relatório indicadores financeiros não consolidados
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relatório indicadores financeiros não consolidados
INDICADORES FINANCEIROS NÃO CONSOLIDADOS JUN '05 193.909.944 10.632.388 5.026.265 1.075.539 11.379.190 1.594.950 37.423.793 26.418.560 10.719 820 VOLUME DE NEGOCIOS CASH-FLOW BRUTO RESULTADO LIQUIDO ENCARGOS FINANCEIROS LÍQUIDOS CUSTOS COM O PESSOAL INVESTIMENTO LIQUIDO FUNDO DE MANEIO BRUTO VAB UNIDADES VENDIDAS VOLUME DE EMPREGO (Euros) JUN '04 157.612.792 5.311.259 967.223 1.760.916 11.471.382 4.919.286 26.330.103 20.794.035 8.870 926 JUN '03 172.788.534 5.771.111 1.199.465 1.329.500 14.800.904 8.885.855 33.956.417 24.213.806 8.702 1.025 RELATÓRIO INTRODUÇÃO Já se torna quase uma rotina a utilização da palavra crise, quando se aborda um certo período de actividade recente. Começamos seriamente a pensar se não será este o “estado natural” de um País tão depauperado em quase todos os sectores de actividade. De facto seja pela conjuntura internacional desfavorável (aumento preço petróleo, estagnação das principais economias europeias …) seja pela inépcia dos Governantes que não temos sabido escolher, a verdade é que todos os períodos nos confrontamos com o mesmo estado global da nossa economia e com os mesmos problemas por resolver. Pela nossa parte continuamos empenhados em contribuir o mais positivamente possível para a melhoria das condições globais do nosso País. Não temos regateado esforços na modernização e expansão das nossas actividades, nomeadamente industriais, criando riqueza e garantindo postos de trabalho por vezes em zonas altamente carenciadas. Mantemos também, como não poderia deixar de ser, uma postura de pleno cumprimento de todas as obrigações sociais e fiscais. Tendo a consciência de que somos uma Empresa de referência no tecido empresarial português, temos procurado ser e dar a imagem duma empresa empenhada na melhoria das condições sociais, económicas e ambientais do meio em que se insere. Esperamos que todos, mas todos, possam também contribuir para que num futuro próximo a palavra “crise” deixe de figurar nestes relatórios. Passemos então à análise mais pormenorizada do que foi a actividade desenvolvida neste 1º semestre de 2005. ACTIVIDADE INDUSTRIAL UNIDADE FABRIL DE OVAR Durante o 1º semestre 2005 verificou-se um aumento de produção relativamente a igual período de 2004 com particular incidência na produção das Dynas para Exportação. Estes valores realçam a importância cada vez maior da exportação na nossa actividade e consequentemente a comprovação da correcta estratégia seguida pela Divisão Fabril de Ovar. PRODUÇÃO Unidades Físicas Toyota Unidades Físicas Optimo Unidades Homogeneizadas Unidades Transformadas Unid.Recondicionadas/Buy-Backs Total Colaboradores 2005 Jan./Jun. 1.925 81 4.511 3.538 2004 2003 2002 2001 2000 3.050 134 7.582 5.628 325 3.635 197 9.666 3.537 985 379 4.068 213 10.208 2.623 459 389 4.533 171 9.991 3.405 335 2.395 133 6.298 3.568 839 336 390 A actividade Optimo mantém-se sensivelmente igual ao ano anterior, verificando-se no entanto um abaixamento nas exportações, fruto principalmente da adaptabilidade à nova directiva 2001/85. Prevê-se uma recuperação no 2º Semestre. EVOLUÇÃO VENDAS Óptimo (exportação) Óptimo (merc. doméstico) Total Optimo Total Dyna (exportação) VARIAÇÃO 2005(JAN/JUN) 49 28 77 867 2004(JAN/JUN) 59 20 79 424 QUANT. -10 8 -2 443 % -17 40 -3 104 A Divisão de Ovar concretizou a transição para a NP EN ISO 14001:2004 relativa ao Sistema de Gestão Ambiental (SGA). Os sistemas de Gestão Qualidade e Gestão Ambiental foram integrados, passando a designarse por Sistema de Gestão Qualidade e Ambiente (SGQA). As áreas do ambiente e a segurança e higiene no trabalho, mereceram especial atenção através de algumas acções tais como a implementação da pintura electrostática (produção Toyota) e de nova cabina de lixagem (produção Optimo). Ainda no que concerne ao Ambiente foi enviado o formulário de pedido de Licença Ambiental das instalações à CCDR – Centro. UNIDADE FABRIL DO CARREGADO A actividade industrial do Carregado registou, durante o primeiro semestre de 2005, significativas melhorias nos seus principais indicadores de gestão, tendência esta que se vinha verificando desde o ano transacto pelo facto de centralizarmos esforços na contenção de custos e estarmos a desenvolver e a aplicar, de imediato, todas as medidas de melhoria ao nível dos processos de fabrico. Assim, de assinalar o significativo crescimento ao nível do resultado operacional, que passou de 10,9% no final do ano passado para 16,9% no primeiro semestre deste ano. De referir a redução dos custos em 7,4% no mesmo período. Pinturas Auto Esta actividade tem reforçado a sua predominância no pólo representando, actualmente, 73% do volume de facturação e é responsável pelas principais melhorias atrás referidas. No seguimento da estratégia de diversificação por nós assumida nos últimos anos e, dando satisfação às exigências do mercado, iniciamos o estudo de construção de uma nova linha de pintura por cataforese, polivalente, e de características 1 únicas no mercado Ibérico. Com a instalação desta unidade reforçaremos ainda mais a nossa posição, no mercado europeu, uma vez que passaremos a dispor de todas as valências possíveis ao nível da Pintura Auto. Pinturas Industriais Esta actividade reflecte ainda a crise dos 3 últimos anos tendo, no entanto, registado melhorias no segundo trimestre. As áreas de actividade Pavimentos Industriais e Pinturas de Betão, assumiram maior visibilidade e protagonismo neste semestre relativamente à Protecção e Pintura do Aço que mantém tendência negativa. ACTIVIDADE COMERCIAL MERCADO TOTAL MERCADO JAN-JUN 2005 115.104 36.849 2.729 154.682 Veic. Ligeiros Passageiros Veic. Comerciais Ligeiros Veic. Comerciais Pesados Total JAN-JUN 2004 105.904 36.806 2.787 145.497 DESVIOS QUANT. 9.200 43 -58 9.185 (2005 VS. 2004) % 8,7 0,1 -2,1 6,3 Fonte: ACAP No tocante ao Mercado Automóvel, as vendas do 1º semestre deste ano encontram-se fortemente influenciadas pela antecipação de compra que se verificou em Junho, devido ao anúncio do aumento do IVA de 19 para 21% (entrada em vigor da nova taxa em 1 de Julho). Prevê-se que esta evolução positiva se atenue no 2º semestre, devido às medidas restritivas entretanto anunciadas pelo Governo para combate ao deficit, e que deverão provocar uma retracção no consumo. Não obstante isto, o balanço do ano deverá apresentar um saldo positivo na ordem dos 2% face a 2004. VIATURAS TOYOTA TOYOTA 2005 Jan-Jun 2004 Jan-Jun Orç.2005 Jan-Jun 5.830 2.468 135 8.433 4.428 2.444 154 7.026 5.750 2.309 141 8.200 Veic.Lig.Pass. Veic.Com.Lig. Veic.Com.Pes. TOTAL 2005 vs 2004 Unids. % 1.402 31,7 24 1 -19 -12,3 1.407 20 Desvios 2005 Real Unids. 80 159 -6 233 vs Orç. % 0,1 6,9 -4,3 2,8 Fonte: SC-DMV / Dept. Planeamento As vendas Toyota neste 1º semestre registaram um desempenho notável, obtido basicamente graças à introdução do motor diesel de baixa cilindrada no Corolla. Não obstante a redução estratégica de vendas para Rent-a-Car, a Rede de Concessionários Toyota conseguiu compensar este decréscimo, crescendo 31% e assegurando assim o crescimento global da marca. Face ao Orçamento, conseguimos atingir o objectivo proposto, e mesmo ultrapassá-lo em cerca de 3%. No 2º semestre, e devido ao lançamento de novos modelos (Aygo, NG Yaris e NG Hilux) que irão ocorrer, estimamos um novo impulso para as vendas, o que nos permitirá alcançar o objectivo traçado das 16.000 unidades para 2005. VIATURAS LEXUS O primeiro semestre da actividade Lexus foi seriamente afectado pelo fim de vida do modelo IS200, responsável pela maioria das vendas do ano passado. O futuro modelo IS250 só terá o seu início de comercialização em Novembro. VENDAS GS300 / 430 IS200 LS430 RX300 RX400H SC430 Total 2005 JAN/JUN 7 2 1 3 6 0 19 2004 JAN/JUN 3 24 0 7 0 1 35 Nos restantes modelos as vendas melhoraram, dado que iniciámos a comercialização da nova geração GS em Abril e do RX400h, de propulsão híbrida em Maio. Estes lançamentos potenciaram o interesse dos Meios de Comunicação da especialidade sobre a marca, o que nos irá ajudar a potenciar as vendas no segundo semestre. Nesse período iremos proceder ao lançamento da nova geração IS versão gasolina, acção que nos permitirá ultrapassar as vendas anuais de 2004. MINI-AUTOCARROS MINIAUTOCARROS OPTIMO DMP NAC 2005 JAN-JUN 22 30 2004 JAN-JUN 13 20 VARIAÇÃO % 69,20 50,00 O primeiro semestre deste ano confirmou as expectativas de crescimento em relação a igual período do ano anterior. Para o segundo semestre prevê-se um crescimento menos acentuado, sendo no entanto de esperar resultados anuais superiores aos de 2004. MÁQUINAS INDUSTRIAIS Empilhadores Contrabalançados Equipamento de Armazém Total 2005 Jan-Jun Mercado 2004 Jan-Jun Variação % 667 604 1.271 590 519 1.109 13,10 16,40 14,6 Vendas Toyota Jan/Jun 2005 Qt Quota 173 25,9 84 13,9 257 20,2 Jan/Jun 2004 Qt Quota 140 23,7 77 14,8 217 19,6 Fonte: ACAP Após um período de abaixamento das vendas das máquinas de movimentação de cargas verificadas nos últimos anos, o mercado deste equipamento começa a dar sinais de recuperação, tendo atingido no final do 1º semestre um crescimento de 14,6% em relação ao período homólogo de 2004. Nesta conjuntura de mercado, as vendas do Equipamento Industrial Toyota neste período foram mais 18,4% que em 2004. Este desempenho de vendas permitiu melhorar a quota de mercado, que é agora de 20,2% e consolidar a posição de liderança da Toyota no sector da logística das máquinas de movimentação de cargas. 2 PEÇAS Vendas Globais Foi atingido o crescimento global de 5,7% relativamente às vendas do 1º semestre de 2004. O valor da facturação ultrapassou os 19,7 milhões Euros contra 18,7 milhões Euros em 2004. Por seu lado, também o orçamento de gestão foi superado em 9,1% (1, 7 milhões Euros acima do valor orçamentado). Distribuição das vendas totais por marca: 75,8% -Marca “A” -Peças Genuínas Toyota 3,6% -Marca “F” -Peças de Incorporação Nacional 19,1% -Marca “V” -Acessórios 1,6% -Marca “W” – Merchandising. A marca “A” foi responsável por 75,8% das vendas globais, quando em Junho 2004 representava 80,8%. A diminuição do peso percentual desta marca é uma tendência que se vem a verificar nos últimos anos. Em contrapartida as outras marcas registam aumento das respectivas quotas. A marca “F” representa 3,6% contra 3,2% em 2004. A venda de Acessórios cresceu 4,6 p.p. (passou de 14,5% das vendas para 19,1%) relativamente ao ano anterior. Também a venda de produtos “Merchandising” cresceu de 1,5% em 2004, para 1,6% neste semestre. O cliente mais importante, a rede de Concessionários/RTAs, foi responsável por 81,2% da facturação, 85,2% em 2004. O valor facturado a este cliente cifrou-se em 16 milhões Euros, mais 117 mil Euros que no 1º semestre de 2004. O orçamento de gestão foi cumprido em 99,7%. O primeiro semestre de 2005 apresentou resultados globais positivos, no que diz respeito às vendas e ao cumprimento dos orçamentos previstos. Este panorama é contrariado apenas pelo “ligeiro” decréscimo na venda de peças Toyota (marca “A”). O actual regulamento do sector automóvel, com a concorrência agressiva do mercado paralelo disponibilizando uma grande variedade de produtos, sendo que muitos deles com qualidade, são factores que terão contribuído para esta performance menos positiva da marca “A”. Adicionalmente, as perspectivas para a actividade Após Venda Toyota para os próximos anos não são animadoras, provada a tendência de decréscimo do parque automóvel Toyota em Portugal e da diminuição da percentagem de viaturas comerciais (70% das viaturas actualmente vendidas são de passageiros), que contribuirão para uma menor incorporação de peças. É igualmente motivo de apreensão o decréscimo verificado nas vendas deste semestre no material de colisão e de reparação. A Divisão de Após Venda recorre a diversos projectos a fim de combater as dificuldades apuradas. Uma das formas de promover e incentivar as vendas são as diversas promoções sazonais que a Divisão de Após Venda efectua anualmente. Durante o 1º semestre de 2005 decorreram já a “Campanha Primavera Toyota” e a “Campanha de Verão Resfriar”. A 1ª promoção recaiu sobre material de manutenção e de manutenção alargada, a 2ª sobre produtos relacionados com o AR Condicionado. Ainda de acordo com a sazonalidade de venda de peças, estão previstas mais três promoções até ao fim do ano. Paralelamente, decorrerá entre Jun05 e Mar06 o “Challenge Após Venda 2005/2006”. Trata-se de um programa global de dinamização do Após Venda, com o objectivo de promover e premiar o incremento de venda de peças ao balcão e oficina, “animar” e melhorar a performance dos Assessores de Serviço, Técnicos, Responsáveis de Peças e de Após Venda e assim aumentar os índices de ocupação oficinal, produtividade e de satisfação e retenção do cliente. Está também prevista, para o 2º semestre de 2005, alguma reestruturação na politica de preços de peças e descontos recomendados, que visa naturalmente aumentar a sua competitividade e com isso o incremento das vendas. Outros projectos já lançados no passado como o Serviço “Smart Repair”, o Programa de Vendas Itinerantes, Campanhas Nacionais de Retenção de Clientes e de Promoção de Peças Genuínas, Extracare, Contratos de Manutenção, Menus de Preços, Serviço de Pneus, etc. continuarão a ser desenvolvidos e dinamizados. RECURSOS HUMANOS No primeiro semestre deste ano manteve-se a tendência anterior de preocupação com a contenção de despesas bem como, essencialmente, com o respectivo controlo das mesmas. Este ano foi possível retomar a saudável política de logo no início do ano proceder a uma revisão salarial, apesar da persistente recessão económica que teimosamente parece não querer desaparecer. Continuou-se no primeiro semestre com a cessação de contratos de trabalho por Mútuo Acordo permitindo também desta forma proceder a ajustes no Quadro de Pessoal. Prosseguiu-se igualmente com a prática das cedências de colaboradores inter-empresas, alcançando assim a flexibilização dos recursos humanos existentes. O processo de remunerações por objectivos é já uma realidade implementada, na qual se depositam grandes esperanças em sede de motivação dos R.H. ACTIVIDADE FINANCEIRA Neste 1º semestre de 2005 assistimos a um comportamento algo errático do mercado automóvel total com um inicio de ano de alguma aparente recuperação, fruto talvez das expectativas criadas pelas eleições legislativas, seguida no entanto de um período de quebra o qual só foi contrariado de forma espectacular no mês de Junho, inequivocamente devido às alterações preconizadas ao nível do imposto sobre valor acrescentado. Assim sendo, o crescimento de 6,2% do mercado automóvel face ao período homólogo do exercício anterior não representa mais do que um dado estatístico que quando bem interpretado revela a manutenção da crise no sector como reflexo da situação global do País. No entanto no que à Toyota respeita o semestre em apreço foi indubitavelmente um período de recuperação tendo em vista os objectivos traçados, sendo que o crescimento nas unidades comercializadas de cerca de 20% face ao exercício transacto reflecte a boa performance conseguida nomeadamente ao nível dos modelos Corolla e Avensis que se têm vindo a posicionar como referências nos segmentos em que se inserem. Por outro lado este semestre de 2005 pôde já reflectir o efeito das medidas de reestruturação interna encetadas em períodos anteriores bem como a manutenção de um cada vez mais rigoroso controle da despesa. Destaque especial ainda para a evolução positiva do projecto de montagem e exportação do modelo Dyna para múltiplos países europeus, o qual permitiu o “relançar” da Unidade Fabril de Ovar para níveis de actividade e resultados bastante agradáveis. Foi ainda neste período concretizado o acordo com a TMME (Toyota Motor Marketing Europe) tendo em vista a transferência da actividade logística de peças para uma sua filial (TLSPT), a qual continuando a operar a partir do nosso armazém central em Vila Nova de Gaia, procurará se possível melhorar o sistema de abastecimento à nossa rede de Concessionários, com os correspondentes impactos positivos para todos os nossos clientes que necessitem de apoio técnico rápido e eficaz. Globalmente foi assim possível atingir os 193,9 milhões Euros de volume de negócios os quais se traduziram num resultado líquido para o período de 5 milhões de Euros. Consequência da boa performance comercial a actividade financeira do período traduziu naturalmente a manutenção em baixa das taxas directoras de referência bem como alguma redução dos próprios “spreads” bancários. Simultaneamente a redução significativa de stocks (PL21 e consolidação do projecto COL) aliada á manutenção das condições de cobrança e pagamento, permitiram um decréscimo a rondar os 39 milhões de Euros no endividamento total e a consequente elevação do grau de autonomia financeira para perto dos 41,5%. Como já é habitual a Empresa continuou a aplicar as taxas máximas fiscalmente aceites na contabilização das reintegrações deste 1º semestre de 2005 sendo que estas se elevaram aos 3.715.741 Euros. Na sequência duma política de cobertura de todo e qualquer risco emergente foram reforçadas as provisões existentes, por um lado no que a liquidações fiscais adicionais diz respeito, face aos resultados do último acto inspectivo e por outro lado tendo em vista a cobertura de perdas efectivas ao nível dos investimentos financeiros em empresas do Grupo nomeadamente as sediadas no Reino Unido. Cumpre-nos ainda informar que das dívidas contidas na rubrica “Estado e Outros Entes Públicos” não existe nenhuma verba em situação de mora. PERSPECTIVAS A manutenção das condições macroeconómicas que se perspectiva para o 2º semestre não ajudará concerteza ao relançamento do sector em termos globais. Para a nossa marca no entanto o próximo será um semestre de algumas novidades (Aygo, Nova Hilux, novo Yaris) que permitirão manter concerteza o objectivo anual das 16.000 unidades comercializadas. Claro que o impacto na área da despesa resultante das campanhas de lançamento destes novos modelos será igualmente forte, mas em nossa opinião não deixará de contribuir positivamente para que 2005 seja um exercício globalmente conseguido e demonstrativo da correcção das medidas até agora adoptadas, preparando desde já novo crescimento da marca que representamos em 2006. Desde o final do semestre em apreço e até ao momento presente, não ocorreu qualquer situação que justifique menção relevante e que possa contrariar as perspectivas apontadas para o presente exercício. Vila Nova de Gaia , 12 de Setembro de 2005 O Conselho de Administração: Salvador Fernandes Caetano – Presidente; José Reis da Silva Ramos – Vice-Presidente; Tetsuo Agata; Kunio Komada; Maria Angelina Martins Caetano Ramos; Salvador Acácio Martins Caetano; Ana Maria Martins Caetano. 