Gabarito Comentado
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Gabarito Comentado
PREVISÃO - 2013 CIÊNCIAS HUMANAS E SUAS TECNOLOGIAS utilização de escravos africanos, que trabalhavam nas feitorias. exploração da mão de obra livre dos imigrantes portugueses, franceses e holandeses. exploração do trabalho indígena, no estabelecimento de uma relação de troca, o conhecido escambo. HISTÓRIA I 1. “E são tão cruéis e bestiais, que assim matam aos que nunca lhes fizeram mal, clérigos, frades, mulheres (...) Sujeitando-se o gentio, cessarão muitas maneiras de haver escravos mal havidos e muitos escrúpulos, porque terão os homens escravos legítimos, tomados em guerra justa.” RESPOSTA: E COMENTÁRIO: A questão sintetiza com precisão a exploração do pau-brasil durante o período pré-colonial do Brasil, destacando a prática do escambo que os portugueses realizavam junto aos nativos da terra (Carta do Padre Manuel da Nóbrega, 1558) “Depois disso, com licença do Padre Nóbrega, me fui a outra aldeia de 150 casas e fiz ajuntar os moços e fiz-lhes a doutrina em sua própria língua. Achei alguns aqui mui hábeis e de tal capacidade que bem ensinados e doutrinados podiam fazer muito fruto, para o que temos necessidade de um colégio nesta Bahia para ensinar os filhos dos índios.” 3. (Carta do Padre Azpicuelta Navarro, 1551) A leitura dos fragmentos nos permite inferir que: a Igreja condenava qualquer tipo de prática dos colonos para escravizar os indígenas. os indígenas aceitavam passivamente a catequese quando feita em sua língua. não existia uma visão unificada dentro da Igreja sobre a questão dos indígenas. os índios demonstravam feroz rejeição por qualquer aproximação com os jesuítas. a Coroa portuguesa entrou em choque com as pretensões catequizadoras católicas. RESPOSTA: C COMENTÁRIO: Setores da Igreja discutiram por décadas as formas de tratamento que deveriam ser dadas aos nativos da América, de modo geral defendiam a catequese dos índios, embora, por vezes, autorizasse a escravidão e o extermínio de alguns grupos, a chamada guerra justa. 2. Sobre o descobrimento do Brasil e o etnocídio aqui realizado, podemos deduzir corretamente que a gravidade da perda da identidade cultural ocorrida não foi tão significativa a ponto de uma transformação nos costumes dos indígenas. grande parte dos índios aprovou o processo de catequese como algo sadio e útil para seu desenvolvimento como tribo e estrutura de sociedade. os benefícios da catequese não podem ser vistos como a historiografia marca como etnocídio. a ação jesuíta que por um lado impulsionou a ocupação territorial por parte dos portugueses levou ao desmanche de uma identidade forte e marcante de povos politeístas. o etnocídio foi uma marca leve comparada ao genocídio feito pelos portugueses que superou em muito o realizado pelos espanhóis. RESPOSTA: D COMENTÁRIO: O genocídio português foi muito menos intenso que o espanhol, e a grande marca aqui deixada pelos portugueses e pela catequese foi a forte aculturação que está Entre 1500 e 1530, os interesses da Coroa portuguesa, no Brasil, focavam o pau-brasil, madeira abundante na Mata Atlântica e existente em quase todo o litoral brasileiro, do Rio Grande do Norte ao Rio de Janeiro. A extração era feita de maneira predatória e assistemática, com o objetivo de abastecer o mercado europeu, especialmente as manufaturas de tecido, pois a tinta avermelhada da seiva dessa madeira era utilizada para tingir tecidos. A aquisição dessa matéria-prima brasileira era feita por meio da: exploração escravocrata dos europeus em relação aos índios brasileiros. criação de núcleos povoadores, com utilização de trabalho servil. 1 profundamente ligada ao processo de ocupação territorial aberto pelos padres, levando os índios para áreas isoladas (as missões) Na sociedade colonial brasileira os negros foram colocados numa condição de humilhação e degradação que a charge representa de forma clara. Carregavam o mundo do trabalho nas costas, viviam sobre o domínio de outra cultura e, mesmo assim, sobreviveram. Deste legado da cultura negra é forte lembrar: O surgimento de grupos fundamentalistas que usaram de ações de guerrilha para durante a fase colonial brasileira perpetuar a cultura muçulmana forte em território nacional. O radicalismo de greves que chegaram a paralisar totalmente as plantações de açúcar no Nordeste por várias décadas no século XVI. O total abandono de sua cultura natural para reerguêla sobre bases católicas e evangélicas levando inclusive esses novos símbolos místicos para seus descendentes na África. A força da miscigenação que amplamente levou os negros casados com mulheres brancas de grandes posses econômicas a obter cargos de poder nas Câmaras Municipais. As fugas para Quilombos onde mantiveram vivas as tradições de suas raízes tanto culturais quanto religiosas. RESPOSTA: E COMENTÁRIO: A cultura conseguiu se preservar embasada na luta de um povo que tentou preservar suas raízes de forma clara através de vários mecanismo como fugas assassinatos, cultos, quilombos etc. 4. O primeiro conflito político envolvendo a memória de Tiradentes ocorreu em 1862. Nesta data o governo queria inaugurar no local onde fora enforcado Tiradentes, uma estátua de D. Pedro I. Na ocasião houve manifestação dos liberais com a publicação de um folheto dizendo que Tiradentes foi o primeiro mártir que morreu pela pátria e que foi responsável por levar o povo brasileiro à “salvação”. Outro episódio que contribuiu para a construção da imagem de Tiradentes foi o que se sucedeu à publicação da obra de Joaquim Norberto de Souza Silva, História da Conjuração Mineira. Norberto teve acesso a documentos nunca antes estudados sobre a Inconfidência e apontou Tiradentes como figura secundária no movimento. Essa revelação inquietou as pessoas, principalmente os republicanos que chamaram Norberto de monarquista convicto. Independente da sua posição política o que mais causou irritação foi ele ter discorrido sobre as transformações na personalidade e no comportamento de Tiradentes durante o tempo em que este ficou preso. Segundo Norberto, o isolamento, os repetidos interrogatórios e a ação dos frades franciscanos fizeram com que o seu ardor patriótico se transformasse em altar de sacrifício. Desta forma e por vários outros motivos Tiradentes foi elevado à condição de mártir e símbolo da República. A construção da memória está ligada a este embate e pode ser usada a favor ou contra a verdade da historiografia. Assim, podemos deduzir que o mito Tiradentes passou a superar o homem em si. Tiradentes preso no Rio de Janeiro como seus colegas presos em Minas, renegou sua participação no movimento, tirando o peso da memória do conjunto do fato. o ardor patriótico citado no texto nunca foi usado como símbolo religioso. a grande ligação da memória com Tiradentes o colocará junto ao Império e afastado do ideal republicano. nunca se utilizou a figura de Tiradentes como elemento catalisador de um movimento social. RESPOSTA: COMENTÁRIO: A figura de Tiradentes foi usada e, muitas vezes, adulterada na história nacional, mitificou-se o homem acima das provas claras e límpidas de sua participação como mártir e herói da Inconfidência mineira. 5. 6. Diz-se geralmente que a negra corrompeu a vida sexual da sociedade brasileira (...). É absurdo responsabilizar-se o negro pelo que não foi obra sua (...), mas do sistema social e econômico em que funcionaram passiva e mecanicamente. Não há escravidão sem depravação sexual. É da essência mesma do regime. (...) Não era o negro (...) o libertino: mas o escravo a serviço do interesse econômico e da ociosidade voluptuosa dos senhores. Não era a ‘raça inferior’ a fonte de corrupção, mas o abuso de uma raça por outra. (FREYRE, Gilberto. Casa-grande & senzala. Rio de Janeiro: Record, 2001. p. 372 e 375.) Considerando o texto, é correto afirmar que a degradação moral da sociedade açucareira do Nordeste brasileiro tinha como eixo: a estrutura frágil da Igreja colonial e seu reduzido trabalho na disseminação dos valores cristãos. as relações de poder entre a metrópole e a colônia, desfavoráveis a essa última quanto aos preços dos seus produtos. a complexa formação étnica da sociedade açucareira, misturando raças em detrimento dos costumes portugueses. a natural corrupção do ser humano, que jamais encontra limites, seja na Igreja ou polícia, para a expressão dos instintos. as relações sociais de produção presentes nas estruturas do engenho açucareiro, base da ordem social colonial. RESPOSTA: E http://desniveissociais.blogspot.com/2010/07/charge-da-semana_29.html 2 COMENTÁRIO: O autor avalia que a existência de qualquer tipo de promiscuidade sexual, presente na sociedade açucareira, deve ser interpretado como resultado das relações sociais desiguais e autoritárias no seio da escravidão. 7. consegue vencer os legados escritos pelos povos africanos. na abordagem mais crítica que se faz da história, a visão eurocêntrica tem sido a mais valorizada como fundamental para o entendimento de nosso futuro. os povos indígenas aqui encontrados não tinham condições de manter uma estrutura de vida condizente com o que podemos chamar de organizada e justa. grande parte dos escritores de história estão saindo mais da área jornalística e sensacionalista dando assim à nossa história ares de verdade mais crítica. Leia o texto atentamente: Os 500 anos da invasão, de Eduardo Lopes Cançado Vamos aos fatos: conta a história tradicional que Cabral saíra de Portugal, com destino às Índias, em busca das especiarias que tinham um grande valor comercial. Mas, com o decorrer dos anos, muitos historiadores contestaram essa façanha, pois integrantes da esquadra de Vasco da Gama, que destinava ao rumo desconhecido da Índia, muito antes de Cabral, já haviam declarado que no horizonte ocidental poderia existir terras por onde, segundo marujos, aves pareciam rumando. Há também teses relacionadas ao nome do navegador Duarte Pacheco Coelho que suposta-mente estivera no Brasil em 1498, um pouco antes do nosso “herói” abral. Em uma análise crítica, feita por Martinez e outros historiadores atuais percebe-se como a história do Brasil está repleta de fatos distorcidos, onde imperam os chamados “heróis”, desde o descobrimento. As pessoas são induzidas a ouvirem relatos de atos de bravura, praticados por personagens ilustres, sempre em defesa do povo e do território brasileiro. Na verdade, a história é movida pelas suas próprias contradições e a primeira delas está presente no descobrimento do Brasil, que talvez esteja fazendo agora 500 anos. Em suma, nossas terras foram invadidas, colonizadas à força. Nosso povo, submetido à truculência dos portugueses, que nada mais queriam do que nossas riquezas. Urge a mudança de mentalidade. A história brasileira precisa ser passada a limpo, para que nunca mais se comemore com tanta pompa acontecimentos que não passam de falácias. Outro fato importante nos leva a uma reflexão: será que o Brasil foi descoberto pelos portugueses ou pelos nativos que aqui habitavam bem antes de 1500? O historiador Paulo Martinez, autor de “O mito do herói nacional de formas de governo”, entre outras obras, montou uma galeria de “heróis”. O que a história esquece de contar, no entanto, é que esse povo tupiniquim era constituído de grupos muito bem organizados. Além disso, socialmente falando, os grupos tinham seus costumes próprios e uma cultura, por sinal, bem diferente dos povos europeus. A História do Brasil está em constante transformação e o texto em questão dá uma ideia de algumas destas mudanças. Sobre tais reformulações citadas no texto e seus conhecimentos sobre o assunto, é correto afirmar que a história é um ato eterno de reescrita firmado pela capacidade tanto do autor quanto do leitor de estar abertos às novas pesquisas que ampliam os horizontes do conhecimento. mesmo tendo Cabral seu papel de relevância na história é preciso deixar claro que a visão europeia não RESPOSTA: A COMENTÁRIO: A visão eurocêntrica tem sido a mais criticada e não a mais crítica, exatamente pelo fato da história esta eternamete sendo reescrita e reanalisada. 8. “O brasileiro rejeita a meritocracia porque se sente desconfortável em situações nas quais os papéis de cada um não estão predefinidos, mas precisam ser conquistados à distância das relações de parentesco e de amizade”. Roberto Damatta – antropólogo em entrevista para a Revista Veja de 28 de setembro de 2011. Refletindo sobre o assunto, podemos denotar que a colocação do antropólogo faz referência às raízes clientelistas e nepotistas, que ultrapassam os tempos da República. às bases sociais atuais do Brasil, que surgiram com o período pós-ditadura. às ondas neoliberais, que modificaram comportamentos sociais. às estruturas do próprio sistema judiciário, que incorporou o nepotismo em todos os seus cargos. às bases de um país que se montou sobre o mérito das pessoas e não sobre apegos de laços familiares. RESPOSTA: A COMENTÁRIO: As bases da meritocracia a ser mais seguidas no Brasil a partir de Getúlio Vargas e da Criação do DASP, mas nunca conseguiram quebrar totalmente a estrutura arcaica de favores pessoais que existem desde a chegada dos portugueses a essas terras. 9. “Oh, se a gente preta tirada das brenhas da sua Etiópia, e passada ao Brasil, conhecera bem quanto deve a Deus e a Sua Santíssima Mãe por este que pode parecer desterro, cativeiro e desgraça, e não é senão milagre, e grande milagre!” VIEIRA, Padre Antônio. Sermão XIV. Apud: ALENCASTRO, Luiz Felipe de, “O Trato dos Viventes”. São Paulo: Companhia das Letras, 2000, p. 183. Sobre a escravidão no Brasil, no período colonial, é correto afirmar: O tráfico de escravos no século XVIII era realizado por comerciantes metropolitanos e por “brasílicos” que saíam do Rio de Janeiro, da Bahia e de Recife com mercadorias brasileiras e realizavam trocas bilaterais com a África. A produção econômica colonial era agroexportadora, baseada na concentração fundiária e no uso exclusivo do trabalho escravo. O tráfico de escravos para o Brasil, no século XVIII, era realizado exclusivamente por comerciantes 3 os judeus convertidos ao cristianismo, ou cristãos- metropolitanos. A oferta de mão de obra escrava era contínua e a baixos custos. O tráfico de escravos no século XVIII era realizado apenas por comerciantes “brasílicos”. A oferta de mão de obra, contudo, era descontínua e a altos custos. O século XVII marcou o auge do tráfico de escravos no Brasil, para atender à demanda do crescimento dos engenhos de açúcar, com uma oferta contínua e a altos custos. RESPOSTA: A COMENTÁRIO: O tráfico negreiro era pautado em forte intercâmbio internacional, permitindo lucros para comerciantes e tributos para o Estado metropolitano; além disso, observavase ocorrência da prática do escambo. novos, se espalharam pelo imenso território e marcaram sua presença na composição da sociedade brasileira. os cristãos-novos consideraram o Novo Mundo como a Terra Prometida, tal comparação se dava pela liberdade da vida dos que vinham para a Colônia em relação ao Reino. no processo de transferência do Reino para a Colônia, diferentemente do que ocorreu no século XVI, embarcaram clandestinamente aqueles cristãos-novos que tinham consciência do judaísmo. os cristãos-novos consideraram o Novo Mundo como a Terra Prometida, tal comparação se dava pela possibilidade de construírem uma nova pátria nos trópicos. RESPOSTA: B COMENTÁRIO: com base apenas na interpretação do texto, pode-se chegar à alternativa correta. Ambos (texto e alternativa B), por si sós, esclarecem o papel dos cristãos-novos na formação da sociedade brasileira durante o período colonial. 10. O senhor de engenho é título a que muitos aspiram, porque traz consigo o ser servido, obedecido e respeitado de muitos. (ANTONIL, André João. Cultura e opulência do Brasil. Belo Horizonte: Itatiaia, 1997. p. 75.) Sobre a economia açucareira no período colonial, assinale a alternativa correta. Os senhores de engenho moravam nas senzalas. A cultura canavieira era realizada em grandes fazendas policultoras. A região Centro-Oeste foi o maior centro produtor de açúcar no Brasil Colônia. A mão de obra imigrante foi a responsável pelo desenvolvimento da economia açucareira. O açúcar brasileiro era refinado e comercializado na Europa, principalmente pelos holandeses. RESPOSTA: E COMENTÁRIO: Os holandeses se destacaram como os grandes investidores da economia açucareira. Além de financiarem a produção, se destacaram no transporte e no refino do produto. 12. ”O primeiro testemunho sobre a antropofagia na América foi registrada por Álvarez Chanca (...) em 1493. (...) Registrada a abominação antropofágica, os monarcas espanhóis autorizam, em 1503, a escravidão de todos os caraíbas pelos colonos. No litoral brasileiro, os tupinambás, do grupo tupi, tinham o hábito do canibalismo ritual (...). Prova de barbárie e, para alguns, da natureza não humana do ameríndio, a antropofagia condenava as tribos que a praticavam a sofrer pelas armas portuguesas a “guerra justa” e do cativeiro perpétuo em 1557, por terem devorado, no ano anterior, vários náufragos portugueses, entre os quais se encontrava o primeiro bispo do Brasil.” (Luís Felipe de Alencastro, Folha de S.Paulo, 12.10.1991) A partir do fragmento, é correto concluir que as tribos tupiniquins, aliadas aos franceses, acreditavam na justiça e na importância da guerra justa como capaz de permitir a supremacia contra tribos inimigas. conforme determinava a legislação de Portugal e da Espanha até o início do século XIX, apenas os nativos da América que praticavam o canibalismo foram escravizados. a escravização dos ameríndios foi legal e efetiva apenas até a entrada dos primeiros homens escravos africanos na América, a partir da segunda metade do século XVII. o estranhamento do colonizador europeu com a prática da antropofagia por parte dos nativos da América serviu de pretexto para a escravização desses nativos. portugueses e espanhóis, assim como a Igreja Católica, associavam a desumanidade dos índios ao fato desses nativos insistirem na prática da guerra justa. 11. A expulsão dos judeus da Espanha pelos reis católicos, em 1492, levou cerca de cem mil refugiados para Portugal, onde experimentaram ainda mais amargas vicissitudes do que na pátria. Foram forçados em 1497, por ordem do rei D. Manuel, juntamente com os judeus, seus correligionários portugueses, a se converterem ao cristianismo, fenômeno que deu origem à era dos cristãos novos. A fuga dos portugueses cristãos-novos para o Brasil era mais fácil do que para qualquer lugar da Europa. (...) Espalhados por um imenso território, os cristãos-novos pouco conheciam sobre o verdadeiro sentido da religião judaica. Sem considerar os cristãos novos que foram fiéis ao catolicismo e conseguiram diluir-se na sociedade ampla, os que permaneceram nas margens criaram uma tradição de clandestinidade, sem a qual é impossível conhecer e reconstituir a sociedade colonial. (Adaptado de NOVINSKY, Anita. Inquisição: prisioneiros do Brasil. 2002.) Pesquisadores estimam hoje, no Brasil, que pelo menos um décimo da população descenda dos cristãos-novos. De acordo com essa noção e com o texto acima, é correto afirmar que no Brasil, com a ausência física da Corte, os convertidos não tiveram problemas para disseminar suas práticas religiosas judaicas e esquecer o catolicismo. RESPOSTA: D COMENTÁRIO: O discurso de que os nativos eram selvagens foi uma das peças utilizadas para que estes fossem usadas como s primeiros escravos da terra e seguissem os caminhos que os conduzissem ao processo de civilização. 4 relaciona-se com a crise econômica das lavouras 13. “O primeiro grupo social utilizado pelos portugueses como escravo foi o das comunidades indígenas encontradas no Brasil. A lógica era simples: os índios estavam localizados junto ao litoral, e o custo inicial era pequeno, se comparado ao trabalhador originário de Portugal. (...) No entanto, rapidamente ocorreu um declínio no emprego do trabalhador indígena.” açucareiras no nordeste. inspirava-se no ideário iluminista e defendia a instalação da República. possuía um caráter social predominantemente elitista e práticas antilusitanas. foi motivado pelas lutas de independência das colônias espanholas. (Rubim Santos Leão de Aquino et alii, Sociedade brasileira: uma história através dos movimentos sociais) RESPOSTA: C COMENTÁRIO: A conjuração Baiana inspirava-se na revolução Francesa e nas ideias iluministas; além de defender a ruptura com Portugal, pretendia realizar a implantação da República e a Abolição da Escravidão reforçando seu caráter popular. O declínio a que o texto se refere e o avanço da exploração do trabalhador escravo africano podem ser explicados pelo prejuízo que a escravização indígena gerava para os senhores de engenho que tinham a obrigação da catequese; pela impossibilidade de a Coroa portuguesa cobrar tributos nos negócios envolvendo os nativos da colônia; pela presença de uma pequena comunidade indígena nas regiões produtoras de açúcar. pela forte oposição dos jesuítas à escravização indiscriminada dos índios; pelo lucro da Coroa portuguesa e dos traficantes com o comércio de africanos; pela necessidade de fornecimento regular de mão de obra para a atividade açucareira, em franca expansão na passagem do século XVI ao XVII. pela imposição de escravos do norte da África, por parte dos grandes traficantes holandeses; pela determinação da Igreja Católica em proibir a escravização indígena em todo império colonial português; pelo custo menor do escravo de algumas regiões da África, como Angola e Guiné. pelos preceitos das Ordenações Filipinas, que indicavam o caminho da catequese e não o do trabalho para os nativos americanos; pelo desconhecimento, por parte dos índios brasileiros, de uma economia de mercado; pelos acordos entre o colonizador português e parte das lideranças indígenas. pela extrema fragilidade física dos povos indígenas encontrados nas terras portuguesas na América; pelos preceitos religiosos da Contrarreforma, que não aceitavam a escravização de povos primitivos; pela impossibilidade de encontrar e capturar índios no interior do espaço colonial. 15. No dia 21/04/2003, Dia de Tiradentes, o jornal “Diário do Povo” de Campinas/SP publicou a tirinha a seguir: A partir da análise da tirinha e o contexto de sua publicação podemos inferir que, nos processos de construção da identidade nacional, a construção do nacionalismo dispensa o uso de heróis devido à sua pouca aceitação popular. a televisão é um meio eficaz, historicamente preciso, de construir o nacionalismo de um povo. a memória histórica dentro de um país pode ser construída através de variadas fontes. a produção de uma história de caráter nacional sempre é produto da imposição da visão oficial do Estado. a população brasileira como um todo é politicamente alienada e desconhece seus verdadeiros heróis. RESPOSTA: A COMENTÁRIO: Apesar dos esforços estatais para impor sua visão histórica através de celebrações oficiais, muitas vezes tais iniciativas não encontam ressonância entre a população, pois dentre outros motivos tais esforços encontram concorrência de outros locais de produção de memória histórica, como a televisão. RESPOSTA: B COMENTÁRIO: Todos os elementos explicativos elencados na alternativa B conduzem o leitor ao entendimento dos elevados lucros obtidos no processo de escravização do negro africano 14. Na manhã de 12 de agosto de 1798, um panfleto revolucionário afixado em vários lugares da cidade de Salvador dizia: “Povo, o tempo é chegado para vós defenderdes a vossa Liberdade; o dia da nossa revolução, da nossa Liberdade e de nossa felicidade está para chegar, animaivos que sereis felizes.” 16. Sobre a cabeça os aviões Sob os meus pés os caminhões Aponta contra os chapadões Meu nariz Eu organizo o movimento Eu oriento o carnaval Eu inauguro o monumento No planalto central do país O movimento tropicalista, do qual Caetano Veloso foi um representante, nos leva a interpretar a música Tropicália em relação a ideologia política brasileira nas décadas de 50 e 60 do século XX, mostrando as contradições da modernização subdesenvolvida do Brasil. Analisando a letra PRIORE, Mary Del et al (Org.). “Documentos de História do Brasil - de Cabral aos anos 90”. São Paulo: Scipione, 1997, p. 38. A respeito do movimento ao qual o texto acima se refere pode-se inferir que pretendia estabelecer a dominação dos escravos africanos sobre os brancos. 5 e o momento político-econômico brasileiro, podemos afirmar que a música reflete claramente o momento de implantação industrial brasileira no período de Vargas, onde predominou o transporte ferroviário e o setor de base e consumo não durável. caracteriza-se pela maior centralização política e econômica do Brasil, reproduzindo o processo de formação do ABC de São Paulo, com forte implantação rodoviária. no Nordeste ocorreu no período uma decadência do ciclo da cana-de-açúcar e o desenvolvimento de ilhas ou arquipélagos econômicos, levando a uma maior degradação do Planalto Central. a partir da década de 50 começa o processo de descentralização industrial, inicialmente marcada com a construção de Brasília no Planalto Central e a integração nacional pautada no transporte rodoviário, beneficiando as multinacionais. a música mostra a organização política nacional voltada a um populismo e com fortes investimentos no setor primário e o fim de arquipélagos econômicos com a mudança do sistema de cargas de rodoviário para ferroviário. RESPOSTA: D 18. Esse mapa serviu de base aos representantes das Coroas portuguesa e espanhola para o estabelecimento do Tratado de Madrid, assinado em 1750, que definiu os novos limites na América entre as terras pertencentes a Portugal e à Espanha. Considerando-se o processo de formação territorial do Brasil, é correto afirmar que a formalização de tratados entre os países europeus e a forte vigilância das fronteiras funcionou para evitar a violação dos mesmos por parte dos colonos. o tratado mencionado no texto ratificou as decisões do Tratado de Tordesilhas, assinado em 1594, evitando, assim, possíveis conflitos entre os países ibéricos. os colonos espanhóis frequentemente entravam em possessões portuguesas, gerando conflitos e a realização de novos tratados territoriais. a imediata implementação do Tratado de Madrid foi fundamental para a definitiva configuração territorial que o Brasil possui até os dias atuais. a questão dos limites e povoamento dos territórios coloniais ibéricos acabou sendo orientada mais pela ação dos colonos do que pelos tratados territoriais estipulados. RESPOSTA: D COMENTÁRIO: A música de Caetano Veloso, nas linhas 2, 3, 7 e 8, denunciam a situação em que passava o Brasil ao final da década de 50 e inicio da década de 60. O Governo de JK foi responsável pela maior abertura do mercado brasileiro para as multinacionais, grupo de investimento que se concentrou principalmente no setor de bens duráveis, destacando-se o setormautomobilistico, usou o capital nacional estatal no desenvolvimento estrutural para uma maior integração nacional, desenvolvendo o sistema rodoviário, e construiu a nova capital, Brasília no Centro-Oeste, como forma de estimular a descentralização no Brasil. 17. Na manhã de 12 de agosto de 1798, um panfleto revolucionário afixado em vários lugares da cidade de Salvador dizia: “Povo, o tempo é chegado para vós defenderdes a vossa Liberdade; o dia da nossa revolução, da nossa Liberdade e de nossa felicidade está para chegar, animaivos que sereis felizes.” RESPOSTA: E COMENTÁRIO: Na prática, os colonos desrespeitavam os limites formalmente impostos, pois priorizavam suas necessidades de sobrevivência e busca por riquezas, fato que pesou para a realização do Tratado de Madri em 1750. PRIORE, Mary Del et al (Org.). “Documentos de História do Brasil - de Cabral aos anos 90”. São Paulo: Scipione, 1997, p. 38. A respeito do movimento ao qual o texto acima se refere pode-se inferir que pretendia estabelecer a dominação dos escravos africanos sobre os brancos. relaciona-se com a crise econômica das lavouras açucareiras no nordeste. inspirava-se no ideário iluminista e defendia a instalação da República. possuía um caráter social predominantemente elitista e práticas antilusitanas. foi motivado pelas lutas de independência das colônias espanholas. 19. Convém ter muita advertência nas prisões que fizer nas pessoas que hão de sair ao auto público, que se faça tudo com muita justificação pelo muito que importa à reputação e crédito do Santo Ofício e a honra e fazenda das ditas pessoas, as quais, depois de presas e sentenciadas, não se lhes pode restituir o dano que se lhes der. Do Inquisidor-Geral ao primeiro Visitador na colônia, em 1591. 6 A respeito da religiosidade católica no Brasil, durante o período colonial, pode-se afirmar que a inquisição preocupava-se com o crescimento do protestantismo no território tanto entre os índios como entre os mestiços. apesar de esforços de parte do clero, o catolicismo brasileiro não ficou imune a influências de crenças africanas e indígenas. a forte disciplina do clero católico e a presença fixa do Tribunal do Santo Ofício contribuíram para o rigor da doutrina entre os fiéis. as características barrocas priorizavam a preparação doutrinária dos fiéis em detrimento dos aspectos formais, rituais ou festivos. apesar de ser considerada uma ruptura ao sacramento do matrimônio, era comum a prática do divórcio, em especial nas camadas sociais altas. industrial, o que levou à busca por colônias e à integração cultural das populações nativas. orientado pelo interesse nativista de manifestar a subsistência dos índios que aceitava a intervenção europeia observado por eles como uma forte ameaça aos seus valores culturais. RESPOSTA: B COMENTÁRIO: O próprio documento permite perceber que “o colonizador”, na fala de Pero Vaz de Caminha, pretendeu entender os nativos a partir de uma visão exterior, europeia, pois um dos grandes objetivos da expansão marítima era a obtenção de riquezas, pois predominava a cultura metalista. O contato entre as culturas indígena e europeira se deu, portanto, originouse de bases diferentes e contraditórias, sem a preocupação do colonizador em compreender os povos nativos. RESPOSTA: B COMENTÁRIO: Os séculos de convívio entre negros, brancos e indígenas acabou forjando uma espécie de “catolicismo mestiço” que valoriza rituais e formas católicas, mas cujas crenças misturam-se com outras, negras e indígenas. 