para inovação

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para inovação
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Junho/Julho, 2016
Engenharia e você
Inovação
Os Jogos Olímpicos
do Rio se aproximam,
prometendo um
amplo legado de
infraestrutura. Entenda
por que a Olimpíada
representa muito mais
que disputas
esportivas.
páginas
Conseguir
o título de
empresa inovadora não é
apenas para as grandes. Veja
como empresas de diferentes
portes e setores podem inovar
em seus produtos, serviços e
práticas a partir de linhas de
financiamento e programas de
apoio disponíveis no país.
4e5
página
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Habitação
Entrevista
Roberto Agune, coordenador da Unidade de Inovação da Secretaria do
Governo do Estado de São Paulo, mostra tendências mundiais em inovação
e os caminhos possíveis para as empresas brasileiras.
Tradicional área de atuação da
JHE, o setor de habitação conta
com o apoio dos serviços de
fiscalização e gerenciamento da
empresa. Acompanhe detalhes
de contrato da JHE na CDHU.
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páginas
5, 6 e 7
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2
JHE em foco
Qualidade na habitação: da
obra à entrega da moradia
Desde sua fundação a JHE atua na área
de habitação, realizando trabalhos que
contribuem para que cada vez mais pessoas tenham acesso ao direito constitucional à moradia. Atendendo ao longo
dos anos as demandas da Companhia de
Desenvolvimento Habitacional e Urbano
do Estado de São Paulo (CDHU), cujas edificações já abrigam mais de 2 milhões de
moradores, a JHE dedica-se no momento
a contrato que oferece serviços especializados de engenharia para a fiscalização
de obras de empreendimentos habitacionais na região metropolitana de São Paulo,
incluindo os municípios do ABC e as zonas
sul e sudeste da capital.
Tendo sido iniciado em 2013, com
previsão de término ao final de 2016, o
trabalho consiste em um acompanhamento
diário das obras e serviços, de maneira a
garantir que aquilo que foi idealizado pelas empresas
projetistas seja executado pelas construtoras com rigor,
contando inclusive com a realização de ensaios
tecnológicos de verificação, se necessários. O objetivo
é alcançar a excelência na qualidade do produto a ser
entregue à população.
De acordo com Luiz Eduardo Vita, coordenador do
contrato pela JHE, “neste trabalho nós atuamos como
prepostos da CDHU no acompanhamento e fiscalização
de todas as obras por ela contratadas na região. Essa
fiscalização abrange tanto a produção de novas unidades
habitacionais como reformas e regularizações de
empreendimentos entregues anteriormente e que ainda
estejam sob a responsabilidade da CDHU”.
O trabalho da JHE vai além da finalização da
obra, estando presente também após a entrega.
Isso porque no período de garantia dos serviços é
possível que a construtora executora das obras
seja acionada para corrigir eventuais defeitos ou
falhas construtivas. “Nosso papel é seguir acompanhando esses serviços até a sua conclusão e o
aceite final do mutuário”, esclarece Vita.
Ao final deste contrato a expectativa da JHE é
que cerca de 5.000 famílias sejam atendidas com
moradia de qualidade na região. “O nosso
trabalho é um pequeno elo na cadeia produtiva
da habitação de interesse social, mas para a JHE
é significativo poder participar desse esforço
contínuo do Estado de São Paulo para garantir
uma casa a seus cidadãos”, finaliza Vita.
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Radar
Apoio e financiamento para inovação
Dentre as muitas premissas que envolvem o tema da
inovação, uma delas parece ser unânime: inovação
é algo que não se faz sozinho. Como afirma Roberto
Agune, coordenador da Unidade de Inovação da
Subsecretaria de Parcerias e Inovação da Secretaria
de Governo do Estado de São Paulo (veja entrevista
nesta edição, página 5), é perceptível a estruturação
de um novo ecossistema de inovação, composto por
empresas, universidades, governo, startups,
incubadoras, aceleradoras, investidores e outros
elementos que impulsionam a prática. Confira abaixo
como algumas dessas instituições podem auxiliar as
empresas de diferentes áreas do conhecimento em
seu esforço inovador.