3 ANEXO AO RELATÓRIO INFORMAÇÃO SOBRE A PARTICIPAÇÃO DOS MEMBROS DO CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO E DO FISCAL ÚNICO CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO SALVADOR FERNANDES CAETANO – Não tem movimentos, pelo que, em 30 de Junho de 2005, detinha 352.465 acções, com o valor nominal de um euro cada uma. Detém, conjuntamente com o cônjuge, Ana Pereira Martins Caetano, 70% do Capital Social da FOGECA – Gestão e Controle, SGPS, S.A., e 70% do Capital Social da CAETANO, SGPS, S.A., o que com esta Sociedade, directa ou indirectamente, detém 84,72% do Capital Social da COCIGA – Construções Civis de Gaia, S.A., o que lhe garante directa e indirectamente 21.352.755 acções, a que corresponde 61,01% do capital social e dos direitos de voto nesta empresa. ENGº JOSÉ REIS DA SILVA RAMOS: Não tem acções nem obrigações. TETSUO AGATA -Não tem acções nem obrigações. KUNIO KOMADA -Não tem acções nem obrigações. DRª MARIA ANGELINA MARTINS CAETANO RAMOS -Não tem acções nem obrigações. ENGº SALVADOR ACÁCIO MARTINS CAETANO -Não tem acções nem obrigações. DRª ANA MARIA MARTINS CAETANO -Não tem acções nem obrigações. TOJO KIYOSHI -Não tem acções nem obrigações. Salvador Fernandes Caetano, Presidente do Conselho de Administração, Drª Maria Angelina Martins Caetano Ramos -cônjuge do Engº José Reis da Silva Ramos -Vice-Presidente do Conselho de Administração, Engº Salvador Acácio Martins Caetano, e Drª Ana Maria Martins Caetano, vogais do Conselho de Administração, da FOGECA -Gestão e Controle – SGPS, S.A., esta Sociedade, não teve movimentos, pelo que, em 30 de Junho de 2005, detinha 21.000.000 acções, com o valor nominal de um euro cada. Salvador Fernandes Caetano, Presidente do Conselho de Administração, e Engº José Reis da Silva Ramos -cônjuge da Drª Maria Angelina Martins Caetano Ramos, Administrador, da FUNDAÇÃO SALVADOR CAETANO, esta Sociedade não teve movimentos, pelo que, em 30 de Junho de 2005, detinha 61.945 acções, com o valor nominal de um euro cada. Salvador Fernandes Caetano, Presidente do Conselho de Administração, Drª Maria Angelina Martins Caetano Ramos -cônjuge do Engº José Reis da Silva Ramos, vogal do Conselho de Administração da COCIGA Construções Civis de Gaia, S.A. esta Sociedade não tem movimentos, pelo que, em 30 de Junho de 2005, detinha 290 acções, com o valor de um euro cada. FISCAL ÚNICO: DELOITTE E ASSOCIADOS, Sociedade de Revisores Oficiais de Contas, representado pelo Sr. Dr. Jorge Manuel Araújo de Beja Neves -Não tem acções nem obrigações. INFORMAÇÃO SOBRE A PARTICIPAÇÃO DOS MEMBROS DO CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO (NOS TERMOS DO ARTIGO 447º DO C.S.C.) SALVADOR FERNANDES CAETANO (Presidente) ENGº JOSÉ REIS DA SILVA RAMOS (Vice-presidente) TETSUO AGATA (Vogal) KUNIO KOMADA (Vogal) DRª MARIA ANGELINA M. CAETANO RAMOS (Vogal) ENGº SALVADOR ACACIO MARTINS CAETANO (Vogal) DRª ANA MARIA MARTINS CAETANO (Vogal) TOJO KIYOSHI (Administrador -Suplente) Acções Detidas Em 31.12.04 352.465 Acções Adquiridas Em 2005 Acções Vendidas Em 2005 Acções Detidas Em 30.06.05 352.465 Acções Detidas Em 31.12.04 9.450.000 Acções Adquiridas Em 2005 -- Acções Vendidas Em 2005 -- Acções Detidas Em 30.06.05 9.450.000 Acções Detidas Em 31.12.04 21.000.000 Acções Adquiridas Em 2005 -- Acções Vendidas Em 2005 -- Acções Detidas Em 30.06.05 21.000.000 INFORMAÇÃO SOBRE A PARTICIPAÇÃO DE ACCIONISTAS (NOS TERMOS DO ARTIGO 448º DO C.S.C.) Participações superiores a um décimo do Capital TOYOTA MOTOR CORPORATION Participações superiores a metade do Capital FOGECA-Gestão e Controle- SGPS, SA Participações qualificadas superiores a 2% Capital Social ACCIONISTA TOYOTA MOTOR CORPORATION FOGECA-Gestão e Controle- SGPS, SA AF Investimentos - Fundos Imobiliários, S.A. (em representação dos fundos mobiliários por si geridos) Acções 9.450.000 21.000.000 731.057 % dos direitos de voto 27,000 61,01 2,088 4 BALANÇO (Euros) Notas Activo Bruto Amortizações Provisões Despesas de Instalação 8 1.204.866 1.195.303 9.563 33.525 Despesas Investigação e Desenvolvimento 8 1.817.273 1.615.811 201.462 169.183 983.568 983.568 10 4.005.707 3.794.682 211.025 202.708 ACTIVO Activo Liquido Jun'05 Activo Liquido Jun'04 IMOBILIZADO IMOBILIZAÇÕES INCORPÓREAS Trespasses IMOBILIZAÇÕES CORPÓREAS Terrenos e Recursos Naturais 13.533.990 13.533.990 13.449.106 Edifícios e Outras Construções 61.986.018 39.930.649 22.055.369 24.363.265 Equipamento Básico 41.754.334 30.016.839 11.737.495 13.114.658 Equipamento de Transporte 11.815.494 6.778.493 5.037.001 5.668.742 Ferramentas e Utensílios 8.301.810 8.059.419 242.391 422.692 Equipamento Administrativo 9.107.435 8.611.337 496.098 638.488 Outras Imobilizações Corpóreas 3.053.604 2.263.734 Imobilizações em Curso 1.182.196 789.870 821.674 1.182.196 1.153.046 10 e 13 150.734.881 95.660.471 55.074.410 59.631.671 Partes Capital Empresas Grupo 16 19.973.195 4.428.489 15.544.706 19.768.688 Títulos e Outras Aplicações Financeira 48 5.977.425 1.496 5.975.929 5.975.929 Empréstimos a Empresas do Grupo 16 27.424.165 5.061.787 22.362.378 27.037.717 10 e 34 53.374.785 9.491.772 43.883.013 52.782.334 Matérias-primas, Subs. e de Consumo 41 13.374.300 13.374.300 10.854.426 Produtos e Trabalhos em Curso 42 7.234.103 7.234.103 7.859.343 Produtos Acabados e Intermédios 42 3.220.830 3.220.830 9.682.114 34 e 41 37.430.900 2.045.141 35.385.759 57.641.089 61.260.133 2.045.141 59.214.992 86.036.972 INVESTIMENTOS FINANCEIROS CIRCULANTE EXISTÊNCIAS Mercadorias DIVIDAS DE TERCEIROS -MÉDIO E LONGO PRAZO Clientes c/c 16 8.418.738 8.418.738 8.460.670 16 87.398.833 87.398.833 78.560.563 DIVIDAS DE TERCEIROS -CURTO PRAZO Clientes c/c Clientes -Títulos a Receber Clientes de Cobrança Duvidosa 23 e 34 Adiantamentos a Fornecedores 0 177.261 3.862.689 1.327.638 3.024.490 52.581 141.209 3.862.689 88.779.052 81.903.523 7.651.567 7.651.567 4.367.052 104.343 104.343 66.469 7.755.910 7.755.910 4.433.521 5.190.327 52.581 92.641.741 DEPÓSITOS BANCÁRIOS E CAIXA Depósitos Bancários Caixa ACRÉSCIMOS E DIFERIMENTOS Acréscimos de Proveitos 51 112.632 112.632 356.020 Custos Diferidos 51 2.235.982 2.235.982 1.857.452 2.348.614 2.213.472 265.685.754 295.664.871 2.348.614 Total de Amortizações 99.455.153 Total de Provisões TOTAL ACTIVO 15.399.602 380.540.509 114.854.755 O Técnico Oficial de Contas: Alberto Luís Lema Mandim 5 BALANÇO (Euros) Capital Próprio e Passivo Jun'05 Capital Próprio e Passivo Jun'04 35.000.000 -4.223.982 6.187.306 35.000.000 40 40 40 40 6.208.803 71.731.295 -9.728.034 5.026.265 110.201.653 5.921.603 69.110.138 967.223 117.186.270 PASSIVO PROVISÃO PARA RISCOS E ENCARGOS Outras Provisões para Riscos e Encargos 34 10.901.496 6.957.195 DIVIDAS A TERCEIROS -MEDIO E LONGO PRAZO Empréstimos por Obrigações Não Convertíveis Dividas a Instituições de Credito 50 50 3.750.000 14.250.000 18.000.000 7.500.000 12.500.000 20.000.000 50 50 16 3.750.000 56.050.000 34.871.900 15.017 48.401 13.502.263 72.176 108.309.757 3.750.000 91.233.937 33.744.183 12.405 85.452 9.156.314 523.534 138.505.825 17.771.448 501.400 18.272.848 12.892.260 123.321 13.015.581 155.484.101 178.478.601 265.685.754 295.664.871 CAPITAL PRÓPRIO E PASSIVO CAPITAL PRÓPRIO CAPITAL AJUSTAMENTOS DE PARTES DE CAPITAL EM ASSOCIADAS RESERVAS DE REAVALIAÇÃO RESERVAS Reservas Legais Outras Reservas RESULTADOS TRANSITADOS RESULTADO LIQUIDO DO PERÍODO Total do Capital Próprio DIVIDAS A TERCEIROS -CURTO PRAZO Empréstimos por Obrigações Não Convertíveis Dividas a Instituições de Credito Fornecedores c/c Outros Accionistas Adiantamentos de Clientes Estado e outros Entes Públicos Outros Credores ACRÉSCIMOS E DIFERIMENTOS Acréscimos de Custos Proveitos Diferidos NOTAS 36, 37 e 40 40 49 51 51 Total do Passivo TOTAL DO CAPITAL PRÓPRIO E DO PASSIVO 6.187.306 O Conselho de Administração: Salvador Fernandes Caetano – Presidente; José Reis da Silva Ramos – Vice-Presidente; Tetsuo Agata; Kunio Komada; Maria Angelina Martins Caetano Ramos; Salvador Acácio Martins Caetano; Ana Maria Martins Caetano 6 DEMONSTRAÇÃO DOS RESULTADOS POR NATUREZAS (Euros) CUSTOS E PERDAS CUSTO DAS MERCADORIAS VENDIDAS E DAS MATÉRIAS CONSUMIDAS Mercadorias Matérias FORNECIMENTOS E SERVIÇOS EXTERNOS CUSTOS COM O PESSOAL Remunerações Encargos Sociais Pensões Outros AMORTIZAÇÕES DO IMOBILIZADO CORPÓREO E INCORPÓREO PROVISÕES IMPOSTOS OUTROS CUSTOS E PERDAS OPERACIONAIS (A) JUROS E CUSTOS SIMILARES Amortizações e provisões de investimentos financeiros Outros (C) CUSTOS E PERDAS EXTRAORDINÁRIAS (E) IMPOSTO SOBRE O RENDIMENTO DO PERÍODO (G) RESULTADO LIQUIDO DO PERÍODO PROVEITOS E GANHOS VENDAS Mercadorias Produtos PRESTAÇÕES DE SERVIÇOS VARIAÇÃO DA PRODUÇÃO TRABALHOS PARA A PRÓPRIA EMPRESA PROVEITOS SUPLEMENTARES SUBSÍDIOS A EXPLORAÇÃO (B) RENDIMENTOS DE PARTICIPAÇÕES DE CAPITAL OUTROS JUROS E PROVEITOS SIMILARES Outros (D) PROVEITOS E GANHOS EXTRAORDINÁRIOS (F) Notas 41 Jun'05 121.087.869 29.667.815 150 755 684 23 557 389 6.922.338 31 10 34 45 320.187 4.136.665 3.715.741 352 914 414 985 5 039 986 2 276 835 11 379 190 44 42 65 000 8 455 093 989 792 5 454 971 195 215 889 2 276 835 197 492 724 193 909 944 -1 373 663 9 509 885 202 046 166 990 006 45 46 RESUMO: Resultados Operacionais (B)-(A) = Resultados Financeiros (D-B)-(C-A) = Resultados Correntes (D)-(C) = Resultados Antes de Impostos (F)-(E) = Resultado Liquido do Período (F)-(G) = 322 027 3 966 559 4 002 794 211 290 11 471 382 4 002 794 362 579 3 362 504 3 725 083 161 859 467 2 231 183 242 624 164 241 000 2 231 183 164 090 650 150 350 351 721 164 592 721 967 223 165 559 944 Jun'05 146 642 707 37 344 318 9 922 919 119 847 187 22 813 021 4 068 655 197 735 348 1 537 468 199 272 816 5 026 265 204 299 081 Notas 94 935 691 24 911 496 7 182 796 46 6 Jun'04 Jun'04 116 947 151 31 774 008 8 891 633 8 681 909 742 709 157 612 792 -2 554 845 9 424 618 164 482 565 278 451 1 201 296 203 247 462 1 051 619 204 299 081 6 830 277 -1 075 539 5 754 738 6 563 733 5 026 265 191 816 470 267 164 952 832 607 112 165 559 944 2 623 098 -1 760 916 862 182 1 318 944 967 223 O Técnico Oficial de Contas: Alberto Luís Lema Mandim O Conselho de Administração: Salvador Fernandes Caetano – Presidente; José Reis da Silva Ramos – Vice-Presidente; Tetsuo Agata; Kunio Komada; Maria Angelina Martins Caetano Ramos; Salvador Acácio Martins Caetano; Ana Maria Martins Caetano 7 ANEXO AO BALANÇO E À DEMONSTRAÇÃO DOS RESULTADOS NOTA INTRODUTÓRIA A Salvador Caetano – Indústrias Metalúrgicas e Veículos de Transporte, S.A. (“Salvador Caetano” ou “Empresa”) é uma sociedade anónima constituída em 1946, que tem a sua sede social em Vila Nova de Gaia, e que tem como actividades a importação, montagem e comercialização de veículos ligeiros e pesados; a importação e venda de equipamento industrial de movimentação de cargas e terras; a importação e venda de peças e acessórios para veículos bem como a correspondente assistência técnica. Adicionalmente, a Empresa exerce a actividade de tratamento de superfície que abrange a pintura industrial e a lacagem dos ramos civil e auto. As suas acções estão cotadas na Bolsa de Valores de Lisboa. A Salvador Caetano encabeça um Grupo cujas empresas, essencialmente dedicadas ao ramo automóvel, estão descritas na Nota 16, juntamente com outra informação financeira. Com efeitos a partir de Maio de 2005, as funções do nosso Departamento de Logística de peças Toyota (importação e distribuição), no âmbito de um projecto Paneuropeu da nossa representada, passou para uma empresa do Grupo Toyota, Toyota Logísticos Serviços Portugal Unipessoal, Lda, continuando a operar no nosso armazém central. Dando cumprimento ao disposto na legislação aplicável, a Salvador Caetano irá elaborar e apresentar em separado demonstrações financeiras consolidadas em 30 de Junho de 2005, de acordo com as Normas Internacionais de Relato Financeiro (IAS/IFRS) adoptadas pela União Europeia. As notas que se seguem respeitam a numeração definida no Plano Oficial de Contabilidade (POC) e aquelas que não estão incluídas neste anexo ou não são aplicáveis ou a sua apresentação não é relevante para a leitura das demonstrações financeiras anexas. Os valores mencionados no presente anexo encontram-se expressos em Euros. 3. BASES DE APRESENTAÇÃO E PRINCIPAIS CRITÉRIOS VALORIMÉTRICOS As demonstrações financeiras anexas foram preparadas de acordo com o princípio da continuidade das operações a partir dos livros e registos contabilísticos da Salvador Caetano, mantidos de acordo com os princípios de contabilidade geralmente aceites em Portugal. Os principais critérios valorimétricos utilizados na preparação das demonstrações financeiras foram os seguintes: a) Imobilizações incorpóreas As imobilizações incorpóreas, constituídas por despesas de expansão, trespasses e despesas de investigação e desenvolvimento, estas últimas, constituídas principalmente por despesas com o desenvolvimento tecnológico e com estudos e concepção de protótipos, são amortizadas, pelo método das quotas constantes, durante um período de três anos. b) Imobilizações corpóreas As imobilizações corpóreas adquiridas até 31 de Dezembro de 1997 encontram-se registadas ao custo de aquisição podendo encontrar-se reavaliadas de acordo com as disposições legais (Nota 12). As imobilizações corpóreas adquiridas após aquela data encontram-se registadas ao custo de aquisição. As amortizações são calculadas pelo método de quotas constantes, numa base anual, de acordo com as seguintes vidas úteis estimadas: Anos - Edifícios e outras construções 20 - 50 - Equipamento básico 7 - 16 - Equipamento de transporte 4-5 - Ferramentas e utensílios 4 - 14 - Equipamento administrativo 3 - 14 - Taras e vasilhame 5 - 11 Como resultado das reavaliações efectuadas, as reintegrações do período de seis meses findo em 30 de Junho de 2005 foram aumentadas em Euros 212.520. Uma parte (40%) deste montante não é aceite como custo para efeitos de determinação da matéria colectável do Imposto sobre o Rendimento de Pessoas Colectivas (IRC). Adicionalmente, 40% das amortizações de exercícios futuros relativamente ao efeito das reavaliações de imobilizações corpóreas ainda não amortizadas não serão igualmente aceites para efeitos de determinação da matéria colectável de IRC. c) Locação financeira Os activos imobilizados adquiridos mediante contratos de locação financeira, bem como as correspondentes responsabilidades, são registados pelo método financeiro e, consequentemente, o custo do activo é registado no imobilizado corpóreo e as correspondentes responsabilidades são registadas como contas a pagar a fornecedores. As rendas são constituídas pelo encargo financeiro e pela amortização financeira do capital, sendo os encargos financeiros imputados aos exercícios durante o prazo de locação, tendo em consideração uma taxa de juro periódica constante sobre o saldo remanescente do passivo, sendo o imobilizado corpóreo amortizado de acordo com a vida útil dos bens. d) Investimentos financeiros Os investimentos financeiros em empresas do Grupo Salvador Caetano detidas a mais de 20%, conforme constam da Nota 16, encontram-se registados ao custo de aquisição, estando constituída uma provisão associada aos investimentos com risco, a qual foi registada por contrapartida da rubrica de Capital Próprio “Ajustamentos de Partes de Capital em Associadas”, em conformidade com POC. A Empresa regista os dividendos atribuídos pelas empresas em que participa na demonstração de resultados do exercício em que os dividendos são recebidos (Nota 45). e) Existências As mercadorias e as matérias primas, subsidiárias e de consumo encontram-se valorizadas ao custo médio de aquisição, o qual é inferior ao respectivo valor de mercado. Encontra-se também constituída uma provisão para depreciação de existências tendo em vista a cobertura de eventuais desvalorizações a ocorrer nos stocks de viaturas usadas. Os produtos acabados e intermédios e os produtos e trabalhos em curso encontram-se valorizados ao custo de produção, o qual é inferior ao valor de mercado. Os custos de produção incluem o custo das matériasprimas incorporadas, mão-de-obra directa, os gastos gerais de fabrico e os serviços executados no exterior. f) Provisões para outros riscos e encargos Esta rubrica inclui o remanescente da provisão constituída em exercícios anteriores nos termos do “ex - Código da Contribuição Industrial” e é mantida para fazer face a riscos marginais de cobranças duvidosas próprias, depreciação de existências ou outros de natureza diversa. Para além desta encontra-se constituída uma Provisão para Outros Riscos e Encargos tendo por objectivo fazer face ao eventual risco de incobrabilidade de contas correntes em empresas participadas, bem como a cobertura de contingências fiscais. g) Subsídios Os subsídios recebidos a fundo perdido para financiamento de imobilizações corpóreas e incorpóreas são registados, na rubrica de Proveitos Diferidos, quando recebidos, e reconhecidos na demonstração de resultados proporcionalmente às amortizações das imobilizações subsidiadas. Os subsídios à exploração são registados como proveitos operacionais nos exercícios em que são recebidos. h) Especialização de exercícios A Empresa regista as suas receitas e despesas de acordo com o princípio da especialização de exercícios pelo qual as receitas e despesas são reconhecidas à medida em que são geradas, independentemente do momento em que são recebidas ou pagas. As diferenças entre os montantes recebidos e pagos e as correspondentes receitas e despesas geradas são registadas nas rubricas “Acréscimos e Diferimentos” (Nota 51). 8 i) Indemnizações ao pessoal A Empresa tem como política registar como um custo operacional do exercício os encargos com rescisões de contratos de trabalho no momento em que os mesmos são acordados. j) Saldos e transacções expressos em moeda estrangeira Os activos e passivos expressos em moeda estrangeira foram convertidos para Euros utilizando-se as taxas de câmbios vigentes nas datas dos balanços publicadas pelo Banco de Portugal. As diferenças de câmbio, favoráveis e desfavoráveis, originadas pelas diferenças entre as taxas de câmbio em vigor na data das transacções e as vigentes na data das cobranças, pagamentos ou à data do balanço, foram registadas como proveitos e custos na demonstração de resultados do exercício. k) Impostos diferidos Em conformidade com a Directriz Contabilística nº 28/01, a Empresa reconhece nas demonstrações financeiras nas rubricas “Acréscimos e Diferimentos” os activos e passivos por impostos diferidos relacionados com as diferenças temporárias entre o reconhecimento de receitas e despesas para fins contabilísticos e de tributação (Notas 6 e 51). 6. IMPOSTOS SOBRE LUCROS De acordo com a legislação em vigor, as declarações fiscais da Empresa estão sujeitas a revisão e correcção por parte da administração tributária durante um período de quatro anos. Deste modo, as declarações fiscais dos anos de 2001 a 2005 poderão ainda vir a ser sujeitas a revisão. As declarações relativas à Segurança Social podem ser revistas ao longo de um prazo de dez anos até ao ano de 2000, inclusivé, e cinco anos a partir de 2001. O Conselho de Administração da Empresa entende que as eventuais correcções resultantes de revisões/inspecções por parte da administração tributária àquelas declarações de impostos dos exercícios em aberto à inspecção não deverão ter um efeito significativo nas demonstrações financeiras anexas. Face às decisões favoráveis obtidas nos processos de impugnação judicial, referentes às liquidações adicionais em sede de IRC e referentes aos exercícios de 1995 e 1996, durante o período de seis meses findo em 30 de Junho de 2005 recuperou-se uma parte dos valores reclamados, aproximadamente 85 mil Euros (Nota 46), esperando-se para breve a recuperação do remanescente das liquidações adicionais pagas e reconhecidas como custos em exercícios anteriores, acrescido dos respectivos juros compensatórios. Simultaneamente, em relação à fiscalização efectuada aos exercícios de 1997, 1998 e 1999, encontram-se reclamadas as notas de liquidação adicionais em sede de IRC, ainda que pagas, no valor de Euros 1.769.511, dado a Empresa entender existirem razões legais válidas para estas contestações. Face a decisão favorável da reclamação graciosa sobre matéria relativa a Despesas de Investigação e Desenvolvimento recebeu-se no período de seis meses findo em 30 de Junho de 2005 aproximadamente 193 mil Euros (Nota 46). Em relação à fiscalização efectuada aos exercícios de 2001 e 2002 esperam-se correcções em sede de IRC, incluindo juros compensatórios e para as quais foi constituída no período uma provisão no valor de aproximadamente 352 mil Euros (Nota 34). O detalhe dos montantes e natureza dos activos e passivos por impostos diferidos registados no primeiro semestre de 2005, pode ser resumido como segue (Débitos/Créditos): Saldo em 30 de Junho de 2005 Provisões constituídas e não aceites como custos fiscais 40% das amortizações resultantes das reavaliações legais efectuadas Efeito do reinvestimento de mais valias geradas com alienações de imobilizações Custos a reconhecer no futuro que não serão aceites fiscalmente Imposto Diferido Activo (Nota 51) 1.540.763 Imposto Diferido Passivo (Nota 51) Reflectido em Resultados (275.428) (847.565) (373.387) (1.496.380) (23.377) (68.319) (20.288) (111.984) 1.540.763 Adicionalmente, a rubrica da demonstração de resultados "Impostos sobre o rendimento" foi determinada como segue: Imposto sobre rendimento (Nota 49) Impostos diferidos líquidos do primeiro semestre de 2005 1.649.452 -111.984 1.537.468 7. NÚMERO MÉDIO DE PESSOAL AO SERVIÇO DA SALVADOR CAETANO Durante os primeiros seis meses de 2005 e 2004 o número médio de pessoal foi o seguinte: Empregados Pessoal afecto à Produção Jun'05 449 393 842 Jun'04 523 409 932 A diminuição no número médio de pessoal ao serviço da Empresa deve-se fundamentalmente à reestruturação das áreas administrativas e à transferência do pessoal da área de logística de peças para a empresa do grupo Toyota , Toyota Logísticos Serviços Portugal, Unipessoal Lda (Nota introdutória). 