21. Onde houve escravidão, no Brasil colônia, do século XVII, houve resistência. E de vários tipos. Mesmo sob a ameaça do chicote, o escravo negociava espaços de autonomias com os senhores ou fazia corpo mole no trabalho, quebrava ferramentas, incendiava plantações, agredia senhores e feitores. Rebelava-se individual e coletivamente. Aqui a lista é grande e conhecida. Houve, no entanto, um tipo de resistência que poderíamos caracterizar como a mais típica da escravidão – a fuga. 20. Em carta ao rei D. Manuel, Pero Vaz de Caminha narrou os primeiros contatos entre os indígenas e os portugueses no Brasil: “Quando eles vieram, o capitão estava com um colar de ouro muito grande ao pescoço. Um deles fitou o colar do Capitão, e começou a fazer acenos com a mão em direção à terra, e depois para o colar, como se quisesse dizer-nos que havia ouro na terra. Outro viu umas contas de rosário, brancas, e acenava para a terra e novamente para as contas e para o colar do Capitão, como se dissesse que dariam ouro por aquilo. Isto nós tomávamos nesse sentido, por assim o desejarmos! Mas se ele queria dizer que levaria as contas e o colar, isto nós não queríamos entender, porque não havíamos de dar-lhe!” Adaptado de: SCHIMIDT, Mário. Nova História Crítica. São Paulo: Nova Geração, 2005. p. 207. Acerca do texto podemos inferir que os escravos negros não pensavam em fugir das fazendas porque eram bem tratados com boa alimentação e acomodações confortáveis para o descanso. os africanos trazidos para o Brasil nos navios negreiros aceitavam pacifi camente a situação de escravos, pois era comum esta prática em sua terra natal. a Igreja católica, no período do Brasil Colônia, catequizava os escravos africanos fazendo com que eles aceitassem a escravidão como sendo a vontade de Deus, evitando assim a rebelião. uma das formas de resistência realizada pelos escravos no Brasil Colônia foram os Quilombos, formados por escravos fugidos que se organizavam em vilas e produziam sua alimentação. no Brasil, o curto período de escravidão não deixou sinais de resistência por parte dos cativos africanos e indígenas. RESPOSTA: D COMENTÁRIO: Os quilombos era comunidades de negros foragidos, também receberam índios e brancos. Conhecidos como mocambos, geralmente se contituíam em locais de difícil acesso e buscavam a autossuficiência. Normalmente, os quilombos produziam os gêneros necessários à sua sobrevivência e realizavam trocas com vilas ou cidades próximas. (Adaptado de Leonardo Arroyo, A carta de Pero Vaz de Caminha. São Paulo: Melhoramentos; Rio de Janeiro: INL, 1971, p. 72-74.) Esse trecho da carta de Caminha nos permite concluir que o contato entre as culturas indígena e europeia foi favorecido pelo interesse que ambas as partes demonstravam em realizar transações comerciais: os indígenas se integrariam ao sistema de colonização, abastecendo as feitorias, voltadas ao comércio do paubrasil, e se miscigenando com os colonizadores. guiado pelo interesse dos descobridores em explorar a nova terra, principalmente por meio da extração de riquezas, interesse que se colocava acima da compreensão da cultura dos indígenas, que seria quase dizimada junto com essa população. facilitado pela docilidade dos indígenas, que se associaram aos descobridores na exploração da nova terra, viabilizando um sistema colonial cuja base era a escravização dos povos nativos, o que levaria à destruição da sua cultura. marcado pela necessidade dos colonizadores de obterem matéria-prima para suas indústrias e ampliarem o mercado consumidor para sua produção 22. No tempo da independência do Brasil, circulavam nas classes populares do Recife trovas que faziam alusão a revolta escrava do Haiti: 7 Marinheiros e caiados Todos devem se acabar, Porque só pardos e pretos O pais hão de habitar. A monarquia portuguesa administrava territórios distintos e vários sujeitos sociais, muitos deles em disputa entre si, como paulistas e emboabas, ambos súditos da Coroa. A monarquia portuguesa pouco interferiu nas relações entre paulistas e forasteiros mantendo-se em um padrão imparcial de administração. RESPOSTA: D COMENTÁRIO: Os primeiros ocupantes da região das minas foram paulistas de origem bandeirante, que sonharam enriquecer com o ouro encontrado. No entanto, toda a estruturação da exploração aurífera ficou sob controle de representantes da metrópole, que distribuíram as terras áqueles que possuíam escravos – normalmente vindos da região açucareira em crise – e privilegiavam mercadores de origem portuguesa, muitos vindos da cidade do Rio de Janeiro. Esses dois grupos, que chegaram posteriormente, eram vistos como “forasteiros” pelos primeiros ocupantes da região e seus privilégios contestados, num movimento que redundou em uma Guerra, com violenta repressão sobre os pequenos mineradores. AMARAL, F. P. do. Apud CARVALHO, A. Estudos pernambucanos. Recife: Cultura Acadêmica, 1907. O período da independência do Brasil registra conflitos raciais, como se depreende: dos rumores acerca da revolta escrava do Haiti, que circulavam entre a população escrava e entre os mestiços pobres, alimentando seu desejo por mudanças. da rejeição aos portugueses, brancos, que significa vá a rejeição a opressão da Metrópole, como ocorreu na Noite das Garrafadas. do apoio que escravos e negros forros deram a monarquia, com a perspectiva de receber sua proteção contra as injustiças do sistema escravista. do repudio que os escravos trabalhadores dos portos demonstravam contra os marinheiros, porque estes representavam a elite branca opressora. da expulsão de vários lideres negros independentistas, que defendiam a implantação de uma republica negra, a exemplo do Haiti. RESPOSTA: A COMENTÁRIO: Por seu caráter abolicionista, a independência do Haiti teve grande influência em manifestações dos negros e segmentos populares contrários à sua situação. A conjuração Baiana (Revolta dos Alfaiates) de 1798, que teve caráter popular, além das influências da independência das Treze Colônas Inglesas, dos ideais iluministas, republicanos e emancipacionistas difundidos por uma parte da elite culta, reunida em associações como a Loja Maçonica Cavaleiros da Luz, teve forte influência do processo de independência do Haiti ou, haitianismo. Os revoltosos pregavam a libertação dos escravos, a instauração de um governo igualitário (defesa dos méritos e capacidades), além da instalação de uma república Baianense e da liberdade de comércio e o aumento dos salários dos soldados. 24. “Temos a tendência de pressupor que todas as mudanças que decorreram de um movimento de independência foram para melhor. Raramente, por exemplo, consideramos um movimento de independência como uma regressão, um triunfo do despotismo sobre a liberdade, de um regime imposto sobre um regime representativo. Apesar disso, no caso da independência do Brasil, essas acusações foram na época imputadas ao novo regime”. (Adaptado de MAXWELL, K. “Por que o Brasil foi diferente? O contexto da independência”. In: MOTTA, C. G. (org.). Viagem incompleta: a experiência brasileira. São Paulo: Editora Senac, 2000, p 181.) Qual dos eventos citados a seguir gerou as acusações mencionadas no texto? A outorga da Constituição de 1824, feita por D. Pedro I depois de dissolvida a Assembleia Constituinte que elaborava o texto constitucional. O tratado de comércio que estipulou vantagens econômicas para a Inglaterra. O incentivo à imigração europeia e a gradual emancipação dos escravos, resultado de políticas públicas realizadas no período monárquico com objetivo de promover a transição do trabalho escravo para o trabalho livre. A guerra empreendida contra o Paraguai na década de 1860. A decretação da maioridade de D. Pedro II que, em 1840, favoreceu as medidas de centralização do poder, chamadas à época de “regresso”. RESPOSTA: A COMENTÁRIO: A única alternativa que retrata uma situação vivida pelo Brasil após a independência. Apesar de obter a liberdade, o país ficou sob o governo de um monarca português, D. Pedro I, herdeiro do trono de Portugal que, com o apoio da elite portuguesa residente no Brasil e ligada ao comércio, deu um golpe, fechou a Assembleia Contituinte, prendeu diversos deputados e impôs uma Constituição centralizadora e autoritária ao país. 23. Emboaba: nome indígena que significa “o estrangeiro”, atribuído aos forasteiros pelos paulistas, primeiros povoadores da região das minas. Com a descoberta do ouro em fins do século XVII, milhares de pessoas da colônia e da metrópole vieram para as minas, causando grandes tumultos. Formaram-se duas facções, paulistas e emboabas, que disputavam o governo do território, tentando impor suas próprias leis. (Adaptado de Maria Beatriz Nizza da Silva (coord.), Dicionário da História da Colonização Portuguesa no Brasil. Lisboa: Verbo, 1994, p. 285.) Sobre o período em questão, é correto afirmar que: As disputas pelo território emboaba colocaram em confronto paulistas e mineiros, que lutaram pela posse e exploração das minas. A região das minas foi politicamente convulsionada desde sua formação, em fins do século XVII, o que explica a resistência local aos inconfidentes mineiros. A luta dos emboabas ilustra o processo de conquista de fronteiras do império português nas Américas, enquanto na África os portugueses se retiravam definitivamente, no século XVIII. 8 favorecia 25. No clima das ideias que se seguiram a revolta de São Domingos, o descobrimento de planos para um levante armado dos artífices mulatos na Bahia, no ano de 1798, teve impacto muito especial; esses planos demonstravam aquilo que os brancos conscientes tinham já começado a compreender: as ideias de igualdade social estavam a propagar-se numa sociedade em que só um terço da população era de brancos e iriam inevitavelmente ser interpretados em termos raciais. o desenvolvimento social, pois o encarecimento de gêneros como milho, feijão, porcos e trigo levava ao enriquecimento de pequenos proprietários rurais. prejudicava a economia do país, pois desestimulava o cultivo de outros produtos agrícolas, encarecendo os gêneros alimentícios. prejudicava o meio ambiente, pois devastava as matas e reduzia o cultivo de milho, o que dificultava a procriação das mulas. prejudicava o crescimento da ciência agrícola, pois desacreditava as técnicas mercantilistas que orientavam o mundo do açúcar, o que garantia padrões cumulativos. MAXWELL. K. Condicionalismos da Independência do Brasil. In: SILVA, M.N. (coord.) O Imperio luso-brasileiro, 1750-1822. Lisboa: Estampa, 1986. O temor do radicalismo da luta negra no Haiti e das propostas das lideranças populares da Conjuração Baiana (1798) levaram setores da elite colonial brasileira a novas posturas diante das reivindicações populares. No período da Independência, parte da elite participou ativamente do processo, no intuito de: instalar um partido nacional, sob sua liderança, garantindo participação controlada dos afro-brasileiros e inibindo novas rebeliões de negros. atender aos clamores apresentados no movimento baiano, de modo a inviabilizar novas rebeliões, garantindo o controle da situação. firmar alianças com as lideranças escravas, permitindo a promoção de mudanças exigidas pelo povo sem a profundidade proposta inicialmente. impedir que o povo conferisse ao movimento um teor libertário, o que terminaria por prejudicar seus interesses e seu projeto de nação. rebelar-se contra as representações metropolitanas, isolando politicamente o Príncipe Regente, instalando um governo conservador para controlar o povo. RESPOSTA: D COMENTÁRIO: Uma das afirmações mais tradicionais na História do Brasil, apoiada no senso comum, é de que a Independência foi pacífica, sem derramamento de sangue. Essa ideia está baseada na participação ativa das eslites agrárias no processo de independência como forma de garantir uma ruptura política frente à metrópole, e ao mesmo tempo garantir a preservação da estrutura socioeconômica apoiada no latifúndio e na escravidão. RESPOSTA: C COMENTÁRIO: Trata-se de uma interpretação de texto a partir de um excerto de autoria de José Bonifácio sobre a lavoura açucareira e seus efeitos prejudiciais a outras atividades na Brasil à sua época. No período vivido por José Bonifácio, apesar do declínio da importância, se comparado ao período colonial, a produção e exportação de açúcar no Brasil ainda era uma atividade que mobilizava grandes extensões de terras, grande número de escravos e a criação de muares, e desestimulava outras atividades. No entanto, nessa mesma época, o café começara a ganhar importância, ainda que a estrutura de produção fosse semelhante à do açúcar. Somente a partir da década de 1860, a lavoura cafeeira estimulará modernizações na produção, e por decorr~encia, em várias outras atividades. HISTÓRIA GERAL 27. Observe a figura. 26. Se eu pudesse alguma coisa para com Deus, lhe rogaria muita geada nas terras de serra acima, porque a cultura da cana nessas terras, onde se faz o açúcar, tem abandonado ou diminuído a cultura do milho e do feijão e a criação dos porcos; estes gêneros têm encarecido, assim como o trigo, o algodão e o azeite de mamona; tem introduzido muita escravatura, o que empobrece os lavradores, corrompe os costumes e leva ao desprezo pelo trabalho de enxada; tem devastado as matas e reduzido a taperas muitas herdades; tem roubado muitos braços à agricultura, que se empregam no carreto dos africanos; tem exigido grande número de mulas que não procriam e consomem muito milho. A respeito do contexto apresentado, é correto afirmar: a imagem demonstra que os agricultores das margens férteis do rio Nilo desconheciam a escrita. ao contrário da economia da caça de animais, que exigia o trabalho coletivo, a agricultura não originava sociedades humanas. a imagem revela uma apurada técnica de composição, além de se referir à economia e à cultura daquele período histórico. os antigos egípcios cultivavam cereais e desconheciam as atividades econômicas do artesanato e da criação de animais. (Adaptado de José Bonifácio de Andrada e Silva, Projetos para o Brasil. São Paulo: Companhia das Letras, 1998, p. 181-182.) De acordo com o texto acima, podemos concluir que, para José Bonifácio, o cultivo da cana-de-açúcar: estimulava o desenvolvimento da economia, pois exigia maior emprego de escravos na agricultura, intensificando o comércio de africanos. 9 a imagem comprova que as produções culturais dos homens estão desvinculadas de suas práticas econômicas e de subsistência. RESPOSTA: C terríveis razias, que despovoaram regiões inteiras do interior. Este tráfico muçulmano dos negros de África, prosseguindo durante séculos e em certos casos até os mais recentes, desempenhou sem dúvida um papel primordial no despovoamento antigo da África. (Jacques Heers, O trabalho na Idade Média.) 28. Segundo Aristóteles, “na cidade com o melhor conjunto de normas e naquela dotada de homens absolutamente justos, os cidadãos não devem viver uma vida de trabalho trivial ou de negócios — esses tipos de vida são desprezíveis e incompatíveis com as qualidades morais —, tampouco devem ser agricultores os aspirantes à cidadania, pois o lazer é indispensável ao desenvolvimento das qualidades morais e à prática das atividades políticas”. O texto descreve um episódio da história dos muçulmanos na Idade Média, quando Maomé começou a pregar a Guerra Santa no Cairo como condição para a expansão da religião de Alá, que garantia aos guerreiros uma vida celestial de pura espiritualidade. atuaram no tráfico de escravos negros, dominaram a África do Norte, atravessaram o estreito de Gibraltar e invadiram a Península Ibérica. a expansão árabe foi propiciada pelos lucros do comércio de escravos, que visava abastecer com mãode-obra negra as regiões da Península Ibérica. os reinos árabes floresceram no sul do continente africano, nas regiões de florestas tropicais, berço do monoteísmo islâmico. os árabes ultrapassaram os Pirineus e mantiveram o domínio sobre o reino Franco, até o final da Idade Média ocidental. RESPOSTA: B VAN ACKER, T. Grécia. A vida cotidiana na cidade-Estado. São Paulo: Atual, 1994. O trecho, retirado da obra Política, de Aristóteles, permite compreender que a cidadania possui uma dimensão histórica que deve ser criticada, pois é condenável que os políticos de qualquer época fiquem entregues à ociosidade, enquanto o resto dos cidadãos tem de trabalhar. era entendida como uma dignidade própria dos grupos sociais superiores, fruto de uma concepção política profundamente hierarquizada da sociedade. estava vinculada, na Grécia Antiga, a uma percepção política democrática, que levava todos os habitantes da pólis a participarem da vida cívica. tinha profundas conexões com a justiça, razão pela qual o tempo livre dos cidadãos deveria ser dedicado às atividades vinculadas aos tribunais. vivida pelos atenienses era, de fato, restrita àqueles que se dedicavam à política e que tinham tempo para resolver os problemas da cidade. RESPOSTA: B 31. [Na Idade Média] Homens e mulheres gostavam muito de festas.Isso vinha, geralmente, tanto das velhas tradições pagãs (...), quanto da liturgia cristã. (Jacques Le Goff. A Idade Média explicada aos meus filhos, 2007.) Sobre essas festas medievais, podemos dizer que muitos relatos do cotidiano medieval indicam que havia um confronto entre as festas de origem pagã e as criadas pelo cristianismo. os torneios eram as principais festas e rompiam as distinções sociais entre senhores e servos que, montados em cavalos, se divertiam juntos. a Igreja Católica apoiava todo tipo de comemoração popular, mesmo quando se tratava do culto a alguma divindade pagã. as festas rurais representavam sempre as relações sociais presentes no campo, com a encenação do ritual de sagração de cavaleiros. religiosos e nobres preferiam as festas privadas e pagãs, recusando-se a participar dos grandes eventos públicos cristãos. RESPOSTA: A 29. “Alexandre desembarca lá onde foi fundada a atual cidade de Alexandria. Pareceu-lhe que o lugar era muito bonito para fundar uma cidade e que ela iria prosperar. A vontade de colocar mãos à obra fez com que ele próprio traçasse o plano da cidade, o local da Ágora, dos santuários da deusa egípcia Ísis, dos deuses gregos e do muro externo.” Flávio Arriano. Anabasis Alexandri (séc. I d.C.). Desse trecho de Arriano, sobre a fundação de Alexandria, é possível depreender o significado do helenismo, caracterizado pela fusão da cultura grega com a egípcia e as do Oriente Médio. a incorporação do processo de urbanização egípcio, para efetivar o domínio de Alexandre na região. a implantação dos princípios fundamentais da democracia ateniense e do helenismo no Egito. a permanência da racionalidade urbana egípcia na organização de cidades no Império helênico. o impacto da arquitetura e da religião dos egípcios, na Grécia, após as conquistas de Alexandre. RESPOSTA: A 32. o elemento religioso não limitou os seus efeitos ao fortalecimento, no mundo da cavalaria, do espírito de corpo;exerceu também uma ação poderosa sobre a lei moral do grupo. Antes de o futuro cavaleiro receber a sua espada, no altar, era-lhe exigido um juramento, que especificava as suas obrigações. (Marc Bloch. A sociedade feudal, 1987.) O texto mostra que os cavaleiros medievais, entre outros aspectos de sua formação e conduta, mantinham-se fieis aos comerciantes das cidades, a quem deviam proteger e defender na vida cotidiana e em caso de guerra. 30. As caravanas do Sudão ou do Niger trazem regularmente a Marrocos, a Tunes, sobretudo aos Montes da Barca ou ao Cairo, milhares de escravos negros arrancados aos países da África tropical (...) os mercadores mouros organizam 10 privilegiavam, na sua formação, os aspectos religiosos, em detrimento da preparação e dos exercícios militares. valorizavam os torneios, pois neles mostravam seus talentos e sua força, ganhando prestígio e poder no mundo medieval. agiam apenas de forma individual, realizando constantes disputas e combates entre si. definiam-se como uma ordem particular dentro da rígida estrutura feudal, mas mantinham vínculos profundos com a Igreja. RESPOSTA: E O ícone, pintura sobre madeira, foi uma das manifestações características da Civilização Bizantina, que abrangeu amplas regiões do continente europeu e asiático. A arte bizantina resultou do fim da autocracia do Império Romano do Oriente. da interdição do culto de imagens pelo cristianismo primitivo. do “Cisma do Oriente”, que rompeu com a unidade do cristianismo. da fusão das concepções cristãs com a cultura decorativa oriental. do desenvolvimento comercial das cidades italianas. RESPOSTA: D 33. Os centros artísticos, na verdade, poderiam ser definidos como lugares caracterizados pela presença de um número razoável de artistas e de grupos significativos de consumidores,que por motivações variadas — glorificação familiar ou individual,desejo de hegemonia ou ânsia de salvação eterna — estão dispostos a investir em obras de arte uma parte das suas riquezas. Este último ponto implica, evidentemente, que o centro seja um lugar ao qual afluem quantidades consideráveis de recursos eventualmente destinados à produção artística. Além disso, poderá ser dotado de instituições de tutela, formação e promoção de artistas, bem como de distribuição das obras. Por fim, terá um público muito mais vasto que o dos consumidores propriamente ditos: um público não homogêneo, certamente (...). 35. A Peste Negra dizimou boa parte da população européia, com efeitos sobre o crescimento das cidades. O conhecimento médico da época não foi suficiente para conter a epidemia. Na cidade de Siena, Agnolo di Tura escreveu: “As pessoas morriam às centenas, de dia e de noite, e todas eram jogadas em fossas cobertas com terra e, assim que essas fossas ficavam cheias, cavavam-se mais. E eu enterrei meus cinco filhos com minhas próprias mãos (...) E morreram tantos que todos achavam que era o fim do mundo.” Agnolo di Tura. The Plague in Siena: An Italian Chronicle. In: William M. Bowsky. The Black Death: a turning point in history? New York: HRW, 1971 (com adaptações). (Carlo Ginzburg. A micro-história e outros ensaios, 1991.) O testemunho de Agnolo di Tura, um sobrevivente da Peste Negra, que assolou a Europa durante parte do século XIV, sugere que o flagelo da Peste Negra foi associado ao fim dos tempos. a Igreja buscou conter o medo da morte, disseminando o saber médico. a impressão causada pelo número de mortos não foi tão forte, porque as vítimas eram poucas e identificáveis. houve substancial queda demográfica na Europa no período anterior à Peste. o drama vivido pelos sobreviventes era causado pelo fato de os cadáveres não serem enterrados. RESPOSTA: A Os “centros artísticos” descritos no texto podem ser identificados nos mosteiros medievais, onde se valorizava especialmente a arte sacra. nas cidades modernas, onde floresceu o Renascimento cultural. nos centros urbanos romanos, onde predominava a escultura gótica. nas cidades-estados gregas, onde o estilo dórico era hegemônico. nos castelos senhoriais, onde prevalecia a arquitetura românica. RESPOSTA: B 34. Observe a figura. 36. (...) como puder, direi algumas coisas das que vi, que, ainda que mal ditas, bem sei que serão de tanta admiração que não se poderão crer, porque os que cá com nossos próprios olhos as vemos não as podemos com o entendimento compreender. (Hernán Cortés. Cartas de Relación de la Conquista de Mexico, escritas de 1519 a 1526.) O processo de conquista do México por Cortés estendeu-se de 1519 a 1521. A passagem acima manifesta a reação de Hernán Cortés diante das maravilhas de Tenochtitlán, capital da Confederação Mexica. A reação dos europeus face ao novo mundo teve, no entanto, muitos aspectos, compondo admiração com estranhamento e repúdio. Tal fato decorre do desinteresse dos conquistadores pelas riquezas dos Astecas. 11 do desconhecimento pelos europeus das línguas dos índios. do encontro de padrões culturais diferentes. das semelhanças culturais existentes entre os povos do mundo. do espírito guerreiro e aventureiro das nações européias. RESPOSTA: C Aqueles que se entregam à prática sem ciência são como o navegador que embarca em um navio sem leme nem bússola. Sempre a prática deve fundamentar-se em boa teoria. Antes de fazer de um caso uma regra geral, experimente-o duas ou três vezes e verifique se as experiências produzem os mesmos efeitos. Nenhuma investigação humana pode se considerar verdadeira ciência se não passa por demonstrações matemáticas. (VINCI, Leonardo da. Carnets.) O aspecto a ser ressaltado em ambos os textos para exemplificar o racionalismo moderno é a fé como guia das descobertas. o senso crítico para se chegar a Deus. a limitação da ciência pelos princípios bíblicos. a importância da experiência e da observação. o princípio da autoridade e da tradição. RESPOSTA: D 37. Analise o texto. Durante toda a fase inicial da época moderna, a classe dominante – econômica e politicamente – era (...) a mesma da época medieval: a aristocracia feudal. Essa nobreza passou por profundas metamorfoses nos séculos que se seguiram ao fim da Idade Média: mas desde o princípio até o final da história do absolutismo, nunca foi desalojada do poder político (...).Essencialmente, o absolutismo era apenas isto: um aparelho de dominação feudal recolocado e reforçado, destinado a sujeitar as massas camponesas à sua posição social tradicional. (...) Em outras palavras, o Estado Absolutista nunca foi um árbitro entre a aristocracia e a burguesia, e menos ainda um instrumento da burguesia nascente contra a aristocracia: ele era a nova carapaça política de uma nobreza atemorizada. 39. A prosperidade induzida pela emergência das máquinas de tear escondia uma acentuada perda de prestígio. Foi nessa idade de ouro que os artesãos, ou os tecelões temporários, passaram a ser denominados, de modo genérico, tecelões de teares manuais. Exceto em alguns ramos especializados, os velhos artesãos foram colocados lado a lado com novos imigrantes, enquanto pequenos fazendeiros-tecelões abandonaram suas pequenas propriedades para se concentrar na atividade de tecer. Reduzidos à completa dependência dos teares mecanizados ou dos fornecedores de matéria-prima, os tecelões ficaram expostos a sucessivas reduções dos rendimentos. (Perry Anderson. Linhagens do Estado Absolutista. Trad. São Paulo: Brasiliense, 1985) A partir da leitura do texto, é possível afirmar que o Estado Absolutista representou um avanço para as massas camponesas porque elas conseguiram o mesmo status político que a burguesia e a nobreza. perseguiu os membros da nobreza feudal porque eles não cumpriam as exigências constitucionais de pagar os tributos ao governo. era um aparelho político que representava os interesses da nação, estando acima dos interesses dos estamentos sociais. teve como uma de suas características a adoção de medidas que visavam fortalecer os mecanismos de controle social. foi criado pela burguesia comercial com o objetivo de afastar a nobreza feudal do poder político e dos domínios territoriais. RESPOSTA: D THOMPSON, E. P. The making of the english working class. Harmondsworth: Penguin Books, 1979 (adaptado). Com a mudança tecnológica ocorrida durante a Revolução Industrial, a forma de trabalhar alterou-se porque a invenção do tear propiciou o surgimento de novas relações sociais. os tecelões mais hábeis prevaleceram sobre os inexperientes. os novos teares exigiam treinamento especializado para serem operados. os artesãos, no período anterior, combinavam a tecelagem com o cultivo de subsistência. os trabalhadores não especializados se apropriaram dos lugares dos antigos artesãos nas fábricas. RESPOSTA: D 38. (...) Depois de longas investigações, convenci-me por fim de que o Sol é uma estrela fixa rodeada de planetas que giram em volta dela e de que ela é o centro e a chama. Que, além dos planetas principais, há outros de segunda ordem que circulam primeiro como satélites em redor dos planetas principais e com estes em redor do Sol. (...) Não duvido de que os matemáticos sejam da minha opinião, se quiserem dar-se ao trabalho de tomar conhecimento, não superficialmente mas duma maneira aprofundada, das demonstrações que darei nesta obra. Se alguns homens ligeiros e ignorantes quiserem cometer contra mim o abuso de invocar alguns passos da Escritura (sagrada), a que torçam o sentido, desprezarei os seus ataques: as verdades matemáticas não devem ser julgadas senão por matemáticos. 40. Considere o texto. Mercantilismo significa a transferência do afã do lucro capitalista à política. O Estado procede como se estivesse unido e exclusivamente integrado por empresários capitalistas; a política econômica voltada ao exterior descansa no princípio de se avantajar sobre o adversário, comprando dele o mais barato possível e vendendo-lhe o mais caro do que se possa. A principal finalidade consiste em robustecer, com vistas ao exterior, o poderio do Estado. (Max Weber. História geral da economia. Trad. São Paulo: Mestre Jou, 1968.) O texto de Weber trata de um sistema que foi defendido amplamente por teóricos iluministas como Adam Smith e Quesnay. (COPÉRNICO, N. De Revolutionibus orbium caelestium.) 12 difundido pelas associações da maçonaria tanto na França como na Inglaterra. questionado duramente pelos economistas da ilustração francesa e inglesa. idealizado por dois ícones do enciclopedismo francês: Locke e Rousseau. combatido veementemente pelos reis absolutistas da Europa Ocidental. RESPOSTA: C mesmos princípios filosófico-políticos de Kropotkin, questionando apenas a ideia da realização de acordos livres entre as diferentes nações. os socialistas científicos tinham algumas concepções semelhantes às de Kropotkin, porém defendiam a constituição de um governo proletário que colocasse fim à estrutura do Estado burguês. os comunistas combatiam radicalmente as ideias de Kropotkin, já que pregavam a construção de uma sociedade na qual as diferenças de classe não fossem um obstáculo ao ideal democrático. a doutrina social da Igreja continha duas das proposições de Kropotkin: a desobediência radical à autoridade constituída e a preponderância do coletivismo sobre o individualismo. os socialistas utópicos pregavam a constituição de uma sociedade como a proposta por Kropotkin, destacando a necessidade de construí-la sem as formas de representação do poder e da autoridade. RESPOSTA: B 41. Considere o texto. Quando a América Latina se separou dos antigos impérios coloniais, já havia outros candidatos a substituílos. A Espanha manteve a idéia da reconquista até meados do século XIX. No entanto, não teve forças nem prestígio suficiente para levá-la a cabo. (...) Se a América Latina não foi esquartejada como a África, deve-se ao fato – é preciso reconhecê-lo – de ter tido, sem que houvesse solicitado, um "tutor". Um tutor ousado porque se atreveu a dizer que a América era para os americanos, no momento em que apenas tinha a ilusão de ser uma potência. 43. (Héctor Bruit. In: Adhemar Marques. Pelos caminhos da História. Curitiba: Positivo, 2005. p. 148) A partir do conhecimento da história da América Latina no século XIX e da análise do texto, pode-se afirmar que o autor chama de "tutor" o revolucionário Simon Bolívar, por ter pregado a idéia de união dos povos da América contra a invasão européia. o governo de Napoleão Bonaparte, por ele ter invadido, com base na política expansionista, uma parte da América. a Inglaterra, por ela ter se apropriado de grande parte dos territórios entre a América do Norte e a América do Sul. os Estados Unidos da América, por eles terem desenvolvido uma política expansionista no continente americano. os Estados ibéricos, por eles terem se apoderado das riquezas de todo o continente americano durante a conquista. RESPOSTA: D No decorrer da história, as relações internacionais em relação à África variaram conforme o desenvolvimento dos sistemas econômicos mundiais, como se pode inferir durante o mercantilismo, quando as metrópoles européias colonizaram a África, dividindo o continente em colônias de ocupação e visando controlar as áreas fornecedoras de escravos. no período imperialista, que, através da Conferência de Berlim, estabeleceu a partilha da África, iniciando uma disputa que acirrou as tensões mundiais e contribuiu para a eclosão da Primeira Guerra Mundial. no processo de descolonização africana, após a Primeira Guerra Mundial, quando a Alemanha, interessada em ampliar suas áreas de influência, passa a apoiar os movimentos emancipatórios, com base no princípio da autodeterminação dos povos. na atuação da ONU, que, no contexto da Guerra Fria, financiou e apoiou, com tropas armadas internacionais, os movimentos guerrilheiros que lutavam pela independência política. na repartição da África em zonas de influência de grupos terroristas fundamentalistas, que estabelecem bases das quais partem os ataques contra as potências ocidentais. RESPOSTA: B 42. Reflita sobre o texto. O anarquismo é o nome que se dá a um princípio ou teoria da vida e do comportamento que concebe uma sociedade sem governo, em que se obtém a harmonia, não pela submissão à lei, nem obediência à autoridade, mas por acordos livres estabelecidos entre os diversos grupos, territoriais e profissionais, livremente constituídos para a produção e consumo, e para a satisfação da infinita variedade de necessidades e aspirações de um ser civilizado. (Kropotkin, P. Anarquismo. In: Mauricio Tragtemberg (org.). Kropotkin Textos escolhidos. Porto gre: L&PM, 1987. p. 19) O ideário proposto por Kropotkin surgiu no contexto histórico do século XIX. Ao confrontar esse ideário com a de outros pensadores da época, é possível afirmar que os idealizadores da doutrina liberal defendiam os 13 44. No Ocidente, o período entre 1848 e 1875 “é primariamente o do maciço avanço da economia do capitalismo industrial, em escala mundial, da ordem social que o representa, das ideias e credos que pareciam legitimá-lo e ratificá-lo”. objetivos de desestabilizar os impérios do Leste europeu, visando a ampliação das fronteiras econômicas. provocou a formação do Eixo, constituído pela Alemanha, Itália e França, que ainda eram impérios teocráticos e, por essa razão, tiveram que adotar medidas em comum para barrar o avanço do ideal liberal em suas nações. deu início à formação dos sistemas de alianças políticas entre os EUA e a Inglaterra, que viveram uma estabilidade política e econômica até meados do século XX e foram surpreendidos com a tragédia ocorrida na Bósnia. RESPOSTA: B E. J. Hobsbawm. A era do capital 1848-1875. A “ordem social” e as “ideias e credos” a que se refere o autor caracterizam-se, respectivamente, como aristocrática e conservadoras. socialista e anarquistas. popular e democráticas. tradicional e positivistas. burguesa e liberais. RESPOSTA: E 47. Considere os dois cartazes de 1943. 