Yoko ono - Portal auxiliar de informações da Faculdade de

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Yoko Ono
Yoko Ono
小野 洋子
Yoko Ono no Brasil. Museu de Arte Contemporânea em São Paulo.
Nome completo
Ono Yōko
Y
Nascimento
18 de Fevereiro de 1933 (78 anos)
Tóquio Kantō
Tóquio,
Japão
Cônjuge
Anthony Cox
John Lennon (1969 - 1980)
Filho(s)
Kyoko
oko Chan Cox e Sean Lennon
Ocupação
cantora e artista plástica
Yoko Ono, em japonês 小野 洋子 (Ono Yōko), (Tóquio, 18 de fevereiro de 1933) é
uma cantora e artista plástica vanguardista japonesa, viúva de John Lennon e mãe de
Kyoko Chan Cox e Sean Lennon.
Lennon Atualmente vive em Nova Iorque.
Suas obras, tanto musicais quanto plásticas e conceituais, são caracterizadas pela
provocação, introspecção e pacifismo.
É uma pessoa notável e quase nunca desiste. Porém, para muitos, sua fama é negativa,
acusada de ter sido a causa da separação da banda The Beatles, consagrada como a
maior da história.
[editar] Primeiros anos
Nascida numa família rica, Yoko Ono teve oportunidade durante a infância de estudar
em Gakushin, uma das mais exclusivas escolas do Japão. Durante este período estudou
também piano clássico e canto.
Durante a Segunda Guerra Mundial deslocou-se frequentemente entre cidades do Japão
e Estados Unidos até 1952, quando se mudou definitivamente para Nova Iorque. A
partir de então frequentou a faculdade de música Sarah Lawrence, onde conheceu
importantes músicos de vanguarda, que posteriormente seriam inspiração para o
surgimento do grupo Fluxus, entre eles John Cage.
Em 1956 casa-se, contra a vontade de seus pais, com Toshi Ichiyanagi e com ele dividiu
um loft em Manhattan, que pouco tempo depois se tornou laboratório para as
performances de Yoko e as experiências sonoras de John Cage.
Rejeitando o auxílio financeiro da família, começa a lecionar arte japonesa e música em
escolas públicas.
Primeiras obras
Entre o fim da década de 1950 e 1960, Yoko Ono realiza obras de cunho conceitual que
oscilam entre a introspecção poética e sátira provocadora. Entre elas destacam-se:
Painting To See The Skies ("Pintando para ver os céus"), de 1961, uma folha que
contém sucintas instruções em japonês de como transformar uma tela convencional em
uma espécie de óculos para observação do céu; uma apresentação no Carnegie Recital
Hall, onde utilizou microfones para registrar o ruído de descargas de autoclismos(PT)
ou privadas(BR) (performance repudiada pelos críticos de arte de então); "Lightining
Piece", de 1955, performance na qual convida os espectadores a observarem a
consumação de um palito de fósforo pelo fogo. Este último um esboço do interesse que
mais tarde terá em produzir obras e performances que instiguem o observador a se
relacionar esteticamente com fenômenos corriqueiros e banalizados pela rotina — uma
rejeição do que a vanguarda Fluxus chamava de arte europeizada e ao mesmo tempo
uma tentativa de integrar a arte à vida cotidiana, no entanto sem a conotação de
artesanato/utilitaridade.
Em 1961, após desentendimento com seu marido, Toshi, retorna ao Japão. A má
repercussão de seus trabalhos e a crise conjugal acabam por lhe causar um estado de
profunda depressão e é pouco tempo depois internada.
É removida do hospital quando seu amigo Anthony Cox denuncia que ela estava
recebendo doses anormais de medicamentos. Uma relação amorosa entre os dois
culmina na separação de Yoko e Toshi e no seu casamento com Anthony, com quem
veio a ter uma filha, Kyoko Chan Cox, em 1963.
Novos problemas conjugais fazem com o que o casal se distanciasse e Yoko retorna
para os Estados Unidos ainda em 1963.
Fluxus
Na América, descobre que seu amigo Georce Maciunas, baseado nas idéias que havia
desenvolvido junto com John Cage e a própria Yoko Ono, liderava um novo grupo
vanguardista denominado Fluxus. As propostas do grupo eram politizadas e de cunho
libertário, se aproximando muito dos ideais primeiro sugeridos pelo Dadaísmo e o
Construtivismo russo. Ela a partir de então se une ao grupo.