8. DESPESAS DE INSTALAÇÃO E INVESTIGAÇÃO E DESENVOLVIMENTO Em 30 de Junho de 2005 o detalhe destas rubricas é como segue: Despesas de instalação Despesas de instalação e expansão comercial Amortizações acumuladas Total Despesas de Investigação e Desenvolvimento Despesas de investigação e desenvolvimento: - Estudos e protótipos de novo modelo do mini-autocarro Óptimo - Estudo de novo modelo Dyna - Estudo ambiental - Acompanhamento da candidatura ao SIME - Participação em Certames Internacionais - Amortizações acumuladas Total Jun'05 1.204.866 (1.195.303) 9.563 Jun'05 401.875 1.242.510 93.723 20.410 58.755 (1.615.811) 201.462 9 10. MOVIMENTO DO ACTIVO IMOBILIZADO Durante o primeiro semestre de 2005, o movimento ocorrido nas imobilizações incorpóreas, imobilizações corpóreas e nos investimentos financeiros, bem como nas respectivas amortizações acumuladas e provisões, foi o seguinte: Activo Bruto Rubricas Imobilizações incorpóreas Despesas de Instalação Despesas de Investigação e desenvolvimento Trespasses Imobilizações corpóreas Terrenos e Recursos Naturais Edifícios e Outras Construções Equipamento Básico Equipamento de Transporte Ferramentas e Utensílios Equipamento Administrativo Outras Imobilizações Corpóreas Imobilizações em Curso Investimentos financeiros Partes de Capital em Empresas do Grupo Títulos e Outras Aplicações Financeiras Empréstimos a Empresas do Grupo Rubricas Imobilizações incorpóreas Despesas de Instalação Despesas de Investigação e Desenvolvimento Trespasses Imobilizações corpóreas Edifícios e Outras Construções Equipamento Básico Equipamento de Transporte Ferramentas e Utensílios Equipamento Administrativo Outras Imobilizações Corpóreas Investimentos financeiros Partes de Capital em Emp.do Grupo (Nota 34) Títulos e outras Aplicações Financeiras Empréstimos a Emp. do Grupo (Nota 34) Saldos iniciais Aumentos Alienações Transferências e Abates 1 204 866 Saldos finais 1 204 866 1 674 931 983 568 3 863 365 142 342 142 342 1 817 273 983 568 4 005 707 13 449 106 61 893 551 41 673 004 12 144 150 8 677 017 9 197 792 2 946 191 1 297 974 151 278 785 84 884 92 467 305 720 1 924 898 93 486 85 063 113 313 30 697 2 730 528 13 533 990 61 986 018 41 754 334 11 815 494 8 301 810 9 107 435 3 053 604 1 182 196 150 734 881 370 865 2 253 554 468 693 175 420 5 900 146 475 -146 475 3 274 432 19 973 195 5 977 425 27 424 165 53 374 785 19 973 195 5 977 425 27 424 165 53 374 785 Amortizações e Provisões Transferências Aumentos Alienações e Abates Saldos iniciais 1 188 722 1 534 213 983 568 3 706 503 6 581 81 598 88 179 38 725 237 29 244 220 6 790 243 8 426 529 8 658 591 2 184 601 94 029 421 1 205 412 1 060 685 1 051 597 100 945 123 890 85 033 3 627 562 204 508 1 496 169 591 375 595 4 223 981 Saldos finais 1 195 303 1 615 811 983 568 3 794 682 288 066 1 063 347 468 055 171 144 5 900 1 996 512 39 930 649 30 016 839 6 778 493 8 059 419 8 611 337 2 263 734 95 660 471 4 428 489 1 496 5 061 787 9 491 772 4 892 196 9 116 177 12. REAVALIAÇÕES DE IMOBILIZAÇÕES CORPÓREAS A Empresa procedeu em anos anteriores à reavaliação das suas imobilizações corpóreas ao abrigo da legislação aplicável, nomeadamente: Decreto-Lei 430/78, de 27 de Dezembro; Decreto-Lei 219/82, de 2 de Junho; Decreto-Lei 399-G/84, de 28 de Dezembro; Decreto-Lei 118-B/86, de 27 de Maio; Decreto-Lei 111/88, de 2 de Abril; Decreto-Lei 49/91, de 25 de Janeiro; Decreto-Lei 264/92, de 24 de Novembro; DecretoLei 31/98, de 11 de Fevereiro. Uma parte (40%) do acréscimo das amortizações derivado das reavaliações legais efectuadas não é aceite como custo para efeitos de determinação da matéria colectável em sede de Imposto sobre o Rendimento de Pessoas Colectivas (IRC), tendo a Empresa calculado e registado os respectivos passivos por impostos diferidos (Nota 6). 13. REAVALIAÇÕES DE IMOBILIZAÇÕES CORPÓREAS O detalhe dos custos históricos de aquisição de imobilizações corpóreas e correspondente reavaliação liquida das amortizações acumuladas em 30 de Junho de 2005 é o seguinte: Rubricas Imobilizações Corpóreas Terrenos e Recursos Naturais Edificios e Outras Construçoes Equipamento Básico Equipamento de Transporte Ferramentas e Utensílios Equipamento Administrativo Outras Imobilizações Corpóreas Imobilizações em Curso Custos Históricos 7 929 429 19 585 249 11 703 728 5 037 001 242 391 496 098 789 870 1 182 196 46 965 962 Reavaliações 5 604 561 2 470 120 33 767 8 108 448 Saldos Reavaliados 13 533 990 22 055 369 11 737 495 5 037 001 242 391 496 098 789 870 1 182 196 55 074 410 10 14. LOCALIZAÇÃO DAS IMOBILIZAÇÕES Em 30 de Junho de 2005, o valor global das imobilizações corpóreas e em curso afecta a cada uma das actividades da Empresa é como segue: Rubricas Unidade Fabril de Gaia Unidade Fabril de Ovar Delegação de Lisboa / U.F.Carregado Imobilizações Corpóreas 55 818 309 35 246 227 58 488 149 149 552 685 Imobilizações em Curso 903 473 Total 56 721 782 35 246 227 58 766 872 150 734 881 278 723 1 182 196 16. EMPRESAS DO GRUPO E ASSOCIADAS A relação das empresas do Grupo e Associadas com indicação da sede, fracção do capital detido, capitais próprios e resultado líquido em 30 de Junho de 2005 são como segue: Fracção Efectiva Capital Detido a 30.06.2005 Capitais Próprios a 30.06.2005 Resultados Líquidos a 30.06.2005 Valor de Balanço a 30.06.2005 Saltano - Investimentos e Gestão (SGPS), SA. Av. Vasco da Gama, 1410 - Oliveira do Douro - Vila Nova de Gaia 99,98% 22 579 201 933 386 4 488 183 Salvador Caetano - Comércio de Automóveis, SA. Av. Vasco da Gama, 1410 - Oliveira do Douro - Vila Nova de Gaia 92,52% 47 553 242 1 554 384 9 868 048 Salvador Caetano España, SA. Ctra. de Andalucia (N-IV), Km 31,800 Ciempozuelos - España 99,23% 932 499 15 577 Salvador Caetano (UK), Ltd. Mill Lane, Heather-Coalville-Leicestershire United Kingdom 99,00% GBP -868.374 GBP -161596 Steia - Soc. Técn Equipam. Industriais e Acessórios, SARL Bissau Guiné-Bissau 99,99% Salvador Caetano Moçambique, SARL Av. Silva Cunha - Parcela 149 - Matola - Maputo Moçambique 63,33% mMZM -21.448.304 mMZM -5.658.228 Salvador Caetano Coachbuilders Ltd. Mill Lane, Heather-Coalville-Leicestershire United Kingdom 99,00% GBP -9.406.659 GBP -121.070 Reliant Coaches Ltd. Mill Lane, Heather-Coalville-Leicestershire United Kingdom 99,00% GBP 9.685 GBP -30.042 Cabo Verde Motors Terra Branca - Praia Cabo Verde 99,99% m ECV 188.756 mECV 22.416 Forcabo Veículos Automóveis, Lda. Praia Cabo Verde 99,89% mECV 46.611 mECV 5.334 Salvador Caetano - Aluguer Automóveis, SA. Rua José Mariani, 164 - Santa Marinha Vila Nova de Gaia 99,98% 975 048 152 291 Caetanobus - Fabricação de Carroçarias, SA Av. Vasco da Gama, 1410 - Oliveira do Douro - Vila Nova de Gaia 73,98% 4 788 027 -817 961 IPE - Indústria Produtora de Espumas, SA. Rua da Pereiras,275 Vila Nova de Gaia 99,98% -244 886 73 376 Portianga - Comércio Internacional e Participações, SA. Rua Campo Alegre, 1307 - Cave Porto 99,98% 7 693 990 34 925 Robert Hudson, Ltd. Rua Major Kanyangulu, 72 - Luanda Angola 99,98% USD 7.332.306 USD 1.113.684 Empresas do Grupo 4 223 981 204 507 724 983 463 493 11 Fracção Efectiva Capital Detido a 30.06.2005 33,33% Capitais Próprios a 30.06.2005 4 374 577 Resultados Líquidos a 30.06.2005 1 058 979 Auto Partner SGPS, SA Av. Vasco da Gama, 1410 - Oliveira do Douro - Vila Nova de Gaia 46,26% 2 470 740 -28 432 Auto Partner - Comercio Automóveis, SA Av. Vasco da Gama, 1410 - Oliveira do Douro - Vila Nova de Gaia 46,26% 819 048 58 699 Auto Partener II-Rep C Automoveis SA Av. Vasco da Gama, 1410 - Oliveira do Douro - Vila Nova de Gaia 46,26% 182 419 17 009 Empresas Associadas Contrac, Gmbh Max-Planck-Ring, 43 - Wiesbaden Alemanha Valor de Balanço a 30.06.2005 Os saldos a receber e a pagar com as empresas do Grupo e Associadas acima referidas, e que em 30 de Junho de 2005 se encontram reflectidas nas rubricas do balanço “Clientes, c/c”, “Fornecedores, c/c” e “Empréstimos a empresas do Grupo” podem ser resumidos como segue: Valor - Contas a receber · Curto prazo · Médio e Longo Prazo - Contas a pagar - Empréstimos concedidos · Saltano, SA · SC (UK), Ltd · Steia, SA 58.387.957 8.418.738 5.731.466 22.362.378 4.892.196 169.591 As contas a receber de empresas do Grupo e Associadas classificadas a médio e longo prazo encontram-se provisionadas no montante de, aproximadamente, 7.295.000 Euros na rubrica “Provisão para outros riscos e encargos”, tendo uma parte daquela provisão, no montante de 4.835.839 Euros sido constituída no primeiro semestre de 2005 por contrapartida da rubrica de capital próprio “Resultados Transitados” (Notas 34 e 40). 23. DÍVIDAS DE COBRANÇA DUVIDOSA As dívidas de cobrança duvidosa encontram-se incluídas na rubrica própria e pelo valor de Euros 5.190.327. 31. COMPROMISSOS FINANCEIROS ASSUMIDOS E NÃO INCLUÍDOS NO BALANÇO Fundo de Pensões A Salvador Caetano constituiu por escritura pública datada de 29 de Dezembro de 1988 o Fundo de Pensões Salvador Caetano, alterado subsequentemente em 2 de Janeiro de 1994, em 29 de Dezembro de 1995 e em 23 de Dezembro de 2002. Este Fundo de Pensões constituído prevê, enquanto a Salvador Caetano mantiver a decisão de realizar contribuições para o referido fundo, que os trabalhadores possam vir a auferir, a partir da data da reforma, um complemento não actualizável, determinado com base numa percentagem do vencimento, entre outras condições. De acordo com o último estudo actuarial realizado pela sociedade gestora do Fundo, a Salvador Caetano tem vindo a efectuar contribuições para o mesmo, permitindo que a situação patrimonial do Fundo ascendesse em 31 de Dezembro de 2004, a aproximadamente 17,5 milhões de Euros. A parcela das responsabilidades globais estimadas actuarialmente respeitantes à Empresa ascendem em 31 de Dezembro de 2004 a, aproximadamente, 17 milhões de Euros. Os pressupostos actuariais utilizados pela sociedade gestora incluem, o método de cálculo “Projected Unit Credit”, as Tábuas de Mortalidade e invalidez TV 77/73 e SuisseRe, respectivamente, bem como taxas de crescimento salarial, de pensões e de rendimento de 2%, 0% e 5%, respectivamente. Durante o primeiro semestre 2005 foi criada uma dotação para reforço do Fundo em apreço, que ascendeu aproximadamente a 320 milhares de Euros, estimando-se deste modo, que aquelas responsabilidades permanecem cobertas pelo valor patrimonial do Fundo, em 30 de Junho de 2005. Outros Compromissos Financeiros Em 30 de Junho de 2005, a Empresa tinha assumido outros compromissos financeiros como segue: Responsabilidades Por Fianças Prestadas Valor 17.290.296 32. RESPONSABILIDADES POR GARANTIAS BANCÁRIAS Em 30 de Junho de 2005, a Empresa tinha solicitado a emissão responsabilizando-se por garantias bancárias destinadas à cobertura de linhas de crédito a utilizar por algumas das empresas do Grupo e Associadas a saber: Entidade Beneficiária da Garantia Empresa Interligada Salvador Caetano (UK), Ltd. Salvador Caetano Coachbuilders Ltd. Reliant Coaches Ltd. Contrac, Gmbh Lloyd's Bank PLC Deutsche Bank AG Valor £ 2.000.000 ¤ 2.500.000 34. MOVIMENTO OCORRIDO NAS PROVISÕES Durante o primeiro semestre de 2005, realizaram-se os seguintes movimentos nas contas de provisões: Rubricas Provisão para investimentos financeiros Provisao para cobrança duvidosa Provisão para outros riscos e encargos Provisão para depreciação de existências Saldos iniciais 375 595 3 047 942 6 527 490 2 045 141 11 996 168 Aumentos 9 116 177 5 188 753 14 304 930 Utilizações Transferências 814 747 -814 747 Saldos finais 9 491 772 3 862 689 10 901 496 2 045 141 26 301 098 12 O movimento ocorrido na rubrica de aumentos diz respeito, fundamentalmente, à constituição de provisões para cobrir integralmente os activos registados nas contas da Empresa relativamente à participação em Empresas do Grupo sedeadas no Reino Unido, as quais foram registadas por contrapartida das rubricas de capitais próprios “Ajustamentos de partes de capital em associadas” e “Resultados transitados” no montante de 4.223.982 Euros e 9.728.034 Euros, respectivamente (Notas 10 e 40). Adicionalmente, o aumento ocorrido na rubrica “Provisões para outros riscos e encargos” inclui o montante de 352.914 Euros que foi registado como custo na demonstração dos resultados do período de seis meses findo em 30 de Junho de 2005 (Nota 6). 36. COMPOSIÇÃO DO CAPITAL Em 30 de Junho de 2005 o capital da Empresa é composto por 35.000.000 acções ao portador, totalmente subscritas e realizadas, de valor nominal de 1 Euro cada. 37. IDENTIFICAÇÃO DE PESSOAS COLECTIVAS COM MAIS DE 20% DO CAPITAL SUBSCRITO Valor 60% 27% Fogeca – Gestão e Controle (S.G.P.S.), S.A. Toyota Motor Corporation 40. VARIAÇÃO NAS RÚBRICAS DE CAPITAL PRÓPRIO Durante o primeiro semestre de 2005, ocorreram os seguintes movimentos nas rubricas de capital próprio: Saldos Iniciais 35 000 000 Rubricas Capital Ajustamento partes capital associadas ( Notas 10 e 34) Reserva de Reavaliação Reserva Legal Reservas livres Resultados Transitados (Nota 34) Resultado Líquido do Exercício Aumentos Diminuições Transferências -4 223 982 6 187 306 5 921 603 69 110 139 5 743 556 287 200 2 621 156 -9 728 034 -2 835 200 5 026 265 -2 908 356 Saldos Finais 35 000 000 -4 223 982 6 187 306 6 208 803 71 731 295 -9 728 034 5 026 265 A diminuição ocorrida nos capitais próprios no semestre findo em 30 de Junho de 2005, ficou a dever-se à deliberação da Assembleia Geral de Accionistas de 27 de Abril de 2005, de distribuir dividendos no montante de Euros 2.100.000 e de distribuir gratificações aos colaboradores e corpos sociais da Empresa no montante de Euros 735.200 Os movimentos de transferências resultam da aplicação do resultado do exercício de 2004 já anteriormente mencionado. A legislação comercial estabelece que, pelo menos, 5% do resultado líquido anual tem de ser destinado ao reforço da reserva legal até que esta represente pelo menos 20% do capital. Esta reserva não é distribuível a não ser em caso de liquidação da Empresa, mas pode ser utilizada para absorver prejuízos depois de esgotadas as outras reservas, ou incorporadas no capital. As reservas de reavaliação resultam da reavaliação do imobilizado corpóreo efectuada nos termos da legislação aplicável (Nota 12). De acordo com a legislação vigente e as práticas contabilísticas seguidas em Portugal, estas reservas não são distribuíveis aos accionistas podendo apenas, em determinadas circunstâncias, ser utilizadas em futuros aumentos de capital da Empresa ou em outras situações especificadas na legislação. 41. CUSTO DAS MERCADORIAS VENDIDAS E MATÉRIAS CONSUMIDAS A demonstração do custo das mercadorias vendidas e das matérias consumidas no primeiro semestre de 2005 é como segue: Rubricas Existências iniciais Compras Existências finais Mercadorias 63 754 231 94 764 538 -37 430 900 121 087 869 Matérias-primas Subsidiárias e de Consumo 10 967 508 32 074 607 -13 374 300 29 667 815 Total 74 721 739 126 839 145 -50 805 200 150 755 684 42. VARIAÇÃO DA PRODUÇÃO A demonstração da variação da produção ocorrida no primeiro semestre de 2005 é como segue: Rubricas Existências finais Existências iniciais Produtos Acabados e Intermédios 3 220 830 -4 271 374 -1 050 544 Produtos e Trabalhos em Curso 7 234 103 -7 557 222 -323 119 Total 10 454 933 -11 828 596 -1 373 663 43. REMUNERAÇÃO DOS MEMBROS DOS ÓRGÃOS SOCIAIS As remunerações dos membros dos órgãos sociais no primeiro semestre de 2005, foram como segue: Órgãos Sociais Conselho de Administração Valor 220.529 44. VENDAS E PRESTAÇÕES DE SERVIÇOS POR MERCADOS GEOGRÁFICOS O detalhe das vendas e prestações de serviços por mercados geográficos durante o primeiro semestre de 2005 foi como segue: Viaturas Ligeiras Veículos Pesados Máquinas Industriais Peças e Acessórios Outros Mercado Interno 135 127 112 2 380 824 5 576 358 21 406 776 9 861 703 174 352 773 Mercado Externo 14 017 028 4 053 111 176 606 1 249 210 61 216 19 557 171 Total 149 144 140 6 433 935 5 752 964 22 655 986 9 922 919 193 909 944 13 45. DEMONSTRAÇÕES DE RESULTADOS FINANCEIROS Em 30 de Junho de 2005 e 2004 os resultados financeiros têm a seguinte composição: Custos e Perdas Juros Suportados Diferenças de Câmbio Desfavoráveis Descontos de Pronto-Pagamento Concedidos Outras Custos e Perdas Financeiros Resultados Financeiros Jun'05 1 888 421 64 604 47 631 276 179 -1 075 539 1 201 296 Jun'04 1 920 065 96 472 14 541 200 105 -1 760 916 470 267 Proveitos e Ganhos Juros Obtidos Rendimentos de Participações Diferenças de Câmbio Favoráveis Descontos de Pronto-Pagamento Obtidos Outros Proveitos e Ganhos Financeiros Jun'05 133 465 990 006 67 670 10 091 64 1 201 296 Jun'04 80 195 278 451 96 967 12 888 1 766 470 267 Custos e Perdas Donativos Perdas em existencias Perdas em imobilizações Multas e Penalidades Outros custos e perdas extraordinários Resultados Extraordinários Jun'05 54 500 36 411 38 861 82 440 30 412 808 995 1 051 619 Jun'04 6 724 84 180 7 099 52 347 Proveitos e Ganhos Restituição Impostos (Nota 6) Recuperação de Dívidas Ganhos em Existências Ganhos em Imobilizações (Nota 10) Beneficios de Penalidades Contratuais Jun'05 276 961 Jun'04 46. DEMONSTRAÇÕES DE RESULTADOS EXTRAORDINÁRIOS Em 30 de Junho de 2005 e 2004 os resultados extraordinários têm a seguinte composição: 96 280 678 378 1 051 619 456 762 607 112 51 172 661 434 190 210 607 112 48. TÍTULOS E OUTRAS APLICAÇÕES FINANCEIRAS As participações financeiras minoritárias em empresas com capital cotado em Bolsa, encontram-se registadas ao custo de aquisição e as mais-valias potenciais, não reflectidas no balanço, ascendem, em 30 de Junho de 2005, a aproximadamente Euros 3.936.165. 49. ESTADO E OUTROS ENTES PÚBLICOS A rubrica do passivo “Estado e outros entes públicos”, em 30 de Junho de 2005, não inclui dívidas em situação de mora, sendo as principais componentes, como segue: Rubricas Imposto Sobre Rendimento das Pessoas Colectivas (imposto estimado) Imposto Sobre Rendimento das Pessoas Colectivas (retenções na fonte suportadas) Imposto Automóvel Direitos Aduaneiros Imposto Sobre o Valor Acrescentado Outras Contribuições e Impostos Valor 1 649 452 -267 505 3 681 659 856 596 6 737 264 844 797 13 502 263 50. EMPRÉSTIMOS POR OBRIGAÇÕES E DÍVIDAS A INSTITUIÇÕES DE CRÉDITO Em 11 de Junho de 2002, a Salvador Caetano contraiu um empréstimo obrigacionista no montante de 15.000.000 Euros, por um prazo de cinco anos, com um valor nominal de 10 Euros por obrigação, à taxa indexada Euribor a 6 meses acrescida de 1,15%. Os juros vencem-se semestral e postecipadamente, tendo-se vencido o primeiro cupão em 11 de Dezembro de 2002. O reembolso será efectuado através de 4 prestações iguais nas datas de pagamento dos 4º, 6º, 8º e 10º cupão, podendo ser efectuado o reembolso total ou parcial antecipado do seguinte modo: · “Call Option” - a partir da segunda data de pagamento de juros (Jun’2003). · “Put Option” - a partir da sexta data de pagamento de juros (Jun’2005). Em 30 de Junho de 2005, o detalhe dos empréstimos por obrigações e das dívidas a instituições de crédito era como segue: Empréstimos por obrigações: Salvador Caetano ’02 Dívidas a instituições de crédito: Papel Comercial Financiamentos correntes Financiamentos a médio e longo prazo Médio e Longo prazo Curto prazo 3.750.000 3.750.000 14.250.000 14.250.000 25.000.000 24.800.000 6.250.000 56.050.000 14 Os financiamentos a médio e a longo prazo têm o seguinte escalonamento para reembolso: Empréstimos por obrigações 2006 2007 3.750.000 3.750.000 Financiamento MLP 2.500.000 11.750.000 14.250.000 51. ACRÉSCIMOS E DIFERIMENTOS Em 30 de Junho de 2005, o detalhe destas rubricas era como segue: Valor Acréscimos de Proveitos Bónus Outros Custos diferidos Activos por impostos diferidos (Nota 6) Juros Seguros Conservação plurianual Outros Acréscimos de custos Encargos com férias e subsídios de férias e Natal Imposto Automóvel de viaturas vendidas e não matriculadas Comparticipações em campanhas de promoção de vendas Passivos por impostos diferidos (Nota 6) Garantias Juros a liquidar Royalties Seguros Outros Proveitos diferidos: Juros debitados a clientes Outros 33.300 79.332 112.632 1.540.763 316.233 210.471 40.115 128.400 2.235.982 4.070.590 3.838.851 1.999.460 1.496.380 1.175.742 659.755 431.357 112.420 3.986.893 17.771.448 206.077 295.323 501.400 52. VEICULOS EM FIM DE VIDA Em Setembro de 2000, a Comissão Europeia votou uma directiva respeitante aos veículos em fim de vida e a correspondente responsabilidade dos Produtores/Distribuidores pelo seu desmantelamento e reciclagem. Os Produtores/Distribuidores terão, segundo este normativo, que suportar no mínimo uma parte significativa do custo de retoma dos veículos, colocados no mercado a partir de 1 de Julho de 2002 bem como, para os comercializados anteriormente a esta data quando apresentados a partir de 1 Janeiro de 2007. Esta legislação terá impacto nos veículos Toyota vendidos em Portugal. A Salvador Caetano e a sua representada Toyota, estão a monitorar atentamente o desenvolvimento da Legislação Nacional Portuguesa de forma a, em devido tempo, poderem quantificar o impacto destas operações nas suas demonstrações financeiras. É no entanto nossa convicção, face aos estudos já elaborados sobre o mercado português, e atendendo à possível valorização dos resíduos resultantes do desmantelamento dos veículos em causa, que o impacto efectivo desta legislação nas contas da Empresa será diminuto senão nulo. Entretanto e para cumprimento da legislação introduzida no normativo nacional (Dec./Lei 196/2003), a Empresa concretizou a contratualização com a “ValorCar – Sociedade de Gestão de Veículos em Fim de Vida, Lda.” – Empresa licenciada como entidade gestora do sistema integrado de gestão de VFV – a transferência das responsabilidades inerentes a todo este processo. 