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Andaluzia Andaluzia (VSDQKD (VSDQKD Almería Cádiz Córdova Granada Huelva Jaén Málaga Sevilha P S U M Á R I Introdução Conhecer a Andaluzia O território, o clima, os serviços A História O legado andaluz O Património Artístico O Património Natural Itinerário pelas capitais e províncias andaluzas Almería Cádiz Córdova Granada Huelva Jaén Málaga Sevilha Lazer e espectáculos Dados úteis O Introdução 1 2 2 4 6 6 9 Irlanda 10 10 15 21 26 33 38 43 49 54 61 Londres Paris França Mar Cantábrico Portugal ESPANHA Madrid Lisboa Oceano Atlântico Reino Unido Dublin Andaluzia Mar Mediterrâneo Ceuta Melilla Capa: Rua de Zuheros, Córdova Texto: Manuel Pérez Rodriguez Impresso por: EGRAF, S.A. D.L. M. 30864-2009 4ª da capa: Vista marítima de El Rompido. Huelva Versão Portuguesa: H. Antunes Ferreira NIPO: 704-09-439-8 Fotografías: Arquivo Turespaña Impresso em Espanha Grafismo: P&L MARÍN 3ª edição Publicado por: © Turespaña Secretaría de Estado de Turismo Ministerio de Industria, Turismo y Comercio História, arte e natureza. Estas três palavras resumem, no essencial, uma das regiões mais cálidas da Europa. A Andaluzia vem exercendo desde o passado um desejo irresistível para o viajante. A segunda comunidade espanhola em superfície e a primeira quanto ao número de habitantes une no seu vértice geográfico dois continentes. A África e a Europa encontram-se nesta terra cheia de contrastes, dotada de climas excelentes, de praias grandes e douradas, de serranias escarpadas, de planícies imensas, que acolhem aldeias e cidades que exibem um riquíssimo conjunto de monumentos. marisma, Huelva. Finalmente o olival simboliza Jaén. Mas, o apelativo desta região não se fica somente pelas suas capitais. As comarcas estão prenhes dos encantos que mais atraem o viajante. Tomar banhos de sol em praias de areia fina, praticar desportos brancos na estação de esqui mais meridional do Velho Continente, ou deixar-se apanhar pela história que as velhas igrejas guardam, bem como os palácios espalhados por toda a parte deste território sulista, são somente algumas das muitas possibilidades com que nos brinda. A Andaluzia é banhada por águas atlânticas e mediterrâneas. Das suas oito províncias, cinco debruçam-se sobre o oceano ou o mar e as outras são interiores. Sevilha é a capital de uma região com mais de 7.300.00 habitantes. A Giralda é o símbolo de uma cidade abraçada pelo Guadalquivir, o rio que atravessa de Leste a Oeste a terra andaluza. Apanhado o comboio da modernidade, a Andaluzia oferece infra-estruturas turísticas de alta qualidade. Satisfazer os desejos do mais exigente dos visitantes não é difícil numa comunidade plena de tradições como a tauromaquia, de músicas próprias como o flamenco, ou de uma gastronomia de mar e de montanha que nunca deixa ninguém indiferente. A Alhambra, um dos monumentos mais visitados do Mundo, fica em Granada. A Mesquita identifica Córdova. As alcáçovas mouras, Almeria e Málaga. A baía, Cádiz e a 1 Conhecer a Andaluzia O desfiladeiro natural de Despeñaperros liga a Meseta ao Vale do Guadalquivir. A partir daqui estende-se uma larga franja montanhosa chamada a Serra Morena e que integra a norte as províncias de Jaén, Córdova, Sevilha e Huelva. Na sua base corre o maior e mais caudaloso rio andaluz, o Guadalquivir que é navegável desde Sevilha. As terras baixas constituem um terreno alagadiço propício para culturas que necessitam muita humidade. O território, o clima, os serviços A região da Andaluzia estende-se pelo Sul de Espanha. É a segunda comunidade autónoma do país, no que respeita à superfície, pois as suas oito províncias têm uma superfície de 87.268 quilómetros quadrados. O seu litoral meridional é banhado por um oceano e um mar: o Atlântico bravio bate nas costas de Huelva e Cádiz, enquanto que o Mediterrâneo tranquilo o faz do lado de Cádiz, Málaga, Granada e Almeria. O Norte da Andaluzia é delimitado pelas terras da Extremadura, Castela-a-Mancha e Múrcia e o Oeste por Portugal. O maciço penibético (que pertence ao sistema de cordilheiras que, partindo de Gibraltar, continuam até ao Cabo Não, na província de Alicante) tem na Serra Nevada a sua máxima expressão, pois neste conjunto montanhoso elevam-se duas das formções mais altas da Península: o Mulhácen (3.481 metros) e o Veleta (3.398 metros). Esta franja de montanhas estende as suas ondulações até à serrania de Ronda, dando aí lugar à Axarquía malaguenha. Cazorla. Jaén Em Granada levanta-se o planalto de Baza e Huéscar, enquanto que Almeria está ocupada em boa parte pelo deserto de Tabernas, o único território desértico da Europa. Além disso, a Andaluzia está salpicada de diversos microclimas. 2 Parque Nacional do Cabo da Gata-Níjar. Almeria e tudo isto numa mesma província, a de Granada. O litoral andaluz chega a ter, por ano, mais de três mil horas de sol; daí que não seja de estranhar que esta região se torne numa das mais amenas da Europa. O seu clima é mediterrânico temperado e proporciona Verões quentes e secos e Invernos com temperaturas agradáveis. As chuvas são irregulares pois encontramo-nos numa terra de contrastes, que se reflectem até no clima. À quase inexistente pluviosidade em comarcas como o deserto de Tabernas, em Almeria, contrapõem-se as altas percentagens de precipitações anuais que se registam na serra de Grazalema, em Cádiz, uma das zonas onde mais chove em Espanha. Ainda temos mais: o frio alpino da Serra Nevada contrasta com a suavidade climática da Costa Tropical. Num pequeno espaço de 33 quilómetros, podemos passar de vários graus abaixo de zero a temperaturas de 22 graus; A Andaluzia conta com uma densa rede de estradas, vias rápidas e auto-estradas. A via rápida da Andaluzia, a N-IV, atravessa Despeñaperros e liga a Meseta com as capitais das províncias de Córdova, Sevilha e Cádiz, passando por importantes cidades encravadas nas margens do Guadalquivir. A estrada A-92 faz a ligação de Sevilha e Granada com a Região de Múrcia, enquanto que a auto-estrada do Quinto Centenário começa na capital da Andaluzia e termina em Huelva. De Sevilha parte também a N-630 que nos leva até terras estremenhas. A via rápida Bailén-Granada atravessa Jaén e a do Mediterrâneo uma boa parte do litoral andaluz. A extensa rede de comunicações desta comunidade autónoma tem também o seu reflexo nos 3 caminhos de ferro. Pelas suas terras circulam alguns dos comboios mais procurados na Espanha, entre eles o AVE, Comboio de Alta Velocidade, que liga Madrid a Sevilha. Dos aeroportos internacionais, o “Pablo Ruiz Picasso” de Málaga e o “San Pablo” de Sevilha, acolhem o maior volume de passageiros que chegam de avião a esta região. Juntam-se a estes dois os de Córdova, Granada e Jerez de la Frontera que ligam estas cidades com as principais capitais espanholas. Algeciras é o porto marítimo mais importante da Andaluzia. Temos também os de Almeria, Motril, Cádiz, Huelva, Málaga e Sevilha, além de existirem distribuídos por todo o litoral andaluz cerca de 37 portos desportivos. Bolonia. Cádiz Porém, a Andaluzia já despertava uma especial atracção entre os povos antigos. Pensa-se mesmo que os primeiros humanos do período Neolítico chegaram do Norte de África até à Europa por terras andaluzas. A civilização tartesa habitou esta região desde a Idade do Bronze e tempos depois fariam o mesmo os povos Íberos. No ano de 1100 AC. os fenícios fundaram Gades, a actual Cádiz, considerada a cidade mais antiga da Europa. Gregos e cartagineses chegaram mais tarde, mas será só no século III AC. que Roma integra esta terra, a Bética, no seu Império. Durante sete séculos desta província fornecerá metais, azeite, trigo e vinho. Em troca recebe uma língua e umas sólidas infra-estruturas. Foi a Bética o berço de Trajano e Adriano, dois dos mais ilustres imperadores que o Império teve. A História Conta a lenda que foi Hércules, um deus greco-latino, que separou a Europa da África pelo estreito de Gibraltar, criando assim o Mar Mediterrâneo. Hércules, filho de Zeus, converteu-se desse modo, num verdadeiro símbolo, daí que a sua imagem figure hoje em dia no escudo da bandeira andaluza (verde e branca) juntamente com as suas duas míticas colinas. 4 A decadência do Império Romano leva a que, no ano 411 DC., os vândalos da outra margem do Reno se estabeleçam no vale do Guadalquivir, mas a sua presença durou pouco tempo. No ano de 711 irrompe o Islão e uma nova época de desenvolvimento estende-se por estas terras. Durante oito séculos a civilização árabe transforma Al-Andalus na mais próspera, avançada e refinada região do Ocidente. O Califado de Córdova irradia riqueza e conhecimentos. Todo esse legado ainda permanece nas oito províncias andaluzas. A decomposição política daquela cultura incentivou os reis cristãos a completar a Reconquista. No ano de 1212 as tropas cristãs vencem a batalha de Navas de Tolosa, a Norte de Jaén. Em 1236 cai Córdova e em 1248 Sevilha. Mas Castela terá de esperar mais de dois séculos até acabar definitivamente com a presença muçulmana na Península Ibérica. No ano de 1492, os Reis Católicos entram em Granada, expulsando Boabdil, o último monarca muçulmano. No mesmo ano partem do porto onubense (da antiga Onuba, hoje Huelva) de Palos de la Frontera, três caravelas capitaneadas por Cristóvão Colombo. É o começo do descobrimento da América. O século XVI será o mais proveitoso para Sevilha. Durante 150 anos a capital hispalense converte-se no centro económico do Mundo. Atracam nos seus cais barcos carregados de ouro e prata. Esta riqueza traduz-se em edifícios imponentes, igrejas e monumentos que chegaram até aos nossos dias. Os séculos vindouros encherão a Andaluzia de claros-escuros. O viajante romântico dos princípios do século XIX recolherá nos seus escritos todas essas contradições. O século XIX iniciou-se com a guerra da Independência. Os andaluzes param a invasão napoleónica em Cádiz, de que se contam gestas heróicas. No ano de 1808, as tropas espanholas vencem as francesas na Batalha Caravela. La Rábida. Huelva Gruta da Menga. Antequera. Málaga 5 de Bailén. No meio de toda aquela convulsão surge, no ano de 1812, a primeira Constituição espanhola. Hoje, a Andaluzia é uma região próspera que baseia a sua economia na indústria, no campo e no turismo. No ano de 1981 foi aprovado o Estatuto da Autonomia. O Parlamento da Andaluzia é a instituição onde se encontra representada a vontade do povo e a Junta da Andaluzia é o órgão de governo autónomo. assim denominado em memória do viajante norte americano do século XIX, roteiro este que liga Sevilha a Granada através de terras com um importante passado árabe como Carmona, Antequera ou Loja; e o Roteiro dos Nazaris, que se inicia na localidade de Navas de Tolosa e desce até Granada, passando por cidades cheias de monumentos como Ubeda e Baeza. www.legadoandalusi.es O Património Artístico O legado andaluz e os seus Roteiros O Legado Andaluz é um projecto turístico e cultural que procura recuperar o passado histórico de uma civilização que permaneceu no sul da Península Ibérica durante mais de oito séculos. Tem a sua sede no Corral del Carbón em Granada e traçou sete roteiros turísticos que atravessam as oito províncias da Andaluzia Entre eles, destacam-se: o Roteiro do Califado que une Córdova a Granada e percorre povoações de arquitectura branca e espaços naturais protegidos como o parque natural das Serras Sub-Béticas; o Roteiro de Washington Irving, As jazidas arqueológicas que se conservam na Andaluzia mostram bem a importância que esta região despertou nos primeiros povos que aqui chegaram. As tribos do Neolítico estabeleceram-se no vale do Guadalquivir. Noutras zonas como Antequera (Málaga) ainda se conservam antas imponentes muito semelhantes às que se encontram na localidade sevilhana de Valencina de la Concepción ou na povoação onubense de Trigueros. Os fenícios fundaram Gades, a actual Cádiz. Da cultura fenícia recuperaram-se esplêndidos sarcófagos que hoje podem ser admirados no museu de Cádiz. 