Narizes Azuis: estou conectado, logo existo

Transcrição

Narizes Azuis: estou conectado, logo existo
Artigo
Narizes Azuis: estou conectado, logo existo
Alexandra Fante Nishiyama*
Audrey Marques Duarte*
Resumo
As tecnologias e a conexão na Internet permitiram e estimularam uma mudança cultural, a qual pontuou-se, nesse estudo, como
e-Cultura, que pretende transmitir a ideia de uma sociedade em rede, mas também de um emaranhado, de um nó que envolve as
inovações tecnológicas, que possibilitaram a mobilidade por meio dos diversos tipos de displays e também a conexão que busca
a velocidade para atender aos anseios desse novo homem real e ao mesmo tempo virtual. Neste estudo o objetivo é refletir sobre
este cenário tendo também como objeto de análise as relações do homem com as imagens.
Palavras-chave
Tecnologia. e-Cultura. Cognição. Imagem. Acessibilidade.
* Doutoranda em Comunicação Social – Linha de Inovações Tecnológicas na Comunicação Contemporânea pela Universidade Metodista de São Paulo.
Mestre em Comunicação Social – Linha de Comunicação Midiática nas Interações Sociais pela Universidade Metodista de São Paulo. Especialista em
Comunicação e Educação pela Faculdade Cidade Verde. Jornalista pela Faculdade Maringá. Pesquisadora do Tecccog. E-mail: alexandrafante@yahoo.
com.br,
* Doutoranda em Comunicação Social – Linha de Inovações Tecnológicas na Comunicação Contemporânea pela Universidade Metodista de São Paulo.
Mestre em Gestão de Negócios – Linha de Estratégia e Competitividade pela Universidade Católica de Santos. Publicitária pela Universidade Católica de
Santos. Pesquisadora do ComTec. E-mail: [email protected].
Brazilian Journal of Technology, Communication, and Cogntive Science - Edição nº 2, Ano II - Agosto 2014
www.revista.tecccog.net
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Introdução
Inicialmente é necessário explicar o título deste artigo. O termo ‘Narizes azuis’ veio à
mente de uma das autoras quando a mesma estava assistindo os costumeiros traillers, no
cinema, antes de começar propriamente a exibição do filme. A sessão estava lotada e pôde-se observar que muitos estavam com os aparelhos telefônicos celulares ligados e conectados,
próximos aos rostos. Imediatamente a cena remete-se a algo alienígena (talvez porque a autora
escolheu um filme do gênero para assistir). A aparência da plateia era de que todos tinham narizes azuis, devido à luz das telas dos celulares. Assim, alavancou-se a questão sobre o avanço
tecnológico, a possibilidade de mobilidade, conexão com a Internet e a acessibilidade permitida pelas tecnologias. Porém, ainda no cinema, a autora cumprimentou conhecidos e, ao chegar em casa e acessar uma rede social viu o check-in feito no cinema pelos amigos. Logo após
a publicação, os comentários no Facebook se multiplicaram e, enquanto o filme era exibido,
quem estava no cinema interagia no conteúdo postado. Logo lhe veio à cabeça a frase de René
Descartes1 – Penso, logo existo. Mas, adaptada ao nosso tempo e realidade seria mais adequado dizer naquele contexto: “Estou conectado, logo existo”.
Longe de uma situação incomum, na qual nos causaria estranheza com o exemplo citado, adentramos neste artigo com os seguintes questionamentos: Quantos de nós estamos conectados neste momento? Quais de nós temos aparelhos celulares, tablets ou outra tecnologia
que nos permita estar agora lendo jornal, ouvindo música ou então disponíveis em um batepapo?
Após as respostas óbvias, é possível afirmar que as tecnologias se integraram na vida
das pessoas e se tornaram extensões do corpo, como afirmou McLuhan. Aqui pedimos licença
para exemplificar não apenas as tecnologias com conexão à Internet, mas todo aparato que nos
permita obter ‘poderes’, como um HD, por exemplo, que expande o a capacidade dos cérebros
humanos na capacidade de armazenamento de informações ou a possibilidade de ‘dar à luz’,
apertando um simples interruptor. O desafio das tecnologias e suas interfaces é a de se tornarem ‘amigáveis’ e ‘imperceptíveis’, a ponto de sensitivamente os homens aprenderem a lidar
com elas, sem grandes dificuldades.
