FACULDADE DE PARÁ DE MINAS

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FACULDADE DE PARÁ DE MINAS
FACULDADE DE PARÁ DE MINAS
Curso de Administração
Evando Braga Júnior
CONTROLE DE ESTOQUE: UM ESTUDO DE CASO DESSA FERRAMENTA
PARA EMPRESA DE PEQUENO PORTE DE VAREJO
Pará de Minas
2013
1
Evando Braga Júnior
CONTROLE DE ESTOQUE: UM ESTUDO DE CASO DESSA FERRAMENTA
PARA EMPRESA DE PEQUENO PORTE DE VAREJO
Monografia apresentada à Coordenação do Curso
de Administração da Faculdade de Pará de Minas
como requisito parcial para a Conclusão do Curso
de Administração.
Orientadora: Prof. Ms. Annévia Palhares Vieira
Diniz Oliveira
Pará de Minas
2013
2
Evando Braga Júnior
CONTROLE DE ESTOQUE: UM ESTUDO DE CASO DESSA FERRAMENTA
PARA EMPRESA DE PEQUENO PORTE DE VAREJO
Monografia apresentada à Coordenação do Curso
de Administração de Empresas da Faculdade Pará
de Minas como requisito parcial para a Conclusão
do Curso de Administração.
Aprovada em: _____ / _____ / _____
_________________________________________
Prof. Ms. Annévia Palhares Vieira Diniz Oliveira
_________________________________________
Prof. Ms. Ruperto Benjamin Cabanellas Vega
3
Dedico este trabalho à minha mãe, pelo amor,
carinho, companheirismo e incentivo a mim
oferecidos; as minhas irmãs que sempre
estiveram presentes; aos meus amigos por todo
o apoio que me deram nesta caminhada; e a
Deus por permitir que este sonho fosse
alcançado.
4
AGRADECIMENTOS
Agradeço primeiramente a Deus pela graça e misericórdia, que tudo pode e tudo nos
dá.
Agradeço a minha mãe, fonte inesgotável de incentivo e força. Aos minhas irmãs pela
admiração e pelo constante carinho.
À minha equipe: Everton, Fabrício, Flávia Viegas, Silvimar e Victor pelos trabalhos
realizados juntos e pela amizade sincera que construímos ao longo desses anos.
À professora orientadora Annévia Palhares pelo conhecimento passado a cada dia,
pela dedicação e atenção.
Finalmente, aos mestres e familiares, que de alguma forma me ajudaram e
incentivaram a vencer esta etapa da minha vida!
5
“O que distingue vencedores de perdedores é
que um vencedor sempre se concentra no que
é capaz de fazer não no que não é.”
Bob Butera
6
RESUMO
A empresa constante no presente estudo é do ramo de supermercado, localizada na cidade de
Pequi. Este trabalho tem como objetivo, propor melhorias no controle de estoque de um
supermercado, através da análise da média das vendas e da identificação de problemas
ocorridos no estoque. O estoque é uma importante função da Administração, e interage com
outros departamentos da empresa. O seu planejamento e controle são fatores essências para
uma boa administração. De acordo com o resultado, foi constatado que o controle de estoques
do supermercado não é eficiente, de maneira que foi desenvolvida uma proposta técnica
sugerindo melhorias para um bom funcionamento do controle de estoque como: definir o
estoque mínimo e máximo, ponto de pedido, implantar a ferramenta para classificação de
todos os itens do estoque e a utilização melhor do software. Os problemas expostos são de
fácil correção e adaptação, e servirá de ferramenta para o gestor rever seus conceitos em
relação ao controle de estoques. Desta maneira, foram então propostas algumas ações para se
iniciar um processo de melhorias, onde através de uma sistematização se determinou os
passos a serem dados pra que no final do processo se possa obter um estoque que atenda as
necessidades da empresa, tornando-a competitiva no mercado atual.
Palavras-chave: Estoque. Controle.
7
LISTA DE FIGURAS
FIGURA 1 - Classificação das organizações varejistas. ................................................................ 15
FIGURA 2 - Alguns motivos para o surgimento dos estoques ...................................................... 17
FIGURA 3 - Construção curva ABC .............................................................................................. 23
FIGURA 4 - Representação da Curva ABC para classificação dos itens ...................................... 24
FIGURA 5 - Modelo de previsão da demanda ............................................................................... 26
FIGURA 6 - Software .................................................................................................................... 39
FIGURA 7 - Processo pedido de compra ....................................................................................... 40
FIGURA 8 - Fluxograma pedido de compra .................................................................................. 41
FIGURA 9 - Cadastro de fornecedores .......................................................................................... 44
FIGURA 10 - Critérios para seleção de fornecedores .................................................................... 44
FIGURA 11 - Cadastro de produtos ............................................................................................... 46
FIGURA 12 - Lançamento de nota fiscal ....................................................................................... 47
FIGURA 13 - Estrutura de armazenagem do supermercado .......................................................... 57
8
LISTA DE TABELAS
TABELA 1 - Representação percentual da classificação ABC dos itens em estoque ................... 25
TABELA 2 - Cálculo de acurácia de estoques ............................................................................... 33
TABELA 3 - Curva ABC ............................................................................................................... 47
TABELA 4 - Tempo de reposição .................................................................................................. 50
TABELA 5 - Estoque de segurança ............................................................................................... 52
TABELA 6 - Ponto do pedido ........................................................................................................ 54
TABELA 7 - Causas da falta de acuracidade de estoque ............................................................... 56
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SUMÁRIO
1 INTRODUÇÃO ..................................................................................................................................... 11
1.1 Considerações iniciais ................................................................................................................. 11
1.2 Situação Problemática................................................................................................................. 11
1.3 Objetivos ..................................................................................................................................... 12
1.3.1 Objetivo geral ....................................................................................................................... 12
1.3.2 Objetivos específicos ............................................................................................................ 12
1.4 Caracterização da empresa ......................................................................................................... 12
1.5 Justificativa .................................................................................................................................. 12
2 REFERENCIAL TEÓRICO ....................................................................................................................... 14
2.1 Conceito de Varejo ...................................................................................................................... 14
2.2 Estoques ...................................................................................................................................... 15
2.2.1 Função do estoque ............................................................................................................... 16
2.3.2 Tipos de estoques................................................................................................................. 17
2.3.3 Políticas de estoques ........................................................................................................... 18
2.3.4 Administração de estoques .................................................................................................. 20
2.3.5 Controle de estoques ........................................................................................................... 21
2.3 Sistema ABC................................................................................................................................. 22
2.4 Previsão da demanda .................................................................................................................. 25
2.6 Giro de estoques ......................................................................................................................... 27
2.7 Estoque mínimo ou de segurança ............................................................................................... 28
2.8 Ponto do pedido .......................................................................................................................... 30
2.9 Tempo de ressuprimento ............................................................................................................ 31
2.10 Armazenagem ........................................................................................................................... 32
2.11 Acurácia de estoque .................................................................................................................. 33
2.12 Inventário Físico ........................................................................................................................ 34
3 METODOLOGIA................................................................................................................................... 36
3.1 Delineamento da Pesquisa .......................................................................................................... 36
3.1.1. Pesquisa aplicada ................................................................................................................ 36
3.2 Técnicas de coleta de dados........................................................................................................ 36
4 ANÁLISE E INTERPRETAÇÃO DOS DADOS ........................................................................................... 38
4.1. Sistema ...................................................................................................................................... 38
4.2. Compras ..................................................................................................................................... 39
10
4.2.1 Fornecedores........................................................................................................................ 42
4.2.2 Cadastro de produtos ........................................................................................................... 45
4.2.3 Lançamento de nota de compra .......................................................................................... 46
4.3 Curva ABC .................................................................................................................................... 47
4.4 Tempo de reposição ................................................................................................................... 49
4.5 Estoque de segurança ................................................................................................................ 51
4.6 Ponto do pedido ......................................................................................................................... 53
4.7 Acuracidade ................................................................................................................................. 56
4.8 Armazenagem ............................................................................................................................ 57
5 CONSIDERAÇÕES FINAIS ..................................................................................................................... 59
5.1 Limitações do trabalho ................................................................................................................ 59
5.2 Sugestão para trabalhos futuros ................................................................................................. 59
REFERÊNCIAS ......................................................................................................................................... 61
11
1 INTRODUÇÃO
1.1 Considerações iniciais
Os estoques representam uma parte de grande importância dentro das organizações, o
seu planejamento e controle são fatores essenciais para uma boa administração do processo
produtivo, seja ele realmente produtivo, comercial ou de serviços. A preocupação em
gerenciar o estoque envolve aspectos quantitativos, qualitativos e financeiros dos materiais,
sejam eles em matérias-primas, materiais auxiliares, materiais em processo ou produtos
acabados.
Cabe ao setor responsável pelos materiais ter competência para realizar o controle das
disponibilidades e das necessidades totais do processo produtivo, envolvendo não só os
almoxarifados de matérias-primas e auxiliares, como também os intermediários e os de
produtos acabados.
O objetivo principal do controle de estoque é otimizar o investimento em estoque,
aumentando o uso dos meios internos e externos da organização, no sentido da diminuição do
volume investido nestes materiais.
Este trabalho visa buscar informações sobre o gerenciamento, ferramentas e ações propostas
para um bom andamento dos aspectos pertinentes ao assunto aqui proposto.
O estudo de caso foi desenvolvido numa empresa de pequeno porte, sendo um dos
principais supermercados de Pequi.
1.2 Situação Problemática
A situação problemática, de acordo com Roesch (1999), pode ser definida como um
problema o qual a organização não tenha identificado até o momento. Após o diagnóstico
inicial, surgem oportunidades de mudanças e aprimoramentos. Devido a isso pergunta-se:
Como propor soluções de controle de estoque em uma empresa do setor
supermercadista?
12
1.3 Objetivos
1.3.1 Objetivo geral
Propor soluções de controle de estoque em uma empresa do setor supermercadista.
1.3.2 Objetivos específicos
 Levantar se a empresa faz ou não o controle de seus estoques;
 Identificar os problemas no estoque e as causas geradoras;
 Apurar se há muita perda de material em seus estoques;
 Fazer um estudo da área física do estoque, avaliando as condições do local, modo
como os itens são movimentados e forma como é recebido;
 Propor indicadores de controle de estoque.
1.4 Caracterização da empresa
O supermercado é uma empresa pequena, familiar, situada na região centro oeste de
Minas Gerais, iniciando suas atividades em 2005, sendo direcionada pelo proprietário, que
trabalha diariamente no local, dirigindo e desempenhando diversas funções. A empresa conta
com a colaboração de 18 funcionários e comercializa gêneros alimentícios e utilidades
domésticas.
O supermercado vem trabalhando para distribuir e comercializar produtos de
qualidade com preço competitivo e atendimento diferencial, colocando á disposição de seus
clientes uma grande variedade de produtos. A empresa vem buscando inovação, liderança na
cidade e superar as expectativas de nossos clientes e colaboradores internos e externos.
