Relatório de Gestão 2011 - Instituto Evandro Chagas

Transcrição

Relatório de Gestão 2011 - Instituto Evandro Chagas
PRESTAÇÃO DE CONTAS ORDINÁRIA ANUAL
RELATÓRIO DE GESTÃO DO EXERCÍCIO DE 2011
Ananindeua-PA, 30/03/2011
Ministério da Saúde (MS)
Secretaria de Vigilância em Saúde (SVS)
Instituto Evandro Chagas (IEC)
Assessoria de Planejamento (ASPLAN)
PRESTAÇÃO DE CONTAS ORDINÁRIA ANUAL
RELATÓRIO DE GESTÃO DO EXERCÍCIO DE 2011
Relatório de Gestão apresentado ao Tribunal de Contas da
União como prestação de contas anual a que esta Unidade
está obrigada nos termos do art. 70 da Constituição Federal,
elaborado de acordo com as disposições da Instrução
Normativa TCU nº 57/2008 e nº 63/2010, da Decisão
Normativa TCU nº 108/2010 e da Portaria TCU nº
123/2011.
Ananindeua-PA, 30/03/2011
© 2012, MS/SVS/Instituto Evandro Chagas
Presidente da República
Dilma Rouseff
Ministro da Saúde (MS)
Alexandre Rocha dos Santos Padilha
Secretaria de Vigilância em Saúde (SVS)
Secretário-Executivo
Jarbas Barbosa da Silva Júnior
Instituto Evandro Chagas IEC
Diretora
Elisabeth Conceição de Oliveira Santos
Serviços, Seções e Unidades de Apoio
João Carlos Lopes da Silva Serviço de Administração
Gilberta Bensabath Serviço de Epidemiologia
Margarete Maria de Figueiredo Garcia Serviço de Recursos Humanos
Pedro Fernando da Costa Vasconcelos Seção de Arbovirologia e Febres Hemorrágicas
Maria Luiza Lopes Seção de Bacteriologia e Micologia
Raimundo Bahia Pantoja Seção de Criação e Produção de Animais de Lab.
Manoel do Carmo Pereira Soares Seção de Hepatologia
Iracina Maura de Jesus Seção de Meio Ambiente
Sebastião Aldo da Silva Valente Seção de Parasitologia
Manoel Gomes da Silva Filho Seção de Patologia
Alexandre da Costa Linhares Seção de Virologia
Vânia Barbosa da Cunha Araújo Biblioteca
Nelson Veiga Gonçalves Laboratório de Geoprocessamento
José António Picanço Diniz Junior Laboratório de Microscopia Eletrônica
Consolidação do relatório
Assessoria de Planejamento
Maria do Perpétuo Socorro Gonçalves dos Santos
Normalização e editoração
Biblioteca do IEC
Colaboração
O conteúdo do relatório é de autoria dos Serviços, Seções e Unidades de apoio à Pesquisa.
SERVIÇOS
Serviço de Administração
Serviço de Epidemiologia
Serviço de Recursos Humanos
SEÇÕES CIENTÍFICAS
Seção de Arbovirologia e Febres Hemorrágicas
Seção de Bacteriologia e Micologia
Seção de Criação e Produção de Animais de Laboratório
Seção de Hepatologia
Seção de Meio Ambiente
Seção de Parasitologia
Seção de Patologia
Seção de Virologia
UNIDADE DE APOIO A PESQUISA
Biblioteca
Laboratório de Geoprocessamento
Laboratório de Microscopia Eletrônica
Instituto Evandro Chagas (Ananindeua
Relatório de Gestão 2011.
PA)
Ananindeua, 2012.
260 f.: il.
1. Relatório anual. 2. Gestão em saúde. 3. Institutos
Governamentais de Pesquisa. I. Título.
CDU: 061.6 (075)
Sumário
Introdução ....................................................................................................................................................................... 27
1 Informações de identificação do IEC........................................................................................................................ 31
1.1 Unidades do IEC ........................................................................................................................................................32
1.1.1 Unidades de assistência direta à Diretoria.........................................................................................................32
1.1.2 Unidades Técnico-Administrativas ...................................................................................................................32
1.1.3 Unidades Técnicas de Apoio .............................................................................................................................32
1.1.4 Unidades Técnico-Científicas............................................................................................................................32
2 Informações sobre o planejamento e gestão orçamentária e financeira do IEC considerando o atingimento
dos objetivos e metas físicas e financeiras, bem como as ações administrativas consubstanciadas em projetos
e atividades, contemplando .......................................................................................................................................... 33
a) Responsabilidades institucionais do IEC ................................................................................................................ 33
I Competência Institucional ..........................................................................................................................................33
II Objetivos estratégicos ...............................................................................................................................................34
b) Estratégia de atuação frente às responsabilidades institucionais ........................................................................ 35
b.1 Atenção à Saúde.........................................................................................................................................................36
b.1.1 Ações desenvolvidas na área de doenças hepáticas ..........................................................................................36
b.1.1.1 Realizações.................................................................................................................................................36
b.1.1.1.1 Exames realizados em apoio à pesquisa.............................................................................................36
b.1.1.1.2 Exames para confirmação diagnóstica ...............................................................................................37
b.1.1.1.3 Investigações de campo ......................................................................................................................37
b.1.2 Estudos relativos às arboviroses e febres hemorrágicas ...................................................................................37
b.1.2.1 Realizações.................................................................................................................................................37
b.1.2.1.1 Pesquisa de anticorpos para Arbovirus...............................................................................................38
b.1.2.1.1.1 Inibição da hemaglutinação (IH) .....................................................................................................38
b.1.2.1.1.2 Ensaio imunoenzimático (ELISA) para Hantavirus........................................................................39
b.1.2.1.1.3 Pesquisa de arbovírus.......................................................................................................................41
b.1.2.1.1.4 Identificação de espécimes hematófagos ........................................................................................43
b.1.2.1.1.5 Produção de imunobiológicos .........................................................................................................44
b.1.2.1.1.6 Diagnóstico de raiva ........................................................................................................................44
b.1.2.1.1.7 Inovações Tecnológicas...................................................................................................................46
b.1.2.1.1.8 Desenvolvimento de testes moleculares..........................................................................................48
b.1.2.1.1.9 Elucidação diagnóstica ....................................................................................................................48
b.1.3 Ações relativas à Vírus ......................................................................................................................................49
b.1.3.1 Realizações.................................................................................................................................................49
b.1.3.1.1 Rotavírus .............................................................................................................................................50
b.1.3.1.1.1 Estudo caso-controle para avaliar a efetividade da vacina Rotarix® na prevenção de
gastroenterite grave por rotavírus (SGE por RV) entre crianças hospitalizadas nascidas após
6 de março de 2006 e com pelo menos 12 semanas de idade, em Belém, no Brasil ..................50
b.1.3.1.1.2 Avaliação clínica, epidemiológica e molecular das diarreias por agentes virais e parasitários
entre crianças da comunidade quilombola do Abacatal, município de Ananindeua, Pará .........55
b.1.3.1.1.3 Pesquisa de rotavírus em aves criadas na mesorregião metropolitana de Belém, Pará .................56
b.1.3.1.1.4 Rotavírus em neonatos diarréicos e não diarreicos hospitalizados em Belém, Pará......................57
b.1.3.1.2 Pesquisa de astrovírus, norovírus, sapovírus e adenovírus ................................................................57
b.1.3.1.2.1 Estudos envolvendo seres humanos ................................................................................................57
b.1.3.1.3 Pesquisa de enterovírus e vigilância das paralisias flácidas agudas ..................................................61
b.1.3.1.3.1 Exames realizados em apoio à pesquisa e vigilância epidemiológica............................................61
b.1.3.1.4 Vírus respiratórios...............................................................................................................................63
b.1.3.1.4.1 Caracterização molecular das cepas de Vírus Respiratório Sincicial (VRS) e
Metapneumovirus Humano (HMPV) detectadas em pacientes hospitalizados com infecção
respiratória aguda (IRA) na cidade de Belém, Pará, Brasil .........................................................65
b.1.3.1.4.2 Identificação molecular de cepas de Coronavírus Humanos (HCoV) associadas à infecção
respiratória aguda (IRA) na cidade de Belém, Pará, Brasil .........................................................65
b.1.3.1.4.3 Perfil de resistência das cepas de vírus Influenza A circulantes nas regiões Norte e Nordeste
do Brasil ........................................................................................................................................66
b.1.3.1.5 Papilomavírus......................................................................................................................................66
b.1.3.1.5.1 Associação do Papilomavírus Humano (HPV) no carcinoma de células escamosas da mucosa
oral em pacientes da cidade Belém ..............................................................................................66
b.1.3.1.5.2 Pesquisa da infecção por HPV em pacientes com carcinoma de pênis no Estado do Pará............67
b.1.3.1.5.3 Outras Ações ....................................................................................................................................68
b.1.3.1.6 Retrovírus............................................................................................................................................68
5
b.1.3.1.6.1 Vírus linfotrópico humano de células T ..........................................................................................68
b.1.3.1.7 HIV......................................................................................................................................................70
b.1.3.1.8 Parvovírus B19 e herpesvírus humano tipo 6 (HHV-6).....................................................................71
b.1.3.1.8.1 Parvovírus B19, Herpesvirus humano tipo 6 (HHV-6) e as Viroses Exantemáticas)....................71
b.1.3.1.9 Vírus de Epstein-Barr (EBV)..............................................................................................................73
b.1.3.1.10 Vírus da varicela-zóster ....................................................................................................................75
b.1.3.1.11Cultivos celulares...............................................................................................................................76
b.1.3.1.11.1 Linha de produção..........................................................................................................................76
b.1.3.1.11.2 Apoio à Rede de Vigilância Nacional das Paralisias Flácidas Agudas ........................................76
b.1.3.1.11.3 Apoio à vigilância da influenza.....................................................................................................77
b.1.3.1.11.4 Laboratório de Cultivo Celular e Apoio aos Projetos de Pesquisa Executados na Virologia......77
b.1.4 Ações que envolvem bactérias e micoses..........................................................................................................78
b.1.4.1 Realizações.................................................................................................................................................78
b.1.4.1.1 Exames Realizados em Apoio a Pesquisa ..........................................................................................78
b.1.4.1.1.1 Laboratório de Biologia Molecular .................................................................................................78
b.1.4.1.1.2 Laboratório de Micologia ................................................................................................................79
b.1.4.1.2 Exames Realizados para Elucidação Diagnóstica..............................................................................80
b.1.4.1.2.1 Laboratório de Micobactérias..........................................................................................................80
b.1.4.1.2.2 Laboratório de Leptospirose............................................................................................................80
b.1.4.1.2.3 Laboratório de Biologia Geral.........................................................................................................80
b.1.4.1.2.4 Laboratório de Biologia Molecular .................................................................................................82
b.1.4.1.2.5 Laboratório de Micologia ................................................................................................................82
b.1.4.1.2.6 Laboratório de Enteroinfecções.......................................................................................................83
b.1.4.1.2.7 Laboratório de Hanseníase ..............................................................................................................84
b.1.4.1.2.8 Laboratório de DST/Tracoma..........................................................................................................84
b.1.5 Ações de estudos parasiotológicos ....................................................................................................................87
b.1.5.1 Malacologia................................................................................................................................................87
b.1.5.2 Esquistossomose ........................................................................................................................................89
b.1.5.2.1 Biologia celular ...................................................................................................................................90
b.1.5.3 Protozooses intestinais ...............................................................................................................................91
b.1.5.3.1 Toxocaríase humana ...........................................................................................................................91
b.1.5.3.2 Amebiase.............................................................................................................................................92
b.1.5.3.2.1 Cooperação Técnico-Científica com Instituições Parceiras ...........................................................92
b.1.5.4 Toxoplasmose.............................................................................................................................................92
b.1.5.4.1 Material biológico produzido .............................................................................................................93
b.1.5.4.2 Parcerias firmadas para o desenvolvimento de projetos oficiais ou não ...........................................93
b.1.5.4.3 Dificuldades ........................................................................................................................................93
b.1.5.5 Malária Pesquisas Básicas ......................................................................................................................93
b.1.5.5.1 Exames realizados em apoio a pesquisa.............................................................................................93
b.1.5.5.1.1 Entomologia .....................................................................................................................................93
b.1.5.5.1.2 Parasitos ...........................................................................................................................................94
b.1.5.6 Doença de Chagas ......................................................................................................................................95
b.1.5.6.1 Exame em humanos ............................................................................................................................95
b.1.5.6.1.1 Exames sorológicos .........................................................................................................................95
b.1.5.6.1.2 Exames parasitológicos....................................................................................................................95
b.1.5.6.2 Exames em animais coletados em campo ..........................................................................................96
b.1.5.6.2.1 Triatomíneos coletados em campo ..................................................................................................96
b.1.5.7 Malária Ensaios clínicos .........................................................................................................................96
b.1.5.8 Leishmanioses ............................................................................................................................................98
b.1.5.9 Imunologia..................................................................................................................................................99
b.1.5.9.1 Realizações........................................................................................................................................100
b.1.5.9.2 Resultados Alcançados .....................................................................................................................100
b.1.5.9.2.1 Projetos...........................................................................................................................................100
b.1.5.9.2.2 Número de Exames Realizados em Apoio à Pesquisa em 2011...................................................103
b.1.6 Ações de estudos ambientais ...........................................................................................................................103
b.1.6.1 Linhas de Pesquisa ...................................................................................................................................103
b.1.6.1.1 Estudos da exposição ao mercúrio em populações amazônicas em áreas impactadas e em áreas
controle ...........................................................................................................................................103
b.1.6.1.1.1 Avaliação Continuada das Crianças da Região do Tapajós Quanto a Exposição ao Mercúrio,
Itaituba-Pa.....................................................................................................................................103
b.1.6.1.1.2 Impactos do Mercúrio na Saúde de Populações Amazônicas: Implicações para a Vigilância em
Saúde Ambiental...........................................................................................................................103
6
b.1.6.1.2 Impactos ambientais e saúde nos processos industriais e minerários..............................................104
b.1.6.1.2.1 Interações de Vigilância Ambiental em Saúde na Área Industrial e Portuária dos municípios
de Abaetetuba e Barcarena .........................................................................................................104
b.1.6.1.2.2 Estudo da poluição atmosféricas das áreas industriais e portuárias do município de Barcarena.106
b.1.6.1.3 Microorganismos, meio ambiente e saúde .......................................................................................108
b.1.6.1.3.1 Citomegalovírus - diversidade genética e pesquisa de resistência antiviral em pacientes
imunodeficientes.........................................................................................................................108
b.1.6.1.3.2 Incidência e prevalência da citomegalovirose em pacientes com câncer do Hospital Ophir
Loyola .........................................................................................................................................108
b.1.6.1.3.3 Estudo Epidemiológico de Torch em Gestantes e Mulheres em Idade Fértil no Município de
Juruti............................................................................................................................................109
b.1.6.1.3.4 Morbimortalidade da citomegalovirose e pesquisa de resistência antiviral em pacientes com
Aids .............................................................................................................................................112
b.1.6.1.3.5 Dinâmica do fitoplâncton de uma região portuária e industrial no estado do Pará, Brasil ..........112
b.1.6.1.3.6 Avaliação da Qualidade da Água Destinada ao Consumo Humano no principal manancial de
abastecimento de Belém - Pa, Brasil..........................................................................................113
b.1.6.1.3.7 Uso do Fitoplancton como Bioindicador da Qualidade da Água em uma àrea Industrial no
Estado do Pará, Brasil.................................................................................................................114
b.1.6.1.3.8 Zooplâncton como Indicador da Qualidade Ambiental em uma Região portuária no Estado do
Pará, Brasil..................................................................................................................................114
b.1.6.1.3.9 Cianobactérias Dinâmica do fitoplâncton de uma região portuária e industrial no estado do
Pará, Brasil..................................................................................................................................115
b.1.6.1.3.10 Variação Horizontal e Vertical do Fitoplâncton da lago da Usina Hidrelétrica de Tucuruí
(Pará, Brasil) ...............................................................................................................................116
b.1.6.1.3.11 Caracterização da Diversidade Molecular de Cianobactéias na Região de Abaetetuba e
Barcarena - Pará, Amazônia, Brasil ...........................................................................................117
b.1.6.1.3.12 Bioprospecção de Moléculas Protéicas de Cianobactérias do Rio Pará - Barcarena, Pará,
Amazônia, Brasil ........................................................................................................................117
b.1.6.1.4 Citogenética humana.........................................................................................................................118
b.1.6.1.4.1 Implantação de exames Cariotípicos por Hibridização in situ em casos encaminhados pelo
SUS ao laboratório de Citogenética Humana e Médica da Universidade Federal do Pará ......118
b.1.6.1.4.2 Estabelecimento de culturas celulares e do perfil citogenético de diferentes grupos de
complementação da Anemia de Fanconi....................................................................................119
b.1.6.1.4.3 Rede Brasileira de Referência e Informação em Síndromes de Microdeleção (RedeBRIM)......119
b.1.6.1.4.4 Comparação do efeito mutagênico do metilmercúrio em fibroblastos e células de glioma
humano através do ensaio cometa e teste do micronúcleo ........................................................119
b.1.6.1.5 Ações de vigilância e apoio laboratorial ..........................................................................................120
b.1.6.1.5.1 Vigilância Ambiental para Cólera na Região Metropolitana de Belém-PA no ano de 2011.......120
b.1.6.1.5.2 Análises realizadas na rotina do Laboratório de Microbiologia Ambiental, durante o ano de
2011.............................................................................................................................................121
b.1.6.1.5.3 Monitoramento da qualidade físico-química da água de consumo humano e água superficial
nos Portos de Belém e Terminal Petroquímico de Miramar......................................................121
b.1.6.1.5.4 Monitoramento da qualidade físico-química da água superficial e residuária da Empresa
Brasileira de Infraestrutura Aeroportuária .................................................................................123
b.1.6.1.5.5 Monitoramento da qualidade físico-química da água superficial e residuária do Hospital
Rede Sarah ..................................................................................................................................123
b.1.6.1.6 Outras ações por laboratório.............................................................................................................124
b.1.6.1.6.1 Laboratório de Toxicologia ...........................................................................................................124
b.1.6.1.6.2. Laboratório de Microbiologia Ambiental.....................................................................................129
b.1.6.1.6.3 Laboratório de Virologia ...............................................................................................................129
b.1.6.1.6.4. Laboratório de Cultura de Tecidos ...............................................................................................132
b.1.6.1.7 Instituições parceiras.........................................................................................................................133
b.1.6.1.7.1 Locais ou regionais ........................................................................................................................133
b.1.6.1.7.2 Nacionais........................................................................................................................................133
b.1.6.1.7.3 Internacionais .................................................................................................................................133
b.1.7 Investigações anatomopatológicas...................................................................................................................133
b.1.7.1 Realizações...............................................................................................................................................134
b.1.7.1.1 Setor de Análises Clínicas ................................................................................................................134
b.1.7.1.1.1 Serviços ..........................................................................................................................................134
b.1.7.1.2 Setor de Anatomia Patológica ..........................................................................................................134
b.1.7.2 Cooperação Técnico-Científica com Instituições Parceiras....................................................................136
b.1.7.3 Perspectivas ..............................................................................................................................................136
7
b.1.8 Investigações Epidemiológicas........................................................................................................................136
b.1.8.1 Realizações...............................................................................................................................................136
b.1.8.1.1 Central de Recebimento de Espécime Biológicos (CEREC)...........................................................137
b.1.8.1.2 Estudos epidemiológicos estratégicos ..............................................................................................139
b.1.9 Atendimento Único a população com queixas não resolvidas pelos Postos de Saúde e LACEN´s ..............140
b.1.9.1 Realizações...............................................................................................................................................141
b.1.9.2 Necessidades atuais do setor....................................................................................................................144
b.2 Promoção da Saúde..................................................................................................................................................144
b.2.1 Qualificação .....................................................................................................................................................144
b.3 Complexo Industrial/Produtivo da Saúde................................................................................................................146
b.3.1 Produção intelectual.........................................................................................................................................146
b.3.2 Orientações.......................................................................................................................................................147
b.3.3 Iniciação Científica ..........................................................................................................................................147
b.3.3.1 Realizações...............................................................................................................................................148
b.3.4 Premiações .......................................................................................................................................................150
b.3.5 Apoio técnico à pesquisa científica .................................................................................................................150
b.3.5.1 Atividades de documentação, informação e memória ............................................................................150
b 3.5.1.1 Resultados alcançados ......................................................................................................................151
b 3.5.1.1.1 Arquivo ..........................................................................................................................................151
b 3.5.1.1.2 Museu .............................................................................................................................................151
b 3.5.1.1.3 Editora ............................................................................................................................................151
b 3.5.1.1.4 Serviço de Biblioteca Eletrônica e Virtual....................................................................................153
b.3.5.2 Informações georreferenciadas ................................................................................................................160
b.3.5.2.1 Realizações........................................................................................................................................160
b.3.5.2.2 Investigação de campo......................................................................................................................160
b.3.5.2.3 Trabalhos realizados em colaboração/parceria com outras instituições ..........................................161
b.3.5.2.4 Trabalhos realizados em colaboração com outros laboratórios do IEC ..........................................166
b.3.5.3 Animais de Laboratório ...........................................................................................................................168
b.3.5.3.1 Realizações........................................................................................................................................169
b.3.5.3.1.1 Animais produzidos e mantidos no biotério..................................................................................169
b.3.5.3.1.2 Material biológico produzido e distribuído...................................................................................169
b.3.5.3.1.3 Animais produzidos e distribuídos ................................................................................................170
b.4 Força de trabalho em Saúde.....................................................................................................................................171
b.4.1 Capacitação de profissionais para o SUS ........................................................................................................171
b.4.1.1 Curso de longa duração............................................................................................................................171
b.4.1.2 Cursos e/ou treinamentos de curta duração .............................................................................................171
b.4.1.3 Participação em treinamentos internacionais ..........................................................................................171
b.5 Metas da Agenda Estratégica da SVS/MS ..............................................................................................................172
b.6 Apoio administrativo à pesquisa científica .............................................................................................................172
b.6.1 Almoxarifado ...................................................................................................................................................172
b.6.1.1 Realizações...............................................................................................................................................172
b.6.1.1.1 Aquisições no exercício ....................................................................................................................172
b.6.1.1.2 Registros no SICAF de fornecedores inadimplentes .......................................................................173
b.6.1.1.3 Aquisições para o estoque do Almoxarifado....................................................................................173
b.6.1.1.4 Movimentação orçamentária e extra-orçamentária..........................................................................173
b.6.1.1.4.1 Relatório mensal de movimentação do Almoxarifado (RMA).....................................................173
b.6.1.1.4.2 Aquisições ao MS/SVS/CGLAB...................................................................................................174
b.6.1.1.4.3 Saídas de Consumo ........................................................................................................................176
b.6.1.1.4.4 Contrato de fornecimento de gelo seco e gases industriais...........................................................177
b.6.1.1.4.5 Aquisições sustentáveis .................................................................................................................177
c) Programas de Governo sob a responsabilidade do Instituto Evandro Chagas ................................................ 179
I Execução dos Programas de Governo sob a responsabilidade do IEC ...................................................................179
II Execução Física das Ações realizadas pelo IEC ....................................................................................................180
d) Desempenho Orçamentário/Financeiro ................................................................................................................ 181
I - Programação Orçamentária das Despesas ................................................................................................................181
II Execução Orçamentária das Despesas ....................................................................................................................183
III Indicadores de desempenho Institucionais ............................................................................................................192
3 Informações sobre o reconhecimento de passivos por insuficiência de créditos ou recursos........................... 192
4 Informações sobre a movimentação e os saldos de Restos a Pagar de exercícios anteriores ........................... 192
5 Informações sobre recursos humanos do IEC, contemplando as seguintes perspectivas................................. 193
5.1 Composição do quadro de servidores ativos ...........................................................................................................193
5.1.1 Demonstração da força de trabalho à disposição do IEC................................................................................193
8
5.1.2 Situações que reduzem a força de trabalho efetiva do IEC.............................................................................195
5.1.2.1 Quantitativo de Pessoal Cedido ...............................................................................................................195
5.1.2.2 Movimentações ........................................................................................................................................196
5.1.3 Quantificação dos cargos em comissão e das funções gratificadas do IEC ...................................................196
5.1.3.1 Distribuição dos Cargos Comissionados por Unidade............................................................................196
5.1.4 Qualificação do quadro de pessoal do IEC, segundo a idade .........................................................................197
5.1.5 Qualificação do quadro de pessoal do IEC, segundo a escolaridade..............................................................198
5.2 Composição do Quadro de Servidores Inativos e Pensionistas ..............................................................................198
5.2.1 Classificação do quadro de servidores inativos do IEC segundo o regime de proventos e de
aposentadoria......................................................................................................................................................198
5.2.2 Demonstração das origens das pensões pagas pelo IEC .................................................................................198
5.2.2.1 Aposentadorias/Pensões...........................................................................................................................199
5.3 Composição do Quadro de Estagiários....................................................................................................................199
5.4 Demonstração do custo de pessoal do IEC .............................................................................................................201
5.5 Terceirização de mão de obra empregada pelo IEC................................................................................................201
5.5.1 Informações sobre terceirização de cargos e atividades do plano de cargo do órgão ....................................202
5.5.2 Autorizações expedidas pelo Ministério do Planejamento, Orçamento e Gestão para realização de concursos
públicos para substituição de terceirizados..........................................................................................................203
5.5.3 Informações sobre a contratação de serviços de limpeza, higiene e vigilância ostensiva pela unidade........203
5.5.3.1 Materiais abrangidos pelo contrato..........................................................................................................204
5.5.3.2 Pagamentos efetuados no exercício/despesa orçamentária .....................................................................204
5.5.3.3 Equipamentos ..........................................................................................................................................205
5.5.4 Informações sobre a locação de mão de obra para atividades não abrangidas pelo plano de cargo do
órgão...................................................................................................................................................................205
5.6 Indicadores Gerenciais Sobre Recursos Humanos..................................................................................................206
5.7 Avaliação de Desempenho.......................................................................................................................................206
5.8 Saúde do Trabalhador ..............................................................................................................................................206
5.8.1 Realizações.......................................................................................................................................................206
5.8.1.1 Vacinação continuada ..............................................................................................................................206
5.8.1.2 Notificação de acidentes ..........................................................................................................................208
5.8.1.3 Parceria .....................................................................................................................................................208
6 Informações sobre transferências mediante convênio, contrato de repasse, termo de parceria, termo de
cooperação, termo de compromisso ou outros acordos, ajustes ou instrumentos congêneres, vigentes no
exercício de referência ................................................................................................................................................ 209
7 Declaração da área responsável atestando que as informações referentes a contratos e convênios ou outros
instrumentos congêneres estão disponíveis e atualizadas, respectivamente, no sistema Integrado de
Administração de Serviços Gerais SIASG e no sistema de Gestão de Convênio, Contratos de repasse e
termos de Parceria SICONV, conforme estabelece o art. 19 da Lei nº 12.309, de 9 de agosto e 2010 ........... 209
8 Informações sobre o cumprimento das obrigações estabelecidas na Lei nº 8.730, de 10 de novembro de 1993,
relacionadas à entrega e ao tratamento das declarações de bens e rendas .......................................................... 209
8.1 Situação do cumprimento das obrigações impostas pela Lei nº 8.730/93..............................................................209
9 Informações sobre o funcionamento do sistema de controle interno da UJ, contemplando os seguintes
aspectos......................................................................................................................................................................... 210
9.1 Estrutura de controles internos do IEC....................................................................................................................210
10 Informações quanto à adoção de critérios de sustentabilidade ambiental na aquisição de bens, materiais de
tecnologia da informação (TI) e na contratação de serviços ou obras, tendo como referência a Instrução
Normativa nº 1/2010 e a Portaria nº 2/2010, ambas da Secretaria de Logística e Tecnologia da Informação do
Ministério do Planejamento, Orçamento e Gestão. E informações relacionadas à separação de resíduos
recicláveis descartados em conformidade com o decreto nº 5.940/2006 .............................................................. 211
10.1 Gestão ambiental e Licitações Sustentáveis na área de TI..........................................................................211
10.2 Resíduos recicláveis.....................................................................................................................................213
10.2.1 Coleta Seletiva Solidária do Lixo.............................................................................................................213
10.2.1.1 Realizações............................................................................................................................................213
10.3 Responsabilidade social...............................................................................................................................214
11 Informações sobre a gestão do patrimônio imobiliário de responsabilidade da UJ classificado como ........ 214
12 Informações sobre a gestão de tecnologia da Informação (TI) do IEC, contemplando os seguintes aspectos214
12.1 Planejamento da área .............................................................................................................................................215
12.1.1 Estratégicos ....................................................................................................................................................215
12.1.1.1 Reorganização do sistema de telefonia..................................................................................................215
12.1.1.2 Implantação do sistema gerenciador de ambiente laboratorial - GAL .................................................215
12.1.1.3 Projeto data-center .................................................................................................................................215
12.1.1.3.1 Sala de alta disponibilidade (Sala Cofre) .......................................................................................215
9
12.1.1.3.2 Serviço de reestruturação da rede lógica do backbone principal...................................................216
12.1.1.3.3 Implementação do novo firewall ....................................................................................................216
12.1.1.3.4 Circuito fechado de TV...................................................................................................................216
12.1.1.3.5 IECWAN.........................................................................................................................................216
12.1.1.3.6 CAFE...............................................................................................................................................216
12.1.1.3.7 Projeto bioinformática ....................................................................................................................217
12.1.1.3.8 Aquisição de blade..........................................................................................................................217
12.1.1.3.9 Aquisição de estorage .....................................................................................................................217
12.1.1.3.10 Aquisição de solução de backup...................................................................................................217
12.1.2 Complementares.............................................................................................................................................217
12.1.2.1 Serviço de reestruturação da rede lógica Seção de Patologia ...............................................................217
12.1.2.2 Aquisição de baterias para no- breaks ...................................................................................................218
12.1.2.3 Escola de informática.............................................................................................................................218
12.1.2.4 Realizações.............................................................................................................................................218
12.1.3 Perfil dos recursos humanos envolvidos .......................................................................................................219
12.1.4 Segurança da informação...............................................................................................................................220
12.1.5 Desenvolvimento e produção de sistemas.....................................................................................................220
12.1.5.1 Desenvolvidos em 2011.........................................................................................................................220
12.1.5.1.1 SISHEP Sistema da Seção de Hepatologia .................................................................................220
12.1.5.1.2 Formulário workbio ........................................................................................................................220
12.1.5.1.3 Agendamento de auditórios ............................................................................................................221
12.1.5.1.4 Sistema de help on-line...................................................................................................................221
12.1.5.1.5 Sistemas legados .............................................................................................................................221
12.1.5.1.6 Sistemas em desenvolvimento e aguardando desenvolvimento ....................................................222
12.1.6 Contratação e gestão de bens e serviços de TI ..............................................................................................222
13 Informação sobre a utilização de cartões de pagamento do governo federal, observando-se as disposições
dos Decretos nºs 5.355/2005 e 6.370/2008 ................................................................................................................. 223
13.1 Despesas com cartão de crédito corporativo .........................................................................................................223
13.1.1 Utilização dos cartões de crédito corporativo da unidade.............................................................................223
14 Informações sobre as Renúncias Tributárias contendo declaração do gestor de que os beneficiários diretos
da renúncia, bem como da contrapartida, comprovaram, no exercício, que estavam em situação regular em
relação aos pagamentos dos tributos juntos à Secretaria da Receita Federal do Brasil SRFB, ao Fundo de
garantia do tempo de Serviço FGTS e à Seguridade Social................................................................................ 223
15 Informações sobre as providências adotadas para atender às deliberações exaradas em acórdãos do TCU
ou em relatórios de auditoria do órgão de controle interno que fiscaliza a unidade jurisdicionada ou as
justificativas para o seu não cumprimento .............................................................................................................. 223
16 Informações sobre o tratamento das recomendações realizadas pela unidade e controle interno, caso exista
na estrutura do órgão, apresentando as justificativas para os casos de não acatamento................................... 224
17 Outras informações consideradas relevantes pela unidade para demonstrar a conformidade e o
desempenho da gestão no exercício........................................................................................................................... 224
17.1 Atividades do Setor de Patrimônio........................................................................................................................224
17.2 Concurso Público ...................................................................................................................................................224
17.3 Unidade Descentralizada do IEC no Acre.............................................................................................................224
18 Declaração do contador responsável pela unidade jurisdicionada atestando que os demonstrativos
contábeis (Balanços Orçamentário, Financeiro e Patrimonial e a Demonstração das Variações Patrimoniais,
previstos na Lei n.º 4.320, de 17 de março de 1964) e o demonstrativo levantado por unidade gestora
responsável - UGR (válido apenas para as unidades gestoras não executoras), refletem a adequada situação
orçamentária, financeira e patrimonial do IEC.(Parte B, Item 1, do anexo II da DN TCU N.º 107, de
27/10/2010) ................................................................................................................................................................... 225
Anexos..............................................................................................................................................................................226
10
Lista de tabelas
Tabela 1
Quantidade de exames em apoio a pesquisa realizados pelo IEC, na área de
doenças hepáticas pelas técnicas de sorologia e biologia molecular, no ano de
2011.......................................................................................................................
36
Quantidade de exames recebidos pelo IEC para elucidação diagnóstica na área
de doenças hepáticas pelas técnicas de sorologia e biologia molecular, no ano
de 2011..................................................................................................................
37
Análise das amostras de soros recebidas para pesquisa de anticorpos para
arbovírus por inibição de hemaglutinação (IH), no período de Janeiro a
dezembro de 2011.................................................................................................
38
Identificação de Arbovirus utilizando o teste de fixação do
complemento.........................................................................................................
39
Total de amostras suspeitas e contatos de casos de SCPH examinadas pelo
Ensaio Imunoenzimático (ELISA) IgG e IgM para hantavírus Kit IBMP
HANTEC no período de janeiro a dezembro de 2011...........................................
39
Distribuição das amostras biológicas examinadas de casos suspeitos de dengue
e febre amarela examinadas pelo Ensaio Imunoenzimático de captura de IgM
(MAC-ELISA) para dengue e febre amarela no período de janeiro a dezembro
de 2011..................................................................................................................
40
Distribuição das amostras biológicas examinadas de casos suspeitos de febre
do Mayaro, Oropouche, virus do Nilo Ocidental, Encefalite São Luiz, Rocio e
Chinkugunya examinadas pelo Ensaio Imunoenzimático de captura de IgM
(MAC-ELISA) no período de janeiro a dezembro de 2011..................................
41
Número de amostras biológicas processados para tentativa de isolamento viral
em células de Aedes albopictus, clone C6/36, referente ao ano de 2011,
distribuídas por Estados........................................................................................
41
Tabela 9
Amostras biológicas provenientes de casos suspeitos de Humanos......................
42
Tabela 10
Amostras biológicas de primatas não humanos provenientes de estados da
federação, para pesquisa de Febre Amarela, recebidos e processados em 2011...
42
Quantidade de nematóceros divididos por espécimes para a inoculação na
tentativa de isolamento viral..................................................................................
43
Tabela 12
Antígenos produzidos e distribuídos pela SAARB/IEC em 2011.........................
44
Tabela 13
Amostras positivas/examinadas e percentual de positividade por espécie e
Estado no período de janeiro a dezembro de 2011................................................
45
Amostras positivas/examinadas e percentual de positividade por espécie de
quiróptero do Estado do Pará no período de janeiro a dezembro de 2011
Laboratório de Diagnóstico de Raiva/SAARB/IEC..............................................
45
Genótipos de rotavírus identificados entre crianças hospitalizadas com GEA
em duas clínicas pediátricas de Belém, Pará: 12/05/2010 a 11/05/2011...............
53
Frequência das exclusões pós-assinatura do termo-de-consentimento livre e
esclarecido, de acordo com a clínica de origem e motivos correlatos:
12/05/2010 a 11/05/2011.......................................................................................
53
Tabela 2
Tabela 3
Tabela 4
Tabela 5
Tabela 6
Tabela 7
Tabela 8
Tabela 11
Tabela 14
Tabela 15
Tabela 16
11
Tabela 17
Determinação dos genótipos de rotavírus para os genes estruturais VP4, VP7,
VP6, VP1, VP2 e VP3, no período janeiro a dezembro de 2011..........................
56
Resultados obtidos para astrovírus, norovírus, rotavírus e adenovírus nos
diferentes pontos de coleta pelos métodos de RT-PCR e PCR em tempo real.....
60
Distribuição mensal das 97 amostras recebidas no setor de atendimento do
Instituto Evandro Chagas, no ano de 2011, e analisadas pelo laboratório de
enterovírus.............................................................................................................
61
Distribuição mensal e por unidade federativa das amostras de casos de PFA,
provenientes da área de abrangência do IEC e analisados pelo laboratório de
enterovírus., no ano e 2011....................................................................................
62
Distribuição mensal das 89 amostras recebidas no setor de atendimento do
Instituto Evandro Chagas, no ano de 2011, e analisadas pelo laboratório de
Enterovírus.............................................................................................................
62
Amostras clínicas de pacientes investigados no IEC, referente a víris
respiratórios, no ano de 2011.................................................................................
63
Tabela 23
Distribuição dos vírus identificados por estado no ano de 2011...........................
65
Tabela 24
Dados epidemiológicos dos pacientes investigados em 2011...............................
66
Tabela 25
Positividade para o papilomavírus humano (HPV ) nas amostras investigadas
em 2011.................................................................................................................
67
Tabela 26
Resultado geral das amostras clínicas analisadas..................................................
67
Tabela 27
Quantitativos de amostras analisadas para detecção de anticorpos IgM e IgG
específicos para o Parvovírus B19 e Herpesvírus humano tipo 6 (HHV-6) no
IEC, Ananindeua-PA, em 2011.............................................................................
72
Distribuição mensal dos espécimes clínicos inoculados nos diversos sistemas
celulares da Seção de Virologia............................................................................
76
Distribuição mensal e geográfica das amostras recebidas da área de abrangência
do IEC na vigilância oficial das paralisias flácidas agudas, utilizando-se
sistemas celulares diversos....................................................................................
77
Número de tubos, garrafas e placas preparados em apoio à vigilância das
Infecções espiratórias Agudas (IRAs) pelo vírus Influenza, no ano de 2011......
77
Frequência de amostras encaminhadas para tentativa de isolamento do vírus
varicela-zóster........................................................................................................
77
Quantidade de exames realizados para diagnóstico de Tuberculose e seus
resultados no Laboratório de Micobactérias em 2011..........................................
80
Quantidade de exames realizados para diagnóstico de Resistência a
Tuberculose e seus resultados no Laboratório de Micobactérias em 2011..........
80
Quantidade de exames realizados para diagnóstico de Leptospirose, total,
reagentes e estado de procedência em 2011..........................................................
80
Quantidade de material recebido e/ou coletado de pacientes suspeitos de
infecções fúngicas e exames realizados pelo Laboratório de Micologia, no
período de janeiro a dezembro de 2011.................................................................
82
Doenças fúngicas diagnosticadas em pacientes suspeitos de infecções fúngicas,
no período de janeiro a dezembro de 2011...........................................................
82
Tabela 18
Tabela 19
Tabela 20
Tabela 21
Tabela 22
Tabela 28
Tabela 29
Tabela 30
Tabela 31
Tabela 32
Tabela 33
Tabela 34
Tabela 35
Tabela 36
12
Tabela 37
Agentes isolados por meio de Coprocultura no ano de 2011 pelo Laboratório de
Enteroinfecções da Seção de Bacteriologia (SABMI)..........................................
83
Resultados da Reação de Widal realizadas no ano de 2011 na Seção de
Bacteriologia do IEC/SVS/MS.............................................................................
84
Nº de pacientes atendidos nos municípios de Curionópolis, Serra Leste e
Redenção para controle da Hanseníase, através dos testes de Ml Flow e Elisa
no ano de 2011.......................................................................................................
86
Distribuição e exame malacológico de caramujos coletados em bairros de
Belém, Pará, 2010.................................................................................................
88
Distribuição e exame malacológico de caramujos coletados em bairros de
Belém, Pará, 2011..................................................................................................
88
Nº de coletas de caramujos realizadas pelo IEC em localidades da região
Nordeste do Pará em 2011.....................................................................................
89
Tabela 43
Quantidade de exames coproscópicos realizados pelo IEC em 2011...................
89
Tabela 44
Diagnóstico da Esquistossomose mansoni realizado peloIEC em 2011................
90
Tabela 45
Resultados dos registros intracelulares realizados no IEC em 2011.....................
90
Tabela 46
Distribuição Mensal da Toxocaríase (RIDASCREEN Toxocara IgG), 2011......
91
Tabela 47
Diagnóstico da Toxocaríase (RIDASCREEN Toxocara IgG) em 2011...............
91
Tabela 48
Quantidade de testes sorológicos para pesquisa de Toxoplasmose realizados no
IEC em 2011..........................................................................................................
92
Tabela 49
Quantidade de anofelinos coletados e identificados em 2011...............................
93
Tabela 50
Demonstrativo dos exames realizados em 2011....................................................
94
Tabela 51
Resultado das lâminas examinadas no primeiro dia de atendimento em 2011......
96
Tabela 52
Perfil demográfico, clínico e diagnóstico etiológico de 61 casos de
leishmaniose cutânea entre pacientes atendidos no Centro de Controle de
Zoonoses de Santarém, de 27/01/2010 a 13/07/2011............................................ 102
Tabela 53
Número de exames realizados em 2011 para o diagnóstico etiológico da
leishmaniose tegumentar por meio de métodos parasitológicos e moleculares
em 76 amostras de pele de indivíduos com lesão suspeita de LT.........................
103
Tabela 54
Resultados em µg/L de BTEX em amostras de água superficial..........................
106
Tabela 55
Frequência de faixas etárias do grupo de voluntários do estudo com sorologia
positiva para HCMV.............................................................................................. 109
Tabela 56
Distribuição das gestantes segundo informações sobre o recebimento de Vacina
Dupla Viral e resultados sorológicos para o vírus da Rubéola.............................. 110
Tabela 57
Distribuição de anticorpos IgG e IgM para o vírus CMV em gestantes, segundo
a faixa etária...........................................................................................................
110
Distribuição de anticorpos IgG e IgM para o vírus da Rubéola em mulheres em
idade fértil, segundo a faixa etária.........................................................................
111
Distribuição de anticorpos IgG e IgM para o vírus CMV em mulheres em idade
fértil, segundo a faixa etária..................................................................................
111
Tabela 38
Tabela 39
Tabela 40
Tabela 41
Tabela 42
Tabela 58
Tabela 59
13
Tabela 60
Resultado do isolamento de Vibrio cholerae e Vibrio mimicus de acordo com
os diferentes pontos de monitoramento e os respectivos números de cepas
isoladas, Belém-Pa, no período janeiro a dezembro de 2011................................
120
Distribuição mensal dos isolados de Vibrio cholerae de acordo com os pontos
de monitoramento na região metropolitana de Belém-Pa no período de janeiro a
dezembro, 2011.....................................................................................................
120
Quantitativo de amostras analisadas no Laboratório de Microbiologia
Ambiental/SAMAM/IEC em 2011, segundo parâmetros, na matriz água............
121
Número de amostras e análises realizadas no Laboratório de Toxicologia em
água de consumo referente ao convênio HIDROSAM, Setor de Físico-Química
2011.......................................................................................................................
122
Número de amostras e análises realizadas no Laboratório de Toxicologia em
água superficial referentes ao convênio HIDROSAM, Setor de Físico-Química
2011.......................................................................................................................
122
Número de amostras e análises realizadas no Laboratório de Toxicologia em
água superficial e residuária referentes ao convênio HIDROSAM, Setor de
Físico-Química 2011.............................................................................................
123
Número de amostras e análises realizadas no Laboratório de Toxicologia em
água residuária referentes ao convênio REDE SARAH, Setor de FísicoQuímica 2011........................................................................................................
124
Tabela 67
Quantidade de amostras analisadas para mercúrio no ano de 2011......................
125
Tabela 68
Quantitativo de amostras realizadas pelo Laboratório de Cromatografia 2011....
127
Tabela 69
Valores mensais do número de amostras e análises realizadas no Laboratório
Toxicologia, sala de espectrometria analítica, correspondentes ao ano de 2011..
128
Número de amostras e análises dos elementos Chumbo (Pb) e Cádmio (Cd)
realizadas no laboratório toxicologia no ano de 2011...........................................
128
Tabela 71
Análises sorológicas para Rubéola, 2011..............................................................
129
Tabela 72
Análises sorológicas para HCMV, 2011...............................................................
130
Tabela 73
Análises sorológicas para Sarampo, 2011.............................................................
130
Tabela 74
Nº de casos humanos com resultado de exames positivos para a Dengue,
segundo a distribuição por Unidade da Federação em 2011.................................
135
Nº de casos de crianças com resultado de exames positivos para a dengue,
segundo a distribuição por Unidade da Federação em 2011.................................
135
Nº de casos de animais examinados pelo IEC, suspeitos de febre amarela,
distribuídos por Unidades da Federação em 2011.................................................
136
Número de espécimes encaminhadas ao IEC por região geográfica, no período
de janeiro a dezembro de 2011..............................................................................
138
Número de espécimes encaminhadas com fichas do SINAN, pesquisa e outras
finalidades..............................................................................................................
138
Número de espécimes encaminhadas as áreas técnicas do IEC no período de
01.01.2011 a 20.01.2011.......................................................................................
138
Tabela 61
Tabela 62
Tabela 63
Tabela 64
Tabela 65
Tabela 66
Tabela 70
Tabela 75
Tabela 76
Tabela 77
Tabela 78
Tabela 79
14
Tabela 80
Número de espécimes encaminhados pela Secretaria de Saúde do Estado do
Pará, com e sem SINAN, no período de 01.01.2011 a 20.12.2011.......................
139
Quantitativo mensal de demanda espontânea ou referenciada de pessoas ao
IEC em 2011.........................................................................................................
141
Principais diagnósticos de etiologia infecciosa em pessoas atendidas. IEC,
2011.......................................................................................................................
142
Quantitativo anual de estudantes de graduação e de nível médio que realizaram
estágio de iniciação científica ou voluntários. SOAMU, 2011............................
143
Quantitativo anual de estudantes de pós-graduação (residência médica em
doenças infecciosas) relacionados a pesquisa científica que fizeram estágio no
setor. SOAMU, 2011.............................................................................................
144
Tabela 85
Quantidade de profissionais com titulação no IEC em 2011.................................
144
Tabela 86
Trabalhadores qualificados segundo modalidade de capacitação, IEC 2011........
145
Tabela 87
Evolução da qualificação da força de trabalho nos últimos três anos...................
145
Tabela 88
Produção intelectual do IEC em 2011...................................................................
146
Tabela 89
Quantidade de Alunos orientados por pesquisadores do IEC em 2011, por tipo
de orientação realizada..........................................................................................
147
Tabela 90
Quantidade de Bolsistas PIBIC/IEC aprovados na pós-graduação em 2011........
148
Tabela 91
Quantidade de bolsas de Iniciação Científica disponibilizadas ao IEC, no
exercício de 2011..................................................................................................
149
Número de alunos alocados a partir de julho de 2011 por Serviço/Seção/Setor
Científico...............................................................................................................
149
Consolidado sobre as atividades desenvolvidas pelo Núcleo Editorial da RPAS
do IEC em 2011.....................................................................................................
152
Demonstrativo sobre a editoração eletrônica da coleção do Portal de Revistas
Eletrônicas em 2011..............................................................................................
153
Dados comparativos sobre o serviço de atendimento realizados pela Biblioteca
do IEC Ananindeua, Pará 2011.......................................................................
154
Resultado da indexação de informações técnicas e científicas em bases de
dados realizadas pela Biblioteca do IEC Ananindeua, Pará 2011...................
155
Número de registros migrados pela biblioteca do IEC para certificação na base
de dados LILACS Ananindeua, Pará 2011......................................................
156
Quantitativo de produtos gerados para promover a divulgação da produção
técnica e científica realizada pela Biblioteca do IEC Ananindeua, Pará
2011.......................................................................................................................
157
Tabela 99
Quantidade de animais de produzidos e mantidos no IEC em 2011.....................
169
Tabela 100
Quantidade de animais de outras espécies pertencentes ao plantel da
SACPA/IEC em 2011............................................................................................
169
Tabela 101
Material biológico produzido e distribuído pela SACPA em 2011.......................
169
Tabela 102
Nº de animais fornecidos pela SACPA/IEC para as Seções Técnico-científicas
em 2011.................................................................................................................
170
Tabela 81
Tabela 82
Tabela 83
Tabela 84
Tabela 92
Tabela 93
Tabela 94
Tabela 95
Tabela 96
Tabela 97
Tabela 98
15
Tabela 103
Nº de animais fornecidos pela SACPA/IEC para outras nstituições em 2011......
170
Tabela 104
Aquisições realizadas pelo IEC em 2011..............................................................
172
Tabela 105
Valores dos empenhos de fornecedores inadimplentes registrados no SICAF
em 2010 e 2011......................................................................................................
173
Tabela 106
Movimentação anual do almoxarifado do IEC em 2011.......................................
173
Tabela 107
Aquisições extra-orçamentárias realizadas pelo IEC em 2011.............................
174
Tabela 108
Aquisições Orçamentárias realziadas pelo IEC em 2011......................................
175
Tabela 109
Suprimentos de fundos
situação em 31.12.2011................................................
175
Tabela 110
Consolidado anual do consumo por Seção, Serviço e/ou Setor, de acordo com o
SISMAT
Sistema de controle de materiais de consumo
Situação em
31.12.2011.............................................................................................................
176
Tabela 111
Quantidades de material/gás e valores consumidos pelo IEC em 2011................
177
Tabela 112
Quantitativo de pesquisas realizadas no IEC, incluindo as mantidas de anos
anteriores e as iniciadas em 2011..........................................................................
180
Tabela 113
Meta prevista e realizada referente à ação especifica do IEC em 2011................
181
Tabela 114
Identificação da unidade orçamentária..................................................................
181
Tabela 115
Programação de despesas correntes.......................................................................
181
Tabela 116
Programação das despesas de capital....................................................................
182
Tabela 117
Resumo da programação de despesas e da reserva de contingência ....................
182
Tabela 118
Movimentação orçamentária por grupo de despesa..............................................
183
Tabela 119
Despesas por Modalidade de Contratação dos créditos originários do IEC..........
183
Tabela 120
Despesas Correntes por Grupo e Elemento de Despesa dos créditos originários
pelo IEC em 2011..................................................................................................
184
Despesas de Capital por Grupo e Elemento de Despesa dos créditos originários
do IEC em 2011.....................................................................................................
184
Despesas por Modalidade de Contratação dos créditos recebidos por
movimentação........................................................................................................
186
Despesas Correntes por Grupo e Elemento de Despesa dos créditos recebidos
por movimentação.................................................................................................
186
Despesas correntes por Grupo e elemento de Despesa, realizada pelo IEC em
2011.......................................................................................................................
187
Despesas de Capital por Grupo e Elemento de Despesa dos créditos recebidos
por movimentação.................................................................................................
188
Despesas de Capital por Grupo e Elemento de Despesa, realizadas pelo IEC em
2011.......................................................................................................................
189
Tabela 127
Evolução dos Gastos Gerais do IEC......................................................................
190
Tabela 128
Execução física e financeira das ações realizadas pelo IEC em 2011...................
191
Tabela 129
Metas propostas e alcançadas no 1º Ciclo de avaliação de Desempenho.............
192
Tabela 130
Situação dos Restos a Pagar de exercícios anteriores ...........................................
192
Tabela 121
Tabela 122
Tabela 123
Tabela 124
Tabela 125
Tabela 126
16
Tabela 131
Demonstrativo dos pagamentos de restos a pagar.................................................
193
Tabela 132
Força de trabalho do IEC
situação apurada em 31 de dezembro de 2011..........
193
Tabela 133
Quantitativo de servidores ativos do IEC em 2011, por cargo/nível.....................
194
Tabela 134
Número e percentual de servidores por tipo de carreiras existentes no IEC em
2011.......................................................................................................................
194
Situações que reduzem a força de trabalho efetiva do IEC- Situação apurada
em 31/12/2011.......................................................................................................
195
Detalhamento da estrutura de cargos em comissão e funções gratificadas do
IEC Situação apurada em 31/12/2011................................................................
196
Tabela 137
Quantidade de cargos comissionados distribuídos por unidade, área meio/fim....
197
Tabela 138
Quantidade de servidores do IEC por faixa etária situação apurada em 31 de
dezembro de 2011..........................................................................................................
197
Quantidade de servidores do IEC por nível de escolaridade situação apurada
em 31.12.2011.......................................................................................................
198
Composição do quadro de Servidores Inativos
Situação apurada em
31/12/2011.............................................................................................................
198
Composição do Quadro de Instituidores de Pensão Situação apurada em
31/12/2011.............................................................................................................
198
Atos de admissão, desligamento, concessão de aposentadoria e pensão,
praticados no IEC com a instrução de processos e registro no Sistema de
Administração de Pessoal (SIAPE) e no Sistema de Apreciação e Registro dos
Atos de Admissão e Concessões SISAC em 2011.............................................
199
Relação das aposentadorias e pensões concedidas pelo IEC em 2011, conforme
processo no SISAC................................................................................................
199
Tabela 144
Quantitativo de contratos de estagiários em 2011.................................................
199
Tabela 145
Estagiários do CIEE, distribuídos por Serviço/Seção /Setor no IEC em 2011......
200
Tabela 146
Custo de pessoal do IEC no exercício de referência e nos dois anos anteriores...
201
Tabela 147
Força de Trabalho Terceirizada do IEC - Campus Belém e Ananindeua em
2011.......................................................................................................................
201
Consolidado da Força de Trabalho, por área fim e meio do IEC - situação em
31.12.2011.............................................................................................................
202
Cargos e atividades inerentes a categorias funcionais do plano de cargos do
IEC........................................................................................................................
202
Relação dos empregados terceirizados substituídos em decorrência da
realização de concurso público ou de provimento................................................
202
Autorizações para realização de concursos públicos ou provimento adicional
para substituição de terceirizados..........................................................................
203
Tabela 152
Contratos de prestação de serviços de limpeza e higiene e vigilância ostensiva..
203
Tabela 153
Quantidade de material disponibilizado pela Universal Serviços Ltda para a
execução dos serviços de higienização e limpeza no IEC em 2011......................
204
Tabela 135
Tabela 136
Tabela 139
Tabela 140
Tabela 141
Tabela 142
Tabela 143
Tabela 148
Tabela 149
Tabela 150
Tabela 151
17
Tabela 154
Valores pagos mensais a Universal Serviços Ltda, relativo aos serviços
prestados de higienização e limpeza nas sedes do IEC em Belém e Ananindeua
em 2011.................................................................................................................
204
Relação dos equipamentos fornecidos e utilizados pela Empresa de
Conservação, Higienização e Limpeza..................................................................
205
Tabela 156
Contratos de prestação de serviços com locação de mão de obra.........................
205
Tabela 157
Atendimento dispensado pelos servidores pelo SESAT........................................
206
Tabela 158
Vacinas realizadas por tipo e local, IEC e CENP. Belém/Ananindeua, Pará.
2011.......................................................................................................................
207
Distribuição de doses de vacina realizadas, por tipo, segundo órgãos federais a
que pertencem e unidades do SIASS, Belém/Ananindeua, Pará. 2011.................
207
Distribuição dos trabalhadores do IEC que sofreram acidentes de trabalho por
local/tipo. Belém-Pará, 2011.................................................................................
208
Demonstrativo do cumprimento, por autoridades e servidores da UJ, da
obrigação de entregar a DBR.................................................................................
209
Tabela 162
Tipos de atendimentos realizados pelo Setor de Informática em 2011.................
218
Tabela 163
Quantidade de pedidos de bens e serviços atendidos pela Área de TI em 2011...
222
Tabela 164
Despesas com cartão de crédito corporativo por UG e por portador em 2011......
223
Tabela 165
Despesas com cartão de crédito corporativo (Série Histórica) realizadas pelo
IEC em 2011..........................................................................................................
223
Recursos Orçamentários liquidados e inscritos em resto a pagar não
processados............................................................................................................
224
Tabela 155
Tabela 159
Tabela 160
Tabela 161
Tabela 166
18
Lista de figuras
Figura 1
Distribuição dos casos de GEA em 2 clínicas pediátricas de Belém, Pará,
12/05/2010 a 11/05/2011....................................................................................
51
Distribuição dos casos de GEA em 2 clínicas pediátricas de Belém, Pará,
12/05/2010 a 11/05/2011....................................................................................
51
Distribuição dos casos de GEA em 2 clínicas pediátricas de Belém, Pará,
12/05/2010 a 11/05/2011....................................................................................
52
Frequência de positividade para rotavírus em 7.527 amostras fecais entre
crianças hospitalizadas com GEA em Belém, Pará, 12/05/2009 a 11/05/2011..
52
Distribuição de amostras provenientes da Rede de Vigilância de rotavírus do
ano de 2011.........................................................................................................
55
Distribuição de genótipos provenientes da Rede de Vigilância de rotavírus do
ano de 2011.........................................................................................................
55
Frequência de astrovírus e norovírus em 483 espécimes fecais provenientes
de crianças diarreicas atendidas em um hospital de Belém, Pará. Maio/ 2008 a
abril/2011............................................................................................................
58
Frequência de norovírus, adenovírus, astrovírus e sapovírus em 80 espécimes
fecais de crianças diarreicas provenientes da Comunidade quilombola de
Abacatal, abril de 2008 a setembro de 2010.......................................................
58
Frequência de norovírus em 387 espécimes fecais provenientes de crianças
diarréicas atendidas em diferentes localidades, no ano de 2011.........................
59
Frequência de norovírus, sapovírus e astrovírus em 130 espécimes fecais
provenientes de neonatos e crianças diarreicas atendidas em um hospital de
Belém, Pará, no ano de 2011...............................................................................
59
Detecção de Sapovírus e Norovírus em amostras fecais provenientes de
suínos oriundos de cinco granjas do estado do Pará entre janeiro de 2008 e
fevereiro de 2009................................................................................................
61
Percentuais de agentes virais detectados em casos de infecção respiratória no
ano de 2011.........................................................................................................
64
Distribuição sazonal dos casos suspeitos e confirmados de infecção
respiratória a vírus em 2011...............................................................................
64
Figura 14
Distribuição das infecções detectadas, de acordo com o tipo viral identificado.
68
Figura 15
Distribuição mensal das amostras analisadas para o Parvovírus B19 e a
respectiva positividade para anticorpos da classe IgM, durante o ano de
2011....................................................................................................................
72
Distribuição mensal das amostras analisadas para o Parvovírus B19 e a
respectiva positividade para anticorpos da classe IgM, considerando o período
de abrangência (ano de 2011) em relação à data de coleta das mesmas.............
73
Frequência de casos analisados quanto à pesquisa de anticorpos IgM/VCA
para o vírus de Epstein-Barr, segundo o sexo. 2011...........................................
74
Figura 18
Distribuição por faixas etárias dos casos analisados em 2011............................
74
Figura 19
Positividade de anticorpos IgM/VCA por faixas etárias, 2011...........................
75
Figura 2
Figura 3
Figura 4
Figura 5
Figura 6
Figura 7
Figura 8
Figura 9
Figura 10
Figura 11
Figura 12
Figura 13
Figura 16
Figura 17
19
Figura 20
Número de flebotomíneos capturados nas localidades Paraense (A) e Santa
Maria (B), de julho de 2009 a junho de 2011, e os índices de precipitação
pluvial para o mesmo período no município de Juruti, Pará............................... 101
Figura 21
Análise de macroelementos encontradas nas folhas de T. pallida......................
107
Figura 22
Análise de metais encontrados nas folhas de T. pallida por FRX......................
107
Figura 23
Análise de metais encontrados nas folhas de T. pallida...................................... 107
Figura 24
Nº de amostras analisadas nos meses relativos ao ano de 2011.......................... 125
Figura 25
Nº de Alunos alocados no PIBIC-IEC em 2011, de acordo com os Serviços,
Seções e Setores Científicos................................................................................ 150
Figura 26
Imagem da área de influência direta da futura UHBM, no município de
Vitória do Xingu-Pará.........................................................................................
Imagem classificada da área de influência direta do projeto da futura UHBM,
no município de Vitória do Xingu-Pa.................................................................
Imagem do banco de dados georreferenciado da distribuição espacial de
pacientes chagásicos, no município de Barcarena-PA........................................
Imagem do Satélite CBERS-2B do sensor CCD, classificada............................
Expressão visual de casos de hanseníase x gravidez no estado do Pará, por
Região de Integração...........................................................................................
Expressão visual de casos de hanseníase x gravidez na Região de Integração
do Carajás............................................................................................................
Limites da área de estudo direta do antigo Lixão do Parque Clube Ariri...........
Delimitação em campo da área de estudo com pontos de controle.....................
Imagem da localização de planórbideos por distritos administrativos, no
município de Belém............................................................................................
Imagem da localização de planórbideos nos distritos administrativos de
Mosqueiro...........................................................................................................
Visualização geográfica das principais vias de acesso a três municípios do
nordeste paraense
Delimitação da área do Assentamento Expedito Ribeiro, no município de
Santa Bárbara, para o estudo de diversos agravos..............................................
Distribuição do Molecular de Salmonela Typhi.................................................
Mapa do município de Marabá
PA, mostrando as principais áreas de
extração mineral, áreas de inundação, área de reserva indígena, localidades e
povoados.............................................................................................................
Consolidado anual do consumo por Seção, Serviço e/ou Setor, de acordo com
o SISMAT Sistema de controle de materiais de consumo Situação em
31.12.2011..........................................................................................................
Distribuição das doses de vacina aplicadas em trabalhadores do IEC e CENP,
por tipo. Belém/Ananindeua, Pará. 2011............................................................
Distribuição das doses de vacina aplicadas em trabalhadores de órgãos
federais pertencentes ao SIASS, por tipo. Belém/Ananindeua, Pará. 2011........
Figura 27
Figura 28
Figura 29
Figura 30
Figura 31
Figura 32
Figura 33
Figura 34
Figura 35
Figura 36
Figura 37
Figura 38
Figura 39
Figura 40
Figura 41
Figura 42
161
162
162
163
163
164
164
165
165
166
166
167
167
167
176
207
208
20
Lista de quadros
Quadro 1
Viagens a campo para coleta de material biológico e atendimento a
surto.....................................................................................................................
42
Quantidade de nematóceros identificados, de acordo com local, mês, ano, nº
de vetores e lote...................................................................................................
43
Quantidade de exames realizados pelo Laboratório de Biologia Molecular do
IEC, no ano de 2011............................................................................................
78
Atividades desenvolvidas pelo Laboratório de Micologia do IEC, no ano de
2011.....................................................................................................................
79
Quantidade de exames de biopsia, escarro, exsudato de lesão no pé, LCR,
pool de formigas, hemocultura, sorologia, urina, swabs e
antibiograma,realizados no Laboratório de Bacteriologia Geral........................
81
Demonstrativo das atividades realizadas pelo Laboratório de Hanseníase do
IEC em 2011.......................................................................................................
84
Investigações de campo realizadas pelo Laboratório de Pesquisas Clínicas de
Malária em 2011.................................................................................................
94
Quadro 8
Relação dos servidores que participaram de capacitações internacionais..........
171
Quadro 9
Números de pesquisas realizadas nas áreas de Leishmaniose, doença de
Chagas e Esquistossomose no ano de 2011........................................................ 172
Quadro 10
Números de pesquisas realizadas nas áreas de Arboviroses e metais pesados
no ano de 2011.................................................................................................... 172
Quadro 11
Avaliação do gestor sobre gestão ambiental e as licitações sustentáveis............ 177
Quadro 12
Dados do programa.............................................................................................
179
Quadro 13
Dados da Ação....................................................................................................
180
Quadro 14
Servidores do IEC cedidos a outros órgãos Situação em 31 de dezembro de
2011..................................................................................................................... 195
Quadro 15
Servidores do IEC removidos e redistribuídos a outros órgãos Situação em
31 de dezembro de 2011..................................................................................... 196
Quadro 16
Pesquisa de controle interno do IEC...................................................................
Quadro 17
Gestão de Tecnologia da Informação em 2011................................................... 212
Quadro 18
Cargo e escolaridade do corpo técnico da Área de TI do IEC em 2011.............
219
Quadro 19
Sistemas desenvolvidos no IEC em 2011...........................................................
221
Quadro 20
Sistemas solicitados pelas unidades do IEC que estão em desenvolvimento ou
aguardando desenvolvimento em 2011............................................................... 222
Quadro 2
Quadro 3
Quadro 4
Quadro 5
Quadro 6
Quadro 7
210
21
Lista de Siglas
ADCA
Assessoria de Desenvolvimento Científico e Acadêmico
ASCOM
Assessoria de Comunicação
ASPLAN
Assessoria de Planejamento
BTEX
Benzeno, tolueno, etilbenzeno, xileno
BVS
Biblioteca Virtual em Saúde
CAPES
Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior
CAT
Comunicação de Acidente de Trabalho
CDC
Centers for Disease Control
CDP
Companhia Docas do Pará
CENP
Centro Nacional de Primatas
CEP
Comitê de Ética em Pesquisa
CEREC
Central de Recebimento de Espécimes Biológicas
CESUPA
Centro Universitário do Estado do Pará
CGLAB
Coordenação Geral de Laboratórios
CGPLO
Coordenação Geral de Planejamento e Orçamento
CIEE
Centro de Integração Empresa-Escola
CIT
Centro de Inovações Tecnológicas
CNAE
Classificação Nacional de Atividades Econômicas
CNPq
Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico
CONAMA
Conselho Nacional do Meio Ambiente
DDE
Diclorodifeniltricloroeteno (inseticida organoclorado)
DDT
Diclorodifeniltricloroetano
DENV
Vírus Dengue
DMAF
Deficiência motora aguda e flácida
DNA
Deoxyribonucleic Acid / Ácido Desoxirribonucléico
DOU
Diário Oficial da União
DST
Doenças Sexualmente Transmissíveis
EBV
Epstein-Barr Virus / Vírus de Epstein-Barr
ECP
Efeito citopatológico
EGPA
Eletroforese em gel de poliacrilamida
ELISA
Enzyme-Linked Immunosorbent Assay / Ensaio Imunoabsorvente Ligado à
Enzima
ENC
Enchente
FAPESP
Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo
22
FAPESPA
Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado do Pará
FGTS
Fundo de garantia do Tempo de Serviço
FHV
Febres Hemorrágicas Virais
FIDESA
Fundação Instituto para o Desenvolvimento da Amazônia
FIOCRUZ
Fundação Oswaldo Cruz
FNS
Fundo Nacional de Saúde
FSCMPA
Fundação Santa Casa de Misericórdia do Pará
FTA-Abs
Absorção de Anticorpos Treponêmicos Fluorescentes
FUNASA
Fundação Nacional de Saúde
GE
Técnica de Gota Espessa
GF-AAS
Espectrometria de Absorção Atômica Acoplada a Forno de Grafite
HCMV
Citomegalovírus humano
HEMA
Testes sorológicos de hemaglutinação
HHV-6
Human Herpesvirus 6 / Herpesvirus Humano 6
HIV
Human Immunodeficiency Viruses / Vírus da Imunodeficiência Humana
hMPV
Metapneumovirus humano
HPV
Human Papillomavirus / Papilomavírus Humano
HTLV
Human T-lymphotropic virus / Virus Linfotrópico de Células T Humanas
HUJBB
Hospital Universitário João de Barros Barreto
IDRM
Reação Intradérmica de Montenegro
IEC
Instituto Evandro Chagas
IFD
Imunofluorescência direta
IgG
Imunoglobulina G
IgM
Imunoglobulina M
IH
Inibição da hemaglutinação
INCT
Instituto Nacional de Ciência e Tecnologia
INCTC
Instituto Nacional de Ciência e Tecnologia em Terapia Celular
INFRAERO
Empresa Brasileira de Infra-Estrutura Aeroportuária
LABGEO
Laboratório de Geoprocessamento
LACEN
Laboratório Central
LCR
Liquido cefalorraquidiano
LMA
Laboratório de Microbiologia Ambiental
LNV
Vírus Laguna Negra
LOA
Lei Orçamentária Anual
LVR
Laboratório de Vírus Respiratórios
MAC-ELISA
Captura de anticorpos IgM
23
MCT
Ministério da Ciência e Tecnologia
MDCK
Mardin Darby Canine Kidney
MET
Microscopia Eletrônica de Transmissão
MPEG
Museu Paraense Emílio Goeldi
MS
Ministério da Saúde
NB3
Nível de biossegurança 3
NIH
National Institutes of Health
OMS
Organização Mundial de Saúde
PCR
Polimerase Chain Reaction / Reação em Cadeia da Polimerase
PECEM
Principal do Laboratório de Ensaios Clínicos em Malária
PET
Paraparesia Espática Tropical
PFA
Paralisias flácidas agudas
PIATAM
Potenciais Impactos Ambientais do Transporte de Petróleo e Derivados na Zona
Costeira Amazônica
PIBIC
Programa Institucional de Bolsas de Iniciação Científica
PNHV
Programa Nacional de Prevenção e controle das Hepatites Virais
PPSUS
Programa de Pesquisa para o Sistema Único de Saúde
RAPD
Random Amplified Polymorphic DNA Technique / Técnica de Amplificação ao
Acaso de DNA Polimórfico
RIFI
Reação de imunofluorescência indireta
RIM
Reação intradérmica de Montenegro
RMA
Relatório mensal de movimentação do Almoxarifado
RNA
Ribonucleic Acid / Ácido Ribonucleico
RT-PCR
Reação em Cadeia da Polimerase Via Transcriptase Reversa
SAARB
Seção de Arbovirologia e Febres Hemorrágicas
SABMI
Seção de Bacteriologia e Micologia
SACPA
Seção de Criação e Reprodução de Animais de Laboratório
SAHEP
Seção de Hepatologia
SAMAM
Seção de Meio Ambiente
SAPAR
Seção de Parasitologia
SAPAT
Seção de Patologia
SAVIR
Seção de Virologia
SCPH
Síndrome Cardiopulmonar por Hantavírus
SEADM
Serviço de Administração
SeCS
Seriados em Ciências da Saúde
SECTAM
Secretaria Executiva de Ciência, Tecnologia e Meio Ambiente
SEMIE
Microscopia Eletrônica
24
SEOFI
Seção de Execução Orçamentária e Financeira
SERH
Serviço de Recursos Humanos
SESAT
Setor de Saúde do Trabalhador
SESPA
Secretaria de Estado de Saúde Pública
SEVEP
Serviço de Epidemiologia
SIAPE
Sistema de Administração de Pessoal
SIASG
Sistema Integrado de Administração de Serviços Gerais
SICONV
Sistema de Gestão de Convênios e Contratos de Repasse
SINAN
Sistema de Informações de Agravos de Notificação
SIORG
Sistema de Informações Organizacionais do Governo Federal
SISMAT
Sistema de Controle de Materiais
SOALM
Setor de Almoxarifado
SOAMU
Serviço de Atendimento Único
SOCAD
Setor de Cadastro
SOCOM
Setor de Compras
SODRH
Setor de Desenvolvimento de Recursos Humanos
SOMAT
Setor de Material e Patrimônio
SOPAG
Setor de Pagamento
SRFB
Secretaria da Receita Federal do Brasil
SUS
Sistema Único de Saúde
SVS
Secretaria de Vigilância em Saúde
TCC
Trabalho de Conclusão de Curso
TCU
Tribunal de Contas da União
TDR
Teste de Diagnóstico Rápido
TI
Tecnologia da Informação
TORCH
Sindrome de Torch: Toxoplasma, Herpes, Citomegalovirus y Rubéola
TS
Teste de sensibilidade
UBS
Unidades Básicas de Saúde
UD
Unidade Descentralizada
UEPA
Universidade do Estado do Pará
UFPA
Universidade Federal do Pará
UFPE
Universidade Federal de Pernambuco
UFRA
Universidade Federal Rural da Amazônia
UFRJ
Universidade Federal do Rio de Janeiro
UG
Unidade Gestora
UGR
Unidade gestora responsável
25
UJ
Unidade Jurisdicionada
UNG
Uretrite não gonocócica
UNIFESP
Universidade Federal de São Paulo
UO
Unidade Orçamentária
VAZ
Vazante
VCA
Viral Capsid Antigen
VDRL
Venereal Disease Research Laboratory
VRS
Vírus respiratório sincicial
26
INSTITUTO EVANDRO CHAGAS
Relatório de Gestão/2011
Introdução
Neste relatório a Direção do Instituto Evandro Chagas vem apresentar ao Tribunal de
Contas da União e ao público interno e externo a prestação de contas de sua gestão a frente do
órgão no exercício de 2011.
Buscando melhorar a saúde pública e as pesquisas no Pará e na Amazônia brasileira, no
decorrer deste ano o IEC realizou várias conquistas em todas as suas áreas.
Nessa busca conta com a parceria das Instituições de ensino e pesquisa locais, regionais,
nacionais e internacionais, além de contar incondicionalmente com o apoio da Secretaria de
Vigilância em Saúde, do Ministério da Saúde e de todo o seu quadro funcional e de seus
colaboradores.
No decorrer deste ano, vários foram os avanços mais significativos nas áreas de
pesquisa, saúde pública e gestão, os quais serão apresentados a seguir de forma resumida, e que
serão melhor explanados nos itens específicos deste relatório:
Com relação às ações relativas a vírus o IEC prosseguiu com o desenvolvimento das
atribuições que lhe compete nas áreas da investigação científica, apoio laboratorial à vigilância
epidemiológica e elucidação diagnóstica. Concluiu o Estudo Rotavírus Caso-Controle ; Como
Centro Nacional de Referência em Rotavírus, processou mais de 500 amostras oriundas da
Amazônia; Incluiu novos estudos, envolvendo crianças recém-nascidas, comunidades quilombolas
assim como infecções em aves e suínos se no campo das gastrenterites por rotavírus; Nos estudos
com vírus entéricos como astrovírus, norovírus, sapovírus e adenovírus observou-se a expressiva
prevalência (35%) das infecções por norovírus entre crianças hospitalizadas com gastrenterite aguda
e quanto ao norovírus no tocante à rede oficial de vigilância dessa condição mórbida, ressalte-se que
37% das 87 amostras testadas se mostraram positivas; Nos estudos dirigidos as coleções hídricas
superficiais de Belém, registrou-se a elevada frequência (23%; 33/143) de adenovírus nas amostras
coletadas; Na vigilância das paralisias flácidas agudas no norte e nordeste do Brasil das 92 amostras
oriundas da região amazônica, para enterovírus obtivemos o resultando positivo de 5 (5,4%); O IEc
enquanto Centro credenciado pela OMS para os vírus respiratórios, e referência no âmbito da rede
oficial de vigilância da influenza no Brasil, processou 1.132 amostras oriundas das regiões norte e
nordeste, obteve a positividade global para vírus respiratórios de aproximadamente 22%, com
destaque (>40%) para influenza; No que tange aos papilomavírus humanos (HPVs), registrem-se os
estudos sobre carcinoma de células escamosas da mucosa oral e do pênis em Belém e São José do
Rio Preto. O laboratório de retrovírus do IEC introduziu uma nova linha de investigações voltada à
transmissão intrafamiliar do vírus linfotrópico humano de células T (htlv) e os resultados
preliminares envolvendo 11 famílias indicam uma taxa de transmissão superior a 90%, enfatizando,
pois, a importância epidemiológica da via horizontal nas infecções pelo HTLV; Na condição de um
centro macrorregional de referência para o HIV, examinaram-se 819 amostras, a maioria (~75%)
oriunda da Demanda excedente dos LACEN´s que o IEC atende, 5% das quais com resultado
positivo;No diagnóstico das doenças exantemáticas, observou-se a frequência de infecções recentes
pelo B19 e HHV-6 que alcançaram 9,6% (53/550) e 25,7% (35/136), respectivamente; Também
considerável se revelou o número (1.241) de amostras encaminhadas ao IEC com vistas ao
diagnóstico da infecção pelo vírus de Epstein-Barr (EBV), nas condições clínicas compatíveis com
mononucleose infecciosa; em aproximadamente 10% desse total se caracterizou infecção recente.
Através da confirmação diagnóstica dos casos suspeitos de arboviroses (Dengue, Febre
Amarela, entre outros), hantaviroses e raiva o IEC apóia a vigilância epidemiológica na área de
Arbovirologia, o que vem sendo de grande relevância para o acompanhamento da expansão do
Dengue 4 no Brasil e dos casos importados de infecção pelo vírus Chikungunya no Brasil. Depois
da inauguração do laboratório com nível de biossegurança 3 (NB3), único na região Norte
ampliaram-se os horizontes para a pesquisa em arbovirologia e hantavirose. Com a implantação do
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INSTITUTO EVANDRO CHAGAS
Relatório de Gestão/2011
Instituto Nacional de Ciência e Tecnologia para Febres Hemorrágicas Virais (INCT/FHV), com a
coordenadoria geral na Seção de Arbovirologia do IEC, novas metodologias que permitem resposta
rápida e etiologia definida vem sendo utilizadas, o que significa a melhoria e a agilidade nas ações
de saúde pública.
Com a implantação em 2011 do Centro de Inovações Tecnológicas, estão efetivamente
em funcionamento quatro núcleos (Laboratórios), o de Genômica, o de Proteômica, de
Bioinformática e o de Citotaxonomia, que realizam o sequenciamento dos vírus pertencentes à
coleção do IEC, dos quais podemos citar as diferentes cepas do Vírus Dengue (DENV-1, DENV-2,
DENV-3 e DENV-4), Vírus da Febre Amarela, Vírus Mayaro, Vírus Oropouche, diferentes
Phlebovírus do complexo Candiru, Vírus Tucunduba, Vírus Xiburema e Vírus Inhangapi
(Rhabdovirus), bem como do Vírus da Raiva. Com o sequenciamento completo do genoma e a
análise filogenética e filogeográfica, podem se evidenciadas múltiplas portas de entrada para estes
vírus ao longo do período estudado e a co-circulação de genótipos, além da capacidade de
replicação do vírus e dos efeitos adversos das vacinas, no caso da Febre Amarela.
Dos genomas bacterianos, apenas duas bactérias foram completamente seqüenciadas,
sendo um Vibrio cholerae e uma cianobactéria.
Encontra-se em fase de implantação o estudo de metagenoma e metatranscriptomas em
diferentes ambientes da fauna e flora do Estado do Acre, visando descrever a biodiversidade de
microorganismos e avaliar o potencial biotecnológico da região. A descrição da presença de
genomas (DNA e/ou RNA) de diferentes microorganismos permitirá a determinação do que se
denomina de fenótipo ambiental , aonde será possível o conhecimento de grupos específicos de
microorganismos (bactérias, fungos, vírus) associados a um determinado ambiente (solo, água,
sangue, etc.) e a um grupo de fatores intrínsecos a este ambiente ou meio. Será possível associar
um determinado microorganismo a características específicas do meio do qual foi isolado (ex.
Nitrificação do solo, no caso de bactérias). Estudos associativos entre microorganismos poderão
indicar presença de proteínas inibitórias de um agente microbiano em relação ao outro, e o
conhecimento dos genomas permitirá o desenvolvimento de bioprodutos, tais como antígenos
recombinantes, anticorpos monoclonais, além do desenvolvimento de sondas específicas para
construção de arrays e PCR isotérmicos.
Recebemos este ano de vários estados da Federação 1.563 amostras de tecido nervoso
de animais suspeitos de raiva para exame, das quais nove, foram positivas, sendo sete de caninos,
uma de felino e uma de quiróptero.
Vale ressaltar que a nomeação de novos pesquisadores para a Seção de Arbovirologia
deu um avanço nas atividades desenvolvidas, e aguarda-se a nomeação dos demais concursados,
pois com o aumento de sua estrutura e das atividades o contingente de recursos humanos precisa ser
ampliado para o atingimento de seus objetivos.
Vem sendo feito o estudo da presença de infecção por Chlamydia trachomatis em
cérvice de gestantes atendidas no pré-natal em Unidades Básicas de Saúde (UBS). Visando prevenir
complicações na mulher e na criança esta sendo realizada a busca ativa dessas pacientes utilizandose a técnica de entrevista com agendamento para novos exames laboratoriais no Instituto e
constatação de presença/ausência de tratamento específico. A importância desse estudo é melhorar
o fluxo de atenção às gestantes, instituir o tratamento específico para infecção por Chlamydia nos
serviços de pré-natal, assim como orientar o tratamento para o parceiro sexual.
De 248 amostras sorológicas analisadas pelo VDRL, 49 (19,7%) foram reagentes para
sífilis primária e secundária, por isso é de vital importância para a saúde pública o
comprometimento dos órgãos de saúde com o monitoramento da sífilis no Pará e no Brasil.
Estudo na área de Malacologia vem sendo realizado visando o controle dos vetores da
esquistossomose, sua distribuição geográfica, epidemiologia e a prevalência da infecção em
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INSTITUTO EVANDRO CHAGAS
Relatório de Gestão/2011
planorbideos das espécies Biomphalaria glabrata e Biomphalaria straminea coletados em áreas
urbanas ou rurais de Belém, do interior do Pará e outras áreas da Amazônia Legal.
Em 2011 foram realizados 2.546 exames fezes para diagnóstico de Esquistossomose
mansônica, geohelmintos e protozoários em pacientes do Estado do Pará. Todos os resultados dos
exames parasitológicos de fezes foram comunicados aos pacientes e, em caso de algum resultado
positivo, os pacientes foram encaminhados para tratamento adequado.
Para pesquisa de Toxoplasmose foram realizados 4.336 testes sorológicos (RIFI e /ou
ELISA).
Foram atendidos 1.974 pacientes nas dependências do laboratório de Chagas no ano de
2011. Deste total, 88 foram positivos para a presença de T. cruzi, detectados utilizando as técnicas
convencionais.
Foram examinadas este ano um total de 3.120 lâminas pelo IEC para detecção de
malária isso é prova incontestável de que a população sabe onde buscar um diagnóstico confiável
de malária e conseqüentemente o tratamento..
O IEC atende há uma demanda espontânea de indivíduos para exames laboratoriais para
diagnóstico das leishmanioses tegumentar (leishmaniose cutânea) ou visceral ( kalazar ). Para
leishmaniose tegumentar, foram atendidos, 228 indivíduos portadores de sinais clínicos da doença,
cujos resultados revelaram 106 (46.5%) casos positivos, portanto, com média de 8,8 casos/mês.
Em 2011 foram concluídas as análises de dados relativas ao projeto Avaliação
Continuada das Crianças da Região do Tapajós quanto a Exposição ao Mercúrio, Itaituba-Pa,
culminando com a apresentação de tese de doutorado no IESC/UFRJ sobre possíveis impactos da
exposição ao Hg nos limiares auditivos dos escolares, além da submissão de artigos a periódicos
indexados.
Em continuidade ao projeto de Avaliação da qualidade das águas superficiais de
drenagens localizadas nas proximidades do Porto de Vila do Conde no município de Barcarena
foram realizadas 04 (quatro) viagens para coleta de amostras ambientais. Já no projeto de Vigilância
Ambiental em Saúde na Área Industrial e Portuária dos municípios de Abaetetuba e Barcarena-PA,
que avalia a qualidade da água consumida pela população de 11 comunidades. Um total de 827
amostras foram coletadas perfazendo um total de 21.502 análises realizadas.
Para o estudo sobre a epidemiologia do Citomegalovírus em pacientes com câncer
foram coletadas 251 amostras sanguíneas dos pacientes voluntários que concordaram em participar
do estudo e através dos dados epidemiológicos verificou-se das 112 mulheres a freqüência é de
44,6% e nos 139 homens a freqüência é de 55,4%.
Foram realizados 59.215 exames de hematologia, bioquímica, imunologia e urinálise,
em apoio as pesquisas biomédicas, assim como de pacientes encaminhados pelo Sistema Único de
Saúde (SUS).
Dos 340 cortes de tecidos humano recebidos de diversos estados da federação e
analisados, através de técnicas de histoquímica, 143 apresentaram resultado positivo para dengue.
O IEC recebeu dos estados da federação 12.330 espécimes biológicos para confirmação
diagnóstica nas áreas de parasitologia, patologia, bacteriologia, hepatologia, meio ambiente,
arbovirologia e virologia.
Foram realizados atendimentos de uma demanda total de 4.373 pessoas referenciadas
pela rede básica de saúde SUS do Estado do Pará ao IEC, com média de atendimento mensal de
364,4 pessoas.
Informa-se que alguns itens do anexo II da Decisão Normativa TCU nº 108/2010 não se
aplicam a realidade do Instituto, a saber: Item 3 - Reconhecimento de passivos por insuficiência de
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Relatório de Gestão/2011
créditos ou recursos; Item 5.6 - Indicadores de Desempenho de Recursos Humanos; Item 6 Informações sobre transferências (recebidas e realizadas) no exercício; Item 7 Declaração do
responsável pelo SIASG/SICONV; Item 8 Declaração relativa ao cumprimento da Lei nº 8.730:
Item 9 - Informações sobre o funcionamento do sistema de controle interno da UJ; Item 11 Informações sobre a gestão do patrimônio imobiliário de responsabilidade da UJ classificado como
Bens de Uso Especial de propriedade da União ou locado de terceiros; Item 14 - Renúncias
Tributárias; Item 15 - Informações sobre as providências adotadas para atender às deliberações
exaradas em acórdãos do TCU ou em relatórios de auditoria do órgão de controle interno que
fiscaliza a unidade jurisdicionada ou as justificativas para o seu não cumprimento; Item 16 Informações sobre o tratamento das recomendações realizadas pela unidade e controle interno, caso
exista na estrutura do órgão, apresentando as justificativas para os casos de não acatamento.
Das perspectivas previstas para o ano de 2011 foram efetivamente realizadas as
seguintes: A Superintendência do Patrimônio da União no Estado do Pará já efetuou a entrega a este
Instituto de 2/3 do terreno pleiteado, situado a Rodovia BR-316 Km 7 s/n, está área corresponde a
356.633,00 m²; No dia 20 de dezembro de 2011, o Conselho Técnico-Científico da Educação
Superior (CTC-ES) da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (CAPES),
aprovou o Programa de Pós Graduação em Virologia do Instituto Evandro Chagas (PPGV-IEC),
para a implementação dos cursos de Mestrado e Doutorado, com nota CTC 4. Em 2012 os
procedimentos obrigatórios exigidos pela CAPES para implementação de novos cursos que serão
realizados para posterior publicação do Edital de provimento de vagas, o que deverá ocorrer ainda
no primeiro semestre, após o necessário trâmite burocrático; O Ministério do Planejamento,
Orçamento e Gestão autorizou a nomeação de 93 aprovados no Concurso Público.
Perspectivas para 2012
Como as atividades do IEC vêm crescendo ao longo dos anos a necessidade de
expansão de sua área física é essencial, por isso estão previstas para 2012 as seguintes obras:
Construção da Seção de Hepatologia; Construção do Complexo que abrigará o Almoxarifado, o
Patrimônio, o Transporte e o Arquivo Desativado; Construção de um Biotério de Inoculação;
Construção de muros nos terrenos do Acre e no terreno anexo ao IEC recebido do Patrimônio da
União; Construção do Posto Avançado na floresta da Pirelli; Construção do Centro de Inovações
Tecnológicas. Além das reformas: Nas Seções de Meio Ambiente, Virologia e Parasitologia com a
ampliação da parte superior do prédios e no Laboratório do Acre.
30
INSTITUTO EVANDRO CHAGAS
Relatório de Gestão/2011
1 Informações de identificação do IEC
Poder e Órgão de vinculação
Poder: Executivo
Órgão de Vinculação: Secretaria de Vigilância em Saúde
Código SIORG: 74933
Identificação da Unidade Jurisdicionada
Denominação completa: INSTITUTO EVANDRO CHAGAS
Denominação abreviada: IEC
Código LOA: Não se aplica
Código SIORG: 002394
Código SIAFI: 257003, Gestão 1
Situação: Ativa
Natureza Jurídica: Órgão da Administração Direta do Poder Executivo
Principal Atividade: Administração pública em geral
Telefones/Fax de contato:
(091) 3214-2214
Código CNAE: 84.116-00
(091) 3214-2238
(091) 3214-2264
Endereço eletrônico: [email protected]
Página da Internet: http://www.iec.pa.gov.br
Endereço Postal: BR-316 Km 07 s/n, CEP 67.030-000, Levilândia, Ananindeua-Pará
Normas relacionadas à Unidade Jurisdicionada
Normas de criação e alteração da Unidade Jurisdicionada
Instituído pela Lei Estadual nº 59, de 11 de novembro de 1936. recebeu a sua denominação atual em 11
de dezembro de 1940, através do Decreto nº 3.624 em homenagem ao pesquisador Evandro Chagas.
Outras normas infralegais relacionadas à gestão e estrutura da Unidade Jurisdicionada
Tem suas competências definidas no Decreto nº 7.530, de 21.07.2011, publicado no Diário Oficial da
União (DOU) nº 140, de 22 de julho de 2011, Seção 1, página nº 9 e estrutura organizacional na
Portaria nº 2.123, de 07.10.2004, publicada no D.O.U nº 196, de 11.10.2004.