O desenvolvimento da Internet a partir da criação de uma interface interativa e
amigável permitiu, na metade da década de 90, o surgimento de um novo ambiente
comunicacional. Mais do que uma mídia, a Internet é um ambiente e sistema de
informação e comunicação. É um ambiente onde convivem e combinam entre si várias
formas (BIANCO, 2007. p.78).
Neste processo se dá uma espécie de sedução, onde os equipamentos prometem ou sugerem maior capacidade do corpo humano, no qual somos convidados a ver, ouvir e sentir mais e
Paper apresentado no I Encontro Internacional Tecnologia, Comunicação e Ciência Cognitiva,
realizado em 22 e 23 de maio de 2014, na Universidade Metodista de São Paulo
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1 René Descartes
(1596 - 1650) era
francês, filósofo,
físico e matemático. Foi reconhecido
como o fundador da
filosofia moderna e
pai da matemática
moderna. É um dos
pensadores mais
importantes da história do pensamento
ocidental.
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melhor – imagens em alta definição, som nítido e consequentemente, sensações afloradas que
saem do virtual e migram para o real.
Todo esse aparato tecnológico, somado à velocidade de conexão, à mobilidade e a acessibilidade, modificam as formas de sociabilidade, de negócios, de educação, enfim, alteram a circulação de bens culturais não apenas do local, mas de forma global. Bibiana Friderichs (2007,
p.149), afirma que a web é “a protagonista da dinâmica de uma realidade social em permanente movimento” que, constituída de uma “teia multimídia” se apropria e/ou recria rotinas,
conteúdos e linguagens que afetam não apenas os meios de comunicação, mas as “formas de
sociabilidade, os modelos de economia, de consumo, de política, as noções de tempo e espaço
e a geografia do mundo pós-moderno”. Jeremy Rifkin (2001, p.179), vai além e afirma que estamos mudando de um “mercado geográfico para o ciberespaço” e que isso é possibilitado pela
revolução das comunicações digitais que, cria novas possibilidades e formas de organização
das relações humanas.
É neste recorte temporal da história que vários termos surgem para denominar o período
de transição entre o analógico e o digital. “Aldeia global, era tecnotrônica, sociedade pós-industrial, era – ou sociedade – da informação e sociedade do conhecimento são alguns dos termos cunhados com a intenção de identificar e entender o alcance destas mudanças” (PINHO,
2007, p.39).
Em comum acordo com os termos acima, principalmente naquele cunhado por McLuhan,
ao usar “Aldeia Global”, Alex Primo, no livro Interação mediada por computador (2009, p.7),
afirma que “estamos imersos no que muitos chamam de ‘cultura da interatividade’”. Esta interação, ele entende como “‘ação entre’ os participantes do encontro (inter + ação)” (PRIMO,
2009, p.13).
Para John B. Thompson (1998), no livro A mídia e a modernidade há três tipos de interação. A primeira ele chama de face a face, que se refere à comunicação pessoal e direta entre humanos, sem nenhum recurso que interfira no processo. A segunda interação ele pontua como
mediada, ou seja, a comunicação executada por carta, telefone, ou seja, que precisa de um meio
técnico para ser possível. A terceira Thompson pontua como monológica e destinada – de um
para um fluxo muito grande de receptores, como exemplo será pontuada a televisão que tem
seu conteúdo produzido por uma emissora, para um grande número de receptores.
Porém, 11 anos após o estudo feito por Thompson e atualizado de acordo com o contexto
atual, André Lemos afirma que há quatro tipos de interação (apud PRIMO, 2009, p.23). No
nível zero, o expectador apenas liga e desliga um aparelho de televisão, por exemplo. No nível
um, a TV ganha cores e também uma extensão, o controle remoto, que facilita o controle do
espectador sobre o aparelho. No nível dois a TV ganha outros equipamentos periféricos que
agregam funcionalidades, como o videocassete, jogos eletrônicos e câmeras. No nível três, o
espectador, através do telefone, pode influenciar a programação, como no caso do programa
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Você Decide2, em que vota para escolher o resultado. No último nível, o quatro, é o tempo da
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TV interativa, no qual o espectador pode escolher os ângulos das câmeras ou acessar a internet,
entre outros.
2 Programa apresentado pela emissora
de TV brasileira,
Rede Globo no início
dos anos 90, no
qual o público podia
escolher o final do
programa através
de uma ligação telefônica.
Esses novos modelos de interação resultariam em uma geração ponto com?
