Relatório Técnico NI 43

Transcrição

Relatório Técnico NI 43
MMX Mineração e Metálicos S.A.
Relatório Técnico NI 43-101
Projeto Ferro Corumbá
Brasil
Mineração e Metálicos S.A.
Praia do Flamengo 154/4°
Rio de Janeiro Brasil 22210-030
Número Projeto SRK 162703
7175 West Jefferson Ave., Suite 3000
Lakewood, Colorado USA 80235
Tel: +1.303.985.1333
Fax: +1.303.985.9947
E-mail: [email protected]
Web site: www.srk.com
Data Efetiva: 30 de Setembro, 2007
Data do Relatório: 10 de Março, 2008
Colaboradores:
Dr. Neal Rigby CEng, MIMMM, PhD
Leah Mach MS Geology, CPG
Antonio Carlos Girodo
J. Michael Elder, P.E.
George Borinski
S E E Johansson, MSAIMM
Antonio Peralta, PhD
Aprovado pelos QP’s:
Dr. Neal Rigby CEng, MIMMM, PhD
Leah Mach MS Geology, CPG
S E E Johansson, MSAIMM
_______________________________
_________________________________
Consultores do Projeto
Pessoas Qualificadas
Mineração e Metálicos S.A.
Projeto Corumbá
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Relatório Técnicot
Tabela de Conteúdos
SUMÁRIO (ITEM 3) ............................................................................................................................ I
1
INTRODUÇÃO E TERMOS DE REFERÊNCIA (ITEM 4) ................................................ 1-1
1.1
Termod de Referência e Objetivo do Relatório ......................................................... 1-1
1.2
Fontes de Informação................................................................................................. 1-1
1.3
Data Efetiva ............................................................................................................... 1-1
1.4
Confiança de Outros Especialistas (Item 5)............................................................... 1-1
1.5
Litígio Relevante........................................................................................................ 1-1
1.6
Qualificações dos Consultores (SRK) ....................................................................... 1-2
2
DESCRIÇÃO DA PROPRIEDADE E LOCALIZAÇÃO (ITEM 6) .................................... 2-1
2.1
Localização da Propriedade ....................................................................................... 2-1
2.2
Títulos Minerias ......................................................................................................... 2-1
2.2.1
Legislação Mineral Brasileira...................................................................... 2-1
2.2.2
Autorização para Pesquisa Geológica ......................................................... 2-1
2.2.3
Concessão do Direito para Lavra ................................................................ 2-2
2.2.4
Direitos Minerais da MMX em Corumbá ................................................... 2-2
2.2.5
Manutenção dos Direitos Minerais.............................................................. 2-4
2.3
Localização da Mineralização.................................................................................... 2-4
2.4
Perícias....................................................................................................................... 2-5
2.5
Acordos de Royalties e Ônus..................................................................................... 2-5
2.6
Passsivos Ambientais................................................................................................. 2-5
2.7
Permissões e Licenças................................................................................................ 2-5
2.8
Acesso Superficiário .................................................................................................. 2-6
3
ACCESSIBILIDADE, CLIMA, RECURSOS LOCAIS, INFRAESTRUTURA &
FISIOGRAFIA (ÍTEM 7) .................................................................................................................. 3-1
3.1
Acesso ........................................................................................................................ 3-1
3.2
Clima.......................................................................................................................... 3-1
3.3
Fisiografia .................................................................................................................. 3-1
3.4
Vegetação................................................................................................................... 3-1
3.5
Recursos Locais e Infraestrutura................................................................................ 3-2
3.5.1
Suprimento e Gerenciamento da Água........................................................ 3-2
3.5.2
Suprimento de Energia Elétrica................................................................... 3-2
3.5.3
Construções e Instalações Auxiliares .......................................................... 3-3
3.5.4
Área de Estocagem de Combustível............................................................ 3-3
3.5.5
Esgoto e Depósito de Detritos ..................................................................... 3-3
3.5.6
Laboratório .................................................................................................. 3-3
3.5.7
Comunicações.............................................................................................. 3-4
3.5.8
Segurança Patrimonial................................................................................. 3-4
4
HISTÓRICO (ITEM 8).......................................................................................................... 4-1
4.1
Titularidade ................................................................................................................ 4-2
4.2
Gastos do Projeto ....................................................................................................... 4-2
4.3
Histórico de Pesquisa Geológica ............................................................................... 4-2
4.4
Estimativas Históricas de Recursos Minerais ............................................................ 4-3
5
CONTEXTO GEOLÓGICO (ITEM 9) ................................................................................. 5-1
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15
Geologia Regional ..................................................................................................... 5-1
5.1.1
Litologia e Estratigrafia............................................................................... 5-1
5.2
Geologia Estrutural .................................................................................................... 5-4
5.3
Geologia Local........................................................................................................... 5-5
5.3.1
Formação Santa Cruz – Membro Córrego das Pedras................................. 5-5
5.3.2
Formação Santa Cruz – Membro Banda Alta.............................................. 5-6
5.3.3
Geologia da Mina 63 ................................................................................... 5-6
5.3.4
Geologia de Urucum NE ............................................................................. 5-6
TIPO DE DEPÓSITO (ITEM 10).......................................................................................... 6-1
MINERALIZAÇÃO (ITEM 11)............................................................................................ 7-1
7.1
Depósitos Eluvionares ............................................................................................... 7-1
7.2
Depósitos Coluvionares ............................................................................................. 7-1
PESQUISA GEOLÓGICA (ITEM 12).................................................................................. 8-1
8.1
Pesquisa Geológica na Mina 63................................................................................. 8-1
8.2
Pesquisa Geológica de Urucum NE........................................................................... 8-1
8.2.1
Geofísica...................................................................................................... 8-2
SONDAGEM (ITEM 13) ...................................................................................................... 9-1
9.1
Mina 63 ...................................................................................................................... 9-1
9.2
Urucum NE ................................................................................................................ 9-1
MÉTODO E ABORDAGEM DE AMOSTRAGEM (ITEM 14) ........................................ 10-1
PREPARAÇÃO DAS AMOSTRAS, ANÁLISE E SEGURANÇA (ITEM 15)................. 11-1
11.1 Preparação da Amostras, Análise e Segurança para a Mina 63............................... 11-1
11.1.1 Preparação das Amostras........................................................................... 11-1
11.1.2 Análises da Amostras ................................................................................ 11-2
11.1.3 Garantia e Controle de Qualidade do Laboratório .................................... 11-3
11.2 Amostragem, Preparação e Análise para Urucum NE............................................. 11-5
11.2.1 Procedimentos de Preparação de Amostras............................................... 11-5
11.2.2 Chemical Analysis Procedures .................................................................. 11-6
11.2.3 Procedimentos de Controle de Qualidade (QA/QC) ................................. 11-7
11.2.4 Segurança das Amostras............................................................................ 11-9
11.2.5 Certificação ISO 9000 ............................................................................... 11-9
VERIFICAÇÃO DOS DADOS (ITEM 16) ........................................................................ 12-1
PROPRIEDADES ADJACENTES (ITEM 17) ................................................................... 13-1
PROCESSAMENTO MINERAL E TESTES METALÚRGICOS (ITEM 18) .................. 14-1
14.1 Processamento Mineral e Testes Metalúrgicos para Mina 63 ................................. 14-1
14.1.1 Parâmetros Tecnológicos do Processo ...................................................... 14-1
14.1.2 Análise Mineralógica................................................................................. 14-3
14.1.3 Cálculo do Balanço de Massa.................................................................... 14-5
14.2 Processamento Mineral e Testes Metalúrgicos - Urucum NE ................................. 14-5
14.2.1 Localização e Preparação das Amostras Metalúrgicas.............................. 14-5
14.2.2 Metodologia............................................................................................... 14-6
14.2.3 Resultados.................................................................................................. 14-6
14.2.4 Conclusões............................................................................................... 14-10
ESTIMATIVA DE RECURSOS E RESERVAS MINERAIS (ITEM 19) ......................... 15-1
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15.1
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Estimativa de Recursos e Reservas Minerais da Mina 63 ....................................... 15-1
15.1.1 Banco de Dados......................................................................................... 15-1
15.1.2 Modelo Geológico ..................................................................................... 15-1
15.1.3 Banco de Dados dos Recursos................................................................... 15-1
15.1.4 Composição ............................................................................................... 15-3
15.1.5 Densidade .................................................................................................. 15-4
15.1.6 Topografia ................................................................................................. 15-5
15.1.7 Variografia................................................................................................. 15-5
15.1.8 Estimativa de Recursos............................................................................ 15-10
15.1.9 Classificação de Recursos ....................................................................... 15-12
15.2 Estimativa de Recursos Minerais – Urucum NE ................................................... 15-13
15.2.1 Banco de Dados....................................................................................... 15-13
15.2.2 Modelo Geológico ................................................................................... 15-14
15.2.3 Modelo de Blocos Gridded Seam............................................................ 15-15
15.2.4 Densidade ................................................................................................ 15-15
15.2.5 Topografia ............................................................................................... 15-16
15.2.6 Compositing ............................................................................................ 15-16
15.2.7 Variografia............................................................................................... 15-17
15.2.8 Estimativa de Recursos............................................................................ 15-17
15.2.9 Declaração de Recursos........................................................................... 15-18
15.3 Estimativa de Reservas da Mina 63 ...................................................................... 15-19
OUTROS DADOS E INFORMAÇÕES RELEVANTES (ITEM 20) ................................ 16-1
16.1 Recursos Potenciais ................................................................................................. 16-1
16.1.1 Mina 63...................................................................................................... 16-1
16.1.2 Alvos Adicionais ....................................................................................... 16-1
16.2 Melhorias do Processo ............................................................................................. 16-1
REQUISITOS ADICIONAIS DAS ÁREAS EM OPERAÇÃO E PRODUÇÃO (ITEM 25)17-1
17.1 Estudos Geotécnicos ................................................................................................ 17-1
17.2 Operações de Lavra.................................................................................................. 17-1
17.3 Método de Lavra ...................................................................................................... 17-2
17.4 Planejamento de Mina.............................................................................................. 17-3
17.5 Processamento.......................................................................................................... 17-4
17.6 Infrastrutura.............................................................................................................. 17-5
17.6.1 Bacias de Rejeitos...................................................................................... 17-5
17.7 Contratos .................................................................................................................. 17-5
17.8 Mercado ................................................................................................................... 17-6
17.8.1 Logística de Embarque .............................................................................. 17-6
17.9 Gerenciamento Ambiental ....................................................................................... 17-6
17.9.1 Durante a Vida Operacional da Mina ........................................................ 17-6
17.9.2 Fechamento de Mina ................................................................................. 17-7
17.10 Análise Econômica .................................................................................................. 17-7
17.11 Impostos e Royalties ................................................................................................ 17-7
17.12 Plano Econômico LoM ............................................................................................ 17-8
17.13 Sensibilidade .......................................................................................................... 17-10
17.14 Vida da Mina.......................................................................................................... 17-10
INTERPRETAÇÃO E CONCLUSÕES (ITEM 21)............................................................ 18-1
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RECOMENDAÇÕES (ITEM 22)........................................................................................ 19-1
REFERÊNCIAS (ITEM 23) ................................................................................................ 20-1
GLOSSÁRIO ....................................................................................................................... 21-1
21.1 Recursos e Reservas Minerais ................................................................................. 21-1
21.2 Glossário .................................................................................................................. 21-2
Lista da Tabelas
Tabela 1: Recursos Minerais – Mina 63- Projeto Corumbá* ............................................................ III
Tabela 2: Recursos Minerais – Urucum NE- Projeto Corumbá* ...................................................... III
Tabela 3: Reservas de Minério - Mina 63 Projeto Corumbá* ........................................................... IV
Tabela 4: Resultados Econômicos da LoM (US$000s) ..................................................................... VI
Tabela 1.6.1: Principais Pessoas da SRK no Projeto ........................................................................ 1-3
Tabela 2.2.4.1: Direitos Minerais – Projeto Corumbá, Mina 63 e Arredores................................... 2-3
Tabela 4.4.1: Recursos Minerais* – Mina 63- Projeto Corumbá em Dezembro 2006..................... 4-3
Tabela 4.4.2: Reservas de Minério* – Mina 63 Projeto Corumbá em Dezembro 2006 ................... 4-3
Tabela 5.3.1: Local Stratigraphy – Mine 63 Area ............................................................................ 5-5
Tabela 9.1.1: Sondagem na Mina 63, Projeto Corumbá ................................................................... 9-1
Tabela 9.2.1: Poços de Urucum NE, Projeto Corumbá .................................................................... 9-2
Tabela 10.1: Estatística dos Intervalos Amostrais para Mina 63 e Urucum NE............................. 10-1
Tabela 11.1.3.1: Sumário da Diferença Percentual entre as Amostras do SGS e UT .................... 11-4
Tabela 11.2.2.1: Limites de Detecção do SGS para Análise de Minério de Ferro ......................... 11-6
Tabela 11.2.2.2: Limites de Detecção nas Análises de Minério de Ferro na ALS Chemex........... 11-7
Tabela 14.1.1.1: Minério Coluvionar –Análises Químicas: RoM e Lump..................................... 14-2
Tabela 14.1.1.2: Minério Eluvionar –Análise Química: RoM e Lump .......................................... 14-2
Tabela 14.1.2.1: Análise Mineralógica das Amostras da Mina 63 ................................................. 14-4
Tabela 14.1.3.1: Resultados Médios da Recuperação de Massa – Lump e Sinter Feed................. 14-5
Tabela 14.2.1.1: Características das Amostras Analizadas em Concentração de Meio Denso ...... 14-6
Tabela 14.2.3.1: Recuperação em Massa dos Diferentes Produtos Após Processamento.............. 14-7
Tabela 14.2.3.2: Média das Análises Químicas Antes da Concentração Gravimétrica.................. 14-7
Tabela 14.2.3.3: Qualidade Química Média do Sinter Feed........................................................... 14-7
Tabela 14.2.3.4: Resultados dos Testes de Meio Denso para a Fração <38,00> - LUMP1 ........... 14-8
Tabela 14.2.3.5:Resultados dos Testes de Meio Denso para a Fração < 25,00 >9,52 –LUMP3..... 14-9
Tabela 15.1.3.1: Banco de Dados de Recursos, Mina 63 ................................................................ 15-2
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Tabela 15.1.3.2: Estatística Básica – Resultados Originais– Área Colúvio ................................... 15-2
Tabela 15.1.3.3: Estatística Básica – Resultados Originais – Área Elúvio..................................... 15-3
Tabela 15.1.4.1: Estatística Básica das Compostas – Área Colúvio............................................... 15-4
Tabela 15.1.4.2: Estatística Básica das Compostas – Área Elúvio................................................. 15-4
Tabela 15.1.7.1: Variografia – Área Colúvio .................................................................................. 15-7
Tabela 15.1.7.2: Variografia – Área Elúvio..................................................................................... 15-7
Tabela 15.1.7.3: Variogramas Telescopados – Área Colúvio ........................................................ 15-9
Tabela 15.1.7.4: Variogramas Telescopados – Área Elúvio........................................................... 15-9
Table 15.1.8.1: Parameters of Block Model .................................................................................. 15-10
Tabela 15.1.8.2: Estatísticas para o Modelo de Blocos do Colúvio ............................................. 15-11
Tabela 15.1.8.3: Estatísticas para o Modelo de Blocos do Elúvio................................................ 15-11
Tabela 15.1.8.4: Recursos Minerais – Mina 63 Projeto Corumbá*.............................................. 15-12
Tabela 15.2.1.1: Sumário dos Poços Exploratório, Urucum NE .................................................. 15-13
Tabela 15.2.1.2: Estatística Básica – Análise Global - Área Urucum NE.................................... 15-14
Tabela 15.2.3.1: Parâmetros do Modelo de Blocos ...................................................................... 15-15
Tabela 15.2.6.1: Frações Granulométricas para a Análise das Amostras...................................... 15-17
Tabela 15.2.8.2: Estatística Básica para o Modelo de Blocos, Compostas e Análises Originais 15-18
Tabela 15.2.9.1: Sumário dos Recursos de Urucum NE............................................................... 15-18
Tabela 15.3.1: Correlação RoM x Lump ...................................................................................... 15-19
Tabela 15.3.2: Pit Otimizado para a Mina 63, Projeto Corumbá - Final de Dezembro 2006....... 15-20
Tabela 15.3.3: Sensibilidade da Otimização de Pit para o Preço de Produto Somente na área
Colúvio............................................................................................................................... 15-20
Tabela 15.3.4: Total de Reservas em Dezembro 2006 - Mina 63 Projeto Corumbá* ................. 15-20
Tabela 15.3.5: Produção da Mina 63 Production, Janeiro a Setembro 2007 ................................ 15-21
Tabela 15.3.6: Total de Reservas Provadas e Prováveis da Mine 63 Projeto Corumbá*, 30 de
Setembro, 2007 .................................................................................................................. 15-21
Tabela 17.4.1: Planejamento da Produção da Mina – Mina 63 ...................................................... 17-3
Tabela 17.4.2: Pessoal de Mina Necessário.................................................................................... 17-4
Tabela 17.11.1: MMX Taxas .......................................................................................................... 17-7
Tabela 17.12.1: Custos Operacionais (US$/t de produto) ............................................................... 17-8
Table 17.12.2: Resultados Econômicos da LoM (US$000s).......................................................... 17-9
Tabela 17.13.1: Sensibilidade do Projeto (VPL10% US$000’s) .................................................... 17-10
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Lista de Figuras
Figura 2-1: Mapa de Localização do Projeto Corumbá .................................................................... 2-1
Figura 2-2: Mapa dos Direitos Minerais – Projeto MMX Corumbá ................................................ 2-2
Figura 2-3: Superficiários das Áreas de Urucum NE e Mina 63 ...................................................... 2-3
Figura 3-1: Mapa de Localização do Projeto MMX Corumbá ......................................................... 3-5
Figura 4-1: Visão Esquemática do Projeto Mina 63 e Alvo Exploratório Urucum NE ................... 4-4
Figura 5-1: Coluna Estratigráfica e Mapa Regional ......................................................................... 5-8
Figura 5-2: Mapa Estrutural Regional do Projeto Corumbá............................................................. 5-9
Figura 5-3: Mapa Geológica da Área da Mina 63 .......................................................................... 5-10
Figura 9-1: Localização dos Furos e Amostras, Mina 63 Projeto Corumbá..................................... 9-3
Figura 9-2: Localização dos Poços, Urucum NE.............................................................................. 9-4
Figura 11-1: Análises LCT e SGS versus UT para Amostras de Corumbá.................................. 11-10
Figura 14-1: Localização das Amostras Metalúrgicas , Mina 63 ................................................. 14-11
Figura 14-2: Percentagem de Ferro RoM Versus Lump, Mina 63 ............................................... 14-12
Figura 15-1: Todos os Furos, Amostras de Canal e Poços – Mina 63.......................................... 15-22
Figura 15-2: Áreas Colúvio e Elúvio da Mina 63......................................................................... 15-23
Figura 15-3: Sólidos 3D do Colúvio em Planta e Seção Vertical................................................. 15-24
Figura 15-4: Sólidos 3D do Elúvio em Planta e Seção Vertical ................................................... 15-25
Figura 15-5: Locakuização das Amostras no Banco de Dados de Recursos – Mina 63............... 15-26
Figura 15-6: Variogramas do Ferro - Colúvio .............................................................................. 15-27
Figura 15-7: Variogramas do Ferro - Elúvio ................................................................................ 15-28
Figura 15-8: Modelos de Blocos Colúvio e Elúvio da Mina 63 ................................................... 15-29
Figura 15-9: Vista de Planta dos Teores dos Blocos Colúvio e Elúvio ........................................ 15-30
Figura 15-10: Seção Verticial do Modelo de Blocos Colúvio e Eluvio ....................................... 15-31
Figura 15-11: Swath Plot da Mina 63 ........................................................................................... 15-32
Figura 15-12: Sólido do Colúvio de Urucum NE ......................................................................... 15-33
Figura 15-13: Sólido Final do Colúvio para a estimativa de Recursos......................................... 15-34
Figura 15-14: Variograma de Ferro de Urucum NE..................................................................... 15-35
Figura 15-15: Classificação dos Blocos de Urucum NE .............................................................. 15-36
Figura 15-16: Curva de CoG para Colúvio e Elúvio .................................................................... 15-37
Figura 15-17: Pit da Mina 63 – Áreas Colúvio e Elúvio .............................................................. 15-38
Figura 17-1: Layout do Projeto Corumbá – Mina 63 ................................................................... 17-11
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Projeto Corumbá
vii
Relatório Técnicot
Figura 17-2: Projeto da Planta ...................................................................................................... 17-12
Figura 17-3: Fluxograma Simplificado do Processo .................................................................... 17-13
Lista de Apêndices
Apêndice A
Certificados dos Autores
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Projeto Corumbá
I
Relatório Técnicot
Sumário (Item 3)
A SRK Consulting (US), Inc., (SRK) foi encarregada pela Mineração e Metálicos S.A. (MMX) para
preparar um Relatório Técnico de acordo com o Instrumento Nacional 43-101 (NI 43-101) da CSA
(Canadian Securities Administrators) para o Projeto de Ferro de Corumbá (Projeto Corumbá),
localizado no Estado do Mato Grosso do Sul, Brasil. O objeto deste relatório é a Mina 63, uma
operação mineira produzindo Lump e Sinter, e um alvo exploratório, Urucum Ne. O projeto é de
propriedade e é operado pela MMX Corumbá Mineração Ltda (MMX Corumbá), uma subsidiária da
MMX.
Descrição da Propriedade e Acessibilidade
O Projeto Corumbá está localizado perto da cidade de Corumbá no Estado do Mato Grosso do Sul,
perto da fronteira do Brasil com a Bolívia, nas coordenatas 19º 11’ 41”S e 57º 36’ 50”W.
A Mina 63 está localizada a aproximadamente 19,5 km da cidade de Corumbá, no Estado do Mato
Grosso do Sul, Brasil;O acesso é pela rodovia pavimenta BR-262 por 16 km e então por estradas
não pavimentadas até a propriedade. O alvo Urucum Ne está localizado a cerca de 5 km a oeste da
Mina 63. O acesso é por rodovia pavimentada BR-262 por 10 km a partir da cidade de Corumbá e
então por estrada não pavimentada por mais 10 km.
Histórico do Projeto e Titularidade
A MMX Corumbá controla 20 direitos minerais na área do Projeto Corumbá, incluindo duas
Concessões de Lavra recobrindo a área da mina, 16 Alvarás de Pesquisa e dois Requerimentos de
Pesquisa. As Concessões de Lavra e os Alvarás recobrem uma área total de 9.495,98 ha. Os recursos
minerais e reservas da Mina 63 estão completamente contidos dentro das Concessões de Lavra. Os
recursos de Urucum Ne reportados neste relatório estão contidos dentro de dois alvarás de pesquisa.
A MMX Corumbá controla os direitos superficiários da mina através de acordos de arrendamento
com os proprietários da terra e tem permissão dos proprietários da terra para conduzir pesquisa
exploratória na área de recursos de Urucum NE.
A Sociedade Brasileira de Imóveis (SBI) iniciou as atividades mineiras na área em 1958, com a
extração de minério de ferro coluvionar, e a produção de ferro gusa numa planta perto do porto da
SBI. Quando o preço de ferro gusa caiu em 1973, a SBI construiu uma planta de beneficiamento
para minério de ferro e manganês, que operou entre 1974 e 1986. Entre 1986 e 2000, a atividade se
limitou á mineração subterrânea para minério de manganês. Após o ano de 2000, a produção se
restringiu à minerção e beneficiamento de minério de ferro. A MMX Corumbá adquiriu as
Concessões de Lavra e a planta de beneficiamento em 2005 e iniciou as operação de mina e
tratamento de minério em Janeiro de 2006. A pesquisa exploratória em Urucum NE iniciou-se em
2007.
Geologia e Mineralização
O Projeto Corumbá Project situa-se dentro do distrito ferro-manganesífero de Urucum, que está
localizado ao longo da fronteira Brasileira-Boliviana e se extende para oeste em áreas do Paraguai e
Bolívia, numa área de 200 km2.. Os depósitos de Urucum estão associados com formações
ferr´´iferas bandadas (BIF) localmente conhecidas como jaspelitos, que são encontradas na
Formação Banda Alta. A geologia regional consiste de rochas ígneas e metamórficas, intrusões
graníticas e intrusivas ácidas. As rochas estão em inconformidade ou em contato falhado e estão
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Projeto Corumbá
II
Relatório Técnicot
recobertas por depóstios sedimentares Quaternários, que representam aproximadamente 60% da
cobertura da área.
A mineralização da Mina 63 está hospedada em depósitos eluvionares e coluvionares, e a
mineralização de Urucum NE está hospedade em colúvios. Os elúvios estão localizados no flanco da
Morraria do Urucum e são formados pela lixiviação in situ de sílica e pelo subsequente
enriquecimento do ferro nos jaspelitos da Formação Banda Alta. Os colúvios consitem em depóstios
detríticos que formam um leque alongado na base da Morraria do Urucum. O teor de ferro nos
coluvios é mais alto perto da rocha fonte e decresce com a distância da mesma.
Pesquisa Geológica
A MMX Corumbá iniciou a primeira exploração geológica na propriedade na Mina 63 em
Novembro de 2005. Apesar das atividades de mineração ocorridas na propriedade antes da aquisição
da área pela MMX, nenhuma pesquisa geológica tinha sido feita até então. O programa de pesquisa
da MMX consistiu na abertura manual de poços exploratórios, referidos como poços, amostragem
de canal, e sondagem de furos diamantados. A análise química foi inicialmente feita pelo
Laboratório de Caracterização Tecnológica (LCT) em São Paulo e mais tarde pelo SGS Geosol
Laboratórios Ltda (SGS) em Belo Horizonte. As polpas inicialmente analisadas no LCT foram
subsequentemente mandadas para o SGS/Geosol para análise. O QA/QC Laboratorial consistiu no
envio de polpas para o Ultra Trace Analytical Laboratories Pty Ltd (Ultratrace) na Austrália para
reanálise. A correspondência entre os resultados químicos entre SGS e Ultratrace foi geralmente
boa, e os resultados do SGS foram julgados aceitáveis para o propósito da estimativa de recursos.
A pesquisa geológica em Urucum NE iniciou-se em 2007, com um programa de escavação de
poços. As amostras foram preparadas no laboratório da Mina 63 e analizadas no SGS em Belo
Horizonte. O QA/QC laboratorial consistiu na inserção de amostras padrão e duplicatas no fluxo
das amostras, e em se enviar polpas para o Chemex Laboratory na Australia para análises de
checagem. A análise do QA/QC feita pela Agoratek International indicou que pode existir um viés
para o Al2O3 e um viés significativo para o P nas analises do SGS.
Recursos e Reservas
Os recurso foram estimados pela Prominas, uma empresa de consultoria geológica e de engenharia
de Belo Horizonte, Brasil. A mina 63 foi dividida em dois modelos separados: a área do Elúvio e a
área do Colúvio. A área do Elúvio tem dois tipos de rochas: elúvio e um menor componente de
colúvio. A área do Colúvio tem também dois tipos de tochas: colúvio e um menor componente de
brecha cimentada. Sólidos 3D foram construídos para as duas áreas baseados nas seções verticais
dos furos de sonda.
Os resultados químicos foram compositados em comprimentos de 5 m a partir do topo do furo, com
quebras nos contatos geológicos, intervalos menores do que 2 m foram incluídos no intervalo
composto predecessor, se a litologia era a mesma, resultando num comprimento mínimo de 3m e
máximo de 7m. Amostras originais de poços e canais com comprimentos maiores do que 6 m ou
que estivessem localizadas a menos do que 10m de distância de um furo de sonda, foram excluídas
da rotina de composição. Intervalos de estéril interno que não foram amostrados, foram
considerados com o valor zero para efeito de composição.
Os estudos variográficos foram feitos para cada tipo de rocha nas área do Colúvio e do Elúvio.
Foram criados modelos de blocos separados para as áreas do Colúvio e do Elúvio, com tamanhos de
blocos de 50 x 50 x 5m e 25 x 25 x 5 m, respectivamente. Os modelos geológicos 3D foram usados
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III
Relatório Técnicot
para designar um código e uma percentagem de rocha para os blocos. Estudos variográficos foram
feitos para cada tipo de rocha em cada área. Os teores foram estimados com krigagem ordinária. A
classificação em recursos medidos, indicados e inferidos foi baseada na variância de krigagem e no
coeficiente de regressão. Os recursos totais da Mina 63, incluindo as reservas, da Mina 63 estão
tabulados na Tabela 1:
Tabela 1: Recursos Minerais – Mina 63- Projeto Corumbá*
Classificação
Medido
Indicado
Pilhas de Estoque
Total Indicado
Medido e Indicado
Inferido
Mt
(Mt)
5,2
40,4
0,1
40,5
45,6
14,0
Fe
(%)
60,92
51,90
60,40
51,92
53.06
53,26
SiO2
(%)
8,27
16,81
9,28
16,79
15,85
16,08
Al2O3
(%)
2,62
2,67
2,53
2,67
2,67
2,83
P
(%)
0,08
0,06
0,08
0,06
0,06
0,06
Mn
(%)
0,03
0,53
0,05
0,53
0,47
0,55
TiO2
(%)
0,14
0,14
0,14
0,14
0,14
0,15
LOI
(%)
1,75
1,51
1,69
1,51
1,54
1,67
* Toneladas estão reportadas em base úmida
Teor de Cut-off do Fe é 30%
Em Urucum NE, existe um simples domínio geológico, o Colúvio. O depósito foi modelado com
um modelo chamado “gridded seam model” (GSM), onde as dimensões x e y dos blocos são fixas e
adimensão z é variável. Os resultados químicos foram compositados numa única compsota para
cada poço, resultando num comprimento médio de 4,4m, com um mínimo de 2m e um máximo de
5m. O sólido geológico 3D foi usado para designar um código de rocha e sua percentagem para os
blocos. A variografia foi conduzida em todas as direções horizontais e nenhuma orientação
preferencial foi encontrada, o plano horizontal foi selecionado como o mais representativo da
mineralização. A estimativa de teor foi feita por krigagem ordinária num procedimento em três
passos onde cada passo sucessivo usou um raio de busca mais longo. Os blocos foram designados
com uma classificação de recursos de acordo com o passo em que foi estimado. Os recursos de
Urucum NE estão mostrados na Tabela 2.
Tabela 2: Recursos Minerais – Urucum NE- Projeto Corumbá*
Classificação
Medido
Indicado
Medido e Indicado
Inferido
Mt
(Mt)
3,17
34,00
37,17
32,84
Fe
(%)
55,23
53,03
53,22
50,95
SiO2
(%)
15,20
18,14
17,89
19,53
Al2O3
(%)
3,09
2,97
2,98
3,78
P
(%)
0,056
0,055
0,055
0,054
Mn
(%)
0,12
0,34
0,32
0,44
TiO2
(%)
0,18
0,18
0,18
0,20
LOI
(%)
1,72
1,80
1,79
2,19
*Toneladas etão reportadas em base úmida.
Teor de cut-off (CoG) do Fe é 20%
Reservas de Minerio – Mina 63
Em Dezembro de 2006, uma rotina de otimização de pit Lerchs Grossman foi utilizada sobre os
recursos minerais da Mina 63, usando-se os seguinte parâmetros:
•
Recuperção de Massa: 66%;
•
Média do valor dos produtos: US$32/t;
•
Custo da mina para RoM: US$1.38/t; Custo da Minas para estéril:: US$1.00/t;
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Projeto Corumbá
IV
Relatório Técnicot
•
Custo da Planta de beneficiamento: US$3.39/t produto;
•
Custos de Transporte: US$3.12/t produto;
•
G&A (Gerais e Administrativos): US$0.68/t produto;
•
Densidade: Colúvio 3,16; Elúvio 3,60; e
•
Ângulo de Talude: 47o Colúvio; 48o Elúvio.
As reservas reportadas abaixo estão descontadas da produção da mina até Setembro de 2007. O
total de reservas para a Mina 63 está listado na Tabela 2.
Tabela 3: Reservas de Minério - Mina 63 Projeto Corumbá*
Classification
Proven
Probable
Stockpile
Total Probable
Total Proven and Probable
Kt
4.3
25.0
0.1
25.1
29.4
Fe (%) SiO2 (%)
61.03
54.74
60.40
54.76
55.68
8.26
14.96
9.28
14.94
13.96
Al2O3 (%)
P (%) Mn (%)
2.55
2.51
2.53
2.51
2.51
0.08
0.06
0.08
0.06
0.06
0.03
0.43
0.05
0.43
0.37
TiO2 (%)
LOI (%)
0.14
0.14
0.14
0.14
0.14
1.67
1.45
1.69
1.45
1.48
* Toneladas estão reportadas em base úmida.
Fe (CoG) para Elúvio é 48,0% e Fe (CoG) para Colúvio é 56,1%.
Preço médio de Fe usado nas reservas é deUS$32.02.
Metalurgia e Processo
Os testes metalúrgicos da Mina 63 consistiram de:
•
Um estudo de correlação entre RoM e Lump para estabelecer os teores de corte, e
•
Um estudo de recuperção de massa para definir o rendimento de produto do Lump e do
sinter feed.
Os resultados dos testes indicam que o teor médio do RoM da Mina 63 deve ser de 54,8% Fe. As
percentagens de recuperção de massa para o Lump e para o sinter feed são 55% e 11%,
respectivamente.
Meio Ambiente
O programa ambiental da Mina 63 inclui a recuperação concomitante com as atividades de
mineração e ao final da vida útil da mina. A recuperação ambiental consite na recuperação
topográfica e revegetação das áreas das barragens, da mina, da planta de beneficiamento e dos
depósitos de estéril. A recuperação ambiental vai ser monitorada depois do fechamento da mina, por
um período de cinco anos.
Análise Econômica – Mina 63
A análise econômica e o plano de LoM estão baseados no seguinte:
•
Reservas de 29,4 Mt com um teor médio de 55,7% Fe;
•
Vida útil da mina de 8 anos, com uma taxa de produção de 4,101kta;
•
Uma taxa de recuperação média de produtos no processo de 55% para Lump e 11% para
Sinter feed para a LoM (vida útil da mina);
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V
Relatório Técnicot
•
Custos de Mina por tonelada estão baseados no contrato de lavra e são US$ 3.46 para 2008 e
US$ 3.30 para o restante da LoM; e
•
Custos de Processo por tonelada de produto são US$3.79 para 2008 e US$2.98 para o retante
da LoM.
•
Custos G&A são os seguintes;
o Custos diversos – planejamento de mina, controle de qualidade, administração US$1.90/t-produto para 2008 e US$1.58/t-produto para o restante da LoM,
o Transporte de produto – mina para porto - US$1.99/t-produto para 2008 e US$1.69/tproduto par o restante da LoM,
o Custos do Terminal Portuário estão incluídos nas despesas de venda; e
o Custos Corporativos – diversos - US$2.22/t-produto para 2008 e US$1.78/t-produto
para o restante da LoM..
•
Um custo de caixa operacional de US$9.32/t-minério (US$14.14/t-produto combinado);
•
Um Custo de Capital total de US$32.8milhões foi dispendido em 2005, 2006 e 2007. Este
custo de capital foi amortizado/depreciado de acordo com os métodos de depreciação linear
fornecidade pela MMX. Todavia, os custos de capital não foram incluídos no modelo
financeiro; e
•
O capital de custeio anual totalizam US$26.8milhões na LoM (US$1.00/t-produto)está
incluído. A MMX inclui os custos de fechamento de mina no capital de custeio. Não há
provisão para valores de recuperação ambiental.
Os resultados do caso base da análise econômica, apresentados na Tabela 4, indicam um valor
presente líquido depois dos impostos de US$76 milhões, com uma taxa de retorno de 10%.
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VI
Relatório Técnicot
Tabela 4: Resultados Econômicos da LoM (US$000s)
Descrição
Minério
Minério RoM (Mt)
Teor
Ferro
Minério Granulado
Recuperação do Processo
Minéiro Sinter Feed
Recuperação do Processo
Receita Bruta
Produto Granulado
Produto Sinter Feedt
Valor LoM
29,4
55,7%
55%
11%
Receita bruta
Royalty (Impostos)
Royalties
Renda Bruta para a Mineração
US$/-minério t $16,51
US$/t-produto $25,03
Renda Bruta para a Mineração
Custos Operacionais
Lavra
Processo
G &A
($22.662)
$484.718
$484.718
Custos Operacionais
US$/t-minério $8,55
US$/t-produto $12,97
Margim Operacional
US$/t-minério $7,95
US$/t-produto $12,06
Imposto de Renda
Imposto de Renda
Imposto Total
US$/t-minério $2,45
US$/t-produto $3,71
Renda Líquida após Impostos
US$/t-minério $5,51
US$/t-produto $8,35
Custos de Capital
Custeio
Equipamento – capital afundado – operação de mina
Fechamento de Mina/ Recuperação Ambiental – incluído no custeio
Capital Total
Fluxo de Caixa
VPL10%
SRK Consulting (US), Inc.
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$430.108
$77.272
$507.380
($64.259)
($86.798)
(100.097)
($251.154)
$233.564
($71.847)
($71.847)
$161.717
$34.866
$0
$0
($34.866)
$126.738
$76.069
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Projeto Corumbá
VII
Relatório Técnicot
Conclusões
O Projeto Corumbá consiste de uma operação de mina que está em produção desde Julho de 2006 na
Mina 63 e num alvo exploratório, Urucum NE. Os recursos e reservas foram estimados pela
Prominas sob instruções da MMX. O projeto está bem documentado com informações originais dos
boletins de descrição dos testemunhos, análises químicas, e vários relatórios, assim como um banco
de dados eletrônico.
