passear com o bichano
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passear com o bichano
cuidados e higiene e d o t r e c O jeito o n a h c i b o m o c r a e s pas mo seador e co tida s a p il f r e p gato tem o ncia saudável e diver u e s o e s a periê Descubr nto uma ex e m o m e s s e fazer d tos: Alan Teixeira e • fo Texto: Priscila Roqu 38 G Fotos: Alan Teixeira/ Shutterstock/ Arquivo pessoal/ Divulgação ato também passeia na companhia do dono assim como os cães? Sim senhor! Essa prática, que vem ganhando novos adeptos a cada ano, pode ser mais uma forma de promover o bem-estar e estreitar o relacionamento com o pet. Engana-se quem pensa, porém, que o passeio do felino é meramente parecido com o do cachorro. “Cães costumam seguir o dono durante a caminhada, principalmente quando são adestrados. Já o gato prefere andar no seu ritmo e praticar as atividades que lhe convêm, como observar o ambiente, caçar pequenos insetos ou subir em árvores. Nesse caso, somos nós que seguimos o gato”, explica a médica veterinária Bruna Bons, que atua na área de comportamento animal. Os benefícios dessa atividade são muitos, principalmente para aqueles que passam o dia em locais fechados. “Para os bichanos que vivem sem acesso à rua, essa pode ser uma boa alternativa para estimular a atividade física necessária e explorar ambientes diferentes – tarefa apreciada por muitos, devido à sua curiosidade natural”, revela Laraue Motta, adestradora da equipe da empresa Cão Cidadão, de São Paulo (SP). Segundo a médica veterinária Daniela Mol Valle, depois que o pet se acostuma com o passeio, há ainda mais pontos positivos, como “o relaxamento, a diversão e o desenvolvimento de um instinto primitivo do felino, que é a caça”. todos PODEm PASSEAR? A resposta é... sim e não. Como assim? “Gatos que vivem desde sempre com acesso restrito às ruas não estão acostumados a todos os estímulos que acontecem do lado de fora da casa. Portanto, antes de colocar a coleira e sair para o passeio, é preciso acostumar o pet às situações que podem aparecer no caminho”, ensina a treinadora Laraue Motta. “Os gatos são animais sensíveis, por isso, o uso de coleiras de pescoço ou enforcadores para o passeio não é recomendado. As coleiras mais seguras são as de modelo peitoral ou coletinhos, que dão sustentação em todo o corpo do gato”, aponta Laraue Motta, adestradora da Cão Cidadão E se essa adaptação for feita enquanto ele é filhote, certamente poderá ter mais êxito. “Caso seja um animal adulto, a sugestão é que o proprietário observe o temperamento de cada bigodudo. Há gatos que, ao serem colocados para passear, podem entrar em pânico e, aí, a saída não é boa. Respeitar os limites do animal também é cuidar bem!”, indica Laraue. Cães costumam seguir o dono durante o passeio. Já o gato prefere andar no seu ritmo, explorando tudo. E é o dono que deve segui-lo No jardim do prédio Daniela Guedes, junto com sua companheira de quarto, Cibele, é tutora do Bubi, um SRD que acabou de completar 1 ano. Ainda filhote e com as vacinas em dia, ela passou a levá-lo para dar uma volta semanalmente no jardim do prédio em que vive. A escolha pelos passeios veio após uma reflexão sobre criar um animal como o gato dentro de um apartamento. “Ele não dispõe da ‘liberdade’ que uma casa oferece”, revela. “Também decidimos levá-lo para que ele pudesse se habituar com outros animais. Ou seja, torná-lo mais sociável e menos medroso”, completa. O passeio de Bubi dura entre 15 e 25 minutos. “Depende da vontade dele”, diz Daniela. “Ele reage superbem, gosta da grama, cheira, investiga, cava...” Com essa experiência, a tutora notou que o felino Bubi ficou mais próximo, ágil e também bastante sociável no dia a dia. As tutoras Cibele e Daniela adotaram Bubi há um ano 39 cuidados e higiene ao o não é igual t a g e d io e ss a P eve esperar Saiba o que se d ! de cachorro lino da saída com o fe Andar x parar Os gatos gostam de conhecer os lugares. Nas primeiras vezes, deixe que ele explore. Depois que o caminho for repetido, a tendência é que ele não pare tanto. Se ele “empacar”, pegue-o no colo e coloque-o de volta no chão uns passos à frente. Verifique se ele não tem medo das situações encontradas, como outros pets, pessoas e carros. Se o gato tiver receio, faça um trabalho de dessensibilização em casa. Os encontros realizados em um ambiente controlado, aliados a associações positivas feitas com carinhos e petiscos, podem ser a chave do problema. Os primeiros passeios