relatório anual de sustentabilidade
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relatório anual de sustentabilidade
RELATÓRIO ANUAL DE SUSTENTABILIDADE NOTA SOBRE NOSSOS RELATÓRIOS O Relatório de Sustentabilidade de nosso Grupo é publicado anualmente, sendo que o relatório anterior foi publicado em abril de 2013. Este relatório deve ser lido em conjunto com o nosso Relatório Integrado Anual de 2013 e o nosso Relatório de Sustentabilidade On-Line para o ano encerrado em 31 de dezembro de 2013. Este último apresenta detalhamentos de dados e informações referentes à sustentabilidade e pode ser encontrado em www.aga-reports.com, conforme indicado neste documento. Para facilitar a utilização, encontra-se, na contracapa traseira deste relatório, um guia detalhado de como usar os nossos relatórios, com uma aba que pode ser aberta durante a leitura do relatório. Para informar-se sobre a terminologia utilizada, consulte o glossário de termos na página 75. OBSERVAÇÕES: Os seguintes parâmetros-chave devem ser observados em relação aos nossos relatórios: • A produção é expressa em uma base tributável, salvo indicação em contrário. • O quadro médio de trabalhadores informado neste relatório engloba os empregados próprios e contratados da AngloGold Ashanti e de suas subsidiárias e filiais, joint-ventures (JVs). As informações sobre as JVs são apresentadas em uma base tributável. • A menos que seja indicado o contrário, $ ou dólar referem-se a dólares americanos em toda esta série de relatórios. • Os locais nos mapas são apenas indicativos. • “Grupo”, “empresa” e “companhia” serão usados como sinônimos. • Quando aplicável, serão apontados os dados históricos que foram retificados. • Para melhorar a integração entre nossos relatórios, a partir de 2014 o relatório de sustentabilidade não será mais impresso separadamente. Todas as informações financeiras e não financeiras serão apresentadas em nosso Relatório Anual Integrado. Nosso compromisso com a sustentabilidade através de várias iniciativas externas continuará a ser divulgado pela internet. Declarações contendo previsões e projeções À exceção daquelas relativas a fatos históricos, as afirmações sobre o futuro da empresa contidas neste documento – que incluem, dentre outras, declarações sobre perspectivas econômicas para a indústria da mineração do ouro, expectativas em relação aos preços e produção do ouro, custos caixa, economias de custos e outros resultados operacionais, retorno sobre o patrimônio líquido, melhorias de produtividade, perspectivas e projeções de crescimento das operações da AngloGold Ashanti, individualmente ou em conjunto, inclusive declarações sobre a concretização de marcos de projetos, início e conclusão de operações comerciais de alguns dos projetos de exploração e de produção da empresa e sobre a conclusão de aquisições e venda de ativos da AngloGold Ashanti, a liquidez e os recursos e gastos de capital da companhia, bem como o resultado e a consequência, seja pendente ou potencial, de qualquer litígio, processo regulatório ou questões de meio ambiente, saúde e segurança – são declarações de previsões e perspectivas em relação às operações, ao desempenho econômico e à condição financeira da AngloGold Ashanti. Estas declarações contendo previsões e projeções estão sujeitas a riscos conhecidos e desconhecidos e a outros fatores que podem fazer com que os resultados, o desempenho ou as conquistas reais da AngloGold Ashanti sejam substancialmente diferentes daqueles apresentados de forma expressa ou implícita nestas previsões e projeções. Embora a AngloGold Ashanti acredite que as expectativas refletidas nestas declarações sejam razoáveis, não podemos garantir que elas de fato se concretizarão no futuro. Dessa forma, os resultados podem diferir substancialmente daqueles apresentados nestas previsões e projeções em razão, dentre outros fatores, de mudanças econômicas, sociais e políticas e nas condições do mercado, do êxito de iniciativas empresariais e operacionais, de mudanças no ambiente regulatório e outras ações governamentais, inclusive no que diz respeito a aprovações e exigências ambientais, de flutuações dos preços do ouro e das taxas de câmbio, do resultado de processos de litígio ainda pendentes ou futuros e do gerenciamento de riscos do negócio e de riscos operacionais. Detalhes sobre esses fatores de risco podem ser encontrados no suplemento do prospecto da AngloGold Ashanti, de 17 de julho de 2012, que foi protocolado na Comissão de Valores Mobiliários dos Estados Unidos (SEC) em 26 de julho de 2013, em nossos relatórios anuais apresentados no formulário Form 20-F e em qualquer suplemento ao prospecto protocolado na SEC após a data deste relatório. Esses fatores não representam necessariamente a totalidade dos fatores importantes que podem fazer com que os resultados reais da AngloGold Ashanti difiram substancialmente daqueles expressos em qualquer declaração da empresa que contenha previsões e projeções. Outros fatores desconhecidos e imprevisíveis podem também ter efeitos adversos substanciais nos resultados futuros. Recomenda-se, portanto, ao leitor que não deposite confiança excessiva nas declarações sobre previsões, projeções e eventos futuros. A AngloGold Ashanti não se compromete a atualizar ou revisar publicamente essas declarações para que reflitam eventos ou circunstâncias ocorridos posteriores à data deste Relatório Integrado ou para que reflitam a ocorrência de eventos imprevistos, a não ser em casos previstos em lei. Incluem-se nesta nota de advertência todas as declarações subsequentes sobre previsões e projeções veiculadas por escrito ou oralmente e que sejam atribuíveis à AngloGold Ashanti ou a um representante autorizado da empresa. Este comunicado pode conter certos indicadores de desempenho financeiro que não seguem princípios contábeis geralmente aceitos (identificados pela sigla inglesa “Non-GAAP”), pois a AngloGold Ashanti utiliza alguns indicadores desse tipo no gerenciamento de seus negócios. Os indicadores financeiros "Non-GAAP" devem ser vistos como informações adicionais, e não como substitutos, no que diz respeito aos resultados operacionais ou de fluxos de caixa das operações e a qualquer outro indicador de desempenho preparado de acordo com as IFRS (normas internacionais de relatórios financeiros). Além disso, é possível que os indicadores apresentados não sejam comparáveis com outros indicadores utilizados por outras empresas, ainda que tenham nomes parecidos. A AngloGold Ashanti publica, em inglês, informações que são importantes para os investidores na página principal de seu website www. anglogoldashanti.com e sob a aba “Investors & media” na página principal. Essas informações são atualizadas regularmente. Recomenda-se aos investidores que visitem esse website para obterem informações importantes sobre a AngloGold Ashanti. VISÃO, MISSÃO E VALORES nossa VISÃO SER A EMPRESA LÍDER EM MINERAÇÃO nossa MISSÃO Criar valor para nossos acionistas, nossos empregados e nossos parceiros sociais e nossos parceiros de negócios através da exploração, lavra e comercialização de nossos produtos com segurança e responsabilidade. Nosso foco principal é o ouro, mas exploraremos oportunidades em outros minerais que possam fortalecer nossos ativos, competências e experiências atuais e melhorar nossa capacidade de criar valor. nossa VALORES A segurança é nosso primeiro valor. Colocamos as pessoas em primeiro lugar e, por isso, práticas e sistemas de trabalho com segurança e saúde são nossa prioridade máxima. Temos a responsabilidade de buscar formas novas e inovadoras para assegurar que os nossos locais de trabalho sejam espaços livres de acidentes e doenças ocupacionais. Vivemos cada dia um pelo outro e usamos nosso compromisso coletivo, nossos talentos, nossos recursos e nossos sistemas para cumprir nosso compromisso mais importante... cuidar das pessoas. Tratamos uns aos outros com dignidade e respeito. Acreditamos que as pessoas que são tratadas com respeito e encorajadas a assumir responsabilidade reagem dando o melhor de si. Procuramos preservar a dignidade das pessoas e o seu senso de valor próprio em todas as nossas interações, respeitando-as pelo que são e valorizando cada contribuição que podem trazer para o sucesso da nossa empresa. Somos honestos com nós mesmos e com os outros e tratamos com ética todos os nossos parceiros sociais e de negócios. Valorizamos a diversidade. Temos a meta de nos tornar a empresa líder global com as pessoas certas nos trabalhos certos. Promovemos a inclusão e o trabalho em equipe, tirando proveito da rica diversidade de culturas, ideias, experiências e habilidades que cada empregado traz para a empresa. Prestamos conta por nossas ações e nos comprometemos a cumprir nossos compromissos. Concentramos nossos esforços na entrega de resultados e sempre fazemos aquilo que nos comprometemos a fazer. Assumimos responsabilidade e accountability por nosso trabalho, nossos comportamentos, nossa ética e nossas ações. Nosso objetivo é gerar resultados de alto nível de desempenho e dar o máximo que pudermos para cumprir nossos compromissos para com nossos colegas, nossos parceiros sociais, nossos parceiros de negócios e nossos investidores. As comunidades e sociedades onde a AngloGold Ashanti mantém suas operações devem se tornar melhores em função da presença da empresa. Defendemos e promovemos os direitos humanos fundamentais em todos os lugares em que operamos. Contribuímos para a construção de parcerias produtivas, respeitosas e mutuamente benéficas nas comunidades em que operamos. Nossa meta é deixar um futuro sustentável para as comunidades que nos hospedam. Respeitamos o meio ambiente. Assumimos o compromisso de continuamente melhorar os nossos processos a fim de diminuir a poluição, minimizar a produção de resíduos, aumentar nossa eficiência de carbono e fazer uso eficiente dos recursos naturais. Desenvolveremos soluções inovadoras para mitigar os riscos ambientais e climáticos. NOSSA VISÃO, MISSÃO E VALORES 1 UMA DAS EMPRESAS DE EXPLORAÇÃO, MINERAÇÃO E COMERCIALIZAÇÃO de ouro MAIS IMPORTANTES DO MUNDO SUMÁRIO SEÇÃO UM SEÇÃO DOIS SEÇÃO DOIS CONT SEÇÃO TRÊS QUEM SOMOS E O QUE FAZEMOS Revisando nosso desempenho e objetivos REVISANDO NOSSO DESEMPENHO E OBJETIVOS CONT OUTRAS INFORMAÇÕES 5 Nossa abordagem para a elaboração de relatórios e asseguração 6 8 10 12 15 Perfil e estrutura da empresa 17 Alinhando nossos negócios e nossas estratégias de sustentabilidade 20 Nossa comissão de revisão da sustentabilidade 22 Nossa abordagem ao gerenciamento de riscos e identificação de questões materiais Processo de mineração de ouro Visão geral do desempenho Nossos públicos de interesse Mensagem de nosso Chefe Executivo, Srinivasan Venkatakrishnan 26 Questão material 1: Garantir a segurança e a proteção das pessoas (empregados, contratadas e comunidades) 30 Questão material 2: Gerenciar e concretizar as expectativas de nossos públicos de interesse internos e externos 44 Questão material 3: Competir por recursos e infraestrutura 56 Questão material 4: Questões socioambientais e de saúde 66 71 Questão material 5: Ouro Responsável Questão material 6: Foco na sustentabilidade da empresa 75 77 IBC Glossário resumido de termos Guia para uso de nossos relatórios Administração e contato SEÇÃO UM QUESTÃO MATERIAL 3 QUESTÃO MATERIAL 5 Garantir a segurança e a proteção das pessoas (empregados, contratadas e comunidades) Competir por recursos e infraestrutura Ouro Responsável 44 Garantia de e acesso a energia 66 Iniciativas do Ouro Responsável 69 Cumprimento de nossa obrigação de pessoas enquanto protegemos nossas equipes e nossas instalações economicamente viável, e mudança climática 47 Garantia de e acesso a água a preço justo 49 Gerenciamento do solo, biodiversidade e planejamento de fechamento de mina QUESTÃO MATERIAL 2 Gerenciar e concretizar as expectativas de nossos públicos de interesse internos e externos 30 Para os empregados – salários, benefícios e emprego (assegurar paz e estabilidade em nossas relações trabalhistas) 34 Para as comunidades – demonstração dos valores que compartilhamos e cumprimento de nossos compromissos 53 Atividades relacionadas à mineração artesanal e de pequena escala QUESTÃO MATERIAL 4 71 Desenvolvimento e implementação de 73 Qualificação da mão de obra global e local 56 Doença pulmonar ocupacional, sobretudo na África do Sul 59 Considerações sociais e ambientais em Obuasi, Gana 41 Para os fornecedores – compreender 62 Mão de obra migratória, habitação e SUMÁRIO Foco na sustentabilidade da empresa Questões socioambientais e de saúde 62 Contaminação de águas subterrâneas e monitorar a conduta e o impacto que eles têm em nossa cadeia de suprimento QUESTÃO MATERIAL 6 tecnologia e aumento da mecanização 39 Para os governos – utilização dos ativos para a geração de benefícios e compreensão do nacionalismo dos recursos naturais respeitar os direitos humanos profundas e obrigações de bombeamento da água na África do Sul moradia na África do Sul 64 Questões de reassentamento na Tanzânia e em Gana !Guia para uso de nossos relatórios Veja o guia para uso de nossos relatórios na contracapa e aba final. SEÇÃO TRÊS 26 Eliminar os acidentes de trabalho 28 Não causar danos à integridade das SEÇÃO DOIS QUESTÃO MATERIAL 1 SEÇÃO UM QUEM SOMOS E O QUE FAZEMOS Esta seção apresenta uma visão geral da AngloGold Ashanti. Apresentamos um panorama do nosso desempenho em sustentabilidade durante 2013; compartilhamos nossos processos voltados para a participação de nossos públicos de interesse; e discutimos algumas questões que surgiram durante o ano. Esta seção inclui também uma análise realizada por nosso Chefe Executivo, Srinivasan Venkatakrishnan. Para finalizar, descrevemos o nosso modelo de negócios e explicamos como alinhamos a nossa estratégia de sustentabilidade com a nossa estratégia de negócio. O nosso Relatório de Sustentabilidade trata das questões mais significativas relacionadas à sustentabilidade do nosso negócio e faz parte de um conjunto abrangente de relatórios anuais referentes ao ano de 2013 que fizemos para os nossos públicos de interesse. Sugerimos, em particular, a leitura do Relatório Integrado Anual 2013, que está disponível no site www.aga-reports.com. Boa parte do relatório foi preparada de acordo com as diretrizes G4 da GRI, que publicou as suas diretrizes para elaboração de relatórios de sustentabilidade em maio de 2013. O Conselho Internacional de Mineração e Metais (ICMM), do qual a AngloGold Ashanti é membro, informou que adotou as diretrizes G4 e, especificamente, que até 2015 os relatórios de seus membros terão que ter um nível “essencial” de conteúdo. As diretrizes G4 enfatizam a importância da materialidade e melhora o nível de harmonização com outras normas para elaboração de relatórios. Nós reconhecemos que certos elementos precisarão ser mais bem desenvolvidos nos próximos anos. Em determinados casos, a empresa ainda não está em condições de fazer os seus relatórios com base unicamente nos indicadores G4 e, para as situações pertinentes, disponibilizamos uma explicação no índice de tópicos da GRI que se encontra em www.aga-reports.com/13/os. Como membros ou signatários do ICMM, dos princípios do Pacto Global das Nações Unidas (UNGC), da Iniciativa de Transparência das Indústrias Extrativistas (EITI) e dos Princípios Voluntários de Segurança e Direitos Humanos (VPSHR), nós aderimos aos princípios defendidos por esses organismos para a elaboração de relatórios. Além disso, temos elaborado os nossos relatórios de sustentabilidade de acordo com as recomendações do South African King Code on Corporate Governance Code (Código King de Governança Corporativa para Empresas da África do Sul) (King III) e da Norma para Obtenção de Ouro de Áreas Livres de Conflitos, do Conselho Mundial do Ouro. Destacamos, ainda, as questões que acreditamos serem as mais relevantes para a sustentabilidade do Grupo no futuro, identificadas pelo nosso processo de gerenciamento de riscos e pelas opiniões expressadas pelos públicos de interesse. A nossa abordagem é discutida com mais detalhes na página 12 e orienta o escopo e os limites deste relatório. RELATÓRIO ON-LINE E INFORMAÇÕES SUPLEMENTARES Como este é um relatório que abrange o Grupo inteiro, o desempenho e as metas operacionais são discutidos quanto ao nível regional em QUEM SOMOS E O QUE FAZEMOS A versão on-line deste relatório (disponível em formato pdf e HTML em www.aga-reports.com) inclui informações suplementares. Certos elementos deste relatório que não foram considerados essenciais foram omitidos desta versão impressa e referenciadas ao longo de todo o documento. ABORDAGEM DA ASSEGURAÇÃO Nós acreditamos em relatórios precisos e transparentes e apoiamos a verificação de nossos sistemas e dados por terceiros. Em 2013, continuamos a nossa abordagem tríplice da asseguração, apoiando-nos em três processos de revisão complementares, quais sejam: auditoria interna, auditoria externa e consultoria independente dada pela nossa comissão de revisão da sustentabilidade. SEÇÃO DOIS Este relatório oferece uma visão geral da forma como abordamos a sustentabilidade, destacando os objetivos, a estratégia e o desempenho. Este relatório com informações consolidadas de todo o Grupo enfoca aquelas questões materiais de sustentabilidade que consideramos serem as mais importantes para nós e para nossos públicos de interesse. Quando identificamos estas questões materiais, levamos em consideração as orientações sobre materialidade fornecidas pelo Conselho Internacional de Relatórios Integrados, do qual a AngloGold Ashanti é um membro piloto, e as diretrizes G4 da Global Reporting Initiative (GRI), bem como as orientações da Norma AA1000 de Participação dos Públicos de interesse. detrimento das especificidades das unidades operacionais, embora sejam fornecidos alguns detalhes operacionais conforme o caso. Para mais detalhes sobre o desempenho operacional, sugerimos que sejam consultados os Perfis Operacionais e de Projeto 2013, previstos para disponibilização em nosso website no final de maio de 2014. Auditoria interna e aprovação do Conselho de Administração: a Auditoria Interna do Grupo AngloGold Ashanti continuou com a sua abordagem de asseguração que leva em conta os aspectos financeiros e não financeiro da nossa empresa e desenvolveu uma capacidade técnica específica na área de asseguração da sustentabilidade. Os Auditores Internos do Grupo realizaram uma auditoria da elaboração dos nossos relatórios de sustentabilidade nos termos da Carta de Auditoria Interna do Grupo, aprovada pelo Comitê de Governança Corporativa e de Auditoria da empresa. A auditoria foi efetuada de acordo com as Normas do Instituto dos Auditores Internos para a Prática Profissional de Auditoria Interna. A revisão avaliou a validade, a precisão e a completude dos indicadores GRI relevantes em nossos relatórios, juntamente com diversas verificações da transferência e integridade dos dados. Este Relatório de Sustentabilidade foi aprovado pela Diretoria no dia 18 de março de 2014. Auditoria externa: a auditoria externa do nosso relatório de sustentabilidade foi dada pela Ernst & Young Inc., cujos auditores selecionaram os indicadores de dados para a asseguração com base em sua avaliação das questões e indicadores mais significativos para o desempenho da empresa em sustentabilidade e para os principais riscos identificados pelo Grupo. Os dados que foram assegurados externamente estão indicados no índice de conteúdo GRI com ícones para identificação de asseguração ou asseguração razoável . A declaração de limitada asseguração de sustentabilidade da Ernst & Young Inc. encontrase em www.aga-reports.com/13/assurance. Revisão independente: o papel da nossa comissão de revisão independente da sustentabilidade é explicado na página 20, e o parecer da comissão pode ser lido na página 21. SEÇÃO TRÊS COMPILAÇÃO DESTE RELATÓRIO SEÇÃO UM NOSSA ABORDAGEM PARA A ELABORAÇÃO DE RELATÓRIOS E ASSEGURAÇÃO PERFIL E ESTRUTURA DA EMPRESA Com sede em Joanesburgo, África do Sul, a AngloGold Ashanti conta com 21 operações em 11 países. Duas novas minas, Tropicana, na Austrália, e Kibali, na República Democrática do Congo (DRC), entraram em operação no final de 2013. Localização das operações da AngloGold Ashanti ÁFRICA AMÉRICAS CONTINENTAL AUSTRALÁSIA ÁFRICA DO SUL 4 5 1 2 3 Argentina Cerro Vanguardia (92.5%) Brasil Serra Grande AGA Mineração Estados Unidos Cripple Creek & Victor (CC&V) Exploração Temos programas de exploração de greenfields na Colômbia, Guiné e Austrália 6 7 8 9 Guiné Siguiri (85%) Mali Morila (40%) (1) Sadiola (41%) Yatela (40%) Gana Iduapriem Obuasi RDC Kibali (45%) (1) Tanzânia Geita Namíbia Navachab (2) 11 Austrália Sunrise Dam Tropicana (70%) ÁFRICA DO SUL 10 África do Sul Vaal River Great Noligwa Kopanang Moab Khotsong West Wits Mponeng TauTona (3) Operações de Superfície(4) As porcentagens indicam a participação acionária da AngloGold Ashanti, direta ou indireta. Todas as operações e projetos são de propriedade integral da AngloGold Ashanti, salvo indicação em contrário. (1) Tanto Morila como Kibali são gerenciadas e operadas pela Randgold Resources Limited. (2) No dia 10 de fevereiro de 2014, a AngloGold Ashanti anunciou a assinatura de um acordo vinculativo para vender a mina Navachab, desde que respeitadas certas condições. (3) A partir do dia 1º de janeiro de 2013, TauTona e Savuka passaram a ser operadas e gerenciadas como uma só operação e consequentemente conjugadas sob a denominação TauTona. (4) Inclui a First Uranium SA, que detém a Mina Waste Solutions (MWS), para efeitos deste relatório. Para efeitos contábeis, a MWS é operada e gerenciada como unidade independente geradora de caixa. SEÇÃO UM NOSSAS OPERAÇÕES E PROJETOS Em 2013, após uma revisão estratégica da nossa carteira de ativos e especialmente dos nossos programas de exploração e desenvolvimento de projetos, a AngloGold Ashanti iniciou uma significativa reestruturação para tratar dos verdadeiros desafios do setor de extração de ouro – dentre eles, o aumento dos custos de produção e a prolongada baixa nos preços do ouro. QUEM SOMOS E O QUE FAZEMOS África do Sul, após a reestruturação da nossa carteira de ativos, Savuka passou a ser incluída no relatório de TauTona e MWS agora faz parte do relatório das Operações de Superfície. SEÇÃO DOIS Sandra Martinez, geóloga em Gramalote, Colômbia, inspeciona uma amostra. NOSSOS EMPREGADOS As operações e joint ventures da AngloGold Ashanti empregaram, em média, 66.434 pessoas (incluindo empresas contratadas) em 2013, um aumento de 1% no número de empregados em relação a 2012 (2012: 65.822 pessoas), graças à entrada em operação de duas novas minas. Contudo, essa média não reflete algumas reduções no número de empregados em 2013. A título de ilustração, o número médio de pessoas empregadas pelo Grupo (excluindo Kibali e Tropicana) em dezembro de 2013 diminuiu em 6%: de 65.342 empregados, em dezembro de 2012, passamos para 61.504 empregados na empresa e em contratadas. NOSSOS ACIONISTAS A listagem primária das ações da AngloGold Ashanti está na Bolsa de Valores de Joanesburgo (JSE). A companhia também está listada nas bolsas de valores de Nova Iorque, Londres, Austrália e Gana. O governo de Gana possui uma participação de 1.58% na empresa. Os governos nacionais de Mali, Guiné e RDC possuem participação direta em nossas filiais que operam nesses países e, na Argentina, a província de Santa Cruz possui uma participação na nossa operação em Cerro Vanguardia. No final de dezembro de 2013, a empresa possuía 403,340,412 ações ordinárias emitidas e uma capitalização de mercado na importância de US$ 4.73 bilhões (2012: US$ 12.02 bilhões). Este número aumentou para US$ 7.65 bilhões, segundo dados de 18 de março de 2013. SEÇÃO TRÊS O gerenciamento da AngloGold Ashanti está organizado em quatro segmentos sob o comando de duas diretorias de operações: África do Sul e Internacional (constituído pela África Continental, Australásia e Américas) da seguinte forma: • A África do Sul abrange as operações e os ativos nas seguintes áreas sul-africanas: • West Wits; • Vaal River; e • As operações de superfície, que incluem a First Uranium SA, proprietária da Mine Waste Solutions (MWS), para efeitos deste relatório. Para efeitos contábeis, a MWS é operada e gerenciada como unidade independente geradora de caixa. • O segmento internacional inclui os ativos operacionais da empresa fora da África do Sul, da seguinte forma: • África Continental, com operações na República Democrática do Congo, em Gana, na Guiné, em Mali, na Namíbia e na Tanzânia; • Australásia, com duas operações na Austrália e • Américas, com operações na Argentina, no Brasil e nos Estados Unidos. As funções de suporte do Grupo incluem planejamento e capacidade técnica, estratégia, sustentabilidade, finanças, recursos humanos, aspectos legais e relações com os públicos de interesse. O planejamento e as funções técnicas centram-se na gestão de oportunidades e na manutenção das oportunidades de investimento da empresa no longo prazo através de uma série de atividades que incluem explorações de brownfields e de greenfields, pesquisas em inovação, desenvolvimento e asseguração técnica da tecnologia e foco contínuo em excelência mineral. Esta estrutura é abordada com mais detalhes na página 18 do Relatório Anual Integrado de 2013. A exploração e o desenvolvimento dos projetos em La Colosa e Gramalote, na Colômbia, continuam sendo realizados, mas o projeto Mongbwalu na República Democrática do Congo foi interrompido por razões econômicas decorrentes da queda no preço do ouro. Além das nossas operações de mineração, temos, na África do Sul, 42,43% de participação na Rand Refinery Ltd, o principal complexo de fundição e refino de ouro na África, e temos propriedade integral da refinaria do Queiroz, no Brasil. Por meio do Oro Group (Pty) Ltd., temos 36% de participação acionária na OroAfrica, uma das principais empresas sul-africanas de fabricação de joias de ouro. Apesar das duas novas operações de mineração, Kibali e Tropicana, o número de operações da AngloGold Ashanti em 2013 manteve-se inalterado, em 21. Na PROCESSO DE MINERAÇÃO DE OURO INSUMOS Para conduzir os nossos negócios e produzir ouro, são necessários certos insumos como recursos minerais, pessoas e máquinas. Nós investimos em aprimoramento de competências, em desenvolvimento e aplicação da tecnologia e em exploração e desenvolvimento de nossos recursos minerais e reservas de minério, para garantir a viabilidade econômica e a sustentabilidade da nossa empresa. DESCOBERTA E AVALIAÇÃO DE CORPO DE MINÉRIO AVALIAÇÃO DO CORPO DE MINÉRIO EXTRAÇÃO DO MINÉRIO • Mina Subterrânea: • Mina Subterrânea: Exploração Poços de transporte vertical e rampas são firmemente construídos no solo para transportar pessoas e equipamentos entre o exterior e os corpos de minério em profundidade (muitos estão a mais de 1,000 m de profundidade); e para trazer o minério lavrado até a superfície. A rocha é perfurada e detonada, e os fragmentos de minério e estéril produzidos são trazidos para a superfície. As possíveis jazidas de ouro são identificadas e a exploração é iniciada. Os locais descobertos que valem a pena ser explorados passam por intensa avaliação. • Mina a Céu Aberto: Os corpos de minério próximos da superfície são acessados retirando as camadas que os sobrepõem. O QUE PRODUZIMOS O nosso produto principal é o ouro, que gerou 96% de nossas receitas em 2013. Dentre os derivados estão a prata, o urânio e o ácido sulfúrico, dependendo da geologia. Ouro Prata Urânio Ácido sulfúrico 4.11 Moz 3.3 Moz 1.38 Mlb 191 t IMPACTOS REABILITAÇÃO E FECHAMENTO Esta é uma parte integrante do planejamento e desenvolvimento da mina, desde o início da exploração até o final das atividades de mineração. O plano do fechamento da mina, que leva em conta as atividades de subsistência das comunidades e a reabilitação do solo, continua durante toda a vida útil de uma operação. As atividades da AngloGold Ashanti têm impacto no meio ambiente. • Mina a Céu Aberto: Realizam-se a perfuração e a detonação antes de o minério ser escavado. “Acima deste modelo de negócio está a nossa estratégia de sustentabilidade, que tem como principal meta alcançar a marca zero acidente no local de trabalho e zero impacto no meio ambiente. Envidamos nossos melhores esforços para assegurar que a sociedade e as comunidades dos locais onde estão nossas operações se tornem melhores em função da presença da empresa”. Segurança – taxa de frequência de todas as lesões por milhão de horas trabalhadas 7.33 Custo descontado de reabilitação futura $728.4milhões 4.5Mt CO2e Emissões de gases do efeito estufa 66.434 $60.4 milhões $3.3 bilhões TRANSPORTE DO MINÉRIO PROCESSAMENTO • Mina subterrânea: O minério de ouro é processado e fundido em doré (barras de ouro não refinado) nas nossas operações e, depois, enviado para várias refinarias de metais – dentre elas, a nossa refinaria Queiroz, no Brasil, e a Refinaria Rand, na África do Sul. O minério é trazido para a superfície por meio de sistemas de transporte horizontal e vertical e, depois, transportado por via férrea, caminhão ou transportador de correia até as instalações de processamento. SEÇÃO UM Custos de exploração e avaliação $255.1 milhões Gastos de capital (inclui os investimentos contabilizados $2.0 bilhões por equivalência patrimonial) Água utilizada Energia utilizada 64.8 ML 32.7 PJ RETRATAMENTO Para extrair ouro e urânio residual, as operações de superfície na África do Sul fazem o tratamento dos rejeitos produzidos durante o processamento. • Mina a céu aberto e pilhas de minério na superfície: SEÇÃO DOIS Pessoas Treinamento e desenvolvimento Custos operacionais de caixa USO FINAL REFINO O ouro é vendido para bancos de ouro internacionais ou para indústrias de fabricação de joias. O ouro é refinado a uma pureza de pelo menos 99.5%, de acordo com os padrões aceitos de “good delivery”. RESULTADOS Receita Perda atribuível a participação de acionistas $5,71 bilhões $2.23 bn(1) Pago em salários e remunerações $1.59 bilhões Dividendos pagos $40 milhões Pagamentos efetuados ao governo $840 milhões Perda por ação 568 US cents Investimento nas comunidades $23.0 milhões Inclui deságio por expectativa de rentabilidade futura (Goodwill) após impostos; ativos tangíveis; investimentos e baixas de ativos imobilizados no valor de US$2.5 bilhões. QUEM SOMOS E O QUE FAZEMOS “Durante 2013, a AngloGold Ashanti tratou 97.1 milhões de toneladas de minério tributável para obter 4.11 milhões de onças de ouro”. SEÇÃO TRÊS O minério é transportado em caminhões. VISÃO GERAL DO DESEMPENHO SEGURANÇA PESSOAS: 66.434 Número médio de empregados (incluindo empresas contratadas) Nosso objetivo é desenvolver e conservar um quadro de trabalhadores estável e motivado. Devido a pressões econômicas significativas sobre a empresa em 2013, foi efetuada a reestruturação principalmente no nível corporativo. Carlos Soares, técnico de segurança na Mina Cuiabá, Brasil, analisa as emissões de gás. “Os acidentes fatais diminuíram em 56% em relação ao ano passado. Este representa nosso melhor desempenho em segurança até agora”. Procuramos minimizar ao máximo demissões involuntárias, preferindo oferecer programas de demissão voluntária e de aposentadoria antecipada sempre que possível. Total de empregados por região 2013 África do Sul África Continental Australásia Américas Outros Acidentes fatais ocupacionais (acidentes fatais) Taxa de frequência de todas as lesões (por milhão de horas trabalhadas) Estão incluídos 3.249 empregados diretos e de empresas contratadas que trabalham em projetos em Kibali. Divisão do quadro de pessoal Empregados Empresas contratadas DE REDUÇÃO DE REDUÇÃO Embora o nosso desejo seja eliminar todas as lesões durante o trabalho, a nossa TFTL diminuiu em 43% nos últimos cinco anos. Apenas em 2013, a empresa ganhou 4.700 dias de trabalho na comparação com o ano anterior, em virtude da redução de lesões ocupacionais. Para mais informações: PÁGINAS 26 a 27 “Em 2013, foram produzidas em média 8.14 onças de ouro com base no custo total por empregado (2012:8.07)”. Para mais informações: PÁGINAS 30 a 33 COMUNIDADES: Investimento nas comunidades MEIO AMBIENTE: Nosso objetivo é diminuir em 30% o número de acidentes ambientais em nossas operações nos próximos cinco anos (em relação a 2010). Felizmente, o número de incidentes ambientais de notificação obrigatória continuaram a diminuir, registrando-se uma redução de 63% no número de incidentes desde 2010. Isto pode ser atribuído à atenção especial que dedicamos a várias melhorias de infraestrutura e às melhorias em manutenção. SEÇÃO UM “Em 2013, mantivemos nossos investimentos nas comunidades em $23 milhões”. Embora tenhamos por objetivo reduzir o consumo de energia, água e emissão de gases estufa, ainda assim este é um desafio no atual ambiente de produção. Incidentes UNGC (Incidentes relacionados com os direitos humanos em virtude de intervenções de segurança) DE AUMENTO DE INVESTIMENTO NAS COMUNIDADES Os impactos que causamos nas comunidades – positivos e negativos – nem sempre são claramente explicados em números. Com relação a dois dos principais indicadores de desempenho (KPIs) mensuráveis, pretendemos eliminar todos os incidentes que envolvem direitos humanos (UNGC), e maximizar os resultados positivos que decorrem de nosso investimento nas comunidades. Apesar da queda significativa na receita (14%) e nos rendimentos em 2013, equivalente a 3.1 bilhões de dólares, o investimento nas comunidades foi mantido em $23 milhões. Como o teor de ouro diminuiu, tornou-se necessário processar maiores volumes de minério para produzir cada onça de ouro. Embora informemos o nosso consumo real de energia e água, e também as emissões de carbono, acreditamos que as medidas de intensidade, ou seja, o uso de emissões por tonelada de minério tratado, fornece um conjunto de medidas mais úteis. Desde 2009, o nosso consumo de energia aumentou em 10% e a nossa intensidade energética diminuiu em 19%. A utilização de água aumentou em 32%, enquanto que a intensidade do consumo de água diminuiu 3% nos últimos cinco anos. Semelhantemente, as nossas emissões de carbono nos últimos cinco anos foram reduzidas em 6%, enquanto que a intensidade das emissões de carbono foram reduzidas em 33%. Número de incidentes ambientais de notificação obrigatória Intensidade e consumo de energia Intensidade e consumo energético Intensidade e emissão de gases de efeito estufa SEÇÃO DOIS “Em 2013, usamos, em média, 0,32 gigajoules (GJ) para tratar cada tonelada de rocha”. A Escola Secundária Adieyie Junction perto de Tarkwa, em Gana, é Para mais informações: PÁGINAS 34 a 38 QUEM SOMOS E O QUE FAZEMOS Para mais informações: PÁGINAS 44 a 52 SEÇÃO TRÊS mantida pela AngloGold Ashanti. NOSSOS PÚBLICOS DE INTERESSE Nossos públicos de interesse são altamente diversificados e refletem a variedade de regiões geográficas em que operamos, a vasta gama de grupos com os quais interagimos e o número