A SRK revisou e validou o banco de dados amostral, topografia, interpretação geológica e os
parâmetros de estimativa de recursos. O modelo de blocos de recursos foi verificado através da
examinação visual e pela construção de gráficos do tipo swath plots através do depósito. A
estimativa de recursos seguiu os padrões da indústria e a classificação dos recursos está de acordo
com os princípios da CIM.
Os testes metalurgicos foram revistos pela SRK e considerados válidos.
A MMX possui as necessárias licenças ambientais e de lavra e acordos com superficiários para
operar a Mina 63 do Projeto Corumbá e para conduzir a pesquisa geológica nos recursos da área de
Urucum NE.
A equipe do Projeto Corumbá vem utilizando sua experiência no projeto e operação da mina A LoM
é relativamente curta e por isto o projeto é simples, não necessitando de muitas análises baseadas em
sensibilidade, que é típico para projetos de vida mais longa. Está bem estabalecido que este corpo de
minério será extraído da maneira e no prazo propostos pelos operadores.
A análise econômica do Projeto indica que:
•
O Projeto Corumba exibe robustez econômica com um VPL10% de US$76 milhões; e
•
A SRK considera que o Projeto Corumbá é um projeto de relativo baixo risco, dado pelo sua
vida útil de mina relativamente pequena, boas condições de lavra e métodos convencionais
de beneficiamento.
Recomendações
O banco de dados de recursos poderia ser melhorado pela introdução dos seguintes procedimentos
em futuros programas:
•
Os intervalos amostrais não devem ser maiores do que a altura dos bancos da mina. Este
procedimento poderia eliminar o problema de suporte amostral, onde intervalos maiores do
que 6 m foram excluídos da rotina de composição, e
•
Os intervalos de estéril interno devem ser analisados com os mesmos procedimentos da
amostras vizinhas. Isto poderia eliminar a dúvida a cerca dos teores e o uso do valor zero
para estes intervalos.
O procedimento de estimativa de recursos da Mina 63 poderia ser re-examinado em futuros
programas de sondagens e amostragens, para se estabelecer se o mesmo poderia ser simplificado. O
procedimento corrente está tecnicamente correto, mas pode ser mais complexo do que o requerido
por este depósito.
Como progressos na lavra, um programa de mina com um modelo de reconciliação deve ser
implementado. Esta é uma prática padrão nas operações de mina e auxilia na avaliação do modelo
de recursos.
SRK Consulting (US), Inc.
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10 Março, 2008
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Projeto Corumbá
VIII
Relatório Técnicot
O QA/QC laboratorial de Urucum NE indica que pode existir um viés na análises de Al2O3 e P
realisadas pela SGS. A SRK recomenda que este viés seja inviestigado mais profundamente.
SRK Consulting (US), Inc.
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Mineração e Metálicos S.A.
Projeto Corumbá
1
1-1
Relatório Técnico
Introdução e Termos de Referência (Item 4)
A SRK Consultoria (US), Inc., (SRK) foi encarregada pela Mineração e Metálicos S.A. (MMX)
para preparar um Relatório Técnico para a Mina 63 do Projeto Corumbá, localizado no Estado do
Mato Grosso do Sul, Brasil para cumprir os requerimentos do Instrumento Nacional Canadense
43-101 (NI 43-101). A Mina 63 é uma mina de ferro em produção e Urucum NE é um alvo de
pesquisa geológica, ambos de propriedade e operados pela MMX Corumbá Mineração Ltda
(MMX Corumbá), a qual tem 70% de participação da MMX e 30% da Centennium Asset Mining
Fund LLC. Certas definições usadas neste sumário executivo estão definidas no corpo do
relatório técnico.
Este relatório reflete a mais recente estimativa de recursos e reservas baseada em dados
produzidos até 30 de Setembro de 2007.
1.1
Termod de Referência e Objetivo do Relatório
Este Relatório Técnico pode ser usado para todos os fins pela MMX para promover o
desenvolvimento da propriedade, pela provisão de uma auditoria das estimativas de recursos
minerais e reservas de minério e classificação dos recursos e reservas de acordo com o sistema
de classificação e avaliação de projetos do Instituto Canadense de Mineração, Metalurgia e
Petróleo (Canadian Institute of Mining, Metallurgy and Petroleum -CIM).
A MMX também pode usar o Relatório Técnico para qualquer propósito legal que lhe convier. O
Relatório Técnico foi preparado em total conformidade com as diretrizes constantes nos Padrões
de Apresentação para Projetos Minerais do NI 43-101 (Standards of Disclosure for Mineral
Projects) .
1.2
Fontes de Informação
A informação técnica sobre a qual este neste Relatório Técnico está baseado, representa uma
compilação do trabalho realizado pela MMX e por várias empresas de consultoria independentes.
Os estudos e referencias adicionais para este Relatório Técnico estão listadas na Seção 20. A
SRK fez a revisão dos dados do projeto e incorporou seus resultados com os comentários
apropriados e ajustes necessários à preparação deste Relatório Técnico.
1.3
Data Efetiva
A data efetiva ddos recursos e reservas declarados neste relatório é 30 de Setembro de 2007. A
data do relatório é 10 de Março de 2008.
1.4
Confiança de Outros Especialistas (Item 5)
A opinião da SRK contida aqui é baseada nas informações fornecidas pela MMX no curso das
investigações da SRK. As fontes de informação incluem relatórios supridos pela MMX e pelo
pessoal de Corumbá assim como documentos citados na Seção 20.
1.5
Litígio Relevante
A SRK foi informada pela MMX que não existe qualquer litígio legal concernente à propriedade
de Corumbá.
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1.6
1-2
Relatório Técnico
Qualificações dos Consultores (SRK)
O Grupo SRK compreende um corpo técnico de 750 profissionais, oferecendo especialistas num
extenso leque de disciplinas da engenharia de recursos. A independência do Grupo SRK é
assegurada pelo fato de não possuir participação em nenhum projeto e que sua propriedade é
somente do seu corpo técnico. Isto permite à SRK prover a seus clientes recomendações
objetivas e livres de interesse sobre questões de julgamento crucial. A SRK tem um registro
comprovado de acompanhamento de avaliações independentes de recursos e reservas minerais,
avaliações de projetos e auditorias, relatórios técnicos e avaliações independentes de viabilidades
técnicas, com padrões confiáveis (bankable), em nome de empresas de exploração mineral e de
mineração e de instituições financeiras ao redor do mundo. O Grupo SRK também trabalhou
com um grande número de grandes empresas de mineração internacionais e seus projetos,
fornecendo serviços de consultoria na indústria mineral.
Este relatório foi preparado baseado em uma revisão técnica e econômica realizada pela equipe
do grupo SRK em Denver, filial nos EUA. Estes consultores são especialistas nas áreas de
geologia exploratória, classificação e estimativa de recursos e reservas minerais, mineração à céu
aberto, processamento mineral e economia mineral.
A SRK ou nenhum de seus empregados e associados que perticiparam da preparação deste
relatório, têm qualquer interesse ou benefício na MMX ou em seus ativos. Será pago à SRK
honorários por este trabalho, de acordo com as práticas normais de consultoria profissional.
Os indivíduos que contribuíram neste relatório técnico, os quais estão listados abaixo, possuem
extensa experiência na indútria mineral e são membros efetivos de instituições profissionais
apropriadas. As principais pessoas que contribuíram para este relatórios estão listadas na Tabela
1.6.1.
O Dr. Neal Rigby, Leah Mach e Sten Jahansson são as Pessoas Qualificadas (QP) para este
relatório. Leah Mach visitou o local entre 25 e 27 de Setembro de 2007. Durante a visita ao local,
a Sra. Mach inspecionou os poços exploratórios e testemunhos de sondagem, o laboratório,
visitou a planta de processamento, reviu a infraestrutura geral da mina e vez uma visita à mina. A
Sra Mach é responsável para preparação geral do relatório e especificamente pela Seções 1 a 13,
15.1 a 15.2, 16 e 18 a 22 deste 16 e 18 a 22 deste Relatório Técnico. O Dr. Rigby visitou a
propriedade do Projeto Corumbá em 06 de Janeiro de 2006. Durante esta visita, o Dr. Rigby
inspecionou os poços exploratórios, inspecionou os testemunhos de sondagem, visitou a planta
de processo, reviu a infraestrutura geral da mina e visitou o local da mina. O Dr. Rigby é a
Pessoa Qualificada responsável pela revisão do relatório e especificamente pelas Seções 15.5 e
17. Sten Johansson, uma pessoa qualificada para o relatório, também visitou o local em 25 a 27
de Setembro de 2007 e é responsável pelas Seções 14 e 17. George Borinski visitou o local em
25 a 27 de Setembro de 2007.
O Certificados dos Autores são apresentados no Apêndice A.
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10 Março, 2008
Mineração e Metálicos S.A.
Projeto Corumbá
1-3
Relatório Técnico
Tabela 1.6.1: Principais Pessoas da SRK no Projeto
Nome
Leah Mach
Antonio Carlos Girodo
Michael Elder
S E E Johansson
George Borinski
Dr. Antonio Peralta
Dr. Neal Rigby
SRK Consulting (US), Inc.
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Disciplina
Estimativa de Recursos, Gerente de Projeto, QP
Estimativa de Recursos e Conversão de Reservas
Lavra e Infraestrutura
Processamento, QP
Meio Ambiente e permissões
Projeto Econômico e Avaliação
Revisor do Projeto, Lavra, QP
10 Março, 2008
Mineração e Metálicos S.A.
Projeto Corumbá
2-1
Relatório Técnico
2
Descrição da Propriedade e Localização (Item 6)
2.1
Localização da Propriedade
O Projeto Corumbá está localizado perto da cidade de Corumbá, no Estado do Mato Grosso do
Sul, próximo à fronteira do Brasil com a Bolívia, nas coordenadas 19º 11’ 41”S e 57º 36’ 50”W,
conforme mostra a Figura 2-1. O projeto consiste em alguns prospectos e uma mina em
operação. A mina em operação, Mina 63, e o projeto Urucum NE são objeto deste Relatório
Técnico. A Figura 2-2 mostra as concessões de lavra e a Figura 2-3 mostra os superficiários da
propriedade.
2.2
Títulos Minerias
2.2.1 Legislação Mineral Brasileira
De acordo com a Constituição do Brasil, o direito de exploração e explotação de recursos
minerais só podem ocorrere com autorização ou concessão federal e somente cidadãos brasileiros
ou companhias organizadas segundo a lei brasileira e com sede no país, podem estar capacitadas
para exercer tais atividades e, desta forma, obter a posse de direitos minerais.
Adicionalmente, o direito mineral no Brasil está governado pelo Código de Mineração e suas
regras são regulamentadas pelo Departamento nacional de Produção Mineral do Brasil (DNPM),
o qual é a agência governamental que controla as atividades de mineração em todo o país.
2.2.2 Autorização para Pesquisa Geológica
Como estipulado no artigo 14 do Código de Mineração e no artigo 18 do Decreto, a exploração
ou pesquisa mineral compreende os trabalhos necessários para a medição e avaliação de um
recurso e sua viabilidade técnica e econômica. A citada legislação também determina que esta
pesquisa deve ser efetuada através de medições de campo e estudos laboratoriais, estudos
geológicos e geofísicos, e qualquer outro tipo de trabalho de pesquisa geológica.
O escritório local do DNPM concede a autorização para uma parte interessada através da
concessão de um Alvará de Pesquisa. Para se obter o Alvará de Pesquisa, o titular da área
apresenta um pedido de pesquisa ao DNPM. Após análise do pedido, o DNPM pode conceder o
Alvará de Pesquisa válido por um período de um a três anos. Este período pode ser extendido,
sujeito à análise da pesquisa pelo DNPM. O titular do Alvará de Pesquisa (i) pode ceder ou
transferir o direito, providenciando todas as condições legais para a transferência da posse do
título; (ii) pode, a qualquer tempo, desistir do Alvará de Pesquisa; (iii) é o único responsável
pelos danos causados à terceiras partes, como resultado da realização da pesquisa; e (iv) o
proprietário deve submeter ao DNPM um relatório detalhada sobre as atividades exploratórias
antes do final do prazo do Alvará de Pesquisa.
Após o DNPM revisar o relatório técnico detalhado sobre as atividades exploratórias, a agencia
decide se o desenvolvimento da área é técnica e economicamente viável. O DNPM pode não
aprovar o processo exploratório no caso onde os trabalhos são insuficientes ou no caso de
deficiências técnicas no relatório.
Se a pesquisa é considerada técnica e econômicamente viável, o DNPM irá aprovar o projeto. O
proprietário do Alvará de Pesquisa terá então um ano para apresentar o pedido de Concessão de
lavra ou negociar os direitos minerais com outras partes. O DNPM somente concederá uma
SRK Consulting (US), Inc.
MMX.Corumba.IN 43-101 Relatório Tecnico.162703.KG.009
10 Março, 2008
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Projeto Corumbá
2-2
Relatório Técnico
prorrogação deste período de tempo. A prorrogação deve ser obtida antes da expiração do prazo
do primeiro ano, sendo permitido somente a prorrogação por um ano adicional.
2.2.3 Concessão do Direito para Lavra
Após a aprovação do DNPM do relatório de pesquisa, a parte interessada pode requerer a
concessão para o direito de lavra, o qual é concedido pelo Ministro das Minas e Energia do
Brasil, através da emissão de um título específico, a Concessão de Lavra. Antes da emissão da
concessão de Lavra, o DNPM deve verificar se todos os requisitos legais estão preenchidos,
incluindo a prévia aprovação do relatório técnico de pesquisa pelo DNPM.
Com a Concessão de Lavra, o proprietário dos direitos minerais deve estar capacitado para: (i)
explotar a mina até a sua completa exaustão; (ii) ceder ou transferir o título, através do
cumprimento de todas as condições legais para a posse do título; e (iii) desistir da Concessão de
Lavra, sujeito à aprovação do DNPM.
O proprietário da Concessão de lavra tem a responsabilidade de: (i) explotar a mina de acordo
com um plano de lavra previamente aprovado pelo DNPM; (ii) não interromper as atividades
mineiras por um período maior do que seis meses consecutivos após o início das operações, (iii)
extrair somente os minerais expressamente mencionados na Concessão de Lavra; (iv) respeitar as
Leis Ambientais aplicáveis; (v) pagar um acompensação financeira pela explotação, a
Contribuição Financeira sobre a Explotação de Recursos Minerais(CFEM).
2.2.4 Direitos Minerais da MMX em Corumbá
A MMX controla vinte direitos minerais na área do Projeto Corumbá listados na tabela 2.2.4.1
abaixo. A área total recoberta pelos direitos minerais é de 9.495,98ha
SRK Consulting (US), Inc.
MMX.Corumba.IN 43-101 Relatório Tecnico.162703.KG.009
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Projeto Corumbá
2-3
Relatório Técnico
Tabela 2.2.4.1: Direitos Minerais – Projeto Corumbá, Mina 63 e Arredores
Processo
DNPM
Data de
Concessão ou
Requerimento
Antigo / Atual
Proprietário
Area
(ha)
Alvo
Município
807.200/71
Urucum NE
Ladário
26/03/1975
Luiz Arthur
995,62
Fe
823.955/71
Urucum NE
Ladário
26/12/1975
Mário Sérgio
370,04
Fe, Mn
868.253/05
Urucum NE
Ladário
13/09/2006
635,24
Fe
868.045/05
Urucum NE
08/09/2005
406,69
Fe
003.275/65
Rabicho
Ladário
Ladário /
Corumbá
MMX Corumbá
Eike Batista /
MMX Corumbá
28/02/1979
Gabrielle Haralyi
499,80
Fe
003.276/65
Rabicho
Corumbá
03/02/1975
Gabrielle Haralyi
500,10
Fe
003.277/65
Rabicho
Corumbá
29/09/1976
392,10
Fe
806.106/68
Rabicho
Ladário
31/08/1970
491,00
Fe
806.107/68
Rabicho
Ladário
31/08/1970
279,48
Fe
806.108/68
Rabicho
Ladário
18/11/1971
500,00
Fe
824.873/71
Rabicho
Corumbá
18/07/1973
Gabrielle Haralyi
Mineração
Dobrados
Mineração
Dobrados
Mineração
Dobrados
Mineração
Dobrados
999,45
Fe
868.252/05
Rabicho
Ladário
13/09/2006
867,44
Fe
004.019/48
Mine 63
Corumbá/MS
349,33
Mn
375,74
Fe
930,20
Fe
58,98
Fe
25,46
Fe
116,34
Fe
700,95
Fe
2,02
Fe
004.084/58
6/02/84
MMX Corumbá
SBI/ EBX
Corumbaense (1)
SBI/ EBX
Corumbaense
EFB / MMX (1)
Corumbá
Albertina / EBX
Corumbaense
EFB / MMX
Corumbá
EFB / MMX
Corumbá
EFB / MMX
Corumbá
Mine 63
Corumbá/MS
21/05/81
Mine 63
868.046/05 Surroundings
Corumbá/MS
08/09/05
Mine 63
868.083/05 Surroundings
Corumbá/MS
23/06/05
Mine 63
868.090/05 Surroundings
Corumbá/MS
08/09/05
Mine 63
868.126/05 Surroundings
Corumbá/MS
03/11/05
Mine 63
868.138/05 Surroundings
Corumbá/MS
30/06/05
Mine 63
868.251/05 Surroundings
Ladário/MS
31/10/05 EBX Corumbaense
(1) CFEM – Compensação Financeira para a Explotação de Recursos Minerais
Substância
Situação
Atual
Requerimento
de lavra
Alvará de
Pesquisa
Alvará de
Pesquisa
Alvará de
Pesquisa
Requerimento
de lavr
Requerimento
de lavra
Requerimento
de lavra
Requerimento
de lavra
Requerimento
de lavra
Requerimento
de lavra
Requerimento
de lavra
Alvará de
Pesquisa
Concessão de
lavra
Concessão de
lavra
Alvará de
Pesquisa
Alvará de
Pesquisa
Alvará de
Pesquisa
Alvará de
Pesquisa
Requeirmento
de Pesquisa
Requerimento
de Pesquisa
Área da Mina 63 e Arredores
As reservas descritas neste relatório estão restritas à área recoberta pela Concessões de Lavra
004.019/48 and 004.084/58. A Concessão de Lavra 004.019/48 foi originalmente relatada para
minério de manganês. Subsequentemente foi comunicado ao DNPM, como um primeiro passo
para um aditamento de nova substência. O relatório de viabilidade para minério de ferro foi
protocolizado no DNPM usando-se os procedimentos apropriados, em 22 de março de 2006,
juntamente com o requerimento para aditamento do título para o mesmo incluir ferro.
O proprietário registrado das Concessõres de Lavra 004.019/48 e 004.084/58 é a Sociedade
Brasileira de Imoveis (SBI). A MMX Corumbá é o atual proprietário da área 004.084/58 através
de um contrato assinado e está esperando a mudança da propriedade pelo DNPM. A MMX
Corumbá controla a área 004.019/48 através de um contrato de arrendamento com a SBI.
SRK Consulting (US), Inc.
MMX.Corumba.IN 43-101 Relatório Tecnico.162703.KG.009
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Mineração e Metálicos S.A.
Projeto Corumbá
2-4
Relatório Técnico
Existem seis Alvarás de Pesquisa adicionais na área da Mina 63. Os requerimentos para os
Alvarás 868.046/05, 868.090/05, 868.126/05 e 868.138/05 foram originalmente feitos em nome
de Eike Batista, o principal acionaista da MMX, o o respectiva transferência de direito para a
MMX foi protocolizada no DNPM em 23 de Junho de 2006.
O Alvará 868.083/05 pertencia originalmente à Albertina Maria Brazoli; tal alvará foi negociado
com Brazoli e a transferência do direito para a MMX foi protocolizada no DNPM em 22 de
Novembro de 2006.
Urucum NE e Rabicho
Existem quatro direitos minerais na área de Urucum NE, incluindo três Alvarás de pesquisa e um
Requerimento para Lavra. Na área de Rabicho existem oito direitos minerais, incluindo um
Alvará de Pesquisa e sete Requerimento de lavra. Todos estes direitos, exceto dois em Urucum
NE que pertencem `MMX Corumbá, são controlados pela Família Haralyi como indivíduos ou
através da Mineração Dobrados. Os direitos pertencentes aos indivíduos da Família Haralyi estão
em processo de transferência para a Mineração Dobrados.
A MMX Corumbá executou um contrato em Julho de 2006 com a família Haralyi, no qual ficou
acertado que a MMX Corumbá poderá adquirir todas as ações da Mineração Dobrados por
US$14 milhões, uma vez que todos os dirietos foram transferidos para a Mineração Dobrados. A
MMX Corumbá pagou US$1 milhão como um pagamento adiantado e irá pagar o remanescente
imediatamente após a transferência de todos os direitos minerias para a Mineração Dobrados. A
MMX espera que a tranferência estará completa na primeira metade de 2008.
2.2.5 Manutenção dos Direitos Minerais
Para se manter od Alvarás de pesquisa com validade, os proprietários devem:
•
Pagar uma Taxa Anual por Hectare (TAH) para o DNPM até o final da pesquisa. A TAH
é devida no montante de (i) R$1,55/ha durante o prazo original o alvará e (ii) R$2,34/ha
durante o prazo de extensão. Note-se que os custos po hectare estão em Reais brasileiros.
•
Pagar as despesas incorridas pelo DNPM durante as inspeções das áreas de pesquisa; e
•
Submeter um relatório dos trabalhos de pesquisa antes da data de expiração do prazo.
Para se manter as permissões de explotação (Concessões de Lavra) com validade, o proprietário
deve:
2.3
•
Pagar a CFEM imposto mencionado na seção 2.2.3 deste relatório;
•
Pagar o superficiário a compensação de 50% do imposto CFEM; e
•
Apresentar um relatório anual até 15 de Março em cada ano, descrevendo todos os
aspectos da explotação mineral.
Localização da Mineralização
A SRK revisou mapas correspondentes e pertinentes e os contratos para atestar a validade da
posse da terra e da propriedade dos direitos minerais para as áreas pertencentes à MMX. A Mina
63 está localizada dentro da áreas recoberta pelos direitos minerais 004.019/48 e 004.084/58
(Apresentados na Figura 2-3). Os recursos de Urucum NE estão contidos dentro dos Alvarás de
Pesquisa 807.200/71 e 823.955/71.
SRK Consulting (US), Inc.
MMX.Corumba.IN 43-101 Relatório Tecnico.162703.KG.009
10 Março, 2008
Mineração e Metálicos S.A.
Projeto Corumbá
2.4
2-5
Relatório Técnico
Perícias
As concessões minerais no Brasil são documentais, não havendo necessidade da locação no
terreno de marcos ou demarcações. A documentação inclue as descrições dos limites da
Concessão no Sistema de Coordenadas Geográfico utilizando o Datum Provisional da América
do Sul 1959 (DATUM SAD_69).
Os limites norte e oeste das Concessões de Lavra da Mina 63 são contíguos com os limites das
áreas da CVRD, e estes cantos foram materializados com marcos de concreto. Estes marcos
foram levantados pela CVRD e confirmados pela MMX.
2.5
Acordos de Royalties e Ônus
Não existe nenhum royalty sobre a pripriedade de Corumbá. Existe uma taxa chamada
Compensação pela Explotação de Recursos Minerais (CFEM), arrecadada sobre as vendas dos
minerais brutos ou processados. Esta taxa é baseada no tipo de commodity. O proprietário do
direito mineral também é responsável pela compensação financeira ao proprietário dos direitos
superficiais, num montante igual a 50% da CFEM.
2.6
Passsivos Ambientais
A MMX informou que não existe nenhum passivo ambiental conhecido com relação aos direitos
minerais e seus antigos proprietários.
2.7
Permissões e Licenças
A MMX Corumbá tem assegurada as seguintes licensas e permissões para conduzir a exploração
geológica e as operação da Mina 63.
•
Permissão para supressão vegetal, ASV 073/2005, emitida em 26 de outubro de 2005
pelo Instituto Brasileiro para o Meio Ambiente (IBAMA), para a instalação da
insfraestrutura da Mina e operação de lavra, recobrindo 19,3ha;
•
Permissão para supressão vegetal, ASV 089/2006, emitida em 11 de Julho de 2006 pelo
IBAMA, para a execução de pesquisa geológica, recobrindo 8,11ha;
•
Licensa Operacional LO 002/1991 (Amended), emitida em 26 de outubro de 2005 pelo
IBAMA, autorizando 3,3Mtpa;
•
Renovação da Licensa Operacional LO 002/1991, emitida em 01 de novembro de 2007
pelo IBAMA, autorizando 3,3 Mtpa até 01 de Novembro de 2011;
•
Licensa Operacional LO 387/2006, emitida em 28 de Setembro de 2006 pela Secretaria
Especial de Meio Ambiente/Mato Grosso do Sul (SEMA/MS) para o uso de água
subterrânea na operações de mina.
•
Permissão para Supressão Vegetal ASV 194/2007, emitida em 01 de Novembro de 2007
pelo IBAMA, para a construção da barragem de rejeito, pilha de estoque e abertura de
novas áreas de lavra; e
•
Declaração da Agência Estadual de Meio Ambiente autorizando a pesquisa geológica na
área de Urucum NE.
SRK Consulting (US), Inc.
MMX.Corumba.IN 43-101 Relatório Tecnico.162703.KG.009
10 Março, 2008
Mineração e Metálicos S.A.
Projeto Corumbá
2-6
Relatório Técnico
A MMX informou à SRK que nenhuma outra permissão é necessária para se conduzir a pesquisa
geológica ou operar a Mina 63 ou conduzir a pesquisa geológica em Urucum NE.
2.8
Acesso Superficiário
A MMX Corumbá não possui os direitos superficiários na área da Mina 63, mas tem um contrato
de arrendamento com seus proprietários. Parte da área está nas terras da SBI e parte na Fazenda
São Francisco do Urucum. O contrato de arrendamento com o proprietário da fazenda inclui o
direito de uso da área da planta de beneficiamento, e a permissão de uso de uma área de 6 ha
para as instalações das barragens de rejeito e a coleta de material de empréstimo para as
barragens numa área de 4 ha. A MMX tem acordos de pesquisa geológica com os proprietários
superficiais de Urucum NE para abrir estradas de acesso, escavar poços exploratórios e coletar
amostras.
As áreas das Concessões de Lavra e dos contratos superficiários são apresentados na Figura 2-3.
SRK Consulting (US), Inc.
MMX.Corumba.IN 43-101 Relatório Tecnico.162703.KG.009
10 Março, 2008
Figura 2-1
Projeto Corumbá,
Brasil
Mapa de Localização do
Projeto Corumbá
SRK Job No.: 162703.03
File Name: Figure 2-1.doc
Fonte: Mineração & Metálicos S.A.
Date: 02-27-08
Approved: LM
Figure: 2-1
Projeto Corumbá,
Brasil
SRK Job No.: 162703.03
File Name: Figure 2-2.doc
Fonte: Mineração & Metálicos S.A.
Figura 2-2
Mapa de Direitos Minerais- MMX
Projeto Corumbá
Date: 02-27-08
Approved: LM
Figure: 2-2
Projeto Corumbá,
Brasil
SRK Job No.: 162703.03
File Name: Figure 2-3.doc
Fonte: Mineração & Metálicos S.A.
Figura 2-3
Superficiários das Áreass de
Urucum NE e Mina 63
Date: 02-27-08
Approved: LM
Figure: 2-3
Mineração e Metálicos S.A.
Projeto Corumbá
3
Accessibilidade, Clima, Recursos Locais,
Infraestrutura & Fisiografia (Ítem 7)
3.1
Acesso
3-1
Relatório Técnico
O Projeto Corumbá está localizado a aproximadamente 19,5km por estrada da cidade de
Corumbá, Mato Grosso do Sul, Brasil. O acesso é feito pela autoestrada pavimentada BR-262
percorrendo-se 16km e então por estradas não-pavimentas pertencentes à Vale. (Figura 3-1). As
áreas de pesquisa de Urucum NE estão localizadas a cerca de 5 km a oeste da Mina 63. O acesso
é feito pela rodovia pavimentada BR-262 por 10 km a partir da cidade de Corumbá e então por
estrada não pavimentada por mais 10 km.
3.2
Clima
O clima na área do projeto é determinado por fatores relativos à geografia e elevação, que variam
de menos do que 100m na depressão do Pantanal, perto da cidade de Corumbá, no Brasil, e
Puerto Suarez/Puerto Quijarro, na Bolívia; a mais do que 1.000m nas morrarias ricas em ferro
próximas à fronteira com a Bolívia.
O clima é tropical com estações chuvosa e seca bem marcadas. O clima é controlado pela Bacia
Amazônica ao norte, o Platô Brasileiro à leste e a Cordilheira dos Andes à oeste. O período seco
dura por quatro ou cinco meses, de aproximadamente Maio a Setembro. A média pluviométrica
anual é de 1.500mm nas elevações mais altas e 1.000mm no Pantanal.
As temperaturas médias variam de 23° a 25°C com as mais baixas temperaturas nos platôs e as
temperaturas mais elevadas no Pantanal de Mato Grosso do Sul e Bolívia. A temperatura
máxima pode exceder 40°C no Pantanal. Raramente, as temperaturas mínimas podem chegar a
0°C, principalmente na regial do Chaco Boliviano.
3.3
Fisiografia
Três unidades geomorfológicas estão presentes na área de estudo: a Planície e o Pantanal de
Mato Grosso, a Depressão do Rio Paraguai e o Platô Residual do Urucum-Amolar. As elevações
acima do nível do mar, variam de aproximadamente 60 a 80m, na Depressão do Rio Paraguai,
atá mais do que 1.000m nos platôs Residuais, que incluem as morrarias do Urucum e da Serra do
Rabicho. As elevações na área de estudo variam de 500 a 1.000m.
3.4
Vegetação
O Pantanal de Mato Grosso é parte da bacia do alto Paraguai, que é a maior área contínua
alagada na América Latina. A vegetação encontrada no Pantanal é um mosaico de habitats com
diferentes floras definidas por grandes ecossitemas. A fronteira norte é dominada pela vegetação
encontrada na Bacia Amazônica, enquanto que a leste encontra-se a vegatação típica do cerrado,
relacionada com o Platô Central. Ao sul encontra-se com as Florestas de Mata Atlântica, e a
oeste com as florestas deciduais dos pântanos do Chaco, achadas na Bolívia e Paraguai.
A Mina 63 encontra-se numa área originalmente recoberta pela vegetação típica do cerrado e por
florestas deciduais. O bioma do cerrado brasileiro é tipicamente representado por gramíneas,
arbustos e pequenas árvores. Nas partes superiores das morrarias ricas em ferro, aflorando perto
da cidade de Corumbá, o solo que suporta esta vegetação tende a ser ácido.
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Projeto Corumbá
3-2
Relatório Técnico
As florestas deciduais e semi-deciduais na área do projeto estão restritas às matas de galeria
remanescestes e à bolsões de florestas encontradas em áreas de conservação ambiental e nas
encontas das morrarias. As florestas possuem características bióticas distintas, crescendo com
escassez de água na estações secas e excesso de água nas estações chuvosas.
3.5
Recursos Locais e Infraestrutura
A cidade de Corumbá tem excelente rede de transporte e infraestrutura, e pode ser acessada por
estrada, ar ou rio (Figura 3-1). Por estrada, Corumbá é acessada a partir da capital do Estado,
Campo Grande, pela autoestrada federal asfaltada BR-262. A área é também acessada pela
Estrada de Ferro Noroeste do Brasil, que liga Corumbá e Campo Grande à São Paulo e ao Porto
de Santos. O Rio Paraguai permite o transporte por barcaças para portos na Bolívia, Paraguai,
Uruguai e Argentina, provendo excelente opções de logística de carregamento de mercadorias e
produtos. Corumbá tem uma população suficiente para prover a força de trabalho para a mina.
3.5.1 Suprimento e Gerenciamento da Água
A água para o projeto virá de poços dentro da área do projeto. Um deles está sendo furado e
outros serão perfurados se necessário.
Três tipos de água serão usados neste projeto, sendo:
•
Água não-tratada – Água bombeada diretamente dos poços para os reservatórios de água;
•
Água Potável – Água dos poços que será tratada na estação de tratamento de água na
área industrial; e
•
Água de Processo – Água recuperada das bacias de sedimentação e bombeadas para o
reservatório de água recuperada do processo.
A água captada dos poços será usada como: água potável, água de combate a incêndios, água de
serviço, selagem de bombas e na recomposição do nível do reservatório de aguá de processo.
A distribuição da água a partir dos reservatórios de água será feita por gravidade ou
bombeamento, de acordo da aplicação, em linhas individuais para cada circuito.
Após a passagem pela estação de tratamento, a água tratada será armazenada em reservatórios
próprios, ao lado da estação. Deste local a água tratada será bombeada para os pontos de
consumo. O tratamento consite em filtração, floculação e cloração.
A água de processo será recuperada das bacias de sedimentação, e usada como água de recarga
nos lavadores, como água de lavagem nas peneiras e para a manutenção dos níveis necessários
nas caixas de bomba. Ocasionalmente, pode também ser usada como água para controle de
poeira nas área industriais.
3.5.2 Suprimento de Energia Elétrica
A Empresa Energática do Mato Grosso do Sul (ENERSUL) supre a eletricidade do projeto por
uma linha de transmissão de 34,5kV. Do ponto de derivação da linha, localizado na sub-estação
ao lado da BR-262, até a sub-estação do projeto, existe uma linha convencional de 2 km. Nesta
sub-estação principal, é realizado o rebaixamento de tensão para 13.8kV, antes da distribuição
para os pontos de carga. O principal ponto de carga será a sub-estação da planta de
beneficiamento, onde a tensão será reduzida para 440, 220, e 120V, para a alimentação dos
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Projeto Corumbá
3-3
Relatório Técnico
motores elétricos, circuitos de iluminação, equipamentos de controle de processo, equipamentos
auxiliares e outros dispositivos elétricos.
A demanda total de energia é estimada em 2,3MW, como negociado com a ENERSUL.
3.5.3 Construções e Instalações Auxiliares
As instalações para a Mina 63 incluem:
•
Escritório Administrativo central na cidade de Corumbá;
•
Oficina de manutenção da Planta de beneficiamento;
•
Cozinha e refeitório para 200 empregados;
•
Vestiário;
•
Laboratório;
•
Almoxarifado; e
•
Pequeno escritório admininstrativo na área da Mina 63.
3.5.4 Área de Estocagem de Combustível
A Petrobrás mantém um posto de combustível móvel na área da Mina 63, com capacidade de
15.000 l. A Petrobrás mantém as instalações do posto de combustível de acordo com as regras
governamentais.
3.5.5 Esgoto e Depósito de Detritos
O esgoto é tratado através de:
•
Fossa séptica, e
•
Filtro anaeróbico.
3.5.6 Laboratório
O laboratório na Mina 63 iniciou suas operações em 15 de maio de 2007. O laboratório fornece a
preparação de amostras e análises químicas para suportar a pesquisa geológica e operações de
lavra para a MMX Corumbá, e o controle de qualidade para a planta de ferro gusa que pertence à
MMX Metálicos.
O laboratório tem 30 empregados, 23 na preparação de amostras, 6 no laboratório químico e 1 na
supervisão. A capacidade do laboratório por dia é de 240 amostras preparadas e 230 análises
químicas. A taxa de produção atual é de cerca de 950 amostras por mês com um plano de
aumento para cerca de 2000 amostras por mês em 2008.
Os procedimentos do laboratório incluem:
•
Preparação de Amostras;
•
Testes granulométricos;
•
Análises de Ferro;
o Índice de Crepitação, e
o Índice de Tamboramento e Abrasão.
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Mineração e Metálicos S.A.
Projeto Corumbá
•
Perda ao Fogo (LOI);
•
Análises de Fluorescência de Raio-X (XRF);
•
Análise de Ferro Gusa;
3-4
Relatório Técnico
o Análises de Carbono e Enxofre por LECO.
3.5.7 Comunicações
O escritório de Corumbá possui acesso à telefone e internet. A comunicação na área da Mina 63
é feita por rádio ou por telefones celulares.
3.5.8 Segurança Patrimonial
A segurança patrimonial é feita pela empresa contratada, Máxima Segurança e Vigilância
Patrimonial Ltda, com sede em Corumbá. O acesso principal da Mina possui um portão, com
vigilância mantida pela empresa de segurança.
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Projeto Corumbá,
Brasil
SRK Job No.: 162703.03
File Name: Figure 3-1.doc
Fonte: Mineração & Metálicos S.A.
Figura 3-1
Mapa de Localização do Projeto
MMX Corumbá
Date: 02-27-08
Approved: LM
Figure: 3-1
Mineração e Metálicos S.A.
Projeto Corumbá
4
4-1
Relatório Técnico
Histórico (Item 8)
A área do Projeto Corumbá está localizado no município de Corumbá, Estado do Mato Grosso
do Sul, Brasil. A principal atividade econômica da região é a mineração de minério de ferro,
minério de manganês, calcário e areia. Os depósitos de ferro e manganê são conhecidos desde o
final do século dezenove. Todo o minério de manganês é extraído usando-se métodos
subterrâneos, enquanto o minério de ferro é minerado por lavra a céu aberto. As principais
companhias de mineração da região são: MMX Corumbá, Mineração Urucum (CVRD),
Minerações Corumbaenses Reunidas (RTZ) e a Fábrica de Cimento Itaú (Grupo Votorantin).
