fashion weeks - GrandOptical

Transcrição

fashion weeks - GrandOptical
GO
mag_11
ENTREVISTA
Namalimba Coelho,
a responsável pela comunicação
do Museu Coleção Berardo
revela-nos as fontes de inspiração
que “fazem parte do nosso quotidiano”.
DESTAQUE
A esta edição trazemos o melhor
da arquitetura contemporânea
e do Prémio Mies van der Rohe.
MODA
PRIMAVERA-VERÃO
Cortes masculinos e outfits
muito femininos para que
se inspire e transforme o seu closet.
FASHION WEEKS
Diretamente das ruas de Londres,
Paris e Milão surgem as verdadeiras
tendências de estilo!
27
17
GO
mag_11
39
34
8
28
8 | 9 PRÉMIO MIES VAN DER ROHE
A GO MAG foi espreitar os mais de
400 projetos na lista de nomeados e
selecionámos 6 que são must go!
14 | 16 TENDÊNCIAS
Inspire-se com as novas coleções
femininas e masculinas para a nova
estação
17 | GRANDE ENTREVISTA
Traçamos o perfil de Namalimba Coelho,
a Assessora de Imprensa do Museu
Coleção Berardo
2 _GOmag_11
2311
23 | LUXURY SURF
A tendência em voga para pormenores
sofisticados no mais cool desporto
aquático é um paradoxo: aliar o espírito
surfista ao requinte de acessórios de luxo
28 | MOLEKE
Margarida Roseiro e Carla Mendes são
as “mães” de um projeto empreendedor:
uma marca artesanal de mocassins de
qualidade para bebés e crianças
27 | MODA CRIANÇA
Os meninos adoram inspirar-se no look
dos pais e as meninas copiam sempre o
estilo das suas it girls… conheça todas as
tendências para criança
39 | JANELAS ABERTAS PARA
A INOVAÇÃO
Trazemos a esta edição uma seleção de
obras de arquitetura cuja tecnologia e
construção são inspiradas na filosofia de
Le Corbusier
37
EDITORIAL
No regresso à temporada mais quente e
agradável, a 11ª edição da GO MAG celebra
as tendências e novidades que farão desta
primavera-verão, uma fonte de inspiração
para cada novo dia.
Moda, Design e Arte são conceitos indis­
sociáveis da nossa revista, pelo que, tra­
zemos à grande entrevista as perspetivas
de Namalimba Coelho – responsável de
comunicação do Museu Coleção Berardo –
que nos revela as suas fontes de inspiração
e a forma como “tudo depende do nosso olhar
atento ao que nos rodeia, desde momentos,
imagens, conversas, encontros, emoções”…
sem dúvida uma mulher GO MAG, que
convidamos a conhecer!
30
Altuzarra
Nesta edição descubra, também, a Ar­qui­
tetura dos nomeados aos Prémios Mies van
der Rohe e as janelas inovadoras, que se
abrem em obras arrojadas, cuja filosofia vai
ao encontro das ideologias de Le Corbusier.
GO
mag_11
ENTREVISTA
Namalimba Coelho,
a responsável pela comunicação
do Museu Coleção Berardo
revela-nos as fontes de inspiração
que “fazem parte do nosso quotidiano”.
DESTAQUE
A esta edição trazemos o melhor
da arquitetura contemporânea
e do Prémio Mies van der Rohe.
MODA
PRIMAVERA-VERÃO
16
Cortes masculinos e outfits
muito femininos para que
se inspire e transforme o seu closet.
FASHION WEEKS
Diretamente das ruas de Londres,
Paris e Milão surgem as verdadeiras
tendências de estilo!
CAPA
Fotografia: Filipe Pombo
Make Up: Alda Salavisa
Leve a revista no seu smartphone ou tablet
Propriedade: GrandOptical Portugal, S.A.
www.grandoptical.pt
Coordenação: Dept. Marketing
Gestão Integrada de Conteúdos: Greenmedia
Agência de Comunicação
A GO MAG, orientada para as indústrias
criativas e, necessariamente, para o se­
tor da Moda, investigou as atuais res­
postas à problemática de um negócio
que é, muitas vezes, alvo de falsificações
e adulterações que afetam empresas,
marcas e profissionais. Descobrimos que,
recentemente, foi desenvolvida uma área
jurídica especializada em Fashion Law e
contamos-lhe o essencial sobre este tema.
A gastronomia vegan, o surf, o running
e todas as tendências spring-summer
diretamente das fashion weeks são te­
mas que complementam uma fonte de co­
nhecimento criado a pensar em si, para um
apetecível fim-de-tarde, numa esplanada,
a ler a nossa revista!
5
TOP
Miu Miu
Ref. MU 50QS
Preço sob consulta na sua GrandOptical
Dolce&Gabbana
Ref. DG4234
Preço sob consulta na sua GrandOptical
Fendi
Ref. FF 0088 – CU1
Preço sob consulta na sua GrandOptical
Tom Ford
Ref. FT5323
Preço sob consulta na sua GrandOptical
Esperamos que se deixe envolver nesta
edição e desejamos uma leitura que des­
perte o melhor da sua alma criativa!
Tiragem: 22.500
Depósito Legal: 325416/11
Distribuição Gratuita
Esta revista foi redigida conforme o novo Acordo Ortográfico
ill.i.am
Departamento de Marketing
GrandOptical Portugal
Ref. WA509S04
Preço sob consulta na sua GrandOptical
GOmag_11_3
Tom Ford
Ref. FT0366
Preço sob consulta na sua GrandOptical
GO FOR… SOCIAL MEDIA NEWS
REDES SOCIAIS ALTERNATIVAS
O Facebook foi uma verdadeira revolução, atraindo o mundo inteiro. Twitter, Tumblr, Pinterest e outras, igualmente reconhecidas, são “gigantes” e partilham esta popularidade, mas os cibernautas mais
impacientes estão cansados da publicidade e das políticas de privacidade. Um sentimento que se tem
materializado despoletando redes sociais alternativas. A GO MAG, sempre atenta às tendências que
fazem as delícias dos utilizadores exigentes, apresenta nesta edição algumas das mais trendy.
Ello
A liderar a oposição está a Ello. Esta recente
rede social afirma-se livre de publicidade e
até tem um manifesto onde a palavra de ordem é “Tu não és um produto”. A inscrição só
é possível por convite e no final, os criadores apresentam duas opções: um ‘concordo’
para partilhar o texto e um ‘discordo’ que,
curiosamente, nos encaminha para a página da Política de Utilização de Dados do
Facebook… esta curiosidade já lhe valeu a
insígnia de rede “anti-Facebook”.
A Ello apresenta um ambiente muito elegante e bem organizado. Os perfis são
simples e minimalistas, com uma descrição breve, uma fotografia, um espaço para
deixar links e uma imagem de “capa”. São
bem percetíveis as inspirações de designers
e arquitetos nas configurações e formatos
ao percorrermos esta rede social. Contudo, ainda é cedo para prever o futuro. Para
já deixamos-lhe a sugestão: visite a ELLO e
tire as suas próprias conclusões!
OUTRAS TENDÊNCIAS…
Plag**
O objetivo do Plag** é comportar-se como
“conteúdo viral”. Todos os utilizadores estão
conectados entre si, o que permite que qualquer publicação seja vista por todos. Adaptado à geração smartphone, um post recebe
um “gosto” com o deslizar de um dedo para
cima, disseminando-se rapidamente.
Se o movimento for descendente a informação deixa de ser propagada e “morre”.
A mais tecnológica e geek das redes socias alternativas, o Chirp permite partilhar fotos, arquivos ou links entre dispositivos através de frequências sonoras. O
elemento mais disruptivo é que o ruído
que um utilizador emite para partilhar
um ficheiro pode ser ampliado e captado
por vários dispositivos.
O Vivino é “a” rede social para apreciadores de vinho. Num layout simples, o
utilizador fotografa o rótulo do vinho que
está a consumir ou que quer adquirir e a
aplicação procura automaticamente os
dados do vinho pesquisado, fornecendo
indicadores como preço médio, avaliação
média, rankings e descrição. Depois é só
fazer a própria avaliação e trocar impressões com os restantes utilizadores.
https://plag.com/
http://chirp.io/faq/
http://www.vivino.com/
4_GOmag_11
GO FOR... FASHION
espírito jovem,
ousado e sofisticado!
A prestigiada grife italiana, Miu Miu, é sinónimo de mulher descontraída e arrojada, mas de gosto muito requintado. O ícone da marca é a sua criadora, Miuccia Prada, que se inspirou num diminutivo
do seu próprio nome (Miu Miu) aquando da criação da marca. Tem
como exemplo o seu pai, Mario Prada, que dirige brilhantemente a
empresa que herda o apelido da família desde os anos 70.
A Miu Miu nasce em 1992, pensada para
clientes jovens cosmopolitas ousadas,
mas que pretendiam um look mais excêntrico e acessível. Com o grande lançamento um ano mais tarde, a estilista
impulsionou a ascensão da própria Prada, transformando-a num verdadeiro
conjunto de marcas (ainda) mais fashion
que cobrem todas as idades, estilos e
exigências.
Com um espírito “inconformista”, um
pouco rebelde, sempre colorido e muito
feminino, a Miu Miu - grife destinada a
um público jovial - fez sucesso, logo de
início, nos seus primeiros desfiles. Uma
nova estética associada à alta costura
Prada, mas com peças de roupa, calçado
e acessórios inconfundíveis, estruturada
num design muito moderno de linhas sofisticadas e com pormenores arrojados.
Miu Miu
Ref. MU 02QS
Preço sob consulta na sua GrandOptical
6_GOmag_11
GO FOR... FASHION
Miu Miu
Ref. MU 08NV
Preço sob consulta na sua GrandOptical
CURIOSIDADES…
A marca investe num estilo naïf, cores
fortes, estampados atrevidos e comprimentos mini!
Um dos aspetos mais destacados da
marca são também as suas audaciosas
campanhas publicitárias.
De certo modo, a criadora da grife “inaugurou” a tendência de convidar atrizes
famosas para imagem da Miu Miu. Katie
Holmes, Kirsten Dunst, Lindsay Lohan e
Vanessa Paradis, são algumas das referências do panorama cinematográfico
mundial que assinaram campanhas da
grife.