Manuais e publicações relacionadas às atividades da Unidade Jurisdicionada
Não se aplica
Unidades Gestoras e Gestões relacionadas à Unidade Jurisdicionada
Unidades Gestoras relacionadas à Unidade Jurisdicionada
Código SIAFI
Nome
257015
Coordenação Geral de Contabilidade do Ministério da Saúde
Gestões relacionadas à Unidade Jurisdicionada
Código SIAFI
Nome
000001
Tesouro
Relacionamento entre Unidades Gestoras e Gestões
Código SIAFI da Unidade Gestora
Código SIAFI da Gestão
257015
000001
257005
000001
O IEC não possui código na LOA, pois não é unidade orçamentária. A unidade orçamentária a qual está subordinado
é o Fundo Nacional de Saúde código 36901.
31
INSTITUTO EVANDRO CHAGAS
Relatório de Gestão/2011
O Instituto Evandro Chagas é órgão da Administração Direta do Poder Executivo, é
dotado de personalidade jurídica de direito público (CNPJ 00.394.544/0025-52) e possui Código
SIORG 002394, está vinculado ao Ministério da Saúde, através da Secretaria de Vigilância em
Saúde SVS, inscrita no Código SIORG nº 74.933. Tem como dirigente máximo sua Diretora,
hierarquicamente subordinada ao Sr. Secretario de Vigilância em Saúde. Está estabelecido no
Sistema Integrado de Administração Financeira do Governo Federal (SIAFI) sob o código e nome
36201 Instituto Evandro Chagas, denominação abreviada IEC, Unidade Gestora 257003, Gestão
01, situação Ativa, tendo como função de governo predominante a área da Saúde (Estudos no
campo da Saúde Pública e da Biomedicina) e como tipo de atividade Administração Pública em
Geral, sob o Código CNAE 84.116-00.
O Instituto possui dois campi, sendo a sede principal em Ananindeua-PA, Rodovia BR316 Km 07 s/n Levilândia, CEP 67.030-000, telefones (91) 3214-2214, 3214-2238, 3214-2258 e
3214-2264, onde estão estabelecidas a maior parte das seções e serviços e outro em Belém, ficando
neste, temporariamente, apenas alguns projetos, a Seção de Hepatologia e Microscopia Eletrônica,
onde futuramente será instalado um museu. Sua página institucional na internet é
http://www.iec.pa.gov.br e seu endereço eletrônico: [email protected]
1.1 Unidades do IEC
1.1.1 Unidades de assistência direta à Diretoria
a) Assessoria de Comunicação (ASCOM;)
b) Assessoria de Desenvolvimento Científico e Acadêmico (ADCA)
c) Assessoria de Planejamento (ASPLAN)
1.1.2 Unidades Técnico-Administrativas
d) Serviço de Administração (SEADM)
Seção de Execução Orçamentária e Financeira (SEOFI)
Setor de Almoxarifado (SOALM)
Setor de Compras (SOCOM)
Setor de Material e Patrimônio (SOMAT)
e) Serviço de Recursos Humanos (SERH)
Setor de Desenvolvimento de Recursos Humanos (SODRH)
Setor de Cadastro (SOCAD)
Setor de Pagamento (SOPAG)
1.1.3 Unidades Técnicas de Apoio
f) Centro de Documentação Informação e Memória (CEDIM)
g) Laboratório de Georeferenciamento (LABGEO)
h) Microscopia Eletrônica (SEMIE)
campus Belém
1.1.4 Unidades Técnico-Científicas
i) Serviço de Epidemiologia (SEVEP)
j) Seção de Arbovirologia e Febres Hemorrágicas (SAARB)
k) Seção de Bacteriologia e Micologia (SABMI)
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Relatório de Gestão/2011
l) Seção de Criação e Reprodução de Animais de Laboratório (SACPA)
m) Seção de Meio Ambiente (SAMAM)
n) Seção de Parasitologia (SAPAR)
o) Seção de Patologia (SAPAT)
p) Seção de Virologia (SAVIR)
q) Seção de Hepatologia (SAHEP)
r) Laboratório de Análises Clínicas de Malária (campus Belém)
s) Laboratório de Coccídeos (campus Belém)
No anexo A apresenta-se o organograma oficial do Ministério da Saúde, localizando o
Instituto Evandro Chagas como unidade descentralizada subordinada a Secretaria de Vigilância em
Saúde
SVS.
2 Informações sobre o planejamento e gestão orçamentária e
financeira do IEC considerando o atingimento dos objetivos e
metas físicas e financeiras, bem como as ações administrativas
consubstanciadas em projetos e atividades, contemplando:
a) Responsabilidades institucionais do IEC
I
Competência Institucional
O Instituto Evandro Chagas (IEC) foi criado pela Lei Estadual nº 59, 10 de novembro
de 1936, revogada pelo Decreto Estadual nº 3.624, de 11.12.1940, que alterou sua denominação.
Têm suas competências definidas no Decreto nº 7.530, de 21.07.2011, publicado no Diário Oficial
da União (DOU) nº 140, de 22 de julho de 2011, Seção 1, página nº 9 e estrutura organizacional na
Portaria nº 2.123, de 07.10.2004, publicada no Diário Oficial da União nº 196, de 11.10.2004.
O IEC tem como missão instituir a saúde pública e a pesquisa biomédica. Para isso a
Instituição precisa realizar ações que vão da pesquisa clínica, diagnóstico, detecção de agentes
etiológicos das doenças até a vigilância epidemiológica dos agravos.
Atua ainda, em seis principais instâncias diferentes da saúde pública e da pesquisa
biomédica:
Vigilância em Saúde e Meio Ambiente;
Atendendo a problemas de saúde e meio ambiente que emergem nos Estados
amazônicos, tais como:
surtos de doenças em humanos;
mortandade de peixes;
suspeita de contaminação da água por metais, e ou pesticidas clorados ou
fosforados;
casos de doença humana não diagnosticada; e outros
Como apoio das instâncias Estaduais e Municipais em demandas que não são
atendidas pelos LACEN´s;
Em projetos de pesquisa na área de saúde e Meio Ambiente, custeados por
agências financiadoras no Brasil e do exterior e pelo IEC/Ministério da Saúde;
33
INSTITUTO EVANDRO CHAGAS
Relatório de Gestão/2011
Capacitação de recursos humanos;
Apoio a SVS/MS em diferentes circunstâncias.
Dadas as suas características peculiares na área da investigação científica e saúde
pública, o Instituto Evandro Chagas, atua hoje como:
Referências nacionais
Laboratório de referência nacional para dengue;
Laboratório de referência nacional para febre amarela;
Laboratório de referência nacional para rotaviroses.
Referências regionais
Laboratório de referência regional para cólera e enteropatógenos;
Laboratório de referência regional para coqueluche;
Laboratório de referência regional para difteria;
Laboratório de referência regional para esquistossomose;
Laboratório de referência regional para gripe;
Laboratório de referência regional para hantaviroses;
Laboratório de referência regional para hepatites virais;
Laboratório de referência regional para meningites bacterianas;
Laboratório de referência regional para poliomielite e outras enteroviroses.
Além das demandas de interesse técnico e científico o Instituto realiza em sua maioria,
de forma assistemática, as demandas urgentes desencadeadas a nível regional e nacional.
De acordo com o seu Regimento, ao IEC compete:
desenvolver pesquisas científicas no âmbito das ciências biológicas, do meio
ambiente e da medicina tropical que visem, primordialmente, à
identificação e ao manejo dos problemas médico sanitários, com ênfase na
Amazônia brasileira;
realizar estudos, pesquisas e investigação científica nas áreas de
epidemiologia e controle de doenças e vigilância ambiental em saúde;
planejar e executar administrativamente todas as atividades necessárias ao
desenvolvimento técnico-científico institucional;
exercer as atividades de laboratório de referência nacional e regional que lhe
forem atribuídas;
disseminar a produção dos conhecimentos técnico e científico para subsidiar
as ações de vigilância em saúde; e
coordenar a produção e o fornecimento de insumos biológicos para o
diagnóstico laboratorial em apoio às demandas da rede nacional de
laboratórios de saúde pública em sua área de competência.
No Anexo B apresenta-se o organograma da estrutura do IEC.
II
Objetivos estratégicos
O Instituto tem como objetivo estratégico dentro da Agenda da Secretaria de Vigilância
em Saúde para o período de 2011-2015: Fortalecer a pesquisa, o ensino e as inovações biomédicas e
tecnológicas em Medicina Tropical e Meio Ambiente. E como ações estratégicas:
a) Ação: Implantação do Centro de Inovação e Tecnologia no âmbito do IEC;
Meta 1: Construir e equipar, no campus de Ananindeua, as dependências do Centro de
Inovação e Tecnologia no âmbito do IEC, cuja construção está prevista para
34
INSTITUTO EVANDRO CHAGAS
Relatório de Gestão/2011
2012 e a aquisição dos oito equipamentos a partir de 2013, sendo: dois em
2013, três em 2014 e três em 2015;
Meta 2: Construir no campus de ananidneua, as novas instalações da Seção de
Hepatopatias no ano de 2013.
b) Ação: Ampliação da capacidade de vigilância da Leishmaniose , Doença de Chagas e
Esquistossomose;
Meta: Realizar 78 pesquisas nas populações suscetíveis à Leishmaniose, doença de
Chagas e Esquistossomose ou em casos de surtos dessas enfermidades na
Amazônia legal, com foco nos agentes isolados por meio de técnicas
laboratoriais. A realização dessas pesquisas estão previstas para: 14 em 2011;
16 em 2012; 16 em 2013; 16 em 2014 e 16 em 2015.
Indicador: Número de pesquisas realizadas
c) Ação: Vigilância clínica, epidemiológica e laboratorial das arboviroses e metais pesados na
Amazônia.
Meta 1: Realizar 175 pesquisas nas populações suscetíveis às Arboviroses ou em
casos de surtos dessas enfermidades na Amazônia legal, com foco nos agentes
isolados por meio de técnicas laboratoriais, no período de 2011 a 2015. A
realização dessas pesquisas estão previstas para: 31 em 2011; 33 em 2012; 35
em 2013; 37 em 2014 e 39 em 2015.
Indicador: Número de pesquisas realizadas
Meta 2: Realizar 115 pesquisas nas populações sob o risco de intoxicação por metais
pesados na Amazônia Legal. A realização dessas pesquisas estão previstas
para: 17 em 2011; 20 em 2012; 23 em 2013; 26 em 2014 e 29 em 2015.
Indicador: Número de pesquisas realizadas
b)
Estratégia de
institucionais
atuação
frente
às
responsabilidades
Dentro de suas responsabilidades institucionais o IEC executa no Plano Plurianual sua
ação específica ( Ação 4386
Pesquisas e Inovações Tecnológicas em Medicina Tropical e Meio
Ambiente no Instituto Evandro Chagas), dentro do Programa do Ministério da Saúde ( Programa
1201 Ciência Tecnologia e Inovação no Complexo da Saúde), além de executar as políticas
públicas emanadas do Governo Federal dentro do Programa Mais Saúde conforme especificado a
seguir:
Atenção à Saúde
Promoção à Saúde
Complexo Industrial/Produtivo da Saúde
Cooperação Internacional
Força de Trabalho em Saúde
Qualificação da Gestão
Participação e Controle Social
35
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Relatório de Gestão/2011
b.1 Atenção à Saúde
b.1.1 Ações desenvolvidas na área de doenças hepáticas
O Instituto tem parceria com o Hospital da Fundação Santa Casa de Misericórdia do
Pará (HFSCMPA) e com o Departamento de Patologia da Universidade Federal do Pará (UFPA),
no Programa de hepatopatias desse hospital da Fundação Santa Casa de Misericórdia do Pará
infraestrutura e epidemiologia clínica em 15 anos de atendimento relacionado às hepatopatias
crônicas da região, realizando exames sorológicos e biomoleculares. Atua também como
Laboratório de Referência para a Região Norte e parte da Região Nordeste no que concerne a
sorologia e biologia molecular para identificação de marcadores de infecções agudas e crônicas
pelos vírus das Hepatites A, B, C, D e E.
Em parceria com a SVS/MS e a Universidade Federal de Pernambuco (UFPE), vem
participando do Estudo de prevalência da base populacional das infecções pelos vírus das
Hepatites A, B e C nas capitais do Brasil , examinando 10% das amostras para contraprova, além
das amostras indeterminadas coletadas nas capitais do Norte e Nordeste.
O IEC vem trabalhando com a Coordenação Geral de Laboratórios (CGLAB/SVS/MS),
nos testes de biologia molecular para diagnóstico quantitativo (carga viral) do HBV-DNA,
atendendo a demanda dos estados do Acre, Amazonas, Amapá, Pará, Rondônia, Roraima e
Tocantins. Tais exames apóiam o Programa Nacional de Hepatites Virais para a região Amazônica.
b.1.1.1 Realizações
b.1.1.1.1 Exames realizados em apoio à pesquisa
No cumprimento de suas atividades junto ao Programa Nacional de Prevenção e
controle das Hepatites Virais (PNHV) e na Coordenação Nacional de Laboratórios, o IEC vem
envidando esforços específicos na padronização de técnicas biomoleculares para a detecção de
infecções pelo vírus da hepatite D (Delta), no levantamento de reservatórios e para a detecção de
hidatidose hepática policística.
Para o diagnóstico das hepatites virais foram realizados 11.152 exames em apoio à
pesquisa e vigilância, sendo 10.273 sorológicos e 879 de biologia molecular, conforme tabela 1.
Tabela 1
Quantidade de exames em apoio a pesquisa realizados pelo IEC, na área de doenças hepáticas pelas
técnicas de sorologia e biologia molecular, no ano de 2011
Meses
Janeiro
Fevereiro
Março
Abril
Maio
Junho
Julho
Agosto
Setembro
Outubro
Novembro
Dezembro
Total
Sorologia
639
681
680
841
654
949
1.374
968
1.039
938
736
774
10.273
Biologia molecular
29
18
51
28
45
67
97
119
8
170
86
161
879
Total
668
699
731
869
699
1.016
1.471
1.087
1.047
1.108
822
935
11.152
Fonte: Seção de Hepatologia/IEC/SVS/MS
36
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Relatório de Gestão/2011
b.1.1.1.2 Exames para confirmação diagnóstica
O Instituto enquanto referência nas regiões norte e nordeste, recebe dos LACEN´s e das
Secretarias Municipais de Saúde, material biológico de pacientes de vários municípios e estados
para confirmação diagnóstica.
Para a confirmação diagnóstica das hepatites virais realizou 13.016 exames, sendo 12.010
sorológicos e 1.006 de biologia molecular, conforme tabela 2.
Tabela 2
Quantidade de exames recebidos pelo IEC para elucidação diagnóstica na área de doenças hepáticas pelas
técnicas de sorologia e biologia molecular, no ano de 2011
Meses
Sorologia
Biologia molecular
Total
579
247
826
Fevereiro
2.630
54
2.684
Março
2.613
88
2.701
Abril
924
91
1.015
Maio
138
130
268
Junho
401
48
449
Julho
171
23
194
Agosto
244
14
258
Setembro
619
212
831
Outubro
Janeiro
2.328
15
2.343
Novembro
591
29
620
Dezembro
772
55
827
12.010
1.006
13.016
Total
Fonte: Seção de Hepatologia/IEC/SVS/MS
b.1.1.1.3 Investigações de campo
a) Viagem para o município de Anajás-PA, para proceder levantamento de reservatórios
silvestres de Hidatidose Policística do fígado, no período de 28/04/2011 a 07/05/2011;
b) Viagem para Ilha do Mosqueiro no dia 21.07.2011 para realizar a coleta de soro humano, de
80 pessoas para análise dos marcadores sorológicos das hepatites B e C, em parceria com a
Sespa;
c) No dia 28.07.2011 foram realizadas 149 coletas de soro humano no terminal rodoviário de
Belém, para a serem submetidos à análise dos marcadores sorológicos das hepatites B e C,
em parceria com a Sespa.
d) Viagem para o município de Marabá-PA, em parceria com a SESPA, na "Ação Saúde" do
Governo do Estado do Pará, onde foram realizadas 194 coletas de soro humano, para serem
submetidos à análise dos marcadores sorológicos das hepatites B e C, no periodo de 31/08 a
02/09/2011.
b.1.2 Estudos relativos às arboviroses e febres hemorrágicas
b.1.2.1 Realizações
O diagnóstico laboratorial realizado no Instituto Evandro Chagas, na área de
Arbovirologia como apoio a vigilância epidemiológica foi essencial para a confirmação dos casos
suspeitos de arboviroses (Dengue, Febre Amarela, entre outros), hantaviroses e raiva. Sendo de
37
INSTITUTO EVANDRO CHAGAS
Relatório de Gestão/2011
grande relevância para o acompanhamento da expnasão do Dengue 4 no Brasil e dos casos
importados de infecção pelo vírus Chikungunya no Brasil. Os horizontes para a pesquisa em
arbovirologia e hantavirose se expandiram, com a inauguração do laboratório com nível de
biossegurança 3 (NB3), único na região Norte, que viabilizará o estudo de agentes que necessitam
de nível 3 de biossegurança, como os arenavírus entre outros. O Instituto Nacional de Ciência e
Tecnologia para Febres Hemorrágicas Virais (INCT/FHV), com a coordenadoria geral na Seção de
Arbovirologia, possibilitou, entre outros resultados obtidos, a utilização de novas metodologias que
permitem resposta rápida e etiologia definida, significando melhoria e agilidade nas ações de saúde
pública.
Durante o ano de 2011, no Centro de Inovações Tecnológicas (CIT) do IEC ocorreu à
expansão das instalações físicas (laboratórios) dos núcleos de Genômica, Proteômica,
Bioinformática e Citotaxonomia. No final do ano de 2011 o Núcleo de Proteômica iniciou sua
ativação, entrando efetivamente em funcionamento em Fevereiro de 2012. Atualmente o CIT conta
com quatro Núcleos em funcionamento.
É importante ressaltar que a nomeação de novos pesquisadores deu um avanço nas
atividades desenvolvidas na área de arbovírus, e se espera que os demais concursados sejam
nomeados, pois com o aumento de sua estrutura e atividades se torna necessária a ampliação de
recursos humanos para dar suporte na obtenção de seus objetivos:
a) Realizar o diagnóstico laboratorial na área de Arbovirologia, como apoio a vigilância
epidemiológica para elucuidar casos suspeitos de arboviroses (Dengue, Febre Amarela, entre
outros), hantaviroses e raiva;
b) Caracterizar cepas virais isolados sem definição taxonômica;
c) Produzir antígenos dos arbovírus de importância em saúde pública para distribuir na rede de
diagnóstico laboratorial de dengue e febre amarela e para o diagnóstico de outras
arboviroses. (Atividade para o desenvolvimento de estudos de arbovírus em diferentes
laboratorios, melhorar a capacidade de cada laboratório na identificação de arboviroses
doenças produzidas pelas espécies arbovírus mais comuns na região).
d) Produzir imunobiológio para o diagnóstico laboratorial do virus da raiva.
b.1.2.1.1 Pesquisa de anticorpos para Arbovirus
b.1.2.1.1.1 Inibição da hemaglutinação (IH)
Tabela 3
Tipo de
Amostras
Análise das amostras de soros recebidas para pesquisa de anticorpos para arbovírus por inibição de
hemaglutinação (IH), no período de Janeiro a dezembro de 2011
Número de amostras
Positivos por gênero viral**
Testadas*
Negativas
Positivas
Alphavirus
Flavivirus
Orthobunyavirus
Humanos
1830
453
1377
155
1235
270
Animais
115
79
36
18
15
11
Aves
155
141
13
6
9
1
Total
2100
673
1426
179
1259
282
Fonte: SAARB/IEC/SVS/MS
Notas: * As amostras foram testadas para 18 tipos de vírus pertencentes aos gêneros Alphavirus, Flavivírus e
Orthobunyavirus.
** Uma mesma amostra pode apresentar anticorpos IH para vírus pertencentes a diferentes gêneros
38
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Relatório de Gestão/2011
Fixação do Complemento (FC)
Tabela 4 Identificação de Arbovirus utilizando o teste de fixação do complemento
Número de amostras
Material
Testadas*
Isolamento
Fase de Caracterização
12
1 amostra Vírus Mayaro
11
Amostras
Fonte: SAARB/IEC/SVS/MS
b.1.2.1.1.2 Ensaio imunoenzimático (ELISA) para Hantavirus
Estudo em Humanos
Tabela 5
Total de amostras suspeitas e contatos de casos de SCPH examinadas pelo Ensaio Imunoenzimático (ELISA)
IgG e IgM para hantavírus Kit IBMP HANTEC no período de janeiro a dezembro de 2011
Procedência
nº amostras
examinadas
Elisa positivos
Casos positivos
IgG
IgM
Acre
1
0
0
0
Amapá
3
0
0
0
Amazonas
55 (1*)
7 (1*) + 1ind + 2nt
3 (1*)
2
Maranhão
3
0
0
0
Mato Grossso
10 (1*)
0 + 1 nt
0
0
Minas Gerais
4 (1*)
0
0
0
Pará
77 (8*)
7 + 1inc +10nt
11 (2*) + 1inc
9
Pernambuco
1
0
0
0
Rio Grande do Norte
3
0
0
0
Rondônia
13 (1*)
0
0
0
Tocantins
16
0
0 + 1inc
0
186 (12*)
14 (1*) + 1ind +1inc
+13nt
14 (3*) + 2inc
11
Total
Notas: * Segunda amostra; ind: Indeterminado; inc: Inconclusivo; nt: não testado (falta de Kit)
39
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Relatório de Gestão/2011
No período de janeiro a dezembro de 2011, foram testadas pelo Ensaio
Imunoenzimático (ELISA) com a utilização dos Kits IBMP HANTEC, encaminhados pela
CGLAB/SVS/MS, para detecção de anticorpos IgM e IgG para hantavírus, 186 amostras de soro
e/ou sangue de 174 casos humanos suspeitos e/ou contatos de casos de Síndrome Cardiopulmonar
por Hantavírus (SCPH). Em 14 amostras foram detectados anticorpos específicos da classe IgM,
referentes a 11 casos, sendo nove procedentes do Estado do Pará, municípios de Novo Progresso
(n=6), Itaituba (n=1), Oriximiná (n=1) e Santarém (n=1) e duas do Estado do Amazonas (município
de Carreiro da Várzea). Em 14 amostras foram também detectados anticorpos da classe IgG,
referentes a 13 casos. Do total de amostras submetidas a exame, em três detectou-se somente
anticorpos da classe IgM e de apenas uma, somente IgG. Uma amostra do Pará e uma de Tocantins
tiveram resultados inconclusivos na detecção de IgM e uma do Pará mostrou resultado inconclusivo
na detecção de IgG. Em uma amostra do Amazonas obteve-se resultado indeterminado para
detecção de IgG e em 13 não foi possível a realização do teste para detecção de anticorpos IgG em
decorrência da falta de Kit (Tabela 3).
Estudo em roedores silvestres
No ano de 2011, 115 amostras de sangue de roedores silvestres capturados por ocasião
de investigação eco-epidemiológica para hantavírus no município de Alta Floresta, Mato Grosso,
coordenada pela SVS/MS e realizada em setembro de 2010, foram testadas pelo Ensaio
Imunoenzimático (ELISA) para detecção de anticorpos IgG para hantavírus, sendo todas negativas.
Ensaio imunoenzimático (ELISA) para Dengue e Febre Amarela
Tabela 6
Distribuição das amostras biológicas examinadas de casos suspeitos de dengue e febre amarela examinadas
pelo Ensaio Imunoenzimático de captura de IgM (MAC-ELISA) para dengue e febre amarela no período de
janeiro a dezembro de 2011
Estado
DEN
FA
INC
NEG
Total
Acre
19
0
1
92
112
Amazonas
29
2
0
74
105
Amapa
16
0
2
74
92
Bahia
0
0
0
5
5
Ceará
0
0
0
2
2
Distrito Federal
1
0
0
0
1
Espírito Santo
0
0
0
4
4
Goiás
2
0
0
2
4
Maranhão
34
0
0
66
100
Minas Gerais
4
0
1
29
34
Mato Grosso do Sul
3
0
0
73
76
Mato Grosso
5
0
0
49
54
646
2
15
2505
3168
Pernambuco
0
0
0
2
2
Piauí
0
0
0
13
13
Rio Grande do Norte
1
0
1
8
10
Rodônia
4
0
0
23
27
Roraima
22
0
0
109
131
2
788
19,85%
0
4
0,10%
1
21
0,53%
26
3.156
79,52%
29
3.969
100%
Pará
Rio Grande do Sul
Total geral
%
Fonte: SAARB/IEC/SVS/MS
40
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Tabela 7
Relatório de Gestão/2011
Distribuição das amostras biológicas examinadas de casos suspeitos de febre do Mayaro, Oropouche, virus do
Nilo Ocidental, Encefalite São Luiz, Rocio e Chinkugunya examinadas pelo Ensaio Imunoenzimático de
captura de IgM (MAC-ELISA) no período de janeiro a dezembro de 2011
Vírus
Ano
Data
Negativo
Positivo
Total
ORO
2011
07.11.11
643
18
661
MAY
2011
07.11.11
556
11
567
VNO
2011
07.11.11
66
0
66
SLE
2011
07.11.11
66
1
67
ROC
2011
07.11.11
66
0
66
CHIK
2011
07.11.11
30
0
30
1427
30
1457
Total Geral
Fonte: SAARB/IEC/SVS/MS
Notas: ORO: oropouche, MAY: Mayaro, VNO: vírus do Nilo Ocidental, SLE: encefalite São Luiz, ROC: Rocio, CHIK:
Chinkugunya.
b.1.2.1.1.3 Pesquisa de arbovírus
Isolamento em Cultivo Celular
Tabela 8
Número de amostras biológicas processados para tentativa de isolamento viral em células de Aedes
albopictus, clone C6/36, referente ao ano de 2011, distribuídas por Estados
Estados
Testados
Positivos
VDEN* -1
VDEN -2
VDEN-4
Acre
175
21
16
04
01
Amazonas
786
260
58
104
98
Amapá
25
1
1
-
-
Bahia
3
1
-
-
1
Ceará
1
-
-
-
-
Distrito Federal
5
-
-
-
-
Espírito Santo
2
-
-
-
-
Goiás
71
-
-
-
-
Maranhão
289
17
8
1
8
Minas Gerais
17
1
-
-
1
Mato Grosso do Sul
Mato Grosso
23
86
1
1
1
1
-
-
1.540
198
104
44
50
Paraíba
10
-
-
-
-
Pernambuco
3
-
-
-
-
Piauí
4
-
-
-
-
Rio de Janeiro
2
-
-
-
-
Rio Grande do Norte
47
4
3
1
-
Pará
Rio Grande do Sul
2
-
-
-
-
Roraima
130
13
2
3
8
Tocantins
33
6
2
2
2
Transito
2
-
-
-
-
3.256
524
196
159
169
Total
Fonte: SAARB/IEC/SVS/MS
Nota: * VDEN: Vírus Dengue
41
INSTITUTO EVANDRO CHAGAS
Relatório de Gestão/2011
Detecção genômica por RT-PCR em amostras biológicas suspeitas de vírus dengue e
febre amarela
Tabela 9 Amostras biológicas provenientes de casos suspeitos de Humanos
Dengue - Humanos
Estados
Testado
Negativo
VDEN1
VDEN2
Febre amarela - Humanos
VDEN3
VDEN4
AM
215
117
11
43
PA
305
248
18
19
BA
3
1
DF
2
2
ES
1
1
GO
117
114
3
MA
52
52
MG
17
17
MT
19
16
3
MS
5
5
PB
17
17
PE
PI
1
1
RN
93
79
6
2
6
RO
1
1
TO
8
7
Total
856
678
38
67
6
Fonte: SAARB/IEC/SVS/MS
Nota: Sinal convencional utilizado:
- Dado numérico igual a zero não resultante de arredondamento
Tabela 10
Testado
44
20
2
1
67
Negativo
5
9
1
37
14
4
13
5
9
1
37
14
4
13
7
1
1
36
2
130
7
1
1
36
2
130
Positivo
-
Amostras biológicas de primatas não humanos provenientes de estados da federação, para pesquisa de
Febre Amarela, recebidos e processados em 2011
Estados
Testados
Distrito Federal
16
Goiás
4
Minas Gerais
18
Rio Grande do Norte
14
Santa Catarina
5
São Paulo
26
Total
83
Fonte: SAARB/IEC/SVS/MS
Nota: Sinal convencional utilizado:
- Dado numérico igual a zero não resultante de arredondamento
Resultados
Negativo
16
4
18
14
5
26
83
Positivo
-
Investigação de campo
Local da Investigação
Santarém Novo PA
Salinopólis PA
Belém (Distrito de Icoaraci) PA
Manaus AM
Abaetetuba PA
Data da Viagem
10 e 11 de Janeiro
12 a 14 de Janeiro
18 a 20 de janeiro
11 a 20 de Janeiro
11 a 14 de Janeiro
Santa Bárbara
07 a 18 de Janeiro
Porto Acre
PA
AC
Santa Bárbara
PA
16 de fevereiro a 05 de Março
4 a 24 de Março
(continua)
Justificativa
Verificar caso de dengue 4
Verificar caso de dengue 4
Verificar caso de dengue 4
Verificar caso de dengue 4
Verificar caso de dengue 4
Captura de vetores para tentativa de
isolamento de arbovírus.
Captura de vetores para tentativa de
isolamento de arbovírus.
Captura de vetores para tentativa de
isolamento de arbovírus.
Quadro 1 Viagens a campo para coleta de material biológico e atendimento a surto.
42
INSTITUTO EVANDRO CHAGAS
Relatório de Gestão/2011
(conclusão)
Justificativa
Captura de vetores para tentativa de
Santa Bárbara PA
04 a 15 de Abril
isolamento de arbovírus.
Captura de vetores para tentativa de
Vitória do Xingu Pa
09 a 20 de Maio
isolamento de arbovírus.
Captura de vetores para tentativa de
São João da Ponta PA
16 a 27 de Maio
isolamento de arbovírus.
Captura de vetores para tentativa de
Mazagão AP
01 a 11 de Junho
isolamento de arbovírus.
Captura de vetores para tentativa de
Porto Acre AC
08 a 22 de Junho
isolamento de arbovírus.
Captura de vetores para tentativa de
Porto Acre AC
09 a 26 de Novembro
isolamento de arbovírus.
Quadro 1 Viagens a campo para coleta de material biológico e atendimento a surto.
Fonte: SAARB/IEC/SVS/MS
Local da Investigação
Data da Viagem
b.1.2.1.1.4 Identificação de espécimes hematófagos
Foram identificados 51.989 nematóceros possíveis vetores de arbovírus, divididos em
1.931 grupos para a inoculação na tentativa de isolamento viral, esse total está dividido nos
espécimes demonstrados na tabela 11.
Tabela 11 Quantidade de nematóceros divididos por espécimes para a inoculação na tentativa de isolamento viral
Espécimes
Quantidade
Grupos
Culicidae
33.118
1.627
Flebotominae
14.392
249
3.942
44
537
11
51.989
1.931
Ceratopogonidae
Simulidae
Total
Fonte: SAARB/IEC/SVS/MS
(continua)
Local
Nº Vetores
Nº de Lotes
Janeiro/2011
291
14
Salinópolis Pa
Janeiro/2011
1.356
61
Manaus AM
Janeiro/2011
976
91
Belém (distrito de Icoaraci)-PA
Janeiro/2011
359
16
Parauapebas PA
Fevereiro/2011
886
36
Abaetetuba
Fevereiro/2011
960
41
Março/2011
2.985
104
Março/2011
810
57
Março/2011
400
27
Santarém Novo
Mês
PA
PA
Santa Bárbara do Pará PA
Jacaraci, Luiu, Jaborandi e Coribe
Salvador
BA
BA
Quadro 2 Quantidade de nematóceros identificados, de acordo com local, mês, ano, nº de vetores e lote.
43
INSTITUTO EVANDRO CHAGAS
Relatório de Gestão/2011
(conclusão)
Local
Mês
Nº Vetores
Nº de Lotes
Março/2011
5.602
143
Abril/2011
2.255
78
Maio/2011
53
12
Junho/2011
1.870
75
Junho/2011
53
17
Junho/2011
5.251
200
Mazagão AP
Junho/2011
2.600
154
Conceição
Junho/2011
9
3
São Francisco de Assis, Jaguari e Barra do Quaraí RS
Julho/2011
1.107
65
Vitória do Xingú PA
Agosto/2011
5.551
141
Porto Acre
Agosto/2011
10.265
346
Agosto/2011
6.411
129
Outubro/2011
45
3
1.841
111
53
7
Parauapebas PA
Santa Bárbara do Pará
Filadélfia
TO
São João da Ponta
Brasília
PA
DF
Santa Bárbara do Pará
PA
TO
AC
Canaã dos Carajás
Paranã
PA
PA
TO
Porto Acre
Novembro,
Dezembro/2011
AC
Santa Bárbara do Pará
PA
Janeiro/2012
Quadro 2 Quantidade de nematóceros identificados, de acordo com local, mês, ano, nº de vetores e lote.
Fonte: SAARB/IEC/SVS/MS
b.1.2.1.1.5 Produção de imunobiológicos
Tabela 12 Antígenos produzidos e distribuídos pela SAARB/IEC em 2011
Antígenos
Produzidos (mL)
Distribuidos (mL)
DEN-1
257
187,5
DEN-2
239
105
DEN-3
202
135
DEN-4 *
0
30
Febre Amarela *
0
52,5
Raiva CCN
150
35
Fonte: SAARB/IEC/SVS/MS
Nota: * antígenos distribuídos de estoque de anos anteriores
b.1.2.1.1.6 Diagnóstico de raiva
No período de Janeiro a dezembro de 2011 foram recebidas para exame 1.563 amostras
de tecido nervoso de animais suspeitos de raiva, dos quais, 1.302, procedentes do Estado do Pará,
251, do Amazonas, duas, do Acre e oito da Bahia. Do total recebido, nove, do Estado do Pará,
foram positivas, sendo caninos (n=7), felino (n=1) procedentes de Marabá, e quiróptero (n=1) de
Belém (Tabela 13)
44
INSTITUTO EVANDRO CHAGAS
Tabela 13
Relatório de Gestão/2011
Amostras positivas/examinadas e percentual de positividade por espécie e Estado no período de janeiro a
dezembro de 2011. Laboratório de Diagnóstico de Raiva/SAARB/IEC
Espécie
Quiróptero
Pará
Amazonas
Acre
Bahia
Total
1 /548(0,18%)
0/84
0/2
-
1/634(0,16%)
+
++
Canino
7 /704(0,1%)
0/113
-
-
7/817(0,86%)
Felino
1++/37(2,7%)
0/6
-
-
1/43(2,32%)
Equino
0/3
0/1
-
0/8
0/12
Bovino
0/10
-
-
-
0/10
Caprino
-
0/1
-
-
0/1
Edentado*
-
0/10
-
-
0/10
Primata não humano
-
0/25
-
-
0/25
Outros animais silvestres**
-
0/11
-
-
0/11
Total
9/1.302(0,69%)
0/251
0/2
0/8
9/1.563(0,57%)
Fonte: SAARB/IEC/SVS/MS
Nota: * Tamanduá, Tatu e Preguiça; **Marsupiais, Irara, Roedores, Paca e Cutia; + Belém; ++ Marabá.
As amostras positivas (n=9) foram submetidas ao teste de Imunofluorescência Indireta
(IFI) utilizando-se o painel de anticorpos monoclonais contra a nucleoproteína viral, produzidos
pelo Center of Disease Control and Prevention (CDC-Atlanta) para a caracterização antigênica.
Cinco amostras de cães e uma de felino mostraram um perfil de leitura compatível com o da
Variante 2, que é comumente encontrado em cães. As demais ainda encontram-se em estudo.
Todos os morcegos recebidos do Estado do Pará foram identificados morfologicamente
segundo chaves dicotômicas, onde as características externas e morfométricas de cada grupo
taxonômico serão analisadas, tais como: tamanho de antebraço, cabeça-corpo, orelha, membrana
interfemural, arcada dentária, cor de pêlo, presença ou não de apêndice nasal e de outras estruturas
que possam distinguir cada gênero e/ou espécie, seguindo as recomendações de Vizotto e Taddei
(1973) (Tabela 14).
Tabela 14 - Amostras positivas/examinadas e percentual de positividade por espécie de quiróptero do Estado do Pará
no período de janeiro a dezembro de 2011. Laboratório de Diagnóstico de Raiva/SAARB/IEC
(continua)
Positivo/
Família
Subfamília
Espécie
Examinado
1/504 (0,2%)
Desmodus rotundus
0/100
Desmodontinae
Diaemus youngi
0/10
Artibeus cinereus
0/12
Artibeus lituratus
0/1
Artibeus planirostris
1/228 (0,44%)
Platyrrhinus helleri
0/1
Stenodermatinae
Sturnira lilium
0/10
Sturnira tildae
0/3
Phyllostomidae
Uroderma bilobatum
0/3
Dermanura cinerea
0/2
Lophostoma brasiliense
0/2
Micronycteris hirsuta
0/1
Phyllostominae
Mimon crenulatum
0/1
Phyllostomus discolor
0/14
Phyllostomus elongatus
0/1
Carollia perspicillata
0/94
Carollinae
Rhinophylla pumilio
0/1
Glossophaginae
Glossophaga soricina
0/20
45
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Relatório de Gestão/2011
Tabela 14 - Amostras positivas/examinadas e percentual de positividade por espécie de quiróptero do Estadodo Pará no
período de janeiro a dezembro de 2011. Laboratório de Diagnóstico de Raiva/SAARB/IEC
(conclusão)
Positivo/
Família
Subfamília
Espécie
Examinado
0/31
Cynomops abrasus
0/3
Eumops auripendulus
0/1
Eumops glaucinus
0/1
Mollosidae
Eumops perotis
0/1
Eumops trumbulli
0/1
Molossus molossus
0/21
Molossus rufus
0/3
0/8
Peropteryx kappleri
0/1
Emballorunidae
Peropteryx macrotis
0/3
Rhynchonycteris naso
0/3
Saccopteryx bilineata
0/1
0/3
Eptesicus furinalis
0/1
Vespertilionidae
Myotis riparius
0/1
Myotis simus
0/1
0/2
Mormopidae
Pteronotus parnellii
0/2
Total
1/548 (0,18%)
Fonte: SAARB/IEC/SVS/MS
b.1.2.1.1.7 Inovações Tecnológicas
Sequenciamento Nucleotídico
O total de 3.630.000 nucleotídeos (nt) foram obtidos correspondentes a 330 cepas virais
(média de 11.000 nt/ cepa) e duas bactérias (10 milhões de bases; média de 5 milhões por bactéria)
foram completamente sequenciadas empregando três plataformas de seqüenciamento: GSFLX 454
(Roche, Life Science), SOLID v.3 plus (Life Technologies) e o ABI 3130 (Life Technologies).
Dentre as capas virais, o genoma completo foi obtido para diferentes arbovírus
pertencentes a família Flaviviridae, Gênero Flavivirus, dentre os quais citam-se os Vírus Dengue
(VDEN-1, VDEN-2, VDEN-3 e VDEN-4), Vírus da Febre Amarela e Vírus Naranjal-like; família
Bunyaviridae, gêneros Orthobunyavirus (Grupos Simbu, Bunyamwera, Anopheles A, Gamboa,
Guamá) e Phlebovirus; família Togaviridae, gênero Alphavirus (Vírus Mayaro), além de vírus
isolados de vertebrados pertencentes as famílias Rabdoviridae, Gênero Lyssavirus e Bunyaviridae,
gênero Hantavirus. Ademais, vírus não grupados identificados até o nível de família (Bunyaviridae
e Rhabdoviridae) foram também sequenciados. Em relação as bactérias, uma cepa de Vibrio
cholerae (ambiental) e Cianobactéria (ambiental) foram completamente seqüenciadas.
Análise de caracterização Genética e Evolução
Genomas virais
Os genomas sequenciados foram obtidos mediante montagem por dois diferentes
métodos (DeNovo e Mapping reference) empregando diferentes programas computacionais
(Newbler, Mira e Geneiuos). A caracterização do genoma pós montagem foi realizada pelo
programa Geneious pro e possibilitou a determinação das características específicas de cada grupo
viral (número de segmentos genômicos, tamanho do genoma, regiões codificantes e não
codificantes, regiões intergênicas, bem como o tamanho das proteínas expresso em aminoácidos.
46
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Relatório de Gestão/2011
A análise de similaridade genética realizada para os vírus sequenciados (Flavivírus,
Alphavirus -no caso o Vírus Mayaro, Orthobunyavírus , Phlebovírus, Hantavírus, Vírus da Raiva,
Rhabdovirus e bunyavirus não grupados) mostraram que os VDEN apresentam cerca de 1-5% de
divergência genética intra sorotipo e 10% de divergência genética intersorotipo.
Os orthobunyavirus apresentaram variabilidade genética distinta para cada um dos
segmentos genômicos, sendo que os maiores percentuais de similaridade, dentro de cada grupo
viral, foram observados para o segmento SRNA, em seguida para o segmento LRNA e por fim para
o segmento MRNA, este último considerado o mais divergente.
As cepas do VMAY, membro da família Togaviridae, gênero Alphavirus, apresentaramse bastante conservadas evidenciando similaridade média de 95% para o genoma completo
enquanto que os hantavirus apresentaram grande variabilidade genética apresentando similaridade
média de 83% entre as espécies virais seqüenciadas (Castelo dos Sonhos, Anajatuba, Rio Mamoré e
Laguna Negra).
Em relação aos membros da família Rhabdoviridae, para o Vírus da raiva,alta
similaridade genética foi observada (98.4% a 99.8%), enquanto que para os vírus não grupados
(Inhangapi, Xiburema e Aruac) a similaridade foi de cerca de 80%.
Dentre os flavivirus sequenciados, identificou-se o Vírus Naranjal-like associado
geneticamente ao Flavivírus Naranjal isolado no Equador. Quanto aos vírus Dengue, a análise
filogenética para cada um dos sorotipos demonstrou um complexo padrão de dispersão
evidenciando múltiplas portas de entrada para estes vírus ao longo do período estudado (1991 a
2008). No caso das cepas do VDEN-4 analisadas (isoladas em Roraima, Manaus, Pará, Roraima e
Bahia), as análises filogenética e filogeográfica demonstraram co-circulação de dois genótipos (I e
II), além de múltiplas portas de entrada no Brasil mais precisamente pela região do caribe,
Venezuela, Colombia e Asia (no caso específico da cepa isolada em Salvador).
Quanto ao Vírus da Febre Amarela, o sequenciamento completo do genoma
proporcionau a descrição de diferentes padrões de ciclização do RNA viral ao nível das sequencias
terminais, que podem estar associadas a capacidade de replicação do vírus. A análise filogeográfica
e de dispersão usando o genoma completo confirmou dados prévios gerados com o genoma parcial
referente à origem do Vírus da Febre Amarela associada ao continente Africano e a introdução do
vírus amarílico no Brasil pela região Norte/Nordeste no ano de 1642, período contemporâneo a
chegada dos escravos negros ao país. Ademais se determinou importantes assinaturas genéticas ao
longo do genoma do VFA que podem ser usadas para o diagnóstico diferencial da Febre Amarela
Silvestre e efeitos adversos vacinais.
Para os orthobunyavírus dados inéditos quanto a sequencia nucleotídica de vírus
pertencentes aos grupos Anopheles A, Simbu, Bunyamwera e Guamá foram gerados, dados estes
que poderão futuramente ser usados para o desenvolvimento de métodos moleculares para a
detecção do genoma destes agentes virais. Ressalte-se a observação de processo de rearranjo
genético para os vírus do complexo Wyeomia corroborando com dados prévios na literatura que
enfatizam o rearranjo de segmentos genômicos entre os Orthobunyavírus como o principal
mecanismo de geração de biodiversidade entre estes agentes virais
No caso dos hantavírus observou-se a presença de pelo menos três grupos de vírus
novos associados aos vírus Laguna Negra, Rio Mamoré e Castelo dos Sonhos, denominados de
Laguna Negra-like vírus, Rio Mamoré-Like vírus e Castelo dos Sonhos-like vírus com similaridade
nucleotídica média de 83% e aminoacídica de 92%, respectivamente, que resultaram em artigos
científicos publicados na Emerging Infectious Diseases (Travassos da Rosa et al., 2011)
Em relação aos vírus não grupados sequencias completas inéditas foram obtidas para
Bunyavirus não grupados (Vírus Belém, Vírus Mojui dos Campos, Vírus Pará, e Vírus Santarém) e
Rhabdovirus (Vírus Aruac, Vírus Inhangapi e Vírus Xiburema) evidenciando que estes agentes
47
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virais constituem novas espécies dentro da família Bunyaviridae, gênero Orthobunyavirus e família
Rhabdoviridae, respectivamente.
Genomas bacterianos
Duas bactérias foram completamente seqüenciadas, sendo um Vibrio cholerae e uma
cianobactéria.
O V. cholerae (ambiental) evidenciou dois cromossomos circulares, sendo um com
aproximadamente 1 milhão de pares de bases (pb) e outro com 3 milhões pb. Diversos aspectos
funcionais do genoma estão em análise para entender como a cepa ambiental adquiriu
patogenicidade. A presença de elementos móveis pode estar associada a este fato.
Em relação a cianobactéria, o genoma seqüenciado correspondeu a cerca de 5 milhões de
pb constituindo um único cromossomo circular. A análise do genoma encontra-se em andamento
para identificação taxonômica e de elementos móveis do genoma que possam ser usados a nível
biotecnólico.
b.1.2.1.1.8 Desenvolvimento de testes moleculares
Com a obtenção dos mais de 300 genomas completos, desenvolveu-se métodos
moleculares (RT-Nested PCR e qRT-PCR) para a detecção do genoma do Vírus da Febre Amarela
(Nunes et al., 2011, Journal of Virological Methods), Vírus Dengue, Hantavírus (Genérico e
específico) e para o Vírus Oropouche, Orthobunyavírus (Genérico e específico). Métodos para a
detecção do genoma do Vírus da Raiva se encontram em fase de análise de especificidade e
sensibilidade.
b.1.2.1.1.9 Elucidação diagnóstica
a) Para elucidação diagnóstica das arboviroses foi analisado um total de 2.100 amostras séricas
para 18 tipos de vírus pertencentes aos gêneros Alphavirus, Flavivírus e Orthobunyavirus.
Destes 1426 foram reativas para algum dos vírus pertencentes aos gêneros Alphavirus,
Flavivirus e/ou Orthobunyavirus;
b) Para as investigações de dengue e febre amarela pro detecção de anticorpo IgM, foram
analisados 3969 soros procedentes de vários estados brasileiros, destes 788 foram positivos
para dengue e 4 febre amarela. Para vigilância para outros arbovirus de interesse em saúde
publica foram analisados 1457 amostras de soros, sendo 18 reativos para ORO, 11 MAY e 1
SLE, os demais foram negativos;
c) No monitoramento viral pelo isolamento em cultivo celular foram processadas 3256
amostras biológicas de diferentes tipos, destas foram obtidos 524 isolados, que estão
distribuídos como segue: 196 VDEN1, 159 VDEN2 e 169 VDEN4. As analises feitas
utilizando técnicas moleculares foram processadas 856 amostras biológicas provenientes de
humanos, destas 38 positivas para VDEN1, 67 VDEN2, 6 VDEN3 e 67 VDEN4. Não houve
nenhum isolamento ou detecção do vírus da febre amarela procedentes de humanos no
período. Na vigilância das epizootias forma analisadas amostras de primatas não humanos,
sendo todos negativos;
d) O apoio a vigilância das Hantaviroses utilizando o diagnóstico laboratorial nos permitiu
analisar 186 amostras biológicas suspeitas de infecção por Hantavirus, destes 11 foram
positivos por detecção de IgM e IgG;
e) Para o diagnóstico do vírus da raiva forma analisados 1563 amostras biológicas
provenientes de quirópteros, canino, felino, eqüino, bovino, caprino, edentado, primata não
humano e outros animais silvestres, destes 9 foram detectados estar infectado pelo vírus
rábico;
48
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f) Os avanços obtidos utilizando tecnologia de ponta, na caracterização de agentes infecciosos
e desenvolvimento de técnicas moleculares para o diagnóstico tem sido realizado desde a
criação do centro de inovação tecnológica. Desde sua implantação foram obtidas 330
sequencias completas para diferentes arbovírus, hantavírus e rhabdovirus isolados na
Amazônia Brasileira, bem como para duas bactérias (V. cholerae e cianobacteria)
empregando três plataformas de sequenciamento (GS FLX 454-Roche, SOLID v.plus e ABI
3130-Life Technologies).
Os estudos de investigação realizados pela SAARB também recebe apoio financeiro do
CNPq, FAPESPA e CAPES.
b.1.3 Ações relativas à Vírus
b.1.3.1 Realizações
Ao longo de 2011 o IEC prosseguiu com o desenvolvimento das atribuições que lhe
compete nas áreas da investigação científica, apoio laboratorial à vigilância epidemiológica e
elucidação diagnóstica. Finalizou-se o Estudo Rotavírus Caso-Controle na sua extensão com o
propósito de monitorar as amostras virais circulantes; nesse contexto foram recrutadas
aproximadamente 2.500 crianças, demonstrando-se a predominância do genótipo G1P[8] (~50%) de
rotavírus. Como Centro Nacional de Referência em Rotavírus, foram processadas mais de 500
amostras oriundas da Amazônia, alcançando-se positividade de 30%; o genótipo G2P[4] prevaleceu
entre as amostras tipificadas, concorrendo com 48% do total caracterizado. Outros estudos,
envolvendo crianças recém-nascidas, comunidades quilombolas assim como infecções em aves e
suínos se constituíram em linhas novas no campo das gastrenterites por rotavírus. Outros vírus
entéricos como astrovírus, norovírus, sapovírus e adenovírus também representaram objeto de
investigação no IEC. Destaca-se, nesse contexto, a expressiva prevalência (35%) das infecções por
norovírus entre crianças hospitalizadas com gastrenterite aguda. No tocante à rede oficial de
vigilância dessa condição mórbida, ressalte-se que 37% das 87 amostras testadas para norovírus se
mostraram positivas. Ainda no contexto desses outros agentes de gastrenterite, cabe assinalar a
implantação dos estudos dirigidos a quilombos locais, neonatos, suínos e coleções hídricas
superficiais de Belém; particularmente interessante nesses estudos ambientais, registre-se a elevada
frequência (23%; 33/143) de adenovírus nas amostras coletadas. A vigilância das paralisias flácidas
agudas no norte e nordeste do Brasil compreendeu o exame de 92 amostras oriundas da região
amazônica, daí resultando 5 (5,4%) positivas para enterovírus; esse laboratório também propiciou
apoio sistemático ao Setor de Atendimento Médico Unificado com vistas à elucidação diagnóstica.
O Laboratório de Vírus Respiratórios do IEC, centro credenciado pela OMS e referência no âmbito
da rede oficial de vigilância da influenza no Brasil, processou 1.132 amostras oriundas das regiões
norte e nordeste. A positividade global para vírus respiratórios alcançou aproximadamente 22%,
com destaque (>40%) para influenza. Estudos adicionais no campo das viroses respiratórias
também compuseram o elenco de ações desse laboratório, compreendendo análises moleculares do
vírus respiratório sincicial, coronavírus humanos, e, importante, o perfil de resistência exibido por
amostras de influenza nas regiões norte e nordeste. No que tange aos papilomavírus humanos
(HPVs), registrem-se os estudos sobre carcinoma de células escamosas da mucosa oral e do pênis
em Belém e São José do Rio Preto. Na primeira investigação denotou-se positividade em apenas
uma das 74 amostras examinadas; na segunda, assinale-se a elevada prevalência de positividade
(63%) nas 82 biópsias processadas, com destaque (48% dos positivos) para HPVs dotados de
elevado risco oncogênico. O laboratório de retrovírus introduziu uma nova linha de investigações
voltada à transmissão intrafamiliar do vírus linfotrópico humano de células T (htlv) e resultados
preliminares envolvendo 11 famílias indicam uma taxa de transmissão superior a 90%, enfatizando,
pois, a importância epidemiológica da via horizontal nas infecções pelo HTLV. Na condição de um
centro macrorregional de referência para o HIV, examinaram-se 819 amostras, a maioria (~75%)
49
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oriunda da demanda excedente dos LACEN´s atendida pelo IEC, IEC, 5% das quais com resultado
positivo. Acresçam-se ações de apoio à pesquisa do HIV na região do Projeto Salobo, Parauapebas,
Pará, assim como estudos em perspectiva em Rio Branco, Acre. Expressiva parcela das atividades
da área de estudos com vírus compreende o diagnóstico das doenças exantemáticas, particularmente
as causadas pelo parvovírus B19 e herpesvírus humano do tipo 6 (HHV-6). As frequências de
infecção recente pelo B19 e HHV-6 alcançaram 9,6% (53/550) e 25,7% (35/136), respectivamente;
entretanto, a última taxa pode não refletir a incidência real em 2011 já que, por falta temporária de
kits para o HHV-6 não se processaram amostras durante todo o primeiro semestre. Também
considerável se revelou o número (1.241) de amostras encaminhadas ao IEC com vistas ao
diagnóstico da infecção pelo vírus de Epstein-Barr (EBV), particularmente nas condições clínicas
compatíveis com mononucleose infecciosa; em aproximadamente 10% desse total se caracterizou
infecção recente. Considerem-se ainda os estudos voltados ao diagnóstico da infecção pelo vírus da
varicela-zóster nos quadros clinicamente compatíveis. O IEC conta com múltiplas linhagens
celulares, fundamentais para os estudos epidemiológicos desenvolvidos no âmbito das redes oficiais
de vigilância no País, com ênfase às paralisias flácidas agudas e síndromes respiratórias. Cite-se, a
título de exemplo, a produção de 5.760 tubos contendo as linhagens celulares RD, HEp-2 e L20/B,
com o propósito de isolamento viral. De um modo geral se revelaram expressivos os resultados
obtidos durante 2011, não obstante alguns fatores restritivos concernentes ao pessoal disponível e
acesso em tempo hábil aos insumos rotineiros. A seguir descrevem-se mais detalhadamente os
produtos do trabalho desenvolvido nos estudos com vírus, distribuindo-os por agravos e/ou doença.
b.1.3.1.1 Rotavírus
b.1.3.1.1.1 Estudo caso-controle para avaliar a efetividade da vacina Rotarix® na
prevenção de gastroenterite grave por rotavírus (SGE por RV) entre
crianças hospitalizadas nascidas após 6 de março de 2006 e com pelo
menos 12 semanas de idade, em Belém, no Brasil: terceiro ano de
vigilância
Em uma primeira fase do estudo, transcorrida de 12/5/2008 a 11/05/2009, o Estudo
Rotavírus Caso-Controle (abreviação aplicada ao título oficial do projeto) visava à vigilância das
gastrenterites agudas (GEA) em 4 clínicas pediátricas de Belém, Pará, com o propósito de
determinar a efetividade vacinal. Os resultados da análise indicaram a expressiva efetividade de
75,8% [IC95%: 58,1-86,0%], comparativamente a controles domiciliares constituídos por crianças
sem GEA, idades comparáveis às dos casos e habitantes do mesmo bairro. O estudo se estendeu por
mais 2 anos (12/05/2009 a 11/05/2011), período em que a vigilância das GEAs se restringiu a
apenas duas clínicas (Pio XII e Pediátrica do Pará), visando-se essencialmente ao monitoramento
das amostras circulantes de rotavírus. Resumiram-se os dados do segundo ano em relatório
pregresso, no qual se assinalaram 7.586 hospitalizações e 2.954 casos em potencial representados
por crianças internadas com GEA. Desse último universo se obtiveram 2.118 amostras fecais
(71,7%), daí resultando 378 (17,8%) amostras positivas para rotavírus; deste subgrupo, 250 se
configuraram casos propriamente ditos, subsequentemente à assinatura dos termos de
consentimento pelos pais. O presente relato contempla basicamente uma extensão do
monitoramento das amostras circulantes de rotavírus no terceiro ano da vigilância em duas clínicas
pediátricas de Belém. A seguir se sintetizam os achados mais relevantes desse período final de
investigação.
50
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Relatório de Gestão/2011
Identificação de casos e coleta das amostras
Ao longo do terceiro ano de estudo (12/05/2010 a 11/05/2011) registraram-se 6.617
internações por GEA nas duas clínicas pediátricas em Belém, Pará, onde se procedeu à vigilância
intensiva dessa condição mórbida (Figuras 1, 2 e 3). Desse total, 2.547 situações se configuraram
como casos em potencial, obtendo-se espécimes fecais de 1.854 (72,8%) deles. A positividade para
rotavírus nesse último subgrupo, por sua vez, traduziu-se em 453 (24,5%) amostras; daí derivou um
total de 290 casos (64%), efetivamente, mercê do consentimento formal oferecido pelos pais ou
responsáveis legais. As figuras 1 e 2 denotam o rendimento nas duas clínicas per se, que
concorreram com 164 (Pio XII) e 126 casos (Pediátrica do Pará), respectivamente.
Figura 1 Distribuição dos casos de GEA em 2 clínicas pediátricas de Belém, Pará, 12/05/2010 a 11/05/2011
Fonte: Clínica Pio XII, 3.107 internações por GEA
Figura 2 Distribuição dos casos de GEA em 2 clínicas pediátricas de Belém, Pará, 12/05/2010 a 11/05/2011
Fonte: Clínica Pediátrica do Pará, 3.610 internações por GEA
51
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Figura 3 Distribuição dos casos de GEA em 2 clínicas pediátricas de Belém, Pará, 12/05/2010 a 11/05/2011
Fonte: As duas Clínicas Pediátricas, 6.717 internações por GEA
Distribuição temporal das gastrenterites por rotavírus
A figura 4 exibe a positividade para rotavírus ao longo do estudo (12/05/2009 a
11/05/2011), compreendendo 7.527 amostras fecais testadas para rotavírus. Desse total, se
distribuíram durante o terceiro ano de monitoramento (12/05/2010 a 11/05/2011), conforme
destaque constante da figura em questão. No curso desse terceiro ano as taxas de prevalência da
positividade variaram de 9% (fevereiro de 2011) a 41% (agosto de 2010), corroborando-se achados
prévios em que se delineia nítida predominância dos casos nos meses mais secos do ano em nossa
região.
*
Figura 4
Frequência de positividade para rotavírus em 7.527 amostras fecais entre crianças hospitalizadas com GEA
em Belém, Pará, 12/05/2009 a 11/05/2011
Nota: *Testadas até 11 de maio de 2011
Genótipos de rotavírus identificados no terceiro ano de vigilância
A tabela 15 apresenta os genótipos de rotavírus definidos nos 290 casos detectados ao
longo do terceiro em que se procedeu à vigilância intensiva. Os rotavírus caracterizados como
G1P[8] e G2P[4] prevaleceram expressivamente em relação aos demais genótipos identificados,
52
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representando 38,6% (112/290) e 19,7% (57/290) dos casos, respectivamente. Além de 26 (9%)
amostras virais com dupla especificidade em relação aos genótipos G e P, destaquem-se outras 23
(7,9%) nas quais não se determinou o genótipo.
Tabela 15 - Genótipos de rotavírus identificados entre crianças hospitalizadas com GEA em duas clínicas pediátricas de
Belém, Pará: 12/05/2010 a 11/05/2011
Genótipos
G1+G2P[4]
G1+G2P[4]+P[8]
G1+G2P[6]
G1+G2P[NT]
G1P[NT]
G1P[4]+P[8]
G1P[6]
G1P[6]+P[8]
G1P[8]
G2P[4]
G2P[4]+P[6]
G2P[4]+P[8]
G2P[6]
G2P[NT]
GNTP[6]
G3P[8]
G9P[8]
GNTP[NT]
Total
Fonte: Seção de Virologia/IEC/SVS/MS
Nota: NT, Genótipo não determinado
Nº.
%
8
6
2
2
15
3
6
1
112
57
1
5
1
5
41
1
1
23
290
2.8
2.1
0.7
0.7
5.2
1.0
2.1
0.3
38.6
19.7
0.3
1.7
0.3
1.7
14.1
0.3
0.3
7.9
100
Exclusões ocorridas ao longo do terceiro ano de estudo
A tabela 16 apresenta 9 situações formalizadas ao Comitê de Ética em Pesquisa do
Instituto Evandro Chagas (CEP-IEC) configurando exclusões ocorridas ao longo do terceiro ano de
estudo. As frequências de exclusão nas unidades de vigilância se distribuíram como segue: Pio XII
(4/164; 2,4%) e Pediátrica do Pará (5/126; 4%). A inobservância da definição de diarréia revelouse o motivo predominante de exclusão, concorrendo com 5 das 9 situações identificadas.
Tabela 16 Frequência das exclusões pós-assinatura do termo-de-consentimento livre e esclarecido, de acordo com a
clínica de origem e motivos correlatos: 12/05/2010 a 11/05/2011
Clínicas de origem
Condição e causa da
exclusão
Total
Pio XII
Pediátrica do Pará
- Diarreia crônica
1
-
1
- Sem diarreia por definição
1
4
5
- Coleta >48 horas pós-admissão
1
-
1
- Diarreia nosocomial
1
1
1
- Novo TCLE impossível*
-
1
1
Total
4
5
9
Fonte: Seção de Virologia/IEC/SVS/MS
Nota: * Responsável legal errou a grafia do próprio nome ao consentimento original
53
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Breves comentários gerais
Os dados descritos sucintamente acima refletem as atividades levadas a efeito durante o
terceiro e último ano do Estudo Rotavírus Caso-Controle, cujo foco se dirigiu essencialmente à
vigilância das amostras virais circulantes entre pacientes caracterizados como casos . Na
totalidade efetuou-se a triagem de 2.547 crianças hospitalizadas como GEA, do que resultaram 290
casos. Tais indicadores se mostram compatíveis com aqueles registrados no segundo ano (2.954 e
250, respectivamente), do que se infere haver ocorrido rendimento satisfatório da vigilância
intensiva dos casos levada nas duas clínicas pediátricas de Belém. Por outro lado, refletem a
contínua adesão dos profissionais atuantes nessas clínicas quanto à execução do estudo em pauta. A
estratégia operacional de manter um visitador fixo em cada clínica certamente que concorreu para
o pleno alcance das metas originalmente estabelecidas. O percentual de obtenção das amostras
fecais para rotavírus (73%) também se mostrou similar àquele alcançado no segundo ano de
acompanhamento, qual seja, 72%, fato que assegurou a representatividade do total sujeito a testes
de laboratório. A positividade global para rotavírus no terceiro ano se situou em 24%, revelando-se
superior àquela do segundo período, 17%; conquanto tal achado mereça análise mais detalhada, não
se pode descartar um eventual nível de cobertura vacinal declinante, com reflexo na morbidade. Os
dados de genotipagem denotam uma expressiva mudança quanto ao tipo predominante (G1P[8]),
comparativamente ao que ocorria em anos anteriores quanto o G2P[4] dominava o cenário. Tais
achados corroboram a hipótese de que as variedades antigênicas de rotavírus ocorrem em
frequências que flutuam temporalmente, parecendo não haver impacto direto da vacina na
designada ecologia viral. Durante o terceiro ano de investigação ocorreram 9 exclusões, mercê das
revisões sistemáticas, quer pela equipe médica, quer através da constante monitoria propiciada pela
GlaxoSmithKline do Brasil Ltda. Como fator determinante da exclusão predominou (5 das 9
situações) a coleta dos espécimes fecais naquelas situações em que não se observada efetivamente a
definição de diarréia à luz do protocolo oficial. Como de praxe, houve particular empenho do grupo
nesse processo de revisão, paralelamente ao cleaning dos dados registrados em RDE (Remote Data
Entry), via emissão regular de queries oriundas da GSK, Rixensart, Bélgica, sujeitas a resolução
sistemática pela equipe.
Vigilância das gastrenterites por rotavírus no âmbito da rede oficial
No período de janeiro a dezembro de 2011 foram recebidos no laboratório de Rotavírus
da Seção de Virologia do IEC 537 espécimes fecais. Essas amostras foram provenientes dos
Laboratórios Centrais dos estados do Acre (83), Amazonas (317), Amapá (26), Pará (86) e Roraima
(25) (Figura 5). Das 470 amostras processadas pelo teste imunoenzimático usando o kit Rotaclone
para detecção de rotavírus 143 foram positivas (30%) e 327 negativas (70%). Quatrocentos e trinta
e dois espécimes foram testados pela técnica de eletroforese em gel de poliacrilamida, dos quais 35
apresentaram perfil longo (8%), 75 (17%) curto e 322 (75%) foram negativos. Com relação à
genotipagem, 164 amostras foram submetidas a reação em cadeia mediada pela polimerase das
quais 142 foram positivas. A combinação G2P[4] foi a mais frequente, responsável por 48% dos
casos (68/142), seguida por G1P[8] (12%, 17/142) e G9P[8] (6%, 8/142). O genótipo G12,
emergente em todo mundo, esteve presente em 7 (5%) espécimes. Infecções mistas foram
detectadas em 19 amostras (14%) (Figura 6).
54
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Relatório de Gestão/2011
Figura 5 Distribuição de amostras provenientes da Rede de Vigilância de rotavírus do ano de 2011.
Fonte: Seção de Virologia/IEC/SVS/MS
Figura 6 Distribuição de genótipos provenientes da Rede de Vigilância de rotavírus do ano de 2011.
Fonte: Seção de Virologia/IEC/SVS/MS
b.1.3.1.1.2 Avaliação clínica, epidemiológica e molecular das diarreias por agentes
virais e parasitários entre crianças da comunidade quilombola do
Abacatal, município de Ananindeua, Pará
As atividades laboratoriais relativas à caracterização molecular de rotavírus em crianças
da Comunidade Quilombola do Abacatal, localizada no município de Ananindeua, Pará, Brasil
foram continuadas com a amplificação e purificação dos produtos de PCR e posterior
sequenciamento dos genes VP4, VP7, VP6, VP1, VP2 e VP3 dos rotavírus do grupo A (RVs-A).
Tal análise foi realizada com base no novo sistema de classificação proposto por Matthijnssens et
al., (2008a, 2008b). Desta forma, foi possível a caracterização dos genótipos sob análise conforme
descrito na tabela 17 abaixo.
55
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Relatório de Gestão/2011
Tabela 17 Determinação dos genótipos de rotavírus para os genes estruturais VP4, VP7, VP6, VP1, VP2 e VP3, no
período janeiro a dezembro de 2011
Total de
genótipos
Genes
Genótipos
detectados
VP6
I1
I2
I5
13
VP4
P[4]
P[6]
P[8]
P[9]
20
VP7
G1
G12
G3
19
VP1
R1
R2
R3
19
VP2
C1(1)
C2(1)
C3(1)
3
Fonte: Seção de Virologia/IEC/SVS/MS
Nota: VP2 18 amostras se encontram em análise
VP3 - 21 amostras se encontram em análise
Com relação aos Picobirnavírus foram analisadas cinco amostras e caracterizadas no
Genogrupo I.
b.1.3.1.1.3 Pesquisa de rotavírus em aves criadas na mesorregião metropolitana de
Belém, Pará
Rotavírus aviário do grupo D
No período de janeiro a dezembro de 2011, 85 amostras fecais de aves (pools fecais)
depositadas sobre a cama de frango do gênero Gallus e pertencentes a 37 granjas de oito
municipios da mesoregião metropolitana de Belém (Belém, Ananindeua, Benevides, Castanhal,
Santa Isabel do Pará, Inhagapi, Santa Bárbara do Pará e Santo Antônio do Tauá), foram testadas por
Eletroforese em Gel de Poliacrilamida (EGPA). Desse total, 14 espécimes (16,5%) resultaram
positivos para Rotavírus do Grupo D (RVs-D) exibindo perfil eletroforético de rotavírus aviário
(AvRv) com padrão de migração característico: 5:2:2:2. Foram desenhados primers específicos
para os genes VP6 e VP7 de RVs-D, os quais amplificaram um fragmento de 742 e 879 pares de
base (pb), respectivamente. Os primers construídos demonstraram boa especificidade e
sensibilidade e confirmaram todas as amostras positivas por EGPA, além de exibir positividade em
16 amostras dadas como negativas por EGPA. Desta forma, o total de amostras positivas para RVsD foi de 30 (35,3%) os quais ocorreram em oito dos sete municípios estudados. Uma amostra de
cada município foi sequenciada e confirmada a sua classificação no grupo D de rotavírus. O
Rotavírus do grupo D é encontrado com frequência em aves de corte (TROJNAR et al., 2010;
JOHNE et al., 2011). No Brasil até o presente momento, não há relatos de detecção de rotavírus D
por RT-PCR. Portanto, o presente registro se constitui num achado pioneiro e demonstra que este
grupo de rotavírus circula entre as aves de corte da mesoregião metropolitana de Belém em
freqüência de 35,3%.
Rotavírus aviário do grupo A
Com relação às atividades laboratoriais relativas à pesquisa de Rotavírus aviário do
grupo A, no ano de 2011 foi dado prosseguimento a amplificação e purificação dos produtos de
PCR para os genes: VP4, VP7, VP6 e NSP4 e ao seqüenciamento dos genes NSP4 e VP6 e
Picobirnavírus.
A análise de sequenciamento para os genes NSP4 e VP6 permitiu classificar as amostras
analisadas nos genótipos E10 e I11, respectivamente. Quanto aos picobirnavírus, os mesmos foram
classificados no Genogrupo I.
56
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Relatório de Gestão/2011
b.1.3.1.1.4 Rotavírus em neonatos diarréicos e não diarreicos hospitalizados em Belém,
Pará
As doenças diarreicas agudas representam um problema de saúde pública mundial,
sendo um dos principais fatores de morbi-mortalidade infantil, principalmente em países
desenvolvidos e em desenvolvimento. A maior incidência das infecções por rotavírus (RV) se
concentra na faixa etária de 6 a 24 meses, podendo, entretanto, ocorrer em idade mais precoce,
como observado nos países em desenvolvimento. Em neonatos, predomina a forma assintomática,
provavelmente por transferência passiva dos anticorpos maternos e/ou circulação de amostras
atenuadas em berçário, ou por imaturidade anatomofisiológica. Este estudo objetivou detectar os
rotavírus circulantes em neonatos que apresentem ou não de diarreia. Os espécimes clínicos que
foram sujeitos a análise no presente estudo são oriundos de neonatos internados na clínica de
neonatologia e na UTI neonatal da Fundação Santa Casa de Misericórdia do Pará (FSCM), com
diarreia aguda ou sem diarreia. As amostras fecais foram colhidas três vezes por semana e enviadas
para a Seção de Virologia, do Instituto Evandro Chagas. Foram realizados testes de
imunocromatografia para todas as amostras coletadas usando o kit (RIDASCREEN®, R-Biopharm).
No período de janeiro a dezembro de 2011, foram testados 125 espécimes fecais pelo teste
imunocromatográfico resultando em 14 amostras positivas para rotavírus (11,2%). Os RVs foram
detectados circulando em 1/14 - 7,1% no grupo diarreico e 13/14 - 92,9% no grupo controle. A
maior freqüência de positividade para RV ocorreu no mês de fevereiro com 4/37 10,8% dos casos.
No presente estudo foi encontrada uma positividade de 11,2% para rotavírus sendo que 92,8% dos
neonatos foram assintomáticos para diarreia corroborando com estudos prévios conduzidos em
neonatos hospitalizados em Belém Pará, onde foi encontrada uma freqüência de 11,7% com
82,3% dos casos assintomáticos (Linhares et al., 2002). Este trabalho demonstrou que medidas
preventivas se fazem necessárias para o controle de surtos, principalmente em âmbito hospitalar.
Quanto mais precocemente for identificado o rotavírus e os neonatos forem isolados e tratados,
melhores as chances de evitar o óbito nesse grupo.
b.1.3.1.2 Pesquisa de astrovírus, norovírus, sapovírus e adenovírus
Durante o ano de 2011, amostras fecais provenientes de diversos estudos foram testadas
quanto a presença dos norovírus, astrovírus, sapovírus e adenovírus, dentre esses destacamos:
b.1.3.1.2.1 Estudos envolvendo seres humanos
Estudo rotavírus caso-controle
Teve seu início em maio de 2008 e encerramento das coletas em abril 2010. Detecção
de norovírus e astrovírus foi realizada em cerca de 20% das amostras fecais que apresentaram
resultado negativo na pesquisa dos rotavírus. Para a investigação dos norovírus utilizou-se o teste
imunoenzimático (EIA) e a reação em cadeia pela polimerase precedida de transcrição reversa (RTPCR). Nestes três anos de estudo foram testados 483 espécimes, sendo que o resultado de 219
amostras foi citado no relatório de 2010. A positividade total para norovírus foi de 35,4%
(171/483), sendo 74,9% detectada por ambas as técnicas, 14,0% só pelo EIA e 11,1% só pelo RTPCR. Quanto aos astrovírus foram observados em 3,5% (17/483) das amostras (Figura 7). Até o
momento já foram sequenciados 48 produtos positivos para norovírus com a obtenção de 30 do
genotipo GII-4d, 5 do GII-b e 13 em fase de análise. Quanto aos astrovírus, 11 foram classificadas
como tipo 1, 4 como tipo 2, uma como tipo 3 e uma não tipada.
57
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HAstVs
Total
NoVs
200
Nº DE CASOS
150
100
44,4%
179
169
30,2%
50
75
4,7%
2,8%
8
31,1% 135
54
3,0% 42
5
4
0
1º ano
2º ano
3º ano
OB S.=1 ano- maio/08 a abril/09; 2 ano- maio/09 a abril/10; 3 ano- maio/10 a abril/11
Figura 7
Frequência de astrovírus e norovírus em 483 espécimes fecais provenientes de crianças diarreicas atendidas
em um hospital de Belém, Pará. Maio/ 2008 a abril/2011.
Fonte: Seção de Virologia/IEC/SVS/MS
Projeto Quilombola
Realizado na Comunidade Quilombola do Abacatal, localizada nos limites dos
municípios de Ananindeua e Marituba, PA, cujo objetivo foi identificar a etiologia das
gastrenterites agudas na população, principalmente entre crianças menores de dez anos. As coletas
foram realizadas no período de abril de 2008 a setembro de 2010, resultando em um total de 380
amostras coletadas. A pesquisa de calicivírus humano (norovírus e sapovírus), astrovírus humano e
adenovírus entérico foi realizada em 159 amostras de crianças, sendo 80 sintomáticas e 79
assintomáticas. No ano de 2011 foram analisadas 33 amostras pela técnica de ensaio
imunoenzimático (EIE) obtendo-se um percentual de 9,1 (3/33) para norovírus. Pela técnica de RTPCR os norovírus foram detectados em 7 (17,5%), de um total de 40 amostras analisadas. A
pesquisa de adenovírus foi realizada em 61 amostras pela técnica de EIA, não sendo observado
resultado positivo. Astrovírus e sapovírus não foram detectados em nenhuma das análises feitas
durante este ano. Considerando-se todos os resultados obtidos nesta pesquisa concluiu-se que no
grupo sintomático 16 (20%) das amostras foram positivas para norovírus, 8 (10%) para adenovírus,
2 (2,5%) para sapovírus e uma (1,2%) para astrovírus (Figura 8). Todas as amostras assintomáticas
apresentaram resultado negativo. A análise de sequenciamento foi realisada em 6 amostras positivas
para norovírus, sendo todas caracterizadas como genogrupo GII. Vale mencionar a ocorrência de
dois surtos de diarreia no ano de 2010, acometendo tanto crianças como adultos. Os espécimes
(N=32) foram testados quanto a presença desses vírus com resultado negativo.
Ad
10,0%
SaV
2,5%
NoV
20,0%
2
8
16
1
HAstV
1,3%
53
Neg
66,3%
Figura 8
Frequência de norovírus, adenovírus, astrovírus e sapovírus em 80 espécimes fecais de crianças diarreicas
provenientes da Comunidade quilombola de Abacatal, abril de 2008 a setembro de 2010.
Fonte: Seção de Virologia/IEC/SVS/MS
58
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Relatório de Gestão/2011
Rede de Vigilância de Gastrenterites
Este estudo utiliza para a pesquisa de norovírus, amostras oriundas da rede Rede
Nacional de Vigilância das Diarréias por Rotavírus , que apresentam resultado negativo para este
agente por EIE. Em 2011, foram processadas pelo método de EIE, 387 amostras provenientes dos
estados do Amazonas (n=317), Amapá (n=12) e Pará (n=58), com uma positividade de 23,8%
(92/387), sendo 79,3% (73/92) oriundas do Amazonas, 4,3% (4/92) do Amapá e 16,3% (15/92) do
Pará (Figura 9). Foram submetidas ao teste de RT-PCR 87 amostras originárias do estado de
Amazonas, com uma positividade de 36,8% (32/87).
Positivo
Total
350
Nº DE CASOS
300
250
200
317
150
23,0%
100
25,9%
33,3%
50
73
58
4
12
15
0
Amazonas
Amapá
Pará
Figura 9 Frequência de norovírus em 387 espécimes fecais provenientes de crianças diarréicas atendidas
em diferentes localidades, no ano de 2011.
Fonte: Seção de Virologia/IEC/SVS/MS
Estudo em neonatos
Foi realizado entre neonatos internados na Unidade de Terapia Intensiva, como também
entre crianças internadas na ala pediátrica da Fundação Santa Casa de Misericórdia do Pará
(FSCM). No período de janeiro a dezembro de 2011 foram coletadas 145 amostras sendo que até o
momento 130 foram testadas quanto a presença dos norovírus, sapovírus e astrovírus com
positividade de 7,7%, 0,8% e 2,3% respectivamente (Figura 10).
SaV
0,8%
NoV
7,7%
1
10
3
HAstV
2,3%
116
Neg
89,2%
Figura 10 - Frequência de norovírus, sapovírus e astrovírus em 130 espécimes fecais provenientes de neonatos e
crianças diarreicas atendidas em um hospital de Belém, Pará, no ano de 2011.
Fonte: Seção de Virologia/IEC/SVS/MS
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Apoio ao SOAMU
Durante o ano foram testados materiais de pacientes que apresentavam diarréia e foram
atendidos no IEC (rotina). Neste caso, se utilizou o teste de imunocromatografia ou EIA para
detecção dos norovírus por serem métodos mais rápidos. Dos 20 espécimes testados dois foram
positivos. A RT-PCR foi empregada na pesquisa dos astrovírus.
Pesquisa em coleções hídricas
De outubro de 2008 a setembro de 2010, 168 amostras foram coletadas de sete locais
previamente selecionados, envolvendo cinco águas superficiais (Igarapé Tucunduba, Ver-o-Peso,
Porto do Açaí, Lago Bolonha e Canal que liga o Lago Água Preta ao Bolonha), uma de esgoto não
tratado (Estação Elevatória de esgoto do Canal do UNA) e uma de água tratada para consumo (saída
da Estação de Tratamento de água Bolonha). Utilizando-se a técnica de RT-PCR os adenovírus
foram os mais frequentes com uma positividade de 23,1% (33/143), seguido dos norovírus 20,2%
(34/168), astrovírus 11,9 (20/168) e rotavírus 11% (18/163). Quatro amostras positivas para
norovírus e quatro para astrovírus foram sequenciadas e classificadas como pertencentes ao
genogrupo GII-4c de norovírus e genotipo 1A de astrovírus. Vale ressaltar que o genogrupo GII-4c
foi o mesmo detectado em amostras clínicas provenientes de crianças hospitalizadas com quadro de
gastrenterite no ano de 2003. Já nos anos de 2008/2010 o genogrupo prevalente nesses casos foi o
GII-4d. O genotipo de astrovírus encontrado nesta pesquisa (1A) é o mais frequentemente detectado
mundialmente. Essas amostras também foram testadas quanto a presença de rotavírus e norovírus
pela PCR em tempo real com uma positividade de 50,6% e 25,6% respectivamente. A tabela 18
demonstra os resultados obtidos em cada local estudado com relação à detecção dos vírus e técnicas
utilizadas. Este estudo é pioneiro na pesquisa desses vírus entéricos em águas/esgoto de Belém,
sendo que os dados obtidos demonstram a circulação desses agentes nesses ambientes,
comprovando a importância da via hídrica como forma de transmissão desses patógenos.
Tabela 18
Resultados obtidos para astrovírus, norovírus, rotavírus e adenovírus nos diferentes pontos de coleta pelos
métodos de RT-PCR e PCR em tempo real
Astrovírus
Norovírus
RT-PCR
RT-PCR
RT-PCR
tempo real
ETA- Bolonha
0% (0/24)
0% (0/24)
0% (0/24)
Lago Bolonha 4,2% (1/24)
4,2% (1/24)
0% (0/24)
Água Preta
8,3% (2/24)
4,2% (1/24)
8,7% (2/23)
Porto do Açaí
0% (0/24)
12,5% (3/24)
25%(6/24)
Ver-o-Peso
12,5% (3/24)
16,7% (4/24)
17,4% (4/23)
Tucunduba
29,2% (7/24) 54,2% (13/24) 59,1% (13/22)
EEE-UNA
29,2% (7/24)
50% (12/24)
70,8% (17/24)
11,9%
20,2%
25,6%
Total
(20/168)
(34/168)
(42/164)
Fonte: Seção de Virologia/IEC/SVS/MS
Local
Rotavírus
RT-PCR
RT-PCR
tempo real
0% (0/23)
17,4% (4/23)
8,7% (2/23)
56,5% (13/23)
4,3% (1/23)
43,5% (10/23)
0% (0/23)
33,3% (8/24)
4,2% (1/24)
57,1% (12/21)
13% (3/23)
63,6% (14/22)
45,8% (11/24) 77,3% (17/22)
11% (18/163) 50,6%
(78/154)
Adenovírus
PCR
0% (0/20)
0% (0/20)
0% (0/24)
0% (0/21)
0% (0/21)
83,3% (15/18)
94,7% (18/19)
23% (33/143)
Pesquisa em suínos
No período de janeiro de 2008 a fevereiro de 2009, foram coletados 130 espécimes fecais
de suínos individuais, na fase de maternidade (1 a 28 dias de idade) e de creche (28 a 60 dias),
provenientes de cinco granjas comerciais de médio porte situadas no Estado do Pará, sendo uma no
município de Belém e as outras quatro em Ananindeua, Mosqueiro, Santa Izabel e Castanhal. A
coleta das amostras foi de forma aleatória, realizada pela estimulação por massagem na região anal e
perianal, utilizando-se sonda uretral siliconizada nº 10, lubrificada com vaselina. Dos 130 espécimes
fecais testados 29 já tinham sido testadas no ano de 2010 e as demais foram este ano. Uma
positividade total de 20% (26/130) foi observada, sendo 16 amostras detectadas pelo uso dos
iniciadores p289/290 (sendo posteriormente todas classificadas como SaVs) e 10 pelos específicos
60
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Relatório de Gestão/2011
para NoVs (Figura 11). As 16 amostras positivas para CVs foram sequeciadas e todas caracterizadas
como SaVs, sendo 14 pertencentes ao genogrupo GIII-B, uma como GVII e uma que não foi
possível classificar. Esta pesquisa foi ser pioneira no Estado do Pará.
sapo
12,3%
16
10
noro
7,7%
104
neg
80,0%
Figura 11
Detecção de Sapovírus e Norovírus em amostras fecais provenientes de suínos oriundos de cinco granjas do
estado do Pará entre janeiro de 2008 e fevereiro de 2009
Fonte: Seção de Virologia/IEC/SVS/MS
b.1.3.1.3 Pesquisa de enterovírus e vigilância das paralisias flácidas agudas
O Instituto Evandro Chagas atua como Laboratório Regional de Referência para
Poliovírus do Ministério da Saúde, integrando a rede oficial de vigilância das paralisias flácidas
agudas (PFA) para Poliovírus. O objetivo principal da rede é monitorar os casos de PFA em
menores de 15 anos de idade.
b.1.3.1.3.1 Exames realizados em apoio à pesquisa e vigilância epidemiológica
Elucidação diagnóstica
No período de janeiro a dezembro foram realizadas pesquisas com relação aos casos de
deficiência motora aguda e flácida (DMAF) ocorridos na região norte do Brasil e também em dois
estados da região nordeste (Maranhão e Piauí) (Tabelas 19 e 20).
Tabela19 - Distribuição mensal das 97 amostras recebidas no setor de atendimento do Instituto Evandro Chagas, no ano
de 2011, e analisadas pelo laboratório de enterovírus
Mês
Janeiro
Fevereiro
Março
Abril
Maio
Junho
Julho
Agosto
Setembro
Outubro
Novembro
Dezembro
Amostras investigadas
2
11
12
10
2
8
15
9
10
4
6
7
Negativos
2
10
12
10
02
7
15
9
7
4
6
7
Positivos
1
1
3*
-
Fonte: Seção de Virologia/IEC/SVS/MS
Notas: * 2 EVNP
1 Adenovírus
61
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Relatório de Gestão/2011
Tabela 20 - Distribuição mensal e por unidade federativa das amostras de casos de PFA, provenientes da área de
abrangência do IEC e analisados pelo laboratório de enterovírus., no ano de 2011
Mês
Janeiro
AC
-
AM
-
Fevereiro
-
3
AP
1
PI
2
(1)*
3
1
2
1
1
Março
Abril
Maio
Junho
Julho
Agosto
3
1
2
1
1
2
1
2
1*
1
1
1
3
Setembro
1*
1*
(1)*
Outubro
2
2
Novembro
1
1
Dezembro
2
1
Fonte: Seção de Virologia/IEC/SVS/MS
Nota: *Amostras positivas
4 EVNP
1 ADENOVÍRUS
Estados
MA PA
1
RR
-
TO
-
RO
-
Total
2
Resultados
Negativos
Positivos
2
-
1
1
-
1
2
11
10
1
4
2
3
2
1
3
3
3
1
-
1
-
2
1
5
2
12
10
2
8
17
8
12
10
2
8
16
8
1
-
5
-
-
-
-
10
7
3
1
1
1
1
4
4
6
7
4
6
7
-
Foram examinadas amostras clínicas de pacientes (fezes, LCR, Swab de pênis (S.P),
S.Conjuntiva (S.C), S.Garganta (S.G), S. Saliva (S.S), S. Orofaringe, S. Labial (S.L), Lesão
Ascistica (L.A), S.Lesão (S.L) destinados a Seção de Virologia durante o ano de 2011. Houve
positividade para isolamento viral do corrente ano quando inoculadas em cultivos celulares (L20B,
RD e HEp-2), conforme descrito na tabela 21.
Tabela 21 Distribuição mensal das 89 amostras recebidas no setor de atendimento do Instituto Evandro Chagas, no
ano de 2011, e analisadas pelo laboratório de Enterovírus
F
S.L
S.G
S.A
S.C
S.Lab
S.Sal.
S.O
S.P
LCR
Janeiro
Fevereiro
Março
Abril
Maio
2
1
3
5
4
1
1
1
-
-
-
2
-
1
-
1
1
4
3
Junho
Julho
Agosto
1
3
2
-
-
-
-
-
-
1
-
4
4
Setembro
Outubro
Novembro
Dezembro
Total
3
1
4
4
33
1
3
5
(2)*
4
1
4
(1)*
2
1
2
23
Amostras
Investigadas
4
3
9
8
15
2
1
2
2
1
1
2
4
2
1
3
2
1
18
Mês
Neg.
Pos.
3
3
9
8
13
1
2
5
9
10
4
8
9
1
1
1
5
2
7
12
89
5
2
7
12
83
6
Fonte: Seção de Virologia/IEC/SVS/MS
Nota: * 2 swab de lesão positivo.
F=Fezes
S.L= Swab de Lesão
S.G= Swab de Garganta
S.A= Swab Ascístico
S.C= Swab Conjuntiva
S. Lab = Swab Lábial
S. Sal.= Swab de Saliva
S. O = Swab de Orofaringe
S. P = Swab de Pênis
LCR= líquido
cefalorraquidiano
62
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Relatório de Gestão/2011
b.1.3.1.4 Vírus respiratórios
O Instituto Evandro Chagas (IEC) é credenciado pela Organização Mundial da Saúde
(OMS) como Centro de Referencia Nacional em Influenza, desenvolve a 37 anos atividades de
apoio ao monitoramento da circulação deste vírus na população e integra o Sistema de Vigilância
Epidemiológica da gripe do Ministério da Saúde (SIVEP Gripe) tendo sob sua responsabilidade a
investigação da ocorrência de surtos ou epidemias de influenza nos Estados do Acre, Amapá,
Amazonas, Ceará, Maranhão, Mato grosso do Sul, Pará, Paraíba, Pernambuco, Rio Grande do Norte
e Roraima. Entre os objetivos deste sistema, destaca-se a detecção precoce de cepas virais
epidêmicas para a atualização anual da vacina antigripal. Ainda no contexto, merece destaque as
investigações relacionadas à identificação de cepas resistentes a antivirais e acompanhamento da
morbidade / mortalidade associadas à doença.
Na investigação de outros agentes virais associados à infecção respiratória aguda (IRA)
o IEC também realiza o diagnóstico laboratorial de infecções ocasionadas por Vírus respiratório
sincicial (VRS), adenovírus, parainfluenza, metapneumovirus (hMPV), Bocavirus e Coronavírus
Humanos (HCoV) em pacientes da cidade de Belém e nos Estados anteriormente citados. A
metodologia laboratorial de diagnóstico envolve a utilização das técnicas de Imunofluorescência
indireta (IF), isolamento de vírus (em ovos embrionados / cultivo celular) bem como a
caracterização molecular por PCR (Reação em Cadeia mediada pela Polimerase) tradicional e RTPCR (real time PCR).
