olhar - Moss Eyewear

Transcrição

olhar - Moss Eyewear
olhar
OPTIVISÃO LIFESTYLE MAG
#11. OUTONO 2013 QUADRIMESTRAL
OLHAR
O MUNDO
Dia Mundial
da Visão
FIM DE SEMANA
Por esse Douro
acima
GANHE
VALES DE
DESCONTOS
E POUPE ATÉ
50
%
sumário OUTONO 2013 #11
CULTIVAR A AMIZADE
4 Olhar por si.
Notícias e curiosidades
8 Olhar a cultura.
Sugestões que valem a pena
10 Olhar a moda.
Tendências da estação
18 Olhar o shopping.
Grandes novidades
20 Olhar o marketing.
A Optivisão saiu à rua
22 Olhar o Grupo.
A nova campanha Moss
24 Olhar indiscreto.
Ana Lúcia Matos
26 Olhar clínico.
A prevenção é muito importante
10
30 Olhar o desporto.
À volta da Volta
32 Olhar a acção.
Prazer em duas rodas
34 Olhar o Perfil. Brad Pitt
36 Olhar o Ciência.
O segredo do mar da Galileia
40
Na Optivisão gostamos de estar perto dos
nossos Clientes, interagindo sempre que
possível com todos, sejam velhos conhecidos
ou não... É por isso que regularmente levamos
até si esta revista, marcamos presença em
grandes eventos como a Volta a Portugal (que
recordamos mais à frente) e corremos o país
com as mais diversas acções de rastreio visual.
Mas isso não é suficiente para a Optivisão.
Queremos estar ainda mais perto de si e,
se possível, surpreendê-lo, seja com uma rua
colorida com o azul dos nossos balões, seja
com um voucher de desconto num cabaz
de cenouras (porque dizem que as cenouras
fazem os olhos bonitos)... É a nossa forma
de estar, a postura de uma marca que gosta
de sair à rua e encontrar amigos.
Gostamos de surpreender, mas não
esquecemos que podemos contribuir para uma
melhor saúde visual, que muitas vezes é tão
descurada, como se recorda no Dia Mundial da
Visão. Por isso, reunimos neste número vários
conselhos importantes que vale a pena reter,
mostramos-lhe as tendências da moda para
a nova estação e deixamos uma proposta
para partir à descoberta das serranias que
vão da Beira Alta às margens do Douro.
Esperemos que goste tanto desta edição
como nós gostámos de a produzir para si...
Maria Adelaide Penedo
Presidente do Conselho de Administração
do Grupo Optivisão
38 Olhar o Mundo.
Dia Mundial da Visão
40 Olhar o horizonte.
Por terras da Beira e do Douro
44 Olhar as lojas.
A Optivisão está perto de si
46 Passatempo.
Prémio Rowenta
47 Olhar os descontos. Poupe
dinheiro com os nossos vouchers
50 Último Olhar.
O legado de Carl Zeiss
38
Diretor: Maria Adelaide Penedo. Direção editorial: Rui Faria ([email protected]). Redação: Arruamento
D à Rua José Maria Nicolau, 3, 1549-023 Lisboa. Tel. 210 494 146/210 494 145. cofinaconteudos.pt Textos: Catarina Nunes
dos Santos e Rui Faria. Copy desk: José Macário. Fotografia: Getty Images; Nuno Antunes e Pedro
Sampayo Ribeiro. Direção de arte: Sofia Lucas. Design gráfico e paginação: Sandra Nascimento. Produção: Cofina Media.
Pré-impressão: Graphexperts, Lda., Av. Infante Santo, 42 A/B, 1350-179 Lisboa. Impressão: Lisgráfica, S.A., Estrada Consigliéri
Pedroso, 90, Casal de St.ª Leopoldina, 2745-553 Queluz de Baixo. Propriedade: Optivisão, Óptica Serviços e Investimento,
S.A. Alameda Salgueiro Maia, 4, 2.º, 2660-329 St.º Ant.º dos Cavaleiros. Depósito legal: 315261/10. Registo na
E.R.C. com o n.º 125.945. Tiragem: 80.000 exemplares. Distribuição: gratuita. Periodicidade: trimestral.
outono 2013 3
olharpor si
CLINICA DAS CONCHAS O Club Clínica
das Conchas é uma academia de saúde
que tem uma filosofia assente num
conceito basilar de “Medicina do Exercício”
– MEX. Estão integrados um Centro
Clínico, um Centro de Reabilitação, um
Centro de Bem-Estar e um Centro de
Exercício. Somos pioneiros na prática de
Medicina do Exercício em Portugal,
encarando-se o exercício físico como uma
técnica com efeito terapêutico, com
interesse na prevenção de várias doenças.
Procuramos promover estilos de vida
saudáveis, ajudando o utente a encontrar
o seu verdadeiro equilíbrio mental e físico,
a potenciar as suas qualidades e a superar
as suas limitações.
PARQUE DE MONSERRATE:
Mais uma excelente notícia para a promoção
de Portugal enquanto destino turístico. O Parque
de Monserrate, em Sintra, conquistou recentemente
um European Garden Award, iniciativa que premeia
os melhores parques e jardins europeus. Monserrate
recebeu o prémio de “Melhor Desenvolvimento
de um Parque ou Jardim Histórico”, à frente de jardins
europeus como o Summer Garden, na Rússia,
ou o Gunnebo Castle and Garden, na Suécia.
4 outono 2013
MOSS PRESTIGE
O glamour marca a nova linha Moss,
uma marca internacional que se afirma
pelo apelo do design e da qualidade dos
materiais. Fundada em 2008, é dirigida
a um segmento de clientes exigentes
e requintados, que procuram nos seus
óculos, para além de elementos necessários
ao bem-estar, também algo com que se
possam identificar. A aposta em novos
materiais, com uma qualidade cada vez
mais marcante, marcam a evolução da
Moss, bem patente na coleção Prestige.
Realizada em aço antialérgico
e com um revestimento de puro ouro
de 24 quilates, com uma espessura
de quatro microns, ou em prata com
uma espessura de três microns, com
o logótipo da marca gravado a laser,
são o expoente máximo do requinte
e qualidade, que tem que ver
com o ADN da Moss.
RED BULL
EYEWEAR 2014
14 GRAMAS DE DESIGN EM ÓCULOS DE SOL RED BULL
Red Bull Eyewear apresenta os últimos ultra-light numa
coleção de óculos de sol Premium Carbon.Com apenas seis
finas camadas da melhor fibra de carbono, a Red Bull
Eyewear criou armações com a leveza única de 14 gramas.
Modelo RBR131-007
São ultra-light mas
muito resistentes!
A linha original Pilote
ganha agora vibrantes
lentes espelhadas em
tonalidades quentes,
do vermelho ao laranja.
RBR131-010
O conforto e a nitidez
cinematográfica das
lentes polarizadas
casam na perfeição
com estas armações
em carbono mate
escuro, imprimindo um
estilo racing clássico.
DIESEL: Depois da presença criativa da Diesel na rede social Tumbrl
nos últimos meses, nasce o projeto inovador #Dieselreboot, que,
pelas mãos do artista Nicola Formichetti e da Diesel, se tornou
uma verdadeira mostra de talentos natos. Os influenciadores
e criadores artísticos do meio digital são os grandes protagonistas
da campanha de publicidade outono-inverno 2013 da Diesel,
que reflete as caraterísticas já conhecidas da marca: liberdade,
originalidade e audácia, imortalizadas pelos reconhecidos
fotógrafos Inez e Vinoodh.
PIAGET LIMELIGHT
GALA:
Arte e tecnologia num
só objeto capaz de
transmitir a energia
e sensualidade da
mulher moderna.
É assim que se
apresenta a coleção
Piaget Limelight Gala,
reinventando o estilo
clássico dos anos
sessenta e revelando
modelos elegantes
com detalhes
distintos como ouro
branco em pavé de
diamantes, pedras
preciosas ou a
utilização de cetim na
pulseira. A modelo
Gong Li, embaixadora
da Piaget, é a cara
dos novos relógios da
marca, que são uma
homenagem ao
feminino e ao
glamour.
outono 2013 5
olharpor si
EMPORIO ARMANI EYEWEAR 2013/2014
Liberdade de estilo entre linhas puras e toques orientais. Inspirada no
desfile de moda "Kajal", delicada e brilhante, a coleção Emporio Armani
Eyewear Outono/Inverno traz um surpreendente sentido de cor, além do
puro prazer do contraste. Graças às combinações inusitadas de materiais e
matizes, e aos preciosos detalhes, o design nítido da forma torna-se numa
elegância pura e contemporânea.
JUMBO HOSTEL: E se da próxima vez que for viajar
ficar alojado num avião? Se a ideia lhe atrai pois saiba
que é possível, tudo porque um empresário sueco
converteu um Boeing 747 num hotel. Trata-se do
Jumbo Hostel, “estacionado” em Arlanda, Estocolmo,
disponibilizando 29 quartos e uma suite no cockpit
do avião, com preços entre os € 50 e os € 200.
DOS SANTOS: A flor de lótus
foi o motivo inspirador
da nova linha das joias
Dos Santos, que apresenta
peças revestidas a ouro
com detalhes em diamantes
e safiras em várias cores.
As criações inspiram-se no
encanto natural da natureza e
nas formas da flor mitológica,
e adequam-se tanto ao look
do dia-a-dia como num
elegante vestido preto para
um jantar especial. LISBOA A SORRIR
A Colgate e a Operação Nariz Vermelho (ONV)
estiveram nas ruas de Lisboa a distribuir sorrisos,
numa ação de rua no âmbito da campanha
“Vamos Fazer Portugal Sorrir”, cujo principal
objetivo é apoiar a visita dos Doutores Palhaços
às crianças hospitalizadas.
