Paróquia São Pedro de Gramado-RS

Transcrição

Paróquia São Pedro de Gramado-RS
“Tu és Simão, filho de João. Serás chamado
CEFAS, que quer dizer pedra.” Jo 1,42
Informativo da Paróquia São Pedro de Gramado-RS - Ano 13 - | Agosto 2015 - Ediçao 22
Paróquia São Pedro
FOTO
A “nova” Igreja São Pedro não poderia ser de outro material senão de pedra. Conheça esta história
Comunidades e Capelas
Pedras Brancas
Inauguração
da nova
capela em
setembro
Pág. 03
Pastorais
Pág. 04 e 05
Entrevista
Catequese
Sempre
entre as
prioridades
da Igreja
Pág. 06
Um serviço
em favor da
evangelização
Pág. 07
das famílias
Agosto| 2015 - Edição 22
Comunidades: Capela Pedras Brancas
Editorial
O conhecido documento nº
100 da CNBB – ao projetar uma nova
paróquia fala em conversão pastoral.
Assim como a família, a escola, a empresa, a cidade... a paróquia é a soma
da grandeza ou da fraqueza de seus
membros. Vai tarde a postura de que os
outros são os responsáveis e que a gente pode ficar na expectativa e até falando dos que se dedicam às boas causas.
Sempre quando um grupo se divide ele
enfraquece e quando se une fortalece;
pois a união faz a força. Um dos pontos
muito cômodos, forte na idade média,
era o clericalismo, que mantém as suas
consequências. No encontro com a coordenação do CELAM, no Rio, durante
a JMJ o papa aponta três tentações: a
ideologização do Evangelho, o funcionalismo e o clericalismo.
Sobre o clericalismo foi dito;
“A tentação clericalizante reduz a experiência eclesial à operação
do clero. Os leigos serão especialistas
nisso, pois assim evitam compromissos. É curioso verificar como muitos
católicos são clericalistas, sempre tão
críticos, tão especializados, atirando a
culpa nos bispos, presbíteros, sem tomar lugar na comunhão dos batizados.
Os leigos têm grande responsabilidade
no problema, na medida em que não
assumem o seu discipulado. É bem
mais fácil sobrecarregar os sacerdotes,
outros! O clericalismo é um tipo de
medo, uma fuga da própria missão”.
Em contra partido, a partir do
Vaticano II, como por exemplo na conferência de Puebla (1979) começou-se
a despertar para o protagonismo dos
leigos. Isto tudo requer comprometimento, um laicato consciente e preparado para a missão que é grande e
importante. O conhecido Pe. José Comblin (+ 27/03/11), grande animador do
protagonismo dos leigos, declarou: “a
evangelização vai funcionar de verdade, na sua plenitude, não só quando
melhorarem os sermões dos presbíteros, mas quando cada cristão viver,
com alegria e fé, o testemunho cristão
no seu ambiente de vida”.
Esta nova postura requer uma
conversão pastoral, uma renovada
conversão a Jesus Cristo, o arrependimento dos pecados, no perdão e na
acolhida do dom de Deus, a superação
do sacramentalismo e a recuperação
do sentido do discipulado; ser discípulo missionário de Jesus Cristo na Igreja
e no mundo. (n.52 - Documentos da
CNBB – Nº 100)
Pe. Celestino Fritzen
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Agosto | 2015 - Edição 22
Um pouco de história...
Nicola Nicolau
Nicolotti e esposa
Veronica Munhaga
Nicolotti
www.saopedrogramado.com.br
A Paróquia São Pedro está investindo em tecnologia para facilitar a vida
de seus fiéis. Com previsão para a segunda quinzena de agosto, o lançamento do
novo website da Paróquia São Pedro, será uma verdadeira “mão na roda” para a
busca de diversas informações sobre a Paróquia e região. Aguardem!
Reforma do salão São José Operário
Está sendo projetado, apoiado pelo
conselho administrativo da paróquia e
pelo conselho da Floresta, uma corajosa reforma do salão São José Operário,
que poderá ser transformado num salão paroquial ou mesmo um centro de
pastoral, naturalmente seguindo sob os
cuidados da comunidade da Floresta. A
projeção é realizar a obra entre agosto/15 até março/16. O salão acolherá,
no futuro, além das atividades da comunidade local, os eventos e atividades da paróquia como cursos, palestras, retiros, festas e confraternizações.
Era seis de junho de 1928. Um
forte temporal se abateu sobre a região.
