Letteratura sarda
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Letteratura sarda
Giuseppe Marci Giuseppe Marci, professor ordinário, ensina Filologia Italiana na Faculdade de Línguas e Literaturas estrangeiras da Universidade de Cagliari e Literatura sarda na Faculdade de Letras e filosofia da universidade de Cagliari. Ensinou na Universidade de Sassari. É diretor do Centro de Estudos Filológicos Sardos e, como tal, dirige a publicação da coluna “Escritores sardos”. Exerce atividade jornalística, operando no campo do jornalismo literário. Fundou e dirigiu “NAE”, um trimestral de cultura (2002-2008). Estudou as modalidades segundo as quais a literatura italiana se articulou nos diversos momentos do tempo e nas diferentes áreas geográficas, e dedicou específica atenção aos casos representados pela Sardenha e pela Sicília. Ocupou-se de obras autobiográficas do Settecento (Giacomo Casanova) e de narrativa do Novecento (Beppe Fenoglio, Sergio Atzeni). Coordenou a edição das obras de autores menos conhecidos do Settecento (Domenico Simon, Giuseppe Cossu, Antonio Purqueddu, Andrea Manca dell’Arca, Pietro Leo); de escritores (Enrico Costa) e de autobiógrafos do Ottocento (Vincenzo Sulis); de escritores (Salvatore Satta) e de autobiógrafos (Umberto Cardia) do Novecento. Escreveu um volume intitulado Na presença de todas as línguas do mundo. Literatura sarda, no qual, observando o caso específico da literatura sarda da antiguidade aos nosso dias, reflete sobre o tema do cânone e sobre a relação entre aiutores maiores e menores, entre as grandes tradições literárias e as produções elaboradas em áreas marginais e periféricas. Letteratura sarda In presenza di tutte le lingue del mondo Euro 4,00 Com tradução em Língua Portuguesa Con traduzione in lingua portoghese CENTRO DI STUDI FILOLOGICI SARDI / CUEC Giuseppe Marci LITERATURA SARDA Na presença de todas as línguas do mundo CENTRO DE ESTUDOS FILOLÓGICOS SARDOS /CUEC Coordenação editorial CENTRO DE ESTUDOS FILOLÓGICOS SARDOS / CUEC Giuseppe Marci Literatura sarda Na presença de todas as línguas do mundo TRADUÇÃO EM LÍNGUA PORTUGUESA: LÍVIA DE LIMA MESQUITA CUEC EDITRICE © 2011 primeira edição: outubro de 2011 ISBN: 978 88 8467 684 9 O texto aqui reproduzido constitui a síntese do volume de Giuseppe Marci, In presenza di tutte le lingue del mondo. Letteratura sarda (Cagliari, Centro de Estudos Filológicos Sardos /Cuec, 2005) CENTRO DI STUDI FILOLOGICI SARDI Via Bottego, 7 - 09125 Cagliari Tel. 070344042 - Fax 0703459844 www.filologiasarda.eu [email protected] CUEC via Is Mirrionis 1, 09123 Cagliari Tel/fax 070271573 - 070291201 www.cuec.eu [email protected] Este livro foi publicado com a contribuição da Região Autônoma da Sardenha – Secretaria da Instrução Pública, Bens Culturais, Informação, Entretenimento e Esportes Impresión: Il Legatore, Cagliari Imagem da capa Sardigna foto de Giorgio Dettori Elogio da sardidade Se há um elemento que caracteriza a Sardenha, sua história e a produção de seus escritores, este consiste no fato de que os sardos foram frequentados por povos, culturas e línguas diversas e que elaboraram uma expressão linguística própria na presença de todas as línguas do mundo, no confronto com todas as gentes com as quais, por conta da navegação, do comércio e da guerra, tiveram motivo de encontro. O problema do sardo e do seu emprego na literatura é complexo, tendo em vista que aquela antiga língua, aparentemente pouco presente na tradição escrita, é, no entanto, sustentada pela fecunda relação entre oralidade e escrita e pelo costume de confrontar-se com as línguas das culturas dominantes. Assim se explica o fenômeno representado pelos escritores que, no século XX, quiseram empregar, em prosa e poesia, as diversas variedades do sardo e formas linguísticas ainda mais miscigenadas na composição de suas obras. No Éloge de la créolité, Jean Barnabé, Patrick Chamoiseau e Raphaël Confiant afirmam ter iniciado “la minutieuse exploration de nous-mêmes”: uma escavação arqueológica que não quer perder nada do que foi sepultado no decorrer atormentado da sua história. Do mesmo modo, no nosso caso, a escavação deve reconstruir a estratificação interior de nous-mêmes, da nossa cultura, dos pensamentos, da psicologia. Devemos repensar um evento milenar, a Sardenha, recolocando no seu centro o sujeito etno-histórico que foi seu protagonista, mas que, nos processos da reconstrução histórica e histórico-literária, é quase esquecido. Na realidade, temos um número variável de Sardenhas (a fênico-púnica, a romana, a catalão-aragonesa, a sabauda): raramente é estudada e descrita a dimensão unitária conferida à história sarda pelo povo que viveu na Ilha por milênios, pelo modo como aquele povo concebe o lugar e a si mesmo, pelas suas visões de mundo. 21 Sobre a presença dos sardos num mesmo espaço geográfico, fortemente identificados por sua fisionomia insular, muito sabemos e muito também ignoramos. E o que ignoramos parece nos autorizar a subvalorizarmos também o que sabemos; enquanto, ao contrário, o que sabemos nos obriga a prestar grande atenção e considerar em certa medida aquilo que, no plano documental, está ausente – ainda mais quando nos movemos no âmbito da comunicação literária e, portanto, na esfera da percepção e representação da realidade, ou seja, no interior da convenção que liga o autor ao leitor. Em primeiro lugar, devemos ter presente que os leitores e autores sardos condividem uma concepção fundamentada, como explica o escritor Giuseppe Dessì, sobre uma ideia de tempo diferente daquele tempo histórico europeu: imóvel, “um eterno presente”, em que nada se perde e tudo se conserva atual. Reencontramos na literatura a memória das eras geológicas nas quais se plasmou a pedra que ainda hoje reserva tanta importância no imaginário coletivo dos sardos, como recordação das navegações e do comércio, do primeiro grão semeado, do primeiro vinho espremido da uva, quando ainda transcorreriam muitos anos para chegar a civilização nurágica. Como poderia ser diferente com milhares de monumentos, os nuraghi, vigilantes não de um possível inimigo por chegar, mas sobretudo do perigo de esquecer-se, de perder a memória de si mesmos? Basta ler os romances de Grazia Deledda para verificar os êxitos de tal vigilância, o imprinting que dela deriva e que se exprime também na valência semântica positiva que acompanha os adjetivos antigo, primitivo, pré-histórico, a definir a qualidade de um tempo longínquo, perdido, um espaço e uma condição arrancados do povo sardo e aos quais este povo deseja retornar. Do mesmo modo, devemos prestar atenção às relações que os sardos teceram com a cultura latina, primeiro, e com a cultura italiana, depois. Sob um determinado ponto de vista, podemos dizer que se tratou de um privilégio a possibilidade de observar internamente universos culturais de prestígio e senti-los como próprios. Os sardos sempre mantiveram relações com a península italiana. Navegavam pelo Mediterrâneo milhares de anos antes de Cristo, 22 negociavam oxidiana com os ligúrios, desenvolviam uma relação que se manteve e que foi reforçada com o tráfico de mercadorias e o uso linguístico do período medieval. Gênova e Pisa foram a porta para aquela que seria mais tarde a Itália, em direção à língua, cultura e literatura italianas: uma escolha livre, confirmada ao longo de toda a Idade espanhola, que nos ajuda a compreender os processos de italianização desenvolvidos, séculos depois, na união com o Piemonte – não uma renúncia aos traços fundamentais da própria identidade, porém, muito mais, a aquisição de atos ulteriores a exprimir-lhe a essência. 