IGREJA DO EVANGELHO QUADRANGULAR

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IGREJA DO EVANGELHO QUADRANGULAR
MLC - Manual do Líder de Células
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IGREJA DO EVANGELHO QUADRANGULAR
SECRETARIA REGIONAL DE MISSÕES – PIRACICABA SP
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ÌNDICE
Introdução – Palavra ao líder ...................................................................................
Auto Avaliações .......................................................................................................
Relacionamento em Grupos Pequenos ...................................................................
Princípios Básicos da Vida Cristã ............................................................................
Projeto de Evangelismo ...........................................................................................
As Células na Estrutura da IEQ................................................................................
CAPÍTULO 1 – Células ............................................................................................
CAPÍTULO 2 – Os objetivos das Células ................................................................
CAPÍTULO 3 – A Reunião da Célula .......................................................................
CAPÍTULO 4 – O que é Multiplicação......................................................................
CAPÍTULO 5 – As pessoas de uma Célula ............................................................
CAPÍTULO 6 – Estratégias Básicas para o Crescimento da Célula ........................
CAPÍTULO 7 – Estágios de uma Célula Normal .....................................................
CAPÍTULO 8 – Como começar uma Célula ............................................................
CAPÍTULO 9 – Resolvendo Problemas na Célula ..................................................
CAPÍTULO 10 – Por que a Célula não cresce ........................................................
CAPÍTULO 11 – Os Dez Mandamentos da Célula...................................................
CAPÍTULO 12 – Compromisso Permanente dos Membros da Célula ....................
CAPÍTULO 13 – Meta dos Membros da Célula .......................................................
CAPÍTULO 14 – Conduta dos Membros da Célula .................................................
CONSIDERAÇÕES FINAIS ....................................................................................
Células – Gráficos e Organogramas........................................................................
Funcionamento da Célula – Porque trabalhar com as células ................................
Programa da célula fechada – Projeto das células .................................................
Discipulado – Metas – Modelo padrão 4 E’s ...........................................................
Reflexão 1 – A quem darei meu coração ................................................................
Reflexão 2 – Abra o caminho para Deus agir em sua vida .....................................
Reflexão 3 – Ainda é cedo para desistir ..................................................................
Reflexão 4 – Como deixar de ser órfão para ser filho .............................................
Reflexão 5 – Como está o seu hálito espiritual .......................................................
Reflexão 6 – Como levar a salvação para sua casa ...............................................
Reflexão 7 – Construa sua vida em Jesus ..............................................................
Reflexão 8 – Deixar como está.É a melhor escolha? ..............................................
Reflexão 9 – Deus te ouve, te conhece e faz tudo por você ...................................
Reflexão 10 – Deus transforma a lágrima em vitória ...............................................
Reflexão 11 – É preciso abrir os olhos ....................................................................
Reflexão 12 – Faxina no coração ............................................................................
Reflexão 13 – Não ande encurvado ........................................................................
Reflexão 14 – Não devemos olhar para trás ..........................................................
Reflexão 15 – Que gosto tem sua vida? ..................................................................
Reflexão 16 – Que presente você daria ao Senhor Jesus?.....................................
Reflexão 17 – Certeza da salvação..........................................................................
Reflexão 18 – Removendo os obstáculos da fé.......................................................
Reflexão 19 – Sempre cavar e nunca desanimar, até encontrar.............................
Reflexão 20 – Tocando em seu milagre...................................................................
Reflexão 21 – Transformando a adversidade em benção........................................
Reflexão 22 – Um encontro que pode mudar a sua vida.........................................
Reflexão 23 – Vale a pena sonhar...........................................................................
Reflexão 24 – Você tem sede?.................................................................................
Reflexão 25 – Jesus está te chamando....................................................................
Reflexão 26 – Dupla honra em lugar de vergonha...................................................
Visitando e acompanhando .....................................................................................
Relatórios e planilhas ..............................................................................................
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INTRODUÇÃO
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Palavra ao líder:
Querido Líder,
Paz seja contigo!
A igreja do Evangelho Quadrangular se preocupa com o Evangelismo e
com o Discipulado. Pois estas duas atividades são vitais para a existência e o
crescimento da Igreja.
Jesus o Fundador da Igreja tinha o costume de ir à Sinagoga (Lc 4:16 “conforme o seu costume, foi até a sinagoga”), participava da liturgia em
“templos”. E também ensinava a Palavra de Deus nas casas, (Zaqueu, Mateus, o
paralítico etc.).
A Igreja do Evangelho Quadrangular tem crescido a cada dia com a graça
de Deus, mas o trabalho de ensinar a Palavra de Deus nos lares deve crescer
tanto quanto o trabalho nos templos. Para isso adotamos o Trabalho com a Igreja
em Células.
Em nossos cultos, dia após dia recebemos muitas pessoas, e, após os cultos
muitas nunca mais voltam. Acreditamos que a grande maioria, não volta, não por
não terem gostado, mas por falta de um envolvimento iniciado por parte da
Igreja. Ou seja, o visitante deve ser envolvido através de uma recepção calorosa
e um acompanhamento que gera a integração do novo na vida cotidiana cristã,
isso se torna possível através das células.
Acreditamos que cada novo convertido precisa de um discipulador que o
ajude a conhecer e a praticar a Palavra de Deus. (Mt 28:19-20)
Sabemos que todos nós podemos e devemos cuidar e também precisamos
ser cuidados. Respeitando o nível espiritual de cada pessoa entendemos que
todo cristão precisa praticar os princípios básicos da vida cristã e neste manual
esperamos fornecer ferramentas úteis a esta prática.
Bem vindo (a) a uma vida cristã saudável, Vamos ao trabalho!
PROPOMOS LOGO DE INÍCIO DUAS “AUTO-AVALIAÇÕES” PARA NOS NORTEAR
QUANTO AO QUE SABEMOS E O QUE IREMOS APRENDER.
OBS.: PONTUE NA PRIMEIRA CARREIRA
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AUTO AVALIAÇÕES
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AUTO AVALIAÇÃO DAS PRÁTICAS QUE ME MANTÉM FUNCIONANDO
Precisamos de algumas práticas básicas para nos manter funcionando no trabalho com as
células. Use a seguinte escala para avaliar com que freqüência as seguintes atividades ou
atitudes têm acontecido nos últimos três meses.
1 – Quase nunca
2 – Poucas vezes
3 – Algumas vezes
4 – Com freqüência
5 – Com bastante freqüência
6 – Constantemente
PROCESSO DE ASSIMILAÇÃO
____ ____ 01 – Estou envolvido no processo através das reciclagens: Encontro de Líderes, Discipulado,
outros;
____ ____ 02 – Estou envolvido no processo, fazendo qualquer esforço, estando preparado tanto para
receber como para doar;
____ ____ 03 – Estou levando outros comigo neste primeiro processo. Encorajando outros com meu
testemunho vibrante.
PROCESSO DE MULTIPLICAÇÃO
____ ____ 04 – Estou fazendo visitas semanais aos moradores no nosso território de célula;
____ ____ 05 – Os membros de minha célula me encorajam com seu evangelismo;
____ ____ 06 – Me associo com Deus orando e vendo-o responder a essas orações pelos dez que desejo
ver salvos e pelos três que estou consolidando na célula.
CONSOLIDAÇÃO
____ ____ 07 – Estou encorajando outros compartilhando a palavra semanalmente e cumprindo Jo. 15:16
(dando frutos permanentes)
____ ____ 08 – Os membros de minha célula me animam compartilhando a palavra com novos
convertidos;
____ ____ 09 – Tenho entendido minha responsabilidade cristã, por isso disponho do meu tempo para
investir nas pessoas, que Deus põe em minha vida (célula, culto, GG.MM.s).
EDIFICAÇÃO
____ ____ 10 – Tenho dedicado meu tempo em conhecer mais lendo não somente a Bíblia, mas todos os
materiais indicados pelos meus líderes;
____ ____ 11 – Estou buscando me especializar participando de seminários, encontros e reuniões de
líderes, e outras atividades de aperfeiçoamento;
____ ____ 12 – Recebo encorajamento através do meu tempo pessoal com Deus e com Sua palavra.
DISCIPULADO
____ ____ 13 – Estou sendo discipulado por alguém, ou seja, estou recebendo conceitos transferíveis para
ensinar a outros;
____ ____ 14 – Estou disponível para ser trocado de célula ou qualquer outra função que exerço
atualmente;
____ ____ 15 – Já estou comprometido com meu líder, pastor (a) e minha igreja Quadrangular. Posso
gozar de proteção e me disponho a protegê-lo e apoiá-lo no que for possível.
Conseqüentemente tenho sido encorajado e apoiado por meus líderes.
____ ____ TOTAL
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AUTO AVALIAÇÃO DE MINHA HABILIDADE PARA FUNCIONAR
Os seguintes itens têm respostas corretas. O objetivo é avaliar sua
habilidade atual. Use a seguinte escala:
1 – Muito fraco
2 – Pouca habilidade
3 – Alguma habilidade
4 – Muita habilidade
5 – Bastante habilidade
____ ____ 01 – Eu posso explicar quantos são os “processos” e quais são;
____ ____ 02 – Eu posso explicar que passos estão contidos em cada processo;
____ ____ 03 – Eu posso explicar a composição de uma célula;
____ ____ 04 – Eu posso explicar o alvo de cada membro da célula em seis meses;
____ ____ 05 – Eu posso explicar o que é necessário para ser membro de uma célula;
____ ____ 07 – Eu posso descrever com detalhes como se dará a multiplicação da
célula;
____ ____ 08 – Eu posso responder “onde, quando, quanto, o que e qual” sobre o
funcionamento da célula;
____ ____ 09 – Eu posso explicar por que trabalhar com células;
____ ____ 10 – Eu posso explicar o porque, o período e o programa da “célula
fechada”
____ ____ TOTAL
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GRUPOS PEQUENOS
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RELACIONAMENTO EM GRUPOS PEQUENOS
A primeira coisa que temos que entender para compreender este conceito,
é que ele não é novo, não é algo que foi descoberto agora, e nem é algo
inventado pelos homens, antes, portanto, é bíblico, praticado exemplarmente
pelo Senhor Jesus.
Vamos compreender pela palavra de Deus, o plano de Deus para o
homem; falaremos de coisas que você já sabe muito bem, e certamente até já
ministrou sobre o assunto.
Sabemos que quando Deus criou o homem e o colocou no jardim do Éden
dando-lhe autoridade, domínio sobre a Terra, etc.; Ele (Deus) todas as tardes
vinha encontrar-se com o homem, Deus sempre tomou a iniciativa no
relacionamento e era (e não deixou de ser) plano de Deus a intimidade no
relacionamento com o homem.
Nós conhecemos a história e sabemos que o homem falhou. E mais uma
vez Deus tomou a iniciativa e perguntou: Adão onde tu estás...?
_ Estou aqui Senhor, me escondi porque estou nú.
_ Quem te disse que estás nu? Comestes do fruto da árvore proibida?...
_ A mulher que Tu me deste Senhor... __... A serpente...
... O homem; sempre jogando a culpa no outro. É preciso ter responsabilidade,
assumir os próprios erros. O homem caiu e por causa do pecado ficou separado
de Deus. Daí Deus provê o seu plano de Redenção. Ele quer o homem de volta e
nós bem sabemos que as gerações vão perecendo.
A partir de Sete passa-se a invocar o nome do Senhor. Deus fala com
Abraão, Isaque, Jacó, José, Moisés, com os juízes, com os reis. Mas o
relacionamento com a humanidade está quebrado, os homens não podem falar
com Deus diretamente, não há intimidade, comunhão, o sistema sacerdotal do
velho testamento está instituído (Note que isso é básico). Temos então:
O Sacerdote: aquele que leva os homens a Deus.
O Profeta: aquele que trás Deus aos homens.
Este sistema onde os homens não se relacionam com Deus, dura todo velho
testamento, e por milênios impera. O homem está separado, não ministra, mas
antes é irrelevante no que diz respeito à extensão do domínio e autoridade que
Deus lhe outorgou.
Mas Deus quer o homem próximo, ministrando. Jesus inicia seu ministério,
estabelece uma nova e eterna aliança onde o poder do pecado é quebrado, e
o acesso a Deus é retomado. Mas o que significa isso? Significa que todos os
ministros podem se achegar a Deus! Vejamos com mais critério:
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Quando Jesus inicia seu ministério, o que Ele faz? Aluga um grande templo
inutilizado em Israel coloca uma placa na frente, contrata alguns pastores
ajudantes e inicia seu movimento de renovação. Certo? ERRADO!!!
Jesus vai aos homens em Israel (após o batismo e jejum de 40 dias) e então
faz uma pequena multidão de seguidores. Ele andou com esta pequena
multidão por três anos e após 18 meses, orou uma noite inteira e só aí definiu
quem seriam seus discípulos.
No restante de seu ministério Ele dedicou a maior parte de seu tempo aos
seus discípulos. Eles andaram vendo Jesus fazer, fazendo diante de Jesus, e
fazendo sem Jesus. O que significa isso? Eles são “leigos” e estão fazendo as obras
de Deus. Foram ganhos, consolidados (firmados), treinados e enviados, aleluia!
Depois Ele enviou a comissão dos 70 – os homens estão fazendo as obras
de Deus! Jesus sempre apontando para o tratamento do caráter deles. Jesus
cumpre o seu papel: estabelece a igreja.
A igreja está estabelecida por Jesus e quando Ele se prepara para ser
assunto ao céu Ele dá a “Grande Comissão” – o que eles deveriam fazer: Mt.
28:18-20 (explicar a grande comissão)
Como a igreja começou? Com relacionamentos saudáveis e divinos. Em
Atos dos Apóstolos vimos isso, eles oram, celebram a ceia, curam os enfermos,
pregam, expulsam os demônios, são cheios do Espírito Santo, realizam as obras de
Deus a tal ponto que em 40 anos AD todo o mundo antigo é varrido pelo
evangelho, e trezentos anos dC a igreja é o maior fenômeno da face da terra.
O sacerdócio universal do crente está estabelecido – a igreja revela a
glória, a soberania de Deus. Mas é aí em meados do século III que ela sofre um
de seus maiores cismas, o imperador romano Constantino vê a força da igreja e
“converte”(?) (mas não é batizado), isso aconteceu no fim de sua vida. Daí ele
propõe a romanização da igreja, une-se à igreja ao Estado romano, e assim é
estabelecida a maior força no mundo desde então. Porém tal romanização
rouba da igreja o “laicato”, o “longo manos”, o ministério universal dos crentes, o
povo relacionando-se e realizando as obras de Deus, isso morre na romanização.
Lembra do Éden? Um homem (gênero) faz com que outro homem caia. Deus
estabelece: homens levantarão outros homens, homens ganharão outros –
discipulado, evangelho corpo a corpo, caráter, vida!
Tudo isso é roubado. A velha serpente traz seu engano novamente, 1700
anos depois estamos nós aqui redescobrindo o jeito de Deus, o jeito de Jesus de
fazer as coisas! Este entendimento do sistema sacerdotal do velho testamentário,
e do novo testamento, e um pouco de história da igreja, nos levou a vislumbrar o
que está acontecendo agora. Levou-nos a crer que trabalhar com grupos
pequenos não é novo, mas também não é velho. É contemporâneo, porque é o
modelo bíblico para a igreja - simplesmente homens ganhando outros homens,
firmando-os em Cristo e na palavra, levando-os a serem treinados e enfim serem
enviados para fazer o mesmo e povoar o “céu”.
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Pr. Robson Damas.
