Baixar este arquivo PDF - Portal de Publicações da FAAr

Transcrição

Baixar este arquivo PDF - Portal de Publicações da FAAr
Educação a Distância para Pessoas com Deficiência
Auditiva
Daniele Lop de Oliveira – [email protected]
Discentes Pós-graduação Metodologia do Ensino Superior Faculdade São Lucas
Graduada em Fisioterapia
Rafaela Garcia Dancini Jensen – [email protected]
Discentes Pós-graduação Metodologia do Ensino Superior Faculdade São Lucas
Graduada em Fisioterapia
Vanessa Aparecida Alves de Lima – [email protected]
Docente no MAPSI – Mestrado Acadêmico em Psicologia da UNIR e Prof. do DEPSI
Mestre e Doutora em Psicologia Escolar e do Desenvolvimento Humano / USP
Resumo
O presente estudo discutirá a inserção dos portadores de necessidades especiais auditivas na
Educação à Distância e as dificuldades e os benefícios deste método. Também trata das
características desta deficiência e as adaptações feitas para integração destes alunos à
tecnologia. Usamos como procedimento metodológico a pesquisa bibliográfica, com objetivo de
tornar o assunto mais explicito, já que a busca de material em bancos de dados científicos
como bireme e scielo apresentam escasso material sobre o assunto. A Educação a Distância é
uma opção de acesso das pessoas com deficiência auditiva à educação de ensino superior
muito vantajosa. Contudo, precisamos refletir sobre as dificuldades envolvidas neste processo
para auxiliar na ampliação da qualidade do ensino oferecido e garantir um processo concreto
de inclusão social.
Palavras-chave: Educação à Distância; Pessoas com deficiência auditiva; Ensino Superior.
Introdução
A Educação à Distância – EAD, é uma modalidade de ensino que usa a
auto-aprendizagem, não afasta por muito tempo o indivíduo de suas atividades
habituais e é recente, porém tem alcançado expressão cada vez maior. Entre
os beneficiados por esta facilitação de acesso à formação estão as pessoas
com deficiência auditiva.
Destarte, este trabalho vai discutir a Educação à Distância para pessoas
com deficiência auditiva não só abordando os benefícios deste método de
ensino para essa população específica, mas também sobre as dificuldades
enfrentadas, adaptações metodológicas para a inclusão como a tecnologia,
Revista Olhar Científico – Faculdades Associadas de Ariquemes – V. 01, n.2, Ago./Dez. 2010
314
Educação a Distância para Pessoas com Deficiência Auditiva
Daniele Lop de Oliveira - Rafaela Garcia Dancini Jensen - Vanessa A.A. Lima Correio
entre outros. Trazemos nesta perspectiva, informações estatísticas desta
população e abordamos as vantagens e modelos deste sistema de
aprendizagem.
Este texto está organizado de forma que o primeiro item traz a definição
de educação à distância, o período que esta passou a existir, as vantagens e
desvantagens desta modalidade. O segundo item diz respeito ao deficiente
auditivo, sobre o termo propriamente dito, os graus dessa incapacidade e
dados estatísticos da quantidade desta população, no terceiro item a língua
brasileira de sinais e as leis para as transformações necessárias para inclusão
são abordadas. O quarto item relaciona os recursos tecnológicos atualmente a
disposição das pessoas com deficiência auditiva. Por último o item cinco
comenta como a educação a distância facilitou o acesso deste grupo a maior
formação.
Educação à distância
Os atuais sistemas educativos formais têm-se apresentado incapazes de
atender às necessidades massivas, diversificadas e dinâmicas de educação e
formação de adultos (PRETI, 1996).
O desenvolvimento das tecnologias virtuais que hoje possuímos
possibilitou o contato entre tempo real e localidades com grande número de
pessoas espalhadas pelo mundo. Estas “novas salas de aula” apresentam
características peculiares como a possibilidade de contato virtual com um
amplo número de colegas com os quais os estudantes podem trocar
experiências e idéias numa quantidade superior em relação aos que fazem
curso presencial em sua própria região, além de permitir o acesso a um quadro
bastante extenso de professores e instrutores (BRASIL, 2005).
Experiências educativas a distância já existem desde o final do século
XVIII e se desenvolveram com êxito a partir da segunda metade do séc. XIX,
para qualificação e especialização de mão-de-obra face às novas demandas da
nascente industrialização, da mecanização e divisão dos processos de
trabalho. Alcançaram uma rápida expansão no século XX (PRETI, 1996).
Revista Olhar Científico – Faculdades Associadas de Ariquemes – V. 01, n.2, Ago./Dez. 2010
315
Educação a Distância para Pessoas com Deficiência Auditiva
Daniele Lop de Oliveira - Rafaela Garcia Dancini Jensen - Vanessa A.A. Lima Correio
O século XX encontrou na Educação a Distância/EAD uma alternativa,
uma opção às exigências sociais e pedagógicas, contando com o apoio dos
avanços das novas tecnologias da informação e da comunicação. A EAD
passou a ocupar uma posição instrumental estratégica para satisfazer as
amplas e diversificadas necessidades de qualificação das pessoas adultas.
(PRETI, 1996)
No Brasil, a EAD é recente e tem alcançado impulso e expressão política
com a Nova Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional, Lei n. 9394
aprovada em 20 de dezembro de 1996, que a colocou como modalidade
regular integrante do sistema educacional nacional. (OLIVEIRA, 2007).
Palloff e Pratt (1999) apresentam cinco elementos-chave na definição da
EAD: (a) a separação do professor e do estudante durante a maior parte do
processo instrucional; (b) a utilização de uma mídia educacional para unir
professor e estudante e para "transportar" o conteúdo do curso; (c) a
disponibilidade da chamada "comunicação de mão dupla", possibilitando que o
estudante se beneficie de um diálogo e da possibilidade de iniciativas de
comunicação; (d) a separação entre professor e aluno, tanto em espaço quanto
em tempo; (e) o aprendizado é controlado pelo estudante e não pelo professor.
Segundo Oliveira (2007), a EAD pode ser considerada e definida como
uma modalidade de ensino que facilita a auto-aprendizagem, com ajuda de
recursos didáticos organizados, apresentados em diferentes suportes de