23 A história cultural e literária Os sardos vêm de uma longínqua história cujo início ninguém sabe precisar com exatidão. E talvez nem haja tanto sentido em perguntar-se em qual amanhecer do mundo o primeiro homem tenha posto o pé sobre a Ilha. Muito menos sentido há em perguntar quem era, de onde vinha e por que escolhera exatamente aquela terra, se por opção uma deliberada ou trazido pelas correntezas, ou ainda trazido por ventos que o empurravam contra a sua vontade. Daquele pai desconhecido e das mães que o acompanhavam, nasceu uma estirpe que identificamos e definimos por um único dado certo: a escolha da Sardenha como lugar da própria residência. Todo o resto está menos claro e se confunde nos tortuosos percursos dos milênios, no contínuo renovar-se do sangue, das culturas e das línguas, inevitavelmente modificadas pelos infinitos aportes que não podiam não alcançar uma ilha situada no centro do Mediterrâneo, porto intermediário das navegações, lugar natural de encontros e escambos. Uma das primeiras informações de que dispomos diz que, em um momento colocável, grosso modo, em torno do ano 7.000 a.C., alguém transportou oxidiana da Sardenha para a Ligúria. No Mesolítico, e depois no Neolítico, aquela massa vítrea era empregada para construir ferramentas, facas, pontas de seta ou de lança. Quem sabe quem a encontrou, quem a transportou e sobre quais embarcações: foram povos indígenas ou ligúrios? Terá sido violento o incontro e marcado pelo desejo do assalto, ou amigável e determinado pelas necessidades comerciais? Com qual código linguístico se entenderam? Ao mesmo tempo, se desenvolviam o trabalho com a cerâmica e as técnicas de decoração; eram feitas estátuas, casas e sepulturas, eram eregidos círculos sacros. Manifestava-se um megalitismo que remete a manifestações análogas presentes em muitas zonas da 25 Europa ocidental, da Península Ibérica à Irlanda; eram elaboradas formas culturais estruturadas e reconhecíveis por caracteres precípuos, fruto de uma elaboração indígena, a documentar as relações com as culturas do Mediterrâneo oriental e Península Ibérica, além daquelas itálicas e da França meridional. Este é um quadro muito vivo, que acentua o seu dinamismo se pensarmos como, com a decadência da oxidiana e o desenvolvimento do uso dos metais, a partir da idade da Pedra Polida (2900-2300), desencadeou-se aquilo que o arqueólogo Giovanni Lilliu definiu “a febre do metal”. Os “metalúrgicos”, ricos em competências técnicas, levados pelo gosto pela aventura e pelo desejo de ganhos, se moveram em direção às rotas que, a partir da Anatólia e das Ilhas egeias, levavam ao Oeste, em direção à Península Ibérica, à França, aos países atlânticos e bálticos, à Península Balcânica, a Malta e à Sicília, e à Sardenha. Pouco sabemos sobre a língua falada na Idade pré-nurágica e, depois, na Idade nurágica: há somente destroços (presentes na toponomástica e no léxico) que remontam a Idades antiquíssimas e mostram caracteres pré-indoeuropeus. Sobrepondo extratos diversos, a história continuou seu jogo e criou as condições com base nas quais se pudesse constituir aquilo que hoje aparece como um substrato linguístico pré-romano particularmente denso e no qual os elementos paleosardos se acompanham daqueles púnicos e a destroços ibéricos que assinalam concordâncias com o basco. Considerando o elemento fonético, o linguista Max Leopold Wagner indicou, ainda, possíveis pontos de contato com a Gasconha, a Sicília e a Itália meridional, com os dialetos bérberes e com algumas condições fonéticas camito-semitas. Talvez isso seja tudo. A partir do século VII a.C., inicia-se a sequência historicamente documentada da chegada de povos diferentes: fenícios, cartagineses, romanos, vândalos, bizantinos, árabes, pisanos, genoveses, catalães, aragoneses, piemonteses. A cada vez, uma modalidade diferente, cada vez um idioma: palavras apreendidas e postas em relação com a antiga língua préindoeuropeia que, pouco a pouco, se transformava em substrato, mas vivo e fervilhante, capaz de exprimir-se nas raízes de algumas 26 palavras, em muitos topônimos, nos processos de transformação dos extratos linguísticos superiores. Ignoramos mais do que sabemos, e aquilo que não sabemos, que podemos apenas intuir mas que não transparece em nenhum destroço, em nenhuma raiz e em nenhum topônimo reside no cansaço do viver, nas ânsias, nas esperas, na dor dos homens. Não deve ter sido simples passar da língua nativa àquela de Roma, como foi necessário fazer quando, interrompidas as relações com Cartago, a Sardenha se encontrou transformada em província romana. Também em relação a essa nova fase, as informações sobre a história cultural e linguística não são abundantes –Wagner definiu “mudos” os séculos durante os quais se desenvolveu o processo de absorvência das línguas nativas àquela de Roma e, então, de transformação do latim em sardo. Séculos mudos. Escuro. Como no bagageiro de um navio que transporta homens de um continente ao outro, contra a vontade deles e desprezando todos os direitos. Quem tem paciência de observar o decorrer do tempo poderá filosoficamente pensar que tudo tem um fim, inclusive a potência de Roma. Em seguida àquele evento, a Sardenha passa ao domínio bizantino. O linguista registra a novidade representada pelo fato de que o grego tornara-se língua oficial. Depois cai também o Império do Oriente e, com ele, o uso do grego. Verifica-se, então, um fato absolutamente imprevisto, numa terra onde, havia muitos séculos, não se utilizava a língua nativa oficialmente e nem na gestão da coisa pública. Não há mais grego, e a cultura latina “ressecara”: correr-se-ia o risco de não se poder mais falar, não fosse um inesperado recurso, àquele sardo de antigo substrato pré-indoeuropeu-mediterrâneo, incrustrado de destroços púnicos e berbéricos, ibéricos e sículos, ítalo-meridionais ou devirados de quem sabe qual outro antigo contato, sobre o qual, mais recentemente, destendeu-se o sentimento da latinidade. A tal língua os sardos recorerram para seus documentos oficiais, escritos em um vulgar que nasce contemporaneamente ou, inclusive, antecipadamente em relação às outras línguas românicas. Uma situação que poderíamos definir afortunada, apreciável 27 sobretudo na comparação com os casos, até mais dolentes, dos povos que perderam a absoluta capacidade de construir para si uma língua reconhecida como própria, que deveram e devem sustentar a mensagem identitária por meio da língua da nação a partir da qual foram submetidos. É certo que o sardo, até aquele ponto empregado apenas na dimensão da oralidade, para os usos correntes da existência e prevalentemente na dimensão rústica e pastoril, não podia estar imediatamente disponível para os mais refinados empregos da escrita e das atividades diplomático-chancelerescas. Assim, talvez por uma astúcia ditada pelas exigências da sobrevivência, ou por uma atitude elaborada no longo período de submissão que se seguiu ao fim da civilização nurágica, os sardos plasmaram seus documentos seguindo os módulos apreendidos pelas nações às quais se sobrepuseram e com as quais mantinham relações diplomáticas, culturais ou comerciais. Isso era lógico para um pequeno país que mandava seus filhos estudarem nas cidades do leste, na península italiana que já tinha centros universitários renomados, ou naquelas do oeste, na península ibérica, para a qual também a chamavam, além da razão dos estudos, ligações comerciais, diplomáticas e matrimoniais. E, por outro lado, o soberano de um pequeno Estado rústico não podia ignorar a existência da grande cultura que se elaborava nas costas setentrionais da Provença, onde atracavam os navios que traficavam com a França meridional, além de Gênova e Pisa. Se houvesse proporção de forças, o jogo teria durado séculos, em um equilíbrio que as conveniências políticas, comerciais e das alianças matrimoniais teriam mantido inalterado. Mas havia lógicas gerais concernentes às autoridades da época, o império e o papado, e que não podiam não oprimir uma pequeníssima população sitiada em uma terra à qual se dirigiam potentes interesses. Ninguém deve ter percebido nada, na Ilha, em 4 de abril de 1297, quando Bonifácio VIII designava o Reino de Sardenha e Córsega em feudo a Giácomo II de Aragão. Talvez o fato tenha sido julgado de pouca importância, sobretudo porque, por um quarto de século, nada aconteceu. Apenas em 1323, de fato, Alfonso de Aragão pôs em ação a expedição de conquista da Sardenha. 