agnelo editora revist a graphprint ano xvii - nº 146

Transcrição

agnelo editora revist a graphprint ano xvii - nº 146
Tecnologia de Chapa Livre de Produtos Químicos
A Agfa, líder mundial em chapas sem processamento
químico, comemora 500 instalações da
chapa :Azura no Brasil, em apenas 3 anos.
Gráfica TMX. A 500ª :Azura instalada no Brasil:
“É uma imensa satisfação, para nós da TMX, sermos o cliente de número 500 no Brasil a utilizar a chapa :Azura.
Já conhecíamos o produto pela sua enorme aceitação e importância no mercado gráfico e o desempenho dela
nos impressionou positivamente pela simplicidade operacional, estabilidade e qualidade de impressão, além
do atendimento técnico e comercial local da Agfa, fundamentais em nosso mercado.”
Paulo Figueiredo Junior - Sócio-proprietário da TMX, conceituada gráfica em São Gonçalo/RJ.
É o compromisso da Agfa em construir um futuro melhor para as próximas gerações!
Agfa Graphics
[email protected]
Tel.: 11 5188.6400
www.agfa.com.br
ISO 14001 • ISO 9001 • OHSAS 18001
EDITORIAL
Feliz 2014
Em certos momentos, pegamo-nos pensando em como será o futuro e o presente da
indústria gráfica. Há pensamentos, diga-se a verdade, que teimam em levar a mente
para caminhos obscuros, sem saídas de emergência. Instantaneamente, pessoalmente, faço questão de elevar o lado negro da mente para os verdes campos da consciência positiva.
Num rápido balanço, enxergo horizontes pragmáticos e saudáveis para o mercado de
impressão. Foi assim, empolgante e baseada em estatísticas reais que a ExpoPrint
conduziu os sete dias de feira. A atmosfera no Transamérica Expo Center deu a leitura
de ótimas atitudes circulando na mente da indústria gráfica.
Já no terceiro dia do evento, visitei quatro empresas - que por questões evidentes
prefiro não citar nomes -, que quitaram o investimento para participar do evento. Sim,
ainda no terceiro dia, conseguiram alinhar algumas questões que ficaram pendentes
com clientes que já tinham sinergia com seus produtos.
Volto, sem querer ser redundante, a apostar no verdadeiro sorriso aberto de um mercado que sofre, é verdade, em alguns pontos. Um sorriso predominante em todos os
expositores. Não se trata, deixemos claro, de um sorriso de deboche, muito menos de
um sorriso para desmascarar certas aflições. Escrevo aqui de sorrisos verdadeiros que
não escondem as caras feias que terão de derrubar e que, ao mesmo tempo, vislumbram o poder de fogo que a impressão tem pela frente.
Ou vai me dizer que os 48.866 visitantes (sendo 4.082 estrangeiros) que passaram pelos 40 mil metros quadrados de feira, conhecendo as novidades de mais de 300 expositores, que expuseram mais de 750 marcas, estão reticentes quanto ao desenrolar da
indústria de impressão? Multiplicando o total por dois, pensando numa simples família
de duas pessoas, chegamos ao total de 97.732 pessoas sendo orientadas, conduzidas
e sustentadas pela impressão nos mais diversos substratos.
De acordo com a APS Feiras & Eventos, organizadora da feira, os negócios gerados
ultrapassaram os US$ 400 milhões. E quanto mais está engatilhado para acontecer até
o final do ano? Muitos, tenha a certeza.
Os preparativos para 2018 já começaram. Daqui a quatro anos, o evento será promovido em cinco dias, de terça a sábado, no Expo Center Norte, em São Paulo. O mês ainda
não foi definido, mas a tendência é que seja ainda no primeiro semestre. Não posso
perder a oportunidade de lembrá-lo que a única coisa que pode mudar nosso sorriso
daqui a quatro anos é encontrar novamente com a Alemanha na Copa do Mundo da
Rússia. Melhor não mexer com isso!
Enquanto isso no mundo editorial, as editoras brasileiras venderam ao mercado 279,66
milhões de livros, em 2013, representando um aumento de 4,13% em relação aos
268,56 milhões de exemplares de 2012. Já as vendas de exemplares ao governo tiveram crescimento de 20,41%. Em 2013, foram 200,30 milhões de exemplares ante
166,35 milhões em 2012. Os dados são relativos à Pesquisa Produção e Vendas do Setor Editorial Brasileiro, da Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas da Universidade
de São Paulo (FIPE/USP), sob encomenda da Câmara Brasileira do Livro (CBL) e do Sindicato dos Editores de Livros (SNEL). O levantamento abrange os segmentos básicos
do setor do livro: o mercado (editoras, livrarias e outros pontos de venda) e o governo
(que compra das editoras por meio de programas,
como o Plano Nacional do Livro Didático - PNLD).
Quanto ao faturamento, o crescimento nominal do
setor editorial brasileiro, considerando mercado
e governo, em 2013, foi de 7,52%, com R$ 5,35
bilhões. Esse percentual significa um crescimento
real de 1,52%, considerada a variação de 5,91%
do IPCA em 2013. Entretanto, desconsideradas as
compras feitas pelo governo, o crescimento nominal foi de 5,90%. Ou seja, considerada a variação
do IPCA de 5,91%, as vendas ao mercado não sofreram alterações positivas ou negativas, dado que
o crescimento real foi de 0%. Outra constatação da
pesquisa é a de que o preço médio constante do
livro ao mercado apresentou queda de 4,%, considerada a variação do IPCA de 5,91%. Porém, o
preço médio corrente do livro cresceu 1,70% em
2013, em relação ao ano anterior. O subsetor que
apresentou maior elevação dos preços foi o de Religiosos (14,60%), seguido do Científicos, Técnicos e
Profissionais – CTP (8,74%) e Didáticos (4,70%). O
subsetor Obras Gerais apresentou queda de 2,94%.
Saudações Graphprintenses!
Fábio Sabbag
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Ano 17 • N.° 146 - Agosto 2014
Sumário
CAPA - Fábio Sabbag e Geraldo de Oliveira
Diretor Presidente
Agnelo de Barros Neto ([email protected])
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Diretora Financeira
Samantha de Barros ([email protected])
Publicidade
Érica Brandão ([email protected])
ENTREVISTA
Editor chefe
Marcos Mila (MTb 26.418) ([email protected])
Presidente fala sobre
o ótimo momento da
Ibema
Editor
Fabio Sabbag (MTb 66.400) ([email protected])
Edição de Arte e Diagramação
Geraldo de Oliveira ([email protected])
Revisão
Marcello Bottini
Editor de Fotografias
Yuri Zoubaref ([email protected])
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Gerente de TI
Carlos Eduardo Manrubio Cabral
([email protected])
PANORAMA
Mailing e Assinaturas
Fernando Clarindo ([email protected]
Impressão e Acabamento
Gráfica Elyon
Análise do setor de
impressão
GRAPHPRINT é uma publi­c ação mensal da
AGNELO EDITORA E CO­­­MÉR­CIO LTDA. Cir­culação
Na­cional. Diri­gida às in­dús­trias gráficas, de em­­
ba­lagens, foto­litos e bureaus, editoras, agências
de pu­blici­dade, fornece­dores, univer­sida­des,
escolas técni­cas, consula­dos, órgãos go­verna­
mentais e entidades de classe.
INTERNATIONAL SALES
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Drive, Suite 127, Orlando, FL 32819-8398
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Tel(11) 3832-7979 - Fax (11) 3832-2850
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E-mail: [email protected]
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GRAPHPRINT AGO 14
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CtP
Qualidade e robustez aliadas à sustentabilidade
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EXPOPRINT
O Brasil das impressões
3
Editorial
Feliz 2014
Cenário
10 O lazer dos livros
12
13
Empresa em destaque
Konita Brasil mostra sua
linha de chapas
In Memoriam
Karl Klökler - Um legítimo kaiser da
indústria gráfica
Competitividade
14 Parcerias com as grandes
Acontece no mercado
18 Saiba o que rolou no mercado
38
Artigo
TINTAS PARA ROTATIVAS
26
Apelo completamente ambiental
42
44
47
Falta de bibliotecas e as verbas da
educação – Por Fabio Arruda Mortara
Case
Resultados positivos
Entidades
Subsídios para aprimorar a gestão
Artigo
Empreendedorismo em família é uma
boa opção? – Por Piero Contezini
Produtos e Serviços
48 Conheça os lançamentos de equipa­
mentos e serviços da indústria gráfica
46
EMPRESA EM DESTAQUE
Forma Certa de olho na diversificação
Artigo
50
Você é resiliente na hora da crise? –
Por Heli Gonçalves Moreira
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ENTREVISTA
NEI SENTER MARTINS
O MELHOR MOMENTO É O PRESENTE
Fábio Sabbag
Fundada em 1956, a Ibema é uma fabricante nacional de papel cartão com produção anual de
90 mil toneladas. Instalada no município de Turvo (PR), a fábrica da Ibema conta com uma área
de florestas plantadas de mais de 3.900 mil hectares de Pinus, além de duas usinas hidrelétricas
e uma vila comunitária.
A sede administrativa está localizada em Curitiba e o centro de distribuição direta, em Araucária;
conta com uma área útil de 10 mil metros. A empresa emprega cerca de 700 colaboradores e
é certificada pela ISO 9000 e pela FSC. Recentemente, completou 58 anos de atuação e vem
mantendo a produção anual em sua capacidade máxima de 92 mil toneladas. Este ano a meta é
ultrapassar o faturamento de 2013, que foi de R$ 240 milhões.
Em 2013, a companhia atingiu a maior produção de sua história, registrando um crescimento
de 12% em relação a 2012 – acima da média de crescimento do consumo de papel cartão, que
aumenta 3,6% ao ano. A previsão agora se refere à expansão significativa das vendas para o
mercado europeu, sobretudo para Portugal (25% de aumento das vendas) e Espanha (30%). Este
mercado já representa 25% do total do faturamento e, desde o ano de sua implementação, em
2012, esta participação cresceu 50%. Além disso, a empresa informa que os investimentos em
2014 chegarão a R$ 15 milhões no aprimoramento de produtos e serviços.
Para falar mais sobre os 58 anos da empresa, convidamos Nei Senter Martins, presidente da
Ibema, para esta entrevista. Acompanhe a seguir as informações da fabricante nacional.
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ENTREVISTA
Nós plantamos árvores para fabricação de papel cartão, coGRAPHPRINT: O que significa para a companhia complenhecemos profundamente o setor e o nosso legado é dar contar 58 anos de mercado uma vez que no Brasil especitinuidade ao trabalho que vem sendo feito.
ficamente as empresas têm dificuldades de consolidar
suas metas e objetivos?
GRAPHPRINT: De acordo com informações da empresa, a
Martins: Este é um dos melhores momentos pelos quais já
expansão das vendas para o mercado europeu, sobretudo
passamos. A empresa está profissionalizada, os processos
para Portugal (25% de aumento das vendas) e Espanha
estão consolidados, os nossos produtos são reconhecidos
(30%) é evidente. Pensando nesse cenário, o caminho
pela qualidade e nossos clientes nos enxergam como parceinatural da Ibema daqui em diante é o mercado externo?
ros. Além disso, estamos motivados a trazer bons resultados
Quais outros países estão no
constantemente. Além dos 58
radar da companhia?
anos da empresa, neste ano
“Este
é
um
dos
melhores
momentos
Martins: O caminho natural
comemoramos os 10 anos de
da Ibema é estar próxima dos
atuação no mercado de dois
pelos quais já passamos. A empresa está
nossos clientes, sejam dos
dos nossos principais produtos
profissionalizada,
os
processos
estão
mercados interno ou externo. O
– Ibema Speciala e Ibema Sumercado nacional de papel carconsolidados, os nossos produtos são
pera. Para nós, essa comemotão está integrado ao mercado
ração é ainda mais importante,
reconhecidos pela qualidade e nossos
internacional, por isso precipois significa que fazemos proclientes
nos
enxergam
como
parceiros.”
samos estar atentos para que
dutos duradouros e que são reos nossos produtos e serviços
conhecidos pelo mercado.
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7
ENTREVISTA
sejam percebidos adequadamente em ambos os mercados. Temos forte atuação no
mercado externo com destaque para a América Latina e
Europa. Estamos confiantes
no contínuo crescimento dos
mercados interno e externo
e estamos trabalhando para
oferecer as melhores soluções para ambos os mercados.
GRAPHPRINT: Ultrapassar
o faturamento de 2013,
que foi de R$ 240 milhões,
dará quanto de crescimento previsto para 2014?
Martins: Bem, o ano de 2014
ainda não terminou, mas já
posso dizer que este ano tem
sido tão bom quanto 2013
para a Ibema. Por isso, acredito que as vendas se manterão no mesmo patamar do
ano anterior.
Inclusive mantemos um suporte técnico que está em
constante contato e auxilia os
clientes na melhor utilização
dos nossos produtos em seus
projetos. Acreditamos que,
assim, contribuímos para
que as gráficas obtenham
excelente performance e, por
consequência, nós também.
Também estamos de olho nos
setores de mercado. Por isso,
desenvolvemos um papel
cartão com rigidez específica
para embalagens premium.
GRAPHPRINT: Hoje, qual é a
indústria que mais demanda papel cartão? Qual é o
segmento que mais exige
características inerentes
às intempéries do ponto de
venda, por exemplo?
