Agrishow 2009
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Agrishow 2009
EDITORIAl A hora e a vez Em um mercado cada vez mais competitivo, unir forças é uma questão de sobrevivência, especialmente para as pequenas e microempresas. É neste sentido que a Abrapneus aposta no associativismo. Sobre este assunto e outras questões de interesse do setor de revenda de pneus e serviços (como o estudo dos valores dos serviços prestados, geometria de suspensão, lançamento de um selo de destinação ambiental correta de resíduos) promovemos um encontro no último dia 16/06 em nossa sede com a participação de empresas associadas e não associadas de diversas regiões do Estado e da Capital. Foi uma semente lançada e que esperamos ver germinada dentro de 60 dias, quando estaremos organizando novo encontro e contamos com a sua presença! Afinal, estamos buscando a modernidade com soluções que dêem todo o suporte para o setor. Com esse foco, fizemos entre os participantes uma pesquisa de opinião acerca dos anseios em relação à Entidade e sugestões sobre nossas ações, afinal cabe a vocês, associados, estabelecer os principais objetivos da associação, norteando o nosso planejamento estratégico. Tenho certeza de que juntos poderemos enfrentar a crise e fazermos crescer os negócios. Sermos otimistas e pró-ativos pode contribuir muito. Neste contexto, fico mais confortado ao ouvir de economistas renomados – a exemplo do que mostramos nesta edição – a avaliação de que o Brasil tem um cenário favorável para superar a turbulência mundial. Assim como fico otimista com a opinião do especialista Marco Marconini, nosso entrevistado, sobre a inserção do Brasil no cenário internacional e mesmo seu papel de destaque na economia global, podendo sair fortalecido da crise se fizer a lição de casa com os ajustes necessários (leia-se reformas). Então, façamos a nossa parte e, através do saneamento de vícios ou mazelas, tornemo-nos mais qualificados e competitivos. E isso vale tanto para o governo brasileiro quanto para as nossas empresas. Boa leitura. Márcio Olívio Fernandes da Costa Presidente Índice Entrevista: Brasil cresce no cenário internacional pág.04 Encontro: Encontro visa promover o associativismo e a busca de soluções conjuntas pág.06 Finanças: Os ensinamentos de Warren Buffett pág.08 Pirelli: Parceria no desenvolvimento de carro de alta performance ecológico pág.15 Michelin: Power One: toda a experiência tecnológica pág.18 Bridgestone: Marca lança pneu para transporte urbano na Agrishow 2009 pág.22 Goodyear: Empresa atende à demanda com tecnologia de última geração pág.26 Opinião: O Brasil na frente pág.30 Maio/Junho 2009 Revista Abrapneus é uma publicação da Associação Brasileira dos Revendedores de Pneus e do Sicop - Sindicato Intermunicipal do Comércio Varejista de Pneumáticos - distribuída gratuitamente a revendedores, distribuidores e fabricantes de pneus, entidades de classe, órgãos governamentais, empresas fornecedoras de produtos e serviços às revendas e órgãos de imprensa ABRAPNEUS Presidente: Márcio Olívio Fernandes da Costa Vice-presidentes: Walter Paschoal, Dirceu Delamuta, Isac Moyses Sitnik, João Faria da Silva e Itamar Laércio Grotti. Secretário: Rodrigo F. Araújo Carneiro Tesoureiro: Airton Scarpa Diretores: Francisco F. Amaral Filho, Alexandre Quadrado, Geraldo Gusmão Bastos Filho, José Manuel Pedroso da Silva, Sérgio Carlos Ferreira, Gláucio Telles Salgado, Horácio Franco Zacharias, Henrique Koroth, Carlos Alberto D. P. Costa, João Ibrahim Jabur, Antônio Augusto, Célio Gazire, Ivo Giunti Yoshioka. SICOP Presidente: Márcio Olívio Fernandes da Costa Vice-presidentes: Walter Paschoal e Carlos Henrique Baptista Secretário: Rodrigo F. Araújo Carneiro Tesoureiro: Dirceu Delamuta Diretoria: Horácio Franco Zacharias, Itamar Laércio Grotti, Isac Moyses Sitnik e João Faria da Silva. Conselho Fiscal: Airton Scarpa, José Linhares, Felice Perella, Mauro Luiz Barbato, Eduardo Fernandes e José Roberto Nicolau Representantes junto à Federação do Comércio SP: Márcio Olívio Fernandes da Costa, Rodrigo Fernandes da Costa, Dirceu Delamuta e Walter Paschoal Secretária: Janecy Almeida de Lima Revista Abrapneus Conselho Editorial: Márcio Olívio Fernandes da Costa, Dirceu Delamuta, Walter Paschoal e Silvana Coelho Edição: Margarete Costa (Mtb 22.835) Textos: Assessoria de Imprensa Abrapneus, Firestone, Goodyear, Michelin e Pirelli Foto capa: Sonia Mele Produção Gráfica e Editorial: GT Editora – (11) 4227-5188 / 2996 Atualização de endereço, solicitação de remessa da revista ou envio de material de informações à redação, escreva para Revista Abrapneus: Av. Paulista, 1499 – 5º Andar, cj. 506, São Paulo, Capital, CEP: 01311-928 Telefax: 3284-9266 ou mande um e-mail para: [email protected], [email protected] Site: www.abrapneus.com.br É permitida a reprodução de matérias e artigos, desde que citada a fonte. As matérias e os artigos não refletem, necessariamente, a opinião e o pensamento da entidade. 3 entrevista Brasil cresce no cenário internacional Regular o crédito interno e firmar acordos bilaterais são premissas para consolidar posição do País Mário Marconini é mestre em Direito e Diplomacia pela Fletcher School of Law and Diplomacy em Harvard e Tuts; mestre em Economia pelo Instituto Superior de Estudos Internacionais da Universidade de Genebra; foi secretário de Comércio Exterior do Ministério do Desenvolvimento (1999), subsecretário de Assuntos Internacionais do Ministério da Fazenda (1996-98), economista do GATT e da OMC (1988-1996). Atualmente preside a Manatt Jones Marconini Global Strategies, empresa de consultoria empresarial. Responsável pelo Conselho de Relações Internacionais da Fecomercio, ele analisa em entrevista a posição do Brasil no Comércio Internacional e fala se a crise pode ou não atrapalhar o processo de inserção do Brasil no cenário mundial. Revista - Como fica o Brasil no cenário mundial com a crise global? Marconini – Todos se perguntam principalmente quanto a duração da crise e sua extensão/consequências. Infelizmente não temos uma bola de cristal. Mas é importante nos balizarmos no que os outros países estão fazendo para superá-la e acrescermos a nossas políticas internas. A China, por exemplo, possui um plano estratégico de prosperidade que deve servir de exemplo para muitas nações, inclusive o Brasil. A meu ver esta é uma crise de governança global e alguns dos problemas enfrentados 4 atualmente foram levantados anos atrás em Rodadas Comerciais como a de Doha, em 2001 na capital do Qatar, e a primeira da série de rodadas promovidas pela Organização Mundial do Comércio (OMC) com o objetivo de tornar as regras de comércio mais livres para os países em desenvolvimento. Nela falava-se em baixar tarifas agrícolas da Europa, enquanto os países desenvolvidos pediam a redução das tarifas dos equipamentos industriais no Brasil. Mais recentemente, o governo Obama demonstra ser protecionista, e isso leva a um longo debate sobre abertura e o livre comércio. Revista – A crise faz com que os países tentem proteger ainda mais seu mercado interno. Isso pode adiar esse esperado consenso mundial a respeito da abertura comercial junto à OMC? O principal problema da Rodada Doha, ou seja, do comércio mundial, é a preocupação de cada país nos efeitos de uma política liberalizante que supostamente trariam desemprego em países que não estão aptos a concorrer de forma igual. A crise econômica agrava este receio. Hoje os olhos estão muito mais voltados para a reestruturação do sistema do que às negociações futuras. Acredito que o grande problema da economia atual é o desequilíbrio entre os vários países. De um lado temos os Estados Unidos que consome muito e poupa pouco, do outro a Ásia que poupa muito e gasta pouco, tanto que a China acumulou reservas a ponto de comprar títulos dos EUA. Revista – E qual seria a saída para este impasse? Marconini – Primeiramente, as nações refletirem sobre a necessidade de acumularem tanto. Em segundo lugar, reformar as instituições financeiras. Esta crise era anunciada pois houve muita negligência por parte das autoridades, Abrapneus em especial das norte-americanas. Não adianta achar que as agências reguladoras vão dar conta do recado ao avaliar os riscos do mercado. A atuação das autoridades monetárias e do governo é importante para ter um sistema financeiro saudável. Se a crise é conjuntural, ainda existe um desequilíbrio que é estrutural, e este sim precisa da máxima atenção. As entidades reguladoras devem passar a atuar mais severamente, a exemplo dos riscos dos empréstimos sem garantias, que só chegou a este ponto porque o capitalismo puro permite isto: enriquecimento ilusório. E o mundo pegou carona neste crescimento, querendo fazer parte do bolo. No Brasil, por exemplo, 5 milhões de pessoas saíram da pobreza, durante o Governo Lula, mas sem bases sólidas. A Noruega comprou títulos do subprime. Revista – E quanto ao socorro prestado aos bancos e montadoras americanas? Marconini – Na OMC o que se está fazendo é criticado. Por outro lado, como a crise é financeira, de demanda e consumo, quando não se tem essa situação... E em especial, no caso bancário, que é