-E
m 1994 Miuccia Prada recebeu o
prémio “Best International Designer
Award”.
- Miuccia Prada foi a primeira estilista a surgir na capa da conceituada
revista “The New York Magazine”,
em 2008, sendo considerada uma
das 100 pessoas mais influentes do
mundo.
- Em 2008 a marca decidiu extinguir as
suas linhas de coleção masculinas.
- Em 2011, Miu Miu lançou um conjunto de curtas-metragens criadas
por diretoras que se inspiraram nos
arquétipos do universo feminino. O
projeto “The Miu Miu Womens’ Tales”
convidou várias cineastas para criar
filmes curtos que releem a marca sob
a perspetiva das mulheres. Quem
lançou a série foi Zoe Cassavetes,
com The Powder Room. O filme gravado no Hotel Claridge’s, em Londres,
registava o clássico (e mítico!) momento de “ir retocar a maquilhagem”
nas instalações sanitárias dos hotéis
e restaurantes.
GOmag_11_7
GO FOR… ARCHITECTURE
ARQUITETURA CONTEMPORÂNEA
COM ASSINATURA EUROPEIA
O Prémio “Mies van der Rohe” para a arquitetura europeia recebeu, em 2000, a designação de Prémio de
Arquitetura Contemporânea da União Europeia, um galardão de grande relevância e prestígio internacional, atribuído de dois em dois anos. Portugal contou com 19 projetos nomeados em 2015 e os cinco
projetos finalistas foram: o Museu de Artes de Ravensburg, o Museu Marítimo Dinamarquês, a adega
Antinori, o Auditório da Filarmónica de Szczecin e o Centro Estudantil Saw Swee Hock. A GO MAG foi
espreitar os mais de 400 projetos na lista dos prémios deste ano e garantimos: o difícil é escolher!
Os 420 projetos nomeados, provenientes de 36 países europeus
abrangem valências diversas. O país recordista, no que respeita ao
número total de projetos nomeados, é Espanha. 27% dos projetos
pré-selecionados são relacionados com habitação, enquanto 24%
são equipamentos culturais, 11% estão relacionados com a educa-
ção e os 33% restantes são equipamentos desportivos, comerciais,
governamentais, de transporte e infraestruturas urbanas.
Deixamos, nesta edição, a visita a alguns dos nomeados mais irreverentes.
E/C HOUSE, na Ilha do Pico,
Açores
Uma ruína em S. Miguel Arcanjo, na Ilha do
Pico, foi o ponto de partida para uma casa
de férias que valorizasse e preservasse a
sua origem. Paredes austeras, a rimar com
as muralhas de pedra, mas proporcionando aberturas generosas, para a entrada de
luz e paisagem.
O interior luminoso tira partido da simplicidade para se tornar um espaço versátil,
criado por Inês Vieira da Silva e Miguel
Vieira, da SAMI Arquitetos.
BED & BUNKER, na Albânia
A Albânia é fortemente pontuada por com­
plexos de bunkers, uma reminiscência da
ditadura comunista que durou até 1991.
Estima-se que existam mais de 400.000
bunkers por todo o país.
A BED & BUNKER é uma tentativa de integrar estes edifícios abandonados num recurso arquitetónico dedicado ao turismo
low-cost, transformando os espaços em
albergues minimalistas.
8_GOmag_11
GO FOR… ARCHITECTURE
FRAC, em Dunquerque, França
As casas FRAC montam coleções regionais
de arte contemporânea, que são conservadas, arquivadas e apresentadas ao público
através de exposições on site ou por empréstimos a galerias e museus. A FRAC da região
Norte de França está localizada no porto de
Dunquerque, num antigo armazém de barcos chamado Halle AP2: um edifício singular
e simbólico, com um volume interno imenso,
brilhante e impressionante.
Foi nesse potencial que a Lacaton & Vassal
se inspirou para projetar um edifício anexo
ao Halle AP2, com uma estrutura gémea,
gião. Há mais de cinco milhões de anos
esta zona geográfica era palco de inúmeros vulcões.
Espacio Andaluz de Creación
Contemporánea, em Córdoba,
Espanha
O edifício retrata um verdadeiro “Museu
Vulcão” com paredes de betão escuro e
aço, inspiradas nas cores de rocha e da
lava vulcânica. Todo o interior e arranjos
de fluidez dos espaços devolvem o espírito e a essência de um vulcão.
Um projeto da Nieto Sobejano Arquitetos,
o Centro de Arte Contemporânea Andaluz
é o eco da cultura hispano-islâmica que
ainda está latente em Córdoba. O espaço
expande-se em sequências com diferentes
dimensões, usos e qualidades espaciais.
Trata-se de uma unidade central, aspirando às leis geométricas através do qual os
artistas, artesãos e mestres construtores
de um passado islâmico eram capazes de
criar espaços múltiplos e isotrópicos no interior da mesquita.
É um edifício facetado, com abóbadas e
motivos ornamentais inspirados nos poemas e contos de tradição islâmica, que
se refletem na superfície espelhada do
Guadalquivir.
mas apresentando detalhes distintos. O
novo edifício é virado para o mar e justapõe delicadamente as duas estruturas,
sem competirem entre si.
VOLCANO VISITOR CENTRE,
na Hungria
Localizado numa planície na zona oeste
da Hungria, o icónico Kemenes Volcano
Park Visitor Centre conta a história da re-
ELEVADOR BARAKKA, em Malta
O Barrakka Lift é um elo de comunicação
fundamental para o antigo bairro de Valletta, proporcionando um acesso rápido de
milhares de visitantes às famosas atrações
barrocas da capital de Malta. O impacto visual sobre este património
sensível é rigoroso e significativo. A dicotomia que estabelece é óbvia: por entre a
muralha de fortificações com forte caráter
histórico, sobressai uma estrutura imponente que respira modernidade em direção
ao coração da urbe, para o Upper Barrakka
Gardens e ao novo portão da metrópole.
GOmag_11 _9
GO FOR…STYLING
OS MAIS
ELEGANTES
EM SÉRIES
QUE NOS
APAIXONAM
Se a expressão “viciados em séries televisivas” combina consi­­go,
conhece certamente as per­sona­gens que apresentamos. Dra-­
ma, comédia, ação, ficção científica ou séries de época, a seleção
é enorme e o difícil (muitas vezes) é navegar entre os episódios
de todas as temporadas.
O figurino é indispensável à criação da
personagem e alguns destes senhores e
senhoras são verdadeiros ícones de elegância e bom-gosto. Por isso, reunimos
nesta edição da GO MAG algumas das
personagens femininas e masculinas mais
fortes e emblemáticas, do panorama televisivo norte-americano.
Jessa Johansson, Girls
Roger Sterling, Mad Man
A série Girls é um retrato da população
oposta ao universo de Carrie Bradshaw.
O personagem interpretado por John
Slattery leva um estilo de vida “arriscado”
rodeado de casos extraconjugais e álcool.
A sua personalidade tem, contudo, a simpatia da família e amigos do trabalho. A
série decorre na década de 1960 numa das
maiores agências de publicidade da época, a
Sterling Cooper, localizada na Madison Avenue (Nova Iorque) e retrata, fielmente, o estilo dos homens de negócios da época.
Mais atual, fresca e inovadora, conta histórias de amizades femininas, com o humor
como motor para a sobrevivência na cidade onde tudo se pode tornar realidade.
Como a atriz que a interpreta, Jemima
Kirke, o estilo que melhor define a personagem de Jessa Johansson é o ‘hippie
chic’.
O guarda-roupa é colorido e constituído
por muitas malhas e vestidos ao estilo
sixties, calças volumosas, malas de couro
e chapéus de abas largas.
O look de Roger varia em tons de preto e
cinza. Um detalhe curioso… os lenços de
Roger têm sempre três pontas, enquanto
os do colega Don são retos e formais. A
gravata de seda, por sua vez, é estampada
na maioria das vezes, em formato clássico,
um pouco mais largo.
Homem bem-sucedido e ousado sente-se à
vontade para se vestir de forma mais divertida, sem nunca perder a elegância.
Verdadeiras fontes de inspiração para
um closet sofisticado!
ill.i.am
Ref. WA500S04
Preço sob consulta
na sua GrandOptical
Tom Ford
Ref. FT5323
Preço sob consulta
na sua GrandOptical
Gucci
Ref. GG 4252/N/S – I94/UF
Preço sob consulta na sua GrandOptical
10_GOmag_11
Uns sofisticados ill.i.am num formato cat
eye e repleto de apontamentos exclusivos, favorecem o estilo feminino e jovial
da personagem.
Tom Ford para o homem charmoso e carismático que retrata o perfil da personagem
de Roger Sterlin.
GO FOR…STYLING
Megan Draper, Mad Men
Walter White, Breaking Bad
Megan Draper (Jessica Paré) transporta-nos para a moda dos anos 50 e 60.
Quando surgiu na trama, interpretava
uma re­cecionista com um figurino colorido, numa coleção de vestidos ao estilo
Sixties Hippie Girl.
Quem é fã sabe que Vince Gilligan caprichou
em todos os detalhes de Breaking Bad. O
look do “anti-herói” mais amado dos últimos tempos, Walter White, é caracterizado
por pormenores e estilos únicos ao longo de
toda a série.
A personagem evoluiu, entretanto, tornou-se atriz e o seu guarda-roupa ficou
mais dramático, elegante e fashion.
Após ser diagnosticado com cancro, as cores
do personagem tornam-se fortes e o tom é
quase sempre preto. Mas quando se aproxima de Gus e os seus laços ficam mais próximos do fabrico das metanfetaminas, o azul
ganha forma nas peças do dia-a-dia.
As roupas refletem a personalidade de
Megan e de acordo com a responsável
pelo guarda-roupa da série, Janie Bryant,
“ela representa a luminosidade dos anos
dourados”.
Fendi
Ref. FF 0117/S – IC5/Y4
Preço sob consulta
na sua GrandOptical
Uns arrojados Fendi, com formatos geométricos em cores distintivas, completam
o estilo “Megan Draper”.