Martins: O setor de alimentos é o que mais demanda
embalagens. A marca Ibema
“O mercado nacional de papel cartão está
está presente em diversos
GRAPHPRINT: Hoje o cenásegmentos do mercado, conintegrado ao mercado internacional, por
rio é favorável ao fabricantribuindo para a confecção de
isso precisamos estar atentos para que os
te de papel cartão? Quais
milhares de embalagens, linossos produtos e serviços sejam percebidos
os motivos relevantes?
vros, materiais promocionais
Martins: O cenário é estável
e demais serviços realizados
adequadamente em ambos os mercados.”
no momento. Os grandes
pela indústria gráfica. Nossos
eventos deste ano contriprodutos são utilizados em
buem para criar esta visão
setores variados, como alimenotimista para o setor. No entanto, o baixo rendimento da
tação, bebidas, cosméticos, calçados, vestuário, higiene peseconomia brasileira e as incertezas políticas fazem com
soal e do lar, brinquedos, área editorial e promocional. Dessa
que o mercado freie e espere para ter certeza do que
forma, participamos do cotidiano de milhares de pessoas no
acontecerá. Tradicionalmente, o segundo semestre é meBrasil e no mundo.
lhor do que o primeiro para o mercado de papel cartão,
ainda acredito que esta variação confirme a estabilidade
GRAPHPRINT: Quais os novos investimentos planejados
do ano em nosso setor.
pela Ibema?
Martins: Em maio adquirimos uma nova cortadeira Pasaban,
GRAPHPRINT: A empresa aposta em desenvolvimentos
que já está em operação e tem capacidade de corte de até
customizados, por exemplo? Por quê?
70 toneladas por dia. Ela traz mais agilidade ao processo de
Martins: Nós estamos em constante pesquisa de mercado
produção e aumenta a eficiência global de aproveitamento
e atentos às necessidades específicas de nossos clientes.
de materiais com qualidade superior de corte.
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DO BÁSICO
••••
AO SOFISTICADO
••••
DO CLÁSSICO
AO MODERNO
••••
DO DIA-A-DIA
À
OCASIÃO
ESPECIAL
••••
••••
Assim são os papéis
da Arjowiggins Creative Papers:
diversificados
e surpreendentes.
••••
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cenário
Livros voltam a
ganhar espaço
no lazer do
brasileiro
De acordo com pesquisa da
Fecomércio (RJ) sobre os hábitos
culturaisdobrasileiro,aleitura
delivrossurgecomoaatividade
cultural mais praticada no país
em 2013
Segundo o estudo, a leitura conquistou um percentual de 35%
dentre os entrevistados, ficando à frente de outras atividades,
como cinema (28%), apresentações musicais (22%), peças de teatro (11%), exposições de arte (8%) e espetáculos de dança (7%).
Desde o início do levantamento realizado pela Fecomércio, em
2007, a leitura de livros tem se destacado como atividade cultural
mais citada entre o público.
DeacordocomoeconomistaChristianTravassos,desdeoiníciodo
levantamentoaleituradelivrostemsedestacadocomoatividade
cultural mais citada entre os entrevistados, mas sob oscilações ao
longo do período. Com crescimento econômico acima da média
recente, o ano de 2010 havia registrado os melhores resultados
em termos de adesão à cultura, não mantidos em 2011 e 2012. No
anopassado,porém,houveumaretomada,emgrausdistintos,da
maioria das atividades. Sucessos editoriais que se popularizaram
no país no último ano, promoções culturais e parcerias entre empresas no segmento cultural contribuíram nesse processo.
Mesmo com o crescimento recente, mais da metade dos brasileiros que não leram nenhum livro no ano passado (59%) disse não
ter o hábito da leitura. Em seguida, 32% afirmaram que não gostam de ler ou que preferem outras atividades culturais. Com menor relevância, 7% informaram que não podem pagar ou acham
caro os preços dos livros.
Em 2013, entre os que não leram livros (65%), 55% disseram não
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GRAPHPRINT ABR 14
possuir o hábito da leitura. Em seguida, 31% afirmaram que não
gostamdeleroupreferemoutrasatividadesculturais.Commenor
relevância,11%informaramquenãopodempagarouachamcaro
os preços dos livros.
Aprincipalrazãoapresentadapelosbrasileirosparanãofrequentarematividadesculturaiscontinuasendo“faltadehábito”eofatode
nãogostar(oupreferiroutrasatividades).Opreçonãoéoprincipal
motivo. O custo da atividade aparece apenas na terceira posição
entreosmotivosquedistanciamobrasileirodeatividadesculturais.
Para os 49% que não usufruíram de nenhum programa cultural no
ano passado, os principais meios de lazer citados foram assistirTV
(52%),seguidoporiracentroreligioso(15%),fazerumalmoçocom
amigos (8%), ir a barzinhos e jogar futebol (ambos com 6%).
A pesquisa abordou também o quanto os entrevistados estão
dispostos a desembolsar por algum produto ou serviço. O valor médio respondido foi de cerca de R$ 26 para ir a show de
música ou comprar um livro. Já para adquirir um CD ou DVD, os
consumidores não estariam dispostos a pagar mais do que R$11
e R$12, respectivamente. Para o levantamento da Fecomércio
RJ/ Ipsos Hábitos Culturais do Brasileiro foram entrevistadas mil
pessoas em 70 cidades, incluindo nove regiões metropolitanas. A
pesquisatemcomoobjetivoacompanharoacessodobrasileiroàs
atividades culturais mais populares e gerar subsídios para incrementar essa adesão.
Cenário
O mapa-múndi do mercado editorial
A Associação Internacional de Editores (International Publishers Association –
IPA) publicou seu relatório anual sobre o mercado editorial mundial
Nomapa-múndidistorcido, o tamanho de cada país corresponde ao seu mercado
doméstico de livros. Os Estados Unidos e a Europa ostentam sua forte indústria
editorial,enquanto a África e o Oriente Médio aparecem bem mirrados no mapa, o
que significa que o número de livros publicados nessas regiões é bastante baixo
comparado ao resto do mundo.
Segundo os responsáveis pelo relatório, “o mapa demonstra como os livros e a
indústria editorial refletem o acesso ao conhecimento. O objetivo estratégico é
‘ajustar’ o mapa, para que no futuro o mapa-múndi editorial seja mais parecido
com o mapa de geógrafos e demógrafos.”
Deacordocomorelatório,ostrêspaísesquemaispublicamsãoNoruega(9.277novostítulosoureediçõespormilhãodehabitantes
a cada ano), Reino Unido (2.459) e Espanha (1.692).
O Brasil, com 285 publicações, só não está na lanterninha dos dados divulgados porque logo atrás vem a China, com 245 – mas nós
somos 190 milhões; já os chineses são mais de um bilhão e trezentos milhões (e os noruegueses não chegam a 5 milhões).
Fonte: Blog Controvérsia (http://blog.controversia.com.br)
Primeiro livro impresso nos EUA é vendido por U$14,2 mi*
O “Bay Psalm Book”, um das 11 cópias
restantes do primeiro livro impresso
nos Estados Unidos, foi vendido por
US$ 14,2 milhões na casa de leilões
Sotheby’s,emNovaYork,estabelecendo o recorde de livro impresso mais
caro já vendido.
Embora a expectativa para lances de
até US$ 30 milhões não tenha sido
alcançada, o leilão superou com facilidade a marca anterior, de US$ 11,5
milhões, pagos em dezembro de 2010
pelo livro “Birds of America”, de John
James Audubon.
O homem de negócios e filantropo
americano David Rubenstein foi o
comprador do livro. Ele é co-fundador
e chefe-executivo da empresa de private equity dos EUA Carlyle Group LP.
A Sotheby’s disse que os planos de
Rubenstein são emprestar o livro a bibliotecas dos EUA, antes de emprestá-lo
a longo prazo a uma dessas bibliotecas.
«Nós estamos entusiasmados que esse
livro, que é um dos mais importantes de
nossa história e cultura, está sendo destinado a ser amplamente visto pelos americanos, que podem apreciar sua singular
significação»,disseDavidRedden,diretor
do departamento de livros da Sotheby›s.
«É claro que também estamos entusiasmados por ter conseguido um novo lance
recorde em leilões de qualquer livro impresso, o que afirma que os livros permanecem uma parte vital de nossa cultura»,
acrescentou.
Impresso em 1640 em Cambridge, no EstadoamericanodeMassachusetts,o«Bay
Psalm» é um dos livros mais raros do
mundo e é uma das cópias em melhor es-
tado das 1,7 mil que foram impressas.
O livro é também a primeira cópia a ser
vendidadesde1947,quandoestabeleceu um recorde para leilão de livros ao
arrecadar US$ 151 mil.
O «Bay Psalm» foi vendido da coleção
da Igreja Old South, em Boston, para
cobrir os custos de restauro da edificação e financiar seu ministério. A cópia
vendida é uma das duas pertencentes
à igreja. Membros da congregação,
uma organização sem fins lucrativos
criada em 1669 e integrante da denominação protestante Igreja Unida de
Cristo, votaram pela venda do livro em
dezembro passado.
As universidades de Harvard e Yale e
outras instituições são donas das outras cópias existentes.
*Fonte: Exame
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EMPRESA EM DESTAQUE
Em evidência, as chapas
da Konita Brasil
Em relação ao aprimoramento
de seus produtos e
desenvolvimento, o foco atual da
companhia é na KTP-SR, que é
uma térmica com dupla camada,
resistente a tinta UV, e na KTPNP, um insumo com tecnologia
térmica sem processo
A Konita Brasil nasceu da união da
Fax Cargo Importação e Exportação
com a Konita Hong Kong. Atualmente é
representanteexclusivaedistribuidora
de chapas digitais e analógicas para
impressões em processos offset por
meiodaslinhasdechapasconvencionais
KLP-I e KLP-UV e a digital KTP-II
A Konita Brasil já deu início às obras para a construção de sua
sede que fica em Uberlândia (MG). De acordo com Dalmar Baeta Lopes, diretor da empresa, a chapa digital KTP-II melhora
a eficiência, gravando mais rápido as imagens, com excelente
resolução, consistência e latitude. “É de fácil manuseio, consideráveldurabilidadedeimpressão,notávelestabilidadedos
pontos e ótimo balanço de água e tinta. Essa chapa vem sendo muito bem recebida pelas gráficas e bureaus brasileiros,
se tornando uma excelente opção que ajuda a alcançar alta
qualidade e estabilidade nas impressões. A KTP-SR é a chapa
digital com dupla camada e resistente a tinta UV. Ela vem sendo testada em diversos clientes e os resultados estão muito
satisfatórios. A expectativa da Konita é lançar essa chapa e a
KTP-NP térmica sem processo na Expoprint 2014”, fala Lopes.
Desde o desenvolvimento das chapas até a fabricação, a Konita informa tem o objetivo de fornecer chapas com soluções
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GRAPHPRINT AGO 14
diferenciadas, adaptando os produtos às necessidades dos
clientes,“independentemente do seu porte ou características
de consumo. Isso vem fazendo com que as chapas Konita sejam uma opção às tantas oferecidas hoje pelo mercado, pois
em alguns casos o cliente opta por usar a nossa chapa com o
químicopróprio,ganhandoemprodução,ouusaanossachapa
com o químico que já utiliza em suas instalações, mantendo a
flexibilidade de ter mais de um fornecedor, ajustando a nossa
chapa a sua estrutura já existente”, explica Lopes.
Acompanhamento
Lopes enfatiza que um dos pilares da Konita é justamente a
assessoria: “Com isso, conquistamos mais do que relações
comerciais entre cliente e fornecedor. Com o bom relacionamento,oclientepodeconquistarmelhorespreçosecondições
depagamento,mantendoaexcelêncianoprodutoadquiridoe
atendimento prestado. A Konita preza pelo meio ambiente e é
certificada com o ISO 9001 de Sistema de Gestão de Qualidade
e Gestão em Geral, com o ISO 14001 de Sistema de Gestão
Ambiental e com o OHSAS 18001 de Sistema de Gestão de Saúde e de Segurança Ocupacional.Visando suprir a necessidade
de uma chapa térmica de qualidade sem comprometer o meio
ambiente, a Konita vem desenvolvendo a chapa KTP-NP sem
processo, que será lançada na Expoprint 2014”, adianta o diretor da Konita Brasil.
“Trabalhamos com três produtos: a KLP-I Positiva Convencional, uma chapa de impressão offset analógica positiva recomendada para os mais diversos tipos de impressão de média e
Empresa em destaque
alta tiragem e compatível com todos os tipos de máquinas e sistemas de
molhagem, oferecendo excelente equilíbrio água e tinta e alta qualidade
de impressão; a KLP-UV – CTcP, que é a indicada para gravação em CTcP
por ser mais sensível e gravar com maior velocidade. Recomendada para
os mais diversos tipos de impressão de média e alta tiragem e compatível
com todos os tipos de máquinas e sistemas de molhagem, oferecendo
excelente equilíbrio água e tinta e alta qualidade de impressão; a KTP-II – CtP, a nova chapa para CTP positiva térmica fabricada pela Konita
comtecnologiainovadora.Oprodutofoidesenvolvidoparaatenderatodo
o segmento de impressão offset. A KTP-II melhora a eficiência gravando
maisrápidoasimagens,comexcelenteresolução,consistênciaelatitude.
A chapa é de fácil manuseio, considerável durabilidade de impressão, notável estabilidade dos pontos e ótimo balanço de água e tinta. A KTP-II é a
escolha certa para lhe ajudar a alcançar alta qualidade e estabilidade nas
impressões”, detalha Lopes.
“Consolidamosnovasparceriastrabalhandocomqualidadeeagilidadena
entrega e oferecendo à indústria gráfica uma estrutura de ponta. Estaremos na Expoprint 2014 no estande 138-A”, encerra Lopes.
Dalmar Baeta Lopes, diretor e Weng Yinqiao, presidente da
Konita Asiática
In memoriam
Um legítimo kaiser da indústria gráfica
Faleceu, no dia 29 de junho, Karl Klökler, diretor da Kalmaq e grande
incentivador da criação da Associação dos Agentes de Fornecedores
de Equipamentos e Insumos para a Indústria Gráfica (Afeigraf).
Klökler era um profissional extremamente respeitado, dono de uma
educação gigantesca. Felizmente, tive a oportunidade de entrevistá-lo por diversas vezes. Além do aprendizado natural que conseguia
transmitir, aprendi muito como ser mais bem educado na relação com
as pessoas e nunca esquecer de dizer muito obrigado! Aliás, é a nossa
vez de dizer muito obrigado, Sr. Karl.