1.5 Justificativa
13
Levando em consideração a crescente competitividade no mercado local, a empresa
precisa de um aumento em sua eficiência na prestação dos serviços oferecidos aos seus
clientes.
O fato do supermercado está localizado em uma cidade pequena onde só possui um
concorrente direto, enxerga-se a oportunidade de melhorias na empresa, começando pela
gestão de estoques: primeiramente pelo levantamento dos itens que estão com variações de
estoque no supermercado, buscando a quantidade correta e estoque de segurança dos itens de
maior giro, levantar o nível de estoque para os diversos itens; reduzir o estoque dos itens com
excesso para a quantidade ideal, buscando adequar estoque com a demanda, assim pode-se
diminuir o valor em reais de produtos estocados, reduzir o número de faltas de produtos,
aumentar a eficiência de atendimento ao cliente e obter controle sobre a compra.
14
2 REFERENCIAL TEÓRICO
Um bom controle de estoque é aquele que atende a demanda e proporciona
paralelamente o aumento dos lucros. Mas para que isso aconteça estrategicamente e de
maneira organizada algumas premissas direcionam o caminho e descrevem alguns pontos
específicos que, após análise tendem a trazer benefícios para a organização.
Portanto, o assunto deste trabalho de conclusão de curso tratou as diversas maneiras de
adequação de controle de estoque.
2.1 Conceito de Varejo
O comércio varejista apresenta-se, atualmente, como uma das principais receitas para
o desenvolvimento econômico do Brasil. Ao passar dos anos o crescimento deste segmento
leva à um número significativo de empregos gerado pelo mesmo.
O varejo supermercadista é o comércio que vende diversos produtos aos clientes,
normalmente sem intermediários, com destaque para as mercadorias caracterizadas como
alimentos e bebidas, seguidas pelos gêneros de higiene e limpeza, tendo outros produtos,
inclusive nos grandes supermercados, a venda de bens duráveis (POLESE, 1990).
Parente (2000, p.22) define varejo como sendo “todas as atividades que englobam o
processo de venda de produtos e serviços para atender a uma necessidade pessoal do
consumidor final”.
O mesmo autor define como vocação dos varejistas comprar, receber e estocar
produtos de fabricantes ou atacadistas para oferecer aos consumidores a conveniência de
tempo e lugar para a aquisição de produtos.
Ainda segundo Parente (2000) o varejista é diferente do atacadista, pois a base do
atacado consiste no processo de venda para clientes institucionais que compram produtos e
serviços para revendê-los, ou como insumo para suas atividades. Quando esse mesmo
atacadista vende diretamente ao consumidor final, está desempenhando uma atividade de
varejo, mesmo assim, não é considerado como varejistas, pois essa não é sua principal fonte
de receita.
15
Parente (2000, p.25), apresenta uma classificação que caracteriza o varejo primeiramente de
acordo com o tipo de propriedade e, em seguida, caracterizado no sistema de varejo com loja
e do varejo sem loja. “Os varejistas com lojas estão classificados em três espécies: Varejo
Alimentar, Varejo Não Alimentar e Varejo de Serviços”.
FIGURA
- Classificação
das organizações
varejistas.
Figura 1: 1Classificação
das organizações
varejistas.
Organizações
Varejistas
Classificação
de acordo com
a propriedade
Organizações
com Lojas
* Independentes
* Alimentícias
* Redes
* Franquias
* Não
Alimentícias
*Departamentos
Alugados
* Serviços
* Sistemas
Verticais
Organizações
sem Lojas
* Marketing
Direto
* Vendas Diretas
* Máquinas de
Vendas
* Varejo Virtual
Fonte: (PARENTE, 2000, p.25), (Adaptado pelo autor da monografia).
2.2 Estoques
Observando o conceito de estoque segundo Arnold (1995, p. 265) “são materiais e
suprimentos que uma empresa ou instituição mantém, seja pra vender ou para fornecer
insumos ou suprimentos para o processo de produção. A boa administração de estoques é
essencial”.
16
O setor de estocagem de uma empresa é fundamental para seu funcionamento. O
estoque deve estabelecer regras de decisão e armazenagem, atendendo sempre a necessidade
de seus clientes.
Slack (1997, p. 383):
O estoque é definido como a acumulação armazenada de recursos materiais em
sistema de transformação. Também é usado para descrever qualquer recurso
armazenado. Apesar dos custos e de outras desvantagens associadas à manutenção
de estoques, eles de fato facilitam a acomodação entre fornecimento e demanda.
Dias (1997, p. 14) diz que:
O estoque é necessário para que o processo de produção – vendas da empresa opere
com um número mínimo de preocupações e desníveis. O setor de controle de
estoque acompanha e controla o nível de estoque e o investimento financeiro
envolvido.
Cada organização deve utilizar tipos e métodos de controle de estoque, observando a
sua necessidade e analisando a melhor forma para atender a demanda e manter um equilíbrio
no fluxo de entradas e saídas do estoque da empresa. Os estoques ajudam a maximizar o
atendimento aos clientes protegendo a empresa da incerteza, devendo sempre assim manter
estoques
extras.
2.2.1 Função do estoque
“A manutenção de estoque e o manuseio de materiais são fatores-chaves para a gestão
de estoque. A estocagem tem a função de abrigar e acumular os produtos por um período de
tempo, enquanto o manuseio de materiais é a atividade de movimentação do produto no
interior do depósito.” (BALLOU apud OLIVEIRA, 2005, p. 37).
As principais funções da estocagem são a, manutenção, estabilização, e o
fracionamento do produto. A manutenção do estoque e o manuseio de materiais são de
17
fundamental importância, por serem pontos em que a má conservação ou movimentação pode
causar perdas.
De acordo com Dias (1993), a administração do controle de estoque deve minimizar o
capital total investido em estoques, pois ele é dispendioso e sempre aumenta, uma vez que, o
custo financeiro também se eleva. Uma empresa não poder á trabalhar sem estoque, pois, sua
função amortecedora entre vários estágios de produção vai até a venda final do produto.
FIGURA 2 - Alguns motivos para o surgimento dos estoques
Fonte: Gianesi, Correa e Caon, 1993.
Uma organização ao optar em manter estoques, baseia-se em algumas questões antes
de tomar tal decisão. Para entender a finalidade de estoques, Slack (1997) aponta que,
independente de sua localidade, este servirá para adequar não só o ritmo, mas também a
diferença entre oferta e demanda.
2.3.2 Tipos de estoques
As empresas podem utilizar diferentes tipos de estoques, observando assim como a
empresa estoca seus produtos e insumos.
18
Para Slack (1997, p. 383) “as várias razões para desequilíbrio entre a taxa de
fornecimento e de demanda em diferentes pontos de qualquer operação leva a diferentes tipos
de estoque”.
Segundo Bertaglia (2005, p. 320) "A formação do estoque está relacionada ao
desequilíbrio existente entre a demanda e o fornecimento." Arnold (1999, p. 265), "os
estoques são materiais e suprimentos que uma empresa ou instituição mantém seja para
vender ou para fornecer insumos ou suprimentos para o processo de produção."
Nesse âmbito de acordo com Garcia e Strassburg (2007, p. 05) os estoques podem ser:
 Matéria-prima: esse tipo de estoque requer alguma forma de processamento para ser
transformada em produto acabado. A utilização é diretamente proporcional ao volume
de produção.
 Produtos em processo: em um processo de produção, consideram-se produtos em
processo os diversos materiais que estão em diferentes fases do processo produtivo.
Corresponde a todos os matérias que sofreram algum tipo de transformação, porém
não atingiram forma final do produto a ser comercializado; Materiais de embalagem:
correspondem as caixas para embalar produtos, recipientes, rótulos etc.
 Produtos acabados: compreendemos produtos que sofreram um processo de
transformação e estão prontos para ser vendidos;
 Suprimentos: neste tipo de estoque, estão inseridos todos os itens não regularmente
consumidos pelo processo produtivo. É o componente utilizado para a manutenção de
equipamentos, instalação predial, dentre outros.
2.3.3 Políticas de estoques
19
Dias (1993), defende que políticas de estocagem são regras definidas para a compra de
qualquer material, essas regras podem ser definidas por vários fatores, como análise de saída
do material, para que uso é esse material, conforme lote de produção, entre outros. Também é
importante ter uma atualização constante do modelo das políticas.
O mesmo autor completa afirmando que as definições das políticas são muito
importantes para o bom funcionamento da administração dos estoques, pois com base nos
níveis e na rotatividade dos estoques é que será medido o capital investido em estoques.
Viana (2002) completa sua opinião afirmando que, gerir estoque economicamente
consiste na busca da racionalidade e equilíbrio com o cliente, a ponto de atender as
necessidades dos consumidores ao menor custo e menor risco de possível falta e ainda
assegurar a continuidade de seu fornecimento.
Dias (1993) deixa claro que o administrador da empresa deverá estabelecer critérios
para medir o desempenho do departamento de controle de estoque. Estas políticas são
diretrizes que na maioria das vezes são metas que as empresas usam para determinar o tempo
gasto pela entrega de produtos ao cliente, definir a quantidade de depósitos e ou almoxarifado
e até que nível os estoques deveram flutuar para atender uma baixa ou alta das vendas.
Pode-se dizer que estoque é um dos setores de suma importância para a empresa, pois
ele é responsável em manter todos os produtos necessários para seu funcionamento, tornandose essencial para uma gestão eficiente. Estoques existem por ser difícil prever a demanda
futura dos consumidores. De modo geral são eficientes para garantir a disponibilidade das
mercadorias no momento em que elas são solicitadas (DIAS, 2006).
A política de estoque vem complementar a gestão de estoque nas organizações, e deve
ser implantadas pela gerência, com intuito de elaborar objetivos a serem atingidos, ou seja,
formular um padrão a ser seguido pela equipe que trabalhará diretamente com o estoque da
empresa.
20
2.3.4 Administração de estoques
A administração de Estoques é de grande importância para as organizações, pois se
trata de um fator decisivo para a redução de custos, redução no tempo de serviço e ganho na
qualidade no serviço prestado.
De acordo com a citação de Viana, (2002), a administração do controle de estoque
deve minimizar o capital total investido em estoques, pois ele é caro e aumenta
continuamente, uma vez que, o custo financeiro também se eleva.
Hoje na administração moderna, a responsabilidade dos estoques fica sob um único
setor. Os departamentos tradicionais ficam livres desta responsabilidade e podem dedicar-se à
sua função primária. O objetivo do controle de estoque é otimizar o investimento em estoque,
aumentando o uso dos meios internos da empresa, diminuindo as necessidades de capital
investido. O estoque do produto acabado, matéria-prima e material em processo não serão
vistos como independentes. Todas as decisões tomadas sobre um dos tipos de estoque
influenciarão os outros tipos.
Dias (1993), reforça que todos os objetivos que são declarados pela empresa, podem
destacar como principal, a alta de seus lucros, para obter, o retorno do que foi investido dentro
dela. Na visão do mesmo autor, a função de fazer este tipo de gestão é claramente aumentar o
seu feedback sobre as vendas não realizadas, podemos então colocar:
“A função da administração de estoques é justamente maximizar este efeito
lubrificante no feedback de vendas não realizadas e o ajuste do planejamento da produção"
(DIAS, 1993, p. 21).
