mundo animal/ dirigido por Carlos Alberto Campos Salvá
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mundo animal/ dirigido por Carlos Alberto Campos Salvá
○,1Habitats Os animais e seus ambientes VISOR. ○,2Habitats: mundo animal/ dirigido por Carlos Alberto Campos Salvá. -1ª Ed- Buenos Aires: Visor Enciclopédias Áudio Visuais; Cinco edições e conteúdos, 2010. 40 p.; 32x22 cm. ISBN 978-987-522-837-5 1. Material auxiliar para o Ensino. 1. Campos Salvá, Carlos Alberto, dir. CCD 371 Data da Catalogação: 06/07/2010 ©2010 CINCO Edições e conteúdos S.A. ©2010 Visores Enciclopédias Áudio Visuais S.A ISBEN 978-987-522-837-5 Impresso por PUNTO Arte e Reproduções S.A. Encadernado por POLAR Indústrias Gráficas S.A Av. Del Barco Centenera 2749 C 1437GUH- Cidade Autônoma de Buenos Aires- Argentina Todos os direitos reservados, lei 11.723. Esta publicação não pode ser reproduzida, arquivada em um sistema de recuperação nem transmitida de nenhuma forma nem por nenhum médio eletrônico, mecânico, por fotocopia ou gravação, ou de qualquer outra maneira, sem previa autorização escrita do proprietário do copyright. Impresso em Argentina. Printed in Argentina ○,3. INTRODUÇÃO AS SELVAS TROPICAIS. PARAÍSO DE BIODIVERSIDADE O clima Uma Maravilhosa riqueza Os extratos da selva America exuberante Devagar, devagar, muito devagar Enigmáticas selvas da África Ásia longínqua BOSQUES. Exércitos de gigantes Bosques temperados Caducifólios Patrimônio da Humanidade Bosques temperados de Coníferas Bosque boreal ou taiga Os majestosos alces Bosques sub-antárticos AS SAVANAS. Lar dos grandes herbívoros Um grande segredo As chuvas marcam o ritmo A grande savana Africana As profundas savanas na America PRADARIAS. Verdes infinitos Extensas pradarias da America do Norte A tradicional pradaria do pampa Cisne americano As pradarias altas da África Um pequeno gigante AS ESTEPES. Terras indômitas e longínquas Longínquas estepes asiáticas Estepes da America: ao norte e ao sul A TUNDRA. Branca por excelência Animais da tundra: ousadas criaturas Nas montanhas, a tundra alpina OS DESERTOS. Gigantes e intermináveis Quentes e frios O órix e a temperatura O grande Saara Serpente “encantadora” Atacama: o mais árido de todos os desertos Sapo do deserto Um deserto gelado OCEANOS E MARES. Azuis imensos Costas e águas costeiras Fauna litoral Mamíferos costeiros Manguezais Aves marinhas O pelicano marrom A alimentação SISTEMAS DE ÁGUA DOCE. Pequenos e vitais Águas que baixam: rios e arroios Do principio ao fim O grande dourado Lagosta do rio Águas calmas: lagos e lagunas Uma foca de água doce Nas margens Raros e populares ○,4 INTRODUÇÃO Um camelo na selva? Uma baleia no lago Nahuel Huapi? Uma serpente na Antártida? Impossível, cada uma das cento de milhares de espécies animais do nosso planeta há evolucionado através de muitíssimos anos para adaptar-se a um ambiente determinado, caracterizado por um conjunto de condições físicas e uma serie interações com os demais seres vivos, onde hão podido nascer, sobreviver e reproduzir-se. ○,5NOSSA BIOSFERA Poderíamos dizer que a biosfera é o ecossistema global da Terra que está formado por diferentes biomas ou comunidades de plantas e animais, que apresentam formas de vida e requerimentos ambientais semelhantes. Os biomas distribuem-se em nossa biosfera seguindo padrões de altitude e latitude. Assim, desde Equador para os pólos em ambos os hemisférios, os biomas acontecem, a grandes traços, em regiões semelhantes. Em geral, com o aumento da latitude diminui a temperatura e junto com ela a biodiversidade. As precipitações jogam também um papel essencial já que a água é fundamental para todas as formas de vida. Os biomas nomeiam-se pela fisionomia vegetal que os caracteriza e que condiciona os animais que vivem nele: selvas, bosques, pradarias, estepes, e desertos são as grandes unidades. É surpreendente como biomas semelhantes em regiões literalmente separadas, como os continentes, albergam formas de vida semelhante com iguais estratégias de vida. Por exemplo, nos estepes de todo o mundo são abundantes os mamíferos que vivem em tocas. Esta forma de vida lhes permite proteger-se, não só do clima rigoroso, mas também dos predadores já que existem nelas poucos lugares para esconder-se. No entanto, as espécies que crescem nos estepes de Mongólia não são as mesmas que as que habitam o centro da America do Norte ou do planalto patagônico. ○,6 BIOMAS E HABITATS Se os biomas consideram as comunidades de plantas e animais, o habitat se refere ao lugar físico que resulta adequado para determinada espécie, porque está adaptada a aquele. E se não pode adequar-se a estas condições, ou aos câmbios que acontecem ali, lamentavelmente tende a ser deslocado para outras áreas ou a desaparecer. Como tem acontecido com tantos seres vivos ao longo da historia evolutiva da nossa Terra devido ao processo de seleção natural, que foi explicado por primeira vez em 1859, por o naturista inglês Charles Darwin, em sua obra A origem das espécies por meio da seleção natural, indicando um marco fundamental no estudo dos seres vivos. ○,7 UM MUNDO DE CÂMBIOS As transformações nos ambientes naturais hão acelerado extraordinariamente nas ultimas décadas, atentando cada vez mais contra a biodiversidade do nosso planeta. A ação do homem tem uma responsabilidade central nisto, através da modificação dos habitats em função das atividades econômicas e da urbanização, que geram contaminação e a super exploração da natureza. E o câmbio climático que sofre nosso planeta nos últimos tempos agrava ainda mais a situação critica de numerosas espécies. ○,8 O QUE É O ENDEMISMO? Este termo é utilizado em biologia para significar que um determinado grupo taxonômicofamília, gênero, espécie, variedade, população, etc.- vivem em certos âmbitos geográficos e não se encontram em nenhuma outra região do mundo. A área de dispersão pode ser variável, desde um continente até um pequeno vale ou, incluso, o canal de um rio. Vicunha. ○,9 AS SELAVAS TROPICAIS. Paraíso de biodiversidade A selva é o bioma que abriga a maior diversidade no mundo, e também, a biomassa- ou seja, a quantidade de matéria viva- é mais abundante na selva que em nenhum outro lugar da biosfera. As selvas e os bosques tropicais encontram-se nas proximidades do Equador, na região limitada pelos trópicos de Câncer ao norte e de Capricórnio ao sul, ainda que são mais freqüentes entre os 10° de latitude norte e sul. Localizam-se na América, África e sul do continente asiático incluindo varias de suas ilhas. ○,10 DISTRIBUIÇÃO DAS SELVAS NO MUNDO ○,11 OS ORANGOTANGOS PERTENCEM O GRUPO DOS GRANDES SIMIOS. VIVEM NA ÁSIA. ○,12 O CLIMA A região intertropical, onde crescem as selvas, é a que recebe a maior quantidade de insolação e, por isso, a temperatura media é de 20° a 25° durante todo o ano. Não existe o inverno tal como se conhece nas altitudes mais altas, ou seja, as estações se diferenciam em chuvosas e secas. As precipitações são mais ou menos uniformes, com um registro anual entre os 1.500 aos 3.000 mm, ainda que em alguns lugares pode chegar aos 7.000 mm no ano. ○,13 Uma maravilhosa riqueza Na selava crescem numerosas espécies de arvores que podem superar os 45 metros de altura e hospedam uma enorme diversidade de lianas, enredadeiras e epífitas. As palmeiras, os arbustos, as samambaias, os pastos e os musgos completam a complexidade vegetal. E o sustento para uma imensa variedade de animais que encontram seus nichos nos diferentes estratos ou coberturas de selva, evitando assim uma concorrência feroz entre a infinidade de espécies existente. ○,14 Adaptações animais A grande oferta de alimentos e a complexidade de nichos que oferece a selva hão permitido a evolução e especialização de uma enormidade de animais em estes biomas. E com ele, complexas redes tróficas e numerosas interações entre diferentes espécies animais, e inclusive com os vegetais. O mimetismo e a camuflagem de camaleões e insetos, a adaptação à vida nas alturas dos animais arborícolas, as estratégias de defesa na expulsão de veneno se sumam a outra quantidade inumerável de relações positivas, como a que exercem os insetos polinizadores ou os animais frugívoros para a dispersão de sementes. ○,15 OS EXTRATOS DA SELVA Perto do céu As ramas superiores das arvores são as que recebem a maior quantidade de luz e calor do sol. Formam o lar ideal para uma multiplicidade de aves de vistosas cores, que se alimentam de frutos, néctar e insetos. Não menos importantes são as aves carnívoras e carniceiras, como águias, falcões, gaviões, corujas, entre outras. O tucano possui um bico chamativo. ○,16 Mais abaixo Na camada intermédia a luz do sol é mais tênue e, portanto, baixa a temperatura alguns graus, embora aumente a umidade. Ali proliferam as lianas e as enredadeiras, ao igual que as apífitas como as orquídeas e as bromélias. É possível achar diferentes animais de hábitos arborícolas onde dominam os primatas, os morcegos, esquilos comuns e voadores, ratos arborícolas, etc. muitos deles possuem caudas longas que lhes permitem sustentarse dos galhos enquanto se movem ou se alimentam. Alguns somente tocam o solo eventualmente. Aves como as araras, os louros, os tucanos, os beija-flores, os pica-paus, ademais de rãs arborícolas e uma grande quantidade de serpentes e insetos completam o panorama da cobertura intermédio. Os beija-flores têm plumas iridescentes. ○,17 No solo No solo e sobre as ramas mais baixas dominam os carnívoros e os herbívoros de tamanho maiores, repteis como lagartixas, crocodilos, serpentes de cascavel, corais, rãs arborícolas e venenosas se movem em áreas próximas ao solo e às fontes de água. Por sua parte as formigas e cupins são muito abundantes nas selvas, ao igual que números insetos que por suas variadas