45. Em três momentos importantes da história européia – Revoluções de 1830-1848, Primeira Guerra Mundial de 1914-1918, e movimentos fascista e nazista das décadas de 1920-1930 – nota-se a presença de uma força ideológica comum a todos esses acontecimentos. Trata-se do totalitarismo. nacionalismo. imperialismo. conservadorismo. socialismo. RESPOSTA: B 46. Considere a ilustração que faz referência ao assassinato do arquiduque Francisco Ferdinando e sua esposa, em Sarajevo. (In: Flávio Berutti. Tempo e espaço. São Paulo: Saraiva, 2004) Esse fato histórico representou o início do movimento expansionista alemão, que desencadeou a exploração da força de trabalho e o extermínio de grande parte da população judaíca nos países conquistados pelas forças militares da Alemanha. foi o estopim das tensões verificadas desde o final do século XIX, quando os países europeus procuravam organizar os exércitos, produzir armamentos e fazer acordos entre si para garantir força política e militar. levou a Rússia a declarar guerra contra a Inglaterra, a França e a Itália, que estavam aliadas com os mesmos No contexto histórico apresentado, é possível considerar que os dois cartazes demonstram nitidamente que as tropas das forças nazi-fascistas conseguiram derrotar 14 militarmente, por terra, o poderoso exército da União Soviética. os cartazes revelam que tanto os alemães como os soviéticos lutaram, lado a lado e durante vários anos, nas batalhas contra os países governados pelos bolcheviques. a imagem do cartaz II é conseqüência da cruzada identificada no cartaz I, ou seja, os alemães conseguiram destruir completamente os governos de tendência comunista do Leste Europeu. os dois cartazes mostram que os nazistas e os bolcheviques uniram-se para garantir a soberania dos países da Europa contra a dominação dos Estados Unidos. o cartaz I representa o desejo dos nazi-fascistas de ganharem a guerra contra os soviéticos enquanto o cartaz II representa a derrota dos alemães em solo soviético. RESPOSTA: E (In: Jean-Pierre Lauby e Alain Sauger (orgs.). Histoire Géographie. Paris: Éditions Magnard, 1998) A partir do conhecimento histórico, é possível afirmar que as transformações que levaram ao fim do conflito, a que a ilustração se refere, estão relacionadas à política de paz mundial proposta pelo presidente George Bush quando retirou as tropas dos Estados Unidos do Iraque. ao projeto de internacionalização da economia chinesa e às reformas políticas adotados pelo líder chinês Mao Tsé- Tung. ao programa financeiro chamado Plano Marshall praticado por Harry Truman dos EUA que beneficiou a economia mundial. às reformas econômicas e às inovações políticoconstitucionais implementadas por Mikhail Gorbatchev na União Soviética. à criação do Pacto de Varsóvia por Joseph Stalin da União Soviética que permitiu a coexistência pacífica entre todos os países. RESPOSTA: D 48. Analise o texto. O objetivo do governo de Allende era o de instauração do socialismo mediante uma transformação gradual da economia,da sociedade e do Estado chileno. A economia seria reorganizada em moldes socialistas a partir da criação de uma área de propriedade social, que deveria englobar os grandes monopólios e que passaria a desempenhar assim um papel vetor no desenvolvimento econômico. Ela seria acompanhada de uma área de economia mista e outra de economia privada, complementares à área estatal. A área de propriedade estatal incluiria toda a grande indústria de mineração, como as grandes minas de cobre, de ferro,de salitre, de carvão (...), assim como o sistema financeiro, o comércio exterior, as grandes empresas de distribuição e as de atividades consideradas estratégicas, como as de energia elétrica, de transporte, de comunicação etc. 50. O fim da Guerra Fria e da bipolaridade, entre as décadas de 1980 e 1990, gerou expectativas de que seria instaurada uma ordem internacional marcada pela redução de conflitos e pela multipolaridade. O panorama estratégico do mundo pós-Guerra Fria apresenta o aumento de conflitos internos associados ao nacionalismo, às disputas étnicas, ao extremismo religioso e ao fortalecimento de ameaças como o terrorismo, o tráfico de drogas e o crime organizado. o fim da corrida armamentista e a redução dos gastos militares das grandes potências, o que se traduziu em maior estabilidade nos continentes europeu e asiático, que tinham sido palco da Guerra Fria. o desengajamento das grandes potências, pois as intervenções militares em regiões assoladas por conflitos passaram a ser realizadas pela Organização das Nações Unidas (ONU), com maior envolvimento de países emergentes. a plena vigência do Tratado de Não Proliferação, que afastou a possibilidade de um conflito nuclear como ameaça global, devido à crescente consciência política internacional acerca desse perigo. a condição dos EUA como única superpotência, mas que se submetem às decisões da ONU no que concerne às ações militares. RESPOSTA: A (Emir Sader. Cuba, Chile, Nicarágua. Socialismo na América Latina. São Paulo: Atual, 1992. p. 43) A partir da leitura do texto, é possível afirmar que o presidente chileno, Salvador Allende, pretendia implantar uma estrutura socioeconômica no Chile baseada nas teorias desenvolvidas pelos neoliberais. administrar o país seguindo as instruções sociais e econômicas da cartilha do Banco Mundial e do FMI. governar o Chile orientado pelas idéias de que o Estado deveria exercer um papel decisivo na economia. adotar medidas que possibilitassem ao sistema financeiro privado o controle de toda a economia nacional. desenvolver um modelo de governo que atendesse aos interesses dos grandes latifundiários chilenos. RESPOSTA: C 49. Observe atentamente os detalhes da ilustração. 15 a base física territorial, onde se destacam as bacias 51. A palavra japonesa Kamikaze, que significa “o vento dos deuses”, tem origem num episódio histórico. Por volta de 1281, quando os exércitos mongóis liderados por KublaiKhan (1215-1294) desembarcaram no Japão, começou uma luta sem esperanças para os japoneses. Depois de 53 dias, eles se renderam aos 150 mil soldados do Khan. Pouco depois, um grande tufão destruiu a maior parte da frota mongol, obrigada a bater definitivamente em retirada. O tufão, apelidado Kamikaze, salvou o país da colonização estrangeira e serviu de inspiração aos pilotos suicidas japoneses da Segunda Guerra Mundial. hidrográficas. aspectos demográficos, considerando-se a distribuição da população brasileira. o setor secundário, mediante o número de estabelecimentos industriais. as características socioeconômicas, relativas à população e às atividades produtivas. os elementos de ordem natural, relacionados aos tipos climáticos. RESPOSTA: D COMENTÁRIO: os (A PALAVRA..., 2011). A partir da análise do texto e dos conhecimentos sobre os grandes conflitos mundiais, pode-se afirmar: A disputa imperialista entre a Alemanha e o Japão pelo controle do Oceano Pacífico, na Primeira Guerra Mundial, forçou os japoneses, inferiores sob o aspecto militar, a se utilizar de pilotos suicidas para a conquista de territórios. A conquista de mercados, no período que antecedeu à Segunda Guerra Mundial, entre as potências européias, acirrou as tensões mundiais, cujo impasse, estabelecido na Guerra de Trincheiras, resultou da utilização de armas químicas e dos ataques suicidas. A dissolução da Tchecoslováquia, determinada pelo Pacto Germano-Soviético de Não Agressão, e sua ocupação pela Alemanha, resultou da ação de atentados suicidas, que minaram o governo stalinista. O crescimento dos problemas relacionados às questões socioeconômicas e à falta de perspectivas, agravadas pela globalização, tem contribuído para ações armadas extremistas e para a utilização de homens-bombas, em ataques terroristas. As armas químicas, utilizadas pelos Estados Unidos na Invasão do Afeganistão, foram apropriadas pelos fundamentalistas islâmicos, que as utilizaram no ataque às Torres Gêmeas em Nova Iorque. RESPOSTA: D 1º) A divisão regional oficial do Brasil é aquela estabelecida pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), sendo composta por cinco complexos regionais: Centro-Oeste, Nordeste, Norte, Sudeste e Sul. No entanto, além dessa regionalização do território nacional, existe outra divisão regional (não oficial), conhecida como regiões geoeconômicas do Brasil: a Amazônia, o Nordeste e o Centro-Sul. Os critérios adotados para a delimitação dessas três regiões foram os aspectos naturais e, principalmente, as características socioeconômicas. As regiões geoeconômicas do Brasil não seguem os limites das fronteiras dos estados, visto que seus critérios mais importantes são os aspectos sociais e econômicos, havendo grande dinamismo na delimitação espacial. Portanto, alguns estados brasileiros estão inseridos em diferentes regiões: a porção norte de Minas Gerais é parte integrante da chamada região Nordeste, e o restante do estado está localizado no complexo regional Centro-Sul; o extremo sul do Tocantins localiza-se na região Centro-Sul, e o restante do seu território faz parte da região da Amazônia; a porção oeste do Maranhão integra a região da Amazônia e a sua porção leste está localizada no complexo regional nordestino; Mato Grosso integra a região Centro-Sul (porção sul), além da região da Amazônia (porção centro-norte) 53. No final da década de 1990, foi proposta uma nova regionalização para o país, conforme se pode observar abaixo. GEOGRAFIA I 52. Observe a figura a seguir: (Santos, Milton & Silveira, Maria Laura. O Brasil: Território e sociedade no início do século XXI. Rio de Janeiro: Record, 2001. p.308) Essa divisão regional foi realizada a partir de critérios morfoestruturais e climáticos, sendo que 1 corresponde à região de grandes rios e terras baixas florestadas que ainda permanecem com grandes espaços praticamente intocados. de planejamento estratégico, sendo que 2 corresponde à região com maior número de estudos e políticas de O critério adotado, na divisão regional descrita no mapa, tem por referência 16 jazida de petróleo, recurso indispensável para Estados Unidos e Canadá, além de ser fornecedor de mão de obra barata. intervenção, a exemplo do recente projeto de transposição das águas do rio São Francisco. de concentração de meios técnico-científicos e de difusão de informações, sendo que 3 corresponde à região que concentra maior número de atividades associadas ao processo de globalização. relacionados à biodiversidade, sendo que 1 e 4 são regiões que se destacam pela grande variedade de animais e formações vegetais, a exemplo da floresta Amazônica, do Cerrado e do Pantanal. político-administrativos, sendo que 2 e 3 são regiões que englobam mais da metade dos eleitores do país e, portanto, usufruem de maior representatividade popular no Congresso Nacional. RESPOSTA: C COMENTÁRIO: 55. As commodities representaram 71% do valor exportado pelo Brasil de janeiro a maio. Nos cinco primeiros meses do ano passado essa participação era de 67%. As vendas ao exterior desses produtos avançaram 39,1%, muito mais que as dos manufaturados, 15,1%. Os cálculos são da Associação de Comércio Exterior do Brasil (AEB), obedecendo a critérios diferentes dos seguidos pelo Ministério do Desenvolvimento, já que incluem commodities classificadas como semimanufaturados e mesmo alguns produtos considerados manufaturados pelas estatísticas oficiais. Entre esses itens estão açúcar refinado, combustíveis, café solúvel e alumínio em barras. http://www.iedi.org.br/artigos/imprensa/2011/ iedi_na_imprensa_20110629_commodities_ja_representam_71_das _exportacoes_do_pais.html 2º) o geógrafo Milton Santos propôs a divisão regional do Brasil em quatro regiões, com base nas diferenças do meio técnico-científicoinformacional. São elas: Região Concentrada: formada pelas atuais regiões Sudeste e Sul Região Centro-Oeste: formada pela atual região Centro-Oeste e mais o estado de Tocantins Região Nordeste: formada pela atual região Nordeste Região da Amazônia: formada pela atual região Norte, com exceção de Tocantins A reportagem revela uma mudança gradual no perfil das exportações brasileiras. Sobre esse tema, é correto afirmar: Apesar do aumento da participação das commodities na pauta de exportações, o Brasil apresenta superávit na balança comercial dos produtos manufaturados. O aumento da exportação brasileira de commodities, mencionado na reportagem, está fortemente baseado no crescimento da demanda asiática. Nos últimos anos, o Brasil vem aumentando exponencialmente a sua participação no comércio de produtos de alta e média intensidade tecnológica. A mudança revelada pela reportagem resulta da maior diversificação do setor produtivo brasileiro. O câmbio valorizado foi um dos fatores que contribuíram para o aumento das vendas externas, tanto de commodities como de manufaturados. RESPOSTA: B COMENTÁRIO: 54. O novo rearranjo, ou a nova ordem mundial, tem imprimido uma série de modificações ao mundo contemporâneo. Uma dessas mudanças é a aglomeração de alguns países em blocos. Sobre os blocos econômicos, pode-se afirmar: ALCA significa Área de Livre Comércio das Américas, e envolve somente os países do Mercosul. A ALCA é a união do Nafta com o MERCOSUL, para fazer frente aos avanços da Comunidade Europeia. Fazem parte do Tratado de Livre Comércio da América do Norte – NAFTA o Canadá, o México e os Estados Unidos. Os EUA recusaram-se a fazer parte do MERCOSUL, pois amargam o maior deficit da balança comercial de sua história, algo em torno de US$ 200 bilhões. A ALCA é uma proposta de Fidel Castro no sentido de criar uma área de livre comércio do Alasca à Terra do Fogo. RESPOSTA: C COMENTÁRIO: 4º) Commodities (significa mercadoria em inglês) pode ser definido como mercadorias, principalmente minérios e gêneros agrícolas, que são produzidos em larga escala e comercializados em nível mundial. As commodities são negociadas em bolsas mercadorias, portanto seus preços são definidos em nível global, pelo mercado internacional. As commodities são produzidas por diferentes produtores e possuem características uniformes. Geralmente, são produtos que podem ser estocados por um determinado período de tempo sem que haja perda de qualidade. As commodities também se caracterizam por não ter passado por processo industrial, ou seja, são geralmente matériasprimas. Existem quatro tipos de commodities: Commodities agrícolas: soja, suco de laranja congelado, trigo, algodão, borracha, café, etc. Commodities minerais: minério de ferro, alumínio, petróleo, ouro, níquel, prata, etc. Commodities financeiras: moedas negociadas em vários mercados, títulos públicos de governos federais, etc. Commodities ambientais: créditos de carbono O Brasil é um grande produtor e exportador de commodities. As principais commodities produzidas e exportadas por nosso país são: petróleo, café, suco de laranja, minério de ferro, soja e alumínio. Se por um lado o país se beneficia do comércio destas mercadorias, por outro o torna dependente dos preços estabelecidos internacionalmente. Quando há alta demanda internacional, os preços sobem e as empresas produtoras lucram muito. Porém, num quadro de recessão mundial, as commodities se desvalorizam, prejudicando os lucros das empresas e o valor de suas ações negociadas em bolsa de valores. O Nafta (North America Free Trade Agreement), ou Tratado NorteAmericano de Livre Comércio, foi criado em 1993 e teve início a partir de um acordo estabelecido entre três países da América do Norte: Estados Unidos, México e Canadá. A partir desse acordo foi implantado o livre comércio entre as nações integrantes. Um dos principais motivos da criação desse bloco econômico foi fazer frente à União Europeia, tendo em vista que essa tem alcançado um grande êxito no cenário mundial. O Nafta é composto por apenas três países, e há um grande desnível entre as economias de seus membros, tendo em vista que os Estados Unidos é a maior economia mundial. O Canadá, mesmo aparecendo como um dos principais países do mundo em economia, qualidade de vida, entre outros quesitos, é uma nação que depende muito dos recursos financeiros oriundos dos Estados Unidos. Já o México, considerado uma economia emergente, foi convidado para fazer parte desse bloco econômico pelo fato de seus habitantes serem consumidores assíduos dos produtos canadenses e norte-americanos. Desse modo, o México foi inserido nesse bloco simplesmente porque possui um enorme mercado consumidor, é detentor de uma grande 17 quase a metade das exportações brasileiras destina-se 56. à União Européia e Estada Unidos, enquanto que a África, a Ásia e o Oriente Médio são as áreas com piores resultados no saldo comercial. União Européia e Mercosul são os destinos da metade das exportações brasileiras, enquanto que América Latina, Ásia e África são as regiões com piores resultados no saldo comercial. mais de 80% das exportações brasileiras destinam-se a apenas três regiões do globo, enquanto que os piores resultados do saldo comercial concentram-se em apenas duas regiões. União Européia e Mercosul absorvem quase a metade das exportações brasileiras, enquanto que África e Ásia são os continentes com piores resultados no saldo comercial. RESPOSTA: B COMENTÁRIO: Os investimentos diretos da China no Brasil aumentaram vertiginosamente nos últimos anos, conforme pode ser observado no gráfico acima. Sobre esses investimentos, é correto afirmar: Destinam-se, principalmente, à produção de matériaprima no Brasil, destacando-se minério de ferro e soja. Originam-se, principalmente, da falta de qualificação da mão de obra no setor agrícola, na China, nos últimos anos. Devem-se à necessidade de a China diversificar e expandir sua indústria pesqueira para além do Sudeste asiático. Concentram-se na produção pecuária, visando atender à crescente demanda de sua carteira de negócios no mercado norte-americano. Relacionam-se à flexibilização da legislação trabalhista brasileira, que tem atraído investimentos chineses, sobretudo para o setor de biotecnologia. RESPOSTA: A COMENTÁRIO: Exportações As micro e pequenas empresas constituem 61,6% das empresas que exportam no Brasil. Em um amplo estudo feito pelo Sebrae e pela Fundação Centro de Estudos do Comércio Exterior (Funcex) sobre as MPEs exportadoras - de 1998 a 2010 - apontou-se que 11.858 delas exportaram em 2010 pouco mais de US$ 2 bilhões, o que representa um aumento de 7,6% no valor das exportações em comparação a 2009. Na média, cada MPE exportou US$ 170,9 mil. Os principais itens exportados em 2010 foram calçados, pedras preciosas, vestuário, peças para veículos e móveis A pauta de exportações das micro e pequenas empresas brasileiras é bastante diversificada em termos de produtos. Para se ter uma ideia, os cinco principais itens respondem por somente 14% das vendas totais. Entre as microempresas, os principais itens exportados em 2010 foram calçados, pedras preciosas, vestuário, peças para veículos e móveis. Já para as pequenas empresas, os itens de maior importância na pauta de exportação foram móveis, peças para veículos, obras de mármore e granito, madeira serrada ou fendida e calçados. A participação do ramo comercial e a importância dos países da América Latina como destino das vendas (25% do total das vendas das microempresas e 22% das pequenas empresas em 2010) são características marcantes das exportações das MPEs brasileiras. Para o coordenador da Apex-Brasil, Tiago Terra, a maior vantagem para as empresas exportarem é diversificar o mercado de clientes. “Além de aumentar suas opções de faturamento, as empresas também ganham em competitividade quando exportam”, explica. Das 13.127 empresas apoiadas pela agência em 2010, 9.437 (72%) são pequenas, micro e médias empresas. Para o estudo, a China vê os investimentos no Brasil também como uma porta de entrada ao mercado latino-americano. "Companhias (chinesas) como a Chery e a JAC, do setor automotivo, Sany e XCNA, do setor de maquinários e equipamentos, e a Foxconn e Lenovo, do setor eletroeletrônico, são conduzidas não apenas pelo desejo de tirar proveito da crescente classe consumidora e do dinamismo do mercado brasileiro, mas também de estabelecer uma plataforma para suprir de bens manufaturados o resto da América Latina", diz o estudo. 57. Observe as tabelas. 58. Analise os dois trechos de notícias abaixo. Espanha, Portugal e Grécia devem reduzir salários. Espanha, Portugal e Grécia terão que assumir sacrifícios como uma redução de salários para recuperar competitividade, afirmou o economista-chefe do FMI (Fundo Monetário Internacional), Olivier Blanchard, em entrevista publicada nesta terça-feira (2) pelo diário econômico francês Les Echos. Para o FMI, o restabelecimento de competitividade pode exigir grandes sacrifícios, como uma baixa dos salários. Essa será a maneira encontrada pelos governos para sanar a dívida pública. Analisando-se os dados, pode-se afirmar: mais da metade das exportações brasileiras destina-se à União Européia e Estada Unidos, enquanto que a América Latina, o Oriente Médio e a África são as regiões com piores resultados no saldo comercial. (Disponível em http://noticias.r7.com/economia/noticias. Acesso em 10/10/2010.) Trabalhadores alemães e italianos ocupam as ruas contra arrocho. 18 - O ano de 2013 não começou bem para a União Europeia. O PIB do bloco econômico apresentou retração de 0,2% no primeiro trimestre do ano. - Já no segundo trimestre de 2013 a economia do bloco apresentou uma leve recuperação, saindo do estado de recessão. A economia da União Europeia e da Zona do Euro cresceram 0,3% neste período, em comparação ao trimestre anterior. Dezenas de milhares de alemães protestaram neste sábado (12) contra o que está sendo considerado como o maior pacote de austeridade da Alemanha desde a Segunda Guerra Mundial. O governo da coalizão direitista e cada vez mais impopular da chanceler Angela Merkel acertou, na última segunda-feira, um pacote de cortes orçamentários para trazer o déficit federal de volta aos limites estabelecidos pela União Europeia até 2013. 59. A fábrica global instala-se além de toda e qualquer fronteira, articulando capital, tecnologia, força de trabalho, divisão do trabalho social e outras forças produtivas. Acompanhada pela publicidade, a mídia impressa e eletrônica, a indústria cultural, misturadas em jornais, revistas, livros, programas de rádio, emissões de televisão, videoclipes, fax, redes de computadores e outros meios de comunicação, informação e fabulação, dissolve fronteiras, agiliza os mercados, generaliza o consumismo. Provoca a desterritorialização e reterritorialização das coisas, gentes e ideias. Promove o redimensionamento de espaços e tempos. (Disponível em www.vermelho.org.br. Acesso em 13/06/2010.) Pode-se afirmar corretamente que os trechos acima são excludentes uma vez que tratam de questões distintas. não fazem parte de um mesmo contexto, uma vez que o primeiro trata do FMI e o segundo, da Alemanha. relacionam-se porque mostram as políticas adotadas por governos europeus na condução da crise econômica iniciada em 2008 nos Estados Unidos. completam-se porque abordam aspectos da criação da União Europeia. não se relacionam uma vez que tratam de aspectos divergentes quanto à resolução da crise econômica provocada pela União Europeia. RESPOSTA: C COMENTÁRIO: Octavio Ianni, Teorias da Globalização, 2002. Partindo da metáfora de fábrica global de Octavio Ianni, pode-se identificar como características da globalização o amplo fluxo de riquezas, de imagens, de poder, bem como as novas tecnologias de informação que estão integrando o mundo em redes globais, em que o Estado também exerce importante papel na relação entre tecnologia e sociedade. a imposição de regras pelos países da Europa e América do Sul nas relações comerciais e globais que oprimem os mais pobres do mundo e se preocupam muito mais com a expansão das relações de mercado do que com a democracia. a busca das identidades nacionais como única fonte de significado em um período histórico caracterizado por uma ampla estruturação das organizações sociais, legitimação das instituições e aparecimento de movimentos políticos e expressões culturais. o multiculturalismo e a interdependência que somente podemos compreender e mudar a partir de uma perspectiva singular que articule o isolamento cultural com o individualismo. a existência de redes que impedem a dependência dos polos econômicos e culturais no novo mosaico global contemporâneo. RESPOSTA: A COMENTÁRIO: 7º) Crise na União europeia No plano econômico mundial, o ano de 2011 foi marcado pela crise econômica na União Europeia. Em função da globalização econômica que vivemos na atualidade, a crise se espalhou pelos quatro cantos do mundo, derrubando índices das bolsas de valores e criando um clima de pessimismo na esfera econômica mundial. Causas da crise: - Endividamento público elevado, principalmente de países como a Grécia, Portugal, Espanha, Itália e Irlanda. - Falta de coordenação política da União Europeia para resolver questões de endividamento público das nações do bloco. Consequências da crise: - Fuga de capitais de investidores; - Escassez de crédito; - Aumento do desemprego; - Descontentamento popular com medidas de redução de gastos adotadas pelos países como forma de conter a crise; - Diminuição dos ratings (notas dadas por agências de risco) das nações e bancos dos países mais envolvidos na crise; - Queda ou baixo crescimento do PIB dos países da União Europeia em função do desaquecimento da econômica dos países do bloco. - Contaminação da crise para países, fora do bloco, que mantém relações comerciais com a União Europeia, inclusive o Brasil. A crise pode, de acordo com alguns economistas, causar recessão econômica mundial. Ações da União Europeia para enfrentar a crise: - Implementação de um pacote econômico anticrise (lançado em 27/10/2011); - Maior participação do FMI (Fundo Monetário Internacional) e do Banco Central Europeu nas ações de enfrentamento da crise; - Ajuda financeira aos países com mais dificuldades econômicas como, por exemplo, a Grécia. - Definição de um Pacto Fiscal, que será ratificado em 2012, cujos objetivos são: garantir o equilíbrio das contas públicas das nações da União Europeia e criar sistemas de punição aos países que desrespeitarem o pacto. Vale destacar que o Reino Unido não aceitou o pacto, fato que aumentou a crise política na região. As ações de combate à crise são coordenadas, principalmente, por França e Alemanha. Economia da União Europeia em 2013 8º) O que é Globalização - Conceito Podemos dizer que é um processo econômico e social que estabelece uma integração entre os países e as pessoas do mundo todo. Através deste processo, as pessoas, os governos e as empresas trocam idéias, realizam transações financeiras e comerciais e espalham aspectos culturais pelos quatro cantos do planeta. O conceito de Aldeia Global se encaixa neste contexto, pois está relacionado com a criação de uma rede de conexões, que deixam as distâncias cada vez mais curtas, facilitando as relações culturais e econômicas de forma rápida e eficiente. Origens da Globalização e suas Características Muitos historiadores afirmam que este processo teve início nos séculos XV e XVI com as Grandes Navegações e Descobertas Marítimas. Neste contexto histórico, o homem europeu entrou em contato com povos de outros continentes, estabelecendo relações comerciais e culturais. Porém, a globalização efetivou-se no final do século XX, logo após a queda do socialismo no leste europeu e na União Soviética. O 19 neoliberalismo, que ganhou força na década de 1970, impulsionou o processo de globalização econômica. Com os mercados internos saturados, muitas empresas multinacionais buscaram conquistar novos mercados consumidores, principalmente dos países recém saídos do socialismo. A concorrência fez com que as empresas utilizassem cada vez mais recursos tecnológicos para baratear os preços e também para estabelecerem contatos comerciais e financeiros de forma rápida e eficiente. Neste contexto, entra a utilização da Internet, das redes de computadores, dos meios de comunicação via satélite etc. Uma outra característica importante da globalização é a busca pelo barateamento do processo produtivo pelas indústrias. Muitas delas, produzem suas mercadorias em vários países com o objetivo de reduzir os custos. Optam por países onde a mão-de-obra, a matéria-prima e a energia são mais baratas. Um tênis, por exemplo, pode ser projetado nos Estados Unidos, produzido na China, com matéria-prima do Brasil, e comercializado em diversos países do mundo. como se fosse uma espécie de nata flutuando sobre um magma semilíquido e passeando em diferentes direções. Assinale a alternativa que contém o nome com o qual foi batizado este supercontinente inicial. Gaia Placas Tectônicas Folhelhos de Wegener Riftis Pangeia RESPOSTA: E COMENTÁRIO: No início do século XX, o meteorologista alemão Alfred Wegener levantou uma hipótese que criou uma grande polêmica entre a classe científica da época. Segundo ele, há aproximadamente 200 milhões de anos, os continentes não tinham a configuração atual, pois existia somente uma massa continental, ou seja, não estavam separadas as Américas da África e da Oceania. Essa massa continental contínua foi denominada de Pangeia, do grego "toda a Terra", e era envolvida por um único Oceano, chamado de Pantalassa. Passados milhões de anos, a Pangeia se fragmentou e deu origem a dois megacontinentes denominados de Laurásia e Gondwana, essa separação ocorreu lentamente e se desenvolveu deslocando sobre um subsolo oceânico de basalto. Após esse processo, esses dois megacontinentes deram origem à configuração atual dos continentes que conhecemos. Para conceber tal teoria, Wegener tomou como ponto de partida o contorno da costa americana com a da África, que visualmente possui um encaixe quase que perfeito. No entanto, somente esse fato não fundamentou sua hipótese científica. 