Durante todo o dia, alguns dos embaixadores da
campanha, juntamente com promotoras, estiveram
nas zonas do Chiado e Saldanha a abordar os
transeuntes que por ali passaram com a pergunta
“Já sorriu hoje?”. Às pessoas que responderam que
sim foi oferecido um balão com um sorriso e um
nariz vermelho da ONV. Aos que responderam que
ainda não tinham sorrido foi colado nas costas um
sticker em forma de sorriso, para contagiar as
pessoas com o espírito da campanha e incentivar
à partilha de sorrisos e muita animação.
Foram ainda distribuídos flyers com informações
sobre a iniciativa “Vamos Fazer Portugal Sorrir”.
6 outono 2013
JAEGER-LECOULTRE: A Jaeger-LeCoultre assinou o acordo Tides
of Time com a UNESCO e volta
a apoiar a organização através
de uma expedição a um dos
locais submarinos da World
Heritage List. Depois do
lançamento de uma nova coleção
de relógios de mergulho,
a Jaeger-LeCoultre descobriu
várias localizações submarinas
espetaculares e por explorar
e apercebeu-se também da
vulnerabilidade e da necessidade
de preservar a biodiversidade
destes ecossistemas.
MONTBLANC: A marca de alta
relojoaria Montblanc já angariou 1,5
milhões de dólares para a UNICEF. A
coleção “Signature for Good”, lançada
em março de 2012 – composta por
uma caneta, joalharia masculina e
pequena marroquinaria – foi a grande
responsável pelo montante, com 10%
das vendas a reverter a favor da
UNICEF. O montante será utilizado para
desenvolver a educação em países
carenciados na Ásia, em África e na
América do Sul, particularmente através
da construção de escolas. A coleção
“Signature for Good” está à venda até
março de 2014.
SUN TECH INTENSE
A ÚLTIMA GERAÇÃO EM LENTES FOTOCROMÁTICAS HOYA
ESCURAS NO EXTERIOR
Mais intensidade. As pessoas que escolhem lentes
fotocromáticas valorizam muito a comodidade
e a conveniência, considerando estas lentes como
uma solução de elevado valor que se adapta
perfeitamente ao seu estilo de vida.
Suntech Intense, a lente fotocromática da Hoya, é ideal para
este tipo de pessoas ao oferecer uma lente que se adapta
rapidamente às variações de luminosidade e está
disponível em duas cores mais intensas que nunca:
um castanho quente e um atrativo cinzento.
TRANSPARENTES NO INTERIOR
Mais transparência. De claro a escuro em segundos.
As lentes Suntech Intense respondem rapidamente às
alterações nas condições
de luz. Com uma transmissão de até 95%, são extremamente claras em interiores.
Ao ar livre ativam até 85%, voltando a desativar em poucos minutos.
O avançado processo de produção e a alta fiabilidade dos tratamentos Hoya
(é número 1 em tratamentos antirreflexo), contribuem para a qualidade total das lentes.
Benefícios:
l cores ainda mais intensas, estáveis e naturais.
l lentes muito claras em interiores e muito escuras em exteriores.
l ampla gama de materiais e desenhos disponíveis.
O’NEILL: A marca O’Neill apresenta
agora uma nova coleção de calçado
com cinco modelos diferentes, para
rapaz e rapariga: Lifestyle Casual é ideal
para os passeios na cidade; Lifestyle
Cali Series, ao estilo californiano cool;
Lifestyle Capture Series, para criar
padrões de estilo; Lifestyle Rider
Series, ideal para viagens de surf,
e a linha Adventure Series, indicada
para os mais aventureiros.
outono 2013 7
olhara cultura
feira Nacional
do Cavalo
Amadeo de
Souza-Cardoso
Pablo Alborán
Palácio da Pena
Museu do Oriente
SOB O SIGNO
DE AMADEO
A Fundação Calouste
Gulbenkian apresenta
uma grande mostra com
o título Sob o Signo de
Amadeo – Um Século de
Arte, que vai ocupar todas
as salas do Centro de Arte
Moderna, reunindo uma
vasta e criteriosa escolha
daquela que é
considerada a mais
significativa coleção de
arte portuguesa do século
XX. Pela primeira vez será
apresentado o acervo
completo de Amadeo de
Souza-Cardoso, o grande
pioneiro do modernismo
em Portugal e uma das
grandes referências
da Arte do século XX.
8 outono 2013
VITRAIS E VIDROS NO
PALÁCIO DA PENA
A exposição Vitrais
e Vidros: um Gosto
de D. Fernando II está
patente ao público na
Sala dos Veados do
Palácio da Pena. É uma
eclética coleção de
vitrais, incluindo o mais
antigo vitral conhecido
em Portugal, com peças
que vão do século XIV
ao XIX, incluindo ainda
a coleção de vidros
do Palácio. A exposição
também integra
12 peças de vidro
europeu de grande
qualidade, provenientes
das reservas do
Museu Nacional
de Arte Antiga.
FEIRA NACIONAL
DO CAVALO
A Golegã volta a acolher
a Feira Nacional do
Cavalo, que anima o
picadeiro do Largo do
Arneiro e todas as ruas
da vila. É a 37.ª edição de
um certame que reúne
criadores e onde não
faltam provas
desportivas e atividades
destinadas aos
profissionais, amadores
ou simples curiosos do
mundo equestre. A 37.ª
edição da Feira Nacional
do Cavalo e a 14.ª Feira
Internacional do Cavalo
Lusitano decorrem entre
2 e 11 de novembro,
integradas na Feira de
São Martinho.
NOVA DIGRESSÃO DE
PABLO ALBORÁN
Pablo Alborán volta a
Portugal para dois novos
concertos: a 25 de
outubro, no Coliseu do
Porto, e a 26 de outubro
no Campo Pequeno,
em Lisboa.
Depois de dois anos
em digressão, o cantor
espanhol iniciou esta
nova tour para
apresentar o seu mais
recente álbum, Tanto,
que chegou à terceira
platina em Espanha,
em apenas uma semana,
e entrou diretamente
para o primeiro lugar
de vendas em Portugal.
TEATRO DE
SOMBRAS NO
MUSEU DO ORIENTE
Sombras da Ásia é o
título da nova exposição
permanente do Museu
da Fundação do Oriente,
onde vários personagens
do teatro de sombras
nos remetem para países
tão diferentes como
China, Índia, Tailândia,
Camboja, Indonésia,
Malásia e Turquia.
Esta arte de
performance teatral
é muito comum
no Oriente, onde
o teatro de sombras é,
ao contrário do que
acontece no Ocidente,
um espetáculo para
adultos.
Carlos do Carmo
The National
Pink Floyd
Lago dos Cisnes
Jamie Cullum
THE NATIONAL
NO MEO ARENA
Depois de terem
esgotado o Campo
Pequeno em 2011,
os nova-iorquinos
The National têm
regresso marcado
no dia 21 de novembro,
para um concerto
no MEO Arena.
Este concerto faz parte
da digressão do álbum
Trouble Will Find Me,
que foi lançado
em maio deste ano
e que rapidamente
se tornou um sucesso.
BRIT FLOYD
EM PORTUGAL
O MEO Arena, em
Lisboa, foi também o
palco escolhido para o
espetáculo dos Brit
Floyd, no próximo dia
22 de novembro. Em
destaque estarão os
temas mais conhecidos
dos Pink Floyd, que
serão então recriados
pelos músicos
britânicos, liderados por
Damian Darlington, num
grande concerto que faz
parte da digressão
mundial “P-U-L-S-E
2013” e que é apontado
como o maior
espectáculo de
homenagem à banda
inglesa.
JAMIE CULLUM
NO PORTO
Depois de marcar
presença na edição
desde ano do
EDPCOOLJAZZ, agora
é a vez de o Porto
receber o versátil Jamie
Cullum, num concerto
que terá lugar no
Coliseu, no próximo
dia 26 de novembro.
Em destaque estará
o seu novo álbum,
Momentum, que
foi lançado em
maio deste ano e teve
uma edição exclusiva
à venda em Portugal,
com mais cinco
músicas gravadas
ao vivo.
50 ANOS DE CARREIRA
Para comemorar os
seus 50 anos de carreira
dedicados ao Fado,
Carlos do Carmo dará
um concerto único no
Grande Auditório do
Centro Cultural de
Belém, no dia 30 de
novembro. Para o efeito,
o fadista convidou a
Orquestra Sinfónica
Portuguesa, dirigida
pelo Maestro Vasco
Pearce de Azevedo, e
também o músico
espanhol Antonio
Serrano, que,
juntamente com Carlos
do Carmo, celebrarão
este marco.
NATAL COM
LAGO DOS CISNES
Apontado como um
dos mais extraordinários
bailados clássicos,
O Lago dos Cisnes
estará em espetáculo
no Coliseu do Porto (28
de novembro), no Teatro
Académico Gil Vicente,
em Coimbra (18 de
dezembro) e no Teatro
Tivoli BBVA, em Lisboa
(dias 16, 17 e 25
de dezembro).
Este bailado será
interpretado pela Russian
Classical Ballet, liderada
por Evgeniya Bespalova,
com coreografia original
de Marius Petipa e Lev
Inavov e música
de Tchaikovsky.
outono 2013 9
olhara moda
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Love is in the air
Um passeio no parque depois de um dia de aulas lembra que o outono é um
tempo de acolhimento e pleno de romance. FOTOGRAFIA: CARLOS RAMOS / PRODUÇÃO: SANDRA NASCIMENTO
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14 Setembro 2010
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O fascínio da cor
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3
4
18 outono 2013
olharo marketing
Quando as marcas
As marcas já perceberam que mais importante que um anúncio em prime time num
canal televisivo, o que importa hoje é estar onde o consumidor está. O que significa que
não só têm de se desmaterializar em multiplataformas como perceber onde e como lá
chegar, conquistando quota de atenção e de disponibilidade.