o único veículo pelo qual passa a economia, se deixarmos a instituição ir à falência decretamos a falência do sistema. Trata-se de um “lema moral”, como eles dizem nos EUA. Já o setor automobilístico é importante dentro da cadeia produtiva. Do ponto de vista da economia faz sentido esta ajuda. Preocupo-me mais com a discriminação da empresa nacional ou não no momento da ajuda. De forma que o efeito sistêmico da quebra destas empresas é muito mais caro do que socorrê-las ou bancálas. Muito embora os norte-americanos combatam este lado controlador do Estado, os democratas têm essa tendência de intervir na economia. Mas avalio que o Governo Obama deve ter a visão de onde não há interesse do poder privado atuar e o estado tem de estar presente (aquecimento global, imigração, etc). Os democratas também entenderam Maio/Junho 2009 que os EUA não são o centro do mundo, mas querem ser uma nação de grande influência. A questão atual é: ser um líder inconteste ou parceiro. Revista – E como o senhor avalia o governo brasileiro? Marconini – O ponto negativo do Governo Lula é que tornou muito lenta as regulamentações, ou seja, não entendeu o papel das agências reguladoras. Isso cria muita instabilidade e incertezas. E é crucial para os investidores estrangeiros. Agora, a crise tem de ser gerida de forma razoável. Os bancos nacionais estão bem: são os mais lucrativos do mundo, mas é caríssimo de emprestar, o spread bancário (diferença entre os juros pagos pelos bancos na captação de recursos e a taxa aplicada por eles nos empréstimos concedidos) é muito alto. O Brasil tem muita gordura: não baixou os juros, não fez reforma tributária – mantém alta carga de impostos – e nem a política. Enquanto a China gastou 13% do PIB em incentivos para combater a crise, o Brasil usou apenas 0,1% do PIB no pacote. É uma diferença muita grande a dois países que querem conquistar o mesmo espaço no cenário mundial como duas potências emergentes. O Brasil é muito cauteloso e qualquer medida tomada, como a da redução do IPI, crédito à moradia, surte um efeito positivo no consumo. O lado positivo do País é que apesar disso estamos bem posicionados no cenário mundial, e ainda a solução dos problemas do globo passam pelo Brasil: é o caso da energia limpa, do desmatamento, reserva de água potável, reservas naturais. Revista – E a crise pode de alguma forma acelerar o crescimento do País? Marconini – Claro. A crise apressará medidas de fomento ao crescimento e os países que compõem o BRIC (Brasil, Rússia, Índia e China) vão superar o G6 (Estados Unidos, Japão, Reino Unido, Alemanha, França e Itália) até 2020, segundo os analistas. A previsão antes da crise era até 2050. O Brasil, em especial, deverá ultrapassar a Itália e a França. Para concretizar isso, porém, temos de livrar-nos do lado cultural da burocracia e da corrupção que adiam as reformas estruturais. Os problemas que temos passam pela qualidade de nossa democracia, que não condiz com os desafios a serem enfrentados. É a classe política que atrapalha. Nosso trunfo é que o Brasil ganhou um nova identidade nacional nas duas últimas décadas que permite mostrar o que queremos para o futuro. O país vem conquistando gradativamente espaço no cenário internacional como parte do G-20 (grupo de países em desenvolvimento liderados pelo Brasil, Índia e África do Sul, formado para negociar a redução das barreiras agrícolas nos países ricos), no qual há o conselho de estabilização financeira (criado em 1999) e funciona como o Banco dos Bancos Centrais, e o Brasil tem muito a ensinar. Diria até mesmo que é a “vedete” do sistema financeiro. O Brasil está entre as cinco economias mais atrativas do mundo para investidores internacionais, segundo relatório da Conferência das Nações Unidas sobre Comércio e Desenvolvimento (Unctad, na sigla em inglês). Lamentavelmente, amarga a posição de ser o país com mais acordos de investimentos parados. Estar entre os cinco é excelente para o Brasil, pois mostra que a economia brasileira está mais confiável para o resto do mundo. Mas é preciso que se resolva a morosidade dos outros acordos bilaterais de investimento que ainda tramitam no governo. A inconstitucionalidade que ronda os acordos de investimentos do Brasil é o principal entrave para o desdobramento do impasse. Juntamente com a regulamentação do crédito interno, essas são as premissas para alavancarmos o desenvolvimento. Fora isso, é torcer para que a instabilidade política de países como Israel e Irã, ou mesmo a insolvência dos bancos do leste europeu não sejam um obstáculo para a paz e o crescimento mundial. 5 encontro Encontro visa promover o associativismo e a busca de soluções conjuntas A união de esforços para alavancar os negócios tem sido uma bandeiras da ABRAPNEUS que conta a partir de agora com encontro bimestral. Unir para crescer tem sido o foco de entidades setoriais e programas de associativismo em todo o País. “Se não unirmos esforços para buscar soluções conjuntas e enfrentarmos a concorrência ficará muito difícil sobreviver um mercado cada vez mais exigente e competitivo”, alerta o presidente da ABRAPNEUS, Márcio Olívio Fernandes da Costa. Com este objetivo, a ABRAPNEUS/ SICOP promoveu em 16 de junho a primeiro de uma série de encontros que acontecerão com diretores e representantes das principais revendas do Estado. No auditório da sede na Capital, diretoria, associados e empresários convidados reuniram-se para uma avaliação do mercado de pneumáticos e propor ações que fortaleçam as empresas. A mesa foi composta pelo presidente da entidade, Márcio Olívio F. da Costa; pelos vice-presidentes Walter Paschoal e Isac Moyses Sitnik, além do diretor Carlos Alberto Costa. Ao dar início à reunião, Márcio Costa chamou a atenção para a missão da ABRAPNEUS/SICOP, que é assegurar às empresas representadas as melhores condições para que alcancem a longevidade de seus negócios no que se refere às questões administrativas e financeiras e, em especial, no que se refere à questão ambiental, que hoje está no topo da lista de prioridades das empresas. “Uma sociedade moderna exige que cada um de nós se preocupe com a questão da sustentabilidade”, ressalta Márcio Costa. 6 Em sua apresentação, o diretor Carlos Alberto Costa chama a atenção para as atividades que vêm sendo realizadas pela Comissão de Trabalho instalada pela entidade com o objetivo de discutir temas que contribuam para o aprimoramento dos serviços oferecidos pela revenda, a fidelização do cliente, além do modo como é estabelecido o valor dos serviços. Está em estudo a elaboração de uma tabela tempária, ou seja, uma tabela de tempo padrão de aplicação de peças de suspensão e freios, por exemplo, para que se possa cobrar o preço justo, oferecendo qualidade e eficiência. “Devemos mudar a percepção com relação aos serviços prestados”, complementa Carlos Alberto. Os participantes também aproveitaram o encontro para sugerirem à entidade a criação de palestras e cursos com o intuito de melhorar ainda mais o nível de qualificação dos profissionais que atuam nas oficinas, capacitando-os para que ofereçam um melhor atendimento ao consumidor. Hoje, as revendas de pneus tornaram-se verdadeiros centros automotivos, oferecendo serviços mais completos. Isso faz com que as empresas busquem ainda mais a qualificação através da certificação de empresas devidamente credenciadas. Entre as parcerias que estão sendo firmadas pela Abrapneus neste sentido, Costa citou o Instituto da Qualidade Automotiva (IQA), que está fazendo um projeto piloto de certificação e selo de qualidade ambiental. O IQA é um organismo de certificação sem fins lucrativos –, especializado no setor automotivo e que está vinculado a organismos internacio- nais e acreditado pelo INMETRO. Enfatizando a importância de as revendas se associarem à ABRAPNEUS, Márcio Olívio F. da Costa, destacou os serviços prestados pela entidade, bem como os convênios firmados, como os convênios médicos, que ajudam na redução do custo da empresas e beneficiam empresários e seus colaboradores, todos disponíveis no site www.abrapneus.com.br. Planejamento estratégico Um dos itens de destaque na pauta do encontro foi o Planejamento Estratégico da Abrapneus. A visão de futuro, bem como as bases estratégicas e as ações a serem desenvolvidas, estão nas 24 páginas do trabalho focado nos próximos dez anos de atuação. No documento consta a missão de “assegurar às empresas representadas as melhores condições para gerar resultados positivos e desenvolver a sociedade.” A partir da assertiva de que o desenvolvimento do País se dá pelo empreendedorismo, a razão de ser da ABRAPNEUS/SICOP é assegurar às empresas representadas as condições necessárias para alcançar resultados de excelência com sustentabilidade e crescimento. E a visão da ABRAPNEUS/SICOP de “Liderar a comunidade empresarial representada, com reconhecida influência no desenvolvimento da região”. A intenção da entidade é ampliar cada vez mais suas ações com qualidade e abrangência, contribuindo para o desenvolvimento da região. Como parte desta estratégia foi dis- Abrapneus tribuído durante o evento um formulário com pesquisa aos participantes