[...] um novo tipo de ser humano está sendo preparado para o século XXI – indivíduos
cujo sentido do self (termo usado por Freud para indicar o ser total – o corpo, os instintos,
os processos conscientes e inconscientes) está ligado menos a quando resultado eles
produzem e quantas coisas eles acumulam e mais a quantas experienciais vividas e
relacionamentos eles têm acesso (RIFKIN, 2001, p.162).
Chamado de ‘o novo self metamórfico’, por Rifkin (2001, p.165), esse homem se transformou e no seu ambiente houve uma mudança social causada pela interação ocasionada “pelos
transportes modernos e pelas comunicações e pela vida na cidade”. O autor completa que o
ritmo da atividade humana é acelerado e que o acesso está se tornando a medida das relações
sociais e, neste ponto exemplifica que por onde olharmos está tudo sendo reconfigurado para
um novo mundo, seja nos transportes, nas empresas, na saúde e até mesmo nos processos biológicos. Sobre o aspecto de reconfiguração, em comum acordo, contudo com foco na comunicação, Squirra (2012, p.1) afirma que “a sociedade experimenta um turbilhão em seus hábitos
comunicativos com a profunda imersão nos aparatos tecnológicos da atualidade”. Esses novos
hábitos comunicacionais criam uma mudança de cultura, reprogramando a mente dos sujeitos, na qual chamaremos neste artigo de e-Cultura.
Embora haja inúmeros outros fatores que contribuíram para as mudanças ocorridas na
consciência humana, nenhuma talvez seja mais importante que a mudança nas tecnologias
de comunicação, desde a imprensa até o computador. As grandes mudanças na consciência
humana sempre acompanharam mudanças nas formas de comunicação humana que os
seres humanos usam para criar suas relações sociais (RIFKIN, 2001, p.169).
Para Rifkin (2001, p.153), “[...] o computador está mudando lentamente a própria natureza da consciência humana” e as formas de relacionamentos, que deixaram de ser apenas
reais, para se tornarem também virtuais.
Antes do desenvolvimento da mídia, a compreensão que muitas pessoas tinham do
passado e do mundo além de seus imediatos ambientes era modelada principalmente
pelo conteúdo simbólico intercambiado em interação face a face (THOMPSON, 1998,
p. 159).
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realizado em 22 e 23 de maio de 2014, na Universidade Metodista de São Paulo
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O desenvolvimento das formas e plataformas de comunicação é capaz de alterar as relações entre os indivíduos, pois segundo Thompson (1998, p.20), “o homem é um animal suspenso em teias de significação que ele mesmo teceu” e os meios de comunicação são “rodas de
fiar no mundo moderno e, ao usar estes meios, os seres humanos fabricam teias de significação
para si mesmos”.
De um modo fundamental, o uso dos meios de comunicação transformam a organização
espacial e temporal da vida social, criando novas formas de ação e interação e, novas
maneiras de exercer o poder, que não está mais ligado ao compartilhamento local
comum (THOMPSON, 1998, p.14).
O desenvolvimento das novas tecnologias desempenhou um papel importante na globalização da comunicação no século XX e toda essa inovação dos aparatos tecnológicos começaram a ser exploradas comercialmente. Em contrapartida pelo pagamento vieram os benefícios,
entre eles a promessa da “comunicação que se torna virtualmente instantânea” (THOMPSON,
1998, P.40), proporcionada pela digitalização da informação, pelo uso de satélites e sistemas
a cabo que permitem a transmissão e a possibilidade da comunicação com imagens e de informações nos mais distantes lugares do mundo – que influencia as decisões governamentais e
comerciais, que não seriam prováveis sem esta tecnologia (THOMPSON, 1998, p.106). A recepção e a apropriação dessas informações são possíveis pela interação com os outros, que pelo
processo “dão sentido às mensagens de uma forma ativa, as adotam com atitudes diversas e as
usam diferentemente no curso de suas vidas” (THOMPSON, 1998, p.153).
É o que Manuel Castells (2007) chama de sociedade em rede, que compartilha conhecimentos e caracteriza-se pela expansão do acesso às informações, em todas as suas possibilidades. Referente às possibilidades comunicacionais e alterações interativas, Squirra (2012, p.2)
afirma que
As tecnologias vêm alterando substantivamente os modos de participação, consumo e
convivência do homem na sociedade atual. Vêm, de forma constante, transformando
as práticas da sociabilidade, principalmente na sua camada de superfície, entre vários
segmentos humanos que, na ausência destas, poucas chances ou disposição teriam de
expressar-se. A dinâmica e a frequência de tais processos de diálogos “mediados pelas
máquinas” indicam que a realidade evolutiva é irreversível [...].