Partes de casas foram encontradas em
localidades vizinhas como Linha Quinze
e Caracol. E nesse mesmo dia essa tempestade com fortes ventos fazia desmoronar a Capela de Pedras Brancas, que
tinha sido erguida em terras de Nicola
Nicolau Nicolotti. Este senhor que vindo da Itália, juntamente com sua mãe
viúva e mais dois irmãos, fixaram moradia em Caxias do Sul. Anos depois sai
de Caxias e vem morar em Pedra Branca.
Era casado com D. Verônica Munhaga.
Trazem junto a imagem de Nossa Senhora de Caravaggio e com a construção da Capela, a colocam junto dela.
A Nova Capela
Mutirão para construção da nova Capela
Equipe de cantos das Missas
Festivais de 2012 a 2015:
Alexandre Meneguzo, Simone Meneguzo, Jeferson P. Libardi, Karine Sônego, Viviane Teixeira, Pedrinho Sebeit
Em 05 de dezembro de 2009,
após a Missa da pré-missão-Missões
Capuchinhas a serviço da Vida, da Paz e
do Bem, foi eleito o Conselho da Capela
Nossa Senhora de Caravagio.
A nomeação ocorreu em 11 de
dezembro de 2009. No segundo semestre de 2010 o Conselho começa a atuar
realmente.
Os membros do Conselho e
que ainda estão atuando são:
Celso Cavichion, Lidoci José Branchini,
Marciano José Branchini, Rogério Antônio Zimmermann
Equipes Festeiras 2010
Nelsy R. Berti e Isaias Gil, Volmir e
Maristela Cavichion, Nilva Lovatto
Equipes Festeiras 2011
Para onde vai o Dízimo que eu ofereço?
O dízimo é um ato de liberdade. Podemos até dizer que o dízimo é uma
obrigação, mas é uma obrigação que brota do coração agradecido. Por isso,
é muito importante mudarmos também nossa maneira de nos referirmos ao
dízimo. Se ele não é nem taxa nem imposto, então não deve ser nem pago nem
cobrado. Como o dízimo é uma oferta agradecida, a devolução de uma parte
recebida, um ato livre de fé, esperança e caridade, então ele é oferecido pelo
fiel . Dízimo não se paga, se oferece. Dízimo não se cobra, se recebe. Dízimo
não é taxa, nem imposto, nem esmola. Dízimo é devolução, é gratidão, é ato de
amor a Deus, à Igreja e aos irmãos e irmãs.
Ouve-se, inúmeras vezes, pessoas afirmarem: “Para que vou dar dinheiro ao
padre?”; “O que o padre faz com o dinheiro do Dízimo?”. Para tais pessoas e não são poucas - o valor oferecido através do Dízimo vai para o “bolso do
padre”. Percebe-se, nestas afirmações, uma compreensão errônea do Dízimo.
Da mesma forma que em nossos lares existem necessidades básicas que
precisam ser supridas (alimentação, água, luz...), temos também em nossa
paróquia, despesas fixas que envolvem luz, água, telefone, alimentação,
internet, funcionários, combustível, material para as celebrações da Santa Missa
(velas, partículas, vinho, folhetos...), a contribuição para a Cúria Diocesana... E, é
através do Dízimo, oferecido pelos fiéis, que a paróquia supre estas necessidades.
Mais ainda, graças ao Dízimo a Paróquia pode investir em melhorias, visando o
bem-estar religioso e social dos paroquianos. Como exemplos, podemos citar a
reforma dos vitrais da Igreja Matriz, o término da construção da igreja do bairro
Dutra, o andamento da construção da igreja das Pedras Brancas, reformas na
igreja do Carniel e Tapera, aquisição de um carro novo, planejamento de reforma
do pavilhão do Bairro Floresta... Enfim, inúmeras melhorias e investimentos
visíveis, proporcionados pelo Dízimo Paroquial.
Os trabalhos para a construção da
nova Capela iniciam e em 20 de Maio de
2012, a Missa festiva é celebrada sobre
seu piso. É colocado um toldo, cedido
pelo Sr. Vonei Benetti. A missa é presidida
pelo Monsenhor Américo Cemim.
Com o temporal a Santa quebra
um braço. Após o ocorrido ergue-se uma
nova Capela, agora em terras de José Branchini; era de tamanho menor que a atual.
Em maio de 1966, aumenta-se a Capela. Tamanho este que
permanece até hoje. Além da imagem doada por Seu Nicola, temos
mais uma imagem de nossa Padroeira doada por Dirceu e Teresinha Stahl.
Temos também as imagens de
Nossa Senhora do Perpétuo Socorro e
São Brás, doadas por João Batista Lovatto (falecido) e que estão colocadas
junto ao altar. Além destas, encontram-se no interior da Capela, mais imagens.
