Estes ecossistemas
consistem em laboratórios escolares, equipados tecnológica e didaticamente com vista à
promoção da inovação em educação, nas dimensões: i) literacia digital dos atores; ii) formação
dos membros da comunidade educativa para a integração das tecnologias; iii) práticas educativas
letivas, organizativas e de envolvimento da comunidade; iv) conteúdos digitais (ebooks e outros
materiais multimodais e plataformas de gestão educativa).
A equipa de investigação da Universidade de Aveiro desempenha dupla função neste projeto: i)
monitorização do processo e ii) concepção e implementação de uma Oficina de Formação de
longa duração.
Esta comunicação apresenta alguns resultados decorrentes da investigação.
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TIC@Portugal’15 - Encontro de Professores sobre Utilização Educativa das TIC
PROJETO INOV@R COM TECNOLOGIAS TÁTEIS
José Miguel Sousa
EDUFOR
O Centro de Formação EduFor – Centro de Formação de Associação de Escolas de Nelas,
Mangualde, Penalva do Castelo, Sátão e Vila Nova de Paiva – com sede no Agrupamento de
Escolas de Mangualde, tem vindo a percorrer um caminho focado na integração das TIC em
contexto escolar, como pode ser comprovado pela consulta do portal www.edufor.pt.
O Diretor do Centro de Formação, enquanto docente da Escola Sede, coordena um projeto da
Chave 1 do Erasmus+ Educação e Formação, cuja candidatura em 2014 ficou classificada em
primeiro lugar com 96%.
É sobre esse projeto – “Inov@r com Tecnologias Táteis” - das aprendizagens obtidas pela
mobilidade (para formação sobre Tablets) ao Reino Unido, do curso on-line “Creative use of
Tablets in Schools” da European Schoolnet Academy, bem como do European Development Plan
do Agrupamento de Escolas de Mangualde, que irá centrar-se esta comunicação.
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TIC@Portugal’15 - Encontro de Professores sobre Utilização Educativa das TIC
UMA EXPERIÊNCIA DE EDUCAÇÃO PARA OS MÉDIA NO 1.º CEB
Soraia Horta e Belmiro Rego
Escola Superior de Educação de Viseu
Esta experiência teve como objetivo perceber de que forma se podem integrar os média na sala de
aula, de forma a desenvolver o pensamento crítico dos alunos em relação aos mesmos.
Relativamente às conclusões do estudo, destaca-se a importância dos média na vida das crianças
desde muito cedo, uma vez que têm contacto com os diversos tipos de média e as mensagens que
os mesmos transmitem desde sempre, estando expostas a diversos conteúdos, os quais devem ser
capazes de compreender e interpretar. Assim, é imprescindível ensinar e educar as crianças a
serem cidadãos críticos, para que possam contribuir para uma sociedade mais informada.
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TIC@Portugal’15 - Encontro de Professores sobre Utilização Educativa das TIC
WORKSHOP - "WEBMAT: MANIPULANDO"
António Pedro Costa, Estela Barreto Coelho, Fábio Freitas e Liliana Tavares
Ludomédia
Pretende-se neste workshop explorar a WEBMAT – Materiais Manipuláveis, plataforma de acesso
gratuito que permite o desenvolvimento de tarefas na área da matemática.
A WEBMAT pode ser utilizada tanto por docentes como por alunos, essencialmente, do préescolar e do primeiro ciclo. As tarefas construídas têm por base os materiais manipuláveis, tais
como: blocos lógicos, cuisenaire, blocos geométricos, poliminós, azulejos coloridos, geoplano e
tangram.
Os tópicos matemáticos explorados no desenvolvimento das tarefas são definidos pelo utilizador,
que poderá guardar as suas tarefas online, permitindo-lhe aceder às mesmas com facilidade e em
qualquer lugar.
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TIC@Portugal’15 - Encontro de Professores sobre Utilização Educativa das TIC
RESUMOS APRESENTADOS EM
BRAGANÇA
TIC@Portugal’15 - Encontro de Professores sobre Utilização Educativa das TIC
CRIAÇÃO E EXPLORAÇÃO DE ATIVIDADES INTERATIVAS MULTIMÉDIA COM
UM ALUNO PORTADOR DO SÍNDROME DE DOWN
Gustavo Nuno Moutinho Carvalho e Manuel Florindo Alves Meirinhos
Instituto Politécnico de Bragança
A prática focou-se na criação e exploração de atividades interativas multimédia para alunos com
necessidades educativas especiais, envolvendo um aluno portador do Síndrome de Down, a
frequentar o ensino básico no Agrupamento de Escolas de Mirandela. A metodologia utilizada foi
a de estudo de caso único onde se pretendeu verificar a importância do multimédia enquanto
instrumento facilitador da aprendizagem e inserção emocional no meio escolar. Atendendo às
potencialidades das novas tecnologias o estudo dirige-se para a integração das mesmas em sala de
aula, através da construção de ambientes de aprendizagem diferenciados e individualizados,
fazendo com que o aluno integre o próprio processo de construção dos recursos para as atividades
multimédia a desenvolver. A ferramenta utilizada para a elaboração das atividades multimédia foi
o Edilim. O envolvimento do aluno no processo de elaboração e aprendizagem através destas
atividades revelou-se bastante interessante e permitiu-nos tirar conclusões em relação à empatia
na realização dos recursos, sobre a motivação na aprendizagem, sobre a aquisição de novos
conhecimentos e sobre a forma como transportou as vivências desta experiência para o contexto
familiar, incrementando a relação aluno-escola-família. Com este estudo verificou-se que o aluno
através da criação dos recursos e exploração das atividades interativas multimédia, adquiriu
conhecimentos de uma forma autónoma, com motivação, com muita empatia e com pouca
dificuldade. A satisfação, o envolvimento e divulgação que o aluno fazia do trabalho
desenvolvido, junto de professores e familiares, foi uma vitória.
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DESENVOLVIMENTO DE COMPETÊNCIAS DE LEITURA E ESCRITA COM
RECURSO A FERRAMENTAS DIGITAIS
Luísa Maria Marques de Sousa Lima
Agrupamento de Escolas Emídio Garcia, Bragança
O objetivo principal do projeto Ler, escrever e contar é a promoção da leitura per se. Um segundo
objetivo, mas não menos importante, é desenvolver nos alunos o espírito crítico e a criatividade,
torná-los leitores eminentemente ativos, capazes de entender um texto, trabalhá-lo, manipulá-lo,
apoderar-se dele e apresentá-lo aos outros de forma criativa. Aos alunos são propostos,
anualmente, um conjunto de textos (contos, excertos de obras, poemas…), os quais podem
trabalhar individualmente ou em grupo utilizando uma panóplia de ferramentas digitais que lhes
permitem a apropriação, transformação e apresentação do texto, a construção de textos paralelos
ou a representação gráfica do material trabalhado, o que normalmente culmina numa mostra da
sua criatividade e numa reflexão crítica sobre o que foi feito e até sobre a forma como um mesmo
texto pode ser lido de formas tão diferentes. Ao longo de todo o processo de implementação e
consecução do projeto os alunos vão, também, adquirindo competências ao nível da literacia
digital, nomeadamente de conceitos como técnicas de pesquisa, avaliação de ferramentas, direitos
de autor e plágio.
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DESENVOLVIMENTO E EXPLORAÇÃO DE UM E-BOOK INTERATIVO NAS
PRÁTICAS EDUCATIVAS DE 1ºCICLO: UM CASO PARA A APRENDIZAGEM DO
ESTUDO DO MEIO
Sónia da Conceição Pereira Leite Rendeiro e Manuel Florindo Alves Meirinhos
Instituto Politécnico de Bragança
Tecnologia e aprendizagem são, hoje, inseparáveis. As crianças da geração Net, rodeadas de
tecnologias digitais, desenvolvem as suas estruturas mentais integrando estas novas tecnologias.
Este estudo teve por finalidade a concepção de um manual digital interativo (e-book) para 3º ano
do 1º Ciclo sobre a temática do Estudo do Meio e sua implantação em sala de aula durante
aproximadamente três meses. A metodologia que nos pareceu mais adequada para a avaliação do
e-book foi a metodologia de estudo de caso, na medida em que o produto desenvolvido foi
testado e verificada a sua funcionalidade em contexto concreto de aprendizagem. O Estudo foi
desenvolvido no Agrupamento de Caíde de Rei – Escola Básica de Vilar de Torno e Alentém. O
software Edilim (onde foi realizado o e-book) oferece uma grande variedade de atividades. É um
software grátis e simples de executar. Disponibiliza um manual onde descreve passo a passo
como utilizar ou criar atividades diferentes. O e-book foi concebido para uma aprendizagem
completamente digital. Apresenta informação multimédia (texto, imagem, vídeo e áudio e) e
atividades interativas relacionadas. Consideramos este estudo muito enriquecedor, pois permitiunos verificar que realmente cada criança aprende com o seu ritmo; tendo sido possível replicar as
vezes que os alunos acharam necessárias mediante as dificuldades apresentadas. A prática
demonstra um incremento de motivação e o empenho no processo de aprendizagem e a
predisposição das crianças para uma aprendizagem em suporte digital.
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RESUMOS APRESENTADOS EM
FARO
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“A DISCUTIR É QUE A GENTE SE ENTENDE”: FILOSOFIA PARA CRIANÇAS DO
1º CICLO
Sara Cristina Raposo e Dilar Martins
Agrupamento de Escolas Pinheiro e Rosa, Faro
[email protected]; [email protected]
Este projeto foi desenvolvido, ao longo do ano letivo, com três turmas da Escola E.B.1 nº5 (Vale
Carneiros) do Agrupamento de escolas Pinheiro e Rosa, em Faro. Resultou da colaboração entre
quatro professoras do 1º ciclo - Dilar Martins, Daniela Pereira, Isabel Cardador e Cristina
Pinheiro - e uma professora de Filosofia do ensino secundário, Sara Raposo. Semanalmente,
durante 50 minutos, os alunos desenvolveram atividades diversificadas acerca dos seguintes
problemas filosóficos e afins: “O que é o medo?”; “Quem sou eu?”; “O que é a felicidade?”; “O
que é a amizade?”; “O que é o amor?”; “A liberdade, o 25 de abril e a democracia”; “O que faz
uma ação certa ou errada?” e “O que é ter uma atitude crítica?”. Alguns destes temas fazem parte
dos conteúdos programáticos propostos, no 1º ciclo, em Formação Cívica. Além disso, estas aulas
visaram o enriquecimento cultural dos alunos e foram integradas na oferta complementar da
escola de Vale Carneiros.