Para Arnold (1999), administrar estoques possui a responsabilidade pelo planejamento
e controle dos produtos envolvidos neste processo, não somente a matéria-prima, mas, todo o
processo de alimentação de uma produção, até o produto acabado ser entregue ao cliente. Esse
autor relata que os objetivos da administração de estoques tem como seu principal objetivo, o
de oferecer o nível exigido de atendimento ao cliente e reduzir a soma de todos os custos
envolvidos, e para atingir esses objetivos, devem-se responder as duas perguntas básicas que
são o quanto deve ser pedido e quando ele deve ser emitido. Relata ainda que, na
21
administração de seus estoques, a empresa deve estabelecer regras de decisão para responder
essas questões, de modo que o pessoal da administração de estoques saiba quanto pedir e
quando pedir.
2.3.5 Controle de estoques
O controle de estoque é um sistema de gestão que tem por função, basicamente,
registrar, fiscalizar e gerir a entrada e saída de mercadorias e produtos da organização. Seu
objetivo principal é evitar a falta de produtos/materiais, sem que resulte em estoques
excessivos às reais necessidades da empresa. Estoques são todos os bens e materiais mantidos
por uma empresa para suprir demandas futuras.
O termo controle de estoques é uma função da necessidade de estipular os diversos
níveis de materiais e produtos que a organização deve manter, dentro de parâmetros
econômicos (POZO, 2007 p. 38).
O controle procura manter os níveis estabelecidos em equilíbrio com as necessidades
de consumo ou das vendas e os custos daí decorrentes.
Segundo Francischini e Gurgel (2004, p. 147) "a função controle é definida como um
fluxo de informações que permite comparar o resultado real de determinada atividade com seu
resultado planejado".
O comércio varejista é um ramo onde cada detalhe se torna importante,e a gestão de
estoque vem para ajudar as empresas a reduzir os custos e ao mesmo tempo não perder a
qualidade perante seus consumidores. Para que isso ocorra a empresa tem que manter
regularmente um estoque de segurança.
Nesse sentido Dias (2006, p.253) complementa:
Um eficiente de controle é elemento básico em todas as fases de desenvolvimento,
planejamento e administração de empresas comerciais e indústrias. O executivo da
área de materiais/logística de qualquer companhia é o responsável pelo sucesso das
operações na sua área. (DIAS, 2006, p.293)
22
Conforme Dias (2006, p.293), "A definição de controle seria, então, a medição do
progresso em relação aos objetivos padrões, análise do que precisa ser feito e tomada de
iniciativas para devida correção, a fim de realizar os objetivos ou alcançar o padrão!".
Ainda segundo Dias (2006) o controle não pode apenas focar na verificação de
obediência; mas têm que verificar primeiramente os objetivos traçados pela organização, e
não apenas as faces intermediarias.
O processo de controle de estoques é indispensável dentro de uma organização, pois
sem estoque é impossível uma empresa trabalhar, sendo que ele funciona como um
amortecedor entre os vários estágios existentes na produção de um produto, minimizando as
necessidades de capital investido em estoques e aumentando o uso eficiente dos meios
internos da empresa.
Para Slack (1997, p. 380):
Os gerentes de produção usualmente têm uma atitude ambivalente em relação a
estoques. Por um lado, eles são custosos e algumas vezes empatam considerável
quantidade de capital. Também são arriscados porque itens mantidos em estoque
podem deteriorar, tornarem-se obsoletos ou apenas perder-se e, além disso, ocupa
espaço valioso a produção. Por outro lado, proporcionam alguma segurança em um
ambiente complexo e incerto. Sabendo disso, mantêm-se itens em estoque, para o
caso de consumidores ou programas de produção os demandar; É uma garantia
reconfortante contra o inesperado.
De fato, para ter um bom controle de estoques, as organizações utilizam sistemas
disciplinados para reduzir seus custos e atender a demanda instantaneamente, com qualidade
perfeita e sem desperdícios, observando alguns métodos.
2.3 Sistema ABC
De acordo com Ballou (1993, p. 97):
A curva ABC deriva da observação dos perfis de produtos em muitas empresas - que
a maior parte das vendas é gerada por relativamente poucos produtos da linha
comercializada - e do princípio conhecido como curva de Paretto.
23
A curva ABC tem sido usada para administração de estoques, para definição de
políticas de vendas, estabelecimento de prioridades para a programação da produção e uma
série de outros problemas usuais na empresa.
O sistema de classificação ABC de estoques responde as primeiras duas perguntas,
determinando a importância dos itens permitindo assim diferentes níveis de controle baseados
na importância relativa dos itens.
Dias (1997, p. 85):
A curva ABC é um importante instrumento para o administrador, ela permite
identificar aqueles itens que justificam atenção e tratamento adequado quanto a sua
administração. Obtém-se a curva ABC através da ordenação dos itens a sua
importância relativa.
Para construção das curvas ABC Dias (1993, p. 78) apresenta métodos utilizados:
FIGURA 3 - Construção curva ABC
Fonte: DIAS (1993, p. 78).
Arnold (1999, p. 286) verifica que existem duas regras para a utilização de uma
abordagem ABC:
24
 Ter grande número de itens de baixo valor. Os itens C correspondem
cerca de 5% do valor total do estoque. Manter um estoque extra de itens
C acrescenta pouco ao valor total do estoque. Os itens C são realmente
importantes apenas se houver a falta de um deles - quando se torna
extremamente importante, portanto, deve ser mantido sempre um
estoque disponível;
 Utilizar o dinheiro e o esforço de controle economizado para reduzir o
estoque de itens de alto valor. Os itens A representam cerca de 20% dos
itens e aproximadamente 80% do valor do estoque. São extremamente
importantes e merecem controle mais cerrado e a revisão mais
frequente.
É indispensável à aplicação do sistema ABC dentro da organização, pois a maioria das
empresas utiliza para manter um controle com melhores qualidades e conhecer o custo de seus
produtos. Alem de administrar seu estoque há uma diferenciação, pois ele separa seus itens de
acordo com sua importância relativa, estabelecendo regras de decisão sobre os itens do
estoque, de modo que toda a organização desempenhe suas funções de controle de estoque de
modo eficiente.
A representação gráfica demonstrada na figura a seguir, trás o conceito
utilizado pelo cálculo da curva ABC.
FIGURA 4 - Representação da Curva ABC para classificação dos itens
Fonte: Dias (1993)
25
Geralmente os estoques possuem os valores da tabela em seguida, tanto em estoque
quanto para valor. Esses números abaixo ajudam como parâmetros para a classificação ABC.
TABELA 1 - Representação percentual da classificação ABC dos itens em estoque
Classificação ABC
A
B
C
% Quantidade em estoque
20%
30%
50%
% Valor em estoque R$
80%
15%
5%
Fonte: Site "O gerente" (http://www.ogerente.com.br)
De acordo com Dias (1997, p. 86) após os itens terem sido ordenados pela importância
relativa, às classes da curva ABC podem ser definidas das seguintes maneiras:
 Classe A: grupo de itens mais importantes que devem ser tratados com uma
atenção bem especial pela administração;
 Classe B: grupo de itens em situação intermediaria entre as classes A e C;
 Classe C: grupo de itens menos importantes que justifica pouca atenção por
parte da administração.
2.4 Previsão da demanda
De acordo com Ballou (2001), a previsão da demanda é essencial para a empresa, pois
fornece informações que servem para um melhor controle das áreas funcionais, identificando
e harmonizando a demanda às capacidades da empresa.
Para Dantas, Isensee e Xavier (2002), pode-se dizer que muitas são as formas e
métodos para previsão da demanda, a partir da análise de seu consumo histórica. Para definir-
26
se qual o melhor método para analisar cada produto em relação a sua demanda requer um
conhecimento mais abrangente do produto e sua oscilação.
No quadro a seguir apresenta-se um modelo capaz de atender as expectativas da
empresa em relação ao seu nível ideal de estoques.
FIGURA 5 - Modelo de previsão da demanda
Fonte: Dantas, Isensee e Xavier (2002, p.88).
Dantas, Isensee e Xavier (2002). “Cada área da empresa tem interesse em manter
níveis de estoques que garantam sua segurança e reduzam o risco de alta ou material para o
trabalho”. Determinar o consumo de cada produto leva-se ao nível correto de estoques para
cada item.
A previsão de estoques provém de informações repassadas pelo setor de vendas onde
também são elaborados os valores de demanda e os níveis de estoques. Toda gestão de
estoque está regulada com a previsão do consumo de materiais. Essa previsão irá guiar as
estimativas para o que se deve comprar e quando se deve comprar (Dias, 2006, p. 28).
Segundo Pozo (2001, p. 46):
A previsão das quantidades que o mercado irá necessitar é uma tarefa
importantíssima no planejamento empresarial, e, em função disso, devemos alocar
métodos e esforços adequados em seu diagnóstico. A previsão deve levar sempre em
consideração os fatores que mais afetam o ambiente e que tendem a mobilizar os
clientes.
27
Em um processo de previsão de estoques como nos mostra Dias apud Pozo (2001, p.
46) "devemos considerar duas categorias de informação a se utilizar: quantitativa e
qualitativa".
As quantitativas estão ligadas a volumes e decorrentes de condições que podem afetar
a demanda, como: influência da propaganda, evolução das vendas no tempo, variações
decorrentes de modismo, variações decorrentes da situação econômica e crescimento
populacional.
As qualitativas são referentes as fontes de obtenção da dados mediante pessoas com
grande conhecimento e confiabilidade, como: opinião de gerentes, opinião de vendedores,
opinião de compradores e pesquisa de mercado.
Somente essas duas informações não são suficientes para otimizar os resultados
pretendidos e minimizar custos. É necessária a utilização de modelos matemáticos e gráficos
de demanda para buscarmos a precisão dos dados desejados. Esses gráficos se subdividem
em:
 Evolução de consumo constante (ECC);
 Evolução de consumo sazonal (ECS).
2.6 Giro de estoques
O giro dos estoques é um indicador do número de vezes em que o capital investido em
estoques é recuperado através das vendas. Usualmente é medido em base anual e tem
característica de representar o que aconteceu no passado.
Para Martins e Alt (2001), giro de estoque consiste em medir a quantidade de vezes
por um determinado período o estoque se renovou ou girou.
Francischini e Gurgel (2002) têm o mesmo pensamento: “Giro ou rotatividade de
estoque é definido como o número de vezes em que o estoque é totalmente renovado em um
período de tempo, geralmente anual”. Dá-se o cálculo pela seguinte fórmula:
28
Giro
= Demanda média no período
Estoque médio no período
Utilizando o exemplo de um item em estoque que sua demanda média anual foi de
1570 unidades e seu estoque médio foi de 135 unidades;
Giro
=
1570
135
=
11 vezes ao ano
Os autores ainda falam que alem do giro de estoque calculado, pode-se calcular o
tempo médio dos produtos em estoque, este é definido pelo tempo médio que o estoque é
renovado, tem como calculo o inverso do giro de estoque:
Tempo médio
Estoque médio no período
=
em estoque
Demanda média no período
Que ao utilizar o mesmo exemplo do giro de estoques, tem-se o seguinte resultado:
Tempo médio
em estoque
=
135
1570
= 0,086 anos
2.7 Estoque mínimo ou de segurança
Pode-se referir ao estoque mínimo também com estoque de segurança. A organização
precisa definir o quanto e necessário para manter no estoque sem que haja desabastecimento.
