GT3.2.4 - labes

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GT3.2.4 - labes
3º Encontro Estadual de Ensino de Sociologia – 3º ENSOC
Grupo de Trabalho: Currículo de Sociologia na Educação Básica
Jovens conectados por uma atitude reflexiva: uma proposta para
estudar a cibercultura na escola básica
Fátima Ivone de Oliveira Ferreira
Colégio Pedro II
[email protected]
UFRJ
Setembro de 2012
1. Introdução
Esta comunicação busca registrar o projeto de constituição do programa da
disciplina Ciências Sociais do Colégio Pedro II para alunos de 9º ano do ensino
fundamental no ano de 2010 e também problematizar sua aplicação e desenvolvimento
desde então, no âmbito de um plano de estudos com seis séries para a área de Ciências
Sociais / Sociologia na educação básica (1). Para o nono ano, a equipe de professores
do Departamento de Sociologia decidiu pela mobilização de conteúdos do campo da
chamada cibercultura, a partir da compreensão de que os estudantes de 14 a 15 anos,
público-alvo desta série, por ocuparem um lugar privilegiado no uso e consumo de
objetos tecnológicos como aparelhos celulares, câmeras digitais, internet e as variadas
interfaces que constituem este imaginário, estariam especialmente voltados para essa
discussão.
O termo ‘imaginário’ serve como síntese do conjunto de práticas socioculturais
que marcam a cena contemporânea e agregam um estilo de vida em que o tempo e o
espaço se redefinem e as imagens assumem a centralidade nas relações sociais. A
associação simultânea da microeletrônica e das ações da vida cotidiana representa uma
nova forma de comunicação e de criar vínculos sociais, percebida e realizada pelos
jovens naturalmente, mas que precisa ser estranhada e desnaturalizada de modo que
possam refletir sobre suas práticas e atuar criticamente em sociedade. O imaginário da
cibercultura é composto também pela concepção do risco da violência no ambiente
virtual principalmente com e entre jovens, o que envolve o debate sobre proteção e
prevenção na escola e na família.
A primeira seção deste artigo trata dos principais fundamentos teóricos e
conceituais estruturantes do programa e a segunda registra alguns itinerários possíveis
da construção coletiva, sob um olhar sociológico da cultura de nosso tempo,
concretizado por estudantes desta escola básica. Visando discutir criticamente com os
jovens imersos na tecnologia, as práticas, vivências e valores que instituem e são
instituídas pela cultura digital, o programa teve inicialmente o seguinte formato:
Unidade I – Do computador Pontos Nodais
ao Ciberespaço
certificação
I.1
Tecnologia
sociabilidades
e
da
novas Novas sociabilidades
1ª Estratégias
Leitura de textos em grupos.
Exposição das leituras e
reflexões realizadas
Cultura digital
Comunidades virtuais e Redes Ciberbullying
Sociais (ORKUT, facebook,
twiter, msn, celulares)
pesquisas em diferentes fontes observação sobre questões
ligadas
a
tecnologia
e
comunicação.
1.2.Lazer e jogos virtuais
1.3. Internet , Informação e
conhecimento
Elaboração de boletim/jornal
alertando a comunidade escolar
para os problemas observados
Tema Motivador: Corpo e sexualidade em tempos de internet
Unidade II –Cibercultura, Pontos Nodais
Cidades digitais, segurança e certificação
controle
da
.1 Sorria: Você está sendo
filmado
Exclusão digital
2.2. Publicização e intimidade Vigilância
2ª Estratégias
Dividir a turma em grupos para:
Elaboração de um projeto de
pesquisa
com os
temas
anteriormente elencados pela
turma
Espaço público
Textos sobre metodologia de
pesquisa
Orientação de pesquisa
Tema Motivador: A cibercultura produz exclusões?
Unidade III – Mídia e Política
)
Pontos Nodais
certificação
da
3ª Estratégias
III.1 Democracia eletrônica
Mídia, Poder e participação
política
Apresentação das pesquisas
Controle Social e controle realizadas
III.2;Novas
formas
de público
interação, controle social e
Avaliação do curso: Sugestões e
organização política
Dominação, produção do criticas.