A mineração tem existido na região por muito tempo, mas o primeiro decreto de lavra foi
concedido em 1881, para a área da Morraria do Urucum. A área da Mina 63 compreende duas
Concessões de Lavra do DNPM. Esta área tem um longa história relacionada com as Minas Laiz
e ema, as quais estão localizadas dentro das concessões da MMX. Em 1958, a companhia de
mineração Sociedade Brasileira de imóveia (SBI) iniciou a mineração na área da Mina Laiz, com
a extração de minério de ferro coluvionar. O RoM era beneficiado a seco, produzindo 80.000 t de
minério Lump. O minério era transportado por caminhões convencionais para uma planta de
ferro gusa pertencente ao mesmo grupo, localizada perto do porto da SBI, na estrada de interliga
Ladário com Corumbá.
Em 1973, pelo baixo preço do ferro gusa, as operações na planta de ferro gusa e as operações
correlatas de lavra e de processamento de minério foram suspensas. Após 1974, a SBI construiu
uma planta de beneficiamento de minério de ferro e manganês, no local da antiga planta
siderúrgica. Esta planta tinha a capacidade de beneficiar 140.000 tpa de minério de ferro e
30.000 tpa de minério de manganês. Durante este tempo, as minas de Laiz e Ema estavam em
operação. Ambas as minas estavam projetadas para produzir minério de ferro a céu aberto e
minério de manganês por métodos subterrâneos. Este projeto ficou em operação até 1986. De
1974 a 1986, a SBI produziu 425.000t de minério de ferro tipo Lump e 420.500t de minério de
manganês.
Entre 1986 e 1993, as atividades minerias ficaram restritas à mineração subterrânea de
manganês, enquanto as operação foram arrendadas para a Companhia Paulista de Ferro Ligas.
De1993 até 2000, a SBI arrendou a mina subterrânea de manganês e a mina a céu aberto para a
Minefer LTDA.
Após 2000, as atividades mineiras se restringiram a mineração e beneficiamento de minério de
ferro na Mina Laiz. A SBI vendia o minério de ferro como RoM para o grupo Sidersul/Vetorial,
que processava o minério utilizando uma planta móvel na Mina Laiz. Em agosto de 2005, a
EBX Corumbaense, atualmente MMX Corumbá, adiquiriu os direitos minerais destas minas,
assim como a planta de beneficiamento existente.
Após recuperar a planta de britagem móvel existente (a planta AZTECA), a MMX iniciou a
mineração e processamento de minério de ferro da Mina 63, em Janeiro de 2006. Em Julho de
2006, a MMX iniciou as operação da planta principal, e o primeiro lote de minério Lump foi
embarcado no Porto de Ladário neste mesmo mês.
Não existe nenhuma produção na área de Urucum NE.
A Figura 4-1 mostra uma vista esquemática da área do projeto da Mina 63 e Urucum NE.
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Mineração e Metálicos S.A.
Projeto Corumbá
4.1
4-2
Relatório Técnico
Titularidade
Mina 63
O dono registrado das concessões de lavra 004.019/48 e 004.084/58 é a SBI. A MMX Corumbá
é o presente proprietário da concessão 004.084/58 através de um contrato de compra e está
esperando a mudança de titularidade no DNPM. A MMX Corumbá controla a concessão
004.019/48 através de um acorde de arrendamento com a SBI.
O pedido para os Alvará de Pesquisa 868.046/05, 868.090/05, 868.126/05 e 868.138/05 foram
originalmente feitos em nome de Eike Batista, o principal acionista da MMX. A transmissão dos
alvarás para a MMX foi protocolizada no DNPM em 23 de junho de 2006.
O Alvará de pesquisa 868.083/05 foi comprado de Albertina Maria Brazoli, e a transmissão do
alvará para a MMX foi protocolizada no DNPM em 22 de Novembro de 2006.
Urucum NE
A transferência da titularidade para as permissões de lavra e pesquisa em Urucum NE está em
curso, dependendo da aprovação do Conselho de Defesa Nacional (CDN). O CDN é um órgão
federal encarregado da verificação do cumprimento da Lei 6.634, que trata dos controles e
exigências que devem ser seguidos por empreendimentos localizados nas zonas de fronteira.
Apesar da MMX possuir o consentimento prévio permitindo a MMX operar na zona de fronteira,
para cada nova aquisição, os novos documentos devem ser submetidos ao CDN. Durante a
revisão do processo pelo CDN, as permissões de pesquisa e lavra no DNPM permanecem em
nome dos antigos proprietários. A titularidade será transferida para a MMX tão logo após se
tenha a aprovação pelo CDN, após a finalização da sua revisão.
4.2
Gastos do Projeto
Não existem registors dos investimentos dos antigos donos desta área. A MMX tem invetido
cerca de US$28 millhões, na aquisição dos direitos minerais, pesquisa mineral, planta de
beneficiamento, trabalhos ambientais e outros estudos da Mina 63. A MMX já gastou cerca de
US$360,000 em pesquisa geológica e US$1.0 milhão em aquisição de direitos minerais em
Urucum NE. Um adicional de US$13 milhões deverão ser pagos uma vez que todos os direitos
minerais sejam transferidos.
4.3
Histórico de Pesquisa Geológica
Os métodos de pesquisa dos proprietários anteriores do Projeto Corumbá são desconhecidos.
Todavia, é de entendimento dos geólogas da MMX que não existiu pesquisa propriamente dita e
que os procedimentos de lavra se baseavam na expressão de superfície da camada rochosa de
ferro..
As atividades de pesquisa geológica na área de Urucum NE foram iniciadas em meados do
século vinte por Nicolas Haralyi, um engenheiro de minas, e continuadas por seu filho Nicolau,
um engenheiro de minas e geólogo. A pesquisa realizados pelos Haralyi consistiu de poços rasos
escavados manualmente numa malha de 200m. A MMX iniciou seu intersse na área visando o
potencial para minério granulado. Em Fevereiro de 2007 a MMX iniciou uma campanha
exploratória nesta área, também escavando poços manualmente em malha de 400m, 200m e
100m.
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Mineração e Metálicos S.A.
Projeto Corumbá
4.4
4-3
Relatório Técnico
Estimativas Históricas de Recursos Minerais
Não existem declarações publicadas de recursos e reservas minerais para esta propriedade
anteriormento ao envolvimento da MMX. A MMX Corumbá apresentou uma primeira estimativa
de recursos para a Bolsa de Valores de São Paulo (BOVESPA) em Julho de 2006, durante a
Oferta Pública Inicial das ações ordinárias da MMX. Os recurso geológicos totais da Mina 63
foram reportados 65,0Mt de Recursos Medidos e Indicados e 23,7 Mt de Recursos Inferidos,
com um teor médio de 58% Fe. Estes números de recursos estão de acordo com as definições de
classificação de Recursos/Reservas do Código de Mineração Brasileiro, não obedecendo às
diretrizes da NI 43-101. A MMX produziu um Relatório Técnico NI 43-101 para Recursos e
reservas referentes à Dezembro de 2006, em maio de 2007, em conjunção com a sua listagem na
Bolsa de valores de Toronto (Toronto Stock Exchange -TSX). Os recursos e reservas listados
neste relatório estão contidos nas Tabelas 4.4.1 e 4.4.2 respectivamente.
Tabela 4.4.1: Recursos Minerais* – Mina 63- Projeto Corumbá em Dezembro 2006
Classificação
Medido
Indicado
Medido e Indicado
Inferido
Toneladas
(Mt)
6,5
40,7
47.2
14,2
Fe
(%)
61,1
52,1
53,2
53,4
SiO2
(%)
8,08
16,75
15,56
15,96
Al2O3
(%)
2,59
2,67
2,66
2,82
P
(%)
0,08
0,06
0,06
0,06
Mn
(%)
0,04
0,05
0,05
0,55
TiO2
(%)
0,14
0,14
0,14
0,15
LOI
(%)
1,70
1,51
1,54
1,66
* Toneladas estão reportadas em base úmida
Fe CoG é30%
Tabela 4.4.2: Reservas de Minério* – Mina 63 Projeto Corumbá em Dezembro 2006
Classificação
Provada
Provável
Total
Toneladas
(Mt)
5,7
25,3
31,0
Fe
(%)
61,1
54,8
56,0
SiO2
(%)
8,07
14,92
13,7
Al2O3
(%)
2,56
2,49
2,50
P
(%)
0,08
0,06
0,06
Mn
(%)
0,03
0,43
0,37
LOI
(%)
1,68
1,45
1,49
TiO2
(%)
0,14
0,14
0,14
*Toneladas estão reportadas em base úmida
Fe CoG Elúvio é 48,0% e no Colúvioé 56,1%
Preço médio de Fe usado na reserva é US$32.02
A família Haralyi estimou recursos em Urucum NE de 34,4Mt a 60% Fe e submeteu estes
números ao DNPM em seu Relatório Final de Pesquisa. O conteúdo de ferro foi estimado
através de uma correlação com os dados de densidade. O volume da área foi baseado no
mapeamento de superfície e na profundidade média dos intervalos mineralizados nos poços
exploratórios. Os recursos dos Haralyi não estão de acordo com as diretrizes do NI 43-101 e não
devem ser levados em consideração.
Este relatório apresenta os recursos minerais e reservas de minério da Mina 63 atualizados pela
sua depleção até Setembro de 2007 e os recursos minerais de Urucum NE de acordo com os
padrões do CIM e diretrizes do NI 43-101.
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Projeto Corumbá
Brasil
Figura 4-1
Visão Esquemática da Mina 63 e
Alvo Exploratório Urucum NE
SRK Job No.: 162703.03
File Name: Figure 4-1.doc
Fonte: Mineração & Metálicos S.A.
Date: 02-27-08
Approved: LM
Figure: 4-1
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Projeto Corumbá
5
Contexto Geológico (Item 9)
5.1
Geologia Regional
5-1
Relatório Técnico
O Projeto Corumbá Project situa-se dentro do distrito ferro-manganesífero de Urucum, que está
localizado ao longo da fronteira Brasileira-Boliviana e se extende para oeste em áreas do
Paraguai e Bolívia, numa área de 200 km2. Os depósitos de Urucum estão associados com
formações ferríferas bandadas (BIF), localmente conhecidas como jaspelitos. Os depósitos de
ferro e manganês são encontrados em platôs que se elevam das planícies do Rio Paraguai e
próximas das Morrarias de Mutum.
Os depósitos de ferro de Corumbá são conhecidos desde o final do século XIX e a região tem
sido objeto de numerosas publicações. No início do século XX, a pesquisa de minério de ferro
foi iniciada por algumas companhias, incluindo o Grupo Chamma e a SBI nos anos de 1940 e
recentemente pela CVRD e RTZ.
A estratigrafia regional da área está baseada no Mapa Geológico do Brasil, escala 1:1.000.000,
compilado em 2004 pela Companhia de Pesquisa e Recursos Minerais (Brazilian Geological
Survey) (CPRM). A geologia regional consiste em rochas metamórficas e ígneas de idade
Proterozóica, intrusões graníticas e intrusivas ácidas. As rochas estão em inconformidade ou em
contato falhado e estão recobertas por depóstios sedimentares Quaternários, que representam
aproximadamente 60% da cobertura da área. A Figura 5-1 mostra a columa estratigráfica para a
área do projeto baseada no trabalho da CPRM e o Mapa Geológico da Região de Corumbá.
5.1.1 Litologia e Estratigrafia
Embasamento
As rochas do embasamento fazem parte da porção sul do Cráton Amazônico e são compostas
pela rochas metamórficas do Complexo Rio Apa do Proterozóico Inferior a Médio. Estas rochas
incluem gnaisses, granito-gnaisses, biotita-gnaisses, granitos, dioritos e xistos, assim como
quartzo-dioritos e diques de gabro. As rochas tem uma história evolucional complexa, incluindo
um período de deformação dúctil e recristalizações simultâneas. No final do evento termotectônico do Transamazônico as rochas sofreram alteração potássica.O complexo foi datado em
1,7Ga.
A sequência estratigráfica regional também incluem as seguintes rochas, que não são observadas
na área do Projeto Corumbá:
•
Grupo Pontes e Lacerda – sedimentos metavulcânicos de idade Proterozóica Médio;
•
Rochas Intrusivas Santa Helena – sienogranitos e monzogranitos com fases tardias de
aplitos e pegmatitos;
•
Grupo Aguapei – rochas metasedimentares; e
•
Grupo Cuiabá – rochas metasedimentares.
Na área do Projeto Corumbá, o Complexo Rio Apa é sobreposto pelos seguintes grupos de
rochas.
Grupo Jacadigo
SRK Consulting (US), Inc.
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Mineração e Metálicos S.A.
Projeto Corumbá
5-2
Relatório Técnico
As rochas do Grupo Jacadigo de idade Proterozíca Superior, hospedam os depósitos de ferro e
manganês. Estas rochas formam platôs que se elevam a mais de 950m sobre as plnícies do
pantanal, distribuídas numa área de 500km². Na fronteira Brasil-Bolívia, as morrarias de Santa
Cruz, São Domingos, Grande, Rabichão, Urucum, Tromba dos Macacos e Jacadigo/Mutum são
compostas pelo Grupo Jacadigo. Na área de Yacuses, na Bolívia, cerca de 50km a oeste de
Mutum, pequenos morros são encontrados, também compostos por jaspelitos magnéticos nãolixiviados, chamados Cerro Rojo, Cerro Lejos e Cerro Solo. A presença de jaspelitos nesta áras
da Bolívia indica que a bacia de deposição da sequência ferruginosa foi extensa e não restrita à
região de Corumbá.
Dorr (1945) dividou este grupo em três formações, da base para o topo: Urucum, Córrego das
Pedras e Banda Alta. Esta divisão é usada por outras empresas de mineração na área, sendo
tam,bém utilizada na geologia local da Mina 63 com algumas modificações, como descrito na
Seção 5.5 sobre Geologia Local.
A Formação Urucum, na base do Grupo, é composta por arcósios e conglomerados com cimento
calcário e uma espessura máxima de 400m. na direção do topo, o cimento é predominantemente
ferro-manganesífero, caracterizando a transição para um ambiente mais ferruginoso. A Formação
Córrego das Pedras sobreposta é um pacote de rochas clásticas ferruginosas com cimento ferromanganesífero, cerca de 100m de espessura, com arcósios ferruginosos, arenitos quartzosos e
algumas intercalações de jaspelitos. Perto do topo, os arcósios ferruginosos gradam para arenitos
e para jaspelitos ferruginosos com intercalações de manganês (criptomelana). A Formação
Banda Alta é caracterizada por estas intercalações manganesíferas na base do pacote dos
sedimentos ferruginosos. Localmente, existem camadas de jaspe, com alguns centímetros de
espessura e forma irregular, devido à fragmentação e deformação, com fragmentos de granitos
subordinados.
A Formação Banda Alta é um pacote de sedimentos ferruginosos com uma espessura máxima de
320 m e é caracterizada pela alternância de jaspelitos e sedimentos ferruginosos clásticos. O
jaspelito tem uma conteúdo médio de 55% Fe na área da Mineração Corumbaense Reunida S/A MCR, e é considerado como uma dos mais altos conteúdos primários de depósitos no mundo. Na
área de Mutum o conateúdo médio encontrado nos jaspelitos é da ordem de 46% Fe.
Almeida em 1945 (citado em Del’Arco et al., 1982) propôs a divisão da Série jacadigo em dois
Grupos: t o inferior, Urucum, composto por arcósios, conglomerados e calcários e siltitio
silicosos; e o superior, Santa Cruz, compostos por jaspelitos, arenitos arcosianos, com lentes de
óxido de manganês, níveis de jasper e um pacote de com alternâncias de jaster e lâminas de
hematita, constituindo uma formação de minério de ferro bandado.
Os dois estudos acima mencionados, realizados por Dorr II (1945) e Almeida em 1945 (citado
por Del’Arco et al., 1982), formam a base dos estudos subsequentes. Em estudos recentes, O
Grupo Jacadigo foi subdividido na Formação Urucum e na Formação Santa Cruz. Esta
nomenclatura é usada nos mais recentes trabalhos, incluindo o Mapa Geológico do Brasil –
CPRM (2004), o qual é a base do mapa geológico regional da região de Corumbá aqui
apresentado.
Formação Puga
A Formação Puga, que não é encontrada na área do Projeto Coprumbá, contém
paraconglomerados e diamictitos com boulders de granito, quartzito, xistos, calcários e quartzo,
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Mineração e Metálicos S.A.
Projeto Corumbá
5-3
Relatório Técnico
com cimento siltítico ou arenoso. Para alguns autores, esta formação está na base do grupo
Corumbá.
Grupo Corumbá
A relação estratigráfica entre o Grupo Jacadigo e o Grupo Corumbá tem sido objeto do intersse
de vários autores, mas ainda não existe um consenso. Almeida em 1945 e em 1965 (citado por
Del’Arco et al., 1982), sugeriu uma interdigitação entre o Grupo jacadigo e o Grupo Corumbá.
Outros autores sugeriram a junção dos dois grupo em um única unidade. O Grupo Corumbá, de
idade Proterozóica Superior, contém três formações: Formações Cerradinho, Bocaina e
Tamengo. A Formação Cerradinho, que não aflora na área do Projeto Corumbá, é composta por
areanitos, siltito, folhelhos, margas, calcários, dolomitos e finas camadas de chert, com arcósios
e conglomeradas na base. A Formação Bocaina contém dolomitos, calcários dolomíticos com
oólitos e estruturas estromatólicas, e margas. Este pacote de rochas carbonáticas tem mais do que
300 m de espessura. A Formação Tamengo Formation é caracterizada por calcários cinza
escuros alternados com folhelhos vermelhos e cinzas e siltitos, e por finas camadas de arenitos
carbonáticos e micáceo e oólitos. Este pacote, com cerca de 120 m de espessura, apresenta
estratificações paralelas e cruzadas, marcas onduladas e brechas instraformacionais. Depósitos
sedimentares do Quaternário recobrem a Formação Tamengo.
As seguintes unidades fazem parte da estratigrafia regional, mas não estão presentes na área do
Projeto Corumbá:
•
Grupo Alto Paraguai do Proterozóico Superior – contém margas, calcários, arenitos
dolomíticos, folhelhos e conglomerados;
•
Rochas Intrusivas São Vicente – rochas graníticas que intrudem os metasedimnetos do
grupo Cuiabá e estão relacionadas à Vulcânicas Mimoso, um grupo de rochas vulcânicas.
As rocha são datadas em 506 Ma;
•
Formação Coimbra – Arenitos e conglomerados de idade Siluriana com cimento silticoferruginoso;
•
Rochas sedimentares Paleozóicas relacionadas à bacia sedimentar do Paraná;
•
Intrusivas Ponta do Morro – granitos e ribenquitos datados de 84 Ma; e
•
Sedimentos terciários – depósitos lateríticos, com concreções ferruginosas localizadas.
Sedimentos Quaternários
Estes sedimentos recobrem a maioria do pantanal e planívies realcionadas à depressão do Rio
Paraguai. Eles incluem a Formação Pantanal, de idade Pleistocênica, e os depósitos do Pantanal,
a Formação Xaraiés e os depósitos aluviais do Holoceno.
Formacão Pantanal
A Formação Pantanal consite em colúvios, elúvios e alúvios anocntrados nos alagados e
planícies. Três fácies podem se distinguidas: os Depósitos Colúvionares, os Terraços
Aluvionares e os Depósitos Aluvionares.
Os Depósitos Coluvionares consistem em sedimentos detríticos, parcialmente laterizados, de
conglomeradas, areia, silte e argila. A distribuição dos depósitos é irregular. Eles ocorrem na
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Projeto Corumbá
5-4
Relatório Técnico
borda noroeste da Bacia do Paraná e no pé das escarpas das Morrarias de Urucum, Santa Cruz,
Grande e Rabichão.
Os depósitos coluvionares no pé da escarpa da Morraria Urucum contém sedimentos detríticos, e
matacões de jaspelitos e hematita bandada, os quais original-se principalmente da Morraria Santa
Cruz. Estes fragmentos rudáceos, em conjunto com o cimento ferruginoso na matriz arenoargilosa, constituem um chapéu-de-ferro limonítico. A sílica nos fragmentos foi lixiviada,
aumentando desta forma o teor de Fe. Estes depósitos hospedam o material de mais alto teor na
área do Projeto Corumbá.
Os terraços aluvionares são formados por sedimentos argilo-arenosos semi-consolidados,
parcialmente laterizados e com uma distrubuição irregular ao redos das morrarias.
Os depósitos aluvionares são formados por sedimentos argilosos, silticos e arenosos com uma
distribuição contínua nas área de planície de inundação, que fazem parte da bacia hidrográfica do
rio Paraguai.
Depósitos Pantanosos
Os depósitos pantanosos são relacionados com as áreas de inundação sazonal e contém
sedimentos argilosos e arenosos, ricos em matéria orgânica.
Formação Xaraiés
A Formação Xaraiés é caracterizada por tufos de calcário, com fosseis de plantas e gastrópodos,
e conglomerados com cimento calcário. Esta formação ocorre nas regiões localizadas entre a
Morraria do Jacadigo e o Córrego Morrinhos, a oeste da Lagoa Negra e a sul da Morraria
Zanetti, recobrindo rochas dos grupos Corumbé a Jacadigo.
Depósitos Aluvionares
Os Depósitos Aluvionares são formados por material inconsolidado, tais como areia, cascalho,
silte e argila, relacionados aos depósitos das áreas de planície de inundação, pertencentes à bacia
hidrográfica do Rio Paraguai.
5.2
Geologia Estrutural
As unidades Proterozóicas exibem dobras e falhas relaticonadas aos eventos compressivos e
extensionais na área. Existe uma direta correlação entre as estruturas e a litologia. As rochas do
Complexo Rio Apa são cisalhadas e mostram feições cataclásticas relacionadas à diferentes fases
tectônicas. Almeida em 1965, 1966 e 1967 (citado em Marini et al., 1984) e Almeida em 1968
sugeriram que os sedimentos dos Grupos Cuiabá, Jacadigo, Corumbá e Alto Paraguai estão
relacionados aos Geosinclinal do Paraguay-Araguaia, e cada um destes grupos apresenta
comportamento estrutural distinto. O Grupo Cuiabá localizado na porção interna do
geosinclíneo, representa a primeira sedimentação e está intensamente dobrada e metamorfisada
na fácies xisto verde. Os outros grupos são mais novos que o Grupo Cuiabá e estão localizados
na porção externa do arco orogênico, perto do Craton Amazônico. Os Grupos jacadigo e
Corumbá contém dobras com eixos na direção NNW-SSE e falhas normais.
As estruturas regionais dominantes são falhas na direção dominante nordeste, entre as Morrarias
do Mutum e Jacadigo, Urucum e Tromba dos Macacos, e Urucum e Santa Cruz. Uma das mais
importantes estruturas é o Sistema de Falhas Urucum, um conjunto de falhas normais de direção
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Projeto Corumbá
5-5
Relatório Técnico
nordeste.. A Figura 5-2, retirada do mapa geológico do Projeto RADAM – 1982, ilustra as
feições estruturais.
Localmente, as Morrarias do Urucum estão seccionadas por um conjunto de falhas normais de
direção nordeste. A falha que separa as Morrarias Urucum e Santa Cruz tem direção N50°E com
um rejeito máximo de 300m, com o block do Urucum na posição baixa em relação ao bloco
Santa Cruz. Almeida em 1945 (citado em Del’Arco et al., 1982), considerou que o Sistema de
Falhas Urucum foi reativado através do tempo com o último movimento no período Terciário,
durante a Orogênese Andina.
As rochas do Grupo jacadigo formam uma estrutura anticlinal regional cortada por falhas de
direção nordeste, sub-paralelas ao eixo do anticlinal, resultando numa estrutura do tipo Graben e
Horst. As falhas e fraturas associadas presentes nos corpos jaspelíticos forneceram a preparação
do terreno que favoreceu o enriquecimento do minério de ferro na região.
Na região de Corumbá os calcários do Grupo Corumbá também exibem falhas paralelas ao
Sistema de falhas Urucum. A estrutura sinclinal de Lajinha synclinal localizada a noroeste da
Morraria do Urucum é triangular em forma com direção de eixo N55°E. A dobra é limitada por
falhas a nordeste e sul. A aba sul está em contato de falha com os granito-gnaisses do Complexo
Rio Apa.
5.3
Geologia Local
A Mina 63 e Urucum NE estão localizados nos flancos oeste e leste da Morraria do Urucum,
respectivamente, a qual é composta por rochas do Grupo Jacadigo sobrepondo o embasamento
granito gnáissico. A MMX Corumbá usa a descrição de Almeida (1945, citado por Del’Arco et
al., 1982) do Grupo Jacadigo, na qual o mesmo é composto das Formações Urucum e Santa
Cruz, com a última consistindo em dois membros, Córrego das Pedras e Banda Alta. A Tabela
5.3.1 sumariza a estratigrafia local nas imediações da Mina 63 e as Figuras 5-3 e 5-4 mostram a
geologia na vizinhança imediata da Mina 63 e de urucum NE, repectiviamente.
Tabela 5.3.1: Local Stratigraphy – Mine 63 Area
Grupo
Formação Membro
Fácies
Título
Murucu
Morro
Grande
Água
Verde
Pantanal
Tipo de
Depósito Descrição Litológica
Colúvio
Banda Alta
Santa Cruz
Jacadigo
Córrego das Pedras Urucum
Rabicho
Sedimentos e conglomerados parcialmente intemperizados
Chert bandado
Elúvio
Jaspelito/Elúvio
Mn Bandado/ Mn Nodular e
Arcósio/Conglomerado com cimento hematítico.
5.3.1 Formação Santa Cruz – Membro Córrego das Pedras
O Membro Córrego das Pedras da Formação Santa Cruz aflora perto da rodovia BR-292 e são
recobertas pelos depósitos coluvionares que bordejam a Morraria Urucum. Estas rochas consitem
em arcósios ferruginosos, arcósios areníticos e conglomerados. O arcósio é geralmente cinza
escuro, de granulometria fina a grossa, com estrutura maciça e composição quartzo-feldspática.
Estratificações paralelas e cruzadas são comumente exibidas.
Os arenitos são
predominantemente cinzas, com algumas unidade vermelhas, granulometria fina a
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Projeto Corumbá
5-6
Relatório Técnico
conglomerática e ocorrem como camadas intercaladas com os arcósios. Algumas intercalações
de siltitos são também encontradas na sequência.
Os depósitos coluvionares repousam em inconformidade sobre os arenitos, arcósios e arenitos
conglomeráticos. Nas áreas superficiais a exposição às condições climáticas induziram a geração
de solos amarelados argilo-arenosos.
5.3.2 Formação Santa Cruz – Membro Banda Alta
O Membro Banda Alta da Formação Santa Cruz é caracterizado por jaspelitos com bandamento
milimétrico e níveis subordinados de sedimentos quartzo-feldspáticos. A posição basal da
sequência contém sedimentos clásticos e ferruginosos, com mais do que quatro níveis de
manganês variando de 0.5m a 4 m de espessura.
5.3.3 Geologia da Mina 63
Domínio Coluvionar
O Domínio Coluvionar é caracterizado por depósitos detríticos ao redor da Morraria Urucum, em
forma de leque ou alongadas entre os flancos da morraria e a área de planície. Ele compreende
pacotes de sedimentos, com espessura variando de 0,5 a 32 m, com uma média de 13 m. Estes
depósitos são compostos por sedimentos ferruginosos originados da Formação Banda Alta e
foram depositados sobre a Formação Córrego das Pedras.
Os fragmentos angulares variam de seixos a matações e são constituídos principalmente por
hematita bandada, jaspelito ferruginoso e por raros arcósios ferrugionosos. Estes fragmentos são
distribuídos aleatoriamente, apesar do tamanho tender a decrescer na proporção da distância da
base da Morraria.
Uma brecha sedimentar ocorre na porção centro-oesta da área da Mina 63. Ela é contemporrãnea
aos depósitos coluvionares e consitem de clastos de tamanho fino a médio de hematita jaspelito,
parcialmente ou totalmente lixiviados, e por clastos grosseiros de arenito ferruginoso e de
hematita jaspelito parcialmente lixiviado, com cimento limonítico. As brechas tem direção esteoeste e dimensões de cerca de 2.500 m de comprimento, com 50 a 200 m de largura e uma
espessura média de 10 m e com uma espessura máxima de 16 m.
Os depósitos coluvionares são classificados como depósitos proximais, médianos ou distais, de
acordo com sua distância da área fonte. Os mais altos conteúdos de Fe estão relacionados aos
depósitos próximos da área fonte, enquanto os depósitos lateríticos estão distantes da área fonte.
Domínio Eluvionar
O Domínio Eluvionar foi gerado pela ação intempérica in situ,através da hidrólise total e/ou
parcial, num processo delixiviação da sílica e subsequente enriquecimento do ferro nos hematita
jaspelitos da Formação Banda Alta. .
Na área da Mina 63, está localizado no topo e na enconsta superior da Morraria Urucum, e tem
uma espessura média de 15 m. O efeito da lixiviação decresce do topo para a base da sequência,
seguido por um decréscimo na concentração de SiO2 e um aumento do Fe. Em geral, a lixiviação
da sílica aumenta com a densidade das fraturas
5.3.4 Geologia de Urucum NE
Domínio Coluvionar
SRK Consulting (US), Inc.
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Projeto Corumbá
5-7
Relatório Técnico
A geologia da área do Projeto Urucum está realcionada com um depósito coluvionar na região
nordeste da Morraria de Santa Cruz. Este depósito coluvionar é composto por clastos d hematitajaspelito, arcósios, arenito ferruginosos, assim como de fragmentos erráticos de quartzo leitoso e
granitóides. O embasamento consite de uma sequência saprolítica formada por arcósios e, em
alguns casos, pelo embasamento granítico.
Na porção sul do depósito, uma depressão morfológica é observada no topo do depósito
coluvionar. Um canal de colúvio foi identificado através de um levantamento geofísico, que pode
estar relacionado com zonas de falha que aumentaram os processos erosivos nas laterais das
morrarias.
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SRK Job No.: 162703.03
File Name: Figure 5-1.doc
Fonte: Mineração & Metálicos S.A.
Figura 5-1
Coluna Estratigráfica e
Mapa Regional
Date: 02-27-08
Approved: LM
Figure: 5-1
Projeto Corumbá,
Brasil
SRK Job No.: 162703.03
Figura 5-2
Mapa Estrutural Regional
Projeto Corumbá
Fonte: RADAM Geological Map (1982)
File Name: Figure 5-2.doc
Date: 02-27-08
Approved: LM
Figure: 5-2
Projeto Corumbá,
Brasil
SRK Job No.: 162703.03
File Name: Figure 5-3.doc
Fonte: Mineração & Metálicos S.A.
Figura 5-3
Mapa Geológico da Área da
Mina 63
Date: 02-27-08
Approved: LM
Figure: 5-3
Projeto Corumbá,
Brasil
Mapa Geológico de Urucum NE
SRK Job No.: 162703.03
File Name: Figure 5-4.doc
Figura 5-4
Fonte: Mineração & Metálicos S.A.
Date: 02-27-08
Approved: LM
Figure: 5-4
Mineração e Metálicos S.A.
Projeto Corumbá
6
6-1
Relatório Técnico
Tipo de Depósito (Item 10)
De acordo com Haralyi & Walde (1986), o minério de ferro do Grupo Jacadigo é descrito como
jaspelito, hematita bandada ou Formação Ferrífera Bandada (BIF). Na parte central da bacia
existe um interbandamento de lâminas de hematita e jasper ferruginoso. Na margem da bacia
existe uma característica de não bandamento, passando para uma sedimentação química com
maior contribuição clástica. Nas partes marginais da bacia e ou no topo da sequência
ferruginosa, existe um conglomerado polimítico com cimento ferruginoso.
Haralyi & Barbour (1974) estudando o Membro Banda Alta na Morraria Urucum, notaram um
progressivo aumento do teor médio de sílica na sequência deposicional, correspondendo a uma
diminuição da espessura relativa da hematita se comparada com o jaspelito. A variação nas
camadas está relacionada a uma gradual exaustão do elemento Fe++ na água da bacia,
culminando com a deposição de extratos de pura sílica. Lateralmente, a diminuição das
espessuras médias das lâminas de hematita e um aumento da lâminas de jasper também podem
ser notado.
Na área da Morraria Urucum, a parte central da bacia, a média do conteúdo de Fe na hematita
bandada varia de 55% a 60,5%. Nas margens da bacia, o conteúdo de Fe varia de 35% a 50%.
A origem do ferro para esta espessa sequência de jaspelito, com alto conteúdo primário de Fe, é
um pouco controversa. O pacote de jaspelito na área do projeto e áreas adjacentes é
caracterizada para alternância de níveis extremamente finos de hematita e jasper, sem magnetita.
Alguns jaspelito exibem pequenas lentes alongadas de jasper. Carbonatos não são observados,
apesar de que algumas texturas parecem ser de substituição de carbonatos pela sílica. Existem
duas explicações para a aus~encia de carbonatos nos jaspelitos: a) os carbonatos foram
substituídos pela sílica num processo diagenético; b) os carbonatos foram totalmente destuídos
pelas condições climáticas, causadas pela intensa percolação de água meteórica, facilitada pelo
alto grau de fraturamento do pacote de jaspelito. A presença de carbonatos na área Mutum é
excepcional, na forma de siderita, calcita e dolomita, em percentagens variando de 10 a 15%. A
presença de magnetita nos jaspelito de Mutum e norte de Rabicho é provavelmente um indicador
de águas mais profundas, mais redutoras, mas também pode ser causada grau metamórfico
ligeiramente maior na area Mutum.
Os recursos e reservas da Mina 63 e urucum NE estão contidos dentro de depósitos eleuvionares
e coluvionares relacionados com o intemperismo de jaspelitos e BIF.
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Projeto Corumbá
7
Mineralização (Item 11)
7.1
Depósitos Eluvionares
7-1
Relatório Técnico
O Elúvio origina-se no jaspelito primário o qual foi fraturado e sofreu intemperismo e lixiviação
da sílica. O conteúdo de Fe no elúvio está diretamente realcionado com o conteúdo da rocha
original primária. Nas partes margianis da bacia existe uma variação lateral and even a banding
no conteúdo de Fe do minério eluvionar, indicando variações primárias no conteúdo do ferro.
O fator de enriquecimento no el´luvio é resultados da lixiviação do jaspelito primário e por isto
forma uma zona contínua próxima ao jaspelito de base. Na Mina 63, o mesmo está localizado no
topo e taludes da Morraria de urucum e tem uma espessura que varia de menos do que 1m a mais
do que 30m, com uma média de cerca de 15m. Não existe elúvio no depósito de Urucum NE.
O fator de enriquecimento do material eluvionar, em relação a rocha primária, depende do
tamanho dos grãos e da dimensão dos fragmentos. Nas partes marginais da bacia, onde a
sedimentação foi predominantemente clástica, o enriquecimento do material eluvionar é
inversamente proporcional ao conteúdo de ferro no jaspelito que o origina.. O mesmo não é
verdade na parte central da bacia, onde a sedimentação é essencialmente química.
7.2
Depósitos Coluvionares
O Colúvio é um material depositado na base da morraria Urucum, onde a Formação Banda Alta
aflora. A principal rocha fonte é o jaspelito, com uma contribuição secundária dos arcósios da
Formação Urucum.
O colúvio é formado por deposição clástica recente, composto
principalmente de fragmentos angulares de hematita jaspelitos lixiviados e arcósios. Os
depósitos coluvionares ricos em fragmentos de hematita e jaspelitos, lixiviados ou não,
concentram-se próximos da rocha fonte, isto é, próximo à Morraria. O conteúdo total de ferro é
diretamente proporcional à distância da fonte. A área de brecha sofreu cimentação e possui uma
natureza mais consolidada que o colúvio.
O colúvio, incluindo a brecha, na Mina 63 tem uma forma alongada, com comprimento de cerca
de 3 km e largura de 1,25 km, e varia de menos do que 1m a mais do que 30m de espessura, com
as seções mais espessas mais próximas da rocha fonte e uma espessura média de 22m. O colúvio
em urucum NE tem mais do que 6 km de comprimento e 2 km de largura.
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Projeto Corumbá
8
Pesquisa Geológica (Item 12)
8.1
Pesquisa Geológica na Mina 63
8-1
Relatório Técnico
Os métodos de pesquisa exploratória dos proprietários anteriores do Projeto Corumbá são
desconhecidos. Todavia é de entendimento dos geólogos da MMX que não existiu pesquisa
geológica propriamente dita e que os procedimento de mineração basearam-se na expressão em
superfície do posicionamento da rocha ferruginosa.
A primeira pesquisa geológica da MMX na região da Mina 63 foi a excavação manual de uma
série de poços exploratórios. Os poços, escavados com picaretas e pás, tem 1,5m2 em planta e
paredes verticais com 6m de profundidade no colúvio e 10 m de profundidade no elúvio. Em
função das formas dos poços exploratórios (pit) eles são referidos como poços (shafts). Os poços
foram escavados numa malha de 100m x 100m na área do elúvio e numa malha de 200m x 100m
na área do colúvio, onde foram escavados através da zona mineralizada e até o embasamento.
Seguindo-se a este primeiro estágio da pesquisa, um programa de sondagem foi implementado
usando uma empresa contratada brasileira, Geosol – Geologia e Sondagens Ltda (Geosol). A
sondagem extendeu a malha no colúvio para norte e também acompanhou a mesma localização
de alguns poços exploratórios.