formas de vida ocupam a camada inferior, mas também é possível encontrar-los em todos os demais. Crê-se que na selva vive o 80% dos do mundo: borboletas, besouros, vagalumes, libélulas, vespas, abelhas, etc. As minhocas, centopéias, aranhas e caracóis, alguns realmente grandes, completam a fauna selvática. O solo da selva é muito pobre em nutrientes. No entanto, existe uma grande quantidade de organismos decompositores, basicamente, bactérias e fungos, que transformam rapidamente a matéria morta em nutrientes disponíveis para serem absorvidos pelos vegetais, que crescem durante todo o ano e a velocidade realmente elevadas. Centopeia Gigante ○,18 America Exuberante As selvas da America, onde sobressai a Amazônia, albergam a maior e mais valiosa biodiversidade do mundo. À infinidade de espécies vegetais sumam-se um sem fim de espécies animais próprias de este continente. Entre eles figuram os macacos- aranhas e sagüis, os bugios, os bichos-preguiça, os Tamanduás - formigueiros, as antas, os veados, as queixadas e capivaras, as cutias, os tatus, os quatis, as fuinhas. É notável a grande variedade de aves de tamanhos muito diversos que ocupam as diferentes camadas, como a águia harpia, os tucanos, as araras, os beija- flores. Entre os felinos se destacam as onças, jaguatirica e pumas. Os macacos- aranhas destacam-se entre a fauna das selvas entre americanas, estendendose desde México até Brasil. Constituem um grande grupo de primatas do gênero Ateles, que se caracteriza por possuir extremidades longas e cauda preênsil. Isto lhes permite movimentar-se agilmente entre as árvores. Alimentam-se de frutos, folhas, ovos e insetos. A anta amazônica é um herbívoro comum das selvas americanas. ○,19 A temível anaconda A anaconda comum ( Eunectes murinus) é uma serpente de grande tamanho, usual nas bacias selváticas do Amazonas e do Orinoco. Passa a maior parte do tempo submergida na água e somente se vê seus olhos fora. Caça presas de grande tamanho que ingere devido à capacidade de sua mandíbula de desencaixar-se. Mede entre 4 e 8 metros de largura. ○,20 Devagar, devagar, muito devagar Os bichos- preguiça são mamíferos arborícola, endêmicos das selvas americanas. Seu nome deriva dos seus lentos movimentos e de sua capacidade de permanecer horas imóvel. Este comportamento junto à cor parda de seu pelo- que usualmente é colonizado por algas e liquens verdes-, constitui uma excelente estratégia de camuflagem. Alimentase de folhas e brotes e somente baixa das árvores para defecar, uma vez a cada 10 dias, aproximadamente. ○,21 Uma grande da selva A águia harpia ( Harpia harpyja) é um habitante comum das selvas americanas. Com 1 metro de longitude e mais de 2,20 m de envergadura é uma das maiores aves do mundo. Alimentam-se principalmente de macaco, bichos- preguiças e aves de tamanhos variados. ○,22 A língua do tamanduá – formiga é muito longa e pegajosa. A ela aderem-se as formigas das quais se alimenta. ○,23 os primatas são os habitantes por excelência das selvas tropicais de todo o mundo. ○,24 Enigmáticas selvas da África As selvas tropicais da África ocupam o segundo lugar em superfície e em importância, logo da Amazona. Nelas vive uma grande variedade de primatas. Entre eles se destacam os chimpanzés, os colobus, os guenons, os gorilas, os temíveis babuínos e uma grande quantidade de lêmures em Madagascar. Os hipopótamos pigmeus, os antílopes, os ocapis se abrem passo entre a densa vegetação do solo. A fauna avícola não é tão variada como em America e Ásia, embora sobressaiam os faisões, os perus- carecas e os perus- reais. ○,25 Pequenos herbívoros Entre os herbívoros das selvas Africanas encontram os duikers, um antílope do gênero Cephalophus. O duiker azul é o menor: a altura de seus ombros não supera 40 cm. ○,26 Ásia longínqua As selavas asiáticas escondem grande diversidade, especialmente na península Malásia e as ilhas próximas. Prevalecem os primatas, os roedores, as raposas voadores, os musaranhos e as aves, que ocupam todas as camadas da selva. Entre os primatas distinguem-se os colobus, os gibões, os pequenos társios e os orangotangos, restringidos a Bornéu e Sumatra. O tigre é o grande predado: apresenta varias subespécies que habitam os ambientes selváticos continentais e ilhas. Musaranho blindado. ○,27 Nem raposas, nem aves As raposas voadoras são, em realidade, morcegos de grande tamanho característicos das selvas da Ásia, embora algumas espécies encontram-se também no continente Africano. Com suas asas abertas pode chegar a medir 1,5 m. Não são perigosos, alimentam-se de frutos e de néctar. ○,28 BOSQUES. Exercito de gigantes Os bosques são formações vegetais onde predominam as arvores, e possuem também vegetação arbustiva e herbácea, mas nunca há grande desenvolvimento de lianas e epífitas. Encontram-se em todo o mundo, baixo diferentes tipos que dependem do clima ( basicamente da temperatura e a quantidade e distribuição das chuvas). Apresentam temperaturas medias que variam entre os5 e os 23 °C e as precipitações anuais estão entre os 400 e os 2.00 mm, com uma medida que se localiza em 1.000mm. Existem múltiplos ecossistemas florestais no mundo e outras tantas formas de classificá-los, varias incluem as selvas como bosques tropicais chuvosos. Independentemente de como os nomeiam, o certo é que são ambientes propícios para a vida de uma surpreendente fauna. ○,29 Distribuição dos bosques no mundo ○,30 O esquilo sobe as arvores para procurar bolotas. ○,31 Adaptações animais Os animais dos bosques hão se adaptado, evolutivamente, as formas de vida vegetais predominantes e também à temperatura. Assim, ao igual que nas selvas, os nichos das espécies respondem as diferentes camadas da vegetação e inclusive uma rica e diminuta fauna vive nos primeiros centímetros de solo. A maioria dos animais tem hábitos arborícolas e são “boloteros”, é dizer que se alimentam de bolotas e de outros frutos secos, o bem, são onívoros. Nas regiões mais frias abundam as espécies migratórias, sobre todo entre as aves, que abandonam o bosque no inverno; outros animais, que geralmente são mamíferos, hibernam. Muitos armazenam alimentos em suas tocas para sobreviver nas épocas mais desfavoráveis, como os esquilos. ○,32 Hibernação A hibernação é um estado fisiológico no que entram alguns animais para sobreviver a frios intensos. Neste estado os processos que tem lugar no corpo para manter-se e crescer diminuem ao mínimo possível, ao igual que a temperatura corporal e a freqüência dos batimentos do coração. Durante este tempo os animais transformam em energia a gordura que armazenaram em seu corpo nas épocas quentes. ○,33 Bosques temperados caducifólios Os bosques temperados caducifólios encontram-se, justamente nas regiões de clima temperado. Nestas formações dominam as arvores de mediana altura, entre os 20 e 30 metros. Caracterizam-se por possuir uma estação de repouso, geralmente por temperaturas frias, e por isso as arvores perdem suas folhas. Em geral possuem uma camada de ervas e pastos e uma grande capa de húmus, devido a que a decomposição da matéria orgânica é lenta. Predominam faias, carvalhos, bordos, nozes, olmos, castanhos, e tília. Estes bosques estendiam-se por America do Norte, Ásia oriental, Europa central e mediterrânea mas hão sido cortados para dar passo a urbanização, a agricultura e ao gado, a ademais para o aproveitamento de sua madeira. Mais ao equador crescem os bosques com arvores de folhas perene, é dizer que mantém suas folhas durante todo o ano. Nos bosques temperados são abundantes as aves em toda as sua copas, que em sua maioria alimentam-se de insetos: pica-paus, pombas, quebra- nozes, pardais, calandras, cucos, bacurau, pintarroxo, cardiais, carriças, rouxinóis. As aves de rapina e as noturnas estão representadas em falcão Cooper, a águia real, os gaviões, as corujas. As aves de maior tamanho, como o peru, o faisão, o peru real e as codornas povoam a camada inferior. Os pássaros cumprem uma função essencial na regulação da povoação de estes insetos que, em alguns casos, podem devastar hectares inteiros de bosques, em poucos anos. ○,34 Os pica-paus, pássaros típicos dos bosques Os pica-paus são habitantes comuns dos bosques. Podem-se detectar rapidamente através dos golpes que dão aos troncos com seu bico em procura de alimento, basicamente, brocas e outros insetos ocultos na madeira. Também fazem buracos para aninhar e, em outras oportunidades como o curioso caso do pica-pau bolotero, para guardar seus viveres. Outras espécies como os esquilos voadores e algumas aves utilizam os ocos abandonados dos pica-paus para armar seus ninhos. ○,35 Patrimônio da Humanidade As borboletas monarca ( Danaus plexippus)é um dos insetos típicos de todos os bosques temperados da America. De hábitos migratórios, é capaz de recorrer até 160 quilômetros por dia, ajudada pelos ventos e as correntes de ar, desde o sudeste do Canadá e noroeste dos Estados Unidos até México. Neste país existe uma reserva da Biosfera especialmente criado para proteger o habitat natural desta borboleta, que foi reconhecido pela UNESCO como Patrimônio da Humanidade em 2008. ○,36 Entre os depredadores comuns dos bosques destacam-se os gatos linces, os Guaxinim, as fuinhas, os arminhos, e ursos como o pardo e o negro. Os cervos, veados, gamos e coelhos são herbívoros naturais dos bosques temperados. Ali também vivem uma grande quantidade de roedores, entre os que se destacam esquilos e ratões de campo, e varias espécies de musaranhos. ○,37Musaranhos Os musaranhos são pequenos mamíferos com aspecto de rato, focinho proeminente e cauda longa. O Musaranho anão (Suncus etruscus ) é uma das mais pequenas espécie, mede não mais de 5 cm de longitude. Cresce na Europa meridional. ○,38 AS SEQUOIAS SUPERAM OS 125 M DE ALTURA. ○,39 