Um dos principais objetivos a alcançar com a implementação deste projeto - e que faz parte das
competências fundamentais da disciplina de Filosofia - foi desenvolver a atitude crítica e a
capacidade argumentativa dos alunos. Procurei alcançar esse objetivo através da sua participação
em atividades de debate: apresentar, analisar e discutir diferentes ideias e pontos de vista acerca
dos problemas filosóficos. Na abordagem dos temas foi seguida uma estrutura semelhante: o
ponto de partida foi geralmente a leitura de uma história (da literatura infantil), seguia-se a
interpretação a partir de um guião e só no final de cada tema havia um debate (orientado por um
“guião da discussão”). A propósito dos diferentes temas realizaram-se outras atividades, de
carácter artístico ou mesmo lúdico: desenhos, jogos, recortes, audição de canções, visionamento
de pequenos filmes, fichas, análise de fotografias e poemas, representações com fantoches de
dedo e a construção de cartões e folhetos (por exemplo sobre os temas do amor e da amizade).
Como não existia um manual, os recursos e atividades foram sendo concebidos por mim ao longo
do ano, alguns resultaram de sugestões das professoras do 1º ciclo e dos próprios alunos.
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Criámos uma página do Facebook: “A discutir é que a gente se entende - Filosofia para crianças
do 1º ciclo”, na qual publicámos as atividades realizadas, permitindo assim aos encarregados de
educação acompanhá-las e, caso pretendessem, dar-lhes continuidade em casa. Esta página
permitiu-nos obter feedback dos pais e de outras pessoas, partilhar os materiais didáticos com
professores (e todos os eventuais interessados) de várias escolas, de diferentes níveis de ensino e
de diversas disciplinas. Este projeto articulou-se com outro existente na escola: o “Dúvida
Metódica” (um blogue de Filosofia do ensino secundário), tendo sido criada uma segunda página
para proceder à divulgação dos recursos didáticos das aulas de filosofia para crianças e vários
foram mesmo ai publicados.
Uma página educativa do Facebook pode ser um importante instrumento de trabalho e
divulgação. Não é preciso saber muito de informática para a criar e usar. O seu uso é vantajoso,
pois pode acolher recursos didáticos muito diferentes e permite uma interação direta com os
leitores. É uma forma de abrir as janelas da sala de aula e convidar qualquer pessoa interessada
(de qualquer lugar do país ou mesmo de outros países) a assistir e participar. É óbvio que quem o
faz tem de investir na sua formação científica porque, ao expor publicamente o seu trabalho, está
sujeito ao escrutínio público, nomeadamente por parte de pessoas mais conhecedoras.
Contudo, eu penso que a discussão pública de ideias (tantas vezes encarada em Portugal de modo
negativo, como um desafio às “autoridades” instituídas ou como falta de respeito pelas pessoas
com quem se discute) é a melhor forma de aprendermos uns com os outros. Esta foi a ideia mais
importante que transmiti e pratiquei com as crianças do 1º ciclo.
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A ROBÓTICA EDUCATIVA E A ORIENTAÇÃO ESPACIAL
Bruna Carmo e Mário Saleiro
U.SMART
Faculdade de Ciências e Tecnologias da Universidade do Algarve
[email protected]; [email protected]
No âmbito do projeto u.smart – cuja missão centra-se no desenvolvimento de soluções integradas
de hardware, software e formação que auxiliem e motivem as crianças, jovens e adultos a
desenvolver o sentido crítico, a aprendizagem colaborativa, a criatividade e a imaginação – foram
realizadas várias atividades educativas inseridas em contexto de ATL, no concelho de Faro,
recorrendo à robótica educativa. Para tal, foram utilizados 5 robôs Infante, cujos benefícios para a
educação dos mais novos são bastante significativos: foram projetados e desenvolvidos com base
na maturação das crianças em idades compreendidas entre os 7 e os 10 anos, com o intuito de dar
resposta a uma necessidade educativa que se prendia com a inexistência de ferramentas didáticas
de interação lúdica e pedagógica de caráter programável para estas idades.
Tendo como principal objetivo desenvolver a orientação espacial, as atividades desenvolvidas
foram ao encontro das competências descritas no Programa de Matemática do Ensino Básico
(2007), nomeadamente no que diz respeito à criança situar-se em relação aos outros e aos objetos
segundo a sua posição. Desta forma, partindo do princípio de que a matemática nos pode auxiliar
a descobrir o mundo que nos rodeia, e sendo uma parte dessa percepção de natureza espacial, Le
Boulch (1987), afirma que o espaço é o primeiro lugar ocupado pelo corpo, no qual se
desenvolvem os movimentos do mesmo. Assim, as tarefas em questão exploraram a capacidade
do indivíduo situar-se, orientar-se e localizar outra pessoa ou objetos num determinado espaço,
trabalhando os conceitos de «posição e localização», «pontos de referência e itinerários» e
«plantas».
REFERÊNCIAS
Le Boulch, J. (1987). Educação Psicomotora: psicocinética na idade escolar. Porto Alegre: Artes
Médicas.
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Ministério da Educação (2007). Programa de Matemática do Ensino Básico. Lisboa: Ministério
da Educação / Direção Geral de Inovação e Desenvolvimento Curricular
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AS TIC NO ENSINO E AS TIC NA APRENDIZAGEM
Exemplos e desafios:Voice Thread
João Catarino e Bruno Fernandes
Agrupamento Pinheiro e Rosa – Faro
[email protected]; [email protected]
Contexto
Em oposição a uma visão em que as TIC servem de forma redutora apenas para aumentar a
produtividade do professor nas suas tarefas burocráticas que passam pela planificação e avaliação
de atividade pedagógica, gestão ou mera produção de apresentações digitais, há que repensar o
uso destas ferramentas na prática lectiva, no uso direto com os alunos em sala de aula.
De forma colaborativa, temos vindo a descobrir e testar o uso de novas ferramentas aplicadas ao
trabalho em sala de aula. Este é o resultado de uma atividade em particular realizada com alunos
de uma escola do 1º ciclo e jardim de infância.
Atividade com os alunos
Recorremos à aplicação Voice Thread para apresentar uma história itinerante escrita por alunos
de três salas do 1º ciclo e uma sala do pré-escolar. Os alunos tinham idades compreendidas entre
os três e os doze anos e escreveram o texto no âmbito da Semana da Leitura 2015.
Após a produção do texto, os alunos foram convidados a elaborar desenhos sobre a parte que
tinham escrito. Os desenhos foram fotografados de acordo com o desenrolar dos acontecimentos
e carregados na aplicação. Foi assim produzido um slide show com os principais momentos.
De seguida, tratou-se tão simplesmente de gravar a leitura do texto, interpretada pelos alunos,
com uma básica webcam de um comum computador portátil produzindo assim uma presentação
em que sobre os desenhos surgiram os alunos como locutores em áudio e vídeo da própria
história.
Foi assim possível produzir um produto final multimédia capaz de desenvolver competências
comunicativas e artísticas nos alunos. Toda a comunidade pôde aceder aos conteúdos online
contribuindo assim para uma efetiva divulgação do trabalho realizado.
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A aplicação
O Voice thread é uma aplicação alojada na cloud e não precisa de instalação. É necessário apenas
de um web browser que corra Flash Player e uma ligação à internet.
Pode fazer-se o upload de documentos, apresentações, imagens, ficheiros áudio e vídeo e depois
qualquer pessoa pode comentar os conteúdos apresentados recorrendo ao microfone ou webcam.
A partilha dos conteúdos pode ser feita junto de um conjunto específico de indivíduos ou para o
mundo inteiro.
Pode ser utilizada com dispositivos móveis e ser integrada em sistemas LMS como o Moodle.
REFERÊNCIA
Voice thread: https://voicethread.com/
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A UNIÃO EUROPEIA E OS DISPOSITIVOS MÓVEIS
Luís Amaral
Agrupamento de Escolas de Castro Verde, Castro Verde
[email protected]
Projeto da União Europeia (QR Code) e resposta a um questionário (realizado no Polldaddy).
No âmbito do curso “Dispositivos Móveis”, promovido pela Educom, foi-me proposto a
realização de um trabalho sobre a temática “Dispositivos Móveis”. Assim o tema selecionado foi
a União Europeia (tema da disciplina de Geografia).
As finalidades essenciais deste trabalho são os alunos realizarem um mapa em esferovite sobre a
evolução da União Europeia.
O projeto desenvolvido no curso foi aplicado no Agrupamento de Escolas de Castro Verde, numa
turma PIEF (GPS), constituída por 23 alunos. Com este tema, os discentes devem realizar
diversas tarefas: construir o mapa em esferovite (com título, legenda, escala, etc.); construir
bandeiras de cada país da União Europeia (no inverso da bandeira colocar um código QR com
informação básica do país) para por no mapa em esferovite; realçar, numa cartolina, os símbolos
e as instituições da União Europeia (com imagens e com códigos QR). Além disso, foi construído
um questionário no programa Polldaddy para os alunos da escola responderem no dia da
exposição do projeto (11 de Maio). Durante a exposição os discentes da escola podem também
ver a informação através dos Smarthphones e de tablets.
Estas atividades enquadram-se numa perspetiva humanista e democrática que percebe o sujeito e
as suas singularidades, tendo como objetivos, o desenvolvimento, a satisfação pessoal e a
inserção ativa dos indivíduos. Estas ferramentas (Códigos QR e Polldaddy) permitiram visar
amplos objetivos promotores de interação e construção de conhecimento, gerando assim uma
nova cultura de aprendizagem.
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EXPERIÊNCIAS DE UM GRUPO DE FORMAÇÃO “ONLINE”
Maria Eugénia Jesus
Agrupamento D. Afonso III
E B 1 / JI do Carmo
[email protected]
Nesta partilha vou contar - centrada no trabalho de 2013/2014 e 2014/2015 - como nos
organizámos para dinamizar o grupo de formação cooperada que funcionou tendo como suporte a
plataforma Moodle.
Contarei também como, apesar dos problemas técnicos e das distâncias geográficas, nos
encontrámos semanalmente, como partilhámos e refletimos sobre as práticas, como construímos
produtos, como nos acompanhámos!
Em comum, tínhamos/ temos a vontade de estar num grupo de formação de professores em que
todos trabalhamos segundo o modelo pedagógico do Movimento da Escola Moderna com turmas
do 3ºano!!!
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FÍSICA E QUÍMICA NA PONTA DOS DEDOS
Ana Luísa Gonçalves, Duarte Duarte e Paulo Ribeiro
Escola Secundária de Loulé e EB 2,3 Eng.º Nuno Mergulhão
[email protected]; [email protected]; [email protected]
A evolução das tecnologias de informação e comunicação modificou, nos últimos anos, a forma
como a maioria dos alunos comunica, acede à informação e se diverte. Os modernos dispositivos
móveis como os tablets ou os smartphones começaram por ser utilizados apenas para fins lúdicos
mas rapidamente permitiram o acesso a ferramentas de software que permitem facilitar ou
melhorar atividades diárias dos seus utilizadores. Hoje existe já uma oferta bastante diversa de
aplicações de qualidade vocacionadas para o ensino das mais variadas matérias que permitem
facilitar, e em alguns casos agilizar, os processos de ensino. Existem aplicações que permitem
facilitar a aprendizagem de conteúdos específicos, outras que permitem facilitar a construção e
disponibilização de recursos educativos, outras que permitem aumentar ou melhorar a
interatividade dos alunos com os conteúdos disciplinares, outras que facilitam a comunicação ou
outras ainda que permitem a avaliação das aprendizagens.