15 RELATÓRIO DE REVISÃO LIMITADA ELABORADO POR AUDITOR REGISTADO NA CMVM SOBRE INFORMAÇÃO SEMESTRAL INDIVIDUAL INTRODUÇÃO 1. Para os efeitos do artigo 246º do Código dos Valores Mobiliários, apresentamos o nosso Relatório de Revisão Limitada sobre a informação financeira do período de seis meses findo em 30 de Junho de 2005, da Salvador Caetano – Indústrias Metalúrgicas e Veículos de Transporte, S.A., incluída no Relatório de Gestão, no Balanço (que evidencia um total de 265.685.754 Euros e capitais próprios de 110.201.653 Euros, incluindo um resultado líquido de 5.026.265 Euros) na Demonstração dos resultados por naturezas do período de seis meses findo naquela data e no correspondente Anexo. 2. As quantias das demonstrações financeiras, bem como as da informação financeira adicional, são as que constam dos registos contabilísticos da Empresa, posteriormente ajustadas com as quantias, ainda sem registo contabilístico, que foram objecto do nosso trabalho. RESPONSABILIDADES 3. É da responsabilidade do Conselho de Administração da Empresa: (i) a preparação da informação financeira histórica semestral de acordo com os princípios contabilísticos geralmente aceites e que seja completa, verdadeira, actual, clara, objectiva e lícita, conforme exigido pelo Código dos Valores Mobiliários; (ii) a adopção de políticas e critérios contabilísticos adequados; (iii) a manutenção de um sistema de controlo interno apropriado; e (iv) a informação de qualquer facto relevante que tenha influenciado a sua actividade, posição financeira ou resultados. 4. A nossa responsabilidade consiste em verificar a informação financeira contida nos documentos acima referidos, designadamente sobre se, para os aspectos materialmente relevantes, é completa, verdadeira, actual, clara, objectiva, lícita e em conformidade com o exigido pelo Código dos Valores Mobiliários, competindo-nos emitir um relatório de segurança moderada, profissional e independente, sobre essa informação financeira, baseado no nosso trabalho. ÂMBITO 5. O trabalho a que procedemos teve como objectivo obter uma segurança moderada quanto a se a informação financeira anteriormente referida está isenta de distorções materialmente relevantes. O nosso trabalho foi efectuado com base nas Normas Técnicas e Directrizes de Revisão/Auditoria emitidas pela Ordem dos Revisores Oficiais de Contas, foi planeado de acordo com aquele objectivo, e consistiu principalmente, em indagações e procedimentos analíticos destinados a rever: (i) a fiabilidade das asserções constantes da informação financeira; (ii) a adequação das políticas contabilísticas adoptadas, tendo em conta as circunstâncias e a consistência da sua aplicação; (iii) a aplicabilidade, ou não, do princípio da continuidade; (iv) a apresentação da informação financeira; e (v) se, para os aspectos materialmente relevantes, a informação financeira é completa, verdadeira, actual, clara, objectiva e lícita em conformidade com o exigido pelo Código dos Valores Mobiliários. 6. O nosso trabalho abrangeu ainda a verificação da concordância da informação financeira constante do Relatório de Gestão com os restantes documentos anteriormente referidos. 7. Entendemos que o trabalho efectuado proporciona uma base aceitável para a emissão do presente relatório de revisão limitada sobre a informação semestral. PARECER 8. Com base no trabalho efectuado, o qual foi executado tendo em vista a obtenção de uma segurança moderada, nada chegou ao nosso conhecimento que nos leve a concluir que a informação financeira do período de seis meses findo em 30 de Junho de 2005 da Salvador Caetano – Indústrias Metalúrgicas e Veículos de Transporte, S.A. não esteja isenta de distorções materialmente relevantes que afectem a sua conformidade com os princípios contabilísticos geralmente aceites em Portugal e que, nos termos das definições incluídas nas directrizes mencionadas no parágrafo 5 acima, não seja completa, verdadeira, actual, clara, objectiva e lícita. ÊNFASES 9. As demonstrações financeiras relativas ao exercício findo em 31 de Dezembro de 2004 foram por nós examinadas e a nossa opinião sobre as mesmas, expressa na Certificação Legal das Contas e Relatório de Auditoria datada de 14 de Março de 2005, inclui uma reserva relacionada com a existência de perdas, não provisionadas, no valor de mercado ou de recuperação dos investimentos financeiros, empréstimos concedidos e contas a receber relacionados com as filiais sedeadas no Reino Unido e Moçambique, a qual deixou de ser aplicável em 30 de Junho de 2005, em virtude de a Empresa ter registado provisões para investimentos financeiros e para outros riscos e encargos nos montantes de 4.223.982 Euros e 9.728.034 Euros, respectivamente (Notas 10, 34 e 40). Em virtude de aquelas percas se reportarem a exercícios anteriores, a parcela das provisões afecta a empréstimos concedidos e contas a receber no montante total de 9.728.034 foi registada por contrapartida da rubrica do capital próprio “Resultados transitados” e a parcela afecta às Partes de capital naquelas filiais, no montante de 4.223.982 Euros, foi registada na rubrica do capital próprio “Ajustamentos de partes de capital em filiais e associadas”, em conformidade com o preconizado no Plano Oficial de Contabilidade. 10. As demonstrações financeiras mencionadas no parágrafo 1, referem-se à actividade da Empresa a nível individual e foram preparadas, de acordo com os princípios contabilísticos geralmente aceites em Portugal, para publicação nos termos da legislação em vigor. Conforme indicado na Nota 3 d) do Anexo às demonstrações financeiras, os investimentos financeiros em empresas filiais e associadas são registados ao mais baixo do custo de aquisição ou valor de mercado ou recuperação. A Empresa irá preparar, nos termos da legislação em vigor, demonstrações financeiras consolidadas de acordo com as Normas Internacionais de Relato Financeiro adoptadas pela União Europeia, para publicação em separado. Porto, 12 de Setembro de 2005 DELOITE & ASSOCIADOS, SROC S.A. Representada por Jorge Manuel Araújo de Beja Neves 16 INDICADORES FINANCEIROS CONSOLIDADOS VENDAS CASH-FLOW BRUTO ENCARGOS FINANCEIROS LÍQUIDOS CUSTOS COM O PESSOAL INVESTIMENTO LIQUIDO VOLUME DE EMPREGO RESULTADO LIQUIDO COM INT MINORITARIOS RESULTADO LIQUIDO SEM INT MINORITARIOS GRAU DE AUTONOMIA FINANCEIRA RELATÓRIO DE (Euros) JUN ‘05 JUN '05 286.596.871 17.155.927 3.201.176 35.195.049 1.845.140 3.072 4.870.317 5.059.148 34,76% JUN ‘04 JUN '04 242.007.903 15.255.114 3.470.650 31.651.756 2.853.535 3.231 2.847.889 2.734.784 30,51% GESTÃO As demonstrações financeiras consolidadas que o Grupo Salvador Caetano apresenta neste primeiro semestre de 2005, tal como oportunamente foi divulgado ao mercado, respeitam as normas internacionais de contabilidade com efeitos a partir de 1 de Janeiro de 2005. Para efeitos de comparabilidade introduziram-se as alterações necessárias às contas de 2004 que se encontram reescritas segundo estas normas. ENQUADRAMENTO MACROECONÓMICO As expectativas de evolução da economia revelam um crescimento sólido nos Estados Unidos da América e também uma melhoria de condições da Europa, melhorias essas que se espera afectem já o segundo semestre de 2005. MERCADO NACIONAL Em Portugal tem sido difícil a inversão do ciclo económico, que então se perspectivava para o final de 2004, mantendo-se a actividade económica a operar no limiar da recessão, em ambiente de manifesta falta de confiança da grande generalidade dos agentes económicos. Na verdade, a continua alta dos preços do petróleo a que acrescem as nefastas consequências de um longo período de seca e mais recentemente a forte vaga de incêndios florestais que assolou o país agravou fortemente a confiança dos empresários e consumidores para além das habituais preocupações resultantes das medidas do controlo do deficit orçamental. Em consequência as previsões macroeconómicas apontam agora para Portugal um quadro de acentuada contenção com o Produto Interno Bruto a crescer apenas 0,5% fruto do débil desempenho das exportações, do consumo e do investimento (que se prevê negativo em 2,2%). O Grupo Salvador Caetano apresenta nestes primeiros seis meses do ano uma evolução muito favorável comparativamente ao período homologo anterior consequência fundamental dos seguintes factores: - Crescimento de 20% no sector automóvel, face à excelente aceitação do produto Toyota, num mercado que cresceu 6,5%, essencialmente por reacção dos consumidores que anteciparam compras em Junho de 2005, em virtude da alteração para 21% da taxa de IVA ocorrida em 1 de Julho de 2005; - Evolução favorável na indústria, nomeadamente na produção de carroçarias para autocarros e montagem de veículos comerciais ligeiros destinados à exportação; - Comportamento favorável dos resultados operacionais das empresas no exterior. SALVADOR CAETANO I.M.V.T., S. A. A boa aceitação no mercado da marca Toyota associada ao aumento de produção de viaturas para exportação, foram factores determinantes para o bom desempenho da Salvador Caetano neste semestre de 2005. Para o segundo semestre de 2005, a empresa conta com o lançamento de novos modelos Toyota – Aygo, Yaris e Hylux – que permitirão manter o nível de actividade e atingir as 16 mil unidades vendidas no ano. Neste contexto, a empresa prevê cumprir o orçamento atingindo um resultado antes de imposto de 9 milhões de Euros. (Euros) VOLUME DE NEGÓCIOS E.B.I.T.D.A. OPERACIONAL E.B.I.T. RESULTADO ANTE IMPOSTOS 2004 157.612.792 7.082.654 3.079.860 1.318.944 2005 193.909.944 11.707.927 7.639.272 6.563.733 Variação 23,03% 65,30% 148,04% 397,65% CAETANOBUS - FACRICAÇÃO DE CARROÇARIAS, S.A. Com um crescimento do volume de negócios de 30% face ao período homologo de 2004 a Caetanobus apresenta um resultado negativo de 818 mil Euros. De salientar que este resultado se encontra influenciado em 1,5 milhões de Euros em encargos com o pessoal respeitante a mútuos acordos que permitiu ajustes no quadro de pessoal. Realizada a reestruturação vista como necessária, a empresa, em plena utilização da sua capacidade produtiva, conta até ao final do ano recuperar os prejuízos acumulados de forma a atingir o ponto crítico. (Euros) VOLUME DE NEGÓCIOS E.B.I.T.D.A. OPERACIONAL E.B.I.T. RESULTADO ANTE IMPOSTOS 2004 19.697.386 -514.401 -1.079.234 -1.273.904 2005 25.686.208 218.016 -550.732 -817.961 Variação 30,40% 142,38% 48,97% 35,79% SALVADOR CAETANO – COMÉRCIO DE AUTOMÓVEIS, S.A. A Salvador Caetano Comércio de Automóveis registou, neste semestre de 2005, um crescimento das vendas de viaturas de 20%, face ao período homólogo de 2004. A divulgação de subida do IVA de 19% para 21% influenciou de forma significativa o aumento do número de viaturas vendidas no mês de Junho com a consequente antecipação de compra. Este efeito só não se prevê que venha a afectar o desempenho do segundo semestre de 2005 porque a empresa conta com o lançamento de novos modelos no mercado de utilitários. De salientar o facto de que, ao excluir a mais valia de 7,9 milhões de Euros registada nos resultados de 2004 pela alienação de um activo não operacional, a empresa evidencia, em 2005, uma variação positiva do resultado de 1,5 milhões de Euros. 17 (Euros) VOLUME DE NEGÓCIOS E.B.I.T.D.A. OPERACIONAL E.B.I.T. RESULTADO ANTE IMPOSTOS 2004 105.307.847 1.360.564 7.635.946 7.668.837 2005 138.644.107 3.373.835 1.511.016 1.590.340 Variação 31,66% 147,97% -80,21% -79,26% SALVADOR CAETANO – ALUGUER DE AUTOMÓVEIS, S.A. Com algum decréscimo de actividade, face ao período homólogo de 2004, a Salvador Caetano Aluguer de Automóveis não aponta qualquer motivo para preocupação prevendo, para o 2º semestre de 2005, uma evolução favorável dos negócios, reforçando posição em algumas áreas da actividade de rent a car, o que permitirá terminar o corrente exercício com resultados idênticos aos obtidos em 2004. VOLUME DE NEGÓCIOS E.B.I.T.D.A. OPERACIONAL E.B.I.T. RESULTADO ANTE IMPOSTOS 2004 4.382.193 3.850.211 897.496 340.356 2005 3.809.098 3.093.546 539.479 152.291 (Euros) Variação -13,08% -19,65% -39,89% -55,26% I.P.E. – INDÚSTRIA PRODUTORA DE ESPUMAS, S.A. Com um acentuado crescimento do volume de negócios, face ao mesmo período de 2004, e um melhor nível de utilização da capacidade produtiva instalada, a IPE apresenta, neste semestre, resultados positivos de 73 mil Euros. Para o segundo semestre, a IPE prevê continuar a conseguir níveis de actividade que lhe propiciem manter os resultados positivos no final do exercício. (Euros) VOLUME DE NEGÓCIOS E.B.I.T.D.A. OPERACIONAL E.B.I.T. RESULTADO ANTE IMPOSTOS 2004 2.162.394 -128.117 -339.582 -421.592 2005 4.077.994 294.574 174.288 73.376 Variação 88,59% 329,93% 151,32% 117,40% PORTIANGA – COMÉRCIO INTERNACIONAL E PARTICIPAÇÕES, S.A. A Portianga com a sua actividade exclusivamente centrada nas empresas que detém em África, nomeadamente em Cabo Verde e Angola, reflecte a evolução favorável que as empresas com sede nestes países têm vindo a evidenciar. VOLUME DE NEGÓCIOS E.B.I.T.D.A. OPERACIONAL E.B.I.T. RESULTADO ANTE IMPOSTOS MERCADO 2004 3.978.234 124.351 116.010 52.224 2005 4.063.395 175.562 164.301 46.566 (Euros) Variação 2,14% 41,18% 41,63% -10,83% EUROPEU ESPANHA SALVADOR CAETANO ESPANHA, S.A. Este primeiro semestre de 2005, caracterizou-se por um ligeiro crescimento da procura de autocarros que não foi identificado como um aumento do parque mas sim uma renovação. Assim a Salvador Caetano Espanha teve oportunidade de vender seis autocarros novos e seis autocarros usados para alem de um forte incremento da assistência de após venda. O crescimento das vendas, acompanhado de uma forte contenção nos gastos, foi determinante para os resultados conseguidos. Para o segundo semestre de 2005 a empresa espera melhores resultados, contando já com uma carteira de encomendas que lhe permite estimar a venda de 12 autocarros novos. Neste contexto, a empresa prevê atingir no final do ano resultados de 40 mil Euros. VOLUME DE NEGÓCIOS E.B.I.T.D.A. OPERACIONAL E.B.I.T. RESULTADO ANTE IMPOSTOS 2004 772.926 -40.314 -67.496 -66.072 2005 1.031.406 46.476 14.440 15.577 (Euros) Variação 33,44% 215,28% 121,39% 123,58% INGLATERRA SALVADOR CAETANO COACHBUILDERS, LTD. A Salvador Caetano Coachbuilders, após ter levado a cabo um forte processo de reestruturação, conseguiu resultados operacionais positivos para um nível de actividade idêntico ao obtido em 2004 onde as perdas foram muito superiores. Com uma capacidade instalada adequada à perspectiva de funcionamento da unidade fabril no curto prazo, a empresa ambiciona, para o final de 2005, resultados próximos do ponto crítico. (Euros) VOLUME DE NEGÓCIOS E.B.I.T.D.A. OPERACIONAL E.B.I.T. RESULTADO ANTE IMPOSTOS 2004 3.045.889 -97.634 -244.523 -417.708 2005 2.965.808 116.187 42.441 -177.605 Variação -2,63% 219,00% 117,36% 57,48% TAXA DE CÂMBIO: 1¤=0,682GBP SALVADOR CAETANO UK, LTD. A Salvador Caetano UK, cliente da Salvador Caetano Coachbuilders para autocarros urbanos, neste semestre de 2005, deixou de ter o produto disponível para venda só podendo contar com o fornecimento de autocarros de turismo da Caetanobus o que levou a uma redução do volume de negócios face a igual período de 2004. Apesar da redução de actividade a empresa evidencia uma melhor afectação de recursos com resultados positivos antes de encargos financeiros. Os encargos financeiros, no montante de 259 mil Euros, advêm do elevado nível de endividamento bancário suportado pela empresa e que até ao final de 2005 será amortizado através da operação de aumento de capital prevista pela Salvador Caetano. 18 (Euros) VOLUME DE NEGÓCIOS E.B.I.T.D.A. OPERACIONAL E.B.I.T. RESULTADO ANTE IMPOSTOS 2004 9.838.991 65.057 -60.363 -320.757 2005 7.320.923 127.776 22.597 -237.056 Variação -25,59% 96,41% 137,44% 26,09% TAXA DE CÂMBIO: 1¤=0,682GBP 2004 786.952 1.210 -141.929 -163.054 2005 568.372 89.340 -19.644 -44.069 Variação -27,78% 7281,94% 86,16% 72,97% TAXA DE CÂMBIO: 1¤=0,682GBP RELIANT COACHES, LTD. Com uma actividade pouco significativa a Reliant Coaches evidencia no entanto uma melhoria de rentabilidade face a 2004. O objectivo desta empresa, no curto prazo, é de operar no ponto crítico até decisão da sua manutenção como participada do Grupo. VOLUME DE NEGÓCIOS E.B.I.T.D.A. OPERACIONAL E.B.I.T. RESULTADO ANTE IMPOSTOS (Euros) ALEMANHA CONTRAC, GMBH A Contrac, com um significativo crescimento das vendas, face ao período homologo do ano anterior, reflecte um retorno aos níveis de actividade normal da empresa. Em Julho, a Contrac conseguiu a primeira encomenda de Cobus – autocarros para aeroporto – da Índia, mercado que considera muito importante e onde tem um forte concorrente local ( Tata ). Em virtude das encomendas confirmadas e as expectáveis até ao final de 2005 a empresa admite ter condições para cumprir ou mesmo ultrapassar o orçamento, com resultados acima de 2 milhões de Euros. VOLUME DE NEGÓCIOS E.B.I.T.D.A. OPERACIONAL E.B.I.T. RESULTADO ANTE IMPOSTOS MERCADO 2004 29.384.891 578.843 534.053 342.129 2005 36.117.603 1.454.480 1.376.974 1.189.017 (Euros) Variação 22,91% 151,27% 157,83% 247,53% AFRICANO CABO VERDE CABO VERDE MOTORS, S.A. A Cabo Verde Motors, responsável por mais de 60% das vendas de viaturas em Cabo Verde, viu o seu volume de negócios aumentar, face ao período homologo de 2004, essencialmente devido ao enfraquecimento do efeito psicológico da entrada em vigor do IVA, ocorrida em 2004. Passado este efeito foi possível incrementar as vendas e recuperar margens de comercialização. Tendo presente a dimensão do mercado onde está inserida a Empresa perspectiva uma evolução favorável da actividade. (Euros) VOLUME DE NEGÓCIOS E.B.I.T.D.A. OPERACIONAL E.B.I.T. RESULTADO ANTE IMPOSTOS 2004 3.607.497 -152.713 -294.524 91.528 2005 4.066.178 545.581 325.913 313.830 Variação 12,71% 457,26% 210,66% 242,88% TAXA DE CÂMBIO: 1¤=110CVE FORCABO – VEÍCULOS AUTOMÓVEIS, LDA. A estratégia da Forcabo, para a implantação da marca Ford em Cabo Verde, passou por uma política de alguma contenção de margens de comercialização no sentido de enfrentar as marcas presentes no sector de actividade em que actua. Para o final de 2005 a empresa perspectiva o continuo aumento de penetração no mercado. (Euros) VOLUME DE NEGÓCIOS E.B.I.T.D.A. OPERACIONAL E.B.I.T. RESULTADO ANTE IMPOSTOS 2004 1.193.519 123.815 90.989 84.146 2005 1.209.311 145.568 78.269 74.682 Variação 1,32% 17,57% -13,98% -11,25% TAXA DE CÂMBIO: 1¤=110CVE ANGOLA ROBERT HUDSON, LTD. A Robert Hudson, neste primeiro semestre de 2005, acompanhou de forma muito positiva a evolução registada no País. Com o mercado angolano em franca recuperação e as vias de comunicação que ligam as principais cidades do país a serem reconstruídas, a Robert Hudson encontra-se a intensificar a sua expansão quer em cobertura territorial quer no desenvolvimento das marcas que representa ( Ford, Iveco e geradores Lister ). O investimento em construção de novas instalações, cuja decisão foi tomada em 2004, já se encontra em fase adiantada prevendo-se a sua conclusão em finais de 2006. Num cenário de forte crescimento da procura, a empresa prevê um segundo semestre superior ao agora findo. (Euros) VOLUME DE NEGÓCIOS E.B.I.T.D.A. OPERACIONAL E.B.I.T. RESULTADO ANTE IMPOSTOS 2004 4.939.781 1.093.357 941.417 772.106 2005 6.730.969 1.657.459 1.312.523 1.344.131 Variação 36,26% 51,59% 39,42% 74,09% TAXA DE CÂMBIO: 1¤=1,275USD MOÇAMBIQUE SALVADOR CAETANO MOÇAMBIQUE, S.A.R.L. A Salvador Caetano Moçambique encontra-se desactivada aguardando uma decisão de descontinuidade ou não de operações. 