As máquinas, as plataformas e as ações se tornaram onipresentes na vida diária e no processo comunicacional da sociedade moderna.
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realizado em 22 e 23 de maio de 2014, na Universidade Metodista de São Paulo
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Assistidas por máquinas de toda ordem, as últimas décadas viram surgir novos e
inéditos modelos dialógicos que permitem o entrelaçamento entre seres em sistemas
de partilha comunicativa ao ligar e ampliar vozes e sentimentos humanos como nunca
antes vivenciado (SQUIRRA, 2012, p.2).
Essa evolução tecnológica obriga o enquadramento dos meios de comunicação, de telefonia, das empresas, da educação etc, às tendências e plataformas, que se tornam cada dia
mais interativas, velozes, envolventes e amigáveis. Inseridos num mundo conectado, o homem
é capturado pelas facilidades proporcionadas pelo acesso para o consumo de bens e serviços.
Squirra (2012) comenta que um único meio reúne centenas de tecnologias.
Nesse mundo conectado que possibilita infinitas possibilidades ao acesso de informações
e entretenimento, com referência à educação, na Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios
(Pnad) de 2001, foi constatado que o uso de microcomputador resultou em notas maiores de
alguns estudantes
Estudantes que disseram utilizar esse equipamento diariamente ou entre três e seis
vezes por semana ficaram no grupo das notas mais elevadas, com uma participação
de 27% na média. Nesta faixa de bom desempenho, 11% dos formandos nunca haviam
utilizado microcomputador (MOREIRA, 2007, p.71).
Em razão dos resultados alcançados em estudos do governo federal e da real necessidade
de adequação e preparação dos professores na rede pública de ensino, em 2012 foram disponibilizados tablets (de 7 e 9 polegadas) para que os docentes preparem as aulas, aprendam sobre
as novas tecnologias e tenham equipamento compatível com a realidade. Squirra pontua os
benefícios desta tecnologia.
Desse modo, as tecnologias móveis permitem novas formas de interação com
conteúdos, pessoas e ambientes, seja a partir da conexão móvel, de aplicativos de
realidade aumentada, sistema GPS, entre outros. As tecnologias móveis destacam-se
entre as mídias interativas, pois além de promoverem a interatividade, contam com
recursos de mobilidade e da portabilidade. Assim, o usuário passa a ter a comunicação
literalmente em suas mãos, podendo captar conteúdos e informações do ambiente
onde esteja (download), de modo instantâneo, fazendo em seguida o upload dos
mesmos para a internet ou para seu banco de dados pessoal, que está arquivado nos
bancos de dados na “nuvem”. Os espaços passam a ser geolocalizados e a comunicação
acessível em qualquer lugar, em qualquer tempo, em qualquer máquina (SQUIRRA,
2011, p.268-269).
Paper apresentado no I Encontro Internacional Tecnologia, Comunicação e Ciência Cognitiva,
realizado em 22 e 23 de maio de 2014, na Universidade Metodista de São Paulo
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Contudo o hardware precisa do software e também da conexão para permitir a mobilida-
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de, um desafio segundo Rifkin (2001, p.188), pois “o acesso à eletricidade, a linhas telefônicas,
a transmissão de rádio e televisão e à internet se tornou, compreensivelmente, a prova de fogo
para se avaliar a conectividade e no mundo”.
Sem essa conexão, a evolução tecnológica fica restrita e comprometida, na qual a ampliação das possibilidades de comunicação online se torna impossível. Afinal, não há possibilidade
de baixar arquivos, como livros, jornais ou revistas para serem lidos nos smartphones, nem
mesmo a sociabilidade por meio das redes sociais. Publicada em 08/05/2012 pelo site UOL,
a matéria intitulada como Brasil tem velocidade média da conexão da internet de 1,8 Mbps,
aponta que segundo o relatório “Estudo da Internet”, feito pela Akamai – empresa de monitoramento de tráfego digital, o Brasil teve a adoção de banda larga menor em 2011 do que em
2010. Nesse relatório a Akamai publicou que a velocidade média mundial de conexão à internet é de, aproximadamente, 2,3 Mbps, chegando a 11,7 Mbps. Entre a melhor e pior conexão,
a Coreia do Sul possui a melhor média, chega a 17,5 Mbps e a Líbia a pior, de 282 Kbps. “No
Brasil, 6,5% ainda estão abaixo de 256 Kpbs; 38,7% estão entre 256 Kbps e 2 Mpbs; 29% entre