O LOBO UM DEPREDADOR HABITUAL. ○,40Bosques temperados de coníferas Os bosques de coníferas crescem em áreas um pouco mais frias e secas que as dos bosques caducifólios, que correspondem a latitudes mais altas. Distribuem-se no noroeste da America do Norte, ao noroeste de Europa e na região do Cáucaso e também , em Nova Zelândia. Apresentam arvores dominantes de grande altura, como por exemplo, as Sequóias na America do Norte. As folhas das espécies dominantes destes bosques têm forma de agulha. Elas lhes permitem resistir climas mais hostis, ○,41porque não retém a neve. Ademais possuem ceras em sua superfície e poucos estômatos para evitar a evaporação da água. As coníferas proporcionam alimento pouco variado. A grande maioria doa animais não é capaz de digerir as folhas de estas arvores, e por tanto, come suas sementes (pinhões) que hajam caído ao solo: os pássaros, as lebres, os esquilos e outros roedores, como a ratazana vermelha que habita os bosques europeus, alimentam-se de estas sementes. Os bosques de coníferas albergam herbívoros. ○,42Uma habilidade inata Os crossbills são pássaros de bico forte e curvo. Isto lhes permite abrir pinhas e extrair as sementes das quais se alimentam e por isso, são habitantes comuns dos bosques de coníferas. Pertencem ao gênero Loxia. O Quebra nozes (Nucyfraga caryocatactes) é uma espécie de corvo dos bosques europeus que também tem a capacidade de quebrar a dura casca dos pinhões. ○,43como os cervos, o veado, as lebres, os coelhos e as marmotas, e vários depredadores, entre os que se destacam os linces e as Fuinhas, tanto na America do Norte como no continente Europeu. Existem varias espécies de linces que habitam os bosques de coníferas: o lince boreal (Lynx lynx) e o ibérico (L. pardinus) vivem no continente europeu, e o lince canadense (L. canadensis) e o vermelho (L. rufus) vivem na America do Norte. Em geral, alimentam-se de pequenos animais, ainda que podem chegar a caçar renas e alces. LINCE CANADENSE ○,44 Bosque boreal o Taiga O bosque Boreal, também conhecido como taiga, é uma formação de coníferas que cresce entre os bosques temperados e a tundra. É possível encontrar-los na Sibéria, Canadá, e Alaska. Com precipitações que não superam os 500 mm e temperaturas de -30 °C no inverno, este bioma resulta bastante hostil para a vida animal. É por isso que no inverno a grande maioria doa animais migra para o sul procurando condições mais favoráveis. Os animais mais característicos são as renas ou caribu, o alce, o corzo, algumas espécies de cervos e veados, os ursos pardos, os lobos, os linces e as raposas, fuinhas, doninhas, os texugos, os lemingues, as lebres, esquilos e varias espécies de aves de rapina, entre as que se destacam os falcões. Os animais destes ambientes adversos estão adaptados ao frio e a neve, com pelagens densas e dedos largos. Em geral, são grandes, já que necessitam conservar a temperatura corporal. A rena e o glutão são exemplos disso, cada um em seu grupo taxonômico. ○,45 O URSO PANDA VIBE EM BOSQUES UMIDOS DA CHINA ○,46 Os menores Nos bosques o solo está repleto de insetos e aranhas, caracóis, lesmas, centopéias, bichos bolinhas e minhocas. Alguns destes animais escavam galerias, outros se internam entre os resíduos. Todos ajudam a decompor a matéria orgânica e servem de alimento a sapos, rãs e salamandras e, também, às aves. Entre os insetos destacam-se, formigas, escaravelhos, vespas e abelhas, mariposas e brocas. ○,47 O CRAIBU OU RENA ALIMENTA-SE DE ERVAS, MUSGO E LÍQUENS. ○,48 Glutões, típicos da taiga. Os glutões (Gulo gulo) são mamíferos relaciones com as lontras e as fuinhas, ainda que seu aspecto é mais semelhante a um urso pequeno. São ovívoros, excelentes trepadores e capazes de enfrentar-se a lobos e ursos. ○,49 Os majestosos alces O alce ( Alces alces) é um grande veado habitante dos bosques da America e da Eurásia, que pode medir até quase 2 metros de altura. Os machos possuem uma característica corneamente estendido e de forma aplanada. Não são migrantes, pelo contrario, preferem manter seu território. Podem alimentar-se de brotes ternos de coníferas. ○,50Bosques sub- antárticos Os bosques sub-antártico são os bosques mais austrais do mundo. Conhecidos também como bosques adino-patagônico, estendem-se em uma delgada franja do sul da cordilheira dos Andes na Argentina, desde as províncias de Neuquén até Terra do Fogo. Estão interrompidos por belo lagos e rios que transportam a água desde as montanhas andinas para o oceano. Dominam espécies arbóreas próprias da zona, os Nothofagus: carvalho pellin, raulí, lenga, coihue e cereja, relacionados com as Faias do hemisfério norte. ○,51 Um pequeno saltador O colocolo (dromiciops gliroides) é um canguru muito pequeno, relacionado com os coalas e como os grandes cangurus australianos. Endêmico destes bosques tem pelagem parda e peluda e olhos grandes. Mede uns 10 cm aos que se sumam outros 10 de sua cauda pênsil, que utiliza para mover-se entre a vegetação. ○,52 DESDE VILLA LA ANGOSTURA ACEDE-SE AO RIO CORRENTOSO, UM DOS LUGARES MAIS ATRATIVOS DA PATAGÔNIA ○,53 Estas fagáceas estão acompanhadas pelas araucárias em Neuquén, os lariços para o sul, os ciprestes, os maitanes, os notros, as murtas, os juncos coihue, as fúcsias, e uma variedade de flores nativas como o amancay. Apesar de ser um bosque de temperaturas frias, existe uma rica fauna que em muitos casos é endêmica da zona: ○,54 Huemul, pudú, gato huina, macaco da montanha entre outros mamíferos nativos. Eles convivem com predadores como o puma, a raposa vermelha, a raposa cinza, o furão. Aves com diferentes hábitos alimentares povoam estes ambientes naturais. Ao condor sumam-se a águia mora, os gansos e patos de 56 os torrentes, os pica-paus gigantes , os mergulhão, as curicaca, beija- flores rubi, os comecebos patagônicos , corujinha-caburé, rajadito ou tintica, Tordo-comum, tordos, caturras austrais, chucao, huetes-huetes, diucas, y diucones, entre outros. Os roedores são também habitantes comuns de estes bosques. Apesar d fria temperatura dos lagos é possível encontrar truta arco-íris, trutas marrões, percas, puyenes, e outros peixes menores de agua doce. 57 truta carco ires 58 pássaro pica-pau 59 O ALERCE E O PHUEN SÃO ESPECIES PREDOMINANTES NOS BOSQUES ANDINOPATAGONICOS. 55 BOSQUES. Exercito de gigantes Huemul: em grande das cordilheiras O Huemul (Hippocamelus bisulcus) é um cervo próprio das cordilheiras dos Andes que baixa às zonas de bosque no inverno. De pelagem parda avermelhada, tem uma altura superior a 1,60 m e os machos apresentam cornos com duas pontas. 60 AS SAVANAS. Lar dos grandes herbívoros. As savanas estendem-se nas regiões tropicais onde existem estações secas muito marcadas: o centro da África, a região norte da América do sul, Ásia centra e Austrália septentrional albergam as savanas mais extensas. Como o clima é tropical registram-se temperaturas elevadas, de até 35 °C, com chuvas variáveis e muito estacionais. São biomas nos que crescem pastos com arvores e arbustos isolados. Dominam as gramíneas, que são o esconderijo ideal para os animais caçadores e também para suas presas. Arvores e arbustos, geralmente não excedem os 10 metros de altura. Alguns, como as acácias, possuem folhas pequenas e espinhos; visíveis adaptações para evitar a perdida de agua e dessecação. O fogo é um veneno fundamental das savanas já que, por um lado, detém o crescimento das plantas perenes e, por outo lado, promove a germinação dos pastos. 61Distribuição das savanas no mundo 61 O ELEFANTE, TIPICO DAS SAVANAS 63 Adaptações animais As savanas é a terra indiscutida dos herbívoros, que hão se adaptado a ela devido ao grande desenvolvimento de plantas herbáceas. Ademais, o fato de que as arvores cresçam isoladas facilita o movimento daqueles de maior tamanho. Ainda entre os grandes herbívoros existem diferentes modos de alimentação, alguns pastoreiam e outros são herbívoros, é dizer que preferem os brotes e ramas macias de arvores e arbustos. Ainda que existam animais que se alimentam de pastos e árvores indiferentes. É também território ideal para as aves de rapinha, já que têm árvores onde aninhar e também espaços abertos para caçar comodamente. Os animais carniceiros hão conseguido seu lugar na savana alimentando-se principalmente dos restos que deixam os predadores. AS SAVANAS. Lugar dos grandes herbívoros 64 Um grande segredo A savana pode parecer um território homogêneo; sem embargo, não é. E isto constitui um dos grandes segredos: sua capacidade de albergar uma enorme quantidade de animais herbívoros que integram complexas redes tróficas, com predadores de distintos níveis, carniceiros e decompositores. A quantidade inumerável de espécies de pastos sumam-se arbustos e arvores que determinam vários 65 estratos e outros tantos níveis de alimentação. As variações estacionais e as diferentes alturas onde se forma a savana, desde as terras baixas até os vales alto, agregam ainda mais variáveis. Tudo isso multiplica a quantidade de ambientes e com ele, a possibilidade de cada espécie de achar um nicho diferencial e assim, diminuir a concorrência por sua supervivência. 66 A DIVERSIDADE DAS SAVANAS PERMITE A CONVIVENCIA ENTRE UMA GRANDE QUANTIDADE DE ESPECIES. 67 Maioria indiscutida Contrariamente à crença popular, os pequenos invertebrados vegetarianos são mais abundantes que os grandes herbívoros da savana. Entre eles encontram-se escaravelhos, salta montês, ácaros, vespas, abelhas, moscas, grilos e, especialmente, formigas e cupins. A quantidade de insetos tem caráter estacional e se vem particularmente afetado pelos insetos. 