28 A qualidade do evento tornar-se-á evidente no intervalo de décadas, durante as quais cresce a presença catalã, são retiradas da Ilha primeiramente Pisa e depois Gênova, se completa a ruptura da aliança entre Arbórea e Aragão e daí deriva uma guerra destinada a ser concluída somente em 1409, quando os catalães derrotam definitivamente os arborenses na batalha de Sanluri. No ínterim, houve a fome (e a crise econômica) de 1333 e a peste negra de 1348, que não podiam não influir negativamente sobre o já precário andamento demográfico. Mas houve também a promulgação, em 1392, da Carta de Logu, o código de leis de Eleonora, rainha do Juizado de Arbórea, escrito em sardo e destinado a permanecer em vigor até 1827: para os sardos, um seguro sinal de identidade. Em 1421, a Carta de Logu foi estendida a toda a Sardenha. A língua local teve, por conseguinte, um lugar não insignificante, junto ao catalão e o castelhano, a língua do Reino de Espanha, na administração da Justiça. O que impressiona é exatamente o fato de que aquelas línguas conviviam segundo modalidades que podem parecer surpreendentes. O catalão se irradia a partir das cidades, onde tem o máximo da difusão para os centros do interior, resiste à unificação da Coroa de Aragão e Castelo e continua a executar suas funções públicas até 1643, data a partir da qual o castelhano é empregado estavelmente por decreto. O castelhano, por sua vez, penetra em profundo, adapta-se ao gosto, às exigências expressivas e espirituais dos sardos, à complexidade do seu mundo interior. Agora é preciso dizer que, em cada volta da história, deponta alguém para reprovar os sardos por não terem apreendido bem as línguas. O mais antigo escritor ao qual dirigiu-se tal censura foi Luciferr (300-370), bispo e autor de obras escritas em um estilo latino considerado quase bárbaro. Assim o bispo se encontra na origem da tradição literária sarda não apenas por razões cronológicas mas também fez-se inaugurador de um modo de escrever que acompanhou os autores sardos até a idade contemporânea: em equilíbrio entre língua e cultura — um pouco pelo condicionamento das circunstâncias históricas, um pouco por escolha pessoal, que termina por tornar-se característica distintiva de um povo. O castelhano, desta forma, enraíza-se e recebe, na Sardenha, 29 uma vitalidade capaz de fazê-lo superar o limiar representado pelo fim da dominação espanhola. Não há com o que se surpreender se os catalanismos e espanholismos presentes no sardo são numerosos e dizem respeito à vida social, à administração do Estado, à esfera religiosa e àquela cultural. 1718 é o ano do Tratado de Londres, que designa a Sardenha a Vittorio Amedeo II de Savoia. Quantos sardos souberam do acordo diplomático? Se tivessem tomado conhecimento, teriam sido favoráveis ou não? E teriam tido condições de imaginar os êxitos futuros daquela ligação que se acendia com o ducado piemontês e que teria transformado duas regiões marcadas por histórias completamente diversas no fulcro do processo unitário italiano? Agora já temos informações suficientes que nos ajudam a reconstruir uma página complexa da história insulana, marcada pela passagem de outra fronteira, pelo nascimento de uma nova nostalgia, pela ascenção de muitas esperanças e de não menos numerosas polêmicas. Recorde-se a potente Espanha, o senso de frustração pela ligação com o pequeno Piemonte e o amargor de descobrir que os Savoias não gostavam da nova posse: existe apenas a satisfação pela recuperação de um princípio antigo, e nunca apagado, de italianidade, e há a ideia de si mesmos, vistos na dimensão de uma sardidade que a história continua a oprimir. Há os problemas cotidianos de um povo composto por 300.000 2 indivíduos (11 habitantes por km ), perdidos em um território privo de comunicações, inseguro, malárico, despojado por séculos do menor recurso financeiro. Uma situação difícil, sob o perfil político e econômico, mas rica e vital no campo da cultura e da língua. O sol do espanhol se põe (mas não desaparece); permanece, ou melhor, encontra dignidade e desenvolvimento nas páginas dos escritos, o sardo; difunde-se o italiano, língua com a qual existia uma antiga familiaridade. Foi uma estação de reflorescimento destinada a terminar nos últimos anos do século XVIII, quando os eventos internos se entremearam com os acontecimentos da política europeia. A chegada de uma frota francesa, enviada para conquistar a Sardenha, teve, em certo sentido, a função de um detonador. Os sardos responderam aos assaltos; a vitória exaltou a consciência da própria 30 força e a amolação nos confrontos com a arrogância piemontesa. Daí derivaram as jornadas de 1794, quando, com exemplar civilidade, os dominadores foram acompanhados até os navios e embarcados com seus bens, incluindo as riquezas acumuladas no exercício do poder sobre a Ilha. Nesse contexto, amadureceu a revolta de Giovanni Maria Angioy, que pode ser lida como a última carta jogada quando não havia mais esperança alguma de ver melhorarem as condições na Ilha. Àquele evento revolucionário seguiu-se uma feroz repressão, que imergiu a Sardenha num banho de sangue, sufocou todas as esperanças e inaugurou um processo de restauração cerca de 15 anos antes que toda a Europa conhecesse, com o Congresso de Vienna, uma tentativa análoga. De tais fatos, da complexidade e do fascínio de uma página histórica densa e aventurosa, além do aspecto humano que lhe concerne diretamente, Vincenzo Sulis (1758-1834), na sua Autobiografia, oferece-nos um conto eficaz, escrito numa língua italiana em que se misturam os sons e os significados de todas as línguas faladas na Sardenha. Prescindindo das avaliações que cada um pode fazer, não há dúvidas de que a história insulana completa, no curso do século XIX, uma reviravolta radical. 1847 é o ano da perfeita fusão com a qual os sardos, após longas polêmicas, escolhem renunciar aos próprios privilégios institucionais para fundir-se com o Piemonte. Os processos sucessivos de ressurgimento indicam uma estrada em boa medida coerente com as escolhas operadas pelos escritores e estudiosos que, na segunda metade do século XIX, quiseram exprimir-se em língua italiana, mesmo quando colocavam no centro da atenção o destino da pátria sarda e as virtudes dos antigos heróis nos diversos momentos da história. Isso pode parecer contraditório, se não se levar em conta que, mais uma vez, os sardos escolhem empregar a língua considerada mais eficaz nas circunstâncias dadas, uma daquelas que possuem, tendo eles, como tiveram ao longo dos séculos, por necessidade ou por escolha, competência em diversas línguas e sendo capazes de empregá-las distintamente, misturando-as ou fazendo aparecer a 31 sua própria, aquela “nativa”, mesmo quando escrevem em outro idioma. 1861 é o ano da Unificação da Itália, uma unidade nascida pela ação de duas regiões periféricas e destinadas a exprimir-se de modo a não garantir vida equilibrada e harmônica entre as diversas partes da nação. As obras literárias, sob o plano temático e sob o plano linguístico, nos restituem uma informação que é tanto lógica como difícil de explicar: os escritores do século XIX sentem-se, ao mesmo tempo, sardos e italianos. E escolhem escrever em italiano. É difícil pensar que pudesse surgir a própria ideia de sardismo político sem aquele Enrico Costa (1841-1909), que em todos os seus escritos se porpôs exortar os sardos às histórias. E todavia Costa escreveu em italiano a sua vasta obra histórica, literária e de ilustração geográfica da Sardenha. Não diferentemente fizeram os outros autores, que operaram em uma idade marcada pelo Romantismo, pela redescoberta do conceito de povo e pela ideia de nação. O século XX abre-se com os romances e contos de Grazia Deledda (1871-1936), escritora que em 1926 obterá o Nobel de literatura, e com os versos de Sebastiano Satta (1867-1914): dois modos diferentes de representar em língua italiana uma interioridade fortemente marcada pelo universo insulano no qual os autores tinham nascido e se formado. Assim como farão, cada uma elaborando um estilo próprio, afinado no confronto