Esta comunicação pretende apresentar uma proposta de ação de formação destinada a professores
de Física e Química para a utilização destas modernas tecnologias de comunicação e informação.
Esta proposta foi desenvolvida no âmbito da oficina de formação “As TIC no ensino e as TIC na
aprendizagem”, promovida pelo centro de formação EDUCOM. Acreditamos que os dispositivos
móveis, utilizados atualmente pelos alunos, essencialmente para motivos de lazer, podem ser
recursos muito poderosos para facilitar a aprendizagem e a avaliação de competências. Neste
sentido, a ação de formação proposta e a estrutura da disciplina moodle produzida podem ser
adaptadas a qualquer área curricular.
26
TIC@Portugal’15 - Encontro de Professores sobre Utilização Educativa das TIC
HISTÓRIA A 40 MÃOS
Elisete Duarte dos Santos
Agrupamento Prof. Paula Nogueira – Olhão
[email protected]
Objetivos:
- Explorar contos de uma obra sugerida nas Metas Curriculares;
- Trabalhar a leitura em voz alta (autoscopia da leitura);
- Trabalhar a escrita colaborativa utilizando as ferramentas web2.
Estratégias/tarefas
1ª Sessão (1 hora) (professora bibliotecária):
- Apresentação do livro aos alunos;
- Facultar aos mesmos o conto a explorar;
- Leitura em voz alta pela professora bibliotecária;
- Leitura em voz alta pelos alunos. Gravação e audição das leituras realizadas. Análise da
leitura em grande grupo.
2ª sessão (1 hora) (professora bibliotecária):
- Criação de email para cada grupo de alunos;
- Partilha com os email criados da pasta para escrita de texto colaborativo (Google drive);
- Explicação da atividade à turma: com o documento aberto em todos os computadores, os
alunos, seguindo as palavras-chave, vão continuar a história tendo como base a história
trabalhada.
3ª sessão (1 hora) (professora bibliotecária):
- Conclusão da construção da história;
- Leitura coletiva da história construída.
4ª sessão (1 hora) (professora bibliotecária):
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TIC@Portugal’15 - Encontro de Professores sobre Utilização Educativa das TIC
- gravação da leitura da história criada pelos alunos (recurso a telemóvel).
5ª sessão (1 hora) (prof Titular de Turma)
- ilustração das diversas partes da história.
6ª sessão (1 hora) (professora bibliotecária):
- Digitalização das ilustrações produzidas;
- Junção de som, áudio e texto no programa para fazer a montagem de um audiobook.
- Divulgação digital do audiobook.
Nota: Esta atividade foi dinamizada ao longo dos 2º e 3º períodos, em duas turmas do 2º e 3º
anos, tendo como ponto de partida dois contos diferentes, tendo em conta o respetivo ano de
escolaridade.
REFERÊNCIA
Conde, Elsa et al, 2012. Aprender com a biblioteca escolar. Referencial de aprendizagens
associadas ao trabalho das bibliotecas escolares na Educação Pré-escolar e no Ensino Básico.
Lisboa: Rede de Bibliotecas Escolares.
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TIC@Portugal’15 - Encontro de Professores sobre Utilização Educativa das TIC
LIVROS COM HISTÓRIA... DAS PALAVRAS DE PAPEL AO DIGITAL
Cristina Barcoso Lourenço
Agrupamento de Escolas de Montenegro
[email protected]
Sou professora de História e este ano letivo trabalhei, em parceria com a professora bibliotecária
do meu agrupamento e a professora representante da rede de bibliotecas escolares, no projeto
“Aprender com a Biblioteca Escolar”.
O referencial “Aprender com a Biblioteca Escolar” estabelece três grandes áreas: literacia da
leitura, literacia dos media e literacia da informação, sendo a literacia digital abordada numa
perspetiva transversal. Procurei cruzar as literacias da leitura e da informação, procurando, por
um lado, estimular o gosto pela leitura, e por outro, dotar os alunos de conhecimentos que os
capacitassem para a pesquisa, acesso, avaliação, produção e uso ético e eficaz dos recursos e
ferramentas de informação e comunicação.
O projeto foi aplicado a três turmas do 9º ano. O objetivo central consistiu na apresentação de um
livro, ligado aos conteúdos de História, com recurso às tecnologias da informação. Foi fornecida
aos alunos uma lista de livros, onde eles, divididos em grupos de trabalho, deveriam escolher um
livro de acordo com os seus interesses e/ou capacidades. A leitura do livro foi orientada por um
guião que os alunos tinham de seguir, e que os conduzia à pesquisa da informação em suporte
digital dos seguintes temas: dados bibliográficos, dados sobre a obra, dados históricos, reflexão
histórica sobre o livro e avaliação pessoal. Após esta tarefa, os alunos tinham de escolher a
ferramenta digital que queriam construir, tendo em vista o recurso a produzir. Surgiram trabalhos
criativos, sobretudo em vídeo, que revelaram outras formas de estimular o conhecimento
histórico, tendo as palavras de papel ganho uma nova vida no digital.
REFERÊNCIA
Rede de Bibliotecas Escolares (2012). Aprender com a biblioteca escolar. Referencial de
aprendizagens associadas ao trabalho das bibliotecas escolares na Educação Pré-escolar e no
Ensino Básico. Retirado de http://www.rbe.minedu.pt/np4/np4/?newsId=681&fileName=Aprender_com_a_biblioteca_escolar.pdf
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TIC@Portugal’15 - Encontro de Professores sobre Utilização Educativa das TIC
POTENCIALIDADES DAS TIC NA APRENDIZAGEM DAS LÍNGUAS
ESTRANGEIRAS
Carla Pica
Espanha
[email protected]
Apesar de, ao longo das últimas décadas, assistirmos a um ensino baseado em documentos
orientadores que colocam a tónica nos conhecimentos que os alunos devem ser capazes de
mobilizar para a resolução de problemas, a aprendizagem das línguas estrangeiras ainda assenta,
em grande parte, na reprodução sistemática de exercícios, que, com o uso continuado, levam ao
desinteresse e à diminuição da motivação dos alunos.
As situações de aprendizagem devem propiciar ao aluno a vivência e a reflexão das ações. É,
pois, importante desenvolver as habilidades necessárias para que os alunos possam lidar com as
situações práticas do uso da língua estrangeira.
Cabe, a nós professores, saber conjugar diferentes métodos numa mesma aula ou num mesmo
conteúdo e procurar atividades complementares às do manual, que permitam a produção e a
construção de conhecimentos pelos alunos e, simultaneamente, despertem a vertente
comunicativa, sem expor os alunos a excessivo material didático.
Neste domínio, as TIC constituem um excelente recurso pedagógico, na medida que, estimulam o
trabalho autónomo, reforçam as capacidades dos alunos, a sua autoaprendizagem, autoconfiança
e autocorreção e permitem aos professores um maior conhecimento das reais dificuldades e das
verdadeiras competências de cada aluno.
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TIC@Portugal’15 - Encontro de Professores sobre Utilização Educativa das TIC
OS DISPOSITIVOS MÓVEIS EM CONTEXTO EDUCATIVO
Sofia Martins Quintas
Agrupamento de Escolas Eng. Duarte Pacheco
Ed. Especial
[email protected]
As novas tecnologias estão em constante mutação, sendo necessário acompanhar todo o
desenvolvimento emergente. A informação é consideravelmente abundante e é necessário
mantermo-nos atualizados à velocidade de
informação a que estamos sujeitos atualmente.
smartphones e outros dispositivos móveis impulsionaram o interesse dos docentes no uso de
mídias móveis para a educação. Aplicativos estão prosperando em ambientes de pesquisa nas
escolas como recurso na procura de uma aprendizagem mais eficaz.
No âmbito educativo as TIC (Tecnologias de Informação e Comunicação) assumem um papel
cada vez mais importante onde as Aplicações (APP) partilhadas do computador com os
dispositivos móveis estão acessíveis em qualquer ambiente ou lugar. Com o aparecimento do
sistema Android ou IOS a partilha de um ficheiro ou documento num tablet ou num computador
é tão simples que permite o utilizador desenvolver trabalho em qualquer local.
É necessária uma abordagem que requer melhor conhecimento por parte dos docentes
transmitindo maior segurança na aplicação destes novos recursos perante os alunos.
No geral, pretende-se melhorar a prática dos docentes, com recurso às TIC e às APPs
pedagógicas nos dispositivos móveis em contexto educativo, em especial na disciplina de EV,
fornecendo ferramentas Web com o intuito de colmatar as necessidades e exigências, numa
partilha de saberes entre a comunidade educativa.
“Reconhecendo a importância das estratégias das metodologias de apreciação das TIC nos
processos de ensino e de aprendizagem, requer-se que os docentes desenvolvam uma trabalho
reflexivo focado nas suas práticas, sustentado por um sistema de gestão de aprendizagem(LMS),
de forma a partilhar e a aprender a trabalhar de forma colaborativa, organizados numa
comunidade de prática e descoberta.”
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TIC@Portugal’15 - Encontro de Professores sobre Utilização Educativa das TIC
UTILIZAÇÃO DAS TECNOLOGIAS DE INFORMAÇÃO E COMUNICAÇÃO E DA
PLATAFORMA MOODLE EM SITUAÇÃO DE FORMAÇÃO DE PROFESSORES: UM
ESTUDO DE CASO
Maria Manuela Jacinto do Rosário Lúcio
Agrupamento de Escolas Professor Paula Nogueira
[email protected]; [email protected]
A Formação de Professores constitui uma oportunidade de desenvolvimento profissional na qual
é possível a integração das Tecnologias de Informação e Comunicação em Ações de Formação de
áreas científicas diversas.
No presente estudo de caso, na Ação de Formação “1ª Guerra Mundial: 100 anos depois”
realizada nos anos letivos de 2013-2014 e de 2014-2015, na modalidade de Oficina, destinada a
docentes dos Grupos 200, 400 e 420, estas Tecnologias foram utilizadas como forma de
apresentação e partilha de trabalhos no decurso dos trabalhos da Ação e produzidos diversos
materiais pedagógicos destinados a serem utilizados nos diferentes anos de escolaridade a que
cada formando se dedicava.
Os diferentes trabalhos realizados no decurso da ação, realizados em suporte digital e partilhados
presencialmente e posteriormente em disciplina Moodle para a formação, permitiram conciliar o
desenvolvimento profissional, os interesses particulares de cada participante, a produção de
materiais pedagógicos diversificados adequados ao nível etário dos alunos a cargo de cada
docente e a utilização das Tecnologias de Informação e Comunicação (utilização de diferentes
programas e suportes informáticos) aliada à formação na presente área científica.
