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ANAIS
ISSN 2236-9090
9º Congresso Internacional de Odontologia do Oeste do Paraná-CIOOP
XII Congresso Internacional de Odontologia da UNIOESTE - COU
XVII Jornada Acadêmica de Odontologia da Unioeste - JAOU
XII Encontro de Ex-alunos da Unioeste
1ª Edição
Associação Brasileira de Odontologia/Seção Cascavel
Universidade Estadual do oeste do Paraná
Cascavel
2015
Catalogação na Publicação (CIP)
Sistema de Bibliotecas da UNIOESTE
Congresso Internacional de Odontologia do Oeste do Paraná (9.:
2015 : Cascavel - PR)
C749a Anais do IX Congresso Internacional de Odontologia do Oeste
do Paraná, XII Congresso Internacional de Odontologia da
UNIOESTE, XVII Jornada Acadêmica e XII Encontro de Exalunos. / Coordenação de Adriane de Castro Martinez Martins. -Cascavel, 2015.
ISSN: 2236-9090
1. Odontologia - Congressos. I. Martins, Adriane de Castro
Martinez Martins, (coord.). II. Universidade Estadual do Oeste do
Paraná.
CDD 20. ed.– 617.6
Sandra Regina Mendonça CRB 9/1090
FICHA TÉCNICA
Associação Brasileira de Odontologia –Seção Cascavel/PR
Presidente: Cristiane Viapiana
Vice-presidente: José Inglez da Silva
1º Secretária: Thais Soliva
2ª Secretária: Mychelle S. Gurgacz
1ª Tesoureira: Priscilla M. R. Busato
2º Tesoureiro: Alexandre M. Bandeira
Orador: Marlí Schmitt Walker
Conselho Fiscal: Geraldo L. Griza, João Cezar Meassi e Rodrigo G. Ribeiro
Presidente da UniABO: Rodrigo Gonçalves Ribeiro
Secretária da UniABO: Aline C. Sinegália
Universidade Estadual do Oeste do Paraná
Reitor: Paulo Sérgio Woff
Diretor do Campus de Cascavel: Alexandre Almeida Webber
Diretora do Centro de Ciências Biológicas e da Saúde: Joseane Rodrigues da
Silva Nobre
Coordenador do Colegiado do Curso de Odontologia: Eduardo Tanaka de
Castro
COMISSÕES ORGANIZADORAS
9º Congresso Internacional de Odontologia do Oeste do Paraná-CIOOP
PRESIDENTE: Lucila Piasecki
COORDENADOR CIENTÍFICO: Aldo Minoru Nara
SECRETARIA: Aline Sinegalia
TESOUREIRO: Alexandre Bandeira
COORDENAÇÃO GERAL: Priscilla M R Busato
PATROCÍNIO E MARKETING: Geraldo Griza
DIVULGAÇÃO: Marlí Schmitt Walker
SOCIAL: Thais Soliva
INFRA-ESTRUTURA: Mychelle Gurgacz
XII Congresso Internacional de Odontologia da UNIOESTE – COU, XVII
Jornada Acadêmica de Odontologia da Unioeste - JAOU e XII Encontro de
Ex-alunos da Unioeste
PRESIDENTE: Rodrigo Ribeiro
COORDENADOR CIENTÍFICO: Adriane de Castro Martinez Martins
PRESIDENTE ACADEMICO: Gustavo Henrique Gomes da Silva
20 a 23 de agosto de 2015 - ISSN 2236-9090
Sumário
BASES BIOLÓGICAS ....................................................................................................................................... 7
A UTILIZAÇÃO DA TERAPIA CELULAR EM COMPARAÇÃO COM ENXERTO ÓSSEO – REVISÃO DE
LITERATURA .............................................................................................................................................. 8
CIRURGIA E TRAUMATOLOGIA BUCO-MAXILO FACIAL ................................................................................ 9
A EFICÁCIA DA TERAPIA FOTODINÂMICA ANTIMICROBIANA PARA SE EVITAR O DESENCADEAMENTO
DE OSTEONECROSE DOS MAXILARES ASSOCIADA À TERAPIA MEDICAMENTOSA................................. 10
ALVEOLOPLASTIA: REVISÃO DE LITERATURA ......................................................................................... 11
ÁREA DE ATUAÇÃO DO CIRURGIÃO TRAUMATOLOGISTA BUCOMAXILOFACIAL, FRENTE A UMA
FRATURA DO TERÇO SUPERIOR DA FACE ............................................................................................... 18
ARTROCENTESE APLICADA À DISFUNÇÃO TÊMPORO-MANDIBULAR .................................................... 19
CIRURGIA ORTOGNÁTICA ASSOCIADA A ENXERTO AUTÓGENO: RELATO DE CASO .............................. 20
CISTO DENTÍGERO: RELATO DE CASO CLÍNICO ...................................................................................... 21
CISTO PERIAPICAL EM DENTIÇÃO DECÍDUA – RELATO DE CASO CLÍNICO ............................................. 22
COMPLICAÇÕES PÓS EXODONTIAS DE TERCEIROS MOLARES ............................................................... 23
DESENVOLVIMENTO DE APLICATIVO ANDROID PARA O PROTOCOLO DE TRATAMENTO DE AVULSÃO
DENTAL ................................................................................................................................................... 24
DIFICULDADES ENFRENTADAS POR PACIENTES COM FENDAS OROFACIAIS ......................................... 25
DOENÇA CELÍACA: O qUE O CIRURGIÃO-DENTISTA PRECISA SABER...................................................... 26
EFEITO DO ALENDRONATO SOBRE A REPARAÇÃO ÓSSEA ALVEOLAR EM RATAS OSTEOPÊNICAS ........ 27
ENXERTO ÓSSEO ALVEOLAR SECUNDÁRIO EM PACIENTES PORTADORES ............................................ 28
EXODONTIA DE DENTES INCLUSOS EM PACIENTE COM SÍNDROME DE DOWN REALIZADA NO CENTRO
DE ESPECIALIDADE ODONTOLÓGICAS DA UNIPAR ................................................................................ 29
INCISÃO RELAXANTE ANTERIOR X INCISÃO INTRASULCULAR: UM ESTUDO COMPARATIVO ENTRE
DIFERENTES TÉCNICAS DE DIÉRESE NA INCIDÊNCIA DE MORBIDADES NO PÓS-OPERATÓRIO DE
EXODONTIA DE 3M................................................................................................................................. 31
LEVANTAMENTO DE SEIO MAXILAR A PARTIR DA TÉCNICA DE EXPANSORES DE SUMMERS ................ 32
MARSUPIALIZAÇÃO COMO TRTAMENTO DEFINITIVO DE CISTO DENTÍGERO ....................................... 33
OSTEOPLASTIA E OSTECTOMIA EM TRATAMENTO CIRÚRGICO DE EXOSTOSE MAXILAR BILATERALRELATO DE CASO .................................................................................................................................... 34
REABILITAÇÃO COM IMPLANTES OSSEINTEGRADOS COM PRÓTESE TIPO OVERDENTURE APÓS
FRATURA DE MANDÍBULA ATRÓFICA: RELATO DE CASO CLÍNICO ......................................................... 35
RESSECÇÃO DE AMELOBLASTOMA EM MANDÍBULA: VIABILIDADE DA REABILITAÇÃO ORAL COM
RHBMP-2 ASSOCIADO A XENOENXERTO BOVINO SEGUIDO DE INSTALAÇÃO DE IMPLANTES .............. 36
SIALOLITÍASE: RELATO DE CASO COM ABORDAGEM CIRÚRGICA .......................................................... 37
TÉCNICA DE CALDWELL-LUC PARA REMOÇÃO DE IMPLANTE EM SEIO MAXILAR - RELATO DE CASO .. 38
TRATAMENTO CIRÚRGICO DE FRATURA EM MANDÍBULA ATRÓFICA – RELATO DE CASO.................... 43
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TRATAMENTO E PROSERVAÇÃO MULTIDISCIPLINAR POR 7 ANOS NO CEO-UNIOESTE ........................ 47
QUERATOCISTO ODONTOGÊNICO: RELATO DE CASO CLÍNICO .............................................................. 48
DENTÍSTICA................................................................................................................................................. 49
ABORDAGEM ESTÉTICA NO TRATAMENTO DE HIPOPLASIA DE ESMALTE ATRAVÉS DA ASSOCIAÇÃO DE
TÉCNICAS DE MICROABRASÃO E CLAREAMENTO DENTAL .................................................................... 50
ANÁLISE ESTÉTICA – INTER-RELEÇÃO DENTOFACIAL ............................................................................. 59
ASSOCIAÇÃO DE TÉCNICAS PARA EFETIVO CLAREAMENTO DENTAL ..................................................... 60
AVALIAÇÃO DA DUREZA DE MATERIAIS RESTAURADORES ESTÉTICOS EXPOSTOS A DEGRADAÇÃO
BIOLÓGICA E MECÂNICA ........................................................................................................................ 61
AVALIAÇÃO DA RUGOSIDADE DE SUPERFÍCIE DE MATERIAIS RESTAURADORES ESTÉTICOS EXPOSTOS A
DEGRADAÇÃO......................................................................................................................................... 62
FRATURA CORONÁRIA: REABILITAÇÃO ESTÉTICA E FUNCIONAL COM RESINA COMPOSTA – RELATO DE
CASO CLÍNICO ......................................................................................................................................... 63
RESTAURAÇÃO DA HARMONIA ESTÉTICA EM DENTES ANTERIORES – ABORDAGEM MULTIDISCIPLINAR.
................................................................................................................................................................ 64
TRATAMENTO DE AGENESIA DENTAL ATRAVÉS DE LAMINADOS CERÂMICOS MINIMAMENTE
INVASIVOS: RELATO DE CASO CLÍNICO .................................................................................................. 65
UTILIZAÇÃO DE MOCK UP NO PLANEJAMENTO RESTAURADOR ESTÉTICO DE FACETAS DIRETAS DE
RESINA COMPOSTA. ............................................................................................................................... 74
ENDODONTIA ............................................................................................................................................. 80
ANÁLISE DA PRECISÃO DO LOCALIZADOR FORAMINAL APEX ID EM DETERMINAR O COMPRIMENTO
DOS CANAIS RADICULARES .................................................................................................................... 81
CENTRALIZAÇÃO DO PREPARO ENDODÔNTICO COM O SISTEMA WAVEONE ASSOCIADO À AMPLIAÇÃO
CERVICAL OU APICAL PRÉVIA ................................................................................................................. 82
EFEITOS DOS SISTEMAS RECIPROC® E WAVEONE® NO PREPARO DOS CANAIS RADICULARES: REVISÃO
DE LITERATURA....................................................................................................................................... 84
O USO DE MICROTOMOGRAFIA COMPUTADORIZADA EM ESTUDOS SOBRE LOCALIZADORES APICAIS
ELETRÔNICOS ......................................................................................................................................... 85
OBTURAÇÃO ENDODÔNTICA TERMOPLÁSTICA - SISTEMA TC ............................................................... 86
REABSORÇÃO RADICULAR INTERNA COMUNICANTE –RELATO DE CASO .............................................. 91
REABSORÇÃO INTERNA-EXTERNA AGRESSIVA ASSOCIADA À CIRURGIA PARENDODONTICA: RELATO DE
CASO CLÍNICO ......................................................................................................................................... 92
RETRATAMENTO ENDODÔNTICO DE MOLAR SUPERIOR COM 4 CANAIS - RELATO DE CASO ............... 96
REVASCULARIZAÇÃO: revisão e relato clínico ........................................................................................ 97
SISTEMA TC DE OBTURAÇÃO ENDODÔNTICA ....................................................................................... 98
TRATAMENTO ENDODÔNTICO CONVENCIONAL X LESÃO SUGESTIVA DE CISTO RADICULAR – RELATO
DE CASO CLÍNICO.................................................................................................................................... 99
USO DE LOCALIZADORES FORAMINAIS ELETRÔNICOS EM DENTES DECÍDUOS ................................... 101
VARIAÇÕES ANATÔMICAS DE INTERESSE ENDODÔNTICO ................................................................... 102
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ESTOMATOLOGIA ..................................................................................................................................... 103
ABORDAGEM CIRÚRGICA ALTERNATIVA PARA TRATAMENTO DE CISTO PERIAPICAL......................... 104
ALTERAÇÕES BUCAIS RELACIONADAS AO TRATAMENTO QUIMIOTERÁPICO...................................... 106
APRESENTAÇÃO CLÍNICA INCOMUM DE LESÃO NEURAL EM PALATO................................................. 113
AVALIAÇÃO DA PRESENÇA DE LESÕES BUCAIS EM ALCOOLISTAS NO MUNICÍPIO DE CASCAVEL/PR –
ESTUDO PILOTO.................................................................................................................................... 114
CANDIDOSE ORAL EM PACIENTES HOSPITALIZADOS: SÉRIE DE CASOS ............................................... 119
CISTO DENTÍGERO MANDIBULAR EM PACIENTE PEDIÁTRICO: RELATO DE CASO ............................... 120
CISTO RADICULAR DE GRANDE EXTENSÃO: IMPORTÂNCIA DAS CARACTERÍSTICAS CLÍNICAS E
RADIOGRÁFICAS AO DIAGNÓSTICO ANATOMOPATOLÓGICO ............................................................. 121
DIAGNÓSTICO E DIAGNÓSTICO DIFERENCIAL DA OSTEOCLEROSE IDIOPÁTICA DOS MAXILARES: RELATO
DE CASOS E REVISÃO DE LITERATURA.................................................................................................. 122
EXOSTOSES MULTIPLAS- DIAGNÓSTICO DIFERENCIAL E TRATAMENTO CIRÚRGICO- RELATO DE CASO
.............................................................................................................................................................. 123
HEMANGIOMA: REVISÃO DE LITERATURA E RELATO DE CASOS CLÍNICOS.......................................... 124
HIPERSENSIBILIDADE AO AMÁLGAMA DE PRATA: RELATO DE CASO CLÍNICO .................................... 125
LESÃO EM DORSO DE LINGUA - RELATO DE CASO ............................................................................... 126
LESÕES TRAUMÁTICAS ORAIS POR MORDEDURA EM PACIENTES DE UNIDADE DE TERAPIA INTENSIVA
NEUROLÓGICA: SÉRIE DE CASOS .......................................................................................................... 127
LEVANTAMENTO EPIDEMIOLÓGICO DOS CASOS DE TUMORES ODONTOGÊNICOS ATENDIDOS NO
PROJETO DE LESÕES BUCAIS DA UNIVERSIDADE ESTADUAL DE MARINGÁ ENTRE 1995-2015 ........... 128
MALIGNIDADE EM LÁBIO INFERIOR: DO DIAGNÓSTICO AO TRATAMENTO ........................................ 130
NEOPLASIA BENIGNA- LIPOMA ORAL- DIAGNÓSTICO DIFERENCIAL E TRATAMENTO- RELATO DE CASO
.............................................................................................................................................................. 131
ORIENTAÇÕES E CUIDADOS ODONTOLÓGICOS À PACIENTES EM QUIMIOTERAPIA ........................... 132
SINDROME DA ARDÊNCIA BUCAL: REVISÃO DE LITERATURA E RELATO DE CASO ............................... 133
TUMOR ODONTOGÊNICO QUERATOCÍSTICO: RELATO DE CASO ......................................................... 135
VERRUGA VULGAR ORAL: RELATO DE CASO CLÍNICO .......................................................................... 136
FARMACOLOGIA ....................................................................................................................................... 137
BIFOSFONATOS NA ODONTOLOGIA: OSTEONECROSE DOS MAXILARES – REVISÃO DE LITERATURA . 138
CONSIDERAÇÕES RELACIONADAS AOS VASOCONSTRITORES UTILIZADOS EM ODONTOLOGIA EM
PACIENTES QUE FAZEM USO DE BETA-BLOQUEADORES ..................................................................... 139
IMPLANTODONTIA ................................................................................................................................... 140
CARGA INMEDIATA EN IMPLANTES DE ZIRCONIA TIPO MONOBLOC .................................................. 141
A FISIOLOGIA INICIAL DA OSTEOINTEGRAÇÃO..................................................................................... 146
IMPLANTE DE ZIRCONIA EN REHABILITACIÓN DE CANINO SUPERIOR ................................................. 147
IMPLANTES DE ZIRCONIA POST EXTRACCION ...................................................................................... 152
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LEVANTAMIENTO DE SENO MAXILAR, TECNICA DE VENTANA LATERAL ............................................. 156
PESQUISA CLÍNICA RETROSPECTIVA DA TAXA DE SUCESSO PRECOCE DE IMPLANTES
OSSEOINTEGRADOS.............................................................................................................................. 160
PRÓTESIS PARCIAL FIJA DE ZIRCONIA IMPLANTOSOPORTADA ............................................................ 161
PROTOCOLO INFERIOR SIGUIENDO CON CINCO IMPLANTES .............................................................. 162
REABILITAÇÃO COM PRÓTESE UNITÁRIA SOBRE IMPLANTE EM REGIÃO POSTERIOR......................... 163
REHABILITACION PROTESICA EN EL MAXILAR SUPERIOR ANTERIOR CON CORONAS DE ZIRCONIA
REALIZADO A TRAVES DEL SISTEMA CAD – CAM, SOBRE IMPLANTES ................................................. 164
REVISIÓN BIBLIOGRÁFICA DE DATOS PUBLICADOS SOBRE IMPLANTES DE ZIRCONIA MONOBLOC.... 169
MATERIAIS ODONTOLÓGICOS .................................................................................................................. 176
EFEITO DO PHENILPROPANODIONA (PPD) SOBRE A ESTABILIDADE DE COR DE UM CIMENTO RESINOSO
EXPERIMENTAL FOTOATIVADO ............................................................................................................ 177
RESISTÊNCIA À MICROTRAÇÃO DE DOIS CIMENTOS RESINOSOS AUTOCONDICIONANTES EM FUNÇÃO
DO TIPO DE SUBSTRATO DENTAL E TEMPO DE ARMAZENAGEM EM ÁGUA ....................................... 178
ODONTOLOGIA PARA PACIENTES COM NECESSIDADES ESPECIAIS ......................................................... 179
TETRALOGIA DE FALLOT: RELATO DE CASO CLÍNICO ........................................................................... 181
ODONTOPEDIATRIA .................................................................................................................................. 182
ASSOCIAÇÃO DA HIPOPLASIA DO ESMALTE COM OUTRAS ANOMALIAS E OCLUSÃO NO PACIENTE
INFANTIL ............................................................................................................................................... 183
CONDUTA FRENTE À FRATURA CORONÁRIA COM EXPOSIÇÃO PULPAR RELATO DE CASO ............... 184
HIPOMINERALIZAÇÃO INCISIVO – MOLAR: RELATO DE CASO CLÍNICO ............................................... 185
LUXAÇÃO LATERAL NA DENTATURA DECÍDUA- RELATO DE CASO ....................................................... 186
UNIÃO ENTRE DECÍDUO E PERMANENTE COMO SEQUELA DE LUXAÇÃO INTRUSIVA......................... 187
ORTODONTIA............................................................................................................................................ 188
ALTERAÇÕES TRANSVERSAIS EM PACIENTES SUBMETIDOS À DISJUNÇÃO PALATINA ........................ 189
AVALIAÇÃO DA EFETIVIDADE DO ALINHAMENTO DENTÁRIO UTILIZANDO-SE APARELHO AUTOLIGADO
.............................................................................................................................................................. 190
AVALIAÇÃO DE DIFERENTES SISTEMAS DE ADESÃO EM BRÁQUETES COLADOS PELA TÉCNICA
INDIRETA: UM ESTUDO IN VITRO. ........................................................................................................ 191
AVALIAÇÃO DO COEFICIENTE DE ATRITO ENTRE OS BRAQUETES CERÂMICOS CONVENCIONAIS E
AUTOLIGADOS ...................................................................................................................................... 192
ESTUDO COMPARATIVO CEFALOMÉTRICO DOS EFEITOS DENTOESQUELÉTICOS DECORRENTES DO
TRATAMENTO COM DOIS TIPOS DE APARELHOS DE HERBST E UM GRUPO CONTROLE, EM
ADOLESCENTES COM RETROGNATISMO MANDIBULAR ...................................................................... 193
LUXAÇÃO INTRUSIVA DE INCISIVO LATERAL SUPERIOR PERMANTENTE EM UMA ABORDAGEM
MULTIDISCIPLINAR- RELATO DE CASO ................................................................................................. 203
PERCEPÇÃO À DOR ORTODÔNTICA, APÓS A MONTAGEM DO APARELHO ORTODÔNTICO
CONVENCIONAL E O APARELHO AUTOLIGADO.................................................................................... 205
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TRATAMENTO DA MORDIDA ABERTA ANTERIOR COM ESPORÃO LINGUAL COLADO E GRADE PALATINA
FIXA....................................................................................................................................................... 206
VELOCIDADE DA RETRAÇÃO DO CANINO UTILIZANDO BRÁQUETE MBT OU ALEXANDER .................. 207
PATOLOGIA BUCAL ................................................................................................................................... 208
AVALIAÇÃO DO CONHECIMENTO DE USUÁRIOS DA CLÍNICA ODONTOLÓGICA DA UEM ACERCA DO
CÂNCER DE BOCA ................................................................................................................................. 209
EFEITOS ADVERSOS BUCAIS DA RADIOTERAPIA DE CABEÇA E PESCOÇO ............................................ 211
EXPOSIÇÃO AO TRICLOSAN DURANTE A GESTAÇÃO CAUSA RESTRIÇÃO DE CRESCIMENTO
INTRAUTERINO DA PROLE DE RATAS WISTAR ..................................................................................... 220
LEUCOPLASIA VERRUCOSA PROLIFERATIVA – RELATO DE CASO CLÍNICO ........................................... 221
PARACOCCIDIOIDOMICOSE x CARCINOMA EPIDERMÓIDE: UM DESAFIO DIAGNÓSTICO ................... 222
PERIODONTIA ........................................................................................................................................... 223
ANÁLISE DA PREVALÊNCIA E SEVERIDADE DA DOENÇA PERIODONTAL EM INDIVÍDUOS COM DOENÇA
RENAL CRÔNICA ................................................................................................................................... 224
AVALIAÇÃO DA CORTICOTOMIA E SEU EFEITO NA MOVIMENTAÇÃO ORTODÔNTICA........................ 225
AVALIAÇÃO DA MEDIDA RADIOGRÁFICA NO DIAGNÓSTICO DE INVASÃO DO ESPAÇO BIOLÓGICO ... 226
AVALIAÇÃO DA SUPLEMETAÇÃO DE VITAMINA C PARA MELHORAR O RESULTADO DA TERAPIA
PERIODONTAL NÃO CIRURGICA EM FUMANTES: ESTUDO RANDOMIZADO E CONTROLADO ............. 227
AVALIAÇÃO DE BIOTIPOS PERIODONTAIS E SUA IMPORTÂNCIA CLÍNICA NA ODONTOLOGIA............ 228
AVALIAÇÃO DE TRÊS ESCOVAS DENTAIS DE CERDAS DIFERENTES, EM RELAÇÃO A ABRASÃO GENGIVAL
E REMOÇÃO DE PLACA ......................................................................................................................... 229
AVALIAÇÃO DO BIOFILME DENTAL EM RELAÇÃO AO TEMPO DE INTERNAMENTO EM PACIENTES
HOSPITALIZADOS .................................................................................................................................. 230
AVALIAÇÃO DO EFEITO DO TRATAMENTO PERIODONTAL NÃO CIRURGICO NA HIPERSENSIBILIDADE
DENTINÁRIA.......................................................................................................................................... 231
BACTÉRIAS PERIODONTOPATOGÊNICAS E INFECÇÕES SISTÊMICAS EM PACIENTE CRÍTICO
HOSPITALIZADO.................................................................................................................................... 232
ENXERTO ÓSSEO AUTÓGENO EM NEOFORMAÇÃO ASSOCIADO A BARREIRA DE TECIDO CONJUNTIVO
EM LESÕES DE FURCA CLASSE II. ESTUDO HISTOMÉTRICO EM CÃES .................................................. 233
ESTÉTICA, FORMA E FUNÇÃO DO TECIDO GENGIVAL PELA TÉCNICA DE GENGIVECTOMIA ................ 234
ESTUDO DO PROGNÓSTICO DO RECOBRIMENTO RADICULAR DE ACORDO COM A CLASSIFICAÇÃO DAS
RECESSÕES GENGIVAIS ......................................................................................................................... 235
HIPERESTESIA DENTINÁRIA: UM ENFOQUE ATUAL ............................................................................. 236
IMPLANTOPLASTIA COMO ALTERNATIVA PARA TRATAMENTO DE PERI-IMPLANTITE: RELATO DE CASO
.............................................................................................................................................................. 237
INFLUÊNCIA DO TRATAMENTO PERIODONTAL NA DIABETES MELLITUS............................................. 238
PAPEL DA DEFICIÊNCIA DE TESTOSTERONA E DA PERIODONTITE EXPERIMENTAL NA REGULAÇÃO DOS
TECIDOS PERIODONTAIS DE RATOS WISTAR........................................................................................ 244
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POSIÇÃO DO ÁPICE DENTÁRIO EM RELAÇÃO AO PROCESSO ALVEOLAR DO OSSO MAXILAR. ESTUDO
EM TOMOGRAFIAS DE CONE-BEAM .................................................................................................... 246
RECOBRIMENTO RADICULAR COM ENXERTO DE TECIDO CONJUNTIVO SUBEPITELIAL, ASSOCIADO À
TÉCNICA DO ENVELOPE: RELATO DE CASO .......................................................................................... 247
TRAUMATISMO DENTOALVEOLAR: RELATO DE CASO ......................................................................... 248
USO DO ENXERTO DE TECIDO CONJUNTIVO PARA O RECOBRIMENTO DE RAIZ PERFURADA
ENDODONTICAMENTE E RESTAURADA COM CIMENTO DE IONÔMERO DE VIDRO ............................ 252
PRÓTESE ................................................................................................................................................... 253
ANÁLISE DA RESISTÊNCIA ADESIVA DE PINOS DE FIBRA DE VIDRO CIMENTADOS COM DIFERENTES
COMPRIMENTOS .................................................................................................................................. 254
AVALIAÇÃO DA SAÚDE BUCAL EM IDOSOS ATENDIDOS NA CLÍNICA .................................................. 255
CONDIÇÃO E USO DAS PRÓTESES DENTÁRIAS EM PACIENTES HOSPITALIZADOS ............................... 256
REABILITAÇÃO ESTÉTICA E FUNCIONAL EM PACIENTE COM PERDA DE DIMENSÃO VERTICAL:
ABORDAGEM MULTIDISCIPLINAR ........................................................................................................ 257
REABILITAÇÃO PROTÉTICA POR ASSOCIAÇÃO DE PRÓTESE TOTAL E .................................................. 263
RELAÇÃO ENTRE O EDÊNTULISMO E A CONDIÇÃO BIOPSICOSSOCIAL. ............................................... 264
RADIOLOGIA ............................................................................................................................................. 265
DETECÇÃO DE CALCIFICAÇÕES NA ARTÉRIA CARÓTIDA EM RADIOGRAFIAS PANORÂMICAS E
TOMOGRAFIA COMPUTADORIZADA DE FEIXE CÔNICO: REVISÃO DE LITERATURA............................. 266
SAÚDE COLETIVA ...................................................................................................................................... 267
A INTEGRAÇÃO MULTIPROFISSIONAL ENTRE PROFISSIONAIS DE ODONTOLOGIA E NEFROLOGIA
VISANDO AS NECESSIDADES DO PACIENTE COM INSUFICIÊNCIA RENAL CRÔNICA............................. 268
ATENÇÃO ODONTOLÓGICA A PACIENTES GESTANTES: CONSTRUÇÃO DE UM PROTOCOLO DE
ATUAÇÃO.............................................................................................................................................. 269
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A UTILIZAÇÃO DA TERAPIA CELULAR EM COMPARAÇÃO COM ENXERTO ÓSSEO –
REVISÃO DE LITERATURA
Taina Rafaela Ferreira dos Passos1
Layra Lhais Biff
Carla Maria Caramori
Sonia Aparecidade Mello
Modalidade: Revisão de Literatura
RESUMO: As células tronco (CT) adultas são células indiferenciadas, que podem ser
encontradas em vários tecidos, sendo o principal sítio doador a medula óssea (MO). As células
mesenquimais da MO podem dar origem a vários tipos celulares dentre esses osteoblastos,
células secretoras de matriz óssea.Objetivo: Comparar através de uma revisão de literatura a
utilização das células tronco com o enxerto ósseo, expondo suas vantagens e
desvantagens.Desenvolvimento:Há patologias que atingem o tecido ósseo podendo causar
reabsorção óssea como perda dentária e alterações hormonais. A perda óssea compromete a
estrutura da face e consequentemente a funcionalidade da cavidade oral (CO). Tendo que se
submeter a um enxerto ósseo para reabilitação da CO. O enxerto ósseo é indicado para
pacientes com reabsorção de osso alveolar e basal. No contexto de regeneração óssea, as CT
tem apresentado excelentes resultados por sua capacidade de modulação. Dentre as áreas em
que as CT são empregadas está a região orofacial. A fonte mais utilizada para retirar CT é a MO,
essas células são cultivadas in vitro ou in vivo. Assim para seu uso na CO se faz necessário um
estímulo osteogênico para a diferenciação em osteoblastos. Posteriormente a indução e a
diferenciação as CT são injetadas em áreas específicas como maxila e mandíbula tendo um
período de integração de 3 a 4 semanas. Conclusão: As CT trazem muitas possibilidades para
a odontologia. Mas ainda são necessários estudos para aperfeiçoar a sua aplicação. O enxerto
ósseo ainda é o mais utilizado, apesar de suas desvantagens.
Palavras-chave: Células tronco; enxerto ósseo; odontologia.
REFERÊNCIAS
MONTEIRO, B. S. et. al. Células – Tronco Mesenquimais, 2009.
BYDLOWSKI, S. P. et. al., Características biológicas das células-tronco mesenquimais. , 2009.
MA, S. G. et. al. Revisión bibliográfica de Implantología, Bucofacialdelaño 2010 - Segunda parte,
Avances, v. 24, n. 2, 2012.
_______________________
1Acadêmica
do segundo ano de odontologia da Universidade Paranaense.
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A EFICÁCIA DA TERAPIA FOTODINÂMICA ANTIMICROBIANA PARA SE EVITAR O
DESENCADEAMENTO DE OSTEONECROSE DOS MAXILARES ASSOCIADA À TERAPIA
MEDICAMENTOSA
Cristian Statkievicz1
Luan Felipe Toro2
Juliano Milanezi de Almeida3
Maria José Hitomi Nagata3
Letícia Helena Theodoro3
Valdir Gouveia Garcia 3
Edilson Ervolino3
Modalidade: Pesquisa
RESUMO: O objetivo deste estudo foi avaliar a ação da terapia fotodinâmica antimicrobiana
(aPDT) sobre o processo de reparo do tecido epitelial, conjuntivo e tecido ósseo no sítio de
extração dental de ratas que reúnem os principais fatores de risco para o desencadeamento da
osteonecrose dos maxilares associada à terapia medicamentosa (ONM-M). Vinte ratas senis
foram distribuídas nos grupos: SAL, ZOL, SAL/aPDT e ZOL/aPDT. Durante sete semanas,
administrou-se pela via IP, 0,45ml de solução de cloreto de sódio 0,9% (SAL e SAL/aPDT) ou
0,45ml desta solução acrescida de 100 µg/Kg de zoledronato (ZOL e ZOL/aPDT). Decorridas
três semanas de tratamento foi realizada a exodontia do primeiro molar inferior. Em SAL/aPDT
e ZOL/aPDT foram realizadas três sessões de aPDT (fotossensibilizador: azul de metileno; laser:
InGaAlP), aos 0, 2 e 4 dias pós exodontia. As amostras da mandíbula foram submetidas ao
método imunoistoquímico para detecção do PCNA, HIF-1 alfa, VEGF, CD31, RUNX-2 e OCN. A
imunorreatividade (IR) foi quantificada no TE, TC e TO. O grupo ZOL apresentou menor IR para
PCNA, no TE, TC e TO; menor IR para HIF-1α, VEGF, CD31, no TC e TO; menor IR para OCN
no TO e; maior IR para RUNX2 no TO. Em ZOL/aPDT a IR para PCNA, HIF-1α, VEGF, CD31,
OCN e RUNX2 foi similar ao grupo SAL, no TE, TC e TO. O tratamento de ratas senis com
zoledronato compromete a capacidade de reparo do TE, TC e TO do sítio de extração dental, e
a aPDT estimula significativamente a reparação destes tecidos.
Palavras-chave: Osteonecrose; Zoledronato; Reparo Ósseo; Fotoquimioterapia.
REFERÊNCIAS:
RUSSELL, R.G. Bisphosphonates: the first 40 years. Bone v.49, n.1, p.2-19, 2011.
RUGGIERO, S.L.; DODSON, T.B. American Association of Oral and Maxillofacial Surgeons
position Paper on Medication-Related Osteonecrosis of the Jaws- 2014 Update. J Oral Maxillofac
Surg. v.72, p.2381-2, 2014.
BRAUN, A,; DEHN, C,; KRAUSE, F,; JEPSEN, S. Short-term clinical effects of adjunctive
antimicrobial photodynamic therapy in periodontal treatment: a randomized clinical trial. J
Clin Periodontol v.35, n.10, p.877-884. 2008.
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Mestrando/ Faculdade de Odontologia de Araçatuba – UNESP/ [email protected]
Granduando/ Faculdade de Odontologia de Araçatuba – UNESP.
3 Professor Doutor/ Faculdade de Odontologia de Araçatuba – UNESP.
APOIO FINANCEIRO: FAPESP 2013/26779-4; FAPESP 2014/02199-1; CNPq
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20 a 23 de agosto de 2015 - ISSN 2236-9090
ALVEOLOPLASTIA: REVISÃO DE LITERATURA
Mariana Lena Sassi1
Nathália Nitsche 1
Tuane Mertz 1
Ricardo Augusto Conci 2
Geraldo Luiz Griza 2
Modalidade: Revisão de Literatura
RESUMO: Atualmente são exigidas alternativas para uma correta reabilitação oral do paciente
odontológico, considerando as inúmeras possibilidades de tratamentos protéticos e colocação
de implantes após exodontia. A alveoloplastia é uma manobra cirúrgica que consiste na remoção
de irregularidades do rebordo alveolar visando sua reabilitação, assim no trans-operatório das
exodontias simples e complexas o Cirurgião-Dentista deve estar atento à preservação dos
elementos anatômicos principalmente do rebordo alveolar, não deixando de remover as
irregularidades ósseas que por ventura estejam presentes. São encontradas diversas
classificações e técnicas: simples, corretora, intrasseptal e associada a prótese imediata. Sua
indicação é basicamente pré-protética, estética e visa reparação tecidual, diminuindo a
reabsorção óssea pós-operatória, além ser utilizada para facilitar a remoção de um elemento
dental. Suas características a qualificam como uma técnica vantajosa e de extrema importância
na rotina clínica. Frisamos a correta indicação para sucesso do tratamento final, objetivando
promover a satisfação do paciente e do profissional.
Palavras- chave: Alveoloplastia, reabilitação, cirurgia pré-protética.
INTRODUÇÃO
Nos tempos atuais, são requeridas alternativas para uma correta reabilitação oral do
paciente odontológico, tendo em vista as inúmeras possibilidades de tratamentos protéticos e
colocação de implantes após exodontia. Desse modo no trans operatório das exodontias simples
e complexas o cirurgião dentista deve estar atento a preservação dos elementos anatômicos
principalmente do rebordo alveolar, não deixando de remover as irregularidades ósseas que por
ventura estejam presentes para o total sucesso do tratamento final.
A alveoloplastia pode ser definida como uma correção de irregularidades ósseas dos
rebordos alveolares através de excisão de parte do processo alveolar (MARZOLA, 2008). Vem
sendo utilizada principalmente para cirurgia pré protética, para facilitar a extração dental ou para
correções estéticas dos maxilares.
Podem ser classificadas em conservadoras, estabilizadoras ou simples, aquelas praticadas no
momento das exodontias para remoção de espículas ósseas resultantes da extração,
diagnosticadas pela palpação bidigital. As corretoras ou radicais são utilizadas naqueles casos
em que a colocação da prótese é dificultada por proeminências alveolares, sendo necessária a
reparação para resultado satisfatório. Já as alveoloplastias intrasseptais contemplam a retirada
de uma porção do septo interdental ósseo, fraturando a tábua óssea vestibular e aproximando-a
da tábua óssea lingual. Por fim a alveoloplastia para prótese imediata visa confecção de guia
cirúrgico para remoção de interferências ósseas na prótese (MARZOLA, 2008).
A alveoloplastia tem se demonstrada uma ótima e eficiente técnica, já que estudos
demonstraram que a reabsorção óssea ocorrida no processo de reparo é menor quando esta é
realizada.
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Nosso trabalho tem por objetivo realizar um estudo sobre as alveoloplastias,
classificando-as e discutindo as variadas técnicas e indicações, bem como as vantagens e
desvantagens a ela aliadas.
OBJETIVOS
Tecer considerações sobre a manobra cirúrgica de regularização do rebordo alveolar que
é denominada alveoloplastia. Demonstrar as diversas classificações e técnicas, sendo elas:
simples, corretora, intrasseptal e associada a prótese imediata. Salientar sobre sua indicação
que é basicamente pré-protética, estética visando reparação tecidual, diminuindo a reabsorção
óssea pós-operatória, bem como as vantagens e desvantagens a ela aliadas
REVISÃO DE LITERATURA
Para a técnica cirúrgica de correção dos rebordos alveolares dá-se o nome de
alveoloplastia. Por muito tempo utilizou-se o termo alveolectomia, porém esta manobra cirúrgica
visa a plástica ou correção do alvéolo, por isso o termo mais adequado e atual tem sido
alveoloplastia (MARZOLA, 2008).
Destina-se a colocar os maxilares em melhores condições e evitar pequenas
irregularidades ósseas que ocasionam danos tanto para os pacientes como para o cirurgião
dentista na resolução dos casos, devolvendo a estética e facilitando a mecânica da prótese
(MARZOLA, 2008).
Esta cirurgia tem como objetivos: favorecer a reparação tecidual; preparação do rebordo
para receber uma prótese; obter uma superfície óssea regular; devolver ao tecido ósseo alveolar
um contorno adequado em toda sua extensão, podendo ser utilizada para facilitar a remoção de
um elemento dental ou para corrigir as irregularidades do rebordo alveolar provocadas pela
exodontia de um ou mais dentes (GREGORI, 1996 e MARZOLA, 2008), além desses Veeramalai
et al., (2012) no artigo intitulado Pre-prosthetic surgery: Mandible, também cita que a
alveoloplastia é uma técnica cirúrgica importante para a adaptação de próteses, além de proteger
o nervo mentual impedindo que o mesmo seja comprimido e o paciente sinta dor.
Segundo Willard, (1853 apud MARZOLA, 2008, p. 439) historicamente a alveoloplastia é
conhecida por mais de um século. Em 1876 foi registrada a primeira cirurgia de correção do
alvéolo, realizada por Beers (1876 apud MARZOLA, 2008, p. 439) nomeada “tratamento heróico”
na qual grandes porções do processo alveolar, septos e/ou paredes dos alvéolos eram removidas
com o fórceps com a intenção de remodelação do arco dental (MARZOLA, 2008).
Já no ano de 1920, Shearer (1920 apud MARZOLA, 2008, p. 439) publicou a chamada
“alveolectomia externa” que foi utilizada para eliminação de lesões patológicas alveolares e para
adequada instalação de próteses.
Com a técnica empregada por Dean (1936 apud MARZOLA, 2008, p. 439) conhecida
como “alveolectomia intrasseptal” foram reconhecidos os problemas de reabsorção óssea após
alveoloplastia, nesse mesmo período foi utilizado uma técnica de preservação da córtex labial
através de uma fratura dessa tábua. Modificações foram recomendadas por Obwegeser (1966
apud MARZOLA, 2008, p. 444) ao fraturar corticais labial e palatina em casos graves de
protrusões maxilares (MARZOLA, 2008).
Durante a exodontia o cirurgião dentista deve estar atento a estrutura dos rebordos
visando a instalação de uma futura prótese, por isso se faz necessário a alveoloplastia, tendo
em vista o cuidado com a quantidade de osso que quando possível deve ser conservada.
Atualmente a demanda por implantes tem aumentado significativamente sendo assim é
importante a preservação óssea para adaptação dos mesmos (MARZOLA, 2008).
As indicações da alveoloplastias são basicamente pré protéticas, ao se observar um
rebordo alveolar irregular, com saliências ósseas ou invaginações devido a extrações múltiplas
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ou mutilação dos alvéolos; quando a dimensão vertical não for suficiente para montagem dos
dentes devido a rebordos anormalmente grandes; quando há desarmonia facial pela protrusão
dos maxilares deixando o lábio distendido; quando ao sorrir o paciente mostre uma porção do
rebordo mesmo tendo altura normal em conseqüência de lábio superior curto; em correções de
rebordo residual do túber da maxila; em prognatismos maxilares sem possibilidade de remoção
cirúrgica conservadora. Em muitos desses casos pode-se utilizar a cirurgia ortognática para
prevenir grandes mutilações dos rebordos alveolares (GREGORI, 1996 E MARZOLA, 2008).
Hupp et al., (2009) afirma que quando um rebordo em forma de lâmina de faca está
presente na mandíbula sua porção superior afilada deve ser removida.
Segundo Hupp et al., (2009) a compressão das paredes laterais do alvéolo dentário após
a remoção de um elemento dental é a forma mais simples de alveoloplastia, nesses casos essa
manobra já promove o contorno adequado do osso subjacente deixando o mesmo regular.
Quando múltiplas irregularidades são encontradas é necessário um recontorno mais extenso e
ainda quando a indicação é de remoção de todos os dentes do arco a alveoloplastia é realizada
após a extração.
As alveoloplastias podem ser divididas em conservadoras, estabilizadoras ou simples;
corretoras ou radicais; intrasseptais; alveoloplastia para prótese imediata.
Alveoloplastia conservadora, estabilizadora ou simples: essa classificação se refere a
alveoloplastias praticadas no momento das exodontias e ao verificar a presença de espículas
ósseas salientes que não foram removidas no momento da extração dentária, visando a
reparação da ferida cirúrgica. Após a remoção de um ou mais elementos dentais é necessário
verificar a presença de irregularidades na superfície da crista óssea dos alvéolos bem como o
contorno das tabuas ósseas vestibular e lingual através da verificação tátil e reposicionando a
mucosa gengival divulsionada a sua posição inicial. A regularização é praticada pelo uso de
osteótomo, cinzel, instrumentos rotatórios e principalmente lima para osso que deve ser sempre
utilizada posteriormente. Após a remoção das irregularidades a superfície óssea alveolar deve
estar regular com contorno em “U”. Em seguida, a região deve ser curetada e após a irrigação
com soro fisiológico, faz-se a sutura. Rotineiramente esse tipo de alveoloplastia é muito utilizado
na clínica cirúrgica principalmente quando encontram-se molares isolados nos rebordos
alveolares (GREGORI , 1996 E MARZOLA, 2008).
Alveoloplastia corretora ou radical: esse tipo é indicado nos casos em que a colocação
da prótese é dificultada por proeminências alveolares que são frequentemente encontradas nas
porções ósseas anteriores do maxilar; para colocação de próteses imediatas quando for
necessário fazer a correção da superfície dos maxilares; para obter distribuição das forças
mastigatórias na utilização de próteses; e em casos de graves prognatismos maxilares
(GREGORI, 1996 E MARZOLA, 2008).
Conforme Marzola, (2008) a técnica consiste em anestesia seguindo os princípios gerais
seguida de incisão de Newman, as papilas são incisadas e o retalho descolado, se necessário
faz-se a exodontia podendo ser utilizada a alveolectomia parcial para facilitá-la impedindo a
fratura da tábua óssea vestibular. Após a extração do elemento dental realiza-se a alveoloplastia
com pinça goiva eliminando uma quantidade de osso variável seguido de limagem, irrigação com
soro fisiológico e curetagem da região, finalmente reposiciona- se os retalhos corrigindo sua
superfície gengival e confecciona-se a sutura contínua festonada.
Suturas contínuas são menos irritantes e permitem melhor higiene pós operatória devido
a ausência de nós cirúrgicos e as extremidades do tecido permanecerem frouxas. O fio de sutura
deve ser reabsorvível para aumentar a força de tensão e aproximar o tecido através da margem
da ferida (HUPP et al., 2009).
De acordo com Gregori (1996) a técnica inicia com a anestesia preconizada para cada
nervo da região a ser corrigida, na sequência realiza-se uma incisão na região anterior do maxilar
ou da mandíbula retilínea na porção intermediária da crista óssea alveolar, com uma ou duas
incisões obliquas em direção ao fundo de sulco, nas porções posteriores apenas uma incisão
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oblíqua proximal. Posteriormente é feita a alveoloplastia com pinça goiva, cinzel e martelo ou
instrumentos rotatórios sendo sempre complementada ao final com o uso de lima para osso. A
porção sobrante de tecido gengival é removida, com pinça de dissecação, apreende-se o retalho
que pode ser removido com bisturi ou tesoura. A sutura preconizada por este autor deve iniciar
no ângulo formado pelas incisões retilínea e obliqua.
Alveoloplastia intra-septal: está indicada para qualquer rebordo que demande eliminação
de grande quantidade de osso (MARZOLA, 2008), mais bem utilizada em rebordos relativamente
regulares e de altura adequada (HUPP et al., 2009).
Para Marzola (2008) consiste em retirar uma porção do septo interdental ósseo com pinça
goiva e fraturar a lâmina óssea vestibular com descoladores na região de sua maior projeção,
após é feita compressão bidigital para aproximação das tábuas ósseas preservando o periósteo
e irrigação local.
Já Hupp et al. (2009) afirma que a tábua óssea vestibular deve ser fraturada através da
pressão digital, se necessário um pequeno corte vertical na tábua óssea vestibular realizado por
brocas e osteótomos sem perfuração da mucosa é realizado.
Uma modificação foi introduzida na técnica original, utilizando broca para realizar a fratura da
lâmina óssea vestibular diminuindo o risco de fratura em local inadequado, a lâmina óssea
seccionada não é retirada, mas comprimida com a lâmina lingual diminuindo a saliência. Este
osso seccionado atua como um enxerto autógeno produzindo ótimos resultados sem grandes
eliminações de osso e periósteo. Tem como vantagens redução da proeminência vestibular do
rebordo sem redução de altura; manutenção da inserção do periósteo reduzindo reabsorção e
remodelação óssea pós operatória; a não movimentação da inserção muscular na área do
rebordo nesse procedimento . O risco dessa técnica é o osso fraturado atuar raramente como
sequestro, funcionando como irritante aos tecidos sendo expulso pelo organismo, como
conseqüência o paciente ficaria sem rebordo (MARZOLA, 2008). Hupp et al., (2009) aponta como
principal desvantagem a diminuição de espessura do rebordo, podendo prejudicar futura
colocação de implantes sendo necessário o cauteloso planejamento da técnica.
Alveoloplastia e prótese imediata: primeiramente necessita-se de um preparo prévio dos
maxilares e registros importantes para colocação da prótese. Dois tipos de cirurgias preliminares
podem ser realizadas, uma delas advoga as extrações de todos os dentes no ato da colocação
da prótese gerando traumatismo muito grande para o paciente (RODE, 1987 apud MARZOLA,
2008, p. 445). A outra segundo Tamaki e Cerveira Neto (1964 e 1987 apud MARZOLA, 2008, p.
445), preconiza realização de extração dos dentes posteriores em uma primeira cirurgia,
possibilitando correta moldagem da região posterior após 30 a 60 dias do ato cirúrgico, e não
prejudicando o paciente esteticamente. O mesmo deverá retornar no correto prazo para
confecção das próteses através de um guia cirúrgico que consiste em uma moldeira de resina
incolor que ao entrar em contato com os elementos anatômicos servirá para orientar a quantidade
de osso a ser eliminada nos locais que se apresentam isquêmicos ou então, a prótese poderá
ser confeccionada em resina incolor sem necessidade do guia cirúrgico. O protético eliminará os
dentes no modelo de gesso e desgastará no modelo a mesma porção a ser desgastada no osso
no ato cirúrgico. Com o guia cirúrgico em mãos faz-se a extração dos dentes anteriores com
alveoloplastia conservadora e imediatamente instala-se as próteses sem retira-las nas primeiras
24 ou 48 horas (MARZOLA, 2008).
Foram realizados estudos por Johnson (1964 apud MARZOLA, 2008, p. 445) com relação
ao processo de reparo para observar a quantidade de reabsorção ocorrida nos maxilares após
alveoloplastias, tendo sido constatado que rápida redução tanto na altura como na largura ocorre
nos maxilares após extração e colocação de próteses imediatas (MARZOLA, 2008).
Na comparação do grupo que realizou alveoloplastias com o que ocorreu um reparo
normal, no primeiro a reabsorção foi significativamente menor e mostrou menos média de
reabsorção após um ano. No processo de reparo de alveoloplastias intrasseptal ocorreu menor
redução do processo alveolar comparado com alveoloplastias conservadoras (MARZOLA, 2008).
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DISCUSSÃO
Os autores de nossas referências concordam ao conceituar alveoloplastia como uma
exérese de uma porção óssea alveolar. Quanto as indicações, Hupp et al., (2009); Marzola,
(2008) e Gregori (1996) consentem uma delas ser pré protética, Marzola, (2008) afirma também
a utilização da técnica para correções estéticas menos invasivas e auxilio na exodontia.
Veeramalai et al., (2012) aponta ser realizada também visando a proteção do nervo mentual.
Apenas Hupp et al., (2009) cita que a forma mais simples de alveoloplastia consiste na
compressão bidigital das paredes do alvéolo, após extração dentária.
Em relação a classificação, os autores discordam, Hupp et al., (2009) descreve apenas
alveoloplastia associada a extração múltipla e alveoloplastia intrasseptal, já Marzola, (2008)
propõe quatro classificações sendo elas: alveoloplastia conservadora ou simples, alveoloplastia
corretora ou radical, alveoloplastia intrasseptal e alveoloplastia e prótese imediata. Gregori
(1996) advoga duas classificações: estabilizadora e corretora.
Com referência a técnica cirúrgica todos os autores coincidem em relação ao uso de
instrumentos rotatórios, osteótomo e lima para osso para realização da alveoloplastia bem como
curetagem, irrigação com soro fisiológico e eliminação de bordos sobrantes do retalho
mucoperiosteal.
A respeito da incisão, Hupp et al., (2009) preconiza incisão linear ao longo do rebordo e
confecção de relaxantes se necessário. Marzola, (2008) entende que a incisão deve ser a de
Newman. Gregori, (1996) propõe incisão monoangular para regiões posteriores e mono ou
biangular para anteriores.
Sobre sutura Hupp et al., (2009) e Marzola, (2008) concernem o uso de sutura contínua.
Gregori, (1996) apresenta o uso de pontos simples isolados.
Marzola, (2008) e Hupp et al., (2009) sugerem que a reabsorção óssea após a realização
de alveoloplastias é melhorada a longo prazo em comparação a cirurgias em que essa técnica
não é utilizada.
Referente as desvantagens Hupp et al., (2009) cita que a principal é a diminuição de
espessura do rebordo alveolar visto que a forma de reabilitação mais quista atualmente é a
colocação de implantes. E Marzola, (2008) aponta como única inconveniência a lâmina fraturada
na técnica intrasseptal funcionar como seqüestro.
CONCLUSÃO
Este trabalho buscou através do estudo realizado mostrar a importância da técnica de
alveoloplastia. Por meio da correta indicação da técnica se torna possível corrigir irregularidades
do rebordo alveolar visando melhor reabilitação do paciente além de facilitar a extração dentária
diminuindo o trauma.
Concluímos então, que o trabalho proposto foi muito válido para compreensão e
aprofundamento desse tema dado que esta técnica se faz necessária na rotina da prática
cirúrgica devendo ser realizada pós extração dentária carecendo de uma perfeita cicatrização do
rebordo, de contorno adequado para posterior reabilitação, aliando estética e função de maneira
simples e descomplicada.
Entendemos que, as distintas classificações nos guiam a utilizar corretamente a técnica
seguindo os princípios cirúrgicos preconizados auxiliando a satisfação profissional e a do
paciente, além de diminuir a reabsorção óssea em relação ao tempo em contraste com cirurgias
normais.
Cumprimos todos os objetivos que nos tínhamos proposto e diante da dificuldade de
encontrar material para embasar nossa pesquisa concordamos com nossas referências quando
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estes afirmam a respeito da necessidade de novas publicações concernentes a alveoloplastia,
visto que é uma técnica simples e rotineira, porém não frequentemente documentada.
REFERÊNCIAS
GREGORI, C. Cirurgia Buco-Dento-Alveolar. 2. Ed. São Paulo: Sarvier, p.173-175, 1996.
HUPP, J.R. ELLIS, E. TUCKER, M. R. Cirurgia Oral e Maxilofacial Contemporânea. 5. Ed. Editora
Elsevier: Rio de Janeiro, p.317-331, 2009.
MARZOLA, C. Fundamentos de Cirurgia Buco Maxilo Facial. v.2, 2008.
VEERAMALAI, N. D., KANDASAMY, B., SADASHIVA, B. R., RAMRAJ, J. A. Pre-prothetic
surgery: Mandible. Journal of Pharmacy and BioAllied Sciences. v.4, n.2, p.414-416, ago.
2012.
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do 4º ano de odontologia – Universidade Estadual do Oeste do Paraná. [email protected]
Docentes da disciplina de Cirurgia e Traumatologia Buco-Maxilo Facial, Curso de Odontologia, Universidade
Estadual do Oeste do Paraná, Campus Cascavel/PR.
1Acadêmicas
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APLICAÇÃO DO GEL BIOADESIVO DE CLOREXIDINA PARA REDUÇÃO DE PLACA
BACTERIANA EM FERIDA OPERATÓRIA DE ENXERTO ÓSSEO ALVEOLAR.
Marcelo Medeiros Battistetti1
Paulo Sergio da Silva Santos
Renato Yassutaka Faria Yaedú
Guilherme Degani Battistetti
Milena Steluti Marques
Modalidade: Pesquisa
RESUMO: O enxerto ósseo alveolar secundário é um procedimento cirúrgico que visa reabilitar,
entre outras, pacientes portadores de fissura lábio-palatais.Este enxerto é um protocolo de
tratamento utilizado no Hospital de Reabilitação Craniofaciais/USP que promove a estabilidade
dos segmentos maxilares possibilitando a movimentação ortodôntica e sequência no tratamento
reabilitador. Ele tem se apresentado na literatura com bons resultados proporcionando melhora
do suporte ósseo aos dentes adjacentes, simetria nasal e fechamento de fistulas buconasais.O
ato cirúrgico pode apresentar algumas complicações na ferida operatória como reabsorção do
osso enxertado, deiscência de sutura, contaminação do enxerto e necrose de tecido. A busca
por um dispositivo terapêutico que possa ser aplicado em feridas e lesões da mucosa oral é um
desafio para a Odontologia, com isso algumas formas de minimizar os efeitos infecciosos
indesejados tem sido proposta tais como uso de diferentes tipos de retalho e sutura,
administração de corticoides, ansiolíticos, aplicação de laser e agentes antimicrobianos. Visando
a diminuição dos microrganismos patogênicos, índice de sangramento, edema, bem como
acumulo de placa bacteriana e desconforto pós-operatório, foi realizado um estudo com 21
paciente portadores de fissura lábio-palatina unilateral, em 7 deles foram aplicados Gel
Bioadesivo de clorexidina 0,2% e nos outros 14 foi utilizado o gel placebo com a finalidade de
defender a aplicação de gel bioadesivo de clorexidina 0,2%(Peroxidin Gel Bioadesivo,sedido pelo
laboratório espanhol LACER) sobre sutura e ferida operatória na diminuição da inflamação.
Palavras-chave: Clorexidina; placa dentária; enxerto ósseo.
REFERÊNCIAS:
AMANAT N, LANGDON JD. 1991;19(1), Secondary alveolar bone grafiting inf clefts of the lip and
palate. J Craniomaxillofac Surg, pp. 7-14.
BERGLAND O, SEMB G, ABYHOLM FE. 1986;Elimination of the residual alveolar cleft by
secondary bone grafiting and subsequent orthodontic treatment. Cleft Palate J, pp. 175-205.
RIBEIRO, L. G., L. N. HASHIZUME & M. MALTZ. 2007;The effect of different formulations of
chlorhexidine in reducing levls of mutans streptococci in the oral cavity: a systematic review of
the literature. J dent, pp. 35, 359-70.
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1Profissional,
Graduado na Faculdade
[email protected]
de
Odontologia
de
Bauru,
Universidade
de
São
Paulo.
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ÁREA DE ATUAÇÃO DO CIRURGIÃO TRAUMATOLOGISTA BUCOMAXILOFACIAL,
FRENTE A UMA FRATURA DO TERÇO SUPERIOR DA FACE
Tiago Nascimento de Moura1
Eleonor Álvaro Garbin Júnior2
Geraldo Luiz Griza3
Natasha Magro Érnica2
Greison Rabelo de Oliveira2
Modalidade: Revisão de Literatura
RESUMO: Segundo dados da Organização Mundial de Saúde, os traumas estão entre as
principais causas de morbidade e mortalidade, sendo as lesões de cabeça e pescoço
correspondente a 50%. O elevado índice de lesões traumáticas na face é por esta região
apresenta-se com maior projeção anterior corporal, resultando em lesões nas estruturas ali
presentes. Objetivo: Diante disso o objetivo do presente estudo é tornar clara a área de atuação
do cirurgião bucomaxilofacial, em casos de traumatismo do osso frontal. Desenvolvimento: O
trauma facial pode ser considerado uma das agressões mais devastadoras, devido às
consequências emocionais e também ao impacto funcional que tais traumas causam em um
paciente. Geralmente, uma agressão localizada na face não envolve apenas tecido mole e ossos,
mas também, por extensão, podem acometer o cérebro, globo ocular, seios da face e dentes. É
comum, em um primeiro momento, haver confusão de quem deveria ser solicitado para avaliar
esses pacientes, principalmente entre especialistas com áreas de atuação em comum. Devido a
isso o sucesso de um bom tratamento pode necessitar de um atendimento multidisciplinar. As
fraturas do terço superior da face ocorrem com menor frequência que aquelas do terço médio e
inferior, pois compreendem uma região de resistência óssea ao impacto. O acometimento
anatômico dos limites da estrutura do osso frontal corresponde o profissional que deverá ser
solicitado para o atendimento.Conclusão: Concluindo, a importância do conhecimento anatômico
do terço superior da face para a realização tratamento adequado por meio da atuação do
cirurgião bucomaxilofacial.
Palavras-chave: fratura frontal, bucomaxilofacial.
REFERÊNCIAS:
BELL, R. B.; DIERKS, E. J.; BRAR, P. et al., A protocol for the management of frontal sinus
fractures emphasizing sinus preservation. J. oral Maxillofac. Surg. v. 65, p. 825-39, 2007.
MENSINK, G.; ZWEERS, A.; VAN MERKESTEYN, J. P. R. Endoscopically assisted reduction of
anterior table frontal sinus fractures. J. Craniomaxillofac. Surg. v. 37, n. 4 e p. 225-8, jun. 2009.
PASTORI, C. M.; MARZOLA, C.; SAAB, M. et al., Tratamento cirúrgico de fratura do seio frontal
– relato de caso. Rev. Eletr. de Odontog. da Acad. Tiradentes de Odont., v. 8, n. 4, p. 250-63,
abr., 2008.
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1Residentes
em Cirurgia e Traumatologia Buco-maxilo Facial da Universidade Estadual do Oeste do Paraná.
Doutores do Programa de Residência em Cirurgia e Traumatologia Buco-maxilo Facial da Universidade
Estadual do Oeste do Paraná.
3Professor Doutorando do Programa de Residência em Cirurgia e Traumatologia Buco-maxilo Facial da Universidade
Estadual do Oeste do Paraná.
2Professores
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ARTROCENTESE APLICADA À DISFUNÇÃO TÊMPORO-MANDIBULAR
Laís Fernanda Pasqualotto1
Larissa Nicole Pasqualotto2
Ricardo Augusto Conci3
Eleonor Álvaro Garbin Junior4
Natasha Magro Érnica4
Modalidade: Revisão de literatura
RESUMO: As desordens têmporo-mandibulares (DTMs) são patologias complexas, tendo sua
etiologia incerta. Causam dor, ruído ou crepitação, desvio mandibular e limitação de abertura.
Para o tratamento das disfunções, a terapia conservadora deve ser tentada previamente a
qualquer procedimento cirúrgico, e quando esta falha, a primeira escolha é a artrocentese. Sendo
considerada uma forma simples de intervenção cirúrgica da ATM, o principal objetivo da
artrocentese é o de liberar o disco articular e romper as adesões formadas entre as superfícies
deste e a fossa mandibular, por meio de pressão hidráulica. Revisão de Literatura: Pesquisas
tem sido realizadas para propor diferentes técnicas com o intuito de definir quando e como
empregá-las. Essas técnicas são pouco invasivas, de baixo custo, podendo ser realizadas sob
anestesia local, com ou sem sedação, replicáveis e de baixa morbidade. Objetivo: O objetivo
deste trabalho,é apresentar os diversos meios para realização da artrocentese, realizando uma
revisão de literatura comparando os diversos resultados obtidos nas possíveis técnicas, como:
Técnica de Agulha Única (TAU); Cânula de Dupla Agulha (CADA); Cânula Única de Shepard
(CAUS); Unidade Concêntrica de Agulhas (UCA) e artrocentese associada a outras modalidades
terapêuticas. Conclusão: Concluindo assim que é necessário o conhecimento das técnicas
associado ao grau da disfunção e as características de cada paciente, a artrocentese pode nos
levar ao sucesso terapêutico.
Palavras-chave: artrocentese; disfunção temporomandibular, articulação temporomandibular
REFERÊNCIAS:
BRENNAN, P.A, ILANKOVAN, V. Arthrocentesis for temporomandibular joint pain dysfunction
syndrome. J Oral Maxillofac Sug. 2006; 64: 949-51.
NITZAN, D.W, DOLWICK, M.F, MARTINEZ, G.A. Temporomandibular joint arthrocentesis: a
simplified treatment for severe, limit mouth opening. J Oral Maxillofac Surg. 1991;49(11):1163-0.
NITZAN, D.W. Rationale and indications for arthrocentesis of the temporomandibular joint. Alpha
Omegan.2003; 96: 5-63.
____________________
do 5º ano de Odontologia da Universidade Estadual do Oeste do Paraná – UNIOESTE. e-mail:
[email protected]
2 Residentes em Cirurgia e Traumatologia Buco-maxilo Facial da Universidade Estadual do Oeste do Paraná
3 Professor Doutorando em Cirurgia e Traumatologia Buco-maxilo Facial da Universidade Estadual do Oeste do
Paraná
4Professores Doutores em Cirurgia e Traumatologia Buco-maxilo Facial da Universidade Estadual do Oeste do Paraná.
1Acadêmica
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20 a 23 de agosto de 2015 - ISSN 2236-9090
CIRURGIA ORTOGNÁTICA ASSOCIADA A ENXERTO AUTÓGENO: RELATO DE CASO
Bruna de Rezende Marins1
Greison Rabelo de Oliveira2
Natasha Magro Érnica2
Geraldo Griza3
Eleonor Álvaro Garbin Jr2
Modalidade: Caso Clínico
RESUMO: A cirurgia ortognática é um procedimento cirúrgico que visa o tratamento de
deformidades dentomaxilofaciais, as quais não são possíveis de serem tratadas somente através
da ortodontia. É uma cirurgia com finalidade de correções funcionais e estéticas da face.
Objetivos: O objetivo desse trabalho é de relatar um caso clínico de cirurgia ortognática em
paciente com má oclusão Classe III de Angle com mordida aberta esquerda e laterognatismo
mandibular para esquerda. Relato de caso: Paciente do gênero masculino, 46 anos de idade,
procurou atendimento no serviço de Cirurgia e Traumatologia Bucomaxilofacial da
UNIOESTE/HUOP com a queixa principal de ““dificuldade mastigatória e apnéia do sono”. No
exame clínico foi observado má oclusão Classe II de Angle com cant oclusal. Foi realizado
preparo ortodôntico com finalidade de descompensação para cirurgia ortognática. A cirurgia
ortognática de avanço bimaxilar com extrusão da maxila do lado esquerdo para correção do cant
oclusal presente. No gap foi utilizado enxerto interposicional autógeno de ilíaco. Conclusões:
Observou-se que a cirurgia ortognática de avanço maxilomandibular para a correção do
retrognatismo produziu um aumento das vias aéreas tratando a apnéia do sono do paciente. A
utilização do enxerto interposicional foi fundamental para proporcionar maior estabilidade do
movimento cirúrgico diminuindo os riscos de recidiva do tratamento.
Palavras-chave: cirurgia ortognática; má oclusão; enxerto autógeno.
REFERÊNCIAS:
PROFFIT WR, WHITE JR RP, SARVER DM. PREFÁCIO. In: PROFFIT WR, WHITE JR RP,
SARVER DM, eds. Tratamento contemporâneo de deformidades dentofaciais. Porto
Alegre:Artmed;2005. p.7
ARAUJO, A. M.; ARAUJO, M. M.; ARAUJO, A. Cirurgia ortognática – solução ou complicação?
Um guia para o tratamento ortodôntico-cirúrgico. Rev Dental Press Ortodon Ortop Facial,
Maringá, v. 5, n. 5, p. 105-122, set./out. 2000.
ARNETT, W. G., BERGMAN, R. I. Facial keys to orthodontic diagnosis and treatment planning.
Part I. Am J Orthod Dentofac Orthop, St. Louis, v. 103, n. 4, p. 299-312, 1993.
____________________
1Residentes
em Cirurgia e Traumatologia Buco-maxilo Facial da Universidade Estadual do Oeste do Paraná.
[email protected].
2Professores Doutores do Programa de Residência em Cirurgia e Traumatologia Buco-maxilo Facial da Universidade
Estadual do Oeste do Paraná.
3Professor Doutorando do Programa de Residência em Cirurgia e Traumatologia Buco-maxilo Facial da Universidade
Estadual do Oeste do Paraná.
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20 a 23 de agosto de 2015 - ISSN 2236-9090
CISTO DENTÍGERO: RELATO DE CASO CLÍNICO
Évelyn Farias1
Greison Rabelo de Oliveira2
Natasha Magro Érnica2
Geraldo Griza3
Eleonor Álvaro Garbin Jr2
Modalidade: Caso Clínico
RESUMO: O cisto dentígero se origina pela separação do folículo da coroa de um dente incluso.
É o tipo mais comum de cisto odontogênico de desenvolvimento. Patogênese desconhecida,
mas, aparentemente desenvolve-se pelo acúmulo de líquido entre o epitélio reduzido do esmalte
e a coroa dental. Envolvem mais frequentemente terceiros molares inferiores, seguidos de
caninos superiores, terceiros molares superiores e segundos pré-molares inferiores. Objetivos:
Relato de caso, ressaltando os aspectos clínicos e radiográficos iniciais que nortearam a escolha
do tratamento adequado, evoluindo com bom prognóstico e regressão das lesões císticas.
Relato de caso: Paciente do gênero feminino, 8 anos, encaminhada ao serviço de CTBMFUNIOESTE devido a presença de múltiplas lesões radiolúcidas nos maxilares descobertas em
radiografia panorâmica, realizada partindo-se da queixa de atraso na erupção dentária. Realizouse punção aspirativa nos respectivos sítios diagnosticando-se múltiplos cistos dentígeros. Fezse exodontia de diversos elementos dentais decíduos na tentativa de extravasamento de líquido
cístico e erupção dos permanentes, ulectomias e instalação de drenos para realização de
descompressão cística. Em função do insucesso na erupção do 37 e 47 e devido ao risco de
fratura patológica, solicitou-se ao ortodontista, em acompanhamento, colocação de bandas
soldadas posteriores ao 36 e 46 para suportar dreno cirúrgico, com sucesso na diminuição da
lesão no 47, porém, mais evidente no 37. Conclusão: Após diagnóstico e avaliação da lesão o
profissional deve propor o melhor plano de tratamento para a resolução da mesma, de maneira
menos traumática ao paciente. Ressalta-se a importância do trabalho interdisciplinar para
alcançar um bom prognóstico.
Palavras-chave: cisto dentígero; descompressão; dreno cirúrgico.
REFERÊNCIAS:
CALIENTO, R.; MANNARINO, F. S.; VIEIRA, E. H. Cisto dentígero: modalidades de tratamento. Revista
de Odontologia da UNESP, Araraquara, Vol. 42, nº 6, Nov/Dez 2013.
NEVILLE, B. W.; DANN, D. D.; ALLEN, C. M.; BOUQUOT, J. E. Patologia Oral e Maxilo-facial. 2ª ed. Rio
de Janeiro: Guanabara Koogan, 2004. p. 566-569.
VAZ, L. G. M.; RODRIGUES, M. T. V.; JUNIOR, O. F. Cisto dentígero: características clínicas, radiográficas
e critérios para o plano de tratamento. Revista Gaúcha de Odontologia, Porto Alegre, Vol. 58, nº1, Fev/Mar
2010.
____________________
1Acadêmica
do 3º ano, UNIOESTE, [email protected]
Doutores do Programa de Residência em Cirurgia e Traumatologia Buco-maxilo Facial da Universidade
Estadual do Oeste do Paraná.
3Professor Doutorando do Programa de Residência em Cirurgia e Traumatologia Buco-maxilo Facial da Universidade
Estadual do Oeste do Paraná.
2Professores
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20 a 23 de agosto de 2015 - ISSN 2236-9090
CISTO PERIAPICAL EM DENTIÇÃO DECÍDUA – RELATO DE CASO CLÍNICO
Isabela Pickler Bonetti1
Greison Rabelo de Oliveira2
Eleonor Álvaro Garbin Júnior2
Geraldo Luiz Griza3
Natasha Magro Érnica2
Modalidade: Caso Clínico
RESUMO: O cisto periapical, um dos cistos odontogênicos, é um cisto inflamatório, com etiologia
relacionada ao epitélio do ápice de um dente que sofreu intensa inflamação com posterior
necrose pulpar. Normalmente desenvolve-se de forma lenta sem tornar-se muito grande,
geralmente é assintomático e encontrado em radiografias de rotina, porém se houver grande
expansão pode provocar dor e edema. Ele é considerado o cisto odontogênico mais comum em
maxila e mandíbula, porém em dentes decíduos são comparativamente raros. Objetivos: Este
trabalho tem por objetivo relatar um caso clínico de cisto periapical associado a dente decíduo,
e sua abordagem terapêutica. Relato de caso: Paciente, 7 anos de idade, gênero masculino, foi
encaminhado ao Centro de Especialidades Odontológicas (CEO) da UNIOESTE, com queixa de
tumefação do lado esquerdo inferior de sua face. Ao exame radiográfico detectou-se presença
de lesão unilocular com limites bem definidos na região de corpo mandibular envolvendo o
elemento 35. Realizou-se uma aspiração do líquido cístico, exodontia dos elementos 74 e 75,
biópsia da cápsula cística e instalação de dreno. Ao exame anatomopatológico confirmou-se
diagnóstico de cisto periapical. No acompanhamento radiográfico notou-se regressão do cisto,
cicatrização satisfatória, neoformação óssea na região e erupção do pré-molar envolvido.
Conclusão: A descompressão mostrou-se efetiva no tratamento de cisto periapical.
Palavras-chave: cisto periapical; descompressão, decíduo.
REFERÊNCIAS:
PEREIRA, J.S., et al; Cisto periapical de grande extensão: relato de caso. Rev. Cir. Traumatol. BucoMaxilo-Fac., Camaragibe v.12, n.2, p. 37-42, abr./jun. 2012.
LAMBA, G.; RAVI, G, R. Replantation of displaced underlying successor and marsupialization of radicular
cyst associated with a primary molar. International Journal of Clinical Pediatric Dentistry, v.8, n.1, p. 70-74,
January-April 2015.
________________________
1Acadêmica de Odontologia da UNIOESTE, [email protected]
2Professores Doutores do Programa de Residência em Cirurgia e Traumatologia Buco-maxilo Facial da Universidade
Estadual do Oeste do Paraná.
3Professor Doutorando do Programa de Residência em Cirurgia e Traumatologia Buco-maxilo Facial da Universidade
Estadual do Oeste do Paraná.
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20 a 23 de agosto de 2015 - ISSN 2236-9090
COMPLICAÇÕES PÓS EXODONTIAS DE TERCEIROS MOLARES
Rafael Cozer1
Kaohana Thais da Silva2
Geraldo Luiz Griza3
Ricardo Augusto Conci4
Natasha Magro Érnica4
Modalidade: Revisão de Literatura
Introdução: A exodontia de terceiro molar é uma prática comum em Odontologia. Como os
terceiros molares são os últimos dentes a entrar em erupção devido à redução do espaço entre
o segundo molar inferior e ramo da mandíbula, na maioria das vezes este dente pode estar retido
ou impactado. A proximidade do terceiro molar com estruturas anatômicas importantes como
nervo alveolar inferior, posição da linha oblíqua, seio maxilar, além de fatores relacionados ao
paciente, como a idade por exemplo, tornam o procedimento mais vulnerável para complicações
pós-operatórias. Objetivos: Através de uma revisão de literatura, quantificar as principais
complicações pós-cirúrgicas relacionadas à exodontia de terceiros molares, na tentativa de
elucidar questões relacionadas, visando diminuição da incidência dessas complicações, com
menor morbidade ao paciente. Revisão de literatura: Abordar as complicações pós exodontia
de terceiros molares como trismo, comunicação buco-sinusal, infecção local, alveolites, dor pósoperatória, edema, parestesia, fratura de mandíbula, entre outros. Conclusão: A cirurgia de
terceiros molares é realizada com grande frequência, com grau de dificuldade e considerações
anatômicas que podem levar a sérias complicações. O cirurgião deve estar atento e ter
conhecimento necessário para realizar a exodontia desse dente, pois quanto maior a
complexidade do caso, maior a possibilidade de ocorrer uma complicação pós-cirúrgica.
Palavras-chave: Terceiro molar, acidentes e complicações, exodontia.
REFERÊNCIAS:
ROBERT, D. M. Complications of Third Molar Surgery and their management. Atlas Oral
Maxillofacial Surg Clin. v.20, p.233-251; 2012.
MARZOLA, C. Fundamentos de cirurgia e traumatologia buco maxilo facial. São Paulo:
Ed. Bigforms. v.6; 2008.
HALPERN, L; DODSON, T. Does prophylactic administration of systemic antibiotics prevent
postoperative inflammatory complications after third molar surgery? J Oral Maxillofac Surg. v.65,
n.2, p.177-185; 2007.
____________________
1Aluno
do curso de Odontologia da Universidade Estadual do Oeste do Paraná - UNIOESTE [email protected]
em Cirurgia e Traumatologia Bucomaxilofacial, Universidade Estadual do Oeste do Paraná – UNIOESTE.
3Professor Doutorando do Programa de Residência em Cirurgia e Traumatologia Buco-maxilo Facial da Universidade
Estadual do Oeste do Paraná.
4Professores Doutores do Programa de Residência em Cirurgia e Traumatologia Buco-maxilo Facial da Universidade
Estadual do Oeste do Paraná.
2Residente
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20 a 23 de agosto de 2015 - ISSN 2236-9090
DESENVOLVIMENTO DE APLICATIVO ANDROID PARA O PROTOCOLO DE
TRATAMENTO DE AVULSÃO DENTAL
Nathaly Dias Morais1
Evandro Reynard2
Paulo Henrique Tomazinho3
Denise Piotto Leonardi4
Flávia Sens Fagundes Tomazinho5
Modalidade: Pesquisa
RESUMO: A avulsão dental é um dos traumas dentais mais frequentes, representando de 1%16% dos traumas na dentição permanente. Para a manutenção de um dente permanente
avulsionado, o reimplante imediato é o tratamento ideal, mas nem sempre é realizado. Assim, o
conhecimento sobre como realizar o reimplante imediado do dente permanente ou os meios de
armazenamento do órgão dental que aumentam os indices de sucesso do reimplante mediato
são fundamentais. O objetivo deste trabalho foi desenvolver um aplicativo Android com
informações para orientação da população frente a avulsão dental e acesso ao cirurgião dentista
ao protocolo de tratamento da avulsão dental desenvolvido pelo Centro de Trauma Dental da
Universidade Positivo. Foi desenvolvido um Aplicativo Android que se caracteriza por um
conjunto de conteúdo (HTML, JavaScript e CSS) para a população geral e outro para o cirurgião
dentista. Esses aplicativos estão disponíveis para download gratuito na loja de aplicativos do
Google a Google Play.
Palavras-chave: avulsão dental, meios de armazenamento, trauma dental
REFERÊNCIAS:
AL-OBAIDA, M. Knowledge and management of traumatic dental injuries in a group of Saudi primary
schools teachers. Dental Traumatology, v. 26, n.4, p. 338-341, 2010.
CASAROTO, A. R.; HIDALGO, M. M.; SELL, A. M.; FRANCO, S. L.; CUMAN, R. K.; MORESCHI, E.;
VICTORINO, F. R.; STEFFENS, V. A.; BERSANI-AMADO, C. A. Study of the effectiveness of propolis
extract as a storage médium for avulsed teeth. Dental Traumatology, v.26, n. 4, p.323-331, 2010.
FLORES, M. T.; ANDERSSON, L.; ANDREASEN, J. O.; BAKLAND, L. K.; MALMGREN, B.; BARNETT, F.;
BOURGUIGNON, C.; DIANGELIS, A.; HICKS, L.; SIGURDSSON, A.; TROPE, M.; TSUKIBOSHI, M.; VON
ARX, T. International Association of Dental Traumatology. Guidelines for the management of traumatic
dental injuries. II. Avulsion of permanent teeth. Dental Traumatology, v.23, n.3, p.130-136, 2007.
____________________
1 Especialista, Universidade Positivo, [email protected]
2 Graduado, Universidade Positivo, [email protected]
3 Mestre, Universidade de São Paulo, [email protected]
4 Doutora, Universidade Estadual Paulista Julio de Mesquita Filho, [email protected]
5 Doutora, Universidade de Ribeirão Preto, [email protected]
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20 a 23 de agosto de 2015 - ISSN 2236-9090
DIFICULDADES ENFRENTADAS POR PACIENTES COM FENDAS OROFACIAIS
Miriã Lima Nogueira¹
Edimar Rafael de Oliveira
Giordano Bruno de Oliveira Marson
Modalidade: Revisão de Literatura
RESUMO: As fendas orofaciais são consideradas uma das principais má formações da face
(Andrade júnior, 2009). Essa fenda é um espaço anormal congênito ou separação que pode
ocorrer no lábio superior, no alvéolo, ou no palato, podendo ocorrer isoladamente ou em conjunto
(ELLIS, 2009). A etiologia ainda não é bem esclarecida, considerada multifatorial, podendo estar
relacionada a fatores hereditários ambientais, deficiência nutricional, exposição a agentes
químicos, dentre outros. (Graziosi, 2000; Andrade Júnior, 2009). Objetivo:Avaliar, por meio de
revisão de literatura as dificuldades enfrentadas por pacientes com fendas orofaciais. Revisão
de literatura: As fendas orofaciais são as anomalias congênitas graves mais comuns da região
orofacial, podendo apresentar aparência grotesca, pois as fendas podem ser vistas sentidas e
ouvidas, constituindo motivo de aflição para aqueles que a possuem. Associado à fenda somamse uma série de dificuldades, tanto em âmbito social ou funcional, como os problemas dentários,
psicológicos, má oclusão, deformidade nasal, alimentação, problemas de ouvido e problemas na
fala (ELLIS, 2009; Andrade Júnior, 2009). Discussão: Para o tratamento, diante da série de
problemas associados, é necessário um tratamento multidisciplinar, envolvendo o cirurgião
dentista, psicólogos, fonoaudiólogos, dentre outros, que nem sempre estão disponíveis (ELLIS,
2009). Conclusão: Diante das séries de dificuldades em âmbito emocional, funcional ou estético
enfrentado pelos pacientes portadores das fendas orofaciais torna-se necessário um diagnóstico
mais precoce possível no intuito de planejar o melhor e mais rápido tratamento, visando
minimizar as sequelas e as dificuldades advindas desta anomalia ao paciente.
Palavras chave: cirurgia, fendas orofaciais, anomalias faciais.
REFERÊNCIAS :
ANDRADE JÚNIOR, C.V. et al. Estudo do índice de malformações oro-faciais em neonatos no hospital
geral prado Valadares no município de Jequié- Bahia. Rev. Saúde Com. v.5 n.2 p. 108-115, 2009.
GRAZIOSI, M.A.O.C., CASTILHO SALGADO, M.A.,CASTILHO,J.C.M. Epidemiological survey of lip and
palete fissure patients. Pós- Grad. Rev. fac. Odontol. São José dos Campos. v.3.n.1 p. 81-87, jan/junho.
2000.
ELLIS, E.III. Cirurgia oral e maxilofacial contemporânea. 5 ed. Rio de Janeiro: Elsevier, 2009.p.
575-582.
____________________
¹Graduanda em odontologia pela Universidade Paranaense sede – Umuarama. [email protected].
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20 a 23 de agosto de 2015 - ISSN 2236-9090
DOENÇA CELÍACA: O QUE O CIRURGIÃO-DENTISTA PRECISA SABER
Laís Fernanda Pasqualotto1
Felipe Guerra2
Eleonor Álvaro Garbin3
Natasha Magro Érnica3
Ricardo Augusto Conci4
Modalidade: Revisão de literatura
RESUMO: A doença celíaca é uma desordem intestinal crônica, causada pela intolerância ao
glúten. Associado a uma má-absorção e má-digestão dos nutrientes, é caracterizada por uma
enteropatia mediada pelo sistema imune. Ela provoca manifestações sistêmicas como anemia e
déficit de crescimento e manifestações orais como defeitos no esmalte, úlceras recorrentes,
queilite angular e outras. Apesar disso, o cirurgião-dentista ainda falha no correto diagnóstico da
doença celíaca. Objetivos: O objetivo deste trabalho é realizar uma revisão de literatura das
manifestações orais da doença celíaca, colaborando assim com o correto diagnóstico pelo
cirurgião-dentista.Revisão de Literatura: Os sinais da doença celíaca no paciente odontológico
ainda é motivo do vasto estudo em busca da associação dos mesmos. Embora haja alternativas
alimentares, o meio mais seguro para prevenção da disfunção é a restrição completa do glúten
na dieta. É alta a freqüência dos pacientes celíacos que apresentam distúrbios em esmalte,
atraso no irrompimento, estomatite aftosa, porém é necessário um estudo mais detalhado dessa
associação. Conclusão: É necessário o conhecimento sobre a doença celíaca e sua relação
com as manifestações orais, pois apesar dos seus sintomas serem inespecíficos, o cirurgiãodentista pode ser capaz de realizar o correto diagnóstico e realizar o tratamento juntamente com
equipe multiprofissional, levando ao sucesso terapêutico.
Palavras-chave: Doença Celíaca; complicações bucais; manifestações sistêmicas.
REFERÊNCIAS:
GUERRA, F. A.; GARBIN JÚNIOR, E. A.; GRIZA, G. L. et al., Manifestações orais da doença celíaca –
Revista da Literatura. Rev. Odontologia (ATO), Bauru, SP., v. 15, n. 2, p. 117-149, fev., 2015.
SILVA, P. C.; ALMEIDA, P. D. V.; AZEVEDO, L. R. et al., Doença Celíaca: Revisão. Clin. Pesq. Odontol.,
Curitiba, v.2, n.5/6, p. 401-406, jul./dez. 2006
]
___________________
1Acadêmica
do 5 ano de Odontologia da Universidade Estadual do Oeste do Paraná-UNIOESTE (e-mail:
[email protected]).
2Residente em Cirurgia e Traumatologia Buco-Maxilo Facial da UNIOESTE.
3 Professores Doutores em Cirurgia e Traumatologia Buco-Maxilo Facial da UNIOESTE.
4 Professor Doutorando em Cirurgia e Traumatologia Buco-Maxilo Facial da UNIOESTE
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20 a 23 de agosto de 2015 - ISSN 2236-9090
EFEITO DO ALENDRONATO SOBRE A REPARAÇÃO ÓSSEA ALVEOLAR EM RATAS
OSTEOPÊNICAS
Caroline Resquetti Luppi1
José Henrique Santana Quinto2
Willian Pecin Jacomacci3
Roberto Kenji Nakamura Cuman4
Gustavo Jacobucci Farah5
Modalidade: Pesquisa
RESUMO: A osteonecrose do complexo maxilomandibular é um dos efeitos adversos gerada
pelo uso crônico de Bisfosfonatos (classe de medicamentos que diminuem a remodelação óssea,
aumentando sua mineralização). No presente trabalho, realizou-se uma pesquisa com o objetivo
de avaliação quanto a neoformação óssea. Metodologicamente, quinze ratas foram separadas
nos seguintes grupos experimentais: 1) grupo controle (GC) submetido a exodontia e a uma
abertura de cavidade em calota craniana preenchida por coágulo e não tratada com Alendronato;
2) grupo osteopênico tratado com Alendronato uma vez por semana durante três semanas e
após isso submetido a exodontia do incisivo central superior direito associado a enxerto
xenógeno na cavidade aberta em calota craniana (BO); 3) grupo osteopênico submetido a
exodontia do incisivo central superior direito, enxerto xenógeno na cavidade aberta em calota
craniana e após os procedimentos tratado com Alendronato (OB). Os resultados obtidos pela
análise histológica descritiva qualitative demonstraram neoformação óssea nos grupos BO e OB.
Entretanto, no grupo BO, foi verificado um epitélio gengival mais fino e reduzido. Assim, os
resultados supracitados sugerem que, pacientes osteopênicos em tratamento com Alendronato,
com baixa dose e frequência, poderiam ser submetidos a procedimentos odontológicos
invasivos, sendo mais indicado que esses pacientes realizem uma avaliação odontológica antes
de iniciarem o tratamento medicamentoso, de forma a melhorar o prognóstico e controle dos
mesmos.
Palavras-chave: Bisfosfonatos, Osteonecrose, Osteoporose.
REFERÊNCIAS:
FONSECA, F. P. et al. Alendronate-associated osteonecrosis of the jaws: A review of the main topics. Oral
Medicine and Pathology. 2013.
MARX, R. E. et al. Bisphosphonate-induced Exposed Bone (Osteonecrosis/ Osteopetrosis ) of the Jaws:
Risk Factors, Recognition, Prevention and Treatment. J. Oral Maxillofacial Surg. v. 63, p. 1567 – 1575.
2005.
RUGGIERO, S. L. et al. American Association of Oral and Maxillofacial Surgeons position paper on
bisphosphonate-related osteonecrosis of the jaws -2009 update. J Oral Maxillofac Surg, v. 67, n. 5, p. 212. 2009.
____________________
1Acadêmica
de Graduação (50 ano) / Universidade Estadual de Maringá / Departamento de Odontologia / e-mail:
[email protected].
2Estagiário em Cirurgia e Traumatologia Bucomaxilofacial / Universidade Estadual de Maringá.
3 Residente em Cirurgia e Traumatologia Bucomaxilofacial / Universidade Estadual de Maringá.
4 Professor adjunto da Universidade Estadual de Maringá / Doutor em Farmacologia e Terapêutica Medicamentosa.
5 Professor adjunto da Universidade Estadual de Maringá / Doutor em Cirurgia e Traumatologia Bucomaxilofacial.
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20 a 23 de agosto de 2015 - ISSN 2236-9090
ENXERTO ÓSSEO ALVEOLAR SECUNDÁRIO EM PACIENTES PORTADORES
DE FISSURAS LÁBIO-PALATAL – RELATO DE CASO CLÍNICO
Kaohana Thaís da silva1
Natasha Magro Érnica2
Eleonor Álvaro Garbin Júnior3
Geraldo Luiz Griza4
Ricardo Conci5
Modalidade: Caso Clínico
RESUMO: Para completa reabilitação do paciente portador de fissura lábio palatal, é necessária
intervenção de uma equipe multidisciplinar constituída de cirurgiões plásticos, dentistas,
fonoaudiólogos, dentre outros. O enxerto ósseo alveolar secundário representa papel importante
no processo de reabilitação de tais pacientes. Esse enxerto pode ser realizado em qualquer
idade, apresentando melhores resultados quando executado entre 7 e 12 anos. A crista ilíaca é
a área doadora mais comumente empregada em virtude da facilidade de acesso para obtenção
do enxerto, quantidade de osso abundante e, quando integrado à região da fissura, permitir a
movimentação ortodôntica e irrompimento dentário. Objetivos: Relatar um caso clínico de
paciente portador de fissura lábio-palatal que recebeu enxerto ósseo alveolar secundário. Relato
de caso: Paciente F. F., 16 anos, gênero masculino, leucoderma, acompanhado no Centro de
Atenção e Pesquisa de Anomalias Crânio Faciais (CEAPAC) para tratamento multidisciplinar de
fissura lábio-palatal, apresentou necessidade de enxerto ósseo em região alveolar para dar
continuidade a movimentação ortodôntica. Foi realizado enxerto autógeno de crista ilíaca, e após
6 meses, com o enxerto incorporado, o tratamento ortodôntico prosseguiu. Conclusão: O
enxerto ósseo alveolar secundário contribui no processo de reabilitação dos pacientes, por
permitir preenchimento do defeito ósseo residual causado pela fissura, favorecendo o tratamento
ortodôntico mais propício.
Palavras-chave: fissura lábio-palatal, enxerto ósseo.
REFERÊNCIAS:
RUSSELL, Kathleen et al. A Multicenter Study Using the SWAG Scale to Compare Secondary Alveolar
Bone Graft Outcomes for Patients With Cleft Lip and Palate. The Cleft Palate-Craniofacial Journal, 2015.
PATERSON, Michael et al. Secondary Alveolar Bone Grafting (CLEFTSiS) 2007-2010. The Cleft PalateCraniofacial Journal, 2015.
____________________
em Cirurgia e Traumatologia Bucomaxilofacial, Universidade Estadual do Oeste do Paraná – UNIOESTE,
[email protected]
2Doutora em Odontologia, área de concentração Cirurgia e Traumatologia Bucomaxilofacial pela Universidade
Estadual Paulista Júlio de Mesquita Filho – UNESP e Research Fellow in Oral and Maxillofacial Surgery - Baylor
College Of Dentistry Texas A M University.
3Doutorado em área de concentração Cirurgia e Traumatologia Bucomaxilofacial pela Universidade Estadual Paulista
Júlio de Mesquita Filho – UNESP.
4Doutorando em Implantodontia pela Universidade Estadual Paulista Júlio de Mesquita Filho – UNESP.
5Doutorando em Odontologia, área de concentração Cirurgia e Traumatologia Bucomaxilofacial pela Pontifícia
Universidade Católica do Rio Grande do Sul – PUCRS
1Residente
.
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20 a 23 de agosto de 2015 - ISSN 2236-9090
EXODONTIA DE DENTES INCLUSOS EM PACIENTE COM SÍNDROME DE DOWN
REALIZADA NO CENTRO DE ESPECIALIDADE ODONTOLÓGICAS DA UNIPAR
Letícia Nadal1
Mariana Giongo Vargas2
Soliana Marchiore2
Luís César Lopes3
Eliana Cristina Fosquiera4
Modalidade: Caso clínico
Resumo:Dentes inclusos são aqueles que ficam retidos no interior do tecido ósseo e que não
irrompem na época normal. Relato de caso: Paciente de 33 anos, portadora da Síndrome de
Down, foi encaminhada ao Centro de Especialidades Odontológicas da UNIPAR, para exodontia
do canino permanente superior e inferior incluso (13 e 43). Na anamnese não foi detectado
alteração sistêmica, sendo administrada medicação pré-operatória. Após anestesia local,
realizou-se a incisão triangular monoangular na região inferior, em seguida o descolamento
mucoperiostal para iniciar a osteotomia. Ao localizar o elemento, ampliou-se a osteotomia
expondo a coroa do elemento 43 incluso. Efetuou-se a odontosecção e em seguida, utilizando
um extrator apical, o elemento foi clivado e extraído. Após,foram realizados os devidos cuidados
com o alvéolo e sutura. No arco superior, após a anestesia local, foi realizada incisão triangular
monoangular na face vestibular, descolamento mucoperiostal,expondo a taboa óssea vestibular,
onde já verificou-se a presença do dente para iniciar a osteotomia que foi efetuada com cinzel à
pressão manual bem como o seccionamento da porção impacta. Utilizando um extrator apical
número 304 o elemento foi clivado e extraído. Foram realizados os cuidados com a cavidade
óssea, sutura final e instruções pós-operatórias ao responsável. Conclusão: Os pacientes
portadores de Síndrome de Down, por apresentarem cavidade oral reduzida, estão mais
susceptíveis a inclusão dental. É de grande importância a detecção precoce de dentes
impactados para prevenir lesões patológicas, como o cisto dentígero, reabsorção dos dentes
adjacentes e reabsorção óssea no caso de formação de cistos.