60. Geocientistas estimam que, a cada ano, o Himalaia cresça cerca de 4 mm de altura. É um fenômeno imperceptível aos olhos humanos, mas que ocorre há milhões de anos, contribuindo para a formação dessa importante estrutura geológica. O movimento tectônico responsável pela formação das cadeias de montanhas, como a do Himalaia, é conhecido como: Orogênese Diogênese Fotogênese Paleogênese Antrogênese RESPOSTA: A COMENTÁRIO: 62. A Teoria da Tectônica de Placas explica diversos tipos de estrutura verificados na Litosfera. Observe a ilustração a seguir. Orogênese é a formação ou o rejuvenescimento de montanhas ou cordilheiras causada pela deformação compressiva de região mais ou menos extensas de litosfera continental. Daí resulta uma camada mais expessa da crosta terrestre, e os materiais envolvidos sofrem diversas deformações tectônicas, como dobras, falhas geológicas, e também o derrame do manto. O problema da interpretação da orogênese tem sido o maior problema teórico da geologia desde sua origem. Ocupa-se de explicar por quê apesar da continuidade dos processos de erosão, o relevo terrestre não deixa de apresentar terrenos elevados e abruptos. O desenvolvimento e aceitação desta teoria da Tectônica de placas a partir da década de 1960 disponibilizou um novo marco teórico para melhor entendimento deste enigma. Até então, as diversas teorias terminavam por enquadrar-se dentro de um conhecido conjunto como “teorias do geossinclinal/orógeno”. Tal denominação faz referência ao reconhecimento, no desmentido de que as grandes cordilheiras emergem sobremaneira trazendo materiais sedimentários acumulados em grandes bacias marginais a todos os continentes, que são denominados “geosinclinal”. Observa-se especialmente no caráter dos terrenos sedimentários, porém deformados das formações rochosas dos mais altos cumes montanhosos. Essas teorias careciam apenas de uma explicação satisfatória da origem das imensas forças de compressão necessárias para converter um geosinclinal em um orógeno. A orogênese produz-se sempre em bordas de placas convergentes, ou seja, nas regiões contíguas ao limite entre duas placas litosféricas cujos terrenos destacados convergem. De acordo com essa teoria, esse desenho esquemático ilustra o (a) colisão de placas ocênica e continental. mecanismo de subdução de placas litosféricas. gênese dos arcos de ilhas e subsidência magmática. formação tricheiras oceânicas. expansão do assoalho submarino e a ascensão do magma. RESPOSTA: E COMENTÁRIO: De acordo com a teoria da Deriva Continental, a crosta terrestre é uma camada rochosa descontínua, que apresenta vários fragmentos, denominados placas litosféricas ou placas tectônicas. Essas placas compreendem partes de continentes e o fundo dos oceanos e mares. Portanto, as placas tectônicas são gigantescos blocos que integram a camada sólida externa da Terra, ou seja, a litosfera (crosta terrestre mais a parte superior do manto). Elas estão em constante movimentação (se movimentam sobre o magma do manto), podendo se afastar ou se aproximar umas das outras. Esses processos são classificados em: Zonas de divergência – as placas tectônicas afastam-se umas das outras. 61. A Teoria da Deriva dos Continentes foi enunciada pelo cientista alemão Alfred Lothar Wegener, em 1912. Segundo este autor a Terra teria sido formada inicialmente por um único e enorme supercontinente que foi se fragmentando e se deslocando continuamente desde o período Mesozoico, 20 Zonas de convergência – as placas tectônicas se aproximam, sendo pressionadas umas contra as outras. Esse fenômeno pode ser de subducção ou obducção. Subducção – as placas movem-se uma em direção a outra e a placa oceânica (mais densa) “mergulha” sob a continental (menos densa). Obducção ou colisão – choque entre duas placas na porção continental. Acontece em virtude da grande espessura dos trechos nos quais estão colidindo. Esse movimento das placas tectônicas altera lentamente o contorno do relevo terrestre, elevando cordilheiras e abrindo abismos marinhos. Outra consequência desse fenômeno (causado pelo encontro das placas) são os terremotos e tsunamis (ondas gigantescas). Em 2004, no oceano Índico, um terremoto de 9,3 pontos na escala Richter provocou um tsunami que ocasionou a morte de mais de 230 mil pessoas. Os movimentos das placas tectônicas foram comprovados através de pesquisas realizadas com satélites artificiais. Foi detectado, por exemplo, que a América do Sul afasta-se 3 cm por ano do continente africano. As principais placas tectônicas são: Placa do Pacífico, Placa de Nazca, Placa Sul-Americana, Placa Norte-Americana, Placa da África, Placa Antártica, Placa Indo-Australiana, Placa Euroasiática Ocidental, Placa Euroasiática Oriental, Placa das Filipinas. Placa de Nazca em colisão com a Placa continental Sul-Americana e responsável pela formação da Cordilheira Andina. Quando o movimento de convergência ocorre entre duas placas continentais, ou seja, de igual densidade, ocorre o soerguimento de cadeias montanhosas como o Himalaia, por exemplo, que está na zona de convergência das placas continentais Euroasiática e Arábica. 64. No Mapa estão assinaladas áreas situadas tanto em países desenvolvidos quanto subdesenvolvidos e que apresentam um problema ecológico comum produzido por intensa atividade humana, sobretudo a construção de extensas redes de irrigação ou outras obras hidráulicas. O texto refere-se à (imagem abaixo) 63. Analise o mapa. desertificação. lixiviação. denudação. laterização. salinização. RESPOSTA: E COMENTÁRIO: Salinização é a concentração progressiva de sais, provocada pela evapotranspiração intensa, principalmente em locais de climas tropicais áridos ou semi-áridos, onde normalmente existe drenagem ineficiente. Os solos apresentam sais em níveis diferenciados. Quando este nível se eleva, chegando a uma concentração muito alta, pode prejudicar o desenvolvimento de algumas plantas mais sensíveis, ou mesmo impedir o desenvolvimento de praticamente todas as espécies. Os números representam as velocidades em cm/ano entre as placas, e as setas, os sentidos dos movimentos. (Wilson Teixeira. Decifrando a Terra, 2008. Adaptado.) Os terremotos que abalaram o Haiti, em janeiro e o Chile, em fevereiro, atingiram, respectivamente, 7,0 e 8,8 graus na escala Richter. A explicação para esses terremotos é o fato de que ambos os países estão posicionados no centro das placas tectônicas. estão localizados em áreas que raramente sofrem abalos sísmicos, o que torna esses eventos catastróficos. estão situados nos limites convergentes entre placas tectônicas. têm todo o território situado em arquipélagos formados por cadeias de montanhas vulcânicas submarinas. estão em áreas de movimento de placas tectônicas divergentes. RESPOSTA: C COMENTÁRIO: 65. O esquema a seguir mostra o ciclo de nutrientes que vai do horizonte superficial do solo até a copa das árvores na floresta amazônica. (imagem abaixo) Outro tipo de movimento das placas tectônicas acontece nas chamadas “zonas de convergência” onde as placas se movimentam uma em direção à outra. Nesse caso, pode acontecer de uma placa afundar por sob a outra nas “zonas de subducção”. Isso acontece entre uma placa oceânica e uma placa continental porque a placa oceânica tende a ser mais densa que a placa continental o que faz com que ela seja “engolida” por esta última. Um exemplo é a zona de subducção da Assinale a alternativa em que se descreve a interrupção desse ciclo e sua consequência, considerando a situação mais comum na floresta amazônica. O desmatamento seletivo das formações arbóreas secundárias de porte pequeno e médio visando à queimada destas, para a consequente fertilização com 21 cinzas de um solo que, pelo processo natural, é insuficiente em nutrientes para sustentar a uma floresta de grande porte. O desmatamento não seletivo para extração da madeira e posterior queimada das áreas desmatadas, com a consequente exposição à erosão e lixiviação de um solo que, sem a cobertura vegetal, não mais fornece os nutrientes para a sustentação da floresta. A derrubada da floresta mista pelo homem da terra e o reflorestamento com seringueiras e castanheiras para formar uma floresta uniforme mais produtiva, com posterior fertilização química do solo e a consequente valorização das reservas extrativistas. A derrubada da floresta próxima aos centros urbanos visando à formação de áreas de pastagens, com o objetivo não só de abastecimento local mas também de uma primeira fertilização do solo com adubos naturais, pois se trata de uma região de solos lateríticos. A derrubada da floresta mais densa, que é aquela encontrada junto às várzeas, para permitir maior vazão dos rios e a conseqüente deposição de solos aluvionais, mais ricos em nutrientes. RESPOSTA: B COMENTÁRIO: Realizar o reflorestamento de áreas devastadas, principalmente em regiões de encosta. 66. Observe o esquema abaixo, que indica a circulação atmosférica sobre a superfície terrestre, e indique a alternativa correta. A erosão é um processo de deslocamento de terra ou de rochas de uma superfície. A erosão pode ocorrer por ação de fenômenos da natureza ou do ser humano. Causas naturais No que se refere às ações da natureza, podemos citar as chuvas como principal causadora da erosão. Ao atingir o solo, em grande quantidade, provoca deslizamentos, infiltrações e mudanças na consistência do terreno. Desta forma, provoca o deslocamento de terra. O vento e a mudança de temperatura também são causadores importantes da erosão. Quando um vulcão entra em erupção quase sempre ocorre um processo de erosão, pois a quantidade de terra e rochas deslocadas é grande. A mudança na composição química do solo também pode provocar a erosão. Causas humanas O ser humano pode ser um importante agente provocador das erosões. Ao retirar a cobertura vegetal de um solo, este perde sua consistência, pois a água, que antes era absorvida pelas raízes das árvores e plantas, passa a infiltrar no solo. Esta infiltração pode causar a instabilidade do solo e a erosão. Atividades de mineração, de forma desordenada, também podem provocar erosão. Ao retirar uma grande quantidade de terra de uma jazida de minério, os solos próximos podem perder sua estrutura de sustentação. Prejuízos ao ser humano A erosão tem provocado vários problemas para o ser humano. Constantemente, ocorrem deslizamentos de terra em regiões habitadas, principalmente em regiões carentes, provocando o soterramento de casas e mortes de pessoas. Os prejuízos econômicos também são significativos, pois é comum as erosões provocarem fechamento de rodovias, ferrovias e outras vias de transporte. Formas de evitar · Não retirar coberturas vegetais de solos, principalmente de regiões montanhosas; · Planejar qualquer tipo de construção (rodovias, prédios, hidrelétricas, túneis, etc) para que não ocorra, no momento ou futuramente, o deslocamento de terra; Monitorar as mudanças que ocorrem no solo; Os ventos alísios dirigem-se das áreas tropicais para as equatoriais, em sentido horário no hemisfério norte e anti-horário no hemisfério sul, graças à ação da Força de Coriolis, associada à movimentação da Terra. Os ventos alísios dirigem-se das áreas de alta pressão, características dos trópicos, em direção às áreas de baixa pressão, próximas ao equador, movimentando-se em sentido anti-horário no hemisfério norte e em sentido horário no hemisfério sul. Os ventos contra-alísios dirigem-se dos trópicos em direção ao equador, movimentando-se em sentido horário no hemisfério norte e anti-horário no hemisfério sul, graças à ação da Força de Coriolis. Os ventos contra-alísios dirigem-se da área tropical em direção aos polos, provocando quedas bruscas de temperatura e eventualmente queda de neve, movimentando-se em sentido anti-horário no hemisfério sul e em sentido horário no hemisfério norte. Os ventos Alisios são características das áreas temperadas para as áreas tropicais, em sentido com a La Nina. RESPOSTA: A COMENTÁRIO: Nesta circulação geral da atmosfera são gerados sistemas de ventos conhecidos como “estes polares”, “ventos de oeste” e “ventos alísios”. Os ventos alísios são originados do deslocamento das massas de ar frio das zonas de alta (trópicos) para as zonas de baixa pressão (equador). Devido a um efeito ocasionado pelo movimento de rotação da Terra, o efeito de Coriolis, os ventos nas faixas intertropicais sopram no sentido leste-oeste no hemisfério sul, e no sentido oeste-leste no hemisfério norte. Na região da linha do Equador, devido ao aquecimento constante e quase uniforme é formada uma zona de baixa pressão (chamada de ZCIT – Zona de Convergência Intertropical) para a qual se deslocam os ventos alísios de sudeste, vindos do hemisfério sul, e os ventos alísios 22 de nordeste, vindos do hemisfério norte. Ambos formam-se a latitudes de cerca de 30º em ambos os hemisférios. Os climogramas I e II correspondem, respectivamente, às áreas assinaladas no mapa com as letras A e B. A e D. B e C. C e D. D e A. RESPOSTA: B COMENTÁRIO: 67. De acordo com as condições atmosféricas, a precipitação pode ocorrer de várias formas: chuva, neve e granizo. Nas regiões de clima tropical ocorrem três tipos de chuvas: frontal, orográfica e convectiva (ou de verão): os climogramas referem se aos climas equatorial e tropical continental ou semi úmido. 69. É um fenômeno oceânico caracterizado pelo aquecimento das águas superficiais nas porções central e leste do Oceano Pacífico. Provoca queda brutal da produtividade da pesca e do guano na costa do Peru, pela grande redução de fitoplâncton. Além disso, provoca graves perturbações climáticas em escala global, como secas anormais, ciclones e inundações. O texto refere-se ao fenômeno células de Walker. El Niño. de desertificação. dos anticiclones subtropicais. La Niña. RESPOSTA: B COMENTÁRIO: A chuva demonstrada na figura é do tipo: Frontal – esse tipo de chuva resulta do deslocamento horizontal e eventual choque entre massas de ar com diferentes características de temperatura e pressão. O contato entre elas forma uma faixa de instabilidade, onde ocorrem as chuvas. Orográfica – barreiras no relevo levam as massas de ar a atingir grandes altitudes, o que causa queda de temperatura e condensação do vapor. As chuvas costumam ser localizadas, intermitentes e finas. Convectiva – atingindo altitudes elevadas, a temperatura aumenta e o vapor se condensa em gotículas que permanecem em suspensão. O ar fica mais denso, desce frio e seco para a superfície e inicia novamente o ciclo convectivo. Após a precipitação, o céu fica claro novamente. De verão ou convectiva – são causadas pela ascensão ou pela descida lenta (subsidência) do ar. O ar mais próximo da superfície terrestre se aquece e ascende na atmosfera ao atingir camadas mais frias da troposfera. O vapor d’água se condensa, formam-se nuvens e chove. Geralmente são chuvas torrenciais de curta duração acompanhadas de raios e trovões. Frontal – geralmente ocorre em zonas de contato entre duas massas de ar com características semelhantes. Logo, inicia processo de condensação do vapor e a precipitação da água na forma de chuva. RESPOSTA: D COMENTÁRIO: O El Niño é um fenômeno causado pelo aquecimento das águas do Pacífico além do normal e pela redução dos ventos alísios na região equatorial. Sua principal característica é a capacidade de afetar o clima a nível mundial através da mudança nas correntes atmosféricas. O nome “El Niño” foi escolhido pelo fato do fenômeno de aquecimento das águas na costa do Peru acontecer em dezembro, próximo ao Natal, e faz referência ao “Menino Jesus” ou, em espanhol “Niño Jesus”. O fenômeno já eraconhecido entre os pescadores da região por causar diminuição na oferta de pescados nesse período, mas, só ganhou fama mundial após o período de 1997 a 1998 quando alcançou seu período de maiores efeitos. O El Niño provoca o enfraquecimento dos ventos alísios na região equatorial, ou seja, nos ventos que sopram de leste para oeste, provocando mudanças nas correntes atmosféricas que irão acarretar em precipitações e secas anormais em diversas partes do globo, além de aumento ou queda de temperatura, também anormais. 70. No mapa-mundi a seguir, existem umas áreas escuras que vêm sendo objeto de estudo para importantes setores da Geografia atual. Tais áreas correspondem às(aos) Chuvas de convecção são também chamadas de chuvas de verão na região Sudeste do Brasil e são provocadas pela intensa evapotranspiração de superfícies úmidas e aquecidas (como florestas, cidades e oceanos tropicais). O ar ascende em parcelas de ar que se resfriam de forma praticamente adiabática (sem trocar calor com o meio exterior) durante sua ascensão. 68. Observe a figura: zonas de forte instabilidade política e de conflitos étnicos. florestas latifoliadas tropicais e equatoriais. espaços geográficos de grande estabilidade tectônica. 23 As temperaturas médias anuais são elevadas, oscilam entre 25°C e 29°C. O clima é semiárido; e o solo, raso e pedregoso, é composto por vários tipos diferentes de rochas. A ação do homem já alterou 80% da cobertura original da caatinga, que atualmente tem menos de 1% de sua área protegida em 36 unidades de conservação, que não permitem a exploração de recursos naturais. As secas são cíclicas e prolongadas, interferindo de maneira direta na vida de uma população de, aproximadamente, 25 milhões de habitantes. As chuvas ocorrem no início do ano e o poder de recuperação do bioma é muito rápido, surgem pequenas plantas e as árvores ficam cobertas de folhas. faixas de dobramentos modernos fortemente erodidos. espaços agrários de cultivo da soja e do arroz . RESPOSTA: B COMENTÁRIO: Floresta Equatorial corresponde a um tipo de formação vegetativa que se desenvolve principalmente na Zona Intertropical da Terra, que possui elevadas temperaturas e índices pluviométricos em toda extensão do ano. Essas características são fundamentais para o desenvolvimento da biodiversidade. Nessas regiões ocorrem grandes florestas com formas exuberantes e densas. Nesses lugares existe uma variedade de vegetação e animais. As Florestas Equatoriais oferecem uma condição favorável para o surgimento de uma enorme diversidade de vida. A composição vegetativa é de árvores altas com copas largas que se confrontam e que quase não permitem a entrada da luz do sol. É por isso que no interior da floresta é muito escuro. Em geral, os solos das florestas são pobres, porque o que existe é somente uma estreita camada composta por uma enorme quantidade de matéria orgânica denominada de húmus, que é formado a partir da decomposição de folhas e animais, favorecida pela elevada umidade e energia. A composição vegetativa em questão é possível de ser identificada no Brasil (na Floresta Amazônica), no sudeste asiático e em alguns pontos africanos. Nas Florestas Equatoriais suas árvores estão sempre muito próximas e com alturas variadas que podem atingir 60 metros. Nos lugares que apresentam Florestas Equatoriais as temperaturas médias são elevadas no decorrer de todo o ano, sempre acima dos 25ºC e as amplitudes térmicas são bastante modestas. As chuvas são bem distribuídas durante o ano e não há períodos de seca e nem distinção entre as estações do ano. 72. O Governo Federal brasileiro executa, sob responsabilidade do Ministério da Integração Nacional, o "Projeto de Integração do Rio São Francisco com Bacias Hidrográficas do Nordeste Setentrional". Esse projeto objetiva a transposição de parte das águas do Rio São Francisco por meio da construção de dois canais com 700 quilômetros de extensão total, os quais viabilizarão o aumento da oferta de recursos hídricos em áreas semiáridas dos estados de Pernambuco, Paraíba, Rio Grande do Norte e Ceará. Sobre o assunto, assinale a alternativa correta. A realidade hídrica, principalmente nos aspectos atinentes à oferta e uso das águas, é tema que, historicamente, não tem integrado o debate sobre o semiárido nordestino. A transposição das águas do Rio São Francisco não é vista como solução para resolver o problema do abastecimento das cidades e mitigar a sede dos nordestinos. O São Francisco é um rio inteiramente localizado no Nordeste semiárido, com nascente no estado da Bahia e foz no litoral de Pernambuco. A escassez de água no Nordeste brasileiro pode ser atribuída a características geoambientais específicas dessa região e, também, de falhas na gestão dos recursos hídricos por parte do poder público. As chuvas na Região Nordeste são bem distribuídas no tempo, graças a fenômenos climáticos, tais como o El Niño que favorece a ocorrência de frentes frias causadoras de chuvas. RESPOSTA: D COMENTÁRIO: 71. "(...) Mal começa a estação chuvosa, toda a vegetação seca se recobre de folhas e, em poucos dias, ervas brotam, como por milagre, do solo pedregoso e seco (...). Após o 'inverno', porém, as árvores e arbustos perdem as folhas a fim de armazenar a água que absorveram na curta estação chuvosa e tornam possível sua sobrevivência durante longo estio (...). Verdes ficam as cactáceas, vegetais desprovidos de folhas e que têm o caule protegido por uma película que impede a evaporação"... Ao contrário do que muitos pensam, a seca não atinge toda região nordeste. Ela se concentra numa área conhecida como Polígono das Secas. Esta área envolve parte de oito estados nordestinos (Alagoas, Bahia, Ceará, Minas Gerais, Paraíba, Pernambuco, Piauí, Rio Grande do Norte e Sergipe) e parte do norte de Minas Gerais. Causas da Seca As principais causas da seca do nordeste são naturais. A região está localizada numa área em que as chuvas ocorrem poucas vezes durante o ano. Esta área recebe pouca influência de massas de ar úmidas e frias vindas do sul. Logo, permanece durante muito tempo, no sertão nordestino, uma massa de ar quente e seca, não gerando precipitações pluviométricas (chuvas). O desmatamento na região da Zona da Mata também contribui para o aumento da temperatura na região do sertão nordestino. Características da região - Baixo índice pluviométrico anual (pouca chuva); - Baixa umidade; - Clima semi-árido; - Solo seco e rachado; (Andrade, Manoel C. de "PAISAGENS E PROBLEMAS DO BRASIL. "Ed. Brasiliense, p.127). A paisagem climato-botânica brasileira a que se refere o texto anterior é a dos(das): cerrados do Brasil Central. campos do Pampa Gaúcho. matas da serra do Mar. caatingas nordestinas. restingas litorâneas. RESPOSTA: D COMENTÁRIO: A caatinga, palavra originária do tupi-guarani, que significa “mata branca”, é o único sistema ambiental exclusivamente brasileiro. Possui extensão territorial de 734.478 km², correspondendo a cerca de 10% do território nacional. Ela está presente nos estados do Ceará, Rio Grande do Norte, Paraíba, Pernambuco, Sergipe, Alagoas, Bahia, Piauí e norte de Minas Gerais. 24 - Vegetação com presença de arbustos com galhos retorcidos e poucas folhas (caatinga); - Temperaturas elevadas em grande parte do ano. Seca, fome e miséria: um problema social A seca, além de ser um problema climático, é uma situação que gera dificuldades sociais para as pessoas que habitam a região. Com a falta de água, torna-se difícil o desenvolvimento da agricultura e a criação de animais. Desta forma, a seca provoca a falta de recursos econômicos, gerando fome e miséria no sertão nordestino. Muitas vezes, as pessoas precisam andar durante horas, sob Sol e calor forte, para pegar água, muitas vezes suja e contaminada. Com uma alimentação precária e consumo de água de péssima qualidade, os habitantes do sertão nordestino acabam vítimas de muitas doenças. O desemprego nesta região também é muito elevado, provocando o êxodo rural (saída das pessoas do campo em direção as cidades). Muitas habitantes fogem da seca em busca de melhores condições de vida nas cidades. Estas regiões ficam na dependência de ações públicas assistencialistas que nem sempre funcionam e, mesmo quando funcionam, não gera condições para um desenvolvimento sustentável da região. Ações para diminuir o impacto da seca - Construções de cisternas, açudes e barragens; - Investimentos em infra-estrutura na região; - Distribuição de água através de carros-pipa em épocas de estiagem (situações de emergência); - Implantação de um sistema de desenvolvimento sustentável na região, para que as pessoas não necessitem sempre de ações assistencialistas do governo; - Incentivo público à agricultura adaptada ao clima e solo da região, com sistemas de irrigação. Transposição do rio São Francisco A transposição do rio São Francisco é um projeto do governo federal que visa a construção de dois canais (totalizando 700 quilômetros de extensão) para levar água do rio para regiões semi-áridas do Nordeste. Desta forma, diminuiria o impacto da seca sobre a sofrida população residente, pois facilitaria o desenvolvimento da agricultura na região. A Seca de 2012 A seca que atingiu o nordeste no começo de 2012 foi a pior dos últimos 30 anos. A região mais afetada foi o semiárido nordestino, principalmente do estado da Bahia. Neste estado, cerca de 230 municípios foram atingidos. Municípios de Alagoas e Piauí também sofreram com a falta de chuvas. A seca trouxe muito prejuízo para as principais fontes de renda da região: pecuária e agricultura de milho e feijão. RESPOSTA: A COMENTÁRIO: 74. Observe os perfis longitudinais de importantes rios de algumas das bacias hidrográficas brasileiras. 73. Para responder à questão, interprete o mapa a seguir: (IBGE. Atlas Geográfico Escolar, 2009. Adaptado.) As bacias hidrográficas identificadas nos perfis são, respectivamente, Amazônica, Tocantins-Araguaia, Uruguai e Atlântico Nordeste Oriental. Tocantins-Araguaia, Paraguai, Parnaíba e Atlântico Leste. Atlântico Sudeste, Uruguai, Paraguai e Amazônica. Amazônica, Tocantins-Araguaia, São Francisco e Paraná. Atlântico Nordeste Oriental, Parnaíba, São Francisco e Paraná. RESPOSTA: D COMENTÁRIO: As áreas preenchidas na cor cinza no mapa correspondem: à bacia hidrográfica do Paraguai e do São Francisco. à bacia hidrográfica do Paraná e do AraguaiaTocantins. ao bioma de cerrado e da caatinga. à vegetação do Complexo do Pantanal e da Caatinga. às áreas de mais baixa densidade populacional do país. 25 onde seja possível a elevação do padrão e da qualidade do nível de vida. Estes teóricos são: Os Antinatalistas. Os Reformistas. Os Malthusianos. Os Neomalthusianos. Os Alarmistas. RESPOSTA: B COMENTÁRIO: A teoria reformista foi elaborada em resposta à teoria neomalthusiana. Segundo a teoria reformista, uma população jovem e numerosa, em virtude de elevadas taxas de natalidade, não é causa, mas consequência do subdesenvolvimento. Nos países desenvolvidos, onde o padrão de vida da população é alto, o controle da natalidade ocorre paralelamente à melhoria da qualidade de vida da população e espontaneamente, de uma geração para outra. Nos países subdesenvolvidos, uma população jovem numerosa só se torna empecilho ao desenvolvimento de suas atividades econômicas quando não são realizados investimentos sociais, em especial na educação e na saúde. Tal situação gera um enorme contingente de mão de obra desqualificada que ingressa anualmente no mercado de trabalho. Para que a dinâmica demográfica entre em equilíbrio, é necessário enfrentar em primeiro lugar as questões sociais e econômicas. Os investimentos em educação são fundamentais para a melhoria de todos os indicadores sociais. Pois quando o cotidiano familiar decorre em condições miseráveis e as pessoas não têm consciência das determinações econômicas e sociais, elas não irão ficar preocupadas em gerar menos filhos. Foi constatado que quanto maior a escolaridade da mulher menor é o número de filhos e a taxa de mortalidade infantil. De todas as a teorias, a reformista é a que melhor retrata os fatores que geram o subdesenvolvimento político, social e econômico. Dessa forma, a teoria reformista derruba as teorias de Malthus. 