A utilização das TIC permitiu igualmente a continuidade do contato entre formadora e
formandos, através da partilha de comentários e informações na disciplina da Formação na
Plataforma Moodle, no espaço temporal entre as sessões presenciais, favorecendo o
desenvolvimento da sociabilidade entre todos os participantes.
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RESUMOS APRESENTADOS NO
MONTE DA CAPARICA
TIC@Portugal’15 - Encontro de Professores sobre Utilização Educativa das TIC
A APLICAÇÃO DO PROJETO ETWINNING “FOODTASTIC” COMO UMA BOA
PRÁTICA PEDAGÓGICA NO SEGUNDO CICLO
Egidia Azevedo1, Agnieszka Halicka2 , Antonella Iannuzziello3 , Aude Bompas4 , Dolors Juncà5,
Doville Kazakauskiene6 , Gunçe Subasi7, Ivana Paulíková8, Jevgeņija Sedača9, Loida Vidal
Fernández10, Marcela Nevěřilová11, Maria Antonietta Panichella12, Mariana Voichita Rotar13,
Matilde De Letis12, Marija Zubex14, Micaela Patricio1,
Mustafa Turgut15, Nicoleta Faca16, Pina Di Ponte12, Nicolina Setaro12, Sabine Woll17,
Sarmīte Vilde18, Soňa Purová11, Urszula Furmańska2, Vasso Hassomeri19 e Żaneta Misiak2
1
Agrupamento de Escola D. Filipa de Lencastre;
2
Zespół Szkół nr 2, Konstancin-Jeziorna, Polónia
3
Istituto Comprensivo Statale "D. Savio" - Scuola Secondaria di I Grado, Potenza, Itália
4
Ensemble scolaire Jeanne d’Arc – Saint Romanin, Blaye, França
5
Ecola Mare de Déu del Roser, Salt, Espanha
6
Plokščiai school - multifunctional centre, Plokščiai, Lituânia
7 Özel Ada Şafak Ortaokulu, Sakarya, Turquia
8
Základná škola Viliama Záborského, Vráble, Vráble, Eslováquia
9
Daugavpils 3. vidusskola, Daugavpils, Letónia
10
CEIP Granullarius, Granollers, Espanha
11
ZŠ Jungmannova Litovel, 78401 Litovel, República Checa
12
ICS "G.A. Colozza" di Campobasso - Plesso Secondaria di I Grado, Campobasso (CB), Itália
13
Scoala Gimnaziala " Alexandru Ioan Cuza" , Baia Mare, Roménia
14
Osnovna škola Žitnjak, Zagreb,Croácia
15
Zonguldak Bahçelievler İlkokulu, Merkez, Turquia
16
Scoala Gimnaziala Nr. 1 Remetea, Remetea, Roménia
17
Realschule am Mauracher Berg, Denzlingen, Alemanha
18
Katvaru internātpamatskola, Limba˛u novads, Letónia
19
3o Δηµοτικό σχολείο Αγίου Νικολάου, Άγιος Νικόλαος, Grécia
[email protected]
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TIC@Portugal’15 - Encontro de Professores sobre Utilização Educativa das TIC
O eTwinning é uma ação do programa Eramus Plus da União Europeia que visa a criação de
redes de trabalho colaborativo entre as escolas participantes, construtivas de boas práticas
pedagógicas, alicerçadas na exploração das novas tecnologias de informação e comunicação.
O projeto eTwinning “Foodtastic” foi criado no presente ano letivo e aplicado em 19 escolas de
14 países envolvendo 167 alunos da faixa etária 10 - 12 anos e vinte e sete docentes.
Os objetivos delineados foram: fornecer aos alunos uma visão abrangente da alimentação dos
países participantes; discutir a influência da história, da cultura e dos estilos de vida nas escolhas
alimentares; consciencializar para a importância da alimentação saudável; promover a
interligação entre ciência, tecnologia, sociedade e ambiente; fomentar a exploração das
tecnologias de informação e comunicação com ferramentas educativas e criativas; incrementar o
trabalho colaborativo entre a rede de escolas parceiras, assentes em dinâmicas de partilha, as
quais são fomentadoras da integração dos currículos, da criatividade e do espírito critico dos
alunos.
Para os alunos, os desafios colocados durante a realização das quinze atividades propostas:
apresentações, logótipos, dicionários, canções, vídeos, puzzles, questionários, jogos interativos,
implicaram a exploração e utilização de um vasto leque de ferramentas digitais: PowerPoint,
Prezi, Moviemaker, Pixlr, Google docs, Skype, Zondle, que apresentaram diferentes graus de
dificuldades e complexidade, que exigiram a resolução de problemas, sendo um estimulo para a
realização de aprendizagens significativas e para o desenvolvimento da cooperação, do empenho,
da autonomia.
As diferentes etapas do projeto e respetivos produtos foram registadas e divulgadas através do
portal twinspace, do blog externo do projeto e em exposições realizadas nas escolas e abertas ás
respetivas comunidades educativas.
Este projeto contribuiu para a construção de saberes, desenvolvimento competências e atitudes
inerentes à educação holística dos alunos.
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TIC@Portugal’15 - Encontro de Professores sobre Utilização Educativa das TIC
ACELERADOR DE ENSINO: MATHDUO
Cláudia Soares, Mónica Boto, Ricardo Mota e Ana Lisa Vaz
Agrupamento de Escolas das Olaias – Edulab Olaias
EB1 Engenheiro Duarte Pacheco
[email protected], [email protected]
Foram concebidas e desenvolvidas rotinas de ensino e aprendizagem no âmbito do Edulab do
Agrupamento de Escolas das Olaias, designadas de Aceleradores de Ensino para potenciar
aprendizagens efetivas dos alunos com recurso às TIC.
O acelerador de ensino que foi aplicado por três turmas, 1º A, 2.º A e uma Turma Mais tinha
como objetivos: desenvolver o cálculo mental, motivar os alunos para a matemática; desenvolver
competências colaborativas, o pensamento crítico e motivar os alunos para a participação em
concursos.
A aplicação do acelerador decorreu entre abril e junho, com periocidade de uma hora semanal por
turma. Ao longo de sete sessões, o tempo de execução da tarefa foi sendo registado numa tabela.
Através destes dados foram elaborados gráficos para poder avaliar o efeito do Math Duo no
desenvolvimento do cálculo mental. No final das sete semanas, alguns alunos (focus grupo)
participaram num concurso de cálculo mental contra outros alunos que nunca utilizaram qualquer
aplicação do tablet. Foi utilizada outra aplicação Mathduel que simula um duelo de cálculo
mental entre dois alunos.
Os resultados dos duelos entre os alunos que durante sete semanas utilizaram o Mathduo e os
outros que não utilizaram nenhuma aplicação demonstraram que a utilização de uma aplicação
para desenvolvimento do cálculo mental, potenciou as aprendizagens, pois, os alunos que
trabalharam com o Mathduo tiveram mais vitórias no Mathduel.
36
TIC@Portugal’15 - Encontro de Professores sobre Utilização Educativa das TIC
@ PROGRAMAR NO 1.º CICLO
Olívia Ferreira, Luísa Cardoso, Irene Pinto e Graça Barata
Agrupamento de Escolas das Olaias - EdulabOlaias
E.B.1 Bairro do Armador
edulabolaias@gmail, [email protected]
No âmbito do projeto Academia de Código Júnior, com apoio da Câmara Municipal de Lisboa e
da Fundação Gulbenkian, uma turma constituída por alunos dos 8 aos 12 anos, do 2.º e 3.º anos
de escolaridade, iniciou-se na programação com Scratch, durante duas horas semanais, de janeiro
a junho de 2015.
Os alunos foram avaliados por um grupo de investigadores da Universidade de Aveiro (com duas
psicólogas clínicas), no início do 2.º período e no final do 3.º período. Foram aplicados os
mesmos testes numa turma, com semelhante constituição – turma controle. Para além de
permitirem avaliar a evolução dos alunos, a análise dos resultados pretende também perceber o
impacto da programação na aprendizagem dos alunos.
O programa usado foi o Scratch, com um computador para dois alunos.
Os objectivos iniciais deste projeto passaram pelo:
- Desenvolvimento do raciocínio matemático;
- Trabalho colaborativo;
- Desenvolvimento da autonomia na realização de tarefas;
- Aperfeiçoamento das competências digitais e de literacia;
- Raciocínio e resolução de problemas;
- Desenvolvimento de competências colaborativas e de comunicação;
- Criatividade;
- Proatividade;
- Produtividade.
O desenvolvimento da autonomia, da criatividade e de competências digitais foram as
competências com impactos visíveis a curto e médio prazo, estando ainda a aguardar as
conclusões dos resultados dos testes aplicados.
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TIC@Portugal’15 - Encontro de Professores sobre Utilização Educativa das TIC
AS TIC NA DIVULGAÇÃO E PRESERVAÇÃO DO PATRIMÓNIO
Anabela Cardoso Ramos e Emília Silva
Escola E.B. 2,3 de Vialonga
[email protected]
No âmbito do 5º ciclo de pilotagem iTEC, os alunos do 7ºD, da Escola E.B. 2,3 de Vialonga, com
a cooperação das professoras de C.N. , E.V. e TIC, construíram um guião científico digital, que
explica de forma representativa, expressiva e criativa as investigações realizadas. Os alunos
foram divididos em equipas, utilizaram o TeamUp na formação dessas equipas, e
cumulativamente para realizar gravações das reflexões .
Os alunos construíram blogues de equipa, reportando a evolução da sua história de aprendizagem,
que comportou duas visita de campo, registadas pelos alunos e expostas nos blogues.
Com o Google Hearth os alunos construíram os percursos de interesse paleontológico e
geológico na sua vila (Vialonga),realizando desta forma os guiões científicos digitais. Durante
todo o projeto foi desenvolvido um site (http://aevitec5.weebly.com), que se desenvolve como
elo agregador do projeto, disponibilizando o acesso a recursos de apoio, bem como de todas as
atividades desenvolvidas, oferecendo um inquérito de avaliação do projeto.
No final do ano lectivo a turma apresentou este projeto aos encarregados de educação e
comunidade escolar, paralelamente efetuou-se a inauguração de uma exposição com os trabalhos
realizados.
Pretendemos e fomentamos a divulgação| preservação do património Geológico e Paleontológico
da vila de Vialonga.
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TIC@Portugal’15 - Encontro de Professores sobre Utilização Educativa das TIC
A UTILIZAÇÃO DE MEIOS DIGITAIS POR CRIANÇAS ATÉ 6 ANOS DE IDADE
Rita Brito
Centro de investigação em Educação - Universidade do Minho
[email protected]
Os meios digitais estão presentes na vida das crianças pequenas, de um modo crescente, sendo
utilizados em idades cada vez mais precoces (Hague & Payton, 2010; Plowman, Stevenson,
Stephen, & McPake, 2012). Elas utilizam o computador, o tablet, o smartphone e outras
tecnologias para comunicar com familiares, jogar jogos, escrever, tirar fotografias, entre outras
atividades (Cruz & Brito, 2012).