70 As chuvas marcam o ritmo Muitos herbívoros vão seguindo o crescimento vegetal que fica determinado pelas precipitações variáveis de uma região a outra. E, por tanto, alguns como as zebras e os núes, realizam extensas migrações. Junto com eles movem-se os animais carnívoros. A maioria das aves move-se também procurando condições mais favoráveis. Em geral, o fazem juntas em bandas 68 que podem incluir várias espécies. Ainda que certos animais da savana são territoriais, é dizer que não se movem à grandes distancias. É o caso da girafa, por exemplo. Alguns menores cavam covas para evitar o calo, a seca e também, para resguardar-se dos predadores. Outros se protegem das altas temperaturas debaixo das arvores ou, inclusive, banhando-se no barro. 69 OS INCENDIOS SÃO EVENTOS NATURAIS E FUNDAMENTAIS NAS SAVANAS. HIPOPOTAMO. 71 A grande savana africana A savana da África é a mais extensa e rica do mundo. Ali crescem os característicos baobabs e varias espécies de acácias, entre as que se movem uma quantidade de ungulados que integram o grupo dos grandes herbívoros: girafas, elefantes, zebras, hipopótamos, rinocerontes, antílopes, gnu azuis, búfalos do cabo, cervos, alces, topis, impalas, alcelafos, as gazelas de Grant e de Thomson, e outros. Os babuínos são também habitantes das savanas africanas, vivem em grupos onde dominamos indivíduos jovens por sobre os adultos. Os predadores estão representados pelo leão, o guepardo 72 a chita, o leopardo, a hiena, a manguçu, o mabeco, o gato selvagem, o serval, o chacal, a pequena raposa orelhuda, a gineta comum, os Ouriço-cacheiro, as musaranhos, os crocodiloscomo os do Nilo- e as serpentes. As aves de rapinha, como a águia de Verreaux, a águia de rapaz, o pássaro secretario, o peneireiro azul, o marabu, os buitres e os corvos encontram grande quantidade de alimentos na savana. Entre a grande variedade de aves que se alimentam de frutos, sementes, 74 - brotes e, incluso, insetos estão à avultada kori, a grulha gris coronada, e o avestruz, que é a ave maior do mundo. A cegonha branca migra pela região em busca de espelhos de água. 73 Surpreendentes migrações Os núes azuis (Connochaetes taurinus) são os migradores por excelência das savanas africanas. Quando cessam as chuvas em junho na região de Ngorongoro (Tanzânia). Ao redor de dois milhões de exemplares que habitam o lugar movem-se para o oeste à zona do Lago Victoria e logo, para o norte a procura de pastos para alimentar-se. Com a chegada das chuvas retornam para as terras de Ngorongoro. Em geral, movem-se junto com outros grupos de zebras e gazelas de Thomson. Cada uma de estas espécies se alimenta de uma porção diferente de pastos. As zebras da parte mais alta, os ñues da media e as gazelas da parte inferior e assim, evitam concorrência por alimento. Assim mesmo, as gazelas com sua aguda vista alertam aos demais quando descobrem possíveis predadores. 75 GIRAFAS. 76 PASSARO SECRETARIO. 77 As profundas savanas em América As savanas de América têm nomes autóctones. São relevantes vales de Venezuela e Colômbia, os cerrados em Brasil e o Gran Chaco que abarca regiões de Paraguai, Bolívia e Argentina. Os vales estão ubicados nas margens do rio Orinoco, desde o pé do monte andino ate sua desembocadura, a região tem estacoes bem marcadas de seca e chuvas que a convertem em uma grande região úmida e rica fonte de biodiversidade. Entre os mamíferos destacam-se a capivara, o jaguar, o cachicambo sabanero, o armadillo, os bugios, e o Boto. As aves estão representadas pelo Garzon soldado, a corocora vermelha, a garça branca, o alcavaran, o falcão peregrino, etc. Os caimanes- como o do Orinoco e a baba- as tartarugas como a arrau e a morrocoy movem-se nas áreas mais úmidas. A eles sumam-se uma grande 78 diversidade de peixes: o bagre listrado, o coporo, o peixe caribe, entre outros. Os Cerrados encontram-se na zona do planalto brasileiro, abarcando ao redor de 25% da superfície do Brasil. Existem grande variedade de ambientes com áreas onde predominam os pastais e outras onde cresce a densidade das árvores, entre a fauna se destacam o veado, o pecari de colar, o tapir, varias espécies de armadillos, o aguara Guaçu, o tamanduá, a boa, a cascavel, numerosas víboras e lagartixas, o rato comum, os guacamayos. Louros, tucanos, falcoes, caturras, chuña, e outros. O Gran Chaco é uma vasta região que se estende desde o planalto boliviano até os rios Paraná e Paraguai. É uma zona com escassa pendente e por isso os rios que surcam formam zonas inundadas. 79 Pequeno, mas essencial. Os insetos são abundantes nos cerrados. Entre eles destacam-se os cupins que, ademais de ser vorazes herbívoros, servem de alimento a uma grande quantidade de especialistas neste invertebrados. Como o tamanduá, os armadillos, certas lagartixas, etc. e , por tanto ocupam lugares essenciais nas redes tróficas desta região. Outros insetos relevantes são as formigas comuns, os salta montês e as abelhas, que jogam um papel importante na polinização. 80 criando banhados, mangais e pântanos que albergam uma rica fauna. Destacam-se varias espécies de aramdillos, o pecari do Chaco, e o de lábio branco, o cervos dos pampas, os bugios, os titis prateados. Tico-tico, jaguares, ocelotes, pumas, aguara Guaçu, etc. entre as aves sobressaem o muitu, a águia viúva, o aguilucho, a mertineta, varias espécies de louros e caturras. Os biguás, o chaja e vários tipos de garças. O jacaré e o carpincho vivem nas áreas de maior umidade. 83 PRADARIAS. Verdes infinitos As pradarias temperadas estão formadas quase exclusivamente por plantas herbáceas. Dominam as gramíneas com algumas plantas perenes e anuais não gramíneas. Abarcam regiões onde as chuvas anuais rondam entre os 250 e os 800 mm e, portanto, são insuficientes para o crescimento de arvores, que requerem condições de maior umidade. Ademais, suportam estações bem marcadas, com períodos de secas importantes, e inclusive, incêndios, que formam parte da dinâmica natural dos pastais, já que promovem o rebrote das espécies herbáceas. As mais extensas do mundo são as da América do norte. Na América do Sul as pradarias encontram-se na Argentina e Uruguai (“pampa”). Também existem pradarias no sul da África (os “velds”), o centro da Ásia e na Austrália. 84 DISTRIBUIÇÃO DAS PRADARIAS NO MUNDO 85 JAGUAR 86 Pradarias do passado Grande parte das pradarias há sido alterada pelas principais atividades que constituem a base da alimentação mundial: o cultivo de cereais e grãos e a produção de carne. Isto se deve a que são terras especialmente aptas para a agricultura e o gado, com solos férteis e climas propícios. Se em tempos tão remotos os pastais naturais ocupavam ao redor de 40% da superfície dos biomas terrestres, hoje somente abarcam uma porcentagem perto a 10%. 87 Adaptações animais Entre os animais das pradarias predominam os herbívoros e os escavadores de covas. Os herbívoros maiores geralmente vivem em manadas. Isto lhes serve para proteger-se e alertarse mutuamente da aparição de algum atacante. Um ambiente tão aberto como as pradarias deixa ao descoberto aqueles animais que não podem esconder-se e aumentam suas possibilidades de ser atacados pelos predadores. Entre os que vivem em covas estão os que cavam as próprias e outros que utilizam as já existentes. Muitos destes animais são roedores e convivem em grupos coloniais. Em resposta a essa forma de vida existem também animais caçadores que se foram adaptando através de sua historia evolutiva para escavar em busca dos refúgios subterrâneos de suas presas. Outros habitantes das pradarias são velozes corredores, habilidade que utilizam para caçar ou escapar de seus perseguidores. As aves de estas regiões geralmente nidificam no solo, muitas são crípticas. Alimentam-se de insetos. Os insetos e invertebrados são uma proporção importante na fauna das pradarias, e em função do clima, suas populações crescem durante o verão, ainda que apresentem outro pico no outono. Os nematódeos ou larvas redondos, acompanhados pelas minhocas, são invertebrados mais abundantes; habitam nos primeiros centímetros do solo. Também são importantes as lagostas e as formigas. 88 A camuflagem é uma das estratégias de adaptação dos animais para evitar ser caçados. Os animais crípticos tem a habilidade de camuflar-se para parecer-se a seu entorno e assim poder passar despercebidos. Muitas das aves da pradaria que apresentam esta peculiaridade, à manifestam através das cores de sua plumagem. 89 Extensas pradarias da América do Norte As pradarias da América do Norte cobriam grande parte do território entre as montanhas Rochosas e o oeste do continente. Na atualidade existem na região grandes áreas ganadeiras e de cultivo que hão modificado intensamente estes vastos pastais. Em qualquer caso a composição dos pastos e sua altura variam em função das chuvas que decrescem para o oeste. É assim que as pradarias de ervas altas lindam com o estepe e os bosques caducifólios ao leste: mais ao oeste cresce a pradaria mista típica dos grandes vales, para dar passo aos pastos baixos 90 chegando às Rochosas, onde a chuva é mais escassa. Os animais originários destas pradarias hão sido deslocados em grande medida pela ação do homem. Exemplo dele são os bisontes que atualmente encontram-se relegados às áreas naturais protegidas. Outros animais característicos destas pradarias são os veados ou cervos mulo, o musmon. O antílope americano, o coiote, os lobos, o tejon americano, a mofeta ralada, os coelhos, as tuzas, o turon de pés negros, e também, os ratos cangurus e os cachorrinhos das pradarias que incluem varias espécies. 91 CACHORRINHO DA PRADARIA 92 Uma cova para cada tuza As tuzas são roedores escavadores, emparentados com os castores e os ratos cangurus. Se alimentam de raízes e também de tubeculos que armazenam nas suas covas, onde vivem grande parte de sua existência. Cada exemplar cava seus próprios tuneis, ainda que machos e fêmea possam compartir câmaras durante a época reprodutiva. Em sua maioria são nativos da América do Norte. 