Próximo à Capela, há uma gruta e em
seu interior uma imagem da Padroeira.
Essa gruta foi construída em 1985.
Em 02 de Junho de 2011 uma
equipe de Caxias do Sul, juntamente com
alguns moradores da localidade, fazem a
remoção da Capela. Ela é transportada
inteira e montada em terras da Sociedade
Pedras Brancas, próxima de onde estava.
Em 19 de maio de 2013 é realizada outra Festa. A Missa é celebrada pelo Monsenhor Américo
Cemim. Agora a Capela está com
as paredes e telhado prontos.
Em 25 de maio de 2014
é realizada outra Missa Festiva.
O Celebrante Monsenhor Pedrinho. A Capela continua com
os trabalhos em seu interior.
Em 24 de maio
de 2015, acontece
outra Festa. A Missa
foi celebrada pelo
Pe Jair Todeschatto.
A Capela já contava
com as aberturas e
vidros
colocados.
No momento está
acontecendo a pintura da Capela e
neste ano no dia
dia 13 de setembro
está
programado
a inauguração
da Nova Capela
com Missa e ao
meio dia almoço.
Doraci Branchini
Zimmermann
Celso e Geni Cavichion, Maurício e
Ana Branchini, Angelo e Neli Stopassola
Equipes Festeiras 2012
Rogério e Dorací Zimmermann, Erni e
Iraci Branchini, Nilson e Silvia Lovatto
Equipes Festeiras 2013
Marciano e Laides Branchini, Eder e
Jaqueline Cavichion
Equipes Festeiras 2014
Liduci e Aurora Branchini, Divanildo e
Viviane Scariot
Equipes Festeiras 2015
Celso e GenCavichion, Edemar
Manéa e Marcia Branchini, Jônatas, Model e Jênifer Lovatto
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Agosto| 2015 - Edição 22
ARTIGO DE CAPA:
A primeira Igreja
Paróquia São Pedro
A inauguração da Paróquia São Pedro aconteceu sob uma forte neblina. A primeira construção era de madeira.
Em 07 de setembro de 1913
aconteceu uma reunião na casa do
Major Nicoletti Filho para a construção da primeira capela católica na vila de Gramado. A capela foi
toda construída em madeira doada
Missa em honra a São Pedro por ocasião do lançamento da Pedra
Fundamental em 29 de junho de 1935. Imagem da antiga igreja
por Pedro Franzen da Linha Caracol,
que na época pertencia a Gramado.
A inauguração da nova Paróquia São Pedro, com seu nome
inicial de Freguesia da Paróquia
São Pedro de Gramado, foi em
Agosto | 2015 - Edição 22
As Festas de São Pedro
Fatos e curiosidades das Festas realizadas ao longo destes 98 anos
A primeira festa de São Pedro
ocorreu 1917 juntamente com a criação
da paróquia. A 2ª Festa ocorreu nos dias
20 e 2l de janeiro de 1918. Foi escolhido
como festeiro o Senhor João Leopoldo
Lied da comunidade Evangélica Luterana.
A partir daí tornou-se tradição
festejar São Pedro todos os anos. Este
ano de 2015 comemoramos a 98º Festa.
Zilla e Pierina, filhas de Francisco Perini, lembram das festas da década
de 50: “a igreja de Gramado contou com
gente de fibra para iniciá-la”, conta Zilla.
“Naquela época era mais fácil, tinha mais
gente, mais pessoas que colaboravam.
1917, data considerada como a primeira festa do Santo Padroeiro.
O primeiro Pároco foi o Padre
Carmine Fasulo que permaneceu até
julho de l920, quando retornou à Itália,
de onde era natural.
A Nova Igreja Feita de Pedra
O entrosamento era
grande, éramos muito unidos. Fazíamos
uma festa, um jantar
para os festeiros passarem para os novos
festeiros”.
“No tempo
do Padre Manéa as
galinhas eram trazidas vivas na camionete. Minha recordação
era de meu pai sair
às 3 horas da manhã,
para matar as galiA Festa em honra a São Pedro que ocorreu em l9l8.
nhas no pavilhão de
madeira. A casa do meu pai, Francisco junho havia nas residências uma arruPerini, era o local de recolhimento das mação geral com a campanha de divuldoações para a festa de São Pedro, na gação da festa. Durante todo o mês o
Linha 28. Cada Colônia tinha um respon- pároco passava por todas as casas dos
sável com a sua caderneta que trazia paroquianos fazendo a visita pastoral,
para a casa paroquial”, lembra Pierina . abençoando todos os cômodos, assim
Josi, filha da Dona Pierina, as famílias recebiam bênçãos e orações
comenta que na época da mãe os fes- e entregavam as ofertas para a festa. “A
teiros não eram o casal, escolhiam Igreja como religião conquistava o povo
o marido de uma família e a esposa com esta bênção anual em todas as cade outra: “era uma forma inteligente sas. Todos participavam ativamente, as
de envolver duas famílias distintas”. pessoas vinham do interior a cavalo,
Carmen Andreis, cuja família deixavam amarrados ao lado da igreja,
sempre participou ativamente das fes- onde hoje é a entrada da Secretaria patas de São Pedro lembra que no mês de roquial.”