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PRINCÍPIOS BÁSICOS DA VIDA CRISTÃ
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1 - VIDA SIMPLES
1. ORAÇÃO – 15 minutos por dia;
2. JEJUM – 1 vez por semana;
3. BÍBLIA – 1 capítulo por dia;
4. COMUNHÃO – Ser parte integrante de uma célula, C.U.I.D.A.R;
5. TESTEMUNHO – Ter uma lista de 10 pessoas por quem orar e manter tres
convidados na célula semanalmente.
Fidelidade nos dízimos e ofertas, comportamento,
participação nos cultos, evangelismo.
Eclesiástes 4:7-12 – O CORDÃO DE TRÊS DOBRAS
7Descobri que na vida existe mais uma coisa que não vale a pena: 8é o homem viver
sozinho, sem amigos, sem filhos, sem irmãos, sempre trabalhando e nunca satisfeito com
a riqueza que tem. Para que é que ele trabalha tanto, deixando de aproveitar as coisas
boas da vida? Isso também é ilusão, é uma triste maneira de viver.
9É melhor haver dois do que um, porque duas pessoas trabalhando juntas podem ganhar
muito mais. 10Se uma delas cai, a outra a ajuda a se levantar. Mas, se alguém está
sozinho e cai, fica em má situação porque não tem ninguém que o ajude a se levantar.
11Se faz frio, dois podem dormir juntos e se esquentar; mas um sozinho, como é que vai
se esquentar? 12Dois homens podem resistir a um ataque que derrotaria um deles se
estivesse sozinho. Uma corda de três cordões é difícil de arrebentar.
2 - CORDÃO DE TRÊS DOBRAS (A união entre irmãos – independente das células)
1.
2.
3.
4.
Três pessoas reunidas com propósitos comuns;
Se tornarem amigos e ganhar almas juntos, ensinar a Palavra de Deus;
Viver a Vida Simples e compartilhar uns com os outros;
Uns ajudando aos outros (visitando, orando, fazer programas juntos, ir ao
culto etc.)
a. Vida Simples e Cordão De Três Dobras
Cada membro da Igreja vai praticar o projeto do Cordão de três Dobras e da
Vida Simples;
Significa que cada irmão se unirá a mais dois que juntos estarão orando pela
conversão das pessoas listadas (10 nomes).
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3 - PROJETO DE EVANGELISMO
LUCAS: 10:1-5
1 E DEPOIS disto designou o Senhor ainda outros setenta, e mandou-os adiante da
sua face, de dois em dois, a todas as cidades e lugares aonde ele havia de ir.
2 E dizia-lhes: Grande é, em verdade, a seara, mas os trabalhadores são poucos;
rogai, pois, ao Senhor da seara que envie trabalhadores para a sua seara.
3 Ide; eis que vos mando como cordeiros ao meio de lobos.
4 Não leveis bolsa, nem alforje, nem alparcas; e a ninguém saudeis pelo caminho.
5 E, em qualquer casa onde entrardes, dizei primeiro: Paz seja nesta casa.

Observe que Jesus enfatizou o que realmente está faltando na Igreja. O que está
faltando não são as Almas e sim os Trabalhadores. (At 2:47; 6:7)

Observe também que Jesus enviou seus trabalhadores para as casas. (At 2:46;
5:42)
Jo 15:16 Não me escolhestes vós a mim, mas eu vos escolhi a vós, e vos designei,
para que vades e deis fruto, e o vosso fruto permaneça; a fim de que tudo quanto
em meu nome pedirdes ao Pai ele vo-lo conceda.
Veja que nossa missão (desígnio) não se limita a ganhar almas. Também devemos
trabalhar para fazê-las Permanecerem Salvas e na Igreja.
ESTRATÉGIA: IGREJA + DISCIPULADO + CÉLULA = FRUTOS PERMANENTES
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AS CÉLULAS NA ESTRUTURA DA IEQ
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Muitos pastores e líderes têm certo temor ao introduzir o “Trabalho
com as células” na Igreja local, isto, por receio de divisões. De fato, o
risco é premente, porém não há nada na vida que não ofereça
riscos. Cabe ao pastor, preparar a liderança, e trabalhar a formação
do caráter cristão integro nos membros. A possibilidade de divisões,
não pode impedir que o ministério universal de todo crente - 1Co. 5
“reconciliar o mundo com Deus em Cristo”, seja deixado de lado,
postergado ou menosprezado.
Vale ressaltar, que as células não são de propriedade do líder, nem as
futuras multiplicações de propriedade de nenhum outro, a não ser o
Senhor Jesus. Líderes inescrupulosos, de intenções obscuras sempre
existirão.
Na estrutura da IEQ, pastores não são donos da igreja local, pelo
contrário, estão a disposição do ministério para servirem a igreja, e
inclusive serem transferidos para tal propósito. Sendo assim, não
podemos adotar um modelo celular que deflagre a estrutura. Isso
significa que a célula não é de propriedade do líder, e que qualquer
líder de célula, poderá ser movido de sua liderança, transferido para
outra liderança, ou, se necessário colocado em disciplina, em
qualquer tempo.
Vale lembrar que cada membro de uma célula é primeiro membro
da igreja, e que cada liderado em uma célula, primeiro tem como
líder o seu pastor. Portanto, qualquer relação de liderança que
fortaleça, ou estabeleça princípios de autoridade espiritual, onde a
obediência e submissão sejam mais fieis a célula, ou ao líder da
célula, do que a liderança pastoral da igreja local estará
indiscutivelmente, em atitude de rebelião.
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CAPÍTULO 1 - CÉLULAS
a) O que é uma célula?
É um grupo constituído de cinco a quinze pessoas, que se reúnem semanalmente
para aprenderem como tornar-se uma família, adorar ao Senhor, edificar a vida
espiritual uns dos outros, orar uns pelos outros e levar pessoas ao Evangelho.
b) Qual o objetivo final da célula?
Todo o projeto final da célula visa à multiplicação. Crentes realmente edificados
na Palavra são crentes frutíferos. A reunião funciona como um lugar de
treinamento e motivação, para que cada um possa enfrentar com ousadia, a
guerra lá fora.
c) Onde a célula se reúne?
Apesar de preferirmos residências, uma célula pode se reunir também em
empresas (no horário do almoço ou lanche), em escolas, em salões de festas (de
condomínios) e em qualquer lugar onde haja o mínimo de silêncio e privacidade.
Só não recomendamos reuniões em bares ou lugares semelhantes. Quando a
célula não se reúne em uma casa, não haverá a figura do anfitrião.
d) Por que a célula não deve ter mais de 15 pessoas?
Não há tempo suficiente numa reunião para mais de quinze pessoas receberem
ministração e compartilharem no grupo. É muito difícil para um líder mesmo com
um líder em treinamento ajudando, cuidar de todas as pessoas. Também as casas
normalmente não comportam mais do que essa quantidade de pessoas numa
sala, para uma reunião.
e) O que não é uma célula?
Existem alguns tipos de grupos que não são células. Por exemplo:
Grupo de oração – grupo de estudo bíblico – grupo de discipulado – ponto de
pregação (grupos assim não compartilham a realidade da vida do corpo. As
pessoas vêm e vão e o grupo é só um ajuntamento).
Qualquer grupo com as seguintes características:
 Fechado, criado só para as pessoas de um departamento da igreja;
 Que a multiplicação não é um objetivo;
 Não se submete à liderança geral das células;
 É apenas uma reunião social;
 Não é uma célula, é apenas um grupo.
f) Como é uma célula?
A célula não é um grupo de oração ainda que a oração seja um dos seus
ingredientes básicos. Não é um grupo de discipulado, ainda que o discipulado
aconteça espontaneamente. Não é um grupo de estudo bíblico, ainda que a
edificação seja forte nas reuniões. Não é um grupo de cura interior, ainda que
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seja um ambiente de restauração. Não é um ponto de pregação ainda que o
objetivo básico de cada célula seja a multiplicação. É na verdade um pouco de
cada um desses grupos.
A célula é simplesmente uma miniatura da igreja reunindo-se nas casas. Sua
importância é muito maior que a sua reunião; pois a célula é uma pequena
comunidade, em que as pessoas se preocupam umas com as outras e se ajudam
mutuamente.
g) A célula possui endereço e dia certo de reunião.
Um lugar e horário de reunião definido produzem um senso de identidade,
constância e segurança ao grupo.
h) A célula se reúne regularmente
A chave para a comunhão é a constância, a regularidade. É a convivência que
vai produzir vínculos de amor, de amizade e de aceitação.
i) A célula é homogênea
Quando participamos de um grupo que possui as mesmas características gerais
peculiares às nossas, nos sentimos muito mais à vontade para compartilhar. Em
nossa igreja, as células são padronizadas por faixa etária e não por sexo. Assim,
temos células de crianças, de adolescentes, de jovens de casais, de homens e de
mulheres (mas temos algumas células mistas também)
CAPÍTULO 2 – OS OBJETIVOS DAS CÉLULAS
a) Comunhão
Visa o desenvolvimento de uma vida compartilhada, alvos comuns e aliança
mútua entre todos os membros. Como a igreja é um corpo vivo, nas células os
vínculos de comunhão do corpo são edificados.
Quando estamos conectados uns aos outros em vínculos de amor a vida de Deus
é liberada; ministramos uns aos outros e funcionamos como membros de um
corpo.
A melhor estratégia de evangelismo é a verdadeira e genuína comunhão entre
os irmãos.
Cada membro da célula deve estar ligado um ao outro em amor e também em
sujeição de autoridade. Cada um deve ter alguém a quem se sujeitar, para
receber edificação pessoal e suprimento em amor. O discipulador natural
daquela pessoa é aquele que o ganhou para Cristo, mas mesmo quem já tem
muitos anos de convertido, deve se submeter a outro que seja reconhecido como
mais maduro e experiente na fé. Não deve existir ninguém sem vínculo.
b) Ensino
A célula oferece o ambiente para crescimento espiritual, aprendizado prático e
disciplina em amor.
O ensino ministrado na célula deve ser fruto de revelação. O líder não precisa
saber muito, mas aquilo que ele falar, por mais simples que seja, deve vir do
coração, fruto de revelação de Deus ao seu espírito.
A Palavra de Deus deve ser compartilhada com vida.
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c) Multiplicação
A célula é o ambiente no qual inserimos novos membros na igreja. É nela que
alimentamos, guardamos e suprimos os novos irmãos.
Cada célula deve se multiplicar pelo menos uma vez ao ano. Para que esse alvo
seja alcançado, é necessário ganhar e consolidar as pessoas. Assim célula não é
somente para ganhar, mas também para consolidar e cuidar das novas ovelhas.
A multiplicação é fruto de ganhar e consolidar.
Todo novo convertido é como uma criança e como tal, necessita de alguns
cuidados básicos. Ele necessita de 5 coisas: Alimento – Proteção – Ensino –
Disciplina – Amor. Esses cuidados devem ser dados de maneira individual.
● Alimento – na célula eles devem ser alimentados com palavras de fé,
encorajamento e ânimo.
● Proteção – Proteção envolve jejum e intercessão pelo novo convertido.
● Ensino – O ensino se refere à aquisição de hábitos espirituais. O ensino aponta
para a conduta, e atitudes que devem ser desenvolvidas no novo crente.
● Disciplina – Na célula existe um ambiente para ele ser exortado, admoestado e
corrigido em amor.
● Amor – O amor paciente dos irmãos restaura a alma ferida. Num ambiente de
amor todos podem ser tratados por Deus e desenvolver sem se desviar.
d) Serviço
Na célula, cada membro é um ministro. Ali os membros exercitam os seus dons
para o serviço mútuo.
Servimos a Deus quando exercitamos nossos dons e conhecimentos para ajudar a
edificar as pessoas, sejam irmãos ou não. Seja ajudando a cuidar de uma criança
para que o casal possa passear uma noite; seja dar uma aula para alguém que
não saiba fazer um exercício de escola; seja ajudando uma mãe com seu recém
nascido; etc. nós também demonstramos o amor quando servimos.
CAPÍTULO 3 – A REUNIÃO DA CÉLULA
A) Alguns aspectos influenciam na reunião
1. Oração – se desejarmos uma reunião forte, com um louvor fluente, devemos
antes “pagar” o preço em oração.
2. Fé e dependência – quando há fé suficiente para seguir a direção do Espírito e
existe completa dependência, então haverá um ambiente adequado para Deus
atuar.
3. Cânticos adequados – se escolhermos os cânticos a esmo (de qualquer jeito),
não terá nenhuma ênfase na reunião. Mas se os escolhermos adequadamente
segundo a ênfase que o Espírito Santo quer trazer, então, o nível do louvor sofrerá
influência.
4. Tempo gasto com Deus – se estamos dispostos a gastar tempo ministrando
diante de Deus, podemos esperar grandes manifestações da sua presença.
5. Cansaço – é comum as pessoas chegarem cansadas nas reuniões da célula,
depois de um dia de trabalho. Nesta circunstância, é bom que elas fiquem
sentadas um pouco mais, pois assim responderão melhor ao louvor.
6. Desatenção – se há muita desatenção no ambiente, é bom corrigirmos isso,
caso contrário, não conseguiremos levar o povo a lugar algum.
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B) Esquema de uma reunião normal de célula:
● Coloque as cadeiras em forma de circulo.
● Apresente os visitantes quando houver.
● Use uma forma de quebra gelo
● Testemunhe alguns motivos de louvor.
● Louvem ao Senhor com cânticos.
● Ministre a Palavra para aquela reunião.
● Facilite a conversa no compartilhamento.
● Compartilhe a visão do grupo.
● Ore pelas pessoas necessitadas.
● Faça um apelo para salvação.
● Termine com um lanche.
C) Numa reunião de célula pelo menos quatro momentos devem acontecer.
1. Encontro - O quebra-gelo
Seu objetivo é produzir um ambiente informal e não ameaçador. Use perguntas
de apresentação quando a célula for nova, por exemplo: onde você mora?
Quem é a pessoa mais próxima de você? Quando foi que Deus se tornou mais
que uma palavra para você? Nenhuma destas perguntas expõe a intimidade da
pessoa.
À medida que a célula tiver mais tempo, você pode usar um quebra gelo que
introduza a palavra de edificação, por exemplo, quando for falar sobre caminhos
errados que tomamos, você pode perguntar se alguma vez alguém já confundiu
alguém na rua, e passou por constrangimento.
Você pode também começar a célula perguntando: Qual foi a coisa mais
importante que aconteceu com você nesta semana?
Pode ter também alguma brincadeira, desde que seja adequada aos membros
da célula.
● O quebra gelo não deve ser desprezado, ele não é um tempo jogado fora.
● Não o prolongue por mais de dez minutos.
● Permita sempre um testemunho novo na célula.
● Seja positivo, tenha uma palavra de fé.
● Faça um rodízio, deixando um irmão responsável pelo quebra gelo de cada
reunião.
2. Exaltação - O louvor e a adoração
O líder precisa ser exemplo de espontaneidade, incentivando os irmãos a
fazerem o mesmo. Ele deve ser o primeiro a cantar, a dançar, a gritar, a erguer as
mãos, a se prostrar, a cantar um novo cântico e tudo o mais. Os mais novos
aprendem por imitação.
● Inicie com músicas leves e conhecidas.
● Ao final de uma música apropriada o líder levará a célula a uma expressão
espontânea de louvor e adoração no espírito. Uma maneira simples de conduzir
ao louvor intenso é repetindo o estribilho de um cântico. Normalmente, é a parte
mais intensa da música.
● Providencie uma folha escrita com os cânticos, em cada reunião.
● Cante em voz alta com confiança.
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● Mantenha o controle do louvor. Não se perca na sua própria adoração, ou
você não estará liderando. Mantenha os olhos abertos e atentos ao ambiente,
sem descuidar-se de manter um espírito de adoração.
● Evite exigir que sejam mais expressivos. Lembre-se eles devem ser dirigidos e não
forçados.