com quatro questões acerca das expectativas do setor com relação a atuação da Associação. Este levantamento norteará as atividades e o plano de ação da ABRAPNEUS nos próximos anos. Ainda no encontro foi abordada a nova cartilha sobre Geometria de Suspensão, um importante complemento à coletânea do Sindirepa (Sindicato das Indústrias de Reparação de Veículos e Acessórios do Estado de São Paulo) que foi distribuída aos presentes. O material será fornecido a todos os associados. Selo de Qualidade Ambiental Um dos objetivos da revenda de pneus é fazer com que o consumidor perceba que existe uma preocupação com a destinação adequada de resíduo ambiental gerado pelas empresas, cujos resultados já vêm sendo cobrados pelas autoridades governamentais, que estão criando leis de proteção ambiental cada vez mais rígidas. Por isso, a ABRAPNEUS/SICOP está propondo a criação do selo SEDAC – Selo de Destinação Ambiental Correta de Resíduos –, destinado ao setor automotivo e que tem caráter socioambiental, fundamentado em quatro pilares (ver quadro). Este selo seria fornecido à empresa verificada, tendo como objetivo a garantia de fidelidade do processo de destinação ambientalmente correta de resíduos e se antecipar a futuras normas e leis que porventura venham a ser criadas. Com isso, estaria estimulando a percepção ambiental do consumidor, incentivando-o a depositar o resíduo no PDV; a difusão da consciência ecológica e agregando valor institucional. E mais, contudo, tudo isso só será possível se os associados da ABRAPNEUS/SICOP se conscientizarem da necessidade da busca de soluções para o correto destino dos resíduos e estiverem dispostos a participarem da implementação dessas ações. Os quatro pilares do SEDAC Gestão adequada de resíduos deixados no PDV Rastreamento total dos resíduos deixado no PDV Verificação dos contratos de destino dos resíduos Verificação periódica da fidelidade do processo Maio/Junho 2009 7 FINANÇAS Os ensinamentos de Warren Buffett Warren Buffett é um poço de paradoxos. Ele abraçou a missão de mostrar que as pessoas corretas podem chegar em primeiro. Ao longo dos anos, tratou investidores como sócios, assumiu a condição de seu representante e defendeu a honestidade enquanto investidor, CEO (Chief Executive Officer), conselheiro, ensaísta e palestrante. Ao mesmo tempo, tornou-se um dos homens mais ricos do mundo (ocupa o 2º lugar no levantamento da Forbes 2009, logo após ninguém menos que Bill Gates) trabalhando no seu modesto quartel-general em Omaha (EUA), onde fica a sede da sua empresa, a Berkshire Hathaway.Em 2008, ocupou a 1ª posição, mas perdeu US$ 26 milhões com a crise nas bolsas, ficando com US$ 37 bilhões. Como qualquer ser humano, sua vida é uma mistura de força e fragilidade. 8 Por mais notável que seja sua fortuna, o legado Buffett não será simplesmente sua posição no ranking das maiores fortunas, mas sim princípios e idéias que enriqueceram as vidas de tantas pessoas. “A Bola de Neve – Warren Buffett” (Alice Schroeder – Editora Sextante) foi lançado para ser o livro definitivo sobre a vida de um dos homens mais respeitados do mundo. Se ler a sua biografia não for útil para a sua vida financeira (o que é difícil), ao mesmo será interessante ver a trajetória deste capitalista. Três trechos, em especial, mostram momentos cruciais na vida de Buffett: a descoberta do dinheiro, a abertura da primeira empresa e sua histórica apresentação num evento promovido pelo investidor Herbert Allen na Califórnia, em que prevê a explosão da bolha da internet para uma audiência descrente — e repleta de figurões de empresas de tecnologia. A obsessão por acumular dinheiro começou cedo para Warren Buffett. Nascido em 1930, ele juntou os primeiros centavos aos 6 anos, investiu pela primeira vez na bolsa de Nova York aos 12 e iniciou sua própria empresa de investimento aos 26 anos. “Eu sempre soube que seria milionário”, afirma Buffett na biografia Snowball. Buffett, que fala de si mesmo raramente, como em reuniões com estudantes de universidades americanas, encontrou-se diversas vezes nos últimos cinco anos com a autora da biografia, a ex-analista de mercado Alice Schroeder. Além de ter acesso privilegiado a Buffett, Alice realizou 250 entrevistas com familiares, o sócio Charlie Munger e amigos como Bill Gates. Em mais de 900 páginas, Alice mostra como foi forjado o estilo reve- renciado de Buffett — em grande parte influenciado pelo pai, Howard, e pelo primeiro chefe e guru, Ben Graham, então dono de uma pequena empresa de investimentos em Nova York. Como Buffett descobriu o dinheiro Warren Buffett ganhou os primeiros centavos de sua vida vendendo caixas de chiclete. E, desde o dia em que começou a vendê-las — aos 6 anos —, ele demonstrou uma postura inflexível com os clientes, que revelava muito sobre o que se tornaria o seu estilo mais tarde. “Eu tinha uma bandejinha verde com cinco compartimentos. Havia espaço para cinco tipos diferentes de chiclete. Eu comprava as caixas de gomas de mascar fechadas, do meu avô, e batia de porta em porta na vizinhança, vendendo o produto em embalagens com cinco cada uma. Costumava fazer aquilo à noite, principalmente. Lembrome de uma mulher chamada Virginia Macoubrie dizendo: ‘Vou levar só um chiclete’. Eu respondi: ‘Não abrimos as embalagens de cinco’. Custavam 5 centavos, e ela só queria gastar 1 centavo comigo”! Concluir uma venda era tentador, mas não o suficiente para fazê-lo mudar de idéia. Se vendesse só uma unidade para Virginia Macoubrie, ficaria com outras quatro sobrando para vender a outra pessoa, o que não valia o esforço ou o risco. De cada embalagem, ele tirava um lucro de 2 centavos. E podia sentir aqueles centavos, pesados e sólidos, na palma de sua mão. Eles se tornaram os primeiros flocos da bola-de-neve de dinheiro que estava por vir. O que Warren estava disposto a dividir, porém, eram os engradados verme- Abrapneus lhos de Coca-Cola que vendia de porta em porta nas noites de verão. Ele continuou vendendo os refrigerantes durante as férias da família, abordando banhistas nas margens do lago Okoboji, em Iowa. Refrigerantes eram mais lucrativos que chicletes: ele tirava um lucro líquido de 5 centavos por cada seis garrafas — e enfiava aqueles centavos orgulhosamente no seu porta-moedas niquelado, em forma de campo de beisebol, que carregava no cinto. Era o mesmo portamoedas que ele usava quando batia de porta em porta vendendo exemplares do Saturday Evening Post e da revista Liberty. O porta-moedas o fazia se sentir um profissional. Ele simbolizava a parte do trabalho de vendedor de que Warren mais gostava: colecionar. Embora ainda colecionasse tampinhas de garrafas, moedas e selos, ele agora colecionava principalmente dinheiro. Mantinha as moedas em casa, dentro de uma gaveta, às vezes reunindo-as aos 20 dólares que seu pai lhe dera quando ele fez 6 anos, tudo registrado na sua cadernetinha marrom: sua primeira conta bancária. Sendo o único — e precoce — filho homem dos Buffett, Warren tinha uma espécie de “auréola”, segundo suas irmãs, e assim se safava de encrencas. Aos 10 anos, ele arranjou um emprego vendendo amendoim e pipoca durante os jogos de futebol americano da Universidade de Omaha. Ele andava pelas arquibancadas gritando: “Amendoim, pipoca, 5 centavos, só cinco moedas de 1 centavo, quem vai querer amendoim e pipoca!” A campanha eleitoral presidencial de 1940 estava em andamento, e ele tinha uma coleção de dezenas de broches da chapa republicana WillkieMcNary, que usava na sua camisa (embora o candidato republicano, Wendell Willkie, parecesse liberal demais para o seu gosto). Mas Howard votaria em qualquer um para se livrar de Roosevelt. Warren, que seguia as opiniões políticas do pai, gostava de exibir os broches da chapa Willkie-McNary quando vendia amendoins. Um dia o gerente o chamou no escritório e disse: “Tire esses Maio/Junho 2009 broches. Você vai irritar os torcedores partidários de Roosevelt”. Se para Howard o principal interesse era a política e o dinheiro era algo secundário, com seu filho acontecia o inverso. Sempre que podia, Warren ficava no escritório do pai, no antigo prédio do Omaha National Bank, lendo a coluna The Trader, da revista Barron’s (revista mensal de leitura obrigatória em Wall Street), e os livros da estante. Ou então se enfurnava na sala dos clientes da corretora Harris Upham & Co., que ficava dois andares abaixo do escritório de Howard. Lá, ele achou sensacional quando o deixaram escrever no quadro-negro, anotando os preços das ações a giz, numa calma manhã de sábado, na época da Depressão. A bolsa funcionava por um período de 2 horas durante os fins de semana. Investidores empedernidos, sem nada melhor para fazer, enchiam o semicírculo de cadeiras na sala dos clientes observando com indiferença os números se arrastarem pelo Trans-Lux, um painel eletrônico com os preços das ações mais importantes. De vez em quando, alguém se levantava para arrancar um pedaço de fita da impressora com as cotações que ela clicava preguiçosamente. Warren chegava com seu tio-avô paterno, Frank Buffett, e seu tio-avô materno, John Barber. “Quando alguém ia até o balcão atrás das cadeiras e dizia ‘quero comprar 100 ações da U.S. Steel a 23 dólares a cota’, meu tio Frank sempre explodia e falava: ‘U.S. STEEL? ELA VAI DESPENCAR ATÉ ZERO!’ ”Aquilo não era bom para os negócios. “Eles não podiam expulsá-lo, mas odiavam a presença dele”. Acomodado entre os dois tios, Warren observava os números, que lhe pareciam embaralhados. Sua dificuldade em ler o Trans-Lux fez a família descobrir que ele era míope. Depois que lhe providenciaram óculos, Warren notou que os números pareciam mudar segundo algum tipo de lei própria e imutável. Embora seus tios-avôs estivessem loucos para conduzi-lo aos seus respectivos — e radicais — pontos de vista, Warren percebeu que seus palpites não pareciam ter conexão alguma com os números que o painel mostrava. 9 FINANÇAS Ele estava determinado a desvendar o padrão, mas ainda não sabia como. Abertura de sua primeira empresa “Eu tinha juntado cerca de 174 000 dólares e ia me aposentar. Aluguei uma casa em Omaha por 175 dólares mensais. Íamos viver com 12 000 dólares anuais. Meu capital cresceria.” Quem olha para trás talvez ache estranho a forma como, aos 26 anos, Warren empregou o termo “se aposentar”. Talvez tenha sido uma maneira de diminuir as pressões. Ou talvez ele quisesse dizer que seu capital trabalharia para ele, como uma espécie de servo, para torná-lo rico. Do ponto de vista matemático, Warren podia, pelo menos teoricamente, aposentar-se e ainda alcançar o objetivo de se tornar milionário aos 35 anos. Desde que entrara na pós-graduação da Columbia Business School aos 20 anos, com 9 800 dólares em economias, ele conseguira rendimentos superiores a 60% ao ano. Mas tinha pressa e precisaria de uma taxa muito agressiva para cumprir sua meta. Assim, decidiu abrir uma sociedade parecida com um fundo de hedge. Talvez ele não pensasse nisso como um “emprego”. Na verdade, era uma forma quase perfeita de não ter um emprego. Não teria patrão, poderia investir de casa e aplicar o dinheiro de amigos e parentes nas mesmas ações que comprava para si mesmo. Se pegasse 25 centavos de cada dólar que ganhasse para seus sócios, como comissão, e então reinvestisse essa quantia na sociedade, ele poderia se tornar um milionário bem depressa. Só havia um problema. Ele não toleraria se os sócios o criticassem quando as ações caíssem. Por isso, planejou convidar apenas os amigos e a família — gente que ele tinha certeza de que confiava nele — para fazer parte da sociedade. Em 1º de maio de 1956, deu início à Buffett Associates Ltd., sociedade inspirada no modelo da Newman & Graham, com sete integrantes. Doc Thompson, pai de sua esposa 10 Susie, investiu 25 000 dólares. Doris, irmã de Warren, e seu marido, Truman Wood, aplicaram 10 000 dólares. A tia Alice Buffett entrou com 35 000. “Eu tinha vendido papéis para outros antes, mas agora me tornara um fiduciário — e estava trabalhando em nome de pessoas que eram tremendamente importantes para mim e que acreditavam em mim. De forma alguma eu teria mexido nas economias da minha tia Alice, ou da minha irmã, ou do meu sogro, se achasse que corria o risco de perdêlas”. Seu colega de quarto de Wharton, Chuck Peterson, que aplicou 5 000 dólares, tornou-se o quarto sócio. O quinto sócio era a mãe de Peterson, Elizabeth, que investiu os 25 000 dólares que herdara quando seu marido morreu, um ano antes. O sexto sócio, Dan Monen, era um jovem moreno, corpulento e tranqüilo que costumava brincar com Warren quando criança. Como advogado de Warren, não tinha muito dinheiro, mas investiu o que podia: 5.000 dólares. Warren foi o sétimo. Aplicou apenas 100 dólares. O resto de sua participação viria das comissões futuras, que ele receberia por administrar a sociedade. “De fato, conquistei minha alavancagem com a gestão da sociedade. Estava transbordando de idéias, mas não transbordava de capital”. Warren concebeu uma fórmula para cobrar sua remuneração aos sócios. “Eu ganhava metade do que excedesse um patamar de 4% e assumia um quarto do que ficasse abaixo disso. Assim, se eu empatasse, perderia dinheiro. E minha obrigação de cobrir os prejuízos não estava limitada ao meu capital. Ia além”. O estouro da bolha da internet Buffett apertou um botão, que projetou um slide de PowerPoint numa tela enorme, à sua direita. Bill Gates, que estava sentado na platéia, prendeu a respiração por um instante, até Buffett, um notório desastrado, conseguir se entender com o projetor: Índice Dow Jones - 31 de dezembro de 1964 (874.12) / 31 de dezembro de 1981 (874.00). Ele andou até a tela e começou a explicar. “No decorrer desses 17 anos, o tamanho da economia quintuplicou. As vendas das empresas citadas na revista Fortune 500 mais do que quintuplicaram. Porém, durante esses 17 anos, o mercado de ações continuou exatamente no mesmo lugar”. Ele voltou um ou dois passos. “O que vocês estão fazendo ao investir é adiar o consumo e aplicar o dinheiro agora, para pegar mais dinheiro de volta no futuro. E só existem duas perguntas. Uma é quanto você vai pegar de volta, e a outra é quando”. As taxas de juro, explicou Buffett, são o preço do “quando”. Elas estão para as finanças como a gravidade está para a física. Como as taxas de juro variam, o valor de todos os ativos financeiros — imóveis, ações, títulos — também muda. Balançando os braços como um regente de orquestra, ele mostrou outro slide enquanto explicava que, embora as inovações tecnológicas pudessem tirar o mundo da pobreza, a história nos dizia que as pessoas que investiam nelas não costumavam ficar felizes depois. “Esta é apenas uma folha de uma lista, de 70 páginas, de companhias automobilísticas dos Estados Unidos. Existiam 2 000 companhias desse tipo: o automóvel foi, provavelmente, a invenção mais importante da primeira metade do século 20. Ele teve um impacto enorme na vida das pessoas. Se, na época dos primeiros carros, vocês soubessem como o desenvolvimento do país estaria atrelado a eles, teriam dito: ‘Preciso entrar nessa’. Porém, daquelas 2 000 companhias originais, segundo dados de poucos anos atrás, apenas três sobreviveram. De modo que os automóveis tiveram um impacto enorme na América, mas, para os investidores, esse impacto não foi positivo”. Buffett se mantivera no topo por 45 anos num ramo em que cinco anos de bom desempenho já eram uma façanha. Ainda assim, à medida que o Abrapneus recorde aumentava, sempre pairava no ar a dúvida: quando ele tropeçaria? Um dia ele declararia o fim de seu reinado ou algum abalo sísmico o derrubaria do trono? Talvez tenha sido necessária uma invenção tão importante quanto o computador pessoal, unida a uma tecnologia tão abrangente quanto a internet, para finalmente destituílo. Mas, aparentemente, Buffett ignorava as informações disponíveis e rejeitava a realidade do milênio que se aproximava. Enquanto murmuravam um educado “Excelente palestra, Warren”, os jovens leões ficavam à espreita, irrequietos. Em seguida, durante o intervalo, até mesmo no banheiro feminino se podiam ouvir observações sarcásticas sobre ele, feitas pelas mulheres dos empresários do Vale do Silício. Longe de seus ouvidos, o burburinho continuava: “O bom e velho Warren está ultrapassado. Como ele pode ter perdido o bonde da tecnologia? Ele é amigo de Bill Gates”! Durante mais de um ano, gurus financeiros fizeram pouco de Buffett, chamando-o de superado, de símbolo do passado. Às vésperas do novo milênio, a revista Barron’s o colocou na capa, com a pergunta “Qual o problema, Buffett?” A matéria afirmava que a Berkshire tinha levado um “tombo feio”. “Sei que vai mudar”, ele repetia. “Só não sei quando”. Seus nervos, à flor da pele, o impeliam a contra-atacar. Em vez disso, não fez nada. Não reagiu. No finalzinho de 1999, até mesmo aqueles investidores em “ações de valor de longa data”, que seguiam o estilo de Buffett, estavam fechando suas empresas ou cedendo e comprando ações de empresas de tecnologia. Buffett não fez o mesmo. O que ele chamava de seu “placar interno” — uma rigidez em relação a decisões financeiras que o Maio/Junho 2009 inspirava desde sempre — não o deixou fraquejar. “O que mais determina o comportamento das pessoas é o fato de elas terem um ‘placar interno’ ou um ‘placar externo’. Se você conseguir ficar satisfeito com seu ‘placar interno’, isso vai ajudá-lo. Se o mundo não pudesse ver seus resultados no papel, você preferiria ser considerado o maior investidor do mundo, mas, na verdade, ter o pior histórico do planeta ou ser considerado o pior investidor do mundo quando, na verdade, é o melhor”?. E completa: “Quando você educa seus filhos, acho que a lição que eles começam a aprender numa idade muito, muito tenra é aquilo a que seus pais dão importância. Se eles se importam apenas com o que o mundo vai pensar a seu respeito e ignoram a maneira como você se comporta de fato, você acaba desenvolvendo um ‘placar externo’. Meu pai não foi assim: ele era um cara 100% ‘placar interno”. 