O impacto da asma na visão de médicos e pacientes

Transcrição

O impacto da asma na visão de médicos e pacientes
Global Asthma Physician and Patient Survey (GAPP)
O impacto da
asma na visão de
médicos e pacientes
Global Asthma Physician and
Patient Survey (GAPP)
O impacto da
asma na visão
de médicos e
pacientes
A prevalência da asma tem aumentado
nas últimas décadas. Segundo a Iniciativa Global para Asma (Global Initiative
for Asthma, GINA), mais de 300 milhões
de pessoas em todo o mundo sofrem da
doença, e estima-se que o número anual
de mortes chegue a 180 mil.
No Brasil, a prevalência da asma foi
mapeada pelo estudo ISAAC (International Study of Asthma and Allergies in
Childhood) (Sole et al., 1999), que indicou
a incidência de sintomas asmáticos em
crianças com idade de 6 a 7 anos e de 13
a 14 anos em várias cidades do País. Nesse estudo, a prevalência observada foi de
10%, semelhante à dos países do Primeiro
Mundo. A asma acomete aproximadamente 10 milhões de brasileiros, e em 70% dos
casos, é de natureza persistente, necessitando de tratamento contínuo. Dada a sua
importância na saúde pública, resta saber
o impacto dessa doença crônica na percepção de médicos e pacientes.
Apesar dos avanços no manejo da
asma, muitos pacientes continuam apresentando exacerbações freqüentes, consultas de emergência e qualidade de
vida prejudicada pela doença. Rabe et al.
(2004) demonstraram num estudo que há
uma discrepância entre o controle da asma
conforme relatos do paciente e as medidas
objetivas da doença. Os pacientes subestimam a gravidade de sua doença e não
seguem à risca as instruções médicas.
Uma pesquisa mundial, descrita a seguir, revelou dados surpreendentes sobre
a percepção da asma e do seu tratamento, tanto por médicos como pacientes.
O estudo GAPP
O Global Asthma Physician and Patient
Survey (GAPP) foi uma pesquisa feita por
meio de entrevistas a 1.733 médicos e
1.726 pacientes asmáticos adultos de
16 países: África do Sul, Alemanha, Austrália, Bélgica, Brasil, Canadá, Espanha,
Estados Unidos, França, Irlanda, Itália,
Japão, Países Baixos, Polônia, Reino Unido e Suíça. No Brasil, foram entrevistados
100 médicos e 100 pacientes. O Comitê
Consultivo desta pesquisa foi composto por membros de três organizações:
Organização Mundial de Alergia (World
Allergy Organization, WAO), Colégio
Americano de Alergia, Asma e Imunologia (American College of Allergy, Asthma
& Immunology, ACAAI) e Rede de Alergia
e Asma/Mães de Asmáticos (AANMA). Os
nomes dos membros do Grupo de Trabalho GAPP encontram-se no final deste
texto. O GAPP teve o apoio financeiro da
Altana Pharma.
Os objetivos do GAPP foram:
• aumentar o conhecimento e alertar
sobre o controle subótimo da asma;
• explorar o conteúdo e a dinâmica da
comunicação médico–paciente;
• verificar quais fatores podem melhorar a adesão ao tratamento.
1.733 médicos e 1.726 pacientes foram entrevistados na pesquisa GAPP
A pesquisa foi conduzida por uma empresa independente, a Harris Interactive®,
e baseou-se em um questionário de aproximadamente vinte minutos, feito por telefone, internet ou em entrevista face a
face. As entrevistas foram realizadas nos
meses de maio e agosto de 2005. Dos
1.733 médicos entrevistados, 916 eram
generalistas e 817, especialistas (alergologistas, pneumologistas ou especialistas
em doenças respiratórias).
O GAPP contou com um painel de especialistas (Comitê Consultivo) em sua elaboração (veja “Grupo de Trabalho GAPP”).