Com o estoque de segurança pode-se garantir um funcionamento sem imprevistos para a
organização.
29
Alguns fatores podem levar a falta em estoque como, por exemplo: eventos não
previstos, catástrofes naturais, oscilação na demanda, etc.
Quando se tem um estoque de segurança bem gerenciado e com um controle bem
apurado no abastecimento, pode então se ter uma precisão muito grande no ponto de
abastecimento.
Dias (2006), relata sobre a importância de se ter um estoque mínino na empresa.
"A importância de um estoque mínimo é a chave para o adequado estabelecimento
do ponto de pedido. De maneira utópica o estoque mínimo poderia ser tão alto, que
jamais haveria, para todos as finalidades práticas, ocasião de falta de material em
estoque" (DIAS, 2006 p. 61).
Ao se manter um estoque mínimo, a empresa terá que estar preparada para uma
eventual falta de estoque. Para se determinar qual o ponto ideal de se manter o estoque de
segurança devem-se utilizar dados através de consumos anteriores. Quando encontra o ponto
exato entre a quantidade atendida e a quantidade certa atingirá um grau de atendimento
adequado.
Estoque de segurança é uma reserva estratégica que permite aos gestores uma certa
segurança nas suas operações, este tipo de reserva não deixa que a empresa pare por falta de
produtos ou deixe de vender algum produto por falta no estoque.
Abaixo segue exemplo da criação do estoque mínimo e de segurança para o
supermercado Super Bom usando como referência o arroz.
Estoque mínimo:
EM= DD X TE
Onde:
 EM = Estoque mínimo
 DD = Demanda diária
 TE = Tempo de entrega
30
Com essas informações, o gestor de estoques tem segurança para saber quando
comprar novamente sem prejudicar a empresa. Com o tempo médio, o gestor poderá saber
qual o tempo ideal par renovação de seu estoque e dar maior atenção aos itens que tem maior
giro e demanda.
Para determinar o padrão do giro de estoque algumas questões devem ser levadas em
consideração pela empresa, entre eles, a curva ABC que é utilizada por relevar a importância
de cada item no estoque no que refere-se à quantidade e capital investido.
Conforme Francishini (2004, p.96):
Na atualidade manter estoques causa grandes despesas para a empresa, devido a
ocupação de espaço, pessoa, equipamentos, energia, enfim, dinheiro. Que em outros
termos significa grandes quantidades de capital parado e custos desnecessários.
2.8 Ponto do pedido
É a quantidade de produtos que se tem no estoque e que garante o processo de vendas
para que não sofra perda de venda, enquanto se aguarda a chegada do lote de compra, durante
o tempo de reposição. Isso que dizer que quando determinado produto de estoque atinge seu
ponto de pedido se deve fazer o ressuprimento de seu estoque, solicitando-se um pedido de
compra.
De acordo com Dias (1996), para calcular o ponto de pedido pode-se usar da seguinte
fórmula:
PP= C x TR + MN
Sendo:
 PP= ponto do pedido;
 C= consumo médio mensal;
 TR= tempo de reposição;
 MN= estoque mínimo.
31
Pozo (2007, p. 64) enfatiza que ponto de pedido "é a quantidade de peças que temos
em estoques e que garante o processo produtivo para que não sofra problemas de
continuidade, enquanto aguardamos a chegada do lote de compra, durante o tempo de
ressuprimento". Pozo dá a seguinte fórmula para cálculo do ponto de pedido:
PP= (C x TR )+ ES
Onde:
 PP= ponto do pedido;
 C= consumo;
 TR= tempo de reposição;
 ES= Estoque de segurança.
Dentro do contexto citado sobre o assunto e de acordo com as premissas abordadas
durante a pesquisa realizada, foi levada em consideração a definição e fórmulas abordadas por
Dias (1999) e Pozo (2007).
2.9 Tempo de ressuprimento
O tempo de ressuprimento é fundamental para calcular o nível do estoque de
segurança que a empresa precisa ter antes de fazer novos pedidos. Essa informação ajuda a
evitar que a organização passe por transtornos como a falta de produtos.
Pozo (2007, p. 64) sustenta que o tempo de reposição como espaço de tempo que vai
desde o momento da solicitação de um material no almoxarifado até o momento que ele é
liberado para produção ou consumo pela empresa.
Dias (1996) relata que o tempo de reposição é composto de três elementos:
 Emissão do pedido - Tempo que se leva desde a emissão do pedido de compras
até ele chegar ao fornecedor;
32
 Preparação do pedido - Tempo que leva o fornecedor para fabricar os produtos,
separar, emitir faturamento e deixá-los em condições de serem transportados.
 Transportes - Tempo que leva da saída do fornecedor até o recebimento pela
empresa dos materiais encomendados.
Tempo de reposição do estoque nada mais é do que o período onde é identificada a
falta de produtos até a disponibilidade no mesmo para o consumidor.
Apesar de parecer simples, o gestor de materiais precisa estar atendo para que as
etapas do processo sejam cumpridas, primeiramente detecta a necessidade de reposição,
informar ao setor de compras, entrar em contato com fornecedores, emitir pedido de compra,
recebimento das mercadorias no prazo, validade e qualidade cumpridas. A soma de todas as
etapas acima se denomina tempo de reposição.
2.10 Armazenagem
A armazenagem de materiais é fundamental para uma organização, ali são destinados
locais específicos para os produtos comercializados pela empresa, garantindo os cuidados
necessários para eles, e sua total qualidade até o momento da exposição na área de venda.
Pode ser um local coberto ou não, dependendo do ramo em que a empresa.
Para Viana (2002) a armazenagem dos produtos pode ser simples ou complexa,
dependendo da variação da armazenagem se da em função do tipo do produto, peso, volume,
fragilidade, etc.
De acordo com Martins e Laugeni (2003) o armazenamento de materiais é importante
para reduzir o custo de fretes, reduzirem o custo de produção e melhor atendimento ao cliente.
Os objetivos de um bom armazenamento são: Permitir o sistema PEPS (primeiro ao entrar,
primeiro ao sair); Manter a qualidade dos materiais tomando o devido cuidado para que a para
que a estocagem não altere as suas características; Obter identificação clara dos materiais;
Controle sobre a quantidade estocada; Promover o equilíbrio sobre compra e demanda,
identificando materiais com baixo nível de demanda com estoque alto, materiais iguais com
33
denominações diferentes; Diminuir os espaços alocados a estocagem; Diminuição de custos
referente a estoques; Manter um sistema de informação rápido e eficaz.
Dias (1993) diz que um sistema correto de armazenamento influi no aproveitamento
dos produtos e dos meios de movimentação, evita rejeição de peças com danos ocasionados
por batidas e impactos, devido ao manuseio inadequado, e reduzem as perdas. O setor de
armazenamento de materiais é um dos setores mais qualidade dos produtos, que são
responsáveis pelo funcionamento de uma empresa e pelos lucros que a mesma obtém.
Dias, Martins e Laugeni, falam que o armazenamento de matérias é responsável pela
qualidade dos produtos e pelo controle de que os primeiros materiais que entram são os
primeiros a sair. A organização deste setor é que expressa a administração de uma empresa.
2.11 Acurácia de estoque
É preciso que os valores físicos de estoques e seus registros no sistema sejam os mais
parecidos possíveis. A falta de cuidado das empresas com a alimentação do sistema acaba
gerando uma falta de confiança no usuário que acaba muitas vezes abandonando o uso do
sistema. A movimentação de itens do estoque deve ser feito em tempo real para que se
mantenha a acuracidade dos estoques (CORRÊA, GIANESI E CAON 2001).
Ainda para o autor, deve ser calculado o percentual de acuracidade do estoque através
da fórmula: acuracidade dos registros = (registros corretos / registros contados) X 100, sendo
que o resultado 100% seria o ideal, sendo pouco provável de ser alcançado na prática,
devemos adotar um grau de erro tolerável entre as quantidades do físico e o do sistema, sendo
5% um valor máximo.
TABELA 2 - Cálculo de acurácia de estoques
34
ITEN
CONTAGEM FÍSICA
REGISTRO DO
SITEMA
NÃO
TOLERÂNCIA ACEITO ACEITO
1
94
102
+/-2
2
96
97
+/-5
X
3
96
100
+/-
X
4
96
99
+/-2
5
98
96
+/-2
X
6
99
97
+/-2
X
7
110
110
+/-0
X
8
104
105
+/-0
9
97
100
+/-5
10
103
100
+/-2
11
104
102
+/-5
X
12
105
100
+/-5
X
13
106
100
+/-0
TOTAL
1308
1308
X
X
X
X
X
X
Fonte: Corrêa, Gianesi e Caon (2001)
2.12 Inventário Físico
O inventário físico é de grande importância para as empresas, pois é a contagem de
todos os estoques, área de venda e depósitos, a fim de bater as informações do sistema de
informação com as unidades contadas.
Francischini e Gurgel (2002) afirmam que o ideal seria a contagem dos produtos
diariamente, assim consegue-se diagnosticar os problemas no estoque com mais facilidade,
podendo resolvê-los na hora. De preferência não se deve receber produtos na hora da
contagem do inventário físico, se o mesmo ocorrer, deve ser armazenado em locais separados,
e se possível receber carimbo como: “antes, após inventário” para se manter o controle sobre
os produtos.
Conforme Viana (2002) o inventário físico visa o estabelecimento de uma auditoria de
estoques em poder do almoxarifado, cujo objetivo é garantir confiança e exatidão dos
registros contábeis e físicos, essencial para que o sistema funcione de forma eficaz.
Para Martins e Alt (2001) o inventario físico é o responsável pela informação da
quantidade dos itens constantes no estoque. O autor ainda destaca que um dos meios que a
35
empresa tem para auxiliar no fluxo de caixa são os inventários. Com um inventário físico alto,
a empresa gera custos, que não trarão benefícios. Os recursos utilizados pela empresa para
fabricação de seus produtos devem ser bem administrados, com isso pode-se agregar mais
valor a ele e o custo final diminuirá.
Para Dias (1993), as empresas devem salvar seus dados de inventários em softwares
ou em documentos seguros, com estes dados em mãos, auxiliarão o gestor na sua tomada de
decisão na hora da compra.
Gasnier (2010) diz que existem tipos de inventários de acordo com a necessidade de
cada empresa:
 Inventário geral: é a contagem física de todos os itens da
empresa a portas fechadas e em uma data pré-fixada, ou no
fechamento contábil do ano;
 Inventário permanente: consiste na contagem dos produtos pelo
menos uma vez ao ano;
 Inventário rotativo: neste inventário, os produtos são contados
semanal ou diariamente conforme a determinação do gestor
quanto a freqüência do inventário. A partir do resultado deste, os
registros que encontram transações divergentes são reconciliados, buscando
identificar e remover as causas das divergências.