11 pirelli Empresa lança novas medidas para transportes urbano, rodoviário e de carga na Agrishow 2009 Além das novidades das linhas FR85 e MC85, para uso em trajetos de média severidade e transporte urbano, a empresa anunciou a chegada das versões do FR85 e FG85 para caminhões leves 12 Abrapneus A Pirelli apresentou novidades nos segmentos Caminhão e Ônibus voltadas aos mercados brasileiro e latino-americano na edição 2009 da Agrishow Feira Internacional de Tecnologia Agrícola em Ação -, maior feira de agronegócios da América Latina, que ocorreu em Ribeirão Preto (SP). Desde abril as linhas FR85, para trajetos de média severidade, e MC85, para transporte urbano, contam com a nova medida 275/70R 22.5. Com estes lançamentos, o objetivo da empresa é proporcionar ganhos no transporte de cargas e maior acessibilidade para os usuários de transporte público. Com estas novidades, a Pirelli contabiliza o lançamento de sete medidas para os segmentos Caminhão e Agro apenas nos primeiros meses de 2009 – relação completa a seguir. “Com as inovações, pretendemos ampliar o leque de opções para frotistas e motoristas autônomos, que estão mais conscientes dos ganhos obtidos com a escolha adequada para as diferentes utilizações”, explica o diretor da unidade de negócios Caminhão e Agro da Pirelli, Flávio Bettiol Junior. A nova série é um pouco mais baixa do que a medida anterior, possibilitando redução de até 6% no raio do pneu em relação ao 275/80R 22.5. De acordo com o diretor, essa característica traz facilidades para esses dois nichos. “A altura menor permite acesso mais fácil aos locais com limitação de altura, como pontes e viadutos, melhor estabilidade por causa do centro de gravidade posicionado mais abaixo em relação ao tradicional e maior capacidade para cargas de grande volume e baixa densidade”. A medida 275/70R 22.5 FR85 é recomendada para caminhões de uso urbano e rodoviário de média severidade, que percorrem longas e médias distâncias em estradas asfaltadas, sinuosas, com aclives e declives. “No modelo FR85, a altura reduzida ganho volumétrico, mantendo o acesso aos locais com limitação de altura. Já o 275/70R 22.5 MC85 é destinado para eixos direcionais e trativos de veículos de transporte urbano e intermunicipal de passageiros e de carga. Por exemplo, nos ônibus urbanos, a nova medida pode ser útil para melhorar o acesso de idosos e deficientes físicos ao sistema de transporte público, pois estes veículos terão sua altura reduzida. Pneu radial para segmento de caminhões leves Outra novidade que a Pirelli mostrou na Agrishow foi a versão radial da medida 7.50R16, nas linhas FR85 e FG85, voltadas para o segmento de caminhões leves, pick-ups e caminhões de pequeno porte. Trata-se de um produto mais moderno para um grande mercado, para o qual a Pirelli já fornece pneus convencionais. A versão radial traz carcaça e cintura de aço para proporcionar maior quilometragem do que os pneus convencionais e, consequentemente, melhor relação custo/benefício. “A partir desse lançamento para pickups e caminhões leves, a Pirelli passa a atuar plenamente neste nicho de mercado, no qual o usuário se profissionalizou e percebeu que o radial atende melhor às suas expectativas”, explica Bettiol. “Com as inovações, pretendemos ampliar o leque de opções para frotistas e motoristas autônomos, que estão mais conscientes dos ganhos obtidos com a escolha adequada para as diferentes utilizações”. será útil, por exemplo, para caminhões de entrega de bebidas, porque esse tipo de trabalho exige que o veículo seja carregado e descarregado inúmeras vezes ao dia. Desta forma, a nova medida proporcionará um ganho de eficiência neste tipo de aplicação”, complementa Bettiol. Para transporte de cargas de grande volume e baixa densidade, como a linha branca, por exemplo, a redução de altura possibilitará aos caminhões utilizar um baú mais alto, o que resulta em Lançamentos em 2009 FR85 – 275/70R 22.5, para trajetos de média severidade; MC85 – 275/70R 22.5, para transporte urbano; FR85 – 7.50R 16, radial para o segmento de caminhões leves, pick-ups e caminhões de pequeno porte; FG85 – 7.50R 16, radial para o segmento de caminhões Maio/Junho 2009 leves, pick-ups e caminhões de pequeno porte; FG85 13R 22.5, para eixos direcionais; TG85 13R 22.5, para eixos trativos; HF75 600/50-22.5, pneu para implementos agrícolas (transbordo) do segmento sucroalcooleiro. 13 pirelli Campanha da Metzeler oferece Yamaha YBR Factor para autor de melhor frase Para participar, motociclistas precisam preencher cupom nos pontos de venda participantes A Metzeler, única fabricante do mundo que produz pneus exclusivamente para motocicletas, irá premiar o ganhador do Concurso Cultural Metzeler com uma moto YBR 125 Factor 0km. O participante deve elaborar uma frase, com até 25 palavras, empregando as seguintes palavras: “viagem”, “segurança” e “conforto”. Para participar, o motociclista deve passar em blitze na cidade de São Paulo e Região Metropolitana ou, então, dirigir-se a um dos pontos de venda até 30 de junho. O ganhador será revelado em 17 de julho por meio do site www.metzelermoto.com.br. Tanto na blitz quanto na loja, os interessados deverão preencher o cupom e elaborar a frase. Além do tíquete, o motociclista que passar em uma das blitze realizadas em São Paulo, Guarulhos e municípios da região do ABC paulista, ganha adesivos e chaveiros da marca. Nas lojas participantes, além de preencher o cupom, o motociclista que adquirir dois pneus nos modelos ME22 e Urban, medidas 90/90-18 e 2.75/90-18, ganha também uma lata de óleo lubrificante para o motor de sua moto. A escolha da motocicleta que presenteará o vencedor não ocorreu por acaso. Os pneus Metzeler são utilizados pela Yamaha como Equipamento Original das YBRs, o terceiro modelo mais comercializado no mercado brasileiro. 14 “Esperamos que os consumidores brasileiros identifiquem-se cada vez mais com a nossa marca”, explica Marcelo Natalini, diretor da Metzeler. Para reforçar a atuação no Brasil e destacar os atributos da marca, caracterizados pela segurança, conforto e preços acessíveis, a Metzeler conta com uma campanha publicitária que está sendo veiculada em rádios, jornais e revistas. Lojas participantes: Abrapneus Parceria no desenvolvimento de carro de alta performance ecológico iChange, primeiro super carro com zero de consumo de combustível fóssil, utiliza pneus de alta performance da Pirelli O iChange foi batizado com este nome porque é capaz de mudar o formato da sua carroceria para se adaptar ao número de passageiros em três segundos, embora sua característica mais revolucionária seja o fato de ser o primeiro super carro que pode alcançar 220 km/h sem consumir uma gota de combustível derivado de petróleo. Esta é uma das razões pelas quais a Pirelli, cada vez mais voltada a soluções ambientalmente corretas, é parceira tecnológica da fabricante Rinspeed. A aderência do iChange à pista é Maio/Junho 2009 garantida pelos pneus da linha Pirelli P Zero de extrema alta performance (medidas 215/40 ZR 17 nas rodas dianteiras e 245/40 ZR 18 nas traseiras). A energia utilizada pelo iChange é fornecida por uma bateria de íon-lítio disponível em duas versões, uma para distâncias longas e outra para curtas, que alimentam um motor elétrico de 150kW, permitindo atingir velocidade máxima de 220 km/h, com aceleração de 0 a 100 km/h em quatro segundos. Células fotovoltaicas instaladas no teto alimentam o ar condicionado e painéis solares recarregam a bateria naturalmente quando o veículo é exposto à luz do sol. Graças a estas características, o iChange recebeu o apoio do Departamento Federal de Energia da Suíça, como “projeto de pesquisa e desenvolvimento mais inovador”. A parceria tecnológica entre a Pirelli e Rinspeed já se tornou uma tradição. O início foi com o “eXasis” em 2007, continuou com o “sQuba” em 2008 e agora, em 2009, pelo terceiro ano consecutivo, com o iChange. 15 Michelin Power One: toda a experiência tecnológica O Michelin Power One também recebeu um procedimento que permite utilizar uma superfície de borracha de 95% slick. Esta tecnologia dá ao Michelin Power One uma taxa de recorte de apenas 5%, ou seja, é o pneu Michelin homologado para uso em estrada que mais se assemelha a um pneu slick. Mais de 35 mil voltas foram realizadas por mais de 130 pilotos, sob condições extremas, em mais de 30 circuitos e durante 3 anos até a Michelin chegar às características ideais de sua nova gama de pneus hiperesportivos de motos. Trata-se da linha Michelin Power One, composta por 27 modelos, dos quais 14 estam disponíveis no Brasil desde maio. A nova gama substitui a linha Power Race. Para desenvolvê-la, a Michelin reuniu as últimas tecnologias desenvolvidas nas competições de motocicletas. O resultado é um conjunto de inovações incomparáveis. Cada um dos componentes do Michelin Power One - escultura, arquitetura e banda de rodagem – representa o que há de mais moderno em pneus de moto de alta performance. Tudo para alcançar um precioso objetivo: ganhar alguns segundos na pista, sem deixar de oferecer o melhor desempenho na estrada. A linha Michelin Power One oferece 27 pneus e 16 tipos de borracha diferentes – ou seja, um total de 867 possibilidades – divididas em duas categorias: • Gama esculturada Michelin Power One: disponibilizados no Brasil, com 18 nove compostos de borracha, homologados para estrada, estes pneus proporcionam um alto nível de desempenho tanto