Palavras-chave: Caninos inclusos; Síndrome de Down; Exodontia.
REFERÊNCIAS
BERTHOLD, T. B., ARAUJO, V. P. D., ROBINSON, W. M. et al., Síndrome de Down: aspectos gerais e
odontológicos. Rev. ciênc. méd. biol, v. 3, n. 2, p. 252-260, 2004.
BRITTO, A. M., FRAGA, C. F. F., GOURSAND, D. et al., Impactação de caninos superiores e suas
consequências: Relato de caso clínico. J Brass Orthodon Ortop Facial. p. 453-459. 2003.
CARVALHO, A. C. A. D.; CAMPOS, P. S. F.; CRUSOÉ-REBELLO, I. Síndrome de Down: aspectos
relacionados ao sistema estomatognático. Rev Ciên Méd e Biol, v. 9, n. 1, p. 49-52, 2010.
____________________
Aluna do curso de Aperfeiçoamento em Cirurgia Oral Menor da ABO. Universidade Paranaense –
UNIPAR. Email: letí[email protected]
2Cirurgiã-Dentista, Graduada na Universidade Paranaense – UNIPAR
3Cirurgião-Dentista, especialista. Docente da Universidade Paranaense.
4Cirurgiã-Dentista, Mestre em Clínica Multidisciplinar e Doutoranda em Estomatologia. Docente da Universidade
Paranaense – UNIPAR.
1Cirurgiã-Dentista,
29
20 a 23 de agosto de 2015 - ISSN 2236-9090
EXODONTIA DE TERCEIRO E QUARTO MOLARES RETIDOS
Felipe Aurélio Guerra1
Geraldo Luiz Griza2
Eleonor Alvaro Garbin2
Natasha Magro Érnica2
Ricardo Augusto Conci2
Modalidade: Caso clínico
RESUMO: Dentes supranumerários são mais frequentes na dentição permanente da maxila,
tendo prevalência pelo gênero masculino. Sua presença pode ocasionar distúrbios ou atraso na
erupção dos dentes vizinhos, má oclusão, formação de cistos ou reabsorções radiculares.
Podem ser classificados quanto a morfologia (suplementares ou rudimentares) e posição
(mesiodens, paramolar ou distomolar). Visto que a presença de quartos molares de morfologia
normal nos quatro quadrantes é extremamente rara, o diagnóstico precoce, baseado em um
exame clínico minucioso e exames complementares adequados, é chave para uma conduta
prudente e minimização de injúrias. Objetivos: Relatar a conduta empregada na extração do
elemento 38 associado a distomolar, ambos inclusos e impactados. Relato de caso: Paciente
do gênero masculino, 21 anos de idade, não portador de doenças de base ou hábitos nocivos.
Apresentou-se para extração dos terceiros e quartos molares, com ausência de queixas álgicas
ou sensitivas. Ao rx ausência de reabsorção do dente 37, porém íntimo contato com o nervo
alveolar inferior. Após realização de tomografia computadorizada para otimizar o planejamento,
optou-se pela extração do elemento 38 junto ao quarto molar associado. No transoperatório:
incisão, descolamento, exodontia do dente 38 através de osteotomia, secção da coroa e raízes
e exodontia do dente supranumerário via alveolar. Pós-operatório sem intercorrências.
Conclusões: O diagnóstico precoce junto a um correto planejamento através de exames como
a tomografia computadorizada é fundamental para o sucesso no tratamento de dentes retidos e
supranumerários.
Palavras-chave: Terceiro molar, dente supranumerário, extração, impacção
REFERÊNCIAS:
MARZOLA, C. Fundamentos de cirurgia buco-maxilo-facial. Bauru, Editora independente, 2008,
v. 3, pág. 927-72.
MILORO, M.; GHALI, G, E; LARSEN, P, E; WAITE, P, D. Princípios de cirurgia bucomaxilofacial
de Peterson. Editora Santos, 2013. 1502 págs. Vol 1 e 2.
COSTANTINO, A; FONSECA, G, M; CANTÍN, M. Bilateral mandibular fourth molars: A case
report. Elsevier, 2015, n. 210, págs 1-3.
____________________
1Residente
em Cirurgia e Traumatologia Bucomaxilofacial, Universidade Estadual do Oeste do Paraná. E-mail:
[email protected]
2Docentes da Residência em Cirurgia e Traumatologia Bucomaxilofacial, Universidade Estadual do Oeste do Paraná.
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20 a 23 de agosto de 2015 - ISSN 2236-9090
INCISÃO RELAXANTE ANTERIOR X INCISÃO INTRASULCULAR: UM ESTUDO
COMPARATIVO ENTRE DIFERENTES TÉCNICAS DE DIÉRESE NA INCIDÊNCIA DE
MORBIDADES NO PÓS-OPERATÓRIO DE EXODONTIA DE 3M.
Tiago Nascimento de Moura1
Eleonor Álvaro Garbin Júnior2
Geraldo Luiz Griza2
Natasha Magro Érnica2
Ricardo Conci2
Modalidade: Revisão de literatura
Introdução: Em cirurgia odontológica, a exodontia de terceiros molares é um dos procedimentos
mais realizados em sua prática clínica. A cirurgia do terceiro molar tem sido associada a uma
variedade de complicações, no entanto, poucos estudos fazem um comparativo entre diferentes
tipos de incisões para acesso de 3M em termos de morbidades pós-operatórias. Objetivo: Diante
disso o objetivo do presente estudo é comparar os efeitos de um retalho em envelope e um
retalho com relaxante anterior, bem como as complicações pós-operatórias. Revisão de
Literatura: Sinais e sintomas como, dor, edema facial e trismo após a remoção cirúrgica de um
terceiro molar são consequências de rotina devido a inflamação, como resultado da cirurgia. Em
comparação com diversos artigos é predominante que um acesso intrasulcular tem como
vantagem menor edema facial pós-operatório, e não houve diferença significativa para dor pósoperatória. O retalho com relaxante anterior é considerado como mais conservador devido a um
menor grau de reflexão do tecido e envolvimento de dentes adjacentes. Não há nenhuma
vantagem em escolher qualquer uma dessas incisões sobre a outra para reduzir a gravidade de
trismo. Uma diferença estatisticamente significativa na avaliação da dor e edema pós-operatória
foi atribuída ao maior tempo cirúrgico e uso de materiais rotatórios. Conclusão: A duração do
procedimento cirúrgico bem como o uso de instrumentais rotatórios são mandatórios no aumento
significativo de morbidades pós-operatórias. Devido a isso a decisão de usar um determinado
tipo de retalho deve basear-se na preferência do cirurgião.
Palavras-chave: exodontia de terceiro molar, incisão, pós-operatório.
REFERÊNCIAS:BRIGUGLIO F, ZENOBIO EG, ISOLA G, BRIGUGLIO R, BRIGUGLIO E,
FARRONATO D, SHIBLI JA. Complications in surgical removal of impacted mandibular third
molars in relation to flap design: clinical and statistical evaluations. Quintessence Int
2011;42:445-53.
ERDOGAN O, TATLI U, USTÜN Y, DAMLAR I. Influence of two different flap designs on the
sequelae of mandibular third molar surgery. Oral Maxillofac Surg 2011;15:147-52.
MONACO G, DAPRILE G, TAVERNESE L, et al: Mandibular third molar removal in young
patients: An evaluation of 2 different flap designs. J Oral Maxillofac Surg 67:15, 2009
_____________________
1Residente
2Docentes
em Cirurgia e Traumatologia Bucomaxilofacial, Universidade Estadual do Oeste do Paraná. E-mail:
da Residência em Cirurgia e Traumatologia Bucomaxilofacial, Universidade Estadual do Oeste do Paraná.
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20 a 23 de agosto de 2015 - ISSN 2236-9090
LEVANTAMENTO DE SEIO MAXILAR A PARTIR DA TÉCNICA DE EXPANSORES DE
SUMMERS
Larissa Nicole Pasqualotto1
Natasha Magro-Érnica2
Eleonor Álvaro Garbin Júnior2
Geraldo Luiz Griza3
Ricardo Augusto Conci4
Modalidade: Revisão de literatura
RESUMO: A instalação de implantes osseointegráveis apresenta-se como uma excelente opção
na substituição de elementos perdidos, porém existem fatores limitantes para sua inserção como
a pneumatização do seio maxilar na região posterossuperior. Variadas técnicas para sua
elevação têm sido propostas para reabilitação de maxila, com destaque à Técnica de Summers.
Objetivos: Realizar uma revisão da literatura a respeito da instalação de implantes com a
elevação de seio maxilar através da Técnica de Summers, descrição da técnica, explanando as
vantagens e desvantagens, suas indicações e contra indicações. Revisão de Literatura:
Summers (1967) relatou altas taxas de sucesso com a elevação de seio maxilar através da janela
lateral, porém descreveu uma metodologia para aumento do osso no assoalho do seio, mantendo
o osso maxilar existente, compactando-o com mínimo trauma. Esses novos instrumentos, os
osteótomos, fizeram o processo mais prático e eficiente. Discussão: Summers (1994) descreveu
que a técnica da expansão aproveitaria a flexibilidade do osso esponjoso, e que os osteótomos,
devido a seu formato redondo, causariam trauma mínimo. Cosci et al. (2000) observaram que o
uso dos osteótomos simplifica a cirurgia de abordagem cristal, a técnica se mostrou simples e
atraumática. Nocini (2000) relata que os osteótomos de Summers, por sua forma reta, seriam
realmente eficazes na pré maxila, mas difíceis de lidar na maxila posterior. Conclusão: A técnica
de Summers apresentou-se como uma técnica conservadora, com menor tempo cirúrgico e de
pós-operatório com mínimo desconforto para o paciente viabilizando sua aplicação clínica.
Palavras-chave: Expansores de Summers, osteótomos, levantamento de seio.
REFERÊNCIAS:
NOCINI, P. Implant placement in the maxillary tuberosity: the Summers technique performed with
modified osteotomes. Clin. Oral Impl. Res., v.11, p.273-278, 2000.
COSCI, F.; LICCIOLI, M. A new sinus lift technique in conjunction with placement of 265 implants:
a 6 years retrospective study. Implant Dentistry, v.9, n.4, 2000.
SUMMERS, R. B. A new concept in maxillary implant surgery: The osteotome technique.
Compend. Educ. Dent., v.xv, n.4, 1994.
____________________
em Cirurgia e Traumatologia Bucomaxilofacial, Universidade Estadual do Oeste do Paraná – UNIOESTE,
[email protected]
2Doutores em Cirurgia e Traumatologia Bucomaxilofacial pela Universidade Estadual Paulista Júlio de Mesquita Filho
– UNESP
3Doutorando em Implantodontia pela Universidade Estadual Paulista Júlio de Mesquita Filho – UNESP.
4 Doutorando em Cirurgia e Traumatologia Bucomaxilofacial pela Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do
Sul – PUCRS.
1Residente
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20 a 23 de agosto de 2015 - ISSN 2236-9090
MARSUPIALIZAÇÃO COMO TRTAMENTO DEFINITIVO DE CISTO DENTÍGERO
Leonardo Alan Delanora1
Gustavo Nascimento de Souza Pinto2
Jéssica Araújo Figueira1
Samuel Kaik Alves de Lima1
Marcelo Augusto Seron1
Elen de Souza Tolentino3
Modalidade: Caso Clínico
RESUMO: A marsupialização é uma opção de tratamento dos cistos bucomaxilofaciais, no qual
uma janela cirúrgica comunicando com a cavidade bucal é suturada junto à mucosa adjacente,
visando o esvaziamento progressivo do conteúdo interno da lesão, e consequentemente,
acarretando em sua descompressão e diminuição (HENRY-NETO et al., 2007). O procedimento
é simples e de fácil execução, além de fornecer material para exame histopatológico. Por
definição, a técnica é acompanhada por um segundo tempo cirúrgico, que tem por objetivo a
exérese da lesão remanescente. Considerando o caráter benigno destas lesões técnicas
cirúrgicas mais conservadoras (JONES, et al., 2003) são preferíveis. Neste contexto, a
marsupialização como tratamento definitivo para lesões císticas é uma abordagem que leva à
menor morbidade ao paciente e também à preservação de estruturas anatômicas nobres. No
presente caso, paciente do gênero masculino, leucoderma, 22 anos, procurou atendimento
odontológico queixando-se de odontalgia na região mandibular direita. Clinicamente a região em
si não revelava nenhuma alteração, o paciente não apresentava nenhuma assimetria facial e não
relatou nenhuma alteração sistêmica. A radiografia panorâmica evidenciou uma área radiolúcida,
bem definida, de aproximadamente 3 centímetros envolvendo a coroa do dente 48, condizente
com cisto dentígero. O objetivo deste trabalho é relatar um caso de cisto dentígero, no qual a
técnica de marsupialização foi realizada como tratamento definitivo, com resultados bastante
satisfatórios.
Palavras Chave: Cisto dentígero; Marsupialização; Cirurgia bucal
REFERÊNCIAS:
HENRY NETO, M. D. E.; BASBOSA, D. Z.; SILVA, C. J.; SILVA, M. C. P. Marsupialização e
enucleação de cisto radicular apical. Revista INPEO de Odontologia, Cuiabá, v. 1, n. 1, p. 3338, ago./dez. 2007.
JONES, T. A., PERRY, R. J., WAKE, M. J. Marsupialization of a large unilateral mandibular
dentigerous cyst in a 6-year-old boy – a case report. Dental Update, Guildford, v. 30, n. 10, p.
557-561, Dec. 2003.
_____________________
1Graduandos,
Departamento de ciências da saúde, Departamento de Odontologia- Universidade Estadual de
Maringá, Maringá-PR, Brasil. E-mail: [email protected]
2Pós Graduando mestrando em Odontologia Integrada, Departamento de Odontologia – Universidade Estadual de
Maringá, Maringá-PR,Brasil.
3Docente do Departamento de Odontologia – Universidade Estadual de Maringá, Maringá-PR,Brasil.
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20 a 23 de agosto de 2015 - ISSN 2236-9090
OSTEOPLASTIA E OSTECTOMIA EM TRATAMENTO CIRÚRGICO DE EXOSTOSE
MAXILAR BILATERAL- RELATO DE CASO
Samuel Kaik Alves de Lima1
Murilo Hernane Gonzalez Pimenta1
Sabrina Vieira Botelho1
Nayara Gonçalves Emerenciano1
Fernanda Casavechia Petri1
Newton Cesar Kamei2
Modalidade: Caso Clínico
RESUMO: Exostoses são definidas como protuberâncias ósseas localizadas, de caráter
benigno, que se originam da cortical óssea. Os fatores etiológicos citados na literatura são:
influência genética; hábitos de dieta; estresse por hiperfunção mastigatória; hábitos
parafuncionais como bruxismo e fatores ambientais. Por serem anomalias de desenvolvimento
benignas não requerem cirurgia, a menos que afetem a funcionalidade, comprometam
severamente a estética ou gerem problemas bucais mais sérios. O presente trabalho tem por
objetivo descrever o procedimento cirúrgico para a remoção de exostoses vestibulares na arcada
superior. Paciente gênero masculino, caucasiano, 39 anos, compareceu à Clínica Odontológica
da UEM queixando-se de “protuberâncias ósseas na maxila”, com comprometimento estético.
Após exame clínico-radiográfico e biópsia excisional, o exame histopatológico foi compatível com
o diagnóstico de exostoses. Considerando a queixa do paciente, optamos pela remoção. Apesar
de classificada apenas como anomalias de desenvolvimento, não sendo necessário nenhum
tratamento específico para as exostoses, julgamos necessário neste trabalho salientar dois
aspectos: primeiro, o diagnóstico clínico-radiográfico é fundamental para definir uma exostose; e
segundo, especificamente para o relato de caso é a sensibilidade do profissional ao optar pelo
tratamento cirúrgico-cosmético, levando em consideração a queixa principal do paciente, ou seja,
o fator estético. O paciente encontra-se em acompanhamento sem sinais de recidiva.
Palavras-chave: Exostose. Estética. Tratamento
_____________________
1
.Graduandos, Departamento de ciências da saúde, Departamento de Odontologia- Universidade Estadual de
Maringá, Maringá-PR, Brasil. E-mail: [email protected]
2.Professor Doutor em Patologia, Departamento de Odontologia- Universidade Estadual de Maringá, Maringá-PR,
Brasil.
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20 a 23 de agosto de 2015 - ISSN 2236-9090
REABILITAÇÃO COM IMPLANTES OSSEINTEGRADOS COM PRÓTESE TIPO
OVERDENTURE APÓS FRATURA DE MANDÍBULA ATRÓFICA: RELATO DE CASO
CLÍNICO
Marcela Chiqueto de Araujo1
Natasha Magro Érnica2
Eleonor Álvaro Garbin Júnior3
Geraldo Luiz Griza4
Bruna de Rezende Marins5
Modalidade: Caso Clínico
RESUMO: A reabilitação com implantes dentários em pacientes com reabsorção mandibular
acentuada e após fratura de mandíbula torna-se um procedimento complexo e limitado. Algumas
opções para tratamento diante desta limitação estão disponíveis na literatura, sendo que uma
destas possibilidades é a utilização de implantes mantendo a placa de titânio para reforço
mandibular, prevenindo-se, assim, uma possível nova fratura de mandíbula quando esta for
submetida à função mastigatória. Objetivos: O objetivo desse trabalho é de contribuir para os
estudos de reabilitações após fratura de mandíbula. Relato de caso: Paciente do gênero
feminino, 44 anos de idade, procurou atendimento no serviço de Cirurgia e Traumatologia
Bucomaxilofacial do Hospital Universitário do Oeste do Paraná (HUOP) com a queixa principal
de “dor e falta de estabilidade da prótese total”. O plano de tratamento proposto foi a realização
das exodontias sob anestesia geral devido a possibilidade de fratura mandibular com
necessidade de redução e fixação, aguardar o período de reparo e instalação de dois implantes
osseointegrados para reabilitação da paciente com prótese total removível tipo Overdenture.
Conclusões: As reabilitações bucais em mandíbulas edêntulas após fratura através de próteses
overdenture proporcionam um elevado grau de satisfação dos pacientes e uma melhora na
qualidade de vida.sendo assim um tratamento eficaz.
Palavras-chave: Exodontia, mandíbula atrófica, implantes osseointegrados.
REFERÊNCIAS:
ALVARENGA, R. L.; AKAKI, E.; SOUZA, A., C., R., A.; et al. Reabilitação de mandíbula atrófica com
implantes curtos eplaca de titânio: apresentação de um caso clínico. Rev Port Estomatol Med Dent Cir
Maxilofac. 54(4):217–221, 2013.
AZIZ, S.R.; NAJJAR, T. Management of the edentulous/atrophic mandibular fracture. Atlas Oral
MaxillofacSurgClin North Am;17(1):75–79; 2009.
BODNER, L.; BRENNAN, P. A.; MCLEOD, N. M. Characteristics of iatrogenic mandibular fractures
associated with tooth removal: review and analysis of 189 cases. Br J Oral MaxillofacSurg; 49(7): p. 56772; 2011.
_____________________
de ODONTOLOGIA, Universidade Estadual do Oeste do Paraná – UNIOESTE,
[email protected]
2Doutora em Odontologia, área de concentração Cirurgia e Traumatologia Bucomaxilofacial pela Universidade
Estadual Paulista Júlio de Mesquita Filho – UNESP e Research Fellow in Oral and Maxillofacial Surgery - Baylor
College Of Dentistry Texas A M University.
3 Doutorado em área de concentração Cirurgia e Traumatologia Bucomaxilofacial pela Universidade Estadual
Paulista Júlio de Mesquita Filho – UNESP.
4 Doutorando em Implantodontia pela Universidade Estadual Paulista Júlio de Mesquita Filho – UNESP.
5 Residente em Cirurgia e Traumatologia Bucomaxilofacial, Universidade Estadual do Oeste do Paraná – UNIOESTE
1Acadêmica
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20 a 23 de agosto de 2015 - ISSN 2236-9090
RESSECÇÃO DE AMELOBLASTOMA EM MANDÍBULA: VIABILIDADE DA REABILITAÇÃO
ORAL COM RHBMP-2 ASSOCIADO A XENOENXERTO BOVINO SEGUIDO DE
INSTALAÇÃO DE IMPLANTES
Caroline Resquetti Luppi1
Rômulo Maciel Lustosa2
Paulo Hasse3
Elen de Souza Tolentino4
Lilian Cristina Vessoni Iwaki4
Liogi Iwaki Filho5
Modalidade: Caso Clínico
RESUMO: Havendo a necessidade de tecido ósseo de boa qualidade para a instalação e
osseointegração de implantes, algumas técnicas de enxertia óssea vem sido amplamente
estudadas e discutidas para viabilizar a instalação dos mesmos, de forma a melhorar os
prognósticos em reabilitação. As proteínas morfogenéticas ósseas tipo 2 (rhBMP-2) são uma
alternativa osteoindutora para reconstruções extensas após ressecções tumorais. No entanto, a
viabilidade de rhBMP-2 (Infuse) para receber implantes osseointegrados e sua consequente
reabilitação protética, tem sido ainda pouco relatada e discutida na literatura. Este estudo relata
o caso de um extenso ameloblastoma sólido ao longo do corpo mandibular direito, com evolução
de aproximadamente 24 meses, sem sintomatologia. Os exames imaginológicos demonstraram
uma lesão multilocular hipodensa em mandíbula, se estendendo da porção distal do canino
direito à região do segundo molar do mesmo lado. Realizou-se então uma biopsia incisional, e a
partir de suas características histopatológicas, a lesão foi diagnosticada como ameloblastoma
sólido. O tratamento baseou-se na ressecção da lesão, seguida pelo uso off-label de rhBMP-2
associado à utilização de xenoenxerto de osso bovino. Após onze meses, em acompanhamento
para possível recidiva, o paciente foi reabilitado com implantes dentários, e 18 meses após a
primeira cirurgia, já reabilitado com prótese implanto-suportada, seguindo ainda em
acompanhamento.
Palavras-chave: proteínas morfogenéticas ósseas, reconstrução mandibular, xenoenxerto,
implantes dentários.
REFERÊNCIAS:
CARTER TG, BRAR PS, TOLAS A, BEIRNE OR. Off-label use of recombinant human bone morphogenetic protein-2
(rhBMP-2) for reconstruction of mandibular bone defects in humans. J Oral Maxillofac Surg 66: 1417-1425, 2008.
HERFORD AS, BOYNE PJ. Reconstruction of mandibular continuity defects with bone morphogenetic protein-2
(rhBMP-2). J Oral Maxillofac Surg 66: 616-624, 2008.
ZÉTOLA A, FERREIRA FM, LARSON R, SHIBLI JA. Recombinant human bone morphogenetic protein-2 (rhBMP-2)
in the treatment of mandibular sequelae after tumor resection. Oral Maxillofac
Surg 15: 169-174, 2011.
_____________________
1Acadêmica
de Graduação (50 ano) / Universidade Estadual de Maringá / Departamento de Odontologia / e-mail:
[email protected]
2 Residente em Cirurgia e Traumatologia Bucomaxilofacial / Universidade Estadual de Maringá
3Professor pela Universidade Paranaense (UNIPAR) / Mestre em Cirurgia e Traumatologia ucomaxilofacial
4 Professora adjunta da Universidade Estadual de Maringá / Doutora em Estomatologia e Radiogologia Odontológica
5 Professor adjunto da Universidade Estadual de Maringá / Doutor em Cirurgia e Traumatologia Bucomaxilofacial.
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20 a 23 de agosto de 2015 - ISSN 2236-9090
SIALOLITÍASE: RELATO DE CASO COM ABORDAGEM CIRÚRGICA
Lorena Borgognoni Aquaroni1
Caroline Resquetti Luppi2
Carolina Ferrairo Danielleto3
Karina Rosso3
Liogi Iwaki Filho4
Modalidade: Caso Clínico
RESUMO: A sialolitíase caracteriza-se pela formação de sialólitos no interior dos ductos ou no
próprio parênquima da uma glândula salivar. Os sialólitos são estruturas calcificadas que podem
obstruir os ductos, e acarretar em estase salivar, com consequente dilatação da glândula
envolvida, podendo haver ainda uma infecção secundária. Quanto a ocorrência, esta desordem
é mais comum em pacientes do gênero masculino, entre 30 e 60 anos, e raramente acomete
crianças. Além disso, 90% dos casos acomete o ducto submandibular, e 10% são observados
no ducto parotídeo, sendo raro o aparecimento no ducto da glândula sublingual. Comumente, os
sialólitos são detectados por meio do exame radiográfico oclusal ou panorâmico, porém a
sialografia, ultrassom, tomografia computadorizada e ressonância magnética são exames úteis
em sua investigação. O tratamento pode ser conservador (massagem glandular, uso de
sialogogos, calor úmido e hidratação) quando o tamanho do cálculo não atinge grande proporção,
resultando na maioria dos casos, em expulsão espontânea. Em casos de sialólitos maiores, o
tratamento adequado é a remoção cirúrgica, e por vezes excisão da glândula acometida. Assim,
o presente trabalho tem como objetivo relatar um caso de sialolitíase tratado cirurgicamente em
um paciente do gênero feminino, 80 anos, apresentando dor em região de soalho de boca há 21
dias, e através do exame de radiografia oclusal chegou-se ao diagnóstico de sialolitíase. Como
conduta foi realizada excisão cirúrgica e acompanhamento clínico e radiográfico de 8 meses, não
sendo observado episódios de recidiva. Conclui-se que a excisão cirúrgica continua sendo uma
alternativa viável para o tratamento.
Palavras-chave: Excisão Cirúrgica, Glândula Salivar, Sialolitíase
REFERÊNCIAS:
GARY, L.E.; AUCLAIR, P.L.; GNEPP, D.R.; Surgical Pathology of the Salivary Glands. 1ª Ed.
Philadelphia: W.B. Saunders Company, 1991. 594 p.
NEVILLE, B.W.; DAMM D.D.; ALLEN C.M.; Patologia Maxilofacial. 1ª Ed. Rio de Janeiro:
Guanabara Koogan, 1998. 992 p.
PETERSON L.J.; ELLIS E.; HUPP J.; TUCKER M.; Cirurgia Oral e Maxilofacial Contemporânea.
3ª Ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2000. 720 p.
_____________________
1
Acadêmica de Graduação (20 ano) / Universidade Estadual de Maringá / Departamento de Odontologia / e-mail:
[email protected]
2
Acadêmica de Graduação (50 ano) / Universidade Estadual de Maringá
3
Residente em Cirurgia e Traumatologia Bucomaxilofacial / Universidade Estadual de Maringá
4
Doutor em Cirurgia e Traumatologia Bucomaxilofacial / Professor da disciplina de Cirurgia da Universidade Estadual de Maringá.
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20 a 23 de agosto de 2015 - ISSN 2236-9090
TÉCNICA DE CALDWELL-LUC PARA REMOÇÃO DE IMPLANTE EM SEIO MAXILAR RELATO DE CASO
Marcelo Medeiros Battistetti1
Guilherme Degani Battistetti
Ricardo Augusto Conci
José Ricardo Pereira Martins
Milena Steluti Marques
Modalidade: Caso Clínico
RESUMO:Seios maxilares são cavidades que por suas particularidades anatômicas podem
oferecer uma série de complicações cirúrgicas. Diferentes corpos estranhos podem penetrar na
cavidade sinusal no decorrer de acidentes ou ainda de tratamentos odontológicos como na
instalação de implantes na maxila. A remoção de implante no seio maxilar pode ser realizada
pela técnica de Caldwell-Luc, aceita como meio de acesso a este seio, permitindo sua inspeção,
diagnóstico e o tratamento das enfermidades que o acometem. Este acesso continua sendo o
procedimento cirúrgico mais empregado nas patologias sinusais, permitindo melhor visibilidade
das lesões, acessibilidade e, estando isento de complicações graves. Este trabalho apresenta
caso clínico de remoção de um implante do seio maxilar esquerdo da área de pré-molares e
molares, de paciente com 33 anos leucoderma e, livre de complicações sistêmicas.
Palavras-chave: Implantes dentários; Complicações pós-operatórias; Seio maxilar.
INTRODUÇÃO
O seio maxilar é representado por um espaço pneumatizado, localizado bilateralmente,
no interior do osso maxilar. O deslocamento de corpos estranhos para o seu interior é uma
situação de ocorrência relativamente rara, resultante de injúrias penetrantes, como nos traumas
de alta energia cinética, em que objetos como projéteis de arma de fogo, pedaços de vidros,
pedras, madeira, podem ser lançados para seu interior. Também, durante procedimentos
odontológicos como dentes, raízes dentais, implantes, cemento dental, pasta de impressão,
cones de guta percha e, amálgama dental, que também podem ser lançados para o seu interior,
inadvertidamente (FREITAS; FARIAS; MENDONÇA et al., 2003; SVERZUT; 2005; MARZOLA,
2008 e OLIVEIRA; COSTA; CARVALHO NETO et al., 2010).
A Implantodontia está sendo a responsável pela mudança na qualidade de vida dos
pacientes, total ou parcialmente edêntulos, devido ao índice rotineiro de sucesso da
osteointegração para reabilitação oral. A região posterior da maxila é a região que mais desafia
a Implantodontia por possuir condições peculiares em relação a outras regiões do complexo
maxilo-mandibular. O processo alveolar nesta região pode ser insuficiente para colocação de
implantes dentários pelo fato de apresentar quantidade de osso reduzido, aliado à baixa
densidade óssea e/ou à pneumatização do seio maxilar (MARZOLA, 2008 e KILIC;
KAMBUROGLU; YUKSEL et al., 2010). Assim, a ocorrência de acidentes e complicações
diversas pode ocorrer, como o deslocamento do implante para o interior do seio maxilar
(QUINEY; BRIMBLE; HODGE, 1990; UEDA; KANEDA, 1992; REGEV; SMITH; PERROTT et al.,
1995; IIDA; TANAKA; KOGO et al., 2000; GALINDO; SANCHEZ-FERNANDEZ; AVILA et al.,
2005; KIM; LEE; KWON et al., 2007; KITAMURA, 2007; MARZOLA, 2008 e KLUPPEL; SANTOS;
OLATE et al., 2010).
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O deslocamento de implante para a cavidade antral pode ou não ser acompanhado pelos
sinais ou sintomas clássicos da sinusite. De toda forma, devem ser removidos o mais
precocemente para evitar sérias complicações (QUINEY; BRIMBLE; HODGE M et al., 1990;
RAGHOEBAR; VISSINK, 2003 e MARZOLA, 2008).
O seio maxilar é, com certeza, o seio paranasal mais envolvido neste tipo de situação, tendo sido
relatada a introdução de amálgama, guta-percha, pasta zincoenólica (KOBAIASHI, 1995 e
MARZOLA, 2008), além de limas endodônticas (KFIR; SHEM-TOV, 1980) e, dentes normais ou
retidos (MARZOLA, 2008) nesta cavidade.
A técnica cirúrgica de Caldwell-Luc foi desenvolvida por George Caldwell nos Estados
Unidos e Henri Luc na França em 1890. Seu uso é aceito nos últimos tempos como meio de
acesso ao seio maxilar permitindo sua inspeção, diagnóstico, além do tratamento das
enfermidades que o acometem. Este acesso é utilizado para o tratamento da sinusite crônica
maxilar irreversível, remoção de raízes dentárias e corpos estranhos, excisão de pólipos
antrocoanais, mucoceles, pioceles, tumores e cistos odontogênicos, além da reparação de
fístulas oroantrais. É, também, utilizada como acesso ao assoalho orbital e à fossa
pterigopalatina, na redução de fraturas. Dentre as indicações constantemente relatadas na
literatura para o acesso de Caldwell-Luc nas explorações do leito antral, são descritas patologias
sinusais crônicas e recorrentes, bem como a presença de corpos estranhos como os principais
indicativos para a realização de tal procedimento (MATHENY; DUNCAVAGE, 2003 e MARZOLA,
2008). Além disso, é utilizada como acesso ao seio maxilar para colocação de enxertos ósseos
objetivando aumentar a altura alveolar, além de possibilitar a colocação de implantes mais longos
nesta área (CABLE; JEANS; CULLEN et al., 1981; UNGER; DENNISON; DUNCAVAGE et al.,
1986 e MARZOLA, 2008).
Têm-se disponíveis hoje diversos exames por imagens utilizados nestas situações. A
ortopantomografia é o método mais empregado para o diagnóstico, e incidências de Water´s e
perfis de face, também, são de grande utilidade. Todavia, a tomografia computadorizada oferece
nitidez e visão tridimensional mais adequada, tornando-se um recurso indispensável para uma
avaliação e condução satisfatória do caso (SANDU; SHAH; KIRTANE, 1997 e TUNG, 1998).
Estas imagens, em três dimensões pela tomografia computadorizada, são mais fiéis que as
radiografias convencionais e, provêm informações sobre as dimensões dos alvéolos, seio maxilar
e, de sua parede lateral (KOUFMAN, 2003).
OBJETIVOS
Sendo assim, o presente relato tem como objetivo apresentar caso clínico cirúrgico de
deslocamento de um implante dentário para o interior do seio maxilar e, sua remoção cirúrgica
por meio de uma janela óssea na parede lateral da maxila pela técnica de Caldwell-Luc.
RELATO DE CASO
Paciente do gênero feminino, P. C. F, 33 anos, leucoderma, compareceu à Clínica da
Especialização em Implantodontia da Universidade Nihon Gakko, Assunção – Paraguai,
encaminhado por um dentista local para avaliação de implante mal posicionado na região de prémolares superiores esquerdo.
Decorrendo 3,5 semanas da colocação do implante, ao se alimentar, sentiu um
desconforto no local onde fora realizada cirurgia. Após palpação digital o mesmo observou
depressão discreta da área em que o implante se localizava, porém não era perceptível a visão
e, não relatava sintomatologia de dor ou incomodo.
Foram solicitados exames de imagens de tomografia computadorizada, que confirmou a
migração do implante da região implantada para dentro do seio maxilar esquerdo na região de
molares
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Após anamnese e verificação das condições gerais da paciente, que não apresentou
nenhuma alteração sistêmica significante que contra indicasse o procedimento cirúrgico, foi
submetida à remoção cirúrgica do implante que estava localizado no seio maxilar esquerdo na
região de molares superiores
Após medicações profiláticas de 8mg de dexametasona, 1g de amoxilina, e 500 mg de
dipirona 1 hora antes da cirurgia e, feita assepsia, antissepsia da face com solução de PVPI 10%
tópico e gluconao de clorexidina 0,12% para a antissepsia intra bucal. A cirurgia foi iniciada com
anestesia local de bloqueio dos nervos alveolares superiores anteriores, médios e posteriores do
lado esquerdo, do nervo palatino maior do mesmo lado, com articaina 4% com concentração de
adrenalina de 1:100.000.
A incisão de escolha foi a de Newman, sendo a incisão horizontal iniciada na distal do
segundo molar até a distal do primeiro pré-molar do lado esquerdo e, a incisão partindo da papila
distal do primeiro pré-molar até 20 mm após o término da coroa do mesmo. Após a diérese e
hemostasia dos tecidos moles iniciou-se a confecção da janela óssea de Caldwell-Luc na parede
lateral da maxila com peça reta e fresa diamantada número 2 e, irrigação constante com soro
fisiológico 0,9%
Com o descolamento da membrana de Schneider com curetas para levantamento de seio
maxilar, pode-se visualizar o implante de dimensões de 3,75 mm de espessura por 13 mm de
comprimento. Assim, com o paciente na posição sentada em um ângulo de 70 graus com a
superfície do solo para evitar o deslocamento do implante para região mais posterior, o mesmo
foi delicadamente removido com pinça hemostática Kelly curva . O tecido mole foi reposicionado
e, após, realizou-se síntese por meio de pontos simples, iniciando pela união da incisão relaxante
com a incisão horizontal, utilizando fio de Poliamida (nailon) 4-0.
No pós-operatório a paciente recebeu as orientações de forma verbal, além de ser
prescrito Cefalexina 1g, a cada 12 horas, durante 7 dias, Nimesulida 100 mg, a cada 12 horas,
durante 3 dias e Paracetamol 500 mg, a cada 6 horas, durante 3 dias ou enquanto persistisse a
dor. Foi, também, prescrito uso de descongestionante nasal, Cloridrato de Oximetazolina 0,05%
com 2 a 3 otimizações em cada narina, a cada 12 horas, por um período de 7 a 10 dias,
dependendo da evolução. A higienização da região foi feita através de escovação a cada 8 horas
e com digluconato de clorexidina 0,12% na forma de bochechos a cada 12 horas, pelo período
de 7 dias, a fim de controlar quimicamente o biofilme microbiano.
No pós-operatório de 7 dias foram removidas as suturas não tendo apresentado
complicações, com relato de epistaxe após 8 horas do término da cirurgia, que cessou no mesmo
dia. Um edema moderado que persistiu por 2 dias após a cirurgia e que também regrediu. Tanto
no pós-operatório de 15 dias quanto no de 30 dias a evolução foi muito satisfatória não
apresentando nenhuma irregularidade. A paciente foi avaliada após 4 meses sem apresentar
nenhuma queixa.
DISCUSSÃO
O implante dentário pode se deslocar para o seio maxilar por motivos anatômicos,
cirúrgicos ou mastigatórios. Uma boa avaliação pré-operatória dos aspectos anatômicos e
patológicos da maxila, pode excluir o risco de acidentes e complicações, melhorando o
prognóstico da reabilitação oral.
A presença de corpos estranhos no seio maxilar raramente resulta em sérias
complicações (KOBAYASHI, 1995) e, acredita-se, que o tratamento mais aceitável seja a
remoção do corpo estranho com a finalidade de prevenir futuras infecções (PATEL; DOWN,
1994).
Mesmo sendo preconizado o método de Caldwell-Luc para a remoção do implante em
seio maxilar, foi utilizada a incisão de Newman ao invés da incisão de Caldwell-Luc, devido a
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necessidade de avaliação do rebordo alveolar onde o implante havia sido instalado
anteriormente.
Neste trabalho não foi realizada apenas a anestesia do nervo alveolar superior posterior,
como preconizado na maioria dos artigos científicos, pois a incisão foi iniciada na distal do
segundo molar (27) e estendida até a distal do primeiro pré-molar (24), sendo que o
descolamento subperiostal estendeu-se sobre as raízes do primeiro pré-molar e canino, para
serem avaliadas as superfícies ósseas, logo, foram anestesiados os nervos alveolar superior
anterior, médio e posterior.
Mesmo a paciente não apresentando nenhum tipo de infecção, optou-se por não colocar
um novo implante no mesmo tempo cirúrgico que a remoção do implante deslocado para o seio
maxilar. Preferiu-se esperar e observar a cicatrização óssea, para poder verificar possível
anormalidade cicatricial e planejamento tardio para reabilitação com implante
Este tipo de ocorrência certamente aumentará em um futuro próximo, devido ao crescente
número de procedimentos cirúrgicos para colocação de implantes na região posterior da maxila
realizados pelo Cirurgião-Dentista sem treinamento adequado, muitas vezes devido a um
planejamento equivocado do caso ou uma inexperiência cirúrgica (MARZOLA, 2008;
CHIAPASCO et al., 2009 e GALINDO-MORENO; PADIAL-MOLINA; AVILA G et al., 2012).
CONCLUSÕES
Deve-se sempre ter em mente que a técnica de Caldwell-Luc é um procedimento cirúrgico
delicado e, por ainda ser a técnica mais indicada para a remoção de corpos estranhos da
superfície posterior do seio maxilar, deve ser feita por cirurgiões experientes, para que se alcance
o sucesso cirúrgico, evitando com isso complicações pós-operatórias e transtornos
desagradáveis para o paciente.
REFERÊNCIAS
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Caldwell-Luc approach? J. oral Maxillofac. Surg., v. 62, p. 559-62, 2004.
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_____________________
1Profissional, graduado na Faculdade de Odontologia de Bauru, Universidade de São Paulo, FOB-USP.
[email protected]
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20 a 23 de agosto de 2015 - ISSN 2236-9090
TRATAMENTO CIRÚRGICO DE FRATURA EM MANDÍBULA ATRÓFICA – RELATO DE
CASO
Kaohana Thaís da silva 1
Natasha Magro-Érnica 2
Eleonor Álvaro Garbin Júnior3
Geraldo Luiz Griza4
Greison Rabelo de Oliveira5
Modalidade: Caso Clínico
RESUMO: A atrofia da mandíbula, normalmente encontrada em pacientes idosos ou em virtude
da perda dentária precoce, torna o osso mais suscetível a fraturas e a qualidade do tecido
prejudicada por alterações fisiológicas, torna o reparo dessas fraturas mais complexo. O
tratamento de tais lesões deve levar em consideração a idade e a condição sistêmica do
paciente, o tempo decorrido desde o trauma e a complexidade do dano. As opções de tratamento
visam redução e imobilização da fratura a fim de restaurar forma e função adequadas. Objetivos:
Relatar a abordagem cirúrgica em um paciente com fratura de mandíbula atrófica. Relato de
caso: Paciente A.C.B., 60 anos, gênero masculino, leucoderma, vítima de agressão física,
atendido pela equipe de cirurgia e traumatologia bucomaxilofacial do Hospital Universitário do
Oeste do Paraná, apresentou fratura de corpo mandibular bilateral, necessitando de cirurgia para
redução das fraturas. Optou-se pelo sistema de fixação de maior perfil, com placas de
reconstrução do sistema 2,4. Após acompanhamento ambulatorial o paciente recebeu alta sem
prejuízos de natureza estética ou funcional. Conclusão: A individualização do tratamento de
fraturas mandibulares é de fundamental importância. A fixação interna rígida com placas de maior
perfil, em mandíbulas atróficas, mantém estáveis as reduções obtidas cirurgicamente, diminuindo
complicações pós-operatórias.
Palavras-chave: mandíbula, atrofia, fratura, fixação.
REFERÊNCIAS:
FLORES-HIDALGO, Andres et al. Management of fractures of the atrophic mandible: A case
series. Oral surgery, oral medicine, oral pathology and oral radiology, v. 119, n. 6, p. 619-627,
2015.
LIMA, Lívia Bonjardim et al. Tratamento cirúrgico de fratura em mandíbula atrófica. Revista
Odontológica do Brasil Central, v. 23, n. 67, 2015.
_________________________
Residente em Cirurgia e Traumatologia Bucomaxilofacial, Universidade Estadual do Oeste do Paraná –
UNIOESTE, [email protected]
2Doutora em Odontologia, área de concentração Cirurgia e Traumatologia Bucomaxilofacial pela Universidade
Estadual Paulista Júlio de Mesquita Filho – UNESP e Research Fellow in Oral and Maxillofacial Surgery - Baylor
College Of Dentistry Texas A M University.
3 Doutorado em área de concentração Cirurgia e Traumatologia Bucomaxilofacial pela Universidade Estadual
Paulista Júlio de Mesquita Filho – UNESP.
4Doutorando em Implantodontia pela Universidade Estadual Paulista Júlio de Mesquita Filho – UNESP.
5 Doutor em Clínica Odontológica , área de Cirurgia e Traumatologia Bucomaxilofacial pela Faculdadade de
Odontologia de Piracicaba – FOP/UNICAMP.
1
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20 a 23 de agosto de 2015 - ISSN 2236-9090
TRATAMENTO DE FRATURA DE ARCO ZIGOMÁTICO ATRAVÉS DO ACESSO DE GILLIES
Larissa Nicole Pasqualotto 1
Natasha Magro-Érnica 2
Eleonor Álvaro Garbin Júnior2
Geraldo Luiz Griza3
Ricardo Augusto Conci4
Modalidade: Caso Clínico
RESUMO: O complexo zigomático é uma unidade estética e funcional do esqueleto da face,
separando os constituintes orbitários dos seios maxilares e fossas temporais, tendo como
componente o arco zigomático formado pela junção do processo zigomático do temporal com o
processo temporal do zigomático. Devido sua posição mais proeminente no esqueleto facial
possui alta incidência de fraturas, sendo os traumas em sua maioria diretos e de baixa energia.
Ao exame clínico evidencia-se depressão na região e limitação de abertura bucal. São descritos
inúmeros métodos para o tratamento de fraturas de arco zigomático, incluindo acesso intrabucal
(acesso de Keen), pela fossa temporal e percutânea. Dentre os tratamentos podemos citar o
Acesso de Gillies. Através de cirurgias minimamente invasivas têm-se a intenção de preservar
as estruturas anatômicas, com incisões pequenas, proporcionando os melhores resultados com
menor trauma operatório. O presente relato de caso objetivou demonstrar a viabilidade e eficácia
da Técnica de Gillies para redução de fratura isolada do arco zigomático. Objetivo: Relato de
caso clínico de paciente com fratura de arco zigomático atendido pelo serviço de CTBMF,
apresentando fratura do tipo II (Knight & North, 1961) do osso zigomático, submetido à
procedimento cirúrgico para redução cruenta dessa fratura com Acesso de Gillies. Conclusão:
O acesso de Gillies é uma técnica minimamente invasiva e possibilita a reabilitação do paciente
sem deixar cicatriz antiestética proporcionando estabilidade.
REFERÊNCIAS: KNIGHT, J. S.; NORTH, J. K. The classification of malar fractures. Br. J. Plast.
Surg., v. 13, p. 325, 1961. DINGMAN, R. O.; NATVIG, P. Cirurgia das fraturas faciais. São Paulo:
Ed. Santos, 3ª Reimpressão, 2004. Carter TG, Bagheri SB, Dierks EJ. Towel clip reduction of the
depressed zygomatic arch fracture. J Oral Maxillofac Surg 2005; 63:1244-1246.
Palavras-chave: Acesso de Gillies; Arco zigomático; fratura.
_____________________
Residente em Cirurgia e Traumatologia Bucomaxilofacial, Universidade Estadual do Oeste do Paraná – UNIOESTE,
[email protected]
2Doutores em Cirurgia e Traumatologia Bucomaxilofacial pela Universidade Estadual Paulista Júlio de Mesquita Filho
– UNESP
3Doutorando em Implantodontia pela Universidade Estadual Paulista Júlio de Mesquita Filho – UNESP.
4 Doutorando em Cirurgia e Traumatologia Bucomaxilofacial pela Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do
Sul – PUCRS.
1
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20 a 23 de agosto de 2015 - ISSN 2236-9090
TRATAMENTO DE FRATURA DO OSSO FRONTAL COM OBLITERAÇÃO DO DUCTO
NASOFRONTAL COM OSSO AUTÓGENO
Larissa Nicole Pasqualotto1
Eleonor Álvaro Garbin Junior2
Geraldo Luis Griza3
Natasha Magro Érnica2
Greison Rabelo de Oliveira4
Modalidade: Caso Clínico
RESUMO: O osso frontal está localizado no neurocrânio e compõe o terço superior da face. Em
seu interior possui uma cavidade óssea pneumatizada revestida de epitélio ciliado do trato
respiratório. Fraturas deste osso chegam a corresponder de 5 a 15% das fraturas maxilofaciais,
cabendo ao cirurgião oral e maxilofacial estar familiarizado com tal estrutura afim de solucionar
possíveis injúrias causadas a mesma. Fraturas desta região geralmente causam defeitos
estéticos significativos sendo as malhas de titânio ou placas e parafusos de titânio os materiais
de escolha para o tratamento de fraturas do osso frontal. Quando a obliteração do ducto
nasofrontal está indicada, materiais como tecido adiposo abdominal, pericrânio, cola biológica e
fragmentos ósseos podem ser utilizados. Objetivo: Descrever o passo a passo da resolução de
uma fratura do osso frontal através de um acesso bicoronal, fixação dos fragmentos ósseos com
placas e parafusos de titânio e obliteração do ducto nasofrontal com osso autógeno. Conclusão:
Danos a região frontal, além de gerar defeitos estéticos perceptíveis, podem evoluir para
complicações mais severas como sinusites e meningites. A adequada verificação da patência do
ducto nasofrontal é de extrema importância, pois o mesmo está diretamente ligado ao sucesso
ou fracasso do tratamento de tais fraturas.
Palavras-chave: Osso frontal; Ducto nasofrontal; Osso autógeno.
REFERÊNCIAS:BELL, B. Management of frontal sinus fractures. Oral Maxillofac. Surg. Clin. N.
Am., v. 21, p. 227–42, 2009.BERHOUMA, M.; JACQUESSON, T.; JOUANNEAU, E. The fully
endoscopic supraorbital trans-eyebrow keyhole approach to the anterior and middle skull base.
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MINIMAMENTE INVASIVA,Rev. Odontologia (ATO), Bauru, SP., v. 13, n. 10, p. 956-966, out.,
2013. CONCI, R. A.; MARTINS, J. R. P.; TOMAZI, F. H. et al., Tratamento cirúrgico de fratura
do seio frontal. Rev. Cir. Traumatol. Buco-Maxilo-Fac., Camaragibe,. PE, v. 12, n. 2, p. 31-6,
abr.,/jun., 2012.
__________________________
em Cirurgia e Traumatologia Bucomaxilofacial, Universidade Estadual do Oeste do Paraná –
UNIOESTE, [email protected]
2 Doutores em Cirurgia e Traumatologia Bucomaxilofacial pela Universidade Estadual Paulista Júlio de
Mesquita Filho – UNESP
3Doutorando em Implantodontia pela Universidade Estadual Paulista Júlio de Mesquita Filho – UNESP.
4 Doutor em Clínica Odontológica , Área de Cirurgia e Traumatologia Buco-Maxilo-Facial - Faculdadade
de Odontologia de Piracicaba - FOP – UNICAMP.
1Residente
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20 a 23 de agosto de 2015 - ISSN 2236-9090
TRATAMENTO DE INFECÇÃO ODONTOGÊNICA: RELATO DE CASO CLÍNICO
Marcela Chiqueto de Araujo 1
Geraldo Luiz Griza2
Eleonor Álvaro Garbin Júnior3
Natasha Magro Érnica4
Ricardo Conci5
Modalidade: Caso Clínico
RESUMO : As infecções de origem dentária ainda constituem um dos problemas mais difíceis
de tratamento na Odontologia. Processos infecciosos podem variar desde infecções localizadas,
que exigem tratamento mínimo, até infecções de alta complexidade que envolvem tratamento
em ambiente hospitalar. A necrose da polpa dental, resultante de cárie profunda é a principal
causa de infecção odontogênica, onde é criada uma via para as bactérias penetrarem nos tecidos
periapicais estabelecendo uma infecção ativa que irá disseminar pelas linhas de menores
resistências. A infecção dissemina através do osso esponjoso até encontrar osso cortical. Se a
lâmina de osso cortical for fina, a infecção perfurará o osso e irá atingir os tecidos moles,
causando tumefação, e alguns distúrbios sistêmicos. Objetivos: O objetivo deste trabalho é de
contribuir para o estudo do diagnóstico e tratamento das infecções odontogênicas. Relato de
caso: Paciente do gênero feminino, 16 anos, procurou tratamento com sensibilidade dolorosa
no elemento 37, necessitando de tratamento endodôntico, o qual evoluiu desenvolvendo infecção
odontogênica. Conclusão: Infecções devem ser tratadas com imediatismo, pois podem levar o
paciente a desenvolver sérias complicações. Graças aos avanços no campo do diagnóstico
clínico, esses índices diminuíram. O protocolo de atendimento deve ser rigoroso, visando sempre
à drenagem da coleção purulenta, à remoção da causa, à manutenção dos agentes
antimicrobianos e à estabilização do paciente.
Palavras-chave: Infecção odontogênica, drenagem, tumefação.
REFERÊNCIAS:
FERNANDES, K.P.S. Odontogenic infections: immunologic approach. ConScientiae Saúde, v. 3, p. 85-94.
São Paulo: UNINOVE, 2004.
MILORO, M.; GHALI, G. E.; LARSEN, P. E.; WAITE, P.E. Princípios de cirurgia Bucomaxilofacial de
Peterson. 2 ed., São Paulo:Santos Editora, 2008.
VASCONCELLOS, B.C.E.; CAUÁS, M.; ALBERT, D.G.M.; NASCIMENTO, G.J.F.; HOLANDA, G.Z. –
Disseminação de Infecção Odontogênica através das Fácias Cervicais Profundas - Relato de Caso
Clínico. Rev. Cir. Traumat. Buco - Maxilo-Facial, v.2, n.1, p. 21-25, jan/jun – 2002.
__________________________
Acadêmica de ODONTOLOGIA, Universidade Estadual do Oeste do Paraná – UNIOESTE, [email protected]
Doutorando em Implantodontia pela Universidade Estadual Paulista Júlio de Mesquita Filho – UNESP
3
Doutorado em área de concentração Cirurgia e Traumatologia Bucomaxilofacial pela Universidade Estadual Paulista Júlio de
Mesquita Filho – UNESP
4
Doutora em Odontologia, área de concentração Cirurgia e Traumatologia Bucomaxilofacial pela Universidade Estadual Paulista
Júlio de Mesquita Filho – UNESP e Research Fellow in Oral and Maxillofacial Surgery - Baylor College Of Dentistry Texas A M
University
5
Doutorando em Odontologia, área de concentração Cirurgia e Traumatologia Bucomaxilofacial pela Pontifícia Universidade
Católica do Rio Grande do Sul – PUCRS.
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TRATAMENTO E PROSERVAÇÃO MULTIDISCIPLINAR POR 7 ANOS NO CEO-UNIOESTE
Maria Stefania Bantle 1
Lucinara Ignez Tavares Luzzi 2
Natalindo Satio Inagaki3
Fabiana Scarparo Neufel4
Ricardo Augusto Conci5
Modalidade: Caso Clínico
RESUMO: O atendimento especializado em Odontologia de pacientes do SUS pode ser
realizado no Centro de Especialidades Odontológicas da UNIOESTE. Neste sentido, o objetivo
deste trabalho foi relatar o atendimento multidisciplinar e sua proservação por 7 anos nesta
entidade. A paciente C;.P;.J. gênero feminino, 10 anos, foi levada ao HUOP de Cascavel em
fevereiro de 2008 após queda de bicicleta, com avulsão do elemento 22. O reimplante e a
contenção foram realizados ainda no HUOP e a paciente encaminhada para o CEO-UNIOESTE.
No mesmo mês foi atendida pela Endodontia e encaminhada para Periodontia para avaliação
dos elementos 11e 21 e constatou-se fraturas verticais em rampa comprometendo as faces
palatinas, sendo necessária a intervencão cirúrgica para restabelecimento das distâncias
biológicas. A paciente também foi submetida à terapia periodontal básica. Na sequência, foram
realizadas as endodontias dos elementos 11, 21 e 22 e restauração em resina composta pela
graduação. Durante estes 7 anos, a paciente recebeu acompanhamento clínico e radiográfico
quanto à proservação do reimplante e saúde periodontal. Observou-se anquilose e substituição
óssea até o terço médio da raiz do 22 que apresenta-se em infra-oclusão e sem mobilidade
dental. Terapias de suporte periodontal também foram realizadas. Os elementos ânterosuperiores foram reanatomizados com resina composta pela técnica direta. A paciente aguarda
a intervenção ortodôntica associada à cirurgia ortognática para tratamento de oclusão classe III.
Conclui-se que a terapia multidisciplinar associada à proservação, mesmo com suas limitações
em saúde pública, promoveram o restabelecimento estético, funcional e psicológico da paciente
Palavras-chave: reimplante; proservação; trauma dental.
REFERÊNCIAS: MIRANDA, A. C. E.; HABITANTE, S. M.; CANDELÁRIA, L. F. A. Revisão de
determinados fatores que influenciam no sucesso do reimplante dental. Rev. Biociências., v. 6,
n. 1, 2000.
SANABE, M. E.; CAVALCANTE, L. B.; COLDEBELLA, C. R.; LIMA, A. C. A. Urgências em
traumatismos dentários: Classificação, características e procedimentos. Rev. Paulista de
Pediatria, v. 27, n. 4, p. 447-451, 2009.
__________________________
1Academica
do 4 ano de Odontologia na Universidade Estadual do Paraná, email: [email protected]
Universidade Estadual do Paraná, Especialista Mestre e Doutanda em Periodontotia
3Professor Universidade Estadual do Paraná, Especialista e Mestrando em Endodontia
4Professora na Universidade Estadual do Paraná, Doutorado em Odontologia (Dentística) e Pós Doutorado
Faculdade de Odontologia de Piracicapa – UNICAMP
5Professor na Universidade Estadual do Paraná, Especialista Mestre e Doutorando em Cirurgia e Traumatologia
Buco Maxilo Facial.
2Professora
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QUERATOCISTO ODONTOGÊNICO: RELATO DE CASO CLÍNICO
Taimara Carla Bertuzzi Ribeiro1
Greison Rabelo de Oliveira2
Eleonor Álvaro Garbin Júnior3
Geraldo Luiz Griza4
Natasha Magro Érnica5
Modalidade: Relato de caso
RESUMO: O queratocisto é uma forma distinta de cisto odontogênico de desenvolvimento que
necessita de considerações especiais devido ao seu comportamento clínico e aspectos
histológicos específicos. O mecanismo de crescimento pode estar relacionado com fatores
inerentes desconhecidos do próprio epitélio ou atividade enzimática na cápsula fibrosa.
Encontrado principalmente em indivíduos do gênero masculino na segunda e terceira décadas
de vida. Radiograficamente apresenta-se como uma imagem radiolúcida circunscrita, delimitada
por um halo radiopaco, localizado frequentemente em região de ângulo e ramo mandibular.
Objetivos: Relatar um caso de queratocisto odontogênico expondo a conduta empregada e
fatores importantes a respeito do diagnóstico e tratamento. Relato de caso: Paciente do gênero
masculino, 39 anos de idade, encaminhado ao Centro de Especialidades Odontológicas da
UNIOESTE, apresentou lesão radiolúcida em ramo mandibular. Ao exame clínico, leve expansão
das corticais ósseas, com dor à palpação. Foi realizada aspiração da lesão, que evidenciou
conteúdo amarelado espesso, e biópsia incisional. O laudo histopatológico indicou queratocisto
odontogênico. Optou-se pela instalação de dreno rígido para descompressão da lesão. No pósoperatório de 10 meses notou-se neoformação óssea, com diminuição significativa do tamanho
da lesão. Realizou-se biópsia exciosional para remoção do remanescente. Conclusões: O
tratamento do queratocisto odontogênico baseia-se em cirurgia de enucleação, podendo ser
realizda descompressão previamente.
Palavras-Chave: queratocisto ontogênico, ramo mandibular, enucleação, biópsia incisional.
REFERÊNCIAS:
CARNEIRO, A. G, et al. Um ano de descompressão seguida de enucleação para tratamento de tumor odontogênico
queratocístico: relato de caso. RFO, Passo Fundo, v.17, n.2, p.212-217, 2012.
LOPES, M.W.F.,et al. Aspectos clinic-morfológicos do queratocisto odontogênico: Relato de caso. Revista Odontologia
Clínic-Científica, Recife, v.3, n.1, p.61-85, jan/abril de 2004.
O’BRIEN, P. E. M. Avaliação Retrospectiva da Eficácia do Tratamento de Queratocisto Odontogênico Atendidos pela
Área de Cirurgia Buco-Maxilo-Facial da Faculdade de Odontologiade Piracicaba entre os anos de 1995 a 2004:
Análise Clínica e Histológica. 2004. 84 pgs. Dissertação (Mestrado em Clínica Odontológica – Área de Concentração
em Cirurgia e Traumatologia Buco-Maxilo-Faciais). Faculdade de Piracicaba, Universidade Estadual de Campinas.
Piracicaba, 2004.
ROSA, M. R. Queratocisto: levantamento da literatura. 2003. 69 pgs. Monografia (Especialista em lmaginologia DentoMaxilo-Facial). Faculdade de Piracicaba, Universidade Estadual de Campinas. Piracicaba, 2003.
__________________________
Acadêmico do 3º ano de Odontologia da Universidade Estadual do Oeste do Paraná – UNIOESTE, [email protected]
.Doutor em Clínica Odontológica , área de Cirurgia e Traumatologia Bucomaxilofacial pela Faculdadade de Odontologia de
Piracicaba – FOP/UNICAMP.
3
Doutorado em área de concentração Cirurgia e Traumatologia Bucomaxilofacial pela Universidade Estadual Paulista Júlio de
Mesquita Filho – UNESP.
4
Doutorando em Implantodontia pela Universidade Estadual Paulista Júlio de Mesquita Filho – UNESP.
5
Doutora em Odontologia, área de concentração Cirurgia e Traumatologia Bucomaxilofacial pela Universidade Estadual Paulista
Júlio de Mesquita Filho – UNESP e Research Fellow in Oral and Maxillofacial Surgery - Baylor College Of Dentistry Texas A M
University.
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ABORDAGEM ESTÉTICA NO TRATAMENTO DE HIPOPLASIA DE ESMALTE ATRAVÉS DA
ASSOCIAÇÃO DE TÉCNICAS DE MICROABRASÃO E CLAREAMENTO DENTAL
Natália Taglian Boniatti¹
Paula Bernardon²
Mariana Benedetti Ferreira Webber³
Danielle Shima Luize Sottovia⁴
Rafaella Angeli1
Modalidade: Caso Clínico
RESUMO: As hipoplasias do esmalte são alterações na estrutura desse tecido dentário, cuja
origem está relacionada a fatores que interferem na mineralização do dentes humanos, quer seja
local, sistêmica ou hereditária. Clinicamente, pode variar de manchas brancas até a
descoloração dos dentes, variando de amarelo à marrom escuro. Em determinados casos a
alteração pode se manifestar como sulcos ou depressões, ou como falta parcial ou total da
superfície do esmalte, com exposição dentinária em alguns pontos, podendo apresentar
sensibilidade dentinária, estética insatisfatória, má-oclusão, bem como predisposição à cárie
dentária. O intuito desse trabalho foi melhorar a estética do paciente que apresentava hipoplasia
de esmalte nos elementos: 13, 12, 11, 21, 22 e 23 através de microabrasão com pedra pomes e
ácido fosfórico a 37% e clareamento dental de consultório. Foi possível concluir que a técnica é
previsível resultando em dentes com coloração homogênea e estética satisfatória desde que seja
bem indicada e executada.
Palavras chave: Microabrasão do esmalte; clareamento dental; hipoplasia do esmalte dentário.
INTRODUÇÃO
O esmalte dentário é considerado o tecido mais calcificado do corpo humano em virtude
do alto conteúdo de sais minerais e da sua disposição cristalina. Além da camada de esmalte, o
dente é composto, em sua maior parte, por dentina formada pelos odontoblastos e por uma
substância intercelular, segundo Orban (1955).
O processo de formação do esmalte, denominado amelogênese, tem seu início na fase de
coroa do desenvolvimento do dente e consiste basicamente em dois estágios: o primeiro é a fase
de secreção, onde os ameloblastos produzem o esmalte parcialmente mineralizado (30%), e o
segundo, de maturação, consiste na deposição de mineral, remoção de matéria orgânica e água,
de acordo com Ten Cate (2001) . A extrema sensibilidade dos ameloblastos às variações do
ambiente pode ter como conseqüência a formação de defeitos no esmalte, Neville (2009).
Portanto, o esmalte dentário é formado pela atividade dos ameloblastos, cuja estrutura final
caracteriza-se por um tecido altamente mineralizado, Almeida (1992).
Os ameloblastos no germe dentário em desenvolvimento são células muito sensíveis do
ponto de vista metabólico e qualquer fator exógeno ou endógeno pode facilmente afetá-los,
podendo resultar em anomalias do esmalte. Como consequência, estes fatores podem promover
a parada focal e transitória da síntese de esmalte, ou seja, distúrbios que ocorrem durante os
estágios de desenvolvimento e maturação do esmalte resultarão na redução da quantidade ou
espessura do esmalte, resultando em mancha branca na estrutura dentária. Quando a superfície
do esmalte apresenta-se rugosa, irregular e até amolecida significa que o fator causal atuou nas
últimas fases da amelogênese, quando são depositadas as últimas camadas de esmalte,
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caracterizando a hipoplasia do esmalte, segundo Pinheiro et al. (2003) e Seow (1997). A
Hipoplasia do esmalte pode ser, então, definida como uma formação incompleta ou defeituosa
do esmalte dentário, ou seja, uma deficiência na quantidade e qualidade de esmalte, de acordo
com Ruschel (2006).
A hipoplasia de esmalte pode ser decorrente de causas sistêmicas, genéticas ou
ambientais, que interferem na formação da matriz do esmalte e na sua posterior cal- cificação e
maturação. Dentre as causas que podem lesar os ameloblastos e produzir hipoplasias podem
ser citadas: sífilis congênita, doenças exantemáticas febre exantematosas, sarampo, varicela,
escarlatina, rubéola e desnutrição), hipocalcemia, avitaminoses, infecção ou trauma local,
ingestão de substâncias tóxicas (como fluoretos) e alterações neurológicas e metabólicas,
deficiências nutricionais; deficiências de vitaminas A, C, D; ocasionadas ao nascimento (parto
prematuro, traumas ao nascimento), ingestão de medicamentos (tetraciclina e talidomida);
traumatismos cerebrais, e fatores idiopáticos. E a hipoplasia de origem local pode ser decorrente
de infecção periapical e traumatismo dentário (principalmente luxação intrusiva), segundo
Ruschel (2006). Na variedade hereditária pode ser transmitida como um caráter dominante ligado
ao sexo ou autossômico dominante, afetando ambas as dentições, segundo Hoffmann, Sousa e
Cypriano (2007).
Pelo fato de a hipoplasia ocorrer durante a fase de deposição da matriz de esmalte, é
possível precisar o período de tempo aproximado em que se deu a agressão com base nos
conhecimentos sobre a cronologia de desenvolvimento dos dentes. Por exemplo, a hipoplasia
de origem sistêmica é denominada “hipoplasia cronológica”, uma vez que o defeito é encontrado
em áreas do dente nas quais o esmalte estava em formação quando ocorreu a perturbação
sistêmica. As influências sistêmicas são freqüentes nos primeiros anos de vida, portanto, os
dentes geralmente mais afetados são os incisivos, caninos e primeiros molares decíduos,
segundo Orban (1989).
Dentre as alterações ocorridas na fase gestacional e no momento do parto que podem
levar a alterações de esmalte, destacam-se o trabalho de parto demorado, ultrapassando 24h de
duração, o uso indiscriminado do ácido acetilsalicílico; nascimento prematuro, baixo peso ao
nascimento e nutrição inadequada na gestação; asfixia neonatal, traumas, distúrbios sistêmicos
e contaminantes ambientais, segundo Garcia e Ramalho (2001).
Para fechar um diagnóstico preciso de hipoplasia do esmalte é essencial que o profissional
tenha conhecimento dos outros defeitos de esmalte. A literatura pesquisada evidencia os
seguintes tipos de defeitos ou alterações do esmalte: Opacidade difusa e demarcada do esmalte,
hipoplasia do esmalte, amelogênese imperfeita e fluorose.
Opacidade difusa e demarcada do esmalte: Sua formação é causada por falha no processo
de mineralização do esmalte, decorrente de fatores ambientais. A opacidade pode localizar-se
em apenas um ou em vários dentes, sendo parte ou toda a superfície do dente afetada. Segundo
Clarkson (1989) e Neville et al. (2009), as opacidades difusa e demarcada apresentam variações
no grau de translucidez do esmalte. As opacidades difusas apresentam esmalte de espessura
normal, com coloração branca e sem nítida delimitação com o esmalte normal. As opacidades
demarcadas são áreas de espessura normal com nítida delimitação com o esmalte circundante.
A região afetada pode apresentar-se branca, creme, amarela ou castanha, segundo Neville et al
(2009).
Hipoplasia do esmalte: A hipoplasia é um defeito quantitativo do esmalte resultante da
deposição insuficiente de matriz orgânica durante a amelogênese, de acordo com Neville et al
(2009). A deficiência nutricional constitui um fator sistêmico de formação das hipoplasias. A
deficiência de cálcio e fosfato no período neonatal está relacionada diretamente à hipoplasia do
esmalte em crianças nascidas prematuramente abaixo do peso normal (menos de 2500 gramas).
O trauma constitui um fator local que pode levar ao aparecimento de defeitos hipoplásicos do
esmalte, segundo Gonçalves e Ferreira (2000). Clinicamente pode apresentar-se como um ponto
ou uma linha horizontal, cuja superfície é rugosa a sondagem. O manchamento do dente é
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geralmente de extensão delimitada, com formato oval ou arredondado em superfícies lisas livres,
acometendo ambas dentições, segundo Guedes-Pinto (1997). Radiograficamente o esmalte dos
dentes afetados não é visível, ou quando presente, aparecerá como uma mancha muito delgada
sobre as superfícies oclusais ou interproximais, segundo Arnerberg e Sampaio (2000).
Amelogênese imperfeita: Ela tem sua etiologia associada aos fatores hereditá- rios, sendo
um distúrbio caracterizado no ectoderma, acometendo ambas dentições, de acordo com Neville
et al. (2009) e Pithan et al. (2002). Clinicamente pode apresentar-se de três formas: hipoplásica,
hipocalficada e hipomaturada. Na hipoplásica, não existe a matriz de esmalte adequadamente
formada, o esmalte pode ter pouca espessura e/ou fossas e canaletas, segundo Ruschel (2001).
Já na hipocalcificada, a matriz tem espessura normal, entretanto, sua calcificação é deficiente,
dessa forma, tem como características clínicas um esmalte não resistente, opaco e branco
amarelado, no entanto, o tamanho do dente não sofre alteração, mas sim sua estrutura, de
acordo com Orban (1989). O esmalte se fragmenta facilmente principalmente nas superfícies
vestibulares, expondo áreas de dentina. Neste tipo de opacidade, os pontos de contato proximais
entre os dentes são adequados. Wright et al. (1993) relataram que ao avaliar o esmalte
hipocalcificado no microscópio observou-se esmalte poroso e opaco, enquanto no microscópico
eletrônico foi observado que os prismas apresentaram morfologia normal, mas os cristalitos
estavam ásperos e granulares quando comparados ao esmalte normal.
Na amelogênese imperfeita hipomaturada a matriz do esmalte é depositada
apropriadamente e começa a mineralizar, porém há um defeito na maturação da estrutura cristal
do esmalte. Os dentes afetados não apresentam alterações na forma, entretanto, exibem
coloração opaco-branco e/ou marrom-amarelada. O esmalte apresenta-se mais mole que o
normal e tende a fraturar a partir da dentina subjacente, de acordo com Neville et al (2009).
Fluorose dentária: Pequenas doses ingeridas diariamente por indivíduos na fase de
formação dentária podem resultar em defeitos significativos do esmalte conhecidos como
fluorose dentária, Arneberg (2000). No Brasil, a fluorose dentária não é um problema de Saúde
Pública, sendo a prevalência de 9% em crianças de 12 anos e de 5% em adolescentes de 15 a
19 anos, sem importância estética, segundo dados do Ministério da Saúde (2003). Burt (1992)
relatou que valores entre 0,05 a 0,07 mg F/kg/dia poderiam ser a dose limite de ingestão de
fluoretos, embora esses valores sejam empíricos e devem ser vistos com cautela. Em relação à
fluoretação das águas, recomendam-se valores entre 0,6 a 1,2 ppm, dependendo da temperatura
média anual. O período crítico de suscetibilidade a fluorose dentária é durante o segundo e
terceiro ano de vida, quando os dentes estão se formando, dessa forma, o grau de severidade
da fluorose dentária é dependente da dose de flúor ingerida, tempo de exposição e fase de
amelogênese pela qual o dente está passando.
Nos graus mais brandos os dentes atingidos parecem apresentar uma resistência aos
desafios cariogênicos. Clinicamente, a estrutura alterada do dente pode apresentar-se com áreas
de esmalte opaco e finas linhas brancas que acompanham a formação dentária. Nos casos mais
severos, quando apresenta perda de estrutura, o dente pode se tornar pigmentado de amarelo a
castanho-escuro de acordo com a dieta (diversos tipos de corantes) ou hábitos de fumar, por
exemplo, segundo Fejerskov (1994).
Devido a outros fatores que podem resultar em um padrão semelhante de dano ao esmalte,
um diagnóstico definitivo exige que os defeitos estejam presentes em uma distribuição simétrica
bilateral, e evidências de depósitos de fluoreto excessivo anterior ou níveis elevados de fluoreto
no esmalte e outros tecidos devem ser encontrados. Para tanto é importante que o profissional
realize uma anamnese detalhada buscando fontes de fluoretos na infância, de acordo com Forte
(2003).
A Organização Mundial da Saúde preconiza a utilização do índice DDE (índice modificado
de defeitos no desenvolvimento do esmalte) para levantamentos epidemiológicos sobre defeitos
do esmalte. A classificação é distribuída em 9 critérios: normal, opacidade definida, opacidade
difusa, hipoplasia, outros defeitos, opacidades definidas e difusas, opacidade definida e
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hipoplasia, opacidade difusa e hipoplasia e não informado. Na literatura científica há uma
variedade de termos para definir as alterações de esmalte. Alguns termos são baseados na
aparência clínica e outros associados aos fatores etiológicos, de acordo com World Health
Organization.
A maioria dos defeitos hipoplásicos não constitui problemas dentários funcionais, exceto
nos casos mais severos. O tratamento dessa alteração pode ser requerido por razões estéticas
e depende da gravidade e da necessidade de melhorar as condições funcionais e psicológicas
do paciente, pois uma criança com o sorriso comprometido poderá apresentar distúrbios
psicológico e comportamental. Desta forma, vários protocolos de tratamento podem ser
adotados, desde clareamento, microabrasão, restaurações estéticas conservadoras e coroas
artificiais, de acordo com Pinheiro et al. (2003).
Tradicionalmente, dentes com anomalias de cor do esmalte eram tratados com desgastes
em sua superfície, que visavam a remoção do tecido afetado, de acordo com Donly, O’Neill e
Croll (1992). Esse preparo era restaurado com materiais que tinham como finalidade devolver a
estética a essa região. No entanto, essa prática não apresentava longevidade, tendo em vista
que os materiais restauradores necessitam de frequente substituição, segundo Sundfeld, Croll e
Killian (2002). Contudo, uma filosofia mais conservadora tem sido proposta atualmente para o
tratamento dessas alterações dentais. O clareamento dental é um dos tratamentos mais
realizados no consultório e tem por finalidade melhorar a aparência do sorriso com a diminuição
do croma dental. Entretanto, um correto diagnóstico do fator etiológico da alteração cromática,
bem como o conhecimento dos materiais e técnicas se faz necessário, de acordo com Franci et
al. (2010).
Poweel & Craig (1982) relataram uma técnica que ficou conhecida por ser simples, rápida
e segura já que não havia o uso de matérias cáusticos. No tratamento, usava-se ácido fosfórico
a 37%, e as manchas poderiam ser removidas em 2 sessões. O ácido executava um papel de
condicionamento, já o fluoreto de sódio e o fosfato de cálcio acidulado promoviam uma
remineralização. Na primeira sessão, era feita uma limpeza com pedra-pomes e glicerina,
aplicação de ácido fosfórico a 37 % nas áreas afetadas durante 2 a 3 minutos, lavagem da área
e polimento com pedra-pomes e glicerina. Os passos se repetiam durante a primeira sessão e
depois da lavagem final aplicava-se uma camada de fosfato de cálcio acidulado a 40 % e o
paciente era orientado a utilizar pastas fluoretadas. Nas sessões posteriores, que deveriam
ocorrer no mínimo 4 semanas após, era feita uma análise das áreas, e se houvesse necessidade
os procedimentos eram feitos novamente.
Mondelli et al (1995) apresentaram um caso clínico de remoção de manchas do esmalte
dental através da associação do agente abrasivo pedra-pomes e ácido fosfórico a 37% na forma
de gel. Eles tiveram a intenção de criar uma alternativa ao emprego de ácido clorídrico 18 %
mais pedra-pomes, durante o procedimento de microabrasão, já que a probabilidade de
ocorrência de acidentes com esta técnica era alta. Para os autores, a utilização deste novo
composto era bastante vantajosa, uma vez que, o ácido era bastante empregado nos
procedimentos restauradores, o que o tornava mais acessível, além de ser menos agressivo que
o ácido clorídrico. A técnica consiste no isolamento absoluto, aplicação do composto sobre a
mancha branca com ajuda de um cone de borracha ou ponta de borracha abrasiva, lavagem por
20 segundos com ar e água seguidos de secagem, além de observação do grau de desgaste do
dente. O procedimento pode ser repetido, mas se obtiver bons resultados após 5 ou 10
aplicações deve-se suspender a técnica. Finaliza-se com acabamento, polimento e aplicação
tópica de flúor para induzir a remineralização.
Sendo assim, o clareamento dental é uma técnica eficaz para o tratamento de alteração de
cor, no entanto, é ineficaz para a remoção de manchas em esmalte, de acordo com Cremonese
e Samuel (2001). As manchas localizadas neste substrato podem ser tratadas com métodos não
invasivos como a microabrasão, segundo Ramalho et al. (2010). Essa técnica se caracteriza pela
combinação de uma substancia ácida com uma substância abrasiva que, quando aplicada sobre
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a estrutura dental e friccionada, gera um desgaste mínimo na estrutura dental, removendo
manchas e irregularidades presentes nas camadas superficiais do esmalte, segundo estudos de
Sundfeld (1995) . É uma técnica simples, de baixo custo, e apresenta resultados imediatos,
permanentes e sem recidivas, ainda, a perda de estrutura dental gerada pelo seu ato é
insignificante e, após realizada, devolve ao esmalte um aspecto clínico saudável e esteticamente
agradável, como bem evidenciado em estudo de Santos-Pinto, Azevedo e Lima (2005), Kendell
(1989) e Calixto, Lins e Lima (2007). Além disso, a rugosidade do esmalte após o polimento é
menor, reduzindo o acúmulo de placa e aumentando a dureza superficial, o que torna o dente
mais resistente a desmineralizações. No entanto, a efetividade na remoção de manchas pela
microabrasão depende do correto diagnóstico, tendo em vista que está diretamente ligada à
profundidade da lesão, segundo Sundfeld et al. (2007) e Mondelli, Souza e Carvalho (2001).
Dentre as indicações para técnica de microabrasão, podemos citar as manchas superficiais
do esmalte dental e localizadas na face vestibular (quer por amelogênese imperfeita ou pelas
adquiridas durante o emprego de aparelho ortodôntico e observadas pós-remoção de braquetes
ortodônticos), manchas de qualquer cor, manchas de etiologia intrínseca, manchas de textura
dura e correção de irregularidades superficiais, segundo Sundfeld et al. (2007).
Com relação as contra indicações, pode-se ressaltar a impossibilidade de realização do
isolamento absoluto, diante dessa condição clínica, a técnica da microabrasão deverá ser
realizada após a completa exposição da mancha e erupção total do elemento dental, manchas
extrínsecas, diante dessa condição clínica, deverão ser removidas através de procedimentos de
limpeza, tais como raspagem e alisamento coronário, ou até mesmo pacientes com vedamento
labial deficiente, condição clínica que dificulta, sobremaneira, a formação da película
umedecedora do esmalte, não protegida pelos lábios superior e inferior. Diante desses pacientes,
é conveniente encaminhá-los para o ortodontista, ou ao fonoaudiólogo, para, após a obtenção
do reposicionamento correto dos lábios, iniciarmos a técnica de microabrasão, modificar a cor
dentinária, diante dessa condição clínica, os elementos dentais poderão ser submetidos a técnica
do clareamento dental, para obtenção de uma coloração dental mais clara, Sundfeld et al. (2007).
E, finalmente, com relação as limitações da técnica pode-se citar as manchas localizadas
no terço incisal, principalmente as observadas em pacientes mais jovens, que possuem nessa
região uma maior espessura de esmalte e a ausência de tecido dentinário. As manchas
localizadas entre o esmalte dental vestibular e lingual, após a remoção da mancha, o esmalte
incisal remanescente poderá apresentar uma maior translucidez além de uma maior fragilidade
ao desgaste e a fratura, com o passar do tempo, manchas localizadas no terço cervical, em razão
da espessura de esmalte dental ser menor nessa região. Porém, mesmo assim, essas manchas
poderão ser submetidas a técnica microabrasiva, entretanto assumindo maiores cuidados
durante a sua remoção, segundo Sundfeld et al. (2007).
OBJETIVO
O objetivo desse caso clínico foi devolver a estética do sorriso do paciente através da
associação de clareamento dental pela técnica de consultório em todos os elementos dentários
e microabrasão com pedra pomes e ácido fosfórico a 37% nos dentes que apresentavam
hipoplasia no intuito de amenizar os manchamentos causados por esse defeito de esmalte.
RELATO DE CASO CLÍNICO
Paciente E.J.H., gênero masculino, 25 anos, compareceu à clínica de odontologia da
Universidade Estadual do Oeste do Paraná queixando-se do aspecto estético negativo de seus
dentes anteriores. Durante a anamnese o paciente relatou que as manchas brancas estavam
presentes desde a erupção dos incisivos permanentes e que não se recordava da ocorrência de
traumatismo dentário durante a dentição decídua. Entretanto, nenhuma informação foi obtida da
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história médica e da anamnese que pudessem estar relacionada com a alteração no esmalte
dentário. Ao exame clínico intra-bucal verificou-se normalidade dos tecidos moles. Clinicamente,
observou-se nos terços médio e incisal dos incisivos centrais superiores, laterais e caninos a
presença de manchas esbranquiçadas rasas. Realizou-se o exame radiográfico periapical da
região envolvida, na qual nenhuma alteração foi observada. Frente a esses aspectos, os sinais
clínicos levaram ao diagnóstico sugestivo de hipoplasia do esmalte, sem conhecimento da causa,
pois não havia dados suficientes para confirmar o fator etiológico. Como plano de tratamento,
optou-se pela microabrasão e clareamento dental.
Na primeira sessão foi iniciado o processo de microabrasão que se deu através da
aplicação da mistura de pedra pomes e ácido fosfórico 37% na proporção volumétrica de 1:1.
Para tal, inicialmente realizou-se uma profilaxia com pedra-pomes e água, lavagem e secagem
das superfícies. Em seguida, realizou-se o isolamento absoluto, a aplicação da pasta com mais
ou menos 1 mm de espessura sobre a mancha do esmalte e a realização da microabrasão com
fricção com uma espátula de madeira confeccionada através de afastador de língua de madeira.
Após cada aplicação, executou-se lavagem abundante e análise da remoção da mancha com a
superfície de esmalte úmida. Esta análise foi realizada por criteriosa visualização vestibular e
incisal a fim de observar a quantidade de desgaste de estrutura dental. No total, foram realizadas
5 aplicações de 10 segundos cada. Para concluir, realizou-se um polimento do esmalte com
disco de feltro e pasta para polimento, e aplicação tópica de flúor fosfato acidulado 1,23%.
Após um mês, foi realizado o clareamento dental, iniciando-se pela realização de
profilaxia dos dentes com pedra pomes e água, seguido pela aplicação da barreira gengival Top
dam® (FGM) dos elementos envolvidos no clareamento dental, após inserção do afastador de
bochechas e língua. Em seguida, foi aplicado o gel clareador Whiteness HP Blue Calcium®
(FGM) por 40 minutos, conforme instruções do fabricante. Após esse tempo, o gel foi removido
com ajuda de uma cânula de aspiração seguida de lavagem abundante com água e aspiração.
Os dentes foram secos e aplicado flúor tópico incolor por 1 minuto. Essa técnica foi repetida duas
vezes com intervalo de 1 semana entre elas.
Para finalizar o caso foi substituída uma restauração da face vestibular do elemento 21
que apresentou-se mais escura do que o restante do elemento dentário, destoando do resultado
obtido. Primeiramente, foi realizada a profilaxia dos elementos dentários com pedra pomes e
água, seguida da seleção de cor da resina composta, com auxílio da escala Vitta e incrementos
de resina sobre a superfície do dente sem ataque ácido e adesivo. Após seleção da cor, foi
realizado o isolamento absoluto do campo operatório, remoção da restauração com fresas
esféricas de ponta diamantada, confecção de um bisel, seguida pelo ataque ácido com ácido
fosfórico 37% por 30 segundos em esmalte e 15 segundos em dentina, lavagem abundante com
água por 30 segundos, leve secagem com papel filtro, aplicação do adesivo, secagem a 15 cm
de distância para evaporação do solvente, reaplicação do adesivo e secagem, fotopolimerização
por 40 segundos e aplicação da resina de dentina selecionada por incrementos e finalizado com
resina de esmalte da mesma cor, sendo cada incremento fotopolimerizado por 40 segundos. Em
seguida, foi realizado o acabamento inicial da restauração com auxílio de lâmina de bisturi.
Após 21 dias foi realizado o acabamento e polimento da restauração com tiras de lixa,
discos abrasivos de acabamento, pasta para polimento de resina composta e discos de feltro.
DISCUSSÃO
As manchas brancas não cariosas são muito importantes clinicamente, pois
comprometem a estética e, no caso das hipoplasias do esmalte, podem comprometer
severamente a estrutura do dente, segundo Pinheiro et. Al (2003) e Pithan et al. (2002). As
irregularidades promovidas pela hipoplasia do esmalte facilitam a instalação de cáries por
favorecerem a ação da placa dento-bacteriana pelas fissuras, depressões e sulcos formados
irregularmente na superfície do esmalte, Pinheiro et al. (2003). A diferenciação entre manchas
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brancas de cárie e as manchas brancas não cariosas do esmalte é muito importante na escolha
da melhor conduta e forma de tratamento para eliminá-las ou atenuá-las, Pinheiro et al. (2003).
Para dentes com manchas localizadas superficialmente em esmalte, a microabrasão do esmalte
deve ser a primeira tentativa de correção da cor. Se a mancha não for superficial, o procedimento
restaurador com compósito fotopolimerizável deve, então, ser considerado, segundo
Worschhech (2003).
Com a evolução das técnicas adesivas, pode-se reabilitar casos de anomalias dentárias,
como a hipoplasia do esmalte, com procedimentos menos invasivos, permitindo previsibilidade
e longevidades dos resultados obtidos. Muitas são as pessoas que perdem a sua autoconfiança
e autoestima devido a um sorriso ou estética prejudicados, levando-as a se comportar de maneira
tímida ou retraída. Em crianças e adolescentes, as condições que afetam a estética influem no
desenvolvimento da personalidade e podem até mesmo contribuir para um comportamento
antissocial, de acordo com Bendo et al. (2007)
Mendes et al. (1999), procuraram analisar a quantidade de desgaste do esmalte humano,
após o uso da técnica de microabrasão, com diferentes 22 formulações e números de aplicações.
Foram utilizados no trabalho molares humanos hígidos extraídos, sendo que o desgaste foi
visualizado por meio de microscopia óptica. Foram determinados cinco grupos de trinta
espécimes, nos quais foi aplicado um dos seguintes materiais em 3 condições (5, 10 e 15
aplicações): grupo 1) ácido clorídrico a 18%; grupo 2) ácido clorídrico a 18% + pedra-pomes;
grupo 3) Prema Compound; grupo 4) ácido fosfórico a 37% e grupo 5) ácido fosfórico a 37% +
pedra-pomes. Nestes grupos, foram estabelecidos três subgrupos identificados pelas letras A, B
ou C de acordo com o número de aplicações (5, 10 ou 15 respectivamente) do tratamento
realizado. Depois de 10 segundos de cada aplicação do material, a superfície era lavada por 20
segundos com água deionizada e seca com ar. Após o tratamento, os espécimes eram polidos
com Soflex. Foi possível detectar uma diferença estatística bem significativa entre os materiais
e o número de aplicações. O maior desgaste foi provocado pelo uso do ácido clorídrico a 18% +
pedra-pomes, seguido em ordem decrescente pelos grupos 1, 5, 4 e 3.
Ainda em 2000, Moura et al. utilizaram duas técnicas de microabrasão do esmalte, uma
utilizando o ácido clorídrico a 18% associado à pedra-pomes e a outra utilizando o ácido fosfórico
a 37% em gel, também associado à pedra-pomes. O estudo tinha como objetivo comparar a
eficácia clínica dessas duas técnicas. A amostra contou com 15 pacientes de ambos os sexos,
num total de 68 dentes portadores de descoloração de etiologias diversas. Através dos
resultados, foi possível concluir que não houve diferença clínica significativa entre as técnicas
testadas, no que diz respeito ao resultado final clínico e ao tempo. Uma conclusão importante do
trabalho foi a detecção de que as técnicas mostraram ser mais eficazes na remoção de manchas
escuras.
Ritter, 2005, ressaltou mais uma vez as vantagens do uso da técnica de microabrasão
como por exemplo: maior conservação da estrutura dentária quando comparada às restaurações
e veneers, boa estética e baixo custo. Além disso, caracterizou a microabrasão como um
tratamento estético bastante conservador que deve ser utilizado para a remoção de manchas
intrínsecas superficias do esmalte, manchas estas que podem ser provenientes de fluorose leve
e/ou por hipoplasia de esmalte. Entretanto, também foram citadas no trabalho algumas restrições
da técnica, como por exemplo, o fato de não ser recomendada para manchas dentais mais
profundas, internas, tais como aquelas causadas pela tetraciclina, pela fluorose severa ou pelo
amarelamento generalizado dos dentes. Apesar do bom desempenho dos compostos abrasivos,
foi possível concluir que a técnica de microabrasão que utiliza o ácido fosfórico associada à pedra
pomes possui características mais favoráveis, além de ser menos agressiva.
Em 2007, através de casos clínicos, Benbachir et al. relataram acerca de indicações e
limites da técnica de microabrasão. Os autores ressaltaram a importância de se fazer um bom
diagnóstico do paciente o que permite um bom direcionamento na escolha correta do tratamento,
além da possibilidade de se estipular um prognóstico para o caso. Afirmaram ainda que, nos
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últimos anos, a microabrasão não foi somente utilizada sozinha, mas sim junto com o
clareamento vital, o que gerou bons resultados no que diz respeito ao quesito estético, já que
reduziu o contraste entre as lesões e a superfície do dente. A microabrasão também é
recomendada para o tratamento da fluorose, a desmineralização pós-ortodôntica, a hipoplasia
localizada e a hipoplasia idiopática, onde a descoloração é limitada à camada mais superficial
do esmalte.
Trabalhos apontam uma melhora significante na aparência das manchas obtida para 97%
dos pacientes. O clareamento dental in office tem se mostrado uma técnica segura e que
apresenta bons resultados. Apresenta vantagens como controle de técnica pelo operador, menor
desconforto em relação às moldeiras e rapidez, quando comparado à técnica caseira. No
entanto, uma maior sensibilidade tem sido demonstrada por alguns trabalhos. Para minimizar
este desconforto ao paciente, podemos recobrir as áreas de exposição dentinária e trincas em
esmalte com o uso da barreira gengival, procedimento que diminui a difusão do gel nessas áreas
e, consequentemente, a sensibilidade, segundo Ramalho et al. (2010). Sendo assim, a
efetividade da técnica de microabrasão do esmalte dental tem sido demonstrada desde sua
introdução. Em 2000, após treze anos de experiência com microabrasão, Croll (2000) afirmou
que o tratamento é efetivo como recurso conservador para melhorar a aparência dos dentes e
que a correção é mantida ao longo do tempo. A técnica baseia-se na penetração do ácido na
porção orgânica do esmalte e possui pouco efeito sobre os prismas de esmalte. As manchas são
removidas na estrutura orgânica, onde o efeito abrasivo altera a camada mais superficial do
esmalte, remove parte da estrutura defeituosa e faz com que grande porção de mineral
permaneça compactada sobre o dente, formando densa e polida camada na superfície, que
apresenta graus de reflexão e refração da luz diferentes dos de uma superfície não tratada. Esse
efeito óptico é o responsável pelo desaparecimento das manchas da camada superficial,
melhorando assim a estética.
CONCLUSÃO:
Conclui-se que a microabrasão do esmalte e o clareamento dental são procedimentos
seguros, de baixo custo, com remoção insignificante de esmalte, eficiente diminuição do croma
e do manchamento dental e que necessita de pouco tempo clínico para execução, principalmente
quando são empregados ácidos de elevadas concentrações, tornando o procedimento indicado
especialmente para remoção de manchas intrínsecas superficiais do esmalte, com resolução
estética bastante satisfatória, desde que o diagnóstico diferencial minucioso dos defeitos de
esmalte seja realizado para que um plano de tratamento adequado seja traçado.
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20 a 23 de agosto de 2015 - ISSN 2236-9090
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__________________________________
¹Acadêmicas Odontologia, UNIOESTE, [email protected] / [email protected]
²Mestre Clínicas Odontológicas, UNIOESTE, [email protected].
³ Mestre Prótese Dentária, FACULDADE INGÁ, [email protected]
⁴ Doutora Periodontia, UNESP, [email protected].