Em 1964 lança o livro Grapefruit, uma compilação de "instruções de obra de arte"
(entre elas Hide & Go Seek: "Se esconda até que todos se esqueçam de você. Se esconda
até que todos morram.") e começa uma longa série de happenings.
Em 1965 se apresenta novamente no Carnegie Recital Hall com sua performance Cut
Pieces ("corte pedaços"), onde permanecia sentada, convidando o espectador a cortar
com uma tesoura pedaços de sua roupa até ficar nua. Esta performance teve uma
repercussão positiva na crítica.
De 1964 a 1972 produz dezesseis filmes experimentais entre eles o polêmico Nº 4
(também conhecido como Bottoms), que apresenta 365 closes de nádegas, e Nº 5, uma
sequência de stills de bocas que animados mostram a transição de um sorriso para uma
expressão séria.
Yoko Ono e John Lennon
Com a repercussão de suas obras, Yoko é convidada em 1966 a realizar uma exposição
individual. Nesta exposição, foi exposta a obra Ceiling Painting, uma instalação na qual
uma escada conduz o observador até um vidro no teto, onde há uma lupa presa para que
se leia a pequena inscrição "Yes!". O músico John Lennon, membro da banda Beatles,
estava presente na exposição e seu encantamento com a obra despertou interesse pela
produção artística de Ono.
John Lennon financiou então sua próxima instalação, Half-A-Room, uma peça intimista
e melancólica: um quarto de casal completamente branco, com a mobília, também
branca, cortada ao meio. Ono comenta que a inspiração para a instalação ocorreu
quando acordou certo dia e notou que Anthony Cox, seu ex-marido, não estava lá, não
havia voltado na noite passada, deixando uma sensação de "estar pela metade".
A partir do fim da década de 1960, Yoko Ono e John Lennon começam a produzir
composições de vanguarda, sem estrutura musical tradicional. Lennon se separa de sua
primeira esposa; casa-se com Yoko em 20 de Março de 1969, e eles têm um filho, Sean
Lennon, em 9 de Outubro de 1975.
Carreira musical
A produção musical de Ono é muitas vezes extremamente experimental. Ao contrário
das experiências de seu amigo John Cage, cujos questionamentos audaciosos
dialogavam com a música erudita, a produção de Ono, apesar de sua educação formal
em música, desconstruía e repensava a música popular, em especial o Rock And Roll.
Yoko Ono é uma das precursoras do estilo rock experimental que viria surgir no fim dos
anos 1970 e começo dos anos 1980 com a música industrial e pós-punk. Seus discos de
1972 e 1973 atualmente são reconhecidos como históricos (apesar da total falta de
sucesso na época de seus lançamentos) na música feminista.
Esta provocação e desconstrução do rock, com a participação de Lennon, acabou por
torna-la alvo de muitas críticas, especialmente de alguns fãs dos Beatles. Em uma
famosa apresentação de John Lennon no festival musical Toronto Rock And Roll
Revival Festival, Ono se uniu a banda a partir da segunda metade do show
transformando o estilo rock and roll tradicional em uma das primeiras manifestações de
música experimental dentro de um gênero popular, substituindo as palavras por ruídos
gritados e utilizando a microfonia como parte da música. Atitude que fez as músicas
apresentadas por Lennon e banda (Yer Blues, Dizzy Miss Lizzy, entre outras) adquirir
um estranho e original brilho. Eric Clapton sempre apoiou o trabalho de Yoko, tendo
declarado em entrevistas como admira sua originalidade e como gostou de gravar com
ela. George Harrison já não pensava assim, e não aceitou que Ono participasse do
Concerto para Bangladesh, o que levou John Lennon a declinar do convite de se
apresentar, já que Yoko era parte fundamental da Plastic Ono Band.
O estilo confrontador e agressivo de Yoko foi lentamente dando lugar a um estilo mais
próximo do pop-rock. No século XXI, Yoko transformou-se em diva da música
eletrônica através dos remixes de canções antigas feitos pelos mais renomados DJ´s da
cena eletrônica. Todos os singles atingiram os primeiros lugares das paradas de dance
music, sendo que dois deles, "Walking on thin ice" e "Everyman/everywoman" (que ela
dedicou como apoio à causa gay) chegaram efetivamente ao número 1 das paradas de
dance music.