de questões que enfrentamos coletivamente e com os quais nos engajamos. Nós reconhecemos que os stakeholders, ou públicos de interesse, são aqueles que impactam direta ou indiretamente nossos negócios, ou que direta ou indiretamente são afetados pela empresa. Nós entendemos que os públicos de interesse têm a capacidade de influenciar os resultados de nossos negócios, tanto positiva como negativamente, e que precisamos estabelecer e construir relações mutuamente vantajosas com nossos públicos de interesse para chegarmos a um resultado positivo para todos. Independentemente do envolvimento com esses públicos ser formal ou informal, nós procuramos definir um plano formal de engajamento. Procuramos ser proativos em nosso engajamento e atender às questões e preocupações à medida que elas vão surgindo. As relações da AngloGold Ashanti com os públicos de interesse são efetuadas ao nível dos escritórios corporativo, regional e nacional e de unidade operacional, com vista a garantir que: • as nossas operações e projetos visam a construir relações mutuamente vantajosas e bem sucedidas com os públicos de interesse durante todo o ciclo de vida da mina (durante o projeto de exploração, a abertura de operações, em operações já estabelecidas, e durante e após o fechamento); • são utilizados mecanismos e ferramentas adequados para construir parcerias sociais para assegurar nossa licença social para operar; e • somos considerados o parceiro preferido nas regiões onde atuamos. Além disso, em 2013 a AngloGold Ashanti adotou formalmente o Padrão AA1000 que orienta nosso engajamento com nossos públicos de interesse. Atualmente, estamos elaborando uma estratégia de engajamento corporativo com nossos públicos de interesse, alinhada aos princípios do padrão de engajamento da AngloGold Ashanti, e sua implementação está prevista para 2014. Está sendo levada em consideração a possibilidade de incluir, no futuro, nosso desempenho nesta área nos escopos de asseguração, uma vez que nosso engajamento com os públicos de interesse tem consideração prioritária na empresa. dia er no s Mí s re do la gu re s ão ades unid res Investido Com Go v rg Ó s ão rg t se is ia or Ó Empregados e repres entant es dos empregados PÚBLICOS DE INTERESSE com os quais interagimos: tes en Cli s Sócio int de jo ures vent *ONGs e * ONGs = Organizações Não Governamentais OBCs = Organizações de Base Comunitária es dor ece n For OBCs Resumo do engajamento dos públicos de interesse e das principais questões levantadas por eles em 2013 Público de interesse Empregados e representantes dos empregados Canais de engajamento • Resumos, reuniões, comunicação face a face • Negociações Questões levantadas • Salários e benefícios • Acomodações e condições de vida • Endividamento dos empregados • Segurança do emprego • Saúde do empregado Nosso posicionamento SEÇÃO UM Os nossos estudos de caso podem ser encontrados na internet, no endereço: www.aga-reports.com/13/cs • Na África do Sul, dado o clima desafiante das relações industriais, a companhia intensificou sua comunicação direta com os empregados (sindicalizados e não sindicalizados). Isto é para possibilitar a transparência e melhorar a comunicação. Ver as páginas 30 a 33. • Temos dado mais atenção às condições de vida dos trabalhadores que vivem nas unidades operacionais e da empresa. Quanto aos empregados que vivem fora das unidades operacionais da empresa, a companhia está trabalhando com os municípios e os governos locais para colaborar em maior escala e providenciar serviços alinhados com os regulamentos locais e o Framework Agreement for a Sustainable Mining Industry (Acordo Estrutural para uma Indústria Mineral Sustentável) celebrado no dia 3 de julho de 2013 entre representantes das organizações sindicais, sindicatos patronais e o Governo. Ver as páginas 62 e 63. • Na África do Sul e em Geita, na Tanzânia, nós oferecemos aos empregados orientação financeira. Dadas as dimensões do problema e seu impacto nos empregados, a companhia planeja oferecer treinamento preventivo e assistência que permitam aos empregados entender os desdobramentos do endividamento excessivo. ESTUDO DE CASO: Plano de participação dos empregados no capital da empresa • Apesar de não podermos garantir os empregos, nós investimos no treinamento dos empregados. Sempre que possível, os empregados são enviados para outras operações sustentáveis, com um tempo de vida mais longo. Além do desenvolvimento de competências, nós investimos em encontrar novos corpos de minério, em projetos com a finalidade de prolongar a vida das minas e em exploração. O futuro de algumas das operações mais antigas está por conta de descobertas tecnológicas, as quais são desenvolvidas em colaboração com vários ESTUDO DE CASO: Reestruturação conforme as melhores práticas globais Comunidades Canais de engajamento • Reuniões, apresentações, mecanismo de queixa Questões levantadas • Investimento nas comunidades • Desenvolvimento da infraestrutura e compartilhamento dos benefícios • Impactos da reestruturação e fechamento • Impactos no meio ambiente e na saúde • Reassentamento e indenização • Concorrência pela utilização das terras QUEM SOMOS E O QUE FAZEMOS • Devido à queda brusca do preço do ouro (que tem afetado a indústria minerária e criado também desafios no desenvolvimento operacional e sustentável), revisamos a nossa estratégia para examinarmos a nossa sustentabilidade no longo prazo. Esta estratégia se assenta em cinco pilares centrados na maximização do fluxo de caixa livre sustentável e nos retornos: • segurança, pessoas e sustentabilidade; • otimizar os custos indiretos e os gastos de capital; • melhorar a qualidade do portfólio; • garantir a flexibilidade financeira; • manter as oportunidades de investimento no longo prazo. Ver a página 17. ESTUDO DE CASO: Projeto ONE é um sucesso em Tropicana • A sustentabilidade é um dos principais pilares da estratégia do nosso negócio, bem como a implementação e apresentação de resultados em todas as áreas do desenvolvimento sustentável são prioridade. Todas as áreas que afetam as comunidades são abordadas nas unidades operacionais e também por órgãos do setor, em colaboração com parceiros de desenvolvimento e, em algumas regiões, de acordo com os planos de desenvolvimento das prefeituras, para alcançar resultados mais sustentáveis. Ver as páginas 34 a 38. ESTUDO DE CASO: Exploração Greenfields: engajamento com as comunidades na Colômbia ESTUDO DE CASO: Ilhas Salomão: fechamento sem complicações ESTUDO DE CASO: Programa de emprego para a população nativa na Austrália ESTUDO DE CASO: Criação de uma solução sustentável para a malária na África Continental SEÇÃO TRÊS Investidores e a mídia Canais de engajamento • Reuniões individuais, apresentações, respostas a perguntas • Entrevistas • Declarações • Visitas às unidades operacionais Questões levantadas • Desempenho operacional e sustentabilidade do negócio • Relações com os sindicatos • Desempenho em termos de segurança • Questões regulamentares • Retornos para os acionistas • Concessão de reabilitação SEÇÃO DOIS parceiros de diversos setores da economia. Ver as páginas 73 e 74 NOSSOS PÚBLICOS DE INTERESSE continuação Resumo do engajamento dos públicos de interesse e das principais questões levantadas por eles em 2013 (continuação) Público de interesse Governos, agências reguladoras e órgãos da indústria Canais de participação • Reuniões, correspondência, representação de órgãos da indústria, apresentações Questões levantadas • Segurança e desempenho ambiental • Conformidade com a legislação • Impostos • Mandado de segurança • Benefícios da mineração • Relações trabalhistas • Desenvolvimento local • Moradia e condições de vida Nossa resposta • Temos participação ativa e permanente junto aos governos das jurisdições em que operamos e, com isso, buscamos tratar de uma série de questões. Estamos melhorando nossa abordagem de participação junto aos governos em todos os níveis. • Quase todos os governos estão enfocados em fazer com que os benefícios da mineração sejam estendidos para os governos centrais e também para as comunidades locais. Vários canais de relacionamento estão sendo utilizados para explicar os benefícios da mineração às comunidades dos locais em que atuamos. Dentre eles podemos destacar o relatório do Conselho Mundial do Ouro (WGC), “Mineração responsável de ouro e distribuição de valor”, publicado em 2013. A comunicação é coordenada com nossos pares e parceiros da indústria, através de câmaras locais, para melhorar a comunicação com os governos e explicar o valor econômico criado pelas mineradoras de ouro. Este valor econômico vai além dos impostos pagos para o desenvolvimento local. Nós buscamos ir além da conformidade com as regulações e realmente empregar melhores práticas, mesmo em áreas onde as regulações locais estejam aquém do que consideramos ser a melhor prática. Também buscamos compartilhar o aprendizado em todas as nossas jurisdições. Ver páginas 39-40.` ESTUDO DE CASO Programa Embaixador dos Direitos Humanos em Geita • Negociações salariais e posição econômica da indústria • Segurança ocupacional, segurança patrimonial e estabilidade na África do Sul Clientes e fornecedores Canais de participação • Reuniões, compromissos contratuais, discussões de políticas Questões levantadas • Impacto de reestruturações e fechamentos Parceiros em joint-venture (JV) Canais de participação • Reuniões Questões levantadas Compromisso contínuo de apoio financeiro Organizações Não Governamentais (ONGs) e Organizações de Base Comunitária (OBCs) Canais de participação • Reuniões, correspondências Discussões sobre políticas Questões levantadas • Impactos socioambientais • Devido à redução de margem das receitas e por querer ter conformidade e melhorias contínuas, estamos revisando alguns de nossos contratos mais importantes, para que tenhamos resultados sustentáveis. Ver páginas 41-43. ESTUDO DE CASO Programa de aquisições no Brasil • Existem discussões contínuas com os parceiros JV, sobre oportunidades e desafios em nossos negócios • Tivemos sucesso em nossas negociações com a Roxgold Inc. para uma saída mútua de uma joint-venture de exploração nas Ilhas Salomão. Em Tropicana e Kibali (onde temos parceiros de JV), tivemos sucesso na construção e o comissionamento de ambas as minas. • Existe um trabalho contínuo em várias frentes nas diversas jurisdições, para abordar algumas das questões levantadas por ONGs e OBCs. Na implementação de nossa estratégia de sustentabilidade, pretendemos trabalhar com ONGs e CBOs para atingirmos nossa meta neste assunto. Isso perpassa diferentes áreas, incluindo reassentamento, mineração artesanal e de pequena escala, bem como mineração ilegal. Ver páginas 53-55. • A concorrência pela água aumentou e continuamos a tornar públicos os programas que temos em vigor para reduzir o nosso consumo de água. Ver páginas 47-48. • Reassentamento • Silicose ESTUDO DE CASO: O valor da água – inestimável! • Qualidade da água ESTUDO DE CASO: Uso inovador de tecnologia para promover melhorias no controle da tuberculose ESTUDO DE CASO: Relações com grupos religiosos: um mundo novo para a mineração MENSAGEM DE NOSSO CHEFE EXECUTIVO, Na AngloGold Ashanti, acreditamos que a mineradora líder no futuro será uma empresa de valores com um espírito que sempre coloca a segurança em primeiro lugar e que respeita a humanidade e o nosso planeta. Srinivasan Venkatakrishnan Chefe Executivo SEÇÃO UM SRINIVASAN VENKATAKRISHNAN Além disso, na África do Sul, a turbulência no setor mineral se manifestou em toda a indústria, após as greves ilegais realizadas no final de 2012. Nosso foco adicional, portanto, tem sido o reestabelecimento de relações trabalhistas saudáveis em nossas minas. Dada a forte queda de 26% no preço do ouro, o ano de 2013 foi extremamente desafiador para o setor aurífero e a AngloGold Ashanti não ficou incólume. No início do ano, tivemos que reorientar nossa estratégia para nos adaptar a essa mudança repentina no mercado. Fizemos isso em cinco fundamentos essenciais: 1. Reafirmando os princípios basilares da empresa: segurança, pessoas e sustentabilidade. 2. Garantindo, de maneira proativa, que teremos flexibilidade financeira em tempos de instabilidade. 3. Abordado duramente todos os aspectos de nossa base de custos. 4. Melhorando a qualidade do portfólio da empresa por meio da incorporação de minas de qualidade e a eliminação de nosso mix negócios de produção marginal. 5. Mantendo intactas, a um preço justo, nossas opções de investimento de longo prazo. QUEM SOMOS E O QUE FAZEMOS Para vencer nossos desafios de sustentabilidade, sabemos que precisamos manter nosso foco em: • proteger nossa equipe de quaisquer danos e operar em locais seguros para se trabalhar; • nutrir e fortalecer nossas relações com as comunidades e com os públicos de interesse; • gerir nossos impactos ambientais, especialmente no que diz respeito à prevenção de impactos relativos ao abastecimento de água nas comunidades; • demonstrar que não contribuímos para o conflito armado e assegurar a aplicação das práticas dos direitos humanos em tudo o que fazemos; • lidar de forma construtiva com a invasão da mineração artesanal e ilegal em nossas concessões, reconhecendo a necessidade de apoiar as oportunidades econômicas nas regiões circunvizinhas às nossas operações; • lidar satisfatoriamente com uma série de questões legadas, demonstrando nosso compromisso com práticas sustentáveis; SEÇÃO TRÊS Na AngloGold Ashanti, acreditamos que a mineradora líder do futuro será uma empresa guiada por valores, com um espírito que sempre coloca a segurança em primeiro lugar e que respeita a humanidade e o nosso planeta. Nós reconhecemos que a sustentabilidade e a prosperidade de nosso empreendimento devem estar intrinsecamente relacionados para se obter sucesso nessa abordagem de negócio. Somos uma empresa que demonstra, com expressividade, que vivemos nossos valores voltados para o benefício mútuo, hoje e no futuro, em todas as dimensões: segurança, desenvolvimento econômico, comunidades e sociedade em geral, bem como meio ambiente. É isso o que é sustentabilidade, e é isso o que almejamos alcançar como empresa. Através de nossa contribuição baseada na parceria e colaboração, envidamos todos os esforços para sermos bem-vindos nos países e nas comunidades e para que nos permitam conduzir nosso negócio. Vamos atrair os melhores talentos, e os investidores ficarão confiantes no sucesso de nosso empreendimento e em sua sustentabilidade. Durante todo o processo de redesenho e reestruturação do negócio, procuramos manter os nossos compromissos com programas comunitários e investimentos sociais. Nós entendemos que a sustentabilidade deve ser o âmago de nosso negócio, sendo a força-motriz de nossa eficácia e competitividade em longo prazo no mercado e ajudando-nos a conseguir e até ampliar a nossa licença social para operar. Vamos manter esse foco, independentemente das restrições orçamentárias que temos no curto prazo. Embora este ano possa vir a ser menos turbulento do que o ano que se passou, ele ainda assim exigirá que nos mantenhamos vigilantes, prudentes e focados. É um desafio que nós acreditamos estar vencendo até agora, e vamos continuar vencendo, otimizando nossa sustentabilidade a um custo adequado. SEÇÃO DOIS Com relação à nossa base de custos, adentramos em um processo de redesenho organizacional e reestruturação interna sem precedentes, com o objetivo de eliminar a duplicidade, ou seja, trabalhos que não agregam valor e níveis redundantes ou supérfluos dentro de nossa organização. Embora sejam absolutamente necessários, tais processos são sempre difíceis e nos levaram a um processo de redução de gastos no qual tivemos que abrir mão de alguns de nossos colegas que estiveram em nossa empresa por longos períodos. MENSAGEM DE NOSSO CHEFE EXECUTIVO, SRINIVASAN VENKATAKRISHNAN • garantir uma busca contínua pela consolidação de uma cultura organizacional na qual a sustentabilidade esteja incorporada a ponto de ser parte integrante de nossas práticas e estratégia de execução dos negócios, tornando-se um marco de como atuamos; e • garantir que continuemos a melhorar nosso desempenho geral à medida que vencemos condições socioeconômicas difíceis e sem precedentes. Lamentamos profundamente a perda de oito de nossos colegas em nossas operações. Não descansaremos até eliminarmos completamente os acidentes fatais em nossas operações. Dito isto, e reconhecendo que um único acidente fatal que seja já é demais, temos ainda o estímulo de termos reduzido o número de acidentes fatais em 49% em relação à média dos quatro anos anteriores. Sabemos que não há espaço para condescendência ou transigência quando se trata de segurança e que nosso último incidente vai determinar quão bons ou ruins somos em segurança ocupacional. No entanto, é encorajador saber que demos mais um passo em direção à nossa meta de zero acidente fatal, com 80% de nossas operações estabelecendo novos recordes de melhoria em segurança no ano de 2013, que assim fica registrado como o melhor ano da história da empresa nesse quesito. Pessoalmente, a segurança é um tema que fala ao meu coração, e trabalharei com a equipe executiva para garantir que cada um de nossos empregados possa estar seguro de que completará seu dia de trabalho sem sofrer acidentes ou lesões. Na África do Sul, questões relacionadas à silicose permanecem um desafio. Embora continuemos a enfrentar ações legais contra a nossa empresa e contra empresas parceiras, continuaremos empenhados em cooperar com parceiros da indústria e com o governo para encontrar uma solução holística e sustentável para essa questão. Continuamos a trabalhar arduamente para gerenciar o ambiente de trabalho nas minas sul-africanas e estamos satisfeitos com nossas constantes reduções nos níveis de poeira nos locais de trabalho dessas minas, onde conseguimos atingir com tranquilidade os marcos estabelecidos pelo Conselho de Saúde e Segurança em Mineração (Mine Health and Safety Council) da África do Sul. O desempenho de nossos programas ambientais também tem sido muito animador, com uma redução contínua dos incidentes nos últimos cinco anos. Em 2013, tivemos uma redução de 37% no número de incidentes ambientais de notificação obrigatória. No setor mineral, as relações entre as mineradoras, os trabalhadores, os governos e as comunidades sempre foram muito delicadas. Em muitas jurisdições, essas relações foram moldadas por uma visão de que, nas décadas passadas, nem os países nem as comunidades locais se beneficiaram o suficiente com a mineração. Enfrentamos crescentes demandas por um maior controle e distribuição dos benefícios dos recursos extraídos nos países em que operamos – eis o complexo fenômeno da nacionalização dos recursos. Nesse contexto, acreditamos que um futuro sustentável será baseado no respeito mútuo e em interações racionais entre a nossa empresa, os governos que nos acolhem e as comunidades locais, estabelecendo, assim, um equilíbrio entre dar incentivos adequados para o investimento em operações de mineração e garantir um acordo justo para benefício de todos os públicos de interesse no que diz respeito à riqueza mineral. Cientes disso, lutamos, nesse ano que se passou, por uma mudança significativa em nosso entendimento continuação dos nossos públicos de interesse e em nosso relacionamento com eles. Obtivemos um progresso notável nos reassentamentos e nas relações com as comunidades da Tanzânia, nas relações com os empregados e com as comunidades da África do Sul e, no geral, nas relações com os governos nacionais, as organizações do setor mineral e com a sociedade civil no que diz respeito aos problemas relacionados ao setor. Esses avanços continuarão sendo nossa prioridade em 2014. À medida que buscamos melhorar nosso desempenho em sustentabilidade e a colocamos como o principal direcionador de nossa estratégia de negócio, viemos intensificando a função da sustentabilidade dentro da empresa. Em meados de 2012, David Noko se uniu a nós como Vice-Presidente Executivo de Desenvolvimento Sustentável. Como membro do nosso comitê executivo, David responde por todas as questões relativas à sustentabilidade do Grupo. Durante o ano em análise, o controle da sustentabilidade foi dinamizado pela autonomia que David possui para intervir e gerir os desafios da sustentabilidade em nossas operações. Assim fizemos nos locais onde era preciso estabelecer prioridades de ação. David e dois de nossos diretores de operações têm uma compreensão muito clara de suas accountabilities no que diz respeito à sustentabilidade e continuam mantendo excelentes relações de trabalho. Além disso, o Conselho de Ética, Transformação e Relações Sociais, criado em 2012, sob a liderança de Nozipho Janeiro-Bardill, uma diretora não executiva, atuou durante todo o ano fiscal de 2012. Durante o referido ano, ela promoveu um papel de supervisão muito mais intenso. Nós também continuamos com nossa participação na Comissão Independente de Revisão da Sustentabilidade em 2013. Ver páginas 20-21. Esses desenvolvimentos me deixam confiante de que existe um foco adequado nas desafiadoras questões de sustentabilidade que enfrentamos e garantem aos nossos públicos de interesse que a preocupação com a sustentabilidade continuará sendo o centro de nosso negócio e de nossas operações. Seriamos negligentes se não prestássemos, neste relatório, a devida homenagem a Nelson Mandela, que faleceu no dia 5 de dezembro de 2013. Nelson Mandela viveu sua vida de acordo com seus valores. Ele ensinou a todos nós que: "O que conta na vida não é o simples fato de que termos vivido. É a diferença que fazemos na vida dos outros que determinará o valor da vida que levamos." Nós, da AngloGold Ashanti, reafirmaremos nossos próprios valores e o nosso compromisso de melhorar a qualidade de vida das comunidades e das sociedades dos locais onde operamos. Nossas políticas públicas e a relação mais ampla com os públicos de interesse são essenciais para manter nossa licença social para operar. Apoiamos ativamente os objetivos de órgãos como o Conselho Internacional de Mineração e Metais (ICMM), o Pacto Global das Nações Unidas (UNGC), a Iniciativa de Transparência das Indústrias Extrativistas (EITI) e os Princípios Voluntários sobre Segurança e Direitos Humanos (VPSHR), dentre outros que nos ajudam a melhorar o nosso desempenho e a buscar áreas de interesse e cooperação mútua para encontrar soluções conjuntas. Srinivasan Venkatakrishnan Chefe Executivo 18 de março de 2014 O último ano fiscal apresentou desafios e oportunidades para a AngloGold Ashanti, e a liderança da empresa respondeu a eles com diligência e proatividade. SEÇÃO UM ALINHANDO NOSSOS NEGÓCIOS E NOSSAS ESTRATÉGIAS DE SUSTENTABILIDADE OBJETIVOS E ESTRATÉGIAS DA EMPRESA Nosso objetivo em longo prazo é agregar valor para os acionistas, empregados, empresas e parceiros sociais, através da forma segura e responsável de explorar e comercializar nossos produtos, principalmente o ouro. Nosso objetivo é conseguir uma melhoria sustentável no fluxo de caixa e retornos para todos os nossos públicos de interesse. Alcançaremos esses objetivos através da maximização sustentável do fluxo de caixa livre de nossa carteira e, ao mesmo tempo, através da manutenção da integridade de nossa empresa e enfocando na entrega de resultados. Descrevemos a seguir nossas cinco áreas de foco estratégico – ou fundamentos essenciais – que possibilitam que atinjamos nossas metas de entrega a curto, médio e longo prazos. Abordamos nossa estratégia em detalhes no Relatório Anual Integrado e incentivamos os leitores a acessá-lo no site www.aga-reports.com. O que deve ser enfatizado é que o pilar fundamental de toda nossa estratégia é a tríade: pessoas, segurança e sustentabilidade. SEÇÃO DOIS NOSSOS CINCO COMPONENTES ESTRATÉGICOS PRINCIPAIS se to e ir l nd ita s i cap o st e cu as d s s r o pe iza es it m d as M el ho ra O ra at qua iv os lida da de em do pr po es rtf a ól io de r fle de melhorias e retornos lida xibi a ceir nan de fi Manter nosso foco em pessoas, segurança e sustentabilidade QUEM SOMOS E O QUE FAZEMOS SEÇÃO TRÊS anti Gar sustentável Man inve ter as op stim ento ortun s no idad long es de o pr azo fluxo de caixa ALINHANDO NOSSOS NEGÓCIOS E NOSSAS ESTRATÉGIAS DE SUSTENTABILIDADE continuação A sustentabilidade contribui para a competitividade empresarial da AngloGold Ashanti e garante a manutenção de nossa licença social para operar. Compartilhando valor do ouro 1 Nossas ações baseadas na sustentabilidade melhoram o desempenho dos negócios. 2 Entregamos resultados positivos no longo prazo para nossos empregados, públicos de interesse, comunidades locais e para o meio ambiente. 3 Os governos e a sociedade em geral, nos países e regiões em que operamos nos veem como agregadores de valor em longo prazo. Questões Legados Riscos atuais e futuros gerenciados e antecipados Oportunidades aproveitadas Viabilidade Pré-exploração Exploração Projeto Operações Fechamento Pós-fechamento Construção Teoria e fundamentos da disciplina sustentabilidade são integrados ao nosso negócio Na AngloGold Ashanti, as pessoas são o nosso negócio especialmente os empregados e as comunidades. Comprometemonos a: • focar na contratação, utilização e desenvolvimento das pessoas certas e a oferecer empregos dignos e oportunidades de crescimento na carreira; • estruturar a organização de forma adequada, para dar suporte à excelência operacional; • considerar a segurança nossa primeira prioridade, focando na eliminação de acidentes fatais e lesões; • ganhar nossa licença social para operar, tratando e mitigando os impactos sociais, econômicos e ambientais de nossas operações e criando um legado sustentável positivo e • atentar à necessidade de conciliar os objetivos financeiros de curto prazo com os resultados de sustentabilidade em longo prazo. NOSSA CONJUNTURA EXTERNA A complexa e desafiadora conjuntura externa continuou a evoluir durante o ano e a indústria do ouro enfrentou uma turbulência extraordinária. As causas subjacentes permanecem inalteradas e continuamos a observar uma redução no preço de mercado do ouro, custos de produção relativamente altos e instabilidade política em algumas jurisdições. O alto consumo e competição por recursos naturais e as crescentes preocupações ambientais também são questões importantes, assim como o aumento das expectativas dos empregados, das comunidades e dos governos. NOSSA PROPOSTA DE VALOR SUSTENTÁVEL A estratégia de sustentabilidade do Grupo foi desenvolvida ao final de 2012. Apesar da conjuntura externa difícil, continuamos comprometidos com essa estratégia e com nossa proposição de valor em sustentabilidade. Isso se reflete em nosso investimento na comunidade, que será mantido. Procuramos incorporar a sustentabilidade em todos os aspectos de nosso negócio e de nossa cadeia de valor, desde o início das atividades de exploração até o pós-fechamento das minas. Com essa postura, estaremos mais bem preparados para lidar com nossos problemas legados, antecipar e gerir riscos atuais e futuros, bem como aproveitar as oportunidades. A realização dessas metas e a concretização de nossa proposição de valor contribuem para a competitividade empresarial da AngloGold Ashanti e garantem que mantenhamos nossa licença social para operar. SEÇÃO UM nossas metas, principalmente nas áreas delimitadas como prioritárias e no que tange às dez áreas de foco estratégico, a saber: • desenvolver a capacidade de cumprir os compromissos; • gerenciar o banco de talentos dentro da própria organização com vistas à sustentabilidade global; •fortalecer a integração da sustentabilidade nos processos e atividades da empresa; • fortalecer os sistemas e as estruturas certas que dão suporte à execução, à avaliação do desempenho e à melhoria contínua; •Aprimorar a gestão de conhecimento e a aprendizagem colaborativa; • abrir novas frentes de inovação, envolvendo parceiros externos; • gerenciar riscos de sustentabilidade atuais e futuros, bem como aproveitar as oportunidades; • tratar de desafios legados de operações passadas; • estabelecer parcerias e modelos sociais – gerenciar as expectativas e buscar soluções conjuntas; e • defender e encorajar o desenvolvimento de políticas sustentáveis. EXECUÇÃO DA ESTRATÉGIA DE SUSTENTABILIDADE MATERIALIDADE, METAS E ÁREAS DE FOCO ESTRATÉGICO Prevê-se que a implementação da estratégia acima, baseada em dez áreas de foco, terá uma duração de cinco anos, mas nosso progresso até o momento já mostra resultados satisfatórios. A identificação, priorização e análise das questões de maior relevância continuam a nortear o desenvolvimento de nossa estratégia de sustentabilidade. Isso possibilita a identificação de questões emergentes e permite que subsidiem e integrem metas estratégicas e direcionem as nossas áreas de foco. Foi alcançado progresso significativo na implementação de aspectos fundamentais da nossa estratégica, inclusive o estabelecimento da estrutura de sustentabilidade requerida, que já teve a maioria de seus marcos concluída. Também houve progresso significativo na dinamização dos métodos necessários para gerenciar e reportar no que diz respeito à sustentabilidade enquanto uma disciplina. Além disso, também já está encaminhada a identificação dos principais indicadores, metas e marcos referentes ao desempenho em sustentabilidade. Metas ambiciosas são importantes. Atingir zero acidente fatal é uma delas. Alcançar tais metas requer grande esforço, inovação e criatividade. Essas metas estão intrinsecamente relacionadas com o nosso produto – o ouro, um depósito de valor que resiste ao tempo – e com o nosso desejo de criar um mundo melhor, caracterizado pelo benefício mútuo para as pessoas de agora e para as gerações futuras. Sabemos que ainda temos muito trabalho a fazer. A transformação dessas metas em marcos tangíveis e expressivos que mostrem nosso progresso será uma tarefa a ser concluída em 2014. Durante o ano passado, focamos na execução de nossa estratégia de sustentabilidade e batalharemos continuamente para alcançar QUEM SOMOS E O QUE FAZEMOS Outros aspectos do progresso relativo à nossa estratégia e desempenho em sustentabilidade são destaque na seção sobre questões materiais deste relatório – ver página 22. COMPROMISSOS PARA 2014 Em 2014, esperamos concluir a revisão dos indicadores de sustentabilidade da empresa e divulgar um conjunto integrado de indicadores, metas e marcos de desempenho em sustentabilidade, utilizando a abordagem do mapeamento de estratégia e do Balanced Scorecard, uma vez que continuamos envidando esforços na melhoria do monitoramento e da avaliação de nosso desempenho. SEÇÃO TRÊS Considerações sobre problemas nas áreas social, ambiental e de saúde, por exemplo, configuram uma área específica de foco estratégico, enquanto a necessidade de gerir e atender às expectativas externas e internas molda nosso trabalho nessa área de foco no que diz respeito a parcerias e relações com os públicos de interesse. SEÇÃO DOIS Nossos sistemas para assegurar o cumprimento de todas as nossas normas e compromissos ainda precisam melhorar, assim como nossos processos para garantir a otimização da aquisição de suprimentos locais para nossas minas. NOSSA COMISSÃO DE REVISÃO DA SUSTENTABILIDADE Enquanto nós da AngloGold Ashanti estamos empenhados em melhorar continuamente o desempenho do Grupo em sustentabilidade, reconhecemos que, fora da empresa, a consultoria independente é extremamente valorizada no processo de identificação e definição de prioridades no âmbito da sustentabilidade. Sheila Khama (Membro de Gana) Ruth Mompati (Ex-membro da África do Sul) Simon Zadek (Facilitador da comissão) “O papel da comissão de revisão é fazer observações e dar, em termos de estratégia e prática, orientações sobre como a empresa trata a sustentabilidade.” Desde a sua criação em 2010, a comissão conviveu com a empresa por um período significativo, participando de uma série de discussões com executivos e com a gerência sênior e visitando nossas operações no Brasil, em Gana, na África do Sul e, mais recentemente, na Tanzânia. As interações entre a comissão de revisão e a empresa são abertas e francas. Os resultados desse diálogo são passados para avaliação da gerência executiva e, conforme cada caso, implementados na empresa. As avaliações regionais podem assumir diferentes formas. Em Gana e no Brasil, os membros da comissão visitaram muitas comunidades e mantiveram discussões com diversos tipos de públicos de interesse, a fim de entender como a AngloGold Ashanti é vista pelos olhos da comunidade. Nisia Werneck (Membro do Brasil) Anita Roper (Membro da Austrália) A comissão de revisão visita a Mina Cuiabá no Brasil em 2012. Desde novembro de 2010, temos nos beneficiado das diversas e multidisciplinares contribuições da comissão de revisão da sustentabilidade – um grupo de consultores cujos pareceres complementam nosso entendimento da nossa própria empresa e das demandas dos acionistas. A comissão congrega um grupo de especialistas independentes, facilitado por um consultor externo. Juntos, eles fornecem uma perspectiva independente sobre nosso desempenho em sustentabilidade. Muitos dos participantes da comissão têm uma vasta experiência em mineração, mas esse não é o principal critério de seleção. Os membros da comissão refletem a diversidade geográfica de nossa empresa e a experiência deles em sustentabilidade nos ajuda a lidar com a vasta gama de questões sobre o assunto que a empresa enfrenta. Na África do Sul, a comissão focou na compreensão dos desafios enfrentados por essa região, devido ao declínio na produção do ouro e ao uso intensivo de mão de obra. Na Tanzânia, a comissão avaliou diversos aspectos das operações em Geita, especialmente questões relacionadas com a mineração artesanal, as aquisições e a participação da comunidade. O papel da comissão é fazer observações e dar, em termos de estratégia e prática, orientações sobre a abordagem da empresa em relação à sustentabilidade. A decisão sobre o que fazer em resposta a essas observações é exclusivamente da gerência da empresa. A comissão também analisa e faz as devidas recomendações sobre o conteúdo e a qualidade de nossos relatórios de sustentabilidade, sinalando questões emergentes que podem demandar maior atenção. Assim como nos anos anteriores, a comissão avaliou este Relatório de Sustentabilidade do Grupo e deu seu parecer com diversos comentários. Salientamos que a comissão de revisão não realizou nenhuma auditoria no relatório de atividades da empresa e, por isso, não fornece quaisquer tipos de informação sobre a exatidão do relatório ou da integridade de elementos específicos. O Relatório Anual de Sustentabilidade de 2013 da AngloGold Ashanti é uma forma de divulgação da empresa sobre seu impacto e seus resultados relativos à sustentabilidade, considerando seu histórico, contexto atual, valores, aspirações, estratégia e desempenho. Nosso papel, como uma comissão independente de revisão, é fruto de um compromisso voluntário