2 Mpbs e 5 Mbps; e 3,2% estão acima de 5 Mpbs”3. Eis o grande desafio que se apresenta.
Enquanto isso a indústria da tecnologia, miniaturiza os chips, cria telas com maior definição e menor tamanho, aumenta a conectividade e a velocidade abrangendo novos lugares
e usando cabos de fibra ótica. Assim, a tendência nas sociedades é que as mídias migrem para
esses novos displays, na busca pela audiência. E as sociedades vão se adaptando.
Tanto as mídias tradicionais buscam se adaptar ao mundo digital, remodelando seus
produtos com base na nova lógica, como os meios emergentes remodelam os antigos.
O diferencial desse processo hoje está no fato de a remodelagem operar na lógica dupla
da instantaneidade em tempo real e da hipermídia (BIANCO, 2007 p.77).
É prudente aqui adicionar outras características neste processo da sociedade digital, a
desterritorialização e a fluidez, que segundo (FRIDERICHS, 2007, p.154), “redimensionou as
noções de comunidade, localidade e identidade, de modo que passamos a nos preocupar não
apenas com a evidência de uma nova prática tecnológica, mas com a capacidade de interconexão das redes sociais [...].” A autora complementa que esse complexo movimento, liga, através
da web, uma
[...] ampla rede de nós digitais, suscitando distintas dinâmicas de interação, baseadas
na criação e leitura do sujeito diante dos acontecimentos. Para além do jornal, do
rádio e da televisão, a internet alterou os modos de seleção e processamentos das
informações, fatos e ideias, ampliou seus fluxos,e, mesmo, redimensionou as condições
e critérios para o acesso e controle dos canais de interlocução [...] Trata-se de um
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3 Informação disponível em http://
tecnologia.uol.
com.br/noticias/
redacao/2012/05/08/
brasil-tem-velocidademedia-da-conexaode-internet-de-18mbps-aponta-estudo.
htm. Acesso em
20/05/2013.
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imenso reservatório multimídia de documentos, acessíveis em tempo real [...] Não
estamos falando apenas de informação em rede, mas de uma Sociedade em Rede [...]
(FRIDERICHS, 2007, p.151).
E todo este processo – incluindo as tecnologias, que invadem nosso cotidiano, tem “pouca
ou nenhuma resistência consciente por parte do que as adotam rapidamente” (KERCKHOVE,
2009, p.188). Da mesma forma que incorporam rapidamente nossas vidas, desejamos mais –
mais velocidade de processamento e conexão, respostas mais rápidas do hardware, softwares
simples e eficientes. “[...] os computadores trouxeram a ‘cultura da velocidade’” (KERCKHOVE, 2009, p.149) e assim, “[...] começamos a nos habituar à velocidade. Os nossos computadores estão acelerando as nossas respostas psicológicas e os nossos tempos de reação, muito mais
do que fizeram os aviões, os comboios e os automóveis.” (KERCKHOVE, 2009, p.96).
Não foram apenas os microchips que invadiram e aumentaram a velocidade de outras
tecnologias, tem-se a sensação de que invadiram nossos corpos e mentes, acelerando todo o
contexto.
A instantaneidade, função da globalização, impõe uma aceleração em todas as sociedades
humanas. Tem dois efeitos principais: um é o alcance e o feedback instantâneos, o
outro é a eliminação dos períodos de adaptação. O primeiro efeito nos torna nômades
eletrônicos: coloca-nos em contato com qualquer ponto do globo e recolhe informação
de qualquer ponto do globo instantaneamente (KERCKHOVE, 2009, p.202).
Imagem, cognição e tecnologia
Na observação atual do contexto em que vivemos, notamos o reflexo direto das principais tendências tecnológicas que influenciam os cidadãos, principalmente pelo advento da
globalização.