Uma curiosidade:
Os famosos slips brancos, usados por Bryan
Cranston na famigerada cena do primeiro
episódio (onde Walter usa apenas a roupa
interior e uma camisa), foram leiloados. Um
admirador (certamente muito abastado!)
não hesitou no momento de pagar 7.560 euros para ficar com um pedaço do império de
Breaking Bad!
Giorgio Armani
Ref. AR 7057
Preço sob consulta
na sua GrandOptical
Este modelo de linhas direitas, da Giorgio
Armani, marca a intelectualidade, garantindo o reflexo da imagem do professor
de química mais conceituado no universo
bad man de Hollywood.
Claire Underwood,
House of Cards
Claire Underwood (Robin Wright) tem sempre o seu cabelo loiro bem alinhado, os vestidos e tailleurs parecem que foram cosidos
em torno do seu próprio corpo, de tão bem
que assentam… Claire usa poucos acessórios e o figurino é quase sempre neutro e
sem estampagens – um reflexo visual da
sua postura determinada.
As cores são, maioritariamente, escuras
como preto, cinzento e azul-marinho, mas
peças em tons pastel, brancos e cinzas
claros também marcam presença.
A figurinista de House of Cards, Johanna
Argan revela que se inspirou “na Dior e em
Jackie Kennedy, já que a história do drama
político se passa em Washington”.
Dolce&Gabbana
Ref. DG3218
Preço sob consulta
na sua GrandOptical
Um modelo Dolce&Gabbana com linhas
bem demarcadas, pontuada por pormenores discretos, completam o estilo
“Claire Underwood”.
GOmag_11_11
EYE GO
EyeGO TORNA TUDO
MAIS SIMPLES
Sabia que a GrandOptical agora já entrega
as suas lentes de contacto ao domicílio?
EyeGO é o novo sistema de entrega de lentes de contacto ao domicílio,
proporcionado pela GrandOptical. Um serviço criado a pensar na utilidade, comodidade e renovação automática através de receção atempada de um novo pack de lentes, na morada mais conveniente, com
portes de envio gratuitos e pagamento por débito direto, que pode ser
mensal ou trimestral.
se deslocar à loja para obter as lentes. O
cliente aderente tem ainda acesso a
descontos exclusivos em óculos
graduados para descanso e
em óculos de sol.
Com a ativação deste serviço, a qualidade das lentes fica sempre assegurada
pela entrega regular de um novo set. O
cliente recebe o novo par de lentes antes da data indicada para a troca, respeitando a garantia de qualidade das
lentes a uso, para além da conveniência
que oferece ao eliminar a obrigação de
12_GOmag_11
Os óculos são cada vez
mais compreendidos
como um acessório
de moda e a oferta é
cada vez mais vasta
e eclética. Apesar
de tudo, o uso de
lentes de contacto
é uma tendência
que traz inúmeras
vantagens, como a
liberdade de utilização de óculos de
sol e a prática de
desporto facilitada. As lentes de
contacto progressivas de silicone hidrogel são a prova viva desse
paradigma: um novo material
com mais conforto e resistência que se alia a uma tecnologia
com diferentes zonas de correção visual, que permitem a visão
nítida a todas as distâncias.
É um mercado cada vez mais acessível e pontuado pela constante inovação, promovendo cada vez mais confor-
to, qualidade e simplicidade de utilização,
fatores fundamentais, que a GrandOptical acredita serem a chave para um futuro melhor nos cuidados de saúde visual.
É por isso que mantém optometristas
qualificados que podem dar acompanhamento aos clientes EyeGO por e-mail ou
telefone, aconselhando o melhor produto
e a regularização da graduação.
Uma realidade que não dá espaço a des­
culpas para não experimentar as lentes
de contacto nesta temporada prima­
vera-verão!
Pure Hazel
Valentino
TENDÊNCIAS MULHER
Closet de sucesso!
Tecidos fluidos e soltos, blocos assimétricos de cores vibrantes, sobreposições, cinturas e outfits muito femininos são algumas das principais tendências que vão marcar os meses mais quentes do ano.
Jacquemus
Peças minimalistas e muito requintadas mas com cinturas repletas
de detalhe e bem definidas. Seja em calças, vestidos, decotes profundos e saias para todos os gostos, as peças têm uma dualidade:
volume, mas recheado de definição. É a elegância dos detalhes. Conheça os estilos que vão dominar a moda feminina na temporada
Primavera-Verão 2015!
Carolina Herrera
Jacquemus
Loris-Azzaro
Amarelo
Aganovich
Jean Charles de Castelbajac
Blocos Assimétricos
14_GOmag_11
Derek Lam
Dior
Alexander Wang
Bucket Bags
Stella Mccartney
Balmain
Guy Laroche
Altuzarra
Alexander McQueen
Anthony Vaccarello
Stella Mccartney
Giambattista Valli
Estampados
Urban Chic
J. Mendel
Sonia Rykiel
Alexander Wang
Valentino
TENDÊNCIAS MULHER
Tecidos Fluídos
Marc by Marc Jacobs
Ref. MMJ 450/S – GW5/FE
Preço sob consulta na sua GrandOptical
Branco
GOmag_11 _15
Sonia Rykiel
Hussein Chalayan
TENDÊNCIAS MULHER
Alberta Ferretti
Prabal Gurung
Casual&Hippie Chic
MUST HAVE
Ref. FF 0090/S – D30/85
Preço sob consulta na sua GrandOptical
Claramente desenhados para uma mulher
sofisticada, com personalidade forte. Arredondados, como impera na tendência do
ano, com detalhes distintos e combinações
de cores ousadas para uma aparência distinta, feminina e versátil.
Altuzarra
Fendi
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Christopher Kane
Maison Matthew Gallagher
J. Mendel
Christopher Kane
Lady Like
Alberta Ferretti
O savoir faire e inovação que sempre caracterizaram a FENDI fazem, deste modelo, o must have da temporada!
GRANDE ENTREVISTA
NAMALIMBA
COELHO
Foi ao longo de uma produção animada e descontraída, numa tarde
fresca e soalheira no Centro Cultural de Belém, que conversámos
com a Assessora de Imprensa do
Museu Coleção Berardo.
Nesta edição damos a conhecer
Namalimba Coelho que se “inspira na vida real, nas pessoas e heróis desconhecidos que fazem parte
do nosso quotidiano”. Traçamos o
perfil, exploramos o seu estilo inconfundível, as suas inspirações e
os seus segredos do dia-a-dia.
Obrigada, Namalimba… Sem dúvida uma Mulher GO MAG!
É considerada uma das principais figuras na
área de comunicação cultural e das artes, e o
seu percurso académico e profissional é impressionante. Fale-nos um pouco dele e dos
“segredos” que lhe têm permitido fazer tanto, em tantas áreas, e com uma assinatura tão
própria e pessoal?
Na minha infância, em Luanda, tendo em conta o contexto de guerra civil, fui estudar para
a escola francesa, o que acabou por se revelar
decisivo para o meu percurso académico, uma
vez que, em Lisboa, prossegui os meus estudos
no Liceu Francês, tendo optado pela área de filosofia e letras, que me levou a formar-me em
direito.
GOmag_11 _17
GRANDE ENTREVISTA
Foi então que rumei para Paris, onde cruzei
pessoas e vivências em contextos absolutamente improváveis, em suspensão de
tudo o que era a minha zona de conforto.
Especializei-me em Direitos Humanos na
Universidade de Nanterre, onde conheci
pessoas únicas pela sua história de vida
e dimensão interior - inspiradoras pela
sua idiossincrasia e proatividade na contestação de direitos, sendo Nanterre uma
referência por ter sido o ponto de origem
do movimento estudantil de Maio de 68.
Paralelamente integrei uma “Law Clinic”
na École Doctorale de la Sorbonne – um
projeto de cooperação com as Nações
Unidas e os Tribunais Penais Internacionais do Ruanda e Ex-Jugoslávia, com ligação aos processos de julgamento de
crimes de Genocídio, crimes de Guerra e
contra a Humanidade. Ou seja, frequentava duas universidades que me proporcionavam a vivência de duas realidades
completamente díspares.
Crente que a minha vocação seria neste
âmbito, fui integrando estágios e seminários - no Centro de Informação das Nações Unidas em Lisboa e na Comissão de
Direito Internacional das Nações Unidas
em Genebra – convicta que o meu percurso seria nesta área e longe de Portugal.
Até que, em 2003, por circunstâncias da
vida, regressei a Lisboa, mudando completamente o meu rumo profissional, que
acabou por se direcionar para a área da
comunicação e das artes, no antípoda
dos meus manuais de direito, desafiada a
reinventar-me e a explorar caminhos que
me trouxeram até onde estou desde maio
de 2007, como assessora de imprensa do
Museu Coleção Berardo.
Brand Management no ISEG, entre outras
formações que fui frequentando. Dos direitos humanos às artes, tudo foi acontecendo, consequente e naturalmente.
Como aconteceu esta viragem do Direito para as artes?
Foi esta transversalidade que me levou à
comunicação e às artes, tendo começado
com a Experimenta, mas confirmandose através de outras oportunidades que
foram entretanto surgindo, de colaboração na assessoria de comunicação em
projetos como a ModaLisboa (ao longo
de 5 edições); o festival jazz em agosto
da Gulbenkian; o festival de videoarteFUSO; o festival de artes performativas
–Temps D’Images; a feira de arte - East
Art Fair; entre outros projetos, de arte
urbana, como o foi o das intervenções
nos elevadores e ascensores de Lisboa da
Carris- “Arte em Movimento”, no contexto do qual conheci o Alexandre Farto aka
Vhils, que então me desafiou para assumir a assessoria de outros projetos como
o da Plataforma/Galeria Underdogs e o
Crono - 4 estações - 4 intervenções, num
itinerário de arte urbana por Lisboa, que
incluía intervenções de street artists portugueses e do mundo inteiro, cujo exemplo mais emblemático é a pintura dos
irmãos graffiters brasileiros “os Gémeos”
e do italiano Blu no edifício devoluto na
avenida Fontes Pereira de Melo.