6 Em Jaén fixou-se a civilização ibera, representada por um povo pré-romano que manteve uma actividade comercial bem organizada. O museu desta cidade expõe conjuntos escultóricos de extraordinário valor. Além disso o mundo romano pode ser admirado nas jazidas arqueológicas de Itálica e Carmona, em Sevilha. O legado islâmico está distribuído por toda a Andaluzia, mas é nas cidades de Granada e Córdova onde a sua herança é maior. A Alhambra e a Mesquita, declaradas Património da Humanidade, são dois dos recintos históricos e artísticos mais visitados do Mundo. Mesquitas, castelos e torres de Catedral. Sevilha vigia espalham-se por todo o território andaluz, justificando a riqueza que durante oito séculos teve o Al-Andalus, ponto de encontro e de luta entre as culturas muçulmana e cristã. A entrada dos reis castelhanos na Andaluzia trouxe consigo a proliferação de edifícios e monumentos construídos no estilo gótico. Jaén, porta de penetração das tropas cristãs, seria a primeira a assumir estes novos postulados artísticos. Em cidades como Úbeda e Baeza abundam igrejas e palácios, assim como casarões e edifícios civis que, com o decorrer dos anos, assumiriam ares renascentistas. Porém, será em Sevilha onde o gótico adquirirá toda a sua grandeza. O exemplo melhor disso é a Catedral, a grande construção dos finais da época medieval andaluza. O Património Natural O renascimento revê-se nas praças maiores de numerosas cidades de Jaén e de Granada. O Palácio de Carlos V em Granada, dentro do complexo da Alhambra, ou a Catedral de Jaén representam, nesta comunidade autónoma, o mais vivo exemplo deste estilo. Mesquita. Córdova devido em grande parte à riqueza trazida da América, reflecte-se em edifícios como o do Arquivo das Índias de Sevilha, o Mosteiro de La Rábida de Huelva ou a Catedral de Cádiz. Quanto ao barroco é necessário reconhecer a riqueza de localidades sevilhanas como Écija ou Carmona. Dezenas de templos, conventos e mosteiros foram construídos neste estilo por todo o território andaluz. A Cartuxa de Granada é um dos seus modelos mais significativos, mas não é o único. Nas povoações cordovesas de Priego e Lucena encontram-se sacrários de Nossa Senhora da Assunção e de São Mateus, respectivamente, carregados de ornamentos e de sumptuosos elementos de decoração. A arquitectura popular tem muito a ver com as brancas granjas que se dispersam por todo o campo andaluz. Além disso, as praças de touros de cidades como Ronda configuram a chamada arquitectura romântica. No século XX Andaluzia aderiu às novas correntes arquitectónicas europeias. Edifícios industriais, modernistas, históricos e modernos espalham-se por toda a comunidade. A Exposição Universal de 1992 deixou um enorme legado em Sevilha. A arquitectura colonial, que proliferou na Andaluzia 8 Cerca de 17 por cento da superfície da comunidade andaluza está catalogada como espaço natural protegido. A região conta com dois parques nacionais, Doñana e Serra Nevada, e 22 parques naturais distribuídos pelo seu interior e litoral. Para além disso, possui 28 reservas naturais, que na sua maioria ocupam zonas húmidas ideais para a conservação de uma rica flora e fauna. O mapa ecológico andaluz é completado com cerca de 30 locais naturais, uma denominação mais global na qual se incluem, na sua maior parte, zonas de riqueza geológica. Doñana e Serra Nevada foram declaradas pela Unesco Reserva da Biosfera, título a que também tiveram direito outros cinco espaços protegidos: Serra das Neves, de Málaga; Serra de Grazalema, em Cádiz; Cabo da Gata, em Almeria; as Marismas do Odiel, em Huelva, e Cazorla, Segura e Las Villas, em Jaén. Precisamente este último parque é o mais extenso de Espanha e o segundo da Europa. O litoral encerra parte do património natural andaluz. Pela sua costa estende-se, por exemplo, o Parque Natural de Cabo de Gata-Nijar, de Almería, o da Baía de Cádiz ou o Parque Nacional de Doñana, entre vários outros. Por sua vez, este litoral está dividido por quatro costas: a Costa de Almería que ocupa a província com o mesmo nome; a Costa Tropical que se situa na província de Granada; a Costa do Sol na província de Málaga e, por último, a Costa da Luz que é compartilhada por Cádiz e Huelva. Parque Nacional da Serra Nevada. Granada Itinerários pelas capitais e províncias andaluzas Almería Mariyat, que em árabe significa miradouro do mar, foi, na época do Califado de Córdova, um dos mais importantes portos do Islão. A alcáçova (1) que se ergue sobre um penhasco rochoso atesta hoje a grandeza que Almería teve nessa época (169.509 habitantes). A fortaleza continua a coroar uma cidade na qual sobrevivem estilos e influências da costa africana que lhe fica tão próxima. A milenária alcáçova é a maior das edificadas pelos árabes na Península Ibérica. Dentro das muralhas existem belos jardins e amplas dependências coroadas por altas torres como a Torre da Homenagem. Do Cerro de São Cristóvão (2), ali ao lado, desfruta-se de uma das mais belas vistas da cidade. Aos pés da alcáçova fica a cidade. O seu estilo árabe reflecte-se nos bairros mais antigos de Almería. A Catedral (3) foi concebida inicialmente como uma fortaleza. Daí o seu sólido aspecto exterior, as suas quatro torres e as suas janelas minúsculas. À severidade exterior do templo contrapõe-se a sua harmonia interior. O altar-mor é gótico, o coro, plateresco, e os retábulos das capelas, barrocos. Ao lado da Catedral fica o Convento das Puras (4) e o Palácio Episcopal (5). Não muito longe daqui, ao lado do porto, ergue-se o Hospital Real (6) com a sua bela fachada neoclássica do século XVIII. O património artístico de Almería inclui também outras igrejas, como a de São João (7), construída sobre as ruínas de uma mesquita árabe. No seu interior é de destacar o “miharab”, um nicho do qual se dirigia a oração aos muçulmanos. Alcáçova 1 Alcáçova 2 Cerro de San Cristóbal 3 Catedral 4 Convento das Puras 5 Palácio Episcopal 6 Hospital Real 7 Igreja de São João 8 Passeio de Almería 9 Teatro de Cervantes 10 Praça Afonso XIII 11 Basílica de Nossa Senhora do Mar 12 Rambla de Belén 13 Cais (Carregador) de Minérios 14 Praia do Zapillo Ao lado do Passeio de Almería (8), fica o Teatro Cervantes (9) e o Círculo Mercantil. Uma rua mais acima, na Praça de Afonso XIII (10), situa-se a Basílica de Nossa Senhora do Mar (11), um monumento histórico e artístico que acolhe a imagem da padroeira de Almería. A Rambla de Belén (12) divide a parte antiga da cidade da parte nova. No final desta alameda encontra-se o porto. É aqui que a arquitectura industrial se manifesta em obras tão singulares como o carregador de minério (13), 11 Informação turística Estacionamento Correios Polícia Rambla de Belén Catedral uma estrutura metálica de engenharia. A praia do Zapillo (14), a mais concorrida da cidade, ocupa o bairro mais populoso de Almería. www.dipalme.org www.almeria-turismo.org O PARQUE NATURAL DO CABO DE GATA-NÍJAR O Parque Natural do Cabo de Gata-Níjar situa-se no extremo oriental do golfo de Almería e os seus 45 quilómetros de costa virgem dominam uma paisagem vulcânica cujas maiores altitudes se registam na Serra de Gata, uma franja montanhosa que serve de parapeito à chuva. No seu Praia de Zapillo Os Escullos ambiente semidesértico encontram-se paisagens de dunas móveis, salinas e pequenas enseadas. As praias mais famosas são as de Genoveses e Mónsul, bem como a do Arco, na povoação de Los Escullos, e a do Peñón Blanco, ao lado de La Isleta del Moro. O farol do Cabo da Gata, encravado ao lado do miradouro das Sereias, ergue-se sobre o promontório mais meridional do parque. Daqui parte um caminho que conduz a São José, uma povoação pesqueira situada no interior do parque natural, e que costuma servir como ponto de partida de numerosos itinerários turísticos. Na paragem das Amoladeras, no meio de uma zona de estepe, encontrase o centro de Aguadulce. Almería visitantes e interpretação da natureza. hortaliças, estende-se por toda a Costa de Almería. Na localidade de São Miguel de Cabo de Gata nasce uma estrada que vai até à povoação pescadora de La Almadraba de Monteleva. Grandes montanhas de sal amontoam-se nos arredores desta povoação e muito perto daqui fica um observatório ornitológico do qual é possível contemplar uma grande variedade de aves que cada ano utilizam esta extensão de água na sua passagem migratória. No Campo das Dálias, no chamado Poente Almeriense, situam-se povoações como Adra, que possui um porto desportivo muito concorrido na época estival. Praias de areia fina como Balanegra ou Balerma levam-nos até complexos turísticos como Almerimar, a Sul de El Ejido. Uma paisagem de salinas conduz às Roquetas de Mar, localidade que tem para mostrar ao visitante a sua torre do Castelo de Santa Ana. Bordejando a costa, avulta a povoação pesqueira de Aguadulce que nestas últimas décadas trocou a sua paisagem desértica por um mar branco de estufas. O LITORAL Um enorme panorama de estufas, onde se cultivam durante todo o ano frutas e Mojácar Cabo da Gata 13 2005 O litoral oriental ou do levante é menos concorrido. É aqui onde surge a faixa costeira do Parque Natural do Cabo da Gata, com praias solitárias e enseadas abrigadas. Fora dos limites protegidos fica Carboneras, cheia de edifícios de inspiração norte-africana. Esta povoação possui praias como Torre Velha, Martinicas ou Algorrobico. A proximidade do Deserto de Tabernas cria um contraste original que se acentua com uma vegetação de figueiras da índia, piteiras e palmeiras. Encarrapitada numa montanha, Mojácar faz parte dos municípios almerienses que mais respeito mostraram pela arquitectura popular de casas brancas. Aos seus pés crescem complexos residenciais ao lado de um mar que também banha povoações como Garrucha, pescadora e desportiva, ou Vera, cujas praias acolhem alguns dos centros mais importantes do naturismo andaluz. DESERTO DE TABERNAS A Serra dos Filabres, famosa por ter o observatório astronómico de Calar Alto, é, pode dizer-se, a entrada do Deserto de Tabernas, o único com estas características na Europa. Esta paisagem natural foi cenário da rodagem de dezenas de filmes inspirados no longínquo oeste americano. No centro desta zona ainda se conservam povoações como Far-West que serviram como pano de fundo a filmes rodados por directores de grande reputação. Dentro desta árida comarca existem outras paisagens de grande valor natural como a Serra de Alhamilla, o último obstáculo montanhoso antes de se alcançar o mar, ou o Karst em Yesos de Sorbas, um capricho geológico da natureza. Deserto de Tabernas Cádiz A cidade de Cádiz, com os seus 154.511 habitantes, é popularmente conhecida como “a pequena taça de prata”. Uma comprida língua de terra une esta cidade ao continente. A velha Gades fenícia aparece como uma península rodeada de água que serve de porta de entrada à sua baía. A Porta de Terra (1), uma muralha do século XVII, dá acesso à cidade mais antiga do Ocidente. A Catedral (2), situada de costas para o Atlântico, é de estilo barroco e neoclássico. Resplandece nela a sua cúpula, construída nos princípios do século XIX e recoberta de azulejos amarelos. Na sua cripta descansam os restos mortais do compositor, natural da região, Manuel de Falla. Boa parte do atractivo da cidade radica-se nas suas populosas praças, como a de São João de Deus (3) de onde se sobe à Câmara Municipal (4), um edifício branco, neoclássico, cuja fachada dá para o porto. Praças como a das Flores (5) e a da Candelária (6) merecem ume visita demorada. Na Praça de Espanha (7), ao lado do Parlamento Provincial (8), ergue-se o Monumento às Cortes Liberais (9). Além disso, Cádiz possui igrejas de grande valor artístico, como por exemplo a do Rosário (10), no interior