Percepções da gravidade
da doença
Quando perguntados sobre como descreveriam sua doença com base nos
sintomas, 50% dos pacientes descreveram-na como moderada ou grave (resultado global). No Brasil, o porcentual
atingiu 70%.
Conclui-se daí que os pacientes percebem a gravidade da asma.
Impacto na qualidade de vida
Viver com asma limita as atividades diárias do paciente. No Brasil, 45% dos pacientes responderam que a asma limita
significativamente ou muito as atividades
da vida diária. Globalmente, esse número é um pouco menor: 41%. Apesar da
pouca diferença quanto às atividades da
vida diária, no Brasil, as idas ao hospital e
as internações são mais freqüentes (55%)
que os índices globais (17%) (Figura 1).
Desse modo, percebe-se que as idas não
programadas aos hospitais por causa da
asma são mais freqüentes no Brasil.
Admissão no hospital
Idas ao hospital
Consultas não programadas
Chamadas não programadas
27%
42%
32%
18%
19%
13%
11%
6%
Brasil
Global
Figura 1. Prevalência de problemas médicos imprevistos nos
últimos 12 meses de acordo com os pacientes entrevistados
Divergências entre pacientes e
médicos: fatores que interferem
na adesão ao tratamento
De acordo com o GAPP, a adesão ao
tratamento aumenta com o tempo de
educação sobre a doença dispensado
ao paciente.
Tanto médicos como pacientes concordam que o responsável pelas informações
necessárias sobre a doença é o médico.
A técnica inalatória correta é o principal
item discutido na educação sobre a doença na percepção de médicos e pacientes.
A adesão ao tratamento é definida
como a aceitação do paciente em tomar a medicação conforme prescrita
pelo médico. É algo fundamental para
o sucesso terapêutico, mesmo para o
mais eficaz dos medicamentos. Diversos fatores influenciam na adesão ao
tratamento, entre eles, a relação médico–paciente, a falta de insight (percepção de gravidade) da doença pelo
paciente e a freqüência de doses (Osterberg e Blaschke, 2005).
A pesquisa GAPP mostrou as divergências entre médicos e pacientes
quanto à adesão ao tratamento. Os pacientes acham que o médico dispensa
pouco tempo da consulta à educação
sobre a doença: 42% dos indivíduos
acham que o médico dispensa até 25%
de seu tempo com a educação sobre a
doença e 23% chegaram a dizer que ele
nunca se preocupa com isso. Quarenta
e cinco por cento dos médicos, no entanto, acreditam dispensar entre 26% e
50% do tempo da consulta educando
o paciente sobre a doença (Figura 2).
Pacientes
42%
22% 8% 3%
2%
45%
9%
Global
42%
Na avaliação dos médicos, tanto no Brasil
como em outros países, os corticosteróides inalatórios foram considerados padrão-ouro no tratamento da asma, além
de serem medicamentos de primeira
linha no tratamento da asma persistente leve (Figura 3), moderada ou grave.
No caso da asma persistente moderada
e grave, as combinações de cortiscosteróides inalatórios em associação com
beta-2 agonistas de longa duração também foram bastante mencionadas como
tratamento de primeira linha. Os beta-2
agonistas foram citados como tratamento de primeira linha apenas nos casos de
asma leve intermitente.
Médicos
Global
23%
Avaliação dos tratamentos
atualmente disponíveis
Média: 24,7
17%
19% 8% 7%
52%
17%
9%
Brasil
35%
Média: 35
Brasil
7% 23%
Média: 45,7
Nunca
1%-25%
3%
1%
Média: 48,3
26%-50%
51%-75%
76%-99%
Todos
5%
Figura 2. Porcentagem do tempo da
consulta dedicado à educação sobre
a asma de acordo com pacientes
e médicos. Perguntas realizadas:
durante uma consulta típica com seu
médico ou profissional de saúde,
qual porcentagem do tempo você
gasta ou gastou discutindo como
melhorar as técnicas para o sucesso
do tratamento da asma? Base:
todos os respondedores (pacientes).