Zilla Casagrande passando a concha para Cebila Benetti. Festa de São Pedro de 1981
CURIOSIDADES
Em 1936 iniciava-se a construção da nova Igreja. Os pedreiros eram
Aquilino Libardi, Raymundo Bazei, Land, Narciso, João Zanfra e outros
A Nova Igreja São Pedro não
poderia ser de outro material senão
pedra. “Tu és Pedro e sobre esta pedra
edificarei a minha igreja.” Mt 16, 18.
A nova igreja foi construída
sob o comando de Aquilino Libardi
com aproximadamente 72 mil pedras
basalto. Havia abundância de pedras na região: “Os blocos de basalto
eram retirados das pedreiras vizinhas
e carregados em carretas com duas
juntas de bois, morro acima. Um trabalho que levou anos e muita determinação, amor e ação comunitária.” *
Muitos gramandenses colaboraram na construção desta igreja.
“Meu pai, Avelino Andreis, participou
da construção do alicerce da igreja,
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A igreja em fase de acabamento. Vemos Gersy Accorsi, Elizeu Bertolucci, Almiro Drecksler, Mario Cruz e Rudy Mayer.
mas como ele tinha problemas com
altura logo que começaram a subir as
paredes, ele deixou de trabalhar na
obra” informa Carmen Andreis. Ela
lembra que seus irmãos mais velhos
Teresinha e Paulo (falecido), levavam o
almoço para os trabalhadores, saindo
da Linha Ávila por carreiros em meio
às poucas casas da época. ”A devoção da minha família era grande, meu
irmão Pedro levou este nome devido ao padroeiro”, comenta Carmen.
O pároco da época e grande
incentivador da construção foi o vigário
Guilherme José Maschio. Foram 7 anos
até a sua inauguração em 30 de junho
de 1942.
*Extraído do livro janelas, portas, varandas e...
saudade, Marília Daros
Como São Pedro tornou-se
o Santo protetor de Gramado
O nome da paróquia católica não surgiu como decisão arbitrária.
Sua origem, ao contrário, reveste-se de
uma curiosa coincidência. Não foram
as sugestões de hierarquias eclesiais e
nem de devotos católicos que ‘batizaram’ a paróquia. O nome foi sugerido
pelo protestante João L. Lied, quando
encontrava-se à sombra de um pinheiro, os Srs. Pedro Bertolucci, Pedro Benetti, Pedro Franzen e Pedro Correia.
O detalhe dos quatro ‘Pedros’ não passou despercebido e João
Lied perguntou: ‘Por que não Paróquia
São Pedro?’ O argumento era irrefutável e Gramado ganhava seu protetor.
Fonte: Texto extraído do livro “Gramado,
simplesmente Gramado”.
• Numa das festas,
ganharam um porco muito grande que resolveram
fazer assado. Trouxeram para o centro e quando
colocaram o porco na mesa, para mata-lo, ele fugiu
e foi parar no cinema. Tiveram que pegar o porco a
unha e daí sim levaram para o pavilhão e mataram.
• Quando o padre anunciava na Igreja o dia que
seriam fechados os ravioles da festa, vinham 30 a
40 mulheres, inclusive evangélicas, com um avental embaixo do braço para ajudar.
• Em 1980, ano que o Pe. Lídio Schneider chegou
a Gramado foram recolhidos na colônia 4 leitões
e 319 galinhas. Os leitões eram recheados e assados nos fornos da padaria e leiloados na festa.
Foram feitos cerca de 900 kg de bucho ou mondongo cortados à mão. Eram festeiros neste ano Lauri
Casagrande, Clarindo Tisot, Mirto Dambrós, Odilon
Cardoso, Danglar Libardi e suas esposas.
• Naquele tempo, as carnes eram assadas no espeto num valo de brasa. Os colonos vinham a cavalo
e se não queriam entrar no pavilhão para tomar a
sopa, podiam comprar um espeto de churrasco e
uma travessa de salada e sentar numa mesa para
confraternizar.
• Nos encerramentos das festas levavam a banda
para tocar para as cozinheiras e ajudantes que haviam trabalhado na festa.