93 ATUALMENTE, OS BISÕES VIVEM SOMENTE EM ÁREAS PROTEGIDAS. 94 veado 95 quero-quero, população comum do pampa 96 Roedor noturno A Viscacha ( Lagostomus maximus) é um roedor de tamanho grande, que pode chegar até os 65 cm de longitude. Habitante característico das pradarias pampianas. Alimenta-se de vegetais e sementes. Vive em colônias, dentro de intrincadas covas denominadas “vizcacheras”. É de hábitos noturnos. Ao entardecer o vizcachon o macho mais velho, sai em primeiro lugar da cova para explorar a superfície em busca de algum perigo. O resto se assoma unicamente depois que o vizcachon retorna. 97 Cisne americano O cisne coscoroba (Coscoroba coscoroba) é endêmico da América do Sul. Tem bico vermelho, patas rosadas e plumagem branca, ainda que os exemplares jovens tenham manchas pardas em suas plumas. Seu pescoço e seu corpo são menores que os dos cisnes comuns, próprios do hemisfério norte. Vivem em grupos ou casais. 98 A tradição pradaria pampeana A pampa ou pradaria pampiana de América do Sul abrange o centro leste da Argentina e uma parte do Uruguai. Durante o século XX foi intensamente modificada pelos cultivos e a pecuária. Há sido terra de veados, jaguaretê e guanacos que atualmente há desaparecido da região pela atividade humana. Abundam os roedores e animais de pequeno porte entre os que incluem-se lebres, mulitas, pichis, peludos, zorrinos, cuises, viscachas e a comadreja overa. Predadores como os zorros das pampas, gatos montes, furões e pumas ainda vivem na pampa, ainda em quantidades reduzidas. Os répteis nativos são realmente escassos, destacando-se o lagarto oveiro que ocupa as áreas mais úmidas, e varias espécies de cobras. Os anfíbios estão99 representados por variedades de sapos e renas. As aves são abundantes: martinetas e perdizes se escapam entre as ervas; enquanto que entre os pássaros destacam-se os jilgueros, pica-paus, zorzales, cardeais, horneros, bem-te-vis, tesourinhas, entre outros. A eles agregamse quero-queros, torcaza, corujas, vizcacheras, a águia mora, o falcão plomizo, os caranchos. Lagoas e outros ambientes de água pouco profundos são habitados por cisnes coscorobas e de pescoço preto, flamingos austrais, cegonhas americanas, espátulas rosadas, galleretas, garças moras, pollonas pintadas, chajas e algumas variedades de patos: o siri pampa, o pato gargantilha, o ánade real, o pato picazo, o pato cuchara, o bugio pequeno, e mais. 100 O CHAJA PERMANECE PERTO DOS ESPELHOS DE ÁGUA DOCE. 101 As pradarias altas da África Ao sul da África crescem pradarias que ocupam uma meseta de entre 1.200 e 1.800 metros sobre o nível do mar, encontrado no Sul da África e Suazilândia. A vegetação herbácea alterna com alguns arbustos e de vez em quando crescem acácias adaptadas aos climas mais secos, também conhecidos como “velds”. Como o resto dos pastais do mundo, os velds hão sofrido perturbações pela atividade humana, basicamente a agricultura e a pecuária. Ali os cultivos principais são milho e a batata. Não obstante é possível encontrar mamíferos de tamanho 102 medio entre os que se destacam os antílopes sabels, os oribeis, as zebras de Hartmann, as hienas, os leopardos, os proteles, as civetas africanas. A comadreja rayada e o tejon malivoro também habitam a zona. O rato de Orange e a mole de pelo dourado são os únicos roedores endêmicos, ao igual que a alondra de Botha entre as aves, que é abundante nos velds. A atrativa grulla azul ou do paraiso é habitante comum da zona e a ave nacional da Sul da África. Ademais, vivem ali a polluela 103 especulado, a avultada azul, a avutarda negra, varios alondras como a de Rudd, a bisbita de peito amarelo, o papa mosca listrado, e outros. Uns poucos répteis povoam este território devido ao clima frio, entre eles sobressaem o crocodilo do Nilo, a píton africano, o varano da savana e o do Nilo. O zanuro gigante e ágama da terra são endêmicos. 104 ANTILOPE SABLES 105 Um pequeno gigante Apesar de seu nome o zanuro gigante ( Cordylus gigantus) é um lagarto terrestre que pode chagar a medir até 37 cm de longitude. Tem poderosas escamas que são as mais 106 grandes em sua cabeça, dorso e cola, e menores na zona ventral. Vivem em covas e alimentam-se de insetos e outros animais pequenos. 107 HIENA 108 Povoações dizimadas Em tempos não muito antigos manadas de ñúes de cauda branca ( Connachaetes gnou) e também de rinocerontes brancos ( Ceratotherium simum) dominavam os pastais da África meridional. Sem embargo, a chegada dos colonos holandeses, as povoações destes grandes mamíferos foram devastadas. 109 AS ESTEPAS. Terras indômitas e longínquas No estepe predominam as ervas baixam com matas e alguns arbustos isolados. Produzem-se em climas continentais e áridos, é dizer que as precipitações anuais são escassas: as medias não superam os 250 mm. Há grandes variações nas temperaturas diárias e estacionais. O recurso mais limitante é a água e por ela a vegetação tem a ser xerófila, com raízes muito extendidas, presença de bulbos e tubérculos, folhas pequenas com poucos estomas e em muitoa casos transformadas em espinhos. O vento é um integrante usual deste tipo de ambiente. Os estepes mais estendidos do mundo encontram-se na Ásia, América do Norte, sul da América do Sul e África. 110 Distribuição das estepes do mundo 111 CARANCHO COMUM 112 Estepes versus pradarias Estepes e pradarias parecem ambientes equivalentes. Sem embargo, não são. A diferença fundamental é que as primeiras se encontram em climas mais secos e, por isso, a vegetação cobre parcialmente o solo, ao contrario do que sucedem nas pradarias. A utilização destas terras para a agricultura é limitada já que as precipitações são insuficientes para a maioria dos cultivos e ademais, o solo é pouco fértil. Sem embargo são aptas para a produção de cabras e ovelhas. 113 Adaptações animais A forma, quantidade e tempo de vegetação condiciona a existência dos animais. No estepe a diversidade da fauna é baixa na concordância com a escassa quantidade e variedade de plantas. Os animais do estepe hão se adaptados as grandes variações de temperatura, e incluso, muitos deles migram a regiões mais favoráveis na época fria. É habitat de alguns herbívoros, ainda que em geral são abundantes os roedores e aves. Muitos dos animais que vivem nas estepes protegem-se em covas. MOFETA LISTRADA 114 Um grande da Patagônia O guanaco (Lama guanicoe guanicoe) é o maior mamífero terrestre autóctone da Patagônia. Vivem em grupos que podem estar formados por um macho adulto e varias fêmeas com suas crias, o bem somente por machos jovens. Atualmente, mais de 95% dos guanacos de todo o mundo estão na Argentina. A caça furtiva e o avance das atividades produtivas em certas zonas, põem em perigo a existência natural da espécie. 115 Longínquas estepes asiáticas Os estepes da Ásia são muito rigorosos para a vida animal. Não obstante, são o lar do cavalo de Prezewalki, que antigamente era abundante na região central do continente e logo, chegou quase ao borde da extinção devido a cruza natural com o cavalo domestico, a caça e a competência por alimento com outras espécies herbívoras introduzidas na região. 116 ANTÍLOPE SAIGA 117 Estepes de América: ao norte e ao sul América do Norte presenta uma amplia zona de estepe no leste. Ali a fauna é similar a da pradaria do oeste, ainda que com menor variabilidade de espécies e quantidade de indivíduos. Isto se deve a menor cobertura vegetal respeito a pradaria. O coiote há se adaptado bem a este ambiente que comparte com o tejon americano e as mofetas. Os roedores são mais abundantes. Dos estepes da América do Sul, a patagônica é a mais extensa. Encontra-se ao sul da Argentina e compreende algumas espécies animais como as da vegetação estapearia que se encontram mais ao centro do país. Esta região semidesértica apresenta mesetas e cerros com uma vegetação rala e grande parte do solo desnudo. Com precipitações que não superam 118 COIOTES NA ESTEPE NORTE-AMERICANA 121 os 100 mm anuais em algumas áreas, a desertificação é u, grande problema que atravessa a área e se deve, em grande parte, a introdução da pecuária ovino e caprino pelos imigrantes europeus, em uma densidade maior a que o ambiente há sido capaz de suportar. Assim a desertificação ocasiona a diminuição da diversidade no solo vegetal, mas também a fauna do lugar. O puma, o guanaco, o choique, o zorro patagônico, a mara, o piche são os habitantes por excelência de esta estepe. A comadreja patagônica, os tuco-tucos, e os zorrinos patagônicos, sumam-se a algumas espécies de lagartixa e lagartos: entre elas a lagartixa mahallanica e o geco de Drawin. Ademais do choique o ñandu petiso se destacam as bandurrias de cauda negra e comum, o carancho comum, os jotes, o ñacurutu. Flamingos e patos zambullidores limitma-se às lagunas temporais dos períodos estivais. Para o leste vive a tartaruga patagônica o toyu. Entre os anfíbios destacam-se a rã neuquina e a rã manchada de Somuncura. Uma única espécie de víbora venenosa habita a região: a arara ñata. 119 O antílope saiga vive em manadas, e é capaz de recorrer grandes distancias em busca de alimento. Entre os roedores figuram o splalax menor, os hamsters, as marmotas bobac e os ratos de campo. As aves são em sua maioria migratórias. A mais caracterisica é a águia grulla damisela, muito peseguida pela águia real que é uma espécie de comportamento sumamente agressivo e tem preferencia por esta grulla. A águia esteparia também povoa a zona centrak da Ásia, a ela sumam-se algumas espécies de avutardas. Os insetos somente crescem na época de maior temperatura. 