com as concepções expressas contemporaneamente na Itália, na Europa e no resto do mundo, os escritores – apenas para citar alguns nomes: Emilio Lussu (1890-1975), Giuseppe Dessì (1909-1977), Salvatore Satta (1902-1975), Benvenuto Lobina (1914-1993), Sergio Atzeni (1952-1995) – operantes na primeira e depois na segunda metade do século, quando, depois da Guerra Mundial, o reino da Itália se transformará em República (1946) e a Sardenha terá um estatuto que sanciona a sua autonomia especial (1948). No entanto, não é individualmente que pretendemos falar nesta síntese, mas muito mais de uma linha de tendência, da expressão de uma welthanschauung na qual é possível encontrar traços condivisos, conceitos e expressões, o aflorar e entremear-se das 32 línguas empregadas no próprio vivido, na oralidade e na escrita, nos pensamentos, nas orações. Todos, cada um a seu modo, exprimem a ideia de uma identidade que é o fruto de um processo lento de vida, de reflexão e de estudo, que se desenvolve e se acrescenta, se modifica (e às vezes se inventa), utilizando o melhor possível as ocasiões de encontro e de conhecimento. Isso até chegar a compreender que existem também dimensões identitárias mais amplas, plurais e complexas do que aquelas que caracterizam cada individualidade etno-histórica e contribuem para alargar as fronteiras das pátrias, pequenas ou grandes que sejam. Giuseppe Dessì e Sergio Atzeni, por exemplo, compartilham um modo semelhante de interpretar o tema da identidade: um e outro pensaram e narraram a Sardenha, animados pela paixão e racionalidade, sem nunca abrirem mão da observação e da compreensão de horizontes mais amplos. Talvez também por isso, pelo seu “ser sardos, italianos e europeus”, e por terem conseguido representar narrativamenteeste complexo nó identitário, imprimiram uma pegada significativa na produção literária comtemporânea. Baseando-se em tais elementos, pode-se olhar para a história cultural e literária dos sardos como se fosse um tipo de preparação para encarar o futuro: obrigados pela sorte a antecipar os tempos da globalização, arrancados da sua aldeia e projetados no grande mundo das relações internacionais, habituados a tratar com fenícios e romanos, catalães e aragoneses, com piemonteses e italianos, habituados a usar a própria língua e a dos outros, a estudar culturas de nações muito potentes com as quais deviam ter relações talvez mais complexas do que as navegações telemáticas, podem ser considerados hábeis para enfrentar as dificuldades do presente e prontos para o futuro. A menos que não se esqueçam de sua história e saibam tirar as suas lições. 33 Cronologia Cronologia Dalle origini all’Ottocento Das origens ao Ottocento IV sec. EUSEBIO LUCIFERI CALARITANI LUCIFERI CALARITANI LUCIFERI CALARITANI XI sec. XII sec. XIII sec. 1070-1216 XII-XIII sec. XII-XIII sec. XII-XIII sec. XII-XIII sec. 1318-1321 1353 MARIANO IV 1392? ELEONORA DE ARBOREA 1004-1478 XV sec. 1400 ANTONIO CANO 1550 RODERIGO HUNNO BAEZA PROTO ARCA Epistolae ad Constantium, ad presbyteros et plebem Italiae, ad Gregorium episc. Spanensem Moriundum esse pro dei filio De Sancto Athanasio De non conveniendo cum haereticis Carta scritta in caratteri greci Passio di S. Antioco Passio Sancti Lussori Passio sanctorum martyrum Gavini, Proti et Januari Passione di Sant’Antioco Statuti di Castelsardo Statuti di Sassari La vita e l’ufficio di San Giorgio di Suelli Legenda Sancti Saturni Legenda Sanctissimi praesulis Georgii Suellensis Libellus Judicum Turritanorum Carte Volgari di Cagliari Condaghe di S. Maria di Bonárcado Condaghe di S. Nicola di Trullas Condaghe di San Gavino di Porto Torres Condaghe di S. Pietro di Silki Breve del porto di Cagliari Codice rurale Carta de Logu Cartulari de Arborea Registro di San Pietro di Sorres Laudario Laude de Nostra Signora de sa Rosa Laudes de sa Santa Rughe Sa vitta et sa morte et passione de Sancti Gavinu, Prothu et Januariu Caralis panegyricus De bello et interitu marchionis Oristanei 37 GIOVANNI FRANCESCO FARA RODERIGO HUNNO BAEZA GIOVANNI ARCA 1556 SIGISMONDO ARQUER GAVINO SAMBIGUCCI 1565 JUAN TOMÁS PORCELL 1570? 1571 SIGISMONDO ARQUER ANTONIO LO FRASSO ANTONIO LO FRASSO 1572 FRANCESCO BELLIT 1573 1580 ANTONIO LO FRASSO GIOVANNI FRANCESCO FARA 1582 GIROLAMO ARAOLLA 1590? GIOVANNI ARCA 1591 PIETRO GIOVANNI ARQUER 1595 ANTIOCO BRONDO 1596 1597 1598 XVII sec. 1600 PIETRO DELITALA GEROLAMO ARAOLLA GIOVANNI ARCA ANTIOCO DEL ARCA JUAN FRANCISCO CARMONA 1603 PIETRO GIOVANNI ARQUER 1612 1627 ANTIOCO BRONDO JACINTO ARNAL DE BOLEA GIAN MATTEO GARIPA 38 De corographia Sardiniae In dispar coniugium Naturalis et moralis historiae de rebus Sardiniae Sardiniae brevis historia et descriptio In hermathenam Bocchiam interpretatio Informacion y curacion de la peste de Çaragoza, y preservacion contra la peste en general Coplas al imagen del Crucifixo El verdadero discurso de la gloriosa victoria Los mil y dozientos consejos y avisos discretos Capitols de Cort del estament militar de Sardenya Los diez libros de la fortuna d’amor De rebus sardois Sa vida, su martiriu et morte dessos gloriosos martires Gavinu, Brothu et Gianuari Barbaricinorum libelli Capitols de Cort del Estament militar de Sardenya ec., y de nou añadits y stampats los capitols dels parlaments reespectivament celebrats per los señors Don Joan Coloma y D. Miguel de Moncada Historia y milagros de N. Señora de Buenayre de la Ciudad de Caller Rime diverse Rimas diversas spirituales De sanctis Sardiniae Canzoniere ispano-sardo El saco imaginado Passiòn de Christo nuestro Señor Rubrica de tots los reals privilegis concedits a la magnifica ciutat de Caller por los serenissimos Reys de Arago Commentario sull’Apocalissi Encomios en octavas al Torneo Legendariu de santas virgines, et martires de Jesu Christu. Hue si contenen exemplos admirabiles, necessarios ad ogni sorte de persones, qui pretenden salvare sas animas insoro. Vogadas de Italianu in Sardu per Ioan Matheu Garipa Sacerdote Orgosolesu 1630? GIOVANNI DEXART 1631 JUAN FRANCISCO CARMONA GIOVANNI DEXART 1633 GIOVANNI DEXART 1636 1638 JACINTO ARNAL DE BOLEA SAVATORE VIDAL 1639 FRANCISCO ANGELO DE VICO SALVATORE VIDAL 1640 FRANCISCO ANGELO DE VICO 1641 1643 1644 GIOVANNI DEXART SALVATORE VIDAL SALVATORE VIDAL SALVATORE VIDAL 1651 GIOVAN BATTISTA BURAGNA GAVINO FARINA 1672 JOSÉ DELITALA Y CASTELVÌ 1680 JORGE ALEO JORGE ALEO pro utile dessos devotos dessa natione sua. Andat dedicadu assas Iuvenes de Baunei, et Triei unu tempus Parrochianas suas in su Regnu de Sardigna Discursos politicos de los Varones illustr. de Sardeña Alabanças de los Santos de Sardeña Discursos y apuntamientos sobre la proposicion hecha en nombre de su Magestad a los tres Braços ecclesiastico, militar y real en 8 de henero de 1631 por Don Geronimo Pimentel marques de Vayona, virrey Pro marchione de Villa Cidro, domino Encontratae de Planargia contra Promotorem fiscalem Mensae episc. Bosanensis El Forastero Urania sulcitana Historia general de la Isla y Reyno de Sardeña Madriperla serafica della vita et miracoli del B. Salvatore da Orta Leges y pragmaticas reales del reyno de Sardeña Capitula sive acta curiarum regni Sardiniae Clipeus Aureus excellentiae calaritanae Propugnaculum triumphale Respuesta al historico Vico Batalla peregrina entre amor y fidelidad con portentoso triumpho de las armas de España etc. Medicinale patrocinium ad tyrones Sardiniae medicos, in quo natura febris Sardiniae provincias vexantis, causae, signa, prognostica et medendi methodus describitur eiusdemque Sardiniae calumnia quam a priscis meruit habere vindicatur Cima del monte Parnaso Español Historia cronologica y verdadera de todos los successos y casos particulares sucedidos en la Isla y Reyno de Sardeña del año 1637 al año 1672 Successos generale de la Isla y Reyno de 39 1687-1688 GIUSEPPE ZATRILLAS Y VICO 1700? MAURIZIO CARRUS 1700? 