da AngloGold Ashanti em melhorar o conteúdo e a credibilidade deste relatório. É digno de reconhecimento esse compromisso, juntamente com uma abordagem contínua, extensa e sistemática adotada há muitos anos pela AngloGold Ashanti no que diz respeito à sua comunicação sobre a sustentabilidade. O ano de 2013 foi extremamente difícil para a empresa, com um declínio enorme nos preços do ouro, somado às difíceis condições econômicas já evidentes em 2012 e aos trágicos acontecimentos daquele ano para a África do Sul, juntamente com suas consequências socioeconômicas. Apesar de toda essa pressão, a AngloGold Ashanti manteve seu compromisso global de sustentabilidade, sinalizado através de uma declaração enfática feita pelo novo presidente executivo no relatório. Os desenvolvimentos em Geita na Tanzânia, por exemplo, foram acelerados após a visita da comissão em 2013, a quarta desde que foi criada, sendo que alguns desses progressos se deram em áreas complicadas, como a gestão da mineração artesanal no terreno da empresa. No âmbito internacional, o investimento da empresa na comunidade foi mantido. No entanto, não fica tão evidente se as mudanças no contexto econômico podem levar a mudanças mais profundas nos negócios da empresa, o que, por sua vez, poderá ter consequências em longo prazo na sustentabilidade, como a implantação de novas tecnologias ou uma mudança nas aspirações internacionais da empresa e em sua abordagem. Além disso, quase não existe voz ativa dos públicos de interesse no relatório, visto que os impactos sobre eles são reportados pela própria empresa. Essa lacuna já foi destacada pela comissão de revisão em anos anteriores e preenchêla é de particular relevância em tempos difíceis para os públicos de interesse mais vulneráveis, incluindo aqui os empregados. O relatório é bem organizado e bem apresentado. Oferece ao leitor, através das muitas áreas de impacto, informações sobre as metas e desempenho da empresa, bem como exemplos de casos. O relatório, assim como a empresa, se beneficiaria de um conjunto mais abrangente de metas estratégicas e quantitativas que se inspirassem naquelas já estabelecidas, como a meta de zero acidente fatal, e que mostrassem claramente seu empenho e seus avanços para atingir a sua ambiciosa meta de ser a mineradora líder no mundo. Em suma, a comissão de revisão tem ciência dos desafios que a AngloGold Ashanti tem enfrentado e reconhece seus esforços na elaboração do Relatório Anual de Sustentabilidade de 2013. O relatório sinaliza o compromisso contínuo da empresa com a sustentabilidade, em princípio e na prática, testado ao máximo em tempos difíceis. Além disso, a comissão destaca as melhorias contínuas no desempenho e na comunicação da empresa em diversas áreas e, concomitantemente, sinaliza outras áreas em que ainda se fazem necessários maiores esclarecimentos quanto aos objetivos e o progresso da empresa. A comissão em visita à mina de Geita, na Tanzânia, em 2013. SEÇÃO TRÊS Os Relatórios de Sustentabilidade da AngloGold Ashanti são organizados em torno de seis núcleos temáticos. Essa abordagem é bem vista pela comissão, que concorda com a centralidade dos temas selecionados. De particular interesse é o tratamento integral dos problemas de saúde dos empregados, principalmente os relativos à silicose. É também de grande importância que se dê um tratamento mais amplo à questão da mão de obra imigrante, uma questão crítica na África do Sul e, ao mesmo tempo, uma questão legado e uma prática corrente que é preocupante. Os relatórios futuros poderiam se beneficiar de uma abordagem mais detalhada do modo como a empresa lida com a corrupção endêmica existente em alguns países em que opera e como a empresa faz aquisições que visem a estimular o desenvolvimento de outras empresas nas comunidades dos locais onde opera. Esta questão foi levantada durante as visitas da comissão de revisão e em pareceres anteriores. Francis Petersen Muzong Kodi Anita Roper (Membro da África do Sul) (Membro do Congo – RDC) (Membro da Austrália) QUEM SOMOS E O QUE FAZEMOS SEÇÃO UM “O relatório sinaliza o compromisso contínuo da empresa com a sustentabilidade, em princípio e na prática, compromisso esse testado ao máximo em tempos difíceis.” SEÇÃO DOIS CARTA DA COMISSÃO INDEPENDENTE DE REVISÃO NOSSA ABORDAGEM PARA GERENCIAMENTO DE RISCOS E IDENTIFICAÇÃO DE QUESTÕES MATERIAIS A identificação e busca de oportunidades, bem como a identificação e mitigação de riscos, são componentes fundamentais no desenvolvimento e execução de nossa estratégia de negócio, inclusive de nossa estratégia de sustentabilidade. O nosso processo de gerenciamento de riscos, assim como os nossos principais riscos e oportunidades, é apresentado em nosso Relatório Anual Integrado de 2013 e abordado de forma detalhada em nosso site1. Esse processo leva em consideração as percepções, reações e comportamentos dos públicos de interesse e, aliado ao nosso processo de relacionamento com os eles, contribui para a identificação de questões materiais. (1) "Nossa abordagem de gerenciamento de riscos e nossa consideração pelas preocupações dos públicos de interesse nos ajuda a identificar nossas questões materiais”. www.anglogoldashanti.co.za/investors+and+media/financial+reports/ form+20-f.htm Identificação de questões materiais, delimitação do escopo e de limites e seleção de aspectos PASSO 1: Relevância Identificar questões que têm efeito passado, presente e possivelmente futuro em nossa capacidade de criar valores ao longo do tempo PASSO 2: Importância Avaliar a magnitude dos efeitos Avaliar a probabilidade de ocorrência PASSO 3: Prioridades Considerações internas Considerações externas Revisão PASSO 1: • Registro de riscos • Questões identificadas através de benchmarking. • Questões levantadas pelos públicos de interesse. PASSO 2: • Identificar a extensão do impacto (qualitativo e quantitativo), bem como as áreas de impacto e o período de tempo. • Identificar problemas com grande probabilidade de ocorrência. PASSO 3: • Identificar limites e priorizar 2 3 4 Garantir a segurança Gerenciar e atender às e proteção das expectativas de nossos pessoas (empregados, públicos de interesse contratadas e internos e externos comunidades) Competir por recursos e infraestrutura Para nossos empregados – benefícios e Eliminar incidentes de empregos (assegurar segurança no trabalho paz e estabilidade em nossas relações trabalhistas) Acesso à segurança de energia economicamente viável e de mudança climática Não causar danos à integridade física das pessoas enquanto protegemos nossos empregados e nossas instalações Para os investidores, retornos a custo e risco aceitáveis* Questões sociambientais e de saúde Doença pulmonar ocupacional, especialmente na África do Sul Considerações socioambientais em Obuasi, Gana Segurança e acesso a água a preços justos 5 6 Ouro Responsável Iniciativas de Ouro Responsável Cumprimento de nossa obrigação de respeito aos direitos humanos Foco na sustentabilidade da empresa Desenvolvimento e implementação de tecnologias e aumento da mecanização Consideração das capacitações locais e globais SEÇÃO DOIS 1 SEÇÃO UM NOSSAS QUESTÕES MATERIAIS EM 2013 Para as comunidades Obrigações de Gerenciamento – demonstração bombeamento de dos valores que da terra e da compartilhamos e água subterrânea biodiversidade, bem cumprimento de de nível profundo na como planejamento do nossos compromissos África do Sul fechamento de minas assumidos Para os governos – Atividades utilização dos ativos relacionadas à para a geração de mineração artesanal benefícios e compreensão e de pequena escala do nacionalismo dos recursos naturais Mão de obra migratória, bem como moradia e alojamento na África do Sul Questões de reassentamento na Tanzânia e em Gana. SEÇÃO TRÊS Para fornecedores – Compreender e monitorar a conduta e o impacto que eles têm em nossa cadeia de suprimentos * O seguinte aspecto pode ser encontrado em nosso Relatório de Sustentabilidade On-Line • Para os investidores – retornos a custo e risco aceitáveis QUEM SOMOS E O QUE FAZEMOS SEÇÃO DOIS REVISANDO NOSSO DESEMPENHO E OBJETIVOS Nesta seção, revisamos nosso desempenho em sustentabilidade durante o ano de 2013 e definimos nossos compromissos para o ano seguinte. SEÇÃO SEÇÃOUMUM SEÇÃO SEÇÃO DOIS DOIS Identificamos seis questões materiais. Elas não estão classificadas em ordem de prioridade, pois todas são comprovadamente áreas prioritárias. P26 - QUESTÃO MATERIAL 1 Garantir a segurança e a proteção das pessoas (empregados, contratadas e comunidades) P 30 - QUESTÃO MATERIAL 2 Gerenciar e concretizar as expectativas de nossos públicos de interesse internos e externos P 44 - QUESTÃO MATERIAL 3 Gerenciar e atender às expectativas de nossos públicos de interesse internos e externos P 56 - QUESTÃO MATERIAL 4 Competir por recursos e infraestrutura P 66 - QUESTÃO MATERIAL 5 Questões socioambientais e de saúde P 71 - QUESTÃO MATERIAL 6 Claramente, existem muitos aspectos em comum entre as questões identificadas. Como forma de dar sustentação a esta divulgação, apresentamos estudos de casos em nosso Relatório On-Line. Informações adicionais também podem ser encontradas em nosso Relatório On-Line no site www.aga-reports.com/13/os. O viveiro de mudas do vilarejo de Nykabale é um projeto patrocinado pela AngloGold Ashanti para fornecer árvores para a comunidade e para a mina de Geita, na Tanzânia. REVISANDO NOSSO DESEMPENHO E OBJETIVOS SEÇÃO TRÊS Alcançar a sustentabilidade da empresa QUESTÃO MATERIAL 1: Garantir a segurança e a proteção das pessoas (empregados, contratadas e comunidades) A Segurança é o nosso primeiro valor. Colocamos as pessoas em primeiro lugar. A segurança das pessoas que se relacionam com a nossa empresa, seja de forma direta ou indireta, é uma prioridade da qual não abrimos mão. Embora nossa responsabilidade seja proteger nosso pessoal e nossos ativos, procuraremos não causar danos à integridade física das pessoas, minimizando conflitos e confrontos. GARANTIR A SEGURANÇA E A PROTEÇÃO DAS PESSOAS (empregados, contratadas e comunidades) Eliminar acidentes de trabalho PÚBLICOS DE INTERESSE: empregados, comunidades, governo e investidores. Eliminação de incidentes de risco à segurança no trabalho Contexto Veja nosso Relatório On-Line para maiores detalhes sobre a nossa abordagem de gestão quanto aos seguintes aspectos: segurança e saúde ocupacional. A mineração, especialmente aquela convencional realizada em minas muito profundas, assim como o processamento de minérios, envolve perigos inerentes que devem ser compreendidos, respeitados e gerenciados de forma efetiva a fim de eliminar ou minimizar o risco de lesões ou danos à integridade física dos empregados da empresa. Lesão traumática e exposição crônica a perigos de saúde ocupacional ainda continuam sendo áreas de foco significativas em toda a indústria. Entre as causas mais comuns de acidente fatal estão as quedas de rochas, acidentes com veículos, acidentes envolvendo equipamentos e maquinário pesados, quedas de grandes alturas e eletrocussão. Entre as causas menos comuns de acidente fatal, mas que também são conhecidas, estão os incêndios subterrâneos, aprisionamento em mina, manuseio de materiais perigosos, como explosivos, afogamento e acidentes em poço de mina. Entre os riscos mais comuns à saúde ocupacional estão a perda auditiva induzida por ruído, doenças respiratórias, estresse térmico e lesões musculoesqueléticas relacionadas à ergonomia. A aplicação sistemática de técnicas de gerenciamento de riscos, em conjunto com o foco tático em áreas específicas, tem contribuído para um declínio substancial nas taxas de lesões e doenças ocupacionais em toda a indústria. No entanto, outras melhorias nos locais de trabalho ainda são necessárias, para que possamos eliminar as doenças e os acidentes e atingir a meta de zero acidente. Não causar danos à integridade física das pessoas, enquanto protegemos nosso pessoal e nossas instalações Progresso Indicadores GRI (Global Reporting Initiative) que utilizamos: • G4-LA5: percentual da mão de obra total representada em comitês formais de saúde e de segurança constituídos conjuntamente por gestores e trabalhadores, que ajudam no monitoramento e consultoria sobre programas de saúde ocupacional e segurança. • G4-LA6: tipos e taxas de lesões, doenças ocupacionais, dias de afastamento por atestado médico, absenteísmo e total de óbitos relacionados ao trabalho, classificados por região e sexo. • G4-SO8: multas altas e número total de sanções não monetárias resultantes da não conformidade com a legislação e as regulações. Normas, diretrizes e procedimentos específicos e abrangentes da AngloGold Ashanti tratando da notificação de incidentes, manutenção de registros e gerenciamento garantem que os incidentes sejam notificados e investigados de forma aberta e transparente e que sejam tomadas medidas preventivas contra a reincidência. A notificação, classificação e registro das lesões e doenças ocupacionais são realizados de acordo com as disposições legais locais e em conformidade com as disposições da Organização Internacional do Trabalho (OIT) encontradas no código de prática "Registros de notificação de acidentes e doenças ocupacionais" (1996). Nossas mais profundas e sinceras condolências às famílias e amigos dos oito colegas lamentavelmente vitimados, cujas perdas notificamos durante o ano de 2013 (2012: 18). Embora esta seja uma redução significativa em relação ao ano anterior e represente uma melhora em nosso desempenho, estamos cientes de que a perda de uma única vida que seja já é demais e que muito trabalho ainda precisa ser feito. Em memória SEÇÃO UM QUE S 1 Taxa de frequência de acidentes fatais (Acidentes por milhão de horas trabalhadas) AL Acidentes fatais no trabalho O MATER TÃ I • 2013/12/25: Richard Aidoo, ferido fatalmente em um acidente de escavação em Obuasi, Gana. Taxa de frequência de todos os acidentes (Acidentes por milhão de horas trabalhadas) 43% de redução em 5 anos Taxa de frequência de acidentes com afastamento (Por milhão de horas trabalhadas) No reconhecido Modelo de Acidentes Organizacionais do Professor James Reason, que é considerado por muitos a melhor prática e que tem sido a base do procedimento de investigação de incidentes da AngloGold Ashanti, cada incidente fatal é minuciosamente investigado por uma equipe de especialistas capacitados e competentes, com o objetivo de identificar os controles que falharam ou estiveram ausentes, bem como os fatores individuais, organizacionais e do local de trabalho, tanto os imediatos quanto os subjacentes, que possam ter contribuído para o incidente. Após cada investigação, são definidas e instauradas ações corretivas para prevenir a recorrência de incidentes. Mantivemos uma melhora significativa (44%) na nossa taxa de frequência de acidentes fatais (FIFR) dos últimos cinco anos e, mais do que isso, conseguimos uma melhoria de 50% nos últimos 12 meses. Essa melhora é atribuída ao posicionamento ativo da gerência com relação à segurança como nosso primeiro valor, aliada a uma abordagem sistemática da gestão de riscos críticos, ao desenvolvimento da capacidade organizacional e à mudança institucional promovida até agora. Usando uma estratégia de duas frentes com foco em pessoas e processos, não só nossa FIFR (taxa de frequência de acidentes fatais) melhorou, mas também a nossa taxa de frequência de todas as lesões (AIFR – taxa de frequência de incidentes e acidentes) melhorou, atingindo um recorde de 7,33 incidentes por milhão de horas trabalhadas. Pelo segundo ano consecutivo, nossa taxa de frequência de todos os acidentes (AIFR) permaneceu em níveis abaixo de nossa meta estratégica para o ano de 2015, de < 9.0 incidentes por milhão de horas trabalhadas. REVISANDO NOSSO DESEMPENHO E OBJETIVOS • 2013/05/29: Mabhedane Abedinigo Mahlalela, ferido fatalmente em um incidente de queda de choco em TauTona, África do Sul. • 2013/04/23: Mandisile Weduwedu, ferido fatalmente em um incidente de carregamento em Mponeng, África do Sul. • 2013/03/27: Mashalane Abram Chaole, ferido fatalmente em um incidente de queda de choco em Mponeng, África do Sul. • 2013/02/22: Palmer Nyathi, ferido fatalmente em uma queda de altura na região de West Wits, África do Sul. • 2013/01/13: Zithulele Makhayakuda, não resistiu às condições do ambiente subterrâneo quando se perdeu em Mponeng na África do Sul. SEÇÃO DOIS Taxa de acidentes graves (Por milhão de horas trabalhadas) • 2013/08/14: Kwame Mensah, ferido fatalmente em um acidente com um equipamento pesado móvel, em Iduapriem, Gana. Apesar de nossa taxa de frequência de acidentes com afastamento (LTIFR) vir melhorando pouco a pouco a cada ano, a gravidade das lesões, medida pelo número de dias de afastamento por milhão de horas trabalhadas, reduziu em 7,5% – de 267 dias por milhão de horas trabalhadas para 247 dias por milhão de horas trabalhadas. Isso contribui de forma positiva para a produtividade e se traduz em um ganho superior a 4.700 dias a menos de afastamento do trabalho por atestado médico em uma comparação do ano calendário de 2013 em relação ao ano anterior. As iniciativas de prevenção a lesões e melhoria de gestão de casos de lesão são em grande parte responsáveis por essa melhoria. Enquanto estejamos entusiasmados com nosso desempenho, entendemos que muito mais ainda é exigido e esperado de nós à medida que continuamos nossa jornada rumo ao nível de zero acidente. Metas Nossa meta de longo prazo continua sendo conduzir uma empresa que esteja livre de acidentes de trabalho. Em 2010, o Grupo se comprometeu a reduzir o nosso AIFR para menos de nove por milhão de horas trabalhadas até 2015. Vamos continuar mantendo o nosso foco em: • gestão de riscos críticos, incluindo a análise sistemática dos riscos, identificação de controles críticos e implementação de monitoramento de rotina; • desenvolvimento de sistemas de gestão mais resilientes; • adoção de tecnologias para proteger as pessoas de lesões; e • difusão de atributos de liderança e segurança, bem como uma cultura de preocupação e cuidado pelos colegas de trabalho. SEÇÃO TRÊS de redução em 5 anos • 2013/12/11: Edwin Khoele Makhari, ferido fatalmente em um acidente com um guincho de limpeza, em Moab Khotsong, África do Sul. QUESTÃO MATERIAL 1: continuação Garantir a segurança e a proteção das pessoas (empregados, contratadas e comunidades) Não causar danos à integridade das pessoas enquanto protegemos nosso pessoal e nossas instalações Contexto Veja nosso Relatório On-Line sobre nossa abordagem de gestão relacionada aos seguintes aspectos: saúde ocupacional e segurança. Nossa missão para a segurança na AngloGold Ashanti é proteger nosso pessoal e nossos ativos e, ao mesmo tempo, preservar a reputação da empresa. Reconhecemos que, pelo fato de nosso trabalho se dar em ambientes muito variados, enfrentamos diferentes perfis de risco, desde riscos elevados ou extremos a riscos bastante baixos, e que é imperativo que nós antecipemos, interpretemos e mitiguemos adequadamente os riscos à segurança. Nossos maiores desafios à segurança patrimonial estão nas regiões em que atuamos onde a pobreza é endêmica, com altos níveis de desemprego e poucas oportunidades para obtenção de meios de subsistência alternativos. A presença de mineradores artesanais e de pequena escala (ASM) pode levar à realização de atividades ilegais e criminosas de terceiros em nossas operações ou em torno de dela e, muitas vezes, traz grandes desafios para a segurança patrimonial – veja a discussão sobre a mineração artesanal e de pequena escala na página 53. Cesar Colmenares, um controlador de risco, interage com um policial em San Roque Os riscos também estão presentes nos locais onde nossas operações são afetadas por conflitos políticos e amargas estruturas de relações trabalhistas, como no caso dos golpes de Estado em Mali em 2011/2012 e a rivalidade intersindical na África do Sul em 2012/2013. Reconhecemos que uma boa relação com a comunidade - construída através da confiança - terá um impacto mais profundo e positivo sobre nosso desempenho em segurança patrimonial. O aumento da mineração ilegal e, em particular, o aumento do nível de organização e financiamento das atividades criminosas ao redor de nossas operações têm o potencial de aumentar o número e a gravidade dos incidentes relativos à segurança patrimonial. Estratégias efetivas para a participação da comunidade e o desenvolvimento econômico local para criar meios de subsistência alternativos são essenciais para tratar as questões de direitos humanos e de segurança patrimonial, bem como suas causas. Essa discussão é detalhada na página 53. A aplicação dos Princípios Voluntários sobre Segurança e Direitos Humanos (PVSDH) é parte integrante de nossa estrutura global de segurança patrimonial e um dos principais direcionadores de nossas práticas de gestão da segurança patrimonial. Os PVSDH englobam um conjunto de princípios que orientam empresas, governos e sociedade civil sobre como atender às necessidades de segurança patrimonial e, ao mesmo tempo, manter o respeito aos direitos humanos e às liberdades fundamentais. Progresso Indicadores GRI (Global Reporting Initiative) que utilizamos: • G4-HR7: Percentual do pessoal de segurança patrimonial submetido a treinamento em políticas ou procedimentos voltados para os direitos humanos • G4-HR9: Número total e percentual de operações que tenham sido objeto de revisões ou avaliações sobre os impactos aos direitos humanos. Nós continuamos a melhorar as nossas práticas de gestão da segurança patrimonial em todas as nossas operações, por meio da implementação de nossa estrutura global de segurança patrimonial e da versão revisada da nossa estratégia de segurança patrimonial, que abrange cinco eixos principais, a saber: • proteger as pessoas dos riscos, reduzindo assim o potencial de conflito; • definir o papel da empresa e da atuação em parceria com as comunidades a fim de complementar as iniciativas de segurança; • manter um relacionamento mais efetivo com aqueles que cuidam da segurança pública; • melhorar a aplicação da tecnologia e reduzir a mão de obra; e • servir-se de uma equipe de reação rápida que seja altamente treinada, especializada e equipada para complementar as tecnologias aplicadas. Após o aumento de incidentes envolvendo a segurança patrimonial e relacionados com os PVSDH em 2012, em grande parte devido aos desafios da mineração ilegal e de pequena escala (MPE) que se tornaram maiores e mais complexos na Tanzânia e Gana, foi dada muita atenção a essa temática em 2013. Acidentes fatais AGA Acidentes fatais comunidades Acidentes Fatalidades/acidentes: Mortes de terceiros não decorrentes de intervenção de nossa segurança patrimonial Acidentes fatais Acidentes Nosso foco contínuo está na implementação do plano de segurança patrimonial, especialmente no que diz respeito à remoção das pessoas das áreas de risco e à redução do potencial de conflito. Houve uma redução considerável no número de invasões relatadas em Geita e em Obuasi, mesmo com os desafios que ainda existem em relação à prevenção desses incidentes. Isso também contribuiu para uma redução no número de lesões e mortes entre os membros da comunidade ocasionadas por intervenções na área de segurança patrimonial. Infelizmente, contudo, os ataques à nossa equipe de segurança aumentaram, evidenciando os desafios a serem enfrentados e a necessidade de treinamento contínuo no tocante ao uso adequado da força e às regras de envolvimento quando se lida com multidões ou grupos de pessoas. No final de 2013, 96% da equipe de segurança patrimonial da AngloGold Ashanti e outras equipes de segurança pública e privada receberam treinamento embasado nos PVSDH Princípios Voluntários sobre Segurança e Direitos Humanos (em 2012, foram 99%). A queda do número percentual de treinados se deu principalmente devido à rotatividade do pessoal e dos requisitos adicionais para a designação de pessoal. A maior parte dos treinamentos é realizada internamente, mas são contratados prestadores externos de serviços especializados dependendo das necessidades de treinamento e habilidades especializadas (por exemplo, controle de multidões e medidas de emergência). REVISANDO NOSSO DESEMPENHO E OBJETIVOS O relacionamento de Geita com a ONG "Search for Common Ground" (SFCG) continuou em 2013, complementando os nossos esforços de treinamento de nosso pessoal, da equipe de segurança pública e privada e da comunidade na prevenção/resolução de conflitos, inclusive no que diz respeito ao assédio sexual. O projeto será acelerado em 2014, após um início lento em 2013. No entanto, após as interações e discussões com a SFCG e o trabalho realizado com a Universidade de Stellenbosch em 2012, já tratamos as lacunas e problemas identificados em nossos processos internos. SEÇÃO UM A implementação da Investigação Avançada de Incidentes em 2012 contribuiu para a melhoria da segurança patrimonial e de nosso desempenho em direitos humanos em 2013, tendo a identificação das causas-raiz por meio de uma série significativa de investigações resultado na implementação adequada das medidas de mitigação necessárias Na África do Sul, a inquietação dos trabalhados que vivenciamos em nossas operações no início do ano foi bem administrada pela nossa equipe de segurança patrimonial, com o apoio dos Serviços de Polícia Sul-Africano (SAPS). Não foram notificados incidentes significativos, embora tenha havido certa volatilidade esporádica. O roubo de cabos de cobre, que é um problema em todo o país e também internacionalmente, está se tornando mais comum em nossas operações sul-africanas e tem exigido uma mudança tática de nossa equipe de segurança patrimonial, que por vezes se depara com criminosos fortemente armados quando está no cumprimento de seu dever, tentando evitar perdas. Metas Nossas metas continuam sendo eliminar as mortes e lesões de terceiros e de nossa própria equipe, assim como proteger nosso pessoal, nossos produtos e nossas instalações. A implementação da estratégia de segurança e dos planos a ela associados é fundamental para a manutenção do progresso que temos feito a esse respeito. SEÇÃO TRÊS Acidentes Comunidades Também foi realizada uma revisão de nosso material de treinamento PVSDH, para que fique alinhado com nossos mais atuais padrões e políticas de direitos humanos; e está sendo testada em Geita como um programa Embaixador dos Direitos Humanos. O programa é centrado no conceito de direitos humanos, no seu papel na AngloGold Ashanti e em sua relação com a disciplina de segurança patrimonial através dos PVSDH (Princípios Voluntários sobre Segurança e Direitos Humanos). Nossa política de direitos humanos pode ser encontrada em nosso site(1). Ela intenta desenvolver uma melhor compreensão dos direitos humanos, expressando como as questões de segurança patrimonial estão relacionadas com esses direitos, e desenvolver as habilidades necessárias para integrar respeito aos direitos humanos e cumprimento do dever de manter a segurança patrimonial. Obtivemos um excelente progresso em Geita, tendo todos os empregados da segurança patrimonial recebido o devido treinamento e tendo uma grande parcela dos empregados em geral e das contratadas sido treinada durante 2013. A implementação desse treinamento em todas as outras operações está prevista para o início de 2014. SEÇÃO DOIS QUE S Alegações Acidentes AGA 1 Alegações das comunidades e incidentes violando os PVSDH AL Fatalidades/acidentes: Comunidade / AngloGold Ashanti devido à intervenção de nossa segurança patrimonial O MATER TÃ I QUESTÃO MATERIAL 2: Gerenciar e concretizar as expectativas de nossos públicos de interesse internos e externos As expectativas das comunidades dos locais onde operamos são muitas e estão interligadas. As comunidades desejam a geração de empregos que possibilitem uma melhoria permanente nos meios de subsistência e melhor acesso à infraestrutura de qualidade. Os governos procuram obter benefícios a partir dos recursos minerais de seus países por meio de impostos, de royalties e, em alguns casos, de participação direta como acionistas. Os investidores esperam que a administração da empresa execute e cumpra as metas comerciais, que podem incluir a produção, o gerenciamento de custos e a geração de lucros e de fluxo de caixa. Trabalhamos bastante para entender, alinhar e gerenciar as expectativas e equilibrá-las com nossas habilidades e capacidade de entrega. GERENCIAR E CONCRETIZAR AS EXPECTATIVAS DE NOSSOS PÚBLICOS DE INTERESSE INTERNOS E EXTERNOS PÚBLICOS DE INTERESSE: empregados, investidores, comunidades, governos, fornecedores, clientes Para os empregados - salários, benefícios e emprego (assegurar paz e estabilidade em nossas relações trabalhistas) Para as comunidades demonstrar os valores que compartilhamos e cumprir nossos compromissos Para os investidores - retornos a custo e risco aceitáveis (1) Para os governos - utilizar nossos ativos para a geração de benefícios e compreensão da nacionalização dos recursos naturais Para os fornecedores - compreender e monitorar a conduta e o impacto que eles têm em nossa cadeia de suprimentos(1) Esta seção está disponível no endereço eletrônico www.aga-reports.com/13/os (1) PARA OS EMPREGADOS - SALÁRIOS, BENEFÍCIOS E EMPREGO (ASSEGURANDO PAZ E ESTABILIDADE EM NOSSAS RELAÇÕES TRABALHISTAS) Contexto Veja nosso Relatório On-Line para se informar sobre nossa abordagem de gestão dos seguintes aspectos: desempenho econômico, presença no mercado, emprego, práticas trabalhistas, mecanismos de atendimento a queixas e reclamações, não discriminação e relações gerência-empregado. Nossos empregados são os públicos de interesse mais importantes da empresa. Reconhecemos que a sustentabilidade de nossos negócios depende do pagamento de bons salários e oferta de benefícios, condições de trabalho e oportunidades de desenvolvimento que sirvam tanto para a atração como para a retenção das pessoas certas com as habilidades certas. É um dos nossos valores fundamentais tratar uns aos outros com dignidade e respeito, acreditando que as pessoas tratadas dessa forma respondem dando o melhor de si, o que por sua vez cria vantagens para as próprias pessoas e para a organização. Para conseguir isso, procuramos garantir que os empregados sejam alocados nos cargos adequados e sejam dotados das habilidades certas e dos meios para alcançar as metas estabelecidas. Ver página 73. Nós respeitamos os direitos trabalhistas, inclusive o direito de organização e negociação coletiva. Com exceção da Austrália e dos Estados Unidos, onde a negociação coletiva não é comum no setor de recursos naturais, existem estruturas de negociação coletiva em todas as operações. Na África do Sul em especial, a negociação coletiva é uma característica marcante de nosso cenário socioeconômico, e as iniciativas para sustentar e fortalecer nossas estruturas de negociação coletiva foram uma prioridade durante todo o ano. Quadro médio total de empregados Grupo 2013201220112010 2009 Empregados 48,15947,82946,06648,854 49,908 Contratadas 18,27517,99315,17613,192 13,456 Total 66,43465,82261,24262,046 63,364 SEÇÃO UM 2 QUE S AL O MATER TÃ I Veja discussão sobre o número médio de empregados na página 7. nossa empresa no curto e no médio prazo, diminuindo a ênfase no crescimento durante esse período, uma vez que as duas novas minas Tropicana e Kibali trarão mais de 500 mil onças em produção de ouro em 2014. Isso exigiu uma reorientação no negócio e nos custos centrais, bem como uma reestruturação nas funções das operações. Iniciamos um processo de melhoria nos custos em todos os níveis da nossa empresa. Nesta restruturação, começamos, começamos pelo topo da organização, racionalizando as estruturas de gestão e cortando os intermediários (como alguns consultores) e outros níveis desnecessários. O maior impacto foi nos escritórios corporativos em todo o mundo e nas regiões da África do Sul e África Continental. Progresso Indicadores GRI utilizados pela AngloGold Ashanti: • G4-EC3: Cobertura das obrigações definidas no plano de benefícios • G4-LA4: Porcentagem de empregados cobertos por acordos coletivos • G4-LA16: Número de queixas sobre práticas trabalhistas registradas, tratadas e resolvidas através de mecanismos formais de atendimento a queixas • G4-HR3: Número total de incidentes de discriminação e ações corretivas tomadas • MM4: Número de greves e piquetes superiores a uma semana, por país Emprego sustentável Ao implantarmos o nosso Sistema de Pessoas (SP) e, com ele, darmos liderança e apoiarmos processos de gerenciamento, conseguimos garantir que esses empregados estão alocados nos cargos certos, com responsabilidades definidas de forma clara e fazendo o trabalho certo para atingir nossas metas. A queda drástica do preço do ouro levou a uma mudança na nossa abordagem de negócio, passando a nossa estratégia de negócio a ter como objetivo garantir a sustentabilidade da REVISANDO NOSSO DESEMPENHO E OBJETIVOS ESTUDO DE CASO: Reestruturação alinhada às melhores práticas globais www.aga-reports.com/13/cs Os salários e os benefícios pagos aos empregados são uma parte significativa da nossa base de custos*: 39% em 2013 (38% em 2012). Em 2013, os pagamentos dos salários e benefícios totalizaram US$ 1,593 bilhões (em 2012: US$ 1,565 bilhões). * A base de custos é composta pelas despesas operacionais mais salários, proventos e outros benefícios dos empregados, conforme o demonstrativo de valor agregado. Tratamento das queixas dos empregados Trabalhamos no intuito de resolver de forma efetiva as preocupações levantadas por nossos empregados – reconhecendo que eles têm a capacidade de influenciar o sucesso da nossa empresa no longo prazo. Está em vigor uma política de tratamento de queixas que visa a munir os empregados de meios para registrar suas queixas ou reclamações contra colegas e gerentes. Os gerentes de linha e os profissionais do RH foram treinados para conduzir essa política e os processos formais a serem seguidos. Durante o ano, tivemos um relato de queixa registrada por meio do processo de denúncia anônima. Todas as queixas sobre as práticas trabalhistas movidas contra nós são levadas a sério e ações corretivas são tomadas imediatamente. Está em vigor uma política de denúncia que garante aos seus empregados meios de denunciar, desde que com boa-fé, quaisquer violações ou suspeitas de violação aos nossos valores, ao Código de Princípios e Ética da Empresa, às políticas, às normas, aos procedimentos, às leis, às regulações e quaisquer outras obrigações legais. Esta política foi implementada para dar aos empregados uma plataforma para registrar denúncias anônimas contra certas pessoas e práticas da empresa. SEÇÃO TRÊS Nossos empregados são o público de interesse mais importante para o nosso negócio. SEÇÃO DOIS ESTUDO DE CASO: Plano de participação nas ações para os empregados www.aga-reports.com/13/cs QUESTÃO MATERIAL 2: continuação Gerenciar e concretizar as expectativas de nossos públicos de interesse internos e externos Tudo é investigado pela Auditoria Interna