● Estimule e dê liberdade para expressões físicas de louvor, como: palmas,
danças, brados, prostrar-se, ajoelhar-se, assobios, risos, choro, erguer as mãos,
clamor, silêncio, marcha e cânticos.
● Considere que tipo de reunião você está dirigindo, as pessoas que estão
participando: se é um grupo costumeiro, se há muitos visitantes, se é um eventoponte ou um aniversário, etc. cada tipo de reunião temos que tomar a direção
adequada.
● Não pregue sermões entre cada cântico, nem faça comentários sobre cada
um deles. Ocasionalmente isso é apropriado, mas quando feito sempre, se torna
cansativo.
● Não use um mesmo cântico em demasia. Se cantarmos um cântico semana
após semana, vai virando costume. Existem muitos bons cânticos e não há
necessidade de ficar preso a apenas um ou dois.
● Em toda música de adoração profunda há momentos de silêncio. Haverá
ocasiões em que um silêncio total será desejado. Use-o.
● Não prolongue demasiadamente o louvor. Muitos lideres querem que Deus se
mova no louvor em todas as reuniões. Mas talvez naquela reunião, Ele queira se
mover através da Palavra ou do compartilhamento
3. Edificação - Palavra
Cada líder receberá periodicamente, uma apostila com as palavras que devem
ser ministradas na célula. Não queremos que apostilas sejam simplesmente lidas
na reunião, nem usadas como se fossem revistas de Escola Dominical. As apostilas
são um simples auxílio para o líder que trabalha a semana toda e não tem como
preparar algo sistematicamente. Apesar disso, o líder tem liberdade de ministrar
algo que Deus tenha direcionado especificamente para sua célula, ou deixar de
ter a Palavra em uma reunião em que o Espírito se moveu de forma diferente. O
normal, entretanto, é termos a edificação na Palavra, em cada reunião.
O líder deve cuidar para que muitos irmãos se revezem com ele, no
compartilhamento da Palavra. Quanto mais irmãos falarem, mais forte a célula se
tornará! Se um irmão novo convertido quiser pregar, o líder deve permitir que ele
o faça, reservando, porém, um tempo, no final, para complementar algum ponto
que não tenha sido falado por ele.
No final da Palavra, o líder pode usar o momento para orar o texto bíblico que foi
pregado com toda a célula ou fazer uma gostosa confissão, todos juntos. Além
de facilitar a memorização e o aprendizado, esse método permite que a Palavra
penetre em nosso ser e nos transforme.
Marcas de um bom ensino:
a. Ensino apresentado com paixão – o conteúdo apresentado tem que ser
vivo, tem que se acreditar no que está falando.
b. Ser prático – o que estou ensinando pode ser aplicado na vida diária das
pessoas?
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c. Humor – Célula que ri é uma célula sadia. Você deve tentar fazer
comparações interessantes, ou contar historias com exemplos práticos. Tenha
bom humor.
d. Testemunho pessoal – As nossas experiências pessoais, podem ajudar os
outros desde que sejam edificantes e tenham a ver com o estudo do dia.
e. Envolvente – O assunto deve envolver a todos. Uma boa maneira é
fazendo perguntas. Ou estimulando-as a contar uma experiência pessoal
relacionada ao assunto. As pessoas estão mais interessadas no que elas têm a
dizer do que no que elas têm a ouvir.
● Nunca faça uma pergunta cuja resposta seja simplesmente sim ou não.
● Boas perguntas não inibem a resposta. Um líder resolve perguntar para alguém:
Você crê na Bíblia, não crê? Esta é uma pergunta repressora que já traz a
resposta que esperamos que a pessoa nos dê.
● Perguntas que estimulem a honestidade: o que? - Qual? - como? - Como se
sentiu? Estes tipos de perguntas são quase sempre pessoais e práticas.
● Boas perguntas produzem novas perguntas
f. Preparação anterior – tenha responsabilidade com o seu ministério, estude
o material, ore, e busque de Deus a direção para a reunião. Você não tem que
saber tudo, mas faça o seu possível.
g. Ilustração – Uma boa ilustração vale mais que mil palavras. Conte
ilustrações que você ouviu ou leu. Na medida do possível, não fale sem citar
nenhuma ilustração. Ilustrações esclarecem, inspiram e motivam. Jesus sempre
que ensinava Ele usava uma ilustração.
h. Inspiração e motivação – Mostre sempre a recompensa e a vantagem
de se obedecer à Palavra que você está ensinando! Pregar é inspirar e motivar as
pessoas.
i. Focalizada numa idéia principal – Você não tem de falar muito e nem
deve falar sobre muita coisa. Seja breve e específico!
Diretrizes para compartilhar a Palavra
O alvo é que cada um possa compartilhar o que ouviu de Deus, se está ou não
praticando o que foi ministrado. Todos devem falar, ainda que por poucos
minutos.
● Não pressione ninguém a orar, falar ou compartilhar. Estimule as pessoas, mas
não as pressione! Isso pode afastá-Ias.
● Não deixe que os irmãos aproveitem a oportunidade para falar de assuntos
irrelevantes. Cada um deve compartilhar somente o que Deus falou consigo,
através da Palavra ministrada no dia ou sobre algo que ele está enfrentando em
sua vida prática.
● Estimule o compartilhamento de problemas e lutas pessoais com a célula. Onde
há honestidade, os vínculos são firmados. Tenha o bom senso de perceber o limite
de detalhes das confidências compartilhadas.
● Todo testemunho deve ser para edificar e motivar a célula.
● Desestimule toda palavra negativa e pessimista!
● Nunca permita discussões doutrinárias! O momento não é para debater
doutrina, mas para relatar vivências pessoais.
● Não deixe que uma pessoa monopolize esse tempo, falando excessivamente.
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A honestidade na célula
Um dos objetivos do compartilhamento é que as pessoas possam também abrir
suas dificuldades pessoais e buscar ajuda na célula. Procure eliminar toda
barreira.
● Crie um ambiente que valorize as pessoas
● Ensine a célula a ser sensível ouvindo com interesse quando alguém estiver
falando.
● Não permita que ninguém seja atacado ao contar seu problema, dizendo que
ela está passando por tal problema por que está em pecado.
● Não permita fofocas na célula, se houver algum fofoqueiro, a célula jamais será
confiável.
4. Evangelismo - A Comunhão
Deve sempre haver um tempo de comunhão descontraída entre os irmãos. Este
momento pode ser antes ou depois da reunião. O ideal é que sempre haja algum
tipo de lanche. Os membros devem se revezar no preparo desse lanche. É
momento de alegria e descontração e também de todos os membros
envolverem o visitante e o novo convertido. Evite que haja “panelinhas” todos
devem receber atenção.
Visitante na célula, como agir.
● Não mude a reunião por causa dele.
● Não seja apelativo – principalmente se houver apenas um visitante.
● Não se apresse em evangelizá-lo. Deixe que ele estabeleça amizades na célula.
● Não faça perguntas embaraçosas.
● Não pregue exclusivamente para ele.
● Todos devem ser apresentados ao visitante.
● Forneça a ele a letra das músicas, quando houver.
● Anote seu nome e telefone, para uma visita durante a semana.
● Faça uma pequena explanação do que é uma célula ao visitante e pergunte a
ele se quer receber oração dos membros.
● Convide-o para voltar na próxima semana.
Como agir durante a semana?
● O líder deve informar-se mais sobre o visitante com quem o trouxe.
● Dê ao visitante um cartão em nome da célula.
● A pessoa que trouxe o visitante deve continuar mantendo contato com ele,
convidando-o para a próxima reunião.
● O líder ou alguém designado deve fazer uma ligação a ele, agradecendo a
sua visita e convidando-o novamente para a próxima reunião.
● Ore todos os dias pelo visitante!
CAPÍTULO 4 – O QUE É A MULTIPLICAÇÃO
Multiplicar é o alvo primário de cada célula.
Normalmente uma célula começa com 5 membros. A célula multiplica a cada
seis meses. Este alvo é perfeitamente alcançável. Para atingir esse objetivo, o líder
deve apresentar o alvo para toda a célula e mostrar sua praticidade e
simplicidade.
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a) Como é feita a multiplicação?
Na multiplicação da célula, o líder mais experiente fica com o membro menos
experiente (que agora já ganhou experiência) e os novos membros ganhos para
formar outra célula. O vice-líder vai para outro lar com os outros três membros e os
novos membros ganhos. A distribuição dos membros entre as células é feita pelo
líder, com o auxilio do seu discipulador, que deve acompanhar todo o processo.
O alvo de cada célula é multiplicar-se pelo menos uma a cada seis meses. Não
falamos dividir e sim multiplicar.
b) Multiplicação por tempo decorrido
Uma célula não deve demorar mais do que seis meses para se multiplicar. Se uma
célula, após seis meses, ainda não se multiplicou, é necessário multiplicá-la assim
mesmo. Ainda que não tenha atingido o numero de 15 pessoas é preciso
multiplicá-la assim mesmo, caso contrário, jamais romperá. Esse é o caso no qual
todos os crentes já estão maduros e estão aptos a iniciarem uma nova célula.
c) Multiplicação em mais de duas células
Esta situação ocorre quando uma célula cresce de maneira explosiva. Num mês
estava com 12 pessoas, e no mês seguinte mais 15 pessoas foram acrescentadas.
Assim, depois de consolidar os novos convertidos, é possível multiplicar essa célula
em quatro.
d) Célula embrião ou grupo pioneiro
São células que iniciam do zero. Não é fruto de uma multiplicação. Existem muito
irmãos com o dom de evangelista dentro da igreja. Tais irmãos possuem a
habilidade especial de começar do zero. Muitas vezes nem a casa para as
reuniões eles tem, a princípio. Eles ganham uma família e vão para a casa dela, e
a partir dali, começam uma célula. Recomendamos que esta estratégia seja
usada somente por lideres com o dom de evangelista.
e) Para se fazer a multiplicação:
● Relacionamentos - na hora de distribuir as pessoas entre as duas novas células, o
primeiro critério a ser considerado são os relacionamentos e vínculos pessoais
dentro da célula se alguém ganhou o outro, ambos devem ficar juntos. Se
pertencerem à mesma família, também é melhor ficarem juntos.
● Localização geográfica – o segundo critério é este. As pessoas que moram mais
próximas da casa do anfitrião deveriam ficar na célula que se reunirá ali. Em
alguns momentos, os relacionamentos não são tão fortes e as pessoas optam por
ficar na célula mais próxima. O processo de multiplicação deve ser o mais suave
possível.
● Maturidade dos membros – Quando não existem diferenças de vínculos entre os
irmãos, os relacionamentos são igualmente significativos para todos. Assim, a
localização geográfica já não é importante porque os grupos são muito próximos.
Neste caso, lançamos mão da maturidade espiritual dos irmãos e simplesmente
enviamos as pessoas mais maduras para iniciarem a nova célula em outra casa.
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f) Quando a multiplicação não é feita no tempo certo
A multiplicação é uma necessidade. Quando a célula atinge o numero de 15
pessoas, ela deve se multiplicar. Se retardarmos o processo algumas
conseqüências virão.
● A reunião já não será produtiva – depois que ultrapassa 15 pessoas, deixa de ser
célula para ser um culto no lar. As pessoas já não têm liberdade para
compartilhar e o ambiente torna-se impessoal;
● Os membros tornam-se turistas - o raciocínio é simples: quando havia 10 pessoas
e um casal faltava, o percentual de ausência era de 20%. Com a célula maior, as
pessoas faltam e ninguém sente falta. A tendência é se degenerar.
● A intimidade diminui – numa célula muito grande, as pessoas perdem a
liberdade para abrir-se e o líder não tem como fazer um apascentamento
efetivo.
● O anfitrião fica desanimado - um anfitrião pode ficar traumatizado com os
problemas de uma célula gigante e se fechar para receber a célula no futuro.
Imagine ter 20,30 ou 40 pessoas na sua casa toda semana? O lanche vira uma
festa e a casa uma tremenda bagunça.
● A célula pode morrer – por todos os motivos acima citados, a célula pode vir a
se desintegrar.
g) A festa da Multiplicação
É o dia marcado para a multiplicação de uma célula. Tal dia não pode ser um
evento triste de separação, mas, sim, a celebração de uma vitoria alcançada,
de um tremendo alvo atingido. O líder precisa fazer com que esta festa seja bem
significativa. É tempo de comemorar, ouvir testemunhos, lembrar-se de momentos
engraçados vividos juntos e receber a bênção do discipulador.
h) A festa da colheita
Na medida do possível, fazemos com que todas as células se multipliquem numa
mesma época do ano. Quando isso acontece, fazemos então uma grande
celebração, com fogos de artifícios, balões, danças, testemunhos e algum ato
simbólico que nos faça lembrar uma grande colheita. Todo líder deve participar
dessa festa.
CAPÍTULO 5 – AS PESSOAS DE UMA CÉLULA
A. O LÍDER
É alguém que se converteu foi ao Encontro, batizou-se, fez a Escola de Líderes,
tornou-se líder em treinamento na célula durante algum tempo. E agora tem a
sua própria célula.
O líder de célula é a figura chave dentro da estrutura de células. Ele não precisa
ter um alto nível cultural ou intelectual e tampouco ser um grande conhecedor
das Escrituras. Não precisa saber responder a todas as perguntas sobre a Bíblia.
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Todavia, deve ser cheio do Espírito Santo, submisso, ensinável, transparente e
tratável.
a) Ser cheio do Espírito Santo – é preciso uma vida de oração intima e diária com
Deus e com a Sua Palavra. As pessoas esperam receber vida de Deus e o líder
cheio do Espírito deve corresponder a este anseio.
b) Submisso – quem não aprendeu a se submeter, também não deve liderar. Não
podemos tolerar pessoas arrogantes, soberbas, e que fazem divisão ocupando
liderança. Tais pessoas acabam por esfacelar o corpo de Cristo.
c) Ensinável – disposto a aprender com qualquer um, sem se julgar doutor em
coisa alguma. Lideres que se julgam conhecedores de tudo e nunca participam
de reuniões de treinamento e discipulado devem ser afastados, pois não trazem o
Espírito de Cristo.
d) Transparente – deve andar na luz e não ocultar coisa alguma de seu caráter.
Isso é o que torna alguém confiável. Ele não dissimula coisa alguma e os seus
problemas podem ser percebidos e assim corrigidos.
e) Tratável – ele deve ser suficientemente aberto para permitir ser tratado e
corrigido. Um líder não deve ser melindroso e deve estar disposto a ouvir o que
precisa e não somente o que lhe é agradável. Sem essas características básicas,
a pessoa não pode ser constituída como líder de célula.
f) Suas responsabilidades na célula:
● Estar na reunião da célula sempre com disposição e alegria.
● Planejar junto com seus auxiliares, reuniões extras, eventos pontes e festas.
● Coordenar o compartilhamento da Palavra com a participação de todos os
membros da célula.
● Resolver todos os problemas de discórdia durante a reunião.
● Proporcionar vínculos de comunhão na célula.
● Entrar em contato com os membros que faltaram à reunião, o mais rápido
possível.
● Fazer o apascentamento dos membros, semanalmente.
● Visitar os membros e aqueles que visitarem a célula.
● Resolver e comunicar imediatamente ao discipulador todos os casos de
pecado dentro da célula.
● Planejar e realizar reuniões extras.
● Monitorar a assistência social aos carentes.
● Repassar todos os avisos da semana.
● Participar do projeto de oração e de reuniões previamente marcadas.
● Participar de reunião de discipulado e entregar os relatórios semanalmente.
● Planejar junto com o discipulador a multiplicação da célula.
● Valorizar cada momento de reunião da célula.
● Responder amorosa e imediatamente a uma necessidade surgida.
● Lidar com pessoas problemáticas, individualmente, fora do contexto da célula.