Neste sentido, observámos 13 famílias no seu ambiente familiar, com o intuito de verificar que
tecnologias as crianças utilizam, como as utilizam, quando e com quem as utilizam. Foram
selecionadas famílias que tivessem crianças desde 1 ano até 6 anos de idade. Observámos as
interações das crianças pequenas com as tecnologias, questionando-as sobre essas mesmas
utilizações e entrevistámos os seus pais para obtermos uma visão global sobre a utilização dos
meios digitais pelas crianças e as suas perspetivas sobre estes meios.
Dos dados recolhidos podemos inferir que as crianças começam a ter curiosidade pelos
dispositivos digitais com meses de idade. Já mais velhos (4 ou 5 anos), utilizam o dispositivo que
for mais "rápido", normalmente os telemóveis e tablets dos pais, quando não têm os seus próprios
tablets. Pareceu-nos que o tempo e gosto desta utilização poderá estar relacionado com a maneira
de ser das crianças, preferindo as crianças mais ativas movimentarem-se, correr ou até mesmo
jogar futebol em casa, e as mais recatadas preferem estar no sofá da sala a jogar no tablet ou no
telemóvel dos pais. A maioria das crianças utilizam estes dispositivos para jogar, tendo acesso a
jogos para maiores de 13 ou 18 anos. Elas são autónomas a utilizar os dispositivos, jogando,
instalando aplicações e navegando sozinhos no Youtube. Questionados sobre a segurança online,
o que assusta mais os pais é a pedofilia e os possíveis contactos com estranhos, mas apenas de
futuro, presentemente não têm muitas preocupações pois são da opinião que os filhos ainda são
pequenos e a utilização que fazem dos dispositivos não faz com que corram esse risco. Sentem-se
preparados para conversar com os filhos sobre questões de segurança online, e consideram a
39
TIC@Portugal’15 - Encontro de Professores sobre Utilização Educativa das TIC
formação sobres a utilização segura da internet uma questão importante, mencionando alguns
pais ser relevante desde a idade pré-escolar.
REFERÊNCIAS
Cruz, E. & Brito, R. (2012). Quando o computador trabalha pensa-se na cabeça”. Representações
de crianças em idade pré-escolar. In J. Matos (Org.), Atas das II Congresso Internacional
TIC e Educação, ticEDUCA2012. Lisboa: Instituto da Educação da Universidade de Lisboa
(1850-1865). ISBN: 978-989-96999-8-4.
Hague, C., & Payton, S. (2010). Digital literacy across the curriculum. Bristol, UK: Futurelab.
Plowman, L., Stevenson, O., Stephen, C., & McPake, J. (2012). Preschool children's learning
with
technology
at
home.
Computers
&
Education,
59(1),
30-37.
DOI:
10.1016/j.compedu.2011.11.01
40
TIC@Portugal’15 - Encontro de Professores sobre Utilização Educativa das TIC
ENTRE CREIXOMIL E MAFRA: NA “PORTA AO LADO”
Henrique Santos e Cristina Pinto
http://salamarela-enxara.blogspot.pt/2015/05/a-aida-maquina-de-escrita-em-braille-e.html e
http://ojardimdanossainfancia.blogspot.pt/2015/05/suuuuuurpresaaaaaaaa-chegou-aida.html
EB1/JI de S. Miguel, Enxara do Bispo (Mafra) e EB1/JI de Creixomil, Barcelos
[email protected]; [email protected]
“Os registos audiovisuais são meios de expressão individual e
colectiva e também meios de transmissão de saber e da cultura
que a criança vê como lúdicos e aceita com prazer.”
In Orientações Curriculares para a Educação Pré-Escolar, 1997
A riqueza e variedade da informação, e dos seus suportes, que não para de crescer, acentuando
em cada dia que passa o seu ritmo de expansão, conduz-nos, forçosamente, a um mundo novo em
que o entretenimento, a aprendizagem, o diálogo entre cidadãos, o exercício da democracia, a
cultura, a investigação científica, o trabalho, o comércio e as restantes atividades económicas
recorre com intensidade crescente às chamadas “novas” tecnologias da informação e da
comunicação como meio privilegiado de acesso e difusão de saber e de oportunidades de
interação humana.
A convergência das tecnologias de informação, do audiovisual e das comunicações abriu
perspetivas com importante impacto positivo na transmissão do saber, na divulgação da cultura e
da língua, nos processos de aquisição de conhecimento, na integração de cidadãos com
necessidades especiais, na gestão das organizações, nos meios de entretenimento, na
comunicação social, na interação entre grupos de cidadãos e na inovação de processos
democráticos.
Assim sendo, tornou-se pertinente a reflexão sobre a importância da utilização educativa das
tecnologias da informação e da comunicação na construção de ambientes capazes de ajudar a
construir seres humanos com capacidade e vontade de aprender desde a Educação de Infância.
A criança deve ser desafiada e estar permanentemente na situação de construtora, de exploradora
e de investigadora. A utilização dos meios de comunicação na educação de infância pode ser
41
TIC@Portugal’15 - Encontro de Professores sobre Utilização Educativa das TIC
desencadeadora de variadas situações de efetiva aprendizagem e desenvolvimento de
competências.
Na verdade, as tecnologias são peças chave na criação de ambientes de aprendizagem
motivadores e construtores do ser humano. As crianças aprendem melhor se tiverem tarefas,
desafios, ou problemas nos quais as respostas não sejam óbvias ou demasiado simples.
É possível, de forma simples e dinâmica, desenvolver, em contexto de sala de jardim-de-infância,
uma abordagem sistemática e organizativa das possibilidades oferecidas no âmbito da utilização
dos instrumentos tecnológicos ou de marcada característica comunicacional e da sua inter-relação
com os conceitos de desenvolvimento social, cultural e cognitivo das crianças e da sua relação
com as práticas pedagógicas.
“A melhor aprendizagem é a que se compreende e dá prazer. As crianças adoram aprender até
quando são ensinadas com uma lógica diferente. Na verdade, (...) acredito que toda a gente,
especialmente as crianças, gosta sempre de aprender.”
Papert (1998) A Família em Rede, p.39).
Uma videoconferência e muito mais…
Quando o assunto são as "novas tecnologias", a palavra "novas" deixa de fazer sentido para as
crianças que já nasceram, e estão a crescer, com estas tecnologias. Quando chegam ao Jardim de
Infância elas já utilizaram o computador, o tablet, a máquina fotográfica, o telemóvel... As
crianças utilizam estes dispositivos com a naturalidade de quem os conhece desde sempre.
Estes “instrumentos de trabalho”, dentro de uma sala de JI, proporcionam a educadores de
infância e às crianças múltiplas possibilidades de ensino/aprendizagem entre ambos.
Quando chegam à escola, as crianças “já sabem”. Cabe aos adultos cultivarem isso… e por vezes
cultivarem-se com isso. E foi o que aconteceu quando chegaram os tablets à sala do Jardim de
Infância de Creixomil.
Estes “instrumentos de trabalho” podem levar-nos também a uma sala de JI a centenas de
quilómetros e transformar a interação entre as crianças e os adultos em algo tão próximo que
ficamos com a sensação que trouxemos a “sala ao lado” para dentro da nossa.
42
TIC@Portugal’15 - Encontro de Professores sobre Utilização Educativa das TIC
Nestes últimos meses foram realizadas algumas videoconferências entre os JI de S. Miguel,
Enxara do Bispo e JI de Creixomil, Barcelos, por vezes sem marcação prévia. Acontece algo que
gostaríamos de partilhar com os amigos e tratamos de nos “ligar”. A falta de equipamento
desejável e a necessidade de por vezes termos de “improvisar”, impede-nos de fazer estas visitas
à “sala ao lado” mais frequentemente.
Depois de uns meses antes termos mostrado aos amigos da Sala Amarela um cordeirinho que a
mãe da Inês trouxe à nossa sala, voltamos a entrar na “sala ao lado” com a Aida. A Aida é cega e
fez -nos uma visita surpresa. E não veio de mãos a abanar. Trouxe alguma da sua tecnologia de
apoio que quisemos partilhar com os amigos da Sala Amarela.
Depois de um telefonema a avisar que íamos “chegar”, montamos o "estaminé". Era necessário
ligar o projetor multimédia ao computador e abrir a tela para poder deixar os amigos “entrar” na
nossa sala. A ligação, via Skype, não colaborou connosco como gostaríamos, talvez por causa dos
fortes ventos que se faziam sentir lá fora. Mas nós resistimos para além das baterias do
computador e da máquina fotográfica que chegaram ao fim “antes do fim” (as surpresas têm
destas coisas) e "segurámos" os nossos amigos no tablet e no telemóvel. A Aida divertiu-se
imenso e nós também.
Como os nossos amigos nos viram desde a Sala Amarela:
“Hoje, numa videoconferência com o Jardim de Infância de Creixomil e com a Cristina Pinto, e
apesar das "dificuldades" técnicas", conhecemos a Aida, a máquina de escrita em Braille e uma
máquina (que parece um telemóvel) que lhe diz as cores...
Falámos sobre ela, sobre o facto de ser cega e também nos apalpámos para perceber como
podemos ver com os dedos (como a Aida faz!)
E ela prometeu-nos escrever os nossos nomes em Braille... “
in: Blogue da Sala Amarela (http://salamarela-enxara.blogspot.com)
REFERÊNCIAS
Cardoso, G. (2003) À Procura de interlocutor. Para Conversar, Trocar informação, ouvir música
ou namorar. Trajectos. Lisboa, Notícias Editorial e ISCTE.
43
TIC@Portugal’15 - Encontro de Professores sobre Utilização Educativa das TIC
Cardoso, C. (2001) Ler a Sociedade da Informação, Usar as NTIs. Actas do 1º Encontro Nacional
de Investigação e Educação. Lisboa, ESE de Lisboa.
Ministério da Educação (2002) As Tecnologias de Informação e da Comunicação e a Qualidade
das Aprendizagens – Estudos de caso em Portugal. Lisboa, DAPP.
Papert, S. (1998) A Família em Rede. Lisboa, Relógio D’água.
Santos, H. (2001) A Atitude do Educador face às Novas Tecnologias. Cadernos de Educação de
Infância, nº58. Lisboa, APEI.
44
TIC@Portugal’15 - Encontro de Professores sobre Utilização Educativa das TIC
ETWINNING: A COMUNIDADE DE ESCOLAS DA EUROPA
Rute Baptista
www.etwinning.net
European Schoolnet
[email protected]
O eTwinning disponibiliza uma plataforma para que os profissionais da educação que trabalham
em escolas dos países europeus envolvidos, possam comunicar, colaborar, desenvolver projetos e
partilhar, mas sobretudo e sentir-se, e efetivamente ser, parte da maior comunidade de
aprendizagem na Europa. Devido ao seu impacto, crescimento, valor pedagógico e forte sentido
de comunidade o eTwinning foi, e continua a ser, evidenciado como estando numa posição ideal
para promover elementos fundamentais das recentes estratégias da Comissão Europeia.