No período de janeiro a dezembro de 2011 o LVR processou 1.132 amostras clínicas
(aspirado de nasofaringe e swab de nariz/garganta) de pacientes com infecção respiratória aguda
(IRA), oriundos de dez Estados da Federação. A maioria dos pacientes investigados eram
provenientes de unidades de atendimento médico ambulatorial. (Tabela 22).
Tabela 22 Amostras clínicas de pacientes investigados no IEC, referente a víris respiratórios, no ano de 2011
Natureza dos casos investigados
Estado de Origem
Acre
Amazonas
Amapá
Ceará
Maranhão
Mato Grosso do Sul
Pará
Paraíba
Pernambuco
Rio Grande do Norte
Roraima
Total
Pacientes de
atendimento
ambulatorial
444
16
148
85
9
142
1
196
2
1043
Pacientes de
atendimento Hospitalar
Total
1
17
2
13
38
3
6
9
89
445
33
148
87
22
180
4
202
11
1132
Fonte: Seção de Virologia/IEC/SVS/MS
Entre as amostras clínicas investigadas foi possível estabelecer a etiologia viral em
espécimes de 245 (21.6%) pacientes. Os agentes virais detectados com maior freqüência foram os
vírus Influenza (40.4%) seguidos das infecções por VRS (19.2%), Parainfluenza (16,3%), hMPV
(15,1%) e Adenovírus (9%) (Figura 12).
63
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Negativo
Relatório de Gestão/2011
78,4%
21,6%
Positivo
9,0%
Adenovírus
16,3%
Parainfluenza
15,1%
HMPV
19,2%
VRS
40,4%
Influenza
Figura 12 Percentuais de agentes virais detectados em casos de infecção respiratória no ano de 2011
Fonte: Seção de Virologia/IEC/SVS/MS
A distribuição sazonal dos casos suspeitos e confirmados de infecção respiratória a vírus
em 2011 é observado na figura 13. A exemplo da ocorrência em anos anteriores, a incidência das
infecções virais foi mais freqüente nos primeiros seis meses do ano.
Amostras Positivas
Amostras Analisadas
Número de amostras
160
140
120
100
80
60
40
20
0
N
JA
V
FE
A
M
R
BR
A
M
I
A
N
JU
L
JU
G
A
O
T
SE
O
T
U
O
N
V
EZ
D
Me se s
Figura 13 - Distribuição sazonal dos casos suspeitos e confirmados de infecção respiratória a vírus em 2011
Fonte: Seção de Virologia/IEC/SVS/MS
Na tabela 23 se observa a distribuição dos vírus respiratórios identificados em cada
Estado da Federação. Neste contexto, as infecções pelo vírus da influenza foram as mais prevalentes
com a infecção pelo vírus pandêmico (H1N1 2009) sendo registradas nos Estados do Acre, Ceará e
Mato Grosso do Sul. Doenças respiratórias ocasionadas por outros agentes virais também foram
comprovadas nos diferentes Estados.
64
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Tabela 23 Distribuição dos vírus identificados por estado no ano de 2011
Vírus detectados
Estados
Influenza A (H1N1)
Influenza A
VRS
hMPV
pandêmico
(H3N2)
Acre
23
3
1
15
Amazonas
1
2
Amapá
Ceará
19
14
22
3
Maranhão
14
7
1
Mato Grosso do Sul
5
4
Pará
1
2
6
Paraíba
Pernambuco
13
15
9
Rio Grande do Norte
2
1
Roraima
Total
47
52
47
37
Relatório de Gestão/2011
PFlu
Adeno
Total
21
6
10
3
40
10
6
1
5
22
73
3
64
37
10
9
45
3
245
Fonte: Seção de Virologia/IEC/SVS/MS
No decorrer do ano de 2011, o IEC deu continuidade a execução de distintos projetos de
pesquisa na área. Neste contexto são mencionados abaixo alguns estudos desenvolvidos e os
resultados obtidos mais relevantes.
b.1.3.1.4.1 Caracterização molecular das cepas de Vírus Respiratório Sincicial (VRS)
e Metapneumovirus Humano (HMPV) detectadas em pacientes
hospitalizados com infecção respiratória aguda (IRA) na cidade de
Belém, Pará, Brasil
Espécimes clínicos (aspirado de nasofaringe e swab de nariz/garganta) de pacientes
menores de cinco anos de idade e hospitalizados com sintomas respiratórios foram investigados
para determinar qual o subgrupo de VRS e hMPV mais freqüentemente associados a casos de IRA.
A metodologia laboratorial de diagnóstico envolveu a utilização das técnicas moleculares de Real
time PCR, seqüenciamento de nucleotídeos e análise filogenética. Os resultados obtidos revelaram
uma incidência de infecção de 51.8% (57/110) para o VRS e 48.2% (53/110) para o HMPV. A
análise filogenética demonstrou que o subgrupo B foi predominante entre as cepas de VRS
detectadas. Semelhantemente o subgrupo B, também foi mais o mais freqüente entre os HMPV
identificados. Os procedimentos de genotipagem revelaram que o genótipo BA de VRS foi o mais
rotineiramente encontrado enquanto dentre os HMPV, o genótipo B1 foi o mais incidente. A
distribuição do temporal dos casos positivos evidenciou uma circulação maior dos dois agentes
infecciosos durante o mês de abril.
b.1.3.1.4.2 Identificação molecular de cepas de Coronavírus Humanos (HCoV)
associadas à infecção respiratória aguda (IRA) na cidade de Belém, Pará,
Brasil
Este projeto, ainda em curso, tem por objetivo investigar o envolvimento etiológico dos
HCoV em casos de IRA atendidos em unidades ambulatoriais de saúde da cidade de Belém. Os
HCoV detectados serão submetidos à caracterização genética e comparados filogeneticamente a
outros CoVh identificados em diferentes regiões do Brasil e do mundo. O estudo encontra-se em
fase de execução e até o momento foram analisadas 70 amostras, nas quais ainda não foi
evidenciado nenhuma infecção pelos distintos CoVh: 229E, OC43, NL63 e HKU1.
65
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Relatório de Gestão/2011
b.1.3.1.4.3 Perfil de resistência das cepas de vírus Influenza A circulantes nas regiões
Norte e Nordeste do Brasil
O objetivo desta investigação foi promover a caracterização molecular das cepas de
vírus Influenza A circulantes na busca de eventuais mutações no gene codificador da
Neuraminidase (NA) implicado na resistência aos antivirais atualmente utilizados. A análise de
cepas virais em 2011, não revelou nenhuma substituição aminoacídica implicada em resistência.
Contudo mutações significativas foram encontradas em sítios antigênicos da proteína N2 de
algumas cepas do vírus da Influenza A H3N2 incriminadas no favorecimento do escape destes
agentes infecciosos as defesas do hospedeiro. Este projeto ainda permanece em execução no LVR.
b.1.3.1.5 Papilomavírus
O IEC, através de seu laboratório de Papilomavírus é reconhecido pelo Ministério da
Saúde como Laboratório de Referência Nacional para o diagnóstico das infecções por este patógeno
através da Portaria do MS nº 346, de 25 de março de 1993. Neste contexto, atividades de pesquisa e
apoio a investigação clínica de infecções por Papilomavírus (PV) são conduzidas mediante a
utilização de técnicas moleculares de diagnóstico tais como PCR, seqüenciamento de nucleotídeos e
hibridação tipo específica.
No decorrer do ano de 2011, foram realizadas investigações distintas sobre a associação
do Papilomavírus (PV) a processos neoplásicos que ocorrem na Amazônia. Abaixo são
mencionados os principais estudos desenvolvidos e os resultados obtidos mais relevantes.
b.1.3.1.5.1 Associação do Papilomavírus Humano (HPV) no carcinoma de células
escamosas da mucosa oral em pacientes da cidade Belém
Esta pesquisa foi desenvolvida em cooperação com o departamento de odontologia da
Universidade Federal do Pará (UFPA) e o Hospital Universitário João de Barros Barreto (HUJBB)
na cidade de Belém. Pacientes tabagistas e/ou alcoólatras com diagnóstico histopatológico de
carcinoma epidermóide do assoalho bucal, palato, língua, orofaringe, crista alveolar, mandíbula e
seio maxilar, com estadiamento tumoral de I a II, foram investigados quanto à infecção por
papilomavírus humano (HPV) (Tabela 24).
Tabela 24 Dados epidemiológicos dos pacientes investigados em 2011
Parâmetros
Faixa Etária
Gênero
Fumantes
Não fumantes
Localização anatômica da lesão
Estadiamento da lesão
Grupos
Nº (%)
Pacientes <45 anos
Pacientes >45anos
masculinos
femininos
+
5 (6,7)
69 (93,3)
42 (56,7)
32 (43,3)
57 (79)
Palato
Língua
Assoalho Bucal
Mucosa Bucal
Orofaringe
Crista Alveolar
Mandíbula
Seio Maxilar
I/II
III/IV
15 (21)
13 (12,6)
23 (22,2)
22 (21,3)
14 (13,6)
9 (8,8)
19 (18,4)
3 (3)
1 (0,1)
19 (35,2)
35 (64,8)
Fonte: Seção de Virologia/IEC/SVS/MS
66
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Relatório de Gestão/2011
Os espécimes clínicos (biópsias de tecido inserido em parafina) de 74 pacientes de
ambos os sexos foram analisados quanto à detecção do papilomavírus humano (HPV) pela técnica
de PCR seguido da identificação do tipo viral infectante através do sequenciamento de nucleotídeos
(Tabela 25).
Tabela 25 Positividade para o papilomavírus humano (HPV ) nas amostras investigadas em 2011
Número de espécimes investigados
74
Número de pacientes com PCR positivo para HPV
(%)
1 (1,35)
Tipo de HPV identificado
HPV-16
Fonte: Seção de Virologia/IEC/SVS/MS
Os resultados das análises laboratoriais revelaram a presença do DNA de HPV tipo 16
no espécime de um único paciente, sugerindo uma fraca associação dos PV na gênese de lesões
neoplásicas malignas da mucosa oral.
b.1.3.1.5.2 Pesquisa da infecção por HPV em pacientes com carcinoma de pênis no
Estado do Pará
Esta investigação foi realizada no período de setembro a dezembro de 2011 em
cooperação com o Serviço de Urologia do Hospital Ophir Loyola (HOL) e a Universidade Estadual
Paulista (UNESP) de São José do Rio Preto. O estudo envolveu a detecção do DNA viral de HPV
em 82 espécimes de pacientes com diagnóstico de carcinoma de pênis atendidos no referido hospital
nos anos de 2002 á 2011. Amostras de clínicas (biópsias de tecido peniano inserido em parafina)
foram analisadas quanto á presença do DNA de HPV através da técnica de PCR seguido do
seqüenciamento nucleotídeo direto do produto obtido na reação. Nas amostras em que não foi
possível se identificar o tipo viral infectante pelo seqüenciamento, utilizou-se uma hibridização tipo
específica com sondas complementares ao segmento do genoma viral amplificado na PCR.
As análises uma vez concluídas revelaram uma positividade de 63,41% de pacientes
infectados com distintos tipos de HPV (Tabela 26 e Figura 14). Infecções por HPV de alto risco
oncogênico compreenderam 48,08% de todos os pacientes infectados.
Tabela 26 Resultado geral das amostras clínicas analisadas
Pacientes
N absoluto
%
82
100
Positivos para HPV
52
63,41
Positivos para apenas um tipo de HPV de baixo risco oncogênic
17
32,69
Positivos para apenas um tipo de HPV de alto risco oncogênico
13,46
Positivos com infecções múltiplas (alto e baixo risco)
27
51,92
Positivos com infecções múltiplas de alto risco oncogênico
25
30,48
Positivos com infecções múltiplas de baixo risco
13
15,85
Negativos para HPV
30
36,59
Com resultado indeterminado
1
1,22
Fonte: Seção de Virologia/IEC/SVS/MS
67
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Relatório de Gestão/2011
35
30
25
Número de 20
infecções 15
10
5
0
16
211
316
418
533
45
6
751
52
8
53
9
58
10
68
11
Tipos de HPV
tiposidentificados
virais
HPV de Baixo Risco
HPV de Alto Risco
Figura 14 Distribuição das infecções detectadas, de acordo com o tipo viral identificado
Fonte: Seção de Virologia/IEC/SVS/MS
Os achados laboratoriais revelaram que 30% dos casos de carcinoma de pênis estavam
infectados com HPV de alto risco oncogênico havendo uma prevalência de infecções pelo HPV tipo
16. O percentual total de pacientes infectados por algum tipo de HPV foi de 63.41% considerado
alto quando comparado a outros estudos semelhantes já realizados. A investigação evidenciou uma
forte associação (30,48%) das infecções por HPV de alto risco oncogênico com o carcinoma de
pênis.
b.1.3.1.5.3 Outras Ações
Em 2011 foi implantado no laboratório de Papilomavírus, procedimentos de clonagem
gênica em apoio ás atividades de seqüenciamento genômico realizadas no IEC. Esta metodologia é
de particular importância na investigação de mutações ou variações genéticas em genomas virais e
humanos.
b.1.3.1.6 Retrovírus
b.1.3.1.6.1 Vírus linfotrópico humano de células T
Caracterização Molecular da Transmissão intrafamiliar do HTLV 1 em portadores
atendidos no Núcleo de Medicina Tropical, Belém, Pará, Brasil
O vírus linfotrópico humano de células T (HTLV) está associado a diversas doenças,
como a Paraparesia Espática Tropical (PET), Leucemia /Linfoma de células T do Adulto (LLTA),
estrongiloidíase, uveítes, etc. A infecção por este vírus se caracteriza por ser lenta e persistente e
pode ocorrer de forma vertical (de mãe para filho) e horizontal (por relação sexual e parenteral).
A maioria dos infectados por HTLV é assintomática, tornando-se a principal fonte de
infecção para comunicantes e familiares. Um estudo molecular da transmissão familiar do HTLV é
necessário, não só para o conhecimento da situação desta transmissão em Belém, como também é
importante para a identificação dos tipos e subtipos de vírus presentes nestas famílias.
Objetivou-se, na presente investigação, realizar estudo molecular da transmissão familiar
do HTLV-1 em portadores de HTLV atendidos no Núcleo de Medicina Tropical.
68
INSTITUTO EVANDRO CHAGAS
Relatório de Gestão/2011
Objetivos Específicos
- Confirmar a transmissão familiar do vírus nas famílias portadoras de HTLV-1;
- Identificar o grau de diversidade genética entre as cepas isoladas no presente estudo, e
entre estas e as depositadas no Genbank;
- Determinar as relações filogenéticas entre os HTLV-1 isolados no presente estudo com
os descritos na literatura.
Resumo Descritivo das Atividades
Para a amplificação da região 5'LTR as reações foram executadas em um volume total
de 25 L, contendo 500 ng de DNA extraído, 125 M de cada dNTP, 20 pmol/ L de cada iniciador,
MgCl2 3,0 M, KCI 50 mM, Tris-HCI pH 8,3 10 mM e 1,0 U de Taq DNA polimerase. O par de
iniciadores usado na reação de amplificação para HTLV-1 foi: (LTR-I.01) 5'TGACAATGACCATGAGCCCCAA-3' e (LTR-I.02) 5'CGCGGAATAGGGCTAGCGCT-3', da
cepa HTLV-IATK (SEIKI et al., 1983).
No segundo passo da amplificação (Nested PCR) foram utilizados 3,0 L do produto da
amplificação anterior e um par de iniciadores internos à região anteriormente amplificada, que
possuem as seguintes seqüências: (L TR-I.03) 5'-GGCTTAGAGCCTCCCAGTGA-3' e (LTR-I.04)
5'-GCCTAGGGAATAAAGGGGCG-3', da cepa HTLV-1ATK respectivamente (SEIKI et al., 1983).
Em cada reação de amplificação, após a desnaturação inicial a 94°C por 5 minutos,
foram efetivados 35 ciclos de 40 segundos a 94°C, 30 segundos a 57°C e 1 minuto a 72°C. Os 35
ciclos seguiram por uma extensão final de 10 minutos a 72°C.
Os produtos da amplificação foram visualizados após eletroforese (100 V/1 hora) em
gel de agarose a 2% em tampão TAE 1x (TAE 40x estoque Tris-Base 1,6 M, Acetato de Na 0,8 M
e EDTA-Na2 40 mM/1000 mL de água deionizada), mediante a utilização de um transiluminador
com fonte de luz ultravioleta.
Após a amplificação de material genético este foi submetido a purificação do produto de
Nested PCR, usando o seguinte kit: HiYield Gel/PCR DNA Mini kit (Cat. Nº YDF 100) Kit de
reagentes para purificação de produtos de PCR.
Após a purificação do produto da PCR (região 5 'LTR), o DNA foi submetido ao
seqüenciamento automático. A metodologia a ser empregada foi baseada na síntese bioquímica da
cadeia de DNA através do método de Sanger et al., (1977) utilizando o Kit Big Dye Terminator
standard v. 3.1. Kit de reagentes para sequenciamento automático de DNA. Acompanha amostra do
tampão para diluição 5X-1mL. Para uso durante a eletroforese de DNA nos Analisadores
Automáticos de DNA ABI PRISM modelo 3130
As fitas de DNA foram sequenciadas em ambas as direções, usando-se o equipamento
de seqüenciamento automático ABI 377 DNA Sequencer (Applied Biosystems). A técnica foi
realizada de acordo com o seguinte protocolo. Para cada reação, misturou-se 2,0 L de Terminator
Ready Reaction Mix, 1,0 L de DNA (10 ng) (produto da PCR amplificado), 1,0 L de cada
Iniciador (5 pmol/ L) e 16,0 L de H2O deionizada.
Análise das sequências nucleotídicas
- Edição e Alinhamento das Seqüências: A análise comparativa entre as seqüências
nucleotídicas requer que elas estejam perfeitamente alinhadas, considerando o pareamento de bases
homólogas. O alinhamento foi realizado por meio do programa Clustal X (THOMPSON et al.,
1997) operado em Windows.
69
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Relatório de Gestão/2011
- Análise Nucleotídica: As análises referentes à freqüência das bases nucleotídicas, à
determinação das taxas de transversão/transição e o grau de divergência genética, entre as
seqüências nucleotídicas, foram realizadas com o auxilio do programa MEGA2 Molecular
Evolutionary Genetics Analysis versão 2.1 (KUMAR et al., 2001).
- Análise Filogenética: As seqüências nucleotídicas da região 5' LTR foram utilizadas
para estabelecer as relações filogenéticas entre os HTLV-1 isolados neste estudo, assim como, com
outras seqüências previamente descritas na literatura e que estão disponíveis no Genbank. Essas
seqüências serão avaliadas para efeito de comparação e discussão, com o auxílio do método de
Agrupamento de Vizinhos (Neighbor-Joining) para reconstrução das relações filogenéticas.
Resultados
Um total de 37 famílias portadoras de HTLV-1 (90 pessoas), atendidas no Núcleo de
medicina Tropical no período de janeiro de 2007 a dezembro de 2011, foi inicialmente selecionado
para este estudo. Foram excluídas cinco famílias (17 pessoas) da análise da transmissão
intrafamiliar, por motivo de amplificação molecular de apenas um dos membros familiares,
juntamente com a impossibilidade de coleta de nova amostra.
Já foram analisadas 11 famílias (28 pessoas), confirmando a transmissão intrafamiliar
em 91% delas (n=10), pois demonstraram 100% de similaridade entre os genomas virais isolados
dos membros familiares. Em uma das famílias, não foi evidenciada a transmissão intrafamiliar, pois
os vírus identificados entre os membros familiares analisados demonstraram divergência de 2,3%.
As demais 21 famílias ainda estão em fase de amplificação e análise do genoma viral,
pois os familiares compareceram somente em dezembro de 2011 para coleta de sangue.
Do total das famílias pré-selecionadas (n=37), estima-se estudar a transmissão
intrafamiliar em 32 famílias até a primeira quinzena de janeiro de 2012.
b.1.3.1.7 HIV
O IEC, através do laboratório de Retrovírus, realizou durante o período de janeiro a
dezembro de 2011, 819 testes para HIV/Aids encontrando um percentual de positividade de 5,4%; a
maioria dos exames foi solicitada pela Seção de Atendimento Unificado do IEC que atende a
demanda excedente dos LACEN´s o que correspondeu a 75,7%. Os testes empregados na realização
das análises foram: inicialmente, o de ELISA para triagem e, posteriormente, para a confirmação
Imunofluorescência Indireta (IFI) e/ou W. Blot (WB).
Ainda em novembro deste ano foi treinado um técnico para realizar um novo teste
denominado Imunoblot o qual substituiu a (IFI). Esta nova prova por ser mais sensível poderá
detectar anticorpos para o outro Retrovírus o HIV-2.
Em 2012 esse laboratório prosseguirá dando suporte ao Projeto Salobo, desenvolvido
em Parauapebas, Sul do Pará, resultado de convênio com a Vale. Dentre outros também elaborou e
apresentou projeto para iniciação dos trabalhos com HIV, na Unidade Descentralziada do IEC, no
estado do Acre.
Não foi apresentado problemas em relação a aquisição de Kits para o processamento das
análises, pois todos os Pedidos de Bens e Serviços foram atendidos. A grande dificuldade se deu na
demora do desdobramento do processo para que os mesmos fossem atendidos.
70
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Relatório de Gestão/2011
b.1.3.1.8 Parvovírus B19 e herpesvírus humano tipo 6 (HHV-6)
b.1.3.1.8.1 Parvovírus B19, Herpesvirus humano tipo 6 (HHV-6) e as Viroses
Exantemáticas)
A associação de febre e erupção cutânea é frequente como manifestação de doenças
infecciosas. Conceitua-se doença exantemática como a doença infecciosa sistêmica na qual a
manifestação cutânea é marcante e dado fundamental para o diagnóstico. As manifestações cutâneas
costumam ser comuns a várias infecções, o que torna o diagnóstico das doenças exantemáticas um
desafio para os profissionais da saúde. Como essas doenças apresentam manifestações clínicas
bastante semelhantes, o diagnóstico laboratorial é indicado tanto para confirmar o caso quanto para
diferenciá-lo de outras doenças que evoluem com exantema. Desta forma, a vigilância
epidemiológica dessas doenças possibilita o melhor conhecimento do comportamento clínicoepidemiológico e a implementação de técnicas laboratoriais para o seu diagnóstico.
No tocante ao parvovírus B19, atualmente denominado eritrovírus B19, a infecção por
este agente em pacientes imunocompetentes é frequentemente benigna e autolimitada. Em crianças,
a manifestação mais observada é o eritema infeccioso, e em adultos a artralgia e/ou artrite.
Entretanto, grupos susceptíveis podem desenvolver formas graves da doença, tais como: pacientes
imunodeprimidos, que evoluem com anemia crônica e pacientes com doenças hemolíticas que
apresentam crise aplástica transitória. Durante a gestação, o B19 pode atravessar a placenta
causando aborto e hidropsia fetal.
No caso de infecções pelo HHV-6, classicamente denominadas exantema súbito, a
doença é descrita como benigna, de início agudo, com febre alta de três a cinco dias de duração,
cujo término coincide com o surgimento de um exantema máculo-papular róseo, mais acentuado no
pescoço e no tronco. Apesar da evolução característica, esta doença é frequentemente confundida
com outras viroses exantemáticas. Na literatura nacional ainda há escassez de estudos sobre o
comportamento clínico-epidemiológico das infecções primárias pelo HHV-6, o que torna necessário
o desenvolvimento de pesquisas adicionais sobre a importância dessas infecções no diagnóstico
diferencial de outras doenças exantemáticas e a aplicabilidade dos testes laboratoriais utilizados no
seu diagnóstico.
Além disso, apesar de as doenças citadas anteriormente serem descritas classicamente
com manifestações clínicas características, as apresentações atípicas não são incomuns e podem
levar ao diagnóstico incorreto.
O Instituto Evandro Chagas (IEC) atuou em estudos pioneiros sobre esses vírus,
contribuindo grandemente na elucidação dos aspectos epidemiológicos dos mesmos. Em adição às
pesquisas realizadas, os laboratórios de Parvovírus B19 e Herpesvírus realizam o processamento de
amostras de pacientes atendidos pelo Serviço de Atendimento Médico Unificado e auxilia outros
centros da região Norte no esclarecimento diagnóstico em casos de síndromes febris e outros
agravos em que há a suspeita de infecção por esses patógenos.
Resultados
No tocante às atividades dos laboratórios de Parvovirus B19 e Herpesvírus durante o
ano de 2011, a tabela 27 e a figura 15 ilustram a distribuição mensal do quantitativo de exames
realizados, amostras analisadas e a positividade encontrada para ambos os vírus.
71
INSTITUTO EVANDRO CHAGAS
Tabela 27
Mês
Janeiro
Fevereiro
Março
Abril
Maio
Junho
Julho
Agosto A
Setembro B
Outubro C
Novembro D
Dezembro E
Total
Relatório de Gestão/2011
Quantitativos de amostras analisadas para detecção de anticorpos IgM e IgG específicos para o Parvovírus
B19 e Herpesvírus humano tipo 6 (HHV-6) no IEC, Ananindeua-PA, em 2011
B19
Amostras
Analisadas
IgM
Pos (%)
IgG
Pos (%)
IgM
37
60
30
33
63
68
32
53
19
91
56
63
605
37
60
30
33
63
68
32
46
15
77
27
62
550
1 (2,7)
7 (11,7)
0 (0)
3 (9,1)
5 (7,9)
10 (14,7)
3 (9,4)
9 (19,6)
1 (6,7)
2 (2,6)
4 (14,8)
8 (12,9)
53 (9,6)
37
60
30
33
63
68
32
46
15
77
27
62
550
13 (35,1)
11 (18,3)
2 (6,7)
4 (12,1)
10 (15,9)
23 (33,8)
6 (18,8)
17 (37,0)
6 (40,0)
34 (44,2)
9 (33,3)
27 (43,5)
162 (29,5)
19
14
33
42
28
136
HHV-6
Pos
IgG
(%)
4 (21,1)
19
6 (42,9)
14
8 (24,8)
33
6 (14,3)
42
11 (39,3)
28
35 (25,7)
136
Pos
(%)
12 (63,2)
11 (78,6)
27 (81,8)
36 (85,7)
25 (89,3)
111 (81,6)
Total
Exames
Realizados
74
120
60
66
126
136
64
130
58
220
138
180
1.372
Fonte: Seção de Virologia/IEC/SVS/MS
Notas: A
Em 12 amostras foram realizados testes para os dois vírus; B Em 10 amostras foram realizados testes para os
dois vírus; C Em 19 amostras foram realizados testes para os dois vírus; D Em 13 amostras foram realizados testes
para os dois vírus; E Em 27 amostras foram realizados testes para os dois vírus;
Nesses meses, devido a problemas de natureza técnica, não foi possível realizar os testes para o Herpesvírus
humano tipo 6 (HHV-6).
90
77
80
68
70
Número de Amostras Analisadas
63
62
60
60
50
40
46
37
33
32
30
27
30
20
10
1
(2,7%)
7
(11,7%)
3
(9,1%)
5
(7,9%)
10
(14,7%)
3
(9,4%)
9
(19,6%)
0
15
1
(6,7%)
2
(2,6%)
Set
Out
8
(12,9%)
4
(14,8%)
0
Jan
Fev
Mar
Abr
Mai
Total de amostras analisadas
Jun
Jul
Ago
Nov
Dez
Total de amostras IgM Positivas
Figura 15
Distribuição mensal das amostras analisadas para o Parvovírus B19 e a respectiva
positividade para anticorpos da classe IgM, durante o ano de 2011.
Fonte: Seção de Virologia/IEC/SVS/MS
No cômputo dos totais apresentados estão inclusos aqueles casos encaminhados por
hospitais e/ou centros aos quais o IEC presta assistência no âmbito da investigação diagnóstica, a
saber: (i) município de Marituba-PA (1 ofício; 1 amostra), (ii) Hospital Universitário João de Barros
Barreto-HUJBB-PA (6 ofícios; 6 amostras), (iii) Fundação Santa Casa de Misericórdia do Pará-PA
(2 ofícios; 2 amostras), (iv) LACEN-PA (2 ofícios; 2 amostras), (v) LACEN-AP (5 ofícios; 5
amostras), (vi) LACEN-AM (2 ofícios; 2 amostras), (vii) LACEN-TO (2 ofícios; 2 amostras).
Como pode ser observado na tabela 27, devido a dificuldades técnicas, durante os meses
de janeiro a julho não foram realizados testes para o diagnóstico do HHV-6, em um total de 112
solicitações que deixaram de ser atendidas.
A figura 16 nos apresenta um vislumbre de aspectos epidemiológicos, em termos de
distribuição temporal, das infecções recentes pelo parvovirus B19. Sendo que aqui temos o
agrupamento das amostras em função da data de coleta, observamos uma soropositividade de 2,1
18,2% para anticorpos de classe IgM, com maior frequência no mês de agosto.
72
INSTITUTO EVANDRO CHAGAS
Relatório de Gestão/2011
80
Nú m er o d e Am o st r as An ali sad as
70
67
62
60
54
50
50
48
44
43
45
47
40
33
30
33
26
20
10
4
(8,3%)
4
(9,3%)
Jan
Fev
3
(6%)
1
(3,8%)
10
(14,9%)
6
(11,1%)
10
(16,1%)
8
(18,2%)
2
(6,1%)
2
(4,4%)
1
(2,1%)
Set
Out
5
(15,2%)
0
Mar
Abr
Mai
Total de amostras analisadas
Jun
Jul
Ago
Nov
Dez
Tot al de amost ras IgM Posit ivas
Figura 16
D istribuição m ensal das am ostras analisadas para o Parvovírus B 19 e a respectiva
positividade para anticorpos da classe IgM, considerando o período de abrangência (ano de
2011) em relação à data de coleta das mesmas.
Fonte: Seção de Virologia/IEC/SVS/MS
b.1.3.1.9 Vírus de Epstein-Barr (EBV)
O vírus Epstein-Barr (EBV) descoberto em 1964, a partir de estudos realizados in vitro
de células de linfoma, recebeu o nome que homenageia seus descobridores Michael Epstein e
Yvone Barr.
O EBV está amplamente distribuído no mundo e estima-se que mais de 90-95% da
população mundial adulta apresentam anticorpos para o antígeno viral do capsídeo. Diferencia-se
dos demais herpesvírus pela sua capacidade de coexistir no hospedeiro na forma latente e
replicativa, sendo causador da mononucleose infecciosa (MNI) também designada como doença de
Pfeiffer. O EBV é transmitido pela saliva, infectando inicialmente as células da orofaringe,
nasofaringe e glândulas salivares onde frequentemente ocorre replicação e posteriormente os vírus
alcançam tecidos linfóides adjacentes e linfócitos B. O período de incubação varia de 4 a 6 semanas
caracterizada pelas manifestações clínicas como febre, faringite, linfadenomegalia, amigdalite com
adenopatia na infância, e a mononucleose na adolescência que cursa com leucocitose com atipia
linfocitária e aumento de mononucleares.
Foram recebidas 1.241 amostras sorológicas de casos suspeitos de mononucleose
infecciosa encaminhados ao Laboratório de Vírus Epstein Barr (SAVIR/IEC) pela rede pública e
privada de Saúde da região metropolitana de Belém, durante o período de janeiro a dezembro de
2011. Para as análises quanto a presença de anticorpos IgM/VCA do EBV foi utilizado o Kit da
R-BIOPHARM RIDASCREEN (Germany).
Das 1.241 amostras sorológicas analisadas, 652 (53%) eram do sexo masculino com
taxa de positividade em termos de anticorpos IgM/VCA foi de 9,5% (118/1241), sendo 57,6%
(68/118) do sexo feminino e 42,4% (50/118) do sexo masculino (Figura 17).
73
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Relatório de Gestão/2011
FEM; 589;
47%
MAS ; 652;
53%
Figura 17 - Frequência de casos analisados quanto à pesquisa de anticorpos IgM/VCA para o vírus de Epstein-Barr,
segundo o sexo. 2011.
Fonte: Seção de Virologia/IEC/SVS/MS
500
487
450
400
350
300
256
250
198
200
Casos
IgM EBV +
172
128
150
100
49
50
27
12
16
14
0
0-10
11-20
21-30
31-40
> 40
Figura 18 Distribuição por faixas etárias dos casos analisados em 2011.
Fonte: Seção de Virologia/IEC/SVS/MS
A freqüência total de positividade para IgM/VCA EBV foi de 9,5% (118/1.241) sendo
57, 6% (68/118) do sexo feminino e 42,4% (50/118) do sexo masculino.
As freqüências de positividade para anticorpos IgM/VCA foram de 41,5% (49/118),
22,9% (27/118), 10,1% (12/118), 11,9% (14/118) e 13,6% (16/118) nas faixas etárias de 0-10, 11-20,
21-30, 31-40 e > 40 anos, respectivamente (Figura 19).
74
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Relatório de Gestão/2011
I
50
45
40
35
30
25
20
15
10
5
0
49
0-10
27
11-20
21-30
0-10
11-20
12
14
21-30
31-40
16
31-40
> 40
> 40
Figura 19 Positividade de anticorpos IgM/VCA por faixas etárias, 2011
Fonte: Seção de Virologia/IEC/SVS/MS
O padrão sorológico da infecção ativa (IgM/VCA+) pelo vírus de Epstein Barr foi mais
evidente na faixa infanto-juvenil, todavia merece uma atenção especial os menores com até 10 anos
de idade com taxas de aproximadamente 60%, ainda estão suscetíveis à infecção pelo vírus de
Epstein Barr (Figura 19).
b.1.3.1.10 Vírus da varicela-zóster
O vírus da varicela-zoster (VVZ) pertence à família Herpesviridae, causa à varicela
(catapora) e o herpes zoster (dermatoma). A patogenia da varicela inicia-se com a infecção das
membranas mucosas do trato respiratório superior, os vírus se movem para os linfonodos regionais,
onde são replicados. Segue-se uma viremia primária, quando o vírus é conduzido por via
hematogênica para o fígado, baço e outros tecidos do sistema reticuloendotelial. Nessa fase, o vírus
é isolado das células mononucleares do sangue periférico (PBMC), linfócitos e monócitos. Uma
segunda viremia ocorre ao final de 4-5 dias, quando os vírus poderão ser detectados no sangue na
forma livre ou associados às células leucocitárias, ou no caso da varicela aguda após 24 horas.
Nessa fase, ocorre a disseminação do vírus para o tecido cutâneo epitelial. A viremia continua
mesmo após o aparecimento da primeira lesão da epiderme e ocorrem várias vezes depois do
primeiro exantema. No herpes zoster, ocorre á reativação do vírus que evolui de um gânglio
sensorial via axônio neuronal para a epiderme desencadeando a fase conhecida como dermatoma,
que corresponde à doença localizada.
O laboratório de vírus Epstein Barr analisou durante o ano de 2011, 42 casos suspeitos
de infecção pelo vírus da varcela zoster. Para as análises quanto a presença de anticorpos IgM/VVZ
do EBV foi utilizado o Kit da R-BIOPHARM RIDASCREEN (Germany). Dos quais 16,6%
(7/42) foram positivos em termos de anticorpos da classe IgM/VVZ; sendo 43% (3/7) e 57% (4/7)
as taxas para o sexo masculino e feminino dos casos positivos, respectivamente.
A confirmação diagnóstica das infecções recentes foi mais observada no grupo de
indivíduos abaixo de 10 anos de idade em 42,8% (3/7). Preconiza-se que a vacinação sistemática e
isolamento do doente sejam intensificados para reduzir o aparecimento de novos casos clínicos pelo
Varicela Zoster Vírus (VZV), os quais, geralmente apresentam gravidade quando acometem adultos
e idosos.
75
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Relatório de Gestão/2011
b.1.3.1.11 Cultivos celulares
b.1.3.1.11.1 Linha de produção
No período de janeiro a dezembro de 2011 foram preparados 5760 tubos contendo as
linhagens celulares (RD, HEp-2 e L20B) com a finalidade de isolamento viral; 864 garrafas
contendo as linhagens citadas acima e, cerca de 240 garrafas semanais de MDCK (Determinação de
padrões de células em cultura).
Foram examinadas 88 amostras clínicas de pacientes (fezes, LCR, swab de pênis,
saliva, garganta, lesão, conjuntiva, orofaringe, pênis e líquido ascítico) destinados a Seção de
Virologia, no período de 20.01.11 a 21.12.11. Houve isolamento de enterovírus e herpesvírus em 2
e 3 amostras, respectivamente quando inoculadas em cultivos celulares (L-20B, RD e HEp-2)
(Tabela 28).
Tabela 28 Distribuição mensal dos espécimes clínicos inoculados nos diversos sistemas celulares da Seção de
Virologia
Meses
LA
Fezes
Janeiro
1
Fevereiro
Março
Abril
-
2
(+1entero)
1
3
5
Meses
LA
Fezes
LCR
S. P.
S. G.
S. L.
S. S.
S. C.
S. O.
S. Lab.
1
-
-
-
-
-
-
-
1
4
-
1
-
1
-
1
3
-
-
-
-
LCR
S. P.
S. G.
S. L.
S. S.
S. C.
S. O.
S. Lab.
2
-
-
-
5
(+2 herpes)
Maio
-
4
2
-
1
Junho
-
1
(+entero)
-
1
-
3
-
-
-
-
Julho
-
3
4
-
2
-
-
-
-
Agosto
Setembro
Outubro
Novembro
Dezembro
-
2
3
1
4
4
4
1
-
4
1
1
2
2
2
2
1
1
-
1
(+
herpes)
-
Fonte: Seção de Virologia/IEC/SVS/MS
L.A: liquido ascítio
S.L.: swab de lesão
S.O.: swab de orofaringe
S. P.: swab de pênis
S.S.: swab de saliva
S.L.: swab labial
S.G.: swab de garganta S.C.: swab de conjuntiva
b.1.3.1.11.2 Apoio à Rede de Vigilância Nacional das Paralisias Flácidas Agudas
Em 96 amostras fecais inoculadas em cultivos celulares (L-20B e RD), de pacientes
pertencentes ao Programa da Rede de Vigilância Nacional para Deficiência Motora Aguda oriundos
dos estados de: MA (15), PA (14), RO (17), AM (13), TO (04), AC (09), PI (14), AP (06) e RR (02)
foi possível isolar 04 enterovírus não póliovírus e 01 adenovírus das amostras fecais analisadas no
período de janeiro (20.01.11) a dezembro (2.12.11) (Tabela 29).
76
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Relatório de Gestão/2011
Tabela 29 Distribuição mensal e geográfica das amostras recebidas da área de abrangência do IEC na vigilância
oficial das paralisias flácidas agudas, utilizando-se sistemas celulares diversos
Meses
AP
PA
PI
AM
TO
MA
AC
RO
RR
Janeiro
1
1
Fevereiro
1
1
2(1+)
Março
1
1
3
Abril
1
2
Maio
Junho
1
3
1
Julho
1
3
2
Agosto
1
2
Setembro
1(1+)
1(1+)
Outubro
2
Novembro
1
Dezembro
1
Fonte: Seção de Virologia/IEC/SVS/MS
3
3
1
2(1+)
1
1
1
1
1
1
1
1
-
1
4
2
3
2
2
1
2
1
2
1
2(+1adeno)
1
2
2
1
5
2
1
4
-
1
1
b.1.3.1.11.3 Apoio à vigilância da influenza
O Laboratório de Cultivos Celulares também ofereceu apoio à vigilância das infecções
respiratórias agudas (IRAs) pelo vírus influenza, fornecendo a linhagem MDCK necessária ao
isolamento viral (Tabela 30).
Tabela 30
Número de tubos, garrafas e placas preparados em apoio à vigilância das Infecções espiratórias Agudas
(IRAs) pelo vírus Influenza, no ano de 2011
Sistema de cultivo
Número oferecido
Tubos preparados
34
Garrafas
192
Placas
445
Fonte: Seção de Virologia/IEC/SVS/MS
b.1.3.1.11.4 Laboratório de Cultivo Celular e Apoio aos Projetos de Pesquisa
Executados na Virologia
Em apoio ao supracitado projeto Caracterização Molecular do Vírus Varicela Zoster em
Casos de Varicela, Herpes Zoster e Paralisia Facial Periférica, da Universidade Federal do Pará
(UFPa), de novembro a dezembro de 2011 receberam-se 15 amostras clínicas de 12 pacientes com a
finalidade de obter esclarecimento diagnóstico para o vírus da varicela-zóster (Tabela 31).
Tabela 31 - Frequência de amostras encaminhadas para tentativa de isolamento do vírus varicela-zóster
Meses
Novembro
Dezembro
SL
4
2
SG
3
1
SC
2
-
SO
2
-
Saliva
1
Total
11
4
Fonte: Seção de Virologia/IEC/SVS/MS
SL: Swab de lesão
SC: Swab de conjuntiva
SG: Swab de garganta
SO: Swab de orofaringe
Também se propiciou apoio ao projeto intitulado Epidemiologia molecular do vírus
influenza A (H1N1) pandêmico: investigação de determinantes de patogenicidade nos genes
codificadores da hemaglutinina e PB2, oferecendo-se 81 tubos com linhagens celulares apropriadas
ao isolamento.
77
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Relatório de Gestão/2011
b.1.4 Ações que envolvem bactérias e micoses
O IEC, através da Seção de Bacteriologia e Micologia (SABMI) realizou atendimento à
população com suspeita de infecções bacterianas ou fúngicas, encaminhada pela rede pública e
privada de saúde, por meio da execução de testes laboratoriais para confirmação diagnóstica é
composta por nove Laboratórios que realizam exames em atendimento às demandas de diagnóstico
para a população do Estado do Pará e de outros da região Norte no âmbito do Sistema Único de
Saúde, quais sejam: o Laboratório de Micobactérias, o Laboratório de Leptospirose, o Laboratório
de Biologia Geral, o Laboratório de Enteroinfecções Bacterianas, o Laboratório de Hanseníase, o
Laboratório de Doenças Sexualmente Transmissíveis e Tracoma, o Laboratório de Micologia, o
Laboratório de Biologia Molecular, o Setor de Esterilização, o Setor de Preparo de Meios de
Cultura e a Bacterioteca.
O IEC também desenvolve projetos de pesquisa na área das doenças bacterianas e
fúngicas com objetivo de investigar suas características epidemiológicas bem como elaborar e
avaliar novos métodos de diagnóstico laboratorial.
b.1.4.1 Realizações
b.1.4.1.1 Exames Realizados em Apoio a Pesquisa
b.1.4.1.1.1 Laboratório de Biologia Molecular
Atividade
Sequenciamento do gene 16S rDNA
Sequenciamento do gene hsp65
Sequenciamento do gene rpoB
Sequenciamento parcial do espaçador
ITS
Sequenciamento parcial do gene rpoB
N
120
120
120
28
2
Finalidade
Para caracterização de micobactérias não tuberculosas,
Para caracterização molecular de resistência às drogas em M.
tuberculosis;
Seqüenciamento da região 1 do gene
96
katG
Para caracterização molecular da resistência à isoniazida em
isolados do Complexo Mycobacterium tuberculosis;
Seqüenciamento da região 2 do gene
76
katG
Sequenciamento parcial do gene inhA
36
Para caracterização molecular de resistência às drogas em M.
tuberculosis;
Sequenciamento parcial do gene ahpC
25
Tipagem molecular por multilocus 112 Para caracterização de membros do complexo M. chelonae-M.
sequence typing (MLST)
abscessus
Tipagem molecular por multilocus 112
Para caracterização de Salmonella Typhi
sequence typing (MLST)
Tipagem molecular por MIRU-VNTR
2.035 Para caracterização de membros do complexo M. tuberculosis;
Tipagem molecular por Spoligotyping
800 Para caracterização de membros do complexo M. tuberculosis;
Pesquisa de genes de resistência
47
Para caracterização de Pseudomonas aeruginosa;
blasSPM
Tipagem molecular por ERIC-PCR
50
Para caracterização de isolados clínicos de Serratia marcescens;
Tipagem molecular por AF-RFLP
50
Para caracterização de isolados clínicos de Serratia marcescens;
Tipagem molecular em Sistema
80
Para caracterização de isolados clínicos de Serratia marcescens;
DiversiLab
Tipagem molecular por ERIC-PCR
83
Para caracterização de Serratia marcescens e Salmonella Typhi;
Detecção de Chlamydia trachomatis 170 por N-PCR
Sequenciamento parcial do gene ompA
14
Padronização de PCR
22
Para detecção molecular de linhagens patogênicas de Leptospira.
Quadro 3 Quantidade de exames realizados pelo Laboratório de Biologia Molecular do IEC, no ano de 2011
Fonte: Seção de Bacteriologia e Micologia/IEC/SVS/MS
78
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b.1.4.1.1.2 Laboratório de Micologia
Atividade
Produção e padronização de solução antigênica de Histoplama capsulatum
Para ensaios sorológicos do projeto Infecções Fúngicas Sistêmicas em Pacientes portadores do HIV-1 Infecções
Fúngicas Sistêmicas em Pacientes portadores do HIV-1
Tese de Doutorado (responsável Maurimélia Mesquita da
Costa).
Ensaio de Imunodifusão Dupla (n=100)
Para detecção de anticorpos contra Aspergillus fumigatus em pacientes portadores do HIV-1 como parte integrante de
projeto de pesquisa (Infecções Fúngicas Sistêmicas em Pacientes portadores do HIV-1 Tese de Doutorado).
Identificação bioquímica de leveduras Candida recuperadas da cavidade bucal de indivíduos portadores de estomatite
protéticaAvaliação da Concentração Inibitória Mínima (CIM) do óleo essencial de Alecrim (Rosmarinus officinallis), sob
leveduras do gênero Cândida recuperadas da cavidade oral de pacientes com estomatite protética
Análise da sensibilidade de leveduras do gênero Candida ao óleo essencial de Alecrim (Rosmarinus officinallis);
Análise da sensibilidade de leveduras do gênero Candida ao extrato de Alecrim (Rosmarinus officinallis);
Análise da sensibilidade de leveduras do gênero Candida ao óleo essencial de Copaíba;
Quimiotipagem de isolados clínicos de Cryptococcus neoformans e Cryptococcus gattii;
Análise da aplicabilidade do Caldo Sabouraud hipertônico e ágar tabaco na diferenciação de Candida albicans e
Candida dubliniensis
Caracterização micromorfológica de fungos do gênero Trichosporon;
Detecção de exoenzimas de fungos do gênero Trichosporon;
Identificação de glicoproteínas de isolados de Trichosporon
Padronização da técnica de PCR para detecção e identificação de leveduras patogênicas;
Análise do Perfil protéico/glicoproteíco de exoantígenos de Fonsecaea pedrosoi;
Estudo da resposta imune humoral de pacientes com Cromoblastomicose
Ensaios de Eletroforese em gel de SDS-PAGE, Western Blotting, e imunodifusão dupla, para caracterização da
resposta imune humoral de pacientes com suspeita de infecção por Paracoccidioidomicose, não reativos no ensaio de
imunodifusão, utilizando pool de exoantígenos de P. brasiliensis;
Produção de exoantígenos bruto de isolados regionais de Paracoccidioides brasiliensis e estudo de seu perfil
protéico/glicoprotéico e antigênico
Análise das características fenotípicas e genotípicas de fungos do gênero Paraccocidioides;
Padronização da técnica de PCR para detecção e identificação de fungos patogênicos, utilizando primers para a
região ITS 1, ITS 2, 5.8S, IGS e SSU;
Realização de cultura e microcultivo para Identificação de fungos demácios
Realização de cultura e microcultivo para identificação de fungos causadores de micoses oportunistas;
Realização de cultura e microcultivo para identificação de fungos causadores de dermatofitose;
Caracterização do perfil protéico de exoantígeno bruto de Histoplasma capsulatum;
Análise da qualidade de exoantígenos, liofilizados e em solução, de Paracoccidioides brasiliensis, após 4 anos de
armazenamento
Análise da qualidade de exoantígenos, liofilizados e em solução, de Paracoccidioides brasiliensis, após 4 anos de
armazenamento
Imunização de coelhos para obtenção de soro hiperimune: Utilização no ensaio de acoplamento em partículas de láte
x para desenvolvimento de metodologia sorológica que permita a detecção de antígenos circulantes na paracoccidioid
omicose.
Avaliação de protocolos para a análise molecular de leveduras da espécie Candida parapsilosis;
Identificação presuntiva de leveduras da espécie Candida parapsilosis utilizando Agar Eosina Azul de Metileno;
Desenvolvimento e avaliação de diferentes protocolos de extração de DNA para fungos filamentosos;
Quadro 4 Atividades desenvolvidas pelo Laboratório de Micologia do IEC, no ano de 2011
Fonte: Seção de Bacteriologia e Micologia/IEC/SVS/MS
79
INSTITUTO EVANDRO CHAGAS
Relatório de Gestão/2011
b.1.4.1.2 Exames Realizados para Elucidação Diagnóstica
b.1.4.1.2.1 Laboratório de Micobactérias
Tabela 32
Quantidade de exames realizados para diagnóstico de Tuberculose e seus resultados no Laboratório de
Micobactérias em 2011
Exame
Total
Positivos
Exames para o Diagnóstico da Tuberculose Pulmonar
337
103
Exames para o Diagnóstico da Tuberculose Extra-Pulmonar
120
06
Baciloscopia do Escarro
43
02
Identificação de Cepas de Micobactérias Não causadoras de Tuberculose (MNT)
24
24
Fonte: Seção de Bacteriologia e Micologia/IEC/SVS/MS
Tabela 33
Quantidade de exames realizados para diagnóstico de Resistência a Tuberculose e seus resultados no
Laboratório de Micobactérias em 2011
Exame
Total
Resistentes
157
-
Micobacterium tuberculosis
-
64
MNT
-
11
Teste de Suscetibilidade aos Fármacos Anti-Tuberculose
Fonte: Seção de Bacteriologia e Micologia/IEC/SVS/MS
b.1.4.1.2.2 Laboratório de Leptospirose
Tabela 34
Quantidade de exames realizados para diagnóstico de Leptospirose, total, reagentes e estado de
procedência em 2011
Exame
Soroaglutinação Microscópica para o Diagnóstico de
Leptospira
Total
Reagentes
Estado de
Procedência
217
28
Pará
-
2
Rondônia
-
1
Mato Grosso
Fonte: Seção de Bacteriologia e Micologia/IEC/SVS/MS
b.1.4.1.2.3 Laboratório de Biologia Geral
Foram realizados 1.249 exames no ano de 2011, distribuídos conforme o quadro 5.
80
INSTITUTO EVANDRO CHAGAS
Relatório de Gestão/2011
Exames
Quantidade
Biópsia
Do pulmão
1
Bacterioscopia - GRAM
Cultura
Baciloscopia
Exsudato de lesão pé (E)
Cultura
1
2
3
Escarro
Lavado Broncoalveolar
Cultura
LCR
Baciloscopia
Bacterioscopia
Cultura com resultado Negativo
Cultura de BAAR
Positivo
Negativo
Medula em caldo TSB
Cultura Não houve crescimento
Pool de formigas
Cultura
Hemoculturas
Resultado negativo
Prejudicados
Salmonella Typhi
Escherichia coli
Klebsiella pneumoniae
Alcaligenis spp
Contaminado com bacilos gram positivo
Kocuria rosea
Mycrococcus luteus/lylae
Staphylococcus
Staphylococcus aureus
Staphylococcus epidermidis
Staphylococcus haemolyticcus
Staphylococcus hominis
Staphylococcus intermedius
Staphylococcus ovis
Staphylococcus saprophyticcus
Staphylococcus simulans
Staphylococcus xylosus
Streptococcus epidermidis
Streptococcus pneumoniae
Cultura de Secreção
De articulação contalateral
De fístola no braço E
De gânglio cervical
De lesão
De ulcera
Ocular
De orofaringe
Sorologia
Brucelose - NEGATIVO
Brucelose - POSITIVO
Urina
Urocultura
Swabs
Diversos
/Antibiograma
1
1
1
11
5
5
15
12
1
4
559
5
16
1
1
1
1
1
3
10
1
14
3
1
1
1
2
1
1
1
1
1
2
1
12
2
12
17
17
13
328
30
-
Total
1
6
1
1
37
1
04
665
46
7
30
328
30
99
Quadro 5
Quantidade de exames de biopsia, escarro, exsudato de lesão no pé, LCR, pool de formigas, hemocultura,
sorologia, urina, swabs e antibiograma,realizados no Laboratório de Bacteriologia Geral.
Fonte: Seção de Bacteriologia e Micologia/IEC/SVS/MS
81
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Relatório de Gestão/2011
b.1.4.1.2.4 Laboratório de Biologia Molecular
a) 360 testes: seqüenciamento de 16S rRNA, hsp65 e rpoB para identificação molecular de
micobactérias não tuberculosas;
b) 13 testes: realização de is6110 para caracterização de membros do complexo M.
tuberculosis;
c) 4 testes: Seqüenciamento dos genes katG e rpoB para detecção de mutações associadas com
a resistência à isoniazida.
b.1.4.1.2.5 Laboratório de Micologia
Este Laboratório atendeu 374 pacientes com suspeita de infecção fúngica, sendo
coletados ou encaminhados diversos materiais clínicos, totalizando 401 exames realizados,
distribuídos conforme a tabelas 35. Na tabela 36 são descritas as doenças fúngicas diagnosticadas.
Tabela 35
Meses
Janeiro
Fevereiro
Março
Abril
Maio
Junho
Julho
Agosto
Setembro
Outubro
Novembro
Dezembro
Total
Quantidade de material recebido e/ou coletado de pacientes suspeitos de infecções fúngicas e exames
realizados pelo Laboratório de Micologia, no período de janeiro a dezembro de 2011
EMD
11
14
17
21
6
4
10
5
8
9
9
7
121
EMD+
CULT
15
15
15
11
11
8
26
15
20
16
9
12
173
EMD
+CULT
+SOROL.
5
2
1
1
2
3
3
2
4
23
Sorologia
8
12
16
2
9
10
11
4
8
3
11
9
72
Pesquisa
Pneumocystis
jirovecii
3
3
1
1
1
2
1
12
Total
42
43
52
36
27
23
51
24
39
31
31
33
374
Fonte: Laboratório de Micologia/SABMI/IECSVS/MS
Nota: EMD: Exame Micológico Direto; CULT: Cultura; SOROL.: Sorologia;
Tabela 36
Doenças fúngicas diagnosticadas em pacientes suspeitos de infecções fúngicas, no período de janeiro a
dezembro de 2011
Micoses Diagnosticadas
Dermatofitose
Malasseziose
Histoplasmose
Paracoccidioidomicose
Aspergilose
Criptococose
Cromoblastomicose
Lacaziose
Hialohifomicose
Total
Quantidade
5
12
5
4
1
6
2
1
1
37
Fonte: Seção de Bacteriologia e Micologia/SABMI/IEC/SVS/MS
82
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Relatório de Gestão/2011
b.1.4.1.2.6 Laboratório de Enteroinfecções
No ano 2011, foram realizados 1.087 exames, sendo 572 coproculturas e 515 testes de
Widal. Um total de 564 coproculturas apresentou positividade com destaque para o isolamento de
Salmonella Typhi, agente etiológico da febre tifoide em 27 pacientes. Os resultados estão
discriminados na tabela 37.
Tabela 37
Agentes isolados por meio de Coprocultura no ano de 2011 pelo Laboratório de Enteroinfecções da Seção
de Bacteriologia (SABMI)
Salmonella
Typhi
spp
Grupo H
entérica
27
5
1
7
flexinerii
3
Shigella
Escherichia
coli
fergusonii
469
1
Klebsilla
oxitoca
pneumoniae
spp
3
32
73
amalonaticus
freudii
spp
5
7
73
aerogenes
asburiae
cloacae
fergusonii
spp
youngae
7
3
46
1
93
1
mirabilis
vulgaris
38
8
morganii
9
Alcaligenis
5
testosteroni
2
cryicrescens
ascorbata
1
1
lacunata
1
spp
4
shigelloides
2
Citrobacter
Enterobacter
Proteus
Morganella
Alcaligenis
Camamonas
Kluyvera
Moraxella
Pantoae
Plesiomonas
Providencia
retigerii
alcalifaciens
Pseudomonas
aeroginosa
spp
Roultella
ormithinolytica
Serratia
fonticola
3
1
1
1
1
1
40
3
470
107
86
151
46
9
5
2
2
1
4
2
4
2
1
1
-
Fonte: Seção de Bacteriologia e Micologia/SABMI/IEC/SVS/MS
83
INSTITUTO EVANDRO CHAGAS
Relatório de Gestão/2011
Tabela 38 Resultados da Reação de Widal realizadas no ano de 2011 na Seção de Bacteriologia do IEC/SVS/MS
Reação de Widal
515
Titulação a partir de 1/20 (+)
130
Titulação inferior a 1/20 (-)
385
Fonte: Seção de Bacteriologia e Micologia/SABMI/IEC/SVS/MS
b.1.4.1.2.7 Laboratório de Hanseníase
Otimização da técnica imunológica para pesquisa de anticorpos IgM e IgG contra PGL-I do
M.leprae em amostras de saliva
IEC/Belém e interior testes sorológicos para pesquisa de IgM contra PGL-I do Mycobacterium
leprae
Treinamento em serviço na técnica de cultura de células do sangue total e ELISA para medir a
produção de INF gama pelas células T
2.619
Quadro 6 Demonstrativo das atividades realizadas pelo Laboratório de Hanseníase do IEC em 2011.
Fonte: Seção de Bacteriologia e Micologia/IEC/SVS/MS
b.1.4.1.2.8 Laboratório de DST/Tracoma
Os portadores de DST, atualmente, são pessoas de vida cotidiana normal e não têm
obrigatoriamente múltiplos parceiros sexuais. A gravidade da doença e o fato do agravo ser
silencioso podem evoluir nos portadores, prejudicando a população sexualmente ativa de baixo e
alto nível socioeconômico.
No agravo dessas infecções sobre o desenvolvimento do concepto, como por exemplo,
mães colonizadas com Chlamydia trachomatis apresentam significativo aumento da mortalidade
intra-uterina e neonatal, é causa de abortamento, ruptura prematura de membranas, da
prematuridade, baixo peso do recém-nascido e infecção puerperal.
O diagnóstico laboratorial para as infecções sexualmente transmissíveis envolve a
pesquisa soroepidemiológica em amostra de pacientes com quadro clínico sugestivo de IST,
oriundo de diferentes órgãos de Saúde Pública que foram encaminhados ao laboratório de DST na
Seção de Bacteriologia e Micologia (SABMI).
Na detecção da infecção pelo Treponema pallidum, as amostras foram submetidas à
técnica Venereal Disease Research Laboratory (VDRL) para triagem e FTA-Abs confirmatório,
estes testes são realizados na rotina. Para apoio à pesquisa ensaios de anticorpos anti-Chlamydia,
são realizados, assim como, a técnica de ELISA /IFI. Para o diagnóstico de cervicites, uretrites e
tracoma são realizados de rotina a técnica de Imunofluorescência Direta (IFD).
Ainda para elucidação de casos de cervicites e uretrites utilizamos a cultura específica
para Neisseria gonorrhoeae e a inespecífica para outros agentes de interesse de DST, vale ressaltar
que a cultura específica não esta sendo realizada, estamos aguardando a nova servidora para
assumir este método diagnóstico.
Um projeto de pesquisa Perfil da Infecção por Clamídia em grávidas: Aspectos
diagnósticos e preventivos esta em andamento para avaliar a presença de infecção por Chlamydia
trachomatis em cérvice de gestantes atendidas no pré-natal em Unidades Básicas de Saúde (UBS),
iniciado no mês de setembro, outubro e novembro de 2010 e renovado, para possibilitar a
oportunidade de esclarecer o 2º objetivo da pesquisa: Prevenir complicações na mulher e na
criança , no que pese a inadequada condução do tratamento nas UBS, influenciando diretamente
nas avaliações de desfecho do projeto de pesquisa.
Dessa forma, uma bolsista pesquisadora da FAPESPA e uma aluna do PIBIC continuam
o trabalho para avaliar a situação das gestantes que foram positivas nos ensaios laboratoriais
biomoleculares, na ausência do tratamento adequado.
84
INSTITUTO EVANDRO CHAGAS
Relatório de Gestão/2011
No ano de 2011-2012 está sendo realizada uma busca ativa dessas pacientes utilizandose a técnica de entrevista com agendamento para novos exames laboratoriais no Instituto Evandro
Chagas (IEC), e constatação de presença/ausência de tratamento específico. Estes resultados vêm
realçar a importância de melhorar o fluxo de atenção às gestantes, instituindo o tratamento
específico para infecção por Chlamydia nos serviços de pré-natal, assim como orientar o tratamento
para o parceiro sexual.
Tracoma: Tracoma devido à infecção ocular pela bactéria Chlamydia trachomatis é a
principal causa de cegueira evitável em todo o mundo. Com a eliminação prevista até o ano 2020,
medidas assistenciais para o agravo não são previstas no estado do Pará.
A partir da década passada o IEC vem contribuindo com o Ministério da Saúde para
Inquérito Nacional, diagnóstico laboratorial de rotina, nas pesquisas e em capacitações específicas
para o agravo, cujos indicadores epidemiológicos para obter o certificado de eliminação do tracoma
como causa de cegueira junto a OMS são: menos de um caso de triquíase tracomatosa por 1.000
habitantes e menos de 5% de tracoma ativo, em crianças menores de 10 anos, em todas as
comunidades ou bairros de um município.
Sífilis
Foram analisadas 248 amostras sorológicas pertencentes a todas as faixas etárias pelo
procedimento clássico de Veneral Disease Research Laboratories (VDRL), para detecção de
anticorpos anticardiolipínicos, também chamados reaginas, que serviu para triagem, quanto à
pesquisa de anticorpos para os títulos no VDRL até 1/16 foi confirmado com Absorção de
Anticorpos Treponêmicos Fluorescentes (FTA-Abs) para o Treponema pallidum segundo o Kit da
Wama Diagnostic.
Das 248 amostras sorológicas analisadas pelo VDRL, 49 (19,7%) foram reagentes para
sífilis primária e secundária. A frequência de anticorpos IgG (FTA-Abs) para o Treponema
pallidum em títulos baixos (40/88) foi de 45,4% para ambos os sexos. Diante do exposto, o
compromisso de monitoramento da sífilis permanece um grande problema de saúde pública no Pará
e no Brasil.
Clamídia Genital
Para a detecção de anticorpos anti-Chlamydia trachomatis foi utilizado o teste
imunoenzimático
Chlamydia trachomatis IgG (Diagnostic Automation Inc.) que detectou
anticorpos contra o gênero Chlamydia. A microplaca é sensibilizada com antígenos do sorotipo L2
de Chlamydia trachomatis, comum a todas as espécies do gênero.
O método por Imunofluorescência Direta para Chlamydia trachomatis (IFD) foi
utilizado visando o diagnóstico das cervicites nos testes de rotina.
Cervicites
Dos testes de IFD realizados em 144/184 (78%) foi confirmada a presença de Clamídia.
Uretrite
Suspeitos de uretrite não gonocócica (UNG) 46/58 (79%) foram confirmados pelo teste
de IFD.
Vaginoses e Vaginites
O método de Gram foi utilizado para avaliar as vaginoses e vaginites. Realizou-se 93
bacterioscopias, 66 a fresco . Nos testes pelo método A fresco foi encontrado dois casos de
Trichomonas vaginalis.
85
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Relatório de Gestão/2011
Cultura inespecífica
Foram realizadas 23 culturas inespecíficas, com isolamento para agentes de interesse de
DST, e um antibiograma.
Clamídia de Ocular
Tracoma
Há dez anos o Instituto Evandro Chagas vem oferecendo apoio laboratorial ao
diagnóstico de tracoma. No ano de 2011, 114 pessoas com doença clínica foram encaminhadas à
Seção de Bacteriologia e Micologia (SABMI) na faixa etária de 5 a 80 anos de ambos os gêneros,
cinquenta e um por cento foram confirmados com infecção ativa de tracoma inflamatório folicular
(TF). Os seus contatos foram captados pelo laboratório de DST/Tracoma.
Olhos vermelhos, prurido e lacrimejamento foram relatados como sintoma mais
frequente, seguido de sensação de corpo estranho como, areia nos olhos, manifestação clínica
clássica. Entretanto atributos que favorecem o desenvolvimento de alergias estão presentes em
nosso clima equatorial. Em crianças de 3 a 10 anos de idade e menores de 11 a 18 anos 4/8 (50%)
respectivamente, não se obteve diferença de prevalência dos casos que apresentaram TF. Foi
observado demanda maior de adultos sintomáticos 43/98 (43,9%), variando a faixa etária de 19 a 80
anos. Uma amostra de 35/114 (30,7%) realizaram testes de IFD. Estes resultados denotam a
necessidade de se obter mais apoio das Secretarias Estaduais e Municipais de Saúde.
Recomendamos capacitar profissionais da área para detecção, controle e monitoramento de situação
epidemiológica do tracoma no estado do Pará e adotar atividades de educação em saúde, com
enfoque em medidas de controle e prevenção. Além disso, recomendamos instituir medidas
assistenciais dessa natureza, como tratamento em massa e busca ativa de casos, com objetivo de
diminuir a circulação da clamídia na comunidade. Todos os casos e seus contatos intradomiciliares
foram encaminhados ao serviço de origem para tratamento com Azitromicina de uso sistêmico e
seguimento de cura após registros em formulários do MS específicos para o controle do agravo.
Laboratório de Hanseníase
Tabela 39
Nº de pacientes atendidos nos municípios de Curionópolis, Serra Leste e Redenção para controle da
Hanseníase, através dos testes de Ml Flow e Elisa no ano de 2011
Atividade
Relatório
Técnico
Campanha de
diagnóstico da
hanseníase
Rotina
Local/Período
Curionópolis-PA/09 a
24/02/2011
Serra Leste (Serra
Pelada) : 09 a
23/06/2011
Redenção:
12 a 27/09/2011
01.01 a 31.12.2011
Nº Pacientes
Atendidos
Positividade ao
teste Ml Flow
Positividade ao
teste Elisa
Total
559
37/314 (11,78%)
15/559 (2,68%)
873
666
14/49 (28.57%)
65/666 (9.75% =
10%)
715
717
32/166 = 19.27%
30/717= 4.18%
883
148
23
117
Total Geral
148
2.619
Fonte: Seção de Bacteriologia e Micologia/IEC/SVS/MS
Laboratório de DST/Tracoma
a) Busca ativa do projeto de pesquisa Perfil da Infecção por Clamídia em grávidas:
Aspectos diagnósticos e preventivos em andamento, Belém e Ananindeua;
b) Busca Ativa de Casos de Tracoma para o Treinamento nas Ações de Diagnóstico e Controle
do Tracoma, São Gabriel da Cachoeira, AM de 22 a 26/10/2011.
86
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Relatório de Gestão/2011
Cooperação Técnico-Científica com Instituições Parceiras
Projeto: Diversidade de micobactérias em pacientes HIV positivos atendidos pelo
Hospital Universitário João de Barros Barreto em Belém Pará em parceria com a
Universidade Federal de Pará (UFPA);
Projeto: Perfil epidemiológico e molecular de Pseudomonas aeruginosa, isolados de
amostras clínicas de pacientes internados em unidade de terapia intensiva de um hospital
sentinela de Belém Pará;
Projeto: Avaliação do padrão de resistência, epidemiológico e genético dos casos de
tuberculose encaminhados para teste de sensibilidade no Pará em parceria com a
Universidade Federal do Pará (UFPA);
Projeto: Heterogeneidade genética de isolados de Shigella spp no estado do Pará,
revelada por eletroforese de campo pulsado (PFGE). Laboratório de Enterobactérias e
Zoonoses Bacterianas do Instituto Oswaldo Cruz-FIOCRUZ;
Projeto: Caracterização genética de Serratia marcescens proveniente de ambiente
hospitalar Santa Casa de Misericórdia;
Projeto: Infecções Fúngicas Sistêmicas em Pacientes portadores do HIV-1 em parceria
com a Universidade Federal do Pará (BAIP/UFPA) Laboratório de Virologia - Tese de
Doutorado;
Projeto: Diagnóstico sorológico da paracoccidioidomicose utilizando partículas de látex
em parceria com a Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP/EPM), Laboratório de
Sorologia das Micoses.
b.1.5 Ações de estudos parasiotológicos
O Laboratório de Parasitoses Intestinais e Malacologia do IEC, executa as ações de
vigilância epidemio-molecular de doenças veiculadas por caramujos na Amazônia; diagnóstico
coproscópico e sorológico da esquistossomose; diagnóstico coproscópico das parasitoses intestinais
(helmintos e protozoários); diagnóstico sorológico da toxocaríase humana; diagnóstico diferencial
das amebíases por métodos moleculares.
b.1.5.1 Malacologia
A Malacologia estuda os vetores da esquistossomose, sua distribuição geográfica,
epidemiologia e a prevalência da infecção em planorbideos das espécies Biomphalaria glabrata e
Biomphalaria straminea coletados em áreas urbanas ou rurais de Belém, do interior do Pará e
outras áreas da Amazônia Legal.
No período de estiagem (julho e Agosto/2010) foram avaliados 10 logradouros de
diferentes bairros de Belém: Guamá, Telégrafo, Sacramenta e Montese (ex-Terra Firme). Coletouse 509 caramujos com 408 vivos e 24 (5,8%) exemplares positivos para cercarias de S.mansoni.
(Tabela 40).
87
INSTITUTO EVANDRO CHAGAS
Tabela 40
Relatório de Gestão/2011
Distribuição e exame malacológico de caramujos coletados em bairros de Belém, Pará, 2010
Logradouro
Bairro
Coletados
Positivos
Vivos
Mortos
Espécie
N.S. da Guia
Sacramenta
26
-
20
6
B.glabrata
Pass. Boa Fé
Sacramenta
73
2
60
13
B.glabrata
Sub total
99
2
80
19
Pass. União
Telégrafo
40
1
38
2
B.glabrata
Pass. Brotinho
Telégrafo
23
9
21
2
B.glabrata
Sub total
Pass. Omega
Guamá
63
88
10
10
59
81
4
7
B.glabrata
Pass.Vitória
Guamá
42
-
41
1
B.glabrata
Pass. Abraão
Guamá
67
-
62
5
B.glabrata
Sub total
197
10
144
13
Pass. 6 de Set.
Montese
55
-
49
7
B.glabrata
Av. Perimetral
Montese
59
-
46
13
B.glabrata
Pass. Vitór. Régia
Total
Montese
35
150
2
2
30
125
5
25
B.glabrata
Fonte: Seção de Parasitologia/IEC/SVS/MS
Em 2011 os mesmos logradouros foram avaliados com 418 coletados, 402 vivos e
apenas 8 (2%) positivos para cercárias de S.mansoni (Tabela 41).
Tabela 41 Distribuição e exame malacológico de caramujos coletados em bairros de Belém, Pará, 2011
Logradouro
Pass. Stelio Maroja
Pass. Boa fé
Sub Total
Pass. União
Pass. Brotinho
Sub Total
Pres. Abraão
Pass. Omega
Pass. Rosa de Saron
Bairro
Sacramenta
Sacramenta
Telégrafo
Telégrafo
Guamá
Guamá
Guamá
Coletados
60
60
63
63
48
23
Positivos
2
2
5
Vivos
58
59
48
23
Mortos
3
4
4
Espécie
B. glabrata
B. glabrata
B. glabrata
B. glabrata
B. glabrata
B. glabrata
B. glabrata
Sub Total
Pass. Vitoria Régia
Montese
71
65
5
-
57
4
B. glabrata
Av. Perimetral
Pass. 6 de Setembro
Montese
Montese
85
74
1
83
74
1
2
B. glabrata
B. glabrata
418
8
402
-
-
Total
Fonte: Seção de Parasitologia/IEC/SVS/MS
As Tabelas 40 e 41 mostram os estímulos a que os caramujos foram submetidos para
obtenção dos resultados.
O Laboratório de Malacologia realizou ainda a identificação dos espécimes coletados
sendo identificados como Biomphalaria glabrata. Foram aplicadas técnicas clássicas (morfologia) e
de biologia molecular (PCR).
No Nordeste do Pará foram feitas coletas de caramujos nas localidades de
Cumarú/Quatipurú, Campo Grande, Primavera e Capanema com a captura de 36, 102, 36 e 228
88
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Relatório de Gestão/2011
caramujos vivos, respectivamente. Nenhum dos caramujos vivos foi encontrado infectado com
Schistosoma mansoni. ( Tabela 42).
Tabela 42 Nº de coletas de caramujos realizadas pelo IEC em localidades da região Nordeste do Pará em 2011
Município
Quantidade de Caramujos
Cumarú/Quatipurú
36
Campo Grande
102
Primavera
36
Capanema
228
Total
402
Fonte: Seção de Parasitologia/IEC/SVS/MS
No Bairro Cereja, na cidade de Bragança, foram coletados um total 1.609 caramujos da
espécie de B. glabrata com 6 caramujos positivos (0,4%) para S. mansoni.
b.1.5.2 Esquistossomose
A doença é diagnosticada por técnicas coproscópicas qualitativas e quantitativas. Os
indivíduos positivos recebem Praziquantel dose única no IEC ou nos serviços de saúde da rede
municipal para onde são encaminhados. O controle de cura é realizado de 60-90 dias depois da
medicação.
As tabelas 43 e 44 demonstram a distribuição dos exames parasitológicos de fezes para
diagnóstico de Esquistossomose mansônica, geohelmintos e protozoários realizados pelo IEC em
2011 dirigidos à população do Estado do Pará. Em total foram processadas 2.546 amostras de fezes
para detecção de parasitas intestinais, 19 colorações específicas para Cryptosporidium spp. e 487
amostras examinadas por método de Kato-Katz. Das 487 amostras processadas por método de
Kato-Katz, 20 foram positivas para S. mansoni (4,1%) com uma carga média de 128 ovos/grama de
fezes. De 491 amostras fecais examinadas por sedimentação, 120 amostras (24,4%) foram positivas
para outros helmintos intestinas. Todos os resultados dos exames parasitológicos de fezes foram
comunicados aos pacientes e, em caso de algum resultado positivo, os pacientes foram
encaminhados para tratamento adequado.
Tabela 43 Quantidade de exames coproscópicos realizados pelo IEC em 2011
Métodos
DIRETO
Total
2.546
Masc.
1.202
Fem.
1.344
FAUST
-
Masc
-
Fem.
-
SEDIM.
2.546
Masc.
1.202
Fem.
1.344
MIF
47
Masc.
20
Fem.
27
KINYOUN
19
Masc.
1
Fem.
18
Fonte: Seção de Parasitologia/IEC/SVS/MS
89
INSTITUTO EVANDRO CHAGAS
Relatório de Gestão/2011
Tabela 44 Diagnóstico da Esquistossomose mansoni realizado peloIEC em 2011
Métodos
Jan
Fev
Marc
Abr
Mai
Jun
Jul
Ago
DIRETO
27
31
13
18
18
29
42
47
Positivo S.m.
6
6
KATO27
31
12
18
18
27
42
46
KATZ
Posit. S.m.
2
1
-
-
Carga
Parasitária
40
24
(ovos por
grama)
SEDIM.
27
31
13
13
Posit. S.m.
Outros helm.
10
6
4
4
Total
81
93
38
38
Fonte: Seção de Parasitologia/IEC/SVS/MS
Set
53
-
Out
68
-
Nov
74
-
Dez
67
-
Total
492
15
53
68
74
67
487
-
2
7
1
1
2
2
1
20
-
192
208
392
328
4
24
40
128
18
9
54
29
3
10
85
42
5
21
126
46
5
139
53
2
20
159
68
7
204
74
16
222
67
5
6
201
491
18
120
b.1.5.2.1 Biologia celular
Estuda a interação entre os caramujos (vetor) e Schistosoma mansoni para esclarecer
mecanismos de defesa e observar mudanças fisiológicas durante a infecção em diferentes espécies
de Biomphalaria. Hemócitos, células de defesa do caramujo, são investigados a nível ultraestrutural e através de técnicas eletrofisiológicas (patch-clamp) ao longo da infecção.
Durante o ano foram realizados registros intracelulares como forma de testes do
Amplificador Axopatch 200B através dos seguintes testes:
a)Teste de ruído elétrico ;
b) Teste de compensação da capacitância da pipeta;
c) Resultados dos registros intracelulares a partir do registro de células piramidais os
quais estão demonstrados na tabela 45.
Foram ainda analisados Dosagem do Fator de Crescimento Neuronal (NGF) em 53
ratos (Hooded Lister) e 23 camundongos albinos inoculados com S. mansoni. Este trabalho
mostrou que a reação de produção de NGF no SNC ocorre mais rapidamente em modelos
resistentes do que nos suscetíveis.
Tabela 45 Resultados dos registros intracelulares realizados no IEC em 2011
Parâmetros Biofísicos
Média
Desvio Padrão
Potencial de Repouso (mV)
- 56,11
5,16
Limiar de Disparo (mV)
- 42,31
2,61
Resistência de Entrada (M )
530,50
203,58
Frequencia de Disparo (Hz)
31,05
13,00
Amplitude de Disparo (mV)
99,77
12,12
Tempo na Metade da Amplitude (ms)
1,02
0,21
Tempo de Despolarização (ms)
0,41
0,09
Tempo de Repolarização (ms)
0,70
0,17
Constante de Tempo (ms)
47,74
21,82
Fonte: Seção de Parasitologia/IEC/SVS/MS
Nota: n = 17 células
90
INSTITUTO EVANDRO CHAGAS
Relatório de Gestão/2011
b.1.5.3 Protozooses intestinais
O objetivo principal é realizar o diagnóstico de protozooses intestinais humanas por
diferentes técnicas tais como Direto, Sedimentação, MIF e Kinyoun, geralmente solicitadas pela
rede de saúde pública estadual ou municipal ou particular e serviço médico do IEC (em total 2.612
amostras em 2011, (Tabela 4).
Além dos diagnósticos, atende-se aos projetos internos (IEC) e trabalhos de colaboração
com outras instituições de pesquisa (UFPA, UEPA, e outras) e parceiros do IEC.
Realiza diagnóstico diferencial entre Entamoeba histolytica e E. dispar utilizando
ferramentas moleculares e cultivo do protozoário. Foi implantado o dignóstico coproscópico de
Cryptosporidium spp., através de coloração específica e por diagnóstico molecular. Ainda em apoio
à pesquisa foram realizados 536 exames e 319 exames para elucidação diagnóstica para Entamoeba
histolystica, Giardia lamblia e Cryptosporidium spp.
b.1.5.3.1 Toxocaríase humana
A doença é uma zoonose de difícil diagnóstico direto em humanos. Um ensaio
imunoenzimático indireto é aplicado para detecção de anticorpos IgG contra antígenos secretados
de Toxocara canis no soro humano (RIDASCREEN Toxocara IgG.
Nas tabelas 46 e 47 apresenta-se a quantidade de exames sorológicos para toxocaríase realizadas
em 2011. Em total, foram feitos 209 exames sorológicos em 2011 com 88 amostras positivas, 78
negativos e 43 inconclusivos, que corresponde a 42,1%, 37,3% e 20,6%, respectivamente. No período
de 2008 a 2011 a demanda de exames solicitados no IEC aumentou de 41 para 209 amostras anuais.
Tabela 46 Distribuição Mensal da Toxocaríase (RIDASCREEN Toxocara IgG), 2011
Mês
Janeiro
Fevereiro
Março
Abril
Maio
Junho
Julho
Agosto
Setembro
Outubro
Novembro
Dezembro
Atendidos
29
9
16
14
18
16
24
NA
NA
42
NA
41
Masc.
18
5
11
9
9
7
16
NA
NA
28
NA
27
130
Total
209
(62,2%)
Fonte: Seção de Parasitologia/IEC/SVS/MS
Fem.
11
4
5
5
9
9
8
NA
NA
14
NA
14
79
(37,8%)
Reagente
7
4
4
3
4
7
13
NA
NA
23
NA
23
88
(42,1%)
Não Reagente
12
3
8
6
10
4
9
NA
NA
14
NA
12
Inconclusivo
10
2
4
5
4
5
2
NA
NA
5
NA
6
78 (37,3%)
43 (20,6%)
Tabela 47 Diagnóstico da Toxocaríase (RIDASCREEN Toxocara IgG) em 2011
Exames
78
Negativo
43
Inconclusivo
88
Positivos
Total
209
Fonte: Seção de Parasitologia/IEC/SVS/MS
Masc.
36
29
65
130 (62,2%)
%
46,2
67,4
73,9
Fem.
42
14
23
79 (37,8%)
%
53,8
32,6
26,1
Total
91
INSTITUTO EVANDRO CHAGAS
Relatório de Gestão/2011
b.1.5.3.2 Amebiase
No Laboratório de Amebíase é realizado o diagnóstico de protozooses intestinais
humanas por diferentes técnicas parasitológicas e imunológicas, solicitados pela rede de saúde
pública estadual ou municipal ou particular e serviço médico do IEC.
Realizou 539 exames em apoio a pesquisa, sendo: 140 para Entamoeba histolytica, 140
para Giardia lambliae 259 para Cryptosporidium sp. Realizou ainda, a elucidação diagnóstica de
319 amostras, das quais 70 para Entamoeba histolystica, 70 para Giárdia lamblia e 179 para
Cryptosporidium sp.
b.1.5.3.2.1 Cooperação Técnico-Científica com Instituições Parceiras
Realiza projetos integrados com outras Seções do IEC e com as seguintes
universidades:Universidade Federal do Pará (UFPA), Universidade do Estado do Pará (UEPA),
Universidade Federal Rural da Amazônia (UFRA) e Universidade Federal do Rio de Janeiro
(UFRJ), com ênfase em pesquisas epidemiológicas da amebíase, giardíase e cryptosporidiose em
humanos e animais.
Em parceria coma Secretaria Esatdual de Saúde do Acre, encontra-se em andamento o
Projeto: Avaliação epidemiológica, clínica e molecular dos casos de diarréia aguda em crianças
atendidas no Hospital da Criança e na Unidade de Pronto Atendimento do II Distrito, Rio Branco,
Acre.
b.1.5.4 Toxoplasmose
Em 2011 o Laboratório de Toxoplasmose deu continuidade às atividades já
desenvolvidas, como o apoio laboratorial aos projetos realizados em outras Seções do IEC e ao
diagnóstico sorológico em pacientes oriundos de outros municípios do estado do Pará.
Além das atividades rotineiras para estudo da toxoplasmose humana, com apoio de
estudantes e profissionais do Curso de Medicina Veterinária da UFPA (Campus: Castanhal), foram
concluídas as análise sorológicas em animais domésticos (Cães e gatos) e de produção (bovinos) da
área metropolitana de Belém.
No período de janeiro a dezembro de 2011 foram realizados 4.336 testes sorológicos
(RIFI e /ou ELISA), distribuídos conforme tabela 48.
Tabela 48
Quantidade de testes sorológicos para pesquisa de Toxoplasmose realizados no IEC em 2011
Seção
Jan
Fev
Mar
Abr
Mai
5
5
4
2
8
SAPAR
217
214
201
224
285
SAMAM
121
152
180
145
173
SOAMU
1
1
2
SAVIR
SABAC
2
2
5
6
4
SAHEP
3
3
2
3
SEVEP
8
3
1
2
MUNICIPIOS*
4
1
3
2
OUTROS**
TOCANTINS
110
Proj. UEPA
Proj. UFPA.1
Proj. UFPA.2
TOTAL
352
386
396
386
584
Fonte: Seção de Parasitologia/IEC/SVS/MS
Nota: * Abaetetuba, Bragança, Novo Repartimento, Salinópolis.
** Clínicas, hospitais e unidades de saúde de Belém.
- Sem informação.
Jun
3
262
142
7
3
1
4
154
576
Jul
2
34
144
7
1
9
1
198
Ago
11
11
156
2
5
1
79
265
Set
59
7
133
6
3
1
209
Out
68
8
115
1
5
1
16
34
248
Nov
80
4
150
1
2
8
1
5
4
96
351
Dez
5
57
166
1
11
2
2
3
138
385
92
INSTITUTO EVANDRO CHAGAS
Relatório de Gestão/2011
b.1.5.4.1 Material biológico produzido
Para a RIFI foram produzidos cerca de 10 ml de antígeno íntegro concentrado, a cada
dois meses. Para MAD, técnicas sorológicas para diagnóstico de toxoplasmose animal, são
produzidos 10 ml de antígeno a cada seis meses. A utilização desses antígenos é somente para
demanda própria do laboratório.
b.1.5.4.2 Parcerias firmadas para o desenvolvimento de projetos oficiais ou não
a) Estudo da Toxoplasmose congênita: Análise sorológica do binômio mãe/neonato. Em
parceria com a UEPA e com a colaboração da Santa Casa de Misericórdia do Pará;
b) Investigação de Toxoplasmose em Manipuladores de Alimentos (Feirantes) em AnanindeuaPará, em parceria com a Faculdade de Medicina Veterinária UFPA;
c) Investigação de Toxoplasmose em Estudantes da Faculdade de Medicina Veterinária da
UFPA.
b.1.5.4.3 Dificuldades
A principal dificuldade para manutenção das atividades de pesquisa e de rotina no
Laboratório de Toxoplasmose em 2011 foi a falta de profissionais técnicos efetivos do quadro
institucional no referido laboratório. Atualmente, a equipe é composta apenas por um pesquisador
efetivo nomeado em novembro de 2011 e dois bolsistas de apoio técnico, que desenvolvem suas
atividades apenas no turno da manhã, fato que compromete consideravelmente a rotina do
laboratório.
b.1.5.5 Malária
Pesquisas Básicas
O Laboratório de Pesquisas Básicas em Malária abrange as áreas de Parasitos e
Entomologia, abordagens essenciais para subsidiar as estratégicas de vigilância, controle e estudos
sobre os vetores de malária na região Amazônica. As linhas de atuação são direcionadas para a
caracterização dos aspectos da biologia, epidemiologia, diagnóstico e resistência in vitro e
molecular dos plasmódios humanos (Plasmodium falciparum e Plasmodium vivax); estudos sobre
drogas antimaláricas (qualidade e dosagem de níveis séricos); Avaliação Externa da Qualidade do
Diagnóstico Laboratorial da Malária Humana (AEQ-MAL); avaliação de métodos de diagnóstico
laboratorial de malária humana e determinação da forma de transmissão, espécies de mosquitos
envolvidos na transmissão e índice de infectividade das espécies de mosquitos. Vale ressaltar que
este Laboratório é Referência Nacional para a Amazônia quanto ao diagnóstico laboratorial de
malária (Memorando nº 298 /CGLAB/DEVEP/SVS/MS, de 21 de julho de 2004).
b.1.5.5.1 Exames realizados em apoio a pesquisa
b.1.5.5.1.1 Entomologia (Mosquitos Anofelinos)
No tabela 49 demonstra-se a quantidade de anofelinos coletados e identificados no
laboratório em 2011.
Tabela 49 Quantidade de anofelinos coletados e identificados em 2011
Ano
Quantidade avaliada
(detecção de infecção)
Quantidade avaliada
(detecção de fonte alimentar)
2011
1.829
-
Quantidade de anofelinos
coletados e identificados
(formas imaturas e adultas)
2.667
Fonte: Laboratório de Pesquisas Básicas em Malária/IEC/SVS/MS
93
INSTITUTO EVANDRO CHAGAS
Relatório de Gestão/2011
b.1.5.5.1.2 Parasitos
Tabela 50 Demonstrativo dos exames realizados em 2011
Exames
Técnica de Gota Espessa (GE) corada pelo método de Walker
Teste de Diagnóstico Rápido (TDR)
Técnica de Reação em Cadeia mediada pela Polimerase (Nested-PCR)
Fonte: Laboratório de Pesquisas Básicas em Malária/IEC/SVS/MS
Resultado
1.146 lâminas
150 testes
230 Reações
Exames realizados para elucidação diagnóstica
Técnica de Gota Espessa (GE) corada pelo método de Walker = 20 testes,
Técnica de Reação em Cadeia mediada pela Polimerase (Nested-PCR) = 25 Reações.
Investigações de campo realizadas
Local
Goianésia-PA
Porto Velho-RO
Goianésia-PA
Roraima-RR
Goianésia /PA
Itaituba/PA
Peixe-Boi/PA
Goianésia/PA
Vitória do
Xingu/PA, Senador
José Porfírio e
Anapu
Objetivo da viagem
Verificar a situação da malária (número de casos, local de transmissão, etc.), coletar
amostra(s) de sangue de pacientes com resultado de Gota Espessa (GE) positiva para
Plasmodium malariae detectado neste município e coletar formas adultas e imaturas de
mosquitos anofelinos par ao estudo da transmissão de malária neste município.
Realizar Bioensaio (prova de garrafas) para determinação da susceptibilidade dos
mosquitos anofelinos adultos aos inseticidas.
Coletar amostra(s) de sangue de pacientes com resultados de Gotas Espessas (GE)
positivas para Plasmodium falciparum e P. vivax detectados neste município, como
parte dos projetos de pesquisa intitulados Rede Paraense de Malária e Vigilância da
Expressão dos Genes para HRP2 e HRP3 em Plasmodium falciparum na América do
Sul: Uma avaliação Prospectiva no Brasil e coletar formas adultas e imaturas de
mosquitos anofelinos par ao estudo da transmissão de malária neste município.
coletar formas adultas e imaturas de mosquitos anofelinos par ao estudo da transmissão
de malária nestes municípios, atividade do projeto Vetores de Malária no Brasil:
Genética e Ecologia, financiado pelo NIH.