75. Um rio é a corrente líquida da concentração do água num vale. As sinuosidades descritas formando, por vezes, amplos semicírculos em terrenos planos ou em outros cujo vale profundamente escavado são chamadas de: cursos. bordas. margens. estuários. meandros. RESPOSTA: E COMENTÁRIO: lençol de por ele, zonas de se acha 77. De acordo com estimativas da Organização das Nações Unidas (ONU), a população mundial atingiu os 7 bilhões de habitantes no dia 31 de outubro. O gráfico abaixo está presente no Relatório sobre a Situação da População Mundial 2011, produzido pela Divisão de Informações e Relações Externas do Fundo de Populações das Nações Unidas (UNFPA/ONU). Um meandro é uma curva acentuada de um rio que corre em sua planície aluvial e que muda de forma e posição com as variações de maior ou menor energia e carga fluviais durante as várias estações do ano. Meandros são típicos em planícies aluviais (topografia madura), mas podem ocorrer de forma mais restrita, é uma lástima realmente, também, em outras condições como sobre terrenos sedimentares horizontalizados. O canal do rio muda constantemente de posição ao longo da planície aluvionar, através de um processo continuado de erosãoe deposição em suas margens, daí o meandro receber o nome de meandro divagante. As margens externas do meandro, centrífugas da corrente fluvial, apresentam barrancas progressivamente erodidas, e na margem interna ocorre deposição, principalmente de areia. Este processo leva a acentuar a curvatura do meandro que acaba formando uma volta inteira e sendo truncado em um ponto por onde passa a escoar a corrente fluvial deixando o meandro antigo abandonado e fechado como um lago em forma de U. Sobre a questão do crescimento demográfico mundial e com base na informação do gráfico NÃO se pode considerar como verdadeira a afirmativa: 76. Eles fazem parte de uma corrente que defende Teorias Marxistas Demográficas e consideram a própria miséria como responsável pelo acelerado crescimento da população. Por isso, defendem propostas socioeconômicas 26 Grande parte da população mundial vive no continente asiático que possui os dois países de maior população: a China e a Índia. Em conjunto com os países do continente asiático, os países da América Latina apresentam a maior taxa de crescimento demográfico. Apopulaçãoafricanaapresentaumataxadecrescimentob emevidenteesemprevisãodeestabilização e reversão para o século XXI. A população asiática provavelmente alcançará seu pico na metade do século (de acordo com as projeções) e começará a declinar gradativamente a partir daí. Por ser ainda um continente pobre, o crescimento demográfico africano é visto com preocupação. RESPOSTA: B COMENTÁRIO: O crescimento populacional no mundo é caracterizado como o aumento do número de habitantes no planeta. Esse fenômeno é consequência do crescimento vegetativo, obtido através do saldo entre as taxas de natalidade (nascimentos) e de mortalidade (mortes). Quando a taxa de natalidade é superior à taxa de mortalidade, temos um crescimento vegetativo positivo, caso contrário, a taxa é negativa. Somente no final do século XVII e início do século XVIII, o crescimento populacional no mundo se intensificou, visto que antes desse período a expectativa de vida era muito baixa, fato que elevava as taxas de mortalidade. Em 1930, a Terra era habitadas por cerca de 2 bilhões de pessoas e, em 1960, esse número atingiu a marca de 3 bilhões, com média de crescimento populacional de 2% ao ano. Durante a década de 1980, a população mundial ultrapassou a marca de 5 bilhões de pessoas. Atualmente, a taxa de crescimento populacional mundial, inferior a 1,2% ao ano, está em constante declínio. Porém, a expectativa de vida está em ascensão em virtude dos avanços na medicina,saneamento ambiental, maiores preocupações com a saúde, entre outros fatores. Sendo assim, o número de habitantes no mundo continua aumentando. De acordo com dados divulgados em 2010 pelo Fundo de População das Nações Unidas (Fnuap), apopulação mundial é de 6,908 bilhões de habitantes. Segundo estimativas da Organização das Nações Unidas (ONU), o contingente populacional do planeta atingirá a marca de 9 bilhões de habitantes em 2050, ou seja, um acréscimo de aproximadamente 2,1 milhões de habitantes, sendo a taxa de crescimento de 0,33% ao ano. É importante ressaltar que o aumento populacional ocorre de forma distinta conforme cada continente do planeta. A África, por exemplo, registra crescimento populacional de 2,3% ao ano. A Europa, por sua vez, apresenta taxa de 0,1% ao ano. América e Ásia possuem taxa de 1,1% ao ano e a Oceania, 1,3% ao ano No decorrer da aula, a exposição sobre a dinâmica da população brasileira e a leitura dos mapas referentes à densidade demográfica e ao relevo do Brasil por regiões permitiu ao aluno concluir que a população encontra-se distribuída de forma desigual pelo território, sendo a Região Sudeste, onde predominam planaltos, a que apresenta maior densidade demográfica, devido, entre outros fatores, ao dinamismo econômico e à capacidade de atrair migrantes. os maiores índices de concentração da população ocorrem nas planícies localizadas no interior, onde se desenvolvem atividades do agronegócio que resultam, entre outros fatores, do processo de modernização agrícola. a distribuição da população pelo território ocorre de forma desigual, sendo a Região Nordeste, onde predominam planícies, a que apresenta menor densidade demográfica, devido, entre outros fatores, ao processo de ocupação desde o Período Colonial. os menores índices de concentração populacional ocorrem nos planaltos localizados na Zona Costeira, onde o processo de ocupação e o desenvolvimento 78. Em uma aula de Geografia sobre a dinâmica da população brasileira, o professor apresentou dados do Censo Demográfico 2010. Segundo esses dados, o país atingiu um total de 190.755.799 habitantes, que se encontram distribuídos pelos seus 8.514.876,599 km2, apresentando uma densidade demográfica média de 22,43hab./km2. Para ilustrar as informações, o professor mostrou aos alunos os mapas a seguir: 27 econômico foram dificultados, entre outros fatores, pelas elevadas altitudes. o desenvolvimento econômico foram dificultados, entre outros fatores, pelas elevadas altitudes. RESPOSTA: A COMENTÁRIO: 80. Leia atentamente o texto a seguir. "A população, sem limitações, aumenta em proporção geométrica. Os meios de subsistência aumentam em proporção aritmética. Um pequeno conhecimento dos números mostrará a imensidade do primeiro poder em comparação com o segundo. Pela lei de nossa natureza que torna o alimento necessário à vida do homem, os efeitos dessas forças desiguais devem ser mantidos em pé de igualdade". O texto acima refere-se a uma concepção: neoliberal. neomarxista. possibilista. marxista-leninista. malthusiana. RESPOSTA: E COMENTÁRIO: A distribuição populacional do Brasil é reflexo, principalmente, de sua colonização. A qual ocorreu pelo litoral sentido interior. Em consequência dessa colonização é que se percebe, ao abservar o mapa demográfico do Brasil, que a concentração populacional está mais presente nas proximidades do litoral com uma certa interiorização na região Sudeste. Região onde visivelmente se destaca o triângulo formado por Rio, São Paulo e Belo Horizonte. Além dessa concentração, as capitais dos estados apresentam significativas concentrações populacionais, com destaque para as capitais do Sul e do Nordeste. Manaus, capital do Amazonas, representa uma grande aglomeração urbana no meio da floresta Amazônica, é a concentração urbana mais distante do litoral. A teoria criada por Tomas Robert Malthus (1766-1834), economista e demógrafo inglês, e que ganhou o nome de “Malthusianismo” foi a primeira teoria populacional a relacionar o crescimento da população com a fome, afirmando a tendência do crescimento populacional em progressão geométrica, e do crescimento da oferta de alimentos em progressão aritmética. Durante os séculos XVIII e XIX houve um acentuado crescimento demográfico devido à consolidação do capitalismo e à Revolução Industrial que proporcionou a elevação da produção de alimentos nos países em processo de industrialização diminuindo a taxa de mortalidade (principalmente na Europa e nos EUA). Isto fez com que os índices de crescimento da população subissem provocando discussões que culminariam em diversas teorias sobre o crescimento populacional, destacando-se o malthusianismo. 79. Observe o mapa com atenção: 81. Cândido Portinari conseguiu retratar em suas obras o dia a dia do brasileiro comum, procurando denunciar os problemas sociais do nosso país. No quadro Os Retirantes, produzido em 1944, Portinari expõe o sofrimento dos migrantes, representados por pessoas magérrimas e com expressões que transmitem sentimentos de fome e miséria. O mapa nos diz que grandes áreas de baixa população na África e no norte da América do Norte têm potencial para serem as áreas para desafogar as regiões litorâneas. em termos absolutos pode-se afirmar que a maioria da população mundial se concentra em países fora do mundo chamado desenvolvido. em razão da condição de pobreza e falta de políticas de controle de natalidade, o hemisfério sul do planeta concentra os maiores contingentes populacionais. a distribuição geográfica da população mundial indica que praticamente não há mais áreas que não possam ser habitadas pelo ser humano. os chamados países desenvolvidos apresentam uma menor parte da população mundial, o que também pode ser expresso pelas baixas densidades demográficas. RESPOSTA: B COMENTÁRIO: http://qualquersemelhanca.files.wordpress.com/2010/04/os-retirantes.jpg 1° China: 1.345.750.973 habitantes. 2° Índia: 1.198.003.272 habitantes. 3° Estados Unidos: 314.658.780 habitantes. 4° Indonésia: 229.964.723 habitantes. 5° Brasil: 190.755.799 habitantes. 6° Paquistão: 180.808.096 habitantes. 7° Bangladesh: 162.220.762 habitantes. 8° Nigéria: 154.728.892 habitantes. 9° Rússia: 140.873.647 habitantes. 10° Japão: 127.156.225 habitantes. Sobre o tema desta obra, afirma-se: I. Essa migração foi provocada pelo baixo índice de mortalidade infantil do Nordeste, associado à boa distribuição de renda na região. II. Contribuíram para essa migração os problemas de cunho social da região Sul, com altas taxas de mortalidade infantil. III. Os retirantes fugiram dos problemas provocados pela seca, pela desnutrição e pelos altos índices de mortalidade infantil no Nordeste. 28 Esse processo significa simples fluxos populacionais que não configuram propriamente como migração, isso por que não se trata de uma transferência definitiva e sim, momentânea. Existem vários casos que se enquadram como migração pendular, dentre muitos está o fluxo de boias-frias que residem geralmente na cidade e se deslocam até o campo onde desenvolvem suas atividades, pessoas que moram em uma determinada cidade e trabalham em outra, além de viagens de final de semana, feriados e férias. Decorrente da migração pendular, ocorre nos grandes centros urbanos a hora de rush, que são determinados horários do dia no quais os trabalhadores se aglomeram no trajeto tanto para chegar ao trabalho como no regresso pra casa. Outro tipo de fluxo que insere como sendo migração pendular é o commuting, pessoas que moram em um determinado país e se deslocam para outro para trabalhar ou procurar uma ocupação. IV. Contribuíram para essa migração a desigualdade social, no Nordeste. É correto apenas o que se afirma em I. I e II. II, III e IV. III e IV. IV. RESPOSTA: D COMENTÁRIO: O êxodo rural é uma modalidade de migração caracterizada pelo deslocamento de uma população da zona rural em direção às cidades, é um fenômeno que ocorre em escala mundial. O desencadeamento do êxodo rural é consequência, entre outros fatores, da implantação de relações capitalistas modernas na produção agropecuária, onde o modelo econômico privilegia os grandes latifundiários e a intensa mecanização das atividades rurais expulsa os pequenos produtores do campo. O intenso processo de mecanização das atividades agrícolas tem substituído a mão de obra humana. Os pequenos produtores que não conseguem mecanizar sua produção têm baixo rendimento de produtividade, o que os coloca em desvantagem no mercado. Outro motivo que proporciona o êxodo rural é o fator atrativo que as cidades exercem sobre parte da população rural. Muitos migram para as cidades, principalmente as mais industrializadas, em busca de emprego e melhores condições de vida. No entanto, esse processo gera vários problemas sociais, pois parte desses imigrantes não possui qualificação profissional exigida pelo mercado cada vez mais competitivo, consequentemente há um aumento populacional desordenado, além do desemprego e do subemprego nessas cidades, atividades como vendedores ambulantes, catadores de materiais recicláveis, flanelinhas, entre outros, são a cada dia mais comuns, os transtornos causados por esse processo atingem toda a sociedade, principalmente as pessoas que deixaram o campo com o intuito de obter melhores condições de vida nas cidades. 83. Aproximadamente 175 milhões de pessoas vivem hoje fora de seu país de origem. Esse número engloba tanto os que deixam sua terra natal por vontade própria e decidem viver no exterior — de forma legal ou ilegal —, quanto os refugiados. IMIGRANTES e refugiados. Disponível em: <http://veja.abril.com.br/idade/ exclusivo/imigrantesrefugiados/index.html>. Acesso em: 21 out. 2009. Adaptado. Considerando-se as informações contidas no texto, é correto afirmar: O aumento da imigração ilegal da África subsaariana para a Europa está relacionado aos conflitos étnicos naquele continente e à expansão da economia europeia, registrada nos últimos cinco anos. O Brasil se tornou um país receptor de imigrantes sulamericanos devido ao bom desempenho de sua economia e da pobreza verificada nos países emigrantes vizinhos. A China, na última década, teve a emigração vetada à população, em consequência do desenvolvimento econômico alcançado, que determinou um aumento, cada vez maior, da necessidade de mão de obra. A Austrália vem tomando duras medidas contra refugiados e imigrantes ilegais, em função da exiguidade de seu território e da concorrência no mercado de trabalho. Os Estados Unidos, nos dias atuais, devido à crise econômica, apresentam-se como o país de maior emigração do globo. RESPOSTA: B COMENTÁRIO: 82. Leia atentamente o texto abaixo: Todos os dias, milhares de jovens e adultos levantam-se antes do nascer do Sol, pegam o ônibus, mais outro ônibus e, cerca de uma hora depois, estão no município vizinho, uma metrópole. Lá está o seu lugar de trabalho ou de estudo, ou até de ambos, enfim, o lugar do seu longo dia. Pela noite, é hora de voltar. Um ônibus num terminal, outro ônibus e outro terminal e bem tarde, está em sua casa, em sua cidade, que é tipicamente uma cidade-dormitório. Noutro dia, o programa será o mesmo. Esse é o cotidiano de milhares de pessoas que vivem nas regiões metropolitanas do Brasil: cada dia um vai-e-vem. Essa forma de migração é denominada: Movimento pendular. Êxodo rural. Êxodo urbano. Migração sazonal. Transumância. RESPOSTA: A COMENTÁRIO: A marca da imigração no Brasil pode ser percebida especialmente na cultura e na economia das duas mais ricas regiões brasileiras: Sudeste e Sul. A colonização foi o objetivo inicial da imigração no Brasil, visando ao povoamento e à exploração da terra por meio de atividades agrárias. A criação das colônias estimulou o trabalho rural. Deve-se aos imigrantes a implantação de novas e melhores técnicas agrícolas, como a rotação de culturas, assim como o hábito de consumir mais legumes e verduras. A influência cultural do imigrante também é notável. História A imigração teve início no Brasil a partir de 1530, quando começou a estabelecer-se um sistema relativamente organizado de ocupação e exploração da nova terra. A tendência acentuou-se a partir de 1534, quando o território foi dividido em capitanias hereditárias e se formaram núcleos sociais importantes em São Vicente e Pernambuco. Foi um movimento ao mesmo tempo colonizador e povoador, pois contribuiu para formar a população que se tornaria brasileira, A migração pendular, ou diária, corresponde a um fenômeno urbano, visto especialmente nas grandes cidades. Esse processo ocorre na medida em que milhões de pessoas que compõe o PEA (População Economicamente Ativa) deixam suas residências antes do horário comercial para chegar ao trabalho e que no final da tarde, ou do expediente, voltam para casa. 29 sobretudo num processo de miscigenação que incorporou portugueses, negros e indígenas. Imigração portuguesa A criação do governo-geral em 1549 atraiu muitos portugueses para a Bahia. A partir de então, a migração tornou-se mais constante. O movimento de portugueses para o Brasil foi relativamente pequeno no século XVI, mas cresceu durante os cem anos seguintes e atingiu cifras expressivas no século XVIII. Embora o Brasil fosse, no período, um domínio de Portugal, esse processo tinha, na realidade, sentido de imigração. A descoberta de minas de ouro e de diamantes em Minas Gerais foi o grande fator de atração migratória. Calcula-se que nos primeiros cinquenta anos do século XVIII entraram só em Minas, mais de 900.000 pessoas. No mesmo século, registra-se outro movimento migratório: o de açorianos para Santa Catarina, Rio Grande do Sul e Amazônia, estados em que fundaram núcleos que mais tarde se tornaram cidades prósperas. Os colonos, nos primeiros tempos, estabeleceram contato com uma população indígena em constante nomadismo. Os portugueses, embora possuidores de conhecimentos técnicos mais avançados, tiveram que aceitar numerosos valores indígenas indispensáveis à adaptação ao novo meio. O legado indígena tornou-se um elemento da formação do brasileiro. A nova cultura incorporou o banho de rio, o uso da mandioca na alimentação, cestos de fibras vegetais e um numeroso vocabulário nativo, principalmente tupi, associado às coisas da terra: na toponímia, nos vegetais e na fauna, por exemplo. As populações indígenas não participaram inteiramente, porém, do processo de agricultura sedentária implantado, pois seu padrão de economia envolvia a constante mudança de um lugar para outro. Daí haver o colono recorrido à mão de obra africana. Elemento africano Surgiu assim o terceiro grupo importante que participaria da formação da população brasileira: o negro africano. É impossível precisar o número de escravos trazidos durante o período do tráfico negreiro, do século XVI ao XIX, mas admite-se que foram de cinco a seis milhões. O negro africano contribuiu para o desenvolvimento populacional e econômico do Brasil e tornou-se, pela mestiçagem, parte inseparável de seu povo. Os africanos espalharam-se por todo o território brasileiro, em engenhos de açúcar, fazendas de criação, arraiais de mineração, sítios extrativos, plantações de algodão, fazendas de café e áreas urbanas. Sua presença projetou-se em toda a formação humana e cultural do Brasil com técnicas de trabalho, música e danças, práticas religiosas, alimentação e vestimentas. Espanhóis, franceses, judeus A entrada de estrangeiros no Brasil era proibida pela legislação portuguesa no período colonial, mas isso não impediu que chegassem espanhóis entre 1580 e 1640, quando as duas coroas estiveram unidas; judeus (originários, sobretudo da península ibérica), ingleses, franceses e holandeses. Esporadicamente, viajavam para o Brasil cientistas, missionários, navegantes e piratas ingleses, italianos ou alemães. Imigração no século XIX A imigração propriamente dita verificou-se a partir de 1808, vésperas da independência, quando instalou-se um permanente fluxo de europeus para o Brasil, que se acentuou com a fundação da colônia de Nova Friburgo, na província do Rio de Janeiro, em 1818, e a de São Leopoldo, no Rio Grande do Sul, em 1824. Dois mil suíços e mil alemães radicaram-se no Brasil nessa época, incentivados pela abertura dos portos às nações amigas. Outras tentativas de assentar irlandeses e alemães, especialmente no Nordeste, fracassaram completamente. Apesar de autorizada a concessão de terras a estrangeiros, o latifúndio impedia a implantação da pequena propriedade rural e a escravidão obstaculizava o trabalho livre assalariado. Na caracterização do processo de imigração no Brasil encontram-se três períodos que correspondem respectivamente ao auge, ao declínio e à extinção da escravidão. O primeiro período vai de 1808, quando era livre a importação de africanos, até 1850, quando decretou-se a proibição do tráfico. De 1850 a 1888, o segundo período é marcado por medidas progressivas de extinção da escravatura (Lei do Ventre Livre, Lei dos Sexagenários, alforrias e, finalmente, a Lei Áurea), em decorrência do que as correntes migratórias passaram a se dirigir para o Brasil, sobretudo para as áreas onde era menos importante o braço escravo. O terceiro período, que durou até meados do século XX, começou em 1888, quando, extinta a escravidão, o trabalho livre ganhou expressão social e a imigração cresceu notavelmente, de preferência para o Sul, mas também em São Paulo, onde até então a lavoura cafeeira se baseava no trabalho escravo. Após a abolição, em apenas dez anos (de 1890 a 1900) entraram no Brasil mais de 1,4 milhão de imigrantes, o dobro do número de entradas nos oitenta anos anteriores (1808-1888). Acentua-se também a diversificação por nacionalidades das correntes migratórias, fato que já ocorria nos últimos anos do período anterior. No século XX, o fluxo migratório apresentou irregularidades, em decorrência de fatores externos -- as duas guerras mundiais, a recuperação europeia no pós-guerra, a crise nipônica -- e, igualmente, devido a fatores internos. No começo do século XX, por exemplo, assinalou-se em São Paulo uma saída de imigrantes, sobretudo italianos, para a Argentina. Na mesma época verifica-se o início da imigração nipônica, que alcançaria, em cinquenta anos, grande significação. No recenseamento de 1950, os japoneses constituíam a quarta colônia no Brasil em número de imigrantes, com 10,6% dos estrangeiros recenseados. Distribuição do imigrante Distinguem-se dois tipos de distribuição do imigrante no país, com efeitos nos processos de assimilação. Pode-se chamar o primeiro tipo de "concentração", em que os imigrantes se localizam em colônias, como no Rio Grande do Sul, Santa Catarina e Paraná. Nesse caso, os imigrantes não mantêm contato, nos primeiros tempos, com os nacionais, mas a aproximação ocorre à medida que a colonização cresce e surge a necessidade de comercialização dos produtos da colônia. O segundo tipo, que se pode chamar de "dispersão", ocorreu nas fazendas de café de São Paulo e nas cidades, principalmente Rio de Janeiro e São Paulo. Nessas áreas, o imigrante, desde a chegada, mantinha-se em contato com a população nacional, o que facilitava sua assimilação. Os principais grupos de imigrantes no Brasil são portugueses, italianos, espanhóis, alemães e japoneses, que representam mais de oitenta por cento do total. Até o fim do século XX, os portugueses aparecem como grupo dominante, com mais de trinta por cento, o que é natural, dada sua afinidade com a população brasileira. São os italianos, em seguida, o grupo que tem maior participação no processo migratório, com quase trinta por cento do total, concentrados, sobretudo no estado de São Paulo, onde se encontra a maior colônia italiana do país. Seguemse os espanhóis, com mais de dez por cento, os alemães, com mais de cinco, e os japoneses, com quase cinco por cento do total de imigrantes. Contribuição do imigrante No processo de urbanização, assinala-se a contribuição do imigrante, ora com a transformação de antigos núcleos em cidades (São Leopoldo, Novo Hamburgo, Caxias, Farroupilha, Itajaí, Brusque, Joinville, Santa Felicidade etc.), ora com sua presença em atividades urbanas de comércio ou de serviços, com a venda ambulante, nas ruas, como se deu em São Paulo e no Rio de Janeiro. Outras colônias fundadas em vários pontos do Brasil ao longo do século XIX se transformaram em importantes centros urbanos. É o caso de Holambra SP, criada pelos holandeses; de Blumenau SC, estabelecida por imigrantes alemães liderados pelo médico Hermann Blumenau; e de Americana SP, originalmente formada por confederados emigrados do sul dos Estados Unidos em consequência da guerra de secessão. Imigrantes alemães se radicaram também em Minas Gerais, nos atuais municípios de Teófilo Otoni e Juiz de Fora, e no Espírito Santo, onde hoje é o município de Santa Teresa. Em todas as colônias, ressalta igualmente o papel desempenhado pelo imigrante como introdutor de técnicas e atividades que se difundiram 30 em torno das colônias. Ao imigrante devem-se ainda outras contribuições em diferentes setores da atividade brasileira. Uma das mais significativas apresenta-se no processo de industrialização dos estados da região Sul do país, onde o artesanato rural nas colônias cresceu até transformar-se em pequena ou média indústria. Em São Paulo e no Rio de Janeiro, imigrantes enriquecidos contribuíram com a aplicação de capitais nos setores produtivos. A contribuição dos portugueses merece destaque especial, pois sua presença constante assegurou a continuidade de valores que foram básicos na formação da cultura brasileira. Os franceses influíram nas artes, literatura, educação e nos hábitos sociais, além dos jogos hoje incorporados à lúdica infantil. Especialmente em São Paulo, é grande a influência dos italianos na arquitetura. A eles também se deve uma pronunciada influência na culinária e nos costumes, estes traduzidos por uma herança na área religiosa, musical e recreativa. Os alemães contribuíram na indústria com várias atividades e, na agricultura, trouxeram o cultivo do centeio e da alfafa. Os japoneses trouxeram a soja, bem como a cultura e o uso de legumes e verduras. Os libaneses e outros árabes divulgaram no Brasil sua rica culinária. pessoas. 84. “Os Estados Árabes se consideram em estado de guerra com Israel e, desde 1948, não cessam de proclamar sua vontade de lançar os israelitas no mar e de riscar seu Estado do mapa do Oriente próximo (...).” Entre as guerras envolvendo árabes e israelenses, a de 1967 denominada Guerra dos Seis Dias - acentuou as rivalidades por envolver territórios de outros países. Ao final do embate, Israel invadiu a Península do Sinai (Egito), a Faixa de Gaza, a Cisjordânia e as Colinas de Golã (Síria). Contra essas ocupações, o Conselho de Segurança da ONU compôs a resolução 242 (1967), que exigia a retirada imediata das áreas ocupadas, mas o governo israelense jamais cumpriu tal exigência e nem por isso sofreu represálias. À medida que a conjuntura política se alterou, também a evolução dos conflitos sofreu mudanças drásticas. Após a morte de Nasser, a presidência de Anuar Sadat firmou com Israel o acordo de Camp David (Estados Unidos), em 1979, acertando a devolução dos territórios do Sinai. Esse acordo, visto pelos árabes como traição do governo do Egito à causa palestina, resultou no assassinato de Sadat em 1981. No ano seguinte, Israel invadiu o sul do Líbano, onde realizou massacres em 18 anos de ocupação, findos apenas em meados de 2000. FRIEDMANN, Georges. Fim do povo judeu? São Paulo: Perspectiva, 1969, p. 243. Iniciado em 1848, o conflito palestino-israelense constituiu, no Oriente Médio, o que se convencionou chamar de Questão Palestina, que está longe de ser resolvida, ainda hoje, e pode ser relacionada à exigência, pelos países do Oriente Médio, de cumprimento do Plano da ONU de Partição da Palestina, que criava o Estado Palestino no final da Segunda Guerra Mundial. incapacidade dos países vencedores da Segunda Guerra de garantir a paz no Ocidente nos anos posteriores ao conflito, provocando uma fuga em massa de judeus para a Palestina. construção de um padrão de instabilidade nas relações internacionais pelo recém-criado Estado de Israel, que contava com o apoio dos Estados Unidos, da União Soviética e da ONU. recusa árabe à partilha da Palestina, imposta pela ONU, que submeteu a maior parte do território ao controle do recém-criado Estado de Israel, sem que se respeitasse a soberania dos povos desta região. extinção oficial do mandato britânico sobre a Palestina, no final da Segunda Guerra, com reconhecimento imediato pelos países vencedores da independência de todos os países do Oriente Médio. RESPOSTA: D COMENTÁRIO: 85. Analise a tira. (QUINO. Toda a Mafalda. São Paulo: Martins Fontes, 1993.) A justificativa apresentada por Mafalda, no terceiro quadro, deve ser atualmente considerada incorreta porque, apesar das diferenças étnicoculturais existentes, a Ásia mantém-se sem conflitos desde o início do século XXI. superada porque a Ásia entrou em um período de estabilidade devido ao processo de democratização em alguns de seus países. ultrapassada porque o Extremo Oriente, que era uma região conflituosa, tem se mantido calmo devido à ascensão da China à condição de emergente. inexata, pois a Ásia deixou de apresentar turbulências políticas desde a década de 1970, quando a maioria dos seus países tornou-se independente. incompleta porque faltou acrescentar a África, onde algumas regiões passam por conflitos étnicos e sérias crises de fome. A criação unilateral do Estado de Israel em 1948 levou ao acirramento dos conflitos no Oriente Médio. Contando com o apoio incondicional dos Estados Unidos, assim como da ex-URSS para o estabelecimento de um lar judeu na Palestina, tarefa essa realizada pela então recémfundada ONU, em 1947. Essa concordância aumentou sobretudo pelo sofrimento vivido pelos judeus durante a Segunda Guerra Mundial, quando do Holocausto. Discordando da criação do Estado de Israel, os árabes travaram a primeira de uma série de guerras que se seguiram, mas ao final do conflito os palestinos ficaram sem território, lançado-se na diáspora. Atualmente, eles compõem o maior contingente de refugiados do mundo de um único povo, cerca de 3,5 milhões de 31 Após a independência, Índia e Paquistão foram à guerra em três ocasiões. Durante a primeira guerra indo-paquistanesa (1947), o Paquistão obteve sucesso, conquistando grandes áreas do antigo reino da Caxemira, mas estas foram as regiões menos desejáveis e menos populosas. Os chineses, que por muito tempo contestaram os seus limites territoriais com a Índia, assumiram o controle da Aksai Chin em 1950. O governo da Índia tentou, mas não conseguiu recuperar esse território em 1962, quando ocorreu um conflito de fronteira entre os dois países. Na segunda e na terceira guerra indo-paquistanesa (1965 e 1971), a Índia tomou os locais mais populosos e as áreas mais produtivas da Caxemira que eram controladas pelo Paquistão. Os limites territoriais foram definidos em 1972, com a realização do Acordo de Simla, com o aval da ONU, quando foi delimitada a Linha de Controle, em substituição da linha de cessar-fogo criada em 1948. A Caxemira tem vital importância para a soberania em relação aos recursos hídricos, abrangendo a localização das nascentes dos rios Ganges e Indo, os principais rios da Índia e do Paquistão, respectivamente. O Vale da Caxemira, moldado pelo rio Jhelum, possui aproximadamente 85 quilômetros de comprimento por 40 quilômetros de largura e está localizado a uma altitude de mais de 1500 metros. O vale contém Srinagar, a capital do estado de Jammu e Caxemira, uma cidade de mais de 500.000 habitantes. O estado é separado da área de Jammu por uma cadeia de montanhas chamada Panjal Pir. Jammu é a cidade principal da metade sul do estado. Uma vez que grande parte da Caxemira está localizada nas montanhas do Himalaia, apenas cerca de 20% das terras podem ser cultivadas, mas os agricultores representam 80% da população. A maioria dos solos é bastante seca durante a maior parte do ano, mas a terra no vale dos rios tem sido capaz de produzir uma grande variedade de árvores e flores, com grandes colheitas de arroz, frutas e legumes. Segundo os dados do último recenseamento, a parte paquistanesa da Caxemira conta com uma população de 4,5 milhões, enquanto a Caxemira indiana detém cerca de 12,5 milhões de habitantes. Na porção localizada na Índia, os muçulmanos totalizam 95% da população, distribuídos em 48% na região de Ladakh e quase 40% em Jammu. As etnias hindu e sikh estão concentradas em Jammu, os cristãos estão dispersos por todo o estado e os budistas estão localizados principalmente nas áreas pouco povoadas de Ladakh. Por esta razão, a população muçulmana deseja a integração com o Paquistão, desligando-se do controle do governo da Índia, muitos paquistaneses gostariam de ver esta área se tornar parte do Paquistão. Desde 1989, a área indiana da Caxemira vem sofrendo atentados terroristas por parte dos militantes muçulmanos e políticas de segurança opressivas do exército indiano. Por vezes, militantes islâmicos paquistaneses têm atravessado a fronteira para lutar contra o controle indiano na região. Estima-se que cerca de 600.000 soldados indianos operam na região da Caxemira para reprimir as insurgências. O governo do Paquistão afirma que os rebeldes são nativos da Caxemira e que são forçados à rebelião por conta de políticas repressivas da Índia e da corrupção do sistema indiano. A economia instável da Caxemira, com altos níveis de desemprego, contribui para tornar a região ainda mais vulnerável às crises sociais. Os paquistaneses também acusam o exército indiano de recorrer à tortura, estupro e assassinato, no intuito de suprimir o direito do povo da Caxemira para determinar o seu próprio futuro político, como através de um plebiscito. Em resposta, o governo da Índia afirma que o Paquistão é a fonte do problema por ter criado campos de treinamento terroristas no início de 1980 para ajudar os afegãos a resistir a invasão da União Soviética no Afeganistão. Também afirma que ocorre tráfico de armas que saem da Caxemira paquistanesa em direção à da Índia, o que auxiliaria os grupos extremistas que promovem atentados na região. A finalidade desses atos é alarmar os hindus que vivem na Caxemira e tentar radicalizar a população muçulmana para convencê-los de que a região deveria se tornar parte do Paquistão. O governo da Índia também acusa os chineses de oferecer suporte no treinamento de soldados RESPOSTA: E COMENTÁRIO: A África é, sem dúvida, o continente que apresenta os piores indicadores sociais do mundo. O continente africano abriga, atualmente, cerca de 930 milhões de habitantes. Desse total, grande parte se concentra na Nigéria, Egito, Etiópia, República Democrática do Congo e África do Sul, que são países mais populosos. As regiões que apresentam maiores densidades demográficas são aquelas que possuem solos férteis, como o vale fluvial e o delta dos rios Nilo e Níger, além da costa litorânea, lugar com boa incidência de chuvas. As regiões da África que apresentam baixa densidade demográfica compreendem as áreas desérticas, como o deserto do Saara (África Islâmica), deserto da Namíbia e do Calaari e nas florestas do Congo (África Subsaariana). Atualmente, o continente tem passado por um intenso processo de urbanização, mesmo assim, são restritos os centros urbanos de grande porte, as maiores cidades são Cairo (Egito), com cerca de 7 milhões de habitantes; Alexandria (Egito), com 4 milhões; Lagos (Nigéria), com 7 milhões; Casablanca (Marrocos), com 3,7 milhões; Kinshasa (República Democrática do Congo), com 9 milhões; Argel (Argélia), com 2,5 milhões; e Cidade do Cabo (África do Sul), com 3,4 milhões. 