do qual se encontram as esculturas de San Servando e San Germán, os padroeiros da cidade. Muito perto daqui fica a Praça da Mina (11) ao lado da qual está situada a igreja barroca de São Francisco (12). As alamedas de Apodaca (13) e do Marquês de Comillas (14) conduzem à Igreja do Carmen (15), de típico estilo colonial. Da Bateria da Candelária (16), na parte de trás do templo, pode-se desfrutar de uma admirável vista da baía de Cádiz toda ela salpicada de barcos que entram e saem do porto. No Oratório de São Felipe Neri (17), um edifício declarado monumento nacional, foi aprovada a Constituição de 1812, o primeiro texto que consagrou a igualdade e as liberdades em Espanha. Praça de Espanha Praia da Caleta A cidade possui também bairros tradicionais como o Pópulo, Santa Maria ou a Viña. Precisamente neste último bairro, muito perto do Parque Genovês, fica a pequena praia de Santa Catalina (19) e mesmo ao seu lado a de São Sebastião (20). Cádiz possui também outras praias como a de Santa Maria do Mar (21) ou a da Vitória (22), uma longa e arenosa faixa localizada à entrada da cidade. www.dipucadiz.es 1 Porta da Terra 15 Igreja do Carmen 2 Catedral 16 Bateria da Candelária 3 Praça de São João de Deus 17 Oratório de São Felipe Neri 4 Câmara Municipal (Ayuntamiento) 18 Praia da Caleta 5 Praça das Flores 19 Castelo de Santa Catalina 6 Praça da Candelária 20 Castelo de São Sebastião 7 Praça de Espanha 21 Praia de Santa Maria do Mar 8 Assembleia Provincial 22 Praia da Vitória 9 Monumento às Cortes Liberais 10 Templo do Rosário Informação turística Estacionamento Correios Estação de autocarros Estação de comboios 11 Praça da Mina 12 Igreja de São Francisco 13 Alameda de Apodaca 14 Alameda do Marquês de Comillas 16 2005 Porto Sherry. O Porto de Santa Maria A BAÍA E O LITORAL A Baía de Cádiz possui povoações milenárias sendo a mais importante o Porto de Santa Maria , na foz do rio Guadalete, e em cujo centro antigo se ergue o Castelo de São Marcos, construído no século XIII. Uma paisagem de dunas, marismas e pinhais leva-nos até Porto Real, onde o seu bairro mais antigo foi declarado conjunto histórico artístico. Na baía existem outras povoações como São Fernando ou Chiclana de la Frontera, que encerra no seu centro urbano a Igreja de Jesus Nazareno, de traça barroca. O litoral da província de Cádiz começa em Sanlúcar de Barrameda, na foz do Guadalquivir e em frente do Parque Nacional de Doñana. Nesta localidade, famosa pelas suas adegas, fica Bajo de Guia, um bairro de pescadores onde se pode apanhar o barco que leva até à outra margem, já em terras onubenses. Chipiona é um centro de peregrinação mariano pois ao lado da sua praia erguese o Santuário de Nuestra Señora de Regla. posta na costa norte-africana, a cidade possui extensas praias açoitadas, por vezes, pelo forte vento do levante. No seu centro antigo encontra-se o Castelo do Califa construído na época árabe. JEREZ DELA FRONTERA Cádiz é terra de vinhos e de cavalos e disto é prova Jerez de la Frontera, a cidade mais populosa da província. Numerosas adegas estão abertas ao público e nelas se podem provar os diferentes tipos de mostos que se fazem nesta região. Além disso, Jerez possui a Real Escola Andaluza de Arte Equestre, que um dia por semana, geralmente às quintas-feiras, realiza exibições com os seus cavaleiros e cavalos cartuxanos. Uma longa faixa costeira levanos até Rota, localizada à entrada da baía de Cádiz. Sancti Petri, fundada pelos fenícios, é uma vila que tem um dos mais modernos complexos turísticos da comarca. A seguir aparecem outras povoações como Conil, Caños de Meca ou Barbate. Perto de Zahara de los Atunes espalham-se praias de areias douradas como a de Bolonia, ao lado das ruínas romanas de Baelo Claudia. Tarifa é ponta mais meridional de Espanha. Com a vista O património artístico da cidade está representado pela Catedral do Salvador em cujo interior se podem admirar obras pictóricas de artistas como Zurbarán. Ao lado da Catedral ergue-se o Alcácer, do século XI, que guarda a antiga mesquita árabe reconvertida após a reconquista cristã na Igreja de Santa Maria. Muito perto da Praça do Arenal, uma das mais populares e movimentadas da cidade, fica a Igreja de São Miguel, que Zahara de los Atunes (dos Atuns) 18 possui um notável altar-mor. O Cabido Municipal, de estilo mudéjar, fica ao lado da Igreja de São Dionísio, construída em honra do padroeiro da cidade. Jerez de la Frontera possui sumptuosos palácios de famílias pertencentes à aristocracia local. Ao lado de um deles situa-se a Igreja Convento de Santo Domingo (São Domingos) em cujo interior se abrem amplos claustros do século XIII que, ao longo do ano, servem como salas de exposições. O Bairro de Santiago é um dos mais importantes de Jerez e ainda se conservam nesta parte da cidade alguns troços das muralhas árabes. No bairro destaca-se a Praça de São João onde se ergue o Palácio de Pemartín, a sede do Centro Escola Equestre. Jerez de la Frontera Andaluz de Flamenco ou o templo de Santiago, com uma esbelta torre. A Basílica da Nossa Senhora das Mercês tem, no altar, um sumptuoso retábulo de prata onde se venera a padroeira de Jerez. www.webjerez.com A ROTA DAS ALDEIAS BRANCAS Cerca de uma trintena de municípios compõem uma das rotas turísticas mais interessantes da Andaluzia. As Aldeias Brancas situam-se a Norte da província de Cádiz, mas a comarca estende-se também a Noroeste de Málaga, a Serrania de Ronda. As suas pequenas vilas são uma herança árabe e a maioria está situada no cimo das colinas. O Parque Natural de Grazalema, famoso pelo pinsapo (um abeto próprio desta serra), situa-se no coração da rota, assim como o Parque Natural de los Alcornocales aparece a Sul. A porta de entrada desta rota é Arcos de la Frontera, na qual se pode admirar a igreja gótica de Asunción e contemplar o amplo Vale do Guadalete. A partir daqui sucedem-se as povoações de casas caiadas de branco, ruas empinadas e pracetas perfumadas por toda a espécie de flores. Assim são, por exemplo, Bornos, Villamartín, Prado del Rey, El Bosque ou Benamahoma. Outras povoações como Ubrique tornaram-se famosas pela seu artesanato de cabedal. Em Grazalema, aos pés da Sierra del Pinar, existem espessas manchas de sobreiros e azinheiras. Uma estrada sobe até ao Cume de las Palomas (das Pombas) na margem do qual se pode admirar o Pinsapar (parque de pinheiros especiais que se criam na Andaluzia). em frente o castelo árabe. Na província de Málaga existem outras pequenas povoações como Montejaque, Benaoján ou Cortes de la Frontera que mantêm a mesma arquitectura branca que as localidades da província de Cádiz. Medina Sidonia está situada a Sul da rota das Aldeias Brancas. Esta localidade, famosa pelas suas ganadarias de toiros bravos, possui na Igreja da Santíssima Virgem Coroada um dos mais significativos exemplos do gótico tardio de Cádiz. Vejer de la Frontera, acomodada numa colina, fica a poucos quilómetros da costa. No seu centro antigo encontram-se monumentos como o castelo árabe ou a igreja do Divino Pastor, assim como o Santuário da Nossa Senhora da Oliva em cujo altar se venera uma imagem do século XVI. Zahara de la Sierra é uma pequena povoação encravado num penhasco montanhoso donde se avista uma caudalosa barragem. Córdova Córdova, com os seus 318.030 habitantes, é uma cidade Património da Humanidade, razão por que é um destino obrigatório na Andaluzia. No século X foi a capital do mundo islâmico ocidental. Tal era a sua grandeza que chegou a competir com a longínqua Bagdade. Banhada pelo Guadalquivir, na cidade a Mesquita-Catedral (1) é a rainha dos edifícios históricos. As suas cerca de mil colunas rodeiam o antigo lugar de oração dos árabes. Após a Reconquista, houve a ideia de construir dentro da própria mesquita uma catedral de estilo gótico que, com o passar dos anos recebeu ornamentos platerescos e barrocos. A Mesquita-Catedral está assente sobre um rectângulo com 23 mil metros quadrados, o que a torna a terceira maior do Mundo. O Pátio das Laranjeiras (2), que possui belos jardins, inclui-se neste recinto de ameias. O Palácio Episcopal (3) fica mesmo diante de uma das portas de entrada na MesquitaCatedral. A rota transita por outras povoações como Algodonales, El Gástor e Olvera. Esta última localidade é considerada como uma das mais belas da comarca. Destaca-se nela a Igreja de São José com as suas duas esbeltas torres e mesmo Vejer de la Frontera Mesquita-Catedral 20 O edifício, de pátios amplos, acolhe hoje o Palácio dos Congressos e Exposições. Dando para o rio, junto à Porta da Ponte (4), romana, ergue-se o Triunfo de São Rafael (5), um dos monumentos mais queridos dos cordoveses. A Sinagoga (6), o Museu Tauromáquico, o Zoco – o Mercado (7), a Capela de São Bartolomeu (8) fazem parte de um conjunto monumental que se estende pela Judiaria (9), o bairro mais formoso da cidade. O Alcácer dos Reis Cristãos (10) foi mandado construir por Afonso XI. No seu interior existem jardins, belos e bem cuidados, com fontes e canais. Nas salas estão expostos mosaicos romanos que relembram a grandeza que a cidade também teve sob os mandatos daquele império. A Ponte Romana (11) enobrece o Guadalquivir. No outro lado da cidade fica a Torre de la Calahorra (12) – da qual, através de uma janela gradeada, se distribuía o pão aos populares durante os períodos de grandes fomes – e onde Córdova exibe a sua tolerância através do Museu das Três Culturas (árabe, hebraica e cristã). Córdova possui inúmeras casas solarengas, com pátios frescos e luminosos. Cuidar delas tornou-se, para a cidade, numa verdadeira obrigação. Nelas misturam-se o azulejo de cores vivas, o ferro forjado, os vasos de gerânios e jasmins e os limoeiros e as laranjeiras. À volta da Praça do Potro (13) existem edifícios importantes como o Museu Provincial das Belas Artes e o Museu Julio Romero de Torres. Em frente, existe a Pousada do Potro (14), considerada um local de Cervantes já que está no Dom Quixote. 1 Mesquita-Catedral 15 Praça da Corredera 2 Pátio das Laranjeiras (de los Naranjos) 16 Igreja de São Paulo 17 Palácio das Mercês 3 Palácio Episcopal 18 Praça de Dolores 4 Porta da Ponte 19 Cristo de los Faroles 5 Triunfo de São Rafael 20 Ronda da Vitoria 6 Sinagoga 21 Ronda dos Tejares 7 Mercado árabe 22 Avenida do Grande Capitão 8 Capela de São Bartolomeu 9 Judiaria Informação turística Estacionamento Polícia Estação de autocarros Estação de comboios AVE 10 Alcácer dos Reis Católicos 11 Ponte Romana 12 Torre da Calahorra 13 Praça do Potro 14 Casa do Potro 22 Perto encontra-se a Praça da Corredera (15), um rectângulo cheio de portas, que noutros tempos era praça de touros. As igrejas góticas, como a de San Pablo (São Paulo) (16), existem por toda a cidade, bem como edifícios de carácter eminentemente barroco como o Palácio de la Merced Triunfo de São Rafael Alcácer dos Reis Cristãosa (das Mercês) (17) sede actual da Deputação Provincial. Simultaneamente, a cidade mostra a Praça de las Dolores (das Dores) (18), uma verdadeira gravura cordovesa, com destaque para o Cristo de los Faroles (dos Candeeiros) (19). Córdova conta, aliás, com avenidas amplas, onde hoje se pode sentir o seu pulsar. Entre elas, destacam-se a Ronda de Victoria (20), a Ronda de los Tejares (dos Teares) (21) ou do Grán Capitán (Grande Capitão) (22). A cerca de oito quilómetros desta capital está situada a Medina Azahara, um palácio construído no século X pelo califa Abderramán III em honra da sua favorita. Nos começos do século XI, os berberes destruíram-no, mas a sua anterior grandeza ainda se pode imaginar. Ficou de pé um salão em que se pode admirar parte dos seus entalhes e ornamentações em madeira. www.turiscordoba.es www.ayuncordoba.es Ponte romana e Torre da Calahorra 2005 do imperador Carlos V e do seu filho Felipe II. Belalcázar segunda cidade mais povoada desta província. É aqui