informação e que pode ser utilizada por diversos meios de comunicação.
A EAD surgiu nos últimos anos como uma das mais importantes
ferramentas de difusão do conhecimento e de democratização da informação.
Tem por base a compreensão de uma modalidade não-convencional de
educação capaz de atender com eficiência e eficácia as aspirações de
universalização do ensino e de atualização dos conhecimentos da ciência e da
cultura humana.
A EAD tem cumprido o papel de educar reduzindo as dificuldades
impostas pelas distâncias disseminando o ensino aos cantos mais remotos do
planeta, sendo uma iniciativa válida e que deve ser experimentada (HANSEN,
2003).
Revista Olhar Científico – Faculdades Associadas de Ariquemes – V. 01, n.2, Ago./Dez. 2010
316
Educação a Distância para Pessoas com Deficiência Auditiva
Daniele Lop de Oliveira - Rafaela Garcia Dancini Jensen - Vanessa A.A. Lima Correio
Segundo Campos (2000), a EAD apresenta vantagens que estão
relacionadas à abertura, flexibilidade, eficácia, formação permanente e
personalizada e à economia de recursos financeiros.
Sendo um modelo aberto de ensino-aprendizagem, a EAD atende a uma
população numerosa, ainda que dispersa geograficamente, oferecendo
oportunidades de formação adequadas às exigências atuais inclusive daqueles
que não puderam iniciar ou concluir sua formação anteriormente. Como modelo
flexível, elimina os rígidos requisitos de espaço (onde estudar?), de tempo
(quando estudar?) e de ritmo (a que velocidade aprender?), comuns no modelo
tradicional. Dessa forma, a educação à distância permite combinação de
estudo e trabalho, garantindo a permanência do estudante em seu próprio
ambiente profissional, cultural e familiar.
O aluno passa a ser sujeito ativo de sua formação e faz com que o
processo de aprendizagem se desenvolva no mesmo ambiente em que se
trabalha. Assim, ocorre uma formação teórico-prática ligada à experiência e em
contato direto com a atividade profissional que se deseja aperfeiçoar. O ensino
se torna sólido, dinâmico e objetivo. Além do mais, é possível conseguir ainda,
através dos recursos de multimídia, alta qualidade de formação, já que os
alunos podem ter acesso a materiais instrucionais audiovisuais elaborados
pelos melhores especialistas em cada assunto. (CAMPOS, 2000)
A EAD oferece serviços educativos aos quais não tiveram acesso
diversos setores ou grupos da população, por inúmeros motivos, tais como:
localização geográfica ou situação social, falta de oferta de determinados níveis
ou cursos na região onde moram ou ainda questões pessoais familiares ou
econômicas, que impossibilitavam o acesso ou continuidade do processo
educativo. (PRETI, 1996)
Oliveira (2007) considera a EAD como uma estratégia para a educação
permanente frente às novas tecnologias e como uma inovação pedagógica na
educação.
Pessoas com deficiência auditiva
Revista Olhar Científico – Faculdades Associadas de Ariquemes – V. 01, n.2, Ago./Dez. 2010
317
Educação a Distância para Pessoas com Deficiência Auditiva
Daniele Lop de Oliveira - Rafaela Garcia Dancini Jensen - Vanessa A.A. Lima Correio
Optamos pelo uso do termo “pessoas com deficiência”, por acreditar,
assim como Libório e Castro (2005), que são indivíduos com uma condição,
neste caso, física, que resultante de uma deficiência que lhes trás prejuízos ou
restrições. Usar o termo “com deficiência” é reconhecer as restrições e
incapacidades, revelando a real condição do indivíduo e assim não negar suas
limitações e não negar também seus direitos sociais, já que as deficiências são
também socialmente construídas.
Sassaki (2003) citada por Libório e Castro (2005, p. 81) nos orienta
também que “tanto o verbo portar, como o substantivo (portador), como o
adjetivo „portadora‟ não se aplicam a uma condição inata ou adquirida que faz
parte da pessoa. Por exemplo, não dizemos nem escrevemos que uma pessoa
porta olhos verdes ou pele morena” (p. 04).
Por fim, precisamos destacar o uso dos termos como elementos, que pelo
menos no Brasil, tem se mostrado significativos na dificuldade de reconhecer
que o estigma e a discriminação estão engendrados na cultura de racismo
cordial. Revelar a deficiência é revelar a interdição do olhar, a discriminação
(Santos, 2005).
De acordo com Campos e Silveira (1998), o deficiente auditivo é aquele
que possui perda total ou parcial da audição.
Para entendermos mais sobre a deficiência abordada é fundamental
esclarecer a definição dos termos surdez, hipoacusia e deficiência auditiva a
fim de utilizá-los corretamente. Segundo Piatto e Maniglia (2001), a
Organização Mundial de Saúde – OMS aplica os termos deficiência auditiva e
hipoacusia como sinônimos, para definir uma dificuldade em ouvir, mas sem
maiores prejuízos na comunicação. O termo surdez é utilizado para identificar
os casos mais avançados de deficiência auditiva nos quais não há benefícios
por meio de amplificação sonora, levando a dificuldades na comunicação ou na
vida social do indivíduo.
Um Programa de Prevenção da Surdez e Deficiência Auditiva foi
estabelecido pela OMS em 1986 a fim de prevenir as principais causas
evitáveis de surdez e deficiência auditiva e de alcançar as populações mais
necessitadas em assistência básica no campo da audição, como parte
integrante de atenção primária de saúde. Esse Programa definiu,conforme
Revista Olhar Científico – Faculdades Associadas de Ariquemes – V. 01, n.2, Ago./Dez. 2010
318
Educação a Distância para Pessoas com Deficiência Auditiva
Daniele Lop de Oliveira - Rafaela Garcia Dancini Jensen - Vanessa A.A. Lima Correio
Tabela 1 a Classificação da Deficiência Auditiva de acordo com o grau de
perda, em decibéis, a fim de se utilizar a terminologia adequada (PIATTO E
MANIGLIA, 2001).
Tabela 1 – Síntese da classificação da deficiência auditiva segundo a OMS
No Brasil existem cerca de 24,5 milhões de pessoas com deficiência
auditiva, totalizando 14,5% da população (SICORDE, 2008).
Segundo os dados do censo realizado no Brasil no ano de 2000 pelo
IBGE existem 166.400 pessoas que se declararam incapazes de ouvir, das
quais 80.000 são mulheres e 86.400 são homens. No Brasil quase 900.000
pessoas declararam ter grande dificuldade permanente para ouvir.