consenso
Autoavaliação:
contribuição
Contra-hegemonia
e para o debate e participação
Individualização
Tema Motivador: Eleições 2010
2. Fundamentos teóricos e conceituais
Castells (1999) sustenta que a sociedade da informação consiste em um novo
modo de desenvolvimento moldado pela reestruturação do modo capitalista de
produção, no final do século XX. “No modo informacional de desenvolvimento, a fonte
de produtividade acha-se na tecnologia de geração de conhecimentos, de processamento
da informação e de comunicação de símbolos” (idem, p.35). Por esta concepção, a
tecnologia da informação modela a totalidade do comportamento social incluindo a
comunicação simbólica. Esse fenômeno apresentado por Castells se concretiza por força
da potência do ciberespaço, termo definido por Lévy (2008, p.17) como ‘o novo meio
de comunicação que surge da interconexão mundial dos computadores’. Este autor
inclui o ciberespaço não apenas na base digital, mas também no conjunto de
informações circulantes e nos seres humanos que nutrem a dinâmica deste espaço. Ele
define cibercultura como ‘o conjunto de técnicas (materiais e intelectuais), de práticas,
de atitudes, de modos de pensamento e de valores que se desenvolvem juntamente com
o crescimento do ciberespaço’(idem, p.17).
Para os estudantes do nono ano, a percepção da cibercultura se dá a partir das
múltiplas possibilidades de interação online nos sites de redes sociais como Orkut,
Facebook, Twitter, msn e outros, pela facilidade de pesquisa escolar na internet e pelas
características lúdicas do uso do computador e suas interfaces. Nascidos em 1995 ou
1996, fazem parte do grupo denominado por Tapscott (2010) de Geração Internet,
marcado pela convivência num mundo turbinado pela web 3.0 (de Facebook, Twitter,
Google+ e LinkedIn) e pela conexão móvel. Nomeados por Prensky (2001) nativos
digitais, estão familiarizados com as tecnologias digitais e são capazes de utilizar a rede
como meio de comunicação de conteúdos de formulação própria, colaborando entre si,
construindo comunidades, organizando-se e exercendo seu poder político.
Debord (2011) chamou a sociedade contemporânea de ‘sociedade do
espetáculo’, por ser dominada pelo consumo e pelas imagens e informações veiculadas
pela mídia. Nas redes sociais online, os internautas deliberadamente expõem aspectos
de sua intimidade, conquistas, viagens e gostos pessoais, tornando-se alvos
complacentes da observação social. Mais do que ser observado, almeja-se ser seguido,
alcançando o máximo de visibilidade social. Para os adolescentes esta exposição de si
pode gerar sofrimento diante da padronização de uma estética corporal. A emergência
da sociabilidade no ciberespaço é discutida por Rocha (2011), que chama de
‘deslumbramento computacional’ o impacto da sedução das imagens. A abordagem
deste autor considera que a sedução causada pelas tecnologias computacionais e suas
interfaces chega ao grau de fetiche, em alguns casos. Para ele, o envolvimento
emocional dos usuários reduz a capacidade de crítica. Distingue, ainda, as condições de
deslumbramento e de encantamento, sendo a primeira, mais passageira e superficial e a
segunda, mais profunda e com potencial de fixar-se na cultura.
As novas práticas culturais trazidas pela internet exigem de todos e
principalmente desses jovens o desenvolvimento de raciocínio e habilidades
investigativas. A oferta de informação é tão grande que é preciso um senso crítico
apurado para filtrar fontes fidedignas e avaliar conteúdos, seja quando pesquisam em
sites ou quando habitam as redes sociais online ou conversam em chats. Com o objetivo
de discutir essas habilidades, buscamos analisar com os estudantes o conceito de
tecnologia como parte integrante da construção humana da sociedade, ou seja,
privilegiando o entendimento da tecnologia como processo social, afastando-se da visão
de impacto tecnológico que apresenta uma perspectiva determinística da tecnologia
sobre a sociedade, como se aquela tivesse autonomia em relação à cultura (2).
Blogs, wikis, youtubes e redes sociais online, são instrumentos ambíguos em
termos de autonomia e controle. Ao funcionarem como plataformas, precisam receber
conteúdos de seus usuários. Potencialmente, pode-se esperar uma rede de ativismo,
solidariedade e a reconfiguração crítica da comunicação social. Entretanto, grande parte
do que se observa hoje na internet, principalmente entre os jovens, afasta-se desta
expectativa. Na visão de Castells (2003, p.227), seria preciso “uma nova pedagogia,
baseada na interatividade, na personalização e no desenvolvimento da capacidade
autônoma de aprender e pensar” para a construção de respostas aos desafios impostos
pela sociedade em rede.