Durante uma consulta típica, qual a
porcentagem do tempo que você ou
outro profissional de saúde em seu
consultório gasta na educação do
paciente em relação à asma? Base:
todos os respondedores (médicos)
O impacto da asma na visão
de médicos e pacientes
74%
Global
84%
53%
59%
42%
65%
Brasil
83%
Já os pacientes expressaram satisfação
com os corticóides inalatórios em relação
à facilidade de uso e à rapidez de ação,
porém, assim como os médicos, não estão satisfeitos com os possíveis efeitos
adversos da medicação. A preocupação
e/ou a ocorrência de efeitos adversos foram, juntas, o principal motivador da troca de medicamento pelos pacientes.
59%
70%
43%
Beta-2 de curta duração
Corticosteróide inalatório (CSi)
Beta-2 de longa duração
Combinação CSi + beta-2 de longa duração
Antagonista do receptor leucotrieno
Figura 3. Tratamentos de primeira linha utilizados
pelos médicos na asma leve persistente.
Pergunta realizada: qual das medicações você
prescreve como tratamento de primeira linha
para o tratamento da asma leve persistente?
Base: todos os respondedores (médicos)
Mais de 90% dos médicos consideram os corticosteróides inalatórios
padrão-ouro no tratamento da asma.
Um total de 98% dos médicos
concordou que o tratamento da
inflamação reduz o risco de
broncoconstrição
Apesar de os corticóides inalatórios
serem considerados padrão-ouro, os médicos demonstraram insatisfação com os
efeitos adversos sistêmicos e locais. Os
pacientes têm a mesma preocupação,
com os efeitos adversos ocupando papel
importante na troca do medicamento.
Os médicos mostraram-se insatisfeitos principalmente com os efeitos
colaterais sistêmicos dos corticóides
inalatórios disponíveis.
A necessidade da educação
Médicos e pacientes têm uma percepção diferente da educação sobre a
asma: 79% dos médicos disseram que
discutem o desenvolvimento de um
plano individual no manejo da asma,
enquanto apenas 51% dos pacientes
informaram discutir um plano individual
de manejo da doença.
Pacientes e médicos têm uma percepção diferente sobre o tempo dedicado à educação sobre a doença.
Os médicos acreditam que os pacientes são mais informados do que
realmente parecem
Pacientes e médicos possuem uma
percepção diferente dos efeitos adversos. Os pacientes estão mais preocupados com os efeitos adversos em longo
prazo que os médicos (Figura 4).
Os médicos acreditam que seus pacientes são mais informados do que realmente parecem. Talvez justamente por
isso, a pesquisa mostrou que os pacientes não reconhecem os efeitos adversos
dos medicamentos (Tabela 1).
A preocupação com os efeitos adversos
foi mencionada pelos pacientes brasileiros
como uma das causas mais importantes
da não-adesão ao tratamento (Tabela 2).
Pacientes asmáticos
adultos (média)
a satisfação abaixo do ideal em relação
aos efeitos adversos e desejam um medicamento com melhor tolerabilidade. Os
efeitos colaterais são uma das principais
causas de má adesão ao tratamento.
Médicos
(média)
6
Global
Global
3,7
6,2
4,6
6
5,5
4,7
8,1
Brasil
Brasil
6,5
5,6
5,7
Um novo medicamento, com menos
efeitos adversos e em dose única diária, é o desejo de médicos e pacientes
5,8
Redução na produção de cortisol
Supressão do eixo hipotálamo-pituitária-adrenal
Efeitos adversos em longo prazo
Efeitos adversos em longo prazo
Efeitos adversos em curto prazo
Efeitos adversos em curto prazo
Tabela 2. Razões para não-adesão ao tratamento.