em competição como em circuito. A gama esculturada Michelin Power One oferece o máximo nível de aderência, praticamente igual a um pneu slick, mesmo em ângulos entre 40º e 60º. E graças ao aumento ultra-rápido da temperatura, é possível colocar o joelho na pista desde a primeira curva. • Michelin Power One 16,5” (slick e chuva): disponível no mercado internacional, esta gama é composta de pneus em duas dimensões e 11 compostos de borracha, desenvolvidos para uso exclusivo em circuitos, principalmente em competições de alto nível. Tecnologias Michelin O Michelin Power One foi desenvolvido para oferecer o máximo desempenho. Para isso, utiliza uma série de tecnologias. Uma delas é o novo perfil “Competição” desenvolvido pela Michelin para as corridas de Moto GP: com um topo mais pontudo, ele diminui os esforços necessários à inclinação durante as curvas mais fechadas. Borrachas inovadoras O Michelin Power One utiliza novos ingredientes 100% sintéticos, derivados diretamente dos pneus de Moto GP. As borrachas exclusivas Michelin Racing Synthetic Elastomer (MRSE) substituem as borrachas naturais, em combinação com as resinas HSTC (High Tech Synthetic Compound). Graças a esta composição, o aumento de temperatura do Michelin Power One é quase instantâneo, o que aumenta sua aderência ao solo. Outra tecnologia aplicada à nova gama - importada dos pneus de chuva do Moto GP - é um processo de integração da sílica na mistura dos pneus, o que também aumenta sua aderência à pista, esteja ela fria, úmida ou molhada. Além de todos esses benefícios, a boracha ainda é mais durável e resistente para suportar acelerações e frenagens bruscas. Nova ferramenta para a escolha certa de pneu Disponível no site www.michelinpowerone.com, o “Tyre Guide” é uma ferramenta exclusiva desenvolvida pela Michelin que permite a cada piloto determinar o modelo da gama Power One que corresponde às suas necessidades, além de recomendações de calibragem. Para utilizar a ferramenta basta preencher os itens: marca da moto, modelo, utilização, tipo de pneu, tipo de circuito e condições da pista. Abrapneus Lançamento: nova banda de rodagem para ônibus urbanos “Sua tecnologia é a mesma do novo pneu Michelin XZU3, o melhor custo-benefício do mercado de utilização urbana. Ao ser testada por clientes, a banda apresentou um rendimento quilométrico médio 15% superior em relação à principal banda urbana concorrente”. A Michelin acaba de lançar a nova banda de rodagem XZU3. Especialmente desenvolvida para ônibus urbanos, a banda possui formato inovador: quatro sulcos largos e profundos (19 mm de escultura), maior volume de borracha e melhor escoamento de água. Com isso, a XZU3 agrega mais economia, quilometragem e segurança. Sua tecnologia é a mesma do novo pneu Michelin XZU3, o melhor custo-benefício do mercado de utilização urbana. Ao ser testada por clientes, a banda apresentou um rendimento quilométrico médio 15% superior em relação à principal banda urbana concorrente. Além disso, a nova banda possui o sistema inovador auto-blocante 3D, exclusivo da Michelin, que atua diretamente na melhoria da aderência, aumentando a estabilidade do veículo Maio/Junho 2009 e proporcionando mais segurança aos passageiros. O sistema permite um contato progressivo do pneu com o solo, o que reduz o deslizamento da banda de rodagem e o desgaste do pneu. Com seu lançamento, a Michelin passa a oferecer uma gama completa para atender a todas as aplicações do mercado de pneus de carga: a XZU3 junta-se a XTE2-B, voltada para uso rodoviário de reboque, semi-reboques, trucks de caminhões e ônibus; a XD Coach, que foi a primeira banda de rodagem do mercado especialmente desenvolvida para eixos de tração de ônibus rodoviário; a XDE2+, voltada para eixos de tração de pneus rodoviários aplicados em cavalos-mecânicos e caminhões; e a XZE2+, para os mais variados tipos de veículos que transportam carga ou passageiros. 19 bridgestone/firestone Marca lança pneu para transporte urbano na Agrishow 2009 A Bridgestone destacou, na 16ª edição da Agrishow, que aconteceu de 27/04 a 02/05 em Ribeirão Preto (SP), seu mais recente lançamento para o segmento de transporte urbano de cargas e passageiros: o R155. O produto, que conta com a tecnologia de ponta Bridgestone, foi testado em operações reais em mais de 20 cidades no Brasil sob diferentes condições urbanas de uso, antes de ser lançado, para garantir um pneu com desempenho superior para os transportadores urbanos. “O R155 possui maior volume de borracha e banda de rodagem mais larga, o que garante o desgaste uniforme da banda e maior quilometragem”, explica Eduardo Cassador, Gerente Nacional de Vendas Pneus de Carga da Bridgestone Bandag Tire Solutions (BBTS). Disponível na medida na medida 275/80 R22.5, o 22 produto atende também ao setor de distribuição de gás, bebidas e outras cargas urbanas. Entretenimento Um dos destaques do evento foram as apresentações de uma trupe teatral diariamente no estande da empresa, que fizeram um grande sucesso entre o público, com muita diversão e interatividade. A única com oito anos de garantia A empresa apresentou no evento a linha completa de pneus agrícolas da marca Firestone, a única que oferece oito anos de garantia. Entre os pneus da linha agrícola em destaque no evento está o SAT 23º, o único no mercado que possui barras longas e iguais em ângulo 23º, que garantem uma excelente tração e maior durabilidade para o agricultor. A marca Firestone é top of mind no segmento agrícola e é a única do mundo a contar com uma pista de testes exclusiva para o desenvolvimento de pneus agrícolas, em Columbiana, Ohio (EUA). “Agrishow Ribeirão é uma das três maiores feiras agrícolas do mundo, e é a partir dela que produtores rurais e as empresas das mais diversas cadeias do agronegócio definem o que farão ao longo do ano. Trata-se de uma oportunidade para a Bridgestone apresentar seus produtos e, simultaneamente, conhecer as tendências deste mercado, através de toda a cadeia envolvida no setor”, afirma Humberto Gómez, presidente da Bridgestone do Brasil. Abrapneus Novo ponto de encontro dos apaixonados por automobilismo Site Bridgestone B1 foi totalmente reformulado e agora conta com novas seções, novos colaboradores e muito mais espaço para interação com o usuário ainda terá posts sobre MotoGP e a seção semanal Você Escreve, em que haverá espaço para posts enviados por usuários. Jogos, curiosidades e vídeos O novo Bridgestone B1 (www.bridgestoneb1.com.br) é o espaço para o fã de esportes a motor encontrar diariamente as notícias, comentários e análises essenciais para se manter informado sobre o mundo do automobilismo: das condições do tempo para a próxima corrida até o perfil dos pilotos e circuitos. O principal destaque do novo site é o Blog B1, que traz colaboradores e comentaristas especializados para abordar as principais categorias e curiosidades do mundo dos esportes a motor. Capitaneado pelo jornalista esportivo Flávio Gomes, veterano em coberturas de Maio/Junho 2009 automobilismo, o Blog B1 tem ainda colaborações fixas de: Luana Marino, jornalista que traz as notícias, destaques e a visão feminina sobre o esporte na seção Mulher no Volante; Djalma Fogaça, piloto Da F-Truck que escreve Na Boleia, com sua visão de insider da categoria; Márcio Valente, agente de Tony Kanaan e outros pilotos, que mora nos Estados Unidos e fala da Fórmula Indy e do mercado norteamericano em Made in USA; e Alexander Grumwald, jornalista e produtor que contribui com a categoria Olho na Pista, de destaques e curiosidades sobre a principal categoria da velocidade. O Blog B1 E o site Bridgestone B1 tem, além do Blog B1, muitas outras atrações. Um grande sucesso de 2008, o jogo Pit Stop Potenza volta ao ar para entreter e divertir os mais habilidosos na hora de “trocar os pneus” em um box virtual. O usuário do site ainda conhece a biografia de alguns dos principais pilotos da história da F1 na seção Campeões de Todos os Tempos e fica sabendo tudo sobre os circuitos, inclusive com fotos de satélite dos traçados e links para os sites oficiais. Outra seção que promete entreter os fãs é Direto da Net, uma seleção de vídeos e clipes históricos ou curiosos que também está aberta à participação do público. E ainda vem por aí a ficha completa dos pilotos que disputam esta temporada, além do histórico das equipes, e muitas outras novidades e promoções ao longo de 2009. Sobre o Bridgestone B1 O projeto do novo site Bridgestone B1 tem criação e execução da Player Comunicação Digital, sob supervisão de Maria Teresa Orlandi, do departamento de Comunicação e Marketing da Bridgestone do Brasil (www.bridgestone.com.br). 23 bridgestone/firestone Bridgestone equipa Nissan Livina A Nissan acaba de lançar a minivan compacta Livina, que sai de fábrica equipada 100% com pneus Bridgestone Turanza ER300 nas medidas 185/70 R14 88H Turanza ER300 e 185/65 R15 88H. O Turanza ER300 conta com a tecnologia de ponta Bridgestone. Possui um revolucionário desenho assimétrico de sua banda de rodagem que proporciona grande estabilidade. Sua estrutura otimizada garante ainda um equilíbrio entre performance e conforto. 