IPCA acelera em julho - Sinduscon-SP
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IPCA acelera em julho - Sinduscon-SP
São Paulo, 15 de Agosto de 2016, Ano 17, Nº 614. IPCA acelera em julho Contrariando as expectativas, o IPCA registrou aceleração em julho, passando de 0,35% para 0,52%. No entanto, como o resultado ficou abaixo do observado em julho do ano passado (0,62%), a variação acumulada em doze meses voltou a recuar, atingindo 8,74%. Vale lembrar que o pico de alta do indicador foi registrado em janeiro (10,71%). O centro da meta inflacionária perseguida pelo Banco Central é de 4,5% e o teto do intervalo de tolerância é de 6,5% - passará a ser de 6% a partir de 2017. A despeito da forte contração da atividade, a convergência da inflação para dentro desse intervalo tem sido lenta, refletindo um conjunto de pressões. Em julho, voltou a ser relevante a alta de preços dos alimentos. Na comparação mensal, a alta dos preços do grupo alimentos e bebidas passou de 0,71% para 1,32%. Com isso, o grupo contribuiu sozinho com 0,34 ponto percentual na alta total do IPCA no mês. Já o INPC, que estima a inflação das famílias com renda de até cinco salários mínimos e se mostra ainda mais sensível aos preços dos alimentos, não recuou no acumulado em doze meses. Entre junho e julho, essa variação passou de 9,49% para 9,56%, ambos resultados superiores aos registrados pelo IPCA na mesma base de comparação. Na comparação mensal, a alta do INPC em julho foi de 0,64% contra 0,47% no mês anterior e 0,58% em julho de 2016. Já o IGP-DI, como esperado, registrou deflação em julho (-0,39%), influenciado pelo recuo contínuo da taxa de câmbio que afeta os preços das commodities no mercado doméstico. Em junho, a alta do IGP-DI havia sido de 1,63%. O impacto cambial nos preços das commodities sobre o IGP foi sentido por meio do IPA, que responde por 60% da composição do índice geral. Em julho, o IPA teve variação de -0,81% contra 2,13% em junho. Em termos de origem, a deflação registrada pelo IPA de julho se concentrou nos produtos agropecuários cujo recuo (-2,01%) foi muito maior do que o dos produtos industriais (-0,3%). Já em termos de estágios de produção, a queda de preços se concentrou nas matérias primas brutas (-2,34%), o que mais do que compensou a alta registrada no mês anterior (2,22%). Essa queda sinaliza uma diminuição no ritmo de aumento dos preços dos alimentos nos próximos meses. Igualmente pressionado pelos preços dos alimentos, o IPC, segundo maior componente do IGP, acelerou entre junho e julho. A alta do índice passou de 0,26% para 0,37%. Com isso, a variação acumulada nos doze meses encerrados em julho foi de 8,37%. O INCC-DI, que em junho registrou taxa mensal de 1,93%, passou para 0,49%. Com esse resultado, o indicador de preços da construção acumula elevação de 6,40% em 12 meses. No mesma comparação, no ano passado, o INCC-DI registrava alta de 6,76%. A desaceleração no mês foi um movimento observado em todos componentes do índice. No caso da mão de obra, os efeitos dos acordos de São Paulo e Rio perderam influência, levando a variação mensal a passar de 3,43% em junho para 0,90%. Em 12 meses, o INCC-DI mão de obra acumula variação de 8,06%. Por sua vez, o INCC materiais e equipamento registrou queda de 0,05% no mês, apresentando taxa de 4,04% em 12 meses. A deflação no preço do cimento (2,56%) foi a principal contribuição para a queda no custo da cesta de materiais no mês. Em 12 meses, o cimento acumula queda de 6,62%. O componente serviços passou de 0,36% para 0,29% em julho e tem alta de 6,22% em 12 meses. Custo unitário básico no Estado de São Paulo, Julho/2016 NBR 12721 / 2006 Projeto R$/m² Variação Projeto R$/m² Variação RP1Q 1.410,28 1,24 R8-A 1.508,55 1,11 PIS 868,80 1,10 R16-A 1.620,91 1,17 R1-B 1.276,76 1,13 CAL-8N 1.483,91 1,19 PP-4B 1.163,91 0,99 CSL-8N 1.287,09 1,23 R8-B 1.106,26 0,97 CSL-16N 1.713,07 1,22 R1-N 1.580,74 1,27 CAL-8A 1.570,79 1,14 PP-4N 1.481,74 1,21 CSL-8A 1.387,83 1,17 R8-N 1.292,18 1,21 CSL-16A 1.845,07 1,17 R16-N 1.252,48 1,20 GI 724,99 1,08 R1-A 1.884,54 1,17 * Todos os custos aqui divulgados não foram desonerados Fonte: Secon/SindusCon-SP Variação dos custos da construção civil no estado de São Paulo e IGP-M no Brasil, Julho de 2016 NBR 12721/2006 Índice Mês Ano 12 Meses CUB residencial (R8-N) 1,21 5,30 5,63 Comercial Salas e Lojas (8N) 1,23 5,28 5,56 Comercial Andares Livres (8N) 1,19 5,12 5,43 Galpão Industrial 1,08 4,83 5,29 Casa Popular 1,24 5,59 6,10 IGP-M 0,18 6,09 11,63 IPA-M -0,01 6,68 13,72 IPC-M 0,29 4,99 8,21 INCC-M 1,09 4,94 6,85 Fonte: Secon/SindusCon-SP e IBRE-FGV Materiais que mais subiram no mês de Julho/16 Produto Variação % mês MAIORES VARIAÇÕES Alimentação tipo marmitex nº 8 2,39 Fio cobre antichama isol. 750 V 2,5 mm² 0,66 Brita 2 0,65 MENORES VARIAÇÕES Cimento CPE-32 saco 50kg -1,00 Aço CA-50 Ø 10 mm -0,57 Vidro liso transparente 4 mm c/ massa -0,39 Fonte: Secon/SindusCon-SP Materiais que mais subiram nos últimos 12 meses Produto Variação % 12 meses MAIORES VARIAÇÕES Alimentação tipo marmitex nº 8 5,22 Emulsâo asfáltica c/elastômero p/imperm. 4,69 Bloco de concreto 19x19x39cm 4,57 MENORES VARIAÇÕES Aço CA-50 Ø 10 mm -2,23 Cimento CPE-32 saco 50kg -1,29 Placa de gesso p/ forro s/ colocação -0,66 Fonte: Secon/SindusCon-SP Evolução do CUB e do IGP-DI 200,00 Base Fev/2007 = 100 CUB 180,00 160,00 IGP-DI 140,00 120,00 100,00 Evolução do CUB e do INCC Base Fev/2007 = 100 220,00 INCC 200,00 180,00 160,00 CUB 140,00 120,00 100,00 Evolução dos Preços do Cimento e do Aço 22,00 3,80 3,60 3,40 3,20 3,00 2,80 2,60 2,40 2,20 2,00 Aço 20,00 18,00 16,00 Cimento 14,00 12,00 10,00 Evolução do CUB Mão de obra e Materiais Base Fev/2007=100 Mão de obra 220,00 200,00 180,00 160,00 140,00 120,00 100,00 Materiais
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