Porque na era da informação e do
zapping (seja na TV, na rádio ou na Net), o
consumidor já só responde pela diferença.
Não é de estranhar, por isso, que os budgets
de publicidade e marketing se tenham
estendido a outras áreas e compensado o até
agora “pobre” below the line. Assim como não
surpreende que criativos e marcas se
desdobrem em aplicações e conceitos.
Porque estar onde está o consumidor é muito
mais do que comunicar nos media tradicionais
e nos diferentes suportes móveis. É estar na
rua, nos centros comerciais, na praia…
Há pouco mais de um ano, a agência criativa
MSTF Partners desenvolveu uma campanha
para o Turismo de Portugal que não só deu
que falar como ganhou notoriedade
internacional graças a vários prémios
arrecadados. Qual foi o conceito? Nem mais
do que conseguir um enorme QR Code em
calçada portuguesa, colocado em diversas
cidades de vários países. Depois de este ser
lido por um qualquer smartphone activava
uma criatividade promocional do Chiado,
sendo possível aceder a informações turísticas
acerca daquela zona de Lisboa, bem como
obter dados comerciais e de oferta cultural,
gastronómica, hoteleira e de comércio.
O QR Code (Quick Response) trata-se de um
código de barras em 2D que pode ser lido
por aplicações de telemóveis e tablets que
possuam câmera digital e um software de
leitura para QR Code. Após a digitalização,
esse código transforma-se em parte de um
texto ou um link que irá redireccionar para
um conteúdo publicado em algum site.
Depois da sua colocação em revistas e
produtos, houve então quem já o aplicasse
em plena rua.
Outra tecnologia que está a ser utlizada pelas
marcas para comunicarem de forma
diferenciadora dá pelo nome de “Realidade
Aumentada”. Depois de ter arrancado
20 outono 2013
1
devagar, há uns anos, a ferramenta tem vindo a passar por diferentes desenvolvimentos
tecnológicos, não sendo mais necessário um símbolo nos anúncios ou revistas. Basta ativar a
câmara no site/anúncio desejado para que a realidade aumentada comece a interagir,
podendo reconhecer movimentos, rostos ou ambientes. Esta interação faz com que a pessoa
que está do outro lado entre numa realidade virtual, seja ela um jogo ou um anúncio ou
mesmo um vídeo.
O filme Iron Man 2, por exemplo, utilizou uma aplicação criada com base na tecnologia RA
para proporcionar ao utilizador uma experiência estética fiel ao filme. No fundo, dava-lhe a
oportunidade de se imaginar com a armadura do protagonista.
Em Portugal, e bem recentemente, a tecnologia de realidade aumentada chegou à campanha
“Pais Natal de Elite”, da Worten, numa ação desenvolvida pela agência Arena com recurso à
plataforma Layar. Através de um smartphone ou tablet, a aplicação permitia o acesso a um
vídeo protagonizado pelo actor Marco Horácio, apelando à participação no passatempo da
Worten, na página de Facebook da marca, e que iria escolher o Pai Natal de Elite.
MÚSICA, PINTURA E DANÇA
Os Jogos Olímpicos de Londres foram a desculpa perfeita para a Adidas inovar e surpreender
os britânicos. A ação realizada pela marca passou pela instalação, num centro comercial em
descem à rua
1. RASTREIOS –
A saúde visual começa
com a prevenção e os
rastreios são fundamentais.
Por isso, a Optivisão
marca presença assídua
nos mais diversos eventos
e em grandes provas
desportivas com uma
unidade móvel.
2. OCULISTA CENTRAL
DO BOSQUE – E se um
2
Westfield Stratford, de uma cabine de
fotografias para que as pessoas apoiassem
os Jogos Olímpícos. Mas havia uma surpresa
por trás, preparada pela marca. Nem mais
nem menos que David Beckham, ex-capitão
da seleção inglesa, que apesar de não
participar nas Olimpíadas passou bem
a mensagem da marca.
Surpreendidos ficavam também os
consumidores sempre que em alguma rua,
centro comercial ou estação de metro,
percebiam que tinham passado a fazer parte
de uma dança gigantesca… orquestrada por
uma qualquer marca. A febre começou há
uns anos e estendeu-se por diferentes
mercados.
No mercado português, um dos flashmobs
que mais deu que falar foi o da Optimus,
em novembro de 2011 para promover
All Together Now. No total, 280 músicos,
118 pessoas na produção, 119 instrumentos
musicais, 60 microfones, 20 colunas de som
e 10 câmaras ocuparam 22 horas de ensaios
para conseguir um momento que serviu para
mostrar, no centro de Lisboa, a música All
Together Now, banda sonora da campanha
institucional que a marca estava a lançar.
Na ação participou o CCTAR – Centro de
Criação de Teatro e Artes de Rua, Renzo
Barsotti foi o diretor artístico, também
responsável pela produção do evento
e pela escolha dos músicos. O vídeo que daí
resultou, da responsabilidade da Ministério
dos Filmes com direção de Marco Martins,
passou a estar disponível nas redes sociais.
E ninguém ficou indiferente.
Nem no local, nem a posteriori! l
3
dia pela manhã saísse de
casa e visse a rua cheia
de balões? Foi o que
aconteceu na Amadora,
onde o Oculista Central
do Bosque coloriu uma
artéria da cidade com
o azul da Optivisão.
3. GLAMOUR
A Optivisão marcou
presença na
Vogue Fashion's Night
Out espalhando boa
disposição. Modelos
passearam no meio da
multidão que percorreu
as lojas de Lisboa, com
elementos identificativos
da marca.
4. VISÃO DE PRATA
Diz-se que as cenouras
fazem os olhos bonitos.
É um mito, mas foi
o tema adoptado pela Loja
Visão de Prata de Loulé,
que distribuiu pela cidade
cabazes de cenouras
onde estava incluído
um voucher de desconto.
4
outono 2013 21
olharo grupo
A MOSS tem vindo a acompanhar as
tendências de moda e imagem, tendo feito
recentemente um rebranding na simbologia,
que configurou à marca uma imagem mais
elegante e clean, através do lettering
de forma estilizada e original.
A marca internacional MOSS, de origem italiana, está agora ainda mais apelativa e sofisticada.
Sessão fotográfica MOSS
Esta ação publicitária está a cargo da
Uzina Publicidade.
Fotógrafo: Bernardo Coelho
Modelo: Ivana Stompfova
Produto: MOSS - Coleção outono/inverno 2013
22 outono 2013
Os modelos de óculos de sol e armações, com coleções
dirigidas ao público feminino e masculino, podem ser
encontrados numa das 270 lojas do Grupo Optivisão.
O rosto da
Moss passa
a ser a modelo
internacional
Ivana
Stompfova,
que espelha
a versatilidade
dos modelos
e dos estilos
inspirados
nos produtos
da marca.
olharindiscreto
Nunca sai de casa sem?
Telemóvel
Peça favorita da
nova estação?
Vestido.
ANA LÚCIA MATOS é uma
das caras da CM TV no
Canal 8 do Meo. Depois
de ter marcado presença
na TVI, é a apresentadora
do programa Flash Vidas
na televisão do Grupo
Cofina Media.
Na mesa-de-cabeceira?
Um livro
Eu sou assim...
Os pequenos e os grandes segredos de Ana Lúcia Matos
A última viagem?
Brasil, Rio de Janeiro.
Destino perfeito?
Adorava conhecer a Tailândia.
24 outono 2013
Sempre na
carteira?
Os meus óculos
de sol.
Nunca sai
de casa sem?
Telemóvel.
Peça favorita
da nova estação?
Vestido.
A cor que não
passa de moda?
Preto.
Sinónimos
de sexy?
Atitude.
Um defeito?
Workaholic.
Uma vaidade?
Genuína.
O melhor
presente que
recebi?
Uma viagem.
A última compra?
Bilhete de cinema.
Na mesa-decabeceira?
Um livro.
A última viagem?
Brasil,
Rio de Janeiro.
Drama, comédia
ou musical?
Comédia.
Gostava de
trabalhar com?
CMTV.
Com quem
trabalho!
Ídolo de
infância?
A minha avó Alice.
O carro de
sonho?
O meu Rodinhas...
Beetle.
Referência
de estilo?
Próprio.
Destino perfeito?
Adorava conhecer
a Tailândia.
Nos tempos
livres?
Desporto e estar
com os amigos.
Ana Lúcia
rima com...
Simpatia e boa
energia!!
O carro de sonho?
O meu Rodinhas...
Beetle.
olharclínico
Crianças
devem fazer
um rastreio
a partir dos
dois anos
Os especialistas referem muitas vezes e com alguma
insistência que é na infância que se devem prevenir e
tratar muitos problemas de saúde que podem revelar-se
muito mais complicados já na idade adulta. As doenças
oftalmológicas não são exceção. POR SÓNIA TRIGUEIRÃO
Ana Xavier, oftalmologista pediátrica.
26 outono 2013
O rastreio visual pode e deve começar
bem cedo. Segundo dados da Sociedade
Portuguesa de Oftalmologia, cerca de 20%
das crianças em idade escolar têm algum
défice da função visual capaz de interferir
com a sua aprendizagem e desenvolvimento.