É fato o desenvolvimento das tecnologias, as quais propagam a emancipação do caráter
das imagens – as quais têm a oportunidade de, sendo primitivas em sua origem, tornarem-se
virtuais em parte ou no todo. Ou por iniciativa própria ou mediante pressões da evolução sócio-tecnologica, as imagens e seus emissores podem até mesmo utilizar o ambiente virtual para
suas estratégias competitivas. É um processo ao qual as pessoas submetem-se modificando
seus hábitos cotidianos, os quais devem ser conduzidos com controle e conhecimento do que
as mudanças podem gerar pois, como em todas as renovações, há que se estudar os conflitos
que podem vir a ocorrer.
A questão da chegada da tecnologia, revolucionando os processos industriais, oferecendo
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ambiente propício para a troca de informações e a consequente transmissão em redes tecnológicas, dando espaço para a virtualização das imagens e a coexistente cibercultura, demonstram
que o processo de transmissão de imagens é propositalmente de adequação ao que lhes possibilita melhor performance em relação a seus objetivos iniciais, ou seja, como atualmente a
comunicação atual está exigindo cada vez mais velocidade em seus processos, é inerente que a
velocidade no tráfego de imagens, faz-se relevante para auxiliar os emissores e receptores nas
deliberações que os processos exigem.
Iniciando pelo conceito de tecnologia, a que sabemos que o termo ‘técnica’ deriva do latim technicus e também a derivação grega technikós. Para o sentido moderno e para pertinência a nosso estudo, temos as contribuição de Japiassu e Marcondes (1993, p. 232): “aplicação
prática do conhecimento científico teórico a um campo específico da atividade humana”. Gatti
(2005, p. 63) afirma que
neste sentido, há uma relação direta do termo técnica com tecnologia. No Dicionário
Aurélio, tecnologia vem do grego tecnologia, ‘tratado sobre uma arte’, significando o
conjunto de conhecimentos e de princípios científicos que se aplicam a um determinado
ramo de atividade”.
Castells, por sua vez, compreende que a tecnologia é a relação entre “mão-de-obra e a
matéria no processo de trabalho (envolvendo) o uso dos meios de produção para agir sobre
essa matéria com base em energia, conhecimento e informação” (CASTELLS, 1999, p. 34).
Assim, como consequencia da aplicação da tecnologia no cotidiano das pessoas, temos a transmissão de informações. Transmitir informações em rede, de pessoa para pessoa, usuário para
usuário, terminal para terminal, com dados que originam mudanças de atitudes, desenvolvimento de processos, aumento de produtividade em serviços é o que gera a tecnologia para a
informação.
Para uma satisfatória absorção das imagens por meios das tecnologias é preciso que os
interessados preparem e estabeleçam as mudanças necessárias para adaptação e uso dos processos tecnológicos a serem implantados adequadamente. Uma questão que deve ser abordada
é a questão da significância das imagens e sua cognição.
A significância das imagens é um processo dinâmico onde informações recentes sempre estão baseadas em conceitos já existentes e que vão, na sequência, ampliando a estrutura
cognitiva do receptor das mensagens visuais. Toda estrutura cognitiva é ampliada quando um
novo conceito é aprendido e incorporado por meio de associações. Podemos dizer que quanto
mais conceitos existentes estabelecidos na estrutura cognitiva do receptor, os conflitos para
aprender novos conceitos será menor. Conforme comenta OKADA (2008, p. 131) apud AUSU-
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BEL (1978) que foi o autor da teoria “Aprendizagem Significativa” e que:
“... recomenda descobrir em qual noção que o aprendiz já tem que possa receber,
ancorar, acoplar ou associar aquele novo conhecimento relativo. Se ele ainda não tem
uma noção anterior relativa é preciso que se construa essa noção tal que possa ser
modificada pela nova que também pode modificar-se por aquela, de modo que surja
uma nova totalidade aberta.”
E a questão da acessibilidade?
Ao pontuar aqui sobre a acessibilidade será discutido a questão da conexão, mas principalmente das tecnologias. Sobre as tecnologias, PINHO (2007, p.48), comenta que o primeiro
celular lançado no mundo foi um Motorola modelo DynaTAC8000X, que começou a ser comercializado em 1986, pelo preço de US$ 3.995, medindo 33 centímetros e pesando 794 gramas. Mesmo assim as filas de espera para comprar o aparelho eram imensas. Para o desenvolvimento foram gastos US$100 milhões e 15 anos de pesquisa. Hoje, com a venda em massa, os
produtos tornam-se mais acessíveis, porém não a todos. “A primeira característica da propriedade moderna, diz McPherson, é o direito de excluir os outros”, afirma Rifkin (2001, p.194). E
como não é correto desprezar o ambiente e o sistema econômico em que vivemos por denominar que estamos em uma sociedade em rede, sendo “A América Latina é a 2ª região de maior
criminalidade e a 1ª em desigualdade de renda em todo o mundo” (DUPAS, 2005, p.260), a
acessibilidade à tecnologia e à conexão são barreiras encontradas para a inclusão digital.