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ANÁLISE ESTÉTICA – INTER-RELEÇÃO DENTOFACIAL
Carla Maria Caramori¹
Diela da Cas
Taína Rafaela Ferreira dos Passos
Layra Lhais Biff
Carlos Eduardo Godoy
Modalidade: Revisão de Literatura
RESUMO: No decorrer dos séculos, o culto ao corpo vem aumentando, a sociedade
contemporânea cultua e valoriza a beleza. Diante disso a odontologia está intimamente ligada à
estética. Objetivo: Avaliar os princípios estéticos e funcionais necessários para o cirurgião
dentista estabelecer um correto plano de tratamento em Odontologia Restauradora e orientar o
clínico na avaliação estética facial e dental. Revisão de Literatura: O exame facial é considerado
a chave do diagnóstico e do planejamento estético restaurador integrado. Avalia-se: análise
fotográfica, vista frontal, linhas de referências, simetria e diversidade, relações horizontais e
verticais, proporções faciais, vista de perfil, linha-E e ângulo nasolabial. Na análise dentolabial,
é necessário interagir com o paciente para que o clínico consiga observar e avaliar os
movimentos labiais naturais e a exposição dental durante as várias fases da fala e do sorriso,
observando: Exposição dos dentes com os lábios em repouso, borda incisal, curva incisal versus
lábio inferior, linhas do sorriso, corredor vestibular, linha média dental. Já na análise dental,
observa-se: Linha interincisal superior e inferior, tipo dental, cor, textura, tamanho, simetria e
borda incisal de cada elemento dental. Discussão: Segundo os autores Mondelli e Fradeani,
durante a fase nanoperatória é muito importante que o clínico avalie seu paciente como um todo,
para que obtenha a excelência do caso.Conclusão:Uma composição bucal, para ser satisfatória,
deve estar relacionada a diversos pontos e linhas de referência faciais, visto que, estas, servem
como guias no restabelecimento do conjunto dentário.
Palavras-chave: Análise estética, Análise facial, Análise dental
REFERÊNCIAS:
FRADEANI, M. Reabilitação Estética Em Prótese Fixa - Análise Estética Vol. 1 – São Paulo:
Editora Quintessence.
MONDELLI, J. Estética e Cosmética em Clínica Integrada Restauradora. São Paulo: Editora
Quintessence, 2003.
____________________
1Acadêmica
do quarto ano do Curso de Odontologia da Universidade Paranaense- UNIPAR.
59
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ASSOCIAÇÃO DE TÉCNICAS PARA EFETIVO CLAREAMENTO DENTAL
Tuane Mertz1
Vera Lucia Schmitt2
Bianca Medeiros2
Nathália Nitsche1
Mariana Lena Sassi1
Modalidade: Caso Clínico
RESUMO: O interesse pela estética é crescente, e na odontologia, particularmente, a busca por
um sorriso mais harmonioso. Dentre as inúmeras alternativas hoje existentes, a mais
conservadora é o clareamento dental, seja ele caseiro ou ambulatorial. Ambas as técnicas se
baseiam na aplicação de substâncias químicas sobre a estrutura dental, sendo as mais utilizadas
o Peróxido de Carbamida e Peróxido de Hidrogênio. A capacidade de difusão do agente
clareador na estrutura dental varia de acordo com alguns fatores, tais como concentração do gel
e tempo de aplicação.Objetivo: Relato de caso clínico associando a técnica de consultório a de
clareamento caseiro. Relato de caso: Paciente compareceu a clínica de Odontologia da
Unioeste com a intenção de clarear seus dentes. Na primeira sessão, após isolamento com
barreira gengival, foi realizada a aplicação de Peróxido de Hidrogênio a 35% em toda superfície
dental e aguardado 15 minutos, na sequência, removeu-se o gel com o auxílio de uma cânula de
sucção e repetiu-se a operação seguida de lavagem abundante. Posteriormente, foi executada
a moldagem anatômica para confecção da moldeira individual. Na segunda sessão, implantouse a técnica caseira com a aplicação diária de Peróxido de Carbamida 16%, por duas horas,
durante 21 dias. Após esse período o paciente retornou ao consultório para polimento e aplicação
de flúor. Conclusão: No caso exposto, verificou-se uma homogeneidade na tonalidade dos
dentes, podendo concluir que o branqueamento foi eficaz e gera resultados satisfatórios quando
a correta indicação é respeitada e o tratamento bem executado.
Palavras-chave: Clareamento dental, Peróxido de Carbamida, Peróxido de Hidrogênio
REFERÊNCIAS:
FUGARO, J.O.; NORDAHL, I.; FUGARO, O.J.; MATIS, B.A.; MJÖR, I.A. Pulp Reaction to Vital
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HAYWOOD, V. B. History, safety, and effectiveness of current bleaching techniques and
applications of the nightguardvital bleaching technique. Quintessence Int, v.23-3, p. 471-488,
1992.
____________________
1Acadêmicas
do Curso de Odontologia da Universidade Estadual do Oeste do Paraná- UNIOESTE.
Docentes do Curso de Odontologia da Universidade Estadual do Oeste do Paraná- UNIOESTE.
2
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AVALIAÇÃO DA DUREZA DE MATERIAIS RESTAURADORES ESTÉTICOS EXPOSTOS A
DEGRADAÇÃO BIOLÓGICA E MECÂNICA
Tainara Conte1
Vera Lúcia Schmitt2
Fabiana Scarparo Naufel2
Bianca Medeiros2
Yara Grubert Pedrão1
Modalidade: Pesquisa
RESUMO:Materiais restauradores são susceptíveis a degradação, podendo ser causada por
baixo pH devido ao biofilme, bebidas ácidas, alimentação e escovação, o que acaba por alterar
as propriedades superficiais dos materiais, essencial para a durabilidade e estética das
restaurações. Objetivo: Avaliar a dureza Knoop (KHN) da superfície de materiais restauradores,
submetidos ao contato do biofilme de Streptococcus mutans em associação ao processo de
abrasão provocado pela escovação. Metodologia: Foram confeccionados 10 discos de cada
material (Filtek Z350, Empress Direct e e.Max) seguindo as instruções dos fabricantes. Os
espécimes foram armazenados em umidade relativa 100% a 37 C durante 24 horas, após,
mensurou-se a KHN inicial. Posteriormente, foram submetidos a degradação biológica, imersos
em 25 µL de inóculo de Streptococcus mutans, mantida por 2 h nos discos, posteriormente
imersos em meio BHI com 1% de sacarose, trocado a cada 48 h. Após 7 dias, os discos foram
lavados em ultra-som, e avaliou-se a KHN novamente. Finalmente, então submeteu composto
de cerdas dental com dentifrício; após esse processo, mensurou-se novamente a KHN.
Resultados: Inicialmente, as resinas compostas Empress Direct e Z350 apresentaram baixa
dureza, mas após a degradação biológica, não houve diferença estatística entre os materiais.
Após a degradação mecânica houve aumento da para Z350, e Empress Direct permaneceu
semelhante a degradação biológica. Em todas as situações, e.Max manteve os maiores valores
de dureza. Conclusão: Diferentes materiais obtiveram diferentes valores de dureza conforme a
condição estudada, variando conforme a composição do material. E independente das
avaliações, e.Max obteve os maiores índices de dureza.
Palavras-chave: Biofilmes; Propriedades de superfície; Materiais dentários.
REFERÊNCIAS:
DE PAULA, A.B., FÚCIO S.B.P., ALONSO R.C.B., AMBROSANO G.M.B & PUPPIN-RONTANI
R.M. Influence of chemical degradation on the surface properties of nano restorative materials
Operative Dentistry. 2014 39(3) e109-e117.
SOUSA BARBOSA RP, PEREIRA-CENCI T, MISSIO DA SILVA W, COELHO-DE-SOUZA FH,
DEMARCO FF & CENCI MS (2012) Effect of cariogenic biofilm challenge on the surface hardness
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PADOVANI G.C., FÚCIO S.B.P., AMBROSANO G.M.B., SINHORETI M.A.C & PUPPINRONTANI R.M. In situ surface biodegradation of restorative materials Operative Dentistry “In
Press”. 2014 39(2).
________________________________
¹ Acadêmicas da Universidade Estadual do Oeste do Paraná – UNIOESTE, [email protected]
² Docentes da Universidade Estadual do Oeste do Paraná – UNIOESTE
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AVALIAÇÃO DA RUGOSIDADE DE SUPERFÍCIE DE MATERIAIS RESTAURADORES
ESTÉTICOS EXPOSTOS A DEGRADAÇÃO
Yara Grubert Pedrão1
Fabiana Scarparo Naufel2
Bianca Medeiros2
Vera Lúcia Schmitt2
Tainara Conte1
Modalidade: Pesquisa
RESUMO: Materiais restauradores estão constantemente expostos ao processo de degradação
na cavidade oral, podendo afetar as propriedades de superfície dos materiais, fundamentais para
estética e longevidade das restaurações. Objetivo: Avaliar a rugosidade de superfície (Ra) de
alguns materiais após o contato com biofilme de Streptococcus Mutans associados a abrasão
gerada pela escovação. Metodologia: Confeccionou-se 10 discos de cada material (Filtek Z350,
Empress Direct e e.Max) de acordo com as instruções dos fabricantes. Então, os espécimes
foram armazenados em umidade relativa 100% a 37 C durante 24 horas, após, mensurou-se a
Ra inicial. Posteriormente, foram submetidos a degradação biológica, imersos em 25 µL de
inóculo de Streptococcus mutans, mantida por 2 h nos discos, e após imersos em meio BHI com
1% de sacarose, trocado a cada 48 h. Após 7 dias, os discos foram lavados em ultra-som, e
avaliou-se a Ra novamente. Finalmente, submeteu-se os espécimes a degradação mecânica,
sendo fixos a um dispositivo de escovação composto de cerdas dental com dentifrício; após esse
processo, mensurou-se novamente a Ra. Resultados: Os compósitos mostraram rugosidade
baixas e semelhantes inicialmente, e e.Max apresentou maior rugosidade; após a degradação
biológica ambos os compósitos apresentaram aumento significante de rugosidade, e e.Max
manteve-se semelhante a inicial. Depois da degradação mecânica os valores de rugosidade
diminuíram para Empress Direct e e.Max e Z350 permaneceu similar aos valores de degradação
biológica. Conclusão: Este estudo revelou que os compósitos apresentaram valores médios de
rugosidade semelhantes após o polimento. Após a degradação os compósitos apresentaram
variações diferentes de rugosidade.
Palavras-chave: Biofilmes; Propriedades de superfície; Materiais dentários.
REFERÊNCIAS:
DE PAULA, A.B., FÚCIO S.B.P., ALONSO R.C.B., AMBROSANO G.M.B & PUPPIN-RONTANI
R.M. Influence of chemical degradation on the surface properties of nano restorative materials
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PADOVANI G.C., FÚCIO S.B.P., AMBROSANO G.M.B., SINHORETI M.A.C & PUPPINRONTANI R.M. In situ surface biodegradation of restorative materials Operative Dentistry “In
Press”. 2014 39(2).
VOLTARELLI F.R., SANTOS-DAROZ C.B., ALVES M.C., CAVALCANTI A.N & MARCHI G.M.
Effect of chemical degradation followed by toothbrushing on the surface roughness of restorative
composites Journal of Applied Oral Science. 2014 18(6) 585-590.
________________________________
¹ Acadêmica da Universidade Estadual do Oeste do Paraná – UNIOESTE, [email protected]
² Docente da Universidade Estadual do Oeste do Paraná – UNIOESTE.
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20 a 23 de agosto de 2015 - ISSN 2236-9090
FRATURA CORONÁRIA: REABILITAÇÃO ESTÉTICA E FUNCIONAL COM RESINA
COMPOSTA – RELATO DE CASO CLÍNICO
Aline Aguetoni¹
Bianca Medeiros²
Vera Lúcia Schmitt²
Fabiana Scarparo Naufel²
Alana R. Balbinot¹
Modalidade:Caso clínico
RESUMO: Um dos principais motivos que leva o paciente a procurar o cirurgião-dentista é a
melhoria estética do seu sorriso. Dessa forma, a fratura dental gerada por traumas, torna-se um
fator frequentemente encontrado na prática odontológica, o qual gera um prejuízo estético
significativo ao paciente. Tendo ainda como relevância, a incidência dessas fraturas, que
comumente ocorre em pacientes jovens, que buscam ainda mais a estética. Objetivo: Relatar
um caso clínico de fratura coronária, cujo tratamento optado foi a técnica restauradora direta com
resina composta com a confecção de enceramento diagnóstico e uso da guia de silicone. Relato
do caso: Paciente M. S. A., gênero masculino, 16 anos, procurou atendimento odontológico
queixando-se de fratura no elemento 11. Perante o exame clínico e radiográfico, optou-se pela
restauração direta com resina composta, visto ser uma alternativa que permite maior
conservação da estrutura dental e com menor custo em comparação com as técnicas indiretas,
considerando-se também que, a fratura não atingiu a polpa dentária. Conclusão: Com a
realização correta de todas as etapas, os devidos cuidados tomados com a seleção de cor e a
manutenção das características anatômicas do elemento dental, obteve-se um tratamento
restaurador satisfatório tanto para o profissional como para o paciente, proporcionando estética
e funcionalidade favorável, princípios importantes na prática odontológica.
Palavras-chave: fraturas dos dentes; estética dentária; restauração dentária permanente;
resinas compostas.
REFERÊNCIAS:
CONCEIÇÃO, E. N. et al. Dentística: Saúde e Estética. 2ª ed. Porto Alegre: Artmed, 2007. p. 322.
HIRATA, R., AMPESSAN, R. L., LIU, J. Reconstrução de Dentes Anteriores com Resinas
Compostas – Uma Sequência de Escolha e Aplicação de Resinas. JBC, v. 5, p. 15-25, 2001.
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¹ Acadêmica da Universidade Estadual do Oeste do Paraná – UNIOESTE. [email protected]
² Docente da Universidade Estadual do Oeste do Paraná – UNIOESTE.
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RESTAURAÇÃO DA HARMONIA ESTÉTICA EM DENTES ANTERIORES – ABORDAGEM
MULTIDISCIPLINAR.
Felipe de Brum Ricardi1
Virgínia Bosquiroli2
Veridiana Camilotti2
Alexandre Marcos Bandeira3
Natalindo Satio Inagaki4
Modalidade: Caso Clínico
RESUMO: A reabilitação de dentes anteriores fraturados visa reestabelecer a estética e devolver
a função ao paciente. O tratamento realizado, é baseado no tipo de dano e, as estruturas
atingidas orientam o procedimento e o prognóstico dependendo do grau de envolvimento, do
estágio de seu desenvolvimento e do tempo transcorrido entre o acidente e o atendimento. Por
isso, o objetivo deste estudo foi apresentar, por meio de um caso clínico, a reabilitação estética
e funcional do elemento dental 11 acometido por fratura. Para tanto foi realizado anamnese,
exame clínico e radiográfico, planejamento multidisciplinar envolvendo a ortodontia, endodontia
e dentística restauradora. Em seguida, foi realizado enceramento diagnóstico para auxiliar no
procedimento restaurador e correção de um leve apinhamento envolvendo o dente fraturado. O
exame radiográfico evidenciou perda de dentina radicular, por isso, realizou-se tratamento
endodôntico seguido do reforço radicular e cimentação do pino de fibra de vidro. A restauração
foi feita com resina composta Empress Direct e Creative Color para uniformizar a cor com a
referência do dente 21. O acabamento e polimento foi realizado com auxílio dos discos Soft Lex
uma semana após a confecção da restauração. Após a conclusão do caso clínico foi observado
que, com um planejamento adequado e multidisciplinar, foi possível reestabelecer a plenitude
estética e funcional de dentes fraturados.
Palavras-chave: Cárie Radicular; Necrose da Polpa Dentária; Traumatismo Dentário.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
BARATIERI, L.N.; ARAÚJO JÚNIOR, E.M.; MONTEIRO JÚNIOR, S.; FORTKAMP, S.;
FEUSER, L. Projeto Sorriso Natural: Para quem é e para quem não é dentista. São Paulo:
Editora Santos, 2006. 17 p.
BARATIERI, L.N.; MONTEIRO JÚNIOR, S. Odontologia Restauradora: fundamentos e
possibilidades. São Paulo: Editora Santos, 2006. 397 p.
BARATIERI, L.N., et al. Soluções clínicas: fundamentos e técnicas. Florianópolis: Editora
Ponto, 2008. 191 p.
FONSECA, A.S. Odontologia Estética: a arte da perfeição. São Paulo: Artes Médicas, 2008.
______________________
1
Mestrando, Universidade Estadual do Oeste do Paraná, [email protected]
Doutora, Faculdade de Odontologia de Piracicaba.
3 Mestre, Universidade Norte do Paraná.
4 Mestre, Universidade Camilo Castelo Branco.
2
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TRATAMENTO DE AGENESIA DENTAL ATRAVÉS DE LAMINADOS CERÂMICOS
MINIMAMENTE INVASIVOS: RELATO DE CASO CLÍNICO
Giovani Ceron Hartmann1
Paula Bernardon2
Mariana Benedetti Ferreira Webber3
Danielle Shima Luize Sottovia4
Modalidade: Caso Clínico
RESUMO: As agenesias dentárias constituem uma anomalia dentária de número e considera-se
estar na presença de uma sempre que, pelo menos, um dente, após a realização de uma
pormenorizada história clínica para despiste de uma extração dentária, se encontre ausente. A
ausência congênita de dentes pode estar associada a uma síndrome genética ou surgir como
um fenômeno isolado. Nesse caso, a paciente apresentava agenesia dos elementos 12 e 22, os
quais estavam sendo substituídos pelos elementos 13 e 23. Após minucioso planejamento
através de exame clínico e radiografias, optou-se pela realização de facetas laminadas
minimamente invasivas, uma vez que a paciente já apresentava reanatomização dos elementos
13 e 23 com facetas diretas de resina composta, e também por haver tecido dentário sadio em
quantidade satisfatória. Podemos concluir, que quando indicadas de maneira correta as facetas
laminadas que exigem pouco desgaste da estrutura dental podem ser indicadas para casos de
reanatomização.
Palavras chave: Anodontia, facetas dentárias, estética.
INTRODUÇÃO
A anomalia dentária é definida como um desvio da normalidade, habitualmente associada
ao desenvolvimento embrionário dos dentes, podendo resultar na ausência, no excesso ou na
alteração de forma.
De acordo com Polder, Van der Linden e Kuijpers-Jagtman (2004) as agenesias são
anomalias relativamente frequentes na dentição definitiva apresentando uma prevalência que
varia entre os 0,3 e os 36,5% sendo que para a população portuguesa os valores descritos
variam entre os 5,6 e os 6,5% excluindo os terceiros molares. Ocorre mais frequentemente nos
indivíduos do sexo feminino, embora a distribuição por gêneros apresente variações de acordo
com a localização geográfica das populações em estudo de acordo com Polder, Van der Linden
e Kuijpers-Jagtman (2004), Cruz (1989), Leitão (1993) e Carvalho, Mesquita e Afonso (2011).
Apesar de ser possível encontrar na literatura algumas diferenças, a maior parte dos
estudos refere que o dente que mais frequentemente se encontra ausente é o 2 pré-molar inferior
(PMI), seguido do incisivo lateral superior (ILS), do 2 pré-molar superior (PMS) e do incisivo
central inferior (ICI).
A agenesia dos 1 s e 2 s molares, do canino inferior (CI) e do incisivo central superior
(ICS) são relativamente raras de acordo com Polder, Van der Linden e Kuijpers-Jagtman (2004),
Cruz (1989), Leitão (1993) e Carvalho, Mesquita e Afonso (2011).
De acordo com Pinho, Tavares e Pollmann (2005), Pinho, Maciel e Pollmann (2009),
Robertsson e Mohlin (2000), a ausência de apenas um incisivo lateral é, muitas vezes,
acompanhada de má formação do incisivo lateral contra-lateral sendo a microdontia a anomalia
dentária mais frequente. Este fenômeno sugere a influência dos fatores genéticos nestas
anomalias dentárias.
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O impacto, a nível estético e funcional, que a agenesia destes dentes provoca é enorme,
constituindo um fator de preocupação não só para os portadores da anomalia como também para
os profissionais de saúde que veem no planeamento do seu tratamento, um grande desafio.
Várias atitudes terapêuticas podem ser tomadas face à ausência de um ou mais ILS.
Pode-se optar por não se fazer nada ou por uma de 2 situações terapêuticas: criar o espaço
adequado para a substituição do dente ou dentes ausentes ou fechar o espaço disponível na
arcada dentária, proporcionando o contato do incisivo central com o canino procedendo-se,
posteriormente, à reanatomização do canino transformando-o num incisivo lateral de acordo com
Sabri (1999), Millar e Taylor (1995) e Kokich e Kinzer (2005). No primeiro caso, a reabilitação
protética dos espaços criados é variada, podendo-se optar por uma prótese removível ou,
alternativamente, por dentes fixos através da realização de uma prótese fixa dento ou implantosuportada.
O tratamento de pacientes com agenesias de incisivos laterais deve ser multidisciplinar,
envolvendo as áreas de ortodontia e dentística restauradora ou ortodontia, implante e prótese.
As opções de tratamento, fechamento dos espaços ortodonticamente ou manutenção
destes para futura reabilitação protética devem ser discutidas com o paciente e/ou responsáveis.
Nas primeiras consultas, o profissional deve expor as vantagens e desvantagens do tratamento
escolhido.
No planejamento ortodôntico deve-se considerar alguns fatores como a necessidade de
extrações, a relação sagital dos arcos dentários, a relação oclusal dos dentes posteriores, a
posição, a forma e a cor dos caninos, a quantidade de espaço remanescente, a idade do paciente
e a análise do perfil e do padrão facial do paciente.
Com relação ao tratamento ortodôntico, estes casos representam um desafio para os
profissionais que têm que decidir quanto ao melhor plano de tratamento para o paciente. Na
literatura encontra-se duas opções viáveis de tratamento para esta má-oclusão. Até 1950, os
autores Dewel (1947), Strang (1943) e Wheeler (1940) preferiam manter o espaço para uma
futura reconstrução protética do elemento ausente, posicionando os caninos em Classe I. Para
Wheeler (1940), Dewel (1947) e Henns (1974), a decisão por não posicionar o canino no espaço
da agenesia se relacionava à importância da bossa (eminência) do canino na estética facial e
acreditavam que movimentando o canino para o lugar do lateral a estética facial ficaria
comprometida.
As desvantagens do fechamento dos espaços ortodonticamente para Strang (1943)
consistiam no desequilíbrio das forças musculares devido aos contatos oclusais anormais,
desarmonia das linhas faciais e estética desagradável quando do posicionamento de um dente
em um local onde sua forma e tamanho não são adequados. Por outro lado, há os profissionais
que defendem a outra modalidade de tratamento: fechamento ortodôntico dos espaços dos
dentes ausentes. Carlson (1952) foi um dos primeiros a adotar esta técnica para os casos de
agenesias dos incisivos laterais. Pouco depois, vários outros ortodontistas, como Freitas et al.
(1998), Furquim et al. (1997), Robertsson & Mohlin (2000) e Senty (1976) trataram seus casos
eliminando os espaços presentes e transformando os caninos, com o auxílio da Odontologia
cosmética, em incisivos laterais. Os diversos trabalhos na literatura citam as vantagens e
desvantagens de cada tipo de tratamento como, por exemplo: as diferenças de cores e a
discrepância entre os tamanhos dos incisivos e caninos e a possível dificuldade em se obter um
ajuste oclusal.
No entanto, em 1973, Mcneil & Joondeph verificaram que para alguns casos o
fechamento dos espaços seria a opção mais viável e, para outros, a manutenção destes
constituiria o tratamento de eleição. Os autores indicaram o fechamento dos espaços nos casos
em que seria realizada extrações dentárias no arco inferior. Em 1976, Senty, analisando os seus
56 casos tratados, verificou resultados estético e funcionalmente aceitáveis movimentando os
caninos para mesial, transformando-os cosmeticamente em incisivos laterais e realizando um
ajuste oclusal.
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As facetas diretas em resinas compostas podem ser indicadas para solucionar diversos
problemas estéticos, como diastemas, modificações de forma, posição, cor e textura dos dentes
anteriores, porém, este material é suscetível ao desgaste e à alteração na coloração, limitando
assim, o resultado estético ao longo do tempo. Para compensar tais limitações, foram então
propostas restaurações indiretas, tais como laminados cerâmicos. O aperfeiçoamento nas
propriedades físicas e mecânicas desses materiais, associado à evolução dos sistemas adesivos
e cimentos resinosos, promoveram uma adequada união da cerâmica à estrutura dentária, que
proporcionou um aumento na longevidade e desempenho clínico desta modalidade de
restauração.
Com relação ao tratamento minimamente invasivo, realiza-se um preparo dental mínimo,
mantendo livres as margens gengivais, sendo principalmente confinado ao esmalte dental, desta
forma, respeitando os princípios biomecânicos, periodontais, funcionais e estéticos. Ele preserva
a integridade do tecido mole, que constitui uma das principais vantagens desta técnica.
O conceito mais atual na prática restauradora é a preservação das estruturas dentárias
sadias. Nos procedimentos restauradores diretos localizados somente em esmalte dental, como
fechamento de diastema com resina composta, sempre foi bem aceito pelos clínicos, no entanto,
para a realização de laminados cerâmicos existia o receio devido ao grande potencial destrutivo
que os procedimentos indiretos proporcionavam. Devido a uma grande evolução das técnicas e
materiais na Odontologia Restauradora, atualmente é possível a confecção de peças protéticas
de espessuras reduzidas, com desenhos de preparos diferentes dos métodos clássicos
convencionais. Isso se tornou possível graças ao aperfeiçoamento dos sistemas cerâmicos e
dos seus protocolos para cimentação. Desta forma, os procedimentos indiretos com cerâmicas
ganharam espaço em tratamentos que antes só poderiam ser realizados com procedimentos
restauradores diretos de acordo com Spear e Holloway (2008).
Para isto, é necessário que o cirurgião dentista realize a coleta de dados referente à
queixa do paciente e conheça seu grau de exigência e expectativa quanto ao tratamento
restaurador de acordo com Fradeani (2006). Para que o cirurgião dentista possa elaborar de
forma tranquila, o planejamento e plano de tratamento, a confecção de modelos de estudo em
gesso, exames radiográficos e fotografias extra e intraorais auxiliam e possibilitam ao profissional
analisar os detalhes referente à estética na ausência do paciente, de acordo com goodlin (2011).
Observa-se que a modalidade de restauração indireta, laminado cerâmico, vem sendo
crescentemente executada e solicitada pelos pacientes, pois é um procedimento confiável,
estável, estético e apresenta longevidade aceitável de acordo com Beier, et al. (2012).
A extensão do preparo tradicional não atinge o contato proximal, sendo de rápida e fácil
execução, conservando bastante a estrutura dentária, no intuito de manter toda margem da
restauração indireta em esmalte dental. O término situa 0,5 mm abaixo da junção cemento
esmalte, sendo do tipo chanfro, com uma redução vestibular entre 0,2 a 0,3 mm no terço cervical,
0,5 mm no terço médio e de 0,5 a 0,7 no terço incisal de acordo com Edelhoff e Sorensen (2002),
Magne e Douglas (2000) e Rouse (1997).
Por mais desejáveis que sejam as restaurações conservadoras, muitos dentes
simplesmente não podem ser tratados com intervenções minimamente invasivas. Situações
envolvendo grandes restaurações interproximais, dentes mal posicionados, escurecidos,
desgastados ou fraturados podem requerer restaurações que envolvam a remoção de mais
estrutura dental, mas ainda, ficando livre de um preparo para coroa total de acordo com Rouse
(1997) e Spear, Holloway (2008). Ou então, realizar um preparo full veneer, no qual o desgaste
avança a região mesial e/ou distal rompendo o contato proximal até a palatina ou lingual,
escondendo a margem da restauração, aumentando a retenção e reduzindo a incisal de 1,5 mm
a 2,0 mm. O desenho do preparo permeia entre o preparo de laminado tradicional e coroa total
metal free, Rouse (1997).
Em casos em que o elemento a ser restaurado apresenta somente discrepância em sua
coloração, refratário ao clareamento e com o formato satisfatório, utiliza-se técnicas guiadas pela
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superfície pré-existente, pois objetiva-se remover uma camada uniforme da estrutura dental
vestibular. Este procedimento pode ser realizado a mão livre com auxílio de pontas diamantadas
tradicionais e guias de silicone confeccionadas previamente ao desgaste ou utilizar pontas
diamantadas aneladas, as quais são mais apuradas e com uma estratégia mais eficiente, de
acordo com Brunton, Aminian e Wilson (2000) e Magne e Belser (2004).
Quando o esmalte inicial é delgado, a redução baseada na superfície dental existente
pode expor quantidade significante de dentina, a qual pode ocasionar sensibilidade e ser
prejudicial, podendo acarretar uma possível causa de falha futura com os laminados cerâmicos,
segundo Magne e Belser (2004). Vale salientar que esta modalidade de preparo dental não leva
em consideração alterações morfológicas, desgastes ou perda de esmalte, o que pode elevar o
risco de exposições pulpares e desgastes desnecessários de estrutura dentária saudável,
segundo Magne e Belser (2004). Portanto, é de suma importância um correto diagnóstico e
planejamento para seleção da técnica mais apropriada.
Os procedimentos de preparos dentais mais recentes para laminados cerâmicos incluem
uma abordagem de diagnóstico mais específico e requer um alto nível de comunicação com o
técnico em prótese dental. São casos de laminados onde se busca restaurar o volume original
do dente (não o estado atual do paciente), especialmente na presença de finas espessuras de
esmalte. Esses casos envolvem tipicamente pacientes com alteração de forma e função dental,
de acordo com Magne e Belser (2004). Esse método mais sofisticado tem integrado os
procedimentos clínicos de diagnóstico e preparo dental, e utiliza enceramento diagnóstico e
“mock-up” intraoral para compensar a ação do envelhecimento e perdas severas de esmalte na
superfície dental. Essas abordagens proporcionam maior preservação do esmalte e,
consequentemente, maior previsibilidade adesiva, biomecânica e estética, de acordo com Magne
e Belser (2004) de Andrade, et al. (2010), Fradeani e Barducci (2008) Gürel (2007) e Magne
(2006).
A confecção do enceramento diagnóstico representará o volume original ou desejado e
que pode ser utilizado como referência no momento do preparo dental. Este princípio básico e
simples preserva uma grande quantidade de estrutura dental hígida, não somente esmalte como
também dentina. As guias podem ser confeccionadas com silicone e cortadas vertical ou
horizontalmente a partir do enceramento diagnóstico de acordo com Gurel (2007), Magne e
Magne (2006), Magne e Belsor (2004) e de Andrade, Borges, Stefani, Fujiy e Battistella (2010),
Fradeani e Barducci (2008) ou podem ser feitas a partir de placas de acetato, segundo Fradeani
e Barducci (2008).
Atualmente, não existe um desenho padrão de preparo dentário quando se utiliza sistema
cerâmico metal free; os princípios de estabilidade e retenção existem ou são substituídos pelos
princípios de adesão. Com o advento de novas técnicas e aperfeiçoamento dos materiais, os
espaços para solidez estrutural do material restaurador estão cada vez mais reduzidos, de
acordo com Kina (2012).
O aperfeiçoamento do coeficiente de expansão térmica, tamanho e na distribuição das
partículas tem propiciado restaurações cerâmicas menos abrasivas e mais resistentes à fratura,
com um melhor prognóstico, sendo que essas características evidenciam-se principalmente na
resistência ao desgaste, lisura superficial, biocompatibilidade e estabilidade de cor, indicando a
cerâmica odontológica como material restaurador superior à resina composta nestes quesitos,
segundo Souza, Sakamoto Junior, Higashi, Andrade, Hirata e Gomes (2012). Com relação à
cimentação adesiva, a presença do esmalte dental resulta em uma ótima resistência de união,
de acordo com Van Meerbeek (2010) e Nattress (2010). O conhecimento da espessura fisiológica
do esmalte para dentes anteriores, segundo Ferrari e colaboradores (1992), varia de 0,3 a 0,5
mm no terço cervical, de 0,6 a 1,0 mm no terço médio e de 1,0 a 2,0 mm no terço incisal.
Juntamente com auxílio das matrizes de silicone, recortes específicos com o objetivo de orientar
as espessuras dos desgastes favoreceram um procedimento conservador, previsível e confiável,
de acordo com Magne e Belser (2004). Vale salientar que esta modalidade de laminado cerâmico
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com espessura delgada apresenta alta translucidez, sendo restritamente indicado para
reanatomização dental sem escurecimento e ausência de hábitos parafuncionais, pois sofre
interferência da cor do substrato sobre o qual será fixado, segundo Spear e Holloway (2004).
Sendo assim, os laminados cerâmicos proporcionam um procedimento conservador, eficaz e
seguro, possuindo uma taxa de sobrevida satisfatória.
OBJETIVO
O objetivo desse caso clínico foi devolver a estética do sorriso da paciente através da
cimentação de facetas laminadas minimamente invasivas, uma vez que a paciente apresentava
facetas diretas de resina composta insatisfatórias nos elementos dentários 13 e 23, os quais
foram reanatomizados previamente para substituição dos dentes ausentes.
RELATO DE CASO
Paciente R.C.H., feminino, 50 anos, compareceu a clínica odontológica da Universidade
Estadual do Oeste do Paraná, queixando-se das facetas diretas de resina que apresentava nos
elementos dentários: 14, 13, 11, 21, 23, 24, pois as mesmas apresentavam-se infiltradas,
pigmentadas e com anatomia prejudicada. Foi observado através de radiografias que a paciente
havia agenesia dos elementos 12 e 22 e por tratamento ortodôntico prévio havia sido realizado
o fechamento do espaço correspondente aos ausentes e realizada a reanatomização do 14, 13,
24 e 23. Pelo fato da paciente apresentar facetas diretas de resina composta em todos os
elementos citados, decidiu-se realizar facetas laminadas com preparo minimamente invasivo,
uma vez que, após análise clínica e radiográfica, foi possível perceber que havia remanescente
dental sadio satisfatório em todos esses elementos.
Dessa maneira, em uma primeira consulta foram realizadas radiografias periapicais para
análise da vitalidade dental e da quantidade de remanescente dentinário. Foram realizadas
sondagens das margens das restaurações e fotos da paciente sorrindo, em repouso, de frente,
de perfil em ambos os lados, com o lábio em repouso e com sorriso forçado. Essa compilação
de dados foi enviada para o laboratório para confecção de enceramento diagnóstico (wax up) e
guias de silicone para desgaste.
Na segunda consulta, foi realizado o ensaio restaurador (mock up), através da aplicação
da resina bisacrílica (Protemp 4® – 3M) na cor A2 dentro do guia de silicone confeccionado sobre
o enceramento diagnóstico, para que a paciente pudesse avaliar o tamanho, a forma e os
contornos da futura faceta. Em seguida, foram realizados os preparos dentários com auxílio de
uma fresa 3216 sob irrigação abundante. Anteriormente, foram inseridos fios retratores #000 em
todos os elementos envolvidos no preparo no intuito de limitar a invasão dos tecidos gengivais,
preservando, assim, o espaço biológico. Os desgastes foram realizados com auxílio de uma
sonda milimetrada e das guias de silicone, de tal forma, que só removia-se estrutura dental onde
houvesse um espaço menor do que 0,5 mm do dente até a guia. Posteriormente, foram trocados
os fios retratores, por novos fios #000 e #1 nos elementos preparados. A superfície dental foi
seca e moldada com silicone de adição na técnica de um passo. Foi realizada a moldagem do
arco antagonista, registro de oclusão e tomada de cor através da escala Vitta (A1) para envio ao
labaratório.
Posteriormente, realizou-se a etapa da cimentação dos laminados, a qual consiste em
primeiramente checar a adaptação passiva das peças com relação a margem gengival, ponto de
contato e acomodação no preparo. Em seguida, realizou-se o isolamento absoluto do campo
operatório do elemento 16 ao 26 pela técnica modificada com uso de cianocrilato para exposição
total dos elementos. Foi inserido fio retrator #000 nos sulcos gengivais para impedir a
contaminação do adesivo pelo fluido crevicular gengival. Foi realizado o preparo das peças
através da aplicação de acido fluorídrico por 20 segundos, uma vez que estávamos
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condicionando uma cerâmica vítrea de dissilicato de lítio, lavou-se pelo mesmo tempo, secouse, realizamos a aplicação de silano por 1 minuto com ativação por calor, aplicação de adesivo
e, por fim, realizou-se a cimentação das mesmas pelo cimento resino Rely-x ARC® na cor A1. O
condicionamento do tecido dentário se deu por meio de ataque ácido por 15 segundos, lavagem
pelo dobro do tempo, secagem, aplicação de adesivo por 2 vezes com evaporação do solvente
entre cada uma delas. Após aplicação do cimento todas as faces foram fotopolimerizadas por ao
menos 40 segundos. O isolamento absoluto e o fio retrator foram removidos, os excessos de
cimento foram retirados com ajuda de lâmina de bisturi número 12 e pontas de acabamento. Foi
checada a oclusão e nenhum desgaste foi necessário.
Depois de 14 dias foi realizado o acabamento e polimento final das peças com auxílio de
brocas de acabamento e polimento, discos abrasivos, pontas siliconadas e discos de feltro.
DISCUSSÃO
De acordo com a bibliografia existente, a resolução clínica das agenesias dentárias é
variada e constitui, na maioria dos casos, um tratamento pluridisciplinar. Tendo em conta a
quantidade de espaço resultante devido à ausência de um ou mais dentes e ao perfil do paciente,
o tratamento ortodôntico pode ser utilizado para fechar ou abrir espaços, conduzindo ao
alinhamento dentário. No caso da abertura do espaço é necessário seguidamente proceder à
reabilitação protética da zona edêntula. Várias são as opções terapêuticas, fixas ou removíveis,
estando a sua seleção dependente de vários fatores dos quais se destacam: a idade e a
capacidade econômica do paciente, a disponibilidade óssea, a integridade e a estética dos
dentes adjacentes e a dimensão do espaço desdentado.
Atualmente, é consensual que os implantes constituem a solução protética mais
conservadora para o tratamento destas anomalias, de acordo com Richardson (2001) e Kokich
e Kinzer (2005), no entanto, nem sempre esse tratamento pode ser posto em prática. Alguns
fatores como a idade do paciente a quantidade e qualidade óssea e o espaço disponível podem
limitar a colocação de implantes, segundo Rossi e Andreasen (2003).
Sempre que as condições não forem favoráveis, o recurso à prótese fixa pode ser uma
boa solução. As pontes convencionais têm a desvantagem de necessitarem do desgaste dos
dentes adjacentes que se encontram, muitas vezes, íntegros. Por essa razão, no início dos anos
80, foi muito popular o recurso às pontes adesivas, como as pontes Maryland, uma vez que se
tratava de uma solução terapêutica mais conservadora. No entanto, vários estudos de follow-up
demonstraram que este tipo de pontes era muito sujeita a descimentações, segundo Sabri
(1999).
Este tipo de reabilitação pode ser uma boa solução provisória nas situações em que o
crescimento ósseo ainda não tenha terminado inviabilizando temporariamente, a colocação de
implantes. É particularmente interessante nos casos em que o intervalo de tempo de espera até
ao fim do crescimento ósseo é grande, para evitar a inflamação gengival inerente à utilização de
uma prótese removível, segundo Kokich e kinzer (2006), uma vez que segundo Garnett et al.
(2006) as pontes adesivas apresentam uma sobrevida média de 59 meses. Qualquer solução
protética removível definitiva é sempre menos interessante e deve ser evitada.
Nos casos em que a oclusão e a estética do canino na posição do incisivo lateral são
aceitáveis, o fecho do espaço na arcada, com mesialização do canino pode ser o tratamento
alternativo de eleição. Esta solução, segundo o estudo de Robertsson (2000) é melhor aceite
pelos pacientes sob o ponto de vista estético e confere uma melhor saúde periodontal.
Para Magne e Magne (2007), "a restauração do volume do dente com facetas adesivas
de porcelana não restabelece apenas a aparência original e jovial do sorriso, permite também a
recuperação biomimética da coroa."
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Aspectos relacionados à cor e durabilidade, em função de resistirem bem as ações
biológicas, químicas e mecânicas, fazem com que Touati, Miara, Nathanson (2000) apresentem
estes argumentos como vantagens para o uso das facetas cerâmicas.
Segundo Baratieri et al. (2003), "em comparação com as coroas totais, o fato de o método
para executar facetas de porcelana ser minimamente invasivo, em que o preparo, geralmente,
fica totalmente confinado ao esmalte, constitui-se numa das maiores vantagens" cujo
detalhamento foi assim explicitado por Gomes (1996), como: "preparo cavitário mais simples e
conservador; preservação dos contatos oclusais; economia de tempo clínico; estética superior;
menor agressão aos tecidos periodontais e pulpares; usualmente não envolvem dentina,
prevenindo a sensibilidade pulpar." Quanto a rigidez, como aspecto de vantagem nas técnicas
adesivas porcelanadas Magne e Belser (2003) afirmaram que: A rigidez adequada da porcelana
permite potencialmente a total recuperação da rigidez coronal.
As resinas compostas atuais sofrem não apenas pelo módulo elástico baixo e rigidez
limitada, mas também pela expansão térmica alta; nesse contexto, seu uso como material
restaurador em reabilitações que suportam grande carga oclusal é questionável. Quanto a
resposta tecidual, enquanto vantagem, Touati; Miara; Nathanson (2000) relataram que: O mínimo
dano tecidual produzido no preparo e na moldagem, a posição das margens (geralmente
supragengival), a facilidade de acesso, as margens para a escovação e o fio dental são fatores
que promovem um excelente prognóstico para os tecidos periodontais nos procedimentos com
laminados. Qualquer que seja a técnica ou a cerâmica utilizada, muitos autores relatam excelente
resposta tecidual com o uso de facetas laminadas cerâmicas, especialmente quando
comparadas com restaurações protéticas convencionais aplicadas sob as mesmas condições de
higiene e manutenção.
CONCLUSÃO
Em conclusão, o mais importante nestes casos clínicos é estabelecer um plano de
tratamento cuidadoso e realista, tendo sempre em consideração os objetivos e as expectativas
do paciente. O fator tempo é muitas vezes determinante para a seleção do plano de tratamento,
uma vez que, alguns pacientes querem solucionar o seu problema no menor tempo possível.
A utilização do correto protocolo quanto ao preparo dental e espessura adequada de
suporte para o laminado cerâmico, resultam em uma elevada taxa de sucesso. Além disso, a
qualidade e a durabilidade da união entre o dente e o material restaurador também garantem o
sucesso clínico das restaurações cerâmicas.
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____________________
1
Acadêmico, Universidade Estadual do Oeste do Paraná, [email protected]
Mestre em Odontologia, Universidade Estadual do Oeste do Paraná – Especialista em Implantodontia,
Universidade Paranaense
3 Mestre em Odontologia, Faculdade Ingá-Maringá
4
Doutora em Periodontia, Unesp.
2
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UTILIZAÇÃO DE MOCK UP NO PLANEJAMENTO RESTAURADOR ESTÉTICO DE
FACETAS DIRETAS DE RESINA COMPOSTA.
Henrique Pezzini de Oliveira1
Paula Bernardon2
Mariana Benedetti Ferreira Webber3
Danielle Shima Luize Sottovia4
Modalidade: Caso Clínico
RESUMO: A odontologia restauradora e estética não se resume apenas à restauração da forma
e da função dos elementos dentais, pois atuam também no restabelecimento de um sorriso que
realce as características estéticas positivas do paciente e adapte-se ao estilo de vida dele, a seu
trabalho e posição social. De acordo com os padrões estéticos do sorriso, dois elementos são
fundamentais para a composição dental harmônica: a cor e a forma. Partindo desse princípio,
esse trabalho teve o objetivo de melhorar a estética como um todo de uma paciente que
apresentava resinas anteriores pigmentadas, mal posicionamento de incisivos laterais e
desgaste dentário, por meio de facetas diretas de resina, realizadas através de guias de silicone
confeccionadas após wax up e mock up para conferência da estética obtida.
Palavras chave: Estética, resinas compostas, sorriso.
INTRODUÇÃO
A incessante busca pelo belo tem proporcionado avanços nas propriedades físicas e
ópticas dos materiais odontológicos, proporcionando o desenvolvimento de técnicas mais
conservadoras e a obtenção de resultados cada vez mais previsíveis. Além disso, a procura por
tratamento odontológico não se limita a situações dolorosas ou a reabilitações funcionais,
segundo Chistensen (1997).
O restabelecimento da saúde bucal também implica devolver um sorriso esteticamente
harmonioso. Algumas alterações decorrentes de um escurecimento fisiopatológico do dente
(manchas intrínsecas), manchas extrínsecas do esmalte e/ou dentina, traumas e tratamentos
endodônticos mal realizados, podem afetar o bem estar psíquico dos pacientes, de acordo com
Nagem Filho et al. (1991).
Uma das alternativas para solucionar estas situações, consiste na utilização de materiais
restauradores diretos adesivos, que restabelecem a cor natural, com máxima preservação de
estrutura dentária, não requerendo nenhum tipo de preparo cavitário retentivo, Basing et al.
(2000). Com aprimoramento dos sistemas adesivos e das propriedades mecânicas da resina
composta, situações onde anteriormente indicavam-se coroas protéticas (cobertura total da
superfície vestibular e parcial das áreas proximais), hoje são tratadas de modo mais conservador
com as resinas compostas de inserção direta, de acordo com Basing et. al (2000).
A introdução do ataque ácido ao esmalte por BUONOCORE, em 1955, e das resinas
compostas por Bowen, no início dos anos 60, tornaram possíveis soluções restauradoras
extremamente conservadoras e reversíveis, de acordo com Buonocore (1955) e Bowen (1963).
Na ótica conservadora, a odontologia restauradora desenvolveu e vem aperfeiçoando
técnicas e materiais que visam modificar os dentes em desarmonia, devolvendo-lhes o aspecto
estético e funcional requerido. Assim é possível resolver problemas dentários diversos com um
mínimo desgaste da estrutura dental sadia, segundo Cunha (2002).
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O contorno cosmético ou a nova conformação dada aos dentes é um dos mais velhos,
valiosos e econômicos de todos os procedimentos estéticos. Além dos benefícios estéticos,
muitas vezes a função também é melhorada, Goldstein (1980). A reanatomização nada mais é
do que a transformação da forma e do tamanho coronário do dente, empregando os sistemas
restauradores adesivos, de acordo com Omais e Yassumuto (2001). Utilizando as facetas diretas
com resinas compostas o profissional deve ter conhecimentos básicos sobre o uso de resinas
compostas diretas, para ser capaz de recriar o policromatismo intrínseco e extrínseco da
estrutura dental, reproduzindo na restauração, tanto quanto possível, as propriedades ópticas e
anatômicas do dente natural.
Durante o exame clínico, vários aspectos devem ser levados em consideração a fim de
realizar um correto diagnóstico e indicação da faceta vestibular de resina composta: quantidade
e qualidade da estrutura dental remanescente, grau de descoloração, relação entre a área
comprometida e distâncias biológicas, análise da oclusão e ainda, o grau de higienização do
paciente (risco à cárie).
A ênfase crescente da Odontologia Estética faz com que se amplie rapidamente a
demanda por materiais e técnicas restauradoras desenvolvidas para esta finalidade, segundo
Baratieri, Ritter e Andrada (1994).
Mas, o operador continua obrigado a atentar para detalhes importantes como a escolha
criteriosa da cor, a observação da textura superficial, forma, tamanho e contornos dentários,
Basing, et al. (2000). Os incisivos centrais, laterais e caninos naturais apresentam cores
diferentes e geralmente o escurecimento é maior nos caninos. Essa diferença é explicada pela
maior espessura de dentina nos caninos, de acordo com Hasegawa, et al. (2000)
A recuperação estética do sorriso compreende vários procedimentos que põem à prova
o profissional, segundo Basing et al. (2000), principalmente porque exige além de conhecimentos
técnico-científicos, um senso artístico e habilidade manual a fim de reproduzir os detalhes
anatômicos fundamentais para a reprodução da forma anatômica dos dentes o mais natural
possível.
É importante ressaltar que a faceta vestibular de resina composta está indicada para
casos onde 2/3 ou mais de estrutura dentária vestibular esteja comprometida por alteração de
cor, forma e/ou textura, alterações essas impossíveis de serem recuperadas por meios mais
conservativos como restaurações convencionais, clareamento dental , de acordo com Basing et
al. (2000) e microabrasão.
Com relação ao método de ensaio restaurador mock-up, ele permite a simulação do
planejamento a ser executado e apresenta como vantagens: menor risco biológico, estético e
funcional, demonstração de várias opções de tratamento, simulação do resultado estético e a
aceitação prévia do tratamento pelo paciente, Kina e Bruguera (2008) e Magne e Belser (2004).
OBJETIVO
O objetivo do presente trabalho é apresentar uma alternativa clínica para facilitar a técnica
de reprodução anatômica durante a confecção de faceta direta em resina composta aumentando
a previsibilidade estética do resultado que será alcançado, por meio de confecção de wax up e
mock up, além da realização dos degastes e acréscimos de resina através das guias de silicone
confeccionadas a partir do wax up.
RELATO DE CASO
Paciente S.P.S., feminino, 40 anos, compareceu a clínica odontológica da Universidade
Estadual do Oeste do Paraná, queixando-se da falta de estética dos elementos 14, 13, 12, 11,
21, 22, 23 e 24. Foi observado através de exame clínico, que a paciente apresentava alguns
elementos dentários com coloração escurecida, destoando do restante dos elementos dentários,
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manchamento nas restaurações, e também, leve apinhamento dos incisivos laterais sobre os
centrais. Portanto, foi escolhido como plano de tratamento o enceramento diagnóstico dos
elementos envolvidos nas facetas diretas, para posteriormente realizar o ensaio restaurador com
auxílio das guias de silicone obtidas por meio do modelo encerado e Bis-Acrílica (Protemp 4® 3M). Uma vez que, após análise clínica e radiográfica, foi possível perceber que havia
remanescente dental sadio satisfatório em todos esses elementos.
Dessa maneira, em uma primeira consulta foram realizadas radiografias periapicais para
análise da vitalidade dental e da quantidade de remanescente dentinário. Foram realizadas
sondagens das margens das restaurações e fotos da paciente sorrindo, em repouso, de frente,
de perfil em ambos os lados, com o lábio em repouso e com sorriso forçado. Essa compilação
de dados foi enviada para o laboratório para confecção de enceramento diagnóstico (wax up) e
guias de silicone para desgaste.
Na segunda consulta, foi realizado o ensaio restaurador (mock up), através da aplicação
da resina bisacrílica (Protemp 4® – 3M) na cor A2 dentro do guia de silicone confeccionado sobre
o enceramento diagnóstico, para que a paciente pudesse avaliar o tamanho, a forma e os
contornos da futura faceta. Em seguida, foram realizados os preparos dentários no intuito de
remover as restaurações pigmentadas e conseguir uma leve compensação dos incisivos laterais
apinhados. Anteriormente ao isolamento absoluto pela técnica modificada com o uso de
cianocrilato para exposição total dos elementos 15 ao 25, foi realizada uma profilaxia com pedra
pomes e água, em seguida, foram selecionadas as cores das resinas compostas com o auxílio
da Escala Vitta e também através de incrementos de resina sobre a superfície do dente
fotopolimerizadas sem o ataque ácido e aplicação de adesivo prévio.
Após os desgastes com bisel na vestibular e 0,5 mm subgengival serem realizados,
procedeu-se o tratamento com ataque ácido por 15 segundos na dentina e 30 no esmalte,
lavagem por pelo menos 30 segundos, aplicação de adesivo, secagem do solvente com seringa
tríplice, mantendo-a 15 cm de distância do dente, aplicação da segunda camada de adesivo e
evaporação do solvente, para então, dar início a restauração por incrementos pela técnica
estratificada com ajuda do guia palatino realizado sobre o enceramento diagnóstico. Foi inserida
uma primeira camada de resina de esmalte de acordo com o matiz selecionado, em seguida, foi
aplicado uma camada de resina de dentina com o mesmo matiz mimetizando os mamelos, depois
foi aplicada um pequeno incremento de resina opaca na incisal dos dentes, seguida da aplicação
de resina de efeito amarela entre os mamelos e a incisal, e por fim, uma camada de dentina mais
clara que o matiz escolhido e uma de resina de esmalte do mesmo matiz do dente.
Todas as faces foram fotopolimerizadas por ao menos 40 segundos. O isolamento
absoluto foi removido, os excessos de resina foram removidos com ajuda de lâmina de bisturi
número 12 e pontas de acabamento. Foi checada a oclusão e nenhum desgaste foi necessário.
Depois de 14 dias foi realizado o acabamento e polimento final das restaurações com
auxílio de brocas de acabamento e polimento, discos abrasivos, pontas siliconadas e discos de
feltro.
DICUSSÃO
Na realização de restaurações, os profissionais podem lançar mão de vários tipos de
resina composta para replicar a complexidade de cores e formas dos dentes naturais. Entretanto,
o entendimento da difusão da luz pela estratificação de facetas de compósitos ainda é uma
dificuldade para o clínico, e por vezes, levando à seleção incorreta das cores das resinas
compostas a serem utilizadas.
Paradoxalmente, o mercado sistematicamente lança novas cores e novos sistemas
restauradores, mas, apesar da sofisticação dos sistemas e melhorias nas propriedades físicas,
óticas e mecânicas, torna-se cada vez mais difícil a tomada de decisão correta sobre a seleção
da cor, de acordo com Devoto, Saracinelli e Manauta (2010). Para minimizar as dificuldades no
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momento da seleção da cor, sugere-se como descrito no caso clínico a realização de mapa
cromático e prova da cor. Tal procedimento é denominado ensaio restaurador ou mock-up direto.
A simulação da restauração, também denominada de ensaio restaurador, pode ser
realizada em modelos, in vivo, ou digitalmente, que possibilita uma avaliação prévia do resultado
e ajustes de cor e forma previamente ao trabalho definitivo. O ensaio restaurador também permite
o treinamento do cirurgião-dentista e reduz o impacto da mudança, preparando o paciente
psicologicamente para as alterações na forma e contorno dos dentes, segundo Garner (1994),
além de atuar como elemento de motivação para o paciente sobre o resultado final do tratamento,
segundo Dorfman (1995), Van Zyl e Geissberger (2001) e Behle (2000).
Os valores estéticos são fundamentais para satisfação do paciente e do profissional. Sem
apropriado diagnóstico, o resultado final do aspecto do sorriso pode se caracterizar uma
performance artística do cirurgião-dentista e promover insatisfação do paciente, por produzir o
mesmo sorriso para todos os indivíduos, implodindo os princípios naturais da individualidade.
Portanto, o profissional deve promover uma visão holística e observar cuidadosamente seus
pacientes, uma vez que os dentes não são entidades isoladas, não podendo serem
negligenciados os critérios faciais merecedores de atenção.
A realização do enceramento prévio de diagnóstico facilita a visualização das
modificações a serem realizadas e a confecção das guias de silicone para o preparo,
reanatomização e reconstrução dos dentes em resina composta, além de facilitar a comunicação
com o paciente sobre o tratamento. Contudo, o sucesso do procedimento restaurador não está
associado apenas às propriedades do material e à habilidade técnica, pois deve incluir correto
planejamento, que envolva abordagem geral do indivíduo, de acordo com Magne (2003).
A evolução e a melhoria das resinas compostas e dos sistemas adesivos, como materiais
restauradores estéticos, permitem que o profissional restaure os dentes que apresentam
comprometimento estético ou funcional na forma, no tamanho e na cor. Restaurações diretas de
resina composta constituem eficiente tratamento para a reabilitação biológica, funcional e
estética de dentes anteriores. Graças às melhorias das propriedades físicas e ópticas das resinas
compostas e aos avanços da tecnologia adesiva, é possível realizar restaurações com resultados
previsíveis e satisfatórios, Araújo, et al. (2003).
O processo de reanatomização é a transformação da forma e do tamanho coronários,
com emprego de materiais como sistemas adesivos e resinas compostas. Já o recontorno
cosmético é um processo utilizado no tratamento de dentes com pequena giroversão e que
necessitam de realinhamento no arco. Sabe-se que os dentes não são naturalmente simétricos,
e muitas vezes são necessárias alterações, na busca por melhor arranjo dental, de acordo com
Hirata (1999).
Atualmente o cirurgião-dentista possui diversas opções restauradoras para os dentes
anteriores. Procedimentos diretos ou indiretos, com resinas compostas ou cerâmicas, variáveis
que muitas vezes dificultam o correto diagnóstico de qual técnica e qual material são mais
adequados para cada situação clínica.
O conceito da Odontologia Restauradora atual preconiza que, para qualquer tipo de
procedimento, o profissional deve sempre optar pelo tratamento mais conservador, isto é, com
maior preservação de estrutura dental sadia, segundo Hirata (2004).
O recontorno cosmético com resinas compostas é a técnica mais simples de restauração
direta, não requerendo qualquer espécie de preparo. A resistência e retenção são providas pela
adesão ao esmalte. Representa a alternativa de escolha em casos em que não existem
alterações de cor profundas, ou dentes cujo posicionamento não exige correção por meio de
desgastes. Harada, et al. (2006), e Soares, et al. (2005)
Percepção, planejamento e previsibilidade em odontologia estética são os segredos para
o sucesso. A possibilidade de esclarecer ao cliente a respeito do tratamento que será executado,
o mais próximo do real, pode ser realizada por meio de um método de simulação, o ensaio
restaurador ou mock-up. Tal procedimento pode ser realizado em modelos de estudo e,
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posteriormente, transferidos para boca ou como ensaio restaurador intra-oral, segundo Kina e
Bruguera (2008) e Magne e Belser
(2004).
Dentre as vantagens das facetas diretas de resina composta em relação as facetas
indiretas de cerâmica, destaca-se uma maior preservação dental, um menor tempo clínico para
sua execução, um custo inferior, além de possuírem uma excelente estética aliada à boa
longevidade clínica, Conceição (2005).
As resinas compostas de última geração, possibilitam devolver ao dente restaurado suas
propriedades de opalescência e fluorescência. A opalescência é a capacidade do esmalte de
refletir ondas de luz azul-cinza, e de transmitir luz laranja. A fluorescência se caracteriza quando
o dente natural é exposto à luz ultravioleta, ocorrendo a difusão para o espectro visual do branco
intenso ao azul claro. Em dentes anteriores tratados endodônticamente, e com perda dental
superior a 50%, a utilização de retentores intra-radiculares se faz necessária para aumentar a
retenção do material restaurador utilizado, assim como para permitir uma melhor distribuição de
tensão submetida ao dente. Os retentores de fibra de vidro são os de primeira escolha para suprir
tais requisitos. Além de possuírem estética, não sofrem corrosão, não necessitam de etapa
laboratorial, permitem uma total transmissão de luz até o ápice radicular, alcançando uma total
polimerização do agente cimentante. Dentre os retentores, os de fibra de vidro são os que
possuem menor custo financeiro, segundo Ferrari, Vichi e Manocci (1996), Ferrari, Balleri e Vichi
(2002), Dallari, Rovattie Rovatti (1996), Glazer (2000) e Malferrari, Baldissara e Arcidiacono
(2002
CONCLUSÃO
Em conclusão, a odontologia oferece uma gama de possibilidades e métodos para a
reanatomização de elementos dentários, propiciando resultados imediatos, estética e
preservação de grande parte da estrutura dental, principalmente quando se obedece protocolos
reabilitadores consagrados e se tem conhecimento restaurador. A reanatomização e o
recontorno cosmético demonstraram ser alternativa viável no tratamento de dentes com pequena
giroversão, pois melhoram a harmonia dental. A situação relatada evidencia a possibilidade de
obtenção de excelente estética final para facetas diretas de resinas composta, principalmente
após aprovação do ensaio restaurador pelo paciente conseguido através de mock up.
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____________________
1
Graduando em Odontologia, Universidade Estadual do Oeste do Paraná, [email protected]
Mestre em Odontologia, Universidade Estadual do Oeste do Paraná – Especialista em Implantodontia, Universidade
Paranaense
3 Mestre em Odontologia, Faculdade Ingá-Maringá
4 Doutora em Periodontia, Unesp.
2
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ANÁLISE DA PRECISÃO DO LOCALIZADOR FORAMINAL APEX ID EM DETERMINAR O
COMPRIMENTO DOS CANAIS RADICULARES
Andressa Palaver1
Amanda Elissa Trombetta2
Rafaela Liberali2
Claudia Caroline Bósio3
Lucila Piasecki4
Modalidade: Pesquisa
RESUMO: Na terapia endodôntica, a correta determinação do comprimento de trabalho,
constitui-se em um passo importante. Com o advento dos métodos eletrônicos para a realização
da odontometria, as vantagens no que diz respeito à precisão, tempo de trabalho e menor
exposição do paciente à radiação, são indiscutíveis. Objetivo: Avaliar a precisão e confiabilidade
do localizador foraminal eletrônico Apex ID na determinação do comprimento de trabalho de
dentes ex vivo, já que ainda não existem estudos sobre tal aparelho na literatura. Metodologia:
40 dentes foram selecionados e seccionados na junção amelodentinária para padronização da
referência oclusal. Uma lima tipo Kerr # 15 foi introduzida até o forame apical do conduto radicular
de cada dente. Os dentes foram colocados em um aparato de vidro contendo alginato, e uma
tampa com 5 perfurações de 8 milímetros cada, onde foram fixados com resina acrílica para a
realização das medidas eletrônicas com o APEX ID e Root ZX II. A média dos valores foram
submetidos à análise estatística, tendo como referência as médias obtidas pelo aparelho Root
ZX II, por ser um equipamento considerado padrão-ouro. Resultados: Os dois aparelhos
apresentaram resultados semelhantes em dentes com forames considerados retos, e em 80%
dos dentes com forame reabsorvido. Houve uma maior variação em dentes com forame lateral,
detectada nas medições com os dois aparelhos. Conclusão: o aparelho teste Apex ID apresenta
alta precisão e pode ser utilizado com segurança na rotina clínica diária.
Palavras-chave: odontometria, comprimento de trabalho, localizadores foraminais.
REFERÊNCIAS:
ELAYOUTI, A.; WEIGER, R.; LOST, C. The ability of Root ZX apex locator to reduce the
frequency of overestimated radiographic working length. J Endod., Chicago, v. 28, n. 2, p. 116119, Feb. 2002.
LUCISAN MP, LEONARDO MR, NELSON-FILHO P, SILVA RAB. Utilização localizadores
eletrônicos foraminais na determinação da odontometria,em dentes decíduos. Cienc Odontol
Bras., v. 12, p. 73-81, 2009.
PAGAVINO G, PACE R, BACCETTI T. A SEM study of in vivo accuracy of the Root ZX electronic
apex locator. J Endod., v.24, p. 438-441, 1998.
__________________
1Graduanda em Odontologia, Unipar/Cascavel/PR, email: [email protected]
2Cirurgiã Dentista, Unipar/Cascavel/PR
3Cirurgiã Dentista, MSc, Professora do Curso de Odontologia da Unipar/Cascavel/PR e Unioeste/Cascavel/PR
4Cirurgiã Dentista, Dra, Professora do Curso de Odontologia da Unipar/Cascavel/PR
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CENTRALIZAÇÃO DO PREPARO ENDODÔNTICO COM O SISTEMA WAVEONE
ASSOCIADO À AMPLIAÇÃO CERVICAL OU APICAL PRÉVIA
Carla Frehner Andrade1
Rodrigo Otávio Jatahy Ferreira do Amaral
Denise Piotto Leonardi
Bruno Marques da Silva
Flares Baratto Filho
Modalidade: Pesquisa
RESUMO:O preparo biomecânico é etapa essencial para o sucesso do tratamento endodôntico.
Objetivo: O objetivo deste trabalho foi comparar, in vitro, por meio de microtomografia
computadorizada, a centralização dos canais radiculares após instrumentação realizada pelo
sistema WaveOne, associado ou não à ampliação cervical e apical prévia. Metodologia: Trinta
e seis raízes mesiais de molares inferiores, com curvaturas radiculares entre 10 e 20º e canais
mesiais independentes, foram divididas em 3 grupos: Grupo I –utilização do sistema PathFile
previamente ao sistema WaveOne Primary; Grupo II –utilização do instrumento Protaper
Universal SX previamente ao sistema WaveOne Primary; Grupo III - sistema WaveOne Primary.
Não ocorreram fraturas de instrumentos. Foram realizados escaneamentos pré e pósinstrumentação, para mensuração das paredes dentinárias mesiais e distais nos cortes axiais
obtidos para o cálculo da razão de centralização. Resultados: O Grupo II mostrou maior
centralização que o Grupo III no terço médio das raízes mésio-vestibulares (p=0,006). O Grupo
I obteve menor centralização no terço cervical que nos demais terços (p=0,023). Conclusão: De
acordo com as limitações do presente estudo, modificações na técnica de preparo com
instrumentos WaveOne podem melhorar a centralização do preparo.
Palavras-chave: endodontia, waveone, transporte, centralização.
REFERÊNCIAS:
BERUTTI E, CANTATORE G, CASTELUCCI A, CHIANDUSSI G, PERA F, MIGILARETTI, G,
PASQUALINI D. Use of nickel-titanium rotary PathFile to create the glide path:comparison with
manual preflaring in simulated root canals. J Endod. 2009; 35(3): 408-12
TAMBE VH, NAGMODE PS, ABRAHAM S, PATAIT M, LAHOTI PV, JAJU N. Comparison of
canal transportation and centering ability of rotary protaper, one shape system and waveone
system using cone beam computed tomography: an in vitro study. J Conserv Dent. 2014
Nov;17(6):561-5.
ZHAO D, SHEN Y, PENG B, HAAPASALO M. Root canal preparation of mandibular molars with
3 nickel-titanium rotary instruments: a micro-computed tomographic study. J Endod. 2014
Nov;40(11):1860-4
____________________
1Graduação
(2012): UFPR / Especialização em Endodontia (2015): Universidade Positivo / Aluno de
Mestrado (2017): Universidade Positivo / email: [email protected]
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DETERMINAÇÃO DO COMPRIMENTO DE TRABALHO PELO MÉTODO ELETRÔNICO –
ESTUDO IN VIVO
`
Paula Fernanda de Freitas1
Karoline Bertamoni Matte2
Daniele Maria Covatti Hanel3
Camila Walnier4
Lucila Piasecki5
Modalidade: Pesquisa
RESUMO: O método eletrônico para determinar o comprimento de trabalho(CT) utiliza os
aparelhos Localizadores Apicais Eletrônicos(LAE), que através de princípios físicos e elétricos
sinalizam a posição de uma lima dentro do canal radicular. O LAE Apex-ID possui duas marcas
que podem ser utilizadas: “0.5” corresponde à constrição apical, sendo recomendada pelo
fabricante para determinar o CT, e “0.0” que corresponde ao forame apical. Objetivo: Avaliar in
vivo a precisão do aparelho Apex-ID em determinar o CT em dentes unirradiculares.
Metodologia: Participaram 72 pacientes com necessidade de tratamento endodôntico em
dentes anteriores, totalizando 80 dentes. No momento da odontometria, utilizou-se o Apex-ID na
marca “0.5”. Quando não foi possível, usou-se a marca “0.0”. Com a lima mantida na posição
realizou-se uma radiografia digital para obter a distância entre a ponta da lima e o ápice. Foram
consideradas aceitáveis as medidas entre 0 a 2mm aquém do vértice radiográfico. Resultados:
Em 62 dentes usou-se a marca “0.5”, e em 18 a marca “0.0”; para essas marcas, verificou-se
respectivamente 88,7% e 72,2% de medidas aceitáveis. A proporção de casos em que a lima
estava além do ápice foi maior para dos dentes medidos em “0.0” (22,2%), comparado à marca
“0.5” (4,8%). A média das distâncias para as marcas “0.5” e “0.0” foram -0,87e -0,30, havendo
diferença significativa (ANOVA, p<0.01). Conclusão: A determinação do CT in vivo pelo
aparelho Apex-ID foi clinicamente adequada. O uso da marca “0.5” apresentou resultados mais
confiáveis, sendo que a marca “0.0” pode necessitar de ajustes para prevenir sobreinstrumentação.
Palavras-chave: comprimento de trabalho, localizador apical eletrônico, endodontia.
REFERÊNCIAS:
WEINE, F.S. Tratamento Endodôntico. São Paulo: Livraria Santos Editora, 1995, 395
KUTLER,Y. Microscopic investigation of root apexes. J Amer Dent Assoc,50:544-52,1955.
BRAMANTE, C.M.; BERBERT, A. Recursos radiográficos no diagnóstico e no tratamento
endodôntico. São Paulo: Pancast, 1997, 98.
____________________
1 Graduanda, Universidade Paranaense - UNIPAR - Campus Cascavel. [email protected]
2, 3. 4 Graduanda, Universidade Paranaense - UNIPAR - Campus Cascavel.
5 Orientadora, Universidade Paranaense - UNIPAR - Campus Cascavel.
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EFEITOS DOS SISTEMAS RECIPROC® E WAVEONE® NO PREPARO DOS CANAIS
RADICULARES: REVISÃO DE LITERATURA
Bruna Paola Martins1
Joana Yumi Teruya Uchimura²
Marcelo Capitânio³
Marcos Sérgio Endo4
Nair Narumi Orita Pavan5
Modalidade: Revisão de literatura
RESUMO: Ao longo dos anos, desenvolveram-se técnicas e instrumentos ideais para o
tratamento endodôntico, possibilitando assim o avanço tecnológico na Endodontia. Em 2008,
Yared trouxe como a principal inovação a possibilidade da utilização de apenas uma lima para a
instrumentação completa dos canais, utilizando um movimento reciprocante. Reciproc® e
WaveOne® são os principais sistemas reciprocantes disponíveis no Brasil. Propriedades
inovadoras foram alcançadas pelas limas únicas devido ao movimento reciprocante, secção
transversal, angulação diferenciada e distinto tratamento termo-mecânico por meio da liga de
NiTi M-Wire. Os principais atributos desses sistemas são superelasticidade, resistência a fadiga
e alta capacidade de corte. As características dos sistemas Reciproc® e WaveOne® são
semelhantes, ocorrendo apenas algumas alterações feitas pelos fabricantes nas angulações,
velocidade de rotações por minuto e secções transversais das limas. Este estudo consiste em
uma revisão de literatura realizada para investigar as principais características dos sistemas
reciprocantes Reciproc® e WaveOne®. A revisão da literatura foi realizada por meio de uma busca
nas bases de dados PubMed e MedLine utilizando-se os descritores Reciproc, WaveOne e
Reciprocating. Entre os aspectos estudados estão o movimento, alargamento apical,
flexibilidade, resistência a torção e a fadiga, capacidade de corte, produção e extrusão de debris,
modelagem, obturação e tempo de trabalho. Com base na revisão da literatura realizada foi
possível perceber semelhanças ou resultados melhores em vários aspectos para o sistema
Reciproc® em comparação com WaveOne®.
Palavras-chave: Tratamento do canal radicular; Preparo de canal radicular; Endodontia.
REFERÊNCIAS:
BÜRKLEIN S, BENTEN S, SCHÄFER E. Quantitative evaluation of apically extruded debris with different
single-file systems: Reciproc, F360 and OneShape versus Mtwo. Int Endod J. 2014 May;47(5):405–9.
LOPES HP, ELIAS CN, VIEIRA MVB, et al. Fatigue Life of Reciproc and Mtwo instruments subjected to
static and dynamic tests. J Endod. 2013 May;39(5):693–6.
MACHADO MEL, NABESHIMA CK, LEONARDO MFP, et al. Análise do tempo de trabalho da
instrumentação recíproca com lima única: WaveOne e Reciproc. APCD. 2012;66(2):120-4.
_____________________
1
Aluna de Graduação da Universidade Estadual de Maringá, [email protected].
² Mestre em Odontologia Integrada pela Universidade Estadual de Maringá, Residente em Endodontia da Universidade Estadual de
Maringá.
³ Residente em Odontologia da Universidade Estadual de Maringá.
4
Doutor em Clínica Odontológica pela Universidade Estadual de Campinas, Residente em Endodontia da Universidade Estadual de
Maringá.
5
Doutora em Ciências Farmacêuticas pela Universidade Estadual de Maringá, professora Adjunta ao Departamento de Odontologia
da Universidade Estadual de Maringá.
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O USO DE MICROTOMOGRAFIA COMPUTADORIZADA EM ESTUDOS SOBRE
LOCALIZADORES APICAIS ELETRÔNICOS
Karolina Bertamoni Matte¹
Daniele Covatti
Paula Fernanda de Freitas
Lucila Piasecki2
Modalidade: Pesquisa
RESUMO : Através da microtomografia computadorizada (micro-TC) é possível realizar um
estudo detalhado da anatomia dental, pela digitalização e reconstrução virtual dos tecidos duros
do dente. OBJETIVO: Avaliar, através de micro-TC, as características anatômicas apicais que
podem influenciar na eficácia dos aparelhos Localizadores Apicais Eletrônicos (LAE).
METODOLOGIA: Foram removidas as coroas de 33 dentes pré-molares inferiores
unirradiculados, e inserida uma LK 15 até o forame para obter o comprimento do dente real do
dente (CRD) utilizando um paquímetro digital. Os dentes foram inseridos em alginato e utilizando
o LAE Root ZX II obteve-se o comprimento eletrônico do dente (CED) na marca “0.0” do aparelho.
Os dentes foram então escaneados pelo micro-TC SkyScan 1172 com uma resolução de 25 μm.
As imagens da reconstrução tridimensional virtual dos dentes foram analisadas para verificar o
comprimento do dente (CMD) e as seguintes características anatômicas: desvio do forame apical
(FA), diâmetro do FA e presença de canais acessórios. Foram comparadas as médias dos
comprimentos obtidos e a influência das características anatômicas na precisão do LAE.
RESULTADOS: Não houve diferença entre as médias dos comprimentos obtidos pelos diferentes
métodos. A precisão do LAE não foi influenciada pelo diâmetro do FA, nem pelos canais
acessórios, porém o desvio do forame diminuiu a eficácia das medições eletrônicas (p=0.013).
CONCLUSÃO: O micro-TC mostrou-se um recurso eficaz no estudo das características da
anatomia apical e na obtenção do comprimento do dente. A presença de desvio do forame apical
diminuiu a eficácia do localizador apical eletrônico.
Palavras-chave: Microtomografia computadorizada, Localizador apical eletrônico,
Odontometria.
REFERÊNCIAS
KUTLER,Y. Microscopic investigation of root apexes. J Am Dent Assoc, v. 50, 544-52,1955.
DING, J., GUTMANN, J.L., FAN, B., LU, Y., CHEN, H. Investigation of Apex Locators and Related
Morphological Factores. J Endodon, 36: 1399-1403, 2010.
PAGAVINO, G., PACE, R., BACCETTI, T., A sem study of in vivo accuracy of the root zx
electronic Apex locator. J Endod 24: 438-441, 1998.
__________________
1Acadêmica do quarto ano do Curso de Odontologia da Universidade Paranaense- UNIPAR.
2Docente do Curso de Odontologia da Universidade Paranaense - UNIPAR.
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OBTURAÇÃO ENDODÔNTICA TERMOPLÁSTICA - SISTEMA TC
RELATO DE CASO CLÍNICO
Kauhanna Vianna de Oliveira1
Flávia Sens Fagundes Tomazinho
Bruno Marques da Silva
Flares Baratto Filho
Modalidade: Caso Clínico
RESUMO: O sistema TC, desenvolvido em 2002, permite a realização da obturação endodôntica
por meio de uma técnica não convencional, onde se utiliza guta-percha na fase alfa,
termoplastificada em forno próprio, inserida no conduto por meio de um compactador de
McSpadden, sem o emprego de cone. Assim, o objetivo do presente trabalho foi relatar casos
clínicos no qual o sistema TC foi utilizado para a obturação de canais radiculares. Para este
estudo foi selecionado um paciente que necessitava de tratamento endodôntico de três dentes,
sem exclusão de qualquer patologia pulpar ou periapical. A técnica mostrou-se eficaz para os
tratamentos endodônticos realizados com diagnóstico de necropulpectomia de forma rápida e
eficiente.
Palavras-chave: Endodontia, Obturação do canal radicular, Guta-Percha.
INTRODUÇÃO:
O tratamento endodôntico consiste na limpeza, desinfecção, modelagem e obturação do
canal radicular (Fracassi et al. 2010) e tem como principal finalidade possibilitar a manutenção
de um dente despolpado na cavidade bucal (Leonardo et al. 2008). Além disso, a obturação do
canal radicular deve eliminar os espaços vazios no seu interior, impedindo sua recontaminação
(Ito et al. 2010). A guta-percha tem sido o material obturador mais utilizado devido sua
biocompatibilidade, estabilidade dimensional, plasticidade e facilidade de remoção quando
necessário (Damasceno et al. 2008). Seu uso é associado ao cimento endodôntico que tem como
objetivo preencher irregularidades e atuar como lubrificante.
As técnicas de obturação se classificam em convencionais e em não convencionais, estas
são atribuídas às termoplastificações da guta-percha, com auxílio mecânico ou de aparelhos
aquecedores (Pereira et al. 2010). Ribeiro et al. afirmam que a termoplastificação visa a
promoção de maior quantidade de guta-percha, melhor adaptação às irregularidades e, por
consequência, menor quantidade de cimento; em comparação àquelas que utilizam a gutapercha a frio, como a condensação lateral e a condensação vertical do cone único (Ribeiro et al.
2009).Palavras-chave
Schilder (Schilder et al. 1967) introduziu a técnica de condensação vertical com gutapercha aquecida, desde então métodos termoplásticos tem sido propostos. Entre eles o
Thermafil (Dentsply Maillefer, Ballaigues, Suíça), Ultrafil 3D (Coltene Whaledent, Altstätten,
Suíça) e Microseal (Sybron Endo, Orange, USA), usando a guta-percha na forma alfa (TanomaruFilho et al. 2007).
O sistema TC (Tanaka de Castro & Minatel Ltda., Cascavel, Brasil), surgiu em 2002, com
características de obturação termoplástica semelhantes ao Microseal. O intuito foi tornar a
técnica mais acessível, uma vez que há o emprego de tecnologia nacional. Nesse sistema a
guta-percha tipo alfa é plastificada por meio de um aquecedor elétrico de baixa intensidade, com
86
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uso de menor temperatura e maior tempo de aquecimento. Piati et al. (Piati et al. 2013) afirma
que dessa forma as seringas de guta-percha podem ser reutilizadas sem alterar as propriedades
do material. Não é necessário o emprego de cones principal ou acessórios. Os resultados obtidos
nas pesquisas recentes sobre o uso do Sistema TC, têm sido muito satisfatórias quanto ao
preenchimento dos canais radiculares curvos e achatados (Ribeiro et al. 2009; Piati et al. 2013).
OBJETIVO:
Assim, o objetivo desse estudo foi relatar casos clínicos nos quais o sistema TC foi
utilizado para a obturação de canais radiculares, verificando-se a efetividade da técnica
recomendada pelo fabricante.
RELATO DE CASO:
Paciente AMP, sexo masculino, 32 anos, relatou ter sido submetido a atendimento de
urgência em uma unidade básica de saúde 3 meses antes da consulta inicial, onde foi realizada
a abertura coronária nos dentes 36, 37 e 46.
Dente 37: Radiograficamente constatou-se leve espessamento do espaço do ligamento
periodontal, ao teste térmico frio a resposta pulpar foi negativa, diagnosticando-se necrose
pulpar. O tratamento foi necropulpectomia em sessão única. Para o preparo químico-mecânico
foi empregado o sistema Race (FKG Dentaire, La Chaux-de-Founds, Suíça), o DC foi #35 para
o canal distal e #30 para os mesiais, para a obturação foi selecionado o termocompactador nº
40 para o canal distal e nº 30 para os canais mesiais, o CT foi 19mm (distal), 18mm (mésiovestibular) e 20mm (mésio-lingual).
3a
3b
Figura 3: (a) Radiografia inicial (b) Radiografia final.
Dente 36: Ao exame radiográfico as estruturas estavam dentro dos padrões de
normalidade, ao teste térmico frio a resposta pulpar foi negativa, diagnosticando-se necrose
pulpar. O tratamento foi necropulpectomia em sessão única. Para o preparo químico-mecânico
foi empregado o sistema Mtwo e complementação manual, o DC foi #30 para os quatro canais.
Para a obturação foi selecionado o termocompactador nº30 (21mm) e o comprimento de trabalho
foi 21mm em todos os canais.
87
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4a
4b
Figura 4: (a) Radiografia inicial (b) Radiografia final.
Dente 46: Radiograficamente a raiz distal apresentava uma área radiolúcida difusa na
região apical, e ao teste térmico frio a resposta pulpar foi negativa, diagnosticando-se necrose
pulpar, o tratamento foi necropulpectomia. Para o preparo químico-mecânico foi empregado o
sistema Protaper, o DC foi F4 no canal distal e F3 nos mesiais. Para a obturação foi selecionado
o termocompactador nº 45 e 40 respectivamente, o CT foi 20mm em todos os canais.
5a
5b
Figura 5: (a) Radiografia inicial (b) Radiografia final.
Para obturação endodôntica dos três elementos adotou-se o sistema de termoplastificação
TC seguindo as recomendações do fabricante. Uma vez que os canais estavam secos com
aspiração e uso de cones de papel absorventes (Dentsply Maillefer, Ballaigues, Suíça), levou-se
uma fina camada de cimento endodôntico AH Plus (Dentsply Maillefer, Ballaigues, Suíça) às
paredes do canal com auxílio do espaçador digital. A guta-percha plastificada em forno foi
inserida no canal por meio de um termocompactador de guta percha (Dentsply Maillefer,
Ballaigues, Suíça), este foi recoberto com a mesma, introduzido no canal e acionado com
velocidade de 20.000 RPM com movimentos no sentido do longo eixo dos condutos, até atingir
o comprimento aproximado de 1mm aquém do comprimento de trabalho ou até a curvatura, esse
procedimento levou cerca de 5 segundos em cada canal.
Logo após, a guta-percha foi suavemente condensada verticalmente com condensadores de
Paiva a fim de eliminar a contração de esfriamento. O corte do material obturador excedente foi
realizado a frio com cureta. Os dentes foram selados com cimento de ionômero de vidro (FGM,
88
20 a 23 de agosto de 2015 - ISSN 2236-9090
Joinville, Brasil). As tomadas radiográficas periapicais foram padronizadas com uso de
posicionadores.
DISCUSSÃO:
O objetivo principal da obturação é preencher o espaço dos canais radiculares com a
melhor adaptação possível às suas paredes, através do uso de uma massa de guta-percha
homogênea e uma fina camada de cimento endodôntico. Piati et al. (Piati et al. 2013) afirmam
que a vedação deve ser suficiente para evitar a reinfecção por fluidos e subprodutos bacterianos.
As técnicas obturadoras auxiliam nesse processo, mas não em sua totalidade, pois há forte
influência da variabilidade anatômica dos canais radiculares.
O sistema TC é composto por um aquecedor de baixa intensidade, uma vez ligado, esse
aparelho possui um controle de temperatura automático que o mantém entre 95ºC e 100ºC.
Segundo o fabricante as seringas com guta percha podem ser reaproveitadas sem prejudicar
suas propriedades físicas, até que seja utilizado todo o material, devido dois fatores importantes.
O primeiro é a dupla plastificação do material obturador, uma no aquecedor, outra na inserção
da guta-percha por meio de um compactador de McSpadden. Esse processo viabiliza menores
temperaturas para obter a plastificação. O segundo é a respeito da posição vertical das seringas
durante o aquecimento, sendo este uniforme em todo o cartucho (Damasceno et al. 2008;
Fracassi et al. 2010).
Uma porção de material obturador é “perdida” no primeiro uso após o aquecimento de
cada cartucho. Mesmo assim a técnica é acessível e econômica, tendo em vista o emprego da
tecnologia nacional e o custo para adquirir novas seringas.
Conforme o fabricante o emprego de cones para obturação é opcional, tanto acessórios
quanto o principal. Em casos onde a prova do cone é dificultada pela anatomia dos canais pode
ocorrer uma dobra de sua extremidade, haver a alternativa de não usá-los nessas circunstâncias
é uma vantagem. Um treinamento prévio em dentes extraídos é indispensável, principalmente
porque o tempo de trabalho é reduzido, cerca de 5 segundos no canal, comparando com outras
técnicas de obturação.
A técnica de obturação possui algumas limitações. O compactador de McSpadden curto
(#25) de 21mm que acompanha o aparelho não trouxe resultado adequado no tratamento do
dente 36, que possui mais de 20mm de comprimento. Ao contrário dos demais compactadores
de 25mm, já que a técnica preconiza levá-los a 1mm aquém do comprimento de trabalho ou até
a curvatura e esse comprimento não pode ser atingido.
Essa observação ressalta a importância da odontometria, uma vez que não é realizada a
radiografia de prova do cone, deve-se pensar em uma segunda odontometria radiográfica ou
confirmação com a eletrônica, para que se tenha certeza dessa medida.
O fabricante recomenda o emprego do compactador de McSpadden (#25) de 21mm
somente para canais mais finos e curvos, mésio-vestibular, disto-vestibular, mésio-lingual de
molares; incisivos inferiores; pré-molares com 2 canais.
Apesar de o fabricante afirmar que o extravasamento de material obturador pode ser
controlado, ele será favorecido quando houver presença de lesão periapical, se o operador
permanecer mais que o tempo indicado acionando o instrumento no interior do conduto, ou ainda
se o compactador ultrapassar o limite de segurança que é de 1mm aquém do comprimento de
trabalho.
Pesquisas atuais têm investigado acerca da infiltração e preenchimento obtidos através
do sistema TC. Ribeiro et al. (Ribeiro et al. 2009) encontrou que a 2mm aquém do ápice o sistema
TC e a condensação lateral foram superiores ao Thermafil, e a 4mm não houve diferenças
significativas. Pereira et al. (Pereira et al. 2010) concluiu que os resultados obtidos com o sistema
TC foram superiores à técnica de McSpadden modificada, e esses melhores que a condensação
lateral no quesito preenchimento.
89
20 a 23 de agosto de 2015 - ISSN 2236-9090
Quanto à microinfiltração apical, Damasceno et al. (Damasceno et al. 2008) não
encontraram diferenças estatísticas entre o sistema TC e o cone único Protaper.
Com o uso do sistema TC provou-se a capacidade de realizar obturações endodônticas
satisfatórias, desde que sejam observadas as particularidades de cada situação clínica.
Apresenta vantagens e limitações que implicam na necessidade de mais estudos a respeito do
equipamento.
CONCLUSÕES:
O sistema TC de obturação termoplástica mostrou-se eficaz para obturação em diferentes
situações clínicas, independentemente do número de raízes dentais e canais radiculares,
comprovando sua versatilidade.
A técnica é de rápida execução e contribui para um menor tempo clínico, desde que haja
treinamento prévio. Radiograficamente os resultados estão satisfatórios, ainda que sejam
necessárias mais pesquisas, para que se comprove o comportamento dessa obturação quanto
à infiltração de microrganismos e ao preenchimento interno dos condutos.
REFERÊNCIAS
DAMASCENO, J. L. N.; SILVA, P. G.; QUEIROZ, A. C. F. S.; VARDASCA DE OLIVEIRA, P. T.; PEREIRA,
K. F. S. Estudo comparativo do selamento apical em canais radiculares obturados pelas técnicas de cone
único Protaper e termoplástica Sistema TC. RGO – Rev Gaúcha Odontol, v. 56, n. 4, p. 417-22, 2008.
FRACASSI, L. D.; FERRAZ, E.G.; ALBERGARIA, S. J.; SARMENTO, V. A. Comparação radiográfica do
preenchimento do canal radicular de dentes obturados por diferentes técnicas endodônticas. RGO – Rev
Gaúcha Odontol., v. 58, n. 2, p. 173-9, 2010.
ITO, D. L.; SHIMABUKO, D. M.; AUN, C. A.; BRUM, T. B. Avaliação da infiltração bacteriana em técnicas
de obturação do canal radicular. Revista de Odontologia da Universidade Cidade São Paulo, v.22, n.3,
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Técnicos e Biológicos. São Paulo: Artes Médicas, 2008. 1147-93 p.
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P.T.; CHITA, J. J. Análise Comparativa da Porcentagem da Área Preenchida Pela Obturação no Terço
Apical dos Canais Radiculares em Três Diferentes Técnicas. Pesq Bras Odontoped Clin Integr., v. 10, n.
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PIATI, D. C. K.; PEREIRA, K. F. S.; VARGAS RAMOS, C. R.; FERREIRA, L. C.; ARASHIRO, F. N.;
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Pesq Bras Odontoped Clin Integr., v. 13, n. 2, p. 205-12, 2013.
RIBEIRO, M. A.; QUEIROZ, A. C. F. S.; SILVA, P. G.; YOSHINARI, G. H.; GUERISOLI, D. M. Z.; PEREIRA,
K. F. S. Estudo comparativo da área apical preenchida pela guta- percha nas técnicas ode obturação TC,
Thermafil e Condensação Lateral. Revista de Odontologia da UNESP., v. 38, n. 1, p. 65-71, 2009.
SCHILDER, H. Filling root canals in three dimensions. Dent Clin North Am., v. 11, p. 723-44, 1967.
TANOMARU-FILHO, M.; BIER, C. A. S.; TANOMARU, J. M. G.; BARROS, D. B. Evaluation of
thermoplasticity of different gutta-percha cones and the TC System. J Appl Oral Sci., v. 15, n. 2, p. 131-4,
2007.
_________________________
1 Mestranda,
Universidade Positivo, Curitiba/PR.
90
20 a 23 de agosto de 2015 - ISSN 2236-9090
REABSORÇÃO RADICULAR INTERNA COMUNICANTE –RELATO DE CASO
Larissa Mayra Paloski1
Emmanuely Andraschko
Luiz Fernando Tomazinho
Vanessa Rodrigues do Nascimento
Debora Sellera
Modalidade: Caso Clinico
RESUMO: A reabsorção interna é uma condição onde o elemento dental perde material
mineralizado de dentro da cavidade pulpar, e esta perda de material pode levar a fragilidade das
paredes, criando assim uma comunicação; é uma condição rara, desencadeada por processos
inflamatórios. O presente estudo visa relatar o caso de um paciente, onde houve reabsorção
interna Comunicante, e salientar as formas de tratamento. È classificada de acordo com a sua
localização- porção coronária ou nos terços cervical, médio ou apical das paredes do canal,
causa e complexidade. Os espaços reabsorvidos são preenchidos somente por tecido de
granulação ou em combinação com tecidos mineralizados, como osso e cemento. A reabsorção
radicular interna pode ser transitória ou progressiva. A partir do momento em que os canais
radiculares estiverem totalmente infectados, a reabsorção paralisa. Tem como característica
clinica ser assintomático e quando descobertos, é por exames radiográficos, apresenta forma
redonda ou ovalada com contornos bem definidos e regulares. O tratamento é feito por meio do
preparo biomecânico e obturação do elemento, com preenchimento total pro meio de guta percha
termoplastificavel, e quando necessário utilizar medicamento intracanal de hidroxio de cálcio com
veiculo oleoso. A reparação da perfuração deve ser feita por meio de procedimento cirúrgico
externo a raiz para assegurar a selagem. Em casos de reabsorção interna, o tratamento
endodôntico é inevitável e deve começar imediatamente após a identificação de qualquer
alteração.
Palavra chave: reabsorção, processo inflamatório, comunicante.
REFERÊNCIAS:
CONSOLARO A. O conceito de reabsorções dentaria e por que não induzem dor nem necrose
pulpar. Dental Press Endod. 2011 Oct-Dec; 1(3): 11-6
CONSOLARO A. Reabsorções dentárias nas especialidades clínicas. 2a ed. Maringá: Dental
Press; 2005.