Adicionalmente, amostras de canal foram coletadas durante a fase de decapeamento da mina,
onde amostras verticais foram tomadas na face da montanha, e foi realizado o mapeamento
geológico de superfície na escala de 1:5.000.
Os procedimento de sondagem e amostragem usados pela MMX estão descritos mais adiante nas
seções seguintes.
A pesquisa geológica identificou uma grande área de mineralização associada com colúvios e
elúvios. A SRK considera que os métodos usados pela MMX são apropriados para este tipo de
depósito.
8.2
Pesquisa Geológica de Urucum NE
O método de pesquisa geológica empregado pelos antigos donos de Urucum NE consistiu na
escavação de mais do que uma centena de poços exploratórios numa malha de 200 x 200m. Os
métodos de pesquisa não foram rigorosos e os teores dos poços e freções granulométricas foram
inferidos usando-se uma fórmula de correlação entre a densidade e o teor de ferro.
Em Fevereiro de 2007, a MMX Corumbá iniciou uma campanha de pesquisa geológica na qual
poços foram manualmente escavados até o embasamento ou a uma profundidade máxima de
5,0m. os poços foram centrados em malhas de 100m, 200m e 400m.
As linhas de pesquisa com espaçamento de 400m, 200m e 100m, foram levantadas pela BXF
Topographia Ltda (BXF), uma empresa de levantamento topográfico com sede em Ladário, MS,
com supervisão da equipe de pesquisa da MMX. O levantamento foi feito com uma estação total
Topcon, modelo GPT3000LW e uma estação total Pentax, modelo PCS1S. A metodologia foi de
poligonal aberta, amarrada no marco 1.065 IBGE (marco Brasileiro oficial na Morraria de Santa
Cruz) com as coordenadas UTM N-7.876.829,21 e E-437.739,16, elevação de 1,065,44 m,
DATUM SAD 69. A superfície topográfica foi gerada usando-se pontos das linhas de pesquisa e
um levantamento a laser (ALTM - Airborne Laser Terrain Mappper) realizado pela empresa
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Projeto Corumbá
8-2
Relatório Técnico
GEOID, entre as linhas. A superfície foi gerada usando um software da Autodesk, o AutoCAD
2006.
As localizações dos poços foram levantados pela BXF com supervisão da equipe da MMX,
usando uma estação total Topcon. A campanha de pesquisa foi completada com 159 poços.
8.2.1 Geofísica
O levantamento geofísico na área do Projeto Urucum NE foi conduzido pela HGeo – Tecnologia
e Informação em Geociências Ltda, uma empresa contratada. Eles usaram o método IP
(Polarização Induzida), um método geofísico elétrico, nas linhas L27 (2.020m), L28 (2.480m),
L29 (2.480m) e L34 (1.400m). O principal objetivo foi a determinação do contato entre a
cobertura de colúvio e o embasamento de arcósio e, em alguns casos, o contato com o
embasamento granítico-gnáissico.
Os resultados foram apresentados em seções de eletroresistividade, onde a escala de cores varia
de vermelhov(mais resitivo) a azul (mais condutivo). A cobertura coluvionar é mais resistiva do
que o embasamento. A transição entre as regiões condutivas e resistivas nas seções podem ser
interpretadas como o contato entre as duas unidades.
Os resultados preliminares mostraram um erro de cerca de 10% na profundidade nas áreas mais
elevadas e de cerca de 15% nas regiões com relevo irregular. Esta média do contato interpretado
na seções de resistividade nas áreas de pesquisa pode representar um erro maior do que 6m,
dependendo do relevo.
A MMX irá continuar com este tipo de levantamento geofísico, desenvolvendo mais testes sobre
as áreas com informação de sondagem na Mina 63, para melhor calibrar a delineação do contato
basal. A MMX espera usar esta metodologia para complementar a informação de sondagem e
suportar a estimativa de recursos inferidos.
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Projeto Corumbá
9-1
Relatório Técnico
9
Sondagem (Item 13)
9.1
Mina 63
A primeira sondagem na Mina 63 foi iniciada em Novembro de 2005 pela MMX. Toda a
sondagem foi conduzida pela REDE, uma empresa brasileira com experiência na sondagem de
minério de ferro. Os furos foram sondados numa profundidade média de 16 m, com uma
profundidade máxima de 40 m, com tamanho de furo de 6,4 cm (HQ). Todos os furos foram
verticais e não possuem medidas de desvio devido à pequena profundidade dos mesmos. As
zonas mineralizadas formam uma zona superficial sobre a base rocha basal, de menos do que
1m a cerca de 40m sobre o embasamento, sendo melhor sondados em furos verticais, a falta de
desvio de furos não é um problema para estes furos rasos.
A sondagem na área do colúvio está numa malha norte-sul com seções espaçadas em 200 m e
furos espaçados em 100m nas seções. Os furos na área do elúvio estão numa malha de 100m x
100m, orientada N50oE. Os furos foram perfurados até a camada de rocha basal antes de serem
interrompidos, e por isto penetraram a profundidade total mineralizada.
Os furos de sonda foram armazenados em caixas de madeira com aproximadamente 1m de
extensão com três seções para conter o testemunho. Os intervalos de manobras da sondagem
foram marcadas com pedaços de madeira e a recuperação foi medida pela empresa contratada
com supercisão do pessoal da MMX. O furo foi fotografado, descrito, quarteado e amostrado
pelo pessoal da MMX no galpão de testemunhos na Mina 63.
As bocas dos furos de sonda foram marcadas com um pequeno slab de concreto com o número
do furo inscrito numa plaqueta de alumínio. As bocas dos furos de sonda foram levantado pela
BXF.
Os poços foram escavados por picaretas e pás até uma profundidade máxima de 16 m e tinham
1,5 x 1,5 m em vista de planta. Os poços foram amostrados em canais verticais pelo pessoal da
MMX. As amostras de canal foram feitas durante a fase de decapeamento da mina.
O banco de dados de recursos consiste em furos de sonda, amostras de canal e poços, e serão
referidos como sondagem neste relatório. Um sumário da sondagem é apresentada na Tabela
geial 9.1.1 e as localizações são mostradas na Figura 9-1
Tabela 9.1.1: Sondagem na Mina 63, Projeto Corumbá
Tipo de
Amostra
Canal
Poços
Furos de Sonda
Total
9.2
Número
18
102
81
201
Total (m)
210,2
640,3
1.312,0
2.162,5
Profundidade
Média (m)
11,7
6,3
16,2
Profundidade
Mínima (m)
4,4
0,1
4,1
Profundidade
Máxima (m)
20,6
13,6
41,0
Urucum NE
A excavação dos poços exploratórios na área de Urucum NE começou em Fevereiro de 2007.
Os poços exploratórios foram escavados manualmente com pás e picaretas até uma profundidade
máxima de 5m com uma dimensão emplanta de 1,5m x 1,5m. O material dos poços foi colocado
em pilhas separadas para cada 1m de profundidade; este material foi usado para testes
SRK Consulting (US), Inc.
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10 Março, 2008
Mineração e Metálicos S.A.
Projeto Corumbá
9-2
Relatório Técnico
metalúrgicos. Amostras geológicas foram coletadas em amostras de canais verticais localizadas
no centro de uma das paredes do poço. O canal tinha 0,2m de largura e 0,3m de profundidade, e
o comprimento era determinado pela litologia. Os poços localizados em colúvios com menos do
que 1,5m não foram amostrados.
Os poços foram localizados em três diferentes malhas de: 400m x 400m, 200m x 200m e 100 x
100m O espaçamento de 400 x 400 m é a malha de pesquisa inicial. A MMX posteriormente
fechou o espaçamento da malha para 200 x 200m e 100 x 100m. Um sumário dos poços de
pesquisa é apresentado na Tabela 9.2.1e as localizações são mostradas na Figura 9-2.
Tabela 9.2.1: Poços de Urucum NE, Projeto Corumbá
Tipo de
Amostra
Poço
Número
159
Total (m)
703,42
Prof. Média (m)
4,4
SRK Consulting (US), Inc.
MMX.Corumba.IN 43-101 Relatório Tecnico.162703.KG.009
Prof. Mínima (m)
0,09
Prof. Máxima (m)
5,0
10 Março, 2008
Channel Sample
Shaft
Drillhole
Projeto Corumbá,
Brasil
SRK Job No.: 162703.03
File Name:
Figure 9-1.doc
Fonte: Mineração & Metálicos S.A.
Figura 9-1
Localização dos Furos e Amostras,
Mina 63 - Projeto Corumbá
Date: 02-27-08
Approved: LM
Figure: 9-1
Figura 9-2
Projeto Corumbá,
Brasil
Localização dos Poços Urucum NE
SRK Job No.: 162703.03
File Name: Figure 9-2.doc
Fonte: Mineração & Metálicos S.A.
Date: 02-27-08
Approved: LM
Figure: 9-2
Mineração e Metálicos S.A.
Projeto Corumbá
10-1
Relatório Técnico
10 Método e Abordagem de Amostragem (Item 14)
A amostragem dos furos seguiu o procedimento costumeiro para minério de ferro no Brasil. Os
furos foram divididos na direção do comprimento com quebras nos contatos geológicos, uma
metade do furo foi embalado e o remanescente foi estocado em caixas de madeira. Os intervalos
considerados como estéril interno não foram amostrados e intervalos dentro da camada de rocha
basal também não foram amostrados. As amostras foram numeradas consecutivamente usando
uma sequência numérica cega. Etiquetas foram colocadas dentro das embalagens das amostras e
as embalagens também foram marcadas com os números das amostras.
As amostras dos furos foram coletadas de canais verticais em uma das paredes do poço. Os
canais tinham 10cm de largura por 15cm de profundidade e foram amostrados sobre toda a
espessura da zona mineralizada no poço. O canal foi feito usando-se martelo e formão, e a
amostra foi coletada numa caixa de madeira. A amostra foi então transferida para uma
embalagem plástica. As amostras foram também numeradas consecutivamente com números
cegos assim como nas amostras de sondagem. As quatro paredes dos poços foram fotografados
metro a metro. As asmotras de Urucum NE foram enviadas diretamente ao SGS em Belo
Horizonte para preparação e análise.
As amostras de canal são verticais e foram coletadas de afloramentos e bancadas, usando a
mesma metodologia das amostras de poços.
Em Urucum NE. uma amostra de 200kg é coletada para fornecer material suficiente para uma
amostra global, e amostras das frações granulométricas e para um arquivo com peso suficiente
para duplicar os testes se necessário. O colúvio com uma espessura total menor do que 2,0m não
foi amostrado, já que 2m é considerado uma espessura mínima para lavra e por que seu potencial
melalogenético é considerado menor. O domínio da brecha sedimentar não foi considerado
como recurso nesta estimativa por ser muito duro e maciço, tornando a escavação manual muito
difícil.
As amostras são identificadas pelo número do poço e profundidade e mandadas para o
laboratório de preparação da MMX. As polpas são embaladas e transportadas por uma empresa
de transporte para o laboratório SGS em Belo Horizonte, Estado de Minas Gerais, para análise.
A Tabela 10.1 lista a estatítica para os números e tipo de amostras da Mina 63 e Urucum NE
Tabela 10.1: Estatística dos Intervalos Amostrais para Mina 63 e Urucum NE
Tipo de Amostra
Mina 63
Canal
Poço
Furo de Sonda
Total Mina 63
Urucum NE
Poço
Número
Intervalos
Média (m)
Mímino (m)
Máximo (m)
27
122
452
595
6,70
5,16
2,36
3,0
0,5
0,5
15,4
10,0
5,9
150
4,04
1,5
5,0
SRK Consulting (US), Inc.
MMX.Corumba.IN 43-101 Relatório Tecnico.162703.KG.009
10 Março, 2008
Mineração e Metálicos S.A.
Projeto Corumbá
10-2
Relatório Técnico
Os intervalos não amostrados são considerados como estéreis e foram designados com um valor
zero para a rotina de composição. As amostras de canais e poços tendem a ter intervalos longos
sobre a seção mineralizada total da unidade. As amostras de furo de sonda tem intervalos
nominais de 2m com quebras determinadas pela litologia. O banco de dados resultante contém
amostras com alta variedade de intervalos amostrais, muitos dos quais são maiores do que o
cimprimento de composição. A SRK recomenda que o comprimento amostral seja uniforme aos
5m (com quebras por litologia) e que os intervalos de estéril interno também sejam analisados
para eliminar a ambiguidade na designação do valor para este material.
Todos os furos de sonda, poços e canais mostrados nas Figuras 9-1 e 9-2 foram amostrados. A
área amostrada é maior do que 3km no comprimento leste-oeste e cerca de 1,25 km norte-sul na
Mina 63 e cerca de 7km em comprimento e 1,5km em largura em Urucum NE.
A SRK considera que as amostras são representativas para as zonas minerallizadas e seções. O
material coluvionar e eluvionar foi amostrado sobre a profundidade total da mineralização, com
exceção das zonas de estéril interno menciondas anteriormente. A recuperação dos testemunhos
e as amostras de poços e canais são suficientes para prover um banco de dados consistente para a
estimativa de recursos.
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11-1
Relatório Técnico
11 Preparação das Amostras, Análise e Segurança (Item
15)
11.1 Preparação da Amostras, Análise e Segurança para a Mina 63
Os procedimentos de preparação de amostras e análise desenvolveram-se durante o histórico do
projeto conforme mostrado abaixo:
Primeiro estágio
First Stage
Maio 2005
May 2005
Primeiros
5 poços
First 5 shafts
Second Stage
Junho a Novembro 2005
June to November 2005
Amostras
de Poços e Canais
Shafts, Channel Samples
Segundo estágio
Terceiro estágio
Thirdd Stage
Dezembro de 2005 até hoje
December 2005 to Present
Todos os
furos de sonda
All drillholes
Project Preparation
Project Preparation
Project Preparation
LCT Preparation
LCT Preparation
SGS Preparation
LCT Analysis
LCT Analysis
SGS Analysis
PCM Preparation
A MMX originalmente utilizou o Laboratório de Caracterização Tecnológica (LCT) da Escola
Politécnica da Universisdade de São Paulo para a análise das amostras de poços e canais, o
laboartório não é internacionalmente certificado. As amostras dos furos foram analisadas no SGS
Geosol Laboratórios Ltda (Geosol), o SGS tem certificação ISO 9001(2000) e ISO 14001(2001).
Como sugestão do consultor de Controle e Garantia da Qualidade (Quality Control / Quality
Assurence)(QAQC) da MMX, 5% do total de amostras foi enviado ao Ultra Trace Analytical
Laboratories Pty Ltd (UT), no oeste da Austrália para check analítico. UT tem ISO 17025 e
National Association of Testing Authorities, uma certificação australiana. Como sugestão da
SRK, a MMX decidiu reanalisar todas as polpas disponíveis, que foram inicialmente analizadas
pelo LCT, no SGS/Geosol e usar este laboratório para futuros trabalhos. Quatorze amostras
permaneceram no banco de dados contendo somente análises do LCT. O atual Controle e
Garantia da Qualidade (QA/QC) Laboratorial consiste no uso dos controle internos da SGS, no
uso de amostras padrão de referência e na checagem analítica de 5% das amostras no UT. As
seções seguintes descrevem os procedimentos de preparação de amostras e de análises químicas
usados para as amostras de Corumbá. A seção final revê o programa de QA/QC.
11.1.1 Preparação das Amostras
A preparação inicial das amostras foi feita pela MMX nas instalações da Mina 63. A amostra
reduzida é então enviada para o laboratório comercial para preparação adicional e análise.
MMX
A atual preparação amostral consite de:
•
Secagem da amostra ao sol por 4 a 12 horas;
•
Britagem a 2,5 cm com britador de mandíbula; e
•
Homogenização e quarteamento com um quarteador Jones para uma amostra de 2 kg.
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11-2
Relatório Técnico
Inicalmente uma amostra de 10kg foi enviada para o Laboratório de Processamento e
Carracterização Mineral Ltda (PCM) e posteriormente uma amostra de 2kg foi mandada para o
Laboratório LCT. O PCM não tem certificação internacional.
PCM
O laboratório PCM foi utilizado para a preparação das primeiras cinco amostras de poços para
secar, britar e redizir a amostra para 2kg, enviando em seguida para o LCT para análise.
LCT
A preparação amostral no LCT consistiu de:
•
Secagem numa estufa á temporatura entre 80 e 100oC;
•
Britador de mandíbula;
•
Moído de disco ou rolo;
•
Amostras maiores do que 35g foram reduzidas para 30g com quarteador Jones;
•
Secagem numa estefa por duas horas; e
•
Pulverização com moínho Herzog numa granulometria menor do que 0,05mm.
SGS
A preparação amostral do SGS consiste de:
•
Secagem em estufa a 100+10oC;
•
Britagem para 90% menor do que 2mm;
•
Homogenização e redução com quarteador Jones para 250 a 300g;
•
Pulverização para 95% menor do que 150 mesh; e
•
Redução para 125g.
11.1.2 Análises da Amostras
LCT
Entre 7 a 10g de amostra é combinada com resina Hoescht (10% do peso da amostra) e a mistura
resultante é então pesada. A amostra e a resina são homogenizadas e então prensadas numa
prensa Herzog para formar um disco.
As amostras são analisadas com um espectômetro fluorescência de Raio-X (XRF). A perda ao
fogo (LOI) é analisada pela colocação de 1,000g + 0,0001g de amostra num cadinho de
porcelana, aquecimento num forno por uma hora a 1050oC e resfriamento com um secador. A
amostra é re-pesada e a perda ao fogo calculada.
SGS
A amostra é seca a 100+10oC e então uma amostra de 0,50g é combinada com solvente de
tetraborato de lítio, o qual é fundida e despejada num molde para formar um disco. As amostras
são analisadas por Espectômetro de Fluorescência de Raio -X. A perda ao fogo (LOI) é
analisada pela queima da amostra a 110oC po uma hora, colocando-se 1,5 a 2g da amostra num
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11-3
Relatório Técnico
cadinho, aquecendo a 1000+50oC por uma hora, resfriando e pesando a amostra e o cadinho
novamente. A perda ao fogo é calculada com um limite de detecção de 0,01%.
Os dados são transferidos diretamente do equipamento e armazenados no Sistema de Informação
e Gerenciamento do Laboratório (LIMS).
UT
A amostra é fundida num forno elétrico Bradway e moldadas numa pastilha de 40mm usando
um fluxo 12.22 contendo 5% de nitrato de sódio. As pastilhas são analisadas com XRF. A
perda ao fogo (LOI) é analisada por aquecimento de uma porção da amostra pré-seca num forno
elétrico de acordo com a temperatura solicitada pelo cliente.
11.1.3 Garantia e Controle de Qualidade do Laboratório
QA/QC Interno do SGS
Os procedimentos internos de QA/QC do SGS consistem de:
•
O software LIMS é usado durante a aquisição dos dados no laboratório para eliminar
erros de entrada manual de dados. O software é também usado no tratamento estatístico
dos controles de Qualidade;
•
Calibração de todos os equipamentos críticos a cada seis meses;
•
Verificação diária das escalas e espectômetros;
•
5% das amostras são pesadas antes de cada passo da preparação, com 3% como uma
perda aceitável no pesa da amostra;
•
5% das amostras são medidas para granulometria da amostra durante a preparação com
95% passante no tamanho da peneira sendo o valor aceitável;
•
O tamanho do lote é de 40 amostras. Amostras duplicatas são preparadas para cada 20
amostras, amostras padrão de referência são inseridas no mesmo fluxo a uma taxa de 1
em 20 amostras e uma amostra branco é inserida em cada lote; e
•
Amostras com resultados anômalos são repetidas. Se a repetição não duplica o valor
original, então uma nova amotra é preparada do rejeito.
QA/QC da MMX
A Analytical Solutions Ltd reviu os dados de QA/QC e esta seção é retirada do seu relatório.
Comko mencionado na introdução desta seção, o LCT analisou as amostras de poços e canais e o
SGS analisou as amostras de furos de sonda. 5% das amostras foram enviadas para o
Laboratório Ultratrace Laboratory na Australia para checagem analítica, incluindo 17 polpas
originalmente analisadas pelo LCT. Em geral existe uma pobre correspond~encia entre os dados
do Ultratrace e do LCT (Figura 11-1). Como sugerido por outros consultores da MMX, o dados
do LCT não podem ser considerados confiáveis para estimativa de recursos e a MMX decidiu
enviar todas as polpas para reanálise no SGS para usar na estimativa de recursos.
Para o propósito de cheque analítico, um total de 82 polpas foram analisadas pelo SGS (Brazil)
in 2006, sendo reanalisadas pelo Ultratrace. Ambos, SGS e Ultratrace, usaram discos fundidos
(glass bead) e XRF para determinação dos óxidos maiores. Em geral existe uma boa
concordância entre os dois conjuntos de dados. A Figura 11-1 sumariza as diferenças em
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11-4
Relatório Técnico
percentagem entre os resultados do SGS e Ultratrace, relativas às determinações do SGS (sem
implicação de que SGS ou Ultratrace proveu o dado preferencial). Uma amostra foi excluída
para perda ao fogo (LOI) onde valores de 0,01 and 0,59% foram reportados, resultando numa
diferença percentual muito grande a deve ser devida a entrada manual de dados. A Tabela
11.3.2.1 documenta a diferença percentual entre as amostras do SGS e Ultratrace.
A Tabela 11.3.2.1 documenta a percentagem das amostras dentro de ± 5%, 10%, 20%, etc.
Tabela 11.1.3.1: Sumário da Diferença Percentual entre as Amostras do SGS e UT
Elemento
N
Fe
82
MnO
82
SiO2
82
Al2O3
82
P
82
TiO2
82
LOI
82
5%
82
100%
59
72%
76
93%
49
60%
59
72%
41
50%
38
46%
10%
20%
25%
50%
> +50%
61
74%
80
98%
72
88%
77
94%
65
79%
57
70%
70
85%
82
100%
78
95%
82
100%
77
94%
71
87%
74
90%
81
99%
1
1%
80
98%
82
100%
78
95%
75
91%
82
100%
79
96%
3
4%
As observações principais são:
•
Onze valores de Fe ajustam-se em 5%;
•
93% dos valores de SiO2 ajustam-se em 5%;
•
Os valores de Al2O3 mostram boa correspondência acima de 1% e 88% de todas as
amostras ajustam-se em +10%;
•
A maioria dos valores de P são menores do que 0,1% e próximos do limite de detecção
para o método XRF; existe um viés igual a aproximadamente 3% da concentração de P
com valores mais altos reportados pelo SGS que pelo Ultratrace (similar ao observado no
Minas Rios);
•
A maioria dos valores de TiO2 são menores do que 0,2%. TiO2 mostra boa
correspondência e 79% ajusta-se em +10%. A maioria dos resultados que não se ajustam
em +10% estão quase sempre dentrop de 10 vezes o limite de detecção, onde a precisão é
esperada ser da ordem de +100%;
•
74% dos valores de Mn ajustam-se em ±10%; valores menores do que 0,1% não se
ajustam em ±10% mas estão dentro de 10 vezes o limite de detecção, onde a precisão é
esperada ser pobre; e
•
65% dos valores de LOI reportados pelo SGS são mais altos que os reportados pelo
Ultratrace. O Ultratrace refere que a análise é feita por “ TGA automatizado com fornos
de 100 e 1000º”. A temperatuda usada para a perda ao fogo (LOI) no SGS poderia ser
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Relatório Técnico
determinada e os dois métodos analítico comparados. A maioria dos valores de LOI são
menores do que 2% e a variância entre os laboratórios da ordem de 5% dos valores
reportados.
Em geral existe uma boa correspondência entre as determinações dos óxidos principais do SGS e
UT. Algusn elementos (MnO, P and TiO2) são encontrados em concentrações dentro de dez
vezes o limite de detecção do método XRF. Se estas determinações necessitam maior acurácia, é
recomendado que o método ICP com uma fusão com metaborato de lítio, com limites de
detecção variando de 1 a 10 ppm, seja utilizado.
A SRK considera que a preparação de amostras, análise e segurança seguem os padrões da
indústria e que os resultados químicos são confiáveis para a estimativa de recursos.
11.2 Amostragem, Preparação e Análise para Urucum NE
11.2.1 Procedimentos de Preparação de Amostras
A preparação das amostras foi feita no laboratório da MMX Corumbá. O Laboratório SGS, em
Belo Horizonte, fez todas as análises químicas e o ALS Chemex Laboratory, na Australia, foi
usado para a análise de checagem como segundo laboratório.
A amostra dev200kg é britada num circuito fechado com uma abertura de 38mm até que todo o
material esteja menor do que 38mm. O material britado é então alimentado num quarteador
rotativo. Metade da amostra é arquivada e a outra metade é alimentada no quarteador rotativo
novamente. O segundo quarteamento gera duas porções, uma é usada para a análise global e a
outra para o teste de frações granulométricas. A amostra é peneirada a 25mm, 19mm, 12mm,
6.35mm e 4mm. Uma pequena porção é tomada das frações 25mm a 19mm para um teste de
crepitação. O remanescente destas frações é misturado com as frações 19mm a 12mm. A fração
<4mm é peneirada a úmido para gerar mais três frações: 4mm a 1mm, 1mm a 0,15mm e <0,15
mm. O resultado das frações granulométricas são:
•
25mm a 12mm;
•
12mm a 6,35mm;
•
6,35mm a 4mm;
•
4mm a 1mm;
•
1mm a 0,15mm, e
•
<0,15mm.
Todas as seis frações granulométricas e a amostra global são enviadas para a preparação para a
análise química. Este processo consiste de sucessivas britagens e quarteamento até um último
estágio onde uma plopa é tomada para a análise química. O primeiro estágio é a britagem a
8mm. Todo o material britado é alimentado num quarteados rotativo até uma porção de 3kg ser
obtida. Esta porção é britada de novo a 2mm e seca a 105°C. Então a amostra seca é alimentado
num quarteador rotativo até uma porção de 200g ser obtida. Esta porção é pulverizada e
quarteada novamente. Metade é enviada para análise química e a outra metada armazenada num
arquivo.
A amostra global e as frações 25mm a 19mm, 19mm a 12mm e 12mm a 6,35mm passam através
do processo de preparação desde o início, começando com a britagem a 8mm. A fração 6,35mm
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Relatório Técnico
a 4mm inicia o processo no estágio seguinte, onde uma porção de 3kg é obtida. As frações 4mm
a 1mm e 1mm a 0,15mm são enviadas diretamente para o estágio de secagem e a fração
<0,15mm é filtrada antes e também enviada para o estágio de secagem.
Todas as análises químicas são feitas por XRF para os elementos Fe, SiO2, Al2O3, P, MnO, CaO,
MgO, K2O, Na2O, TiO2 e análise gravimétrica para LOI (Perda ao Fogo).
11.2.2 Chemical Analysis Procedures
Procedimentos do SGS
O SGS recebe as amostras pulverizadas e as seca a uma temperatura de 100+10oC. Uma porção
de 0,50g é retirada da amostra seca e combinada com solvente de tetraborato de lítio, em
quantidade suficiente para a total fusão da amostra. A mistura da amostra e do solvente é então
homogeneizada e fundida num cadinho de Platina, usando uma máquina de fusão automática por
cerca de 15 a 20 minutos. O material fundido é despejado num molde de platina, formando um
disco (pastilha) com uma superfície plana.
O QA/QC interno do Laboratório SGS consiste na inserção de uma amostra duplicada ou uma
amostra replicata, alternadamente, para cada 10 amostras num lote. Pelo menos um material de
referência é inserido em cada lote. As amostras são armazenadas individualmente em sacos
plásticos e mantidas num secador até a leitura no espectômetro. As amostras são analisadas por
XRF.
Os dados são transferidos diretamente do equipamento e armazenados no LIMS.
Tabela 11.2.2.1: Limites de Detecção do SGS para Análise de Minério de Ferro
ElementO
Al2O3
Fe2O3
K2O
MgO
MnO
Na2O
P2O5
SiO2
TiO2
Limite de Detecção (%)
0.10
0.01
0.01
0.10
0.01
0.10
0.01
0.10
0.01
Limite Superior (%)
90
100
15
45
70
15
45
100
100
A perda ao fogo (Loss on Ignition) é realizada por método gravimétrico. Primeiro a amostra é
queimada a aproximadamente 110oC por um período mínimo de uma hora. Então, um cadinho
seco e limpo é pesado e seu peso é registrado (CV). 1,5 a 2g da amostra queimada é adicionada
ao cadinho, o mesmo é pesado e o peso é registrado (C+A). O cadinho com a amostra é colocado
num forno até a temperatura atingir 1000 + 50oC, deixando-se nesta temperatura por uma hora,
para expelir-se os voláteis. O cadinho é removido do forno e colocado num prato refratário até
perder sua incandescência. Ele é então posto num secador, que permanece coberto até o
resfriamento do cadinho e da amostra. O peso final (final weigth) é medido e registrado.
O cálculo do resultados é:
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% F.W. =
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(C + A ) - (Final Weightl) x 100
(C + A ) - (CV )
O limite de detecção é 0,01% e o dado é registrado no LIMS.
Procedimentos do ALS Chemex
O ALS Chemex usa do método de fusão com metaborato de lítio e XRF para suas análises das
amostras de minério de ferro. Uma amostra preparada (0,5g) é fundida com um fluxo de
metaborato de lítico a cerca de 1000°C que é então analizado por espectometria de raio-X.
As amostras são analisadas com o pacote de 19 elementos da ALS Chemex. Os elementos que
são determinados por XRF estão listados na Tabela 11.2.2.2.
As análises incluem a determinação de perda ao fogo (LOI) a 1000°C, realizadas com TGA. Isto
permite que uma adição de óxidos, gerados na temperatura de ignição e a LOI, para se chegar a
um total (óxidos mai LOI). A LOI é devida a perda de água dos minerais hidratados (goethita,
gibbsita e kaolinita), decomposição de carbonatos (calcita, siderita e dolomita) e a volatização de
componentes orgânicos.
Tabela 11.2.2.2: Limites de Detecção nas Análises de Minério de Ferro na ALS Chemex
Elemento
Alumina
Arsênio
Bário
Cálcio
Cobalto
Cromo
Cobre
Ferro
Potássio
Magnésio
Manganês
Sódio
Níquel
Fósforo
Enxofre
Sílica
Vanádio
Zinco
Símbolo
Al2O3
As
Ba
CaO
Co
Cr
Cu
Fe
K 2O
MgO
MnO
Na2O
Ni
P
S
SiO2
V
Zn
Unidade
%
%
%
%
%
%
%
%
%
%
%
%
%
%
%
%
%
%
Limite Inferior
0,01
0,001
0,005
0,01
0,005
0,005
0,005
0,01
0,001
0,01
0,001
0,01
0,005
0,001
0,001
0,01
0,005
0,005
Limite Superior
30
0,6
0,3
10
2
5
3
75
5
10
75
5
3
5
5
70
1
5
11.2.3 Procedimentos de Controle de Qualidade (QA/QC)
Controle de Qualidade SGS
•
O SGS usa um software desenvolvido pela OnLabs (LIMS) usado por laboratórios
geoquímicos em vários países (Brasil, Chile, Canadá e Alemanha), para a aquisição de
dados on-line,eliminando erros na entrada manual de informação. A informação
relacionada ao controle de qualidade (brancos, duplicatas e padrões) pe também
arquivada com este software;
•
Calibração de todo equipamento crítico relacionado ao processo a cada seis meses;
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•
Verificação diária das escalas e espectrômetros através de pesos padrões ou amostras de
controle;
•
Controle de massa em 5% das amostras preparadas nos estágios de britagem e
pulverização, através da pesagem das amostras antes e depois de cada operação, uma
perda máxima de 3% de material é aceitável para cada estágio;
•
Análises de frações granulométricas em 5% das amostras preparadas nos estágios de
britagem e pulverização através de testes de peneiramento das amostras antes e depois de
cada operação, uma percentagem mínima de 95% abaixo da granulometria de referência é
aceitável;
•
Uma amostra duplicata é preparada a cada 20 amostras após o processo de britagem e o
final da preparação é feito;
•
As análises são analisadas em lotes de até 40 amostras;
•
Amostras de referência interna e material certificado são inseridas a cada 20 amostras;
•
Inclusão de brancos em cada lote analisado; e
•
Resultados anômalos são repetidos e quando o resultado obtido não confirma o primeiro
resultado, a análise de uma nova amostra é preparada usando o rejeito do material
recebido.
Controle de Qualidade ALS Chemex
A ALS Chemex usa um sistema de controle baseado na rede LIMS que é usado por laboratórios
geoquímicos em vários países com aquisição on-line de dados a partir dos equipamentos usados
no laboratório, eliminando erros na entrada manual da informação. O sistema provém uma
garantia adicional da qualidade dos dados por fornecer o acesso on-line a trilhas completas de
auditoria e importantes dados de QC e cartas de controle.
Especificações padrão para a preparação de amostras são claramente definidas e monitoradas.
Os procedimentos operacionais padrão da ALS Chemex requerem que ao menos uma amostra
por dia seja tomada de cada lote para cada estação de preparação.
O LIMS da ALS Chemex insere amostras de controle de qualidade (materiais de referência,
Brancos e duplicatas) em cada rodada analítica, baseado em tamanhos de lote associados com o
método. O tamanho de lote é o número de amostras, incluindo amostras de QC, incluídas num
lote. O branco é inserido no início, padrões são inseridos em intervalos aleatórios, e duplicatas
são analizadas no final dos lotes. As amostras de controle de qualidade são inseridas baseadas
nos tamanhos de lotes específicos para o método. O método XRF usa dois padrões, uma
duplicata e um branco, com um tamanho de lote de 39 amostras.
Os limites do Controle de Qualidade para os materiais de referência e análises de duplicatas são
estabelecidos de acordo com a precisão e acurácia requeridos para o método particular.
Controle de Qualidade da MMX
A MMX iniciou um programa de QA/QC no início da pesquisa de Urucum NE. O programa
consiste da introdução de um padrão de ferro, OREAS40, um branco, e uma duplicata de polpa
por lote. Adicionalmente 117 amostras foram enviadas ao ALS Chemex na Australia para
cheque analítico.
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Relatório Técnico
A Agoratek International (Agoratek) reviu os seguinte dados de QA/QC de laboratório para a
MMX:
•
Dados do QA/QC interno do SGS;
•
SGS x ALS Chemex pares de amostras de cheque;
•
Resultados da SGS para o padrão OREAS40 da MMX; e
•
Umas poucas análises dos padrões OREAS40 e APHP no ALS Chemex.
Agoratek fez as seguinte observações:
•
O padrão IPT123, o padrão comercial interno do SGS, está mal-certificado e pode ser
usado somente como uma medida de acurácia e não pode ser usado para acessar a
performance geral do SGS;
•
O padrão OREAS40 tem boa certificação e foi validade pela Agoratek no passado. A
SGS se apresentou bem com este padrão para Fe e SiO2, mas pode mostrar um viés
com Al2O3 e P;
•
Uma comparação do SGS e ALS Chemex nas análises de cheque indica que pode
haver um viés alto no P pela SGS e um viés baixo no Al2O3; e
•
As amostras submetidas como branco atualmente não são brancos e desta forma os
resultados não podem ser usados.
11.2.4 Segurança das Amostras
A MMX mantém um controle de amostras a partir de uma coleção de amostras individuais em
pacotes selados para o local do projeto da MMX. Estes pacotes são enviados do local da mina
para o laboratório SGS em Belo Horizonte por uma empresa de transporte.
A MMX retém as polpas e rejeitos grosseiros de suas amostras em seu seguro escritório na
Mina63.
11.2.5 Certificação ISO 9000
O SGS tem Certificação ISO 9001(2000) e ISO 14001(2001).
SRK Consulting (US), Inc.
MMX.Corumba.IN 43-101 Relatório Tecnico.162703.KG.009
10 Março, 2008
Corumba QAQC - LCT Check Assays
(N = 17) (y-axis capped at +100%)
Relative Percent Difference (LCT Assay less ULT
Assay with respect to average assay) (%)
100
80
Fe
MnO
SiO2
P
TiO2
LOI
Al2O3
60
40
20
0
-20
-40
-60
-80
-100
0.01
0.10
1.00
10.00
100.00
Original Assay (LCT)
Corumba QAQC - SGS Check Assays
(N = 82) (y-axis capped at +100%)
Fe
MnO
SiO2
P
TiO2
LOI
Al2O3
Relative Percent Difference (SGS Assay less ULT
Assay with respect to SGS Assay) (%)
100
80
60
40
20
0
-20
-40
-60
-80
-100
0.001
0.010
0.100
1.000
10.000
100.000
Original Assay (SGS)
Projeto Corumbá,
Brasil
SRK Job No.: 162703.03
File Name: Figure 11-1.doc
Fonte: Mineração & Metálicos S.A.
Figura 11-1
Análises LCT e SGS x UT para
Amostras Corumbá
Date: 02-27-08
Approved: LM
Figure: 11-1
Mineração e Metálicos S.A.
Projeto Corumbá
12-1
Relatório Técnico
12 Verificação dos Dados (Item 16)
Os dados são recebidos do laboratório em arquivos eletônicos e como cópias de papel dos
certificados analíticos. Os dados são carregados numa planilha Excel com quatro folhas para
coordenadas de boca de furo, resultados químicso, desvio de furo e informação litológica. Os
certificados do laboratórios são recebidos em cópias de papel.
