FREGUESIA

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FREGUESIA - Notícia
Campo e Lagoa de Calvão receberam Vagos Open Air... já cheira a 2011
Quem assistiu à primeira edição do Vagos Open Air (VOA), no ano passado, estaria certamente ansioso por esta segunda edição.
Promovendo sempre o heavy metal, o VOA já se consolidou como um dos porta-estandartes da cena de festivais no nosso país e
uma promessa cultural para o nosso concelho. O muito calor foi um aliado das nuvens de pó e companheiros dos milhares que
acorreram à Lagoa do Calvão, para um cartaz ecléctico por excelência. As novidades desta segunda edição começaram desde logo
na logística. O reforço dos chuveiros junto à lagoa, dos inúmeros wc’s disponibilizados e das várias bancas de vendas de
marchandising e comes e bebes.
Já com muita cerveja bebida, os concertos iniciavam às 17h, hora ainda com muito calor mas que ainda assim não afastou os que
não queriam perder um só riff. E sempre eram 6 bandas em cada dia! Logo, previa-se um desafio à resistência. Coube aos algarvios
Prayers of Sanity o início das hostilidades, trazendo consigo o recente «Religion Blindness».
De seguida, os Miss Lava apresentaram a sua proposta hard rock mesclada com um groove mais stoner. Seguiu-se aquele que foi
provavelmente o momento mais festivo do Vagos Open Air: as actuações dos portugueses Gwydion e dos finlandeses Ensiferum.
Falamos aqui em festividade, pois ambos os concertos resultaram em autênticas celebrações vikings, arrastando o público num
sucessivo mosh e brindes com hidromel nuns cornos a servir de copo. Os My Dying Bride confirmaram ser um caso sério de
popularidade no heavy vendido em Portugal.
No segundo dia previa-se uma continuação do festival igualmente forte, e assim foi. Começaram os The Firstborn, sem dúvida um
dos projectos nacionais mais interessantes que andam por aí.
Seguiram-se uns Oblique Rain bem faladores, pecando talvez por excesso nesse particular, dada a duração discursiva entre
músicas.
Outra estreia em Portugal foram os finlandeses Ghost Brigade que apresentaram o seu death melódico perpassado por temas de um
sludge que teve tanto de rockeiro como de bastante melodioso.
O VOA foi, de facto, um morfismo musical para tudo e todos. Igualmente finlandeses, mas donos de outro estatuto e carreira, os
Amorphis eram à partida um dos pontos de maior interesse do festival.
Com uma actuação enérgica, que manteve a audiência sempre sintonizada, os Amorphis demonstraram a razão de serem uma
banda tão influente nos metaleiros portugueses.
O grande número de espanhóis (calcula-se perto de 2000) tinha nos Kamelot a sua banda de eleição. Com uma actuação plena de
teatralidade, os norte-americanos deram um recital sinfónico de bem tocar.
A cereja no topo do bolo era os Carcass. Ausentes dos palcos nacionais durante 16 anos, por força do fim abrupto da banda a meio
da década de 90, os Carcass eram outra das presenças mais aguardadas.
A presença desta banda em Calvão, serviu para escrever um pedaço de história viva no mundo da música pesada.
Tal como em Meshuggah no dia anterior, não houve cansaço que resistisse porque o público que não lhes regateou aplausos e
apoio.
A segunda edição do VOA acabava como tinha começado. Um enorme sucesso. Para o ano há mais.