É por isso que um rastreio oftalmológico
entre os dois e os três anos é totalmente
recomendado. Segundo Ana Xavier,
oftalmologista pediátrica na clínica ALM
Oftalmolaser, esta é uma recomendação
que faz parte do Programa Nacional
de Saúde Infantil e Juvenil. “O programa
aconselha que as crianças sejam observadas
na primeira consulta, ou seja, no primeiro
mês de vida, no segundo mês, no sexto, aos
nove meses e depois aos 15”, sublinha
a mesma especialista, acrescentando que
estas primeiras observações podem
ser feitas pelo médico neonatologista
e pelo pediatra, sendo solicitada a
intervenção de um especialista
se for logo à partida detetada alguma
situação fora do normal. No entanto, refere Ana Xavier que o
outono 2013 27
olharclínico
Programa Nacional de Saúde Infantil e
Juvenil defende a referenciação para médico
oftalmologista entre os dois e os três anos
para um rastreio, independentemente de
não existir qualquer evidência de problemas
de visão na criança. “Há situações que
apenas o médico oftalmologista consegue
identificar e há problemas de visão que não
apresentam qualquer sintoma”, explica a
oftalmologista pediátrica, sublinhando que
“o sistema visual é o sentido mais importante
para aquisição de informação do meio. Isto
acontece desde que a criança nasce: 70%
da informação vem através da visão”.
Acrescenta a mesma especialista que
“o desenvolvimento da visão vai-se
efetuando progressivamente desde o
nascimento, com períodos críticos bem
definidos em que qualquer alteração pode
ser impeditiva da sua concretização
adequada. É por isso é que à mínima
deteção de qualquer problema como o
estrabismo, um nistagmo, uma má formação
ou uma pupila branca nas consultas até
aos dois/ três anos deve ser referenciado
no imediato para o oftalmologista”.
RECOMENDAÇÕES
l Pais e professores devem certificar-se de que as crianças têm a iluminação,
cadeiras e secretárias adequadas para tarefas como a leitura.
l Devem corrigir-se as posições erradas e verificar se a distância de leitura é a adequada,
30 a 40 cm na leitura de perto.
l Deve ensinar-se as crianças a fazer pausas e verificar a posição e luminosidade dos
Segundo Ana Xavier, para que a criança
se desenvolva tem de receber a imagem
de igual forma nos dois olhos. “Se há um
olho com problemas, a visão não se
desenvolve adequadamente. E se esta
situação não é diagnosticada precocemente
o desenvolvimento do córtex visual também
não será eficaz”, salienta, sublinhando
que o desenvolvimento visual tem uma
curva específica, faz-se até tardiamente,
mas tem períodos chave”.
Ana Xavier exemplifica com uma criança que
tenha uma catarata congénita num dos
olhos. “Se a criança não for operada nas
primeiras seis semanas de vida a visão nunca
se desenvolverá adequadamente porque
naquele período de desenvolvimento o
estímulo foi bloqueado”, afirma, explicando
que os olhos devem estar bem alinhados
por volta dos seis meses. Caso contrário
também não desenvolve uma visão normal.
A especialista dá ainda outro exemplo:
“ Se uma criança tem um erro refrativo
e se não é detetado precocemente pode
desenvolver uma ambliopia, que é a
diminuição da capacidade visual de um
dos olhos. Se nos chegam com seis anos já
é difícil de tratar e com nove ou dez anos a
28 outono 2013
monitores do computador e da televisão. Ver televisão deitados também não é correto.
l No computador os olhos devem estar a um nível superior (15 a 20º) do centro
do monitor e não se deve deixar a criança ver televisão muito em cima do ecrã.
l A prática de atividades com laser ou jogos que coloquem em risco a integridade
do aparelho visual deve ser impedida ou realizada com protetores de qualidade.
DADOS
Segundo a Organização Mundial da
Saúde, 15% das crianças têm problemas
de visão não diagnosticados ou não
corrigidos. Estas eventuais deficiências
podem vir a ser irreversíveis
e afetar a aprendizagem, a integração
e o comportamento, ou seja,
o desenvolvimento da criança.
recuperação é, na maior parte dos casos,
impossível”, salienta.
A miopia, a par do astigmatismo e da
hipermetropia, são os erros refrativos que
podem ser detetados na criança, bem como
outras alterações relacionadas com os olhos
como o estrabismo, ou desalinhamento
dos olhos, que atinge cerca de 3%
das crianças portuguesas.
As cataratas hereditárias ou congénitas
são uma das principais causas de cegueira
precoce nas crianças. O glaucoma
congénito é outro problema que é raro, mas
grave. Na maior parte dos casos, presente
à nascença e exigindo uma cirurgia imediata.
É causado pelo desenvolvimento incorreto
do sistema de drenagem do olho antes
do nascimento, que leva ao aumento
da pressão intraocular e provoca danos
no nervo ótico.
SINTOMAS DE ALERTA
Quanto aos sintomas que devem levar
os pais a procurar um oftalmologista,
Ana Xavier destaca, por exemplo, a lentidão
na realização de tarefas que exigem esforço
visual, o fechar ou tapar um dos olhos,
os erros a copiar do quadro, cefaleias,
olhos vermelhos, inchados ou lacrimejantes,
estrabismo, nistagmo (tremor ocular)
e fotofobia, que é uma dificuldade em
suportar a luz. Mas, a especialista alerta
para o facto de haver crianças que não têm
qualquer queixa, nomeadamente aquelas
que veem mal apenas de um dos olhos.
Sobre o facto de os pais se preocuparem
com o número de horas que as crianças
passam em frente ao computador ou da
televisão, Ana Xavier realça uma questão:
“Os olhos foram feitos para ser usados.
Não é por os usarmos que eles ficam mal.
Os olhos têm é de estar em boas condições
para serem usados. E é para isso que
existem os rastreios. Para prevenir e detetar
problemas a tempo”. l
COMO É A VISÃO
DOS BEBÉS?
Um recém-nascido consegue
fixar a luz. Entre os dois e os três
meses, a fixação visual já está
bem desenvolvida, a criança
já tem um alinhamento ocular
estável e segue bem a luz
e os objetos. Com um mês
e meio de idade e a cerca de
30 centímetros, a criança já
consegue reconhecer alguns
detalhes do rosto de um adulto,
como os olhos e a boca.
Já consegue acompanhar com
os olhos os pais e segue
os movimentos de objetos
coloridos. Aos três meses, já observa um objeto mais longe. Aos quatro,
seis meses começa a interessar-se por objetos mais afastados,
como a televisão. Objetos com formas e cores despertam interesse.
Todas as crianças podem fazer exames oftalmológicos?
Os exames são realizados conforme as idades e as condições da criança.
Existem testes adequados à avaliação da acuidade visual, sendo possível serem
realizados muito precocemente, mesmo antes do primeiro ano de vida.
Por exemplo, o teste do olhar preferencial.
Retinoblastoma – É um tumor maligno raro que requer tratamento urgente
e que pode implicar a perda da visão do olho em causa; põe em risco a vida
da criança e pode ser bilateral.
Estrabismo – É desconhecido o número de estrábicos em Portugal.
No entanto, sabendo que a prevalência do estrabismo para populações com
características demográficas idênticas à nossa é de cerca de 3%, podemos
estimar que em Portugal existam cerca de 320 mil estrábicos e que, entre
estes, 50 mil sejam crianças com idade inferior a 14 anos.
Se a criança usa óculos, que cuidados deve ter:
É importante que o local onde estuda/lê seja bem iluminado.
Deve evitar os encandeamentos e os contrastes acentuados.
Escolha uns óculos relativamente robustos, mas não pesados, de um modelo
cuja forma seja, de preferência, subida. O objetivo é que mesmo que os óculos
escorreguem um pouco do nariz, a criança não olhe por cima deles.
Deve optar-se por lentes inquebráveis para os óculos.
SINAIS DE QUE O SEU FILHO
PODE TER ALGUM PROBLEMA NA VISÃO:
l Se a criança apresenta queixas frequentes de dor de cabeça.
l É um fator de alerta se é frequente sentar-se muito perto da
televisão ou aproximar muito os videojogos ou os livros do rosto.
l Quando tentam fechar a fenda palpebral para tentar ver
melhor.
l Há casos em que um estrabismo súbito pode causar dupla
visão. adotando a criança posições viciosas da cabeça
ou mostrar algum receio ao caminhar.
l Lacrimejar excessivamente é fator de análise.
l Coçar os olhos insistentemente pode indiciar um problema.
l Demonstrar dificuldades na leitura.
Se a criança se perde nas palavras ou salta linhas.
l Se demonstrar sensibilidade à luz.
l Se fechar ou tapar um olho com a mão.
outono 2013 29
olharo desporto
À volta da Volta
Algo está a mudar e este ano, na “Volta”, muito público aderiu à bicicleta,
deixando de lado o carro e o garrafão de vinho... POR ANA PAULA MARQUES
Os números não enganam. Portugal ainda está longe de ser um país com hábitos
saudáveis, pelo menos no que respeita à maneira como as pessoas se deslocam no dia-a-dia.
Pese embora os aumentos constantes dos combustíveis, os portugueses continuam a circular
de carro para o trabalho, para a escola, para a universidade, para a praia, para um simples
passeio em família. E somos um país com bom clima, com invernos por vezes chuvosos, mas
pouco rigorosos quanto ao frio, ao contrário de nações cujo tempo deveria retrair o uso da
bicicleta, mas onde, na prática, isso não acontece.
Os países nórdicos, como a Dinamarca e a Noruega, lideram mesmo o ranking elaborado
pela Federação Europeia de Ciclistas quanto à utilização regular deste meio de transporte.