Durante o processo de verificação para os dados da Mina 63 no Relatório Técnico anterior,
alguns problemas foram notados com os valores da variável MnO, onde em alguns casos os
valores aparecem para Mn e em outros os valores estão para MnO. A SRK reconstruiu todo o
banco de dados utilizando as planilhas originais do SGS. Após o banco de dados ser reparado, a
SRK procedeu cheque em 10% dos dados contra os certificados analíticos. A SRK também
checou as bocas de furos contra o banco de dados e revisou intervalos litológicos selecionados
contra as fotos dos testemunhos e descrição dos furos.
A SRK verificou 10% do banco de dados de Urucum NE contra os certificados analíticos e não
encontrou nenhum erro significativo.
A SRK não coletou amostras independentes para análise, porque as rochas mostram óbvia
mineralização e as amostras do banco de dados foram submetidas a extensivas análises e cheque
analíticos.
SRK Consulting (US), Inc.
MMX.Corumba.IN 43-101 Relatório Tecnico.162703.KG.009
10 Março, 2008
Mineração e Metálicos S.A.
Projeto Corumbá
13-1
Relatório Técnico
13 Propriedades Adjacentes (Item 17)
A Vale opera a Mina de Urucum imediatamente a nordeste da Mina 63, e a RTZ opera a Mina da
Corumbaense Reunidas na vizinha Morraria de Santa Cruz. A MMX não utilizou nenhuma
informação destas minas na preparação deste relatório.
SRK Consulting (US), Inc.
MMX.Corumba.IN 43-101 Relatório Tecnico.162703.KG.009
10 Março, 2008
Mineração e Metálicos S.A.
Projeto Corumbá
14-1
Relatório Técnico
14 Processamento Mineral e Testes Metalúrgicos (Item
18)
14.1 Processamento Mineral e Testes Metalúrgicos para Mina 63
14.1.1 Parâmetros Tecnológicos do Processo
Esta seção descreve os procedimento e resultados dos testes metalúrgicos para definir os
parâmetros usados no desenvolvimento do fluxograma de processo e recuperações de produtos, e
inclue:
•
Descrição e localização das amostras usadas nos testes de bancada;
•
Descrição dos testes de bancada;
•
Estudo da correlação entre RoM e Lump para os minérios do tipo Elúvio e Colúvio, com
vistas a obtenção da relação de enriquecimento e estabelecimento de teores de corte; e
•
Estudo da recuperação de massa, com a definição dos fatores de recuperação dos
produtos Lump e Sinter Feed.
Testes de Bancada e Análises Químicas
As amostras dos testes de bancada foram compostas dos rejeitos grosseiros de 35 amostras de
poços. A Figura 14-1 mostra a localização das amostras para os testes de bancada dentro do
plano de lavra proposto. A área eluvial é bem representada pelos testes de bancada. As amostras
na área coluvial foram retiradas em áreas perto da fonte de material e também em pontos à
pequena distância da fonte. De maneira geral a representatividade das amostras parece ser boa.
Os procedimentos seguiram o padrão NBR ISO 3082, que trata com os princípios da amostragem
e preparação de amostras de minério de ferro.
As amostras foram preparadas pelo Laboratório PCM Laboratory, com o seguinte procedimento:
•
Uma amostra inicial foi retirada do rejeito grosseiro para a amostra de RoM;
•
Homogenização do restante de cada amostra;
•
A amostra foi seca e pesada para verificar o volume inicial da amostra;
•
A amostra foi britada para menos do que 25,4mm;
•
A amostra foi combinada com dispersante alcalino, silicado de sódio, para cerca de 50%
de sólidos;
•
A escrubagem foi conduzida num misturados com controle visual de desagregação;
•
Peneiramento à úmido foi realizado com uma peneira tipo Manupen nas seguintes frações
25,4 – 19,6 – 12,5 – 9,6 – 6,35 – 4,0 – 2,0 – 1,0 – 0,5 – 0,25 and 0,15mm.
•
A distribuição para o Lump foi considerada de 25,4 a 6,35mm e o Sinter Feed foi de 6,35
a 1,00mm
As amostra de RoM e Lump foram enviadas para o Laboratório de caracterização Tecnológica LCT da Escola Politécnica da Universidade de São Paulo para análises químicas. Os resultados
estão apresentados nas Tabelas 14.1.1.1 e 14.1.1.2.
SRK Consulting (US), Inc.
MMX.Corumba.IN 43-101 Relatório Tecnico.162703.KG.009
10 Março, 2008
Mineração e Metálicos S.A.
Projeto Corumbá
14-2
Relatório Técnico
Tabela 14.1.1.1: Minério Coluvionar –Análises Químicas: RoM e Lump
Coordenadass
X
Y
435800.8
7877646
434600.1
7877503
434405
7877393
434199.6
7877484
434204.3
7877384
434209
7877284
434004.5
7877375
434982.3
7877772
435194.6
7877629
435181.8
7877765
435400.5
7877541
435395.4
7877640
435410.7
7877341
435387.6
7877791
435600.1
7877551
435605.3
7877451
435610.4
7877351
435799.9
7877561
435805
7877461
435810.1
7877361
435999.6
7877571
435994.4
7877671
436004.7
7877471
Z
618.03
403.06
378.22
344.96
357.41
352.99
330.5
458.93
493.82
491.54
557.73
531.56
596.65
527.78
595.54
619.66
635.34
641.54
672.88
704.98
689.83
672.51
736.43
ID
Can_T6
T0_00
T01_100S
T02_00
T02_100S
T02_200S
T03_100S
T2_250N
T3_100N
T3_236N
T4_00
T4_100N
T4_200S
T4_250N
T5_00
T5_100S
T5_200S
T_00
T6_100S
T6_200S
T7_00
T7_100N
T7_100S
Nome Laboratório
EBX075
EBX118
EBX069
EBX149
EBX090
EBX079
EBX089
EBX086
EBX066
EBX057
EBX058
EBX073
EBX059
EBX061
EBX078
EBX062
EBX065
EBX083
EBX068
EBX072
EBX080
EBX088
EBX074
De
0.00
0.00
0.00
0.00
0.00
0.00
0.00
0.00
0.00
0.00
0.00
0.00
0.00
0.00
0.00
0.00
0.00
0.00
0.00
0.00
0.00
0.00
0.00
Até
7.70
10.00
6.00
5.60
6.00
6.00
5.05
2.47
5.00
2.90
8.15
5.40
6.00
2.60
8.70
6.00
6.00
9.80
6.00
6.00
8.00
6.00
6.00
Fe
65.230
58.309
56.005
56.991
54.001
52.563
61.320
63.803
60.954
65.523
61.193
61.662
59.334
59.009
59.430
60.292
62.793
63.685
63.109
64.767
63.697
64.355
62.158
RoM
SiO2
4.19
13.36
12.80
15.76
15.03
16.83
7.90
4.90
8.21
3.66
7.42
7.94
8.48
7.98
9.15
7.17
6.87
7.60
5.17
4.21
5.72
4.62
6.42
AI2O3
1.89
1.87
2.00
1.33
3.31
1.59
2.46
2.49
2.11
1.40
2.64
2.24
4.12
2.96
3.82
3.50
1.70
0.89
2.61
1.81
1.90
2.03
2.83
P
0.05
0.05
0.06
0.05
0.07
0.07
0.08
0.08
0.06
0.06
0.05
0.06
0.06
0.09
0.08
0.05
0.05
0.06
0.05
0.05
0.07
0.06
0.05
MnO
<0.10
<0.10
2.01
0.35
0.70
2.14
0.42
<0.10
0.20
0.15
<0.10
0.10
<0.10
0.51
<0.10
<0.10
<0.10
<0.10
<0.10
0.25
<0.10
<0.10
0.31
CaO
na
na
na
na
na
na
na
na
na
na
na
na
na
na
na
na
na
na
na
na
na
na
na
MgO
na
na
na
na
na
na
na
na
na
na
na
na
na
na
na
na
na
na
na
na
na
na
na
TiO2
0.16
0.15
0.17
0.12
0.20
0.14
0.18
0.16
0.18
0.12
0.21
0.18
0.25
0.19
0.20
0.26
0.16
0.10
0.21
0.16
0.16
0.17
0.25
LOI
2.51
1.42
2.48
1.60
3.11
2.78
2.42
2.68
2.59
1.91
2.68
2.11
3.75
3.49
2.93
3.18
2.28
2.11
2.59
2.14
2.39
2.14
3.02
NºLCT
7084/05
7552/05
7066/05
7606/05
7129/05
7096/05
7126/05
7117/05
7057/05
6668/05
6671/05
7078/05
6674/05
6680/05
7093/05
6683/05
7054/05
7108/05
7063/05
7075/05
7099/05
7153/05
7081/05
Hole Id
CAN T6
T0/00
T01/100S
T02/00
T02/100S
T02/200S
T03/100S
T2/250N
T3/100N
T3/236N
T4/00
T4/100S
T4/200S
T4/250N
T5/00
T5/100S
T5/200S
T6/00
T6/100S
T6/200S
T7/00
T7100N
T7/100S
Fe
67.498
65.135
64.8
62.578
63.062
62.954
65.442
65.111
67.413
67.9
68.7
68.154
68.8
65.2
67.155
68.5
67.697
67.865
66.738
66.471
68.4
68.55
63.284
Lump
SiO2 A12O3
2.12
1.01
5.8
0.61
6.10
0.79
9.030
0.62
8.28
0.48
7.8
0.46
3.49
1.32
3.13
2.22
2.83
0.7
2.16
1.19
2.33
0.72
3.01
0.53
1.82
0.37
4.97
1.05
3.16
0.82
1.73
0.75
3.14
0.3
1.8
0.34
2.03
0.82
2.15
1.06
2.65
0.66
1.61
0.4
7.15
0.75
P
0.054
0.053
0.06
0.054
0.056
0.051
0.062
0.05
0.063
0.06
0.06
0.05
0.06
0.08
0.056
0.05
0.052
0.055
0.065
0.053
0.07
0.052
0.069
Mn
<0.10
<0.10
0.64
0.115
0.342
0.831
<0.10
<0.10
<0.10
<0.10
<0.10
<0.10
<0.10
<0.10
<0.10
<0.10
<0.10
<0.10
1.102
0.771
<0.10
<0.10
1.154
TiO2
0.13
<0.10
<0.10
<0.10
<0.10
<0.10
0.1
0.12
<0.10
<0.10
0.09
<0.10
<0.10
<0.10
<0.10
<0.10
<0.10
<0.10
<0.10
<0.10
<0.10
<0.10
0.1
LOI
1
0.58
1.20
0.53
1.7
0.82
1.74
2.37
1.28
0.99
0.84
0.8
0.63
1.39
0.86
0.89
0.73
1.43
1.01
2.45
0.87
1.39
1.15
Tabela 14.1.1.2: Minério Eluvionar –Análise Química: RoM e Lump
Coordinadas
RoM
X
436368.1
436306.0
436122.0
436149.1
436149.1
436075.8
436015.4
435949.3
435949.3
436049.8
436049.8
435945.2
435905.8
Y
7877088.2
7877164.5
7877380.2
7877355.7
7877355.7
7877285.9
7877208.4
7877141.8
7877141.8
7877306.6
7877306.6
7877145.8
7877058.9
Z
890.33
863.04
827.40
849.51
849.51
857.79
861.71
846.56
846.56
833.66
833.66
844.36
841.53
435905.8
436263.6
436065.8
435999.8
7877058.9
7876744.1
7876839.6
7876916.8
841.53
860.15
973.16
851.24
IId
A3
A4
A7_CAN4A
CAN_3A (0-6m)
CAN_3A (6-10.20m)
CAN_3B
CAN_3C
CAN 3D (0.0 a 5.0m)
CAN 3D (5-11.65m)
CAN 4B (0-6.90m)
CAN 4B(6.90-11.80m)
CAN 4D (0.0 a 7.20m)
CAN 4E (0 a 6.20m)
CAN-4E (10.05 a
13.05)
D1
E3
E4
SRK Consulting (US), Inc.
MMX.Corumba.IN 43-101 Relatório Tecnico.162703.KG.009
Nome
Laboratório
EBX3
EBX4
EBX 107
EBX104
EBX105
EBX84
EBX87
EBX97
EBX98
EBX101
EBX102
EBX95
EBX125
EBX125
EBX54
EBX 1
EBX67
Lump
De
0.00
0.00
0.00
0.00
6.00
0.00
0.00
0.00
5.00
0.00
6.90
0.00
0.00
Até
10.00
10.00
4.20
6.00
10.20
15.40
11.30
5.00
11.65
6.90
11.90
7.20
6.20
Fe
59.900
64.200
64.587
66.370
61.098
62.217
64.072
62.079
66.536
64.796
64.375
64.517
60.571
SiO2
6.12
6.20
4.390
4.96
12.3
7.12
6.78
9.85
3.25
4.16
5.63
4.04
9.31
AI2O3
4.22
1.33
2.320
0.97
0.40
2.68
0.95
0.58
1.06
1.92
0.84
2.34
2.01
P
0.09
0.07
0.040
0.04
0.05
0.09
0.05
0.05
0.05
0.05
0.05
0.04
0.05
MnO
0.04
0.04
<0.10
<0.10
<0.10
<0.10
<0.10
<0.10
<0.10
<0.10
<0.10
<0.10
<0.10
CaO
na
na
na
na
na
na
na
na
na
na
na
na
na
MgO
na
na
na
na
na
na
na
na
na
na
na
na
na
TiO2
0.22
0.12
0.190
0.11
<0.10
0.19
0.11
<0.10
0.10
0.16
0.12
0.16
0.17
LOI
5.39
1.87
2.020
1.08
0.97
2.67
2.00
1.79
1.63
2.39
1.68
2.50
2.15
NºLCT
7177/05
7168/05
7171/05
7111/05
7120/05
7147/05
7150/05
7159/05
7162/05
7141/05
7567/05
Hole Id
A3
A4
A7 (0-4.2m)
CAN_3A (0-6m)
CAN_3A (6-10.20m)
CAN 3B
CAN 3C
CAN 3D (0.0 a 5.0m)
CAN 3D (5-11.65m)
CAN 4B (0-6.90m)
CAN 4B(6.90-11.80m)
CAN 4D 0.94(0.0 a 7.20m)
CAN 4E (0 a 6.20m)
10.05
0.00
0.00
0.00
13.05
10.00
10.00
10.00
64.628
45.565
63.500
61.982
7.80
30.0
4.07
9.30
0.43
1.78
2.91
1.03
0.05
0.10
0.10
0.06
<0.10
<0.10
0.02
<0.10
na
na
na
na
na
na
na
na
<0.10
0.19
0.17
0.11
1.30
2.21
2.87
1.89
7579/05
6659/05
6665/05
7060/05
CAN-4E (10.05 a 13.05)
D1
E3
E4
Fe
65.1
67.32
68.9
67.5
63.6
65.0
65.7
64.7
67.5
65.6
66.7
67.4
66.3
SiO2
3.39
3.42
1.48
2.68
7.61
6.72
4.55
6.99
2.16
1.41
3.81
1.27
3.31
A12O3
2.48
0.35
0.18
0.32
0.10
0.18
0.58
0.22
0.67
1.25
0.47
1.12
0.94
P
0.08
0.06
0.05
0.04
0.04
0.04
0.04
0.04
0.05
0.12
0.05
0.04
0.04
Mn
TiO2
<0.10
<0.10
0.14
<0.10
<0.10
<0.10
<0.10
<0.10
<0.10
<0.10
<0.10
<0.10
<0.10
<0.10
<0.10
<0.10
<0.10
<0.10
0.10
0.10
<0.10
<0.10
LOI
3.28
1.2
1.07
1.70
1.99
1.37
1.62
1.09
1.70
1.34
1.13
2.14
0.98
66.3
49.9
69.8
66.3
3.94
27.3
1.38
4.57
0.12
0.46
0.37
0.45
0.04
0.06
0.09
0.05
<0.10
<0.10
<0.10
<0.10
<0.10
<0.10
<0.10
0.10
0.60
0.78
0.74
0.63
10 Março, 2008
Mineração e Metálicos S.A.
Projeto Corumbá
14-3
Relatório Técnico
Correlação RoM x Lump
O teor de ferro do RoM e Lump para cada amostra foi plotado em gráficos separados para
Colúvio e Elúvio. As equações que relacionam o teor de Fe no RoM com o teor de Fe no Lump
foi obtido por regressão linear. Os resultados para os dois tipos de minério presentes na área,
elúvio e colúvio, são discitudo abaixo.
O primeiro gráfico apresentado na Figura 14-2, mostra a curva de correlaçãopara o teor de ferro
do minério do tipo eluvial. Uma boa correlação é apresentada entre os testes. Para o gráfico do
Elúvio para Fe, a seguinte equação linear é observada: Lump = 0,85 x RoM + 12,454. Desta
forma, substituindo o teor de ferro no RoM, o valor do teor de ferro no Lump é obtido.
Considerando que o teor de ferro esperado no produto da Mina 63 é de 64,2%, o teor médio de
alimentação para o RoM deve ser de 60,9% Fe.
O segundo gráfico apresentado na Figura 14-2 mostra a curva de correlação para o teor no
minério tipo coluvionar. Neste caso, a baixa correlação entre os teores pode ser notada. Este
resultado pode ser explicado pelas características deste tipo de minério, que apresenta alta
variabilidade na distribuição dos teores de ferro devido á natureza clástica do material.
Para o gráfico do Fe no Colúvio, a seguinte equação linear é observada: Lump = 0,3657 x RoM
+ 44,144. desta forma, substituindo-se o x pelo teor de Fe no RoM, o valor obtido será o do Fe
no Lump. Considerando que o teor de ferro esperado para o produto da Mina 63 é de 64,2%, o
teor médio de alimentação para o RoM deve ser de 54,8% Fe. Devido à alta variabilidade obtida
nas amostra do Colúvio, testes adicionais estão planejados, usando um mior número de amostras.
Adicionalmente, o tamanho das partículas será considerado assim como a química global.
14.1.2 Análise Mineralógica
Os conteúdos mineralógicos para sete amostras com tr~es tamanhos de produtos cada estão
apresentados na Tabela 14.1.2.1. Os conteúdo principais das amostras são óxidos e hidróxidos
de ferro em agregados ou em partículas mistas. O principal mineral é a hematita. Goetita /
Limonita é muito porosa e é encontrada livre ou inter-espaçada ao redor de outros cristais de
óxido de ferro e podem mostras textura coloforme, bordejando agregados de hematita. Hematita
martítica é extremamente rara e ocorre como cristais muito porosos, com formas variando de
anádrica a subédrica e tamanho de grãos de criptocristalino a muito fino. Hematita especular é
também rara, e ocorre como cristais alongado e orientados, que são raramente aciculares. O
quartzo é anédrico e livre de inclosões. Ocasionalmente o quartzo ocorre dentro de agregados e
mostra uma coloração avermelhada, devido a um fino recobrimento de goetita/limonita. A
kaolinita ocorre livremente, associada com goetita/limonita e algumas vezes recobrindo as
mesmas. Oxidos de manganês criptocristalino a lamelar ocorre livremente associado a
goetita/limonita e, raramente, contendo inclusões de hematita e quartzo. Leucoxenio livre,
provavelmente um produto de um processo de alteração do rutilo, está presente com agregados
de goetita/limonita. O Fósforo está presente nas amostras como apatita, que ocorrem em cristais
anédricos e subédricos, inclusos em hematita ou como agregados de cristais criptocristalinos
inclusos ou associados com goetita/limonita.
Aglomerados amarelos e vermelho ou marrons, formados por uma associação de
goetita/limonita, minerais argilosos, hematita, quartzo e óxidos de manganês, estão presentes em
quase todas as amostra finas, exceto AM 0053 e AM 058.
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14-4
Relatório Técnico
Tabela 14.1.2.1: Análise Mineralógica das Amostras da Mina 63
Hematita
Amostra
AM - 11
AM - 13
AM - 47
AM - 48
AM - 53
AM - 58
Goetita/Agreagado
Quartzo Livre
Quartzo/Agregado
Manganês
Kaolinita
Gibbsita
VOL (%)
Peso (%)
VOL (%)
Peso (%)
VOL (%)
Peso (%)
VOL (%)
Peso (%)
VOL (%)
Peso (%)
VOL (%)
Peso (%)
VOL (%)
Peso (%)
VOL (%)
Peso (%)
Lump
96,80
97,70
0,00
0,00
3,10
2,20
0,00
0,00
0,10
0,00
0,00
0,00
0,00
0,00
0,00
0,00
Sinter Feed
76,20
81,30
7,90
7,00
13,30
10,00
11,30
0,60
0,00
0,00
0,00
0,00
1,70
0,90
0,20
0,20
Pellet Feed
46,10
57,10
1,30
1,30
33,80
30,10
0,00
7,00
0,00
0,00
0,00
0,00
7,50
4,50
0,00
0,00
Lump
58,10
66,00
14,80
13,00
23,00
18,70
0,80
0,00
0,00
0,00
0,00
0,00
4,10
2,30
0,00
0,00
Sinter Feed
45,60
55,80
4,80
4,80
38,20
33,30
3,60
0,50
0,00
0,00
0,00
0,00
10,60
6,30
0,00
0,00
3,50
5,50
5,10
6,80
42,30
48,60
0,40
2,90
0,00
0,00
0,60
0,70
44,10
34,70
0,80
0,80
90,50
93,10
0,30
0,30
8,00
6,00
10,30
0,20
0,30
0,10
0,20
0,20
0,30
0,10
0,00
0,00
Pellet Feed
AM - 20
Goetita
Lump
Sinter Feed
56,00
65,90
0,00
0,00
31,30
26,60
19,30
6,10
1,30
0,80
0,00
0,00
1,10
0,60
0,00
0,00
Pellet Feed
24,40
35,10
0,00
0,00
32,90
34,20
25,10
14,00
0,00
0,00
0,20
0,20
23,20
16,50
0,00
0,00
Lump
36,70
47,50
16,00
17,30
15,60
14,60
21,40
16,40
1,50
1,00
0,00
0,00
5,10
3,30
0,00
0,00
Sinter Feed
37,50
49,80
7,30
8,10
18,60
17,80
29,50
14,30
3,30
2,20
0,00
0,00
11,90
7,80
0,00
0,00
Pellet Feed
35,60
47,90
6,80
7,60
17,90
17,40
32,70
20,00
0,00
0,00
1,10
1,00
9,10
6,00
0,00
0,00
Lump
59,40
74,00
0,00
0,00
1,70
1,60
19,20
20,50
2,60
1,60
0,00
0,00
3,60
2,20
0,00
0,00
Sinter Feed
62,00
73,90
0,00
0,00
12,50
10,80
33,70
11,50
2,60
1,60
0,50
0,40
3,10
1,80
0,00
0,00
Pellet Feed
32,50
44,40
6,40
7,20
21,30
21,00
5,10
23,20
0,00
0,00
0,10
0,10
6,00
4,10
0,00
0,00
Lump
39,90
45,90
47,20
45,10
5,80
4,80
15,60
2,90
1,00
0,60
0,40
0,30
0,70
0,40
0,00
0,00
Sinter Feed
22,70
30,60
38,10
42,70
0,00
0,00
0,00
10,60
14,90
10,10
0,70
0,60
8,10
5,40
0,00
0,00
Pellet Feed
19,10
28,90
14,70
18,50
6,60
7,20
51,50
39,20
0,70
0,60
0,30
0,30
7,10
5,30
0,00
0,00
Lump
98,30
98,90
0,40
0,30
0,50
0,40
0,50
0,20
0,20
0,10
0,00
0,00
0,10
0,10
0,00
0,00
Sinter Feed
67,50
77,30
0,00
0,00
15,50
12,80
16,60
9,60
0,00
0,00
0,10
0,10
0,20
0,10
0,00
0,00
Pellet Feed
18,10
28,40
3,40
4,50
15,50
17,60
53,40
42,20
1,70
1,40
0,00
0,00
7,80
6,00
0,00
0,00
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14-5
Relatório Técnico
14.1.3 Cálculo do Balanço de Massa
O balanço de massa é usado para estabelecer quantitiativamente a eficiência, o rendimento e o
dimensionamento da planta de processo.
Por este estudo diversos tamanhos de frações caracerísticas do Lump e Sinter Feed foram
considerados, para se determinar a recuperação de massa (rendimento de produto) destes
materiais. Um total de 110 amostras foram analisadas, os resultados estão resumidos na tabela
14.1.3.1 abaixo e as localizações das amostras estão apresentadas na Figura 14-3. As amostra
usadas na cálculo do balanço de massa recobrem toda a área da mina e desta forma bastante
representativas do material de alimentação da planta de beneficiamento.
Tabela 14.1.3.1: Resultados Médios da Recuperação de Massa – Lump e Sinter Feed
Média
Desv.
Padrão
MIN
MAX
<25.40mm
>19.00mm
Peso%
12.63
6.15
1.80
27.95
Fração Lump
<19.00mm <12.50mm <9.50mm
>12.50mm >9.50mm >6.35mm
Peso%
Peso%
Peso%
30.41
15.46
10.23
4.27
20.89
42.29
2.85
9.51
22.60
2.05
6.77
16.23
<25.40mm
>6.35mm
Peso%
68.73
<6.35mm
>4.75mm
Peso%
5.48
5.68
55.45
83.57
1.51
2.48
10.01
Fração Sinter Feed
<4.75mm <3.35mm <2.00mm
>3.35mm >2.00mm >1.00mm
Peso%
Peso%
Peso%
5.62
4.01
2.17
1.41
3.45
10.92
1.08
1.90
7.46
0.69
0.91
4.28
<6.35mm
>1mm
Peso%
17.27
3.93
9.57
31.83
O tamanho das frações para Lump estão entre 25,4 e 6,35mm e para Sinter Feed entre 6,35 e
1,00mm. No Lump a percentágem média de peso é 68,7%, com valores mínimo e máximos de
55,1% e 83,6% respectivamante. A decisão foi de adotar 55%, o menor valor, como a premissa
de projeto. A percentagem de peso média no Sinter Feed é 17,3% com um mínimo de 9,57% e
um máximo de 31,83%. Uma recuperação de massa de 11% para o Sinter Feed foi adotada
como premissa para o projeto.
14.2 Processamento Mineral e Testes Metalúrgicos - Urucum NE
A MMX Corumbá realizou testes de bancada de partição e concentração gravimétrica a fim de
avaliar o potencial dos recursos na área de Urucum NE para a produção de Lump e Sinter Feed.
Estes testes foram projetados para avaliar as propriedades de concentração dos recursos
considerando recuperação em massa e metalúrgica. Os métodos ótimos obtidos para a
concentração do minéirio foram baseados em processos de concentração gravimétrica.
14.2.1 Localização e Preparação das Amostras Metalúrgicas
Vince e cinco amostras foram coletadas na área de Urucum NE a partir dos mesmos poços de
pesquisa usados no modelo geológico. A localização das amostras está mostrada na Figura 14-4
e as principais características químicas destas amostras são apresentadas na Tabela 14.2.1.1.
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14-6
Relatório Técnico
Tabela 14.2.1.1: Características das Amostras Analizadas em Concentração de Meio Denso
ID Amostra
L14_2400S
L14_2600S
L15_2400S A
L15_2600S
L15_2800S A
L15_2800S B
L16_2400S
L16_2600S
L17_2200S
L17_2400S
L17_3000S A
L17_3000S B
L17_3200S A
L17_3200S B
L18_2200S
L18_2400S
L18_3000S
L18_3200S
L19_2200S
L19_2400S
L19_2800S
L19_3000S A
L19_3200S
L20_2600S
L20_3000S
Média
Fe
46,00
57,20
59,60
60,20
52,50
60,10
49,60
53,70
52,50
59,90
59,60
60,00
60,30
59,30
52,20
53,80
62,40
58,30
55,00
60,30
55,20
62,70
59,00
59,30
54,20
56,92
Al2O3
5,50
2,30
2,30
2,30
3,50
2,80
2,70
2,50
2,70
2,10
3,00
3,00
2,80
2,40
2,30
2,10
2,10
1,90
4,70
2,70
2,00
2,40
1,80
2,70
2,60
2,69
SiO2
24,70
13,50
10,10
8,50
17,30
7,60
21,30
15,60
17,00
8,40
7,00
9,50
6,90
8,40
17,40
16,50
7,50
13,40
13,40
8,70
15,80
7,90
11,90
11,00
16,90
12,65
P
0,054
0,053
0,055
0,055
0,049
0,051
0,055
0,055
0,053
0,059
0,066
0,059
0,059
0,059
0,054
0,055
0,053
0,056
0,066
0,052
0,051
0,059
0,054
0,052
0,067
0,056
Mn
0,66
0,09
0,15
0,37
0,42
0,37
1,50
1,10
1,01
0,85
0,02
0,02
0,05
0,02
1,32
0,46
0,02
0,02
0,27
0,12
0,08
0,05
0,02
0,07
0,36
0,38
TiO2
0,26
0,16
0,15
0,16
0,16
0,16
0,18
0,17
0,18
0,17
0,18
0,20
0,18
0,16
0,16
0,15
0,14
0,13
0,24
0,15
0,13
0,18
0,12
0,16
0,14
0,17
LOI
3,30
1,53
1,28
1,55
1,95
1,65
1,74
1,55
1,68
1,41
1,92
1,60
1,70
1,46
1,47
1,96
1,11
1,33
2,49
1,45
1,52
1,57
1,12
1,50
1,76
1,66
K2O
0,34
0,11
0,11
0,13
0,19
0,13
0,28
0,23
0,26
0,16
0,11
0,15
0,10
0,14
0,25
0,22
0,08
0,08
0,14
0,06
0,11
0,13
0,11
0,08
0,16
0,15
14.2.2 Metodologia
Todas as amostras foram preparadas de acordo com o fluxograma da Figura 14-5 antes dos testes
de concentração gravimétricos serem realizados.
A preparação das amostras resultou em três frações granulométricas para serem usadas nos testes
gravimétricos e uma amostra considerada estérios, como descrito abaixo:
•
Fração <38 mm > 6,35 mm –Teste de concentração - Lump 1;
•
Fração <25 mm >9,52mm – Teste de concentração - Lump 3;
•
Fração < 6,35mm > 1.00mm – Teste de concentração - Sinter Feed; e
•
Fração < 1,00 mm – considerado rejeito.
O líquido denso usado nos ensaios foi uma suspensão de ferro silício atomizado com uma
densidade de aproximadamente de 7,00g/cm³. Uma suspensão com 83,3% de sólidos foi
preparadas para obter uma polpa estável com uma densidade de 3,50g/cm³.
14.2.3 Resultados
As amostras, depois da preparação, apresentaram a recuperação em massa das frações
granulométricas e análises químicas descritas nas Tabelas 14.2.3.1 e 14.2.3.2.
SRK Consulting (US), Inc.
MMX.Corumba.IN 43-101 Relatório Tecnico.162703.KG.009
10 Março, 2008
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Projeto Corumbá
14-7
Relatório Técnico
Tabela 14.2.3.1: Recuperação em Massa dos Diferentes Produtos Após Processamento
Poço ID
L14_2400S
L14_2600S
L15_2400S A
L15_2600S
L15_2800S A
L15_2800S B
L16_2400S
L16_2600S
L17_2200S
L17_2400S
L17_3000S A
L17_3000S B
L17_3200S A
L17_3200S B
L18_2200S
L18_2400S
L18_3000S
L18_3200S
L19_2200S
L19_2400S
L19_2800S
L19_3000S A
L19_3200S
L20_2600S
L20_3000S
Average
< 38,0 mm >6,3 mm (%)
53,92
76,15
75,18
72,01
70,23
65,39
70,44
70,26
70,24
72,77
70,06
69,45
68,33
68,22
71,28
68,31
67,69
76,97
72,54
75,23
71,97
69,15
74,03
73,47
73,86
70,69
< 6,35 mm >1,00 mm (%)
21,18
16,99
15,95
19,40
20,39
17,77
18,41
20,11
18,53
19,25
21,14
20,20
23,66
22,82
18,89
19,77
18,81
16,39
19,11
18,78
21,33
25,27
18,12
19,99
16,24
19,54
<1,00 mm (%)
24,90
6,86
8,87
8,59
9,38
16,84
11,15
9,63
11,23
7,98
8,80
10,35
8,01
8,96
9,83
11,92
13,50
6,64
8,35
5,99
6,70
5,58
7,85
6,54
9,90
9,77
Tabela 14.2.3.2: Média das Análises Químicas Antes da Concentração Gravimétrica
Fração
Lump1
Lump3
Sinter Feed
Fe
62,88
62,44
55,38
Al2O3
1,08
0,87
2,23
SiO2
7,85
9,19
15,12
P
0,060
0,060
0,070
P.F.
0,76
0,70
1,80
K 2O
0,11
0,11
0,18
MnO
0,47
0,55
0,67
TiO2
0,09
0,10
0,18
Os resultados dos testes de concentração gravimétrica no Sinter Feed, Lump 1 e Lump 3 são
apresentados nas Tabelas 14.2.3.3, 14.2.3.4 e 14.2.3.5, respectivamente. Os teores médios
obtidos nos testes com o Lump 1 foram 65,02% Fe e 4,86% SiO2 e com o Lump 3 64,76% Fe e
5,76% SiO2. Onde os resultados da concentração dos dois tipos de produtos (Lump 1 e Lump 3)
eram comparáveis, é notado que não há diferença significativa no teor, indicando que a redução
do top size do Lump para 25mm não trouxe um ganho em qualidade. As recuperações em massa
e metalúrgica dos testes de concentração foram em média de 83% e 86% para o LUMP 1 e de
88% e 91% para o LUMP 3.
Tabela 14.2.3.3: Qualidade Química Média do Sinter Feed
Concentrado Sinter feed
Fe
Al2O3
SiO2
P
P.F.
K2O
MnO
TiO2
64,30
1,64
4,78
0,05
1,05
0,06
0,15
0,11
SRK Consulting (US), Inc.
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14-8
Relatório Técnico
Tabela 14.2.3.4: Resultados dos Testes de Meio Denso para a Fração <38,00> - LUMP1
SRK Consulting (US), Inc.
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10 Março, 2008
Mineração e Metálicos S.A.
Projeto Corumbá
14-9
Relatório Técnico
Tabela 14.2.3.5:Resultados dos Testes de Meio Denso para a Fração < 25,00 >9,52 –LUMP3
SRK Consulting (US), Inc.
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10 Março, 2008
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14-10
Relatório Técnico
14.2.4 Conclusões
Os primeiros testes indicativos com as amostras de Urucum NE mostraram bons resultados para
a produção de produtos de minério de ferro adequados para o atual mercado. De acordo com a
caracterização tecnológica das amostras, aproximadamente 57% da massa do RoM pode ser
transformado em Lump com teores médios de 65% Fe e 5% SiO2 usando cocnetração por meio
denso (DMS). Assim como o Lump, o Sinter Feed também apresentou bons resultados
indicativos.
Testes de partição e concentração estão em curso com outras amostras de Urucum NE para
aumentar a representatividade tanto dos números de amostras quanto da sua distribuição
espacial.
SRK Consulting (US), Inc.
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10 Março, 2008
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Brasil
SRK Job No.: 162703.03
File Name: Figure 14-1.doc
Fonte: Mineração & Metálicos S.A.
Figura 14-1
Localização das Amostras
Metalúrgicas, Mina 63
Date: 02-27-08
Approved: LM
Figure: 14-1
Eluvium Area
Colluvium Area
Projeto Corumbá,
Brasil
SRK Job No.: 162703.03
File Name: Figure 14-2.doc
Fonte: Mineração & Metálicos S.A.
Figura 14-2
Correlação Fe do ROM x Lump,
Mina 63
Date: 02-27-08
Approved: LM
Figure: 14-2
Projeto Corumbá,
Brasil
Figura 14-3
Amostras balanço de Massa, Mina 63
SRK Job No.: 162703.03
File Name: Figure 14-3.doc
Fonte: Mineração & Metálicos S.A.
Date: 02-27-08
Approved: LM
Figure: 14-3
Projeto Corumbá,
Brasil
SRK Job No.: 162703.03
File Name: Figure 14-4.doc
Fonte: Mineração & Metálicos S.A.
Figura 14-4
Mapa de Localização das Amostras
Metalúrgicas, Urucum NE
Date: 02-27-08
Approved: LM
Figure: 14-4
Projeto Corumbá,
Brasil
SRK Job No.: 162703.03
File Name: Figure 14-5.doc
Fonte: Mineração & Metálicos S.A.
Figura 14-5
Fluxograma da Preparação das Amostras
para Testes de Meio Denso, Urucum NE
Date: 02-27-08
Approved: LM
Figure: 14-5
Mineração e Metálicos S.A.
Projeto Corumbá
15-1
Relatório Técnico
15 Estimativa de Recursos e Reservas Minerais (Item 19)
Os recursos foram estimados pela Prominas, uma empresa de consultoria independente de
geologia e engenharia, baseada em Belo Horizonte, sob a supervisão do pessoal da MMX. A
SRK reviu os procedimentos da estimativa de recursos e realizou um procedimento de validação
em separado. O software MineSight foi usado pela Prominas e o software Vulcan pela SRK. A
SRK recebeu o banco de dados como um arquivo Microsoft Excel com quatro planilhas
contendo coordenadas de baca de furos, desvio dos furos, resultados químicos e informação
litológica. As superfícies e sólidos 3D do MineSight foram exportadas pela Prominas como
sólidos e superfífices para o Vulcan e fornecidos à SRK.