1702 PIETRO AQUENZA MOSSA 1709 VICENTE BACALLAR Y SANNA 1714 VICENTE BACALLAR Y SANNA 1719 VICENTE BACALLAR Y SANNA VICENTE BACALLAR Y SANNA 1725 VICENTE BACALLAR Y SANNA 1726-1727 MAURIZIO CARRUS 1732 ANTONIO MACCIONI 1736 GIOVANNI DELOGU IBBA 1750? MATTEO MADAO 1750? GIOVANNI BATTISTA MADEDDU 1750 MAURIZIO PUGIONI PIETRO CHESSA CAPPAI MAURIZIO PUGIONI ANTONIO SISCO ANTONIO SISCO ANTONIO SISCO 1750? GIOVANNI MARIA CONTU 1760? MATTEO MADAO 1765 1770 1772 GIAN BATTISTA VASCO MATTEO MADAO FRANCESCO CARBONI DOMENICO SIMON 40 Sardeña Engaños y desengaños del profano amor Comedia de la Sacratissima Passion de nuestro Señor Jesu Christo sacada de los quatro Evangelistas La Passion de Nuestro Señor Iesu Christo Tractatus de febre intemperie, sive mutaciones vulgariter dicta Regni Sardiniae Los Tobias, su vida escrita en octavas rimas Description geographique, historique et politique du royaume de Sardaigne Palacio de Momo Monarchia hebrea Commentarios de la guerra de España y historia de su Rey Phelipe V el animoso desde el principio de su regnado hasta la paz general del año 1725 Libro de gosos Las siete estrellas de la mano de Jesus. Tratado historico de las admirabiles vidas y resplandores de virtudes de siete varones illustres de la compañia de Jesus, naturales de Cerdeña Index libri vitae Catalogo istorico di tutte le più illustri famiglie sarde Comedia sacra a sa Resurrezione de Jesu Christu in sesta lyra sarda El barbiero Historia de la vida y hechos de San Luxorio La vita di S. Luigi Conzaga Memorie pertinenti alle cose di Sardegna Miscellanee edite e inedite di cose sarde Notizie di cose sarde Obra poetica… Alegre, festiva y devota representación de algunas de las virtudes, y prodigios que por virtud divina obrò… el milagroso Beato Salvador de Horta Relazione sull’invasione del 1793 in Sardegna De certitudine in quaestionibus facti... Ripulimento della lingua sarda De sardoa intemperie Trattenimento sulla sfera e sulla geografia DOMENICO SIMON 1774 FRANCESCO CARBONI GIUSEPPE COSSU 1776 FRANCESCO CARBONI FRANCESCO CARBONI FRANCESCO CARBONI FRANCESCO CARBONI 1778 DOMENICO SIMON 1779 FRANCESCO CARBONI ANTONIO PURQUEDDU GIUSEPPE MARIA PILO DOMENICO SIMON FRANCESCO CARBONI 1779-1780 GIAMBATTISTA QUASINA 1780 1780? 1780? 1780? 1780? 1780? 1780? 1780? 1780 1780? 1780? 1780? 1781 ANDREA MANCA DELL’ARCA GIUSEPPE COSSU ANTONIO MARCELLO V. F. MELANO DI PORTULA GAVINO PES GAVINO PES ANTONIO MARCELLO EFISIO PINTOR SIRIGU EFISIO PINTOR SIRIGU FRANCESCO CARBONI PIETRO PISURZI PIETRO PISURZI EFISIO PINTOR SIRIGU FRANCESCO CARBONI 1782 MATTEO MADAO 1783 1784 GIUSEPPE COSSU FRANCESCO CARBONI FRANCESCO CARBONI FRANCESCO CARBONI ANTONIO MARCELLO Trattenimento sulla storia sacra dalla creazione del mondo alla nascita di Gesù Cristo La sanità dei letterati Pensieri per resistere ai funesti effetti dell’abbondanza e della carestia Poesie italiane e latine Sonetti anacreontici Carmina nunc primum edita La coltivazione della rosa Per le feste di S. E. conte Lascaris di Ventia miglia, canto in 8 rima De corallis De su tesoru de sa Sardigna (Del Tesoro della Sardegna nel coltivo de’ bachi e gelsi) Discorso sopra l’utilità delle piante e della loro coltivazione per uso della diocesi di Ales e Terralba Le piante Selecta carmina Discorso sopra la coltivazione di alcuni alberi Agricoltura di Sardegna Della città di Cagliari Le trecento matrone romane Lettera pastorale Lu pentimentu Lu tempu Perdicca Pilloni chi sesi Po paras canzonis? Recentiora carmina S’abe S’anzone Sa canzoni de su caboniscu Hendecasyllaba ad SS. Eucharistiam Saggio d’un’opera intitolata «il ripulimento della lingua sarda» lavorato sopra la sua analogia colle due matrici lingue la greca e la latina Della città di Sassari Carmina nonnulla D. Thomae rythmus De extrema Cristi coena Il Marcello 41 MATTEO MADAO 1785? LUIGI SOFFI ANTONIO MARCELLO 1785 ANTONIO MARCELLO 1787 GIUSEPPE COSSU 1787-1788 MATTEO MADAO DOMENICO SIMON 1788-1789 GIUSEPPE COSSU 1789 GIUSEPPE COSSU GIUSEPPE COSSU GIUSEPPE COSSU GIUSEPPE COSSU 1790 PIETRO CRAVERI GIUSEPPE COSSU 1791 MATTEO MADAO 1792 MATTEO MADAO 1793 1793? RAIMONDO CONGIU 1793 MAURIZIO PUGIONI 1793? PIETRO PISURZI 1793? 1798 1799 FRANCESCO IGNAZIO MANNU RAIMONDO VALLE GIUSEPPE COSSU 42 Lettera apologetica, ovvero osservazioni critiche sopra l’opera del P. Fra. Giacinto Hintz contro l’avvocato Saverio Maffei Poesie La morte del giovane Marcello Olimpia ovvero l’estinzione della stirpe di Alessandro il Grande Discorso sopra i vantaggi che si possono trarre dalle pecore sarde Le armonie dei Sardi Rerum sardoarum scriptores La coltivazione de’ gelsi, e propagazione de’ filugelli in Sardegna (tomo primo, Moriografia sarda ossia Catechismo gelsario proposto per ordine del Regio Governo alli possessori di terre ed agricoltori del Regno sardo; tomo secondo Seriografia sarda ossia Catechismo del filugello proposto per ordine del Regio Governo alle gentili femmine sarde) Del cotone arboreo Istruzione olearia Metodo per distruggere le cavallette Pensieri sulla moneta papiracea Lettera pastorale di Monsignor Pietro Craveri, vescovo di Galtellì-Nuoro sopra la coltivazione del cotone Saggio sul commercio della Sardegna Versione de su Rithmu Eucaristicu cum paraphrasi in octava rima, facta dae su latinu in duos principales dialectos Dissertazioni storiche apologetiche critiche sulle sarde antichità Il trionfo della Sardegna L’Achille della Sarda Liberazione Memorie storiche della spedizione della gran flotta francese contro l’isola di Sardegna dell’invasione della città capitale e delle isole intermedie Sa religione contra sa libertade e iguaglianza Su patriota sardu a sos feudatarios L’isola dei sogni Descrizione geografica della Sardegna 1800 1800? 1800? 1800 GIOVANNI (GIAN) ANDREA MASSALA FRANCESCO CARBONI GIUSEPPE LUIGI SCHIRRU GIOVANNI (GIAN) ANDREA MASSALA 1800 1800? GIOVAN PIETRO CUBEDDU (PADRE LUCA) MELCHIORRE MURENU anonimo 1801 PIETRO ANTONIO LEO 1802 DOMENICO ALBERTO AZUNI 1800? RAIMONDO VALLE 1803 1805 GIOVANNI (GIAN) ANDREA MASSALA DOMENICO ALBERTO AZUNI GIOVANNI (GIAN) ANDREA MASSALA 1807 1808 GIOVANNI (GIAN) ANDREA MASSALA RAIMONDO VALLE GIOVANNI (GIAN) ANDREA MASSALA 1811 VINCENZO RAIMONDO PORRU 1812 1814 1818 RAIMONDO VALLE RAIMONDO VALLE RAIMONDO VALLE 1822 RAIMONDO VALLE 1825-1827 1827 1828 1831 1832-1833 1832 1833 1834 GIUSEPPE MANNO CARLO FELICE GIUSEPPE MANNO GIUSEPPE MANNO VINCENZO SULIS VINCENZO RAIMONDO PORRU RAIMONDO VALLE FRANCESCO CARBONI FRANCESCO CARBONI PASQUALE TOLA 1837-1838 Del matrimonio e de’ suoi doveri Epigrammi Il Napoleone Istituzioni poetiche proposte agli amatori di poesia latina e italiana Su leone e s’ainu Tancas serradas a muru Canzona di mastru Juanni Di alcuni antichi pregiudizii sulla così detta Sarda intemperie, e sulla malattia conosciuta con questo nome, Lezione Fisico-Medica Histoire géographique, politique et naturelle de la Sardaigne I tonni Dissertazioni sul progresso delle scienze e della letteratura in Sardegna dal ristabilimento delle due regie Università Droit maritime de l’Europe Saggio storico-fisico sopra una grotta sotterranea esistente presso la città di Alghero Programma d’un giornale di varia letteratura ad uso de’ sardi L’antro fatidico Sonetti storici sulla Sardegna Saggio di grammatica sul dialetto sardo meridionale Ercole ed Ebe Camilla e Polidoro Gli eroi I coralli (traduzione del poema latino De corallis di Francesco Carboni) Storia di Sardegna Codice feliciano De’ vizi de’ letterati Della fortuna delle parole Autobiografia Nou dizionariu universali sardu-italianu Il tempio del destino De sardorum literatura Selectiora carmina Dizionario biografico degli uomini illustri 43 1839-1841 PIETRO MARTINI PIETRO MARTINI 1839 VITTORIO ANGIUS GIUSEPPE MANNO 1840 GIOVANNI SPANO 1840? VINCENZO BRUSCU ONNIS 1842 FRANCESCO CARBONI GIUSEPPE MANNO 1843-1844 1845 GIOVANNI SIOTTO-PINTOR VINCENZO BRUSCU ONNIS 1847 VITTORIO ANGIUS 1850? GAVINO NINO 1851 GIOVAN BATTISTA TUVERI 1851-1852 1852 1855-1876 1857 GIOVANNI SPANO PIETRO MARTINI GIORGIO ASPRONI FRANCESCO SULIS 1861 PIETRO MARTINI 1861-1868 1862 1864 1868 PASQUALE TOLA ANTONIO BACCAREDDA ANTONIO BACCAREDDA GIOACCHINO CIUFFO GIUSEPPE MANNO ANTONIO BACCAREDDA CARLO BRUNDU ANTONIO BACCAREDDA MICHELE OPERTI ANTONIO BACCAREDDA CARLO BRUNDU PIETRO CARBONI OTTONE