86. Observe o mapa. (Simielli, 2007. Adaptado.) Conflitos políticos, de matriz religiosa, geram contestações fronteiriças entre os países I e II, que são, respectivamente, Paquistão e Índia. China e Índia. Afeganistão e Paquistão. Bangladesh e China. Bangladesh e Afeganistão. RESPOSTA: A COMENTÁRIO: A Caxemira representa um dos mais importantes conflitos da atualidade que envolve diferenças étnicas e disputas pela divisão de fronteiras nacionais. Até 1947, no período anterior à independência da Índia e da fragmentação do território indiano, seus 220 mil 2 km (aproximadamente a área do estado brasileiro do Piauí) estiveram sob o domínio do Marajá Hari Singh Bahadur, sendo composta dos territórios de Jammu, Caxemira, Ladakh, Aksai Chin, Gilgit, e Baltisan Partition. No entanto, com as transformações que ocorreram após a 2ª Guerra Mundial, esse território foi dividido entre Índia, Paquistão e China. A Índia ganhou o controle de Jammu, Caxemira e Ladakh. O Paquistão tomou o controle de Gilgit, Baltisan, e a parte ocidental da Caxemira. Atualmente, o estado indiano formado por Jammu, Caxemira e Ladakh é oficialmente chamado Jammu e Caxemira, equivalendo a 141.338 2 2 km da área total. O Paquistão detém 85.846 km e a China possui uma 2 área relativamente menor, com 37.555 km . O termo Caxemira geralmente é empregado para se referir a toda a região, contendo todas as três áreas. 32 paquistaneses, pois é muito comum a prática de exercícios de guerra de soldados chineses na fronteira entre os três países. Atualmente, o Paquistão ainda parece determinado a ganhar o controle do estado indiano de Caxemira. O país utiliza como principal argumento a questão de que a maioria da população da Caxemira é muçulmana e que é seu desejo participar do Paquistão, mas são impedidos de fazê-lo por um governo indiano opressor. A Índia parece igualmente determinada a manter o controle do estado da Caxemira. Após 60 anos de disputa, ambos os lados ainda afirmam que apoiam a ideia de realizar um plebiscito para determinar a vontade do povo da Caxemira. Mas nenhum plebiscito foi realizado durante todo esse período e nem a Índia nem o Paquistão parecem estar dispostos ou capazes de manter tal compromisso para fazer algumas concessões. A ameaça de guerra sempre pareceu iminente, pois ambos os países são altamente militarizados. A Índia realizou cinco testes nucleares subterrâneos no deserto da província do Rajasthan, oeste da Índia, em 11 e 13 de maio de 1998. O Paquistão respondeu com sua própria série de testes nucleares em 28 e 30 de maio desse mesmo ano. Nessa época, os países haviam testado sistemas de mísseis que poderiam carregar bombas nucleares. Os testes foram muito populares na Índia e no Paquistão, e os defensores dos testes sublinharam que os países estavam agindo defensivamente e que tinham receios de segurança legítimos. A Índia possui aviões e mísseis capazes de alcançar todas as grandes cidades do Paquistão, que ainda não possui a mesma capacidade. Os dois países não são signatários do TNP (Tratado de Proliferação Nuclear) em vigor desde 1970. Com o desenvolvimento desses testes, os chefes de Estado de diferentes nações temem que as armas nucleares nas mãos dos líderes dos dois países possam aumentar consideravelmente a possibilidade de uma guerra nuclear. Em resposta a esse receio, os Estados Unidos denunciaram vigorosamente os testes indianos quando ocorreram e exortaram os paquistaneses a não responder. Quando os paquistaneses responderam, os Estados Unidos imediatamente impuseram sanções econômicas a ambos os países, o Japão teve a mesma reação. Após as transformações na geopolítica internacional devido aos atentados de 11 de setembro de 2001, os norte-americanos flexibilizaram sua política na região, principalmente porque necessitavam do apoio paquistanês no combate à Al Qaeda e na busca pelo líder terrorista Osama bin Laden. Outras nações importantes, como China, França e Rússia, condenaram os testes, mas eles se recusaram a impor sanções. É evidente que o Ocidente não deseja o surgimento de novas potências nucleares, mas analisando sob uma olhar crítico, os testes foram muito mais uma demonstração de força, ou seja, um país capaz de desenvolver armas nucleares e mísseis de longo alcance não pode ser invadido e dominado facilmente. (http://n.i.uol.com.br/ultnot/Mapa_Brasil2006.gif) O produto destacado no mapa é a cana-de-açúcar. o algodão. o café. o feijão. a soja. RESPOSTA: E COMENTÁRIO: A soja é uma leguminosa que faz parte da dieta dos chineses, que foram os primeiros a cultivá-la na Ásia. Em sua totalidade, eles levaram cerca de 3 mil anos para expandir o produto no continente. Já no início do século XX, passou a ser comercializada e produzida pelos EUA e, a partir daí, essa leguminosa se expandiu mundialmente, ocupando um lugar de destaque dentro do mercado Agribusiness(agronegócios) no mundo. No Brasil, a soja foi introduzida pelos japoneses imigrantes que a trouxeram em 1908, mas o Brasil estava com a produção rural voltada para o café, logo a soja não ocupou espaço. O desenvolvimento efetivo da soja só ocorreu na década de 70, impulsionado pela indústria de óleo e pelas necessidades impostas pelo mercado mundial. A produção de soja no Brasil não é tradicionalmente de interesse interno, mas uma imposição determinada por grupos externos que ditam o que nós devemos ou não produzir. O Centro-Oeste surgiu como uma nova opção produtiva da soja, a partir da década de 70, quando houve uma mecanização na agricultura. O cerrado, antes visto como um solo pobre, ganhou então um novo olhar, pois surgiram insumos que corrigiram as alterações ou as deficiências de substâncias, tornando o solo apto à prática da agricultura. Outro motivo favorável para a expansão da soja foi o relevo mais plano. O Centro-Oeste hoje é o segundo maior produtor de soja do país, ocupando uma condição geopolítica que favorece à produção. A produção de soja tem alcançado, a cada ano, índices de produções cada vez mais elevados, decorrentes da inserção constante de tecnologia que ignora as questões de solo e climas. No Brasil, existe um importante centro de pesquisa agropecuária, chamado EMBRAPA (Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária), que desenvolveu a condição de adaptação da soja no cerrado, sem contar as diversas pesquisas voltadas para o desenvolvimento da agropecuária, como o desenvolvimento de sementes imunes a pragas, adaptadas ao clima, geração de plantas mais produtivas, entre outras. São muitas as pesquisas em andamento e concluídas. Na década de 90, a soja ocupou o lugar de principal produto agrícola, apesar de ocasionalmente haver quedas no valor. Isso, no entanto, não tem impedido que os produtores deixem de cultivá-la. Atualmente, a soja se expandiu até o sul do Maranhão e do Pará, mostrando, com isso, que a produção monocultora da soja saiu do Sul e Sudeste, migrou para o Centro-Oeste e agora inicia um novo ciclo em outras áreas. É inegável que a soja seja geradora de riqueza, mas tais riquezas encontram-se concentradas nas mãos de poucos. Deve-se levar em consideração que esse tipo de produção provoca sérios problemas ambientais como: perda de solos, retirada da vegetação original, 87. Analise o mapa. 33 poluição dos solos e das águas, extinção das nascentes, morte de animais silvestres que consomem cereais com substâncias químicas, entre outros. Nas últimas décadas a modernização do setor agrícola contribuiu para agravar a concentração de terras. Deslocou a população do campo para as cidades, em busca de emprego, ou para outras regiões do país, em busca de terras, para recomeçar uma nova vida. Tanto uma opção como outra contribuíram para agravar os problemas sociais que persistem no Brasil atual. O Brasil convive com milhões de trabalhadores sem terra numa situação em que cerca de 40% da área das grandes propriedades agropecuárias não são aproveitadas para o cultivo, para a criação de animais ou qualquer outra atividade econômica. Ao longo da sua história, as terras brasileiras foram controladas por uma elite e hoje, também, por grandes empresas. A concentração de terras, que condena à tragédia milhões de pessoas, teve início com a ocupação colonial e se arrastou até os dias atuais. Sua característica principal é a monocultura de exportação que deu origem e reforçou a propriedade latifundiária. Observe o quadro: 88. Como fórmula de inibir a manutenção das grandes fazendas improdutivas e a concentração fundiária, o governo elevou os impostos sobre as terras não exploradas: o imposto territorial rural (ITR). Dada a dificuldade de definir o a capacidade de produção de cada fazenda, a elevação do ITR tornou-se ineficiente para desestimular a formação de grandes latifúndios e promover a reforma agrária. A reforma agrária A reforma agrária não é apenas um processo de distribuição de terras. O seu sucesso depende de apoio técnico e financeiro aos novos pequenos proprietários que por ela são beneficiados. Os trabalhadores assentados precisam de ferramentas, sementes e dinheiro para a instalação das edificações necessárias a uma pequena propriedade e de uma pequena residência. Assentamentos muito distantes dos centros de comercialização dependem sistemas de transporte e armazenagem, para serem viáveis. Os pequenos agricultores precisam de um sistema especial de crédito agrícola que permita investimentos na propriedade e na produção e de assessoria técnica, essenciais para que o acesso à propriedade esteja vinculado ao progresso social. Portanto o custo da reforma agrária não está restrito ao pagamento das terras desapropriadas a serem transferidas ao trabalhador sem terra. A reforma agrária depende de um sistema de apoio ao pequeno proprietário para que com o tempo ele possa caminhar sobre suas próprias pernas. Nos últimos anos, o Brasil vem se destacando como um grande exportador de produtos agrícolas, resultado do excepcional desenvolvimento do agro-negócio em nosso país. Contudo, as imagens reproduzidas na charge tornamse cada dia mais presentes em nossa realidade socioeconômica, pois: os grandes lucros obtidos pela maior parte da população camponesa com as exportações de gêneros agrícolas vêm produzindo o enriquecimento dessa população e, consequentemente, uma fuga do meio rural; o inchaço demográfico e a falta de emprego nas grandes cidades, associados às extraordinárias rendas obtidas através da agricultura familiar, estão produzindo um crescente processo de êxodo urbano em nosso país; tanto no campo quanto nas cidades, a crise econômica das últimas duas décadas vem provocando a paralisação das atividades produtivas industriais, agrícolas e, consequentemente, o desemprego; embora o agro-negócio gere grande produção e rentabilidade, é caracterizado pelo latifúndio e pela mecanização da agricultura, o que resulta em desemprego no campo e êxodo rural; ao contrário das grandes cidades, as áreas rurais vêm se tornando cada vez mais dinâmicas e atrativas aos investimentos externos, principalmente àqueles direcionados às atividades industriais e financeiras. RESPOSTA: D COMENTÁRIO: 89. Leia, com atenção, o texto a seguir: “Segundo o Ministério do Desenvolvimento Agrário (MDA, 2005), este tipo de agricultura produz hoje 40% da riqueza gerada no campo no Brasil, correspondente a aproximadamente R$ 57 bilhões. São cerca de quatro milhões de agricultores (84% dos estabelecimentos rurais brasileiros) que vivem em pequenas propriedades e produzem a maior parte da comida que chega à mesa dos brasileiros. Quase 70% do feijão vêm desta atividade, assim como 84% da mandioca, 58% da produção de suínos, 54% do leite bovino, 49% do milho e 40% das aves e ovos. Além disso, é um importante instrumento para manter os trabalhadores no campo. Em 2003, o PIB do setor cresceu 14,31% em relação ao ano anterior. Além de ser a base de importantes cadeias de produtos protéicos de origem animal, sendo majoritária no no Brasil, o modelo adotado para explorar as colônias foi o plantation: grandes propriedades monocultoras, voltadas para a produção de gêneros tropicais destinados ao mercado externo e com a utilização da escravidão negra. Essas particularidades do processo colonial latino-americano determinaram os traços principais dos problemas fundiários desta parte do continente: a formação de grandes latifúndios ao lado de grande contingente de trabalhadores rurais que não tem acesso à terra. O Brasil rural convive com extremos de pobreza e de riqueza. As técnicas de cultivo e de criação também variam do rudimentar ao agronegócio moderno. 34 Sendo então a cultura do café muito lucrativa, ela se estendeu por todos os cantos do globo, onde pudesse aclimatar-se, mas a procura do café era muito maior do que a produção, gerando falta do produto no mercado. Na América do Sul a planta chegou pelas mãos dos franceses quando tentavam colonizar o Novo Mundo. Na tentativa de fincar raízes neste continente é que foram trazidas as primeiras mudas de café para o Brasil – por brasileiros em contato com os franceses – em 1727, plantando-as em Belém do Pará. Quase que de mãos em mãos as sementes do café foram “descendo” a costa do litoral brasileiro, sendo experimentado em diversas províncias (depois Estados) brasileiras até chegar na década de 1770 ao Rio de Janeiro, sendo nesta cidade onde a planta encontrou incrível adaptação. Mas os agricultores brasileiros, ocupados em cultivar a cana-de-açúcar, ainda o produto agrícola de maior renda na economia do Brasil, estavam pouco ou nada interessados em plantar uma nova cultura. Assim sendo, no início de sua introdução o café obteve pouco apelo entre os brasileiros, pois a maioria dos senhores de engenho estavam ocupados em produzir uma cultura comercial, a cana-de-açúcar. Mas não é difícil de compreender porque a cultura do café substituiu a cultura da cana-de-açúcar nas grandes propriedades no Brasil. Em primeiro lugar, a demanda mundial de café era muito maior do que a do açúcar e só aumentava. Segundo, o café exigia menos mão-de-obra, pois a cana tinha que ser replantada (lembrando-se que não existia qualquer maquinário agrícola senão a enxada, a foice e a pá nas lavouras do Brasil exceto raras exceções ), e o café poderia durar entre 30 a 40 anos em produção. Mesmo com a crise da indústria açucareira, a lavoura do café encontrou resistência a sua implantação na economia brasileira até a década de 1820, substituindo a partir daí a hegemonia da atividade econômica da cana na economia nacional. Depois de 1820 o café vai ocupando o lugar da cana-de-açúcar e de outras formas de cultivos no Rio de Janeiro e em São Paulo, servindo-se da base da estrutura agrícola deixada por estas e outras culturas. Neste sentido, a cultura do café de 1820 a 1870, atinge o auge de sua produção na região conhecida como Vale do Paraíba, contemplando as Províncias do Rio de Janeiro e de São Paulo (com destaque as cidades de Valença, Pindamonhangaba, Itú, Vassouras, etc.). A cultura do café exigia grandes espaços de terras e mão-de-obra (escrava), neste sentido, o aumento da produção de café estava ligado ao crescimento da entrada de escravos, que alcançou o auge em 1848, dois anos antes da Lei Eusébio de Queiroz (1850) que proibia o tráfico de escravos, quando desembarcaram no Brasil 60.000 cativos africanos. Além disso, o café exigia grandes áreas de terras devido a falta de cuidados no campo, pois não existia a preocupação e a tecnologia necessária aos cuidados com a terra. Sendo assim, o cultivo do café se tornou uma cultura itinerante que se completava com a exaustão dos solos, seguido de novas derrubadas de matas e novos plantios de café, surgindo dai a expressão utilizada por Monteiro Lobato: “a marcha do café”, que invadia os solos paulistas e cariocas. Devido a estas características do seu cultivo, o café a partir de 1870, com o encarecimento do preço dos escravos, com a erosão dos solos, e a exploração sem cuidados esgotaram as terras do Vale do Paraíba. As plantações de café, a partir de Itú e Campinas, passaram então a se expandir para a região conhecida como Oeste Paulista, onde se situam as cidades de Limeira, Piracicaba, Rio Claro, Araras, Ribeirão Preto. No final do século XIX, no Oeste Paulista, produzia-se o melhor e a maior quantidade de café para exportação do Brasil, nas plantações de terra roxa (nome derivado de rossa, vermelha em italiano), ideal para o cultivo da planta. caso do PIB da Cadeia Produtiva dos Suínos (58,8% do PIB total desta cadeia), do Leite (56%) e das Aves (51%).” Fonte: www.mda.gov.br Marque o conceito que adequa-se CORRETAMENTE às informações: Latifúndio de exploração Monocultura de subsistência Agricultura familiar Agricultura de plantation Agricultura de terraceamento RESPOSTA: C COMENTÁRIO:A Agricultura Familiar é um importante segmento do Agronegócio do País, sendo grande geradora de empregos no campo e responsável pela maior parte da produção que abastece o mercado interno, ou seja, cerca de 70% dos alimentos consumidos nos lares brasileiros. Os produtores familiares respondem, ainda, por cerca de 10% do Produto Interno Bruto (PIB) do País, desempenhando papel crucial na economia de um grande número de municípios, o que a torna indispensável para o desenvolvimento do Brasil. Reconhecendo o seu valor e importância para toda a sociedade brasileira, o Banco do Brasil desenvolveu para você, agricultor familiar, um espaço com informações sobre produtos e serviços bancários, linhas de crédito do Pronaf, entre outras que possam contribuir para melhorar ainda mais o seu desempenho. 90. O desenvolvimento industrial brasileiro, que teve início no final do século XIX, ocorreu de forma desigual nas diferentes regiões do Brasil, pois houve uma concentração da atividade industrial, particularmente, nos Municípios de São Paulo e Rio de Janeiro. Dentre outras razões, explicam esse fato: a formação de um mercado externo na região Sudeste e a criação de casas de importação por emigrantes estrangeiros. o domínio da cafeicultura no Sudeste, a consequente acumulação de capital e a imigração estrangeira que se dirigiu para essa região. o domínio da mineração em São Paulo e a fundação de casas de exportação que tinham como objetivo abastecer o mercado brasileiro de produtos nacionais. o desenvolvimento de empresas de extração mineral em São Paulo, que permitiu a acumulação de capital, e o consequente fluxo de emigrantes que para lá se dirigiu. a abolição da escravidão e a concentração da população na região Sudeste, fato que estimulou a criação de casas de importação. RESPOSTA: B COMENTÁRIO: O cafezeiro – antiga denominação para o que chamamos hoje de cafeeiro – é uma planta natural das estepes da Etiópia. Seu fruto, tal como o guaraná para os índios do Brasil, era aproveitado por estes povos africanos a muitos séculos na confecção de bebidas. Da África seu uso passou aos persas, destes aos árabes que o divulgaram a partir do século XV como um grande estimulante. Assim suas sementes se espalharam por todo o mundo islâmico. Com o comércio com os árabes, o café chega a Constantinopla e logo em seguida a Europa, assim, resumidamente, o café ganhou o gosto de milhares de pessoas do Oriente a Europa. O consumo do café popularizou-se muito na Europa durante o século XVII, onde toda a produção vinha da Arábia em pequenas escalas. 91. 35 Petrobras no ano de 1953. Outros setores que ganharam relevância foram o agropecuário; JK procurou aumentar a produção de alimentos e o setor energético, construindo as usinas Hidrelétricas de Paulo Afonso no rio São Francisco e as barragens de Furnas e Três Marias. Contudo, tais mudanças empreendidas por JK ocasionou a acentuação da industrialização do país com um aumento do Produto Interno Bruto (PIB) anual em 7%, mas não superando a inflação da dívida externa. A industrialização do país se efetivou basicamente na região sudeste, destacando neste momento a grande migração nordestina para esta região. Após analisarmos alguns pontos do Plano de Metas, focaremos a outra promessa de campanha efetivada por JK: a construção de Brasília e a transferência da capital federal. Em fins de 1956, depois de o Congresso Nacional ter aprovado a transferência da capital, iniciaramse as obras da construção de Brasília. A nova capital do Brasil teria um moderno e arrojado conjunto arquitetônico realizado pelo arquiteto Oscar Niemeyer. O Plano Piloto da cidade foi desenvolvido pelo urbanista Lúcio Costa. Juscelino Kubitschek não foi o primeiro a falar sobre a possiblidade da transferência da capital do Brasil, desde 1891 a Constituição Federal, no seu artigo 3º, já almejava a transferência. Na última década do século XIX, mas precisamente no ano de 1894, foi nomeada uma comissão que visitou e demarcou a área do futuro Distrito Federal no Planalto Central. Essa comissão ficou conhecida como Missão Cruls em referência ao astrônomo belga Luiz Cruls que a chefiava. A interiorização da capital federal já era um sonho de muitos brasileiros anteriores a JK, mas foi Juscelino que efetivou a transferência da capital. Acostumado a lidar com projetos arrojados, JK deu a ordem para o início da construção de Brasília, os trabalhos tiveram início no final de 1956. A nova capital foi inaugurada no ano de 1960. A construção da nova capital se configurou como uma grande meta a ser cumprida. Brasília somente pôde ser efetivada a partir da grande vontade de JK, e também pelo empenho dos trabalhadores que a construíram, grande parte se constituía de migrantes da região nordeste do Brasil. Os trabalhadores que a construíram tornaram seus primeiros moradores, ficando conhecidos como “Candangos”. Com Juscelino Kubitschek, o interior do Brasil passou a ser visto como espaço de possibilidades, como parte integrante da civilização brasileira. A figura representa uma política desenvolvimentista do governo Juscelino Kubitschek, vivenciada pelos brasileiros entre 1956-1961. A leitura da figura e do texto permite concluir que a política desenvolvimentista de Juscelino Kubitschek é modernizadora, mas não é nacionalista e, por isso, desvaloriza o capital estrangeiro. desnacionalizadora, pois representa um momento de entrada significativa de multinacionais no Brasil. modernizadora, pois incrementa as indústrias nacionais com capitais oriundos das multinacionais norteamericanas. desnacionalizadora, já que conquista o mercado externo, no mundo globalizado. modernizadora e, ao mesmo tempo, desnacionalizadora, por não ter sido implantada por nacionalistas e por ter provocado um aumento da tecnologia nas empresas nacionais. RESPOSTA: B COMENTÁRIO: Juscelino Kubitschek foi eleito presidente da República em 1955, juntamente com o vice-presidente João Goulart. Nos primeiros anos do pleito, após a situação política ter tomado seus caminhos (tentativa de golpe da UDN (União Democrática Nacional) e dos militares), rapidamente JK colocou em ação o Plano de Metas e a construção de Brasília, transferindo a capital do Brasil da cidade do Rio de Janeiro para o Planalto Central. Sendo assim, abordaremos os principais feitos realizados por JK durante o seugoverno como presidente (1955-1960). O Plano ou Programa de Metas (31 metas) tinha como principal objetivo o desenvolvimento econômico do Brasil, ou seja, pautava-se em um conjunto de medidas que atingiria o desenvolvimento econômico de vários setores, priorizando a dinamização do processo de industrialização do Brasil. O desenvolvimentismo econômico que o Brasil viveu durante o mandato de JK priorizou o investimento nos setores de transportes e energia, na indústria de base (bens de consumos duráveis e não duráveis), na substituição de importações, destacando a ascensão da indústria automobilística, e na Educação. Para JK e seu governo, o Brasil iria diminuir a desigualdade social gerando riquezas e desenvolvendo a industrialização e consequentemente fortalecendo a economia. Sendo assim, estava lançado seu Plano de Metas: “o Brasil iria desenvolver 50 anos em 5”. Para ampliar o desenvolvimentismo econômico brasileiro, JK considerava impossível o progresso da economia sem a participação do capital estrangeiro. Para alcançar os objetivos do Plano de Metas era necessária uma intervenção maior do Estado na economia, priorizando, então, a entrada de capitais estrangeiros no país, principalmente pela indústria automobilística. Ressalta-se que nesse período o Brasil iniciou o processo de endividamento externo. Os setores de energia e transporte foram considerados fundamentais para o desenvolvimentismo econômico, ressalta-se a importância do governo Vargas neste processo, com a criação da Companhia Siderúrgica Nacional em Volta Redonda-RJ no ano de 1946 e da 92. Durante o governo Médici, o Brasil assistiu a um vigoroso desenvolvimento que as manifestações ufanistas patrocinadas pelo governo batizaram de “milagre econômico”. A esse respeito, pode-se afirmar que: O sucesso das cifras econômicas deveu-se à criação do Plano de Metas, idealizado pelo então ministro Antonio Delfim Neto. Enquanto o PIB subia a taxas em torno de 10% ao ano, ocorreu, paradoxalmente, um aumento da concentração de renda e da pobreza. O “milagre” foi decorrência direta da transformação da economia brasileira, que então abandonava suas bases rurais e passava a se concentrar na produção urbano industrial. A arrancada econômica foi fruto do abandono da indústria de base e da adoção de uma política de substituição de importações que tornou o Brasil menos dependente do mercado mundial. Favorecido pela política de recuperação salarial da classe média posta em prática nos anos sessenta, o “milagre” chega ao fim com o arrocho salarial imposto pelo governo Geisel. RESPOSTA: B COMENTÁRIO: 36 No fim de 1969, o alarmante estado de saúde do então presidente Costa e Silva levou os membros do regime militar a declararem a vacância nos cargos de presidente e vice-presidente do Brasil. Entre os membros do oficialato mais cotados para assumir o cargo em aberto, destacava-se o general Albuquerque Lima, uma das mais proeminentes figuras entre os oficiais mais jovens do Exército. No entanto, os grupos mais ligados à chamada “linha dura” acabaram aprovando o nome de Emílio Garrastazu Médici. No governo Médici, observamos o auge da ação dos instrumentos de repressão e tortura instalados a partir de 1968. Os famosos “porões da ditadura” ganhavam o aval do Estado para promover a tortura e o assassinato no interior de delegacias e presídios. A guerrilha, que usou de violência contra o regime, foi seriamente abalada com o assassinato de Carlos Lamarca e Carlos Marighella. A Guerrilha do Araguaia, findada em 1975, foi uma das poucas atividades de oposição clandestina a resistir. A repressão aos órgãos de imprensa foi intensa, impossibilitando a denúncia das arbitrariedades que se espalhavam pelo país. Ao mesmo tempo, no governo de Médici observamos o uso massivo dos meios de comunicação para instituir uma visão positiva sobre o Governo Militar. A campanha publicitária oficial espalhava adesivos e cartazes defendendo o ufanismo nacionalista. Palavras de ordem e cooperação como “Brasil, Ame ou deixe-o” integravam o discurso político da época. A eficiência desta propaganda foi alcançada graças a um conjunto de medidas econômicas instituídas pelo Ministro Delfim Neto. Influenciado por uma perspectiva econômica de natureza produtivista, Delfim Neto incentivou o reaquecimento das atividades econômicas sem o repasse destas riquezas à sociedade. Conforme ele mesmo dizia, era preciso fazer o bolo crescer antes de ser repartido. Em curto prazo, seu plano de ação se traduziu em índices de crescimento superiores a 10% por cento ao ano. O chamado “milagre econômico” foi marcado pela realização de grandes obras da iniciativa pública. Obras de porte faraônico como a rodovia Transamazônica, a ponte Rio-Niterói e Usina Hidrelétrica de Itaipu passavam a impressão de um país que se modernizava a passos largos. Entretanto, a euforia desenvolvimentista era custeada por meio de enormes quantidades de dinheiro obtidas por meio de empréstimos que alcançaram a cifra dos 10 bilhões de dólares. A participação do Estado na economia ampliou-se significativamente com a criação de aproximadamente trezentas empresas estatais entre os anos de 1974 e 1979. Diversas agências de ação política organizavam o desenvolvimento dos setores econômico e social. O Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (INCRA), o Movimento Brasileiro de Alfabetização (MOBRAL) e o Plano de Integração Social (PIS) formavam alguns dos “braços” da ação política dos militares. A expansão do setor industrial, viabilizada por meio da expansão do crédito, a manutenção dos índices salariais e a repressão política, incitou uma explosão consumista entre os setores médios da população. A obtenção de uma casa própria financiada, a compra de um carro e as compras no shopping começou a formar os principais “sonhos de consumo” da classe média. Entretanto, “o milagre” esvaiu com a mesma velocidade que empolgou. No ano de 1973, uma crise internacional do petróleo escancarou as fraquezas da nossa economia dando fim a toda empolgação. Na época, o Brasil importava mais da metade dos combustíveis que produzia e, por isso, não resistiu ao impacto causado pela alta nos preços do petróleo. Em pouco tempo, a dívida externa e a onda inflacionária acabou com os sucessos do regime. www.moma.org O modelo de desenvolvimento do capitalismo e o correspondente elemento da organização da produção industrial representados neste trabalho de Warhol estão apontados em: taylorismo – produção flexível fordismo – produção em série toyotismo – fragmentação da produção neofordismo – terceirização da produção Toyotismo- produção em serie. RESPOSTA: B COMENTÁRIO: Fordismo é o nome dado ao modelo de produção automobilística em massa, instituído pelo norte-americano Henry Ford. Esse método consistia em aumentar a produção através do aumento de eficiência e baixar o preço do produto, resultando no aumento das vendas que, por sua vez, iria permitir manter baixo o preço do produto. Os primeiros automóveis surgiram na segunda metade do século XIX. No entanto, eram tão lentos na locomoção que se igualavam às carruagens. Foram os motores a combustão desenvolvidos pelos alemães Benz e Daimler, na última década do século XIX, que incentivaram o rápido aperfeiçoamento dos automóveis. Nesse contexto, destacam-se dois modelos de fabricação: o artesanal, de Rolls Royce, e o de construção de grandes séries, de Henry Ford; no modo artesanal, construíam-se e ajustavam-se as peças em cada carro, que compreendia num trabalho mais lento, portanto de maior qualidade, mas de alto preço. Já no Fordismo, a fabricação em série implicou na queda da qualidade dos veículos. Em contrapartida, o carro ficou mais barato, tornando-o um meio de transporte acessível às pessoas. Essa cadeia de montagem em massa se intensificou na segunda década do século XX. A popularização do veículo particular estimulou as pesquisas para o aprimoramento e melhorias de rendimento (aumento de aceleração, velocidade, capacidade de carga) o que se traduziu no surgimento de novos problemas (freios, perfis mais aerodinâmicos, necessidade de tornar mais leve o peso. Assim, as montadoras iniciaram a corrida para oferecer novidades e captar clientes. Quando ocorreu a crise de energia nos anos 70, houve um investimento maior das montadoras em fabricar automóveis de baixo consumo, de modo a atender a necessidade dos condutores de veículos daquela época. Na década de 80, elas introduziram o universo da eletrônica no mundo do automóvel. O Fordismo é utilizado até hoje na fabricação de automóveis. Foi e continua sendo o único modelo de produção capaz de atender a demanda exigida pela sociedade atual. Com a crise econômica de 2008 e 2009 no sistema imobiliário dos EUA e sua conseqüência no mercado global, inúmeras montadoras sofreram uma enorme queda nas vendas e tiveram de demitir seus funcionários pela repercussão da crise também no mercado de automóveis. 93. Andy Warhol (1928-1987) é um artista conhecido por criações que abordaram valores da sociedade de consumo; em especial, o uso e o abuso da repetição. Esses traços estão presentes, por exemplo, na obra que retrata as latas de sopa Campbell’s, de 1962. 