O IBGE documentou em censo realizado em 2000 que na região norte
existem 13.259 indivíduos incapazes de ouvir, 56.083 com grande dificuldade
permanente de ouvir e 320.088 com alguma dificuldade de ouvir, totalizando
2,65% da população com qualquer nível de deficiência auditiva.
Já especificamente em Rondônia, segundo o censo IBGE 2000, existem
1.129 de indivíduos incapazes de ouvir, 5.684 com grande dificuldade
permanente de ouvir e 32.102 com alguma dificuldade de ouvir, totalizando
2,66% da população com qualquer nível de deficiência auditiva.
O decreto n° 5. 296 de 2 dezembro de 2004 dispõe que os órgãos da
administração pública direta, indireta e fundacional, as empresas prestadoras
de serviços públicos e as instituições financeiras deverão dispensar
atendimento prioritário às pessoas portadoras de deficiência ou com mobilidade
Revista Olhar Científico – Faculdades Associadas de Ariquemes – V. 01, n.2, Ago./Dez. 2010
319
Educação a Distância para Pessoas com Deficiência Auditiva
Daniele Lop de Oliveira - Rafaela Garcia Dancini Jensen - Vanessa A.A. Lima Correio
reduzida, como no caso da deficiência auditiva com perda bilateral, parcial ou
total de quarenta e um decibéis (dB) ou mais, aferida por audiograma nas
frequências de 500Hz, 1.000Hz, 2.000Hz e 3.000Hz (BRASIL, 2004).
Como podemos observar na descrição acima, além das características e
especificações relacionadas às pessoas com deficiência auditiva estarem
claras na legislação pertinente, temos um significativo número de pessoas com
deficiência auditiva no Brasil, na Região Norte e em Rondônia, respectivamente
14,5%, 2,65% e 2,66%; isto implica em desenvolver mais políticas públicas que
atendam esta população. Nesta perspectiva a EAD tem se mostrado um
importante instrumento.
Língua brasileira de sinais e educação regular para deficientes auditivos
A língua de sinais (L1) é considerada no Brasil a língua oficial dos
surdos, sendo a Língua Portuguesa considerada como segunda língua (L2) e
como tal, necessita de metodologias e recursos adequados para sua
transmissão e aquisição. No Brasil a L1 (para os surdos) chama-se
LIBRAS/LBS (Língua Brasileira de Sinais), que é uma língua visual-espacial
articulada através das mãos, expressões faciais e do corpo (QUADROS, 2004).
A Lei nº 10.436, de 24/04/2002, ao dispor sobre a Língua Brasileira de
Sinais - LIBRAS, determina que os sistemas educacionais federal estadual,
municipal e do Distrito Federal devem garantir a inclusão nos cursos de
formação de Educação Especial, de Fonoaudiologia e de Magistério, em seus
níveis médio e superior, do ensino da LIBRAS, como parte integrante dos
Parâmetros Curriculares Nacionais - PCNs (BRASIL, 2007).
Porém segundo Souza (2007), as transformações necessárias para que
a inclusão de fato ocorra são muitas e profundas, envolvendo questões
pedagógicas, gestão e organização escolar e as repercussões éticas e
culturais que devem suportá-las.
Conforme Quadros (apud SOUZA, 1997), na educação de surdos, uma
das maiores dificuldades se refere à aprendizagem da leitura e da escrita da
língua falada na sociedade em que vivem. Isso ocorre porque para domínio da
escrita é preciso conhecimento da língua falada, o que para os surdos ocorre
Revista Olhar Científico – Faculdades Associadas de Ariquemes – V. 01, n.2, Ago./Dez. 2010
320
Educação a Distância para Pessoas com Deficiência Auditiva
Daniele Lop de Oliveira - Rafaela Garcia Dancini Jensen - Vanessa A.A. Lima Correio
através de muitas dificuldades. Os erros cometidos pelos surdos ao
escreverem a L2 devem ser encarados como decorrentes da aprendizagem
dessa língua, ou seja, o resultado da interferência da L1 e a sobreposição das
regras da língua que está sendo aprendida. Para este autor o fracasso dos
surdos está em aprender conteúdos em uma língua que, na maioria dos casos,
não dominam.
Além disso, como as L1 eram consideradas ágrafas, comentam
CAMPOS, GIRAFFA e SANTA ROSA (2001), sempre que os surdos
necessitavam comunicar-se através da escrita, tinham que recorrer à escrita na
língua da sociedade falante em que viviam. Por isso, ainda hoje é muito difícil
encontrar literatura e materiais didáticos baseados em L1 e alguns alunos
desenham o sinal junto à determinada palavra para lembrar de seu significado.
A sociedade ouvinte tem realizado diversos trabalhos para permitir ao
surdo o acesso à sua cultura e à cultura ouvinte, contribuindo para a inclusão
do surdo na sociedade. Em termos educacionais, há uma série de iniciativas
que emergem e se expandem cada dia mais e com efeitos mais previsíveis e
satisfatórios, alimentados pela crescente pesquisa na área, dentro de diversas
instituições, como o Projeto Avaliação da Coleção Clássicos da Literatura em
Libras/Português da Editora Arara Azul 3, no Rio de Janeiro, e Projeto Rybená,
com a concepção e o desenvolvimento de um sistema que permita a inserção
digital dessa comunidade a serviços bancários acessíveis a partir de sistemas
de comunicação móveis (celular para surdos), no Distrito Federal, ambas no
Brasil ( SOUZA, 2007).
Podemos incluir nestes esforços da sociedade ouvinte a elaboração
cada mais especializada e crítica do uso da L1, diversos programas de
computador, softwares e de internet e a proposta da EAD para pessoas com
deficiência auditiva.
Adaptações da tecnologia para pessoas com deficiência auditiva
Baseamos para este item em Campos e Silveira, 1998.Algum tempo
atrás, o que se podia observar no uso do computador por surdos, eram
Revista Olhar Científico – Faculdades Associadas de Ariquemes – V. 01, n.2, Ago./Dez. 2010
321
Educação a Distância para Pessoas com Deficiência Auditiva
Daniele Lop de Oliveira - Rafaela Garcia Dancini Jensen - Vanessa A.A. Lima Correio
projetos/softwares para treinamento de voz ou aquisição de vocábulos
utilizando a língua portuguesa como meio para tal.
Hoje parece surgir uma nova linha de desenvolvimento de software que é
regida, em primeiro lugar, pelo respeito à língua natural dos surdos, a língua de
sinais, seja em sua interface ou na sua utilização.
A seguir, descrevemos alguns exemplos de projetos e/ou software
educacionais destinados para surdos:

Construção de materiais de apoio pedagógico à comunicação/interação
de portadores de deficiência auditiva com o microcomputador e a
linguagem LOGO: este trabalho propôs uma compreensão e construção
de códigos não verbais de sinalização que possuíssem o mesmo
significado semântico dos comandos LOGO. Quanto à construção dos
sinais, percebeu-se que as representações iniciais dos comandos atemse ao efeito visual dos mesmos processados na tela, bem como a
tendência do grupo foi a de combinar sinais existentes e não a
construção de sinais para os comandos. A construção do protótipo do
“Manual LOGO para portadores de deficiência auditiva“ e “Software de
apoio” foram alguns resultados deste projeto.

Ambiente
computacional
de
aprendizagem
como
fator
de
desenvolvimento da comunicação no portador de deficiência auditiva:
desde 1990, a Universidade Católica de Petrópolis aborda, com
indivíduos surdos, o desenvolvimento do processo de aquisição da
linguagem simbólica e a conseqüente expansão do processo de
comunicação,
não
se
restringindo,
no
ambiente
LOGO
de
aprendizagem, à comunicação homem-máquina. Mas amplia-se para
uma colocação onde a máquina é apenas uma ferramenta de um
processo ambiental mais abrangente.

SELOS: é um sistema para ensino da língua oral e de sinais para
crianças surdas que se encontram no primeiro nível escolar.

Protótipo hipermídia como ferramenta de auxílio à aquisição de
vocabulário em portadores de deficiência auditiva: tem por objetivo servir
como ferramenta de apoio/estímulo ao processo de aquisição de
Revista Olhar Científico – Faculdades Associadas de Ariquemes – V. 01, n.2, Ago./Dez. 2010
322
Educação a Distância para Pessoas com Deficiência Auditiva
Daniele Lop de Oliveira - Rafaela Garcia Dancini Jensen - Vanessa A.A. Lima Correio
vocabulário trabalhando com associação de figuras e seus respectivos
nomes, sendo que as palavras são representadas através da sua escrita
na língua portuguesa, do alfabeto manual e da Língua de Sinais
Brasileira.

Treinamento computadorizado para elocução de vogais para deficientes
auditivos: este trabalho apresenta o algoritmo de extração das
freqüências formantes e sua utilização em uma representação gráfica
para treinamento das vogais. Este sistema está organizado na forma de
jogo e possui 3 módulos: pré-processamento do sinal de voz,
processamento da voz digitalizada no computador e acionamento de
equipamentos externos através da interface paralela do computador.