Portugal queda-se no 23.º posto, ao lado da vizinha Espanha, e atrás de Bulgária, Roménia
e Malta. Já em 2007, numa viagem a Copenhaga, como enviada especial de Record aos
Europeus de Triatlo, pude constatar o quanto a bicicleta faz parte do quotidiano dos
dinamarqueses. As principais artérias e avenidas da cidade em hora de ponta eram
preenchidas não por automóveis, mas sim por bicicletas. Eu mesma tive de alugar uma
30 outono 2013
bicicleta no hotel para me deslocar várias
vezes por dia ao centro da cidade,
a 3 km, onde estava situado o epicentro
da competição e a sala de imprensa.
A alternativa seria ir a pé, porque mesmo
transportes públicos não eram assim tantos.
Mas quais as razões pelas quais somos
ainda um povo pouco dado ao uso da
bicicleta? Talvez pela aceitação social,
insegurança ou ainda pela falta do próprio
reconhecimento da bicicleta como meio
de transporte, que começa no facto de as
nossas cidades não estarem adaptadas para
a utilização de um veículo de duas rodas
sem motor. Contam-se pelos dedos as que têm as chamadas vias cicláveis. Lisboa, por
tiver 38 anos, a tentativa de chegar
exemplo, inaugurou a primeira há menos de um ano… Em pleno século XXI.
finalmente à camisola amarela.
Atente-se a outros indicadores da realidade nacional. A Federação Portuguesa
O triunfo de Alejandro Marque, cuja
de Cicloturismo e Utilizadores de Bicicleta tem 25 mil associados. Um número que tem
carreira profissional tem sido feita sempre
agora melhores e mais condições para aumentar nos próximos anos. Fundamentalmente
em Portugal – já lá vão 10 anos –,
por duas razões: uma de cariz nacional, outra com repercussões na Europa. A nova versão
ganhou consistência ao ceder apenas
do Código da Estrada, uma reivindicação antiga de quem circula em velocípedes,
15 segundos na etapa rainha, com final
aprovada no dia 23 de julho, vem dar maior segurança aos utilizadores deste meio de
na Torre. Era aqui que Rui Sousa precisava
transporte e, principalmente, incutir nos automobilistas maior responsabilidade. Ao nível
também de fazer a diferença para duo
da União Europeia, foi também aprovado incluir a Euro Velo (rede de rotas cicláveis) na
galego da OFM, tendo em conta que
rede de Transportes TEN-T (Trans-Europeia).
Marque e Veloso levavam vantagem no dia
A Volta a Portugal deste ano, contudo, veio mostrar que a realidade nacional quanto ao uso da
seguinte, no contrarrelógio. Sousa foi
bicicleta pode estar efetivamente a mudar, a mudar para melhor. Foram várias as etapas, mas
apenas 2.º no ponto mais alto de Portugal
principalmente as que movem multidões, em que vimos os amantes do ciclismo a deslocaramcontinental, de onde saiu com a camisola
-se de bicicleta para aplaudirem os seus heróis, ou simplesmente para verem passar o pelotão.
amarela. Mas o avanço era muito pouco:
As tradicionais romarias ao monte Farinha (Senhora da Graça) e à serra da Estrela (Torre), já não
Escassos 6 segundos para Gustavo Veloso
se fizeram tanto de automóvel, garrafão de vinho e umas minis, mas sim a pé e, sobretudo, de
e 38 para Alejandro Marque. Na penúltima
bicicleta. Foi agradável, pois, ver um outro cenário nas mais emblemáticas subidas da prova
etapa, a armada da OFM fez jus ao facto
rainha nacional. O ambiente, serra acima, ficou bem mais saudável, menos poluído.
de ser favorita no contrarrelógio,
No plano desportivo, a prova continua a ser idealizada para consumo interno, ou seja, para
garantindo não só as duas posições
que as equipas portuguesas tenham sucesso e com isso dar visibilidade aos patrocinadores.
na etapa como também na geral final:
Só desse modo há algumas, e vincamos aqui o algumas, garantias de na próxima temporada
Marque e Veloso, respetivamente.
continuarem na estrada. Não interessa, pois, trazer grandes nomes e equipas à nossa Volta
Será que em 2014 um português voltará
de modo a não relegarem para segundo plano o pelotão nacional. Segundo o diretor da
a ser rei da nossa Volta? l
prova, o antigo vencedor de duas edições,
Joaquim Gomes, esta continuará a ser
a filosofia a adotar para os próximos anos.
OPTIVISÃO NO PELOTÃO DA FRENTE
Até porque também não existem condições
NA VOLTA A PORTUGAL
financeiras para a organização, a cargo
A Optivisão o maior grupo português de ótica, voltou a marcar presença na
da Podium (ex-PAD), pagar a peso de ouro
Volta a Portugal em bicicleta, uma das mais importantes competições desportiuma eventual presença de conjuntos
vas que se realizam no nosso país. Tanto ou mais importante do que marcar
ProTour… Por isso, continuaremos a ter
presença numa prova que percorreu estradas de norte a sul, foi lançar o desafio
a Volta para os portugueses. Ainda que estes
a todos os portugueses: ganhar todas as etapas na proteção dos raios UV. Sob
continuem arredados da camisola amarela.
o mote “faça um sprint na proteção dos seus olhos”, a Optivisão promoveu inNos últimos dez anos, só dois conseguiram
úmeros rastreios visuais a todos quantos seguiram a corrida, alertando para os
vencer a corrida: Nuno Ribeiro (2003)
cuidados necessários para garantir uma boa saúde ocular.
e Ricardo Mestre (2011).
“A Volta a Portugal é sempre um ambiente de festa, no qual vibramos com
Mas brilham as formações nacionais. Este ano,
as fugas, o pelotão, o sprint e a camisola amarela”, afirmou Maria Adelaide
o triunfo coube à OFM-Quinta da Lixa, por
Penedo, Presidente do Conselho de Administração do Grupo Optivisão,
intermédio do galego Alejandro Marque, em
que não deixou de alertar para a importância “dos testes regulares
2012 à Efapel-Glassdrive, através do também
à saúde visual e para a necessidade de óculos de sol com proteção UV”.
galego David Blanco, ciclista que por sua vez
Com esta iniciativa a Optivisão deu a oportunidade a muitos portugueses
ganhou mais três edições com a camisola do
de “estarem no pelotão da frente da proteção UV e de vencerem connosco
Clube de Ciclismo de Tavira. Em suma, vitórias
todas as etapas”, acrescentou Maria Adelaide Penedo.
de conjuntos nacionais, com recurso a ciclistas
estrangeiros. Tal e qual como, por exemplo,
no futebol. Afinal, quantos portugueses tem
o Benfica no plantel? Marque, de 31 anos,
ficou à frente do compatriota e colega de
equipa, Gustavo Veloso. Entre ambos houve
apenas 4 segundos, naquela que passou a ser
a menor diferença entre os dois primeiros em
86 anos de história e 75 edições disputadas.
Já Rui Sousa, da Efapel-Glassdrive, cotou-se
como o melhor português, ao terminar na
terceira posição, a 50 segundos. O ciclista de
Barroselas concluiu a corrida pela quarta vez
(terceira consecutiva) no último lugar do pódio,
ficando assim adiada para 2014, quando já
outono 2013 31
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outono 2013 33
olharo perfil
BRAD PITT
Apontado como um dos homens mais sexy de sempre, também Brad Pitt se rendeu aos
óculos. Sejam graduados ou de sol, de massa ou estilo aviador, é raro vê-lo sem eles…
Seja de óculos ou sem eles, de cabelo rapado ou comprido,
com a barba feita ou “à sem-abrigo”, de smoking ou num look
totalmente descontraído, o ator continua a ser apontado com
um dos homens mais sexy de sempre.
Foi em Thelma & Louise (1991) que Brad Pitt chamou a atenção
e desde então é um dos atores mais requisitados de Hollywood,
com mais de 50 filmes no currículo e dezenas de produções
editoriais e campanhas publicitárias. Em 2002, o ator decidiu
abrir a Plan B Entertainement, tendo vindo a trabalhar como
produtor em filmes como o The Departed – Entre Inimigos
(2006), Comer, Orar e Amar (2010), Moneyball – Jogada de
Risco (2011) ou WWZ – Guerra Mundial (2013), entre outros.
Paralelamente, o ator desdobrou-se em muitos outros papéis:
começou a produzir vinho na sua propriedade em Correns, na
Provença; está envolvido em projetos de decoração de interiores
e de design de móveis; trabalha diretamente com uma empresa
de arquitetura ligada ao desenho de prédios para habitação
e hotéis; e, mais recentemente, resolveu aprender a pintar.
Atualmente com 49 anos, o ator continua a superar-se e não vê
a idade como um obstáculo para a sua realização pessoal.
“Conto pelos dedos de uma mão os meus amigos chegados,
tenho a minha própria família e faço muitas coisas. Sou feliz”,
como já chegou a afirmar.
Foi a 18 de dezembro de 1963 que nasceu William Bradley
(“Brad”) Pitt, na cidade de Springfield, no estado do Missouri, nos
Estados Unidos. Cresceu a ver o Cinema como uma ferramenta
de aprendizagem, que lhe permitia conhecer realidades e viver
situações que não tinha presenciado, mas nunca equacionou a
hipótese de seguir a via da representação, tendo decidido tirar
Jornalismo na Universidade do Missouri. No entanto, sempre
acreditou que a sua vida seria noutro lugar que não Springfield,
que estava destinado a outra realidade e que, se as
oportunidades não chegavam até ele, deveria ser ele a ir
procurá-las. Foi por isso que, aos 22 anos, e a apenas duas
semanas (literalmente) de acabar a licenciatura, decidiu deixar a
34 outono 2013
faculdade e toda a sua vida para trás e partiu para a Califórnia.