24 As medidas 185/70 R14 88H Turanza ER300 e 185/65 R15 88H estão disponíveis para a rede de revendedores e também equipam na reposição veículos como Civic, Xsara Picasso e Tiida (185/65 R15) e Corolla, Vectra e Focus (185/70 R14). A Livina (que já é comercializada globalmente) é fabricada no Brasil, sobre a mesma plataforma da dupla Logan/ Sandero, que a Renault (dona da Nissan) já produz. A motorização da Livina no Brasil, portanto, é a mesma do Logan, com exceção da versão 1.0, que já foi descartada pela fábrica. Ou seja, são duas versões flex: 1.6 8V, de 95 cv, e 1.6 16V, de 107/112 cv. A maior novidade mecânica é a opção de uma versão automática CVT, além da manual de cinco marchas. Ainda em 2009, será lançada também a versão estendida (Grand Livina), que utilizará as mesmas medidas do Turanza ER300. Abrapneus reciclanip Reciclanip alerta sobre o destino do pneu Personagem Romeu dá vida a um pneu inservível para mostrar resultado do trabalho da entidade, que alcançou o marco de 1 milhão de toneladas de pneus com destinação correta Romeu, o Pneu, será o personagem central do gibi (comics), que faz parte da fase de sustentação da campanha da Reciclanip sobre os 200 milhões de pneus inservíveis coletados e destinados de forma correta, o equivalente a 1 milhão de toneladas de pneus. O personagem é utilizado para alertar sobre a necessidade de se dar uma destinação ambientalmente adequada ao pneu que não serve mais para rodagem, trabalho desenvolvido pela entidade, sob o patrocínio dos fabricantes de pneus novos. “Com o gibi, procuramos abordar de forma mais popular a questão da destinação de pneus inservíveis. Embora o tema diga respeito à maior parte da população, ainda não é de conhecimento geral”, afirma a gerente-geral da Reciclanip, Renata Murad. De caráter educacional e com tiragem de 30 mil exemplares, o gibi foi criado visando divulgar e esclarecer sobre o trabalho da Reciclanip, que conta hoje com 390 pontos de coleta espalhados em 21 Estados do Brasil. De fácil entendimento, explica, por exemplo, que o pneu inser- Maio/Junho 2009 vível não pode ser abandonado em qualquer lugar nem descartado em aterros. No gibi, é possível tomar conhecimento da primeira etapa do trabalho da entidade, quando depósitos irregulares foram eliminados e recolhidos mais de 12 milhões de pneus abandonados. O meio de comunicação enfatiza ainda a importância da responsabilidade compartilhada, mostrando o envolvimento dos diversos elos da cadeia produtiva, como as revendas, borracharias e revendedores; a Reciclanip; os usuários dos pneus, as Prefeituras e a própria sociedade, “que contribui cobrando ações efetivas de todos os elos da cadeia produtiva”. “A Reciclanip assume a responsabilidade estruturando e administrando o processo de coleta e destinação de pneus inservíveis no Brasil”, informa Renata Murad. Esse trabalho inclui, por exemplo, firmar convênios com as Prefeituras, estimulando a criação de novos pontos de coleta pelo Brasil, e ser responsável pelo recolhimento dos pneus nos pontos de coleta e transportando-os até a destinação final ambientalmente adequada. Programa foi estabelecido em 1999 A Reciclanip, associação sem fins lucrativos, foi criada em 2007 pela Associação Nacional da Indústria de Pneumáticos (ANIP), tem como origem o Programa Nacional de Coleta e Destinação de Pneus Inservíveis, iniciado em 1999. Hoje, a entidade contabiliza quase 400 pontos de coleta estabelecidos em parceria com as Prefeituras, a partir dos quais os pneus são encaminhados para a destinação ambiental. As aplicações mais usuais para esses produtos no Brasil são como combustível alternativo para a indústria de cimento (80%), aplicação na fabricação de novos artefatos de borracha como tapetes automotivos, pisos esportivos, revestimento acústico e asfalto-borracha (15%), além destas existe o processo de laminação, que transforma os pneus inservíveis em solado de sapato, dutos fluviais etc. “A Reciclanip trabalha para que essas atividades se tornem sustentáveis do ponto de vista ambiental e econômico”, finaliza Renata Murad. 25 goodyear Empresa atende à demanda com tecnologia de última geração Empregando técnicas de produção inovadoras, como a Tecnologia de Sobreposição Espiral, a Goodyear atende às necessidades específicas dos brasileiros A Goodyear Tire & Rubber Company, por meio de seu desenvolvimento de tecnologia avançada na América Latina, trabalha na produção de pneus inovadores que atendam às cada vez mais exigentes necessidades dos consumidores. Com esta finalidade, a tecnologia de produção da Goodyear tem seu foco em três elementos fundamentais: design, qualidade e flexibilidade. Devido ao desenvolvimento de novos modelos de veículos e das necessidades dos proprietários, esses três elementos estão se tornando cada vez mais significativos. Hoje em dia, os pneus requerem uma tecnologia inovadora para oferecer uma melhor rotação e uma experiência de direção abrangente em termos de performance, segurança e conforto. Isto proporciona aos clientes tranquilidade, na medida em que o design dos pneus é desenvolvido para atender características específicas das estradas locais. “No Brasil os consumidores requerem pneus muito particulares, adequados para os modelos de automóveis atuais. Desse modo, na Goodyear, também evoluímos tecnologicamente e racionalizamos nossa tecnologia com base nas necessidades do mercado”, afirma Tim Robinson, diretor de Serviços de Q-Tech Fabricação na América Latina. “Hoje, nossos processos avançados de produção, componentes e maquinário nos permitem desenvolver pneus mais inovadores da mais alta tecnologia na América Latina, bem como nos possibilita exportar nossos produtos para atender às necessidades dos mercados mais exigentes do mundo”. Modelos bem conhecidos como o Assurance® TripleTred, EagleF1 GSD3 e GPS Duraplus servem como exemplos claros de produtos premium da Goodyear fabricados em diferentes partes da América Latina para consumidores com necessidades variadas. Essas necessidades relacionam-se frequentemente com características climáticas e topográficas específicas de cada 26 Abrapneus região, incluindo: superfícies lisas, aridez e temperaturas altas ou baixas. Além disso, a tecnologia avançada da Goodyear é altamente focada na qualidade do produto e permite um aumento da flexibilidade da produção. Por exemplo, a Goodyear pode adaptar-se prontamente às demandas do mercado - fabricando pneus de 13”, 14” ou 24, fornecendo o diâmetro exigido pelo mercado no momento. Tecnologia de Sobreposição Espiral Além disso, com um novo equipamento, a Goodyear pode produzir localmente na América Latina os pneus com Tecnologia de Sobreposição Espiral, que ajuda a manter o formato do pneu em velocidades até 300 Km/h, conforme testes realizados nos laboratórios Goodyear. Essa tecnologia também aprimora a direção e durabilidade do piso. Maio/Junho 2009 Para complementar a tecnologia de produção avançada da Goodyear, a empresa possui uma ampla rede de distribuidores e centros de serviço que no Brasil somam 150 revendedores oficiais e 900 pontos de venda em todo o País. Esses princípios básicos criam um círculo perfeito, fornecendo o melhor da tecnologia e qualidade aos clientes em todo o mundo. Sobre a Goodyear Goodyear Tire & Rubber Company é uma das maiores empresas de pneus do mundo. A revista Fortune nomeou a Goodyear como a empresa de autopeças mais admirada do mundo em sua lista de 2008. A publicação classificou a Goodyear como a nº 1 em inovação, gerenciamento de pessoas, uso de ativos e orientação global. A empresa também aparece na lista das empresas mais respeitadas da América da revista Forbes e na classificação das empresas mais confiáveis na América, e no ranking da revista CRO das 100 melhores Empresas. A Goodyear emprega aproximadamente 75 mil pessoas e fabrica seus produtos em mais de 60 instalações em 25 países pelo mundo. Para mais informações sobre a Goodyear, acesse www.goodyear.com/corporate. 