19 (Euros) VOLUME DE NEGÓCIOS E.B.I.T.D.A. OPERACIONAL E.B.I.T. RESULTADO ANTE IMPOSTOS 2004 82.070 -43.739 -27.062 -25.132 2005 2.493 -19.712 -192.615 -192.380 Variação -96,96% 54,93% -611,75% -665,47% TAXA DE CÂMBIO: 1¤=29,412 MZM ACTIVIDADE FINANCEIRA Com um volume de negócios consolidados de 287 milhões de Euros, o Grupo registou um crescimento de 18% face ao ano anterior. Para esta evolução contribuiu de forma significativa o bom desempenho da Salvador Caetano Comércio Automóveis com um crescimento de 23% e da Robert Hudson com mais 36% do que em igual período de 2004. De realçar o comportamento dos resultados operacionais que em 2004 se apresentavam ligeiramente abaixo do ponto crítico e neste semestre atingiram os 10 milhões de Euros. Para esta situação contribuiu fortemente a boa performance do sector industrial do Grupo bem como as empresas localizadas no exterior. (Milhares de Euros) Vendas Resultados Operacionais Resultados Antes Impostos Junho 2004 242.008 - 52 4.331 Junho 2005 286.597 10.062 6.861 Variação 44.589 10.114 2.530 Neste período verificou-se uma diminuição significativa da dívida remunerada, passando de 174 milhões de Euros em 2004 para 136 milhões em 2005 que possibilitou melhorar em 4 p.p. o grau de autonomia financeira do Grupo, passando de 31% para 35%. CONCLUSÕES A chegada do novo modelo Toyota - Aygo, modelo da gama de utilitários, vai permitir à marca atingir novos segmentos de mercado e consequentemente potenciar o volume de negócios. A recuperação alcançada na área industrial do Grupo é factor determinante para a rentabilidade esperada, bem como, factor de motivação para enfrentar o período menos próspero que o país atravessa. A total satisfação dos clientes continua a ser um objectivo fundamental para o Grupo, considerando ser um factor decisivo para a diferenciação no mercado e capaz de potenciar a sua actividade global. Vila Nova de Gaia, 19 de Setembro de 2005 O Conselho de Administração: Salvador Fernandes Caetano – Presidente; José Reis da Silva Ramos – Vice-President; Tetsuo Agata; Kunio Komada; Maria Angelina Martins Caetano Ramos; Salvador Acácio Martins Caetano; Ana Maria Martins Caetano 20 BALANÇO CONSOLIDADO (Euros) IAS/IFRS IAS/IFRS POC Notas 30/06/2005 31/12/2004 31/12/2004 8 9 10 11 11 14 16 13 1 214 464 136 784 865 890 902 2 596 947 11 159 619 1 111 072 3 856 115 257 136 157 871 120 1 201 212 136 498 490 919 107 2 479 739 7 222 327 1 111 072 3 359 947 442 270 153 234 164 2 479 739 7 222 327 2 348 411 2 938 961 442 270 157 164 330 12 13 14 15 11 17 99 131 768 78 960 680 4 472 721 3 653 229 734 169 13 070 071 200 022 638 357 893 758 126 771 272 70 946 757 3 053 912 4 353 103 651 736 18 380 359 224 157 139 377 391 303 126 771 272 76 990 466 1 816 573 4 673 809 651 736 18 380 359 229 284 215 386 448 545 18 35 000 000 6 208 803 6 187 307 116 994 2 853 720 65 589 176 5 059 148 121 015 148 3 370 941 124 386 089 35 000 000 5 921 603 6 187 307 56 089 35 000 000 5 921 603 6 187 307 63 648 521 5 008 326 115 821 846 3 599 541 119 421 387 66 824 872 5 397 398 119 331 180 3 804 815 123 135 995 33 542 136 3 750 000 1 750 425 35 999 3 816 032 42 894 592 35 411 032 7 500 000 1 750 425 30 377 2 901 465 47 593 299 35 493 532 7 500 000 2 901 465 45 894 997 95 572 054 3 750 000 124 699 46 005 509 17 920 138 24 592 845 1 452 504 1 195 328 190 613 077 357 893 758 127 548 987 3 750 000 124 699 44 726 784 15 028 865 17 926 580 1 270 702 127 548 987 3 750 000 124 699 44 726 784 15 028 865 19 707 382 6 530 836 210 376 617 377 391 303 217 417 553 386 448 545 ACTIVOS NÃO CORRENTES: Diferenças de consolidação Imobilizações incorpóreas Imobilizações corpóreas Propriedades de investimento Investimentos em empresas associadas Investimentos disponíveis para venda Outras dívidas de terceiros Activos por impostos diferidos Clientes Total de activos não correntes 1 584 000 1 379 627 138 768 995 ACTIVOS CORRENTES: Existências Clientes Outras dívidas de terceiros Outros activos correntes Investimentos detidos até à maturidade Caixa e equivalentes a caixa Total de activos correntes Total do activo CAPITAL PRÓPRIO E PASSIVO CAPITAL PRÓPRIO: Capital social Reserva legal Reservas de reavaliação Reservas de conversão Reservas de justo valor Outras reservas Resultado consolidado líquido do período Interesses minoritários 19 Total do capital próprio PASSIVO: PASSIVO NÃO CORRENTE: Empréstimos bancários de longo prazo Empréstimos obrigacionistas Responsabilidades por pensões Outros passivos de médio e longo prazo Passivos por impostos diferidos 20 20 25 16 Total de passivos não correntes PASSIVO CORRENTE: Empréstimos bancários de curto prazo Empréstimos obrigacionistas Outros empréstimos Fornecedores Outras dívidas a terceiros Outros passivos correntes Provisões Instrumentos derivados Total de passivos correntes Total do passivo e capital próprio 20 20 22 23 24 26 21 O anexo faz parte integrante do balanço em 30 de Junho de 2005. O TÉCNICO DE CONTAS: ALBERTO LUÍS LEMA MANDIM O CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO: SALVADOR FERNANDES CAETANO – Presidente; JOSÉ REIS DA SILVA RAMOS – Vice-Presidente; TETSUO AGATA; KUNIO KOMADA; MARIA ANGELINA MARTINS CAETANO RAMOS; SALVADOR ACÁCIO MARTINS CAETANO; ANA MARIA MARTINS CAETANO. 21 DEMONSTRAÇÃO DOS RESULTADOS CONSOLIDADOS POR NATUREZAS (Euros) IAS/IFRS IAS/IFRS POC Notas 30/06/2005 30/06/2004 30/06/2004 32 32 264 416 773 22 180 098 14 778 371 301 375 242 220 755 659 21 252 244 11 060 565 253 068 468 220 655 769 21 252 244 8 757 678 250 665 691 12 12 214 368 916 728 930 29 156 910 35 195 049 9 895 976 28 205 374 948 1 564 019 291 312 953 10 062 289 174 245 893 3 721 429 28 195 917 31 011 017 11 252 018 374 784 (3 909 686) 333 726 6 861 113 175 893 987 3 721 429 28 253 506 31 651 756 10 908 217 28 205 324 800 2 338 443 253 120 343 (51 875) 7 853 120 113 278 (3 742 896) 158 968 4 330 595 (1 990 796) 4 870 317 (1 482 706) 2 847 889 113 278 (4 555 382) 1 149 323 (3 981 450) 8 771 683 (1 653 072) 3 137 161 5 059 148 (188 831) 4 870 317 2 734 784 113 105 2 847 889 3 013 158 124 003 3 137 161 0,139 0,139 0,081 0,081 0,090 0,090 Proveitos operacionais Vendas Prestações de serviços Outros proveitos operacionais Total de proveitos operacionais Custos operacionais: Custo das vendas Variação da produção Fornecimentos e serviços externos Custos com o pessoal Amortizações e depreciações Amortizações de propriedades de investimento Provisões e perdas por imparidade Outros custos operacionais Total de custos operacionais Resultados operacionais Mais-valias em activos não correntes detidos para venda Resultados relativos a empresas associadas Custos financeiros Proveitos financeiros Resultados antes de impostos Resultados extraordinários Impostos sobre o rendimento Resultado líquido consolidado do período 26 8e9 10 26 Atribuível: ao Grupo a interesses minoritários Resultados por acção: Básico Diluído 34 33 33 33 28 324 800 2 603 286 251 354 360 (688 669) O anexo faz parte integrante da demonstração para o período de 6 meses findo em 30 de Junho de 2005. O TÉCNICO DE CONTAS: ALBERTO LUÍS LEMA MANDIM O CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO: SALVADOR FERNANDES CAETANO – Presidente; JOSÉ REIS DA SILVA RAMOS – Vice-Presidente; TETSUO AGATA; KUNIO KOMADA; MARIA ANGELINA MARTINS CAETANO RAMOS; SALVADOR ACÁCIO MARTINS CAETANO; ANA MARIA MARTINS CAETANO. 22 ANEXO AO BALANÇO E À DEMONSTRAÇÃO DOS RESULTADOS CONSOLIDADOS 1. NOTA INTRODUTÓRIA A Salvador Caetano – Indústrias Metalúrgicas e Veículos de Transporte, S.A. (“Salvador Caetano” ou “Empresa”) é uma sociedade anónima constituída em 1946, que tem a sua sede social em Vila Nova de Gaia e que se insere num Grupo (“Grupo Salvador Caetano – IMVT, S.A.”), cujas Empresas exercem, sobretudo, actividades económicas inseridas no ramo automóvel, nomeadamente, a importação, montagem e comercialização de automóveis ligeiros e pesados, a indústria de autocarros, a comercialização de equipamento industrial de movimentação de cargas e terras, a comercialização de peças para veículos, bem como a correspondente assistência técnica. Adicionalmente, o Grupo exerce a actividade de tratamento de superfície que abrange a pintura industrial e a lacagem dos ramos civil e auto. As acções da Salvador Caetano estão cotadas na Euronext Lisboa desde Outubro de 1987. Em 30 de Junho de 2005, as principais Empresas que constituem o Grupo Salvador Caetano - IMVT, S.A., suas respectivas sedes e abreviaturas utilizadas, são como segue: Empresas Sede Com sede em Portugal: Salvador Caetano – IMVT, S.A. (“Empresa-mãe”) Saltano – Investimentos e Gestão, S.G.P.S., S.A. (“Saltano”) IPE – Indústria Produtora de Espumas, S.A. (“IPE”) Portianga, S.A. (“Portianga”) Salvador Caetano – Aluguer de Automóveis, S.A. (“S.C. Aluguer”) Caetanobus-Fabricação de carroçarias, S.A. (“Caetanobus”) Salvador Caetano - Comércio de Automóveis, S.A. (“S.C. Com. Automóveis”) Auto Partner SGPS, S.A. (“Auto Partner SGPS”) Auto Partner-Comércio de Automóveis, S.A. (“Auto Partner”) Auto Partner II-Reparadora de Colisão Automóvel, S.A. (“Auto Partner II”) Vila Nova de Gaia Vila Nova de Gaia Carvalhos Vila Nova de Gaia Vila Nova de Gaia Vila Nova de Gaia Vila Nova de Gaia Vila Nova de Gaia Vila Nova de Gaia Vila Nova de Gaia Com sede noutros países: Salvador Caetano (UK), Ltd. (“Salvador Caetano UK”) Salvador Caetano (Espanha), S.A. (“Salvador Caetano Espanha”) Contrac GMBH (“Contrac”) Robert Hudson, Ltd. (“Robert Hudson”) Steia – Sociedade Técnica de Equipamentos Industriais e Acessórios, S.A.R.L. (“Steia”) Salvador Caetano (Moçambique), S.A.R.L. (“Salvador Caetano Moçambique”) Cabo Verde Motors (“Cabo Verde Motors”) Salvador Caetano Coachbuilders, Ltd. (“S.C. Coachbuilders”) Reliant Coaches, Ltd. (“Reliant Coaches”) Forcabo – Veículos Automóveis, Lda. (“Forcabo”) Indicabo – Veículos Automóveis, Lda. (“Indicabo”) Leicestershire (Inglaterra) Madrid (Espanha) Wiesbaden (Alemanha) Luanda (Angola) Bissau (Guiné-Bissau) Maputo (Moçambique) Praia (Cabo Verde) Leicestershire (Inglaterra) Leicestershire (Inglaterra) Praia (Cabo Verde) Praia (Cabo Verde) Os valores mencionados no presente anexo encontram-se expressos em Euros. 2. BASES DE APRESENTAÇÃO E PRINCIPAIS POLÍTICAS CONTABILÍSTICAS As bases de apresentação e as principais políticas contabilísticas adoptadas na preparação destas demonstrações financeiras consolidadas são as seguintes: 2.1. Bases de apresentação Estas demonstrações financeiras consolidadas foram preparadas de acordo com as Normas Internacionais de Relato Financeiro (“IFRS” – anteriormente designadas Normas Internacionais de Contabilidade – “IAS”) emitidas pelo “International Accounting Standards Board” (“IASB”) e Interpretações emitidas pelo “International Financial Reporting Interpretations Committee” (“IFRIC”) ou pelo anterior “Standing Interpretations Committee” (“SIC”), em vigor em 1 de Janeiro de 2005. A adopção das Normas Internacionais de Relato Financeiro (“IFRS”) ocorre pela primeira vez em 2005, pelo que a data de transição dos princípios contabilísticos portugueses (“POC”) para esse normativo é 1 de Janeiro de 2004, tal como estabelecido pela IFRS 1 – “Adopção pela primeira vez das Normas Internacionais de Relato Financeiro”. Nos termos dessa norma os efeitos reportados à data de transição para IFRS (1 de Janeiro de 2004) foram registados em Capitais Próprios e estão descritos na Nota 39, na qual se explicitam igualmente os ajustamentos efectuados nas últimas demonstrações financeiras anuais apresentadas (31 de Dezembro de 2004). As demonstrações financeiras intercalares são apresentadas de acordo com a IAS 34 – “Relato Financeiro Intercalar”. Estas demonstrações financeiras consolidadas foram preparadas a partir dos livros e registos contabilísticos das empresas incluídas na consolidação (Notas 4 e 6) no pressuposto da continuidade das operações e tomando por base o custo histórico, excepto para alguns instrumentos financeiros que se encontram registados ao justo valor (Nota 2.3 j)i)). 2.2. Princípios de consolidação Os princípios de consolidação utilizados pelo Grupo foram os seguintes: a) Investimentos financeiros em empresas do Grupo As participações financeiras em empresas nas quais o Grupo detenha, directa ou indirectamente, mais de 50% dos direitos de voto em Assembleia Geral de Accionistas ou Sócios e detenha o poder de controlar as suas políticas financeiras e operacionais (definição de controlo utilizada pelo Grupo), foram incluídas nas demonstrações financeiras consolidadas anexas pelo método de consolidação integral. O capital próprio e o resultado líquido destas empresas, correspondente à participação de terceiros nas mesmas, são apresentados separadamente no balanço consolidado e na demonstração consolidada dos resultados, na rubrica “Interesses minoritários”. As empresas do Grupo incluídas nas demonstrações financeiras consolidadas encontram-se detalhadas na Nota 4. Nas situações em que os prejuízos atribuíveis aos accionistas minoritários excedem o interesse minoritário no capital próprio da filial, o Grupo absorve esse excesso e quaisquer prejuízos adicionais, excepto quando os accionistas minoritários tenham a obrigação e sejam capazes de cobrir esses prejuízos. Se a filial subsequentemente reportar lucros, o Grupo apropria todos os lucros até que a parte minoritária dos prejuízos absorvidos pelo Grupo tenha sido recuperada. Os activos e passivos de cada filial são identificados ao seu justo valor na data de aquisição. Qualquer excesso do custo de aquisição face ao justo valor dos activos e passivos líquidos adquiridos é reconhecido como uma diferença de consolidação. Caso o diferencial entre o custo de aquisição e o justo valor dos activos e passivos líquidos adquiridos seja negativo, o mesmo é reconhecido como proveito do exercício após confirmação do justo valor atribuído. Os interesses de accionistas minoritários são apresentados pela respectiva proporção do justo valor dos activos e passivos identificados. Os resultados das filiais adquiridas ou vendidas durante o período estão incluídos na demonstração dos resultados desde a data da sua aquisição ou até à data da sua venda. Sempre que necessário, são efectuados ajustamentos às demonstrações financeiras das filiais para adequar as suas políticas contabilísticas com as usadas pelo Grupo. As transacções, as margens geradas entre empresas do Grupo, os saldos e os dividendos distribuídos entre empresas do Grupo são eliminados no processo de consolidação. 23 Nas situações em que o Grupo detenha, em substância, o controlo de outras entidades criadas com um fim específico, ainda que não possua participações de capital directamente nessas entidades, as mesmas são consolidadas pelo método de consolidação integral. b) Investimentos financeiros em empresas associadas Os investimentos financeiros em empresas associadas (empresas onde o Grupo exerce uma influência significativa mas não detém o controlo das mesmas através da participação nas decisões financeiras e operacionais das Empresas - geralmente investimentos representando entre 20% a 50% do capital de uma empresa) são registados pelo método da equivalência patrimonial. De acordo com o método da equivalência patrimonial, as participações financeiras são registadas pelo seu custo de aquisição ajustado pelo valor correspondente à participação do Grupo nas variações dos capitais próprios (incluindo o resultado líquido) das associadas por contrapartida de ganhos ou perdas do exercício e pelos dividendos recebidos. As diferenças entre o custo de aquisição e o justo valor dos activos e passivos identificáveis da associada na data de aquisição, se positivas, são reconhecidas como diferenças de consolidação e mantidas no valor da rubrica “Investimentos em empresas associadas”. Se essas diferenças forem negativas são registadas como um proveito do período na rubrica da demonstração dos resultados “Resultados relativos a empresas associadas”. É feita uma avaliação dos investimentos em associadas quando existem indícios de que o activo possa estar em imparidade, sendo registadas como custo as perdas por imparidade que se confirmem. Quando as perdas por imparidade reconhecidas em períodos anteriores deixam de existir, são objecto de reversão (com excepção para a parcela imputável a diferenças de consolidação). Quando a proporção do Grupo nos prejuízos acumulados da associada excede o valor pelo qual o investimento financeiro se encontra registado, o investimento é reportado por valor nulo enquanto o capital próprio da associada não for positivo, excepto quando o Grupo tenha assumido compromissos para com a associada, sendo nesses casos registada uma provisão para fazer face a essas obrigações. c) Diferenças de consolidação As diferenças entre o custo de aquisição dos investimentos em empresas do Grupo e o justo valor dos activos e passivos identificáveis (incluindo os passivos contingentes) dessas empresas à data da sua aquisição, quando positivas, são registadas na rubrica “Diferenças de consolidação”, e quando negativas, são registadas como proveitos directamente na demonstração dos resultados. As diferenças entre o custo de aquisição dos investimentos em empresas associadas e o montante atribuído ao justo valor dos activos e passivos identificáveis dessas empresas à data da sua aquisição, quando positivas, são registadas na própria rubrica “Investimentos em empresas associadas”, e quando negativas, são registadas como proveitos directamente na demonstração dos resultados. Em 30 de Junho de 2005 as demonstrações consolidadas anexas não incluem Diferenças de consolidação. d) Conversão de demonstrações financeiras de entidades estrangeiras Os activos e passivos das demonstrações financeiras de entidades estrangeiras são convertidos para Euros utilizando as taxas de câmbio em vigor à data do balanço, e os custos e os proveitos bem como os fluxos de caixa são convertidos para Euros utilizando a taxa de câmbio média verificada no período. A diferença cambial gerada após 1 de Janeiro de 2004 é registada no capital próprio na rubrica “Reservas de conversão”. As diferenças cambiais acumuladas geradas até 1 de Janeiro de 2004 (data de transição para IFRS) foram anuladas por contrapartida de “Outras reservas”. Sempre que uma entidade estrangeira é alienada, a diferença cambial acumulada é reconhecida na demonstração dos resultados como um ganho ou perda na alienação. As cotações utilizadas na conversão para Euros foram as seguintes: Rubricas Moeda SC (UK), Ltd. Cabo Verde Motors, SARL SC Moçambique, SARL Robert Hudson, Ltd Forcabo, Lda SC Coachbuilders, Ltd Reliant Coaches, Ltd Aplicabilidade GBP CVE MZM USD CVE GBP GBP Câmbio Final Jun-05 Câmbio Histórico Médio Jun2005 Câmbio Data Constituição Câmbio Final 2004 1,4862 0,009069 0,00004 0,8286 0,009069 1,4862 1,4862 Contas Balanço excepto Capitais Próprios 1,4670 0,009069 0,000034 0,7845 0,009069 1,4670 1,4670 0,9798 0,008847 0,000032 0,7356 0,008847 1,4212 1,4212 1,4212 0,008847 0,000032 0,7356 0,008847 1,4212 1,4212 Contas de Resultados Capital Social Resultados Transitados 2.3. PRINCIPAIS CRITÉRIOS VALORIMÉTRICOS Os principais critérios valorimétricos usados pelo Grupo Salvador Caetano na preparação das suas demonstrações financeiras consolidadas são os seguintes: a) Imobilizações corpóreas As imobilizações corpóreas adquiridas até 1 de Janeiro de 2004 (data de transição para IFRS), encontram-se registadas ao seu “deemed cost”, o qual corresponde ao seu custo de aquisição, ou custo de aquisição reavaliado de acordo com os princípios contabilísticos geralmente aceites em Portugal até àquela data, deduzido das amortizações e das perdas por imparidade acumuladas. As imobilizações adquiridas após aquela data encontram-se registadas ao custo de aquisição, deduzido das amortizações e das perdas por imparidade acumuladas. As amortizações são calculadas, após o início da utilização dos bens, pelo método das quotas constantes, numa base anual, de acordo com as seguintes vidas úteis estimadas: Edifícios e outras construções Equipamento básico Equipamento de transporte Ferramentas e utensílios Equipamento administrativo Taras e vasilhame Anos 20-50 7-16 4-5 4-14 3-14 5-11 Excepção feita às seguintes empresas: (i) Salvador Caetano – Aluguer de Automóveis, S.A. no que diz respeito ao equipamento de transporte em que se pratica o regime de duodécimos das amortizações a partir do momento em que o bem entra em funcionamento até ao fim da sua vida útil; este tratamento diferenciado deve-se à especificidade do negócio de rent-a-car. (ii) Salvador Caetano – Comércio de Automóveis, S.A. que a partir do exercício de 2004 começou a amortizar por duodécimos as viaturas de serviço adquiridas no ano. As despesas com reparação e manutenção de imobilizado são consideradas como custo no período em que ocorrem. As imobilizações em curso representam imobilizado ainda em fase de construção/desenvolvimento, encontrando-se registadas ao custo de aquisição. Estas imobilizações são transferidas para imobilizado corpóreo e amortizadas a partir do momento em que os activos subjacentes estejam concluídos ou em estado de uso. As mais ou menos valias resultantes da venda ou abate de imobilizado corpóreo são determinadas como a diferença entre o preço de venda e o valor líquido contabilístico na data de alienação/abate, sendo registadas na demonstração dos resultados como “Outros proveitos operacionais” ou “Outros custos operacionais”. 