● Manter um ambiente calmo e descontraído na célula.
● Consolidar os novos convertidos.
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g) Suas responsabilidades na igreja:
● Estar sempre presente nas celebrações da igreja.
● Ter compromisso de oração e ministração nas celebrações da igreja.
● Ser modelo de intensidade na oração, no louvor e na adoração.
● Auxiliar na ministração dos apelos.
● Ser padrão nos dízimos e ofertas.
● Anotar e repassar para a célula todos os avisos da igreja.
● Todo líder possui autonomia em sua célula. O discipulador e o pastor não o
controlarão. Ele é livre para ministrar ou não a Palavra, ou transformar a reunião
numa festa de aniversário.
h) Como preparar o líder em treinamento
● Antes de cada reunião, conte para ele tudo o que você pretende fazer,
explicando o porquê.
● Depois da reunião troquem idéias sobre o que aprenderam por meio daquilo
que aconteceu. Elaborem juntos a próxima reunião.
● Troquem idéias sobre problemas que surgiram. Por exemplo, alguém que falou
demais na reunião. Seja onde for ministrar leve o seu líder em treinamento.
● Quando julgar que o líder em treinamento está pronto deixe-o conduzir a
reunião.
● O líder em treinamento deve observar o que o líder está fazendo.
● Verbalize o que fez e explique a ele por que razão o fez.
● Observe o líder em treinamento fazer aquilo que você já fez.
● Encoraje-o e mencione os pontos fortes e fracos que observou na atuação
dele.
● Providencie atividades que o ajudem a se fortalecer nas áreas em que há
fraqueza.
● Entregue ao líder em treinamento a responsabilidade por uma determinada
tarefa.
● Deixe essa tarefa na mão dele, empregando a estratégia da “negligência
benigna”.
● Quando for oportuno, deixe que o líder em treinamento assista, enquanto você
aconselha alguém. Depois explique o porquê de cada coisa que você fez.
● Quando fizer visitas ou procurar fazer novos contatos, leve junto o seu líder em
treinamento.
● Deixe que ele o observe ganhando pessoas para Cristo.
● Façam juntos uma vigília de oração – realmente orando.
● Durante o ultimo mês da multiplicação, deixe o líder em treinamento dirigir todo
o ministério da célula. Dessa maneira quando metade for embora, sob a
liderança dele, esses membros estarão sentindo plena confiança em seu novo
líder.
● Após a multiplicação, observe cuidadosamente a maneira como o seu ex-líder
em treinamento discípula agora o líder em treinamento dele.
● Continue sendo amigo próximo do seu ex-líder em treinamento, tratando-o de
igual para igual.
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i) Submissão
O líder está diretamente submisso ao seu discipulador, a quem deve sempre
prestar relatórios de suas responsabilidades.
j) Lideres que atrapalham o fluir de Deus na célula e a multiplicação
● Monopolizador – trata a célula como se ela fosse uma congregação, não
permite que os membros se expressem, ele é o pregador nas reuniões, porque ele
é o líder. Ele é o faz tudo na célula, não distribui funções, presume que os mais
novos ou o novo convertido são incapazes de assumir responsabilidades, por isso
fazem tudo por todos.
● Nominal – esta situação é comum quando o verdadeiro líder é a esposa do
líder, ele foi constituído como líder, mas a esposa assume seu lugar. E também
quando o líder pensa que ser líder é apenas dirigir a reunião da célula.
● Deprimido – é o líder que se sente incapaz, é muito voltado para si mesmo e
vive debaixo de acusação, por sempre se comparar com outros.
● Ansioso – a pressão pela multiplicação em vez de produzir motivação nele, tem
produzido angústia. Torna-se melancólico e inseguro, o medo está na base da
ansiedade. É preciso que saiba que não é por nossa força e sim pela do Senhor
que tudo é possível.
● Super star – têm a noção equivocada de que eles são a razão da unção, do
crescimento e do êxito da célula. Desenvolvem a busca pelos reconhecimentos
para si mesmos. Seu lema é: Sem mim esta célula não é nada.
● Rebelde e o dependente – dois tipos de lideres que não são úteis na visão de
células: o que não faz o que se manda e aquele que só faz o que se manda. O
primeiro tipo é rebelde e o segundo, dependente: não tem ousadia, nem
criatividade – depende do discipulador para as mínimas coisas.
k) O líder de célula ideal
Age como um maestro. Ele faz a célula toda funcionar em harmonia. Ele é um
facilitador e não um manipulador. Seu alvo é ver todos os membros funcionando.
Ele trabalha para o reino e tributa toda gloria ao Senhor. Seu lema é: Eu sou
instrumento de Deus para edificação do Seu povo
B. O LÍDER EM TREINAMENTO
É alguém que se converteu, foi ao Encontro, batizou-se, fez a Escola de
Conhecimento, e agora está sendo treinado de forma prática, pelo líder de
célula, para ser um líder, depois da multiplicação da célula que fazia parte. Ele
caminha junto com o líder e é o seu virtual substituto.
Todo líder em treinamento deverá tornar-se um líder após a multiplicação.
Todo o trabalho que o líder de célula realizar devera ser feito junto com o seu líder
em treinamento. Esta é uma forma prática de treiná-lo para fazer o mesmo
depois, em outra célula. Todo líder de célula deve ter um líder em treinamento.
O líder e seu líder em treinamento são servos para a célula e não mestres ou
professores. São facilitadores, precisam ter em mente que precisam conduzir a
célula de tal forma que cada membro possa funcionar de acordo com o seu
dom.
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a) Responsabilidades
● Participar do planejamento de todos os eventos da célula, junto com o líder;
● Facilitar e proporcionar os vínculos de comunhão na célula;
● Fazer o apascentamento dos membros durante a semana;
● Organizar uma escala de visitas entre os membros;
● Monitorar assistência social e a oferta na célula;
● Participar, quando solicitado pelo líder, da reunião de discipulado;
● Planejar a multiplicação da célula, junto com o líder;
● Motivar o surgimento de novos líderes;
b) Autoridade
Na célula, está submisso à autoridade do seu líder, ao qual deverá sempre estar
consultando sobre suas ações. E debaixo das orientações do líder, poderá assumir
outras responsabilidades na célula.
C. O ANFITRIÃO
É aquele que recebe os irmãos na sua casa com disposição e amor, para o bom
funcionamento de uma célula. Ele pode receber a célula por um tempo
determinado (seis meses, por exemplo) ou pode ter a célula na sua casa por
tempo indeterminado. O que se espera dele é que seja hospitaleiro e receba
bem os irmãos.
Um anfitrião pode receber mais de uma célula em sua casa em dias diferentes da
semana, também é normal haver uma célula de adultos e outra de crianças se
reunindo simultaneamente na mesma casa.
Se na casa apenas um cônjuge é convertido e o outro não se opõe, a célula
pode funcionar normalmente.
a) Funções básicas do anfitrião
Receber bem os irmãos e se envolver na vida do grupo. Ele é a peça chave da
multiplicação da célula. Se uma pessoa vai à célula e não é bem recebida,
provavelmente não voltará. O anfitrião deve ser amável, hospitaleiro e receptivo
mantendo sempre um sorriso aberto para todos. Não deve ausentar-se das
reuniões, pois é desagradável ir a uma casa onde o dono não está presente. O
anfitrião deve ser mais do que sorridente e simpático, ele deve participar
ativamente da célula. Deve levar as pessoas a se sentirem parte da família,
deixando-as a vontade. Se houver algo a reclamar sobre qualquer coisa, como
exagero da intimidade do irmão em sua casa ou danos causados nos móveis,
deverá reclamar ao líder à parte e nunca na frente da célula. Cabe ao líder
corrigir os problemas. Quando o próprio líder for o anfitrião, caberá ao líder em
treinamento desempenhar esse papel.
b) Responsabilidades
● Estar sempre presente na reunião, resguardar-se das possíveis eventualidades.
● Participar do projeto de oração e de reuniões previamente marcadas. Também
deve manter uma vida constante de oração, jejum, leitura da Palavra e
santidade.
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● Receber bem os membros da célula – com alegria e satisfação, sem
formalidades.
● Preparar o ambiente com oração, desligar horas antes a TV e organizar os
assentos. Que devem estar em círculo, de forma que todos se vejam. É sempre
bom deixar uma cadeira a mais, para a lembrança a todos de que se deve
convidar pessoas para visitar a célula.
● Participar ativamente da célula.
● Informar ao líder sobre abusos de liberdade na casa ou quaisquer prejuízos
causados pelos membros da célula.
● Auxiliar e motivar, juntamente com o líder, o surgimento de novos anfitriões.
c) Autoridade
Está diretamente submisso ao líder, mas tem autoridade para organizar e
preparar o ambiente como achar melhor, checando com o líder se está
satisfatório.
d) Tipos errados de hospitalidade
● Indiferente – não são anfitriões, apenas cede a casa, não recebem as pessoas
com simpatia, não se envolvem com a reunião e em com os membros da célula.
● Falante – só ele fala, não dá oportunidade para os outros falarem. Fala o que
não deve, é inconveniente
● Constrangedora – não dá liberdade para o uso da casa. Restringe áreas
essenciais e mostra descontentamento com incidentes durante as reuniões.
● Mal – humorada – é preciso ter um sorriso no rosto, senão as pessoas sentirão
que estão incomodando e não retornarão à célula.
● Controladora – quer determinar todas as regras e definir tudo na célula, porque
é o dono da casa.
e) O anfitrião de célula ideal
É gentil no acolhimento às pessoas, espontâneo nos relacionamentos, educado
para dar orientações quanto ao uso da casa, paciente para tratar com
incidentes e que participa ativamente da célula. Seu lema é: A célula é minha
família.
D. O SUPERVISOR
É um líder de célula que multiplicou suas células diversas vezes. Ele supervisiona
uma quantidade “x” de células, de acordo com a sua capacidade e
disponibilidade de tempo. A princípio ele pode supervisionar enquanto ainda
lidera sua própria célula.
a) Pré requisitos
● Ter aliança (estar comprometido) com a visão da igreja e com a sua liderança.
● Ter uma vida santa, irrepreensível, transparente e submisso.
● Ter uma prática diária de oração, leitura bíblica e jejum semanal.
● Ter frutificado na função de líder de células, multiplicando-as várias vezes.
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b) Responsabilidades
● Reunir-se semanalmente e individualmente com os lideres de células, para
apascentamento, discipulado e supervisão das células. A reunião deve enfocar
os aspectos positivos e as bênçãos que tem acontecido na célula. Normalmente
os problemas serão tratados de maneira individual.
● Supervisionar a assistência aos carentes de sua rede (não podemos permitir
uma única pessoa com necessidades básicas não supridas em nosso meio).
● Participar das reuniões previamente marcadas pela liderança da igreja.
● Gerar novos discipuladores entre seus lideres de célula.
● Entregar mensalmente a ficha de supervisão de célula e participar do grupo de
discipulado do seu discipulador para ser apascentado e supervisionado.
● Verificar se há consolidação dos novos convertidos.
● Observar se a célula tem crescido em comunhão.
●Checar se o ensino tem sido ministrado, quando esse for previamente
determinado.
● Acompanhar o crescimento de cada célula debaixo de sua supervisão.
● Verificar se cada célula possui um líder em treinamento.
● Acompanhar de perto a freqüência de cada célula.
● Atualizar mensalmente a listagem das células.
● Verificar se estão acontecendo as visitas e os eventos-ponte em cada célula.
●Estabelecer escala de visitação semanal para as células, e fazê-las
mensalmente.
● Deve repetir a visão constantemente e de várias formas aos seus lideres e lideres
em treinamento.
● Deve ouvir seus lideres e tomar conhecimento sobre o que está acontecendo
nas suas células, tanto em relação às noticias boas, quanto às dificuldades.
●Deve servir – servir aos seus liderados em qualquer circunstância, procurando
ajudá-los em suas dificuldades.
●Entregar um relatório das células que estão sob sua supervisão ao seu
discipulador. Esse relatório é baseado nas fichas semanais entregues pelos lideres
que lhe são submissos.
c) Autoridade
O discipulador é submisso ao pastor de rede, e tem autoridade plena para
resolver todas as questões relativas às células que estão sob sua supervisão,
dentro dos limites de orientações do pastor de rede.
E. O PASTOR DE REDE
É um líder de célula bem sucedido, que se tornou um discipulador, cuja
capacidade para liderar e multiplicar suas células foi reconhecida. Ele apascenta
as células debaixo de sua cobertura, edificando e encorajando os membros. O
pastor de rede é o responsável por uma quantidade de supervisores e suas
respectivas células. Ele se reúne uma vez por semana com eles (no mesmo dia da
reunião de líderes com o pastor local), e individualmente com cada supervisor.
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a) Responsabilidades
● Repetir a visão constantemente e de várias formas aos seus discípulos.
● Ouvir seus lideres e tomar conhecimento sobre o que está acontecendo no seu
discipulado, tanto em relação às noticias boas, quanto às dificuldades.
● Servir – servir aos seus lideres em qualquer circunstância, procurando ajudá-los
em suas dificuldades
● Motivar e orientar.
● Cobrar do discipulador de lideres de células, um relatório de cada célula que
supervisiona.
● Reunir semanalmente com seus pastores de governo (que são os pastores da
igreja) a quem são diretamente submissos.
● Fazer mensalmente cultos de celebração específicos de sua rede.
● Realizar Encontros para sua rede.
CAPÍTULO 6 - ESTRATÉGIAS BÁSICAS PARA O CRESCIMENTO DA CÉLULA
Utilizamos quatro estratégias básicas de evangelismo e crescimento das células:
oração de concordância, evento-ponte, Encontro com Deus e visitas de
consolidação.
A. Oração de concordância
A oração de concordância acontece quando dois membros da célula se
comprometem a orar e jejuar por três ou mais pessoas durante trinta ou quarenta
dias. No final desse período, as pessoas que receberam oração serão convidadas
para participar de um "evento-ponte" da célula, ou de uma reunião de
celebração e colheita no prédio da igreja.
B. Evento-ponte
Cada célula deve realizar pelo menos um evento-ponte a cada mês. Esses
eventos podem ser de muitos tipos: um jogo de futebol, um passeio no campo,
um piquenique ou uma festa. O mais comum é fazermos uma festa com comida,
brincadeiras e um testemunho com apelo no final.
Como organizar um evento-ponte:
a) Planejamento e preparação
Um evento-ponte é um evento de evangelismo. O mais comum é fazermos algum
tipo de festa. Toda célula deve realizar pelo menos um evento-ponte por mês.
Nem sempre as pessoas se converterão nele, mas certamente um laço de
amizade será formado para uma oportunidade futura.
O planejamento é a chave para o sucesso de um evento-ponte. Eventos-ponte
não acontecem por acaso. Alguém deve fazer com que eles aconteçam!
Alguém deve decidir que tipo de festa se fará, onde será e quando irá
acontecer.
No planejamento do evento, o líder precisa pensar em coisas como:
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O que vestiremos? - Sempre há a possibilidade de um convidado vir com roupa
inadequada.
O que comeremos? - Uma festa sem comida é uma incoerência.
Como os convidados se sentirão? Ou Quem irá recebê-Ios à porta? E ainda,
Quem irá acolhê-Ios?
O que fazer com as crianças? Ou E se os convidados trouxerem seus filhos
pequenos?
Como reagir se o convidado pedir uma bebida alcoólica?
Nós precisamos planejar nosso trabalho e trabalhar nosso plano depois. Depois de
planejar, precisamos, então, distribuir responsabilidades. É preciso decidir quem
fará cada coisa, mas lembre-se: distribua responsabilidades e faça as cobranças
devidas no tempo certo! Não permita que ninguém deixe de fazer a sua parte!
b) Defina as atividades
Defina se na festa haverá algum tipo de brincadeira, como jogos ou dinâmicas.