Mecanismos cognitivos - interação de crianças surdas em rede
telemática: investiga o desenvolvimento cognitivo e a reconstrução
representativa de crianças surdas em rede telemática a partir de um
enfoque piagetiano. Este trabalho foi feito com 4 crianças surdas que
interagiram em duplas no Packet radio sendo a comunicação centrada
na língua escrita, permitindo que a apropriação desta se motivasse pela
possibilidade desta servir como real veículo de comunicação.

O desenvolvimento de noções de mecânica por surdos num ambiente
informatizado: este trabalho apresenta um projeto desenvolvido no
ambiente Lego-Logo para construção de conceitos principalmente
relacionados à mecânica e à automação. Trabalharam no projeto 12
surdos na faixa etária dos 13 aos 21 anos de idade.

Informática e Educação Especial: uso de processamento de voz para
deficientes auditivos: neste trabalho são discutidas diferentes formas do
uso do computador como instrumento educativo e descritas algumas
experiências realizadas no Brasil e no mundo. Também são analisados
princípios e instrumentos que envolvem a aquisição da fala através do
sentido alternativo da visão.

Sign Talk - um bate-papo entre surdos e ouvintes: é uma ferramenta que
possibilita a comunicação à distância entre surdos e ouvintes, surdos e
surdos, ouvintes e ouvintes. Tal comunicação é realizada através da
língua portuguesa e da escrita da Língua Brasileira de Sinais. O sistema
Revista Olhar Científico – Faculdades Associadas de Ariquemes – V. 01, n.2, Ago./Dez. 2010
323
Educação a Distância para Pessoas com Deficiência Auditiva
Daniele Lop de Oliveira - Rafaela Garcia Dancini Jensen - Vanessa A.A. Lima Correio
de escrita de língua de sinais utilizado é o SignWriting. Paralelo ao
objetivo inicial de possibilitar uma comunicação à distância estão o
aprendizado na língua de sinais e na língua escrita do português e da
língua de sinais; troca de conhecimentos e culturas entre surdos e
ouvintes;
comunicação
entre
surdos
e
ouvintes
sem
que,
necessariamente, se tenha domínio de uma ou outra língua; mediar a
comunicação entre pares possibilitando que os usuários possam refletir
sobre seus conhecimentos, confrontá-los e modificá-los como ocorre em
atividades em grupo.

Sistema de multimídia para comunicação surdo-surdo e surdo-ouvinte
em línguas brasileira e americana de sinais via rede de computador:
descreve um sistema de multimídia para comunicação, via rede de
computadores, entre surdos e entre surdos e ouvintes. Tal sistema
contém sinais da Língua Brasileira de Sinais e correspondentes em
Língua Americana de Sinais, bem como suas palavras em Português e
Inglês nas formas escrita e falada. Os sinais estão distribuídos em
categorias semânticas e podem ser selecionados para compor frases
por meio de aparelhos de input alternativo como telas sensíveis ao
toque, detectores de sopro, movimento, direção do olhar, ou gemidos.

Telemática: um novo canal de comunicação para deficientes auditivos:
dentre os objetivos deste projeto podem citar o desenvolvimento de
alternativas de comunicação e acesso à informação para surdos através
de redes telemáticas; estudar as possibilidades do uso do correio
eletrônico no processo de comunicação e interação entre crianças e
jovens surdos; produção de materiais cooperativos construídos através
da interação na rede; observar e avaliar os efeitos do ambiente de
aprendizagem telemático no processo de comunicação e produção de
informações dos surdos.