Coletar amostra(s) de sangue de pacientes com resultados de Gotas Espessas (GE)
positivas para Plasmodium falciparum e P. vivax detectados neste município, como parte
dos projetos de pesquisa intitulados Rede Paraense de Malária e Vigilância da
Expressão dos Genes para HRP2 e HRP3 em Plasmodium falciparum na América do
Sul: Uma avaliação Prospectiva no Brasil .
Coletar amostra(s) de sangue de pacientes com resultados de Gotas Espessas (GE)
positivas para Plasmodium falciparum e P. vivax detectados neste município, como parte
do projeto de doutorado intitulado Associação de polimorfismos do complexo de genes
KIR com infecção por Plasmodium falciparum e Plasmodium vivax em localidades de
dois municípios do estado do Pará e do projeto de pesquisa Vigilância da Expressão
dos Genes para HRP2 e HRP3 em Plasmodium falciparum na América do Sul: Uma
avaliação Prospectiva no Brasil e coletar formas adultas e imaturas de mosquitos
anofelinos para o estudo da transmissão de malária neste município, atividade do projeto
Vetores de Malária no Brasil: Genética e Ecologia, financiado pelo NIH.
Realizar Bioensaio (prova de garrafas) para determinação da susceptibilidade dos
mosquitos anofelinos adultos aos inseticidas
Coletar amostra(s) de sangue de pacientes com resultados de Gotas Espessas (GE)
positivas para Plasmodium falciparum e P. vivax detectados neste município, como parte
dos projetos de pesquisa intitulados Rede Paraense de Malária e Vigilância da
Expressão dos Genes para HRP2 e HRP3 em Plasmodium falciparum na América do
Sul: Uma avaliação Prospectiva no Brasil e coletar formas adultas e imaturas de
mosquitos anofelinos par ao estudo da transmissão de malária neste município.
Reconhecimento dos locais de coleta nos municípios visitados, referente projeto .
Monitoramento da transmissão de malária, leishmanioses e filariose
Período
02 e 10.02.2011
15 a 20.05.2011
12 a 17.06.2011
10.06 a 2.07.2011
24 a 30.07.2011
10 a 21.09.2011
03 a 05.11.2011
12 a 17.11.2011
07 a 10.12.2011
Quadro 7 Investigações de campo realizadas pelo Laboratório de Pesquisas Clínicas de Malária em 2011.
94
INSTITUTO EVANDRO CHAGAS
Relatório de Gestão/2011
Cooperação Técnico-Científica com Instituições Parceiras
Projeto de colaboração entre IEC/SVS/MS (Instituto Evandro Chagas) e CDC (Malaria
Branch, Division of Parasitic Diseases Centers for Disease Control and Prevention 4770 Buford
Highway Mailstop F-22 Atlanta, GA 30341) consolidado e em execução para detecção das
proteínas HRP2 e HRP3 em amostras de sangue total de indivíduos portadores de P. falciparum
procedentes do Estado do Pará, Atlanta Geórgia - USA, novembro/2011.
b.1.5.6 Doença de Chagas
O laboratório de doença de Chagas realiza atendimento de pacientes suspeitos de
estarem infectados com o Trypanosoma cruzi geralmente solicitadas pela rede de saúde pública
estadual, municipal, particular e serviço médico do IEC, mas também de demanda de projetos de
pesquisa no qual o laboratório é colaborador. Para tal, são realizadas as seguintes atividades:
a) Testes sorológicos de hemaglutinação (HEMA) e reação de imunofluorescência indireta
(RIFI), Quantitative Buffy Coat (QBC);
b) Xenodiagnósticos: utilizando triatomíneos provenientes de colônia mantidas no insetário do
laboratório, que são alimentados através de um sistema artificial;
c) Hemocultura: cultura de parasitos em sistema artificial, para posterior isolamento e
criopreservação.
Também são realizadas atividades de captura de vetores e reservatórios do T. cruzi em
localidades de todo o Estado. Em geral, esse tipo de atividade são realizadas nessas localidades
devido à ocorrência de caso(s) ou surtos de doença de Chagas aguda.
Desta forma, o resumo numérico das atividades desenvolvidas durante o ano de 2011 é
apresentado abaixo:
b.1.5.6.1 Exame em humanos
Um total de 1.974 pacientes foi atendido nas dependências do laboratório de Chagas no
ano de 2011. Deste total, 88 foram positivos para a presença de T. cruzi, detectados utilizando as
técnicas convencionais acima descritas.
b.1.5.6.1.1 Exames sorológicos
No ano de 2011 foram realizadas 1.598 reações de imunofluorescência indireta (RIFI) e
3.607 hemaglutinações (HEMA).
b.1.5.6.1.2 Exames parasitológicos
Foram utilizados 307 exames utilizando kits QBC, dos quais 54 tiveram leitura positiva.
Quanto as hemoculturas, 387 tubos de cultura foram semeados, dos quais 44 se encontram
positivos. Das amostras de sangue de pacientes, foram realizados 279 xenodiagnósticos utilizando
ninfas de 3° estádio, provenientes das colônias do laboratório, dos quais 29 foram positivos, 208
negativos e 42 ainda estão em andamento.
95
INSTITUTO EVANDRO CHAGAS
Relatório de Gestão/2011
b.1.5.6.2 Exames em animais coletados em campo
Das duas expedições realizadas foram coletados 30 espécimes, entre marsupiais e
roedores. Amostras de sangue destes animais foram coletadas a fim de se verificar a infecção
natural por T. cruzi/T. rangeli. Das amostras obtidas dos espécimes coletados na 1ª expedição,
foram feitos 23 tubos de hemocultura, dos quais 6 foram positivos, 17 negativos e 3 já foram
isolados e criopreservados. Exames de xenodiagnósticos também foram realizados (14), sendo dois
positivos, 12 negativos e nenhum isolamento foi obtido.
Das amostras da 2ª expedição, foram feitos 16 tubos de hemocultura, e 16 testes de
xenodiagnósticos, os quais ainda estão em andamento.
b.1.5.6.2.1 Triatomíneos coletados em campo
Durante as viagens mencionadas no item 2, coletas de vetores também foram realizadas,
totalizando 76 espécimes, dos quais 9 foram positivos, 1 negativo, 47 foram destinados a
colonização em laboratório, 19 morreram e 3 isolamentos foram feitos a partir destes espécimes.
b.1.5.7 Malária
Ensaios clínicos
O Laboratório de Ensaios Clínicos em Malária estuda todos os aspectos clínicolaboratoriais e epidemiológicos da malária em nosso Estado, tendo contribuído com estudos
meticulosos de avaliação da resposta dos plasmódios aos antimaláricos de uso oficial segundo o
Manual de Terapêutica de Malária do Ministério da Saúde do Brasil.
Este laboratório, cumprindo com seu papel dentro desta Instituição, colheu e examinou
3.120 (três mil, cento e vinte) lâminas, das quais 260 (duzentas e sessenta) foram positivas, de
acordo com a tabela 51, que está relacionando apenas as lâminas realizadas no primeiro dia de
atendimento:
Tabela 51 Resultado das lâminas examinadas no primeiro dia de atendimento em 2011
Tipo de Malária
Quantidade de lâminas
P.vivax
232
P. falciparum
20
Infecção mista
08
Fonte: PECEM/IEC/SVS/MS
Cumpre ressaltar que sendo a malária uma patologia febril, o sinal clínico febre é o
principal motivo pelo qual os pacientes procuram o serviço. Enquanto os pacientes aguardam o
resultado do exame parasitológico para malária, os médicos (do quadro efetivo ou colaboradorprojetos de pesquisa) realizam uma anamnese minunciosa e de posse de alguns exames
laboratoriais realizados nos serviços de apoio do IEC conseguem diagnosticar e encaminhar para
tratamento de diversas patologias, particularmente Febre tifóide, Leishamniose visceral, Dengue,
Doença de Chagas, Hepatites B e C, Infecção Urinária, dentre outras. Essa atividade tem permitido
não somente prestar assistência à população (em sua grande maioria carente de recursos sociais e
econômicos) como tem permitido comparar manifestações clínicas comuns à malária e outras
patologias, ao mesmo tempo em que possibilita diagnosticar co-infecções, que muitas vezes
modificam o curso clínico da malária, com possível interferência na resposta terapêutica. A parceria
que desse modo se estabelece entre os diversos serviços do IEC, inclusive com o Laboratório de
Análises Clínicas é a nosso ver, de fundamental importância pois desse modo os esforços são
96
INSTITUTO EVANDRO CHAGAS
Relatório de Gestão/2011
canalizados, com reflexos positivos na qualidade do atendimento prestado, com economia de
recursos humanos e material.
Em 2011, o IEC procurou sempre alcançar os objetivos para os quais foi criado, apesar
das dificuldades como as deficiências de pessoal qualificado (ex. médicos, laboratoristas...), de
orçamento, e de equipamentos. Com relação a pessoal, o Laboratório recebeu uma médica
infectologista para contribuir com a elucidação diagnóstica da malária, com o tratamento e
acompanhamento do paciente.
A falta de um banco de dados adequadamente organizado, que há muito vínhamos
pleiteando já está sendo implantado no Laboartório, ainda em fase de adaptação.
A principal ação do Laboratório de Ensaios Clínicos em Malária (PECEM) está
centrada no atendimento ao paciente portador de malária para realização de diversas pesquisas
clínicas com apoio laboratorial, técnicas de biologia molecular e imunologia. Os benéficos são
obtidos de imediato, na instituição do tratamento e a médio e curto prazo revelando o efeito
terapêutico das drogas utilizadas bem como os eventuais efeitos colaterais com os resultados das
pesquisas divulgadas em eventos científicos, em publicações (teses, dissertações). Indiretamente,
há também a considerar a satisfação de nossos pacientes, ao ter seu diagnóstico estabelecido, num
atendimento realizado por uma equipe que busca a humanização na relação com o paciente.
Os objetivos são atingidos pelo trabalho conjunto da equipe com apoio da direção do
IEC, sempre que solicitada.
Em nosso entendimento, cumprimos com nossa meta: Ensaios clínicos e terapêuticos
em malária, através do recebimento e seleção de casos de malária de diversas localidades da Região
Amazônica e mesmo de garimpos situados em Paises limítrofes, ratificando a idéia de que a
pesquisa sobre o tema deva ser realizada in vivo com o apoio dos estudos in vitro.
Por ter contato diretamente com os pacientes com malária, impõe-se seu tratamento e
acompanhamento, bem como o rastreamento de patologias febris em pacientes que procuram o
serviço.
Para a execução de nosso objetivo é fundamental a equipe do laboratório, pois é a partir
do diagnóstico microscópico confirmativo de malária que o paciente é convidado a ingressar em
nossas pesquisas.
O laboratório de diagnóstico microscópico de malária possui atualmente dois
microscopistas capacitados na função que exercem, cedidos pela Secretaria Municipal de Saúde do
Município de Belém e oriundos da FUNASA por ocasião da descentralização, sendo igualmente
capazes de realizar outros diagnósticos de interesse, como o encontro do Tripanosoma cruzii,
agente etiológico da doença de Chagas que vem determinando importante morbimortalidade no
Estado do Pará. Participam também no acompanhamento dos pacientes, ao realizar o controle do
número de parasitas por mm3 de sangue nas sucessivas vindas do paciente durante a realização do
tratamento e do controle de cura. Não menos importante, são os Agentes de Saúde, igualmente
cedidos pela Secretaria Municipal de Saude de Belém ,que registram os dados dos pacientes nas
fichas de notificação do Sistema de Vigilância da Malária Ministério da Saúde (Sivep Malária) e
realizam um inquérito preliminar para verificar o possível local de infecção do caso de malária.
O atendimento clínico é realizado por médicos com o apoio de uma agente de saúde,
que realiza a coleta de exames de apoio diagnóstico e no preenchimento das fichas de coleta de
dados. É nessa oportunidade que os dados clínicos e terapêuticos, dentre outros, são consolidados
Em ambos os setores, é freqüente a presença de estudantes de graduação ou de pósgraduação que auxiliam a equipe do PECEM, ao mesmo tempo que adquirem e compartilham
conhecimentos.
97
INSTITUTO EVANDRO CHAGAS
Relatório de Gestão/2011
A equipe do PECEM não mede esforços para elucidar o diagnóstico do paciente febril e
investigar co-infecções que possam estar influenciando no curso evolutivo da malária. Nesse
particular conta com o apoio de vários setores do IEC, numa parceria que é de todo benéfica para a
Instituição que cada vez mais se firma como um Centro de Referência não somente para a
comunidade científica, mas para o público em geral, que pelo pagamento de seus impostos e
tributos é responsável por grande parte das verbas destinadas à Instituição pelo governo federal. As
parcerias com as instituições de ensino superior também contribuíram para o cumprimento dos
objetivos, com a participação de seu corpo discente em estágios, de docentes em atividades de pósgraduação ou mediante fomento. Sobre este último item citam-se as verbas obtidas junto à Sectam
para o desenvolvimento de uma pesquisa científica sobre malária e outras co-infecções na gravidez
(tese de doutoramento), junto à Universidade do Estado do Pará (trabalho científico), junto à
Universidade Federal do Pará (dissertação de mestrado), junto à Fiocruz (tese de doutoramento) e
junto a Universidade Federal de São Paulo ( tese de doutorado ).
Um total de 3.120 lâminas examinadas pelo PECEM no ano de 2011 é prova
incontestável de que a população sabe onde buscar um diagnóstico confiável de malária e
consequentemente o tratamento. Em geral, mostra-se disposta a colaborar nos ensaios clínicos e
terapêuticos, sendo-lhes fornecidos os resultados de exames laboratoriais que possam ser úteis para
o entendimento de sua patologia.
Os gastos financeiros no PECEM foram relacionados às atividades desempenhadas e
constaram sobretudo de material de consumo. O material permanente adquirido foi para dar
viabilidade à execução das atividades de rotina. Houve também despesas relacionadas à capacitação
dos servidores, em viagens para realização de testes imunológicos não realizados no IEC com vistas
a finalizar os resultados de tese de doutoramento e também para o aprimoramento do conhecimento
em eventos científicos relacionados à malária.
b.1.5.8 Leishmanioses
As atividades de rotina dizem respeito aos exames laboratoriais realizados em demanda
espontânea de indivíduos que procuram o laboratório de leishmanioses do IEC para diagnóstico das
leishmanioses tegumentar (leishmaniose cutânea) ou visceral ( kalazar ). Desse modo, em se
tratando da leishmaniose tegumentar, foram atendidos, no ano de 2011, 228 indivíduos portadores
de sinais clínicos da doença, cujos resultados revelaram 106 (46.5%) casos positivos, com
freqüência de 67 (63.2%) casos diagnosticados através de exame parasitológico e imunológico
(reação intradérmica de Montenegro = RIM); 27 (25.5%) através somente do exame parasitológico;
e 12 (11.3%) através somente do exame imunológico (RIM). Portanto, com média de 8.8 casos/mês.
Em relação à leishmaniose visceral ou kalazar , foram atendidos 425 indivíduos com
sinais e sintomas sugestivos dessa protozoose, cuja reação sorológica de imunofluorescência
indireta (IgG) confirmou o diagnóstico da doença em 115 (27%) indivíduos examinados, com
média de 9.5 casos/mês.
Além dos casos humanos, foram realizados também 149 atendimentos de cães com
sinais clínicos suspeitos de leishmaniose visceral canina, cuja reação sorológica de
imunofluorescência indireta (IgG) confirmou o diagnóstico da doença em apenas 8 (5.5%) cães.
Com respeito às atividades de pesquisa, faz-se importante salientar o trabalho que vem
sendo realizado em parceria com as secretarias de saúde dos municípios de Bujarú e Barcarena,
onde estão sendo realizados dois projetos de pesquisa, visando entender não só a dinâmica, como
também, o comportamento da infecção humana e canina, respectivamente, por Leishmania (L.)
chagasi, o agente da leishmaniose visceral nesses dois hospedeiros. Assim sendo, o Laboratório de
Leishmanioses realizou no período de agosto-outubro/2011 um inquérito epidemiológico na área de
abrangência da localidade Tracuateua, no município de Bujarú, período no qual foram examinados
98
INSTITUTO EVANDRO CHAGAS
Relatório de Gestão/2011
1.144 indivíduos, a partir de um ano de idade, residentes na referida área, pertencentes a 291
famílias (média de 3.9 indivíduos/família), aos quais foram realizadas as provas da reação de
imunofluorescência indireta (IgG-RIFI) e reação intradérmica de Montenegro (RIM), visando o
diagnóstico da infecção humana por L. (L.) chagasi. Desse modo, esses testes laboratoriais, RIFI e
RIM, possibilitaram diagnosticar 149 pessoas portadoras da infecção pela L. (L.) chagasi, o que
representa uma taxa de prevalência da infecção de 13% na área do estudo. Além disto, faz-se
importante salientar ainda, que, felizmente, não foi diagnosticado nenhum caso grave da infecção,
ou seja, nenhum caso de leishmaniose visceral ou kalazar em atividade. Entretanto, foram
confirmados 8 (5.4%) casos com história recente da leishmaniose visceral (até dois anos atrás), que
já haviam sido tratados e que não apresentavam mais sinais da doença. Desse modo, além destes 8
casos que já tinham feito tratamento para a doença, foram diagnosticados, ainda, 141 (94.6%) casos
da infecção assintomática, dos quais, 32 (21.5%) eram casos recentes da infecção.
Em adição ao inquérito humano, foi realizado ainda no município de Bujarú, localidade
Tracuateua, um inquérito entomológico, no período de 05 a 10/12/2011, com objetivo de
verificação da fauna flebotomínica e de pesquisa de infecção natural por Leishmania sp. Foram
coletados 699 flebotomíneos (482 machos e 217 fêmeas) de 10 espécies diferentes, sendo três
espécies (Lutzomyia longipalpis, Lutzomyia antunesi e Lutzomyia flaviscutellata) consideradas
vetoras de leishmanioses. Entretanto, nenhuma infecção natural foi encontrada nesse material.
O outro inquérito epidemiológico foi realizado na localidade Santa Maria, no município
de Barcarena, onde foram examinados, através da RIFI (IgG) e RIM, 285 cães, visando o
diagnóstico da infecção. Do total examinado, foi confirmada a infecção em 90 cães, com
prevalência de 31.6%, sendo 85 (29.8%) pela RIFI e 5 (1.8%) pela RIM.
b.1.5.9 Imunologia
O Laboratório de Imunologia abriga atividades relacionadas a epidemiologia e
imunologia aplicada às leishmanioses. Em 2011, deu-se continuidade às pesquisas em dois
municípios do oeste do Pará (Santarém e Juruti), onde é significante a degradação ambiental pelo
acelerado processo de ocupação e transformações ambientais: os estudos sobre epidemiologia
molecular da Leishmaniose Tegumentar objetivam elucidar a distribuição geográfica das espécies e
a diversidade genética interespecífica, além de investigar associações entre agente etiológico,
aspectos clínicos da Leishmaniose Tegumentar e resposta ao tratamento. O tema é objeto de uma
dissertação de Mestrado e uma tese de Doutorado.
As pesquisas sobre Leishmaniose Visceral são centradas na identificação e
caracterização das áreas de risco para futuras intervenções e incluem estudos de
entomoepidemiologia, soroepidemiologia e diagnóstico da infecção humana e canina. Uma pesquisa
sobre Leishmaniose Visceral conduzida pela equipe do Laboratório de Imunologia no município de
Barcarena foi concluída em 2011. Neste mesmo ano, um outro tema foi também abordado pelo
grupo
tracoma, uma doença ocular que causa cegueira
dada a necessidade de atender às
demandas regionais. A pesquisa sobre Tracoma foi realizada no Estado do Amapá e finalizada em
2011. Os resultados dos estudos conduzidos em Barcarena (Leishmaniose Visceral) e no Amapá
(tracoma) geraram bases para o planejamento de ações de vigilância e controle dessas doenças nas
respectivas áreas e foram objeto de dissertações de mestrado em um Programa de Mestrado
Profissional da Fiocruz.
Um interesse recente é o estudo da Ehrlichiose canina, haja vista a semelhança da
doença com a leishmaniose visceral canina. O tema é objeto de uma dissertação de mestrado já em
curso. Algumas das principais atividades realizadas em 2011 estão elencadas abaixo:
99
INSTITUTO EVANDRO CHAGAS
Relatório de Gestão/2011
b.1.5.9.1 Realizações
a) Epidemiologia molecular Leishmaniose tegumentar (Juruti e Santarém)
- Identificação de espécies causando leishmaniose tegumentar nos municípios de Juruti e
Santarém, localizados no oeste do Estado do Pará
- Introdução de novas técnicas para o diagnóstico molecular da LT (novos oligonucleotídeos
e PCR-RAPD)
- Isolamento de Leishmania de amostras de pele de pacientes suspeitos de LTA de Juruti e
Santarém
b) Estudos epidemiológicos com uso de base de dados e geoprocessamento
- Leishmaniose visceral (Barcarena) - SINAN
- Tracoma (Amapá) - SINAN
- Leishmaniose tegumentar (Santarém)
dados primários
c) Conclusão do monitoramento entomológico de L. longipalpis em Juruti
b.1.5.9.2 Resultados Alcançados
b.1.5.9.2.1 Projetos
Leishmaniose visceral em Barcarena
Perfil epidemiológico recente da LV em Barcarena (2004 a 2008) e principais áreas de
risco descritas para orientar ações de vigilância e controle. Ocorreram 201 casos novos de LV no
período, mas com redução anual do coeficiente de incidência por 100 mil habitantes,
respectivamente: 76,8; 82,3; 55,2; 27,0 e 25,6 (p<0,0001). A taxa de letalidade foi zero, exceto em
2007 (4,2% = 1 óbito). Os meses com maior número de novas ocorrências foram dezembro (23),
janeiro (24) e maio (26) em relação aos demais (12 a 20) no período. Crianças menores de 05 anos,
do sexo masculino e da zona rural foram mais atingidas (p<0,05), mas a proporção anual de casos
novos nos extremos de idades (<5 e >60) também reduziu (p<0,05). A confirmação laboratorial de
LV prevaleceu sobre o diagnóstico clinico-epidemiológico isoladamente. Em 2004, confirmou-se a
maioria dos casos pelo exame parasitológico direto (60%) e o restante pela Imunoflourescência
indireta - IFI (40%). A partir de 2005 ocorreu o inverso e a IFI confirmou a maioria dos casos
novos (2005: 54%; 2006: 71%; 2007: 86% e 2008: 90%). Houve registro de esquemas de
tratamento com período menor ou maior do que o recomendado pelo Ministério da Saúde nos 05
anos (30%). A análise de Kernel revelou circuitos de produção de casos de LV no centro e norte de
Barcarena, abrangendo as localidades Santa Maria, Bacuri e Araticu, zona rural de floresta densa e
estradas antropizadas, assim como a localidade de Aipi e áreas limites da sede urbana.
Leishmaniose visceral em Juruti
Monitoramento entomológico de L. longipalpis em áreas de transmissão (interface
urbano rural): Foi concluído em junho de 2011 e é parte de uma tese de doutorado.
100
INSTITUTO EVANDRO CHAGAS
3000
Relatório de Gestão/2011
L. longipalpis
Outras espécies
Preciptação
800
Número de Flebotomíneos
A
600
2000
500
1500
400
300
1000
200
500
100
0
ju
l/0
ag 9
o/
09
se
t/0
9
ou
t/0
9
no
v/
09
de
z/
09
ja
n/
10
fe
v/
10
m
ar
/1
0
ab
r/1
0
m
ai
/1
0
ju
n/
10
ju
l/1
ag 0
o/
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t/1
0
ou
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0
no
v/
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de
z/
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ja
n/
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fe
v/
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m
ar
/1
1
ab
r/1
1
m
ai
/1
1
ju
n/
11
0
Preciptação Mensal Acumulada (mm)
700
2500
3000
800
Número de Flebotomíneos
B
600
2000
500
1500
400
300
1000
200
500
Preciptação Mensal Acumulada (mm)
700
2500
100
0
ju
l/0
ag 9
o/
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se
t/0
9
ou
t/0
9
no
v/
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de
z/
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n/
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v/
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m
ar
/1
0
ab
r/1
0
m
ai
/1
0
ju
n/
10
ju
l/1
ag 0
o/
10
se
t/1
0
ou
t/1
0
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de
z/
10
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n/
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m
ar
/1
1
ab
r/1
1
m
ai
/1
1
ju
n/
11
0
Meses
Figura 20
Número de flebotomíneos capturados nas localidades Paraense (A) e Santa Maria (B), de julho de 2009 a
junho de 2011, e os índices de precipitação pluvial para o mesmo período no município de Juruti, Pará.
Tracoma no Amapá
Aspectos epidemiológicos do tracoma em escolares descritos nos municípios do estado
do Amapá (15/16) com índice de desenvolvimento humano abaixo da média nacional. Utilizaram-se
os dados do inquérito epidemiológico nacional de tracoma, ocorrido no estado entre maio e
setembro de 2007. As prevalências e taxas de detecção do tracoma foram calculadas por município
na amostra de escolares (n= 6766) e o perfil epidemiológico composto com as variáveis disponíveis
no banco de dados: sexo, idade e zona de localização das escolas. O 2 da independência, testes
binomial (duas proporções) e G (Williams) detectaram diferenças entre os grupos. Investigou-se a
associação entre prevalência do tracoma e variáveis socioeconômicas dos municípios (Pearson):
IDH, densidade demográfica, renda per capta, percentual de pessoas dispondo de água encanada, de
coleta de lixo e analfabetos maiores de 25 anos. Uma análise geoestatística (Kernel) identificou
aglomerados de casos prevalentes. Houve especial referência ao município com a mais alta
prevalência. O tracoma folicular, única forma diagnosticada nos escolares, ocorreu em 100% dos
municípios. A prevalência no Amapá foi de 6%. Observou-se maior e menor prevalência da doença
nos municípios de Santana (10,3%) e Vitória do Jari (1,3%), respectivamente. A taxa de detecção
do tracoma foi mais elevada em indivíduos do sexo feminino, da zona rural e entre 5 e 9 anos de
idade. Houve associação positiva moderada entre prevalência do tracoma e o percentual de pessoas
em domicílios com água encanada. Em Santana, os bairros que apresentaram as maiores
prevalências foram Centro, Paraíso e Área Portuária.
101
INSTITUTO EVANDRO CHAGAS
Relatório de Gestão/2011
Leishmaniose tegumentar em Santarém
Os dados abaixo são objeto de um manuscrito em fase de redação que será enviado
brevemente para publicação em revista indexada.
Tabela 52
Perfil demográfico, clínico e diagnóstico etiológico de 61 casos de leishmaniose cutânea entre pacientes
atendidos no Centro de Controle de Zoonoses de Santarém, de 27/01/2010 a 13/07/2011
Dados
Número
Frequência (%)
masculino
51
84
feminino
10
16
61
100
Sexo
Número
Frequência (%)
única
39
64
múltiplas
21
34
Lesão (número)
NI*
Idade (anos)
1
2
61
100
Lesão (tipo)
10 | | 18
7
11
ulcerosa
37
60,5
19 | | 27
17
28
placa
3
5
28 | | 36
20
33
papulosa
1
1,5
37 | | 45
12
20
NI
20
33
46 | | 54
2
3
61
100
55 | | 63
3
5
61
100
Tempo de doença (meses)
Lesão (localização)
0,6 | | 1
12
20
membros inferiores
31
51
1,1 | | 2
15
24,5
membros superiores
11
18
2,1 | | 3
9
15
superiores e inferiores
5
8
3,1 | | 4
5
8
cabeça
2
3
4,1 | | 5
1
1,5
tronco
3
5
5,1 | | 6
1
1,5
NI
9
15
6,1 | |12
3
5
NI
15
24,5
61
100
61
100
Gênero Leishmania
23
38
Subgênero Viannia
17
28
Procedência
Etiologia**
PARÁ (municípios)
Alenquer
1
2
Anapu
1
2
Belterra
7
11
Novo Progresso
2
3
L. (V.) braziliensis
12
20
Placas
2
3
L. (V.) lainsoni
3
5
Prainha
14
23
L. (V.) naiffi
2
3
Santarém
32
52
L. (L.) amazonensis
4
6
1
2
61
100
AMAZONAS (município)
Itaquatiara
GUIANA FRANCESA (área NI)
Garimpo
1
2
61
100
Fonte: Laboratório de Imunologia/SAPAR/IEC
Nota: *NI = Não identificado; **Determinada pelas PCRs : SSUr e G6PD; RFLP de ITs e Hsp70_234;
102
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Relatório de Gestão/2011
b.1.5.9.2.2 Número de Exames Realizados em Apoio à Pesquisa em 2011
Tabela 53
Número de exames realizados em 2011 para o diagnóstico etiológico da leishmaniose tegumentar por
meio de métodos parasitológicos e moleculares em 76 amostras de pele de indivíduos com lesão suspeita
de LT
Exames
Cultura
PCR SSUrDNA
PCR G6PD
PCR ITs
PCR hsp70
Total
Santarém
50
57
30
70
70
277
Juruti
14
14
11
6
6
51
Total
64
71
41
76
76
328
Fonte: Laboratório de Imunologia/SAPAR/IEC
Número de flebotomíneos identificados em 2011 (monitoramento entomológico)
Flebotomíneos capturados: 1.403;
Espécies identificadas na amostra: 25
b.1.6 Ações de estudos ambientais
Os estudos ambientais são realizados pelo IEC, através da Seção de Meio Ambiente
SAMAM, criada em 1992 para desenvolver estudos de saúde humana e ambiental na Amazônia
brasileira. Ao longo de seus 20 anos, a Seção já trabalhou, em quase todos os estados da região e no
estado do Pará tem trabalhado de forma permanente. Atua em diversas linhas de pesquisa que são:
Estudos da exposição ao Mercúrio em populações Amazônicas residentes em áreas impactadas e em
áreas Controle; Impactos Ambientais e Saúde nos processos Industriais e Minerários;
Microorganismos, Meio Ambiente e Saúde; Citogenética Humana.
Fazem parte da Seção de Meio Ambiente os seguintes laboratórios: Toxicologia,
Microbiologia ambiental, Virologia, Cultura de Tecidos, Biologia molecular e Físico-Química de
água, além dos setores de apoio como esterilização, epidemiologia, atendimento e secretaria que em
conjunto possibilitam a execução dos trabalhos, cumprindo com a meta estabelecida em cada
seguimento do processo de pesquisa e execução das ações.
b.1.6.1 Linhas de Pesquisa
b.1.6.1.1 Estudos da exposição ao mercúrio em populações amazônicas em áreas
impactadas e em áreas controle
b.1.6.1.1.1 Avaliação Continuada das Crianças da Região do Tapajós Quanto a
Exposição ao Mercúrio, Itaituba-Pa
Este estudo é um prosseguimento da pesquisa inicial com mães e recém-nascidos da
região do Tapajós, atendidos em maternidades da cidade de Itaituba, Pará, na primeira metade da
década de 2000. Nesta etapa, o estudo foi realizado em parceria com o Instituto de Estudos de
Saúde Coletiva-IESC/UFRJ, em 94 escolares da cidade de Itaituba que haviam participado da
pesquisa inicial, os quais foram avaliados em 2010, quanto à exposição ao mercúrio (níveis de
mercúrio em cabelo), epidemiologia da exposição e os limiares auditivos das crianças expostas. Em
2011, foram concluídas as análises de dados do estudo e apresentada tese de doutorado no
IESC/UFRJ sobre possíveis impactos da exposição ao Hg nos limiares auditivos dos escolares,
tendo sido submetidos artigos a periódicos indexados.
103
INSTITUTO EVANDRO CHAGAS
Relatório de Gestão/2011
b.1.6.1.1.2 Impactos do Mercúrio na Saúde de Populações Amazônicas: Implicações
para a Vigilância em Saúde Ambiental
Esta pesquisa tem abrangido grupos populacionais expostos ao mercúrio na bacia do rio
Tapajós. No âmbito da Cooperação com a JICA e Núcleo de Medicina Tropical/UFPA, foi visitada
em 2010 a comunidade Barreiras, Itaituba, Pará, objetivando a avaliação epidemiológica, clínica e
exposição ao mercúrio em uma amostragem de 104 indivíduos, cujas análises laboratoriais foram
concluídas em 2011.
b.1.6.1.2 Impactos ambientais e saúde nos processos industriais e minerários
b.1.6.1.2.1 Interações de Vigilância Ambiental em Saúde na Área Industrial e
Portuária dos municípios de Abaetetuba e Barcarena
O IEC vem desenvolvendo nos últimos anos estudos sistemáticos para
acompanhamento dos impactos gerados pelas atividades minero-industriais na Amazônia e
conseqüentes riscos a saúde. Suas principais pesquisas e objetivos são apresentadas abaixo
relatando-se as atividades desenvolvidas no ano de 2010.
A partir do projeto Avaliação da qualidade das águas superficiais de duas drenagens
localizadas nas proximidades do Porto de Vila do Conde considerando as condições sócioeconômicas, ambientais e da qualidade de vida da população residente no município de
Barcarena, o IEC passou a desenvolver desde 2007 estudos dos impactos das atividades industriais
em ecossistemas aquáticos do município de Barcarena. Em 2010 este estudo foi abrangido pelo
Programa Barcarena, envolvendo os municípios de Barcarena e Abaetetuba, a partir da assinatura
do Termo de Ajuste de Conduta (Procedimento n°001/2007-MP/1ªPJB), assinado entre o Ministério
público do Pará e a empresa Rio Capim Caulim S/A, tendo como intervenientes o Instituto Evandro
Chagas e o Instituto Internacional de Educação do Brasil. O Programa visa o monitoramento
ambiental e avaliação da saúde de comunidades adjacentes à área industrial e portuária, bem como
comunidades controle.
No ano de 2011 foram realizadas 04 (quatro) viagens nos meses de Fevereiro, Maio, Agosto e
Novembro para coleta de amostras ambientais (água superficial, material em suspensão e sedimentos de
fundo) nas drenagens estudadas. Nas amostras coletadas serão realizadas análises físico-químicas, e
determinação dos teores de metais pesados. Em cada viagem são coletados amostras em 06 pontos nos
igarapés Curuperê, Dendê, Arrozal, Murucupi, Arienga, Arapiranga, Guajará do Beja, São Francisco e 10
pontos no Rio Pará. Além disso, nos meses de março, junho e setembro foram realizadas coletas de água
de consumo em comunidades localizadas no município de Barcarena e Abaetetuba.
Qualidade da água de consumo
Em 2011, no âmbito do Programa Interações de Vigilância Ambiental em Saúde na
Área Industrial e Portuária dos municípios de Abaetetuba e Barcarena-PA os Laboratórios de
Microbiologia Ambiental, Físico-química da água e Espectrometria Analítica realizaram ações no
sentido de avaliar a qualidade da água consumida pela população de 11 comunidades nos
municípios de Barcarena e Abaetetuba, Pará. Em Barcarena as amostragens foram realizadas nas
seguintes localidades: Vila do Conde Distrito, Bairro Industrial, Bairro Canaã, Ilha São João, Itupanema,
Laranjal, Curuperê, Comunidade Burajuba e Ilha de Trambioca. Em Abaetetuba: Vila de Beja e
Comunidade Maranhão. Utilizou-se como critério para amostragem as considerações da Portaria no 518
do Ministério da saúde de 25 de março de 2004.
As amostras de água foram coletadas diretamente dos locais utilizados para armazenamento
da água nos domicílios antes do consumo (Potes de barro, Filtros, vasilhames na geladeira, entre outros),
104
INSTITUTO EVANDRO CHAGAS
Relatório de Gestão/2011
em poços individuais e amostras da rede de abastecimento coletivo de água nos locais em que existia tal
estrutura.
Um total de 827 amostras foram coletadas perfazendo um total de 21.502 análises realizadas.
Em 783(94,6%) amostras a água estava fora dos padrões preconizados pela legislação vigente (Portaria nº
518/04/MS), considerando pelo menos uma das variáveis analisadas (pH, Temperatura, Condutividade,
Sólidos Totais Dissolvidos, Salinidade, Turbidez, Sólidos Totais Solúveis, Cor, Cloro Livre, Fluoreto,
Cloreto, Nitrito, Nitrato, Nitrogênio Amoniacal, Sulfato, Dureza ,Coliformes Totais, Coliformes
Termotolerantes, E.coli, Alumínio, Bário, Cromo, Cobre, Ferro, Manganês e Zinco).
Qualidade da água superficial
Dando continuidade as ações do Programa Interações de Vigilância Ambiental em Saúde
na Área Industrial e Portuária dos municípios de Abaetetuba e Barcarena-PA os Laboratórios de
Microbiologia Ambiental, Físico-química da água e Espectrometria Analítica realizaram a coleta e
análise de amostras de água superficial de 9 drenagens dos referidos municípios. Em Barcarena as
amostragens foram realizadas nas seguintes drenagens: Furo do Arrozal, Murucupi, Curuperê, Dendê, São
Francisco e Rio Pará. Em Abaetetuba: Arapiranga, Arienga e Guajará do Beja. Utilizou-se como critério
para amostragem e discussão dos resultados a Resolução CONAMA nº357/2005. Foram realizadas
quatro campanhas de amostragem em 2011: fevereiro, maio, agosto e novembro.
Um total de 408 amostras foram coletadas nas marés vazante e enchente nas referidas
drenagens dos dois municípios, sendo analisadas as variáveis pH, temperatura, Condutividade Elétrica
(CE), Sólidos Totais Dissolvidos (STD), salinidade, Oxigênio Dissolvido (OD), turbidez, Sólidos Totais
Suspensos (STS), cor verdadeira, Demanda Química de Oxigênio (DQO), Demanda Bioquímica de
Oxigênio (DBO), N-Amoniacal, N-Nitrito, N-Nitrato, Fosfato, Sulfato, Fluoreto, Dureza, Alcalinidade
Total , Alumínio, Bário, Cromo, Cobre, Ferro, Manganês e Zinco sendo 10.608 análises mrealizadas.
Utilizando-se como critério de enquadramento conforme a legislação pertinente para águas
doces classe 2, observou-se que as variáveis que geralmente estiveram em desacordo com os
padrões estabelecidos pela Resolução CONAMA nº357/2005 foram: pH, OD, cor verdadeira e
DBO, sendo que, no rio Pará estes valores foram registrados próximo da área central de
amostragem, isto é, nos pontos de amostragem intermediários próximos da área portuária de
Barcarena/PA. Nas outras drenagens menores estes valores foram registrados nos pontos de
amostragem próximos das nascentes destes corpos hídricos.
Os compostos Orgânicos Voláteis (COVs) representam uma classe de substâncias
caracterizadas principalmente pela alta volatilidade em condições ambientais. Um dos principais
subgrupos desses poluentes é os denominados BTEX, formados por benzeno, tolueno, etilbenzeno e
m-, p-, o-xileno. O BTEX é amplamente usado em indústrias de impressão, tintas, resinas e
borrachas sintéticas. As principais fontes de COVs, bem como BTEX, para ambientes aquáticos são
efluentes oriundos das atividades urbanas e industriais, acidentes em procedimentos de extração,
transporte e transformação de combustíveis fósseis, intensa atividade de embarcações, além das
fontes naturais, petrogênicas e biogênicas. Os efeitos carcinogênicos e a elevada toxicidade do
BTEX motivam estudos da distribuição desses contaminantes em ambientes aquáticos. A
contaminação de rios por esses compostos orgânicos voláteis pode ocorrer por descarga direta ou
por lixiviação de lixo químico depositado ao longo do rio. Os BTEX são classificados como
poluentes prioritários pela Agência Americana de Proteção Ambiental (EPA) e estão entre os
principais contaminantes das águas. E devido à alta toxicidade, representam um risco à saúde
humana e animal.
Este estudo tem como objetivo avaliar a concentração e a distribuição do BTEX nas
drenagens localizadas nos municípios de Barcarena e Abaetetuba, Estado do Pará.
105
INSTITUTO EVANDRO CHAGAS
Relatório de Gestão/2011
Foram coletadas 48 amostras de água em frascos de vidro âmbar e preservados a ±4º C até
o momento das análises. As amostras eram procedentes de sete drenagens dos municípios de
Barcarena e Abaetetuba.
A tabela 54 mostra os resultados obtidos nas drenagens estudadas.
Tabela 54 Resultados em µg/L de BTEX em amostras de água superficial
Drenagem
Benzeno
Tolueno
Arienga
< LD
10,3
Arapiranga
17,13
12,95
Arrozal
< LD
21,50
Dendê
9,65
16,94
Guajará do Beja
7,74
10,40
Murucupi
< LD
22,36
São Francisco
6,38
13,60
Fonte: SAMAM/IEC/SVS/MS
Etilbenzeno
< LD
< LD
< LD
< LD
< LD
< LD
< LD
Xileno
< LD
< LD
< LD
< LD
< LD
< LD
< LD
O limite de detecção dos analitos foi de 0,5 µg/L de benzeno e 1,0 µg/L para os demais
compostos. Não foram encontrados resíduos de etilbenzeno e xilenos nas amostras analisadas, o que
mostra que elas podem ter sido volatilizadas ou estão em valores abaixo do limite de detecção do
método. Foram encontrados resíduos de benzeno nas drenagens dos rios Arapiranga, Dendê,
Guajará do Beja e São Francisco em limites acima do que é preconizado na Resolução CONAMA
357/2005 (5 µg/L) . Foram encontrados resíduos de tolueno em todas as amostras analisadas em
valores abaixo do que o valor recomendado pela Resolução CONAMA 357/2005 (300 µg/L).
Os valores encontrados de benzeno requerem um monitoramento contínuo nos rios
estudados, pois ele é uma substância com potente ação carcinogênica e devido a esta alta toxicidade
pode representar risco a saúde humana e animal.
b.1.6.1.2.2 Estudo da poluição atmosféricas das áreas industriais e portuárias do
município de Barcarena
Este projeto participa da rede do Instituto Nacional de Análise Integrada de Risco
Ambiental (INAIRA) desde a aprovação deste Instituto pelo CNPQ em janeiro de 2009 e tem como
um principal fortalecer a Vigilância Ambiental em Saúde no monitoramento do impacto da poluição
atmosférica na saúde humana em áreas sem sistemas de monitoramento convencionais.
O acréscimo das concentrações atmosféricas de substâncias químicas é responsável por
danos na saúde, e a sua deposição no solo e ar, nos vegetais e nos materiais, causa redução da
produção agrícola, danos nas florestas, degradação de construções e obras de arte e, de uma forma
geral, origina desequilíbrios nos ecossistemas. Esta emissão de poluentes na atmosfera vem nos
últimos tempos alterando significativamente, além do meio ambiente, a saúde do homem. Os
bioindicadores naturais são atualmente, reconhecidos como excelentes indicadores de efeitos
citogenéticos ocasionados por substâncias químicas presentes no ambiente. De maneira geral, as
plantas são mais sensíveis a poluição que os animais, incluindo o homem, e, portanto, estudos sobre
os efeitos dos poluentes sobre os vegetais fornecem importantes subsídios para os programas de
controle da poluição do ar. Para desenvolver esse estudo selecionou-se a espécie Tradescantia
pallida (Rose) D. R. Hunt, da família Commelinaceae, comumente encontrada em canteiros e
jardins, pode ser utilizada como indicativo do nível de concentração de poluentes oxidantes, através
da contagem de micronúcleos, que se separam caso a planta esteja sob efeitos de poluentes.
Pesquisas sobre Tradescantia pallida referem-se às alterações anatômicas ao nível da lâmina foliar
(espessura do mesófilo, da hipoderme, índice estômato e camada epicuticular), sob a ação de luz em
várias intensidades. Os resultados obtidos sugerem que a espécie tem uma grande capacidade de
adaptação, podendo colonizar diferentes ambientes, desenvolvendo-se sob luz forte, bem como em
lugares sombrios.
106
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Relatório de Gestão/2011
Este estudo tem como objetivo realizar um estudo da qualidade do ar com utilização da
espécie Tradescantia pallida, como bioindicador ambiental na região metropolitana de Belém,
através do teste de micronúcleo e da técnica de fluorescência de Raio X, para ser utilizado como
fortalecimento do Programa de Vigilância em Saúde de Populações Expostas à Poluição do Ar
(VIGIAR) do Ministério da Saúde.
As mudas da espécie Tradescantia Pallida foram cultivadas em canteiros de residências
nas comunidades de D. Manoel e Bairro Industrial, na Vila dos Cabanos, município de BarcarenaPa. Foram selecionados três pontos de amostragem, incluindo o controle.
Os valores encontrados de % de micronúcleos (MCN) após a exposição inicial das
plantas no ambiente foram de 0,5% de MCN (mínimo) a 2% de MCN (máximo), valores
considerados normais, de acordo com os padrões estabelecidos na literatura especializada. Na
análise por Espectrometria de Fluorescência de raio-X, foi possível fazer o levantamento dos
possíveis elementos químicos concentrados nas folhas da espécie Tradescantia pallida através do
uso da técnica FRX. Os elementos químicos encontrados nas folhas de Tradescantia pallida foram:
S, K, Ca, Fe, Sr, Si, P, Zn e Mn. As figuras 21, 22 e 23 mostram os resultados obtidos.
Figura 21 Análise de macroelementos
encontradas nas folhas de T. pallida
Figura 22 Análise de metais encontrados nas
encontrados nas folhas de T. pallida por FRX
Figura 23 Análise de metais
encontrados nas folhas de T. pallida
Os resultados demonstraram que a espécie foi sensível aos efeitos genotóxicos de
poluentes atmosféricos, vários dos quais também foram medidos diretamente na folha da planta,
concordando com outros estudos com esse bioindicador em relação a impactos ambientais.
107
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Relatório de Gestão/2011
b.1.6.1.3 Microorganismos, meio ambiente e saúde
b.1.6.1.3.1 Citomegalovírus - diversidade genética e pesquisa de resistência antiviral
em pacientes imunodeficientes
Este projeto é a tese de doutorado de uma pesquisadora do IEC e tem como objetivo
principal investigar a diversidade genética do citomegalovírus em grupos de pacientes
imunodeficientes (pacientes com câncer, pacientes transplantados, pacientes com AIDS, pacientes
com Lúpus e recém-nascidos suspeitos de TORCH) da cidade de Belém e verificar a ocorrência de
genótipos com presença de mutações que conferem resistência antiviral. Este projeto está em
andamento, na fase de encerramento de coleta de material sanguíneo e de dados epidemiológicos de
pacientes com AIDS, pacientes com câncer. As demais categorias de pacientes estão em fase de
coleta, devendo ser iniciada neste semestre as coletas de sangue e de dados epidemiológicos dos
recém-nascidos.
Foram coletadas amostras de 257 pacientes com câncer em tratamento de quimioterapia,
292 amostras de pacientes com AIDS, 49 amostras de pacientes transplantados e 29 amostras de
pacientes com Lúpus. Neste estudo foram realizadas as pesquisas de anticorpos anti-CMV IgG e
IgM, e a pesquisa do DNA viral pelo PCR convencional. Os resultados obtidos referentes a
categoria de pacientes com AIDS e pacientes com câncer serão apresentados nos sub-projetos
correspondentes as duas categorias. Os dados dos pacientes transplantados serão demonstrados em
outra oportunidade devidos algumas alterações necessárias no banco de dados o que não poderá ser
apresentado no presente documento. Os perfis sorológicos obtidos através da pesquisa de anticorpos
anti-CMV para os pacientes com lúpus são os seguintes: IgG+ IgM+ (n=2 , 6,9%), IgG+ IgM(n=22, 75,9%), o restante está em processo de análise laboratorial.
Instituições parceiras
Hospital Universitário João de Barros Barreto, Hospital Ophyr Loiola, Maternidade
Santa Casa de Misericórdia.
b.1.6.1.3.2 Incidência e prevalência da citomegalovirose em pacientes com câncer do
Hospital Ophir Loyola
Este projeto é um sub-projeto do projeto de tese de doutorado sobre a Diversidade
genética do Citomegalovírus. O estudo sobre a epidemiologia do Citomegalovírus em pacientes
com câncer foi aprovado em edital PIBIC/IEC/CNPq-2010, com direito a um bolsista de iniciação
científica. Este sub-projeto iniciou em 2010 e finalizou em 2011.
Em um período de doze meses foram coletadas 251 amostras sanguíneas dos pacientes
voluntários que concordaram em participar do estudo. Através dos dados epidemiológicos
verificou-se que a faixa etária dos pacientes variou 1 a < 60 anos de idade com amplitude 78, sendo
que a média de idade foi 34 anos, mediana 37. Houve participação efetiva tanto do sexo masculino
quanto do sexo feminino com frequência de 44,6 % (n=112) dos homens e 55,4% (n=139) de
mulheres.
A faixa etária infantil compreendida entre 1 a 9 anos de idade foi a de maior frequência,
correspondente a 23,1% (n= 58) e a menor frequência ocorreu nas faixas etárias de 20 a 29 anos
com 6,8% (n=17). A prevalência de anticorpos IgG anti-CMV no grupo estudado foi de 96,8%
(n=243) e para o anticorpo IgM de 1,6% (n=4) apresentaram sorologia positiva para CMV (Tabela
55) com infecção recente. Esses pacientes apresentaram sintomas gerais como febre, linfadenopatia,
astenia, cefaléia, diarréia e perda de peso. Adicionalmente, outros pacientes referiram ter tido em
algum momento do tratamento quimioterápico sintomatologia como dispnéia, agitação psicomotora,
convulsão, enjôos e vômitos. Embora os dados clínicos gerais sejam semelhantes a sintomatologia
108
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Relatório de Gestão/2011
causada pelo CMV, não podemos afirmar que estejam associados exclusivamente a infecção viral,
pois os pacientes que não apresentaram anticorpos IgM-CMV, também referiram os mesmos
sintomas.
Um dado importante que pode ter contribuído para melhora na qualidade de vida dos
pacientes, foi a introdução de medicação intercalada ao tratamento quimioterápico para melhorar a
resposta imunológica frente aos agentes oportunistas. Acreditamos que esse fato contribuiu para o
baixo índice de infecção pelo Citomegalovírus, como fator de proteção no curso do tratamento.
Tabela 55 Frequência de faixas etárias do grupo de voluntários do estudo com sorologia positiva para HCMV
Faixas Etárias (anos)
1a9
10 a 19
20 a 29
30 a 39
40 a 49
50 a 59
60
Total
Fonte: SAMAM/IEC/SVS/MS
N (%)
58 (23.1)
32 (12.8)
17 (6.8)
26 (10.4)
40 (15.9)
32 (12.7)
46 (18.3)
251 (100.0)
IgG+ (%)
54 (22.2)
30 (12.4)
17 (6.9)
25 (10.3)
40 (16.5)
31 (12.8)
46 (18.9)
243 (100.0)
IgM+ (%)
1 (25.0)
0.0 (0.0)
1 (25.0)
1 (25.0)
0.0 (0.0)
0.0 (0.0)
1 (25.0)
4 (100.0)
b.1.6.1.3.3 Estudo Epidemiológico de Torch em Gestantes e Mulheres em Idade Fértil
no Município de Juruti
O estudo epidemiológico no Município de Juruti em gestantes e mulheres em idade
fértil objetivou traçar o perfil epidemiológico de mulheres grávidas e mulheres em idade fértil com
base nas pesquisas sorológicas de TORCHS (Toxoplasmose, Rubéola, CMV Herpes e Sífilis).
Durante o período 10 a 20/09/2009 a equipe do Projeto TORCH realizou a primeira fase de coleta
do estudo no Município de Juruti. Nessa ocasião foi possível coletar dados epidemiológicos e
amostras de sangue de 283 mulheres, sendo 122 amostras de mulheres grávidas e 161 amostras de
mulheres não gestantes em idade fértil. Todas as amostras coletadas foram analisadas para pesquisa
de Toxoplasmose, rubéola, CMV e VDRL. A pesquisa de anticorpos para Herpes foi realizada com
base na presença de anticorpos totais para Herpes 1 e 2, conjuntamente.
Na segunda coleta realizada no período de 10 a 19/12/2010 foi possível obter um total
de 324 amostras de sangue entre as quais 144 amostras de gestantes e 180 de mulheres em idade
fértil, totalizando 266 amostras de gestantes e 341 amostras de não gestantes, num total geral de 607
amostras.
As amostras de sangue foram analisadas pelo método ELISA para pesquisa de
anticorpos IgG e IgM para Toxoplasmose, Rubéola e CMV, e para pesquisa de sífilis, utilizamos o
método de triagem VDRL e confirmamos ou descartamos pelo método FTA-Abs. De acordo com o
perfil de imunidade para Toxoplasmose, a maior frequência foi verificada no 2º e 3º trimestre de
gestação: perfil de imunidade (38,5 e 41,7 % respectivamente), possível infecção aguda (33,3 e
44,5% respectivamente), suscetibilidade (40,3 e 41,9%).
Através da pesquisa anticorpos pelo método ELISA para Rubéola pode-se observar que
do total das 266 gestantes, 243 (91,4%) eram IgG positivo e IgM negativo e 23 (8,6%) não
apresentaram anticorpos de proteção contra rubéola, devido a ausência de IgG e IgM. As duas
amostras testadas para rubéola pelo método ELISA, as quais foram inconclusivas nas pesquisas de
anticorpos IgG, também foram analisadas pelo método ELFA e os resultados desta análise, foi
positiva para a presença de anticorpos IgG e negativa para o anticorpo IgM, sem evidência de
infecção recente. Uma amostra havia sido reagente para ambos anticorpos IgG e IgM pelo método
de triagem sorológica ELISA, representando possível infecção viral pelo vírus da rubéola, não
confirmou o diagnóstico pelo método ELFA, sendo a mesma considerada como infecção pregressa.
109
INSTITUTO EVANDRO CHAGAS
Relatório de Gestão/2011
Portanto, conclui-se que não houve infecção pelo vírus da rubéola em nenhuma das amostras das
mulheres gestantes testadas nos períodos de coleta.
Ao relacionarmos a pesquisa de anticorpos com as informações acerca da vacina dupla
viral, foi observado que 6,5% gestantes vacinadas não continham anticorpos protetores vacinais
classe IgG, ao passo que dentre as não vacinadas, foi observado que 92,6% apresentavam
anticorpos de proteção. A tabela 56 apresenta a distribuição das freqüências de anticorpos das
gestantes vacinadas e não vacinadas para rubéola.
Tabela 56. Distribuição das gestantes segundo informações sobre o recebimento de Vacina Dupla Viral e resultados
sorológicos para o vírus da Rubéola
Sorologia para o vírus da rubéola
Imunização
n
%
IgG +
%
IgG -
%
IgM +
%
IgM -
%
Vacinadas
123
46,2
115
47,3
8
36,4
0
0,0
122
46,2
Não Vacinadas
121
45,5
112
46,1
8
36,4
0
0,0
120
45,5
22
8,3
16
6,6
6
27,2
0
0,0
22
8,3
266
100,0
106
100,0
22
13,1
0
0,0
264
100,0
Ignorado
Total
Fonte: SAMAM/IEC/SVS/MS
Os dados relacionados a pesquisa de anticorpos para CMV em gestantes estão demonstrados
na tabela 57. Esses dados comprovam ausência de infecção viral aguda pelo vírus CMV. A maior
frequência de anticorpos foi na faixa etária de 20-29 anos e a menor na faixa acima de 40 anos.
Tabela 57 Distribuição de anticorpos IgG e IgM para o vírus CMV em gestantes, segundo a faixa etária
Sorologia para CMV
Faixa etária (anos)
IgG +
%
IgG -
%
IgM +
%
IgM -
%
14 - 19
79
30,0
1
33,3
0
0
80
30,1
20 - 29
152
57,8
2
66,7
0
0
154
57,9
30 - 39
29
11,0
0
0,0
0
0
29
10,9
3
1,1
0
0,0
0
0
3
1,1
263
100,0
3
100,0
0
0
266
100,0
> 40
Total
Fonte: SAMAM/IEC/SVS/MS
Devido algumas dificuldades durante a execução das análises sorológicas das mulheres
em idade fértil, nossa análise considerou para este relatório os dados epidemiológicos e laboratoriais
de apenas 338 mulheres em idade fértil.
Na pesquisa de anticorpos anti-rubéola em mulheres em idade fértil foi observado que
94% apresentavam imunidade contra rubéola pela presença de anticorpos IgG, e 6% ainda eram
suscetível ao vírus. Os resultados da sorologia para CMV nas mulheres não gestantes, também foi
observada elevada prevalência de anticorpos anti-CMV correspondente a 98,5% e somente 0,9%
não haviam tido contato com o vírus, amostras inconclusivas corresponderam a 0,6%. Nas tabelas
58 e 59, observa-se a distribuição das freqüências de anticorpos por faixa etária, sendo que a faixa
de 20-29 anos apresenta elevada freqüência de mulheres em idade fértil imune aos vírus rubéola e
ao CMV. Nesta mesma faixa etária observa-se maior freqüência de susceptíveis ao vírus Rubéola. A
faixa etária de 40-49 anos apresentou a menor freqüência de anticorpos de proteção para ambos os
vírus.
110
INSTITUTO EVANDRO CHAGAS
Tabela 58
Distribuição de anticorpos IgG e IgM para o vírus da Rubéola em mulheres em idade fértil, segundo a
faixa etária.
Faixa etária
IgG +
%
12 - 19
81
25,6
20 - 29
176
55,5
30 - 39
55
17,4
40 - 49
5
1,6
Total
317
100,0
Fonte: SAMAM/IEC/SVS/MS
Tabela 59
Relatório de Gestão/2011
IgG 6
14
0
1
21
Sorologia para o vírus da Rubéola
%
IgM +
%
28,6
0
0,0
66,7
0
0,0
0,0
0
0,0
4,8
0
0,0
100,0
0
0,0
IgM 87
190
55
6
338
%
25,7
56,2
16,3
1,8
100,0
Distribuição de anticorpos IgG e IgM para o vírus CMV em mulheres em idade fértil, segundo a faixa
etária
Faixa etária
IgG +
14 19
87
20 - 29
187
30 - 39
53
40 - 49
6
Total
333
Fonte: SAMAM/IEC/SVS/MS
%
26.1
56.2
15.9
1.8
100.0
IgG 0
2
2
0
4
Sorologia para CMV
%
IgM +
0.0
0
50.0
0
50.0
0
0.0
0
100.0
0
%
0.0
0.0
0.0
0.0
0.0
IgM 87
190
55
6
338
%
25.7
56.2
16.3
1.8
100.0
Outros agentes foram pesquisados no estudo, Sífilis e Herpes. A pesquisa de sífilis foi
inicialmente realizada por VDRL e confirmada por FTA-abs e Herpes pelo método Elisa.
Na pesquisa de Sífilis por VDRL em gestantes, não foi observada nenhuma amostra
reagente nesse grupo de estudo, ou seja, houve 100% de negatividade para sífilis entre as mulheres
grávidas. Por outro lado, não foi o mesmo padrão de resultado entre as mulheres em idade fértil,
pois duas amostras foram reagentes no teste de VDRL. Os títulos de reatividade observados foram
1:2 e 1:4. Esses resultados foram confirmados pelo método laboratorial FTA-Abs que é um teste
anti-treponêmico de pesquisa de anticorpos IgG. O resultado desta análise confirmou a presença
desse anticorpo nas amostras reagentes no VDRL, significando que as pacientes estiveram
infectadas ou continuavam com a infecção em curso caso não tenham feito tratamento.
A pesquisa de anticorpos para Herpes foi realizada com base na determinação de
anticorpos totais tanto para herpes 1 quanto para herpes 2. Foi observado que 93% das gestantes
apresentam anticorpos contra o herpesvírus. Como na apresentação dos kits estão agregadas em
ambas as pesquisas para herpes 1 e 2, tornou-se inviável proceder a pesquisa de anticorpos IgM
para determinação do vírus herpes 1 e 2, separadamente, tornando-se possível a pesquisa de IgM
viral total para ambos os tipos 1 e 2 conjuntamente, a fim de identificar quais mulheres poderiam
apresentar herpes ativa durante a fase da pesquisa. Foi verificado na análise sorológica para
pesquisa de anticorpos IgM-Herpes que 6 gestantes apresentavam anticorpos de infecção recente.
Nesse caso foi recomendado avaliar clinicamente o recém-nascido no pós-parto para excluir ou
confirmar qualquer possibilidade de infecção pelo agente em questão.
Dentre as gestantes IgM+ para herpes, apenas uma gestante da faixa etária de 20-24
anos referiu ter tido alguma DST, onde acredita-se que possa estar relacionada ao herpes genital.
Entre as mulheres em idade fértil que relataram ter tido alguma DST somente 4
mulheres haviam reagido na pesquisa de Herpes IgG, sendo 3 mulheres da faixa etária de 20-24
anos e 1 da faixa de 25-29 anos. Na análise dos dados epidemiológicos entre as mulheres de idade
fértil com histórico de DSTs, foi verificada maior freqüência de relatos dessa categoria de doença
era entre as mulheres com 1º e 2º graus completos, sendo 32,1% e 42,9%, respectivamente. A renda
familiar estava compreendida entre 1,5 a 3 salários mínimos (67,8%).
111
INSTITUTO EVANDRO CHAGAS
Relatório de Gestão/2011
Os dados sobre a imunidade da mulher no período reprodutivo ou no pré-natal é
importante para determinar a densidade demográfica de suscetíveis contra os agentes do complexo
TORCH, principalmente àqueles que podem ser prevenidos com a vacinação como é o caso da
rubéola que é uma das doenças de notificação compulsória que faz parte do Programa de
Eliminação do Ministério da Saúde. Embora o perfil epidemiológico da rubéola entre as mulheres
do estudo tenha sido de imunidade, recomenda-se o monitoramento laboratorial das mulheres no
pré-natal, das mulheres em idade de engravidar, assim como a inclusão dos homens na investigação,
por serem um grupo suscetíveis devido a não implementação desses grupo nas campanhas de
vacinação e por não se ter conhecimento do perfil de imunidade contra a rubéola em nosso Estado.
b.1.6.1.3.4 Morbimortalidade da citomegalovirose e pesquisa de resistência antiviral
em pacientes com Aids
Este projeto é um sub-projeto do projeto de tese de doutorado sobre a Diversidade
genética do Citomegalovírus. Este sub-projeto foi aprovado no edital Edital nº 013/2009-PPSUSMS/CNPq/FAPESPA/SESPA. Foram coletadas 291 amostras de sangue e de dados
epidemiológicos dos pacientes internados com HI/AIDS do Hospital Universitário João de Barros
Barreto-HUJBB. As amostras sanguíneas foram encaminhadas para o laboratório de Virologia e
Biologia Molecular para as pesquisas de anticorpos pelo método ELISA e PCR. Os perfis
sorológicos obtidos foram os seguintes: IgG+ IgM+ (n=3; 1,0%), IgG- IgM- (n=1; 0,3%) e IgG+
IgM- (n=286; 98,7%). De acordo com os dados das análises moleculares, foram detectados DNA
viral do CMV em 160 (54,8%) amostras, contra 131 (44,9%) amostras negativas por este método.
Pode-se observar que entre os 160 pacientes positivos na análise molecular não obteve-se o mesmo
resultados na análise conjunta de ambos os métodos de diagnósticos. Nesta análise, os perfis
sorológicos com a detecção do DNA viral demonstrou concordância em ambas as análises em
apenas 3 (1,9%) pacientes, os quais apresentaram o seguinte perfil: IgG e IgM+ PCR +, enquanto
que 157 (98,1%) pacientes apresentaram discordância entre os resultados de ambos os métodos
utilizados. Nesse caso, o perfil observado foi de infecção pregressa na sorologia IgG+ IgM- e
possível infecção ativa pela análise molecular, o que pode configurar que os pacientes com os perfis
IgG+ IgM- PCR+ podem ter sofrido reativação viral da cepa endógena ou reinfecção com outra
cepa exógena, o que não é possível esclarecer sem a análise do seqüenciamento direcionado para
este fim.
Projeto financiado pelo PPSUS-MS/CNPq/FAPESPA/SESPA para colaborar no
desenvolvimento das técnicas moleculares e um do PIBIC/FAPESPA/2011 para desenvolver um
plano de trabalho intitulado: EPIDEMIOLOGIA E CARGA VIRAL DO CITOMEGALOVÍRUS
EM PACIENTES COM HIV/AIDS DO HOSPITAL JOÃO DE BARROS BARRETO. O objetivo
desta atividade de trabalho é avaliar o Citomegalovírus como causa importante de morbimortalidade
em portadores do HIV/AIDS, hospitalizados no HUJBB, dentro do contexto do sub-projeto acima
descrito.
b.1.6.1.3.5 Dinâmica do fitoplâncton de uma região portuária e industrial no estado
do Pará, Brasil
Este sub-projeto vem sendo desenvolvido no âmbito do projeto Barcarena: Programa
de Monitoramento e Controle em Saúde e Meio Ambiente nas Áreas Industriais e Portuárias dos
Municípios de Abaetetuba e Barcarena. O objeto de estudo foi a comunidade fitoplanctônica, a qual
representa a base da cadeia alimentar nos ecossistemas aquáticos, respondendo rapidamente a
qualquer alteração natural ou antrópica no ambiente. Assim, o objetivo do presente estudo foi
monitorar o fitoplâncton de três drenagem (Arapiranga, Arienga e Murucupi) ao longo de um ciclo
sazonal. As amostragens foram realizada trimestralmente, no período de janeiro a outubro de 2009,
nas marés enchente (ENC) e vazante (VAZ), em dois pontos localizados em cada drenagem
estudada (rios Apapiranga, Arienga e Murucupi). As amostras biológicas destinadas ao estudo
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qualitativo do fitoplâncton foram adquiridas por meio de rede de plâncton com malha de 20 m de
abertura, através da filtragem de água por arrastos horizontais durante 3 minutos na superfície da
água.
O levantamento taxonômico da comunidade fitoplanctônica realizado no período de
janeiro à outubro de 2009, nas principais drenagens dos municípios de Abaetetuba e Barcarena
mostrou uma alta riqueza de espécies para a região, observando-se que a maior diversidade de
espécies, tanto foi registrada nos pontos localizados próximo ao rio Pará, sendo importante destacar
a ocorrência de espécies tanto de origem marinha quanto de origem dulcícola, demonstrando a
grande complexidade e a grande variabilidade de fatores ambientais exercendo influencia sobre a
estrutura destas comunidades desta região. Sendo assim, é necessário que o monitoramente seja
contínuo, abrangendo todos os períodos sazonais, para que seja possível identificar quais fatores
exercem influencia sobre as comunidades aquáticas e como cada uma delas responde a tais fatores.
b.1.6.1.3.6 Avaliação da Qualidade da Água Destinada ao Consumo Humano no
principal manancial de abastecimento de Belém - Pa, Brasil
Durante o período de julho a dezembro de 2011 foram realizadas seis amostragens no
Manancial do Utinga perfazendo um total de 18 amostras já coletadas e analisadas. A colimetria das
amostras de água superficial (Lagos Bolonha e Canal do Água Preta), que tem como parâmetro para
discussão a Resolução CONAMA nº357/2005, revelou valores que variaram de 464 (mínimo) e
2489 (máximo) NMP/100 mL no Lago Bolonha e de 364 (mínimo) e 2851(máximo) no canal do
Água Preta. Em quatro de doze oportunidades (33,33%) o limite de 1000 coliformes
termotolerantes (Classe 2/CONAMA nº357/2005) foi ultrapassado, indicando impacto ambiental de
origem sanitária na área.
Em nenhuma amostra coletada na saída da ETA Bolonha observou-se a presença de
coliformes, estando, portanto, de acordo com o estabelecido pela Portaria n 518/2004/MS.
Em relação à pesquisa de potencias patógenos bacterianos, o ponto que apresentou
maior diversidade foi aquele localizado no Lago Bolonha, onde foi possível isolar espécimes dos
gêneros Aeromonas, Edwardiziella, Enterobacter, Klebsiella e Salmonella spp., além da espécie E.
coli. No canal do Água Preta obteve-se apenas isolados de Aeromonas e E.coli. Este fato pode estar
relacionado com a proximidade do Manancial do Utinga com o processo de ocupação humana
desordenado na área que acaba por introduzir via lixiviação e/ou efluentes domésticos possíveis
patógenos potenciais na água superficial do Manancial do Utinga.
A exemplo do resultado da colimetria realizada nas amostras de água da saída da ETA
Bolonha, nenhum dos patógenos bacterianos pesquisados foi detectado.
Nenhuma amostra de água potável (saída da ETA-Bolonha) ou água superficial (Lago
Bolonha/Canal do Água Preta) mostrou resultado positivo para a presença do vírus da Hepatite A e
para a espécie bacteriana Vibrio cholerae.
O DNA dos isolados de E.coli (n=5) já foi extraído. A pesquisa dos genes de virulência
será realizada em etapa posterior utilizando a mesma metodologia descrita no projeto original.
Do ponto de vista físico-químico, o pH das águas do Manancial do Utinga mostrou-se
próximo da neutralidade (Média=6,41). A condutividade elétrica e os sólidos totais dissolvidos
(TDS), variáveis diretamente relacionadas, mostraram uma tendência crescente na medida em que
se aproxima do período de maior precipitação pluviométrica em Belém (dezembro a maio).
Provavelmente, este fato relaciona-se com a lixiviação crescente de matéria orgânica e íons para o
manancial superficial. Durante o período estudado, o oxigênio dissolvido manteve-se em
concentrações consideradas boas (média de 4,98), com apenas uma exceção ocorrida no mês de
setembro de 2011, fato comum em ambientes lênticos submetidos a ocorrência de ventos muito
fracos.
113
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Relatório de Gestão/2011
b.1.6.1.3.7 Uso do Fitoplancton como Bioindicador da Qualidade da Água em uma
àrea Industrial no Estado do Pará, Brasil
Este sub-projeto vem sendo desenvolvido no âmbito do projeto Barcarena: Programa
de Monitoramento e Controle em Saúde e Meio Ambiente nas Áreas Industriais e Portuárias dos
Municípios de Abaetetuba e Barcarena. O objeto de estudo foram as algas fitoplanctônicas como
bioindicadoras de qualidade da água, assim, é possível afirmar que indicadores ambientais são
definidos a partir de medições que melhor representem os elementos chaves de um ecossistema. As
microalgas representam a base da cadeia alimentar e por isso tem sido cada vez mais utilizadas
como indicadoras de qualidade ambiental. O objetivo deste trabalho é caracterizar a estrutura
comunidade fitoplanctônica, e sua variação espaço-temporal, ao longo do rio Pará, correlacionando
sua ocorrência com as características de cada ponto, identificando espécies que possam ser
utilizadas como indicadoras da qualidade ambiental. A amostragem foi realizada, no período de
janeiro a outubro de 2009, nas marés enchente (ENC) e vazante (VAZ), em três pontos (RPA 03,
RPA 07 e RPA 13). As amostras biológicas destinadas ao estudo qualitativo do fitoplâncton foram
adquiridas por meio de rede de plâncton com malha de 20 m de abertura, através da filtragem de
água por arrastos horizontais durante 3 minutos na superfície da água.
A identificação dos táxons foi realizada até o nível específico, quando possível, de
acordo com a literatura especializada. A freqüência de ocorrência (F) das espécies foi determinada
pela seguinte equação: F= (PA/P)*100. Já a abundância relativa (AR) das espécies identificadas foi
obtida através da contagem dos 100 primeiros organismos onde: AR = 100* (N/n), seguindo a
classificação adequada. A flora da área esteve representada por um total de 209 táxons infragenéricos, distribuídos em 4 divisões, 8 classes, 30 ordens, 45 famílias e 71 gêneros, representantes
das divisões Bacillariophyta (102 spp.), Chlorophyta (96 spp.), Cyanophyta (17 spp.), Dinophyta (1
spp.) e Xanthophyta (1 spp.). As espécies Actinoptychus splendens, Aulacoseira granulata,
Aulacoseira sp.1, Thalassiosira subtilis, Eudorina elegans, Surirela robusta, Merismopedia sp., e
Aulacoseira pseudogranulata foram muito frequentes. Com base no seu grau de ocorrência
observou-se que Actinoptychus splendens, Aulacoseira granulata, Aulacoseira sp.1, Thalassiosira
subtilis, Eudorina elegans, Surirela robusta, Merismopedia sp., Aulacoseira muzanensis e
Aulacoseira pseudogranulata foram muito frequentes no rio Pará e as espécies Actinoptychus
splendens e Aulacoseira granulata, estiveram presentes em 100% das amostras.
Em relação aos dados de abundancia relativa, a espécie Aulacoseira granulata ocorreu
de forma dominante no ponto RPA 13 (maré vazante) do mês de janeiro, ocorrendo também de
forma abundante em todo o mês de outubro e pouco abundante no mês de julho. Actinoptychus
splendens se destacou no mês de julho como pouco abundante, exceto no ponto 03 (maré enchente),
onde foi abundante. A densidade total no período estudado variou de 0,2 x 104 cel.L-1 (RPA 07
VAZ/ABR) a 19,28 x 104 cel.L-1 (RPA 07 ENC/JAN), destacando a divisão Bacillariophyta como
a característica do fitoplâncton local, a qual apresentou média de 74,62% no período chuvoso (JAN
e ABR) e 56,80% no seco (JUL e OUT). De maneira geral todos os parâmetros analisados
apresentaram variação sazonal significativa, com os maiores valores registrados no período seco, tal
padrão pode estar associado ao fato de se registrarem neste período, maiores valores de
transparência da água, o que permite maior penetração de luz e consequentemente favorece o
processo de fotossíntese multiplicação dos indivíduos.
b.1.6.1.3.8 Zooplâncton como Indicador da Qualidade Ambiental em uma Região
portuária no Estado do Pará, Brasil
Este sub-projeto foi desenvolvido no âmbito do projeto Barcarena: Programa de
Monitoramento e Controle em Saúde e Meio Ambiente nas Áreas Industriais e Portuárias dos
Municípios de Abaetetuba e Barcarena, Estado do Pará onde foi proposto determinar a composição
dos organismos zooplanctônicos, além de avaliar os efeitos dos parâmetros hidrológicos sobre a
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comunidade destes organismos em uma área industrial e portuária. As coletas foram realizadas
trimestralmente, nos rios Murucupi e Arapiranga, durante os meses de janeiro, abril, julho e outubro
de 2009, durante o período de maré enchente e vazante, totalizando 32 amostras. Os organismos
foram obtidos através de arrastos horizontais na sub-superfície da coluna d água, utilizando-se rede
de plâncton (64 m) provida de fluxômetro; e através da filtragem de 200L de água com o auxílio de
um balde graduado (10L).
De acordo com os resultados obtidos foi possível verificar que em ambos os rios
estudados, os parâmetros físico-químicos que mais sofreram variação foram: Oxigênio dissolvido
(O2), Totais de sólidos dissolvidos (TDS) e Demanda Bioquímica de Oxigênio (DBO). A
comunidade zooplanctônica esteve representada por 99 gêneros e 59 espécies. As maiores
densidades foram registradas no mês de janeiro/09, período de maior precipitação. As espécies:
Keratella americana, Bosminopsis deitersi, Cyclopoida sp1, além dos naúplio de crustáceo foram
responsáveis por essas elevadas densidades. Naúplios de crustáceos, Bosminopsis deitersi e
Cyclopoida sp1 foram classificados como muito freqüentes ( 70%.), em ambos os rios estudados.
Os índices de diversidade e eqüitabilidade apresentaram o mesmo padrão de variação durante todo o
período estudado. No entanto, no rio Arapiranga foi registrado os maiores valores de diversidade
(3,3 bits.ind-1) e concentrações de clorofila a (11,87mg.m-3) (ponto 08). A comunidade
zooplanctônica foi constituída principalmente pelos estágios iniciais de naúplios e copepoditos.
Além disso, foi possível evidenciar a ocorrência de gêneros, como Rotatoria, característicos de
ambientes impactados. Deste modo, faz-se necessário o monitoramento mais detalhado desses rios
para uma melhor avaliação, onde provavelmente a biota aquática está em risco devido às mudanças
frequentes impostas por ação antrópica, comprometendo o funcionamento natural deste
ecossistema.
b.1.6.1.3.9 Cianobactérias Dinâmica do fitoplâncton de uma região portuária e
industrial no estado do Pará, Brasil
Este sub-projeto vem sendo desenvolvido no âmbito do projeto Barcarena: Programa
de Monitoramento e Controle em Saúde e Meio Ambiente nas Áreas Industriais e Portuárias dos
Municípios de Abaetetuba e Barcarena, Estado do Pará . O objeto de estudo foram as
cianobactérias, as quais, nos ecossistemas aquáticos, apresentam elevada importância ecológica,
contribuindo com grande parte da produção primária. Em determinadas condições ambientais, por
exemplo, eutrofização, estas podem formar florações e liberar toxinas. Uma vez que apresentam um
caráter dinâmico, respondendo rapidamente às mudanças físico-químicas do ambiente, a avaliação
da influência de alguns fatores abióticos sobre esta comunidade constitui uma ferramenta
importante para análise da diversidade e abundancia das cianobactérias em diferentes ecossistemas
aquáticos. A região em estudo, trecho que compreende a área industrial e portuária instalada no
distrito de Vila do Conde (Barcarena) até a sede municipal de Abaetetuba, sofreu significativas
alterações ambientais nos ecossistemas terrestres e aquáticos, ocasionadas por instalações
industriais nas últimas décadas, sendo assim, o objetivo deste estudo é determinar a variação
espaço-temporal da composição e abundância de cianobactérias do rio Pará.
A área de estudo está inserida na área de influência do complexo portuário de Vila do
Conde, no trecho do rio Pará localizado entre os municípios de Abaetetuba e Barcarena. As
amostragens foram realizadas trimestralmente, abrangendo os meses de janeiro e abril (período de
maior precipitação pluviométrica) julho e outubro (período de menor precipitação pluviométrica) de
2009, em três pontos distribuídos ao longo do rio Pará: RPA 03, RPA 07 e RPA 13, em condição de
maré vazante. Para o estudo qualitativo das cianobactérias, as amostras foram coletadas utilizandose rede de plâncton (64µm) e fixadas em solução de transeau. Uma vez que organismos foram
identificados e quantificados, a freqüência e abundância foram estimadas. As amostras para
determinação da clorofila a, foram coletadas na superfície da água e analisadas
espectrofotometricamente (Espectrofotômetro Hanna DDR 2000). A análise de variância (ANOVA
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fator único) foi realizada para comparar os parâmetros abióticos e os biológicos entre as diferentes
estações de coleta, meses e períodos sazonais. Ao longo do período estudado, foi registrado um
total de 28 espécies, distribuídas em 13 gêneros, oito famílias, três ordens e uma classe. A ordem
Chroococcales apresentou a maior representatividade, seguida por Oscillatoriales e Nostocales. É
importante destacar que a ordem Chroococcales, que inclui formas unicelulares ou coloniais
apresentam inúmeras espécies potencialmente produtoras de toxinas.
O período menos chuvoso (janeiro e abril/09) foi caracterizado por apresentar a maior
riqueza de espécies (21 spp.), enquanto que o período chuvoso apresentou menor riqueza (17 spp.),
não tendo sido observadas diferenças significativas entre as estações de coleta (p=0,52), e entre os
períodos sazonais (0,27). Entre os meses de coleta observou-se que a riqueza de espécies em abril
foi significativamente menor que a do em julho (p=0, 028 e F= 3,16). O gênero Microcystis foi o
mais representativo em termos de número de espécies identificadas (6 spp.), e este é frequentemente
relacionado a florações, além de serem potenciais produtores de microcistina. No que se refere à
distribuição das espécies no total de amostras analisadas, as espécies Microcystis aeruginosa,
Microcystis wesenbergii, Aphanocapsa sp. e Pseudanabaena mucicola se destacaram como
frequêntes, enquanto que Microcystis protocystis como muito freqüente ocorrendo em mais de 75%
do total das amostras coletadas.Em relação à abundância relativa, as espécies Pseudanabaena
mucicola, Microcystis aeruginosa e Microcystis wesenbergii foram quantitativamente importantes,
enquadrando-se nas categorias dominante, abundante e pouco abundante, respectivamente. No
Brasil, as espécies Microcystis aeruginosa, Microcystis panniformis e Microcystis protocystis são
bastante comuns e formadoras de florações.
É importante ressaltar que das três espécies citadas por estes autores, duas destacaramse em termos de freqüência e abundância. E a espécie Pseudanabaena mucicola, teve sua
ocorrência sempre associada à mucilagem de Microcystis aeruginosa. De uma forma geral se
observou que a flora de cianobactérias do rio Pará foi caracterizada por três grandes ordens,
destacando-se entre elas as Chroococcales e que z maior riqueza de espécies ocorreu durante o
período menos chuvoso da região quando comparado com o período chuvoso. Além disso, a área
em estudo está submetida a várias pressões antrópicas, que em conjunto podem contribuir para
eventos sucessivos de florações, servindo de alerta, para a necessidade de intensificação de estudos
de monitoramento ambiental na área.
b.1.6.1.3.10 Variação Horizontal e Vertical do Fitoplâncton da lago da Usina
Hidrelétrica de Tucuruí (Pará, Brasil)
Este sub-projeto vem sendo desenvolvido no âmbito do projeto intitulado Utilização de
Modelagem Matemática 3D na gestão da qualidade da água em mananciais: Aplicação no
Reservatório de Tucuruí PA . O objeto de estudo foram as algas fitoplanctônicas, as quais se
destacam por constituírem a base da cadeia alimentar, sendo responsáveis diretamente por grande
parte da produção primária desses ambientes. Além disso, as microalgas são consideradas
bioindicadores ecológicos devido a sua grande sensibilidade às alterações ambientais (naturais ou
antrópicas), uma vez que desencadeiam modificações na estrutura e dinâmica da comunidade.
Estudos biológicos de tal comunidade são de fundamental importância para o
entendimento dos principais mecanismos de funcionamento dos ecossistemas aquáticos. Nesse
sentido, o presente trabalho teve como objetivo realizar a caracterização preliminar da comunidade
fitoplanctônica do Reservatório da Usina Hidrelétrica de Tucuruí (Pará, Brasil), com relação a sua
composição e riqueza de espécies, frequência de ocorrência e abundância. Para alcançar esse
objetivo foram realizadas 3 coletas no Reservatório da Usina Hidrelétrica de Tucuruí, nos meses de
fevereiro, julho e dezembro de 2011, em dez estações de amostragem. As amostras biológicas
destinadas ao estudo qualitativo do fitoplâncton foram adquiridas por meio de rede de plâncton com
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malha de 64 m de abertura, através da filtragem de água por arrastos horizontais durante 3 minutos
na sub-superfície da água.
A identificação dos táxons foi realizada até o nível específico, quando possível, de
acordo com a literatura especializada. A freqüência de ocorrência (F) das espécies foi determinada
pela seguinte equação: F= (PA/P)*100. Já a abundância relativa (AR) das espécies identificadas foi
obtida através da contagem dos 100 primeiros organismos onde: AR = 100* (N/n), seguindo a
classificação adequada. A comunidade fitoplanctônica esteve representada por 74 espécies,
distribuídas em 6 classes, 20 famílias e 31 gêneros identificadas à nível específico e infraespecífico,
pertencentes às divisões: Chlorophyta (45 spp.), Bacillariophyta (12 spp.), Chrysophyta (1 spp.),
Dinophyta (1 spp.), Cianophyta (13 spp.) e Euglenophyta (2 spp.). Composição similar foi
encontrada no médio rio Xingu (Pará, Brasil), onde o grupo mais representativo foi de clorofíceas, o
qual é o mais diverso das microalgas em reservatórios tropicais, geralmente correspondendo a cerca
de metade dos gêneros componentes do fitoplâncton. Dentre os 74 táxons registrados, 31,08%
foram classificados como freqüentes e 52,70% como pouco freqüentes, representando a categoria
com maior percentual de táxons registrados. As espécies categorizadas como muito freqüentes
foram Eudorina elegans Ehrenberg e Microcystis aeruginosa Kutzing ex Lemmermann.
Resultados semelhantes foram encontrados para o reservatório da UHT de Luis Eduardo
Magalhães, no médio rio Tocantins (Tocantins, Brasil). Com relação à abundância relativa,
Eudorina elegans, Anabaena sp.e Microcystis sp. foram classificadas como dominantes no período
estudado. É importante ressaltar que no Brasil dentre os diversos gêneros de cianofíceas, os
encontrados nesse estudo, inclusive Microcystis, são produtores de toxinas e podem causar
florações, comprometendo a saúde ambiental.
b.1.6.1.3.11 Caracterização da Diversidade Molecular de Cianobactéias na Região de
Abaetetuba e Barcarena - Pará, Amazônia, Brasil
As cianobactérias são organismos procariotos fotossintetizantes, pertencentes ao
domínio Bactéria, que apresenta apenas uma classe, Cyanobacteria. São também conhecidas por
algas-azuis por apresentarem pigmentos acessórios (ficocianina, ficoeritrina e aloficocianina) nos
tilacóides, que lhes conferiram esta nomenclatura. Este estudo objetiva caracterizar a diversidade
molecular de cianobactérias coletadas em três pontos do Rio Pará nos municípios de Barcarena e
Abaetetuba. Para a coleta foram realizados arrastos na sub-superfície da água com auxílio de um
barco em movimento (3,4 Km/h), utilizando redes de plâncton, com abertura de malha de 20, 64,
120 µm. Parte do material coletado foi acondicionado em frascos de 250 mL, sem fixador, e
conservado em caixas térmicas e encaminhado até o IEC. As amostras (vivas e fixadas) foram
analisadas no Laboratório de Microbiologia Ambiental, através de Microscópio Óptico Trinocular
(Axiostar Plus-Marca Carl Zeiss), acoplados a um sistema de captura de imagem (Axiocam MRc).
No laboratório, as amostras foram alíquotadas em tubos falcon de 50 ml, congeladas em freezer 70º C e posteriormente liofilizadas. Em seguida foi extraído DNA metagenômico do material
liofilizado. A partir das análises morfológicas foram identificados para a área de estudo um total de
19 táxons, distribuídos em 10 gêneros, oito famílias, três ordens e uma classe. A ordem
Oscillatoriales apresentou a maior representatividade, seguida por Chroococcales e Nostocales.
Uma biblioteca com 50 clones foi construída até momento com primers específicos para
cianobactérias, sendo que dos 12 clones seqüenciados até o momento, nove deles foram homólogos
para cianobactérias.
b.1.6.1.3.12 Bioprospecção de Moléculas Protéicas de Cianobactérias do Rio Pará Barcarena, Pará, Amazônia, Brasil
Este projeto tem como objetivo geral iniciar estudos proteômicos em cianobactérias dos
recursos hídricos amazônicos com ênfase na identificação de novas moléculas protéicas de interesse
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industrial e biotecnológico. Os objetivos específicos é isolar e identificar as principais
cianobactérias da área industrial situada no Rio Pará (Barcarena-Pará); identificar novas moléculas
protéicas das cianobactérias isoladas. As amostras foram coletadas nos seguintes pontos do Rio
Pará: RPA 03 no município de Abaetetuba; RPA 07 entre os municípios de Abaetetuba e Barcarena
e RPA 13 município de Barcarena. Para a coleta de cianobactérias foram realizados arrastos na subsuperfície da água com auxílio de um barco em movimento (3,4 Km/h), utilizando redes de
plâncton, com abertura de malha de 20, 64, 120 µm. Parte do material coletado foi acondicionado
em frascos de 250 mL, sem fixador, e conservado em caixas térmicas e encaminhado até o
Laboratório de Microbiologia Ambiental (LMA), do IEC. Uma alíquota do material foi fixada em
solução de Transeau para análise posterior. As amostras (vivas e fixadas) foram analisadas no
Laboratório, através de Microscópio Óptico Trinocular (Axiostar Plus-Marca Carl Zeiss), acoplados
a um sistema de captura de imagem (Axiocam MRc).
A identificação das cianobactérias foi realizada segundo características morfológicas e
morfométricas, sendo essa análise efetuada ao menor nível taxonômico possível, com base em
bibliografia específica. O isolamento das cianobactérias está sendo realizado no Laboratório de
Microbiologia Ambiental do Instituto Evandro Chagas, iniciando-se até no máximo 24 horas após a
coleta das amostras, as quais foram mantidas a 4°C em frascos escuros. Esse procedimento visa à
obtenção de biomassa necessária para extração de proteínas. Inicialmente, procede-se à
homogeneização manual das amostras e, em fluxo laminar, inocula-se 100 µL das amostras em
meio de cultura específico para crescimento de cianobactérias, BG-11 e AA solidificado com 2% de
ágar em placas de Petri esterilizadas e acrescidas com ciclohexamida com concentração final de 70
mg/L. Repiques sucessivos até a obtenção das linhagens em estado uniespecífico foram realizados e
após a confirmação por meio de visualização em microscópio óptico, as linhagens foram
transferidas para o respectivo meio de cultivo em estado líquido. A manutenção das culturas é feita
em temperatura de 24±1ºC, sob luminosidade fluorescente constante de 40 µmol photon.m-2s. A
partir das análises morfológicas foram identificados para a área de estudo um total de 19 táxons,
distribuídos em 10 gêneros, oito famílias, três ordens e uma classe. A ordem Oscillatoriales
apresentou a maior representatividade, seguida por Chroococcales e Nostocales. Até o presente
momento foi possível isolar três táxons de cianobactérias: Microcystis aeruginosa, Microcystis
wesenbergii e Pseudanabaena. As mesmas estão sendo cultivadas para a obtenção de uma maior
biomassa para posterior extração de proteínas. Estão sendo feitos repiques diários para se conseguir
isolarmos um maior número de táxons para região de estudo.
b.1.6.1.4 Citogenética humana
b.1.6.1.4.1 Implantação de exames Cariotípicos por Hibridização in situ em casos
encaminhados pelo SUS ao laboratório de Citogenética Humana e Médica
da Universidade Federal do Pará
O presente projeto pretende analisar, através de técnicas de citogenética clássica e
molecular, o cariótipo de pacientes encaminhados pelo Sistema Único de Saúde para o Laboratório
de Citogenética Humana e Médica. Esses pacientes normalmente apresentam retardo no
desenvolvimento mental e físico. Muitos rearranjos cromossômicos, como translocações complexas
e micro-deleções, passam sem serem devidamente diagnosticadas devido à falta da tecnologia
necessária (nesse caso, hibridização in situ com fluorescência).