Finep
A Financiadora de Estudos e Projetos oferece
financiamentos reembolsáveis e não reembolsáveis
tanto para instituições de pesquisa como para
empresas brasileiras, um apoio que abarca todas as
etapas do ciclo de desenvolvimento tecnológico:
pesquisa básica, pesquisa aplicada, inovações e
desenvolvimento de produtos, serviços e processos.
As empresas interessadas nos recursos podem
apresentar seus Planos Estratégicos de Inovação à
Finep a qualquer tempo. Os caminhos para isso
estão no hotsite Finep 30 dias, assim como no Portal
Empresa, destinado ao cadastro da empresa e de
seu Plano Estratégico de Inovação para análise da
financiadora.
IPT
Oferecer suporte à inovação é uma das missões do
Instituto de Pesquisas Tecnológicas, que está ao lado
tanto de grandes indústrias, por meio de programas
em parceria com a Embrapii (Empresa Brasileira de
Pesquisa e Inovação Industrial), por exemplo, mas
também das micro e pequenas empresas. Projetos
como o Prumo, que dispõem de laboratórios móveis
que vão até a empresa e detectam problemas
tecnológicos em produtos e processos, assim como
o Programa de Apoio Tecnológico à Exportação, são
voltados para as pequenas e contam com até 90%
de recursos não reembolsáveis oferecidos pelo
Governo do Estado de São Paulo. As áreas de
atuação do IPT são múltiplas, indo da construção
civil até a bionanotecnologia, e seu apoio como
centro de pesquisa é tanto de articulador com
entidades financiadoras como de suporte tecnológico, por meio de seus diversos laboratórios e
pesquisadores.
Mais informações: www.ipt.br
Sebrae
O Sebrae (Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas) oferece suporte à inovação das empresas
por meio do programa InovAtiva Brasil, realizado pelo
Ministério da Indústria, Comércio Exterior e Serviços.
Além de capacitação via cursos gratuitos, acesso a
mentores nacionais e internacionais e conexão com
possíveis parceiros, investidores e grandes empresas, o
programa está recebendo inscrições de projetos inovadores para os quais serão destinados R$ 20 milhões.
O subsídio é de até R$ 120 mil por projeto, com prazo
de execução de 24 meses.
Mais informações: www.inovativabrasil.com.br
Mais informações: www.finep.gov.br
Fapesp
Por meio do PIPE (Pesquisa Inovativa em Pequenas
Empresas), a FAPESP (Fundação de Amparo à Pesquisa
do Estado de São Paulo) apoia a execução de pesquisa
científica e/ou tecnológica em micro, pequenas e médias
empresas de qualquer área do conhecimento. O objetivo
é promover a inovação tecnológica e aumentar a
competitividade das pequenas empresas, além de
permitir que elas se associem a pesquisadores do
ambiente acadêmico em projetos de pesquisa visando
à inovação tecnológica. O PIPE possui quatro chamadas
anuais, mas propostas podem ser submetidas em
qualquer data.
Parques tecnológicos
Empreendimentos para a promoção de ciência,
tecnologia e inovação, os parques tecnológicos são
espaços que oferecem oportunidade para as
empresas transformarem pesquisa em produto,
aproximando universidades e centros de pesquisas
do setor produtivo. São Paulo possui o Sistema
Paulista de Parques Tecnológicos (SPTec), que dá
apoio e suporte aos parques tecnológicos, com o
objetivo de atrair investimentos e gerar novas
empresas. São 28 iniciativas do gênero no Estado,
coordenadas pela Secretaria de Desenvolvimento,
Ciência, Tecnologia e Inovação do Estado de São
Paulo, que também oferece outras oportunidades
para a empresa que deseja inovar.
Mais informações: www.fapesp.br/pipe
Mais informações: www.desenvolvimento.sp.gov.br
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Engenharia e você
Muito mais que uma grande disputa esportiva
No dia 5 de agosto tem início oficialmente a
Olimpíada do Rio de Janeiro. A preparação da
cidade começou em 2009, quando a capital carioca
foi anunciada como sede dos Jogos. Confira por que
o evento vai muito além dos jogos.
A Olimpíada em números
Em 17 dias de competição, mais de 10 mil atletas
de 206 países estarão no Brasil para apresentar a
excelência do esporte mundial. São 42 diferentes
modalidades esportivas e mais de 306 provas, o que faz
com que 2.102 medalhas estejam em disputa. Nos últimos Jogos, realizados em Londres em 2012, 174 recordes foram batidos. Com tantos números superlativos, o
que esperar do desempenho dos atletas na primeira
Olimpíada a ser realizada na América do Sul?