Discurso dos festeiros de 2015
Acredito que todo aquele que é “escolhido” como próximo festeiro de São Pedro, deva pensar a mesma coisa. Na hora que chegam em sua casa, no domingo
à noite, com foguetes, muita gente, música e alegria, dá uma certa vontade
de apagar a luz do interior da casa e não abrir a porta. Mas ninguém faz isso,
ou pelo menos, que tenhamos noticia. Abrimos a porta, compartilhamos da
alegria e aceitamos o convite. Vamos na missa, carregamos São Pedro, confraternizamos na festa, mas é somente na primeira reunião, quando os antigos
nos passam a obrigação, é que inicia o frio na barriga. Mas mesmo com o peso
da responsabilidade de sermos os novos festeiros, é evidente a alegria, comprometimento e o entusiasmo daqueles que estão entregando o avental. Será
que é porque se livraram daquela obrigação? Definitivamente não, se iniciamos com preocupação, no decorrer do ano, este sentimento vai dando lugar
a outros. As reuniões ocorrem praticamente a cada vinte dias, sendo que ao
final, semanalmente. São jantares acompanhados de muito trabalho, mas também muita alegria e diversão. Entre os festeiros, alguns já se conheciam, mas
a grande maioria não. Então, iniciamos com o grupo. Aos poucos, vamos nos
tornando conhecidos, depois amigos e ao final, criamos uma família. Conversei
com outros festeiros, de anos passados, e a história se repete. Tudo deu certo,
graças a Deus. Assim encerramos nossa gestão, mas não encerramos o grupo,
pois continuamos nos ver, assim como uma grande família.
Comissão de Festeiros de 2016: Adriano e Gisseli Pires | João e Celeste Marli Dressel | Geroni
e Adriana Foss | Tailor e Cristine Schmidt | Carlos e Márcia Cavalli | Cesário e Fabiana Boschetti | Moacir e
Adriana Rech | Ildo e Marzolene Cavichioni | Gerônimo e Maria Inês Catani | Rodrigo O. de Souza e Magda
Ruschel | Nereu e Mônica Tenher | Maicon Bertolucci | Joana Calhiari
Agosto| 2015 - Edição 22
Seção Pastorais
CATEQUESE, PROCESSO PERMANENTE
DE EDUCAÇÃO NA FÉ
A catequese está sempre en- sal da terra. Chamada a produzir bons per ou mesmo concluir a sua formação,
tre as prioridades da Igreja. Refere-se frutos em favor do Reino. Para isto tudo, nesta época da vida, o que é perigosaao estudo sistemático dos temas da fé. a Eucaristia, a Crisma, é alimento, un- mente insuficiente. Bastaria constar a
Aponta para o conhecimento, sempre ção, que sustenta e que direciona para o pobre formação que grande parte das
renovado, das verdades que
pessoas carrega, contentandofundamentam a caminhada e a
-se em fugir deste ou daquele
vida de um cristão. Também a
compromisso, desta ou daquela
catequese precisa de uma nova
oportunidade de crescer, de parcompreensão e comprometiticipar com a alegria e fé.
mento. O que ficou fortemenEsta preocupação poderia rete estabelecido é de que as
duzir-se ao racional, entender
crianças, os batizados, devem
racionalmente as verdades da
fazer a Primeira Comunhão e
fé, como um estudioso, um pesa Crisma. Até se diz; passar a
quisador. Contudo, a catequese
Comunhão, passar a Crisma. A
aponta para algo mais, para a fé,
catequese vai estabelecendo
para a oração, para a participaprincípios, é uma educação,
ção. Estudar, pesquisar, um ateu
um aprofundamento. É uma
poderia muito bem fazer. A cacontinuidade do que vai sendo
tequese não se satisfaz e chama
estabelecido na família como a
para a vida, para a oração e efeprimeira escola de valores. Um Leitura orante da Bíblia: método utilizado na catequese atual
tiva participação na vida eclesial,
“mergulho” para as águas mais profun- bem, em meio aos percalços do mundo. formando comunidade que caminha à
das.
A insuficiente compreensão da cateque- luz da fé.
Para tanto temos a iluminada
A pessoa tem uma vida por vi- se faz com que se considere demasiado
ver. Uma consciência, um comprometi- o tempo da preparação para a Primeira missão do catequista. Enviado por Deus,
mento. Convidada a ser luz do mundo, Comunhão, leva as pessoas a interrom- escuta e atende o chamado e como
mestre desperta um especial amor para
com Deus e a comunidade. É uma abençoada vocação que exige formação, caminhada, testemunho. É lindo perceber
Márcia Maldaner Barbacovi, mãe da pequena Eduarda que está se prea aproximação, a empatia que se cria
parando para a 1ª Eucaristia, é um exemplo da importância da família na
entre o catequsita e seus catequizandos.
formação cristã dos filhos.