do Grupo, e um relatório completo é encaminhado trimestralmente para o presidente executivo e para o conselho diretor. Nas situações em que as queixas nos levaram a descobertas de incidentes inaceitáveis, as devidas providências foram tomadas, incluindo a demissão dos culpados. “Vamos continuar a nos relacionar da maneira mais construtiva possível com nossos empregados, para assegurar relações de trabalho de respeito mútuo e de confiança”. Negociação Coletiva Após as relações trabalhistas turbulentas de 2012, particularmente na África do Sul, o clima das relações em 2013 ficou relativamente mais estável, apesar de ainda imprevisível. Não houve greves ou piquetes com duração acima de uma semana em 2013. Metas Vamos continuar a nos relacionar da maneira mais construtiva possível com nossos empregados, para assegurar relações de trabalho de respeito mútuo e de confiança. Oferecendo uma remuneração justa, dando melhores condições de trabalho e criando um ambiente de trabalho no qual as queixas sejam atendidas de forma rápida e efetiva, acreditamos que vamos atender às expectativas de nossos empregados. Buscamos minimizar os movimentos grevistas. Sempre que ocorrem, trabalhamos para minimizar a sua duração e o seu impacto em nossas operações e empregados. As relações trabalhistas na África do Sul A participação dos sindicatos e das negociações coletivas na África do Sul, país onde o Grupo tem o maior número de empregados, é de 93%. A maioria dos produtores de ouro negocia de forma centralizada, sob os auspícios da Câmara de Minas, em uma prática que foi estabelecida há mais de 30 anos. A negociação centralizada tem muitos benefícios, incluindo a otimização do uso de recursos especializados tanto para os empregadores quanto para os sindicatos, o estabelecimento de padrões e práticas mínimos em todo o Grupo, bem como a capacidade de lidar com oportunidades e desafios de forma colaborativa e coordenada. Durante o ano, fechamos um acordo salarial de dois anos, que abrange nossos empregados sindicalizados na África do Sul. Esse acordo se deu após as negociações salariais bianuais realizadas entre os produtores de ouro na África do Sul, a Câmara de Minas, a NUM, a AMCU (Sindicato dos Mineiros e da Construção), o sindicato Solidariedade e a UASA (United Association of South Africa). Sob o acordo alcançado com a NUM, a UASA e o Solidariedade (representando coletivamente 63% dos empregados da unidade de negociação no setor), os níveis salariais subiram entre 7,5% e 8,0% (a partir de 1º julho de 2013) e os empregados receberão aumento pelo índice de preços ao consumidor no segundo ano (a partir de 1º de julho de 2014). Acreditamos que este resultado tenha sido do interesse de nossos acionistas e empregados. Vamos continuar a nos relacionar da maneira mais construtiva possível com nossos empregados, para assegurar relações trabalhistas de respeito mútuo e de confiança”. Este acordo aconteceu depois de uma greve de 48 horas em nossas Operações de Vaal River, em setembro de 2013. Embora a AMCU (Sindicato dos Mineiros e da Construção) não tenha participado do acordo final, os benefícios foram estendidos a todos os empregados da unidade de negociação, independentemente de filiação sindical. Como empresa, trabalhamos sempre no sentido de prevenir e, quando necessário, resolver as greves de mineiros o mais rapidamente possível. Dessa forma, buscamos minimizar o impacto negativo sobre a confiança entre empregados e empregadores. As negociações salariais, a greve e o acordo ocorreram em um contexto de dinâmica e mudança no clima das relações trabalhistas na África do Sul. Atualmente, a AMCU é o sindicato da maioria de nossos empregados em nossas operações em West Wits, e a NUM é a maior representação sindical em nossas operações em Vaal River. Embora isso possa gerar alguns desafios a um nível centralizado, a AngloGold Ashanti possui uma estratégia inclusiva. Procuramos interagir com os sindicatos que representam os interesses dos empregados e geralmente não insistimos em níveis específicos de representação para conceder acesso ou direitos organizacionais. SEÇÃO UM 2 QUE S AL O MATER TÃ I Representação sindical e acordos coletivos de trabalho (Percentagem de empregados) Argentina Austrália 2013 99 - Brasil 100 DRC 29 Gana 97 Guiné 100 Mali 97 Namíbia 64 África do Sul 93 Tanzânia 82 EUA Ações do Grupo Taxa de rotatividade 94 África do Sul: Empregados sindicalizados (inclusive das contratadas) em 2013 (%) UASA Sindicato Solidariedade Sindicato dos Mineiros e da Construção (AMCU) Patrimônio da Associação Sul Africana dos Trabalhadores Nenhum sindicato Total Diálogo Diário de Segurança na Mina Moab Khotsong, África do Sul. REVISANDO NOSSO DESEMPENHO E OBJETIVOS Núm. % 14.154 50,55 18.542 60,09 2.798 9,99 3.040 9,85 789 2,82 841 2,73 8.191 29,25 4.903 15,89 19 0,07 31 0,10 2.051 7,32 3.499 11,34 28.002 100,00 30.856 100,00 SEÇÃO DOIS Sindicato Nacional dos Mineiros (NUM) 2012 % SEÇÃO TRÊS 2013 Núm. QUESTÃO MATERIAL 2: continuação Gerenciar e concretizar as expectativas de nossos públicos de interesse internos e externos PARA AS COMUNIDADES – DEMONSTRAÇÃO DOS VALORES QUE COMPARTILHAMOS E CUMPRIMENTO DE NOSSOS COMPROMISSOS Contexto: Veja nosso Relatório On-Line para se informar sobre nossa abordagem de gestão dos seguintes aspectos: impactos econômicos indiretos, mecanismos de atendimento a queixas e reclamações, comunidades locais, mecanismos de reclamação contra impactos na sociedade e direitos indígenas. Nosso objetivo é criar e compartilhar valores com as comunidades dos locais onde operamos. O conceito de valor compartilhado vai além da simples redistribuição da riqueza econômica; nós o vemos como uma maneira de criar valor para a sociedade, cuidando de suas necessidades e desafios, ampliando assim, sempre que possível, um banco de valor socioeconômico. Os benefícios para a empresa e para a sociedade são concomitantes, sendo que danos sociais podem resultar em custos internos para AngloGold Ashanti. Sempre que possível, implementamos, em nossas operações, programas de desenvolvimento da comunidade em parceria com as próprias comunidades e com entidades externas. Desenvolvemos, com base nas melhores práticas internacionais, um conjunto de padrões de interação com a comunidade e as implementamos em todo o grupo. Essa implementação também incluiu as explorações de greenfields e brownfields, onde esses padrões foram adaptados para atender às necessidades específicas dessa parte dos negócios. O trabalho para avaliar o grau de cumprimento desses padrões em cada operação terá início em 2014 e sua conclusão está prevista para 2015. Um desafio com o qual muitas vezes nos deparamos é a capacidade limitada dos governos locais e nacionais com relação à prestação de serviços às comunidades. Isso resulta em governos que não atendem às expectativas das comunidades e dificulta a distinção entre as expectativas da população em relação às mineradoras com as expectativas que competem aos governos. Como empresa, nós apoiamos os governos, incentivando o desenvolvimento sustentável nas áreas em que operamos e assegurando a continuidade dos serviços quando a mina for fechada. Isso destaca a importância da formação de parcerias com governos, outras empresas e outros públicos de interesse, como ONGs e entidades filantrópicas. A título de exemplo, o Projeto de Abastecimento de Água em Geita, que fornecerá 200 m3 de água encanada por hora à cidade de Geita, é uma parceria de US$ 10,3 milhões celebrada entre o Governo da Tanzânia e a Mina Geita. Um memorando de entendimento assinado em dezembro de 2012 estabeleceu as responsabilidades de cada parte. A Mina Geita fornecerá água tratada para um reservatório na cidade, enquanto o governo financiará a rede de abastecimento e distribuição para as residência e pontos de acesso público. Embora já esteja Na África Continental, para entender melhor as questões que de fato importam para os públicos de interesse da AngloGold Ashanti e aprimorar nossas estratégias de interação com eles a fim de melhor satisfazer as suas necessidades, foi lançada uma iniciativa para analisar e mapear as preocupações dos nossos públicos de interesse locais, regionais e nacionais, assim como as relações entre eles. Esse processo, conhecido como iniciativa de mapeamento de nossos públicos de interesse, envolveu o comissionamento de especialistas para produzir um quadro de interação com os públicos de interesse que fosse consistente em todas as operações. Interagir com as comunidades em todo o ciclo de vida de nossas operações é o primeiro passo na criação de valor compartilhado e contribui para a nossa capacidade de criar um legado positivo e duradouro. Para realmente gerar benefícios no longo prazo para as comunidades, trabalhamos em parceria com elas, com os governos e com as ONGs locais. A maneira como nós criamos valor compartilhado varia de acordo com as necessidades específicas de cada comunidade. Investimos no seu desenvolvimento por meio de contribuições diretas (investimento e em infraestrutura social) e indiretas (aquisição de produtos locais e oferta de emprego para a população local). A criação de oportunidades de emprego é outra forma de termos um impacto positivo - ver página 31. A AngloGold Ashanti apoia projetos sociais na cidade de Raposos, Minas Gerais, Brasil Medir o progresso dos compromissos do Grupo para com a comunidade é um exercício complexo. Já foram desenvolvidas e estão sendo implantadas métricas de desempenho global para medir o impacto geral de nossos programas e investimentos para desenvolvimento das comunidades que estão sendo realizados no âmbito de cada uma de nossas unidades. Embora apresentemos, neste relatório, informações sobre os investimentos nas comunidades (página 37), reconhecemos que se trata apenas de uma medida do que foi investido, e não dos resultados obtidos. Os resultados geralmente precisam ser identificados em nível nacional ou operacional, e devem ser consideradas as contribuições dos próprios públicos de interesse. No entanto, a empresa já está buscando desenvolver métricas mais adequadas. Uma das maneiras em que a estratégia de asseguração conjunta (ver página 5) tem sido usada para proveito prático é a realização de uma avaliação (incluindo a autoavaliação) das lacunas REVISANDO NOSSO DESEMPENHO E OBJETIVOS “Para realmente trazer benefícios para as comunidades no longo prazo, trabalhamos, sempre que possível, em parceria com as próprias comunidades, com os governos e com as ONGs locais”. Sunrise Dam sediou o primeiro programa de estágio em técnico de processo para trabalhar desde o start-up da mina Tropicana. Outro novo programa de treinamento voltado para a mina, o “Get on Track”, também foi concluído com êxito, com dez pessoas selecionadas das comunidades indígenas. O curso é realizado pela Carey Training, empresa indígena local apoiada pela AngloGold Ashanti. Nove dos 10 aprendizes começaram a trabalhar com a contratada McMahon em Tropicana. Essas iniciativas são uma parte importante do nosso compromisso de oferecer educação e competência técnica para membros das comunidades locais, o que foi reforçado pela nossa abordagem "Pense Localmente", adotada para a interação com as comunidades. Essa abordagem resultou em um aumento significativo no emprego da mão de obra local, com os habitantes nativos compondo 8% das novas contratações em 2013. Considerando-se que a maior parte de nossa mão de obra australiana tem operado em uma base de trabalho temporário, este foi um feito considerável. SEÇÃO DOIS Preenchimento de lacunas na Austrália Outro grande passo foi a contratação de seis novas contratadas indígenas em 2013. Nosso suporte contínuo às contratadas aborígenes garante que eles sejam capazes de manter e ampliar os contratos, apoiando ainda mais o emprego e a melhoria das qualificações dos povos indígenas. Veja nas páginas 73-74 uma discussão sobre outras formas de lidarmos com a escassez de mão de obra qualificada tanto no nível local quanto no nível global. Em apoio à arte e cultura indígena, o Projeto Punu (um programa de educação e intercâmbio para várias gerações) recomeçou durante o ano para a comunidade Tjuntjuntjara, próxima de Tropicana. Um artista veio morar na comunidade para ensinar técnicas de escultura em madeira e também buscar aproximar os idosos e os jovens da comunidade. Devido ao sucesso obtido, o projeto será expandido para outra comunidade na área de influência de Sunrise Dam. SEÇÃO TRÊS • G4-EC1: Valor econômico direto gerado e distribuído • G4-EC6: Proporção da gerência sênior formada por profissionais da comunidade local em importantes unidades operacionais • E4-EC8: Impactos econômicos indiretos significativos, incluindo a extensão desses impactos • G4-LA8: Questões de saúde e segurança cobertos por acordos formais com os sindicatos • G4-SO1: Percentagem de operações com programas implantados com vistas a fomentar o desenvolvimento, a participação das comunidades locais e avaliações dos impactos das operações • G4-SO2: Operações com significativos impactos negativos reais e potenciais para as comunidades locais • G4-SO3: Número total e percentual de operações avaliadas quanto a riscos relacionados à corrupção e ao número dos riscos significativos que foram identificados • G4-SO4: Comunicação e treinamento em políticas e procedimentos anticorrupção • G4-SO11: Número de queixas registradas sobre impactos na sociedade que foram tratadas e resolvidas através de mecanismos formais de atendimento a queixas e reclamações • G4-EN34: Número de queixas registradas sobre impactos ambientais que foram tratadas e resolvidas através de mecanismos formais de atendimento de queixas e reclamações • G4-HR8: Número total de casos de incidentes de violação dos direitos dos povos indígenas e medidas que foram tomadas • G4-HR12: Número de queixas registradas sobre os impactos ambientais que foram tratadas e resolvidas através de mecanismos formais de atendimento a queixas e reclamações • G4-MM6: Número e descrição de disputas significativas relacionadas ao uso da terra e aos direitos consuetudinários das comunidades locais e dos povos indígenas • G4-MM7: Em que medida e com que resultados os mecanismos de atendimento a queixas e reclamações foram usados para resolver disputas relacionadas ao uso da terra e aos direitos consuetudinários das comunidades locais e dos povos indígenas enfrentadas pelas unidades durante a implementação desses padrões. Cada unidade tem desenvolvido e implementado planos para superar suas próprias lacunas. SEÇÃO UM QUE S Indicadores GRI adotados pela AngloGold Ashanti: 2 Progresso AL pronto o reservatório do sistema de tratamento da água, a rede de distribuição ainda precisa ser construída devido a restrições financeiras enfrentadas pelo Governo. A fim de avançar o projeto até que o Governo obtenha outras fontes de financiamento para concluir a rede de distribuição, foi acordada uma abordagem gradual para a conclusão desse projeto. O MATER TÃ I QUESTÃO MATERIAL 2: continuação Gerenciar e concretizar as expectativas de nossos públicos de interesse internos e externos Planos sociais e trabalhistas (SLPs) como mecanismo de envolvimento e contribuição social. Na África do Sul, criamos fóruns de interação com as comunidades que são liderados pelo Diretor-Chefe de Operações para levantar os progressos e desafios na implementação de nossos SLPs. Nós realizamos três sessões de discussão com a comunidade em 2013, nos municípios de Merafong, Matlosana e OR Tambo. Além disso, estabelecemos e participamos de reuniões estruturadas do comitê de implementação SLP, que inclui o pessoal da AngloGold Ashanti e representantes de todos os três municípios. O Comitê de Mandato se reúne trimestralmente para acompanhar e assegurar o progresso obtido com a implementação dos projetos SLP. Entre os participantes de cada município estão os prefeitos, que se juntam à gerência sênior e aos gestores de sustentabilidade da AngloGold Ashanti que estão à frente das carteiras de Desenvolvimento Empresarial, Desenvolvimento Econômico Local, Comunidade, Recursos Humanos, Habitação e Saúde. Através do nosso programa de recursos humanos voltado para a comunidade, concedemos bolsas de estudo a vários membros da comunidade e damos treinamento em técnicas de manutenção a jovens das comunidades, treinamentos para mineiros novatos e aprendizes, além de capacitação em áreas como finanças e enfermagem. Continuamos a indicar estagiários para o emprego formal, tendo nove dos 30 estagiários inscritos obtido emprego formal, seja fora ou dentro da AngloGold Ashanti. Além disso, estamos investindo cerca de US$ 4,7 milhões em Desenvolvimento Social e Institucional. Por ano, US$1,6 milhão por ano é distribuído entre Merafong, Matiosana e outras áreas de captação de trabalho. Essa última iniciativa faz parte da nossa estratégia de ir além da conformidade. Não se trata de uma obrigação legal; estamos, na verdade, indo além do cumprimento dos requisitos legais. O último fundo de financiamento realizado faz parte de projetos alinhados às Metas de Desenvolvimento do Milênio, direcionados a reduzir a pobreza, fortalecer os sistemas de saúde e educação, promover o empoderamento de gênero e desenvolvimento da juventude, bem como reduzir o impacto do HIV/AIDS nas comunidades dos locais onde operamos ou de onde captamos mão de obra. No total, 174 projetos se beneficiaram desse fundo em 2013. Nosso fundo de desenvolvimento econômico local apoia projetos de geração de renda, como o Uribrant Designz em Merafong. Um jovem empresário criou uma empresa especializada em design, desenvolvimento de marca e impressão, chamada Uribrandt Designz, que agora presta serviços para a AngloGold Ashanti, para o município, para obras públicas e ONGs locais, entre outros. Apoiamos um abatedouro em processo de falência, trazendo-o de volta aos negócios através do nosso Fundo de Desenvolvimento Empresarial. Em 2013, finalizamos a construção de uma nova escola na aldeia de Libode na Província do Cabo Oriental, África do Sul. O Dynamic Butchery foi incorporado ao nosso sistema de aquisições internas para garantir que ele cresça e se torne um negócio sustentável. Depois da nossa ajuda, a empresa abriu recentemente um segundo abatedouro. O desenvolvimento através da educação está no centro dos nossos projetos de desenvolvimento socioeconómico na África do Sul. Este ano, entregamos a escola primária Windows of Hope Primary School para a comunidade Viljoenskloof, na região de Vaal River. Também contribuímos para a ampliação da escola primária Klerksdorp Methodist Primary School, em Klerksdorp. Como parte de um programa de capacitação dos professores e das escolas, entregamos um laboratório de ciências na escola técnica Vaal Reefs Technical School e um laboratório de informática e ciências para a escola técnica Wedela Technical High School. Também entregamos, no lugar da suja e dilapidada Sonata Junior Primary School, uma escola primária com novas instalações sanitárias e um novo escritório administrativo, na remota vila de Libode, no leste da Província do Cabo. Também construímos um novo laboratório de ciências para a escola secundária Goso Forest Junior Secondary School, na comunidade de Goso Floresta. Todos esses projetos foram lançados em parceria com o Departamento de Recursos Minerais (DMR) e do Departamento de Educação Básica. Na busca por fortalecer e apoiar o sistema de saúde, nós entregamos à comunidade de Merafong o Carletonville Medical Step-Down Facility, que é uma unidade de cuidados paliativos. Além disso, construímos uma ala pediátrica nesse mesmo hospital. Como parte de nossa contribuição para favorecer uma vida saudável e promover o uso de equipamentos de recreação, entregamos para a comunidade de Khutsong, em Merafong, o Parque Comunitário Khutsong, que possui um ginásio ao ar livre totalmente equipado, um campo de futebol e uma área equipada para recreação infantil. SEÇÃO UM 2 QUE S AL O MATER TÃ I Investimento nas comunidades (US$000) 2013 2012 2011 2010 2009 África do Sul * 8.391 7.700 3.670 3.242 2.962 África Continental 13.279 13.341 13.502 8.047 5.525 463 464 276 456 133 5.761 5.148 4.939 5.480 2.804 Menos: invest. contab. por método de equiv. patrimonial (5.358) (1.746) (1.775) (1.145) (543) Total 22.536 24.907 20.611 16.080 10.881 Australásia Américas Na África do Sul, honramos os compromissos assumidos em nossos planos de desenvolvimento social e de trabalho (SLPs), no valor de US$ 43,4 milhões. Os SLPs são um componente fundamental do novo direito mineral na África do Sul e temos desenvolvido SLPs para ajudar a mitigar os impactos sociais e econômicos causados por nossas atividades de mineração nas comunidades vizinhas. A AngloGold Ashanti desenvolveu SLPs para o período de 2010 a 2014, consultando os municípios de Merafong e Matlosana, o distrito OR Tambo e os sindicatos reconhecidos. Os SLPs das operações em West Wits foram aprovados pelo Departamento de Recursos Minerais (DMR) em outubro de 2012, enquanto que os SLPs das operações em Vaal River foram aprovados pelo DMR em outubro de 2013. O atraso na aprovação dos SLPs resultou no atraso da implementação de determinados projetos; por esse motivo, a empresa já apresentou ao DMR pedidos para prorrogar o prazo de implementação desses projetos e para fazer mudanças em alguns projetos identificados como não mais viáveis, conforme acordos firmados com os municípios anteriormente mencionados. Na região África Continental, tivemos atrasos na implementação de diversos projetos comunitários em consequência de dificuldades financeiras enfrentadas pelo Grupo durante o ano. Em Gana, estão em andamento algumas iniciativas de venda de ativos ou de transferência a terceiros. O objetivo é promover renda sustentável e o desenvolvimento socioeconômico das comunidades. Demonstrativo Financeiro de Valor Adicionado para o ano fiscal encerrado em 31 de dezembro (US$ milhões) % 2013 % (1) SEÇÃO DOIS *O investimento nas comunidades aumentou na região África do Sul depois de uma elevação das atividades de projetos devido à aprovação de planos sociais e trabalhistas. 2012 Valor econômico gerado Receita com vendas de ouro e subprodutos(2) 99 5.646 98 6.559 Juros recebidos 1 39 1 43 Royalties recebidas - 18 - 23 Lucro com a venda de ativos(3) - 2 - 14 Receita com investimentos - 7 1 34 100 5.712 100 6.673 Custos operacionais 43 2.484 38 2.551 Salários, remuneração e outros benefícios para os empregados Valor econômico total gerado Valor econômico distribuído 28 1.593 23 1.566 Pagamentos a fornecedores de capital 6 336 7 446 Custos financeiros e encerramento de obrigações 5 296 4 231 Dividendos 1 40 3 215 Tributação atual 2 134 6 414 Investimentos sociais e nas comunidades(4) 1 27 1 19 Valor econômico total distribuído 80 4.574 75 4.996 Valor econômico retido(5) 20 1.138 25 1.677 Os comparativos de 2012 foram redefinidos em função da adoção do IFRIC 20 referente a Custos de Remoção de Estéril na Fase de Produção de uma Mina de Superfície. Além disso, os Benefícios a Empregados IAS 19 foram aplicados retroativamente a partir de 1º de janeiro de 2011. Para mais detalhes, consulte a nota 39 das Demonstrações Financeiras do Grupo do ano de 2013. Acrescenta-se ainda que os comparativos foram ajustados de modo a excluir recuperações de valor e reversões de recuperação de valor. (2) As receitas com vendas de ouro e subprodutos foram menores devido ao recebimento por um preço 16% mais baixo, parcialmente compensado por um aumento de 4% na quantidade de onças vendidas. (3) A alienação parcial da participação na Rand Refinery Limited resultou em um lucro de US$ 14 milhões em 2012. (4) Os investimentos sociais e em comunidades excluem os casos de joint ventures contabilizadas por método de equivalência patrimonial. (5) O valor econômico retido exclui recuperações de valor e reversões de recuperação de valor. (1) REVISANDO NOSSO DESEMPENHO E OBJETIVOS SEÇÃO TRÊS Tributação Corporativa QUESTÃO MATERIAL 2: continuação Gerenciar e concretizar as expectativas de nossos públicos de interesse internos e externos A comunicação com os públicos de interesse através de uma interação regular, formal e planejada é uma das maneiras de dar feedback para as comunidades dos locais onde operamos e, ao mesmo tempo, medir a aceitação dos nossos projetos sociais. Sermos proativos em nossa interação com as comunidades também é particularmente importante em nossas operações na Colômbia, onde, em algumas ocasiões, temos enfrentado uma oposição da comunidade com relação às nossas atividades de mineração. Uma discussão detalhada, por operação, sobre os nossos programas de desenvolvimento das comunidades e a interação com elas pode ser encontrada no site www.aga-reports.com-2013. ESTUDO DE CASO: Exploração de Áreas Novas (Greenfields) Interação com as comunidades na Colômbia www.aga-reports.com/13/cs Procedimentos transparentes para a resolução de conflitos entre a nossa empresa e as comunidades dos locais onde operamos são essenciais para mantermos bons relacionamentos, pois mesmo os menores dos problemas podem se transformar em disputas de grande escala se deixados de lado. Devemos, no entanto, também ter em conta as particularidades das circunstâncias de cada um dos nossos projetos e operações, o que requer uma compreensão muito clara do contexto local. Todas as nossas operações nas Américas já estão com esses procedimentos em vigor há muito tempo. Eles foram adaptados, conforme o caso, para se alinharem à norma do Grupo da AngloGold Ashanti relativa aos mecanismos para atendimento a queixas e reclamações. Nosso objetivo é facilitar a comunicação direta com os membros das comunidades de uma forma que seja apropriada e relevante para a realidade local. A título de exemplo, a CC&V, nos Estados Unidos, disponibiliza, por meio de tecnologia de comunicações, um mecanismo de atendimento on-line a queixas e reclamações que é bastante viável. Na Colômbia, onde o acesso à internet é limitado em algumas comunidades, um mecanismo desse tipo, baseado exclusivamente na internet, seria inapropriado. Em vez disso, fazemos uso de uma série de procedimentos, incluindo uma política de portas abertas, caixas de comentários que facilitam a comunicação anônima e quiosques onde os membros da comunidade podem falar com um empregado ou representante da AngloGold Ashanti. A disponibilidade de mecanismos de atendimento a queixas e reclamações é comunicada de forma ampla e transparente (ou, em alguns casos, ainda será dessa forma, assim que novas modificações forem realizadas), e o mesmo se aplica ao feedback, sempre que ele é necessário. Sabemos da importância de respeitar os pontos de vista de nossas comunidades e trabalhar para diminuir suas preocupações é parte fundamental da maneira como conduzimos nossos negócios. Acreditamos que temos progredido no restabelecimento da confiança entre a nossa empresa e as comunidades, por meio da comunicação proativa e contínua que desenvolvemos. Buscamos constantemente oportunidades de interagir de forma melhor e mais robusta com esse público. Nosso objetivo é assegurar que os membros das comunidades se sintam à vontade em dividir suas preocupações conosco e demonstrar que somos capazes de respondê-los de forma rápida e adequada. Em 2013, houve 26 incidentes nas comunidades (contra 58 em 2012); desses, dois eram de notificação obrigatória, ou seja, o incidente poderia afetar a reputação da empresa ou resultar em algum custo para a AngloGold Ashanti. Os incidentes envolvendo as comunidades são classificados em cinco níveis de gravidade, que variam de leves a gravíssimos e incluem: • oposição ativa da comunidade; • degradação de patrimônio cultural indígena ou tradicional/ violação de direitos; • questões de direitos humanos; • dano estrutural à propriedade pública ou privada; • ruído e vibração do solo; e • questões de abalo à reputação. Incidentes envolvendo comunidades* 2013 2012 2011 África do Sul - 3 - - África Continental 7 53 61 7 Australásia - 1 - - Américas (incluindo a Colômbia) 19 1 - - Total 26 58 61 7 *Inclui de todos os níveis de gravidade. Do total registrado em 2013, apenas dois foram incidentes de notificação obrigatória. É compreensível que os governos queiram obter o máximo de benefícios da extração de recursos minerais finitos de seu país. A mineração é um negócio de capital intensivo e de longo prazo que exige ambientes de políticas estáveis e níveis de risco toleráveis. Mudanças abruptas na política podem levar à destruição do valor de uma empresa de mineração (e, em última análise, do próprio país), pois os projetos acabam sendo atrasados e os investimentos retirados devido aos altos custos e riscos percebidos. A nacionalização dos recursos é um dos nossos principais riscos e, de fato, um risco global, que atualmente assombra a indústria da mineração como um todo. O risco foi exacerbado por um longo ciclo de alta nos preços de commodities, o que rendeu lucros significativos e culminou no aumento da concorrência pelo acesso a recursos escassos, inclusive o ouro. Isso, somado às pressões socioeconômicas, como o aumento do desemprego e das expectativas da comunidade geradas pelos altos níveis de pobreza, levou os governos a buscarem mais do que os benefícios recebidos por meio da tributação. A nova legislação vigente em regiões de todo mundo inclui o aumento dos direitos de arrecadação com a exportação e os limites da empresa estrangeira, bem como o mandato de beneficiamento local. A título de exemplo, o ônus público imposto ao setor de mineração sul-africano é significativo e tem aumentado progressivamente: • Historicamente, a indústria da mineração contribui com um quinto das receitas de impostos corporativos do país. Esses impostos são essenciais para financiar os serviços públicos e ampliar o bem-estar social. REVISANDO NOSSO DESEMPENHO E OBJETIVOS • Para promover o crescimento econômico, o desenvolvimento e a transformação socioeconômica, foi implementado, em 2004, o Mining Charter, que definiu certos requisitos a serem atendidos pelas mineradoras como condição parcial para adquirirem os seus novos direitos de exercer a atividade minerária. Os requisitos incluem o empoderamento econômico da população negra (BEE), principalmente em relação ao acesso à propriedade, à igualdade de emprego, ao desenvolvimento dos recursos humanos, às condições de moradia e subsistência, ao desenvolvimento econômico local e à aquisição de produtos. Temos enfrentado a pressão de uma série de outras jurisdições da mineração que têm implementado ou planejam implementar impostos abusivos sobre o lucro auferido. Em um ambiente oscilante em relação aos preços do ouro no mercado, isso pode impactar diretamente em nossos custos de produção nesses países. Globalmente, os impostos e as royalties têm aumentado, e acreditamos que continuarão aumentando. É nosso papel incentivar e favorecer uma compreensão mais ampla das operações de mineração, dos custos de produção envolvidos e dos longos prazos que antecedem o retorno do investimento, bem como evidenciar os benefícios palpáveis da mineração para as comunidades e para os governos, em todas as áreas em que operamos. SEÇÃO DOIS Apoiamos a geração de valor mutuamente benéfico no longo prazo para a nossa empresa, para os nossos empregados, para as comunidades e para os governos das regiões em que atuamos. Para tornar isso uma realidade, é necessário um relacionamento transparente e construtivo com os governos de modo a promover a compreensão de alguns dos muitos benefícios sustentáveis e de longo alcance que a mineração do ouro pode trazer para um país, para o seu povo e para o seu governo. • A Lei de Desenvolvimento dos Recursos Minerais e do Petróleo (MPRDA), que entrou em vigor em 1º de maio de 2004, prevê a soberania do Estado sobre todos os recursos minerais e de petróleo no país. Em 1º de março de 2010, entrou em vigor uma royalty calculada por fórmula específica sobre a indústria do ouro. Progresso Indicadores GRI utilizados pela AngloGold Ashanti: • G4-EC4: Ajuda financeira significativa recebida do governo • G4-SO5: Incidentes de corrupção confirmados e medidas adotadas. • G4-SO6: Valor total da contribuição política por país e destinatário/beneficiário • G4-EC7: Desenvolvimento e impacto de investimentos em infraestrutura e dos serviços apoiados A criação de empregos - diretos e indiretos - é uma forma de agregar valor às comunidades e aos países onde operamos. Em 2013, pagamos US$ 1,593 milhões em salários e benefícios para nossos empregados. Apoiamos o emprego local e estimulamos o seu desenvolvimento econômico através de nossas políticas de aquisição de produtos e de gestão de cadeia de suprimento - ver páginas 41-43. SEÇÃO TRÊS Nós fazemos pagamentos aos governos, incluindo as várias formas de impostos diretos e indiretos, taxas de licenciamento e royalties. Entendemos e reconhecemos os direitos dos governos locais e nacionais nesse aspecto e agimos com integridade pagando o que é devido, em conformidade com as normas internacionais e com as tarifas e legislação locais. • Os preços da energia elétrica (estabelecidos por uma companhia paraestatal, a Eskom) subiram 120,2% nos últimos cinco anos, e, nesse mesmo período, o abastecimento diminuiu e se tornou menos confiável. SEÇÃO UM QUE S Veja nosso Relatório On-Line para se informar sobre nossa abordagem de gestão dos seguintes aspectos: desempenho econômico e políticas públicas. 