Que Deus o tenha em bom lugar. Disso tenho certeza! Hoje a indústria
gráfica pode estar triste, mas temos a certeza que o Céu ganhará novas impressões a cada dia. Que sejam impressões de vida ou da mais
pura gentileza no trato com as pessoas.
Em seus vários anos como profissional do segmento gráfico, Klökler
dedicou-se especialmente à comercialização de soluções ao mercado
de rotativas offset. Por muitos anos, representou a marca da fabricante
sueca Solna.
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competitividade
Pequenas empresas devem procurar
parcerias com as grandes
Para diretor técnico do Sebrae nacional, MPEs devem se
voltar para os clientes corporativos
“O ambiente em que vivem as empresas hoje no Brasil não é mais
de luta das médias e pequenas contra as grandes, pois é possível estabelecer parcerias em que todas ganhem.”A declaração foi
feita pelo diretor técnico do Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e
PequenasEmpresas(Sebrae)nacional,CarlosAlbertodosSantos,
durante sua palestra “Pequenos negócios nas cadeias de valor:
um modelo competitivo de negócios”.
A apresentação foi proferida recentemente durante a 14ª ConferênciaAnpei,realizadanoExpoCenterNorte,emSãoPaulo.Aideia
dodirigentedoSebraeestádentrodoconceitodeencadeamento
produtivo,queéumaestratégiaparaaumentaracompetitividade,
a cooperação e a competência tecnológica, além de melhorar a
gestão das empresas.
“Issoocorrepormeioderelacionamentoscooperativos,delongo
prazoemutuamenteatraentes,queseestabelecementregrandes
companhias e pequenas empresas de sua cadeia de valor”, explicou Santos, acrescentando que parceria é um caminho para que
as médias e pequenas empresas sobrevivam e prosperem.
A conclusão é que em vez de apostar apenas nos consumidores
(pessoasfísicas),asempresasdepequenoportedevemvoltarsua
atenção ao cliente corporativo. Nessa posição as grandes empre-
14
GRAPHPRINT AGO 14
sas decidem o que compram, e o que as pequenas empresas devem produzir. «É um mercado difícil para as pequenas empresas,
mas muito bom, porque é um mercado firme», disse Santos.
Nichos
De acordo com Santos, há novos espaços para os pequenos
negócios dentro do encadeamento produtivo, tanto a montante
de um grande fabricante na cadeia produtiva, atuando como
fornecedor, como a jusante, trabalhando como distribuidor,
varejista, consumidor ou na pós-venda e na reciclagem.
“É um mundo que traz benefícios para todos. Para as grandes
empresas,elesincluemmelhorespreçoseflexibilidadeeagilidade,
garantidas pela competitividade dos fornecedores; redução de
custos de transporte e logística; visibilidade nacional do ponto
de vista da sustentabilidade econômica, social e ambiental; e
aumento do potencial de inovação”, diz.
Para as pequenas e médias empresas, entre os benefícios do encadeamentoprodutivo,estãooaumentodacompetitividadeeprodutividade,devidoaoaprimoramentodosprocessos;maiorgeraçãode
empregos;crescimentodaprópriaempresaedaseconomiaslocais;
e inovação e incentivo para a expansão dos fornecedores locais.
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panorama
Messe Düsseldorf, organizadora da Drupa,
investe em análise do setor de impressão
Dados do primeiro,de uma série de relatórios oriundos da
Drupa,revelamosprincipaisdesenvolvimentoseconômicos
e do mercado de impressão. Serão divulgados pela
organizaçãodafeiradiversosestudosatéarealizaçãoda
edição de 2016. Está disponível no endereço www.drupa.
de/213 o relatório completo com figuras e gráficos
O primeiro relatório serve de referência e será seguido pela
“Drupa Global Insights,”que estudará pela primeira vez as tendências e as principais mudanças no setor da impressão e multimídia internacional em nível global e regional.
A Messe Düsseldorf, no exercício das suas funções de organizador da Drupa, contratou duas empresas de consultoria e de
pesquisademercadoindependentes,Printfuture(ReinoUnido)
e Wissler & Partner (Suíça), para realizarem estas séries de
relatórios.
Nos últimos três meses de 2013 houve um questionamento de empresas gráficas e relacionadas com a impressão de
todo o mundo sobre as suas atividades atuais e as expectativas para o futuro.
Participarameresponderamaoextensoquestionário2425profissionais, 1419 gráficas, 498 fornecedores e 508 compradores
de trabalhos de impressão.
Foi feita uma boa cobertura global, com todas as regiões bem
representadas. A maioria (58%) era prestadores de serviços de
impressão,seguidosporfornecedores(21%)ecompradoresde
trabalhos de impressão (21%).
Na seção econômica, a pesquisa acompanhou uma secção
transversal de gráficas, fornecedores e compradores de trabalhos de impressão para determinar a forma como as suas empresas reagem à atual turbulência e incerteza econômica.
Em seguida, na seção dedicada aos mercados, as gráficas contaram como estão se1ndo afetadas pelas alterações radicais
nestes mercados.
16
GRAPHPRINT AGO 14
Uma das conclusões é
que as receitas estão
crescendo, mas os lucros estão diminuindo e
os aumentos dos custos
estãovulneráveisDurante 2013, 45% dos entrevistados aumentaram as
suas receitas, mas 21%
sofreram uma queda.
Para os gráficos, fornecedores e compradores, conseguir um aumento nos preços dos
respectivosprodutoscontinuaaserumgrandedesafio. Apenas
19% dos entrevistados conseguiram aumentar os seus preços,
enquanto 35% assistiram a uma redução nos mesmos.
Nas regiões desenvolvidas, as empresas conseguiram absorver em grande parte os aumentos no preço das matérias-primas e a aumentaram os custos globais. Essa combinação de
fatores negativos, junto com uma economia em estagnação,
prejudicou as previsões de crescimento e os resultados da
maioria das empresas.
Portanto, apesar de 45% das empresas terem aumentado as
suas receitas, 42% sofreram uma redução nas margens e apenas 19% conseguir aumentar a rentabilidade.
O estudo das tendências globais avaliou o impacto de uma variedade de medidas financeiras na comunidade gráfica global.
Para 60% das empresas na cadeia de distribuição de impres-
Panorama
são, a disponibilidade de crédito permaneceu inalterada nos
últimos 12 meses, mas 17% sentiram dificuldade ao acesso
ao crédito.
Oníveldeempréstimosbancáriospermaneceuinalteradopara
61% da indústria da impressão. Os fornecedores foram os mais
atingidos pela redução do crédito, reflexo das difíceis condições de transação e dos desafios econômicos que as gráficas
vivem. Por isso, 27% dos próprios fornecedores assistiram a
um aumento dos custos de crédito comparativamente a uma
média da indústria de 20%.
O fluxo de caixa representa um dos maiores problemas para todas as empresas. Para 58% do mercado o prazo de dívida permaneceuinalterado
e 11% considerou
que os pagamentos
melhoraram, contra
26%queconsiderou
que a recuperação
de dívidas piorou.
Mais uma vez, os
fornecedores foram
os mais afetados,
com 32% a declararem que o prazo de
dívida aumentou.
Muitas das empresas observaram um
crescimento nos
volumes de impressãoconvencionalno
último ano. 29% relataram um maior volume de offset folha a
folha, enquanto apenas 16% reportaram uma diminuição. Há
um evidente aumento na impressão digital: 33% relataram um
maior volume de folha solta digital enquanto apenas 3% reportaram uma diminuição.
De um modo geral, as gráficas de todas as regiões presenciam
mudanças radicais na mistura de impressão digital e convencional à medida que a combinação das condições econômicas
e os diferentes padrões de procura entram em vigor.
45% comunicaram uma redução nos volumes de produção e
menores prazos de entrega, enquanto apenas 16% afirmaram
que os volumes de produção aumentaram. Apenas 10% disseram que os prazos de entrega aumentaram. O o número de
trabalhos de impressão, de acordo com 52% dos entrevistados, aumentou; 17% falaram em diminuição. No entanto, os
resultados variam significativamente de região para região.
De uma forma surpreendente, foram poucos os entrevistados, em qualquer região, que reportaram grandes diminuições no volume de impressão. O que parece acontecer é
que à medida que os volumes de impressão diminuem os
preços caem, seguida da consolidação das empresas de impressão por fusão.
Tecnologia de impressão
O cenário da tecnologia de impressão está mudando. O estudo revelou a crescente importância da impressão digital: 65%
de todas as gráficas entrevistadas possuem globalmente uma
produção de impressão digital e 5% são exclusivamente gráficas digitais.
85% de todas as gráficas comerciais (mundialmente) possuem
impressão digital e 31% afirmaram que 25% ou mais do volume
de negócio resulta da impressão digital.
Comparativamente, 38% das gráficas que trabalham com editoras e 57% das gráficas de embalagem não possuem qualquer
capacidade de impressão digital; é um reflexo dos modelos de
negóciomaisconvencionais,queexigemformatosdeimpressão
mais tradicionais e tiragens mais longas.
A impressão digital, pelo visto, precisa ainda aumentar sua
participação no segmento de embalagem, com exceção à
produção de etiquetas, onde o seu uso já está muito mais
generalizado.
Apesar do impacto decisivo da impressão digital no mercado
comercial, pode ser encorajador, para a maioria das gráficas,
saber que muito desse crescimento não foi conseguido à custa da impressão convencional. 57% das gráficas comerciais de
todoomundorelataramqueaimpressãodigitalrepresentouum
valor zero ou inferior a 10% do volume de negócio de impressão
convencional.
De um modo global, há três serviços de valor acrescido que foram amplamente adotados pelas gráficas comerciais: impressão de dados variáveis, design criativo e stock, entreposto e
execução.
A impressão de grande formato é igualmente comum e quase
um terço instalou serviços de web to print. No entanto, as variações regionais são marcantes, como demonstrado pela ampla
adoção de uma variedade de diferentes serviços pelas gráficas
comerciaisamericanascomparativamenteàadoçãomuitomais
irregular na maioria das restantes regiões.
Fontes: dados econômicos: FMI e Nações Unidas / Messe Düsseldorf, organizadora da Drupa
GRAPHPRINT AGO 14
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acontece
no mercado
Digital Imaging Square no Brasil
Depois de anunciar sua nova sede, a Konica Minolta Brasil inaugurou no dia 17 de julho seu Digital Imaging Square (DIS), na Alameda Santos, 787, em São Paulo. O conceito do DIS tem origem
no Japão e, além do Brasil, está presente em outros nove países.
Atualmente, o Digital Imaging Square do Brasil conta, em sua
infraestrutura, com os equipamentos bizhub PRO 1060L, bizhub
PRESS c70hc, bizhub C284 e C224, e bizhub 4700P. Nos próximos
dias, receberá outros modelos da linha PRESS.
Roland Experience Day
A Roland DG Brasil iniciou em agosto o “Roland Experience Day”,
evento que percorrerá cinco cidades do país a fim de reunir clientes, parceiros, especialistas e executivos de diversas empresas
para apresentar as principais tecnologias e soluções em impressão de alta definição para pequenas e médias empresas de comunicação visual, têxtil, brinde e personalização.
Confira a agenda do Experience Roland Day:9 e 10 de setembro
– Bauru (SP); 23 e 24 de setembro – Rio de Janeiro; 14 e 15 de outubro – Espírito Santo (ES); 11 e 12 de novembro – São José do Rio
Preto (SP). As inscrições para participar são gratuitas e podem ser
realizadas pelo tel: (11) 3500-2649, por email contato@rolanddg.
com.br ou pelo site www.rolanddg.com.br/rolandexperienceday
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GRAPHPRINT AGO 14
Publicidade
em mídia deve
crescer 4,4%
A perspectiva para investimentos em publicidade na indústria de
entretenimento e mídia nos próximos anos no mundo é positiva.
De acordo com projeção da PwC, o gasto médio com publicidade
em meios como televisão, jornal, revista, rádio e mídia out-of-home deve crescer 4,4% até 2018.
O levantamento, que faz parte da 15ª edição do Global Entertainment & Media Outlook Overview, aponta que a televisão permanecerá como canal que líder de receita publicitária. O meio foi
responsável por 32% do investimento no ano passado. A expectativa é que o aumento em quatro anos seja de 34%. O faturamento
estimado é de US$ 215 bilhões.
A internet é a segunda mídia preferida para alocar as receitas de
publicidade. Em 2013, obteve aumento de 17% e deve alcançar
21% até 2018. Estimativa é de que o Brasil se torne o quarto mercado global em gastos com acesso à internet. O faturamento pode
chegar a US$ 3,3 bilhões. Segundo a pesquisa, o gasto mundial
com a web será de US$ 635 bilhões, com perspectiva de crescimento de 8,9% ao ano, até 2018.
A análise contemplou 13 segmentos da indústria de entretenimento e mídia. O levantamento corresponde a 54 países, que representam 80% da população mundial
acontece
no mercado
ABTCP 2014 - 47º Congresso e
Exposição Internacionais de
Celulose e Papel
O evento será realizado de 7 a 9 de outubro, das 8h às 18h, no
Transamérica Expo Center (SP) com mais de 100 expositores confirmados. Mantém a estrutura de sucesso do ano passado, em que
exposição e congresso técnico acontecem simultaneamente no
mesmo espaço, possibilitando assim maior interação entre participantes e expositores.
Confira em www.abtcp2014.org.br/lista_expo2014.pdf a relação
de empresas expositoras em 2014 e, para mais informações, acesse www.abtcp2014.org.br
Diginove é reconhecida
como Revenda Autorizada
Morgana no Brasil
Depois de atuar com a linha de sistemas de vinco Morgana no
Brasil, a Diginove foi atestada oficialmente como revenda autorizada da fabricante inglesa no país. Silvane Salamoni, diretora da
Diginove, recebeu das mãos de Ray Hillhouse, diretor de vendas e
marketing da Morgana, e Stephen Brower, gerente de vendas para
a América Latina, uma placa que sedimenta a parceria. “Quando
tivemos o primeiro contato com os sistemas da Morgana, rapidamente notamos que se tratava de um produto que se encaixaria
perfeitamente no mercado brasileiro. De lá para cá, o tempo se encarregou de mostrar que estávamos certos. Hoje, possuímos instalações de sistemas em variadas configurações em gráficas digitais
de todo o Brasil, e diariamente confirmamos a satisfação de nossos
clientes através de depoimentos que atestam a qualidade do vinco
Morgana para impressos digitais”, disse Silvane.