Escolha atividades que não exijam experiência. Quanto mais a atividade tirar o
constrangimento das pessoas e puder fazê-Ias rir, melhor. Charadas e jogos de
mímica são muito simples e divertidos. Não importa o que se faça no evento, o
importante é que a festa não seja chata e maçante.
c) Crie afinidades
O alvo do evento-ponte é que as pessoas se sintam tão à vontade, que desejem
vir a fazer parte da célula. Para isso, elas têm de ter afinidade, sentir que possuem
algo em comum com os irmãos. As pessoas gostam de estar com quem elas
sentem afinidade. Engenheiros gostam de estar com engenheiros, músicos com
outros músicos, e assim por diante. Depois de algum tempo conversando, as
pessoas perceberão que não somos tão diferentes como elas imaginam.
d) Converse com o convidado
A maneira de estabelecermos afinidade é através de conversas. Os membros da
célula não devem fazer rodinhas para conversarem entre si, o alvo é envolver e
fazer amizades com os convidados. Se um convidado ficar sozinho, enquanto os
crentes conversam entre si, ele se sentirá excluído e, provavelmente, nunca irá à
igreja.
Normalmente, serão os membros da célula que terão de puxar conversa com o
convidado. Use perguntas comuns que não tenham tom de interrogatório, tais
como: Há quanto tempo você vive aqui? De onde você é? Você trabalha em
quê? Você tem filhos? É casado? etc. Se o convidado tocar num assunto que
você conhece, vá fundo nele, mas se ele tocar em algo que você desconhece
completa-mente, faça disso sua arma para prolongar a conversa. Nada melhor
do que fazer uma investigação a respeito de uma profissão ou assunto dos qual
você não sabe nada a respeito. As pessoas amam falar de si mesmas
e) Crie um ambiente descontraído
Não podemos programar o riso, mas numa festa em que não há risos, certamente
há algo errado.
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f) Finalize com um testemunho
Tudo o que for feito deve ser permeado com oração e jejum. Teremos momentos
de descontração e conversa, mas precisamos terminar com um testemunho. É
melhor que seja antes dos comes e bebes. Que seja breve e focalizado nas
necessidades das pessoas.
g) Consolide os convertidos
Podemos fazer apelo ou não no evento-ponte, tudo depende do ambiente. Mas
se fizer e alguém se decidir por Jesus, devemos consolidá-las.
C. Encontro com Deus
Cada célula deve enviar pelo menos duas pessoas para o Encontro de sua rede,
a cada vez que for marcado.
D. Visitas de Consolidação
Uma célula que não faz visitas, não se multiplicará. Se as pessoas vão à célula e
não recebem uma visita dentro das próximas 48 horas, dificilmente voltarão. As
células recebem a cada semana, cartões com o nome de pessoas que se
decidiram no domingo anterior e elas próprias também recebem visitantes a
cada semana. Cada um desses visitantes do culto de celebração ou da quartafeira deve ser visitado na semana seguinte. A visita não deve ser feita apenas
pelo líder, mas todos os membros da célula devem ser envolvidos. Também a
célula receberá novos visitantes que nunca estiveram na igreja, estas pessoas
devem ser visitadas também.
Orientação para a visita:
a) Estabeleça um horário definido para fazer visitas
b) Esteja limpo e bem arrumado
c) Leve consigo uma Bíblia (não leve uma Bíblia grande demais, isto pode
intimidar a pessoa)
d) Saia em duplas - Além de evitar a aparência do mal, quando saímos em
duplas, um estimula o outro.
e) Deixe que apenas uma pessoa fale, o outro deve concordar e interceder.
f) Saia em fé e cheio do Espírito - não visite sem antes colocar a pessoa diante de
Deus, em oração.
g) Seja gentil - Não fique usando o tempo todo a linguagem religiosa. Cuidado
para não dizer demais "glórias a Deus" e "aleluias". As pessoas se sentem
intimidadas com isso. Seja sempre cortês e nunca discuta com as pessoas que
estiver visitando.
h) Seja um bom ouvinte, ao ouvir, você capta informações a respeito das
necessidades deles e assim você pode aplicar melhor a mensagem do
Evangelho.
i) Seja cauteloso para entrar na casa - Não temos necessariamente de entrar na
casa. Nós podemos ficar na garagem, na varanda ou até no portão. As pessoas,
às vezes, se constrangem com suas casas por estarem desarrumadas ou algo
assim. Seja sensível a isso.
j) Mantenha o objetivo da visita - Não se perca em discussões de doutrinas
controversas ou opiniões. Não critique outras religiões ou igrejas. Não tente ter
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resposta para tudo, apenas se mantenha ao ponto central do Evangelho, que é
a salvação em Cristo.
I) Use uma mensagem simples - Use as quatro leis espirituais da Cruzada Estudantil.
Elas são simples e fáceis de memorizar. Mas, se preferir, siga outros modelos. Uma
progressão simples de versículos para salvação é encontrada em Romanos (3.23;
6.23; 5.8 e 10.13).
m) Faça sempre um apelo no final - Pergunte para ele se ele iria para o Céu se
morresse hoje. Convença-o a confessar a Cristo como Senhor e Salvador - Caso
seja uma visita a quem não se decidiu ainda por Jesus.
n) Convide-o para ir ao prédio de celebração e à célula
Quando ele for à igreja, sente-se ao lado dele durante o culto.
Vá à frente com ele no momento do apelo. Convide-o para estar em sua célula.
o) Mantenha contato
Envie uma mensagem por celular durante a semana e ligue para ela no dia da
reunião da célula. Não tenha receio de parecer insistente, lembre-se de que é a
vida eterna dela que está em jogo.
Ao receber a Jesus como Senhor e salvador, o novo convertido deve ser
imediatamente consolidado. Caso contrário, poderemos perdê-lo. O
consolidador deve ser da mesma célula, deve ser um irmão mais velho na fé, que
se responsabilizará por ele. O consolidador deve orar por ele, estudar com ele a
1ª Epístola de João e levá-lo a estabelecer novas amizades na célula.
E não se esqueça líder, não só os novos devem ser visitados, os membros devem
ser visitados por você também.
CAPÍTULO 7 – ESTÁGIOS DE UMA CÉLULA NORMAL
Normalmente, uma célula passará por quatro fases: comunhão, edificação,
evangelismo, e multiplicação. A duração média de uma célula fica entre seis
meses e um ano, quando, obrigatoriamente, terá de se multiplicar. Após a
multiplicação, as duas células resultantes são consideradas células novas. E como
tais, talvez tenham de passar novamente por esses quatro estágios. Contudo, há
casos em que não será necessário.
Algumas células poderão passar de uma fase a outra tão rapidamente que,
talvez, nem percebamos. Outras, porém, poderão demorar-se mais numa
determinada fase que a maioria. Cada célula possui características próprias. Seja
sensível e perceba a personalidade da célula. Existem células dinâmicas, células
passivas, células alegres, células jovens, células mais velhas e assim por diante.
A. ESTÁGIO DA COMUNHÃO
O alvo é produzir vínculos e relacionamentos de comunhão. Os eventos sociais
devem ser freqüentes, para que as pessoas se conheçam e criem intimidade
entre si. Será necessário dedicar pelo menos um mês inteiro para isso, até que
haja afinidade entre os irmãos. O processo pode ser acelerado, se for
programado um retiro de final de semana.
Nesse estágio, deve ser avaliado se as pessoas se sentem parte da célula ou não,
conforme os seguintes critérios:
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a) Vínculos na célula
As pessoas devem conseguir expressar seus pensamentos e sentimentos no meio
da célula. Deve incluir os outros no seu circulo de amizade.
b) Entendimento do compromisso e do propósito
Todas as partes básicas da visão de células devem ser estabelecidas: a
multiplicação (quando a célula atingir a faixa de 15 membros), cada crente ser
um ministro, cada casa se abrir para receber a igreja e os outros objetivos básicos
da célula (oração, comunhão e edificação). Cada membro deve ter bem claro
que tipo de compromisso se espera dele na célula.
As quatro primeiras reuniões serão dedicadas, basicamente, ao entendimento da
visão, ao estabelecimento das alianças da célula e à compreensão dos objetivos
e da dinâmica da reunião da célula. Nunca é demais lembrar que a reunião é
composta de: envolvimento, ministração, edificação, compartilhamento e
comunhão. Cada membro da célula deve entender que nós somos uma igreja
em células.
c) Princípios enfatizados
Muitas células, no começo, são apenas cultos nos lares. Trabalhe para mudar isso.
Fale, explique, exorte, mas não permita que uma célula seja apenas um culto
familiar. Toda célula deve ter, no mínimo, um líder em treinamento.
Enfatize as alianças da célula
Enfatize os objetivos da célula: oração, comunhão, edificação e multiplicação.
Nessa primeira fase, a ênfase maior deve ser dada à comunhão. Não deixe de
realizar os eventos de comunhão.
Deixe claro, desde o início, a trilha de crescimento da célula: oração de
concordância - consolidação - Encontro – Escola de Líderes – Instituto Bíblico
Quadrangular
B. ESTÁGIO DE EDIFICAÇÃO
Esse é o estágio de conflito na vida da célula, no qual os relacionamentos terão
de passar do nível social para o pessoal. Nesse momento, é natural a ocorrência
de conflitos nos relacionamentos. Não pense que, com isso, a célula está
decaindo, na verdade, é um grande avanço, pois mostra que já não são
indiferentes uns com os outros.
a) Relacionamentos pessoais
Nesta fase todos já devem se conhecer dentro da célula. Espera-se que o líder já
tenha sido reconhecido pela célula e que a célula tenha avançado de um mero
culto doméstico para um grupo razoavelmente vinculado. Além disso, mais
pessoas já podem ministrar a Palavra e o compartilhamento na reunião deve
estar bem mais participativo.
b) Compreensão do propósito
Dos quatro propósitos, o da edificação deve ocupar a posição central. (Lembrese de que os quatro objetivos da célula são: comunhão, edificação, serviço e
multiplicação.)
Muitos dos propósitos estabelecidos para a célula serão desafiados. As tensões
dentro da célula podem ser resolvidas pelos pactos ou alianças da célula.
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c) Princípios enfatizados
Cada crente é um ministro. Estimule o revezamento da Palavra, monitore e
estimule o compartilhamento. Todos os membros devem entender o programa de
trabalho: oração de concordância - evento-ponte - consolidação - Encontro –
Batismo – Escola de Conhecimento – I.T.Q. Monitore quantos membros que ainda
não fizeram todo o processo até o I.T.Q.
C. ESTÁGIO DE EVANGELISMO
Os membros da célula tornam-se livres para se expressar, se comprometer e falar
abertamente. É neste tempo que a célula torna-se um verdadeiro purê de
batata, ou seja, o relacionamento sai do nível pessoal para o nível comunitário.
Os objetivos a serem mais realçados na célula são a oração e a edificação. É
também uma fase em que a célula corre o risco de ficar embriagada consigo
mesma, visto que os relacionamentos são excelentes, a comunhão é real e a
reunião é viva. Se não for enfatizada a visão da multiplicação, a célula pode se
estagnar.
Se acontecer de a célula não sofrer uma crise de multiplicação, é porque a visão
não foi assimilada apropriadamente.
a. Princípios enfatizados
Procure ajudar a célula através do projeto de oração e das vigílias. Nesse
momento, os jejuns devem ser comuns. Mais do que em qualquer outra fase, os
eventos-ponte precisam ser centralizados na vida da célula! Em hipótese alguma,
tolere uma célula sem um líder em treinamento nessa fase. Procure mostrar a
importância e a bênção da multiplicação. Comece a estimular irmãos a
cederem suas casas para a futura multiplicação. É tempo de localizar anfitriões.
D. ESTÁGIO DE MULTIPLICAÇÃO
Geralmente, o tempo de vida de uma célula será de seis meses a um ano.
Qualquer célula, que não se multiplica depois de seis meses, poderá se estagnar,
perder seu dinamismo e, eventualmente, morrer. Toda célula deve ter uma
finalização de algum tipo, e cada membro deve estar atento para isso,· desde o
início. Consideramos que uma célula se encerra ao se multiplicar. As duas células
resultantes da multiplicação são consideradas, então, duas novas células. E como
tal talvez se torne necessário passarem novamente por todas as fases.
a. Princípios enfatizados
Esse é um tempo de celebração. O líder deve ajudar os membros a verem a
multiplicação como uma ocasião de alegria para todos os envolvidos.
É tempo de planejar a multiplicação. Espera-se que o líder em treinamento tenha
tido oportunidade de realizar todas as tarefas de um líder, ao lado do líder da
célula. O líder em treinamento deve já ter lido todo este manual de células. E já
não deve ter dúvidas a respeito do andamento da trilha de crescimento da
célula (oração de concordância - evento-ponte – consolidação) e do programa
de crescimento de cada membro: - Encontro – Escola de Conhecimento – I.T.Q.
Monitore quantos membros ainda não fizeram todo o processo até o I.T.Q.
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CAPÍTULO 8 – COMO COMEÇAR UMA CÉLULA
No primeiro mês a célula funciona fechada (sem convidados) justamente para
preencher toda a planilha de funcionamento até a multiplicação e acertos de
todo o andamento. A primeira fase de uma célula normal é a comunhão. É uma
das mais importantes e precisa ser estabelecida apropriadamente.
Nesta fase, que dura em torno de um mês, pelo menos quatro passos devem ser
dados (cada um deles, numa reunião): Convergir expectativas, Estabelecer o
alvo, Reafirmar a visão da igreja e Estabelecer os pactos da célula. Vejamos
como:
1) Convergir expectativas
Ao iniciar-se uma célula, logo na primeira reunião, o líder deve explicar aos
membros o que é e como funciona uma célula. Cada membro precisa saber
qual é a dinâmica da reunião e o que se espe-ra dele. Além disso, é bom
esclarecer o que não é uma célula, para que ninguém tenha expectativas
erradas.
2) Estabelecer o alvo
Na segunda reunião, o líder deve expor, de forma bem clara, os quatro objetivos
da célula: comunhão, edificação, serviço e multiplicação. Também deve ser
definida a data da multiplicação da célula. Quando os membros da célula são
previamente informados sobre os objetivos, uma de duas coisas acontece: ou
eles se comprometem e se motivam mais, ou abandonam a célula.
Todo membro da célula deve participar da célula e dos cultos da igreja.
3) Reafirmar a visão da igreja e a trilha de crescimento
Consolidação – Encontro – Batismo nas águas – Escola de Conhecimento – Líder
em treinamento – líder de célula – I.T.Q. – supervisor – pastor de rede.
Tudo isso deve ser explicado na terceira reunião.
Estabelecendo os pactos da célula
O nosso crescimento espiritual depende de três coisas: compromisso,
relacionamento e disciplina. Sem compromisso e sem alianças não podemos
edificar verdadeiramente a igreja. Sem compromisso mútuo, a célula não pode
existir. Mostramos nosso compromisso com Deus quando temos compromisso com
os nossos irmãos. Os pactos devem ser firmados na quarta reunião e relembrados,
freqüentemente, pelo líder nas celebrações. O líder deverá ler o pacto para a
célula e diante de Deus em oração firmar o pacto.
a. O pacto da amor incondicional (CI 3.4-15)
Eu escolho amar vocês, edificá-Ios e aceitá-Ios, não importa o que digam ou
façam. Eu escolho amá-Ios do jeito que vocês são. Nada do que fizeram ou
venham a fazer poderá me impedir de amá-Ios. Posso não concordar com suas
ações, mas vou amá-Ios como pessoas e fazer tudo para suportá-Ios, na força do
amor de Deus que habita em mim.