2 Contexto: AL PARA OS GOVERNOS - UTILIZAÇÃO DOS ATIVOS PARA A GERAÇÃO DE BENEFÍCIOS E COMPREENSÃO DO NACIONALISMO DOS RECURSOS NATURAIS O MATER TÃ I QUESTÃO MATERIAL 2: continuação Gerenciar e concretizar as expectativas de nossos públicos de interesse internos e externos Pagamentos a governos por país (US$ milhões) 2013 2012 2011 2010 2009 Argentina 122,4 147,7 133,7 62,6 36,6 Austrália 49,2 88,2 122,2 28,1 54,4 140,9 143,8 138,2 122,5 78,4 22,1 23,3 10,9 14,6 9,6 Brasil Colômbia República Democrática do Congo 23,1 15,9 11,1 10,5 2,2 Gana 68,5 *77,8 97,9 61,6 55,4 Guiné 93,3 101,4 98,5 96,3 63,6 Mali 57,6 132,3 164,1 170,3 153,3 7,4 10,9 9,2 14,0 6,8 157,0 250,8 313,3 199,5 117,7 Tanzânia 69,8 213,8 101,1 45,0 59,7 EUA 28,5 41,3 19,8 19,4 6,6 Total 839,8 1.247,2 1.220,0 844,4 644,3 Namíbia África do Sul * O pagamento para o governo de Gana em 2012 foi redefinido em razão do pagamento de dividendo adicional. Gastamos US$ 9,9 milhões no desenvolvimento de infraestrutura nos países onde operamos - em muitos casos, esse investimento foi de valor inestimável para a região, e precisamos garantir que o acesso e os benefícios sejam compartilhados com as comunidades dos locais onde operamos. Continuamos a desenvolver e implementar os nossos projetos de desenvolvimento comunitário - ver página 37 Acreditamos que a transparência leva à accountability e revela na íntegra todos os pagamentos feitos aos governos (incluindo royalties e impostos), em conformidade com a Iniciativa de Transparência das Indústrias Extrativistas (EITI). A EITI é uma coalizão global de governos, empresas e sociedade civil que trabalham em conjunto para melhorar a transparência e a gestão com accountability das receitas derivadas de recursos naturais. METAS Vamos continuar colaborando com os governos no intuito de desenvolver uma melhor compreensão do valor que nossas operações podem trazer para as regiões onde operamos e para os próprios governos. Através desse compromisso, temos em vista alinhar os planos de longo prazo dos governos com os da nossa empresa e, sempre que possível, trabalhar em parceria com outras mineradoras ou parceiros da indústria para alcançar resultados mais sustentáveis. Acreditamos que devemos ter disciplina no que diz respeito às interações com nossos públicos de interesse. No relacionamento com os governos, deve haver rigor e transparência no trato das questões pertinentes que têm impacto direto ou indireto nas comunidades dos locais onde operamos. Tornou-se norma alinhar nossa atuação com os planos e metas de desenvolvimento mais amplo estabelecidos pelos governos nos níveis nacional, estadual / regional e local. Isso vai além do pagamento de impostos para resolver alguns dos problemas mais complexos da prestação de serviços às comunidades isoladas e carentes, seja no presente ou no passado; trata-se de também desenvolver uma melhor compreensão das prioridades e planos locais nos casos em que os nossos interesses se encontram. “Acreditamos que a transparência leva à accountability”. Progresso Indicadores GRI utilizados pela AngloGold Ashanti: • G4-EC9: Proporção de gastos com fornecedores locais feitos por unidades operacionais importantes • G4-HR1: Número total e percentual de acordos e contratos de investimento significativo que incluam cláusulas referentes a direitos humanos ou que foram submetidos a avaliação dos direitos humanos. • G4-HR4: Operações e fornecedores nos quais os direitos de livre associação e de negociação coletiva possa ter sido violado ou esteja correndo risco significativo, bem como as medidas tomadas para apoiar esses direitos. • G4-HR5: Operações e fornecedores identificados como tendo risco significativo de ocorrência de incidentes de trabalho infantil e as medidas tomadas para a abolição efetiva do trabalho infantil. • G4-HR6: Operações e fornecedores identificados como tendo risco significativo de ocorrência de incidentes de trabalho forçado ou escravo e as medidas tomadas para a eliminação do trabalho forçado e do trabalho escravo. • G4-SO10: impactos negativos reais e potenciais para a sociedade ao longo da cadeia de suprimento e as medidas adotadas. SEÇÃO TRÊS A gestão de cadeia de suprimento é mais do que apenas a aquisição do produto certo, na hora certa e na quantidade certa. Se realizada com integridade e de acordo com os valores da empresa, pode agregar valor ao nosso negócio, melhorando a eficiência, os relacionamentos, a reputação e, em última instância, a sustentabilidade da AngloGold Ashanti no longo prazo. Somos uma empresa global que opera na maior parte dos continentes do mundo e, para nós, uma gestão responsável de nossa cadeia de suprimento é uma questão de ética e direitos humanos cada vez mais importante. As agências externas de classificação e nossos clientes estão cada vez mais conscientes das implicações e da importância da conduta ética em nossa cadeia de suprimento. Alinhado ao nosso compromisso com os Princípios Voluntários sobre Segurança e Direitos Humanos, Muitas de nossas operações estão localizadas em países em desenvolvimento, e uma gestão responsável de nossa cadeia de suprimento tem o potencial de agregar valor às comunidades desses países, aos governos locais e à sociedade como um todo. Em algumas de nossas operações, em particular na África do Sul, a aquisição de produtos nacionais e locais é parte integrante do programa de transformação da indústria. Isso faz com que esse aspecto da gestão da cadeia de suprimentos na África do Sul seja ainda mais importante. SEÇÃO DOIS A cadeia de suprimento do ouro é complexa, principalmente em função dos desafios encontrados quando se tenta monitorar o ouro desde a produção até a sua utilização como produto final (por exemplo, em joias, eletrônicos e outras aplicações tecnológicas). O ouro é fundível e, por isso, é facilmente derretido e reciclado, o que torna difícil rastrear a sua fonte de origem. Em 2011, assumimos o compromisso de desenvolver uma investigação do comportamento ético dos nossos fornecedores e divulgar detalhadamente os resultados encontrados no que diz respeito às suas práticas de direitos humanos. Durante 2012, desenvolvemos a Ferramenta “Ética na Cadeia de Suprimentos” com o objetivo de utilizá-la em um estudo piloto na região da África do Sul, antes de sua implementação em todo o Grupo. Devido à implantação do sistema SAP em 2013, este trabalho foi adiado e sua revisão e aprovação estão previstas para 2014. os Princípios Orientadores das Nações Unidas e o nosso Código de Princípios e Ética da Empresa, implementamos a preocupação com a ética e os direitos humanos em todo o processo de nossa cadeia de suprimentos. Também tivemos um papel ativo em várias iniciativas do Ouro Responsável para fortalecê-la. Ver páginas 66-68 SEÇÃO UM QUE S Veja nosso Relatório On-Line para se informar sobre nossa abordagem de gestão dos seguintes aspectos: avaliação de fornecedores quanto às práticas trabalhistas, práticas de aquisição de produtos, investimentos, liberdade de associação e negociação coletiva, trabalho infantil, trabalho forçado ou escravo, avaliação das práticas de direitos humanos nos fornecedores, avaliação dos fornecedores quanto a questões ambientais e avaliação de fornecedores quanto ao impacto na sociedade. 2 Contexto: AL PARA OS FORNECEDORES - COMPREENDER E MONITORAR A CONDUTA E O IMPACTO QUE ELES TÊM EM NOSSA CADEIA DE SUPRIMENTO O MATER TÃ I REVISANDO NOSSO DESEMPENHO E OBJETIVOS QUESTÃO MATERIAL 2: continuação Gerenciamento e cumprimento das expectativas de nossos públicos de interesse internos e externos Adotamos uma abordagem multifuncional para a gestão da cadeia de suprimento e procuramos cumprir os direitos humanos internacionais e as normas internacionais de trabalho, bem como assegurar a participação econômica de nossos públicos de interesse locais. A AngloGold Ashanti aprovou uma estrutura para a sua política de direitos humanos que está alinhada aos protocolos internacionais. Temos como objetivo desenvolver e manter a confiança entre todas as partes de nossa cadeia de suprimentos, através da colaboração e do estabelecimento de parcerias. Consideramos importante reforçar que atuamos de forma responsável e que, pelo menos, todos os fornecedores diretos em nossa cadeia de valor têm os mesmos valores e assumem as mesmas responsabilidades que o Grupo. Todos os nossos fornecedores devem aderir ao nosso Código de Ética e Princípios de Negócios. A Iniciativa de Suprimento Responsável integra um projeto maior de fazer com que o respeito aos direitos humanos, as normas trabalhistas, as normas de saúde e as normas ambientais que adotamos sejam conjugados com os adotados pelos nossos fornecedores “de primeira linha” (isto é, aqueles fornecedores que têm relações contratuais diretas com a AngloGold Ashanti). Estamos trabalhando atualmente no desenvolvimento e na implantação de um processo simplificado englobando o Código de Conduta do Fornecedor, o Questionário do Fornecedor e a Certificação Anual de Fornecedores – processo esse a ser implementado em 2014. Na África do Sul, os nossos SLPs são uma das formas de definirmos as nossas metas de aquisição de produtos locais no país. As mineradoras na África do Sul são obrigadas a se submeter e trabalhar de acordo com SLPs que foram desenvolvidas como parte da Lei de Desenvolvimento de Recursos Minerais e Petrolíferos (MPRDA) e do Charter de Empoderamento Socioeconômico de Amplo Alcance na região da África do Sul. Um relatório detalhado sobre nossos SLPs estará disponível em www.anglogoldashanti.com a partir de maio de 2014. Em 2013, a Região África do Sul gastou US$ 488 milhões com entidades com qualificação BEE (em 2012, foram US$ 359 milhões). Essa importância representa 55% da nossa despesa total com aquisição de produtos na região, ou seja, US$ 893 milhões. Atingimos 78% do scorecard de aderência do Departamento de Recursos Minerais (DMR). Produtos - desempenho em relação às metas do SLP Outra forma pela qual o gerenciamento de nossa cadeia de suprimentos tem o potencial de agregar valor para as comunidades dos locais onde atuamos é através do apoio às micro, pequenas e médias empresas. Despesas com entidades com qualificação BEE Produtos - desempenho em relação às metas do SLP Aquisição de Capital Serviços Consumíveis Real Meta “Insistimos que temos de atuar de forma responsável e que todos os fornecedores em nossa cadeia de valores tenham os mesmos valores e assumam as mesmas responsabilidades com as quais nos comprometemos”. Por exemplo, em Mthatha, no Cabo Oriental, África do Sul, estamos em processo de criação de um Centro de Desenvolvimento Empresarial. O objetivo do centro é proporcionar aos empreendedores e empresas já estabelecidos o acesso a mercados sustentáveis formais, fornecendo treinamento e desenvolvimento em empreendedorismo e habilidades básicas de gestão empresarial. Esta iniciativa foi adiada e está pendente; foi submetida uma proposta ao Fundo de Trabalho para financiamento conjunto, a fim de aumentar a escala do projeto. A proposta foi aprovada em dezembro de 2013. Em 2012, comissionamos um projeto de pesquisa de localização nas comunidades dos locais onde operamos e de regiões vizinhas na África do Sul para alinhar a nossa abordagem de aquisição de produtos com a nossa estratégia de desenvolvimento empresarial. A partir disso, fomos capazes de desenvolver uma base de dados com as empresas que estão dentro das comunidades locais e, ao mesmo tempo, compreender e definir melhor as necessidades socioeconômicas dessas comunidades. Para dar melhor tratamento aos dados obtidos, desenvolvemos um portal on-line de registro de empresas da comunidade local, onde carregamos o banco de dados. A gestão da nossa logística de transporte é fundamental para nossas práticas de aquisição. Em abril de 2013, o portal foi lançado para as comunidades locais; e os fornecedores locais agora podem preencher diretamente os seus dados para que a empresa acesse as informações facilmente sempre que necessário. O desenvolvimento de pequenas empresas tem obtido êxito na Austrália, onde estabelecemos uma equipe de interação com as comunidades para desenvolver competências entre os fornecedores locais e gerar mais iniciativas de emprego. Progredimos também na revisão do processo da cadeia de suprimentos e as SMMEs estão recebendo a orientação sobre o que é necessário para conseguirem se estabelecer no mercado. Objetivos Nossa divisão responsável pela cadeia de suprimento no nível global tem uma visão holística de nossa cadeiade nossa cadeia. Ela reconhece que a gestão adequada desse processo tem um impacto positivo sobre os nossos custos operacionais, que auxilia na geração na geração de lucro e que também temos potencial para gerar riqueza para as comunidades dos locais em que atuamos. Planejamos dar início ao monitoramento da gestão da nossa cadeia de suprimento através de auditorias internas e externas a partir de 2014, tomando imediatamente as medidas necessárias para quaisquer ações corretivas que se fizerem necessárias. Nosso compromisso de compreender o nível de comportamento ético de nossos fornecedores é contínuo e planejamos para 2016 a apresentação de um relatório completo sobre os resultados obtidos. SEÇÃO TRÊS Estudo de caso: Programa de aquisição de produtos no Brasil www.aga-reports.com/13/cs Estudo de caso: Programa de contratação de mão de obra indígena na Austrália www.aga-reports.com/13/cs SEÇÃO DOIS SEÇÃO UM 2 QUE S AL O MATER TÃ I REVISANDO NOSSO DESEMPENHO E OBJETIVOS QUESTÃO MATERIAL 3: Competir por recursos e infraestrutura Garantir os recursos e a infraestrutura necessários para as nossas operações atuais e futuras é de fundamental importância para a empresa. Se falharmos nesse aspecto, prejudicaremos as nossas operações no longo prazo e poderemos sofrer substanciais impactos socioeconômicos no nosso ambiente, com consequências negativas na capacidade de as comunidades manterem seus meios de subsistência, saúde e bem-estar. CompetiR Por Recursos E Infraestrutura Acesso a e garantia de energia economicamente viável, e mudança climática PÚBLICOS DE INTERESSE: empregados, comunidades e governos Gerenciamento do solo, biodiversidade, uso de recursos e planejamento de fechamento de mina ACESSO A E GARANTIA DE ENERGIA ECONOMICAMENTE VIÁVEL, E MUDANÇA CLIMÁTICA Contexto: Veja nosso Relatório On-Line para se informar sobre nossa abordagem de gestão dos seguintes aspectos: energia a emissões A mineração é um setor que faz uso intensivo da energia e nosso desempenho energético caminha lado a lado com os nossos processos de planejamento dos negócios. Precisamos de um abastecimento constante de energia que tenha boa relação custobenefício para as operações já existentes, bem como garantir o acesso à energia para nossos projetos futuros. Nosso consumo de energia está intimamente ligado às nossas emissões de gases de efeito estufa (GEE) e, portanto, à nossa Acesso e garantia de água a preço justo Atividades relativas à mineração artesanal e de pequena escala estratégia de controle da mudança climática. Existe uma probabilidade crescente de regulamentação do controle da mudança climática nos diversos países em que operamos. Foi adiada para 2016 a validação de um imposto sobre o carbono na África do Sul. Esse imposto, quando implementado, pode resultar em custos operacionais mais elevados e afetar negativamente nossa capacidade de manter a produção. Também enfrentamos os impactos potenciais das mudanças climáticas, que são físicos e financeiros. Entre esses impactos, há riscos operacionais que podem afetar, por exemplo, a continuidade do negócio e as nossas comunidades, ameaçando a garantia de abastecimento de água, energia e alimento. A redução do nosso consumo de energia tem uma série de benefícios importantes para a empresa, incluindo a redução de custos e das nossas emissões de gases de efeito estufa. Eles se estendem para além da nossa empresa, sendo a redução das emissões um desafio de toda a indústria. SEÇÃO UM 3 QUE S AL O MATER TÃ I Progresso Indicadores GRI utilizados em nosso relatório: · G4-EC2: Implicações financeiras e outros riscos e oportunidades decorrentes de mudança climática · G4-EN3: Consumo direto de energia · G4-EN5: Intensidade de consumo energético · G4-EN15: Emissões diretas de GEE (escopo 1) · G4-EN16: Emissões indiretas de GEE (escopo 2) · G4-EN18: Intensidade das emissões de GEE · G4-EN20: Emissões de substâncias depletivas de ozônio • estabelecer um processo sistemático para garantir a melhoria contínua; Gelo na Mina Mponeng, África do Sul. O gelo é bombeado para dentro da mina para garantir um ambiente agradável, ventilado e seguro para o trabalho. “Nosso modelo energético integrado ganhou o Prêmio de Inovação Eskom eta 2013”. SEÇÃO DOIS Em 2011, desenvolvemos uma estratégia global para dar garantias de continuidade ao abastecimento energético em nossa empresa no longo prazo. Durante 2013, aprimoramos essa estratégia para alinhá-la com as mudanças organizacionais e incorporar os resultados de um estudo de benchmarking feito em toda a indústria. O resultado foi o desenvolvimento do Sistema AngloGold Ashanti de Gestão de Energia (EnMS), que utiliza como base a Norma para Sistema de Gestão de Energia ISO 50001 e incorpora as melhores práticas de uma série de indústrias. Nosso EnMS baseia-se em quatro princípios fundamentais: • gerenciar proativamente os custos de geração de energia e os contratos de abastecimento de água e luz; • atingir melhorias sustentáveis em eficiência energética; e Para conduzir essa estratégia em todas as operações, nós criamos um novo cargo de Vice-Presidente Global de Energia. Esse cargo dá suporte a todas as unidades através da implementação e condução de práticas padronizadas de trabalho, identificação e implementação de novas tecnologias, bem como tratamento devido a todas as facetas da gestão do consumo, da geração e dos custos no que diz respeito à energia. Consumo e intensidade do consumo energético Emissão e intensidade da emissão de gases de efeito estufa Esse posicionamento é apoiado por consultores em energia, focados nas necessidades específicas das operações regionais, e por promotores de sustentabilidade energética nas unidades, que implementam projetos, identificam oportunidades e direcionam o desempenho energético tendo em vista os KPIs relacionados a essa área. Nosso consumo de energia total do ano foi de 32,68 PJ (em 2012: 31,74 PJ), o que representou 18,7% dos nossos custos operacionais (em 2012: 20%). A nossa intensidade energética foi de 0,32 GJ por tonelada de rocha tratada em 2013 (em 2012: 0,38 GJ). Nossas emissões totais de GEE no ano foram da ordem de 4.505 t CO2e (em 2012: 4.474 t CO2e). Mais informações sobre as nossas emissões de gases de efeito estufa e sobre os riscos da mudança climática podem ser encontradas em nossos relatórios do Carbon Disclosure Project (CDP). A nossa intensidade de GEE totalizou 0,044 t CO2e durante o ano (em 2012: 0,053t CO2e), o correspondente a 1.11Mt CO2e por tonelada de rocha tratada. Devido à dependência que as nossas operações sul-africanas têm em relação à energia elétrica, que é fornecida a partir de estações de energia à base de carvão, a região contribuiu com 64% do nosso total de emissões de GEE (em 2012: 63%). REVISANDO NOSSO DESEMPENHO E OBJETIVOS SEÇÃO TRÊS • garantir que as operações tenham segurança energética durante a vida útil estimada para a mina. QUESTÃO MATERIAL 3: continuação Competir por recursos e infraestrutura Escopo 1 de emissões de GEE por região Escopo 2 emissões de GEE por região Australásia Américas África Continental África do Sul Na África do Sul, muitas de nossas operações de mineração são realizadas em minas subterrâneas profundas, tornandoas particularmente dependentes do uso intensivo de energia, sobretudo do uso de eletricidade a partir de fontes de combustíveis fósseis. Nossas operações sul-africanas foram responsáveis por 37% do nosso consumo total de energia e 90% de nossas emissões de Escopo 2 de CO2. Reduzir o consumo de energia e sua intensidade nessa região é um de nossos focos principais na área na área e a adoção de tecnologias inovadoras constitui-se como importante estratégia importante para ajudar a alcançar nossas metas de consumo de energia. Essa demanda é agravada por preocupações relacionadas à segurança energética no médio e no longo prazos, dadas as contínuas restrições da empresa de abastecimento energético do país, a Eskom. Trabalhamos em estreita colaboração com essa organização, no sentido de reduzir nosso consumo de energia, principalmente durante os períodos de pico de demanda. A AngloGold Ashanti estabeleceu o Consórcio de Inovação Tecnológica (ATIC) para desenvolver soluções para os desafios técnicos enfrentados na mineração subterrânea profunda, especificamente na região da África do Sul, sendo aqueles relacionados à energia um componentechave das atividades desse consórcio. Como parte desse esforço, foi desenvolvido um modelo de simulação integrado que capta todas as interações entre os processos que gerenciam o condicionamento ambiental no subsolo, ou seja, qualquer modificação do ambiente por qualquer uma de nossas atividades de mineração. Durante a fase de construção, o modelo indicou problemas operacionais em um dissipador de turbina, o que economizou instantaneamente 2,5 MW na mina. Como um único modelo agora capta todos os processos que contribuem atualmente com 80% do consumo de energia em uma mina de profundidade típica, os usuários agora podem otimizar os processos e eliminar erros nos processos de operação e de controle. Esse modelo energético integrado ganhou o prestigiado Prêmio de Inovação Eskom eta 2013, em reconhecimento aos esforços excepcionais para a obtenção do uso eficiente da energia. Américas Continental África África do Sul Além dos esforços mencionados anteriormente, as nossas operações continuam a registrar o aumento dos custos e do consumo de energia em função de uma série de investimentos de capital e de ações de conscientização sobre o consumo de energia. Entre esses investimentos estão melhorias na infraestrutura (como ventilação, iluminação, geração de ar comprimido e sistemas de refrigeração em ambientes subterrâneos), sistemas de mineração (como atualizações de guincho de transporte, redução do consumo de água e ar comprimido, bem como modernização dos sistemas de bombeamento) e sistemas das plantas de processamento (como aumento da utilização da produção, novos processos hidrometalúrgicos e melhoria na eficiência de fragmentação). A instalação e a atualização dos sistemas de controle supervisionado e de controle de aquisição de dados, e dos sistemas de medição de energia estão permitindo que a nossa equipe possa medir e analisar com precisão a eficiência energética, controlar a demanda por energia elétrica e automatizar os processos. Continuamos a analisar as oportunidades de aumentar o uso de fontes energéticas que fazem baixo uso de carbono, como a energia hidrelétrica, as energias renováveis e os sistemas de recuperação de energia. Além disso, novos incentivo fiscais e fontes de financiamento suplementar, como o da Agência de Energia Renovável Australiana (ARENA), nos dão oportunidade de revisar a aplicação de tecnologias de baixo uso de carbono em nossas operações. Objetivos Garantir a segurança energética é fundamental para o nosso sucesso no longo prazo. Com a implementação de novas formas de reduzir nosso consumo e com a descoberta de oturas fontes de energia que façam uso menos intensivo do carbono, nós também reduzimos as nossas emissões de gases de efeito estufa e, assim, diminuímos a nossa contribuição para as alterações climáticas. Continuamos a desenvolver estratégias específicas para cada uma de nossas unidades como forma de aumentar nossas chances de atingir as nossas metas e comprometo-nos a fazer tudo o que pudermos para avançar em nossa estratégia global de desenvolver uma segurança energética. Atualmente estamos desenvolvendo metas para o Grupo como um todo. SEÇÃO UM 3 QUE S AL O MATER TÃ I Contexto: Veja nosso Relatório On-Line para se informar sobre nossa abordagem de gestão dos seguintes aspectos: água, efluentes e estéril. A gestão responsável da água é um assunto crítico em todas as áreas em que atuamos. A água é um recurso essencial para nossas atividades de mineração e de processamento e precisa ser usada da forma mais eficiente possível, levando sempre em consideração as necessidades de água das comunidades circunvizinhas às nossas operações. Além disso, a água que liberamos de volta para o meio ambiente também costuma ser utilizada pelas comunidades à jusante. Se não garantirmos o acesso a esse recurso e a sua proteção, poderemos prejudicar as nossas operações presentes e futuras e afetar negativamente a capacidade das comunidades de manter seus meios de subsistência, saúde e bem-estar. Operações localizadas em áreas onde existe escassez de água podem vir a competir por esse recurso com as comunidades, a agricultura e outras indústrias locais. A escassez de água é agravada por baixa pluviosidade, por mudanças nos padrões das chuvas, por degradação e uso excessivo de águas subterrâneas e de superfície e por fatores climáticos e demográficos. Em REVISANDO NOSSO DESEMPENHO E OBJETIVOS contrapartida, existem áreas em que há excesso de oferta de água, as quais também desafios para as nossas operações em razão dos riscos de inundação e de descargas acidentais de água de processo para o meio ambiente. Em 2011, a AngloGold Ashanti desenvolveu uma estratégia global para aumentar a segurança hídrica. Embora a nossa estratégia para a gestão da água varie de acordo com a localização e a operação, o foco primordial dessa estratégia é: • minimizar o consumo de água limpa; • adotar uma estratégia integrada de gestão da água; • Cuidar da qualidade de descarga de água – especialmente no que diz respeito aos problemas legados nessa matéria - ver página 60; e • aumentar a frequência e o escopo do monitoramento e das notificações a esse respeito. Progresso Indicadores GRI utilizados pela AngloGold Ashanti: • G4-EN8: Total de retirada de água por fonte • G4-EN22: Descarga total de água de acordo com a qualidade e o destino SEÇÃO TRÊS ACESSO E GARANTIA DE ÁGUA A PREÇOS JUSTOS SEÇÃO DOIS A Mina de Ouro Geita, na Tanzânia, bombeia água do Lago Vitória para suprir a mina e a comunidade por meio de pontos de captação ao longo da tubulação. QUESTÃO MATERIAL 3: continuação Competir por recursos e infraestrutura Melhorar a eficiência da água significa maximizar a quantidade de água que reciclamos e reutilizamos, eliminar o seu desperdício e reduzir a demanda sempre que for tecnicamente viável, inclusive por meio da adoção de novas tecnologias. Para termos sucesso na redução do nosso consumo de água limpa, precisamos compreender o nosso posicionamento no que diz respeito as recursos hídricos, incluindo o tipo de água que usamos, de onde ela vem e como é a água que liberamos de volta no meio ambiente. Nossas principais fontes hídricas são as águas subterrâneas (24%), as águas de superfície (40%) e as águas oriundas do abastecimento dos serviços públicos e / ou fornecedores externos (36%). Progredimos na implementação da estratégia global nos níveis locais e das unidades. Na África do Sul, continuamos com a implementação dos diversos componentes da nossa estratégia de gestão integrada da água, incluindo: • Manutenção de balanços hídricos regionais, tanto em West Wits quanto em Vaal River, para assegurar a utilização otimizada da água de acordo com a nossa hierarquia de uso da água (por exemplo, a utilização prioritária de água reciclada e de água subterrânea proveniente de poço de mina Margaret). Durante o ano, as atividades da Mine Waste Solutions (MWS) para a recuperação de resíduos foram totalmente integradas ao balanço hídrico regional de Vaal River. • Aperfeiçoamento contínuo da infraestrutura de contenção de água de processo para reduzir potenciais descargas para o meio ambiente, o que ficou evidente na redução no número de incidentes de notificação obrigatória registrados em 2013. • Ampliação dos mecanismos de interceptação de infiltração no entorno das instalações de armazenamento de resíduos. Comissionamos perfurações adicionais na área do poço de Vaal River e nas instalações de armazenamento de resíduos MWS Kareerand. • Reabilitação de áreas historicamente contaminadas, como Varkenslaagte, em West Wits, e recuperação contínua de instalações de armazenamento de resíduos nas operações de MWS e de Vaal River. Sempre que viável, operamos um sistema fechado em que toda a água utilizada em nossas operações é reciclada, o que dispensa seu lançamento no meio ambiente. Essa medida tem várias vantagens, incluindo a redução do nosso consumo global de água, a redução da necessidade de bombeamento e a minimização do risco de contaminação potencial. Nas operações em que essa medida não é possível devido aos altos níveis de pluviosidade, como em Gana e no Brasil, instalamos sistemas de tratamento de água para gerir os efluentes de forma a atender à legislação vigente. É fundamental que nos certifiquemos de que toda a água que retorna para o meio ambiente natural seja tratada com a qualidade desejada, utilizando os parâmetros estabelecidos nos requisitos regulatórios. A segurança hídrica é fundamental para a maioria das operações, especialmente aquelas com poucas opções de fornecimento de água, como é o caso da Mina Sunrise Dam, na Austrália. Consumo e intensidade do consumo de água 0,66 49,2 0,66 49,4 0,67 0,64 0,64 49,8 53,5 64,8 Em Cerro Vanguardia, na Argentina, a reintrodução de água subterrânea e do excedente de água da mina a céu aberto em aquíferos próximos está sendo avaliada como um meio de reduzir perdas por evaporação do sistema de águas subterrâneas, de forma a limitar o rebaixamento dos aquíferos regionais. O gerenciamento dos legados remanescentes de práticas de mineração anteriores continua sendo um assunto de prioridade para a empresa. Para uma discussão sobre a gestão da água em Obuasi, incluindo as idem anteriores referentes à água nas redondezas, veja as páginas 59-61. ESTUDO DE CASO: O valor da água – inestimável! www.aga-reports.com/13/cs Objetivos É sempre a nossa intenção minimizar o nosso impacto no meio ambiente e, sempre que possível, garantir resultados positivos. Isso significa que evitá-los ou mitigá-los faz parte da nossa estratégia global de seguridade hídrica e continuará direcionando todas as nossas iniciativas empreendidas no nível das unidades. A AngloGold Ashanti assume o compromisso de reabilitar o solo que usa durante a vida útil da mina e deixar um legado positivo após o encerramento das suas atividades de mineração. Contribuir para a biodiversidade é um fator-chave dos nossos programas de reabilitação. O planejamento para o fechamento da mina começa já no início de cada projeto. O planejamento do fechamento requer a participação ativa de todas as disciplinas, desde a engenharia até o setor financeiro, para garantir que seja integrado com o planejamento da lavra e as operações da mina. É inevitável que acabaremos esgotando todos os recursos das minas e as operações terão de ser interrompidas. Da mesma forma, a gestão das expectativas da comunidade também é um componente fundamental da nossa estratégia de fechamento das minas. “A mineração, quando estrategicamente planejada e cuidadosamente implementada, não precisa ter impactos negativos na biodiversidade”. REVISANDO NOSSO DESEMPENHO E OBJETIVOS ambientais. Gestão do solo e da biodiversidade Durante o ano, foi desenvolvida uma nova Norma de Gestão da Biodiversidade, a qual está programada para ser aprovada pelo Comitê Executivo no início de 2014. Ela estabelece os requisitos que todos as unidades deverão cumprir em termos de avaliação e gestão da biodiversidade. Ela foi elaborada em reconhecimento aos impactos crescentes sobre a biodiversidade resultantes do crescimento populacional e econômico e da mudança climática e com a finalidade de esclarecer os requisitos mínimos de desempenho das operações nessa matéria. A nossa abordagem de gestão responsável do solo e da biodiversidade tem um claro exemplo em La Colosa, que está em um terreno íngreme na região central da Cordilheira dos Andes na Colômbia, em uma das regiões de maior biodiversidade do mundo. Foi desenvolvido um plano ambiental rigoroso para minimizar a pegada da empresa no que diz respeito à degradação do solo para exploração e aos impactos nocivos à biodiversidade local. Para garantir que o nosso plano ambiental atinja os objetivos estabelecidos, concluímos, em 2013, um estudo de delimitação do ecossistema meridional local (um ecossistema típico de altas montanhas Páramo tropicais). Legalmente, não é permitida a realização de mineração ou exploração nessas áreas, que têm sido pouco estudadas em com outros ecossistemas tropicais. O objetivo do estudo foi delimitar e caracterizar o terreno para fins de proteção ambiental e definição de estrutura ecológica. Os resultados desse estudo serão discutidos agora com as autoridades regionais e nacionais e serão utilizados para uma melhor configuração do nosso planejamento ambiental. SEÇÃO DOIS A mineração, quando estrategicamente planejada e cuidadosamente implementada, não precisa ter impactos negativos para a biodiversidade. A gestão da biodiversidade é, portanto, uma parte importante da nossa abordagem de gestão do solo e, ao estabelecer nossa infraestrutura, buscamos evitar as áreas sensíveis. Indicadores GRI utilizados pela AngloGold Ashanti: • MM1: Quantidade de terras (próprias ou arrendadas e gerenciadas para as atividades de produção ou uso extrativista) degradadas ou reabilitadas • MM3: As quantidades totais de camada de estéril, rochas, resíduos, lamas e seus riscos associados • MM10: Número absoluto e percentual de operações com planos de fechamento • G4-EN1: Materiais usados por peso ou volume • G4-EN11: Unidades operacionais próprias, arrendadas e administradas no local ou nas adjacências de áreas protegidas e de áreas de alto valor de biodiversidade externas às áreas protegidas. • G4-EN12: Descrição dos impactos significativos das atividades, dos produtos e dos serviços sobre a biodiversidade de áreas protegidas e de áreas de alto valor de biodiversidade externas às áreas protegidas. • G4-EN23: Total de resíduos por tipo e método de descarte • G4-EN24: Número e volume total de derramamentos significativos • G4-EN29: Multas significativas e número de sanções não monetárias resultantes de inconformidade com leis e regulações SEÇÃO TRÊS Precisamos de acesso ao solo para a exploração e, em casos de êxito, garantir o acesso ao corpo de minério a atividade de lavra. Para tal, geralmente precisamos cumprir rigorosos processos de licenciamento e de interação com as comunidades. Como já estavam presentes antes da nossa chegada e permanecerão após nossa saída, as comunidades e os reguladores estão sempre muito preocupados com nossa administração do solo, inclusive da sua biodiversidade. O acesso e o compartilhamento dos recursos hídricos são de suma importância nessa matéria. Progresso SEÇÃO UM QUE S Veja nosso Relatório On-Line para se informar sobre nossa abordagem de gestão dos seguintes aspectos: biodiversidade, comunidades locais, plano de fechamento de mina, materiais, efluentes e estéril. 