que se encontra a Igreja de São Mateus possuidora de um dos sacrários barrocos mais imponentes da Andaluzia. O Santuário de Nossa Senhora de Araceli fica apenas a cinco quilómetros de Lucena e do alto desta colina, em pleno coração da Serra de Aras, podem ver-se cinco das oito províncias andaluzas. É por esta razão que Lucena é considerada como o centro geográfico da região andaluza. Por fim temos Pedroche, uma povoação onde a agricultura e a criação de porcos são as principais actividades. No seu centro antigo podemos admirar a igreja da Transfiguração do Senhor cuja torre de cerca de sessenta metros é visível de vários pontos da comarca. Pedroche A VÁRZEA E A CAMPINA Montoro VALE DOS PEDROCHES uma catedral. Em Belalcázar ergue-se um castelo medieval que em tempos idos foi uma verdadeira sentinela feudal. Numa pequena aldeia chamada Santa Eufemia podem também ser encontrados restos dum velho castelo árabe, o de Miramontes, que na sua época era como que uma fronteira. Mais a Sul temos El Viso, com a sua igreja da Encarnação. Num cruzamento de estradas encontramos Pozoblanco, uma povoação alva com a Paróquia de Santa Catalina onde está sepultado Ginés de Sepúlveda, o cronista A Norte da província de Córdova abre-se a faixa montanhosa longa e larga da Serra Morena. Aqui situa-se o Vale dos Pedroches, uma comarca dominada por uma paisagem de pastagens e azinheiras. Por aqui reina o porco ibérico. No meio de tanta natureza, destacam-se povoações com uma história rica, como Hinojosa del Duque, onde existe a igreja de São João Baptista, que, pelas suas dimensões, bem poderia ser 24 O caminho segue por uma paisagem de azinheiras até se chegar à Serra Sub Bética onde fica a cidade barroca de Priego de Córdova. Muito perto desta ficam as povoações de Luque e Carcabuey. A poucos quilómetros daqui temos a pequena aldeia de Zuheros que abriga a famosa Gruta dos Morcegos. Nas margens do Guadalquivir situam-se algumas povoações muito atraentes pela sua história. Para o caso temos, por exemplo, a de Montoro que acolhe no seu centro urbano a Torre de São Bartolomeu ou a Praça de Espanha. Seguindo o curso do rio chega-se até Córdova e uns quilómetros mais abaixo a Almodóvar del Rio, famosa por ter um castelo inexpugnável de inspiração árabe. Em Palma del Rio deve visitar-se o recinto amuralhado assim como o Convento de São Francisco, em cujo interior existe um luminoso claustro do século XV. Almodóvar do Rio Ao Sul de Córdova estende-se uma região de videiras e oliveiras. Montilla é a capital do vinho cordovês e Baena a do azeite, considerado como um dos melhores do mundo. Entre as duas localidades situa-se Lucena, a 25 Nicolau (3), com o seu miradouro do qual se avista uma das mais belas vistas da Alhambra e da Serra Nevada. Neste velho bairro destacam-se as “cármenes” que são casas com bonitos jardins. O Mosteiro de Santa Isabel a Real (4), situado perto das antigas muralhas que circundavam a cidade árabe, sobressai desta rede de ruelas estreitas. Granada Granada, com os seus 272.738 habitantes, é uma das mais bonitas capitais da Espanha, e a sua história e monumentalidade assim o atestam, pois foi o ponto de encontro da cultura árabe com a cristã. Em 1492, o ano do descobrimento da América, os Reis Católicos invadiram o último bastião árabe na Península. O monumento mais emblemático da cidade é, sem dúvida alguma, o Alhambra (1), declarado Património da Humanidade. Trata-se de um edifício sumptuoso e que é o destino mais do que obrigatório de todo o turista que venha à Andaluzia. O bairro cigano do Sacromonte (5), famoso pelas suas grutas, situa-se numa larga colina donde se pode apreciar uma linda vista da cidade. El Chapiz (6), o rio em cujas margens fica a Escola de Estudos Árabes (7) e o Palácio dos Córdova (8), desce até à Carrera del Darro (9), que corre paralelamente ao Passeio dos Tristes (10). Na sua parte baixa, a rua é ladeada por edifícios históricos como El Bañuelo (11), um conjunto de banhos árabes em cujas A cidade possui recantos dignos de ser vistos com toda a tranquilidade. Pode-se iniciar o itinerário da visita no bairro de Albaicín (2), um emaranhado de ruas e praças como a de São 1 Alhambra 15 Gran Via de Colombo 2 Albaicín 16 Curral do Carvão 3 Praça de São Nicolau 17 Praça de Bib-rambla 4 Mosteiro de Santa Isabel a Reall 18 Alcaçaria 19 Palácio de la Madraza 5 Bairro de Sacromonte Vista de Albaicín 20 Capela Real 6 El Chapiz 21 Catedral 7 Escola de Estudos Árabes 22 Hospital Real 8 Palácio dos Córdova 23 Mosteiro da Cartuxa 9 Estrada do Darro 24 Generalife 10 Passeio dos Tristes Informação turística Estacionamento Correios Polícia Parador (Posada) 11 Os Banhos árabes 12 Praça Nova 13 Real Chancelaria 14 Igreja de Santa Ana 26 27 obrigatório visitarse, principalmente para aqueles que desejem comprar recordações da cidade. Sacromonte abóbadas se abrem clarabóias em forma de estrelas. No final deste emaranhado de ruas fica a Plaza Nueva (Praça Nova) (12), flanqueada pela Real Chancelaria (13) e pela Igreja de Santa Ana (14). A cidade deixa de ser árabe para passar a ser cristã ao atravessarse a Gran Via de Colón (Grande Avenida de Colombo) (15). A Câmara Municipal e o Corral del Carbón (16), sede da Fundação do Legado Andaluz, mostram bem a mudança de estilos arquitectónicos. Perto daqui fica a Praça de Bib-rambla (17), muito conhecida pelo seu mercado de flores. Mesmo por trás está a Alcaiceria (18), o velho mercado árabe que é O Palácio da Madraza (19), outro exemplo de arquitectura muçulmana, situase em frente da Capela Real (20) onde estão sepultados os Reis Católicos. Este monumento, de um estilo gótico tardio, está encostado à Catedral (21), uma obra mestra do classicismo espanhol e que foi mandada construir por Isabel a Católica. A parte gótica foi começada em 1523 por Enrique de Egas, mas foi concluída pelo mestre renascentista Diego de Siloé e é também a ele que se deve uma boa parte do melhor mostruário monumental desta região. Granada possui ainda outros monumentos de uma beleza singular como, por exemplo, o Hospital Real (22), hoje sede da Universidade, ou o Mosteiro da Cartuxa (23), situado na periferia da cidade, na localidade de Aynadamar. Neste último edifício conseguese perceber, mais do que noutra parte qualquer, a importância do barroco, pois os Praça Nova seus sacrários estão carregados de riquezas sumptuosas. Tanto é assim que as próprias imagens que este templo possui foram realizadas pelos mais importantes entalhadores andaluzes do século XVIII. A uns dez quilómetros de Granada encontra-se a Horta de São Vicente, um agradável conjunto de propriedades rústicas rodeadas de zonas de várzeas, onde fica a Casa Museu do poeta granadino Federico Garcia Lorca. Nas suas salas estão expostos objectos pessoais do escritor, além de manuscritos e partituras Mas Granada passou à história da arte mundial mais por causa da Alhambra, um conjunto de palácios, fortalezas e casas reais que o convertem num dos monumentos mais belos do Capela Real mundo. Nele habitou a dinastia do reino nazari. Boabdil, o último rei muçulmano de Granada, deixou-a, com muita pena, após a reconquista cristã, nas mãos de Isabel e Fernando. O monumento está dividido em duas zonas: numa, que foi a pública e governamental, o Palácio de Comares; e noutra, a zona privada, ou harém, o Palácio dos Leões. No seu interior destaca-se um conjunto de torres, como a Vela na zona da alcáçova, ou o palácio renascentista de Carlos V, onde, hoje em dia, está o Museu da Alhambra e o das Belas Artes. Muito perto daqui encontra-se o Generalife (24), os jardins desta residência de reis onde se destaca o Pátio da Acequia ou o da Sultana. www.dipgra.es www.granada.org A Alhambra Jardins do Generalife 2005 A SERRA NEVADA povoações de arquitectura popular como, por exemplo, Güejar-Sierra. A Estação de Inverno da Serra Nevada possui excelentes infraestruturas hoteleiras e de serviços. À sombra do pico de Veleta praticam-se várias modalidades de desportos de neve, a partir dos finais do Outono até meados da Primavera. A estância dispõe de 62 quilómetros de pistas para a prática do esqui alpino. A Serra Nevada, a cordilheira montanhosa mais alta de Espanha, fica situada nas províncias de Granada e Almeria, embora seja na primeira que se localiza a sua maior parte. Segundo Parque Nacional de Andaluzia é nele que ficam os picos Mulhacén com 3.481 metros de altitude, e Veleta com 3.398 metros. É precisamente aqui que o visitante pode encontrar a estância de Inverno mais meridional da Espanha. De Granada parte a GR-420, considerada a estrada de montanha mais alta da Europa. Por ela se chega ao centro de informações e de interpretação El Dornajo, que estabelece o começo deste espaço natural protegido. Uns quilómetros antes, fica o Miradouro de Canales, do qual se pode desfrutar uma vista maravilhosa do Vale del Genil, salpicado de Na época estival o visitante pode participar em excursões que sobem até ao pico do Mulhacén. A esta altitude e em dias de céu limpo, pode avistarse a costa norte africana. O que chama a atenção das pessoas é a proximidade do Mediterrâneo, pois realmente em apenas trinta quilómetros em linha recta chega-se às tranquilas praias da Costa Tropical. Para os amantes da fauna e da botânica, a Serra Nevada 30 Estação de Inverno da Serra Nevada encerra em si riquezas muito interessantes. É por este maciço que ainda vagueia a cabra hispânica e é também nele que reina a águia real. A flora está representada por tipos próprios como a estrela das neves, a violeta da Serra Nevada ou o açafrão silvestre. importância que a localidade teve como fronteira entre muçulmanos e cristãos. É nas profundezas do Vale do Guadalfeo, o rio que separa a Serra Nevada das montanhas de Lújar e da Contraviesa, que se situa Órgiva a capital administrativa e económica da zona. Entre outros monumentos destaca-se, na cidade, a Igreja de Nuestra Señora de la Expectación, um templo do século XVI, com duas torres gémeas. www.cetursa.es ROTA DAS ALPUJARRAS A partir de Órgiva sobe-se por estradas sinuosas até povoações encravadas em ladeiras muito pronunciadas. Uma estrada comarcã trepa até Carataunas, Cáñar ou mesmo até Soportújar e uns quilómetros mais acima fica o Barranco de Poqueira, um conjunto de lombas verdes onde se instalaram três das povoações mais famosas da comarca. A primeira Nas Alpujarras, uma das mais conhecidas comarcas da Andaluzia, os visitantes tomam contacto com uma história densa, um traçado urbano original e muitas coisas típicas. As províncias de Granada e Almeria compartilham este território de povoações brancas que constituíu o último reduto dos mouros antes da sua expulsão definitiva para o Norte de África, nos finais do século XVI. Lanjarón, a porta de entrada desta comarca, é também famosa pelo suas termas e águas minerais. O seu castelo árabe dá bem conta da Órgiva 31 Huelva Trevélez Capileira delas é Pampaneira, onde se conserva praticamente intacta a herança cultural deixada pelos mouros. Daí que encontremos ruelas estreitas, praças acolhedoras e casas construídas umas sobre as outras que prendem poderosamente a atenção dos visitantes. A seguir temos Bubión e por último Capileira, donde parte um caminho que vai dar ao miradouro de Trevélez e que continua a subir até ao pico Veleta. encontrando no caminho até ao Cerro de la Ragua, uma terra que estabelece os limites provinciais entre Granada e Almeria. Situada a dois mil metros de altitude, é nesta localidade de alta montanha que se pode praticar esqui de fundo na época da neve. A estrada desce a partir daqui até Bayárcal, onde se pode admirar a Igreja de São Francisco, que num dos seus altares venera a imagem de São José em talha do século XV além de possuir também uma imagem antiquíssima da Imaculada. O itinerário continua para Pitres e Pórtugos, outras pequenas aldeias, e no limite municipal