BACAREDDA CARLO BRUNDU ENRICO COSTA MARCELLO COSSU 1869 1870 1871 1872 1874 1875 44 di Sardegna Biografia sarda Storia ecclesiastica di Sardegna De laudibus Leonorae Arborensium reginae oratio Il giornale di un collegiale Ortografia sarda nazionale, ossia grammatica della lingua logudorese paragonata all’italiana L’orfano De corde Jesu, Sonetti in sardo logudorese sull’Eucaristia Storia moderna della Sardegna dall’anno 1775 al 1799 Storia letteraria di Sardegna Adelasia di Torres Carte d’Arborea (Falsi d’Arborea) Leonora d’Arborea o scene sarde degli ultimi lustri del secolo XIV Ugone d’Arborea Del diritto dell’uomo alla distruzione dei cattivi governi. Trattato teologico filosofico Vocabolario sardo-italiano e italiano-sardo Storia di Sardegna dal 1799 al 1816 Diario Dei moti politici dell’isola di Sardegna Storia delle invasioni degli arabi e delle piraterie dei barbareschi in Sardegna Codex diplomaticus Sardiniae Angelica La crestaia Eleonora d’Arborea Note sarde e ricordi Paolina L’Alcaide di Longone Il bene dal male Vincenzo Sulis Vincenzo Sulis. Bozzetto storico La rotta di Macomer Leonardo Alagon Roccaspinosa Adelasia di Torres Paolina Elodia e la repubblica sassarese 1876 GIOVANNI SIOTTO-PINTOR GIOVANNI SIOTTO-PINTOR MARCELLO COSSU CARLO BRUNDU 1877 GIOVANNI SIOTTO-PINTOR 1878 1879 GIOVANNI SIOTTO-PINTOR MARCELLO COSSU OTTONE BACAREDDA ANTONIO BACCAREDDA GAVINO COSSU OTTONE BACAREDDA ENRICO COSTA MARCELLO COSSU 1881 1882 1884 1885 1887 STEFANO SAMPOL GANDOLFO ENRICO COSTA Il ridicolo Non mi ama Violetta del Goceano Una congiura in Cagliari Storia civile dei popoli sardi dal 1798 al 1848 Feliciana, ossia la ribellione delle mogli La bella di Osilo Bozzetti sardi Sull’orlo dell’abisso Gli Anchita e i Brundanu Casa Corniola Il muto di Gallura Ritedda di Barigau L’eremita di Ripaglia ossia l’antipapa Amedeo VIII di Savoia. Racconto storico La bella di Cabras 45 La narrativa del Novecento A narrativa do Novecento 1890 1891 1892 1893 1894 1895 1896 1897 1898 1899 1900 1902 GRAZIA DELEDDA GRAZIA DELEDDA GRAZIA DELEDDA GRAZIA DELEDDA GRAZIA DELEDDA GRAZIA DELEDDA GRAZIA DELEDDA CARLO BRUNDO GRAZIA DELEDDA GRAZIA DELEDDA GRAZIA DELEDDA GRAZIA DELEDDA ENRICO COSTA ENRICO COSTA GRAZIA DELEDDA GRAZIA DELEDDA GRAZIA DELEDDA GRAZIA DELEDDA GRAZIA DELEDDA GRAZIA DELEDDA GRAZIA DELEDDA GRAZIA DELEDDA GIOVANNI SARAGAT POMPEO CALVIA GRAZIA DELEDDA GIOVANNI SARAGAT 1903 1904 1905 1906 1907 46 GRAZIA DELEDDA GRAZIA DELEDDA FILIBERTO FARCI GIOVANNI SARAGAT GRAZIA DELEDDA GIOVANNI SARAGAT GRAZIA DELEDDA GRAZIA DELEDDA GRAZIA DELEDDA Nell’azzurro Amore regale Stella d’Oriente Fior di Sardegna Amori fatali, La leggenda nera La regina delle tenebre Sulle montagne sarde Il romanzo di una montanina Racconti sardi Le tentazioni Anime oneste La via del male Rosa Gambella Giovanni Tolu Il tesoro L’ospite Giaffah La giustizia N. S. del buon consiglio Le disgrazie che può cagionare il denaro I tre talismani Il vecchio della montagna Tribunali umoristici. Anno I Quiteria Dopo il divorzio La giustizia che diverte. Tribunali umoristici. Anno II Elias Portolu Cenere Novelle rusticane La famiglia alpinistica. Tipi e paesaggi I giochi della vita Mondo birbone. Tribunali umoristici Nostalgie L’edera Amori moderni 1908 1910 1911 1912 1913 1914 1915 1916 1918 1919 1920 1921 1922 1923 1924 1925 1926 1927 1928 1929 GRAZIA DELEDDA GIACINTO SATTA GRAZIA DELEDDA PIETRO CASU GRAZIA DELEDDA GRAZIA DELEDDA GRAZIA DELEDDA GRAZIA DELEDDA GRAZIA DELEDDA GRAZIA DELEDDA GRAZIA DELEDDA GRAZIA DELEDDA GRAZIA DELEDDA GIOVANNI SARAGAT GRAZIA DELEDDA GRAZIA DELEDDA FILIPPO ADDIS PIETRO CASU GRAZIA DELEDDA GRAZIA DELEDDA PIETRO CASU GRAZIA DELEDDA GRAZIA DELEDDA PIETRO CASU PIETRO CASU GRAZIA DELEDDA PIETRO CASU GRAZIA DELEDDA ROMOLO RICCARDO LECIS STEFANO SUSINI PIETRO CASU PIETRO CASU GRAZIA DELEDDA FILIBERTO FARCI FILIPPO ADDIS PIETRO CASU FRANCESCO CUCCA GRAZIA DELEDDA GRAZIA DELEDDA LINO MASALA LOBINA GIOVANNI CAU GRAZIA DELEDDA GRAZIA DELEDDA FILIPPO ADDIS L’ombra del passato Il tesoro degli angioini Il nonno Notte sarda Sino al confine Il nostro padrone Nel deserto Colombi e sparvieri Chiaroscuro Canne al vento Le colpe altrui Marianna Sirca Il fanciullo nascosto Ironie L’incendio nell’uliveto Il ritorno del figlio, La bambina rubata Il divorzio Ghermita al core La madre Naufraghi in porto Il voto Cattive compagnie Il segreto dell’uomo solitario Aurora sarda Per te, Sardegna Il dio dei viventi La dura tappa Il flauto nel bosco La razza Sardi alla mola Tra due crepuscoli Mal germe La danza della collana Edera sui ruderi Giagu Iscriccia La voragine Galoppate nell’Islam La fuga in Egitto Il sigillo d’amore La mola La fonte di Narciso Annalena Bilsini Il vecchio e i fanciulli Il fior del melograno 47 1930 1931 1932 1933 1934 1935 1936 1937 1938 1939 1942 1945 1948 1949 1953 1954 1955 1956 1957 48 PIETRO CASU LINO MASALA LOBINA GRAZIA DELEDDA GRAZIA DELEDDA GRAZIA DELEDDA FILIPPO ADDIS SALVATORE CAMBOSU GRAZIA DELEDDA LINO MASALA LOBINA GRAZIA DELEDDA FILIPPO ADDIS GRAZIA DELEDDA GIOVANNI ANTONIO MURA FILIBERTO FARCI FILIPPO ADDIS GRAZIA DELEDDA GRAZIA DELEDDA GRAZIA DELEDDA PIETRO CASU EMILIO LUSSU FILIPPO ADDIS GRAZIA DELEDDA MARIA DELOGU GIUSEPPE DESSÌ GIUSEPPE DESSÌ FILIBERTO FARCI FILIBERTO FARCI GIUSEPPE DESSÌ GIUSEPPE DESSÌ FRANCESCO FANCELLO SALVATORE SATTA MARIA DELOGU GIUSEPPE DESSÌ FRANCESCO FANCELLO MARIA DELOGU PARIDE ROMBI FRANCESCO ZEDDA SALVATORE CAMBOSU GIUSEPPE DESSÌ FRANCO SOLINAS SALVATORE CAMBOSU GIUSEPPE DESSÌ GIUSEPPE DESSÌ MARIA GIACOBBE Santa vendetta I capitomboli di Gabriele Deriu La casa del poeta Il dono di Natale Il paese del vento Le bestie dei miei amici: i bipedi Lo zufolo La vigna sul mare Uno nella folla Sole d’estate Le bestie dei miei amici: i quadrupedi L’argine La tanca fiorita Sorighittu Il moro La chiesa della solitudine Cosima, quasi Grazia Cosima Cuore veggente (postuma) Un anno sull’altipiano Vecchia Sardegna Il cedro del Libano Cor meum San Silvano La sposa in città Racconti di Sardegna L’ultima tappa Michele Boschino Racconti vecchi e nuovi Il diavolo fra i pastori De profundis Gli operai della fabbrica Storia del principe Lui Il salto delle pecore matte Albana Gregori Perdu C’è un’isola antica Miele amaro I passeri Squarciò Una stagione a Orolai Isola dell’Angelo La ballerina di carta Diario di una maestrina 1959 1960 1961 1962 1964 1965 1966 1967 1968 1969 1971 1972 1974 1975 1976 1977 1978 1981 1982 1983 1984 GIUSEPPE DESSÌ GIUSEPPE DESSÌ GIUSEPPE FIORI GIUSEPPE DESSÌ MARIA GIACOBBE FRANCESCO MASALA MARIANGELA SATTA FRANCESCO ZEDDA GIUSEPPE ZURI - SALVATORE MANNUZZU GIUSEPPE DESSÌ ANTONIO GRAMSCI GIUSEPPE DESSÌ MARIANGELA SATTA ANTONIO COSSU MICHELE COLUMBU EMILIO LUSSU ANTONIO PUDDU BACHISIO ZIZI ANTONIO COSSU PARIDE ROMBI FRANCESCO ZEDDA GIUSEPPE DESSÌ BACHISIO ZIZI LINA CHERCHI TIDORE BACHISIO ZIZI GAVINO LEDDA LINA CHERCHI TIDORE LINA CHERCHI TIDORE MARIA GIACOBBE GAVINO LEDDA SALVATORE SATTA GIULIO ANGIONI GIUSEPPE DESSÌ ANGELO CARTA GIANFRANCO PINTORE SALVATORE SATTA BACHISIO ZIZI LARENTU PUSCEDDU GIULIO ANGIONI MICHELANGELO PIRA ANTONIO PUDDU SERGIO ATZENI SALVATORE CAMBOSU ANTONIO COSSU Introduzione alla vita di Giacomo Scarbo Racconti drammatici Sonetàula Il disertore Piccole cronache Quelli dalle labbra bianche Il grano e il loglio Ascanio Un Dodge a fari spenti Eleonora d’Arborea Lettere dal carcere Lei era l’acqua Il ventilabro I figli di Pietro Paolo L’aurora è lontana Il cinghiale del diavolo Zio Mundeddu Marco e il banditismo Il riscatto Il raccolto Maracanda Paese d’ombre Il filo della pietra Colloqui e dialoghi Greggi d’ira Padre padrone Natale a Orgosolo Capo d'orso Le radici Lingua di falce Il giorno del giudizio (postumo) A fuoco dentro A fogu aintru La scelta (postumo) Anzelinu Sardigna ruja La veranda (postumo) Il ponte di Marreri S’arvore de sos Tzinesos Sardonica Sos sinnos La colpa di vivere Araj dimoniu Racconti Mannigos de memoria 49 1985 1986 1987 1988 1989 1990 1991 1992 1993 1994 1995 50 FRANCESCO ZEDDA BACHISIO ZIZI MIMMO BUA ANTONIO COSSU GIANFRANCO PINTORE SERGIO ATZENI FRANCESCO MASALA