Tudo começou em 2003, acabada de chegar de Paris, quando soube de entrevistas
para integrar o departamento de comunicação da ExperimentaDesign, à qual me
candidatei, sem qualquer expectativa,
e onde acabei por ficar até 2007, nunca
imaginando que esta oportunidade se revelaria a descoberta de uma afinidade e
a profissão que passaria a exercer. Paralelamente, fui sendo convidada a integrar a
comunicação de outros projetos, sempre
na área das artes, do design, da moda,
mas tentando não abandonar os direitos
humanos, na eventualidade de regressar
à vocação que julgava ser a minha.
Recordo quando, a dois meses da bienal
inaugurar, fui selecionada para integrar
um grupo de trabalho na Comissão de Direito Internacional em Genebra, em que,
à distância, ao longo de 30 dias, tive que
conciliar estes dois universos de trabalho tão distintos. É essencial diversificar
interesses e conhecimentos. Como tal,
no meu regresso a Lisboa, procurei estar
envolvida noutras áreas, o que me levou
a frequentar 3 anos do curso de língua e
cultura árabe na Universidade Nova, uma
formação de acesso à carreira diplomática, outra de introdução ao jornalismo
no Cenjor, um curso intensivo de Luxury
Este percurso foi essencial e teve momentos cruciais: tudo o que tinha como
adquirido era então questionado, sendo
um desafio tentar descodificar a minha
dimensão enquadrada em cada nova realidade. E não me refiro apenas às mudanças de país, de universo de trabalho,
cultural ou sociológico, refiro-me às nossas próprias revoluções interiores, que se
revelou um importante exercício de autoconhecimento e de crescimento, pessoal
e profissional.
Nasceu em Luanda e sabemos que é
uma apaixonada pelo mundo. Fale-nos
um pouco da sua infância. Como era
Angola nessa altura?
Angola está na origem da minha identidade e da minha história pessoal e familiar. O facto de ter nascido e vivido parte
da minha infância em Luanda, em plena
guerra civil, teve o seu impacto, principalmente pelas condicionantes ineren-
Foto de Luís Sustelo para Janela Urbana
18_GOmag_11
GRANDE ENTREVISTA
Coleção Berardo (1960-2010)
Exposição permanente
Obras de Carl Andre, Frank Stella e Joseph Kosuth
tes a quem vive numa realidade de exceção, mas que para mim representava
a normalidade, sendo aquelas as minhas
referências do quotidiano.
Tenho muitas memórias visuais da cidade e de vivências – a minha casa no bairro
da Maianga que ainda hoje é a mesma, o
Natal no verão, as paisagens e as praias,
a travessia no capussoca para o Mussulo,
as cores, os cheiros, os sabores, as idas
excecionais ao mercado, as estradas acidentadas e os prédios furados pelas balas, a topografia característica de Luanda,
os sons da vida lá fora e os tiros na rua,
a marginal, a ilha, os pré-fabricados onde
os “médicos do mundo” davam consultas em regime de missão, a presença dos
russos e dos cubanos, a nossa chimpanzé
Maguila que vivia connosco em casa antes de a levarem para o jardim zoológico,
o primeiro dia na escola francesa, as falhas de eletricidade e de água, as palavras
que a nossa bábá Tita nos tentava ensinar
em quimbundo, o recolher obrigatório
e uma série de restrições que acabavam
por condicionar uma convivência social
normal e espontânea.
Foi precisamente por razões de segurança, tendo em conta que as escolas
estavam praticamente todas destruídas
na altura, que fui estudar para a escola
francesa. Esse foi outro momento decisivo na minha vida, consequente da vida
em Luanda, que não só marcou o início
de uma relação social para além da casa,
com 6 anos, como foi o meu primeiro
Coleção Berardo (1960-2010)
Exposição permanente
Obras de Richard Long e Hamish Fulton
contacto com a cultura francesa, que faz
parte de mim desde então. Foi a primeira língua na qual aprendi a ler e escrever.
Uma decisão derivada às circunstâncias
do momento e que acabou por me encaminhar para cerca de vinte anos de formação ao abrigo da cultura e do sistema
francês, a acrescentar aos que vivi em
Paris, onde conclui os meus estudos em
direito.
É inevitável falar de Angola sem falar
no seu nome, Namalimba.
Angola deu-me o nome, Namalimba,
uma lenda do Huambo (da princesa e da
tartaruga), escolhido pelos meus pais
pela relação com o contexto político e
com a história de Angola no ano em que
nasci, em 1976. Um nome que acabou
por se revelar um legado, recordandome e reforçando continuamente os laços afetivos e culturais que me ligam a
Angola.
O meu nome foi o meu primeiro desafio, e continua a sê-lo. Quando cheguei
a Lisboa, enfrentei uma realidade cultural e social bastante distinta da que
tinha como referência até então, com
um nome peculiar numa menina loirinha que falava com algumas expressões igualmente singulares. Foi todo um
conjunto de fatores que, desde cedo,
me fizeram questionar o que me aproximava ou distinguia, tendo acabado por
influenciar a formação da minha personalidade.
O meu nome revelou-se também um
dos mais importantes legados de vida.
Ensinou-me a crescer e a lidar com a diferença, no sentido de aprender a viver e
a construir uma identidade própria, sem
necessidade de procurar semelhantes ou
referências que me servissem de padrão.
Estimulou-me ainda mais na minha natureza curiosa e comunicativa, apaixonada pelo que está fora da minha zona
de conforto, que me levou a questionar,
observar, absorver, respeitar e valorizar o
que nos distingue, e a enaltecer a autenticidade e idiossincrasia de cada pessoa.
O meu nome continua a ensinar-me todos os dias sobre muitas coisas, inclusive sobre as pessoas, através de detalhes
tão simples como a reação delas ao meu
nome, em contextos profissionais como
pessoais. Confesso que não sei como reagiria se algum dia me apresentassem
outra Namalimba (risos).
Celine
Ref. CL 41099/F/S – AHY/Z3
Preço sob consulta
na sua GrandOptical
GOmag_11 _19
GRANDE ENTREVISTA
Profissionalmente, tem sido de uma intensidade imensa, uma vez que, desde a
abertura do museu, ao nível nacional como
internacional, comuniquei mais de setenta exposições temporárias e permanentes,
entre elas sete edições do Prémio BesPhoto, a emblemática exposição “No Fly Zone”,
que apresentou uma nova geração de artistas angolanos; a retrospetiva do Pedro
Cabrita Reis; a primeira antológica da Joana
Vasconcelos; a par das várias mostras da
Coleção Berardo além fronteiras, incluindo
a exposição no Musée du Luxembourg, em
Paris, em 2008 – não só pelo sucesso, mas
també, pelo que representou para mim, a
missão de ir à cidade onde vivi e estudei direito, mas a comunicar arte.
Coleção Berardo (1960-2010)
Exposição permanente
Obras de Anish Kapoor, Mario Merz e Alighiero e Boetti
É muito abordada pelo seu estilo próprio.
Explique-nos um pouco estes conceitos e
como os aplica ao seu dia-a-dia?
Visto o que sou e sou o que visto. Acredito
que a forma como nos apresentamos não é
mais do que uma extensão, exteriorização
da nossa identidade. Todos nós contamos
histórias a partir da forma como nos vestimos, como nos descodificamos para o
mundo, de dentro para fora, sendo a roupa
uma dessas linguagens através das quais
comunicamos quem somos.
Como tal, o meu estilo não é mais do que
reflexo dessa síntese, dessa estética que
reflete a minha identidade, a minha história e todo um conjunto de influências e de
referencias que fui tendo ao longo da vida,
manifestada através de uma linguagem visual própria.
Quais são as suas inspirações?
A vida real, as pessoas e os heróis desconhecidos que nela habitam e que fazem
parte do nosso quotidiano, porque são as
que me podem tocar e inspirar diretamente,
mas acho que cada detalhe pode ser uma
inspiração, tudo depende do nosso olhar
atento ao que nos rodeia, desde momentos,
imagens, conversas, encontros, emoções...
Tudo pode ser fonte de inspiração, o importante é haver entrega e estarmos atentos
aos detalhes da vida para sentirmos esse
retorno como uma inspiração.
Os meus filhos... pelo carrocel de emoções
20_GOmag_11
que me fazem sentir e pela forma como
conseguem reinventar-me, continuamente, com tudo o que me ensinam sobre o que
eu pensava saber; e os heróis da vida real os que mudam os destinos de quem cruzam
no quotidiano e que fazem magia sem protagonismo.
Falando do seu projeto atual – o Museu
Coleção Berardo. Qual o balanço que faz
destes 7 anos, como responsável de comunicação de uma coleção tão conceituada?
É um imenso orgulho e privilégio fazer parte
de um projeto desta dimensão e importância, ainda mais, quando se cresce com ele,
uma vez que aqui estou desde a abertura do museu, em junho de 2007. Ao longo
destes oito anos, para além do incomensurável desafío profissional de assessora de
imprensa de uma Fundação desta escala,
tenho aprendido muito além da comunicação, principalmente pelas pessoas com
quem tenho tido o privilégio de cruzar, por
serem únicas, inspiradoras e excecionais na
sua visão e atitude, através do que fazem
e por quem são, nomeadamente, artistas,
colecionadores, curadores, colegas de trabalho e gente do mundo inteiro, que me vão
enriquecendo, continuamente.
Safilo Peggy Guggenheim
Óculos de sol, edição limitada,
a celebrar os 80 anos da Safilo
É igualmente inspirador trabalhar num espaço onde, diariamente, ao alcance de uns
passos do meu gabinete, tenho acesso ao
melhor da arte moderna e contemporânea, através das exposições patentes e do
acervo de mais de mil obras de artistas de
referência que dele fazem parte, como M.
Duchamp, P. Picasso, S. Dalí, J. Miró, A.
Warhol, F. Bacon, J. Pollock, H. Moore, J-M.
Basquiat, D. Hockney, J. Koons, R. Lichtenstein, Man Ray, Nan Goldin, On Kawara, Dan
Flavin, R.Sierra, G.Richter, J.Turrell, Lourdes
Castro, Vieira da Silva, Helena Almeida,
Pedro Cabrita Reis, Julião Sarmento, entre
tantos outros.
O que deve mudar e o que deve manterse igual nos tempos em que vivemos?