desta última temos a Fuente Agria (Fonte Ácida), que é um pilar de cinco bocas donde corre água rica em ferro. Em Laujar de Andarax, a capital da Alpujarra de Almería a paisagem é dominada por socalcos e terraços agrícolas onde se cultivam produtos hortícolas e frutículas. No seu centro antigo distribuem-se quase quinze pilares, alguns deles anteriores ao século XV. As águas do rio Andarax regam as férteis hortas até que os braços do Deserto de Tabernas acabam por modificar a paisagem de uma forma radical. Uma paisagem de castanheiros, amoreiras e azinheiras acompanha o visitante até Trevélez, a povoação mais alta de Espanha com os seus 1.476 metros de altitude. É nesta localidade que se produz um delicioso presunto curado pelos ventos que descem da Serra Nevada. Busquístar e Bérchules são outras aldeias que se vão www.alpujarras.com 32 Huelva, com os seus 145.712 habitantes, tem o seu símbolo no Monumento à Fé Descobridora (1), que consiste numa alta escultura, dedicada a Colombo e que está colocada na Punta del Sebo (a Ponta do Sebo). O monumento homenageia o papel que a província onubense teve no Descobrimento do Novo Mundo. Huelva localiza-se na foz do rio Odiel, numa zona de marismas da qual partem numerosos itinerários que levam os visitantes aos espaços protegidos da província. A visita pode ser começada na Catedral de la Merced (das Mercês) (2), edificada nos meados do século XVIII e que encerra, atrás da sua elegante fachada, um interior cheio de capelas, retábulos e altares barrocos. A Igreja de São Pedro (3) foi construída no século XVI sobre as ruínas de uma mesquita mudéjar. Umas ruas mais abaixo, no bairro de La Esperanza (da Esperança) (4) fica a Paróquia da Conceição (5), um templo reconstruído em 1755 após o devastador terramoto de Lisboa. No seu interior existem quadros pintados por Zurbarán e dedicados à Imaculada. A Plaza de la Monja (Praça da Monja) (6) representa o centro do bairro velho e nela fica o miradouro do Conquero (7) do qual se tem uma bela vista da cidade e dos seus arredores. Daqui se pode admirar, por exemplo, as Marismas do Odiel, um espaço natural de grande importância para as aves migratórias. Huelva possui, também, um centro velho, de ruelas estreitas e pequenas praças como a do Alcaide Coto Mora (8) perto da qual está o Gran Teatro (9), que é o centro cultural da capital. O Museu Provincial de Huelva (10), guarda objectos e utensílios romanos que demonstram bem a importância que a cidade teve naqueles tempos. Nele, há também uma sala dedicada à influência que a província teve no Descobrimento da América. Nestas mesmas dependências conta-se a história das minas de Riotinto, que ficam bastante Vista parcial perto e das quais ainda se extrai ferro e cobre. Huelva possui também um bairro bastante invulgar que se chama Rainha Victória (11) pois foi construído com um marcante carácter inglês. Igreja de São Pedro Monumento à Fé Descobridora Catedral A poucos quilómetros de Huelva fica Palos de la Frontera, de onde partiram as três caravelas de Colombo à descoberta da América. O Mosteiro de La Rábida, um templo gótico mudéjar, é um dos mais importantes sítios ligados a Colombo, pois aqui se hospedou o Almirante antes de zarpar rumo às Índias. www.ayuntamientohuelva.es DOÑANA 1 Monumento à Fé Descobridora 9 Gran Teatro 2 Catedral das Mercês 10 Museu Provincial de Huelva 3 Igreja de São Pedro 11 Bairro da Rainha Vitória A chamada Costa da Luz estendese entre a foz do rio Guadiana e a do Guadalquivir, e nos seus 150 quilómetros de litoral ficam cerca de quinze praias com nomes bastante interessantes como, por exemplo, Isla (Ilha) Cristina, Ilha Canela, La Antilla, El Rompido, Punta Umbría, Mazagón ou Matalascañas. 4 Bairro da Esperança Informação turística Estacionamento Correios Polícia Estação de autocarros 5 Paróquia da Conceição 6 Praça das Monjas 7 Miradouro do Conquero 8 Praça Alcaide Coto Mora 34 Marismas de Doñana A reserva ecológica mais importante da Europa situa-se na província de Huelva. Trata-se de Doñana, um habitat natural em estado puro, declarado Parque Nacional, Reserva da Biosfera e Património da Humanidade. E até mesmo os seus arredores têm o título de Parque Natural. A coutada, que encerra um valioso tesouro de flora e fauna, situa-se, principalmente, na província onubense, embora uma importante franja do mesmo faça também parte de Sevilha. A marisma, que representa quase metade dos 50.720 hectares da coutada, é a morada de dezenas de espécies aquáticas, algumas delas em sério perigo de extinção. As dunas móveis, as praias virgens de areia branca e fina, os pinhais e a zona conhecida como a vera, um território de transição entre dois ecossistemas, compõem as outras peças deste singular conjunto do meio ambiental. Crónicas antigas asseguram que aqui se estabeleceu o mítico reino de Tartessos, mas nada há que o demonstre e apenas restam 2005 SERRA DE ARACENA Matalascañas O principal centro de recepção dos visitantes é El Acebuche, situado a meio caminho entre a povoação costeira de Matalascañas e a aldeia de El Rocío. Aqui existe um local de reservas de lugares para visitas ao interior da coutada. Os outros quatro centros de informação ficam no exterior do perímetro do Parque Nacional. A partir do centro de Bajo de Guía, em Sanlúcar de Barrameda, pode-se entrar em Doñana por via fluvial, a bordo de um barco que faz a travessia entre as duas margens. O centro de Las Rocinas, na aldeia de El Rocío, possui um trilho para peões que atravessa o Charco de la Boca, um riacho com quatro observatórios ornitológicos. neste húmido terreno algumas ruínas romanas e, espalhadas aqui e além, umas torres vigias do século XVI, que serviam de sinal aos barcos que entravam pela foz do Guadalquivir. Doñana, que esteve integrada durante séculos nos ducados de Medina Sidonia e Alba, é uma referência para os amantes da fauna. Veados, gamos e javalis deambulam por este património protegido. O lince ibérico, um felino em vias de extinção, tem em Doñana o seu último refúgio. Serra de Aracena lha Cristina 36 De caminho a Almonaster la Real surge a vila de Cortegana com a sua igreja mudéjar do Divino Pastor, declarada Monumento Nacional. A Serra Morena recebe, em Huelva, um outro nome: aqui é conhecida por Serra de Aracena em homenagem à capital de uma comarca que confina com as terras do Sul da Extremadura. É neste suave maciço montanhoso, onde se produz um dos melhores presuntos ibéricos de Espanha, que se encontram povoações brancas que possuem uma história carregada de influência árabe que se pode ver nos seus castelos e torres de vigia. É uma terra de pinheiros, azinheiras, sobreiros e castanheiros e o seu Parque Natural engloba cerca de 28 municípios. Na parte mais escarpada da serra sucedem-se várias povoações. De Almonaster parte uma estrada comarcã que vai até Santa Ana la Real, uma aldeia branca que atesta bem a grande influência árabe que esta zona sofreu. Jabugo é famoso pelas suas criações de porcos ibéricos, conhecidos popularmente por “pata negra”. A Espanha mágica tem aqui um significativo exemplo. Alájar fica aos pés da Peña Arias Montano, esburacada por numerosas grutas das quais os seus vizinhos locais contam várias lendas carregadas de mistério. No alto do penhasco fica a ermida de Nossa Senhora dos Anjos, onde os peregrinos veneram uma imagem, em talha gótica, do século XIII. Outras povoações como Higuera de la Sierra, Zufre ou Santa Olalla del Cala são uma verdadeira mostra da arquitectura tradicional da comarca. Aracena fica situada no coração do espaço natural protegido. No seu centro antigo ergue-se um castelo templário que possui, no seu interior, uma igreja do século XIII. Muito perto daqui a terra esconde a Gruta das Maravilhas, que é de uma beleza extraordinária, com as suas longas galerias, doze salões naturais e seis lagos subterrâneos. Os Picos de Aroche constituem um verdadeiro capricho da natureza. Aos seus pés fica a velha cidade romana com o mesmo nome e onde se pode ver um castelo daquela época, reconstruído séculos mais tarde pelos árabes. Alájar 37 Jaén Um enorme olival assinala Jaén, pois mais de cinquenta milhões de oliveiras foram plantados a toda a largura e a todo o comprimento da província. Do seu fruto obtêmse o azeite, principal fonte de riqueza desta terra fronteiriça. Porém Jaén não é apenas um olival. No seu território existe o maior número de espaços protegidos da Espanha. A capital, com os seus 113.141 habitantes, está situada ao lado da Serra Mágina. O Castelo de Santa Catalina (1) domina do alto da colina toda a cidade e a construção árabe é impressionante pelas grandes proporções da Torre de Menagem. Daqui se pode admirar boa parte do Vale do Guadalquivir bem como as povoações por ali disseminadas. Aos pés desta mole de pedra, espalham-se os velhos bairros da Madalena (2), São João (3) e Mercês (4). Em cada um deles existe uma igreja com um campanário bastante alto. O monumento mais importante da cidade é a Santa Igreja Catedral (5), um soberbo edifício renascentista, cuja fachada foi projectada pelo arquitecto Andrés de Vandelvira, no século XVI. Destacam-se, no seu interior, o coro e a sacristia, assim como as capelas dedicadas à Virgem de la Cabeza (da Cabeça) e a Nuestro Padre Jesús (Nosso Pai Jesus), uma imagem em talha, anónima, muito venerada pelos habitantes de Jaén. Na Praça de Santa Maria (6), além da Catedral, está o Ayuntamiento (Câmara Municipal) (7) e o Bispado (8). Daqui sai a Carrera de Jesús (9), uma rua que vai dar ao Convento das Carmelitas (10). Por trás da Catedral fica o Palácio de São Francisco (11), hoje Assembleia Provincial de Deputados. A rua Álamos (12) comunica com a Praça da Audiência (13), onde se situa o Teatro Darymelia (14). É aqui que começa a parte mais antiga de Jaén, como se comprova quando se vê o Arco de São Lourenço (15), o único 1 Castelo de Santa Catalina 15 Arco de São Lourenço 2 Bairro da Madalena 16 Igreja de São Bartolomeu 3 Bairro de São João 17 Convento de Santa Clara 4 Bairro das Mercês 18 Palácio de Villardompardo 5 Santa Igreja Catedral 19 Igreja de Santo Ildefonso 6 Praça de Santa Maria 20 Convento das Bernardas 7 Câmara Municipal (Ayuntamiento) 21 Praça das Batalhas 8 Bispado 9 Estrada de Jesus Vista aérea Informação turística Estacionamento Polícia Estação de autocarros Hospital Parador (Pousada) 10 Convento das Carmelitas 11 Palácio de São Francisco 12 Rua Álamos 13 Praça da Audiência 14 Teatro Darymelia 39 2005 Cazorla Castelo de Santa Catalina Catedral ÚBEDA E BAEZA que restou de uma antiga igreja gótica. Úbeda e Baeza pontificam na comarca de La Loma, uma larga extensão de olival encravada no vale alto do Guadalquivir. Estas duas cidades exibem a maior herança renascentista da comunidade. Com efeito, a Praça de Santa Maria em Úbeda é considerada como um dos mais soberbos conjuntos histórico-artísticos da Andaluzia. Neste espaço urbano encontram-se edifícios de porte senhorial como a capela do Salvador, mandada construir por Francisco de los Cobos, secretário e homem de confiança do imperador Carlos I. A Igreja de São Bartolomeu (16) e o Convento de Santa Clara (17) levam até ao Palácio de Villardompardo (18) no interior do qual estão, além dos banhos árabes, o Museu de Arte Naïf e o Museu das Artes e Costumes Populares. A igreja de Santo Ildefonso (19), situada no bairro que tem o mesmo nome, é uma das mais antigas da capital. Perto dela está o Convento das Bernardas (20) e a Alameda, que é um espaço verde donde se desfruta uma bela vista da cidade. Jaén foi construída num desnível de uma grande colina e a sua parte moderna estende-se pelo Passeio da Estação e pela Plaza de las Batallas (Praça das Batalhas) (21), onde se ergue um monumento em memória da combate de Navas de Tolosa contra os árabes e também do de Bailén contra as tropas napoleónicas. Palácio das Correntes. Úbeda Praça do Pópulo e Fonte dos Leões. Baeza www.promojaen.es 40 Mesmo ao seu lado temos o Palácio do Condestável Dávalos. O Palácio de las Cadenas (das Correntes), hoje sede da Câmara Municipal da cidade, possui um amplo alpendre em frente do qual se situa a Igreja de Santa Maria de los Reales Alcázares (Alcáceres Reais), um templo gótico edificado sobre as ruínas de uma antiga mesquita árabe. O Palácio do Marquês de Mancera, um vice-rei do Peru, e o Antiguo Pósito completam este nobre recinto. Somente a oito quilómetros fica Baeza. A cidade, ainda que mais pequena que Úbeda, possui um rico mostruário de monumentos religiosos. Sobressai entre todos os outros a Catedral, de estilo gótico. À sua volta dispõem-se sumptuosos edifícios como o antigo Seminário, hoje sede da Universidade Internacional da Andaluzia. A Redonda de Miradores está de costas para a praça. Dela se pode ter uma linda vista da Serra Mágina e do Vale do Guadalquivir. Úbeda possui também praças muito animadas como a do Mercado, ao lado da qual fica a igreja gótica de San Pablo(São Paulo). Muito perto daqui está o Oratório de San Juan de la Cruz. À entrada da cidade destaca-se o imponente Hospital de Santiago, com o seu luminoso claustro e a sua alta capela. Este edifício acolhe a vida cultural da cidade. O Palácio de Jabalquinto, com a sua original fachada góticoisabelina, fica mesmo em frente da igreja de Santa Cruz, uma raridade românica no Sul da Espanha. A antiga Universidade está ligada à Praça da Constituição através do Arco del Barbudo. Baeza tem também uma praça cheia de harmonia que se chama do Pópulo. No seu centro situa-se a fresca Fonte dos Leões e, de ambos os lados, a Chancelaria Real, a Porta de Jaén e o Arco de Villala. 