Comunicar para aprender, aprender para comunicar: ambientes de
aprendizagem telemáticos como alternativa: através de atividades na
rede utilizando correio eletrônico e construindo de jornais e histórias,
foram trabalhadas estratégicas de apoio lingüístico no que tange a
aspectos de expressão e de conteúdo.
Revista Olhar Científico – Faculdades Associadas de Ariquemes – V. 01, n.2, Ago./Dez. 2010
324
Educação a Distância para Pessoas com Deficiência Auditiva
Daniele Lop de Oliveira - Rafaela Garcia Dancini Jensen - Vanessa A.A. Lima Correio
Além destes, pode-se encontrar software para ensino de língua de sinais
que fazem uso de animações e filmes.
Pessoas com deficiência auditiva e a educação à distância
Contemporaneamente as tecnologias de comunicação exercem a função
de disseminadoras de conhecimento, liberando os estudantes e professores
das limitações de tempo e espaço, enriquecendo o ensino com recursos como
a interação, a simulação e permitindo o estudo direcionado levando em
consideração as dificuldades de cada indivíduo. Dessa forma, o computador e
a Internet se tornam grandes aliados na implementação de sistemas didáticos
que oferecem auxílio às pessoas com deficiências físicas ou mentais. O bom
uso destas ferramentas no aprendizado pode, além de contribuir no ensino do
deficiente, favorecer a inclusão social, permitindo que alunos com alguma
deficiência possam acompanhar (ISOTANI; TSUTSUMI e BRANDÃO, s/d).
Segundo IBGE (2000) a taxa de alfabetização de pessoas de 15 anos ou
mais de idade, que possuem algum tipo de deficiência como deficiência
auditiva ou de visão, é de 61,6% na Região Norte.
De acordo com a Lei Federal nº 9.394, de 20 de dezembro de 1996, no
Título III, Artigo 4º, Inciso III, do direito à educação e dever de educar, a
educação escolar foi efetivada mediante algumas garantias de "atendimento
educacional especializado gratuito (BRASIL, 1996).
A Educação Superior à Distância no Brasil vive um período de grandes
mudanças ganhando espaço a cada dia com novos cursos e dando
oportunidades a pessoas que antes não podiam obter um curso superior, entre
elas, pessoas com deficiência devido a dificuldades de audição, visão e
locomoção. (SANTANA, 2008). Marcados por estas indagações, muitos
profissionais têm buscado outros caminhos, mais viáveis, que possibilitem ao
surdo um melhor desempenho lingüístico, social, educacional e cultural (DIZEU
e CAPORALI, 2005).
Conforme o Inciso II do Artigo nº 13 do Decreto nº. 5.622, os projetos
pedagógicos de cursos e programas na modalidade EAD deverão conter o
Revista Olhar Científico – Faculdades Associadas de Ariquemes – V. 01, n.2, Ago./Dez. 2010
325
Educação a Distância para Pessoas com Deficiência Auditiva
Daniele Lop de Oliveira - Rafaela Garcia Dancini Jensen - Vanessa A.A. Lima Correio
atendimento apropriado a estudantes portadores de necessidades especiais
(BRASIL, 2005b, p.7). O Decreto nº. 5.296, de 02 de dezembro de 2004, no
seu artigo 24, enfatiza claramente a acessibilidade ao afirmar “[...] os
estabelecimentos de ensino de qualquer nível, etapa ou modalidade, públicos
ou privados, proporcionarão condições de acesso e utilização de todos os seus
ambientes ou compartimentos para pessoas portadoras de deficiência [...]”
(BRASIL, 2004, p. 8).
Segundo o Grupo de Trabalho EAD no Ensino Superior/GTEADES
(2005) as possibilidades da EAD para um público com deficiências são
inúmeras e sob alguns aspectos, mais motivadoras ainda do que o são para as
demais pessoas, pois permitem diminuir as dificuldades de comunicação e
acesso à informação que as deficiências impõem.
Segundo os relatores do GTEADES (2005) os Centros de Referência em
Educação a Distância na Educação Especial (EADEE) têm a missão de
garantir a continuidade de pesquisas voltadas para a busca de soluções e
sistemas tecnológicos que atendam as demandas educacionais específicas,
inclusive técnicas específicas de avaliação geradas pela aplicação de
Educação a Distância a pessoas com deficiência; que os cursos à distância
que já existem ou que venham a ser implantados tenham como parte integrante
de sua avaliação institucional o atendimento a condições de acessibilidade e
adequação a deficientes.
A Secretaria de Educação Especial (Seesp) desenvolve programas,
projetos e ações a fim de implementar no país a Política Nacional de Educação
Especial. Dentre as ações desenvolvidas pela Seesp está o apoio técnico e
financeiro aos sistemas públicos de ensino para a oferta e garantia de
atendimento educacional especializado, complementar à escolarização, de
acordo com o Decreto n° 6. 571, de 17 de setembro de 2008 (DUTRA, 2009).
Para apoiar os sistemas de ensino, a Seesp desenvolve Programas de
Formação
Continuada
de
Professores
na
Educação
Especial
-
presencialmente e à distância e ações de garantia de acessibilidade no
programa nacional do livro, implementados pelo Fundo Nacional de
Desenvolvimento da Educação - FNDE (DUTRA, 2009).
Revista Olhar Científico – Faculdades Associadas de Ariquemes – V. 01, n.2, Ago./Dez. 2010
326
Educação a Distância para Pessoas com Deficiência Auditiva
Daniele Lop de Oliveira - Rafaela Garcia Dancini Jensen - Vanessa A.A. Lima Correio
O desafio de educar é grande e educar à distância é maior ainda. É
engano considerar que programas à distância podem dispensar o trabalho e a