É tempo de questionar o ritmo das coisas,
aprender a estabelecer prioridades, agindo
em conformidade com estas, e em sintonia
e coerência com os valores que apregoamos. Como tal, é urgente refletir, reagir ao
imediatismo e à efemeridade da atualidade. Tanto ao nível das relações humanas,
como da produção e do consumo.
Estamos a ser engolidos por uma dinâmica de sociedade quase irreversivelmente
voraz e paradoxal. Nunca estivemos tão
próximos uns dos outros e, ao mesmo
tempo, cada vez mais distantes da essência. Temos ao nosso alcance ferramentas
que podem ser as nossas maiores aliadas, mas para isso é preciso reagir a esta
espiral. Chegámos a um ponto em que é
urgente tomar consciência do que devemos inverter e salvar, no sentido de
GRANDE ENTREVISTA
não nos perdermos na inconsistência, nem
na volatilidade deste imediatismo. E todos
devemos ter um papel ativo nessa mudança, porque é em nós que ela começa e se
efetiva, através de cada decisão tomada
perante e arbitrariedade das nossas escolhas no quotidiano.
O que deve ficar na mesma é a essência do
que nos define, em cada uma das nossas
dimensões, lutando pelo que nos acrescenta. Fazer do tempo o nosso aliado, vivendo no presente, em pleno, e de forma
consistente e consequente. E uma vez
mais, é em nós que tudo isto deve prevalecer. E é em sintonia com estes princípios
que procuro agir no quotidiano, tentando
passá-los aos meus filhos, para que, em
conjunto, vivamos intensamente a essência dos momentos deste tempo presente
que temos ao nosso alcance.
Quais são os projetos a médio e a longo
prazo? Mais do que projetar no futuro, entregome ao presente, atenta às oportunidades
que dele advierem, sem receio de mudar
completamente de rumo, como quando
troquei os manuais de direito pela comunicação e a arte.
Uma aldeia… Aldeia de Namalimba, que descobri existir no Uganda (apesar da origem do meu
nome ser uma lenda do Huambo, em Angola).
Uma cidade… As cidades africanas. Paris, por
tudo o que lá vivi nos meus tempos de estudante. E Buenos Aires.
Uma viagem… No futuro próximo… rumar ao
Mali, por ocasião da próxima edição da Bienal
de fotografia africana “Les Rencontres de Bamako” e conhecer o mestre Malick Sidibé e o
seu estúdio
No meu imaginário... Recuar até 1889 para embarcar na mítica rota do Expresso do Oriente,
no tempo que ligava Paris a Constantinopla, e
cruzar-me com algum assíduo ilustre passageiro da altura... Mata Hari seria a “desconhecida”
que escolheria para companheira ao longo das
então 75 horas de viagem.
Um desporto… Ballet e Kick Boxing
Um filme… O mítico Le Mépris, do mestre Godard; o magnético The Shining de Stanley Kubrick; e África Minha, por todo o ritual que recordo
É nesta perspetiva que pretendo dedicarme o melhor que sei aos projetos presentes, uma vez que, é o fruto desse empenho
que me vai abrir horizontes para desafios
futuros. No entanto, quero destacar um
projeto, cujo processo de criação começou
em 2013, ainda em fase de implementação, mas que em breve merecerá a máxima
consideração, quando se apresentar com
uma primeira missão prevista para final de
2015. Falo da ONG ARCADIAN, da qual sou
uma das cofundadoras, juntamente com
um núcleo de pessoas que aceitou o desafio de criar uma plataforma que se propõe
responder a um desafio comum no campo
da intervenção social, propondo explorar
uma nova dinâmica de ação, interação e
reação, através de novas formas de comunicar, com o intuito de envolver artistas e a
comunidade criativa nas missões que pretende desenvolver.
Foto de O Alfaiate Lisboeta para Vogue online
Sob o mote de agir para além das palavras,
a ARCADIAN propõe-se repensar o conceito tradicional de ONGs, ao abordar as causas com outra lógica de ação. E é através da
comunicação que se dá essa diferenciação,
como forma de dar visibilidade às causas
defendidas. Por enquanto é tudo o que posso adiantar. Para quem estiver curioso, deixo o link do site: www.arcadianinitiative.org
da minha primeira ida ao cinema, acabada de
chegar de Luanda.
Uma exposição a não perder em 2015… Alexander Calder na Tate Modern; “Les rencontres
de Bamako” - Bienal de fotografia africana em
Bamako; Anish Kapoor em Versailles; João Louro na Bienal de Veneza; e Stan Douglas no Museu Coleção Berardo.
Uma banda de música… Dos clássicos intemporais às referências mais contemporâneas,
o meu repertório vai de Nina Simone a Nástio
Mosquito, passando por PJ Harvey, Massive Attack, Jacques Brel, Sade, Banks, Maria Callas,
FKA Twigs, Tricky, entre tantos outros…
Um museu… O primeiro de arte contemporânea
de Marrocos, Musée Mohammed VI d’Art Moderne
et Contemporain. The Bronx Museum of the Arts e
a recém inaugurada Fondation Louis Vuitton, em
Paris. E, o Museu Coleção Berardo.
Um livro… “L´Afrique par elle-même - Un siècle
de la photographie africaine”, que convida a
uma incursão pelo trabalho de 48 percursores
do retrato africano subsariano, de 1870 até à
atualidade.
Um acessório que não dispensa… O meu
Nose ring Maison Martin Margiela e todos os
detalhes que permitem personalizar o meu
estilo.. turbantes customizados com pregadeiras vintage, peças feitas a partir de capulanas do mercado de Luanda, brincos diferentes em cada orelha, cestos de verga usados
como mala de mão, papillons, gravatas, lenços
na cabeça.
Não saio de casa sem… Ser e Agir em coerência, consistência e consequência de quem acredita que “a vida só se dá para quem se deu”.
Uma marca de óculos de sol… Hussein
Chalayan neste modelo óculos-lenço para
2015(https://www.pinterest.com/pin/
29343835048247835/), os icónicos Peggy
Guggenheim para a Sáfilo. E os modelos estilo
vintage da Céline, Chanel, Miu Miu e Paulino
spectacles.
GOmag_11 _21
Luxury surf tendência fancy,
mas sempre cool
SURFER
Kelly Slater, early ‘90S. Photo: BALZER
GO FOR… LUXURY
A tendência em voga para pormenores sofisticados no mais cool
desporto aquático é paradoxal: associa o espírito surfista ao requinte
dos acessórios. Moda, turismo, equipamento e lazer são os polos
onde mais se reflete esta nova atitude, que se concentra no bemestar e experiência do surfista.
PRANCHAS DE SURF
(PVP. a partir de 3.500,00€)
Do génio do designer Karl Lagerfeld
surgem as pranchas de surf Chanel,
no seguimento de uma série de artigos desportivos que esta grife recentemente lançou, deixando a sua
chancela em artigos para ténis, pesca desportiva, basquetebol e desportos de inverno.
Por cá, a Mercedes-Benz e a Corticeira Amorim entregaram a Garrett
McNamara uma prancha inteiramente feita em cortiça e totalmente desenvolvida no nosso país, num
projeto que contou com o apoio da
Polen Surfboards, empresa também
portuguesa que deu forma a esta
prancha única. McNamara surfou em
mood “luxo” na Nazaré.
O mesmo espírito de desprendimento, as melhores ondas e a sensação primal de estar
entre a prancha e o mar, tudo aprimorado por iates e hotéis de luxo, vinho e gastronomia soberbos com guias especialistas no surf. É também uma tendência que permite
adequar o desporto ao grau de experiência de cada surfista, com oportunidade de progressão e aprendizagem.
Em suma, um estilo de vida que se pode aproveitar sozinho ou em família, com a garantia de experienciar a melhor surf trip de sempre. Uma aventura que não se pode
abraçar sem estar verdadeiramente preparado!
JANGA WETSUITS
Oakley
Ref. OO9262
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22_GOmag_11
SURFER
Danny Hess. Ocean Beach. Photo: GLASER
(PVP. a partir de 300,00€)
A marca portuguesa de fatos de surf
por excelência! Nascida em Buarcos,
a empresa desenvolve fatos que são
considerados quentes, confortáveis,
flexíveis e leves, rompendo as fronteiras do negro imposto nesta indústria
com as combinações de cores mais
improváveis.
A marca criou o movimento Janga
Revolt, cujo manifesto afirma congregar “arte, mar e um estilo de vida
alternativo e autêntico”. São também a
primeira empresa do mundo a ter desenvolvido um fato de surf adaptado a
pessoas com deficiências motoras em
parceria com a SURFaddict - Associação Portuguesa de Surf Adaptado.
GO FOR… LUXURY
A KIND SURF é uma
Organização Não Governamental que se
dedica ao desenvolvimento de políticas sociais, ambientais, desportivos e atividades
educativas, mantendo
a prática de surf como uma conexão
unitária com a mera finalidade de proporcionar a felicidade: KIND SURF Bring
Happiness.
ABYSSE
Mais informação em:
http://kindsurf.org/home/
(PVP. a partir de 300,00€)
Uma coleção de fatos de surf e bikinis para mulher, desenvolvida pela surfista e modelo taitiana Hanalei Reponty, que idealizou unir funcionalidade e moda!
Hanalei cumpriu o objetivo de acomodar a demanda de muitas surfistas por um wetsuit com durabilidade, para estilos de vida ativos, e ainda estar na moda, com prints
que cruzam orgânico e metalizado. A coleção utiliza materiais de alta qualidade
como o geoprene japonês, uma tecnologia que imita o popular e funcional neoprene
mas produzido através de pedra calcária, em vez da base em petróleo, tornando-se mais ecológico e com qualidades superiores tais como a resistência, elasticidade,
conforto, leveza e retenção de calor. A Abysse proporciona uma experiência premium
em toda a sua jornada.
Deluxe VW Kombi
NIXON
As carrinhas ao estilo pão-de-forma, famosas nos anos setenta, são o
ícone de uma geração sonhadora, de tempos de loucura e revolução.
Hoje fazem parte do jargão surfista. Particularmente, as Volkswagen
Split Screen, que completam o imaginário de qualquer surf trip de
luxo! O seu design característico e o facto deste modelo estar ligado aos ideais de liberdade cativa os surfistas sofisticados, sobretudo
aqueles que querem viajar “no tempo” e com muita classe!