Já em Los Angeles, foi arranjando trabalhos para se sustentar
e pagar as aulas de representação e, em 1987, conseguiu os
seus primeiros papéis – mais que secundários. No mesmo ano,
entrou em dois episódios de Another World (uma série norteamericana que passava na NBC) e noutro na série de sucesso
Dallas. E graças à visibilidade que conseguiu com os primeiros
trabalhos, os papéis foram-se multiplicando e rapidamente se
tornou o ator que é hoje.
Mesmo fora do grande ecrã, namorou com várias atrizes, como
é o caso de Christina Applegate, Juliette Lewis, Thandie Newton,
Gwyneth Paltrow ou Jennifer Aniston, com quem manteve uma
relação de sete anos e casou em 2000. Mas o ano de 2005 foi
fatal para a relação com a atriz de Friends e, durante a rodagem
do filme Mr. and Mrs. Smith, Brad Pitt apaixonou-se por Angelina
Jolie e decidiu divorciar-se, tendo chegado a afirmar que a sua
vida estava estagnada até a conhecer. Foi uma das separações
mais inesperadas de sempre, mas está desde então com
Angelina Jolie e juntos formam a família mais numerosa
(e procurada) de Hollywood: Brad Pitt resolveu adotar os dois
filhos adotivos da atriz – Maddox e Zahara –, em 2006 tiveram
a primeira filha biológica – Shiloh –, no ano seguinte adotaram
Pax Thien, no Vietname, e em 2008 nasceram
os gémeos Vivienne e Knox.
Ao longo dos últimos oito anos, é comum vê-los em família
um pouco por todo o mundo, visto que Pitt e Jolie têm tentado
intercalar os filmes em que entram, de modo a poderem viajar
juntos com os seis filhos para todos os locais de rodagem.
Para além disso, estão envolvidos em vários projetos
humanitários e fazem questão de que os filhos os acompanhem
e fiquem familiarizados com todas as realidades. O ator estima
que os filhos já tenham dado mais de duas voltas ao mundo
e, por mais que tentem evitar os paparazzi, são seguidos
para todo o lado, tendo inclusivamente um nome que os
designa enquanto casal: “Brangelina”. l
olhara ciência
O mistério
do mar da
Galileia
Uma estrutura megalítica descoberta sob as águas
do grande lago bíblico intriga os investigadores.
Quem a fez, quando foi construída e o que esconde?...
São muitas perguntas à espera de uma resposta POR RUI FARIA
Investigadores israelitas descobriram
uma estrutura monumental de pedra
escondida há milhares de anos pelas águas
do mar da Galileia (também conhecido
como lago Tiberíades), parcialmente
enterrada no solo marinho.
Houve quem tivesse avançado com
a comparação com o famoso monumento
megalítico localizado em Stonehenge,
mas o arqueólogo Yitzhak Paz não se sente
confortável com essa similitude.
“Não há qualquer relação e nunca fiz
essa comparação nas minhas referências
ao sítio”, afirmou o investigador
da universidade Ben Gurion e do
Departamento de Arqueologia de Israel.
“Alguém fez essa comparação na
comunicação social e a ideia tem
perdurado”, acrescentou.
A estrutura descoberta sob as águas ocupa
uma área com cerca de 70 metros e tem
uma altura da ordem da dezena de metros.
A estrutura megalítica é formada por três
círculos de pedras sobrepostas e tem
vindo a levantar os mais diversos tipos
de discussão sobre a sua origem
e construção, cuja dimensão tem
praticamente o dobro do tamanho
da que conhecemos em Stonehenge.
Yitzhak Paz admite que “é uma estrutura
excecional e muito rara que, segundo
36 outono 2013
cremos, terá mais de dois mil anos, já que
muito próximos existem outros sítios
megalíticos dessa época”.
Este sítio arqueológico foi identificado, por
acaso, há cerca de 10 anos durante uma
pesquisa de sonar que varreu o fundo do
lago, recordou o geofísico Shmuel Marco,
da universidade de Tel Aviv.
A descoberta é tão importante do ponto de
vista histórico como em termos geofísicos,
“pois ajuda a fazer a história do lago.
A base da estrutura foi construída numa
altura em que ele ainda era terra seca
e a sua base é anterior ao de qualquer nível
da água que conhecemos no antigo mar
da Galileia”, afirmou o cientista, referindose a Bet Yerah (ou Khirbet Kerak), onde
há vestígios bem preservados que vão
da Idade do Bronze (3000 a.C.) ao período
islâmico (1000 d.C.), passando pelo
período persa (450 a.C.).
Este sítio arqueológico está a cerca de
três quilómetros de distância e mostra
as ruínas de uma cidade fortificada que
se estende ao longo de uma área de
O mar da Galileia (na foto)
é uma região fértil em vestígios
do passado, raros como
a “barca de Jesus” (à esq.)
ou povoações milenares
onde trabalha o arqueólogo
Yitzhak Paz (em baixo, à esq.)
30 hectares e onde terão chegado a viver
cinco mil pessoas. Na região também
surgem os vestígios arqueológicos de
Ohalo, um dos locais melhor conservados
com vestígios da época dos caçadoresrecoletores, datados de 19.440 a.C.
Com base na avaliação dos sedimentos
recolhidos junto da base da estrutura
descoberta do mar da Galileia, os
geofísicos não afastam a possibilidade de
estarmos perante uma construção com
cerca de seis mil anos de idade. Mas, neste
momento, os investigadores têm muito
mais dúvidas do que respostas. Parece
evidente que a construção terá sido obra
de pescadores de uma fase inicial da Idade
do Bronze, que teriam trazido as pedras de
uma distância nunca inferior a três
quilómetros.
“Trata-se de uma grande estrutura em
pedra com uma base perfeitamente
circular, pelo que não é possível ter sido
criada de forma natural”, considerou
Shmuel Marco.
A curiosidade em torno desta estrutura
submersa tem atraído muitos curiosos,
mas não afetou a vida da população local,
habituada à presença de estrangeiros
e sobretudo de peregrinos e arqueólogos,
numa região onde, como alguém já disse,
“há mais história do que geografia”.
Exemplos não faltam. Ginosar é o nome de
uma cidade referida no Antigo Testamento
e hoje um kibutz, perto do local da
descoberta arqueológica.
Para os habitantes é algo natural. Ali
também foi descoberto um barco
enterrado na lama (exposto no museu Beit
Igal Allon), que continua a ser referido
como a “barca de Jesus”.
“Qualquer destas pedras pode ter sido
testemunha de um acontecimento bíblico”,
referem os habitantes das margens do mar
da Galileia, onde se diz que Jesus
“caminhou sobre as águas”.
Mas investigadores como o arqueólogo
Dani Nadel, da Universidade de Haifa, têm
outro tipo de abordagem, nem por isso
menos apaixonada, sobre a estrutura
submersa. “Sabermos que está ali e não
sabermos como surgiu nem para que
servia, é tão desconcertante como
interessante”, afirmou.
Por isso as investigações prosseguem e
vão ser realizadas as primeiras escavações
no lago bíblico. É a única forma de
encontrar respostas acerca da estrutura e
do que poderá estar escondido sob as
pedras, mas também sobre a evolução do
próprio lago.
“Quando soubermos quando foi criada
aquela estrutura, quem foram os seus
construtores e a sua cultura, também
saberemos mais sobre o crescimento do
próprio lago”, considerou Shmuel Marco.
“Vamos tentar escavar, mas estamos
conscientes das grandes dificuldades que
temos pela frente em termos físicos e
financeiros. O facto de termos de trabalhar
debaixo do mar será muito demorado.”
Os trabalhos estão parados e a equipa de
investigadores tenta reunir as verbas
necessárias para prosseguir um trabalho
que exige centenas de milhares de dólares
de investimento. l
outono 2013 37
olharo mundo
Dia Mundial da Visão
“TESTE OS SEUS OLHOS”
38 outono 2013
O Dia Mundial da Visão, comemorado a 10 de outubro, tem tido como principal
objetivo a erradicação da cegueira evitável e a melhoria da visão. A celebração da data
é também a principal ação do programa “Visão 2020: o Direito à Visão”, uma iniciativa
conjunta da Organização Mundial da Saúde (OMS) e da Agência Internacional para a
Prevenção da Cegueira (IAPB). Os olhos são um órgão extremamente sensível e ao
mesmo tempo muito importante, por isso a sua saúde não deve nunca ser desprezada.
A prevenção é mesmo a melhor forma de proteger a saúde dos seus olhos.
Normalmente, os olhos apenas merecem a nossa atenção quando acontecem problemas
pontuais como uma conjuntivite, um cisco, uma irritação ou quando a questão está
relacionada com doenças tradicionais, como a miopia e ou o astigmatismo.
No entanto, cuidar dos olhos deve ser um hábito de toda a vida.
Segundo o Professor Carlos Marques Neves, diretor clínico da ALM Oftalmolaser,
“a visão tende a diminuir com a idade e por isso é importante preservá-la para evitar
problemas a longo prazo”. Refere o especialista que, no mundo ocidental, as principais
causas de perda de visão são: a Degenerescência Macular Relacionada com a Idade,
o Glaucoma e a Retinopatia Diabética (RD).