são cruciais para compreender o estilo de caminhada do peludo ou se ele realmente é um passeador nato. “Uma boa forma de mensurar se a saída está sendo proveitosa é observar se a postura do animal encontra-se relaxada, se ele apresenta-se receptivo a brincadeiras (leve algo com que ele goste de brincar e estimule-o), se degusta petiscos oferecidos pelo tutor e/ ou se ele urina ou defeca no ambiente externo”, enumera Bruna Bons. “Nunca force o seu gato, pois muitas vezes faz parte do comportamento felino ser caseiro e dorminhoco. Deve-se respeitar a natureza de cada animal”, completa a médica veterinária Camila Ferreiro, especialista em medicina felina do Hovet Pompeia (SP). 40 RUMO AO AR LIVRE Para levar essa experiência ao bichano, é preciso primeiro “despertar seu prazer em estar numa caixinha de transporte”, aponta Bruna Bons. “O passeio deve começar dentro da caixa, ao ser transportado para o lugar desejado, para que esse também possa ser um esconderijo para o animal, caso ele sinta medo.” Utilizar uma coleira com placa de identificação é imprescindível. “O ideal é que o mascote seja acostumado desde fillhote a utilizá-la. Mas, mesmo se iniciar quando adulto, há grande possibilidade de adaptação, se receber reforços positivos durante essa fase”, indica Bruna. Antes da saída, é fundamental verificar também se as vacinas estão em dia e o vermífugo atualizado. Barulhos e refúgio Mesmo um gato habituado pode se sentir desconfortável com ruídos. Por isso, se o tutor perceber qualquer medo, o ideal é que ele tenha possibilidade de recorrer a uma toquinha segura, como uma caixa de transporte ou até mesmo o colo do dono. Os sinais corporais do bichano dizem muito e é a eles que a atenção deve estar voltada. “É importante lembrar que felinos são metódicos e animais extremamente caseiros e que mudanças em sua rotina podem se transformar em fatores de estresse”, lembra Camila Ferreiro. Optar por momentos do dia em que as temperaturas estejam mais amenas torna a saída mais agradável e sadia. TEMPO E FREQUÊNCIA IDEAIS Não há regras sobre o tempo e a frequência do passeio: cada felino tem um ritmo próprio que deve ser respeitado. “O indicado é que seja feito aos poucos, primeiro deixando que ele conheça os arredores da sua casa e aumentando a distância percorrida Nas fotos: Laraue Motta, adestradora da Cão Cidadão, e sua gata Sophia Encontrando outro pet Cheiros e pistas O passeio é um momento de exploração em que o bichano fica exposto aos mais variados estímulos. Ao cheirar, o gato está “rastreando” o que passou por ali. Não tem problema que ele cheire, mas, se o dono não quiser, basta indicar que o passeio deve continuar e atrair sua atenção para outro ponto. Passeio vertical Apresentar superfícies diferentes e novas oportunidades de exploração faz com que o gato tenha um passeio mais rico e divertido. Porém, é preciso tomar cuidado para que ele não alcance lugares muito altos, de onde seja difícil tirá-lo ou em que fique preso. à medida que ele se sinta mais confiante em avançar”, esclarece a adestradora Laraue Motta. Para a médica veterinária Daniela Mol Valle, o tutor deve observar com atenção se o animal está relaxado e aproveitando o Sem coleira? Dificilmente será seguro soltar a coleira de um gato. Isso porque eles são animais muito ágeis e podem escapar e se perder com facilidade. Além das rotas horizontais, podem fazer uso das rotas verticais pulando em muretas, muros, árvores e o dono não conseguirá acompanhar. A coleira é a segurança de que o bichano vai estar a salvo com o dono. ambiente externo. O arrepiar dos pelos e as tentativas de fuga são sinais de que ele não está gostando. Já se o problema for o tempo disponível do dono e os passeios não puderem ser regulares, vale apostar no enriquecimento ambiental, “com verticalizações em casa, arranhadores, caixas de papelão, brinquedos, uso de feromônios, interação com pessoas, adestramento ou utilização de músicas, por exemplo, de forma a também estimular o gato”, ensina a veterinária Bruna Bons. o passeio Check-list d Para os dias quentes Bebedouro portátil de náilon, da Kyjen, é dobrável, leve e seca rapidamente. Na Bitcão. Por R$ 24,80 Segurança em primeiro lugar O peitoral pequeno com guia, da Rogz Alleycat, é resistente e tem mosquetão e anel confeccionados em metal inoxidável. Na Smartpet. Por R$ 62 Fácil de carregar Bolsa de transporte dobrável média, da Petzden, torna o passeio do seu gato mais prático para você. Na PetLove. Por R$ 227,90 41