Em fevereiro de 2007, aos 74 anos de idade, Yoko Ono lançou Yes, I´m a witch, disco
no qual seus antigos trabalhos são recriados e reconstruídos por artistas como Peaches,
Le Tigre, Flaming Lips, Craig Armstrong, Apples in Stereo, entre outros.
Décadas de 1990 e 2000
A partir do fim da década de 1980, Ono voltou a produzir obras na área de artes
plásticas.
No começo da década de 90 foi lançada ONOBOX, caixa de seis CD´s reunindo a obra
completa de Yoko até então. A caixa foi aclamada pela crítica, e as novas gerações
começariam então a assimilar o pioneirismo de seu trabalho.
Animada com a receptividade calorosa para ONOBOX, Yoko juntou-se à banda IMA,
do filho Sean Lennon, e gravaram o disco Rising, também elogiado pela crítica e que
rendeu uma turnê pela América do Norte e Europa, além de uma CD de remixes com
nomes como Tricky, Thurston Moore e Perry Farrel.
Em 2001 foi realizada a exposição retrospectiva de quarenta anos YES YOKO ONO.
Neste ano foi lançado também Blueprint for a Sunrise, CD de material inédito.
Discografia
Discos
Solo
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Yoko Ono/Plastic Ono Band (1970)
Fly (1971)
Approximately Infinite Universe (1972)
Feeling The Space (1973)
A Story (1974) (somente lançado em 1997)
Season of Glass (1981)
It's Alright (I See Rainbows) (1982)
Every Man Has A Woman (1984) (disco de tributo com vários artistas)
Starpeace (1985)
Onobox (1992)
Walking On Thin Ice (1992)
New York Rock (1994)
Rising (1995)
Rising Mixes (1996)
Blueprint For A Sunrise (2001)
Remix álbuns
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Yes, I´m a Witch (2007)
Open Your Box (2007)
Discos promocionais
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Welcome: The Many Sides Of Yoko Ono (1973)
com John Lennon
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Unfinished Music No.1: Two Virgins (1968)
Unfinished Music No.2: Life With The Lions (1969)
Wedding álbum (1969)
Live Peace In Toronto 1969 (1969)
Sometime In New York City (1972)
Double Fantasy (1980)
Milk and Honey (1984)
Singles
Solo
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"Mrs. Lennon"/"Midsummer New York" (1971)
"Now or Never"/"Move on Fast" (1972)
"Mind Train"/"Listen, the Snow is Falling" (1972)
"Death of Samantha"/"Yang Yang" (1973)
"Josejoi Banzai" (1973) (lançado somente no Japão)
"Woman Power"/"Men, Men, Men" (1973)
"Run, Run, Run"/"Men, Men, Men" (1973)
"Walking On Thin Ice" (1981)
"No, No, No" (1981)
"My Man" (1982)
"Never Say Goodbye" (1983)
"Hell in Paradise" (1985)
"Open Your Box" (remix) (2001)
"Kiss Kiss Kiss" (remix) (2002)
"Yang Yang" (remix) (2002)
"Walking On Thin Ice" (remix) (2003)
"Will I"/"Fly" (remix) (2003)
"Hell in Paradise" (remix) (2004)
"Everyman... Everywoman" (maxi-single promoting gay marriage) (2004)
Discos promocionais
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"Goodbye Sadness"/"I Don't Know Why" (1981)
"Cape Clear"/"Walking On Thin Ice (Re-Edit)" (1985)
com John Lennon
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"Give Peace a Chance"/"Remember Love" (1969)
"Cold Turkey" (Lennon)/"Don't Worry, Kyoko" (Ono) (1969)
"Instant Karma" (Lennon)/"Who Has Seen the Wind?" (Ono) (1970)
"Mother" (Lennon)/"Why" (Ono) (1971)
"Power to the People" (Lennon)/"Open Your Box" (Ono) (1971)
"Happy Xmas (War is Over)"/"Listen, the Snow is Falling" (1971)
"(Just Like) Starting Over" (Lennon)/"Kiss Kiss Kiss" (Ono)(1980)
"Woman" (Lennon)/"Beautiful Boys" (Ono)(1981)
"Watching the Wheels" (Lennon)/"Yes, I'm Your Angel" (Ono) (1981)
"Nobody Told Me" (Lennon)/"O'Sanity" (Ono)(1984)
"I'm Stepping Out" (Lennon)/"Sleepless Night" (Ono)(1984)
"Borrowed Time" (Lennon)/"Your Hands" (Ono)(1984)

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