O projeto se iniciou em dezembro de 2010, com a liberação de uma parcela dos recursos
financeiros. Com essa parcela, foram comprados dois sistemas de captura e análise cariotípica.
Esses sistemas de captura foram instalados no Laboratório de Cultura de Tecidos, e no Laboratório
de Citogenética Humana e Médica (ICB UFPA). Foi feita uma triagem dos casos que apresentam
cariótipos com rearranjos complexos para início da aplicação dos experimentos de pintura
cromossômica. Dos quase 1600 casos atendidos nos quatorze anos de funcionamento do serviço de
118
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diagnóstico, foram selecionados em torno de 60 casos com cariótipos apresentando rearranjos
complexos.
b.1.6.1.4.2 Estabelecimento de culturas celulares e do perfil citogenético de diferentes
grupos de complementação da Anemia de Fanconi
A anemia de Fanconi é uma doença geneticamente heterogênea, com diferentes grupos
de complementação, e recentes estudos evidenciaram que essas formas diferentes provavelmente
podem ser distinguíveis através de suas características citogenéticas. O conhecimento do grupo de
complementação, na atualidade, só pode ser feito através de estudos de fusão celular ou de
sequenciamento à procura das mutações relacionadas a cada um deles. Apesar de algumas
evidências apontarem para diferentes perfis citogenéticos relacionados a esses grupos, envolvendo
translocações e quebras (Konrat et al., 2007), ainda não foi feito um estudo pormenorizado para a
utilização dessas características citogenéticas diferenciadas no diagnóstico do grupo de
complementação. Esse fato possibilitaria uma maior acessibilidade à distinção desses grupos, e
assim, ao prognóstico dos pacientes. Dessa forma, o projeto visa obter e manter culturas celulares a
partir de biopsias de pele de pacientes com anemia de Fanconi. Através de sequenciamento, seus
grupos de complementação serão determinados. Com posse dessas informações, cromossomos
metafásicos expostos ao DEB serão analisados por citogenética clássica e molecular (tecnologia de
sondas região-específicas obtidas por microdissecção e de cromossomos totais obtidas por
citometria de fluxo) para determinar se rearranjos cromossômicos específicos podem ser
relacionados com cada grupo de complementação, facilitando assim a deteminação desse grupo e
consequentemente o prognóstico dos pacientes.
Em 2011, uma aluna de doutorado permaneceu no Laboratório de Citogenética Humana
da Universidade de Jena (Alemanha), sob a orientação do Dr. Thomas Liehr, desenvolvendo o
projeto através da aplicação de sondas derivadas de BACs para caracterização dos pontos de quebra
em pacientes com anemia de Fanconi.
b.1.6.1.4.3 Rede Brasileira de Referência e Informação em Síndromes de
Microdeleção (RedeBRIM)
O projeto tem como objetivo o estabelecimento de uma rede multicêntrica e
multidisciplinar para diagnóstico e informação sobre síndromes de microdeleção no Brasil, que
possa atuar como apoio assistencial para os serviços de genética médica vinculados ao SUS,
estabelecendo progressivamente bases operacionais em todas as regiões do país e impulsionando as
pesquisas sobre esse grupo de doenças genéticas. No ano de 2011 foram triados pacientes de todo o
Brasil, com suspeita de microdeleções, para análises por array-CGH e aplicação de sondas lócusespecíficas. Os experimentos devem se iniciar nos próximos meses.
b.1.6.1.4.4 Comparação do efeito mutagênico do metilmercúrio em fibroblastos e
células de glioma humano através do ensaio cometa e teste do
micronúcleo
O presente estudo, inserido no Programa de Bolsas de Iniciação Científica IEC-CNPq,
foi iniciado em agosto de 2011 e visa comparar as propriedades citotóxicas, genotóxicas e
mutagênicas do metil-mercúrio, por meio da aplicação do teste de micronúcleo e ensaio cometa em
dois tipos diferentes de células humanas mantidas em cultura representadas por células de tecido
epitelial e células derivadas de gliomas. Foram desenvolvidas culturas in vitro das duas linhagens
pertencentes ao Banco de Células da Seção de Meio Ambiente do Instituto Evandro Chagas, sendo
uma derivada de epitélio (prepúcio, AN-21), e a outra de um glioma (CSN-20). Após a
padronização das técnicas, as culturas foram expostas a soluções de mercúrio em duas
119
INSTITUTO EVANDRO CHAGAS
Relatório de Gestão/2011
concentrações diferentes (5 M e 20 M). Após a exposição ao mercúrio, as culturas foram
incubadas com citocalasina B. No caso das garrafas utilizadas como controle negativo, as culturas
foram expostas apenas à citocalasina B. Os resultados preliminares mostraram uma maior fequencia
de morte celular nas culturas de tecido epitelial e células de glioma (p<0,0001 para ambas as
culturas) expostas a Cloreto de metil mercúrio (MeHgCl) na concentração de 5µM em relação ao
controle negativo. Ambas as culturas apresentaram freqüências semelhantes de micronúcleos
indicando sensibilidade equivalente ao composto tóxico. As atividades desse estudo estão em
prosseguimento em 2012 em relação ao ensaio cometa.
b.1.6.1.5 Ações de vigilância e apoio laboratorial
b.1.6.1.5.1 Vigilância Ambiental para Cólera na Região Metropolitana de Belém-PA
no ano de 2011
O monitoramento ambiental para cólera é realizado pela Seção de Meio Ambiente do
Instituto Evandro Chagas desde 1992. Os pontos monitorados no ano de 2011 foram: igarapé
Tucunduba-P01, Ver-o-Pêso-P02, Estação Elevatória de Esgoto do Canal do UNA-P03 e Porto do
Açaí-P04.
O resumo dos resultados obtidos no projeto neste ano encontram-se descritos nas
tabelas 60 e 61. Nenhum isolado de V.cholerae demonstrou possuir o gene da toxina colérica (ctx)
ou do pilus TCP (tcp), portanto, tratam-se de isolados ambientais não toxigênicos.
Tabela 60
Resultado do isolamento de Vibrio cholerae e Vibrio mimicus de acordo com os diferentes pontos de
monitoramento e os respectivos números de cepas isoladas, Belém-Pa, no período janeiro a dezembro de
2011
Total de
amostras
avaliadas
Ponto
Local
Tipo de água
M008
Tucunduba
M012
Ver-o-Peso
M013
ETEUNA
Porto Açaí
Superficial
(Igarapé)
Superficial (rio
Guamá)
Esgoto (estação de
tratamento)
Superficial (rio
Guamá)
M014
Total
Positivas
V.cholerae
Nº
cepas
Positivas
V.mimicus
Nº
cepas
22
12
39
0
0
22
13
61
1
2
22
3
15
0
0
22
12
37
0
0
88
40
152
1
2
Fonte: Seção de meio Ambiente/IEC/SVS/MS
Tabela 61 . Distribuição mensal dos isolados de Vibrio cholerae de acordo com os pontos de monitoramento na região
metropolitana de Belém-Pa no período de janeiro a dezembro, 2011
Características
Pontos
Local
M008
Tucunduba
M012
M013
M014
Tipo de
água
Sup. (Ig.)
Sup.
(rio
Ver-o-Peso
Guamá)
Esgoto (Est
ETE-UNA
de Trat.)
Sup.
(rio
Porto Açaí
Guamá)
Meses do ano
jan
fev
mar
abr
mai
jun
jul
ago
set
out
nov
dez
Total
1
-
1
2
1
-
2
2
1
1
-
1
12
2
2
2
1
2
-
1
1
2
1
-
-
13
-
-
1
1
1
-
-
-
-
-
-
-
3
2
2
1
1
1
2
1
1
12
Total
1
40
Fonte: Seção de meio Ambiente/IEC/SVS/MS
120
INSTITUTO EVANDRO CHAGAS
Relatório de Gestão/2011
b.1.6.1.5.2 Análises realizadas na rotina do Laboratório de Microbiologia Ambiental,
durante o ano de 2011
O Laboratório de Microbiologia Ambiental realizou em 2011 análises bacteriológicas no
âmbito da demanda de rotina para avaliação da qualidade da água conforme quantitativo
discriminado na tabela 62.
Tabela 62
Mês
Quantitativo de amostras analisadas no Laboratório de Microbiologia Ambiental/SAMAM/IEC em 2011,
segundo parâmetros, na matriz água
No. Amostras
Análises realizadas
Janeiro
40
3
Fevereiro
207
3
Março
346
3
Abril
54
3
Maio
249
3
Junho
373
3
Julho
72
3
Agosto
163
3
Setembro
571
3
Outubro
60
3
Novembro
234
3
Dezembro
109
3
Total
Parâmetros
Coliformes totais; Coliformes
termotolerantes; E.coli
Matriz
Água
2.478 amostras x 3 parâmetros = 7.434
análises
Fonte: Seção de meio Ambiente/IEC/SVS/MS
b.1.6.1.5.3 Monitoramento da qualidade físico-química da água de consumo humano
e água superficial nos Portos de Belém e Terminal Petroquímico de
Miramar
Em 2011 foi realizado o monitoramento mensal da qualidade da água potável utilizada
para o consumo humano nos Portos de Belém e Terminal Petroquímico de Miramar em Belém/PA e
Vila do Conde em Barcarena/PA, todos sob responsabilidade da Companhia Docas do Pará (CDP).
Observa-se na tabela 63 as variáveis analisadas nos meses de 2011 na água consumida
nos prédios da CDP nos Portos de Belém, Terminal Petroquímico de Miramar e Porto de Vila do
conde. Ressalta-se que o número de amostras coletadas em cada mês foi de acordo com o número
solicitado pela empresa conveniada ou por problemas de fornecimento de água em alguns pontos de
amostragem no momento da coleta.
121
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Relatório de Gestão/2011
Tabela 63 Número de amostras e análises realizadas no Laboratório de Toxicologia em água de consumo referente ao
convênio HIDROSAM, Setor de Físico-Química 2011.
Mês
Janeiro
Fevereiro
Março
Abril
Maio
Junho
Julho
Tipo de amostra
Água de
Consumo
Agosto
Setembro
Outubro
Novembro
Dezembro
Total
Variáveis analisadas
pH; Temperatura;Condutividade;TDS;
Salinidade; Turbidez; STS; Cor; Fluoreto;
Cloreto; Nitrito; Brometo;
Nitrato;Nitrogênio Amoniacal; Sulfato;
Fosfato; Lítio; Sódio; Amônio; Potássio;
Magnésio; Cálcio; Alcalinidade total;
Dureza; Cloro Livre.
Número de amostras
Número de análises
06
23
06
15
15
15
15
162
621
162
405
405
405
405
08
216
04
06
06
06
125
108
162
162
162
3375
Fonte: SAMAM/IEC/SVS/MS
A água superficial no entorno dos portos da Companhia Docas do Pará (CDP) também
foi monitorada mensalmente, abrangendo os portos de Belém e Terminal Petroquímico de Miramar
alocados em Belém/PA e Porto de Vila do conde em Barcarena/PA.
Foram monitorados quinze (15) pontos de amostragem nos portos de Belém, Terminal
Petroquímico de Miramar e Porto de Vila do conde. Os pontos de amostragem monitorados foram
definidos pela empresa conveniada. Em Belém e Miramar os pontos de amostragem condizem com
a área portuária de Belém/PA no corpo hídrico denominado de Baia do Guajará, já em Vila do
Conde no município de Barcarena/PA, os pontos de amostragem foram definidos no Rio Pará no
entorno da área portuária.
Observa-se na tabela 64 as variáveis analisadas nos meses de 2011 na água superficial
no entorno dos Portos de Belém, Terminal Petroquímico de Miramar e Porto de Vila do conde.
Ressalta-se que o número de amostras coletadas em cada mês foi pré-estabelecido pela empresa
conveniada e que em algumas amostragens estes valores foram maiores por solicitação da empresa.
Tabela 64
Número de amostras e análises realizadas no Laboratório de Toxicologia em água superficial referentes ao
convênio HIDROSAM, Setor de Físico-Química 2011
Número de
amostras
15
15
Número de
análises
345
345
Março
15
345
Abril
15
345
Maio
15
345
15
33
345
759
Mês
Tipo de amostra
Variáveis analisadas
Janeiro
Fevereiro
Junho
Água Superficial
Julho
Agosto
pH; Temperatura; Condutividade; TDS;
Salinidade; OD; DBO; DQO; Fluoreto;
Cloreto; Nitrito; Brometo; Nitrato; Nitrogênio
Amoniacal; Sulfato; Fosfato; Lítio; Sódio;
Amônio; Potássio; Magnésio; Cálcio; Dureza.
33
759
Setembro
33
759
Outubro
15
345
Novembro
35
805
Dezembro
30
690
Total
269
6.187
Fonte: SAMAM/IEC/SVS/MS
122
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Relatório de Gestão/2011
b.1.6.1.5.4 Monitoramento da qualidade físico-química da água superficial
residuária da Empresa Brasileira de Infraestrutura Aeroportuária
e
Em 2011 também foi realizado o monitoramento de água superficial e do esgoto da
Estação de Tratamento de Esgoto (ETE) da Empresa Brasileira de Infra-Estrutura Aeroportuária
(INFRAERO) localizada no Município de Belém, estado do Pará com coordenadas geográficas para
latitude e longitude respectivamente de 01º23 05" S e 48º28 44" W. Este monitoramento abrangeu
o Igarapé de Val-de-Cães em pontos de amostragem à montante e à jusante da ETE e em outras
unidades de tratamento da ETE, tais como: esgoto bruto na entrada da ETE, aerador, decantador
secundário, tanque de contato com o cloro e saída da ETE.
O número de análises e variáveis analisadas, assim como, outras informações podem ser
observadas na tabela 65. Foram definidos pela empresa conveniada quatorze (14) pontos de
amostragem, os quais foram contemplados nos doze meses de monitoramento.
Tabela 65 - Número de amostras e análises realizadas no Laboratório de Toxicologia em água superficial e residuária
referentes ao convênio HIDROSAM, Setor de Físico-Química 2011
Número de
Amostras
14
14
Número de
Análises
448
448
14
448
14
448
14
448
14
448
14
448
14
448
14
448
Outubro
14
448
Novembro
14
448
Dezembro
14
448
Total
168
5.376
Mês
Tipo de Amostra
Variáveis Analisadas
Janeiro
Fevereiro
Março
Abril
Maio
Junho
Julho
Água
Superficial/Água
Residuária
Agosto
Setembro
pH; Temperatura; Condutividade; TDS;
Salinidade; OD; Turbidez; STS; Cor;
DBO; DQO; Fluoreto; Cloreto; Nitrito;
Brometo; Nitrato; Nitrogênio Amoniacal;
Sulfato; Sulfeto; Fosfato; Lítio; Sódio;
Amônio; Potássio; Magnésio; Cálcio;
Alcalinidade Total; Fósforo Total; Cloro
Livre; Sólidos Sedimentáveis.
Fonte: SAMAM/IEC/SVS/MS
b.1.6.1.5.5 Monitoramento da qualidade físico-química da água superficial
residuária do Hospital Rede Sarah
e
Foram monitoradas as águas residuárias produzidas nas instalações hidráulicas prediais
do Hospital Rede Sarah, abrangendo quatro (04) caixas de passagem de esgoto com pontos
afluentes e efluentes em cada caixa e dois (02) pontos no canal São Joaquim totalizando dez pontos
de amostragem, o qual é receptor desta carga despejada pelo hospital. As variáveis monitoradas,
assim como, outras informações podem ser observadas na tabela 66.
123
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Tabela 66
Mês
Relatório de Gestão/2011
Número de amostras e análises realizadas no Laboratório de Toxicologia em água residuária referentes ao
convênio REDE SARAH, Setor de Físico-Química 2011
Tipo de amostra
Número de amostras
Número de análises
Janeiro
-
-
Fevereiro
-
-
Março
-
-
Abril
-
-
10
270
-
-
Maio
Água
residuária e
água
superficial
Junho
Julho
Agosto
Setembro
Variáveis analisadas
pH; Temperatura; Condutividade; TDS;
Salinidade; OD; SST; DBO; DQO;
Fluoreto; Cloreto; Nitrito; Brometo;
Nitrato; Nitrogênio Amoniacal; Sulfato;
Fosfato; Lítio; Sódio; Amônio; Potássio;
Magnésio; Cálcio; Alcalinidade Total;
Fósforo Total; Cloro Livre
Outubro
Novembro
Dezembro
Total
-
-
20
520
-
-
-
-
10
270
-
-
40
1.060
Fonte: SAMAM/IEC/SVS/MS
b.1.6.1.6 Outras ações por laboratório
b.1.6.1.6.1 Laboratório de Toxicologia
O laboratório de mercúrio faz parte do laboratório de toxicologia da Seção de meio
ambiente (SAMAM).
Possui uma equipe formada por um pesquisador Químico o qual é responsável pelo o
laboratório e três colaboradores capacitados e treinados, que compõem a equipe técnica os quais
também são Químicos.
Controle de qualidade
Para manter o padrão de qualidade, as análises foram realizadas com o acompanhamento
de amostras de referência certificadas, limpeza adequada e identificação das vidrarias, controle de
acesso ao laboratório com o uso de sapatilhas (controle de poeira) e divisão do espaço interno.
Metodologia utilizadas na análise de mercúrio e metilmercúrio
Determinação de mercúrio total em amostras biológicas e ambientais
Para se determinar mercúrio total foi utilizada a técnica de espectrometria de absorção
atômica por vapor frio acompanhada do método que envolve redução e espectrometria de absorção
atômica por vapor frio (CVAAS) (sistema aberto de circulação do fluxo de ar) é, em princípio,
semelhante ao sistema de circulação convencional em que o método inclui o seguinte: redução de
íons Hg2+ na solução da amostra com cloreto estanhoso para gerar vapor de mercúrio elementar
(Hg0); e a introdução de vapor de mercúrio na célula de foto-absorção para a medida de absorbância
a 253,7 nm.
Determinação de metilmercúrio em amostras biológicas e ambientais
Para medida de mercúrio orgânico, cromatografia gás-líquido com detecção de captura
de elétrons (GLC-ECD) foi usado para análise seletiva de metilmercúrio e outros compostos
organomercuriais.
O procedimento analítico envolve a extração de metilmercúrio nas amostras como seu
haleto em um solvente orgânico após acidificação; a extração de volta em uma solução aquosa de
124
INSTITUTO EVANDRO CHAGAS
Relatório de Gestão/2011
cisteína ou glutationa; a re-extração em um solvente orgânico; e medida de metilmercúrio por GLCECD.
Produção
Realizou-se no período de 2011 em média, cerca de 258 análises mensais incluindo
matrizes biológicas e ambientais tais como tecido capilar, sangue, urina, leite materno, pescado,
ostras, boto e sedimento, totalizando 3.091 análises anual. O ápice ocorreu em Abril com 622
análises realizadas (Figura 24). Devido à ministração de curso pelo Dr. Akagi, não foi possível
realizar nenhuma análise de rotina.
Atividades do laboratório de mercúrio 2011
Dez
Nov
Out
Set
Ago
Meses
Jul
Jun
Mai
Abr
Mar
Fev
Jan
0
100
200
300
400
500
600
700
Quantidade de análises
Figura 24 Nº de amostras analisadas nos meses relativos ao ano de 2011
Tabela 67 Quantidade de amostras analisadas para mercúrio no ano de 2011
(continua)
Procedência
(Projetos)
Barreiras
Barcarena
Barcarena
Barcarena
Maernita I
Maernita II
Maernita I
Macrodenagem
Macrodrenagem
Barreiro
Macrodrenagem
CDP
Tucuruí
Brasília Legal
1994
C. Maranhão
Abaetetuba
Rio Claro
Amostras
certificadas
Amostras
certificadas
Matriz
jan
fev
mar
abr
mai
jun
jul
ago
out
nov
dez
Cabelo
Sedimento
Cabelo
Plâncton
Cabelo
Cabelo
Leite
materno
Cabelo
2
174
-
50
-
36
176
-
-
-
123
110
-
-
-
-
-
-
-
-
-
-
-
-
-
115
-
-
-
-
-
580
-
-
-
-
-
-
-
Cabelo
-
-
-
-
-
-
-
-
-
-
168
Cabelo
-
-
-
-
260
-
253
-
-
-
-
Plâncton
-
-
-
-
-
-
14
-
-
-
-
Cabelo
-
-
-
-
-
-
115
-
-
-
-
Cabelo
-
-
-
-
40
-
-
-
-
-
-
Sedimento
-
-
-
-
47
-
-
-
-
-
-
IAEA SL1
4
-
-
-
-
-
-
-
-
-
-
IAEA-086
2
-
-
20
-
-
-
-
-
-
-
125
INSTITUTO EVANDRO CHAGAS
Relatório de Gestão/2011
Tabela 67 Quantidade de amostras analisadas para mercúrio no ano de 2011
(conclusão)
Procedência
(Projetos)
Matriz
jan
fev
mar
abr
mai
jun
jul
ago
out
nov
dez
Ostra
-
-
-
-
-
-
40
-
-
41
-
Peixes
-
-
-
-
-
-
-
-
59
-
-
Sangue
-
2
15
12
6
-
-
2
11
5
3
Atendimento
rotina
Cabelo
-
3
2
10
3
-
-
3
11
5
-
Atendimento
rotina
Urina
-
2
3
-
-
-
-
-
-
-
-
Sedimento
-
-
-
-
-
-
-
5
-
-
-
Cabelos
-
-
-
-
-
277
-
-
-
-
-
Boto
-
-
-
-
-
-
-
-
-
23
-
Peixes
-
-
-
-
-
-
-
-
-
145
-
Doutorado
parceria IEC
UFOPA
Solo
-
-
-
-
-
-
-
-
-
70
-
Treinamento
Cabelo
-
-
16
-
-
-
-
-
-
-
-
Treinamento
Peixe
-
-
10
-
-
-
-
-
-
-
-
Treinamento
Sedimento
-
-
8
-
-
-
-
-
-
-
-
182
57
266
622
356
410
532
10
196
289
171
Parcerias UFPA
Bragança
UFPA
Atendimento
rotina
Material
certificado
Mestrados
UFPA parceria
com o IEC
Doutorado
parceria IEC
FIOCRUZ
Doutorado
UFPA parceria
com IEC
Total
Fonte: SAMAM/IEC/SVS/MS
O Setor de Cromatografia do Laboratório de Toxicologia realizou em 2011, exames de DDT
em soro sangüíneo em pacientes oriundos da Fundação nacional de saúde (FUNASA), por solicitação
judicial, colinesterase sérica em trabalhadores expostos a agrotóxicos, análise de resíduos orgânicos
volatéis em água de consumo e superficial, análise de agrotóxicos em amostras de água, solo e sedimento,
análises utilizando a planta Tradescantia pallida como bioindicador ambiental através da análise
microscópica e de metais de suas folhas. Essas amostras analisadas estão inseridas em projetos de pesquisa
da Seção de Meio Ambiente e de demandas provenientes das diversas instâncias do poder público como
as Secretarias Municipais de Saúde e Meio Ambiente, Secretaria Estadual de Meio ambiente, Centro de
Perícias Renato Chaves, Promotoria de Justiça de Meio Ambiente do Estado do Pará, Promotoria de
Justiça de Barcarena e outros municípios e Justiça Estadual e Federal, Fundação Nacional de Saúde
(FUNASA).
126
INSTITUTO EVANDRO CHAGAS
Relatório de Gestão/2011
Tabela 68 Quantitativo de amostras realizadas pelo Laboratório de Cromatografia 2011
Mês
Nº análises
Matriz
Parâmetros
- Soro (11 análises)
DDT (Soro, água)
Janeiro
23 análises
- Plantas (12 análises)
Fevereiro
Março
86 análises
226 análises
Abril
196 análises
Maio
327 análises
Junho
46 análises
Julho
160 análises
Agosto
75 análises
Setembro
85 análises
Outubro
83 análises
Novembro
178 análises
Dezembro
247 análises
Total
1.732 análises
- Soro (8 análises)
- Peixe (78 análises)
- Soro (21 análises)
DDE (Soro, água)
BTEX (Água)
- Plantas (2 análises)
- Água (203 análises)
- Soro (94 análises)
- Plantas (2 análises)
- Água (100 análises)
- Água (327 análises)
- Soro (2 análises)
- Água (44 análises)
- Soro (2 análises)
- Água (158 análises)
- Soro (4 análises)
- Água (71 análises)
- Soro (33 análises)
- Água (52 análises)
- Soro (42 análises)
ORGANOFOSFORADOS
(soro, água)
COLINESTERASE
(soro)
CARBAMATOS
(água)
METAIS (folhas)
-
- Água (41 análises)
-
- Soro (2 análises)
- Água (176 análises)
-
- Soro (65 análises)
- Água (182 análises)
1.732 análises
-
Fonte: SAMAM/IEC/SVS/MS
*DDT: Diclorodifeniltricloroetano (inseticida organoclorado)
**DDE: Diclorodifeniltricloroeteno (inseticida organoclorado)
***BTEX: Benzeno, tolueno, etilbenzeno, xileno
A sala de Espectrometria Analítica está vinculada ao Laboratório de
Toxicologia/SAMAM/IEC e foi criada para realizar a determinação de constituintes inorgânicos (metais)
nas mais variadas matrizes (água, solo, sedimento, pescado, plantas, etc..) possui um parque analítico
capaz de avaliar teores de metais em uma ampla faixa de concentração que varia no teor de traços a até em
percentagem. Tem como objetivo, determinar os teores de metais (Al, As, Ba, B, Ca, Cd, Co, Cr, Cu, Fe,
K, Mg, Mn,Mo, Na, Ni, Sb, Se, Sn, Sr, Ti, V, Zr e Zn) nas mais variadas matrizes (água, pescado, plantas,
solo, urina, etc..) fomentando projetos de pesquisa que abrangem as áreas ambientais e biológicas.
127
INSTITUTO EVANDRO CHAGAS
Relatório de Gestão/2011
Espectrometria de Emissão Ótica (ICP-OES)
Tabela 69
Valores mensais do número de amostras e análises realizadas no Laboratório Toxicologia, sala de
espectrometria analítica, correspondentes ao ano de 2011
Mês
Janeiro
Fevereiro
Março
Abril
Maio
Junho
Julho
Agosto
Setembro
Outubro
Novembro
Dezembro
Tipos de Amostra
Água Superficial
Água de consumo
Água de Esgoto
Vegetais
Sedimento de fundo
Solo
Fígado
Gordura animal
Fuligem
Tecido Capilar
Água de Coco
Pescado
Plâncton
Lodo
Tipos de Análises
Espectrometria de Emissão
Ótica com Plasma
Induzido (ICP OES)
Total
Nº Amostras
Nº Análises
304
2935
266
2504
513
7695
277
4155
*
*
670
10.093
256
2758
345
345
494
7568
215
1167
123
1406
336
3565
3.799
44.191
Fonte: SAMAM/IEC/SVS/MS
Nota: * No mês de Maio a Sala de Espectrometria Analítica estava passando por reforma estrutural.
Espectrometria de Absorção Atômica Acoplada a Forno de Grafite (GF-AAS)
Tabela 70
Número de amostras e análises dos elementos Chumbo (Pb) e Cádmio (Cd) realizadas no laboratório
toxicologia no ano de 2011
Nº
Amostras
Nº
Análises
Janeiro
335
670
Fevereiro
275
550
Março
379
758
309
618
228
456
235
470
164
328
243
486
Setembro
274
548
Outubro
210
420
Novembro
105
210
Dezembro
185
370
Mês
Abril
Maio
Junho
Julho
Agosto
Tipos de
amostra
Água
Superficial
Água de
consumo
Pescado
Sangue total
Urina
Total
Tipos de análises
Espectrometria de Absorção Atômica Acoplada a Forno de
Grafite (GF-AAS)
5884
Fonte: SAMAM/IEC/SVS/MS
128
INSTITUTO EVANDRO CHAGAS
Relatório de Gestão/2011
b.1.6.1.6.2. Laboratório de Microbiologia Ambiental
Em 2011 o Laboratório de Microbiologia Ambiental com apoio do Laboratório de
Físico-química da água, desenvolveram atividades no âmbito do projeto Avaliação da qualidade da
água destinada ao consumo humano no principal manancial de abastecimento de Belém - PA,
Brasil com o objetivo de Avaliar a qualidade da água destinada ao consumo humano do manancial
do Utinga e Estação de Tratamento de Água (ETA) Bolonha, Município de Belém, PA, Brasil, além
de Quantificar os coliformes totais, termotolerantes e E.coli nas amostras de água coletadas;
Determinar as variáveis físico-químicas (Ph, temperatura, condutividade elétrica, sólidos totais
dissolvidos (TDS) e oxigênio dissolvido (OD)) nas amostras de água coletadas; Pesquisar a
ocorrência de potenciais patógenos bacterianos (Escherichia coli, Salmonella spp., Vibrio cholerae
e Vibrio mimicus nas amostras de água coletadas; Identificar fatores de virulência nos isolados de
E.coli e Vibrio cholerae eventualmente obtidos; Realizar a detecção e quantificação do Virus da
Hepatite A nas amostras de água coletadas; Avaliar a ocorrência de sazonalidade para coliformes,
patógenos e variáveis físico-químicas nas amostras estudadas.
b.1.6.1.6.3 Laboratório de Virologia
No ano de 2011, o laboratório de virologia realizou 6.038 análises sorológicas para
pesquisa de Citomegalovírus (HCMV), Rubéola e Sarampo. Desse universo, 3.327 solicitações
eram para CMV, 2.348 para Rubéola e 363 para Sarampo para diagnósticos por sorologia. Os
diagnósticos fornecidos atenderam a demanda de solicitações feitas através do atendimento médico
da Central de atendimento Unificado do Instituto Evandro Chagas (IEC), do atendimento
ambulatorial de gestantes do pré-natal na Seção de Meio Ambiente e de algumas solicitações feitas
por busca ativa em Hospitais da rede pública como o Hospital Ophir Loiola em atendimento a
solicitação médica. A pesquisa de anticorpos para os vírus Rubéola, CMV e Sarampo, estão
representados nas tabelas 71, 72 e 73.
Tabela 71 Análises sorológicas para Rubéola, 2011
Rubéola
IgG analis.
IgG (+)
IgM analis.
IgM (+)
Janeiro
311
283
293
2
Fevereiro
300
275
282
2
Março
285
255
263
-
Abril
274
259
264
1
Maio
375
345
346
-
Junho
366
332
333
-
Julho
67
48
49
1
Agosto
58
43
42
-
Setembro
56
43
46
1
Outubro
52
50
52
1
Novembro
72
67
69
1
Dezembro
132
113
124
1
2.348
2.113
2.163
10
Total
Fonte: SAMAM/IEC/SVS/MS
129
INSTITUTO EVANDRO CHAGAS
Relatório de Gestão/2011
Tabela 72 Análises sorológicas para HCMV, 2011
IgG analis.
IgG (+)
IgM analis.
IgM (+)
Janeiro
HCMV
383
372
381
1
Fevereiro
371
362
369
2
Março
384
368
376
2
Abril
360
353
364
4
Maio
Junho
469
452
465
7
358
347
341
5
Julho
126
107
115
7
Agosto
157
149
149
7
Setembro
146
141
141
5
Outubro
166
154
160
Novembro
174
171
173
2
1
Dezembro
233
214
239
2
3.327
3.190
3.273
45
Total
Fonte: SAMAM/IEC/SVS/MS
Do total de análise realizada, 1.621 eram gestantes entre as quais 1.491 eram
assintomáticas. As sorologias foram realizadas nas gestantes por diversos motivos diagnósticos,
assim distribuídos: 35 gestantes eram motivo de doença, 95 por contato com casos exantemáticos e
1.491 grávidas para diagnóstico pré-natal, assintomáticas. Do total de assintomáticas, houve 1 caso
de positividade para rubéola e 2 casos positivos para Citomegalovírus. Outros grupos de pacientes
foram investigados, tais como mães de recém-nascidos suspeitos de TORCH (1 caso positivo para
rubéola), recém-nascidos suspeitos de doença congênita (1 casos positivo para rubéola e 17 casos
positivos para CMV), doentes com suspeitas diversas sintomáticos (7 casos positivos para rubéola;
23 para CMV e 4 sarampo); transplantados ( 1 caso de CMV positivo), pacientes com SIDA (1 caso
positivo para o CMV) e pacientes renais crônicos (1 caso positivo para CMV).
Tabela 73 Análises sorológicas para Sarampo, 2011
Sarampo
IgG analis.
IgG (+)
IgM analis.
IgM (+)
Janeiro
36
24
36
-
Fevereiro
27
16
25
1
Março
35
27
33
-
Abril
18
15
18
-
Maio
34
19
34
-
Junho
45
24
45
-
Julho
21
13
21
-
Agosto
21
11
19
-
Setembro
29
19
26
-
Outubro
31
23
31
-
Novembro
23
19
23
-
Dezembro
44
31
42
3
Total
363
240
352
4
Fonte: SAMAM/IEC/SVS/MS
130
INSTITUTO EVANDRO CHAGAS
Relatório de Gestão/2011
Em fevereiro de 2011 ocorreu 1 caso de sarampo e em dezembro outros 4 casos,
confirmados pela presença de IgM. Dentre os casos positivos para sarampo, 3 eram suspeitos de
sarampo vacinal. Um único caso de sarampo não vacinal, suspeito de sarampo selvagem está em
processo de confirmação. Este caso também foi positivo para Sífilis, mono e HIV.
Outras metodologias são comumente utilizadas como complementação diagnóstica de
rotina no laboratório de Virologia, tais como: técnicas moleculares (PCR) e de isolamento viral.
O laboratório de Biologia molecular efetuou diagnóstico molecular para CMV em 87
amostras da rotina. Foram analisadas 29 amostras de urina, 58 amostras de sangue total e 16
amostras de LCR. Ressalta-se o fato de que alguns materiais pertencem a um mesmo paciente,
principalmente relacionada as amostras de urina e sangue. Entre os diagnósticos realizados pelo
método molecular, 38 eram transplantados, 3 pacientes de SIDA, 6 eram gestantes e 12 recémnascidos, sendo detectada a presença do DNA viral de 16 transplantados, 1 paciente de SIDA e em
9 recém-nascidos, não tendo sido detectado DNA viral do CMV em nenhuma das gestantes
investigadas.
O procedimento de isolamento viral foi realizado conjuntamente às técnicas sorológicas.
O laboratório utiliza para diagnóstico viral culturas primárias e linhagens celulares específicas para
os vírus da Rubéola, Citomegalovírus e Sarampo. Para o isolamento do Citomegalovírus Humano
(HCMV) são utilizadas culturas primárias de células de prepúcio humano (fibroblastos de
humanos), usadas como células alvo para replicação do HCMV; para o isolamento viral do vírus da
Rubéola, são utilizadas células de rim de macaco verde africano (VERO - ATCC) e para o
isolamento do vírus do Sarampo, são utilizadas células do tipo Linfócitos B de macaco
imortalizadas pelo vírus do Epstain-Barr. Os espécimes biológicos utilizados para o isolamento
viral são secreções de orofaringe, liquido cefalorraquidiano (LCR) e urina. Todos os procedimentos
adotados no isolamento viral bem como as células utilizadas nesses ensaios estão de acordo com o
descrito na literatura biomédica e já fazem parte do protocolo de isolamento viral deste Instituto de
Pesquisa.
No ano de 2011, o laboratório de virologia da SAMAM/IEC, recebeu um total de 57
amostras, obedecendo à seguinte discriminação:
Do total de amostras recebido em nosso laboratório, o número mais expressivo foi para
o isolamento de HCMV, o que pode se justificar, considerando que este vírus é encontrado
amplamente distribuído nas populações humanas ao redor do mundo. Das 51 amostras testadas
para isolamento de HCMV, 14 foram encaminhadas pelo serviço de atendimento local; 18 foram
oriundas do Hospital Ophir Loiola, sendo que dessas, 13 foram de pacientes renais transplantados; 6
foram do Hospital Universitário João de Barros Barreto (3 oriundas de pacientes portadores de
SIDA). As demais amostras foram encaminhadas do LACEN/PI (02), do LACEN/TO (01), da
Santa Casa de Misericórdia do Pará (03) e de outras entidades diversas (07).
Todos os espécimes biológicos foram submetidos por no mínimo seis passagens em
cultura de células, sendo cada passagem incubada num intervalo mínimo de cinco dias. Dentre as 57
amostras recebidas no laboratório de virologia da SAMAM, não houve nenhum resultado
condizente com o Efeito Citopatológico (ECP) característico dos vírus do HCMV, Rubéola ou
Sarampo. Apesar da negatividade para ECP ter se mostrado em todas as amostras, inferimos a
necessidade do isolamento viral como um passo importante na confirmação de casos de suspeita de
infecção aguda pelos referidos vírus, bem como no auxílio ao diagnóstico molecular (reação em
cadeia da Polimerase
PCR) e de caracterização estrutural por Microscopia Eletrônica de
Transmissão (MET). Todos os resultados foram emitidos em laudos técnicos contendo informações
sobre o tipo celular utilizado no isolamento, o espécime biológico, o numero de passagens em
célula e o resultado presuntivo.
Dentre as possíveis causas de negatividade em alguns espécimes biológicos,
ressaltamos, além do fato de a maioria das solicitações estarem pautadas em diagnóstico diferencial,
131
INSTITUTO EVANDRO CHAGAS
Relatório de Gestão/2011
a dificuldade de se obter, em alguns casos, amostras satisfatórias para um correto isolamento viral,
citamos: condições de armazenamento e estocagem, temperatura ideal para transporte, alíquotas
contaminadas por microorganismos (bactérias), amostras com padrão de turbidez inadequados para
o isolamento e alíquotas de LCR contendo vestígios de sangue (hemolisadas) foram algumas das
ocorrências mais identificadas no recebimento das amostras. Apesar das dificuldades aparentes,
todas as mostras foram submetidas à técnica de isolamento viral, até que se pudesse haver um
diagnostico presuntivo.
b.1.6.1.6.4. Laboratório de Cultura de Tecidos
O laboratório de cultura de tecidos vem executando as funções de rotina de uso de
culturas primárias e linhagens celulares para a análise de isolamento viral e qualquer outro estudo
na área de biologia que necessite de células em cultura. Além disso, faz parte da Rede para estudos
de Células Tronco e Terapia Celular INCTC do CNPq, estando ligado ao Hemocentro de
Ribeirão Preto SP, fornecendo células tronco adultas e embrionárias para pesquisa em terapia
celular para subsidiar o subprojeto Cultura de Células Tronco Adultas e Embrionárias de animais e
Humanos para uso em Terapias Celulares, desde 2008.
Desde 2010 foram iniciados novos projetos de pesquisa, com a participação de alunos
de Iniciação cientifica, Mestrado e Doutorado. Os projetos implantados foram:
a) Manutenção de Culturas Celulares do Banco de Células do Laboratório de Cultura de
Tecidos (SAMAM - Instituto Evandro Chagas), vigência de 2010 a 2012 Apoio: CNPq
(bolsa de IC).
b) Citotaxonomia e Evolução Cromossômica em Aves Através da Aplicação de Pintura
Cromossômica vigência: desde 2006- Apoio: CNPq (2006-2008). Participação de uma
aluna de IC (bolsa CNPq-UFPA), dois alunos de Mestrado (Programa de Pós Graduação em
Neurociências e Biologia Celular e Programa de Pós Graduação em Genética e Biologia
Molecular), uma aluna de doutorado (Programa de Pós Graduação em Neurociências e
Biologia Celular);
c) Estabelecimento de Culturas Celulares e do Perfil Citogenético de diferentes Grupos de
Complementação da anemia de Fanconi, vigência de 2010 a 2012 Apoio CNPq (bolsa de
Mestrado). Uma aluna de Mestrado (Programa de Pós Graduação em Neurociências e
Biologia Celular) e uma de doutorado (Programa de Pós Graduação em Genética e Biologia
Molecular) envolvidas.
d) Caracterização citogenética e molecular de Tumores de sistema Nervoso Central Humano,
desde 2008. Participação de uma aluno de IC, um de Mestrado (Programa de Pós Graduação
em Neurociências e Biologia Celular) e um de doutorado (Programa de Pós Graduação em
Genética e Biologia Molecular).
e) REDE BIM Rede Brasileira de Referência e Informação em Síndromes de Microdeleção
coordenado pela Profa. Dra. Mariluce Riegel (UFRS), vigência: 2011-2014 -o Laboratório
de Cultura de Tecidos consta como ponto de apoio da Região Norte.
f) Implantação de exames cariotípicos por hibridização in situ em casos encaminhados pelo
SUS ao laboratório de citogenética humana e médica da universidade federal do pará
vigência 2011-2014 apoio CNPq, com a participação de dois alunos de IC (bolsas CNPqUFPA) e uma aluna de doutorado (Programa de Pós Graduação em Genética e Biologia
Molecular).
g) Comparação do efeito mutagênico do metilmercúrio em fibroblastos e células de glioma
humano através do ensaio cometa e teste do micronúcleo, vigência 2011-2012
Participação de um aluno de IC (Bolsa CNPq-IEC).
132
INSTITUTO EVANDRO CHAGAS
Relatório de Gestão/2011
b.1.6.1.7 Instituições parceiras
b.1.6.1.7.1 Locais ou regionais
Secretarias de Saúde e de Ambiente do Estado do Pará;
Instituto Estadual de Proteção Ambiental do Amapá;
Secretarias Municipais de Saúde e de Meio Ambiente dos municípios de Itaituba,
Santarém e Barcarena;
Fundação Nacional de Saúde Coordenação Regional do Pará e Unidades de Santarém e
de Itaituba;
Associação dos Mineradores de Ouro do Tapajós (AMOT);
Hospital Menino Jesus de Itaituba;
Universidade Federal do Pará (Núcleo de Medicina Tropical, Instituto de Ciências
Biológicas, Geociências e de Química);
Museu Paraense Emílio Goeldi,
Companhia de Pesquisas de Recursos Minerais (CPRM);
Departamento Nacional de Produção Mineral (DNPM),
Hospital da Rede Sarah Kubistchek;
Ministério Público dos Estados do Pará e Amapá;
Sistema de Proteção da Amazônia - Centros Regionais do Pará e de Rondônia.
b.1.6.1.7.2 Nacionais
Universidade Federal do Rio de Janeiro (Instituto de Saúde Coletiva),
Fundação Oswaldo Cruz;
Centro de Tecnologia Mineral (CETEM),
Centro Gestor e Operacional do Sistema de Proteção da Amazônia (CENSIPAM);
FUNASA - Brasília.
b.1.6.1.7.3 Internacionais
Agência de Cooperação Internacional do Japão (JICA);
Instituto Nacional para a Doença de Minamata.
b.1.7 Investigações anatomopatológicas
A Seção de Patologia do IEC e composto por dois Setores: Análises Clínicas e Anatomia
Patológica.
O Setor de Anatomia Patológica, esta subdividido em seis laboratórios:
- Laboratório de Macroscopia;
- Laboratório de Rotina;
- Laboratório de Imuno-Histoquímica
- Laboratório de Biologia Molecular/ELISA;
- Laboratório de Apoio;
- Laboratório de Microscopia.
133
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Relatório de Gestão/2011
b.1.7.1 Realizações
b.1.7.1.1 Setor de Análises Clínicas
Em 2011 o Instituto atendeu 8.619 pacientes, através de suas Seções científicas e
realizou, através do Setor de Analises Clínicas 59.215 exames de hematologia, bioquímica,
imunologia e urinálise, em apoio as pesquisas biomédicas, assim como de pacientes encaminhados
pelo Sistema Único de Saúde (SUS).
b.1.7.1.1.1 Serviços
a) Coleta e realização de exames laboratoriais na área de hematologia e bioquímica em apoio
ao projeto Rede Paraense de Malária da Seção de Parasitologia na viagem de campo ao
município de Goianésia-Pa;
b) Elaboração de projeto para autorização do curso técnico em Análises Clínicas, para
aprovação do Conselho Estadual de Educação do Estado do Pará;
c) Elaboração de material didático e realização de aulas teóricas e práticas em apoio as
atividades do curso técnico em Análises Clínicas promovido pelo IEC em apoio ao Sistema
Único de Saúde;
d) Os pesquisadores e técnicos da Seção ministraram curso de atualização em hematologia para
30 servidores do Instituto Evandro Chagas e Centro Nacional de Primatas, no período de 04
a 08.04.2011;
e) Coleta de amostras de sangue em população selecionada do projeto Análise das Alterações
metabólicas em crianças e adolescentes Obesos e não obesos de Belém-Pa;
f) Implantação do Programa de Controle de Qualidade externo contratado junto a empresa
Controllab, com o objetivo de monitoramento dos exames laboratorias realizados pelo
Laboratório de Patologia nas áreas de hematologia, bioquímica, urinálise e imunologia.
b.1.7.1.2 Setor de Anatomia Patológica
Principais ações da Anatomia Patológica dentro do cenário de políticas públicas do
Governo Federal:
a) Estudo das alterações do nível de citocinas em humanos acometidos de doenças infecciosas
e parasitárias graves;
b) Estudo sobre a etiopatogênese e imunopatologia das doenças infecto-parasitárias;
c) Vigilância epidemiológica das síndromes: hemorrágicas e ictéricas;
d) Diagnóstico de doenças virais e parasitárias transmitidas por vetores; Arboviroses, Malária,
doença de Chagas e Leishmanioses;
e) Contribuir para a etioepidemiologia das endemias, epidemias e epizootias.
Como Laboratório de Referência Nacional para Febres Hemorrágicas realizou 15.090
análises anatomopatológicos pelas técnicas de histoquímica e Imuno-histoquímica em amostras de
cérebro, cerebelo, pulmões, coração, fígado, baço e rins obtidas após óbito de seres humanos e após
morte de animais em períodos de epizootias, como ocorre com primatas não-humanos que serve
para monitoramento da ocorrência de febre amarela que pode atingir trabalhadores e turistas nãoimunizados em regiões onde esta doença é endêmica em amostras vindas de vários estados da
federação.
Além disso, utilizou animais de laboratório em estudo de pesquisa, por meio da
manipulação de microrganismos, para verificação das alterações histopatológicas, constituindo em
trabalhos de patologia experimental.
134
INSTITUTO EVANDRO CHAGAS
Relatório de Gestão/2011
Foram analisados 503 indivíduos, dos quais 340 humanos suspeitos de sindromes
ictero-hemorrágicas, sendo que destes, 70 eram menores de 14 anos. e 163 animais, sendo 64
primatas não-humanos suspeitos de febre amarela oriundos das diversas unidades da Federação
onde a febre amarela é endêmica e os restantes animais de laboratório, utilizados em estudos de
patologia experimental com três diferentes vírus com o objetivo de caracterizar as alterações
histológicas nos diferentes tecidos desses animais.
Todos foram submetidos à análise macro e microscópica, sendo esta última, por meio de
técnica de hematoxilina-eosina e de imuno-histoquímica, como parte de um estudo
imunopatológico do Laboratório de Anatomia Patológica, o que resultou no preparo de um número
bastante elevado de lâminas histológicas, e que foram analisadas por meio de microscopia de luz.
Como resultado das análises realizadas, nos diversos corte de tecidos, e considerando
que nosso país atravessa uma epidemia de dengue, observou-se que do total de 340 humanos
analisados, 143 apresentaram resultado positivo para dengue, por técnica de imuno-histoquímica,
distribuídos por Unidade da Federação, segundo a tabela 74.
Tabela 74
Nº de casos humanos com resultado de exames positivos para a Dengue, segundo a distribuição por
Unidade da Federação em 2011
Estado
Nº de Casos
Pernambuco
40
Ceará
37
Goiás
32
Rio Grande do Norte
17
Maranhão
12
Minas Gerais
3
Pará
1
Piauí
1
Total
143
Fonte: Setor de Anatomia Patológica/SAPAT/IEC/SVS/MS
Na distribuição de 143 casos nas unidades da federação, cujos resultados laboratoriais
foram positivos para dengue, chama atenção para maior número de ocorrência, no estado de
Pernambuco com 40 casos e um único caso no estado do Pará, onde, este caso, talvez seja reflexo
da ausência do Serviço de Verificação de Óbito no estado, o que deve influenciar de sobremaneira
para o número reduzido de casos post mortem.
Dos 143 casos positivos, e considerando a idade da população que foi a óbito, verificouse que 23 pertenciam a menores de 14 anos cuja distribuição está disposta na tabela 75.
Tabela 75
Nº de casos de crianças com resultado de exames positivos para a dengue, segundo a distribuição por
Unidade da Federação em 2011
Estado
Nº de Casos
Ceará
9
Rio Grande do Norte
5
Goiás
4
Pernambuco
3
Maranhão
1
Minas Gerais
1
Total
23
Fonte: Setor de Anatomia Patológica/SAPAT/IEC/SVS/MS
Ainda como laboratório de referência, e considerando a ocorrência de epizootias em
diversos estados, foram analisadas vísceras de 64 primatas não-humanos para controle da febre
amarela, cujos resultados foram negativos para todos os animais, para aquela patologia (Tabela 76).
135
INSTITUTO EVANDRO CHAGAS
Relatório de Gestão/2011
Ainda como laboratório de referência, e considerando a ocorrência de epizootias em
primatas não-humanos seguido de morte em diversos estados brasileiros, levou a vigilância
epidemiológica destes estados a solicitar exames laboratoriais, a fim de detectar possível infecção
por vírus amarílico. Sessenta e quatro animais foram examinados e todos apresentaram resultado
negativo por técnica de imuno-histoquímica.
Na tabela 76, apresenta-se a distribuição dos animias recebidos e examinados, por
Unidade da Federação.
Tabela 76
Nº de casos de animais examinados pelo IEC, suspeitos de febre amarela, distribuídos por Unidades da
Federação em 2011
Estado
Nº de Casos
Distrito Federal
33
Goiás
14
Minas Gerais
7
Bahia
4
Tocantins
4
Rio Grande do Norte
2
Total
64
Fonte: Setor de Anatomia Patológica/SAPAT/IEC/SVS/MS
b.1.7.2 Cooperação Técnico-Científica com Instituições Parceiras
Parceria inter institucional com a Universidade Estadual do Pará (UEPA) através do
projeto Análise das alterações metabólicas em crianças e adolescentes obesos e não obesos de
Belém do Pará . Projeto já aprovado no Comitê de Ética e Pesquisa em seres humanos.
b.1.7.3 Perspectivas
a) Expandir os conhecimentos na área das síndromes metabólicas relacionadas a infância e
adolescência, visto que a produção cientifica nessa área na região é escassa;
b) Expandir os conhecimentos nas áreas de malária em área endêmica envolvendo gestantes
e/ou puérperas;
c) Apoiar à melhoria da assistência laboratorial em municípios da região Amazônica, através
do curso técnico em Análises Clínicas.
b.1.8 Investigações Epidemiológicas
b.1.8.1 Realizações
Em 2011, parte das atividades incluídas nas atribuições regimentais estabelecidas pela
Portaria do Ministério da Saúde nº 2.123, de 7.10.2004 para o Serviço de Epidemiologia do IEC
(SEVEP), foram submetidas a alterações em conseqüência de injunções circunstanciais. Entre essas
circunstancias, a falta de pessoal que impediu a formação de uma equipe com a especialização
adequada, restringiu nesse ano, as atividades de campo das pesquisas epidemiológicas, inclusive
estudos de surtos, estudos de avaliação de situação de saúde em área específicas, ambos com
abordagem multidisciplinar. Permaneceram, das atividades ligadas ao apoio à vigilância
epidemiológica, a central de recebimentos de espécime biológico para exames de laboratório e das
atividades referentes à pesquisas a elaboração de um banco de dados em SQL e a estatística
analítica dos resultados laboratoriais do Projeto Avaliação das Alterações Ambientais e Sociais e
sua Influência nas Áreas de Abrangência das Minas de Ferro do Complexo Carajás, da Mina do
Manganês do Azul e de cobre do Salobo.
136
INSTITUTO EVANDRO CHAGAS
Relatório de Gestão/2011
O SEVEP criado em 2000 com as vagas proposições quanto as sua atribuições expressas
no Decreto nº 3.450, de 9 de maio desse ano, em cujo anexo II, no quadro demonstrativo dos
cargos comissionados consta a chefia do Serviço de Epidemiologia entre as os quatro serviços
criados na estrutura organizacional do Instituto Evandro Chagas (IEC). A inclusão desse serviço,
por decisão da Presidência da Fundação Nacional de Saúde (FUNASA), foi comunicada à Direção
do IEC por meio do memorando circular daquela Presidência no 0052/GABPRE de 10 de maio de
2000, sem orientação sobre atribuições, funcionamento e lotação. A chefia foi indicada pelos chefes
das unidades técnicas e Direção do IEC e aprovada pela Presidência da FUNASA ( Portaria nº 329
publicada no Diário Oficial da União de 26 de junho de 2000).
À essa chefia com o apoio da Direção e corpo técnico do IEC, coube o planejamento,
implementação técnica e administrativa para esse novo serviço.
Assim, ainda em 2000, foi organizada e implantada uma Central de Recebimento de
Espécime Biológicos (CEREC) destinados a serem examinados, frequentemente o mesmo
espécime, por mais de uma área técnica (CEREC), criado o estudo de surtos com abordagem
multidisciplinar e, nos anos seguintes, um Núcleo de Bioestatística. Essas atividades de pesquisa
epidemiológica constituem o que a Portaria 2.123 denomina estudos epidemiológicos estratégicos.
Essas ações permitiram que ao ensejo da inclusão do IEC na estrutura organizacional da nova
secretaria do Ministério da Saúde, Secretaria de Vigilância em Saúde (SVS/MS), em 2003, já fosse
apresentada uma proposta de operacionalização para o Serviço de Epidemiologia (então com a sigla
de SEEPI), e que foram consideradas como atribuições pela Portaria referida no início deste
relatório e na qual consta como atribuição do SEVEP/IEC:
I. Coordenar e orientar as ações de diagnostico laboratorial realizadas pelo Instituto
quando demandadas pelos serviços de Vigilância Epidemiológica de estados e municípios,
promovendo a articulação entre o laboratório e as demais áreas do SUS; e
II. Coordenar e executar estudos epidemiológicos estratégicos.
b.1.8.1.1 Central de Recebimento de Espécime Biológicos (CEREC)
Nos seus 11 anos de funcionamento ininterruptos, as atividades evoluíram para se
adaptarem ao sistema de Vigilância Epidemiológica do MS, em constantes mudanças visando a
adaptação ao SUS, porém permaneceram, como demonstram as tabelas 77 e 78, a sua abrangência
por todo o Brasil. A maioria dos espécimes é proveniente da região Norte (68,7 %), fortemente
influenciada pela quantidade proveniente do Pará (tabela 80). Nessa tabela, mesmo considerando
que, talvez alguns municípios envie os espécimes por intermédio de outros, os municípios onde
estão implantados projetos de mineração como Paragominas e Parauapebas não os encaminharam
para confirmação etiológica no IEC.
Quanto ao número de espécimes em relação ao encaminhamento por meses e por área
técnica (tabela 79) há dois aspectos que necessitam maiores análises: nos meses de dezembro,
setembro, julho e janeiro foram encaminhados menos espécimes que a média mensal. Esses dados
deveriam ser comparados com os dos anos anteriores, pois essa diminuição pode estar associada à
problemas administrativos em vez de uma menor incidência. Outro aspecto a ser analisado, é o
elevado número, cerca de 26% dos espécimes enviados (tabela 78), que não puderam ser incluídos
nem na vigilância epidemiológica nem em pesquisas por falta de informações dos remetentes.
Como, não existe entrosamento entre as áreas técnicas e o SEVEP, quanto aos resultados
laboratoriais, a participação do IEC na vigilância epidemiológica pode ser bem maior. Por outro
lado, esta falta de entrosamento prejudica outros tipos de análise.
137
INSTITUTO EVANDRO CHAGAS
Tabela 77
Relatório de Gestão/2011
Número de espécimes encaminhadas ao IEC por região geográfica, no período de janeiro a dezembro de
2011
Regiões
Janeiro a Dezembro
Norte
8469
Sul
164
Centro-Oeste
1733
Sudeste
231
Nordeste
1733
Total
12.330
Fonte: SEVEP/CEREC/IEC/SVS/MS
Tabela 78 Número de espécimes encaminhadas com fichas do SINAN, pesquisa e outras finalidades
Áreas Técnicas
SINAN
Pesquisa
Outros*
Patologia
1.091
87
507
Arbovirologia
4.702
1.210
1.205
Bacteriologia
114
30
139
Hepatologia
173
58
515
Meio ambiente
62
45
322
Parasitologia
610
308
195
Virologia
582
56
319
7.334
1.794
3.202
Total
Fonte: SEVEP/CEREC/IEC/SVS/MS
Nota: *Em outros incluímos os espécimes encaminhadas com oficio sem ficha de pesquisa ou do SINAN
Tabela 79 Número de espécimes encaminhadas as átreas técnicas do IEC no período de 01.01.2011 a 20.01.2011
Meses
SAPAT
SAARB
SABMI
SAHEP
SAMAM
SAPAR
SAVIR
Total
Jan
67
603
34
26
30
81
65
906
Fev
186
999
46
72
54
82
54
1.493
Mar
153
607
37
31
38
225
75
1.166
Abr
165
908
18
37
66
82
76
1.352
Mai
172
501
24
93
39
77
117
1.023
Jun
203
398
22
75
58
183
179
1.118
Jul
53
310
26
82
30
142
96
739
Ago
217
784
18
102
17
76
117
1.331
Set
95
370
17
38
26
76
52
674
Out
164
679
10
79
25
51
20
1.028
Nov
166
812
29
107
40
33
98
1.285
Dez
44
146
2
4
6
5
8
215
Total
1.685
7.117
746
429
1.113
957
283
12.330
Fonte: SEVEP/CEREC/IEC/SVS/MS
138
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Relatório de Gestão/2011
Tabela 80
Número de espécimes encaminhados pela Secretaria de Saúde do Estado do Pará, com e sem SINAN, no
período de 01.01.2011 a 20.12.2011
Ficha do SINAN
Município do Pará
Total
Com ficha
Sem ficha
Ananindeua
3
17
20
Abaetetuba
689
0
689
Aurora do Pará
1
0
1
Altamira
575
11
586
Belém
1.058
1.472
2.530
Barcarena
10
3
13
Benevides
1
0
1
Bragança
14
43
57
Castanhal
14
120
134
Cametá
2
7
9
Curuçá
2
5
7
Igarapé Miri
8
1
9
Inhangapi
6
26
32
Jacundá
1
0
1
Juruti
46
0
46
Marabá
6
121
127
Maracanã
1
0
1
Marituba
21
44
65
Moju
13
0
13
Nova Ipixuna
1
0
1
Novo Progresso
44
0
44
Pacajá
4
0
4
Redenção
1
8
9
Salinas
81
9
90
Santa Izabel
10
0
10
Santarém
123
133
256
Santarém Novo
15
0
15
São Geraldo do Araguaia
6
253
259
Total
2.756
2.273
5.029
Fonte: SEVEP/CEREC/IEC/SVS/MS
b.1.8.1.2 Estudos epidemiológicos estratégicos
Os dados coletados e resultados laboratoriais do projeto de pesquisa AVALIAÇÃO
DAS ALTERAÇÕES AMBIENTAIS E SOCIAIS E SUA INFLUÊNCIA NO QUADRO
NOSOLÓGICO NAS ÁREAS DE INFLUÊNCIA DAS MINAS DE FERRO DO COMPLEXO
CARAJÁS, DA MINA DE MANGANÊS DO AZUL E DO SALOBO necessitaram da elaboração
de um banco de dados em SQL que, ficou em fase de testes, principalmente os analíticos, este ano
(2011). O aperfeiçoamento desse banco foi imprescindível pois, as análises dos resultados das
atividades desse Projeto, por envolverem estudos epidemiológicos tipo transversal e vigilância
ativa com abordagem multidisciplinar das síndromes nas áreas referidas, incluindo elevado número
de pessoas (9364), algumas das quais examinadas mais de uma vez, resultados laboratoriais
executados em diferentes áreas técnicas, variáveis demográficas, são muito complexos.
Esse banco permitirá que um maior número de analises sejam efetuadas, permitindo que
os técnicos elaborem dissertações como a iniciada em 2011, cujo protocolo ficou com a seguinte
denominação: Saneamento e enteroparasitoses em área de mudanças sócio-econômicas no sudeste
da Amazônia .
139
INSTITUTO EVANDRO CHAGAS
Relatório de Gestão/2011
b.1.9 Atendimento Único a população com queixas não resolvidas
pelos Postos de Saúde e LACEN´s
Criado em 2008, o Setor de Atendimento Médico Unificado (SOAMU) tinha a proposta
estratégica inicial de convergir a entrada de pacientes no IEC e com isso exercer melhor controle na
triagem médica diagnóstica de agravos de origem infecciosa e/ou ambientais, cujas demandas eram
feitas de forma dispersa nas diversas Seções e áreas de laboratórios. Esta demanda desordenada,
provavelmente proporcionou desperdício não mensurável de reagentes e de recursos humanos,
considerada a grave falência do sistema de saúde que vêm sofrendo todos os Estados brasileiros e
em especial o Pará.
Após dois anos de atividade configurou-se no Setor uma triagem médica organizada de
forma centralizada que alcançou avanços na correção das demandas diagnósticas do IEC
consolidando maior rapidez na já qualificada resposta laboratorial em saúde pública oferecida.
Secundariamente, a experiência adquirida e uma demanda crescente ao longo de dois
anos, proporcionou visibilidade e convênios com instituições de ensino de dentro e de fora do Pará.
Assim, o Setor passou a receber alunos da área de saúde nos diversos níveis de graduação a pósgraduação, com ênfase no curso de Medicina, para estágios voluntários ou interinstitucionais
obrigatórios.
Tem como competências institucionais as ações de vigilância e Saúde Pública em
endemias prevalentes na Amazônia com especial atenção a triagem diagnóstica em síndromes
febris, exantemáticas, ictéricas, neurológicas, mistas e sensor precoce de surtos de doenças de
etiologia infecciosa em casuísticas de atendimento de pessoas febris no IEC.
Assim, o setor se presta ao cumprimento de metas do IEC em duas ênfases: vigilância
em saúde atuando na assistência diagnóstica e vigilância epidemiológica, atuando como sensor,
diagnóstico e interventor em surtos de doenças infecciosas de várias etiologias.
Além disso, através da manutenção de projeto de pesquisa operacional para doença de
Chagas (DC) auxilia os níveis de atenção primária para este importante e pouco conhecido agravo
da região Amazônica. A doença de Chagas é uma doença emergente na região e estudada de forma
aplicada desde 1992 no IEC. Por sua incipiência, não tem políticas eficazes e bem estruturadas de
saúde pública voltadas para a população vitimada, considerando seu potencial mórbido de
cronicidade.
Portanto, o setor funciona como uma referência natural de acompanhamento de casos de
doença de Chagas. Além disso, funciona como incubadora de políticas de atenção delineadas para
a população vítima deste agravo.
Tem como objetivo estratégico atender, orientar e assistir clinicamente um público alvo
constituído por pacientes com quadros suspeitos de doenças de etiologia infecciosa, com ênfase em
síndromes febris prolongados e exantemáticos, referenciados ao IEC por profissionais médicos e
das vigilâncias epidemiológicas municipais ou de hospitais da rede SUS que necessitem de apoio
diagnóstico rápido.
Além disso, o setor também atende as demandas clínicas de seções técnicas com
interesse em pesquisa que envolva seres humanos, na perspectiva de operar em conformidade
completa com o Guia de Boas Práticas Clínicas. Assim espera-se dar maior visibilidade médica com
aplicação direta aos problemas de saúde da população atendida tornando mais rápida à aplicação de
medidas de controle como diagnóstico rápido e intervenção imediata da vigilância epidemiológica
naqueles agravos de notificação compulsória, ou a intervenção médica necessária no que se refere à
saúde individual.
140
INSTITUTO EVANDRO CHAGAS
Relatório de Gestão/2011
Consideradas as graves falhas existentes na rede de atenção básica de saúde dos
municípios de Belém e Ananindeua e todos os municípios vizinhos, nos quais a maioria da
população com quadros febris ou exantemáticos súbitos é atendida em unidades de urgência,
submetida a intervenção medicamentosa sintomática e retorna ao domicílio sem orientação
diagnóstica adequada, o IEC, como Instituição de pesquisa em Saúde Pública vem auxiliando cada
vez mais efetivamente em diagnósticos precisos e cada vez mais rápidos. Isto se deve a prática
rigorosa da tríplice condição para diagnóstico médico de qualidade: suspeição clínicoepidemiológica precisa, norteando laboratórios de excelência técnica e resposta diagnóstica com
retorno imediato ao norteador (clínico) para intervenção/conduta, seja esta direcionada a Vigilância
epidemiológica local, seja para a saúde individual.
Este objetivo possibilita coadunar pesquisa científica e serviço de forma operacional, ou
seja, as pessoas por nós atendidas o são de modo diferenciado em protocolos clínicos inseridos
institucionalmente e em conformidade com os preceitos éticos de pesquisa que envolva seres
humanos e simultaneamente são convidados voluntariamente a participar de pesquisas delineadas
para o agravo em questão.
b.1.9.1 Realizações
Foram realizados atendimentos de uma demanda total de 4.373 pessoas referenciadas
pela rede básica de saúde SUS do Estado do Pará ao IEC, com média de atendimento mensal de
364,4 pessoas (Tabela 81).
Tabela 81 Quantitativo mensal de demanda espontânea ou referenciada de pessoas ao IEC em 2011
Mês
Freqüência
Janeiro
389
Fevereiro
398
Março
405
Abril
338
Maio
392
Junho
365
Julho
313
Agosto
375
Setembro
341
Outubro
374
Novembro
365
Dezembro
318
Total
4.373
Fonte: SOAMU/IEC/SVS/MS
Os principais diagnósticos finalizados com resolutividade intra-IEC e que tenham tido
etiologia infecciosa estão destacados na Tabela 82 .
Entre pessoas atendidas e cujos diagnósticos finais resultaram em doenças de provável
etiologia não infecciosa (exames negativos para a triagem do IEC), foram observados casos de:
hipotiroidismo; hipertireoidismo, cardiopatias adquiridas; doença autoimune; mielite transversa;
síndromes respiratórias de etiologia não identificada ou de etiologia bacteriana sem isolamento do
agente; síndromes diarréicas de origem indefinida; anemias de causa não esclarecida e síndromes
Não estão incluídas as contagens referentes às doenças parasitárias de diagnóstico coproparasitológico
141
INSTITUTO EVANDRO CHAGAS
Relatório de Gestão/2011
mielodisplásicas de demanda proveniente do hemobanco do Pará (HEMOPA); portadores de
Insuficiência renal crônica candidatos a transplantes para diagnóstico sistemático sorológico de
doenças infecciosas; portadores de infecção pelo HIV em triagem sorológica dos programas de
controle.
Tabela 82 Principais diagnósticos de etiologia infecciosa em pessoas atendidas. IEC, 2011
Diagnóstico etiológico
Nº de pacientes
Dengue
95
Doença de Chagas aguda
72
Infecção pelo HIV
55
Malária por P. vivax
30
Febre tifóide
24
Toxoplasmose
12
Leishmaniose visceral
10
Esquistossomose
8
Hepatite A
6
Mononucleose
6
Herpes zoster
5
Parvovirose
3
Tuberculose pulmonar
3
Toxocaríase
1
Outras arboviroses
1
Hepatite C
1
Infecção do trato urinário
1
Leishmaniose tegumentar
1
Doença priônica
1
Leptospirose
1
Sífilis
1
Total
337
Fonte: SOAMU/IEC/SVS/MS
Os desfechos diagnósticos da tabela 82 para causas infecciosas e analisados
retrospectivamente, sugere diferentes interpretações operacionais:
a) Demanda equivocada de pacientes ao IEC: esta contagem não foi realizada no momento,
mas pode-se afirmar, por simples observação, que grande parte da demanda, em especial ao
1º semestre, foi proveniente das seguintes origens: pessoas com critérios clínicos não
adequadas àqueles das síndromes acima descritas, ou seja que não tinham quadros
infecciosos, pessoas não referenciadas ao IEC (busca espontânea), pessoas referenciadas ao
IEC por profissional não médico;
b) Consultas de retorno ainda em fase de estruturação: as consultas de retorno funcionam como
o momento em que o fechamento diagnóstico será consolidado. Este retorno foi realizado
com mais ênfase a partir do segundo semestre de 2011;
c) Falhas do pessoal médico nos registros seqüenciais de resultados liberados na ficha clínica;
d) Falta de registros informatizados de atendimento médico seqüencial.
142
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Relatório de Gestão/2011
Foram identificados 2 surtos de doença de origem infecto-parasitária, como descrito a
seguir:
a) Esquistossomose na forma intestinal, com origem em Belém durante o mês de agosto de
2011.
b) Doença de Chagas Aguda (DCA), com origens em Belém e no município de Acará, de
ocorrência referente ao período entre agosto e outubro de 2011.
Para ambos os surtos identificados, a imediata ação medicamentosa e articulações entre
Vigilância epidemiológica (VE) municipal de Belém para o agravo Esquistossomose e com a
Secretaria de Saúde do Estado (SESPA) para o agravo DCA, proporcionaram resultados rápidos de
intervenção naqueles pacientes referenciados precocemente ao IEC. O mesmo não aconteceu para
aqueles pacientes que, por falhas de suspeição clínica quanto ao agravo DCA, especialmente, cuja
fisiopatogenia de fase aguda exige diagnóstico e intervenção rápidos, tiveram diagnóstico tardio e
índices de letalidade nunca antes registrados.
Para estes surtos, não houve movimentação do setor para intervenção completa (ações
de busca de assintomáticos, por exemplo). Contudo, foram realizadas, além da ação diagnósticoterapêutica, a busca em familiares sintomáticos e repasse desburocratizado da informação a outras
autoridades de saúde locais para os procedimentos de controle sanitário necessários a demanda
específica.
Paralelamente e de forma articulada com setores médicos de média e alta complexidade,
o setor mantém pesquisa médica aplicada em Protocolos Clínicos de seguimento de pacientes
tratados nos agravos de interesse da vigilância epidemiológica nacional e regional e que tenham ou
não, potencial para cronicidade, como é o caso de Doença de Chagas, por exemplo.
Entre portadores de DCA identificados 90% aceitaram fazer acompanhamentos sob
protocolo clínico de pesquisa de DCA do SOAMU. Entre portadores de Febre tifóide
diagnosticados, 100% aceitaram fazer parte dos protocolos clínicos desenhados para a doença no
SOAMU. Pacientes portadores de toxoplasmose, leishmanioses e outros agravos, na dependência
do nível de complexidade da atenção necessários, eram tratados e/ou referenciados para os níveis de
assistência básica ou secundária ou terciária locais.
No que se refere à atividade secundária do SOAMU de apoio ao ensino, as tabelas 83 e
85 demonstram o quantitativo de estudantes orientados por períodos temporários no IEC.
Tabela 83
Quantitativo anual de estudantes de graduação e de nível médio que realizaram estágio de iniciação
científica ou voluntários. SOAMU, 2011
Instituição de Ensino
No. de alunos
Universidade Federal do Pará (UFPa)
1
CEFAE/Médio
3
Centro de Ensino Superior do Pará (CESUPA)
3
Universidade Estadual do Pará (UEPA)
2
Total
9
Fonte: SOAMU/IEC/SVS/MS
143
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Tabela 84
Relatório de Gestão/2011
Quantitativo anual de estudantes de pós-graduação (residência médica em doenças
relacionados a pesquisa científica que fizeram estágio no setor. SOAMU, 2011
Instituição de Ensino
infecciosas)
No. de alunos
Hospital Universitário João de Barros Barreto (HUJBB/UFPa.)
3
Universidade Federal de São Paulo (FSP)/Escola Paulista de Medicina
2
Universidade de Marília/SP
2
UNIFESP
3
Total
10
Fonte: SOAMU/IEC/SVS/MS
Foram atendidos em demandas passivas e ativas, 4373 doentes durante o ano de 2011.
Dois surtos foram identificados nesta demanda passiva e foram devidamente notificados e
desencadeados os procedimentos necessários a intervenção de VE e atenção individual.
b.1.9.2 Necessidades atuais do setor
a) Expectativa de informatização, incluindo banco de dados epidemiológico, dará maior
rapidez e funcionalidade ao fluxo de informações intra-SOAMU, inter setores do IEC e às
demais seções técnicas que tenham interesse em informações clínicas;
b) Um segundo banco de dados estruturado para gestão do setor dará suporte aos relatórios
técnicos necessários a qualificação crescente e correções de vieses de demanda com análises
de desfechos, resolutividade, tempo de resolutividade etc;
c) Duas (2) salas informatizadas que possam ser utilizadas para mais um consultório e
coordenação respectivamente;
d) Articulações institucionais com dois hospitais de interesse, para encaminhamento simples de
pacientes que necessitem atendimento de urgência de ocorrência eventual, mas não rara.
b.2 Promoção da Saúde
b.2.1 Qualificação
Através da celebração de convênios com as universidades regionais, nacionais e
internacionais, o IEC vem buscando qualificar sua força de trabalho. Como resultado desta
atividade, 162 profissionais, possuem adicional de titulação, ou seja, especialização, mestrado ou
doutorado, conforme tabela 85.
Tabela 85 Quantidade de profissionais com titulação no IEC em 2011
Titulação
Especialistas
Mestres
Doutores
Total
Quantidade
47
71
44
162
Fonte: ASPLAN/IEC/SVS/MS
Se considerarmos que a força de trabalho do IEC é de 801 servidores, incluindo
estagiários, bolsistas, servidores efetivos e terceirizados, esse total (162) representa 20,22%. Porém,
144
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Relatório de Gestão/2011
se levarmos em consideração apenas o quadro efetivo (293) o percentual passa a ser de 55,29%.
Conclui-se portanto, que o IEC vem incentivando a sua força de trabalho a buscar a qualificação.
Em 2011 dos 162 profissionais que possuem titulação, 70,98% já são mestres e/ou
doutores.
Em 2011 foram qualificados 132 trabalhadores nas modalidades de capacitação,
demonstradas na tabela 86.
Tabela 86 Trabalhadores qualificados segundo modalidade de capacitação, IEC 2011
Atividade
Trabalhador qualificado
Cursos de atualização, aperfeiçoamento
18
Especialização
-
Mestrado
2
Doutorado
6
Participação em eventos
106
Total de Trabalhador Qualificado
132
Fonte:ASPLAN/IEC
Na tabela 87 apresenta-se a evolução anual desse processo de qualificação dos profissionais, no
período de 2009 a 2011.
Tabela 87 Evolução da qualificação da força de trabalho nos últimos três anos
Anos
Titulação
2009
2010
2011
Especialização
36
38
47
Mestrado
59
56
71
Doutorado
30
33
44
Total
125
127
162
Fonte:ASPLAN/IEC
Considerando a variação de crescimento entre o ano de 2009 e 2010, percebe-se que o
aumento, foi discreto, porque foi a partir de 2008 que o processo de incentivo a qualificação se
iniciou. Porém na variação de 2010 para 2011, observa-se que houve um aumento de 35
profissionais pós graduados, que corresponde um aumento de 78,39% em relação ao ano de 2010.
Por exemplo: Em 2011 obtivemos mais 9 (nove) especialistas, através da aprovação no
concurso público. Obtivemos também mais 15 (quinze) mestres, dos quais 13 (treze) foram
nomeados e os 2 (dois) restantes já eram do quadro e por último obtivemos mais 11 onze) doutores,
dos quais 5 foram nomeados e 6 (seis) eram do quadro e obtiveram o título.
145
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Relatório de Gestão/2011
b.3 Complexo Industrial/Produtivo da Saúde
b.3.1 Produção intelectual
A tabela 88 apresenta a produção intelectual do IEC em 2011 e no link
http://bvs.iec.pa.gov.br apresenta-se a relação descritiva dos artigos (publicados, no prelo,
submetidos e aceitos), dos livros e capítulos de livros publicados e dos resumos publicados em
anais de congressos.
Tabela 88 Produção intelectual do IEC em 2011
Artigos de periódicos, livros e trabalhos acadêmicos
Total
Artigos em revista
Publicados
62
No prelo
2
Aceitos
4
Submetidos
9
Trabalhos acadêmicos defendidos
Tese
7
Dissertação
2
Monografia de Especialização
-
Livro
Publicado
2
Capitulos de livro
No prelo
1
Atividades técnicas
Reuniões
53
Organização e Coordenação de eventos
35
Participação em Bancas Examinadoras
31
Participação em Comissão de Concursos
1
Documentos institucionais
Manuais
-
Relatórios técnicos e de produtos
3
Folhetos
Eventos
Conferências, palestras e Comunicação oral
24
Mesa redonda
-
Oficina
-
Apresentação de pôsteres (Painéis)
50
Resumos publicados em anais de congresso
56
Resumos submetidos
-
Resumos aceitos
-
Workshop
-
Fonte: BIB/IEC
146
INSTITUTO EVANDRO CHAGAS
Relatório de Gestão/2011
b.3.2 Orientações
Tabela 89 Quantidade de Alunos orientados por pesquisadores do IEC em 2011, por tipo de orientação realizada
Programa
Iniciação Científica - PIBIC/CNPQ/IEC
Iniciação Científica - PIBIC/FAPESPA/IEC Nível superior
IC/CNPq - Instituto Nacional de Ciência e Tecnologia sobre Célula Tronco.
Trabalho de conclusão de curso
Especialização
Estágio não obrigatório
Estágio supervisionado (CIEE)
Mestrado
Doutorado
Total
Fonte: PIBIC/SERH/IEC
Alunos
40
10
3
13
5
130
28
24
16
269
b.3.3 Iniciação Científica
O Programa Institucional de Bolsas de Iniciação Científica PIBIC é um programa
voltado para o desenvolvimento do pensamento científico e iniciação à pesquisa de estudantes de
graduação do ensino superior e segue as orientações da Resolução Normativa (RN) nº 017/2006
(Bolsas por Cotas no País - Conselho Nacional de Pesquisa - CNPq).
O Instituto Evandro Chagas, em convênio com o Conselho Nacional de
Desenvolvimento Científico e Tecnológico-CNPq, implantou em agosto de 1996 o PIBIC na
Instituição, tendo com o objetivo incentivar à formulação de uma política de iniciação científica,
possibilitando maior interação entre a graduação e a pós-graduação. Além disto, também visa
qualificar alunos para os programas de pós-graduação e ainda estimular os pesquisadores
produtivos a envolverem estudantes de graduação nas atividades científica e tecnológica.
Através da iniciação científica o IEC proporciona ao bolsista, orientado por pesquisador
qualificado, a aprendizagem de técnicas e métodos de pesquisa, bem como estimula o
desenvolvimento do pensar científico e da criatividade, decorrentes das condições criadas pelo
confronto direto com os problemas de pesquisa.
A seleção desses alunos é feita através das seguintes fases:
a) Realiza duas reuniões científicas anuais, na forma de seminário ou congresso, sendo que na
segunda reunião os bolsistas apresentam sua produção científica, sob a forma de pôsteres,
resumos e/ou apresentações orais;
b) Avaliação do desempenho do bolsista pelos membros do Comitê Institucional do PIBIC-IEC
durante a primeira reunião na forma de relatório parcial e durante a segunda reunião pelo
Comitê Institucional interno e externo, este último selecionado de acordo com as normativas do
CNPq;
c) Publicação dos resumos e trabalhos dos bolsistas que foram apresentados durante o processo de
avaliação em livro, cd ou na página da Instituição na Internet;
d) Presta assessoria e consultoria aos órgãos de pesquisa;
e) Fornece resultados dos projetos que estão sendo executados pelos bolsistas à direção do IEC,
sempre que solicitado.
147
INSTITUTO EVANDRO CHAGAS
Relatório de Gestão/2011
b.3.3.1 Realizações
a) Formação de recursos humanos para região Norte, inclusive com demanda absorvida pela
própria Instituição, visto que vários ex-bolsistas atuam como pesquisadores visitantes ou
consultores em projetos que estão em vigência. Outro fato relevante é que vários exbolsistas têm se destacado durante seus cursos de graduação e pós graduação, mostrando
um excelente rendimento.
b) Criação do sistema online PIBIC-IEC: durante a vigência de 2011 e com o apoio da
Biblioteca Virtual em Saúde do Instituto Evandro Chagas (BVS-IEC), foi implantado um
site para a submissão, avaliação e acompanhamento de todos os projetos submetidos durante
o período de edital. A criação do sistema online PIBIC-IEC possibilitou a criação de um
banco de dados, desta forma viabilizando a manutenção das informações do Programa
atualizadas.
O
site
para
acesso
ao
sistema
online
PIBIC-IEC
é
http://www.iec.pa.gov.br/pibic/pibic_index.htm
c) Avaliação pelo Comitê Institucional e pelos membros do Comitê Externo (consultores ad
hoc) do relatório parcial seguido de apresentação oral por cada bolsista, objetivando
acompanhar o andamento dos seis primeiros meses dos projetos. Realizado no Instituto
Evandro Chagas, em 21 a 25 de fevereiro 2011.
d) Realização do XVI Seminário Interno do PIBIC-IEC, intitulado: Sustentabilidade e
Humanização na Saúde com apresentação oral e exposição de pôsteres pelos bolsistas,
visando à avaliação final dos projetos pelos membros dos Comitês Institucional e Externo e
também por representantes do CNPq e Instituto Evandro Chagas, realizado no período de 24
a 26 de agosto de 2011. Participaram deste seminário os 35 bolsistas e mais 152
participantes envolvendo orientadores, Comitês Interno e Externo, servidores, estagiários do
IEC e alunos de outras instituições.
e) Elaboração do CD do livro de resumos do XVI Seminário Interno. Seminário Interno do
Programa Institucional de Bolsas de Iniciação Científica do Instituto Evandro Chagas (16:
2011 24 a 26 de Ago.: Ananindeua, PA).
f) Livro de resumos.- Ananindeua:- Instituto Evandro Chagas, 2011. 93p.
g) Ingresso de percentual de 30% (16/53) de bolsistas do PIBIC-IEC em programas de PósGraduação, conforme Tabela 90.
Tabela 90 Quantidade de Bolsistas PIBIC/IEC aprovados na pós-graduação em 2011
Programa de Mestrado/Instituição
Quantidade
Bioinformática / Universidade Federal do Pará (UFPA)
1
Genética e Biologia Molecular / Universidade Federal do Pará (UFPA)
1
Biologia de Agentes Infecciosos e Parasitários (BAIP) /Universidade Federal do Pará.
1
Biologia Parasitária na Amazônia (PPG-BPA) / Universidade do Estado do Pará
7
UEPA.
Biologia Parasitária / FIOCRUZ
1
Ciências Farmacêuticas / Universidade Federal do Pará (UFPA)
2
Ciências Ambientais / Universidade do Estado do Pará-UEPA.
2
Ciência da Computação / Universidade Federal do Pará-UFPA
1
Total
16
Fonte: PIBIC/IECSVS/MS
148
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Relatório de Gestão/2011
h) Premiação de oito alunos que mais se destacaram no XV Seminário do PIBIC-IEC 2010
para apresentação de seus trabalhos na 63ª Reunião Anual da SBPC. Goiânia/GO, 10 a
15/07/2011. Em virtude da indisponibilidade de cotas para pagamento de diárias e
passagens, os alunos não puderam participar da SBPC-2011 (Decreto nº 7.446/2011).
i) Apresentações de trabalhos de doze bolsistas do PIBIC-IEC na III Semana Nacional de
Ciência e Tecnologia do Estado do Pará, no Centro de Convenções e Feiras da Amazônia
HANGAR, 19 a 25/10/2011.
j) Ao longo dos anos, o CNPq vem disponibilizando para o Instituto Evandro Chagas 35
bolsas de Iniciação Científica para alunos de graduação. Em 2011, foram acrescidas mais 05
bolsas, totalizando 40 cotas.
k) Em outubro de 2008, foi assinado o convênio entre o Instituto Evandro Chagas e a Fundação
de Amparo à Pesquisa FAPESPA, viabilizando para o ano de 2011/2012 o fomento de 10
bolsas de Iniciação Científica para alunos de graduação. Vale ressaltar que três bolsas de
Iniciação Científica pertencem ao IC/CNPq Instituto Nacional de Ciência e Tecnologia
sobre Célula Tronco, distribuídos conforme demonstrado na tabela 91.
Tabela 91 Quantidade de bolsas de Iniciação Científica disponibilizadas ao IEC, no exercício de 2011
Programa/convênios
Quantidade de bolsas
PIBIC/CNPq/IEC
40
PIBIC/FAPESPA/IEC
10
IC/CNPq - Instituto Nacional de Ciência e Tecnologia sobre Células Tronco
3
Total
53
Fonte: PIBIC/IECSVS/MS.
A tabela 92 e figura 25 representam a quantidade de bolsistas distribuídos nos diversos
Serviços, Seções e Setores Científicos do IEC para o biênio 2011-2012
Tabela 92 Número de alunos alocados a partir de julho de 2011 por Serviço/Seção/Setor Científico
Seção
Nº de Projetos
Arbovírus
12
Atendimento Unificado
1
Bacteriologia
5
Biotério
3
Geoprocessamento
1
Hepatologia
1
Meio Ambiente
12
Microscopia Eletrônica
2
Parasitologia
6
Virologia
10
Total
53
Fonte: PIBIC/IECSVS/MS.
149
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Relatório de Gestão/2011
SAPAR
12
SAVIR
10
SABMI
8
SAARB
6
SAHEP
SEMIE
4
SOAMU
2
LABGEO
SAMAM
0
Quantidade de Bolsistas
SACPA
Figura 25 Nº de Alunos alocados no PIBIC-IEC em 2011, de acordo com os Serviços, Seções e Setores Científicos.
b.3.4 Premiações
a) Honra ao Mérito concedido aos autores GARZA, D.R.; OLIVEIRA, K.R.M.; SÁ, L.L.C.;
GARCIA, T.B.; CRESPO-LOPEZ, M.H.C.; HERCULANO, A.M. pela apresentação do
trabalho intitulado REGULATION OF SODIUM INDEPENDENT GLUTAMATE
TRANSPORT BY HYDROCORTISONE IN CULTURED CHICK RETINAL CELLS NA
XXVI Reunião Anual da Federação de Sociedades de Biologia Experimental FeSBE,
realizado no período de 24 a 27 de agosto de 2011 no Rio de Janeiro, RJ.
b) Trabalho Classificado em 4° Lugar dentre todos os trabalhos apresentados no 51 Congresso
Brasileiro de Quimica (CBQ), realizado em São Luis MA, no período de 09 a 13 de
outubro de 2011 entitulado "Avaliação de constituintes Inorganicos (Al, Fe e Na) em
Sedimento de fundo no Rio Murucupi próximo a uma bacia de sedimentação de Lama
vermelha, Barcarena - Pará". Este trabalho é parte do Projeto de monitoramento realizado
nos municipios de Abaetetuba e Barcarena.
c) O trabalho "PAPILOMAVIRUS HUMANO (HPV) EM MULHERES SUBMETIDAS A
RASTREAMENTO PARA CÂNCER DE CÉRVICE UTERINA foi classificado em 1º
lugar na categoria de Melhor Trabalho Completo no VIII Congresso da Sociedade Brasileira
de DST, IV Congresso Brasileiro de AIDS e I Congresso ALAC/IUSTI Latino America,
realizado período de 18 a 21 de maio de 2001 em Curitiba-PR. Autores: Vânia Lúcia
Noronha (Universidade do Estado do Pará) Ermelinda Moutinho da Cruz e Cecília Naum
Pinho (LACEN/PA) Wylller Alencar Mello (Instituto Evandro Chagas) Luisa Lin a Villa (
Instituto Ludwig de Pesquisas
b.3.5 Apoio técnico à pesquisa científica
b.3.5.1 Atividades de documentação, informação e memória
A Biblioteca, embora como já sinalizado nos relatórios de gestão de exercícios
anteriores como inexistindo oficialmente, é o setor que vem se responsabilizando pelas atividades
inerentes às áreas de documentação, informação e memória, que a cada ano, vem crescendo e
assumindo novas frentes de trabalho, e que por isso, fica evidente a necessidade de oficializá-la, por
meio da criação de um centro que congregue as atividades afins, onde a biblioteca será uma das
células desse complexo. Desde 2008, a Biblioteca, além de desenvolver suas atividades de rotina, já
vinha incorporando outras inerentes a um centro de documentação, e em razão disso, já em 2009
começou a trabalhar assumindo, mesmo que informalmente, a configuração que esse setor passará a
desempenhar no desenho do IEC como Fundação. Nessa nova proposta o setor se dividirá em:
150
INSTITUTO EVANDRO CHAGAS
Relatório de Gestão/2011
Arquivo, Biblioteca, Editora e Museu. Portanto, as realizações e resultados registrados em 2011
foram desenvolvidos tomando por essas novas áreas.
b 3.5.1.1 Resultados alcançados
b 3.5.1.1.1 Arquivo
Estava prevista para o exercício de 2011 a capacitação dos concursados e assim iniciar
as atividades de seleção e tratamento da documentação referente ao IEC que se encontra sob guarda
da Casa de Oswaldo Cruz (COC/Fiocruz). Entretanto nenhuma ação prevista foi executada. O
serviço ficou totalmente prejudicado pelo fato de o governo federal não ter nomeado os
profissionais aprovados no concurso.