3 Contexto AL GERENCIAMENTO DO SOLO, BIODIVERSIDADE E PLANEJAMENTO DE FECHAMENTO DE MINA O MATER TÃ I QUESTÃO MATERIAL 3: continuação Competir por recursos e infraestrutura Nós também interagimos com as comunidades e as Organizações Não Governamentais locais da Colômbia para definição da nossa abordagem de gestão ambiental na área e firmamos parcerias com diversas ONGs para ajudar a conduzir nossa estratégia. ESTUDO DE CASO: Biodiversidade em Tropicana: Uma espécie de planta pouco conhecida causa grande agitação. www.aga-reports.com/13/cs Unidades operacionais próprias, arrendadas e administradas no local ou nas adjacências de áreas protegidas e de áreas de alto valor de biodiversidade externas às áreas protegidas. País e operação África Continental Gana Iduapriem Obuasi A Reserva Florestal Neung North está localizada em uma área imediatamente adjacente à fronteira sul da unidade operacional de Iduapriem. A área total sob gestão da AngloGold Ashanti em Iduapriem é de 16.000 ha. As áreas revegetadas de dois depósitos de estéril da mina formam um corredor de acesso à reserva. Não é permitida a agricultura ou desmatamento na reserva. Dos 476.000 ha da área de concessão da mina Obuasi, 347 ha estão dentro da Reserva Florestal Dampia. Os 42 ha da Reserva Florestal na Área de Influência de Obuasi encontra-se dentro da concessão. Tanzânia Geita A Licença Especial de Lavra (SML) da operação abrange uma área de 196 km2, dos quais 151 km2 ficam dentro da reserva florestal Geita. As licenças de prospecção da mina fora da área da SML abrangem 101 km2 da reserva florestal Geita. Essa reserva sofreu desmatamento significativo principalmente em razão de atividades não autorizadas, como extração de madeira, fabricação de carvão vegetal e mineração ilegais, que não estão relacionados com as operações da AngloGold Ashanti. Américas Brasil AGA Mineração A RPPN AngloGold Cuiabá, uma Reserva Particular do Patrimônio Natural, pertence à AngloGold Ashanti, que também a gerencia. A área total sob gestão da Mina Cuiabá é de 3.867 ha, dos quais 742 ha compreendem a reserva. A RPPN está no bioma da Mata Atlântica e é oficialmente protegida pela legislação nacional. AGA Mineração A RPPN Mata Samuel de Paula, uma Reserva Particular do Patrimônio Natural, é pertencente à AngloGold Ashanti, que também a gerencia. A área total sob gestão em Nova Lima é de 6.449 ha, dos quais 147 ha correspondem à reserva. A RPPN está no bioma da Mata Atlântica e é oficialmente protegida pela legislação nacional. A Mina Córrego do Sítio tem uma área de 3.039 ha e está a 1 km da Reserva Nacional do Caraça. A RPPN está no bioma da Mata Atlântica e é oficialmente protegida pela legislação nacional. AGA Mineração Serra Grande Colômbia Projeto La Colosa A mina está 5 km após os limites de uma reserva nacional do bioma Cerrado oficialmente protegida pela legislação nacional. O total da área adjacente sob gestão em Serra Grande é de 2.608 ha. A área de exploração (6,4 ha) está localizada dentro da Reserva Florestal Central, uma zona de 15 km a oeste e de 15 km a leste da Cordilheira dos Andes Central. A área de exploração era antigamente usada para pastagem. A lei permite atividades de mineração, mediante a autorização do Ministério do Ambiente, que priorizem o desenvolvimento de áreas anteriormente degradadas e que promovam a recuperação de habitats e a manutenção da biodiversidade. Australásia Exploração Austrália As áreas de exploração Tropicana cobrem uma área de 10.560 km2 e estão situados nas proximidades da Mina de Ouro Tropicana (TGM). A região tem alto valor de biodiversidade para diversas espécies da flora e da fauna protegidas por legislação estadual e federal. Alguns das áreas de exploração do grupo Tropicana são adjacentes à Reserva Natural Queen Victoria Springs, localizada 127 km a sudoeste da mina Tropicana, e algumas dessas áreas são adjacentes à Reserva Natural Plumridge Lakes, localizada 17 km a sudeste da mina Tropicana; contudo, nenhum trabalho é realizado dentro dessas reservas naturais. As áreas dos Grupos Tropicana 2 e 3, localizados ao sul da mina Tropicana, estão sujeitos a aprovação de acordo com a Lei de Conservação da Biodiversidade e Proteção do Meio Ambiente, de 1999. A exploração nessa área é feita de acordo com as condições de aprovação e com um Plano de Gestão da Conservação para garantir a proteção da fauna ameaçada. Gerenciamento de Outros Rejeitos Há a produção de rejeitos durante todas as atividades comerciais, industriais e domésticas da empresa. Como as nossas minas geralmente se encontram em áreas rurais ou periurbanas, onde não há serviços de tratamento de resíduos e esgoto, as próprias minas, muitas vezes, operam suas instalações de aterro sanitário e de tratamento de esgoto. A empresa tem uma norma de gestão de resíduos que trata da gestão dos riscos decorrentes do uso de materiais perigosos, incluindo a hierarquia de mitigação que estabelece como evitar, reduzir, reutilizar, reciclar, tratar e eliminar os resíduos. Cianeto Buscamos otimizar o uso dos nossos recursos, sejam eles renováveis ou não. Como outras empresas de mineração de ouro, um dos materiais que consumimos em grandes quantidades e que tem um grande potencial de impacto sobre o meio ambiente é o cianeto. uso de Cianeto Número total de incidentes ambientais reportáveis Uso de cianeto em 2012 foi recalculado após a publicação do Relatório de Sustentabilidade 2012. REVISANDO NOSSO DESEMPENHO E OBJETIVOS O grupo usou 31.000 t de cianeto em 2013 (em 2012, foram 27.000 t). Plano de fechamento das minas O fechamento de qualquer mina é inevitável, e muitas vezes ocorre quando se conta com receita limitada, com recursos limitados e, em geral, com grande fragilidade e preocupação entre as comunidades e os trabalhadores. A equipe de planejamento de fechamento de mina da AngloGold Ashanti trabalha em estreita colaboração com todos os níveis da empresa para melhorar a integração do planejamento do fechamento das minhas com a implementação das atividades diárias da empresa, a começar pela etapa de planejamento das operações e dos projetos. A integração inclui aspectos como a inserção viável de aterro (backfill) nas cavas exauridas nos planos das minas a céu aberto, o desenho e a construção de depósitos de estéril para maximizar a oportunidade de reabilitação progressiva da área da mina e a incorporação do desenvolvimento sustentável de meios de subsistência nos programas de investimento nas comunidades. SEÇÃO DOIS O impacto de uma falha em uma barragem de rejeitos pode ser significativo. Nós monitoramos cuidadosamente essas instalações para garantir que sua gestão esteja de acordo com nossas licenças, com as regulações nacionais, com as normas da empresa e com os acordos que tenhamos firmado com as comunidades. Continuamos com o compromisso de alcançar e manter a certificação pelo Código Cianeto em todas as nossas operações. Até o final de 2013, 15 de nossas operações estavam com certificação plena, quatro das quais obtiveram renovação da certificação durante o ano (Siguiri, Sadiola, Yatela e Navachab). Obuasi, em Gana, foi submetida a uma auditoria de certificação e está aguardando os resultados. A construção das instalações de manuseio de cianeto em Obuasi foi concluída no final de 2012, com comissionamento em 2013. A Planta East Gold, em Vaal River, cessou sua produção em junho de 2013 e foi descomissionada. Geita, na Tanzânia, e Iduapriem, em Gana, ainda precisam realizar algumas alterações para cumprir com os requisitos do Código Cianeto, e duas operações, Tropicana e Mine Waste Solutions (que faz parte das operações de superfície na África do Sul), estão se preparando para o processo de certificação. Através de uma melhor integração das considerações relativas ao fechamento das minas com as práticas diárias das operações, podemos garantir que haja efetividade e eficiência no fechamento das minas, em conformidade com os valores da nossa empresa, proporcionando, assim, o cumprimento dos nossos compromissos assumidos junto aos públicos de interesse e ajudando as comunidades a estabelecer as bases de um futuro sustentável. Para esse fim, a nossa Norma de Gestão do Planejamento de Fechamento de Mina (antes chamada de Norma de Gestão do Fechamento e do Reabilitação das Minas), foi submetida a uma revisão completa em 2012/2013 com base na experiência adquirida com sua implementação desde a sua introdução em 2009. A versão revisada da norma, que mantém os requisitos para o planejamento integrado do fechamento das minas, desde a exploração e desenho do projeto, esclarece o que se espera da gestão de cada unidade para assegurar que as minas sejam fechadas de acordo com os valores da empresa. A norma foi aprovada pelo Comitê Executivo do Grupo em setembro de 2013. Espera-se que até o início de 2014 seja concluída a elaboração de SEÇÃO TRÊS As estruturas internas de gerenciamento de rejeitos e de lixiviação definem a norma e as diretrizes para a construção e operação das instalações de armazenamento de rejeitos e lixiviação. Engenheiros geotécnicos da empresa são responsáveis por garantir a estabilidade estrutural dos rejeitos, das instalações de lixiviação e dos depósitos de estéril. A gestão responsável do cianeto é parte integrante de nossa licença social para operar. Nossa aderência contínua ao Código Internacional de Gestão de Cianeto (Código Cianeto), juntamente com um rigoroso processo de notificação, é fundamental nesse sentido. O Código Cianeto é uma iniciativa voluntária que trata da produção, transporte, armazenamento e uso de cianeto e do descomissionamento das instalações de cianeto. SEÇÃO UM QUE S * Os rejeitos são os efluentes finos do processo que são depositados na forma de lama em instalações de armazenamento de rejeitos (TSF), as quais foram projetadas especificamente para essa finalidade. 3 Como qualquer outra mineradora, geramos estéril e rejeitos* como resultado das operações de lavra e de processamento de minerais. Durante a lavra, são produzidos resíduos de solo e estéril para expor o corpo do minério. A camada de solo e o estéril geralmente contêm níveis subeconômicos de ouro e são depositados em grandes pilhas de estéril. Alguns depósitos de baixo teor são processados em pilhas de lixiviação. Nesse processo, o minério é britado e empilhado sobre uma superfície impermeável ou revestida. Uma solução de cianeto de baixa resistência é irrigada sobre a superfície por um período de até três meses. AL Gerenciamento de resíduos O MATER TÃ I QUESTÃO MATERIAL 3: continuação Competir por recursos e infraestrutura um documento de orientação para ajudar o pessoal das unidades na aplicação da norma, de uma ferramenta de autoavaliação para auxiliar as operações a identificar onde devem se concentrar seus esforços de planejamento do fechamento da mina e de um protocolo de auditoria para assegurar uma avaliação consistente do progresso da implementação da norma. Reconhecemos que temos uma obrigação de longo prazo para que possamos fechar as nossas unidades de forma responsável, integrando o planejamento e o fechamento das minas com as operações ao longo de toda a vida útil da mina e levando em especial consideração o meio ambiente, os trabalhadores e as comunidades. Em 2013, foi tomada a decisão de cessar a lavra em nossa operação Yatela, em Mali. A decisão foi tomada com base em preocupações crescentes relacionadas à segurança em minas a céu aberto e ao declínio dos preços do ouro. As atividades de desenvolvimento da comunidade de Yatela ainda não foram afetadas negativamente pelo cessar das atividades de lavra. Em consulta com os públicos de interesse envolvidos, foi elaborada uma versão revisada do plano de desenvolvimento social da mina, enfocando na expansão e melhoria do desenvolvimento da comunidade e dos atuais projetos socioeconômicos. Contabilização das obrigações de descomissionamento e reabilitação É digna de nota a nossa estratégia de saída e de reabilitação nas Ilhas Salomão, onde estávamos envolvidos em atividades de exploração de greenfields. (US$ milhões) reabilitação descomissionamento A barragem Borokoni, construída pela AngloGold Ashanti, fornece água para a Vila Borokoni perto Yatela em Mali, um exemplo de criação de benefícios duradouros e positivos a longo prazo. ESTUDO DE CASO: Ilhas Salomão Fechamento da mina sem complicação www.aga-reports.com/13/cs Para uma lista completa das provisões feitas para contabilização das obrigações de restauração e descomissionamento, ver a página 34 do Relatório Integrado de 2013. Objetivos O cumprimento de nossas obrigações de gerenciamento responsável do uso da terra e da biodiversidade é um compromisso contínuo para o qual alocamos os recursos necessários desde o planejamento até o fechamento da mina. A recente norma de biodiversidade e a versão revisada da norma de fechamento das minas definem as expectativas da empresa e serão implementadas no início de 2014. Contabilização das obrigações de descomissionamento e restauração das áreas das minas (U$ milhões) Grupo África do Sul África Continental 2013 201320132012 Restauração Descomissionamento Total Total 10,0 68,1 78,1 148,8 273,3 137,7 411,0 427,5 21,9 31,2 53,1 61,5 Américas 194,3 42,3 236,6 249,5 MenosInvestimentos por equivalência patrimonial (27,4) (23,0) (50,4) (46,2) Total 472,1 256,3 728,4 841,1 Australásia Sabemos distinguir entre a ASM legal e a ASM ilegal. As circunstâncias que tornam uma ASM legal ou ilegal variam de acordo com legislação específica de cada país. A ASM legal é realizada em conformidade com as leis do país, o que significa que tem licença para operar em áreas designadas pelos governos ou em áreas não cobertas pelos direitos exclusivos de terceiros. A ASM ilegal ocorre quando mineradores artesanais ou de pequena escala operam fora das disposições legais, inclusive quando operam em concessões onde outros já possuem direitos exclusivos, podendo, nessa sentido, envolver roubo de propriedade. O ouro extraído dessa forma se furta do pagamento de impostos e das regulações de exportação, possivelmente financiando conflitos e outras atividades financeiras ilegais. Em algumas áreas em que atuamos, principalmente em Gana e na Tanzânia, a tensão com os mineradores ilegais levou a conflitos com nossos empregados, e nossos negócios sofreram impactos negativos com a mineração ilegal dentro de nossas áreas de concessão. A natureza informal e os baixos níveis de conformidade no setor de ASM também afetam a segurança do trabalhador e, de fato, a ASM pode ser bastante perigosa. As comunidades também podem ser afetadas pela degradação ambiental, visto que o cumprimento dos regulamentos ambientais é dificultado pela REVISANDO NOSSO DESEMPENHO E OBJETIVOS Definição de ASM em todo o mundo Mineradores artesanais são conhecidos por vários nomes diferentes em todo o mundo. Alguns desses nomes são: •Galamsey (Gana) •Orpailleurs (DCR) •Garimpeiros (Brasil) •Zama Zamas (África do Sul) •Barequeros (Colômbia) Progresso • MM8: Número absoluto (e percentual) de unidades da empresa onde ocorre mineração artesanal e de pequena escala no local ou nas adjacências; os riscos associados e as medidas adotadas para gerir e mitigar esses riscos A ASM, tanto a legal quanto a ilegal, está se tornando cada vez mais mecanizada, o que leva a um aumento da perda de ouro, à degradação ambiental em terrenos pelos quais somos responsáveis, a sérios impactos na saúde da comunidade e a confrontos cada vez mais violentos com as comunidades locais. A incidência de mineradores ilegais que entram em escavações ativas e inativas potencialmente atrapalha as nossas atividades de mineração e representa uma ameaça significativa à segurança de nossos empregados, de nossa equipe de segurança patrimonial e dos próprios mineradores artesanais, trazendo riscos à reputação da nossa empresa. SEÇÃO DOIS Indicadores GRI utilizados pela AngloGold Ashanti: Para proteger os nossos ativos, nossos empregados, o meio ambiente e as comunidades locais, agimos contra a atividade ASM ilegal em nossas unidades. Procuramos lidar com as atividades de ASM ilegal através de intervenções estratégicas e de segurança patrimonial que visam a acabar com a atividade ilegal em nossa concessão. Damos suporte a medidas apropriadas tomadas dentro dos limites legais e de acordo com os princípios internacionais de direitos humanos, incluindo os Princípios Voluntários de Segurança e Direitos Humanos (VPSHR), regras de interação com a comunidade e os Princípios Orientadores das Nações Unidas para as Empresas e os Direitos Humanos. Para mais informações sobre a nossa empresa e os direitos humanos, veja as páginas 69-70. Ao mesmo tempo, apoiamos as medidas que buscam desenvolver normas para um setor de ASM legal, formal e responsável e, quando pertinente, incluímos em nossas unidades operacionais considerações sobre a ASM em suas avaliações de referência SEÇÃO TRÊS A mineração artesanal e de pequena escala (ASM) é uma característica típica de regiões de mineração de ouro em todo o mundo. A prática, muitas vezes, envolve o trabalho infantil, que nós não aceitamos nem toleramos. A ASM é uma atividade que faz uso intensivo da mão de obra semiqualificada ou não qualificada, que apresenta baixos níveis de mecanização, de produção, de produtividade, de retorno e de eficiência e que, geralmente, é caracterizada por práticas inseguras e entendimento inadequado dos requisitos mínimos de segurança. Os mineradores artesanais geralmente dependem de financiadores informais, os quais costumam controlar a venda desse ouro de uma forma organizada e sofisticada. Trata-se de uma atividade que tem sido realizada em muitas comunidades há muitos séculos. No entanto, dados os baixos níveis de emprego formal quando se trata de operações de grande escala, têm-se tornado crescentes os riscos de as comunidades invadirem as áreas de mineração das empresas de grande porte para realizarem atividades de mineração ilegal em suas terras. Estima-se que mais de 100 milhões de pessoas dependam deste setor para a renda, seja direta ou indiretamente. Reconhecemos que ASM legal está prevista no quadro legislativo da maioria dos países onde há mineração e tem o potencial de garantir meios de subsistência para pessoas que, muitas vezes, pertencem a comunidades pobres e marginalizadas. informalidade. A ASM pode poluir as bacias hidrográficas com o uso de mercúrio, construção de barragens, assoreamento, falta de saneamento e descarte indevido dos efluentes. SEÇÃO UM QUE S Veja nosso Relatório On-Line para se informar sobre nossa abordagem de gestão dos seguintes aspectos: mineração artesanal e de pequena escala. 3 Contexto AL ATIVIDADES RELACIONADAS À MINERAÇÃO ARTESANAL (garimpo) E DE PEQUENA ESCALA O MATER TÃ I QUESTÃO MATERIAL 3: continuação Competir por recursos e infraestrutura do meio ambiente, da saúde e das questões sociais. Essas avaliações continuam por toda a vida útil da mina, para ajudar a monitorar e controlar as atividades de mineração ilegal. o processo de criação de parcerias em Gana, tiveram que ser suspensos devido a recentes restrições orçamentárias. Existem planos para retomá-los em um futuro próximo. A interação e a colaboração com os governos locais, os mineradores artesanais e as comunidades locais desempenham um papel importante em todas as nossas estratégias de ASM, assim como as considerações sobre questões legais e de segurança. As parcerias envolvendo diversos públicos de interesse liderados pelos governos ajudam a melhorar as intervenções de segurança patrimonial e a mitigar os impactos sociais, ambientais e na área da saúde. Em Gana, o lançamento dos fundos fiduciários comunitários em Obuasi e Iduapriem terá um impacto positivo para o desenvolvimento socioeconômico das áreas no entorno dessas minas e é provável que tenha um impacto positivo para a geração de meios de subsistência alternativos. Durante o ano, foi constituído um grupo de trabalho sobre ASM liderado no nível corporativo para coordenar todas as atividades e intervenções ASM internamente. Tomamos uma série de iniciativas importantes, como: • desenvolvimento de uma estrutura de orientação sobre como as questões relativas à ASM devem ser gerenciadas durante a implementação dos principais projetos de capital; e • identificação dos riscos genéricos da ASM e as medidas de controle adotadas em cada região como informação básica para o registro de riscos da região e do Grupo. Para melhorar a segurança patrimonial em todas as nossas operações, nós: • firmamos um Memorando de Entendimento (MOU) com a polícia regional da Tanzânia para orientar na forma como lidamos com as incursões dos mineradores ilegais, no monitoramento de prisões e processos de acusação, bem como na demarcação da área de concessão; • fechamos uma cooperação com uma iniciativa nacional para conter a mineração ilegal em Gana; e • participamos de um Comitê de Gestão de ASM que foi estabelecido por autoridades locais na República Democrática do Congo, para facilitar a criação e gerenciamento de zonas de exclusão no entorno das áreas onde temos atividades operacionais. Um dos principais desafios vividos durante o ano foi o limitado progresso no desenvolvimento de parcerias envolvendo diversos públicos de interesse em outras partes da África, como em Gana. Essas parcerias são importantes para a criação conjunta de soluções para os desafios criados pela ASM. Infelizmente, estudos preliminares sobre a ASM, que poderiam ter apoiado Em Antioquia, na Colômbia, a ASM tem sido parte integrante da economia e cultura local desde o início do século XIX. Em 2012, começamos a discutir com a comunidade sobre meios de vida alternativos para os mineradores artesanais da região de nosso Projeto Gramalote. Essas discussões não só abordaram o valor monetário, mas também focaram em maneiras de criar um futuro sustentável para os mineradores. Em 2013, foi realizado um treinamento em colaboração com o Instituto Nacional de Formação Profissional e 69 dos ex-mineradores artesanais estão agora empregados pela AngloGold Ashanti em Gramalote. O governo colombiano trabalha em parceria conosco e, através do Instituto Nacional de Formação Profissional, busca preparar os mineradores para um futuro emprego. Também ajudamos os mineradores que desejavam abrir seu próprio negócio, oferecendo treinamento em empreendedorismo rural. Embora muitas ideias de negócios tenham sido concebidas ao longo de 2013, a implementação do programa tem sido mais desafiadora, dadas as condições do mercado externo do ouro. O Projeto Gramalote em si tem se desenvolvido mais lentamente do que o inicialmente previsto e, por isso, há um esforço para gerar demanda suficiente capaz de dar suporte às atividades empresariais. No entanto, o nosso apoio aos ex-mineradores artesanais continua e, em 2014, ambos os grupos continuarão a procurar alternativas viáveis de emprego. Objetivos Na nossa avaliação, os desafios da ASM e da mineração ilegal podem ser melhor resolvidos pela adoção de uma abordagem envolvendo múltiplos públicos de interesse, trabalhando com governos, com os mineradores artesanais, com ONGs e agências de desenvolvimento para enfrentar a questão. Buscamos melhorar a vida das pessoas afetadas por nossas atividades de mineração, bem como cuidar do meio ambiente local. Tendo em vista o sucesso da criação da Tanzânia ASM MSPI, estamos desenvolvendo um processo semelhante em Gana, e também consideraremos a possibilidade de aplicar modelos comparáveis em Guiné e em Mali. SEÇÃO UM 3 QUE S AL O MATER TÃ I Busca pela coexistência na Tanzânia Na Tanzânia, a AngloGold Ashanti assinou um Acordo de Estrutura para Iniciativa de Parceria Multi-Stakeholder (MSPI) em 28 de junho de 2013. Essa iniciativa, liderada pelo Governo da Tanzânia e facilitada pelo Banco Mundial, também inclui o African Barrick Gold e a Federação dos Mineradores Associados da Tanzânia (FEMATA). O objetivo primordial do MSPI é apoiar a formalização da ASM e promover a coexistência entre esse tipo de mineração e a mineração em grande escala na Tanzânia. Como parte desse processo, está sendo testado, em Geita, na Tanzânia, um projeto de dois anos para formalização da ASM. Esse projeto, da ordem de US$ 1,6 milhão, está sendo financiado em grande parte pelo Banco Mundial e pelo Governo da Tanzânia para: • aumentar a renda dos mineradores; • capacitar os mineradores em métodos mais seguros e mais eficientes de mineração e processamento; Geita será beneficiada com o projeto através de uma melhor interação com os públicos de interesse, facilitando a mitigação dos riscos relacionados à ASM, apoiando nossa licença social para operar e reduzindo os incidentes de segurança patrimonial relacionados com a ASM ilegal, a perda de material aurífero e os impactos ambientais e de segurança causados pela ASM em nossa área de concessão. Após uma avaliação inicial do impacto realizada como parte do censo de ASM em 2012, está sendo planejada uma série de projetos de mitigação e remediação ambiental. A AngloGold Ashanti interagiu com vários públicos de interesse em Gana, incluindo o Banco Mundial, a Câmara de Minas e Mineração de Gana e outras mineradoras do país, em busca de uma intervenção semelhante. SEÇÃO TRÊS • dar acesso a financiamento, equipamentos e mercados; e • reduzir os impactos negativos nas áreas sociais, ambientais e de saúde que frequentemente são associados à ASM, como a exposição ao mercúrio, a degradação da terra, o trabalho infantil, a desigualdade de gênero e as condições de trabalho inseguras e exploratórias. SEÇÃO DOIS Julius Mlunga é um supervisor de mina em Geita Gold Mine, na Tanzânia. REVISANDO NOSSO DESEMPENHO E OBJETIVOS QUESTÃO MATERIAL 4: Questões legados de saúde e socioambientais Muitos problemas que enfrentamos hoje, relacionados com o nosso desempenho social, ambiental e na área da saúde, chegaram até nós por causa de administrações passadas e são o resultado de questões sociais, regulamentares e sistêmicas mais amplas ou o resultado de novos conhecimentos e/ou pesquisas que têm influenciado as melhores práticas. Nós reconhecemos a necessidade de tratar essas questões, tanto pelos nossos empregados quanto pelas nossas comunidades. QUESTÕES LEGADOS DE SAÚDE E SOCIOAMBIENTAIS Públicos de interesse: empregados, comunidades, governo, investidores Doença pulmonar ocupacional, sobretudo na África do Sul Mão de obra migratória, moradia e acomodação, na África do Sul DOENÇA PULMONAR OCUPACIONAL, SOBRETUDO NA ÁFRICA DO SUL Contexto Veja nosso Relatório On-Line para se informar sobre nossa abordagem de gestão dos seguintes aspectos: saúde ocupacional e segurança no trabalho. A doença pulmonar ocupacional (DPO) é um risco inerente a muitas minas de ouro subterrâneas onde está presente o pó de sílica. As formas mais significativas de DPO dentro da empresa são a silicose e a tuberculose pulmonar (TB). A DPO Considerações sociais e ambientais em Obuasi, Gana Questões de Reassentamento na Tanzânia e em Gana Contaminação de Águas Subterrâneas profundas e obriga- ções de bombeamento de água na África do Sul foi praticamente erradicada no Brasil com a mecanização da mineração, melhoria da ventilação, supressão de poeira, medidas de proteção pessoal e limitações estatutárias sobre o tempo de serviço dos trabalhadores que operam em locais subterrâneos. Se inalado, o pó de sílica pode causar inflamação e cicatrizes nos pulmões, levando a um mau funcionamento dos pulmões. A silicose normalmente tem um longo período de latência e, às vezes, é detectada apenas anos após a exposição. Na África do Sul, a silicose é uma questão legado, cujo enfrentamento vem sendo levado a cabo com enorme esforço não só pela AngloGold Ashanti, mas pela indústria de mineração do ouro como um todo, assim como o governo, sindicatos e profissionais da saúde. A TB pulmonar, especialmente quando é associada à exposição ao pó de sílica, é motivo de grande preocupação. Nosso compromisso imediato é reduzir a incidência de TB ocupacional para menos de 2,25% entre os empregados da África do Sul e curar 85% dos novos casos – uma meta estabelecida pela Organização Mundial de Saúde (OMS). O desafio maior é que a combinação entre a infecção pelo HIV e a exposição a pó de sílica tem um efeito multiplicador sobre o risco de desenvolver a tuberculose. Teste de função pulmonar na clínica de saúde ocupacional em Obuasi, Gana. SEÇÃO DOIS As ações levantam várias questões legais e factuais complexas, e a AngloGold Ashanti planeja usar os procedimentos judiciais cabíveis para responder às ações e defender os casos em seus méritos. Nossa estratégia de saúde ocupacional engloba minimizar riscos atuais, principalmente pela redução da exposição ocupacional dentro da indústria. Em 2008, comprometemo-nos a eliminar novos casos de silicose entre os trabalhadores que não haviam sido expostos anteriormente em nossas operações na África do Sul. SEÇÃO UM QUE S Em 2013, o escritório de advocacia Abrahams e Spoor entrou com um pedido de consolidação das ações coletivas anteriores contra a AngloGold Ashanti. Esse caso foi relatado em nosso Relatório de Sustentabilidade 2012. Como a AngloGold Ashanti havia recebido 31 reclamações individuais no final de dezembro de 2013, a empresa notificou a sua intenção de se opor às ações. 4 Resposta da AngloGold Ashanti em relação aos litígios envolvendo doenças pulmonares ocupacionais AL “A silicose é uma questão que desafia não só a indústria da mineração, mas a África do Sul como um todo. Uma abordagem de cooperação mútua é fundamental – quanto mais rápido nos unirmos, melhor”. O MATER TÃ I A AngloGold Ashanti trabalha para prevenir futuros incidentes de DPO promovendo melhorias contínuas na gestão de poeira nas minas subterrâneas e reduzindo a exposição de nossos empregados ao pó. A silicose é uma questão que não só desafia a indústria da mineração, mas a África do Sul como um todo. Embora tenhamos tido progresso, nós reconhecemos que o sistema de indenizações legais para doenças relacionadas à silicose deve ser revisto, para que possa ultrapassar as insuficiências identificadas pelo Tribunal Constitucional. Estamos comprometidos a trabalhar ativamente por meio da Câmara de Minas e com o governo e o sindicato para melhorar, de forma rápida e sustentável, a estrutura de indenização legal da indústria. Esta abordagem de cooperação mútua é fundamental para o sucesso desta intervenção e, quanto mais rápido nos unirmos, melhor. SEÇÃO TRÊS Para obter mais informações sobre os processos judiciais, veja a divulgação 20F1. www.anglogoldashanti.co.za/investors+and+media/financial+reports/ form+20-f.htm REVISANDO NOSSO DESEMPENHO E OBJETIVOS 4 QUE S AL O MATER TÃ I QUESTÃO MATERIAL 4: continuação Questões legados de saúde e socioambientais Taxa de novos casos de TB ocupacional Novos casos de TB ocupacional Novos casos de silicose Progresso Indicadores GRI utilizados pela AngloGold Ashanti: G4-LA7: Trabalhadores com alta incidência ou alto risco de desenvolver doenças relacionadas à sua ocupação A estratégia de saúde global do Grupo foi aprovada para implementação em meados de 2012. Os principais componentes da estratégia são otimizar os sistemas e processos de saúde organizacional para tratar dos riscos à saúde; integrar sistemas e atividades ligadas ou não à saúde com vistas a ampliar o valor agregado; e manter o foco sobre iniciativas adequadas baseadas na sustentabilidade para promover benefício mútuo. Todas as regiões têm desenvolvido estratégias alinhadas, e a implementação começou a solucionar desafios específicos e localizados. Através de uma combinação de controles de engenharia e administrativos, os nossos níveis de exposição ocupacional ao pó na África do Sul têm ficado consistentemente abaixo da marca estabelecida pelo Conselho de Saúde e Segurança de Minas (MHSC) de menos de 5% das amostras acima do limite de 0,1mg/m3 a partir de 2008. (O MHSC é uma entidade pública nacional encarregada de assessorar o Ministro dos Recursos Minerais em matéria de legislação da saúde e da segurança no trabalho; os resultados de suas pesquisas são usados para melhoria e promoção da saúde e segurança ocupacional nas minas sul-africanas). As principais intervenções, tanto em West Wits como em Vaal River, incluem o aumento da amostragem, detonação centralizada, lavagem de poço e tratamento de parede de mina, bem como o uso de nebulizadores e filtros multiestágio. REVISANDO NOSSO DESEMPENHO E OBJETIVOS “Operar nossos negócio sem que nossos empregados fiquem expostos a riscos potenciais ou sofram lesões ocupacionais e que permaneçam livres de doenças ocupacionais”. Essas iniciativas continuam a mostrar progressos na redução dos níveis de poeira. Após amostragem de poeira em todas essas operações, os resultados mostraram que, em 2013, apenas 1% das amostras excedeu a exposição ocupacional limitada de 0,1mg/m3 (em 2012: 0.94%). Em 2013, foram identificados 293 casos de silicose (em 2012: 168), os quais foram submetidos ao Conselho de Medicina para Doenças Ocupacionais da África do Sul (MBOD). Estamos analisando de perto esse aumento a curto prazo. Dados os longos períodos de latência envolvidos com a doença, é muito cedo para avaliar se estamos no caminho certo para conseguirmos cumprir nossa meta de longo prazo de eliminar novos casos de silicose. Durante o ano em análise, 447 novos casos de TB ocupacional foram identificados e submetidos à indenização (2012: 446). Nossa taxa de cura foi de 92% (em 2012: 94%), o que supera a meta da OMS. Acreditamos que o declínio progressivo da incidência de tuberculose nos últimos sete anos é prova do sucesso de nossos programas de monitoramento e tratamento precoce da TB, que incluem a introdução de novas tecnologias à medida que vão surgindo (como o teste Gene Xpert de rotina para fins de diagnóstico rápido), ações contínuas de controle de poeira, nossos programas de testes e aconselhamento em relação ao vírus HIV e terapia antirretroviral. Dado o sucesso contínuo dos programas, nossas metas serão revistas em 2014. ESTUDO DE CASO: O uso inovador da tecnologia para impulsionar melhorias no controle da TB www.aga-reports.com/13/cs Objetivos Continua sendo um objetivo crucial operar um negócio que não cause qualquer dano a nossos empregados e que não os exponha a riscos potenciais para que permaneçam livres de doenças ocupacionais. Isso significa que estamos comprometidos com a eliminação de novos casos de silicose entre os trabalhadores não expostos anteriormente (pós-2008) em nossas operações na África do Sul e que estamos nos esforçando para atingir uma taxa de incidência de TB ocupacional de 1,5% até o final de 2029. AL O MATER TÃ I 4 SEÇÃO UM 4 QUE QUE S S AL O MATER TÃ I A proximidade das operações Obuasi para a cidade de Obuasi e as suas aldeias resultou em uma relação de interdependência. Obuasi é uma cidade localizada na região de Ashanti, em Gana, uma área com uma história de mais de 110 anos de mineração de grande escala. Práticas e abordagens anteriores de mineração e processamento resultaram em liberação de poluentes na água, no ar e no solo. A falta de demarcação ativa e planejamento do uso da terra também resultou em um grande número de mineradores artesanais e de pequena escala operando em terras de propriedade da empresa, o que representa um dos desafios mais importantes e multifacetados enfrentados pela AngloGold Ashanti – muitas vezes envolvendo considerações sobre segurança e direitos humanos – ver páginas 28-29. A maioria desses desafios é resultado de práticas históricas e, desde a fusão da AngloGold Ashanti em 2004, temos investido um capital considerável para redesenhar a mina de Obuasi. Corrigir desenhos operacionais e práticas históricas leva tempo, mas estamos confiantes de que os nossos esforços estão ajudando a compreender esses desafios e a lidar com eles; continuamos a aprender com os erros do passado e estamos comprometidos com a mitigação dos impactos desses fatores de forma aberta, consultiva, acessível e sustentável. Obuasi emprega cerca de 5.200 pessoas. Uma grande proporção da população local depende da AngloGold Ashanti para a sua subsistência, seja direta ou indiretamente. No entanto, essa relação de interdependência deu origem a tensões no passado e continuamos a interagir com a comunidade para desenvolver maneiras de mitigar os problemas. Nossos planos de desenvolvimento, inclusive no que diz respeito à participação da comunidade e à entrega de serviços para ela, são específicos de cada unidade, adaptados para implementar nossa estratégia global de promoção do desenvolvimento sustentável nas comunidades dos locais onde operamos. REVISANDO NOSSO DESEMPENHO E OBJETIVOS REVISANDO NOSSO DESEMPENHO E OBJETIVOS Indicadores GRI utilizados pela AngloGold Ashanti: • G4-SO2: Operações com significativos impactos negativos – reais ou potenciais – sobre as comunidades locais • G4-SO11: Número de queixas e reclamações sobre impactos na sociedade apresentadas, analisadas e resolvidas através de mecanismos formais de atendimento a queixas e reclamações Relacionamento com as comunidades Em alguns países, existe uma relação complexa e mutuamente dependente entre a AngloGold Ashanti e os moradores de comunidades vizinhas. Nas operações de Obuasi, essa relação é ainda mais complicada, pois as comunidades estão localizadas não só na cidade de Obuasi, mas também nas adjacências da cidade e em vilarejos próximos. Como em muitas sociedades mineiras na África, a infraestrutura é limitada e o planejamento e financiamento inadequado levaram a tensões entre a mina e a população. SEÇÃO DOIS Contexto Progresso Nós continuamos desenvolvendo nosso relacionamento com vários públicos de interesse, como os empregados, as comunidades, o governo e as organizações não governamentais. Nós fazemos contribuições significativas para os moradores que vivem próximos de nossas operações, oferecendo empregos diretos e indiretos. Outros benefícios incluem o desenvolvimento de infraestrutura e apoio ao desenvolvimento econômico local, como projetos de saneamento básico e de infraestrutura para a educação e os fundos Ghana Trust Funds. ESTUDO DE CASO: Comunidades em Gana beneficiam-se de fundos fiduciários comunitários www.aga-reports.com/13/cs A presença da mineração artesanal e de pequena escala, bem como a mineração ilegal, é um verdadeiro e complexo desafio para a nossa empresa, visto que tentamos encontrar um equilíbrio entre a nossa obrigação de proteger nossos ativos e a nossa obrigação de não infringir os direitos humanos. 