Pensando na perspectiva de uma pedagogia emancipatória (FREIRE, 1996,2005)
analisamos a sociedade informacional buscando conhecer os interesses comerciais,
ideológicos e políticos que controlam a infraestrutura das redes. Para Trivinho (2001) as
formas de socialização no mundo contemporâneo foram definitivamente afetadas pela
cibercultura
impondo
às
instituições
o
planejamento
de
políticas
de
“ciberalfabetização” capazes de nutrir as pessoas de capital cognitivo necessário para
operar no ciberespaço. Trivinho (idem) denuncia o vácuo de visões contestadoras sobre
a lógica do contexto cibercultural, que não se limita ao ciberespaço, apesar de ser ele o
eixo sobre o qual a cibercultura mais se alastra atualmente. Para este autor, a
cibercultura produz exclusão social sob a égide de um “totalitarismo doce e lúdico”,
separando uma massa consumidora, que compõe uma elite cibercultural, de outra com
taxa nula de dromoaptidão própria (3).
Se a cibercultura produz exclusão, esta não pode ser considerada fora do cenário
sócio-histórico de desigualdades como no caso de um país como o Brasil. Costa (2011)
entende as políticas de inclusão digital como facilitadoras de outras inclusões e,
portanto, devem ultrapassar a dimensão meramente tecnocrática, no sentido de apenas
permitir o acesso às tecnologias. Para além do acesso, as ações inclusivas devem
procurar investir no potencial transformador da inclusão cognitiva com ênfase na
apropriação da tecnologia, na alteração dos processos cotidianos e de qualidade de vida,
de criação de conteúdos e ferramentas de publicização como blogs, wikis, podcats,etc.
Ao levar a discussão da dinâmica cibercultural para a escola básica acreditamos estar
contribuindo na formação de uma cidadania crítica para viver no século XXI.
3. É possível desnaturalizar e estranhar a cultura digital entre os jovens
estudantes da escola básica?
A proposta do programa do 9º ano de Ciências Sociais tem a intenção de voltar o
olhar sociológico para as práticas midiáticas e fazer com que o estudante consiga se
apropriar das múltiplas possibilidades do computador pessoal e da potência de conexão
e interatividade com o mundo, colaborando para a formação de sua cidadania planetária.
Para tanto foram sugeridas, como estratégias, atividades que utilizassem os objetos
tecnológicos disponíveis como câmeras fotográficas e celulares. A inserção da
disciplina na composição curricular com dois tempos semanais, sendo o sábado um dos
dias de encontro com os estudantes, produziu impacto no planejamento das atividades.
A necessidade de utilização do laboratório de informática demandou agendamentos que
em algumas unidades escolares não corresponderam às necessidades das turmas. No
entanto, as dificuldades mais relatadas pelas equipes foram relacionadas com a falta de
uma discussão acumulada sobre o tema e de materiais didáticos adaptados.
Alguns professores queixaram-se de que os estudantes pareciam já dominar o tema
das tecnologias de informação e comunicação, especialmente as temáticas da primeira
certificação, e expressaram alguma dificuldade na abordagem desta temática. Por outro
lado, algumas equipes enfrentaram o desafio usando a criatividade para propor às
turmas o levantamento de problemas que encontravam online em comparação com os
problemas off-line. A resposta dos estudantes revelou relatos de Ciberbullying(4) e
permitiu o debate sobre valores que podem tornar a convivência entre pares mais
respeitosa. A compreensão de que o conflito é elemento constitutivo da interação social,
mas que não deve gerar agressão física, verbal ou psicológica foi uma conclusão
coletiva compartilhada em blogs criados pelos próprios jovens.
Os estudantes são estimulados a se perceberem como agentes de direitos,
interferindo no contexto sócio-político internacional, nacional e local. O universo
juvenil, que hoje é marcado pelas tecnologias digitais, molda um cenário de
possibilidades de análise crítica da realidade de acesso e uso da internet pelos jovens
brasileiros, levando ao estudo da (re)produção da exclusão digital e dos diferentes usos
e significados da tecnologia na sociedade. Os usuários da rede mundial de
computadores estão inseridos no mercado global e também em uma cultura de
compartilhamento, o que implica em resistências, contradições e conflitos. Nas palavras
de Nicolau (2011, p.165),
por trás do discurso democrático da rede vimos aflorar práticas diversas que
se constituem em flagrante contradição à própria oferta de liberdade que a era
digital parece querer nos legar: governos e multinacionais usam de
expedientes falsos ou dissimulados para coibir a autonomia comunicacional
com que usuários do mundo inteiro realizam a dádiva do compartilhamento e
da interatividade.