Kodak entrega ao Grupo RBS o
Sonora Plate Green Leaf Award
O prêmio reconhece a empresa pelas práticas ambientalmente
sustentável no processo de produção gráfica. Trata-se da primeira
premiação do gênero na América Latina. Eduardo Antunes de Souza, gerente executivo do Grupo RBS, recebeu o prêmio das mãos do
CEO da Kodak, senhor Jeff Clarke. A cerimônia aconteceu durante a
ExpoPrint Latin America 2014.
O Grupo RBS é responsável pela publicação de oito jornais na Região Sul do Brasil e vem combinando o uso das chapas digitais
sem processo ou químicos Kodak Sonora com alto investimento
em produção para criar um ambiente limpo e sustentável. Esses
investimentos totalizam cerca de R$ 70 milhões em sua planta
produtiva, que, entre outros quesitos, segue todos os conceitos de
produção “verde”, como iluminação utilizando luz natural, telhado
verde, reaproveitamento de água, sistemas de prevenção contra o
desperdício, e uma estação de tratamento que recicla os dejetos
líquidos gerados pela produção.
No caso do prêmio recebido pelo Grupo RBS, trata-se de um reconhecimento para usuários das chapas Kodak Sonora com o objetivo de incrementar drasticamente os benefícios econômicos e ambientais para os clientes, sem sacrificar qualidade e produtividade.
Congraf recebe selo de qualificação de
fornecedores ABIHPEC 2014
Novamente a Congraf Embalagens recebeu da Associação Brasileira da Indústria de Higiene
Pessoal, Perfumaria e Cosmético (ABIHPEC) o selo de qualificação de fornecedor da entidade.
“Para nós, o reconhecimento de um órgão de credibilidade como a ABIHPEC é a confirmação
do quanto vale à pena nosso esforço diário em priorizar a excelência em qualidade de nossas
embalagens. Sem dúvida esse tipo de apuração proporciona garantias aos clientes e estimula
empresas a buscarem o mais alto nível de competência em suas produções”, considera Sidney Anversa Junior, diretor Industrial da Congraf.
GRAPHPRINT AGO 14
19
CtP
Automatização
completa
da gravação
Caracterizado como um processo
computadorizado de gravação das chapas
usadas na impressão offset, o CtP acabou
dando às empresas do setor gráfico uma maior
gravação de pontos por cm², aumentando a
definição dos elementos gráficos
Fábio Sabbag
20
GRAPHPRINT AGO 14
CtP
Durante o processo, a chapa é gravada por meio do laser que é controlado por um
computador. Assim, a chapa é gerada diretamente de um arquivo digital, sem a
necessidade da produção de um fotolito intermediário. Os equipamentos de CtPs
possuem três etapas: separação de cores, pulverização/exposição da matriz e
revelação. Antigamente, o processo tradicional apresentava oito etapas: separação de cores, produção do filme, revelação, produção do filme total, montagem do
filme na matriz, exposição, arquivamento do filme e revelação.
Consolidados atualmente, os equipamentos de CtP ganham, evidentemente, novas condições de trabalho que miram sempre à economia dos recursos. A Kodak,
por exemplo, por meio da fusão de sua tecnologia de CtPs térmicos com as chapas sem processamento Sonora, dispõe de uma solução completa para produção
de chapas dentro do um conceito de sustentabilidade. “As chapas livres de processamento Kodak Sonora XP e Sonora News abriram novos horizontes para os
usuários de CtP, que conseguiram reduzir seus custos de produção na eliminação
de etapas do processo de gravação de chapas e custos relativos a manutenção
de processadoras, energia elétrica, químicos, água e descarte de resíduos. Na
introdução destas chapas não houve nenhum desafio para os CtPs atuais, pois a
Kodak desenvolveu as chapas para funcionar de maneira aberta em qualquer CtP
térmico de 830nm, pois hoje todos os sistemas térmicos disponíveis no mercado
atuam neste espectro. Estas chapas também têm uma vantagem em relação a
algumas chapas com processamento do mercado, que é o fato de não serem
ablativas, não soltam resíduos e por isto não necessitam que o CtP tenha um
agregado como sistemas de aspiração de partículas”, detalha Kléber Rodrigues,
B2B sales manager Brazil da Kodak.
Todos os modelos de CtPs da Agfa estão preparados para atender qualquer tipo
de tecnologia de chapas do mercado. “Baseada em seu extenso portfólio de chapas, atende a necessidade específica para cada tipo de aplicação do mercado
gráfico. A Agfa começou o ano de 2014 focada para negócios da ExpoPrint e
preparou pacotes com preços especiais para diversos tipos de necessidades de
investimentos dos clientes, sejam CtPs, softwares workflow Apogee e StoreFront
e Tecnologia Inkjet UV, onde se estenderá até o final deste ano”, fala Vlamir Marafiotti, sales manager Prepress da Agfa Graphics.
Para Gianberto Monchini, gerente da T&C, tanto os modelos da Screen como os
da Amsky sempre estiveram à frente em termos tecnológicos e são habilitados
Gianberto Monchini, gerente da T&C:
“Os fatores que determinam
as vendas são a confiabilidade,
robustez e qualidade dos
equipamentos que comercializamos,
bem como novas tendências, como,
por exemplo, a volta do uso de
chapas CTCp e convencionais que
são encontradas hoje no mercado
por valores muito baixos.”
GRAPHPRINT AGO 14
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CtP
Marcelo Henrique, responsável pela linha de produtos de CtPs da Heidelberg:
“Acredito que a maior evolução parte dos fabricantes de chapas que
constantemente apresentam novas tecnologias. Claro que é uma
mudança de cultura em muitas gráficas, mas percebemos que os
clientes têm recebido bem essa nova tecnologia.”
para a gravação em chapas térmicas com ou sem processo. “Tivemos uma grande
procura por equipamentos de CtP das duas marcas que distribuímos no Brasil na
ExpoPrint e muitas vendas serão concluídas nos próximos três meses devido a aprovações de financiamentos bancários. A T&C, ano a ano, apresenta ao mercado as
melhores soluções em CtP e se consagra como uma referência em equipamentos de
pré-impressão”, avalia Monchini.
Com 18 pedidos assinados durante a ExpoPrint, a Heidelberg avisa que seus equipamentos estão preparados para gravar chapas sem processos. “Acredito que a maior
evolução parte dos fabricantes de chapas que constantemente apresentam novas
tecnologias. Claro que é uma mudança de cultura em muitas gráficas, mas percebemos que os clientes têm recebido bem essa nova tecnologia”, fala Marcelo Henrique,
responsável pela linha de produtos de CtPs da Heidelberg.
Mais comercializados
Os modelos de CtP mais comercializados pela Heidelberg são a Suprasetter A 75 / 52,
Suprasetter A 106 e Suprasetter 106. Hoje em dia o empresário cada vez mais busca
automação, a fim de perder menos tempo com processos e diminuir as possíveis variáveis que causam problemas, como marcas de mão nas chapas, riscos e vincos por
exemplo. “Com os CtPs da família Suprasetter, podemos automatizar todos os processos de gravação. No caso da Suprasetter A75/52, podemos configurar até dois pares
de punchs (furador) e no modelo Suprasetter 106A e 106 quatro pares. Com isso,
as chapas já saem com uma furação precisa, o que diminui o acerto nas máquinas
offsets, além de ter saída online que poderá passar direto para uma processadora,
lavadora ou até mesmo para um sistema de empilhamento stacker no caso de chapas
sem processamento”, detalha Henrique.
Para garantir maior automação, os equipamentos da Heidelberg podem ser configurados com alimentadores automáticos. “Mostramos na ExpoPrint uma Suprasetter A106
com o alimentador automático Dual Cassete Loader. Neste sistema conseguimos colocar 110 chapas com os papéis, intercaladores em dois cassetes, totalizando 220
chapas. O alimentador separa os papéis das chapas, colocando-os em um compartimento de fácil remoção. O alimentador também possui um opcional chamado Turntable, que gira a chapa para entrar no menor formato na processadora, lavadora ou
stacker. E todos esses opcionais são modulares, o cliente pode comprar uma máquina
standard e depois colocar a automação que melhor atendê-lo”, avisa o responsável
pela linha de produtos de CtPs da Heidelberg.
O modelo campeão de vendas das famílias de CtP Kodak é a Trendsetter. “A razão
deste sucesso é por se tratar da solução em CtP térmico com maior precisão e robustez já produzido. É o modelo de CtP mais comercializado no mundo ao longo dos
últimos 16 anos. Entre as razões deste sucesso está o baixo índice de manutenção
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GRAPHPRINT AGO 14
Vlamir Marafiotti, sales manager Prepress da
Agfa Graphics:
“A Agfa começou o ano de 2014
focado para negócios da ExpoPrint
e preparou pacotes com preços
especiais para diversos tipos de
necessidades de investimentos
dos clientes, sejam CtPs, softwares
workflow Apogee e StoreFront
e Tecnologia Inkjet UV, onde se
estenderá até o final deste ano.”
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CtP
Novidades
Kléber Rodrigues, B2B sales manager Brazil da Kodak:
“As chapas livres de processamento Kodak Sonora
XP e Sonora News abriram novos horizontes para
os usuários de CtP, que conseguiram reduzir seus
custos de produção na eliminação de etapas do
processo de gravação de chapas e custos relativos
a manutenção de processadoras, energia elétrica,
químicos, água e descarte de resíduos.”
associado ao fator de ser uma solução modular na qual o cliente pode
adquirir um CtP formato 1/2 folha (4-up) e futuramente se quiser fazer
um upgrade para folha inteira 8-up. Neste mesmo modelo o cliente pode
comprar uma máquina de carregamento semi-automático e no momento que desejar optar por um modelo com alimentação automática de
chapas. A Kodak é a na atualidade única empresa fabricante de chapas
que também fabrica seu próprio CtP e softwares podendo garantir aos
usuários da tecnologia um controle absoluto na qualidade do produto e
um perfeito funcionamento do conjunto de chapas ”, observa Rodrigues.
A Agfa vem com dois modelos: Avalon B8 24S e o Avalon CR3648 F e G. “O
Avalon B8 24S, formato folha inteira, agrega tecnologia e um ótimo custo
benefício, atendendo o cliente que busca o funcional. Já o Avalon CR3648
F e G, formato meia folha, a nova linha de CtPs com sistema magnético
de movimento do carro ótico, atende o cliente que busca por velocidade,
qualidade e ótimo custo benefício”, informa Marafiotti.
A T&C destaca o Screen 4300S e 8600SL e o Amsky U432. “Os fatores
que determinam as vendas são a confiabilidade, robustez e qualidade dos
equipamentos que comercializamos, bem como novas tendências, como,
por exemplo, a volta do uso de chapas CTCp e convencionais que são
encontradas hoje no mercado por valores muito baixos”, aponta Monchini.
Agfa
Avalon B8 24S e o Avalon CR3648 F e G.
Heidelberg
“Fizemos o lançamento da garantia de seis anos do laser. Para isso, o cliente precisa utilizar peças originais
Heidelberg e fazer as manutenções preventivas com
nosso departamento técnico, e tem que estar conectado
com nosso serviço remoto na Alemanha, onde acompanhamos as falhas dos equipamentos. O diferencial é que
aumenta a confiança na compra de um equipamento sabendo que poderá contar com a Heidelberg no caso de
queima do laser”, diz Henrique.
Kodak
“A Kodak lançou este ano a linha de CtP Achieve, na qual
o conceito é garantir a estabilidade e facilidade de manutenção da família Trendsetter em um sistema de custo
de aquisição menor. Com isso, garantimos acesso aos
benefícios da família Trendsetter para gráficas de pequeno e médio porte ou para gráficas que buscam um
segundo equipamento para dividir o volume de produção
de chapas e ter um back-up”, diz Rodrigues.
Screen
“A Screen lançou recentemente a linha de CtPs térmicos
8600MII-SA e 8600MII-ZA, que tem um melhor valor de mercado e velocidades de 23 e 30 chapas respectivamente para
o formato 1.030x800mm 2.400dpi. Há ainda a nova linha da
Amsky de CtPs para uso de chapas CTCp e convencionais, Aurora U8128 e Aurora U8128N que atende jornais e alcança velocidades de 45 para o formato1.030x800mm 2.400dpi e 70 para
o formato 745x605mm 1.200dpi”, informa Monchini.
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GRAPHPRINT AGO 14
ARTIGO
Falta de bibliotecas e as
verbas da educação
Por Fabio Arruda Mortara*
Lei federal determina que, até 2020, todas as escolas do Brasil tenham bibliotecas com,
no mínimo, um livro por aluno matriculado. É lamentável verificar que a meta está longe
de ser alcançada, como demonstra o Censo Escolar 2013, ao indicar que contam com esse
equipamento apenas 12,4% dos estabelecimentos do Ensino Fundamental e do Médio das
redes municipal e estadual do município de São Paulo. E estamos falando do Estado e da
cidade com os maiores orçamentos nacionais.
A ausência de bibliotecas em escolas públicas compromete as metas relativas à formação
de novas gerações de leitores e a própria qualidade do ensino, considerando a importância dos livros e do ato de ler para os resultados do aprendizado. O Brasil precisa avançar
muito nesse sentido, como demonstram as notas do exame internacional PISA, realizado
pela Organização para a Cooperação e o Desenvolvimento Econômico (OCDE). Em abril
último, foram divulgados os resultados da primeira avaliação da capacidade de resolução
de problemas de matemática aplicados à vida real.