15.1 Estimativa de Recursos e Reservas Minerais da Mina 63
Os recursos estimados usou todos os dados até Dezembro de 2006 e está descontada da produção
até Setembro de 2007. Os procedimento de estimativa de recursos foi primeiramente descrito no
Relatório Técnico NI43-101 pela SRK em Maio de 2007.
15.1.1 Banco de Dados
Os resultados químicos foram recebidos do laboratório como arquivos eletrônicos e em cópias de
papel dos certificados analíticos. Os resultados foram carregados no Banco de dados Acquire
onde foram checados para erros de duplicação de campos, intervalos amostrais e profundidade
total. Amostras de canal, poços e furos de sonda são todos usados no banco de dados de
recursos. A Figura 15-1 representa o mapa de localização de todas as amostras de canal, poços e
furos de sonda do banco de dados.
15.1.2 Modelo Geológico
Para o propósito da avaliação de recursos e reservas a área da Mina 63 foi dividida em dois
modelo separados: a área eluvionar (Modelo Elúvio) e a área coluvionar (Modelo Colúvio).
Dois tipo de material foram modelados na área Colúvio, colúvio (COL) e brecha sedimentar
(BRE); e dois tipo foram modelados na área Elúvio, colúvio (COL) e jaspelito lixiviado (LIX).
Dois conjuntos de seções verticais foram geradas e interpretadas para cada modelo. Na área
Elúvio as seções são orientadas NE-SW e NW-SE, e na área Colúvio as seções são N-S e E-W.
os contatos geológicos foram ajustados entre os dois conjuntos de seções para cada área, e
digitalizados. Sólidos 3D foram criados para o colúvio, brecha e jaspelito lixiviado (LIX). As
Figuras 15-2, 15-3 e 15-4 ilustram os sólidos 3D da Mina 63.
15.1.3 Banco de Dados dos Recursos
Cinquenta e quatro amostras de poços e canais foram excluídas do banco de dados para o
procedimento de estimativa de recursos. Dois diferentes critérios foram usados para a exclusão
de amostras: amostras com profundidades maiores do que 6m e menores do que 1m e amostras
num raio de 10,0 m dos furos de sonda. A SRK revisou a exclusão de amostras e notou que a
média de teor é 57.9% Fe, a qual é um pouco maior que a média do teor das amostras que foram
retidas. O banco de dados revisado com 142 furos de sonda foi obtido após a aplicação dos
critérios aciam citados. A localização das amostras no banco de dados de recursos é apresentada
na Figura 15-5 e sumarizada na Tabela 15.1.3.1.
SRK Consulting (US), Inc.
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15-2
Relatório Técnico
Tabela 15.1.3.1: Banco de Dados de Recursos, Mina 63
Tipo de
Sondagem
Canal
Furos de Sonda
Poço
Total
# Sondagem
7
81
54
142
# Amostras
15
384
65
464
Metros Amostrados
83
919
237
1,239
% Metros
7%
74%
19%
100%
Uma análise estatística foi realizada com as amostras de cada área, Colúvio e Elúvio, tipo de
material (LIX, COL and BRE) e tipo de sondagem (Canal, Furo de Sonda e Poço). Após a
análise estatística foi decidido utilizar todos os tipos de amostras na estimativa de recursos,
porque a estatística não mostrou viés e o método usado para amostras de canais e amostra de
poços duplicava o suporte amostral dos furos de sonda.
Intervalos Não Analisados
Alguns intervalos contidos dentro dos sólido 3D de COL, BRE, ou LIX não foram submetidos a
análise laboratorial. Na descrição geológica original, alguns destes intervalos internos á área
mineralizada, são descritos como arcósios e são considerados como material estéril interno.
Outros intervalos não foram analisados por não haver recuperação do testemunho. Foi decidido
atribuir o valor zero para todos os elementos nos intervalos considerados estéreis internos e
atribuir o valor de -1 para aqueles intervalos onde não havia recuperação do testemunho. No
procedimento de composição, o estéril interno seria calculado com um valor zero, e os
intervalos não-recuperados não seriam usados.
As Tabelas 15.1.3.2 e 15.1.3.3 apresentam o sumário das estatísticas descritivas para as amostras
originais incluindo o material de estéril interno.
Tabela 15.1.3.2: Estatística Básica – Resultados Originais– Área Colúvio
COL
BRE
All
Amostra
Mínimo
Máximo
Média
Desvio Padrão
Variância
Co. de Variação
Amostra
Mínimo
Máximo
Média
Desvio Padrão
Variância
Co. de Variação
Amostra
Mínimo
Máximo
Média
Desvio Padrão
Variância
Co. de Variação
Fe (%)
241
66,3
51,39
13,11
171,74
0,26
48
64,2
49,92
10,55
111,39
0,21
289
66,3
51,13
12,7
161,4
0,25
SiO2 (%)
241
51,1
17,04
10,59
112,19
0,62
48
47,8
20,96
10,08
101,56
0,48
289
51,1
17,74
10,61
112,55
0,6
SRK Consulting (US), Inc.
MMX.Corumba.IN 43-101 Relatório Tecnico.162703.KG.009
Al2O3 (%)
241
11,2
2,85
2,05
4,22
0,72
48
6
2,27
1,22
1,48
0,54
289
11,2
2,74
1,95
3,78
0,71
P (%)
241
0,2
0,054
0,018
0
0,34
48
0,3
0,1
0,067
0,004
0,67
289
0,3
0,062
0,037
0,001
0,59
Mn (%)
241
4,49
0,6
0,9
0,81
1,49
48
2,71
0,46
0,5
0,25
1,08
289
4,49
0,58
0,84
0,71
1,46
TiO2 (%)
241
0,46
0,15
0,09
0,01
0,57
48
0,28
0,12
0,05
0
0,44
289
0,46
0,15
0,08
0,01
0,56
LOI (%)
241
5,83
1,55
1,07
1,15
0,69
48
4,66
1,66
1,17
1,37
0,71
289
5,83
1,57
1,09
1,19
0,69
10 Março, 2008
Mineração e Metálicos S.A.
Projeto Corumbá
15-3
Relatório Técnico
Tabela 15.1.3.3: Estatística Básica – Resultados Originais – Área Elúvio
LIX
COL
All
Amostra
Mínimo
Máximo
Média
Desvio Padrão
Variância
Co. de Variação
Amostra
Mínimo
Máximo
Média
Desvio Padrão
Variância
Co. de Variação
Amostra
Mínimo
Máximo
Média
Desvio Padrão
Variância
Co. de Variação
Fe (%)
164
68,6
60,39
6,15
37,76
0,1
41
37,4
66,7
57,84
6,7
44,86
0,12
205
68,6
59,94
6,32
39,99
0,11
SiO2 (%)
164
33,9
8,67
5,78
33,43
0,67
41
1,3
41,3
12,77
9,44
89,08
0,74
205
41,3
9,41
6,77
45,88
0,72
Al2O3 (%)
164
14,6
2,51
2,44
5,96
0,97
41
0,22
8,6
2,43
1,92
3,67
0,79
205
14,6
2,49
2,36
5,55
0,94
P (%)
164
0,284
0,072
0,04
0,002
0,55
41
0,036
0,44
0,078
0,039
0,002
0,5
205
0,44
0,073
0,04
0,002
0,54
Mn (%)
164
0,29
0,04
0,04
0
1,04
41
0,01
2,25
0,14
0,39
0,15
2,84
205
2,25
0,06
0,17
0,03
3,08
TiO2 (%)
164
0,62
0,14
0,11
0,01
0,78
41
0,02
0,4
0,15
0,09
0,01
0,61
205
0,62
0,14
0,11
0,01
0,75
LOI (%)
164
9,95
1,65
1,72
2,97
1,04
41
0,25
5,77
1,71
1,32
1,75
0,77
205
9,95
1,66
1,66
2,75
1
15.1.4 Composição
As amostras originais foram compositadas em comprimentos de 5m com quebras nos contatos
geológicos. Intervalos menores do que 2,0m foram incluídos no intervalo predecessor se o
intervalo estava dentro de um mesmo domínio litológico. O procedimento de composição
resultos em 282 amostras compostas. Para a estimativa de teor somente as amostras entre 3 e 7m
foram usadas. As Tabelas 15.1.4.1 e 15.1.4.2 apresentam o sumário das estatísticas para as
compostas usadas na estimativa de recursos. Algumas compostas foram excluídas da estimativa
de recursos devido a terem comprimentos fora da variação aceitável, incluindo:
•
Área Colúvio: 21 compostas no colúvio com um teor médio de 44,8% Fe e 7 compostas
na brecha com um teor médio de 57,6% Fe; e
•
Área Elúvio: 9 amostras no LIX com um teor médio de 61,1% Fe e 5 no colúvio com um
teor médio de 59,2% Fe.
A SRK observa que o método mais costumeiro de limitação da influência das compostas com
comprimentos menores do que a extensão de composição nominal é o uso de ponderação pelo
comprimento no procedimento de estimativa. Todavia, a validação do modelo de blocos de teor
indica que este procedimento de exclusão das compostas não criou um viés na estimativa.
SRK Consulting (US), Inc.
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15-4
Relatório Técnico
Tabela 15.1.4.1: Estatística Básica das Compostas – Área Colúvio
Amostra
Mínimo
Máximo
Média
Desvio Padrão
Variância
Co. de Variação
All
Fe (%)
148
12,66
66,11
50,93
9,98
99,6
0,2
SiO2 (%)
148
3,5
39,45
17,88
9,03
81,62
0,51
Al2O3 (%)
148
0,15
11,2
2,64
1,74
3,02
0,66
P (%)
148
0,013
0,3
0,062
0,033
0,001
0,53
Mn (%)
148
0,01
4,03
0,59
0,78
0,6
1,32
TiO2 (%)
148
0,01
0,45
0,14
0,07
0,01
0,51
LOI (%)
148
0,04
4,92
1,48
0,96
0,92
0,65
Mn (%)
94
1,36
0,06
0,14
0,02
2,52
TiO2 (%)
94
0,01
0,47
0,14
0,1
0,01
0,67
LOI (%)
94
7,14
1,71
1,5
2,26
0,88
Tabela 15.1.4.2: Estatística Básica das Compostas – Área Elúvio
Amostra
Mínimo
Máximo
Média
Desvio Padrão
Variância
Co. de Variação
All
Fe (%)
94
38,95
68,3
59,78
5,1
26,03
0,09
SiO2 (%)
94
2,1
38,2
9,6
6,5
42,25
0,68
Al2O3 (%)
94
0,3
9,09
2,52
2,12
4,47
0,84
P (%)
94
0,035
0,242
0,074
0,037
0,001
0,5
Os Histogramas de ferro gerados com as compostas de 3-7m para as áreas Colúvio e Elúvio
(Figura 15-7) mostram diferentes distribuições. O minério Elúvio apresenta uma menor
variabilidade do conteúdo de ferro com um mínimo de teor de ferro de 45,28%. A variabilidade
da conteúdo de ferro no minério colúvio é maio, com teores de ferro entre 12 e 66%. A
diferença é explicada pela gênese de cada tipo de mineralização. O depósito de minério
eluvionar é um enriquecimento “in situ” do jaspelito. O depósito de minério coluvionar
representa um precosso deposicional. Este tipo de minério de ferro contém clastos de minério
eluvionar assim como fragmentos de jaspelito e arcósio dentro de uma matrix argilosa.
15.1.5 Densidade
As medições de densidade foram feitas em amostras coletadas de poços nas área Colúvio e
Elúvio da Mina 63. A amostragem e análise foi feita pela Prominas, uma empresa brasileira com
experiência nesses procedimentos. As medições de gravidade específica foram feitas em base
úmida.
Metodologia
Os testes para determiar a densidade foram executados de acordo com o estabelecido pela
Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT), listado abaixo:
•
NBR 7.185/1986 – Determinação de Massa Específica Aparente, “in situ”, com o uso de
frasco de areia; e
•
NBR 10.838/1988 – Determinação de Massa Específica Aparente de amostras
indeformadas, com o uso de escala hidrostática – estravazamento de volume em meio
denso.
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15-5
Relatório Técnico
Para o material coluvionar o método do frasco de areia foi utilizado, devido ao tipo de material
que consiste em rocha inconsolidada. Para o elívio, o teste foi o estravazamento de volume em
meio denso, que é a metodologia usada para amostras duras ou compactas.
Elúvio
Sessenta e quatro amostras do material eluvionar foram coletadas nas paredes dos poços
exploratórios, usando pequenos pedaços de material compacto. Os dados estão apresentados na
Tabela 15.4.2.1. A densidade média para o elúvio foi 3,603g/cm³, o desvio padrão 0,4397g/cm³
e a variância 2,07g/cm³, com valores máximos e mínimos de 4,67 e 2,60g/cm³ respectivamente.
Colúvio
O método usado para os testes laboratóriais no material coluvionar foi o frasco de areia. Vinte e
cinco amostras do minério tipo Colúvio foram coletadas ao lado ou dentro dos poços
exploratórios.
A densidade média foi 3,158g/cm³, o desvio padrão foi 0,3598g/cm³, a variância foi 1,52g/cm³
com valores máximos e mínimos de 3,9 and 2,38g/cm³ respectivamente.
15.1.6 Topografia
O levantamento preliminar da Mina 63 foi realizado pela BXF – Topografia, que usou um
teodolito eletrônico Topcon DT 209, de prumo ótico com precisão angular de 20” (vinte
segundos) e distâncias medidas por trena; após implantação de uma linha-base, uma estação
Total Pentax PCS1S foi usada, com prescisão angula de 10” (dez segundos), prumo ótico, leitura
de 5” (cinco segundos), alcance de 800m 1 prisma circular e alcance de 1.100m com três
prismas, coletor de dados externo tipo calculadora HP 48GX, sistema Pawertopolite. Os cálculos
e desenhos foram feitos com do topoGRAPH 98 e software AutoCad 2004.
O ponto de amarração (PA) foi o marco M_24 no topo do Morro Urucum (mirante) como uma
estação, e suas coordenadas UTM (Sistema Universal Transverse Mercator) são N 7877220.20 E
436598.27 Z 935.93.
A topografia usada na estimativa de recursos é a corrente em Dezembro de 2006.
A BXF também levantou a localização das bocas dos furos de sonda, poços e amostras de canal
15.1.7 Variografia
O modelamento e análise variográfica foram feitos para ambas as áreas Colúvio e Elúvio. As
variáveis estudadas foram Fe, SiO2, Al2O3, P, MnO, TiO2 e LOI em cada uma das áreas e por
tipos individuais de material.
Após análise dos varigramas direcionais e levando em conta o pequeno número de amostras
disponíveis, decidiu-se desenvolver semi-variagramas horizontais omini-direcionais. Semivariogramas na direção vertical foram feitos para avaliar a continuidade na direção vertical e o
valor do efeito pepita.
Os Variogramas foram definidos para os domínios COL e ALL=COL+BRE na área Colúvio e
para os domínios LIX e ALL=LIX+COL na área Elúvio.
Diferentes tipos de variogramas foram exaustivamente modelados para cada variável, até a
definição da melhor estrutura indicativa da continuidade espacial. Dentre os variogramas
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15-6
Relatório Técnico
analisados, variogramas normais 9semi-variogramas0 e os correlogramas foram as melhores
opções.
O modelo esférico usando até duas estruturas imbrincadas. Os parâmetros são:
•
C0 = efeito pepita;
•
C1 = patamar da primeira estrutura;
•
C2 = patamar da segunda estrutura;
•
A1 = alcance da primeira estrutura; e
•
A2 = alcance da segunda estrutura.
As Figuras 15-6 e 15-7 apresentam os variogramas desenvolvidos para Fe nas áreas Colúvio e
Elúvio e as Tabelas 15.1.7.1 e 15.1.7.2 sumarizam todos os modelo variográficos para as
variáveis regionais modeladas nas áreas Colúvio e Elúvio.
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15-7
Relatório Técnico
Tabela 15.1.7.1: Variografia – Área Colúvio
VR
FE
SiO2
Al2O3
P
MnO
TiO2
LOI
COD
COL
ALL
COL
ALL
COL
ALL
COL
ALL
COL
ALL
COL
ALL
COL
ALL
C0
24,26
34,25
35,57
39
1,28
1,6
0,2993
0,18
0,55
0,458
0,004
0,004
0,403
0,199
Patamar Horizontal
C1
C2
Total
33,09
15,22
72,57
23,34
9,99
67,58
44,38
19,84
99,79
49,72
9,37
98,09
1,353
1,356
3,989
1,022
0,897
3,52
0,5803
0,2164
1,096
0,6981
0,1925
1,0706
0,276
0,154
0,981
0,394
0,041
0,893
0,0005
0,0029
0,0074
0,0012
0,0011
0,0063
0,549
0,24
1,191
0,901
0,091
1,191
Patamar Vertical
C1
C2
10,54
37,78
33,33
68,76
62,03
2,336
1,758
0,0795
0,2934
0,502
0,482
0,0027
0,0025
0,791
0,991
-
Total
72,57
67,58
104,33
101,03
3,616
3,358
0,3788
0,4734
1,052
0,94
0,0067
0,0065
1,194
1,19
Alcance Horizontal
A1
A2
138,6
500
173,28
499,2
116,24
467,53
151,7
532,87
169,08
500
129,42
499,18
101,15
367,38
78,46
344,75
152,95
325
135,2
318
208,3
420,38
249,87
454,53
56,2
347,55
64,6
306,21
Alcance Vertical
A1
A2
6,78
14,93
19,27
17,11
20,31
11,15
11
3,77
10
15,47
10,82
11,48
12,83
10,17
9,9
-
Patamar Vertical
C1
C2
1,07
8,65
5,61
3,28
4,387
3,001
0,0008
0,0008
0,002
0,001
0,037
0,008
0,0048
1,905
1,129
0,799
Total
1,5
21,95
23,41
28,78
4,697
3,251
0,0009
0,0009
0,013
0,047
0,01
0,0066
1,918
1,97
Alcance Horizontal
A1
A2
26,32
398,56
118,11
381,5
84,71
338,82
88,08
393,08
81,16
521,83
75,87
490,26
76,38
353,47
108,56
435,83
81,69
241,92
74,37
210,83
32,68
495
64,57
441,79
184,82
83,95
259,1
Alcance Vertical
A1
A2
12,1
16,94
9,26
10,03
12,63
11,7
24,51
17,05
4,44
14,04
14,68
12,88
10,78
6,38
4,68
10,16
Tabela 15.1.7.2: Variografia – Área Elúvio
VR
FE
SiO2
Al2O3
P
MnO
TiO2
LOI
COD
LIX
ALL
LIX
ALL
LIX
ALL
LIX
ALL
LIX
ALL
LIX
ALL
LIX
ALL
C0
0,43
13,3
17,8
25,5
0,31
0,25
0,0001
0,0001
0,011
0,01
0,002
0,0018
0,013
0,042
Patamar Horizontal
C1
C2
Total
0,31
0,29
1,03
1,89
7,4
22,59
6,08
4,03
27,9
4,6
7,83
37,93
1,785
3,77
5,865
1,729
3,316
5,295
0,0004
0,0007
0,0012
0,0005
0,0006
0,0012
0,002
0,001
0,014
0,002
0,0013
0,013
0,0031
0,0079
0,013
0,0028
0,0066
0,0112
0,001
0,014
0,003
0,004
0,049
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10 Março, 2008
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Projeto Corumbá
15-8
Relatório Técnico
Os modelos ajustados apresentaram anisotropia geométrica relacionada ao alcance no plano
horizontal. Em alguns casos, os modelos também apresentam anisotropia zonal. Os variogramas
verticais não mostram boas estruturas, devido à pequena espessura das camadas e ao conseqüente
pequeno número de amostras.
Para resolver o problema da anisotropia a técnica da telescopagem foi empregada. Esta técnica
foi descrita por Campos (1989) e desenvolvida em algorítmos de decomposição de variogramas,
que tratam com situações complexas com estruturas imbrincadas com anisotropias geométrica
zonal. Este método foi adotado por Girodo e colegas (2003) na avaliação de minas de minério de
ferro no Quadrilátero Ferrífero de Minas Gerais.
Os resultados do estudo de telescopagem são apresentados na Tabela 15.1.7.3 e Tabela 15.1.7.4.
O alcance na direção z foi fixado com um valor artificialmente alto para que o peso de krigagem
não ser limitado na direção vertical.
SRK Consulting (US), Inc.
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Proeto Corumbá
15-9
Relatório Técnico
Tabela 15.1.7.3: Variogramas Telescopados – Área Colúvio
VR/Tipo
Fe
SiO2
Al2O3
P
Mn
TiO2
LOI
Código
COL
ALL
COL
ALL
COL
ALL
COL
ALL
COL
ALL
COL
ALL
COL
ALL
Pepita
24,26
34,25
35,57
39,00
1,28
1,60
0,30
0,18
0,55
0,46
0,00
0,00
0,40
0,20
Sill 1
10,54
23,34
44,38
49,72
1,35
1,02
0,08
0,29
0,28
0,39
0,00
0,00
0,55
0,90
Estrutura
Sill 2
22,56
9,99
19,84
9,37
0,98
0,74
0,50
0,40
0,15
0,04
0,00
0,00
0,24
0,09
Sill 3
15,22
4,54
2,94
0,37
0,16
0,22
0,19
0,07
0,05
0,00
0,00
0,00
0,00
Alcances Estrutura 1
X
Y
139
139
173
173
116
116
152
152
169
169
129
129
101
101
78
78
153
153
135
135
208
208
250
250
56
56
65
65
Z
7
19
17
20
11
11
8
10
15
20
11
13
10
10
Alcances Estruturas 2
X
Y
Z
139
139
15
499
499
19
468
468
17
533
533
20
500
500
11
499
499
11
101
101
99999
78
78
99999
325
325
15
318
318
20
420
420
11
455
455
13
348
348
10
306
306
10
Alcances Estrutura 3
X
Y
Z
500
500
15
99999
99999
17
99999
99999
20
500
500
99999
499
499
99999
367
367
99999
345
345
99999
99999
99999
15
99999
99999
20
420
420
99999
99999
99999
13
99999
99999
10
306
306
99999
Tabela 15.1.7.4: Variogramas Telescopados – Área Elúvio
VR/Tipo
Fe
SiO2
Al2O3
P
Mn
TiO2
LOI
Código
LIX
ALL
LIX
ALL
LIX
ALL
LIX
ALL
LIX
ALL
LIX
ALL
LIX
ALL
Pepita
8,20
13,30
17,80
25,50
0,31
0,25
0,00
0,00
0,01
0,01
0,00
0,00
0,01
0,04
Sill 1
5,91
1,89
5,61
3,28
1,79
1,73
0,00
0,00
0,00
0,00
0,00
0,00
0,00
0,00
Estrutura
Sill 2
5,54
6,77
0,47
1,32
2,60
1,27
0,00
0,00
0,00
0,00
0,00
0,00
1,90
0,00
SRK Consulting (US), Inc.
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Sill 3
8,92
0,64
4,03
7,83
1,17
2,04
0,00
0,00
0,00
0,03
0,00
0,00
1,12
Alcances Estrutura 1
X
Y
26
26
118
118
85
85
88
88
81
81
76
76
76
76
109
109
82
82
74
74
33
33
65
65
185
185
84
84
Z
12
17
9
10
13
12
25
17
4
10
13
11
6
5
Alcances Estruturas 2
X
Y
Z
399
399
12
382
382
17
85
85
99999
88
88
99999
522
522
13
490
490
12
353
353
25
436
436
17
82
82
14
211
211
10
495
495
13
442
442
11
99999
99999
6
259
259
5
Alcances Estrutura 3
X
Y
Z
99999
99999
12
382
382
99999
339
339
99999
393
393
99999
522
522
99999
490
490
99999
353
353
99999
436
436
99999
242
242
99999
99999
99999
10
495
495
99999
442
442
99999
99999
99999
5
10 Março, 2008
Mineração e Metálicos S.A.
Projeto Corumbá
15-10
Relatório Técnico
15.1.8 Estimativa de Recursos
Modelo de Blocos
Seguindo a mesma estratégia aplicada no modelo geológico, a área foi dividida em dois modelos
de blocos separados. O modelo Colúvio é orientado norte-sul e o modelo Elúvio é rotacionada
num azimute de 312°, a partir do ponto de referência X = 436.150 (Localização UTM Este) e Y
= 7.875.700 (Localização UTM Norte).
Os dois modelos de blocos foram construídos com diferentes tamanhos de células, relacionados
ao espaçamento da malha de amostragem para cada domínio. Os parâmetros dos dois modelos
estão descritos na Tabela 15.1.8.1. As coordenadas do modelo de blocos Elúvio são locais, a
origem do modelo de blocos é o ponto de referência acima citado.
Table 15.1.8.1: Parameters of Block Model
Modelo
Colúvio
Elúvio
Direção
X
Y
Z
X
Y
Z
Mínimo
433 000
7 875 500
200
0
0
500
Máximo
436 250
7 878 500
1 200
2 000
2 000
1 200
Tamanho do
Bloco (m)
50
50
5
25
25
5
No. de Blocos
65
60
200
80
80
140
Os blocos foram carrimbados com o código de rocha do sólido 3D usando o software
MineSigth, a percentagem do bloco dentro do sólido também foi carrimbada no bloco. Os
blocos que intersectaram mais de um sólido foram designados com o código da rocha
majoritária.
A Figura 15-8 ilustra o Modelo de Blocos da Mina 63.
Estimativa
As variáveis Fe, SiO2, P, Al2O3, Mn e TiO2 foram estimadas por krigagem ordinária, usando os
seguintes parâmetros::
•
Amostras compostas com extensão entre 3,0 e 7,0m;
•
O número mínimo de amostras foi 2 e o número máximo de amostras foi 27;
•
Um máximo de 3 compostas por furo usados na estimativa de cada bloco;
•
Seleção de amostras compostas por quadrante, com um máximo de 7 compostas por
quadrante;
•
A distência de busca na direção horizontal foi definida pelo range máximo do variograma
sem restrição na busca vertical;
•
Discretização dos blocos igual a 5 x 5x 2 em X, Y e Z; e
•
Somente amostra compostas do mesmo domínio litológico foram usadas em cada
estimativa.
SRK Consulting (US), Inc.
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15-11
Relatório Técnico
Adicionalmente para Fe, SiO2, P, Al2O3, Mn e TiO2, as seguintes variáveis foram incluídas na
estimativa:
•
VK – Variância de Krigagem;
•
RS – Coeficiênte de regressão (Regression Slope);
•
DISTC = distância do centro do bloco até a amostra composta mais próxima usada na
estimativa do bloco;
•
DISTM = distância média do centro do bloco para as amostras usadas na estimativa do
bloco;
•
NA = número de amostras usadas na estimativa do bloco; e
•
NF = número de furos usados na estimativa.
Para os domínios geológicos COL (área Colúvio) e LIX (área Elúvio) os respectivos modelos
geológicos foram usados. Para o domínio geológico BRE na área do Colúvio, o modelo
variográfico ALL foi usado, mas somente amostras do domínio de BRE foram usadas. Para o
domínio geológico COL na área do Elúvio, o modelo variográfico ALL foi usado, mas somente
amostra do domínio COL foram usadas. As Tabelas 15.1.8.2 e 15.1.8.3 apresentam as estatísticas
dos blocos estimados para as áreas Colúvio e Elúvio e as Figuras 15-9 e 15-10 apresentam as
vista em planta e seções em corte do modelo de blocos.
Tabela 15.1.8.2: Estatísticas para o Modelo de Blocos do Colúvio
All
Nº Blocos
Mínimo
Máximo
Média
Desv. Padrão
Variância
Co. de Variação
Fe (%)
4 281
31,9
62,6
51,43
5,39
29,08
0,1
SiO2 (%)
4 283
4,84
32,18
17,53
5,07
25,73
0,29
Al2O3 (%)
4 281
1,02
7,42
2,83
0,85
0,72
0,3
P (%)
4 243
0,038
0,23
0,06
0,022
0,001
0,37
Mn (%)
4 227
0,03
2,52
0,62
0,47
0,22
0,76
TiO2 (%)
4 271
0,07
0,28
0,15
0,03
0
0,22
LOI (%)
4 241
0,75
4,14
1,59
0,48
0,23
0,3
Mn (%)
2 911
0,01
1,03
0,05
0,08
0,01
1,69
TiO2 (%)
2 913
0,05
0,32
0,14
0,05
0
0,35
LOI (%)
2 913
0,09
6,21
1,66
1,12
1,24
0,67
Tabela 15.1.8.3: Estatísticas para o Modelo de Blocos do Elúvio
All
Nº Blocos
Mínimo
Máximo
Média
Desv. Padrão
Variância
Co. de Variação
Fe (%)
2 913
49,67
65,89
60,24
2,58
6,65
0,04
SiO2 (%)
2 913
5,48
21,9
9,66
2,94
8,62
0,3
Al2O3 (%)
2 913
0,47
7,31
2,42
1,19
1,41
0,49
P (%)
2 913
0,039
0,209
0,077
0,024
0,001
0,32
Validação do Modelo
A SRK validaou o modelo de blocos construindo gráfico de tiras (swath plots) comparando os
teores de ferro das compostas e os teores do modelo de blocos nas direções este-oeste e norte-sul
como mostrado na Figura 15-11. Os gráficos incluem dados de ambos os modelos e todas as
compostas, sem considerar o comprimento da amostra. Os gráficos mostram boa correlação
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15-12
Relatório Técnico
entre os teores das compostas e blocos. A SRK também comparou visualmente o modelo de
blocos com as compostas por seções em corte e por bancada.
15.1.9 Classificação de Recursos
Os Recursos Minerais estão classificados nas categorias de Recursos Minerais Medidos,
Indicados e Inferidos de acordo com as diretrizes da CIM. As toneladas estão reportadas em base
úmida. A classificação de recursos das áreas Colúvio e Elúvio foram baseadas na variância de
krigagem e/ou no coeficiente de regressão entre o valor krigado-estimado e o valor real.
Os recursos minerais do área Colúvio foram classificados baseando-se nos setuintes parâmetros:
Para o domínio geológico COL :
•
Indicado: Variância de Krigagem < 43; e
•
Inferido: Variância de Krigagem >= 43.
Para o domínio BRE:
•
Indicado: Variância de Krigagem < 40; e
•
Inferido:
Variância de Krigagem >= 40.
Os Recursos Minerais da area Elúvio foram classificados baseando-se nos seguintes critérios:
Para o domínio geológico LIX:
•
Medido:
Variância de Krigagem < 13 e Coeficiente de Regressão > 0.9;
•
Indicado:
Variância de Krigagem < 13 e Coeficiente de Regressão <= 0.9; e
•
Inferido:
variância de Krigagem >= 13.
Para o domínio geológico COL:
•
Indicado:
Variância de Krigagem < 9.5; e
•
Inferido:
Variância de Krigagem >= 9.5.
Declaração de Recursos
Os recursos para o Depósito de ferro de Corumbá estão declarados aum cut-off de Fe de 30%. Os
Recursos estão decrescidos da produção da mina até Setembro de 2007. A Tabela 15.1.8.4 lista
os recursos totais, incluindo as reservas de minério, para a Mina 63 do Projeto Corumbá para 30
de Setembro de 2007.
Tabela 15.1.8.4: Recursos Minerais – Mina 63 Projeto Corumbá*
Classificação
Medido
Indicado
Pilhas de Estoque
Total Indicado
Medido e Indicado
Inferido
Mt
(Mt)
5,2
40,4
0,1
40,5
45,6
14,0
Fe
(%)
60,92
51,90
60,40
51,92
53.06
53,26
SiO2
(%)
8,27
16,81
9,28
16,79
15,85
16,08
Al2O3
(%)
2,62
2,67
2,53
2,67
2,67
2,83
P
(%)
0,08
0,06
0,08
0,06
0,06
0,06
Mn
(%)
0,03
0,53
0,05
0,53
0,47
0,55
TiO2
(%)
0,14
0,14
0,14
0,14
0,14
0,15
LOI
(%)
1,75
1,51
1,69
1,51
1,54
1,67
* Toneladas estão reportadas em base úmida
Teor de Cut-off de Fe é 30%
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Relatório Técnico
15.2 Estimativa de Recursos Minerais – Urucum NE
15.2.1 Banco de Dados
O Banco de dados para o Projeto Urucum NE consite de 162 poços exploratórios e representa do
dados disponíveis até Setembro de 2007. Três destes poços foram removidos do banco de dados
de recursos por causa de terem menos do que 1m de profundidade. Adicionalmente 22 poços não
foram amostrados, por não encontrarem litologias favoráveis. Estes 22 poços foram usados no
banco de dados para a definição do modelo geológico, mas estão fora do modelo e desta forma
não foram usados para a estimativa de recursos. Desta forma o banco de dados de recursos
contém 137 poços que foram usados para análise estatística e estimativa de teor. A Tabela
15.2.1.1 apresenta o sumário dos poços de Urucum NE.
Tabela 15.2.1.1: Sumário dos Poços Exploratório, Urucum NE
Poço
Amostrado
Número
159
137
Metros
703,42
605,42
% Metros
100
86
O banco de dados consiste de quatro planilhas do Microsoft Excel:
•
Cabeça (Header): coordenadas das bocas do poços com 159 dados;
•
Desvio (Survey): desvio dos poços com 159 dados, todos os poços foram verticais;
•
Geologia (Geology): descrição geológica final com 421 dados; e
•
Análises (Assay): oito tabelas de análises foram geradas com a análise global (GL) e sete
análises correspondendo ao intervalos granulométricos (F1 to F7). As amostras com
valores abaixo do limite de detecção receberam o valor da metado do limite de detecção.
Intervalos não-amostras foram designados como -1.
Estes arquivos foram importados para o software MineSight© e durante a rotina de importação
nenhum erro foi encontrado com relação a duplicação de campos ou diferenças de profundidade
entre as tabelas.
A estatística básica para as análises globais por tipo de rochas estão mostradas na Tabela
15.2.1.2.
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Relatório Técnico
Tabela 15.2.1.2: Estatística Básica – Análise Global - Área Urucum NE
Fe (%) Al2O3(%)
Amostras
Totais
COFM
Amostras
Totais
COMG
Amostras
Mistas
COFM
Amostras
Mistas
COMG
Todas as
amostras
Validas
Mínimo
Máximo
Média
1º Quartil
3º Quartil
Desv. Padrão
Variância
Co. de Variação
Validas
Mínimo
Máximo
Média
1º Quartil
3º Quartil
Desv. Padrão
Variância
Co. de Variação
Validas
Mínimo
Máximo
Média
1º Quartil
3º Quartil
Desv. Padrão
Variância
Co. de Variação
Validas
Mínimo
Máximo
Média
1º Quartil
3º Quartil
Desv. Padrão
Variância
Co. de Variação
Validas
52
19,4
62,4
50,085
45,598
56,305
8,614
74,196
0,172
17
45,5
60
51,9
47,521
53,508
4,761
22,666
0,092
50
40,7
63,1
54,79
51,716
59,582
5,273
27,809
0,096
31
28,6
62,7
54,519
52,197
59,101
6,471
41,88
0,119
150
52
0,8
12,5
4,049
2,596
5,1
2,294
5,263
0,567
17
1,3
4,5
2,491
1,8
3,099
0,893
0,798
0,358
50
1,4
6,13
2,796
1,999
3,005
1,176
1,383
0,421
31
1,5
6,4
2,789
2,198
2,9
0,942
0,887
0,338
150
SiO2(%)
P(%)
Mn(%)
TiO2(%)
LOI(%)
52
8,2
52,9
20,407
13,607
25,111
9,422
88,769
0,462
17
8,4
29,3
20,776
19,382
25,203
6,72
45,153
0,323
50
6,7
35
15,938
9,819
20,814
6,587
43,391
0,413
31
7,5
48,9
16,597
11,02
19,521
7,985
63,754
0,481
150
52
0,025
0,18
0,0559
0,0451
0,062
0,0212
0,0004
0,3793
17
0,038
0,081
0,0574
0,052
0,06
0,011
0,0001
0,1918
50
0,036
0,077
0,0574
0,053
0,064
0,009
0,0001
0,1567
31
0,03
0,073
0,0542
0,051
0,059
0,0079
0,0001
0,1464
150
52
0,02
1,4
0,321
0,03
0,601
0,4
0,16
1,244
17
0,02
1,6
0,284
0,049
0,37
0,411
0,169
1,447
50
0,02
1,5
0,3
0,04
0,391
0,384
0,148
1,28
31
0,02
1,32
0,245
0,03
0,36
0,363
0,132
1,485
150
52
0,06
0,57
0,219
0,17
0,25
0,09
0,008
0,412
17
0,1
0,29
0,166
0,14
0,17
0,044
0,002
0,264
50
0,12
0,28
0,174
0,15
0,19
0,035
0,001
0,202
31
0,12
0,35
0,171
0,15
0,19
0,042
0,002
0,245
150
52
0,9
5,92
2,272
1,542
2,601
1,093
1,194
0,481
17
0,82
2,49
1,469
1,07
1,729
0,527
0,278
0,359
50
1,04
4,27
1,759
1,371
1,921
0,663
0,439
0,377
31
0,73
2,93
1,613
1,329
1,812
0,399
0,159
0,247
150
0,73
Mínimo
19,4
0,8
6,7
0,025
0,02
0,06
Máximo
63,1
12,5
52,9
0,18
1,6
0,57
5,92
Média
52,775
3,194
18,172
0,0562
0,294
0,188
1,874
1º Quartil
49,706
2,186
11,99
0,05
0,03
0,15
1,34
3º Quartil
58,184
3,684
23,217
0,062
0,391
0,2
2,17
7,072
1,709
8,188
0,0144
0,386
0,065
0,841
50,017
2,919
67,047
0,0002
0,149
0,004
0,708
0,134
0,535
0,451
0,2563
1,311
0,348
0,449
Desv. Padrão
Variância
Co. de Variação
15.2.2 Modelo Geológico
O modelo geológico da área de Urucum NE foi criado no software MineSight© usando um
modelo chamado Gridded Seam Model (GSM).