_________________________
1 Acadêmica,
Curso de Odontologia,Universidade Paranaense- UNIPAR, Campus Umuarama/PR
91
20 a 23 de agosto de 2015 - ISSN 2236-9090
REABSORÇÃO INTERNA-EXTERNA AGRESSIVA ASSOCIADA À CIRURGIA
PARENDODONTICA: RELATO DE CASO CLÍNICO
Luiz Fernando Tomazinho1
Eduardo Augusto Pfau1
Augusto Amadeus Barbosa de Melo3
Sergio Henrique Staut Brunini2
Modalidade: Caso clínico
RESUMO: A reabsorção dentária é um processo patológico, caracterizado pela atividade
dentinoclástica e cementoclástica, que resulta na perda de estrutura dos tecidos duros dos
dentes. É um processo multifatorial, com perda progressiva de cemento ou cemento e dentina,
com possível comprometimento do dente. Situacões clinicas envolvendo reabsorcões dentarias
internas e externas sempre são desafiadoras para o profissional, quanto à manutencão e
proservacão do elemento dental. Neste caso clinico, nos deparamos com uma situacão de severa
reabsorcão interna apical, com uma posterior comunicacão externa, resultando em uma extensa
reabsorcão ossea periapical. Os complexos casos de reabsorcoes internas com evolucao para
comunicacao externa estao diretamente relacionado com as infeccoes endodonticas, pois
ocorrendo a comunicao com o ambiente externo, ocorre a migracao de bacterias para o interior
do sistema de canais radiculares. Histologicamente, areas irregulares de cemento e dentina sao
observadas com celulas inflamatorias e tecido periodontal adjacente. Radiograficamente,
apresenta-se com uma reabsorcao intrarradicular simetrica comunicando com o meio externo
Um Correto diagnóstico associado à um plano de tratamento bem executado foram fundamentais
para o sucesso do tratamento. A utilizacão de uma medicacão intracanal à base de hidroxido de
cálcio por um longo período mostrou-se essencial para a obtencão da desinfeccão do sistema
de canais, assim como paralisou o processo reabsortivo e estimulou a formacão de uma barreira
apical. O diagnóstico, compreendido pelos precisos exames clínicos, físicos e radiográficos foi
fundamental para elaboracão de um correto plano de tratamento, executado de maneira precisa,
com acompanhamentos radiográficos, que evidenciaram que as trocas de medicacões
intracanais à base de hidroxido de calcio, foram decisivas no auxilio da desinfeccão do sistema
de canais, paralisando o processo de reabsorcão e estimulndo a formacão de uma barreira
mineralizada. A proservacão clínica e radiogràfica por 8 anos evidencia o sucesso do caso.
Palavras-Chave: Reabsorcao Radicular, Hidroxido de Calcio, Cirurgia Parendodontica
ABSTRACT: Clinical situations involving internal and external root resorption are always
challenging for the professional, and the maintenance and proservation the dental element. In
this clinical case, we are faced with a situation of severe apical internal resorption, with a further
external communication, resulting in an extensive periapical bone resorption. A correct diagnosis
associated with a treatment plan well executed were key to successful treatment. The use of a
hydroxide-based intracanal calcium medication for a long period proved essential to achieve
disinfection of the canal system, and paralyzed the resorptive process and stimulated the
formation of an apical barrier. Success was confirmed through the radiographic follow-up for 8
years.
Keywords: Root resorption, calcium hydroxide, endodontic surgery
INTRODUÇÃO:
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20 a 23 de agosto de 2015 - ISSN 2236-9090
A reabsorção dentária é um processo patológico, caracterizado pela atividade
dentinoclástica e cementoclástica, que resulta na perda de estrutura dos tecidos duros dos
dentes. É um processo multifatorial, com perda progressiva de cemento ou cemento e dentina,
com possível comprometimento do dente
De acordo com a sua posição de origem a reabsorção radicular pode ser classificada
como externa ou interna. Histologicamente o exame da reabsorção interna revela a presença de
tecido de granulação com células gigantes multinucleadas no espaço do canal radicular.
A reabsorção interna também pode ser denominada de reabsorção intracanal,
odontoblastoma, endodontoma ou granuloma interno e representa uma patologia de ocorrência
relativamente rara em dentes permanentes
Usualmente, apenas um dente é afetado, embora tenham sido descritos casos nos quais
se encontram envolvidos vários elementos dentários. Na maioria dos casos, possui um curso
clínico assintomático, podendo ocorrer em qualquer área do canal radicular 4. A maior incidência
ocorre nos indivíduos do sexo masculino, no terço médio da raiz dos dentes incisivos e na 3ª
década de vida
Traumatismos dentários, presença de cáries, infecções periodontais, procedimentos
iatrogênicos como preparos cavitários e materiais restauradores impróprios, ressecção de raiz
vital, anacorese e causas idiopáticas têm sido sugeridas como fatores contribuintes do
desencadeamento do processo .
De acordo com Kinomoto et al. (2002) a incidência de um estímulo irritante leva o tecido
pulpar a inflamação e a formação de tecido de granulação com uma hiperemia ativa e elevada
pressão de oxigênio, o que destrói a pré-dentina e os odontoblastos, então algumas células
indiferenciadas dentro da polpa convertem-se em osteoclastos ou macrófagos, resultando em
reabsorção dentinária.
Quando localizada mais coronariamente, pode ser observada uma coloração rósea na
coroa dentária devida à reabsorção dentinária somada à intensa proliferação capilar do tecido
de granulação. A dor pode estar presente se ocorrer perfuração radicular .
Os complexos casos de reabsorcoes internas com evolucao para comunicacao externa
estao diretamente relacionado com as infeccoes endodonticas, pois ocorrendo a comunicao com
o ambiente externo, ocorre a migracao de bacterias para o interior do sistema de canais
radiculares. Histologicamente, areas irregulares de cemento e dentina sao observadas com
celulas inflamatorias e tecido periodontal adjacente. Radiograficamente, apresenta-se com uma
reabsorcao intrarradicular simetrica comunicando com o meio externo.
Estabelecido o diagnóstico, deve-se remover imediatamente o tecido pulpar mortificado,
juntamente com o de granulação. Se não houver perfuração radicular, preconiza-se a instituição
de terapia endodôntica não-cirúrgica, se houver perfuração abaixo do nível ósseo, indica-se
tentativa de remineralização com hidróxido de cálcio em longo prazo e posterior obturação; caso
o defeito perfure coronariamente a inserção epitelial, ou seja, bastante extenso, faz-se
necessária uma abordagem cirúrgica para selamento da perfuração 1.
O Hidroxido de Calcio, quando utilizado como medicacão intracanal, tem sido associado
à diferentes substancias como iodoformio, clorexidina e paramonoclorofenol canforado (PMCC),
desde que estas substancias alterem o minimo possivel suas propriedades 7. O presente estudo
relata um caso clínico de reabsorção interna com comunicacao externa, seu diagnóstico,
tratamento com complementacao cirurgica e proservação clinica e radiografica.
RELATO DO CASO:
Paciente F.O.S., gênero masculino, 30 anos, foi encaminhado à Clínica Odontológica da
UNIPAR para tratamento endodôntico do elemento 21, que clinicamente apresentava-se com
uma restauração de resina composta na face mesial do mesmo. Foi realizado teste de
sensibilidade pulpar com gás refrigerante (EndoFrost.-Roeko) apresentando ausência de
93
20 a 23 de agosto de 2015 - ISSN 2236-9090
sintomatologia; radiograficamente foi possível constatar a presença de extensa lesão periapical
e reabsorção interna com comunicacão externa no terço apical do canal radicular. (FIG 1.)
Na 1ª sessão foram realizadas abertura coronária e neutralização do conteúdo sépticotóxico do canal através de irrigação com solução de hipoclorito de sódio a 2,5% e ampliação dos
terços cervical e médio com brocas Gates-Glidden, seguida pela colocação de algodão
umedecido com tricresolformalina (Biodinâmica SP-SP,Brasil) e restauração provisória com
obturador temporário.
Na sessão seguinte foi executado o preparo biomecânico pela técnica mista invertida,
seguido de aplicação de paramonoclorofenol com furacin (Biodinâmica SP-SP, Brasil) que
permaneceu no interior do canal radicular por 07 dias. Após este prazo iniciaram-se trocas
sucessivas de pasta de hidróxido de cálcio (hidróxido de cálcio P.A. + propilenoglicol +
iodofórmio), renovada em intervalos de aproximadamente 30 dias. (FIG 2)
A cada troca foi realizada tomada radiográfica no intuito de verificar o completo
preenchimento do canal radicular, sendo possível observar extravasamento da pasta para a
região periapical. Após 09 meses, constatada radiograficamente a diminuição da área radiolúcida
apical optou-se pela obturação do canal radicular, empregando-se a Técnica Híbrida de Tagger
e cimento obturador AH Plus (Dentsply- Malleiffer, Suica). (FIG 3)
Na radiografia final observou-se extravasamento de material obturador para a região
periapical, instituindo a necessidade de complementação cirúrgica para a remoção do mesmo e
restauração com resina composta pela técnica adesiva. (FIG 4 e 5). Três meses após a
curetagem apical, pôde-se constatar radiograficamente o reparo da região afetada com ausência
de lesão periapical e de material obturador extravasado. O acompanhamento foi realizado por
um período de oito anos. (FIG 6)
DISCUSSÃO:
Devido à ausência de sintomas, a reabsorção radicular interna é diagnosticada
geralmente durante exames radiográficos de rotina, nos quais evidencia-se uma imagem
radiolúcida simétrica ovóide ou arredondada, bem circunscrita, alterando o contorno original do
canal radicular 4. Segundo Consolaro (2011)8, os mecanismos das reabsorcões dentárias são
conhecidos e suas causas bem definidas. Clinicamente apresentam-se assintomáticas e, por si
sós, não induzem alteracões pulpares, periapicais ou periodontais, sendo geralmente uma
consequência delas.
Em nosso caso clinico, procedeu-se à desinfecção do canal radicular com solução de
hipoclorito de sódio a 2,5 % devido às suas propriedades de solvente de matéria orgânica e alto
poder germicida, conferindo uma maior eficiência ao preparo, associada à Técnica Mista
Invertida. O índice de sucesso do tratamento endodônticodiminui em 14% para cada 1mm de
aumento do diâmetro da lesão, previamente ao tratamento. A Infuência negativa de extensas
visiveis radiograficamentena região apical , se deve à possibilidade de um numero e diversidade
maior de microrganismos envolvidos, consequentemente, dificultando o tratamento9.
As trocas de pasta de hidróxido de cálcio foram realizadas com o intuito de neutralizar o
pH da área de reabsorção, além de estimular a reestruturação da região periapical destruída.
Segundo Valera et al. (2000)5, nos casos de reabsorção interna com perfuração lateral as trocas
do hidróxido de cálcio se fazem necessárias para induzir a formação de uma barreira
mineralizada na área de reabsorção, permitindo a posterior obturação do canal radicular. O Fato
de termos utilizado hidroxido de calcio com propilenoglicol como veiculo foi no intuito de promover
uma liberacao continua dos íons calcio e hidroxila. No caso clínico proposto, pode-se observar
uma considerável diminuição da lesão periapical num prazo de nove meses, quando então
obturou-se o cana com uma técnica termoplastificada.
Um dos maiores objetivos do tratamento endodôntico bem sucedido é a total obliteração
do canal radicular, usando um material obturador biologicamente compatível e dimensionalmente
94
20 a 23 de agosto de 2015 - ISSN 2236-9090
estável. A presença de irregularidades como as resultantes de uma reabsorção interna impõem
dificuldades técnicas para a concretização deste objetivo, indicando o emprego de técnicas de
obturação que utilizem a guta-percha plastificada pelo calor, o que justifica a aplicação da
Técnica Híbrida de Tagger, onde se executa a condensação lateral do terço apical associada a
uma compactação termomecânica do material obturador nos 2/3 coronários do canal,
objetivando preencher toda a área de reabsorção.
O tempo necessario para se observar radiograficamente uma formacao de barreira
mineralizada na regiao apical foi de aproximadamente nove meses apos o inicio do tratamento.
Yates(1998) 10 considera que o diametro da abertura apical antes do inicio do tratamento
influencia diretamente no tempo de formacao da barreira apical.
Como a progressão da reabsorção interna depende da presença de tecido vivo, a
imediata desvitalização do elemento dental constitui-se no único tratamento necessário, desde
que não haja perfuração lateral. No presente caso, além da presença de perfuração, houve
extravasamento de material obturador para a região periapical, o que poderia impedir a
complementação do processo de reparo, impondo-se a necessidade da intervenção cirúrgica
para a adequada resolução do caso clínico.
O diagnóstico, compreendido pelos precisos exames clínicos, físicos e radiográficos foi
fundamental para elaboracão de um correto plano de tratamento, executado de maneira precisa,
com acompanhamentos radiográficos, que evidenciaram que as trocas de medicacões
intracanais à base de hidroxido de calcio, foram decisivas no auxilio da desinfeccão do sistema
de canais, paralisando o processo de reabsorcão e estimulndo a formacão de uma barreira
mineralizada. A proservacão clínica e radiogràfica por 8 anos evidencia o sucesso do caso.
REFERÊNCIAS:
1. LOPES HP, SIQUEIRA JR. JF. Endodontia: biologia e técnica. Rio de Janeiro: MEDSI, 1999. 650 p.
2. KINOMOTO Y, NORO T, EBISU S. Internal root resorption associated with inadequate caries removal and
orthodontic therapy. J Endod. 2002 May;28(5): 405-7.
3. AL-NAZHAN SA, SPANGERG L W. Light and SEM observation of internal root resorption of a traumatized permanent
central incisor. Int Endod J 1995, v.28, p.133-136.
4. GUNRAJ MN. Dental root resorption. Oral Surg Oral Med Oral Pathol, 1999 v.88, n.6, Dec. p.647-653.
5. VALERA MC.;Tratamento endodontico de dentes com reabsorção interna.JBE. 2000, ano 1 nº 2.pág 27-29.
6. FUSS Z, TSEIS I, LIN S. Diagnosis, classification and treatment choices based on stimulation factors. Dental
Traumatol. 2003, 19 (04): 175-82.
7. ESTRELA C, SYDNEY GB, FIGUEIREDO JAP, ESTRELA CRA. Antibacterial efficacy of intracanal medicaments
on bacterial biofilm: a critical review. J Appl Oral Sci. 2009; 17(1): 1-7.
8. CONSOLARO A. O conceito de reabsorcões dentárias e por que não induzem dor nem necrose pulpar. Dental
Press Endod. 2011 Oct-Dec;1(3):11-6.
9. NG YL, MANN V. GULABIVALA K. A prospective study of the factors affecting outcomes of nonsurgical root canal
tratment:part 1:periapical health. Int. Endod. J. 2011; 44(7):583-609.
10.YATES JA. Barrier formation time in non vital teeth with open apices. Int Endod J. 1988, 21(5) 313-9.
____________________
1Professor
Titular do Curso de Odontologia da Universidade Paranaense - UNIPAR- Umuarama-PR. Endereco para
correspondencia: Rua Inaja, No 3560 ap 42 - Umuarama - PR . CEP: 87.501-160 Cel: (44) 9903-9192.
2.Professor Assistente do Curso de Odontologia da Universidade Paranaense - UNIPAR-Umuarama-PR.
3.Alunos de Graduacao do Curso de Odontologia da Universidade Paranaense - UNIPAR-Umuarama-PR.
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20 a 23 de agosto de 2015 - ISSN 2236-9090
RETRATAMENTO ENDODÔNTICO DE MOLAR SUPERIOR COM 4 CANAIS - RELATO DE
CASO
Bárbara Fonseca
Ana Carolina da Silva Bocassanta
Marco Aurélio Hiendlmeyer Furtado
Andressa Bozza
Modalidade: Caso clinico clínico
RESUMO: O retratamento de canais radiculares com o objetivo de reverter fracassos ocorridos
em terapêuticas anteriores tem se mostrado cada vez mais frequentes no cotidiano clínico. Os
principais fatores relacionados ao insucesso do tratamento endodôntico são os procedimentos
incorretos, dificuldades técnicas, falha do operador e micoorganismos.O objetivo deste trabalho
é relatar um caso clínico de retratamento endodôntico (RE) em molar superior com 4 canais e
curvatura acentuada. Paciente sexo masculino, 48 anos, apresentou-se com sensibilidade à
mastigação no dente16. Radiograficamente constatou-se tratamento endodôntico insatisfatório
e imagem sugestiva de lesão periapical. Os testes de percussão foram positivos e o teste de
palpação no fundo de saco na altura da raiz mesial. Foi proposto o RE,e realizada a abertura
coronária, localização dos canais MN, DV e palatino e localização do MV2 que não foi tratado
previamente, e desobturação. A irrigação foi com NaCl 2,5%, a odontometria realizada com
localizador apical, preparo biomecânico e medicação intracanal com hidróxido de cálcio PA. Em
15 dias o paciente retornou assintomático, e foi precedida a obturação dos canais. Após 1 ano,
foi constatado ausência de lesão periapical e dor clínica. Concluiu-se que o RE bem executado
é sinônimo de sucesso clínico, reabilitando o elemento dental e a possibilitando a reparação
tecidual periapical.
Palavras-chave: Retratamento endodôntico, sucesso clínico, reparação tecidual periapical.
REFERÊNCIAS:
GARCIA JUNIOR, J.S. et al. Avaliação radiográfica da eficiência de diferentes instrumentos
rotatórios no retratamento endodôntico. RSBO v. 5, n. 2, 2008
BRAMANTE, C. M.; FREITAS, C. V. J. Retratamento endodôntico: estudo comparativo entre
técnica manual, ultra-som e Canal Finder. Rev Odontol Univ São Paulo, v.12, n.1, p.13-17,
jan./mar. 1998.
_________________________
1
Acadêmica, 3º ano do curso de odontologia, Universidade Paranaense- UNIPAR. E-mail: [email protected]
96
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REVASCULARIZAÇÃO: REVISÃO E RELATO CLÍNICO
Camila Basso Alpini1
Douglas Anderle 2
Danielle Portinho3
Rodrigo Gonçalves Ribeiro3
Modalidade: Caso Clínico
RESUMO: Dentes permanentes com formação da raiz interrompida por motivo de necrose pulpar
necessitam de uma atenção especial para seu tratamento endodôntico, e a revascularização é
uma alternativa, tendo como objetivo o restabelecimento da vitalidade pulpar. Dessa forma, o
estudo proposto teve por objetivo fazer uma revisão de literatura acerca da revascularizaçao e
relatar um caso. Assim, o paciente G. F., do sexo masculino e 10 anos de idade compareceu a
clinica com o incisivo lateral superior imaturo com a polpa necrosada devido a um trauma com
exposição pulpar a 60 dias. O remanescente dentário possibilitava uma restauração
convencional e então se optou pela revascularização deste elemento. O paciente foi anestesiado,
o dente isolado, removida a restauração provisória, neutralizado o material necrótico, feita a
odontometria, limpeza do canal e irrigação abundante com hipoclorito de sódio 2.5% e então o
dente foi preenchido com uma pasta bi-antibiótica a base de metronidazol e ciprofloxacina para
desinfecção da dentina por 28 dias e restaurado provisoriamente. Após o retorno do paciente
ele foi novamente preparado após irrigação abundante com hipoclorito de sódio 2,5% estimulouse o sangramento apical e o canal é preenchido pelo coagulo sanguíneo e confeccionado um
duplo selamento (MTA e depois restauração definitiva). Após seis meses verificou-se o
fechamento do ápice do dente, caracterizando o sucesso do tratamento. Assim, a
revascularização pode ser um eficiente método para o término da formação de raízes de dentes
imaturos e favorece o reforço do dente pois estimular o espessamento das paredes do canal.
Palavras-chave: revascularização; dentes imaturos; dente imaturo.
REFERÊNCIAS:
ANDREASEN JO, FARIK B, MUNKSGAARD EC. Long-term calcium hydroxide as a root canal
dressing may increase risk of root fracture. Dent Traumatol. 2002; 18(3): 134-7.
NYGAARD-OSTBY B. The role of the blood clot in endodontic therapy an experimental histologic
study. Acta Odont Scand 1961; 19: 324-53.
SHABAHANG S, TORABINEJAD M, BOYNE PP, ABEDI H, MCMILLAN P. A comparative study
of root-end induction using osteogenic protein-1, calcium hydroxide, and mineral trioxide
aggregate in dogs. J Endod. 1999; 25(1): 1-5
_____________________
1Acadêmica
do 5º ano do Curso de Odontologia, Universidade Estadual do Oeste do Paraná - UNIOESTE,
[email protected]
2Cirurgião-Dentista, especialista.
3Doutor(a), Docente da Universidade Estadual do Oeste do Paraná – UNIOESTE.
97
20 a 23 de agosto de 2015 - ISSN 2236-9090
SISTEMA TC DE OBTURAÇÃO ENDODÔNTICA
Kauhanna Vianna de Oliveira1
Flávia Sens Fagundes Tomazinho
Bruno Marques da Silva
Flares Baratto Filho
Modalidade: Revisão de literatura
RESUMO: O sistema TC é composto por um aquecedor de baixa intensidade, seis seringas de
guta-percha tipo alfa, dois compactadores de McSpadden: azul (#30-21mm) indicado para canais
finos; preto (#40-25mm) para os demais. Conforme as instruções do fabricante, uma vez que os
canais estejam secos, leva-se uma fina camada de cimento endodôntico às suas paredes com
auxílio de espaçador digital. A guta-percha plastificada no aquecedor é inserida no canal por
meio de um termocompactador recoberto com o material, o qual será introduzido no canal e
acionado com velocidade 20.000rpm com movimentos “vai-e-vem” no sentido do longo eixo dos
condutos, até atingir o comprimento aproximado de 1mm aquém do comprimento de trabalho
(CT) ou até a curvatura. Realiza-se uma condensação vertical suave da guta-percha com
condensadores de Paiva para diminuir a contração de esfriamento. O corte do material obturador
excedente é com cureta não aquecida. As seringas podem ser reaproveitadas sem prejudicar
suas propriedades físicas, até que seja utilizado todo o material, devido à dupla plastificação (em
forno e pelo termocompactador). O emprego de cones para a obturação é opcional, o que pode
facilitar o extravasamento do material, caso permaneça tempo maior que 5 segundos acionado
no canal, ultrapasse o limite CT-1mm, ou haja lesão periapical. Uma vez que não há radiografia
de prova de cone, a odontometria deve ser bem executada e se necessário repetida. A técnica
é de rápida execução contribuindo para um menor tempo clínico, desde que haja treinamento
prévio.
Palavras-chave: Endodontia, Obturação do canal radicular, Guta-Percha.
REFERÊNCIAS
FRACASSI, L. D.; FERRAZ, E.G.; ALBERGARIA, S. J.; SARMENTO, V. A. Comparação
radiográfica do preenchimento do canal radicular de dentes obturados por diferentes técnicas
endodônticas. RGO – Rev Gaúcha Odontol., v. 58, n. 2, p. 173-9, 2010.
ITO, D. L.; SHIMABUKO, D. M.; AUN, C. A.; BRUM, T. B. Avaliação da infiltração bacteriana em
técnicas de obturação do canal radicular. Revista de Odontologia da Universidade Cidade São
Paulo, v.22, n.3, p.198-215, 2010.
PEREIRA, K. F. S; ZANELLA, H. V. N.; SILVA, P. G.; QUEIROZ, A. C. F. S.; VARDASCA DE
OLIVEIRA, P.T.; CHITA, J. J. Análise Comparativa da Porcentagem da Área Preenchida Pela
Obturação no Terço Apical dos Canais Radiculares em Três Diferentes Técnicas. Pesq Bras
Odontoped Clin Integr., v. 10, n. 2, p. 217-23, 2010.
PIATI, D. C. K.; PEREIRA, K. F. S.; VARGAS RAMOS, C. R.; FERREIRA, L. C.; ARASHIRO, F.
N.; ZAFALON, E. J. Avaliação de técnicas de Obturação para Canais Instrumentados pelo
Sistema Reciproc. Pesq Bras Odontoped Clin Integr., v. 13, n. 2, p. 205-12, 2013.
_________________________
1
Mestranda, Universidade Positivo, Curitiba/PR. E-mail:[email protected]
.
98
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TRATAMENTO ENDODÔNTICO CONVENCIONAL X LESÃO SUGESTIVA DE CISTO
RADICULAR – RELATO DE CASO CLÍNICO
Aline Midori Batista Umemura1
Rebecca Carolina Ortega1
Analicy Ticiani Perini1
Claudia Caroline Bósio2
Natalino Satio Inagaki3
Modalidade: Caso Clínico
RESUMO : A lesão periapical ocorre em dentes não vitais como resultado de uma agressão
crônica, de baixa intensidade e assintomática, devido à presença de tecido necrótico e invasão
microbiana do sistema de canais radiculares. Radiograficamente apresenta-se como uma área
radiolúcida circunscrita na região do ápice dental, podendo ser classificada como cisto radicular
ou granuloma periapical, que podem ser diferenciados somente através de um exame
histopatológico.Objetivo: relatar um caso clínico com hipótese diagnóstica de cisto radicular no
qual foi realizado o tratamento endodôntico convencional e proservação, constatando-se a
regressão da lesão e neoformação óssea. Relato de caso: paciente O.J.L, 50 anos, gênero
masculino, procurou atendimento odontológico encaminhado para retratamento do elemento 46,
portador de núcleo metálico fundido (NMF) e coroa protética, e tratamento endodôntico dos
elementos 47 e 48 para posterior cirurgia de enucleação de cisto radicular. Ao exame
radiográfico observou-se presença de imagem radiolúcida extensa envolvendo os elementos 46,
47 e 48. Ao teste térmico, a resposta foi positiva para os elementos 47 e 48, levando à
intervenção apenas no elemento 46. Após a remoção do NMF foi realizada a desobturação dos
canais radiculares, odontometria eletrônica, preparo biomecânico, irrigação com soda clorada,
curativo de demora, que foi renovado a cada 2 meses durante 8 meses, e obturação endodôntica.
A proservação do caso comprovou a regressão total da lesão com neoformação óssea na região
após 1 ano. Conclusão: o tratamento endodôntico convencional pode proporcionar o reparo de
lesões periapicais sugestivas de cisto radicular, sem a necessidade de tratamento cirúrgico.
Palavras-chave: endodontia, cisto radicular, granuloma apical
REFERÊNCIAS:
NEVILLE, B.W. Patologia oral e maxilofacial. 2. ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2009.
SOARES, I.J; GOLDBERG, F. Endodontia: Técnicas e Fundamentos. São Paulo: Artmed, 2001.
____________________
1Acadêmica
do 4o ano do curso de Odontologia, Unioeste, Cascavel-PR, email: [email protected].
dentista, MSc, Professora do Curso de Odontologia da Unioeste, Cascavel-PR.
3 Cirurgião dentista, MSc, Professor do Curso de Odontologia da Unioeste, Cascavel-PR.
2 Cirurgiã
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TRATAMENTO ENDODÔNTICO EM DENTES COM LESÃO PERIAPICAL CRÔNICA
Alexandro Moura de Andrade1
Carlos Roberto Berger2
Camila Maggi Maia Silveira2
Christion Haas2
Modalidade: Caso Clínico
RESUMO:Paciente adulto, gênero masculino, procurou a disciplina de Endodontia do Curso de
Graduação em Odontologia do CESCAGE, Ponta Grossa - Pr, para atendimento odontológico.
Ao exame radiográfico, apresentou extensa lesão periapical na região dos dentes 11 e 12. A
imagem radiográfica apresentou sugestiva de cisto periapical. Na realização do teste de
sensibilidade pulpar com gás refrigerante, o elemento 12 apontou resposta negativa enquanto o
elemento 11 resposta positiva. Foi proposto a terapia de necropulpectomia. O protocolo segue
com anestesia infiltrativa, isolamento absoluto, abertura da cavidade de acesso endodôntico,
exploração do canal radicular, penetração desinfectante com hipoclorito de sódio a 1%,
substância introduzida em 1919 na Endodontia, por Coolidge. O hipoclorito de sódio apresenta
excelentes propriedades como solvente da matéria orgânica, também indicado como substância
auxiliar no esvaziamento do canal radicular.Foi realizado a odontometria estabelecendo o
diâmetro anatômico e abundante irrigação com soro fisiológico para a inativação do hipoclorito
de sódio. O preparo do canal radicular iniciou com ampliação de diâmetro, e a utilização das
limas Flexofile. Após o uso de cada instrumento, foi utilizado soro fisiológico.Para finalizar o
preparo, utilizamos 1ml de EDTA, inativado por soro fisiológico para irrigação. Após secagem
com cones de papel absorvente, o gel de clorexidina a 2% foi utilizado como medicação intra
canal, o qual permaneceu no mesmo durante uma semana.
Palavras-chave: regeneração, tecidos, necropulpectomia
REFERÊNCIAS:
SIQUEIRA JUNIOR J. F. Tratamento das infecções endodônticas. Patologia pulpar e
perirradicular. São Paulo:Editora MDSI, p. 13 – 20, 1997.
ALVARES S. Endodontia: diagnóstico e conduta clinica. 3. Ed. São Paulo: Editora Livraria
Santos. P. 20 – 153, 2008
____________________
1
2
CESCAGE- Centro de Ensino Superior dos Campos Gerais, Ponta Grossa/PR, [email protected]
CESCAGE- Centro de Ensino Superior dos Campos Gerais, Ponta Grossa/PR
100
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USO DE LOCALIZADORES FORAMINAIS ELETRÔNICOS EM DENTES DECÍDUOS
Daniele Covatti1
Emanuelle Johann Lenz2
Paloma Correa Valter2
Claudia Caroline Bósio3
Lucila Piasecki4
Modalidade: Pesquisa
RESUMO: A determinação do comprimento de trabalho é uma etapa fundamental para o sucesso
do tratamento endodôntico; um de seus objetivos, na dentição decídua, é evitar quaisquer
alterações no germe do dente sucessor, permitindo a realização do tratamento de maneira
segura. Objetivo: Verificar a precisão dos localizadores foraminais APEX ID e Root ZX II em
determinar o comprimento de trabalho em dentes decíduos, comparando-os com o método
visual. Metodologia: Foram selecionados 16 dentes decíduos extraídos, realizada a abertura
coronária com ponta diamantada esférica e preparo do terço cervical. Utilizou-se um aparato com
16 perfurações para a fixação dos dentes e imersão em solução de cloreto de sódio. O grampo
labial do localizador foraminal foi acoplado ao aparato e um paquímetro digital com precisão de
0,1mm foi adaptado para acoplar uma lima tipo K. Introduziu-se a lima até a indicação de que o
forame apical havia sido atingido, e então a mesma foi recuada até que o aparelho acusasse a
marca “0.5”. Realizou-se então a medição real, pelo método visual, utilizando a lima com o auxílio
do paquímetro. A mesma sequência foi executada com os dois localizadores em todos os dentes.
As medidas foram obtidas por três examinadores em triplicata, e os resultados foram submetidos
à análise estatística. Resultados: Não houve diferença significativa entre as medidas eletrônicas
e as visuais, nem diferença entre os dois aparelhos testados (p>0.05). Conclusão: Os aparelhos
possuem aplicabilidade clínica podendo ser utilizados para a determinação do comprimento de
trabalho em dentes decíduos.
Palavras-chave: Dentição decídua – comprimento de trabalho – localizadores apicais
eletrônicos.
REFERÊNCIAS:
BORUM MK, ANDREASEN JO. Sequelae of trauma to primary dentition. Endod Dent Traumatol,
v.14, p.31-44, 1998.
ELAYOUTI A, WIGER R, LOST C. Frequency of overinstrumentation with an acceptable
radiographic working length. J Endod, v.27, p.49-52, Jan. 2001.
WILLIANS CB, JOYCE AP, Roberts S. A comparison between in vivo radiographic working length
determination and measurement after extraction. J Endod, v.32, n.7, p.624-7, Jul. 2006.
____________________
1Graduanda
em Odontologia, Unipar/Cascavel/PR, email: [email protected]
Dentista graduada pela Unipar/Cascavel/PR
3Cirurgiã Dentista, MSc, Professora do Curso de Odontologia da Unipar/Cascavel/PR e Unioeste, Cascavel/PR
4Cirurgiã Dentista, Dra, Professora do Curso de Odontologia da Unipar/Cascavel/PR.
2Cirurgiã
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VARIAÇÕES ANATÔMICAS DE INTERESSE ENDODÔNTICO
Janaina Ahmann Spenassatto1
Sandriane Moreno 2
Danielle Portinho3
Rodrigo Gonçalves Ribeiro3
Modalidade: Revisão de literatura
RESUMO: A endodontia é uma especialidade que procura a manutenção das funções biológica
e funcionais dos elementos dentários que perderam a vitalidade pulpar ou estão correndo este
risco, preservando a total integridade dos elementos dentais adjacentes presentes e do elemento
que sofreu a injúria que o levou à morte pulpar. Dentre as várias dificuldades enfrentadas pelos
profissionais na realização do tratamento do sistema de canais radiculares estão as variações
anatômicas. Assim, o conhecimento da morfologia da câmara pulpar e dos canais radiculares é
fundamental para a execução do tratamento endodôntico. Para tanto se deve ter ciência não só
do aspecto normal da anatomia dos grupos dentais como também as principais variações
existentes em cada um destes grupos, já que, o desconhecimento da existência destas variações
pode levar ao insucesso do tratamento. Diferentes variações anatômicas podem ser observadas
já nas tomadas radiográficas e podem influenciar no protocolo do atendimento e tratamento.
Dentre estas variações se pode citar: geminação, fusão, concrescência, dens invaginatus,
cúspide talão, radicular grooves, taurodontia, dilaceração radicular, conformações de canais em
forma de “C”. Todos os elementos dentários são passíveis de variações anatômicas. O estudo
frequente, a documentação e a troca de experiências entre os profissionais dissemina o
conhecimento possibilitando maior qualidade do tratamento endodôntico. Para tanto é
imprescindível ao profissional endodontista a tomada radiográfica inicial para avaliação do
elemento dental a ser tratado.
PALAVRAS-CHAVE: endodontia, anatomia dental, variações anatômicas.
REFERÊNCIAS:
APRILE J, FIGÚN N. E. Anatomia odontológica. Buenos Aires: El Atheneu, 1954. p. 324.
BARATTO FILHO F, FARINIUK L. F, FERREIRA EL, PECORA JD, CRUZ FILHO AM, SOUSA
NETO MD. Clinical and macroscopic study of maxillary molars with two palatal roots. International
Endodontic Journal. v. 35, n. 9, p. 796-801, 2002.
BARNETT F. Mandibular molar with C-shaped canal. Endod Dent Traumatol. v. 2, P. 79-81, 1986.
____________________
1Acadêmica
do 5 ano do Curso de Odontologia, Universidade Estadual do Oeste do Paraná - UNIOESTE,
[email protected]
2Cirurgiã-Dentista, especialista.
3Doutores, Docentes, Universidade Estadual do Oeste do Paraná – UNIOESTE.
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ABORDAGEM CIRÚRGICA ALTERNATIVA PARA TRATAMENTO DE CISTO PERIAPICAL
Samuel Kaik Alves de Lima¹
Victor Hugo Fazoli Guidini¹
Murilo Hernane Gonzalez Pimenta¹
Leonardo Alan Delanora¹
Gustavo Nascimento de Souza Pinto²
Elen de Souza Tolentino3
Modalidade: Caso Clínico
RESUMO: Quando se trata de cistos bucomaxilofacias, a marsupialização é figura dentre as
opções de tratamento mais empregadas. Essa técnica consiste na confecção de uma janela
cirúrgica que possibilite a comunicação entre a cavidade patológica e o meio bucal, suturada
junto à mucosa adjacente (BLAYA et al., 2010) Essa comunicação oportuniza uma eliminação
gradual do conteúdo cístico, gerando uma diminuição devido a redução da pressão hidrostática
intracística, permitindo, assim, uma redução progressiva do tamanho da lesão. Conceitualmente,
deve haver um segundo tempo cirúrgico destinado a remoção total da lesão residual. A conduta
nas técnicas cirúrgicas de abordagem em relação a cistos nos maxilares torna-se cada vez mais
conservadora devido a alta prevalência desse tipo de lesão. Nesse contexto o presente trabalho
tem o objetivo de relatar um caso de cisto periapical tendo a marsupialização como tratamento
definitivo para lesões císticas (POGREL; JORDAN, 2004). Mulher, leucoderma, 38 anos
procurou atendimento sendo encaminhada pelo endodontista que constatou a presença de uma
lesão radiolúcida de aproximadamente 4 centímetros , bem definida e com halo radiopaco na
região do periápce do dente 21. Considerando a extensão e localização da lesão, foi optado por
realizar a marsupialização como tratamento definitivo surgindo como uma abordagem cirúrgica
alternativa para cistos odontogênicos, tendo como vantagens conservar estruturas anatômicas
do paciente e fornecer material histopatológico através de um procedimento menos invasivo.
Palavras-chave: Cisto periapical; marsupialização; cisto odontogênico
REFERÊNCIAS:
BLAYA, D. S.; BLAYA, M. G.; MENEZES, J. D. S.; SILVA, C. O.; PEREZ, W. B.; OLIVEIRA, M.
G. Cisto dentígero mandibular tratado com marsupialização e enucleação: relato de dois casos.
Revista Brasileira de cirurgia buco-maxilo-facial, São Paulo, v.10, n. 2, p. 99-104, abr./jun. 2010.
_____________________
1.Graduandos,
Departamento de ciências da saúde, Departamento de Odontologia- Universidade Estadual de
Maringá, Maringá-PR, Brasil.
2.Pós Graduando mestrando em Odontologia Integrada, Departamento de Odontologia – Universidade Estadual de
Maringá, Maringá-PR,Brasil.
3.Docente do Departamento de Odontologia – Universidade Estadual de Maringá, Maringá-PR,Brasil.
E-mail: [email protected]
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ADENOCARCINOMA POLIMORFO DE BAIXO GRAU EM PALATO DURO- RELATO DE
CASO
Rafael Cozer1
Ana Lúcia Carrinho Ayroza Range2
Adriane de Castro Martinez Martins2
Modalidade: Caso clínico
RESUMO: O adenocarcinoma polimorfo de baixo grau (APBG), é uma neoplasia maligna rara
em região de cabeça e pescoço que ocorre com frequência em glândulas salivares menores. É
apontada como a segunda neoplasia maligna de glândula salivar mais frequente. Há uma maior
prevalência em mulheres, principalmente entre a sexta e sétima décadas de vida e os sítios de
localização mais frequentes são palato duro e palato mole. O curso clínico do APBG é indolente
e a excisão cirúrgica com margens livres é o tratamento de escolha para estas lesões. O
prognóstico é favorável, sendo recorrências e metástases raramente descritas na literatura.
Objetivos: Relatar um caso clínico de adenocarcinoma polimorfo de baixo grau, localizado na
região lateral esquerda do palato duro. Relato de caso: Paciente R.S.F, gênero masculino, 14
anos, melanoderma, compareceu ao Centro de Especialidades Odontológicas da UNIOESTE,
ao exame clínico apresentou massa nodular, com dimensões de 2x2x0,8 cm no palato duro
esquerdo, de consistência mole e apresentando sintomatologia dolorosa à palpação.
Conclusão: O conhecimento e o tratamento das alterações patológicas das glândulas salivares
devem ser de conhecimento do cirurgião-dentista, pois diagnósticos precoces aliado a correta
técnica cirúrgica diminuem a capacidade de recidiva, tornando o prognóstico favorável na maioria
dos casos.
Palavras chaves: adenocarcinoma de baixo grau, neoplasia maligna, glândula salivar.
REFERÊNCIAS:
FIFE, T.A; SMITH, B; SULLIVAN, C.A; BROWNE, J.D; WALTONEN, J.D. Polymorphous lowgrade adenocarcinoma: a 17 patient case series. Am J Otolaryngol. 2013 Sep-Oct;34(5):445-48.
LEE, D.H; YOON, T.M; LEE, J.K; LIM, S.C. Polymorphous low-grade adenocarcinoma of the
maxillary sinus. J Craniofac Surg. 2013 May;24(3):e213-14.
De ARAUJO, V.C; PASSADOR-SANTOS, F; TURSSI, C; SOARES, A.B; De ARAUJO, N.S.
Polymorphous low-grade adenocarcinoma: an analysis of epidemiological studies and hints for
pathologists. Diagn Pathol. 2013 Jan 15;8:6.
VERMA, V; MENDENHALL, W.M; WERNING, J.W. Polymorphous Low-grade Adenocarcinoma
of the Head and Neck. Am J Clin Oncol. 2013 Feb 20.
____________________
1
2
Acadêmico do curso de Odontoliga/ UNIOESTE.
Docentes, Disciplina de Estomatologia, Curso de Odontologia/ UNIOESTE.
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ALTERAÇÕES BUCAIS RELACIONADAS AO TRATAMENTO QUIMIOTERÁPICO
Guilherme Fernandes Fonteque 1
Alex Cândio Ribeiro1
Marciane Goreti Silvestro Fiori1
Taise Andreia Brixner1
Iris Sawazaki Calone2
Modalidade: Revisão de literatura
RESUMO: A quimioterapia é um tratamento antineoplásico que traz ao paciente vários efeitos
colaterais, sendo que alguns efeitos bucais podem causar desde diminuição na qualidade de
vida do paciente até a interrupção do tratamento quimioterápico. Dentre os efeitos colaterais
bucais mais frequentes estão a mucosite, que é considerada a maior complicação
hematológica resultante da terapia antineoplásica. Sabendo da grade quantidade de alterações
bucais que podem ocorrer durante a quimioterapia, esta revisão de literatura tem como intuito
apresenta-las ao cirurgião dentista para que este saiba como se portar diante de pacientes em
tratamento quimioterápico, bem como prevenir alterações e trata-las de acordo com o que a
literatura indica.
Palavras-chave: quimioterapia, odontologia, alterações.
INTRODUÇÃO:
O câncer caracteriza-se pelo crescimento descontrolado de células transformadas.
Existem quase 200 tipos cânceres (neoplasias malignas) que correspondem os vários sistemas
de células do corpo, os quais se diferenciam pela capacidade de invadir tecidos e órgãos,
vizinhos ou distantes.1
Existem três tipos principais de tratamento para o câncer: cirurgia, radioterapia e
quimioterapia, sendo que o objetivo de cada um destes tratamentos é erradicar o câncer,
normalmente por meio da terapia combinada.2,3
A quimioterapia é o método que utiliza compostos químicos, chamados quimioterápicos,
no tratamento de doenças causadas por agentes biológicos. Quando aplicada ao câncer, a
quimioterapia é chamada de quimioterapia antineoplásica ou quimioterapia antiblástica.4
Os pacientes durante o tratamento antineoplásico, geralmente apresentam
manifestações orais em consequência da intensa imunossupressão obtida através de
quimioterapia. Essas manifestações orais podem ser graves e interferir nos resultados da
terapêutica médica, levando a complicações sistêmicas importantes, que podem aumentar o
tempo de internação hospitalar, os custos do tratamento e afetar diretamente a qualidade de
vida desses pacientes.5
Todas as modalidades de tratamento oncológico apresentam efeitos adversos, alguns
destes efeitos são tão pronunciados que levam ao interrompimento do tratamento
antineoplásico, como é o caso, por exemplo, da mucosite oral. 5
OBJETIVOS
Revisão de literatura sobre os efeitos colaterais bucais do tratamento quimioterápico.
REVISÃO DE LITERATURA
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Mucosite oral (MO):Os agentes quimioterápicos atuam sobre as células que tem um alto
índice mitótico isto inclui as células medulares e das mucosas bucal e gastrintestinal podendo
provocar a formação de lesões ulceradas nas mucosas – mucosite.6 Atualmente, a mucosite é
considerada a maior complicação não hematológica resultante da terapia antineoplásica,
ocorrendo entre 40% a 80% dos pacientes tratados com quimioterapia (QT). 7
Os critérios de diagnóstico para a mucosite são: presença de lesões na mucosa oral,
que se caracterizam inicialmente por áreas esbranquiçadas, sendo a fase seguinte
representada por uma mucosa atrófica: edemaciada, eritematosa e friável. Posteriormente
ocorre a presença de áreas ulceradas que podem ou não estar cobertas por exsudato
fibrinopurulento e ter presença de candidose.8 Por consequência da mucosite o paciente pode
apresentar dificuldade na alimentação, dor, ardência, dificuldade na higienização e desconforto
bucal.
A mielossupressão contribui para o agravamento do evento, pois torna o epitélio mais
suscetível a processos infecciosos por bactérias e fungos além de figurar como fator de risco
para ocorrência de infecções generalizadas. Em geral, há melhora do quadro quando ocorre
recuperação da medula óssea após a aplasia causada pelos quimioterápicos.9
A manutenção da higiene oral é um fator a ser considerado para a prevenção da
mucosite oral, e a adequação da cavidade oral envolvendo a remoção de focos odontogênicos,
acompanhamento radiográfico, quando necessário e a reabilitação oral deverão ser realizados
até três semanas antes do início da terapia antineoplásica proposta.10
A mucosite também representa um fator de risco para a sepse em pacientes
neutropênicos, aumentando em quatro vezes o risco para tal condição.11 A microbiota
bacteriana oral pode colonizar as lesões ulceradas em pacientes imunocomprometidos,
aumentando o risco de infecções sistêmicas.12 A mucosite pode causar interrupção, atraso ou
alteração nos tratamentos quimioterápicos ou radioterápicos previstos, podendo influenciar
negativamente no índice de remissão e sobrevida dos pacientes.13 Observa-se aumento da
morbidade em pacientes com sequelas de mucosite oral e, a depender da gravidade das lesões
intraorais apresentadas, o tratamento antineoplásico inicialmente proposto poderá ser
interrompido.7, 12
A MO é um processo doloroso que constantemente requer hospitalização para
intervenção medicamentosa sistêmica, para controle da dor e tratamento da infecção
associada através de antimicrobianos e antifúngicos de amplo espectro. A nutrição parenteral
total pode ser indicada, em casos graves, para promover adequado suporte nutricional
tamanha incapacidade de deglutição que pode estar envolvida. Entretanto, podem ocorrem
casos leves de mucosite, onde o tratamento tópico através da utilização de soluções para
bochechos e anestésicos locais pode ser suficiente. Fatores como a condição física do
paciente, da cavidade oral, função hepática e renal, velocidade de infusão, dose e protocolo de
quimioterapia influenciam na severidade da mucosite.9
Os quimioterápicos com maior potencial tóxico para as mucosas, são: daunoblastina,
doxorrubicina, metotrexato, citarabina, ciclofosfamida, etoposide, mitoxantrona, vincristina,
vimblastina, hidroxiuréia, tioguanina e mercaptopurina.9
O uso do laser em baixa potência é um método efetivo para a prevenção e o tratamento
de lesões orais apresentadas por pacientes sob altas doses de quimioterapia e/ou
radioterapia.14 O sucesso do tratamento é atingido por cerca de 81% dos pacientes que
receberam o tratamento laser de forma preventiva e, em torno de 83% dos que apresentavam
lesões orais e que receberam o tratamento paliativo.15
Xerostomia:
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A xerostomia manifesta-se pela sensação de secura oral, necessidade da ingestão
frequente de líquidos e dificuldade na ingestão de alimentos sólidos ou em falar continuamente.
Traduz-se por um aumento de cáries, dificuldades no uso de próteses dentárias e
susceptibilidade a infecções, como a candidose oral recorrente.16
A hipossalivação pode fazer parte dos sintomas de certas doenças sistêmicas que
afetam as glândulas salivares ou pode ser causada por fatores iatrogênicos, como o uso de
certos medicamentos, a radioterapia e a quimioterapia.17
Foi sugerido que índices de fluxo salivar reduzidos durante a quimioterapia podem
ocorrer em parte por causa dos antieméticos prescritos, entretanto as glândulas salivares e o
fluxo salivar mostraram voltar imediatamente ao normal logo após a infusão.18
O tratamento baseia-se em evitar todos os agentes que possam diminuir a salivação
como o uso de produtos do tabaco e do álcool. Além disso, estimulantes salivares como géis
umidificadores, doces sem açúcar e gomas de mascar podem ser utilizados.19
Neurotoxicidade:
Representa 6% das complicações bucais, causando desconforto e queixa de dor
semelhante à pulpite, constante e usualmente de início agudo.
A dor neuropática é uma experiência anormal de dor após uma injúria nervos.20
A dor, provocada pela neurotoxicidade, geralmente está relacionada à toxicidade aguda
e se manifesta no início do tratamento.21,22 Diversos pontos da distribuição dos nervos
trigeminal e glossofaríngeo podem ser afetados, principalmente a articulação
temporomandibular, mandíbula, dentes inferiores e ouvidos.23, A neurotoxicidade crônica do
agente depende da dose total cumulativa e do tipo de droga usada.24 Ocorre pelo envolvimento
dos nervos bucais com maior incidência nos molares inferiores. No exame clínico não
encontramos nada importante, já no radiográfico podemos observar o espessamento do
ligamento periodontal em dentes com polpa viva. Pode ocorrer com o uso de alcalóides de
vinca, etoposido ou cisplatina, apresentando-se como parestesia, disfunção motora ou dor
aguda no maxilar inferior. Alguns sintomas são reversíveis quando a droga é descontinuada ou
diminuída; outros podem persistir como a neuropatia residual.O tratamento envolve o uso de
analgésicos sistêmicos e, muitas vezes, também uso de narcóticos.25
Infecção fúngica:
A mais freqüente é a candidose que pode ocorrer na forma de placas, áreas
eritematosas, atrófica crônica e queilite angular. Ocorre com menos freqüência que as
infecções bacterianas, mas também pode causar sepse pela disseminação hematógena, e está
entre os patógenos responsáveis por 85% das septicemias no paciente oncológico,
apresentando mortalidade por infecção sistêmica de 2 a 3 vezes maior que outras infecções.26
Em estudo microbiológico em pacientes neoplásicos terminais, (SWEENEY et al., 1998)
detectaram a presença de fungos em 26% dos pacientes, sendo que ao exame clínico, a
alteração na mucosa em forma de queilite angular foi detectada em 11% e candidose
pseudomembranosa em 9% dos pacientes.
Infecção viral:
As infecções virais que normalmente ocorrem são as lesões herpéticas pelo herpes
simples e pelo zóster acometendo a mucosa intrabucal ou peribucal, acompanhada de
linfadenopatia e febre. Isso ocorre devido à inibição da replicação celular combinada com a
citólise, que resulta da degradação da mucosa. Essa degradação favorece a colonização
secundária por bactérias patógenas e primariamente, a reativação do herpes simples.27
Sangramento bucal:
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A trombocitopenia, resultante da depressão inespecífica da medula, é uma
estomatotoxicidade indireta. Ocasionalmente resulta em diátese hemorrágica, com
hemorragias subcutâneas, púrpuras, petéquias. Pode ocorrer no trato gastrointestinal, pele e
mucosa oral, sendo comum, nestes pacientes, o sangramento gengival. A trombocitopenia ao
atingir níveis inferiores a 50.000/mm3, apresenta risco médio e abaixo de 20.000/mm3, risco
severo para o sangramento. O uso do fator de estimulação de colônias de granulócitos (GCSF) pode diminuir o risco de sangramento no paciente com trombocitopenia.28
Osteonecrose por Bifosfonatos:
Os bisfosfonatos têm sido amplamente empregados no tratamento do câncer da mama
e próstata com metástases ósseas, do mieloma múltiplo e da osteoporose. Também, têm sido
indicados na hipercalcemia maligna, em outras lesões ósseas metastáticas, na doença de
Paget do osso, bem como em crianças com osteogênese imperfeita e osteoporose juvenil
idiopática ou induzida por esteróides.29
A droga reduz a reabsorção óssea, estimula a atividade osteoblástica, assim como inibe
o recrutamento e promove a apoptose de osteoclastos.
O alendronato sódico, risedronato sódico, ibandronato de sódio, pamidronato dissódico
e o ácido zoledrônico são exemplos de bifosfonatos, sendo o último, o mais potente
bisfosfonato de uso clínico.30
Apesar dos benefícios destes medicamentos, uma complicação de difícil manejo,
decorrente do uso dos mesmos, é a osteonecrose dos maxilares. Esta foi inicialmente descrita
no final de 2003, com relatos de casos de exposição óssea nos maxilares, não responsivas ao
tratamento cirúrgico ou medicamentoso, em pacientes sob uso de pamidronato ou
zolendronato. Desde então, relatos de caso de osteonecrose em pacientes sob uso de
bifosfonatos vem sendo descritos na literatura.31
Pereira et al (2004)32 relatam o caso de um paciente de 84 anos, que exibiu exposição
óssea espontânea com um mês de evolução. O paciente estava em tratamento para mieloma
múltiplo, fazendo uso de pamidronato (bisfosfonato), talidomida e dexametasona. A queixa era
de dor e dificuldade para mastigar e falar. Ao exame físico, foi observada área de necrose
óssea, medindo 3,5 cm de diâmetro, no rebordo alveolar inferior. A terapia sistêmica em curso
foi suspensa e foram instituídas antibioticoterapia por sete dias e cirurgia para remoção do osso
necrótico. Após duas semanas, o paciente teve melhora, sem queixa de dor e, seis meses
depois, a região antes necrótica apresentou-se cicatrizada.31
Dor, parestesia e dificuldade mastigatória que levam à acentuada diminuição da
qualidade de vida dos pacientes são características comuns da osteonecrose.33
A ocorrência da osteonecrose exclusivamente na mandíbula (68,1%) é mais frequente
que a ocorrência exclusivamente na maxila (27,1%), restando à ocorrência simultânea da
maxila e da mandíbula um índice de 4,2%. A região posterior de mandíbula é o sítio de maior
acometimento (65,5%), seguida pela área posterior de maxila (22,7%). 34
O cirurgião dentista pode ser o responsável pelo início da osteonecrose,35 uma vez que
cirurgias dentoalveolares em pacientes sob uso de bifosfonato endovenoso são o principal fator
de risco para o surgimento da condição.72 Casos de surgimento espontâneo, também podem
ocorrer, principalmente nas regiões onde a mucosa bucal é mais fina, como na região lingual
posterior de rebordo alveolar mandibular. Além disso, presença de tórus, doenças bucais
associadas (abscesso dental, periodontite) e idade avançada são fatores que aumentam
significativamente o risco de ocorrência desta condição. 34
O protocolo preventivo da osteonecrose dos maxilares deve incluir uma completa
avaliação odontológica para todos os pacientes que iniciarão terapia com bifosfonatos, com o
objetivo de identificar a existência de possíveis infecções e dentes comprometidos. Se o início
do tratamento com estes medicamentos pode ser postergado, cirurgias dento alveolares
preventivas para eliminação de focos infecciosos e prevenção da necessidade de
109
20 a 23 de agosto de 2015 - ISSN 2236-9090
procedimentos dentais invasivos em um futuro próximo, devem ser realizadas.34 A manutenção
de uma ótima higiene oral é crucial e todos os pacientes devem ser informados da sua
importância. 60 Uma vez estabelecida a osteonecrose, os objetivos do tratamento devem ser:
eliminar a dor, controlar a infecção dos tecidos moles e duros e minimizar a progressão da
condição. A intervenção cirúrgica, para debridamento e/ou ressecção óssea deve ser restrita
aos casos mais avançados aonde há a presença de fratura patológica, fístula extraoral, e
osteólise extendendo-se à borda da mandíbula ou ao seio maxilar. Para todos os demais casos
o tratamento deve ser conservador com bochechos com clorexidina 0,12% e medicação para
controle de infecção e dor, quando necessário. A utilização da oxigenoterapia hiperbárica como
tratamento adjunto ainda é controversa e mais estudos clínicos são necessários para
comprovar sua efetividade.34
Hiperpigmentação:
Este é um efeito adverso comum dos quimioterápicos. A pele, o cabelo, as unhas e as
membranas mucosas podem ser acometidos.36 O envolvimento pode ser localizado ou difuso.37
A pigmentação pode apresentar um padrão específico, que se correlaciona com a distribuição
anatômica e com o tipo de droga, ou pode corresponder ao local de contato com materiais
externos, como curativos oclusivos. É possível que a hiperpigmentação na pele seja secundária
ao aumento da quantidade da melanina, do caroteno ou da hemoglobina.38 No caso da
hiperpigmentação induzida por quimioterápicos, os mecanismos ainda são desconhecidos. A
fisiopatologia exata varia, provavelmente, de acordo com a droga em questão39 Não há
tratamento específico para as hiperpigmentações. Habitualmente, desaparecem após meses
ou anos da descontinuidade da droga desencadeante.40
DISCUSSÃO
Comumente pacientes em tratamento quimioterápico se consultam em clínicas
particulares ou em postos de saúde, e infelizmente muitos profissionais cirurgiões dentistas
não tem conhecimento de como deve ser a terapêutica nesses pacientes, quais instruções
devem passar, e quais as complicações que podem ocorrer durante a quimioterapia.
Sabendo disso e visto que o número de pacientes diagnosticados com câncer e em
tratamento quimioterápico tem aumentado em todo o mundo, o conhecimento dos efeitos
bucais do tratamento é de fundamental importância para o cirurgião dentista.
CONCLUSÕES
Conhecendo os efeitos colaterais bucais que podem acometer os pacientes submetidos
a tratamento quimioterápico, o cirurgião dentista passa a ter mais segurança tanto no
atendimento como diagnóstico das mesmas, podendo atuar sobretudo na prevenção dessas
alterações.
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_____________________
1
Acadêmico do curso de Odontologia/ UNIOESTE
Docente do curso de Odontologia/ UNIOESTE
2
112
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APRESENTAÇÃO CLÍNICA INCOMUM DE LESÃO NEURAL EM PALATO
Irma Milena Menck Romanichen1
Fábio Roberto de Souza Batista
Lorena Borgognoni Aquaroni
Angelo José Pavan
Elen de Souza Tolentino
Modalidade: Caso Clínico
RESUMO: O Schwannoma, também denominado Neurilemoma, é uma neoplasia neural benigna
incomum, originária das células de Schwann, formadoras do conjunto de células da Glia do
sistema nervoso. Caracteristicamente, apresenta-se encapsulado, assintomático, com
crescimento lento e em associação a um tronco nervoso. Microscopicamente, se diferencia em
dois padrões: Antoni A e Antoni B. A etiologia é considerada desconhecida, embora alguns
estudos sugiram que o tumor é frequentemente encontrado em áreas susceptíveis a traumas.
Na cavidade oral a ocorrência deste tumor é consideravelmente maior em língua que em outras
regiões. Apresentaremos o caso de uma paciente do gênero feminino, 15 anos, que procurou
atendimento na Clínica Odontológica da Universidade Estadual de Maringá (UEM) no Projeto de
Lesões Bucais (LEBU), com queixa de massa nodular localizada no palato. A lesão era
sintomática, brancacenta, firme, com superfície irregular, recoberta por membrana
necrótica/fibrinosa e evoluía, segundo a paciente, há apenas quinze dias, sem fatores causais
evidentes associados. Realizou-se biópsia incisional e o exame histopatológico apontou para
Schwannoma, padrão Antoni B. Tal padrão é caracterizado por fascículos fluindo de células de
Schwann com forma espinhosa, arranjadas desorganizadamente dentro de um estroma
mixomatoso frouxo. O tratamento foi a remoção completa da lesão, seguida de novo exame
histopatológico, que apontou para o mesmo diagnóstico. A paciente encontra-se em
acompanhamento de 1 ano, não apresentando sinais de recidiva.
Palavras-chave: Diagnóstico, Palato, Schwannoma.
REFERÊNCIAS:
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______________________________
de graduação / Departamento de Ciências da Saúde, Departamento de Odontologia – Universidade
Estadual de Maringá, Maringá/PR, Brasil / email: [email protected]
1Acadêmico
113
20 a 23 de agosto de 2015 - ISSN 2236-9090
AVALIAÇÃO DA PRESENÇA DE LESÕES BUCAIS EM ALCOOLISTAS NO MUNICÍPIO DE
CASCAVEL/PR – ESTUDO PILOTO
Monique Trzinski Marques1
Carla Regina Battirola2
Daniela de Cassia Faglioni Boleta Ceranto3
Eliana Cristina Fosquiera4
Modalidade: Pesquisa
RESUMO: O álcool provoca alterações químicas na mucosa bucal, fazendo com que o usuário
seja mais propenso ao desenvolvimento de lesões. Assim, o objetivo deste estudo foi avaliar a
presença de lesões bucais em alcoolistas no município de Cascavel/PR. Após assinatura do
TCLE, foi aplicado um questionário avaliando o grau da dependência e uma breve entrevista
sobre dados sócio-econômicos-culturais. Foi realizado o exame extra e intra-bucal por
examinadora calibrada, em cadeira comum sob iluminação artificial. Foram examinados 55
voluntários, sendo que, 10 usavam álcool isoladamente, 23 associavam ao tabaco e 21 com
outras drogas. 54% consumiam cachaça e 66% relatou frequência diária. Casos de queilite
actínica, leucoplasia, eritroplasia e líquen plano não foram observados, contudo, sete voluntários
apresentaram hipóteses diagnósticas de hiperqueratose, quatro, hiperplasia tecidual, três,
candidose oral, e dois, papiloma. Pacientes alcoolistas e fumantes devem ser acompanhados
rotineiramente pelo cirurgião-dentista pelo maior risco de apresentarem lesões orais,
principalmente potencialmente cancerizáveis.
Palavras-chave: lesões bucais, alcoolismo, grupo de risco, câncer bucal
INTRODUÇÃO
O etilismo constitui uma síndrome multifatorial, sendo o alcoólatra crônico acompanhado
de perturbações mentais, da saúde física, da relação interpessoal e do comportamento social e
econômico (OMS, 2004). O alcoolismo se destaca hoje como um dos mais graves problemas de
saúde pública, devido às complicações sobrevindas no plano somático e psíquico, além de
profunda repercussão no meio social (Faustino e Stipp, 2003). Estima-se que mais de dois terços
das pessoas em países ocidentais ingerem bebidas alcoólicas além do que apenas
ocasionalmente. No Brasil a prevalência de alcoolismo varia entre 7,6 e 9,2% (Gigliotti, 2008). O
álcool é considerado uma droga lícita, com alto consumo em toda a população, sendo este hábito
introduzido cada vez mais precocemente, porém, é subestimado por muitos como
desencadeador de doenças, inclusive o câncer. Lima et al. (2005) avaliaram o conhecimento de
universitários das áreas de saúde, exatas e humanas, no Paraná, sobre câncer bucal e os seus
fatores causadores. De acordo com os resultados, 86,3% souberam relatar a definição de câncer
bucal, e 29,6% conheciam as lesões cancerizáveis. O tabagismo foi relatado como o principal
fator etiológico, seguido da má higiene bucal e das radiações solares, com 69,3%, 20,3% e 10,6%
respectivamente. Apenas 22% relataram o álcool como fator de risco para o câncer bucal. Os
autores relataram que os universitários conhecem o câncer bucal, mas desconhecem os fatores
causadores do mesmo, dando importância apenas para o uso do tabaco, como carcinógeno.
Ainda se observa a necessidade de mais estudos que enriqueçam a literatura sobre o
potencial carcinogênico da ingestão isolada do álcool, porém, como grande parte dos alcoólatras,
114
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também fazem uso de outras substâncias nocivas, a realização desses trabalhos torna-se mais
dificultosa.
O álcool provoca diversas alterações nos tecidos bucais. Estudos mostram que o por si
só não foi considerado um fator cancerígeno na mucosa bucal devido à exposição de vários
fatores de risco em uma pessoa, como o álcool e o tabaco, bem como a falta de dados
importantes acerca da quantidade ingerida, tipo de bebida e tempo. Porém, Reis et. al. (2002),
estudando o efeito genotóxico do etanol em células da mucosa bucal, afirmou que o consumo
excessivo de etanol promove alterações efetivas em células da mucosa bucal, mesmo na
ausência de exposição ao fumo. São vários os mecanismos pelos quais o álcool atua sobre a
mucosa bucal, sabe-se que o etanol causa atrofia do epitélio, aumentando a permeabilidade de
agentes cancerígenos químicos. O aumento da permeabilidade não foi considerado um fator
primordial causador de câncer bucal, por isso o acetaldeído, primeiro metabólito do etanol foi
estudado. A Agência Internacional de Investigação de Câncer (IARC) verificou que o acetaldeído
é cancerígeno em animais, e possivelmente também para seres humanos, através da mutação
de culturas celulares e da interferência na síntese e reparo do DNA. O etanol é oxidado em duas
fases, a primeira oxidação ocorre de três formas, pelo álcool desidrogenase (ADH), pelo sistema
microssomal hepática (MEOS) e por catalase. O segundo estágio é caracterizado pela oxidação
de acetaldeído em acetato obtidos anteriormente pela enzima acetaldeído desidrogenase
(ALDH). O acúmulo do acetaldedeído ocorre pelo aumento da atividade da ALDH na microflora
oral e do citocromo P4502E1 ou a uma diminuição da atividade ALDH. Em nível sistêmico, o
etanol irá ficar mais tempo no sangue, atuando como um possível agente cancerígeno. Esse
efeito resultará em alterações nas glândulas salivares, levando à acumulação adicional de
substâncias cancerígenas na superfície da mucosa oral, aumentando o risco de câncer bucal.
Entretanto, é difícil estabelecer uma associação direta entre as alterações sistêmicas
ocasionadas pelo álcool e o desenvolvimento do câncer bucal (Michiles, 2011), mas essa
substância é considerada um co-fator e potencializador ao desenvolvimento de lesões
potencialmente cancerizáveis, principalmente quando associada ao tabaco.
OBJETIVOS:
Avaliar a presença de lesões em tecidos moles, observadas através do exame clínico na
cavidade bucal de pacientes portadores de alcoolismo, frequentadores de instituições de apoio
no município de Cascavel – PR.
METODOLOGIA:
Este estudo foi aprovado pelo comitê de ética em pesquisa da Universidade Paranaense
cujo parecer favorável número 1.047.384 recebeu CAEE: 43454115.6.0000.0109 (anexo).
A pesquisa foi realizada com indivíduos portadores de alcoolismo, frequentadores de
instituições de apoio no município de Cascavel, oeste paranaense. As instituições foram:
pacientes em tratamento médico anti-álcool no Núcleo Assistencial Francisco de Assis – NAFA,
SIM PR - Serviço Integrado de Saúde Mental – Centro de Atendimento Psicossocial Álcool e
Drogas III; CAPS AD – Centro de atendimento psicossocial álcool e drogas; CAIS – Comunidade
Terapêutica Casa de Israel; Casa de Acolhida Filhos Prediletos (Fraternidade Caminho). Os
membros foram homens e mulheres advindos de todos os níveis sociais, idades, etnias e
preferência religiosa. A amostra foi de 62 voluntários, porém, somente 55 se encaixaram nos
termos de inclusão expostos a seguir.
Os critérios de inclusão foram indivíduos com histórico de consumo excessivo de bebida
alcoólica, ambos os gêneros, acima de 18 anos. Os critérios de exclusão foram os que se
recusarem a realizar o exame ou a responder o questionário adequadamente.
115
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Os membros que aceitaram participar, foram orientados inicialmente a assinar o termo de
consentimento livre esclarecido, enquanto uma anotadora explicava como seria realizado o
exame, evidenciando a privacidade de todas as informações fornecidas e sanando possíveis
dúvidas dos voluntários.
Em seguida, foi fornecido um questionário fechado de múltipla escolha padronizado para
o voluntário preencher, que avaliou o grau e a severidade da dependência química. Os mesmos
foram orientados a pedir auxílio às pesquisadoras caso houvessem dúvidas. O primeiro
questionário que avaliou a escala de dependência ao álcool, continha alternativas de múltipla
escolha, cada uma correspondente a uma pontuação, que ao final, sem o informante estar
presente, foi efetuado o somatório e através do score foi estimado o resultado dessa avaliação
(Skinner & Allen, 1982). Da mesma forma ocorreu na segunda parte do questionário, porém as
possíveis respostas deste, variaram entre “nunca, poucas vezes, muitas vezes e sempre” (Jorge
& Masur, 1986).
Logo após, o voluntário foi submetido a uma breve entrevista, executada por uma única
anotadora, relacionado aos dados sócio-econômicos-culturais. Na sequência, realizou-se o
exame extra e intra-bucal dos pacientes, por uma única examinadora, submetida previamente à
calibração intra-examinador. Para o exame clínico a examinadora estava portando os devidos
equipamentos de biossegurança. Os pacientes foram examinados sentados numa cadeira
comum sob iluminação artificial de uma lanterna com lâmpadas led (segurada pela anotadora).
Um abaixador de língua foi usado para afastar os tecidos moles bucais e quando necessário,
compressas de gaze. A avaliação iniciou sempre pela palpação dos linfonodos, exame dos lábios
superior e inferior, passando para mucosa labial e vestibular do lado direito e esquerdo, palato
duro, palato mole, orofaringe, mucosa jugal, dorso e bordas laterais da língua, ventre da língua
e assoalho bucal. A descrição e a localização das lesões encontradas, foram anotadas na ficha
clínica pela anotadora.
O voluntário portador de algum tipo de prótese intra-bucal foi avaliado quanto ao tempo
de uso, adaptação, higiene e condição (presença de trincas, fratura, falta de dentes, desgaste),
bem como a necessidade de uso. Na ficha de avaliação também foram analisadas a presença
de dor facial, tipo de respiração, número de dentes presentes, presença de foco de infecção,
avaliação do periodonto através do Índice de Placa Visível (IPV) (Silness & Loe, 1964) e
informações sobre a higienização bucal do voluntário.
Quando observadas variações da normalidade, o avaliado foi orientado sobre a variação
e quando se observaram lesões que requeriam tratamento, os pacientes foram encaminhados
ao serviço de atendimento cabível. Caso lesões com suspeita de potencial de malignização
fossem encontradas, os mesmos seriam encaminhados para atendimento na Universidade
Paranaense campus Cascavel, para realização dos procedimentos necessários.
No local das avaliações, foi exposto um banner evidenciando a importância do autoexame para identificação de lesões orais iniciais. Logo após a avaliação intra-bucal, o paciente
foi orientado sobre essas lesões, sendo também efetuada a instrução de higiene oral através de
manequim odontológico utilizando escova e fio dental de forma prático-demonstrativa. Para
reforçar e incentivar o voluntário em relação à higienização bucal foi fornecida uma escova
dental. Ao final, os pacientes foram motivados a manter a cavidade bucal saudável a fim de evitar
patologias tanto locais quanto sistêmicas.
Neste estudo piloto, os dados obtidos foram tabulados e apresentados através da estatística
descritiva.
RESULTADOS:
Um total de 55 indivíduos participaram deste estudo, sendo 67% homens e 33%
mulheres, e 82% de etnia leucoderma. A grande maioria com renda familiar de 0 a 2 salários
mínimos e instrução primária. De acordo com o questionário aplicado, após a somatória do score
116
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e classificação, 21 voluntários apresentavam dependência gravíssima, 19 com dependência
grave, sendo a diferença entre leve e moderada de apenas 1 voluntário, 8 e 7 respectivamente.
20 voluntários relataram ingerir bebidas alcóolicas há 20-30 anos, apenas 10 faziam uso somente
de álcool, 23 associavam o cigarro, 1 indivíduo utilizava álcool e drogas ilícitas, 21 associavam
álcool, drogas ilícitas e cigarro. A bebida mais consumida referida foi a cachaça, com 54% e
66% indicou frequência diária.
Entre os 55 indivíduos examinados, 25% (n=18) apresentaram alguma lesão bucal e
desses, 50% foi classificado com dependência gravíssima. Não foram encontradas lesões
sugestivas de leucoplasia, eritroplasia, queilite actínica, neoplasia maligna e líquen plano. Porém,
através das características clínicas, foram levantadas hipóteses diagnósticas de 7 casos de
hiperqueratose, 4 casos de hiperplasia fibrosa inflamatória, 3 de candidose oral (sendo
exclusivamente do grupo de dependência gravíssima), 2 de lesão traumática e papiloma. 40%
dos voluntários relataram não ir ao dentista entre 1 e 5 anos e 24% a mais de 10 anos, sendo
que mais da metade (52,72%) utilizava algum tipo de prótese intra-bucal.
DISCUSSÃO:
Fernandes, et.al. (2008), avaliaram a prevalência de lesões bucais cancerizáveis em um
grupo de indivíduos alcoólatras no Paraná. Foram incluídos neste estudo 277 indivíduos do sexo
masculino, com idade média de 38,4 anos, que estavam em tratamento para desintoxicação. O
exame intrabucal foi feito por um único examinador, utilizando cadeira comum sob iluminação
artificial, abaixador de língua estéril e quando necessário, compressas de gaze. As lesões bucais
consideradas cancerizáveis foram: leucoplasia, eritroplasia, líquen plano, fibrose submucosa,
queilite actínica e leucoplasia verrucosa proliferativa. Os resultados deste estudo revelaram que
entre os 277 indivíduos, 17 (6,1%) eram usuários somente de álcool, 179 (64,6%) consumiam
álcool e cigarro, 81 (29,2%) utilizavam álcool e drogas ilícitas - maconha, crack e cocaína. Estes
dados, apesar da diferença amostral, corroboram com o presente estudo em que a maioria dos
alcoolistas associam o uso de outras drogas, além de serem fumantes. Dos resultados obtidos
no estudo, a maioria fumava (64,6%) ou usava drogas ilícitas (29,2%), somente 9 (11,1%)
indivíduos que consumiam apenas bebida alcoólica não apresentaram lesão. A presença de
lesões cancerizáveis na mucosa bucal não está associada apenas a ingestão crônica de álcool,
pois a presença das mesmas foi associada a pacientes alcoólatras que tinham outros fatores de
risco, principalmente o tabagismo.
Michiles, em 2011, verificou a prevalência de lesões cancerizáveis na mucosa bucal de
indivíduos alcoólicos crônicos. Os indivíduos responderam um questionário com informações
sócio-econômicas e sobre a temática pesquisada, tais como a duração, quantidade e tipo de
bebida alcoólica consumida. Os mesmos foram examinados, para avaliar a presença de lesões
cancerizáveis. Os resultados mostraram que o gênero masculino foi o mais prevalente, com
média de idade de 52,3 ± 9,9 anos; os tipos de bebidas mais ingeridas foram a cerveja e a
cachaça, com 95%, o que também foi verificado em nosso estudo, sendo a prevalência masculina
dos alcoolistas e a cachaça a bebida mais consumida. O tempo médio de exposição ao etanol
foi de 23,9 ± 8,7 anos e cerca de 13 (65%) indivíduos consumiam álcool diariamente. Do total
da amostra estudada, 18 (90%) utilizaram o tabaco alguma vez na vida, e apenas 1 (5%) fez uso
de drogas ilícitas. Todos os indivíduos apresentaram algum tipo de lesão bucal, porém apenas 3
(15%) foram diagnosticados com lesões sugestivas de lesões cancerizáveis.
CONCLUSÕES:
Neste estudo piloto, verificou-se lesões orais principalmente nos pacientes com grau
grave da dependência alcoólica e alta prevalência do hábito de fumar em pacientes alcoolistas.
Alcoólatras são indivíduos pertencentes a um grupo de risco ao desenvolvimento de lesões com
potencial de malignização. Indivíduos fumantes de uso excessivo de álcool devem ser
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acompanhados rotineiramente pelo cirurgião-dentista pelo maior risco de câncer bucal e também
para a motivação contínua a manterem a sua saúde bucal, autoestima e convívio social.
REFERÊNCIAS:
CARRARD, V.C. et. al. Álcool e câncer bucal: considerações sobre os mecanismos relacionados. Revista Brasileira
de Cancerologia. v.54 n.1 p.49-56, 2008.
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n.2 p.87-92, abr./jun. 2007.
CHAIBEN, C.L. Promoção de saúde bucal em indivíduos portadores de alcoolismo crônico. Revista Dens, v.19 n.2,
2011.
COLODEL, E.V. et. al. Alterações bucais presentes em dependentes químicos. RSBO, v. 6 n. 1, 2009.
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história de consumo abusivo de álcool. 1998. 102 f. Tese (Mestrado em Ciências). Curso de Biologia e Patologia BucoDental, Faculdade de Odontologia de Piracicaba, Universidade Estadual de Campinas, Campinas, 1998.
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SKINNER, H.A. & ALLEN, B. Alcohol Dependence Syndrome: Measurement and Validation. Journal of Abnormal
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____________________
1Graduanda
do 4º ano de Odontologia, Universidade Paranaense, [email protected]
do 4º ano de Odontologia, Universidade Paranaense, [email protected]
3Profa. Dra. do Curso de Odontologia, Universidade Paranaense, [email protected]
4Profa. Dnda do Curso de Odontologia, Universidade Paranaense, [email protected].
2Graduanda
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CANDIDOSE ORAL EM PACIENTES HOSPITALIZADOS: SÉRIE DE CASOS
Estefeli Schmitt1
Ana Paula de Almeida2
Elaine C. Capellano3
Keller de Martini4
Eliana C. Fosquiera5
Modalidade: Caso Clínico
RESUMO:. A candidose oral é uma infecção fúngica oportunista, prevalente principalmente em
pacientes imunossuprimidos. A internação hospitalar pode provocar alterações que modificam a
microbiota oral dos pacientes e facilitam as infecções fúngicas. Objetivo: apresentar uma série
de casos de pacientes hospitalizados com candidose oral que foram diagnosticados e tratados
pelo cirurgião-dentista inserido na equipe multidisciplinar e correlacionar às possíveis
implicações sistêmicas desta patologia. Relato dos casos: ao exame clínico intra-oral, detectouse a presença de candidose oral em pacientes internados na unidade de terapia intensiva geral
e demais alas de um Hospital Universitário. Efetuou-se o protocolo de higiene oral e o tratamento
da doença através da aplicação tópica de solução oral de Nistatina. Em ambiente hospitalar a
ocorrência de candidose oral e/ou sistêmica é justificada pelas alterações sistêmicas que o
paciente hospitalizado apresenta, associadas a queda da imunidade e a hipossalivação. A falta
de cuidados odontológicos, nesses casos, pode levar a proliferação exacerbada de fungos e
bactérias orais. Diversos estudos verificaram um alto índice de candidose oral em pacientes
hospitalizados no Brasil, estando principalmente associada ao gênero Candida ssp. Conclusão:
percebeu-se a resolutividade da candidose nos pacientes tratados com a solução oral de
nistatina. O microrganismo Candida ssp, pode se disseminar ocasionando candidemia,
representando assim um agravo à condição sistêmica do paciente. O diagnóstico e o tratamento
da candidose oral pelo CD favorece a recuperação dos pacientes hospitalizados, bem como
reduz sua morbidade.
Palavras-chave: Candidose oral; Infecção por Cândida; Odontologia Hospitalar
REFERÊNCIAS:
PIRES,J.R., et al. Espécies de Candida e a condição bucal de pacientes internados em Unidade
de Terapia Intensiva. Rev. Assoc. Paul. Cir. Dent., São Paulo, v. 65, n. 5, p. 332-337, 2011.
SCHLESENER, V.R.F.; ROSA,U.D.; RAUPP,S.M.M. O cuidado com a saúde bucal de pacientes
em UTI. Cinergis, v. 13, n. 1, p. 73-77 Jan/Mar, 2012.
SIQUEIRA,J.S. et al. Candidíase oral em pacientes internados em UTI. Rev. bras. odontol., Rio
de Janeiro, v. 71, n. 2, p. 176-179, jul./dez. 2014.
____________________
1
Acadêmica do 3o ano do curso de Odontologia da UNIPAR/ Campus Cascavel. [email protected]
do 3o ano do curso de Odontologia da UNIPAR/ Campus Cascavel. [email protected]
3Cirurgiã-dentista, Especialista em Odontopediatria, Mestre em Terapia Intensiva (SOBRATI), Prof a. do curso de
odontologia Intensiva pelo instituto Brasileiro de odontologia Intensiva (IBROI). [email protected]
4Cirurgião-dentista, Especialista em Periodontia, Mestre em Terapia Intensiva (SOBRATI),Coordenador do curso de
odontologia Intensiva pelo instituto Brasileiro de odontologia Intensiva(IBROI). [email protected]
5 Profa. do curso do Odontologia – UNIPAR/ Cascavel. Administradora de Empresas, Cirurgiã-dentista, Mestre em
Clínica Integrada, Dnda em Estomatologia. [email protected]
2 Acadêmica
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CISTO DENTÍGERO MANDIBULAR EM PACIENTE PEDIÁTRICO: RELATO DE CASO
Juliana Cristina Bonani Saqueti¹
Natasha Magro Érnica²
Eleonor Álvaro Garbin Jr.³
Greison Rabelo de Oliveira4
Geraldo Luiz Griza5
Modalidade: Caso clínico
RESUMO:O cisto dentígero é o segundo cisto odontogênico mais comum, localizado com maior
frequência na mandíbula. Embora seja de histogênese incerta, sugere-se que ele se desenvolva
pelo acúmulo de fluido entre o epitélio reduzido do esmalte e a coroa do dente. É uma lesão
benigna, porém, pode atingir dimensões consideráveis, causando deformidade facial,
impactação e deslocamento de dentes e/ou estruturas adjacentes. A proposta deste trabalho é
relatar um caso clínico de uma paciente de 8 anos que procurou o hospital universitário
queixando-se de aumento de volume em região mandibular direita, onde nos exames de imagem
observou-se uma área radiolúcida associada ao dente 44 incluso e a região do periápice do dente
84 com extensa lesão cariosa, na qual foi tratada através da realização de drenagem da infecção
com biopsia incisional e posterior exodontia do elemento 84 com instalação de dispositivo
semirrígido para descompressão. Após 14 meses houve a erupção do dente 44 e a paciente
segue em acompanhamento sem recidiva ou outras complicações. Conclui-se que levando-se
em consideração a existência de outras entidades patológicas que se assemelham ao cisto
dentígero, o diagnóstico deste deverá ser feito às expensas das características clínicas, exames
histopatológicos e de imagens, permitindo desta forma o tratamento adequado de tal patologia e
maior probabilidade de sucesso no processo de cura.
Palavras-chave: cisto dentígero, cisto folicular, cistos odontogênicos.
REFERÊNCIAS
NEVILLE, B. W., et al. Patologia oral e maxilofacial. 3.ed. Rio de Janeiro: Elsevier, 2009.
SILVA, A. N., et al. Cisto dentígero em mandíbula. Rev. RGO, Porto Alegre, v. 54, n. 2, p. 157160, 2006.
VAZ, L.G.M., et al. Cisto dentígero: características clínicas, radiográficas e
critérios para o plano de tratamento. Rev. RGO, Porto Alegre, v. 58, n.1, p. 127-130, 2010.
____________________
¹Graduanda em Odontologia pela Universidade Estadual do Oeste do Paraná – UNIOESTE,
[email protected]
²Doutora em Odontologia, área de concentração: Cirurgia e Traumatologia Bucomaxilofacial pela Universidade
Estadual Paulista Júlio de Mesquita Filho – UNESP e Research Fellow in Oral and Maxillofacial Surgey – Baylor
College Of Dentistry Texas A M University
³Doutor em Odontologia, área de concentração: Cirurgia e Traumatologia Bucomaxilofacial pela Universidade Estadual
Paulista Júlio de Mesquita Filho - UNESP
4Doutor em Clínica Odontológica, área de concentração: Cirurgia e Traumatologia Bucomaxilofacial pela Faculdade
de Odontologia de Piracicaba – FOP
5Doutorando em Implantodontia pela Universidade Estadual Paulista Júlio de Mesquita Filho – UNESP
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20 a 23 de agosto de 2015 - ISSN 2236-9090
CISTO RADICULAR DE GRANDE EXTENSÃO: IMPORTÂNCIA DAS CARACTERÍSTICAS
CLÍNICAS E RADIOGRÁFICAS AO DIAGNÓSTICO ANATOMOPATOLÓGICO
Layra Lhais Biff¹
Tatiane Piloneto Thomé
Hemanueli Pizzi
Fábio Alexandre Wessler
Eliana Cristina Fosquiera
Modalidade: Caso Clínico
RESUMO: O cisto radicular é o mais comum da cavidade bucal entre os cistos odontogênicos.
Objetivo: relatar um caso clínico de cisto radicular de grande extensão enfatizando a importância
das características clínicas e radiográficas como auxiliares ao correto diagnóstico
anatomopatológico. Relato do caso: paciente gênero feminino, 14 anos de idade, foi
encaminhada pela unidade básica de saúde ao Centro de Especialidades Odontológicas (CEO)
- Unipar/Cascavel, devido à presença de edema intra e extra oral na região mandibular esquerda
da face. Ao exame radiográfico observou-se uma lesão óssea localizada na mandíbula,
estendendo-se da distal do dente 35 até a distal do dente 37. Realizou-se a remoção cirúrgica
total da lesão e o encaminhamento para exame anatomopatológico, que concluiu tratar-se de um
cisto periodontal fragmentado. Observando as características clínicas, radiográficas e o laudo do
laboratório e comparando com as características relatadas na literatura científica sobre cisto
periodontal, o diagnóstico se tornou duvidoso. Pelos relatos científicos sugeriu-se tratar de um
cisto radicular proveniente da necrose do elemento 36, que foi extraído durante a remoção
cística. Para confirmação do diagnóstico as lâminas foram encaminhadas para um segundo
laboratório, que apresentou o resultado de cisto periapical/radicular. Conclusão: O diagnóstico
de lesões não deve levar em consideração apenas as características microscópicas reveladas
pelo exame anatomopatológico. Deve envolver também as características clínicas e
radiográficas, bem como a “visão holística” do paciente, que nortearão o diagnóstico. O caso foi
acompanhado clinicamente e radiograficamente durante um ano, notando-se completa
neoformação óssea na região.
Palavras-chave: cisto periapical, remoção cirúrgica, exame anatomopatológico.
REFERÊNCIAS:
NEVILLE,B.W.; DAMM, D.D.; ALLEN, C.M.; BOUQUOT,J.E. Patologia Oral e Maxilofacial. 3. ed. Rio de Janeiro:
Elsevier, 2009.
PEREIRA, J.V.; FIGUEIREDO, D.U.; SOUZA,E.A.;HOLMES,T.S.V.; GOMES, D.Q.C.; CAVALCANTI, A.L. Prevalência
de cistos e tumores odontogênicos em pacientes atendidos na fundação assistencial da Paraíba: estudo retrospectivo.
Arq. Odontol. [online]. v.46, n.2, p. 75-81, 2010.
SANTOS,L.C.S.; RAMOS,E.A.G.; MEIRA, T.M.; FIGUEIREDO C.R.L.V.; SANTOS, J.N. Etiopatogenia do cisto
radicular – parte I. Ci. Méd. Biol. Salvador, v.5,n.1, p.69-74, 2006.
_____________________
¹Acadêmica do 3o ano do curso de Odontologia da UNIPAR – Campus Cascavel; [email protected]
2Cirurgiã-dentista (UNIPAR – Campus Cascavel)
3Cirurgião-dentista no CEO, Especialista em Cirurgia Bucomaxilofacial
4Profa. Dnda do curso de Odontologia da UNIPAR – Campus Cascavel
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20 a 23 de agosto de 2015 - ISSN 2236-9090
DIAGNÓSTICO E DIAGNÓSTICO DIFERENCIAL DA OSTEOCLEROSE IDIOPÁTICA DOS
MAXILARES: RELATO DE CASOS E REVISÃO DE LITERATURA
Lorena Juliani Aquino Ortega1
Neli Pieralisi2
Elen de Souza Tolentino2
Lilian Cristina Vessoni Iwaki3
Mariliani Chicarelli da Silva3
Luiz Carlos Volp Junior4
RESUMO: A osteoesclerose idiopática (OI) é considerada uma alteração do trabeculado ósseo
o qual tem sua origem desconhecida. Apresenta-se como uma área radiopaca, não expansiva e
com forma geralmente redonda ou oval, podendo encontrar-se também de forma irregular com
tamanho variado, que pode afetar a maxila e predominantemente a mandíbula. O objetivo desse
trabalho é relatar 20 casos de OIs, revisar a literatura e discutir as principais características
destas alterações, diagnóstico, diagnóstico diferencial e tratamento. Radiografias panorâmicas e
20 pacientes com OIs foram analisadas retrospectivamente. Idade, gênero, tamanho, forma e
localização das OIs foram analisadas. Em todos os pacientes as OIs eram assintomáticas e
diagnosticadas em exames radiográficos. A idade variou entre 5 e 51 anos, com média de 29,8
anos. As OIs foram observadas associadas aos ápices dentários, entre dentes ou separados e
subjacentes ao dente, com predileção pela região de pré-molares e molares inferiores, afetando
lado direito e esquerdo igualmente. A OI é uma variação do trabeculado ósseo relativamente
frequente que ocorre especialmente na mandíbula. O conhecimento de suas características
radiográficas é essencial para o correto diagnóstico, uma vez que outras condições, como a
osteíte condensante, raízes residuais, hipercementose, displasia cemento-óssea focal e
odontomas complexos, requerem intervenção terapêutica e são muito similares nos exames
radiográficos
Palavras-chave: osteosclerose; maxilares; diagnóstico.
REFERÊNCIAS:
SISMAN Y, ERTAS ET, ERTAS H, SEKERCI AE. The frequency and distribution of idiopathic
osteosclerosis of the jaw. Eur J Dent 2011; 5(4):409-14
ARAKI M, MATSUMOTO N, MATSUMOTO K, OHNISHI M, HONDA K, KOMIYAMA K.
Asymptomatic radiopaque lesions of the jaws: a radiographic study using cone-beam computed
tomography. J Oral Sci 2011; 53(4):439-44.
____________________
¹Acadêmico de graduação / Departamento de Ciências da Saúde, Departamento de Odontologia –
Universidade Estadual de Maringá, Maringá/PR, Brasil / email: [email protected]
2Professora Doutora em Estomatologia, Departamento de ciências da saúde, Departamento de
Odontologia- Universidade Estadual de Maringá, Maringá-PR, Brasil
³Professora Doutora em Radiologia, Departamento de ciências da saúde, Departamento de OdontologiaUniversidade Estadual de Maringá, Maringá-PR, Brasil
4Acadêmico de graduação / Departamento de Ciências da Saúde, Departamento de Odontologia –
Universidade Estadual de Maringá, Maringá/PR, Brasil
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20 a 23 de agosto de 2015 - ISSN 2236-9090
EXOSTOSES MULTIPLAS- DIAGNÓSTICO DIFERENCIAL E TRATAMENTO CIRÚRGICORELATO DE CASO
Vinícius Tadeu Batistussi França1
Murilo Hernane Gonzalez Pimenta1
Marcelo Augusto Seron1
Sabrina Botelho Vieira1
Nayara Gonçalves Emerenciano1
Newton Cesar Kamei2
Modalidade: Caso Clínico
RESUMO: Exostoses são definidas como protuberâncias ósseas localizadas, de caráter
benigno, que se originam da cortical óssea. Os fatores etiológicos citados na literatura são:
influência genética; hábitos de dieta; estresse por hiperfunção mastigatória; hábitos
parafuncionais como bruxismo e fatores ambientais. Por serem anomalias de desenvolvimento
benignas não requerem cirurgia, a menos que afetem a funcionalidade, comprometam
severamente a estética ou gerem problemas bucais mais sérios. O presente trabalho tem como
objetivo relatar um caso de exostoses múltiplas e seu diagnóstico diferencial. Paciente do gênero
masculino, 40 anos de idade, melanoderma, compareceu a Clínica Odontológica da UEM
queixando-se de “crescimento ósseo da maxila” com comprometimento protético. Após exame
clínico-radiológico iniciais foi constatado abaulamento ósseo das regiões posteriores dos quatro
quadrantes e cortical óssea integra com espesso osso medular. Como diagnóstico diferencial:
Displasia Fibrosa e Exostoses Múltiplas. Posteriormente foi realizado tomografia
computadorizada e biópsia excisional com tratamento cirúrgico-cosmético das regiões ósseas
posteriores vestibular de maxila. O histopatológico foi compatível com Exostoses Múltiplas. É
importante salientar a atuação do profissional ao planejar o tratamento do caso levando em
consideração a queixa principal, funcional e estética. O paciente não se queixava das exostoses
inferiores então optamos por proservação e controle. Este encontra-se em acompanhamento
sem recidiva.
Palavras-chave: Diagnóstico. Exostose. Tratamento
REFERÊNCIAS:
NEVILLE, B. W.; DANN, D. D.; ALLEN, C. M.; BOUQUOT, J. E. Patologia Oral e Maxilo-facial. 2ª ed. Rio
de Janeiro: Guanabara Koogan, 2004. p. 566-569.
____________________________
1Acadêmico de graduação Departamento de ciências da saúde, Departamento de Odontologia-Universidade Estadual
de Maringá, Maringá-PR, Brasil. E-mail: [email protected]
2Professor Doutor em Patologia, Departamento de Odontologia-Universidade Estadual de Maringá, Maringá-PR,
Brasil.
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HEMANGIOMA: REVISÃO DE LITERATURA E RELATO DE CASOS CLÍNICOS
Bruna Cristina Longo 1
Greison Rabelo de Oliveira2
Natasha Magro Érnica2
Geraldo Griza2
Eleonor Álvaro Garbin Jr2
Modalidade: Caso Clínico
RESUMO: O hemangioma é um dos tumores mais comuns na região de cabeça e pescoço,
podendo gerar prejuízo estético e funcional dependendo da sua localização. Caracteriza-se pela
malformação vascular de origem endotelial ou neoplasia vascular benigna. Em geral
apresentam-se clinicamente como pápulas ou nódulos de coloração vermelho-arroxeadas e
assintomáticas, geralmente apresenta lesões com aumento de volume de conteúdo sanguíneo,
sendo as áreas mais comumente afetadas na cavidade bucal são lábios, língua e mucosa jugal.
O tratamento dessas lesões vem sendo discutido por muitos autores podendo variar dependendo
do caso. Objetivos: Descrever as principais características dessa lesão, apresentar casos
clínicos e discutir os tratamentos abordados. Relato de caso: Paciente L.F.O.N., 44 anos,
gênero masculino, possuía lesão na comissura labial tratada por excisão cirúrgica e eletroterapia.