Para além do Rio de Janeiro
A cidade maravilhosa é a sede da Olimpíada de
2016, mas o futebol fará com que as cidades de Manaus,
Arena Carioca 3
Parque Aquático Olímpico
Parque Aquático Maria Lenc
Salvador, Brasília, Belo Horizonte e São Paulo também
respirem o espírito olímpico. A capital paulista foi a
mais favorecida por um importante legado dos Jogos.
Fruto do Plano Brasil Medalhas e da Rede Nacional de
Treinamento, a cidade ganhou um centro de treinamento
para 15 das 23 modalidades paraolímpicas O Centro
Paraolímpico Brasileiro foi inaugurado em maio deste
ano, constituindo-se a principal referência para o esporte
paraolímpico nacional. Em uma área construída de 95
mil m², o local vai abrigar treinamento, competições,
intercâmbio de atletas e seleções e cursos voltados para
profissionais do esporte, além do desenvolvimento de
pesquisa das ciências do esporte.
Infraestrutura
Um dos objetivos dos organizadores dos Jogos é,
terminada a Olimpíada, oferecer uma cara nova ao Rio
de Janeiro. Serão 32 arenas para as diferentes partidas,
que foram construídas ou reformuladas. O investimento
total gira em torno de R$ 38 bilhões, incluindo as obras
de infraestrutura. Veja abaixo destaques do legado na
área de mobilidade urbana, requalificação urbana e
esportes.
Mobilidade – Além do VLT (Veículo Leve sobre Trilhos),
que vai ligar a região portuária ao Centro, incluindo o
Aeroporto Santos Dumont, com seis linhas, 56 paradas
e 28 km de extensão, a capital carioca aguarda a
conclusão do BRT Transolímpica, via expressa que ligará
o Parque Olímpico da Barra da Tijuca ao Complexo
Esportivo de Deodoro. O novo meio deve reduzir em
80% o tempo de deslocamento entre a Barra e Deodoro.
JHE news
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Engenharia e você
Entrevista
Requalificação urbana – O Porto Maravilha, que prevê
a recuperação de uma área de 5 milhões de m² na
região portuária, é sem dúvida um dos principais marcos da revitalização propiciada pelos Jogos. A derrubada do Elevado da Perimetral e a construção do Museu
do Amanhã, inaugurado em dezembro de 2015 sob
assinatura do arquiteto espanhol Santiago Calatrava,
são exemplos da intervenção, que objetiva, entre outros
benefícios, aumentar a população de habitantes de 32
mil para 100 mil em 10 anos e ampliar em 50% a
capacidade de fluxo de tráfego no local.
Inovar é preciso
Atuando há mais de 30 anos no Governo do Estado
de São Paulo, Roberto Agune hoje coordena a
Unidade de Inovação da Subsecretaria de Parcerias e
Inovação da Secretaria de Governo do Estado de São
Paulo. Com larga experiência quando o assunto é
inovar, ele esteve na JHE no dia 27 de junho,
apresentando aos colaboradores palestra sobre o
tema. Confira abaixo entrevista concedida por Agune
com exclusividade para o JHE News.
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Esportes – A Arena do Futuro, que receberá as competições de handebol, é um dos destaques quando o assunto são as novas arenas. Isso porque ela é uma
instalação temporária, que será desmontada para se
transformar em quatro escolas municipais, que devem
operar a partir de 2018. Com custo de R$ 146,8 milhões, a arena, que tem capacidade para 12 mil lugares,
será transformada em unidades de ensino que receberão
500 alunos cada uma. Chamado de “arquitetura nômade”, o projeto prevê a utilização de diversas estruturas
da arena: a fachada, por exemplo, será a mesma da
escola, com os frisos que permitem a entrada de luz
natural e ventilação. O telhado também será aproveitado, servindo de cobertura das quatro escolas.
Rampas, escadas pré-moldadas e paredes também
foram previstas para serem reutilizadas, estas últimas
sendo parafusadas e encaixadas, o que permitirá sua
fácil remoção.