59 SEÇÃO TRÊS CONSIDERAÇÕES SOCIAIS E AMBIENTAIS EM OBUASI, GANA QUESTÃO MATERIAL 4: continuação Questões legados de saúde e socioambientais Para conseguir isso, alinhamos a nossa política de direitos humanos com os Princípios Orientadores das Nações Unidas sobre Empresas e Direitos Humanos. Tratamento das questões ambientais Em reconhecimento à dimensão e à complexidade das questões ambientais em Obuasi, a estratégia de gestão ambiental da mina concentra-se em duas áreas principais: • não causar danos; e • gerenciar questões legados, como a poluição e seus impactos. Essa estratégia é detalhada no Plano de Gestão Ambiental da mina para 2014-2017. Esse plano foi submetido à apreciação da Agência de Proteção Ambiental de Gana (EPA) e espera-se que constitua a base para a próxima certificação ambiental da mina, referente ao período de abril de 2014 a março de 2017. O plano inclui gestão de resíduos e produtos químicos, gestão da água, gestão da qualidade do ar, bem como a reabilitação e fechamento da unidade. Gestão da água Seguindo a nossa filosofia de melhoria contínua, submetemos à EPA, em novembro de 2013, um plano de gestão da água que propõe uma maneira de otimizar o uso dos recursos hídricos em Obuasi. Especificamente, o desenvolvimento e a manutenção de um balanço hídrico preditivo em toda a mina vão nos ajudar a gerir a água de forma mais eficiente. Uma versão preliminar do balanço hídrico para a mina foi submetida à EPA em setembro de 2012 e atualizada em maio e novembro de 2013. O resultado desse trabalho tem sido uma abordagem muito mais holística no que diz respeito à gestão da água, o que irá garantir a conformidade e reduzir os custos operacionais à medida que for sendo concluída cada fase do projeto. Os desenvolvimentos mais recentes são: • Instalações de tratamento da água: Houve um investimento significativo em instalações de tratamento da água em Obuasi. Duas estações tratam toda água processada antes de liberála para o meio ambiente. Uma instalação adicional, com 500 m3/h de capacidade, está em construção e espera-se que seja comissionada em abril de 2014. Nuru Mahana é um amostrador de água na planta de Reciclagem de Água Pompora, em Obuasi, Gana. Solicitamos uma extensão do prazo da diretiva, pois foi constatado que a instalação de armazenamento de rejeitos existente tem capacidade de deposição para até 2017. Em outubro de 2013, a EPA concedeu à mina de Obuasi uma extensão de um ano no prazo para o descomissionamento da TSF Sul, que poderá ser realizado até dezembro de 2015. A avaliação dos riscos geoquímicos começou, e o plano de fechamento da TSF existente será feito com base nos resultados dessa avaliação. Reabilitação Existem várias cavas e depósitos de estéril decorrentes da anterior mineração de superfície em Obuasi que devem ser reabilitados para que ofereçam condições seguras, estáveis e sustentáveis. Está sendo implementado um plano de reabilitação contínua aprovado pela EPA. Duas cavas e os depósitos de estéril a eles associados foram reabilitados em 2011 e 2012. O aterro (backfill) da cava T2 foi concluído em 2013, e a revegetação começará no início de 2014. Além disso, os poços e depósitos de resíduos – que apresentam grandes dimensões – estão sendo integrados a um novo projeto de mineração de superfície na mina. Projetos de limpeza de poluição incluem o desenvolvimento de uma solução permanente para o descarte do arsénio estocado, remineração de antigas instalações de rejeitos não revestidas (quando economicamente viável) e desassoreamento de sedimentos dos cursos d’água. Objetivos Apesar da contribuição que a AngloGold Ashanti faz para a comunidade de Obuasi, reconhecemos que ainda há várias e importantes questões sociais e ambientais a serem resolvidas e manteremos nossa atenção a essas áreas. SEÇÃO TRÊS O local de disposição de resíduos gerais domésticos na cidade de Obuasi tem sido tradicionalmente gerido pelo município. No entanto, a unidade municipal de eliminação de resíduos não foi gerida de modo adequado e teve um impacto ambiental negativo. Em conformidade com uma diretiva da EPA estabelecida no certificado ambiental da mina de 2011 a 2014, a mina Obuasi parou de usar as instalações de lixo municipal em 2012. A mina agora usa um aterro aprovado temporariamente, mas já projeta uma instalação de aterro devidamente planejada. O aterro temporário, aprovado pela EPA, está em uma das cavas da mina. O projeto e a declaração de impacto ambiental para o aterro projetado (solução permanente) foram desenvolvidos em 2013 e serão submetidos à EPA para obtenção de licença no início de 2014. O certificado ambiental em Obuasi (2011) está condicionado ao descomissionamento da atual instalação de armazenamento de rejeitos (TSF) e ao comissionamento de uma nova unidade em dezembro de 2014. Está sendo desenvolvida em Obuasi uma nova estratégia de gerenciamento de rejeitos, a qual prevê a introdução de dois fluxos de rejeitos separados. SEÇÃO DOIS Gerenciamento de estéril Gerenciamento de rejeitos SEÇÃO UM QUE S • Armazenamento de Água de Processo: Há necessidade de um tanque adicional para armazenamento e reutilização da água tratada. Apesar da conclusão de um desenho para uma nova barragem de água de processo e da obtenção de uma licença ambiental, o descomissionamento de alguns tanques de água de processo apresenta uma oportunidade de usá-los para armazenamento de água. 4 • Água subterrânea: Em Obuasi, a água subterrânea utilizada foi redirecionada para tratamento e descarga pela Estação de Tratamento Pompora ou para reutilização como água de processo na Estação de Tratamento Sul. O sistema de água subterrânea foi integrado ao equilíbrio hídrico em toda a unidade. Também deve ser implementado um processo de otimização da coleta de água, do uso da água e dos requisitos de bombeamento. AL “Adotamos uma abordagem holística no que diz respeito à gestão da água para garantir a conformidade e reduzir os custos operacionais”. O MATER TÃ I REVISANDO NOSSO DESEMPENHO E OBJETIVOS QUESTÃO MATERIAL 4: continuação Questões legados de saúde e socioambientais CONTAMINAÇÃO DE ÁGUAS SUBTERRÂNEAS PROFUNDAS E OBRIGAÇÕES DE BOMBEAMENTO DA ÁGUA NA ÁFRICA DO SUL Contexto A Bacia de Witwatersrand, na África do Sul, é composta por rocha porosa de matriz dolomítica – muito parecida com uma esponja – e, naturalmente, contém grandes quantidades de água. A região tem uma história de 120 anos de mineração, período durante o qual as minas tiveram que bombear grandes volumes de água para a superfície a fim de operar de forma segura. O processamento de minério requer água para o transporte de finas partículas de rocha britada e para o auxílio às reações químicas necessárias para extrair o ouro da rocha. A maior parte da água que é usada no transporte das lamas dos processos até as instalações de armazenamento de rejeitos (TSF) (ver página 51) é drenada para as barragens de água, onde serão então recicladas e retornadas ao circuito hídrico; no entanto, existe nesse processo certa evasão de água, que infiltra em aquíferos subterrâneos. A água da chuva que cai sobre depósitos de estéril também pode dissolver sais à medida que penetra o depósito, levando-os até o subsolo. Quando essa água e a que naturalmente infiltra no subsolo a partir de outras fontes entram em contato com os minerais contendo sulfeto (piritas), possivelmente oriundos da mineração, a água pode tornar-se ácida, fenômeno conhecido como drenagem ácida. A água ácida pode lixiviar metais de rochas e dissolver as dolomitas alcalinas. A drenagem ácida é hoje notória na superfície da região da Bacia Ocidental e continua sendo um problema significativo em partes das antigas áreas de mineração de ouro da Bacia de Witwatersrand. Na África do Sul, as operações de Vaal River e West Wits estão expostas ao risco de inundação, resultante de falhas de bombeamento de algumas minas de ouro adjacentes que ainda estão em funcionamento ou que já fechadas, mas que não fazem parte das operações da AngloGold Ashanti. Nstas minas a remoção de água é continuamente realizada por bombeamento. A instalação e a operação de sistemas de bombeamento adicionais para essas operações trariam um significativo custo operacional e de capital para a empresa. Progresso A contaminação das atuais escavações da mina está sendo prevenida por meio do bombeamento contínuo da água das operações subterrâneas que deixaram de funcionar. No entanto, o custo do bombeamento é significativo e assumido por um número cada vez menor de minas em operação. Se o bombeamento for interrompido e houver permissão para o aterro das minas, o pH da água acabará por diminuir (e tornar-se ácido), mas isso pode levar décadas. Na realidade, a gestão em longo prazo da acidez da água das minas e seu impacto, terá que continuar por muitos anos e exigirá o empenho de todos os públicos de interesse. Fizemos um trabalho de mapeamento extensivo das escavações subterrâneas adjacentes que existem nas regiões de Vaal River e West Wits. Estão sendo desenvolvidos projetos para gerenciar a água excedente e melhorar a infraestrutura de bombeamento. O potencial de inundação entre minas, tanto em Vaal River como em West Wits, continua a ser um risco e tema de grande preocupação, agravada pela incapacidade das minas vizinhas de contribuírem com os custos de bombeamento. Atualmente, a AngloGold Ashanti está bombeando água de operações subterrâneas que não lhe pertencem, a fim de impedir a inundação das escavações em nossas minas em operação. O custo anual desse bombeamento é de aproximadamente US$ 4,7 milhões Metas São necessárias soluções financeiramente sustentáveis em longo prazo para lidar com a contaminação de águas subterrâneas profundas. Estas soluções não podem ser responsabilidade de apenas uma empresa; devem ser tratadas em parceria com o governo, agências reguladoras, a indústria da mineração e as comunidades. A AngloGold Ashanti assume o compromisso de trabalhar em colaboração com os públicos de interesse e desenvolver essas parcerias. MÃO DE OBRA MIGRATÓRIA, HABITAÇÃO E MORADIA NA ÁFRICA DO SUL Contexto A África do Sul tem uma longa história de trabalho migratório. Antes da década de 1980, os mineiros imigrantes assinavam contratos anuais, para complementar a renda em comunidades que eram basicamente sustentadas pela agricultura de subsistência. À medida que a mão de obra tornou-se mais qualificada e estável, os empregados imigrantes tendiam a retornar anualmente para trabalhar nas minas. De fato, gerações de famílias procuraram emprego nos mesmos lugares. A consequência foi o aumento da formação de famílias extraconjugais, áreas dependentes de mão de obra externa e condições semipermanentes de convivência apenas com pessoas do mesmo sexo. A AngloGold Ashanti fez um esforço significativo para treinar e recrutar trabalhadores locais, literalmente “à sombra da torre do poço de mina”. Porém, isso também trouxe consequências, incluindo a falta de qualificação da mão de obra local e uma falta de vontade da população local em trabalhar na indústria. Além disso, sabe-se que, se a indústria da mineração se voltar unicamente para o emprego local, haveria um significativo impacto negativo sobre os empregados dessas áreas rurais, bem como para as famílias e comunidades nessas áreas. Progresso No final de 2013, 96% de nossas moradias foram convertidas em acomodações individuais e 100% de nossas moradias, anteriormente classificadas como supérfluas, foram convertidas em unidades familiares. Ao todo, 59% dos empregados que trabalham na África do Sul foram alojados em moradias fornecidas pela empresa (2012: 58%). As metas da Carta de Mineração para melhoraria dos padrões de habitação e condições de vida dos mineradores são as seguintes: • converter ou atualizar dormitórios em unidades familiares até 2014; • atingir a taxa de ocupação de uma pessoa por quarto até 2014; e • facilitar opções de aquisição da casa própria para todos os empregados da mina, em consulta com o sindicato em 2014. Nosso programa de aprimoramento das moradias continuou durante o ano, enfocando principalmente na redução do número de pessoas por quarto, inclusive transformando quartos comunitários em acomodações individuais. REVISANDO NOSSO DESEMPENHO E OBJETIVOS O plano de implementação para melhorar o nível de privacidade dos moradores dos dormitórios da empresa já está sendo executado para atingir a meta de um quarto por pessoa até 2014. A capacidade dos cômodos tem sido um desafio, haja vista que todos os empregados afetados têm de receber acomodação também durante o processo de reversão dos espaços em quartos individuais. Durante esse processo, alguns empregados foram acomodados de forma a dividir quartos com os seus colegas de trabalho. O restante dos empregados foi transferido para acomodações alternativas em dormitórios com espaço disponível. Desde 2005, foram criados 9.462 quartos individuais. SEÇÃO DOIS Durante o ano, 2.366 unidades foram convertidas e o número médio de pessoas por quarto foi reduzido de oito em 2005 para dois em 2013. Espera-se que esse processo seja concluído em 2014 na região de West Wits e de Vaal River, a um custo total para a empresa de US$ 37,8 milhões, dos quais US$ 26,3 milhões foram gastos até o momento. Para os empregados que optam por não viver no alojamento fornecido pela empresa, é concedido um auxílio-moradia de US$ 187 por mês. Esse subsídio destina-se a ajudar os empregados a encontrar alojamentos alternativos adequados. Durante os nossos programas de integração, informamos aos nossos empregados sobre as opções de hospedagem disponíveis e qual a finalidade do auxílio-moradia. Metas É nossa intenção contribuir para o desenvolvimento de comunidades que sejam mais sustentáveis no longo prazo, fornecendo tudo o que pudermos para melhorar as condições em que os nossos empregados vivem e também lidando com problemas socioeconômicos mais amplos. Reconhecemos que isso requer um investimento significativo tanto de tempo quanto de recursos do governo, da indústria da mineração, dos sindicatos e das comunidades. SEÇÃO TRÊS Reconhecemos que remediar as questões legados decorrentes do sistema de mão de obra migratória exige mais do que apenas lidar com habitação e moradia; exige abordar questões sociais subjacentes mais profundas e, concomitantemente, o desenvolvimento, em parceria com o governo, de comunidades no entorno de nossas operações de mineração. “No final de 2013, 96% de nossas moradias foram convertidas em acomodações individuais e 100% de nossas moradias, anteriormente classificadas como supérfluas, foram convertidas em unidades familiares”. SEÇÃO UM QUE S Nós também incentivamos os trabalhadores a procurar o seu próprio alojamento, fornecendo uma ajuda de custo para moradia – um auxílio mensal que pode ser usado para pagar o aluguel de uma acomodação à escolha do empregado. Embora essa tenha se mostrado uma escolha popular entre os nossos empregados, em muitos casos esse auxílio é destinado a fins que não são de habitação (complementação de renda), aumentando a pressão financeira sobre muitos dos nossos empregados. A distribuição desses auxílios para moradia também contribuiu para o rápido crescimento de assentamentos informais adjacentes às nossas operações de mineração. Os assentamentos informais são um motivo de grande preocupação e demandam uma extensão não programada dos serviços sociais prestados pelas autoridades locais, tais como abastecimento de água, saneamento, estradas e infraestrutura. 4 Como tentativa de remediar o problema, a AngloGold Ashanti tem adotado como prioridade, há anos, o abandono o abandono do sistema de dormitórios separados por sexo e a melhoria dos abrigos existentes. Dedicamo-nos consideravelmente à conversão desses espaços de moradia em modernas acomodações individuais e familiares que ofereçam maior privacidade e uma melhor qualidade de vida para seus moradores. AL No entanto, as consequências legados e sociais do sistema de trabalho migratório continua a ser um grande desafio para as mineradoras e para o governo. O MATER TÃ I QUESTÃO MATERIAL 4: continuação Questões legados de saúde e socioambientais QUESTÕES DE REASSENTAMENTO NA TANZÂNIA E EM GANA Contexto Veja nosso Relatório On-Line para se informar sobre nossa abordagem de gestão dos seguintes aspectos: as comunidades locais e reassentamento. O estabelecimento de operações de mineração de superfície de grande escala, como é o nosso caso, por vezes envolve o deslocamento inevitável e o reassentamento de pessoas. Potenciais impactos de reassentamento podem incluir perda de terra produtiva, perda de acesso a recursos comuns e serviços públicos, perda de emprego, perda de renda e moradia, bem como fragmentação social. Antes das mineradoras globais chegarem a países como a Tanzânia e Gana, a atividade era, em grande parte, exercida pela mineração em pequena escala. É nossa política adquirir e usar a terra de forma mutuamente benéfica e aceitável para todos os públicos de interesse afetados. Nosso objetivo é evitar reassentamentos involuntários; porém, como nossas operações têm expandido ao longo do tempo, os reassentamentos involuntários foram inevitáveis. Quando é esse o caso, nós nos esforçamos para cumprir as nossas normas internas, as Normas de Desempenho 1 a 8 da International Finance Corporation (IFC), a legislação nacional e internacional, bem como os pactos internacionais, como o de reassentamento do Conselho Internacional de Mineração e Metais (ICMM). Além disso, procuramos trabalhar com as comunidades locais para minimizar ou mitigar os impactos sociais e econômicos adversos. O principal objetivo é ajudar todas as pessoas deslocadas, para melhorar ou, no mínimo, restaurar seus rendimentos e padrões de vida após o reassentamento. Progresso Indicadores GRI que utilizamos: • MM9: Locais onde houve reassentamento, o número de famílias reassentadas em cada um e como os seus meios de subsistência foram afetados no processo. O reassentamento involuntário refere-se tanto ao deslocamento físico (acesso à terra onde as pessoas vivem) quanto ao deslocamento econômico (acesso à terra onde as pessoas não vivem, mas onde ganham a vida por meio da agricultura ou de outras atividades econômicas). No passado, o nosso acesso à terra e práticas de reassentamento variaram de local para local e foi influenciado por práticas históricas, pelos assentamentos previamente negociados e pelas normas e regulamentos da região. Nossa prática geralmente incluía o pagamento em dinheiro como forma de compensação pelas terras, estruturas e plantações nas terras agrícolas a que queríamos ter acesso e a construção de casas alternativas para as aldeias a serem realocadas. Essa prática mudou substancialmente ao longo dos Novas casas foram construídas para auxiliar o reassentamento físico da comunidade Dokyiwa em Gana. “Durante todo o processo de reassentamento, nós interagimos com a comunidade afetada de forma transparente e inclusiva”. SEÇÃO UM 4 QUE S AL últimos anos e as nossas normas e compromissos de 2009 foram revisadas em 2011 para refletir uma mudança de paradigma, que passou de uma simples compensação para um reassentamento econômico e social abrangente, devidamente documentado e aplicado de forma consistente em todo o Grupo. O MATER TÃ I Essas normas exigem que seja elaborado o Sistema de Política de Reassentamento (RPF) para todas as unidades cabíveis. O RPF foi introduzido durante o ano e, uma vez aprovado pelo Excom, será implementado nos locais aplicáveis durante 2014. • compensação salarial pelas plantações; • pagamentos de apoio para o período de transição; • substituição terra-por-terra; • garantia de que os meios de subsistência sejam restaurados pelo menos no mesmo nível que existia antes da operação; e • compensação e apoio para o reassentamento (incluindo a construção de novas habitações e apoio ao movimento físico e social). Para o reassentamento físico, estão previstos: • envolvimento com as comunidades afetadas para negociar acordos; e • documentação sistemática das condições da comunidade por um período de um a três anos para garantir que elas sejam, no mínimo, análogas à que estavam antes do deslocamento. Durante todo o processo de reassentamento, nós interagimos com a comunidade afetada de uma forma transparente e inclusiva, tendo sempre em conta as circunstâncias únicas de cada comunidade. No passado, Geita, na Tanzânia, requereu uma série de exercícios de compensação em dinheiro e enfrentou diversas pessoas que se recusaram a aceitar a compensação. Com base em nossa versão revisada da norma de acesso à terra, em nossos compromissos assumidos e também na nossa RPF, estamos interagindo com os membros afetados da comunidade e com o governo da Tanzânia, para resolver com êxito todas as questões. A título de exemplo, em Gana, iniciamos o reassentamento da comunidade de Dokyiwa em 2009. Esse processo envolveu o reassentamento de 106 famílias para novas moradias (reassentamento físico), bem como a concessão de terras agrícolas substitutivas e de um lote para uma fazenda comunitária (reassentamento econômico). Os procedimentos que seguimos incluíram a formação de um grupo de trabalho de reassentamento, uma pesquisa de linha de base sobre a posse de terra agrícola e sobre os tamanhos dessas terras, negociação dos termos de reassentamento, alocação de novas terras agrícolas, construção de novas casas e auxílio ao reassentamento físico. A mudança de prática para começar a realizar reassentamentos sociais e econômicos bem documentados apresenta desafios, mas também proporciona grandes benefícios, como a melhoria das relações com as comunidades e a redução da pressão dos públicos de interesse. Para superar alguns dos desafios, mantemos o nosso compromisso de garantir que as atividades de acesso à terra sejam realizadas de uma forma compatível com o sistema jurídico do país em que estão ou serão localizadas as nossas operações e com a nossa Norma e nosso Procedimento de Acesso à Terra e Reassentamento. Também mantemos o nosso compromisso de obter o apoio necessário no caso de regiões onde o reassentamento involuntário não pode ser evitado. Metas SEÇÃO TRÊS O reassentamento de qualquer comunidade é um processo complexo e altamente sensível, que requer a consideração de questões econômicas, sociais e culturais. Para ser bem sucedido e sem conflito, o processo de reassentamento deve ser construído com base nas necessidades e prioridades das próprias comunidades. Reconhecemos a importância de nos envolvermos com os públicos afetados durante todo o processo e vamos trabalhar no sentido de melhorar nossa prática nesse aspecto. SEÇÃO DOIS Basicamente, o RPF fornece as ferramentas de que precisamos para garantir que o reassentamento físico e econômico envolva uma coleta de dados-base de qualidade para nos certificar de que as condições de vida e subsistência das pessoas afetadas permaneceram a mesma ou serão melhoradas. Para reassentamento econômico, estão previstos: REVISANDO NOSSO DESEMPENHO E OBJETIVOS QUESTÃO MATERIAL 5: Ouro Responsável Continuamos a explorar e comercializar nosso ouro de forma responsável, cientes de que podemos ter um impacto benéfico sobre as áreas em que atuamos. Para uma discussão completa sobre a nossa visão de longo prazo do mercado, consulte nosso Relatório Anual Integrado 2013. OURO RESPONSÁVEL Iniciativas do Ouro responsável Cumprimento de nossa obrigação de respeitar os direitos humanos PÚBLICOS DE INTERESSE: empregados, comunidades, governos, investidores, fornecedores, clientes, ONGs e OBCs. INICIATIVAS DO OURO RESPONSÁVEL Contexto A mineração de ouro pode ter um impacto benéfico nas áreas onde é realizada. Se lavrado e comercializado de forma responsável, o ouro pode ajudar a reduzir a pobreza dos indivíduos, contribuir para o desenvolvimento socioeconômico das comunidades e aumentar a riqueza dos países. Reconhecemos que esse ouro também pode ser extraído e comercializado de forma a fomentar conflitos e contribuir para as violações dos direitos humanos. Na AngloGold Ashanti, nós nos comprometemos a nos certificar de que todas as nossas práticas de negócios sejam conduzidas de forma responsável e tenham um impacto positivo nas comunidades em que atuamos. Assumimos um compromisso público de apoio a iniciativas que buscam impedir o financiamento involuntário de conflitos e tivemos um papel de liderança no desenvolvimento do Padrão Ouro Livre de Conflito (CFGS) do Conselho Mundial do Ouro (WGC). Além disso, colocamos em prática procedimentos e controles adequados para garantir que nossas operações não contribuam para conflitos, e para monitorar e notificar esses aspectos. A legitimidade e a transparência da nossa cadeia de suprimentos são fundamentais para isso (veja uma discussão detalhada dessa questão nas páginas 34-43), assim também a defesa dos direitos humanos em todos os aspectos do nosso negócio – ver páginas 69-70. “Assumimos um compromisso público de apoio a iniciativas que buscam impedir o financiamento involuntário de conflitos e tivemos um papel de liderança no desenvolvimento do Padrão Ouro Livre de Conflito (CFGS) do Conselho Mundial do Ouro (WGC)”. Progresso Em 2013, tivemos um papel ativo em três normas voluntárias que nos permitem demonstrar que atuamos de forma responsável. A AngloGold Ashanti é a única mineradora que adota todos essas três normas. São elas: • Padrão Ouro Livre do Conflito do Conselho Mundial do Ouro. Esta é uma estratégia liderada pela indústria para combater o potencial mau uso do ouro para financiar conflitos armados ilegais e os abusos relacionados aos direitos humanos. A norma está alinhada ao Guia e Suplemento de Diligência Prévia do Ouro da Organização de Desenvolvimento e Cooperação Econômica (OCDE). A conformidade está sujeita à asseguração externa, que é combinada com os nossos processos já existentes de asseguração interna e externa. O Relatório do Ouro Livre de Conflito da Anglo Gold Ashanti, que contou com uma asseguração independente, pode ser encontrado em www.aga-reports.com/13/cfgr. SEÇÃO UM 5 QUE S AL O MATER TÃ I • O Código de Práticas do Conselho de Joalheria Responsável. Em 2013, a Sunrise Dam, na Austrália, e a CC&V, nos Estados Unidos, ambas da AngloGold Ashanti, receberam certificação nessa norma, que também havia sido recebida pela mina Córrego do Sítio no Brasil em 2012. • O Guia do Ouro Responsável da London Bullion Market Association (LBMA). A associação representa os interesses dos participantes no mercado atacadista de ouro e seu guia inclui normas de refino, boas práticas de comercialização e documentação padrão. A refinaria brasileira de Queiroz, de propriedade integral da AngloGold Ashanti, foi uma das primeiras três refinarias do mundo a ser certificada de acordo com a nova norma, em junho de 2013. A AngloGold Ashanti assumiu um compromisso público e desempenhou um papel de liderança no desenvolvimento da CFGS do Conselho Mundial do Ouro – não só porque está comprometida em adotar práticas empresariais responsáveis e fazer contribuições positivas para as sociedades dos locais onde atua, mas também porque busca cumprir suas obrigações para com os públicos de interesse a fim de garantir que o ouro em sua cadeia de suprimentos não alimente conflitos nem contribua para abusos contra os direitos humanos ou violação do direito internacional humanitário. Além disso, a AngloGold Ashanti está ativamente envolvida em iniciativas de redução do tráfico ilícito de metais preciosos em níveis nacionais e internacionais. A CFGS compreende cinco partes (veja a seguir). Foi desenvolvido um kit de ferramentas para auxiliar as empresas no seu cumprimento. Esse kit inclui informações de contextualização, conselhos sobre compilação de provas e listas de verificação. Também foi elaborado um documento de orientação para fins de asseguração externa. A AngloGold Ashanti nomeou uma equipe de projeto com um coordenador geral e pessoas incumbidas de cada uma das cinco REVISANDO NOSSO DESEMPENHO E OBJETIVOS A avaliação da parte A indicou que a AngloGold Ashanti não está operando em país em que está sujeita a sanções internacionais ou embargos relacionados com a exportação e comércio do ouro. Mali e DCR foram identificados como países de “alto risco”, de acordo com o barômetro de conflito. Por conseguinte, as operações em joint-venture em Sadiola e Yatela, no Mali, e Kibali, na DCR, são atualmente o foco principal de uma avaliação mais profunda e da elaboração de relatórios mais detalhados (Morila no Mali não se encontra em uma área identificada como “afetada por conflitos”). Como a AngloGold Ashanti não é parceira operacional na joint-venture com a Randgold Resources Ltd, em Kibali, nós somos apenas responsáveis por informar e incentivar a conformidade de nossos parceiros desse modelo com a CFGS. SEÇÃO DOIS A Parte A envolve uma avaliação dos conflitos e das sanções de todos os locais de mineração da AngloGold Ashanti e usa fontes oficiais sobre as sanções internacionais e reconhecimento de conflitos, como: União Europeia (UE), Nações Unidas (ONU), Conselho de Segurança e sanções governamentais e listas de embargo do Reino Unido. Conforme especificado na CFGS, fontes externas também foram utilizadas para avaliar a presença de conflitos ou de alto risco nos países onde a AngloGold Ashanti opera ou transporta o seu produto. Foi utilizado o Barômetro de Conflito do Instituto Heidelberg para avaliar a localização e a intensidade dos conflitos; e estes dados, por sua vez, informaram sobre quais países deveriam ser elaborados relatórios. UAÇÃO IN SEÇÃO TRÊS Cada vez mais, os clientes e os consumidores querem a garantia de que o ouro que estão comprando não contribuiu para conflitos ou abusos aos direitos humanos. Essa exigência resultou em uma série de medidas que estão sendo introduzidas por organizações relacionadas com a indústria, a fim de evitar que o ouro e outras commodities sejam usados para financiar conflitos e outras violações dos direitos humanos. partes. O foco do trabalho da equipe foram as operações da AngloGold Ashanti na região da África Continental, porque é onde ocorre a maior parte da exposição ao ouro de conflito. Uma equipe avaliou, em cada região, a Parte A (veja abaixo) para todas as operações da AngloGold Ashanti. C ON T A AngloGold Ashanti está em conformidade com o Padrão Ouro Livre de Conflito. garantindo que o ouro seja utilizado da forma planejada. QUESTÃO MATERIAL 5: continuação Ouro Responsável A avaliação da Parte B examina as evidências em cinco áreas para determinar a conformidade da empresa com a CFGS: • compromisso público - se existe uma política de direitos humanos implantada; • atividades - encontrados ou não encontrados os culpados por abusos, uso de influência para evitar abusos por outros; • segurança - a devida diligencia ao prover segurança; • pagamentos e benefícios em espécie - divulgação dos pagamentos aos governos e se o financiamento foi fornecido por grupos privados acusados de abusos contra os direitos humanos; e • envolvimento dos públicos de interesse - grupos vulneráveis, sistemas para atendimento a queixas e reclamações. A AngloGold Ashanti realizou um extenso trabalho para avaliar a sua conformidade com a CFGS, incluindo as operações não identificadas como afetadas por conflito ou em alto risco de conflitos na avaliação da Parte A. Embora a AngloGold Ashanti acredite que a conformidade esteja em nível adequado, em algumas áreas foram identificados alguns pontos que exigem maior atenção para garantir a conformidade máxima, a saber: • procedimentos para regular pagamentos ou provisões em espécie para governos e terceiros; • existência de processos de diligência prévia no que diz respeito aos direitos humanos; • procedimentos de gestão da cadeia de suprimentos; e • evidência de treinamentos voltados para os Princípios Voluntários sobre Segurança e Direitos Humanos (VPSHR) e memorandos de entendimento a esse respeito. A avaliação da Parte C refere-se ao manuseio do ouro e de materiais que contêm ouro no local da mina e após a saída do metal da mina. Essa avaliação foca na natureza da produção e no controle do ouro na operação e no transporte entre a mina e a refinaria. A AngloGold Ashanti usou uma estratégia baseada no nível de risco para implementar esta parte da norma, o que incluiu o mapeamento: da cadeia de suprimento do local da mina, a partir do poço ou da cava até o local de expedição e entrega a uma empresa de segurança para o transporte até uma refinaria; dos pontos de riscos de vazamento do ouro; e das ineficiências na cadeia de suprimento. Outros pontos de risco comuns incluem o carregamento dos caminhões e o trajeto até a planta, o manuseio dos materiais nos vários circuitos dentro da planta e casa de fundição, bem como o envio do ouro a partir desse ponto. Os resultados mostraram que, a despeito da implantação de processos robustos para controlar a cadeia de suprimentos, ainda havia algumas lacunas em determinados pontos. Os problemas identificados estão sendo tratados através dos Planos de Ação Corretiva (PAR) As duas partes finais da CFGS referem-se a uma declaração da empresa, assegurando que não tem fontes externas de ouro, e uma declaração de conformidade da gerência, que depende do trabalho envolvido nas outras quatro partes. A equipe corporativa da AngloGold Ashanti conduziu os processos referentes a essas partes. Foram realizados processos de asseguração interna e independente a fim de analisar a conformidade da AngloGold Ashanti com a CFGS. O processo de asseguração interna foi realizado por um Grupo de Auditoria Interna no final de 2013 e isso incluiu o monitoramento do processo de implementação, a identificação e análise da prontidão da conformidade, com base nas orientações de implementação da CFGs. A asseguração externa foi feita pela Ernst & Young Inc., como parte do processo de auditoria anual, e foi concluída em fevereiro de 2014. Metas Além dessas normas, continuamos a desenvolver parcerias e fomentar diálogos com os públicos de interesse em um nível global, a fim de demonstrar que a mineração é um agente de mudança socioeconômica positiva. Nossa conformidade com as normas voluntárias de ouro responsável, verificadas externamente, permite-nos demonstrar que atuamos com comprometimento e que temos mecanismos rigorosos de autorregulação e transparência. Comprometemo-nos a manter este elevado padrão de governança para que os nossos públicos de interesse possam ter a certeza de que operamos com responsabilidade e, em especial, que todo o nosso ouro é extraído e produzido sem alimentar conflitos e sem contribuir para violações dos direitos humanos. “Nossa conformidade com as normas voluntárias de ouro responsável, verificadas externamente, permite-nos demonstrar que atuamos com comprometimento e criamos mecanismos rigorosos de autorregulação e transparência.” Progresso SEÇÃO UM QUE S Indicadores GRI que utilizamos: • G4-HR1: Número total e percentual de acordos e contratos de investimento significativo que incluam cláusulas referentes aos direitos humanos ou que foram submetidos a triagem voltada para o respeito aos direitos humanos. • G4-HR8: Número total de incidentes de violação dos direitos dos povos indígenas e as medidas tomadas. Veja a página 41 para informações sobre os indicadores da cadeia de suprimentos. Durante 2013, o conselho da empresa aprovou uma política de direitos humanos que nos obriga a respeitar todos os direitos humanos internacionalmente reconhecidos, conforme expresso na Declaração Internacional de Direitos e na Declaração da OIT sobre os Princípios e Direitos Fundamentais no Trabalho. A política reafirma nosso compromisso de relacionamento efetivo com os públicos de interesse e de identificação e cumprimento de todas as normas dos direitos humanos em nossa empresa, incluindo as que dizem respeito ao trabalho, acesso à terra, SEÇÃO TRÊS SEÇÃO DOIS A AngloGold Ashanti escolheu a implementação dos Princípios Orientadores das Nações Unidas sobre Empresas e Direitos Humanos como a sua estratégia definitiva para cumprir as suas obrigações de respeitar os direitos humanos em todas as suas atividades e em suas relações comerciais. Junto com esse compromisso, a empresa comprometeu-se a implementar os três principais requisitos estabelecidos nos Princípios Orientadores, quais sejam: o desenvolvimento de um sistema robusto de defesa dos direitos humanos, ancorado em torno de uma política de direitos humanos; estabelecimento de um processo de diligência prévia no que diz respeito aos direitos humanos que seja incorporado nos processos empresariais e no sistema de gerenciamento de riscos da empresa; e, por último, o estabelecimento de mecanismos operacionais de atendimento a queixas e reclamações das comunidades para tratá-las e gerenciá-las com eficácia. Progredimos em vários níveis em cada uma dessas frentes em 2013. 