É um crescimento, um cultivo dos valoCefas: Qual a importância da cate- tequista Simone intermediou. Certares, um colocar qualidade na vida. Trataquese para sua filha?
mente darão suporte para que ela e
-se de um processo permanente.
Márcia: A catequese é um momento seus colegas se tornem jovens mais
Entre nós a catequese é uma prioridade suma importância na vida de nos- conscientes, humanos e compromede paroquial. Queremos juntos dar uma
sa filha, pois possibilita a reflexão e a tidos.
atençaõ especial para a catequese. Váconstrução de valores a partir das li- Cefas: Como a família pode partirias metas formam estabelecidas; - preções de Jesus Cristo. Revela vivência cipar junto destes anos de preparaparar bem os encontros de catequese,
de novas posturas para enfrentar as ção?
avançar na formação dos catequsitas,
diversidades da vida com a força da Márcia: Pensamos que desde a conrealizar as reuniões mensais com os pais
fé. Entendemos que tão importante cepção já iniciamos a vivência de
(uma grande por semestre e as outras
quanto a participação da Eduarda na nossos filhos na fé em Deus. Depois,
por catequistas), melhorar a participacatequese, será a sua capacidade de através do batismo, oficializamos seu
ção nas missas.
ingresso na Igreja como cristãos. A
Insistindo um pouco, convidamos especatequese vem contribuir num importante período preparatório para
cialmente os pais para que não fiquem
a primeira Eucaristia. É com muita
sem a missa no final de semana, como
alegria que semanalmente nossa filha
pessoas e como famílias. Estar na cachega da catequese, compartilhando
tequese e não participar da missa é no
conosco as histórias e lições aprenmínimo estranho. Como vai entender
didas. Desta forma, temos a certeza
de Eucaristia, de comunidade, se não
de que cada momento vivido nestes
participa? Onde vai comunIcar se não
quase dois anos valeu à pena, e que
participa da missa? Alegremos-nos com
as aprendizagens foram enriquecidas
a nossa catequese. O Espírito Santo nos
na convivência com os demais, pois
aponte o caminho a seguir e ilumine a
acreditamos que é na diferença que
caminhada que juntos devemos realizar.
perseverar dentro dos ensinamentos crescemos e nos construímos como
da Igreja e das construções que a ca- seres humanos melhores.
Pe. Celestino Fritzen
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Agosto | 2015 - Edição 22
Entrevista
23º ENCONTRO DE CASAIS COM
CRISTO DE GRAMADO
O ECC foi criado em 1970 pelo padre gaúcho Alfonso Pastore. O projeto iniciou em São Paulo, depois espalhou-se por
todo o país. “O ECC é um serviço à família, feito por casais para
casais”, afirmava o fundador.
São muitos os casais de nossa paróquia que vivem uma
vida famíliar cristã integrada nos diversos serviços e pastorais da
nossa paróquia. Conheça a experiência de algumas destas famílias
Gilnei e Neiva Brenstropp, casados há 21 anos, pais dos trigêmeos
Eduarda, Gabriel e Rafael e com mais
uma filha a caminho fizeram o Encontro de Casais com Cristo já no primeiro
ano de casados.
Diego Calliari e Mara Jacqueline Becker
fazem parte do grupo dos 5 do ECC.
São casados há 6 anos e tem uma filha
de 3 anos.
FAMÍLIA, IGREJA DOMÉSTICA
Cefas: Quando vocês fizeram o ECC?
Gilnei e Neiva: Já no primeiro ano de
casados, fomos convidados a fazer o
ECC e a partir daí sempre estivemos
envolvidos nos encontros, ajudando
também na parte da liturgia em nossa
comunidade no bairro Piratini.
Cefas: Em que o ECC ajudou vocês
como casal ao longo destes anos?
Gilnei e Neiva: O ECC nos ajudou a
dar continuidade na vida religiosa que
herdamos dos nossos pais.
Cefas: Vocês tiveram alguma experiência especial com o ECC?
Gilnei e Neiva: Quando os trigêmeos
nasceram foi uma época difícil; saíamos pouco, mas o nosso grupo sempre se reunia aqui em casa. O ECC fez
uma campanha para arrecadar fraldas
para os nossos filhos. Foram tantas
fraldas arrecadadas que tivemos que
achar espaço em casa para armazenar.
Depois de um mês já tinham quase
acabado, os meninos usavam quase
500 fraldas por mês.