Quanto ao material recuperado na COC, o mesmo está aguardando o projeto da
Coordenação Geral de Documentação e Informação/MS (CGDI/MS) para, junto com outros
documentos do Ministério, ser microfilmado e escaneado.
b 3.5.1.1.2 Museu
Da mesma forma e pelos mesmos motivos registrados no Arquivo, o Serviço de Museu,
também sofreu solução de continuidade. Não se registrou nenhuma ação durante o ano, a situação,
inclusive, julgamos que ainda foi pior do que em 2010 quando, naquela época, pelo menos algum
material de acervo foi guardado. Vale ressaltar, que essas ações estavam prevista para ocorrer em
2010, por conta de um convênio com COC/Fiocruz. Entretanto, como não foi realizada nenhuma
ação prevista no cronograma, a COC realizou cobrança ao IEC, consultando, inclusive se ainda há
interesse de o Instituto renovar o convênio.
Quanto ao prédio destinado ao Museu continua precisando de reforma, que deixou de
ser realizada por determinação do Governo Federal.
b 3.5.1.1.3 Editora
Editoração Impressa
No ano de 2011, foram editadas as seguintes publicações: Livro de Resumos do XVI
do PIBIC/IEC ; Livro Atlas de Parasitas Protozoários da Fauna da Amazônia Brasileira , volume
1. Haemosporida de Répteis; do autor, dr. Ralph Lainson; Livro Oswaldo Cruz e a Febre Amarela
no Pará de autoria do Habib Fraiha Neto; Informativo Rota Caso-Controle , do Projeto Rotavírus
da Seção de Virologia/IEC; Informativo SOAMU-Flash , do Setor de Atendimento
Unificado/IEC.
Foram ainda confeccionados material de divulgação como: cartazes, convites, pressrelease no website do IEC, para o lançamento do livro Letras Apaixonadas , de autoria do dr.
Francisco Lúzio, da Seção de Bacteriologia/IEC; Postal de divulgação da BVS/IEC. Foram feitas
também reimpressões de alguns materiais de divulgação, visando atender a eventos realizados
durante o ano. São eles: folheto Instituto Evandro Chagas: breve história de quase tudo , nas
versões português e inglês, constituído a partir de resumo da palestra proferida pela Dra. Elisabeth
Santos por ocasião de evento realizado na SVS/MS em dezembro de 2007; Folders de divulgação
da Revista Pan-Amazônica de Saúde, nas versões português, inglês e espanhol.
Núcleo Editorial da Revista Científica do IEC
Em 2011, foram publicados apenas dois fascículos da Revista Pan-Amazônica de Saúde
(RPAS), deixando de atender à periodicidade que, por ser trimestral, exige a publicação de quatro
fascículos ao ano. Tal atraso ocorreu devido ao grande número de artigos rejeitados, ou seja, que
151
INSTITUTO EVANDRO CHAGAS
Relatório de Gestão/2011
não estavam aptos a serem publicados, tanto por questões de formato (atendimento às normas,
coerência e coesão na exposição das ideias, presença de plágio) quanto de mérito científico
(originalidade, ineditismo, relevância e contribuição ao meio científico). Apesar de registrado um
aumento de 34,21% no número de submissões em relação a 2010, esse número não foi suficiente
para suprir a quantidade de artigos que deveriam ser publicados por fascículo.
Na busca pela submissão de novos artigos, o Núcleo Editorial empenhou-se em dar
continuidade às ações de divulgação do periódico, que compreendeu diversas frentes de atuação,
como a distribuição de exemplares da Revista, materiais de divulgação como folders, cartazes,
publicação de anúncio em revistas parceiras e, sobretudo, com o envio de e-mails para instituições e
para os chamados possíveis autores , que são pesquisadores, técnicos, acadêmicos e professores
que poderiam vir a enviar trabalhos para publicação na Revista.
Além disso, buscou-se também aumentar o número de consultores ad hoc no intuito de
ampliar a agilidade no processo de avaliação. Dessa forma, em 2011, foram integrados mais 104
novos consultores (Tabela 93).
Tabela 93 Consolidado sobre as atividades desenvolvidas pelo Núcleo Editorial da RPAS do IEC em 2011
Ação
2010
2011
Composição do Corpo Editorial
NAC
INT
NAC
INT
Editor Científico
1
1
Editor Executivo
1
1
Editor Associado
12
15
Conselheiro Editorial
33
24
33
23
Consultores ad hoc
147
4
249
5
Quantitativo de e-mails de divulgação emitidos a pesquisadores e
NAC
INT
NAC
INT
instituições
IEC
204
105
Autores e possíveis autores
1.085
222
2.893
547
Instituições
47
62
Subtotal
1.336
284
2.998
547
Total enviado
1.620
3.545
Quantitativo de manuscritos submetidos para publicação
IEC RN EXT IEC RN EXT
Editorial
1
2
Artigo Histórico
1
1
2
1
Artigo Original
6
17
16
8
22
27
Artigo de Revisão
1
2
4
11
10
Relato de Caso
4
6
1
2
4
Nota Técnica
1
Comunicação
3
2
4
Resumo de Tese e Dissertação
4
7
2
1
4
Resenha
1
Subtotal
13
31
32
12
44
46
Total
76
102
Quantidade de artigos publicados
IEC RN EXT IEC RN EXT
Editorial
3
2
Artigo Histórico
2
1
1
1
1
Artigo Original
25
11
9
3
5
8
Artigo de Revisão
2
2
1
2
Relato de Caso
2
2
1
1
Nota Técnica
1
Comunicação
2
1
Resumo de Tese e Dissertação
1
1
1
5
1
Resenha
1
Subtotal
34
15
17
11
10
12
Total
66
33
Fonte: Núcleo Editorial da RPAS, 2011.
Notas: NAC: Nacionais; INT: Internacionais; IEC: Instituto Evandro Chagas; RN: Região norte; EXT: Outras regiões/países.
Sinal convencional utilizado: Dado numérico igual a zero não resultante de arredondamento.
152
INSTITUTO EVANDRO CHAGAS
Relatório de Gestão/2011
Vale mencionar ainda que a Revista passou pelo primeiro processo de avaliação do
comitê LILACS/Bireme visando sua indexação naquela base de dados e, assim, começar seu
processo de qualificação pelo CNPq. Muito embora a Revista tenha cumprido quase todos os
requisitos e apresentado todas as características de um periódico de primeira linha aqueles com
maior fator de impacto tanto na qualidade do conteúdo, quanto na editoração, e de disponibilizar
ferramentas, as mais modernas, que imprimem maior visibilidade e acesso à informação, mesmo
assim, aquele comitê decidiu por não acatar a submissão em decorrência de dois quesitos. O
primeiro deles, apontado como o principal, foi o fato da RPAS não cumprir com a periodicidade e
pontualidade ; e o outro, não menos comprometedor, estava relacionado à endogenia (quantidade
de artigos internos, ou seja, originários do IEC ou da região norte, ser maior que os externos )
alegando um percentual superior ao de 50%. Mesmo com essas observações, aquele comitê
considerou a Revista indicada para seleção sob condição e acenou para seu aceite sem novo
processo de avaliação se até julho de 2012 a RPAS conseguir atualizar os fascículos, o que
significa que o Núcleo Editorial terá que produzir mais cinco fascículos até o final do semestre.
Entretanto, para atingir essa meta a Revista precisa receber mais contribuições e, para isso, depende
muito do apoio da área científica do IEC em conseguir trabalhos junto aos seus pares.
O Núcleo editorial continua prestando assessoria à SVS, auxiliando-os na reestruturação
das normas para publicação de sua revista científica, e na correção das referências dos artigos
submetidos à mesma.
Editoração Eletrônica
O Portal de Periódicos Eletrônicos da BVS/IEC manteve a editoração eletrônica de um
título de revista editada pela SVS, um do IEC e apenas do MPEG. Em 2010, não foram mais
editados o Boletim do Museu Paraense Emílio Goeldi, Série Ciências Humanas, por ter sido
integrado à coleção SciELO, e a Revista Paraense de Medicina, publicada pela Fundação Santa
Casa de Misericórdia do Pará, pela interrupção na parceria com o órgão.
Entretanto, essa redução no número de periódicos não representa um decréscimo na
produção, pelo contrário, houve um aumento significativo, considerando que a quantidade de
artigos por fascículo também aumentou. Em 2010 foram cinco volumes, 11 fascículos, 249 artigos
convertidos de Portable Document Format (PDF) para HyperText Markup Language (HTML),
1.558 páginas revisadas e 701 imagens captadas, enquanto que em 2011 esse número aumentou
para oito volumes, 20 fascículos, 281 artigos convertidos de PDF para HTML, 2.353 páginas
revisadas e 1.158 imagens captadas (Tabela 94).
Tabela 94 Demonstrativo sobre a editoração eletrônica da coleção do Portal de Revistas Eletrônicas em 2011
2010
2011
Volume
Fascículo
Artigos
Volume
Fascículo
Artigos
5
11
249
8
20
281
Fonte: Editora IEC, 2011.
b 3.5.1.1.4 Serviço de Biblioteca Eletrônica e Virtual
Tanto a Biblioteca Virtual em saúde quanto a Biográfica permanecem com o status em
desenvolvimento na rede Bireme. Muito embora o setor tenha se empenhado para certificá-las em
2011, após nova ressubmissão aquele órgão ainda exigiu outras alterações além daquela já
executadas.
Com relação a questão da construção do acervo físico, desde 2010 foi realizado estudo
para atualização das obras desatualizadas. O estudo incluía também a aquisição de novas publicação
para atender aos alunos das pós-graduações das universidades regionais. Entretanto, nem no ano de
153
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Relatório de Gestão/2011
2011 essas obras foram adquiridas, sendo que fomos comunicados pelo Setor de Compras de que há
previsão de atendimento para 2012.
Outro ganho se refere ao contrato entre a Biblioteca e a Comunidade Cafe, que
possibilitará o acesso dentre outros ao Portal da CAPES, uma das concessões daquele órgão aos
cursos integrantes das pós-graduações reconhecidas pelo MEC.
Unidade de Atendimento Ao Usuário
Em 2011, os usuários cadastrados no sistema de acesso ao Portal de Periódicos da CAPES
tiveram alguns problemas de conexão e, por conta disso, passaram a maioria dos seus pedidos para a
Biblioteca do IEC que atendeu 334 usuários do IEC para 675 artigos e 3 usuários do MS para 4 artigos
Dados superiores aos de 2010, quando foram contabilizados 204 usuários, entre profissionais do IEC e do
MS, perfazendo um total de 428 artigos. (Tabela 95).
Quanto ao atendimento a rede BIREME, observa-se na mesma tabela, que foram atendidos 23
artigos, número um pouco acima aos 17 registrados em 2010. Quanto ao serviço de comutação através da
rede BIREME, observa-se que 29 usuários do IEC solicitaram o serviço totalizando 45 artigos. Número
bastante baixo, pois, até 2009, a média de artigos solicitados era de 192. Esses dados também se justificam
devido, a partir de 2010, os usuários terem acesso ao Portal de Periódicos da CAPES.
Outras atividades atribuídas ao serviço de atendimento como: consulta a publicações
disponíveis no acervo da Biblioteca do IEC; pesquisa bibliográfica, elaboração de ficha
catalográfica, foram realizadas normalmente. Merece destaque a diminuição do número de cópias
solicitadas para a Biblioteca, em 2011, apenas 353 cópias foram atendidas, número inferior ao
apresentado em 2010 617 cópias Este fato é atribuído aos serviços online oferecidos pela
Biblioteca (Tabela 95).
Com relação as referências bibliográficas, ainda na tabela 95, observa-se um certa
diminuição no número de revisões se comparado aos dados de 2010. Isto pode ser justificado devido,
em 2011, a Biblioteca do IEC não ter normalizado nenhum documento acadêmico
teses,
dissertações, monografias de especialização, e outros a procedência maior das revisões deu-se por
conta de publicações editadas pelo IEC e da revista Epidemiologia e Serviços e Saúde da SVS.
Tabela 95 Dados comparativos sobre o serviço de atendimento realizados pela Biblioteca do IEC
2011
2010
Ananindeua, Pará
2011
Serviço
Portal da CAPES
Solicitado
Atendimento
Solicitado
Atendimento
-
428
-
679
104
17
45
23
Consulta
-
39
-
27
Empréstimo
-
10
-
6
Reprografia
-
617
-
353
Pesquisa bibliográfica
-
26
-
26
Normalização de documentos
Comutação/BIREME
-
3
-
3
Ficha catalográfica
-
13
-
11
Impressão
-
18
-
3
Referências
-
3890
-
2623
Conversão PDF
-
3
-
3
Fonte: Biblioteca IEC
154
INSTITUTO EVANDRO CHAGAS
Relatório de Gestão/2011
Unidade de Processamento Técnico da Informação
Descrição e indexação de documentos na BVS IEC
Em 2011, o tratamento técnico de indexação de registros na base coleção Biomedicina e
Saúde Pública totalizou 192 inserções (Tabela 96). Número considerado baixo se comparado aos
270 indexados em 2010, mas, esta diferença se justifica devido a saída em abril de um dos
bibliotecários responsáveis pela alimentação da base. Além disso, os bibliotecários tiveram de dar
também continuidade ao processo de revisões das referências dos artigos submetidos para os
periódicos: Revista Epidemiologia e Serviço de Saúde e Revista Pan-Amazônica de Saúde e de
outras publicações.
Quanto a base de Saúde Pública, foram indexados 139 registros, número superior ao
apresentado em 2010, quando foram computadas 110 indexações. Foi significativo também, em 2011,
o número de indexações realizadas na base de Encontros Científicos. Os documentos resultantes de
trabalhos apresentados em eventos, totalizando 675 registros certificados. Dado elevado se comparado
as 102 indexações realizadas em 2010 Tabela 96).
O processo de coleta e processamento técnico de materiais especiais, estava paralisado
devido falta de pessoal. Esta atividade foi retomada no inicio de 2011, mas em abril foi
interrompida novamente, pois, o técnico responsável pela base pediu demissão. Mas mesmo com
esses entraves, foi possível contabilizar, no período de janeiro a março, 46 registros (Tabela X).
Ainda na tabela 96, observa-se que a base de Noticias, em 2011, teve uma diminuição
nos números de registros indexados, quando computou-se apenas 48 ocorrências. Esses dados se
justificam por dois motivos: primeiro, devido as várias substituições de funcionários que
alimentavam a base de dados, e segundo, o mais grave, é que a partir de março de 2011 a atividade
de pesquisa sobre os recortes das matérias citando o Instituto e a SVS, veiculadas em jornais de
circulação nacional e/ou internacional, foi atribuída ao funcionário efetivo da ASCOM, mas o
mesmo, apresentou várias dificuldades operacionais. Muito embora a equipe da Biblioteca do IEC,
tenha sido colocada a disposição para ajudá-lo, os resultados não foram satisfatórios, e por conta
disso, não houve continuidade no processamento técnico, o que comprometeu o andamento dessa
atividade.
As bases Legislação e Viagens, além de Desenho Técnico, não registraram nenhum tipo
de ocorrência em 2011, devido o funcionário ter sido transferido para uma outra função.
Tabela 96 Resultado da indexação de informações técnicas e científicas em bases de dados realizadas pela Biblioteca
do IEC Ananindeua, Pará 2011.
Anos
Bases de dados
2010
2011
Coleção Biomedicina
270
192
Coleção Saúde Pública
110
139
Encontros Científicos
102
675
4
46
Noticias
165
48
Desenho técnico
71
-
Legislação
-
-
Viagens
-
-
Multimeios
Fonte: Biblioteca do IEC
Vale registrar que, em de 2010, devido a realização de vários projetos da biblioteca
como por exemplo: lançamento da Revista Pan-Amazônica de Saúde, I Simpósio Brasileiro de
155
INSTITUTO EVANDRO CHAGAS
Relatório de Gestão/2011
Saúde Ambiental, e outros, a alimentação do Banco de dados da Produção científica do IEC, foi
comprometida, pois, o funcionário que executava esta ação geralmente era deslocado para outra
função. Entretanto, em 2011, um Bibliotecário passou a tirar férias de alguns funcionários da
biblioteca, e isto, contribui para que fossem retomadas algumas ações que estavam paralisadas,
dentre estas, o Banco de dados da Produção científica que em 2011 recebeu 324 novos registros
Cooperação técnica
A Biblioteca do IEC nos último anos vem elevando sua contribuição para a Base
LILACS e outras instituições, em 2011, foram migrados 288 registros. Para a LILACS foram 153
registros, superando os anos de 2009 e 2010 quando foram computados 63 e 128 ocorrências
respectivamente (Tabela 97). Cabe informar que são aproximadamente 460 Centros Cooperantes da
América Latina e Caribe. A Biblioteca do IEC ocupa a 98ª posição no ranking geral de
contribuição. Se for considerado apenas os registros de 2011, esta posição se elevará para a 32ª
(LILACS, 2012).
Vale registrar ainda, em 2011, um aumento significativo de migrações de registros para
outras instituições. Foram enviados 135 registros superando as 30 ocorrências computadas em 2010
(Tabela 97).
Tabela 97 Número de registros migrados pela biblioteca do IEC para certificação na base de dados LILACS
Ananindeua, Pará 2011.
Registro
Instituições
Total
Artigos
Capítulos
Tese/Diss
BIREME/LILACS
115
38
-
153
BVS DIP/FIOCRUZ
58
-
-
58
BVS ENSP
-
-
7
7
BIBLIOSUS/MS
-
70
-
70
173
108
7
288
Total
Fonte: Biblioteca IEC
Nota:- = sem produção.
Unidade de Aquisição, Divulgação e Intercâmbio
Aquisição
Muito embora em 2011 não tenha sido adquirido publicações por meio de compra,
houve um acréscimo no número de registros incluídos no acervo. Foram registradas 514 doações
entre livros, folhetos e fascículos de periódicos, número superior aos 474 registrados em 2010.
Destacamos nesta modalidade os 49 títulos de livros e 83 títulos de periódicos doados pelo
pesquisador José Maria de Souza da Seção de Parasitologia do IEC.
Vale registrar também, que em 2011, foi confeccionado PBS para a aquisição de
aproximadamente 50 títulos de livros. Esta solicitação foi baseada em sugestões dos pesquisadores
do IEC, mas especificamente, nas bibliografias do Programa de Pós-Graduação em Virologia do
IEC, aprovado no final de 2011. Entretanto, a entrega das publicações está prevista apenas para o
primeiro semestre de 2012.
Dando continuidade ao Projeto de Cooperação Técnica entre a rede BIREME e a
Biblioteca do IEC, foram incluídos, na Coleção de Seriados em Ciências da Saúde (SeCS), 169
registros de fascículo ou suplemento de periódicos. Levando-se em consideração as 120 ocorrências
de 2010, pode-se afirmar que, em 2011, o envio de registros da Coleção de Periódicos da
Biblioteca do IEC para o Portal de Revistas Científicas da BIREME foi significativo.
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Relatório de Gestão/2011
Divulgação
Não diferente de 2010, quando foram publicadas 155 títulos de livros/periódicos no
Alerta Bibliográfico, em 2011, este número baixou para 129. Isso se justifica devido a aquisição
através do modelo compra está parado. Com relação aos resultados das investigações realizadas por
pesquisadores do IEC, mantiveram-se na média de 2010, totalizando em 2011, 60 artigos.
Com relação a Disseminação Seletiva da Informação (DSI), em 2010, o serviço
computou o envio de 445 sumários eletrônicos de fascículos de revistas da CAPES, número
inferior a 2011, que totalizou 483 ocorrências (Tabela 98).
Tabela 98
Quantitativo de produtos gerados para promover a divulgação da produção técnica e científica realizada
pela Biblioteca do IEC Ananindeua, Pará 2011
Divulgação
2010
2011
Alerta bibliográfico
155
129
DSI Portal CAPES
445
483
Produção Científica IEC
64
60
Fonte: Biblioteca IEC
A Biblioteca do IEC, em 2011, com o objetivo de dar maior visibilidade aos projetos
realizados na Instituição, produziu vários materiais de divulgação como: cartão, folder, cartaz e
outros. Colaborou ainda na confecção do material de lançamento do livro Letras apaixonadas de
autoria do médico Francisco Lúzio, da Seção de Bacteriologia do IEC (Tabela 40). Além disso,
distribuiu outros materiais como: 1.571 pastas (papel e plástica), 345 CDs do Livro de Resumos do
PIBIC XV.
Com relação as publicações editadas pela Editora do IEC, em 2011, foram distribuídas
2.959, número inferior se comparado aos 4.589 exemplares distribuídos em 2010. Isso se justifica
devido no ano anterior, o IEC ter lançado a Revista Pan-Amazônica de Saúde, como também, ter
promovido o I Simpósio Brasileiro de Saúde Ambiental, realizado na cidade de Belém.
O serviço de divulgação, em parceria com o Núcleo Editorial da Revista PanAmazônica de Saúde, continuou o processo de divulgação da revista, em 2011, foram enviados
3.547 emails para divulgação de novos fascículos, além do convite solicitando envio de artigos para
a RPAS.
Ainda sobre o serviço de Divulgação da revista do IEC, continuou-se realizando
pesquisa em bases de dados nacionais e internacionais, com o objetivo de conseguir novos autores
para a revista. Sendo assim, a equipe de divulgação, desempenhou uma atividade intensa de envio
de convite por meio de e-mails para que os autores conhecessem a RPAS e submetessem seus
artigos para futuras publicações.
Intercâmbio
Em 2011, a Biblioteca recebeu apenas 69 exemplares de duplicatas, mas em
compensação realizou 90 doações de publicações, diferente de 2010, quando realizou apenas 23
doações. Com relação as permutas, o Setor enviou para as instituições com que mantêm parcerias
apenas publicações que estavam em duplicatas, um total de 36, pois, em 2011 não foi editada
nenhuma obra impressa do IEC.
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INSTITUTO EVANDRO CHAGAS
Relatório de Gestão/2011
Suporte Técnico de Informática
As atividades do ano começaram com a migração de alguns aplicativos da biblioteca
para um novo servidor web, com o objetivo de melhorar os serviços, pois, este tem uma capacidade
maior tanto de espaço quanto de processamento. As aplicações migradas foram: Biblioteca Virtual
em Saúde do IEC, Biblioteca Biográfica Evandro Chagas, SciELO, Iah e as páginas do INCT. Foi
reorganizada as pastas do servidor que são compartilhadas por toda a equipe da Biblioteca
(fileserver), e foi iniciada a organização das documentações de seus aplicativos e serviços. Após
esta migração, foi alterada algumas configurações do SciELO, como banners e alguns textos e
imagens.
As atividades realizadas para atualização da BVS foram executadas dentro do previsto.
No período, foram transferidos 213 arquivos PDF do File Server para servidor da Biblioteca,
relativos as base de Eventos, Notícias, Coleção Biomedicina e Saúde Pública, Desenho técnico.
Com relação às atualizações e gerações dessas bases, foram realizadas 539 ocorrências referentes a
novos registros indexados no LILDBI da BVS/IEC.
Sobre as variantes de nomes de autor, foram gerados nove arquivos de autor
normalizado dos artigos científicos produzidos no âmbito institucional, com a finalidade de
recuperar todos os registros, embora grafados de formas diferentes nas revistas. Foram realizados
110 atendimentos com a finalidade de editar/atualizar bases, corrigir falhas de indexação e
problemas com arquivos PDF.
Além dessas atividades a Biblioteca deu continuidade ao desenvolvimento na Nova
Biblioteca Virtual em Saúde do Instituto Evandro Chagas e da Biblioteca Virtual Evandro Chagas, e
da Nova Página do IEC, que foram disponibilizadas para acesso este ano.
Biblioteca Virtual de Saúde do IEC
A partir de fevereiro de 2011, a BVS recebeu novas customizações por recomendação
da BIREME. Uma das novas funcionalidades da BVS é a implementação do diretório de eventos
(DIREVE), que tem como objetivo dar a conhecer quais são os eventos científicos (congressos,
seminários, conferências, etc.) da área da saúde, promovidos principalmente nos países da região.A
partir dia 27 de maio de 2011, o aplicativo DIREVE/IEC já estava disponível para acesso. No dia
28 de julho de 2011 a nova BVS já estava no ar, e também foi encaminhada para avaliação da
BIREME para certificação. No dia 18 de novembro de 2011, foi enviado para a Biblioteca a
resposta da BIREME: eles encaminharam novas recomendações de alterações em nossa BVS, para
que pudesse ser encaminhada novamente para posterior aprovação para certificação.
Em julho de 2011 a nova BVS já estava no ar, e também foi encaminhada para
avaliação da BIREME para certificação. No dia 18 de novembro de 2011, recebemos a resposta da
BIREME: eles encaminharam novas recomendações de alterações em nossa BVS, para que pudesse
ser encaminhada novamente para posterior aprovação para certificação.
Biblioteca Virtual Biográfica Evandro Chagas (BV biográfica)
Desde 2010 estamos desenvolvendo a Biblioteca Biográfica Evandro Chagas, em 2011
continuamos adequar de acordo com o padrão exigido pela BIREME, e também adicionando as
fontes de informação, ajustando o layout, e em junho de 2011, foi encaminhando para avaliação de
certificação pelo Comitê da BIREME. Em 21 de dezembro de 2011 foi enviado a respostas com as
recomendações exigidas pelo Comitê.
Website do Instituto Evandro Chagas
A partir de maio de 2011, foi iniciada a projeção do layout da nova página do IEC. A
partir desta fase, toda estrutura da página foi sendo alterada, incluindo subpáginas, páginas das
seções cientificas e serviços e, algumas páginas adicionais, como banco de imagens e diretório do
pesquisador e o Website do Centro de Inovações Tecnológicas do IEC e suas subpáginas.
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Relatório de Gestão/2011
Unidade e Estudos e Pesquisas
Estudos de acesso
- Página do IEC
Em 2011, foram computados 357.911 por países. O Brasil continuou sendo o país com
mais acessos à página, totalizando 355.762 exibições. Entretanto, este número foi inferior aos
490.968 computados em 2010, esta diferença, significativa de acesso, ocorreu devido o IEC ter
hospedado em sua página, o I Simpósio de Saúde Ambiental realizado em 2010 em Belém, ou seja,
a procura por informações sobre o evento foi grande, pois, todo o processo de inscrição, submissão
de trabalho, e outras, era realizado através da página do IEC. Sendo assim, considera-se que, em
2011, a pesquisa na página do IEC, em se tratando de Brasil, ocorreu na média esperada.
Em 2010, o acesso dos outros países foi de 1.900 ocorrências, este número aumentou
consideravelmente em 2011 2.148 acessos com destaque para os Estados Unidos com 385
acessos, seguido por Reino Unido com 259, além da 6ª posição de Taiwan, com 82 acessos.
As cidades brasileira que apresentaram maior índice de consultas, destacam-se, Belém
(PA), com 326.823 acessos, Rio de Janeiro (RJ) com 6.363, Fortaleza (CE) com 4.712 consultas,
seguido de Belo Horizonte (MG) com 2.481 consultas.
Dentre as instituições parceiras, no âmbito nacional, se destaca a Fundação Oswaldo
Cruz, com 420 visitas, seguido da Universidade de São Paulo com 209 consultas e Universidade do
Rio de Janeiro. Quanto as instituições internacionais, foram computados 227 acessos, desses
aparece em primeiro lugar a The University of St. Andrews com 199, seguido da Universidade do
Texas com 12 consultas.
- Página da BVS IEC
O número de acessos durante o ano de 2011 foi de 47.467 pesquisas, por visitantes de
diversos países. O Brasil continua liderando com 45.710 acessos, seguido de Portugal com 984,
Angola 161. Se comparado com 2010, onde foram computados 86.806 acessos, houve uma
diferença significativa. Estes dados se justificam devido, em 2011, a BVS IEC ter lançado seu novo
layout de página e muitos usuários ainda não estavam habituados com a nova BVS.
Ainda por falta de conhecimento de acesso à nova BVS, os usuários tiveram
dificuldades também em acessar os conteúdos da BVS, mesmo assim, foi computado 8.225 acessos
a pesquisa por bases de dados que contempla os principais estudos realizados pelas seções
científicas, com 8.225 consultas; seguido das informações sobre a biblioteca do IEC com 114
acessos.
Dentre as instituições nacionais que consultaram a BVS destacam-se a Universidade de
São Paulo com 183 acessos, a Fundação Oswaldo Cruz 101 e a Universidade Estadual de Campinas
com 38 com consultas. Entre as internacionais destaca-se a Universidade do Porto com 10.
- Página do Setor de Compras (SOCOM)
A página do SOCOM/SEADM, obteve um crescimento significativo de acessos no ano
de 2011. Dentre as cidades brasileiras que mais acessaram, destacam-se Belém com 2.373
consultas, São Paulo 213, Rio de Janeiro 209. O número de acesso por países temos a liderança do
Brasil, com 3.573. Com relação aos países estrangeiros temos registros de 32 acessos, os Estados
Unidos está na frente com 12. A tabela 62 demonstra o nível de acessos quanto aos conteúdos
disponíveis na página de compra do IEC. Em 2011, foram identificados um total de 12.250 acessos.
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INSTITUTO EVANDRO CHAGAS
Relatório de Gestão/2011
b.3.5.2 Informações georreferenciadas
Partindo da premissa que a informação em saúde possui intrinsecamente componentes
espaciais e temporais e objetivando a construção de cenários ecoepidemiológicos precisos e
contextualizados, de caráter preditivo, o IEC criou em 2000 o Laboratório de Geoprocessamento
(LabGeo) , que desde sua criação tem procurado incorporar recursos de geotecnologias emergentes
em análises de situação de saúde na Amazônia.
As principais tecnologias utilizadas no IEC são: Sistemas de Informação Geográfica
(SIG), Sensoriamento Remoto (SR), Sistemas Inteligentes (SI), Computação Gráfica (CG) e
Ambientes Multimídia (AM), Processamento de Imagem, Sistemas de Informação voltados para
WEB e Dataming, que são utilizadas no desenvolvimento de rotinas computacionais para
manipulação e visualização de dados epidemiológicos, socioeconômicos e ambientais
interrelacionados.
O Instituto tem apoiado, no âmbito de suas atividades, diversas Secretarias Estaduais e
Municipais de saúde pública, bem como outros órgãos governamentais tanto de pesquisas
científicas como de áreas técnicas, da iniciativa privada e do terceiro setor que atuam na Amazônia,
com treinamentos e auxílios em análises de situação de saúde, através de cooperações técnicas e
institucionais.
O Laboratório de Geoprocessamento tem como competência institucional: atender às
atividades de pesquisa e extensão realizadas no âmbito do IEC, desenvolvendo conhecimentos e
prestando assessoria na implantação de sistemas baseados em tecnologia de Geoprocessamento;
Desenvolver metodologias e recursos de ensino, essenciais na formação de profissionais da área da
saúde, com vistas à aplicação de geotecnologia em análises de dados em saúde e Apoiar o
desenvolvimento de trabalhos técnicos utilizando geotecnologias tais como, Cartografia digital,
Sensoriamento Remoto e Bancos de Dados Geográficos, todos aplicados a análise de
epidemiológicos
b.3.5.2.1 Realizações
a) Desenvolvimento de análises relacionadas à distribuição espacial da malária na área de
influência da futura Usina Hidrelétrica de Belo Monte (UHBM);
b) Desenvolvimento de análises epidemiológicas da associação hanseníase X gravidez, na
região de integração do Carajás;
c) Desenvolvimento de estudos exploratórios da distribuição espaço-temporal da incidência da
doença de Chagas, nos municípios de Barcarena e Abaetetuba, utilizando geotecnologias
emergentes;
d) Desenvolvimento do um modelo de análise espacial da co-infecção TB X HIV, no
município de Castanhal-Pa;
e) Apoio ao projeto de investigação dos fatores de risco de esquistossomose, no distrito de
Mosqueiro, do município de Belém-Pa;
f) Apoio ao estudo de distribuição da leishmaniose tegumentar, em dois municípios do estado
do Pará;
g) Apoio ao projeto de análise da correlação de fatores de risco de doenças de veiculação
hídrica, na área de influência de um lixão extinto, em um bairro do município de
Ananindeua-Pa.
b.3.5.2.2 Investigação de campo
a) Georreferenciamento e caracterização de variáveis intervenientes (tipos de vegetação,
drenagem, solos, povoamento, etc.) e determinantes (vetores e patógenos), para estudos de
malária no arquipélago do Marajó, no mês de janeiro de 2011;
160
INSTITUTO EVANDRO CHAGAS
Relatório de Gestão/2011
b) Georreferenciamento e identificação de variáveis intervenientes (tipos de vegetação,
drenagem, solos, povoamento, etc.) e determinantes (vetores e patógenos), para estudos de
doenças de Chagas, nos municípios de Barcarena e Abaetetuba, novembro e dezembro de
2011;
c) Georreferenciamento e caracterização de dados epidemiológicos relacionados à co-infecção
TB X HIV, no município de Castanhal-Pa, no mês de janeiro de 2011;
d) Georreferenciamento de locais de coletas de águas para pesquisa microbiológica e físicoquímica, na área do lixão do parque clube Ariri, no município de Ananindeua, nos meses de
abril, junho, agosto e outubro de 2011;
e) Georrefrenciamento de variáveis ambientais, socioeconômicas e malacológicas relacionadas
ao projeto de estudo da esquistossomose mansônica, na ilha do Mosqueiro, nos meses de
maio, julho, setembro de 2011;
f) Georreferenciamento e caracterização de variáveis intervenientes (tipos de vegetação,
povoamento, etc.) e determinantes (vetores e patógenos), para estudos de leishmaniose
tegumentar, nos municípios de Cametá e Juruti, no estado do Pará;
g) Georreferenciamento e identificação de padrões epidemiológicos, com caracterização
socioeconômica, da associação hanseníase X gravidez, na região de integração do Carajás,
no mês de novembro de 2011.
b.3.5.2.3 Trabalhos realizados em colaboração/parceria com outras instituições
Com relação ao desenvolvimento das análises relacionadas à distribuição espacial da
malária na área de influência da futura Usina Hidrelétrica de Belo Monte (UHBM) foi possível
identificar e caracterizar nas imagens de satélites as a distribuição espacial das principais variáveis
intervenientes e determinantes, em três áreas com características geográficas e epidemilógicas
diferentes. Estas análises foram expressas visualmente em 7 imagens digitais, que permitirão
futuramente avaliar as alterações nos perfis epidemiológicos desta região, em face de todo o
processo de antropização que a mesma deverá sofrer. Desta forma um dos grandes objetivos dos
trabalhos praticados pelo LabGeo foi atingido, que é o registro da memória epidemiológica, como
podemos verificar nos dois mapas temáticos (Figuras 26 e 27).
Figura 26 Imagem da área de influência direta da futura UHBM, no município de Vitória do Xingu-Pará.
161
INSTITUTO EVANDRO CHAGAS
Figura 27
Relatório de Gestão/2011
Imagem classificada da área de influência direta do projeto da futura UHBM, no município de Vitória do
Xingu-Pa.
Os resultados alcançados pelos trabalhos de georreferenciamento, em campo, de
variáveis intervenientes (tipos de vegetação, drenagem, solos, povoamento, etc.) e determinantes
(vetores e patógenos), para estudos de doenças de Chagas, nos municípios de barcarena e
Abetetuba, permitiram caracterizar a incidência desta doença, em diferentes áreas destes
municípios, mostrando as áreas onde os fatores de risco eram mais expressivos, Neste trabalho foi
muito importante a participação de técnicos da Secretaria de Estado de Saúde Pública SESPA,
onde foram gerados 10 mapas temáticos, no qual podemos visualizar dois (Figura 28 e 29).
Figura 28
Imagem do banco de dados georreferenciado da distribuição espacial
de pacientes chagásicos, no município de Barcarena-PA.
162
INSTITUTO EVANDRO CHAGAS
Figura 29
Relatório de Gestão/2011
Imagem do Satélite CBERS-2B do sensor CCD, classificada.
A partir do desenvolvimento de análises epidemiológicas da associação hanseníase X
gravidez, na região de integração do Carajás, a partir de análises espaciais foi possível identificar
padrões de distribuição desta doença. Onde foi possível observar que a mesma, nesta área de estudo,
estava diretamente relacionada a variáveis socioeconômicas, como renda e demografia (induzida
por processos migratórios estimulados por macroprojetos desenvolvimentistas, tais como práticas
de mineração, na região do Carajás). Os trabalhos mostraram como esta doença milenar se mantém
ainda ativa na atualidade, e se produzindo socialmente nos espaços geográficos. Neste trabalho foi
muito importante a participação de pesquisadores e professores do Departamento de Saúde
Comunitária, da Universidade do Estado do Pará, sendo produzidos 12 expressões visuais, como
podemos ver duas (Figuras 30 e 31).
Figura 30 Expressão visual de casos de hanseníase x gravidez no estado do Pará, por Região de Integração
163
INSTITUTO EVANDRO CHAGAS
Relatório de Gestão/2011
Figura 31 Expressão visual de casos de hanseníase x gravidez na Região de Integração do Carajás.
O apoio ao projeto de correlação entre fatores de risco de doenças de veiculação hídrica,
na área de influência do Lixão do Parque Clube Ariri, no município de Ananindeua-Pa, possibilitou
identificar diferentes padrões de distribuição dos fatores de risco estudados, o que explica os
diferentes perfis epidemiológicos na área, neste trabalho foi gerado 9 cartas digitais, como podemos
ilustrar duas delas (Figura 32 e 33).
Figura 32 limites da área de estudo direta do antigo Lixão do Parque Clube Ariri.
164
INSTITUTO EVANDRO CHAGAS
Figura 33
Relatório de Gestão/2011
Delimitação em campo da área de estudo com pontos de controle.
O apoio ao projeto análise da distribuição de fatores de risco de esquistossomose
mansônica, no distrito de Mosqueiro, no município de Belém-Pa, possibilitou identificar diferentes
distribuição dos fatores de risco como a confecção de 7 carta com a localização de planorbídeos,
onde pode ser observada a sua relação com as coleções hídricas existentes na área de pesquisa,
abaixo alguma cartas (Figuras 34 e 35).
Figura 34
Imagem da localização de planórbideos por distritos administrativos, no município de Belém
165
INSTITUTO EVANDRO CHAGAS
Relatório de Gestão/2011
Figura 35 Imagem da localização de planórbideos nos distritos administrativos de Mosqueiro.
b.3.5.2.4 Trabalhos realizados em colaboração com outros laboratórios do IEC
Foram realizados, em cooperação com os diversos laboratórios do IEC,
aproximadamente 7 (sete) mapas temáticos mensais, relacionados às diversas pesquisas e agravos
estudados pelos mesmos. Desta forma, foi gerado um total de 84 (oitenta e quatro) expressões
visuais desses estudos. Abaixo, podemos observar alguns destes trabalhos (Figuras 36, 37, 38 e 39).
Figura 36 Visualização geográfica das principais vias de acesso a três municípios do nordeste paraense.
166
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Figura 37
Relatório de Gestão/2011
Delimitação da área do Assentamento Expedito Ribeiro, no município de Santa Bárbara, para o estudo de
diversos agravos.
Figura 38 : Distribuição do Molecular de Salmonela Typhi.
Figura 39 Mapa do município de Marabá PA, mostrando as principais áreas de extração mineral, áreas de inundação,
área de reserva indígena, localidades e povoados.
167
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Relatório de Gestão/2011
b.3.5.3 Animais de Laboratório
A Seção de Criação e Produção de Animais de Laboratório (SACPA) tem como missão
criar e produzir animais de laboratório de boa qualidade, isentos de contaminação, necessários às
pesquisas do IEC e às instituições de ensino e pesquisa da região Norte. Além disso, desenvolve
pesquisas científicas voltas ao bem-estar animal e a qualidade de animais experimentais ofertados
para estas pesquisas.
A Seção possui um biotério central, que ocupa 2.000 m2, e possui diversas salas
destinadas à criação e produção de camundongos (Mus musculus), ratos (Rattus norvegicus),
hamsters (Mesocricetus auratus), cobaias (Cavia porcellus) e coelhos (Oryctolagus cuniculus),
tendo produzido, em 2011, cerca de 30 mil animais/mês. Todos os pequenos roedores são criados
em mini-isoladores mantidos em racks ventilados conferindo a qualidade necessária para esta
criação, isolando-os de microorganismos presentes no ambiente de criação.
Atualmente, este prédio central continua em obras para reforma, adequação e ampliação
das áreas internas, e os animais estão sendo mantidos em outros prédios do IEC até sua conclusão.
Além do prédio central, as criações de ovinos e aves são mantidas em ambientes adaptados para
essas criações. Há um aprisco em alvenaria e um pasto com forrageiras regionais em uma área de
3.000 m2 onde são criados os ovinos (Ovis aries), além de uma sala para sangria de ovinos e manejo
dos animais, com baias de maternidade e de manutenção de adultos com bebedouros automáticos e
cochos em alumínio. Os gansos (Anser cygnoides) são mantidos atualmente em uma área próxima
ao aprisco, com local apropriado para banho e abrigo para proteção noturna dos animais. Um
aviário de perus (Meleagris gallopavo); mantém estes animais que fornecem sangue semanalmente
à Seção de Virologia para produção de subproduto, utilizado em exames identificadores de vírus
respiratórios, e um aviário de galinhas (Gallus domesticus) serve para abrigar as galinhas que são
utilizadas para alimentação de barbeiros mantidos para uso nas pesquisas de Doença de Chagas.
Todos os animais mantidos pela Seção recebem em suas dietas ração específica balanceada, sendo
que alguns ainda recebem complementação através da oferta de plantas forrageiras cultivadas no
IEC.
A Seção de Criação e Produção de Animais de Laboratório (SACPA) mantém ainda
setores que são responsáveis pela manutenção da qualidade dos ambientes e animais, como: área de
esterilização de materiais, lavanderia profissional, laboratório para controle de qualidade dos
animais, sala de necropsia e almoxarifado próprio.
Os animais produzidos na Seção são destinados, em sua maioria, às pesquisas de rotina
do IEC que envolvem exames diagnósticos como os de arboviroses e febres hemorrágicas,
leishmaniose, mal de chagas, esquistossomose, dentre outros, auxiliando, desta forma, na
elucidação de casos envolvendo doenças infecto-contagiosas amazônicas e na pesquisa de novos
diagnósticos para estas.
168
INSTITUTO EVANDRO CHAGAS
Relatório de Gestão/2011
b.3.5.3.1 Realizações
b.3.5.3.1.1 Animais produzidos e mantidos no biotério
Roedores
Tabela 99 Quantidade de animais de produzidos e mantidos no IEC em 2011
Sala
Hamsters
Ratos Mc Coy
(produção)
Ratos Mc Coy
(estoque)
Camundongos
Balb C An
Camundongos
Swiss Weber
(piloto)
Camundongos
Swiss Weber
(fundação I)
Camundongos
Swiss Weber
(fundação II)
Camundongos
Swiss Weber
(produção)
Camundongos
Swiss Weber
(estoque )
Camundongos
Swiss Weber
(estoque )
Total Geral
Jan
4999
Fev
5042
Mar
5191
Abr
6761
Mai
5371
Jun
5436
Jul
7587
Agos
2942
Set
7905
Out
5640
Nov
6359
Dez
4935
Total
68168
-
-
-
-
-
201
879
755
1106
1081
-
1142
6441
-
-
-
-
-
-
-
238
685
735
-
629
3005
-
-
564
1534
1332
1119
873
601
727
835
892
755
5422
5878
6009
5702
7035
6032
5954
7309
5407
6428
4631
5172
2558
68115
3257
3116
3191
3455
2415
2623
3888
3133
3375
1495
2341
2340
34629
2300
2316
4766
5996
4109
3370
4232
2406
2639
2116
2395
604
37249
6720
6720
5043
8705
6720
5376
6720
6720
8400
6720
6720
5040
79604
1957
1989
1448
2657
2119
1963
3484
3483
4783
2965
3834
1599
32281
2260
2280
2408
2562
2088
2486
3380
2236
2639
2274
1612
1066
27291
27371
27472
28313
38705
30186
28528
38352
27320
37960
27657
28433
11650
362205
Fonte: Seção de Criação e Produção de Animais de Laboratório/IEC/SVS/MS
Outras espécies de animais
Tabela 100 Quantidade de animais de outras espécies pertencentes ao plantel da SACPA/IEC em 2011
Plantel
Ovinos
Coelhos
Gansos
Perus
Total
13
103
22
6
Nascimentos
65
12
Óbitos
1
27
3
6
Galinhas
4
3
Fonte: Seção de Criação e Produção de Animais de Laboratório/IEC/SVS/MS
Obs: Os óbitos de coelhos referem-se a animais utilizados em sangria total.
b.3.5.3.1.2 Material biológico produzido e distribuído
Tabela 101 Material biológico produzido e distribuído pela SACPA em 2011
Solicitante
Arbovírus
Bacteriologia
Barros Barreto
Doença de Chagas
LACEN
LANAGRO
Leishmaniose
Santa Casa
Virologia
UFPA
Imunologia
Total
Ovino
3.110
4.150
420
7.770
2.090
4.470
22.010
Tipo de sangue (ML)
Coelho
Ganso
3.775
10
505
2.650
80
390
3.635
3.775
Peru
215
215
Quantidade total (ML)
3775
3120
4150
925
7770
2090
2650
4470
215
80
390
29.635
ML
ML
ML
ML
ML
ML
ML
ML
ML
ML
ML
ML
Fonte: Seção de Criação e Produção de Animais de Laboratório/IEC/SVS/MS
169
INSTITUTO EVANDRO CHAGAS
Relatório de Gestão/2011
b.3.5.3.1.3 Animais produzidos e distribuídos
Animais fornecidos a Seções do IEC
Tabela 102 Nº de animais fornecidos pela SACPA/IEC para as Seções Técnico-científicas em 2011
Espécies e Linhagens
Seções/Setores
Arbovirologia
Bacteriologia
D. de Chagas
Leishmaniose
Microscopia
Malacologia
SACPA **
Toxoplasmose
Total Geral
Camundongo
Swiss weber
240
1227
487
415
40
1585
3.954
Hamster
Ratos
MC coy
Camundongo
Balbi C
24
300
14
338
7
108
115
6
100
579
220
905
Família de
Camundongos
Swiss weber (1
e 6 neonatos
*
15
71
Total
270 *
100
1.234
300
1.081
757
40
1.585
5.383
Fonte: Seção de Criação e Produção de Animais de Laboratório/IEC/SVS/MS
Nota: * Além destes 270 animais foram entregues a Seção de Arbovirologia 12.500 famílias de camundongos em fluxo
contínuo, que são utilizados na rotina da Seção.
** Experimento de TCC
Animais fornecidos a outras instituições
Tabela 103 Nº de animais fornecidos pela SACPA/IEC para outras nstituições em 2011
Espécies / Linhagens
Solicitante
Hamster
Ratos
Mac
coy
Neonatos
de Swiss
weber
Camundongos
Balbi C
Família de
Camundongos
Swiss weber
(1 e 6 neonatos)
2854
376
99
-
340
-
3669
100
-
0
23738
1400
-
25238
Camundongo
Swiss weber
UFPA
MANGAL
Total
CESUPA
360
-
187
-
-
-
547
MUSEU
2934
1003
50
-
-
-
3987
LANAGRO
70
-
-
-
-
40
110
PARICUIÃ
2149
839
72
-
-
-
3060
SITIO
XERIMBABO
1385
286
142
-
-
-
1813
EXERCITO
605
265
165
-
-
-
1035
B. BARRETO
155
-
-
-
-
-
155
BIOPARQUE
Total Geral
860
33
6
-
-
-
899
11.472
2.802
721
23.738
1.740
40
40.513
Fonte: Seção de Criação e Produção de Animais de Laboratório/IEC/SVS/MS
Nota: - (não ocorreu fornecimento)
170
INSTITUTO EVANDRO CHAGAS
Relatório de Gestão/2011
b.4 Força de trabalho em Saúde
b.4.1 Capacitação de profissionais para o SUS
b.4.1.1 Curso de longa duração
Curso técnico de nível médio em Análises Clínicas, autorizado pelo Conselho Estadual
de Educação do Pará, resolução nº 172 de 04.04.2011, para 35 alunos, oriundos de vários
municípios entre os quais destacamos: Belém, Mojú, Cametá, Bujarú, Limoeiro do Ajurú, Porto de
Moz, Gurupá, Benevides, Santarém Novo, Igarapé Mirin e Anajás no estado do Pará além de Boca
do Acre no estado do Amazonas. O curso teve início no dia 08/08/2011 e tem seu término previsto
para 30/06/2012, totalizando uma carga horária de 1.440 horas distribuídas em conteúdo teórico,
prático e estágio supervisionado. Foram concluídos até o presente, quatro módulos de um total de
seis.
b.4.1.2 Cursos e/ou treinamentos de curta duração
a) Curso ministrado para os técnicos do LACEN-PA (Laboratório Central Pará) intitulado:
Curso de Atualização para o Diagnóstico Laboratorial de Malária no Instituto Evandro
Chagas IEC/SVS/MS, 16 a 20 de maio/2011, Ananindeua-PA;
b) Curso ministrado para os técnicos do Ministério da Saúde de Angola intitulado: Curso de
Atualização para o Diagnóstico Laboratorial de Malária realizado em Luanda, Angola, 27
de junho a 08 de julho/2011, Luanda-Angola;
c) Curso ministrado para os técnicos do SESAI (Secretaria Especial de Saúde Indígena)
intitulado: Atualização em Malária para Multiplicadores com Ênfase em Microscopia no
Instituto Evandro Chagas IEC/SVS/MS, 17 a 21 de outubro/2011, Ananindeua-PA;
d) Curso ministrado para um técnico e um médico do Ministério da Saúde do Congo intitulado:
Curso de Atualização para o Diagnóstico Laboratorial de Malária no Instituto Evandro
Chagas IEC/SVS/MS, 21 a 25 de novembro/2011, Ananindeua-PA;
e) Organização do curso intitulado: Curso sobre resistência a inseticidas em vetores de
malária . Rede de Investigação e Desenvolvimento em Saúde Malária (RIDES-Malária).
2011;
f) Treinamento de sete técnicos e estudantes do Laboratório de Biologia Celular e
Helmintologia "Profa Dra Reinalda Marisa Lanfredi" -ICB-UFPA em identificação de formas
adultas e imaturas de mosquitos anofelinos. Março e Agosto de 2011.
b.4.1.3 Participação em treinamentos internacionais
Servidores que realizaram capacitação fora do país, conforme decrito no quadro 8.
Nome
Sueli Guerreiro Rodrigues
Marinete Marins Póvoa
Pedro Fernando
Vasconcelos
da
Costa
Evento
12º Curso Internacional de dengue e 3ª Reunião da relda
Havana - Cuba
ASTMH 60th Annual Meeting Filadélfia
/Pensilvânia - USA
60º Congresso Anual da sociedade Americana de Higiene e
Medicina Tropical Filadélfia - EUA
Período
11 a 19.08.2011
29.11 a
08.12.2011
04 a 06.12.2011
Quadro 8 Relação dos servidores que participaram de capacitações internacionais
Fonte: SEARH/IEC/SVS/MS
171
INSTITUTO EVANDRO CHAGAS
Relatório de Gestão/2011
b.5 Metas da Agenda Estratégica da SVS/MS
Resultado das metas propostas pelo IEC na Agenda Estratégica da SVS para o exercício
de 2011:
a) Ação: Ampliação da capacidade de vigilância da Leishmaniose, Doença de Chagas e
Esquistossomose.
- Indicador: Número de pesquisas realizadas
Meta
Proposta
para 2011
Descrição da Meta
Meta
Realizada
em 2011
1. Realizar 78 pesquisas nas populações suscetíveis à Leishmaniose, doença de Chagas e
Esquistossomose ou em casos de surtos dessas enfermidades na Amazônia legal,
14
18
com foco nos agentes isolados por meio de técnicas laboratoriais, de 2011 a 2015.
Classificação do alcance da meta: < = 10 Ruim
Quadro 9 Números de pesquisas realizadas nas áreas de Leishmaniose, doença de Chagas e Esquistossomose no ano
de 2011.
b) Ação: Vigilância clínica, epidemiológica e laboratorial das arboviroses e metais pesados na
Amazônia
- indicador: Número de pesquisas realizadas
Proposta
2011
Meta
Realizada
2011
a)
Realizar 175 pesquisas nas populações suscetíveis às Arboviroses ou em casos de
surtos dessas enfermidades na Amazônia legal, com foco nos agentes isolados por
31
meio de técnicas laboratoriais, no período de 2011 a 2015. Classificação do alcance
da meta: < = 10 Ruim
2. Realizar 115 pesquisas nas populações sob o risco de intoxicação por metais pesados
17
na Amazônia Legal, no período de 2011 a 2015. Classificação do alcance da meta:
< = 10 Ruim
Quadro 10 Números de pesquisas realizadas nas áreas de Arboviroses e metais pesados no ano de 2011
43
20
b.6 Apoio administrativo à pesquisa científica
b.6.1 Almoxarifado
b.6.1.1 Realizações
b.6.1.1.1 Aquisições no exercício
Tabela 104 Aquisições realizadas pelo IEC em 2011
Mês
Janeiro
Fevereiro
Março
Abril
Maio
Junho
Julho
Agosto
Setembro
Outubro
Novembro
Dezembro
Total Geral
Extra-Orçamentária
333.430,80
985.140,00
164.308,07
834.569,95
88.329,24
22.705,08
21.715,50
117.754,00
85.283,60
7.530,00
0,00
0,00
2.660.766,24
Orçamentária
34.348,00
98.057,29
438.739,97
558.318,91
492.796,51
313.079,99
360.543,88
370.434,88
396.583,94
273.215,68
160.724,69
2.130.831,54
5.627.675,28
Total
367.778,80
1.083.197,29
603.048,04
1.392.888,86
581.125,75
335.785,07
382.259,38
488.188,88
481.867,54
280.745,68
160.724,69
2.130.831,54
8.288.441,52
Fonte: SOALM/IEC/SVS/MS
172
INSTITUTO EVANDRO CHAGAS
Relatório de Gestão/2011
b.6.1.1.2 Registros no SICAF de fornecedores inadimplentes
Efetuados em torno de 18 registros no Sistema de Cadastro de Fornecedores por não
cumpriram com as entregas de materiais no prazo estabelecido em edital.
Tabela 105 Valores dos empenhos de fornecedores inadimplentes registrados no SICAF em 2010 e 2011
Empenhos inadimplentes registrados no SICAF
Extra-Orçamentário / 2010
Orçamentário / 2011
R$50.958,45
R$166.704,90
Fonte: SOALM/IEC/SVS/MS
b.6.1.1.3 Aquisições para o estoque do Almoxarifado
Foi adquirido para o estoque do Almoxarifado, R$ 299.404,14, em 2011, com vistas ao
atendimento interno do Instituto Evandro Chagas, sendo: R$ 213.312,03 orçamentário e R$
86.146,11 extra-orçamentário.
b.6.1.1.4 Movimentação orçamentária e extra-orçamentária
b.6.1.1.4.1 Relatório mensal de movimentação do Almoxarifado (RMA)
No RMA consolidamos as aquisições de materiais de consumo no exercício, assim
como as doações, pagamentos à fornecedores, transferência à SVS, CENP e atendimentos de
materiais de estocados no Almoxarifado.
O IEC adquiriu R$ 8.253.316,14, sendo R$ 5.558.985,49 despesa orçamentária, R$
2.677.123,37 despesa extra-orçamentária. Remanescente do exercício de 2010, R$ 432.457,69 e
encerramos o exercício de 2011 com R$ 415.250,41.
Tabela 106 Movimentação anual do almoxarifado do IEC em 2011
(continua)
Código
Títulos
11.318.01.00
Saldo
Entradas
Anterior
Orçam
Saídas
Saldo atual
Ext. Orçam
01
Combustíveis e Lub. Automotivos
0,00
70.225,01
0,00
70.225,01
0,00
02
Combustíveis e Lub. de Aviaçâo
0,00
0,00
0,00
0,00
0,00
03
Combust. e Lub. p/ Outras Finalidades
0,00
0,00
0,00
0,00
0,00
04
Gás e outros Materiais Engarrafados
0,00
330.092,59
12.457,00
337.943,09
4.606,50
05
Explosivos e Muniçôes
0,00
0,00
0,00
0,00
0,00
06
Alimentos Para Animais
0,00
150.088,20
0,00
150.088,20
0,00
07
Gêneros de Alimentação
401,65
33.968,44
9.439,20
33.378,82
10.430,47
08
Animais Para Pesquisa e Abate
0,00
7.600,00
0,00
7.600,00
0,00
09
Material Farmacológico
0,00
3.209,00
0,00
3.209,00
0,00
10
Material Odontológico
0,00
8.934,83
0,00
8.934,83
0,00
11
Material Químico
25.765,27
3.423.816,12
1.698.394,90
5.101.851,75
46.124,54
12
Mat. de Coudel. ou de uso Zootécnico
0,00
0,00
0,00
0,00
0,00
13
Material de Caça e Pesca
0,00
0,00
0,00
0,00
0,00
14
Material Educativo e Esportivo
0,00
0,00
0,00
0,00
0,00
15
Material P/ Festivid. e Homenagens.
0,00
0,00
400,00
400,00
0,00
16
Material de Expediente
101.512,25
56.442,67
7.425,00
74.758,50
90.621,42
17
Material de Proc. de Dados
0,00
35.158,17
166,00
35.324,17
0,00
18
Mat. e Medicamentos p/ Uso Veterinário
0,00
23.610,00
5.500,00
29.110,00
0,00
173
INSTITUTO EVANDRO CHAGAS
Relatório de Gestão/2011
Tabela 106 Movimentação anual do almoxarifado do IEC em 2011
(conclusão)
19
Mat. de Acondicionam. e Embalagem
9.321,89
27.331,99
12.429,90
30.245,55
20
Material de Cama, Mesa e Banho
1.062,22
3.900,00
0,00
4.212,79
749,43
21
Material de Copa e Cozinha
30.481,16
14.163,98
7.720,00
17.379,67
34.985,47
22
Mat. de Limp. e Prod. de Higienização
97.350,25
17.642,50
8.639,00
65.736,62
57.895,13
23
Uniformes, Tecidos e Aviamentos
33.862,90
14.676,10
2.624,00
30.982,70
20.180,30
24
Material p/ Manut. de Bens Imóveis
0,00
82.625,55
6.656,05
89.281,60
0,00
25
Material p/ Manut. de Bens Móveis
520,00
11.566,17
2.220,00
13.851,17
455,00
26
Material Elétrico e Eletrônico
54,93
107.389,19
0,00
107.444,12
0,00
27
Mat. de Manobra e Patrulhamento
0,00
0,00
0,00
0,00
0,00
28
Mater. de Proteção e Segurança
2.302,99
17.999,55
312,50
17.672,88
2.942,16
29
Mat. p/ Áudio, Vídeo e Foto
0,00
412,00
0,00
412,00
0,00
30
Material p/ Comunicações
0,00
0,00
0,00
0,00
0,00
31
Sementes, Mudas de Plantas e Insumos
0,00
23.555,00
0,00
23.555,00
0,00
32
Suprimento de Avião
0,00
0,00
0,00
0,00
0,00
33
Material p/ Produção Industrial
0,00
0,00
0,00
0,00
0,00
34
Sobres. de Maq. e Mot. Nav. e Embarc.
0,00
0,00
0,00
0,00
0,00
35
Material Laboratorial
36.405,68
901.951,62
535.840,04
1.418.235,91
55.961,43
36
Material Hospitalar
93.416,50
104.985,54
366.899,78
493.841,49
71.460,33
37
Sobressalentes e Armamento
0,00
0,00
0,00
0,00
0,00
38
Suprimento de Proteção de Vôo
0,00
0,00
0,00
0,00
0,00
39
Material p/ Manutenção de Veículos
0,00
66.382,28
0,00
66.382,28
0,00
40
Material Biológico
0,00
0,00
0,00
0,00
0,00
41
Material p/ Utilização em Gráfica
0,00
0,00
0,00
0,00
0,00
42
Ferramentas
0,00
0,00
0,00
0,00
0,00
43
Mat. p/ Reabilitação Profissional
0,00
0,00
0,00
0,00
0,00
44
Mat. de Sinalização Visual e Outros
0,00
7.519,00
0,00
7.519,00
0,00
46
Livros Didáticos
0,00
9.939,99
0,00
9.939,99
0,00
47
Aquisição de Softwares de Base
0,00
0,00
0,00
0,00
0,00
92
Bens Móveis em Almoxarifado
0,00
3.800,00
0,00
3.800,00
0,00
99
Outros Materiais de Consumo
0,00
0,00
0,00
0,00
Total
432.457,69
5.558.985,49
2.677.123,37
8.253.316,14
18.838,23
0,00
415.250,41
Fonte: SOALM/IEC/SVS/MS
b.6.1.1.4.2 Aquisições ao MS/SVS/CGLAB
Foram adquiridos diversos materiais ao Ministério da Saúde / CGLAB, os quais foram
distribuídos em diversos estados brasileiros.
Aquisições extra-orçamentária
Tabela 107 Aquisições extra-orçamentárias realizadas pelo IEC em 2011
Empenho
2010900738
2010900738
2010901256
2010901718
2010901256
2010901257
Fornecedor
Saldanha Rodrigues Ltda
Saldanha Rodrigues Ltda
Cetepa Comercio e Serviço Ltda
Medivax Indústria e Comercio Ltda
Cetepa Comercio e Serv. Saúde.
Goes Goes Distribuidora Ltda
Total
Valor
10.679,50
321.857,50
23.617,44
709.500,00
1.260,00
1.720,00
1.068.634,44
Fonte: SOALM/IEC/SVS/MS
174
INSTITUTO EVANDRO CHAGAS
Relatório de Gestão/2011
Aquisição Orçamentária
Tabela 108 Aquisições Orçamentárias realziadas pelo IEC em 2011
Empenho
Fornecedor
2011800643
Leonor Comercial Ltda
2011800645
Ge Healthcare/Life Sciences Brasil
2011800647
Multimarcas Comercial Ltda
2011800652
Aolab Equip. P/ Laboratorio Ltda
2011800653
Neobio Com Prod. P/ Laboratorio
2011800655
Belemlab Comercial Ltda
2011800658
Ludwig Biotecnologia Ltda
2010901718
Medivax Ind. e Com. Ltda
2011800644
Orbital Produtos Ltda
2011800656
Diprod Dist. de Prod. e Com. Ltda
2010901256
Cetepa Com Serviço Prod. P/ Saude
2011800649
Sanbio Cientifica Ltda
2011800656
Diprod Dist. Prod. e Comercio Ltda
2011800657
Sarstedt Ltda
2011800646
Instrumentos Cirurg Priscilla Ltda
2011800652
Aolab Equipamentos Laborat Ldta
2011801291
Specialab Prod Laboratorio Ltda
2011800656
Diprod Dist. Produtos e Com Ltda
2011800654
Bioquest Com. Equip. P/ Lab. Ltda
2011800650
Guilherme Caldeira Stefanovicz
2011800648
Crq Produtos Quimicos Ltda - Epp
Valor
Total
890,00
833,00
1.687,00
6.105,84
1.129,00
177,08
757,00
19.450,00
2.400,00
31.500,00
600,00
1.310,00
10.500,00
816,10
7.564,99
6.106,16
6.005,02
800,00
3.308,32
3.149,32
1.397,27
106.486,10
Fonte: SOALM/IEC/SVS/MS
Aquisições Suprimento de Fundos
Foram adquiridos através de suprimento de fundos, R$ 94.568,98, com registro contábil
no RMA, entretanto, sem registro no SISMAT (Tabela 109).
Tabela 109 Suprimentos de fundos situação em 31.12.2011
Mês
Janeiro
Fevereiro
Março
Valor
0,00
1.381,71
10.172,01
Abril
7.161,47
Maio
11.039,13
Junho
12.581,42
Julho
8.838,17
Agosto
6.422,52
Setembro
8.585,21
Outubro
6.164,67
Novembro
7.066,10
Dezembro
15.156,60
Total
Fonte: SOALM/IEC/SVS/MS
94.568,98
175
INSTITUTO EVANDRO CHAGAS
Relatório de Gestão/2011
b.6.1.1.4.3 Saídas de Consumo
Na tabela 110 e figura 40, relacionamos o consolidado anual em 2011, do consumo por Seção, Serviço
e/ou Setor, de acordo com o SISMAT Sistema de controle de materiais de consumo.
Tabela 110 - Consolidado anual do consumo por Seção, Serviço e/ou Setor, de acordo com o SISMAT
controle de materiais de consumo Situação em 31.12.2011
Descrição da Despesa/Setor
Consumo ADCA
Consumo Assessoria de Comunicações
Consumo Assessoria de Planejamento
Consumo Setor de Atendimento Unificado
Consumo Biblioteca
Consumo Curso De Laboratório
Consumo Diretoria
Consumo Laboratório de Geoprocessamento
Consumo Programa de Iniciação Científica
Consumo Programa de Malária
Consumo Secretaria de Apoio Científico
Consumo Seção de Patologia
Consumo Seção de Arbovirologia e Febres Hemorrágicas
Consumo Seção de Bacteriologia e Micologia
Consumo Seção de Criação e Produção de Animais em Laboratório
Consumo Serviço de Epidemiologia
Consumo Seção de Hepatologia / Laboratório de Microscopia Eletrônica
Consumo Seção de Meio Ambiente
Consumo Seção de Parasitologia
Consumo Seção de Virologia
Consumo Serviço de Recursos Humanos
Consumo Serviço de Administração
Consumo Seção Orçamentária e Financeira
Consumo Setor de Almoxarifado
Consumo Setor de Compras
Consumo Setor de Informática
Consumo Setor de Manutenção
Consumo Setor de Material e Patrimônio
Consumo Setor de Transportes
Consumo Setor de Protocolo
Total
Fonte: SOALM/IEC/SVS/MS
R$ 1.400.000,00
R$ 1.200.000,00
R$ 1.000.000,00
R$ 800.000,00
R$ 600.000,00
R$ 400.000,00
R$ 200.000,00
R$ 0,00
1
Sistema de
Valor
124,97
4.076,75
415,01
48.717,40
2.262,72
14.717,81
492.737,59
234,95
3.350,94
2.696,89
467,56
424.150,64
1.265.145,89
935.887,36
338.440,76
12.135,40
1.016.654,67
1.248.442,36
369.543,09
676.294,05
19.163,34
89.984,90
1.110,67
8.064,96
3.645,52
24.749,97
201.958,71
1.598,23
133.447,15
2.444,66
7.342.664,92
ADCA
ASCOM
ASPLAN
SOAMU
BIBLIOTECA
CTLAB
DIRETORIA
LABGEL
PIBIC
MALÁRIA
SEAC
SAPAT
SAARB
SABMI
SACPA
SEVEP
SAHEP/ SEMIE
SAMAM
SAPAR
SAVIR
SEARH
SEADM
SAOFI
SOALM
SECOM
SOINF
SOMAN
SOMAT
SOTRA
PROTOCOLO
Figura 40
Consolidado anual do consumo por Seção, Serviço e/ou Setor, de acordo com o SISMAT
Sistema de controle de materiais de consumo Situação em 31.12.2011
Fonte: SISMAT/IEC
176
INSTITUTO EVANDRO CHAGAS
Relatório de Gestão/2011
b.6.1.1.4.4 Contrato de fornecimento de gelo seco e gases industriais
O Instituto Evandro Chagas clebebrou ocontrato administrativo nº 03/2011 com a
empresa White Martins Gases Industriais do Norte S/A, especializada no fornecimento de gases
industriais, utilizado em pesquisas científicas, o qual está sendo cumprido de acordo com as
cláusulas contratuais (Tabela 111).
Tabela 111 Quantidades de material/gás consumidos pelo IEC em 2011, com seu custo
Material/gás
Quantidade
Gelo Seco
Oxigênio Gás cil pat
Oxigênio 4.0 Analítico, Cilindrico c/ 9m³
Nitrogênio Gás cil pat
Dióxido de Carbono Gás Cil Pat
Acetileno Carga A-40
Oxigeni Carga Tpg
Argônio 5.0 Analitico Cil T
Hélio 5.0 Analitico Cil T
Nitrogênio 5.0 Anal, Cilindrico com 9m³
Hidrogênio 5.0 Analítico Cil com 9m³
Nitrogênio Liquido
Valor
75 kg
07 m3
10 m3
09 kg
650 kg
04 m3
08 kg
349 m3
26 m3
162 m3
14 m3
41.600 m3
R$ 2.100,00
R$ 154,00
R$ 2.800,00
R$ 306,00
R$ 8.450,00
R$ 440,00
R$ 640,00
R$ 41.880,00
R$ 7.650,00
R$ 21.060,00
R$ 1.728,00
R$ 195.519,48
Total: R$ 283.639,48
Fonte: SISMAT/IEC
b.6.1.1.4.5 Aquisições sustentáveis
No quadro 11 apresenta-se as questões sobre gestão ambiental e licitações sustentáveis
avaliadas pelo gestor.
(continua)
Aspectos sobre a gestão ambiental
Licitações Sustentáveis
1. A UJ tem incluído critérios de sustentabilidade ambiental em suas licitações que levem em
consideração os processos de extração ou fabricação, utilização e descarte dos produtos e matérias
primas.
Se houver concordância com a afirmação acima, quais critérios de sustentabilidade ambiental
foram aplicados?
Num percentual muito pequeno existe essa exigência, o ideal é atingir um grupo maior e quem sabe
até todos os produtos que são adquiridos na instituição.
2. Em uma análise das aquisições dos últimos cinco anos, os produtos atualmente adquiridos pela
unidade são produzidos com menor consumo de matéria-prima e maior quantidade de conteúdo
reciclável.
3. A aquisição de produtos pela unidade é feita dando-se preferência àqueles fabricados por fonte
não poluidora bem como por materiais que não prejudicam a natureza (ex. produtos de limpeza
biodegradáveis).
4. Nos procedimentos licitatórios realizados pela unidade, tem sido considerada a existência de
certificação ambiental por parte das empresas participantes e produtoras (ex: ISO), como critério
avaliativo ou mesmo condição na aquisição de produtos e serviços.
Se houver concordância com a afirmação acima, qual certificação ambiental tem sido
considerada nesses procedimentos?
Apenas alguns pesquisadores têm essa preocupação e o Almoxarifado não faz essa exigência para
todos os materiais. Precisamos mudar esse percentual.
Quadro 11
1
Avaliação
2
3
4
5
X
X
X
X
Avaliação do gestor sobre gestão ambiental e as licitações sustentáveis.
177
INSTITUTO EVANDRO CHAGAS
Relatório de Gestão/2011
Aspectos sobre a gestão ambiental
Licitações Sustentáveis
5. No último exercício, a unidade adquiriu bens/produtos que colaboram para o menor consumo de
energia e/ou água (ex: torneiras automáticas, lâmpadas econômicas).
Se houver concordância com a afirmação acima, qual o impacto da aquisição desses produtos
sobre o consumo de água e energia?
Todas as lâmpadas adquiridas possuem o selo de redução do consumo de energia.
6. No último exercício, a unidade adquiriu bens/produtos reciclados (ex: papel reciclado).
Se houver concordância com a afirmação acima, quais foram os produtos adquiridos?
Adquirimos papeis para impressão, totalmente reciclável, tipo A4, com certificação do Programa
Brasileiro de certificação florestal - CERFLOR, com 100% de florestas plantadas e renováveis.
7. No último exercício, a instituição adquiriu veículos automotores mais eficientes e menos
poluentes ou que utilizam combustíveis alternativos.
Se houver concordância com a afirmação acima, este critério específico utilizado foi incluído no
procedimento licitatório?
8. Existe uma preferência pela aquisição de bens/produtos passíveis de reutilização, reciclagem ou
reabastecimento (refil e/ou recarga).
Se houver concordância com a afirmação acima, como essa preferência tem sido manifestada
nos procedimentos licitatórios?
Implantamos saboneteiras para higienização das mãos nos laboratórios científicos e áreas
administrativas com substituição de refil, diminuindo a aquisição e o consumo de embalagens
plásticas.
9. Para a aquisição de bens/produtos é levada em conta os aspectos de durabilidade e qualidade de
tais bens/produtos.
10. Os projetos básicos ou executivos, na contratação de obras e serviços de engenharia, possuem
exigências que levem à economia da manutenção e operacionalização da edificação, à redução do
consumo de energia e água e à utilização de tecnologias e materiais que reduzam o impacto ambiental.
11. Na unidade ocorre separação dos resíduos recicláveis descartados, bem como sua destinação,
como referido no Decreto nº 5.940/2006.
12. Nos últimos exercícios, a UJ promoveu campanhas entre os servidores visando a diminuir o
consumo de água e energia elétrica.
Se houver concordância com a afirmação acima, como se procedeu a essa campanha (palestras,
folders, comunicações oficiais, etc.)?
Realizamos reunião para conscientização apenas em nosso setor.
13. Nos últimos exercícios, a UJ promoveu campanhas de conscientização da necessidade de proteção
do meio ambiente e preservação de recursos naturais voltadas para os seus servidores.
Se houver concordância com a afirmação acima, como se procedeu a essa campanha (palestras,
folders, comunicações oficiais, etc.)?
Realizamos palestras para todos os servidores, folders foram encaminhados a todas as seções,
serviços e setores internos e nas áreas externas da instituição e a aquisição de materiais que
contribuem com a redução dos impactos ambientais.
Considerações Gerais:
Questionário respondido individualmente pela chefia do Setor de Almoxarifado.
1
(conclusão)
Avaliação
2
3
4
5
X
X
X
X
X
X
X
X
Quadro 11 Avaliação do gestor sobre gestão ambiental e as licitações sustentáveis
Fonte: SOALM/IEC
Legenda
Níveis de Avaliação:
(1) Totalmente inválida: Significa que o fundamento descrito na afirmativa é integralmente não aplicado no contexto da
UJ.
(2) Parcialmente inválida: Significa que o fundamento descrito na afirmativa é parcialmente aplicado no contexto da UJ,
porém, em sua minoria.
(3) Neutra: Significa que não há como afirmar a proporção de aplicação do fundamento descrito na afirmativa no contexto
da UJ.
(4) Parcialmente válida: Significa que o fundamento descrito na afirmativa é parcialmente aplicado no contexto da UJ,
porém, em sua maioria.
(5) Totalmente válida: Significa que o fundamento descrito na afirmativa é integralmente aplicado no contexto da UJ.
178
INSTITUTO EVANDRO CHAGAS
Relatório de Gestão/2011
c) Programas de Governo sob a responsabilidade do Instituto
Evandro Chagas
I
Execução dos Programas de Governo sob a responsabilidade
do IEC
Em cumprimento as políticas públicas emanadas pelo Governo Federal, o IEC
executa uma ação do Programa 1201 Ciência, Tecnologia e Inovação no Complexo da Saúde
do Ministério da Saúde (Quadro 12).
Dados Gerais do Programa
Tipo de Programa
Objetivo Geral
Contribuição do Programa
para que o objetivo setorial
seja alcançado
Finalístico
Estabelecer uma estratégia nacional de desenvolvimento e
inovação para o complexo produtivo de bens e serviços de
saúde no país, por intermédio da interação entre saúde,
pesquisa, desenvolvimento tecnológico e inovação no
complexo de saúde, orientando, apoiando e realizando
investimentos para a produção científica e de insumos
estratégicos para saúde.
A ciência, tecnologia e inovação contribui na superação das
disparidades e dos problemas de saúde. A articulação entre
os sistemas de saúde e de CT&I norteada por prioridades é
condição indispensável para que ocorra a efetiva aplicação
de novos conhecimentos e tecnologias na solução de
problemas de saúde.
Dados Gerais do Programa
Tipo de Programa
Finalístico
Gerente do Programa
Reinaldo Guimarães
Responsável pelo programa no
âmbito da UJ
Não se aplica
Indicadores ou parâmetros
utilizados
Público-alvo (beneficiários)
1) Número de Insumos e Produtos de saúde Desenvolvidos pela
FIOCRUZ
2) Número de Patentes Depositadas
3) Número de Métodos e Processos em Saúde Pública
Desenvolvidos pela FIOCRUZ
4) Taxa de Pesquisas Publicadas em Revistas de Relevante
Importância para a Comunidade Científica
5) Número de Pesquisas Realizadas na Região Sul
6) Número de Pesquisas Realizadas na Região Nordeste
7) Número de Pesquisas Realizadas na Região Norte
8) Número de Pesquisas Realizadas na Região Sudeste
Usuários do SUS; Gestores e instituições de Saúde do SUS;
Laboratórios Públicos de produção de Insumos da Saúde;
Instituições de Ensino e Pesquisa; Instituições do Complexo
Produtivo da Saúde.
Fonte: ASPLAN/IEC
Quadro 12 Dados do programa
179
INSTITUTO EVANDRO CHAGAS
Relatório de Gestão/2011
II Execução Física das Ações realizadas pelo IEC
O Instituto possui apenas a Ação 4386
Pesquisas e Inovações Tecnológicas em
Medicina Tropical e Meio Ambiente no IEC, dentro do Programa que é sua ação específica dentro
do PPA 2008-2011 (Quadro 13).
Dados da Ação
Tipo
Finalidade
Descrição
Finalística
Obter e difundir conhecimentos científicos e técnicos no âmbito da vigilância em saúde,
das ciências biológicas, do meio ambiente e da medicina tropical com atuação nacional e
com ênfase na Amazônia Legal
Desenvolvimento de pesquisas; elaboração de protocolos; viagens de campo para atender
surtos e obter material biológico para as pesquisas; treinamento de equipes de campo;
apresentação de trabalhos científicos em congressos; publicações de trabalhos científicos;
oficinas de trabalho para definição de linhas de pesquisa; realização de eventos técnicos;
contratação de consultores e pesquisadores; intercâmbio com universidades e outras
instituições de pesquisa nacional e internacional; aquisição de insumos e material
permanente; transporte de material e carga.
Unidade responsável
Secretaria de Vigilância em Saúde SVS/MS
pelas decisões
estratégicas
Coordenador Nacional da
Elisabeth Conceição de Oliveira Santos
ação
Áreas da UJ responsáveis
por gerenciamento ou
Seções técnico-científicas
execução da ação
Unidade executora
Instituto Evandro Chagas- IEC
Quadro 13 Dados da Ação
Fonte: ASPLAN/IEC
O Instituto no decorrer deste ano realizou 201 pesquisas nas diferentes áreas de sua
abrangência, das quais 25 iniciaram neste exercício e 176 prosseguiram de exercícios anteriores,
conforme tabela 112.
Tabela 112
Quantitativo de pesquisas realizadas no IEC, incluindo as mantidas de anos anteriores e as iniciadas em
2011
Seção
Mantidas
Iniciadas
Total / Seção
Arbovirologia
43
6
49
Bacteriologia
23
9
32
Biotério
12
12
Epidemiologia
1
1
Hepatologia
3
2
5
Meio ambiente
17
3
20
Patologia
1
1
Parasitologia
49
49
Virologia
28
4
32
Total geral
176
25
201
Fonte: ASPLAN/SEADM/IEC.
Nota: - = Não realizado.
A relação das pesquisas em andamento neste exercício no Instituto, distribuídos por
Seção Técnico-científica, encontra-se discriminada no anexo C.
Na execução da Ação 4386
Pesquisas e Inovações Tecnológicas em Medicina
Tropical e Meio Ambiente no IEC, dentro do Programa 1201 Ciência, Tecnologia e Inovação no
Complexo da Saúde do Ministério da Saúde, de acordo com a Lei Orçamentária Anual de 2011
o Instituto Evandro Chagas obtém e difunde conhecimentos científicos e técnicos no âmbito da
vigilância em saúde, das ciências biológicas, do meio ambiente e da medicina tropical com atuação
180
INSTITUTO EVANDRO CHAGAS
Relatório de Gestão/2011
nacional e com ênfase na Amazônia Legal às instituições de pesquisa, ensino e saúde, que direta ou
indiretamente se utilizam dos resultados de estudos de pesquisa publicados pelo IEC, tanto para
tomada de decisões e implementação de políticas públicas, quanto para a comunidade acadêmica,
no que se refere à produção do conhecimento, beneficiando a população em geral em relação às
medidas de promoção de saúde, principalmente, na prevenção e controle de doenças.
As metas físicas e financeiras da Ação, registradas no Sistema PLAMSUS do
Ministério do Planejamento e Orçamento, para este ano, encontram-se demonstradas na tabela
113
Tabela 113 Meta prevista e realizada referente à ação especifica do IEC em 2011
Meta Prevista
Meta Realizada
Física
Financeira
Física
Financeira
Realizar 100 pesquisas
R$ 34.600.000,00
201 pesquisas realizadas
R$ 41.775.882,40
Fonte: SAOFI/SEADM/IEC
Conforme se verifica na tabela 113 a meta foi cumprida com êxito, registrando um
acréscimo de mais de 100% nas pesquisas, apesar do reduzido quadro de pessoal. Ressalta-se
que o atingimento dessa meta só foi alcançado em decorrência da contratação de bolsistas e
técnicos que se somaram aos pesquisadores do quadro.
d) Desempenho Orçamentário/Financeiro
I - Programação Orçamentária das Despesas
A programação orçamentária do IEC é realizada pela Secretaria de Vigilância em Saúde,
órgão ao qual está subordinado, em conjunto com o Fundo Nacional de Saúde, Unidade
Orçamentária (Tabela 114).
Tabela 114 Identificação da unidade orçamentária
Denominação das Unidades Orçamentárias
Fundo Nacional de Saúde
Fonte: SAOFI/SEADM/IEC.
Código da UO
257001
Código SIAFI da
UGO
257001
Programação de Despesas Correntes
Tabela 115 Programação de despesas correntes
1
Origem dos Créditos Orçamentários
CRÉDITOS
LOA
Dotação proposta pela UO
PLOA
LOA
Suplementares
Abertos
Especiais
Reabertos
Abertos
Extraordinários
Reabertos
Créditos Cancelados
Outras Operações
Total
Grupos de Despesas Correntes
Pessoal e Encargos
2 Juros e Encargos da
Sociais
Dívida
3- Outras Despesas Correntes
Exercícios
Exercícios
Exercícios
2011
2010
2010
2011
2011
2010
4.985,41
24.688,48
29.236.731,43
13.306.554,10
22.416.042,31
6.580.929,39
4.985,41
24.688,48
29.236.731,43
42.303.525,80
-
Fonte: SAOFI/SEADM/IEC.
181
INSTITUTO EVANDRO CHAGAS
Relatório de Gestão/2011
Programação de Despesas de Capital
Tabela 116 Programação das despesas de capital
Grupos de Despesa de Capital
4
Origem dos Créditos
Orçamentários
Investimentos
CRÉDITOS
LOA
Exercícios
5 Inversões
Financeiras
6- Amortização
da Dívida
Exercícios
2010
2011
Exercícios
2010
2011
2010
2011
Dotação proposta pela UO
7.121.269,17
12.534.165,56
-
-
-
-
PLOA
LOA
Suplementares
9.341.395,05
-
-
-
-
-
-
16.462.664,22
12.534.165,56
-
-
-
-
Abertos
Reabertos
Extraordinári Abertos
os
Reabertos
Créditos Cancelados
Outras Operações
Especiais
Total
Fonte: SAOFI/SEADM/IEC
Resumo da Programação de Despesas
Tabela 117 Resumo da programação de despesas e da reserva de contingência
Despesas Correntes
Despesas de Capital
9 Reserva
de
Contingência
Exercícios
Exercícios
Exercícios
CRÉDITOS
LOA
Origem dos Créditos
Orçamentários
2010
2011
2009
2010
2009
2010
13.331.242,58
29.236.731,43
7.121.269,17
12.534.165,56
-
-
PLOA
-
-
-
-
-
-
LOA
-
-
-
-
-
-
Suplementares
-
-
-
-
-
-
Abertos
-
-
-
-
-
-
Reabertos
-
-
-
-
-
-
Abertos
-
-
-
-
-
-
Reabertos
-
-
-
-
-
-
-
-
-
-
-
-
-
-
-
-
-
-
13.331.242,58
29.236.731,43
7.121.269,17
12.534.165,56
-
-
Dotação proposta pela UO
Especiais
Extraordinários
Créditos Cancelados
Outras Operações
Total
Fonte: SAOFI/SEADM/IEC
182
INSTITUTO EVANDRO CHAGAS
Relatório de Gestão/2011
Movimentação Orçamentária por Grupo de Despesa
Tabela 118 Movimentação orçamentária por grupo de despesa
Natureza da Movimentação de
Crédito
Movimentação
Interna
Movimentação
Externa
Concedidos
Recebidos
Concedidos
Recebidos
Natureza da Movimentação de
Crédito
Movimentação
Interna
Movimentação
Externa
Concedidos
Recebidos
Concedidos
Recebidos
UG
concedente ou
recebedora
257003
257005
UG
concedente ou
recebedora
257003
257005
257003
Classificação
da ação
Classificação
da ação
-
Despesas Correntes
2 Juros e
1 Pessoal e
3 Outras Despesas
Encargos da
Encargos Sociais
Correntes
Dívida
115.212,40
115.212,40
Despesas de Capital
5 Inversões
6 Amortização da
4 Investimentos
Financeiras
Dívida
104.727,33
104.727,33
104.727,33
-
Fonte: SAOFI/SEADM/IEC
Analisando a tabela 118 observamos movimentações de créditos orçamentários para
utilização em despesas correntes no valor de R$115.212,40 e em despesas de capital no valor de
R$104.727,33, as quais foram executadas no final do exercício em decorrência de solicitação feita
pela direção do Centro Nacional de Primatas CENP à direção do IEC visando suprir necessidades
daquele Centro. Tal solicitação, bem como a referida transferência de crédito orçamentário, se
justifica, pois conforme Portaria nº 1. 367, em seu Art. 1º, as atividades do CENP estão
subordinadas técnica e administrativamente ao IEC, ambos pertencentes à Secretaria de Vigilância
em Saúde do Ministério da Saúde.
II Execução Orçamentária das Despesas
Execução orçamentária de créditos originários do IEC
Tabela 119
Despesas por Modalidade de Contratação dos créditos originários do IEC
Despesa Liquidada
Despesa paga
Modalidade de Contratação
2010
2011
2010
2011
Modalidade de Licitação
Convite
32.994,80
178.547,70
32.994,80
178.547,70
Tomada de Preços
524.965,28
119.449,42
524.965,28
119.449,42
Concorrência
489.845,74
93.212,07
489.845,74
93.212,07
Pregão
34.056.864,12
31.730.495,26
34.016.795,18
31.730.495,26
Concurso
Consulta
Registro de Preços
1.263.657,80
1.263.657,80
Carona
Contratações Diretas
Dispensa
4.514.829,07
4.455.751,33
4.514.829,07
4.455.751,33
Inexigibilidade
609.534,92
3.056.966,17
609.534,92
3.056.966,17
Total Geral
41.124.208,88
40.798.079,75
41.084.239,94
40.798.079,75
Regime de Execução Especial
Suprimento de Fundos
197.998,78
195.774,57
126.067,46
124.205,31
Pagamento de Pessoal
Auxílio Funeral
24.688,48
4.985,41
24.688,48
4.985,41
Diárias
1.093.218,40
381.692,10
1.093.218,40
381.692,10
Outros
Fonte: SAOFI/SEADM/IEC
183
INSTITUTO EVANDRO CHAGAS
Relatório de Gestão/2011
Despesas Correntes por Grupo e Elemento de Despesa
Tabela 120
Grupos de
Despesa
1 Despesas
de Pessoal
1º elemento
de despesa
2º elemento
de despesa
3º elemento
de despesa
Demais
elementos do
grupo
2 Juros e
Encargos da
Dívida
1º elemento
de despesa
2º elemento
de despesa
3º elemento
de despesa
Demais
elementos do
grupo
3 Outras
Despesas
Correntes
1º elemento
de despesa
2º elemento
de despesa
3º elemento
de despesa
Demais
elementos do
grupo
Despesas Correntes por Grupo e Elemento de Despesa dos créditos originários pelo IEC em 2011
Despesa Empenhada
Despesa Liquidada
RP não processados
Valores Pagos
2011
2010
2011
2010
2011
2010
2011
2010
-
24.688,48
-
24.688,48
-
-
-
24.688,48
-
-
-
-
-
-
-
-
-
-
-
-
-
-
-
-
-
-
-
-
-
-
-
-
-
-
-
-
-
-
-
-
-
-
-
-
-
-
-
-
-
-
-
-
-
-
-
-
-
-
-
-
-
-
-
-
29.236.731,43
25.865.550,06
22.835.862,04
25.865.550,06
6.400.869,39
0,00
22.835.862,04
25.865.550,06
-
-
-
-
-
-
-
-
-
-
-
-
-
-
-
-
-
-
-
-
-
-
-
-
Fonte: SAOFI/SEADM/IEC
Despesas de Capital por Grupo e Elemento de Despesa
Tabela 121
Despesas de Capital por Grupo e Elemento de Despesa dos créditos originários do IEC em 2011
Despesa Empenhada
2011
2010
Grupos de Despesa
4 Investimentos
1º elemento de despesa
2º elemento de despesa
3º elemento de despesa
Demais elementos do grupo
5 Inversões Financeiras
1º elemento de despesa
2º elemento de despesa
3º elemento de despesa
Demais elementos do grupo
6 Amortização da Dívida
1º elemento de despesa
2º elemento de despesa
3º elemento de despesa
Demais elementos do grupo
Despesa Liquidada
2011
2010
12.534.165,56 16.462.664,22 5.265.680,02
-
-
RP não processados
2011
2010
-
5.504.786,75
-
7.268.485,54
-
Valores Pagos
2011
2010
5.265.680,02
-
-
-
-
-
-
-
-
-
-
-
-
-
-
-
-
-
-
Fonte: SAOFI/SEADM/IEC
Análise é dividir em partes alguma coisa, visando conhecer como esta se comporta em
seu universo próprio; também, abrange a idéia de observar as correlações pertinentes das parcelas
como um todo, visando a um sentido de exame buscando obter julgamento. Necessário, pois, é a
escolha de um método de qualidade, quando o que se visa é o conhecimento da realidade, esta que é
o apanágio do mundo científico.