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15-15
Relatório Técnico
Originalmente, o colúvio da área de Urucum NE foi classificado pelo tamanho do grão,
mineralogia e características da matrix, como colúvio fino a médio (COFM) e médio a grosso
(COMG). O modelo geológico foi simplificado pela combinação dos dois grupo numa única
camada de colúvio, COL, por não haver diferenças significativas na densidade e qualidades
químicas. Na área de Urucum NE, as camadas litológicas são bem definidas como (SOL),
colúvio (COL), brecha (BRE) e embasamento saprolítico (SAP). O colúvio é sub-horizontal
seguindo a superfície topográfica. Isto permite o modelamento da geologia como um modelo
GSM sub-horizontal, com um tamanho de célula de 15m x 15m em planta. Dados de pontos
foram criados no banco de dados para permitir uma transição mais suave para a áreas onde o
saprolito está perto da superfície e o colúvio é fino ou não-existente. A geração das superfícies
de topo e base da camada de colúvio (COL) foi feita através da metodologia do inverso da
distância (IDW), interpolando a espessura destas camadas com a profundidade dos intervalos de
compostas. Um sólido 3D de colúvio foi criado recobrindo a área total do mapa (Figura 15-12),
usando as superfícies de contato.
Para validar o modelo de sólico, dois grupos de seções verticais, NS e EW, foram criados com
espaçamento baseado na malha de poços eo sólido foi visualmente comparado com os poços.
O modelo geológico do colúvio foi modificado para obter o sólifo final usado na estimativa de
recursos como se segue:
•
O sólido geológico foi cortado a uma profundidade máxima de 5m;
•
Curvas isópacas foram criadas e o sólido foi cortas na curva isópaca de 2m, já que 2m
é a espessura mínima de lavra;
•
O sólido foi cortado pelos limites dos Alvarás de pesquisa; e
•
O sólido foi cortado pela superfície topográfica original.
A Figura 15-13 ilustra o sólido final.
15.2.3 Modelo de Blocos Gridded Seam
O modelo de blocos foi gerado no módulo GSM do MineSight©. Este resulta em blocos com
dimensões x e y fixas e dimensão z variável, dependendo da espessura da camada. Os limites do
modelo de blocos estão descritos na Tabela 15.2.3.1.
Tabela 15.2.3.1: Parâmetros do Modelo de Blocos
Direção
X
Y
Z
Mínimo
437.600
7.875.000
100
Máximo
445.600
7.882.200
950
Tamanho de Bloco
(m)
50
50
variável
Nº de Blocos
160
144
1
O solido do colúvio foi usado para codificar a variável lotologia e sua percentagem nos blocos
dentro do sólido.
15.2.4 Densidade
As medidas de densidade foram realizadas pelo pessoal da MMX, que foram treinados por
técnicos da Prominas. A metodologia segue os procedimentos descritos na Seção 15.1.5.
SRK Consulting (US), Inc.
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15-16
Relatório Técnico
As 132 amostras de colúvio foram coletadas na boca, meio e base dos poços exploratórios. A fim
de checar qualquer variabilidade, amostras foram tomadas em dois tipos de minério coluvionar:
98 amostras no colúvio fino a médio e 34 amostras no colúvio médio a grosso. A Tabela 15.2.4.1
apresenta a estatística dos dados obtidos destes testes.
O colúvio fino a médio tem uma densidade média de 2,87g/cm³ e o colúvio médio a grosso tem
uma densidade média de 2,84g/cm³. O colúvio sem diferenciação, como adotado, tem uma
densidade de 2,86g/cm³ baseada nos testes de densidade.
Tabela 15.2.4.1: Estatística dos Testes de Densidade – Minério tipo Colúvio
Parâmetros
Númeror
Mínimo
Máximo
Média
Mediana
Desvio Padrão
Variância
Curtose
Densidade Úmida (g/cm3)
Todos
Fino a médio
132
98
2,01
2,14
4,05
3,92
2,86
2,87
2,85
2,87
0,37
0,35
0,14
0,12
1,03
0,93
Médio a grosso
34
2,01
4,05
2,84
2,79
0,44
0,19
1,12
15.2.5 Topografia
As linhas de pesquisa com espaçamento de 400m, 200m e 100m, foram levantadas pela BXF
Topografia Ltda, uma empresa de levantamento topográfico com sede em Ladário, MS, com
supervisão pela equipe de pesquisa da MMX. O levantamento foi feito com uma estação total
Topcon, modelo GPT3000LW e uma estação total Pentax, modelo PCS1S. A metodologia foi de
poligonal aberta, amarrada no marco 1.065 IBGE (Marco Oficial Brasileiro na Morraria de Santa
Cruzl) com as coordenadas UTM N-7.876.829,21 e E-437.739,16, elevação de 1.065,44 m,
DATUM SAD 69. A superfície topográfica foi gerada usando pontos das linhas de pesquisa
geológica e um levantamento a laser (ALTM - Airborne Laser Terrain Mappper) realizado pela
empresa GEOID, entre as linhas. A superfície foi gerada usando o software da Autodesk, o
AutoCAD 2006. A BXF também levantou a locação dos poços exploratórios.
15.2.6 Compositing
Os dados de análise originais foram compositados usando o procedimento de composição em
camadas do MineSight, pelo qual uma única composta foi calculada para a camada de colúvio. O
comprimento mínimo das compostas é de 2m, o máximo de 5m e a média é de 4,4m.
O banco de dados consiste da análise de sete diferentes elementos (Fe, SiO2, Al2O3, P, Mn, TiO2
and LOI) para cada uma das oito frações granulométricas, mostradas na Tabela 15.2.6.1, e a
recuperação em massa para cada fração granulométrica. A estimativa principal foi feita usando
os teores para a fração global. Os teores das frações individuais e suas respectivas recuperações
em massa foram também estimadas para o uso de futura estimativa de reservas.
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15-17
Relatório Técnico
Tabela 15.2.6.1: Frações Granulométricas para a Análise das Amostras
Nome da Variável
F1
F2
F3
F4
F5
F6
F7
Global
Tamanho da Fração
>3/4in
>1/2” <3/4 in
>1/4” < 1/2 in
>4mm < 1/4 in
>1mm <4mm
>0,15mm < 1mm
<0,15mm
Tamanho Indiferenciado
15.2.7 Variografia
Análises variográficas foram conduzidas somente com a variável de Fe global no colúvio.
Variogramas em diferentes direções foram estudados para se definir a melhor estrutura indicativa
da continuidade espacial, mas foi determinado que um variograma horizontal omnidirecional foi
a melhor opção. O semi-variograma de Fe global é apresentado na Figura 15-14.
15.2.8 Estimativa de Recursos
A geologia da área de Urucum NE consiste de uma camada única de colúvio e foi modelada
como uma simples unidade mineralizada.
Os teores dos blocos foram estimados com o algorítmo do Inverso do Quadrado da Distância
(ID2), num procedimento de três passos como apresentado na Tabela 15.2.8.1. Depois da
estimativa ter sido concluída, foi observado que alguns blocos não foram adequadamente
classificados, por exemplo existindo blocos medidos e indicados isolados dentro de áreas
indicadas ou inferidas. Estes blocos foram ajustados manualmente. O número total de blocos
modificados foi 87. Destes, 22 foram reclassificados de recursos indicados para inferidos, 14 de
recursos medidos para indicados e um bloco de recurso inferido para indicado. A distribuição
dos blocos por classificação é mostrada na Figura 15-15.
Tabela 15.2.8.1: Critério de Classificação de Recursos
Classificação de
Recursos
Medido
Indicado
Inferido
Elipsóide de Busca
Parâmetros
Raio de Busca –
Variográficos
Plano Horizontal
¼ Alcance
118 m
½ Alcance
235 m
1 Alcance
470 m
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Min./Max. No.
de Amostras
4/ 6
2/16
1/16
Distância
Média (m)
78
151
299
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15-18
Relatório Técnico
A comparação da estatística básica para as análises, compostas e modelo de blocos é apresentada
na Tabela 15.2.8.2
Tabela 15.2.8.2: Estatística Básica para o Modelo de Blocos, Compostas e Análises
Originais
#
Min.
Max. Média
2.782
20,05
62,93
52,25
48,78
52,03
55,09
4,66
21,75
Compostas
137
19,40
63,10
53,06
49,72
53,53
57,22
6,50
42,26
Análises
150
19,40
63,10
53,06
49,72
53,53
58,22
6,66
44,33
2.782
1,17
11,67
3,31
2,44
2,89
4,01
1,29
1,67
137
1,13
11,90
3,06
2,21
2,71
3,71
1,38
1,90
Modelo de Blocos
Fe(%)
Modelo de Blocos
Al2O3(%)
Compostas
150
0,80
12,50
3,06
2,19
2,71
3,69
1,47
2,17
7,08
52,13
18,59
15,14
18,93
23,11
5,56
30,93
Compostas
137
6,70
52,90
17,96
12,94
17,34
22,88
7,64
58,40
Análises
150
6,70
52,90
17,96
12,03
17,26
23,18
7,80
60,78
2.782
0,026
0,180
0,055
0,049
0,054
0,059
0,009
0,000
Compostas
137
0,025
0,180
0,056
0,050
0,054
0,062
0,012
0,000
Análises
150
0,025
0,180
0,056
0,050
0,055
0,062
0,012
0,000
2.782
0,02
1,60
0,37
0,07
0,26
0,61
0,37
0,13
Compostas
137
0,02
1,60
0,30
0,03
0,09
0,41
0,39
0,15
Análises
150
0,02
1,60
0,30
0,03
0,09
0,39
0,40
0,16
2.782
0,10
0,45
0,19
0,16
0,18
0,21
0,05
0,00
137
0,10
0,46
0,18
0,15
0,17
0,20
0,05
0,00
Modelo de Blocos
P(%)
Modelo de Blocos
Mn(%)
Modelo de Blocos
TiO2 (%)
Compostas
150
0,06
0,57
0,18
0,15
0,17
0,20
0,06
0,00
2.782
0,86
5,46
1,95
1,50
1,74
2,31
0,69
0,48
Compostas
137
0,73
5,46
1,81
1,40
1,70
2,19
0,69
0,48
Análises
150
0,73
5,92
1,81
1,34
1,66
2,17
0,74
0,55
Análises
Modelo de Blocos
LOI(%)
3º Quartil D. Padrão Variância
2.782
Análises
Modelo de Blocos
SiO2 (%)
1º Quartil Mediana
A SRK validou os recursos pela criação de um modelo de blocos 3D convencional,
compositando o banco de dados e estimando os teores com as mesmas distâncias e parãmetros da
MMX. A tonelagem e teor do bloco ficaram com diferença menor do que 5% em comparação
aos recursos da MMX, o que é uma boa validação.
15.2.9 Declaração de Recursos
Tabela 15.2.9.1 abaixo lista os recursos da área de Urucum NE.
Tabela 15.2.9.1: Sumário dos Recursos de Urucum NE
Classificação
Medido
Indicado
Medido e
Indicado
Inferido
Total
Tonelagem (k t)*
Fe(%)
SiO2 (%)
Al2O3 (%)
P(%)
Mn(%)
TiO2 (%)
LOI (%)
3.166
34.004
55,23
53,03
15,2
18,14
3,09
2,97
0,056
0,055
0,12
0,34
0,18
0,18
1,72
1,8
37.171
32.839
70.009
53,22
50,95
52,15
17,89
19,53
18,66
2,98
3,78
3,35
0,055
0,054
0,055
0,32
0,44
0,37
0,18
0,2
0,19
1,79
2,19
1,98
(*) Toneladas reportadas em base úmida. Densidade = 2,86 g/cm³. Cut off = 20% Fe.
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15-19
Relatório Técnico
15.3 Estimativa de Reservas da Mina 63
A estimativa de reservas usou recursos medidos e indicados para definir os limites da cava
através de um programa de otimização de pit Lerchs-Grossman. A Prominas foi responsável pela
estimativa de reservas sob supervisão da MMX. A otimização de pit foi conduzida no final de
2006 como reportado no Relatório Técnico NI 43-101 de Maio de 2007.
Baseado em estudos de correlação entre minério RoM e as especificações de produtos, os teores
médios requeridos para o minério lavrado foram estabelecidos. A Tabela 15.3.1 sumariza a
correlação entre RoM e Lump como delalhado na Seção 14.
Tabela 15.3.1: Correlação RoM x Lump
Fe
SiO2
Al2O3
P
Colúvio
Y = 0,3657 x + 44,144
Y = 0,4999 x – 0,321
Y = 0,294 x + 0,7128
Y = 0,2208 x + 0,0447
Elúvio
Y = 0,85 x + 12,454
Y = 0,954 x + 2,5395
Y = 0,3831 x + 0,0224
Y = 0,4477 x + 0,0262
Os resultados foram 54,4% Fe para o minério coluvionar e 60,8% Fe para o minério eluvionar.
Estes teores resultam num teor médio de produto igual a 64,03% Fe e 64,13% Fe,
respectivamente.
A Figura 15-16 apresenta a parametrização dos recursos medidos e indicados para as duas áreas.
Baseado nas curvas para os recursos, os teores de cut-off foram estabelecidos em 51,7% Fe para
a área do Colúvio e 59,0% Fe para a área do Elúvio. Baseado nestes resultados, diferentes cortes
foram simulados próximos ao valores dos cut-off, para maximizar as reservas lavráveis,
mantendo o teor médio requerido para o minério de RoM.
Os modelos de blocos do Colúvio e Elúvio foram otimizados separadamente, usando os
parâmetros listados abaixo:
•
RM (Recuperação em Massa)= 66% (55% Lump e 11% Sinter-feed);
•
Valor médio do Produto = US$32.02/t (Lump US$35.50/t e Sinter-Feed US$15.00/t;
preços como em Dezembro de 2006);
•
Custo de lavra RoM = US$1.38/t;
•
Custo de lavra estéril = US$1.00/t;
•
Custo de Beneficiamento = US$3.39/t produto;
•
Custos Diversos (incluem: Planejamento e controle de qualidade, administração e
outros)= US$0.68/t produto;
•
Custos de Transporte = US$3.12/t produto (da Mina 63 para o Porto de Ladário);
•
Modelo de Blocos Colúvio;
o Densidade – 3,16 Colúvio e Brecha; 1,72 Estéril,
o Volume – 12.500m³, e
o Ângulo de Talude – 47o.
SRK Consulting (US), Inc.
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•
15-20
Relatório Técnico
Modelo de Blocos Elúvio;
o Densidade – 3,60 Colúvio e Brecha; 3,87 Estéril,
o Volume - 3.125m³, e
o Ângulo de Talude - 48o.
A Tabela 15.3.2 contém o minério e estéril no pit otimizado, que foi usada como base para o
projeto da cava e subsequente planejamento de mina. O valor médio do produto de US$32.02 é
maior do que os preços projetados futuros no fluxo de caixa. Como um cheque na sensibilidade
da otimização de pit para o preço do produto, duas otimizações adicionais foram rodadas
somente na área do Colúvio, usando US$30.00 e US$20.00. Os resultados, mostrados na Tabela
15.3.3, indica que o pit é muito robusto em relação ao preço do produto e que o uso de um preço
mais alto não afeta os resultados da otimização do pit.
Tabela 15.3.2: Pit Otimizado para a Mina 63, Projeto Corumbá - Final de Dezembro 2006
Classe
Provada e Provável
Estéril
Pit Total
Relação Estéril-Minério
Colúvio
Mt
22,69
Fe%
54,41
Elúvio
Mt
7,85
Total
Mt
30,53
19,12
49,65
0,63
Fe%
60,81
Fe%
56,05
Tabela 15.3.3: Sensibilidade da Otimização de Pit para o Preço de Produto Somente na
área Colúvio
Preço Médio de Produto
$32
$30
$20
Mt
22,687
22,669
22,463
Fe%
54,41
54,41
54,41
Após a cava ser projetada com a inclusão de rampas, o teor médio da área do Colúvio ficou
ligeiramente maior que o teor requerido para as especificações do produto. O CoG dentro do pit
projetado foi então diminuído de 48,85% para 48,00%, aumentando as Reservas lavráveis em
1,09Mt. Na área do Elúvio, o CoG foi ajustado para 56,1% de 55,85% a fim de alcançar o teor
de produto especificado, resultado numa perda de 0,09Mt. Os Recursos Medidos acima do CoG
dentro do pit projetado, foram convertidos para Reservas Provadas e os Recursos Indicados no
CoG foram convertidos para Reservas Prováveis. A Tabela 15.3.4 abaixo apresenta as Reservas
de minério para a Mina 63 com data de Dezembro de 2006.
Tabela 15.3.4: Total de Reservas em Dezembro 2006 - Mina 63 Projeto Corumbá*
Classificação
Provada
Provável
Total
Estéril
REM
Toneladas
(Mt)
5,7
25,3
31,0
15,3
0,49
Fe
(%)
61,1
54,8
56,0
SiO2
(%)
8,07
14,92
13,66
Al2O3
(%)
2,56
2,49
2,51
P
(%)
0,08
0,06
0,06
Mn
(%)
0,03
0,43
0,35
LOI
(%)
1,68
1,45
1,49
TiO2
(%)
0,14
0,14
0,14
* Toneladas estão reportadas em base úmida. Teor cut-off Fe para Elúvio é 48,0% e para Colúvio é 56,1%. Preço médio Feusado é US$ 32.02.
SRK Consulting (US), Inc.
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15-21
Relatório Técnico
A produção da mina de Janeiro a Setembro de 2007 é mostrada na Tabela 15.3.5.
Tabela 15.3.5: Produção da Mina 63 Production, Janeiro a Setembro 2007
RoM (t)
1.746.334
Pilha de Estoque (t)
79.600
Processado (t)
1.666.734
Lump (t)
844.684
Produto
Sinter Feed (t)
225.897
Total
1.070.581
Recuperação em Massa
Lump Sinter Feed Total
50,68
13,55 64,23
A produção de Janeiro a Setembro de 2007 foi subtraída das reservas do final do ano de 2006,
chegando-se ás reservas de 30 de Setembro de 2007. O total de reservas, incluindo as pilhas de
estoque, estão listadas na Tabela 15.3.6. A Figura 15-17 ilustra o layout do pit final do projeto
da Mina 63.
Tabela 15.3.6: Total de Reservas Provadas e Prováveis da Mine 63 Projeto Corumbá*, 30
de Setembro, 2007
Classification
Proven
Probable
Stockpile
Total Probable
Total
Mt
4.3
25.0
0.1
25.1
29.4
Fe (%)
61.03
54.74
60.40
54.76
55.68
SiO2 (%)
8.26
14.96
9.28
14.94
13.96
Al2O3 (%)
2.55
2.51
2.53
2.51
2.51
P (%)
0.08
0.06
0.08
0.06
0.06
Mn (%) TiO2 (%)
0.03
0.14
0.43
0.14
0.05
0.14
0.43
0.14
0.37
0.14
LOI (%)
1.67
1.45
1.69
1.45
1.48
* Toneladas estão reportadas em base úmida.
CoG Fe para o Elúvio é 48,0% e CoG Fe para o Colúvio é 56,1%
Preço médio do Fe éUS$32.02
SRK Consulting (US), Inc.
MMX.Corumba.IN 43-101 Relatório Tecnico.162703.KG.009
10 Março, 2008
Projeto Corumbá,
Brasil
SRK Job No.: 162703.03
File Name: Figure 15-1.doc
Fonte: Mineração & Metálicos S.A.
Figura 15-1
Todas as Amostras de Canal, Furos
e Poços – Mina 63
Date: 02-27-08
Approved: LM
Figure: 15-1
Colluvium Area
Eluvium Area
Projeto Corumbá,
Brasil
SRK Job No.: 162703.03
File Name: Figure 15-2.doc
Fonte: Mineração & Metálicos S.A.
Figura 15-2
Áreas Cólúvio e Elúvio da
Mina 63
Date: 02-27-08
Approved: LM
Figure: 15-2
Projeto Corumbá,
Brasil
SRK Job No.: 162703.03
File Name: Figure 15-3.doc
Fonte: Mineração & Metálicos S.A.
Figura 15-3
Sólidos 3D do Colúvio em Planta e
Seção Vertical
Date: 02-27-08
Approved: LM
Figure: 15-3
Projeto Corumbá,
Brasil
SRK Job No.: 162703.03
File Name: Figure 15-4.doc
Fonte: Mineração & Metálicos S.A.
Figura 15-4
Sólidos 3D do Elúvio em Planta e
Seção Vertical
Date:
Date: 02-27-08
02-27-08
Approved: LM
Figure: 15-4
Projeto Corumbá,
Brasil
SRK Job No.: 162703.03
File Name: Figure 15-5.doc
Fonte: Mineração & Metálicos S.A.
Figura 15-5
Localização da Amostras do Banco
de Dados Recursos - Mina 63
Date: 02-27-08
Approved: LM
Figure: 15-5
Projeto Corumbá,
Brasil
Variograma de Ferro - Colúvio
SRK Job No.: 162703.03
File Name: Figure 15-6.doc
Figura 15-6
Source: Mineração & Metálicos S.A.
Date: 02-27-08
Approved: LM
Figure: 15-6
Projeto Corumbá,
Brasil
Variograma de Ferro - Elúvio
SRK Job No.: 162703.03
File Name: Figure 15-7.doc
Figura 15-7
Fonte: Mineração & Metálicos S.A.
Date: 02-27-08
Approved: LM
Figure: 15-7
Projeto Corumbá,
Brasil
SRK Job No.: 162703.03
File Name: Figure 15-8.doc
Fonte: Mineração & Metálicos S.A.
Figura 15-8
Modelo de Blocos do Colúvio e
Elúvio da Mina 63
Date: 02-27-08
Approved: LM
Figure: 15-8
AA
B
A
BB
Projeto Corumbá,
Brasil
SRK Job No.: 162703.03
File Name: Figure 15-9.doc
Fonte: Mineração & Metálicos S.A.
Figura 15-9
Vista de Planta do Modelo de Blocos
Colúvio e Elúvio
Date: 02-27-08
Approved: LM
Figure: 15-9
AA
A
B
BB
Projeto Corumbá,
Brasil
SRK Job No.: 162702.03
File Name: Figure 15-10.doc
Fonte: Mineração & Metálicos S.A.
Figura 15-10
Seção Vertical do Modelo de Blocos
Colúvio e Elúvio
Date: 2-27-07
Approved: LM
Figure: 15-10
North-South Swath Cuts
Fe (%)
70
60
50
40
Blocks
30
20
Composites
78
76
78 40 0
76
78 50 0
76
78 60 0
76
78 70 0
76
78 80 0
76
78 90 0
77
78 00 0
77
78 10 0
77
78 20 0
77
78 30 0
77
78 40 0
77
78 50 0
77
78 60 0
77
78 70 0
77
78 80 0
77
90
0
10
0
Northing
East-West Swath Cuts
70.000
Fe (%)
60.000
50.000
Blocks
40.000
30.000
Composites
20.000
10.000
43
32
00
43
35
00
43
38
00
43
41
00
43
44
00
43
47
00
43
50
00
43
53
00
43
56
00
43
59
00
43
62
00
43
65
00
0.000
Easting
Projeto Corumbá,
Brasil
SRK Job No.: 162703.03
File Name: Figure 15-11.doc
Figura 15-11
Swath Plots Mina 63
Date: 02-27-08
Approved: LM
Figure: 15-11
Projeto Corumbá,
Brasil
Sólido Colúvio - Urucum NE
SRK Job No.: 162702.03
File Name: Figure 15-12.doc
Figura 15-12
Fonte: Mineração & Metálicos S.A.
Date: 2-27-07
Approved: LM
Figure: 15-12
Projeto Corumbá,
Brasil
SRK Job No.: 162702.03
File Name: Figure 15-13.doc
Fonte: Mineração & Metálicos S.A.
Figura 15-13
Sólido Final do Colúvio para a
Estimativa de Recursos - Urucum NE
Date: 2-27-07
Approved: LM
Figure: 15-13
Projeto Corumbá,
Brasil
Variograma de Ferro - Urucum NE
SRK Job No.: 162703.03
File Name: Figure 15-14.doc
Figura 15-14
Fonte: Mineração & Metálicos S.A.
Date: 02-27-08
Approved: LM
Figure: 15-14
Adjusted
blocks
Adjusted
blocks
Measured
Indicated
Inferred
Unclassified
Figura 15-15
Projeto Corumbá,
Brasil
Blocos por Classificação de
Urucum NE
SRK Job No.: 162702.03
File Name: Figure 15-15.doc
Fonte: Mineração & Metálicos S.A.
Date: 2-27-07
Approved: LM
Figure: 15-15
Fe COG ≥ 48.85 Ù Feavg = 54.4
Colluvium Area
Fe COG ≥ 55.85 Ù Feavg = 60.8%
Eluvium Area
Projeto Corumbá,
Brasil
SRK Job No.: 162703.03
File Name: Figure 15-16.doc
Fonte: Mineração & Metálicos S.A.
Figura 15-16
Curva CoG para o Colúvio e
Elúvio
Date: 02-27-08
Approved: LM
Figure: 15-16
Projeto Corumbá,
Brasil
SRK Job No.: 162703.03
File Name: Figure 15-17.doc
Fonte: Mineração & Metálicos S.A.
Figura 15-17
Pit da Mina 63 - Áreas do
Colúvio e Elúvio
Date: 02-27-08
Approved: LM
Figure: 15-17
Mineração e Metálicos S.A.
Projeto Corumbá
16-1
Relatório Técnico
16 Outros Dados e Informações Relevantes (Item 20)
16.1 Recursos Potenciais
16.1.1 Mina 63
A MMX Corumbá planeja promover um porção do material inferido para indicado e uma porção
do material indicado para medido e aumentar a quantidade total dos recursos através de um
programa de pesquisa exploratória que inclue 1.500 m de poços, análise geoquímica por fração
granulométrica, completa implementação de um programa de QA/QC e manutenção dos dados
no software de banco de dados Acquire.
16.1.2 Alvos Adicionais
A MMX Corumbá possui alvarás de pesquisa adicionais na região de Corumbá, localizados nas
Morrarias de Rabicho. Os trabalhos de pesquisas iniciais nestes novos alvos sugerem um
potencial para novos recursos geológicos em ambos os tipos de minério de ferro, colúvionar e
eluvionar. O desenvolvimento destes recursos potenciais faz parte da estratégia de longo prazo
da MMX para a região.
16.2 Melhorias do Processo
Uma rota de processamento usando a separação em meio denso está sendo estudada para a
concentração de material grosseiro de corumbá, com vistas ao aumento do teor de ferro no
produto granulado (Lump) e assim aumentar os preços de venda. O processo de separação no
meio denso involve a remoção dos contaminantes através de separação gravimétrica e o
subsequente enriquecimento do minério tipo Lump. No material coluvionar, as partículas de
arcósio podem ser removidas com este processo, o que irá ajudar a reduzir o teor de corte e desta
forma aumentar a tonelagem de reserva.
Os testes estão sendo consuzidos nas instalações da EMITANG (Empresa de Mineração Tanguá
Ltda.) em Tanguá – Rio de Janeiro. Amostras de grande volume de Lump de quatro diferentes
locações foram coletadas na mina 63, compreendendo 1.100 t de material. O teste foi dividido
em quatro diferentes categorias, de acordo com a qualidade química da amostra a ser testada.
Estas amostras foram submetidas ao equipamento de Tambor de Meio Denso para separação
granulométrica. Após as conclusões dos testes, as quatro diferentes amostras foram submetidas a
um “reprocessamento” com a intenção de avaliar-se a influência do tempo de permanência na
separação.
Os resultados indicam a aplicabilidade do processo de separação po meio denso como uma
alternativa para o enriquecimento do lump de Corumbá. Contudo, a planta usada como piloto
nesta terceira fase de desenvolvimento está sendo modificada nas suas características originais.
Testes adicionais serão feitos, os quais também irão testar a separação com densidades maiores.
A MMX está no processo de dimensionamento da planta industrial com tambores de meio denso.
A proposta comercial, juntamente com a descrição do projeto, estáta em progresso junto à
empresa DORR-OLIVER EIMCO.
Outra rota de processo usando equipamento de jigagem estão sendo estudados para a
concentração de material grosseiro de Corumbá, como uma alternativa a separação do líquido
denso. A primeira fase de testes em escala de bancada estão em progresso, assim como testes
piloto.
SRK Consulting (US), Inc.
MMX.Corumba.IN 43-101 Relatório Tecnico.162703.KG.009
10 Março, 2008
Mineração e Metálicos S.A.
Projeto Corumbá
17-1
Relatório Técnico
17 Requisitos Adicionais das Áreas em Operação e
Produção (Item 25)
A Mina 63 é uma área em operação. As operações de mina atuais produzem minério de ferro por
métodos superficiais. Episódios de mineração anteriores produziram ambos os minérios de ferro
e manganês por métodos superficiais e subterrâneos.
17.1 Estudos Geotécnicos
Na área da Mina 63, as encostas são íngremes e sustentadas pela competência do hematita
jaspelito primário, que é o protólito do mine´rio eluvionar. A espessura do elúvio está entre 15 e
20 m. O material ainda apresenta uma certa continuidade rochosa que lhe confere competência,
apesar de inferior do que a competência dos jaspelitos não lixiviados.
O colúvio se formam nas encostas abaixo das paredes quase verticais da Morraria Urucum. È
composto por solo argiloso avermelhado, com cascalho, blocos e pequenos seixos de jaspelito
com dimensões de centímetros a dezenas de centímetros.. A espessura do colúvio é variável de
poucos metros na elevações entre 550 e 600 m, a um máximo de 25 a 30 m localizadamente. A
espessura média é de cerca de 12 m e a proporção de blocos de grandes dimensões decresce da
base do penhasco para o fim do leque coluvial.
Existem dois níveis de água: o primeiro no nível da lixiviação de sílica dos jaspelitos nas altas
elevações e o segundo no colúvio. O nível de água varia de acordo com a estação e as linha de
concentração dos fluxos subterrâneos, provavelmente predominando na base desta formação.
Várias simulações foram conduzidas para se encontrar o ângulo de talude ótimo com os
seguintes resultados:
•
Para o talude final no colúvio: um ângulo de face de bancada de 55º e uma largura de
berma de 4,7m, resultando num ângulo de talude médio de 47º; e
•
Para taludes no Elúvio para altura máximas de 100 m, um ângulo de face de bancada de
75º e uma largura de berma de 6 m resultando num ângulo de talude máximo de 48º.
17.2 Operações de Lavra
A MMX iniciou as operações mineração e processamento de minério de ferro na mina 63 em
janeiro de 2006. as atuais operações de mina produzem minério de ferro por métodos
superficiais. A produção inicial foi beneficiada através da planta de britagem móvel reformada
(planta AZTECA) que não está mais em uso. Em Julho de 2006, a MMX iniciou as operação da
planta de britagem e lavagem principal e o primeiro lote de minério Lump foi embarcado pelo
Port de Ladário no final deste mesmo mês.
Este Relatório Técnico está baseado na produção de minério anual de 4,1 Mtpa da mina 63,
produzindo 2,7 Mt de produtos de ferro Lump e Sinter-feed. Para encontrar a taxa de
processamento, a taxa média de lavra para o total de material movimentado (minério e estéril)
varia de 14.000 tpd a 17.550 tpd. As operações de processamento estão programadas para 24
horas / dia, e a produção de mina está programada para alimentar diretamente as operações de
processamento.
O projeto da mina é apresentado na Figura 17-1.
SRK Consulting (US), Inc.
MMX.Corumba.IN 43-101 Relatório Tecnico.162703.KG.009
10 Março, 2008
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Projeto Corumbá
17-2
Relatório Técnico
17.3 Método de Lavra
A Mina 63 tem a lavra contratada. Um contrato com a Julio Simões Transportes e Serviços Ltda
foi assinado em 01 de Julho de 2007 e é válido por 36 meses a partir desta data. A mina opera
348 dias por ano, 3 turnos por dia..
As operações superficiais incluem:
•
Decapeamento;
•
Abertura, sondagem e desmonte;
•
Carregamento e transporte; e
•
Manutenção e Serviços Gerais.
Decapeamento
As operações de decapeamento consistem na remoção de cobertura para espôr o minério e
material estéril. A cobertura de solo é estocada para futuras atividade de recuperação ou
diretamente colocada durante as atividade de recuperação. As operações da mina 63 utilizam
trator CAT D6 e D8, ou tipos similares de equipamentos.
Abertura, Sondagem e Desmonte
A Mina 63 escarifica ou faz as abertura de material estéril e minério com tratores classe D8.
Sondagem e desmonte, quando requerido , é conduzido por empresas de sondagem e desmonte
contratadas. Um rompedor hidráulico adaptado para uma máquina escavadeira de 25 t reduz os
grandes blocos remanescentes..
Amostras para controle de teor são obtidas de sondagem percussica e amostras de canal,
coletadas e analisadas.
Carregamento e Transporte
Minério e estéril lavrado são carregados em caminhões de transporte. Uma escavadeira classe
CAT330 com 2,4m3 de capacidade de caçamba é o carregador primário. Alternativamente, uma
retro-esscavadeira classe CAT 980 com uma caçamba de 5m3 é o carregador reserva.
O minério é transportado para o bloco do britador primário e os estéreis de mina são
transportados para os depósitos de estéril com caminhões trucados com capacidade de transporte
de 25-30 t. As estradas de acesso têm 10 metros de largura, com um máximo de 12% de
inclinação e 1% declividade de drenagem.
Manutenção e Serviços Gerais
O minério é transportado continuamente para o britador primário. Quando exigido, o material do
RoM será alimentado diretamento no britador primário. Uma escavadeira tipo CAT 980 carrega
o material das pilhas de RoM.
A construção e manutenção de estradas de acesso, operações de depósito de estéril, operações de
bacias de sedimentação, e outras atividades de manutenção geral utilizam motoniveladoras,
classe Cat 140H, caminhões de água, vários equipamento de manutenção e pickups.
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MMX.Corumba.IN 43-101 Relatório Tecnico.162703.KG.009
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17-3
Relatório Técnico
17.4 Planejamento de Mina
A mina é planejada com dez (10) setores na área Colúvio e cinco (5) setores na área Elúvio. As
reservas do Colúvio tem um teor médio de 54,4% Fe e as reservas do Elúvio tem um teor médio
de 60,81% resultando num teor média da reserva lavrável de 55,96% Fe. Os teores nos setores
individuais variam de 49,66 a 62,30% Fe. O teor médio do minério no RoM é estimado em
55,7% para a vida da mina.
A Tabela 17.4.1 abaixo apresenta o planejamento de RoM, estéril e material lavrado total no
Plano LoM (Vida da Mina).
Tabela 17.4.1: Planejamento da Produção da Mina – Mina 63
Ano
2007
2008
2009
2010
2011
2012
2013
2014
2015
Total
RoM Mtpa
0,675
3,723
4,101
4,101
4,101
4,101
4,101
4,101
0,812
29,366
Estéril Mtpa
0,283
1,604
2,009
2,009
2,009
2,009
2,009
2,009
0,398
14,333
Movimento Total Mtpa
0,958
4,877
6,110
6,110
6,110
6,110
6,110
6,110
1,210
43,705
O plano de produção da mina na Tabela 17.4.1 inclui todas as reservas provadas e prováveis de
30 de Setembro de 2007. As quantidades estão baseadas nos teores de corte de 48,85% para
Colúvio e 55,85% para Elúvio. Não existe diluição somadas às reservas e não existem perdas de
lavra deduzidas das reservas. A MMX condireda que a diluição interna está adequadamente
representada na estimativa de recursos e eles pretendem recuperar todo o material econômica no
Plano LoM.
SRK Consulting (US), Inc.
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17-4
Relatório Técnico
Tabela 17.4.2: Pessoal de Mina Necessário
Posição
Pessoal de Supervisão / Técnico
Ger. Geral da Mina
Ger. de Manutenção
Ger. de Operação
Ger. de Planejamento e Controle Qualidade
Coordenador de Suprimentos (Eng. Senior)
Eng. de Segurança (Eng. Senior)
Eng. Meio Ambiente (Eng.Jr)
Geólogo Júnior
Supervisors
Administrativo 1
Administrativo 2
Administrativo 3
Lab. Físico / Químico (Técnico Jr)
Planejamento de Mina (Eng)
Analista Adm. (Eng Jr)
Lab. Físico / Químico (Técnico)
Topografia (Tec. Senior)
Controle de Teor (tec. Senior)
Suporte Logística/Faturamento (Eng)
Medicina e Segurança do Trabalho
Total Equipe Super/Tec.