mediação do professor (SANTANA, 2008).
Os surdos têm mais facilidade para freqüentar o ensino superior na
modalidade EAD por ser um curso com maior flexibilidade e por disponibilizar
materiais didáticos e intérpretes em LIBRAS. Além disso, nas Instuições de
Educação Superior (IES) particulares, os cursos de EAD são mais baratos
(SANTANA, 2008). A educação tradicionalista torna o aluno portador de
necessidades educacionais especiais limitado e não proporciona uma
autonomia no modo de agir e pensar (HANSEN, 2003).
O uso do computador se expressa em um contexto de contínua
interação e, sendo assim, não pode ser visto somente como um instrumento
que prolonga os poderes da comunicação ou que processa e armazena
informações, uma vez que possibilita qualidade de interação que tem valor de
desenvolvimento (SOUZA, 2007).
Promover a inclusão digital como alavanca para o desenvolvimento
social auto-sustentável é promoção de cidadania. Permitir que a comunidade
de pessoas com deficiência auditiva, às margens da tecnologia possa se
comunicar, trocar idéias, gerar conhecimento coletivo e até fazer negócios,
criando uma nova cultura de compartilhamento e socialização da informação. A
produção cooperativa de projetos via Internet é um fator de motivação para o
aprendizado e, conseqüentemente, para a construção da inteligência coletiva
(SOUZA, 2007).
Com o avanço da tecnologia e o uso constante da informática no
contexto
atual,
pesquisadores
e
estudiosos
investem
na
criação
e
desenvolvimento de programas e projetos que visam auxiliar a educação de
pessoas com deficiência auditiva enfatizando o processo de aquisição de
vocabulário, treinamento vocal, treinamento para elocução de vogais,
estruturação frasal e ensino da Língua Brasileira de Sinais que acarretam
benefícios comprovados ao processo de ensino-aprendizagem propiciando
flexibilidade no processo educacional, segurança e incentivo ao aprendiz
(ISOTANE; TSUTSUMI e BRANDÃO, s/d).
Revista Olhar Científico – Faculdades Associadas de Ariquemes – V. 01, n.2, Ago./Dez. 2010
327
Educação a Distância para Pessoas com Deficiência Auditiva
Daniele Lop de Oliveira - Rafaela Garcia Dancini Jensen - Vanessa A.A. Lima Correio
Consideramos a histórica relação neste artigo acima descrito da EAD
com as pessoas com deficiência auditiva; descritos neste artigo um importante
avanço na garantia de direitos humanos fundamentais no Brasil.
Considerações finais
Um dos principais problemas no ensino de pessoas com deficiência
auditiva é a forma de apresentar o conteúdo. Isso acontece porque a
comunicação oral continua sendo um dos maiores difusores do conhecimento
em sala de aula. Com a expansão da Internet e a popularização do computador
no ensino e aprendizagem, podemos utilizar recursos tecnológicos tais como
associação multi-sensorial, a interação homem-máquina e a experimentação
na solução de problemas de ensino de pessoas portadoras de deficiência
auditiva, visando maior compreensão da informação e um aprendizado mais
rápido e efetivo.
A EAD é uma opção vantajosa de acesso dos surdos ao ensino superior
e que as dificuldades encontradas estão principalmente relacionadas à falta de
adaptação das instituições de ensino para uma maior inclusão desses alunos.
REFERÊNCIAS
BRASIL. Decreto nº. 5.296. [Lei da Acessibilidade]. 2004. Disponível em:
<www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2004-2006/2004/Decreto/D5296.htm>. Acesso em:
10 set. 2009.
CAMPOS, Gilda Helena Bernardino de. Vantagens, desvantagens e novidades da
EAD. Escola Internet: Formação e treinamento on-line. 2000. Disponível em:
<http://www.timaster.com.br/revista/colunistas/ler_colunas_emp.asp?cod=253. Acesso
em: 09 set. de 2009.
CAMPOS, Márcia de Borba; GIRAFFA, Lúcia Maria Martins e SANTAROSA, Lucila
Maria Costi. SIGNSIM: uma ferramenta para auxílio à aprendizagem da língua
brasileira de sinais. Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul, 2001.
CAMPOS, Márcia de Borba; SILVEIRA, Milene Selbach. Tecnologias para Educação
Especial. IV Congresso RIBIE, Brasilia 1998.
Revista Olhar Científico – Faculdades Associadas de Ariquemes – V. 01, n.2, Ago./Dez. 2010
328
Educação a Distância para Pessoas com Deficiência Auditiva
Daniele Lop de Oliveira - Rafaela Garcia Dancini Jensen - Vanessa A.A. Lima Correio
______. Decreto nº. 5.626. Presidência da República - Casa Civil - Subchefia para
Assuntos Jurídicos. 2005a. Disponível em: <www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato20042006/2005/Decreto/D5626.htm>. Acesso em: 09 set. 2009.
______. Decreto nº 5.622. Presidência da República - Casa Civil - Subchefia para
Assuntos
Jurídicos.
2005b.
Disponível
em:
<
http://portal.mec.gov.br/seed/arquivos/pdf/dec_5622.pdf>. Acesso em: 31 agos. 2009.
DIZEU,Liliane Correia Toscano de Brito; CAPORALI, Sueli Aparecida. A língua de
sinais
contruindo
o
surdo
como
sujeito.
Educ.
Soc. vol.26 no.91 Campinas May/Aug. 2005
DUTRA, Cláudia Pereira. Secretaria de Educação Especial. Disponível em:
<http://portal.mec.gov.br/index.php?option=com_content&view=article&id=288&Itemid=
355> Acesso em: 11 de set. de 2009.
BRASIL, Reynaldo. Portaria INEP n°. 179, de 10 de agosto de 2007, Dou de
13/08/2007, seção I, p. 7, 2007
FURASTÉ, Pedro Augusto. Normas técnicas para trabalho científico. ABNT 14. ed.