24 b) Imobilizações incorpóreas As imobilizações incorpóreas encontram-se registadas ao custo de aquisição, deduzido das amortizações e das perdas por imparidade acumuladas. As imobilizações incorpóreas só são reconhecidas se for provável que delas advenham benefícios económicos futuros para o Grupo, sejam controláveis pelo Grupo e se possa medir razoavelmente o seu valor. As despesas de investigação incorridas com novos conhecimentos técnicos são reconhecidas na demonstração dos resultados quando incorridas. As despesas de desenvolvimento, para as quais o Grupo demonstre capacidade para completar o seu desenvolvimento e iniciar a sua comercialização e/ou uso e para as quais seja provável que o activo criado venha a gerar benefícios económicos futuros, são capitalizadas. As despesas de desenvolvimento que não cumpram estes critérios são registadas como custo do exercício em que são incorridas. Os custos internos associados à manutenção e ao desenvolvimento de Software são registados como custos na demonstração de resultados quando incorridos, excepto na situação em que estes custos estejam directamente associados a projectos para os quais seja provável a geração de benefícios económicos futuros para o Grupo. Nestas situações estes custos são capitalizados como activos incorpóreos. As imobilizações incorpóreas são amortizadas, pelo método das quotas constantes, durante um período de três a cinco anos. c) Propriedades de investimento As propriedades de investimento, que correspondem a activos imobiliários detidos para obtenção de rendimento através do seu arrendamento ou para valorização são registadas ao custo de aquisição. d) Locação financeira e operacional Os contratos de locação são classificados como (i) locações financeiras se através deles forem transferidos substancialmente todos os riscos e vantagens inerentes à posse e como (ii) locações operacionais se através deles não forem transferidos substancialmente todos os riscos e vantagens inerentes à posse. A classificação das locações em financeiras ou operacionais é feita em função da substância e não da forma do contrato. Os activos imobilizados adquiridos mediante contratos de locação financeira, bem como as correspondentes responsabilidades, são registados pelo método financeiro e, consequentemente, o custo do activo é registado no imobilizado corpóreo e as correspondentes responsabilidades são registadas como contas a pagar a fornecedores. As rendas são constituídas pelo encargo financeiro e pela amortização financeira do capital, sendo os encargos financeiros imputados aos exercícios durante o prazo de locação, tendo em consideração uma taxa de juro periódica constante sobre o saldo remanescente do passivo, sendo o imobilizado corpóreo amortizado de acordo com a vida útil dos bens. Nas locações consideradas como operacionais, as rendas devidas são reconhecidas como custo na demonstração dos resultados numa base linear durante o período do contrato de locação. e) Existências As mercadorias e as matérias-primas, subsidiárias e de consumo encontram-se valorizadas ao custo médio de aquisição, o qual é inferior ao respectivo valor de mercado. Os produtos acabados e intermédios bem como os produtos e trabalhos em curso encontram-se valorizados ao custo de produção, o qual é inferior ao valor de mercado. Os custos de produção incluem o custo das matérias-primas incorporadas, mão-de-obra directa, gastos gerais de fabrico e serviços executados no exterior. As perdas acumuladas de imparidade para depreciação de existências reflectem a diferença entre o custo de aquisição e o valor realizável líquido de mercado das existências. f) Subsídios Os subsídios governamentais são reconhecidos de acordo com o seu justo valor quando existe uma garantia razoável que irão ser recebidos e que a Empresa irá cumprir com as condições exigidas para a sua concessão. Os subsídios e comparticipações recebidos a fundo perdido, para financiamento de imobilizações corpóreas, são registados, apenas quando existe uma garantia razoável de recebimento, nas rubricas “Outros passivos não correntes” e “Outros passivos correntes” sendo reconhecidos na demonstração dos resultados proporcionalmente às amortizações das imobilizações corpóreas subsidiadas. g) Imparidade dos activos não correntes É efectuada uma avaliação de imparidade dos activos do Grupo à data de cada balanço e sempre que seja identificado um evento ou alteração nas circunstâncias que indiquem que o montante pelo qual o activo se encontra registado possa não ser recuperàvel. Sempre que o montante pelo qual o activo se encontra registado é superior à sua quantia recuperável (definida como a mais alta do preço de venda líquido e do valor de uso, ou como o preço de venda líquido para activos detidos para alienação), é reconhecida uma perda por imparidade, registada na demonstração dos resultados na rubrica “Provisões e perdas por imparidade”. O preço de venda líquido é o montante que se obteria com a alienação do activo, numa transacção entre entidades independentes e conhecedoras, deduzido dos custos directamente atribuíveis à alienação. O valor de uso é o valor presente dos fluxos de caixa futuros estimados que são esperados que surjam do uso continuado do activo e da sua alienação no final da vida útil. A quantia recuperável é estimada para cada activo, individualmente ou, no caso de não ser possível, para a unidade geradora de fluxos de caixa à qual o activo pertence. A reversão de perdas por imparidade reconhecidas em períodos anteriores é registada quando se conclui que as perdas por imparidade reconhecidas já não existem ou diminuíram. Esta análise é efectuada sempre que existam indícios que a perda de imparidade anteriormente reconhecida tenha revertido. A reversão das perdas por imparidade é reconhecida na demonstração dos resultados como “Outros proveitos operacionais”. Contudo, a reversão da perda por imparidade é efectuada até ao limite da quantia que estaria reconhecida (líquida de amortização ou depreciação) caso a perda por imparidade não se tivesse registado em períodos anteriores. h) Encargos financeiros com empréstimos obtidos Os encargos financeiros com empréstimos obtidos (juros, prémios, custos acessórios e juros de locações financeiras) são reconhecidos como custo na demonstração dos resultados do período em que são incorridos, de acordo com o princípio da especialização de exercícios. i) Provisões As provisões são reconhecidas quando, e somente quando, o Grupo tem uma obrigação presente (legal ou construtiva) resultante dum evento passado, seja provável que, para a resolução dessa obrigação, ocorra uma saída de recursos e o montante da obrigação possa ser razoavelmente estimado. As provisões são revistas na data de cada balanço e são ajustadas de modo a reflectir a melhor estimativa do seu justo valor a essa data (Nota 26). As provisões para custos de reestruturação são reconhecidas pelo Grupo sempre que exista um plano formal e detalhado de reestruturação e que o mesmo tenha sido comunicado às partes envolvidas. j) Instrumentos financeiros j.1) Investimentos Os investimentos detidos pelo Grupo são classificados como segue: Investimentos detidos até à maturidade, designados como activos financeiros não derivados com pagamentos fixados ou determináveis e maturidade fixada, e relativamente aos quais existe a intenção positiva e a capacidade de deter até à maturidade. Estes investimentos são classificados como Activos não correntes, excepto se o seu vencimento for inferior a 12 meses da data do balanço. Investimentos mensurados ao justo valor através de resultados (“Investimentos detidos para negociação”), fazem parte de uma carteira de instrumentos financeiros geridos com o objectivo de obtenção de lucros no curto prazo e são classificados como Activos não correntes. Investimentos disponíveis para venda, designados como todos os restantes investimentos que não sejam considerados como detidos até à maturidade ou mensurados ao justo valor através de resultados, sendo classificados como Activos não correntes. Os investimentos são inicialmente registados pelo seu valor de aquisição, que é o justo valor do preço pago; no caso dos investimentos detidos até ao vencimento e investimentos disponíveis para venda, são incluídas as despesas de transacção. Após o reconhecimento inicial, os investimentos mensurados ao justo valor através de resultados e os investimentos disponíveis para venda são reavaliados pelos seus justos valores por referência ao seu valor de mercado à data de balanço, sem qualquer dedução relativa a custos de transacção que possam vir a ocorrer até à sua venda. Os ganhos ou perdas provenientes de uma alteração no justo valor dos investimentos disponíveis para venda são registados no capital próprio, na rubrica “Reservas de justo valor” até ao investimento ser vendido, recebido ou de qualquer forma alienado, ou até que o justo valor do investimento se situe abaixo do seu custo de aquisição e que tal corresponda a uma perda por imparidade, momento em que a perda acumulada é registada na 25 demonstração dos resultados. Os investimentos financeiros disponíveis para venda representativos de partes de capital em acções de empresas não cotadas são registados ao custo de aquisição, tendo em consideração a existência ou não de perdas por imparidade. É convicção do Conselho de Administração do Grupo que o justo valor destes investimentos não difere significativamente do seu custo de aquisição. Todas as compras e vendas destes investimentos são reconhecidas à data da assinatura dos respectivos contratos de compra e venda, independentemente da sua data de liquidação financeira. j.2) Dívidas de terceiros As dívidas de terceiros que não vençam juros são registadas pelo seu valor nominal deduzido de eventuais perdas por imparidade para que as mesmas reflictam o seu valor presente realizável líquido. As dívidas de terceiros que vençam juros (nomeadamente as respeitantes a vendas de viaturas a prestações) são registadas no activo pelo seu valor total, sendo a parcela respeitante aos juros registada no passivo, como um proveito diferido, e reconhecida na demonstração dos resultados em função do seu vencimento. j.3) Empréstimos Os empréstimos são registados no passivo pelo seu valor nominal deduzido dos custos de transacção que sejam directamente atribuíveis à emissão desses passivos. Os encargos financeiros são calculados de acordo com a taxa de juro efectiva e contabilizados na demonstração dos resultados do período de acordo com o princípio da especialização dos exercícios. j.4) Contas a pagar As contas a pagar que não vencem juros são registadas pelo seu valor nominal. j.5) Instrumentos derivados O Grupo utiliza instrumentos derivados na gestão dos seus riscos financeiros como forma de garantir a cobertura desses riscos, não sendo utilizados instrumentos derivados com o objectivo de negociação. Os instrumentos financeiros derivados contratados pelo Grupo (essencialmente swaps de taxas de juro), embora tenham o objectivo específico de cobertura de riscos financeiros inerentes ao negócio, não se enquadram nos requisitos definidos no IAS 39 para classificação como instrumentos de cobertura. Consequentemente, estes instrumentos financeiros são registados ao seu justo valor à data de balanço, sendo as variações desse justo valor reconhecidas directamente na demonstração dos resultados. j.6) Caixa e equivalentes a caixa Os montantes incluídos na rubrica de caixa e seus equivalentes correspondem aos valores de caixa, depósitos bancários, depósitos a prazo e outras aplicações de tesouraria, vencíveis a menos de três meses, e que possam ser imediatamente mobilizáveis com risco insignificante de alteração de valor. k) Responsabilidades por pensões O Grupo Salvador Caetano constituiu por escritura pública datada de 29 de Dezembro de 1988 o Fundo de Pensões Salvador Caetano, alterado subsequentemente em 2 de Janeiro de 1994, em 29 de Dezembro de 1995 e em 23 de Dezembro de 2002. Este Fundo de Pensões constituído prevê, enquanto o Grupo Salvador Caetano mantiver a decisão de realizar contribuições para o referido fundo, que os trabalhadores possam vir a auferir, a partir da data da reforma, um complemento não actualizável, determinado com base numa percentagem do vencimento, entre outras condições. Estes complementos de reforma configuram um plano de benefícios definidos, tendo sido constituído para o efeito um Fundo de pensões autónomo. A fim de estimar as suas responsabilidades pelo pagamento das referidas prestações, o Grupo segue o procedimento de obter anualmente cálculos actuariais das responsabilidades determinados de acordo com o “Projected Unit Credit Method”. As responsabilidades por pensões reconhecidas à data de balanço representam o valor presente dos benefícios futuros ajustado de ganhos ou perdas actuariais e/ou de responsabilidades por serviços passados não reconhecidas reduzido do justo valor dos activos líquidos do fundo de pensões (Nota 25). l) Activos e passivos contingentes Os passivos contingentes são definidos pelo Grupo como (i) obrigações possíveis que surjam de acontecimentos passados e cuja existência somente será confirmada pela ocorrência, ou não, de um ou mais acontecimentos futuros incertos não totalmente sob o controlo do Grupo ou (ii) obrigações presentes que surjam de acontecimentos passados mas que não são reconhecidas porque não é provável que um exfluxo de recursos que incorpore benefícios económicos seja necessário para liquidar a obrigação ou a quantia da obrigação não pode ser mensurada com suficiente fiabilidade. Os passivos contingentes não são reconhecidos nas demonstrações financeiras do Grupo, sendo os mesmos divulgados em nota anexa, a menos que a possibilidade de uma saída de fundos afectando benefícios económicos futuros seja remota, caso este em que não são sequer objecto de divulgação. Os activos contingentes são possíveis activos que surgem de acontecimentos passados e cuja existência somente será confirmada pela ocorrência, ou não, de um ou mais eventos futuros incertos não totalmente sob o controlo do Grupo. Os activos contingentes não são reconhecidos nas demonstrações financeiras do Grupo mas divulgados no anexo quando é provável a existência de um benefício económico futuro. m) Impostos sobre o rendimento O imposto sobre o rendimento do exercício é calculado com base nos resultados tributáveis das empresas incluídas na consolidação, de acordo com as regras fiscais em vigor no local da sede de cada empresa do Grupo, e considera a tributação diferida. Os impostos diferidos são calculados com base no método da responsabilidade de balanço e referem-se às diferenças temporárias entre os montantes dos activos e passivos para efeitos de reporte contabilístico e os seus respectivos montantes para efeitos de tributação. Os activos e passivos por impostos diferidos são calculados e anualmente avaliados utilizando as taxas de tributação em vigor, ou anunciadas para estarem em vigor, à data da reversão das diferenças temporárias. Os impostos diferidos activos são registados unicamente quando existem expectativas razoáveis de lucros fiscais futuros suficientes para os utilizar. No final de cada exercício é efectuada uma reapreciação das diferenças subjacentes aos activos por impostos diferidos registados, bem como dos não registados, sendo os mesmos reduzidos sempre que deixe de ser provável a sua utilização futura ou registados, desde que, e até ao ponto em que, se torne provável a geração de lucros tributáveis no futuro que permitam a sua recuperação. Os impostos diferidos são registados como custo ou proveito do exercício, excepto se resultarem de valores registados directamente em capital próprio, situação em que o imposto diferido é também registado na mesma rubrica. n) Especialização de exercícios e Rédito As receitas e despesas são registadas de acordo com o princípio da especialização dos exercícios, pelo qual estas são reconhecidas à medida em que são geradas, independentemente do momento em que são recebidas ou pagas. As diferenças entre os montantes recebidos e pagos e as correspondentes receitas e despesas geradas são registadas nas rubricas de acréscimos e diferimentos incluídas nas rubricas “Outros activos correntes” e “Outros passivos correntes”. Os custos e proveitos cujo valor real não seja conhecido são estimados com base na melhor avaliação dos Conselhos de Administração das empresas do Grupo. Os proveitos decorrentes de vendas são reconhecidos na demonstração consolidada dos resultados quando os riscos e vantagens significativos inerentes à posse dos activos são transferidos para o comprador e o montante dos proveitos possa ser razoavelmente quantificado. As vendas são reconhecidas líquidas de impostos e descontos. o) Reserva legal A legislação comercial Portuguesa estabelece que pelo menos 5% do resultado líquido anual tem que ser destinado ao reforço da reserva legal até que esta represente pelo menos 20% do capital. Esta reserva não é distribuível, a não ser em caso de liquidação da Empresa, podendo, no entanto, ser utilizada para absorver prejuízos, depois de esgotadas todas as outras reservas, ou para incorporação no capital. 26 p) Classificação de balanço Os activos realizáveis e os passivos exigíveis a mais de um ano da data de balanço são classificados, respectivamente, como activos e passivos não correntes, sendo incluídos nestas rubricas os activos e os passivos por impostos diferidos. q) Saldos e transacções expressos em moeda estrangeira Os activos e passivos expressos em moeda estrangeira foram convertidos para Euros utilizando-se as taxas de câmbio vigentes nas datas dos balanços publicadas pelo Banco de Portugal. As diferenças de câmbio, favoráveis e desfavoráveis, originadas pelas diferenças entre as taxas de câmbio em vigor na data das transacções e as vigentes na data das cobranças, pagamentos ou à data do balanço, foram registadas como proveitos e custos na demonstração dos resultados do exercício. r) Informação por segmentos Em cada exercício são identificados todos os segmentos de negócio e geográficos aplicáveis ao Grupo. A informação relativa ao rédito, ao nível dos segmentos de negócios identificados, é incluída na Nota 30. s) Eventos subsequentes Os eventos ocorridos após a data do balanço que proporcionem informação adicional sobre condições que existiam àquela data (“adjusting events”) são reflectidos nas demonstrações financeiras consolidadas. Os eventos após a data do balanço que proporcionem informação sobre condições que ocorram após aquela data (“non adjusting events”), seriam divulgados neste anexo. 3. ALTERAÇÕES DE POLÍTICAS CONTABILÍSTICAS E CORRECÇÃO DE ERROS FUNDAMENTAIS Não ocorreram durante o período alterações de politicas contabilísticas nem erros materiais relativos a períodos anteriores. 4. EMPRESAS DO GRUPO INCLUÍDAS NA CONSOLIDAÇÃO As Empresas do Grupo incluídas na consolidação pelo método de integração global, a respectiva proporção do capital detido e os principais indicadores financeiros em 30 de Junho de 2005, são como segue: Empresas Salvador Caetano - Indústrias Metalúrgicas e Veículos de Transporte, SA. Saltano - Investimentos e Gestão (SGPS), SA. Salvador Caetano (UK), Ltd. IPE - Indústria Produtora de Espumas, SA Portianga - Comércio Internacional e Participações, SA Salvador Caetano España, SA. Cabo Verde Motors SARL Salvador Caetano Moçambique, SARL Robert Hudson, Ltd Forcabo-Veículos Automóveis, Lda Salvador Caetano Aluguer Automóveis, SA Salvador Caetano Coachbuilders, Ltd. Reliant Coaches, Ltd. Caetanobus-Fabricação de Carroçarias, SA Salvador Caetano Comércio Automóveis, SA % de Participação Efectiva Jun 2005 Dez 2004 Empresa Mãe 99,98% 99,00% 99,98% 99,98% 99,23% 99,99% 63,33% 99,98% 99,89% 99,98% 99,00% 99,00% 73,98% 92,52% 99,98% 99,00% 99,98% 99,98% 99,23% 99,99% 63,33% 99,98% 99,89% 99,98% 99,00% 99,00% 73,98% 92,52% Moeda EUR EUR GBP EUR EUR EUR CVE MZM USD CVE EUR GBP GBP EUR EUR Informação Relativa a Jun 2005 Total do Total do Resultado Activo Capital Próprio do Período 265 685 754 44 944 668 15 142 454 6 353 929 13 694 344 1 845 799 483 417 067 17 624 026 890 21 278 041 81 425 301 27 637 826 1 476 950 659 345 24 454 860 104 457 002 110 201 653 22 579 201 -868 374 -244 886 7 693 990 932 499 188 755 833 -21 448 304 314 7 332 306 46 611 348 975 048 -9 406 659 9 685 4 788 027 47 553 242 5 026 265 933 386 -161 596 73 376 34 925 15 577 22 416 451 -5 658 227 796 1 113 684 5 334 445 152 291 -121 070 -30 042 -817 961 1 554 384 Estas empresas foram incluídas na consolidação pelo método da consolidação integral, conforme estabelecido pelo IAS 27 – “Demonstrações financeiras consolidadas e individuais” (controlo da subsidiária através da maioria dos direitos de voto, ou de outro mecanismo, sendo titular de capital da empresa – Nota 2.2 a)). 5. EMPRESAS DO GRUPO EXCLUÍDAS DA CONSOLIDAÇÃO As Empresas do Grupo excluídas da consolidação em 30 de Junho de 2005, suas sedes sociais e proporção do capital detido, são as seguintes: Empresa Steia - Soc. Técn. Equipam. Industriais e Acessórios, SARL Indicabo - Veículos Automóveis, Lda Sede Social Bissau Cabo Verde Capital Detido Nominal Efectivo 100,00% 99,99% 99,90% 99,90% A Steia – Sociedade Técnica de Equipamentos Industriais e Acessórios, S.A.R.L. foi excluída da consolidação, e está registada ao custo de aquisição, deduzido de uma provisão para fazer face ao risco de desvalorização, encontrando-se actualmente inactiva. A Indicabo – Veículos Automóveis, Lda. foi excluída por suspensão de actividade. O Conselho de Administração entende que a não consolidação destas filiais não produz um efeito relevante nas demonstrações financeiras consolidadas anexas. 