Manutenção/Operação Processo
Mecânico
Operadors
Controle de Qualidade
Mecânico / Operador Senior
Mecânico / Operador
Mecânico / Operador Jr
Mecânico / Operador Tec. Superior
Laboratorista
Total Equipe Oper/manutenção
Total Mão-de-obra da Mina
Quantidade
Dias planejados/hs
1
1
1
1
1
1
1
1
8
1
2
2
4
1
1
1
1
1
1
1
32
250,1,8
250,1,8
250,1,8
250,1,8
250,1,8
250,1,8
250,1,8
250,1,8
348,3,8
250,1,8
250,1,8
250,1,8
348,3,8
250,1,8
250,1,8
250,1,8
250,1,8
250,1,8
250,1,8
250,1,8
21
32
4
14
15
9
1
3
99
131
348,3,8
348,3,8
348,3,8
348,3,8
348,3,8
348,3,8
250,1,8
250,1,8
17.5 Processamento
A planta de processamento de minério da Mina63 é uma planta simples de britagem e lavagem
para a produção de Lump e Sinter feed. A planta tem capacitade de 4,1Mtpa. A planta foi
projetada para executas as seguintes operações como mostrado na Figura 17-2 e no fluxograma
simplificado na Figura 17-3:
•
Britagem primária com um britador de mandíbula convencional;
•
Britagem secundária e terciária com britadores cônicos e peneiras de classificação;
•
Lavagem de desaguamento do produto lump com tambores lavadores (Trommel) e
peneiras;
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Projeto Corumbá
17-5
Relatório Técnico
•
Classificação e desaguamento do Sinter Feed com classificador espiral com dupla hélice
e peneiras desaguadoras;
•
Deposição de rejeitos em bacias de sedimentação;
•
Armazenamento dos rejeitos secos para possível uso futuro, para construção de barragens
e para recuperação de áreas degradadas; e
•
Transporte e armazenamento de produtos.
17.6 Infrastrutura
A infraestrutura operacional consite primariamente de:
•
Linha de Transmissão de 2 km de extensão e 34,5kV; conectada à linha principal que
supre o “Vale das Mineradoras” a partir de Corumbá;
•
Cinco sub-estações com uma sub-estação principal de 1.100kVA (34,5kV/440V) e quatro
de potência variável;
•
Estradas e acessos;
•
Áreas de estocagem de produtos antes do embarque, localizadas perto da rodovia BR262, com 80.000t de capacidade;
•
Sistema de água bruta, sistema de água tratada, reservatórios de água recuperada e
tamques de estocagem;
•
Instalações industriais e administrativas (oficinas, almoxarifado, escritórios e outros); e
•
Duas barragens de rejeiros com capacidade de armazenamento de 12Mt de sólidos, a
primeira barragem sendo construída para a primeira fase e a segunda barragem construída
após 4 – 5 anos de operação.
17.6.1 Bacias de Rejeitos
A planta principal irá produzir aproximadamente 300.000t de lams de rejeitos /ano, com
partculas finas < 0,15mm e um contéudo de sólidos de 6%. De acordo com a permissão de
construção ambiental dos locais das barragens de rejeitos, a mesma irá operar na metade final de
2008. As instalações das barragens foram projetadas pela Dam Projetos de Engenharia Ltda em
Belo Horizonte, Minas Gerais. A capacidade total é de 1 milhão de m³, sendo 118.000 m³ de
água e 882.000 m³ de rejeitos. A altura máxima da barragem é 23m, a água superior irá retornar
para a planta de beneficiamento. A instalação irá também armazenar água de chuva que será
coletada da área da Mina.
Para os primeiros anos de operação, uma série de quatro tanques de sedimentação irão ser usados
para decantar a água dos rejeitos. Os tanques permitem a secagem e a sucessiva remoção dos
rejeitos secos por caminhões e armazenamento dos mesmos em pilhas de rejeitos. Atualmente
três tanques estão em uso e um quarto será construído em março de 2008.
17.7 Contratos
A MMX negociou um contrato com a Julio Simões Transportes e Serviços Ltda, assinado em 01
de Julho de 2007 e válido por 36 meses a partir desta data para a lavra de minério e estéril na
SRK Consulting (US), Inc.
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Mineração e Metálicos S.A.
Projeto Corumbá
17-6
Relatório Técnico
Mina 63. A MMX também tem outros pequenos contratos para provisão de comida e serviços de
limpeza.
17.8 Mercado
Os produtos de minério de ferro de Corumbá são transportados tanto para a planta de ferro gusa
operada pela MMX Metálicos perto de Corumbá, quanto para o Porto de Ladário, no Rio
Paraguai, de onde eles podem ser transportado para o mercado doméstico ou para o Porto de San
Nicolas na Argentina. Os destinos exportadores são Argentina, Europa e China.
A Mina 63 é também muito proxima ao mercado de ferro gusa em ascensão na região de
Corumbá/Campo Grande.
Atualmente todas as vendas de Corumbá são negociadas a preço spot devido ao elevado preço
dos produtos de minério de ferro. A MMX irá considerar negociações para contratos de longoprazo com parte de sua estratégia de longo prazo. A MMX também irá investigar a possibilidade
de uma parceria estratégica para o projeto.
17.8.1 Logística de Embarque
O minério granulado é transportado por caminhões diretamente para a plante de ferro gusa
operada pela MMX Metálicos próxima de Corumbá. Os produtos que serão vendidos no mercado
doméstico ou internacional são transportado por caminhões para o terminal portuário da Granel
Química no Rio Paraguai em Ladário, numa distância de 28km da Mina 63, e 45km das áreas de
Urucum NE e Rabicho Sul.
Para a análise de fluxo de caixa, que considera preço FOB no terminal portuário, os custos da
movimentação do terminal portuário estão incluídos. O terminal portuário pertence a companhia
Norueguesa Odfjell, e está plenamente autorizado a movimentar produtos pela hidrovia
proveniemtes ou de rodovia ou de ferrovia. Os produtos podem ser armazenados num pátio de
estocagem com 15.000 m2 e então carregados nas barcaças.
17.9 Gerenciamento Ambiental
17.9.1 Durante a Vida Operacional da Mina
O plano de recuperação de área degradadas pela ações previsíveis de mineração durante a vida
operacional da mina, é:
•
Após a autorização para proceder com a remoção da vegetação nas área mineradas ser
dada, a camada de solo é removida e estocada em pilhas durante o período de lavra;
•
Programa de treinamento para a orientação do profissionais no planejamento operacional
e nas melhores práticas de administração ambiental de projetos de mineração;
•
Assim que os taludes e áreas da mina atingem a geometria final, em qualquer ponto da
vida da mina, estas superfícies recebem tratamento de estabilização, de maneira a prover
drenagem eficiente; e
•
Uma vez que a recuperação do terreno é feita é aplicada uma camada de solo que será
revegetada com espécies nativas.
SRK Consulting (US), Inc.
MMX.Corumba.IN 43-101 Relatório Tecnico.162703.KG.009
10 Março, 2008
Mineração e Metálicos S.A.
Projeto Corumbá
17-7
Relatório Técnico
17.9.2 Fechamento de Mina
As seguintes áreas terão uma recuperação topográfica e revegetação permanente após as
operação de lavra estarem completas:
•
Barragens de Rejeito;
•
Áreas lavradas;
•
Planta e depósitos de estéril.
Cada área citada acima terá o seguinte programa de reabilitação:
•
Reconstrução topográfica;
•
Seleção de especies de vegetação;
•
Condicionamento e revegetação de bermas e paredes da cava; e
•
Prática de manutenção agrícola.
Após a implementação do plano de área degradadas, um sistema de monitoramento da
recuperação ambiental será implantado, que irá monitorar a flora, fauna e atividade humana.
17.10 Análise Econômica
A SRK revisou a técnica de LoM interna e o modelo financeiro preparado pela MMX para a
Mina 63 de Corumbá. A mina tem sido operada por vários meses e as projeções financeiras
indicam um fluxo de caixa positivo através da vida da mina restante. A análise econômica é
apresentado em base pós-impostos e assume 100% de equivalência para prover uma visão clara
dos méritos técnicos do projeto.
O plano LoM, as projeções técnica e econômicas no modelo LoM incluem premissas futuras que
não estão baseadas em fatos históricos e são requeridas de acordo com as necessidades do
relatório. Estas premissas futuras são estimadas e envolvem riscos e incertezas que poderiam
fazer com que os resultados atuais diferissem materialmente.
17.11 Impostos e Royalties
Os Impostos estão incluídos nas Receitas Brutas assim como os 34% de Imposto de Renda na
Renda Líquida Antes dos Impostos. Existem quatro taxas identificadas pela MMX; como
indicado na Tabela 17.11.1. Os 34% de Imposto de Renda/Taxa de Securidade Social são
calculado na Renda Líquida Antes dos Impostos.
Taxes are included on Gross Revenues as well as the 34% Income Tax on Net Income Before
Tax (NIBT). There are four royalties identified by MMX as indicated in Table 17.11.1. The
34% Income Tax/Social Security Tax is calculated on the NIBT.
Tabela 17.11.1: MMX Taxas
Taxa
PIS
COFINS
CFEM
Direito do Superficiário
Percentagem
1,65%
7,60%
2,00%
1,00%
SRK Consulting (US), Inc.
MMX.Corumba.IN 43-101 Relatório Tecnico.162703.KG.009
Comentário
Aplicado Somente à Produção Interna
Aplicado Somente à Produção Interna
Aplicado sobre a Produção Total
Aplicado sobre a Produção Total
10 Março, 2008
Mineração e Metálicos S.A.
Projeto Corumbá
17-8
Relatório Técnico
17.12 Plano Econômico LoM
Os Planos Econômico e de LoM da SRK estão baseados no seguinte:
•
Reservas de 29,4Mt com um teor médio de 55,7% Fe;
•
Uma vida de mina de 8 anos, com uma taxa projetada de 4.101ktpa;
•
Uma taxa geral de recuperação de processo de 55% para produto Lump e 11% para
produto Sinter na LoM;
•
Os custos operacionais são mostrados na Tabela 17.12.1
•
Custos G&A:
o Custos diversos – planejamento de mina, controle de qualidade, administração US$1.90/t-produto para 2008 e US$1.58/t-produto para o restante da LoM,
o Transporte de produto – mina para porto - US$1.99/t-produto para 2008 e
US$1.69/t-produto par o restante da LoM,
o Custos do Terminal Portuário estão incluídos nas despesas de venda; e
o Custos Corporativos – diversos - US$2.22/t-produto para 2008 e US$1.78/tproduto para o restante da LoM..
•
Um custo de caixa operacional de US$8.55/t-minério ou US$12.97/t-produto combinado;
•
Um Custo de Capital total de US$32.8milhões foi dispendido em 2005, 2006 e 2007.
Este custo de capital foi amortizado/depreciado de acordo com os métodos de
depreciação linear fornecidade pela MMX. Todavia, os custos de capital não foram
incluídos no modelo financeiro; e
•
O capital de custeio anual totalizam US$26.8milhões na LoM (US$1.00/t-produto)está
incluído. A MMX inclui os custos de fechamento de mina no capital de custeio. Não há
provisão para valores de recuperação ambiental.
Os resultados do caso base da análise econômica, apresentados na Tabela 4, indicam um valor
presente líquido depois dos impostos de US$76 milhões, com uma taxa de retorno de 10%.
Tabela 17.12.1: Custos Operacionais (US$/t de produto)
Descrição
Lavra
Processo
Manuseio de Minério
Custos Diversos
Custo de Transporte para o Porto
Custo do Terminal Portuário
Custos Corporativos
Total
SRK Consulting (US), Inc.
MMX.Corumba.IN 43-101 Relatório Tecnico.162703.KG.009
2008
3,46
3,79
1,74
1,90
1,99
0,00
2,22
15,10
LoM
3,30
2,98
1,37
1,58
1,69
0,00
1,78
12,70
10 Março, 2008
Mineração e Metálicos S.A.
Projeto Corumbá
17-9
Relatório Técnico
Table 17.12.2: Resultados Econômicos da LoM (US$000s)
Descrição
Minério
Minério RoM (Mt)
Teor
Ferro
Minério Granulado
Recuperação do Processo
Minéiro Sinter Feed
Recuperação do Processo
Receita Bruta
Produto Granulado
Produto Sinter Feedt
Valor LoM
29,4
55,7%
55%
11%
Receita bruta
Royalty (Impostos)
Royalties
Renda Bruta para a Mineração
US$/-minério t $16,51
US$/t-produto $25,03
Renda Bruta para a Mineração
Custos Operacionais
Lavra
Processo
G &A
($22.662)
$484.718
$484.718
Custos Operacionais
US$/t-minério $8,55
US$/t-produto $12,97
Margim Operacional
US$/t-minério $7,95
US$/t-produto $12,06
Imposto de Renda
Imposto de Renda
Imposto Total
US$/t-minério $2,45
US$/t-produto $3,71
Renda Líquida após Impostos
US$/t-minério $5,51
US$/t-produto $8,35
Custos de Capital
Custeio
Equipamento – capital afundado – operação de mina
Fechamento de Mina/ Recuperação Ambiental – incluído no custeio
Capital Total
Fluxo de Caixa
VPL10%
SRK Consulting (US), Inc.
MMX.Corumba.IN 43-101 Relatório Tecnico.162703.KG.009
$430.108
$77.272
$507.380
($64.259)
($86.798)
(100.097)
($251.154)
$233.564
($71.847)
($71.847)
$161.717
$34.866
$0
$0
($34.866)
$126.738
$76.069
10 Março, 2008
Mineração e Metálicos S.A.
Projeto Corumbá
17-10
Relatório Técnico
17.13 Sensibilidade
A análise de sensibilidade para os parãmetrso econômicos chave são mostrados na Tabela
17.13.1. As análises foram feitas variando o caso basa em 10%. A análise sugere que o projeto é
mais sensível ao preço de mercado. Sendo uma mina de curta vida operacional com capital
inicial já totalmente dispendido, o projeto é menos sensível ao custo de capital de giro.
Tabela 17.13.1: Sensibilidade do Projeto (VPL10% US$000’s)
Taxa de Desconto
Fator %
-10
0
10
VPL
79.812
76.069
72.546
Variação %
4,92
0,00
-4,63
Opex
VPL
86.412
76.069
65.639
Variação %
13,60
0,00
-13,71
Preço Mercado
VPL
55.590
76.069
96.407
Variação %
-26,92
0,00
26,74
Recuperação Lump
VPL
68.470
76.069
83.656
Variação %
-9,99
0,00
9,97
Capex
VPL
78.157
76.069
73.945
Variação %
2,7
0,0
-2,8
17.14 Vida da Mina
A Mina 63 tem uma vida útil projetada de aproximadamente 8 anos. A mina irá operar do última
trimestre de 2007 por 71 dias até 2015.
SRK Consulting (US), Inc.
MMX.Corumba.IN 43-101 Relatório Tecnico.162703.KG.009
10 Março, 2008
Figura 17-1
Projeto Corumbá,
Brasil
Layout da Mina 63
Projeto Corumbá
SRK Job No.: 162703.03
File Name: Figure 17-1.doc
Source: Mineração & Metálicos S.A
Date: 02-27-08
Approved: LM
Figure: 17-1
Projeto Corumbá,
Brasil
Figura 17-2
Projeto da Planta
SRK Job No.: 162703.03
File Name: Figure 17-2.doc
Fonte: Mineração & Metálicos S.A
Date: 02-27-08
Approved: LM
Figure: 17-2
Projeto Corumbá,
Brasil
Fluxograma Simplificado Processo
SRK Job No.: 162703.03
File Name: Figure 17-3.doc
Figura 17-3
Fonte: Mineração & Metálicos S.A
Date: 02-27-08
Approved: LM
Figure: 17-3
Mineração e Metálicos S.A.
Projeto Corumbá
18-1
Relatório Técnico
18 Interpretação e Conclusões (Item 21)
O Projeto Corumbá é uma mina em operação que está em produção desde Julho de 2006. Os
recursos e reservas foram estimados pela Prominas sob direção da MMX. O projeto está bem
documentado com as informações originais de descrição de furos, resultados químicos e vários
relatórios, assim como um banco de dados eletrônico.
A SRK revisou e validou o banco de dados amostral, a topografia, a interpretação geológica e os
parâmetros de estimativa de recursos. O modelo de blocos de recurso foi verificado através de
exame visual e pela construção de gráficos tipo swath plots através do depósito. A estimativa de
recursos segue os padrões da indústria e a classificação de recursos está de acordo com as
diretrizes da CIM.
Os testes metalúrgicos fora revisados pela SRK e considerados adequados para o projeto.
A MMX tem as permissões de lavra e ambientais necessárias e os acordos com superficiários
para operar a Mina 63 do Projeto Corumbá.
A LoM é relativamente curta e como tal, o projeto é simples e não requer muitas análises
baseadas na sensibilidade que se torna mais crítica com projetos de vida mais longa.
A análise econômica do projeto indica que:
•
O Projeto Corumbá exibe robustez econômica com um VPL10% de US$76milhões; e
•
A SRK considera que o Projeto Corumbá é um projeto de relativo baixo risco dada a sua
relativamente curta vida útil de mina, boas condições de lavra, método de processamento
convencional e contratos de vendas para seus produtos de ferro.
SRK Consulting (US), Inc.
MMX.Corumba.IN 43-101 Relatório Tecnico.162703.KG.009
10 Março, 2008
Mineração e Metálicos S.A.
Projeto Corumbá
19-1
Relatório Técnico
19 Recomendações (Item 22)
O banco de dados de recursos pode ser melhorado pelos seguintes procedimento em futuros
programas:
•
Intervalo amostral não deve ser maior do que a altura da bancada da mina. Este
procedimento pode eliminar o problema do suporte amostras, onde intervalos maiores do
que 6 m foram excluídos da rotina de composição; e
•
Intervalos de estéril interno devem ser analisados com os mesmos procedimento as
amostras vizinhas. Isto eliminaria da dúvidas quanto ao teor e a subsequente imposição
do zero para estes intervalos.
Os procedimento de estimativa de recursos deveriam ser re-examinados para futuros programas
de sondagem e amostragem para se verificar se poderia ser simplificado. O procedimento atual
está tecnicamente correto, mas pode ser mais complexo do que o requerido para este depósito.
Como progressos na lavra, um programa de reconciliação do modelo lavrado deve ser instituído.
Isto é uma prática padrão nas operações de mina e auxiliam na avaliação do modelo de recursos.
O QA/QC laboratorial de Urucum NE indica que pode haver um viés nas análises do SGS para
Al2O3 e P. A SRK recomenda que a MMX continua a investigação nesta questão.
SRK Consulting (US), Inc.
MMX.Corumba.IN 43-101 Relatório Tecnico.162703.KG.009
10 Março, 2008
Mineração e Metálicos S.A.
Projeto Corumbá
20-1
Relatório Técnico
20 Referências (Item 23)
ALMEIDA, F.F. Evolução Tectônica do Centro-Oeste Brasileiro no Proterozóico Superior.
Anais da Academia Brasileira de Ciências, Rio de Janeiro, 40: 285-95, 1968.
Suplemento.
CAMPOS, C. , paper given at VII Congresso Brasileiro de Mineração, 1989
DEL’ARCO J.O., SILVA R.H., TARAPAVOFF I., FREIRE F.A., PEREIRA L.G.M., SOUZA
S.L., LUZ D. S., PALMEIRA R.C.B. and TASSINARI C.C.G. Geologia. In: BRASIL.
Ministério das Minas e Energia. Departamento Nacional da Produção Mineral. Projeto
RADAMBRASIL. Folha SE-21-Corumbá e parte da Folha SE-20. Rio de Janeiro, 1982,
v.5, 448 p.
DORR II, J. van N. (1945), Manganese and Iron Deposits of Morro do Urucum, Mato Grosso,
Brazil. Geological Survey Bulletin, Washington (946-A):1-47
GIRODO and colleagues (2007), personal communication
HARALYI N.L.E. and BARBOUR, A. P. Bandeamento do minério de Ferro e Manganês de
Urucum e suas implicações tectônicas. In: CONGRESSO BRASILEIRO DE
GEOLOGIA, 28., Porto Alegre, 1974. Anais. Porto Alegre, Sociedade Brasileira de
Geologia, 1974, v.6, p. 211-9.
HARALYI N.L.E. and WALDE D.H.G. Os Minérios de Ferro e Manganês da região de Urucum,
Corumbá, Mato Grosso do Sul. In: DNPM/VALE. Principais Depósitos Minerais do
Brasil. Brasília, 1986, v.2, p.127-44.
MARINI O.J., FUCK R.A., DANNI J.C.M., DARDENNE M.A., LOGUERCIO S.O.C. and
RAMALHO, R. As Faixas de Dobramentos Brasília, Uruaçu e Paraguai-Araguaia e o
Maciço Mediano de Goiás. In: SCHOBBENHAUS C., CAMPOS D.A., DERZE G.R.
and ASMUS H.E., ed. Geologia do Brasil. Brasília, DNPM. 1984. p. 252-303.
MMX Mineração e Metálicos S.A., (April 2007), Internal Report
MMX Mineração e Metálicos S.A., (February 2008), Internal Report
MMX Mineração e Metálicos S.A. (May 2007), NI 43-101 Technical Report, Corumbá Iron
Project, Brazil
SRK Consulting (US), Inc.
MMX.Corumba.IN 43-101 Relatório Tecnico.162703.KG.009
10 Março, 2008
Mineração e Metálicos S.A.
Projeto Corumbá
21-1
Relatório Técnico
21 Glossário
21.1 Recursos e Reservas Minerais
Recursos Minerais
Os recursos e reservas minerais têm sido classificados de acordo com os “padrões CIM sobre
Recursos e Reservas Minerais: Definições e Diretrizes” (Agosto 2000). Consequentemente, os
recursos têm sido classificado como Medidos, Indicados e Inferidos, as Reservas têm sido
classificadas como Provadas e Prováveis baseadas nos Recursos Medidos e Indicados definidos
acima.
Um Recurso Mineral é uma concentração ou ocorrência de material natural, sólido, inorgânico
ou orgânico fossilizado em ou sobre a crosta da Terra, em forma e quantidade tais e de um teor
ou qualidade tal que tenha uma perspectiva razoável para sua extração econômica. A localização,
a quantidade, o teor, as características geológicas e a continuidade de um Recurso Mineral são
conhecidos, estimados ou interpretados a partir de conhecimento e evidência geológica
específica.
Um “Recurso Mineral Inferido” é a parte de um Recurso Mineral para o qual a quantidade e o
teor ou qualidade podem ser estimados com base em evidência geológica e amostragem limitada,
e assumidos razoavelmente, mas não é verificada a continuidade geológica e de teor. A
estimativa é baseada em informações limitadas e a amostragem coletada através de técnicas
apropriadas, em locais como afloramentos, trincheiras, poços, operações e furo de sonda.
Um “Recurso Mineral Indicado” é a parte de um Recurso Mineral para o qual a quantidade, o
teor ou qualidade, as densidades, a forma e as características físicas podem ser estimados com
um nível de confiança suficiente para permitir a aplicação apropriada de parâmetros técnicos e
econômicos, que suportem o planejamento da mina e a avaliação da viabilidade econômica do
depósito. A estimativa é baseada em informações detalhadas e confiáveis de pesquisa e de de
testes, coletadas através de técnicas apropriadas em locais como afloramentos, trincheiras, poços,
operações e furos de sonda, que estão espaçados a uma distância suficiente para que a
continuidade geológica e de teor sejam razoavelmente assumidos.
Um “Recurso Mineral Medido” é a parte de um Recurso Mineral para o qual a quantidade, o teor
ou qualidade, as densidades, a forma e as características físicas estão tão bem estabelecidos que
podem ser estimados com um nível de confiança suficiente para permitir a aplicação apropriada
de parâmetros técnicos e econômicos, que suportem o planejamento da produção e avaliação da
viabilidade econômica do depósito. A estimativa é baseada em informações detalhadas e
confiáveis de pesquisa, amostragem e testes, coletadas através de técnicas apropriadas em locais
como afloramentos, trincheiras, poços, operações e furos de sonda, que estão espaçados a uma
distância suficiente para confirmar a continuidade geológica e de teor.
Reservas Minerais
Uma Reserva Mineral é a parcela economicamente lavrável de um Recurso Mineral Medido ou
Indicado, comprovada por pelo menos um Estudo Preliminar de Viabilidade. Este Estudo deve
incluir informações adequadas sobre a lavra, processamento, metalurgia, fatores econômicos e
outros fatores relevantes que demonstrem , na época da elaboração do relatório, que a extração
econômica é justificada. Uma Reserva Mineral inclui materiais de diluição e uma tolerância para
perdas que podem ocorrer quando o material é lavrado.
SRK Consulting (US), Inc.
MMX.Corumba.IN 43-101 Relatório Tecnico.162703.KG.009
10 Março, 2008
Mineração e Metálicos S.A.
Projeto Corumbá
21-2
Relatório Técnico
Uma “Reserva Mineral Provável” é a parcela econômicamente lavrável de um Recurso Mineral
Indicado, e em algumas circunstâncias de um Recurso Mineral Medido, comprovada por pelo
menos um Estudo Preliminar de Viabilidade. Este Estudo deverá incluir informações adequadas
sobre a lavra, processamento, metalurgia, fatores econômicos e outros fatores relevantes que
demonstrem, na época de elaboração do relatório, que a extração econômica é justificada.
Uma “Reserva Mineral Provada” é a parcela econômicamente lavrável de um Recurso Mineral
Medido, comprovada por pelo menos um Estudo Preliminar de Viabilidade. Este Estudo deverá
incluir informações adequadas sobre a lavra, processamento, metalurgia, fatores econômicos e
outros fatores relevantes que demonstrem, na época de elaboração do relatório, que a extração é
justificada.
21.2 Glossário
Análise:
A análise química de amostras minerais para determinar o conteúdo de
metal.
Gastos de Capital:
Todos os outros gastos não classificados como custos operacionais.
Composta:
Combinação de mais de um resultado amostral fornecendo um
resultado médio sobre uma distância maior.
Concentrado:
Um produto rico em metal, resultado de um processo de
enriquecimento mineral, tal como flotação ou concentração
gravimétrica, nos quais a maioria do mineral desejado tenha sido
separada do material estéril no minério.
Britagem:
Processo inicial de redução do tamanho das partículas do minério para
torná-lo mais adequado ao processamento posterior.
Teor de Corte (CoG):
O teor da rocha mineralizada, que determina se é economicamente
viável a recuperação do metal para concentração posterior.
Diluição:
Estéril, que é inivitavelmente lavrado com o minério.
Dip:
Ângulo de inclinação da feição geológica / rocha a partir da horizontal.
Falha:
A superfície de fratura ao longo da qual tenha ocorrido movimento.
Footwall:
O lado inferior de um corpo de minério ou talude.
Ganga:
Componentes sem valor do minério.
Teor:
A medida de concentração de metal na rocha mineralizada.
Hangingwall:
O lado superior de um corpo de minério ou talude.
Transporte:
Uma escavação subterrãnea horizontal usada paraq transportar minério
lavrado.
Hidrociclone:
Um processo em que o material é medido de acordo com o tamanho
através do uso de forças centrígugas dos materiais particulados.
Ígnea:
Rocha primária cristalina formada por solidificação do magma.
Krigagem:
Um método de interpolação para atribuir valores de amostras á blocos
que minimiza o erro de estimativa.
SRK Consulting (US), Inc.
MMX.Corumba.IN 43-101 Relatório Tecnico.162703.KG.009
10 Março, 2008
Mineração e Metálicos S.A.
Projeto Corumbá
21-3
Relatório Técnico
Nível:
Túnel horizontal cujo principal objetivo é transportar pessoal e
materiais.
Litológico:
Descrição geológica pertinente a diferentes tipos de rochas.
Plano LoM:
Planos para a vida útil da mina (LoM - Life-of-Mine)
PLP:
Planejamento de Longo Prazo.
Propriedade Material: Propriedade da Mina.
Moagem:
Um termo geral usado para descrever o processo no qual o minério é
britado e moído e está sujeito a tratamento físico ou químico para
extração dos metais valiosos para um concentrado ou produta acabado.
Arrendamento Mineral/Mineiro: Um arrendamento da área para a qual os direitos minerais
estão concedidos.
Ativos de Mineração:
A Propriedade Material e a Propriedade de Pesquisa Significante.
Capital de giro:
Capital estimados para as operações de rotina,o qual é necessário para
sustentar as operações.
Reservas de Minério:
ver Reserva Mineral.
Pilar:
Rocha deixada no local para ajudar a suportas as escavações numa
mina subterrânea.
RoM:
Run-of-Mine -minério retirado nas operações de lavra.
Sedimentar:
Características das rochas formadas por acumulação de sedimentos,
formados por erosaão de outras rochas.
Poço (Shaft):
Uma abertura vertical na superfície para transportar pessoal,
equipamentos, suprimentos, minério e estéril. No caso deste relatório
os poços são usados para amostragem dos depósitos coluvionares e
eluvionares.
Sill:
Um corpo horizontal a sub-horizontal, fino e tabular, de rocha ígnea
formado pela injeção de magma em zonas planares de fraqueza.
Refino:
Uma operação pirometalúrgica de alta temperatura conduzida num
forno, na qual o metal valioso é coletado para uma fase de mate
fundido ou doré e separado dos componentes da ganga que se
acumulam numa fase menos densa da escória em estado de fusão.
Realce:
Vácuo subterrâneo criado pela lavra.
Estratigrafia:
O estudo das rochas estratificadas em termos de tempo e espaço.
Direção (Strike):
Direção da linha formada pela intersecção da superfície do estrato com
o plano horizontal, sempre perpendicular a direção do dip.
Sulfeto:
um mineral contendo enxofre.
Rejeitos:
Rocha Estéril finamente moída da qual minerais valiosos ou metais
tenham sido extraídos.
SRK Consulting (US), Inc.
MMX.Corumba.IN 43-101 Relatório Tecnico.162703.KG.009
10 Março, 2008
Mineração e Metálicos S.A.
Projeto Corumbá
21-4
Relatório Técnico
Adensamento:
O processo de concentração de partículas sólidas em suspensão.
Gastos Totais:
Todos os gastos (despesas) incluindo aqueles de natureza operacional
e de capital.
Variograma:
uma representação estatística das características (usualmente teor).
Abreviações
O sistema métrico foi usado neste relatório, a não ser se declarado de outra maneira. Todos os
valores monetários estão em dólarea americanos. Os preços de mercado são reportados em
US$25.75/t fob e US$15.75/t fob de minério de ferro. As toneladas são métricas de 1.000kg, ou
2.204,6lbs. As seguinte abreviações são usadas neste relatório:
Abreviação
Unidade ou Termo
A
ampére
AA
absorção atômica
2
A/m
ampéres por metro quadrado
Al2O3
Óxido de Alumínio
°C
Graus Centígrados
CoG
Teor de Corte
cm
centímetros
cm2
centímetroso quadrados
cm3
centímetros cúbicos
cfm
pés cúbicos por minuto
°
grau (graus)
dia.
Diâmetro
Fe
Ferro
g
grama
gpt
gramas por toneladas
ha
hectares
ID2
inverso do quadrado da distância
ID3
Inverso do cubo da distância
kA
quiloampéres
kg
quilogramas
km
2
quilômetros
km
quilômetros quadrados
kt
milhares de toneladas
ktpd
milhares de toneladas por dia
SRK Consulting (US), Inc.
MMX.Corumba.IN 43-101 Relatório Tecnico.162703.KG.009
10 Março, 2008
Mineração e Metálicos S.A.
Projeto Corumbá
21-5
Relatório Técnico
ktpa
milhares de toneladas por ano
kV
kilovolt
kW
kilowatt
kWh
kilowatt-hora
kWh/t
kilowatt-hora por tonelada métrica
l
litro
lps
litros por segundo
LOI
Perda ao fogo (Loss On Ignition)
LoM
Vida útil da mina (Life-of-Mine)
lps
litros por segundo
m
metro
2
metro quadrado
3
m
metro cúbico
mg/l
miligramas/litro
mm
milímetros
m
2
milímetros quadrados
3
mm
milímetros cúbicos
Mn
Manganês
Mt
milhões de toneladas
MW
milhões de watts
NI 43-101
Instrumento nacional Canadense (Canadian National Instrument 43-101)
OSC
Commission)
Comissão de Valores Mobiliários de Ontário (Ontario Securities
%
percentagem
P
Fósforo
ppb
partes por bilhão
ppm
partes por milhão
QA/QC
Controle e Garantia da Qualidade (Quality Assurance/Quality Control)
RoM
Run-of-Mine
s
segundo
SiO2
Sílica
SG
gravidade específica
t
toneladas (metric ton) (2,204.6 pounds)
mm
SRK Consulting (US), Inc.
MMX.Corumba.IN 43-101 Relatório Tecnico.162703.KG.009
10 Março, 2008
Mineração e Metálicos S.A.
Projeto Corumbá
21-6
Relatório Técnico
TiO2
Óxido de titânio
tph
toneladas por hora
tpd
toneladas por dia
tpa
toneladas por ano
µ
micron ou microns
V
volts
W
watt
XRD
difração de raio-x
aa
ano
SRK Consulting (US), Inc.
MMX.Corumba.IN 43-101 Relatório Tecnico.162703.KG.009
10 Março, 2008
Apêndice A
Certificados dos Autores
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7175 West Jefferson Avenue, Suite 3000
Lakewood, Colorado
USA 80235
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CERTIFICATE of AUTHOR
I, Neal Rigby, CEng do hereby certify that:
1. I am a Principal of:
SRK Consulting (US), Inc.
7175 W. Jefferson Ave, Suite 3000
Lakewood, CO, USA, 80235
2. I graduated with a BSc degree in Mineral Exploitation with first class honors in 1974 and a PhD in
Mining Engineering in 1977 both from the University of Wales, UK.
3. I am a member of the Institute of Materials, Mining and Metallurgy.
4. I have worked as a mining engineer for a total of 33 years since my graduation from university.
5. I have read the definition of “qualified person” set out in National Instrument 43-101 (“NI 43-101”)
and certify that by reason of my education, affiliation with a professional association (as defined in NI
43-101) and past relevant work experience, I fulfill the requirements to be a “qualified person” for the
purposes of NI 43-101.
6. I am responsible for Section 15.3 and 17, as well as, the content, compilation, and editing of all
sections of the technical report, titled, MMX Mineração e Metálicos S.A. NI 43-101 Technical
Report, Corumbá Iron Project, and dated March 10, 2008 (the “Technical Report”) relating to the
Corumbá Iron Project. I personally visited the Corumbá Iron Project on January 6, 2006.
7. I have had prior involvement with the property that is the subject of the Technical Report. The nature
of my prior involvement with the property was as the qualified person for the preparation of Sections
14, 15.9 and 17 and the overall preparation of the Technical Report titled NI 43-101 Technical
Report, Mineração & Metálicos S.A. Corumbá Project, Brazil, and dated May 04, 2007.
8. I am not aware of any material fact or material change with respect to the subject matter of the
Technical Report that is not reflected in the Technical Report, the omission to disclose which makes
the Technical Report misleading.
9. I am independent of the issuer applying all of the tests in Section 1.4 of National Instrument 43-101.
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Vancouver
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Yellowknife 867-699-2430
SRK Consulting (US), Inc.
Page 2 of 2
10. I have read National Instrument 43-101 and Form 43-101F1, and the Technical has been prepared in
compliance with that instrument and form.
Dated March 10, 2008.
____________________________
Neal Rigby, CEng., MIMMM, PhD (signed)
SRK Consulting (U.S.), Inc.
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7175 W. Jefferson Ave, Suite 3000
Lakewood, CO, USA, 80235
2. I graduated with a Master of Science degree in Geology from the University of Idaho in 1986.
3. I am a member of the American Institute of Professional Geologists.
4. I have worked as a Geologist for a total of 22 years since my graduation in minerals exploration, mine
geology, project development and resource estimation.
5. I have read the definition of “qualified person” set out in National Instrument 43-101 (“NI 43-101”)
and certify that by reason of my education, affiliation with a professional association (as defined in NI
43-101) and past relevant work experience, I fulfill the requirements to be a “qualified person” for the
purposes of NI 43-101.
6. I am responsible for the responsible for the overall preparation of the report and specifically for
Sections 1 through 13, 15.1 through 15.2, 16 and 18 through 22 of the technical report, titled, MMX
Mineração e Metálicos S.A. NI 43-101 Technical Report, Corumbá Iron Project, and dated March 10,
2008 (the “Technical Report”) relating to the Corumbá Iron Project. I personally visited the Corumbá
Iron Project on September 25 through 27, 2007.
7. I have had prior involvement with the property that is the subject of the Technical Report. The nature
of my prior involvement with the property was as the qualified person for the preparation of Sections
2 through 13, and 15.1 through 15.8 of the Technical Report titled NI 43-101 Technical Report,
Mineração & Metálicos S.A., Minas-Rio Project, Brazil, and dated May 4, 2007.
8. I am not aware of any material fact or material change with respect to the subject matter of the
Technical Report that is not reflected in the Technical Report, the omission to disclose with makes the
Technical Report misleading.
9. I am independent of the issuer applying all of the tests in Section 1.4 of National Instrument 43-101.
Group Offices in:
Australia
North America
Southern Africa
South America
United Kingdom
North American Offices:
Denver
303.985.1333
Elko
775.753.4151
Reno
775.828.6800
Tucson
520-544-3688
Toronto
416.601.1445
Vancouver
604.681.4196
Yellowknife 867-699-2430
SRK Consulting (US), Inc.
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10. I have read National Instrument 43-101 and Form 43-101F1, and the Technical Report has been
prepared in compliance with that instrument and form.
Dated March 10, 2008.
____________________________
Leah Mach, CPG, MSc (signed)
CPG 10940 (sealed)
MMX Mineração e Metálicos S.A. NI 43-101 Relatório Técnico, Projeto Corumbá, Brasil, 30 de Setembro,
2008.
Datado de 10 de Março de 2008
Dr. Neal Rigby CEng, MIMMM, PhD (signed)
Leah Mach MS Geology, CPG (signed)
S E E Johansson, MAXIM (signed)
CPG 10940 (sealed)

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