Paciente A. L., 67 anos, gênero masculino, possuía lesão no lábio superior tradada com
escleroterapia e excisão cirúrgica. Paciente A.S, 26 anos, gênero masculino, com lesão no fundo
de vestibular tratada com escleroterapia. Existindo melhora significativa das lesões em todos os
casos. Conclusão: O tratamento dos hemangiomas vai variar de acordo com o tamanho dessas
lesões e o local da cavidade bucal que elas acometem, onde em alguns casos a associação de
tratamentos se torna mais eficaz.
Palavras-chave: Hemangioma; escleroterapia; excisão cirúrgica.
REFERÊNCIAS:
CARDOSO, C. L., et al. Abordagem cirúrgica de hemangioma intraoral.
Odontologia ClínicoCientífica, v.9,n.2,2010.
CHINEN, A., Hemangioma: Aspectos clínicos diagnóstico e terapêutica de 235 casos. Revista
de Odontologia da UNICID, v.8,n.1, 1996.
NEVILLE, W. B. et al. Patologia Oral e Maxilofacial. 3º ed. Rio de Janeiro. Elsevier, 2009.
p.540-545.
____________________
1Acadêmica
2Docentes,
3º ano, UNIOESTE, [email protected]
Curso de Odontologia UNIOESTE, Cascavel/PR.
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20 a 23 de agosto de 2015 - ISSN 2236-9090
HIPERSENSIBILIDADE AO AMÁLGAMA DE PRATA: RELATO DE CASO CLÍNICO
Luciane Araujo1
Caroline Martins Sabetzk2
Eliana Cristina Fosquiera3
Modalidade: Caso Clínico
RESUMO: O material restaurador dental amálgama de prata, pode produzir reações de
hipersensibilidade. Objetivo: relatar um caso clínico de hipersensibilidade ao amálgama de prata
em paciente da Clínica Odontológica da Unipar- Cascavel. Relato do Caso: paciente K. L.,
feminino, 29 anos, relatou na anamnese lesão em língua com sintomas de “queimação e
ardência” ao se alimentar com doces e substâncias ácidas. Procurou diversos serviços de saúde
(odontológico e médico), por oito anos, sem solução da lesão. Ao exame clínico, detectou-se
lesão em borda lateral direita da língua, irregular, com aproximadamente 5 cm de comprimento,
bordas esbranquiçadas e interior ulcerado, eritematoso. Utilizava medicamento antidepressivo,
negando outras doenças sistêmicas. Pela história da doença atual e características clínicas da
lesão, sugeriu-se as hipóteses diagnósticas de líquen plano erosivo e eritroleucoplasia. Efetuouse a biópsia incisional e exame anatomopatológico apresentando laudo de processo inflamatório
liquenóide, grau intenso, compatível com Líquen Plano. Prescreveu-se corticosteróide local
durante 7 dias, através de bochechos três vezes ao dia. O acompanhamento de uma semana
apresentou resultado inócuo. Analisou-se novamente o caso e se suspeitou de hipersensibilidade
aos componentes do amálgama presente nos dentes 46 e 47 adjacentes à lesão. As
restaurações de amálgama foram substituídas provisoriamente por cimento de ionômero de vidro
restaurador. Conclusão: após 2 meses se constatou regressão da lesão, sendo que em 8 meses
de acompanhamento verificou-se a sua remissão total. A hipersensibilidade ao amálgama é uma
reação retardada, crônica, através da resposta imune mediada por células quando em contato
com mercúrio ou outro componente do material.
Palavras-chave: Reação liquenóide, Hipersensibilidade ao amálgama, Líquen plano.
REFERÊNCIAS:
ALVES, M.C.R.; ROSSI, A.C.; ALVES, C.A.P.R. Amálgama dentário: controle dos fatores de risco
à exposição mercurial. Rev. Odontológica de Araçatuba, v. 29, n. 2, p. 09-13, jul./dez., 2008.
AUGUSTO. F., et al. O mercúrio no amálgama odontológico: riscos da exposição, toxicidade
métodos de controle -revisão da literatura. Rev. biociênc.,Taubaté, v.9, n.1, p.47-54, jan-mar,
2003.
BERNARDES, F. V. Lesão liquenóide oral relacionada ao amálgama. An Bras Dermatol., v. 82.
n. 6, p. 549-552, 2007.
____________________________
do 4º ano de Odontologia – UNIPAR Canpus Cascavel [email protected]
do 4º ano de Odontologia – UNIPAR Canpus Cascavel
3Professora do Curso de Odontologia – UNIPAR Campus Cascavel.
1Acadêmica
2Acadêmica
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20 a 23 de agosto de 2015 - ISSN 2236-9090
LESÃO EM DORSO DE LINGUA - RELATO DE CASO
Leonardo Alan Delanora1
Gustavo Nascimento de Souza Pinto2
Vanessa Canato Santana1
Victor Hugo Fazoli Guidini1
Elen de Souza Tolentino3
Modalidade: Caso Clínico
RESUMO: Paciente do gênero masculino, 80 anos compareceu ao projeto de lesões do
UniCesumar, com queixa principal de lesão de língua. Ao exame clínico a lesão apresentava
massa nodular com base séssil e relatado pelo paciente o tempo de evolução de
aproximadamente 5 meses, com coloração ora avermelhada, ora arroxeada, de formato irregular,
superfície pedregosa e dimensões de aproximadamente 5x8 centímetros. Com bases nas
características clínicas, a hipótese diagnóstica foi de linfangioma. Após biópsia incisional, o
exame histopatológico revelou tecido conjuntivo fibroso, apresentando inúmeros granulomas
constituídos por células mononucleares e células gigantes multinucleadas tipo Langhans. Nos
granulomas notou-se a presença de microorganismos de forma arredondada com birrefringência
periférica, sugerindo o Paracoccidioides brasiliensis. O diagnóstico foi compatível com
paracoccidiomicose e o paciente foi encaminhado para tratamento com o infectologista. A
paracoccidiomicose trata-se de uma micose profunda, de curso geralmente crônico, acomete na
maior parte indivíduos do sexo masculino, com idades entre 30-50 anos, trabalhadores rurais de
regiões tropicais da América Central e do Sul (YASUDA et al., 2006). A transmissão mais comum
é pela inalação do fungo e a contaminação através de ferimentos na pele é extremamente rara
e não há relatos de casos de transmissão direta de pessoa a pessoa (LACAZ et al., 2002). O
objetivo desse trabalho é relatar um caso de lesão em dorso de linguá, seu correto diagnostico,
as características da patologia e seu posterior encaminhamento.
Palavras Chave: Diagnóstico, Língua, Paracoccidiomicose.
REFERÊNCIAS:
SHIKANAI-YASUDA MA, TELLES-FILHO FQ, MENDES RP, COLOMBO AL, MORETTI ML et
al., Consenso em paracoccidioidomicose. Revista da Sociedade Brasileira de Medicina Tropical,
p. 297-310, 2006.
LACAZ CS, PORTO E, MARTINS JEC, HEINS-VACCARI EM, MELO NT.
Paracoccidioidomicose. In: Lacaz CS, Porto E, Martins JEC, Heins-Vaccari EM, Melo NT (eds)
Tratado de Micologia Médica Lacaz, Sarvier Editora de Livros Médicos Ltda., São Paulo, p.639729, 2002.
_____________________
1Graduandos,
Departamento de ciências da saúde, Departamento de Odontologia, Universidade Estadual de
Maringá, Maringá-PR-Brasil. E-mail: [email protected]
2Pós Graduando mestrando em Odontologia Integrada, Departamento de Odontologia – Universidade Estadual de
Maringá, Maringá-PR,Brasil.
3Docente do Departamento de Odontologia – Universidade Estadual de Maringá, Maringá-PR,Brasil.
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20 a 23 de agosto de 2015 - ISSN 2236-9090
LESÕES TRAUMÁTICAS ORAIS POR MORDEDURA EM PACIENTES DE UNIDADE DE
TERAPIA INTENSIVA NEUROLÓGICA: SÉRIE DE CASOS
Gabriela Roza Garcia1
Estefeli Schmitt2
Elaine C. Capellano3
Keller de Martini4
Eliana C. Fosquiera5
Modalidade: Caso Clínico
RESUMO: Frequentemente são observadas lesões por automutilação em pacientes internados
em Unidade de terapia intensiva (UTI). É característico nos pacientes de UTI, a falta de
coordenação dos movimentos musculares da face, o que pode desencadear o trismo, ou seja,
contração espasmódica do músculo masseter resultando no fechamento forçado da mandíbula,
típico em pacientes com sequelas neurológicas. Os dentes presentes na cavidade oral podem
causar danos aos tecidos moles e à língua através da mordedura involuntária. Objetivo: relatar
uma série de casos de pacientes, com lesões em língua automutiladoras, internados em UTI
neurológica enfatizando o papel do cirurgião-dentista (CD) na equipe multidisciplinar na
prevenção, diagnóstico e tratamento dessas lesões. Relato de casos: ao exame clínico intraoral pelo CD nos pacientes internados na UTI neurológica em um Hospital Universitário, verificouse a presença de lesões corto-contusas em língua ocasionadas por mordedura dental
involuntária. Realizou-se primeiramente a hemostasia, devido ao sangramento abundante, na
sequencia o protocolo de higiene oral e a instalação de um dispositivo protetor a fim de impedir
a mordedura. Conclusão: a instalação do dispositivo protetor intra-oral e os cuidados
hemostáticos efetuados nos pacientes promoveram a estabilização das lesões. Entende-se que
para que estas condições possam ser adequadamente tratadas e/ou evitadas, faz-se necessária
à presença de um CD capacitado em âmbito hospitalar, integrado à equipe multidisciplinar,
atuando não somente de forma curativa, mas principalmente preventiva, reduzindo e/ou
eliminando os fatores de risco a essas lesões.
Palavras-chave: Lesões Traumáticas Orais; Cirurgião-Dentista na UTI; Pacientes Neurológicos
e Lesões de Mordedura.
REFERÊNCIAS:
AMES,N.J.; SULIMA,P.; YATES J.M et al. Oral care in critically III patients: A multicenter study.
Am J Crit Care. v.20, p. 103-114, 2011.
RABELO,G.D.; QUEIROZ, C.I.; da SILVA SANTOS, P.S. Atendimento odontológico ao paciente
em unidade de terapia intensiva. Arq Med Hosp Cienc Med. Santa Casa São Paulo, v. 55, n. 2,
p.67-70, 2010.
_____________________
Acadêmica do 30 ano de Odontologia - UNIPAR – Campus Cascavel/PR [email protected]
Acadêmica do 3o ano do curso de Odontologia da UNIPAR - Campus Cascavel/PR [email protected]
3
Cirurgiã-dentista, Especialista em Odontopediatria, Mestre em Terapia Intensiva (SOBRATI), Profa. do curso de
odontologia Intensiva pelo instituto Brasileiro de odontologia Intensiva (IBROI em São Paulo,Belém do Pará e Tupã SP).
[email protected]
4
Cirurgião-dentista, Especialista em Periodontia, Mestre em Terapia Intensiva (SOBRATI),Coordenador do curso de
odontologia Intensiva pelo instituto Brasileiro de odontologia Intensiva(IBROI em São Paulo,Belém do Pará e Tupã SP).
5
Profa. do curso do Odontologia – UNIPAR/ Cascavel. Administradora de Empresas, Cirurgiã-dentista, Mestre em Clínica
Integrada, Dnda em Estomatologia. [email protected].
1
2
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20 a 23 de agosto de 2015 - ISSN 2236-9090
LEVANTAMENTO EPIDEMIOLÓGICO DOS CASOS DE TUMORES ODONTOGÊNICOS
ATENDIDOS NO PROJETO DE LESÕES BUCAIS DA UNIVERSIDADE ESTADUAL DE
MARINGÁ ENTRE 1995-2015
Lorena Borgognoni Aquaroni1
Caroline Resquetti Luppi2
Mariliani Chicarelli da Silva3
Elen de Souza Tolentino3
Lilian Cristina Vessoni Iwaki3
Modalidade: Pesquisa
RESUMO: O presente trabalho avaliou de forma observacional e retrospectiva a ocorrência de
tumores odontogênicos no Projeto de Lesões Bucais (LEBU): “Diagnóstico, tratamento e
epidemiologia das doenças da cavidade bucal” da Universidade Estadual de Maringá (UEM), no
período de 1995 a 2015. Foram abordadas algumas características referentes a estes tumores
utilizando os dados contidos nos prontuários do projeto, com relação às variáveis: gênero, idade,
diagnóstico, localização da lesão, tempo de evolução, sintomatologia e características
radiográficas. Foram considerados os tumores odontogênicos contidos na Classificação
Histológica proposta pela Organização Mundial de Saúde (OMS) em 2005. Um total de 2581
prontuários foram analisados, nos quais 38 tiveram o diagnóstico confirmado microscopicamente
de tumor odontogênico. Não houve diferença significativa entre gêneros, sendo a faixa etária
mais acometida àquela entre 23-33 anos, onde 55,3% dos pacientes relataram desconhecer o
tempo de evolução da lesão, houvendo ainda uma maior incidência em pessoas leucodermas e
o sítio mais acometido foi a região posterior da mandíbula. O tumor odontogênico queratocístico,
seguido por ameloblastoma e odontoma foram as neoplasias mais comumente encontradas. O
trabalho tem como ênfase, demonstrar a importância do conhecimento relacionado à prevalência
desses tumores, a fim de propiciar diagnósticos precoces, com prognósticos mais favoráveis e
minimizar a possibilidade de recidivas.
Palavras-chave: Diagnóstico precoce; tumores odontogênicos; prevalência.
REFERÊNCIAS:
JING, W.; XUAN, M.; LIN, Y.; WU, L.; LIU, L.; ZHENG, X. Odontogenic tumours: a retrospective
study of 1642 cases in a Chinese population. International Journal of Oral and Maxillofacial
Surgery, v. 36, n. 1, p. 20-25, 2007.
NEVILLE, B.W.; DAMM D.D.; ALLEN C.M.; Patologia Maxilofacial. 1ª Ed. Rio de Janeiro:
Guanabara Koogan, 1998. 992 p.
WORLD HEALTH ORGANIZATION. Classification of Tumors: head and neck tumours. Lyon:
WHO, 2005.
_____________________
1Acadêmica
de Graduação (20 ano) / Universidade Estadual de Maringá / Departamento de Odontologia / e-mail:
[email protected]
2Acadêmica de Graduação (50 ano) / Universidade Estadual de Maringá
3 Doutora em Estomatologia pela FOB/USP / Professora de Estomatologia da Universidade Estadual de Maringá
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20 a 23 de agosto de 2015 - ISSN 2236-9090
LÍQUEN PLANO ORAL: REVISÃO DE LITERATURA E RELATO DE CASO CLÍNICO
Milena Filippini Knecht¹
Ana Paula Preczevski²
Natália Ventura Da Cas ²
Jessica Luana dos Santos²
Ana Lúcia Carrinho Ayroza Rangel3
Modalidade: Caso clinico
Resumo: Líquen plano oral (LPO) é uma doença inflamatória crônica de etiopatogenia não
completamente entendida que afeta a mucosa oral e eventualmente a pele, genitália e unhas.
Afeta de 0,5 a 2% da população acometendo preferencialmente mulheres entre 30 e 60 anos de
idade. Clinicamente pode manifestar-se sob diferentes formas, podendo ser reticular,
eritematoso e erosivo. As lesões orais geralmente são persistentes e não involuem de forma
espontânea. O padrão clínico mais comum é o reticular que se caracteriza pela presença de
estrias brancas (“Estrias de Wickham”) bilateralmente com padrão simétrico, envolvendo mucosa
jugal, gengiva e dorso lingual. As lesões geralmente são indolores, embora a dor e a sensação
de ardência possam estar associadas. Os corticosteróides tópicos são amplamente utilizados no
tratamento desta condição. Objetivo: atualizar o cirurgião-dentista quanto às características
clínicopatológicas do LPO e relatar um caso clínico. Relato de Caso: paciente LCRC, gênero
feminino, 48 anos, apresentou-se à clínica de Odontologia da UNIOESTE, após ter buscado
atendimento com vários dentistas sem sucesso, queixando-se de ardência e apresentando
manchas esbranquiçadas e avermelhadas na gengiva. Após exame clínico, realizou-se biópsia
incisional na gengiva adjacente aos dentes 24 e 25 e mediante análise histopatológica, foi obtido
o diagnóstico de LPO. O tratamento de eleição foi à aplicação tópica de Propionato de Clobetasol
a 0,05%. Por volta de 4 meses de tratamento foi observada a remissão total das lesões.
Conclusão: as características clinicopatológicas do líquen plano oral devem dominadas pelo
dentista para que seja precocemente controlado.
Palavras-chave: líquen plano oral, corticosteróide, gengiva.
REFERÊNCIAS:
LU,R. et al. Inflammation-related cytokines in oral lichen planus: an overview. Journal of Oral and
Maxillofacial Pathology, v.44, p.1 -14, 2015.
LAVANYA, N. et al. Oral lichen planus: An update on pathogenesis and
Treatment. Journal of Oral and Maxillofacial Pathology, v.15, n.2, p. 127-132, 2011.
BOORGHANI, M. et al. Oral lichen planus: clinical features, etiology, treatment and management;
a review of literature. Journal of Dental Research, Dental Clinics, Dental Prospects, v.4, n.1, p.
3-9, 2010.
_____________________
Acadêmica do 4 ano de Odontologia, Universidade Estadual do Oeste do Paraná – UNIOESTE, E-mail:
[email protected]
2 Mestrandas do Programa de Mestrado em Odontologia pela Universidade Estadual do Oeste do Paraná - UNIOESTE
associado ao Programa de Pós-Graduação em Materiais Dentários - FOP/UNICAMP.
3 Doutora em Estomatopatologia pela Universidade Estadual de Campinas - UNICAMP e Professora Adjunta da
Universidade Estadual do Oeste do Paraná - UNIOESTE.
1
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20 a 23 de agosto de 2015 - ISSN 2236-9090
MALIGNIDADE EM LÁBIO INFERIOR: DO DIAGNÓSTICO AO TRATAMENTO
Irma Milena Menck Romanichen1
Neli Pieralisi
Vanessa Cristina Veltrini
Elen de Souza Tolentino
Gustavo Jacobucci Farah
Modalidade: Caso Clínico
RESUMO: Paciente do gênero masculino, 51 anos, leucoderma, tabagista durante 34 anos e
etilista por 11 anos, apresentou-se ao projeto LEBU-UEM com úlcera assintomática em lábio
inferior, de bordas elevadas, base firme e dura à palpação, com tempo de evolução de
aproximadamente 5 anos. Pelas características clínicas algumas hipóteses foram cogitadas, tais
como Carcinoma Espinocelular, Queilite Actinica e Queratoacantoma. Por serem
respectivamente, um tumor maligno de células epiteliais, uma lesão potencialmente maligna e
um tumor benigno que ocorre geralmente em pacientes acima de 50 anos, a biópsia incisional
foi a conduta adotada. Os cortes histopatológicos revelaram fragmentos de mucosa revestida
por um epitélio pavimentoso estratificado hiperparaqueratinizado, exibindo células pleomórficas,
hipercromáticas em mitoses atípicas com perda de estratificação. O tecido conjuntivo era denso
e apresentava-se infiltrado por ilhotas de epitélio neoplásico, caracterizado por uma invasão em
bloco, com presença de inflamação crônica, especialmente sob o epitélio. A partir desses
achados pode-se definir o diagnóstico definitivo como Carcinoma espinocelular, dos casos de
câncer em boca, o carcinoma espinocelular representam 95% de todos os casos. O paciente foi
encaminhado ao cirurgião de cabeça e pescoço e ao projeto VIDA-UEM, para que se pudesse
realizar preparo e acompanhamento adequado do tratamento oncológico, que no caso foi o
cirúrgico.
Palavras-chave: Câncer bucal; carcinoma espinocelular; diagnóstico.
REFÊRENCIA
WHO. World Health Organization. Cancer Control. Knowledge intoAction. WHO Guide for
Effective Programmes. Early Detection,Switzerland: WHO, 2007.American Cancer Society
[homepage on the internet].Making treatment decisions [cited 2004 Set 5]. Available from:
http://www.cancer.orgInstituto Nacional do Câncer; Ministério da Saúde.
_____________________
1
Acadêmico de graduação / Departamento de Ciências da Saúde, Departamento de Odontologia – Universidade
Estadual de Maringá, Maringá/PR, Brasil / email: [email protected]
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20 a 23 de agosto de 2015 - ISSN 2236-9090
NEOPLASIA BENIGNA - LIPOMA ORAL- DIAGNÓSTICO DIFERENCIAL E TRATAMENTORELATO DE CASO
Gabriela Nunes Zorzi2
Murilo Hernane Gonzalez Pimenta1
Fernanda Casavechia Petri1
Victor Hugo Guidini1
Sabrina Botelho Vieira1
Elen Tolentino2
Modalidade: Caso Clínico
RESUMO:Lipomas são raros na região oral e maxilofacial, embora sejam os tumores de origem
mesenquimal mais comuns do corpo humano. Tratam-se de neoplasias benignas de células
adiposas maduras, com maior frequência em pacientes com 40 anos de idade ou mais. Sua
etiologia não está plenamente estabelecida, sendo relatada a influência de fatores hormonais,
endócrinos e inflamatórios. Clinicamente, são assintomáticos, moles à palpação, de crescimento
lento e bem delimitado, superfície lisa, sem ulcerações, sésseis ou pedunculados, podendo ou
não apresentar cápsula fibrosa. Podem também ser únicos ou múltiplos e de tamanhos variáveis,
sendo em sua maioria tumores pequenos. O lipoma é tratado pela excisão cirúrgica local
conservadora e as recidivas são raras. O objetivo do presente trabalho é relatar o caso de uma
paciente de, 52 anos, leucoderma, que apresentava nódulo localizado em mucosa jugal direita,
medindo aproximadamente 10 mm, forma arredondada, consistência borrachoide/flutuante,
assintomática, com tempo de evolução de um ano e sem fatores causais aparentes associados.
As hipóteses diagnósticas iniciais foram linfonodo infartado, trombo e lipoma. Uma biópsia
excisional foi realizada, e quando colocado na solução de formol a 10%, o espécime flutuou. O
exame histopatológico foi compatível com lipoma. A paciente se encontra em acompanhamento,
sem sinais de recidiva.
Palavras-chave: Células Adiposas; Diagnóstico Diferencial; Lipoma.
REFERÊNCIAS:
NEVILLE, W. B. et al. Patologia Oral e Maxilofacial. 3º ed. Rio de Janeiro. Elsevier, 2009. p.540545.
_____________________
1Graduação,
Departamento de ciências da saúde, Departamento de Odontologia- Universidade Estadual de Maringá,
Maringá-PR, Brasil , [email protected]
2Professora Doutora em Estomatologia, Departamento de ciências da saúde, Departamento de OdontologiaUniversidade Estadual de Maringá, Maringá-PR, Brasil.
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20 a 23 de agosto de 2015 - ISSN 2236-9090
ORIENTAÇÕES E CUIDADOS ODONTOLÓGICOS À PACIENTES EM QUIMIOTERAPIA
Guilherme Fernandes Fonteque 1
Alex Cândio Ribeiro2
Cleide Guering dos Santos3
Marciane Goreti Silvestro Fiori2
Iris Sawazaki Calone4
Modalidade: Extensão
RESUMO: A quimioterapia é um tratamento antineoplásico que traz ao paciente vários efeitos
colaterais, sendo que alguns efeitos colaterais bucais podem trazer desde diminuição na
qualidade de vida do paciente até a interrupção do tratamento quimioterápico. Dentre os efeitos
colaterais bucais mais frequentes estão a diminuição na qualidade e quantidade da saliva e a
mucosite. Objetivos : Orientar os pacientes em quimioterapia individualmente a respeito dos
cuidados bucais; realizar o exame bucal e, em casos de necessidade de intervenção
odontológica encaminhar o paciente para o devido tratamento. Metodologia: A orientação de
cuidados bucais para preservação e promoção da saúde bucal é realizada individualmente por
um acadêmico que esteja cursando odontologia no 3º ano ou acima, previamente capacitado
pela coordenadora deste projeto ou seus colaboradores. Após a orientação individual é solicitado
permissão ao paciente para realização de exame intra-bucal com auxílio de espátula de madeira
descartável e lanterna. Resultados: Verificou-se a importância da orientação e exame bucal dos
pacientes pelo fato de que a grande maioria dos abordados não tinham conhecimento de muitas
das informações passadas pelos acadêmicos. Pacientes que apresentavam alterações bucais
devido a quimioterapia foram encaminhados para o cirurgião dentista, tendo assim uma melhora
na qualidade de vida, após os tratamentos das alterações bucais. Conclusões: Esperamos que
este trabalho continue a acrescentar informações e a contribuir para a melhoria da saúde bucal
do paciente em tratamento quimioterápico.
Palavras-chave: quimioterapia, odontologia, cuidados.
REFERÊNCIAS:
ALMEIDA, V. L et al. Câncer e agentes antineoplásicos ciclo-celular específicos e ciclo-celular
não específicos que interagem com o DNA: uma introdução. Quím. Nova, São Paulo, v. 28,n.
1,fev. 2005.
SANBORN, R. E.; SAUER, D. A. Cutaneous reactions to chemotherapy: commonly seen, less
described, little understood. Dermatol Clin, v. 26, n. 1, p.103-119, jan. 2008.
_____________________
1
Acadêmico, Universidade Estadual do Oeste do Paraná, [email protected]
Acadêmicos, Universidade Estadual do Oeste do Paraná.
3 Enfermeira, Hospital da Uopeccan.
4Docente Estomatologia, Unioeste
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20 a 23 de agosto de 2015 - ISSN 2236-9090
SINDROME DA ARDÊNCIA BUCAL: REVISÃO DE LITERATURA E RELATO DE CASO
Julia Cavalca Massoni1
Greison Rabelo de Oliveira2
Natasha Magro Érnica2
Geraldo Griza2
Eleonor Álvaro Garbin Jr2
Modalidade: Caso Clínico
RESUMO: A síndrome da ardência bucal (SAB) é definida como uma sensação de queimação
na mucosa oral, principalmente na língua, palato, e gengiva, na ausência de lesões específicas.
Pode ser definida como uma síndrome, devido a outros sintomas associados, como xerostomia,
alterações de paladar e olfato, parestesia e intolerância ao uso de próteses. Sua sintomatologia
tem curso evolutivo crônico e pode variar de dor leve a forte, é persistente, porém em alguns
casos pode haver remissão espontânea. Sua etiologia é considerada multifatorial e,
frequentemente, associada a fatores locais, sistêmicos, psicogênicos e neuropáticos. Diversos
tratamentos são propostos à SAB, contudo, muitas vezes, são considerados ineficazes e
empíricos. Objetivos: Relatar um caso clínico de SAB, e revisar a literatura a respeito de seu
diagnóstico, etiologia e formas de tratamento. Relato de caso: paciente S.M.C., gênero feminino,
42 anos, procurou o Centro de Especialidades Odontológicas da UNIOESTE, queixando-se de
ardência bucal. Ao exame físico não foram observadas lesões aparentes, ou quaisquer outras
condições que justificassem a sintomatologia. Correlacionando os achados da anamnese e
exame físico, a hipótese de diagnóstico foi SAB. O tratamento baseou-se em bochechos de
Dexametasona Elixir, e resultou em melhora significativa do quadro. Conclusão: É uma
síndrome com complexa etiologia e sem tratamento padrão, cabendo ao cirurgião dentista
identificar possíveis causas e como tratar cada caso.
Palavras-chave: Síndrome da ardência bucal; etiologia; tratamento; diagnóstico.
REFERÊNCIAS:
PELEGRINNI, V.D. Terapia laser em baixa intensidade em pacientes portadores da Síndrome
da Ardência Bucal: estudo randomizado e controlado. 2010. 78 f. Dissertação (Mestrado em
Odontologia) – Faculdade de Odontologia da Universidade de São Paulo, São Paulo. 2010.
CHEBEL, I.F.O. Ação do tratamento homeopático na sintomatologia da Síndrome da Ardência
Bucal em duas fases: estudo duplo cego placebo controlado e estudo aberto. 2012. 113 f. Tese
(Doutorado em Odontologia) – Faculdade de Odontologia da Universidade de São Paulo, São
Paulo. 2012.
_____________________
1Acadêmica 3º ano, UNIOESTE, [email protected]
2Docente, Disciplina de Cirurgia, Curso de Odontologia da UNIOESTE.
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20 a 23 de agosto de 2015 - ISSN 2236-9090
TUMOR DE GLÂNDULA SALIVAR MENOR EM LÁBIO: RELATO DE CASO
Giovana Romano de Oliveira1
Caroline Resquetti Luppi1
Willian Pecin Jacomacci2
Elen de Souza Tolentino3
Lilian Cristina Vessoni Iwaki3
Modalidade: Caso Clínico
RESUMO:O Adenoma Pleomórfico (AP) é o mais comum tumor de glândula salivar,
correspondendo a 60-65% dos casos. Apresenta-se, frequentemente, como lesão nodular única,
com margens bem delimitadas, superfície lobulada, móvel, com crescimento lento de volume
firme e indolor à palpação. É composto por elementos epiteliais, mioepiteliais e mesenquimais,
envoltos em um estroma de natureza mixoide, condroide ou mesmo osteoide. Corresponde cerca
de 53-77% dos tumores de parótida, 44-68% dos tumores de glândula submandibular e 33-43%
dos tumores de glândula salivar menor. O palato é a localização intrabucal mais comum. A maior
incidência é a partir dos 40 anos até os 60 anos de idade. O presente trabalho tem como
propósito apresentar um caso de AP em lábio, bem como abordar as características deste tipo
de lesão nesta localização, com base em uma revisão de trabalhos indexados nas plataformas
Pubmed/Medline. O paciente, gênero masculino, melanoderma, 40 anos de idade, compareceu
ao projeto de lesões bucais da UEM (LEBU) queixando-se de nódulo assintomático em lábio
superior com dois anos de evolução e nenhum fator causal foi identificado. As hipóteses
diagnósticas de fibroma, schwannoma e AP foram consideradas. A conduta adotada foi biópsia
excisional e exame histopatológico, que confirmou o diagnóstico de AP. O paciente encontra-se
em acompanhamento, sem sinais de recidiva.
Palavras-chave: Adenoma; Glândulas salivares menores; Lábio.
REFERÊNCIAS:
NEVILLE, B. W. et al. Patologia oral e maxilofacial. 2. ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan,
1998.
REGEZI, J. A; SCIUBBA, J. J. Oral pathology: clinical pathologic correlations. 3. ed. Philadelphia:
WB Saunders, 1999.
WORLD HEALTH ORGANIZATION. International Histological Classification of Tumors:
Histological typing of salivary gland tumors. 2 ed. Berlin: Springer-Verlag, 1991.
______________________________
de graduação / Departamento de Ciências da Saúde, Departamento de Odontologia – Universidade
Estadual de Maringá, Maringá/PR, Brasil / email: [email protected]
2Residente em Bucomaxilofacial pela Universidade Estadual de Maringá.
3Doutora em Radiologia/Estomatologia / Professora adjunta da Universidade Estadual de Maringá.
1Acadêmico
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20 a 23 de agosto de 2015 - ISSN 2236-9090
TUMOR ODONTOGÊNICO QUERATOCÍSTICO: RELATO DE CASO
Bruna de Rezende Marins1
Greison Rabelo de Oliveira2
Natasha Magro Érnica3
Geraldo Griza4
Eleonor Álvaro Garbin Jr5
Modalidade: Caso Clínico
RESUMO: O tumor odontogênico queratocístico é uma neoplasia intraóssea benigna, mas
localmente agressivo e com alta taxa de recidiva. É mais prevalente em mandíbula,
especialmente corpo e ramo mandibular. Radiograficamente apresenta-se como uma lesão
radiolúcida unilocular e em casos maiores pode-se ser multilocular. As opções de tratamento
podem ser curetagem, enucleação, descompressão, marsupialização ou até mesmo ressecção.
Objetivos: O objetivo desse trabalho é de relatar um caso clínico de tumor odontogenico
queratocístico em mandíbula tratado através da técnica de marsupialização. Relato de caso:
Paciente do gênero feminino, 20 anos de idade, procurou atendimento no serviço de Cirurgia e
Traumatologia Bucomaxilofacial da UNIOESTE com a queixa principal de ““dor em região do
dente 38”. Ao exame radiográfico observou-se presença de lesão cística multiloculada com halo
radiopaco bem definido e contorno esclerótico em região de corpo mandibular a esquerda inferior
ao dente 37, envolvimento do dente 38, e continuidade para ângulo mandibular, ramo mandibular
até região subcondilar a esquerda. Após biopsia incisional com exodontia do elemento 38 foi
confirmado hipótese de tumor odontogenico queratocistico e deu-se início ao tratamento com
marsupialização. Conclusões: Desta maneira concluímos que o tratamento ainda é bastante
discutido na literatura, sendo assim o cirurgião deve fazer uso das modalidades de tratamento
as quais melhor se ajusta, visando sempre o melhor resultado para o paciente.
Palavras-chave: tumor odontogênico queratocístico; marsupialização; tratamento.
REFERÊNCIAS:
NEVILLE, B. et al. Patologia oral e Maxilofacial. 3 ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan,
2009. p. 566-569.
Regezi J, Sciubba JJ. Patologia bucal: correlações clinicopatológicas. 3ª ed. Rio de Janeiro:
Guanabara Koogan; 2000.
PITAK-ARNNOP P, CHAINE A, OPREAN N, DHANUTHAI K, BERTRAND J-C, BERTOLUS
C. Management of odontogenic keratocysts of the jaws: aten-year experience with 120
consecutive lesions. Journal of Cranio-Maxillo-Facial Surgery 2010; 38: 358-64
______________________________
1 Discente Pós-graduação, UNIOESTE/HUOP, [email protected]
2,3,4,5Docente, Curso de Odontologia da UNIOESTE.
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VERRUGA VULGAR ORAL: RELATO DE CASO CLÍNICO
Nayara Borba Weirich1
Adriane de Castro Martinez Martins2
Marina Berti2
Modalidade: Caso Clínico
RESUMO: Verruga vulgar é uma lesão benigna, hiperplásica focal e que é induzida por vírus do
epitélio escamoso estratificado. O papilomavírus humano (HPV) tipos 2, 4, 6 e 40 são
encontrados em praticamente todas as lesões, podendo ser encontrado um ou mais tipos
associados . É uma lesão extremamente comum em pele, mas rara em mucosa oral. As lesões
quando orais normalmente são brancas, crescendo rapidamente até atingir seu tamanho
máximo. Objetivos: Relatar um caso clínico de verruga vulgar oral e revisar a literatura sobre
características clínicas, características histopatológicas, tratamento e prognóstico da lesão.
Relato de caso: Paciente do gênero feminino, 15 anos, portadora de necessidades especiais,
com coordenação motora e fonação comprometidas. Compareceu ao Centro de Especialidades
Odontológicas da UNIOESTE acompanhada da mãe, que relatou presença de lesão no lábio. No
exame físico foi constatado presença de três lesões exofídicas em comissura labial, de superfície
verrucosa, esbranquiçadas e indolores. Diante da anamnese e exame físico as hipóteses
diagnósticas foram verruga vulgar e papiloma. A hipótese de verruga vulgar foi confirmada diante
do diagnóstico clínico, pois houve contaminação por auto-inoculação, e o tratamento foi realizado
com a aplicação clínica de ácido tricloroacético. As lesões desapareceram com o tratamento,
não havendo necessidade de remoção cirúrgica. Conclusão: A verruga vulgar é uma lesão
incomum em mucosa oral, sendo seu tratamento geralmente excisão cirúrgica, possui pequena
taxa de recidiva e não sofre transformação maligna caso não seja tratada.
Palavras-chave: Verruga vulgar; lesão; patologia.
REFERÊNCIAS:
NEVILLE, B.W. et al. Patologia Oral & Maxilofacial. 3ª ed. Rio de Janeiro: Elsevier, 2009.
SOARES, R.C., CAMPELO, A.J.T., OLIVEIRA, M.C., GALVÃO, H.C. Lesões Verrucosas Orais:
papiloma, verruga vulgar e carcinoma verrucoso oral: estudo epidemiológico de 77 casos e
avaliação histológica. Revista Gaúcha de Odontologia. Porto Alegre, v. 53, n. 3, p. 201-205,
jul/ago/set, 2005.
______________________________
1Acadêmica 3º ano, Curso de Odontologia da UNIOESTE, [email protected]
2Docente, Curso de Odontologia da UNIOESTE.
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BIFOSFONATOS NA ODONTOLOGIA: OSTEONECROSE DOS MAXILARES – REVISÃO DE
LITERATURA
Alana Rubia Balbinot¹
Ediuilson Ilo Lisboa²
Aline Aguetoni¹
Guilherme Fernandes Fonteque³
Modalidade: Revisão de literatura
RESUMO: Os bifosfonatos, geralmente, são as escolhas para tratamentos de patologias ósseas,
seja elas malignas e metastáticas ou outras doenças, como a osteoporose e a doença de Paget.
Desconsiderando seus benefícios, relatos surgiram sobre complicações geradas pelo seu uso
crônico, a Osteonecrose dos Maxilares (ONM), caracterizada clinicamente como exposição de
osso necrótico na região maxilofacial. Objetivo: Revisão de literatura sobre o uso dos
bifosfonatos na odontologia, seu método de ação, possível aparecimento da ONM, métodos de
prevenção e tratamento. Revisão de literatura: Os sintomas da ONM são inúmeros: dores
intensas nas zonas das lesões ósseas necróticas, dentes com mobilidade, exposição óssea com
ou sem desagregação de pequenos fragmentos ósseos, edema e alterações sensitivas. Em caso
de intervenções cirúrgicas no maxilar, a recuperação pode ficar consideravelmente dificultada ou
mesmo nunca se verificar. (Fernandez, N. P. et al., 2006). Discussão: Complicação descrita
recentemente, mas já com vários relatos na literatura. Sendo assim, o cirurgião-dentista deve
estar alerta para identificar pacientes usuários crônicos a fim de prevenir problemas decorrentes
do uso desta droga. Conclusão: A associação entre o cuidado dentário e médico é de suma
importância no estabelecimento de medidas preventivas no desenvolvimento da ONM, visto que
o paciente, por si só, já se encontra com uma qualidade de vida diminuída pelo seu processo
oncológico.
Palavras-chave: Bifosfonatos; Osteonecrose dos Maxilares; Patologia óssea.
REFERÊNCIAS:
FERNANDEZ, N. P. et al. Bisphosphonates and Oral Pathology I. General and preventive
aspects. Med Oral Patol Oral Cir Bucal. p. 396-400, 26 jun. 2006.
MIGLIORATI, C. A. et al. O tratamento de pacientes com osteonecrose associada aos
bifosfonatos: Uma tomada de posição da Academia Americana de Medicina Oral. Jada. p. 5-16.
maio 2006.
__________________________________
¹Acadêmica da Universidade Estadual do Oeste do Paraná – UNIOESTE
[email protected]
²Docente da Universidade Estadual do Oeste do Paraná – UNIOESTE
³ Acadêmico da Universidade Estadual do Oeste do Paraná – UNIOESTE
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CONSIDERAÇÕES RELACIONADAS AOS VASOCONSTRITORES UTILIZADOS EM
ODONTOLOGIA EM PACIENTES QUE FAZEM USO DE BETA-BLOQUEADORES
Aline Midori Batista Umemura1
Cesar Augusto Luz Suenaga2
Natalino Satio Inagaki3
Pedro Paulo de Oliveira Meneses4
Claudia Caroline Bósio3
Modalidade: Revisão de Literatura
RESUMO: Os anestésicos são os medicamentos mais utilizados em Odontologia. Para prolongar
seu tempo de duração e diminuir sua toxicidade sistêmica, são adicionados vasoconstritores ao
sal anestésico. Os cirurgiões dentistas comumente desconhecem as particularidades dessas
soluções, indicando-as de forma inadequada, principalmente no caso de pacientes hipertensos.
Os beta-bloqueadores constituem uma classe terapêutica indicada no tratamento de hipertensão
com cardiopatias associadas, que apresentam como mecanismo de ação o bloqueio dos
receptores beta-adrenérgicos à ação das catecolaminas. Objetivo: Esclarecer a relação entre
os vasoconstritores e os beta-bloqueadores, especificando suas indicações e contra-indicações.
Revisão de Literatura: No Brasil, as soluções anestésicas contém dois tipos de
vasoconstritores: as aminas simpaticomiméticas (epinefrina, norepinefrina, fenilefrina e
levonordefrina) e a felipressina. As aminas atuam, em maior ou menor grau, sobre os receptores
alfa e beta-adrenérgicos, com potencial para interagir nos mesmos sítios dos beta-bloqueadores,
podendo causar elevações de pressão sistólica e/ou diastólica e aumento na frequência
cardíaca. A felipressina atua na circulação venosa e não tem efeitos cardiovasculares, porém,
seu potencial em produzir hemostasia local é muito reduzido. Discussão: Alguns
vasoconstritores, como a norepinefrina e fenilefrina, não são indicados em pacientes hipertensos,
devido ao potencial de elevação da pressão arterial, devendo-se dar preferência à felipressina
ou epinefrina. Alguns autores contraindicam a utilização de vasoconstritores em pacientes
hipertensos. Conclusão: a minuciosa avaliação semiológica do paciente é imprescindível para
a eleição do vasoconstritor mais apropriado, agregando os benefícios proporcionados pelos
beta-bloqueadores e proporcionando um efeito anestésico eficaz e seguro.
Palavras-chave: Anestésicos locais. Beta-bloqueadores. Hipertensão. Vasoconstritores
REFERÊNCIAS:
GARCIA, G. Uso de anestésico local contendo adrenalina ou noradrenalina em cardiopatas ou
hipertensos. Odontológo Moderno, Rio de Janeiro, v. 14, n. 6, p. 17-23, 1987.
TORTAMANO, N. A terapêutica em pacientes especiais: diabéticos, cardiopatas, grávidas,
excepcionais e aidéticos. In: BOTTINO, M.A.; FELLER, C. Atualização na clínica odontológica.
São Paulo: Artes Médicas, 1992. p. 494-499.
__________________________________
1Acadêmica
do 4o ano do curso de Odontologia, Unioeste, Cascavel-PR, email: [email protected]
do 5o ano do curso de Medicina, Unioeste, Cascavel-PR.
3 Cirurgião dentista, MSc, Professor do Curso de Odontologia da Unioeste, Cascavel-PR
4Cardiologista, Universidade Federal de Juiz de Fora, Juiz de Fora-MG.
2 Acadêmico
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CARGA INMEDIATA EN IMPLANTES DE ZIRCONIA TIPO MONOBLOC
Oscar Rubén Alderete1
José Ricardo Pereira Martins2
Ricardo Conci2
Guilherme Degani Battistetti2
Eliseu Augusto Sicoli2
Modalidade: Caso Clínico
RESUMO: Los implantes Axis están hechos de zirconia, también llamado dióxido de zirconio,
una biocerámica blanca elaborada a altas temperaturas. La revisión realizada mostró una gran
estabilidad de los implantes y las encías. La radiografía muestra perfecta oseointegracion a dos
meses de la instalación del implante de Zirconia monobloc. La paciente no presentó síntoma
alguno ni reacción negativa. La apariencia estética mejoró extraordinariamente y la paciente se
mostró satisfecha con el resultado. De acuerdo a la metodología utilizada fue posible verificar
que los implantes de zirconia son una buena alternativa para la sustitución de dientes naturales,
en especial en los casos en que la estética es especialmente importante.
Palabras clave: implante-zirconia-monobloc- oseointregracion
INTRODUÇÃO
La pérdida de piezas dentarias sigue siendo de mucha prevalencia para el ser humano.
Las causas son variadas, factores cariogénicos, traumatismos, etc., y en otros casos se habla
de agenesia dental.
La odontología tradicional ha procurado en ciertas medidas buscar alternativas de
solución, implementando prótesis de distintas características, como, removibles o fijas, muco o
dentosoportadas. Con la implementación de las cerámicas se ha logrado reemplazar con mayor
eficacia las piezas dentarias (RIMONDINI, L. 2002).
Las diferentes funciones fundamentales de los dientes: Función Masticatoria, Fonética,
Estética, Funcional y Psicológica, sin embargo, no se ha logrado satisfacer a plenitud el factor
psicológico de los pacientes que han perdido piezas dentarias, sobre todo los anteriores.
La consulta odontológica preventiva, en un alto porcentaje sigue siendo relegada dentro
de la cultura de nuestra población.
Durante décadas, en las primeras civilizaciones, las extracciones dentarias sin
anestésicos han constituido una de las más importantes y temidas torturas al ser humano; hoy,
gracias a los equipamientos modernos y capacitaciones permanentes de los profesionales, se
han atenuado los efectos negativos de la práctica odontológica, sin embargo, todavía quedan
tareas pendientes en cuanto al relacionamiento profesional-paciente, donde fijamos miedos
principalmente en las primeras consultas.
Consecuentemente, el miedo de acudir al consultorio odontológico, representa uno de los
factores más importantes por los cuales las personas no comienzan sus tratamientos en tiempo
y forma, lo que desencadena en la pérdida de piezas dentarias.
Debido a la problemática de reemplazar piezas dentarias sin daños por desgaste de los
dientes pilares, surgieron los primeros implantes dentales, con sus luces y sombras, dando
alternativas válidas para utilizar prótesis implantosoportadas (PEÑARROCHA, M. 2009).
OBJETIVOS
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El objetivo de este trabajo consiste en demostrar el comportamiento clínico del implante de
Zirconia monobloc (Axis biodental - Lausanne, Suiza) colocado en la zona del diente 22 de una
paciente con carga inmediata.
MATERIAL DE LOS IMPLANTES AXIS
Los implantes Axis están hechos de zirconia, también llamado dióxido de zirconio, una
biocerámica blanca elaborada a altas temperaturas.
Zirconia, cuya fórmula química es ZrO2, es una cerámica, no un metal. Esta evita los
efectos no deseados del metal al ser utilizados en boca, como aquellos relacionados con la salud
o la estética.
Axis Monobloc es un implante dental transgingival en una parte. De color marfil, está
realizado en zirconia Y-TZP HIP, una cerámica totalmente biocompatible (PICONI, C. 1999).
“En una sola parte: el pilar está integrado para un procedimiento simplificado.
Estética perfecta: del color de un diente natural (A2), este implante garantiza resultados
estéticos.
Excelente estabilidad: gracias al diseño AXIS Evo garantiza un posicionamiento estable del
implante así como una resistencia particularmente elevada a los esfuerzos de masticación.
Auto-roscado: permite, en el caso de hueso relativamente blando, insertar el implante sin
recurrir al macho de roscar.
Fácil inserción: la extremidad apical cónica facilita la dirección en el momento de la
colocación en el lecho implantario” (Revista AXIS biodental Innovating metal-free
implantology, 2013).
Los principales beneficios de la Zirconia son que muestran excelente adherencia de los
osteoblastos a su superficie y muy buena proliferación celular, permitiendo así un rápido
crecimiento óseo en la interfase hueso-implante, es decir, excelente biocompatibilidad (DEL RÍO,
J.; Cols, 2003).
Otro aspecto a resaltar es la ventaja estética, evita traslucidez metálica ya que es de
cerámica, estos factores favorecen una buena restauración armónica de la corona, permitiendo
el mejoramiento sustancial del factor psicológico del paciente.
SUPERFICIE DE LOS IMPLANTES AXIS
La textura de la superficie del implante es muy importante por razones biológicas, así
como también por motivos mecánicos.
Los implantes AXIS son transgingivales y como todos los implantes transgingivales se
pueden dividir en dos zonas con diferente función; el cuello y el cuerpo (parte endoósea).
Se ha demostrado que, para reducir la adherencia bacteriana, la superficie del cuello del
implante debería ser relativamente pulida (4.5). Por otro lado, se ha demostrado que la superficie
de la parte endoósea del implante dental debe ser lo suficientemente rugosa para promover la
integración del implante en el hueso (International Organization for Standardization).
RELATO DE CASO
Paciente de 39 años de edad, sexo femenino, tez trigueña, FD acude a la clínica de post
grado de implantologia dental de la universidad NIHON GAKKO con buena salud general, la
paciente acudió para un examen inicial, manifestando presentar movilidad del provisorio, zona
del incisivo lateral superior izquierdo. También le preocupaba la estética de su sonrisa. La misma
comentó que dichas coronas estaban excesivamente sueltas y que había regresado a su dentista
habitual en numerosas ocasiones para cementarlas de nuevo. A la paciente le preocupaba el
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hecho de llevar implantes metálicos y solicitó la sustitución del diente y una restauración libre de
metal.
Luego de la anamnesis con resultados favorables, a la paciente se le ordenó una
radiografía panorámica, con resultados alentadores.
Con los estudios radiográficos en mano, se planificó la cirugía.
SECUENCIA OPERATORIA IMPLANTES MONOBLOC
La secuencia operatoria fue hecha de acuerdo a las indicaciones técnicas del fabricante.
Figura 1: Antes del tratamiento.
Elaboración propia del autor.
Fuente:
Figura 2: Implante instalado en la cavidad ósea.
Fuente: Elaboración propia del autor.
Plan de Tratamiento
La paciente solicitó una restauración libre de metal. Se informó a la paciente de la
existencia de los implantes de Zirconia y de las restauraciones totalmente cerámicas, convenida
dicho tratamiento. Se eligieron implantes de Zirconia de una pieza axis monobloc con forma de
raíz.
La pieza a reponer era un diente que eminentemente contribuía a la estética y por sobre
todo, la ausencia de éste, representaba para ella un motivo de baja estima.
A la paciente se le preparó con la profilaxis antibiótica, amoxilcilina 2 grs, dexametasona
de 4 mgrs ambos 2 horas antes de la cirugía correspondiente.
Se preparó la mesa clínica cuidando todos aspectos de la bioseguridad. A la paciente se
le administró anestesia local infiltrativa y posteriormente se procedió al colgajo correspondiente.
Después del intercambio de pareceres y de la visualización del campo operatorio, la
clínica nos indicó los fresados pertinentes, 12mm. de L. que nos hizo decidir por el implante de
Zirconia Monobloc (AXIS BIODENTAL LOUSANE SUIZA). Éste implante una biocerámica de alto
rendimiento, nos decidimos por el Monobloc; por la practicidad, un implante con plataforma
preparada para recibir la corona definitiva sin intermediarios.
Éstos implantes Monobloc se presentan en tres características: Monobloc M8 4.0/L8,
Monobloc M10 4.0/L10 y Monobloc M12 4.0/L12. Optamos por la Zirconia Monobloc M12 4.0/L12,
enroscado manual con catraca, finalizando el fresado con catraca manual logrando una
expansión de la tabla ósea vestibular, que ayudó a recuperar en parte el hueso atrofiado.
Obteniendo una inserción de 35 N, recomendada por el fabricante.
Se decidió hacer la carga inmediata, se utilizó cubeta de metal cerrada para la impresión,
se realizó con silicona de adición fluída y densa de la ZHERMACK Elite HD de procedencia
italiana Putty Set 2X250 ml.
Se envió al laboratorio para la confección de la corona y posterior rehabilitación. A la
paciente se le rehabilitó en provisorio con resina bis-acrílica de ivoclar autopolimerizable.
143
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Figura 3: Instalación de la corona. Fuente:
Elaboración propia del autor
Figura 4: Radiografía Final (dos meses
después de la instalación). Fuente:
Elaboración propia del autor
DISCUSSÃO
La revisión realizada mostró una gran estabilidad de los implantes y las encías. La
paciente no presentó síntoma alguno ni reacción negativa. La apariencia estética mejoró
extraordinariamente y la paciente se mostro satisfecha con el resultado.
Cuando se emplean implantes de Zirconio para restaurar dientes naturales, es
aconsejable tener en cuenta los estudios más recientes en materia de implantes. La
biocompatibilidad de la Zirconio se ha demostrado en estudios con animales, y en experimentos
in vitro se demostró que este material es capaz de soportar cargas simuladas a largo plazo; sin
embargo, las propiedades mecánicas de la Zirconio parecen estar influenciadas por la
preparación mecánica del material (LLAMBÉS, F. 2004).
Los mismos autores han descrito que la exposición de implantes de Zirconio a una boca
artificial no presenta ninguna influencia estadísticamente significativa sobre la media de valores
de resistencia a la fractura de los implantes. Más aún, la moderna investigación en materia de
implantes muestra que una topografía rugosa es deseable para aumentar el proceso de
integración del hueso, pero el torneado de varillas de Zirconia da como resultado una superficie
relativamente suave.
La utilización de este implante monobloc con carga inmediata no es común, pero el
resultado obtenido ha superado las expectativas.
CONCLUSÕES
De acuerdo con la metodología utilizada fue posible verificar que el implante de zirconia
es una buena alternativa para la sustitución de dientes naturales, en especial en los casos en
que la estética es especialmente importante.
Aunque los implantes de Zirconia han sido estudiados experimentalmente desde hace
mucho tiempo, son pocos los casos que se han presentado en la literatura, pero parece claro
que la biocompatibilidad de este material es mejor a la del titanio y que puede soportar las fuerzas
oclusales durante un largo periodo de tiempo.
Es preciso llevar a cabo más estudios para evaluar los resultados a largo plazo de los
implantes de zirconia con diferentes superficies.
Es un caso más que ayuda a aumentar en la literatura mundial en implante de Zirconia
Monobloc y otros casos más deben ser estudiados.
REFERÊNCIAS:
BECHELLI, A. H. Diagnóstico y Planeamiento en Prótesis Oseointegrada. Revista de la
Asociación Odontológica Argentina. 79; may.-jun., 1991.
144
20 a 23 de agosto de 2015 - ISSN 2236-9090
DEL RÍO, J.; COLS. Planificación en implanto-prótesis. Revista internacional de Prótesis
Estomatológica. 5(4): 2003.
LLAMBÉS, A. F. Regeneración ósea guiada. Aumento horizontal de reborde alveolar. Rev
Maxillaris.7 (67):72-82; 2004.
PEÑARROCHA, M. D. Implantología Oral. 2006.
PICONI, C.; MACCAURO, G. Zirconia as a ceramic biomaterial. Biomaterials. 20:1-25. 1999.
REVISTA AXIS BIODENTAL INNOVATING METAL-FREE IMPLANTOLOGY, Swiss Quality.
2013.
_____________________
1
2
Estudiante de Postgrado, Universidad Nihon Gakko, [email protected]
Maestro de Postgrado, Universidad Nihon Gakko.
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A FISIOLOGIA INICIAL DA OSTEOINTEGRAÇÃO.
Giordani Bruno Maronezi1
Rolando Plümer Pezzini
Adriano Piccolotto
Maristela Maria Galina Pezzini
Modalidade: Revisão de literatura
RESUMO: Com a descoberta do implante de titânio comercialmente puro, ou chamado, implante
osseointegrável a odontologia entrou em uma nova fase. A Odontologia osseointegrativa. Esse
novo método de fixação protética possibilitou ao cirurgião dentista realizar reabilitações orais
satisfatórias se comparados aos métodos anteriores como a prótese total e a parcial fixa, dando
maior estabilidade mecânica e biológica ao paciente, bem como uma estética mais próxima da
perfeição.Objetivos: Relatar o fenômeno da osseointegração que ocorre após a inserção de peça
em titânio dentro do osso e a migração das células ósseas para a superfície deste metal, a nível
celular. Revisão de literatura: Uma fixação está osseointegrada quando oferece suporte estável e
aparentemente imóvel de uma prótese sob cargas funcionais, sem dor, inflamação ou afrouxamento.
Este fenômeno é a união física entre o implante osseointegrado com o osso receptor. A
Osseointegração de uma fixação no osso é definida como a aposição íntima de osso neoformado e
reformado em congruência com as fixações, incluindo irregularidades de superfície, de forma que, à
análise por microscopia óptica, não haja interposição de tecido conjuntivo ou fibroso e seja
estabelecida uma conexão estrutural e funcional direta, capaz de suportar cargas fisiológicas normais
sem deformação excessiva e sem iniciar um mecanismo de rejeição. Discussão: Uma fixação está
osseointegrada se não houver movimento relativo progressivo entre a fixação e o osso medular
circundantes, sob níveis e tipos de carga funcionais por toda a vida do paciente. Também é
necessário que as deformações sejam da mesma ordem de magnitude que quando as mesmas
cargas são aplicadas diretamente no osso. Conclusões: A compreensão da osseointegração é
muito importante para a implantodontia, assim entendendo melhor o paciente e também todo o
processo a que o submete, assim também facilitando a identificação do sucesso clinico bem
como a falha e perda do implante.
Palavras-chave: implante dental, osseointegração, anatomia & histologia.
REFERÊNCIAS:
MARTINS, Vinícius et al. Osseointegração: análise de fatores clínicos de sucesso e insucesso.
Revista Odontológica de Araçatuba, v.32, n.1, p. 26-31, Janeiro/Junho, 2011
FAVERANI, Leonardo Perez et al. Implantes osseointegrados: evolução sucesso. Salusvita,
Bauru, v. 30, n. 1, p. 47-58, 2011.
ORTEGA-LOPES, Rafael, 1978- Estudo retrospectivo dos fatores de risco que determinam a
perda dos implantes osseointegrados / Rafael Ortega Lopes. – Tese (doutorado) - Universidade
Estadual de Campinas, Faculdade de Odontologia de Piracicaba- Piracicaba, SP : [s.n.], 2011.
CONSOLARO, Alberto et al . Saucerização de implantes osseointegrados e o planejamento de
casos clínicos ortodônticos simultâneos. Dental Press J. Orthod., Maringá , v. 15, n. 3, p. 19-30,
June 2010
_____________________
1Acadêmico
do 5º ano de odontologia, Universidade Estadual do Oeste do Paraná. [email protected]
146
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IMPLANTE DE ZIRCONIA EN REHABILITACIÓN DE CANINO SUPERIOR
Raquel Galeano1
José Ricardo Pereira Martins2
Ricardo Conci2
Guilherme Degani Battistetti2
Eliseu Augusto Sicoli2
Modalidade: Caso Clínico
RESUMO: Los implantes dentales de Zirconia son actualmente una opción de tratamiento segura
y previsible para la rehabilitación de pacientes desdentados en zona anterior con requerimiento
de alta estética además de conseguir máxima funcionalidad. De esta manera el objetivo del
presente relato de este caso clínico fue evaluar la estética, forma y función del implante
oseocalcificado instalado en la zona anterior. El resultado muestra que utilizando un implante de
Zirconia de la marca Axis Biodental (Lousane, Suiza) y la rehabilitación sobre el mismo, se
devuelve el contorno normal al hueso de esa zona y mejoramos la condición estética, fonética y
funcional con un implante que simula el movimiento periodontal.
Palavras-chave: Implantes Dentales; Oseocalcificación; Zirconia.
INTRODUÇÃO
La utilización de implantes de Zirconia para llevar a cabo una rehabilitación en pacientes
jóvenes con espacios edéntulos unitarios en zona anterosuperior, se destaca, debido a que el
implante de Zirconia está fabricado en Y-TZP Zirconia, que es una biocerámica de alto
rendimiento, que se destaca por su flexibilidad que es única pues devuelve la movilidad natural
del diente asegurando de tal forma la absorción de los choques a los cuales estará expuesto.
Cabe mencionar que los implantes de Zirconia revolucionaron el ámbito de los implantes desde
hace 20 años en la búsqueda de resultados mas estéticos que omitieran la visualización del
metal en rehabilitaciones anteriores donde es fundamental la experiencia del camuflage de las
restauraciones.
En este trabajo será demostrado un caso clínico donde el uso del implante de Zirconia de
la marca Axis Biodental (Lousane, Suiza) en la zona superoanterior de un paciente de sexo
masculino, reúne todas las condiciones para el logro posterior de la rehabilitación altamente
estética y funcional.
OBJETIVOS
El objetivo del presente trabajo era mostrar una rehabilitación total a partir de la utilización
de implante de Zirconia además de los diversos componentes protésicos del sistema Axis
Biodental (Lousane, Suiza) con el fin de lograr resultados altamente estéticos en la zona
anterosuperior, planeando la recuperación de la estética, fonética y funcional, en ese concepto
constatar que los implantes de Zirconia son una opción favorable al paciente, tanto en estética
como en función.
RELATO DE CASO
El paciente N.G., de sexo masculino, de 27 años, de cutis blanco, se acercó hasta la
Clínica San Jorge del Curso de Especialización en Implantología de la Universidad Nihon Gakko
147
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(Asunción-Paraguay), con la intención de recuperar el canino superior lado derecho, que se le
habría extraído hace 2 años.
En un primer momento fue realizada la anamnesis y el examen clínico minucioso además
de la radiografía panorámica (Foto 1).
Foto 1- La radiografía panorámica inicial del paciente. Fuente: Elaboración
propia del autor.
.
Un mes después, se procede a la cirugía donde se realizó una incisión y se procedió al
descollamiento. Luego se procedió a la marcación del lecho implantario con ayuda de la lanceta
y siguiendo la secuencia de fresas siguiendo las instrucciones del fabricante en cuanto a
velocidad, irrigación y torque. Se realizó la medición de profundidad del lecho con la ayuda del
medidor de profundidad M (anillo rojo). Se procedió al fresaje con la fresa perfiladora y la
colocación de un implante Axis hexalobe 12 4,2 x 12 mm, en marzo del año 2014 (Foto 2a).
A la verificación del torque con la llave de torque dió como resultado 35 Nw así como
indica el fabricante.
Se termina de colocar en el lecho, el implante de Zirconia hasta 1 mm del nivel óseo,
según el fabricante.
Se coloca la tapa de cierre (Peek - 04.5 / L 0.5) y se procedió a la sutura.Al terminar la
cirugía se le realizó la radiografía periapical para corroborar la colocación (Foto 2b).
Impresión con cubeta cerrada, a los 6 meses posteriores se retiró de manera provisional el
dispositivo de cicatrización, tras la exposición de la conexión de implante se utilizó el transfer
hexalobe clipsado peek 05.0/ l6.0 posicionando y encajando el transfer sobre el implante,
escuchándose el clic que es la señal de encaje correcto.
148
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2a
’
2b
Foto 2a - Colocación del implante de zirconia en el lecho. 2b - Radiografía periapical inmediata post
quirúrgica. Fuente: Elaboración propia del autor.
Se utilizó silicona de adición para la toma de impresión con silicona Easy Mix elite HD +
Zhermack (Italia) con cubeta cerrada para la toma de impresión del implante, depositando la
materia de impresión ligera alrededor del pilar y del transfer y la materia de impresión pesada en
la cubeta cerrada y el antagonista con silicona de condensación Trial kit Speedex Coltène
(Suiza). Una vez que el material polimerizó, se posicionó y encajó el implante análogo hexalobe
Peek en el porta implante, seguidamente al escuchar el clic cuando el implante análogo estuvo
correctamente encajado, se produjo el vaciamiento del modelo en el laboratorio. Se tomó la
mordida con cera rosa de 1mm de espesor, después se prueba y coloca el coping E max (Ivoclar
Vivadent - Suiza) y se vuelve a tomar la mordida con resina autopolimerizable de color blanco
número 62 Dencor (San Pablo - Brasil), para la confección de la corona, se toma el color y se
envía al laboratorio.
En una cuarta sesión se coloca la corona, se hacen los controles de oclusión con papel
de articular marca en movimientos excéntricos y laterales y se cementa la corona con U 200 (3M
Espe Alemania). (Foto 3).
Foto 3 - Corona de Zirconia cementada. Fuente: Elaboración
propia del autor.
DISCUSSÃO
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La sustitución de un diente en el maxilar superior y en zona anterior siempre es un
desafío, aunque para preservar o recrear la anatomía dental a través de la colocación de un
implante de Zirconia es importante tener en cuenta la arquitectura gingival, que en última
instancia determinan la estética, los tejidos gingivales de los alrededores y la aparición de la
restauración del color del diente que lo hará sustituir el diente que falta.
En la zona estética, el desafío es mantener o recrear el tejido blando, contornos de la
papila interproximal y la encía, por en cuanto la forma de la restauración provisional desempeña
un papel importante pues permite la cicatrización guiada del tejido blando para mantener la
arquitectura de la gingiva y posteriormente ayuda a que el paciente reciba la restauración
definitiva para lograr una sonrisa agradable.
Desde la perspectiva del paciente, lo más importante cuestión es siempre la calidad
estética de la restauración.
Durante décadas, el uso de pilares de titanio para restauraciones implantosoportadas ha
sido el estándar de la atención pero estéticamente posee varias desventajas como ser, una
restauración más oscura en comparación con el diente natural adyacente, además puede
producir un tono gris oscuro metalizado en el margen gingival de la restauración y esto puede
ser más evidente en pacientes con una línea de sonrisa alta lo que causa un mal resultado
estético.
En los últimos años, un nuevo paradigma en el implantes estéticos ha surgido debido a
los avances protésicos y un énfasis en el uso de la cerámica sin pilares metálicos en la zona
estética. El uso de un todo estético permite que el odontólogo pueda proporcionar una
restauración de cerámica cuya ventaja obvia es el color de diente natural, que produce un perfil
de emergencia estéticamente agradable en el margen gingival de la restauración, propiedad de
biomaterial tal como una alta biocompatibilidad, baja conductividad eléctrica, baja conductividad
térmica, y de alta flexión ala fuerza y la resistencia de la fractura, lo que elimina el uso de una
subestructura metálica, ofrecen beneficios significativos.
Este avance dentro de la implantología con la fabricación de implantes Zirconia con
variados estudios como el de Uo. (UO, M.; SJOGREN, G.; SUNDH, A.; WATARI, A.; BERGMAN,
M.; LERNER, U., 2003) han demostrado que no alcanzan niveles de citotoxicidad significantes
pues la Zirconia no afecta el desarrollo de los osteoblastos, y el estudio de Daisuke Yamashita
et al (YAMASHITA, D.; MACHIGASHIRA, M.; MIYAMOTO, M.; TAKEUCHI, H., 2009) habla de
una buena biocompatibilidad con el tejido periodontal a raíz de que no se ha exhibido ninguna
respuesta inflamatoria.
Aunque los resultados de estudios clínicos a largo plazo no son disponibles, una de las
mayores ventajas de utilizar un implante de cerámica puede ser la capacidad de disminuir niveles
de acumulación de placa alrededor de la encía en el surco del implante pues muchas variables
están involucrados y pueden llevar al fracaso del implante, incluyendo peri-implantitis debido a
la placa puede progresar a una infección bacteriana resultando en la pérdida de hueso alrededor
del implante. En el estudio de Scarano et al (SCARANO, A.; PIATELLI, M.; CAPUTI, S.; FAVERO,
GA.; PIATELLI, A., 2004) reportó que el desarrollo bacteriano es significativamente más bajo
sobre la Zirconia que sobre el titanio, con lo que la disminución de los niveles de la adhesión
bacteriana alrededor de pilares de dióxido de zirconio disminuye la capacidad de las bacterias
para adherirse a diferentes superficies de materiales por lo demostrado de tener una superficie
inferior de carga de energía en comparación con la del titanio; esto puede llegar a ser un
mecanismo de protección contra la peri implantitis y la acumulación de patógenos orales.
CONCLUSÕES
De acuerdo con la metodología utilizada fue posible verificar que el índice de éxito
encontrado en el caso clínico, en este caso reportado permítasenos concluir que la colocación
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20 a 23 de agosto de 2015 - ISSN 2236-9090
de un implante Axis Biodental Hexalobe (Lousane, Suiza) que es el implante de nueva
generación, pues es la innovación de una restauración libre de metal, con resultados altamente
estéticos debido a que el color que presenta es cercano al del diente natural además de su
flexibilidad que absorbe los choques, restaurando la movilidad natural del diente de una forma
personalizada y reversible. Además de una simplificación de los pasos de la secuencia operatoria
con una rotación que permite la tranquilidad del operador en cuanto a la refrigeración del hueso
durante el fresado y los procedimientos protésicos con componentes de fácil adaptación, y la
parte protésica es de PEKK (Polyetherketoneketone), un polímero de ultra alto rendimiento de
nueva generación. La combinación de estos dos materiales, garantiza un perfecto hermetismo a
nivel de la unión implante-pilar y se unen con la ayuda de un tornillo protésico que asegura su
conexión de alta resistencia al torque de la conexión implante –pilar protésico y la resistencia a
la flexión del cuerpo del implante. (SIDDIQI, A.; PAYNE, A. G.; DE SILVA, R. K.; DUNCAN, W.
J., 2011)
Encontramos que la biocompatibilidad de estos implantes de Zirconia está dado por su
neutralidad electrónica, también por que no alcanza niveles de toxicidad significantes, además
de que no libera iones en el cuerpo y el bajo desarrollo bacteriano sobre estos implantes. (OLIVA,
X., 2010)
REFERÊNCIAS:
AXIS BIODENTAL INNOVATING METAL-FREE IMPLANTOLOGY. Recuperado de:
http://www.axis-biodental.ch/biodentalnew.php?id_structure=92&portail=2&langue=es
UO, M.; SJOGREN, G.; SUNDH, A.; WATARI, A.; BERGMAN, M.; LERNER, U. Cytotoxity and
bonding property of dental ceramic, Dent Mater, Sep; 19(6): 487-92. 2003.
YAMASHITA, D.; MACHIGASHIRA, M.; MIYAMOTO, M.; TAKEUCHI, H. Effect of surface
roughness on initial responses of osteoblast-like cells on two types of zirconia, Dentals Materials
journal, 28(4): 461- 470. 2009.
SCARANO, A.; PIATELLI, M.; CAPUTI, S.; FAVERO, GA.; PIATELLI, A. Bacterial adhesión on
commercially pure titanium and zirconium oxide disk: an in vivo human study, J Periodontol.
Feb;75(2):292-6. 2004.
SIDDIQI, A.; PAYNE, A. G.; DE SILVA, R. K.; DUNCAN, W. J. Titanium allergy: could it affect
dental implant integration?, Clin Oral Implants Res. jul; 22(7):673-80. 2011.
OLIVA, X. Full mouth Oral rehabilitation in a Titanium allergy patient using Zirconium oxide
restorations. A case report from an ongoing Clinical study, The European Journal of Esthetic
Dentistry. Volume 5, Number 2, Summer. 2010.
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1 Estudiante de Postgrado, Universidad Nihon Gakko, [email protected]
2 Maestro de Postgrado, Universidad Nihon Gakko.
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IMPLANTES DE ZIRCONIA POST EXTRACCION
Luz Morinigo1
José Ricardo Pereira Martins2
Ricardo Conci2
Guilherme Degani Battistetti2
Eliseu Augusto Sicoli2
Modalidade: Caso Clínico
RESUMO: La implantología oral como disciplina busca reemplazar los dientes perdidos mediante
la colocación quirúrgica de un implante, que tiene como propósito lograr un anclaje estable para
recibir una prótesis. En el presente trabajo se describe el caso de un paciente de 35 años de
edad, que acude a la consulta por fractura radicular del diente 22 (incisivo lateral izquierdo).
Clínica y radiográficamente no se observo proceso infeccioso por lo que se decidió la exodoncia
del diente 22 y la colocación inmediata de un implante de zirconio White (Development
Corp.Armsterdam-Holanda) por los requerimientos estéticos de la zona ya que estos implantes
tienen la ventaja de ser de color blanco evitando el alo negro en el margen gingival de la encía,
teniendo así un resultado estético y funcional exitoso. La metodología utilizada es el de estudio
de casos del tipo descriptivo.
Palavras-chave: Implante; Zirconia; Exodoncia.
INTRODUÇÃO
Existen estudios que demuestran que la colocación de implantes inmediatos post
extracción preserva el alveolo y el hueso subyacente, además disminuye el tiempo de
tratamiento, evitando una segunda cirugía (Salagaray, 1992).
En el sector anterior una alternativa eficaz para reponer los dientes son los implantes de
zirconia por ser biocompatibles, tener buenas propiedades ópticas y estéticas, menos adherencia
de microorganismos y mayor resistencia a la fractura, no se corroe, mal conductor del calor y la
electricidad. Existen evidencias que el titanio puede desencadenar, reacciones adversas como
alergia. (Piconic, 1999)
La estabilidad del implante depende directamente de la unión mecánica entre la superficie
del implante y el hueso que le rodea, por esto es ideal tener tres o cuatro paredes de alveolo y
debajo del ápice por lo menos 3 a 5 mm. Para conseguir la estabilidad primaria, que es la
ausencia de movilidad del implante en el lecho implantario factor indispensable para la
osteointegración (Peñarrocha, 2010)
El proceso de ontogénesis (formación de huesos), alrededor del implante puede ser por
dos mecanismos. La ortogénesis a distancia que ocurre en los implantes de zirconia en que la
matriz ósea es depositada desde el huésped al implante por un fenómeno de aposición y esta es
la causa por la que se produce mas rápido la integración de los implantes de zirconia. En los
implantes de titanio el proceso es inverso la ontogénesis es de contacto que ocurre cuando la
matriz ósea es depositada desde la superficie del implante hacia el huésped
OBJETIVOS
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Describir la colocación de Implantes de zircônia post extracción.
RELATO DO CASO
Paciente T.M. de sexo masculino, de 35 años de edad, acude al curso de post grado de
implante de la universidad Nihon Gakko en la clínica San Jorge, por fractura radicular del diente
22. Se realiza el examen clínico y radiográfico, al no observar proceso infeccioso y encontrar un
paciente sano, se programa la cirugía para la extracción del diente 22 (Incisivo lateral izquierdo)
y la colocación inmediata de un implante de zirconia White (Development Corp.ArmsterdamHolanda), por las necesidades estéticas de la zona.
Figura 1: Inicio del caso. Fuente: Elaboración propia.
Se prescribe la profilaxis farmacológica según protocolo de cirugía. En el acto quirúrgico
se procedió a la anestesia regional, una vez comprobada su efecto se procedió a la deserción
de las fibras periodontales con bisturí hija nro. 15, se luxo el diente con periostótomo de molt,
elevadores rectos y la extracción con fórceps de la forma menos traumática posible, preservando
el alveolo. Posteriormente se realizó la limpieza del alveolo para eliminar cualquier tejido no
deseado.
Figura 2: Exodoncia del diente. Fuente: Elaboración propia.
Se prepara el lecho imprentario con abundante irrigación, siguiendo el protocolo
recomendado por el fabricante, el fresado 2mm menos que la longitud del implante, la inserción
del implante de Zirconia White Implants (Development Corp.Armsterdam-Holanda) de 4 x 10 mm.
153
20 a 23 de agosto de 2015 - ISSN 2236-9090
Figura 3: Colocación del Implante. Fuente: Elaboración propia
Por último se instaló un provisorio con dientes de acrílico e interlig (Angelus-Brasil). A los
diez días se retiro los puntos de sutura y se espero el tiempo de osteointegración y se realizó la
rehabilitación protésica.
Figura 4: Implante terminado con colocación del provisório. Fuente: Elaboración Propia.
DISCUSSÃO
La estabilidad primaria de un implante es la ausencia de movilidad del implante en el
lecho implantario, este es un factor importante para conseguir la osteointegración, de allí la
importancia de la extracción a traumática para conservar el alveolo que recibirá un implante
inmediato. (Peñarrocha, 2010)
Los implantes de Zirconia son una opción válida, por las ventajas de ser de color blanco
y evitar la transparencia negra en el margen gingival de la encía, además su superficie tiene
menos contaminación que el titanio y su osteointegración es más rápida (Piconic, 1999)
La cosmética es el conjunto de procedimientos operatorios y la aplicación de materiales
odontológicos, con la finalidad de alcanzar la belleza y la armonía requerida por la estética
(Barranco Mooney, 1998).
CONCLUSÕES
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20 a 23 de agosto de 2015 - ISSN 2236-9090
En el sector anterior de la boca, los implantes de Zirconia son la primera opción, por la
estética que requiere la zona y porque histológicamente no existe diferencia en la respuesta del
organismo comparándolos con los de titânio.
REFERÊNCIAS:
BARRANCOS, J. Operatoria Dental. Argentina: Atlas-Tecnica y Clinica Medica. 1988.
FRANCO, C. Advanced Osseointegration Milán: Italia Libri. 2005. Recuperado el 20 de julio de
2015, de http://www.ceraroot.com/blog/wp-content/files/Osseointegration-whith-ICE-surface.pdf
PICONIC, C.; MACCAURO, G. Zirconia as a Ceramic Biomaterialoríal. Italia: 1999.
PEÑARROCHA, M.; Guarinos, J.; Sanchis, J. Implantologia oral Barcelona, España:
Lexus.2010.SALAGARAY, V. Implantes Inmediatos transalveolares Madrid: Madrid
Editores.1992.
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Estudiante de Postgrado, Universidad Nihon Gakko, [email protected]
2
Maestro de Postgrado, Universidad Nihon Gakko.
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LEVANTAMIENTO DE SENO MAXILAR, TECNICA DE VENTANA LATERAL
Ramona Elizabeth Escobar1
José Ricardo Pereira Martins2
Ricardo Conci2
Guilherme Degani Battistetti2
Eliseu Augusto Sicoli2
Modalidade: Caso Clínico
RESUMO: En el presente trabajo se describe la técnica de la ventana lateral para elevación del
piso del seno maxilar, cuya finalidad fue la colocación de tres implantes dentales. La metodología
utilizada fue el estudio de casos del tipo descriptivo. Se presenta el caso de un paciente adulto
joven de sexo masculino con disminución de la altura ósea del reborde alveolar, debido a la
neumatización del seno maxilar. Al paciente se le coloco tres implantes de titanio hexágono
externo con resultado exitoso. Utilizando esta técnica, tenemos la ventaja de compactar hueso y
evitar que el implante penetre en el seno maxilar, además tenemos bajo riesgo de lesionar la
membrana.
Palabras clave: Neumatización; Alveolar; Seno Maxilar.
INTRODUÇÃO
Hoy en día el tratamiento con implantes es un recurso en la terapéutica para rehabilitar
los espacios desdentados. En la parte posterior del maxilar superior a veces es un desafío
colocar implantes dentarios por falta de tejido óseo, por causa de la reabsorción de la cresta
alveolar y por la neumatización del seno maxilar. La reabsorción puede ser por perdida prematura
de dientes, que produce una atrofia en los huesos, produciéndose un desbalance del remodelado
óseo También contribuyen a la reabsorción las enfermedades periodontales, y prótesis mal
adaptadas.(Misch,C. 2009)
El seno es una cavidad neumática cuya función no es específica, pero contribuye con el
sistema de limpieza, humificación, y calentamiento del aire aspirado para proteger al cerebro
ante el aire frio, aumenta la resistencia al golpe, alivia el peso craneal, su crecimiento es durante
toda la vida y está influenciado por ausencia o presencia de dientes. La hiperneumatizacion del
seno maxilar es por consecuencia del edentulismo de la zona, que produce el incremento de la
presión diferencial del interior con el exterior del seno maxilar. Los senos maxilares infectados
ocasionan el fracaso de los implantes, la pared inferior o piso del seno esta en relación con los
ápices de pre molares y molares, separados por una fina capa de hueso y la membrana de
schneider .La penetración de cualquier cuerpo extraño puede producir sinusitis odontogena
secundaria (Misch, C. 2009).
Misch desarrollo una clasificación ósea basándose en la altura residual del piso del seno
al reborde alveolar y lo llamo SA. Cuando la altura es mayor a 10 mm lo denominó SA1, SA2
cuando la altura es de 8 a 10mm, SA3 cuando la altura es de 5 a 8 mm y SA4 cuando la altura
es 5 mm o menos, además lo clasificó también por el ancho. Los que tienen 5 o más son A y los
que tienen un ancho 2,5 a 5 mm son B (Misch, C. 2009)
Cuando el cirujano necesita reconstruir un defecto óseo, posee diferentes opciones de
injerto. La literatura muestra que el mejor material para injerto es el autógeno que es el propio
hueso del paciente por lo que no presenta respuesta inmune .También existen los injertos
homólogos que son injertos de la misma especie, hueso humano congelado desmineralizado
deshidratado que tiene como desventaja riesgo teórico de transmisión de enfermedades, no
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20 a 23 de agosto de 2015 - ISSN 2236-9090
soluciona grande defectos, poca aceptación por el paciente. Los injertos heterogéneos son de la
matriz ósea bovina desmineralizada que tiene buena aceptación biológica y se utiliza para
aumentar volumen del injerto. Los alopáticos son de cerámicas, vidrios, polímeros etc, su
previsibilidad es cuestionable.(Mazzoneto, R. 2011)
El injerto ideal debe tener característica como la de ser incompatible, evitar colonización
patógena, ser osteoconductor, osteoinductor, micro poroso para favorecer el crecimiento de
células, fuente de calcio y fosforo, fácil manipulación, disponibilidad, alta confiabilidad, con el
objetivo de solucionar el defecto óseo. Cualquiera sea el tipo de injerto debe generar hueso
nuevo atreves de tres mecanismos posibles: osteogénesis directa, osteoconducción,
osteoinducción (Mazzoneto, R. 2011)
La osteoconducción es el proceso por el cual el material de injerto sirve como base para
las células del huésped. La osteoinducción es la capacidad que tiene el injerto de estimular las
células mesenquimatosas indiferenciadas o precursoras ontogénicas, que existen en los tejidos
adyacentes para transformarlas en células Oseas, las cuales formaran el hueso nuevo, debido a
la presencia de un factor de crecimiento óseo(proteína ósea morfo genética BMP) que induce a
estas células. La osteogénesis es la capacidad que tiene el injerto de transferir junto con las
células viables (osteoblastos y células progenitoras) que iniciaran la fase de reparación óseo
(Peñarrocha, M. 2010)
OBJETIVOS
Describir la técnica quirúrgica de la elevación del seno maxilar por la ventana lateral, para
resolver el problema óseo y colocar implantes que van a soportar una prótesis.
RELATO DE CASO
Paciente de sexo masculino de 35 años de edad, acude a la consulta a la clínica San
Jorge en el curso de post grado en implantes dentales de la universidad Nihon Gakko, por
ausencia de las piezas dentarias 24,25 y 26. Se realizo la historia clínica la cual revelo que era
un paciente sano y que estuvo mucho tiempo sin rehabilitación.
Durante la inspección clinica no se encontró ninguna alteración, pero en la valoración
radiográfica se observa un seno neumatizado con disminución de la altura ósea, por lo que se
decidió realizar la elevación del piso del seno por la tecnica de la ventana lateral, para colocar
los implantes.
Figura 1: Radiografia inicial. Fuente: Elaboración propia
Técnica quirúrgica: El procedimiento quirúrgico se realizo respetando todas las normas
de bioseguridad. Primero se realizo la antisepsia del rostro del paciente con clorexidina al 2%,
posteriormente se le coloco el campo estéril, se procedió a la anestesia local con articaina al 4%.
Una vez comprobada el efecto de la anestesia se procedió incisión con hoja de bisturí n 15 sobre
la cresta alveolar ,junto con una incisión de descarga ,elevamos el colgajo con un elevador de
molt ,para exponer la pared lateral del maxilar.
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20 a 23 de agosto de 2015 - ISSN 2236-9090
La osteotomía se realizo con fresa redonda n 8 (jota swiss made), hasta la exposición
del periostio que soporta la membrana sinusal, el fresado de la ventana con mucha irrigación.
Figura 2: Ventana Lateral. Fuente: Elaboración propia.
Con la ayuda de las curestas para levantamiento de seno se separa la membrana sinusal
cuidadosamente para no lacerarla, la separación se inicio con cureta angulada despegando la
membrana del piso, alternando las caretas de acuerdo a la angulación, el remanente óseo de la
ventana fue dislocada hacia el interior del seno maxilar creando el nuevo piso del seno
Se procedió al fresado del lecho implantario, previa a la colocación de los implantes se comprobó
el paralelismo con los paralelisadores, colocándose después implantes de titanio hexágono
externo sistema SIN (made in Brasil).En el diente 14 implante Tryon de 3.75 x11,5 mm, en el
diente 15 implante Tryon 3.75 x 10 mm y en el diente 16 implante 3.75x10 mm.
Después de la implantación se introdujo el material de injerto ,compactando por toda la
cavidad. Utilizamos injerto heterogéneo hueso bovino compuesto (Genius),al que se le cubrió
con membrana reabsorbible de hueso bovino (Genius).
Figura 3: Implante con el hueso Fuente: Elaboración propia.
Por último se re posiciona el colgajo libre de tensión y se procede a la sutura.Se realiza
la prescripción médica por escrito según protocolo y se le ordena al paciente que ante cualquier
situación o duda se comunique a cualquier hora.
Control a los 8 días eliminación de sutura en 15 días, el paciente fue muy colaborador por lo que
se obtuvo un resultado exitoso, lo implantes osteointegraron y se procedió a la rehabilitación
protésica.
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Figura 4: Radiografia final. Fuente: Elaboración propia.
DISCUSSÃO
Con la técnica de levantamiento de seno de la ventana lateral se puede colocar implantes
dentales en maxilares con rebordes atresicos para soportar prótesis implanto soportadas, la
mayoría de los autores sugieren esta técnica cuando la altura es deficiente (Chispaco, M. 2004).
En grandes reabsorciones alveolares con menos de 4mm de altura se realiza la técnica
traumática de la ventana lateral para levantar el seno maxilar (Misch,J. 2009).
La perforación de la membrana puede ser por inadecuada técnica quirúrgica o por una
delgada mucosa sinusal, producida por sinusitis crónica o condiciones alérgicas. El grosor de la
membrana de Schneider puede variar aun en personas sanas (Misch, J. 2009)
CONCLUSÕES
La técnica de la ventana lateral para elevación de seno maxilar, permite ganar espacio
entre el piso del seno y el alveolo, creando así una cavidad para la colocación de implantes que
soportarán una prótesis. Esta técnica nos permite rehabilitar pacientes con rebordes atresicos
con éxito
REFERÊNCIAS:
CHIASPACO, M. Cirugia Oral, Barcelona:Texto y Atlas Barcelona Masson. 2004.
MAZZONETO, R. Reconstrucciones en Implantodoncia. Clinica para el Éxito y la Previsivilidad.
Venezuela: Amolca. 2011.
MISCH, C. Implantologia Contemporánea. España: Elservier. 2009.
PEÑARROCHA, M.; GUARINOS CARBÓ, J. y SANCHIS BIELSA, J. Implantología Oral.
Barcelona: Lexus. 2010.
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1
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Estudiante de Postgrado, Universidad Nihon Gakko, [email protected].
Maestro de Postgrado, Universidad Nihon Gakko.
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PESQUISA CLÍNICA RETROSPECTIVA DA TAXA DE SUCESSO PRECOCE DE
IMPLANTES OSSEOINTEGRADOS
Bruna de Rezende Marins1
Ricardo Augusto Conci2
Natasha Magro Érnica3
Geraldo Griza4
Eleonor Álvaro Garbin Jr5
Modalidade: Pesquisa
RESUMO : Os implantes se consolidaram como alternativa no tratamento do edentulismo,
porém, algumas variantes envolvendo, por exemplo, o implante e o leito receptor podem interferir
negativamente no sucesso do tratamento. As falhas dos implantes dentários podem ser
classificadas como tardias ou precoces, dependendo do momento em que ocorreram. Objetivo:
Estabelecer o índice de sucesso precoce dos implantes realizados em um curso de
especialização em Implantodontia no período de 2009 a 2012. Métodos: Foram analisados
prontuários de pacientes tratados no curso de especialização entre 2009 e 2012. O critério de
inclusão empregado foi a instalação de implantes da marca P-I Brånemark PhilosophyT,
utilizando-se da técnica cirúrgica de duas etapas para a realização dos mesmos e sendo que
estes permaneceram submersos por um período mínimo de três meses. Os pacientes
selecionados receberam implantes em maxila e mandíbula submetidas ou não a enxertos
ósseos. A avaliação foi efetivada no momento da cirurgia de reabertura, não sendo levada em
consideração a sobrevida dos implantes após o carregamento protético. Resultados: A taxa de
sucesso foi de 97% e os fatores que alteraram significativamente os resultados foram a presença
ou não de enxerto ósseo e a localização do implante. Conclusões: O índice de sucesso obtido
corrobora com a literatura e evidencia que a experiência do operador não interfere,
necessariamente, no resultado final do tratamento. Os achados demonstram ainda que a área
de maior falha foi a região posterior e que os sítios com enxerto ósseo apresentaram taxa de
sucesso maior que os citados em outros estudos.
Palavras-chave: Implante Dentário; Osseointegração; Estudos Epidemiológicos.
REFERÊNCIAS:
ALBREKTSSON T, ZARB GA, WORTHINGTON P. et al. The long-term efficacy of currently used
dental implants: A review and proposed criteria of success. Int J Oral Maxillofac Implants. 1986;
1: 1-25.
OLATE S, LYRIO MCN, MORAES M, MAZZONETTO R, MOREIRA RWF. Influence of Diameter
and Length of Implant on Early Dental Implant Failure. J Oral Maxillofac Surg. 2010; 68:414-19.
OLIVEIRA PRM. Taxa de Sucesso de Implantes Unitários Osseointegráveis Instalados em Curso
de Especialização em Implantodontia. Estudo Retrospectivo de 4 Anos. [dissertação]. Barretos
(SP): Centro Universitário da Fundação Educacional de Barretos; 2012.
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1 Discente Pós-graduação, UNIOESTE/HUOP, [email protected]
2;3;4;5 Docente, UNIOESTE.
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PRÓTESIS PARCIAL FIJA DE ZIRCONIA IMPLANTOSOPORTADA
Edgar Pintos1
José Ricardo Pereira Martins2
Ricardo Conci2
Guilherme Degani Battistetti2
Eliseu Augusto Sicoli2
Modalidade: Caso Clínico
RESUMEN: Muchas veces la rehabilitación protésica sobre implantes se ve dificultada por la
posición con que éstas fueron colocadas en boca, tanto por alguna limitación ósea, algún defecto
óseo o alguna relación anatómica con tejidos subyacentes que impidieron la colocación en
posición ideal del implante. El odontólogo debe entonces saber qué herramientas y material
dispone para buscar la mejor resolución posible. Este trabajo pretende mostrar como sortear
algunos obstáculos y como seleccionar el biomaterial protésico adecuado, consciente de las
ventajas y desventajas de cada una de ellas. En este caso se optó por una prótesis parcial fija
de infraestructura hecha en zirconia con cobertura de cerámica vítrea tanto de dientes como
encías y que va atornillada a dos implantes utilizando minipilares angulados, para restituir cuatro
piezas dentales perdidas, dándonos una resolución funcional y estética óptima.
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PROTOCOLO INFERIOR SIGUIENDO CON CINCO IMPLANTES
Gabriel Martinez1
José Ricardo Pereira Martins2
Ricardo Conci2
Guilherme Degani Battistetti2
Eliseu Augusto Sicoli2
Modalidade: Caso Clínico
RESUMEN: Para viabilizar la técnica aún en rebordes muy atrofiados, este trabajo relata un caso
clínico de protocolo inferior siguiendo algunos principios de la técnica o sea, fueron instalados
cinco implantes en la región pre-foramen mandibular, siendo los dos implantes distales inclinados
buscando ampliar el y polígono de Roy, sobre el punto de vista biomecánico. Estos implantes
fueron retenidos por una barra metálica, sirviendo de base a una prótesis acrílica, con carga
inmediata. De esta manera, o por limitación ósea o por cuestiones de costos clínico-quirúrgico,
asociado a los beneficios de la carga inmediata, nos lleva a una opción viable de
tratamientoobjetivo fundamental del presente trabajo es la de buscar las ventajas de la
restauración dental mediante implantes unitarios de titanio.
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Estudiante de Postgrado, Universidad Nihon Gakko, [email protected]
2
Maestro de Postgrado, Universidad Nihon Gakko.
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REABILITAÇÃO COM PRÓTESE UNITÁRIA SOBRE IMPLANTE EM REGIÃO POSTERIOR
Letícia Ruths Almeida1
Adriane Yaeko Togashi²
Régis Carlos Bertuzzo Guimarães³
Modalidade: Caso clínico
RESUMO: Com o advento da osteointegração e o posterior desenvolvimento de peças protéticas
disponíveis para os implantes, a prática de reabilitações implanto-suportadas demonstrou altas
taxas de sucesso, considerando um bom planejamento e uma execução que preze pela
manutenção dos tecidos de suporte, posicionamento adequado da peça na base óssea e
também pelo cuidado com traumas oclusais posteriores, sobrecarga na região, entre outros.
Objetivos: Apresentar a sequência clínica da realização de quatro implantes, o que inclui
explanar brevemente os aspectos pré-cirúrgicos (exame clínico e radiográfico) e também trans e
pós-operatórios, incluindo próteses provisórias, ajuste oclusal e instalação protética final. Relato
de caso: Paciente A.C, 59 anos, compareceu a clínica de Odontologia da Unioeste queixandose de dificuldade mastigatória, pois alguns elementos dentais estavam em falta. Constatou-se a
presença de prótese total superior e ausência dos elementos 35, 36 ,45 e 46. Com auxilio de
radiografia panorâmica, a altura óssea na área desses elementos era, respectivamente, 17mm,
15mm, 12mm e 13mm. O planejamento foi, então, realizado com o auxílio do guia cirúrgico e a
realização do procedimento se deu com implantes todos no sistema KOPP. Conclusão: A
confecção de próteses implanto-suportadas é de grande valia para reabilitação oral, porém, o
cirurgião-dentista deve seguir um protocolo cuidadoso na hora do planejamento, pois o sucesso
na realização do procedimento cirúrgico e protético depende de fatores que se inter-relacionam.