122 A TUNDRA. Branca por excelência A tundra caracteriza-se por seu clima hostil e sua vegetação de baixa altura representada por musgos, liquens, pequenos pastos e uma ausência total de árvores. No hemisfério norte situa- se perto do circulo polar: Alaska, norte do Canada, Groenlândia, norte da Europa e na Sibéria asiática. No hemisfério sul limita-se a umas poucas ilhas do Atlântico e uma porção da península Antártica. O clima polar explica os invernos longos e frios com fortes nevadas e os verões com ligeiras chuvas. Os ventos são intensos sempre e as precipitações ( de chuva e neve) não superam os 300 mm. Uma capa de solo permanece congelada durante todo o ano. É o permafrost, que impede a drenagem da água durante a época de chuvas e degelos, determinando áreas pantanosas e turberas. A vegetação cresce e se reproduz durante o curto verão e passa o inverno em forma latente, em forma de sementes, rizomas, ou outras. 123 Distribuição da tundra no mundo 124 CABRA NA TUNDRA ALPINA. 125 Adaptações animais O frio intenso e a exígua vegetação determinam que somente uns poucos animais podem permanecer na tundra durante todo o ano. A maioria dos animais possuem espessos pelagens e grandes quantidades de graxa armazenada no seu corpo, que os isolam do frio. Os insetos crescem no verão em pântanos e manguezais. Muitos são capazes de substituir parte da agua que integra seu corpo por o glicerol, uma substancia que solidifica a temperaturas menores que a água, e assim evitar sua congelação. Os insetos atraem uma grande variedade de aves. Embora as aves são os animais migradores por excelência destes ambientes, existem outros mamíferos que evadem a tundra no inverno. Algumas espécies trocam sua pelagem durante o ano: no inverno é branco e para o verão transforma-se em pardo. Uma grande resposta adaptativa valida não só para proteção das presas mas também como camuflagem dos caçadores. 126 Patas na neve A lebre americana (Lepus americana) é nativa do norte dos Estados Unidos e Canada. Suas grandes patas traseiras cobertas de pelos rígidos lhe permitem mover-se comodamente na neve. Não hiberna, ainda que nas épocas mais frias pode transladar-se para o sul da tundra. 127 URSA POLAR COM SEUS FILHOTES. 128 Animais da tundra: Ousadas criaturas A biodiversidade na tundra não é elevada. Sem embargo é possível encontrar uma surpreendente quantidade de herbívoros em função da limitada oferta vegetal. A rena ou caribu é o de maior tamanho mas também habitam a tundra: o boi almizclero, os lemmings, as lebres árticas e americanas, o coelhos e pequenos roedores. O lobo ártico, o glutão, a raposa ártica e os ursos polares são os temíveis predadores deste rigoroso ambiente. Os que habitam as zonas costeiras alimentam-se de peixes e demais fauna aquática 129 Provem das áreas geográficas como: Canada, Estados Unidos, México, Europa Central e mediterrânea, África, Índia, Havaí e até a Argentina figuram entre as origens de ansares( carreto grande, pique corto, emperador, naval, ETC.), zarapitos-como o real ou trinador-, colimbos, correlimos o preieros , cisnes, gaivotos, corvos, eider comum, o falaropo de bico grosso os patos cauda larga e arlequim, o ganço de canada, a barnacla carinegra e a cariblanca. A coruja nival e o falcom garfalte são as aves de rapinha mais características. 130Nas montanhas a tundra alpina A tundra alpina e um bioma que está determinado pelas condições climáticas de altura e encontra-se em cadeias montanhosas de todo o mundo. Se bem as condições de temperatura são parecidas às da tundra propriamente dita, diferenciase desta porque os solos são bem drenados, e por isso é possível encontrar 133 TETRAZ 131 arbustos e matas, ademais de pastos, musgos e línques, embora que nunca árvores. Os animais encontram-se adaptados a esta condição de altura: entre ele figuram diversas espécies de cabras e ovelhas, cervos antílopes e alces, marmotas, roedores, picas – pequenos mamíferos herbívoros da mesma família dos coelhos-, alguns tetraz e diferentes espécies de pássaros são também habitantes naturais da tundra alpina. 134 Espécies de Altura A camurça (Rupicapra rupicapra) é uma espécie de cabra alpina que, igual que a cabra montês (Capra pyrenaica) habita as altas montanhas europeias. Ambas as espécies estão adaptadas à vida de altura, possuem uma grande agilidade para mover-se em terrenos íngremes e rochosos e são ágeis para escavar na neve em procura de alimento. 135 OS DESERTOS. Gigantes e intermináveis Os desertos encontram-se em regiões onde as precipitações anuais não superam os 250 mm. E por tanto, o recurso mais limitante para a vida neles é água, que não só influencia nos seres vivos, mas também no escasso desenvolvimento do solo. A vegetação está representada por arbustos adaptados as condições de seca, com folhas pequenas recobertas com ceras, escamas e raízes bem desenvolvidas. Crescem também alguns pastos e ervas efêmera. As cores apagadas dos vegetais constituem uma estratégia mais na hora de sobreviver, já que refletem melhor o calor. Os cactos e outras suculentas são típicos da algumas regiões desérticas, já que tem a capacidade de reservar agua em seu interior. Seus tecidos internos podem dobrar-se para inchar-se na época de chuvas. Para proteger-se dos sedentos animais também hão desenvolvido espinhos. Os ventos são fortes e provocam a erosão do solo. As chuvas estão muito concentradas e as temperaturas podem chegar a níveis incompatíveis com a vida. 136 Distribuição dos desertos no mundo 137 CAMELOS BEBENDO ÁGUA. 138 Quentes e frios Não em todos os desertos as temperaturas são abrasadoras. Os desertos podem ser quentes ou frios. Os primeiros encontram-se em áreas tropicais e subtropicais. Caracterizam-se pelas temperaturas extremas que podem alcançar os 60 °C, uma alta evaporação e a falta de água. Nos desertos frios as temperaturas são realmente baixas, a água não está 139 disponível durante a maior parte do ano, já que encontra-se congelada e as oscilações térmicas entre o dia e anoite são ainda maiores que os ecossistema desérticos de temperaturas altas. Os desertos se encontram em quase todos os continentes, ainda que sobressaem o Saara, o de Gobi, o Arábigo, os de Austrália, e os de México e Estados Unidos e o de Atacama (Chile e Peru). 140 Oasis, preciosos refúgios Os oásis são áreas mais ou menos extensas que se desenvolvem nos desertos como consequência da existência de uma fonte de água, que geralmente é um rio ou um aquífero subterrâneo. Ali cresce abundante vegetação que pode incluir árvores e palmeiras, e a biodiversidade aumenta substancialmente. Em alguns se desenvolvem assentamentos populacional cujos habitantes dedicam parte da terra a cultivos de subsistência. 141 Adaptações animais Resistir a escassez de agua é uma das habilidades mais surpreendentes das espécies de ambientes áridos, se consideramos que o constituinte principal dos seres vivos é a água. Os animais do deserto apresentam numerosas adaptações que não só tem que ver com sua anatomia e sua fisiologia, mas também com seus hábitos e estratégias de supervivência. Muitos evitam a seca enterrando-se no solo ou simplesmente, migrando. Nas zonas quentes tem apêndices longos, como caudas e orelhas, que lhes permitem perder o calor com maior facilidade. Outros têm cores claras de pele ou pelagem para refletir o calor. Não são poucos os animais do deserto que podem passar vario dias sem beber líquidos. Aproveitam ao máximo a agua contida nos vegetais e/ou nas presas das quais se alimentam. Alguns obtêm água a partir da respiração ou bem, como sucede com camelos e dromedários, podem transformar a gordura armazenada no seu corpo em água. As fezes de todos os animais são extremamente secas. Certas espécies aumentam sua temperatura corporal para irradiar calor em vez de absorvê-lo e assim reduzir a necessidade de transpirar. Outros, como muitos dos anfíbios do deserto, tem a capacidade de permanecer longo tempo em letargo, inclusive anos, até que as condições de umidade sejam as adequadas para viver e reproduzir-se. E a grande maioria possui hábitos noturnos para evadir as extremas temperaturas diurnas. A imitação, ou seja, a aptidão que possuem alguns animais de parecer-se ao seu entorno para passar despercebidos, é um fenômeno bastante usual, já que existem poucos esconderijos. Ainda que muitos cavem suas covas para refugiar-se das temperaturas estremas e dos depredadores. Repteis, roedores e insetos são os mais abundantes entre os animais do deserto. 142 O órix e a temperatura O órix- beisa (Oryx beisa) é um antílope africano que está adaptado às condições de seca. Uma serie de comportamentos metabólicos o permitem aumentar sua temperatura corporal até os 46, 5 °C. Somente quando supera esta temperatura começa a transpirar. 143 Um habitante exemplar O feneco ou raposa do deserto (Fennecus zerda) é uma pequena raposa que habita o Saara. Está altamente especializada as severas condições de aridez já que vive quase exclusivamente nas regiões de areia. Possui pelagem cor claro que reflete o calor, enquanto que suas orelhas e sua cauda estão muito desenvolvidas para dissipa-lo. Cava covas e tem hábitos noturnos. Sua alimentação é general e oportunista: roedores e outros pequenos mamíferos, insetos, aranhas, ovos, frutos, folhas, sementes. Rara vez toma água já que a extrai de seus alimentos. 144 DROMEDARIO. 