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b. O pacto da honestidade (Ef 4.25-32)
Eu não vou esconder como me sinto a respeito de vocês. Contudo, pelo Espírito
Santo, procurarei conversar francamente, de modo amoroso e perdoador, para
que nossas frustrações mútuas não se transformem em amargura. Comprometome a ser sincero e honesto com vocês, pois sei que, quando falamos a verdade
em amor, é que crescemos em tudo, naquele que é o cabeça, Cristo (Ef 4.15).
Empenhar-me-ei para expressar essa honestidade de maneira sincera e
controlada.
c. O pacto da transparência (Rm 7.15-25)
Prometo empenhar-me para ser uma pessoa mais aberta e compartilhar meus
sentimentos, lutas, alegrias e dores, da melhor maneira possível. Eu farei isso
porque sei que, sem vocês, não irei muito longe. Digo isso para afirmar o valor que
vocês têm para mim, como pessoas. Em outras palavras: eu preciso de vocês!
d. O pacto da oração (2Ts 1.11-12)
Eu faço um pacto de orar regularmente por vocês, pois creio que é isso que o
nosso amado Pai deseja: que oremos uns pelos outros, para que todos sejam
supridos em suas necessidades. Partici-parei ativamente de quaisquer
circunstâncias pelas quais vocês estejam passando, ajudando a cada um a levar
o seu fardo.
e. O pacto da sensibilidade (Jó 4.1-29)
Assim como desejo ser ouvido, conhecido e compreendido por vocês, do mesmo
modo farei tudo ao meu alcance para ouvi-Ios, conhecê-Ios e compreendê-Ios.
Também prometo ser sensível tanto a vocês, quanto às suas necessidades, e
esforçar-me para livrá-Ios do abismo do desânimo e do isolamento. E, com esse
propósito, recusar-me-ei a dar-Ihes respostas simplistas para as situações difíceis
em que vocês se encontrarem.
f. O pacto da disponibilidade (At 2.47)
Aqui estou se precisarem de mim! Tudo o que tenho - tempo, energia,
entendimento, bens etc. - está à disposição de vocês, até o limite dos meus
recursos. Dou-lhes todas essas coisas, sem quaisquer outras exigências.
g. O pacto de ser confiável (Pv 10.19; 11.9-13; 12.23; 15.4; 18.6-8)
Prometo manter em segredo tudo o que for compartilhado dentro da célula, de
modo a proporcionar uma atmosfera de confiança, necessária à transparência.
Entendo, no entanto, que essa discrição não proíbe o meu líder de célula de
compartilhar informações adequadas ao meu pastor. Os líderes e líderes em
treinamento trabalham sob a supervisão pastoral. Então, como resultado disso,
devem prestar contas aos pastores desta igreja, os quais, por sua vez, prestam
contas ao Pastor maior - Jesus Cristo, meu Senhor! (Hb 13.17)
h. O pacto da prestação de contas (Ez 3.16-21 e Mt 18.12-20)
Dou a vocês o direito de questionar-me, confrontar-me e desafiar-me em amor,
quando eu estiver falhando em relação à minha vida com Deus, à minha família
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e ao meu crescimento espiritual (oração, estudo da Palavra etc.). Confio que
vocês serão guiados pelo Espírito, quando assim o fizerem. Preciso de sua
correção e repreensão, de modo a aperfeiçoar meu ministério, dado por Deus,
no meio de vocês. Faço o pacto de não reagir. (Pv 12.1-15; 13.10-18)
i. O pacto da assiduidade (Lc 9.57-62)
Não entristecerei o Espírito, nem impedirei o Seu trabalho na vida dos meus
irmãos, por minha ausência às reuniões, exceto em caso de emergência.
Somente com a permissão dEle, em oração, considerarei a ausência uma
possibilidade. Se estiver impossibilitado de comparecer, por qualquer razão, em
consideração aos irmãos, comunicarei ao meu líder. Farei isso para que todos os
membros do grupo saibam o que está acontecendo, para que possam orar por
mim e não tenham maiores preocupações comigo.
j. O pacto da multiplicação (Mt 25.31-46)
Faço o pacto de encontrar meios de me sacrificar por aqueles que se encontram
fora da igreja, da mesma forma como fiz a aliança de me sacrificar por vocês,
meus irmãos e irmãs. Darei o máximo de mim para trazer dois ou mais incrédulos
para a minha célula, durante o seu ciclo de vida. Quero fazê-Io em nome de
Jesus, para que outras pessoas sejam adicionadas ao reino de Deus, por amor a
Ele!
CAPÍTULO 9 – RESOLVENDO PROBLEMAS NA CÉLULA
Cada líder enfrentará diversos problemas durante a reunião e na vida da célula.
Normalmente, serão pessoas que, pelas suas atitudes, tenderão a obstruir o fluir
de Deus na célula.
Para proteger os membros e manter a integridade da célula, o líder deve restringir
essas atitudes em amor. Precisa estar ciente de que ele está ali, confirmado pela
autoridade que lhe foi dada pela liderança da igreja.
a. O membro pecaminoso
A Palavra de Deus diz, em 1 Coríntios 5.13, que devemos expulsar, de entre nós o
malfeitor. Deus é muito zeloso pela Sua santidade e também é muito zeloso pela
santidade da Igreja. Ele não permitirá de forma alguma o pecado no meio do
Seu povo. Cada líder deve saber que não basta haver crescimento numérico, é
preciso haver santidade!
Baseados em 1 Coríntios 5.11-13, dizemos que seis grupos de pecados não podem
ser tolerados:
● Impureza - inclui todos os pecados sexuais.
● Avareza - é o amor ao dinheiro.
● Idolatria - inclui feitiçaria, adivinhação, prognóstico, astrologia, consulta aos
mortos etc.
● Maledicência - inclui calúnia, difamação, infâmia, mexerico, fofoca etc.
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● Bebedice - toda embriaguez provocada por bebida alcoólica, drogas ou
remédios.
● Furto - aqui, inclui-se: ladrão, assaltante, sonegador, chantagista etc.
Como lidar com o pecaminoso?
De acordo com Mt 18:15-17 - O membro faltoso deverá primeiro ser admoestado
pelo irmão que testemunhou ou tomou conhecimento do erro. Se o faltoso ouvir e
abandonar o erro, o pecado deve ser coberto.
Se o membro faltoso voltar a pecar, deverá ser admoestado pelo líder da célula,
em companhia da testemunha do pecado.
Caso o pecaminoso não mude de conduta e continue no pecado, o líder deve
entregar o problema para o discipulador, e este para o pastor de rede. Caso o
irmão não ouça também os pastores, ele deverá ser convidado a se retirar da
célula, até que resolva mudar de vida.
b. O que se acha mais espiritual que os outros
O supercrente, certamente, tentará impressionar o grupo com os seus dons e
poderes especiais. Ele sempre discorre sobre passagens bíblicas difíceis e assuntos
polêmicos. E, se lhe deixarem falar, provavelmente criticará o líder da célula,
ainda que sutilmente, procurando mostrar o quanto é mais capacitado e
experiente.
Como lidar com esse tipo de membro?
Durante, o compartilhamento, o líder não deve encorajá-Io a falar muito sobre
suas experiências. Deve também procurar redirecionar o assunto e dar
oportunidade para outras pessoas opinarem. E, quando perceber oportunidade,
deve conversar com a pessoa em particular, mostrando-lhe os objetivos da célula
e o quanto ela pode ser útil servindo os irmãos. Sutilmente, coloque-o para servir
em algo mais humilde, a fim de tratar com o seu ego.
c. O que é discipulado, à distância, por líderes de outras igrejas
Normalmente, esse membro estará sempre se referindo ao conhecimento obtido
fora da igreja local e assumindo uma atitude crítica tanto em relação à célula,
quanto ao líder. Tais pessoas podem trazer confusão e, até mesmo, levar a célula
a morrer.
Como lidar com esse tipo de membro?
Não permita que alguém, com estas características, ensine na célula, muito
menos aos novos convertidos. Não admita críticas contra a visão da igreja, nem
comparações com o que acontece em outros lugares. Procure estar com ele a
sós, e mostre-lhe a necessidade de ter como discipulador alguém da liderança
da igreja local, e não pessoas de fora.
d. O pastor que vêm de fora
Depois que a igreja cresce, passa a atrair muitos pastores desgarrados de outras
igrejas. Geralmente, eles vão à célula e, sutilmente, resistem à autoridade do líder,
tentando até mesmo controlar a célula. Comumente, se utilizam do título de
pastor para causar impressão e ficam indignados quando não são reconhecidos
como pregadores.
Como lidar com esse tipo de membro?
O líder não deve se intimidar com o título de pastor ostentado pelo irmão. Ao
contrário, deve procurar mostrar-lhe que ele é bem-vindo à célula, mas somente
será reconhecido como pastor ali, depois que o pastor da igreja reconhecê-Io.
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Cabe também ao líder mostrar ao irmão que, em nossa igreja, valorizamos a
função e não o título. Por outro lado, o líder não deve permitir que ele monopolize
a Palavra, durante o tempo de compartilhamento.
e. O irmão muito falante
É aquele que procura monopolizar o tempo de compartilhamento. Normalmente,
opina sobre todos os assuntos, ainda que não os conheça a fundo. Conta longas
histórias ou ilustrações que não têm nada a ver com o que está sendo discutido e
muda de assunto o tempo todo. É muito imprudente em seus discursos: fala de
situações íntimas que não deveriam ser compartilhadas na célula e geralmente
mata a reunião quando abre a boca. Este tipo de irmão atrai a antipatia dos
outros, que passam então a rejeitá-Io.
Como lidar com esse tipo de membro?
O líder deve ajudar o irmão falante a se expressar, dirigindo-lhe comentários do
tipo: "Parece que você tem experimentado muitas coisas, mas o que gostaríamos
de saber é o que Deus falou com você hoje, nesta reunião". Se ele persistir, em
sua “falação”, o líder deverá confrontá-Io, dizendo: "Para que os outros também
possam compartilhar, por favor, resuma a sua conclusão em trinta segundos." O
líder deve mostrar amor e paciência, sem rejeitar o irmão.
f. O antigo na igreja, mas que não lidera
Normalmente, as pessoas mais antigas, que não atingiram posição de liderança,
tendem a participar da célula de forma inconstante e sem compromisso. Pessoas
desse tipo, quando participam, são difíceis de ser lideradas e sempre pensam
que, por serem mais antigas, devem ter uma posição diferente. Comumente, são
saudosistas e se referem ao passado como "os bons dias". Por se referir ao
passado, como sendo melhor que hoje, tais pessoas produzem discórdia na
célula.
Como lidar com esse tipo de membro?
Não se deve dar nenhum tratamento especial a tais pessoas. O líder deve
enfatizar, constantemente, que tempo de igreja não faz de ninguém líder. No
tempo de compartilhamento, estimule o irmão a falar sobre o que Deus está
fazendo em sua vida hoje, e quais são os seus alvos imediatos em Deus. Desafie-o
a entrar na visão e a ser um ministro!
g. O crítico da visão
Tais pessoas inicialmente serão muito sutis, mas no decorrer do tempo expressarão
suas opiniões acerca da liderança e da igreja. Talvez apenas façam expressões
de ironia e sarcasmo, quando algum líder for mencionado na reunião. Estas
pessoas, além de fazerem com que um espírito de divisão e sectarismo penetre
na célula, podem também se tornar um tropeço na vida da igreja.
Como lidar com esse tipo de membro?
Quando ele expressar suas críticas, o líder deve dizer à célula que todos têm
liberdade para fazer suas críticas. Todavia, a célula não é o lugar apropriado
para isso. Quem tiver críticas e/ou sugestões a fazer, faça-as pessoalmente aos
líderes. Se o irmão insistir, diga que, se todos concordarem, anotará as críticas e
entregará pessoalmente ao pastor principal. O líder deve mostrar aos irmãos que
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todos têm liberdade de dar sugestões construtivas e trazer novas idéias, mas que
as críticas negativas devem ser abolidas.
h. O anfitrião não hospitaleiro
O anfitrião é uma pessoa muito importante no contexto da reunião da célula. Um
anfitrião que freqüentemente esteja ausente no dia da reunião pode ser um
grave problema. Existem aqueles que, pela idade e temperamento, tendem a
manipular a célula e se julgam no direito de falar o que bem quiserem, a
qualquer hora. Pessoas assim podem impedir o fluir de Deus nas reuniões e,
conseqüentemente, destruir a célula.
Como lidar com esse tipo de membro?
O líder deve admoestá-Io amorosamente e mostrar-lhe o seu papel na célula.
Deve também conscientizá-Io tanto sobre o dom da hospitalidade, quanto sobre
os benefícios que, na Bíblia, são prometidos aos que recebem a igreja na sua
casa. Se os problemas continuarem, a única alternativa é mudar a célula de
residência.
i. Crianças indisciplinadas
Esta é uma situação delicada, que o líder deve administrar com muito cuidado e
paciência. Uma repreensão pública pode ser danosa e inibir os pais de levar os
filhos à reunião. Por outro lado, tolerar por muito tempo o problema pode causar
muito desgaste aos anfitriões.
Como lidar com esse tipo de membro?
Se os pais da criança forem novos na célula, todos devem exercitar a paciência
e procurar contornar o problema, segurando as crianças de uma maneira a
demonstrar a insatisfação. Caso seja maduro na célula, a melhor alternativa é
uma orientação pública sobre o problema. Separe uma reunião para falar sobre
o papel de cada um na célula e o dever dos pais de cuidar dos seus filhos. O líder
pode requerer ao departamento infantil da igreja um líder de célula infantil para
trabalhar no mesmo local de sua célula.
j. A célula se recusa a multiplicar
Existem muitas causas para este problema. A primeira é que os membros se
tornaram confortáveis demais na companhia uns dos outros. Eles se apegam
fortemente a esses relacionamentos e não querem deixá-Ios A segunda causa
desse problema é que as pessoas experimentaram um grande mover na sua
célula e agora temem que esse mover desapareça na nova célula.
Como lidar com essa situação?
Nas duas situações, a solução é relembrar a todos a visão da multiplicação e
mostrar-Ihes a necessidade da salvação das vidas. Todos precisam estar cientes
de que a unção é boa, mas que ela existe para o propósito da multiplicação. A
comunhão é boa, mas também só tem sentido quando gera fecundidade e
produz filhos.
k. Os membros não vão à celebração de domingo
Depois que uma igreja é “transicionada” completamente para o modelo de
igreja em células, um fenômeno poderá ocorrer: as pessoas começarão a preferir
as reuniões da célula às reuniões de celebração aos domingos. Os motivos
podem ser muitos, mas, o mais comum é a distância. À medida que a igreja
cresce, as células vão ficando cada vez mais distantes. Às vezes, a causa é não
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haver estacionamento no prédio da igreja, o trânsito ser ruim, os cultos muito
lotados e até mesmo o seu horário pode ser um problema numa área
particularmente perigosa.
Como lidar com essa situação?
O líder deve observar se essa situação é fruto de falta de compromisso com a
igreja local. Se esse for o caso, os membros devem ser seriamente exortados.
Todavia, se a causa for qualquer um dos motivos mencionados, não há muito que
fazer. Toda igreja precisa crescer em quantidade, qualidade e também em
estrutura física.
CAPÍTULO 10 – POR QUE A CÉLULA NÃO CRESCE?