Porto Alegre: s.n., 2006.
HANSEN, P. Adaptações de um Modelo de Ensino à Distância para Pessoas com
Necessidades Especiais ( Paralisia Cerebral). (Ufsc) Anais do II semináio ATIID São
Paulo, 2003.
IBGE - INSTITUTO BRASILEIRO DE GEOGRAFIA E ESTATÍSTICA. Censo
Demográfico
2000.
Disponível
em
<http://www.ibge.gov.br/home/estatistica/populacao/censo2000/populacao/censo2000
_populacao.pdf´> Acesso em: 11 de set. de 2009.
ISOTANI,S.; TSUTSUMI, M. e BRANDÃO,L.O. O Uso do Computador No Ensino de
Geometria Para Deficientes Auditivos. Diponível em: http://www.ei.sanken.osakau.ac.jp/~isotani/artigos/cbcomp-paper.pdf. Acesso em: 04 Abril de 2010.
LIBÓRIO, Renata Maria Coimbra e CASTRO, Bernardo Monteiro de. Dialogando sobre
preconceito, políticas de inclusão escolar e formação de professores. In: SILVA, Divino
José da e LIBÓRIO, Renata Maria Coimbra (Orgs). Valores, preconceito e práticas
educativas. São Paulo: Casa do Psicólogo, 2005.
_______. MEC/SESu. Grupo de Trabalho EAD no ENSINO SUPERIOR
GTEADES/Documento de Recomendações. Ações Estratégicas em Educação
Superior a Distância em Âmbito Nacional. Brasília, 2005. Disponível em:
<http://eventos.ead.pucrs.br/SNEADES2005/pdf/GTEADES_RelatorioFinal.pdf>
Acesso em: 10 set. de 2009.
Revista Olhar Científico – Faculdades Associadas de Ariquemes – V. 01, n.2, Ago./Dez. 2010
329
Educação a Distância para Pessoas com Deficiência Auditiva
Daniele Lop de Oliveira - Rafaela Garcia Dancini Jensen - Vanessa A.A. Lima Correio
OLIVEIRA, Marluce Alves Nunes. Educação à Distância como estratégia para a
educação permanente em saúde: possibilidades e desafios Rev. Bras.
Enferm. v.60, n.5. Brasília, Sept.-Out., 2007.
PALLOFF, R; PRATT, K. Building learning communities in cyberspace. San Francisco:
Jossey-Bass, 1999.
PIATTO, Vânia B.; MANIGLIA, José V. Avaliação da audição ecrianças de 3 a 6
anos em creches e pré-escolas municipais J. Pediatr. (Rio J.) vol.77 no.2 Porto
Alegre May/Apr. 2001
PRETI, Oreste. EDUCAÇÃO A DISTÂNCIA: uma prática educativa mediadora e
mediatizada
Cuiabá:
UFMT,
1996.
Disponível
em:
<
www.dai.cefetma.br/cicero/Ensino/ED/5.pdf>Acesso em: 12 set. de 2009.
QUADROS, Ronice Müller de. Educação de Surdos: a aquisição da linguagem.
Porto Alegre: Artes Médicas. 1997.
QUADROS, Ronice Müller de. O Tradutor e Intérprete de Língua Brasileira de
Sinais e Língua Portuguesa. Secretaria de Educação Especial; Programa Nacional
de Apoio à Educação de Surdos. Brasília : MEC; SEESP, 2004.
SANTANA, Edna Miranda Ugolini; LIMA, Diogo Acioli. Perspectivas de alunos
surdos sobre a Educação a Distância no ensino superior. 2008. Disponível em: <
www.pucpr.br/eventos/educere2008/anais/pdf/253_128.pdf> Acesso em: 11 set. de
2009.
SANTOS, Gislene Aparecida. Filosofia e as gentes – um estudo sobre a origem das
diferenças. In: SILVA, Divino José da e LIBÓRIO, Renata Maria Coimbra (Orgs).
Valores, preconceito e práticas educativas. São Paulo: Casa do Psicólogo, 2005.
SICORDE. Estudos censitários. Brasília, 2000. Disponível em: <http:
www.mj.gov.br/sedh/ct/corde/dpdh/sicorde/estudos_cens1.asp#conteudo.>
Acesso em: 11 set. de 2009.
SOUZA, J. L. F. : Inclusão Digital - Estado da arte das ferramentas de informática para
o portador de necessidades educacionais especiais, o surdo. Revista Científica
FAMEC/FAAC/FMI/FABRASP, 2007.
TANAKA, Eliza Dieko Oshiro, MANZINI, Eduardo José. O que os empregadores
pensam sobre o trabalho da pessoa com deficiência? Rev. Bras. Educ.
Espec. v.11 n.2, Marília Maio- Agos., 2005.
VIEIRA, Sônia, WILLIAN, Sad Hassue. Metodologia científica para a área da Saúde.
Rio de Janeiro: Elsevier, 2001.
Revista Olhar Científico – Faculdades Associadas de Ariquemes – V. 01, n.2, Ago./Dez. 2010
330
Educação a Distância para Pessoas com Deficiência Auditiva
Daniele Lop de Oliveira - Rafaela Garcia Dancini Jensen - Vanessa A.A. Lima Correio
Title
Distance education for hearing impaired people
Abstract
This study will discuss the inclusion of people with hearing disabilities in
distance education and the difficulties and benefits of this method. Also deals
with the characteristics of this disability and the adjustments made to integrate
these students to technology. We used as a methodological procedure to
search the literature, in order to make the matter more explicit, since the
material in search of scientific databases as bireme scielo and have scant
material on the subject. Distance education is an option to access for people
with hearing disabilities to education higher education highly advantageous.
However, we must reflect on the difficulties involved in this process to assist in
increasing the quality of education and ensure a concrete process of social
inclusion.
Keywords
Distance Education; People with hearing disabilities; Higher Education.
http://www.faar.edu.br/revista
Recebido em: 18/11/2010
Aceito em : 22/11/2010
Revista Olhar Científico – Faculdades Associadas de Ariquemes – V. 01, n.2, Ago./Dez. 2010
331

Documentos relacionados

O DEFICIENTE AUDITIVO E SUA INSERÇÃO ESCOLAR

O DEFICIENTE AUDITIVO E SUA INSERÇÃO ESCOLAR desenvolvimento, a incapacidade de ouvir e falar é uma deficiência crítica que pode dificultar o ajustamento social e escolar. Este artigo busca mostrar a realidade das crianças com surdez que apre...

Leia mais