Palavras-chave: Osteointegração, Implante, Prótese.
REFERÊNCIAS:
CARDOSO, A.C. O Passo – a – Passo da Prótese sobre Implante. Editora Santos, 2005.
CONCEIÇÃO, E.N. Restaurações Estéticas. Atimed Editora, cap. 11, pg. 284-304, 2005.
____________________
do 4 ano de Odontologia. Universidade Estadual do Oeste do Paraná – UNIOESTE. E-mail:
[email protected]
²Pós-doutora em Biologia Oral pela FOB da Universidade de São Paulo. Professora Adjunta da Universidade
Estadual do Oeste do Paraná.
³Graduado em Odontologia. Universidade Estadual do Oeste do Paraná – UNIOESTE.
1Acadêmica
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20 a 23 de agosto de 2015 - ISSN 2236-9090
REHABILITACION PROTESICA EN EL MAXILAR SUPERIOR ANTERIOR CON CORONAS
DE ZIRCONIA REALIZADO A TRAVES DEL SISTEMA CAD – CAM, SOBRE IMPLANTES
Pastor Recalde1
José Ricardo Pereira Martins2
Ricardo Conci2
Guilherme Degani Battistetti2
Eliseu Augusto Sicoli2
Modalidade: Caso Clínico
RESUMO: Caso clínico de un paciente con ausencia del diente número 21, acude a la consulta
para recuperar la estética de la sonrisa; luego de los estudios correspondientes se le coloco un
implante de zirconia, para posteriormente rehabilitarle con una corona de zirconia atornillada,
que es un material biomecánico de alta tecnología que permite personalizar la sonrisa. El uso de
coronas de zirconia en prótesis fija es una alternativa de la odontología moderna, abalado por
numerosos estudios científicos, ello sustituye ventajosamente a los metales, pues evitan los
bordes grises, son malos conductores de la electricidad y el calor, también es altamente
biocompatible con los tejidos blandos devolviendo así la estética rosa. Estas coronas son
fabricadas por sistemas CAD – CAM, con máxima precisión, asegurando además una prótesis
funcional y de alta estética.
Palavras-chave: coronas de zirconia; sistema Cad- Cam; implantología oral; protesis dental..
INTRODUÇÃO
Los implantes de zirconia pueden ser considerados como los más significativos avances
en la Implantología dental profesiónal se inició hace más de cuatro décadas, cuando el primer
implante dental de titanio fue colocado por Branemark. Desde entonces, una gran cantidad de
cambios que implica el diseño características, tratamientos superficiales y técnicas de colocación
de implantes dentales han evolucionado en un intento de mejorar el resultado de esta modalidad
de tratamiento que tiene um impacto positivo significativo en la calidad de vida de los pacientes.
Las prótesis metalo-cerámicas (AGUDO AGUDO, R. E. 2015) consisten en una
infraestructura de metal opacificada recubierta por porcelana y han sido y siguen siendo
utilizadas en odontología tanto en confección de coronas individuales o prótesis parciales fijas
dando excelentes resultados pero con algunas limitaciones estéticas, sobre todo por la falta de
translucidez natural.
La creciente preocupación por la estética gingival y posibles problemas de salud
asociados con aleaciones metálicas, hace que hoy en día, esto sea una situación habitual que
los odontólogos enfrentan em la clínica dental, donde los pacientes son reacios a recibir las
prótesis metálicas y pidiendo alternativas libres de metal, lo que hace que la investigación y el
aprendizaje sobre cerámica e implantes sea altamente necesaria.
Las coronas de zirconia están siendo ampliamente utilizadas por ser una material
resistente al ácido, y que al tener baja porosidad impide el desarrollo de periodontitis. Este
material carece de metal y la posibilidad de generar alergias o incompatibilidad al metal
disminuye considerablemente, siendo importante su biocompatibilidad con la mucosa y los
tejidos. Se debe igualmente mencionar su dureza y color próximo, al color de un diente natural.
La zirconia es un material que no puede ser usado fácilmente sin la tecnología CAD/CAM.
Hoy su uso en odontología se va incrementando (PEBE, P.; RODRIGUEZ, A. 2011) (VILARRUBÍ,
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20 a 23 de agosto de 2015 - ISSN 2236-9090
A.; PEBÉ, P.; RODRÍGUEZ, A. 2011) y en este caso clínico en particular lo utilizamos para la
confección en zirconia de la corona fija anterior implantosoportada.
OBJETIVOS
Rehabilitación protésica en el maxilar superior anterior con coronas de zirconia realizado
a través del sistema CAD-CAM, sobre implantes.
RELATO DE CASO
A los 23 dias del mes de octubre del 2014, se presentó a consultar G.A.F. masculino de
37 años de test morena, que refiere molestia en el diente 21; se le indicó una rx. periapical donde
se constató la fractura radicular.
Se planteó al paciente la colocación de implante de zirconia (por su ventaja estética)
inmediata post exodoncia, de esta manera se preserva mejor el hueso alveolar; una vez
aprobado por el paciente se le ordena una radiografía panorámica, se completa el historial clínico
y se programa la cirugía.
Ya en cirugía se realiza la extracción atraumática, cuidando siempre la integridad del
hueso alveolar; haciendo también un buen curetaje, para eliminar cualquier tipo de tejido de
granulación que pueda interferir con la oseointegración del implante.
Posteriormente se prepara el lecho quirúrgico que alojará al implante de zirconia;
debemos tener en cuenta la diferencia que existe entre la instrumentación para implante de
zirconia en relación al implante de titanio.
Se instaló el implantes de zirconia (AXIS BIODENTAL) de 3,5mm x 10mm de acuerdo
a las orientaciones del fabricante. Los implantes AXIS son implantes transgivales, el cuello del
implante debe sobresalir aproximadamente 1,5 mm. de la cresta óssea.
Después de la colocación de la tapa del implantes se suturó con hilo de nylon 5 - 0;
posteriormente se instaló un provisorio de acrílico con soporte de los dientes vecinos reforzado
con hilo de fibra de vidrio.
A las 2 semanas se retiró el hilo comprobando la correcta cicatrización de la encía.
Después de un lapso de 4 meses se retiró el provisorio y la tapa del implante, luego se
probó el pilar recto y angulado; optando por este último en este caso (pilar angulado de 15
grados) que permite corregir la dirección para la confección de la corona.
Se retiró el pilar y se colocó el transfer de impresión sobre el implantes, hasta escuchar
un "clic", que nos guía a su correcto encajado; se probó la cubeta para tomar la impresión con la
técnica de cubeta abierta y de un solo tiempo. Se utilizó silicona de adición ELITE HD
ZHERMACK (ITALIA); se tomó también la impresión del antagonista con alginato; también se
realizó el registro de mordida y la toma del color, para la cual se utilizó colorímetros y fotografías.
Se colocó un pilar temporario atornillado, realizando los desgastes del pilar y se
confeccionó una corona de acrílico provisional. Se ubicó el análogo del implantes en la impresión
y se remitió al laboratorio para la confección del pilar atornillado; una vez terminado se comprobó
el pilar definitivo y su correcta adaptación.
Se volvió a derivar al laboratorio para la confección final de la corona; en boca se probó
e instaló la corona definitiva de zirconia, sobre el implantes de zirconia.
Caso Clínico:
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Foto 1
Foto 2
Foto 3
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Foto 5
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Fuente: Elaboración Propia
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CONCLUSÕES
De acuerdo con la metodología utilizada fue posible comprobar, que realizando
rehabilitación con coronas de zirconia sobre implantes de zirconia, se obtienen mejores
resultados estéticos a nivel gingival así como la biocompatibilidad, y con los mismos valores en
sus propiedades mecánicas, a diferencia de las coronas ceramo-metálicas.
REFERÊNCIAS:
AGUDO AGUDO, R. E. Coronas Implantosoportadas. Rev. Act. Clin. Med [revista en la
Internet]. [citado 2015 Ago 03]. Disponible en:
http://www.revistasbolivianas.org.bo/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S230437682013000100003&lng=es.
PEBE, P.; RODRIGUEZ, A. Prótesis fija convencional libre de metal: tecnología CAD CAMZirconia, descripción de un caso clínico. Odontoestomatología vol.13, n.18, pp. 16-28. ISSN
1688-9339. 2011.
VILARRUBÍ, A.; PEBÉ, P.; RODRÍGUEZ, A. Prótesis fija convencional libre de metal:
tecnología CAD CAM-Zirconia, descripción de un caso clínico. Odontoestomatología, vol.13,
no.18, p.16-28. ISSN 16
____________________
1
2
Estudiante de Postgrado, Universidad Nihon Gakko, [email protected].
Maestro de Postgrado, Universidad Nihon Gakko.
168
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REVISIÓN BIBLIOGRÁFICA DE DATOS PUBLICADOS SOBRE IMPLANTES DE ZIRCONIA
MONOBLOC
Wilfrido Aquino Villalba1
José Ricardo Pereira Martins2
Ricardo Conci2
Guilherme Degani Battistetti2
Eliseu Augusto Sicoli2
Modalidad: Revisão de literatura
RESUMEN: La metodología de trabajo fue la revisión bibliográfica de revistas y artículos
publicados desde pubmed del año 2010 a 2015. Los estudios demostraron que el uso de la
zirconia de una sola pieza monobloc en implantes dentales producen menos inflamación del
tejido blando además de la saucerisacion alrededor del implante es mínima y su oseointegracion
es más rápido que el titanio. En los estúdios se comprobaron que no hay colonización de
bacterias patógenas. Por todas estas ventajas es una opción valida para la rehabilitación oral de
pacientes que han perdido piezas dentarias de una manera cariogenica, traumatica y agenesia.
Palabras claves: zirconia – oseointegracion – monobloc
INTRODUCCION
En los últimos años ha aparecido el dióxido de zirconio como nueva opción en implante
dental, en Europa su utilización data desde 1985, en nuestra región se dio a conocer en forma
reciente.
Esta revisión bibliográfica se centró en la evaluación de los datos publicados sobre implantes de
zirconia monobloc en cuanto a estabilidad, salud gingival, la reasorcion osea y la resistencia a la
fractura (fatiga del implante) desde distintos aspectos, materiales y métodos.
La búsqueda se realizó mediante publicaciones electrónicas utilizando pubmed con las
palabras claves “zirconia”, “zirconium”, “ceramic”, “dental abutments” (pilares dentales), “dental
implants”(implantes dentales), “plaque”(placa), saucerizacion y bacteria. Se examinaron títulos y
resúmenes y se seleccionó la bibliografía que cumplía con los criterios de inclusión.
OBJETIVOS
El objetivo de esta revisión bibliográfica es discutir varios casos in vitro e in vivo con
respecto a la actuación de una sola pieza monobloc de los implantes de óxido de zirconio en el
organismo humano en combinación con escenarios clínicos en los que se utilizaron prototipos
de implantes de zirconia con énfasis en las posibles preocupaciones científicas y clínicas que
puede afectar a los resultados funcionales, biológicas y estéticos a largo plazo.
REVISIÓN LITERARIA
Carga Inmediata
Se ha encontrado cuatro estudios que han demostrado los buenos resultados de los
implantes de zirconia con carga inmediata, con un total de 101 implantes con un 95% de
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oseointegracion, la tasa de éxito y supervivencia de 100%. A continuación se describe los casos
con métodos y técnicas utilizadas.
Estudio realizado para evaluar los resultados clínicos y radiológicos de una sola pieza
implantes de zirconia después de 5 años de seguimiento mostro la supervivencia y tasa de éxito
de salud de los tejidos blandos MBL. El estudio se realizó en pacientes mayores de 18 años, que
necesitaban implantes en sitios cicatrizados y postextracción e inmediatamente restaurados con
coronas provisionales en la luz contacto oclusal. Se utilizaran 32 implantes en 17 pacientes (n =
16 cada uno).
Radiografías periapicales fueron tomadas en la inserción del implante (T0), después de 1
año (T1), y después de 5 años (T2) para evaluar la pérdida de hueso marginal (MBL). La
profundidad de sondaje (PD), modificado Sangrado Index (MBI), modificado Placa Index (MPI),
y la recesión gingival (REC) también se midieron en varias ocasiones para los implantes y los
dientes de referencia, los resultados mostraron una tasa de supervivencia acumuladad el 96,9%
en el T1 y el 96,8% en T2 (4,3 a 6 años) los parámetros de línea de base (sexo, arco, localización
del implante, el hábito de fumar, el injerto) no mostraron ninguna influencia en MBL. (Grassi,
2015)
La zirconia de una sola pieza muestra una buena conservación del hueso marginal que
podría ser por la morfología y las características de los implantes de óxido de zirconio, el éxito
del implante de zirconia fue demostrado en un estudio realizado cuyo objetivo fue evaluar la
supervivencia y las tasas de éxito, la salud de los tejidos blandos asi como la pérdida ósea
radiográfica marginal (MBL) de los implantes de zirconia mediante 35 implantes de una sola pieza
colocado en las áreas estéticas y posterior de los maxilares. Los resultados mostraron que la
MBL media en 48 meses de seguimiento fue 1,631 mm.(Borgonovo, 2013)
Teniendo en cuenta que los implantes dentales de zirconia son indicados para la
rehabilitación de las zonas altamente estéticas, para investigar el comportamiento funcional de
estos implantes colocados en las regiones posteriores de los maxilares se realizo un trabajo que
incluyo a 6 pacientes con 14 implantes de zirconia en áreas posterior (molar).
Las tasas de éxito y supervivencia fueron del 100%. El índice modificado sangrado (MBI)
y el índice de placa modificada (mPLI) fueron, respectivamente, igual a 0,57 ± 0,51 y 0,29 ± 0,47
a 4 años de seguimiento. La profundidad de sondaje media global de los implantes fue 3,13 ±
0,87 mm. La pérdida media de hueso marginal fue 0,665 mm 4 años después de la cirugía, estos
datos fueron muy alentadores en lo que respecta a la salud del tejido peri-implante, la pérdida de
hueso marginal y las tasas de supervivencia y de éxito de los implantes de zirconia, es todavía
limitado. (Borgonovo, 2013)
Una serie de casos prospectiva cuyos resultados fueron evaluados 24 meses posteriores
a la restauración inmediata provisional con un total de 20 implantes de zirconia en las lagunas
de un solo diente en el maxilar (11) y la mandíbula (9) de 20 pacientes. Los implantes fueron
restaurados con cerámica sin metal provisionales CAD / CAM y sin contactos oclusales
inmediatamente después de la colocación.
Los parámetros clínicos y radiográficos demostraron una integración del 95% de óxido de
zirconio de carga inmediata de una sola pieza. (Pagador, 2010)
Resistencia a la fractura
En cuanto a las alteraciones a nivel de hueso marginal de implantes de zirconia cargados,
son similares a las alteraciones a nivel de la médula IN VIVO. Estudio realizado a 6 perros post
extracción en sectores premolares y molares en 4 meses. Se encontraron diferencias
individuales y la variabilidad en la magnitud de los cambios a nivel del hueso durante el período
de estudio de 12 meses entre los diferentes tipos y materiales de implante, una resistencia
superior se dio por dos piezas pilares hibrido CAD/CAM de óxido de zirconio. Este estudio
demostró que los pilares de zirconia pueden ser clínicamente beneficiosos en áreas de alta carga
(Gehrke, 2015)
170
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Basados en resultados de estudio clínico retrospectivos y evaluación de 3 años, de las
restauraciones y fracasos de los implantes dentales de óxido de zirconio de diámetro reducido
concluyo que no se pueden recomendar para uso clínico ya que la tasa de supervivencia global
de 82,4% no es aceptable en comparación con la tasa de supervivencia bien establecido de los
implantes de titanio. Se tuvo en cuenta la evaluación clínica para determinar la tasa de
supervivencia y el tipo de fallo del implante, asi como la información relativa a la cirugía de
implante (número, diámetro, longitud, y la posición de los implantes insertados; la edad del
paciente, sexo, factores de riesgo, y la calidad de los huesos). Esta prueba se realizó en 79
pacientes que recibieron 170 implantes (diámetro reducido 3,25 mm: n = 59; diámetro 4,0 mm: n
= 82; diámetro 5,0 mm: n = 29). En este estudio no hubo inflamación gingival, 30 implantes se
perdieron debido a la falta de osteointegración (n = 17) o fractura (n = 13).
Los implantes de diámetro reducido mostraron la tasa de supervivencia de entre (59,5%)
4,0 mm (90,6%) y 5,0 mm (73,9%). La tasa de supervivencia para los diámetros de 3,25 mm fue
significativamente menor que la de los diámetros de 4,0 mm. (Gahlert, 2012)
Se utilizó análisis de microscopio electrónico de barrido (SEM) de dos fracturadas de una
sola pieza implantes de zirconia, para identificar los orígenes de fallos y así ayudar en la
comprensión de los mecanismos de fallo, se observó fractura durante el torque final en la cresta
maxilar utilizando la llave de torsión prescrito mano.
Fuerzas de flexión aplicadas sobre el implante durante la colocación quirúrgica y los
defectos inherentes en el material pueden haber dado lugar a la iniciación de grietas y el fracaso
del implante, por lo tanto se debe tener precaución al colocar implantes de zirconia en sitios
hueso denso, modificación de los protocolos quirúrgicos para el sitio de implante.(Osman, 2012)
El objetivo del presente estudio fue realizar el análisis de fallos macroscópica y
microscópica de los implantes dentales de óxido de circonio para lo cual se utilizó 170 implantes
insertados en 79 pacientes cuyas historias fueron comparados para identificar las razones del
fracaso de los implantes en un rango de 20 a 56 meses.
Trece implantes se fracturaron,por análisis de fallos (SEM) se pudo demostrar que en
todos los casos, la sobrecarga mecánica causó la fractura de los implantes. Heterogeneidades y
defectos internos del material cerámico podría ser excluido, pero muescas y arañazos debido a
chorro de arena de la superficie llevaron a concentraciones de esfuerzos locales que llevaron a
la sobrecarga mecánica mencionado por las cargas de flexión. Doce de estos implantes
fracturados tenía un diámetro de 3,25 mm y un implante tenía un diámetro de 4 mm. Todos los
implantes fracturados se ubicaron en la parte anterior del maxilar y la mandíbula. El paciente con
la fractura del implante de diámetro 4 mm se vio afectada negativamente por el fuerte bruxismo.
El presente estudio identificó una tasa de fractura de casi el 10% en un período de seguimiento
de 36,75 meses después de la carga protésica, 92 %implantes fracturados eran llamados
implantes de diámetro reducido. Estos implantes de diámetro reducido no puede ser
recomendado para su uso clínico, además se debe mejorar el material cerámico y la modificación
de la geometría del implante para reducir la tasa de fracaso de pequeño tamaño de los implantes.
Solamente estudios clínicos demostrarán claramente si y en qué medida la tasa de fracaso puede
ser reducido. (Gahlert, 2012)
El objetivo de este estudio fue evaluar la resistencia a la fractura de ZrO (2) implantes
después de la exposición a la boca artificial.
Siete de las 120 muestras fallaron en el simulador de masticación la fractura del implante
se produjo a 72,5 a 85,0 N cuando no se prepararon los implantes, y en 539 a 607 N cuando se
prepara. Las muestras del grupo A fracturaron en el nivel del tornillo de tope. Todos los ZrO (2)
implantes fracturados en el nivel de la resina Technovit (HeraeusKulzerGmbH& Co., Wehrheim,
Alemania). No se observó una fractura del ZrO (2) coronas en el grupo G.
La media de valores de resistencia a la fractura obtenidos estaban dentro de los límites
de aceptación clínica. Sin embargo, una preparación de implante tenía una influencia negativa
estadísticamente significativa en la resistencia a la fractura del implante. Datos clínicos a largo
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plazo son necesarios antes de utilizar una sola pieza ZrO (2) para la práctica diaria. (Andreiotelli,
2009)
OSEOINTEGRACION
La oseointegración de los implantes de una pieza de zirconia en comparación con un
implante de titanio de diseño idéntico se realizó mediante un estudio histomorfométrico en el
perro, se evaluó la osteointegración de una sola pieza de zirconia vs. implantes de titanio en
función de su profundidad de inserción por histomorfometría. Dentro de los límites de este estudio
en animales, se concluye que los implantes de zirconio son capaces de establecer estrechos
tasas BIC similares a lo que se conoce a partir del comportamiento oseointegración de los
implantes de titanio con la misma modificación de la superficie y la rugosidad. (Koch, 2010)
Datos clínicos sobre tasa de supervivencia y éxito de los implantes dentales de óxido de
zirconio (ZI) em estúdios realizados (2006-2011) con un total de 17 estudios clínicos, y 1.675
implantes en 1.274 pacientes. En 16 estudios, se investigaron los sistemas de implantes de una
sola pieza. Las tasas de supervivencia para ZI van desde 74 hasta 98% después de 12 a 56
meses, con tasas de éxito entre 79,6-91,6% 6-12 meses después de la restauración protésica.
Por el pequeño número de estudios y limitacion de tiempo se necesita otros estúdios para
confirmar la tasa de êxito y supervivência. (Depprich, 2014)
Para evaluar retrospectivamente el rendimiento clínico de zirconia en implantes
endoóseos, fue realizado en 74 pacientes tratados con 121 implantes de zirconia (66 implantes
de dos piezas y 55 implantes de una pieza) fueron evaluados clínicamente después de un
período de observación media de 18 meses. Tres implantes habían fracasado y se habían
retirado, para una tasa de supervivencia de los implantes acumulada de 96,5% (± 2,0%) después
de 3 años. Los 118 implantes sobrevivientes demostraron mucosas sanas,se midió en las
radiografías intraorales.Se observaron niveles óseos marginales estables (media pérdida ósea
de 0,1 ± 0,6 mm después de 3 años). La frecuencia de aislamiento de todas las bacterias fue
similar en los sitios de los dientes y de los implantes con tejidos sanos y estable. (Brull,2014)
Dos años de seguimiento con el objetivo de presentar la experiencia clínica con los
implantes de dióxido de zirconio estabilizado con itrio colocados en hueso nativo o hueso
regenerado, dio como resultado las buenas propiedades mecánicas, posibilidad de fácil
fabricación de la restauración protésica y la buena integración en el tejido y la estética, ofrecen
condiciones perfectas para el dióxido de zirconio estabilizado con itrio pueda convertirse en el
material más utilizado en implantología. (Brüll, 2014)
El objetivo de este estudio fue evaluar la tasa de éxito de 5 años de implantes de óxido
de zirconio de una sola pieza (CeraRoot) con tres diferentes tipos de superficies
Tres superficies rugosas diferentes fueron diseñados y fabricados para este estudio:
recubierto, no recubierto, y grabado ácido. Se fabricaron cinco diseños diferentes de implantes.
Procedimientos quirúrgicos estándar o sin colgajo se utilizaron para la colocación del implante.
Aumento óseo simultáneo o elevación de seno se realizó cuando la altura o anchura del hueso
era insuficiente. Definitivas restauraciones de cerámica sin metal se colocaron 4 meses después
de la colocación del implante. Los implantes fueron seguidos hasta 5 años con un total de 831
implantes en 378 pacientes. La tasa de éxito de los implantes en general después de 5 años de
seguimiento fue de 95% (92,77% para los implantes no revestidos, 93,57% para los implantes
revestidos, y 97,60% para los implantes al ácido). La tasa de éxito del grupo de superficie al
ácido fue significativamente mejor que la de los otros dos.
A partir de esta investigación, se pudo concluir que los implantes dentales de óxido de
zirconio con superficies rugosas podrían ser una alternativa viable para la sustitución de dientes.
(Oliva, 2011)
Otra investigación de un año de seguimiento de los implantes de óxido de zirconio en los
seres humanos primeros 100 en una comparación de 2 superficies rugosas diferentes. El objetivo
172
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de este estudio fue evaluar la tasa de éxito.El estudio incluyó a 36 pacientes con una edad media
de 50 años. La tasa de éxito de los implantes en general después de 1 año de seguimiento fue
del 98% en ambos grupos recubiertos y no recubiertos.
A partir de estos resultados preliminares, se puede concluir que los implantes dentales
de óxido de zirconio con superficies rugosas podrían ser una alternativa viable para la sustitución
de dientes.(Oliva, 2011)
EFECTO DE LA CARGA CÍCLICA
El propósito de este estudio fue evaluar los efectos de las cargas cíclicas en el
microespacio vertical del maxilar, prótesis 12 unidades apoyadas por 4 implantes y prótesis en
14 unidades apoyadas por 6 implantes.El microespacio vertical se redujo significativamente
después de apretar todos los tornillos en el marco, que puede dar lugar a una situación no pasivo.
Marcos de más largo palmo mostraron un aumento del microespacio. La carga cíclica no tuvo
influencia en la microgap vertical dentro de cada grupo. (Tiossi, 2014)
Se realizó un estudio para determinar si los implantes de cerámica (Y-TZP)son una
alternativa viable a los implantes de titanio para el apoyo de sobredentaduras.El objetivo de este
estudio fue evaluar el éxito clínico 1-año de una sola pieza de los implantes de óxido de zirconio
en comparación con-diseño similar implantes de titanio, en el contexto de un nuevo protocolo
para la distribución de implante.
Veinticuatro participantes edéntulos fueron asignados aleatoriamente a una sola pieza de
titanio o grupo de implantes de zirconia. Cada participante recibió cuatro implantes en el maxilar
superior (a mediados de paladar y tres implantes crestales anterior) y tres implantes en la
mandíbula (a mediados de la sínfisis y dos implantes distales bilaterales). Protocolo de carga
convencional fue seguido. Se evaluaron la remodelación ósea marginal y el éxito clínico de los
implantes. Los datos fueron analizados estadísticamente, y se evaluaron los predictores de
riesgo de fracasos de los implantes. La tasa de superviviencia de la zirconia fue de 90,9% frente
a 95,8% del titanio en la mandíbula y 55% frente a 71,9% en el maxilar respectivamente.
La pérdida ósea menos marginal se observó alrededor de los implantes de titanio (0,18
mm) en comparación con el grupo de óxido de zirconio (0,42 mm). El modelo de predicción reveló
un mayor riesgo de fracasos de los implantes en el maxilar superior (P <0,0001).
El resultado de este estudio indica precaución antes de ofrecer recomendaciones para el
uso de una sola pieza implantes de zirconia para el apoyo sobredentadura. Su uso debe limitarse
a los casos con alergia demostrado titanio. (Osman, 2014)
Suave y Duro respuesta tisular a zirconia contra implantes de titanio de una sola pieza
Situado en alveolar y Sitios palatinos: un ensayo controlado aleatorio.
La investigación tuvo como objetivo investigar la respuesta del tejido blando y duro para
Ti y Zr implantes en pacientes desdentados, incluyó a 24 participantes divididos en dos grupo de
12 entre titanio y zirconia, restaurados con implantes de una a pieza-ball pilar para apoyar
sobredentaduras. Los participantes recibieron cuatro implantes maxilares (dos en el alveolo de
premolares, uno fuera del centro en la línea media alveolar, y un implante en todo el diámetro en
el paladar media anterior) y tres implantes mandibulares (uno en los implantes de la línea media
y posterior bilateral).
Los resultados mostraron una tasa de éxito las tasas de éxito tanto para los implantes de
Ti y Zr eran bajos, el 67,9% de todos los implantes alveolares y una tasa de supervivencia del
50,0% para los implantes palatinos. Sólo 11 (52,4%) de los 21 implantes palatinos sobrevivió al
período de seguimiento. La salud peri-implante fue igual para Ti y Zr, Se observaron diferencias
estadísticamente significativas en el nivel óseo radiográfico entre Ti y Zr mostrando esta ultima
una mayor pérdida de masa ósea. En esta investigación se mencionó también que la falla del
material podría haber sido por el material utilizado. (Siddigi, 2015)
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El propósito de este estudio fue comparar el estrés y la tensión que ocurre en el hueso y
los implantes utilizados para apoyar sobredentaduras. Se utilizó análisis tridimensionalde
elementos finitos (FEA 3D) para comparar una sola pieza implantes de óxido de circonio y
titanio.Se utilizó una pieza de zirconia y los implantes de titanio (diámetro, 3,8 × 11,5 mm) con
2,25 mm de pilares de bola de diámetro. Dio como resultado que los implantes de cerámica
hechas de zirconia tetragonal policristalino estabilizado con itrio pueden ser una alternativa
potencial a los implantes de titanio para el apoyo de sobredentaduras. Perotodavía se requieren
estudios clínicos prospectivos para confirmar estos resultados in vitro.
Para determinar los efectos de la carga cíclica y preparación en la resistencia a la fractura
de los implantes de zirconio se realizó una investigación in vitro. Se utilizó 48 implantes de una
pieza se dividieron en dos grupos de 24 implantes: grupo A (sin modificación) y el grupo B
(preparación chaflán 1 mm). Los grupos A y B fueron divididos en tres subgrupos de ocho
implantes cada uno (1 = sin carga artificial, 2 = carga artificial [98 N; 1,2 millones de ciclos de
carga], y 3 = carga artificial [98 N; 5 millones de ciclos de carga]). Se utilizó un análisis de
resistencia a la fractura en Newtons.
La preparación así como la carga cíclica pueden disminuir la resistencia a la fractura de
los implantes de óxido de zirconio. Sin embargo, incluso los valores más bajos de la fuerza media
de la fractura de los implantes utilizados en el estudio parecen soportar fuerzas oclusales
promedio, incluso después de un intervalo prolongado de carga artificial. (Kohal, 2011)
DISCUSION
La revisión de los artículos seleccionados mostro que, desde el punto de vista biológico
y mecánico, los pilares de zirconia eran fiables en la región anterior. Además, la zirconia pueden
constituir una superficie de material menos atractiva para la retención precoz de la placa
bacteriana, en comparación con el titanio. Tres estudios clínicos de seguimiento indicaron que la
zirconia pueden funcionar sin fracturas ni lesiones periimplante.
Hasta ahora todos los sistemas tenían un monobloque de diferentes tamaños encima del
muñón, se construía la corona. La desventaja de este sistema es que si la estabilidad primaria
no es suficiente, no se puede poner una prótesis provisional sobre el muñón: tampoco es eficaz
no cargar el muñón por razones obvias (estéticas).
Existe una publicación que concluye que al utilizar implantes de monobloque
directamente post-extracción se pierde hasta un 40 por 100 de los implantes y además
existeperdida de hueso horizontal de 0,7 -0,9 mm (Cannizarro G. et al:2010).
En el estudio que presenta (Koch et al Stadlinger: 2010) comentan que tuvieron que cortar
los implantes con un disco de diamante antes de implantarlos en los perros y minipigs que
estaban utilizando para el trabajo de investigación, para evitar su perdida por fuerzas
masticatorias. Un implante en monobloque es muy eficaz si conseguimos la estabilidad primaria.
Los primeros implantes de Strauman también eran de monobloque por el problema del gap.
Como es sabido en el gap se esconde una multitud de bacterias que luego por su difusión
producen inflamación crónica y en consecuencia perdida de hueso
CONCLUSIONES
Los implantes de zirconia de tipo monobloc en la revision bibliografica de los articulos
selecionados demostraron desde el punto de vista biológico; por la biocompatibilidad, por la
resistencia a la fuerza mecânica a la carga ciclica y los efectos estéticos, una buena opción para
las rehabilitaciones oral.
Se debe tener precacaucion para la utilizacion de los implantes de tamaño reducido para
la colocacion del mismo en hueso denso se mejorando el fresado y la fuerza de flexion aplicada
sobre el implante.
174
20 a 23 de agosto de 2015 - ISSN 2236-9090
REFERENCIAS:
GRASSI, F. R.; CAPOGRECO, M.; CONSONNI, D.; BILARDI, G.; BUTI, J.; KALEMA, J. Z. Int J
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Maxillofac Implants. May - Jun 2015.
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HANDSCHEL, J. Clin Oral Implants Res, Feb 2014.
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BRÜLL, M.; VAN WINKELHOFF, A.J.; CUNE, M.S.; Int J Oral Maxillofac Implants. Jul 2014.
____________________
1
2
Estudiante de Postgrado, Universidad Nihon Gakko, [email protected].
Maestro de Postgrado, Universidad Nihon Gakko.
175
20 a 23 de agosto de 2015 - ISSN 2236-9090
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EFEITO DO PHENILPROPANODIONA (PPD) SOBRE A ESTABILIDADE DE COR DE UM
CIMENTO RESINOSO EXPERIMENTAL FOTOATIVADO
Helouise Righi1
Fabiana Scarparo Naufel
Ana Rosa Costa
Gabriel Abuná
Mario Alexandre Coelho Sinhoreti
Modalidade: Pesquisa
RESUMO: A Canforoquinona (CQ) é o fotoiniciador mais empregado nos compósitos
odontológicos, porém tem coloração amarelada e sofre escurecimento ao ser exposta à luz ultra
violeta (UV), comprometendo a estética. O objetivo deste estudo foi avaliar in vitro o efeito do
fotoiniciador Phenilpropanodiona (PPD) sobre a estabilidade de cor de um cimento resinoso
experimental fotoativado, comparado a uma marca comercial sem CQ (RelyX Veneer®). A
hipótese nula testada neste estudo é que o PPD não interfere na alteração de cor ( Δ E) de
cimentos resinosos fotoativados, após foto envelhecimento por exposição prolongada a luz UV,
quando comparado a um cimento comercial sem CQ. Este diferem entre si quanto ao tipo e
concentração dos fotoiniciadores. Foram cimentados discos cerâmicos sobre dentina bovina,
simulando restaurações indiretas, sendo (n=8) expostas a 120 h de UV, e testadas quanto ao Δ
E, mensuradas empregando a escala CIELAb, por meio de um espectrofotômetro de reflectância.
Foi verificada a distribuição normal e homogênea dos dados, para então serem submetidos ao
teste t, com significância de 5%. Os resultados mostraram que não houve diferença na alteração
de cor dos cimentos estudados, e ambos apresentaram média de Δ E inferior ao limite detectável
pelo olho humano (Δ E).Conclui-se que o PPD é uma opção viável como iniciador para
compostos resinosos fotopolimerizáveis para evitar o amarelamento comumente ocasionado
pela presença de canforoquinona.
Palavras-chave: Fotoiniciador; Fotoativação; Cimento resinoso; Cores
REFERÊNCIAS
BRANDT, W. C.; SILVA, C. G.; FROLLINI, E.; SOUZA-JUNIOR, E. J. C.; SINHORETI, M. A. C.
Dynamic mechanical thermal analysis of composite resins with CQ and PPD as photo-initiators
photoactivated by QTH and LED units. Journal of the Mechanical Behavior of Biomedical
Materials, v. 24, p. 21-29. 2013
OLIVEIRA, D. C. R. S; SOUZA-JUNIOR, E. J.; PIETRO, L. T.; COPPINI, E. K.; MAIA, R. R.;
PAULILLO, L. A. M. S. Color Stability and Polymerization Behavior of Direct Esthetic
Restorations. Journal of Esthetic and Restorative Dentistry. DOI 10.1111/jerd.12113. 2014
SILAMI, F. D. J.; MUNDIM, F. M.; GARCIA, L. F. R.; SINHORETI, M. A. C.; PIRES-DE-SOUZA,
F. C. Color stability of experimental composites containing different photoinitiators. Journal of
Dentistry, v. 4, p. e62-e66. 2013.
______________________
1Mestranda
em Odontologia
[email protected]
pela
Unioeste
área
de
concentração
Materiais
Odontológicos.
177
20 a 23 de agosto de 2015 - ISSN 2236-9090
RESISTÊNCIA À MICROTRAÇÃO DE DOIS CIMENTOS RESINOSOS
AUTOCONDICIONANTES EM FUNÇÃO DO TIPO DE SUBSTRATO DENTAL E TEMPO DE
ARMAZENAGEM EM ÁGUA
Felipe Augusto Malinoski Francio1
Maristela Maria Galina Pezzini
Rolando Plümer Pezzini
Danielle Shima Luize
Fernanda G. Pezzini
Modalidade: Pesquisa
RESUMO: O objetivo neste estudo foi comparar a resistência de união à microtração de dois
cimentos resinosos autocondicionantes (Rely X U100 - 3M ESPE e Multilink - IVOCLARVIVADENTE) em função do tipo de substrato dental (dentina oclusal e esmalte vestibular) e
tempo de armazenagem em água (24 horas, três e seis meses). Foram utilizados sessenta
terceiros molares humanos, não cariados, extraídos e armazenados em solução de formalina a
10% por um período de 14 dias. Os dentes foram separados aleatoriamente em 12 grupos
experimentais (n=5) de acordo com tempos de armazenagens, substratos e cimentos, após
foram incluídos em resina acrílica ativada quimicamente no interior de cilindros de PVC, com 20
mm de diâmetro por 25 mm de altura. Foram confeccionados blocos de resina composta indireta
VMLC (VITA) de 5,0 x 5,0 x 6,0 mm, simulando uma restauração indireta. As amostras foram
armazenadas em água destilada à temperatura de 37ºC durante 24 horas, três e seis meses, fim
dos quais foram confeccionados os palitos para o teste de microtração, com área de 1 mm². O
teste foi realizado em máquina universal de ensaios com velocidade de 0,5 mm/minuto, utilizando
célula de carga de 500 kN. Os dados foram submetidos à análise de variância e ao teste de
Tukey em nível de significância de α=5%. Os resultados foram influenciados pelo tipo de
substrato dental e tempo de armazenagem em água. Em esmalte vestibular, no tempo de 24
horas, o cimento Multilink apresentou valores de resistência de união maior que o Rely X U100;
em seis meses o valor de resistência de união do Rely X U100 foi maior que o Multilink. Em
relação ao tempo só houve diferença em esmalte vestibular. As fraturas mais freqüentemente
encontradas foram mistas, na avaliação em MEV (Microscópio Eletrônico de Varredura).
Palavras chaves: Resistência de União; Cimentos Adesivos; Adesão.
______________________
1Acadêmico
de Odontologia, Universidade Estadual do Oeste do Paraná. Campus Cascavel/PR. E-mail:
[email protected]
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ATENDIMENTO ODONTOLÓGICO EM PACIENTES COM SÍNDROME DE BÖRJESONFORSSMAN-LEHMANN- RELATO DE CASO.
Cristiano Ribeiro de Lima1
Adriano Tomio Hoshi2
Maria de Fátima Monteiro Tomasin2
Mateus Augusto Bom Ami Teixeira3
Modalidade: Caso Clínico
RESUMO: O paciente com deficiência pode ser considerado como todo indivíduo com algum
tipo de alteração, que necessita de educação especial e instruções suplementares temporárias
ou definitivas. Muitos desses pacientes possuem alterações que já são bem conhecidas.
Contudo, existem aquelas que são menos frequentes. Esse é o caso da Síndrome de
BÖRJESON-FORSSMAN-LEHMANN, uma síndrome extremamente rara, descrita pela primeira
vez em 1962. As principais características incluem deficiência mental severa, obesidade, baixa
estatura e uma aparência física diferente. Elas evoluem com a idade e mostram uma
considerável variação, mesmo em indivíduos da mesma família. síndrome é herdada como um
traço recessivo ligado ao cromossoma X e é causada por uma mutação no gene PHF6.Os
homens são predominantemente afetados, mas as manifestações mais leves podem ser vistos
nas mulheres. O diagnóstico é feito com base numa aparência característica em combinação
com outros sintomas e é reforçada se existem outros homens da mesma família com a
síndrome.O presente trabalho tem por objetivo relatar um caso de paciente, com esta síndrome,
atendido no CEO – Centro de Especialidades Odontológicas de Cascavel – PR. A metodologia
se baseia em um estudo descritivo, a partir de dados coletados do prontuário do paciente com
a Síndrome de BÖRJESON-FORSSMAN-LEHMANN. Neste estudo utilizaremos, além do
prontuário, registros radiográficos, registros fotográficos, além de artigos relacionados à
Síndrome. Concluímos que pacientes portadores dessa síndrome nem sempre necessitam de
atendimento especial,se colaborador podem ser atendidos o mais rápido possível pelo cirurgião
dentista mais próximo.
Palavras-chave: Síndrome; especial; rara.
REFERÊNCIAS:
LIU, Z. Structural and functional insights into the human Borjeson-Forssman-Lehmann Syndrome
associated protein PHF6. J Biol Chem, v.289, p.10069–10083, 2014.
SANTOS, B.; AQUINO, D.; FERNANDES, D. Perfil epidemiológico dos portadores de
necessidades especiais atendidos em uma clínica odontológica. Rev Bras Promoção Saúde, v.2,
n.2, p.83-91, 2008.
TURNER, G. et al. The clinical picture of the Borjeson-Forssman-Lehmann syndrome in males
and heterozygous females with PHF6 mutations. Clin Genet, V.65, p.226–232 ,2004.
____________________
1
Acadêmico , Unioeste, [email protected]
Unioeste.
³ Acadêmico , Unioeste.
2.Docente,
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TETRALOGIA DE FALLOT: RELATO DE CASO CLÍNICO
Paula Crystina de Campos Rizental 1
João Armando Brancher2
Andréa Paula Fregoneze
Modalidade: Caso Clínico
RESUMO: A Tetralogia de Fallot (TF) trata-se de uma enfermidade cardíaca congênita
caracterizada por defeitos anatômicos do coração que acarretam a redução do fluxo sanguíneo
no circuito pulmonar. Como resultado, a criança portadora da patologia, apresenta cianose. Em
crianças cardiopatas várias condições da doença levam a comprometimento da saúde bucal,
pois a negligência poderá propiciar facilmente a instalação de doenças bucais. A relação entre
saúde bucal e sistêmica deve ser constantemente reforçada aos pais, incluindo aconselhamento
dietético, higiene bucal e suplementos de flúor se necessário. Este estudo objetivou analisar,
por meio de uma revisão bibliográfica, as características inerentes à TF, os cuidados que devem
ser adotados durante o tratamento odontológico, assim como descrever um caso clínico da
referida doença atendida na clínica de Pacientes Especiais da Pontifícia Universidade Católica
do Paraná (PUCPR). Paciente do sexo feminino, sete anos de idade, diagnosticada aos doze
meses de idade como portadora da TF devido aos quadros frequentes de cianose. Realizaramse ações preventivas e curativas mediante cobertura antibiótica profilática. Os pacientes
portadores da TF necessitam de uma atenção odontológica precoce, pois é essencial para
prevenir o desenvolvimento de doenças bucais as quais são focos de infecção que induzem à
bacteremia, e consequentemente, à endocardite bacteriana infecciosa.
Palavras-chave: Tetralogia de Fallot, Cianose, Endocardite Infecciosa Bacteriana.
REFERÊNCIAS:
GRAHN K, WIKSTRÖM S, NYMAN L, RYDBERG A, STECKSÉN-BLICKS C. Attitudes about
dental care among parents whose children suffer from severe congenital heart disease: a casecontrol study. International Journal of Paediatric Dentistry. 2006; 16: 231-238.
FONSECA MA, EVANS M, TESKE D, THIKKURISSY S, AMINI H. The impact of oral health on
the quality of life of young patients with congenital cardiac disease. Cardiol Young. 2009; 19 (3):
252 - 256.
____________________
1
Departamento de Odontologia. Pontifícia Universidade Católica do Paraná. Curitiba, Paraná, Brasil.
[email protected]
2 Departamento de Odontologia. Pontifícia Universidade Católica do Paraná e Universidade Positivo.
Curitiba, Paraná, Brasil.
181
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20 a 23 de agosto de 2015 - ISSN 2236-9090
ASSOCIAÇÃO DA HIPOPLASIA DO ESMALTE COM OUTRAS ANOMALIAS E OCLUSÃO
NO PACIENTE INFANTIL
Nayara Gonçalves Emerenciano1
Maria Gisette Arias Provenzanno²
Adilson Luiz Ramos2
Sabrina Vieira Botelho3
Murilo Hernane Gonzalez Pimenta3
Modalidade: Pesquisa
RESUMO: A incidência e o grau de expressão de anomalias dentárias podem fornecer
informações para os estudos filogenéticas e genéticos. A etiologia das anomalias dentárias
associadas pode ser explicada por uma inter-relação genética. O presente trabalho tem como
objetivo investigar a associação entre a hipoplasia de esmalte com anomalias dentárias e as
alterações oclusais no paciente infantil. Foram avaliados 678 registros clínicos, fotográficos e
radiográficos de crianças entre 5 e 12 anos da Universidade Estadual de Maringá, entre os anos
de 2009 a 2013. As anomalias dentárias registradas foram: número, erupção, estrutura e forma.
Os distúrbios irruptivos observados foram: erupção ectópica de canino e 1o molar permanente;
distoangulação de pré-molares; transposição, infra-oclusão de molares decíduos e impactação
dentária. Foram avaliadas as alterações oclusais nos grupos com anomalias dentárias
associadas (GAA), controle (GC) hipoplasia de esmalte combinada à outras anomalias dentárias
(GHA) e hipoplasia de esmalte sem associação (GH). Os resultados mostraram que das 678
crianças, 134 (19.76%) apresentaram anomalias dentárias, sendo 76 (56.71%) de forma
associada. Também observou-se associação significante da hipoplasia de esmalte com
agenesias dentárias (OR 3.32). Além disso, houve uma associação significante do GAA e as
alterações oclusais. Entre as anomalias dentárias associadas observadas, a hipoplasia de
esmalte foi a mais prevalente e associada com as agenesias dentárias. As alterações oclusais
apresentaram-se relacionadas com a presença das anomalias dentárias associadas.
Palavras-chave: Anomalias dentais; Hipoplasia de esmalte; Oclusão dentária.
REFERÊNCIAS:
GARIB D, ALENCAR BM, LAURIS JRB, BACCETTI T. Agenesis of maxillary lateral incisors and
associated dental anomalies. Am J Orthod Dentofacial Orthop 2010;137:732-736
BACCETTI T. A controlled study of associated dental anomalies. Angle Orthod. 1998;68:267-74.
GARIB DG, PECK S, GOMES SC. Increased occurrence 5- Garib DG, Alencar BM, Ferreira FV,
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os distúrbios de desenvolvimento dentário. Dental Press J Orthod. 2010;15:138-157.
_____________________
1
Discente, Universidade Estadual de Maringá, [email protected]
²Docente, Universidade Estadual de Maringá
³Discente, Universidade Estadual de Maringá
183
20 a 23 de agosto de 2015 - ISSN 2236-9090
CONDUTA FRENTE À FRATURA CORONÁRIA COM EXPOSIÇÃO PULPAR RELATO DE CASO
Nayara Gonçalves Emerenciano1
Margareth Calvo Pessuti Nunes²
Letícia Citelli Conti³
Sabrina Vieira Botelho³
Murilo Hernane Gonzalez Pimenta³
Modalidade: Caso Clínico
RESUMO: Os traumatismos dentários são causados por ações que ao superar a resistência
imposta pelos tecidos ósseos e dentários causam danos e injúrias ao complexo dento-alveolar,
gerando impactos na qualidade de vida do indivíduo. Devido a grande prevalência, passou a ser
considerado um problema crescente de saúde pública. O objetivo do presente trabalho é relatar
um caso clínico de fratura coronária com exposição pulpar atendido no Centro Especializado
Maringaense de Traumatismo Alvéolo Dentário (CEMTrau) apresentando as condutas clínicas
realizadas e evidenciando a importância da abordagem multidisciplinar. Paciente H.H.S, 8 anos,
gênero masculino, compareceu ao CEMTrau com fratura no elemento dentário 21 e com
proteção pulpar realizada no posto de saúde. O teste de sensibilidade obteve resposta positiva
do órgão dentário e as radiografias periapicais apresentaram ausência de lesão periapical. Após
a remoção do material protetor, foi detectada coleção purulenta superficialmente, sendo assim,
realizou-se pulpotomia seguida de proteção pulpar e restauração provisória. Formou-se barreira
dentinária e o dente foi restaurado definitivamente, possibilitando a colagem do fragmento
seguido de acabamento e polimento. Concluímos que o tratamento foi satisfatório devido a
capacitação profissional que o CEMTrau oferece, possibilitando assim um atendimento curativo
individualizado baseado em anamnese, exame físico e radiográficos detalhados.
Palavras-chave: Trauma; pulpotomia; fratura coronária.
REFERÊNCIAS
ANDREASEN JO, ANDREASEN FM. Texto e atlas colorido de traumatismo dental.3ª Ed. ArtMed,
São Paulo: 2001
TRAEBERT JL. Traumatismo Dentário.In:Luiz RR, COSTA AJLC, NADANOVSKY P.
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COHENCA N, ROGES RA, ROGES R. The incidence and severity of dental trauma in
intercollegiate athletes. J Am Dent Assoc. 2007,138(8):1121-6.
______________________
1Discente,
Universidade Estadual de Maringá, [email protected]
²Docente, Universidade Estadual de Maringá.
³Discente, Universidade Estadual de Maringá.
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20 a 23 de agosto de 2015 - ISSN 2236-9090
HIPOMINERALIZAÇÃO INCISIVO – MOLAR: RELATO DE CASO CLÍNICO
Fernanda Lobo1
Ariane Tonet 2
Gabriela Cristina Santin 3
Modalidade: Caso Clínico
RESUMO: A formação do esmalte ocorre em duas fases: formativa e maturação. Alterações
nestas fases, chamadas hipoplasia e hipomineralização, são permanentemente registradas na
superfície. A hipomineralização ocorre na fase da maturação e causa alteração na translucidez,
com áreas de coloração variando do branco ao amarelo-acastanhado. Algumas vezes, a
hipomineralização pode estar presente em incisivo e molar, concomitantemente. Vários fatores
etiológicos são citados como causa das alterações, mas sua etiologia ainda permanece
desconhecida. Nesta condição, o esmalte hipomineralizado é frágil e pode se destacar
facilmente, deixando a dentina exposta e podendo causar sensibilidade dentária e maior risco de
lesões de cárie. Assim, devido à importância clínica dessa alteração, o objetivo deste trabalho é
apresentar uma revisão sobre o assunto e a apresentação de casos clínicos de
hipomineralização incisivo – molar.
Palavras-chave:: Dente incisivo, Dente molar, Hipomineralização dentária
REFERÊNCIAS:
SILVA, C. S; ANDRADE, D. C; LEANCHE, E. B. Alterações dentárias de cor em Odontopediatria.
Rev Maxillaris, 2011. 40-52 p.
FERNANDES, A. S; MESQUITA, P; VINHAS, L. Hipomineralização incisivo-molar: uma revisão
de literatura. Rev. Portuguesa de Estomatologia, 2012. 259-262 p.
VILANI, P. N. L; PAIM, A. S. Hipomineralização molar-incisivo: relato de caso clínico. Report
Case/ Caso Clínico, 2014. 64-68 p.
_______________________
1
Aluna de Graduação da Universidade Estadual de Maringá, [email protected]
de Graduação da Universidade Estadual de Maringá
3 Doutora em Odontopediatria pela Faculdade de Odontologia de Ribeirão Preto, Professora de
Departamento de Odontologia da Universidade Estadual de Maringá
2 Aluna
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20 a 23 de agosto de 2015 - ISSN 2236-9090
LUXAÇÃO LATERAL NA DENTATURA DECÍDUA- RELATO DE CASO
Nayara Gonçalves Emerenciano1
Gabriela Cristina Santin²
Gabriela Machado de Oliveira Terra³
Graziela Martioli³
Sabrina Vieira Botelho4
Modalidade: Caso Clínico
RESUMO: Lesões traumáticas dentárias ocorre com frequência em crianças. O atendimento a
crianças com traumatismos na dentição decídua requer uma abordagem diferente daquela
utilizada na dentição permanente, isso porque existe uma relação muito próxima entre o ápice
do dente decíduo afetado pelo trauma e o germe do dente permanente sucessor. As possíveis
repercussões sobre o dente permanente devem ser consideradas ao se realizar o tratamento
imediato, de modo a evitar danos adicionais. A luxação lateral é definida como o deslocamento
do dente em uma direção palatal/lingual ou vestibular. O presente trabalho tem como objetivo
relatar o caso clínico de um trauma recorrente na dentadura decídua, atendido na clínica
odontológica da Universidade Estadual de Maringá. Paciente P.S.C, gênero feminino, com 5
anos de idade foi diagnosticada com luxação lateral no dente 51. A conduta clínica foi o exame
clínico dos tecidos moles e duros, teste de mobilidade/percussão, exame radiográfico e registro
fotográfico. O tratamento imediato realizado foi a limpeza e antissepsia da região acometida e o
reposicionamento do dente decíduo e posteriormente realizado o acompanhamento. É
imprescindível que o cirurgião-dentista tenha conhecimento dos protocolos envolvendo o manejo
das lesões traumáticas. O profissional deve estar engajado na propagação de medidas de
prevenção de acidentes envolvendo crianças pré-escolares.
Palavras-chave: Dente Decíduo; Luxação Dentária; Traumatismos Dentários.
REFERENCIAS: ANDREASEN, J.O. ANDREASEN, F.M. Texto e atlas colorido de traumatismo
dental. 3ª ed. São Paulo: Artmed, 2001.
MALMGREN, B., et. al., International Association of Dental Traumatology guidelines for the
management of traumatic dental injuries: 3: Injuries in the primary dentition. Dental Traumatology,
28: 174–182, 2012.
SKAARE, A.B., et. al., Enamel defects on permanent successors following luxation injuries to
primary teeth and carer´s experiences, International Journal of Paediatric Dentistry, 25:221-228,
2015.
_____________________
1Discente,
Universidade Estadual de Maringá, [email protected]
²Docente, Universidade Estadual de Maringá
³Discente da Pós-Graduação, Universidade Estadual de Maringá
4 Discente, Universidade Estadual de Maringá.
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20 a 23 de agosto de 2015 - ISSN 2236-9090
UNIÃO ENTRE DECÍDUO E PERMANENTE COMO SEQUELA DE LUXAÇÃO INTRUSIVA
Renata Zoraida Rizental Delgado1
Leidielly Aline Valente2
Dora Catalina Bernal Verdugo2
Thais Alexandre Maximiano2
Farlí Carrilho Boer
Modalidade: Caso Clínico
RESUMO: Traumatismos dentoalveolares são frequentes em crianças devido ao aprendizado de
andar e à falta de equilíbrio que propicia quedas. A luxação é o traumatismo que ocorre com
maior frequência nos decíduos, sendo que a intrusiva e a avulsiva são as que mais causam
danos aos sucessores permanentes. O potencial de causar distúrbios ao germe do permanente
em desenvolvimento é alto devido à proximidade anatômica e dependem da idade, direção da
intrusão, severidade e tratamento. As consequências ao permanente variam de hipocalcificações
de esmalte à retenção do germe do permanente. Objetivo: Relato de caso e descrição clínica e
histológica de sequela de luxação intrusiva do elemento dentário 61. Relato do caso: Paciente
encaminhado para tratamento de abscesso dentoalveolar agudo na região de incisivo central
superior esquerdo. Na anamnese foi relatado histórico de traumatismo na primeira infância em
região antero-posterior e após exame clínico e radiográfico o caso foi enquadrado como sequela
tardia de traumatismo dentário a qual culminou na dilaceração de seu sucessor, retenção do
decíduo, subsequente união de ambos e abscesso agudo. O tratamento de escolha foi
antibioticoterapia e exodontia. As análises macro e microscópica da peça evidenciaram a
presença dos elementos 21 e 61 intimamente unidos, bem como alterações provocadas em
ambos. Conclusão: Este caso vem reafirmar o potencial que os traumatismos na dentadura
decídua têm em gerar sequelas em seus sucessores e a necessidade de um critério quanto ao
exame clínico e radiográfico, diagnóstico, plano de tratamento e acompanhamento, no intuito de
alcançar o melhor prognóstico possível.
Palavras-chave: Traumatismos dentários; Movimentação dentária; Dentição primária.
REFERÊNCIAS:
ANDREASEN, J.; ANDREASEN, F.; ANDERSSON, L. Textbook and color atlas of traumatic
injuries to the teeth. Oxford, 4 ed. 2007.
CARVALHO, V.; JACOMO, D.R.; CAMPOS, V. Frequency of intrusive luxation in deciduous teeth
and its effects. Dent Traumatol. 26(4): p. 304-7, 2010.
____________________
1Residente
2Residente
em Odontopediatria - Bebê Clínica / Universidade Estadual de Londrina.
em Odontopediatria - Bebê Clínica / Universidade Estadual de Londrina.
187
20 a 23 de agosto de 2015 - ISSN 2236-9090
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20 a 23 de agosto de 2015 - ISSN 2236-9090
ALTERAÇÕES TRANSVERSAIS EM PACIENTES SUBMETIDOS À DISJUNÇÃO PALATINA
Maria Eliza de Araújo Silva1
Carlos Eduardo De Oliveira Lima 2
Modalidade: Pesquisa
RESUMO: As alterações das dimensões transversais do tratamento com disjunção rápida da
sutura palatina mediana podem ser avaliadas por meio da radiografia cefalométrica em norma
frontal, pois permite uma visão ampla das modificações ortopédicas e dentárias. O objetivo do
presente estudo foi analisar as alterações transversais decorrentes da expansão rápida da
maxila (ERM) com aparelho disjuntor de Haas Modificado, através das radiografias em norma
frontal. Foram avaliadas 34 radiografias em norma frontal realizadas antes do tratamento (Fase
1) e após o período de contenção (Fase 2), em pacientes com idade média de 8 anos e 4 meses
na Fase 1. Medidas lineares e angulares foram estabelecidas para medir as alterações
transversais. A análise estatística foi realizada através do teste “t” de Student e a pressuposição
de normalidade dos dados foi verificada através do teste de Shapiro-Wilk. Os resultados
revelaram aumento e alterações da largura maxilar, evidenciada pelo aumento entre os pontos
jugais esquerdo e direito da maxila e pela redução da distância entre esses pontos e a linha facial
frontal. O aumento da largura da cavidade nasal e na distância intermolares superiores foi
estatisticamente significativo. As medidas angulares dos incisivos superiores evidenciaram uma
inclinação distal desses incisivos. Concluiu-se que a expansão transversal da maxila foi obtida
com o aparelho proposto em todos os pacientes, com aumento da largura maxilar, da cavidade
nasal e da distância intermolares superior. Nenhuma alteração significativa foi verificada em
relação à inclinação dos molares superiores e às alterações no arco inferior.
Palavras-chave: Expansão Rápida da Maxila, Radiografia em norma frontal, Alterações
transversais
REFERÊNCIAS:
SANTOS-PINTO, C.C.M.; HENRIQUES, J.F.C. Expansão rápida da maxila: preceitos clínicos e
radiográficos. Odontol USP, Ribeirão Preto, v. 4, p. 164-166. 1990.
SATO, K.; VIGORITO, J.W.; CARVALHO, L.S. Avaliação cefalométrica da disjunção rápida da
sutura palatina mediana através da telerradiografia em norma frontal. Ortodontia. São Paulo,
v.19, p. 44-51, 1986.
____________________
1
Pós-graduanda no curso de Especialização em Ortodontia da Universidade Estadual de Londrina,
[email protected]
2 Doutor, Universidade Estadual de Londrina.
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20 a 23 de agosto de 2015 - ISSN 2236-9090
AVALIAÇÃO DA EFETIVIDADE DO ALINHAMENTO DENTÁRIO UTILIZANDO-SE
APARELHO AUTOLIGADO
Daniely Karoliny Almeida1
Bruna Timbola1
Vanessa Gotz1
Gracieli Solony Rabel do Prado Slanski1
Ricardo Sampaio de Souza1
Modalidade: Pesquisa
RESUMO: Os bráquetes autoligados foram desenvolvidos com o intuito de diminuir o tempo de
tratamento ortodôntico, devido a uma maior velocidade de alinhamento dentário em relação ao
aparelho convencional, e menor número de consultas por seu tempo de ativação ser maior sobre
os aparelhos convencionais. Porém ainda existem poucas evidências cientificas que suportem
esses benefícios. Objetivo: Avaliar a velocidade do alinhamento dentário após a montagem do
aparelho ortodôntico, em pacientes com aparelho autoligado e com aparelho convencional.
Metodologia: Foram selecionados para esta pesquisa 13 que necessitavam de tratamento
ortodôntico, com presença de apinhamento. Os voluntários foram divididos em dois grupos:
Grupo 1 – em 6 pacientes foram montados aparelhos ortodônticos tipo autoligado, e grupo 2 –
em 7 pacientes foram utilizados bráquetes geminados convencionais. A avaliação do
apinhamento foi realizada em modelos de gesso obtidos no início do tratamento e após 120 dias
de tratamento ortodôntico. O índice utilizado para avaliar a má oclusão foi o índice de
irregularidade de Little´s (LII). Resultados: Observou-se que ambos foram eficientes no
alinhamento dentário. Comparando-se o LII inicial e o final com o aparelho convencional obtevese um valor de P= 0,001, enquanto que com o aparelho autoligado, o valor do P foi de
0,021.Conclusão: O aparelho autoligado e o aparelho convencional apresentaram resultados
semelhantes na fase inicial de alinhamento.
Palavras- chave: Aparelho autoligado, ortodontia, alinhamento dentário
REFERÊNCIAS:
CASTRO, R. Braquetes autoligados: eficiência x evidências científicas, Rev. dent. press ortodon.
ortopedi. facial, v. 14, n. 4, p. 20-24, 2009.
GRAVINA, M. et al. Clinical evaluation of dental alignment and leveling with three different types
of orthodontic wires. Dental Press J. Orthod., v. 18, n. 6, p. 31-37, 2013.
____________________
1Acadêmica
do Curso de Odontologia - PIC/UNIPAR, [email protected]
190
20 a 23 de agosto de 2015 - ISSN 2236-9090
AVALIAÇÃO DE DIFERENTES SISTEMAS DE ADESÃO EM BRÁQUETES COLADOS PELA
TÉCNICA INDIRETA: UM ESTUDO IN VITRO.
Felipe de Brum Ricardi1
Mauro Carlos Agnes Busato2
Patrícia Oehlmeyer Nassar2
Jussimar Scheffer Castilhos3
Priscilla do Monte Ribeiro Busato4
Modalidade: Pesquisa
RESUMO: Na ortodontia, é de suma importância a utilização de materiais com resultados clínicos
confiáveis e que apresentem fácil manuseio, a fim de diminuir o tempo clínico e a ocorrência de
falhas na colagem. Neste trabalho avaliou-se a existência ou não de diferença na resistência
adesiva e no índice de adesivo remanescente entre a colagem direta e indireta com diferentes
adesivos e resinas. Foram colados bráquetes em 60 incisivos bovinos, divididos em 3 grupos.
No grupo I (controle): colagem direta com o adesivo e resina Transbond XT; grupo II: colagem
indireta com o adesivo Alpha Plast e resina Natural Ortho; grupo III: colagem indireta, sistema de
adesão Sondhi e resina Transbond XT. Os corpos de prova foram submetidos a testes de
cisalhamento realizados em uma máquina Texturômetro TA HD plus (Stable micro system). Os
resultados obtidos em Newton (N) foram registrados convertidos em Megapascal (Mpa), através
da área do bráquete (0,12cm2). Os resultados mostraram superioridade da colagem direta
quanto à resistência adesiva em relação à colagem indireta. A resistência adesiva obtida na
colagem indireta com o adesivo Alpha Plast se mostrou similar, em laboratório, ao adesivo
Sondhi. Com relação ao IAR (índice de adesivo remanescente), houve uma predominância de
remanescente adesivo ficando em maior quantidade na base do bráquete removido para todos
os grupos; houve uma maior quantidade de remanescente de resina no dente para o grupo Alpha
Plast.
Palavras-Chave: Bráquetes Ortodônticos, Resistência ao Cisalhamento, Ortodontia.
REFERÊNCIAS
VIJAYAKUMAR, A.; VENKATESWARAN, S.; KRISHNAWAMY, N.R. Effects of three adhesion
boosters on the shear bond strength of new and rebonded brackets: an in vitro study. World
Journal Orthodontic, v.11, n.2, p.123-128, 2010.
THIYAGARAJAH, S.; SPARY, D.J.; ROCK, W.P. A clinical comparison of bracket bond failures
in association with direct and indirect bonding. Journal Orthodic, v.33, n.3, p.198-204, 2006.
LINN, B.J.; BERZINS, D.W.; DHURU, V.B.; BRADLEY, T.G. A comparison of bond strength
between direct- and indirect-bonding methods. Angle Orthodontic, v.76, n.2, p.289-94, 2006.
____________________
1 Mestrando,
Universidade Estadual do Oeste do Paraná, [email protected]
Doutor, Odontologia pela Universidade Estadual Paulista Julho de Mesquita Filho
3 Graduado, Universidade Estadual do Oeste do Paraná
4 Doutora, Universidade Pontifícia Católica do Paraná.
2
191
20 a 23 de agosto de 2015 - ISSN 2236-9090
AVALIAÇÃO DO COEFICIENTE DE ATRITO ENTRE OS BRAQUETES CERÂMICOS
CONVENCIONAIS E AUTOLIGADOS
Luana Caroline Piva1
Mariana Nunes Lira Lima1
Pedro Marcelo Tondelli2
Paulo Eduardo Baggio2
Silvano Cesar da Costa2
Modalidade: Pesquisa
RESUMO : Com a evolução nos materiais e técnicas na Ortodontia houve o aprimoramento dos
tratamentos. Assim, os braquetes com sistema autoligado surgiram da busca por um sistema
que produzisse uma baixa resistência friccional, facilitando a movimentação dentária. Os
braquetes cerâmicos surgiram com a finalidade de melhorar a estética dos aparelhos
ortodônticos, entretanto, a resistência friccional produzida parece ser maior do que nos braquetes
convencionais metálicos. Objetivo: O objetivo desse trabalho foi avaliar a força friccional entre os
braquetes cerâmicos autoligados e braquetes cerâmicos convencionais associados à ligadura
elástica. Metodologia: Para a realização do experimento foram utilizados 15 braquetes
autoligados e 15 braquetes convencionais. Os corpos de prova foram confeccionados utilizando
um braquete colado em uma placa de vidro de microscopia, contendo tubos metálicos de primeiro
molar superior em cada extremidade, associados a um segmento de 10cm de fio retangular
0,019x0,025” que possuía um helicóide em uma das pontas para permitir o tracionamento. O fio
era tracionado através do conjunto tubo/braquete/tubo por uma máquina que registrava em um
tensiometro digital o atrito gerado. Os dados foram analisados utilizando o teste “t” de “Student”
com nível de significância de 5%. Resultados: Os resultados demonstraram que os braquetes
cerâmicos convencionais associados a ligaduras elásticas possuem maior atrito quando
comparados aos braquetes cerâmicos autoligados. Conclusão: Pôde-se concluir que os
braquetes cerâmicos autoligados possuem menor atrito quando comparados aos braquetes
cerâmicos convencionais associados a ligaduras elásticas.
Palavras-chave: Braquete cerâmico, força friccional, braquete autoligado.
REFERÊNCIAS:
VOUDOURIS, J. C.; SCHISMENOS, C.; LACKOVIC, K.; KUTFINEC, M. M. Self-Ligation Esthetic
Brackets with Low Frictional Resistance. Angle Orthod, v. 80, n0. 1, p. 188-194, 2010.
VINAY, K.; VENKATESH, M.J.; NAYAK, R. S.; PASHA, A.; RAJESH, M.; KUMAR, P. A
comparative study to evaluate the effects of ligation methods on friction in sliding mechanics using
0.022" slot brackets in dry state: An In-vitro study. Journal of International Oral Health, v. 6, n0.
2, p. 76-83, 2014.
____________________
1Pós-Graduanda
Curso de Ortodontia e Ortopedia Facial , Universidade Estadual de Londrina, email:
[email protected].
2Doutor, Universidade Estadual de Londrina
.
192
20 a 23 de agosto de 2015 - ISSN 2236-9090
ESTUDO COMPARATIVO CEFALOMÉTRICO DOS EFEITOS DENTOESQUELÉTICOS
DECORRENTES DO TRATAMENTO COM DOIS TIPOS DE APARELHOS DE HERBST E UM
GRUPO CONTROLE, EM ADOLESCENTES COM RETROGNATISMO MANDIBULAR
Déborah Sponchiado1
Luiz Carlos Marchi2
Gladys Cristina Dominguez3
Luis Antonio de Arruda Aidar4
Talita Piassa Mafessoni5
Modalidade: Pesquisa
RESUMO: O aparelho de Herbst é um aparelho ortopédico utilizado para correção da maloclusão
de Classe II esquelética com retrognatismo mandibular. Nesta pesquisa realizou-se um estudo
retrospectivo, com 94 adolescentes com maloclusão de Classe II e retrognatismo mandibular. A
amostra foi dividida em três grupos: grupo A aparelho de Herbst com coroas de aço, grupo B
aparelho de Herbst com splints acrílicos e grupo controle. As telerradiografias laterais foram
obtidas em T1 (inicial) e T2 (final do período de observação). Os resultados mostraram que os
grupos tratados obtiveram restrição do crescimento maxilar, maior crescimento mandibular,
quando comparado ao grupo controle. Nos grupos tratados se observou distalização dos molares
superiores, mesialização dos molares inferiores, inclinação lingual dos incisivos superiores,
protrusão dos incisivos inferiores. Houve restrição vertical dos incisivos inferiores nos grupos
tratados. Com esse estudo concluiu-se que com a utilização do aparelho de Herbst ocorreram
mudanças que melhoraram as relações dentoesqueléticas sagitais.
Palavras-chave: Ortopedia. Maloclusão de Angle Classe II. Aparelhos ortodônticos.
INTRODUÇÃO:
O aparelho de Herbst tem se mostrado muito eficiente no tratamento da maloclusão de
Classe II associada ao retrognatismo mandibular (Herbst, 1910; Pancherz, 1979). Além da
possibilidade de estimular o crescimento mandibular, esse método de tratamento resulta no
redirecionamento do crescimento maxilar, movimento mesial dos dentes da mandíbula e
movimento para distal dos dentes da maxila (Pancherz, 1982).
Com relação ao momento oportuno para iniciar o tratamento com o aparelho de Herbst,
o período do pico de crescimento puberal apresenta maior crescimento condilar quando
comparado a indivíduos tratados nos períodos pré e pós-pico. O nível somático de
desenvolvimento influencia a terapia com o aparelho de Herbst, o crescimento sagital condilar
prevalece, em média, no período do pico de crescimento e compensação dentoalveolar, no
período de tratamento pós-pico. No entanto, mudanças esqueletais e dentais nos três períodos
de crescimento têm mostrado uma grande variação individual (Pancherz; Hägg, 1985; Almeida
et al., 2005).
OBJETIVOS:
O objetivo deste estudo foi comparar três grupos de adolescentes, no pico máximo de
crescimento com maloclusão de Classe II, associada a retrognatismo mandibular, às alterações
dentoesqueléticas, observada em um período de doze meses, decorrente do tratamento
ortopédico, com dois tipos de aparelho de Herbst (Grupos A e B) e um Grupo controle (Grupo
C),considerando:
193
20 a 23 de agosto de 2015 - ISSN 2236-9090
12345-
Alterações sagitais esqueléticas (Maxila, Mandíbula);
Alterações no padrão de crescimento e morfologia mandibular;
Alterações dentoalveolares sagitais;
Alterações dentoalveolares verticais;
Mudanças no plano oclusal.
METODOLOGIA:
Fizeram parte deste estudo retrospectivo multicêntrico 94 adolescentes, brasileiros,
leucodermas, de ambos os gêneros, portadores de maloclusão de Classe II, divisão 1ª,
associada a retrognatismo mandibular, com idade óssea no pico do crescimento da
adolescência, divididos em três grupos:
 Grupo A: 32 adolescentes que foram tratados com aparelho de Herbst com coroas
de aço e bandas ortodônticas;
 Grupo B: 32 adolescentes tratados com aparelho de Herbst com “splints” acrílicos;
 Grupo C: 30 adolescentes que não receberam tratamento (grupo controle).
Os critérios de inclusão considerados foram iguais para os três grupos:
1 - Indivíduos com discrepância ântero-posterior entre maxila e mandíbula, causada por
retrusão mandibular, e que admitia clinicamente avanço mandibular; com evidências dos
caracteres sexuais secundários (exemplo: pelos no rosto e mudança no tom de voz nos meninos,
e mudança física nas meninas), posteriormente, confirmado com radiografia de mão e punho, na
fase do aparecimento do osso sesamoide, até imediatamente após passado o pico máximo,
havendo atingido o início do capeamento da falange medial do terceiro dedo, na radiografia de
mão e punho (Helm et al., 1971);
2 - Com maloclusão de Classe II, divisão 1ª e ANB ≥ 4,5 ;
3 - Com dentadura permanente (não necessariamente com os segundos molares).
Os critérios de exclusão considerados foram iguais para os três grupos:
1- Com dentes comprometidos periodontalmente;
2- Que possuíam cáries extensas, com coroas destruídas;
3- Que tinham sido submetidos a tratamento ortodôntico anterior.
A participação dos adolescentes neste estudo foi autorizada após os pais assinarem o
Termo de Consentimento Livre e Esclarecido concordando com todas as etapas do estudo e a
posterior divulgação dos resultados.
Foram realizadas documentações ortodônticas antes do início do período de observação
(T1), em todos os pacientes dos Grupos A, B e C, e ao final da primeira fase do período de
tratamento/observação, de 12 meses (T2). Fazem parte dessas documentações:
telerradiografias em posição lateral, radiografia panorâmica, radiografia de mão e punho,
modelos de estudo, fotografias extrabucais e intrabucais.
Todas as 188 telerradiografias foram traçadas de forma manual, identificando os pontos
e linhas de referências para realizar avaliações cefalométricas, conforme descritas por Margolis
(1943), Riedel (1952), McNamara (1981), Pancherz (1982,1982) e Ricketts (1982), com a
finalidade de avaliar as mudanças esqueléticas, determinação do tipo facial e avaliar as
mudanças dentoalveolares.
As variáveis quantitativas foram representadas por média e desvio padrão. A comparação
entre as medidas cefalométricas, nos períodos T1-T2, foi feita pelo teste t - pareado. As
diferenças intergrupos das variáveis esqueléticas e dentárias foram feitas através da análise de
variância (ANOVA) e comparações múltiplas de Tukey. Como os testes apresentaram aderência
dos dados à distribuição normal, aplicou-se testes paramétricos (Kolmogorov-Smirnov).
Determinou-se confiabilidade dos resultados, selecionando-se 20% das teleradiografias dos três
grupos que foram retraçadas um mês após a finalização de todos os traçados nos quais não foi
observado significância. Para avaliar o erro sistemático aplicou-se o coeficiente de correlação
194
20 a 23 de agosto de 2015 - ISSN 2236-9090
intraclasse, onde os resultados apresentaram excelente correlação, ou seja, baixo erro
sistemático. Baseados nestas justificativas, julga-se aceitável e confiável o método de trabalho
deste estudo. Adotou-se o nível de significância de 0,05 (α = 5%). Níveis descritivos (P) inferiores
a esse valor foram considerados significativos e representados por *. Níveis descritivos (P)
inferiores a 0,01 (α=1%) foram considerados significativos e representados por **. Níveis
descritivos (P) inferiores a 0,001 (α= 0,1%) foram considerados significativos e representados
por ***. Níveis sem significância estatística foram representados por n.s.
RESULTADOS:
Comparação das diferenças intergrupos das variáveis cefalométricas em T1 e T2: Grupo
A x Grupo B; Grupo A x Grupo C e Grupo B x Grupo C, através da análise de variância (ANOVA)
e comparações múltiplas de Tukey, estão apresentadas na tabela 01.
Tabela 01 - Comparação das diferenças intergrupos das variáveis cefalométricas em T1 e T2
Variável
Cefalométrica
GRUPO A
GRUPO B
GRUPO C
Média D.P
0,77 1,48
Média D.P
1,13 1,20
Média D.P
1,55 1,07
pg/LOp
3,66 2.02
4,50 2,55
2,63 1,95
A x B (p) = 0,278
A x C (p) = 0,164
B x C (p) = 0,003*
pg/LOp + co/Lop
3,39 2,09
4,11 2,28
2,10 3,33
A x B (p) = 0,515
A x C (p) = 0,131
B x C (p) = 0,009*
is/LOp – ss/Lop
-0,58 1,33
-1,47 1,75
0,65 1,41
A x B (p) = 0,053
A x C (p) = 0,005*
B x C (p) < 0,001*
ii/LOp – pg/Lop
1,52 1,72
1,78 1,77
-0,47 1,24
A x B (p) = 0,785
A x C (p) <0,001*
B x C (p) <0,001*
ms/LOp – ss/Lop
-1,73 1,61
-0,80 1,89
1,08 1,05
A x B (p) = 0,048*
A x C (p) <0,001*
B x C (p) <0,001
mi/LOp – pg/Lop
1,55 1,13
1,42 1,59
0,00 0,93
A x B (p) = 0,916
A x C (p) <0,001*
B x C (p) <0,001
SN.LO (º)
1,97 1,83
3,80 2,99
0,57 1,26
A x B (p) = 0,003*
A x C (p) <0,001*
B x C (p) <0,001*
ss/LOp
Comparações múltiplas
de Tukey
-----------------
Comparação das diferenças intergrupos para determinação do padrão de crescimento e
morfologia mandibular em T1 e T2: Grupo A x Grupo B; Grupo A x Grupo C e Grupo B x C através
da análise de variância (ANOVA) e comparações múltiplas de Tukey, estão apresentadas na
tabela 02.
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20 a 23 de agosto de 2015 - ISSN 2236-9090
Tabela 2 - Comparação das diferenças intergrupos para determinação do padrão de crescimento e morfologia
mandibular em T1 e T2
Variável Cefalométrica
GRUPO A
GRUPO B
GRUPO C
Comparações múltiplas de
Tukey
Resultados
Média D.P
Média D.P
Média D.P
SN.GoGn
- 0,16 1,79
- 0,31 1,81
- 0,67 1,53
------------------------
A=B=C
SGoc:NMex100
0,40 1,64
0,78 1,73
0,38 1,27
-------------------------
A=B=C
Ar.Goc.Me
0,08 1,43
0,38 2,35
-----------------------
A=B=C
Ar.Goc.N
-0,64 1,01
-0,52 1,31
-0,33 1,13
------------------------
A=B=C
N.Goc.Me
0,72 0,97
0,92 1,38
0,45 1,40
-------------------------
A=B=C
Dc.Xi.Pm
0,75 1,59
0,33 1,25
0,53 1,18
--------------------------
A=B=C
Morfologia mandibular
- 0,28 2,82
Comparação das diferenças intergrupos das variáveis esqueléticas e dentoalveolares em
T1 e T2: Grupo A x Grupo B; Grupo A x Grupo C e Grupo B x C,através da analise de variância
(ANOVA) e comparações múltiplas de Tukey, estão apresentadas na tabela 03.
Tabela 3 - Comparação das diferenças intergrupos das variáveis esqueléticas e dentoalveolares em
T1 e T2
Variável
Esqueléticas
GRUPO A
Média D.P
GRUPO B
Média D.P
GRUPO C
Média ±D.P
SNA
-0,69 1,22
-0,98 1,16
0,45
0,83
A x B (p) = 0,522
A x C (p) <0,001*
B x C (p) <0,001
SNB
1,19 1,31
1,42 1,06
0,62 0,83
A x B (p) = 0,667
A x C (p) = 0,104
B x C (p) = 0,013*
Comparações múltiplas de
Tukey
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20 a 23 de agosto de 2015 - ISSN 2236-9090
ANB
-1,88 -1,36
-2,41 0,68
-0,17
A.Nperp
-0,81 2,02
-1,09 1,04
0,30 1,06
A x B (p) = 0,719
A x C (p) = 0,009*
B x C (p) = 0,001*
P.N.perp
2,34 2,75
1,50 2,29
1,13 1,93
----------------------------
Co-A
0,28 2,49
0,81 1,60
1,78 1,36
A x B (p) = 0,500
A x C (p) = 0,007*
B x C (p) = 0,112
Co-Gn
4,28 2,75
5,47 2,36
2,60 1,73
A x B (p) = 0,108
A x C (p) = 0,015*
B x C (p) <0,001
1-PP
0,84 1,11
1,84 1,15
0,77 0,92
A x B (p) = 0,001*
A x C (p) = 0,0637
B x C (p) <0,001*
6-PP
-0,27 1,19
- 0,45 1,65
1,20 1,01
A x B (p) = 0,837
A x C (p) < 0,001*
B x C (p) < 0,001*
1-GoMe
0,02 1,17
0,22 0,93
0,88 0,78
A x B (p) = 0,686
A x C (p) = 0,002*
B x C (p) = 0,024*
6-GoMe
1/S N
1,39 1,17
-3,67 3,75
1,64 1,09
- 8,22 5,38
1,27 0,75
0,53 2,60
--------------------------A x B (p) < 0,001*
A x C (p) < 0,001*
B x C (p) < 0,001*
IMPA
7,91 5,06
5,73 3,98
0,38 2,79
A x B (p) = 0,089
A x C (p) < 0,001*
B x C (p) < 0,001*
0,61
A x B (p) = 0,071
A x C (p) <0,001*
B x C (p) <0,001
DISCUSSÃO:
Corroborando com vários estudos na literatura (Pancherz,1979; Pancherz,1981; Sidhu et
al.,1995; Schütz et al.,2003; Vigorito; Dominguez, 2007), a resposta mandibular frente ao
estímulo ortopédico ocorreu de forma favorável nos Grupos A e B, sem diferença entre eles.
Quando comparado com o grupo controle observou-se um incremento de crescimento (Co-Gn)
duas vezes maior no Grupo B e uma resposta ortopédica menor no Grupo A. Essa tendência foi
observada em quase todas as grandezas (pg/LOp+co/LOp,SNB,pg/LOp), embora em proporção
menor, quando comparadas com a variável Co-Gn. O Grupo A apresentou uma resposta
ortopédica discretamente maior na correção da sobressaliência e o Grupo B, um efeito
esquelético bem evidente, na correção do molar. No presente estudo, o ângulo ANB diminui
197
20 a 23 de agosto de 2015 - ISSN 2236-9090
significantemente nos Grupos A e B, favorecendo a correção do retrognatismo mandibular e o
ajuste sagital das bases ósseas. Além dos efeitos ortopédicos promovidos com este método de
tratamento na correção da maloclusão de Classe II, mecanismos compensatórios também
ocorreram. Os incisivos superiores inclinaram-se em direção lingual nos dois grupos tratados,
sendo maior no Grupo B. Os incisivos inferiores protruíram, no Grupo A (2,14mm) e Grupo B
(2,25mm), enquanto analisando a variável IMPA, observamos uma vestibularização para o Grupo
A (7,58 ) e Grupo B (3,35 ). Houve uma restrição do deslocamento vertical superior dos incisivos
inferiores nos dois Grupos (A e B), provavelmente pela vestibularização ocorrida.
O plano oclusal (SN.LO) rotacionou no sentido horário, devido ao controle vertical dos
molares superiores (6-PP), enquanto os incisivos superiores apresentaram deslocamento vertical
inferior (1-PP). O tratamento nos grupos estudados não resultou em mudanças verticais
significantes nos molares inferiores (6-GoMe), quando comparado com o grupo controle. No
presente estudo, o terço inferior da face (ENA-ME) apresentou um aumento significante nos três
grupos, concordando com os trabalhos de Pancherz (1979, 1982), McNamara et al., (1990),
Schiavoni et al., (1992), Sidhu et al., (1995), Schütz et al., (2003) e Barnett et al., (2008), isso
provavelmente devido ao aumento do comprimento efetivo da maxila e mandíbula. O aumento
na altura facial anterior ocorre com o crescimento para baixo do plano mandibular de forma
paralela. Isso parece lógico porque o aumento na altura facial anterior, durante o tratamento com
Herbst, é devido ao efeito geométrico do reposicionamento mandibular anterior e ao aumento do
comprimento mandibular. Isso foi confirmado pela medida SN.GoGn, que não apresentou
diferença entre os grupos, embora tenha diminuído significantemente entre T1 e T2 no grupo
controle, indicando rotação anti-horária da mandíbula, concordando com outros estudos Ruf e
Pancherz (1996), Kim e Nielsen (2002), Chung e Wong (2002) e Silva Filho et al., (2009).
Correção do
molar
6.05mm (100%)
Esqueletal
1.8mm
(29.75%)
Maxila
0.78mm
(12.89%)
Mandibula
1.02mm
(16.85%)
Dental
4.27mm
(70.57%)
Molar Maxilar
2.71mm
(44.78%)
Molar
Mandibular
1.56mm
(25.78%)
Figura 01 – Mudanças esqueléticas e dentárias que contribuíram para a correção da
relação dos molares (T1xT2) no Grupo A, considerando o grupo controle.
198
20 a 23 de agosto de 2015 - ISSN 2236-9090
Correção da
sobressaliência
5.04mm (100%)
Esqueletal
1.8mm (35.71%)
Maxila
0.78mm
(15.47%)
Dental
3.24mm
(64.28%)
Incisivo
Superior
1.1mm
(21.82%)
Mandibula
1.02mm
(20.23%)
Incisivo
Inferior
2.14mm
(42.45%)
Figura 02 – Mudanças esqueléticas e dentárias que contribuíram para a correção
da sobressaliência (T1xT2) no Grupo A, considerando o grupo controle .
Correção do
molar
5.51mm
(100%)
Esqueletal
2.29mm
(41.56%)
Maxila
0.43mm
(7.80%)
Dental
3.22mm
(58.43%)
Mandibula
1.86mm
(33.75%)
Molar Maxilar
1.79mm
(32.48%)
Molar
Mandibular
1.43mm
(25.94%)
Figura 03 – Mudanças esqueléticas e dentárias que contribuíram para a correção da
relação dos molares (T1xT2) no Grupo B, considerando o grupo controle.
Correção da
Sobressaliência
6.56mm (100%)
Esqueletal
2.29mm
(34.90%)
Maxila
0.43mm
(6.55%)
Mandibula
1.86mm
(28.34%)
Dental
4.27mm
(65.09%)
Incisivo
Superior
2.02mm
(30.79%)
Incisivo
Inferior
2.25mm
(34.29%)
Figura 04 – Mudanças esqueléticas e dentárias que contribuíram para a correção da
sobressaliência (T1xT2) no Grupo B, considerando o grupo controle.
199
20 a 23 de agosto de 2015 - ISSN 2236-9090
O padrão facial nos Grupos A e B do presente estudo manteve-se estável ao final do
tratamento. O controle vertical na região posterior da maxila ficou evidente na avaliação da
variável 6-PP nos Grupos A e B, que não apresentaram diferenças significantes entre T1 e T2.
Os pacientes dos Grupos A e B realizaram expansão rápida da maxila ao início do tratamento,
procedimento que resultou em rotação para baixo e para trás da mandíbula avaliada
clinicamente, comprovada cefalométricamente por vários estudos (Haas, 1970; Gray; Brogan,
1970; Garib et al., 2007). O efeito “High Pull” do mecanismo telescópico do aparelho de Herbst,
associado ao padrão de crescimento favoravel dos pacientes dos Grupos A e B, contribuíram
favoravelmente ao longo do tratamento, para compensar os efeitos deletérios verticais iniciais
provocados pela expansão rápida da maxila, na correção do componente transversal da
maloclusão. Dessa forma, manteve-se o equilíbrio entre altura facial anterior (N-Me) e altura
facial posterior (S-Goc), não alterando o padrão facial do paciente, em concordância com
investigações prévias, Pancherz (1981), Schiavoni et al., (1992), Ruf e Pancherz (1996, 1997),
Schütz et al., (2003), Vigorito e Dominguez (2007) e Aidar et al., (2009). Apesar do ângulo
goníaco superior (Ar.Goc.N) ter diminuído de maneira significativa nos dois Grupos (A e B) o
ângulo goníaco inferior aumentou, não alterando a morfologia mandibular (Ar.Goc.Me) nos
grupos tratados. Achados semelhantes foram observados por Franchi et al., (1999), avaliando
pacientes na mesma fase de maturação somática do presente estudo. Embora não tenham
ocorrido alterações verticais significantes, com a correção da Classe II dos casos tratados, é de
suma importância o acompanhamento longitudinal desse grupo de adolescentes, para avaliação
da estabilidade dos resultados obtidos. Finalmente, todos os pacientes deste trabalho foram
submetidos a uma segunda fase do tratamento ortodôntico, com montagem de aparelhagem fixa
superior e inferior, com o objetivo de refinamento da oclusão. Após essa fase, novas avaliações
serão realizadas, no intuito de verificar a estabilidade dos resultados obtidos do início ao final do
tratamento ortodôntico.
CONCLUSÕES:
Após avaliar e discutir os resultados obtidos, pode-se concluir que as mudanças
dentoesqueléticas observadas foram:
Alterações esqueléticas sagitais: A maxila projetou-se para anterior no Grupo C, enquanto
que nos dois grupos tratados (A e B) ocorreu uma restrição no seu desenvolvimento. Não houve
diferença entre os Grupos A e B. A mandíbula projetou-se para anterior nos três grupos, porém,
em maior proporção nos dois grupos tratados, quando comparados com o grupo controle,
permitindo observar favorável ajuste sagital maxilo-mandibular, não observado no grupo
controle.
Alterações no padrão de crescimento facial e morfologia mandibular: Na comparação
entre os 3 grupos, não houve diferença nas variações do padrão de crescimento facial entre T1
e T2. Em média, não houve mudança e diferença na morfologia mandibular entre os 3 Grupos
estudados, embora nos Grupos A e B tenha ocorrido aumento do ângulo goníaco superior e
diminuição do ângulo goníaco inferior.
Alterações dentoalveolares sagitais: Em média, nos Grupos A e B ocorreu um movimento
para lingual dos incisivos superiores, sendo maior no Grupo B. Os Grupos A e B apresentaram
diferenças significantes com o Grupo controle, que mostrou os incisivos movimentando-se para
anterior. Em média, nos Grupos A e B ocorreu uma vestibularização dos incisivos inferiores e
não ocorreram diferenças entre eles. Os Grupos A e B apresentaram diferenças significantes
com o Grupo controle, que praticamente não apresentou mudanças na posição dos incisivos. Em
ambos os Grupos tratados ocorreu uma distalização dos molares superiores, sendo menor no
Grupo B. No Grupo C, houve o deslocamento dos molares, devido ao crescimento e apresentou
diferença significante com os Grupos A e B. Em ambos os Grupos, A e B, ocorreu movimento
mesial dos primeiros molares inferiores e não houve diferença entre eles. No Grupo controle,
200
20 a 23 de agosto de 2015 - ISSN 2236-9090
somente ocorreu o deslocamento, devido ao crescimento e foi encontrada diferença significante
com os Grupos tratados.
Alterações dentoalveolares verticais: Ocorreu um deslocamento vertical dos incisivos
superiores para baixo nos três Grupos estudados. Foi maior e significante no Grupo B, quando
comparado com os Grupos A e C. Não ocorreu diferença entre os Grupos A e C. Ocorreu uma
restrição no deslocamento vertical dos incisivos inferiores nos Grupos A e B, enquanto no Grupo
C ocorreu um deslocamento vertical significante para cima, quando comparado com os Grupos
A e B. Não ocorreu diferença entre os Grupos A e B. O Grupo C apresentou um deslocamento
vertical significativo para baixo dos primeiros molares superiores, diferente dos Grupos A e B,
que não apresentaram alterações verticais. Ocorreu um deslocamento vertical significante para
cima dos primeiros molares inferiores nos três Grupos estudados, sem diferença significante
entre eles.
Mudanças no plano oclusal: Enquanto foi observada rotação no sentido anti-horário no
plano oclusal do Grupo C, os dois grupos tratados apresentaram rotação em sentido horário,
sendo maior no Grupo B.
REFERÊNCIAS:
Aidar LAA, Dominguez GC, Gonzalez PLSA, Mantovani MGD. Tratamento ortopédico com aparelho de
Herbst: ocorrem mudanças verticais no padrão de crescimento facial. Rev Dental Press Ortodon e Ortop
Facial.2009;14 (6):72-80.
Almeida MR, Henriques JFC, Almeida RR, Ursi W, and McNamara JA Jr. Short-Term Treatment Effects
Produced by the Herbst Appliance in the Mixed Dentition. Angle Orthod. 2005;75(4): 540-7.
Barnett GA, Higgins DW, Major PW, and Flores-Mir C. Immediate Skeletal and Dentoalveolar Effects of
the Crown- or Banded Type Herbst Appliance on Class II division 1 Malocclusion. Angle Orthod.
2008;78(2):361-9.
Chung CH, Wong WW. Craniofacial growth in untreated skeletal Class II subjects: A longitudinal study.
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Garib GD, Henriques JFC, Carvalho PEG, Gomes CS. Longitudinal effects of rapid maxillary expansion.
Angle Orthod. 2007;77(3):442-48.