27 goodyear Agrishow 2009 Goodyear exibe no evento sua nova Camionete de Serviços a Frotas, além das linhas de pneus agrícolas Entre 27 de abril e 2 de maio a Goodyear esteve presente na Agrishow 2009 – Feira Internacional da Tecnologia Agrícola em Ação, evento em Ribeirão Preto, interior do Estado de São Paulo. A fabricante de pneus, que está comemorando 90 anos de presença no Brasil e levou para a Agrishow um estande temático desta celebração, exibe na feira diversas linhas de pneus dos segmentos agrícola, industrial, caminhão e ônibus e linha passeio, além da nova Camionete de Serviços a Frotas, a grande novidade da empresa. O segmento agrícola esteve representado no evento por linhas da Goodyear como Optitrac, Dyna Torque II e Super Traction. Primeira linha radial agrícola produzida na América Latina, a Optitrac da Goodyear teve lugar destacado na Agrishow 2009. Seus produtos apresentam, de maneira geral, maior durabilidade e menor custo por hora traba- 28 lhada, consumo menor, rodagem larga, com maior poder de tração, proteção extra contra cortes e perfurações, além de excelentes tração e auto-limpeza. Outro modelo que a Goodyear disponibilizará da linha agrícola é o Dyna Torque II, com construção diagonal. Ele possui desenho exclusivo com barras curtas e longas alinhadas na área dos ombros, o que se traduz numa perfeita distribuição de força no centro e nos ombros dos pneus, ou maior poder de tração com menor índice de patinagem. O modelo também possui sulcos largos e profundos, proporcionando maior autolimpeza, além de durabilidade. Equipado com carcaça com cordonéis 3T, o Dyna Torque II propicia distribuição uniforme das tensões, proporcionando resistência superior por danos provocados por pedras, raízes, tocos, entre outros. A Goodyear exibiu também na Agrishow o pneus IT323, da linha industrial. Com construção diagonal, o IT323 é indicado para o uso em minicarregadeiras. Ele possui barras otimizadas da banda de rodagem, que proporcionam resistência e durabilidade, com menor custo por hora trabalhada. Na linha de caminhões e ônibus, a novidade foi a Série 600 de pneus radiais da Goodyear, com todos os quatro modelos expostos na Agrishow 2009 (G658, G667, G665 e G657). O G657 é o mais recente lançamento da linha, desenvolvido para atender à crescente demanda de frotas que atuam no serviço rodoviário de longa distância. O novato da Série 600 tem aplicação em eixos direcionais, livres e de tração moderada, e tem como principal característica um eficiente consumo de combustível, comprovado em testes realizados pela empresa, aliado a uma excelente performance. Como os demais desenhos da Série 600, o novo G657 foi desenvolvido com a tecnologia Duralife™, exclusiva da Goodyear, que proporciona vida mais longa para o pneu, um grande benefício para frotas. Ainda na linha de pneus para caminhão e ônibus, destaque para os modelos G377 e G386, agora também na medida 275/80R22,5. Os dois produtos são indicados exclusivamente para serviços mistos de terra e asfalto como fazendas, usinas e estradas vicinais, onde as velocidades predominantes são médias e baixas. O pneu G377 possui sulcos largos e extra profundos, proporcionando auto-limpeza com menor retenção de pedras e menor custo por quilômetro rodado. Outra característica importante do modelo é sua banda de rodagem larga, com melhor distribuição da carga e aproveitamento da força motriz do veículo. Já o G386 possui desenho com blocos interligados e resistentes, o que propicia máximo desempenho com menor custo por quilômetro. A Goodyear disponibilizou na Agrishow 2009 uma completa linha de pneus para veículos de passeio, com modelos como o GPS Duraplus, Goodyear Excellence, Fulda, F1, Fortera e toda linha Wrangler. A novidade fica por conta do recém-lançado Wrangler Adventure, pneu para picapes e SUVs projetado para uso misto (50% off-road e 50% on-road). Um dos principais diferenciais do Wrangler Adventure é o uso da tecnologia Durawall™. Ela consiste em um composto de borracha especial na lateral do pneu, que proporciona melhor resistência aos impactos e cortes laterais. Outro diferencial é o novo design da banda de rodagem, com blocos escalonados e assimétricos, que permitem a formação de um maior número de sulcos, possibilitando melhor dirigibilidade e tração em situações on e off-road. Abrapneus Nova Camionete Goodyear de Serviços a Frotas Uma das maiores novidades da Goodyear na Agrishow foi a apresentação da nova Camionete de Serviços a Frotas, que está apta a atender solicitações de caminhões, ônibus, agrícola e fora de estrada. “A versatilidade é a principal mudança no padrão da camionete, que só atendia a frotas de caminhões e ônibus. Ela agora conta com equipamentos de geometria veicular computadorizada, além de balanças para análise da distribuição de cargas para pneus de caminhão, agrícola e fora de estrada, Maio/Junho 2009 com até 40 toneladas”, explica Rubens Campos, Gerente de Marketing Comercial da Goodyear do Brasil. Os novos equipamentos permitem que a camionete da Goodyear realize uma infinidade de check-ups e reparos. Alguns exemplos dos serviços realizados pela Camionete de Serviços a Frotas são análises de pneus removidos de serviço, de distribuição de cargas, de temperatura, sistema de controle de pneus e manutenção de veículos, além de controle eletrônico de pneus, entre outros. “Mais uma vez a Goodyear inova no atendimento das necessidades das frotas, sendo pioneira ao oferecer serviços integrados para segmentos como caminhão, ônibus, agrícola e fora de estrada, oferecendo novos serviços de qualidade, além de profissionais muito bem qualificados”, afirma Campos. O novo conceito será estendido a todas as camionetes destinadas para esta finalidade da Goodyear no Brasil. 29 opinião O Brasil na frente Um Estado do bem-estar social precisa ser eficiente para ser legítimo precisa, portanto, realizar a reforma gerencial. O governo Lula está continuando a Reforma Gerencial do Estado de 1995. O Brasil está na frente de muitos países ricos no processo de gradualmente realizar a reforma Por Luiz Carlos Bresser-Pereira O Governo federal está empenhado em dar continuidade à reforma gerencial do Estado de 1995 -uma reforma que visa tornar o serviço público mais eficiente, dessa forma legitimando as ações do Estado na área social e científica. Nesse sentido, vem tomando uma série de providências, entre as quais o projeto de lei criando as fundações estatais e, agora, por meio do envio ao Congresso de mais dois projetos de lei, um deles promovendo a desburocratização do atendimento aos cidadãos e outro regulamentando o artigo da Constituição que prevê os con- tratos de desempenho ou de gestão. Essa reforma começou em 1995 e inicialmente foi objeto de rejeição da parte do PT e do funcionalismo público porque a muitos parecia ser uma reforma neoliberal. Entretanto, aos poucos foi ficando claro que não se tratava disso. Que seuobjetivo não era diminuir e enfraquecer o Estado, mas ao contrário, fortalecê-lo, ao tornar os administradores públicos mais autônomos e mais responsáveis e ao possibilitar que as agências estatais ou paraestatais (organizações sociais) pudessem ser liberadas de uma parte dos controles burocráticos. Por meio da substituição de regulamentos rígidos por contratos de gestão flexíveis, a reforma visava tornar o aparelho do Estado brasileiro forte no plano administrativo, como a Lei de Responsabilidade Fiscal o tornava forte no plano financeiro. O fato de que a instituição internacional responsável pelas reformas neoliberais, o Banco Mundial, tenha se oposto à reforma brasileira porque era preciso que “antes fosse completada a reforma burocrática” é a melhor comprovação de que não se tratava de uma reforma neoliberal. A alta administração pública e a sociedade brasileira foram tomados de surpresa pela reforma, em 1995, mas não demoraram a apoiá-la - a primeira por compreender que ela prestigiava os servidores dotados de espírito republicano, a segunda porque em todos os países a grande maioria da população demanda sempre maiores e melhores serviços públicos. O projeto de lei do Ministério do Planejamento regulamentando os contratos de desempenho é coerente com os princípios da reforma da gestão pública ou a reforma gerencial. Esse projeto define com clareza os contratos, estabelece as responsabilidades da comissão supervisora dos contratos em cada ministério e as responsabilidades dos gestores das agências. E garante a estas uma maior autonomia administrativa, inclusive para pagar bônus de desempenho para os servidores das agências que tenham atingido as metas contratadas. A reforma gerencial é a segunda grande reforma administrativa do Estado moderno. A primeira foi a reforma burocrática, que, nos países desenvolvidos, necessitou de 30 a 40 anos para poder ser considerada completa. A reforma gerencial de 1995 também necessitará desse tempo. O importante, porém, é que ela continue a ser realizada. Isso passou a acontecer imediatamente nos Estados da Federação e nos municípios, onde avanços extraordinários estão acontecendo, mas agora ela está ganhando momento também no nível federal. Esse fato não é surpreendente porque essa é uma reforma inevitável. O Estado moderno não é apenas democrático, é também social. Um Estado do bem-estar social, porém, precisa ser eficiente para ser legítimo. Não tem, portanto, alternativa senão realizar a reforma. O Brasil foi o primeiro país em desenvolvimento a iniciar uma reforma gerencial e, nesse campo, está hoje na frente de muitos países ricos. Luiz Carlos Bresser Pereira é economista, cientista social e professor emérito da Fundação Getúlio Vargas. É membro de diversas comissões e conselhos, inclusive do Comitê de Especialistas em Administração Pública das Nações Unidas. Atuou como ministro da Fazenda do governo Sarney e no governo Fernando Henrique Cardoso, assumiu o Ministério da Administração Federal e Reforma do Estado, onde comandou a Reforma da Gerencial do Estado de 1995. 30 Abrapneus A Revista Abrapneus é uma publicação da Associação Brasileira dos Revendedores de Pneus e do SICOP - Sindicato Intermunicipal do Comércio Varejista de Pneumáticos, distribuida gratuitamente aos revendedores, distribuidores e fabricantes de pneus, entidades de classe, orgãos governamentais, empresas fornecedoras de produtos e serviços às revendas e orgãos de imprensa.