A desigualdade de renda tem avançado em setores da vida dos cidadãos, como
a dificuldade no acesso ao consumo, ao crédito, à educação, à saúde e à inclusão
digital, entre outros. Assim, essa crescente espiral de miserabilidade possui impactos
regressivos no desenvolvimento social que realimentam altas taxas de desigualdade
(DUPAS, 2005, p. 64).
Sobre a conectividade, PINHO (2007, P.44-45) traz dados relevantes sobre as características dos brasileiros na Internet.
O número de usuários de internet em relação à população brasileira tem um
crescimento lento. No ano 2000, os institutos de pesquisa estimaram que cerca de
9,6% da população brasileira acessavam a rede mundial; em 2005, o país passou a
ter 32,1 milhões de usuários de internet, o equivalente a modestos 21% da população
de 10 anos ou mais de idade, os quais acessaram a internet, pelo menos uma vez, por
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meio de computador, em algum local – domicílio, local de trabalho, escola, centro de
acesso gratuito ou pago, domicílio de outras pessoas ou qualquer outro local [...] Este
estudo mais recente, feito pelo IBGE a partir de dados de 2005 da Pesquisa Nacional
por Amostra de Domicílios (PNAD), mostra ainda que o internauta brasileiro é jovem e
tem renda e grau de instrução elevados, enquanto o perfil dos que não acessam a rede é
composto por pessoas de 37,5 anos em média e 5,6 anos e estudo. O rendimento médio
da família é de R$ 333,00, confirmando que a primeira barreira para o acesso à internet
é a econômica [...] Já uma pesquisa da consultoria de internet comScore Networks feita
em mais de 170 países, a partir de um painel global de mais de 2 milhões de usuários
(apenas maiores de 15 anos e com computadores próprios, excluindo lugares públicos),
apontou o Brasil colocado em 11º lugar entre países que mais acessam a internet.
A partir dos dados acima citados, podemos fazer uma comparação quantitativa em relação aos dados expostos pelo relatório do Ibope Media 2013. A fonte é do NewView, de janeiro
de 2011. Declararam acessar a Internet, ao menos uma vez ao mês no trabalho ou em casa, 43
milhões de brasileiros. Totalizou-se pouco mais de 34 milhões o número que acessaram a web
em casa, ao menos uma vez no mês. Declarou ter acesso a Internet em casa, na escola, na universidade, no trabalho, em locais públicos e/ou lan houses, aproximadamente 74 milhões de
pessoas. O acesso em casa e no trabalho é a realidade de pouco mais de 54 milhões e por fim,
declarou ter acesso à internet em casa, mais de 51 milhões de brasileiros.
Comparado a outros países desenvolvidos, o Brasil caminha a passos lentos, porém significativos. Para comprovar tais dados do IBGE, serão expostos mais números sobre o mercado
da tecnologia no Brasil.
Conclusão
Na sociedade digital um novo homem surge. Ele vive em dois mundos, no real e no ciberespaço. Robert J.Lifton pontua de uma forma verdadeiramente detalhada e brilhante esse
novo homem na grande citação abaixo, que seria inadequado cortar qualquer frase.
O psicólogo Robert J. Lifton chama essa nova geração de seres humanos ‘proteus’. Eles
acresceram vivendo dentro de urbanizações de interesses comuns; [...] fazem compras
online; esperam que seu software seja gratuito, mas estão dispostos a pagar pelos
serviços e atualizações. Eles vivem em um mundo de bites sonoros de sete segundos,
estão acostumados ao rápido acesso e a recuperar informações, concentram-se
durante pouco tempo e são menos reflexivos e mais espontâneos [...] Gastam tanto
tempo com personagens de ficção na televisão, em filmes e no ciberespaço quanto o
fazem com seus colegas em tempo real, e integram os personagens de ficção e suas
experiências em conversas sociais, tornando-os parte de suas histórias pessoais. O
mundo deles é menos delimitado e mais fluido. Eles crescem com hipertexto, links de
Paper apresentado no I Encontro Internacional Tecnologia, Comunicação e Ciência Cognitiva,
realizado em 22 e 23 de maio de 2014, na Universidade Metodista de São Paulo
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Web sites e têm uma percepção da realidade que é mais sistêmica e participativa que
linear e objetiva. São capazes de enviar e-mail aos endereços virtuais das pessoas sem
ter de saber ou se preocupar com seus endereços tradicionais. [...] Estão se refazendo
continuamente à medida que tentam novos estilos de vida de cada passagem da vida.