Participaram 85 mil estudantes, de 44 países. O Brasil ficou em 38° lugar, atrás apenas da
Malásia, Emirados Árabes Unidos, Montenegro, Uruguai, Bulgária e Colômbia. Nos primeiro
lugares encontram-se Singapura, seguida da Coreia do Sul, Japão e China. Aproximadamente 40% dos estudantes brasileiros que participaram da avaliação alcançaram os
níveis 1 e 2 de conhecimento, que são os mais baixos. Somente 1,8% de nossos alunos
conseguiu situar-se nos patamares mais altos (5 e 6), com capacidade de resolução de
problemas matemáticos mais complexos. Dentre os estrangeiros, 11% conseguiram resolver as questões complexas.
O PISA é realizado a cada três anos. Participam adolescentes com idade de 15 anos, ou
seja, são os alunos que estão passando do Ensino Fundamental para o Médio. O exame é
reconhecido internacionalmente como um dos parâmetros de avaliação dos conhecimentos de matemática, leitura e ciências. Na prova anterior, divulgada em dezembro de 2013,
na soma dessas três disciplinas, o Brasil ficou na 58º posição, dentre 65 países.
No exame divulgado em abril, relativo à compreensão da matemática na vida real, uma
das dificuldades de nossos estudantes foi a compreensão dos enunciados. Isso ratificou
posições anteriores dos brasileiros no PISA. Em edições anteriores, inclusive quando avaliada a performance em leitura, também ficamos nos últimos lugares. A psicolinguista
argentina Emilia Ferreiro, uma das maiores autoridades mundiais em alfabetização, que
influenciou bastante os Parâmetros Curriculares Nacionais do Brasil, observa: “Para ensinar a ler e escrever é necessário utilizar diferentes materiais. Um livro só não basta. É
preciso utilizar livro, revista, jornal, calendário, agenda, caderno, um conjunto de superfícies sobre as quais se escreve”.
Assim, não é sem razão que a indústria gráfica, por meio do Sindigraf-SP e da Abigraf-SP,
entidades que a representam no Estado de São Paulo, mantém o Projeto de Revitalização de Bibliotecas. Já foram entregues 16 desses equipamentos, com um acervo básico
de livros, em municípios do interior paulista onde os alunos das escolas públicas não
dispunham desse recurso. Acreditamos que a sociedade civil, embora a educação seja
obrigação constitucional do Estado, deva contribuir para que os estudantes de baixa renda
tenham mais acesso aos livros.
26
GRAPHPRINT AGO 14
*Presidente do Sindicato das Indústrias
Gráficas no Estado de São Paulo
(Sindigraf-SP).
A questão do ensino é uma das prioridades da indústria gráfica, e não apenas
pelo seu justo interesse capitalista de
que se imprimam mais livros no País.
O significado da leitura e da educação
transcende a essa questão econômica.
Estamos falando de justiça social, democratização de oportunidades, acesso
ao conhecimento e desenvolvimento
socioeconômico.
Por isso, as entidades de classe que
representam o setor – Abigraf Nacional,
Abigraf-SP e Sindigraf-SP – aplaudiram
a aprovação, na Câmara dos Deputados,
do Plano Nacional da Educação (PNE). O
item do projeto que prevê investimento
gradativo de 10% do PIB na rede pública
nos próximos dez anos foi pioneiramente sugerido no Congresso Brasileiro da
Indústria Gráfica, em outubro de 2011,
em Foz do Iguaçu, Paraná. A necessidade de mais dinheiro para o ensino é escancarada quando se constata que, na
segunda década do Século 21, 88% das
escolas públicas da cidade mais rica do
Brasil não têm biblioteca.
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Em sete dias, a América Latina
foi o Brasil das impressões
ExpoPrint atrai visitantes de todo o mundo e
deixa no ar uma atmosfera saudável de novos
negócios que agitará o segmento daqui em diante
Fábio Sabbag
Com a presença de 48.866 visitantes (sendo 4.082 estrangeiros) que passaram
pelos 40 mil metros quadrados de feira, conhecendo as novidades de mais de
300 expositores, que expuseram mais de 750 marcas, o evento, de acordo com a
APS Feiras & Eventos, organizadora da feira, gerou negócios que ultrapassaram
os US$ 400 milhões.
No dia 16 de julho foi realizada a abertura oficial da ExpoPrint Latin America
2014. Fizeram parte Dieter Brandt, presidente da Associação dos Agentes de
Fornecedores e Insumos da Indústria Gráfica (Afeigraf), Klaus Tiedemann, diretor
da ExpoPrint Latin America 2014, membros da diretoria da associação, Alexandre Keese, Ismael Guarnelli e Sandra Keese, diretores da APS Feiras & Eventos.
Representantes de entidades nacionais e latino-americanas do setor, como Sindigraf, Abigraf, Conlatingraf, Fiesp e Julio Semeghini (que representou o Governo
do Estado de São Paulo) prestigiaram a abertura dos “portões”.
Na opinião de Brandt, a ExpoPrint nasceu em 2004 como um projeto audacioso
de um grupo de empresários que queria oferecer ao mercado gráfico brasileiro
um evento de padrão internacional. “Hoje, comemoramos mais um sonho realizado, abrindo oficialmente a feira que se consagrou como o terceiro maior
evento gráfico do mundo”, disse.
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GRAPHPRINT AGO 14
Karl Klökler, ex-presidente da Afeigraf e ex-diretor da ExpoPrint Latin America 2006
e 2010, falecido recentemente, não foi esquecido pelos representantes da feira.
Tiedemann, por sua vez, destacou a importância do papel para a história do
mundo e frisou a pujança do mercado gráfico mundial e brasileiro. “Citando
Fausto, somente o que está impresso, em papel, nos dá garantia, lastro. Por
isso, apesar do que muitos dizem sobre a impressão, ela continua e continuará a existir. O alto número de visitantes foi reforçado por sua qualidade,
com muitos tomadores de decisão, empresários prontos para investir, o que
refletiu no valor em negócios gerados em sete dias de feira e seguirá dando
o tom para as negociações iniciadas na ExpoPrint que serão concluídas nos
próximos meses”, falou.
Para Ismael Guarnelli, diretor da APS Feiras & Eventos, o sucesso foi atingido em
todos os sentidos: “Os números mostram que o trabalho de divulgação gerou
grandes resultados. O retorno de visitantes e expositores sobre a organização da
feira foi algo que nos deixou extremamente satisfeitos. Não há dúvidas de que a
ExpoPrint Latin America 2014 foi, acima de tudo, uma grande vitória da indústria
de impressão como um todo.”
Impressões
Revelamos então as opiniões de executivos do setor sobre o evento. “A feira foi
surpreendente. Foi muito boa para a Starlaser em termos de qualidade do públi-
GRAPHPRINT AGO 14
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co. Notei muitas pessoas do segmento de embalagens que vieram ao encontro
dos novos produtos apresentados pela Starlaser. Os clientes falaram muito bem
do conteúdo e daqui a quatro anos teremos um evento muito maior certamente”,
disse Sidney Silveira, diretor da Starlaser.
Para a Compulaser, empresa que participou pela primeira vez, o evento superou todas as metas planejadas: “O Guia Profissional - Gráficos e Designers, por
exemplo, procurou colocar todos os recursos de impressão, acabamento e tecnologia de convergências existentes. Cerca de 90% do que pode ser aplicado na
mídia impressa está presente no caderno. É uma fonte de inspiração, com novas
sugestões e aplicações diferenciadas. Designer, gráficos e todos os profissionais
que atuam no setor podem usar o livro para aumentar seu leque de oportunidades. O material também será comercializado em livrarias”, avisa Renato Oliveira,
diretor da Compulaser.
Daniel Eraldo, diretor de marketing e de desenvolvimento de novos negócios da
Zanatto, fala em resultado excelente, além de notar um número muito grande de
participantes que estão desenvolvendo novos negócios. “Há várias empresas
com solidez financeira que conseguem sair do comum e fazer novos desenvolvimentos com foco em tecnologia e produtividade. A procura foi baseada na
otimização dos processos para continuar participando do mercado gráfico de
forma saudável”, aponta.
30
GRAPHPRINT AGO 14
Já o diretor presidente da Cromos, Gero Plueker, compara a ExpoPrint com grandes eventos internacionais: “Quando abriu a possibilidade de participação, há
quatro anos, a Cromos fez todo o esforço financeiro para participar e resolveu
entrar firme. Chegamos à ExpoPrint e ficamos muito surpresos com o alto nível
em todos os aspectos. Recebemos visitantes de vários países europeus, dos
Estados Unidos e da Turquia. O Brasil passa por um momento não muito bom,
mas o ambiente da feira é totalmente inverso, alegre. A Cromos está com energia renovada.”
Para Alan Gios, do departamento de marketing da Metalgamica, mesmo que com
um mercado retraído, muitas negociações que começaram antes da feira se
consolidaram. “O pós-feira será bem proveitoso. Há uma necessidade de desenvolvimento de produtos para determinadas áreas e sistema de molha é uma
delas. Há pressão para reduzir o uso do álcool isopropílico, mas as pessoas
ainda estão perdidas. Há inputs de um lado dizendo que é preciso reduzir, mas
por outro lado não tem como reduzir ainda. Não adianta pegar a Alemanha como
exemplo, não é possível descartar as máquinas já instaladas no Brasil. É uma
questão de desenvolvimento contínuo e esse processo vai levar alguns anos,
pois envolve rolaria, soluções de fonte adequadas entre outros insumos. Não é
questão de um produto para substituir o álcool isopropílico”, avalia.
“Foi um evento surpreendente em razão da situação econômica como um todo,
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31
além do calendário apertado”, disse Sean Maximo, analisa de marketing da Konica Minolta. “A intensidade da feira foi grande e a tendência é de resultados positivos. Para a Konica Minolta não foi diferente, o estande esteve sempre lotado
e com prospecção de negócios elevada”, completa.
Surpreendente é a melhor palavra para descrever o evento. “Todos estão em
busca de encontrar a melhor forma de transformar a indústria gráfica. Nos últimos meses, o mercado estava menos otimista, mas desde o primeiro dia da feira
o movimento foi muito bom. Sentimos um interesse grande tanto de clientes
atuais como os que ainda estão buscando mercado no âmbito digital. A certeza
é que a impressão digital chegou e os clientes querem saber como vão entrar”,
fala Fernando Alperowitch diretor para as linhas HP Indigo e Inkjet WebPress da
HP na América Latina.
“Vários clientes estiveram presentes e novos contatos foram conhecer os lançamentos da Prolam, que trazem novas dimensões ao mercado. Apresentamos
novos conceitos e opções de acabamentos, como, por exemplo, holografia e
materiais metalizados. Sentimos também grande participação de empresas da
América Latina interessadas em fazer negócios com o Brasil”, conta Marcos
Marcello, diretor de marketing da Prolam.
Veio gente de Portugal para conferir as novidades e ter uma visão do que está
acontecendo na América Latina. A Sogapal - Sociedade Gráfica da Paiã, representada por Viana Júnior, impressor chefe de máquina, registrou sua participa-
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GRAPHPRINT AGO 14
ção. “Atuamos no mercado publicitário, revistas, jornais e panfletos promocionais. A empresa conta com três plantas localizadas em Lisboa. No mercado
gráfico português há um grande investimento em rotativas comercial e, em
contrapartida, uma diminuição de máquinas planas de 10 anos para cá. Já
a impressão digital está no nível das gráficas rápidas e não vejo caminhar
em conjunto com as grandes gráficas em Portugal”, avaliou o profissional da
indústria gráfica portuguesa.
Na opinião de Francisco Veloso Filho, diretor da Overlake, o evento se consolidou
sendo a plataforma ideal para lançamento de produtos. “A feira tem essa consistência positiva. De equipamentos a serviços, todos apresentaram novidades
e por isso o gráfico conseguiu pegar informação. Nosso catálogo foi muito bem
recebido, pois mostrou muitas inovações para o segmento de embalagens.”
Hamilton Terni Costa, diretor da ANconsulting, detectou animação: “O comentário
geral é que 2014 realmente começou. Há uma efetiva intenção de investimento.
O pessoal tem carta de intenção assinada ou pedidos fechados. A situação
econômica é difícil para todos, seja de offset ou digital, mas o mercado está
bem animado. Empresas de softwares e web to print fecharam muitas plataformas e espero que seja o começo para emendar 2015, que também não será
um ano fácil”, opina Costa.
O presidente da Heidelberg do Brasil, José Luis Gutiérrez, declarou que a companhia cumpriu seus objetivos: “Tínhamos três objetivos quando começamos a
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ExpoPrint: o primeiro era econômico, com volumes de pedidos, que conseguimos
e superamos; o segundo era atender clientes satisfeitos e orgulhosos de serem
nossos parceiros, o que também estamos conseguindo; e o terceiro era que
nossos colaboradores se motivassem e acreditassem na indústria gráfica, o que
também conseguimos”, disse Gutiérrez, que completou: “Separamos nosso estande em uma parte mais industrial e outra comercial, com equipamentos com
a mais alta tecnologia do mercado”.
Para o gerente de marketing da Agfa Graphics para a América Latina, Eduardo
Sousa, “a ExpoPrint é a feira mais importante da nossa indústria na América e
reafirmou sua importância, trazendo otimismo ao mercado. A Agfa tem muito a
comemorar, pois trouxe novidades e tendências importantes, como a solução
web to print. Os clientes ficaram impressionados com a amplitude que a ferramenta proporciona; fechamos bons negócios com o software e também com
nossa impressão inkjet”.
O diretor de planejamento e marketing da Alphaprint, Hadriano Domingues,
destacou o público qualificado da ExpoPrint Latin America 2014. “A presença
em nosso estande teve forte presença de decisores, como donos de gráficas e
profissionais da área comercial. Estamos surpresos com a qualidade. Tivemos
vendas durante a ExpoPrint e projetos que tocaremos pós-feira. Os clientes ficaram interessados e acreditamos que o resultado final será bastante positivo”.
De acordo com Caio Nakagawa, gerente de produtos da Furnax, “foi uma fei-
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GRAPHPRINT AGO 14
ra que reuniu muitos clientes atuais da Furnax; reencontramos amigos e realizamos negócios. Foi uma feira positiva. Estávamos com uma expectativa
pessimista com o cenário da Copa do Mundo e eleições presidenciais, mas
o resultado final foi bem positivo. Concretizamos alguns negócios e há mais
outros para acontecer”.