Importância de cada um dos itens, numa escala de 1
(sem importância) a 10 (extremamente importante)
Global total (média)
Brasil total (média)
Pacientes
Médicos
Pacientes
Médicos
Esquecimento
5,2
6,2
5,9
5,1
Preocupações
sobre efeitos
adversos
4,4
5,1
5,4
4,5
Preocupações em
se tornarem dependentes
4,1
4,8
4,9
4,9
Não precisam, já
que os sintomas
acabaram
6
7,1
4,6
6,9
Não necessitam
com tanta
freqüência
5,7
6,6
4,4
6,1
Inconveniência
3,8
5
4,3
3,9
Tabela 1. Porcentagem de pacientes em uso
de corticóides inalatórios que referiram efeitos
adversos e porcentagem de pacientes com tais
efeitos, de acordo com a percepção dos médicos
Falta de
reembolso ou
preço muito caro
3,2
4,4
4,1
7,2
Corticofobia
4,1
5,1
3,7
4,3
Pacientes não reconhecem os efeitos
adversos dos corticóides inalatórios
Dificuldade de
entendimento das
orientações
2,4
4,5
2,1
3,6
Figura 4. Preocupação com efeitos adversos, numa escala de 1 (sem importância) a 10 (extremamente importante), de acordo com pacientes e médicos
Os pacientes percebem que a má adesão ao tratamento tem conseqüências
e relataram a ocorrência do aumento de
sintomas, limitações de atividades físicas
e despertares noturnos por causa disso.
Dois terços dos pacientes não reconhecem que os ataques de asma podem ser
fatais mesmo nos casos leves.
Efeitos
experimentados
Pacientes
asmáticos adultos
Porcentagem de
pacientes de
acordo com médicos
Redução na produção de cortisol
14%
21%
Efeitos adversos
em longo prazo
41%
51%
Efeitos adversos
em curto prazo
40%
81%
A necessidade de uma nova
medicação no tratamento da asma
Médicos e pacientes expressaram a necessidade de uma nova medicação no
tratamento da asma. Ambos estão com
Os atributos mais desejáveis em um novo
medicamento, tanto para médicos como pacientes, foram: menor potencial para efeitos
adversos em longo prazo, eficácia semelhante à dos corticóides atualmente disponíveis,
menos efeitos adversos locais (orofaringe) e
administração em dose única diária. Os médicos concordaram quanto à importância da
elevada medicação pulmonar, aspecto considerado tão importante quanto o perfil de
efeitos adversos em longo prazo.
O impacto da asma na visão
de médicos e pacientes
Grupo de Trabalho GAPP
Referências bibliográficas
Michael S. Blaiss Centro de Ciências da Saúde da
Universidade do Tennessee, Memphis, Estados
Unidos (para o Colégio Americano de Alergia,
Asma e Imunologia).
Osterberg L, Blaschke T. Adherence to medication.
N Engl J Med 2005; 353 (5): 487-397.
Carlos E. Baena-Cagnani Universidade Católica
de Córdoba, Argentina (para a Organização Mundial de Alergia).
Giorgio Walter Canônica Universidade de Gênova DIMI, Itália (para a Organização Mundial
de Alergia).
Ronald Dahl Universidade Aarhus, Hospital Universitário, Departamento de Doenças Respiratórias,
Aarhus, Dinamarca (para a Organização Mundial
de Alergia).
Rabe KF, Adachi M, Lai CK, Soriano JB, Vermeire
PA, Weiss KB, Weiss ST. Worldwide severity and
control of asthma in children and adults: the global asthma insights and reality surveys. J Allergy
Clin Immunol 2004; 114 (1): 40-47.
Sole D, Yamada E, Vana AT, Costa-Carvalho BT, Naspitz CK. Prevalence of asthma and related symptoms in school-age children in Sao Paulo, Brazil.
International Study of Asthma and Allergies in
Children (ISAAC). J Asthma 1999; 36 (2): 205-212.
Michael A. Kaliner Instituto para Asma e Alergia,
Chevy Chase, Estados Unidos (para a Organização Mundial de Alergia).