O inventario físico é mais uma das tantas áreas importantes dentro de uma empresa,
com ele o gestor pode ter um levantamento do que a empresa tem em estoque disponível. A
maior vantagem de um inventário físico é o de ter controle real sobre os estoques, assim, a
organização não corre o risco de vender um produto baseando-se nos seus relatórios e o
mesmo não estar na área de venda ou ainda o produto ficar parado no estoque, pelo erro de ter
a mercadoria no sistema de informação, e não ter fisicamente.
36
3 METODOLOGIA
Neste capítulo, o autor utilizou a metodologia utilizada para que se consiga atingir os
objetivos propostos. A escolha do método e da técnica de coleta de dados que melhor se
enquadre no estudo é de fundamental importância para estabelecer os rumos do estudo para o
idealizador da pesquisa. Pois uma escolha mal feita, segundo Roesch (1999) , pode
comprometer todo o processo da pesquisa.
Segundo Roesch (1999), no capítulo de metodologia é que são descritos todos os
passos de um trabalho científico. Roesch (1999) esclarece que nem sempre existe um método
pré-estabelecido para um determinado projeto, mais que o método escolhido "seja coerente
com a maneira como o projeto foi formulado, com s objetivos do projeto e outras limitações
práticas de tempo, custo e disponibilidade de dados" (Roesch, 1999, p. 126).
3.1 Delineamento da Pesquisa
Para esse estudo, foram utilizados os princípios das pesquisas a seguir:
 Pesquisa Quantitativa.
 Pesquisa Aplicada.
3.1.1. Pesquisa aplicada
A pesquisa aplicada se refere à procura de meios de solucionar os problemas que serão
levantados neste trabalho.
De acordo com Gil (1999, p. 43) “a pesquisa aplicada possui muitos pontos de contato
com a pesquisa pura, pois depende de suas descobertas e se enriquece com o seu
desenvolvimento”.
3.2 Técnicas de coleta de dados
37
Neste trabalho foram coletados dados utilizando as fontes primárias e secundárias.
De acordo com Marconi e Lakatos (1992), fontes primárias são aquelas de primeira
mão, provenientes dos próprios órgãos que realizaram as observações. Englobam todas as
matérias, ainda não elaborados, escritos ou não que podem servir como fonte de informação
para a pesquisa.
Ainda Marconi e Lakatos (1992), fontes secundárias trata-se de levantamentos de
bibliografia publicadas em forma de livros, revistas, imprensa escrita e publicações avulsas.
Seu objetivo é colocar o pesquisador em contato em tudo aquilo que foi escrito sobre
determinado assunto.
38
4 ANÁLISE E INTERPRETAÇÃO DOS DADOS
Neste capítulo encontram-se os dados coletados do Super Bom Supermercado, situado
na cidade de Pequi – MG, com o principal objetivo de esclarecer a importância do controle de
estoque dentro do Supermercado.
Segundo Dias (2010, p. 13) para organizar o setor onde se controla os estoques, faz-se
necessário analisar algumas funções, tais quais o que deve permanecer em estoque, quando
reabastecê-lo e a quantidade de compra para um determinado período.
A empresa ainda não possui o devido controle de seus estoques, pois como se trata de
uma empresa de médio porte e familiar, o gerenciamento de seus estoques era sempre deixado
para trás.
Dias (1993), relata que o gerenciamento do estoque é a alma de qualquer tipo de
empresa. Não ter um produto disponível no estoque e não consegui-lo localizá-lo em tempo
hábil, para fornecer ao consumidor pode significar a perda da venda ou até mesmo a perda do
cliente, quando ele não encontra o que procura na empresa ele é empurrado para o
concorrente, com o risco de não voltar mais.
4.1. Sistema
Em relação ao uso de um software para o controle de estoque, atualmente a empresa
trabalha com a LSoft; sistema que é utilizado para toda a gestão da empresa e inclui módulos
administrativos e financeiros. Possui também estrutura para controle de estoque, no entanto,
não é utilizado plenamente devido as suas limitações.
Conforme BALLOU (1993), devido a uma série de aperfeiçoamentos, as empresas
deixaram o sistema de estoque manual para adotar os estoques automatizados. Esta mudança
acarretou pelo menos cinco grandes vantagens na gestão de estoque: fácil adaptação aos
computadores; agilidade no setor de faturamento e cobrança; existência de programas para
atender às necessidades; redução no capital investido em estoque e, ao mesmo tempo,
melhoria no nível de serviço, e elaboração de relatórios mais aperfeiçoados.
39
Atualmente o supermercado usa o sistema da LSoft tanto fiscal e gerencial.
FIGURA 6 - Software
Fonte - Sistema operacional da empresa, 2013
4.2. Compras
O setor de compras de uma empresa tem papel fundamental dentro da organização,
sendo que este precisa comprar a mercadoria em um preço competitivo dentro do mercado,
em prazo previamente estipulado, na quantidade necessária, e com todas as qualidades que o
produto possa oferecer, tendo em vista o funcionamento, manutenção e crescimento da
empresa.
As compras do supermercado não estão a cargo de um funcionário somente, toda a
equipe ajuda fazendo uma relação dos produtos em falta.
40
A compra é realizada a partir do momento que percebe a necessidade de reposição de
estoque, essa verificação é realizada apenas de um aspecto visual, o tipo do produto e
quantidade certa.
Em seguida, abre um processo de cotação com vários fornecedores cadastrados e a
procura do menor preço.
Depois de realizada a cotação identificada à empresa ganhadora, emitindo a ordem de
compra.
Processo atual do processo de compra do supermercado:
FIGURA 7 - Processo pedido de compra
Fonte: Auditoria do autor, 2013.
Os pedidos de compras aos fornecedores não possuem datas certas para serem
realizados, ocorrem de acordo com a necessidade, e o lead time leva em média um a sete dias
para chegar ao supermercado.
Após chegar à empresa todos os produtos são colocados no corredor ou no depósito
para que seja feita a conferência e o cadastro das mercadorias, feito isso são liberados para o
estoque ou reposição. Existe um elevador de cargas interligando a área de venda com o
depósito somente para transporte de mercadorias. Quando o repositor necessita de
mercadorias para expor na área de venda o mesmo carrega um carrinho normal e transporta
41
até a saída para a área de vendas através do elevador, é através de diversos funcionários,
conforme a responsabilidade de cada um na reposição de mercadorias nas gôndolas.
A segregação de função é um procedimento de controle interno que significa dividir
responsabilidades em determinado processo, principalmente quando relacionadas com
compras e vendas. Quando duas transações são processadas por pessoas diferentes, cada uma
exerce controle sobre a outra.
Esse processo de conferência das mercadorias é importante, pois de acordo com
Francischini e Gurgel (2004) é através dele que se verificam as características dos produtos e
sua documentação pela cópia do pedido, verificando se as quantidades correspondem com o
pedido de compra. Já com os produtos em estoque é feito o lançamento deles no sistema.
Porém às vezes esse processo demora um pouco devido ao acúmulo de serviços do
funcionário responsável, que realiza vários outros serviços.
De acordo com o supermercado, 41% das compras de mercadorias são realizadas de
representantes que fazem visita ao estabelecimento, os outros 59% são realizadas por cotação.
Processo de compra sugerido para o supermercado:
FIGURA 8 - Fluxograma pedido de compra
Fonte: Auditoria do autor, 2013.
42
Legenda do fluxograma
A = Início processo
B = Análise níveis estoque
C = Análise fluxo clientela
D = Análise cotações fornecedores
E = Requisição compras
F = Cancelamento da requisição compras
G = Ordem compras
H = Chegada fornecedor / produtos
I = Conferência / produtos
J = Reprovado
K = Aprovado
L = Comunicado defeito ao fornecedor
M = Recebimento – Cadastro / produtos comprados
N = Armazenagem – Ressuprimento estoques
O = Abastecimento Gôndolas
P = Checkout
Q = Entrega aos consumidores / produtos vendidos
R = Fim processo
4.2.1 Fornecedores
O supermercado conta hoje com um total de 330 fornecedores, sendo que apenas 70%
estão ativos mensalmente, os outros 30% fornecem apenas ocasionalmente.
Martins e Laugeni (2001, p. 24), relata que a seleção de fornecedores consiste em
avaliar as condições de qualidade, financeiras e confiabilidade de entrega de cada fornecedor.
43
Gráfico 1 - Fornecedores
O Supermercado realiza suas compras 83% de atacadistas e 17% diretamente da
fábrica como pode ser visualizado a seguir:
Gráfico 2 - Realização das compras
Todos os fornecedores são cadastrados no sistema, permitindo consulta aos
fornecedores baseando-se no nome jurídico da empresa, fantasia ou pelo CNPJ. Gera
relatórios com detalhes de cada fornecedor, bem como detalhes entre as operações realizadas
entre as empresas.
44
FIGURA 9 - Cadastro de fornecedores
Fonte - Sistema operacional da empresa, 2013.
Para a escolha dos fornecedores a empresa usa os seguinte critérios:
FIGURA 10 - Critérios para seleção de fornecedores
Fonte: Auditoria do autor, 2013.
Arnold (1999, p. 218) diz que:
Uma vez tomada a decisão sobre o que comprar, a segunda decisão mais importante
45
refere-se ao fornecedor certo. Um bom fornecedor é aquele que tem a tecnologia
para fabricar o produto na qualidade exigida, tem a capacidade de produzir as
quantidades necessárias e pode administrar seu negócio com eficiência suficiente
para ter lucros e ainda assim vender um produto a preços competitivos.
4.2.2 Cadastro de produtos
Hoje a empresa conta com 19.783 produtos cadastrados no sistema, sendo que destes
apenas 6.358 produtos estão ativos.
Gráfico 3 - Cadastro de produtos
Pelo fato do programa ser recente eles copiaram banco de dados de outro
supermercado e implantaram no Super Bom, gerando cadastro de produtos nunca vendidos no
estabelecimento.
46
FIGURA 11 - Cadastro de produtos
Fonte - Sistema operacional da empresa, 2013.
Essa aba tem como objetivo controlar todas as mercadorias comercializadas no
supermercado, como quantidades, preço de custo, preço de venda, natureza fiscal, grupo e
subgrupo a que pertencem.
Entre outras ferramentas, possibilita emitir relatórios com todas as informações
cadastradas de cada produto, histórico do produto, ou apenas as informações que são
necessárias no momento da consulta. Esses relatórios são de grande importância para
melhorar o controle de estoque da empresa.
Pelo módulo de cadastro de produtos, também é possível emitir relatórios sobre
estoque, podendo assim consultar o valor total investido em estoques, bem como o capital
comprometido em um tipo de produto, ou em produtos de uma marca única.
4.2.3 Lançamento de nota de compra
O supermercado não compra nenhuma mercadoria que não tenha nota fiscal, nessa aba
é feito o lançamento manual dos produtos, e está em andamento para ser lançado pelo XML.