184
INSTITUTO EVANDRO CHAGAS
Relatório de Gestão/2011
A tabela 119 refere-se à análise pertinente as Despesas por Modalidade de Contratação
Crédito Originário da Unidade Jurisdicionada, distribuído nas Modalidades: Convite, Tomada de
Preço, Concorrência, Pregão; e nas Modalidades Diretas Dispensa e Inexigibilidade, dentre outros
itens da tabela. Adotando-se uma análise vertical, relativa aos itens, da Modalidade de contratação
das licitações, o Instituto Evandro Chagas
IEC apresentou no ano de 2010 o valor de
R$41.124.208,88 e em 2011 de R$ 40.798.079,75. Analisamos que dentre todas as modalidades de
licitação, podemos destacar a do tipo Pregão , que se apresentou durante os dois anos analisados
uma elevação dos valores destinados a essa modalidade, o que representa uma tendência positiva
para os próximos exercícios, também podemos destacar a modalidade do tipo Dispensa que vem
decaindo ao logo dos anos analisados, apresentando uma tendência, mesma que discreta mais
positiva para instituição, uma vez que a administração vem controlando esse tipo de modalidade; o
que é pertinente e salutar, uma vez, que o governo federal, implantou esta modalidade com o
objetivo de dar mais transparência aos gastos das Instituições Públicas. O Instituto vem cumprido
com as determinações emanadas pelo governo, com o propósito de dar clareza aos gastos públicos,
cumprindo com eficiência e eficácia as metas traçadas por esta administração.
No Regime de Execução Especial, na Modalidade Suprimento de Fundos, realizamos
uma análise horizontal entre os anos de 2010 e 2011. Foi constatado que houve uma ligeira queda
dos valores em termos absolutos em 2011, em torno de 2%, o que representa para Instituição o
controle na aplicação desses recursos. É bom salientar que os recursos destinados para aplicação de
Suprimentos é considerável, porém se justifica pela preocupação da administração com as doenças
tropicais, direcionando maiores recursos para pesquisa e enviando mais equipes de trabalhos para as
regiões mais atingidas por certas doenças. As devoluções dos recursos não aplicados no ano de
2010 assim como em 2011 ficaram em torno de 36,66%, o que representa um aumento
considerável, que é justificado pelo maior número de pessoas que se utilizaram dos recursos para
custear as viagens em missão de pesquisa, e outros servidores que se utilizam para custear despesas,
que pela urgência e necessidade não possam subordinar-se ao processo normal de licitação. Em
2008 com a implantação do Cartão Corporativo pelo Governo Federal a Instituição passou a utilizar
também este recurso para as despesas com suprimentos de fundos. Em 2011 foi concedido para
aplicação de Suprimento de Fundos o montante de R$137.774,57 deste valor R$ 58.000,00 foi
concedido através do Cartão Corporativo, o que corresponde 33,97%, e os recursos efetivamente
utilizados nesta modalidade foram de R$ 17.774,57, o que equivale em termos percentuais 30,65%.
O que mostra uma tendência evolutiva na utilização dessa modalidade. A Instituição tem como
meta em 2012, atingir um percentual mais expressivo na utilização do cartão, uma vez, que os
supridos já estão capacitados para gerir as despesas através desse mecanismo. Vale ressaltar que as
viagens destinadas às pesquisas envolvem um contingente de pessoal bastante expressivo e se
deslocam para localidades que não tem estabelecimento comercial que aceite o cartão do governo
federal, por este motivo se faz necessário a destinação desses recursos fora do cartão.
As devoluções dos recursos recebidos, não refletem má utilização dos recursos e sim
uma maior transparência e fiscalização dos gastos.
O julgamento global sobre a situação dos recursos financeiros destinados para custear as
diárias dos servidores da Instituição e outros, através dos elementos contábeis, depende do exame
da eficácia de todos os sistemas de funções dos setores direcionados diretamente a pesquisa ou não.
Em 2011 houve uma queda expressiva nos valores absolutos dos recursos destinados a
custear as diárias em decorrência do decreto nº 7.446 de 1º de abril de 2011, o qual estipulou limites
para empenho de despesa com diárias, passagens e locomoção. O limite para a Instituição ficou em
R$ 624.000,00, muito abaixo das necessidades reais. A direção encaminhou a Secretaria de
Vigilância em saúde um documento solicitando o aumento do limite estabelecido, com a
justificativa da real necessidade das viagens para pesquisas e capacitação do corpo técnico e
administrativo.
185
INSTITUTO EVANDRO CHAGAS
Relatório de Gestão/2011
Execução Orçamentária de Créditos Recebidos pelo IEC por Movimentação
Tabela 122 Despesas por Modalidade de Contratação dos créditos recebidos por movimentação
Despesa Liquidada
Modalidade de Contratação
Despesa paga
2011
2010
2011
2010
-
-
-
-
Convite
-
-
-
-
Tomada de Preços
-
-
-
-
Concorrência
-
-
-
-
Pregão
-
-
-
-
Concurso
-
-
-
-
Consulta
-
-
-
-
Licitação
Contratações Diretas
-
-
-
-
Dispensa
-
-
-
-
Inexigibilidade
-
-
-
-
-
-
-
-
-
-
-
-
-
-
-
-
Regime de Execução Especial
Suprimento de Fundos
Pagamento de Pessoal
Pagamento em Folha
Diárias
Outras
4.985,41
8.977,20
4.985,41
8.977,20
695.032,34
1.093.218,40
695.032,34
1.093.218,40
-
-
-
-
Fonte: SAOFI/SEADM/IEC
Tabela 123 Despesas Correntes por Grupo e Elemento de Despesa dos créditos recebidos por movimentação
Despesa Empenhada
Despesa Liquidada
RP não processados
Valores Pagos
Grupos de Despesa
2011
1
2010
2011
2010
2011
2010
-
-
2011
2010
Despesas de Pessoal
1º elemento de despesa
4.985,41
24.688,48
4.985,41
24.688,48
4.985,41
24.688,48
2º elemento de despesa
-
-
-
-
-
-
-
-
3º elemento de despesa
-
-
-
-
-
-
-
-
Demais elementos do
grupo
-
-
-
-
-
-
-
-
2 Juros e Encargos da
Dívida
-
-
-
-
-
-
-
-
1º elemento de despesa
-
-
-
-
-
-
-
-
2º elemento de despesa
-
-
-
-
-
-
-
-
3º elemento de despesa
-
-
-
-
-
-
-
-
Demais elementos do
grupo
-
-
-
-
-
-
-
-
-
-
3- Outras Despesas
Correntes
-
-
-
-
1º elemento de despesa
29.236.731,43
25.865.550,06
22.835.862,04
25.865.550,06
-
2º elemento de despesa
-
-
-
-
-
-
-
-
3º elemento de despesa
-
-
-
-
-
-
-
-
Demais elementos do
grupo
-
-
-
-
-
-
-
-
6.400.869,39
0,00
22.835.862,04
0,00
Fonte: SAOFI/SEADM/IEC
186
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Relatório de Gestão/2011
Tabela 124 Despesas correntes por Grupo e elemento de Despesa, realizada pelo IEC em 2011
Grupos de Despesas
1- Despesas Correntes
Auxílio Funeral
Diárias - Pessoal Civil
Material de Consumo
Material de Consumo R.a Pagar
Pass.e Desp.com Locomoção
Outros Serv.terc.-Pessoa Física
Locação de Mão-de-Obra
Outros Serv.terc.-Pessoa Jurídica
Out.Serv.terc.-P. Jurídica-R.a Pagar
O.Trib.e Cont.OP.Intra Orçamentária
Idenizações e Restituições
Despesas de Exercícios anteriores
Material de Consumo -OP.Intre Orç.
Mat.Cons.-OP.Intre Orç.R.a Pagar
O.Serv.T.Pes.Jurid-OP.Intra-Orç.
O.Trib.e Cont.OP.Intra Orçamentária
Desp Exercícios anteriores Intra Orç.
Material de Consumo (0153000000)
Mat de Consumo (0153 R.a Pagar)
Out.Serv.terc.-P.Jurídica(0153000000)
Out.Serv.terc.-P.Juríd(0153 R.a Pagar)
Total
2010
24.688,48
1.093.218,40
6.122.026,16
2.750.715,87
576.846,95
596.419,83
5.135.749,07
8.502.677,73
1.334.125,72
266,12
10.459,25
47.643,56
4.565,22
81.285,62
29.569,12
3.867,11
-
Valores Pagos
%
2011
0,09
4.985,41
4,15
381.692,10
23,27 5.705.247,58
10,45 4.900.987,71
2,19
496.697,49
2,27
463.388,90
19,52 5.552.578,17
32,31 10.060.830,11
5,07 1.473.222,38
0,00
281,11
0,04
19.945,92
0,18
78.142,00
0,00
0,02
26.659,30
0,31
47.199,47
0,11
29.859,19
0,01
0,00
0,00
0,00
0,00
0,00
-
%
0,02
1,31
19,51
16,76
1,70
1,58
18,99
34,41
5,04
0,00
0,07
0,27
0,00
0,09
0,16
0,10
0,00
0,00
0,00
0,00
0,00
0,00
26.314.124,21 100,00 29.241.716,84 100,00
2011 - 2010
2011 - 2010
%
-19.703,07 -79,81
-711.526,30 -65,09
-416.778,58
-6,81
2.150.271,84
78,17
-80.149,46 -13,89
-133.030,93 -22,30
416.829,10
8,12
1.558.152,38
18,33
139.096,66
10,43
14,99
5,63
9.486,67
90,70
30.498,44
64,01
0,00
22.094,08 483,97
-34.086,15 -41,93
290,07
0,98
-3.867,11 -100,00
0,00
0,00
0,00
0,00
0,00
2.927.592,63
11,13
Fonte: SAOFI/SEADM/IEC
Análise das Despesas Correntes
O julgamento global sobre a situação da Instituição, através dos elementos contábeis,
depende do exame da eficácia de todos os sistemas de funções patrimoniais.
Foi adotado sistema de análise horizontal e vertical entre os anos 2010 e 2011, para as
despesas correntes, com o objetivo de mostrar ao público interessado a evolução ou não dos valores
no período de dois anos.
A nossa análise se deteve as despesas correntes que tiveram maior evolução ou
crescimento no decorrer do período relativo a dois anos (2010/2011). As despesas com Serviços de
Terceiros Pessoa Jurídica no ano de 2010 foram de R$9.836.803,45 o que corresponde 37,38% do
montante destinados as Despesas Correntes de R$26.314.124,21, em 2011 estes gastos foram de
R$11.534.052,49 o que corresponde 39,45% do montante de R$29.241.716,84, observa-se um
crescimento discreto no ano de 2011, o que é explicável pelo acordo entre a instituição e os
prestadores de serviços que através de um contrato fica estabelecido a repactuação dos valores para
menor ou maior dependendo da conjuntura, também se justifica pelo crescimento da estrutura física
e patrimonial da instituição, necessitando de maiores investimentos para manter a integridade dos
bens pertencentes a esta instituição. A instituição com o propósito de atender bem aos seus usuários
aloca um montante expressivo de seus recursos na compra de materiais, com a finalidade de
manutenção e funcionamento de seu parque cientifico e administrativo.
Analisando a natureza da despesa Material de Consumo (33390-30) nos anos 2010 e
2011, observou-se, também que os recursos financeiros destinados a essa modalidade de despesa
tiveram um crescimento discreto de 2,55% no ano de 2011 em relação ao ano de 2010,
perfeitamente justificável em virtude do crescimento da estrutura física e patrimonial do órgão.
No ano de 2011 o montante das despesas com Locação de mão-de-obra foi de
R$5.552.578,17 o que representa 18,99% dos recursos destinados a atender as despesas Correntes
187
INSTITUTO EVANDRO CHAGAS
Relatório de Gestão/2011
do exercício. Devemos salientar que a instituição ainda conta com os serviços terceirizados para
diversas áreas administrativas, a fim de dá prosseguimento as atividades inerentes ao órgão, sem
eles era impossível administrativamente atingir a metas as quais se propôs. Vale ressaltar que a
instituição realizou o concurso público para preencherem essas lacunas de pessoal nas áreas de
trabalho, que hoje e gerida pelos terceirizados; salientamos que a partir de dezembro/2011, os
aprovados no concurso começaram a ingressar na instituição em substituição aqueles, a
administração ressalta que todos os aprovados no concurso serão chamados no ano de 2012, para os
cargos o qual foram aprovados, ao atingir essa meta, consequentemente, haverá uma redução nos
recursos aplicados a locação de mão-de-obra.
De todas as contas o que mais preocupa a administração são aquelas que passam para o
exercício seguinte como Restos a Pagar, todos os exercícios analisados desde 2005 até 2011,
apresentaram valores expressivos em seu saldo. A explicação para tal problemática está na liberação
dos créditos orçamentários pelo Fundo Nacional de Saúde à Instituição, que só ocorre no final do
exercício, tal procedimento prejudica os estágios das despesas que não se completa, representadas
pelos empenhos não processados. No exercício de 2008, foram inscritos em restos a pagar não
processados do exercício 2007, o montante de R$22.279.373,71 (Vinte e dois milhões, duzentos e
setenta e novel mil, trezentos e setenta e três reais e setenta e um centavos), apenas 0,59 desse
montante foram cancelados, sendo pago 99,41%, em 2011 houve uma redução de 59,17% dos
Restos a pagar não processados em relação ao ano de 2010, esta redução mostra que a
administração vem planejando seus compromissos para que sejam pagos dentro do exercício que se
originaram, assim como o cumprimento da lei que determina que os valores inscritos em restos a
pagar sejam pagos dentro do exercício seguinte os quais foram inscritos. Espera-se, o mais breve
possível, que a liberação dos créditos ocorra de acordo com o que foi planejado pelas UGs, ou com
bastante antecedência para que se complete o ciclo da despesa que é: Empenho, Liquidação e
Pagamento.
Despesas de Capital por Grupo e Elemento de Despesa dos créditos recebidos por
movimentação
Tabela 125 - Despesas de Capital por Grupo e Elemento de Despesa dos créditos recebidos por movimentação
Grupos de Despesa
4 - Investimentos
1º elemento de despesa
2º elemento de despesa
3º elemento de despesa
Demais elementos do
grupo
5 - Inversões Financeiras
1º elemento de despesa
2º elemento de despesa
3º elemento de despesa
Demais elementos do
grupo
6 - Amortização da
Dívida
1º elemento de despesa
2º elemento de despesa
3º elemento de despesa
Demais elementos do
grupo
Despesa Empenhada
2011
2010
Despesa Liquidada
2011
2010
RP não processados
2011
2010
Valores Pagos
2011
2010
12.534.165,56
-
16.462.664,22
-
5.265.680,02
-
-
7.268.485,54
-
5.504.786,75
-
4.985,41
-
-
-
-
-
-
-
-
-
-
-
-
-
-
-
-
-
-
-
-
-
-
-
-
-
-
-
-
-
-
-
-
-
-
-
-
-
-
-
-
-
-
-
-
-
-
-
-
-
-
Fonte: SAOFI/SEADM/IEC
188
INSTITUTO EVANDRO CHAGAS
Relatório de Gestão/2011
Tabela 126 Despesas de Capital por Grupo e Elemento de Despesa, realizadas pelo IEC em 2011
Grupos de Despesas
Anos
1- Despesas de Capital
2009
Obras e intalações
1.669.337,93
10,19
199.401,22
1,21
477.479,87
3,79
278.078,65
Obras e intalações (R.a Pagar)
2.868.451,34
17,51
994.247,26
6,04
2.503.955,30
19,85
1.509.708,04
Equip. e Mat. Permanente
2.606.616,69
15,91
10.724.951,12
65,15
4.788.200,15
37,96
-5.936.750,97
Equip. e Mat.Permanente (R.a Pagar)
9.238.220,26
56,39
4.510.539,49
27,40
4.764.530,24
37,78
253.990,75
0,00
33.525,13
0,20
0,62
44.616,87
100,00
16.462.664,22
100,00
100,00
-3.850.356,66
Desp.exercício Anteriores Invest.
Total
16.382.626,22
%
2010
%
2011
12.534.165,56
%
2011-2010
Fonte: SAOFI/SEADM/IEC
Análise das Despesas de Capital
A análise dessas despesas (Obras e instalações e Equipamentos e Material Permanente), referentes aos recursos alocados, evidencia o quão
grande é a preocupação da Instituição em mostrar para o Brasil e porque não para o mundo a importância, a grandeza e os objetivos de todos que
trabalham nesta casa a preocupação com a saúde do povo dessas regiões e com a ciência.
Os investimentos relativos a estas despesas no ano de 2008 atingiram o montante de R$6.667.147,01(seis milhões, seiscentos e sessenta e
sete mil, cento e quarenta e sete reais e um centavo), em 2009 estas despesas tiveram um aumento para R$16.382.626,22(dezesseis milhões, trezentos e
oitenta e dois mil, seiscentos e vinte e seis reais e vinte e dois centavos), em 2010 estes recursos tiveram um aumento discreto e em 2011 as despesas
de capital tiveram uma redução significativa de R$3.850.356,66, a tendência desses investimentos é manter essa discreta elevação, atéque surjam novos
projetos de reestruturação do parque cientifico e administrativos. As despesas com Equipamentos e Materiais Permanentes, seguiram a mesma linha de
investimento em 2011, para alavancar as pesquisas nas áreas científicas, necessário se fez os investimentos em equipamentos de primeira linha e
tecnologia de ponta, com o propósito de justificar através da ciência a necessidade de aplicação desses recursos.
189
INSTITUTO EVANDRO CHAGAS
Relatório de Gestão/2011
Evolução de Gastos Gerais
Tabela 127
Evolução dos Gastos Gerais do IEC
Anos
Descrição
2009
%
2010
%
2011
%
2010
%
2011-2010
%
1. Passagens
352.532,82
38,02
576.846,95
47,22
496.697,49
86,11
576.846,95 163,63
-80.149,46
-13,89
2. Diarias e Ressarc. Desp.em Viagens
574.575,23
61,98
644.644,25
52,78
695.785,00 107,93
644.644,25 112,19
51.140,75
7,93
Total
927.108,05 100,00
1.221.491,20
100,00
1.221.491,20 131,75
-29.008,71
-2,37
%
1.192.482,49
97,63
3. SERVIÇOS TERCEIRIZADOS
2009
%
2010
3.1. Publicidade 339001/339101
66.558,70
0,64
67.829,12
2,33
3.2. Vigilância, Limpeza e Conservação
3.352.809,74
32,12
2.914.989,60
115,02
3.337.276,16 114,49
2.914.989,60
3.3. Tecnologia da Informação
1.488.225,26
14,26
1.648.743,32
90,26
4. Outras Terceirizações
5.530.855,32
52,99
6.853.934,41
10.438.449,02 100,00 11.485.496,45
Total
SUPRIMENTO DE FUNDOS
2009
5. Cartão de Pagamento do Gov.Federal
27.024,41
6.Suprimento de Fundos
97.767,03
Total
124.791,44
%
2011
%
%
86,94
422.286,56
14,49
1.748.875,26 106,07
1.648.743,32 110,79
100.131,94
6,07
80,70
5.833.121,25
85,11
6.853.934,41 123,92 -1.020.813,16
-14,89
90,88
10.936.499,67
95,22
2011
21,66
29.783,85
21,44
17.344,75
78,34
96.283,61
77,55
98,99
25,40
11.485.496,45 110,03
2010
58,24
106.860,56 110,99
124.205,31
67.829,12 101,91
2011-2010
-74,60
%
126.067,46
2010
-50.602,12
17.227,00
2010
100,00
%
98,52
29.783,85 110,21
96.283,61
126.067,46
-548.996,78
-4,78
2011-2010
%
-12.439,10
-41,76
98,48
10.576,95
10,99
101,02
-1.862,15
-1,48
Fonte: SAOFI/SEADM/IEC
190
INSTITUTO EVANDRO CHAGAS
Relatório de Gestão/2011
Execução Física e Financeira das ações realizadas pelo IEC
Tabela 128 Execução física e financeira das ações realizadas pelo IEC em 2011
Unidade Gestora
IEC
SVS
Descentralização Orçamentária
PTRES-5708
Outros PTRES
TOTAL
Fonte
15100000
15100000
Dotação Recebida do FNS
32.506.987,49
9.268.894,91
41.775.882,40
Total
32.506.987,49
9.268.894,91
41.775.882,40
Fonte: SAOFI/SEADM/IEC
O Fundo Nacional de Saúde (FNS) transferiu ao IEC, no PTRES 05708, o montante de
R$32.506.987,49 (Trinta e dois milhões, quinhentos e seis mil, novecentos e oitenta e sete reais e
quarenta e nove centavos), para investimento em Pesquisa e Inovações Tecnológicas em Medicina
Tropical e Meio Ambiente e R$ 9.268.894,91 (nove milhões, duzentos e sessentae oito mil,
oitocentos e noventa e quatro reais e noventa e um centavos), são investimentos em outros PTRES,
destinados a projetos específicos de caráter científico e educacional, voltados ao desenvolvimento
da ciência e da saúde de nossa região.
Fazendo uma análise horizontal dos investimentos entre o exercício de 2008, 2009,
2010, houve uma alavancada em termos de investimento destacando-se o ano de 2010 com a
descentralização de R$ 46.883.824,54(quarenta e seis milhões, oitocentos e oitenta e três mil,
oitocentos e vinte e quatro reais e cinqüenta e quatro centavos) vale ressaltar que em 2010 a SVS
descentralizou em outros PTRES recursos orçamentários para à Instituição com o objetivo desta
adquirir ativos permanentes e transferir a outros setores da saúde, isto fez o orçamento alavancar,
inclusive ultrapassar as descentralizações de 2011, que também utilizou-se de suas licitações para a
mesma finalidade, em menor valor comparado no ano de 2010. A Instituição considera essas
descentralizações como aspecto positivo para administração, porque determina a confiabilidade de
outros órgãos do governo nas licitações elaboradas pelo IEC, para a aquisição de bens e serviços.
Finalizando as análises dos demonstrativos financeiros devemos levar em consideração
que:
As funções patrimoniais são, em realidade, movimentos da riqueza. Como o movimento
que provoca mutações ou transformações sucessivas, o caso da aplicação de paradigmas
quantitativos em contabilidade deve ser observado com relatividade (isto enseja
produzir modelos sob vários ângulos de observação). Isso não implica desconsiderar a
eficácia, mas, apenas a entender como uma satisfação relativa da necessidade (porque o
suprimento das necessidades é ilimitado em relação ao tempo ou continuidade de vida de
um empreendimento).
As necessidades patrimoniais tendem ao infinito, ou ainda, renovam-se e de cada
satisfação pode defluir uma nova necessidade. Ou seja, em tese: Um modelo de Sistema
de funções patrimoniais, portanto, deve considerar as razões existentes entre a resultante
do mesmo e as necessidades conhecidas (para mensurar uma relação entre o efeito
funcional e a capacidade exercida perante a necessidade); deve também considerar a
correlação entre os meios e as necessidades patrimoniais. Pode-se, ainda,
alternativamente, estabelecer relações diretas entre a resultante e os meios (se esta for
uma opção metodológica), mas o objetivo tenderá sempre ao conhecimento do
comportamento da resultante perante os componentes do sistema.
191
INSTITUTO EVANDRO CHAGAS
Relatório de Gestão/2011
III Indicadores de desempenho Institucionais
Em 2011 o Ministério da Saúde implantou o 1º Ciclo de Avaliação de Desempenho e
foram definidos para o Instituto os seguintes indicadores de ação/indicadores de objetivos de
contribuição e as Metas Intermediárias de Desempenho do IEC, conforme tabela 129.
Tabela 129 Metas propostas e alcançadas no 1º Ciclo de avaliação de Desempenho
Meta
Proposto
Alcançado
Número de exames realizados
147.100
162.487
Número de pacientes investigados
16.528
26.703
Número de projetos em desenvolvimento
92
176
Número de artigos publicados
38
32
Fonte: SEARH/IEC
3 Informações sobre o reconhecimento de passivos por
insuficiência de créditos ou recursos
O Instituto não executou está atividade neste exercício, conforme Declaração contida no
anexo D.
4 Informações sobre a movimentação e os saldos de Restos a
Pagar de exercícios anteriores
Tabela 130 Situação dos Restos a Pagar de exercícios anteriores
Restos a Pagar Processados
Ano de Inscrição
Montante Inscrito
Cancelamentos
acumulados
Pagamentos
acumulados
Saldo a Pagar em
31/12/2010
2011
-
-
-
-
2010
-
-
-
-
2009
-
-
-
-
2008
50.000,00
43.075,00
6.925,00
-
Restos a Pagar não Processados
Ano de Inscrição
Montante Inscrito
Cancelamentos
acumulados
Pagamentos
acumulados
Saldo a Pagar em
31/12/2010
2011
9.594.193,56
404.299,53
0,00
9.189.894,03
2010
-
-
-
-
2009
-
-
-
-
2008
-
-
-
-
Observações: Este crédito remanescente de restos a pagar foi inscrito em obrigações com fornecedor e liquidado
conforme acima especificado.
Fonte: SAOFI/SEADM/IEC
192
INSTITUTO EVANDRO CHAGAS
Relatório de Gestão/2011
Tabela 131 Demonstrativo dos pagamentos de restos a pagar
Ano de Inscrição
2009
2008
2007
Restos a Pagar Processados
Inscritos
Cancelados
50.000,00
43.075,00
Restos a Pagar Não Processados
Ano de Inscrição
2011
2010
2009
2008
2007
Inscritos
9.594.193,56
16.213.821,38
9.009.774,68
22.279.373,71
6.671.457,93
Pagos
6.925,00
-
Cancelados
404.299,53
642.607,82
567.012,50
131.003,51
72.049,39
Pagos
9.189.894,03
15.571.213,56
8.442.762,18
22.148.370,20
6.549.408,54
A Pagar
A Pagar
50.000,00
Fonte: SAOFI/SEADM/IEC
No exercício de 2008, foram inscritos em restos a pagar não processados do exercício
2007, o montante de R$22.279.373,71 (Vinte e dois milhões, duzentos e setenta e novel mil,
trezentos e setenta e três reais e setenta e um centavos), apenas 0,59 desse montante foram
cancelados, sendo pago 99,41%, em 2011 houve uma redução de 59,17% dos restos a pagar não
processados em relação ao ano de 2010, esta redução mostra que a administração vem planejando
seus compromissos para que sejam pagos dentro do exercício que se originaram, assim como o
cumprimento da lei que determina que os valores inscritos em restos a pagar sejam pagos dentro do
exercício seguinte os quais foram inscritos. Espera-se, o mais breve possível, que a liberação dos
créditos ocorra de acordo com o que foi planejado pelas UG s, ou com bastante antecedência para
que se complete o ciclo da despesa que é: Empenho, Liquidação e Pagamento.
5 Informações sobre recursos humanos do IEC, contemplando
as seguintes perspectivas
5.1 Composição do quadro de servidores ativos
5.1.1 Demonstração da força de trabalho à disposição do IEC
Tabela 132
Força de trabalho do IEC situação apurada em 31 de dezembro de 2011
Tipologias dos Cargos
1
Provimento de cargo efetivo
Lotação
Autorizada
Efetiva
Ingressos
em 2011
Egressos
em 2011
-
-
-
-
1.1
Membros de poder e agentes políticos
-
-
-
-
1.2
Servidores de Carreira
-
-
-
-
1.2.1
Servidor de carreira vinculada ao órgão
-
288
71
6
1.2.2
Servidor de carreira em exercício descentralizado
-
-
-
-
1.2.3 Servidor de carreira em exercício provisório
-
-
-
-
1.2.4 Servidor requisitado de outros órgãos e esferas
-
-
-
-
2 Servidores com Contratos Temporários
-
-
-
-
3 Total de servidores (1+2)
-
288
71
6
Fonte: SEARH/IEC.
193
INSTITUTO EVANDRO CHAGAS
Relatório de Gestão/2011
Tabela 133 Quantitativo de servidores ativos do IEC em 2011, por cargo/nível
Quant.
Quant
1
Laboratorista
6
Analista em C & T
2
Motorista Oficial
1
Arquiteto
1
Técnico
Bibliotecário
1
Técnico de Pesq. Invest. Biomédica
1
Economista
1
Técnico em Cartografia
1
Enfermeiro
4
Técnico em Contabilidade
1
Médico
9
Técnico de Laboratório
2
Odontólogo
1
Visitador Sanitário
7
Pesquisador
12
Auxiliar de Enfermagem
8
Pesquisador em Saúde Pública
63
Auxiliar de Serv. Gerais
5
Tecnólogo
16
Guarda de Endemias
1
Nível Médio
Administrador
Subtotal
Nível Médio
Cargos
Agente Administrativo
8
Agente Portaria
2
Agente Saúde Pública
3
Artífice Especializado
1
Assistente de Administração
1
Assistente em C & T
41
Atendente
17
Auxiliar Administrativo
2
Auxiliar de Administração
2
Digitador
1
Ecônomo
1
Subtotal
79
54
Subtotal
111
Nível Auxiliar
Nível Superior
Cargos
87
Auxiliar de Serviços Gerais
1
Auxiliar em C&T
1
Auxiliar Técnico
14
Subtotal
16
Total geral
293
Fonte: SEARH/IEC.
Nota: Aposentados: 94;
Pensionistas: 30.
Tabela134
Número e percentual de servidores por tipo de carreiras existentes no IEC em 2011
Situação funcional
Quantidade
%
Servidores da Carreira de C&T
124
42,04
Servidores da Carreira de Pesquisa e Investigação Biomédica
168
56,95
Servidores da Carreira da Previdência, Saúde e Trabalho
1
0,33
Cargo Comissionado
2
0,68
295
100
Total
Fonte: SEARH/IEC.
194
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Relatório de Gestão/2011
5.1.2 Situações que reduzem a força de trabalho efetiva do IEC
Tabela 135 Situações que reduzem a força de trabalho efetiva do IEC- Situação apurada em 31/12/2011
Tipologias dos afastamentos
1. Cedidos (1.1+1.2+1.3)
1.1. Exercício de Cargo em Comissão
1.2. Exercício de Função de Confiança
1.3. Outras situações previstas em leis específicas (especificar as leis)
2. Afastamentos (2.1+2.2+2.3+2.4)
2.1. Para Exercício de Mandato Eletivo
2.2. Para Estudo ou Missão no Exterior
2.3. Para Serviço em Organismo Internacional
2.4. Para Participação em Programa de Pós-Gradução Stricto Sensu no País
3. Removidos (3.1+3.2+3.3+3.4+3.5)
3.1. De oficio, no interesse da Administração
3.2. A pedido, a critério da Administração
3.3. A pedido, independentemente do interesse da Administração para acompanhar
cônjuge/companheiro
3.4. A pedido, independentemente do interesse da Administração por Motivo de saúde
3.5. A pedido, independentemente do interesse da Administração por Processo seletivo
4. Licença remunerada (4.1+4.2)
4.1. Doença em pessoa da família
4.2. Capacitação
5. Licença não remunerada (5.1+5.2+5.3+5.4+5.5)
5.1. Afastamento do cônjuge ou companheiro
5.2. Serviço militar
5.3. Atividade política
5.4. Interesses particulares
5.5. Mandato classista
6. Outras situações (Especificar o ato normativo)
7. Total de servidores afastados em 31 de dezembro (1+2+3+4+5+6)
Fonte: SEARH/IEC/SVS/MS
Quantidade de
pessoas na
situação em 31
de dezembro
2
2*
3
1
8
5.1.2.1 Quantitativo de Pessoal Cedido
O IEC possui quatro servidores cedidos a outros órgãos, conforme descrito no quadro
14.
NOME
ÓRGÃO
DOCUMENTO LEGAL
Siape nº 0.500.649
Universidade Estadual do Pará - Portaria nº 526/07, publicada no
*Paulo
Humberto
Mendes
de UEPA
D.O.U, de 26.11.2007
Figueiredo
Siape nº 477.807
Secretaria Municipal de Saúde de Portaria nº 541/07,publicada no DOU
*Rosimar Soares Palheta
Altamira
de 28.11.07
Siape nº 477.496
SIPAM
Portaria nº 2.852/08, publicada no
*José Paulo Nascimento Cruz
DOU de 26.11.08
Siape nº 1.105.777
SIPAM
Portaria nº 3.671/10, publicada no
* Rose Mary Ferreira da Silva
D.O.U nº 26.11.2010
Quadro 14 Servidores do IEC cedidos a outros órgãos Situação em 31 de dezembro de 2011
Fonte: SERH/IEC.
Nota: * Ônus para o órgão cedente.
195
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Relatório de Gestão/2011
5.1.2.2 Movimentações
TIPO
SERVIDOR
VIGÊNCIA
ÓRGÃO
DOCUMENTO LEGAL
Remoção
Sônia Maria B. Prazeres
09.05.2011
SVS/CENP
Portaria IEC 45/2011
Remoção
Gilberto Alexandre Carlos de
Almeida
11.07.2011
SVS/CENP
Portaria IEC 64/2011
Remoção
Geraldo Mendes dos Santos
29.08.2011
SVS/CENP
Portaria IEC 69/2011
Redistribuição
Cláudia de Queiroz
Gonçalves e Matos
14.11.2011
MCT/INPA
Portaria
Interministerial
2.662/11 DOU 14.11.11
Blair
nº
Quadro 15 Servidores do IEC removidos e redistribuidos a outros órgãos Situação em 31 de dezembro de 2011.
Fonte: SERH/IEC.
5.1.3 Quantificação dos cargos em comissão e das funções gratificadas
do IEC
Tabela 136
Detalhamento da estrutura de cargos em comissão e funções gratificadas do IEC
31/12/2011
Situação apurada em
Ingressos
Egressos no
no
exercício
Autorizada Efetiva exercício
Lotação
Tipologias dos cargos em comissão e das funções gratificadas
-
-
-
-
1.1. Cargos Natureza Especial
-
-
-
-
1.2. Grupo Direção e Assessoramento superior
-
-
-
-
1.2.1. Servidores de carreira vinculada ao órgão
-
5
-
-
1.2.2. Servidores de carreira em exercício descentralizado
-
-
-
-
1.2.3. Servidores de outros órgãos e esferas
-
-
-
-
1.2.4. Sem vínculo
-
-
-
-
1.2.5. Aposentados
-
2
-
-
-
-
-
-
2.1. Servidores de carreira vinculada ao órgão
-
15
-
-
2.2. Servidores de carreira em exercício descentralizado
-
-
-
-
2.3. Servidores de outros órgãos e esferas
-
-
-
-
-
22
-
-
1. Cargos em comissão
2. Funções gratificadas
3. Total de servidores em cargo e em função (1 + 2)
Fonte: SEARH/IEC/SVS/MS
5.1.3.1 Distribuição dos Cargos Comissionados por Unidade
O IEC possui 22 cargos comissionados, sendo 13 ocupados pela área meio e 9 (nove)
pela área fim, distribuídos por unidade, conforme tabela 137.
196
INSTITUTO EVANDRO CHAGAS
Relatório de Gestão/2011
Tabela 137 Quantidade de cargos comissionados distribuídos por unidade, área meio/fim
Área meio
Unidade
Cargo
Código
Quant.
DAS 101.4
DAS 102.1
DAS 102.1
DAS 101.1
DAS 101.1
DAS 101.1
FG-1
FG-2
FG-2
FG-2
FG-2
FG-2
FG-2
Total área meio
DAS 101.1
FG-1
FG-1
FG-1
FG-1
FG-1
FG-1
FG-1
FG-1
Total área fim
Total geral
38.0062
38.0063
38.0064
38.0065
38.0070
38.0075
38.0066
38.0067
38.0068
38.0069
38.0071
38.0072
38.0073
Gabinete
Gabinete
Gabinete/Informática
Serviço de Administração
Serviço de Recursos Humanos
Serviço Técnico Científico/Biblioteca
Seção de Execução Orçamentária e Financeira
Setor de Almoxarifado
Setor de Compras
Setor de Material e Patrimônio
Setor de Desenvolvimento de RH
Setor de Cadastro
Setor de Pagamento
38.0074
38.0076
38.0077
38.0078
38.0079
38.0080
38.0081
38.0082
38.0083
Serviço de Epidemiologia
Seção de Arbovirologia e Febres Hemorrágicas
Seção de Bacteriologia
Seção de Hepatologia
Seção de Meio Ambiente
Seção de Parasitologia
Seção de Patologia
Seção de Virologia
Seção de Criação e Produção de Animais de Laboratório
1
1
1
1
1
1
1
1
1
1
1
1
1
13
1
1
1
1
1
1
1
1
1
9
22
Fonte: SERH/IEC.
5.1.4 Qualificação do quadro de pessoal do IEC, segundo a idade
Tabela 138 Quantidade de servidores do IEC por faixa etária situação apurada em 31 de dezembro de 2011
Faixa Etária (anos)
Tipologias do Cargo
Até 30
De 31 a 40
De 41 a 50
De 51 a 60
Acima de 60
-
-
-
-
-
1.1. Membros de poder e agentes políticos
-
-
-
-
-
1.2. Servidores de Carreira
8
45
76
129
35
1.3. Servidores com Contratos Temporários
-
-
-
-
-
2. Provimento de cargo em comissão
-
-
-
-
-
2.1. Cargos de Natureza Especial
-
-
-
-
-
2.2. Grupo Direção e Assessoramento Superior
-
-
-
-
2
2.3. Funções gratificadas
-
-
-
-
-
8
45
76
129
37
1. Provimento de cargo efetivo
3 Totais (1+2)
Fonte: SEARH/IEC.
197
INSTITUTO EVANDRO CHAGAS
Relatório de Gestão/2011
5.1.5 Qualificação do quadro de pessoal do IEC, segundo a
escolaridade
Tabela 139 Quantidade de servidores do IEC por nível de escolaridade situação apurada em 31.12.2011
Nível de Escolaridade
Tipologias do Cargo
1
2
3
4
5
6
7
1 Provimento de cargo efetivo
1.1 Membros de poder e agentes políticos
1.2 Servidores de Carreira
11 125 65
33
1.3 Servidores com Contratos Temporários
2 Provimento de cargo em comissão
2.1 Cargos de Natureza Especial
2.2 Grupo Direção e Assessoramento Superior
2
2.3 Funções gratificadas
3 Totais (1+2)
11 125 65
35
8
36
36
9
23
23
Fonte: SEARH/IEC
Nota: Nível de Escolaridade
1 - Analfabeto;
2 - Alfabetizado sem cursos regulares;
3 - Primeiro grau incompleto
4 - Primeiro grau;
5 - Segundo grau ou técnico;
6 - Superior
7 - Aperfeiçoamento / Especialização / Pós-Graduação
8 Mestrado
9 Doutorado/Pós doutorado/PhD/Livre Docência;
10 - Não Classificada.
5.2 Composição do Quadro de Servidores Inativos e Pensionistas
5.2.1 Classificação do quadro de servidores inativos do IEC segundo o
regime de proventos e de aposentadoria
Tabela 140 Composição do quadro de Servidores Inativos Situação apurada em 31/12/2011
Regime de proventos / Regime de aposentadoria
1.
Integral
1.1 Voluntária
1.2 Compulsória
1.3 Invalidez Permanente
1.4 Outras
2. Proporcional
2.1 Voluntária
2.2 Compulsória
2.3 Invalidez Permanente
2.4 Outras
3. Totais (1+2)
Quantidade
De Servidores Aposentados De Aposentadorias iniciadas
até 31/12
no exercício de referência
5
72
2
5
6
1
7
93
5
Fonte: SEARH/IEC.
5.2.2 Demonstração das origens das pensões pagas pelo IEC
Tabela 141 Composição do Quadro de Instituidores de Pensão Situação apurada em 31/12/2011
Quantidade de Beneficiários de Pensão
Regime de proventos do servidor instituidor
1.
Aposentado
1.1. Integral
1.2. Proporcional
-2. Em Atividade
3. Total (1+2)
Acumulada até
31/12/2011
16
18
34
Iniciada no exercício
de referência
3
3
Fonte: SEARH/IEC.
198
INSTITUTO EVANDRO CHAGAS
Tabela 142
Relatório de Gestão/2011
Atos de admissão, desligamento, concessão de aposentadoria e pensão, praticados no IEC com a
instrução de processos e registro no Sistema de Administração de Pessoal (SIAPE) e no Sistema de
Apreciação e Registro dos Atos de Admissão e Concessões SISAC em 2011
Atos
Admissão
Desligamento
Aposentadoria
Pensão
Fonte: SEARH/IEC.
Quantidade
71
2
5
3
Registrados no SISAC
71
2
5
3
5.2.2.1 Aposentadorias/Pensões
Em 2011, foram aposentados 05 (cinco) servidores, concedidas 03 (três) pensões, 01
(uma) exoneração e 01 (uma) vacância por cargo inacumulável, conforme abaixo relacionado:
Tabela 143 Relação das aposentadorias e pensões concedidas pelo IEC em 2011, conforme processo no SISAC
TIPO
Aposentadoria
Aposentadoria
Aposentadoria
Aposentadoria
Aposentadoria
Pensão
Pensão
Pensão
Exoneração
Vacância (cargo
inacumulável)
SERVIDOR/PENSIONISTA
Benedita dos Santos da Costa
Benedita Selma Elleres Fadul
Dirceu Ferreira Lourinho
Maria do Socorro Correa Rocha
Maria Odete Melo Arouche
Dailma Azevedo Soares da Paixão
Thiago Fernando A. Soares da Paixão
Vera Lúcia Magno da Costa
Sueli Moreno Vieira
Raimunda do Socorro da Silva Azevedo
VIGÊNCIA
01.03.2011
01.03.2011
24.05.2011
09.02.2011
01.06.2011
03.05.2011
04.08.2011
02.02.2011
18.10.2011
22.11.2011
PROCESSO 25209
000.737/2011-88
001.258/2011-89
003.747/2011-75
000.049/2011-18
003.771/2011-12
004.163/2011-17
004.163/2011-17
007.815/2010-94
007.017/2011-43
007.766/2011-01
SISAC
100031000
04.2011.02.8
04.2011.03-6
04.2011.06-0
04.2011.04.4
04.2011.05-2
05.2011.07-8
05.2011.07-8
05.2011.01-9
02.2011.07-0
02.2011.08-9
Fonte: SEARH/IEC.
5.3 Composição do Quadro de Estagiários
Tabela 144 Quantitativo de contratos de estagiários em 2011
Quantitativo de contratos de estágio vigentes
Nível de escolaridade
1º Trimestre
2º Trimestre
3º Trimestre
4º Trimestre
1. Nível superior
9
10
9
8
1.1 Área Fim
8
9
8
8
1.2 Área Meio
1
1
1
2. Nível Médio
19
21
21
20
2.1
Área Fim
4
4
4
4
2.2 Área Meio
15
17
17
16
3. Total (1+2)
28
31
30
28
Despesa no exercício
(em R$ 1,00)
151.221,59
Fonte: SEARH/IEC.
Como sabemos a região norte é carente de Instituições formadoras de massa crítica e o
Instituto ao longo de seus 75 anos vem contribuindo para formar pesquisadores e abre as suas portas
para as Universidades Locais e Regionais onde estes alunos vêm atuar em projetos de Pesquisa,
uma vez que somente a graduação não é suficiente para a formação teórica em cursos de Mestrado e
Doutorado. Para isso, o IEC busca parceria, através de convênios com universidades públicas e
privadas com o objetivo de propiciar estágio curricular obrigatório e não obrigatório, em
conformidade com o que determina a Lei 11.788/08 e ON-07/08 do Ministério do Planejamento.
Esse estágio é supervisionado por profissional qualificado e tem a duração de 6 meses há 2 anos.
Os pesquisadores do Instituto orientam alunos em nível de Iniciação Científica,
Trabalho de Conclusão de Cursos, Aperfeiçoamento/Especializações, Mestrados, Doutorados,
Estágios não obrigatórios, Estágios Supervisionados e Treinamentos em Serviço.
199
INSTITUTO EVANDRO CHAGAS
Relatório de Gestão/2011
Através de contrato celebrado com o Centro de Integração Empresa e Escola CIEE,
hoje o IEC dispõe de 30 vagas para estagiários de nível médio e superior distribuídas, pelos
diversos Serviços/Seções/Setores, das quais nove são para estudantes de nível superior e 21 para
nível médio. Entretanto, em 2011 das 30 vagas disponibilizadas ao IEC, foram preenchidas apenas
28 vagas, sendo 7 de nível superior e 21 de nível médio, conforme demonstra a tabela 145.
Tabela 145
Estagiários do CIEE, distribuídos por Serviço/Seção /Setor no IEC em 2011
Seção/Serviço/Setor
Nível Superior
Nível Médio
TOTAL
Administração
-
6
6
Arbovirologia
-
2
2
Atendimento Unificado
-
1
1
Bacteriologia e Micologia
1
2
3
Criação de Animais de Laboratório
-
1
1
Hepatologia
1
1
2
Meio Ambiente
1
1
2
Patologia
-
2
2
Parasitologia
1
2
3
Recursos Humanos
1
1
2
Virologia
2
2
4
Total
7
21
28
Fonte: SEARH/IEC
O Instituto também recebeu 53 bolsistas de iniciação científica para o desenvolvimento
de projetos em seus diversos Serviços, Seções e Setores para o biênio 2011/2012, fruto de
convênios com o CNPq e a FAPESPA, conforme já demonstrado no Item b.3.3
Iniciação
Científica, deste relatório.
Como o quantitativo de bolsas para estagiários disponibilizado é muito pequeno (30
bolsas), por força da legislação em vigor, o IEC, visando atender parte da grande demanda, e
conscientes da nossa responsabilidade em poder colaborar na formação de alunos de instituições de
ensino público e privado, proporcionou também a oportunidade de 120 estágios não obrigatórios e
treinamentos em serviço para estudantes, sem percepção de bolsa, no ano de 2011.
Ressalta-se ainda, que através do Projeto Estudo de Vigilância em Saúde, Pesquisa
Biomédica, Inovação e Tecnologia, conseguiu-se contratar 43 bolsistas, através do edital FAPESPA
nº 003/2011 para dar suporte às atividades de vigilância em saúde e pesquisas do IEC, Convênio nº
749.200/2010 (Fundação de Amparo a Pesquisa do Estado do Pará FAPESPA e Ministério da
Saúde). Porém, destes 43 bolsistas , apenas 15 continuam executando suas atividades no IEC, uma
vez que os demais solicitaram cancelamento da bolsa, entre outros motivos alegaram a ausência de
pagamento.
O Instituto vem tentando, embora sem sucesso, equacionar o impasse ocorrido entre a
Fundação de Amparo a Pesquisa do Estado do Pará FAPESPA e o Ministério da Saúde, quanto a
assinatura de um Termo Aditivo ao Convênio, a fim de que os recursos possam então ser repassados
a FAPESPA, através do Fundo Nacional de Saúde, e com isso o pagamento das bolsas seja
realizado.
200
INSTITUTO EVANDRO CHAGAS
Relatório de Gestão/2011
5.4 Demonstração do custo de pessoal do IEC
Tabela 146 Custo de pessoal do IEC no exercício de referência e nos dois anos anteriores
Tipologias/
Exercícios
Exercícios
Exercícios
Exercícios
Exercícios
Exercícios
Exercícios
Exercícios
Vencimentos e
vantagens
fixas
Despesas Variáveis
Retri- Gratifibuições cações
Adicio-nais
Benefícios
Indeniza- Assistenciais
ções
e previdenciários
Demais
despesas
variáveis
Despesas
Decisões
de
Exercícios Judiciais
Anteriores
Membros de poder e agentes políticos
1.152.422,12
891.178,98 1728.141,66
2011 29.658.057,23
2010
2009
Servidores de Carreira que não ocupam cargo de provimento em comissão
2011
2010
2009
Servidores com Contratos Temporários
2011
2010
2009
Servidores Cedidos com ônus ou em Licença
2011
2010
2009
Servidores ocupantes de Cargos de Natureza Especial
2011
2010
2009
Servidores ocupantes de cargos do Grupo Direção e Assessoramento Superior
2011
2010
2009
Servidores ocupantes de Funções gratificadas
2011
2010
2009
Total
33.576.680,49
76.165,80
70.714,70
Fonte SEARH/IEC.
5.5 Terceirização de mão de obra empregada pelo IEC
O Instituto é deficitário de recursos humanos, tendo em vista que à medida que são
ampliadas as atividades técnico-científicas, faz-se necessário ampliar o apoio administrativo e
logístico e enquanto todos os aprovados no concurso não forem nomeados, precisa-se utiliza-se a
terceirização para suprir essa necessidade, contratando pessoal para executar as atividades de apoio
administrativo, informática, manutenção, vigilância, e conservação e limpeza, conforme Tabela
147.
Tabela 147 Força de Trabalho Terceirizada do IEC - Campus Belém e Ananindeua em 2011
Empresas
Terceirizadas
Belém
10
3
12
3
1
29
Quantitativo de Funcionários Terceirizados
Campus
Ananindeua
94
50
32
29*
11
29
245
Total
Universal
104
S.G.E
53
Fiel Vigilância
44
M.I Montreal
32
SINETEL
12
Al Science
29**
Total
274
Fonte: SOCOM/IEC/SVS/MS
Nota: * Contratação de mão de obra de acordo com a demanda do serviço a ser executado.
** Além dos 29, possui ainda 11 da equipe móvel e mais uma equipe fixa em Fortaleza que administra pessoal e
compras.
201
INSTITUTO EVANDRO CHAGAS
Relatório de Gestão/2011
Somando os servidores efetivos, os estagiários, bolsistas e terceirizados o IEC hoje
possui uma força de trabalho de 801 profissionais, exercendo suas atividades nas áreas meio e fim,
conforme discriminado na Tabela 148.
Tabela 148
Consolidado da Força de Trabalho, por área fim e meio do IEC - situação em 31.12.2011
Força de trabalho
Categoria
Área fim
Área meio
Servidores efetivos
215
78
Bolsistas CIEE
12
16
Bolsistas PIBIC
53
Bolsistas FAPESPA
15
Bolsistas FADESP
18
Estagiários
120
Terceirizados
80
194
Total
513
288
Fonte: RH/IEC
Total
293
28
53
15
18
120
274
801
A carência de recursos humanos nas áreas fim e meio, continuarão, ainda que sejam
chamados todos os aprovados no concurso público, uma vez que a Instituição ampliou muito suas
áreas científicas, para fazer frente as crescentes demandas da saúde pública e da pesquisa na região
e no país.
5.5.1 Informações sobre terceirização de cargos e atividades do plano
de cargo do órgão
Tabela 149 cargos e atividades inerentes a categorias funcionais do plano de cargos do IEC
Descrição dos cargos e atividades do plano de cargos do
órgão em que há ocorrência de servidores terceirizados
Quantidade no final do exercício
2011
2010
2009
Serviço de apoio a área administrativa e atividades
auxiliares
53
53
53
Ingressos Egressos no
no exercício exercício
-
-
Fonte SEARH/IEC.
Tabela 150
Relação dos empregados terceirizados substituídos em decorrência da realização de concurso público ou
de provimento.
Nome do empregado terceirizado substituído
Cargo que ocupava no
órgão
Data do D.O.U. de publicação da
dispensa
-
-
-
Fonte: SEARH/IEC.
Nota: Dado numérico igual a zero não resultante de arredondamento
Ainda não foi nomeado nenhum servidor da área administrativa em substituição aos
tercerizados, tendo em vista que o Ministério do Planejamento, Orçamento e Gestão (MPOG)
autorizou tanto para o IEC quanto para o Centro Nacional de Primatas (CENP) a nomeação de
apenas 93 cadidatos aprovados no Concurso público autorizado pela MP nº 371 de 28 de outubro de
2009, para os seguintes cargos:
a) Pesquisador em Saúde Pública 56 (IEC)
b) Tecnologista em Pequisa e Investigação Biomédica 19 (16 para o IEC e 3 para o CENP)
c) Assistente Técnico de Gestão em Pesquisa e Investigação Biomédica 18 (CENP).
202
INSTITUTO EVANDRO CHAGAS
Relatório de Gestão/2011
Portanto, para a area administarativa do IEC não houve nenhuma nomeação em 2011.
O Instituto continua solicitando ao MPOG que autorize a nomeação dos 299
concursados distribuídos em diversos cargos que ainda não foram chamados, com o objetivo de
substituir os tercerizados.
5.5.2 Autorizações expedidas pelo Ministério do Planejamento,
Orçamento e Gestão para realização de concursos públicos
para substituição de terceirizados
Tabela 151
Autorizações para realização de concursos públicos ou provimento adicional para substituição de
terceirizados
Nome do órgão autorizado a realizar o concurso ou provimento adicional
Instituto Evandro Chagas
Norma ou expediente autorizador, do
exercício e dos dois anteriores
Número
Data
Portaria 371/2009
28/10/2009
Quantidade
autorizada de
servidores
392
Fonte SEARH/IEC.
5.5.3 Informações sobre a contratação de serviços de limpeza, higiene
e vigilância ostensiva pela unidade
Tabela 152 Contratos de prestação de serviços de limpeza e higiene e vigilância ostensiva
Unidade Contratante
Nome: Ministério da Saúde/Instituto Evandro Chagas
UG/Gestão: 257003/01
CNPJ: 00.394.544/0025-52
Informações sobre os contratos
Ano do
contrato
2010
Área Natureza
L
O
Identificação
do Contrato
23/2010
Empresa
Contratada
(CNPJ)
02.373.813/0001-52
Período
contratual de
execução das
atividades
contratadas
Nível de
Escolaridade exigido
dos trabalhadores
contratados
Sit.
Início
P
8.3.2010
Fim
F
58
M
C P
C
46
S
P C
P
Observações:
Fonte: Fiscal contrato/IEC
Nota:
Área: (L) Limpeza e Higiene; (V) Vigilância Ostensiva.
Natureza: (O) Ordinária; (E) Emergencial.
Nível de Escolaridade: (F) Ensino Fundamental; (M) Ensino Médio; (S) Ensino Superior.
Situação do Contrato: (A) Ativo Normal; (P) Ativo Prorrogado; (E) Encerrado.
Encontra-se em vigência o 3º Termo Aditivo ao contrato nº 23/2010, celebrado entre o
Instituto Evandro Chagas e a Universal Serviços Ltda, empresa especializada na prestação de
serviços de limpeza, conservação e higienização predial, abrangendo o fornecimento dos materiais
relacionados na tabela 153, cujo pagamento anual foi de R$ 2.121.518,04, conforme tabela 154
203
INSTITUTO EVANDRO CHAGAS
Relatório de Gestão/2011
5.5.3.1 Materiais abrangidos pelo contrato
Tabela 153 Quantidade de material disponibilizado pela Universal Serviços Ltda para a execução dos serviços de
higienização e limpeza no IEC em 2011
Item
Unidade
01
02
03
04
05
06
07
08
09
10
11
12
13
14
15
16
17
18
19
20
21
22
23
24
25
26
27
28
Litro
Unidade
Unidade
Litro
Bomb
Bomb
Par
Unidade
Unidade
Pacote
Unidade
Metro
Unidade
Unidade
Par
Unidade
Unidade
Fardo
Fardo
Caixa
Unidade
Pacote
Bomb
Unidade
Unidade
Unidade
Unidade
Unidade
Material
Quant
Água Sanitária
Alcool 97
Bom Ar 400 Ml.
Cera Wax Poliflex
Desinfetante Mega Sept
Detergente Wax Clean 2000 - Lavanda
Luva De Pvc De 46 Cm
Detergente Fc 500 Ml.
Escovinha De Nylon
Esponja De Lã De Aço
Esponja Dupla Face
Flanela (Metro)
Limpa Vidro Archote
Ilustra Moveis Archote
Luva De Latex
Rodo De Plastico
Pano De Chão
Papel Higiênico C/64 Unid.
Papel Toalha Econoclean 22x21x2400
Pastilha Sanitária Ki-Odor (Cx C/4 Unid.)
Sabão Em Barra 1 Kg
Sabão Em Pó 500g
Sabonete Liquido Perolado Bb 05
Saco De Lixo Preto 100 L Pacote C/5 Unid.
Saco De Lixo Preto 30 L Pacote C/10 Unid.
Saco De Lixo Preto 50 L Pacote C/10 Unid.
Refio Mopinho
Vassoura De Piaçava C/ Chapa Alvorada
816
432
288
120
60
300
480
288
144
336
600
84
288
240
480
96
600
480
780
300
144
480
96
3.600
1.800
3.000
180
288
Fonte: Fiscal contrato/IEC
5.5.3.2 Pagamentos efetuados no exercício/despesa orçamentária
Tabela 154 Valores pagos mensais a Universal Serviços Ltda, relativo aos serviços prestados de higienização e
limpeza nas sedes do IEC em Belém e Ananindeua em 2011
Mês
Serviços executados em
Ananindeua
Serviços executados em Belém
Valor
Janeiro
147.008,39
13.591,02
160.599,41
Fevereiro
162.625,41
15.639,92
178.265,33
Março
162.625,41
15.639,92
178.265,33
Abril
162.625,41
15.639,92
178.265,33
Maio
162.625,41
15.639,92
178.265,33
Junho
162.625,41
15.639,92
178.265,33
Julho
162.625,41
15.639,92
178.265,33
Agosto
162.625,41
15.639,92
178.265,33
Setembro
162.625,41
15.639,92
178.265,33
Outubro
162.625,41
15.639,92
178.265,33
Novembro
162.625,41
15.639,92
178.265,33
Dezembro
162.625,41
15.639,92
178.265,33
1.935.887,9
185.630,14
2.121.518,04
Total
Fonte: Fiscal contrato/IEC
204
INSTITUTO EVANDRO CHAGAS
Relatório de Gestão/2011
5.5.3.3 Equipamentos
Tabela 155 Relação dos equipamentos fornecidos e utilizados pela Empresa de Conservação, Higienização e Limpeza
Descrição dos equipamentos
Aspirador de pó/água comum
Carro de mão
Enceradeira grande
Enceradeira pequena
Enxada
Escada de alumínio c/4 degraus
Escada de alumínio c/5 degraus
Motosserra
Machado
Roçadeira elétrica 220 volts
Roçadeira costal
Terçado
Tesoura de poda
Maquina para poda de jardim
Quantidade
2
9
2
2
9
2
2
1
2
2
2
18
2
1
Fonte: Fiscal contrato/IEC
5.5.4 Informações sobre a locação de mão de obra para atividades não
abrangidas pelo plano de cargo do órgão
Tabela 156 Contratos de prestação de serviços com locação de mão de obra
Unidade Contratante
Nome: Ministério da Saúde/Instituto Evandro Chagas
UG/Gestão:257003/01
CNPJ: 00.394.544/0025-52
Informações sobre os contratos
Nível de
Período
Escolaridade
contratual de
Empresa
exigido dos
execução das
Ano do
Identificação do
Contratada
trabalhadores
Área
Natureza
Sit.
atividades
contrato
Contrato
(CNPJ)
contratados
contratadas
F
M
S
Início
Fim
P C P C P C
2007
14
O
08/2007
83.343.665/0001-25 2.4.07 1.4.2012 7 7 41 41 5 5 A
Observações:
Fonte SEARH/IEC.
LEGENDA
Área:
1. Conservação e Limpeza;
2. Segurança;
3. Vigilância;
4. Transportes;
5. Informática;
6. Copeiragem;
7. Recepção;
8. Reprografia;
9. Telecomunicações;
10. Manutenção de bens móvies
11. Manutenção de bens imóveis
12. Brigadistas
13. Apoio Administrativo Menores Aprendizes
14. Outras
Natureza: (O) Ordinária; (E) Emergencial.
Nível de Escolaridade: (F) Ensino Fundamental; (M) Ensino
Médio; (S) Ensino Superior.
Situação do Contrato: (A) Ativo Normal; (P) Ativo
Prorrogado; (E) Encerrado.
Quantidade de trabalhadores: (P) Prevista no contrato; (C)
Efetivamente contratada.
205
INSTITUTO EVANDRO CHAGAS
Relatório de Gestão/2011
5.6 Indicadores Gerenciais Sobre Recursos Humanos
Não temos ainda estabelecido indicadores de recursos humanos no âmbito do IEC,
conforme declaração (Anexo E).
5.7 Avaliação de Desempenho
Em vista da publicação do Decreto nº 7.133/10, de 19.03.10, e a Portaria nº 3.627/10, de
19.11.10, que fixa os critérios e procedimentos específicos de avaliação de desempenho individual e
institucional, finalizamos o 1º ciclo de avaliação de desempenho que teve a duração de 6 meses,
compreendido de 1º de janeiro a 30 de junho de 2011.
Iniciamos o 2º ciclo de avaliação de desempenho, compreendido entre 1º de julho de
2011 a 30 de junho de 2012.
5.8 Saúde do Trabalhador
O Setor de Saúde do Trabalhador (SESAT) tem como objetivo atender as necessidades
de uma relação de cidadania em função do bem-estar dos servidores e da qualidade do serviço
público prestado através de mecanismos de atenção que lhe garantam o atendimento às suas
necessidades, trazendo melhoria às condições de vida.
Este Setor está vinculado ao Serviço de Recursos Humanos do Instituto Evandro
Chagas (IEC), possui uma equipe constituída por uma servidora e três estagiários de enfermagem;
uma vinculada ao CIEE da Universidade do Estado do Pará e dois alunos voluntários da
Universidade da Amazônia.
O SESAT foi implantado, através do memorando circular nº. 034/2005/SERH/IEC/MS,
em 08 de setembro de 2005, com objetivo de promover a saúde e a redução da morbidade dos
trabalhadores, mediante ações integradas intra e extra-institucional.
Ocupa uma sala na sede do IEC, à Avenida Almirante Barroso, aguardando novas
instalações para o desempenho das atividades relativas à Saúde do Trabalhador, onde se faz mister a
garantia de um espaço mínimo, para atendimento dos trabalhadores, como: recepção, sala de
triagem, consultório/emergência e sala para vacinação, exclusiva para administração de
imunobiológicos.
5.8.1 Realizações
Tabela 157 Atendimento dispensado pelos servidores pelo SESAT
Atividades
Verificação de Pressão arterial:
Atendimento
Curativos
Administração de medicação injetável
Domiciliar
Visitas
Hospitalar
Febre Amarela
Influenza A (H1N1)
Vacinas
Tríplice Viral
Hepatite B
Nº de atendimentos
8
5
4
5
12
10
950
61
1.501
Fonte: SEARH/IEC.
5.8.1.1 Vacinação continuada
Dando continuidade às atividades do programa de vacinação continuada do Instituto
Evandro Chagas (IEC) e Centro Nacional de Primatas (CENP), além de atender as solicitações de
206
INSTITUTO EVANDRO CHAGAS
Relatório de Gestão/2011
órgãos vinculados a unidades do Subsistema Integrado de Atenção à Saúde do Servidor (SIASS),
quantificadas por tipo e instituição as doses de vacina aplicadas.
Tabela 158 Vacinas realizadas por tipo e local, IEC e CENP. Belém/Ananindeua, Pará. 2011
Local/Tipo de Vacina
Influenza
Febre Amarela
Dupla bacteriana
Trípice Viral
Hepatite B
Total
IEC
554
135
384
111
279
1.463
CENP
128
39
116
45
167
495
TOTAL
682
174
500
156
446
1.958
Fonte: SESAT/SEARH/IEC/SVS/MS
Na figura 41 apresenta-se a quantidade de vacinas ministradas na força de trabalho do IEC
em 2011
Figura 41 Distribuição das doses de vacina aplicadas em trabalhadores do IEC e CENP, por tipo.
Belém/Ananindeua, Pará. 2011.
Fonte: SESAT/SEARH/IEC/SVS/MS
Tabela 159
Distribuição de doses de vacina realizadas, por tipo, segundo órgãos federais a que pertencem e unidades
do SIASS, Belém/Ananindeua, Pará. 2011
Tipo de Vacina /Local
Influenza
Febre amarela
Dupla Bacteriana
Heaptite B
Total
Núcleo do Ministério da Saúde
113
46
20
25
204
Polícia Rodoviária Federal (PRF)
61
32
-
-
93
Polícia Federal (PF)
135
30
-
-
165
Unidade do SIASS no Ministério da
Agricultura
-
155
-
-
155
Unidade do SIASS no Ministério da
Fazenda
181
-
-
-
181
Total
490
263
20
25
798
Fonte: SESAT/SEARH/IEC/SVS/MS
Na figura 42 apresenta-se a quantidade de vacinas ministradas pelo IEC em
trabalhadores de órgãos públicos federais, pertencentes ao SIASS em 2011.
207
INSTITUTO EVANDRO CHAGAS
Relatório de Gestão/2011
Figura 42 Distribuição das doses de vacina aplicadas em trabalhadores de órgãos federais pertencentes ao SIASS, por
tipo. Belém/Ananindeua, Pará. 2011.
Fonte: SESAT/SEARH/IEC/SVS/MS
5.8.1.2 Notificação de acidentes
Recebemos 5 fichas de Comunicação de Acidente de Trabalho (CAT), mas continua a
Subnotificação dos acidentes, apesar de melhora, continuamos solicitando apoio da direção, chefias
imediatas e dos servidores em geral para melhorar a cada dia a situação.
Tabela 160
Local
Distribuição dos trabalhadores do IEC que sofreram acidentes de trabalho por local/tipo. Belém-Pará,
2011
Percurso
Subst.
Química
Contusão/
Trauma
Perfuro
Cortante
Carro
Moto
Seção de
Bacteriologia
-
-
1
-
Seção de
Arbovirologia
-
-
2
Serviço de
Epidemiologia
-
-
1
Protocolo
-
1
Total
-
1
Tipo
4
Vidraria
Espécime
Biológico
Total
-
-
-
1
-
-
-
-
2
-
-
-
-
1
-
-
-
-
1
-
-
-
-
5
Fonte: SESAT/SEARH/IEC/SVS/MS
5.8.1.3 Parceria
Com o objetivo de contribuir para a melhoria da qualidade de vida dos trabalhadores do
Instituto, considerando que as técnicas de atividades laborais propiciam a diminuição dos elementos
causadores da fadiga, firmamos contrato de prestação de serviços com o SESI Serviço Social da
Indústria, para a realização de ginástica laboral, que está sendo ministrada durante dois dias por
semana, em sessões de 15 minutos cada.
208
INSTITUTO EVANDRO CHAGAS
Relatório de Gestão/2011
6 Informações sobre transferências mediante convênio,
contrato de repasse, termo de parceria, termo de
cooperação, termo de compromisso ou outros acordos,
ajustes ou instrumentos congêneres, vigentes no exercício
de referência
O Instituto recebe financiamentos de projetos de pesquisa celebrados com instituições
nacionais e organismos internacionais, porém estes são executados pela interveniência de fundações
como: Fundação Instituto para o Desenvolvimento da Amazônia (FIDESA) e FAPESPA, conforme
declaração (Anexo F).
7 Declaração da área responsável atestando que as
informações referentes a contratos e convênios ou outros
instrumentos congêneres estão disponíveis e atualizadas,
respectivamente, no sistema Integrado de Administração
de Serviços Gerais SIASG e no sistema de Gestão de
Convênio, Contratos de repasse e termos de Parceria
SICONV, conforme estabelece o art. 19 da Lei nº 12.309,
de 9 de agosto e 2010.
Todas as informações referentes a contratos, convênios e instrumentos congêneres
firmados até o exercício de 2011 por esta Unidade estão disponíveis e atualizadas no SIASG e no
SICONV, conforme declaração (Anexo G).
8
Informações sobre o cumprimento das obrigações
estabelecidas na Lei nº 8.730, de 10 de novembro de 1993,
relacionadas à entrega e ao tratamento das declarações de
bens e rendas
8.1 Situação do cumprimento das obrigações impostas pela Lei nº 8.730/93
Tabela 161 Demonstrativo do cumprimento, por autoridades e servidores da UJ, da obrigação de entregar a DBR
Detentores de Cargos e Funções
obrigados a entregar a DBR
Autoridades
(Incisos I a VI do art. 1º da Lei nº
8.730/93)
Cargos Eletivos
Funções Comissionadas
(Cargo, Emprego, Função de
Confiança ou em comissão)
Situação em relação às
exigências da Lei nº 8.730/93
Obrigados a entregar a DBR
Entregaram a DBR
Não cumpriram a obrigação
Obrigados a entregar a DBR
Entregaram a DBR
Não cumpriram a obrigação
Obrigados a entregar a DBR
Entregaram a DBR
Não cumpriram a obrigação
Momento da Ocorrência da Obrigação de Entregar a
DBR
Posse ou Início do
Final do
Final do
exercício de
exercício da
exercício
Função ou Cargo
Função ou Cargo
financeiro
22
22
22
22
22
22
-
-
-
Fonte: RH/IEC
209
INSTITUTO EVANDRO CHAGAS
Relatório de Gestão/2011
No anexo H estão contidas as declarações da responsável pelo serviço de Recursos
Humanos do IEC e da SVS de que as RDB`S foram entregues pelos servidores que possuem cargo
de confiança.
9 Informações sobre o funcionamento do sistema de controle
interno da UJ, contemplando os seguintes aspectos
O IEC não possui Setor de Controle Interno, conforme Declaração (Anexo I).
9.1 Estrutura de controles internos do IEC
Aspectos do sistema de controle interno
Ambiente de Controle
1. Os altos dirigentes da UJ percebem os controles internos como essenciais à consecução
dos objetivos da unidade e dão suporte adequado ao seu funcionamento.
2. Os mecanismos gerais de controle instituídos pela UJ são percebidos por todos os
servidores e funcionários nos diversos níveis da estrutura da unidade.
3. A comunicação dentro da UJ é adequada e eficiente.
4. Existe código formalizado de ética ou de conduta.
5. Os procedimentos e as instruções operacionais são padronizados e estão postos em
documentos formais.
6. Há mecanismos que garantem ou incentivam a participação dos funcionários e
servidores dos diversos níveis da estrutura da UJ na elaboração dos procedimentos, das
instruções operacionais ou código de ética ou conduta.
7. As delegações de autoridade e competência são acompanhadas de definições claras das
responsabilidades.
8. Existe adequada segregação de funções nos processos da competência da UJ.
9. Os controles internos adotados contribuem para a consecução dos resultados planejados
pela UJ.
Avaliação de Risco
10. Os objetivos e metas da unidade jurisdicionada estão formalizados.
11. Há clara identificação dos processos críticos para a consecução dos objetivos e metas da
unidade.
12. É prática da unidade o diagnóstico dos riscos (de origem interna ou externa) envolvidos
nos seus processos estratégicos, bem como a identificação da probabilidade de
ocorrência desses riscos e a consequente adoção de medidas para mitigá-los.
13. É prática da unidade a definição de níveis de riscos operacionais, de informações e de
conformidade que podem ser assumidos pelos diversos níveis da gestão.
14. A avaliação de riscos é feita de forma contínua, de modo a identificar mudanças no
perfil de risco da UJ, ocasionadas por transformações nos ambientes interno e externo.
15. Os riscos identificados são mensurados e classificados de modo a serem tratados em uma
escala de prioridades e a gerar informações úteis à tomada de decisão.
16. Existe histórico de fraudes e perdas decorrentes de fragilidades nos processos internos da
unidade.
17. Na ocorrência de fraudes e desvios, é prática da unidade instaurar sindicância para
apurar responsabilidades e exigir eventuais ressarcimentos.
18. Há norma ou regulamento para as atividades de guarda, estoque e inventário de bens e
valores de responsabilidade da unidade.
Procedimentos de Controle
19. Existem políticas e ações, de natureza preventiva ou de detecção, para diminuir os riscos
e alcançar os objetivos da UJ, claramente estabelecidas.
20. As atividades de controle adotadas pela UJ são apropriadas e funcionam
consistentemente de acordo com um plano de longo prazo.
21. As atividades de controle adotadas pela UJ possuem custo apropriado ao nível de
benefícios que possam derivar de sua aplicação.
22. As atividades de controle adotadas pela UJ são abrangentes e razoáveis e estão
diretamente relacionados com os objetivos de controle.
1
(continua)
Avaliação
2
3
4
5
X
X
X
X
X
X
X
X
X
1
2
3
4
X
X
5
X
X
X
X
X
X
1
2
3
4
5
X
X
X
X
Quadro 16 Pesquisa de controle interno do IEC
210
INSTITUTO EVANDRO CHAGAS
Relatório de Gestão/2011
Aspectos do sistema de controle interno
Informação e Comunicação
23. A informação relevante para UJ é devidamente identificada, documentada, armazenada e
comunicada tempestivamente às pessoas adequadas.
24. As informações consideradas relevantes pela UJ são dotadas de qualidade suficiente para
permitir ao gestor tomar as decisões apropriadas.
25. A informação disponível à UJ é apropriada, tempestiva, atual, precisa e acessível.
26. A Informação divulgada internamente atende às expectativas dos diversos grupos e
indivíduos da UJ, contribuindo para a execução das responsabilidades de forma eficaz.
27. A comunicação das informações perpassa todos os níveis hierárquicos da UJ, em todas
as direções, por todos os seus componentes e por toda a sua estrutura.
Monitoramento
28. O sistema de controle interno da UJ é constantemente monitorado para avaliar sua
validade e qualidade ao longo do tempo.
29. O sistema de controle interno da UJ tem sido considerado adequado e efetivo pelas
avaliações sofridas.
30. O sistema de controle interno da UJ tem contribuído para a melhoria de seu desempenho.
Considerações gerais:
1
(conclusão)
Avaliação
2
3
4
5
X
X
X
X
X
1
2
3
4
X
5
X
X
LEGENDA
Níveis de Avaliação:
(1) Totalmente inválida: Significa que o fundamento descrito na afirmativa é integralmente não aplicado no
contexto da UJ.
(2) Parcialmente inválida: Significa que o fundamento descrito na afirmativa é parcialmente aplicado no
contexto da UJ, porém, em sua minoria.
(3) Neutra: Significa que não há como afirmar a proporção de aplicação do fundamento descrito na afirmativa
no contexto da UJ.
(4) Parcialmente válida: Significa que o fundamento descrito na afirmativa é parcialmente aplicado no
contexto da UJ, porém, em sua maioria.
(5) Totalmente válido. Significa que o fundamento descrito na afirmativa é integralmente aplicado no
contexto da UJ.
Quadro 16 Pesquisa de controle interno do IEC
Fonte: SEADM/IEC
10
Informações quanto à adoção de critérios de
sustentabilidade ambiental na aquisição de bens,
materiais de tecnologia da informação (TI) e na
contratação de serviços ou obras, tendo como referência a
Instrução Normativa nº 1/2010 e a Portaria nº 2/2010,
ambas da Secretaria de Logística e Tecnologia da
Informação do Ministério do Planejamento, Orçamento e
Gestão. E informações relacionadas à separação de
resíduos recicláveis descartados em conformidade com o
decreto nº 5.940/2006.
10.1 Gestão ambiental e Licitações Sustentáveis na área de TI
Quanto à adoção de critérios de sustentabilidade ambiental na aquisição de bens,
materiais de tecnologia da informação (TI) e na contratação de serviços ou obras, tendo como
referência a Instrução Normativa nº 1/2010 e a Portaria nº 2/2010 da Secretaria de Logística e
Tecnologia da Informação do Ministério do Planejamento, Orçamento e Gestão, mantém-se a
211
INSTITUTO EVANDRO CHAGAS
Relatório de Gestão/2011
prática de se exigir critérios de sustentabilidade ambiental nos Termos de Referência feitos pela
Área de TI sem frustrar a competitividade.
Quesitos a serem avaliados
Planejamento
1. Há planejamento institucional em vigor ou existe área que faz o
planejamento da UJ como um todo.
2. Há Planejamento Estratégico para a área de TI em vigor.
3. Há comitê que decida sobre a priorização das ações e investimentos de TI
para a UJ.
Recursos Humanos de TI
4. Quantitativo de servidores e de terceirizados atuando na área de TI.
1
2
Avaliação
3
4
5
X
X
X
Informar quantitativos
S=1
T=39(IEC/CENP)
5. Há carreiras específicas para a área de TI no plano de cargos do
X
Órgão/Entidade.
Segurança da Informação
6. Existe uma área específica, com responsabilidades definidas, para lidar
X
estrategicamente com segurança da informação.
7. Existe Política de Segurança da Informação (PSI) em vigor que tenha sido
X
instituída mediante documento específico.
Desenvolvimento e Produção de Sistemas
8. É efetuada avaliação para verificar se os recursos de TI são compatíveis
X
com as necessidades da UJ.
9. O desenvolvimento de sistemas quando feito na UJ segue metodologia
X
definida.
10. É efetuada a gestão de acordos de níveis de serviço das soluções de TI do
X
Órgão/Entidade oferecidas aos seus clientes.
11. Nos contratos celebrados pela UJ é exigido acordo de nível de serviço.
X
Informar o percentual de participação
Contratação e Gestão de Bens e Serviços de TI
12. Nível de participação de terceirização de bens e serviços de TI em relação
90%
ao desenvolvimento interno da própria UJ.
12. Na elaboração do projeto básico das contratações de TI são explicitados os
X
benefícios da contratação em termos de resultado para UJ e não somente em
termos de TI.
13. O Órgão/Entidade adota processo de trabalho formalizado ou possui área
X
específica de gestão de contratos de bens e serviços de TI.
14. Há transferência de conhecimento para servidores do Órgão/Entidade
X
referente a produtos e serviços de TI terceirizados?
Considerações Gerais: O planejamento para a Área de TI é feito pela própria área; A segurança da informação é tratada
pela Área de TI; A política de segurança da informação foi criada pela Área de TI e falta ser homologada pela Direção;
As avaliações são feitas pela Área de TI.
Quadro 17 Gestão de Tecnologia da Informação em 2011
Fonte: SOINF/IEC.
Legenda:
Níveis de avaliação:
(1) Totalmente inválida
(2) Parcialmente inválida
(3) Neutra
(4) Parcialmente válida:
(5) Totalmente válida:
Significa que a afirmativa é integralmente NÃO aplicada ao contexto da UJ.
Significa que a afirmativa é parcialmente aplicada ao contexto da UJ, porém, em sua
minoria.
Significa que não há como afirmar a proporção de aplicação do fundamento descrito na
afirmativa no contexto da UJ.
Significa que a afirmativa é parcialmente aplicada ao contexto da UJ, porém, em sua
maioria.
Significa que a afirmativa é integralmente aplicada ao contexto da UJ.
212
INSTITUTO EVANDRO CHAGAS
Relatório de Gestão/2011
10.2 Resíduos recicláveis
10.2.1 Coleta Seletiva Solidária do Lixo
O Instituto através da Comissão para a Coleta Seletiva Solidária do Lixo (CSSL/IEC) a
cada ano vem desenvolvendo ações com a proposta de estruturar a coleta seletiva dos resíduos
recicláveis no âmbito institucional, amparada pela Portaria nº 43 de 10 de junho de 2008 e em
conformidade com Decreto nº 5.940/2006.
Atualmente são cinco (05) as entidades beneficiadas pelo Programa: Associação de
Recicladores das Águas Lindas; Associação Cidadania para Todos; Cooperativa de Trabalho dos
Profissionais do Aurá; Associação de Catadores da Coleta Seletiva de Belém e Cooperativa dos
Catadores de Materiais Recicláveis.
10.2.1.1 Realizações
a) No período de janeiro a dezembro de 2011 foram doadas 4,8 toneladas de resíduos
recicláveis para as associações e cooperativas de catadores. Uma média mensal de 400
kg importante redução ao se comparar com a média do ano anterior (1.267kg);
b) Intensificação das estratégias de orientação e conscientização entre os servidores,
contratados, colaboradores e estagiários, em visitas diretas às Seções, com a proposta de
manter o estímulo relativo ao gerenciamento e manejo adequado dos resíduos sólidos,
c) Distribuição de canecas em inox personalizadas em substituição/redução ao consumo de
copos descartáveis;
d) Confecção de material informativo em forma de pôsteres fixados em diferentes
ambientes do IEC;
e) Participação da Comissão no I Seminário da Coleta Seletiva dos Órgãos Federais no
Estado do Pará, realizado no dia 24/03/2011, no auditório do Tribunal Regional do
Trabalho da 8º Região, Belém, Pará;
f) Visita ao Palacete Pinho, no dia 14/04/2011, às 09 h, dos alunos do Curso de Informática
e Língua Portuguesa, pertencentes ao Projeto de Coleta Seletiva Solidária que é
realizado no Instituto Evandro Chagas, sob a orientação desta Comissão;
g) Em 29/11/2011, participação na sessão especial da Câmara Municipal de Belém sobre a
municipalização dos Objetivos de Desenvolvimento do Milênio (ODM), plataforma de
desenvolvimento, criada por 191 nações entre elas o Brasil, há oito anos na Organização
das Nações Unidas (ONU) e gerenciada no Brasil pela Secretaria Geral da Presidência
da República, Movimento Nacional pela Cidadania e Solidariedade e Programa das
Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD);
h) Participação de membro da Comissão para a Coleta Seletiva Solidária/IEC, no VIII
Congresso Nacional de Meio Ambiente, no período de 25 a 28/05/2011, Poços de
Caldas/MG.
213
INSTITUTO EVANDRO CHAGAS
Relatório de Gestão/2011
10.3 Responsabilidade social
a) Continuidade do Programa de estágio para filhos de catadores no ano de 2011 o IEC
agregou 8 alunos da rede pública de ensino, dependentes de catadores, cumprindo estágio
remunerado;
b) Visando a inclusão digital dos jovens filhos de catadores na faixa etária de 12 a 19 anos,
regularmente matriculados em escolas públicas, assim como promover a qualificação de
modo a facilitar-lhes o acesso a novos conhecimentos e ao domínio dessa tecnologia,
ferramenta indispensável nos dias atuais para o mercado de trabalho, selecionaram-se um
total de 26 jovens, para o Curso de Informática, que teve a duração de cinco meses,
iniciados em 01.12.2011.
O Curso que já está na sua 4ª edição, englobou conceitos básicos de Informática, tais como:
Introdução a Computação (Noções de Montagem de Micros), Ferramentas Windows XP e
Internet e Ferramentas Office 2003 e contemplou duas turmas compostas de 13 alunos cada,
sendo que quatro vagas já são preenchidas por estagiários do IEC pertencentes às
Associações.
Como melhoria nas atividades na edição 2011 do Curso, destacamos a criação de um banco
de dados para armazenar as informações cadastrais dos alunos, a utilização de uma cartilha
com orientações sobre o uso correto da internet, para orientar sobre a utilização correta deste
recurso fornecido pelo IEC, a participação de profissionais da área do Meio Ambiente e de
outras áreas da Instituição, ministrando palestras sobre suas profissões e carreiras, a
realização de um mini-curso de Redação e Gramática, ministrado pela Sra. Ivete Noronha,
na condição de voluntária e parceira do projeto. Fora das dependências do Instituto,
organizamos um passeio ao Complexo Feliz Lusitânia e ao Palacete Pinho e contamos com
a colaboração do projeto AVON, que esteve presente e acompanhou os alunos durante as
visitas. No Modulo de Word os alunos realizaram atividades com jornais locais como O
Liberal e o Diário do Pará para que aprendessem a ler e manusear de forma correta jornais e
tirarem mais proveito deste meio de comunicação.
11 Informações sobre a gestão do patrimônio imobiliário de
responsabilidade da UJ classificado como Bens de Uso
Especial de propriedade da União ou locado de terceiros
O Instituto não possui em seu patrimônio imobiliário classificado como Bens de uso
Especial , conforme Anexo J.
12 Informações sobre a gestão de tecnologia da Informação
(TI) do IEC, contemplando os seguintes aspectos
A Área de Tecnologia da Informação e Comunicação tem por finalidade dar
sustentabilidade aos serviços da área para que não haja solução de continuidade, bem como atender
aos objetivos institucionais para corresponder às expectativas da Administração do Instituto
Evandro Chagas.
Nas alíneas abaixo estão relacionados os projetos da Área concluídos e não concluídos, de
acordo com o que foi planejado para 2011:
214
INSTITUTO EVANDRO CHAGAS
Relatório de Gestão/2011
12.1 Planejamento da área
Os projetos para 2011 foram divididos em Estratégicos e Complementares, de acordo
com as necessidades institucionais emergentes.
12.1.1 Estratégicos
12.1.1.1 Reorganização do sistema de telefonia
Projeto criado para organizar e documentar a distribuição dos ramais instalados no IEC
de forma a facilitar e agilizar o trabalho dos técnicos no atendimento às solicitações dos usuários.
Foi realizado um mapeamento gráfico dos ramais existentes contendo a localização, a
situação e as melhorias necessárias ao sistema para ampliar a capacidade de distribuição de ramais
aos usuários. Pretendia-se finalizar o trabalho em 2011, porém com a entrada dos concursados
houve a necessidade de continuar a reorganização em 2012.
12.1.1.2 Implantação do sistema gerenciador de ambiente laboratorial GAL
Para execução desse trabalho deveria ser criada uma equipe formada por um profissional
da Área de TI, um de Laboratório e pelo Consultor da Cordenação Geral de Laboratórios (CGLAB)
da SVS/MS, o qual vem realizando visitas periódicas ao Instituto para conhecer a rotina dos
laboratórios. No entanto, a permanência do Biomédico indicado para gerência do GAL não foi
possível devido a sua aprovação no Mestrado de Bioinformática. Mesmo assim a atividade foi
assumida pela Área de TI e o levantamento dos dados finalizado nos laboratórios da Virologia e no
CEREC.
Foi programado o início da utilização do sistema fevereiro de 2012, com a Central de
Recebimento de Amostras Biológicas recebendo as requisições e encaminhando-as à Virologia. Foi
iniciado o levantamento dos dados dos laboratórios da Bacteriologia que será a próxima seção a
utilizar o sistema.
12.1.1.3 Projeto data-center
12.1.1.3.1 Sala de alta disponibilidade (Sala Cofre)
O DATACENTER do Instituto Evandro Chagas continua apresentando características não
adequadas para o tipo de serviço a que se destina. O piso denominado fundo falso empoeirado,
recortado e suscetível às intempéries do ambiente. Os cabos de comunicação (Utp, CI e Fibras)
expostos de forma não segura podendo provocar acidentes; os servidores estão empilhados em rack
com seus cabos de energia tencionados dificultando as manobras de manutenção; os racks estão
com sua capacidade esgotada impossibilitando o acréscimo de equipamentos; o controle de acesso à
sala não é tão rigoroso, pois não existe registro dos acessos ou identificação de autorização de
forma automática, comprometendo a segurança do ambiente; o sistema de refrigeração não atende
às recomendações necessárias ao bom funcionamento dos equipamentos reduzindo assim a vida útil
destes e provocando paradas; não existe controle de temperatura, proteção contra sinistros, bem
como plano de controle de incêndio.
O tempo prolongado de uma parada não programada das atividades ou a perda de
informações causada por sinistros, atentados ou falhas da infra-estrutura pode levar o Instituto
Evandro Chagas à perda de sua capacidade operacional o que causaria grandes danos à saúde
pública e a pesquisa, a prejuízos financeiros e à imagem da Instituição.
O projeto Sala de Alta disponibilidade (Sala Cofre) atenderá às necessidades atuais e
futuras de segurança e infra-estrutura do DATACENTER e seu custo foi estimado em R$
2.496.120,00. O processo foi parcialmente empenhado ao final de 2011.