94. A China é um país que tem despertado o interesse mundial face o grande progresso econômico que tem alcançado nos últimos anos. Apesar disso, chama à atenção a falta de progresso na área política, pois já há algum tempo a China 37 deixou de ser atrasada e agrícola para se tornar industrial e competitiva. Sobre a China, é correto afirmar que o modelo de desenvolvimento adotado buscou o fortalecimento da indústria local, tendo sido evitados os subsídios estatais e os investimentos estrangeiros, sobretudo em função da política nacionalista do governo. mantém, ao longo da costa leste, as chamadas Zonas Econômicas Especiais, onde as empresas estrangeiras podem se instalar com o incentivo do estado. Essas zonas são responsáveis pela absorção do conhecimento tecnológico multinacional, conferindo ao país uma verdadeira reforma industrial. Taiwan, por ter sido um protetorado inglês devolvido à China recentemente, é uma região especial, onde o governo chinês controla assuntos de defesa e política externa, deixando livre o funcionamento da economia de mercado. as condições de vida da população têm crescido na mesma medida que o crescimento econômico como um todo. Milhões de chineses deixaram a pobreza, e a diferença entre ricos e pobres tem diminuído muito, recentemente. o meio ambiente é uma grande preocupação do governo, o que levou o país a combater a desertificação com sucesso, e a despoluir rios e lagos. Por ter alcançado um desenvolvimento industrial planejado, sua indústria não é mais poluente. RESPOSTA: B COMENTÁRIO: CO2 para energia elétrica no Sistema Interligado Nacional (SIN), que abrange quase toda a energia gerada no país. De acordo com a tabela, a explicação mais plausível para a variação da emissão mensal está no fato de que: os fatores de emissão foram maiores no segundo semestre em consequência do período de estiagem típico do clima tropical que predomina no país. Com as secas de inverno, os reservatórios das hidrelétricas ficam mais vazios e muitas vezes é necessário recorrer ao uso de termoelétricas. a maior parte da energia consumida no país é termoelétrica e a aproximação do período de compras de natal faz com que o consumo de energia seja elevado, explicando o fenômeno. grande parte da energia brasileira é proveniente do sul do país. No período do inverno, o aquecimento das casas com lenha leva ao aumento da taxa de CO2 nos meses subsequentes. a demanda das indústrias aumenta significativamente no segundo semestre, implicando no uso da biomassa da cana e do biodiesel, o que aumenta a quantidade de CO2 emitida. os fatores médios de emissão são superiores nos meses de verão em decorrência da maior taxa de evaporação e do aumento da concentração de metano (CH4) RESPOSTA: A COMENTÁRIO: As ZEES constituem a principal fonte de abertura da economia chinesa. Ela foi criada na segunda metade da década de 70, com o objetivo de acabar com a imobilidade econômica que atingia os países socialistas afastando-os do nível de desenvolvimento capitalista. As ZEES são espaços territoriais localizados no litoral, onde foram fornecidas facilidades para a fixação de capital estrangeiro e também houve uma abertura para mercado com o objetivo de expandir as exportações, receber novas tecnologias e aprender novos métodos de administração. As empresas que nelas se instalam podem estabelecer os seus próprios planos de desenvolvimento, desde que consigam encontrar fundos para fazê-lo e contam com a mão-de-obra mais barata, o que torna os preços dos produtos muito bons no mercado internacional. As conseqüências dessas medidas foram altas taxas de crescimento e invasão de mercadorias chinesas por todo o mundo. Nas ZEES são adotados métodos parecidos aos dos Tigres Asiáticos como, baixos impostos, isenção total para a implantação de equipamentos industriais e facilidades para remessa de lucros ao exterior. Um pouco mais tarde no período entre 1985 e 1990 o governo, abriu outras cidades do litoral para o investimento estrangeiro como, Qinhuangdao, Tianjin, Yantai, Qingdao, Lianyungang, Nantong, Shanghai, Dalian que é uma das áreas industriais mais desenvolvidas e está localizada ao oeste do Mar Amarelo, Nantong entre outras. Essas regiões se transformavam numa base industrial para importação, o que permitia a criação de postos de trabalho mais bem pagos e o desenvolvimento de comércio da China. Algumas dessas cidades são Zonas de comércio abertas, ou seja, que são abertas para as multinacionais e ao comércio exterior, desde que respeitem as restrições do governo e empresário chineses. o clima tropical apresenta redução das chuvas no inverno provocando uma estiagem na região central do Brasil. 96. RUMO À ECONOMIA DA BIOCIVILIZAÇÃO O setor produtivo será obrigado a se adaptar a uma nova matriz energética e a agricultura será empurrada a privilegiar os pequenos proprietários rurais e seus métodos de cultura mais sustentáveis. É a “biocivilização”, como denominou o franco polonês Ignacy Sachs, autor do conceito de ecodesenvolvimento. “As civilizações que virão serão diferentes das antigas, já que a humanidade se encontra em um novo e superior ponto da espiral do conhecimento”, afirma Sachs. Revista ISTOÉ, ano 32, no 2093, 23/12/2009, p.112. Na perspectiva da biocivilização, um aspecto fundamental a ser incorporado é o da renovação da matriz energética, apoiada em fontes alternativas, como por exemplo, a energia gerada pelo vento. No caso do território brasileiro, considerando esse tipo de energia e a velocidade constante 95. A tabela a seguir tem como objetivo estimar a quantidade de CO2 emitida na produção de energia elétrica no Brasil. Ela representa os fatores de emissão médios mensais de 38 dos ventos, o maior potencial eólico concentra-se no seguinte segmento: borda sul da Amazônia. borda oriental da Amazônia. litoral do Sudeste. litoral do Nordeste. chapadas do Centro-Oeste. RESPOSTA: D COMENTÁRIO: As pesquisas no setor de biocombustível destacam o uso da cana-de-açúcar na produção do álcool e diesel. Justifica-se, assim, a criação do projeto Proálcool, que contribui para a redução dos impactos socioambientais no país. RESPOSTA: C COMENTÁRIO: O Brasil é hoje o pais que mais se destaca quando se trata de fontes de energia renováveis, devido a alta capacidade de transformar energia limpa através de fontes alternativas. Podemos dizer que as Fontes de Energia renováveis no Brasil representam aproximadamente quase 90% de toda energia produzida internamente, de acordo com o Balanço Energético Nacional, realizado pela EPE (Empresa de Pesquisa Energética), divulgado no ano de 2009. Esta temática se tornou preponderante após a década de 70, quando o mercado do Petróleo teve um considerável aumento. A partir deste fato, o Brasil iniciou um projeto de pesquisa e desenvolvimento de fontes alternativas para a geração de energia. Pela vegetação nativa típica e em abundância ser principalmente a cana-de-açúcar, o Etanol foi uma das primeiras fontes a serem exploradas. No ano de 2009, foi realizado o Primeiro Leilão de Energia Eólica, com a intenção de diversificar a captação deste tipo de energia e no mesmo ano, aconteceu uma enorme crise no segmento de Energia no país, pois após um grande período de seca, os níveis de rios ficaram baixos e o volume de água era insuficiente para abastecer as Barragens Hidroelétricas, por este motivo, o governo incentivou ainda mais a pesquisa em fontes de energia renováveis.. A Associação Brasileira de Energia Eólica considera que o potencial de geração para energia eólica do país é de 143 Gigawatts. Outras fontes de energia renováveis no Brasil são: a Energia Solar, cuja primeira Usina foi construída em 2011, no sertão do Ceará, na cidade de Tauá, construída para gerar energia para abastecimento comercial no Brasil. A capacidade inicial é de 1 Megawatt. Toda construção foi custeada pela empresa privada MPX, do empresário brasileiro Eike Batista. E outra muito importante, é a Biomassa, recém-descoberta, e que é uma fonte de energia limpa, pois polui pouco e ainda utiliza o lixo orgânico, resíduos agrícolas e óleo vegetal para a produção de energia, além de bagaço de cana. A energia de Biomassa já representa 27% de toda energia produzida do Brasil. O grande diferencial desta fonte de energia é o baixo custo de implantação, como também seu potencial de benefício tanto para o desenvolvimento quanto para o meioambiente. A matriz energética brasileira continua sendo abastecida principalmente por usinas hidrelétricas, também consideradas uma fonte de energia renovável. A energia eólica é uma forma indireta de obtenção de energia do sol, uma vez que os ventos são gerados peloaquecimento desigual da superfície da Terra pelos raios solares. Em outros termos, a energia eólica é a energia do movimento (cinética) das correntes de ar que circulam na atmosfera. A geração de energia elétrica ou mecânica (em moinhos ou cataventos para a realização de trabalhos mecânicos como o bombeamento da água) através dos ventos se dá pela conversão da energia cinética de translação pela energia cinética de rotação através do emprego de turbinas eólicas, quando o objetivo é gerar eletricidade, ou moinho e cataventos, quando o objetivo é a realização de trabalhos mecânicos. 97. O gráfico abaixo representa a distribuição do uso de fontes de energia primária no Brasil. Fonte: Disponível em:< www.iea.sp.gov.br>. Acessado em 19/04/2010 Com base no conhecimento sobre o assunto e no gráfico acima, é correto afirmar: A utilização do gás natural como matriz energética no Brasil tem sido significativa em função da facilidade de extração, o que permite inclusive a exportação desse recurso para a Bolívia. Embora a água seja um recurso abundante no Brasil, sua participação na produção de eletricidade é pouco significativa, apesar do apelo do movimento ambientalista pela construção de hidrelétricas. O petróleo, matriz energética básica para a sociedade industrial, é a fonte de energia primária mais expressiva no Brasil. Apesar disso, o papel da produção de energia elétrica no país é desempenhado, principalmente, pelas usinas hidrelétricas. A participação do carvão mineral, recurso abundante e inesgotável, é resultado dos atuais investimentos em construção de termoelétricas no sul do país. 98. DE VOLTA AOS TRILHOS “Os chineses repetem hoje os maciços investimentos que os Estados Unidos e países europeus fizeram em ferrovias no século XIX e dos quais até hoje se beneficiam. Mostram, com isso, que ter perdido o trem no passado não implica ficar acomodado no atraso - uma lição para a qual o Brasil deve prestar atenção, considerando que as ferrovias, ainda, são a principal solução para o deslocamento em massa de cargas e de pessoas em países de grande dimensão.” A ilustração, a seguir, mostra a distribuição da malha ferroviária em alguns países. 39 de extrema importância para o escoamento de grãos dos Estados de Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Goiás e parte de Rondônia, Tocantins e Minas Gerais.” Fonte: http://www.brasilescola.com/brasil/hidrovia-tieteparana.htm. Acesso 15/01/2009. A hidrovia Tietê-Paraná escoa mercadorias, produtos agrícolas e pessoas até os países vizinhos do Brasil. Portanto, essa hidrovia integra os países da Alca. da Apasul. do Mercosul. do Nafta. do Unisul. RESPOSTA: C COMENTÁRIO: A Hidrovia Tietê-Paraná consiste em uma via de navegação que liga a região Sul, Sudeste e Centro-oeste do país, ao longo dos rios Paraná e Tietê. Nos locais que apresentam desníveis foram construídas represas para nivelar as águas. Essa hidrovia é de extrema importância para o escoamento de grãos dos estados de Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Goiás e parte de Rondônia, Tocantins e Minas Gerais. O transporte hidroviário é bastante viável economicamente, principalmente em relação ao rodoviário, que é o mais difundido no país, mas possui um elevado custo por tonelada em virtude de sua manutenção. Diante dessa viabilidade e também da extensa rede hidrográfica, recentemente alguns governos têm se mostrado favoráveis à implantação desse tipo de transporte e vêm direcionando alguns investimentos para esse setor. Para instituir uma hidrovia, grandes obras de engenharia são necessárias, uma vez que nem todos os pontos de um rio são navegáveis, por isso, muitas vezes, faz-se necessária a construção de eclusas e canais. A hidrovia Tietê-Paraná produz reflexos no MERCOSUL, pois o escoamento de mercadorias, produtos agrícolas e pessoas até os países vizinhos acontece por meio da via em questão. Dentro desse contexto, existe a perspectiva de ampliação da hidrovia, interligando Tietê-Paraná ao Rio Paraguai, no entanto, nos períodos de seca, vários pontos do rio não oferecem condições para a navegação de grandes embarcações. Para resolver o problema, é necessária a aplicação de técnicas que propiciem o rebaixamento do leito do rio Paraguai, entre Corumbá e Cáceres, com intuito de desvincular essa barreira existente na hidrovia. A viabilidade econômica é positiva, no entanto, segundo diversos técnicos de áreas afins, a execução de um empreendimento com tais características promove enormes prejuízos de caráter ambiental, que comprometem um dos mais ricos ecossistemas do mundo, o pantanal. Segundo os técnicos, tais modificações sujeitariam o pantanal a interromper o processo que ocorre nos períodos de cheias, quando toda a região fica inundada, o fim dessa dinâmica colocaria em risco a biodiversidade desse ecossistema, sem contar a produção pastoril que seria prejudicada. Revista Exame – 05/03/2009 Com base nas informações obtidas no texto e nos desenhos, acima, só é CORRETO afirmar que as ferrovias representam uma das mais eficientes opções de transporte de carga, em países com dimensões continentais. a metade da malha ferroviária russa está concentrada na porção oriental do país, nas áreas de maior movimentação de cargas. o uso das ferrovias nos diversos países ajuda a descongestionar as principais rodovias, liberando espaço para o transporte de passageiros e de cargas mais pesadas. a utilização das ferrovias promove distúrbios ambientais atmosféricos, pois os trens consomem menos combustível que os caminhões. as ferrovias representam um transporte caro para países com dimensões continentais. RESPOSTA: A COMENTÁRIO: O transporte ferroviário é a transferência de pessoas ou bens, entre dois locais geograficamente separados, efectuada por um comboio,automotora ou outro veículo semelhante. O comboio ou seu equivalente circula numa via férrea composta por carris dispostos ao longo de um percurso determinado. Paralelamente, existe um sistema de sinalização e, por vezes, um sistema de electrificação. A operação é realizada por uma empresa ferroviária, que se compromete a fazer o transporte entre as estações ferroviárias. A potência para o movimento é fornecida por um motor a vapor, diesel ou motor eléctrico de transmissão. O transporte ferroviário é o mais seguro dos transportes terrestres. O transporte ferroviário é uma parte fundamental da cadeia logística que facilita as trocas comerciais e o crescimento económico. É um meio de transporte com uma elevada capacidade de carga e energeticamente eficiente, embora careça de flexibilidade e exija uma contínua aplicação de capital. Está particularmente vocacionado para o transporte de cargas de baixo valor total, em grandes quantidades, entre uma origem e um destino, a grandes distâncias, tais como: minérios, produtos siderúrgicos, agrícolas e fertilizantes GEOGRAFIA II 100. A frase “conexões entre a realidade que percebemos e abstrações são resultado de como vemos e interpretamos o mundo” é reforçada pelas situações retratadas na charge e na fotografia abaixo. 99. Leia o fragmento de texto a seguir. “A Hidrovia Tietê-Paraná compreende uma via de navegação que liga a região sul, sudeste e centro-oeste do país. Nessa hidrovia ocorre o transporte de cargas e pessoas, esse fluxo é desenvolvido ao longo dos rios Paraná e Tietê. Nos locais que apresentam desníveis foram construídas represas para nivelar as águas. Essa hidrovia é 40 Estas marcas, presentes na figura, estão cada vez mais entrelaçadas no estilo de vida urbano. Elas representam a mundialização do capital. a expansão do agronegócio. a popularização da internet. o poderio e expansão da robótica. o fortalecimento do mercado interno. RESPOSTA: A COMENTÁRIO: A nova etapa de desenvolvimento do capitalismo mundial, que surge a partir da década de 1980 pode ser caracterizada como sendo a da "mundialização do capital" (uma denominação precisa para o fenômeno da "globalização"). Na verdade, estamos diante de um novo regime de acumulação capitalista, um novo patamar do processo de internacionalização do capital, com características próprias e particulares se comparada com etapas anteriores do desenvolvimento do capitalismo. Esse novo período capitalista se desenvolve no bojo de uma profunda crise de superprodução (Brenner, 1999) e é caracterizado por outros autores como sendo marcado pela "produção destrutiva" (Mészáros, 1997) ou ainda pela "acumulação flexível" (Harvey, 1993). Na foto é observada várias marcas de multinacionais, também conhecidas como sendo as verdadeiras internacionalizadoras do capital. 102. A INTERNET Poucas coisas mudaram tanto em dez anos como a internet. Com velocidades de conexão cada vez mais rápidas – 36,5% das conexões no Brasil têm velocidade superior a 2 Mbps, segundo a Cisco –, nossos hábitos na rede mundial passaram da mera leitura de conteúdos educativos ao download de músicas em torrents e upload de vídeos no YouTube. Se antes você criava uma página pessoal do zero, escrevendo código HTML, agora você faz o mesmo com pouco trabalho: o bacana agora é tuitar, retuitar, dar DM (direct messages, ou mensagens diretas), seguir e ser seguido no microblog. Ah, e claro, adotar uma ovelhinha perdida e comprar algumas sementes para sua fazenda virtual do Facebook nas horas vagas. O muro construído por Israel na Cisjordânia lembra também os guetos judeus na Segunda Guerra Mundial Le Monde Diplomatique Brasil, ago. 2009. A articulação da frase e da charge com a realidade, expressa na foto, permite identificar uma prática da sociedade no espaço geográfico. A prática espacial explicitamente identificada é reforma urbana. proteção ambiental. contenção territorial. controle político-partidário. isolamento médico-sanitário. RESPOSTA: C COMENTÁRIO: A articulação da frase e da charge com a realidade, expressa na foto, permite identificar uma prática da sociedade no espaço geográfico, identificada como uma contenção territorial entre judeus israelenses e muçulmanos palestinos na Cisjordânia. (Fonte da questão: UFF/2010/Adaptada) 101. Adaptado de: http://tecnologia.uol.com.br/album/retrospectiva_ destaques_da_decada_2010_album.jhtm?abrefoto=6#fotoNav=6 Acesso em: 03 jan. 2011. Com relação à utilização dos modernos meios de comunicação, é possível inferir corretamente que o comércio via internet é inviabilizado pelo alto custo operacional associado à falta de qualidade das imagens divulgadas. no mundo globalizado as transformações socioespaciais são bastante lentas, daí o fato de tuitar e retuitar entre as pessoas está cada vez mais restrito. as indústrias de pornografias ou de jogos de azar estão excluídas do acesso aos mecanismos de filtro desenvolvidos pelos provedores dos serviços on line. a internet tem possibilitado a formação de novas formas sociais de interação entre as quais destacam-se as redes sociais, graças às suas características básicas, como uso e acesso difundido. o uso da internet como uma nova forma de interação no processo educativo, ampliando a ação de comunicação entre aluno e professor e o intercâmbio educacional e cultural, ainda é bastante limitado. 41 RESPOSTA: D COMENTÁRIO: O texto faz referência, de modo mais específico, à expansão globalizada das evoluções tecnológicas e de informações. Na revolução das novas tecnologias da informação e comunicação, o conhecimento tecnológico, ao se constituir num dos principais meios da globalização, permanece, restrito ao âmbito daqueles que detêm o conhecimento. O poder da informação no mundo globalizado é praticamente incalculável. Enquanto no século XVIII uma mensagem demorava meses de navio para chegar ao seu destino, hoje com um simples “ENVIAR”, você pode mandar e-mails para milhares de pessoas no mundo inteiro. Ou uma bolsa de valores pode cair vários pontos por alguma confusão que está acontecendo a milhares de quilômetros dali. O principal desafio da era da informação globalizada é criar instrumentos para filtrar as milhares de informações que circulam na internet e TV’s do mundo todo, pois uma informação falsa ou mal interpretada pode acabar em grande confusão e desentendimento. crescimento vegetativo nos países em desenvolvimento. os métodos anticoncepcionais, difundidos em todo o mundo, eliminaram o risco de explosão demográfica e asseguraram taxas de natalidade e de crescimento vegetativo uniforme e equilibrado, nos diversos continentes e países entre as diferentes classes sociais que os habitam. o desenvolvimento técnico-científico permitiu a ocupação de áreas antes consideradas anecúmenas, como o Norte da Ásia e a África Equatorial, que passaram a ser povoadas e populosas, devido ao grande crescimento demográfico nelas ocorrido no século XX. os movimentos migratórios são responsáveis pela difusão da população na Terra e pela existência de equilíbrio nas estruturas, por sexo, por idade e por ocupação, nos continentes, países ou regiões e lugares onde ocorrem mais intensamente. RESPOSTA: A COMENTÁRIO: Lembre-se de que para evitar o caos social Malthus propôs que a eliminação da pobreza e da fome deveria ser feita por meio de um rigoroso controle de natalidade. 103. 105. A charge representa uma crítica ao modelo políticoeconômico adotado pela Ditadura Militar (1964 a 1985) no Brasil, principalmente na gestão do ministro Delfim Netto. Qual o melhor título crítico para a charge? “Exportar é o que importa.” “Brasil: ame-o ou deixe-o.” “O crescimento econômico com justiça social.” “A economia cresce e o povo empobrece.” “É necessário o bolo crescer para o povo crescer.” RESPOSTA: D COMENTÁRIO: A política econômica do ministro Delfim Netto foi resumida com uma frase de sua autoria: “É necessário fazer o bolo (economia) crescer para depois reparti-lo”. O bolo cresceu, nossa economia chegou a ser a 8a maior do mundo capitalista e, até hoje, a fatia que cabe aos trabalhadores diminui sistematicamente, num contínuo processo de concentração da renda. 104. Os mecanismos regentes da dinâmica populacional são objetos de discussões teórico-ideológicas que orientam as ações adotadas para controlá-la. Sobre as teorias demográficas e a dinâmica populacional, é possível inferir corretamente que os seguidores da teoria Neomalthusiana, sobre a população, consideram o grande crescimento populacional um obstáculo ao desenvolvimento socioeconômico da humanidade, defendendo políticas de controle radical da natalidade entre as classes sociais mais pobres. o aumento da expectativa de vida da população mundial decorreu dos avanços da medicina, da higiene sanitária, da tecnologia alimentar e da alfabetização em massa, que elevou as taxas de natalidade e o A partir da análise do gráfico e dos conhecimentos sobre a representação piramidal das sociedades, é possível inferir corretamente que a concepção piramidal da sociedade, como representada no gráfico, é característica da sociedade de classes, na qual o nível de renda é indicador primordial a tendência a uma socialização dos bens e serviços. a distribuição das classes na sociedade brasileira, do modo como está expressa no gráfico, é um fenômeno recente, e impassível de ser alterado pela pressão de crises econômicas que atinjam o mercado de trabalho, provocando desemprego e carestia de gêneros de primeira necessidade. a existência efetiva da classe média brasileira pode ser reconhecida mais recentemente, quando o fenômeno da urbanização se estendeu pelas principais cidades litorâneas e o setor de serviços públicos e privados ampliou o mercado de trabalho. a prosperidade econômica que alcança as classes D e E, através de programas assistenciais oficiais, tem ampliado consideravelmente o acesso de seus 42 componentes a serviços de boa qualidade nas áreas de saúde, educação, saneamento básico e habitação. a forma de representação da sociedade brasileira, mostrada no gráfico, sinaliza a progressiva superação dos desequilíbrios sociais, fazendo desaparecer o distanciamento entre os privilegiados das classes A e B e os carentes das classes D e E. RESPOSTA: C COMENTÁRIO: A classe média é uma classe social presente no capitalismo moderno que se convencionou tratar como possuidora de um poder aquisitivo e de um padrão de vida e de consumo razoáveis, de forma a não apenas suprir suas necessidades de sobrevivência, como também, a permitirem-se formas variadas de lazer e cultura, embora sem chegar aos padrões de consumo eventualmente considerados exagerados das classes superiores. A classe média surgiu como consequência da consolidação do capitalismo, e não antes dele, devido aos fatores de segmentação social em camadas resultantes do desenvolvimento econômico; é um fenômeno típico da industrialização. Verdadeiramente a classe média brasileira pode ser reconhecida mais recentemente, quando o fenômeno da urbanização se estendeu pelas principais cidades litorâneas e o setor de serviços públicos e privados ampliou o mercado de trabalho. Com base nas ilustrações, nos mapas e nos conhecimentos sobre conflitos, nacionalismo e internacionalismo, é possível inferir corretamente que, em I, a maior potência do mundo, ao declarar guerra ao terror, definiu alvos, como a área III e estabeleceu regras bem definidas, respeitando os direitos humanos e ecológicos internacional. em II, o governo de direita, que dirige o país desde o início deste século, é grande aliado dos Estados Unidos e afirma conduzir uma revolução no país, favorecendo a classe empresarial. em IV, não existe conflitos, uma vez que o apartheid atualmente, envolve grupos étnicos semelhantes e inúmeros clãs que convivem em perfeita harmonia, principalmente na África do Sul. em V, a incessante luta ideológica entre muçulmanos e hindus que, no final de 2008, alvejou Mumbai é um dos conflitos que envolve seu território, além da conturbada relação com os países vizinhos. em VI, o uso estratégico das riquezas minerais permite à República Democrática do Congo acabar com os conflitos, reconstruir seu território e, consequentemente, ter mais poder de decisão em questões geopolíticas. RESPOSTA: D COMENTÁRIO: Disputas pelo território. Atualmente localizada no norte do subcontinente indiano, a Caxemira é disputada por Índia e Paquistão desde o fim da colonização britânica. As tensões na região têm início com a guerra de independência, em 1947, que resulta no nascimento dos dois Estados - a Índia, de maioria hindu, e o Paquistão, muçulmano. Segundo uma resolução da ONU, datada de 1947, a população local deveria decidir a situação política da Caxemira por meio de um plebiscito acerca da independência do território. Tal plebiscito, porém, nunca aconteceu, e a Caxemira foi incorporada à Índia, o que contrariou as pretensões do Paquistão e da população local - de maioria muçulmana – e levou à guerra de 1947 a 1948. O conflito termina com a divisão da Caxemira: cerca de um terço fica com o Paquistão (Caxemira Livre e Territórios do Norte) e o restante com a Índia (Jammu e Caxemira). 106. CONFLITOS INTERNACIONAIS 107. A expressão Tigres Asiáticos é usada para se referir ao grupo de países asiáticos formado por Hong Kong, Cingapura, Coreia do Sul e Taiwan (antiga Formosa). Na década de 60 eram relativamente pobres e possuíam certos indicadores sociais semelhantes aos de países africanos. A partir da década de 80, o perfil econômico dos Tigres Asiáticos começou a mudar significativamente; desta forma, passaram a apresentar grandes taxas de crescimento e uma rápida industrialização. 43 Disponível em: http://geografiaetal.blogspot.com/2009/10/tigresnovostigres-e-novissimos-tigres.html Acesso em: 14/01/2011 (adaptado). fatores. Escolha a alternativa que melhor expressa essa realidade. Utilização de políticas públicas paternalistas nos países pobres; controle da natalidade nos países ricos; diminuição da fome nos países subdesenvolvidos. Aumento da concentração de renda; aumento dos postos de trabalho nos países do sul; pouca qualificação da população nos países mais pobres. Políticas públicas que favorecem a distribuição de renda; igualdade das oportunidades entre os diferentes países; maior controle no processo de favelização nos países desenvolvidos. Aumento da concentração de renda; fragilidade de políticas públicas favoráveis à distribuição de renda; desqualificação da mão de obra para o ingresso no mercado de trabalho nos países subdesenvolvidos. Desemprego elevado nos países subdesenvolvidos; ocorrência, em todos os países do mundo, da modernização da produção industrial; maior distribuição de terras nos países mais pobres. RESPOSTA: D COMENTÁRIO: A opção D é a correta, pois a diferença socioeconômica entre os países desenvolvidos e subdesenvolvidos é cada vez maior, agravada pela aceleração do processo de globalização econômica. O aumento da pobreza no mundo relaciona-se a vários fatores, dentre os quais podemos citar: aumento da concentração de renda; fragilidade de políticas públicas favoráveis à distribuição de renda; desqualificação da mão de obra para o ingresso no mercado de trabalho nos países subdesenvolvidos. Pela leitura do texto, podemos afirmar que a denominação “Tigre” é dada em referência aos habitantes locais, sem cultural e sem formação ocidental. à agressividade econômica desses países na busca de novos mercados. à violência dos sindicados do Extremo Oriente e Sudeste Asiático. à exploração econômica dos capitalistas da região e pela falta de investimentos em educação. à violência dos militares locais e dos capitalistas na exploração da mão de obra asiática. RESPOSTA: B COMENTÁRIO: A opção B é a correta, pois a denominação “Tigres” foi dada ao grupo de países asiáticos formado por Hong Kong, Cingapura, Coreia do Sul e Taiwan (antiga Formosa), devido à sua agressividade econômica em busca de novos mercados externos. 108. O G-20 é o grupo que reúne os países do G-7, os mais industrializados do mundo (EUA, Japão, Alemanha, França, Reino Unido, Itália e Canadá), a União Europeia e os principais emergentes (Brasil, Rússia, Índia, China, África do Sul, Arábia Saudita, Argentina, Austrália, Coreia do Sul, Indonésia, México e Turquia). Esse grupo de países vem ganhando força nos fóruns internacionais de decisão e consulta. ALLAN, R. Crise global. Disponível em: http://conteudoclippingmp.planejamento.gov.br. Acesso em: 31 jul. 2010. 