6. EMPRESAS ASSOCIADAS INCLUÍDAS NA CONSOLIDAÇÃO As Empresas Associadas incluídas na consolidação pela aplicação do método da equivalência patrimonial, a proporção do capital detido e os principais indicadores financeiros em 30 de Junho de 2005, são como segue:: Empresas Contrac GMBH Auto Partner SGPS, SA Auto Partner-Com. Auto, SA Auto Partner II, SA % de Participação Efectiva Jun 2005 Dez 2004 33,33% 33,33% 46,26% 46,26% 46,26% 46,26% 46,26% 46,26% Moeda EUR EUR EUR EUR Informação Relativa a Jun 2005 Total do Total do Resultado Activo Capital Próprio do Período 31 309 393 4 374 577 1 058 979 4 970 283 2 470 740 -28 432 3 128 247 819 048 58 699 524 627 182 419 17 009 7. ALTERAÇÕES OCORRIDAS NO PERÍMETRO DE CONSOLIDAÇÃO Durante o primeiro semestre de 2005 não ocorreram alterações no perímetro de consolidação do Grupo Salvador Caetano. 27 8. IMOBILIZAÇÕES INCORPÓREAS No período de seis meses findo em 30 de Junho de 2005, o movimento ocorrido nas imobilizações incorpóreas, bem como nas respectivas amortizações e perdas de imparidade acumuladas, foi o seguinte: Despesas Instalação Despesas Desenvolvimento Prop. Industrial outros direitos Trespasse Total 83 094 3 632 031 405 113 19 412 1 063 058 19 412 -19 533 21 528 1 065 053 4 797 595 405 113 -54 852 16 459 5 164 315 Activo bruto: Saldo inicial Adições Alienações Transferências e abates Saldo final -35 319 46 999 94 774 Amortizações e perdas por imparidade acumuladas: Saldo inicial Amortização do exercício Alienações, abates e transferências Saldo final 59 220 35 554 94 774 Valor líquido -52 068 3 985 076 2 474 133 307 210 8 681 2 790 024 1 195 052 1 063 030 3 596 383 307 210 46 258 3 949 851 2 023 1 065 053 19 412 1 214 464 9. IMOBILIZAÇÕES CORPÓREAS No período de seis meses findo em 30 de Junho de 2005, o movimento ocorrido nas imobilizações corpóreas, bem como nas respectivas amortizações e perdas de imparidade acumuladas, foi o seguinte: Activo bruto: Saldo inicial Adições Alienações e abates Transferências Saldo final Terrenos e Recursos Nat. Edifícios e Outras Const. Equipamento Básico Equipamento de Transporte Ferramentas e Utensílios Equipamento Administrativo Outras Imob. Corpóreas Imobilizações em Curso Total 27 626 733 84 883 -51 715 71 510 27 731 411 107 491 435 345 060 -109 211 553 257 108 280 541 53 963 935 516 928 -383 040 249 611 54 347 434 48 052 033 10 862 210 -8 026 270 806 117 51 694 090 10 330 547 146 518 -468 693 31 998 10 040 370 11 479 533 165 320 -176 534 26 090 11 494 409 3 502 804 361 572 -5 900 30 595 3 889 071 2 287 012 644 769 -2 848 -300 646 2 628 287 264 734 032 13 127 260 -9 224 211 1 468 532 270 105 613 54 981 418 2 181 681 96 455 57 259 554 36 110 258 1 549 066 -212 468 37 446 856 15 003 653 5 044 876 -3 588 831 16 459 698 9 492 044 409 703 -554 077 9 347 670 10 224 598 289 962 -240 060 10 274 500 2 423 571 113 478 -4 579 2 532 470 51 020 987 16 900 578 35 234 392 692 700 1 219 909 1 356 601 Amort. e perdas por impar. acumuladas: Saldo inicial Amortização do exercício Alienações, abates e transferências Saldo final Valor líquido 27 731 411 128 235 542 9 588 766 -4 503 560 133 320 748 2 628 287 136 784 865 10. PROPRIEDADES DE INVESTIMENTO Em 30 de Junho de 2005 a rubrica “Propriedades de investimento” corresponde a activos imobiliários detidos pelo Grupo que se encontram a gerar rendimento através do respectivo arrendamento. Estes activos encontram-se registados ao custo de aquisição. Adicionalmente, de acordo com avaliações externas efectuadas por uma entidade especializada independente, e de acordo com critérios de avaliação geralmente aceites para o mercado imobiliário, reportadas a 30 de Junho de 2005, o justo valor daquelas propriedades de investimento ascende a, aproximadamente, 1.900 mil Euros. 11. INVESTIMENTOS Em 30 de Junho de 2005 esta rubrica pode ser decomposta como segue: Não correntes Investimento em empresas associadas Saldo em 1 de Janeiro de 2005 Efeito da aplicação do método de equivalência patrimonial ao resultado líquido do 1º semestre de 2005 (Nota 33) Dividendos Distribuídos Constituição de prestações suplementares Outras regularizações Saldo em 30 de Junho de 2005 2 479 739 374 784 -266 667 70 000 -60 909 2 596 947 Investimento disponíveis para venda Justo valor em 1 de Janeiro de 2005 Aumento/(diminuição) no justo valor Outras regularizações Justo valor em 30 de Junho de 2005 7 222 327 3 936 165 1 127 11 159 619 Investimento detidos até à maturidade Saldo em 1 de Janeiro de 2005 Diferenças cambiais Saldo em 30 de Junho de 2005 Correntes 651 736 82 433 734 169 28 Os “Investimentos disponíveis para venda” incluem o montante de 9.859.369 Euros correspondente a acções de sociedades cotadas na Euronext Lisboa, estando os mesmos registados ao seu justo valor. Os restantes “Investimentos disponíveis para venda” representam investimentos de reduzida dimensão em empresas não cotadas, sendo que o Conselho de Administração entende que o valor líquido pelo qual se encontram contabilizados se aproxima do seu justo valor. Os “Investimentos detidos até à maturidade” correspondem a Obrigações do Tesouro emitidas em 2003 pelo Estado Angolano e recebidas pela filial sedeada em Angola Robert Hudson, ao abrigo de um acordo de regularização da dívida pública celebrado com o Estado Angolano. Estas Obrigações do Tesouro foram emitidas em Kwanzas Angolanos e encontram-se indexadas ao Dólar dos Estados Unidos, vencendo juros a uma taxa de mercado. Adicionalmente, estas Obrigações do Tesouro vencem-se em Julho de 2005. 12. EXISTÊNCIAS Em 30 de Junho de 2005 esta rubrica tinha a seguinte composição: Matérias-primas, Subsidiárias, e de Consumo Produtos e Trabalhos em Curso Produtos Acabados e Intermédios Mercadorias 17.880.537 11.462 175 8 088 548 68 309 016 105 740 276 -6 608 508 99 131 768 Perdas de imparidade acumuladas em existências (Nota 26) O custo das vendas, no período de seis meses findo em 30 de Junho de 2005, ascendeu a 214.368.916 Euros e foi apurado como segue: Mercadorias Existências Iniciais Compras Líquidas Existências Finais Total 97 652 844 142 791 858 68 309 016 172 135 686 Matérias-Primas subsidiárias e de consumo 15 798 314 44 315 453 17 880 537 42 233 230 Total 113 451 158 187 107 311 86 189 553 214 368 916 A variação da produção no período de seis meses findo em 30 de Junho de 2005 ascendeu a (728.930) Euros e foi apurada como segue: Produtos acabados, intermédios e produtos e trabalhos em curso 19.550.723 -413.099 19.866.554 -728.930 Existências finais Regularização de existências Existências iniciais Total 13. CLIENTES Em 30 de Junho de 2005, esta rubrica tinha a seguinte composição: Clientes, conta corrente Clientes, letras a receber Clientes cobrança duvidosa Activo Não correntes 2 755 277 2 755 277 -2 498 141 257 136 Perdas de imparidade acumuladas em clientes (Nota 26) Activo Correntes 81 083 044 89 335 13 096 380 94 268 759 -15 308 079 78 960 680 As contas a receber de clientes classificadas como activos não correntes incluem o montante de 2.498.141 Euros a receber da filial STEIA, para o qual se encontra registada uma perda por imparidade de 2.498.141 Euros. A exposição do Grupo ao risco de crédito é atribuível antes de mais às contas a receber da sua actividade operacional. Os montantes apresentados no Balanço encontram-se líquidos das perdas acumuladas de imparidade para cobranças duvidosas que foram estimadas pelo Grupo, de acordo com a sua experiência com base na sua avaliação da conjuntura e envolventes económicas. O Conselho de Administração entende que os valores contabilísticos das contas a receber de clientes se aproximam do seu justo valor. 14. OUTRAS DÍVIDAS DE TERCEIROS Em 30 de Junho de 2005 e 31 de Dezembro de 2004, esta rubrica tinha a seguinte composição: Empresas Associadas Outras Empresas Adiantam. a fornecedores Estado e outros entes públicos Outros devedores Activos Correntes Jun-05 Dez-04 1 237 442 1 237 339 145 569 1 559 399 1 530 311 4 472 721 164 963 462 133 1 189 477 3 053 912 Activos Não-correntes Jun-05 Dez-04 1 111 072 1 111 072 1 111 072 1 111 072 Em 30 de Junho de 2005 a rubrica “Empresas Associadas” é composta pelo empréstimo concedido à empresa associada “Auto-Partner SGPS, S.A.. Adicionalmente, a rubrica “Outras Empresas” é integralmente constituída por um empréstimo concedido à participada GE Capital. 15. OUTROS ACTIVOS CORRENTES Em 30 de Junho de 2005, esta rubrica tinha a seguinte composição: 29 Jun/05 Acréscimos de proveitos Reclamações de Garantia Rendas Frotas e Campanhas Rappel Subsídios à formação Outros 825 600 1 284 832 2 110 432 Custos diferidos Juros Seguros Custos oficinais Licenças Informaticas/Aluguer de equipamento Outros 339 961 269 145 228 744 59 874 645 073 1 542 797 3 653 229 Total 16. IMPOSTOS E IMPOSTOS DIFERIDOS O detalhe dos activos e passivos por impostos diferidos em 30 de Junho de 2005 e 31 de Dezembro de 2004, de acordo com as diferenças temporárias que os geraram, é o seguinte: Dez-04 Impostos diferidos activos: Provisões constituídas e não aceites como custos fiscais Prejuízos fiscais reportáveis Efeito da conversão para os IFRS: Anulação de imobilizações Anulação de custos diferidos Valorização de instrumentos derivados Provisões para gratificações Impostos diferidos passivos: Amortizações resultantes de reavaliações legais e livres Efeito do reinvestimento de mais valias geradas com alienações de imobilizações Custos a reconhecer no futuro que não serão aceites fiscalmente Efeito da conversão para os IFRS: Imputação do justo valor Efeito líquido Impacto Impacto em em Capitais Resultados Próprios 1 540 763 1 398 198 355 481 65 505 Jun-05 1 540 763 1 398 198 3 359 947 121 394 (24 205) 8 518 168 580 274 287 (1 591 907) (915 883) (393 675) 79 919 68 319 20 288 (2 901 465) 168 526 442 813 221 881 221 881 476 875 41 300 230 399 168 580 3 856 115 (1 511 988) (847 564) (373 387) (1 082 445) (1 082 445) (860 564) (1 082 445) (3 815 384) Nos termos da legislação em vigor em Portugal, os prejuízos fiscais são reportáveis durante um período de seis anos após a sua ocorrência e susceptíveis de dedução a lucros fiscais gerados durante esse período. Em 30 de Junho de 2005, as empresas do Grupo que tinham prejuízos fiscais reportáveis relativamente aos quais foram registados activos por impostos diferidos eram como segue: Prejuízos fiscais Impostos dif. activos Data limite util. Gerados em 2000 - S.C. Com. Automóveis Gerados em 2001 - S.C. Com. Automóveis Gerados em 2002 - S.C. Com. Automóveis Gerados em 2002 - IPE Gerados em 2003 - S.C. Com. Automóveis 75 208 439 197 776 109 548 862 3 244 982 5 084 358 20 682 120 779 213 430 150 937 892 370 1 398 198 2006 2007 2008 2008 2009 Adicionalmente, em 30 de Junho de 2005 as seguintes empresas do Grupo tinham prejuízos fiscais reportáveis os quais, numa óptica de prudência, não foram considerados no cálculo dos activos por impostos diferidos: Prejuízos fiscais Data limite util. 1 436 402 2 879 642 2008 2008 73 125 4 389 169 2009 Gerados em 2002: Portianga Caetanobus Gerados em 2003: Portianga Em 30 de Junho de 2005 e 31 de Dezembro de 2004 as taxas de imposto utilizadas para apuramento dos activos e passivos por impostos diferidos foram as seguintes: 30 Tx. Imposto 30/06/2005 Tx. Imposto 31/12/2004 27,5% 35,0% 35,0% 30,0% 35,0% 27,5% 35,0% 35,0% 30,0% 35,0% País origem da filial: Portugal Espanha Cabo Verde Inglaterra Angola De acordo com a legislação em vigor, as declarações fiscais da Salvador Caetano e empresas do Grupo e Associadas sedeadas em Portugal estão sujeitas a revisão e correcção por parte da administração tributária durante um período de quatro anos. Deste modo, as declarações fiscais dos anos de 2001 a 2005 poderão ainda vir a ser sujeitas a revisão. As declarações relativas à Segurança Social podem ser revistas ao longo de um prazo de dez anos até ao ano de 2000, inclusive, e cinco anos a partir de 2001. O Conselho de Administração da Empresa entende que as eventuais correcções resultantes de revisões/inspecções por parte da administração tributária àquelas declarações de impostos dos exercícios em aberto à inspecção não deverão ter um efeito significativo nas demonstrações financeiras consolidadas anexas. Nos termos do artigo 81º do Código do Imposto sobre o Rendimento das Pessoas Colectivas, as empresas sedeadas em Portugal encontram-se sujeitas adicionalmente a tributação autónoma sobre um conjunto de encargos às taxas previstas no artigo mencionado. 17. CAIXA E EQUIVALENTES DE CAIXA Em 30 de Junho de 2005 e em 31 de Dezembro de 2004 o detalhe de caixa e equivalentes de caixa era o seguinte: Jun-05 117 970 12 700 240 251 861 13 070 071 Numerário Depósitos bancários Equivalentes a Caixa Dez-04 306 230 18 016 268 57 861 18 380 359 Jun-04 76 469 12 644 212 258 626 12 979 307 18. COMPOSIÇÃO DO CAPITAL SOCIAL Em 30 de Junho de 2005 o capital da Empresa, totalmente subscrito e realizado, é constituído por 35.000.000 acções ao portador, totalmente subscritas e realizadas, de valor nominal de 1 Euro cada. A identificação das pessoas colectivas com mais de 20% do capital subscrito é a seguinte: Fogeca – Gestão e Controle (S.G.P.S.), S.A. Toyota Motor Corporation 60% 27% 19. INTERESSES MINORITÁRIOS Os movimentos desta rubrica durante o período findo em 30 de Junho de 2005 foram os seguintes: Saldo inicial em 1 de Janeiro Variação resultante da cobertura de instrumentos financeiros Variação resultante da variação cambial Outros Resultado do exercício atribuível aos interesses minoritários 3 599 541 979 -356 -40 392 -188 831 3 370 941 20. EMPRÉSTIMOS Em 30 de Junho de 2005 e em 31 de Dezembro de 2004 os empréstimos tinham o seguinte detalhe: Empréstimos Bancários Descobertos Bancários Empréstimo Obrigacionista Jun-05 Corrente Não Corrente 95 290 100 33 542 136 281 954 3 750 000 3 750 000 99 322 054 37 292 136 TOTAL 128 832 236 281 954 7 500 000 136 614 190 Corrente 123 153 193 4 395 794 3 750 000 131 311 371 Dez-04 Não Corrente 35 411 032 7 500 000 42 911 032 TOTAL 158 564 225 4 395 794 11 250 000 174 222 403 Do montante de 33.542.136 Euros fazem parte: 19.000.000 Euros da Salvador Caetano Aluguer que serão pagos integralmente em 31 de Agosto de 2007; 350.773 Euros da Robert Hudson constituídos por um empréstimo com vencimento a médio e longo prazo e por 14.250.000 Euros da Empresa Mãe que terão o seguinte plano de vencimento: Anos 2006 2007 Financiamento MLP 2.500.000 11.750.000 14.250.000 Em 11 de Junho de 2002 a Salvador Caetano - IMVT, S.A. contraiu um empréstimo obrigacionista no montante de 15.000.000 Euros , por um prazo de 5 anos, com um valor nominal de 10 Euros por obrigação, indexada à taxa Euribor a 6 meses acrescida de 1,15 pontos percentuais. Os juros vencem-se semestral e postecipadamente, vencendo-se o 1º cupão em 11 de Dezembro de 2002. O reembolso será efectuado através de 4 prestações iguais nas datas de pagamento dos 4º, 6º, 8º e 10º cupão, podendo ser efectuado o reembolso total ou parcial antecipado do seguinte modo: - “Call Options”- a partir da 2ª data do pagamento de juros (Junho de 2003) - “Put Options”- a partir da 6ª data de pagamento de juros (Junho de 2005) 21. INSTRUMENTOS FINANCEIROS DERIVADOS Os instrumentos financeiros de cobertura utilizados pelo Grupo existentes em 30 de Junho de 2005, respeitam, fundamentalmente, a “swaps” contraídos com o objectivo de cobertura do risco de taxa de juro de empréstimos cujo justo valor naquela data, determinado com base em avaliações externas, ascendia a 1.195.328 Euros. Estes instrumentos financeiros derivados não foram considerados “de cobertura” em virtude de não cumprirem com os requisitos previstos no IAS 39. 31 22. FORNECEDORES Em 30 de Junho de 2005 esta rubrica era composta apenas por saldos correntes a pagar a fornecedores. 23. OUTRAS DÍVIDAS A TERCEIROS Em 30 de Junho de 2005 esta rubrica tinha a seguinte composição: Rubricas Estado e outros Entes Públicos: Imposto sobre o Valor Acrescentado Imposto Automóvel Imposto sobre o Rendimento das Pessoas Colectivas (imposto estimado) Contribuições para a Segurança Social Retenção de impostos sobre o Rendimento Outros Valor 8 152 116 3 681 659 2 210 251 1 181 254 817 255 433 197 16 475 732 29 492 717 821 18 375 678 718 17 920 138 Accionistas Adiantamentos de Clientes Fornecedores de Imobilizado, conta-corrente Outros Credores 24. OUTROS PASSIVOS CORRENTES Em 30 de Junho de 2005 a rubrica “Outros passivos correntes” pode ser detalhada como segue: Rubricas Acréscimos de custos Encargos com férias e subsídios de férias Imposto Automóvel de viaturas vendidas e não matriculadas Custeios antecipados Campanhas publicitarias e promoção vendas Juros a liquidar Fundo pensoes Seguros a liquidar Reclamações de garantia Outros Valor 10 965 816 3 838 851 2 998 622 1 813 346 370 907 148 498 109 295 38 872 3 680 564 23 964 771 Proveitos diferidos Juros debitados a clientes Subsídios para investimentos Outros 206 077 71 237 350 760 628 074 24 592 845 Total 25. RESPONSABILIDADES POR PENSÕES De acordo com o último estudo actuarial realizado pela sociedade gestora do Fundo reportado 30 de Junho de 2005 as responsabilidades do mesmo ascendem a 36,6 milhões de Euros, as quais encontram-se cobertas pelo valor patrimonial do Fundo (aproximadamente 36,9 milhões de Euros em 31 de Dezembro de 2004) e pelo valor registado em “Responsabilidades por pensões” no montante de 1.750 milhares de Euros. Os pressupostos actuariais utilizados pela sociedade gestora incluem, o método de cálculo “Projected Unit Credit”, as Tábuas de Mortalidade e invalidez TV 77/73 e SuisseRe, respectivamente, bem como taxas de crescimento salarial, de pensões e de rendimento de 2%, 0% e 5%, respectivamente. Adicionalmente, durante o primeiro semestre de 2005 foi criada uma dotação para reforço do Fundo em apreço, que ascendeu a um montante de, aproximadamente 849 milhares de Euros. 26. PROVISÕES E PERDAS POR IMPARIDADE ACUMULADAS O movimento ocorrido nas provisões durante o período de seis meses findo em 30 de Junho de 2005 foi o seguinte: Rubricas Perdas de imparidade acumuladas em investimentos Perdas de imparidade acumuladas em contas a receber Perdas de imparidade acumuladas em existências Provisões Saldos iniciais 1 457 489 17 571 192 6 546 440 1 270 702 Aumentos Utilizações e Diminuições Outras Regularizações 6 510 11 900 969 558 -80 529 -44 690 -787 756 309 047 94 858 - Saldos Finais 1 457 489 17 806 220 6 608 508 1 452 504 Dos aumentos de provisões ocorridos no período de seis meses findo em 30 de Junho de 2005, o montante de 613.020 Euros foi registado por contrapartida da rubrica da demonstração dos resultados “Custos com o pessoal”, e o montante de 374.948 Euros foi registado por contrapartida da rubrica da demonstração dos resultados “Provisões e perdas por imparidade” dos quais fazem parte aproximadamente 352 mil Euros relativos a contingências fiscais. Em 30 de Junho de 2005 a rubrica “Provisões” apresenta uma utilização no montante de 787.756 Euros relativa à provisão registada em 2004 para gratificações a serem distribuídas a colaboradores, as quais foram liquidadas no primeiro semestre de 2005. Adicionalmente, o saldo da rubrica “Provisões” em 30 de Junho de 2005 tem a seguinte composição: Contingências fiscais Gratificações aos colaboradores Outros 836.694 613.020 2.790 1.452.504 32 27. COMPROMISSOS FINANCEIROS ASSUMIDOS E NÃO INCLUÍDOS NO BALANÇO CONSOLIDADO Em 30 de Junho de 2005, o Grupo Salvador Caetano - IMVT, S.A. tinha assumido os seguintes compromissos financeiros: Responsabilidades Valor Por Letras Descontadas Por Fianças Prestadas 89 335 17 290 296 17 379 631 Adicionalmente, a Empresa responsabilizou-se por garantias bancárias destinadas à cobertura de linhas de crédito a utilizar por algumas Empresas do Grupo, como segue: Entidade beneficiária da Garantia Empresa interligada Valor Lloyd's Bank PLC Salvador Caetano (UK) Ltd. Salvador Caetano Coachbuilders, Ltd. Reliant Coaches, Ltd. £ 2.000.000 Deutsch Bank AG Contrac, GMBH ¤ 2.500.000 28. IMPOSTOS SOBRE O RENDIMENTO Os impostos sobre o rendimento reconhecidos nos períodos de seis meses findo em 30 de Junho de 2005 e 2004 são detalhados como segue: Jun’05 2 433 609 (442 813) 1 990 796 Imposto corrente Imposto diferido Jun’04 1 015 869 466 837 1 482 706 29. RESULTADOS POR ACÇÃO Os resultados por acção do período de seis meses findo em 30 de Junho de 2005, foram calculados tendo em consideração os seguintes montantes: Resultados Básico Diluído Número de acções Resultados por acção (básico e diluído) Jun-05 4 870 317 4 870 317 35 000 000 0,139 Jun-04 2 847 889 2 847 889 35 000 000 0,081 Eliminações Consolidado 30. INFORMAÇÃO POR SEGMENTOS No período findo em 30 de Junho de 2005 o detalhe do relato por segmentos foi o seguinte: APRESENTAÇÃO DA INFORMAÇÃO POR SEGMENTOS (Euros) Por Negócio Industrial e Não Industrial RÉDITOS Vendas externas Vendas inter-segmentais Réditos Totais RESULTADOS Resultados segmentais e inter-segmentais Gastos da empresa não imputados Resultados Operacionais Gastos de juros Proveitos de juros Parte de lucros líquidos em associadas Impostos s/ os lucros Resultados de actividades ordinárias Resultado líquido com Interesses Minoritários OUTRAS INFORMAÇÕES Activos do segmento Industrial Mercado Nacional Mercado Externo Não Industrial Mercado Nacional Mercado Externo 74.264.519 32.749.019 258.483.013 28.585.251 -107.484.931 286.596.871 74.264.519 32.749.019 258.483.013 28.585.251 -107.484.931 286.596.871 3.204.087 76.266.132 1.415.103 34.173.007 12.024.476 263.964.298 692.521 25.942.989 -3.286.746 -109.762.403 14.049.441 290.584.023 1.202.474 -8.885 6.543.191 3.334.783 -1.009.274 10.062.289 1.175.247 41.698 579.098 235 1.560.997 1.868.180 1.466.429 145.106 -872.085 -1.721.493 3.909.686 333.726 374.784 1.313.239 691.657 374.784 1.990.796 -14.100 83.025 450.525 -587.748 -591.362 5.537.135 5.230.285 1.321.803 1.325.600 -1.483.898 -1.544.731 4.870.317 4.870.317 136.118.420 1.776.318 169.247.447 32.719.895 -88.835.221 251.026.859 2.596.947 104.269.952 Investimento em Associadas Activos da empresa não imputados 60.473.398 1.123.716 104.100.047 29.059.588 2.596.947 -90.486.797 Activos totais consolidados Passivo da empresa não imputados Passivos totais consolidados 196.591.818 115.155.830 115.155.830 2.900.034 17.738.331 17.738.331 273.347.494 169.762.739 169.762.739 61.779.483 46.218.811 46.218.811 -176.725.071 -115.368.042 -115.368.042 357.893.758 233.507.669 233.507.669 Dispêndios de capital fixo 7.399.708 26.571 5.669.691 236.930 -237.703 13.095.197 Depreciações 6.032.680 81.479 3.686.832 445.450 -322.260 9.924.181 33 Considerando-se na actividade industrial as operações de aluguer de automóveis sem condutor, tendo em conta o Decreto Lei nº 28/74 de 31 de Janeiro que assim considera aquele regime de exploração. 