Consideramos fechar uma célula uma grande derrota. Se a célula não cresce, o
discipulador e o pastor de rede precisam acompanhar melhor a célula e observar
os fatores que impedem o crescimento.
a. O líder não ora
Monitore o tempo devocional do líder da célula. Está comprovado que líderes
que investem 90 minutos ou mais em devocionais diárias, multiplicam as suas
células duas vezes mais do que aqueles que investem menos do que 30 minutos
por dia. Se o líder não ora, não há multiplicação.
b. O líder não intercede pelos membros da célula
Os líderes que oram diariamente pelos membros da célula têm maiores
probabilidades de multiplicar suas células. O discipulador deve fazer com que o
líder carregue consigo uma lista com os nomes dos membros da célula, levandoo a orar por cada um deles, todo o tempo que lhe for possível.
c. Não há jejum
O discipulador deve programar uma campanha de jejum, de pelo menos 21 dias,
com os membros da célula que não se multiplicou depois de um ano inteiro. Não
existem cadeias malignas que resistam a um bom tempo de jejum e oração!
d. O líder não se prepara para a reunião da célula
Investir tempo com Deus (preparar o coração para um encontro da célula) é
mais importante do que o preparo do estudo. Quando o líder chega à célula
com o coração aquecido e cheio de fé, o seu grupo será contagiado e se
disporá a atingir o alvo da multiplicação.
e. Os alvos não são devidamente estabelecidos
O líder que falha na fixação de alvos, dos quais os membros recordem, tem 50%
menos de probabilidade de multiplicar a sua célula. Fixar alvos aumenta em 75%
a probabilidade de multiplicação. Cada discipulador deve checar se o líder tem
lançado os alvos com clareza e se os membros têm compreendido. Todos
precisam saber a data da multiplicação da célula.
f. O líder não foi bem treinado
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Líderes de célula que foram bem treinados multiplicam suas células com maior
rapidez. Treinamento não é tão importante quanto à vida de oração do líder e a
clareza de seus alvos. Todavia, quando o líder não conduz a célula com
segurança e firmeza, as pessoas se sentem inseguras e não respondem
adequadamente. O discipulador deve reciclar e capacitar o líder.
g. O líder não visita
Líderes que fazem contato com cinco a sete pessoas novas por mês têm 80% de
probabilidade de multiplicar a sua célula. Quando o líder visita somente uma a
três pessoas por mês, as chances caem para 60%. Líderes que visitam oito pessoas
novas, ou mais, a cada mês, multiplicam suas células duas vezes mais do que
aqueles que visitam uma ou duas vezes apenas.
h. Não há visitantes na célula
Líderes que encorajam semanalmente os membros a convidar visitantes duplicam
sua capacidade de multiplicar suas células, em contraposição àqueles líderes
que o fazem apenas ocasionalmente ou nunca. Se nunca houver visitantes na
célula, não há como multiplicá-Ia. Há uma relação direta entre o número de
visitantes e o número de vezes que o líder multiplica a célula.
i. A célula é muito formal
As células que têm seis ou mais encontros sociais por mês se multiplicam duas
vezes mais do que aquelas que têm apenas um ou nenhum. Quanto mais a
célula se parecer com uma família, ou com uma equipe bem unida, mais
facilmente ela se multiplicará. Grupos festeiros e que gostam de estar juntos
atraem pessoas como o ímã atrai o ferro.
j. Não há cuidado pastoral
Visitação regular pelo líder aos membros da célula ajuda a consolidar a célula. Se
um membro falta à reunião e o líder sequer faz uma ligação para saber o que
está acontecendo, fatalmente o membro se afastará.
k. O anfitrião não é hospitaleiro
Provavelmente, poucas coisas afetam tanto o grupo como um anfitrião que não
é hospitaleiro. Os visitantes se sentem constrangidos e não voltam os membros
sempre estão entrando em atrito e o ambiente da célula fica pesado. O melhor,
nesse caso, é mudar a célula de casa, imediatamente.
Sugestões práticas para tirar a célula da estagnação
● Experimente levantar outro líder ou o líder em treinamento.
● Experimente mudar o anfitrião, mesmo sendo ele, aparentemente, um bom
anfitrião.
● Tente transferir a célula de bairro.
● Experimente trocar o dia da reunião.
● Experimente mudar o horário da reunião.
Nem pense nisto! Não fechamos células!
Fechar uma célula é um acontecimento muito traumático.
Quando isso acontece, o líder e os membros da célula ficam com um sentimento
de fracasso e incapacidade. Isso pode afetar a fé deles para uma nova
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tentativa. Se não houver outro meio e a única saída for fechar, que se faça da
maneira mais discreta possível, como juntar uma célula a outra, por exemplo.
CAPÍTULO 11 - OS 10 MANDAMENTOS DA CÉLULA
1. AME O TRABALHO CELULAR
 Coloque amor em tudo o que você fizer, pois para que a célula cresça e se
multiplique, isto é essencial – I Coríntios 13:2-3 (ame as pessoas)
 A chave do crescimento é amar as pessoas.
 Ame e sonhe com a multiplicação.
2. NÃO SE DESVIE DO PROPÓSITO
 Persevere na célula, este é o caminho – a visão
 Não coloque outros programas que competem com as células.
3. NÃO PERMITA QUE A CÉLULA SEJA INFRUTÍFERA
 Todas as células têm que ser evangelísticas.
 Tenha meta de crescimento para a célula.
 Uma célula de novos deve se dedicar a consolidar e envolver as pessoas a
se formarem (Encontro Escola de Conhecimento) João 15:2
 Uma célula com fruto – pessoas mais maduras: treine-os para multiplicar e
serem líderes.
 Uma célula com muito fruto (João 15:5) – todos estão prontos para multiplicar.
 Toda visão celular deve dar fruto, o fruto aparece desde o inicio.
4. REUNA 01 VEZ POR SEMANA
 Toda reunião deve ter pessoas novas.
 Não permita que a reunião se desvie do propósito principal. Ela deve ter um
bom equilíbrio espiritual.
 A visão da Igreja deve se reproduzir dentro das células.
 Faça células homogêneas: homens, mulheres, casais, jovens, crianças
(pessoas que falam a mesma linguagem).
5. A CÉLULA DEVE AJUDAR A RESTAURAÇÃO FAMILIAR
 A célula deve estar apta a trabalhar na reconciliação familiar.
 A célula trabalha na cura da família, trabalhando com cada membro da
mesma que freqüente a célula. I Coríntios 14:40. Para uma cura mais
profunda, todos devem passar pelo Encontro.
6. FAÇA DE CADA MEMBRO UM LÍDER
 Todos que chegam à célula devem ter a oportunidade de se desenvolverem
espiritualmente. Veja as pessoas com os olhos da fé.
 Visualize a cada um como um grande líder. Ele pode ser um campeão de
ganhar almas ou pode ganhar uma só que toque o mundo inteiro.
7. VELE PELA SANTIDADE DA CÉLULA
 Não permita pecado. “Sem santidade ninguém verá ao Senhor”.
 O primeiro a saber se você cair deve ser seu pastor.
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 Viva uma relação de amizade com os líderes e crie vínculos de confiança
para que seja fácil a restauração da vida santa.
8. NÃO TRABALHE EM FUNDAMENTO ALHEIO
 Não traga membros de outras igrejas para a célula.
 Não fique assistindo a outras células. Seja fiel à sua célula.
9. NUNCA PERMITA MURMURAÇÃO NA CÉLULA
 Murmuração, crítica e queixas estancam o crescimento.
 Nunca fale mal do irmão, do pastor, do governo, etc. Se você não pode
falar bem, não fale.
10. DESENVOLVA METAS ESTRATÉGICAS
 Faça metas realizáveis, mas que impliquem em esforço. Não tenha metas que
você pensa que são difíceis demais cumpri-las. Não faça metas que são
indefinidas, tipo: “seja o que Deus quiser”
 Quando fizer uma meta:
 Escreva a meta.
 Comprometa-se em alcançá-la.
 Surpevisione diariamente.
 Mantenha-se em forma (física, espiritual e mental).
 Consiga todas as ajudas que possa.
 Trabalhe em equipe.
 Seja positivo.
 Sonhe com o êxito.
CAPÍTULO 12 - COMPROMISSO PERMANENTE DOS MEMBROS DA CÉLULA:
Orar por 10 não convertidos e procure se relacionar com eles e oportunamente
convidá-los para a célula ou para reunião de celebração na Igreja – manter
sempre um fluxo de 03 convidados na célula.
CAPÍTULO 13 – META DOS MEMBROS DA CÉLULA:
Ganhar uma vida “alma” a cada seis meses - consolidá-la, levá-la para a “igreja”
ao batismo nas águas, para os GMM’s.
CAPÍTULO 14 – CONDUTA DOS MEMBROS DA CÉLULA:
Ser um membro ativo da igreja local e da célula;
Ser leal e fiel incluindo dízimos e ofertas;
Ser obediente ao pastor e a liderança da IEQ;
Não se envolver em rebeldia, insubmissão, divisões e partidarismos;
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CONSIDERAÇÕES FINAIS
Valores inegociáveis
É necessário que tenhamos a visão de células clara em nossa mente. Quando
tentamos edificar sem uma visão clara, negociamos facilmente valores vitais.
Vamos enumerar alguns desses valores que são vitais para nós:
a. As células são a coluna da nossa igreja
Em nossa igreja, as células não são apenas uma estratégia que escolhemos
dentre as muitas disponíveis. Elas são parte de uma visão a respeito da igreja, ou
de como a igreja deveria ser. Não se trata, portanto, de uma estratégia, mas de
um novo paradigma.
Em nossa igreja, tudo é feito a partir das células:
 Só pode se batizar quem estiver firme em uma célula;
 Um membro só pode fazer parte de um ministério com a recomendação
do seu líder;
 Um membro só recebe ajuda social com a recomendação escrita do seu
líder;
 Só consideramos membros aqueles que estão participando de uma célula;
 Para alguém ser recebido como membro da igreja, é preciso primeiro que
ele se integre a uma célula;
 A função mais destacada em nossa igreja é a função de líder de célula.
b. Nenhuma atividade pode concorrer com as células
Nunca permitimos que as programações especiais na igreja atrapalhem as
reuniões das células. Essas jamais serão canceladas. Agindo assim, todos
percebem qual é a nossa prioridade. Ninguém tem dúvidas de que, para crescer
em vida, em fé e em profundidade, precisará participar ativamente de uma
célula.
c. As células se reúnem semanalmente
Nossas células não se reúnem eventualmente. A cada semana nos encontramos
para renovar nosso compromisso, cultuarmos a Deus juntos e sermos supridos pela
vida do corpo. Talvez nem sempre haja todos os momentos da célula, mas ela
sempre se reunirá, seja para um aniversário, uma festa, uma visita a um membro
enfermo, um velório etc.
d. Edificamos células, não apenas cultos nos lares
A célula é mais que uma reunião, mais que um evento, é um estilo de vida.
Quando entendemos isso, ela passa a acontecer todos os dias da semana. A
reunião é apenas um elemento da vida em comunidade.
e. Cada crente é um ministro e deve se tornar um líder
O sistema de clérigos e leigos é totalmente maligno; logo, é uma grande ameaça
para as células, pois anula completamente o conceito básico do sacerdócio
universal dos crentes. Cremos que todos podem pregar, ensinar, expulsar
demônios, orar com os enfermos, e fazer tudo o que for necessário para a
edificação do Corpo.
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Por que cada membro deve ser um líder de célula?
 Porque faz parte da nossa visão cada crente ser um ministro;
 Porque mostra compromisso com a visão;
 Porque é uma oportunidade dada por Deus para o crescimento espiritual;
 Porque é a melhor forma de o crente ser discipulado.
f. Todo membro é equipado e treinado para o serviço
Um líder não deve ser constituído numa célula antes que conclua o curso de
treinamento: Escola de Líderes. Todo membro deve fazer o curso. Assim, ele
compreende porque cada um recebeu a unção para ser um ministro e liderar
uma célula
g. Cada célula existe para se multiplicar
Desde que a célula funcione da maneira como foi estabelecida, tendo os
objetivos bem claros, com o padrão de reunião forte, podemos dizer que esta
célula frutificará espontaneamente. Uma célula que não se multiplica está fora
da visão!
h. As células são a própria igreja
Não somos uma igreja na qual as células são apenas departamentos e
programas existentes ou uma dentre as muitas opções dentro da igreja. Em igrejas
nas quais as células são apenas um departamento, as pessoas dizem que fazem
parte do ministério de células, como se fizessem parte do grupo de teatro, de
música ou de qualquer outro. Nós somos o inverso disso: somos uma igreja em
células!
i. Cada nível de liderança possui um discípulo auxiliar
O líder em treinamento não é apenas um ajudante do líder, ele é um aprendiz,
um discípulo. Ninguém será um auxiliar eternamente, seu destino é tornar-se um
líder. Esse é o segredo do sucesso na visão de células: todos os líderes estão
treinando discípulos!
j. Toda liderança está debaixo de cobertura e supervisão
Não existem líderes independentes em nossa igreja. Todos devem prestar contas
a outro líder, no nível acima de autoridade. Pessoas que não se submetem ao seu
nível de liderança estão demonstrando que são desqualificadas para liderar
entre nós. O bom líder é um bom liderado.
E mais...
A célula não deve se embriagar consigo mesma
Células que ficam apenas olhando o próprio umbigo estão condenadas ao
fracasso. Se não houver intenção de ganhar os perdidos, então a célula perde a
razão de existir.
A célula não deve ficar mais de um ano sem se multiplicar
Faremos tudo ao nosso alcance para monitorar o crescimento da célula. Se for
preciso, trocaremos de anfitrião, mudaremos de bairro e até colocaremos
membros de outras células. E, se essas medidas forem ineficazes, a célula será
remanejada.
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Não fecharemos células
Para nós, o fechamento ou encerramento de uma célula significa derrota.
Faremos tudo o que for possível para salvar uma célula e levá-Ia a se multiplicar:
capacitaremos o líder, mudaremos a casa, o anfitrião, o líder em treinamento e
até o discipulador. Fechar uma célula é uma medida que não faz parte da nossa
visão.
A célula deve ter um líder em treinamento
O líder em treinamento é o DNA da célula. É ele que vai reproduzir exatamente o
padrão da célula. Se fizermos uma multiplicação, sem que um líder em
treinamento tenha sido treinado, o DNA não será transferido. Conseqüentemente,
a nova célula poderá morrer, ou então reproduzir a visão de forma errada.
Uma única célula não deve se transformar em congregação
Uma congregação será formada por um grupo de células numa determinada
região, nunca por uma única célula que se recusou a multiplicar. Uma célula que
se recusa a multiplicar é como um grão de mostarda que vira árvore - uma
monstruosidade.
Não permitiremos atividades que concorram com as células
No geral, as pessoas preferem os grandes eventos às reuniões da célula. Apesar
de considerarmos isso absolutamente natural, não concordamos que outras
atividades concorram com as reuniões das células. É impossível conciliáIas.
Todo líder deve ter sobre si uma autoridade
Não permitiremos células sem supervisão. Alguém que não admite estar debaixo
de autoridade também não está qualificado para exercer autoridade. Isso é
proteção para o rebanho.
Não permitiremos pregadores de fora nas células
Apenas os pastores estão habilitados a fazer convites a pregadores de fora.
Pessoas estranhas à visão de células costumam ensinar padrões diferentes e
contrários ao ensino da igreja local. Isso pode produzir confusão entre os
membros. Os líderes podem não perceber tais ensinos errados, por inexperiência,
por isso, somente o pastor tem autoridade para convidar um pregador de fora.
_________________
CÉLULAS GRÁFICOS E ORGANOGRAMAS
Composição de uma Célula
Líder
Vice-Líder
Vice-Líder
Membro
Discípulo
Membro
Discípulo
Membro
Discípulo
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45
Alvo de cada membro em Seis Meses
Líder
Levar 3 almas
Ganhar 1 alma
5 Membros
15 Visitantes
Vice-Líder
Levar 3 almas
Ganhar 1 alma
Membro
Discípulo
Levar 3 almas
Ganhar 1 alma
Membros das células
são membros da Igreja
local
Membro
Discípulo
Levar 3 almas
Ganhar 1 alma
Membro
Discípulo
(menos experiente)
Levar 3 almas
Ganhar 1 alma
Multiplicação da Célula
O líder fica com o
membro menos
experiente (que agora já
tem experiência e é
elevado a vice-líder) para
compor os 5 membros
necessários acrecentamse mas três novos!