47
FIGURA 12 - Lançamento de nota fiscal
Fonte - Sistema operacional da empresa, 2013.
4.3 Curva ABC
Segundo Dias (2006), devido à importância da curva ABC, esta foi utilizada neste
trabalho para identificar os produtos que deverão receber maior atenção por parte do
supermercado.
Deste modo, a curva ABC demonstrou para o supermercado que os produtos
considerados de maior necessidade, demandam controle e dedicação por parte do responsável
pelas compras. Eles representam grande consumo por parte dos clientes, além de seu elevado
valor de custo na composição de estoque.
Esses resultados ajudarão na decisão de compra e estocagem de produtos com valor
alto, mas que ao mesmo tempo com uma grande demanda.
TABELA 3 - Curva ABC
Nome do Produto
Qt.Venda
Custo Total
Classificação %
Curva
ABC
ACUCAR BOM GOSTO 5KG
3.856
R$
21.902,08
13,56%
A
CERVEJA 600ML BRAHMA GARRAFA
4920
R$
17.669,98
10,94%
A
CERVEJA 600ML SKOL GARRAFA
4800
R$
17.232,00
10,67%
A
ARROZ NAMORADO 5KG
1.135
R$
10.793,85
6,68%
A
CERVEJA 600ML ANTARTICA SUBZERO
2352
R$
7.502,88
4,65%
A
48
GARRAFA
ARROZ TIA JU 5KG
769
R$
7.336,26
4,54%
A
2.400
R$
6.096,00
3,78%
A
476
R$
4.983,72
3,09%
A
CERVEJA 600ML ANTARTICA GARRAFA
1191
R$
3.918,39
2,43%
A
OLEO DE SOJA SOYA 900ML PET
1.359
R$
3.642,12
2,26%
A
ARROZ REI ATUR 5KG
345
R$
3.260,25
2,02%
A
ARROZ BEM SOLTO 5KG
487
R$
2.663,89
1,65%
A
CERVEJA SKOL 350 ML LATA
1560
R$
2.636,40
1,63%
A
FRANGO COGRAN RESFRIADO KG
567
R$
2.591,19
1,60%
A
CERVEJA BRAHMA 350 ML LATA
1524
R$
2.575,56
1,60%
B
CERVEJA KAISER 350 ML LATA
2152
R$
2.345,68
1,45%
B
ARROZ PILLECCO NOBRE 5KG
257
R$
2.305,28
1,43%
B
QUEIJO FRESCO
213
R$
2.236,50
1,39%
B
SALSICHA PIF PAF KG
543
R$
2.150,28
1,33%
B
REFRI 2L COCA COLA
520
R$
2.126,80
1,32%
B
ASA RESFRIADA KG
321
R$
2.092,92
1,30%
B
OLEO DE SOJA CORVADO 900ML PET
789
R$
2.082,96
1,29%
B
CERVEJA 1L SKOL RETORNAVEL
456
R$
1.874,16
1,16%
B
REFRI 2L FANTA LARANJA
440
R$
1.786,40
1,11%
B
ACUCAR BOM GOSTO 2 KG
654
R$
1.602,30
0,99%
B
FRANGO COGRAN RESFRIADO KG
348
R$
1.520,76
0,94%
B
POLVILHO AZEDO CARIBÉ 1KG
317
R$
1.515,26
0,94%
B
REFRI 2L SODA LIMONADA
360
R$
1.400,40
0,87%
B
CERVEJA SKOL 290 ML REDONDINHA
1050
R$
1.340,50
0,83%
B
OLEO DE SOJA SADIA 900ML
432
R$
1.287,36
0,80%
B
CERVEJA SKOL 473ML LATA
698
R$
1.263,38
0,78%
B
FEIJAO PREMIUN 1KG
325
R$
1.163,50
0,72%
B
MUSSARELA KG
87
R$
1.087,50
0,67%
B
REFRI 2L TAI GUARANA
440
R$
1.007,60
0,62%
B
REFRI 2L FANTA UVA
248
R$
1.006,88
0,62%
B
ÁGUA RODA d' ÁGUA 20LT
483
R$
816,27
0,51%
C
REFRI 2L COCA COLA ZERO
156
R$
628,68
0,39%
C
FEIJAO PACHA 1K PRETO TIPO 1
CERVEJA ANTARTICA SUBZERO 350 ML
LATA
247
R$
627,38
0,39%
C
480
R$
619,20
0,38%
C
REFRI 2L DEL REY GUARANA
325
R$
614,25
0,38%
C
REFRI 2L SPRITE LIMAO
152
R$
603,44
0,37%
C
ACUCAR BOM GOSTO 1KG
345
R$
545,10
0,34%
C
REFRI 2L DEL REY LARANJA
280
R$
529,20
0,33%
C
REFRI 2L GUARANA ANTARTICA
120
R$
502,80
0,31%
C
REFRI 2L GUARANA KUAT
132
R$
500,28
0,31%
C
FEIJAO CODIL 1KG VERMELHO TIPO 1
152
R$
498,56
0,31%
C
FARINHA TRIGO BONA BENTA 1KG
109
R$
463,25
0,29%
C
ARROZ PRATO FINO 1KG
122
R$
448,96
0,28%
C
OLEO DE SOJA ABC 900ML
ARROZ PRATO FINO 5KG
49
VINHO CHAPINHA 750ML TT SUAVE
89
R$
433,43
0,27%
C
FARINHA DE MILHO PEIXOTINHO 1KG
169
R$
429,26
0,27%
C
OLEO DE SOJA CONCORDIA 900ML PET
163
R$
414,02
0,26%
C
SAL REF MOC 1KG IODADO
765
R$
390,15
0,24%
C
ENERGETICO RED BULL 250ML
78
R$
385,32
0,24%
C
OLEO SALADA 900ML DE CANOLA
106
R$
378,42
0,23%
C
SAL REF BOM DE MESA 1KG IODADO
543
R$
342,09
0,21%
C
REFRI 2L DEL REY COLA
178
R$
336,42
0,21%
C
SMIRNOFF ICE 275ML L.N
137
R$
331,54
0,21%
C
REFRI 2L DEL REY UVA
FARINHA DE MANDIOCA PEIXOTINHO
1KG
166
R$
313,74
0,19%
C
123
R$
312,42
0,19%
C
CONHAQUE DREHER 900ML
35
R$
298,90
0,19%
C
ACUCAR UNIAO 1K
108
R$
274,32
0,17%
C
OLEO SALADA 900ML DE GIRASSOL
79
R$
256,75
0,16%
C
VINAGRE DICASA 900ML ALCOOL
159
R$
252,81
0,16%
C
CERV NOVA SCHIN 350ML LT
204
R$
222,36
0,14%
C
FARINHA DE MANDIOCA ROCHA 1K
97
R$
207,58
0,13%
C
AJI SAL 500G CHURRASCO
67
R$
192,29
0,12%
C
VINAGRE DICASA 750ML VINHO TT
89
R$
149,52
0,09%
C
SAL GROSSO PIRATA 1K
54
R$
144,72
0,09%
C
R$ 161.464,42
100%
4.4 Tempo de reposição
Pozo (2007, p. 64) sustenta que o tempo de reposição como espaço de tempo que vai
desde o momento da solicitação de um material no almoxarifado até o momento que ele é
liberado para produção ou consumo pela empresa.
Destaca-se a seguir o tempo de reposição de todos os itens classificados pela curva
ABC.
A abordagem do tempo de reposição destes produtos identificou o tempo transcorrido
até a realização do pedido, posteriormente a sua confirmação até sua chegada ao
supermercado.
A identificação do tempo de reposição torna-se uma ferramenta positiva para a
empresa, uma vez que ajudará no controle de estoque, mantendo um equilíbrio entre o
estoque já existente no supermercado com o pedido que chegará.
50
TABELA 4 - Tempo de reposição
Qt.Venda
mês
Qt. Venda dia
ACUCAR BOM GOSTO 5KG
3.856
129
R$
21.902,08
0,23340249
CERVEJA 600ML BRAHMA GARRAFA
4920
164
R$
17.669,98
0,182926829
CERVEJA 600ML SKOL GARRAFA
4800
160
R$
17.232,00
0,1875
ARROZ NAMORADO 5KG
CERVEJA 600ML ANTARTICA SUBZERO
GARRAFA
1.135
38
R$
10.793,85
0,792951542
2352
78
R$
7.502,88
769
26
R$
7.336,26
1,170351105
2.400
80
R$
6.096,00
0,375
ARROZ PRATO FINO 5KG
476
16
R$
4.983,72
1,890756303
CERVEJA 600ML ANTARTICA GARRAFA
1191
40
R$
3.918,39
0,755667506
OLEO DE SOJA SOYA 900ML PET
1.359
45
R$
3.642,12
0,662251656
ARROZ REI ATUR 5KG
345
12
R$
3.260,25
2,608695652
ARROZ BEM SOLTO 5KG
487
16
R$
2.663,89
1,848049281
CERVEJA SKOL 350 ML LATA
1560
52
R$
2.636,40
0,576923077
FRANGO COGRAN RESFRIADO KG
567
19
R$
2.591,19
1,587301587
CERVEJA BRAHMA 350 ML LATA
1524
51
R$
2.575,56
0,590551181
CERVEJA KAISER 350 ML LATA
2152
72
R$
2.345,68
0,418215613
ARROZ PILLECCO NOBRE 5KG
257
9
R$
2.305,28
3,501945525
QUEIJO FRESCO
213
7
R$
2.236,50
4,225352113
SALSICHA PIF PAF KG
543
18
R$
2.150,28
1,657458564
REFRI 2L COCA COLA
520
17
R$
2.126,80
1,730769231
ASA RESFRIADA KG
321
11
R$
2.092,92
2,803738318
OLEO DE SOJA CORVADO 900ML PET
789
26
R$
2.082,96
1,140684411
CERVEJA 1L SKOL RETORNAVEL
456
15
R$
1.874,16
1,973684211
REFRI 2L FANTA LARANJA
440
15
R$
1.786,40
2,045454545
ACUCAR BOM GOSTO 2 KG
654
22
R$
1.602,30
1,376146789
FRANGO COGRAN RESFRIADO KG
348
12
R$
1.520,76
2,586206897
POLVILHO AZEDO CARIBÉ 1KG
317
11
R$
1.515,26
2,839116719
REFRI 2L SODA LIMONADA
360
12
R$
1.400,40
2,5
CERVEJA SKOL 290 ML REDONDINHA
1050
35
R$
1.340,50
0,857142857
OLEO DE SOJA SADIA 900ML
432
14
R$
1.287,36
2,083333333
CERVEJA SKOL 473ML LATA
698
23
R$
1.263,38
1,289398281
FEIJAO PREMIUN 1KG
325
11
R$
1.163,50
2,769230769
MUSSARELA KG
87
3
R$
1.087,50
10,34482759
REFRI 2L TAI GUARANA
440
15
R$
1.007,60
2,045454545
REFRI 2L FANTA UVA
248
8
R$
1.006,88
3,629032258
ÁGUA RODA d' ÁGUA 20LT
483
16
R$
816,27
1,863354037
REFRI 2L COCA COLA ZERO
156
5
R$
628,68
5,769230769
FEIJAO PACHA 1K PRETO TIPO 1
CERVEJA ANTARTICA SUBZERO 350 ML
LATA
247
8
R$
627,38
3,643724696
480
16
R$
619,20
REFRI 2L DEL REY GUARANA
325
11
R$
614,25
2,769230769
REFRI 2L SPRITE LIMAO
152
5
R$
603,44
5,921052632
Nome do Produto
ARROZ TIA JU 5KG
OLEO DE SOJA ABC 900ML
Custo Total
Tempo de
Reposição
0,382653061
1,875
51
ACUCAR BOM GOSTO 1KG
345
12
R$
545,10
2,608695652
REFRI 2L DEL REY LARANJA
280
9
R$
529,20
3,214285714
REFRI 2L GUARANA ANTARTICA
120
4
R$
502,80
7,5
REFRI 2L GUARANA KUAT
132
4
R$
500,28
6,818181818
FEIJAO CODIL 1KG VERMELHO TIPO 1
152
5
R$
498,56
5,921052632
FARINHA TRIGO BONA BENTA 1KG
109
4
R$
463,25
8,256880734
ARROZ PRATO FINO 1KG
122
4
R$
448,96
7,37704918
VINHO CHAPINHA 750ML TT SUAVE
89
3
R$
433,43
10,11235955
FARINHA DE MILHO PEIXOTINHO 1KG
169
6
R$
429,26
5,325443787
OLEO DE SOJA CONCORDIA 900ML PET
163
5
R$
414,02
5,521472393
SAL REF MOC 1KG IODADO
765
26
R$
390,15
1,176470588
ENERGETICO RED BULL 250ML
78
3
R$
385,32
11,53846154
OLEO SALADA 900ML DE CANOLA
106
4
R$
378,42
8,490566038
SAL REF BOM DE MESA 1KG IODADO
543
18
R$
342,09
1,657458564
REFRI 2L DEL REY COLA
178
6
R$
336,42
5,056179775
SMIRNOFF ICE 275ML L.N
137
5
R$
331,54
6,569343066
REFRI 2L DEL REY UVA
FARINHA DE MANDIOCA PEIXOTINHO
1KG
166
6
R$
313,74
5,421686747
123
4
R$
312,42
CONHAQUE DREHER 900ML
35
1
R$
298,90
25,71428571
ACUCAR UNIAO 1K
108
4
R$
274,32
8,333333333
OLEO SALADA 900ML DE GIRASSOL
79
3
R$
256,75
11,39240506
VINAGRE DICASA 900ML ALCOOL
159
5
R$
252,81
5,660377358
CERV NOVA SCHIN 350ML LT
204
7
R$
222,36
4,411764706
FARINHA DE MANDIOCA ROCHA 1K
97
3
R$
207,58
9,278350515
AJI SAL 500G CHURRASCO
67
2
R$
192,29
13,43283582
VINAGRE DICASA 750ML VINHO TT
89
3
R$
149,52
10,11235955
SAL GROSSO PIRATA 1K
54
2
R$
144,72
16,66666667
R$
7,317073171
161.464,42
4.5 Estoque de segurança
Dias (2006), relata sobre a importância de se ter um estoque mínimo na empresa.