215
INSTITUTO EVANDRO CHAGAS
Relatório de Gestão/2011
12.1.1.3.2 Serviço de reestruturação da rede lógica do backbone principal
Tendo em vista a implantação do Centro de Inovação Tecnológica Avançada - CITA que
compreende as áreas de Genômica e Proteômica, Biotecnologia, Nanotecnologia, Imunobiológicos
e Citotaxionomia faz-se necessário repensar o sistema de comunicação da Instituição. A estrutura
em funcionamento atende às necessidades atuais, porém não irá suportar a demanda dos serviços
previstos para o IEC.
Devido a este desafio, este projeto visa garantir a alta disponibilidade e melhoria dos
serviços de voz e dados, propondo a construção de salas técnicas e a implementação de um link de
backup interligando os vários prédios que compõem as diferentes seções do IEC Ananindeua, com
o lançamento de links em fibras ópticas para a transmissão de dados e com cabos CTP-APL para os
serviços de voz. O Projeto ainda aguarda recursos para sua execução.
12.1.1.3.3 Implementação do novo firewall
O projeto de firewall consistia na substituição do atual firewall (MS Isa Server 2006) por
uma solução baseada em Linux, com segurança e escalabilidade. No entanto, foi verificado que
soluções de segurança baseadas em appliance são mais confiáveis. Sendo assim foi definido que
essa solução deveria ser atendida pelo projeto IECWAN, o qual trata da aquisição de equipamentos
para segurança da informação.
12.1.1.3.4 Circuito fechado de TV
Foi realizado estudo e avaliação das câmeras utilizadas no mercado, seguindo os padrões
e levando em consideração as características técnicas dos principais fabricantes. Além disso, foi
feito o levantamento e mapeamento dos principais pontos de monitoramento do Campus de Belém
para subsidiar um processo de implantação do monitoramento naquele campus. Com relação ao
Campus de Ananindeua, foi feito o levantamento e mapeamento dos principais pontos de
monitoramento da área e apresentado à equipe de TI, faltando ainda a elaboração do projeto de
infra-estrutura da rede elétrica e de dados. O projeto está em andamento e deverá ser finalizado em
2012.
12.1.1.3.5 IECWAN
Objetiva garantir a Segurança da Informação (Confidencialidade, Integridade,
Disponibilidade e outros) em conformidade ao Decreto N.º 3.505, de 13 de junho de 2000. Fez-se
necessária a aquisição de tecnologia que possibilite a proteção contra software malicioso e controle
de acessos, os quais suportem os processos de TI contra as ameaças virtuais que as organizações,
sejam elas de cunho público ou privado, estão sujeitas.
É definida nesse projeto uma solução de VPN, Firewall e IPS, com tecnologia capaz de
fornecer acesso completo às aplicações corporativas com total segurança, controle de acesso e
gerenciamento.
A solução definida tem como propósito fundamental minimizar a possibilidade da
ocorrência de situações que venham a colocar em risco a segurança das informações que trafegam
sobre a rede de dados do IEC e seus usuários. Em outubro foi iniciado um processo de aquisição de
uma solução cujo objetivo foi garantir a disponibilidade de todos os serviços providos por meio de
acesso à Internet (INFOSUS, EMBRATEL e METROBEL) no Instituto Evandro Chagas Campus
Ananindeua e Belém e Centro Nacional de Primatas, balanceando a carga de conexões nos 02 (dois)
links de forma transparente e muito mais segura, visto que a proteção via hardware é
consideravelmente superior à proteção via software. O processo está em fase de publicação.
12.1.1.3.6 CAFE
Projeto para incluir o Instituto Evandro Chagas na condição de participante da
Comunidade Acadêmica Federada (CAFe), que é uma federação de identidade que reúne
216
INSTITUTO EVANDRO CHAGAS
Relatório de Gestão/2011
instituições de ensino e pesquisa brasileiras. Através da CAFe, um usuário mantém todas as suas
informações na instituição de origem e pode acessar serviços oferecidos pelas instituições que
participam da federação. A CAFe é composta por um conjunto de organizações que, sobre uma
infraestrutura de autenticação e autorização multidomínios, estabelece uma rede de confiança que
simplifica o acesso a serviços federados oferecidos, como por exemplo o acesso ao Portal da
CAPES. O projeto será finalizado em 2012.
12.1.1.3.7 Projeto bioinformática
Com o objetivo de implantar uma rede de bioinformática para atender a todos os
pesquisadores interessados em desenvolver análise de ADN por sequenciamento nucleotídico,
utilizando pacote de programas de multiusuários para estudo de genoma, foi desenhada uma solução
(equipamentos e softwares) com capacidade de atender às demandas da área administrativa e
técnico-científica. A instalação dessa nova estrutura visa permitir a montagem de fragmentos
(assembler) de ADN, após sequenciamento genômico utilizando a técnica de shut gun; implantar o
sequenciamento de fragmentos grandes de ADN, diminuindo a indução de mutação; utilizar
software para desenho de primers e elaboração de clonagem; maximizar o uso de banco de dados
genômicos disponíveis na internet; realizar análises filogenéticas com sequencias grandes e com
maior número de sequencias.
A solução completa para atender ao Projeto Bioinformática depende das seguintes aquisições:
12.1.1.3.8 Aquisição de blade
Aquisição de equipamentos para atendimento à demanda que será gerada de imediato
pelo Núcleo de Bioinformática e posteriormente pelo Centro de Inovação Tecnológica da
Amazônia. O processo não foi efetivado, pois o IEC não conseguiu fazer adesão à ARP por
problemas no sistema de compras do órgão detentor da ata. Será feito novo processo de licitação em
2012 para aquisição dos equipamentos.
12.1.1.3.9 Aquisição de estorage
Aquisição de equipamentos para atendimento à necessidade de ampliação do Sistema de
Armazenamento Corporativo de Dados (ambiente do site principal, prédio sede) atualmente
existente no IEC. O processo não foi efetivado, pois o IEC não conseguiu fazer adesão à ARP por
problemas no sistema de compras do órgão detentor da ata. Será feito novo processo de licitação em
2012 para aquisição dos equipamentos.
12.1.1.3.10 Aquisição de solução de backup
Aquisição de Tape Library para atender à necessidade de armazenamento e salvaguarda
dos dados do Instituto e dos serviços prestados, além de manutenção dos históricos de dados dos
usuários do IEC/SVS. O processo não foi efetivado, pois o IEC não conseguiu fazer adesão à ARP
por problemas no sistema de compras do órgão detentor da ata. Será feito novo processo de
licitação em 2012 para aquisição dos equipamentos.
12.1.2 Complementares
12.1.2.1 Serviço de reestruturação da rede lógica Seção de Patologia
Em virtude do projeto de aquisição e implantação dos novos ativos de rede o cabeamento
que atualmente dá sustentação à comunicação de dados do Instituto é baseado em cabos CAT4. Tal
configuração atende às necessidades atuais, porém não irá suportar a demanda dos serviços
previstos para a Instituição.
O cabeamento CAT6 foi escolhido devido ser um sistema de cabeamento estruturado para tráfego
de voz, dados e imagens, segundo requisitos das normas ANSI/TIA/EIA-568B (Balanced Twisted
217
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Pair Cabling Components) e ISO/IEC-11801, para cabeamento horizontal ousecundário entre os
painéis de distribuição (Patch Panels) e os conectores nas áreas de trabalho, em sistemas que
requeiram grande margem de segurança sobre as especificações normalizadas para garantia de
suporte a aplicações futuras.
O Projeto continua em andamento e será executado em conjunto com o de reestruturação
da rede lógica backbone principal.
12.1.2.2 Aquisição de baterias para no- breaks
Foi providenciado processo para aquisição de Bateria selada para No-break 12V X7A
para manutenção preventiva ou reativa, no valor de R$ 3.560,00. O processo foi finalizado e
atendido na integra possibilitando ações de melhoria no atendimento às solicitações dos usuários,
permitindo ao setor desempenhar de forma satisfatória suas atribuições.
12.1.2.3 Escola de informática
O Setor de Informática apóia a iniciativa do IEC na promoção do Curso de Informática
Básica para os filhos de catadores das associações que integram o programa de coleta seletiva de
lixo do IEC. O objetivo é promover a inclusão digital e prepará-los para o mercado de trabalho. O
Treinamento engloba conceitos básicos de Informática, que inclui Introdução à Computação,
Ferramentas Windows XP e Ferramentas Office 2007.
12.1.2.4 Realizações
Tabela 162 Tipos de atendimentos realizados pelo Setor de Informática em 2011
Tipos de Atendimento
Atendimento a aplicativos corporativos (SCA, SERPRO, outros.)
Instalação de 550 equipamentos áudios-visuais: instalação e desinstalação de projetores multimídia em
auditórios (interno e externo) e nas seções
Manutenção de impressoras
Manutenção de monitores
Manutenção de no-breaks
Melhorias da infra-estrutura de rede com a criação e remanejamentos de pontos
Reinstalação de sistemas operacionais
Remanejamento de estações de trabalho
Criação de pontos de telefone, ativação e remanejamento
Suporte aos usuários de atendimento on-line
Criação de contas usuários
Total
50
900
25
15
350
600
365
650
825
2.950
400
7.130
Atendimento por Campus
Site IEC Ananindeua
Site IEC Belém
Site CENP
Total
5.984
786
360
7.130
Atendimento por Equipe.
Central de Serviço
Coordenadores
Desenvolvimento
Eletrônica
Gerência de Problema
Rede
Suporte
Telefonia
Total
2.662
207
46
136
3
1.008
2.826
242
7.130
Fonte: SOINF/IEC.
218
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12.1.3 Perfil dos recursos humanos envolvidos
O corpo técnico que compõe a Equipe da Área de TI do IEC é formado pelos perfis
abaixo relacionados.
Quant.
Cargo
Escolaridade
Certificações
1
Técnico de Informática
Superior - incompleto
Itil Foundation
2
Técnico de Informática Jr.
Pós-Graduação - cursando
Itil Foundation / CCNA
3
Técnico de Informática
Superior - cursando
Itil Foundation
4
Analista de Suporte Pleno
Pós-Graduação - completo
5
Analista de Suporte Jr.
Superior - completo
Itil Foundation
6
Técnico de Informática
Superior - cursando
Itil Foundation
7
Analista de Suporte Jr.
Pós-Graduação - completo
Itil Foundation / Itil OSA
/ Itil SOA / Cobit
8
Analista de Suporte Pleno
Pós-Graduação - cursando
Cobit
9
Técnico de Informática Jr.
Pós-Graduação - cursando
10
Técnico de Informática
Pós-Graduação - cursando
11
Técnico de Informática
Pós-Graduação - cursando
12
Técnico de Informática
Superior - cursando
13
Técnico de Hardware I
Pos-Graduação - completo
14
Técnico de Hardware I
2º Grau Completo
15
Técnico de Hardware I
Superior - completo
16
Técnico de Hardware I
2º Grau Completo
17
Analista de Suporte Jr.
Pos-Graduação - completo
18
Analista de Suporte Jr.
Pos-Graduação - completo
19
Técnico de Informática
Superior - completo
20
Analista de Suporte Pleno
Superior - completo
21
Analista de Suporte Pleno
Mestrado - cursando
22
Técnico de Informática
Superior Cursando
23
Analista de Suporte Pleno
Superior - completo
Itil Foundation / Cobit
24
Técnico de Telecomunicações
2º Grau Completo
Itil Foundation
25
Técnico de Informática
Pos-Graduação - incompleto
Itil Foundation / Cobit
26
Técnico de Informática
Pos-Graduação - completo
27
Técnico de Informática
Pos-Graduação - completo
Itil Foundation
28
Analista de Suporte Jr.
Superior - completo
Itil Foundation
29
Técnico de Informática
Superior - cursando
Itil Foundation
30
Analista de Suporte Pleno
Superior - completo
Itil Foundation / Cobit
31
Técnico de Informática
Superior - incompleto
Itil Foundation
32
Técnico de Informática
2º Grau Completo
Itil Foundation
33
Analista de Suporte Pleno
Pós-Graduação - completo
Itil Foundation / Itil OSA
/ Itil SOA / Cobit
34
Técnico de Informática
Pós-Graduação - completo
35
Técnico de Informática
Superior - incompleto
36
Técnico de Informática
Superior - cursando
37
Técnico de Informática
Superior - cursando
38
Técnico de Informática
Superior - cursando
Itil Foundation
Itil Foundation
Itil Foundation
Itil Foundation
Itil Foundation
Itil Foundation
Quadro 18 Cargo e escolaridade do corpo técnico da Área de TI do IEC em 2011
Fonte: SOINF/IEC.
219
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Relatório de Gestão/2011
12.1.4 Segurança da informação
A preocupação em manter a segurança dos dados que trafegam na rede do Instituto
Evandro Chagas motiva a Área de TI a adotar políticas que, a primeira vista, podem parecer
arbitrárias e desprovidas de comprometimento com as necessidades dos usuários, porém elas são
absolutamente necessárias para diminuir as possibilidades de o usuário executar alguma ação que o
prejudique e prejudique a outros usuários, direta ou indiretamente.
A iniciativa mais básica adotada em 2008 pela Área foi a instalação de softwares de
segurança para a proteção contra códigos maliciosos e implementação de controle de acesso, em
conformidade com o Decreto N.º 3.505, de 13 de junho de 2000. Outras ações que vêm
complementando a política de segurança são a implementação de firewall baseado em appliance e
do IWVA, ambos voltados à segurança lógica. Quanto à segurança física optou-se pela construção
da sala de alta disponibilidade (sala cofre) e pela aquisição de blade, storage e solução de backup,
todos a fim de proteger o patrimônio essencial da Instituição que são as informações geradas pela
pesquisa. Em 2011 não foi possível finalizar a maior parte destas ações por falta de recursos
financeiros, porém espera-se que em 2012 novos recursos sejam destinados à Área de TI para a
concretização de projetos estratégicos principalmente os que envolvem a segurança da informação.
12.1.5 Desenvolvimento e produção de sistemas
A estrutura dos sistemas desenvolvidos pela equipe de desenvolvimento do IEC está
distribuída em sistemas legados, em desenvolvimento e aguardando desenvolvimento.
12.1.5.1 Desenvolvidos em 2011
12.1.5.1.1 SISHEP
Sistema da Seção de Hepatologia
O projeto teve como objetivo o desenvolvimento de um sistema para atender a Seção de
Hepatologia (SAHEP) do Instituto Evandro Chagas (IEC) visando à substituição do antigo sistema
denominado HEPATOWARE.
A seção SAHEP utilizava o sistema HEPATOWARE para o gerenciamento e controle
de resultado de exames de sorologia assim como de bioquímica, porém o sistema encontrava-se em
uma plataforma de tecnologia ultrapassada e possuía uma limitação de utilização em apenas uma
máquina, além das informações serem armazenadas e um banco de dados local sem nenhuma
rotinas de backup ou segurança de acesso.
O Sistema de Hepatologia (SISHEP) foi desenvolvido para atender todos os processos e
funcionalizadas do antigo sistema HEPATOWARE além de agregar novos recursos. Desenvolvido
em plataforma web o sistema conta com um controle de acesso e perfis de usuários gerando uma
maior segurança das informações, além de contar com toda uma politica de armazenamento das
informações em um banco de dados robusto e seguro localizado em um servidor de banco de dados
(SGBD), com rotinas de backup e controle de acesso e segurança. O projeto foi finalizado em
setembro/2011.
12.1.5.1.2 Formulário workbio
O projeto teve como objetivo o desenvolvimento de um sistema de formulário on-line para a
inscrição de alunos, professores entre outros no I Workshop de Bioinformática realizado pela
Instituição nos dias 08 a 12 de setembro de 2011. Através do formulário on-line os interessados no
Workshop puderam realizar sua pré-inscrição no evento através do preenchimento do mesmo e
envio de seus currículos para analise. O sistema realizava também o gerenciamento das quantidades
de vagas disponíveis para o evento para que não fosse possível se cadastrar mais pessoas do que o
220
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Relatório de Gestão/2011
evento poderia comportar. Esse controle era feito em uma plataforma especifica para o
administrador do sistema o qual aprovava ou não a pré-inscrição do candidato. O projeto foi
finalizado em julho/2011.
12.1.5.1.3 Agendamento de auditórios
O projeto teve como objetivo o desenvolvimento de um sistema para melhorar a eficácia
e eficiência no acompanhamento e controle dos agendamentos de auditórios do Instituto Evandro
Chagas. Antes do desenvolvimento do sistema os agendamentos eram realizados pelo setor de
Administração em uma ficha de controle preenchida de acordo com a solicitação feita através de
Memorando. Tal agendamento era passível de erros por se tratar de um processo manual além de
dificultar seu gerenciamento e consulta por se tratar de uma ficha de cadastro não informatizada.
O sistema permitiu um melhor gerenciamento dos agendamentos, evitando conflitos de
horário, garantindo reserva de recursos via sistema tais como: datashow e microfones, histórico dos
agendamentos para eventuais consultas e controles de acesso para que os agendamentos sejam
realizados apenas por pessoas autorizadas. Esse projeto foi finalizado em maio/2011.
12.1.5.1.4 Sistema de help on-line
O projeto teve como objetivo criar uma solução para auxiliar os usuários que utilizam os
sistemas desenvolvidos pelo setor de Tecnologia da Informação do Instituto Evandro Chagas. Com
o sistema de help on-line os usuários podem aprender, por meio de vídeos autoexplicativos, a como
utilizar os sistemas de forma muito mais dinâmica e interativa em relação aos manuais de usuários
entregues juntamente com a finalização do sistema. O projeto atendeu aos sistemas dos setores de
Informática (controle interno de equipe ControleINF), ASCOM (sistema de agendamento de
auditório), Biotério (Sistema de pedidos de sangue - Sangria), Bacteriologia (Sistema de controle de
material - SEBAC), Arbovirus (Sistema de controle de material - SISCOM) e Hepatologia (Sistema
de controle de exames SISHEP). O projeto foi finalizado em setembro/2011.
12.1.5.1.5 Sistemas legados
Os sistemas legados representam os sistemas entregues e que estão em produção, os
quais passam por manutenções e/ou atualizações propostas pela equipe de desenvolvimento ou
solicitadas pelo usuário. Enquadram-se também no legado os formulários desenvolvidos para
eventos realizados pelo IEC, os quais tem sua publicação por determinado período.
Sistemas
Sistema Gerenciador de Ambiente Laboratorial - GAL
Sistema DESKMI
Sistema de Gestão de Primatas- CENP
Formulário da BIOINFORMÁTICA - FORMBIO
Sistema SANGRIA
Sistema da Seção de Bacteriologia e Micologia
Sistema de Exames da Seção de Meio Ambiente
Sistema Gestão de TI - CONTROLEINF
Sistema de Questionário PHP (SIASS)
Sistema Controle de Material - SISCOM
Sistema de Agendamento de Auditório
Sistema Secretaria de Apoio aos Comitês
Sistema Serviço de Epidemiologia
Sistema de Solicitação de Serviço
Sistema de Agenda- DIRETORIA
Sistema da Hepatologia - HEPSIS
Sistema BM
Sistema de Malária - SISAMA
Formulário Simpósio Seção de Arbovirologia e Febres Hemorrágicas
Formulário WORKBIO - Seção de Arbovirologia e Febres Hemorrágicas
Quadro 19 Sistemas desenvolvidos no IEC em 2011
221
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Relatório de Gestão/2011
12.1.5.1.6 Sistemas em desenvolvimento e aguardando desenvolvimento
Os sistemas em desenvolvimento são os que estão sendo atendidos pela equipe, os quais
passam pelo processo de desenvolvimento de software: levantamento de requisitos, modelagem dos
dados, programação, teste, homologação com o usuário, reajuste caso precise e entrega, os quais,
após a entrega, fazem parte dos sistemas legados.
Os sistemas que estão aguardando desenvolvimento são aqueles solicitados pelos
usuários da Instituição via memorando, os propostos pela Área de TI e as manutenções sugeridas
pela equipe de desenvolvimento.
Sistemas
Sesat (Cadastro Individual do Trabalhador)
Sistema Gerenciador de Ambiente Laboratorial GAL Módulo Bioinformática
Sistema SEAC
Sistema CENP
Módulo Biologia Molecular - HEPSIS
em desenvolvimento
em desenvolvimento
em desenvolvimento
aguardando desenvolvimento
aguardando desenvolvimento
Programa de Iniciação Científica (PIBIC)
aguardando desenvolvimento
DESKMI - OS
aguardando desenvolvimento
DESKMI
aguardando desenvolvimento
Contratos de Apoio
Manutenção
em desenvolvimento
Assessoria de Desenvolvimento Científico e Acadêmico
Controle de Versão
Consulta Dinâmica
aguardando desenvolvimento
aguardando desenvolvimento
aguardando desenvolvimento
Atualização Sistema Exame Samam
aguardando desenvolvimento
Relatório Sistema Sangria
aguardando desenvolvimento
Sistema de Agenda Diretoria
aguardando desenvolvimento
Quadro 20
Sistemas solicitados pelas unidades do IEC que estão em desenvolvimento ou aguardando
desenvolvimento em 2011.
Fonte: SOINF/IEC
12.1.6 Contratação e gestão de bens e serviços de TI
Renovado o contrato IEC nº 31/2008, cujo objeto é a contratação de empresa
especializada para fornecimento de serviços técnicos na área de Tecnologia da Informação (TI) do
IEC e Centro Nacional de Primatas, compreendendo os serviços de administração, operação e
monitoração à infra-estrutura da rede do IEC, e o atendimento e suporte técnico aos usuários da
infra-estrutura das estações de trabalho.
Renovado o contrato IEC nº 62/2010, cujo objeto é a locação de impressoras e
multifuncionais para impressão e cópia de documentos, incluindo software de gerenciamento e
monitoramento, software de gestão, bilhetagem de impressão e cópia, treinamento e fornecimento
de suprimentos (toner, revelador, cilindro, kit de manutenção, manutenção corretiva/preventiva e
peças).
Atendidos os seguintes Pedidos de Bens e Serviços da Área de TI:
Tabela 163 Quantidade de pedidos de bens e serviços atendidos pela Área de TI em 2011
PBS Nº
001/11
002/11
003/11
005/11
006/11
007/11
008/11
011/11
012/11
Objeto
Aquisição de rádio intercomunicador digital
Aquisição de imaging drum (kit tambor) e fusor
Aquisição de toner LaserJet para impressora HP 1320
Aquisição de baterias seladas para nobreak 12V
Aquisição de toner SHARP AL 100TD
Interface para gerenciamento de nobreaks SMS NET ADAPTER II
Aquisição de aparelhos telefônicos analógicos
Aquisição de apoios ergonômicos para os pés
Aquisição de mouse pad com gel e encosto de braços para teclado
Valor R$
13.632,00
1.098,00
2.640,00
3.560,00
380,00
3.967,50
5.040,00
850,00
747,23
Fonte: SOINF/IEC.
222
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Relatório de Gestão/2011
13 Informação sobre a utilização de cartões de pagamento do
governo federal, observando-se as disposições dos Decretos
nºs 5.355/2005 e 6.370/2008
13.1 Despesas com cartão de crédito corporativo
Tabela 164 Despesas com cartão de crédito corporativo por UG e por portador em 2011
Código da
UG 1
257003/01
Limite de Utilização da UG
Valor
109.660.642-91
Valor do Limite
Individual
22.000,00
Saque
-
Fatura
3.091,21
124.579.812-04
20.000,00
-
6.293,47
6.293,47
218.203.762-49
16.000,00
-
7.960,07
17.344,75
7.960,07
17.344,75
Portador
Raimundo Bahia Pantoja
Luiz Carlos Gomes dos
Santos
Augusto Pereira Cordeiro
Total utilizado pela UG
Fonte: SOINF/IEC.
R$ 58.000,00
CPF
Total
3.091,21
13.1.1 Utilização dos cartões de crédito corporativo da unidade
Tabela 165 Despesas com cartão de crédito corporativo (Série Histórica) realizadas pelo IEC em 2011
Exercícios
Quantidade
2011
2010
2009
Fonte: SOINF/IEC.
Saque
Fatura
(a) Valor
-
Quantidade
21
23
25
(b) Valor
17.344,75
29.783,85
27.024,41
Total (R$)
(a+b)
17.344,75
29.783,85
27.024,41
14 Informações sobre as Renúncias Tributárias contendo
declaração do gestor de que os beneficiários diretos da
renúncia, bem como da contrapartida, comprovaram, no
exercício, que estavam em situação regular em relação aos
pagamentos dos tributos juntos à Secretaria da Receita
Federal do Brasil SRFB, ao Fundo de garantia do tempo
de Serviço FGTS e à Seguridade Social
O IEC não realizou renúncias tributárias no exercício de 2011, conforme Declaração
(Anexo K).
15 Informações sobre as providências adotadas para atender
às deliberações exaradas em acórdãos do TCU ou em
relatórios de auditoria do órgão de controle interno que
fiscaliza a unidade jurisdicionada ou as justificativas para
o seu não cumprimento
O IEC não recebeu deliberações exaradas pelo TCU no exercício de 2011, conforme
Declaração (Anexo L).
223
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Relatório de Gestão/2011
16 Informações sobre o tratamento das recomendações
realizadas pela unidade e controle interno, caso exista na
estrutura do órgão, apresentando as justificativas para os
casos de não acatamento
O IEC não posse Setor de Controle Interno, conforme Declaração (Anexo M).
17 Outras informações consideradas relevantes pela unidade
para demonstrar a conformidade e o desempenho da
gestão no exercício
17.1 Atividades do Setor de Patrimônio
Para cumprir seu papel de registro e controle dos bens patrimoniais móveis e imóveis, o
Setor de Patrimônio registrou este ano a aquisição de equipamentos na ordem de R$-9.111.367,26
(Nove milhões, cento e onze mil, trezentos e sessenta e sete reais e vinte seis centavos), visando
implementar algumas Seções e modernizar outras, além de ter atendido as demandas de projetos
coordenados pela SVS/MS, conforme demonstrativo por Conta Contábil na tabela 166.
Tabela 166 Recursos Orçamentários liquidados e inscritos em resto a pagar não processados
Restos a Pagar não processados em 2010 (pagos em 2011)
4.323.167,11
Pagamentos efetuados em 2011 (aquisições)
4.788.200,15
Total
9.111.367,26
Fonte: SOMAT/IEC
17.2 Concurso Público
Após anos de luta, o IEC conquistou mais uma vitória: a autorização para a realização de
concurso público para provimento de 392 cargos, através da Portaria nº 371, de 28.10.2009,
publicada no DOU de 29.10.09. Porém o resultado final e homologação do nível superior (área
técnica), conforme Edital nº 08, de 28.3.2011.foi publicada no Diário Oficial da União nº 60, apenas
no dia 29.3.2011 e a autorização para nomeação se efetivou através da Portaria nº 422, de 5.10.11,
publicada no DOU de 6.10.11, do Ministério do Planejamento, Orçamento e Gestão, onde foi
autorizada a nomeação de 93 candidatos do concurso público e finalmente através da portaria nº
1.092, de 1.11.11, publicada no DOU de 3.1.11, foi autorizado a nomeação dos 93 candidatos
aprovados no concurso , distribuídos da seguinte forma: 56 Pesquisadores em Saúde Pública; 19
Tecnologistas em Pesquisa e Investigação Biomédica e 18 Assistentes Técnicos de Gestão e
pesquisa e Investigação Biomédica.
O Instituto aguarda agora a nomeação dos 299 aprovados restantes.
17.3 Unidade Descentralizada do IEC no Acre
Sempre na perspectiva do que serve melhor para o País e para a região amazônica, o IEC
precisava estar em outro Estado amazônico como presença institucional, além da constante
interação que tem com todos eles, para servir melhor, inclusive encurtando distâncias. Assim O IEC
chegou ao Acre, Estado da Amazônia que acumula diferenças importantes com o resto da região,
como por exemplo, a geologia, a colonização feita, sobretudo pelos nordestinos, o que resultou em
224
INSTITUTO EVANDRO CHAGAS
Relatório de Gestão/2011
hábitos peculiares. É o único Estado da região onde a pescado não é a principal fonte de proteínas
da população. Aliás, parece que a pecuária que lá praticam é da melhor qualidade e, como
alternativa alimentar, mais barata do que o pescado. Tem mais, o estado faz limite com partes
importantes da Pan Amazônia. Também é por lá que teremos a saída para o pacífico. O estado tem
agravos locais que possuem epidemiologia diferenciada e pouco esclarecida. Como exemplo
importante tem a Hanseníase e a Hepatite. Para não falar da presença do mercúrio em alguns
compartimentos ambientais, que o IEC constatou pela primeira vez e não esclareceu a contento, por
falta de estrutura física adequada. Por isso o IEC precisa estar lá com toda a qualidade que possui, e
já não era sem tempo. A Fundação Nacional de Saúde (FUNASA) cedeu ao IEC um espaço para
sua instalação provisória até que tenha sua sede própria, composto de: uma casa, dois laboratórios
no térreo e um galpão. Além desse espaço o LACEN cedeu duas salas, onde será instalado o
diagnóstico das infecções respiratórias, inclusive a gripe A (H1N1).
18 Declaração do contador responsável pela unidade
jurisdicionada atestando que os demonstrativos contábeis
(Balanços Orçamentário, Financeiro e Patrimonial e a
Demonstração das Variações Patrimoniais, previstos na
Lei n.º 4.320, de 17 de março de 1964) e o demonstrativo
levantado por unidade gestora responsável - UGR (válido
apenas para as unidades gestoras não executoras),
refletem a adequada situação orçamentária, financeira e
patrimonial do IEC.(Parte B, Item 1, do anexo II da DN
TCU N.º 107, de 27/10/2010)
A declaração do contador responsável pelos demonstrativos contábeis do IEC encontrase no anexo N.
225
INSTITUTO EVANDRO CHAGAS
Relatório de Gestão/2011
Anexos
226
ORGANOGRAMA DO MINISTÉRIO DA SAÚDE
ANEXO A
ANEXO B
ORGANOGRAMA DO INSTITUTO EVANDRO CHAGAS
DIRETORIA
ASSESSORIA
SEADM
CTC
SEARH
SERV. TEC.
CENTIFICO
SEVEP
SAOFI
SODRH
SAARB
SOALM
SOCAD
SABMI
SOCOM
SOPAG
SAHEP
SOMAT
SAMAM
CTC – Conselho Técnico Científico
SEADM - Serviço de Administração
SAOFI – Seção de Execução Orçamentária e Financeira
SOALM – Setor de Almoxarifado
SOCOM – Setor de Compras
SOMAT – Setor de Material e Patrimônio
SEARH – Serviço de Recursos Humanos
SODRH – Setor de Desenvolvimento de Recursos Humanos
SOCAD – Setor de Cadastro
SOPAG – Setor de Pagamento
SEVEP – Serviço de Epidemiologia
SETEC – Serviço Técnico Científico
SAARB – Seção de Arbovirologia e Febres Hemorrágicas
SABMI – Seção de Bacteriologia e Micologia
SAHEP – Seção de Hepatologia
SAMAM – Seção de Meio Ambiente
SAPAR – Seção de Parasitologia
SAPAT – Seção de Patologia
SAVIR
de Virologia
CTC – Seção
Conselho
Técnico Científico, composto de membros, sendo:
SACPA – Seção de Criação e Produção de Animais de Laboratório
Presidente:
SAPAR
SAPAT
SAVIR
SACPA
O Regimento Interno do Instituto Evandro Chagas foi aprovado pela Portaria 2.123, de
07.10.2004, publicada na Seção 1 do D.O.U nº 196, de 11.10.2004, /2003, conforme abaixo:
Ao Instituto Evandro Chagas compete:
I - desenvolver pesquisas científicas no âmbito das ciências biológicas, do meio ambiente e da
medicina tropical que visem, primordialmente, à identificação e ao manejo dos problemas
médicosanitários, com ênfase na Amazônia brasileira;
II - realizar estudos, pesquisas e investigação científica nas áreas de epidemiologia e controle de
doenças e vigilância ambiental em saúde;
III - planejar e executar administrativamente todas as atividades necessárias ao desenvolvimento
técnico-científico institucional;
IV - exercer as atividades de laboratório de referência nacional e regional que lhe forem
atribuídas;
V - disseminar a produção dos conhecimentos técnico e científico para subsidiar as ações de
vigilância em saúde; e
VI - coordenar a produção e o fornecimento de insumos biológicos para o diagnóstico laboratorial
em apoio às demandas da rede nacional de laboratórios de saúde pública em sua área de
competência.
Parágrafo único. Para o desempenho de suas funções, o Diretor do Instituto Evandro Chagas
contará com dois assistentes técnicos.
Ao Serviço de Administração compete coordenar e executar as atividades relacionadas a
planejamento, orçamento, finanças, informática e recursos logísticos no âmbito do Instituto
Evandro Chagas.
À Seção de Execução Orçamentária e Financeira compete:
I - executar as atividades relacionadas à programação e à execução orçamentária e financeira;
II - analisar os balancetes financeiros; e
III - registrar conformidade contábil.
Ao Setor de Almoxarifado compete:
I - elaborar a relação de materiais de uso comum, necessários à reposição de estoque;
II - acompanhar o saldo de materiais, subsidiando informações para fins de planejamento de
reposição de estoque; e
III - elaborar o relatório mensal de almoxarifado.
Ao Setor de Compras compete:
I - coordenar, planejar e executar as atividades relativas a compras de bens e à contratação de
serviços; e
II - controlar e manter atualizados os cadastros de fornecedores, dos prestadores de serviços e dos
preços de produtos no mercado.
Ao Setor de Material e Patrimônio compete:
I - executar as atividades pertinentes ao registro e à atualização de bens móveis e imóveis; e
II - elaborar o relatório mensal de bens móveis e imóveis e consolidar os inventários anuais.
Ao Serviço de Recursos Humanos compete coordenar, planejar e executar as atividades
relacionadas às áreas de administração e desenvolvimento de recursos humanos.
Ao Setor de Desenvolvimento de Recursos Humanos compete:
I - proceder ao desenvolvimento continuado, incluindo capacitações e treinamentos, dos recursos
humanos do Instituto;
II - manter registro atualizado de estágios supervisionados; e
III - acompanhar as ações relativas ao Plano de Carreiras e ao processo de avaliação de
desempenho dos servidores.
Ao Setor de Cadastro compete promover os registros e o controle da vida funcional do servidor.
Ao Setor de Pagamento compete:
I - supervisionar e executar as atividades de pagamento dos servidores ativos, aposentados e
pensionistas;
II - analisar e encaminhar os expedientes para inclusão em folha de pagamento; e
III - instruir processos para reconhecimento de dívidas de pessoal e de exercícios anteriores.
Ao Serviço de Epidemiologia compete:
I - coordenar e orientar as ações de diagnóstico laboratorial realizadas pelo Instituto, quando
demandadas pelos serviços de vigilância epidemiológica de estados e de municípios, promovendo
a
articulação entre o laboratório e as demais áreas do SUS; e
II - coordenar e executar estudos epidemiológicos estratégicos.
Ao Serviço Técnico-Científico compete:
I - coordenar pesquisas básicas e aplicadas;
II - coordenar as atividades de apoio à vigilância epidemiológica na realização do diagnóstico
laboratorial; e
III - coordenar a execução das atividades laboratoriais, segundo suas atribuições na Rede
Nacional de Laboratórios de Saúde Pública, em apoio à vigilância epidemiológica.
A Seção de Arbovirologia e Febres Hemorrágicas compete:
I - realizar pesquisas básicas e aplicadas das arboviroses e febres hemorrágicas, inclusive as
emergentes e reemergentes;
II - apoiar as ações de vigilância epidemiológica na realização do diagnóstico laboratorial; e
III - executar as atividades laboratoriais, segundo suas atribuições na Rede Nacional de
Laboratórios de Saúde Pública, em apoio à vigilância epidemiológica.
À Seção de Bacteriologia e Micologia compete:
I - realizar pesquisas básicas e aplicadas de doenças bacterianas que integram a lista de doenças
de notificação compulsória ou que venham a assumir importância na saúde pública, bem como
das micoses;
II - apoiar as ações de vigilância epidemiológica na realização do diagnóstico laboratorial; e
III - executar as atividades laboratoriais, segundo suas atribuições na Rede Nacional de
Laboratórios de Saúde Pública, em apoio à vigilância epidemiológica.
À Seção de Hepatologia compete:
I - realizar pesquisas básicas e aplicadas relacionadas à hepatologia regional, com a finalidade de
caracterizar os agentes infecciosos e não-infecciosos, bem como os demais fatores causais
relacionados com os respectivos agravos e doenças, visando à elaboração de estratégias de
prevenção e controle;
II - apoiar as ações de vigilância epidemiológica na realização do diagnóstico laboratorial; e
III - executar as atividades laboratoriais, segundo suas atribuições na Rede Nacional de
Laboratórios de Saúde Pública, em apoio à vigilância epidemiológica.
À Seção de Meio Ambiente compete:
I - realizar pesquisas básicas e aplicadas das doenças e fatores de risco relacionados à vigilância
ambiental;
II - apoiar as ações de vigilância ambiental na realização do diagnóstico laboratorial; e
III - executar as atividades laboratoriais, segundo suas atribuições na Rede Nacional de
Laboratórios de Saúde Pública, em apoio à vigilância ambiental.
À Seção de Parasitologia compete:
I - realizar pesquisas básicas e aplicadas das doenças parasitológicas que venham assumir
importância na saúde pública, além de intervir em situações emergenciais;
II - apoiar as ações de vigilância epidemiológica na realização do diagnóstico laboratorial; e
III - executar as atividades laboratoriais, segundo suas atribuições na Rede Nacional de
Laboratórios de Saúde Pública, em apoio à vigilância epidemiológica.
À Seção de Patologia compete:
I - realizar pesquisas básicas e aplicadas de doenças transmissíveis e outras de interesse em saúde
pública;
II - apoiar as ações de vigilância epidemiológica na realização do diagnóstico laboratorial; e
III - executar as atividades laboratoriais, segundo suas atribuições na Rede Nacional de
Laboratórios de Saúde Pública, em apoio à vigilância epidemiológica.
À Seção de Virologia compete:
I - realizar pesquisas básicas e aplicadas das doenças virais que integram a lista de doenças de
notificação compulsória ou que venham a assumir importância na saúde pública;
II - apoiar as ações de vigilância epidemiológica na realização do diagnóstico laboratorial; e
III - executar as atividades laboratoriais, segundo suas atribuições na Rede Nacional de
Laboratórios de Saúde Pública, em apoio à vigilância epidemiológica.
À Seção de Criação e Produção de Animais de Laboratório compete:
I - criar e promover a reprodução de animais de pequeno e médio porte para os experimentos
científicos;
II - produzir e fornecer insumos para fins de pesquisas biomédicas; e
III - desenvolver estudos e projetos de pesquisas em relação ao comportamento desses animais em
cativeiro.
ANEXO C
RELAÇAO DAS PESQUISAS EM ANDAMENTO NO INSTITUTO
EVANDRO CHAGAS EM 2011
PESQUISADOR RESPONSÁVEL
FONTES DE
RECURSOS
TEMPO DE
DURAÇÃO
Caracterização ultraestrutural e antigênica de novos arbovírus sem taxonomia
definida.
Pedro Vasconcelos, Sueli Rodrigues, Elizabeth Salbé, Lívia
Martins, Socorro Azevedo
IEC/SVS
1999-2012
Estudos ecoepidemiológicos da FA e outras arboviroses na Amazônia Brasileira.
Pedro Vasconcelos, Sueli Rodrigues, Ana Cecília, Elizabeth
Salbé, Socorro Azevedo, Lívia Martins.
IEC/SVS
1999-2012
Ana Cecília, Pedro Vasconcelos, Elizabeth Salbé, Márcio
Nunes, Sueli Rodrigues
FIOCRUZ
2006-2012
Caracterização genética de Phlebo vírus (Bunyaviridae) do complexo Candiru,
isolados no IEC
Pedro Fernando da Costa Vasconcelos
CNPq
2005-2013
Dengue: Produção de antígenos para uso em testes de ELISA para diagnóstico
Pedro Fernando da Costa Vasconcelos
OPAS/ WASHINGTON
(Carta Acordo 107)
2006-2014
Ana Cecília, Pedro Vasconcelos, Elizabeth Salbé, Márcio
Nunes, Sueli Rodrigues
IEC/SVS e FAPESPA
2009-2011
Pedro Fernando da Costa Vasconcelos
CNPq
2006-2012
Ana Cecília, Pedro Fernando da Costa Vasconcelos, Lívia
Carício Martins, Jannifer Chiang, Sueli Rodrigues
IEC/SVS
2009-2012
Pedro F. C. Vasconelos, Jorge Travassos, Lívia Martins,
Socorro Azevedo.
IEC/UFPA
2006-2012
Estudo experimental da Febre Amarela em primatas não humanos Callitrix
penincillata.
Pedro F. C. Vasconcelos, Lívia Carício Martins, Jannifer O.
Chiang, Juarez A. S. Quaresma, José A.P.C. Muniz, Paulo
Castro.
IEC/SVS/MS
2009-2012
Instituto Nacional de Ciência e Tecnologia de Febres Hemorrágicas Virais
Pedro Fernando da Costa Vasconcelos
UFPA; USP; Instituto
Butantan; LACENAmapá eTocantins.
2009-2014
Caracterização molecular do genoma de cepas do vírus da Raiva correlacionada à
imunopatologia e desenvolvimento de RT-PCR em tempo real.
Pedro Fernando da Costa Vasconcelos
UFPA e USP
2009-2012
Caracterização genética e desenvolvimento de testes sorológicos e moleculares
para os vírus pertencentes ao grupo da febre dos flebótomos (Bunyaviridae:
Phlebovirus) isolados na Amazônia Brasileira
Pedro Fernando da Costa Vasconcelos, Sueli Guerreiro
Rodrigues, Márcio R.T. Nunes
IEC/SVS, UTMB, CU
2009-2012
Análise clínico-epidemiológica dos casos notificados de dengue no estado de
Rondônia
Pedro Fernando da Costa Vasconcelos, Sueli Guerreiro
Rodrigues, Rodrigo Paes de Menezes
IEC/SVS
2009-2011
PESQUISA
ARBOVIROLOGIA
Caracterização genotípica de amostras de dengue isoladas no Brasil.
Caracterização biológica e molecular do vírus Dengue 2 e 3 causadores de
manifestações neurológicas
Epidemiologia das infecções causadas por arbovírus, arenavírus e hantavírus na
região Amazônica brasileira: Eco-epidemiologia, biologia molecular e infecção
experimental
Investigação de circulação de Arbovirus em soros de humanos procedentes da
cidade de Juruti, Pará Brasil.
Caracterização Molecular de cepas do vírus da Raiva no Estado do Pará
1
ANEXO C
RELAÇAO DAS PESQUISAS EM ANDAMENTO NO INSTITUTO EVANDRO CHAGAS EM 2011
PESQUISADOR RESPONSÁVEL
FONTES DE
RECURSOS
TEMPO DE
DURAÇÃO
Estudo epidemiológico dos arbovírus na Amazônia brasileira: estudo da fauna de
vertebrados silvestres e entomológica da área de abrangêngia do projeto Juruti,
Pará
Pedro Fernando da Costa Vasconcelos, Ana Cecília Ribeiro
Cruz, Sueli Guerreiro Rodrigues, Maxwell Furtado de Lima
IEC/SVS
2009-2011
Caracterização da resposta imune citocínica em infecções humanas por febre do
Oropouche
Pedro Fernando da Costa Vasconcelos, Euzébio de Oliveira,
Juarez Quaresma, Olindo Martins Jr.
IEC/SVS, INCT-FHV
2009-2012
Sueli G Rodrigues, Pedro FC Vasconcelos, Maura V dos
Anjos
IEC/SVS
2010-2011
Pedro F. C. Vasconcelos, Sueli G. Rodrigues, Lívia Caricio
Martins
IEC/UFPA
2004-2012
OPAS/ Washington
(Carta Acordo)
2006 - 2011
Daniele B A Medeiros, Pedro FC Vasconcelos, Elizabeth S T
Rosa, Darlene B Simith, Márcio R T Nunes, Ivy Tsuia
Esashika Prazeres
IEC/SVS
2010-2011
Márcio R T Nunes, Pedro F C Vasconcelos, Darlene B
Simith, Elizabeth S T Rosa, Daniele B A Medeiros
IEC/SVS
2009-2011
Pedro Fernando da Costa Vasconcelos
IEC/SVS
2006-2011
Caracterização molecular de cepas do vírus da encefalite Saint Louis isoladas de
mosquitos do gênero Culex no Estado do Pará, Brasil
Márcio R T Nunes, Pedro F C Vasconcelos, Daniela S G
Rodrigues, Sueli G Rodrigues
IEC/SVS, CNPq
2010-2012
Anotação genômica de cepas do vírus dengue 3 sequenciadas por
pirossequenciamento
Márcio R.T Nunes, Pedro FC Vasconcelos, Davi Toshio
Inada, Samir MM Casseb
IEC/SVS, Columbia
University, CNPq
2010-2012
Pedro F C Vasconcelos, Márcio R T Nunes, Valéria L
Carvalho, Helena B Vasconcelos, Clayton Silva
IEC/SVS
2008-2012
Márcio R T Nunes, Pedro F C Vasconcelos, Jose A. S.
Pantoja, Sueli G. Rodrigues
IEC/SVS
2010-2012
Márcio R T Nunes, Pedro F C Vasconcelos, C. Araújo, Sueli
G. Rodrigues
IEC/SVS
2010-2012
PESQUISA
ARBOVIROLOGIA - Continuação...
Estudo soroepidemiológico retrospectivo da circulação do vírus da encefalite Saint
Louis em populações humanas do estado do Pará, Brasil
Neurotropismo e neuropatogenicidade de Infecções experimentais intranasais de
certos rhabdovírus amazônicos em camundongos recém nascidos e adultos
Vigilance of encephalitis caused by arboviruses in the Brazilian Amazon: perform of Pedro Fernando da Costa Vasconcelos, Sueli G. Rodrigues,
serologic survey in equines and birds in two different sentinel sites
Lívia C. Martins, Jennifer O. Chiang
Caracterização genética de Hantavírus em amostras biológicas de casos de
síndrome cardiopulmonar por hantavírus procedentes do estado de Mato Grosso,
no período de 2003 a 2007
Caracterização molecular de hantavírus em amostras de roedores procedentes dos
estados de Rondônia e Amazonas e padronização da técnica de RT-PCR em
tempo real para hantavírus amazônicos
Caracterização molecular de flavivírus brasileiros
Caracterização molecular e evolutiva dos vírus pertencentes ao grupo Guamá
(Bunyaviridae: Orthobunyavirus) isolados na Amazônia brasileira
Epidemiologia molecular do vírus Dengue sorotipo 3 no Brasil
Desenvolvimento e padronização de testes de RT-PCR e RT-PCR em tempo real
para detecção de genoma de diferentes orthobunyavirus
2
ANEXO C
RELAÇAO DAS PESQUISAS EM ANDAMENTO NO INSTITUTO EVANDRO CHAGAS EM 2011
PESQUISADOR RESPONSÁVEL
FONTES DE
RECURSOS
TEMPO DE
DURAÇÃO
Márcio R T Nunes, Pedro F C Vasconcelos, Sueli G
Rodrigues, Daisy E A Silva
IEC/SVS, St. Andrews
University
2010-2013
Epidemiologia sorológica e molecular do vírus Bluetongue no estado do Pará
Márcio R T Nunes, Pedro F C Vasconcelos, S. P. Silva
IEC/SVS
2010-2013
Estudo molecular e patológico para o vírus Mayaro (Togaviridae: Alphavirus)
Ana C R Cruz, Pedro F C Vasconcelos, Sueli G Rodrigues,
IEC/SVS,CNPq
2010-2012
Caracterização Molecular de flavivírus isolados na Amazônia brasileira
Márcio R T Nunes, Pedro F C Vasconcelos, C. S. Codama,
Suel G. Rodrigues
IEC/SVS
2010-2012
Epidemiologia molecular da raiva transmitida por morcegos na Amazônia brasileira
Pedro F C Vasconcelos, Elizabeth S. T Rosa, Taciana F
Barbosa, Márcio R T Nunes, Daniele A B Medeiros, Lívia
Casseb
IEC/SVS, Columbia
University, CNPq
2009-2012
Epidemiologia da raiva rural no estado do Pará
Lívia M. Casseb, Pedro F C Vasconcelos, Elizabeth S. T
Rosa, Taciana F Barbosa, Márcio R T Nunes, Daniele A B
Medeiros, Nábia Rodrigues da Silva Lopes
IEC/SVS
2010-2012
Sequenciamento nucleotídico completo e estudo experimental em camundongos
jovens de cinco cepas de vírus rábico isoladas no estado do Pará
Pedro F C Vasconcelos, Elizabeth S. T Rosa, Taciana F
Barbosa, Márcio R T Nunes, Daniele A B Medeiros, Lívia
Casseb
IEC/SVS, Columbia
University, CNPq
2009-2012
Estudo experimental de Dengue em primatas não humanos callitrix penincillata:
análise histopatológica e histoquímica
Pedro F. C. Vasconcelos, Lívia Caricio Martins, Jannifer O
Chiang, Juarez A. S. quaresma, José A. P.C. Muniz, Paulo
Castro
IEC/SVS
2009-2012
Caracterização molecular de cepas do vírus Mayaro e estudo experimental em
camundongos
Pedro Vasconcelos, Eliana da Silva, Ana cecília Cruz, Valéria
Carvalho, Helena Baldez, Márcio Nunes e Juarez Quaresma
IEC/SVS
2009-2012
Estudo da fauna de artropódes hematófagos da suordem nematocara no município
de Santa Bárbara, Pará
Pedro Fernando Vasconcelos
IEC/SVS/MS
2010-2012
Avaliação de 3 protocolos de testes moleculares utilizados no diagnóstico do vírus
Dengue
Ana Cecília Cruz, Pedro Vasconcelos, Sueli Roderigues e
Marcos Moraes Prazeres
IEC/SVS/MS
2010-2011
Ana cecília Cruz, Pedro Vasconcelos, Alessandra da C.
Miranda
IEC/SVS/MS
2010-2012
PESQUISA
ARBOVIROLOGIA - Continuação...
Papel das proteinas não estruturais e regiões não codificantes do vírus Oropouche
(Bunyaviridae: Orthobunyavirus)
Caracterização genética do Mosquito aedes aegypti na região norte do Brasil.
3
ANEXO C
RELAÇAO DAS PESQUISAS EM ANDAMENTO NO INSTITUTO EVANDRO CHAGAS EM 2011
PESQUISADOR RESPONSÁVEL
FONTES DE
RECURSOS
TEMPO DE
DURAÇÃO
Márcio Nunes, Pedro Vasconcelos e R. Saldanha
IEC/SVS/MS
2010-2012
Efeito genotóxico do metilmercúrio avaliado em cromossomos metafásicos obtidos
a partir de cultura de linfócitos
Nelson Antonio Bailão Ribeiro
IEC/SVS
2010-2011
Caracterização Citogenética em Primatas Não-Humanos, da Família Callitrichidae,
Mantidos em Cativeiro, no Centro Nacional de Primatas.
Nelson Antonio Bailão Ribeiro
IEC/SVS
2010-2011
Efeito genotóxico de antivirais a serem utilizados no tratamento da Hepatite B –
Tenofovir, Adefovir e Entecavir, avaliado em cromossomos metafásicos obtidos a
partir de cultura de linfócitos.
Nelson Antonio Bailão Ribeiro
IEC/SVS
2010-2011
Pedro Fernando da Costa Vasconcelos, Antonio Gregório
Dias Jr., Ana C Cruz, Márcio R. T. Nunes
INCT-FHV, CNPq,
CAPES
2011-2013
Pedro Fernando da Costa Vasconcelos, Alice Louise Nunes
Queiroz, José Antônio Picanço Diniz, Márcio R. T. Nunes
IEC/SVS/MS
2011-2013
Pedro Fernando da Costa Vasconcelos, Ana Letícia Scaldelai
Bernardi, Elizabeth Salbé travassos da Rosa, Darlene B
Simith
INCT-FHV
2011-2013
Caracterização de linhagenm celular derivada de adenoma pleomórfico.
Nelson Antonio Bailão Ribeiro
IEC/SVS/MS
2011-2013
Análise Filogenética a partir de dados moleculares, de espécies pertencentes à
família Phyllostomatidae
Nelson Antonio Bailão Ribeiro
IEC/SVS/MS
2011-2013
Caracterização molecular e análise filogenética de primatas da família
Callitrichidae, mantidos no Centro Nacional de Primatas
Nelson Antonio Bailão Ribeiro
IEC/SVS/MS
2011-2013
Olinda Macêdo
IEC/SVS/MS
2001
Contínua
Wyller Alencar de Mello
OPAS
Estudo prospectivo
Mirleide Cordeiro dos Santos
IEC/SVS/MS
Estudo prospectivo
Rita Catarina Medeiros de Souza
IEC/CNPq
Estudo prospectivo
PESQUISA
ARBOVIROLOGIA - Continuação...
Caracterização do vírus Tucunduba na Amazônia Brasileira, cepas AR279 e
H409029
Caracterização de Micro RNA em Dengue
Caracterização antigênicas, estrutural e molecular de vírus isolado em Rio Branco,
Acre
Pequisa de anticorpos para Arenavírus em soros negativos para Hantavírus na
Amazônia Brasileira
VIROLOGIA
Diagnóstico Sorológico do HIV/AIDS.
Caracterização antigênica e genética de cepas do vírus da influenza
Detecção e caracterização molecular de vírus respiratório sincicial (VRS) em casos
de infecção respiratória aguda
Perfil da resistência dos vírus da influenza humana aos antivirais
4
ANEXO C
RELAÇAO DAS PESQUISAS EM ANDAMENTO NO INSTITUTO EVANDRO CHAGAS EM 2011
PESQUISADOR RESPONSÁVEL
FONTES DE
RECURSOS
TEMPO DE
DURAÇÃO
Pesquisa de novos agentes virais (metapneumovírus, bocavírus e coronavírus)
associados a infecção respiratória
Wyller Alencar de Mello
IEC/CNPq
Estudo prospectivo
Pesquisa de papiloma vírus na Amazônia
Wyller Alencar de Mello
ILPC/IEC/SVS
Estudo prospectivo
Detecção de papilomavírus humano em neoplasia de prostata no Estado do Pará
Rodrigo Velasco Duarte Silvestre
IEC/CNPq
2008 - Estudo
prospectivo
Caracterização molecular do vírus de Epstein Barr (EBV) em tecidos de pacientes
suspeitos de doença de Hodgkin da região Amazônica Brasileira, no período de
2007 a 2009
Talita Monteiro
IEC/SVS
2007-2011
Pesquisa em enterovírus em casos de paralisia flácida aguda (PFA) ocorridos na
Região Norte do Brasil e em dois estados da região Nordeste.
Mª de Lourdes C. Gomes
IEC/SVS/MS, OPAS
Desde 2001
Contínua
Sorotipagem de enterovírus isolados de casos de paralisia flácida aguda
Maria de Lourdes C. Gomes
IEC/SVS/MS
2007-2011
Caracterização molecular de rotavírus em crianças de Belém-PA e outras
localidades.
Joana Mascarenhas
IEC/SVS/MS
Continua
Genes estruturais e não-estruturais de rotavírus A circulantes em Belém, Pará
Joana Mascarenhas
CNPq
2009 - 2013
Detecção de picobirnavírus em crianças com gastrenterite aguda hospitalizadas
em Belém, Pará
Joana Mascarenhas
IEC/SVS
2010-2012
Detecção de rotavírus do Grupo C circulantes em crianças com gastrenterite aguda
hospitalizadas em Belém, Pará
Joana Mascarenhas
IEC/SVS
2010-2012
Detecção e caracterização molecular de rotavírus associados a casos esporádicos
e surtos de gastrenterite em neonatos e crianças internados na Santa Casa de
Misericórdia do Pará.
Joana Mascarenhas
IEC/SVS
2011-2013
Detecção de vírus causadores de gastroenterite em amostras de água oriundas de
diferentes ecossistemas aquáticos na Região Metropolitana de Belém-Pa.
Yvone Gabbay Mendes/ Joana D'Arc Pereira Mascarenhas
SEDECT/
FAPESPA/ IEC
2008-2011
Joana D´arc Pereira Mascarenhas
SEDECT/FAPESPA/
IEC
2008-2012
Detecção e caracterização molecular das diarréias por astrovírus e calcivírus entre
crianças da comunidade quilombola de Abacatal, município de Ananindeua
Yvone Gabbay Mendes, Joana D´arc Pereira Mascarenhas
SEDECT/PAPESPA/IEC
/SVS
2008-2011
Pesquisa de rotavírus em leitões durante o pré-desmame na região metropolitana
de Belém
Joana D´arc Pereira Mascarenhas
SEDECT/PAPESPA/IEC
/SVS
2008-2011
PESQUISA
VIROLOGIA - Continuação
Avaliação clínica, epidemiológica e molecular das diarréias por agentes virais e
parasitários entre crianças da comunidade quilomba do Abacatal, município de
Ananindeua
5
ANEXO C
RELAÇAO DAS PESQUISAS EM ANDAMENTO NO INSTITUTO EVANDRO CHAGAS EM 2011
PESQUISADOR RESPONSÁVEL
FONTES DE
RECURSOS
TEMPO DE
DURAÇÃO
Pesquisa de calcivírus em leitões durante o pré-desmame na região metropolitana
de Belém
Yvone Gabbay Mendes, Joana D´arc Pereira Mascarenhas
SEDECT/PAPESPA/IEC
/SVS
2008-2011
Impacto da doença causada por rotavírus: morbidade, mortalidade e monitorização
de amostras. (Projeto multicêntrico com a coordenação central da SVS) .
Alexandre Linhares
IEC/SVS/MS e OPAS
Contínua
Estudo caso-controle para avaliar a efetividade da vacina Rotarix na prevenção de
gastroenterite grave por rotavírus (SGE por RV) entre crianças hospitalizadas
nascidas após 6 de março de 2006 e com pelo menos 12 semanas de idade em
Belém, no Brasil
Alexandre Linhares
GlaxoSmithKline do
Brasil Ltda. e IEC
2008-2011
HHV-6 e HHV-7 na gênese de síndromes diversas
Darleise Oliveira
IEC/SVS
2009-2011
Caracterização molecular dos Eritrovírus B19 e de suas variantes V9 e A6
Darleise Oliveira
IEC/SVS
2009-2011
Análise sorológica e Molecular da Associação do Vírus Varicela-Zoster em
individuos com Diagnóstico Clínico de Paralisia Facial Periférica em Belém, Pará,
Brasil.
Talita Monteiro, Marcos Rogério Menezes
IEC/SVS/MS e Santa
Casa de Misericórdia
2008-2011
Caracterização molecular dos enterovírus não pólio (EVNP) isolados de casos de
deficiência motora aguda e flácida, na região norte do Brasil no período de 1996 a
2006.
Alexandre Linhares
IEC/ SVS
2010-2011
Rodrigo Vellasco Duarte Silvestre
IEC/SVS
Estudo prospectivo 5
anos
Análise Molecular de rotavírus tipo G9 de crianças na região norte do Brasil.
Joana Mascarenhas
IEC/SVS
2011-2015
Caracterização genética dos genes que codificam para as proteínas estruturais e
não estruturais dos rotavírus genótipo G2 que circularam na região norte do Brasil
antes e após a introdução da vacina contra rotavírus.
Joana Masca-renhas
IEC/SVS
2011-2015
Detecção e caracterização molecular de norovírus e astrovírus associados a casos
esporádicos e surtos de gastrenterite em neonatos e crianças internados na Santa
Casa de Misericórdia do Pará.
Yvone Gabbay Mendes/Joana Mascarenhas
IEC/SVS
2011-2013
Yvone Gabbay/Alexandre Linhares
IEC/SVS e OPAS
Contínua
Yvone Gabbay
IEC
2008-2011
PESQUISA
VIROLOGIA - Continuação
Projeto de rastreamento do carcinama de colo uterino e de suas lesoes
precursoras com sistema "co-teste" Belém - Pará
Detecção de norovírus em amostras provenientes da Rede de Vigilância das
Gastrenterites por Rotavírus- Região Norte.
Detecção de norovírus e astrovírus em amostras provenientes do estudo casocontrole realizado para avaliar a efetividade da vacina Rotarix na prevenção de
gastroenterite grave por rotavírus (SGE por RV)
6
ANEXO C
RELAÇAO DAS PESQUISAS EM ANDAMENTO NO INSTITUTO EVANDRO CHAGAS EM 2011
PESQUISA
PESQUISADOR RESPONSÁVEL
FONTES DE
RECURSOS
TEMPO DE
DURAÇÃO
Avaliação das alterações ambientais e sociais e sua influência no quadro
nosológico nas áreas de influência das minas de ferro do complexo Carajás S11D,
Projeto Serra Leste, Mina do Manganês do Azul e do Salobo.
Lívia Carício
VALE/FVRD/
SALOBO/RDM
05.10.2011 a 04.10.2014
Hepatites virais na àrea do Projeto Juruti, Pará: aspectos epidemiológicos, clínicos
e prevenção
Manoel Soares
OMNIA/IEC/SVS
2006-2011
Desenvolvimento e padronização de técnicas biomoleculares para detecção,
quantificação e genotipagem dos virus das hepatites B e D em casos de hepatite
fulminante.
Manoel Soares
MCT-CNPq-IEC/SVS
2008-2011
Desenvolvimento e padronização de técnicas biomoleculares para detecção,
quantificação e genotipagem dos virus das hepatites B e D em casos de hepatite
fulminante.
Manoel Soares
MCT-CNPq-IEC/SVS
2008-2011
“Reavaliação laboratorial de infecção pelo vírus da hepatite C em dialisados
atendidos no período de 1990-1993, Belém, Pará, Brasil”
Manoel Soares
IEC/SVS
2011-2012
“Manifestações dermatológicas numa casuística de doença hepática, em um
hospital de referência, Belém, Pará, Brasil”
Manoel Soares
IEC/SVS
2011-2012
Francisco Lúzio de Paula Ramos
IEC/SVS/MS
Início 1965 Contínua
Mª Luiza Lopes
IEC/SVS/MS
1999 - Contínua
Estudo etioepidemiológico das doenças bacterianas nas áreas de influência do
projeto SALOBO.
Maria Luiza Lopes
CVRD
2006-2012
Implantação da técnica de cultura de células monucleadas do sangue periférico
com proteinas específicas de M. Leprae e posterior de mensuração da citocina
interferograma para implementar o diagnóstico da Hanseníase Pance Bacilar
Maria do Perpétuo Socorro Corrêa Amador
IEC/SVS/MS, FIOCRUZ
2006-2015
Caracterização Fenotípica e Genotípica de Serratia marcescens Associadas à
Infecção Nosocomial
Karla Valéria Batista Lima
Laboratório Paulo
Azevedo/ IEC
2006-2011
Estudo de portadores de enteropatogenos bacterianos entre trabalhadores
imigrantes contratados pelo projeto de mineração
Edvaldo Carlos Brito Loureiro
VALE/FVRD/
SALOBO/IEC/SVS
2008-2012
Estudo de transmissores e reservatórios silvestres de Salmonella
Edvaldo Carlos Brito Loureiro
VALE/FVRD/
SALOBO/IEC/SVS
2008-2012
Silvia Helena Marques da Silva
IEC/ SVS/ MS
2006-2012
EPIDEMIOLOGIA
HEPATOLOGIA
BACTERIOLOGIA
Estudo Clínico Epidemiológico e Laboratorial da Febre Tifóide na Amazônia com
particular referência ao Estado do Pará
Perfil da Resistência Primária de M. tuberculosis aos Tuberculostáticos
Padronizados em Portadores de Tuberculose Pulmonar
Identificação molecular de leveduras
7
ANEXO C
RELAÇAO DAS PESQUISAS EM ANDAMENTO NO INSTITUTO EVANDRO CHAGAS EM 2011
PESQUISADOR RESPONSÁVEL
FONTES DE
RECURSOS
TEMPO DE
DURAÇÃO
Ana Roberta Fusco da Costa
IEC/ SVS/ MS
2009-2013
Diagnóstico Molecular da Leptospirose
Ana Roberta Fusco da Costa e Maria Luíza Lopes
IEC/ SVS/ MS
2009-2012
Diagnóstico Molecular de Menigites Bacterianas
Ana Roberta Fusco da Costa e Maria Luíza Lopes
IEC/ SVS/ MS
2009-2012
Infecções Fúngicas Sistêmicas em Pacientes Portadores do Vírus HIV:
Soroepidemiologia, Caracterização do Perfil Imune e Análise do Polimorfismo do
Gene da Proteína MBL (Mannose Binding Lectin )
Maurimélia Costa
IEC/SVS/MS
2008-2012
Diversidade genética de Mycobacterium tuberculosis obtidos a partir de pacientes
multibacilares diagnosticados no município de Belém e Ananindeua, Pará, Brasil.
Karla Valéria Batista Lima
IEC/ CNPq
2009- 2012
Flávia Corrêa Bastos
IEC/SVS/MS
2009-2012
Neila Brito
IEC/SVS/MS
2009-2011
Marcia Baia
IEC/SVS/MS
2009-2011
Maísa da Silva Sousa
UFPA/ IEC
2010-2012
Karla Valéria Batista Lima
SANTA CASA DE
MISERICÓRDIA/ IEC
2010-2012
Diagnóstico sorológico da paracoccidioidomicose utilizando partículas de látex
Silvia Helena Marques da Silva
UFPA/ LAB. DE
SOROLOGIA DAS
MICOSES/ IEC
2010-2012
Características Morfológicas e Imunogênicas de Isolados Fúngicos de Fonsecaea
pedrosoi
Silvia Helena Marques da Silva
IEC/MS
2008-2012
Francisco Lúzio
IEC/MS
2008-2012
Silvia Helena Marques da Silva
IEC/MS
2011 a 2012
Silvia Helena Marques da Silva
IEC/MS
2011 a 2012
PESQUISA
BACTERIOLOGIA - Continuação....
Taxonomia polifásica de membros do complexo Mycobacterium simiae isolados de
espécimes pulmonares no estado do Pará, Brasil
Heterogeneidade genética de isolados de Shigella spp no estado do Pará,
revelada por eletroforese de campo pulsado (PFGE)
Caracterização Genética de Salmonella entérica sorovar Panama isoladas de
Ambientes Aquáticos no Estado do Pará, determinados por PFGE.
Caracterização Molecular de Vibrio cholerae O1 sacarose negativa, isolados de
processos entéricos humanos e de ambiente na Amazônia Brasileira.
Diversidade de micobactérias em pacientes HIV positivos atendidos pelo Hospital
Universitário João de Barros Barreto em Belém – Pará
Caracterização genética de Serratia marcescens proveniente de ambiente
hospitalar
Estudo Bacteriológico, com ênfase à Salmonella Typhi , do conteúdo biliar de
colecistopatas submetidos à colesitectomia em Hospital Público de Belém
Avaliação de exoantígenos bruto de isolados de Paracoccidioides brasiliensis no
diagnóstico sorológico da paracoccidioidomicose experimental
Características bioquímicas, imunogênicas e moleculares de fungos do gênero
Trichosporon.
8
ANEXO C
RELAÇAO DAS PESQUISAS EM ANDAMENTO NO INSTITUTO EVANDRO CHAGAS EM 2011
PESQUISADOR RESPONSÁVEL
FONTES DE
RECURSOS
TEMPO DE
DURAÇÃO
Silvia Helena Marques da Silva
IEC/MS
2011 a 2012
Silvia Helena Marques da Silva
IEC/MS
2011 a 2013
Silvia Helena Marques da Silva
IEC/MS
2011 a 2013
Joana Favacho
IEC/UFPA
2011-2016
Caracterização Epidemiologica e Molecular de Infecções bacterianas Sexualmente
Transmissiveis
Joyce Favacho Nogueira
IEC/UFPA
2011-2016
Avaliação do padrão de resistência, epidemiológico e genético dos casos de
tuberculose encaminhados para teste de sensibilidade no Pará
Karla Valéria Batista Lima
IEC/MS
2010-2012
Silvia Helena Marques da Silva
CNPq/IEC
2008-2013
Perfil da Infecção por Clamídia em Grávidas: Aséctos diagnósticos e Preventivos
Joana Favacho
IEC/PIBIC-CNPq
2011-2012
Otimização de PCR para o Diagnóstico de Chlamydia trachomatis em grávidas
oriundas do APS/SUS de Belém e Ananindeua
Joyce Nogueira
IEC
2011-2012
Impactos do Mercúrio na saúde de populações Amazônicas: implicações para a
vigilância em saúde ambiental
Dra. Elizabeth Santos
IEC/SVS/MS
2007-2011
Avaliação de Saúde Humana e ambiente com ênfase em mercúrio em cidades do
Estado do Acre
Dra. Elizabeth Santos
IEC/CENSIPAM
2009-2011
Dr. Bruno Santana Carneiro
IEC e SECTAM
2002-2011
Programa de Monitoramento e Controle em Saúde e Meio Ambiente nas
Áreas Industriais e Portuárias dos Municípios de Barcarena e Abaetetuba, Estado
do Pará
Dr. Marcelo de O. Lima
IEC/SVSV/MS
2008-2012 (com previsão
de prorrogação até 2014)
Estudo da poluição atmosférica das áreas industriais e portuárias do município de
Barcarena
Dr. Rosivaldo de A. Mendes
IEC/ SVS
2008- 2011
PESQUISA
BACTERIOLOGIA - Continuação....
Dermatofitose e Seus Agentes Etiológicos: casos registrados no Serviço de
Dermatologia da Universidade Federal do Pará no período de 2010 a 2012.
Desenvolvimento e avaliação do teste de aglutinação com partículas de látex
utilizando anticorpo policlonal para detecção da antigenemia na
paracoccidioidomicose.
Avaliação da atividade Antifúngica dos óleos essenciais de Alecrim e Copaíba
sobre leveduras do gênero Candida recuperadas da cavidade oral de pacientes
com estomatite protética.
Estudo Epidemiologico e Imunologico de infecções bacterianas sexualmente
transmissiveis
Uso de partículas de látex no diagnóstico da paracoccidioidomicose
MEIO AMBIENTE
Dinamica fisico-quimica de Ions contaminantes nas águas superficiais na região do
entorno da cidade de Belém-Pará.
9
ANEXO C
RELAÇAO DAS PESQUISAS EM ANDAMENTO NO INSTITUTO EVANDRO CHAGAS EM 2011
PESQUISADOR RESPONSÁVEL
FONTES DE
RECURSOS
TEMPO DE DURAÇÃO
Estudo epidemiológico de TORCH em gestantes e mulheres em idade fértil no
município de Juruti
Dra. Dorotéia L. da Silva
IEC/SVS
2009-2011
Morbimortalidade da citomegalovirose e pesquisa de resistência antiviral em
pacientes com AIDS
Dra. Dorotéia L. da Silva
IEC/SVS
2010-2011
Zooplâncton como Indicador da Qualidade Ambiental em uma Região portuária no
Estado do Pará, Brasil
Samara Cristina Pinheiro
IEC/SVS
2009-2011
Dra. Lena Lilian Canto de Sá
IEC/ FAPESPA
2010-2013
Caracterização da Diversidade Molecular de Cianobactéias na Região de
Abaetetuba e Barcarena - Pará, Amazônia, Brasil.
Francisco Arimatéia dos Santos Alves
IEC/SVS
2009-2011
Diversidade genética e aplicações na pesquisa de resistência antiviral em
pacientes imunodeficientes
Dra. Dorotéia L. da Silva
IEC/SVS
2010-2013
Uso do Fitoplancton como Bioindicador da qualidade de Água em uma área
industrial do Estado do Pará, Brasil
Vanessa Bandeira da Costa
IEC/SVS
2009-2011
Incidência e prevalência da Citomegalovirose em pacientes com câncer do
Hospital Ophir Loyola
Dra. Dorotéia L. da Silva
IEC/SVS
2010-2011
Avaliação continuada das crianças da região do Tapajós quanto a exposição ao
mercúrio, Itaituba-Pa
Dra. Elisabeth Conceição Oliveira Santos
SECTAM/ PA
2010-2012
Dinâmica do fitoplâncton de uma região portuária e industrial no estado do Pará,
Brasil
Vanessa Bandeira da Costa
IEC/SVS
2011-2014
Avaliação da Qualidade da Água Destinada ao Consumo Humano no principal
manancial de abastecimento de Belém - Pa, Brasil
Dra. Lena Lilian Canto de Sá
IEC/SVS
2009-2011
Cianobactérias Dinâmica do fitoplâncton de uma região portuária e industrial no
estado do Pará, Brasil
Aline Lemos Gomes
IEC/SVS
2011-2013
Variação Horizontal e Vertical do Fitoplâncton do lago da Usina Hidrelétrica de
Tucuruí (Pará, Brasil)
Vanessa
IEC/SVS
2011-2013
Francisco Arimatéia dos Santos Alves
IEC/SVS
2010-2014
Dr. Edvaldo Oliveira
IEC/SVS
2010-2011
PESQUISA
MEIO AMBIENTE - Continuação....
Estudo multicêntrico de demografia e saúde no arquipelago do Marajó
Bioprospecção de Moléculas Protéicas de Cianobactérias do Rio Pará - Barcarena,
Pará, Amazônia, Brasil.
Implantação de exames Cariotípicos por Hibridização in situ em casos
encaminhados pelo SUS ao laboratório de Citogenética Humana e Médica da
Universidade Federal do Pará
10
ANEXO C
RELAÇAO DAS PESQUISAS EM ANDAMENTO NO INSTITUTO EVANDRO CHAGAS EM 2011
PESQUISA
PESQUISADOR RESPONSÁVEL
FONTES DE
RECURSOS
TEMPO DE
DURAÇÃO
Sebastião Aldo Valente
IEC/SVSV/MS
Contínua
Sebastião Aldo Valente, Vera Valente e Ana Yecê Pinto
IEC/SVSV/MS
2008 - Contínua
Vera e Sebastião Aldo Valente
IEC/SVSV/MS
2008 - Contínua
Vera Valente, Sebastião Aldo Valente e Ana Yecê Pinto
SES e SMS do PA, AP
e MA
2008 - Contínua
Ana Yecê Pinto e Sebastião Aldo Valente
IEC/SVS/MS, Hospital
de Clínicas Gaspar
Viana, Hoispital
Fundação Santa Casa
de Misericórdia
2008 - Contínua
Ediclei do Carmo, Marinete Póvoa
IEC
Início 1996 Continuada
Dra. Marinete Marins Póvoa / Ediclei Lima do Carmo
CNPq (edital universal)
2009-2011
Ediclei do Carmo/Marinete Póvoa
IEC
2010-2011
Izabel Rodrigues, Iracilda Sampaio, Marcelo Valinoto,
Horácio Schneider
IEC/SVS
Início em 2010 Contínua
Izabel Rodrigues, Iracilda Sampaio, Stefan Geiger e Daniel
V. Santos
IEC/SVSV/MS
2010 - Contínua
PARASITOLOGIA
Adequação e credenciamento do IEC como Laboratório Macro regional de
referência para doença de Chagas na Amazonia Brasileira de pessoal e
automação
Epidemiologia clínica(seguimento de casos e respostas ao tratamento) e molecular
de tripanossomíases em populações da Amazônia
Novos métodos diagnósticos de Doença de Chagas
Dinâmica de transmissão da doença de Chagas na Amazônia Brasileira.
importãncia da transmissão oral e os surtos de DCA ocorridos na Amazônia.
Relação com alimentos ingerido in natura, com ênfase no açaí
Adequação do IEC como ambulatório de referência para seguimento de casos
tratados sob protocolos de pesquisa médica
Estudo da Toxoplasmose no Pará
Características soroepidemiológicas e moleculares da infecção pelo Toxoplasma
gondii em humanos, suínos e galináceos no Estado do Pará
Investigação epidemiológica e laboratorial para toxoplasmose no Municipio de
Novo Repartimento-Pa
Identificação molecular e de infecção em planorbídeos vetores da
esquistossomose pela técnica do Multiplex-PCR
Colonização em laboratório de espécies de planorbídeos de interesse médico para
a esquistossomose mansônica com aplicação em estudos biológicos e
imunológicos
Estudo de sazonalidade de caramujos Biomphalaria com importância
epidemiológica.
Rede Amazônica de Vigilância da Resistência às Drogas Antimaláricas RAVREDA Brasil (USAID/OPAS/OMS/IEC/SVS/MS)
Saúde no Município de Juruti: Cenário atual, desafios e possibilidades - Subprojeto: Doenças transmitidas por vetores
Izabel Rodrigues , Marcelo Valinoto, Martin Enk, Stefan
Geiger
IEC/SVS-MS-CVRD, Continuação prevista até
Projeto SALOBO, VALE
2014
Marinete Póvoa
USAID/OPAS/OMS/IEC/
SVS/MS
Contínua
Marinete Marins Póvoa
IEC/CNPq/ ALCOA
2006-2011
11
ANEXO C
RELAÇAO DAS PESQUISAS EM ANDAMENTO NO INSTITUTO EVANDRO CHAGAS EM 2011
PESQUISADOR RESPONSÁVEL
FONTES DE
RECURSOS
TEMPO DE
DURAÇÃO
Marinete Marins Póvoa
CDC-USA/IEC
2010-2012
Dra. Marinete Marins Póvoa
IEC/FAPESPA/CNPq
2010-2013
Estudo genético dos vetores de Malária
Marinete Póvoa
IEC/SVS/ NIH/USA
2004-2012
Malária: Prevalência e seus transmissores na área de influência do projeto
SALOBO
Marinete Póvoa
CVRD
2008-2011
Dra. Marinete Marins Póvoa
UFMG
2008-2012
Ediclei do Carmo, Marinete Póvoa
IEC/SVSV/MS
Contínua
Dra. Mônica Silva
PIBIC/CNPq/
IEC/SVSV/MS
2007- Contínua
Fatores de risco para Leishmaniose Visceral em área de influência da mineração
de bauxita em Juruti, Pará.
Dra. Lourdes Maria Garcez
OMNIA MINÉRIOS
LTDA e CNPq
2008 - 2011
Focos de Leishmaniose visceral canina no município de Juruti, Pará: Um fator de
risco para urbanização da doença humana.
Dra. Lourdes Maria Garcez
Alcoa Alumínio S/A e
CNPq
2008 - 2011
Dr. Fernando Silveira e Dra. Edna Ishakawa
CNPq/FUNTEC
Contínua
Dr. Adelson Alcimar Almeida Souza
IEC/SVSV/MS
Início 1965 Continuada
Dr. Adelson Souza e Dr. Fernando Silveira
IEC/SVSV/MS
Continuada
Dr. Fernando Silveira
IEC/SVSV/MS
Início 1988 Contínua
Resposta Terapêutica inadequada na malária por Plasmodium vivax tratada com
cloroquina - Resistência e/ou nível sanguíneo insuficiente da droga
José Ribamar Mesquita Teixeira
IEC e UEPA
set/2006 - fev/2011
Adesão ao tratamento da malária durante o pré-natal, com realização simultânea
de rastreamento para co-infecções com potencial para complicações maternofetais: sífilis, HIV e HTLV
José Maria de Souza
SEDECT/ FAPESPA
out/2008 a 30.10.2011
PESQUISA
PARASITOLOGIA - Continuação....
Vigilância da Expressão dos Genes para HRP2 e HRP3 em Plasmodium
falciparum na América do Sul: Uma avaliação Prospectiva
Rede Paraense de Malária
Atividade antiplasmodial de produtos de plantas amazônicas
Atualização do perfil soroepidemiológico de toxoplasmose nos diferentes grupos de
risco
Diagnóstico da Criptosporidiose e identificação molecular de Cryptosporidium
parvum em pacientes com o vírus da Imunodeficiência Humana
Estudo e caracterização dos parasitas causadores de Leishmaniose
Identificação e classificação dos vetores de Leishmaniose
Identificação e classificação dos reservatórios de Leishmaniose
Estudo imunológico das Leishmaniose em humanos e primatas não humanos
12
ANEXO C
RELAÇAO DAS PESQUISAS EM ANDAMENTO NO INSTITUTO EVANDRO CHAGAS EM 2011
PESQUISA
PESQUISADOR RESPONSÁVEL
FONTES DE
RECURSOS
TEMPO DE
DURAÇÃO
Rosana Libonati e Julius C. M. Soares Monteiro
IEC
2009- 2011
Marco Antonio V. Santos
IEC/SVSV/MS
2006-2011
Izabel Rodrigues e Marco Antonio V Santos
IEC/SVSV/MS
Início 2007 - contínua
Izabel Rodrigues, Mônica Moraes, Regina Peralta e J. Mauro
Peralta
CNPq/UFRJ,
CDC(Atlanta)
2008-Contínua
PARASITOLOGIA - Continuação....
Malária por Plasmodium Falciparum: Análise da associação dos níveis séricos e
eritrocitários da mefloquina e da carboximefloquina com os níveis séricos das
lipoproteínas de alta densidade - HDL
Estudo de hemócitos de Biomphalaria glabrata através de técnica de "Patch-clamp
Determinação dos índices de infecção em planorbídeos vetores da
esquistossomose em Belém e Nordeste do Pará
Genotipagem de protozoários intestinais com importância médica
Determinação dos índices de infecção por helmintos em humanos atendidos no
IEC
Izabel Rodrigues
Estudo epidemiológico das geohelmintoses
Izabel Rodrigues
UFPA, 4ª RPS
2007-2011
Pedro Melillo de Magalhães
IEC/ SVS/ MS
2010-2012
Maria Deise de Oliveira Ohnishi
IEC/ SVS/ MS
2010-2011
IEC-CDC
2010 - 2011
Pesquisa clínica do Fitoterápico de artemisia Annua L (Follium) no tratamento da
malária P. Falciparum
Comprometimento pulmonar e sua relação com as variantes do Plasmodium vivax
e com as citocinas TNF-ɒ IL-10 e IL-12β
Estudo Multicêntrico Aberto, Randomizado, Fase 4, Sobre Uso das Combinações
Artemether-Lumefantrine(AL) ou Mefloquine-Artesunate no Tratamento da Malária José Maria de Souza e Ana Maria Revorêdo da Silva Ventura
Falciparum Não Complicada em Grávidas no Brasil
CORE-PA, SESPA , 4ª
Início 2007 - Contínua
RPS
Avaliação da correlação das manifestações clínico-hematológicas com o perfil
lipídico e o estresse oxidativo em indivíduos com malária vivax.
Ana Maria R. S. Ventura
UEPA
2010 - 2011
Correlação entre a intensidade das manifestações clínicas, presença do pigmento
malárico intraleucocítico e níveis de fator de necrose tumoral e de interleucina-10
em indivíduos com malária vivax.
Ana Maria R. S. Ventura
IEC/ SVS/ MS
2010 - 2011
Ary Chaves da Costa Braga
IEC/ SVS/ MS
2010-2011
Frederico Augusto Rocha Neves
IEC/ SVS/ MS
2010-2011
Avaliação do perfil lipídico em gestantes com malária
Perfil lipidico de uma população residente em área endêmica para malária
13
ANEXO C
RELAÇAO DAS PESQUISAS EM ANDAMENTO NO INSTITUTO EVANDRO CHAGAS EM 2011
PESQUISADOR RESPONSÁVEL
FONTES DE
RECURSOS
TEMPO DE
DURAÇÃO
Rosana Libonati
IEC/ SVS/ MS
2010-2011
Estudo prospectivo sobre a dinâmica de evolução clínica e imunológica de
infecção canina por L. (L.) chagasi no município de Barcarena, Estado do Pará
Fernando Tobias Silveira
IEC/ SVS/ MS
2010-2011
Preparo de antígeno com a cepa L. (L.) chagasi para realização da reação
intradérmica de Montenegro em cães.
Fernando Tobias Silveira
IEC/ SVS/ MS
2010-2011
Dra. Lourdes Garcez
FAPESPA
2010 - 2012
Diversidade na etiologia da Leishmaniose Tegumentar em dois municípios no
Oeste do Pará: Relação com o perfil clínico-epidemiológico e com a resposta ao
tratamento.
Dra. Lourdes Garcez
CNPq
2010 - 2012
Epidemiologia da Leishmaniose visceral em área sob influência de mineração de
bauxita no município de Juruti, Pará
Dra. Lourdes Garcez
ALCOA e CNPq
2007 - 2011
Lourdes Maria Garcez
ENSP/FIOCRUZ, UEPA
E IEC
2009 - 2011
Lourdes Maria Garcez
ENSP/FIOCRUZ, UEPA
E IEC
2009 - 2011
Disponibilização de primatas neotropicais (novo mundo) e da espécie Chlorocebus
aethiops (espécie do velho mundo) para pesquisas com células-tronco adultas e
embrionárias como modelo biológico para terapias celulares”
Klena Sarges Marruaz da Silva
IEC/ SVS/ CNPQ
2009-2012
“Avaliação de Parâmetros hematológicos e fisiológicos em Chlorocebus aethiops
induzidos ao Mal de Parkinson e à Leucemia Aguda”
Klena Sarges Marruaz da Silva
IEC/SVS/CNPQ
2009- Maio de 2011
PESQUISA
PARASITOLOGIA - Continuação....
Malária por Plasmodium Vivax: Análise da possível influência da composição
corporal na resposta terapêutica primaquina
Bases Epidemiológicas para Vigilância e Controle da Leishmaniose Tegumentar no
Município de Santarém, Estado do Pará.
Fatores epidemiológicos associados à prevalência do tracoma em escolares no
estado do Amapá
Perfil epidemiológico da leishmaniose visceral humana em Barcarena, um
município minerário no estado do Pará, Brasil
SEÇÃO DE PRODUÇÃO E CRIAÇÃO DE ANIMAIS DE LABORATÓRIO
Uso de células-tronco mesenquimais diferenciadas de medula óssea em primatas
da espécie Chlorocebus aethiops submetidos à ostectomia do terço distal do rádio
Caracterização de modelo experimental e Estudo dos efeitos terapêuticos do
transplante de células tronco humanas em primatas não humanos das espécies
Chlorocebus aethiops e Cebus apella induzidos ao Mal de Parkinson.
Profª. Érika Branco
Klena Sarges Marruaz da Silva
IEC/SVS/ FUNDHERP
IEC/ SVS/ CNPQ
2009-2011
2009-2013
14
ANEXO C
RELAÇAO DAS PESQUISAS EM ANDAMENTO NO INSTITUTO EVANDRO CHAGAS EM 2011
FONTES DE
RECURSOS
TEMPO DE
DURAÇÃO
Klena Sarges Marruaz da Silva
IEC/ SVS/ CNPQ
2009- julho de 2011
Prof. Eduardo Rego
IEC/ SVS/ CNPQ
2009-2012
Implantação de novo método de criação de animais de laboratório e recolonização
do plantel de roedores e lagomorfos do biotério do Instituto Evandro Chagas – IECSVS/MS
Klena Sarges Marruaz da Silva
IEC/SVS/ UNESCO
2008-2012
“Avaliação de enzimas cardíacas em coelhos (Oryctolagus cuniculus ) mantidos me
biotério de criação no município de Ananindeua/PA”
Profa. Nazaré Fonseca
IEC/SVS/MS/UFRA
2009- julho de 2011
Estudo da depressão em primatas não humanos induzidos a Doença de
Parkinson.
Klena Sarges Marruaz da Silva
IEC/ SVS/ CNPQ
2010-2011
Mensuração de parâmetros fisiológicos de Chlorocebus aethiops utilizados em
pesquisas biomédicas através da telemetria não invasiva.
Klena Sarges Marruaz da Silva
IEC/ SVS/ CNPQ
2010-2012
“Mensuração da Pressão Arterial através de telemetria não-invasiva em
Chlorocebus aethiops induzidos ao Mal de Parkinson”
Klena Sarges Marruaz da Silva
IEC/ SVS/ CNPQ
2010-2011
Inibição da propriedade tumorigênica de células-tronco embrionárias humanas por
silenciamento gênico
Klena Sarges Marruaz da Silva
IEC/ SVS/ CNPQ
2010-2011
Roseli Ribeiro Braga/ Frederico Augusto Rocha Neves
IEC/ SVS/MS
2009-2011
PESQUISA
PESQUISADOR RESPONSÁVEL
SEÇÃO DE PRODUÇÃO E CRIAÇÃO DE ANIMAIS DE LABORATÓRIO - Continuação
“Perfil hematológico e bioquímico das colônias de roedores produzidos pela Seção
de Criação e Produção de Animais de Laboratório do IEC/SVS/MS”
Modelo de Leucemia Aguda em Chlorocebus aethiops Usando Células Tronco
Hematopoéticas Transduzidas com Vetor Retroviral Contendo o Gene Híbrido
CALM-AF10
PATOLOGIA
Análise das Alterações metabólicas em crianças e adolescentes obesos e não
obesos de Belém do Pará
15
ANEXO D
Declaro para efeito do Relatório de Gestão, que o Instituto
Evandro Chagas não executou reconhecimento de passivos por insuficiência de
créditos ou recursos do exercicio de 201 I,(Ptern 3 parte A do Anexo II da Decisão
Normativa TCU no 10812010).
Ananindeua-PA, 09 de março de 201 I.
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RODOVIA RR 316- KM úi. çNn BAIRRO LMIANDIA-GEP:
67,030-000-ANANINDEUA-PA- FOME: (091)214-2000
hnp Iirmw ia pa p v
ANEXO E
ANEXO F
ANEXO G
ANEXO H
ANEXO I
ANEXO J
ANEXO K
ANEXO L
ANEXO M
ANEXO N

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