Luiz Cesar Dutra, diretor-geral da KBA Brasil, também se surpreendeu com a ExpoPrint: “Vínhamos de um mercado devagar, com as pessoas em dúvida. Porém,
a ExpoPrint surpreendeu, com grande movimento, muitos visitantes interessados em conhecer a nova KBA, um trabalho que estamos fazendo há alguns anos.
As pessoas viram nossa máquina destinada ao mercado de cartonagem durante
as demonstrações e conheceram a KBA.”
A superação de expectativa também foi vista na Sun Chemical. “Tivemos uma
surpresa incrível em relação ao número de visitantes; uma grande quantidade
e qualidade que nos surpreendeu, com muitos clientes tomadores de decisão
e que trabalham diretamente com produção e vieram conhecer nossas tecnologias. Enxergamos que o gráfico brasileiro está buscando novas tecnologias e
maneiras de fazer crescer seu negócio, com maior rentabilidade e produtividade.
Para nós, isto foi uma grata satisfação. Estamos muito felizes com o resultado da
ExpoPrint e vamos nos preparar para a próxima, e que seja ainda melhor do que
essa”, falou Cristina Barros, key account manager - narrow web & metal deco
da Sun Chemical do Brasil.
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O gerente-geral da Ferrostaal, Janio Coelho, concorda: “Há muito tempo promovemos a tecnologia LED UV e a ExpoPrint 2014 deu uma repercussão acima do
esperado. O que escutamos dos clientes por onde andamos da feira foi o avanço
que essa tecnologia trouxe ao mercado. Nosso stand ficou cheio nas apresentações e o nível de perguntas e a qualidade de geração de negócios nos surpreenderam bastante. A tecnologia mostrou estar pronta e os clientes entenderam
isso. Estamos felizes com o resultado.”
De acordo com o gerente de marketing da OKI, Marcio Marquese, “a feira foi um
sucesso para a empresa pela exposição dos novos equipamentos e pela geração
de negócios. Trata-se de um público muito aderente à tecnologia que oferecemos ao mercado”.
Enio Zucchino, gerente de desenvolvimento de mercado para impressão comercial da Kodak, frisou a aposta da escolha da companhia na ExpoPrint Latin
America 2014: “A Kodak fez questão de trazer todo o portfólio de produtos para
a feira, sendo hoje 100% focada na área de impressão industrial gráfica, mostrando ao empresário formas de revolucionar o negócio gráfico e se diferenciar
no mercado. Foi uma das feiras eleitas pela Kodak para participação. O público
é condizente com o que esperávamos e mais qualificado em saber o que busca.
Então, o balanço foi excelente para nós.”
Para Osmar Barbosa, gerente-geral da EFI Metrics, da área de Software de Produtividade na América Latina, “a ExpoPrint Latin America é uma vitrine de novas tecnologias; para nós, da EFI, é sempre um momento muito importante e
esperado. Durante o evento milhares de visitantes puderam conferir a atuação
de três importantes linhas da EFI: as linhas de sistemas de gerenciamento EPS,
as soluções Fiery e os equipamentos digitais Inkjet, além de tirar dúvidas com
executivos e ver todo o desempenho de nossos produtos. O resultado atingiu
nossas expectativas, com a realização de bons negócios, inclusive com empresas estrangeiras”.
Para a Calcgraf, a prospecção de clientes foi intensa, assim como o encontro dos
usuários do sistema de todo o Brasil e mesmo do exterior: “A presença de latino-americanos foi grande, superando a edição anterior da feira”, comentou Karina
Escobar, diretora da empresa.
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GRAPHPRINT AGO 14
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TINTAS PARA ROTATIVAS
Alinhadas ao ambiente
De olho em nichos que estão
em pleno crescimento, o
fabricante de tintas para
rotativas pensa em produtos
ambientalmente responsáveis
Fábio Sabbag
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Antes de entrar no tema desta pauta, que trata de tintas para impressão rotativa, nada melhor do que trazer notícias boas ao desenvolvedor desses insumos.
E um dos fatos relevantes é que as editoras brasileiras venderam ao mercado
279,66 milhões de livros em 2013, representando um aumento de 4,13% em
relação aos 268,56 milhões de exemplares de 2012. As vendas de exemplares
ao governo tiveram crescimento de 20,41%. Em 2013, foram 200,30 milhões de
exemplares ante 166,35 milhões em 2012
Tintas para rotativas
Os dados são relativos à Pesquisa Produção e Vendas do Setor Editorial Brasileiro,
da Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas da Universidade de São Paulo
(FIPE/USP), sob encomenda da Câmara
Brasileira do Livro (CBL) e do Sindicato
dos Editores de Livros (SNEL). O levantamento abrange os segmentos básicos
do setor do livro: o mercado (editoras, livrarias e outros pontos de venda) e o governo (que compra das editoras por meio
de programas, como o Plano Nacional do
Livro Didático - PNLD).
Quanto ao faturamento, o crescimento nominal do setor editorial brasileiro, considerando mercado e governo, em 2013, foi
de 7,52%, com R$ 5,35 bilhões. Esse percentual significa um crescimento real de
1,52%, considerada a variação de 5,91%
André Nato Machado, supervisor comercial, e Sérgio Pera, diretor-geral, executivos da Toyo Ink:
“A Toyo Ink há alguns anos não desenvolve mais produtos que
não sejam amigáveis ao ambiente por determinação do código de
sustentabilidade que guia os novos desenvolvimentos da empresa.”
do IPCA em 2013. Entretanto, desconsideradas as compras feitas pelo governo,
o crescimento nominal foi de 5,90%. Ou
seja, considerada a variação do IPCA de
5,91%, as vendas ao mercado não sofreram alterações positivas ou negativas,
dado que o crescimento real foi de 0%.
Vendas positivas no segmento de livros,
jornais com índices de crescimento satisfatórios trazem novos patamares para
o fabricante de tintas para rotativas, que
traça caminhos da sustentabilidade no
setor. André Nato Machado, supervisor
comercial, e Sérgio Pera, diretor-geral,
ambos da Toyo Ink, afirmam que a empresa é líder em tintas rotativas no Oriente,
trabalhando hoje somente com tintas vegetais de alto desempenho para diversas
aplicações. “Também atuamos fortemente no segmento de tintas rotativas UV para
jornais, após adquirir a fábrica belga Arets
Graphics, líder no segmento na Europa
com 60% de market share. A Toyo Ink há
alguns anos não desenvolve mais produtos que não sejam amigáveis ao ambiente
por determinação do código de sustentabilidade que guia os novos desenvolvimentos da empresa”, explicam.
Já o Flint Group, com portfólio completo
de tintas para rotativas - tanto em heat set
como em cold set -, de acordo com Lucia
Silva, comercial/SAC, está na liderança do
mercado brasileiro nesses processos de
impressão. “Há muitos anos, o Flint Group
produz tintas bio-renováveis de acordo
com as diretrizes da Napim, as linhas
Agriweb e Agri-Lith são utilizadas pelas
principais gráficas do país e tornaram-se
a referência do mercado brasileiro”, informa Lucia.
Marco Zorzetto, gerente industrial da
Printcor, diz que os produtos da empresa
há anos utilizam o máximo de matérias-primas renováveis. “Utilizamos óleos
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Tintas para rotativas
vegetais e resinas naturais em nossas
formulações para todos os tipos de segmentos. Somos certificados pelo American SoyBeanAssociation (ASA) e toda a
nossa cadeia produtiva está alinhada com
as principais questões ambientais. O uso
do óleo vegetal deixa a tinta com cores
mais vibrantes, aumentando o gamut de
cores visto que são mais transparentes e
melhora o rub-off da tinta. Para rotativas
menores, temos também a linha de tinta
UV com percentual de soja acrilada, contribuindo também com as gráficas que
utilizam essa tecnologia de tinta. Também
fabricamos todas as cores especiais para
rotativa com a utilização de óleos vegetais”, detalha Zorzetto.
Ainda de acordo com o gerente industrial
da Printcor, não se trata mais de diferenciação, mas sim de comprometimento
com um assunto de extrema importância
que é o ambiente e consequentemente a
sustentabilidade dos negócios. “Além da
utilização de uma matéria-prima renovável há estudos que mostram que, durante
o processo de reciclagem, impressos com
Lançamentos
Flint Group
“Os lançamentos em tintas rotativas concentram-se no mercado de heat set, buscando produtos cada vez mais ambientalmente amigáveis e visando custos de
produção cada vez mais baixos. Todos os insumos fabricados estão dentro das
normas brasileiras e das diretrizes da Napim. Acreditamos que além de o produto
ser ambientalmente amigável, a diretriz do Flint Group sempre foi trabalhar com
embalagens retornáveis, por isso temos uma grande frota de contêineres retornáveis e de carretas que possibilitam a entrega a granel, de forma a reduzir o impacto
das embalagens no ambiente”, diz Lucia.
Printcor
“Os nossos lançamentos são tintas UV com percentual de soja, garantindo a utilização do selo SoyInk para as gráficas que utilizam esse tipo de tecnologia. Nossas
tintas atendem completamente as normas ambientais, pois fabricamos tintas com
óleos vegetais, que junto com as resinas previamente selecionadas apresentam
baixíssimo níveis de teor de metais pesados, baixa migração e odor residual e
utilizamos o máximo de aditivos naturais, contribuindo para uma formulação mais
renovável”, fala Zorzetto.
Toyo
“Lançamos no Brasil, as linhas Excure UV News para rotativas frias, com o destaque no baixo consumo de energia e com selo de ecologia SoyInk, por possuir
tecnologia híbrida UV e vegetal para uma melhor adaptação nas impressoras e
tornar cada vez mais o produto ecologicamente amigável. Temos todos os selos de
ecologia no desenvolvimento e na formulação, além de atender também as normas
12647 de tonalidade. A ToyoInk procura atender a toda necessidade que o mercado
necessitar em todos os segmentos de impressão”, explicam Machado e Pera.
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GRAPHPRINT AGO 14
Marco Zorzetto, gerente industrial da
Printcor:
“Utilizamos óleos vegetais e
resinas naturais em nossas
formulações para todos os
tipos de segmentos. Somos
certificados pelo American
SoyBeanAssociation (ASA) e
toda a nossa cadeia produtiva
está alinhada com as principais
questões ambientais. O uso
do óleo vegetal deixa a tinta
com cores mais vibrantes,
aumentando o gamut de cores
visto que são mais transparentes
e melhora o rub-off da tinta.”
Tintas para rotativas
Maurício Koch, gerente de Produtos/Exportação
do Flint Group:
tintas à base de óleos vegetais necessitam de menor quantidade de químico, o
que ajuda na preservação das fibras do
suporte”, diz Zorzetto.
“Há muitos anos, o Flint Group
produz tintas bio-renováveis de
Destaques
O Flint Group aposta em um portfólio totalmente alinhado às necessidades de impressão no Brasil. “Nossa estimativa para
o futuro é de estabilidade e leve crescimento do mercado de impressão heat set
e de uma queda gradual para tintas cold
set. Já a impressão digital não tem praticamente nenhum impacto na impressão
rotativa. Por outro lado a utilização cada
vez mais acentuada de dispositivos móveis causa impacto no mercado de mídia
impressa, especialmente jornais e revistas”, diz Lucia.
Hoje, o destaque da Toyo é o início da
atuação no segmento de UVNews, tintas
UV para rotativas cold set. Com relação
à impressão digital, Machado e Pera têm
a mesma opinião: “O setor de rotativas
deverá ser cada vez mais enxuto, reduzindo custos de acertos de máquina, aumentando a diversidade de produtos e
acabamentos e se dedicar a impressos
e publicações de alto valor agregado. Por
isso apostamos no aumento de volume de
tintas UV para rotativas frias.”
O destaque da Printcor fica por conta
das tintas para rotativas de pequena es-
acordo com as diretrizes da Napim,
as linhas Agriweb e Agri-Lith são
utilizadas pelas principais gráficas
do país e tornaram-se a referência
do mercado brasileiro.”
trutura, “onde as linhas para sheetfeed,
convencional e UV, se encaixam perfeitamente, apresentando excelente estabilidade e baixo misting. E as rotativas
heat set, linhas 22000, e cold set, linhas
25000 apresentam ótimo equilíbrio água/
tinta, baixo misting e excelente secagem
e produtividade, sem acumular na blanqueta. Nosso volume de produção atual
para esse segmento é de 20 toneladas ao
mês, porém estamos estruturados para
uma maior demanda, pois o segmento de
rotativa nos últimos anos aumentou com
a chegada de pelo menos 200 castelos de
impressões. Além disso, em virtude de estratégias de mercado dos nossos concorrentes, estamos preparados para suprir
demandas que surgirão com o tempo”,
avalia Zorzetto.
As tecnologias digitais estão cada vez
mais melhorando as deficiências do início
dessa tecnologia; já é possível a impressão em grandes tiragens com acabamento em linha. Em alguns países da Europa
já é possível imprimir o jornal na banca
de jornal e escolher somente os cadernos
que interessa, pagando somente por aquilo
que realmente se deseja ler. “O segmento
de offset como um todo terá que trabalhar
junto com essas novas mídias e oferecer
maior valor agregado por meio do uso de
cross-media, pois hoje em dia a gráfica
não pode apenas se contentar em imprimir
cromia frente e verso. É necessário diferenciação não somente na impressão tradicional, mas prestar serviços por meio das
diversas mídias disponíveis no mercado”,
indica o gerente industrial da Printcor.
GRAPHPRINT AGO 14
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Case
Campanha “Boas Ideias
Passam pelo Papel”
Você já deve ter recebido um e-mail com a frase “Antes de imprimir, pense no meio ambiente”. Mas você já parou para pensar
se essa frase faz sentido? Para ajudar a esclarecer essa dúvida,
foi lançada a campanha “Boas Ideias Passam pelo Papel”, uma
iniciativa da Suzano Celulose e Papel criada para mostrar as contribuições da indústria de celulose e papel ao meio ambiente e à
sociedade.