145 O grande Saara Com mais de 9 milhões de quilômetros quadrados de superfície, o Saara é o deserto quente mais extenso do mundo. Estende-se por 11 países do norte africano, limitados com o mar Mediterrâneo, o oceano Atlântico, o mar Vermelho e as pradarias e savanas da África central. A fauna do Saara é mais rica do que se supõe ao considerar a escassa flora. Ocupa as diferentes eco- regiões de este grande deserto, que não só é uma sucessão de dunas. Está representado pelo dromedário, o adax, o órix, as gazelas (cabrita montes, dama e de chifres finos), o asno selvagem, o muflão, os ratos de canguru, os ratos do campo, o esquilo de barberia, os gundis, o ouriço do deserto. O guepardo do Saara – uma subespécie de chita-, o caracal, o chacal dourado, a hiena listrada, o gato selvagem africano e o gato das areias figuram entre os carnívoros de maior tamanho. A doninha listrada do Saara e o ratel são pequenos depredadores. Os repteis, entre os mais abundantes figuram o lagarto de cauda espinhosa, o ágama comum ou o lagarto de fogo, a ágama de Bibrón, a lagartixa dedos de ventilador, a lagartixa rugosa, o lagarto peixe de areia, a víbora cornuda do deserto, a víbora do Saara, a víbora roncadora, a cobra do Egito, o varano 146 do deserto. Algumas das aves que povoam algumas áreas do deserto logo das chuvas o fazem como escala em sua trilha migratória. Entre as aves é possível nomear o Cortiçol- coroado, a perdiz moura, papa- amoras, o mosquiteiro cantor, o Chasco-preto o mula- mula, o falador bicolor, o corvo de pescoço marrom, o falcão borní, o Milhafre-preto, o Noitibó da Europa e varias espécies de cotovias entre as que incluem as do deserto, as de Gray e a de cauda barrada. Os insetos são realmente abundantes, incluem libélulas, cupins, numerosos escaravelhos, borboletas, esfinges e traças, grilos, lagostas do deserto, louva-a-deus, besouros, formigas leão, larvas de fio, moscas, varias espécies de 147 vespas que incluem as cavadoras; e vários aracnídeos, ao igual que as aranhas camelos que não são realmente aranhas e diferenciam-se delas porque tem seu corpo segmentado e um para de longos apêndices na cara. 149 LIBÉLULA 150 Repteis a ordem do dia Lagartos e lagartixas destacam-se entre a fauna do Saara. O lagarto-peixe da areia (Scincus albifasciatus laterimaculatus) é, em realidade, uma pequena lagartixa de não mais de 10 cm de longitude. Recebe este nome porque move-se com movimentos semelhante aos de um peixe ao nadar. Serpente “encantadora” A cobra do Egito (Naja haje) é um habitante natural do Atlas saariano e outras áreas meridionais do Saara. Utilizada no antigo Egito como símbolo do faraó, atualmente é criada pelos encantadores de serpentes marroquinos para demostrar suas habilidades com elas. 152 Atacama: o deserto mais árido de todos os desertos O deserto do Atacama está localizado entre Chile e Peru e limitado pelo oceano Pacifico e as cordilheira andina, as condições do Atacama são realmente áridas, com temperaturas que podem chegar aos 45 °C no dia e tornar-se baixo zero durante a noite. As precipitações podem estar ausentes durante anos. Os animais, adaptados as duras condições do lugar, estão representados por vicunhas, guanacos, raposa da patagônia, raposas v ermelhas ou raposa andina, bizcacha, cobaia serrana, chinchilas, ratos guarem, o tuco- tuco, cobras de cola longa, iguanas chilena, lagartos corredores e lagartixas de Atacama. Entre as aves: pequenez, corujinhas escavadoras, águias, condores, falcoes, falcoes de cabeça colorada, gavião-dorso-vermelho, Codorna-comum, Sabiá-do-campo e peneireiro-comum. As quatro espécies de camelídeos sudamericanos são habitantes comuns do Atacama. Enquanto que as vicunhas e os guanacos vivem em estado silvestres, lhamas e alpacas hão sido domesticadas vários séculos atrás e proveem aos nativos a lã e carne. O wari é um animal que nasce da consequência do cruzamento de lhamas e alpacas. É fértil, ainda que sua descendência volta a ter característica de uma ou outra espécie. 154 Sapo raro O sapo cururu (Rhinella spinulosa) é um dos raros batráquios que podem viver na estrema aridez do Atacama. Alimenta-se de insetos, tem hábitos noturnos e se reproduz rapidamente ao termino da temporada de chuvas. 155. Animal estremo O camelo (Camelus bactrianus) é um animal adaptado as condições estremas de calor e de frio que ocorrem no deserto de Gobi onde habita. Seus largos cascos permite-o mover-se não só na areia, mas também na neve. Ademais, durante o inverno sua pelagem torna-se mais grosso para suportar o frio. Sua capacidade de fechar orifícios do nariz e sua dupla fileira de cílios lhe permite proteger-se dos fortes ventos. 156. Um deserto gelado O deserto de Gobi está localizado no sul de Mongólia e ao norte da China. É o maior deserto frio do mundo, com longos e rudes invernos. Ademais do camelo comum, também conhecido como camelo selvagem ou bactriano, são característicos de Gobi: o asno selvagem, o íbex asiático, a gazela de cauda negra ou persa, o leopardo das neves, o urso pardo, o lobo euroasiático, a raposa corsac, a águia dourada, o gato montes de pés negros, e alguns roedores entre os que se destacam o rato de Mongólia e o gerbo de orelhas longas que, com menos de 9 cm de longitude, é considerado o menor roedor do mundo. 157 DESERTO DE GOBI 158 OCENAOS E MARES. Azuis imensos Os oceanos ocupam as duas terças partes da superfície terrestre. Isto supõe que a maior parte do espaço vital que existe sobre a Terra está neles. Oferecem habitats diversos desde a superfície da água até as profundidades mais ocultas. A vida no oceano se expressa tanto em tamanho do menor vírus como no maior animal do planeta, a baleia azul. Se bem, assombrosamente, a maior parte da vida no oceano existe como organismos microscópicos. 159 Costas e aguas costeiras A mareias e as ondas determinam comunidades cambiantes, amplamente adaptadas aos movimentos das águas. Mais adentro, crescem umas verdadeiras pradarias de plantas aquáticas que são albergues para uma variadíssima fauna. Sobre as costas propriamente ditas, nos penhascos e rochas, a fauna está 160 estratificado verticalmente. Dominam o plâncton, as algas, os moluscos, os crustáceos, os equinodermos e os menores peixes. Nas praias, o movimento constante da areia impede o estabelecimento de plantas e o crescimento de algas. As aves, os moluscos e os crustáceos são abundantes nas costas arenosas. 161 Ninhos na praia Existem muitos animais que fazem ninhos na areia. Com suas patas traseiras, a tartaruga marinha faz um buraco onde põe seus ovos (1). As navalhas têm uma longa concha oval e um poderoso pé na parte inferior (2). O mexilhão tem uma concha oval e se alimenta pelos tubos que estende até a superfície (3). As acídias ou batatas do mar fazem seus ninhos nos ouriços marinhos (4). O rato marinho é em realidade uma verme coberta de finos pelos (5). A minhoca ingere areia para alimentar-se, deixando um buraco, deixando um bocado que dá. 162 Fauna Litoral A regiões costeiras alojam a uma grandes quantidade de aves, muitas delas possuem bicos longos que lhes permitem escarvar na areia e o barro para capturar suas pequenas presas. As aves destes ecossistemas possuem hábitos migratórios em uma grande proporção. Podem recorrer vários milhares de quilômetros em seus voos procurando condições mais apropriadas para alimentar- se e reproduzir-se. Ostreiros, gaivotas, gaivotinhas, corvos marinhos, andorinha do mar, alfaiate, albatroz, petrel, mandriões, pelicanos, praieiros, e pinguins são alguns dos exemplos destas aves que frequentam o litoral. Entre os peixes, dominam os tipos ósseos. Os linguados, peixes- reis, corvinas, peixes- Angel, lampreia, bacalhau, brotolas, sargo, lisas, congro, merluzas, rapes, pregado, rapes, são algumas da espécies de 163 GAVIOTAS PESCANDO AMEIJOA. 164 exploração comercial. Os cavalinhos do mar são usuais nas águas superficialmente mais quentes. Os peixes pequenos, de diversas cores e forma também povoam as aguas costeiras e são abundantes nas regiões tropicais e temperadas. 165 Dugongos Os Dugongos são animais gregários, perecidos com as focas, com duas aletas como extremidades superiores. A fragilidade de suas costelas lhes impede passar muito tempo em terra já que lhes resulta muito difícil respirar se não estão na água. 166 Mamíferos costeiros Por sua parte os mamíferos pinnipedos abundam nas franjas costeiras. Este grupo abrangem focas, morsas, ursos e leões marinhos. São excelentes nadadores. Passam parte de sua vida na água e o resto no litoral, onde nascem seus filhotes. Muitos vivem em águas polares. Existem outros mamíferos que são habitantes naturais das áreas costeiras, entre os que se incluem mustelídeos, como a nutria do mar, e as sirénios (manatí e Dugongos) ingressam aso estuários e aos rios. 167 O maior O elefante marinho do sul (Mirounga leonina) é o maior pinnípedo na historia da Terra. De cos cinza escuro pode chegar a medir 5 metros de longitude e pesar uns 4.000 quilogramas. A espécie apresenta um grande dimorfismo entre machos e fêmeas. 168. Manguezais Os manguezais são ecossistemas costeiros de regiões tropicais. Estão formados por árvores de mangue, que só vivem na água salgada. As raízes de estes árvores servem de casa a muitos peixes pequenos, o crocodilo de água salgada e a serpente marinha. A cabrita do mar é um peixe que pode caminhar sobre suas aletas inferiores e subir pelas raízes do mangue. Alimentase de pequenos animais que se encontram no lodo durante a maré baixa. 169 Aves Marinhas As aves marinhas vivem em todos os oceanos do mundo. Elas estão desde as aguas congeladas da Antártida até as tropicais. Algumas, como o albatroz, passam a maior parte de suas vidas no mar. Elas retornam a terra somente uma vez por ano, quando se alimentam mais facilmente e trocam as plumas velhas por novas. Estas aves alimentam-se de peixes, calamares ou plâncton e pode viajar por milhares de quilômetros para encontra-los. Para manter sua temperatura nas frias aguas do mar, a maioria tem uma grande quantidade de gordura sobre a pele. Ainda que as aves marinhas tenham poucos inimigos naturais, muitos morrem acidentalmente devido a ação do homem. Elas podem ficar presas nas redes de pesca e morrer pela contaminação das águas. 