41 Málaga A Iruela Segura da Serra A Câmara Municipal, que noutros tempos foi prisão, ostenta uma frontaria plateresca cheia de ornamentos. Justamente em frente, a casa em que viveu o poeta Antonio Machado durante os anos em que aqui foi catedrático de Língua Francesa. Ao lado da casa consistorial situa-se a igreja da Puríssima Conceição e as ruínas da São Francisco. Vinte e três municípios formam o parque natural. Uma das suas portas de entrada é, precisamente a povoação de Cazorla, que tem, semelhantemente à vizinha La Iruela um castelo templário. A estrada que dá acesso ao parque tem como expoente o Cume das Palomas (Pombas). Do seu miradouro tem-se um amplíssima vista do vale. A estrada desce, agora, até Arroyo Frío e, alguns quilómetros depois, até Coto-Rios, que tem próximo o Centro de Interpretação e Recepção de Visitantes da Torre do Vinagre. Um museu cinegético, um jardim botânico e um tanque para a criação de trutas completam o local. CAZORLA, SEGURA E LAS VILLAS O rio Guadalquivir nasce na serra de Cazorla, num dos pulmões verdes da Andaluzia. Esta zona de picos altos, extensos mantos de árvores e ribeiros caudalosos constitui o maior parque protegido da Espanha. O Parque Natural de Cazorla, Segura e las Villas fica encravado a Leste da província de Jaén e tem uma superfície de 240 mil hectares. Refúgio de águias reais e de abutres leonados, pelos seus cerros escarpados vagueiam o javali, o cervo, o gamo e a cabra hispânica. Este património do meio ambiente acolhe ainda raridades botânicas como a violeta de Cazorla. A serra de Segura é a formação montanhosa mais extensa da zona. A represa de el Tranco dá acesso a povoações de profunda inspiração árabe, como Hornos de Segura e Segura da Serra. Ambas são coroadas por dois castelos muçulmanos. Em Fuente (Fonte) Segura, na fronteira municipal de Santiago-Pontones, nasce o rio Segura que desagua na região de Múrcia. 42 Málaga, com os seus 532.425 habitantes é a segunda cidade mais populosa da Andaluzia. Com o olhar virado para o seu concorrido porto marítimo (1), a capital possui uma das maiores alcáçovas (2) árabes que se conservam na comunidade. Construída entre os séculos VIII e XI, acolhe actualmente o Museu Arqueológico, no qual se encontram vestígios das épocas fenícia e romana. Um lanço de muralha liga a fortaleza com o Castelo de Gibralfaro (3), do qual se tem uma vista lindíssima da cidade. O Teatro Romano (4), parcialmente escavado, repousa sob a alcáçova. A um passo, estende-se a frondosa Avenida de Cervantes (5). No final do passeio encontra-se a praça de toiros, conhecida popularmente como a Malagueta (6). A Câmara Municipal (7), e a velha Alfândega (9), encontram-se muito próximo da Catedral (9), que por aqui é conhecida pela Manquita, pois só tem uma torre e a outra meio construída. O templo é uma mostra estupenda do Renascimento espanhol. No seu interior exibe um nutrido conjunto de capelas Vista parcial em que se veneram ricas imagens da talha andaluza. O cadeiral do coro é digno de ser apreciado, da mesma maneira que as pinturas que estão penduradas nas paredes tão antigas. A Igreja de Santiago (10) encontra-se no caminho que leva à Praça das Mercês (11) um dos centros de reunião dos malaguenhos. O Monumento a Torrijos (12) preside ao conjunto. De um lado deste espaço público encontra-se a casa natal de Pablo Ruiz Picasso (13), que, actualmente alberga a Fundação do pintor. A cidade possui outros museus como o das Belas Artes (14) que expõe telas de pintores como Murillo ou Zurbarán, bem como obras do Picasso mais jovem. A visita à velha Malaca fenícia é completada com as igrejas dos Mártires (15), do Sagrado Coração (16) ou do Santo Cristo da Saúde (17), todas erguidas no bairro velho malaguenho. A cidade mais tranquila explana-se no passeio marítimo de La Farola (18), ao lado do porto. Pelo contrário, a mais buliçosa começa na Rua Larios (19) até à Câmara Municipal 1 Porto Marítimo 17 Igreja do Santo Cristo da Saúde 2 Alcáçova. Museu Arqueológico 18 Passeio Marítimo de La Farola 3 Castelo de Gibralfaro 19 Rua Larios 4 Teatro Romano 20 Praça da Constituição 5 Avenida de Cervantes 21 Estátua ao Marquês de Larios 6 Praça de Touros de La Malagueta 22 Alameda Principal 7 Câmara Municipal 23 Ponte de Tetuán 8 Alfândega Velha 24 Bairro da Trindade 9 Catedral 25 Igreja de São Paulo 10 Igreja de Santiago 26 Bairro de Perchel 11 Praça das Mercês 27 Paróquia da Virgem do Carmen 12 Monumento a Torrijos 13 Casa de Pablo Picasso Informação turística Estacionamento Estaçao de comboios Hospital 14 Museu das Belas Artes 15 Igreja dos Mártires 16 Igreja do Sagrado Coração 44 A Alameda Catedral Praça da Constituição (20). A estátua do Marquês de Larios (21) fica ao lado da Alameda Principal (22) que nos leva até à Ponte de Tetuán (23), uma construção sobre o rio Gualmedina. Neste outro lado da cidade começam bairros como o da Trindade (24), com a sua popular igreja de São Paulo (25), ou El Perchel (26) de inconfundível aroma marinheiro. A sua Paróquia da Virgem do Carmen, padroeira dos pescadores dá testemunho disso mesmo. um arco entre o litoral gaditano e o granadino, desde os cerros de Tarifa até às praias de Nerja. A riqueza paisagística desta comarca andaluza exibe-se na beira-mar e na serra escarpada que a envolve. A costa mediterrânica de Tarifa é salpicada de alcantilados abruptos que fazem face à comarca do Campo de Gibraltar. A capital da baía é a cidade de Algeciras, um dos portos mais activos da Europa. Algeciras possui um serviço contínuo de transportes marítimos com o Norte de África. Na Praça Alta encontra-se a igreja de Nossa Senhora da Palma, do século XVIII. Em praias como El Riconcillo desenrolam-se competições de desportos submarinos e de vela. Defronte de Algeciras encontra-se a cidade La Línea de la www.malagaturismo.com COSTA DO SOL A Costa do Sol, a mais famosa da Andaluzia, é um destino turístico mundialmente conhecido. Razões inúmeras: o seu clima suave, os seus milhares de horas de sol por ano, praias de águas calmas e temperadas justificaram a concessão de inúmeras bandeiras azuis europeias. A Costa do Sol estende-se como Manilva 45 Concepción (Linha da Concepção). La Línea, que faz fronteira com Gibraltar, é uma urbe de museus e de praias extensas. A de Poniente (Poente) está virada para a baía, enquanto que a de Levante se abre para o Mediterrâneo. San Roque fica próximo. O seu centro antigo está considerado Monumento Histórico Artístico. San Roque possui um punhado de complexos turísticos, enriquecidos por campos de golfe e portos desportivos. Sotogrande é a urbanização mais populosa e selecta deste termo municipal. A Costa do Sol continua em Manilva com praias como Chullera ou Sabinillas. Uns quilómetros mais acima surgem as urbanizações de Estepona, Cancelada e São Fuengirola Pedro de Alcántara, onde fica situado Porto Banús, um dos centros náuticos mais famosos do Mundo, onde atracam iates e embarcações originais de meio mundo. Marbella é a capital da Costa do Sol. A cidade exibe o tipicismo do seu bairro velho, com igrejas brancas e casarões solarengos de pátios amplos. Mas muito próximo deste casario tranquilo surge outro cheio de sumptuosidade e riqueza que se manifesta no luxo dos seus hotéis, urbanizações e zonas desportivas. A chamada Milla de Oro uma franja de praias douradas engloba alguns dos melhores hotéis de Espanha, em que não faltam casinos tentadores e modernos complexos de descanso. A Costa do Sol está protegida por uma linha montanhosa onde se encontram povoações brancas como Ojén, Coín ou Casares. Mijas, famosa pelo seu burro-táxi, situa-se num cerro, se bem que possua praias largas como Calahonda, La Cala ou La Campana. Fuengirola possui as animadas praias de Torreblanca e Los Boliches. reforçaram a sua oferta turística. Praias de nomeada como Cala del Moral, Benagálbon, Benajarafe ou Valle Niza possuem águas transparentes. Muito próximo fica a histórica povoação de Vélez-Málaga, famosa pelo seu bairro medieval e pelas suas igrejas mudéjares. Algarrobo e Torrox completam a oferta de praias da Costa do Sol oriental. Finalmente, Nerja passa por ser um dos município mais belos da comarca. As praias de Torrecilla, Burriana e Maro são uma tentação. A povoação destacase pelo seu traçado urbano de evidente inspiração árabe. No centro está o Balcón de Europa, um miradouro de onde pode observar as enseadas que, entre as rochas, olham para o Mediterrâneo. Outras povoações como Benalmádena passaram a ser um dos mais importantes centros de recreio de Costa do Sol graças ao seu parque de atracções, apenas um dos muitos atractivos que possui o litoral malaguenho. Torremolinos foi o município pioneiro no turismo de sol. Esta cidade conta na zona de La Carihuela com praias de areia fina onde todos os anos são montados os típicos chiringuitos onde se podem comer espetadas de sardinhas, paellas (arroz à valenciana) e “peixinhos fritos”. Torremolinos possui, além disso uma vida nocturna frenética na praia do Bajondillo onde todas as noites abrem dezenas de bares com música de todos os estilos. www.costadelsol.net LA AXARQUÍA, RONDA E ANTEQUERA As povoações brancas da serra malaguenha fazem parte de uma comarca que se chama a Axarquía. Localidades como Frigiliana, ao lado de Nerja, Cómpeta, Sayalonga ou Salares têm bairros de perfil mourisco coroados por igrejas mudéjares, que vivem dos produtos que a terra dá. Do outro lado de Málaga, olhando para a Costa Tropical granadina, encontram-se povoações marítimas, tais como o Rincón de la Victoria ou Torre del Mar que nos últimos anos 47 2005 A serrania malaguenha estende-se até Ronda uma das cidades que pelo seu cunho romântico deram fama à Andaluzia. Um talhe rochoso profundo, atravessado por uma ponte construída no século XVIII, divide a cidade em duas. Próximo encontra-se o caminho que baixa o talhe, de onde se pode admirar a cascata do rio Guadalevín. Nos bairros novos, na Ronda moderna, surge a praça de touros, a mais antiga de Espanha, considerada o berço espiritual da tauromaquia. De um lado, fica a Ronda antiga e, do outro, a nova. Na primeira encontram-se os mais conhecidos monumentos do