Nancy Sander Rede de Alergia e Asma/Mães de
Asmáticos, Fairfax, Estados Unidos.
Erkka J. Valovirta Centro de Alergia de Turku, Finlândia (para a Organização Mundial de Alergia).
R u a C u n h a G a g o, 4 1 2 , 2 o a n d a r, c j . 2 1 , Pinheiros – 05421-001 – São Paulo, SP. Fone/fax: 11 3039-5669.
w w w. s e g m e n t o f a r m a . c o m . b r ; s e g m e n t o f a r m a @ s e g m e n t o f a r m a . c o m . b r
Diretor geral: Idelcio D. Patricio Diretor executivo: Jorge Rangel Diretor editorial: Maurício Domingues Coordenadora editorial:
Caline Devèze Projeto gráfico: Eduardo Magno Revisão: Jandira Queiroz e Michel Kahan Apt Produção gráfica: Fabio Rangel Cód. da publicação: 2678.02.06
EXCLUSIVA ATIVAÇÃO PULMONAR (1)
Alta deposição pulmonar (52%), ativado primariamente nos pulmões, possui
alta afinidade protéica (99%) para minimizar risco de efeitos adversos sistêmicos.(1)
EFICÁCIA COMPARÁVEL AOS CORTICÓIDES INALATÓRIOS TRADICIONAIS (1)
Melhora o VEF1, o PFE e o controle da asma, reduzindo a necessidade
de medicação de resgate.(1)
ÓTIMO PERFIL DE TOLERABILIDADE (1)
Eventos adversos locais e sistêmicos comparáveis com placebo.(1)
COMODIDADE (1)
ALVESCO® pode ser utilizado em dose única diária, que pode contribuir
para uma melhor adesão ao tratamento.(1)
(2)
Referência Bibliográfica: 1.Berger, WE. Ciclesonide: a novel inhaled corticoisteroid for the treatment of persistent asthma - a pharmacologic and clinical profile, 2005 Therapy; 2 (2): 167-78. 2. Bula do produto. Material de distribuição exclusiva à classe médica.
Informações para prescrição. ALVESCO (ciclesonida). Uso inalatório oral. Solução inalatória pressurizada (spray). Uso Adulto e Adolescentes acima de 12 anos de idade. Composição e Apresentações: Embalagens com 60 ou 120 doses de 160 mcg de ciclesonida
e de 80 mcg com 60 doses. Indicações: Alvesco é um corticóide inalatório indicado na prevenção e controle da asma brônquica leve, moderada ou grave em adultos e adolescentes a partir de 12 anos de idade. Contra-indicações: Alvesco não deve ser usado em
pacientes com hipersensibilidade conhecida a quaisquer dos componentes da fórmula. Posologia e forma de administração: o paciente deve receber uma dose inicial de Alvesco apropriada para a gravidade da doença e de acordo com a recomendação médica. Adultos
e adolescentes acima de 12 anos de idade: A dose média de Alvesco recomendada para a maioria dos pacientes com asma leve ou moderada é de 160 mcg uma vez ao dia. Asma leve:160 mcg uma vez ao dia. Asma moderada: 160 a 320 mcg uma vez ao dia.
Asma grave: 320 mcg uma vez ao dia a 640 mcg uma vez ao dia ou 320 mcg duas vezes ao dia. A redução da dose para 80 mcg uma vez ao dia pode ser uma dose de manutenção efetiva para alguns pacientes adultos e adolescentes. Advertências: Como todos os
corticóides inalatórios, Alvesco deve ser administrado com cautela em pacientes com tuberculose pulmonar ativa ou quiescente, infecções fúngicas, bacterianas ou virais, e somente se estes pacientes estiverem adequadamente tratados. Alvesco não é indicado no
tratamento do estado asmático ou outros episódios agudos de asma onde sejam necessárias medidas intensivas. Alvesco não é recomendado para aliviar os sintomas da asma. Espera-se um aumento da exposição em pacientes com insuficiência hepática grave e,
portanto, esses pacientes devem ser monitorados para potenciais efeitos sistêmicos. Pacientes transferidos da terapia com esteróides orais para ciclesonida inalatória podem permanecer sob risco de insuficiência de reserva adrenal durante um tempo
considerável. A ausência de resposta ou exacerbações graves da asma devem ser tratadas com aumento da dose de ciclesonida inalatória e, se necessário, com administração de um esteróide sistêmico e/ou um antibiótico se houver infecção.