Cefas: Qual a importância do ECC na
vida de vocês?
Diego e Mara: O ECC nos tornou um casal mais unido no amor e na fé e mais
disponíveis aos serviços da comunidade. Por ser um encontro de casais, organizado por casais, há uma troca de
experiências onde temos exemplos e
testemunhos de como lidar com alguns
problemas na vida a dois sem perder a
fé e a esperança.
Cefas: Por que fazer o ECC é importante na vida dos casais?
Diego e Mara: O ECC ajuda no crescimento familiar, tanto na união da família quanto no amadurecimento da fé,
renovando os laços do matrimônio.
Cefas: Algum fato ou testemunho marcou o trabalho de vocês nos encontros?
Diego e Mara: Durante um dos encontros, entre os casais que estavam participando havia um que não era casado. O marido acabou fazendo o pedido
durante o encontro e o casamento realizou-se alguns meses depois. Foi um
momento muito lindo que emocionou
a muitos que ali estavam.
Alexandre e Simone Meneguzzo trabalham ativamente em vários
setores da Paróquia e fizeram o 17º
ECC em 2009. São pais de Giovana, 11
anos e Ângelo, 9 anos.
Cefas: Por que fazer o ECC é importante na vida dos casais?
Alexandre e Simone: Vivenciar o ECC
no Encontro e após o encontro significa fortalecer os laços matrimoniais, redescobrir a relação para com os filhos e
com a comunidade. É aprender a reconhecer mais vivamente Deus no cônjuge, nos filhos e nos outros. Somos uma
coisa antes e outra depois da vivência
do encontro. A força de Deus se faz presente quando nos abrimos aos ensinamentos do curso.
Cefas: E qual a importância do ECC na
vida de vocês?
Alexandre e Simone: Sem dúvida é um
convite ao serviço, um aprofundamento na vida em Deus e uma consolidação
do nosso matrimônio. Colocando-nos
à disposição, nos tornamos felizes pelo
serviço, singelo é verdade, que podemos oferecer a Deus e aos irmãos.
Cefas: Algum fato ou testemunho marcou o trabalho de vocês nos encontros?
Alexandre e Simone: Certa feita um
casal que se queria bem, mas não assimilava o amor verdadeiro no matrimônio vivia uma relação fria. Ao serem
convidados para vivenciar o ECC, relutaram, mas, atendendo o chamado,
aceitaram. Hoje, vivem uma harmonia
exemplar, junto com seus filhos adolescentes. Afirmam: “Deus mudou a
nossa vida pela nossa abertura durante
o ECC”.
FAÇA PARTE DESTA FAMÍLIA
Vem aí o 23º Encontro de
casais com Cristo da Paróquia são
Pedro. Quem ainda não participou
pode fazer a inscrição até o dia
23 de agosto. O Encontro inicia
na noite de sexta-feira, dia 28 e
termina na tarde de 30 de agosto.
7
Agosto| 2015 - Edição 22
16/ago
16/ago
22 e 23/08
22 e 23/08
23/ago
28,29 e 30/08
30/ago
30/ago
5/set
12/set
12/set
12/set
13/set
13/set
18, 19 e 20/09
19/set
20/set
26/set
23/set
1/out
3/out
4/out
4/out
7/out
9/out
10/out
11/out
13/out
17 e 18/10
18/out
24/out
25 a 31/10
DATA
3/out
10/out
10/out
17/out
17/out
18/out
18/out
24/out
25/out
25/out
DATA
19/09
19/09
EVENTO
Abraça Gramado
Festa em honra a São Roque
Encontro de Cura e Libertação com RCC de Caxias-RS
Curso de Noivos
Almoço Pastoral Vocacional
23° ECC
EPF- Formação RCC
Missa do mandato dos novos Ministros
Retiro de Crismandos
Brechó - Com. Imaculada Conceição
Retiro de Crismandos
Encontrão Diocesano dos Coroinhas
3º Reaviva Gramado
Missa de Inauguração da Capela Nossa Srª do Caravagio
ECC - II Etapa
Galinha Recheada - Com. Santa Terezinha
Festa Com. São Pedro Claver (Missa com Dom Zeno)
Retiro de Eucaristia
Grupo de Oração e Missa em honra a Padre Pio