5 Contexto AL CUMPRIMENTO DE NOSSA OBRIGAÇÃO DE RESPEITAR OS DIREITOS HUMANOS O MATER TÃ I Capacitar as mulheres através de projetos comunitários reafirma o nosso compromisso com os direitos humanos. REVISANDO NOSSO DESEMPENHO E OBJETIVOS QUESTÃO MATERIAL 5: continuação Ouro Responsável segurança patrimonial, meio ambiente, meios de subsistência, pessoas vulneráveis, povos indígenas e seus valores, tradições e culturas das comunidades locais. Atualmente, estamos desenvolvendo e revendo políticas, normas e orientações de apoio no que diz respeito a essas questões importantes, a fim de alcançar o nosso propósito de consolidar na empresa um sistema amplo e adequado de direitos humanos. Parte desse processo envolveu, dentre outros: a revisão de nosso currículo e treinamento em Princípios Voluntários para melhorar o conteúdo e desempenho em direitos humanos no âmbito de nossos serviços de segurança patrimonial; o desenvolvimento de um Código de Conduta com os requisitos de direitos humanos a serem cumpridos pelos nossos fornecedores; a revisão das estratégias de relacionamento com os públicos de interesse para integrar uma perspectiva dos direitos humanos que prioriza as pessoas vulneráveis; e a inclusão de considerações sobre os direitos humanos nos nossos esforços para lidar com a mineração ilegal em nossas concessões. A formação é uma parte integrante do processo de incorporação dos direitos humanos em nossa empresa, e a implantação da política de direitos humanos é apoiada por um programa de conscientização no escritório corporativo e pela introdução do Programa Embaixadores dos Direitos Humanos nas unidades. Atualmente, esse programa está em fase piloto em Geita, e a AngloGold Ashanti tem a intenção de implantá-lo em outras unidades em 2014. ESTUDO DE CASO: Programa Embaixadores dos Direitos Humanos em Geita www.aga-reports.com/13/cs Em 2012, assumimos o compromisso de realizar revisões de nossas atividades no que diz respeito à diligência prévia em matéria de direitos humanos, a fim de evitar impactos adversos na nossa mão de obra e nas comunidades dos locais onde atuamos. No entanto, devido às sérias restrições orçamentárias e às racionalizações resultantes do último ano, houve o cancelamento dos estudos pilotos que estava planejada para Iduapriem e Mongbwalu. No entanto, foi realizada a revisão de avaliação inicial prevista para Gramalote, e está em andamento a integração dos resultados desse trabalho. Através das avaliações das lacunas em nosso desempenho em direitos humanos, identificamos como desafio a representação inadequada das questões de direitos humanos no âmbito dos sistemas de gestão de risco da empresa. Começamos, então, a envidar esforços para dirimir essa lacuna, através da integração dos direitos humanos no AuRisk e do processo combinado de asseguração, bem como através dos nossos principais sistemas de gestão de riscos. “Priorizamos o desenvolvimento de mecanismos de atendimento a queixas e reclamação que criamos em conjunto com as comunidades”. Em cumprimento ao compromisso de oferecer acesso efetivo a formas de mitigação de impactos, tal qual prescrito pelos Princípios Orientadores, priorizamos, durante o ano, o desenvolvimento de mecanismos de atendimento a queixas e reclamações em nossas operações que ainda não dispunham de tal serviço; nas que já o possuíam, verificamos se eles estavam de fato alinhados aos padrões internacionais. Em cada unidade, houve uma significativa interação com a comunidade durante o processo, o que resultou na criação, em conjunto, de mecanismos que eram específicos para o contexto de cada comunidade. Eles já estão disponíveis em cada uma de nossas operações na Austrália, Colômbia, Brasil e África Continental, com exceção de Siguiri, onde o processo de desenvolvimento está em andamento e previsto para ser concluído em 2014. Semelhantemente, espera-se que as operações na Região África do Sul desenvolvam e adotem mecanismos formais de atendimento a queixas e reclamação em 2014. Uma de nossas maiores prioridades para o próximo ano é o desenvolvimento de um sistema de elaboração de relatórios próprio para os direitos humanos em toda a empresa, e uma das principais fontes de informações sobre o nosso desempenho em direitos humanos serão nossos mecanismos de atendimento a queixas e reclamações. Povos Indígenas Nossas atividades empresariais têm uma interface limitada com os povos indígenas, mas, nos casos em que existe essa interface, ela é guiada por nosso compromisso de respeitar os recursos, valores, tradições e culturas das comunidades indígenas, tal como está estabelecido em nossa política de direitos humanos e em nossa norma de gestão de povos indígenas. No decorrer do ano, a AngloGold Ashanti participou de uma consulta pública do Conselho Internacional de Mineração e Metais (ICMM) acerca dos Direitos Humanos e Povos Indígenas, e é membro do grupo de trabalho encarregado de revisar o Guia de Boas Práticas sobre Povos Indígenas e Mineração. Metas Nossa meta continua sendo a criação de um sistema robusto de defesa dos direitos humanos dentro da empresa, o que garantirá que todas as nossas atividades empresariais e nossos relacionamentos respeitem integralmente os direitos humanos e nos permitirá viver os nossos valores, não causar danos e oferecer benefícios que sejam adequados às necessidades das comunidades dos locais onde atuamos. Embora as pressões sobre as margens, resultantes do declínio das receitas e do aumento dos custos, continuam a impor desafios à nossa sustentabilidade, podemos superá-los e maximizar nossas oportunidades através do desenvolvimento e implementação de novas tecnologias e da melhoria da nossa qualificação profissional. SEÇÃO UM QUE S 6 Alcançar a sustentabilidade da empresa O MATER TÃ I AL QUESTÃO MATERIAL 6: ALCANÇANDO A SUSTENTABILIDADE EMPRESARIAL PÚBLICOS DE INTERESSE: empregados, comunidades, governo, investidores, fornecedores, clientes Desenvolvimento e implementação de tecnologia e aumento da mecanização Qualificação da mão de obra global e local SEÇÃO DOIS Esta seção deve ser lida em conjunto com o nosso Anual Integrado Anual de 2013. Contexto As profundas minas de ouro sul-africanas enfrentam uma série de desafios à sustentabilidade técnica e financeira – desafios esses que são amplificados pelo processo de mineração convencional e descontínuo baseado em perfuração e detonação. Esse método de mineração expõe as pessoas a riscos que estão se tornando cada vez mais difíceis de mitigar, visto que as áreas de escavação tornam-se cada vez mais profundas e difíceis de trabalhar. Embora tenha havido muitas melhorias nas tecnologias utilizadas, as metodologias básicas utilizadas nas minas de ouro sul-africanas profundas mantiveram-se praticamente inalteradas por mais de um século. No método de perfuração e detonação utilizado na mineração de rochas duras contendo ouro, apenas a perfuração e a limpeza são mecânicas, enquanto a detonação faz uso de explosivos. Isso leva a atrasos significativos, visto que a mina tem que ser evacuada até sair a fumaça da explosão. Além disso, a detonação em profundidades de cerca de 4.000 m aumenta significativamente o risco de abalos sísmicos e, portanto, incidentes acometendo a segurança no local de trabalho. REVISANDO NOSSO DESEMPENHO E OBJETIVOS Foram detectadas jazidas viáveis a uma profundidade de 5.000m ou mais, mas elas não podem ser acessadas com segurança e eficiência usando os métodos de mineração atualmente empregados. Além disso, cerca de 40% do minério de ouro permanecem em pilares de suporte não lavrados que são deixados para garantir a segurança. Além disso, o método de perfuração e detonação não permite uma operação contínua de 24 horas, comprometendo ainda mais a eficiência. Os finos veios auríferos são extraídos juntamente com o estéril para criar uma escavação grande o suficiente para acomodar os equipamentos e as pessoas, à medida que a face de escavação avança e a rocha vai sendo extraída. Embora necessária, essa escavação ampliada provoca uma significativa diluição do gradiente. Os finos veios auríferos misturados ao estéril são transportados pela ampla infraestrutura da mina em profundidade, através de grandes distâncias horizontais e, em seguida, até a superfície, criando significativas ineficiências ao longo de toda a cadeia de produção, incluindo o aumento do consumo e da intensidade energética (ver páginas 44 - 46 para uma discussão sobre energia). Essas ineficiências muitas vezes resultam em perdas de ouro à medida que partículas finas de ouro desaparecem nas microfraturas criadas pelas atividades de detonação. Também há perda dessas partículas ao longo do processo de transporte do minério. SEÇÃO TRÊS Desenvolvimento e implementação de tecnologia e aumento da mecanização QUESTÃO MATERIAL 6: continuação Alcançar a sustentabilidade da empresa Tecnologia para perfuração de Corais está sendo testada em TauTona Mina na África do Sul. Progresso Em 2010, a AngloGold Ashanti estabeleceu o Consórcio de Inovação Tecnológica (ATIC) para buscar novos métodos de mineração a fim de solucionar essas questões. O ATIC tem como objetivo desenvolver uma tecnologia que nos permita lavrar de forma segura, o tempo todo, e em profundidades maiores do que aquelas em que temos operado atualmente. Isso tem sido possível graças à criação de tecnologias seguras. Nosso objetivo é extrair ouro nos estreitos veios que se estendem a profundidades que estão além nossas atuais frentes de mineração e em solos previamente deixados como pilares que não podem ser extraídos com segurança usando métodos tradicionais. Fazendo isso, teremos o potencial de melhorar drasticamente a utilização dos ativos e a eficiência da infraestrutura de capital. Em última análise, a intenção é melhorar a sustentabilidade da prática de mineração em níveis profundos, dadas as limitações técnicas e econômicas das práticas de mineração convencionais atuais. Em particular, o ATIC considerava a viabilizar o processo como uma solução possível. A tecnologia para perfuração de veios está sendo desenvolvida por meio de perfuração mecânica, com o objetivo de criar uma operação de mineração livre de explosivos e, portanto, contínua. O benefício adicional pretendido é o de apenas atingir o veio aurífero, minimizando assim a diluição. Foi estabelecida uma unidade de teste na mina TauTona, na África do Sul, onde o desenvolvimento da aplicação para perfuração de veio e a inclusão do Backfill de Ultra-Alta Resistência (UHSB) estão sendo testados para transformar o método de mineração mecânica em um sistema bem planejado de ponta a ponta. Até o final de 2013, 18 furos de veios foram perfurados e aterrados com UHSB. Alguns dos resultados notáveis desse período foram: o desenvolvimento de um sistema de entrega e de um produto de backfill que produz as forças desejadas para aplicações em pequena escala; e a confirmação de que a perfuração de veio é tecnicamente viável com o desenvolvimento de uma perfuratriz adequada para os locais de produção iniciais. O sucesso no desenvolvimento deste UHSB, juntamente com a tecnologia para perfuração de veio, cria o potencial de mudar o método de mineração convencional para um método mecânico para a extração dos nossos veios auríferos. Esses desenvolvimentos iniciais nos permitirão iniciar a implantação de unidades de produção em capacidades limitadas, começando com oportunidades de mineração que não estão atualmente disponíveis nas práticas convencionais. Nesta fase do trabalho nossos esforços estão concentrados em aumentar as taxas de perfuração, fazer furos cada vez mais próximos uns dos outros e continuar a desenvolver o sistema UHSB para aplicações em maior escala. QUALIFICAÇÃO DA MÃO DE OBRA GLOBAL E LOCAL Contudo, apesar desse mercado de trabalho difícil, continuamos sofrendo com falta de mão de obra qualificada. Contexto A localização remota das operações de mineração as torna pouco atraentes para os recém-graduados, muitos dos quais encontram empregos nas comunidades urbanas mais tentadoras. O Sistema para Pessoas (SP) da AngloGold Ashanti foi projetado para proporcionar uma estrutura organizacional efetiva e uma hierarquia de accountability que facilita o engajamento e o envolvimento nos níveis certos da organização, bem como a execução eficiente do trabalho. A implantação do SP em toda a organização continuou durante o ano e continua a ser implementada em todas as unidades da empresa. Globalmente, a indústria de mineração tem sofrido com uma redução do setor. Além disso, as condições econômicas globais, a queda do preço do ouro e o aumento do desemprego têm tido um impacto direto sobre as funções dos recursos humanos, incluindo um congelamento nos recrutamentos, crescimentos baixos ou nulos e o aumento de medidas mais rigorosas dos governos para favorecer o emprego dos cidadãos nacionais. Progresso Indicadores GRI que utilizamos: • G4-LA1: Número total e taxas de novas contratações de empregados e rotatividade de empregados por faixa etária, gênero e região. • G4-LA12: Composição dos órgãos de governança e discriminação dos empregados por categoria, de acordo com gênero, faixa etária, minorias e outros indicadores de diversidade . Mantemos o nosso empenho em promover a capacitação interna, reter a mão de obra qualificada, desenvolver talentos diversos e ter planos de sucessão detalhados, enquanto incorporamos uma cultura de accountability, independentemente das condições econômicas globais e locais, como a queda no preço do ouro e pressões contínuas nos custos. A AngloGold Ashanti respondeu prontamente a esses desafios através da imposição de um congelamento na contratação de novos empregados, limitando-se a admissões estritamente necessárias. Nós também iniciamos projetos para otimizar as despesas indiretas e reduzir os custos e gastos de capital. Essas iniciativas levaram a um redesenho organizacional que resultou na redução de folha de pagamento por meio de demissões. SEÇÃO DOIS Veja nosso Relatório On-Line para se informar sobre nossa abordagem de gestão dos seguintes aspectos: emprego, treinamento e formação, diversidade e oportunidade para todos. SEÇÃO UM 6 QUE S AL O MATER TÃ I Como consequência das pressões financeiras, a gerência executiva iniciou uma revisão da atual composição e qualificação da mão de obra em todas as operações, o que incluiu uma análise detalhada das qualificações e dos números necessários para desempenhar as principais funções. Esse processo se apoiou nos princípios do SP, buscando compreender o nível de trabalho e os recursos necessários. O trabalho de cada disciplina foi classificado em “transacional” ou “baseado em conhecimento”, levando em conta onde a função era necessária, quer no nível corporativo, regional ou local. O extenso trabalho nesse sentido permitiu uma reestruturação organizacional que resultou em uma redução no quadro de empregados. Nós encorajamos as mulheres na mineração, como parte de nossa estratégia para desenvolver talentos diversos. REVISANDO NOSSO DESEMPENHO E OBJETIVOS Isso tudo aconteceu no contexto de crescentes pressões nos custos em todas as nossas unidades, embora algumas regiões tenham sido mais afetadas do que outras. Esse acontecimento foi composto por circunstâncias operacionais únicas, como a região de atuação, com a qual nos comprometemos com o emprego de mão de obra qualificada local, levando à imposição de limites para o emprego de estrangeiros. Temos planos detalhados de localização para nossas minas para garantir o cumprimento de nossas metas de localização. SEÇÃO TRÊS ESTUDO DE CASO: ONE faz milagres em Tropicana www.aga-reports.com/13/cs QUESTÃO MATERIAL 6: continuação Alcançar a sustentabilidade da empresa Na África do Sul, vamos continuar trabalhando a fim de alcançar as metas de igualdade de emprego e garantir uma participação representativa dos diversos grupos, principalmente em níveis de gestão. Outro tema importante foi a rotatividade de empregados em cargos essenciais e o tempo necessário para preencher as vagas de média e alta gerência (aquelas voltadas para profissionais com oito a dez anos de experiência). Devido à escassez de mão de obra qualificada e à localização de nossas operações, descobrimos que muitos jovens graduados em mineração não permanecem no setor por mais de dois ou três anos, optando por empregos em serviços financeiros, serviços de consultoria ou na indústria petroquímica. Nossa experiência mostra que esses profissionais raramente voltam para a indústria da mineração e, consequentemente, nós continuamos a sofrer com a escassez de profissionais qualificados na média gerência e nos níveis técnicos. Os cargos que são difíceis de preencher em todas as nossas operações são os específicos da mineração, como gerentes gerais, gerentes de minas e gerentes de produção. Na disciplina da engenharia, continua problemático preencher vagas para cargos como gerente de engenharia, engenheiro de seção e líderes do processo de engenharia. Na área geotécnica, o problema está nos cargos de gerentes de engenharia de rochas e sismólogos de minas. Todos esses cargos são de natureza especializada e requerem muitos anos de experiência para se chegar à proficiência. Lidar com a escassez de mão de obra especializada é um desafio que a nossa empresa enfrenta de frente. Por exemplo, na África do Sul, adotamos um sistema de mão de obra qualificada que se estende para além dos limites de nossa organização. Temos iniciativas que começam no nível da escola, em que contribuímos para os programas de alfabetização. No ensino médio, incentivamos intervenções que ampliem o ensino da matemática, de ciências e de inglês na comunidade local, complementando o currículo escolar, uma vez que essas disciplinas constituem uma base sólida para uma carreira na mineração. No nível universitário, concedemos bolsas para estudantes estudantes, individualmente, e para e para um fundo geral de mineração que complementa os níveis salariais de professores nas disciplinas de mineração ou afins, através do Minerals Education Trust Fund. Após a graduação dos estudantes, apoiamos a sua inserção em programas de pós-graduação, estágios e trainees, entre outros. Em todas as regiões em que atuamos, investimos de amplo alcance e continuaremos a expandi-las globalmente, de forma alinhada, para atender não só às nossas necessidades globais, mas também aos requisitos específicos de cada país. A mudança no ambiente socioeconômico em que se encontra a mineração demanda um novo tipo de pessoal de gestão, com novos conjuntos de habilidades adicionais: profissionais que tenham não apenas bons conhecimentos técnicooperacionais, mas também habilidades interpessoais, bem como comprometimento com o desenvolvimento sustentável, incluindo os direitos humanos, a ética e a responsabilidade ambiental. Através de nosso processo de gestão de talentos, continuamos a identificar líderes que naturalmente apresentam essas qualidades gerenciais mais amplas. “Em 2013, a região da África do Sul (incluindo o escritório corporativo) empregou sul-africanos historicamente desfavorecidos em 45.7% de seus cargos gerenciais”. Um programa gerencial e de liderança global, do qual participamos há 10 anos, inclui o Programa de Desenvolvimento de Gerência Intermediária e o Programa de Desenvolvimento Gerencial, em parceria com a Escola de Pós-Graduação em Negócios da Universidade da Cidade do Cabo. O programa é destinado ao desenvolvimento de habilidades de pensamento sistêmico e qualidades liderança e rendeu excelentes resultados para os mais de 900 empregados que participaram ao nesse período. Este ano, mais uma vez oferecemos essa iniciativa aos empregados de todo o mundo. Um resultado importante é o estabelecimento de projeto organizacionalmente relevante que oferece recomendações concretas. Embora esse projeto tenha sido muito bem sucedido na última década, a empresa está estudando alternativas para remodelar o programa a fim de ajustá-lo melhor às necessidades e aos recursos atuais de que dispõe. Metas Em 2014, continuaremos com a reestruturação e o realinhamento de nossos esforços relativos às pessoas, com o objetivo de garantir que as nossas operações continuem a ser compostas de pessoas capacitadas. Nossa filosofia e estratégias relacionadas às pessoas em todos os pontos do ciclo de vida do emprego serão revistas e adaptadas no início de 2014, para tornar a nossa proposta de valor para os empregados mais atraente. Buscaremos uma maior integração entre as diversas áreas do sistema SP para garantir sinergias. Embora continue a redução operacional (downscaling), a região da África do Sul manterá seu foco nos compromissos para com a empresa, o governo e a comunidade do desenvolvimento da qualificação dos empregados e da comunidade e em termos de igualdade de emprego. Além disso, continuará buscando formas inovadoras de melhorar os bancos de talentos a partir dos quais a empresa pode preencher vagas. As análises operacionais em profundidade de nossas ofertas de aprendizagem e desenvolvimento serão finalizadas com os objetivos de maximização do potencial das pessoas e da otimização do uso de recursos. Trabalharemos em estreita colaboração com a nossa equipe de tecnologia para entender as qualificações que as pessoas precisam ter na indústria da mineração no futuro e começar a alinhar a elas as nossas estratégias, processos e sistemas de recrutamento, seleção, treinamento, desenvolvimento e remuneração. Concentração: a quantidade de ouro contido em uma unidade de peso de material aurífero, geralmente expressa em onças por tonelada de minério (oz/t) ou gramas por tonelada (g/t). Precipitado: o produto sólido de uma reação química por fluidos – por exemplo, a precipitação de zinco, mencionada a seguir. Produtividade: uma expressão da produtividade da mão de obra com base na razão entre as onças de ouro produzidas por mês e o número total de empregados em operações de mineração. Recuperação: no contexto sul-africano, descreve o processo de recuperação de lamas (rejeitos) usando canhões de água de alta pressão para formar uma lama que é bombeada de volta para as usinas siderúrgicas para processamento. Região: define as divisões de gestão operacional dentro da AngloGold Ashanti Limited, a saber: África do Sul, África Continental (República Democrática do Congo, Gana, Guiné, Mali, Namíbia e Tanzânia), Australásia e Américas (Argentina, Brasil e Estados Unidos da América). Reabilitação: processo de recuperação de terras degradas pela mineração para permitir um uso pós-mineração apropriado. As normas de reabilitação são definidas pelas leis específicas de cada país (incluindo, dentre outras, aquelas determinadas pelo Departamento Sul-Africano de Recursos Minerais, pelo Agência de Ad dos Estados Unidos, pelo Serviço Florestal dos EUA e pelas devidas autoridades da mineração da Austrália). Tratam, dentre outras questões, da água de superfície e de subsolo, camada superficial do solo, declividade final, manejo de resíduos e revegetação. Poço: a escavação vertical ou subvertical usada para acessar uma mina subterrânea; transportar pessoal, equipamentos e suprimentos; içar minérios e resíduos; proporcionar ventilação e utilidades (água, energia,etc.); e/ou servir de saída auxiliar. dólares americanos ASM Mineração Artesanal e em Pequena Escala ATIC Consórcio de Inovação Tecnológica da AngloGold Ashanti BEE Empoderamento Econômico da População Negra BnBilhão CBOs Organizações de Base Comunitária CC&V Cripple Creek & Victor Norma do Ouro de Origem Livre de Conflito DMR Departamento de Recursos Minerais DRC República Democrática do Congo EITI Iniciativa de Transparência da Indústria Extrativista EU União Europeia EnMS Sistemas de Gerenciamento de Energia da AngloGold Ashanti FIFR Taxa de Frequência de Acidentes Fatais ICMM Conselho Internacional de Mineração e Metais King III Código King Sul-Africano Corporativa, 2009 (King III) Taxa de Frequência de Lesões com Afastamento do Trabalho M ou m Metro ou milhão, dependendo do contexto MWS Soluções em Rejeitos de Minas Moz Milhões de onças Mt Milhões de toneladas ONG Organização Não Governamental Oz Onças (troy) para Governança PJPetajoule RAPs Planos de Ação Corretiva RPF Sistema de Política de Reassentamento SFCG Busca por Objetivos Comuns SLPs Planos Sociais e Trabalhistas SP Sistema para Pessoas SMMEs Micro, Pequenas e Médias Empresas SML Licença Especial para Mineração Fundição: uma operação piro-metalúrgica para separar o ouro de outras impurezas. T/tToneladas TSFs Instalações de Armazenamento de Estéril Rejeitos: rocha bem triturada de baixo valor residual da qual foram extraídos minerais de valor. ONU Organização das Nações Unidades Tonelada: usado em medidas estatísticas. quilogramas. UNGC Pacto Global das Nações Unidas VPSHR Princípios Voluntários sobre Segurança Pública e Direitos Humanos WGC Conselho Mundial do Ouro Equivale a 1.000 Estéril: material que contém mineralização insuficiente para ser considerado para tratamento futuro e, como tal, é descartado. OUTRAS INFORMAÇÕES SEÇÃO DOIS Número médio de empregados: o número médio mensal de profissionais de produção e de não produção, próprios e de contratadas, empregados durante o ano, considerando-se profissionais de contratadas aqueles que têm um contrato de trabalho temporário junto a uma empresa do grupo ou subsidiária. O número de empregados das joint-ventures faz parte da parcela atribuível ao Grupo. US$ SEÇÃO TRÊS Taxa de frequência de todos os acidentes com lesão: o número total de incidentes com lesões e acidentes fatais por milhão de horas trabalhadas. SEÇÃO UM Glossário resumido de termos OBSERVAÇÕES GUIA PARA USO DO CONJUNTO DE RELATÓRIOS 2013 O conjunto completo dos Relatórios Anuais de 2013 da AngloGold Ashanti está disponível no website da empresa: www.aga-reports.com O CONJUNTO DE RELATÓRIOS 2013 INCLUI: RELATÓRIO ANUAL INTEGRADO 2013 O principal documento do conjunto é um relatório do Grupo, destinado principalmente aos fornecedores de capital e produzido de acordo com o King III e os requisitos de listagem da bolsa de valores de Johanesburgo (JSE). As recomendações locais e internacionais em matéria de relatórios integrados foram consideradas no desenvolvimento do conteúdo desse relatório. Esse relatório apresenta uma visão holística da empresa, incluindo informações financeiras, operacionais e não financeiras. RELATÓRIO ANUAL DE SUSTENTABILIDADE 2013 Enfoca nas questões relevantes que foram determinadas como as mais importantes para a AngloGold Ashanti e seus stakeholders. Destina-se a um grupo mais amplo de stakeholders da empresa. Esse relatório fornece uma visão geral da abordagem da empresa com relação à sustentabilidade e aos objetivos objetivos, à estratégia e ao desempenho a ela relacionados. RELATÓRIO DE RECURSOS MINERAIS E DE RESERVA DE MINÉRIO 2013 Documenta e fornece informações detalhadas dos recursos minerais e das reservas de minério do Grupo de acordo com os códigos SAMREC e JORC. Esse relatório é compilado ou preparado sob supervisão de profissionais competentes, conforme definido por esses códigos, que também o revisam e o assinam. CONVOCAÇÃO PARA REUNIÃO GERAL E RESUMO DAS INFORMAÇÕES FINANCEIRAS 2013 Esse documento é produzido para apresentar aos acionistas as informações necessárias para que possam tomar decisões bem fundamentadas sobre as resoluções a serem votadas na assembleia geral anual da empresa com os acionistas. Também são fornecidas informações detalhadas a respeito das deliberações a serem votadas e da reunião geral dos acionistas. Em conformidade com as regras que regem a sua listagem na NYSE, a AngloGold Ashanti elabora um relatório no formato do Formulário 20-F, que é submetido anualmente à Comissão de Valores Mobiliários. O conjunto completo de relatórios 2013 também é entregue à Comissão de Valores Mobiliários em Formulário 6-K. Além disso, o Relatório Anual Integrado 2013 e o Relatório Anual de Sustentabilidade 2013 estão disponíveis como relatórios online em www.aga-reports.com. Todos os relatórios restantes estão disponíveis eletronicamente como pdfs no mesmo endereço. Cópias impressas dos relatórios são disponibilizadas mediante pedido. FICHAS TÉCNICAS DOS PAÍSES 2013 Enfoca nos principais desempenhos operacionais e de sustentabilidade de cada país onde a AngloGold Ashanti opera. DEMONSTRATIVOS FINANCEIROS ANUAIS 2013 Apresenta informações estatutárias e regulatórias que devem ser divulgadas para fins de listagem da empresa na bolsa de valores. As demonstrações financeiras são elaboradas de acordo com: as Normas Internacionais de Elaboração de Relatórios Financeiros (IFRS); a Lei das Sociedades Sul-africanas, nº 71 de 2008, e suas alterações; e os requisitos de listagem da bolsa de valores de Johanesburgo (JSE). Esse relatório é submetido às várias bolsas em que a AngloGold Ashanti está listada. PERFIS OPERACIONAIS 2013 Fornecem informações detalhadas sobre os aspectos operacionais, financeiros e de sustentabilidade de cada uma das operações da AngloGold Ashanti. Estarão disponíveis eletronicamente como pdfs. OUTRAS INFORMAÇÕES Florestamento sustentável, com fibra de cana de açúcar, sem cloro As páginas internas deste relatório foram impressas em Triple Green Silk 135gsm. Capa duplamente revestida em papel branco produzido sem madeira pela Sappi Stanger Mill, África do Sul. Certificação 9001 e ISO 14001. Compatível com as normas da PEFC, Iniciativa Florestal Sustentável, FSC e CoC. A Sappi Stanger Mill é uma das únicas fábricas no mundo que utiliza o bagaço da cana de açúcar como fonte principal de polpa para papel. A polpa é um subproduto da produção do açúcar, sendo o material fibroso restante após o açúcar bruto ser extraído da cana-deaçúcar. Este papel não contém ácido e cloro e é reciclável. INFORMAÇÕES ADMINISTRATIVAS Escritório corporativo e registrado 76 Jeppe Street, Newtown Joanesburgo, Gauteng, 2001 África do Sul Caixa Postal 62115, Marshalltown Gauteng, 2107 – África do Sul Telefone: +27 / 11 / 637 / 6000 Fax: +27 11 637 6624 www.anglogoldashanti.com Pessoa para contato para assuntos referentes a este relatório Robby Coccioni Telefone: +27 / 11 / 637 / 7133 Fax: +27 86 242 8528 E-mail: [email protected] Informações e dúvidas sobre sustentabilidade: E-mail: [email protected] RELATÓRIO INTEGRADO ANUAL • Revisão do CEO • Desempenho e perspectivas financeiras e operacionais • Liderança e governança • Compreensão e mitigação dos riscos • Carta do CEO • Questões importantes de sustentabilidade • Abordagem de risco • Desempenho em sustentabilidade • Feedback da comissão de especialistas DEMONSTRATIVOS FINANCEIROS ANUAIS • Governança corporativa • Relatório de gestão • Relatório de remuneração • Demonstrações financeiras - grupo e empresa RELATÓRIO DE RECURSOS MINERAIS E DE RESERVA DE MINÉRIO • Recursos Minerais medidos, indicados e inferidos * • Reservas de minério comprovadas e prováveis * *Por grupo, região, país e operação * CONVOCAÇÃO PARA REUNIÃO GERAL ANUAL E RESUMO DAS INFORMAÇÕES FINANCEIRAS • Convocação para assembleia geral ordinária - prazos e resoluções a serem votadas • Informações financeiras resumidas VOCÊ ESTÁ AQUI RELATÓRIO ANUAL DE SUSTENTABILIDADE
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