Quem são estes NOVOS:
1/3 dos 15 Visitantes que
converteram,
ou membros da igreja local
treinados pelo pastor!
Funcionamento da Célula
ONDE AS CÉLULAS FUNCIONAM - Nas casas, escolas, até na igreja;
QUANDO AS CÉLULAS FUNCIONAM - Uma vez por semana;
QUANTO TEMPO É O ENCONTRO DAS CÉLULAS - No máximo 1 hora;
O QUE É O TRATADO NAS CÉLULAS - Todo programa que está no Manual
do Líder;
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QUAL É O OBJETIVO DAS CÉLULAS - Colocar em funcionamento o ministério
universal de todos os crentes: ganhar almas – conseguintemente é
promovido um ambiente saudável na igreja – só é possível ganhar na
dependência do Espírito;
PORQUE TRABALHAR COM AS CÉLULAS
A Igreja do Novo Testamento e a de Hoje (RalphNeighbour)
ASSUNTO
NOVO TESTAMENTO
LOCAL
RELACIONAMENTOS
DISCIPULADO
IGREJA ATUAL
De casa em casa
no pátio do Templo
Apenas no templo
Relacionamentos íntimos; ênfase em
encorajamento e prestação de contas
Remoto;
pouca transparência
Acompanha-mento Pessoal, valores
pessoais moldados
Classes, cadernos, livros
Usados por todos os crentes para edificar Ignorados, limitados a ministros
DONS ESPIRITUAIS o Corpo de Cristo
profissionais
PALAVRAS CHAVES Ide e fazei discípulos
Fazer discípulo, expandir o Reino,
COMPROMISSO
unidade, vida do corpo, comunidade
PRIMÁRIO
Venha crescer conosco
TAREFA PRIMÁRIA Modelar a vida do discípulo e equipar
cada um para a obra do ministério
DA LIDERANÇA
Preparar e dirigir programas
TAREFA PASTORAL Treinar e discipular os crentes por meio
de relacionamento e ministério ativo
PRIMÁRIA
Pregar bons sermões
Caráter, coração para servir e frutos
TESTE DE
LIDERANÇA
FONTE DE
Ciclo de discipulado no qual os líderes
RECRUTAMENTO emergem de dentro da igreja; testados
DE TEMPO
antes de serem separados
INTEGRAL NA IGREJA
Expandir a instituição
Aquilo que você
conhece
Clero profissional
A Igreja do Novo Testamento e a de Hoje (RalphNeighbour)
ASSUNTO
ASSUNTO
ASSUNTO
Horas diárias; Forte ênfase
Escolha individual; limitada
Grupos pequenos reunidos nos lares
Congregação
VIDA DE ORAÇÃO
ÊNFASE
ENSINAMENTO
Aplicação das Escrituras às
Concordância com as doutrinas
necessidades básicas e relacionamentos específicas
da nossa igreja
O pequeno grupo de crentes
O pastor ou equipe pastoral
SISTEMA DE APOIO
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FREQÜÊNCIA DA
COMUNHÃO
Diária, como investimento de vida
conjunta para o Reino
Semanal, antes e depois do culto
Programa da célula fechada - 1º mês
Porque a célula fica fechada sempre no 1º mês:
(todas as vezes que multiplica e assim)
•
Explicar ao anfitrião como será o trabalho em sua casa
(detalhes);
•
Ter a aprovação do anfitrião;
•
Ungir a casa;
•
Para orarem uns pelos outros;
•
Se relacionarem;
•
Conhecerem os 10 nomes por quem cada um está orando e
orarem junto;
•
Conhecer os três nomes que cada membro convidará para o
próximo mês;
•
Providenciar o convite da célula;
•
O líder acompanhar como/se os membros convidaram os novos;
•
Programarem o andamento dos 5 meses;
•
Programarem a multiplicação (quem vai com quem);
•
Prepararem a casa que será aberta daqui a (6 meses);
•
Decidirem sobre o “tipo” de lanche que será servido na célula;
•
Preencherem a “PLANILHA DE FUNCIONAMENTO DA CÉLULA”
Projeto das Células
•
Visitar pelo menos duas pessoas por semana;
•
Ter sempre uma lista de dez pessoas para orar;
•
Manter sempre 03 convidados na célula.
DISCIPULADO
Uma relação comprometida e pessoal onde um discípulo mais maduro ajuda
outro, ensinando-o a se tornar um seguidor do mestre Jesus Cristo.
Capacitando-o no seu caráter para discipular outros.
•
•
•
•
•
•
Encontros Individuais
Livros sugeridos pelo discipulador
Conversas francas
Orações direcionadas
No dia a dia...
Convívios (chás, cafés, almoços,etc.)
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•
Visitas em duplas
METAS PARA OS DISCÍPULOS
•
Ganhar 01 “alma” em (seis) meses
•
Consolidá-la
•
Levá-la ao batismo
•
Levá-las ao Encontro
•
Levá-las aos cultos na Igreja
•
Levá-las as Redes GG.MM.’s e DEBEQ
Modelo Padrão para Reunião de Células – 4 E’s
ENCONTRO - oração inicial, boas vindas e quebra-gelo);
EXALTAÇÃO - louvor (providenciar cópia dos cânticos);
EDIFICAÇÃO - palavra, orações específicas e perguntas;
EVANGELISMO - testemunho, apelo, programa da igreja, avisos;
Não se esqueça do lanche!
ATENÇÃO: PEGAR O NOME E TELEFONE DE TODOS OS NOVOS – Ligar para os
novos durante a semana para Consolidação e convite aos cultos (responsabilidade de
quem ganhou).
AGORA FAÇA DE NOVO AS “AUTO-AVALIAÇÕES”!
_________________
VISITAS
_________________________________________________
VISITANDO E ACOM PANH ANDO
A - Oração inicial, consagração e unção
B - Oração por pedidos Específicos
C - Nomes dos Familiares
TÓPICOS
1 – Igreja
2 – Denominações e Seitas
3 – Ocultismo
4 – Participação nos cultos
5 – Dízimos e ofertas
6 – Liturgia do culto
7 – Eventuais problemas com pessoas – Crescendo Fortalecido
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VISITANDO E ACOMPANHANDO - ORAÇÃO
Consagração da residência e unção de todos os cômodos da casa. Será feito
um pedido a pessoa visitada – “Você gostaria que sua casa fosse consagrada a
Deus com oração e unção de todos os cômodos para que a benção de Deus
esteja presente e as maldições não entrem em sua casa.” Após a oração todos
os cômodos devem ser ungidos.
ORE POR PEDIDOS ESPECÍFICOS DO DISCÍPULO
QUESTÕES A SEREM ENSINAD AS A CAD A SEM ANA
1ª SEMANA – IGREJA
A igreja é o corpo vivo de Cristo, ou seja, não é um templo construído de tijolos,
nem paredes; se existir construção, mas não existir um povo reunido, não é igreja.
As pessoas comprometidas com Deus são a igreja. O templo construído torna
possível a reunião dos que crêem.
2ª SEMANA – DENOMINAÇÕES E SEITAS
Agora por sua vez damos nomes diferentes e diversos para cada grupo de
pessoas (igreja) reunido, estes nomes não são para dividir, são simplesmente frutos
da história. Um dos motivos pelos quais existem tantas denominações é o fato de
que alguns homens e mulheres que acreditaram na palavra de Deus
verdadeiramente, foram perseguidos e ameaçados. Muitos fugiram para não
morrer, mas não deixaram de falar das verdades divinas; por conseguinte pessoas
foram sendo alcançadas e cada grupo recebeu nomes distintos. Com o passar
do tempo e o crescimento numérico, a imigração natural começou a acontecer.
O testemunho pessoal de cada crente absorveu também a “denominação” na
qual ele conheceu a fé – daí a expansão denominacional – alguém que vivia na
Inglaterra muda-se para a América testemunha sua fé e inicia um movimento.
Com o passar do tempo esse movimento toma forma e precisa ser organizado, o
próximo passo e dar um nome a ele – basicamente assim surgiram as
denominações. A “denominação” é uma identificação social da igreja, além de
trazer as influências e características particulares. A denominação em si não tem
o objetivo de transformar as vidas, o poder de Jesus Cristo faz isso, porém as
denominações estão no plano de Deus (ensine sobre a Igreja do Evangelho
Quadrangular). Independente da denominação todos somos irmãos se
professamos a mesma fé bíblica. Apesar de esta afirmação ser uma verdade,
nem todos consideram assim; por vários motivos: costumes, questões doutrinárias,
etc. Porém, a nossa posição é de respeitar a todos, nunca dividir, e receber e
considerar como novos irmãos em Cristo os que recebem a Palavra de Deus e a
praticam.
SEITAS – As seitas admitirem uma regra de fé e conduta paralela com a Bíblia por
isso são diferentes das denominações. Não podemos viver e obedecer ao
Evangelho de Jesus Cristo e simultaneamente um outro evangelho ou ensino –
seja de quem for. Citamos alguns grupos em questão: Testemunhas de Jeová,
Mórmons, Igreja Messiânica (estes se confundem muito com os evangélicos).
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3ª SEMANA - OCULTISMO
Por outro lado temos a macumbaria, feitiçaria, umbanda, quimbanda,
candomblé, espiritismo (linhas preta e branca), búzios, tarô, patuás, cartomancia,
astrologia e etc. Tais seguimentos estão totalmente fora dos ensinamentos bíblicos
e, segundo a Palavra de Deus são abomináveis e malditos. NOTA: Se você ainda
não recebeu, poderá receber visitas desses grupos e até de irmãos de outra
denominação, como também convite para participar de reuniões de oração,
revelação e etc. Faço-lhe uma pergunta: Comer verduras, legumes e frutas faz
bem para a saúde? Eu posso dar esses alimentos para um bebê recém nascido?
CONCLUSÃO: A alimentação saudável não se baseia apenas naquilo que é bom,
mas naquilo que é certo. Fazer o certo é melhor do fazer o bom.
CONSELHO: Até que você cresça o suficiente em maturidade e tenha uma boa
base de conhecimento da bíblia é aconselhável não se envolver com tantas
coisas. Temos compromisso de acompanhá-lo dentro do modelo bíblico para que
você experimente uma nova vida.
4ª SEMANA - PARTICIPAÇÃO NOS CULTOS
A igreja precisa estar reunida, pois é assim que é estabelecida a comunhão. É
preciso desenvolver a amizade – como podemos nos chamar de irmãos se nem
ao menos procuramos conviver juntos. É no culto que acontece essa reunião de
família onde o Pai – Deus abençoa seus filhos.
5ª SEMANA - DÍZIMOS E OFERTAS
É uma prática criticada, motivo de chacota para muitos. Porém as pessoas que
criticam na maioria das vezes não têm o mínimo de conhecimento sobre o
assunto. É incrível como desenvolvemos um senso crítico e condenatório quando
a maioria o faz. Dízimos e ofertas são bíblicos. É a maneira usada por Deus para
abençoar o seu povo financeiramente. A igreja na qual somos abençoados não
tem nenhuma verba dos governos para funcionar, porém tem gastos. O banco
em que nos sentamos custou algo, os sanitários que usamos também, a água que
bebemos, o som que ouvimos a iluminação, e etc. têm custo. Mas não deve ser
esse o motivo para devolver os dízimos e ofertas, mas sim à obediência a Bíblia
como a Palavra de Deus. Ninguém é obrigado a devolver dízimos e ofertar, mas
aquele que o fizer deve fazer com responsabilidade e espontaneidade.
6ª SEMANA - LITURGIA DE CULTO
Somos uma igreja “pentecostal”, ou seja, cremos na manifestação do poder de
Deus como descrito nos evangelhos e no dia de “Pentecostes” - é preciso gritar?
Quando a seleção brasileira faz um gol, numa final de copa do mundo, muitos
torcedores gritam, soltam fogos, pulam, se abraçam, sorriem, se alegram – outros,
ficam sentados quietinhos, mas muito alegres! E para outros não faz a menor
diferença. Quando num culto você tem consciência de que Deus está fazendo
“gols” a seu favor, abençoando você e sua família, sua atitude pode até ser
diferente do seu irmão, mas vocês estão somando para um mesmo time.
7ª SEMANA - EVENTUAIS PROBLEMAS COM PESSOAS
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A igreja é um organismo vivo composto de pessoas. Não obrigamos e também
não impedimos ninguém a fazer parte dela, até porque não temos este poder.
Procuramos informar, exortar, ensinar a Palavra de Deus sem rodeios e nem meias
verdades para que cada cristão a pratique e experimente. Porém como em todo
seguimento que envolve pessoas não há possibilidade de se controlar as atitudes
dos outros e nem os temperamentos. Sendo assim você poderá ser criticado,
desmerecido, envergonhado por qualquer pessoa. Lembramos, porém que se
nossas expectativas estiverem embasadas no homem, e não em Deus, um
precipício nos aguarda. Exortamos a fim de que acontecendo problemas
interpessoais não prevaleça o desânimo e as desculpas para não obedecer a
Deus e sua vontade.
CRESCENDO FORTALECIDO - BASES PARA A VIDA CRISTÃ
ORAÇÃO – Orar é muito simples, e falar com Deus e ouvi-lo, é um diálogo pessoal,
portanto você não precisa florear palavras e nem se intimidar, você fala com
Deus normalmente (faça uma oração breve e simples terminando-a em nome de
Jesus) pergunte a pessoa se ela gostaria e poderia fazer o mesmo.
PALAVRA – É o alimento para o homem espiritual, sem ela morreremos,
precisamos nos alimentar todos os dias.
(sugestão de um versículo por dia de
1 João) ler o 1º versículo com a pessoa.
COMUNHÃO – Devemos procurar se possível ter paz com todos e amar a todos
inclusive os que nos perseguem e nos tem como inimigos.
TESTEMUNHO – É através dele que falamos sem abrir a nossa boca. “As nossas
atitudes falam tão alto que nossas palavras não serão ouvidas.”
PADRÃO DE COMPORTAM ENTO ENTRE IRM ÃOS – M ateus 18
15 Ora, se teu irmão pecar contra ti, vai, e repreende-o entre ti e ele só; se te ouvir, ganhaste a teu
irmão;
16 Mas, se não te ouvir, leva ainda contigo um ou dois, para que pela boca de duas ou três
testemunhas toda a palavra seja confirmada.
17 E, se não as escutar, dize-o à igreja; e, se também não escutar a igreja, considera-o como um
gentio e publicano.
18 Em verdade vos digo que tudo o que ligardes na terra será ligado no céu, e tudo o que
desligardes na terra será desligado no céu.
19 Também vos digo que, se dois de vós concordarem na terra acerca de qualquer coisa que
pedirem, isso lhes será feito por meu Pai, que está nos céus.
20 Porque, onde estiverem dois ou três reunidos em meu nome, aí estou eu no meio deles.
21 Então Pedro, aproximando-se dele, disse: Senhor, até quantas vezes pecará meu irmão contra
mim, e eu lhe perdoarei? Até sete?
22 Jesus lhe disse: Não te digo que até sete; mas, até setenta vezes sete.
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MODELOS DE RELATÓRIOS E PLANILHAS
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DIA DA SEMANA: _______________________________
HORÁRIO: _____________
END: RUA _________________________________Nº _______ BAIRRO _____________
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FREQUÊNCIA
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LÍDER____________________________________________________________________
DIA DA SEMANA: _______________________________
HORÁRIO: _____________
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