NATALINO PIRAS MARIO PUDDU BENVENUTO LOBINA FRANCESCO ZEDDA BACHISIO ZIZI GIULIO ANGIONI GIULIO ANGIONI SALVATORE MANNUZZU BACHISIO ZIZI GIUSEPPE DESSÌ SALVATORE MANNUZZU FRANCESCO MASALA GIANFRANCO PINTORE GIULIO ANGIONI SERGIO ATZENI LARENTU PUSCEDDU SALVATORE SECHI GIULIO ANGIONI MICHELE COLUMBU MARCELLO FOIS MARCELLO FOIS SALVATORE MANNUZZU GIOVANNI PIGA GIULIO ANGIONI ANTONIO COSSU MARCELLO FOIS MARCELLO FOIS IGNAZIO LECCA GIAN CARLO TUSCERI GIAN CARLO TUSCERI GIULIO ANGIONI SALVATORE MANNUZZU NATALINO PIRAS GIAN CARLO TUSCERI GIAN CARLO TUSCERI BACHISIO ZIZI SERGIO ATZENI Rapsodia sarda Erthole Gente di Ischiria A tempos de Lussurzu Manzela Apologo del giudice bandito Il dio petrolio Il tradimento del mago Alivertu Po cantu Biddanoa Sinfonia aurea Santi di creta L’oro di Fraus La visita Procedura Mas complicado Come un tiepido vento (postumo) Un morso di formica S’Istoria Su zogu Il sale sulla ferita Il figlio di Bakunìn Mastru Taras Fuga nella memoria Una ignota compagnia Senza un perché Ferro recente Picta La figlia perduta Sas andalas de su tempus Lune di stagno Il vento e altri racconti Meglio morti Falso gotico nuorese L'arca di Noè Sette schegge di luna Per Dio e per il re La visita Le ceneri del Montiferro La piana di Chentomìnes Di stenciu a manu mancina L'isuli du sprafundu Il cammino spezzato Il quinto passo è l’addio 1996 1997 1998 1999 2000 IGNAZIO LECCA NATALINO PIRAS SALVATOR RUJU SERGIO ATZENI SERGIO ATZENI FRANCESCO CUCCA MICHELANGELO PIRA ANTONIO PUDDU MARCELLO FOIS MARCELLO FOIS MARIA GIACOBBE IGNAZIO LECCA SALVATORE NIFFOI SALVATORE SATTA GIUSEPPE TIROTTO BACHISIO ZIZI SERGIO ATZENI FILIPPO CANU MARCELLO FOIS IGNAZIO LECCA PAOLO MACCIONI RUGGERO ROGGIO SERGIO ATZENI MIMMO BUA ALBERTO CAPITTA LUCIANA FLORIS MARCELLO FOIS MARCELLO FOIS MARIA GIACOBBE IGNAZIO LECCA NICOLA LECCA BRUNO MUNTONI SALVATORE NIFFOI MARIA PES BEPI VIGNA BACHISIO ZIZI MILENA AGUS GIULIO ANGIONI GIOVANNI CARA NICOLA LECCA BENVENUTO LOBINA SALVATORE MANNUZZU GIUSEPPE MARCI LUCIANO MARROCU Le intime pietre - un racconto industriale La Mamma del sole La casa del corso Passavamo sulla terra leggeri Bellas mariposas Muni rosa del Suf Isalle La valle dei colombi Sheol Nulla Il mare Sentieri di città Collodoro La stazione dei sogni Lu bastimentu di li sogni di sciumma Cantore in malas Si...otto! Funerale di stato Sempre caro Tornare a Giarranas Insonnie newyorkesi Stirare sinché posso Raccontar fole Contos torrados dae attesu Il cielo nevica Isole di terra, di pietra, d’aria Gap Sangue dal cielo Maschere e angeli nudi Sciuliai umbras Concerti senza orchestra Sotto il segno di Lyra Il viaggio degli inganni L’occhio della luna La pietra antica Lettere da Orune Elettroni liberi Il gioco del mondo L’angelo armato Ritratto notturno Racconti Il catalogo Vita, pensieri e opere di Giuseppe Torres Fàulas 51 2001 2002 2003 52 SALVATORE NIFFOI GIANFRANCO PINTORE GRAZIA MARIA PODDIGHE RAFFAELE PUDDU FLAVIO SORIGA GIULIO ANGIONI CRISTIANO BANDINI PASQUETTA BASCIU FRANCESCO CARLINI FRANCESCO CARLINI ELIANO CAU GIULIA CLARKSON MARINA DANESE MARCELLO FOIS MARIA GIACOBBE PAOLO MANINCHEDDA SALVATORE MANNUZZU MARIELLA MARRAS FRANCESCO MASALA SALVATORE NIFFOI LUIGI PINTOR NATALINO PIRAS ANTONIO PUDDU LARENTU PUSCEDDU ALDO TANCHIS GIUSEPPE TIROTTO GIORGIO TODDE GIAMPAOLO CASSITTA BACHISIO ZIZI GIULIO ANGIONI SERGIO ATZENI PIETRO CLEMENTE ANTONIO COSSU MARCELLO FOIS MARCELLO FOIS MARCELLO FOIS LUCIANO MARROCU GIANFRANCO PINTORE SALVATORE SATTA FLAVIO SORIGA GIUSEPPE TIROTTO GIORGIO TODDE FRANCESCO ABATE PAOLA ALCIONI Il postino di Piracherfa La caccia Il paese dell’uva Pueblo Diavoli di Nuraiò Millant’anni Mezza stagione Omar S’omini chi bendiat su tempus Basilisa Dove vanno le nuvole Le stagioni di Flora Corte Soliana Dura madre Arcipelaghi Non toccate la gramigna Alice La corsa alla stella Il parroco di Arasolè Cristolu Il nespolo Il sogno e il sonno Dopo l’estate Su belu de sa bonaùra Pesi leggeri L’umbra di lu soli Lo stato delle anime Asinara. Il rumore del silenzio Da riva a riva La casa della palma Racconti con colonna sonora Triglie di scoglio Il sogno svanito L’altro mondo Materiali Piccole storie nere Debrà libanòs Nurài Abbalughente Neropioggia Cumenti òru di néuli La matta bestialità Il cattivo cronista La stirpe dei re perduti GIULIO ANGIONI SERGIO ATZENI RINA BRUNDU GIULIA CLARKSON NANNI FALCONI MARIA GIACOBBE NICOLA LECCA PAOLO MACCIONI BASTIANA MADAU GIUSEPPE MARCI GIANFRANCO MURTAS 2004 2005 MARIA PES GIORGIO TODDE FRANCESCO ABATE PAOLA ALCIONI - ANTONI MARIA PALA GIULIO ANGIONI PASQUETTA BASCIU ALBERTO CAPITTA ELIANO CAU LINA CHERCHI TIDORE ROSSANA COPEZ PAOLO MACCIONI SALVATORE MANNUZZU SALVATORE MANNUZZU GIUSEPPE MARCI GIANNI MARILOTTI LUCIANO MARROCU GIAN PAOLO MELE CORRIGA SALVATORE NIFFOI ALBINO PAU GIUSEPPE PILI SALVATORE PINNA LUIGI PINTOR BRUNO ROMBI MARIANGELA SEDDA GIUSEPPE TIROTTO GIUSEPPE TIROTTO GIORGIO TODDE GIORGIO TODDE MILENA AGUS GIULIO ANGIONI ROSSANA CARCASSI ANNA CASTELLINO Il mare intorno Gli anni della grande peste Tana di volpe La città d’acqua Su cuadorzu Scenari d’esilio Ho visto tutto L’ufficio del pietrisco Nàscar Bìngia Lo specchio del vescovo. Il caso di Villamaura Ricordi di Cagliari e altri racconti Paura e carne Ultima di campionato Addia Assandira La danza delle cavigliere Creaturine Adelasia del Sinis Ill’anni di la gherra Si chiama Violante Doppio gioco Il terzo suono Le fate dell’inverno Il tesoro di Todde La quattordicesima commensale Scarpe rosse, tacchi a spillo Lo scialle La sesta ora Sas gamas de Istelai Il ventre della sposa bambina La vera storia di Gigaggioga Gungù Servabo Una donna di carbone Oltremare Agra terra La rena dopo la risacca Ei L’occhiata letale Mentre dorme il pescecane Alba dei giorni bui L’orafo In su celu siat 53 PAOLO CHERCHI LINA CHERCHI TIDORE ROBERTO CONCU MARIANGELA DUI NANNI FALCONI ANNALISA FERRUZZI MARIO FILIA LUCIANA FLORIS MARIA GIACOBBE IGNAZIO LECCA ANGELO LEDDA 2006 54 Erostrati e astripeti Amore, amore Verità per verità Meledda Sa gianna tancada L’uomo in fallo Luna mala Doppia radice Pòju Luàdu Quirino Irde stratega Ex prete Terra Rossa: un racconto dal Nordeste ARMANDO MACCIOCU Brasiliano SANDRO MASCIA Café Marina GIAN PAOLO MELE CORRIGA Gli impareggiabili figli di Nur MARIO MEREU Aremigus MARCO MURENU Nel terzo piano SALVATORE NIFFOI La leggenda di Redenta Tiria NINO NONNIS Hanno ucciso il bar ragno MARIO ORRÙ Il mandorlo fiorisce sempre ENRICO PILI La quinta S Chicchi di grano. Storie d’amore e ANNA PAOLA PISCHEDDA OGGIANO – ANTONELLA RITA PISCHEDDA OGGIANO d’amicizia nella Tempio di fine Ottocento GRAZIA MARIA PODDIGHE La regina degli Shardana MARIA FRANCESCA PUDDU Una domenica straordinaria MARIANGELA SEDDA Sotto la statua del re ALDO TANCHIS L’anno senza estate GIORGIO TODDE E quale amor non cambia FRANCESCO ABATE Getsemani MILENA AGUS Mal di pietre GIULIO ANGIONI Le fiamme di Toledo DANIELA BIONDA Orgianas LINA BRUNDU Riverberi e testimonianze ANNA CASTELLINO Mischineddus EMANUELE CIOGLIA Il mozzateste MICHELE CONGIAS La montagna della luce AUGUSTO CUCCUI Dea madre FRANCESCO ANGELO DEMONTIS L’ultimo desiderio del giudice LINA DETTORI La famiglia immaginaria VASCO DOVERI Banditi GIANLUCA FLORIS Il lato destro MARCELLO FOIS Memoria del vuoto NICOLA LECCA Hotel Borg ARMANDO MACCIOCU Il diavolo al castello 2007 GIACOMO MAMELI NICOLÒ MANCA SANDRO MASCIA RITA MASTINU GIANLUCA MEDAS VITTORIO MELIS FRANCO MELIS SALVATORE NIFFOI ANTONELLO PELLEGRINO ENRICO PILI PAOLO PILLONCA GIANNI PILUDU NATALINO PIRAS ANDREA PUBUSA GIUSEPPE PUSCEDDU NELLO RUBATTU ALDO SALIS GIORGIO SECCI RINO SOLINAS GIUSEPPE TIROTTO FULVIO TOCCO GIAN CARLO TUSCERI BEPI VIGNA FRANCESCO ABATE MILENA AGUS PAOLA ALCIONI GIULIO ANGIONI MARIANO BACHIS GINO CAMBONI MARIO CORDA ALESSANDRO DE ROMA LINA DETTORI GIOVANNI ENNA MARIO FILIA MARCELLO FOIS NICOLA LECCA - LAURA PARIANI ADELE LORIGA CAMOGLIO ANNALENA MANCA ANTONIO DIEGO MANCA SALVATORE MANNUZZU SANDRO MASCIA MICHELA MURGIA MARCELLO MURRU SALVATORE NIFFOI La ghianda è una ciliegia Sa enna ‘e s’anima Nicoletta La mia terra visionaria Le