Gray LP & Brogan WF. Septal deformity, malocclusion and rapid palatal expansion. Aust Orthod J.
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Herbst E. Atlas und Grundriss der Zahnarztlichen Orthopädie. München: JF Lehmenn Verlag; 1910. p.
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Kim J, Nielsen IL. A Longitudinal study of condylar growth and mandibular rotation in untreated subjects
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Konik M, Pancherz H, Hansen K. The mechanism of Class II correction in late Herbst treatment. Am
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Margolis HL. Axial inclination of the mandibular incisors. Am J Orthod. Oral Surg. 1943; 29 (10):571-94.
McNamara JA Jr. Components of Class II malocclusion in children 8-10 years of age. Angle Orthod.
1981;51(3):177-202.
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treatment of Class II malocclusion. Am J Orthod Dentofacial Orthop. 1990;98(2):134-44.
Pancherz,H. Treatment of class II malocclusions by jumping the bite with the Herbst appliance. A
cephalometric investigation.Am J Orthod 1979;76(4):423-42.
Pancherz H. The effect of continuous bite jumping on the dentofacial complex: a follow-up study after
Herbst appliance treatment of Class II malocclusions. Eur J Orthod.1981;3(1):49-60.
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Ricketts RM. Orthodontic diagnosis and planning. Philadelphia: Saunders; 1982. p 107-25.
201
20 a 23 de agosto de 2015 - ISSN 2236-9090
Riedel RA. The relation of maxillary structures to cranium in malocclusion and in normal occlusion. Angle
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Schiavoni R, Grenga V, Macri V. Treatment of Class II high angle malocclusions with the Herbst
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Schütz, TCB, Vigorito, J. W., Domínguez – Rodríguez, G C Avaliação cefalométrica- radiográfica das
modificações esqueléticas e do perfil facial decorrentes do tratamento com o aparelho de Herbst em
adolecentes com maloclusão de Classe II, divisão 1a de Angle Parte II. Ortodontia. 2003;36(1):44-61.
Sidhu MS, Kharbanda OP, Sidhu SS. Cephalometric analysis of changes produced by a modified Herbst
appliance in the treatment of Class II division 1 malocclusion. Br J Orthod. 1995;22(1):1-12.
Silva Filho OG, Bertoz FA, Capelozza Filho L, Almada EC. Crescimento facial espontâneo Padrão II:
estudo cefalométrico longitudinal. Rev Dental Press Ortodon Ortop Facial. 2009;14(1):40-60.
Vigorito FA, Domínguez GC. Comparação dos efeitos dentoesqueléticos decorrentes do tratamento
realizado em duas fases (com aparelho de Herbst e aparelho fixo pré- ajustado) em adolescentes com
retrognatismo mandibular. Ortodontia SPO. 2007;40(4):263-70.
_____________________
1 Aluna Graduação de Odontologia Universidade Estadual do Oeste do Paraná (UNIOESTE),
[email protected]
2Professor Doutor da disciplina de Ortodontia da Universidade Estadual do Oeste do Paraná
(UNIOESTE)
3Professora Doutora associada do Departamento de Ortodontia da Universidade de São Paulo (USP)
4Professor Doutor da disciplina de Ortodontia e coordenador do curso de especialização em Ortodontia
da Universidade Santa Cecília (UNISANTA)
5Aluna Graduação de Odontologia Universidade Estadual do Oeste do Paraná (UNIOESTE).
202
20 a 23 de agosto de 2015 - ISSN 2236-9090
LUXAÇÃO INTRUSIVA DE INCISIVO LATERAL SUPERIOR PERMANTENTE EM UMA
ABORDAGEM MULTIDISCIPLINAR- RELATO DE CASO
Bruna Thaís Reuter1
Ediuilson Ilo Lisboa
Laélia Maria Putrick
Modalidade: Caso Clínico
RESUMO: Introdução: A lesão traumática dental representa uma transmissão aguda de energia
ao dente e às estruturas de suporte, o que resulta em fratura, deslocamento do dente,
rompimento ou esmagamento dos tecidos de suporte (1). A intrusão dentária, caracteriza-se pelo
deslocamento do dente para o osso alveolar. Tem como etiologia as quedas, acidentes
automobilísticos, ciclísticos, agressões, acidentes esportivos, dentre outros. Uma correta
anamnese e exame clínico são fundamentais para o correto diagnóstico (2). Este trabalho
objetivou-se em um relato de um caso clinico onde houve uma abordagem multidisciplinar de um
dente permanente que sofreu luxação intrusiva. Relato de caso: Paciente, encaminhada do
pronto socorro do Hospital Universitário, após acidente moto ciclístico, para o CEO. Inicialmente
foi realizado o exame clínico e RX periapical do 22, confirmando o diagnóstico de luxação
intrusiva do incisivo lateral, sendo encaminhada para endodontia e ortodontia. Foi realizada a
instrumentação do dente 22, e a colocação de CaOH, a fim de evitar e/ou diminuir a reabsorção
radicular. Em seguida foi encaminhada para ortodontia, onde foi realizada a esplintagem e a
colagem de braquetes e um botão de colagem com fio de amarrilho para tracionamento dentário
do 22, seguido de sessões de manutenção e ativação. Pode-se concluir que o cirurgião-dentista
deve avaliar, diagnosticar e realizar a conduta adequada, para isso precisa lançar mão de
radiografias e um correto exame clínico e anamnese detalhada, tendo em vista que os tipos de
traumatismos dento-alveolares são variados e demandam diferentes tratamentos, com uma
equipe
multidisciplinar
que
deve
trabalhar
de
forma
integrada.
Palavras-chave: Intrusão; Luxação, Multidisciplinar; Tracionamento dentário.
REFERÊNCIAS
ANDREASEN, J.O.; ANDREASEN, F.M.; BAKLAND, L.K.; FLORES, M.T. Manual de
traumatismo dental. Porto Alegre: Artmed; 2000.
GÓES, K.K.H.; RIBEIRO, E.D.; LIMA JÚNIOR, J.L.; SILVA NETO, J.M. Avaliando os
traumatismos dento-alveolares: revisão de literatura. Rev. Cir. Traumatol. Buco-Maxilo-Fac.,
Camaragibe, v.5, n.1, p. 21 - 26, jan/mar – 2005
_____________________
1
Acadêmica de Odontologia da Unioeste.[ [email protected]]
203
20 a 23 de agosto de 2015 - ISSN 2236-9090
MORDIDA ABERTA ANTERIOR - RELATO DE CASO
Luana da Cruz¹
Monica Mayer de Oliveira Zanola²
Emyr Stringhini Junior³
Modalidade: Caso Clínico
RESUMO: A mordida aberta anterior é um problema ortodôntico vertical, caracterizado pela
alteração nas relações entre as bordas incisais dos dentes superiores e inferiores. Esta má
oclusão ocorre em ambas às dentições, sendo mais prevalente na decídua, devido a hábitos
como uso de chupeta, mamadeira, sucção digital, entre outros. A mordida aberta apresenta
características distintas e de difícil correção, pois corrigir a dimensão vertical requer experiência
e colaboração no tratamento. A idade, frequência, duração e intensidade do hábito deletério irão
interferir no grau de deformidade dento maxilar e devem ser analisadas antes da escolha do
tratamento. Dentre algumas opções de correção estão a remoção do hábito, uso de aparelhos
ortodônticos/ortopédicos, tratamento fonoaudiólogo e cirurgias ortognáticas, e devem ser
iniciadas assim que identificada, pois além da função interfere na estética do sorriso. Objetivos:
O objetivo deste trabalho é apresentar um relato de caso de mordida aberta anterior na dentição
decídua. Relato de Caso: Paciente do sexo feminino, 8 anos, portadora de uma mordida aberta
anterior e interposição de língua, que desde bebê possuia hábitos parafuncionais, de chupar o
dedo polegar. Para auxiliar na remoção do hábito, o tratamento ortodôntico realizado foi um
aparelho disjuntor de Mcnamara, por 5 meses, e após um aparelho ortopédico SN3, por dez
meses. Conclusão: Foi possível observar a correção do habito em quinze meses. O caso
continua em acompanhamento e não apresenta recidiva.
REFERÊNCIAS:
ALMEIDA, RR. et al. Mordida aberta anterior- considerações e apresentação de caso clínico.
Revista Dental Press de Ortodontia e Ortopedia Facial, São Paulo, v.3, n. 2, p. 17-29 , mar-abr.
1998.
VERRASTRO, A. P. Associação entre os hábitos de sucção nutritiva e não nutritiva e as
características oclusais e miofuncionais orais em crianças com dentição decídua. (Dissertação).
São Paulo: Faculdade de Odontologia da Universidade de São Paulo. 2008.
FAYYAT ELRC, GOLDENBERG M; A influência de hábitos orais e respiração bucal no
aparecimento de mordida aberta anterior em crianças com dentição decídua; monografia de
conclusão do curso de especialização em motricidade oral, CEFAC, Belo Horizonte, 1999.
__________________________________________________
¹ Acadêmica, UNISEP, [email protected]
² Profª Especialista e Mestranda em Odontopediatria, UNISEP, [email protected]
³ Profº. Drº. Especialista em Odontopediatria, UNISEP, [email protected].
204
20 a 23 de agosto de 2015 - ISSN 2236-9090
PERCEPÇÃO À DOR ORTODÔNTICA, APÓS A MONTAGEM DO APARELHO
ORTODÔNTICO CONVENCIONAL E O APARELHO AUTOLIGADO
Gracieli Solony Rabel do Prado Slanski1
Vanessa Gotz
Bruna Timbola
Daniely Karoliny de Almeida
Daniela de Cassia Faglioni Boleta Ceranto
Ricardo Sampaio de Souza
Modalidade: Pesquisa
RESUMO: O desconforto e comum durante o tratamento ortodôntico, devido o processo
remodelação óssea. Em busca de uma menor percepção a dor ortodôntica, alguns autores
apresentam o aparelho autoligado com vantagens em relação ao convencional neste quesito.
Objetivo: Avaliar a percepção à dor ortodôntica, em pacientes com aparelho autoligado e com o
convencional. Metodologia: Selecionamos 17 voluntários que necessitam de tratamento
ortodôntico, e que estivessem dentro dos critérios de inclusão. Os voluntários foram divididos em
2 grupos: Grupo 1: Em 7 foram montados aparelhos ortodônticos do tipo autoligado- SLB
(Prescrição Roth SLI, Morelli), e grupo 2: Em 11 foram utilizado bráquetes geminados
convencionais- STB (Prescrição Max- Morelli). O tratamento ortodôntico iniciou com a colagem
dos bráquetes na arcada superior, nesta mesma sessão foi inserido o arco ortodôntico de níqueltitânio com espessura 0,014”(Thermo- Plus, Morelli). Avaliação da dor foi realizada através do
VAS, que corresponde uma linha de 10cm, o paciente marcou nesta linha onde correspondesse
a dor que ele estava sentindo no momento da avaliação: Antes da instalação do aparelho, logo
após a instalação do arco ortodôntico, 4, 8, 24, 48, e diariamente até o sétimo dia após a
instalação do arco. Resultados: O nível de dor com os dois aparelhos foram muito próximos.
Discussão: Os resultados dos artigos que utilizamos demonstram, que não há diferença
significativa entre os dois tipos de aparelhos, em se tratando de dor assim como nossos
resultados. Conclusão: O aparelho convencional e o autoligado apresentam resultados
semelhantes na percepção da dor.
Palavras-chave: Ortodontia; Dor; Aparelho
REFERÊNCIAS:
BOSIO, JA; LIU,D. Movimentação dentária mais rápida, melhor e indolor: será possível?. Dental
Press J Orthod, v.15, n.6, p.14-7, 2010.
CASTRO, R. Braquetes autoligados: eficiência x evidências científicas. R Dental Press Ortodon
Ortop Facil, v. 14, n. 4, p. 20-24, jul./ago, 2009.
__________________________________________________
1
Acadêmica do Curso de Odontologia - PIC/UNIPAR, [email protected]
205
20 a 23 de agosto de 2015 - ISSN 2236-9090
TRATAMENTO DA MORDIDA ABERTA ANTERIOR COM ESPORÃO LINGUAL COLADO E
GRADE PALATINA FIXA
Juliana Squizatto Leite1
Luciano Bordin Matiussi²
Anne Caroline Salem²
Maria Gisette Arias Provenzano³
Adilson Luiz Ramos4
Modalidade: Pesquisa
RESUMO: A mordida aberta anterior (MAA) é uma das más oclusões de maior comprometimento
estético funcional sendo caracterizada pela presença de trespasse vertical negativo entre os
dentes anteriores quando os posteriores encontram-se em oclusão. Objetivo: Avaliar os efeitos
da grade palatina fixa e do esporão lingual colado no tratamento da MAA no período da dentadura
mista. Materiais e Métodos: Os pacientes selecionados apresentavam MAA e tinham idades
entre 5 a 10 anos, e foram alocados por sorteio em três grupos: controle (n=13), grade palatina
fixa (n=11) e esporão lingual colado (n=13). As variáveis observadas foram SNA, SNB, ANB,
SnGoGn, 1.PP, IMPA, ângulo nasolabial, overbite (trespasse vertical) e overjet (trespasse
horizontal) obtidas a partir de telerradiografias laterais tomadas ao início, aos 6 meses e após 1
ano. As comparações inter e intragrupos foram realizadas por meio de ANOVA a um critério.
Resultados: O grau de MAA era similar no início (p>0,05) e, aos seis meses e após um ano,
todos os grupos apresentaram melhora do overbite (p<0,05), entretanto somente os grupos
tratados com grade e esporão apresentaram trespasse positivo. As demais medidas
cefalométricas não se alteraram significantemente no período. Conclusão: A partir dos
resultados obtidos pode-se concluir que a grade palatina fixa e o esporão lingual colado são
métodos simples e eficazes para o tratamento da MAA, com alguma vantagem corretiva para
grade palatina no intervalo avaliado.
Palavras-chave: Grade palatina; Esporão lingual; Mordida aberta.
REFERÊNCIAS:
COZZA P., MUCEDERO M., BACCETTI T., FRANCHI L. Early orthodontic treatment of skeletal
open bite malocclusion: a systematic review. Angle Orthodontist, v. 75, n. 5, p. 707-713, 2005.
ARTESE A., DRUMMOND S., NASCIMENTO J. M., ARTESE F. Critérios para o diagnóstico e
tratamento estável da mordida aberta anterior. Dental Press Journal of Orthodontics, v. 16, n.3,
p. 136-161, 2011.
VALENTE A., MUSSOLINO Z. M. Frequência de sobressaliência, sobremordida e mordida aberta
anterior na dentição decídua. Revista da Faculdade de Odontologia da USP, v. 3, n. , p. 402-407,
1898.
__________________________________________________
1 Mestranda
em Odontologia Integrada, Universidade Estadual de Maringá, [email protected]
² Cirurgião-dentista,Consultório Particular.
³ Professora Adjunta do Departamento de Odontologia da Universidade Estadual de Maringá.
4
Professor Associado do Departamento de Odontologia da Universidade Estadual de Maringá
206
20 a 23 de agosto de 2015 - ISSN 2236-9090
VELOCIDADE DA RETRAÇÃO DO CANINO UTILIZANDO BRÁQUETE MBT OU
ALEXANDER
Saulo Vinicius da Rosa1
Luhana Santos Gonzales Garcia2
Júlia Cerutti3
Ricardo Sampaio de Souza4
Modalidade: Pesquisa
RESUMO: O ortodontista, em sua vida clínica, tem que tomar algumas decisões filosóficas em
relação ao tratamento de seus pacientes. Dentre eles, a escolha do sistema de bráquetes o qual
utilizará. O objetivo dessa pesquisa foi avaliar a velocidade da retração de caninos utilizando
bráquetes MBT e Alexander. Foram selecionados 9 pacientes com maloclusão Classe I e II de
Angle, com necessidade de extração dos dentes 14 e 24 e com ausência de problemas
periodontais. Foi montado aparelho fixo em todos os dentes, sendo que nos caninos superiores,
de um lado foi colado bráquete MBT, e do outro lado foi utilizado bráquetes Alexander. Os
caninos foram retraídos com mola fechada de níquel titânio. Os pacientes foram atendidos a
cada 30 dias, e o espaço da retração foi medida com paquímetro digital. Nos resultados a média
mensal de retração com bráquete MBT foi de 1,95 mm no primeiro mês, e de 1,07 mm no
segundo mês. Quando utilizado bráquete Alexander, os valores foram de 1,7 mm e de 1,43 mm,
para o primeiro e segundo mês, consecutivamente. Não houve diferença estatisticamente
significante na velocidade da retração do canino, quando comparados bráquetes MBT ou
Alexander.
Palavras-chave: Ortodontia corretiva, mecânica ortodôntica, fechamento de espaço.
REFERÊNCIAS:
BARLOW, M., KULA, K. Factors influencing efficiency of sliding mechanics to close extraction
space: a systematic review. Orthod Craniofac Res, v. 11, n. 2, p. 65-73, 2008.
BURROW, S.J. Canine retraction rate with self-ligating brackets vs conventional edgewise
brackets. Angle Orthod., Appleton, v. 80, n. 4, 2010.
__________________________________________________
Mestrando em Odontologia – UNIOESTE, Cascavel, Paraná, Brasil. Email: [email protected]
Doutoranda em Odontopediatria – UNESP
3 Cirurgiã-Dentista – UNIPAR
4 Doutor em Ortodontia – UNESP, Professor UNIPAR.
1
2
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AVALIAÇÃO DO CONHECIMENTO DE USUÁRIOS DA CLÍNICA ODONTOLÓGICA DA UEM
ACERCA DO CÂNCER DE BOCA
Yasmin Firmino de Souza1
Maísa Pereira da Silva1
Ana Carolina Matsuoka²
Debora Reis Dias²
Vanessa Cristina Veltrini³
Modalidade: Pesquisa
RESUMO: O câncer de boca é uma denominação que inclui os cânceres de lábio e de mucosa
bucal. Ele está entre as lesões malignas de maior incidência no Brasil e mostra taxas de
morbidade e mortalidade elevadas, já que os diagnósticos são feitos tardiamente. Diagnosticar
mais precocemente o câncer de boca é uma das metas dos gestores da saúde pública no Brasil.
Por isso, tem-se investido na atenção primária, com ênfase em ações preventivas, focadas no
exame da boca e no combate aos principais fatores de risco, como tabaco, álcool e exposição
solar. A participação do paciente é fundamental nesse processo diagnóstico, mas é preciso que
ele conheça a doença. Esse trabalho se propõe a entrevistar pacientes usuários da clínica
odontológica da UEM, com o objetivo de avaliar o conhecimento deles acerca do câncer de boca.
Os resultados mostraram que a maioria dos entrevistados já tinham ouvido falar deste tipo de
câncer, principalmente pela mídia, e também presumia ser ele precedido por lesões com
potencial de transformação. A história familiar é importante no estabelecimento do risco, segundo
74% dos entrevistados, e os profissionais costumam examinar apenas dentes, conforme 43%
deles. A maioria procuraria o dentista, mediante uma lesão bucal; entretanto, quase 70%
desconhece as especialidades odontológicas “patologia bucal” e “estomatologia”. Cerca de 64%
disseram já ter examinado a própria boca, entretanto a mais de 80% o autoexame não foi
ensinado. Esses dados podem ser úteis para nortear e aumentar a efetividade de campanhas
preventivas focadas na conscientização da população.
Palavras-chave: Câncer de boca; Tumores de boca; Estomatologia
REFERÊNCIAS:
AWOJOBI O, SCOTT SE, NEWTON T. Patients' perceptions of oral cancer screening in dental
practice: a cross-sectional study. BMC Oral Health. 2012 Dec 18;12:55. doi: 10.1186/1472-683112-55.
PETERSEN PE. Oral cancer prevention and control: the approach of the World Health
Organization. Oral Oncol 2009; 45:454-60.
__________________________________________________
1
Graduanda da Universidade Estadual de Maringá. E-mail: [email protected]
Universidade Estadual de Maringá
³ Docente, Universidade Estadual de Maringá.
2.Graduandos,
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CISTO ÓSSEO TRAUMÁTICO: RELATO DE CASO CLÍNICO
Felipe Aurélio Guerra1
Natasha Magro Érnica
Geraldo Luiz Griza
Eleonor Alvaro Garbin
Greison Rabelo de Oliveira
Modalidade: Caso clínico
RESUMO: O cisto ósseo traumático consiste de uma cavidade óssea, não revestida por epitélio,
porém preenchida por fluído. De caráter benigno tem prevalência pelo gênero masculino, faixa
etária entre 10 e 20 anos, predileção pela região de corpo e ângulo mandibular e etiologia
idiopática. O diagnóstico consiste na análise integrada dos exames clínico e radiográfico, bem
como dos aspectos transoperatórios. De prognóstico excelente, não dispensa proservação
atenciosa. Objetivos: Relatar a conduta empregada no diagnóstico e tratamento de um cisto
ósseo traumático. Relato de caso: Paciente do gênero feminino, 13 anos de idade, não
portadora de doenças de base ou hábitos deletérios. Apresentou-se ao atendimento com dor a
mastigação na região do elemento 46. Ausência de expansão das corticais, queixas sensitivas
ou deslocamentos dentários. Vitalidade pulpar do quarto quadrante mantida. A análise
radiográfica observou-se região radiolúcida delimitada pela base mandibular, distal do dente 44
e distal do dente 48. Diagnóstico diferencial de cisto ósseo traumático, queratocisto e
ameloblastoma. Transoperatório: Punção prévia com aspiração sanguinolenta escura, confecção
de janela óssea abaixo do dente 46, curetagem denotando ausência de revestimento epitelial e
sutura. Diagnóstico de cisto ósseo traumático. Pós-operatório sem intercorrências.
Conclusões: Com prognóstico favorável o cisto ósseo traumático deve ser proservado para se
observar a neoformação óssea da região afetada. Aspectos clínicos junto a anamnese detalhada
são de extrema relevância para o diagnóstico, dado o caráter idiopático de sua etiologia.
Palavras-chave: cisto ósseo traumático, biópsia, descompressão, origem idiopática
REFERÊNCIAS:
NEVILLE, B, W; DAMM, D, D; ALLEN, C. M; BOUQUOT, J, E. Patologia oral e maxillofacial. 3ª
edição. Editora Elsevier, 2009. 989 págs.
MILORO, M; GHALI, G, E; LARSEN, P, E; et al. Princípios de cirurgia bucomaxilofacial de
Peterson. 2ª edição. Editora Santos, 2013. 1.502 págs. V. 1.
SATISH, K; PADMASHEREE, S; REMA, J. Traumatic bone cyst of idiopathic origin? A report of
two cases. Ethiop J Health Sci, vol. 24, nº 2, pág 183-7, 2014.
____________________
1Residente
em Cirurgia e Traumatologia Bucomaxilofacial. Universidade Estadual do Oeste do Paraná. Email: [email protected]
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EFEITOS ADVERSOS BUCAIS DA RADIOTERAPIA DE CABEÇA E PESCOÇO
Marciane Gorete Silvestro Fiori1
Alex Cândido Ribeiro
Guilherme Fernandes Fonteque
Iris SawazakiCalone
RESUMO: O tratamento do câncer de cabeça e pescoço usualmente utiliza-se de recursos como
a cirurgia, radioterapia equimioterapia, sendo que radioterapia quando direcionada à região de
cabeça e pescoço é o tratamento que mais traz efeitos adversos bucais como a mucosite, a cárie
de radiação, a candidose, a xerostomia e a osteoradionecrose. O presente trabalho tem como
objetivo geral realizar uma revisão de literatura das complicações bucais que podem acometer
pacientes em tratamento radioterápico no tratamento de câncer de cabeça e pescoço e como
objetivo específico, descrever sobre os cuidados relativos aos efeitos adversos bucais
decorrentes deste tratamento.Concluiu-se com este trabalho que um acompanhamento
específico capaz de orientar o paciente com informações preventivas aos efeitos adversos bucais
estes podem ser minimizados ou até mesmo evitados conferindo ao paciente de radioterapia de
cabeça e pescoço uma melhor qualidade de vida.
Palavras-chave: radioterapia, bucal, efeitos adversos.
INTRODUÇÃO
O câncer é uma doença que desperta uma crescente preocupação por parte das agências
de saúde públicas mundiais e, apresenta uma indiscutível relevância social.(BEZERRA,2013).
Um subgrupo maior dos carcinomas de cabeça e pescoço é referido como “câncer
oral”surgindo nas mucosas da boca(lábios,base da língua,língua,assoalho bucal e palato duro)
e faringe (compreende a orofaringe, a hipofaringee a nasofaringe).(ALVARENGA etal.,2008).
Tabagismo e abuso de álcool são os principais fatores de risco relacionados ao câncer
de cabeça e pescoço. Os sintomas variam, dependendo do local de origem, pode incluir uma
dor de garganta, disfagia, odinofagia e rouquidão. No exame, os pacientes muitas vezes têm um
sítio primário de identificação e uma massa cervical palpável. Uma abordagem multidisciplinar é
importante no tratamento desses pacientes, dada a complexidade do tratamento e as
complicações agudas e de longo prazo que resulta de quimioterapia, terapia de radiação e
cirurgia. (HADDAD; SHIN, 2008).
As principais modalidades de tratamento indicadas para casos de câncer de boca e
pescoço incluem a cirurgia, radioterapia e quimioterapia, sendo que a radioterapia é o tratamento
que possui um grande número de efeitos deletérios bucais tanto de caráter transiente, como por
exemplo a mucosite oral,quanto permanente como a xerostomia.
2. OBJETIVOS
2.1 OBJETIVO GERAL
O presente trabalho tem como a objetivo realizar uma revisão de literatura acerca das
complicações bucais que podem acometer pacientes em tratamento radioterápico no tratamento
de câncer de cabeça e pescoço.
2.2 OBJETIVO ESPECÍFICO
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Descrever sobre os cuidados relativos aos efeitos adversos no tratamento com
radioterapia em pacientes de câncer de cabeça e pescoço.
3. REVISÃO DE LITERATURA
3.1 TRATAMENTO ONCOLÓGICO
As opções de tratamento são escolhidas de acordo com o estadio clínico das lesões,que
varia segundo a classificação TNM do American Joint CommiteonCancer (AJCC), adotada pela
União Internacional Contra o Câncer(UICC).Dependendo do local e extensão do tumor primário
e do status dos linfonodos cervicais,o tratamento do câncer da cavidade bucal pode ser
cirúrgico,radioterápico,quimioterápico ou uma combinação deles.’ A cirurgia é o tratamento
eletivo para os tumores em estadios clínicos iniciais. Para os tumores em estádios avançados,
há três abordagens principais. 1- Quimiorradioterapia concomitante baseada em platina, com
cirurgia reservada para doença residual; 2 cirurgia com esvaziamento cervical e
reconstrução, seguida de radioterapia ou quimiorradioterapia adjuvante, dependendo da
presença de fatores de risco adversos;3 quimioterapia de indução seguida de
quimiorradioterapia definitiva e/ou cirurgia. Cerca de 60% dos pacientes com CEC de cabeça e
pescoço têm doença localmente avançada, para a qual a modalidade de tratamento combinado
com intenção curativa é recomendada. (HADDA D; SHIN, 2008).
A radioterapia, de um modo geral, pode ter três objetivos distintos: curativo, remissivo e
sintomático. Quando o objetivo do tratamento é extinguir todas as células neoplásicas, a
radioterapia utilizada é de caráter curativo, quando se deseja reduzir parte do tumor ou
complementar o tratamento cirúrgico ou quimioterápico, usa-se o termo remissivo; ao passo que,
a finalidade sintomática das radiações é indicada nos casos de dor localizada.
(LÔBO;MARTINS,2009).
3.2 RADIOTERAPIA
Radioterapia é uma especialidade médica que utiliza um agente físico,a radiação
ionizante, que é produzida em aparelhos ou obtida de radioisótopos naturais ou artificiais para
finsterapêuticos.(GIGLIO;KALIKS,2007). A radioterapia é uma forma terapêutica amplamente
utilizada para o tratamento das neoplasias malignas da cabeça e pescoço.
(JHAM;FREIRE,2006). As radiações podem ser classificada sem não-ionizante se ionizantes.
As não-ionizantes atuam seletivamente no meio biológico, isto é, as moléculas biológicas
tendem a interagir com energias equivalentes às suas energias de ligação. São exemplos de
radiações não-ionizantes: ultravioleta, micro-ondas, ultra-som, laser, entre outras. Em
conseqüência da interação, elétrons podem mudar de órbita nos átomos (excitação), produzindo
luz, ou pode ocorrer aumento da energia cinética das moléculas, produzindo calor. As radiações
ionizantes possuem energia suficiente para promover ejeção de elétrons das orbitas dos átomos
(ionização), como os raiosx e raios gama. Elas interagem de forma não-seletiva com qualquer
componente celular. (GIGLIO; KALIKS,2007).
A radiação pode induzir dois tipos de morte celular, morte clonogênica que caracterizase pela perda da capacidade de divisão celular, e a morte por apoptose na qual é um tipo de
morte celular programada, que ocorre devido a alterações dentro da célula que está morrendo,
existindo assim participação ativada célula em sua morte.
Existe diferença na resposta radiobiológica entre o tecido normal e o doente e está
relacionado com a capacidade de reparação às lesões radioinduzidas sendo que tecidos de
resposta rápida são aqueles que aresentam as manifestações clínica sem curto período de
tempo depois da irradiação, por exemplo: pele, mucosas, tecido hematopoiético, tecido linfóide,
aparelho digestivo e certos tumores tecidos que apresentam alta atividade mitótica.
212
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Os tecidos de resposta lenta apresentam alterações em tempo mais prolongado após
irradiação, exemplo: tecidos ósseo, conjuntivo, muscular e nervoso que são tecidos que possuem
baixa atividade proliferativa. (GIGLIO;KALIKS,2007).
3.3 DA MUCOSITE ORAL
É definida como inflamação de mucosa oral, que se manifesta através de eritema,
ulceração, hemorragia, edema e dor. A mucosite oral induzida por radioterapia acomete a maioria
dos pacientes submetidos à radiação tumoricida em campos cérvico-faciais.(INCA, 2008).Altas
doses de radiação associadas à terapia como quimioterapia para tumores de cabeça e pescoço
aumentam a incidência da mucosite oral em 100% dos casos e surge a partir da segunda semana
de tratamento radioterápico. A evolução clínica de mucosite varia de acordo com a resposta
individual do paciente e com a dose de radiação acumulada.(INCA, 2008).A escala mais utilizada
para medir a mucositeoral é da Organização Mundial de Saúde (OMS), que classifica a mucosite
em quatro graus. O grau 0 é aquele no qual não existem sinais ou sintomas. No grau 1, a mucosa
apresenta-se eritematosa e dolorida. O grau 2 é caracterizado por úlceras, e o paciente alimentase normalmente. No grau 3, o paciente apresenta úlceras e só consegue ingerir líquidos. Por
último, no grau 4, o paciente não consegue se alimentar.(PICO; GARAVITO; NACCACHE, 1998).
3.4 DA CANDIDOSE
A candidose oral tem como principal agente etiológico a Candidaalbicans. Sua
manifestação clínica se caracteriza pela presença de placas brancas removíveis a raspagem,
podendo apresentar-se na forma pseudomembranosa ou eritematosa. Apesar de ser um
componente da microbiota bucal normal, alguns fatores podem favorecer o crescimento desse
patógeno oportunista, provocando infecção na mucosa oral, vaginal ou doença
sistêmica.(FREITAS et al., 2011).
Os pacientes irradiados têm maior tendência ao desenvolvimento de infecções bucais
causadas por fungos e bactérias. Estudos têm demonstrado que pacientes que foram
submetidos à radioterapia apresentam maior número de espécies microbianas, tais como
Lactobacillussp,Streptococcos aureus e Candidaalbicans.(JHAM; FREIRE, 2006). O paciente
irradiado apresenta uma queda no fluxo salivar o que pode justificar o aumenta na ocorrência da
candidose, geralmente também associada a alterações no paladar e mucosite.(FREITAS et al.,
2011).
3.5 DA DISGEUSIA
É a distorção ou diminuição do paladar que ocorre devido à radiosensibilidade dos botões
gustativos gerando a degeneração da arquitetura histológica normal dos mesmos. A saliva se
torna mais viscosa e apresenta alteração bioquímica na sua qualidade, formando uma barreira
mecânica dificultando o contato físico entre a língua e os alimentos. Estudos mostram que a
disgeusia é queixa de cerca de 70% dos pacientes que são submetidos à radioterapia, implicando
também em perda de apetite e de peso, sendo a complicação mais incômoda para muitos dos
pacientes irradiados. (CHENCHARICK; MOSSMAN, 1983; OHRN; WAHLIN; SJODEN, 2001;
SPETCH, 2002).
3.6 XEROSTOMIA
A extensão da lesão induzida pela radioterapia depende do volume das glândulas
irradiadas, em especial das parótidas, da dose total e da técnica utilizada. Habitualmente assistese a uma fase aguda de xerostomia causada pela radioterapia que surge logo à primeira semana,
mas também pode haver um efeito mais tardio e permanente de compromisso da função ou seja,
após alguma recuperação da secreção salivar esta pode regredir mais tardiamente e de modo
irreversível. As alterações iniciais caracterizam-se por infiltrados inflamatórios, degeneração e
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necrose celular, especialmente das células serosas. As alterações tardias caracterizam-se por
infiltração linfocitária, dilatação dos ductos, atrofia e fibrose.(FEIO; SAPETA, 2005).
3.7 OSTEORADIONECROSE
Após o tratamento de radiação o tecido sofre várias alterações se tornando hipóxico,
hipovascular e hipocelular prejudicando a reconstituição do osso e favorecendo a ocorrência da
osteoradionecrose. Alterações ósseas podem ser observadas em casos de procedimentos do
primeiro ano ao quinto ano após a radioterapia, mas há relatos de ocorrência de 3-7 meses até
38-45 anos após radioterapia. (FREITAS et al., 2011). A mandíbula é mais acometida que a
maxila e os pacientes dentados têm maiores chances de desenvolver a osteoradionecrose. A
exposição óssea espontânea pode ocorrer aproximadamente um ano após o término da
radioterapia e o risco para o desenvolvimento da complicação permanece indefinidamente.
(JHAM; FREIRE, 2006).A osteoradionecrose pode apresentar como características clínicas:
ulceração da mucosa com exposição óssea e presença de dor. O diagnóstico se dá por meio da
avaliação clínica e radiográfica devido a presença de áreas de reabsorção e neoformação
óssea.(FREITAS et al., 2011)
3.8 DISFAGIA
A disfagia caracteriza-se por um distúrbio da deglutição ou qualquer dificuldade do
trânsito do bolo alimentar da boca até o estômago, associado a complicações, tais como:
desnutrição, pneumonia aspirativa, penetração laríngea, presença de saliva ou restos
alimentares no vestíbulo laríngeo antes, durante ou após a deglutição. (ROSADO et al., 2005).
Classicamente a disfagia é dividida em orofaríngea (cervical) e motor (baixa). A primeira é
normalmente resultante de câncer da cabeça e pescoço e seu tratamento, acidente vascular
cerebral e doenças neurológicas (esclerose amiotrófica lateral e Parkinson, por exemplo). A
segunda é comumente representado por acalasia, doença do refluxo gastroesofágico, esclerose
sistêmica progressiva, recuperação pós-operatória da junção esofagogástrica incluindo
operação bariátrica e outros distúrbios de movimento do esôfago. (SALLUM; DUARTE;
CECCONELLO, 2012).
3.9 TRISMO
O trismo está relacionado às neoplasias malignas localizadas na região retromolar e
palato mole, ocorrendo devido à exposição da articulação temporomandibular (ATM) e músculos
mastigatórios às radiações, causando a fibrose gradual dos feixes musculares envolvidos. O
paciente costuma relatar como primeiro sintoma a dificuldade de abertura de boca, fato que
compromete a higiene oral do mesmo.(LÔBO; MARTINS, 2009).
3.10 CARIE DE RADIAÇÃO
Mesmo indivíduos que já há algum tempo não apresentavam atividade cariosa podem
desenvolver cáries de radiação ao serem submetidos à radioterapia. O principal fator para que
tais lesões se desenvolvam é a diminuição da quantidade de saliva, bem como alterações
qualitativas da mesma. Além disso, a radiação exerce um efeito direto sobre os dentes, tornandoos mais susceptíveis à descalcificação.(JHAM; FREIRE, 2006)
3.11 CUIDADOS ODONTOLÓGICOS RELATIVOS AOS EFEITOS ADVERSOS BUCAIS
3.11.1 QUANTO A MUCOSITE ORAL
Os princípios básicos são de cuidados para aliviar a dor, evitar desidratação, proporcionar
uma nutrição adequada, e lidar com qualquer foco de infecção.(PICO; GARAVITO; NACCACHE,
1998).A crioterapia, o laser de baixa potência, antimicrobianos, anti-inflamatórios, citoprotetores,
214
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fator de crescimento de granulócitos e macrófagos, fator de crescimento de ceratinócitos e
anestésicos locais são citados como agentes profiláticos e/ou terapêuticos para a mucosite oral.
A terapia com laser de baixa potência (TLBP) intraoral se destaca como uma alternativa eficaz
na prevenção e no tratamento da mucosite oral, pois tem bons resultados, é de baixo custo e
não é traumática. Diversos estudos comprovaram a redução da incidência e da dor associada à
mucosite oral em pacientes que receberam a TLBP. (CARVALHO et al., 2011; RAMPINI;
FERREIRA, 2009).
Os pacientes devem ter cuidados orais especiais, tais como, limpeza dos dentes com
escova macia, creme dental de preferência com flúor, cuidados com próteses (limpeza e ajustes),
avaliação da presença de cáries, uso de fio dental, nutrição adequada, evitar alimentos ácidos,
muito condimentados e açucarados, e manter uma hidratação adequada. O bochecho com
solução de bicarbonato de sódio cria um ambiente alcalino, impedindo a proliferação de
candidíase; no entanto, pode ser desagradável no paladar. Bochechos com nistatina, para a
prevenção contra fungos também são recomendados e uso do fluoreto de sódio (gel) 0,05%,
diariamente. O gluconato de clorexidina 0,12% também é um antimicrobiano
recomendado.(FREITAS et al., 2011).
3.11.2 QUANTO A CANDIDOSE
O diagnóstico se dá por meio do exame clínico e seu tratamento consiste no emprego de
antifúngicos tópicos ou sistêmicos sendo estes a nistatina e o fluconazol. A manutenção da saúde
bucal e o acompanhamento odontológico regular podem reduzir e prevenir de forma considerável
a ocorrência da candidose em pacientes que passam por radioterapia em área de cabeça e
pescoço.(FREITAS et al., 2011).
3.11.3 QUANTO A OSTEORADIONECROSE
Após a irradiação o tecido torna-se hipóxico, hipovascular e hipocelular, fatores estes que
agem impedindo a reestruturação do osso, podendo permanecer nessa condição por tempo
indeterminado. (MARX, 1983). Após a radioterapia, a realização de exodontia deve ser
prorrogada o máximo possível.(DE MOOR, 2000). O dente deverá receber tratamento
endodôndico em caso de pulpite, tendo assim o devido cuidado para não introduzir
microorganismos pela instrumentação.(TOPAZIAM; GOLDBERG, 1997). A avaliação
odontológica pré-radioterápica, portanto, é fundamental, pois permite o levantamento das
necessidades de tratamento odontológico do paciente antes do início da radioterapia. Nessa
avaliação, o cirurgião dentista deve incluir procedimentos como raspagem de tártaro, eliminação
de cáries, orientação sobre higiene oral e exodontias necessárias permitindo a manutenção da
saúde bucal do paciente e consequentemente prevenindo a osteoradionecrose.(FREITAS et al.,
2011).
Devem ser removidos dentes com grande destruição por cárie, doença periodontal,
dentes decíduos com risólise fisiológica, dentes com comprometimento pulpar, lesões periapicais
extensas, restos radiculares. Dentes com granulomas periapicais devem ser tratados com
apicectomias ou removidos. Devem ser realizados raspagem e alisamento coronoradicular, as
restaurações e próteses devem ser polidas de maneira que não fiquem superfícies rugosas na
boca, as quais poderiam traumatizar a mucosa inflamada. Restaurações em excesso devem ser
eliminadas, para que se removam fatores de retenção de placa.(GRIMALDI et al., 2005).
A aplicação tópica de flúor para proteção dos dentes remanescentes é um medida
essencial para se evitar a doença cárie evitando-se assim uma futura possibilidade de exodontia
destes elementos.(GIERTSEN; SCHEIE, 1993; ORD; BLANCHAERT, 2001; RUDAT; MEYER;
MOMM, 2000).
Deve-se haver um tempo de espera entre o procedimento cirúrgico para remoção dos
elementos dentais comprometidos e o início da radioterapia, para que ocorra o reparo, estimase que o tempo necessário seja de 7 e 14 dias. (TOPAZIAM; GOLDBERG, 1997).
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3.11.4 QUANTO A XEROSTOMIA
Antes de iniciar a radioterapia o paciente deve ser orientado a manter a hidratação bucal,
sendo necessário a ingestão de grandes quantidades de água e de outros líquidos, no decorrer
do dia, pela via oral, sendo esse cuidado essencial para o tratamento. (BAPTISTA NETO;
SUGAYA, 2004). Pacientes devem ser orientados a evitar todos os agentes que podem diminuir
a salivação, especialmente o uso do tabaco e álcool.(FEIO; SAPETA, 2005).A utilização da
pilocarpina antes do inicio da radioterapia é indicada na literatura como útil na prevenção dos
efeitos prejudiciais da radiação. Aventa-se que haja uma ação citoprotetora da droga, com
redução na queixa de desconforto bucal e diminuição da hipofunção glandular. (BAPTISTA
NETO; SUGAYA, 2004). Quando aplicada a pilocarpina no estágio após ou durante a
radioterapia, não produz grandes resultados no paciente, sendo baixo seu percentual de sucesso
com relação a prevenção de xerostomia, assim, não impede totalmente o declínio do fluxo salivar,
contudo, os sintomas são amenizados.(BAPTISTA NETO; SUGAYA, 2004).
Estudo verificou a eficácia do laser de baixa potência, com comprimento de onda de 685
nm, na redução da incidência de xerostomia, o estudo foi realizado com um grupo de 60
pacientes portadores de carcinoma no qual não foram submetidos à radioterapia prévia na região
de cabeça e pescoço. Vinte e nove pacientes foram submetidos à RT sem laser e 31 pacientes
submetidos à radioterapia e laser com dose diária de 2 joules/cm2 em pontos pré-determinados
da mucosa bucal, glândulas parótida e submandibular. Durante a análise dos resultados foi
observada diferença estatisticamente significativa entre os dois grupos, sendo fluxo salivar
estimulado e não estimulado maiores no grupo submetido à radioterapia e laser, durante e após
o tratamento.(LOPES; MAS; ZÂNGARO, 2006).
O tratamento da xerostomia pode ser feito por meio do uso de estimulantes
mecânicos/gustatórios, substitutos da saliva ou agentes sistêmicos e uso de laser de baixa
potência também já foram citados como forma de tratamento da xerostomia.(JHAM; FREIRE,
2006; LOPES; MAS; ZÂNGARO, 2006; TERAPI, 2009).
Estimulantes e substitutos da saliva geralmente atenuam apenas a xerostomia, sem
alterar o fluxo salivar. Já os agentes sistêmicos além de atenuar a xerostomia, diminuem também
os problemas bucais associados com a hipofunção das glândulas salivares, através da elevação
do fluxo salivar. Desta forma, o tratamento de escolha da xerostomia associada à radioterapia
deve ser por meio do uso de agentes sistêmicos, sendo que a pilocarpina é o mais estudado.
Recentemente, isto foi demonstrado também para o betanecol, sendo que o medicamento usado
concomitantemente à radioterapia é capaz de aumentar o fluxo salivar em repouso logo após o
término do tratamento radioterápico, além de diminuir a queixa subjetiva de boca seca.(JHAM;
FREIRE, 2006).
DISCUSSÃO
Observaram-se, nesta revisão, resultados consistentes para a incidência de doenças
bucais decorrentes ao tratamento com radioterapia em pacientes de câncer de cabeça e
pescoço. Altas doses de radiação em extensos campos que irão incluir a cavidade bucal, maxila,
mandíbula e glândulas salivares frequentemente resultam em diversas reações
indesejadas(JHAM;FREIRE, 2006). Os efeitos colaterais mais comuns da radioterapia na região
de cabeça e pescoço são: dermatite, mucosite, xerostomia, disgeusia, disfagia, trismo, cárie de
radiação eosteoradionecrose, os quais podem ser precoces, tardios, reversíveis ou irreversíveis.
Para a análise quanto amucosite, esta se apresentará comumente à partir da 2º semana
de irradiação e nota-se que é ainda mais acentuada quando a quimioterapia é utilizada em
associação à radioterapia no tratamento do câncer.(OHRN; WAHLIN; SJODEN, 2001). Os
fatores de risco para o desenvolvimento da mucosite oral incluem local do campo de radiação,
preexistência de doença dentária, higiene oral precária, baixa produção de saliva, função imune
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comprometida e focos de infecção local. A destruição do epitélio, com a consequente exposição
do tecido conjuntivo, provê uma porta de entrada às infecções oportunistas, como a
candidose.(INCA, 2008).Este efeito é uma das principais causas de interrupção do tratamento
devido a impossibilidade de alimentação decorrentes da dor devido às ulcerações.
Na discussão quanto a candidose bucal observa-se que trata-se de uma infecção comum
em pacientes sob tratamento de neoplasias malignas das vias aero-digestivas superiores. A
colonização da mucosa bucal pode ser encontrada em até 93% desses pacientes, enquanto que
infecção por candida pode ser vista em 17-29% dos indivíduos submetidos à radioterapia. O risco
aumentado para a candidose bucal decorre provavelmente da queda do fluxo salivar
consequente da radioterapia. Além disso, uma possível explicação para a maior predisposição
dos pacientes irradiados à candidose é uma atividade fagocítica reduzida dos granulócitos
salivares contra estes microrganismos.(JHAM; FREIRE, 2006).
A disgeusia acomete os pacientes a partir da segunda ou terceira semana de radioterapia,
podendo durar várias semanas ou mesmo meses. A recuperação normalmente ocorre de 60 a
120 dias após o término da irradiação.
A xerostomia está associada à baixa qualidade de vida. Em pesquisa de Kakoei e
colaboradores (2012), constatou-se esta relação através de uma amostra de 63 pacientes que
realizaram tratamento de câncer de cabeça e pescoço. (KAKOEI et al., 2012).Em analise para
xerostomias observa-se que a saliva também sofre alterações qualitativas decorrentes da
radioterapia com diminuição da atividade das amilases, perda da capacidade tampão com
consequente acidificação. Ocorrem também alterações dos diversos eletrólitos como cálcio,
potássio, sódio e fosfato. Desta forma, os indivíduos que foram irradiados são mais susceptíveis
à doença periodontal, cáries rampantes e infecções bucais fúngicas e bacterianas. (JHAM;
FREIRE, 2006).
Quando se analisa a cerca da osteoradionecrose, estudos demonstram que cerca de 60%
dos pacientes queixam-se de dor, que varia desde dor leve, controlada por medicamentos, até
condições extremamente dolorosas. Porém, a presença destes sintomas parecem não estar
relacionada com a extensão do processo. A osteoradionecrose pode resultar também em edema,
supuração e fraturas patológicas, que podem ocorrer em 15% dos pacientes, sendo sempre
acompanhadas de dor.(JHAM; FREIRE, 2006). A exodontia em pacientes que sofreram
tratamento por radioterapia constitui uma preocupação, uma vez que é alto o risco de necrose
óssea.(FREITAS et al., 2011).
A disfagia tem sido reconhecida como um efeito adverso limitante para cálculo da dose
e, tratamentos à base de radioterapia para cabeça e pescoço. A função de deglutição pode ser
prejudicada devido a uma série de alterações teciduais normais, incluindo edema, neuropatia e
fibrose.
Em contraste, a neuropatia e fibrose oral, laringe, faringe e musculatura podem se
desenvolver ou persistir por muito tempo após a conclusão do tratamento. Estes efeitos tardios
em última análise, prejudicam a amplitude de movimento das principais estruturas de deglutição
e têm sido implicados como os mecanismos primários de disfagia a longo prazo em
sobreviventes de câncer de cabeça e pescoço. Em casos graves de disfagia é necessário
restrições alimentares e pode ocorrer desnutrição necessitando de controle de dieta alimentar
permanente e dependência de sonda de gastrostomia. (HUTCHESON et al., 2012).
Na analise detrismos observa-se que os tecidos moles podem sofrer fibrose após a
radioterapia, tornando-se pálidos, delgados e sem flexibilidade. Quando a fibrose acomete
musculatura da mastigação (temporal, masseter e músculos pterigoideos) pode ocorrer trismo.
Em casos mais graves, o trismo pode interferir na alimentação e nos cuidados dentários.(JHAM;
FREIRE, 2006).
Quanto aimportância sobre os cuidados relativos aos efeitos adversos ao tratamento de
radioterapia sabe-se que eles podem ser minimizados ou evitados mediante cuidados bucais
217
20 a 23 de agosto de 2015 - ISSN 2236-9090
promovidos tanto pelo cirurgião-dentista quanto pelo próprio paciente. No que concerne ao
paciente, sabe-se que a informação é a principal ferramenta para uma ação preventiva.
CONCLUSÃO
Pela revisão acima exposta nota-se que o tratamento do câncer de cabeça e pescoço
usualmente utiliza-se de recursos como a cirurgia, a radioterapia e a quimioterapia, sendo que
radioterapia é a modalidade de tratamento que mais traz efeitos adversos bucais como a
mucosite, a cárie de radiação, a candidose, a xerostomia e a osteoradionecrose.No entanto se
houve rum acompanhamento específico capaz de orientar o paciente com informações
preventivas aos efeitos adversos bucais, estes podem ser minimizados ou até mesmo evitados
conferindo ao paciente de radioterapia de cabeça e pescoço uma melhor qualidade de vida.
REFERÊNCIAS
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____________________
1
Acadêmica do curso de Odontologia da Universidade Estadual do Oeste do Paraná –
UNIOESTE, e-mail: [email protected]
219
20 a 23 de agosto de 2015 - ISSN 2236-9090
EXPOSIÇÃO AO TRICLOSAN DURANTE A GESTAÇÃO CAUSA RESTRIÇÃO DE
CRESCIMENTO INTRAUTERINO DA PROLE DE RATAS WISTAR
Romário Willian Welter1
Camila Stacheski Machado
Michael Aparecido Machado
João Paulo de Arruda Amorim
Elaine Manoela Porto Amorim
Modalidade: Pesquisa
RESUMO: O triclosan (TCS) é um bactericida muito utilizado em produtos de higiene pessoal.
No contexto da odontologia, esta substância tem se mostrado eficaz em reduzir a placa dentária
e gengivite, além de controlar a progressão da doença periodontal crônica. Entretando,
questiona-se o real benefício da utilização em larga escala do TCS em diferentes produtos, uma
vez que esta substância tem sido incluída na lista dos desreguladores endócrinos. Objetivo: o
objetivo deste estudo foi avaliar os efeitos, decorrentes da exposição ao TCS, durante a
gestação, no desenvolvimento físico inicial da prole de ratas. Metodologia: Fêmeas Wistar
prenhes foram separadas em quatro grupos experimentais, com 4 animais em cada: GIreceberam TCS, na dose de 75 mg/kg/dia; GII - receberam TCS, na dose de 150 mg/kg/dia;
GIII- receberam TCS, na dose de 300 mg/kg/dia e, GIV- que receberam óleo de milho. Ao
nascimento, a ninhada foi pesada e avaliada quanto ao desenvolvimento físico inicial: idades de
descolamento das orelhas, nascimento de pêlos, erupção dos incisivos e abertura dos olhos.
Resultados: O peso corporal das ratas ao longo da gestação foi semelhante entre grupos
experimentais. O peso médio das ninhada das ratas tratadas com triclosan nas diferentes doses
foi menor (p<0,05), quando comparado ao grupo controle. Dos parâmetros físicos avaliados,
houve um atraso no tempo de descolamento das orelhas dos filhotes do GIII, quando comparado
aos demais grupos experimentais. Conclusão: A exposição ao TCS durante a gestação causa
um prejuízo no desenvolvimento intrauterino dos animais, caracterizado pelo baixo ao
nascimento.
Palavras-chave: triclosan, desregulador endócrino, prenhes
REFERÊNCIAS:
AXELSTAD, M.; BOBERG, J.; VINGGAARD, A. M. et al. Triclosan exposure reduces thyroxine
levels in pregnant and lactating rat dams and in directly exposed offspring. Food and Chemical
Toxicology, n. 59, p. 534–540, 2013.
ZORRILLA, L. M.; GIBSON, E. K.; JEFFAY, S. C. et al. The Effects of Triclosan on Puberty and
Thyroid Hormones in Male Wistar Rats. Toxicol. Sci., n. 107, p. 56–64, 2009.
____________________
Acadêmico do 2º ano do Curso de Odontologia
Universidade Estadual do Oeste do Paraná – UNIOESTE
e-mail: [email protected]
220
20 a 23 de agosto de 2015 - ISSN 2236-9090
LEUCOPLASIA VERRUCOSA PROLIFERATIVA – RELATO DE CASO CLÍNICO
Gustavo Henrique Gomes da Silva1
Greison Rabelo de Oliveira2
Natasha Magro Érnica3
Geraldo Griza4
Eleonor Álvaro Garbin Jr5
Modalidade: Caso Clínico
RESUMO: A leucoplasia é a lesão cancerizável mais prevalente na cavidade oral, sendo o
diagnóstico feito na exclusão de outras lesões brancas. Devido ao potencial de transformação
maligna, os pacientes devem ser orientados quanto à importância da remoção dos fatores de
risco e a necessidade do acompanhamento constante. A leucoplasia verrucosa proliferativa é
uma forma rara de leucoplasia que necessita de atenção especial devido à sua elevada taxa de
progressão para o carcinoma de células escamosas e carcinoma verrucoso. Objetivo: Relatar
um caso clínico de leuplasia demonstrando suas características clínicas e histológicas, além do
tratamento. Relato de caso: A paciente I. S., 74 anos, feminino, compareceu ao Centro de
Especialidades Odontológicas, na Unioeste, queixando-se de lesão no rebordo alveolar inferior.
Na anamnese, foi descoberto que a lesão teve início há quatro anos, quando a paciente trocou
de prótese, sendo dolorido à palpação e tendo aumentado de tamanho com o tempo. No exame
intraoral, observou-se lesão branca extensa, com a superfície rugosa, abrangendo rebordo
alveolar inferior direito, mucosa jugal direita, assoalho bucal, e lesão no rebordo alveolar superior
não percebido pela paciente, na região dos dentes 13 a 15. Realizou-se a biópsia incisional,
tendo como resultado os achados histopatológicos compatível com o diagnóstico de leucoplasia,
com correlação clínico-histológica de leucoplasia verrucosa proliferativa, e displasia epitelial leve,
região de tuberosidade maxilar e na mucosa alveolar da região dos dentes 14 e 15. Conclusão:
Concluímos que é de extrema importância correlacionar o exame clínico com o laudo
histopatológico para chegar ao diagnóstico correto.
Palavras-chave: lesão branca; leucoplasia; displasia.
REFERÊNCIAS:
ABADIE, W. M. et al. Optimal Management of Proliferative Verrucous Leukoplakia: A Systematic
Review of the Literature. Otolaryngol Head Neck Surg, junho/2015
FERRISSE, T. M. et al. Diagnóstico e conduta para leucoplasia verrucosa proliferativa: relato de
caso clínico. Rev Odontol UNESP, Araraquara, v. 42, 2013.
NEVILLE, Brad et al. Patologia oral & maxilofacial. 3ª ed. Rio de Janeiro: Elsevier, 2009.
____________________
1
Acadêmico 3º, UNIOESTE, [email protected].
2;3;4;5
Docente, UNIOESTE
221
20 a 23 de agosto de 2015 - ISSN 2236-9090
PARACOCCIDIOIDOMICOSE x CARCINOMA EPIDERMÓIDE: UM DESAFIO DIAGNÓSTICO
Debora Reis Dias1
Amanda Carolina Mazuquini2
Yasmin Firmino de Souza3
Vanessa Cristina Veltrini 4
Modalidade: Caso Clínico
RESUMO: A abordagem clínica de pacientes portadores de lesões bucais ulceradas crônicas
deve considerar dentre as possibilidades diagnósticas tanto a Paracoccidioidomicose quanto o
Carcinoma Epidermóide. As duas lesões podem apresentar-se clinicamente assintomáticas, com
textura e superfície rugosa, coloração eritematosa, rósea ou esbranquiçada, contorno irregular,
margens difusas e, microscopicamente, a hiperplasia pseudoepiteliomatosa, presente na micose,
pode simular invasão da lâmina própria e se somar a outras características eventualmente
também presentes e que geram confusão diagnóstica. Sendo assim, o objetivo deste trabalho é
relatar o caso de um paciente do gênero masculino, 42 anos de idade, feoderma, trabalhador
rural, fumante, etilista, que apresentava extensa ulceração em rebordo e mucosa alveolar inferior
direita, medindo aproximadamente 30mm, de limites imprecisos e superfície moriforme, com
pontilhado hemorrágico. Dentre as hipóteses diagnósticas, estavam Carcinoma Epidermóide e
Paracoccidioidomicose. Foi realizada biópsia incisional e, após análise histopatológica, o
diagnóstico foi conclusivo para Paracoccidioidomicose. O paciente foi encaminhado para um
infectologista e segue em tratamento. A Paracoccidioidomicose é a principal micose do Brasil,
envolve primariamente os pulmões, pela inalação do fungo e, posteriormente, dissemina-se para
outros órgãos e sistemas, originando as lesões secundárias nas mucosas, nos linfonodos e na
pele. Na maioria das vezes, a infecção é assintomática, mas pode haver sialorréia, sangramento,
mobilidade dentária, dor, ardor e macroqueilia.
Palavras-chave: Carcinoma Epidermóide; Diagnóstico Diferencial; Paracoccidioidomicose.
REFERÊNCIAS:
WEBBER, L.P.; MARTINS, M.D.; de OLIVEIRA, M.G.; MUNHOZ, E.A.; CARRARD, V.C.
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Report of 2 cases mimicking squamous cell carcinoma. Oral Surgery, Oral Medicine, Oral
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PEDREIRA, R.P.G.; GUIMARÃES, E.P; CARLI, M.L.; MAGALHÃES, E.M.S.; PEREIRA, A.A.C.;
HANEMANN, J.A.C. Paracoccidioidomycosis Mimicking Squamous Cell Carcinoma on the
Dorsum of the Tongue and Review of Published Literature. Mycopathologia, v. 177, p. 325-329,
2014.
_____________________
1
Graduanda em Odontologia, Universidade Estadual de Maringá, [email protected].
em Odontologia, Universidade Estadual de Maringá.
3 Professora doutora em Patologia Bucal, Universidade Estadual de Maringá.
2Graduanda
222
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ANÁLISE DA PREVALÊNCIA E SEVERIDADE DA DOENÇA PERIODONTAL EM
INDIVÍDUOS COM DOENÇA RENAL CRÔNICA
Bruna Paola Martins1
Daniele Ruggero da Costa2
Flavia Matarazzo Martins³
Neli Pieralisi4
Modalidade: Pesquisa
RESUMO:A prevalência e a severidade da doença periodontal em indivíduos com insuficiência
renal crônica (IRC) comparados à população em geral é controversa na literatura. O objetivo
deste estudo foi estabelecer o perfil periodontal dos indivíduos DRC (estágio 5) sob hemodiálise
(HD) e submetidos ao transplante renal (TX) e associar a condição periodontal com os testes de
fluxo, ureia e pH salivar dentro dos grupos. Os parâmetros clínicos avaliados foram: profundidade
de sondagem (PS), nível clínico de inserção (NIC), sangramento à sondagem (SS), índice de
placa visível (IPV) e índice de gengivite (IG). Também foram realizados testes de fluxo, ureia e
pH salivar. Vinte e dois indivíduos foram incluídos no estudo, sendo 10 (M=7/F=3) no grupo TX
e 12 (M=7/F=5) no grupo HD. Dezoito dentre os 22 indivíduos apresentaram periodontite (81%).
As médias dos parâmetros clínicos foram semelhantes entre os grupos, exceto para NIC. A
avaliação dos níveis de fluxo, ureia e pH salivar dentro do grupo, segundo a severidade de
doença, demonstrou que o os maiores valores dos níveis de ureia estavam presentes nos casos
mais graves de doença. A prevalência da doença periodontal é alta entre os indivíduos com IRC,
e mais severa no grupo HD que no grupo TX. Quanto maior os níveis de ureia salivar maior a
severidade de doença dentro do grupo.
Palavras-chave: Insuficiência renal crônica; Uremia; Doenças periodontais.
REFERÊNCIAS:
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Between Renal Failure and Periodontal Health: A Cross Sectional Study.” Journal of clinical and diagnostic
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gland hypofunction. J Dent Res, v.71, n.7, Jul 1992. Disponível em: http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/
1629451.
______________________________
1 Aluna
de Graduação da Universidade Estadual de Maringá, [email protected].
formada pela Universidade Estadual de Maringá.
³ Doutora em Ciências Biológicas pela Universidade de São Paulo, Professora do Departamento de
Odontologia da Universidade Estadual de Maringá.
4 Doutoranda em Ciências da Saúde pela Universidade Estadual de Maringá, Professora do
Departamento de Odontologia da Universidade Estadual de Maringá
2Cirurgiã-Dentista,
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AVALIAÇÃO DA CORTICOTOMIA E SEU EFEITO NA MOVIMENTAÇÃO ORTODÔNTICA
Samuel Kaik Alves de Lima1
Murilo Hernane Gonzalez Pimenta1
Sabrina Vieira Botelho1
Nayara Gonçalves Emerenciano1
Victor Hugo Guidini1
Mauricio Guimaraes Araujo2
Modalidade: Pesquisa
RESUMO:O tratamento ortodôntico pode ser demorado por questões fisiológicas e mecânicas.
Recentemente, a realização de corticotomias antes da movimentação ortodôntica tem sido usada
para diminuir o tempo de tratamento. O objetivo deste estudo foi avaliar se a corticotomia é capaz
de acelerar a movimentação ortodôntica. Foram selecionados 5 cães beagle que tiverem seus
primeiros e terceiros pré-molares extraídos e cicatrizados. Na região de segundo pré-molar de
um lado da mandíbula foram realizados corticotomias circundando a região e aplicado força
ortodôntica (Grupo teste) e do outro apenas a movimentação foi realizada (Grupo controle). Os
elementos foram distalizados durante 14 semanas. A distância entre o segundo e quarto prémolares foi mensurada através da utilização de um paquímetro digital. Valores médios e desvio
padrão foram calculados para todas as variáveis, utilizando o cão como unidade estatística.
Durante as primeiras 7 semanas a quantidade de movimento acumulada no Grupo teste foi
significativamente maior que do Grupo controle (6,7mm ± 1,9mm vs. 3,5mm ± 1,9mm – p<0,05).
No entanto, após a sétima semana do experimento ambos movimentaram na mesma proporção,
pois no Grupo teste, o dente no qual passou por corticotomia chegou mais rápido até seu ponto
final. Desta forma, pode-se concluir que a corticotomia foi eficaz em acelerar a movimentação
ortodôntica.
Palavras-chave: Aceleração, Movimentação ortodôntica, Ortodontia corretiva.
______________________________
1.Graduandos, Departamento de ciências da saúde, Departamento de Odontologia- Universidade Estadual
de Maringá, Maringá-PR, Brasil.
2Professor Doutor em Periodontia, Departamento de ciências da saúde, Departamento de OdontologiaUniversidade Estadual de Maringá, Maringá-PR, Brasil.
E-mail: [email protected]
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AVALIAÇÃO DA MEDIDA RADIOGRÁFICA NO DIAGNÓSTICO DE INVASÃO DO ESPAÇO
BIOLÓGICO
Bruna Martinazzo Bortolini1
Guilherme Schmitt Andrade2
Carlos Augusto Nassar3
Danielle Shima Luize3
Patricia Oehlmeyer Nassar3
Modalidade: Pesquisa
RESUMO: O exame habitualmente usado para auxiliar no diagnóstico da necessidade do
aumento de coroa clínica é a radiografia periapical. Alguns prós e contras têm sido
levantados a respeito da eficácia da utilização deste recurso: é o exame mais utilizado,
permite observar sobrecontornos de restaurações proximais e identificar o espaço
biológico. Porém oferece uma imagem bidimensional de uma estrutura tridimensional,
algumas características anatômicas se perdem, existem limitações físicas e geométricas
da radiografia e a interpretação do examinador. Objetivo: foi comparar as medidas
radiográficas e transcirúrgicas do espaço biológico nas cirurgias de aumento de coroa
clínica realizadas na clínica de odontologia da UNIOESTE. Metodologia: depois de
identificada a necessidade da cirurgia e consentimento livre e esclarecido do paciente,
realizou-se 25 radiografias periapicais e 26 medidas e a cirurgia da cada paciente, onde se
obteve a medida transcirúrgica do espaço biológico através de sonda milimetrada. As
imagens radiográficas foram digitalizadas e analisadas em duas medidas no programa
Image Tools 3.0 e feita uma média entre as duas medidas, do término da restauração até
a crista alveolar com medidas em milímetros. Resultados: mostraram que a medida
radiográfica foi estatisticamente menor que a medida transcirúrgica. Conclusão: podemos
sugerir que existe uma subestimação radiográfica da invasão do espaço biológico em
relação à medida transcirúrgica.
Palavras-chave: Periodonto, diagnóstico, radiografia.
REFERÊNCIAS:
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Quintessense, p.69-72,1989.
BIANCHI SD et al. Considerazioni Radiologiche Sula maltratice in Odontoiatria. Minerva
Stomato. v.45, n.11, p.541-547,1996.
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técnicas de diagnóstico de invasão do espaço biológico do periodonto. Periodontia – Revista
SOBRAPE, v.9, n.1, p.42-49, 2000.
______________________________
1Acadêmica do 4 ano de Odontologia. Universidade Estadual do Oeste do Paraná – UNIOESTE –
Cascavel. E-mail: [email protected]
2 Acadêmico do 5o ano de Odontologia da UNIOESTE - Cascavel
3 Professores da disciplina de periodontia da UNIOESTE – Cascavel.
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20 a 23 de agosto de 2015 - ISSN 2236-9090
AVALIAÇÃO DA SUPLEMETAÇÃO DE VITAMINA C PARA MELHORAR O RESULTADO
DA TERAPIA PERIODONTAL NÃO CIRURGICA EM FUMANTES: ESTUDO RANDOMIZADO
E CONTROLADO
Murilo Hernane Gonzalez Pimenta1
Débora de Almeida Bianco1
Victor Sapata2
Jeniffer Perussolo3
Bruna Milhomens de Sousa3
Cléverson de Oliveira e Silva4
Modalidade: Pesquisa
RESUMO:Indivíduos fumantes apresentam piores resultados no tratamento periodontal nãocirúrgico e menores níveis de vitamina C, importante para a cicatrização. O objetivo foi analisar
se a suplementação de vitamina C pode melhorar os resultados da terapia periodontal nãocirúrgica em fumantes. Trinta adultos fumantes (>10 cigarros/dia) com periodontite crônica foram
submetidos a RAR por quadrante durante 4 semanas. O estudo foi randomizado, duplo cego,
controlado por placebo. Os pacientes receberam 1g diária de vitamina C (15) ou placebo (15),
durante 30 dias. Profundidade de sondagem (PS), nível da margem gengival (NMG), nível clínico
de inserção (NCI), índice de placa (IP) e índice de sangramento à sondagem (ISS) foram
avaliados no início, 30 e 90 dias após. A avaliação dos níveis sanguíneos de vitamina C foi
realizada, no plasma e leucócitos periféricos, anterior à primeira, segunda e terceira sessão de
RAR e na avaliação de 90 dias. Após a suplementação proposta houve um aumento significativo
dos níveis de vitamina C. Foi observada diferença estatisticamente significante entre os grupos
no parâmetro clínico de IP. Na comparação por quadrantes, não houve diferença entre os grupos
dos parâmetros do 1º quadrante, porém o grupo teste obteve resultados estatisticamente
superiores para IP, ISS, NCI e PS na avaliação de 90 dias no 4º quadrante. Dentro dos limites
do estudo, pode-se concluir que os pacientes fumantes apresentam níveis baixos de vitamina C,
que o tratamento periodontal não-cirúrgico não é capaz de diminuir os níveis sistêmicos dessa
vitamina e que a suplementação pode trazer benefícios no reparo periodontal.
Palavras-chave: Fumantes; Raspagem e alisamento radicular; Vitamina C.
______________________________
1 Graduação, Departamento de ciências da saúde, Departamento de Odontologia-Universidade Estadual
de Maringá, Maringá-PR, Brasil, [email protected]
2 Pós-Graduação, Departamento de ciências da saúde, Departamento de Odontologia-Universidade
Estadual de Maringá, Maringá-PR, Brasil.
3 Residente em Periodontia, Departamento de ciências da saúde, Departamento de OdontologiaUniversidade Estadual de Maringá, Maringá-PR, Brasil.
4 Professor Doutor em Periodontia, Departamento de ciências da saúde, Departamento de OdontologiaUniversidade Estadual de Maringá, Maringá-PR, Brasil
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20 a 23 de agosto de 2015 - ISSN 2236-9090
AVALIAÇÃO DE BIOTIPOS PERIODONTAIS E SUA IMPORTÂNCIA CLÍNICA NA
ODONTOLOGIA
Sabrina Vieira Botelho1
Murilo Hernane Gonzalez Pimenta¹
Nayara Gonçalves Emerenciano¹
Fabiano Carlos Marson²
Patricia Saram Progiante²
Cléverson de Oliveira e Silva¹
Modalidade: Pesquisa/
RESUMO: As características gengivais são importantes para a manutenção da saúde
periodontal e para o sucesso do tratamento odontológico. Assim, o objetivo deste estudo foi
avaliar a prevalência dos diferentes biótipos gengivais em adultos jovens com periodonto
saudável. Cem pacientes (38 homens e 62 mulheres) foram avaliados e divididos em 3 diferentes
grupos, de acordo com o biótipo periodontal (fino, intermediário e espesso). Os seguintes
parâmetros foram avaliados: largura da faixa de tecido queratinizado (LGQ), espessura de tecido
queratinizado (EGQ), comprimento da papila (CP), profundidade de sondagem (PS), recessão
gengival (RG), nível clínico de inserção (NCI), e os índices de sangramento à sondagem (ISS),
de placa visível (IP) e sangramento marginal (ISM). Os resultados mostraram uma maior
prevalência de mulheres com biótipo periodontal fino em comparação com os homens (18%
versus 11%) e maior prevalência de homens com biótipo espesso em comparação com as
mulheres (42% versus 29%). Indivíduos com biótipo espesso também apresentaram PS mais
profunda (p<0,05). Houve uma correlação positiva entre o EGQ e LGQ (p 0,0103) e EGQ com
PS (p=0,0001). As características periodontais variam bastante em cada biótipo periodontal.
Essas características se relacionam entre si levando o indivíduo a ter uma proteção ou
suscetibilidade maior dos tecidos periodontais. Parece importante na prática odontológica definir
estes biotipos corretamente e promover as práticas necessárias de acordo com cada indivíduo.
Palavras-chave: Características, Gengiva, Periodonto.
REFERÊNCIAS:
AINAMO J. , LOE H.. Anatomical characteristics of gingiva. A clinical and microscopic study of
the free and attached gingiva. J Periodontol. 1966; 37: 5-13.
AINAMO J. , TALARI A.. The increase with age of the width of attached gingiva. J Periodontol
Res. 1976; 11: 182-8.
ANDEREGG C.R. , METZLER D.G. , NICOLL B.K.. Gingiva thickness in guided tissue
regeneration and associated recession at facial furcation defects. J Periodontol 1995;66:397.
______________________________
1Universidade Estadual de Maringá, [email protected]
² Curso de Odontologia, Faculdade Ingá, Maringá/PR, Brasil.
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20 a 23 de agosto de 2015 - ISSN 2236-9090
AVALIAÇÃO DE TRÊS ESCOVAS DENTAIS DE CERDAS DIFERENTES, EM RELAÇÃO A
ABRASÃO GENGIVAL E REMOÇÃO DE PLACA
Debora Reis Dias1
Luisa de Araújo Moreira Preis2
Jéssica Marques Silva Soumaille3
Roberto Masayuki Hayacibara4
Modalidade: Pesquisa
RESUMO: O controle da placa bacteriana é considerado efetivo quando uma escovação
adequada é associada ao fio dental. A escovação de maneira incorreta perde sua eficiência e
pode causar abrasão gengival. O objetivo desta pesquisa foi avaliar o potencial relativo das
escovas de dentes manuais CURAPROX® 5460, COLGATE® Slim Soft e ORAL B® Indicator 30
Plus, em relação à abrasão no tecido mole e eficiência na remoção da placa bacteriana. O estudo
foi randomizado, cruzado e cego, com a amostra dividida em três grupos, de forma que todos
utilizaram as três escovas durante duas semanas e foram avaliados ao final de cada semana.
As variáveis avaliadas foram índice de placa, índice de inflamação gengival, abrasão gengival
marginal, proximal e de gengiva inserida. Para melhor visualização das abrasões gengivais foi
utilizado um corante. Quanto à estatística, os testes de Friedman e Wilcoxon foram aplicados
com nível de significância de 5%. Como resultados, não foi encontrada nenhuma diferença
estatisticamente significante para todas as variáveis, as três escovas foram eficientes no controle
de placa, de sangramento e resultaram na abrasão gengival. Sendo assim, foi possível concluir
que todas as escovas foram eficientes no controle do biofilme e causaram abrasão no tecido
mole, independentemente do desenho da escova, tipo, diâmetro e comprimento das cerdas.
Palavras-chave: Placa Dentária, Higiene Bucal; Escovação Dentária.
REFERÊNCIAS:
VERSTEEG, P.A.; ROSEMA, N.A.M.; TIMMERMAN, M.F.; VAN DER VELDEN U.; VAN DER
WEIJDEN, G.A. Evaluation of two soft manual toothbrushes with different filament designs in
relation to gingival abrasion and plaque removing efficacy. Int J Dent, v. 6, p.166-173. 2008.
RAJAPAKSE, P.S.; MACCRACKEN, G.I.; GWYNNETT, E.; STEEN, N.D.; GUENTSCH, A.;
HEASMAN, P.A. Does tooth brushing influence the development and progression of noninflammatory gingival recession? A systematic review. J Clin Periodontol, v. 34: p.1046-1061,
2007.
ZIMMER, S.; OZTURK, M.; BARTHEL, C.R.; BIZHANG, M.; JORDAN, R.A. Cleaning Efficacy
and Soft Tissue Trauma After Use of Manual Toothbrushes With Different Bristle Stiffness. J
Periodontol, v. 82, p. 267-271, 2011.
______________________________
1 Graduanda em Odontologia, Universidade Estadual de Maringá, [email protected]
2.Residente em Periodontia, Universidade Estadual de Maringá.
3.Graduada em Odontologia, Universidade Estadual de Maringá.
4.Professor doutor em Periodontia, Universidade Estadual de Maringá
.
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AVALIAÇÃO DO BIOFILME DENTAL EM RELAÇÃO AO TEMPO DE INTERNAMENTO EM
PACIENTES HOSPITALIZADOS
Lígia Dalastra1
Larissa Raimundi2
Letícia Nadal3
Daniela de Cassia Faglioni Boleta-Ceranto4
Eliana Cristina Fosquiera5
Modalidade: Pesquisa
RESUMO: Indivíduos hospitalizados tendem a apresentar higienização oral deficiente. Os
microrganismos do biofilme dental são o principal fator etiológico para o desenvolvimento de
cárie e doença periodontal. Objetivo: Verificar o Índice de Placa Visível (IPV) em relação ao
período de hospitalização e influência do conhecimento de higienização oral em indivíduos
internados no Hospital São Lucas – Cascavel/PR. Metodologia: Efetuou-se entrevistas com 109
pacientes internados em Alas do Sistema Único de Saúde, bem como exame clínico analisando
o biofilme dental nesses pacientes, que estavam internados até 3 dias, 3 a 7 dias e mais de 7
dias, utilizando-se o IPV. Os dados tabulados foram submetidos à análise descritiva.
Resultados: Os resultados demonstraram uma estabilização no crescimento do biofilme, sendo
que a média permaneceu em 1,95 após três dias de hospitalização. Aqueles que receberam
orientação de higiene apresentaram um IPV bem menor do que os que não receberam, 1,72 e
2,24 respectivamente, comprovando a importância da instrução. Os pacientes que higienizavam
a cavidade oral sozinhos apresentaram um IPV de 1,81, demonstrando que um odontólogo com
habilidades e conhecimentos específicos, pode melhorar a condição bucal dos pacientes e atuar
preventivamente. Conclusão: A presença do cirurgião-dentista pode solucionar as dificuldades
encontradas na manutenção da saúde oral e no tratamento de doenças orais que afetam a
condição sistêmica de indivíduos hospitalizados.
Palavras chave: Odontologia hospitalar, Biofilme dental, Periodontia.
REFERENCIAS:
BELLO, R.F.; CASOTTI, E.; SOUZA, M.C.A. Atenção básica na alta complexidade: o cuidado em
saúde bucal com o paciente hospitalizado. Rev. flum. odontol. v.16, n. 34. 2010.
JARDIM, E.G.; SETTI, J.S.; CHEADE, M.F.M.; MENDONÇA, J.C.G. Atenção odontológica a
pacientes hospitalizados: revisão da literatura proposta e protocolo de higiene oral. RBCS. v.11,
n.35, p. 1769. 2013.
LIMA, D.C.; SALIBA, N.A.; GARBIN, A.J.I.; FERNANDES, L.A.; GARBIN, C.A.S. A importância
da saúde bucal na ótica de pacientes hospitalizados. Cien. Saúde Coletiva. v.16, Supl.1, p.11731180. 2011.
______________________________
do 3o ano do curso de Odontologia – UNIPAR Campus Cascavel. [email protected]
do 3o ano do curso de Odontologia – UNIPAR Campus Cascavel. [email protected]
3Cirurgiã-dentista - UNIPAR Campus Cascavel . [email protected]
4Profa. Dra. do Curso de Odontologia UNIPAR – Campus Cascavel [email protected]
5Profa. do Curso do Odontologia UNIPAR – Campus Cascavel, Administradora de Empresas, Cirurgiã-dentista,
Mestre em Clínica Integrada, Dnda em Estomatologia. [email protected]
1Acadêmica
2Acadêmica
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AVALIAÇÃO DO EFEITO DO TRATAMENTO PERIODONTAL NÃO CIRURGICO NA
HIPERSENSIBILIDADE DENTINÁRIA.
Tatiani Just1
Ariane Tonet
André Barbisan de Souza
Fernanda Lobo
Orientador: Cléverson O. Silva
Modalidade: Pesquisa
RESUMO:A hipersensibilidade dentinária, que também pode ser chamada de hiperestesia, é um
desconforto momentâneo e estimulado, que atinge os túbulos dentinários expostos pela perda
de estruturas do esmalte e também pela perda do cemento, deixando assim a dentina
desprotegida, isso, frente a fatores predisponentes, resulta em dor. A literatura mostra que a
raspagem e alisamento radicular é uma das possíveis causas dessa hipersensibilidade. Desta
forma, o objetivo do presente estudo foi avaliar o efeito da terapia periodontal não cirúrgica sobre
a hipersensibilidade dentinária. Participaram do estudo 20 pacientes diagnosticados e tratados
para periodontite crônica na Clínica Odontológica da Faculdade Ingá (Uningá), Maringá/PR.
Estes pacientes foram avaliados quanto à sensibilidade dentinária pela escala de VAS antes do
tratamento periodontal não-cirúrgico e de 10 a 14 dias após o tratamento. Os resultados
mostraram ao final do tratamento uma diminuição significativa da hipersensibilidade dentinária,
os pacientes apresentavam, antes do início do tratamento, uma sensibilidade, de acordo com a
escala VAS, de em média, 3,05+3,00 e ao final do tratamento, um valor médio de 1,00+1,45.
Pôde-se concluir então que o tratamento periodontal não-cirúrgico, associado também a uma
modificação dos hábitos de higiene, foi capaz de diminuir a hipersensibilidade dentinária em
indivíduos com periodontite crônica.
Palavras-chave: hipersensibilidade, periodontite crônica, túbulos dentinários.
REFERENCIAS:
YUI KCK, BENETTI AR, VALERA MC, GOMES APM. Hipersensibilidade dentinária: etiologia,
mecanismo de ação, diagnóstico e tratamento. Rev Odontol UNICID. 2004; 16(1): 63-71.
ESTRELA C, PESCE HF, SILVA MT, FERNANDES JMA, SILVEIRA HDP. Análise da redução
da dor pós-tratamento da hipersensibilidade dentinária. ROBRAC. 1996;6(17):4-9.
FURLAN AM, SALLUM AW, SALLUM EA, NOCITI-JUNIOR FH, CASATI MZ, AMBROSANO
GMB. Incidência da recessão gengival e hipersensibilidade dentinária na clínica de graduação
da FOPUNICAMP. Periodontia. 2007; 17(1): 53-61.
_____________________
Acadêmico de graduação / Departamento de Ciências da Saúde, Departamento de Odontologia –
Universidade Estadual de Maringá, Maringá/PR, Brasil / email: [email protected]
1
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20 a 23 de agosto de 2015 - ISSN 2236-9090
BACTÉRIAS PERIODONTOPATOGÊNICAS E INFECÇÕES SISTÊMICAS EM PACIENTE
CRÍTICO HOSPITALIZADO
Letícia Nadal1
Ana Claudia Poletto2
Elaine Cristina Capellano3
Keller De Maritini4
Eliana Cristina Fosquiera5
Modalidade: Caso Clínico
RESUMO: Indivíduos com periodontite apresentam uma flora bacteriana extremamente
virulenta, capaz de se disseminar sistemicamente ocasionando infecções graves, como por
exemplo sepse, abscesso cerebral e infecções respiratórias. Relato do caso: Indivíduo de 59
anos foi internado em setembro/2014 no Hospital Heliópolis/SP com diagnóstico clínico de
acidente vascular encefálico (AVE) hemorrágico. Após ser submetido ao procedimento cirúrgico
para resolução do AVE, permaneceu internado na UTI neurológica até dezembro/2014 devido à
quadros recorrentes de pneumonia nosocomial. O paciente foi transferido à Unidade de
Emergência para recuperação de insuficiência respiratória secundária à pneumonia nosocomial,
devido ao histórico de múltiplas infecções por colonização de Pseudomonas na secreção
traqueal e A.actinomycetencomitans na urinocultura. Diante disso, detectou-se o envolvimento
das bactérias orais no desenvolvimento das infecções sistêmicas apresentadas pelo paciente,
levando à equipe médica solicitar avaliação odontológica da cavidade oral. Ao exame clínico, foi
detectado extenso acúmulo de biofilme dental e cálculo, dentes com mobilidade,diagnosticandose periodontite crônica severa generalizada no arco inferior, sendo indicado a extração dos
dentes. Devido à condição sistêmica do paciente e medicação administrada solicitou-se exames
complementares bem como autorização dos familiares para as exodontias. Conclusão: Estando
o paciente oportuno, as extrações foram efetuadas sem complicações pós-operatórias,
reduzindo-se assim, focos de infecção da cavidade oral. O Cirurgião-dentista na equipe
multiprofissional age na prevenção, diagnóstico e tratamento de patologias orais que interferem
na condição sistêmica do paciente durante o internamento hospitalar bem como na sua
recuperação pós-hospitalar.
Palavras-Chave:Odontologia hospitalar; Infecções sistêmicas; Bactérias periodontais.
REFERÊNCIAS:
CHAN, E. Y.; RUEST, A.; MEADE, M. O.; COOK, D.J. Oral decontamination for prevention of
pneumonia in mechanically ventilated adults: systematic review and meta-analysis. BMJ
(Clinicalresearch ed.). 2007.
FERNANDES, H. S.; SILVA, E.; NETO, A.C.; PIMENTA, L.A.; KNOBEL, E.Management in intensive
care: concepts and innovations. Rev Bras Clin Med. v.9, n.2, p. 129-137, 2011.
RABELO, G. D.; QUEIROZ, C. I.; SANTOS, P. S. S. Atendimento odontológico ao paciente em
unidade de terapia intensiva. Arq Med Hosp Cienc Med Santa Casa São Paulo, v. 55, n. 2, p. 67-70,
2010.
______________________________
1Cirurgiã-Dentista,
Aluna do curso de Aperfeiçoamento em Cirurgia Oral Menor da ABO. Universidade Paranaense
– UNIPAR. Email: letí[email protected]
2Acadêmica de Odontologia, Graduanda na Universidade Paranaense – UNIPAR.
3 Cirurgiã-Dentista, especialista em Odontopediatria. Membro efeito do IBROI.
4Cirurgiã-Dentista, Mestre em Odontologia Intensiva. Membro efetivo do IBROI.
5Cirurgiã-Dentista, Mestre em Clínica Multidisciplinar e Doutoranda em Estomatologia. Docente da Universidade
Paranaense – UNIPAR.
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20 a 23 de agosto de 2015 - ISSN 2236-9090
ENXERTO ÓSSEO AUTÓGENO EM NEOFORMAÇÃO ASSOCIADO A BARREIRA DE
TECIDO CONJUNTIVO EM LESÕES DE FURCA CLASSE II. ESTUDO HISTOMÉTRICO EM
CÃES
Bruna Thaís Reuter1
Danielle Shima Luize2
Mariana Benedetti Ferreira Webber3
Paula Bernardon4
Maristela Maria Galina Pezzini5
Modalidade: Pesquisa
RESUMO:A regeneração do compartimento de sustentação periodontal, é um dos maiores
desafios da periodontia, principalmente em defeitos de furca. A combinação do uso de
membranas e enxertos apresenta-se como uma das melhores opções terapêutica.¹ ² O objetivo
foi avaliar, histometricamente, o processo de reparo de defeitos de furca Classe II, em cães, e
tratados com enxerto de osso autógeno em neoformação (OAN), associado ou não a barreira de
tecido conjuntivo (TC). Com relação a metodologia, inicialmente foram criadas áreas edêntulas
na região dos 1os molares superiores. Após 28 dias, foram confeccionados alvéolos cirúrgicos
nestas áreas, para se obter osso autógeno em neoformação. Decorridos 14 dias, os defeitos de
furca classe II foram criados cirurgicamente e tratados imediatamente nos 3os e 4os pré-molares
mandibulares de 6 cães. Os dentes foram distribuídos em: Grupo C: preenchido pelo coágulo
sanguíneo; Grupo O: preenchido com OAN; Grupo B: preenchido com coágulo sanguíneo e
recoberto por barreira de TC; e Grupo O/B: preenchimento com OAN associado a barreira de
TC. A eutanásia dos animais foi realizada após 90 dias. Cinco cortes histológicos de cada dente
foram selecionados para a histometria. Os dados obtidos foram apresentados como
porcentagem do defeito e analisados estatisticamente. Constatou-se maior preenchimento
ósseo, estatisticamente significante, no GO e GO/B. Nos parâmetros lineares, incluindo formação
de cemento, migração epitelial, anquilose, tecido conjuntivo e regeneração periodontal, não
houve diferenças estatisticamente significantes. Conclui-se que, o OAN conferiu melhor
preenchimento ósseo do defeito e a barreira de TC favoreceu a estruturação do ligamento
periodontal.
Palavras-chave: defeito de furca; regeneração tecidual guiada; transplante ósseo; tecido
conjuntivo.
REFERÊNCIAS:
MACCLAIN, P.K.; SCHALLHORN, R.G. Long Term assesment of combined osseous composite
grafting, root conditioning, and guided tissue regeeration. Int J Periodontics Restorative Dent.
v.13, n.1, p. 9-27, 1993.
MACHTEI, E.E.; SCHALLHORN, R.G. Successfull regeneration of mandibular class II furcation
defects: Evidence- based treatment approach. Int J Periodontics Restorative Dent. V.15 n.2,
p.146-67, 1995.
______________________________
1
Acadêmica do 5º. Ano do Curso de Odontologia da Unioeste, [[email protected]]
em Periodontia/UNESP, Profa. Das Disciplinas de Periodontia e Clínica Integrada da Unioeste
3.Mestre em Prótese/FACULDADE INGÁ, Profa. das Disciplinas de Prótese e Clínica Integrada da Unioeste
4.Mestre em Periodontia/UNIOESTE, Profa. das Disciplinas de Dentística e Clínica Integrada da Unioeste
5.Doutora em Materiais Dentários/UNICAMP, Profa. Das Disciplinas de Oclusão e Clínica Integrada da Unioeste
2Doutora
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20 a 23 de agosto de 2015 - ISSN 2236-9090
ESTÉTICA, FORMA E FUNÇÃO DO TECIDO GENGIVAL PELA TÉCNICA DE
GENGIVECTOMIA
Nathália Nitsche1
Patricia Oehlmeyer Nassar2
Carlos Augusto Nassar2
Danielle Shima Luize2
Bruna Martinazzo Bortolini1
Modalidade: Caso clinico clínico
RESUMO: A gengivectomia é uma cirurgia ressectiva de gengiva, utilizada principalmente afim
de eliminar as hiperplasias gengivais, mas também pode ser usada para corrigir defeitos
gengivais e aumentar a coroa clínica. Esta técnica é de fácil execução e requer como princípios
a existência de ampla faixa de gengiva queratinizada, ausência de defeitos ósseos, tecido
gengival fibrótico, e controle prévio da placa bacteriana. Ao se realizar a gengivectomia deve-se
posteriormente remodelar os contornos gengivais com a técnica de gengivoplastia. Objetivos:
Tecer considerações sobre a técnica de gengivectomia e gengivoplastia, relatando casos clínicos
em que essas cirurgias se fizeram necessárias.Relato de caso: Paciente O. B. S, 12 anos
compareceu a Clínica de Periodontia da Unioeste para tratamento odontológico restaurador e
crescimento gengival induzido por placa. Após realização de tratamento periodontal básico e
procedimentos de adequação do meio bucal, o crescimento gengival se manteve, neste caso já
com o tecido gengival fibrosado, com indicação da gengivectomia seguida por gengivoplastia. A
técnica foi realizada afim de reverter a hiperplasia gengival, devolvendo a estética ao paciente.
Conclusão: Gengivectomia e gengivoplastia são cirurgias de fácil execução e de resultados
visíveis imediatamente, com a premissa de higiene oral adequada, proporcionam ou devolvem a
estética do sorriso de maneira rápida e satisfatória.
Palavras-chave: Gengivectomia, estética, higiene bucal.
REFERÊNCIAS:
BERTOLINI, P. F. R.; FILHO, O. B.; KIYAN, V. H.; SARACENI, C. H. C. Recuperação estética
do sorriso: cirurgia plástica periodontal e reabilitação protética. Rev. Ciênc. Méd., v. 20, n. 5-6,
p. 137-143, set/dez 2011.
PEDRON, I. G.; UTUMI, E. R.; TANCREDI, A. R. C.; PERRELLA, A.; PEREZ, F. E. G. Sorriso
gengival: cirurgia ressectiva coadjuvante à estética dental. Odonto, v. 35, n. 18, p. 87-95, 2010.
______________________
1Acadêmicas
do quarto ano de odontologia. Universidade Estadual do Oeste do Paraná - Unioeste. Email: [email protected]
2Professor(a) doutor(a) em Periodontia pela Universidade Estadual de São Paulo – Unesp.
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ESTUDO DO PROGNÓSTICO DO RECOBRIMENTO RADICULAR DE ACORDO COM A
CLASSIFICAÇÃO DAS RECESSÕES GENGIVAIS
Bruna Dandara Alves1
Danielle Shima Luize2
Patrícia Oehlmeyer Nassar³
Mariana Benedetti Ferreira Webber4
Paula Bernardon5
Modalidade: Revisão de Literatura
RESUMO: A recessão gengival é a exposição da raiz, após a migração, em direção apical, dos
tecidos marginais. A exposição radicular pode comprometer a estética e a função do dente e, em
alguns casos, pode estar associada à hiperestesia dentinária. Pode ser causada por trauma dos
tecidos ou por perda de inserção em decorrência da doença periodontal. A cirurgia plástica
periodontal compreende vários procedimentos mucogengivais indicados para correção ou
eliminação de defeitos na mucosa ceratinizada ou alveolar. O enxerto gengival tem sido
amplamente empregado na cirurgia plástica periodontal nos casos de recobrimento radicular,
recontorno de rebordo alveolar e aumento da quantidade de mucosa ceratinizada. No entanto, é
importante que se faça o diagnóstico correto do tipo de defeito para o emprego da técnica
adequada. O objetivo deste trabalho é o estudo das diferentes classificações clínicas das
recessões gengivais associando o prognóstico de recobrimento com diferentes técnicas
cirúrgicas, mais adequadas para a resolução de cada caso exposto. De acordo com MILLER
(1985), as recessões marginais são classificadas conforme os tecidos atingidos e dita a
previsibilidade do sucesso dos enxertos realizados. De acordo com os estudos clínicos, o
prognóstico do recobrimento as áreas de recessão está diretamente associado à perda de
inserção nas áreas interproximais do dente envolvido. Além disso, o emprego da técnica de
enxerto adequada otimiza os resultados para aumento volumétrico dos tecidos, garantindo
qualidade e quantidade dos tecidos de proteção periodontal. Com base nesse estudo pode-se
concluir que os procedimento cirúrgicos corretivos são altamente eficazes e previsíveis desde
que seja feito o diagnóstico adequado visando o emprego da técnica cirúrgica.