A ação eTwinning promove a colaboração entre escolas da Europa, com recurso às Tecnologias
de Informação e Comunicação (TIC), proporcionando apoio, ferramentas e serviços que
facilitam, em qualquer área disciplinar, a criação de parcerias, de curta média ou longa duração.
O Portal (www.etwinning.net) é o principal ponto de encontro e espaço de trabalho. Encontra-se
disponível em 26 línguas e, atualmente, já envolve mais de 314.000 docentes, e mais de 41553
projetos entre duas ou mais escolas europeias.
O projeto foi lançado em 2005, como a principal ação do Programa de e-Learning da Comissão
Europeia, e desde 2014 faz parte do Erasmus+, o programa europeu para a Educação, Formação,
Juventude e Desporto. O Serviço de Apoio Central é coordenado pela European Schoolnet, e
conta ainda com a ajuda de 38 Serviços de Apoio Nacional, de 36 países europeus e 6 Agencias
de Apoio Nacional dos países que integram a Parceria Oriental e a parceria Euro-Mediterrânea
(EUROMED).
REFERÊNCIAS
Brussels/Strasbourg (2012). Commission presents new Rethinking Education strategy.
http://europa.eu/rapid/press-release_IP-12-1233_en.htm
45
TIC@Portugal’15 - Encontro de Professores sobre Utilização Educativa das TIC
Bruxelas, 25.9.2013. COM(2013) 654 final. Abrir a Educação. http://eur-lex.europa.eu/legalcontent/PT/TXT/PDF/?uri=CELEX:52013DC0654&from=EN
EUN Observatory (2013). Briefing Paper, Issue no.3. Does the type of ICT training teachers
pursue matter? http://files.eun.org/etwinning/bpaper.pdf
46
TIC@Portugal’15 - Encontro de Professores sobre Utilização Educativa das TIC
HISTÓRIA DIGITAL – REIS DE PORTUGAL
Nuno Vicente
Agrupamento de Escolas das Olaias
EB1 Eng.º Duarte Pacheco
[email protected]
Turma constituída por 23 alunos do 4ºano. Desde o início do ano letivo, foi proposto aos alunos,
a apresentação dos trabalhos em formato digital (Word, Excel ou PowerPoint). Com rotina na
utilização das tecnologias, permitiu elevar a “fasquia”. Devido ao interesse manifestado pela
história de Portugal (reis e rainhas) decidiu-se criar uma História Digital.
Começou a ser criada em janeiro, no horário de Oferta Complementar e Expressões (2 a 3 tempos
semanais), até final do ano. A partir do livro de Estudo do Meio, teve-se acesso às dinastias,
datas, nomes e cognomes dos reis de Portugal. Criaram-se grupos de trabalho, de forma a dividir
os mesmos reis por esses grupos. Cada grupo deveria fazer o seguinte, sobre cada rei: desenhar
ou caricaturá-lo; pesquisar sobre o cognome (significado), quem foram os seus pais, consorte e
filhos; e selecionar os acontecimentos mais importantes durante o seu reinado. Com este
recolhimento, criou-se um friso/cartaz, das dinastias, que está exposto na biblioteca escolar (até
final do 2.º período).
No 3º período, decidimos “ir mais longe” do que o objetivos iniciais. Realizar a tradução para
inglês, utilizando o Google tradutor (forma de terem a oportunidade de contato com a língua, de
forma interessada).
Todo o trabalho, de pesquisa e tradução, foi documentado, por parte dos alunos em formato
PowerPoint, pronto a ser criado um vídeo com a mesma informação. Devido às exigências do
4ºano, com exames nacionais, o vídeo ainda está a ser finalizado, por alguns alunos que se têm
predisposto a ir à escola, para o concluírem.
Objetivos: trabalho colaborativo; utilização de motores de busca para pesquisa e tradução;
capacidade de seriação da informação; utilização de várias formas de registo digital;
47
TIC@Portugal’15 - Encontro de Professores sobre Utilização Educativa das TIC
LITERACIA DOS MÉDIAS
Ana Luísa Pires Monteiro
Agrupamento de escolas Gomes Monteiro, Boticas
[email protected]
A revolução tecnológica e digital que ocorreu nos últimos anos trouxe transformações com
reflexo nas escolas, nomeadamente na forma de como aceder à informação e ao conhecimento.
Às competências básicas essenciais para a aprendizagem das disciplinas do currículo como, por
exemplo, a matemática ou a língua portuguesa, é necessário acrescentar e desenvolver
competências em “outras literacias”, nomeadamente as da informação, as digitais e as dos
médias. Os alunos devem ser dotados dos conhecimentos para usar as novas tecnologias, de
forma a compreender a mensagem mediática, mas também como forma de participação cívica
numa era globalizada, tecnológica e dominada pelos média.
Torna-se imperativo, no contexto atual, educar para os média, recorrendo a estratégias e/ou
atividades, a desenvolver de forma transversal a todo o currículo.
A biblioteca escolar pode e deve ter um papel importante nesta dinâmica que se pretende, na
aquisição destes conhecimentos e capacidades e no desenvolvimento de atitudes e valores
necessários para a concretização dos mesmos.
Pretende-se com esta comunicação apresentar algumas das atividades e dos resultados realizadas
e obtidos no Agrupamento de Escolas Gomes Monteiro, Boticas nesta área dos médias no
contexto de trabalho da biblioteca escolar.
48
TIC@Portugal’15 - Encontro de Professores sobre Utilização Educativa das TIC
METODOLOGIAS ATIVAS COM INTEGRAÇÃO DAS TECNOLOGIAS DIGITAIS
NUM CURSO PROFISSIONAL
Ana Luísa Rodrigues
Agrupamento de Escolas Aquilino Ribeiro / Instituto de Educação (ULisboa)
[email protected]; [email protected]
O presente estudo é suportado na investigação da própria prática como estratégia de produção de
conhecimento e desenvolvimento profissional procurando caminhos para a inovação dos
processos educativos na escola face à atual sociedade do conhecimento, que exige modelos e
metodologias de ensino renovadas que incluem a integração das tecnologias digitais (TD) no
processo de ensino-aprendizagem.
Desta forma, foi desenvolvido, em forma de estudo de caso com observação participante, um
trabalho de projeto ao longo do presente ano letivo de 2014/15, numa turma de 13 alunos, do 10º
ano do Curso Profissional de Técnico de Vendas no âmbito das disciplinas da componente
tecnológica, num Agrupamento de Escolas TEIP da área da Grande Lisboa.
Este projeto foi designado de Vendedores e Companhia, Lda., tendo englobado diversas
atividades, entre outras: a criação da loja ONE de venda de doces e artesanato nos intervalos das
aulas; uma venda de rifas para cabaz de Natal; a organização do Baile de Carnaval da escola; e
uma visita de estudo ao Algarve financiada com o lucro efetuado na loja.
Durante o desenvolvimento do projeto foram amplamente utilizadas as TD a par das
metodologias ativas, nomeadamente, na investigação com pesquisa na Internet sobre temas
específicos com posterior apresentação de trabalhos em Word e PowerPoint, na criação de
panfletos e cartazes e na partilha dos trabalhos realizados, informações, materiais e comunicação
através de grupo fechado criado no Facebook.
Os principais objetivos que levaram à incorporação das TD foram: proporcionar a construção e
desenvolvimento de competências digitais dos alunos e sobretudo promover a motivação para a
aprendizagem.
Em suma, foi possível verificar a exequibilidade da utilização pedagógica do Facebook como
plataforma de gestão de aprendizagens (LMS) e elemento de comunicação no processo de ensinoaprendizagem, e o desenvolvimento de competências digitais e sociais dos alunos.
49
TIC@Portugal’15 - Encontro de Professores sobre Utilização Educativa das TIC
REFERÊNCIAS
Arends, R. (2008). Aprender a ensinar. 7.ª Edição. Madrid: Editora McGraw-Hill.
Bogdan, R., & Biklen, S. (1994). Investigação Qualitativa em Educação. Uma introdução à
teoria e aos métodos. Porto: Porto Editora.
Phillips, L. F., Baird, M. D., & Fogg, B. (2011). Facebook for Educators. [On-line]. Retirado de
http://lantec.fae.unicamp.br/ed88/conteudos-digitais/arquivos/arquivo-011-guia-facebookpara-educadores, acedido a 20 de abril de 2014.
Ponte, J. P. (2002). Investigar a nossa própria prática. In GTI (Org.), Reflectir e investigar sobre
a prática profissional (pp. 5-28). Lisboa: APM.
Rodrigues, A.L., Patrocínio, T., Curado, A.P., Cabrito, B. & Cerdeira, L. (2014). Facebook as a
Learning Management System (LMS) in Higher Education. In International Congress on
Education, Innovation and Learning Technologies (ICEILT), Jul 2014, University of
Barcelona, ISBN 978-989-95089-2-7.
Rodrigues, A.L. (2014). O Facebook como Ferramenta num Curso Vocacional de 3º Ciclo.
Poster apresentado no III Congresso Internacional das TIC na Educação (ticEDUCA2014),
Aprendizagem Online, novembro 2014, Instituto de Educação da Universidade de Lisboa.
50
TIC@Portugal’15 - Encontro de Professores sobre Utilização Educativa das TIC
ORTHOPTER-ON - IDENTIFICAÇÃO INTERATIVA DE GAFANHOTOS E GRILOS
NA SALA DE AULA NO ENSINO DA BIODIVERSIDADE
Eva Monteiro1, Jesús Rey-Rocha2 e Maria Teresa Rebelo3
1
2
Museu Nacional de História Natural e da Ciência, Universidade de Lisboa
Instituto de Filosofia, Centro de Ciencias Humanas y Sociales, Consejo Superior de
Investigaciones Científicas
3
Faculdade de Ciências, Universidade de Lisboa; Center for Environmental and Marine Studies,
Universidade de Aveiro
[email protected]
A componente web Orthopter-ON é uma chave de identificação de espécies comuns de
gafanhotos e grilos ibéricos. Em formato multimédia, com imagens reais e esquemas apelativos, a
ferramenta Orthopter-ON facilita e torna mais atraente o processo de identificação de
organismos, sendo um instrumento de ensino e aprendizagem dos conceitos relacionados com a
biodiversidade.
Esta ferramenta foi desenvolvida como parte do projeto Grilos e gafanhotos no ensino e na
aprendizagem da biodiversidade (projeto SFRH/BD/73197/2010 financiado pela Fundação para
Ciência e Tecnologia) que pretende responder às seguintes perguntas:
- Poderá a inclusão de atividades de identificação de organismos nos currículos escolares
contribuir para aumentar o nível de compreensão sobre a biodiversidade?
- Poderá a participação dos alunos neste de atividades de identificação de organismos aumentar o
seu interesse pela conservação da biodiversidade?