A percepção e compreensão dessas contradições podem ser apresentadas aos
estudantes com a análise de fatos como a repressão à pirataria de softwares e sistemas
operacionais, o caso Wikileaks ou de aplicativos como o Creepy, que permite a
localização e rastreamento dos amigos de Twitter e Facebook. O estudo desses
acontecimentos favorece a reflexão sobre como a lógica capitalista continua a operar na
cibercultura, sobre a potência e limitações da capacidade de mobilização e a possível
resistência dos coletivos em rede. Do modo como o uso dos computadores se
generalizou por todos os segmentos sociais enquanto ferramenta de comunicação e
pesquisa, também se construiu um mito da universalidade e neutralidade do imaginário
da tecnologia informacional colaborando para a manutenção de relações sociais
específicas e de modos de dominação típicos do mundo contemporâneo (CAZELOTO,
2010). Identificamos na escola e mais especificamente na Sociologia, disciplina
obrigatória nas séries finais da escola básica, as condições de capitanear este debate
entre os jovens estudantes, para que estejam conscientes de que ao transmitirem
publicamente seus gostos pessoais, ideias, fotos e intimidades, eles estão alimentando
uma rede de empresas e tecnologias, a infraestrutura comercial da internet, sua
arquitetura central.
Ao permitir que nossos milhares de ”amigos” saibam o que fazemos,
pensamos, lemos, vemos e compramos, os produtos e serviços da web
fortalecem nossa era hipervisível de grande exibicionismo. Assim, não
espanta que o Fórum Econômico Mundial descreva as informações pessoais
como uma “nova classe de ativos” da economia global (KEEN, 2012, p.41).
Lemos e Lévy (2010) apontam a emissão, a conexão e a reconfiguração como os
três maiores princípios da cibercultura. A reconfiguração pode ser compreendida como
uma nova paisagem comunicacional com funções pós-massivas permitindo a produção
e circulação da opinião pública de forma aberta, multimidiática e interativa. Para Lemos
e Lévy, esta dimensão da cibercultura pode conceber a ciberdemocracia (idem, 2010).
Fazer uso da internet e das redes sociais online com autonomia comunicacional
(NICOLAU, 2011) pode ser algo construído na escola se os valores eleitos como metas
forem a colaboração e a pluralidade. Se educar é comunicação, habitar humanamente o
ciberespaço, com crítica consistente e buscando o conhecimento, pode tornar possível a
formação de jovens conectados e reflexivos.
4. Considerações Finais
Ao longo deste trabalho buscamos recuperar a pertinência da incorporação das
discussões sobre a cibercultura e a sociedade midiatizada no currículo de Ciências
sociais/Sociologia da escola básica. A experiência do Departamento de Sociologia do
Colégio Pedro II tem demonstrado uma boa resposta entre os jovens estudantes, ao
mesmo tempo em que mobiliza os professores da série para uma troca de materiais e
informações ainda mais intensa e constante. Como não há lastro sobre o tema nos
materiais didáticos disponíveis, faz-se indispensável a produção e seleção de materiais
pelas equipes envolvidas.
Alguns ajustes na organização dos conteúdos foram pensados desde a criação da
proposta e percebemos que o estudo das relações sociais na cibercultura favorece
aproximações dos conhecimentos da Antropologia e da Comunicação. Se características
da contemporaneidade como a virtualidade, a digitalização de conteúdos ou a
desmaterialização são tão marcantes e atraentes, sobretudo para os jovens, cabe
apresentar-lhes um quadro de significação que favoreça o entendimento das atuais
mudanças na esfera pública, no modo de estabelecer vínculos e atuar politicamente.
O ciberespaço que agrega objetivação técnica e a subjetividade que as relações
humanas expressam, acaba por converter-se, por sua ludicidade e penetração na cultura
juvenil, em temática para a construção do currículo de Ciências Sociais/Sociologia na
escola básica. Acreditamos estar construindo um caminho para a formação de jovens
conectados e reflexivos.
5.Referências
CASTELLS, Manuel. A Sociedade em rede. A era da Informação: economia, sociedade
e cultura, v.1, São Paulo: Paz e Terra, 1999.
CASTELLS, Manuel. A Galáxia da Internet. Os negócios e a sociedade. Rio de Janeiro:
Zahar, 2003.