O modelo The Ceramic 51-30
prima pela sua singularidade.
Não é apenas um acessório de
luxo visual ou um simples adereço para ver as horas. Este modelo
é praticamente indestrutível no
exterior - resistente à água até
300 metros, com um corpo de
cerâmica e um esqueleto de aço
inoxidável - enquanto contém
os mecanismos mais precisos
da relojoaria no seu interior. O
seu design é um paradoxo, uma
vez que grita modernidade ao
mesmo tempo que se mantém
intemporal.
(Aluguer diário desde 75,00€ na http://surfinportugal.pt/)
(PVP. a partir de 2.000,00€)
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Salvatore Ferramano
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Trina Turk
Burberry
Burberry Prorsum
Cortes masculinos
para esta primavera-verão!
Trina Turk
Dsquared
Os desfiles em Paris, Milão e Londres
foram altamente inspiradores.
As cores podem ser antagónicas e
devem ser conjugadas em visuais
criativos. Os tons pálidos podem ser
rematados com pormenores e acessórios de cor vibrante.
Peças obrigatórias desta primavera
verão são todas aquelas que respiram conforto e inspiração desportiva, mas sem dar o look de que se saiu
do ginásio!
Os homens querem-se (muito) bem
vestidos, bem educados e já agora,
bem humorados. Nada de rebeldes
sem causa, poetas angustiados, ou
adolescentes de 40 anos.
24_GOmag_11
Miguel Vieira
Salvatore Ferramano
MODA MASCULINA
A Sauvage
Ralph Lauren
Ralph Lauren
Ralph Lauren
Preach
Salvatore Ferramano
Emporio Armani
Gieves & Hawkes
O mais importante não é seguir a
rigor as tendências das passarelas.
É estar atento e inspirar-se para a
construção de um estilo próprio,
que permita que se sinta bem com
o que veste, apresentando sempre
um outfit que transmita confiança
máxima.
GOmag_11 _25
GO FOR…FASHION WEEKS
STREET CHIC
A moda saiu, literalmente, à rua e a GO MAG
acompanha as tendências!
Nesta edição fazemos um review pelo Street
Style internacional.
Para fazer “parar o trânsito” o look tem
de ser de elegante e criativo e, acima de
tudo, com equilíbrio: aliar a formalidade e a ousadia, entre as tendências da
temporada, mas mantendo a singularidade de cada indivíduo.
Nos mais trendy desta estação, surgem
os calções e os Kaki a substituir as calças. As lãs dão lugar às sedas e aos tecidos fluidos e a utilização de cores vibrantes e luminosas é obrigatória. Estas
são só algumas das linhas inscritas no
dress code para a primavera-verão, que
devem ser sempre complementados
com um apontamento pessoal: um par
de ténis confortáveis, um mix de pulseiras, ou uma peça statement.
Ser original é o tema central desta crescente onda de misturas e contrastes que
trazem ao Street Style a sua particularidade irreverente que o caracteriza.
A originalidade é a única imposição.
Inspire-se!
26_GOmag_11
MODA INFANTIL
Polaroid
Ref. P0422 – 0Z3/Y2
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na sua GrandOptical
CRIANÇAS COM ESTILO
Os meninos adoram inspirar-se no
look dos pais e as meninas gostam
de copiar o estilo das suas forever it
girls.
Miki Ninn
Ref. MN Color Block
Preço sob consulta
na sua GrandOptical
Aposte em combinações divertidas,
vestidos e shorts frescos com estampas e cores vibrantes que são o trend
alert da temporada!
Os must-have do momento são os
acessórios que pontuam quase todas
as conjugações e permitem looks incríveis, para meninos e meninas repletos de estilo.
GOmag_11 _27
MODA INFANTIL
MOLEKE
“Celebrating
Every Step”
A Moleke é uma marca artesanal de
moccassins de qualidade, em pele,
pensado para bebés e crianças. A
GO MAG descobriu a marca através
das redes sociais e, como não podia
deixar de ser, damos-lhe a conhecer algumas das criações imperdíveis das duas empreendedoras que
fizeram nascer este projeto: Margarida Roseiro e Carla Mendes.
Como é que nasceu este projeto?
A Moleke surgiu da necessidade de encontrar um calçado maleável e confortável para
os primeiros passos do meu bebé. Depois
de muitos meses de procura pelo modelo
ideal, que muitas vezes só encontrava resposta no estrangeiro, eu e a Margarida Roseiro, juntámo-nos para dar resposta a esta
necessidade em português.
Inspiradas pelo imaginário da infância, da
descoberta, do deslumbramento e constante celebração das primeiras conquistas,
das aventuras e brincadeiras na natureza,
da vontade de encontrar a felicidade nas
coisas mais simples, fomos construindo e
melhorando os modelos, até encontrarmos
o que procurávamos.
De conceção 100% nacional, os molekes
têm uma estrutura confortável e são feitos
em couro respirável de alta qualidade, per-
28_GOmag_11
feitos para a iniciação à marcha, uma vez
que se moldam à delicada estrutura óssea
do pezinho em fase de crescimento. Permitem assim o maior contacto com o chão,
ajudando a desenvolver o equilíbrio e a confiança nos primeiros passos, protegendo em
simultâneo de eventuais escorregadelas e
magoadelas. A palmilha interior super macia confere-lhes máximo conforto e aconchego. A sola em camurça anti-derrapante
torna-os perfeitos para explorarem passo
a passo, quer no interior, quer no exterior
(em superfícies suaves para os pezinhos e
em condições secas), oferecendo proteção
e permitindo que vão descobrindo o mundo
pelo seu próprio pé. Os molekes ficam bem,
mesmo no pezinho mais pequenino!
Moleke é sinónimo de qualidade, bom gosto, de um estilo urbano aliado a materiais
naturais e a um fabrico artesanal.
Qual foi a inspiração para o formato
mocassin?
Na busca do calçado ideal para a minha
bebé, vimos muitos conteúdos e exemplos do que se faz no estrangeiro. O formato mocassin sempre nos apelou por se
ligar muito à natureza, ao outdoor, à brincadeira. Assim surge a moleke, aliando o
clássico moccassin às cores e elementos
arrojados, com uma oferta de calçado
para os primeiros passos, de sola maleável e antiderrapante, e manufaturados
em Portugal. São moccassins urbanos
para índios modernos!
Para já contamos com uma oferta de 4
modelos: Classic Moccs (modelo com franjas), Ballerina Moccs (modelo com laço),
Royal Moccs (modelo com berloques) e
Boots (dupla franja). A nova colecção está
para breve com modelos e cores novas.
MODA INFANTIL
Onde é que é possível adquirir estes
mocassins?
De momento, é possível adquirir os moleke através da página facebook.com/moleke.store ou através do email [email protected]. Em breve lançaremos
site com loja online.
Quais são as expetativas para o futuro
deste projeto?
Queremos que a moleke esteja mais próxima dos seus clientes, quer através do
alargamento dos canais online, já que o
site está para breve, quer através da presença em algumas lojas por todo o País.
Pretendemos, naturalmente, fazer crescer e fortalecer a marca moleke, quer em
divulgação e comunicação, quer em presença e diversificação de produtos.
Qual é que tem sido a reação do público
ao vosso produto?
Desde o primeiro dia que a reacção e aceitação dos moleke tem sido melhor e maior
do que podíamos esperar. Sentimo-nos
muito gratas e acarinhadas não só pelos
clientes mas pelo público em geral.
Que influências podemos esperar de
peças futuras da marca Moleke?
Nesta fase de finalização da nova colecção, tivémos sempre certeza que queremos manter o estilo clássico do moccassin
aliado às cores e elementos mais urbanos
e modernos. É este o mote que continuará pelas futuras coleções moleke.
Pretendem ir para além do calçado e criar
outras peças de vestuário ou acessórios?
Sim, começando talvez por acessórios,
gostaríamos de criar uma linha coerente
de calçado, vestuário e acessórios
para bebé e criança, e quem sabe
até para adultos.
Qual a origem da palavra moleke?
A raiz da palavra moleke (moleque, assim é a
palavra origem) vem de África, da região de
Angola, e significa menino, criança.
É uma palavra corrente no Brasil e menos
cá, mas associamos a palavra ao mundo da
criançada, às traquinices próprias desta fase
e o lado divertido e simples que os mais pequenos têm neles naturalmente. Corremos
muitos nomes, enchemos folhas com ideias,
mas um dia acordamos com moleke na cabeça e sabíamos que era este!
GOmag_11 _29
GO FOR… MUSIC
COOL JAZZ É ENERGIA
PARA PORTUGAL
O edpcooljazz é o festival de verão favorito da
GO MAG. Com músicos de referência a atuar
em palcos espalhados pelo cosmopolita Parque
dos Poetas, em Oeiras, durante o mês de julho.
Num ambiente de festival descontraído e ecléctico
que alia os ritmos internacionais ao espírito português.
Para sabermos que músicas do mundo vamos
poder ouvir na 12ª edição deste festival, já
explorámos o que nos vão trazer alguns dos
artistas convidados: desde as notas melódicas e emotivas do soul e do jazz, ao estilo da
região dos grandes lagos dos Estados Unidos,
entre o Michigan e Illinois, passando por terras cariocas e atravessando o atlântico, para a
mestria do rock londrino.
É Lionel Richie que chega a Portugal com soul na bagagem,
ao inconfundível estilo da
Motown, no dia 30 de julho.
Um dos raros compositores da história a ter discos
no primeiro lugar dos ‘Tops’,
durante nove anos consecutivos, começou como saxofonista e pianista dos
The Commodores, em 1968. Quase a completar 50 anos de carreira, Lionel Richie ainda é
um reconhecido ‘animal de palco’ e a tour deste ano “All The Hits, All Night Long” promete ser
uma das mais badaladas deste verão e pôr o
edpcooljazz a “Dancin’ on the ceiling”.
Ainda pelos Estados Unidos, o festival dá um
suave salto do soul
para a cena clássica do
jazz e entram em palco,
pela primeira vez numa
digressão conjunta, Chick Corea e Herbie Hancock.