Uso durante a gravidez: Até o momento não existem estudos adequados e controlados em mulheres grávidas. Assim como outros corticóides inalatórios, ciclesonida não deve ser usada durante a gravidez, a menos que o benefício para
a mãe justifique o risco em potencial para a mãe ou o feto. Deve ser usada a menor dose de ciclesonida necessária para manter o adequado controle da asma. Bebês nascidos de mães que receberam corticóides durante a gravidez
necessitam ser observados cuidadosamente com relação ao hipoadrenalismo. Uso durante a lactação: A excreção de ciclesonida inalatória no leite materno ainda é desconhecida. A administração de ciclesonida para mulheres que
estão amamentando deve ser considerada somente se o benefício esperado para a mãe for maior que qualquer risco possível para o bebê. Pacientes idosos: Não é necessário o ajuste da dose em pacientes idosos. O médico deve
estar ciente de que a exposição sistêmica para M1 (metabólito ativo) é também aumentada em pacientes idosos, e portanto, existe a possibilidade de um aumento dos riscos de reações adversas sistêmicas nestes pacientes. Crianças:
Até o momento, não há dados suficientes disponíveis sobre o tratamento de crianças abaixo de 4 anos com Alvesco. Pacientes com insuficiência hepática ou renal: A exposição sistêmica do metabólito ativo (M1) é aumentada em
pacientes com deficiência hepática. Entretanto, não é necessária nenhuma redução de dose, mas o médico deve estar ciente da possibilidade de um aumento do risco de reações adversas sistêmicas. Interações medicamentosas:
A co-administração com um potente inibidor do sistema citocromo P 450 3A4 (ex.: cetoconazol, itraconazol e ritonavir ou nelfinavir) deve ser considerada com cautela pois pode haver um aumento nos níveis séricos de
ciclesonida/metabólito. O risco de reações adversas (ex.: síndrome de cushing) não pode ser excluído. Reações adversas: Aproximadamente 4% dos pacientes tiveram reações adversas em testes clínicos com Alvesco ministrado
em doses de 80 a 1280 mcg ao dia. Na maioria dos casos, tais reações foram leves e não exigiram a descontinuação do tratamento com Alvesco. Os eventos adversos observados (incomuns (>1/1,000, <1/100) foram: gosto ruim,
reações locais tais como queimação, inflamação e irritação; secura na boca, rouquidão, tosse após inalação, broncoespasmo paradoxal, prurido e eczema. Podem ocorrer efeitos sistêmicos de corticóides inalatórios, particularmente
em doses acima das recomendadas, por longos períodos. Atenção: este é um medicamento novo e, embora as pesquisas tenham indicado eficácia e segurança aceitáveis para comercialização, efeitos indesejáveis e não
conhecidos podem ocorrer. Neste caso, informe seu médico. Superdose: Não é necessário tratamento específico caso sejam inaladas doses muito maiores que as recomendadas. PRODUTO DE USO SOB PRESCRIÇÃO MÉDICA.
A PERSISTIREM OS SINTOMAS, O MÉDICO DEVERÁ SER CONSULTADO. MS – Registro 1.0639.0230. Informações completas para prescrição: vide bula.
:
Cód.:1225676 - AV Folder Evento Científico SP - Set/05
Uma inovação entre os corticóides inalatórios para o tratamento da asma persistente.(1)
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