Relato de caso
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Relato de caso
X Congresso de Extensão da UFLA Medicina Veterinária Imobilização externa no tratamento de fratura da tíbia e fíbula em cão Relato de caso ANDRESSA NAIRA DE JESUS PEREIRA - Médica Veterinária Residente - Setor de Cirurgia Veterinária/DMV-UFLA- [email protected] EVELINE SIMÕES AZENHA AIDAR - Médica Veterinária Residente - Setor de Cirurgia Veterinária/DMV-UFLA- [email protected] CAROLINE RIBEIRO DE ANDRADE - Médica Veterinária Residente - Setor de Cirurgia Veterinária/DMV-UFLA- [email protected] LEONARDO AUGUSTO LOPES MUZZI - Orientador - Setor de Cirurgia Veterinária/[email protected] Resumo As fraturas da tíbia e fíbula ocorrem comumente em cães como resultado de traumas, podendo também ocorrer devido a neoplasias ou alterações metabólicas. Animais de qualquer idade, raça ou sexo podem ser acometidos, porém, há maior incidência em animais jovens. Geralmente há necessidade de intervenção cirúrgica para o tratamento das fraturas tibiais. Ao exame físico pode-se evidenciar claudicação com ou sem sustentação do peso, dor à palpação local, tumefação e crepitação, podendo haver exposição óssea devido à reduzida cobertura muscular da região tibial. Este trabalho tem como objetivo relatar um caso de fratura da tíbia e fíbula em um cão atendido no Hospital Veterinário da Universidade Federal de Lavras (HV-UFLA). Um cão, sem raça definida e com 10 meses de idade foi levado ao HV-UFLA com queixa de claudicação do membro pélvico esquerdo após uma queda do terraço. Ao exame físico foi identificada presença de crepitação à palpação da diáfise tibial do membro pélvico esquerdo. Foi solicitado exame radiográfico nas projeções craniocaudal e mediolateral da tíbia e fíbula esquerdas. Foi realizada analgesia com cloridrato de tramadol e o paciente foi encaminhado para o setor de diagnóstico por imagem. O exame radiográfico demonstrou fratura de tíbia em espiral na região diafisária média e uma fissura na região distal associada à fratura de fíbula. Como tratamento, optou-se pelo manejo conservativo com coaptação externa utilizando-se bandagem com talas de alumínio. Foi solicitada reavaliação radiográfica aos 40 dias após o trauma. Foram prescritos para administração domiciliar cloridrato de tramadol 3mg/kg por 10 dias e carprofeno 4,4mg/kg por 7 dias. Recomendou-se ao responsável que mantivesse o animal em repouso e que procurasse o HV-UFLA caso a bandagem se deslocasse. Após 40 dias foi realizada uma nova avaliação radiográfica que demonstrou formação de calo ósseo e consolidação da fratura. O presente relato demonstra que em determinados casos específicos e quando aplicada de maneira correta, a imobilização externa pode ser um método eficiente para o tratamento das fraturas tibiais em cães. Palavras-Chave: Trauma, Reparação óssea, Abordagem conservativa. Sessão: 1 No. Apresentação: 059 Identificador: 2363-16-2367 Dezembro de 2015