Fontes: Rio 2016, G1, Estadão Rio 2016 e Porto Maravilha.
Inovação é uma palavra muito utilizada por todos nós.
Mas, afinal, o que é de fato inovação?
RA: Inovação, no sentido clássico da expressão, consiste
na implementação de um processo ou produto – bem
ou serviço – novo ou significativamente melhorado. A
necessidade de rever o sentido da expressão, de modo a
torná-la mais coerente com os tempos atuais, levou a
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Entrevista
Organização para a Cooperação e Desenvolvimento
“Podemos
Econômico (OCDE), em uma
observar que em
de suas publicações, o Maqualquer um destes
nual de Oslo, a propor uma
estudos sobre a
visão mais abrangente para o
inovação no
tema, acrescentando, entre
mundo, a posição
outras, a inovação organizado Brasil ainda é
cional. Inovação organizacional estuda as mudanças
muito ruim”
orientadas para melhorar a
qualidade e a eficiência do
trabalho, acentuar a troca de informações e refinar a
capacidade das organizações de aprender e utilizar
conhecimentos e tecnologias que afetam, no caso
específico dos governos, o desempenho do serviço público. Cabe destacar ainda duas máximas sobre inovação. É valor percebido: você inova quando o usuário
percebe o valor. E é resolver problema, de modo a gerar
valor percebido.
Como o Brasil está posicionado diante do mundo
quando o tema é inovação? E como as empresas estão
posicionadas no cenário nacional?
RA: Existem vários estudos que procuram mostrar como
se posicionam os países em relação ao tema. Podemos
observar que em qualquer um destes estudos a posição
do Brasil é muito ruim, como se pode ver nos exemplos
a seguir: segundo estudo publicado pela Universidade
Cornell e pela Organização Mundial da Propriedade
Intelectual, que divulgou o “Índice Global de Inovação
2015”, o Brasil ficou em 70º lugar entre os países mais
inovadores do mundo (caiu nove posições em relação
ao ranking anterior). Para realizar a pesquisa, os especialistas analisaram 79 indicadores relacionados a inovação, economia, política e outros aspectos de 141 países, que representam 95,1% da população mundial e
98,6% do PIB global.
Já no Ranking da revista Economist que mede o desempenho dos países de acordo com o número de patentes
registradas nos Estados Unidos, na Europa e no Japão,
além de outros fatores que colaboram com a inovação,
como investimentos em pesquisa e desenvolvimento e
o nível técnico da força de trabalho, o Brasil ocupa a
49ª posição, sendo que as primeiras posições são ocupadas por Japão, Suíça, Finlândia, Alemanha e Estados
Unidos. Levantamento feito em 50 países pela Bloomberg, portal americano especializado em economia que
atribuiu uma nota para cada país levando em consideração vários indicadores, como número de patentes registradas, quantidade de estudantes cursando engenharia
e ciências, número de empresas de tecnologia, número
de equipes de pesquisa, entre outros, o Brasil ficou em
47o. lugar.
Em relação às empresas, o ranking elaborado pela consultoria Dom Strategy Partners, que avaliou as companhias entre março e junho deste ano, ouvindo mais
de três mil consumidores e consultando relatórios, informações para investidores, reportagens e pesquisas publicadas nos últimos 12 meses e englobando companhias de 14 segmentos, O
Boticário é a empresa mais
inovadora do Brasil, seguida
“O Estado pode
de Netshoes, Chili Beans,
auxiliar o setor privado
Diletto, Nespresso, Albert
incentivando a
Einsten, Wine.com.br, Brainovação tecnológica
desco, Whiripool e Habibs
por meio das
universidades, centros
de pesquisa e órgãos
de fomento, como
Fapesp e Investe São
Paulo, por exemplo”
Qual seria o papel do
Estado no apoio à inovação
do setor privado?
RA: O mundo percebe de
cinco anos para cá – isto vale também para o Brasil,
ainda que em menor escala
– a estruturação de um novo ecossistema de inovação,
composto por grandes empresas, universidades, governo, startups, incubadoras, aceleradoras, investidores anjo, venture capital, práticas de crowdfunding e coworking, para ficarmos nos elementos mais marcantes. O
Estado pode auxiliar o setor privado incentivando a
inovação tecnológica por meio das universidades,
centros de pesquisa e órgãos de fomento, como Fapesp
e Investe São Paulo, por exemplo. Uma boa leitura sobre
o tema é Mariana Mazzucato, em seu livro O Estado
Empreendedor.