"A importância de um estoque mínimo é a chave para o adequado estabelecimento
do ponto de pedido. De maneira utópica o estoque mínimo poderia ser tão alto, que
jamais haveria, para todos as finalidades práticas, ocasião de falta de material em
estoque" (DIAS, 2006 p. 61).
O estoque de segurança ajuda a identificar as necessidades dos clientes e em possíveis
variações tanto na demanda quanto na entrega do produto. Assim o supermercado não
52
necessitará estocar um valor alto para não deixar que o item falte e muito menos elevar seus
custos com estoque parado.
Para obtenção do estoque mínimo ou de segurança os cálculos foram realizados de
acordo com a soma das vendas no período de 3 (três) meses multiplicando-se pelo fator de
atendimento definido pelo supermercado.
TABELA 5 - Estoque de segurança
Qt. Venda
TRIMESTRAL
Tempo de
Reposição
Estoque de
segurança
ACUCAR BOM GOSTO 5KG
11.568
0,002593361
12724,8
CERVEJA 600ML BRAHMA GARRAFA
14.760
0,00203252
16236
CERVEJA 600ML SKOL GARRAFA
14.400
0,002083333
15840
ARROZ NAMORADO 5KG
CERVEJA 600ML ANTARTICA SUBZERO
GARRAFA
3.405
0,008810573
3745,5
0,004251701
7761,6
ARROZ TIA JU 5KG
2.307
0,013003901
2537,7
OLEO DE SOJA ABC 900ML
7.200
0,004166667
7920
ARROZ PRATO FINO 5KG
1.428
0,021008403
1570,8
CERVEJA 600ML ANTARTICA GARRAFA
3.573
0,008396306
3930,3
OLEO DE SOJA SOYA 900ML PET
4.077
0,007358352
4484,7
ARROZ REI ATUR 5KG
1.035
0,028985507
1138,5
ARROZ BEM SOLTO 5KG
1.461
0,020533881
1607,1
CERVEJA SKOL 350 ML LATA
4.680
0,006410256
5148
FRANGO COGRAN RESFRIADO KG
1.701
0,017636684
1871,1
CERVEJA BRAHMA 350 ML LATA
4.572
0,00656168
5029,2
CERVEJA KAISER 350 ML LATA
6.456
0,00464684
7101,6
ARROZ PILLECCO NOBRE 5KG
771
0,038910506
848,1
QUEIJO FRESCO
639
0,046948357
702,9
SALSICHA PIF PAF KG
1.629
0,018416206
1791,9
REFRI 2L COCA COLA
1.560
0,019230769
1716
963
0,031152648
1059,3
OLEO DE SOJA CORVADO 900ML PET
2.367
0,012674271
2603,7
CERVEJA 1L SKOL RETORNAVEL
1.368
0,021929825
1504,8
REFRI 2L FANTA LARANJA
1.320
0,022727273
1452
ACUCAR BOM GOSTO 2 KG
1.962
0,01529052
2158,2
FRANGO COGRAN RESFRIADO KG
1.044
0,028735632
1148,4
951
0,031545741
1046,1
REFRI 2L SODA LIMONADA
1.080
0,027777778
1188
CERVEJA SKOL 290 ML REDONDINHA
3.150
0,00952381
3465
OLEO DE SOJA SADIA 900ML
1.296
0,023148148
1425,6
CERVEJA SKOL 473ML LATA
2.094
0,014326648
2303,4
FEIJAO PREMIUN 1KG
975
0,030769231
1072,5
MUSSARELA KG
261
0,114942529
287,1
Nome do Produto
ASA RESFRIADA KG
POLVILHO AZEDO CARIBÉ 1KG
7.056
53
1.320
0,022727273
1452
744
0,040322581
818,4
ÁGUA RODA d' ÁGUA 20LT
1.449
0,020703934
1593,9
REFRI 2L COCA COLA ZERO
468
0,064102564
514,8
FEIJAO PACHA 1K PRETO TIPO 1
CERVEJA ANTARTICA SUBZERO 350 ML
LATA
741
0,04048583
815,1
REFRI 2L TAI GUARANA
REFRI 2L FANTA UVA
1.440
0,020833333
1584
REFRI 2L DEL REY GUARANA
975
0,030769231
1072,5
REFRI 2L SPRITE LIMAO
456
0,065789474
501,6
1.035
0,028985507
1138,5
REFRI 2L DEL REY LARANJA
840
0,035714286
924
REFRI 2L GUARANA ANTARTICA
360
0,083333333
396
REFRI 2L GUARANA KUAT
396
0,075757576
435,6
FEIJAO CODIL 1KG VERMELHO TIPO 1
456
0,065789474
501,6
FARINHA TRIGO BONA BENTA 1KG
327
0,091743119
359,7
ARROZ PRATO FINO 1KG
366
0,081967213
402,6
VINHO CHAPINHA 750ML TT SUAVE
267
0,112359551
293,7
FARINHA DE MILHO PEIXOTINHO 1KG
507
0,059171598
557,7
OLEO DE SOJA CONCORDIA 900ML PET
489
0,061349693
537,9
2.295
0,013071895
2524,5
ENERGETICO RED BULL 250ML
234
0,128205128
257,4
OLEO SALADA 900ML DE CANOLA
318
0,094339623
349,8
1.629
0,018416206
1791,9
REFRI 2L DEL REY COLA
534
0,056179775
587,4
SMIRNOFF ICE 275ML L.N
411
0,072992701
452,1
REFRI 2L DEL REY UVA
FARINHA DE MANDIOCA PEIXOTINHO
1KG
498
0,060240964
547,8
0,081300813
405,9
CONHAQUE DREHER 900ML
105
0,285714286
115,5
ACUCAR UNIAO 1K
324
0,092592593
356,4
OLEO SALADA 900ML DE GIRASSOL
237
0,126582278
260,7
VINAGRE DICASA 900ML ALCOOL
477
0,062893082
524,7
CERV NOVA SCHIN 350ML LT
612
0,049019608
673,2
FARINHA DE MANDIOCA ROCHA 1K
291
0,103092784
320,1
AJI SAL 500G CHURRASCO
201
0,149253731
221,1
VINAGRE DICASA 750ML VINHO TT
267
0,112359551
293,7
SAL GROSSO PIRATA 1K
162
0,185185185
178,2
ACUCAR BOM GOSTO 1KG
SAL REF MOC 1KG IODADO
SAL REF BOM DE MESA 1KG IODADO
369
4.6 Ponto do pedido
Pozo (2007, p. 64) enfatiza que ponto de pedido "é a quantidade de peças que temos
em estoques e que garante o processo produtivo para que não sofra problemas de
continuidade, enquanto aguardamos a chegada do lote de compra, durante o tempo de
ressuprimento".
54
Para o supermercado, esta avaliação vai ajudar a demonstrar o momento certo para
efetuar a compra, e interferirá diretamente em custo benefício para a empresa em estudo, e
provavelmente irá diminuir a necessidade de capital investido parado.
O cálculo do ponto de pedido foi definido através da fórmula de Pozo: Ponto do
pedido = consumo x tempo de reposição + estoque de segurança. Para fazer esses cálculos foi
calculado sobre um período de três meses.