CAZELOTO, Edilson. Por um conceito de hegemonia na cibercultura in Comunicação
e Sociedade, Ano 32, n.54, p.149-171 ,julho/dezembro 2010 disponível em
https://www.metodista.br/revistas/revistas-metodista/index.php/CSO/article/view/2053
acesso em 28 de agosto de 2012
COSTA, Leonardo Figueira, Novas Tecnologias e inclusão digital : criação de um
modelo de análise in Inclusão Digital: polêmica contemporânea, Maria Helena Silveira
Bonilla e Nelson De Luca Pretto, organizadores,EDUFBA,2011,v.2, p.109126,disponível em
https://repositorio.ufba.br/ri/bitstream/ri/4859/1/repositorio-Inclusao%20digitalpolemica-final.pdf acesso em 26 de agosto de 2012.
DEBORD, Guy. A sociedade do espetáculo. Rio de Janeiro: Contraponto, 2011.
EISENSTEIN, Evelyn, ESTEFENON, Susana (Org.) Geração digital: riscos e
benefícios das novas tecnologias para crianças e adolescentes. Rio de Janeiro: Vieira &
Lent, 2008.
FREIRE, Paulo. Pedagogia da autonomia: saberes necessários à prática educativa. São
Paulo: Paz e Terra, 1996.
FREIRE, Paulo. Pedagogia do Oprimido. 43. ed. Rio de Janeiro. Paz e Terra, 2005.
KEEN, Andrew. Vertigem Digital: por que as redes sociais estão nos dividindo,
diminuindo e desorientando. Rio de Janeiro: Zahar, 2012.
LÉVY, Pierre, Cibercultura. São Paulo: Ed 34, 2008.
NICOLAU, Marcos, A autonomia comunicacional na cibercultura e as contradições de
um capitalismo tardio in A promoção do capital humano: mídia, subjetividade e o novo
espírito do capitalismo. João Freire Filho e Maria das Graças pinto Coelho (orgs.) Porto
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PRENSKY, Marc. Digital Natives, Digital Immigrants. 2001, disponível em
http://www.marcprensky.com/writing/prensky acesso em 26 de agosto de 2012.
ROCHA, Cleomar. Deslumbramentos e encantamentos: estratégias tecnológicas das
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http://zonadigital.pacc.ufrj.br/reflexoes-criticas/deslumbramentos-e-encantamentosestrategias-tecnologicas-das-interfaces-computacionais/
TAPSCOTT, Don. A hora da geração digital: como os jovens que cresceram usando a
internet estão mudando tudo, das empresas aos governos. Rio de Janeiro: Agir
Negócios, 2010.
TRIVINHO, Eugênio. O mal-estar da teoria. Rio de Janeiro:Quartet,2001.
Notas:
(1) Para conhecer o projeto de ensino de Ciências Sociais no Ensino Fundamental do Colégio Pedro
II que vigorou até o ano de 2009 (do 6º ao 8º ano) ver o trabalho apresentado no Congresso
Nacional de Ensino Fundamental realizado em 2009 no Colégio Pedro II e publicado na Revista
Perspectiva
Sociológica
http://www.cp2.g12.br/UAs/se/departamentos/sociologia/pespectiva_sociologica/Frameset.htm
(2) Para uma crítica à metáfora do impacto tecnológico sobre a sociedade, ver Lévy (2008, p.2130).
(3) A época exige domínio pleno do objeto infotecnológico completo, do capital cognitivoinformático, da linha telefônica, status de usuário teleinteragente e de potencial de
acompanhamento concreto das reciclagens estruturais (dromoaptidão própria). As senhas de
dromoaptidão são elementos depositários de diferença: conferem a tudo, em especial, às pessoas,
valor de troca no atual mercado global (TRIVINHO,2001). Trivinho afirma que o conceito de
dromocracia foi cunhado por Paul Virilio na obra Velocidade e Política publicada em francês
em 1977 e consagra a lógica da velocidade na cena contemporânea.
(4) O ciberbullying pode ser definido como um ataque sistemático à imagem de alguém na internet.
A potência da rede pode replicar os efeitos negativos do evento, estigmatizando a pessoa alvo
desses ataques. Para Estefenon e Eisenstein (2008,p.89) “o ciberbullying, isto é, a vitimização de
crianças e adolescentes por meio de intimidação ou ameaças virtuais, aparece como um novo
perigo real que pode se tornar corriqueiro”.

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