Esta comunicação apresenta a ferramenta de ensino e os primeiros resultados do ano piloto (ano
letivo de 2014/2015) em que foi testada a sua eficácia em aulas práticas de ciências da natureza e
biologia.
51
TIC@Portugal’15 - Encontro de Professores sobre Utilização Educativa das TIC
OS TABLETS COMO RECURSO MOTIVADOR DE MAIS E MELHORES
APRENDIZAGENS
António José Gonçalves e Óscar Leal dos Santos
Agrupamento de Escolas Barbosa du Bocage
[email protected]; [email protected]
As escolas têm hoje alunos com características bastante diferentes (nativos digitais) das gerações
anteriores (residentes digitais). Surgem então novos contextos educativos que privilegiam a
colaboração, interação e partilha, permitindo uma aprendizagem mais individualizada e mais
autónoma por parte dos alunos. Cabe à escola tirar partido da tecnologia e procurar formas
inovadoras de envolver os alunos e garantir que potenciem as suas aprendizagens.
É neste contexto que surge o DIGICLASSE®, projeto inovador na sua dimensão educativa, mas
também na sua génese, resultando da ambição das direções dos agrupamentos envolvidos e da
vontade da EDUGEP, que liderou um grupo do qual faziam parte as escolas, empresas, um CFAE
e uma instituição de ensino superior.
Este projeto consistiu na aplicação de um conjunto de recursos tecnológicos e digitais, em escolas
de 1º ciclo, com o objetivo promover ambientes de aprendizagem de inteligências múltiplas;
potenciar a apropriação das diferentes matérias por parte dos alunos; utilizar os tablets como
ferramenta educativa e elemento inovador e motivador; fazer dos alunos atores de experiências
educativas e pró-ativos na busca de conhecimento e implementar novas soluções pedagógicas de
promoção do sucesso educativo.
No fim do 1º ano do projeto foram aplicados questionários de avaliação a alunos, pais e
professores.
Constitui a base para o estudo que aqui se apresenta, os dados recolhidos dos questionários aos
alunos, onde foram avaliadas as seguintes dimensões: 1) satisfação com a participação no projeto,
2) avaliação da qualidade do equipamento e suas funcionalidades, 3) compreensão do papel
pedagógico das tecnologias, 4) impacto na atenção e motivação para as aprendizagens e 5)
impacto no comportamento e desempenho escolar.
52
TIC@Portugal’15 - Encontro de Professores sobre Utilização Educativa das TIC
Os resultados das 180 respostas obtidas, representando 88% do total, demonstram que, num grau
de concordância de 1 a 5 numa escala de Likert, todas as dimensões foram avaliadas acima de 4,
com destaque para as questões 2) Compreendi que as tecnologias podem ser úteis para ajudar-me
a aprender na escola (média=4,64), 6) Achei muito bom poder fazer exercícios no tablet.
(média=4,83) e 9) Para os próximos anos, gostaria de continuar a aprender com tablets
(média=4,88).
53
TIC@Portugal’15 - Encontro de Professores sobre Utilização Educativa das TIC
PROJETOS EUROPEUS E A LITERACIA PARA OS MEDIA
Carla Belo e Rui Baltazar
Agrupamento de Escolas Emídio Navarro - Almada
[email protected], [email protected]
O projeto a apresentar (PLAY WEB) teve origem num convite feito pela Srª. Eleonora Salvadori,
diretora do Centro de Educação e Mídea da Universidade de Pavia à, nessa altura ainda, Escola
Secundária Emídio Navarro, em Almada. Foi criada para o efeito uma equipa multidisciplinar de
professores [Rui Baltazar (coordenador), Ana Ávila Silva, António Barreiros, António Sales,
Carla Belo, Ludgero Leote e Rute Navas]. Este projeto foi financiado pela Agência Nacional
PROALV, através do seu programa COMENIUS, e tivemos como parceiros escolas secundárias
de Itália (Pavia), de França (Lyon) e de Espanha (Sevilha).
O projeto PLAY WEB (www.play-web.eu ) visou criar uma série de produtos, alguns deles em
formato digital, que tinham como objetivo sensibilizar alunos, professores e encarregados de
educação para uma utilização mais segura da Internet.
Entre as muitas atividades dinamizadas, encontra-se um concurso de vídeo, o qual foi lançado em
simultâneo nos quatro países participantes deste projeto. No caso português, o regulamento foi
adaptado para ir ao encontro do concurso “7 dias, 7 dicas sobre os media”, promovido pela Rede
de Bibliotecas Escolas. Os trabalhos realizados pelos alunos foram muitos e de elevada
qualidade. O vídeo vencedor foi divulgado durante um dos encontros com todos os parceiros
deste projeto europeu, em Almada. Alguns momentos deste encontro foram captados pelas
câmaras
da
TV
ALMADA
e
estão
disponíveis
em
https://www.youtube.com/watch?v=pBNFsp3xHnE .
Palavras Chave: Almada, Projetos Europeus, Segurança na Internet, Vídeo, Media
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TIC@Portugal’15 - Encontro de Professores sobre Utilização Educativa das TIC
ROBOTIS – CLUBE DE ROBÓTICA DO AGRUPAMENTO DE ESCOLAS D. DINIS
Carlos Almeida e Sandra Ferreira
Agrupamento de Escolas D. Dinis, Lisboa
[email protected]; [email protected]
Segundo Santos e Menezes (2005), a Robótica Educativa pode ser definida como “um ambiente
onde o aluno tenha acesso a computadores, componentes electromecânicos (motores,
engrenagens, sensores, rodas etc.), electrónicos (interface de hardware) e um ambiente de
programação para que os componentes acima possam funcionar”.
O projeto Robotis visa, sobretudo, a dinamização de atividades que desenvolvam nos alunos
competências tecnológicas e científicas, nomeadamente nas áreas da programação e da
electrónica. É através de práticas de trabalho colaborativo que os alunos são orientados de modo
a planearem e executarem projetos relacionados com a Robótica, sendo estimulados a aumentar a
sua criatividade na criação de robôs e na resolução dos desafios apresentados nas diferentes
competições em que participam.
Como objetivos gerais do projeto pretende-se incentivar a interdisciplinaridade, integrando
conceitos de diversas áreas científicas, tais como programação, matemática, física, electrónica
etc. estimulando a aplicação de conceitos teóricos, a atividades concretas; desenvolver aspectos
ligados ao planeamento e organização de projetos; estimular a criatividade tanto na concepção de
maquetes, como no aproveitamento de materiais reciclados; construir protótipos com motores e
sensores, incorporando elementos dinâmicos; desenvolver a concentração e a observação; bem
como promover o desenvolvimento de competências de trabalho colaborativo ao mesmo tempo
que se procura estimular o crescimento individual de cada um dos alunos envolvidos.
O projeto alicerça-se com base em metodologias de aprendizagem ativa, sendo os alunos
chamados a assumir responsabilidade pela condução das atividades e gestão do próprio processo
de aprendizagem, baseando esta na resolução de problemas e no desenvolvimento concreto de
projetos reais e produtos tangíveis. O papel do professor deixa assim de assumir centralidade na
gestão das atividades, passando esse papel de dinamizador do conhecimento a pertencer aos
próprios alunos, e em particular aos alunos mais experientes.
55
TIC@Portugal’15 - Encontro de Professores sobre Utilização Educativa das TIC
REFERÊNCIA
Santos, C. F., & Menezes, C. S. (2005). A aprendizagem da Física no ensino fundamental em um
ambiente de robótica educacional. XXV Congresso da Sociedade Brasileira de Computação,
São Leopoldo, RS.
56
TIC@Portugal’15 - Encontro de Professores sobre Utilização Educativa das TIC
TABLET: UMA SOLUÇÃO PARA ALUNOS DE BAIXA VISÃO
João Azevedo, Catarina Carvalho, Maria do Céu Miranda, Dália Silva e Susete Rodrigues
Agrupamento de Escolas das Olaias - EdulabOlaias
E.B.1 Actor Vale
edulabolaias@gmail
Durante o ano letivo de 2014-2015, no âmbito do Edulab do Agrupamento de Escolas das
Olaias, foi introduzido o uso do tablet na aprendizagem de duas alunas com baixa visão da E.B.1
Actor Vale – Escola de Referência para alunos Cegos e com Baixa Visão.
Os principais objetivos que levaram à utilização do tablet com as alunas de baixa visão foram:
Permitir aumentar o texto para o tamanho a que cada uma lia de forma confortável aumentando
assim a sua velocidade de leitura. Segundo o estudo americano “Digital tablets improve speed
and ease of reading for people with moderate vision loss”, as pessoas com baixa visão
conseguem, através da leitura no tablet aumentar a sua velocidade de leitura em cerca de 30 %, o
que na aprendizagem e consolidação do processo de aprendizagem da leitura pode significar,
consequentemente, uma maior compreensão e interpretação de textos;
Aumentar o contraste sem necessidade de recorrer a um candeeiro de luz fria;
terem acesso a todo o tipo de informação que a Internet disponibiliza;
tirarem fotografias para depois poderem fazer zoom e ver com detalhas as imagens;
São dispositivos portáteis e relativamente baratos comparados com os dispositivos prescritos
pelos médicos oftalmologistas, por exemplo, uma lupa TV que não é portátil, pode custar acima
de 2000 a 3000 euros;
Treinar a visão utilizando várias aplicações já existentes para esse efeito e outras que se podem
adaptar;
Existem várias aplicações educativas que os alunos podem utilizar para aprenderem;
REFERÊNCIA
Daniel Roth, M.D. (2012), Digital tablets improve speed and ease of reading for people with
moderate vision loss. Chicago. Retirado de
http://www.newswise.com/articles/digital-
tablets-improve-speed-and-ease-of-reading-for-people-with-moderate-vision-loss
57
TIC@Portugal’15 - Encontro de Professores sobre Utilização Educativa das TIC
UTILIZAÇÃO DO VÍDEO NO PROCESSO DE ENSINO/APRENDIZAGEM
João Azevedo e Beatriz Felício
Agrupamento de Escolas das Olaias / Projeto EdulabOlaias
EB1 do Bairro do Armador
[email protected]; [email protected]
No âmbito do projeto Edulab do Agrupamento de Escolas das Olaias recorremos ao vídeo para
enriquecer o processo de ensino/ aprendizagem de uma turma do 4.º ano da Escola Básica do
Bairro do Armador, reconhecendo a importância que o audiovisual tem vindo a ganhar na vida
dos cidadãos.
Esta utilização teve como principais objetivos:
•
criar um ambiente mais próximo do quotidiano dos alunos, visto estes estarem habituados
a utilizar vários meios audiovisuais fora da sala de aula, tanto para lazer como para
aprenderem de forma informal;
•
tornar a escola e a sala de aula num local mais motivador, permitindo que os alunos façam
aprendizagens efetivas, aproveitando ferramentas que eles gostam de utilizar.
Foram utilizadas várias tipos de vídeo, tanto vídeos do Youtube, como vídeos mais específicos,
direcionados para aprendizagens curriculares, como é o caso, dos vídeos da Khan Academy e os
vídeos Eureka 3D.