Veja: 100% da celulose e do papel produzidos no Brasil vêm de
florestas plantadas para esse fim e são produzidos com respeito
às pessoas e ao meio ambiente; ao contrário do que muitos imaginam, as florestas plantadas colaboram para a recuperação de
áreas degradadas e desertificadas, além de manter a fertilidade
do solo; no campo social, o setor de celulose e papel gera empregos, ajuda a reduzir a pobreza e inclui os pequenos produtores na
economia;pormeiodoplantioemmosaico,intercaladocomáreas
de preservação, as florestas plantadas propiciam um ambiente
adequado para a manutenção e reprodução da fauna e da flora; o
papel produzido no Brasil vem de florestas plantadas certificadas
pelos mais rígidos padrões internacionais, garantia de boas práticas socioambientais.
Konica Minolta recebe
prêmio pela linha de
multifuncionais (MFP) de
formato A3
A empresa sagrou-se vencedora por quatro vezes consecutivas
do BLI Award, promovido pelo Buyers Laboratory LLC (BLI), uma
instituiçãoindependentede análise de sistemasde impressãodigital e de gestão de documentos com mais de 50 anos de história.
A Konica Minolta sagrou vencedora da premiação com sua linha
de multifuncionais para formato A3 na categoria Line of theYear.
OsprodutosdaKonicaMinoltaforampremiadosapósdoismeses
de testes.
“O que a Konica Minolta vem conquistando com esse quarto prêmio consecutivo é algo sem precedentes. O fato de, ano após ano,
aKonicaMinoltacontinuarasuperarsuaprópriatecnologiaevencer a competição é a prova da qualidade constante de sua linha de
impressoras A3”, afirmou Daria Hoffman, editora da BLI.
Ranking aponta Plural na
liderança em capacidade produtiva
Pelo 11º ano consecutivo, a Plural Indústria Gráfica é líder no
rankingdecapacidadeinstaladanoBrasildeacordocomoestudo
da Análise Setorial 2013 realizado pela AMSG Consultoria em Negócios e Mercado para a Associação Brasileira de Empresas com
Rotativa Offset (Abro).
Em relação ao estudo anterior, a Plural apresentou um crescimento de 23% em sua capacidade produtiva, que era de 1.596.500
IPH e passou para 1.967.000 IPH (impressões de cadernos de 16
páginas por hora).
Esse resultado se deve à aquisição de uma planta no Nordeste no
final de 2012. Ainda de acordo com o estudo, a Plural possui 52% a
maisdecapacidadeprodutivaqueosegundocolocadonoestudo
e 58% a mais que o terceiro colocado.
Considerada a produtividade da Plural em 2008, que era de
956.500 IPH, é possível notar que em cinco a empresa registrou
crescimento de 51% em sua capacidade nominal. O ranking do
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GRAPHPRINT AGO 14
estudo relaciona as 15 principais empresas do segmento gráfico
no País, que representam 24% do total de empresas e 70,1% da
capacidade de impressão do parque de rotativas nacional.
A Análise Setorial 2013 da Abro tem como base os dados disponibilizados pelos fabricantes de impressoras rotativas offset.
De acordo com Carlos Jacomine, diretor geral da Plural, vice-presidente da Abro e coordenador da análise setorial Abro, a Análise
Setorial, única de nosso segmento no Brasil, é o retrato e a prova
que podemos interferir na construção de nosso futuro e alterar o
curso de ações que podem mudar, de forma decisiva, o caminho
queestamosconstruindoparanossosnegócios.“Paranós,executivos,empresáriosedirigentes,sobramoportunidadesedesafios
relacionados sobre o futuro de nossa indústria”, fala Jacomine.
Case
EFI Connect 2014 foi um
sucesso
A EFI teve a casa cheia durante o EFI Connect 2014, realizado recentemente em Las Vegas (EUA). Todas as vagas abertas foram
preenchidas durante a pré-inscrição do evento. A conferência registrou cerca de 1.500 participantes pré-inscritos. O aumento no
número de inscrições – um terço maior do que no Connect 2013
– reflete o interesse dos clientes pelos negócios de treinamentos
técnicos oferecidos em um dos eventos de usuários mais bem-sucedidos do setor de artes gráficas.
Em seu 15º ano, o evento ofereceu mais de 150 sessões educativas, inclusive treinamentos com especialistas técnicos em fluxo
de trabalho de MIS/ERP, web to print, comércio eletrônico, gerenciamento de front-ends digitais e impressão industrial a jato de
tinta com o portfólio de produtos premiados da EFI.
“Dedicamo-nos mais do que nunca para tornar esta edição do
Connectumaconferênciadeexcelênciainternacionaleumevento imperdível para profissionais da área de impressão que dese-
jam ser os primeiros em um mercado competitivo”, afirmou Frank
Mallozzi, vice-presidente sênior de vendas mundiais e marketing
da EFI.
Além do maior número de participantes, a EFI também registrou
100%doespaçodisponívelparaexposiçõesnoConnecttotalmente vendido nas semanas que antecederam o evento. Entre os parceiros e patrocinadores estavam 3M, Canon, Esko, honle UV America, Kodak, Konica Minolta, Lintec, MBM, NAPL, People’s Capital
Leasing, Ricoh, Xerox, xpedx e Zund.
Abimaq consegue alcançar R$ 7 milhões
de economia para suas associadas em
eventos
Consideradaumadasprincipaisplataformasparadivulgaçãodosseusprodutospelosfabricantes
de máquinas e equipamentos, as feiras industriais têm contribuído para a promoção, geração de
novos negócios e também de atualização tecnológica das empresas.
Ciente das necessidades das associadas, a Abimaq anualmente apoia as principais feiras do
setor, negociando com as promotoras condições especiais e melhorias nos eventos visando o
melhor custo por resultado para os seus associados.
O número de empresas associadas que participam das feiras tem aumentado a cada ano. Em
2013 foram 956 empresas distribuídas por 31 feiras. Devido ao trabalho da entidade junto aos
promotores,essasempresastiveramumaeconomiadeaproximadamenteR$7milhõesnaaquisição do metro quadrado nos eventos.
Em 2014 a Abimaq apoiará mais de 40 feiras, todas com benefícios para os associados, que
contam com desconto de 10% a 30% na aquisição do metro quadrado. Para facilitar ainda mais a
presença das empresas nas feiras, a entidade também organiza a participação em estande coletivo,intitulado“IlhaAbimaq”,comestandemontadoeosserviçosdebuffet,segurançaelimpeza.
Essa ação proporciona ao associado uma redução de custo e maior visibilidade no evento.
GRAPHPRINT AGO 14
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ENTIDADES
Foto: Alexandre Ondir/Divulgação Sindigraf-SP
Sindicatos gráficos de 15 estados
reuniram-se em São Paulo
O 2º Encontro Nacional dos
Sindicatos da Indústria Gráfica
trouxe à capital paulista 50
presidentes e executivos de mais
de 20 sindicatos e associações
representativas da indústria
gráfica nacional
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Promovido recentemente pelo Sindicato da Indústria Gráfica do
Estado de São Paulo (Sindigraf-SP), o evento foi realizado pela primeira vez em 2013, com o objetivo de compartilhar subsídios para
aprimorar a gestão das entidades do setor e a análise do momento
político e econômico. “A indústria gráfica tem registrado sucessivos resultados negativos desde 2007. Os sindicatos e as associações da classe são o primeiro ponto onde os empresários do setor,
em que predominam pequenas e microempresas, buscam apoio”,
afirmou Fabio Arruda Mortara, presidente do Sindigraf-SP.
O programa foi composto por 12 palestras. A primeira, Planejamento Estratégico: Implantação e Controle, foi ministrada por
Andreas Dohle, do Instituto para o Desenvolvimento das Organizações, que recomendou às entidades pensarem os planejamentos de modo holístico, sem esquecer dos aspectos operacionais e
financeiros que viabilizarão as ações.
Entidades
Fabio Arruda Mortara, presidente do Sindigraf-SP:
Foto: Alexandre Ondir/Divulgação Sindigraf-SP
“Os sindicatos e as associações
da classe são o primeiro ponto
onde os empresários do setor,
em que predominam pequenas e
microempresas, buscam apoio.”
Um ponto alto do evento foi a palestra Perspectivas para um Brasil
Melhor, de Fábio Barbosa, presidente do Grupo Abril, que analisou a situação econômica, alertando para o risco de o país “não
enriquecer antes de envelhecer”, em referência ao bônus demográfico que vivemos, em descompasso com os baixos níveis de
crescimento. Falou ainda que a solução para recuperar a competitividade está em diminuir o custo país e não em políticas setoriais
que visem aumentar o custo mundo.
Ao comentar as mobilizações dos últimos dois anos, Barbosa diz
que aprendemos a consumir produtos, mas não cidadania, e que
é preciso evoluir do “vem para a rua” para o “vem para a urna”.
E finalizou: “A corrupção nasce da tolerância com os pequenos
delitos. É preciso dar certo, fazendo a coisa certa, do jeito certo. O
jogo é duro, mas é na bola e não na canela.”
Formação
No módulo Formação Profissional para a Indústria Gráfica, o professor Walter Vicioni Gonçalves falou da responsabilidade da educação na recuperação da competitividade. Sucessão Empresarial
Familiar foi o tema abordado pelo especialista em empresa familiar Domingos Ricca, da Ricca Assessoria. Fechando o primeiro
bloco, Mário César Martins de Camargo, ex-presidente da Abigraf
e diretor da Fiesp, fez uma análise dos 7 Erros do Empresário Gráfico e comentou a própria experiência como empresário gráfico.
À tarde, a economista Zeina Latif, da XP Investimentos, analisou o
ambiente de negócios e criticou políticas setorialistas: “Escolher
setores vencedores tem efeito sobre toda a economia e não traz
benefícios para o conjunto do país”, disse ela, prevendo que alta
taxa de juros e câmbio continuarão prejudicando desempenho e
investimentos da indústria até 2015.
A especialista em compliance Josefa Lira falou sobre a importância de entidades e empresas disporem de condutas e processos éticos e aderentes aos valores das instituições, seguida pelo
gerente de marketing da Abigraf, Igor Archipovas, com a palestra
Marketing e Comunicação em Entidades de Classe, e por Fabio
Arruda Mortara, com o tema Como Implantar a Two Sides Brasil
nos Mercados Regionais.
Após uma rodada de relatos de Boas Práticas Sindicais e Ações de
Sucesso, o tema Técnicas de Negociação Sindical correspondeu
à penúltima palestra do dia, a cargo do advogado Jerônimo Ruiz,
diretor do Sindicato das Indústrias do Papel, Celulose e Pasta de
Madeira no Estado de São Paulo. Para finalizar, o cientista político
Carlos Melo, professor do Insper, mobilizou as atenções ao esmiuçar o Cenário Político Brasileiro.
Apoios
O evento teve apoio da Associação Brasileira da Indústria Gráfica (Abigraf), da Confederação Nacional das Indústrias (CNI), da
Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp), da Associação Brasileira de Tecnologia Gráfica (ABTG) e do São Paulo
Convention Visitors Bureau (SPCVB). Na abertura, além de Mortara,
também se pronunciaram o presidente nacional da Abigraf, Levi
Ceregato, e o presidente da regional paulista da associação, Sidney Anversa Victor.
GRAPHPRINT AGO 14
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EMPRESA EM DESTAQUE
Para a Forma Certa,
o certo é ampliar
horizontes
Consolidada como bureau de pré-impressão,
a empresa investe para expandir sua
produtividade e ser uma das maiores
fornecedoras de soluções de impressão digital
A Forma Certa adquiriu uma HP Indigo 10000, uma impressora
digital de qualidade offset em formato meia-folha (B2). Com o
novo equipamento, a companhia poderá ampliar as possibilidades
de formatos, aplicações e tiragens de seu portfólio, oferecendo a
seus clientes o que há de mais moderno em precisão na tonalidade das cores e altíssima qualidade de impressão.
“A Forma Certa já tem atuado há dois anos e meio na área de
impressão digital com boas surpresas e entendemos que, junto
com a ExpoPrint, foi um momento ímpar para a aquisição do equipamento. Com isso, efetivamente, ampliamos o leque de possibilidades e, consequentemente, o formato deixa de se um fator
limitador de novos negócios tanto para os nossos clientes como
para os gráficos que atendemos atualmente”, fala Fabrício Lemos,
diretor comercial da Forma Certa.
Com 13 anos de atuação, a Forma Certa sempre se mostrou como
uma empresa fundamentada nas necessidades dos clientes. “A
impressão digital sempre fez parte da nossa pauta. Temos de
apresentar recursos técnicos e humanos bem preparados. Só para
o Dscoop, o primeiro realizado na América Latina, levamos mais de
20 profissionais para discutir as necessidades do mercado. Temos
hoje na área digital dois focos: o primeiro é atender o cliente que
já tem familiaridade com a Forma Certa e o segundo é mostrar
ao gráfico, que acaba se tornando nosso portfólio também, que
o equipamento tem uma barreira de entrada para que ele possa
atingir o volume ideal. O resultado é que podemos ser um provedor,
uma espécie de Print Center para aqueles que têm a demanda, mas
não possuem a impressora nesse formato. A qualidade de impressão, o custo e a diversidade de aplicações oferecidas pela tecnologia Indigo nos consolidou como um dos principais provedores de
soluções digitais da cidade de São Paulo”, argumenta Lemos.
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GRAPHPRINT AGO 14
Diretoria da Forma Certa composta por Vera Lucia,
Fabricio Lemos e Francisco Carlos mostram o mais
recente investimento. “A Forma Certa já tem atuado
há dois anos e meio na área de impressão digital
com boas surpresas e entendemos que, junto com a
ExpoPrint, foi um momento ímpar para a aquisição do
equipamento”, disse Lemos
Atenta às transformações do mercado de impressão, a empresa
investe na educação de seus parceiros e colaboradores. “Nossa
missão é viabilizar a emoção, a comunicação e a qualidade de
vida. Acreditamos que é perfeitamente possível atingir tudo por
meio do impresso. Podemos conectar as pessoas usando a impressão como plataforma de interação com móbile, por exemplo.