170 O pelicano marrom Os pelicanos marrões vivem nas áreas costeiras dos Estados Unidos. Eles têm uma grande bolsa debaixo de seu bico com a qual caçam enormes quantidades de pequenos peixes. O pelicano vai à busca d peixes que nadam pela superfície da água. Quando detectam um cardume, a ave mergulha, tomando os peixes por surpresa. O pelicano nada dando voltas, juntando os peixes em sua bolsa e regressando logo a superfície pra tragalos. 171 A alimentação Há muitas maneiras de recorrer alimentos no mar. Existem aves que realizam voos rasantes sobre a superfície durante a noite, utilizando a ponta do bico para pescar pequenos peixes e camarões. O petrel sobrevoa a superfície, caçando 172 peixes individualmente, A torda- mergulheira, da família do papagaio-do-mar, mergulha no mar para capturar peixes utilizando suas poderosas asas e suas patas com membranas. O albatroz planeia sem esforços, parando ocasionalmente para pescar peixes ou calamares. 173 ALBATROZ PLANEANDO 174 Ninhos para todos O ninho do papagaio-do-mar Os papagaios-do-mar vivem em barulhentos grupos ou em ilhas isoladas, longe dos predadores terrestres, como os mucuras e os ratos. Fazem seus ninhos dentro de tuneis nas rocas ou em guaridas abandonadas por coelhos. Os papagaios-do-mar podem cavar suas próprias cavernas, utilizando suas afiadas mandíbulas. 175 O ninho da gaivota As gaivotas fazem seus ninhos em forma de copa nos borde dos penhascos, utilizando seus excrementos como uma espécie de cola. 176 o ninho do arao comum O arao faz seu ninho sobre as rochas dos penhascos. Poe ovos pontiagudos, que não rodam facilmente para evitar que caiam. 177 Estratégia diferentes 178 o pelicano marrom voa vários metro sobre a superfície da água em busca de peixes. 179 quando detecta um cardume na superfície, submerge-se no mar com as asas abertas. 180 uma vez na água o pelicano pesca todos os peixes que pode conseguir. 181 Os albatrozes pescam peixes que flutuam na superfície. 182 O alcatraz patiazul submerge-se em um ângulo superficial. Estas aves fazem voos rasantes sobre o mar, desde o crepúsculo até o amanhecer, procurando alimento na superfície. 183 O petrel, voa em cima da superfície da água. 184 Os pinguins pescam peixes nadando em velocidade debaixo da água. 185 A torda- mergulheira usa suas pequenas asas para nadar debaixo da água. 186 O cormorão submerge-se de forma empinada e utiliza suas patas atravessar a água. 187 Peixes, calamares e plânctons são os principais alimentos das aves marinhas. 188 Os peixes vão primeiro à bolsa, logo passam pela garganta da ave. Depois, seguem o recorrido até o estomago. 189 Águas que baixam: rios e arroios Os rios e arroios constituem os sistemas lóticos, ou correntes de água com certa continuidade, que geralmente nascem em áreas montanhosas ou com desníveis, e conflui em mares ou oceanos, lagos ou bem, em outros rios. As formas típicas de desembocaduras são os estuáriosum só braço largo- e os deltas, que são tipos de desembocaduras triangulares onde o curso de água origina vários braços pequenos com ilhas a partir dos sedimentos que acarreia o mesmo rio. As rias são vales que se internam no mar pelo aumento do nível deste e também constituem um sistema de desembocadura, ainda que menos frequente que os dois anteriores. Em alguns ambientes áridos, o caudal de um rio pode desaparecer por infiltração ou por evaporação. 190 se bem os arroios tem menor caudal, e incluso, muitos podem desvanecer-se em alguma época do ano, o comportamento da biodiversidade associada tanto a rios como a arroios é essencialmente semelhante. Os animais que vivem dentro de rios e arroios estão adaptados as correntes de águas e aos desníveis que podem suceder, em especial na região superior de seus recorridos. Devem manter sua posição dentro de estas correntes de água. Alguns são aplanados, outros apresentam formas hidrodinâmicas ou hão desenvolvido ventosas e ganchos que lhes permitem aferrar-se a rochas e plantas subaquáticas. Em algumas seções dos cursos da água é possível encontrar outro tipo de animal, como os insetos aquáticos, e certos peixes de aguas tranquilas. Os peixes do leito dos rios alimentam-se de outros peixes 191 SISTEMAS DE ÁGUA DOCE. Pequenos e vitais Os sistemas de agua doce ocupam o 1% da superfície da Terra. Sem embargo, proveem de uma vasta variedade de recurso e serviços. Certas atividades como são a agricultura, a pesca e o turismo dependem deles em grande parte. E também são utilizados pelos centros povoados para o abastecimento de água e de energia, através das centrais de hidroelétricas. Em estes ecossistemas é possível distinguir entre as águas correntes dos rios e os arroios, e as águas calmas de lagos e lagunas. Invariavelmente, os ecossistemas aquáticos dependem dos ambientes terrestres que os rodeiam, os que também se veem seriamente afetados pela contaminação ambiental e a má gestão da água, especialmente critica nas correntes e corpos de água doce continental. Precisamente destes depende em muito a vida em nosso planeta. 192 Em números Nos sistemas de água doce, os que ocupam uma escassa porção de Terra (1% da superfície), vivem o 10% da biodiversidade animal, abrangendo pardos aproximadamente, um 35% dos animais vertebrados conhecidos até o momento. 193 e às vezes de plantas, enquanto que os insetos que habitam ali servem de alimento a aves, que são presas de outros animais predadores. Anfíbios e repteis são moradores habituais dos sistemas de rios e arroios, especialmente nos climas tropicais e subtropicais nos que abundam crocodilos, caimánes, salamandras, rãs, etc. ao igual que nos habitats terrestres, a biodiversidade aumenta nestes climas quentes e baixa com a diminuição da temperatura e a rigorosidade do clima. 194 Do principio ao fim Em geral, as nascentes dos rios e arroios levam águas claras, com temperaturas mais frias e muito oxigenadas, com escassas vegetações aquáticas, que se fazem propicias para certos tipos de peixes heterótrofos, como salmões e trutas. É frequente que nas seções medias os rios alargam-se e suas aguas se letifiquem, favorecendo o crescimento de plantas aquáticas e algas que albergam e servem de alimento a peixes pequenos e insetos. A temperatura aumenta em certa medida. Para a desembocadura vão depositando os sedimentos acarreados. Isto implica um escurecimento das águas, junto com uma diminuição na velocidade de circulação e no teor de oxigênio. Ali vivem peixes e outras criaturas aquáticas, como moluscos e crustáceos, adaptados a estas 196 condições, como bagres, carpas e Solhas. Piranhas, pacus, enguias- elétricas, peixes-gato, surubis, dourados, patis, salmonetes e mamíferos como o golfinho do Amazonas, o boto e o coipo são característicos da América do Sul. O grande peixe- gato-azul, o peixe-espátula, lepisósteos vivem nas águas doces da América do Norte, junto com nutrias e castores. Carpas e carpinas, bremas, gobios, siluros, esturjão, Ablete, barbos, e rutilos crescem no continente euroasiático. São endêmicos do rio Yangtzé: o golfinho branco, a marsuino, o jacaré chinês. Em África, nas margens dos rios Níger e Congo vivem varias espécies de peixes elétricos como os peixes- elefantes, peixes- faca, peixes- gatos- africanos, e um grande 197 “monstro: o peixe- tigre- Golias, que pode medir até 2 metros de longitude, pesa uns 70 quilos e rompe com suas poderosas mandíbulas os implementos de aço dos pescadores. 198 O grande dourado O grande dourado ( Salminus brasileinsis) é um grande peixe carnívoro que vive nas bacias do rio da la Plata e de Sali. Ainda sua captura encontra-se vedada, segue sendo objeto da pesca esportiva. Podendo-se encontrar exemplares de até 30 quilogramas. 195 O SALMÃO DESLOCA-SE CORRENTE ACIMA PARA REPRODUZIR-SE. Estuários férteis Nos estuários existe uma grande biodiversidade, que há devido a condições sumamente te especial que incluem variações na salinidade da água e as flutuações das marés. São zonas férteis e muito ricas em alimento. 200 Viajem de um rio 201 Em quase todos os níveis do terreno o rio forma meandros (seu curso se move de um lado ao outro) 202 A terra é quase toda plana aqui, chama-se corrente plana. 203 O rio conflui com o mar. 204 O rio começa como uma corrente rápida e pouco profunda. 205 Na zona de correnteza há rápidos e pequenos saltos de água; pedras pequenas cobrem o leito do rio. 206 Na zona calma o sedimento (lama) começa a formar-se 207 A correnteza do rio é profunda e lenta na zona profunda, entre a zona calma e o estuário. 208 O estuário forma-se correnteza abaixo ( o rio inicia-se correnteza acima). 209 Depredadores vorazes Os peixes “cabeça de cobra” incluem varias espécies de água doce oriundas da Ásia. São omnívoros e grandes depredadores e, ao mesmo tempo, possuem alta capacidade reprodutiva, já que a fêmea põe uns 15.00 ovos por vez. É por isso que são espécies invasoras muito temidas, ainda que, foram difundidas por varias regiões do mundo por ser considerado uma delicia entre os asiáticos, com consequência catastrófica para a fauna local. 210 Lagosta do rio A lagosta de pinças vermelhas ( Charex quadricarinatuus) é um crustáceo originário dos fundos arenosos dos rios da Austrália e Nova Guine. Durante a estação seca esconde-se dentro do limo dos canais secos, e logo, reaparece quando chegam às chuvas. Na atualidade, seu cultivo comercial há se difundido em varias regiões do mundo por sua apreciada carne. 213 Uma foca de água doce A foca-de-Baikal (Phoca sibirica) é a única espécie de água doce entre as focas, e também, a mais longeva. , já que pode viver mais de 50 anos. Podem submergir-se uns 100 metros em busca de alimentos. É endêmico do grande lago Baikal, situado na Sibéria, que com 1.637 metros de profundidade constitui-se o lago mais profundo do mundo. Estima-se que o Baikal é o habitat de mais de 1.500 espécies de animais. 214