O vídeo foi assim usado, em contexto de sala de aula, das seguintes formas:
•
introdução/motivação para as aprendizagens;
•
exploração de conteúdos curriculares;
•
fonte de informação, para posteriores pesquisas, debates e conclusões;
•
simulação de experiências (física e química).
Além dos objetivos gerais enunciados anteriormente, as diferentes formas de exploração do vídeo
contribuíram para captar a atenção do aluno para temas específicos, desenvolver a sua capacidade
de concentração para reter informação, torná-lo crítico em relação à seleção de informação para a
tornar em conhecimento, motivá-lo para novas pesquisas, compreender novos conceitos e
realidades que de forma mais abstrata não seria possível.
58
RESUMOS APRESENTADOS EM
SETÚBAL
CENÁRIOS DE APRENDIZAGEM EM CONTEXTO INTERDISCIPLINAR
Paulo Torcato e Maria Clementina Fernandes
Agrupamento de Escolas de Portela e Moscavide
No intuito de motivar os alunos para a autoaprendizagem realizou-se numa turma de
12.º ano, do Curso de Ciências e Tecnologias, um projeto interdisciplinar. No âmbito
da disciplina de Biologia, do 12.º ano, os alunos foram convidados a apresentar um
workshop, na área da manipulação da fertilidade e posters científicos sobre doenças
hereditárias. Para cada uma das temáticas foi criado um cenário de aprendizagem em
que cada grupo de quatro alunos trabalhou um subtema (investigação e preparação
sua apresentação).. Paralelamente, na disciplina de Aplicações Informáticas foram
construídos jogos didáticos e histórias digitais sobre cada uma das temáticas
abordadas.
60
CLUBE SCRATCH NA BELA VISTA
Helena Romano e Clarisse Paulino
CPCJ de Setúbal e Agrupamento do Vertical de Escolas Ordem de Sant´Iago
A Comissão de Proteção de Crianças e Jovens (CPCJ) de Setúbal e o CCTICESE/IPS, em parceria, levaram a cabo uma experiência de dinamização de um clube
de programação Scratch, numa escola de primeiro ciclo da região de Setúbal, inserida
no Bairro da Bela Vista.
Os objetivos desta intervenção eram a redução dos conflitos entre os alunos, durante a
hora do almoço, e o aumento da sua autoestima.
A turma intervencionada era constituída por 16 alunos, 14 dos quais de etnia cigana
e tendo todos pelo menos um ano de retenção.
O projeto decorreu em duas fases. Uma primeira, em que os alunos da turma
receberam formação em Scratch, para se tornarem monitores da ferramenta, e uma
segunda, em que dinamizaram o clube, para as turmas, ensinando o Scratch a todos os
alunos de 3º e 4º anos, da escola.
A formação começou em Janeiro com uma sessão onde foram definidas as regras do
clube e discutido o projeto com os alunos. Desde o primeiro momento, que os alunos
foram envolvidos e se mostraram entusiasmados. Assim, durante um mês e meio
receberam formação, decorrendo todas as semanas uma sessão com a duração de 90
minutos.
No final desse período formação foi realizada uma cerimónia, com a presença do
Diretor da escola e Coordenador do CCTIC-ESE/IPS, onde os alunos receberam um
certificado de monitores. A partir dessa cerimónia, abriu “oficialmente” o Clube
Scratch na escola e estes alunos/monitores desempenharam o seu papel de
dinamizadores deste espaço.
Segundo a professora da turma, o projeto atingiu e superou os seus objectivos,
ajudando a diminuir de forma significativa os comportamentos conflituosos e
aumentando a autoestima destes alunos.
61
Por esta razão, e embora estivesse inicialmente previsto o funcionamento do clube
apenas um dia por semana, os alunos sentiram necessidade de o abrir todos os dias,
devido ao elevado número de turmas inscritas e crescente interesse dos alunos da
escola, tomando eles toda a responsabilidade de preparação dos materiais e formação
dos colegas.
62
O CONTRIBUTO DAS TIC PARA A ESCRITA E A REESCRITA NO 1.º
CICLO DO ENSINO BÁSICO
Joana Filipa Rufino Cruz e Rosário Rodrigues
High School Academy e Escola Superior de Educação do Instituto Politécnico de
Setúbal
Esta comunicação terá como temática o contributo das Tecnologias de Informação e
Comunicação (TIC) no desenvolvimento da escrita e revisão de textos no 1.º Ciclo do
Ensino Básico, nomeadamente, através do processador de texto.
O objetivo principal do estudo, desenvolvido no âmbito do estágio incluído no plano
curricular do Mestrado em Educação Pré-Escolar e Ensino do 1º ciclo do Ensino
Básico, foi perceber de que forma o processador de texto poderia ser vantajoso, ou
não, no processo de escrita dos alunos, especialmente, na escrita de textos e a sua
posterior revisão.
O estudo foi desenvolvido numa turma de 2.º e 3.º ano do 1.º Ciclo do Ensino Básico
utilizando dois tipos de atividades: escrita a pares de textos diretamente no
computador e respetiva revisão coletiva com utilização do projetor e do quadro
interativo. Estes dois tipos de momentos não seguiram nenhuma organização temporal
específica.
Após a implementação do projeto e da análise dos dados recolhidos, foi possível
perceber que o computador, aliado ao processador de texto, constituiu-se um
instrumento de trabalho bastante útil em atividades de escrita, apesar de este, por si
só, não ser uma fonte de motivação para a escrita dos alunos, mas poderá ser um meio
bastante interativo e enriquecedor de chegar a esse fim.
63
OS TABLETS COMO RECURSO MOTIVADOR DE MAIS E MELHORES
APRENDIZAGENS
Óscar Leal dos Santos e António José Gonçalves
Agrupamento de Escolas Barbosa du Bocage
As escolas têm hoje alunos com características bastante diferentes (nativos digitais)
das gerações anteriores (residentes digitais). Surgem então novos contextos
educativos que privilegiam a colaboração, interação e partilha, permitindo uma
aprendizagem mais individualizada e mais autónoma por parte dos alunos. Cabe à
escola tirar partido da tecnologia e procurar formas inovadoras de envolver os alunos
e garantir que potenciem as suas aprendizagens.
É neste contexto que surge o DIGICLASSE®, projeto inovador na sua dimensão
educativa, mas também na sua génese, resultando da ambição das direções dos
agrupamentos envolvidos e da vontade da EDUGEP, que liderou um grupo do qual
faziam parte as escolas, empresas, um CFAE e uma instituição de ensino superior.
Este projeto consistiu na aplicação de um conjunto de recursos tecnológicos e digitais,
em escolas de 1º ciclo, com o objetivo promover ambientes de aprendizagem de
inteligências múltiplas; potenciar a apropriação das diferentes matérias por parte dos
alunos; utilizar os tablets como ferramenta educativa e elemento inovador e
motivador; fazer dos alunos atores de experiências educativas e pró-ativos na busca
de conhecimento e implementar novas soluções pedagógicas de promoção do sucesso
educativo.
No fim do 1º ano do projeto foram aplicados questionários de avaliação a alunos, pais
e professores. Constitui a base para o estudo que aqui se apresenta, os dados
recolhidos dos questionários aos alunos, onde foram avaliadas as seguintes
dimensões: 1) satisfação com a participação no projeto, 2) avaliação da qualidade do
equipamento e suas funcionalidades, 3) compreensão do papel pedagógico das
tecnologias, 4) impacto na atenção e motivação para as aprendizagens e 5) impacto no
comportamento e desempenho escolar.
Os resultados das 180 respostas obtidas, representando 88% do total, demonstram
que, num grau de concordância de 1 a 5 numa escala de Likert, todas as dimensões
foram avaliadas acima de 4, com destaque para as questões 2) Compreendi que as
64
tecnologias podem ser úteis para ajudar-me a aprender na escola (média=4,64), 6)
Achei muito bom poder fazer exercícios no tablet. (média=4,83) e 9) Para os
próximos anos, gostaria de continuar a aprender com tablets (média=4,88).
65
OS TRÊS PORQUINHOS E A SALA DE AULA INCLUSIVA
Paulo Torcato, Vera Veiga, Teresa Ferreira e Cláudia Meireles
Agrupamento de Escolas de Portela e Moscavide
A sala de aula inclusiva é um dos grandes objetivos da sociedade e das comunidades
educativas em particular.
As crianças portadoras de deficiência (seja física; mental ou emocional) apresentam
dificuldades que limitam e /ou impedem o desenvolvimento do seu processo de
aprendizagem e de interação com o mundo que as rodeia.
Quando estas crianças ingressam no meio escolar, regular ou especial, é-lhes
facultada a oportunidade de vivenciar experiências e de receber estímulos que as
levam a assumir uma postura mais ativa e participativa na realidade e no meio em
que estão integradas.
Quase todos os jovens, até os mais pequenos, se sentem atraídos pelas novas
tecnologias e pelo seu potencial. Na área da Educação Especial, para além do seu
poder atrativo, são tidas como um excelente auxiliar e veículo eficaz para atingir
determinados objetivos. Na robótica, por exemplo, a atividade de montar e desmontar
um robô estimula o desenvolvimento de inúmeras competências, desde o
desenvolvimento
da
atenção;
concentração;
organização;
esquematização;
motricidade fina; cálculo; lateralidade etc.
As atividades com robôs contribuem para estimular o desenvolvimento de
competências essenciais ao processo de aprendizagem e de socialização e
contribuindo para a inclusão de alunos com NEE.
A peça "Os Três Porquinhos" foi desenvolvida com atores robôs para estimular o
gosto pela ciência e visa a inclusão de alunos com NEE.
66
RESOLVENDO PROBLEMAS ATRAVÉS DA TECNOLOGIA: O
PROGRAMA APPS FOR GOOD E A SUA APLICAÇÃO EM CONTEXTO
ESCOLAR
Paula Domingues, Sofia Milheiro e Cândido Barreiros
Escola 2/3 com Secundário de Santo António
A Escola Básica 2/3 de Santo António aceitou o convite/desafio da Direção Geral da
Educação para integrar, com um conjunto reduzido de escolas a nível nacional, o
Projeto-Piloto “Apps For Good”, em parceria com o CDI, cujo principal objetivo é
fazer emergir uma nova geração de empreendedores que consigam criar pequenos
programas de software (APPs) em benefício da comunidade a que pertencem.
Criamos a aplicação EBBSA+ESPECIAL que é uma solução de comunicação
aumentativa e alternativa, totalmente indicada para crianças, jovens e adultos que têm
dificuldade em comunicar, como resultado de autismo, Síndrome de Down, acidente
vascular cerebral ou qualquer outra condição que afeta a capacidade de comunicar de
forma eficaz. Apresenta:
•
Conteúdos em português e gratuitos;
•
Compatível com dispositivos portáteis e tablets com Android;
•
O aplicativo contém: Várias imagens organizadas por temas.
67

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