O Glaucoma é, explica Carlos Marques Neves, uma doença do nervo ótico, de evolução
crónica, que pode conduzir, se não for acompanhada e detetada a tempo, à perda
progressiva do campo visual. A perda de visão pode ser total e irreversível. Por isso,
a vigilância é fundamental. “O grande problema desta doença é a quantidade
de pessoas que a têm e não sabem, uma vez que é assintomática”, sublinha o especialista,
acrescentando que há grupos de risco com maior probabilidade de ter a doença,
como os idosos, as pessoas com antecedentes familiares e os míopes.
No caso da Retinopatia Diabética (RD) são os doentes diabéticos que são o grupo
de risco. É um problema que, segundo o diretor clínico da ALM, se manifesta afetando
a retina e os dois olhos. Se não for tratada a tempo conduz à cegueira.
“Esta é também uma doença que evolui de forma silenciosa”, diz, acrescentando
que os principais sintomas são visão enevoada, com manchas e perda súbita de visão.
No que diz respeito à Degenerescência Macular da Idade (DMI), “Esta é uma doença
degenerativa da mácula, uma pequena área na retina responsável pela visão central, que
conduz a um estado de cegueira parcial, caracterizado pela incapacidade de ler, conduzir,
ver televisão, reconhecer caras, etc.”, refere o especialista, acrescentando que a idade,
o tabagismo e fatores genéticos podem contribuir para este problema de visão.
“São todos problemas evitáveis através de uma vida mais saudável, alimentação
equilibrada, exercício, etc. e, claro, a visita periódica a um oftalmologista”, aconselha Carlos
Marques Neves. Segundo este especialista, as visitas ao médico devem começar logo em
criança. Se não tiver sido detetado nenhum problema, a primeira visita deve ocorrer
entre os três e os quatro anos. Depois aos 12 e na puberdade. A partir dos 40 anos a
frequência das consultas aumenta. É mais ou menos nesta altura que algumas pessoas
precisam de óculos para ver ao perto e devem fazer um rastreio visual de 5 em 5 anos. l
200 MIL TÊM HIPERTENSÃO
INTRA-OCULAR
Em Portugal, segundo dados da Direção-geral
de Saúde, cerca de 200 mil pessoas
apresentam hipertensão intra-ocular.
Serão cerca de 100 mil os portugueses
que foram diagnosticados com glaucoma.
285 milhões deficientes visuais
Segundo a Organização Mundial da Saúde
(OMS), cerca de 285 milhões de pessoas no
mundo são deficientes visuais e a principal causa
de deficiência é o erro de refração não corrigido
(miopia, hipermetropia e astigmatismo).
250 mil sofrem de retinopatia diabética
Estima-se que metade dos diabéticos nunca foi
ao oftalmologista. A Retinopatia Diabética (RD) é
a complicação mais comum da doença. Existem
cerca de 250 mil doentes com RD em Portugal.
300 mil sofrem com
Degenerescência Macular
Segundo a Organização Mundial de Saúde,
a Degenerescência Macular da Idade (DMI)
é a principal causa de cegueira a partir dos
50 anos de idade. Em Portugal, estima-se
que 300 mil pessoas sofram de DMI
e 45 mil corram sério risco de cegar.
Professor Carlos Marques Neves.
DICAS PARA CUIDAR DOS OLHOS:
l
Faça um exame oftalmológico completo.
É importante que saiba a história da saúde ocular da sua
família.
l Faça uma alimentação equilibrada, com uma dieta rica em
vegetais, principalmente espinafre e couve.
l Mantenha um peso saudável.
l Evite a exposição solar e proteja os olhos, seja verão ou
inverno.
l Quando comprar uns óculos de sol, compre com proteção
de raios ultravioleta.
l
l
Cuidado com os ambientes de muito fumo ou de ar
condicionado forte.
l Cuidado com o excesso de horas em frente à televisão.
l As horas passadas em frente ao computador também
devem ser tidas em atenção.
l Para ler, escolha locais bem iluminados. Luzes fracas
obrigam a um esforço da vista.
l Lentes de contacto só devem ser usadas durante as horas
recomendadas.
l Deve evitar-se o gesto de coçar os olhos.
outono 2013 39
olharo horizonte
Seguindo
o voo das águias
Os vales escarpados do Douro no caminho para
Trás-os-Montes ou as serranias beirãs são convites
à calma e à contemplação da natureza POR RUI FARIA
Castelo Rodrigo é o nome de um
“remédio” com cura garantida para o stress
provocado pelo bulício do dia-a-dia urbano.
Encontrar esta poção é fácil. Basta chegar
a uma aldeia encalhada entre Portugal
e Espanha, onde o Alto Douro e Trás-os-Montes dão as mãos. Aqui impera a calma
e o tempo passa sem pressas, ao ritmo d
e um sino de badaladas lentas que ecoam
pelas ruas de granito.
40 outono 2013
CASTELO RODRIGO - PINHEL - ALMEIDA
No interior da velha fortaleza – que chegou a
contar com 13 torreões – destruída pelos
franceses durante as invasões napoleónicas,
montamos o nosso “quartel-general” na Casa
da Cisterna, um turismo de habitação criado
com o bom gosto de Ana Berliner e do seu
marido, António, dois biólogos alfacinhas que
trocaram a cidade pela vida rural e pela sua
paixão pelos animais.
Por aqui, a palavra hospitalidade é venerada e
a conversa flui rapidamente. Ficamos a saber
que o nome tem que ver com a velhíssima
cisterna adjacente à casa, acessível por um
elegante portal árabe. Eram os banhos rituais
judaicos, os “Mikwéh”, antes de ser um
reservatório. Esta é apenas (mais) uma
curiosidade numa aldeia feita de ruas
labirínticas que convidam ao jogo das
escondidas ou ao passeio por vielas
silenciosas onde se ouvem histórias do
passado, como o castigo imposto pelo
Mestre de Avis quando esta praça-forte,
depois de aderir à “causa espanhola”, não
o hospedou nos tempos da crise de
1383-1385. Ao ser aclamado rei, D. João I
mandou picar os brasões da cidade, que
passaram a surgir em posição invertida
à entrada do castelo.
Nesta vila, que ao longo dos séculos foi tanto
portuguesa como espanhola, subimos a
caminho das ruínas do palácio de Cristóvão
de Moura, galardoado por Filipe I com
o condado de Castelo Rodrigo em
reconhecimento pela sua traição a Portugal,
e destruído pela população mal chegou a
notícia da restauração da independência,
em 1640. Pelo caminho está a simpática
Casa de Chá de André Carnet, um francês da
Normandia que viveu e casou em Paris com
uma portuguesa nascida na aldeia que
adotou. Neste acolhedor recanto, onde a
esplanada é um convite para a vista se perder
no horizonte, oferecem-se mais de 60 tipos
de chá e outras tantas marcas de whisky.
Verdadeiro epicurista e grande conversador,
André mostra ainda, com justificado orgulho,
a sua pequena loja gourmet – Os Sabores do
Castelo –, “porque gosto muito de todas as
coisas boas da vida”, diz-nos.
Embora o recolhido jardim da Casa da
Cisterna seja um excelente local para passar o
tempo com um livro na mão ou para nos
perdermos em longas conversas, há muitas
mais tentações. Os nossos anfitriões
propõem itinerários de bicicleta, pedestres
ou até de jipe, o único veículo capaz de
chegar a lugares mais recônditos. Basta
combinar antecipadamente, pois também é
possível arranjar uma cesta de piquenique.
Nós partimos à descoberta. No sopé da
aldeia, paramos no convento cisterciense de
Santa Maria de Aguiar, em cujas ruínas do
claustro ouvimos falar das imoralidades que
provocaram a contestação dos monges no
século XVI.
Num prado, logo ao lado da igreja, os
proprietários da Casa da Cisterna criam
burros de raça mirandesa. Basta parar junto
do cercado que os animais surgem de
imediato a pedir festas. São encantadores,
com o farto pelo que os protege do frio, ao
mesmo tempo que lhes confere um aspeto
despenteado.
Bem perto está a adega cooperativa de
Castelo Rodrigo. Quem pare na sua loja deve
conhecer o vinho branco de 2010, feito com
outono 2013 41
olharo horizonte
castas Síria. Caso a fome aperte, a cerca de
sete quilómetros de Figueira de Castelo
Rodrigo, em Escalhão, o restaurante “O
Lagar” é uma grande opção, com a lagarada
de bacalhau, o cacho de vitela, a desmancha
de porco, ou os enchidos caseiros. Almeida
fica bem perto.
É majestosa a vila amuralhada no século XVII
ao estilo Vauban, cujas obras terminaram um
século mais tarde, com o conde de Lippe.
Diz-se que D. Maria I terá perguntado se
“estavam a construir uma fortaleza de pedra
ou em prata”.
No interior desta construção, única da
arquitetura militar nacional, existe um
espaçoso templo com três naves, tendo sido
recuperado o velho picadeiro do quartel que
ali esteve instalado.
Seguindo pelos campos onde surge a vinha
chegamos a Pinhel, na margem esquerda do
rio Côa. Vale a pena visitar a igreja de São
Luís, desanexada do antigo convento das
Clarissas. Logo à esquerda está o belo portal
manuelino da Misericórdia. A porta de
Castelo Rodrigo, uma das cinco que surgem
no pano de muralha, indica-nos o caminho
de regresso “a casa”, onde o jantar estava
marcado no Cantinho dos Avós...
Os proprietários da Casa da
Cisterna, criam burros da raça
mirandesa (em cima, à esq.).