TABELA 6 - Ponto do pedido
Qt. Venda
TRIMESTRAL
Tempo de
Reposição
Estoque de
segurança
Ponto do pedido
ACUCAR BOM GOSTO 5KG
11.568
0,002593361
12724,8
12754,8
CERVEJA 600ML BRAHMA GARRAFA
14.760
0,00203252
16236
16266
CERVEJA 600ML SKOL GARRAFA
14.400
0,002083333
15840
15870
ARROZ NAMORADO 5KG
CERVEJA 600ML ANTARTICA SUBZERO
GARRAFA
3.405
0,008810573
3745,5
3775,500001
7.056
0,004251701
7761,6
7791,600002
ARROZ TIA JU 5KG
2.307
0,013003901
2537,7
2567,7
OLEO DE SOJA ABC 900ML
7.200
0,004166667
7920
7950,000002
ARROZ PRATO FINO 5KG
1.428
0,021008403
1570,8
1600,799999
CERVEJA 600ML ANTARTICA GARRAFA
3.573
0,008396306
3930,3
3960,300001
OLEO DE SOJA SOYA 900ML PET
4.077
0,007358352
4484,7
4514,700001
ARROZ REI ATUR 5KG
1.035
0,028985507
1138,5
1168,5
ARROZ BEM SOLTO 5KG
1.461
0,020533881
1607,1
1637,1
CERVEJA SKOL 350 ML LATA
4.680
0,006410256
5148
5177,999998
FRANGO COGRAN RESFRIADO KG
1.701
0,017636684
1871,1
1901,099999
CERVEJA BRAHMA 350 ML LATA
4.572
0,00656168
5029,2
5059,200001
CERVEJA KAISER 350 ML LATA
6.456
0,00464684
7101,6
7131,599999
ARROZ PILLECCO NOBRE 5KG
771
0,038910506
848,1
878,1000001
QUEIJO FRESCO
639
0,046948357
702,9
732,9000001
SALSICHA PIF PAF KG
1.629
0,018416206
1791,9
1821,9
REFRI 2L COCA COLA
1.560
0,019230769
1716
1746
963
0,031152648
1059,3
1089,3
OLEO DE SOJA CORVADO 900ML PET
2.367
0,012674271
2603,7
2633,699999
CERVEJA 1L SKOL RETORNAVEL
1.368
0,021929825
1504,8
1534,800001
REFRI 2L FANTA LARANJA
1.320
0,022727273
1452
1482
ACUCAR BOM GOSTO 2 KG
1.962
0,01529052
2158,2
2188,2
FRANGO COGRAN RESFRIADO KG
1.044
0,028735632
1148,4
1178,4
951
0,031545741
1046,1
1076,1
REFRI 2L SODA LIMONADA
1.080
0,027777778
1188
1218
CERVEJA SKOL 290 ML REDONDINHA
3.150
0,00952381
3465
3495,000002
Nome do Produto
ASA RESFRIADA KG
POLVILHO AZEDO CARIBÉ 1KG
55
OLEO DE SOJA SADIA 900ML
1.296
0,023148148
1425,6
1455,6
CERVEJA SKOL 473ML LATA
2.094
0,014326648
2303,4
2333,400001
FEIJAO PREMIUN 1KG
975
0,030769231
1072,5
1102,5
MUSSARELA KG
261
0,114942529
287,1
317,1000001
1.320
0,022727273
1452
1482
744
0,040322581
818,4
848,4000003
ÁGUA RODA d' ÁGUA 20LT
1.449
0,020703934
1593,9
1623,9
REFRI 2L COCA COLA ZERO
468
0,064102564
514,8
544,8
FEIJAO PACHA 1K PRETO TIPO 1
CERVEJA ANTARTICA SUBZERO 350 ML
LATA
741
0,04048583
815,1
845,1
1.440
0,020833333
1584
1614
REFRI 2L DEL REY GUARANA
975
0,030769231
1072,5
1102,5
REFRI 2L SPRITE LIMAO
456
0,065789474
501,6
531,6000001
1.035
0,028985507
1138,5
1168,5
REFRI 2L DEL REY LARANJA
840
0,035714286
924
954,0000002
REFRI 2L GUARANA ANTARTICA
360
0,083333333
396
425,9999999
REFRI 2L GUARANA KUAT
396
0,075757576
435,6
465,6000001
FEIJAO CODIL 1KG VERMELHO TIPO 1
456
0,065789474
501,6
531,6000001
FARINHA TRIGO BONA BENTA 1KG
327
0,091743119
359,7
389,6999999
ARROZ PRATO FINO 1KG
366
0,081967213
402,6
432,6
VINHO CHAPINHA 750ML TT SUAVE
267
0,112359551
293,7
323,7000001
FARINHA DE MILHO PEIXOTINHO 1KG
507
0,059171598
557,7
587,7000002
OLEO DE SOJA CONCORDIA 900ML PET
489
0,061349693
537,9
567,8999999
2.295
0,013071895
2524,5
2554,499999
ENERGETICO RED BULL 250ML
234
0,128205128
257,4
287,4
OLEO SALADA 900ML DE CANOLA
318
0,094339623
349,8
379,8000001
1.629
0,018416206
1791,9
1821,9
REFRI 2L DEL REY COLA
534
0,056179775
587,4
617,3999999
SMIRNOFF ICE 275ML L.N
411
0,072992701
452,1
482,1000001
REFRI 2L DEL REY UVA
FARINHA DE MANDIOCA PEIXOTINHO
1KG
498
0,060240964
547,8
577,8000001
369
0,081300813
405,9
435,9
CONHAQUE DREHER 900ML
105
0,285714286
115,5
145,5
ACUCAR UNIAO 1K
324
0,092592593
356,4
386,4000001
OLEO SALADA 900ML DE GIRASSOL
237
0,126582278
260,7
290,6999999
VINAGRE DICASA 900ML ALCOOL
477
0,062893082
524,7
554,7000001
CERV NOVA SCHIN 350ML LT
612
0,049019608
673,2
703,2000001
FARINHA DE MANDIOCA ROCHA 1K
291
0,103092784
320,1
350,1000001
AJI SAL 500G CHURRASCO
201
0,149253731
221,1
251,0999999
VINAGRE DICASA 750ML VINHO TT
267
0,112359551
293,7
323,7000001
SAL GROSSO PIRATA 1K
162
0,185185185
178,2
208,2
REFRI 2L TAI GUARANA
REFRI 2L FANTA UVA
ACUCAR BOM GOSTO 1KG
SAL REF MOC 1KG IODADO
SAL REF BOM DE MESA 1KG IODADO
56
4.7 Acuracidade
É preciso que os valores físicos de estoques e seus registros no sistema sejam os mais
parecidos possíveis. A falta de cuidado das empresas com a alimentação do sistema acaba
gerando uma falta de confiança no usuário que acaba muitas vezes abandonando o uso do
sistema. A movimentação de itens do estoque deve ser feito em tempo real para que se
mantenha a acuracidade dos estoques (CORRÊA, GIANESI E CAON 2001).
Dentre as principais causas das divergências de estoque, e com a tabela a seguir,
torna-se possível tomar ações efetivas para a solução das causas mais comuns que impactam
na falta de acuracidade.
TABELA 7 - Causas da falta de acuracidade de estoque
Causa
%
Representatividade
Erros no registro de movimentação de produtos
Roubo
Localização incorreta do material
Obsolescência
Atualização incorreta do inventário
Identificação incorreta
Danos aos produtos
Vencimento dos produtos
Falta de procedimentos claros
Frequência na movimentação de materiais
Número de itens armazenados
Valor do produto
Variedade de produtos
Sistema de registro de estoque com
inconsistências
Baixa remuneração da mão de obra
Falta de implantação do código de barras
Falta de treinamento
Fontes de fornecimento
Frequência de contagem dos materiais
Intervalo de tempo na realização de inventário
Troca de funcionários
Fonte: Elaborado pelo autor, 2013.
%
Acumulado
18,64%
10,17%
10,17%
6,78%
6,78%
6,78%
5,08%
3,39%
3,39%
3,39%
3,39%
3,39%
3,39%
18,64%
28,81%
38,98%
45,76%
52,54%
59,32%
64,41%
67,80%
71,19%
74,58%
77,97%
81,36%
84,75%
3,39%
1,69%
1,69%
1,69%
1,69%
1,69%
1,69%
1,69%
88,14%
89,83%
91,53%
93,22%
94,92%
96,61%
98,31%
100,00%
57
4.8 Armazenagem
O local de armazenagem da empresa é apropriado para seus produtos, às mercadorias
são separadas por tipos e marcas. Essas mercadorias são alojadas em seus devidos lugares,
sempre em cima de estrados de madeiras ou estantes, prateleiras evitando o contato direto
com o piso. Podendo-se destacar que, apesar do armazenamento do material ser adequado,
existe perdas de produtos no estoque por mau manuseio e por perda de validade.
Ao analisar as causas das perdas dos produtos no supermercado, relatou que na grande
maioria das vezes é pelo mau controle e reabastecimento de seu estoque, é comprado mais do
que a empresa necessita no devido período, por não utilizarem de um método de pedido
mínimo e pelo fato que a empresa não utiliza adequadamente o sistema gerencial.
FIGURA 13 - Estrutura de armazenagem do supermercado
58
Fonte - Depósito da empresa, 2013.
59
5 CONSIDERAÇÕES FINAIS
Com o estudo realizado, e as análises feitas no controle de estoques, e identificadas
algumas falhas neste sistema foram propostas algumas ações que devem ser feitas para iniciar
as melhorias.
O controle de estoque é de suma importância para o supermercado, pois à medida que
os estoques são vendidos, seus valores são convertidos em dinheiro, melhorando o fluxo de
caixa e o retorno investido pela empresa nas compras dos estoques. É preciso tratar os
estoques como um bem precioso para obter um grau de satisfação.
Foi realizada a curva ABC, tempo de reposição, estoque de segurança e ponto do
pedido, todos esses calculados tornam-se muito importante para o supermercado.
Para obter um controle de estoque eficiente deve eliminar essas falhas, colocando em
prática todas as sugestões sugerida pelo autor, essas sugestões foram definidas de acordo com
as reais necessidades do supermercado.
Para o Supermercado ficam as ferramentas desenvolvidas neste trabalho do trabalho.
5.1 Limitações do trabalho
 Dados que eram necessários para o desenvolvimento do trabalho muitas vezes
demoravam serem coletados e fornecidos, outros não puderam ser acessados;
 Grande mix de produtos;
 Excesso de marcas para serem analisadas para compor nos cálculos;
 Impossibilidade de avaliar todos os produtos da empresa.
5.2 Sugestão para trabalhos futuros
As empresas sempre devem fazer melhorias, buscando formas de melhorar o
60
desenvolvimento do trabalho no dia-a-dia.
Este trabalho é recomendado para todos os funcionários da empresa em estudo,
possibilitando colocar em prática as proposições de melhoria no controle de estoques,
tornando-a desta forma um supermercado mais competitivo.
 Sugere-se complementar o estudo realizado,
 Realizar o mesmo estudo em outras empresas de mesmo segmento ou em
empresas de segmentos diferentes,
61
REFERÊNCIAS
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2009.
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Giro. São Paulo: Atlas, 2002.
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distribuição física. São Paulo: Atlas, 1993.
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CORRÊA, Henrique L, CORRÊA, Henrique A. Administração de produção e de
operações: manufatura e serviços: uma abordagem estratégica. São Paulo: Atlas, 2005 .
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2007.
62
SLACK, Nigel. Administração da produção. 4. ed. São Paulo: Atlas, 2009.
VIANA, João José. Administração de materiais: um enfoque prático. São Paulo: Atlas,
2002.

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