São desafios que efetivamente começamos a executar”, avisa diretor comercial.
Além da HP Indigo 10000, a companhia investiu na compra do
software HP SmartStream Director, que viabiliza a criação de
aplicações personalizadas. A solução web to print oferece aos
clientes corporativos um serviço de impressão digital personalizado sob demanda, como, por exemplo, cartões de visita,
papelaria interna e campanhas de cross-media, entre outros.
“Essa é uma ferramenta de produção importante para quem
precisa de altos volumes de impressão, com grande rapidez
e flexibilidade, independente da aplicação”, afirma Fernando
Alperowitch, diretor para as linhas HP Indigo e Inkjet WebPress
da HP na América Latina.
HP Indigo 10000
De acordo com a HP, o equipamento é alimentado por folha no
formato máximo 750x530 mm, sendo capaz de imprimir com velocidade de 3450 folhas por hora em 4 cores e até 4600 folhas por
hora em modo EPM.
A HP Indigo 10000 pode utilizar uma técnica única de alta produtividade no qual os trabalhos são impressos com a utilização
de três cores somente e não quatro, eliminando, informa a fabricante, a necessidade da tinta preta e deixando o equipamento
33% mais rápido.
ARTIGO
Empreendedorismo em
família é uma boa opção?
Por Piero Contezini, CEO do Asaas
Boa parte dos pequenos negócios brasileiros é baseada no empreendedorismo familiar. É comum que, em pequenas empresas,
pais e filhos trabalhem juntos e dividam os lucros. Mas será que
tal modelo empresarial é uma boa opção?
A resposta para esse questionamento não é simples. Há vários
aspectos que devem ser levados em consideração antes de se
firmar uma sociedade com parentes. Se você está avaliando essa
possibilidade, conheça as principais vantagens e desvantagens
para que possa tomar a melhor decisão.
As desvantagens de empreender com parentes
O lado bom de trabalhar em família
Alto nível de confiança
O pilar principal do empreendedorismo em família é a confiança. Trabalhar com a esposa, os filhos ou outros parentes dá ao
empresário uma enorme segurança. Além disso, uma equipe com
pessoas que gostam e confiam umas nas outras tende a ser mais
produtiva, devido à consciência de grupo e ao trabalho em equipe.
Decisões tomadas em conjunto
Se você está trabalhando em família há maiores garantias do
comprometimento dos funcionários com o futuro do empreendimento, pois todos têm o mesmo objetivo, já que os benefícios da
empresa serão de todos. Dessa forma, as decisões importam a
todos e todos estão mais engajados nelas.
Intimidade pode atrapalhar
Os maiores problemas do empreendedorismo familiar são gerados
pela intimidade, principalmente no que se refere a ordens dadas.
Pode acontecer de o seu filho achar que pode adiar o cumprimento de alguma questão que você solicitou, ou de o seu irmão achar
que é melhor fazer a obrigação de outra forma. Nessa hora, é importante ter calma e diálogo para contornar a situação.
Confusão hierárquica
Outro problema do empreendedorismo familiar é a confusão hierárquica. Seu parente pode querer interferir no trabalho de gerentes
ou outros funcionários, simplesmente porque considera que possui
poder para isso apenas por pertencer à família. É necessário ter
tranquilidade e firmeza para explicar a ele que não é bem assim.
Os ganhos ficam em família
A sociedade entre parentes garante que os ganhos do negócio
permanecerão entre a família. Não apenas as retiradas mensais
serão divididas entre os familiares, mas também o patrimônio no
futuro.
Pouca preocupação com qualificação
Quem vai abrir um negócio não deve levar em conta apenas a
confiança e a questão financeira; a qualificação dos funcionários
é extremamente importante. De nada lhe adiantará colocar o seu
filho como sócio para ocupar um cargo de gerência se ele não
está capacitado para tal. A qualificação, principalmente em áreas
técnica ou de gestão, é fundamental para o sucesso do negócio.
Planejamento da sucessão
O empreendedorismo em família também garante maior planejamento da sucessão familiar. Se seu filho trabalha dentro do negócio terá maiores chances de levá-lo adiante após a sua aposentadoria. Dessa forma, você garante não apenas a continuidade da
empresa, mas o futuro financeiro dos descendentes.
Vida pessoal e profissional misturadas
Levar problemas de casa para o trabalho ou vice-versa pode provocar um enorme desgaste. Em uma empresa familiar é preciso
muito cuidado para evitar que ambas as esferas se misturem. Afinal, não há nada melhor do que chegar em casa e relaxar após um
dia pesado no trabalho. Não abra mão disso!
GRAPHPRINT JUL 14
47
produtos
& serviços
Etiquetagem com chip unitário no produto
A Zebra Technologies Corporation lança a ZD500R, a primeira impressora desktop com
Identificação por radiofrequência (RFID) em Ultra High Frequency (UHF) do portfólio da
empresa.
A ZD500R é adequada também para atender às exigências do varejo, que demanda uma
identificação com Tag RFID unitária, para melhor administração estoques. “A etiquetagem
RFID rápida e eficaz de itens permite que as empresas rastreiem ativos valiosos com
maior eficiência. A ZD500R simplifica o processo até então complicado de produzir uma
etiqueta altamente avançada, facilitando a vida do usuário que não tem conhecimentos
técnicos”, explica Pedro Goyn, diretor da Zebra Technologies Brasil.
QuadTech e Gallus
estabelecem parceria
A QuadTech consolidou a parceria com o
Grupo Gallus, que fornecerá sistemas de
controle e medição de cores de circuito
fechado da QuadTech para as impressoras offset, flexográficas e de rotogravura
do Grupo. Agora, graças à tecnologia da
QuadTech, os clientes da Gallus poderão
acelerar o tempo de inicialização e oferecer a máxima qualidade de impressão
e produtividade com o gerenciamento de
cores in-line.
Hoje, devido a um retorno do investimento
que pode ser atingido em menos de dois
anos, os sistemas de controle de cores
da QuadTech são considerados essenciais para muitos impressores dedicados
às impressões de bobina que procuram
fazer frente aos requisitos dos clientes e
os altos padrões de cor em constante mudança com uma repetição consistente de
tiragem a tiragem e de local a local.
A QuadTech fez a introdução da tecnologia
à força de vendas global da Gallus durante
a reunião mundial de vendas e apresentará os sistemas SpectralCam no evento
“Gallus Innovation Days”, de 23 a 25 de
setembro de 2014.
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GRAPHPRINT AGO 14
Filmes para comunicação visual
A 3M, por meio da marca Envision, traz para o Brasil os novos filmes 3M Envision 480Cv3
e 8548G, para impressão digital e laminação; e o 3M Envision 3730, para o segmento de
filmes translúcidos e difusoras.
O 3M Envision 480Cv3 e 8548G são películas para impressão digital e laminação que aliam
alta tecnologia e sustentabilidade em um mesmo produto. De acordo com a fabricante, sua
composição não apresenta PVC, não há adição de cloro e outros halogênios em sua fabricação, assim como utiliza 60% menos solvente na produção, o que representa benefícios
ao ambiente.
produtos
& serviços
Servindo aos Jogos
Olímpicos Rio 2016
O FSC Brasil e o Comitê Organizador Rio
2016 abriram as inscrições da concorrência para contratação de “Empresa
Especializada em Serviços de Gráfica e
Impressão” para os jogos Olímpicos Rio
2016. Para habilitar sua empresa a participar desse processo, basta acessar o site
Portal de Suprimentos (http://portaldesuprimentos.rio2016.com/) e preencher o
formulário de pré-cadastro. A convocação
está aberta a micro, pequenos, médios e
grandes fornecedores.
Relatório de sustentabilidade
O objetivo de crescimento de mais de 25% anualmente, pelos próximos anos, e o avanço
do projeto de internacionalização, com a aquisição de empresas no México e na Argentina
e integração com a matriz brasileira, são algumas das informações que a Baumgarten
Gráfica traz no 3º Relatório de Sustentabilidade, lançado recentemente pela empresa catarinense.
No relatório, constam informações referentes à atuação da Baumgarten no ano de 2013,
como o crescimento sustentável; o desempenho econômico, com faturamento de 68%
na Região Sudeste, 14% na Região Sul, 12% na Região Nordeste e 6% na Região Centro-Oeste; o desempenho social, com foco na Cultura Corporativa; o desempenho ambiental,
através dos trabalhos realizados pelo Comitê de Sustentabilidade; e as perspectivas para
2014.
O download da versão resumida do Relatório de 2014 pode ser feito neste link: www.
baumgarten.com.br/pt/relatorio/.
Kodak anuncia nova geração de
chapas térmicas na América Latina
De acordo com a fabricante, a nova versão da linha Trillian oferece
novos níveis de produtividade, eficiência e rentabilidade, somados a
uma importante redução no uso de químicos para processamento/
revelação.
Agora, a família Trillian SP está disponível também para o mercado
gráfico da América Latina. No quesito estabilidade, as chapas permitem que se trabalhe com retículas convencionais ou estocásticas,
obtendo tiragens de até 500 mil (sem queima) e 125 mil impressões
para aplicações UV.
Outro destaque é a nova chapa digital ThermalNews PT que até então
estava somente sendo comercializado nos mercados dos EUA e Europa. Voltada para o segmento de jornais, a chapa Kodak ThermalNews
PT suporta tiragens de 200 mil impressos por chapa (350 mil caso se
opte pela pré-queima).
Além de jornais, a nova chapa Kodak ThermalNews PT pode ser usada
em processos de impressão comercial cold set, trabalhar com retículas estocásticas e lineaturas que chegam até 150 lpi.
EFI adquire fornecedora alemã
de soluções de software
para automação de marketing
crossmedia
Com sede em Berlim, na Alemanha, a DirectSmile desenvolve softwares de automação e personalização de mídias
que simplificam tarefas avançadas de marketing e produção para corporações, agências e empresas de impressão.
Os funcionários da DirectSmile, inclusive os co-fundadores
e ex-diretores Christoph Schacht e Christoph Clermont, entraram para o grupo de soluções web to print de software
de produtividade da EFI. “O web to print é uma das áreas
com crescimento mais rápido do segmento de software de
impressão e marketing. Essa aquisição nos permitirá ter
uma participação maior nesse segmento com mais tecnologias excelentes de dados variáveis e crossmedia. A base
de clientes da DirectSmile, que é em grande parte formada
por agências, departamentos de marketing corporativos
e designers, também é bastante complementar à base
de clientes principal da EFI, o que abre portas para novas
oportunidades de crescimento”, disse Gabriel Matsliach,
vice-presidente sênior e gerente geral de software de produtividade da EFI
A EFI continuará desenvolvendo, vendendo e prestando
suporte aos produtos da DirectSmile, como softwares independentes para os mercados corporativo, de agências e
de impressão.
GRAPHPRINT AGO 14
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ARTIGO
Você é resiliente na hora da crise?
Crise é algo normal e democrático, atinge a vida
profissional e pessoal de todos, em algum momento.
O que difere é como ela é enfrentada; afinal,
mudanças nem sempre são bem-vindas, pois podem
significar alterações bruscas nos processos diários.
E nem todos estão dispostos a passar por isso.
Por Heli Gonçalves Moreira*
Mesmo assim, crises mais profundas exigem medidas mais eficazes para que realmente se solucione o problema. Muitos tentam ignorar o fato, achando que é algo temporário e que se resolverá sozinho ou, ainda mais extremo, desiste da luta. No caso de
empresas, pode resultar na falência.
É pouco provável que a falência seja a saída ideal para uma crise e é nesse momento
que entra em campo a resiliência, característica que se permite tomar decisões em
momentos delicados, com assertividade e coragem de realizar ações que acarretem
em mudanças bruscas, ou ainda, em busca por alternativas, incluindo até alternativas
jamais pensadas.
Um bom caso de resiliência aplicada na gestão de crise ocorreu com a Estrela, empresa
referência no setor de brinquedos e jogos. Na década de 90, o governo brasileiro passou
a incentivar importações, afetando diretamente a Estrela e muitas outras companhias
da época, em que a produção principal era nacional.
Carlos Tilkian, presidente da Estrela, sabia que não podia ficar parado e que algo precisava ser feito, e logo. Pensar fora da caixa e procurar por soluções que estavam próximas, sem o medo de grandes mudanças, foram as chaves para a empresa superar esse
momento. O que foi feito: a importação, até então geradora da crise e vilã da história,
passa a ser aliada, pois a empresa começou a importar tudo que era mais viável em
comparação à produção nacional.
Esse foi um momento decisivo, mas não único. Ainda hoje, a Estrela e todas as companhias de brinquedos e jogos enfrentam o desafio do novo consumidor: antenado,
conectado, verdadeiros nativos digitais e ávidos por tecnologia. O que fazer? Resiliência
é novamente a palavra, uma vez que trazer elementos tecnológicos aos produtos já
conhecidos vem garantindo a sobrevivência e até a liderança no mercado.
O caso Estrela é exemplo de como saber agir na hora da crise pode ser decisivo no
futuro e até na sustentabilidade de uma empresa. Por isso, há décadas me dedico a
50
GRAPHPRINT AGO 14
*Fundador, sócio e diretor da HGM
Consultores, especialista em projetos
de consultoria e treinamento nas áreas
de Relações Trabalhistas e Sindicais,
Programas de Gestão Participativa,
Negociações Coletivas, entre outros
auxiliar na superação de crises de diversas
empresas, acreditando no poder do diálogo
e na tomada de decisões assertivas.
São diversos pontos que precisam de atenção em uma gestão de crise e a tempestividade não pode ser um empecilho para
o bom fluxo das ações. Tomar as decisões
corretas e no momento oportuno com certeza fará as empresas passarem sem conturbações pelo ano de 2014, um ano excepcional de grandes eventos que impactaram
e estão impactando diretamente na vida de
todas as pessoas e empresas.

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