avventure di Flamingo Sardo, luce degli dei Bonaria La vedova scalza Bronzo Incroci a raso Antonandria "...A quel punto volai via" Sepultas Gioco pericoloso Fratello bandito Hanno morto a Vinnèpaitutti Il padre di Chiara La carretta Il pastore di capre Il bastimento dei sogni di spuma Correva come un cavallo Parlavo col vento Niccolai in mondovisione I ragazzi di città Perché scrivere Mordipiedi il tenebroso La pelle intera Anime trafitte Il Continentale La piazzetta Vita e morte di Ludovico Lauter Baffi di cacao 1409. Fuga sulla Giara L’ultimo canto del colle Gente del libro Ghiacciofuoco La porta interna del mare L’accademia degli scrittori muti La donna delle sette fonti Giobbe L’Alfa e l’Omega Il mondo deve sapere Bhutan L’ultimo inverno 55 2008 2009 56 SALVATORE NIFFOI ENRICO PILI GIANFRANCO PINTORE ALBERTO SECCI AUGUSTO SECCHI GIUSEPPE TIROTTO GIORGIO TODDE GIORGIO TODDE ANTONIO TURNU MARCO VARGIU FRANCESCO ABATE MILENA AGUS MILENA AGUS GIULIO ANGIONI ALBERTO CAPITTA MASSIMO CARLOTTO FRANCESCO ABATE MASSIMO CARLOTTO FRANCESCO ABATE ALESSANDRO DE ROMA SAVINA DOLORES MASSA ALESSANDRA MURGIA SALVATORE NIFFOI NINO NONNIS OTTAVIO OLITA SIMONE SANNA FLAVIO SORIGA ALDO TANCHIS BRUNO TOGNOLINI FRANCESCO ABATE FRANCESCO ABATE MILENA AGUS MARIO FILIA BACHISIO FLORIS MARCELLO FOIS PIA GIGANTI NICOLA LECCA ELIAS MANDREU FRANCO MELIS MICHELA MURGIA OTTAVIO OLITA GIANFRANCO PINTORE GIUSEPPE PUTZOLU STEFANIA SABA Ritorno a Baraule Hinterland Sei Morte de unu Presidente Dulcòe Rituali scolastici Lu basgiu di la luna matrona Al caffè del silenzio L’estremo delle cose Ibrida perpetua Penne in agrodolce Così si dice Ali di babbo Il vicino Afa Il giardino non esiste L’ albero dei microchip Mi fido di te La fine dei giorni Undici Mattia Saba Il pane di Abele Una donna tutta d’un pezzo La borsa del colonnello Come Bocca di Rosa Sardinia blues Una luce passeggera Ciò che non lava l’acqua L’uomo di mezzo Matrimonio e piacere La contessa di ricotta Ne parlerò con Elias Nùoro forever Stirpe Canto di donne Il corpo odiato Nero riflesso Quei giorni a Fonsarda Accabadora Il futuro sospeso La stele di Osana Il viandante Su calarighe 2010 2011 MARIANGELA SEDDA CLARA SPADA DANIELA SPIGA GIORGIO TODDE FRANCESCO ABATE SAVERIO MASTROFRANCO GIULIO ANGIONI GIANCARLO BIFFI MICHELA CAPONE GIOVANNI CARA BARBARA CIDDA MARIO CIUSA CLAUDIO COLLU TORE CUBEDDU ALESSANDRO DE ROMA LINA DETTORI FILIBERTO FARCI FABRIZIO FENU ANNALISA FERRUZZI BRUNO FURCAS - SALVATORE BANDINU FRANCA ELISABETTA IANNUCCI LICIA LISEI - PIERO MARCIALIS PAOLO MACCIONI MARIA MANCA PULINO LUIGI MANCONI MARCO LOMBARDO RADICE ELIAS MANDREU MARIELLA MARRAS SAVINA DOLORES MASSA PIETRO MAURANDI RAFAEL MEDINA ROBERTO MURA ALESSANDRA MURGIA SALVATORE NIFFOI DAVIDE PADERI ANTONELLO PELLEGRINO ENRICO PILI GIUSEPPE PILI AUGUSTO SECCHI FLAVIO SORIGA ALESSANDRA STARA GIORGIO TODDE ANNA TOLU POUGET RENATA ASQUER Vincendo l’ombra La chiave del Vaticano Ai bordi della vita Dieci gocce Chiedo scusa Doppio cielo Rosmarino e il frigorifero che parla Quando impari a allacciarti le scarpe Viaggio per un altro viaggio Abba ìa Il ladro di momenti Siderale Cisaus Il primo passo nel bosco Il sentimento prevalente Gioele Flores e altri racconti Flavia e il minatore Le tre scimmiette Boati di solitudine Gli anni della foca monaca La casa dello strego Buenos Aires troppo tardi La cantina dei segreti Lavoro ai fianchi Dopotutto Il mondo con gli occhiali Mia figlia follia Hombres y dinero Sigvard Mesina e il killer romantico La zavorra Il bastone dei miracoli Belize City Dalla scura terra 7171 L’attesa del giudizio Nel seme del padre Vicolo rosso Il cuore dei briganti Chocolate’s perfume Ero quel che sei Gli anni della speranza Dal primo alla zeta 57 BACHISIO BANDINU GIAMPAOLO CASSITTA ROSSANA COPEZ - GIOVANNI FOLLESA MARIO CORDA BACHISIO FLORIS DANIELA FRIGAU BRUNO FURCAS MARIA GIACOBBE MARIA ANTONIETTA MACCIOCU DONATELLA MORESCHI PETALIE GIOVANNI MASCIA NICOLÒ MIGHELI ANTONELLO MONNI MICHELA MURGIA NINO NONNIS MARIA GABRIELLA OLIANAS ANTONELLO PELLEGRINO ALESSANDRO PILLONI BRUNO ROMBI FABIO SANNA PRIAMO MARIO SANNA EZIO SECCI MARIANGELA SEDDA ANGELA SERRA FLAVIO SORIGA CLARA SPADA GIORGIO TODDE MARIA TERESA USAI 58 L’amore del figlio meraviglioso Il piano zero Terra mala Le casseruole rubate Tre ore Se fossi conchiglia ti amerei per sempre Un mondo a parte Euridice Romanzo popolare sardo-piemontese Tzacca stradoni! Hidalgos Il bambino dalla milza di legno Ave Mary La vita altrove Per dare voce all’oblio Bronzo Antabuse Il labirinto del G8 Cacciabbuffi Appuntamento a Malga Lora L’incidente Nel vuoto arioso del mondo La ragazza dietro la porta Nuraghe Beach Un leone nel cuore Le indagini dell’imbalsamatore (Efisio Marini) La pazza e il megalomane Giuseppe Marci, professore ordinario, insegna Filologia Italiana nella Facoltà di Lingue e Letterature straniere dell’Università di Cagliari e Letteratura sarda nella Facoltà di Lettere e Filosofia dell’Università di Cagliari. Ha insegnato nell’Università di Sassari. È direttore del Centro di Studi Filologici Sardi e, in tale veste, segue la pubblicazione della collana “Scrittori sardi”. Svolge attività pubblicistica operando nel campo del giornalismo letterario. Ha fondato e diretto “NAE”, trimestrale di cultura (2002-2008). Ha studiato le modalità secondo le quali la letteratura italiana si è articolata, nei diversi momenti del tempo e nelle differenti aree geografiche, e ha dedicato specifica attenzione ai casi rappresentati dalla Sardegna e dalla Sicilia. Si è occupato di opere autobiografiche settecentesche (Giacomo Casanova) e di narrativa novecentesca (Beppe Fenoglio, Sergio Atzeni). Ha curato l’edizione delle opere di autori didascalici del Settecento (Domenico Simon, Giuseppe Cossu, Antonio Purqueddu, Andrea Manca dell’Arca, Pietro Leo); di scrittori (Enrico Costa) e di autobiografi dell’Ottocento (Vincenzo Sulis); di scrittori (Salvatore Satta) e di autobiografi (Umberto Cardia) del Novecento. Ha scritto un volume intitolato In presenza di tutte le lingue del mondo. Letteratura sarda nel quale, osservando il caso specifico della letteratura sarda dall’antichità ai giorni nostri, riflette sul tema del canone e sulla relazione fra autori maggiori e minori, fra le grandi tradizioni letterarie e le produzioni elaborate in aree marginali e periferiche. 59 Giuseppe Marci Giuseppe Marci, professor ordinário, ensina Filologia Italiana na Faculdade de Línguas e Literaturas estrangeiras da Universidade de Cagliari e Literatura sarda na Faculdade de Letras e filosofia da universidade de Cagliari. Ensinou na Universidade de Sassari. É diretor do Centro de Estudos Filológicos Sardos e, como tal, dirige a publicação da coluna “Escritores sardos”. Exerce atividade jornalística, operando no campo do jornalismo literário. Fundou e dirigiu “NAE”, um trimestral de cultura (2002-2008). Estudou as modalidades segundo as quais a literatura italiana se articulou nos diversos momentos do tempo e nas diferentes áreas geográficas, e dedicou específica atenção aos casos representados pela Sardenha e pela Sicília. Ocupou-se de obras autobiográficas do Settecento (Giacomo Casanova) e de narrativa do Novecento (Beppe Fenoglio, Sergio Atzeni). Coordenou a edição das obras de autores menos conhecidos do Settecento (Domenico Simon, Giuseppe Cossu, Antonio Purqueddu, Andrea Manca dell’Arca, Pietro Leo); de escritores (Enrico Costa) e de autobiógrafos do Ottocento (Vincenzo Sulis); de escritores (Salvatore Satta) e de autobiógrafos (Umberto Cardia) do Novecento. Escreveu um volume intitulado Na presença de todas as línguas do mundo. Literatura sarda, no qual, observando o caso específico da literatura sarda da antiguidade aos nosso dias, reflete sobre o tema do cânone e sobre a relação entre aiutores maiores e menores, entre as grandes tradições literárias e as produções elaboradas em áreas marginais e periféricas. Letteratura sarda In presenza di tutte le lingue del mondo Euro 4,00 Com tradução em Língua Portuguesa Con traduzione in lingua portoghese CENTRO DI STUDI FILOLOGICI SARDI / CUEC