Missa em Honra Santa Terezinha
Galeto - Com. Imaculada Conceição
Tríduo - Com. Nossa Senhora Aparecida
EPF- Formação da RCC
Tríduo - Com. Nossa Senhora Aparecida
Tríduo - Com. Nossa Senhora Aparecida
Retiro de Eucaristia
Festa em Honra Nossa Senhora Aparecida
Missa e encenação dos internos da Faz. Vale a Pena Viver
Retiro da RCC
Congresso Diocesano dos Ministros
Galeto- Com. São Francisco de Assis
Cerco de Jericó
LOCAL
Perinão
Linha São Roque
Centro de Pastoral
CAIC
Floresta
CAIC
Centro de Pastoral
Novo Hamburgo
Centro de Pastoral
Bairro Dutra
Centro de Pastoral
Ivoti
Serra Park
Pedras Brancas
CAIC
Linha Ávila
Linha Bonita
Centro de Pastoral
Faz. Vale a Pena Viver
Linha Ávila
Bairro Dutra
Bairro Piratini
Centro de Pastoral
Bairro Piratini
Bairro Piratini
Centro de Pastoral
Bairro Piratini
Centro - Igreja Matriz
Faz. Vale a Pena Viver
Novo Hamburgo
Bairro Jardim
Cap. Santíssimo - Matriz
1ª COMUNHÃO
LOCALIDADE
Bairro Jardim
Linha Bonita
Bairro Moura, Dutra
Centro
Bairro Carniel
Bairro Floresta
Bairro Casagrande, Prinstrop e Linha Nova
Linha Nova
Bairro Piratini
Bairro Av. Central
CRISMA
LOCALIDADE
Centro, Bairro Carniel, Av.Central, Jardim, Casagrande, Prinstrop, Moura e Adultos
Bairro Piratini, Floresta e Dutra
Reunião das Zeladoras de Capelinhas
Acontece na primeira 5ª feira de cada mês às
14h30 na Igreja Matriz
Cursos de Batismo
Acontece nas segundas e últimas quartas-feiras
de cada mês às 19h30 no Centro de Pastoral
Missa da Saúde
Acontece todas as terças-feiras às 18h30 na
Igreja Matriz
EXPEDIENTE BOLETIM INFORMATIVO CEFAS
HORÁRIO
08h às 18h
10h
20h
12h
08h
13h30 até 18h
08h
13h30 até 18h
08h às 17h
08h às 19h
10h
10h
13h30 até 19h
18h30
08h30
08h
19h30
19h30
13h30 até 19h
18h30
-
HORARIO
18h30
16h30
18h30
18h
18h30
9h
10h
10h
9h
10h
Destaques
REVOLUÇÃO JESUS
1º Abraça Gramado
SEMENTES DE UMA NOVA GERAÇÃO
MISSIONÁRIOS DA CANÇÃO NOVA
Data: 16 de Agosto de 2015
Local: Centro Municipal de Esportes
José Franscisco Perine
Horário: Início às 8h
Valor: Contribuição de R$ 10,00
Informações: Missa, shows, pregações, espiritualidade e Adoração.
Atrações: Letícia Cavalli, Adriano
Gançalves, Let´s Go e Dádiva Divina.
III REAVIVA GRAMADO
Data: 13 de Setembro de 2015
Local: Serra Park
Horário: Das 8h às 19h
Atrações:
Padre Robson
de Oliveira,
do Santuário
Basílica do Divino
Pai Eterno,
de Goiás.
Dica de Filme
DATA
Dica de Livro
Agenda
CARTAS
PARA DEUS
“Um filme para
todas as famílias! Uma
história de esperança e
inspiração”
Wendy Griffith, CBN
CATÓLICOS
VOLTEM
PARA CASA
AUTOR: Tom Peterson
Ensinamentos face a
igreja católica que muita
vezes desconhecida,
conquistou milhares
de fiéis
HORARIO
15h
18h30
Grupo da Renovação Carismática
Acontece todas as quinta-feiras às 19h30 na
Igreja Matriz
Terço dos Homens
Acontece todas as segundas-feiras às 20h na
Igreja Matriz
Grupo Rainha da Paz
Acontece todas as terça-feiras às 19h30 na
Igreja Matriz
Pastoral Responsável: PasCom (Pastoral da Comunicação), Páraco Responsável: Pe. Celestino Fritzen, Vigário Responsável: Pe. Cezar Luis
Morbach, Jornalista Responsável: Mariana Almeida DRT1795/BA, Fotos: Mára Cardoso, Livro Gramado Retratos e Arquivos Pessoais. Revisão
Ortográfica: Luiz Mazzurana, Diagramação: Daniel Seger, Equipe de Redação: Marcos Klemann, Pedro Mazzurana, Mariana Almeida, Lúcia
Marcadenti, Pe. Cezar Luis Morbach. Impressão: Mazzurana Artes Gráficas Gramadense Ltda - Gramado - RS Tiragem: 2000 exemplares
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