Os órgãos públicos também inovam? Em que direção?
RA: Além de fomentar a inovação tecnológica, como
expressei acima, os governos podem estimular a inovação patrocinando o chamamento para parcerias com
startups voltadas para a modernização, racionalização
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Entrevista
e melhoria dos serviços públicos, iniciativa esta denominada, no caso de São Paulo, Pitch Gov (detalhes
em http://www.pitchgov.sp.gov.br/). Pode também promover a inovação organizacional, ou seja, a utilização
de métodos, técnicas e ferramentas tecnológicas que
conduzam a uma ruptura do modelo industrial burocrático e centralizado que ainda permanece bastante
vivo nos governos e mesmo nas grandes organizações
privadas mais tradicionais, de modo a aproveitar a inteligência coletiva dos colaboradores – cerca de 600
mil no caso do Governo de São Paulo –, incentivar a
criatividade e aprimorar a qualificação dos servidores.
Para tanto, podemos utilizar a gestão do conhecimento,
o design thinking, o design de serviços públicos,
storytelling etc. Essa é a missão central da Unidade de
Inovação que coordeno dentro da Subsecretaria de
Parcerias e Inovação integrante da Secretaria de governo. As empresas precisam requalificar seus quadros
para utilizarem os méAs empresas precisam todos e técnicas centrarequalificar seus quadros para das no estímulo à criautilizarem os métodos e tividade e à colaboratécnicas centradas no ção, se posicionando
estímulo à criatividade e à como organizações
que aprendem, pois
colaboração, se posicionando
tudo o que sabemos
como organizações que
hoje estará superado
aprendem, pois tudo o que em menos de dez anos.
sabemos hoje estará superado É importante redefinir
em menos de dez anos. as estratégias com foco
na alta performance e
nos princípios de organizações exponenciais que
centram no desempenho da entrega.
Quais seriam os melhores caminhos
para uma empresa que tem como cliente
o setor público inovar?
RA: Qualquer empresa, independentemente de ter o
governo como seu principal cliente, deve considerar
a inovação, que hoje ganhou contorno de ação continuada, como ponto crucial em seu radar de negócios.
Para tanto, aconselho que integrem o novo ecossistema
que apontei acima, que requalifiquem seus quadros
para utilizarem os métodos e técnicas centradas no
estímulo à criatividade e à colaboração e que se enxerguem como organizações que aprendem (learning
organizations), pois tudo o que sabemos hoje estará
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coworking
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Players envolvidos em um novo ecossistema de inovação
superado em menos de dez anos. É importante que as
organizações redefinam suas estratégias com foco na
alta performance e nos princípios de organizações exponenciais (vide livro: "Organizações Exponenciais",
de Salim Ismail, Michael Malone e Yuri Geest) que
centram no desempenho da entrega.
Quais as inovações devem ser esperadas
e que podem ser geradas no setor de engenharia?
A quais objetivos elas atendem?
RA: A engenharia influencia e é influenciada pelo movimento denominado “indústria de quarta geração”,
em que se destacam a internet das coisas, os robôs
inteligentes, o uso de novos materiais etc. Essa tendência está reescrevendo, de forma disruptiva, os principais processos e modelos do setor produtivo, que passa
a ter cada vez conhecimento impregnado em seus produtos e serviços. Sugiro, para os leitores que quiserem
ter um bom panorama sobre o tema, que visitem o
endereço (http://pt.slideshare.net/iGovExplica/
industria-40-63643241), no qual terão acesso a instigante apresentação feita no inovaDay de junho de
2016 por Jefferson de Oliveira Gomes, professor do
ITA, diretor regional do SENAI do Estado de Santa
Catarina e consultor da UNESCO.
EXPEDIENTE:
Responsável pela elaboração, edição e redação: Diretoria
de Desenvolvimento
Conselho Editorial: Roberto Monastersky, Osiris Garofalo e João A. Viol
Diretoria Executiva: João A. Viol e Helio A. Azeredo
Diagramação: Juca Zaramello
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