Dois grandes nomes deste género musical
ao piano, que desde os anos 60, construíram
as suas carreiras independentes, ao lado de
grandes lendas do jazz como Miles Davis e os
Headhunters, no tempo em que as big bands
reinavam em Nova Iorque, Chicago e New Orleans. Os músicos juntam-se agora num duo
30_GOmag_11
para deslumbrar o cool jazz com a sua mestria
nas teclas, a 19 de Julho, nos Jardins do Marquês de Pombal, Oeiras.
Melody Gardot é a representante feminina,
no dia 29 de julho, com
o singular jazz norteamericano e apresenta o
álbum “The Absence”, fortemente influenciado pelas
suas experiências nos desertos
de Marrocos, nos bares de tango de Buenos
Aires, nas praias do Brasil e, voilá, chega aos
Jardins do Marquês de Pombal!
O escocês Mark Knopfler
chega ao festival a 28
de julho para afastar
as mentes dos States
e proporcionar outras
sonoridades. Líder e exguitarrista da lendária
banda Dire Straits traz a
sua reconhecida guitarra, para apresentar em
primeira mão Tracker, o novo álbum da sua
carreira a solo que será lançado no próximo
ano. Os fãs dos grandes clássicos que não se
preocupem porque estes, com certeza, não
vão faltar.
A encerrar a 12ª edição
do edpcooljazz o cartaz propõe os músicos
brasileiros Caetano
Veloso e Gilberto Gil
que celebram 50 anos de
carreira. Os famosos temas,
Você é Linda, Terra, Aquele Abraço, Haiti e Desde
que o Samba é Samba, farão as delícias dos casais apaixonados.
ARTE E TECNOLOGIA EM SIMBIOSE
COM O TEJO
A fundação EDP é um dos bastiões de
Portugal no que toca à inovação e à interseção das mais diversas áreas do
conhecimento. Essa faceta ficará, exponencialmente, mais evidente quando
o esperado Centro de Arte e Tecnologia passar a ocupar, ainda este ano, o
seu lugar na frente ribeirinha de Lisboa.
É um centro cultural com uma programação contemporânea e internacional
num edifício que é, em si, uma obra de
arte, assinada pela arquiteta britânica
Amanda Levete: um movimento orgânico que cria uma forma topográfica
a combinar a paisagem, numa relação
fluida e natural, entre o interior e o exterior. O edifício desce para o rio Tejo e na
maré alta os degraus são cobertos com
água, criando um espaço em constante
mudança e em interação, capturando e
ampliando as qualidades de luz únicas
desta margem do rio.
As linhas suaves e sinuosas deste centro cultural permitirão também que os
visitantes caminhem sobre o teto do
edifício, desfrutando de uma nova panorâmica sobre o rio Tejo num gesto
que ressalva a continuidade da frente ribeirinha, escurecendo a fronteira entre
construção e paisagem. Amanda Levete cria assim, um espaço que se alinha
com a horizontalidade do rio, reduzindo
o impacto visual para a zona superior da
cidade.
Funcionando em sintonia com o vizinho
Museu da Eletricidade, o novo Centro de
Arte e Tecnologia define assim um eixo
cultural que encontra continuidade com
o CCB e a nova estrutura do Museu dos
Coches.
m a r c j ac o b s s to r e s w o r l d w i d e
w w w. m a r c j ac o b s . c o m
GO FOR… FASHION LAW
MODA E DIREITO
ALIADOS A BEM DA INDÚSTRIA
A moda é, inquestionavelmente,
uma das maiores indústrias da
sociedade atual. Influencia, direta e amplamente, polos do conhecimento humano tão distintos como a economia e a cultura.
É natural que, num negócio de tão
grandes dimensões, existam traços
de adulteração e aproveitamento
do capital associado à moda e às
pessoas que dele dependem.
A GO MAG, orientada para diversos temas
relacionados com este setor, investigou
as atuais respostas a essa problemática e
descobriu que, recentemente, foi desenvolvida uma área jurídica especializada em
Fashion Law.
Susan Scafidi é o principal nome associado a
esta área da legislação. É a fundadora do Fashion
Law Institute, o primeiro centro académico dedicado ao direito nos negócios da moda.
O Instituto é constituído por um grupo independente, sem fins lucrativos, com sede na
Fordham Law School, onde Scafidi leciona o
primeiro curso de ‘Direito da Moda’ no mundo. Este curso está já a inspirar outros países
e a definir as fronteiras nesta matéria.
INFRAÇÕES À VISTA
As problemáticas mais evidentes são discutidas
há várias décadas. Desde as questões tributárias relacionadas com a circulação de mercadoria, passando pela contrafação e infrações
ambientais, até às ofensas do direito do consumidor e, de uma forma mais controversa, os
direitos dos animais e dos trabalhadores desta
indústria. Este último, em países subdesenvolvidos, traça uma linha ténue com a afronta aos
direitos humanos. Tem contribuído, muito particularmente, para que a atenção mediática se
vire agora para o ‘Direito da Moda’, uma especialidade que surgiu com a missão de pôr cobro
a estas questões controversas.
A ETERNA BATALHA
DA PROPRIEDADE INTELECTUAL
Indiferente de qualquer outra área criativa e talvez até com mais impacto - a concorrência desleal e o plágio são as barreiras mais
proeminentes ao desenvolvimento desta
indústria. Questões que têm sido, largamente, discutidas desde a criação da fashion law.
No mundo da moda tudo pode ser copiado
ou contrafeito sob o argumento da ‘inspiração’ e o conceito de originalidade perde-se,
arrastando investimentos de milhões para o
submundo da falsificação.
Até à criação desta especialidade do direito,
não existia uma regulamentação específica
para a indústria da moda, gerando dúvidas
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sobre os instrumentos jurídicos mais apropriados para solucionar problemas que acabavam por fugir à lei, incólumes.
Atualmente, a missão dos criadores do ‘Direito da Moda’ é ultrapassar essa barreira e ir
mais além, formando todos os profissionais
de moda para que a iliteracia legal não seja
mais uma ‘pedra na engrenagem’ deste setor
que todos “vestimos” diariamente.
GO FOR…. DESIGN
“KARE DESIGN”
A KARE Design, na LX Factory, é o farol da irreverência e da inspiração dos designers alemães Jürgen Reiter e Peter Schönhofen,
que passaram de uma simples ideia funcional para uma estante
na Alemanha, há cerca de 30 anos, para um conceito de lifestyle
alegre e descontraído, com uma combinação única de mobiliário, iluminação acessórios de decoração pautados pelo bom
gosto e irreverência, presentes em mais de 40 países por todo
o mundo.
Wanda Delza e Pedro Alves são os responsáveis por trazê-la para
Lisboa, alinhando-se na filosofia de “rejeitar a decoração banal
e desinspirada e promover o bom design e o luxo a um preço
acessível” e é assim que apresentam uma sensual e irreverente
seleção de artigos desde móveis a velas, dispostos num espaço
atrativo e situada num dos spots mais cool de Lisboa, sob o slogan “More taste than money“.
Persol
Ref. SOAF76
Preço sob consulta
na sua GrandOptical
Morada:
Rua Rodrigues Faria, 103
Edifício I, Espaço 0.1c
1300-501 Lisboa
A KARE quer ser mais do que a sedução sensorial, representando
também uma atitude perante a vida que contagia cada vez mais
pessoas, uma realidade aumentada nesta “ilha” de criatividade
lisboeta, onde todas as mentes estão abertas para as suas peças
arrojadas. De resto, o espaço enquadrou-se na perfeição com
os objetivos dos criadores, que querem “Lojas que sejam fora do
vulgar, que mostrem os objetos de desejo que criamos da forma
que merecem, numa encenação cheia de sensualidade e glamour
que transmite boas vibrações. É pura joie de vivre!”.
DESIGN MUSEUM, LONDRES
O Museu do Design de Londres (Design Museum) é um dos maiores
museus dedicados ao design contemporâneo em todas as suas formas. O museu conta com exibições especiais que narram a história
do design e apresentam tendências e ícones da área. O programa de
exposições captura a emoção e criatividade das artes em geral, incluindo arquitetura, moda, comunicação e tecnologia.
Até final de abril de 2015 decorre a exposição Woman Fashion Power,
que nos oferece um olhar, sem precedentes, sobre a forma como as
princesas e rainhas, as modelos, os CEO de multinacionais e os próprios estilistas, usam uma assinatura de “estilo pessoal”, como forma
de definir e reforçar a sua posição no universo mediático.
Morada:
Design Museum, 28 Shad Thames
London SE1 2YD
GOmag_11 _33
GO FOR… HEALTHY
Oakley
Ref. OO9013
Preço sob consulta
na sua GrandOptical
PORTO É A OPÇÃO SEASIDE VIEW
PARA A WINGS FOR LIFE WORLD RUN
Apenas um dia para correr à volta do Mundo é a proposta da
Wings for Life World Run a 3 de maio de 2015. O mote é reverter
100% das inscrições para a investigação da cura da lesão da
espinal-medula, pela Fundação Wings for Life e o seu o objetivo
é que todas as cidades à volta do mundo que acolhem o evento, comecem a corrida em simultâneo, tendo o Porto
sido a contemplada em Portugal.
Qualquer interessado pode juntar-se
aos milhares de corredores e utilizadores de cadeiras de rodas, fanáticos e
estreantes, para participar neste fenómeno global.
A mecânica é simples: as corridas locais começam simultaneamente à volta
do mundo, seja de dia ou de noite, primavera ou outono. A meta foge à configuração tradicional e torna-se móvel,
com carros-meta que, 30 minutos após
a partida, arrancam em perseguição aos
corredores até que todos a cruzem, o que
significa que, independentemente da
condição física, todos os participantes
chegam ao fim e são classificados como
campeões globais.
Após o sucesso da primeira edição em
2014, que em Portugal decorreu na
Comporta, a organização voltou a escolher uma cidade portuguesa. O Porto integra, deste modo, o mapa da única corrida simultânea realizada à escala global
em 33 países dos seis continentes. Para
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que tudo fique registado e mais tarde
recordar, câmaras à
volta do mundo vão
registar os momentos
mais marcantes e o espírito e paixão deste evento
global.