A casa de chá de André Carnet
(ao alto) é um espaço para
epicuristas. O casario de Figueira
de Castelo Rodrigo mostra
que o passado e o presente
podem conviver sem conflitos
(à esq.), numa região rica em
termos de património como
a janela Manuelina de Freixo
de Espada à Cinta (em cima)
42 outono 2013
DE CASTELO RODRIGO
A FREIXO DE ESPADA À CINTA
Seguindo para norte em direção a Barca de
Alva, ao longo do planalto onde o fogo fez
desaparecer o arvoredo, a planície de mato
rasteiro, que parece varrida pelo vento, faz-nos companhia. Mais para a frente, nos
vales, começam a surgir os rios que correm,
vagarosos, para o encontro marcado com o
Douro. Mas, de um momento para o outro,
sem que nada o anuncie, a paisagem muda
radicalmente. O granito dá lugar ao xisto, e
logo a seguir à atividade agrícola, com todo o
seu esplendor.
Ao longo das encostas, os olivais sobem na
direção do céu, nas suas escadarias de
socalcos e, na primavera, as amendoeiras em
flor são o espetáculo. Ainda é possível
descobrir matas de carvalhos, em alguns
casos cercados por azinheiras. Os zimbrais
tomam conta dos vales apertados,
monopolizando esporões rochosos que
espreitam o Douro e os seus afluentes,
contornados por amieiros, salgueiros e
freixos.
Em Barca de Alva, a ponte para a outra
margem leva-nos a San Martin. Não é a
nossa rota, mas em Espanha os
combustíveis são mais baratos...
É o “contrabando moderno”, numa terra
COMO IR
O caminho para Castelo
Rodrigo passa pela
auto-estrada A23 ou pela
A25. Elas juntam-se em
Arrifana no caminho para
Vilar Formoso. Na saída
32, tomando a direção de
Almeida, surge no
horizonte Castelo Rodrigo,
empoleirada
estrategicamente numa
colina, como que de um
ninho de águias se
tratasse.
ONDE FICAR
Casa da Cisterna
www.casadacisterna.com,
pelo e-mail
casadacisterna@casadacis
terna.com
Tel. 271 313 515.
A Casa da Cisterna não
serve refeições, mas a
pedido pode preparar
cestas de piquenique.
Os interessados podem
ainda dispor de percursos
definidos para passeios
pedestres, de bicicleta ou
em jipe, para já não falar
do contacto com uma
empresa que promove
passeios em burros
mirandeses.
Rua da Cadeia,
Castelo Rodrigo.
Reservas pelo site:
de velhos contrabandistas que
atravessavam o rio Águeda, por trilhos
esquecidos, onde ainda existem calçadas
medievais e castros celtas.
Cruzando o Douro, a caminho de Freixo de
Espada à Cinta, a primeira estrada de asfalto
avermelhado que surge à esquerda (é pouco
visível) segue a ribeira do Mosteiro e sobe na
direção das paredes escarpadas, algumas
com mais de 400 metros de altura. São o
pano de fundo para o voo de grifos, abutres
do Egipto, águias reais e de Bonelli e
cegonhas pretas que o Parque Nacional do
Douro Internacional procura preservar. A
paisagem é de uma beleza impressionante.
No primeiro cruzamento à direita (volta a não
ter indicações), segue-se na direção de
Poiares e Penedo Durão, um grande
miradouro que permite contemplar o Douro
que passa lá em baixo. Do alto desta
plataforma granítica a perspetiva é
semelhante àquela que poderíamos ter de
um helicóptero. É um lugar ideal para deixar
passar o tempo, dando liberdade ao olhar
para seguir as aves de grande porte que
planam ao sabor do vento. Deve ser
fantástico esperar aqui pelo nascer do Sol...
Aqui, o Douro, um rio de águas violentas
amansadas pelas barragens que o
transformaram num espelho de água,
acompanha-nos. Nos dias quentes, a estrada
é perfumada por esteiras e giestas. Numa
época de frias normalizações, chamam-lhe
Douro Internacional. Nós preferimos o nome
que era utilizado pelos mais velhos: Douro
das Arribas, diz tudo. As memórias de Freixo
de Espada à Cinta perdem-se no tempo. O
seu nome pode ser anterior à era cristã e ter
origem em Espadacinta, um fidalgo godo
que venceu aqui um leonês cujo escudo teria
um freixo, mas também há quem refira que
D. Dinis, quando por ali passou, pendurou
a sua espada num freixo junto do castelo.
Sabe-se lá...
No centro histórico, cercado pelo mau gosto
de um urbanismo anárquico e
incaracterístico, vale a pena visitar a igreja
Matriz manuelina e a da Misericórdia, com os
nichos góticos sobre a porta principal. Numa
zona onde a indústria da seda atingiu o
esplendor nos finais do século XVIII, o museu
recorda esses tempos, vendendo artesanato,
mas “mais vale encomendar uma bela colcha
do que comprar o que está à venda”,
disseram-nos. Não há muitas alternativas para
almoçar, mas no restaurante Cinta de Ouro a
simplicidade das instalações contrasta com a
qualidade da comida proposta pelo espanhol
que gere o negócio.
BELMONTE - SORTELHA
TERRAS ESQUECIDAS...
O terceiro dia é marcado pelo regresso ao
litoral. Por isso escolhemos os caminhos do
sul. A A23 passa ao lado de Belmonte. O
senhorio de Pedro Álvares Cabral conserva a
sua memória nos restos do solar em que
nasceu, na igreja onde foi batizado e no
castelo onde viveu. É uma localidade em
desenvolvimento, com museus como o do
azeite, ou o judaico, que recorda a influência
deste povo que se instalou, no século XVIII, no
bairro de Marrocos, sendo depois
transformado numa judiaria fechada, “porque
os cristãos não os queriam ver pela janela”.
Quem não conhece não pode perder uma
visita a Sortelha.
As muralhas, perfeitamente conservadas,
ONDE COMER
O Lagar
Rua do Barreiro, Escalhão.
Tel. 271 346 974.
Carnes de vaca e porco
são tão famosas como o
forno de lenha onde são
cozinhadas peças de
carne e criação. Das
brasas saem o bacalhau,
enchidos e até as batatas.
D. Sancho II
Largo do Corro,
Sortelha – Sabugal.
Tel. 271 388 267.
O borrego, a caça e o
bacalhau estão entre as
especialidades de uma
cozinha que respeita as
antigas tradições regionais.
estão escondidas por enormes penedos
graníticos, alguns dos quais parecem ovos
monstruosos, em equilíbrio precário, prestes
a rolar sobre os “invasores”. É mais um “ninho
de águias”... O acesso ao castelo conquistado
por D. Sancho II faz-se por uma pequena
porta ogival, sendo este rei quem dá nome
ao restaurante no largo da praça de armas.
É uma verdadeira “Meca” para
apreciadores de borrego, caça ou bacalhau.
A aldeia, imaculada, parece perdida no
tempo, imponente no seu aspeto marcial,
vincado pelo alinhamento de casas
quadrangulares, feitas de grandes
paralelepípedos, perfeitamente talhados
em granito, onde o Sol arranca o brilho
da mica, que cintila como se fossem
minúsculos diamantes.
O estado de conservação é tal que parece
que a aldeia foi construída há pouco tempo,
o que é rapidamente desmentido pelas
inscrições árabes que surgem em pedras de
casas, ou pela arquitetura da torre de
menagem dos tempos de D. Dinis, para já não
falar na igreja, um templo modesto do século
XVI, mas rico no detalhe, e marcante pelo seu
tecto mudéjar.
Sortelha é talvez uma das melhores aldeias-museu. Ali, as anciãs recordam a arte da
cestaria, feita de arbustos “recolhidos à mão,
junto das ribeiras, que é preciso trabalhar e
coser à linha”, como nos referiu uma cesteira
de proveta idade, orgulhosa de um trabalho
condenado pela “era do plástico”. Hoje, “só os
mais velhos é que conhecem esta arte, que dá
muito trabalho e canseira. Depois, há alguns
malandros que vêm aqui oferecer um euro
pelo nosso trabalho”. Quem o fez, que tenha
vergonha. Esta arte não tem preço!... l
outono 2013 43
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último olhar
A tecnologia i.Scription garante uma melhor visão noturna
O Google Earth utiliza objetivas
de precisão com lentes Zeiss.
Os microscópios Zeiss auxiliam a investigação
científica. Neste caso permitem ver as células
vermelhas do sangue.
As primeiras fotos na Lua foram tiradas
com lentes Zeiss.
Zeiss é mais do
que uma marca
As lentes oftálmicas Zeiss sempre estiveram na vanguarda da tecnologia.
Foi assim desde a criação da empresa e continua hoje com propostas como a tecnologia
i.Scription, capaz de garantir uma nitidez incomparável e um grande descanso para os
olhos, assegurando um grande conforto visual, ao mesmo tempo que otimizam a visão
noturna. A marca reivindica o estatuto de “líder em precisão ótica desde 1846”, algo
que tem tudo que ver com a sua longa história feita de inventos e avanços tecnológicos.
Tudo começou com Carl Zeiss, um inventor que saiu do anonimato com a criação de um
microscópio de uma única lente (1847), antes de se afirmar como produtor de lentes
de grande qualidade, uma atividade industrial que nunca condicionou o seu génio criativo.
A tradição no campo da inovação manteve-se ao longo de mais de 160 anos e,
se alguns identificam as lentes que produz com algumas das mais reputadas máquinas
fotográficas, poucos sabem que a marca está associada à NASA e ao Google Earth,
mas também à mais inovadora investigação científica, continuando a produzir lentes
para os mais avançados microscópios, bem como para as câmaras que rodaram
filmes tão marcantes como O Senhor dos Anéis.l
50 outono 2013
Muitos dos filmes de Hollywood foram
rodados através de lentes Zeiss.
Uzina
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Even better
*Ar natural. Ainda melhor.
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