lugar. Na Praça da Duquesa de Parcent está implantada a igreja de Santa Maria Maior e a Câmara Municipal. O Palácio de Mondragón, antiga sede de governadores e reis, é como que o resumo de essência arquitectónica desta cidade. Málaga possui outra cidade monumental, situada a Norte da província, numa planura agrária, Antequera, onde se destacam os caprichos geológicos de El Torcal e o conjunto de dólmenes de Menga, Viera e El Romeral. O Museu Arqueológico Municipal exibe o Efebo, um bronze do século I, considerado um dos mais importantes tesouros da época romana. Sobre o seu castelo árabe tem assento a igreja de Nossa Senhora do Carmen que possui um rico retábulo de traça barroca. Rodeada pelas velhas muralhas citadinas, levanta-se a igreja do Espírito Santo, construída em 1505 durante o reinado de Fernando o Católico. Ao lado da igreja ficam as portas de Almocabar e de Carlos V que, noutros tempos davam acesso à vila. www.ronda.net O Torcal. Antequera Sevilha Com 719.588 habitantes, Sevilha é a capital da Andaluzia e é mundialmente conhecida pela sua história, a sua cultura e os seus monumentos. A Giralda (1) o antigo minarete árabe, é o símbolo de uma cidade banhada pelo Guadalquivir. A visita começa precisamente no campanário da Catedral hispalense. De tal altura admirase uma panorâmica preciosa da urbe e dos seus bairros. Por baixo dele, o templo gótico, em que ressalta o retábulo maior, o túmulo de Colombo ou o pátio dos Laranjais, com um perfume especial na Primavera. Ao lado da Catedral surgem os Alcáceres Reais (2) mandados construir por Pedro I o Cruel sobre o que em tempos de antanho haviam sido sumptuosos palácios árabes. O Salão dos Embaixadores é encimado por uma cúpula cheia de filigranas, construída nos finais do século XV. A fortaleza está rodeada por jardins silenciosos e pátios como o da Montería, o das Donzelas, o do Cruzeiro ou o de Troia. Este Alcáceres Reais monumento é, além disso, enriquecido por tapeçarias como a de Carlos V. Junto dos Alcáceres Reais situase o Arquivo das Índias (3), hoje um dos mais importantes centros documentais de assuntos relacionados com Colombo. O Hospital dos Veneráveis (4), ou os Jardins de Murillo (5), em que se destaca o Monumento a Colombo, rodeiam o coração da cidade onde se situa o bairro popular e populoso de Santa Cruz (6). A Casa Pilatos (7) entre o Convento de São Leandro (8) e a igreja de Santo Estêvão (9), encerra o espírito renascentista desta cidade. Neste palácio, avulta o seu conjunto escultórico e a harmonia do seu pátio de traça mudéjar. O bairro de La (da) Macarena (10) conta com igrejas como a de Santa Isabel (11), ou a de São Lourenço e a de Jesus do Grande Poder (12), onde se venera uma das imagens mais queridas da capital. A Basílica da Macarena (13), é centro de peregrinação mariana. Aqui 1 Catedral e Giralda 2 Alcáceres Reais 3 Arquivo das Índias 4 Hospital dos Veneráveis 5 Jardins de Murillo 6 Bairro de Santa Cruz 7 Casa Pilatos 8 Convento de São Leandro Arquivo das Índias 9 Igreja de Santo Estevão 10 Bairro da Macarena 11 Igreja de Santa Isabel 12 Igreja de Jesus do Grande Poder 13 Basílica da Macarena 14 Hospital das Cinco Chagas 15 Alameda de Hércules 16 Praça do Duque de Vitória Basílica da Macarena Real Maestranza 17 18 19 20 21 22 23 24 Rua Sierpes Museu das Belas Artes Bairro de El Arenal Real Maestranza Torre do Ouro (del Oro) Parque de Maria Luisa Praça de Espanha Bairro de Triana Torre do Ouro 25 Ilha da Cartuxa 26 Ilha Mágica Praça de Espanha Informação turística Estacionamento Correios Polícia Estação de autocarros Ilha da Cartuxa 2005 próximo, diante da velhas muralhas árabes, está engastado o Hospital das Cinco Chagas (14), sede actual do parlamento da Andaluzia. A Alameda de Hércules (15), com as suas colunas de mármore, trazidas de um templo romano, leva-nos até à zona centro, com a buliçosa Praça do Duque da Vitória (16) e a Sierpes (17), a rua comercial por excelência. O Museu das Belas Artes (18), edificado no antigo Convento da Mercê Descalça, exibe telas de grandes mestres da escola hispalense como Juan de Valdés Leal. Bartolomé Esteban Murillo ou Francisco de Zurbarán. O bairro de El (do) Arenal (19) tem um inconfundível aroma taurino. Nele impera a Real Maestranza (20), a praça de toiros sevilhana. Ao lado, levanta-se a Torre do Ouro (21), o velho baluarte árabe, que noutros tempos recebia o ouro e a prata da América. O Parque de Maria Luisa (22) é um verdadeiro remanso de paz para metade da cidade. Cruzando a Avenida de Isabel a Católica encontra-se a Praça de Espanha (23), um recinto semi circular que recebeu a Exposição Ibero Americana de 1929. Toda ela está salpicada de bancos de azulejos onde estão representadas as 52 províncias espanholas. Mas Sevilha é famosa sobretudo pelos seus bairros populares como o de Triana (24), do outro lado do rio, onde o visitante pode admirar casas e pátios decorados com cerâmicas e azulejos muito significativos. A Sevilha moderna tem o seu melhor exemplo na Ilha da Cartuja (25). O legado arquitectónico da Exposição Universal de 1992 ainda prevalece neste pedaço de terra abraçado pelo Guadalquivir. No seu interior, encontra-se a Ilha Mágica (26), o parque temático de Sevilha, centro de lazer cujas atracções são inspiradas nas civilizações pré colombianas. www.turismosevilla.org www.andalunet.com www.sol.com Museu Arqueológico Carmona Palácio de Peñaflor. Écija CARMONA E ÉCIJA Carmona e Écija são as duas cidades com mais monumentos da província hispalense. Na primeira, com um sólido passado romano e árabe, admiram-se as portas de Córdova e Sevilha. Dentro do recinto amuralhado surgenos o velho bairro com igrejas como a de Santa Maria Maior, um templo erguido no século XV -adivinhem ...- sobre uma mesquita muçulmana. Lado a lado dispõem-se edifícios ricos como os palácios dos Rueda, dos Aguilar, o Convento das Descalças ou a Casa do Marquês das Torres, que hoje encerra o Museu Arqueológico e Etnográfico. O Alcácer de Pedro I o Cruel coroa a cidade e a necrópole romana, repleta de túmulos e ricos mausoléus, que já se encontra nas cercanias. Ao lado da via rápida da Andaluzia tem assento a cidade barroca de Écija. As suas onze igrejas, rematadas por altos campanários, identificam a cidade mais quente da região durante o Verão. Os templos de Santa Maria, que dá para a Praça de Espanha, e de São João, com ricos retábulos e capelas, são os mais visitados. Em Écija está, além disso, o Palácio de Peñaflor, famoso pela sua enorme varanda e pinturas na frontaria. SIERRA NORTE (A SERRA NORTE) Cazalla de la Sierra é a localidade mais importante da Sierra Norte (Serra Norte) sevilhana. Na sua Praça Maior encontra-se a igreja 53 Lazer e espectáculos Desportos Guadalcanal A Andaluzia possibilita a prática de qualquer desporto em locais tão diferentes como a alta montanha ou o mar. Instalações modernas não faltam para o desportista mais exigente. Nas oito províncias oferece-se uma ampla rede de centros para a prática de disciplinas atléticas, náuticas, brancas, equestres, etc.. Na sua larga franja costeira há escolas de vela e de submarinismo. Na verdade, os 37 portos desportivos andaluzes mantêm uma animada actividade durante todo o ano. Em locais naturais como o Cabo da Gata praticam-se actividades submarinas. A Tarifa chegam os amantes do windsurf atraídos pelos ventos contínuos de Levante e Poente. Os Centros de Actividades Náuticas de Almería e Huelva proporcionam o contacto com o mar com especialistas para ajudar. Outras modalidades, como o remo e o piroguismo praticam-se no Guadalquivir navegável. Mas os desportos aquáticos representam apenas uma parte do muito que a Andaluzia oferece. de Nossa Senhora da Consolação, um monumento do século XIV, no qual se podem apreciar estilos diferentes. Da sua torre mudéjar tem-se uma panorâmica belíssima do parque natural, uma bela zona da Serra Morena andaluza. Dentro deste espaço protegido, aparecem povoações como Constantina, famosa pelo seu bairro da Morería (da Mouraria) e pela igreja de Santa Maria da Encarnação, um templo com uma esbelta fachada renascentista. Guadalcanal, na fronteira com as terras baixas da Extremadura, é uma vila carregada de típico, com casa brancas em cujas frontarias se penduram vasos de gerânios e de jasmim. A comarca está dividida pelos leitos dos rios Huéznar e Víar. A azinheira e o sobreiro são por aqui as árvores mais comuns. Por estes campos de altitudes médias, deambulam o cervo e o javali, animais que são um chamariz para os amantes da caça. 54 Caminhismo na Serra da Cazorla Surf em Tarifa. Cádiz A estão de Inverno da Serra Nevada conta com 62 quilómetros de pistas preparadas para o exercício dos chamados desportos brancos. Aliás, a cordilheira montanhosa granadina é um destino de primeira classe para montanhistas que escalam nas épocas do Verão e do Outono, antes das primeiras neves. aéreos. Zonas de voo para o parapente e a asa delta não faltam na grande maioria dos espaços naturais protegidos da região. Mais de 60 campos de golfe estão espalhados pela Andaluzia, especialmente, pelas províncias costeiras de Málaga e Cádiz. Há para todos os gostos: dos simplesmente turísticos até aos que têm percursos de campeonato. Eles já foram testemunhas de competições tão conhecidas como a Ryder Cup, que decorreu em Valderrama de São Roque. O alto número de parques naturais faz desta região o local eleito para os amantes do caminhismo e da bicicleta de montanha. Comarcas como Cazorla, Segura e las Villas (Jaén), Grazalema (Cádiz e Málaga), Aracena (Huelva) ou a Sub Bética (Córdova) mantêm abertas dezenas de rotas e itinerários. Alpinismo e espeleologia em grutas e furnas um pouco por toda a comunidade são uma atracção para os mais aventureiros As celebrações desportivas representam uma outra publicidade turística. O circuito de velocidade de Jerez de la Frontera acolhe todos os anos corridas onde se encontram os mais importantes pilotos do Mundo. O Torneio Internacional de Xadrez de Linares tem a categoria profissional máxima. O rali Granada-Dakar, a Taça do Mundo de Saltos e Obstáculos Hípicos de Sevilha ou a Corrida de Cavalos na praia de Sanlúcar de Barrameda são outros eventos do calendário desportivo andaluz. Sevilha possui um estádio olímpico, Granada um centro de alto rendimento desportivo, Cádiz um circuito para corridas, Málaga numerosas escolas náuticas para os mais jovens e Córdova e Jaén, aeroclubes onde os candidatos se podem iniciar nos desportos 55 A actividade cinegética também está representada na Andaluzia em numerosos cotos de caça maior e menor, localizados por toda a região. A pesca pratica-se em inúmeras zonas fluviais e marítimas. Mas são as feiras e festas o que mais identifica o carácter lúdico da Andaluzia. Durante todo o ano celebram-se acontecimentos como os carnavais de Cádiz, uma festa importada por comerciantes venezianos dos séculos XVI e XVII que se representam pelos bairros mais antigos da cidade. É afamado o concurso de disfarçados, coros, quartetos e chufas que acontece no Grande Teatro Falla. Além disso, os carnavais festejam-se também na Ilha Cristina (Huelva), Cuevas del Almanzora (Almería) ou La Carolina (Jaén). www.deporteandaluz.com Feiras, festas e festivais A Andaluzia foi berço de pintores como Velázquez ou Picasso, de poetas, como Juan Ramón Jimenéz, os irmãos Machado ou Federico Garcia Lorca ou Andrés Segovia. A lista é interminável e demonstra o carácter internacional que possui a cultura andaluza. Toda esta herança manifesta-se nos acontecimentos culturais que todos os anos se celebram na região. Em Huelva, por exemplo, organiza-se o Festival do Cinema Ibero Americano. Em Cádiz, o Festival Ibero Americano de Teatro. Málaga recebe o Festival do Cinema Espanhol. A Bienal do Flamenco celebra-se em Sevilha. Em Córdova, o Festival da Guitarra. Granada possui o Festival de Música e Dança e o Festival Internacional do Tango. Na cidade jiennense de Úbeda, organiza-se o Festival de Música e de Dança e em Almería o Certame de Música Tradicional. A Feira de Abril de Sevilha é outro dos pratos fortes do calendário andaluz. Ao meio dia, o Real da Feira é literalmente tomado por cavaleiros e coches de cavalos que realizam o tradicional passeio. À noite, as casinhas enchem-se de colorido e música. Muitas delas são privadas, mas há outras. 