CORRER PELA CURA
A lesão da espinal-medula é uma das
lesões mais devastadoras para o corpo
humano. A lesão não só tem impacto na
capacidade de mover os membros como
causa um largo número de problemas a
nível de saúde, complicações e limitações
do dia-a-dia.
A Wings for Life acredita e confia que as
descobertas científicas tornarão possível
melhorar a qualidade de vida das pessoas
com esta lesão. Os avanços na pesquisa
da espinal-medula baseiam-se muito em
iniciativas como esta, que aliam um estilo
de vida saudável à força de uma comunidade global na ajuda do próximo.
is your own corner office.
THE NEW CHAMPION
GO FOR... COSY
Tom Ford
Ref. FT 0371
Preço sob consulta na sua GrandOptical
COSY
NA OUTRA MARGEM
COSY
NA LINHA
Os hambúrgueres estiveram intimamente ligados à fast food e a dietas pouco saudáveis. Mas as hamburguerias artesanais vieram revolucionar esse snack
clássico com produtos de excelência,
receitas criativas e saudáveis, servidas
em espaços com muito bom ambiente.
É o caso da Bolo do Caco – Hamburgueria Gourmet, no Monte do Estoril e
que apresenta, na parede, um menu de
fusão com influências do mundo inteiro. O espaço garante um ambiente que
nos arrasta lá para dentro, onde também nos podemos refrescar com as limonadas caseiras.
COSY
NA INVICTA
A Violet & Ginger é uma das mais recentes lojas do centro da Invicta, no largo São
Domingos, e é uma concept store de moda
feminina com um charme irresistível. Num
estilo boho-chic, apresenta acessórios, calçado e diversos artigos para a casa, desde
louças a sabonetes artesanais, passando
por cadernos e livros, todos primando pela
originalidade. Tal como a GrandOptical, é
paragem obrigatória para as mulheres com
um estilo marcado pela exclusividade.
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COSY
NA CAPITAL
O recente Lisboa Comedy Club, na Avenida Duque de Loulé é o primeiro clube
de comédia da cidade, com diversos
shows de stand-up e teatro cómico, com
alguns dos artistas mais reconhecidos
e ousados do humor português, mas a
dar voz também às novas revelações,
em sessões Open Mic. O espaço convida
a subir ao palco e puxar de algum humor
da nossa lavra, sendo um local acolhedor e multifacetado, onde podem acontecer variadíssimos eventos.
Cacilhas é a freguesia ribeirinha de Almada, muito urbana e reconhecida como
interface marítimo entre a margem sul e
a capital, que ganhou uma nova luz desde que a sua rua central, a Cândido dos
Reis, se tornou pedonal.
Agora, alguns dos espaços que estavam
fechados e degradados transformaramse em espaços chic e cool. Destacamos o
restaurante Estaminé 1955, a servir diversos petiscos numa leitaria inteligentemente recuperada e adoramos o quiosque Dá Cá Cilhas, logo à porta da estação
fluvial, onde se pode tomar um café antes
de um dia de trabalho ou alugar uma bicicleta para entrar num cacilheiro e ir pedalar pela marginal lisboeta.
GO FOR... HEALTH
TRENDY VEGAN
Ser vegan é uma das tendências
que prospera no mundo desenvolvido. Os subgrupos de vegetarianos são inúmeros, entre os que
comem fungos ou não e os que
preferem comer apenas produtos
crus. Nesta edição, a GO MAG dá-lhe a conhecer as últimas novidades associadas ao veganismo!
É fácil separar a dieta vegetariana em três
grupos principais: os ovo-lacto-vegetarianos que não comem carne, mas consomem ovos, leite e derivados. Os lacto-vegetarianos retiram também os ovos
à sua alimentação, e o vegan. Este último
é o mais polémico, associado a questões
éticas e políticas, como o consumo desgovernado, as condições de criação dos
animais ou a poluição associada à indústria animal. Apesar dessas convicções se
manterem firmes, cresce cada vez mais a
tendência de mudar para uma dieta vegan
simplesmente pelos benefícios inquestionáveis para a saúde. Afinal, o que para uns
é uma convicção de carácter, para outros é
apenas uma dieta saudável.
Certo é que a procura cresce e a oferta tem
que se inovar com novos produtos e novas
formas de os apresentar e confecionar, um
despertar intimamente ligado à tendência
do gourmet.
Novos Ingredientes
É uma tendência transversal a todas
as dietas, a de encontrar algo novo
e diferente do habitual. Transversalmente, têm surgido novos substitutos
dos habituais hidratos de carbono do
arroz e do trigo tradicional, como o
bulgur, o kamut e o konjac, ou nomes
mais conhecidos como o farro, a batata doce e a polenta, mas mesmo as
proteínas mais associadas ao veganismo, como o tofu e o seitan, estão
a ver-se acompanhadas por outras,
como as lentilhas, o feijão mungo ou
a quinoa e enquanto alguns são bastante exóticos, outros são apenas costumes que em tempos foram descartados por serem considerados pouco
sofisticados.
Novos Sabores
Embora os novos produtos continuem
a surgir, a tendência ainda mais notável é a busca pelo sabor, inspirando receitas vegan nas cozinhas tradicionais
como o caril indiano, a tagine marroquina ou os noodles tailandeses, que
podem ser opção a outras misturas de
especiarias menos picantes como o
gumbo ou o jerk dos estados sulistas da
América do Norte.
Esta alquimia faz prever uma tendência
para pratos muito coloridos e cheios de
sabor cada vez com mais influências
étnicas, a aliar o exótico e os clássicos
perdidos em perfeita harmonia, uma
noção que deixa água na boca tanto aos
vegan inquebráveis como aos flexitarianos - que não se importam de quebrar a
dieta, de quando em vez, com um pouco
de carne.
Vanilla Black, Londres - no TOP 10
dos restaurantes londrinos
Um elegante e sofisticado restaurante
vegetariano que é já considerado um
dos melhores ‘spots vegan’ de Londres.
Uma seleção gourmet e saudável, aliada a um serviço amigável mas de excelência. Tudo acontece num ambiente
encantador, que promete refrescar e
energizar o visitante. Aqui a expressão
healthy não se aplica só à comida mas
também ao ambiente acolhedor. De
acordo com os comentários dos clientes, o staff do Vanilla Black “esbanja
simpatia e educação”!
Mais informação em:
http://www.vanillablack.co.uk/
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GO FOR… INOVATION
JANELAS ABERTAS
PARA A INOVAÇÃO
A arquitetura é uma das artes mais influenciadas por correntes de pensamento de áreas tão distintas como a moda,
a ciência ou a natureza. No entanto, ainda é a tecnologia
que define as barreiras à criatividade e essas linhas são cada
vez mais ténues.
Desde os projetos que fazem referência ao contexto, a um elemento cultural ou aos materiais típicos da região, cada vez existem mais sistemas
que permitem desenhar e construir criativamente, sem barreiras e de
forma sustentável.
Prada
Ref. 15RV
Preço sob consulta
na sua GrandOptical
O sistema de janelas deslizantes PanoramAH! foi inspirado num dos 5
pontos da nova arquitetura definidos pela obra e filosofia de Le Corbusier: a janela panorâmica.
Consiste num sistema de alta tecnologia que responde ao movimento modernista que tinha como objetivo minimizar as barreiras visuais, permitindo uma
aproximação única à natureza, sem manipular ou perturbar a sua perceção,
criando uma interatividade entre o interior e o exterior dos edifícios.
TETRIS HOUSE
O projeto Tetris House, em São Paulo, é da criação
do arquiteto Marcio Kogan, do Studiomk27, e é dominado por um bloco de madeira em linha com a fachada oriental, que repousa dentro de uma ala com
um pé direito de 11 metros. a sala de estar é o vazio
que resulta desta organização de plano. O espaço é
delimitado por uma prateleira de madeira que contém a biblioteca e uma lareira.
A caixa de madeira abriga a casa de banho, as escadas e sala de jantar, que se ergue para o grande
jardim como uma esplanada em terraço, enquanto
os quatro quartos, incluindo uma master suite com
vista para o jardim, se situam no andar superior.
As duas frentes são delimitadas por janeles minimais que permitem a abundância de luz natural e
de paisagem.
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GO FOR… INOVATION
DE LEMOS GUESTHOUSE
Foi pedido como um restaurante gourmet, mas o projeto do arquiteto Carvalho Araújo foi ambicioso e desenvolveu-se para uma Guesthouse, como
complemento da primeira proposta. Intimamente ligado à produção do Vinho
do Dão, esta Guesthouse não tem uma receção formal, mas sim uma série de
espaços comuns sociais que se estendem para além dos quartos privados.
O desenho do edifício é desenvolvido a partir da topografia da localidade de
Passos dos Silgueiros, com base em curvas de nível, definindo um percurso
extenso que representa a dimensão do território em que é colocado.
O edifício é desenhado pela terra, e as suas aberturas amplas, com janelas
do sistema PanoramAH! tal como as orientações, respeitam os principais
pontos de vista sobre a vinha e a entrada de luz natural.
WATER CHERRY HOUSE
Localizada em pleno parque natural, no topo de um penhasco com vista para a costa
leste do Japão, a Water Cherry House, do estúdio Kengo Kuma, reflete a delicadeza intrincada do seu ambiente pristino nos seus movimentos morfológicos de uma estrutura clássica do Japão com a inovação da tecnologia de construção moderna.
Esta residência privada é composta por uma série de unidades ligadas por uma via
exterior que mantém uma forte relação com a característica natural da água.
As fachadas e passadeiras de metal delgado, aliadas à aparente ausência de estrutura primária, criam a impressão de flutuação, enfatizada pelos painéis de vidro
expansivos que substituem o tradicional biombo japonês para espelhar o céu e as
árvores que desaparecem no horizonte do oceano.
Mais informação em: http://panoramah.com/
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Almada - Almada Fórum, lj. 1.80 • Cascais - CascaiShopping, lj 0.42/43
Lisboa - C.C. Colombo, lj. 0.137/138 • Porto - Mar Shopping, lj. 0.015 • Porto - NorteShopping, lj. 0.433/0.435
Atenas • Bruxelas • Liége • Lisboa • Luxemburgo • Monaco • Nice • Paris • Porto • Praga

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