Palavras-chave: Recessão marginal, Prognóstico, Enxerto gengival, Classificação de Miller.
REFERÊNCIAS:
MILLER, P.D. A classification of marginal tissue recession. Int. J. Period. Rest. Dent., v. 5, n.2, p. 9-13,
1985.
MILLER, P. D. Root coverage grafting for regeneration and aesthetics. Peridontol 2000, v. 1, p. 118-127,
1993.
LINDHE, J.; LANG, N. P.; KARRING, T. Tratado de periodontia clínica e implantologia oral, Editora
Guanabara Koogan S.A., 5ª. edição, 2010, p. 391-400.
SATTO, N. Periodontol surgery: a clinical atlas. Quintessense Publishing Co, Inc. Illinois 2000.
_____________________
1Graduanda
de odontologia, Universidade Estadual do Oeste Paranaense. [email protected]
em Periodontia-UNESP, Professora das Disciplinas de Periodontia e Clínica Integrada da UNIOESTE.
³ Doutora em Periodontia-UNESP, Professora da Disciplina de Periodontia e do Programa de Mestrado da
UNIOESTE.
4 Mestre em Prótese/FACULDADE INGÁ, Profa. das Disciplinas de Prótese e Clínica Integrada da Unioeste.
5 Mestre em Periodontia/UNIOESTE, Profa. das Disciplinas de Dentística e Clínica Integrada da Unioeste.
2Doutora
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HIPERESTESIA DENTINÁRIA: UM ENFOQUE ATUAL
Ariane Fernanda Carvalho¹
Danielle Shima Luize²
Patricia Oehlmeyer Nassar ³
Mariana Benedetti Ferreira Webber4
Paula Bernardon5
RESUMO: A hiperestesia dentinária é caracterizada por uma dor aguda, de curta duração,
localizada, que provém da dentina exposta a partir de estímulos químicos, voláteis, térmicos,
tácteis ou osmóticos e que não pode ser atribuída a outra forma de defeito ou patologia dental,
mas pode estar relacionada a defeitos na posição da margem gengival ou a lesões cervicais.
Objetivo: Revisar a literatura a respeito da hiperestesia dentinária, na busca de atualidades, no
correto manejo clínico e opções terapêuticas. Revisão de literatura: Esta revisão da literatura
tem por finalidade informar a etiologia, as características e as opções de tratamento para a
hiperestesia dentinária. Alguns tratamentos clínicos, tanto de uso doméstico, como profissional
apresentaram-se efetivos, porém com limitações: aplicação de oxalato de potássio, cloreto de
estrôncio, vernizes fluorados, laser de baixa potência, dentifrícios dessensibilizantes, sistemas
adesivos e procedimentos restauradores. E recentes pesquisas com material vitrocerâmico.
Discussão: As características e a etiologia da hiperestesia dentinária estão bem esclarecidas
pelos autores pesquisados. Atualmente, há divergência quanto à melhor forma para tratar essa
condição, por isso o desafio dos estudos recentes é encontrar um tratamento que seja totalmente
eficaz e, principalmente, duradouro. Conclusão: Portanto, a identificação e a remoção dos
fatores etiológicos são essenciais para o sucesso do tratamento da hiperestesia. Apesar da
extensa gama de agentes terapêuticos propostos, não há até o momento, um tratamento
completamente eficaz. Sendo fato que as palavras “controle” e “alívio”, frequentemente citadas
nas publicações, descrevem melhor o atual estágio do tratamento da hiperestesia dentinária.
Palavras-chave: Hipersensibilidade dentinária; Etiologia; Terapias.
REFERÊNCIAS:
OLIVEIRA, J. M. de, OLIVEIRA, M. de, SANTOS, A. P. M., VADILLO, J. G., CAMPOS, C. N.,
CHAVES, M.G. A. M.; Hiperestesia dentinária: considerações para o sucesso em seu manejo
clínico. HU Revista, Juiz de Fora, v. 38, n. 1, p. 45-49, jan./mar. 2012. Disponível em:
<http://hurevista.ufjf.emnuvens.com.br/hurevista/article/viewFile/1515/729>. Acesso em: 05 de
julho de 2015 às 19:36:35.
TRENTIN, M. S., BERVIAN, J.; Hipersensibilidade dentinária cervical: uma revisão de literatura.
RFO, Passo Fundo, v. 19, n. 2, p. 252-257, maio/ago. 2014. Disponível em: <
www.upf.br/seer/index.php/rfo/article/download/3572/2995>. Acesso em: 19 de junho de 2015
às 23:20:58
_____________________
¹Acadêmica do 4º ano do Curso de Graduação de Odontologia, Unioeste/ Cascavel, [email protected]
²Doutora em Periodontia- Unesp/Araçatuba; Professora das disciplinas de Periodontia e Clínica Integrada Unioeste/ Cascavel
³Doutora em Periodontia – Unesp/ Araraquara; Professora da disciplina de Periodontia – Unioeste/ Cascavel;
Professora de Mestrado de Odontologia e Biociências – Unioeste/ Cascavel
4Mestre em Odontologia – sub área de Prótese, Faculdade Ingá/ Maringá
5Graduada em Odontologia – Unioeste/ Cascavel; Especialista em Implantodontia – Unipar; Mestre em Clínicas
Odontológicas – Unioeste/ Cascavel.
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IMPLANTOPLASTIA COMO ALTERNATIVA PARA TRATAMENTO DE PERI-IMPLANTITE:
RELATO DE CASO
Sabrina Vieira Botelho1
Juliana Quintino Trizzi²
Murilo Hernane Gonzalez Pimenta²
Nayara Gonçalves Emerenciano²
Cléverson de Oliveira e Silva2
Modalidade: Caso clinico
RESUMO: Peri-implantite é o termo resignado ao processo inflamatório que atinge o osso
alveolar, resultante da contaminação por placa bacteriana composta principalmente por bactérias
gram-negativas anaeróbias. Devido a isso as espiras do corpo do implante ficam expostas,
culminando em maior dificuldade de higienização, logo maior contaminação. Uma alternativa
para o tratamento da peri-implantite é a técnica da implantoplastia e o objetivo deste estudo foi
avaliar a eficácia desta técnica para o tratamento desta doença. Paciente L.C. do gênero
masculino, 60 anos, foi diagnosticado peri-implantite presente nos implantes na região dos
dentes 34, 36 e 37. Primeiramente, foi feita uma cirurgia de acesso, em que foi feita uma
descontaminação mecânica e química dos implantes. Em um segundo momento, foi retirada a
prótese sobre o implante, rebatido um retalho total e em seguida com uma broca diamantada
instalada na alta rotação foi feito o alisamento das espiras que estavam expostas no corpo do
implante. Após o alisamento foi feito o polimento e a reinstalação da prótese sobre o implante.
Esta técnica se mostra eficaz, porém há controvérsia devido á problemas como fratura e
superaquecimento do corpo do implante. O paciente continua sob acompanhamento.
Palavras-chave: Implante, Implantoplastia, Peri-implantite.
REFERÊNCIAS:
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1
2
Universidade Estadual de Maringá, [email protected]
Universidade Estadual de Maringá
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INFLUÊNCIA DO TRATAMENTO PERIODONTAL NA DIABETES MELLITUS
Marcela Chiqueto1
Paula Bernardon2
Mariana Benedetti Ferreira Webber3
Patrícia Oehlmeyer Nassar4
Modalidade: Pesquisa
RESUMO: Estudos recentes apontam que a doença periodontal (DP) tem um efeito adverso
sobre o controle glicêmico e uma participação ativa na fisiopatologia das complicações
relacionadas ao Diabetes Mellitus. O intuito desse trabalho foi avaliar o efeito do tratamento
periodontal em pacientes portadores de Diabetes Mellitus. As análises foram realizadas aos 0, 3
e 6 meses, incluindo parâmetros clínicos periodontais e também foram dosadas a expressão
IL1β. Houve uma melhora de todos os parâmetros clínicos periodontais avaliados em ambos os
grupos, após raspagem e alisamento radicular, assim como nos níveis de IL-1ß presentes no
fluído após um período de 6 meses. Sendo assim, podemos concluir que o tratamento periodontal
básico (raspagem e alisamento radicular convencional) foi mais efetivo para o controle glicêmico
dos pacientes com diabetes tipo 2 moderadamente compensados do que nos descompensados.
Palavras chave: Diabetes Mellitus, fluido crevicular gengival, doença periodontal, controle
glicêmico
INTRODUÇÃO
O Diabetes Mellitus (DM) não é uma única doença, mas um grupo heterogêneo de
distúrbios metabólicos que apresentam em comum a hiperglicemia, a qual é o resultado de
defeitos na ação da insulina, na secreção da insulina ou em ambas (Diretriz da sociedade
brasileira de diabetes 2011).
A doença periodontal (DP) é uma doença inflamatória crônica de causa infecciosa,
caracterizada por destruição das estruturas de sustentação dos dentes que inclui desde o
ligamento periodontal até o osso alveolar (Bascones-Martinez, Matesanz-perez, EscribanoBermejo, et al. 2011).
Segundo Engebretson et al. (2004) pacientes com DM tipo 2 tem maior incidência e
severidade da doença periodontal do que aqueles sem diabetes. A periodontite é a sexta
complicação do DM e a sua prevalência nesses pacientes comparada aos não diabéticos tem
sido encontrada na proporção de 59,6%:39% (Loe 1993). A maioria dos estudos bem controlados
mostram uma maior prevalência e severidade das DPs em diabéticos que nos pacientes não
diabéticos, com irritação local similar, incluindo grande perda de inserção, perda óssea alveolar,
aumento de sangramento à sondagem e aumento na mobilidade dental, resultando em perda do
elemento dentário (Rajkumar et al. 2012).
Estudos recentes demonstraram o DM como um fator de risco para o comprometimento
da saúde periodontal e crescentes evidências apontam que a DP tem um efeito adverso sobre o
controle glicêmico e uma participação ativa na fisiopatologia das complicações relacionadas ao
DM (Negrato et al. 2012). Dessa forma, os tecidos periodontais inflamados servem como uma
fonte crônica de bactérias, produtos bacterianos e muitos mediadores inflamatórios como Fator
de Necrose Tumoral α (TNF-α), interleucina-6 (IL-6) e interleucina-1 (IL-1), os quais tem
importante efeito no metabolismo da glicose e do lipídeo, além de serem antagonistas da insulina
e levarem à resistência da mesma (Faria-Almeida, Navarro, Bascones 2006; Graves, Rongkun,
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Oates 2007). Essa relação bidirecional tem implicações importantes para pacientes com
diabetes, considerando a significante morbidade e mortalidade associada à doença (Yoon et al.
2012).
De acordo com Rajkumar et al. (2012), as mudanças mais marcantes nos diabéticos não
controlados são a redução no mecanismo de defesa e o aumento na susceptibilidade à infecção
levando à DP destrutiva. De acordo com a opinião de muitos clínicos, a DP em diabéticos não
segue um padrão consistente. Frequentemente, ocorrem inflamações gengivais severas, bolsas
periodontais profundas, rápida perda óssea e abscessos periodontais em pacientes com pobre
higiene oral. Uma vez que o DM prejudica os mecanismos de defesa envolvendo a micro e a
macro circulação, ocorre um aumento na susceptibilidade à infecção e uma redução na
capacidade de cicatrização pela alteração no metabolismo do colágeno, aumentando o nível de
destruição periodontal.
A Organização Mundial da Saúde (Who 2005) define como doenças crônicas as doenças
cardiovasculares (cerebrovasculares, isquêmicas), as neoplasias, as doenças respiratórias
crônicas e diabetes mellitus. A OMS também inclui nesse rol aquelas doenças que contribuem
para o sofrimento dos indivíduos, das famílias e da sociedade, tais como as desordens mentais
e neurológicas, as doenças bucais, ósseas e articulares, as desordens genéticas e as patologias
oculares e auditivas (Who 2005). Assim, tanto a doença periodontal quanto o diabetes são
considerados doenças crônicas não-transmissíveis (DCNT). Consideradas como epidemia na
atualidade, as DCNT constituem um sério problema de saúde pública, tanto nos países ricos
quanto nos de média e baixa renda (Brasil 2008). Não obstante, é certo que estes últimos sofrem
de forma tanto mais acentuada quanto menores suas possibilidades de garantir políticas públicas
que alterem positivamente os determinantes sociais de saúde (Brasil 2008). Sendo assim, a
produção de conhecimento sobre cada uma destas duas condições clínicas, seus fatores de
risco, assim como, a relação entre elas, ajuda a criar ferramentas necessárias à saúde pública,
para o combate mais efetivo e seu adequado controle.
OBJETIVOS
Diante do exposto, esta pesquisa visa avaliar o efeito do tratamento periodontal em
pacientes portadores de DM tipo 2 moderadamente compensados e descompensados.
MATERIAIS E MÉTODOS
Entre os pacientes atendidos no Ambulatório de Odontologia da UNIOESTE no período
de agosto de 2013 a setembro de 2014, 30 foram selecionados voluntariamente 20 pacientes de
ambos os sexos, com idade de 25-75 anos, com diabetes tipo 2 e periodontite crônica. A amostra
de pacientes diabéticos foi selecionada na clínica de Periodontia da UNIOESTE e os critérios de
inclusão e exclusão foram rigorosamente obedecidos para esta seleção. A divisão em grupos foi
feita de forma aleatória para os tratamentos periodontais, sendo 10 portadores de DM tipo 2
moderadamente compensados e 10 pacientes portadores de DM tipo 2 descompensados.
Como critérios de inclusão em ambos os grupos, os pacientes poderiam ser de ambos
os sexos e deveriam apresentar periodontite crônica moderada a severa, localizada ou
generalizada, com pelo menos 4 sítios com profundidade de sondagem acima de 5mm e nível
de inserção clínica maior ou igual a 4mm, não no mesmo dente, com sangramento à sondagem
e inflamação gengival, livres de cáries e/ou próteses ao exame clínico. No grupo I os pacientes
deveriam ser portadores de DM tipo 2 moderadamente compensados (hemoglobina glicada HbA1c < 8%). No grupo II os pacientes deveriam ser portadores de DM tipo 2 pobremente
compensados (HbA1c > 8%). Os dentes, para todos os grupos, deveriam se apresentar em
posição normal, com um número mínimo de 20 dentes na arcada, após exame clínico realizado
nas faces vestibular, lingual/palatina, mesial e distal.
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Como critérios de exclusão, os pacientes deveriam apresentar história positiva de
antibioticoterapia de largo espectro, antiinflamatórios esteróides, anticoagulantes nos últimos
seis meses e imunossupressores nos três meses antecessores ao estudo, história positiva de
gestação ou amamentação, história positiva de qualquer tipo de problema sistêmico grave ou
história positiva de tratamento periodontal nos últimos 6 meses.
Avaliação Clínica
O exame clínico inicial foi realizado por um único examinador previamente treinado, que
através de uma sonda periodontal do Tipo WILLIAMS no. 23, determinou:
1. Índice de placa de Silness & Löe (Silness and Loe 1964).
2. Indíce gingival de Löe & Silness (Loe and Silness 1963).
3. Profundidade de sondagem: distância do fundo de sulco até a margem gengival em
seis pontos: mésio-vestibular, vestibular, disto-vestibular, disto-lingual/palatina,
lingual/palatina e mésio-lingual/palatina de cada dente a ser examinado.
4. Nível de inserção clínica: distância entre a junção cemento-esmalte e o fundo da bolsa
ou sulco, também determinado nos mesmos pontos da profundidade de sondagem.
5. Sangramento a sondagem: presença ou ausência de sangramento, dentro de um
tempo de 30 segundos depois de mensurada a profundidade de sondagem.
Análise da Expressão das Isoformas de IL-1
Foram selecionados para ambos os grupos, 4 sítios com profundidade de sondagem
maior ou igual a 5 mm e sangramento à sondagem (sítios profundos) e 4 com profundidade de
sondagem menor ou igual a 3 mm e sangramento à sondagem (sítios rasos), em dentes
diferentes, não-adjacentes. Inicialmente, foi removida a placa bacteriana supragengival dos sítios
selecionados e em seguida, a região foi isolada com rolos de algodão estéreis e gentilmente
seca com jatos de ar. O fluido sulcular estagnado foi coletado com a introdução de um cone de
papel absorvente esterilizado mantido durante 30 segundos nos sítios selecionados, sendo
descartada a amostra contaminada com sangue. Os cones contendo o fluido de sítios com as
mesmas características de cada paciente foram acondicionadas em um único tubo de eppendorf
contendo 1ml de solução de phosphate-buffered saline (PBS). Após a coleta, os cones de papel
permaneceram nos tubos de eppendorfs por 40 minutos à temperatura ambiente para posterior
remoção das mesmas e centrifugação dos eppendorfs a 10000 giros por 10 minutos a uma
temperatura de 4 C. O sobrenadante foi coletado e acondicionado em novo eppendorf estéril e
congelado em freezer a -80ºC. Essas amostras foram utilizadas para avaliação da quantidade
de IL1- por meio de análise por Ensaio de Imunoabsorção Acoplado a Enzimas (ELISA).
Os pacientes foram avaliados por um período total de 6 meses, sendo que a avaliação
clínica, laboratorial e a análise do fluido crevicular gengival foram realizadas nos períodos de 0,
3 e 6 meses e em todos os períodos, os pacientes foram novamente instruídos e receberam a
terapia de manutenção. A Análise da Expressão de IL-1 foi realizada no início e após 6 meses.
As escovas utilizadas para o procedimento mecânico foram padronizadas através de
características como cerdas macias e horizontais de mesmo tamanho e cabeça da escova de
tamanho pequeno, independente da marca, bem como os dentifrícios não poderiam apresentar
qualquer componente que pudesse alterar o acúmulo de placa, além dos componentes básicos
de um dentifrício.
Análise dos dados
Os dados obtidos foram analisados e avaliados através dos testes ANOVA um critério, e
se encontrado diferenças estatisticamente significantes, o teste de Tukey foi realizado para
determinar diferença entre grupos, com nível de significância de 5%.
Aspectos éticos
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Esta pesquisa foi aprovada pelo Comitê de Ética em Pesquisa da Universidade Estadual
do Oeste do Paraná, com Parecer n. 461.188. O Termo de Consentimento Livre e Esclarecido
foi assinado pelo responsável.
RESULTADOS
Os resultados da avaliação clínica mostraram que tanto no índice de placa quanto no
índice gengival, houve uma diminuição significativa ao final dos 6 meses para ambos os grupos.
Com relação ao índice de placa, houve uma redução de 75,8% no grupo 1 e de 60,9% no grupo
2. Já em relação ao índice gengival, houve uma redução de 69,3% no grupo 1 e de 69,5% no
grupo 2.
Além disso, esses resultados mostraram que tanto na profundidade de sondagem quanto
no nível de inserção, houve uma diminuição significativa ao final dos 6 meses. Com relação à
profundidade de sondagem, houve uma redução de 36,8% no grupo 1 e de 17,4% no grupo 2.
Já em relação ao Nível de Inserção houve uma redução de 40% no grupo 1 e de 20,7% no grupo
2.
Com relação às médias do Sangramento à Sondagem dos 3 períodos realizados em
todos os grupos tratados, os resultados mostraram que houve uma diminuição significativa deste
parâmetro em ambos os grupos após o período de 6 meses, sendo esta diminuição de 83,3% no
grupo 1 e de 84,5% e no grupo 2.
Foi possível observar a respeito dos resultados da expressão de IL1-ß no início e após
180 dias em ambos os grupos tratados, uma redução da expressão significativa de IL1-ß em
ambos os grupos, sendo esta diminuição de 92,9% no grupo 1 e de 73,6% no grupo 2.
DISCUSSÃO
A periodontite é a infecção crônica oral mais comum com o maior índice de perda dentária
em adultos, além de ser considerada a sexta complicação do DM (Loe 2003). Ela tem mostrado
ser um fator de risco para o pobre controle glicêmico em pacientes com diabetes devido às
bactérias e seus subprodutos no tecido periodontal inflamado, constituindo uma fonte crônica de
desafios sistêmicos ao hospedeiro (Mealey, Rose 2008). Dessa maneira, é importante entender
a possível relação entre o tratamento da periodontite e o controle metabólico do diabetes mellitus,
uma vez que, o tratamento da periodontite nestes pacientes pode levar a redução nos
mediadores solúveis responsáveis pela destruição dos tecidos periodontais e reduzir a
resistência à insulina nos tecidos (Faria-Almeida et al. 2006).
Os resultados dessa pesquisa evidenciaram que todos os parâmetros clínicos estudados,
entre eles índice de placa, índice gengival, profundidade de sondagem, sangramento à
sondagem e nível de inserção clínica apresentaram uma melhora significativa ao final dos 6
meses de estudo para ambos os grupos. Esses resultados estão de acordo com os estudos de
Faria-Almeida, Navarro, Bascones (2006) que realizaram um estudo prospectivo, paralelo e
longitudinal comparativo entre pacientes diabéticos tipo 2 e não diabéticos com periodontite
crônica moderada generalizada. Os parâmetros estudados foram índice de placa, profundidade
de sondagem, sangramento à sondagem e nível de inserção clínica. Todas as variáveis se
comportaram de modo semelhante em ambos os grupos, e todas as variáveis mostraram
melhoras entre o início e 3 meses e entre 3 e 6 meses após tratamento convencional por meio
de instrução de higiene oral, profilaxia e raspagem e aplainamento radicular com curetas Gracey
por 4 sessões. Entretanto, em um estudo realizado por Kardesler et al. (2008), os resultados
mostraram que não houve diferenças significativas entre o grupo DM e o PD nos parâmetros
clínicos periodontais. O grupo saudável (controle) exibiu valores significantemente menores nos
parâmetros periodontais clínicos que o grupo DM e PD.
Os resultados obtidos nesse estudo mostraram que as médias dos valores da expressão
de IL1-ß no início e após 6 meses em ambos os grupos tratados por meio de profilaxia, raspagem
e alisamento radicular e instrução de higiene oral a cada 3 meses evidenciaram uma redução
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20 a 23 de agosto de 2015 - ISSN 2236-9090
significativa da expressão de IL1-ß no grupo 1 e significativa apenas do início para 3 meses no
grupo 2. Enquanto que no volume de GCF medido por área dos 3 períodos realizados, tanto no
grupo moderadamente compensado quanto no grupo descompensado, ocorreu uma diminuição
significativa após o período de 6 meses. Em comparação a isso, em um estudo realizado por
Engebretson et al. (2004), os níveis de IL-1ß no GCF demonstraram uma correlação
significativamente positiva com a profundidade de sondagem, média clínica de perda de
inserção, porcentagem de sítios com sangramento à sondagem e glicose no sangue, mas sem
porcentagem de sítios exibindo placa. Uma quantidade total de IL-1ß do GCF foram
significativamente maiores naqueles pacientes com HbA1c maior que 8%. Um estudo realizado
por Correa et al. (2008) mostrou que o tratamento periodontal não-cirúrgico reduziu
significativamente os níveis de IL-1ß, matriz metaloproteinas - 8 e -9 (MMP-8 e -9) e a atividade
da elastase no GCF de indivíduos com DM2. Estas reduções foram associadas com melhoria do
estado clínico periodontal. Segundo estes autores, a IL-1ß é uma importante citocina envolvida
na patogênese da periodontite e pode estimular a produção de outros mediadores e a expressão
de MMP.
Sendo assim, após avaliação periodontal de 6 meses, foi possível observar que ocorreu
uma diminuição dos parâmetros clínicos avaliados, sendo que no grupo dos pacientes diabéticos
moderadamente compensados a redução foi mais expressiva que no grupo dos diabéticos
descompensados.
Como a inflamação crônica e recorrente contribui para uma acentuada continuação da
resposta da fase aguda e pode levar a complicações do diabetes, tais como, micro e
macroangiopatia e cicatrização prejudicada, é sugerido que a doença periodontal com
aumentada resposta inflamatória a nível local e sistêmico, pode colaborar para a resistência à
insulina apresentada na patogênese do diabetes mellitus tipo 2 (Longo et al. 2014). Sendo assim,
é importante entender a possível relação entre o tratamento da periodontite e o controle
metabólico do diabetes mellitus, uma vez que, o tratamento da periodontite nestes pacientes
pode levar a redução nos mediadores solúveis responsáveis pela destruição dos tecidos per
iodontais e reduzir a resistência à insulina nos tecidos (Lim et al. 2007).
CONCLUSÃO
Podemos concluir, portanto, que o tratamento periodontal básico (raspagem e alisamento
radicular convencional) foi mais efetivo para o controle glicêmico dos pacientes com diabetes
tipo 2 moderadamente compensados do que nos descompensados.
Devido aos resultados deste estudo serem baseados numa pequena amostra de
pacientes e por um período curto de tempo (6 meses), estudos maiores são necessários para
confirmar estes achados e demonstrar uma associação entre o controle glicêmico do diabetes
mellitus e a resposta destes pacientes ao tratamento periodontal básico.
Agradecimentos: Esse estudo foi apoiado por meio de subvenções da Universidade Estadual
do Oeste do Paraná – UNIOESTE e FUNDAÇÃO ARAUCÁRIA.
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1
Acadêmica em Odontologia, Universidade Estadual do Oeste do Paraná,
[email protected]
2 Mestre em Odontologia, Universidade Estadual do Oeste do Paraná – Especialista em Implantodontia,
Universidade Paranaense
3 Mestre em Odontologia, Faculdade Ingá-Maringá
4Doutora em Periodontia, Unesp
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PAPEL DA DEFICIÊNCIA DE TESTOSTERONA E DA PERIODONTITE EXPERIMENTAL NA
REGULAÇÃO DOS TECIDOS PERIODONTAIS DE RATOS WISTAR.
Michael Aparecido Macahdo1
Cláudio Girelli Junior
Romário Willian Welter
João Paulo de Arruda Amorim
Elaine Manoela Porto Amorim
Modalidade: Pesquisa
RESUMO: A periodontite é uma doença caracterizada pelo processo inflamatório dos tecidos
periodontais. As relações entre os hormônios sexuais esteroides e a periodontite tem sido
largamente investigadas em fêmeas, entretanto os estudos em machos ainda são
escassos.Objetivo: o presente projeto de pesquisa tem por objetivo avaliar a estrutura
histológica dos tecidos periodontais de ratos com deficiência de testosterona e com doença
periodontal. Metodologia: Ratos machos Wistar (90 dias de idade) foram separados em quatro
grupos experimentais (7 animais em cada): controle sem doença periodontal; controle com
doença periodontal; castrado sem doença periodontal e castrado com doença periodontal. A
ligadura foi realizada sessenta dias após a castração e mantida por trinta dias. Após este período
os animais foram sacrificados em câmara de CO2. A hemimandíbula esquerda foi retirada, fixada,
radiografada e processada pelas técnicas histológicas de rotina. Resultados: O modelo de
ligadura foi eficiente em induzir a doença periodontal nos animais. A castração levou a uma
significativa perda óssea nos animais, a qual foi acentuada com a indução da doença periodontal.
Os animais com doença periodontal apresentaram aumento da área do epitélio gengival e da
área de tecido conjuntivo, quando comparado aos animais sem a doença. Conclusão:
Concluímos que a testosterona é um importante regulador fisiológico do metabolismo ósseo
alveolar e dos tecidos gengivais.
Palavras-chave: periodontite, testosterona, gengiva
REFERÊNCIAS:
VANDERSCHUEREN, D.; LAURENT, M.R.; CLAESSENS, F.; GIELEN ,E.; LAGERQUIST, M.K.;
VANDENPUT, L.; BÖRJESSON, A.E.; OHLSSON, C. Sex steroid actions in male bone. Endocr
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OHLSSON, C.; BÖRJESSON, A.E.; VANDENPUT, L. Sex steroids and bone health in men.
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do 3º ano do Curso de Odontologia. Universidade Estadual do Oeste do Paraná –
UNIOESTE.e-mail: [email protected]
1Acadêmico
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PERIODONTITE NECROSANTE: RELATO DE CASO DIAGNÓSTICO, TRATAMENTO E UM
ANO DE ACOMPANHAMENTO
Sabrina Vieira Botelho1
Nayara Gonçalves Emerenciano²
Murilo Hernane Gonzalez Pimenta²
Lívia Tolentino Cardia²
Maurício Guimarães Araújo2
Modalidade: Caso clinico
RESUMO: As doenças periodontais necrosantes (DPN) são as formas mais graves de doença
periodontal, as bactérias são mais agressivas do que as observadas em uma periodontite crônica
e quando associadas a uma saúde debilitada do paciente causam um dano ainda maior ao
periodonto. Além disso, as DPNs têm uma prevalência extremamente baixa na população. Desta
forma, o objetivo deste trabalho é ilustrar as características clínicas de uma DPN e as etapas
clínicas do tratamento através de um caso clínico. O paciente D.C.D., 22 anos, compareceu a
clínica odontológica para atendimento de urgência com sinais e sintomas como: febre,
sangramento espontâneo, supuração, dor e halitose extrema. Clinicamente, apresentava
ulcerações na gengiva interproximal, necrose, exposição de osso alveolar interproximal, e pobre
higiene oral. Radiograficamente comprovou-se perdas ósseas horizontais. O tratamento foi
baseado no diagnóstico de periodontite ulcerativa necrosante e consistiu primeiramente em
raspagem supragengival com irrigação das bolsas periodontais com iodo e água oxigenada,
instrução de higiene bucal com uso de técnicas de escovação, escovas interproximais com
clorexidina 0,2% e bochecho com clorexidina 0,12%, durante a primeira semana do tratamento.
Optou-se por antibioticoterapia com metronidazol e amoxicilina para controle de febre. Após o
término da sintomatologia aguda, raspagem e alisamento radicular subgengival foram realizadas.
90 dias após o início do tratamento foi realizada re-avaliação periodontal, observou-se ausência
de bolsas periodontais e permanência dos defeitos anatômicos produzidos pela inflamação.
Logo, é de extrema importância o correto tratamento da doença, uma vez que é uma das formas
mais agressivas de doença periodontal.
Palavras-chave: doença periodontal necrosante, placa bacteriana, raspagem corono-radicular.
REFERÊNCIAS:
MACCARTHY D., CLAFFEY N. Acute necrotizing ulcerative gingivitis is associated with attachment loss. J
Clin Periodontol, v.18, p.776-779, 1991.
JOHNSON B.D., ENGEL D. Acute necrotizing ulcerative gingivitis. A review of diagnosis, etiology and
treatment. J Periodontol, v.57, p.141–150, 1987.
HOLMSTRUP P., WESTERGAARD J. Necrotizing periodontal disease;In: Lindhe J, Karring T, Lang, NP,
eds. Clinical Periodontotogy and Implant Dentistry, 3rd ed. Copenhagen: Munksgaard, p.258-278,1998a.
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Universidade Estadual de Maringá, [email protected]
Estadual de Maringá
2 Universidade
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POSIÇÃO DO ÁPICE DENTÁRIO EM RELAÇÃO AO PROCESSO ALVEOLAR DO OSSO
MAXILAR. ESTUDO EM TOMOGRAFIAS DE CONE-BEAM
Sabrina Vieira Botelho1
Nayara Gonçalves Emerenciano²
Murilo Hernane Gonzalez Pimenta²
Mônica Yuri Orita Misawa²
Maurício Guimarães Araújo2
Modalidade: Pesquisa
RESUMO:O processo alveolar sofre significativa redução dimensional após extração dentária.
Recentes dados sugerem que a localização do ápice dentário dentro do processo alveolar pode
influenciar na quantidade de reabsorção óssea pós-extração. O objetivo do presente estudo foi
descrever a localização do ápice dentário dos dentes da região anterior da maxila. Foram
selecionadas 100 tomografias computadorizadas de cone-beam de pacientes apresentando
todos os dentes anteriores superiores hígidos. Reconstruções parassagitais serão obtidas de
todas as regiões dentárias. Nos cortes representando o centro do processo alveolar a distância
do ápice radicular à cortical vestibular do processo alveolar será medida. Dois avaliadores
previamente calibrados realizaram as medidas. Os dados foram tabulados e analisados através
de estatística descritiva. Os resultados apresentam as médias e desvio padrão para cada grupo
dentário, sendo 1.91 ± 0.81 mm, 1.94 ± 0.91 mm e 1.70 ± 0.73 mm, respectivamente, incisivo
central, incisivo lateral e canino. Diferenças estatísticas significantes entre os incisivos e caninos
(p≤0.001). Diante da distribuição de frequência, a prevalência dos incisivos centrais (25%) e
caninos (30%) foi entre 1.5 e 2.0 mm. Enquanto que os incisivos laterais (24%) tiveram na maioria
uma localização entre 2.0 e 2.5 mm e 22% deles se incluíram na distância entre 1.5 e 2.0 mm.
Diante dos resultados, podemos concluir que a média da distância do ápice do canino foi menor,
seguido do incisivo central e lateral.
Palavras-chave: Processo alveolar; Ápice radicular; Dentes anteriores.
REFERÊNCIAS:
ARAÚJO, M. G.; SUKEKAVA, F.; WENNSTR€OM, J.L. & LINDHE, J.. Tissue modeling following
implant placement in fresh extraction sockets. Clinical Oral Implants Research 17: 615–624, 2006
JOHNSON, K. A study of the dimensional changes occurring in the maxilla following tooth
extraction. Australian Dental Journal 14: 241– 254, 1969
KAN, J. Y. ; ROE, P.; RUNGCHARASSAENG, K.; PATEL, R. D.; WAKI, T.; LOZADA, J. L.;
ZIMMERMAN, G.. Classification of Sagittal Root Position in Relation to the Anterior Maxillary
Osseous Housing for Immediate Implant Placement: A Cone Beam Computed Tomography
Study. Int J Oral Maxillofac Implants. Jul-Aug; 26(4):873-6, 2011
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1
2
Universidade Estadual de Maringá, [email protected]
Universidade Estadual de Maringá
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RECOBRIMENTO RADICULAR COM ENXERTO DE TECIDO CONJUNTIVO SUBEPITELIAL,
ASSOCIADO À TÉCNICA DO ENVELOPE: RELATO DE CASO
Ana Claudia Poletto1
Vitor Juliano Spada
Laerte Luiz Bremm
Modalidade: Caso clínico
RESUMO: A recessão gengival é definida como um deslocamento da margem gengival para uma
posição apical à junção JCE. Dentre as principais causas da recessão gengival estão
relacionados fatores mecânicos, como trauma de escovação e o acúmulo de biofilme dental. As
recessões podem ser únicas ou múltiplas, o que frequentemente determina problemas estéticos,
aumento na suscetibilidade à cárie radicular e hipersensibilidade dentinária. Objetivo:
Demonstrar um caso clínico de recobrimento radicular com enxerto de tecido conjuntivo
subeptelial através da técnica do envelope. Relato de caso: Paciente M.K., gênero masculino,
40 anos de idade, compareceu a clínica queixando-se de sensibilidade radicular e
descontentamento estético, em decorrência de uma recessão gengival classe I de Miller no
elemento 13. Diante deste caso, optou-se por realizar o recobrimento radicular pela técnica do
envelope associada ao enxerto de tecido conjuntivo subeptelial, sendo o palato a área doadora
do tecido conjuntivo. Inicialmente realizamos o preparo da área receptora, anestesia infiltrativa,
incisão intrasulcular, confecção do envelope, posteriormente realizamos a coleta do enxerto,
através da técnica da dupla incisão, o enxerto foi estabilizado dentro do envelope através de
suturas proximais e uma suspensória. Após 10 dias, o paciente retornou para remoção da sutura
apresentando uma boa cicatrização. Depois de 21 dias, pode-se perceber uma melhora
significativa da recessão com ótimo recobrimento radicular e qualidade do tecido periodontal.
Conclusão: A técnica de recobrimento radicular através da técnica do envelope associado ao
enxerto de tecido conjuntivo subepitelial, mostrou-se efetiva para o recobrimento radicular,
apresentando uma melhora significativa dos parâmetros clínicos periodontais.
Palavraschave: Recessão gengival; enxerto de tecido conjuntivo subepitelial; recobrimento
radicular.
REFERÊNCIAS:
RATZKE P.B. Covering localized areas of root exposure employing the “envelope” technique. J.
Periodontol. V.56, n.7, p.397-402, 1985.
LINDHE J. Tratado de Periodontia Clínica e Implantologia oral. 5ª ed. RJ: Guanabara, 2010.
BITTENCOURT S., RIBEIRO E.D.P., SALLUM E.A., SALLUM A.W., NOCITI JR. FH., CASATI
M.Z. Root surface biomodification with EDTA for the treatment of gingival recession with a
semilunar coronally repositioned flap. J Periodontol, v.78, n.9, p.1695-1701, 2007.
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1Acadêmica
do 4º ano de Odontologia da Universidade Paranaense. E-mail: [email protected]
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TRAUMATISMO DENTOALVEOLAR: RELATO DE CASO
Geyssi Karolyne Gonzatto1
Danielle Shima Luize2
Mariana Benedetti Ferreira Webber2
Janaina Ahmann Spenassatto1
Paula Bernardon2
Modalidade: Caso clínico
RESUMO:Os traumatismos dento alveolares são situações de urgência odontológica. As
principais etiologias são as quedas, os acidentes esportivos e os acidentes de trânsito. A maioria
dos casos em crianças de idade escolar. Muitas vezes, porém, o atendimento que deveria ser
imediato não é efetivamente realizado devido á falta de conhecimento de pais e responsáveis1, 2
.Esse fato, associado a falta de conhecimento dos profissionais de saúde sobre traumatismos
dentários, ocasionam adiamento da avaliação pelo cirurgião dentista3 . Este relato de caso clínico
tem por objetivo apresentar uma abordagem conservadora para manutenção dos dentes que
apresentaram fratura dento alveolar na idade pré púbere. Embora, um dos dentes não estivesse
em condições absolutas de ser mantido na cavidade oral, optou-se pelo tratamento
multidisciplinar que envolveu a recuperação das distancias biológicas, endodontia, núcleo de
fibra de vidro e coroa protética. Isso possibilitará que o dente possa ser mantido até a idade
adequada para receber um implante dentário.
Palavras-chave: Trauma; Recuperação das distancias biológicas, Gengivectomia.
Introdução:
O traumatismo dentoalveolar é um problema de saúde publica na sociedade, atingindo
parcelas cada vez maiores da população e causando danos funcionais, estéticos, psicológicos e
sociais3. Na população em geral, possui uma incidência de 4 a 30% e pode estar associado a
fraturas ósseas e injurias aos tecidos moles. De acordo com estudos realizados no Brasil, a
prevalência de traumatismo dentário para crianças é de cerca de 30%. A maioria dos
traumatismos dentoalveolares ocorre em crianças de idade escolar, geralmente, como resultados
de quedas, acidentes esportivos e acidentes de trânsito4.
Atualmente, a busca pela excelência estética, funcional e biológica são pré-requisitos
relevantes nos procedimentos odontológicos, enaltecida por pacientes exigentes e ansiosos, os
quais depositam grandes expectativas no resultado do tratamento odontológico. O
desenvolvimento de novas técnicas e materiais odontológicos busca acompanhar esse
crescimento. Entretanto, pouca atenção ainda é dada ao periodonto como um dos componentes
do sorriso.
O sucesso da reabilitação bucal pode ser alcançado considerando-se vários fatores,
dentre eles, os princípios biológicos (respeito e contribuição à preservação, manutenção e
nutrição dos tecidos gengivais saudáveis, adjacentes às restaurações e próteses dentárias);
mecânicos (retenção e adesão); e estéticos (dependendo de variáveis sócio-culturais). A
reabilitação bucal não pode gerar agressões ao periodonto. Os preparos devem ser definidos e
com margens acessíveis, permitindo ótima adaptação marginal, contornos adequados e fácil
acesso à higienização6.
Entretanto, muitas vezes as situações clínicas são desfavoráveis e os preparos são
inadequados, numa posição mais apical em relação à gengiva marginal, com margens
subgengivais que invadem o espaço biológico, favorecendo o desenvolvimento e evolução da
248
20 a 23 de agosto de 2015 - ISSN 2236-9090
doença periodontal. Nessas situações as cirurgias ressectivas gengivais favorecem a adequada
realização dos procedimentos restauradores, restabelecendo as características anatômicas e
relações ideais entre os dentes e periodonto de proteção (gengiva). A gengivectomia é uma
cirurgia ressectiva estética, que tem por objetivo o restabelecimento fisiológico do espaço
biológico, permitindo que procedimentos restauradores sejam compatíveis com saúde
periodontal, sendo necessários a existência de larga faixa de gengiva queratinizada, ausência
de deformidades ósseas, natureza fibrótica e motivação pelo paciente no controle do biofilme
dental. A gengivectomia é uma técnica de fácil execução apresentando resultados favoráveis e
satisfatórios quando empregada coadjuvante aos procedimentos restauradores, otimizando a
estética dental5.
Os procedimentos restauradores e saúde gengival estão intimamente relacionados,
desempenhando papel significativo na integridade biológica dos tecidos, bem como na
manutenção de restaurações com maior longevidade. Pacientes com dentes curtos parecem não
gostar do seu sorriso e necessitam de aumento de coroa clínica. Contudo, o sucesso da
reabilitação bucal não depende apenas de fatores estéticos localizados. A criação do arranjo
dental deve estar em harmonia com a gengiva, lábios e o rosto do paciente; e a formulação de
dentes, quando da sua reabilitação, em proporções intrínsecas agradáveis ao paciente e à
sociedade, foram considerados princípios da estética em Odontologia. Os princípios de
proporção e harmonia são fatores imprescindíveis no reconhecimento de fatores naturais,
iatrogênicos ou patológicos que alteram a estrutura do sorriso, mas podem também auxiliar na
solução restauradora.
É fundamental que haja o diagnóstico e o planejamento integrado em casos de fraturas
dento alveolares que condenam o dente em questão. Os métodos aplicados no tratamento desse
caso permitirá que esse dente seja mantido até que a paciente atinja a idade ideal para a
colocação de um implante osseointegrado. A extração precoce de um dente leva, dentre outras
sequelas, a atrofia do osso alveolar e futuramente pode levar a necessidade de reconstruções
de rebordo previamente a instalação do implante55. Dessa forma, concluímos que a abordagem
terapêutica não só devolveu estética e função imediatas, como também favorecerá a reabilitação
futura com implantes.
Objetivo:
O objetivo deste trabalho apresentar uma abordagem conservadora para manutenção dos
dentes que apresentaram fratura dento alveolar na idade pré púbere.
Relato do Caso:
Paciente V.R., 13 anos, sexo feminino, compareceu, no dia 09.04.2015, à clínica de
Odontologia da UNIOESTE, na disciplina de Diagnóstico com a queixa principal de ausência de
dentes. Durante anamnese não foram relatadas doenças prévias pela paciente que também não
faz uso regular de medicamento.
A primeira fase do tratamento, de planejamento, foi realizada inicialmente, exames
clínicos extrabucal onde não foram detectadas alterações dos padrões de normalidade. Ao
exame clínico intrabucal foi avaliado a saúde periodontal da paciente onde constatou-se não
haver presença de bolsas periodontais. Os elementos 11 e o 21 apresentaram fratura horizontal
na coroa; sendo que a extensão do primeiro era a nível cervical. Foram realizados exames
radiográficos complementares, fotografias extras e intrabucais, modelos de estudo, definição do
grau de complexidade do tratamento; enceramento diagnóstico e definição do plano de
tratamento.
Para a segunda fase do tratamento constituiu-se da execução das técnicas restauradoras
iniciadas pelo tratamento periodontal básico além de orientação e motivação de hábitos de
249
20 a 23 de agosto de 2015 - ISSN 2236-9090
higiene bucal. Os elementos 11, 12, e 21 foram submetidos à teste térmico, não apresentando
vitalidade pulpar, foram então tratados endodonticamente. Realizado anestesia infiltrativa,
isolamento absoluto, abertura coronária com broca diamantada 1012 Jota, exploração dos canais
com lima tipo Kerr de aço inoxidável compatível com o diâmetro dos canais, odontometria com
localizador apical (Romiapex A-15); foi realizado curativo com formocresol (Biodinâmica) e
cimento de ionômero de vidro (Maxxion R – FGM). Na semana seguinte, foi feito a remoção do
material e o preparo dos canais foi realizado com lima tipo Kerr fazendo chegar até o
comprimento de trabalho. Durante a modelagem foi utilizado hipoclorito de sódio a 1% como
irrigante. Na mesma sessão realizou-se a obturação dos dentes 11, 21, 22 com guta percha pela
técnica de condensação lateral.
Na terceira fase do tratamento foi sugerida à paciente a cirurgia ressectiva gengival
(gengivectomia), com finalidade estética por aumento de coroa clínica, na respectiva região. Sob
anestesia local infiltrativa foi realizada a determinação dos pontos sangrantes com sonda
exploradora, e a união desta demarcação utilizando-se o gengivótomo de Kirkland. Em ato
contínuo foi feita incisão da gengiva interproximal, com auxílio do gengivótomo de Orban.Após a
remoção do fragmento, foi procedido alisamento da gengiva no sítio da cirurgia, com o propósito
de melhorar a reparação gengival, favorecendo a estética. Na área do dente 11, o qual
apresentava a fratura no terço cervical da raiz, foi realizado um aumento de coroa que abrangeu
a face palatina e mesial, na tentativa de recuperar as distancias biológicas. Como o nível da
fratura estava muito subgengival, o dente foi restaurado imediatamente com ionômero de vidro,
provisoriamente.
Foi prescrita medicação analgésica e bochechos com clorexidina 0,12%.
Na quarta fase do tratamento foi realizada desobturação dos canais dos dentes 11, 21,
para posterior colocação de um pino de fibra de vidro. O pino de fibra de vidro cônico selecionado
(White Post DC FGM) foi o de tamanho 3, visto que os canais eram amplos. Foi realizado teste
do pino para verificar se o comprimento de trabalho da broca se equivalia ao comprimento do
pino dentro do conduto radicular; Posteriormente, o conduto radicular foi condicionado com ácido
fosfórico 37% por ±60s, e a coroa por ±30s; Concomitantemente o pino de fibra de vidro White
Post DC com ácido fosfórico 37% por ±60s visando a limpeza do pino. Em seguida, foi feito a
lavagem abundante do conduto radicular utilizando uma seringa descartável com agulha fina,
secagem com cone de papel; e aplicação do adesivo fotopolimerizável no conduto radicular com
aplicador tipo Microbrush Longo (FGM). Após jato de ar no conduto, a remoção dos excessos de
adesivo é realizada com cones de papel e fotopolimerizado por 20s. O cimento resinoso dual é
a inserido no conduto com uma broca lentulo nº 40 e o pino é assentado. Após a remoção dos
excessos, o cimento é fotoativado por 1 min. Finalizando o procedimento com a cimentação do
dente provisório.
Na semana seguinte, procedemos com o preparo dentário, utilizando uma broca troncocônica de extremidade arredondada confeccionamos os sulcos de orientação horizontais e
verticais para subsequente planificação das superfícies, sempre acompanhando a anatomia
dental. O desgaste da face palatina foi realizado em dois planos, um pra mesial e outro pra distal
com ponta 3118F, tomando o cuidado para preservar o cíngulo. Em seguida, os provisórios foram
confeccionados com dentes de estoque, reembasados e cimentados com hidróxido de cálcio,
Hydro C – Dentsply.
A paciente encontra-se em fase de proservação.
Discussão:
A ocorrência de traumatismo dentário é frequente em crianças e adolescentes, e o primeiro
atendimento ao paciente, a conduta correta frente ao trauma e a agilidade para encaminhar o
caso ao especialista são de extrema importância para o prognóstico.
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20 a 23 de agosto de 2015 - ISSN 2236-9090
É fundamental que haja o diagnóstico e o planejamento integrado em casos de fraturas dento
alveolares que condenam o dente em questão. Os métodos aplicados no tratamento desse caso
permitirá que esse dente seja mantido até que a paciente atinja a idade ideal para a colocação
de um implante osseointegrado. A extração precoce de um dente leva, dentre outras sequelas,
a atrofia do osso alveolar e futuramente pode levar a necessidade de reconstruções de rebordo
previamente a instalação do implante.
Conclusão:
Concluímos que a abordagem terapêutica não só devolveu estética e função imediatas,
como também favorecerá a reabilitação futura com implantes.
REFERÊNCIAS:
1. CAMPOS MI, HENRIQUES KA, CAMPOS CN. Nível de informação sobre a conduto de
urgência frente ao traumatismo dental com avulsão. Pesq Bras Odontoped Clin Integr
2006;6:155-9.
2. GRANVILLE-GARCIA AF, MENEZES VA, LIRA PI. Prevalence and a sociodemographic
factors associated with dental trauma in preschlers. Odontol Cln-Cient 2006;5:57-64.
3. PANZARINI SR, SAAD NETO M, SONADA CK, POI WR, CARVALHO AC. Avulsões dentárias
em pacientes jovens na região de Aracutuba. Rev Assoc Paul Cir Dent 2003;57:27-31.
4. MORAES, Rafaela Scariot de et al . Tratamento emergencial de traumatismo dentoalveolar
associado a dente decíduo fusionado: relato de caso. v.11, n.3, Disponível em:
<http://revodonto.bvsalud.org/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S18082102011000300007&lng
=p&nrm=iso>. Acesso em: jul 2015.
5. PEDRON, I.G. et al. Sorriso gengival: cirurgia ressectiva coadjuvante à estética dental, Odonto
2010;18(35):87-95, Disponível em: https://www.metodista.br/revistas/revistas-ims/index.php/
O1/article/viewFile/1564/1603>
6. CARRANZA, Fermin A et al. Carranza periodontia clínica. 10. ed. São Paulo: Elsevier, 2007.
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Graduandas de odontologia, Universidade Estadual do Oeste do Paraná.
do da Disciplina de Clínica Integrada, Curso de odontologia, Universidade Estadual do Oeste do Paraná
2 Docentes
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USO DO ENXERTO DE TECIDO CONJUNTIVO PARA O RECOBRIMENTO DE RAIZ
PERFURADA ENDODONTICAMENTE E RESTAURADA COM CIMENTO DE IONÔMERO DE
VIDRO
Mateus Augusto Bon Ami Teixeira1
Danielle Shima Luize2
Rodrigo Ribeiro³
Mariana Benedetti Ferreira Webber4
Paula Bernardon5
Cristiano Ribeiro de Lima1
Modalidade: Caso Clínico
RESUMO: A resposta dos tecidos periodontais frente aos materiais restauradores tem sido
amplamente estudada, sendo que já foi observada adesão dos fibroblastos e o tecido conjuntivo por
meio de análise histológica; além de manutenção da saúde periodontal em sítios acometidos por
lesões cervicais extensas, restaurados com ionômero resinoso subgengivalmente. Este trabalho tem
como objetivo apresentar uma possibilidade terapêutica utilizando o cimento de ionômero de vidro
para o vedamento de uma perfuração radicular, que posteriormente foi recoberta por enxerto gengival
de conjuntivo. A perfuração no terço cervical da raiz aconteceu na face vestibular devido a um
procedimento de abertura coronária mal sucedido. O Cimento de Ionômero de Vidro foi o material de
eleição para o vedamento, devido as suas características biológicas e mecânicas, além de ser
biocompatível com os tecidos periodontais. Em seguida, a área recebeu um enxerto de tecido
conjuntivo removido do palato associado a um retalho deslizado lateralmente para o recobrimento da
raiz com uma recessão Classe I de Miller. Medidas clínicas foram realizadas previamente ao
procedimento e nos períodos de acompanhamento de 2, 6, 12 e 24 meses, sendo que os parâmetros
clínicos permaneceram normais durante todo o período, bem como o contorno, cor e textura dos
tecidos. O material restaurador preservou suas características, em especial a adesividade as
estruturas dentárias e a manutenção da saúde dos tecidos periodontais adjacentes. Os resultados
deste caso clínico permitiram concluir que essa forma de tratamento é altamente eficaz e previsível
para casos de recobrimento radicular em dentes com lesões cervicais restauradas.
Palavras-chave: Cicatrização periodontal, restauração dentária, distâncias biológicas, materiais
dentários.
REFERÊNCIAS:
DELIBERADOR, T.M. et al. Use of the connective tissue graft for the coverage of composite resin-restored
root surfaces in maxillary central incisors. Quintessence Int., v. 43, n. 7, 2012.
MARTINS, T. M. et al. Periodontal tissue response to coverage of root cavities restored with resin materialshistomorphometric study in dogs. J Periodontol, v.78, n. 6, p. 1075-1082, 2007.
SILVA. R.J.,QUEIROZ.M.S., et al. Propriedades dos cimentos de ionômeros de vidro: uma revisão
sistemática. Odontol,Clín-Cient. Recife,9 (2) 125-129, abr./jun., 2010.
SOARES, L. G. et al. Root coverage with laterally positioned flap. Dental Press Implantol. 2012 JulySept;6(3):46-54.
_____________________
1
Graduando de odontologia, Universidade Estadual do Oeste do Paraná. [email protected]
em Periodontia-UNESP, Professora das Disciplinas de Periodontia e Clínica Integrada da UNIOESTE.
³ Doutor em Endodontia, Professor das Disciplinas de Anestesiologia e Clínica Integrada da UNIOESTE.
4 Mestre em Prótese/FACULDADE INGÁ, Profa. das Disciplinas de Prótese e Clínica Integrada da Unioeste.
5 Mestre em Periodontia/UNIOESTE, Profa. das Disciplinas de Dentística e Clínica Integrada da Unioeste.
2Doutora
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ANÁLISE DA RESISTÊNCIA ADESIVA DE PINOS DE FIBRA DE VIDRO CIMENTADOS
COM DIFERENTES COMPRIMENTOS
Natália Taglian Boniatti1
Mariana Benedetti Ferreira Webber2
Danielle Shima Luize³
Paula Bernardon⁴
Modalidade: Pesquisa
RESUMO: Retentores intrarradiculares são cada vez mais utilizados na odontologia para
restaurações diretas e indiretas, sendo os de fibra-de-vidro uma excelente opção associada a
materiais adesivos. O remanescente radicular, seu tamanho e forma, determinam a seleção do
pino. Objetivos: O objetivo deste estudo foi avaliar, por meio do teste de pull-out, a resistência
de pinos de fibra de vidro à tração, quando cimentados com diferentes profundidades em dentes
tratados endodonticamente. Metodologia: Trinta raízes bovinas foram cortadas na região
cervical e padronizadas ao comprimento de 21mm. Foram tratadas endodonticamente e divididas
aleatoriamente em três grupos: G1- preparação de 2/3 do remanescente radicular (14mm); G2 preparação de ½ do remanescente radicular (10,5mm), e, G3 – preparação de ¼ do
remanescente radicular (5,25mm). Nos três grupos foram utilizados o pino Exacto n 3 (Angelus)
e cimentados com RelyXU200 (3M-ESPE). Após, as amostras foram submetidas à
termociclagem. O ensaio mecânico foi realizado em uma máquina de ensaio universal.
Resultados: Os dados foram analisados usando Análise Variância 1-fator (ANOVA) ao nível de
significância de 5% e Teste de Múltipla Comparação de Tukey. Os valores obtidos em Newtons
(N) foram: G1 = 133,10, G2 = 102,26, G3 = 39,12. Conclusão: Verificou-se que os valores da
força de adesão foram afetados pela profundidade de cimentação dos pinos com material
autoadesivo, sendo maiores conforme aumenta a profundidade de cimentação dos pinos
(G1>G2>G3).
Palavras-Chave: Técnica para retentor intrarradicular. Resistência à tração. Cimentos de resina.
Adesividade.
REFERÊNCIAS:
ALSAMADANI, K.H. et al. Influence of Different Restorative Techniques on the Strength of
Endodontically Treated Weakened Roots. 2012; Int J Dent.
CHUAN S. F.et al. Influence of post material and length on endodontically treated incisors: in vitro
and finite element study. J Prosthet 2010 Dec;104(6):379-8.
PEGORARO, L. F. et al. Prótese fixa. São Paulo: Artes Médicas, 1998. 313p
_____________________
1 Acadêmica Odontologia, UNIOESTE, [email protected]
2Mestre Prótese Dentária, FACULDADE INGÁ, [email protected]
³ Doutora Periodontia, UNESP, [email protected]
⁴ Mestre Clínicas Odontológicas, UNIOESTE, [email protected]
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20 a 23 de agosto de 2015 - ISSN 2236-9090
AVALIAÇÃO DA SAÚDE BUCAL EM IDOSOS ATENDIDOS NA CLÍNICA ODONTOLÓGICA
DA UNIPAR, CAMPUS DE FRANCISCO BELTRÃO- PR
Bruna Dall`Alba1
Michele Cristina Rama1
Karem Salete Girelli1
Flávia Ruiz Barbosa Paganini2
Volmir Pitt Benedetti2
Modalidade:Pesquisa
RESUMO:A população vem envelhecendo rapidamente, onde a queda das taxas de fecundidade
começou alterar a estrutura etária populacional. O termo saúde abrange “um estado de completo
bem-estar físico, mental e social, não apenas a ausência de doenças”, de modo que a saúde
bucal possui grande importância para tal (WHO,1996). Uma das patologias mais frequentes em
idosos portadores de próteses dentais são as afecções bucais causadas por fungos. Assim,
objetiva-se descrever as condições de saúde bucal de idosos atendidos na clínica odontológica
da Unipar de Francisco Beltrão. Foi acompanhada a consulta odontológica e, posteriormente,
uma entrevista com o paciente para preenchimento de ficha epidemiológica, seguido de coleta
de saliva. A partir deste material biológico foi realizado a quantificação e caracterização da
microbiota fúngica. Observou-se que 60% dos pacientes tiveram crescimento de leveduras,
sendo Candida albicans a espécie mais frequente, segundo Gusmâo et al. (2010), 80% de idosos
portadores de próteses dentárias são colonizados por leveduras, isto porque a prótese é um
nicho onde fungos aderem-se e começam a proliferar-se. Também, a reabsorção óssea foi a
alteração mais frequente encontrada na cavidade oral, presente em 100% dos casos, causada
pela perda dentária. Seguido da presença de úlceras, as quais são resultado da compressão da
prótese em áreas de tecido mole durante as forças mastigatórias, isso quando a prótese estiver
mal adaptada. Em suma, o crescimento de levedura está relacionado a má higienização da
prótese e da cavidade oral. Contudo, não há correlação entre a presença de Candida e lesões
precipitantes da candidíase.
Palavras chave: Saúde bucal; Idoso; Prótese dentária.
REFERÊNCIAS:
WHO. WORLD HEALTH ORGANIZATION. The World Health Organization Quality of Life
Assessment (WHOQOL): What is quality of life? World Health Forum. v.17, p. 354–356, 1996.
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p.283– 288, 2010.
_____________________
do curso de Odontologia da Universidade Paranaense – UNIPAR/Francisco
PR;[email protected]
2Docentes do Curso de Odontologia da Universidade Paranaense – UNIPAR/Francisco Beltrão – PR;
1Acadêmicas
Beltrão
-
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CONDIÇÃO E USO DAS PRÓTESES DENTÁRIAS EM PACIENTES HOSPITALIZADOS
Letícia Nadal1
Camila Regina Klaus Massarotto2
Rodrigo Santos de Oliveira3
Lucila Piasecki4
Daniela de Cássia F. Boleta Ceranto5
Modalidade: Pesquisa
RESUMO: Durante a hospitalização se observa um maior descaso pelo paciente com a sua
cavidade oral, pelo fato do motivo da internação no momento ser mais relevante. Objetivo:
Avaliar a condição das próteses dentárias de pacientes hospitalizados, verificando a necessidade
de substituição das mesmas. Metodologia: Trata-se de um estudo transversal, onde foram
realizadas entrevistas e exame clínico em pacientes internados na ala SUS de um hospital
universitário na cidade de Cascavel-PR. Participaram do estudo homens e mulheres com idade
igual ou superior a 50 anos, usuários de prótese móvel (total ou parcial) ou que necessitassem
de prótesesremovíveis. Resultados: A amostra incluiu 31 voluntários, sendo 45,2% do gênero
feminino (n=14) e 54,8% do masculino (n=17), 100% (n=31) dos entrevistados usavam algum
tipo de prótese móvel no arco superior e 46% (n=14) no arco inferior, podendo o voluntário,
enquadrar-se nos dois grupos. Verificou-se a necessidade de confecção de novas próteses
em51% (n=16) dos entrevistados, sendo que 19% (n=6) necessitavam de prótese total e 32%
(n=10) de prótese parcial removível. Discussão: O uso de próteses mal adaptadas, com máhigiene, associadas a indivíduos hospitalizados que estão mais propensos às alterações
fisiológicas na cavidade oral e no organismo, contribui para o desenvolvimento de lesões orais e
redução da qualidade de higienização bucal. Conclusão: A prevalência do uso e a necessidade
de próteses nesses pacientes foram elevadas. A higiene inadequada das próteses leva à
colonização por inúmeras espécies bacterianas, podendo causar infecções do trato respiratório,
o que resultaria no aumento do tempo de hospitalização.
Palavras-chave: Odontologia Hospitalar, Próteses dentárias, Higiene Oral
REFERÊNCIAS
LIMA, A.C.; et al. A importância da saúde bucal na ótica de pacientes hospitalizados. Ciência &
Saúde Coletiva. v.16, n.1, p. 1173-1180, 2011.
ANDRADE, B.M.S.;SEIXAS, Z.A. Condição mastigatória em usuários de próteses totais.
International Journal of Dentistry. v.1,n.2, p. 48-51, 2006.
MOIMAZ S. A. S, SANTOS C. L. V, PIZZATO E, et al., Perfil de utilização de próteses totais em
idosos e avaliação da eficácia de sua higienização.Cienc Odontol Bras. n.7, v.3, p. 72-8, 2004.
_____________________
1Cirurgiã-Dentista.
Aluna do curso de Aperfeiçoamento em Cirurgia Oral Menor da ABO, graduada na
Universidade Paranaense – UNIPAR. Email: letí[email protected]
2Cirurgiã-Dentista, graduada na Universidade Paranaense – UNIPAR. Mestranda em Estomatologia
PUC/PR
3Cirurgião-Dentista, graduado na Universidade Paranaense – UNIPAR
4 Cirurgiã-Dentista, Mestre e Doutora em Endodontia. Docente na Universidade Paranaense – UNIPAR
5 Cirurgiã-Dentista, Mestre e Doutora em Fisiologia Oral. Docente na Universidade Paranaense –
UNIPAR.
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20 a 23 de agosto de 2015 - ISSN 2236-9090
REABILITAÇÃO ESTÉTICA E FUNCIONAL EM PACIENTE COM PERDA DE DIMENSÃO
VERTICAL: ABORDAGEM MULTIDISCIPLINAR
Geyssi Karolyne Gonzatto1
Mariana Benedetti Ferreira Webber2
Janaina Ahmann Spenassatto1
Paula Bernardon2
Danielle Shima Luize2
Modalidade: Caso clínico
RESUMO: Este relato de caso clínico vem apresentar uma estratégia de restabelecimento
estético-funcional de uma paciente com perda de dimensão vertical de oclusão (DVO) provocada
por perda de elementos dentários posteriores, desgaste dentário anterior e alteração na relação
entre maxila e mandíbula. A definição do planejamento e plano de tratamento para a reabilitação
oral satisfatória baseou-se inicialmente na confecção próteses parciais provisórias para
restabelecimento da dimensão vertical de oclusão (DVO) e posterior associação de tratamento
multidisciplinar envolvendo endodontias, confecção de núcleos metálicos fundidos, coroas totais
metalocerâmicas, restaurações diretas em resina composta fotopolimerizável e periodontia. A
avaliação adequada do paciente com perdas funcionais severas, aliada a um correto
planejamento do tratamento interdisciplinar podem conduzir a previsibilidade das restaurações
para que sejam bem sucedidas com prognóstico longitudinal da reabilitação executada.
Palavras-chave: Dimensão vertical, desgaste dentário, oclusão.
Introdução
A reabilitação oral completa de pacientes com uma dentição comprometida
funcionalmente, frequentemente envolve uma abordagem multidisciplinar e representa um
desafio clínico considerável.
O sistema estomatognático pode ter seu equilíbrio funcional e estético seriamente afetado
devido a perdas ou destruição dos dentes por cáries, traumatismos ou distúrbios do
desenvolvimento. Quando, além de destruição dos dentes, ocorrem também perdas múltiplas de
elementos dentários que podem estar ainda associadas à grandes destruições coronárias,
geralmente se faz necessário a associação de várias técnicas restauradoras afim de reabilitar a
saúde bucal do paciente, devolvendo à ele forma, função e estética, capaz de lhe proporcionar
sua reinserção social com longevidade Volpato et. al. (2013).
A Dimensão Vertical de Oclusão (DVO) é a medida da distância entre dois pontos da face,
no sentido vertical quando dentes superiores e inferiores estão em contato na posição de
fechamento máximo Dawson (2008).
Uma DVO aumentada ou diminuída pode trazer danos permanentes ou passíveis de
recuperação ao paciente, tanto relacionados com a função mastigatória, muscular, articular e
com a fonética e a estética, e sua alteração com relação à diminuição pode estar relacionada
principalmente com o desgaste ou ausência de elementos dentários e o seu aumento pela
confecção de trabalhos protéticos mal executados Dantas (2012). O incorreto restabelecimento
da DVO pode levar ao insucesso do tratamento protético, em vista disso, várias técnicas são
discutidas na literatura para o correto relacionamento maxilomandibular Amoroso et. al. (2013).
A atrição dentária severa pode causar a perda de suporte posterior da oclusão e resultar
em alteração da DVO. Os sinais clínicos observados são: a migração dos dentes, a abertura de
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espaços interproximais ocorrendo impactação alimentar e consequente retenção de alimentos
predispondo à gengivite e periodontite com formação de bolsa, e a relação interarcos tem como
resultado a perda de apoio posterior e eventual desenvolvimento de um padrão patológico
neuromuscular, com a mandíbula se posicionado mais anteriormente, resultando na alteração
da DVO. O tratamento proposto é a estabilização do processo patológico, feito através da criação
de um suporte posterior e da eliminação da posição anterior da mandíbula, além de restabelecer
a DVO buscando uma oclusão harmônica. Isso pode ser conseguido através de PPR e
restaurações provisórias. Em seguida o paciente passa pelo tratamento clínico, e a nova DVO é
mantida para realização do tratamento definitivo Rezende (2010).
A condição do sistema estomatognático de pacientes com desgastes severos e/ou perda
de elementos dentais posteriores modifica a posição da mandíbula em relação à maxila,
determinando alterações no padrão funcional e estético, distúrbios musculares e articulares.
Quando tratamos um paciente com qualquer grau de alteração, devemos fazer um correto
planejamento e uma avaliação multidisciplinar para garantir o sucesso e longevidade da
reabilitação.
Objetivo
Este trabalho tem por objetivo apresentar uma estratégia de restabelecimento estéticofuncional com confecção de coroas totais metalocerâmicas, restaurações diretas em resina
composta fotopolimerizável e prótese parcial removível de uma paciente com perda de dimensão
vertical de oclusão provocada pela falta de múltiplos elementos dentários e alteração de padrão
funcional.
Relato do caso
Paciente O.B.S., 64 anos, sexo feminino, compareceu à clínica de Odontologia da UNIOESTE,
na disciplina de Clínica Integrada do Adulto com a queixa principal de ausência de dentes.
Durante anamnese não foram relatadas doenças prévias pela paciente que também não faz uso
regular de medicamento. A primeira fase do tratamento, de planejamento, foi realizada
inicialmente, exames clínicos extrabucal onde não foram detectadas alterações dos padrões de
normalidade. Ao exame clínico intrabucal foi avaliado a saúde periodontal da paciente, através
de periograma onde constatou-se não haver presença de bolsas periodontais, apenas presença
de cálculos e retrações gengivais. Os elementos ausentes eram: 16, 15, 14, 11, 23, 24, 25, 26,
38, 37, 36, 45, 46, 47, 48. Os dentes remanescentes superiores e inferiores apresentavam
cálculo e alguns apresentavam, ainda, cárie. Foram realizados exames radiográficos
complementares, fotografias extras e intrabucais, modelos de estudo, definição do grau de
complexidade do tratamento e montagem em articulador semiajustável, enceramento diagnóstico
e definição do plano de tratamento. Para a segunda fase do tratamento foi realizado a devolução
dos padrões de normalidade através da técnica de temporização constituída por instalação de
guias protéticos (próteses parciais temporárias) para devolução de dimensão vertical ocasionada
pela perda dos múltiplos elementos dentários e desgastes ocorridos pela mudança de posição
da mandíbula em relação à maxila que foram, neste caso, determinantes na alteração do padrão
estético e funcional da paciente. A terceira fase do tratamento constituiu-se da execução das
técnicas restauradoras iniciadas pelo tratamento periodontal básico além de orientação e
motivação de hábitos de higiene bucal. Os elementos 13, 12, 21 e 22 foram submetidos à teste
térmico, não apresentando vitalidade pulpar, foram então tratados endodonticamente. Realizado
anestesia infiltrativa, isolamento absoluto, abertura coronária com broca diamantada 1012 Jota,
exploração dos canais com lima tipo Kerr de aço inoxidável compatível com o diâmetro dos
canais, odontometria com localizador apical (Romiapex A-15); foi realizado curativo com
formocresol (Biodinâmica) e cimento de ionômero de vidro ( Maxxion R – FGM). Na semana
258
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seguinte, foi feito a remoção do material e o preparo dos canais foi realizado com instrumento
rotatório X- Smart Plus – Dentsply, fazendo movimentos de vai e vem levando sem forçar a ponta
do instrumento, porém de forma firme contra as paredes laterais do dente, fazendo chegar até o
comprimento de trabalho. Durante a modelagem foi utilizado hipoclorito de sódio a 1% como
irrigante. Na mesma sessão realizou-se a obturação dos dentes 13,12,21, 22 com guta percha
pela técnica de condensação lateral.
Na quarta fase do tratamento foi realizada desobturação dos canais dos dentes 13, 12,
21, 22, moldagem com fio ortodôntico e o kit da Adesil - Vigodent para a confecção dos núcleos
de preenchimento. Na semana seguinte, cimentamos os mesmos nos condutos com fosfato de
zinco da SS White. Procedemos com o preparo dentário, utilizando uma broca tronco-cônica de
extremidade arredondada confeccionamos os sulcos de orientação horizontais e verticais para
subsequente planificação das superfícies, sempre acompanhando a anatomia dental. O
desgaste da face palatina foi realizado em dois planos, um pra mesial e outro pra distal com
ponta 3118F, tomando o cuidado para preservar o cíngulo. No mesmo dia, utilizamos alginato,
Jeltrate Plus – Dentsply, para moldagem e posterior confecção dos casquetes. Em seguida, os
provisórios foram cimentados com hidróxido de cálcio, Hydro C – Dentsply. Para um resultado
mais satisfatório da adaptação das coroas metalocerâmicas, moldamos os preparos com
casquete e Impregum Soft na seringa e na moldeira. Após 15 dias, realizamos a prova do coping,
a moldagem de transferência e a seleção da cor. Posteriormente, provamos a as coroas
metalolcerâmicas que foram cimentadas com fosfato de zinco da SS White.
Os elementos que possuíam cárie foram restaurados através de técnica restauradora direta com
resina composta fotopolimerizável (Opallis – FGM nas cores A3E, A3D, A3,5 E, A3,5D). Foi feito
isolamento absoluto do campo operatório, escariação, limpeza da cavidade com clorexidina 2%
forramento da cavidade com cimento de ionômero de vidro Maxxion – FGM, condicionamento
com ácido fosfórico Atacktec à 37% por 30 segundos em esmalte e 15 segundos em dentina,
lavagem com água e secagem, aplicação do agente adesivo Single Bond – 3M ESPE com
microbrush, fotoativação por 20 segundos, aplicação da resina composta através de técnica
incremental seguida de fotoativação por 40 segundos. Por fim removeu-se o isolamento absoluto
para acabamento imediato das restaurações com tiras de lixas e brocas e verificação dos
contatos oclusais. Para restauração dos dentes anteriores inferiores foi realizado enceramento
diagnóstico, confecção de guia de silicone e posterior reanatomização através de técnica
restauradora direta com resina composta fotopolimerizável (Opallis – FGM nas cores A3,5 E,
A3,5D). Foi feito isolamento absoluto do campo operatório, limpeza da cavidade com clorexidina
2%, condicionamento com ácido fosfórico Atacktec à 37% por 30 segundos em esmalte e 15
segundos em dentina, lavagem com água e secagem, aplicação do agente adesivo Single Bond
– 3M ESPE com microbrush, fotoativação por 20 segundos, aplicação da resina composta
através de técnica incremental seguida de fotoativação por 40 segundos. Remoção do
isolamento e ajuste oclusal.
Na quinta fase do tratamento foi realizado moldagem da arcada superior e inferior com
alginato Jeltrate Plus – Dentsply, para a confecção de prótese parcial removível (PPR). Na
segunda sessão da confecção da PPR foi realizada a prova da estrutura metálica e seleção de
cor. Em uma terceira etapa foi feita a prova da montagem dos dentes em cera, verificação da
DVO e padrões oclusais, aprovação da estética da prótese. Na entrega da PPR os contatos
oclusais foram checados bem como novamente a DVO, foram repassadas à paciente instruções
de higienização oral (reforço e motivação da terapia periodontal básica) e higiene das próteses
fixas (3 elementos com pôntico) e das PPRs. A paciente encontra-se em fase de proservação
semanal, em seguida faremos acompanhamento mensal e posteriormente a cada 6 meses para
garantir longevidade do caso.
Discussão
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20 a 23 de agosto de 2015 - ISSN 2236-9090
Devemos alterar a dimensão vertical de oclusão (DVO) de pacientes para criar espaço
interoclusal para restaurações, devido à alteração da DVO para menos, quando houver perda de
estrutura dentária e desgaste dental severo; para melhorar a estética facial, melhorando o
suporte labial, harmonia facial, lábios finos, “comissuras caídas” e queilite angular, segundo
Rezende (2010).
Para Sato, Hotta, Pedrazzi (2000), em situações que necessitam de restabelecimento da
dimensão vertical de oclusão (DVO), existem diferentes alternativas que podem ser utilizadas
com sucesso clínico. A reabilitação de pacientes com extenso desgaste oclusal é complexa e de
difícil solução, tornando-se assim um grande desafio da odontologia. Por isso minuciosos
exames devem ser feitos para que se possa diagnosticar a causa do problema antes da
execução do tratamento propriamente dito.
Nos casos de alteração da dimensão vertical (DV) onde ocorreu um desgaste acentuado
dos elementos dentais, é indispensável o restabelecimento da nova condição de normalidade
oclusal de DV, através da utilização de próteses provisórias ou de um dispositivo interoclusal,
até o paciente relatar conforto Moshaverinia et. al. (2014), Feltrin (2008). Como realizado neste
caso clinico exposto.
Segundo Dias et. al. (2006), as alterações relacionadas com a diminuição da DVO
provocam um espaço funcional livre excessivo e os seguintes danos podem ser observados
desgastes dentais acentuados; oclusão traumática com comprometimento periodontal;
sobrecarga da articulação têmporo-mandibular; reflexos na audição; envelhecimento precoce
devido à perda do tônus da musculatura da expressão facial; face com aspecto encurtado;
aparecimento de queilite angular; além de patologias agudas e crônicas nas estruturas orofaciais,
incluindo deformação mandibular, alteração na composição das fibras musculares, alteração da
resposta adreno-cortical levando a um aumento do nível de cortisol urinário e redução do volume
da urina. Olthoff et. al. (2007), Dias et. Al. (2006), Dias et. al. (2007), Gomes et. al. (2006).
O suporte posterior é um importante fator a considerar para alcançar a estabilidade
oclusal. A perda do suporte posterior é definida como a perda da dimensão vertical de oclusão,
sendo resultado a movimentação dos dentes posteriores. A perda de dentes posteriores com
consequente deslizamento mandibular para anterior, que causa função excessiva nos dentes
anteriores, pode levar a perda da estrutura dental Volpato et. al. (2013).
Saúde, função e estética devem ser o objetivo maior em qualquer plano de tratamento,
por isso o diagnostico e o respectivo tratamento não devem ser baseados somente na estética,
vários fatores devem ser avaliados prioritariamente: a) estabilidade oclusal b) saúde periodontal
e ausência ou presença de doenças dentaria c) limitações anatômicas d) manejo do espaço,
para tal as próteses parciais removíveis têm sido indicadas na odontologia como uma opção
mais barata e que restabelece as funções mastigatória, fonética e estética de forma satisfatória,
como no caso clínico apresentado Volpato et. al. (2013).
Vários fatores levam à perda da dimensão vertical de oclusão (DVO), segundo Rodrigues
(2010), dentre estes, as causas mais comuns são: o bruxismo, que causa um acentuado
desgaste dental e a perda de dentes posteriores. A recuperação da DVO é uma das etapas mais
importantes na reabilitação oral. O diagnóstico e o planejamento assim como a execução da
reabilitação da oclusão de um paciente, devem ser feitos baseados numa análise minuciosa de
suas condições oclusais e faciais. Ao final do processo reabilitador, o paciente deve ter
restabelecidas as condições normais de sua oclusão (DVO), devolvendo a harmonia e o
equilíbrio ao seu sistema estomatognático.
Na busca pela harmonia do sistema estomatognático, deve-se planejar a estratégia
restauradora. O uso de restaurações através de próteses fixas permite restabelecer
integralmente a estrutura e conforto do paciente na sua função mastigatória, mantendo a saúde
e integridade dos arcos dentários Shillinburg et. al. (2007). Dentes tratados endodonticamente
muitas vezes necessitam de retentores intrarradiculares para serem restaurados. Neste caso
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20 a 23 de agosto de 2015 - ISSN 2236-9090
optou-se pelo núcleo metálico fundido por se tratar de uma opção aceitável para dentes com
grande perda de estrutura dentária Bottino (2001).
Conclusão
A avaliação adequada do paciente com perdas funcionais severas, aliada a um correto
planejamento do tratamento interdisciplinar, incluindo o reconhecimento de necessidades
percebidas do paciente, motivos para os serviços que procuram capacidade financeira e perfil
socioeconômico, pode conduzir a previsibilidade das restaurações para que sejam bem
sucedidas com prognóstico longitudinal da reabilitação executada.
REFERÊNCIAS:
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paciente com parafunção severa. Revista Odontológica de Araçatuba, v.34, n.2, p. 09-13,
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261
20 a 23 de agosto de 2015 - ISSN 2236-9090
_____________________
1 Acadêmicas do Curso de Odontologia da Unioeste. [email protected]
2 Docentes do Curso de Odontologia da Unioeste.
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REABILITAÇÃO PROTÉTICA POR ASSOCIAÇÃO DE PRÓTESE TOTAL E PRÓTESE
FIXA PROTOCOLO BRANEMARK: RELATO DE CASO
Luiz Carlos Volp Junior1
Rodrigo Lorenzi Poluha2
Eduardo Kurihara3
Modalidade: Caso clínico
Resumo:A reabilitação funcional e estética de pacientes totalmente desdentados sempre foi um
desafio na rotina clínica. O uso dos implantes osseointegrados é de grande valia para
proporcionar a esses pacientes um trabalho protético de maior sucesso clinico, em especial para
a mandíbula, por meio de próteses tipo protocolo Branemark, caracterizada pela colocação de
04 a 06 implantes na região anterior da mandíbula, entre os forames mentuais e cantilever distal
de ambos os lados para substituir os dentes posteriores. O presente trabalho objetiva descrever
e discutir os reflexos das particularidades do caso nas etapas da técnica protética de um paciente
do gênero masculino, 62 anos de idade, edêntulo total, que se apresentou com 05 implantes,
entre os forames metuais, no qual a terapêutica reabilitadora empregada fez uso de uma prótese
total superior associada a um protocolo Branemark inferior com uma infra estrutura metálica e
uma base de resina para uni-la aos dentes de resina acrílica. A prótese protocolo é uma
alternativa viável, proporcionando estabilidade a prótese, eficiência mastigatória e estética.
Sendo que para que se execute a reabilitação com o máximo de qualidade dessa peça protética
é fundamental ao cirurgião dentista o conhecimento das etapas clinicas bem como a análise dos
pormenores de cada caso.
Palavras-chave: Implantes dentários; Prótese Dentária; Prótese Dentária Fixada por Implante.
REFERÊNCIAS:
FRIBERG B, JEMT T. Rehabilitation of edentulous mandibles by means of osseointegrated
implants: a 5-year follow-up study on one or two-stage surgery, number of implants, implant
surfaces, and age at surgery. Clin Implant Dent Relat Res. 2015; 17(3):413-24.
MINORETTI R, TRIACA A, SAULACIC N. Unconventional implants for distal cantilever fixed fullarch prostheses: a long-term evaluation of four cases. Int J Periodontics Restorative Dent. 2012;
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GRECO GD, JANSEN WC, LANDRE JJ, SERAIDARIAN PI. Biomechanical analysis of the
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complete denture. J. Appl. Oral Sci. 2009; 17(5): 515-520.
_____________________
1Aluno de Graduação (5º ano), Universidade Estadual de Maringá, e-mail: [email protected]
2Aluno Graduado, Universidade Estadual de Maringá
3Doutor e Professor Adjunto, Universidade Estadual de Maringá
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RELAÇÃO ENTRE O EDÊNTULISMO E A CONDIÇÃO BIOPSICOSSOCIAL.
Heloiza Marielli Mugnol1
Simone Kreve
Modalidade: Caso clínico
RESUMO: A saúde bucal tem um papel extremamente importante na qualidade de vida dos
idosos, uma vez que o comprometimento da mesma afeta negativamente no bem estar físico e
mental, e pode diminuir o prazer de uma vida social ativa. O fator biopsicossocial está vinculado
à relação do indivíduo com seu psicológico e com o meio em que vive, ou seja, aceitabilidade da
condição dentária associada ao bom convívio em sociedade. O objetivo do trabalho é demonstrar
através de um caso clínico quanto uma reabilitação com prótese total bimaxilar é fundamental
para melhorar a condição biopsicossocial dos pacientes idosos. Relato de Caso: A paciente
M.E.T, 60 anos, compareceu na clínica odontológica da Unipar - Campus Cascavel,
necessitando substituição da sua prótese total bimaxilar. A paciente possuía um par de próteses
a qual usava há 15 anos. A paciente se queixou da estética envelhecida e que seus dentes não
apareciam quando ela falava. Foi confeccionado um par de próteses dentro dos parâmetros
estabelecidos pela disciplina de Prótese Total e com principal enfoque na estética dentaria e
muscular. Conclusão: Pode-se ressaltar a importância da reabilitação oral na mecânica
mastigatória e na estética, e consequentemente a influência que uma prótese total bem
confeccionada pode proporcionar no bem estar emocional dos pacientes edêntulos. Todo esse
contexto gerado pelo edêntulismo deveria constituir o objeto de preocupação da classe
odontológica. No entanto, a abordagem dos profissionais, na maioria das vezes, apenas
considera as perspectivas restauradoras.
Palavras-chave: Autoimagem, Prótese Total, Qualidade de Vida, Impacto Biopsicossocial
REFERÊNCIAS:
MUNHOZ, E.G.A. Os fatores que influenciam na satisfação do paciente submetido a tratamento
de prótese total convencional. HU , Juiz de Fora, v.37.n.4, p. 413-419, 2011.
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POSSOBON, R. F. et al. O tratamento odontológico como gerador de ansiedade. Psicologia em
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HANTASH, A. F. et al. Relationship between impacts of complete denture treatment on daily
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p. 200-207, 2011.
_____________________
1
Acadêmica do 3º ano de Odontologia, UNIPAR-Campus Cascavel. Email: [email protected].
264
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DETECÇÃO DE CALCIFICAÇÕES NA ARTÉRIA CARÓTIDA EM RADIOGRAFIAS
PANORÂMICAS E TOMOGRAFIA COMPUTADORIZADA DE FEIXE CÔNICO: REVISÃO DE
LITERATURA
Fernanda Lobo1
Elen de Souza Tolentino2
Lilian Cristina Vessoni Iwaki3
Mariliani Chicarelli Silva3
Neli Pieralissi4
Modalidade: Revisão de literatura
RESUMO: Nas últimas décadas, diversos estudos vêm apontando a importância da correta
identificação de calcificações patológicas em tecidos moles pelo radiologista através de exames
odontológicos por imagens. Por ser um dos exames mais utilizados na odontologia e evidenciar
uma área ampla de estruturas cervicais, a radiografia panorâmica é um dos mais citados,
seguida, mais recentemente, da Tomografia Computadorizada de Feixe de Cônico (TCFC).
Pesquisas recentes demostraram a importância da radiografia panorâmica na detecção de
alterações cardiovasculares, uma vez que, são responsáveis pela morte de milhões de pessoas,
sendo um dos principais problemas de saúde mundial. O primeiro exame de escolha para
identificação de estenoses é a Ultrassonografia de Doppler, um procedimento não invasivo, de
baixo custo e que não envolve radiação ionizante. A utilização de exames odontológicos por
imagem não tem o intuito de substituir um método diagnóstico mais preciso e confiável como a
primeira opção, mas de criar o hábito do cirurgião-dentista de uma análise mais profunda da
imagem, ressaltando a importância da observação completa de exames e situação de saúde,
contribuindo para prevenção de futuros danos. Neste contexto, o cirurgião-dentista poderia, após
a anamnese de seus pacientes, estar atento à interpretação das imagens radiográficas e
encaminhar os mesmos para avaliação médica, onde outros exames serão feitos para
confirmação do diagnóstico e tratamento adequado.
Palavras-chave: Radiografia Panorâmica; Tomografia Computadorizada de Feixe Cônico;
Calcificação da Artéria Carótida
REFERÊNCIAS:
OPPERMANN, R.V.; RÖSING, C.K. Periodontia –Ciência e Clínica. São Paulo: Artes Médicas,
2001. 458 p.
LEWIS, D.A.; BROOKS, S.L. Carotid artery calcification in a general dental population: a
retrospective study of panoramic radiographs. Gent Dent, 1999. 98-103 p.
COHEN, S.N. et al. Carotid calcification on Panoramic radiographs: An important marker for
vascular risk. Greenville: Oral Surg Oral Pathol Oral Radiol Endod, 2002. 510-514 p.
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1
Aluna de Graduação da Universidade Estadual de Maringá, [email protected]
Doutora em Estomatologia pela Faculdade de Odontologia de Bauru, Professora de Departamento de Odontologia da
Universidade Estadual de Maringá
3
Doutora em Radiologia Odontológica pela Universidade Estadual de Campinas, Professora de Departamento de
Odontologia da Universidade Estadual de Maringá
4
Doutoranda em Ciências da Saúde pela Universidade Estadual de Maringá, Professora de Departamento de Odontologia
da Universidade Estadual de Maringá
2
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20 a 23 de agosto de 2015 - ISSN 2236-9090
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A INTEGRAÇÃO MULTIPROFISSIONAL ENTRE PROFISSIONAIS DE ODONTOLOGIA E
NEFROLOGIA VISANDO AS NECESSIDADES DO PACIENTE COM INSUFICIÊNCIA RENAL
CRÔNICA
Márcia Cristina da Silva1
Giselle Regina Carvalho2
Mitsue Fujimaki⁴
Sergio Seiji Yamada⁵
Neli Pieralisi³
Modalidade: Revisão de literatura
RESUMO: A doença renal crônica (DRC) corresponde a deficiência estrutural e funcional dos
rins, acometendo 8-16% da população mundial e um importante problema de saúde pública. Na
DRC, o acumulo de substâncias químicas e tóxicas no sangue do paciente repercute em
manifestações na cavidade bucal e na necessidade de cautela durante o tratamento
odontológico. Estes cuidados devem ser reforçados quando o paciente for portador de diabetes
mellitus e/ou hipertensão, as principais etiologias da DRC. Desta forma, é oportuna a integração
multiprofissional entre as diversas áreas da saúde para o tratamento desses pacientes. O
objetivo do trabalho é expor como aos profissionais de saúde da odontologia e da nefrologia
devem interagir no tratamento dos pacientes com IRC. Para tanto, foi pesquisado, na base de
dados Pubmed (2005-2015), os descritores: “insuficiência renal crônica”, “hemodiálise” e
“nefrologia”. O cirurgião dentista deve examinar o paciente criteriosamente, elaborar o plano de
tratamento e discutir com o nefrologista as condições clínicas gerais e os cuidados odontológicos,
do pré e pós operatório. O médico responsável colaborará com o ajuste de doses de
medicamentos indicados, além de passar, as informações necessárias para manter a
estabilidade sistêmica do paciente. Este intercâmbio profissional é importante para proteger a
fistula arteriovenosa e preparar o paciente para receber o novo órgão, para estar livre de
infecções e prevenir complicações após o transplante renal.
Palavras chave: nefrologistas, odontologia, insuficiência renal crônica.
REFERÊNCIAS:
CHRISTINE BLUE; KIM ISRINGHAUSEN; ELAINE DILS. Raising Oral Health Awareness
Among Nephrology Nurses. The Journal of Dental Hygiene, vol. 85, No2, 2011:p 151 -157.
COSTA FILHO, et al. Cuidados odontológicos em portadores de insuficiência renal crônica. Rev.
Cir. Traumatol. Buco-Maxilo-fac., Camaragibe v.7, n.2, p. 19 - 28, 2007
DA SILVA LC; DE ALMEIDA FREITAS R; DE ANDRADE MP JR et al. Oral Lesions in renal
transplant. The journal of Craniofacial Surgery, vol. 23, n.3, may 2012.
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1
Aluna de Graduação da Universidade Estadual de Maringá, [email protected].
² Cirurgiã-Dentista, formada pela Universidade Estadual de Maringá.
³ Doutoranda em Ciências da Saúde pela Universidade Estadual de Maringá, Professora do Departamento de Odontologia
da Universidade Estadual de Maringá.
⁴ Doutora em Odontologia pela Universidade Estadual de Campinas, Professora Adjunta ao Departamento de Odontologia
da Universidade Estatual de Maringá.
⁵ Doutor em Nefrologia pela Universidade de São Paulo, Médico Responsável da Área de Nefrologia do Hospital
Universitário Regional de Maringá.
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20 a 23 de agosto de 2015 - ISSN 2236-9090
ATENÇÃO ODONTOLÓGICA A PACIENTES GESTANTES: CONSTRUÇÃO DE UM
PROTOCOLO DE ATUAÇÃO
Luana Louise Goulart1
Marina Berti2
Mariângela Baltazar2
Danielle Portinho2
Modalidade: Extensão
RESUMO: Alunos do terceiro ano de Odontologia da Universidade Estadual do Oeste do Paraná
iniciaram uma atividade extra-muro, na disciplina de Saúde Coletiva III, visando à atenção
odontológica a pacientes gestantes no Ambulatório de Odontologia do Ceapac (Centro de
Atenção e Pesquisa de Anomalias Craniofaciais – Cascavel-PR). A iniciativa tem o intuito de
proporcionar um contato maior dos acadêmicos com gestantes, visto que existem muitos receios
quanto ao atendimento de mulheres em período gestacional. O protocolo de atendimento
constitui-se em orientar as mulheres em relação aos hábitos de higiene e modo de atuação nos
diferentes períodos gestacionais de maneira a esclarecer que a saúde bucal deve ser parte
integrante do cuidado pré-natal e, em seguida, realizar um plano de trabalho adequado para a
necessidade da paciente, constituindo vinculo com a futura mamãe sensibilizando-a aos
cuidados à saúde bucal do bebê. Serão oferecidas também as primeiras instruções sobre a
saúde bucal do bebê.
Palavras-chave: educação em saúde, odontologia, gestação.
REFERÊNCIAS:
ABDALLA, A. E. et al. Cuidados com a gestante. JADA Brasil, v.2, agosto, p.7880, 1999.
CAPUCHO, S. N., MARINO, A. S. S., CORTES, L. R. et al. Principais dúvidas dos cirurgiõesdentistas em relação à paciente gestante. Rev. Biociênc. 2003; 9 (3): 61-5.
MAMELUQUE, S., SOUZA JÚNIOR, E. B. S., REZENDE J. C. et al. Abordagem integral no
atendimento odontológico à gestante. Unimontes Científica. 2005; 7 (1): 67-75.
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1 Acadêmica de Odontologia, UNIOESTE, [email protected]
2Doutorado em Odontologia em Saúde Coletiva, Universidade Estadual do Oeste do Paraná.
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