[...] Eles são experimentais e gostam de inovações. Costumes, convenções e tradições,
por outro lado, são praticamente inexistentes em seus ambientes em ritmo acelerado,
em constante mudança. [...] Seu mundo é cada vez mais do evento hiper-real e da
experiência momentânea – um mundo de redes, portais e conectividade. Para eles, o
acesso é o que conta. Ser desconectado é a morte (apud RIFKIN, 2001, p.153-154).
Interação é a palavra-chave que rege o contexto quando se fala de tecnologias digitais e o
tempo no trânsito, o excesso de atividades além do trabalho, estimulam o consumo de mídias
pelas tecnologias móveis, alavancando o mercado. É um nó entre tecnologia, mobilidade, velocidade, acessibilidade e conexão, onde um coexiste no outro, no qual são interdependentes.
Se estou conectado, logo existo.
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Paper apresentado no I Encontro Internacional Tecnologia, Comunicação e Ciência Cognitiva,
realizado em 22 e 23 de maio de 2014, na Universidade Metodista de São Paulo
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Brazilian Journal of Technology, Communication, and Cognitive Science
Expediente
TECCCOG
Brazilian Journal of Technology, Communication, and Cognitive Science é produzida pelo Grupo de Pesquisa Tecnologia, Comunicação e Ciência Cognitiva credenciado pelo Programa de Pós-graduação da Universidade Metodista
São Paulo, v.1, n.1, ago.2013
A revista do TECCCOG é uma publicação científica semestral em formato eletrônico do Grupo de Pesquisa Tecnologia, Comunicação e Ciência Cognitiva credenciado pelo Programa de Pós-graduação da Universidade Metodista.
Lançada em setembrode 2013] tem como principal produzir métodos e conhementos sob uma perspectiva inter e
transdisciplinar, a complexidade das relações entre Tecnologia, Comunicação e Ciência Cognitiva, e os seus impactos cognitivos na sociedade.
Editor
Walter Teixeira Lima Junior
Comissão Editorial
Walter Teixeira Lima Junior (Universidade Metodista de São Paulo) * Lúcia Santaella (Pontíficia Universidade Católica de São Paulo) * Luis Martino (UNB) * João Eduardo Kogler (Universidade de São Paulo) * Ronaldo Prati (Universidade Federal do ABC) * Ricardo Gudwin ( Universidade Estadual de Campinas) * João Ranhel (Universidade
Federal de Pernambuco) * Eugenio de Menezes (Faculdade Cásper Líbero) * Reinaldo Silva (Universidade de São
Paulo) * Marcio Lobo (Universidade de São Paulo) * Vinicius Romanini (Universidade de São Paulo)
Conselho Editorial
Walter Teixeira Lima Junior (Universidade Metodista de São Paulo) * Lúcia Santaella (Pontíficia Universidade Católica de São Paulo) * Luis Martino (UNB) * João Eduardo Kogler (Universidade de São Paulo) * Ronaldo Prati (Universidade Federal do ABC) * Ricardo Gudwin ( Universidade Estadual de Campinas) * João Ranhel (Universidade
Federal de Pernambuco) * Eugenio de Menezes (Faculdade Cásper Líbero) * Reinaldo Silva (Universidade de São
Paulo) * Marcio Lobo (Universidade de São Paulo) * Vinicius Romanini (Universidade de São Paulo)
Assistente Editorial
Walter Teixeira Lima Junior
Projeto Gráfico e Logotipo
Danilo Braga * Walter Teixeira Lima Junior * Leandro Tavares
Revisão de textos
Michele Loprete Vieira
Editoração eletrônica
Eduardo Uliana
Correspondência
Alameda Campinas, 1003, sala 6.
Jardim Paulista, São Paulo, São Paulo, Brasil
CEP 01404-001
Website
www.tecccog.net

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