0nde se pode entrar sem convite prévio. Este encontro hispalense significa o detonar da partida para as feiras e festas na comunidade, que terminarão em Outubro com São Lucas em Jaén. Romaria do Rocío. Almonte. Huelva 56 Feira de Abril em Sevilha Semana Santa Os Pátios e as Cruzes de Maio celebram-se em Córdova, a procissão do Corpus Christi em Granada e a romaria em honra da Virgem do Mar em Almería. Málaga venera a Virgem del Carmen em meados do mês de Junho, nas típicas romarias marítimas. Existem duas romarias nas quais se exalta a figura da Virgem Maria. As duas atraem multidões. A mais antiga da Espanha é a da Nossa Senhora da Cabeça e celebra-se em Andújar, no coração da Serra Morena jiennense. A outra, igualmente tradicional é com a Virgem del Rocío, ao lado da localidade onubense de Almonde. Todos os anos, por meados do mês de Maio, cerca de um milhão de pessoas se encontram nesta aldeia próxima de Doñana para participarem na procissão da “Pomba Branca”. Nas semanas prévias, as irmandades andaluzas percorrem o caminho pelas bermas das estradas e levam o “Simpecado”, o “Sem pecado”, o estandarte próprio que vão apresentar à padroeira das marismas onubenses. Higuera de la Sierra, uma pequena localidade onubense, celebra a cavalgada dos Reis Magos mais antiga da Espanha. Mas não é a única. Esta festa natalícia também se verifica em povoações como Sanlúcar de Barrameda, em Cádiz, ou Lucena, em Córdova. A Semana Santa constitui uma das datas mais importantes do ano. Há que destacar a de Sevilha, com passos (procissões) como o Gran Poder, Triana ou a Macarena. Em Málaga os tronos são maiores e são transportados por pessoas a pé. Noutras capitais como Jaén, sai em procissão na madrugada de Sexta-feira Santa a imagem do Nosso Pai Jesus “O Avô”. O touro é um animal muito relacionado com a festa na Andaluzia. Pequenos povoados como Grazalema (Cádiz) ou Beas de Segura (Jaén) organizam, logo de manhã apartados do gado que horas mais tarde será lidado nas suas respectivas arenas. 57 “Cantaores” desaparecidos como Camarón de la Isla fizeram com que esta música fosse conhecida mundialmente. Entre as danças flamencas mais conhecidas destacam-se a “buleria”, a “soleá”, a “alegria” ou o fandango. Guitarristas como Paco de Lucía, Vicente Amigo ou Tomatito passam hoje por ser aclamados concertistas, e “bailaores”, como Antonio Canales ou Joaquín Cortés despertam a admiração do enamorado desta arte. Toiros e flamenco A Real Maestranza de Sevilha é a catedral do toureio andaluz, uma das tradições mais arraigadas na Andaluzia. Nas oito províncias existe uma sólida “afición” pela tauromaquia, mas é em Sevilha, Córdova e Málaga onde esta arte se converte numa paixão. A Andaluzia deu as maiores figuras neste contexto. Alguns matadores como Curro Romero, Espartaco ou Finito de Córdova continuam no activo. Outros, como o cordovês Manolete, morto em 1947, na praça jiennense de Linares, e o maestro de Ronda, Antonio Ordóñez, passaram à História. Algumas das mais importantes ganadarias de touros de lide situam-se na Serra Morena, em termos municipais, como Baños de la Encina ou Andújar. A temporada taurina inicia-se no Domingo da Ressurreição e termina no mês de Outubro, na arena jienense de La Alameda. www.torosensevilla.com Gastronomia A cozinha andaluza constitui todo um ritual. A diversidade gastronómica torna de novo a mostrar as culturas múltiplas que se fixaram nesta terra. Todas, em qualquer caso, bebem da tradição andaluz que já mostrou em tempos passados um alto grau de refinamento à hora de cozinhar. A base da alimentação andaluza é o azeite, naturalmente de oliveira, que é elaborado em comarcas jiennenses como a Serra da Segura e Mágina ou nas localidades cordovesas de Baena e Priego. A chamada dieta mediterrânica, considerada pelos especialistas O flamenco é outro dos sinais de identidade desta comunidade. O cante e o baile são uma expressão da cultura mais arraigada da Andaluzia. As escolas sevilhana e gaditana (cigana) forneceram algumas das mais singulares figuras desta arte. A origem do flamenco é incerta, ainda que tenha sido a etnia cigana a que mais importância lhe deu – e mais a interpretou e interpreta. 58 como a mais saudável do Mundo, tem a sua origem na Andaluzia Em províncias como a de Huelva produzem-se os presuntos ibéricos de Jabugo. Os enchidos da Serra Morena têm fama, tal como os seus queijos de ovelha e de cabra. As hortaliças atingem o refinamento no Vale do Guadalquivir, bem como em outras zonas como a várzea de Granada ou as explorações cordovesas. Os morangos onubenses são consumidos em meio Mundo. Das estufas de Almería saem frutas sumarentas e hortaliças e as culturas exóticas da Costa Tropical integram-se na perfeição em frescas e originais saladas. Precisamente o gazpacho, uma sopa fria que leva tomate, pimento, pepino, pão e alho, é um dos pratos mais apreciados nesta terra. Gastronomia O “pincho de tortilla de patatas”, isto é a ração de omoleta de batatas compete em sabor com a tortilla Sacromonte que se cozinha em Granada. Mete espinafres e couves de Bruxelas, famosas em Jaén. Dos fogões cordoveses saem pratos como o rabo de touro. E fiquemo-nos por aqui, que a saliva já é muita, sem esquecer a gamba vermelha de Garrucha, Almería, que é manjar celestial. A gula não se fica, porém, por aqui. Agora vamos, às sobremesas. Que, como não podia deixar de ser, têm um cunho árabe de comer e chorar por mais. Biscoitos emborrachados, os doces da Semana Santa (sacrilégio palatal, no mínimo...), a marmelada ou o toucinho do céu. Tudo coisinhas levezinhas... Existe uma clara diferença entre a cozinha serrana e a marítima. Na primeira, prevalecem os pratos de caça como a perdiz, o coelho, o cervo ou o javali, acompanhados das clássicas migas pastoris. Entretanto, no litoral andaluz ganha força o peixinho frito, uma das grandes delícias culinárias da comunidade, além das espetadas de sardinhas, os mariscos ou os guisados marinheiros, como a caçarola de arroz malandrino. Os vinhos não fogem à regra. De Jerez de la Frontera (Cádiz), de Montilla-Moriles (Córdova), os doces de Málaga, os do Condado onubense ou os de Laujar de Andarax (Almería) acompanham na perfeição tudo o que se pecou antes... Seja por desconto dos nossos pecados – de mesa... 59 Azeite de oliveira Em cidades como São Fernando ou Sanlúcar de Barrameda fazem-se móveis em baobá, de acordo com tradições do século passado. O ferro forjado e as mantas de Grazalema são outros exemplos do artesanato cigano. Folclore e artesanato As sevilhanas são a expressão máxima festiva na Andaluzia. Música e baile entroncam na cultura flamenca, mas ganharam vida própria nas feiras e festas da comunidade. A sua origem está em Sevilha, ainda que hoje em dia represente a tradição musical mais exportada. A joalharia cordovesa é o melhor expoente do trabalho artesanal da província. Também existem artigos em cabedal e ricos bordados em veludo com fios de prata e de oiro que servem para vestir as imagens religiosas da comunidade. Cada província possui o seu folclore. Nos montes de Málaga, por exemplo, cantam-se as verdiales, de origem medieval. Em zonas da serra interpretam-se jotas e boleros enquanto que em povoações do Vale do Guadalquivir se bailam danças regionais. Cada província conta, aliás, com os seus trajes tradicionais, oriundos de modelos do antanho. DADOS ÚTEIS Código internacional: % 34 Informação Turística Turespaña www.spain.info TURISMO ANDALUZ Centro Internacional de Turismo da Andaluzia Compañía, 40. Málaga % 901 200 020 ) 951 299 316 www.turismoandaluz.com Conselho de Turismo e Desporto www.andalucia.org e-mail: [email protected] ESCRITÓRIOS E POSTOS DE TURISMO A Andaluzia é um marco idóneo para ir às compras. Em Almería goza de fama justa o mármore de Macael, assim como a cerâmica de origem muçulmana. Em Níjar vendem-se tecidos feitos à mão. Na província de Cádiz merece ser visitada a povoação de Ubrique, famosa pelos seus trabalhos de couro. Aqui se produzem artigos para primeiras firmas internacionais. Esparto (vime) e jarapas (tapetes murais) 60 A Alcaiceria de Granada (local em que se negociavam e negoceiam diversos produtos) é o melhor lugar para adquirir embutidos de madeira, de origem árabe. A marcenaria e a olaria são notáveis. Em Granada são afamados os luthiers que fabricam guitarras espanholas. As telas das Aljuparras são um regalo. Almería Parque Nicolás Salmerón % 950 175 220 Huelva Alcalde de Coto Mora, 2 % 959 650 200 Cádiz Avenida Ramón de Carranza, s/n % 956 203 191 Jaén. Maestra, 13 % 953 313 281 Córdova. Torrijos, 10 % 957 355 179 Málaga Pasaje de Chinitas, 4 % 951 308 911 Em Huelva vendem-se guarnições para calçados em oficinas que também produzem calçado para usar no campo e cobertas para cavalos. A cerâmica verde de Úbeda ou o ferro forjado não se podem ignorar. Em Málaga há fechaduras elaboradas e tecelagens, além de guitarras e cerâmica. Sevilha é famosa pelos seus bordados religiosos. Existem ainda outros produtos mais típicos como os leques ou as mantilhas que se podem adquirir em lojas de recordações. Granada Santa Ana, 4 % 958 575 202 Sevilha Avenida de la Constitución, 21B % 954 787 578 / 954 787 580 CENTRAIS DE RESERVAS Turismo Andaluz % 952 129 310 www.seneca.es Rede Andaluza de Alojamentos Rurais % 902 442 233 www.raar.es POUSADAS DE TURISMO Central de Reservas Calle Requena, 3. 28013 Madrid % 902 547 979 ) 902 525 432 www.parador.es Antequera (Málaga) % 952 840 261 Arcos de la Frontera (Cádiz) % 956 700 500 Ayamonte (Huelva) % 959 320 700 Málaga-Gibralfaro % 952 221 902 Cádiz % 956 226 905 Málaga-Golf % 952 381 255 Carmona (Sevilha) % 954 141 010 Mazagón (Huelva) % 959 536 300 Cazorla (Jaén) % 953 727 075 Mojácar (Almería) % 950 478 250 Córdova % 957 275 900 Nerja (Málaga) % 952 520 050 Granada % 958 221 440 Ronda (Málaga) % 952 877 500 Jaén % 953 230 000 Úbeda (Jaén) % 953 750 345 TRANSPORTES AENA (Informações dos Aeroportos) % 902 404 704 www.aena.es Caminho de ferro Telefone de informações gerais % 902 240 202 - 902 432 343 Informação Internacional % 902 242 402 www.adif.es www.renfe.es AUTOEARRO Almería % 950 273 706 Cádiz % 956 285 852 Córdova % 957 404 040 Granada % 958 185 010 Huelva % 959 256 900 Jaén % 953 250 106 Málaga % 952 350 061 Sevilha % 954 417 111 NUMEROS DE TELEFONES ÚTEIS Emergências % 112 Urgências Hospitalares % 061 Guarda Civil % 062 Policía Nacional % 091 Policía Municipal % 092 Informações ao cidadão % 010 Correios % 902 197 197 www.correos.es Informações sobre as estradas % 900 123 505 www.dgt.es DELEGAÇÕES ESPANHOLAS DE TURISMO NO ESTRANGEIRO BRASIL. São Paulo Escritório Espanhol de Turismo Rua Zequinha de Abreu, 78 Cep 01250 SÃO PAULO % 5511/36 75 20 00 ) 5511/36 75 20 00 www.spain.info/br e-mail: [email protected] PORTUGAL. Lisboa Delegação Oficial do Turismo Espanhol Av. Sidónio Pais, 28 – 3º dto. 1050 – 215 LISBOA % 351/21 315 30 92 ) 351/21 354 03 32 www.spain.info/pt e-mail: [email protected] EMBAIXADAS EM MADRID Brasil Fernando El Santo, 6 % 917 020 689 ) 917 004 660 Portugal Pinar, 1 % 917 824 960 ) 917 824 972 Auto-estrada Via Rápida Estrada nacional Estrada da rede básica de 1ª classe Estrada da rede básica de 2ª classe Estrada local Caminhos de Ferro Comboios de Alta Velocidade Pousada Santuário, Mosteiro Parque Nacional Parque Natural Campo de Golfe Estância de esqui Porto Desportivo Balneário Campismo Aeroporto Grutas Património da Humanidade