31. NÚMERO MÉDIO DE PESSOAL Durante o período de seis meses findo em Junho de 2005, o número médio de pessoal foi o seguinte: Pessoal Empregados Assalariados 1 645 1 427 3 072 32. VENDAS E PRESTAÇÕES DE SERVIÇOS POR MERCADOS GEOGRÁFICOS E ACTIVIDADE O detalhe das vendas e prestações de serviços por mercados geográficos, no período de seis meses findo em 30 de Junho de 2005, foi como segue: Mercado Nacional Alemanha Reino Unido Espanha Outros Mercados Valor 226 016 722 11 841 932 13 578 834 1 678 113 33 481 270 286 596 871 % 78,86% 4,13% 4,74% 0,59% 11,68% 100,00% Valor 224 098 373 30 250 385 22 180 098 10 068 015 286 596 871 % 78,19% 10,56% 7,74% 3,51% 100,00% Custos e Perdas Juros Suportados Diferenças de câmbio desfavoráveis Descontos de pronto pagamento concedidos Perdas na alienação de aplicações de tesouraria Perdas relativas a empresas associadas Outros custos e perdas financeiros Resultados financeiros Jun’05 3 467 604 -470 287 58 212 24 13 153 477 028 -2 340 050 1 205 684 Jun’04 3 536 878 663 228 19 530 335 746 -3 292 781 1 262 601 Proveitos e ganhos Juros Obtidos Rendimentos de Títulos de Participações Ganhos de Participações de capital relativamente a associadas Diferenças de Câmbio Favoráveis Descontos de Pronto-Pagamento Obtidos Ganhos na Alienação de Aplicações de Tesouraria Outros Proveitos e Ganhos Financeiros Jun’05 327 510 237 541 Jun’04 242 275 278 451 387 937 221 138 14 141 0 17 417 1 205 684 113 278 266 139 14 789 152 347 517 1 262 601 Adicionalmente, a repartição das vendas e prestação de serviços por actividade é como segue: Actividade Veículos Peças Reparações Outros 33. DEMONSTRAÇÕES CONSOLIDADAS DE RESULTADOS FINANCEIROS Em 30 de Junho de 2005 e 2004, os resultados financeiros consolidados têm a seguinte composição: 34. ACTIVOS NÃO CORRENTES DETIDOS PARA VENDA Em 30 de Junho de 2004 a rubrica “Mais-valias em activos não correntes detidos para venda” dizia respeito a uma mais-valia gerada com a alienação do imóvel de Cabo Ruivo no montante de, aproximadamente, 7.853 mil Euros. 35. ACTIVOS E PASSIVOS CONTINGENTES Liquidações de Impostos: Face às decisões favoráveis obtidas nos processos de impugnação judicial, referentes às liquidações adicionais em sede de IRC e referentes aos exercícios de 1995 e 1996, durante o período de seis meses findo em 30 de Junho de 2005 recuperou-se uma parte dos valores reclamados, aproximadamente 85 mil Euros, esperando-se para breve a recuperação do remanescente das liquidações adicionais pagas e reconhecidas como custos em exercícios anteriores, acrescido dos respectivos juros compensatórios. Simultaneamente, em relação à fiscalização efectuada aos exercícios de 1997, 1998 e 1999, encontram-se reclamadas as notas de liquidação adicionais em sede de IRC, ainda que pagas, no valor de Euros 1.769.511, dado a Empresa entender existirem razões legais válidas para estas contestações. Face a decisão favorável da reclamação graciosa sobre matéria relativa a Despesas de Investigação e Desenvolvimento recebeu-se no período de seis meses findo em 30 de Junho de 2005 aproximadamente 193 mil Euros. Em relação à fiscalização efectuada aos exercícios de 2001 e 2002 esperam-se correcções em sede de IRC no valor aproximadamente de 352 mil Euros, incluindo juros compensatórios, para os quais foi constituída uma provisão (Nota 26). 36. REMUNERAÇÃO DOS MEMBROS DOS ORGÃOS SOCIAIS As remunerações dos membros dos órgãos sociais no primeiro semestre de 2005, foram como segue: 34 Órgãos sociais Valor Conselho de Administração Fiscal Único 220 529 12 000 232 529 37. APROVAÇÃO DAS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS As demonstrações financeiras consolidadas foram preparadas pelo Conselho de Administração e autorizadas para emissão em 27 de Setembro de 2005. 38. INFORMAÇÃO RELATIVA À ÁREA AMBIENTAL O Grupo adopta as medidas necessárias relativamente à área ambiental, com o objectivo de cumprir com a legislação vigente. 39. PRIMEIRA APLICAÇÃO DOS “INTERNATIONAL FINANCIAL REPORTING STANDARDS” O Grupo Salvador Caetano adoptou as Normas Internacionais de Relato Financeiro (“International Financial Reporting Standards – IFRS”) em 2005, aplicando para o efeito o “IFRS 1 – First-Time Adoption of International Financial Reporting Standards”, sendo a data de transição para efeitos da apresentação destas demonstrações financeiras consolidadas, 1 de Janeiro de 2004. O efeito, nos capitais próprios em 1 de Janeiro de 2004, 31 de Dezembro de 2004 e 30 de Junho de 2004 da conversão das demonstrações financeiras preparadas de acordo com os princípios de contabilidade geralmente aceites em Portugal (“POC”) para as demonstrações financeiras reexpressas em conformidade com as Normas Internacionais de Relato Financeiro (“IFRS”) em vigor em 1 de Janeiro de 2005 pode ser detalhado como segue: Capitais próprios POC Ajustamentos efectuados na conversão para IFRS Anulação de custos diferidos Anulação de intangíveis e imobilizações corpóreas não capitalizáveis Antecipação de gratificações aos colaboradores Anulação de diferenças de consolidação Outros Total dos ajustamentos de conversão para IFRS Capitais próprios IFRS 1.01.2004 114 638 019 -173 694 -1 126 196 -563 000 -1 821 600 -149 830 -3 834 320 110 803 699 30.06.04 116 223 093 31.12.04 119 331 180 -250 436 -1 045 889 -464 136 -1 639 400 -149 830 -3 549 691 112 673 402 -157 432 -1111047 -783 575 -1 457 280 -3 509 334 115 821 846 O detalhe dos ajustamentos efectuados com impacto no resultado líquido consolidado do exercício findo em 31 de Dezembro de 2004 e do período de seis meses findo em 30 de Junho de 2004 na conversão das demonstrações financeiras para as Normas Internacionais de Relato Financeiro pode ser resumido como segue: 30.06.04 Resultado líquido consolidado POC 31.12.04 3 013 158 5 397 398 Anulação de custos diferidos -76 742 16 263 Anulação de intangíveis e imobilizações corpóreas não capitalizáveis (efeitos líquidos de amortizações) 80 345 13 920 -464 136 -783 585 Ajustamentos efectuados na conversão para IFRS Antecipação de gratificações aos colaboradores Anulação das amortizações de diferenças de consolidação 182 160 364 320 Total dos ajustamentos de conversão para IFRS -278 373 -389 082 Resultado líquido consolidado IFRS 2 734 785 5 008 316 Os principais impactos da mudança para IFRS prendem-se com as seguintes situações: · As diferenças de consolidação foram anuladas e reconhecidas directamente em capitais próprios. · Determinados activos intangíveis e alguns elementos do imobilizado corpóreo (despesas de constituição, investigação e desenvolvimento, publicidade, manutenção e reparação) passam a ser reconhecidos em resultados no momento em que o custo é incorrido, em detrimento da sua capitalização ou diferimento; · Passou a ser reconhecida como custo a distribuição dos resultados aos colaboradores no exercício imediatamente anterior ao da sua distribuição, em virtude de tal procedimento constituir uma “obrigação construtiva”. 40. VEICULOS EM FIM DE VIDA Em Setembro de 2000, a Comissão Europeia votou uma directiva respeitante aos veículos em fim de vida e a correspondente responsabilidade dos Produtores/Distribuidores pelo seu desmantelamento e reciclagem. Os Produtores/Distribuidores terão, segundo este normativo, que suportar no mínimo uma parte significativa do custo de retoma dos veículos, colocados no mercado a partir de 1 de Julho de 2002 bem como, para os comercializados anteriormente a esta data quando apresentados a partir de 1 Janeiro de 2007. Esta legislação terá impacto nos veículos Toyota vendidos em Portugal. A Salvador Caetano e a sua representada Toyota, estão a monitorar atentamente o desenvolvimento da Legislação Nacional Portuguesa de forma a, em devido tempo, poderem quantificar o impacto destas operações nas suas demonstrações financeiras. É no entanto nossa convicção, face aos estudos já elaborados sobre o mercado português, e atendendo à possível valorização dos resíduos resultantes do desmantelamento dos veículos em causa, que o impacto efectivo desta legislação nas contas da Empresa será diminuto senão nulo. Entretanto e para cumprimento da legislação introduzida no normativo nacional (Dec./Lei 196/2003), a Empresa concretizou a contratualização com a “ValorCar – Sociedade de Gestão de Veículos em Fim de Vida, Lda.” – Empresa licenciada como entidade gestora do sistema integrado de gestão de VFV – a transferência das responsabilidades inerentes a todo este processo. 35 DEMONSTRAÇÃO CONSOLIDADA DAS ALTERAÇÕES NO CAPITAL PRÓPRIO (Euros) Capital social Saldos 31 Dez. 2004 Aplicação do resultado consolidado de 2004: Transf. para reserva legal Dividendos distribuídos Transf. para Outras reservas Variação nas reservas de conversão cambial Alteração do justo valor de investimentos disponíveis para venda Resultado líquido consolidado do período Interesses minoritários no resultado Outros Saldos 30 Junho 2005 Saldos 31 Dezembro 2003 Aplicação do resultado consolidado de 2004: Transferência para reserva legal Dividendos distribuídos Variação nas reservas de conversão cambial Resultado líquido consolidado do período Interesses minoritários no resultado Outros Saldos 30 Junho 2004 Reservas legais Reservas de reavaliação Outras reservas Total de reservas Interesses minoritários Resultado líquido 35 000 000 5 921 603 6 187 307 56 089 Total 63 648 521 75 813 520 3 599 541 5 008 326 119 421 387 - 287 200 - - 60 905 - 2 621 126 - 287 200 2 621 126 60 905 - (287 200) (2 100 000) (2 621 126) - (2 100 000) 60 905 - - - - 2 853 720 - 2 853 720 - - 2 853 720 - - - - - - - - 5 059 148 5 059 148 - - - - - - - (188 831) - (188 831) 6 208 803 5 636 603 6 187 307 6 187 307 116 994 - 2 853 720 - (680 471) 65 589 176 63 979 788 (680 471) 80 956 000 75 803 698 (39 769) 3 370 941 3 475 811 5 059 148 - (720 240) 124 386 089 114 279 509 - 285 000 - - - (285 000) - - - - - - - 130 074 - (1 800 000) - (1 800 000) 130 074 - - (1 800 000) 130 074 - - - - - - - - 2 734 785 2 734 785 - - - - - - - 113 105 - 113 105 35 000 000 5 921 603 6 187 307 130 074 - 804 845 62 699 633 804 845 74 938 617 (172 609) 3 416 307 2 734 785 632 236 116 089 709 35 000 000 35 000 000 Acções próprias Reservas Reservas de Reservas de conv. cambial justo valor - O anexo faz parte integrante desta demonstração para o período de seis meses findo em 30 de Junho de 2005. O TÉCNICO DE CONTAS: ALBERTO LUÍS LEMA MANDIM O CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO: SALVADOR FERNANDES CAETANO – Presidente; JOSÉ REIS DA SILVA RAMOS – Vice-Presidente; TETSUO AGATA; KUNIO KOMADA; MARIA ANGELINA MARTINS CAETANO RAMOS; SALVADOR ACÁCIO MARTINS CAETANO; ANA MARIA MARTINS CAETANO. 36 DEMONSTRAÇÃO CONSOLIDADA DOS FLUXOS DE CAIXA (Euros) Jun-05 ACTIVIDADES OPERACIONAIS Recebimentos de Clientes Pagamentos a Fornecedores Pagamentos ao Pessoal Fluxo gerado pelas Operações Pagamento do Imposto sobre o Rendimento Outros Recebimentos/Pagamentos relativos à Actividade Operacional Fluxo gerados antes das Rubricas Extraordinárias Fluxo das Actividades Operacionais ACTIVIDADES DE INVESTIMENTO Recebimentos provenientes de: Imobilizações Financeiras Imobilizações Corpóreas Imobilizações Incorpóreas Subsídios de Investimento Juros e Proveitos Similares Dividendos Pagamentos respeitantes a: Investimentos Financeiros Imobilizações Corpóreas Imobilizações Incorpóreas Fluxo das Actividades de Investimento ACTIVIDADES DE FINANCIAMENTO Recebimentos provenientes de: Empréstimos Obtidos Pagamentos respeitantes a: Empréstimos Obtidos Amortização de Contratos de Locação Financeira Juros e Custos Similares Dividendos Fluxo das Actividades de Financiamento CAIXA E EQUIVALENTES Caixa e Seus Equivalentes no Início do Período Caixa e Seus Equivalentes no Fim do Período Variação de Caixa e Seus Equivalentes Jun-04 321 459 413 -208 948 619 -23 169 367 285 292 261 -195 534 551 -20 852 957 89 341 427 -1 559 503 -28 032 026 59 749 899 59 749 899 7 393 018 226 107 237 541 -9 528 114 -94 908 1 031 758 3 323 192 7 856 666 -9 623 022 -1 766 356 1 031 758 -58 797 969 -3 437 378 -2 090 242 68 904 752 -393 919 -56 308 193 12 202 640 12 202 640 63 331 278 451 -3 617 430 -20 015 13 498 580 3 664 974 -3 637 445 27 530 13 498 580 -23 142 264 -64 325 589 -63 293 831 18 380 359 13 070 071 -5 310 288 -3 524 516 -1 800 567 -28 467 347 -14 968 767 15 717 904 12 979 307 -2 738 597 37 RELATÓRIO DE REVISÃO LIMITADA ELABORADO POR AUDITOR NA CMVM SOBRE INFORMAÇÃO SEMESTRAL CONSOLIDADA REGISTADO INTRODUÇÃO 1. Para os efeitos do artigo 246º do Código dos Valores Mobiliários, apresentamos o nosso Relatório de Revisão Limitada sobre a informação financeira consolidada do período de seis meses findo em 30 de Junho de 2005, da Salvador Caetano – Indústrias Metalúrgicas e Veículos de Transporte, S.A. (“Empresa”), incluída: no Relatório de Gestão, no Balanço consolidado (que evidencia um total de 357.893.758 Euros e capitais próprios, incluindo interesses minoritários, de 124.386.089 Euros, incluindo um resultado líquido de 5.059.148 Euros), nas Demonstrações consolidadas dos resultados por naturezas, dos fluxos de caixa e das alterações no capital próprio do período de seis meses findo naquela data e no correspondente Anexo. 2. As quantias das demonstrações financeiras, bem como as da informação financeira adicional, são as que constam dos registos contabilísticos da Empresa e suas subsidiárias, posteriormente ajustadas com as quantias, ainda sem registo contabilístico, que foram objecto do nosso trabalho. RESPONSABILIDADES 3. É da responsabilidade do Conselho de Administração da Empresa: (i) a preparação de informação financeira consolidada que apresente de forma verdadeira e apropriada a posição financeira do conjunto das empresas incluídas na consolidação e o resultado consolidado das suas operações; (ii) que a informação financeira histórica seja preparada de acordo com as Normas Internacionais de Relato Financeiro adoptadas pela União Europeia e que seja completa, verdadeira, actual, clara, objectiva e lícita, conforme exigido pelo Código dos Valores Mobiliários; (iii) a adopção de políticas e critérios contabilísticos adequados; (iv) a manutenção de um sistema de controlo interno apropriado; e (v) a informação de qualquer facto relevante que tenha influenciado a sua actividade, posição financeira ou resultados. 4. A nossa responsabilidade consiste em verificar a informação financeira contida nos documentos acima referidos, designadamente sobre se, para os aspectos materialmente relevantes, é completa, verdadeira, actual, clara, objectiva, lícita e em conformidade com o exigido pelo Código dos Valores Mobiliários, competindo-nos emitir um relatório de segurança moderada, profissional e independente, sobre essa informação financeira, baseado no nosso trabalho. ÂMBITO 5. O trabalho a que procedemos teve como objectivo obter uma segurança moderada quanto a se a informação financeira anteriormente referida está isenta de distorções materialmente relevantes. O nosso trabalho foi efectuado com base nas Normas Técnicas e Directrizes de Revisão/Auditoria emitidas pela Ordem dos Revisores Oficiais de Contas, foi planeado de acordo com aquele objectivo e consistiu, principalmente, em indagações e procedimentos analíticos destinados a rever: (i) a fiabilidade das asserções constantes da informação financeira; (ii) a adequação das políticas contabilísticas adoptadas, tendo em conta as circunstâncias e a consistência da sua aplicação; (iii) a aplicabilidade, ou não, do princípio da continuidade; (iv) a apresentação da informação financeira; e (v) se, para os aspectos materialmente relevantes, a informação financeira consolidada é completa, verdadeira, actual, clara, objectiva e lícita em conformidade com o exigido pelo Código dos Valores Mobiliários. 6. O nosso trabalho abrangeu ainda a verificação da concordância da informação financeira consolidada constante do Relatório de Gestão com os restantes documentos anteriormente referidos. 7. Entendemos que o trabalho efectuado proporciona uma base aceitável para a emissão do presente relatório de revisão limitada sobre a informação semestral. PARECER 8. Com base no trabalho efectuado, o qual foi executado tendo em vista a obtenção de uma segurança moderada, nada chegou ao nosso conhecimento que nos leve a concluir que a informação financeira consolidada do período de seis meses findo em 30 de Junho de 2005 referida no parágrafo 1 acima da Salvador Caetano – Indústrias Metalúrgicas e Veículos de Transporte, S.A. não esteja isenta de distorções materialmente relevantes que afectem a sua conformidade com as Normas Internacionais de Relato Financeiro adoptadas pela União Europeia e que, nos termos das definições incluídas nas directrizes mencionadas no parágrafo 5 acima, que não seja completa, verdadeira, actual, clara, objectiva e lícita. ÊNFASES 9. Conforme divulgado na Nota 1 do Anexo a Empresa adoptou, pela primeira vez em 2005, na apresentação das suas demonstrações financeiras consolidadas as Normas Internacionais de Relato Financeiro adoptadas pela União Europeia (IAS/IFRS). No processo de transição das normas contabilísticas anteriormente adoptadas (Plano Oficial de Contabilidade – POC) para as IAS/IFRS, a Empresa seguiu os requisitos previstos na Norma Internacional de Relato Financeiro 1 – Adopção pela Primeira vez das Normas Internacionais de Relato Financeiro, tendo a data de transição sido reportada a 1 de Janeiro de 2004, pelo que a informação financeira referida àquela data e ao exercício de 2004, anteriormente apresentada de acordo com o POC, foi reexpressa para as IAS/IFRS, para efeitos de comparabilidade. Na preparação das demonstrações financeiras semestrais anexas foi seguida a Norma Internacional de Contabilidade 34 – Relato Financeiro Intercalar, e incluíram-se na Nota 39 do Anexo as divulgações adicionais exigidas relativamente ao processo de transição para as Normas Internacionais de Relato Financeiro adoptadas pela União Europeia. 10. As demonstrações financeiras relativas ao exercício findo em 31 de Dezembro de 2004 foram por nós examinadas e a nossa opinião sobre as mesmas, expressa na Certificação Legal das Contas e Relatório de Auditoria datado de 14 de Março de 2005, inclui uma ênfase sobre as incertezas relativas à realização de activos imobilizados corpóreos registados nas subsidiárias sedeadas no Reino Unido, a qual deixou de ser aplicável face à actual expectativa de recuperação destes activos, através da reestruturação encetada e da actividade operacional futura, bem como face à menor relevância daqueles activos relativamente às demonstrações financeiras consolidadas em 30 de Junho de 2005. Porto, 19 de Setembro de 2005 DELOITTE & ASSOCIADOS, SROC S.A. Representada por Jorge Manuel Araújo de Beja Neves 38