110. Atualmente, a Geografia Crítica, que tem como base teórico-metodológica o marxismo, busca analisar as contradições do capitalismo, fato este que não se encontrava nos anais da Geografia quando de sua origem como ciência, pois no início da expansão territorial do capitalismo moderno a Geografia Tradicional teve seu caráter ideológico definido por defender intransigentemente um mundo mais justo, onde o espaço seria organizado para a felicidade das comunidades nacionais. focalizar o papel das classes sociais na organização do espaço, valorizando a memorização. adotar uma atitude dinâmica, buscando verificar o papel funcional das áreas no contexto, em prol da igualdade social. servir de esteio científico para a expansão do capitalismo, oferecendo-lhe maior conhecimento dos espaços e das sociedades de muitas colônias. defender uma organização social mais igualitária, aos moldes das comunidades primitivas. RESPOSTA: E COMENTÁRIO: A Geografia, quando de sua origem como ciência, no século XIX, na Alemanha, teve seu caráter ideológico definido por servir de esteio científico para a expansão do capitalismo, oferecendo-lhe maior conhecimento dos espaços e das sociedades de muitas colônias, com a finalidade de expandir os domínios territoriais capitalistas. Entre os países emergentes que formam o G-20, estão os chamados BRIC (Brasil, Rússia, Índia e China), termo criado em 2001 para referir-se aos países que apresentam características econômicas promissoras para as próximas décadas. possuem base tecnológica mais elevada. apresentam índices de igualdade social e econômica mais acentuados. apresentam diversidade ambiental suficiente para impulsionar a economia global. possuem similaridades culturais capazes de alavancar a economia mundial. RESPOSTA: A COMENTÁRIO: O BRIC foi criado para classificar um grupo de países de grande extensão territorial e populosos, que apresentam problemas socioeconômicos comuns. É formado por um grupo de países emergentes (Brasil, Rússia, Índia e China) com grande capacidade de tornarem-se potências durante o século XXI. Entre os quais, destaca-se o caso específico da China que, atualmente, é considerada a segunda maior economia do Planeta. 109. A diferença socioeconômica entre os países desenvolvidos e subdesenvolvidos é cada vez maior, agravada pela aceleração do processo de globalização econômica. O aumento da pobreza no mundo relaciona-se a vários 44 111. A respeito dos fenômenos globais apresentados no esquema anterior, é possível inferir corretamente que o efeito estufa representa um dos impactos ambientais de grande preocupação na atualidade e consiste na retenção de partículas sólidas, em especial o CO2, do vapor d’água em suspensão na troposfera e do calor irradiado pela superfície, alterando gradativamente o ciclo hidrológico das regiões. o aquecimento global tem ocasionado catástrofes naturais de grandes impactos, como terremotos, maremotos e tsunamis, que ocorrem em áreas geologicamente estáveis. a desertificação que vem ocorrendo no Brasil independe da interferência do homem, pois os solos estão mais expostos à erosão, aumentando, consequentemente, a evapotranspiração, o que provoca a redução do volume das chuvas e das amplitudes térmicas diárias. a proliferação de várias doenças, causando muitas epidemias, em muitos casos, está associada às atuais modificações ambientais e, em especial, ao clima que, em consonância com certos hábitos, como a deposição do lixo a céu aberto, reforçam mais essa problemática. a construção de grandes barragens nos cursos dos rios não provoca impactos ambientais, uma vez que esse tipo de obra fixa a população e a fauna local, além de aumentar o fluxo de água doce nas desembocaduras dos rios. RESPOSTA: D COMENTÁRIO: O critério utilizado na divisão regional do Brasil (1967) apresentada no mapa é o natural, que apresenta problemas porque ignora totalmente as fronteiras políticas, o que impede a comparação de estatísticas de diferentes anos. natural, que ignora as diferentes realidades socioeconômicas e as áreas de paisagens naturais transicionais. político, que conserva os limites de alguns Estados; no entanto, ignora os de outros. econômico, que considera apenas a macrodivisão, mas coloca realidades diversas em uma mesma área. geoeconômico, que associa limites não fixos, naturais e socioeconômicos, mas inclui realidades muito diferentes em cada uma das regiões. RESPOSTA: E COMENTÁRIO: O critério de regionalismo proposto no mapa é o geoeconômico, onde os limites administrativos não são respeitados, pois podemos encontrar partes de uma região com características econômicas de outra região. Ex.: parte do Maranhão, norte de Minas etc. Lembre-se que o critério político-administrativo leva em consideração a conservação dos limites estaduais da região. (A) FALSO – O efeito estufa representa um dos impactos ambientais de grande preocupação na atualidade e consiste na retenção de gases, em especial o CO2, proveniente principalmente pela queima dos chamados combustíveis fósseis. (B) FALSO – pois impactos, como terremotos, maremotos e tsunamis, que ocorrem em áreas geologicamente instáveis, são de origem endógenas (internas). (C) FALSO – pois a desertificação que vem ocorrendo no Brasil depende da interferência do homem através de processos de queimadas e desmatamentos associados às adversidades climáticas naturais. (E) FALSO – a construção de grandes barragens nos cursos dos rios provoca impactos ambientais, uma vez que esse tipo de obra causa deslocamento da população e a fauna local, além de diminuir o fluxo de água doce nas desembocaduras dos rios. 113. “Sejamos realistas, que se peça o impossível.” A frase acima, eternizada nos muros de Paris em maio de 1968, foi escrita durante a radicalização do movimento contestatório, quando as ruas da capital francesa foram transformadas em cenário de uma guerra civil. A respeito desse acontecimento, pode-se afirmar que ele constituiu um movimento de estudantes que contestavam o autoritarismo sociedade. contou com apoio dos soldados envolvidos pelas reivindicações estudantis. foi um fenômeno notadamente francês, pouco repercutido em outros países. configurou-se com a motivação dos operários como resistência ao movimento estudantil. reuniu estudantes e operários em busca de melhores condições de vida e trabalho pacificamente. 112. 45 114. “É difícil acreditar na guerra terrível, mas silenciosa, que os seres orgânicos travam em meio aos bosques serenos e campos risonhos.” A notícia remete aos desdobramentos de um grave conflito civil na Líbia cujas causas estão relacionadas às ambições de países como EUA, Itália e França pelas riquezas petrolíferas da Líbia. aos movimentos fundamentalistas islâmicos reprimidos há anos pelo governo. à atuação desestabilizadora do serviço secreto israelense contra o regime do país. a uma onda de protestos generalizados contra ditaduras no Oriente Médio. à penetração dos ideais socialistas revolucionários nas forças armadas líbias. RESPOSTA: D COMENTÁRIO: A derrubada do regime Gadafi está relacionada com a onda de protestos no mundo árabe contra ditadores, a chamada “primavera árabe”. C. Darwin. Anotação no Diário de 1839 Na segunda metade do século XIX, a doutrina sobre a seleção natural das espécies, elaborada pelo naturalista inglês Charles Darwin, foi transferida para as relações humanas, numa situação histórica marcada pela concórdia entre povos de diferentes continentes. pela noção de domínio, supremacia e hierarquia racial. pelos acordos do darwinismo social idealizados pelos colonizadores. pelas concepções que levaram à unificação da Itália e da Alemanha. pelo darwinismo social fundamentado pelos colonizados Os africanos acreditam que o mundo é constituído de forças. Tudo e todos, sejam seres vivos ou inanimados, possuem uma força vital (chamada de “ntu” pelo povo bantu, originário da África subsaariana, e “axé” pela nação ioruba, vinda da região de Nigéria, Benin e Guiné). De acordo com essa fé, os seres humanos podem manipular essas forças. Graças à mediunidade, eles estabelecem a comunicação entre a força visível (o homem) e a força não visível (os orixás ou os antepassados). "Nos povos iorubas, a força vital é movida através da incorporação de forças da natureza, representadas pelos orixás. Nos povos bantus, a força vital é manipulada pela incorporação da força humana dos antepassados", afirma Dilma de Melo Silva, professora de Cultura Brasileira da USP. Segundo Eduardo Oliveira, no livro Cosmovisão Africana no Brasil, "as religiões africanas são eminentemente comunitárias. O importante é o bem-estar de todos os membros do grupo". Ou seja, tanto aqui como na África, o culto religioso visa a harmonia espiritual e social. 116. A voz que vem dos campos Advogado que adorava causas perdidas, Francisco Julião se engajou na luta dos camponeses como quem atende a um chamado do destino: por inteiro e sem a menor disposição para concessões (...). A agitação foi o meio que encontrou para dar visibilidade e capacidade de pressão aos camponeses. No início da década de 1960, dos vinte e dois estados existentes no Brasil, havia núcleos do movimento em treze. Um dos principais fatores para a expansão nacional das Ligas foi a facilidade com que podiam ser fundadas. Eram legalmente uma sociedade civil de direito privado; bastava reunir um grupo de camponeses, aprovar o estatuto, eleger a diretoria e registrar tudo no cartório da cidade. (...) A partir de 1961, as Ligas radicalizaram e adotaram o slogan “Reforma agrária na lei ou na marra”. Estreitaram-se as ligações do movimento com Cuba. Julião visitou o país duas vezes. Tornou-se amigo de Fidel Castro e um aguerrido defensor do seu governo. http://guiadoestudante.abril.com.br (Revista Aventuras na História 06/07/2010) Refletindo sobre o trecho e levando em consideração as influências culturais ocorridas no Brasil percebe-se que esse sincretismo é mais praticado nas regiões Sul e Sudeste do Brasil. os aspectos dessa cultura se fazem presentes no imaginário dos imigrantes europeus. há aspectos religiosos semelhantes nas religiões das duas culturas. essa influência africana se sobrepôs à religiosidade dos portugueses e indígenas. o cristianismo se sobrepôs através do etnocídio às culturas africana e europeia. Disponível em: http://www.revistadehistoria.com.br/secao/retrato/a-vozque- vemdos-campos Pode-se identificar a importância da atuação de Francisco Julião na medida em que tornou-se figura chave na promulgação das leis trabalhistas no campo brasileiro. intermediou diálogos entre setores latifundiários e camponeses. aguçou os conflitos em torno da questão agrária no Brasil. estimulou a guerrilha rural, sobretudo na região do Araguaia. fortaleceu o apoio das classes médias ao presidente João Goulart. RESPOSTA: C COMENTÁRIO: Julia organizou as famosas ligas camponesas que estimulou debates a respeito da questão da reforma agrária, além disso o movimento de mobilização camponesa por ele criado antecipou o futuro Movimento dos Trabalhadores Rurais sem-terra.(MST) 115. O líder rebelde [Mahmoud Jibril] disse que Kadafi será lembrando pelo massacre dos rebeldes. "Muammar Kadafi e o seu regime serão lembrados pelos atos que ele cometeu contra os rebeldes e contra o mundo", disse. "O povo líbio nunca se submeteu a Kadafi, desde o primeiro ano de sua revolução, ou melhor, desde o primeiro ano de seu golpe", afirmou Jibril. Disponível em: http://noticias.terra.com.br/mundo/noticias/0,,OI5307273EI17839,00-Lider+rebelde+declara+o+fim+da+era+Kadafi+na+Libia.html 46 117. Elaborado por Taiichi Ohno, o toyotismo surgiu nas fábricas da montadora de automóvel Toyota, após a Segunda Guerra Mundial. No entanto, esse modo de produção só se consolidou como uma filosofia orgânica na década de 70. O toyotismo possuía princípios que funcionavam muito bem no cenário japonês, que era muito diferente do americano e do europeu. O toyotismo tinha como elemento principal, a flexibilização da produção. Ao contrário do modelo fordista, que produzia muito e estocava essa produção, no toyotismo só se produzia o necessário, reduzindo ao máximo os estoques. Essa flexibilização tinha como objetivo a produção de um bem exatamente no momento em que ele fosse demandado, no chamado Just in Time. Dessa forma, ao trabalhar com pequenos lotes, pretende-se que a qualidade dos produtos seja a máxima possível. Essa é outra característica do modelo japonês: a Qualidade Total. (...) 119. Canudos aumentara em três semanas de modo extraordinário. (...) Como nos primeiros tempos de fundação, a todo momento, pelo alto das colinas, apontavam grupos de peregrinos em demanda da paragem lendária trazendo tudo, todos os haveres; muitos carregando em redes os parentes enfermos, moribundos ansiando pelo último sono naquele solo sacrossanto, ou cegos, paralíticos ou lázaros, destinando-se ao milagre, à cura imediata, a um simples gesto do taumaturgo venerado. CUNHA, Euclydes da. Os Sertões. Campanha de Canudos. 37a ed. Rio de Janeiro: Francisco Alves, 1995, p. 329-330. A partir deste relato, pode-se afirmar a respeito da comunidade de Canudos que a afluência de sertanejos em direção ao arraial de Canudos antecedeu a uma onda de levantes armados dos canudenses contra o governo da Bahia. a destruição do povoado representou uma vitória do governo republicano contra a estrutura latifundiária que vigorava nos sertões. a liderança de Antônio Conselheiro sobre Canudos reforçou o poder da Igreja Católica sobre aquela comunidade sertaneja. o arraial representava para os sertanejos pobres uma alternativa de vida diante do latifúndio opressivo dos sertões nordestinos. as práticas comunistas da comunidade e a pregação antirrepublicana do beato Conselheiro levaram ao cerco militar que destruiu o arraial. (http://mundoeducacao.uol.com.br/geografia/toyotismo.htm.) A leitura caracteriza o modelo de produção chamado de “Toyotismo”, nos permitindo afirmar que o toyotismo encontra dificuldade de se consolidar no mercado americano. sua eficácia diante do fordismo está no aumento da sua produção. o toyotismo tende a se afirmar como modelo produtivo do mundo globalizado. com o avanço tecnológico toyotista, os empregados possuem menor carga horária. o toyotismo perdeu a credibilidade e entrou em declínio após a crise do petróleo. RESPOSTA: C COMENTÁRIO: O toyotismo baseia-se na produção flexível que exige menos recursos e torna-se mais maleável diante dos desafios do mundo globalizado. 120. O Plano Collor foi o mais violento ato de intervenção estatal na economia brasileira, na segunda metade do século. No entanto, ao estrangular a inflação, ele abriu as portas para uma ampla liberalização. (Jayme Brener, Jornal do século XX.) Sobre esse plano, inserido em uma ordem neoliberal, podese afirmar que se pautou pela ampliação do meio circulante, por meio do aumento dos salários e das aposentadorias; liquidou empresas públicas e de economia mista que geravam prejuízo; estabeleceu uma política fiscal de proteção à indústria nacional. criou um imposto compulsório sobre os investimentos especulativos para o financiamento da infraestrutura industrial; liberou a importação dos insumos industriais e restringiu a importação de bens consumo não duráveis. estabeleceu-se uma nova política cambial, com um controle mais rígido realizado pelo Banco Central; demissão em massa de funcionários públicos concursados; aumentou a renda tributária por meio da criação do Imposto sobre Valor Agregado. objetivou a privatização de empresas estatais; diminuiu as restrições à presença do capital estrangeiro no Brasil; gerou a ampliação das importações e eliminaram-se subsídios, especialmente das tarifas públicas. aumentou a liberdade sindical com uma ampla reforma na CLT e revogou a opressiva lei de greve; recriou empresas estatais ligadas à exploração e refino de 118. Falou o Senhor a Moisés e a Arão, dizendo-lhes: Dizei aos filhos de Israel: São estes os animais que comereis de todos os quadrúpedes, que há sobre a terra: Todo que tem unhas fendidas, e o casco divide em dois e rumina, entre os animais, esse comereis. Destes, porém, não comereis: (...). Também o porco, porque tem unhas fendidas, e o casco dividido, mas não rumina (...) da sua carne não comereis, nem tocareis no seu cadáver (...). (Levítico 11: 1-4, 7-8.) Ao longo de sua história e formação como povo, os judeus observaram diversas leis alimentares que não eram encaradas apenas como mandamento religioso, mas também como regulamento sanitário. A proibição quanto ao consumo da carne de porco atesta a crença, entre os judeus, de que esse animal impuro. um sinal da rejeição desse alimento nas sociedades antigas. a possibilidade de criar porcos na região do Oriente Médio. o conhecimento nutricional e bíblico desse animal. o caráter sagrado desse animal na perspectiva do judaísmo. 47 petróleo; congelou os capitais especulativos dos bancos e dos investidores estrangeiros. é incorreta, porque a produção da biomassa, desde que não seja utilizada de modo predatório, pode ser considerada uma fonte de energia limpa. A alternativa E está incorreta, porque a extração e a utilização do carvão mineral são altamente poluentes. A queima do carvão provoca intensa poluição do ar e é, também, a principal causa da chuva ácida e das emissões de dióxido de carbono, responsáveis pelo aquecimento do planeta. 121. A Constituição de 1988 reflete, dentro do processo de modernização do Brasil, conflitos sociais ainda fortes, bem como o nível de organização dos grupos sociais. Quanto a essa Constituição é correto dizer que avançou em relação aos direitos civis e às questões sociais, como a reforma agrária nas pequenas e médias propriedades improdutivas. manteve os privilégios de uma minoria que defende a reforma agrária em etapas; mas avançou na defesa dos monopólios dos setores estratégicos. avançou em relação às questões econômicas e sociais, como a reforma agrária; mas restringiu direitos civis, como o aborto para menores de 21 anos. avançou em relação à defesa do regime democrático e aos direitos civis; mas não em questões econômicas e sociais, como a reforma agrária. privilégios de uma minoria que defende as empresas estatais, mas avançou nas questões econômicas e sociais, como a reforma agrária. 123. “No período de inverno, nos acostumamos a ouvir notícias sobre a ocorrência de neve no Sul do Brasil. Os meteorologistas ressaltam que, toda vez que uma frente polar associada com um ciclone extratropical adentra o território sul brasileiro, ocorre neve, baixando as temperaturas, principalmente nas regiões do Planalto Sul, onde localizam-se municípios como: São Joaquim (1720 metros acima do nível do mar), Urubici, Urupema, no estado de Santa Catarina; Palmas, no estado do Paraná e São José dos Ausentes e Caxias do Sul, no estado do Rio Grande do Sul. Quem comemora a chegada do frio são os hoteleiros das regiões serranas de Santa Catarina e do Rio Grande do Sul, pois a chegada do frio com neve costuma elevar a ocupação dos hotéis e pousadas que ficam praticamente lotados nesta época.” Disponível em: http://www.an.uol.com.br/2000/jul/11/0ger.htm Acesso em: 29 jul. 2005. (Adaptado) 122. O desenvolvimento científico e tecnológico possibilitou a utilização de várias fontes de energia, retiradas da natureza, que podem ser classificadas em renováveis e não renováveis. Sobre as formas de utilização, vantagens, desvantagens e riscos ambientais, é possível afirmar, de modo correto, que a maior parte das fontes energéticas utilizadas no mundo atual é do tipo renovável, com destaque para a produção da energia eólica. a hidreletricidade apresenta as vantagens da utilização de um recurso natural renovável e da ausência de impactos ambientais. as operações de extração, refino e transporte do petróleo apresentam riscos de derramamento, que provocam grandes prejuízos ao meio ambiente. as novas tecnologias para a produção da biomassa já estão disponíveis, porém essa fonte causa grandes impactos negativos para o meio ambiente. o carvão mineral apresenta a desvantagem de ser uma fonte não renovável, porém são poucos os danos que acarreta à saúde e ao meio ambiente. RESPOSTA: C COMENTÁRIO: A questão trata da evolução tecnológica aplicada à produção de energia a partir de fontes renováveis e não renováveis. Exige conhecimento do vestibulando sobre as diferentes formas de utilização dessas fontes, a sua classificação e os impactos ambientais decorrentes. A alternativa A está incorreta, porque a maior parte das fontes de energia utilizadas hoje ainda é do tipo não renovável, como os combustíveis fósseis (petróleo e carvão mineral). A alternativa B é incorreta, porque a construção das usinas hidrelétricas causa grandes impactos ambientais, tanto pelo desmatamento como pela inundação de grandes áreas. A alternativa C está correta, porque as operações de refino, exploração e transporte do petróleo correm risco de derramamento, como já ocorreu em várias partes do mundo, o que acarreta grandes danos ao meio ambiente. A alternativa D Além da dinâmica atmosférica relatada no texto, a ocorrência de neve, nessas regiões, está diretamente relacionada a um fator geográfico do clima. Com base no texto e nos conhecimentos sobre as características climáticas da Região Sul do Brasil, assinale a alternativa que indica, corretamente, esse fator geográfico do clima. Latitude Altitude Longitude Maritimidade Continentalidade RESPOSTA: B COMENTÁRIO: A questão aborda a habilidade 26 do novo Enem, o qual busca identificar em fontes diversas o processo de ocupação dos meios físicos e as relações da vida humana com a paisagem. A alternativa B é a correta, pois menciona a altitude (Planalto Sul e regiões serranas) com o fator geográfico responsável pela mudança climática, principalmente nos trechos “... baixando as temperaturas, principalmente, nas regiões do Planalto Sul...” e “... Quem comemora a chegada do frio são os hoteleiros das regiões serranas de Santa Catarina e do Rio Grande do Sul...”. 124. Atualmente, os elementos naturais fundamentais para a anutenção da vida na Terra, tais como água, solos e ar, entre outros, correm o risco de esgotamento. Considerando essa informação e sobre o processo de ocupação dos meios físicos e as relações da vida humana com a paisagem, é possível inferir corretamente que o uso de produtos químicos, em larga escala, na aquicultura e a mineração em áreas restritas expõem o solo ao desgaste. o elevado crescimento demográfico exige maior consumo de água e gera nas cidades a formação das “ilhas de calor”. 48 a intensa queima de combustíveis fósseis produz 126. Platão acreditava que estamos em contato com uma realidade única e inalienável? Não, pois distinguia duas realidades. Sim, sempre uma única realidade. Sim, a realidade sensível, que é superior a qualquer uma que depois possa aparecer. Platão não tem a realidade como sendo um dos seus focos de reflexão; Sendo, realista, Platão se debruça sobre apenas a realidade dos sentidos. Resposta: (A) Explicação da resposta: Há dois tipos de realidade em Platão: a inteligível e a sensível. A realidade inteligível é imutável; a realidade sensível diz respeito a tudo o que afeta os sentidos. Esta última realidade é mutável. grandes quantidades de dióxido de carbono, principal fator de poluição do ar. o uso intensivo na agricultura de clorofluorcarboneto provocou o buraco na camada de ozônio, situado principalmente sobre os EUA. o aumento da construção de grandes barragens no mundo gera um fenômeno conhecido como “estresse hídrico”, isto é, carência de água. RESPOSTA: C COMENTÁRIO: A alternativa A é incorreta, porque o processo de degradação dos solos, em geral, é função da associação de fatores naturais com práticas predatórias. Dentre as práticas predatórias, podem-se destacar o desmatamento de extensas florestas, a agropecuária intensiva com uso, em larga escala, de agrotóxicos e a mineração de grande porte. Trata-se de atividades que deixam o solo exposto à ação de processos erosivos. A alternativa B é incorreta, porque a formação das “ilhas de calor” dependem de outros fatores que não o mencionado na assertiva, tais como: emissão de poluentes que retêm calor; tipologia do espaço construído (pavimentação asfáltica, materiais utilizados na construção, altura dos prédios – verticalização, impedindo a circulação do ar); ausência de áreas verdes. A alternativa C é correta, porque há intensa queima de combustíveis fósseis, principalmente em função do aumento da circulação de veículos automotores no mundo, e esta queima produz grandes quantidades de dióxido de carbono, que é considerado o principal fator de poluição do ar. A alternativa D é incorreta, porque o buraco na camada de ozônio foi causado predominantemente pela emissão de CFC (clorofluorcarboneto) utilizado na indústria de refrigeração e aerossóis e situa-se principalmente sobre a Antártida. A alternativa E é incorreta, porque, apesar de a maior parte da superfície do planeta ser coberta por água, a disponibilidade para o consumo humano é pequena; assim, sendo a água um recurso finito com múltiplos usos, e diante do aumento significativo do consumo mundial, gera-se o denominado “estresse hídrico”, que, segundo o Banco Mundial, ocorre quando a disponibilidade de água não chega a 3 1000 m anuais por habitante. A construção de represas, mesmo guiada por finalidades econômicas, ocorre principalmente como busca de solução para a superação da carência de água, nos seus múltiplos usos, e tem gerado, evidentemente, impactos na natureza, destacando-se, entre eles, alterações significativas na dinâmica da vida aquática. 127. Em Schopenhauer a vontade é enganosa. Somente a representação é exata. Errado. É o contrário: a vontade é verdadeira e a representação é enganosa. Certo. A vontade é enganosa. Schopenhauer não trabalha a questão da vontade. A vontade é racional, por tanto segura. Nada é representado, tudo é apreendido. Resposta: (A) Explicação da resposta: A representação é enganosa. Temos que o ser verdadeiro é a vontade. A vontade é irracional. O homem quer não por que tem um motivo para querer, porém cria razões porque quer. 128. Schopenhauer acreditou que a ciência, como contemplação, era uma das maneiras de superação dos limites anunciados pela vontade. Sim. Sim, mas em apenas um único caso. O correto é dizermos a arte, não á ciência. Schopenhauer acreditou que a arte tinha esta propriedade, mesmo que passageira, superficial. Resposta: (C) COMENTÁRIO: Tal característica contemplativa, Schopenhauer atribui a ARTE e não a CIÊNCIA. 129. É correto afirmarmos que Hegel se esqueceu de diferenciar o espírito subjetivo do espírito objetivo? Sim, ele negligenciou este aspecto. Sim, ele não soube diferenciar. Não, o filósofo estabeleceu a diferenciação. Hegel utiliza o materialismo histórico, para diferenciar tais aspectos; Hegel, resume seus estudos ao campo da realidade empírica, daí negligenciar a subjetividade. Resposta: (C) COMENTÁRIO: Hegel fez esta diferenciação. Para o filósofo, o espírito subjetivo é o de cada indivíduo, e o espírito objetivo é a manifestação da idéia na história: seu ápice é representado pelo estado; este efetiva a razão universal humana, síntese do espírito subjetivo e do objetivo no espírito absoluto. FILOSOFIA 125. Aristóteles modifica o dualismo platônico? Não, o filósofo segue em outra direção. Sim, ele o confirma. Ele não compreendeu Platão. coloca-se totalmente em sintonia com a teoria platônica; Cria uma teoria que apenas aprimora o platonismo. Resposta: (A) Explicação da resposta: Aristóteles é realista. Insere na própria experiência o inteligível e o sensível como dualismo. Desenvolve assim em outras bases a relação entre o sujeito e o objeto. 49 130. Leia o texto com atenção: “São os homens os produtores das suas representações, das suas ideias, mas os homens reais agentes, tais como são condicionados por um desenvolvimento determinado das suas forças produtivas e das relações que lhes correspondem. A consciência não pode ser coisa diversa do ser consciente e o ser dos homens é o seu processo de vida real. (?) A consciência é por tanto, desde início, um produto social, e assim sucederá enquanto existirem homens em gera”l. De acordo com o conteúdo do texto podemos a firmar que se trata das ideias do filósofo: Jean Paul Sartre; John Locke; Hegel; Karl Marx; Nietzsche. Resposta (D) COMENTÁRIO: O texto traz de forma bem explicita a ideologia de Karl Marx, ou Materialismo Dialético. capitalista está errado e, desta forma, deve ser destruído para a abertura da Ditadura do Proletariado, base do pensamento anarquista. O anarquismo que usa a letra A cortada como símbolo levanta a chama de se assemelhar ao que notamos em grupos de traficantes como o PCC (Primeiro Comando da Capital) ou o CV(Comando Vermelho) que também adotam símbolos como emblemas. Pelo fato que os movimentos sociais, que hoje reivindicam paz, igualdade, justiça, democracia, muitas vezes serem pintados como atos ilícitos e, desta forma, tachados como vandalismos ou insubordinações, como foi feito pela mídia ao levantar as razões do anarquismo. Devido ao fato que o anarquismo sempre pregou a violência em todas as suas fases de construção e assim tem sido a base de muitos movimentos de rebelião no Brasil, como os que ocorrem hoje entre militares em Salvador e no Rio de Janeiro. RESPOSTA: D COMENTÁRIO: 131. “O homem é a medida de todas as coisas daquelas que são por aquilo que são e daquelas que não são por aquilo que não são”. O texto acima é de autoria do filósofo (...) e expressa á essência do pensamento: Sócrates e a maiêutica; Zenão e o Estoicismo; Aristóteles e a reminiscência; Platão e o silogismo; Protágoras e o Ceticismo. Resposta: (E) COMENTÁRIO: O sofista Protágoras, ao afirmar ser o homem a medida de todas as coisas, e colocar a verdade como algo relativo ao homem, inaugura a corrente de pensamento denominada de ceticismo. 133. “Na primeira noite eles aproximam-se e colhem uma Flor do nosso jardim e não dizemos nada. Na segunda noite, já não se escondem; pisam as flores, matam o nosso cão, e não dizemos nada. Até que um dia o mais frágil deles entra sozinho em nossa casa, rouba-nos a lua e, conhecendo o nosso medo, arranca-nos a voz da garganta. E porque não dissemos nada, já não podemos dizer nada.” 132. Vladimir Maiakovski Fortemente impressionado pelo movimento revolucionário russo e impregnado desde cedo de obras socialistas, Maiakovski ingressou aos quinze anos na facção bolchevique do Partido Social-Democrático Operário Russo. Detido em duas ocasiões, foi solto por falta de provas, mas em 1909-1910 passou onze meses na prisão. Entrou na Escola de Belas Artes de onde foi expulso em seguida. Passou a realizar viagens para divulgar sua arte. Após a Revolução de Outubro aderiu ao novo regime. Maiakovski se dedicou a desenhos e legendas para cartazes de propaganda e, no início da consolidação do novo Estado, exaltou campanhas sanitárias e fez publicidade de produtos diversos. Tentando claramente demonstrar a força do regime czarista, escreveu o poema anterior do qual podemos analisar que a ideia básica é. mostrar como o silêncio pode impregnar a pessoa de medo. mostrar como a alienação funciona como forma de viver em paz. http://www.brasilescola.com/sociologia/anarquismo.htm Para muitos jovens se criou com o tempo uma grande confusão entre o que o anarquismo prega e a visão de que qualquer distúrbio social ou balburdia ser um ato anárquico. Esta confusão se dá principalmente por alguns elementos de interligação, como podemos observar esta junção corretamente no item: Os movimentos anárquicos estão ligados à luta pela desintegração do Estado, como também pregam a totalidade das rebeliões grevistas e sociais que ocorrem hoje no Brasil. As rebeliões que ocorrem em escolas e internatos terem como fio condutor a premissa que o sistema 50 mostrar como deve se cuidar de sua casa para ter mais segurança. mostrar como os seres humanos passaram a viver sem ter contato com seus vizinhos que viraram inimigos. mostrar como a lógica é útil para se ter uma vida saudável. RESPOSTA: A COMENTÁRIO: Negros: retirados de suas tribos... levados para feitorias ... de lá trazidos de barcos até as senzalas... extenuados até a morte! A comparação entre o sofrimento dos dois povos, guardados os limites de racionalidade sentimental e humana, tem fundamento? Não, porque a forma e, exatamente, o momento histórico diferente em que ocorreram os fazem diferir mostrando que a dor de um sempre será maior que a do outro. Sim, porque mesmo guardadas as devidas proporções foram povos desrespeitados em seus costumes e tradições, e destruídos pelo poder de um modelo que se julgava superior ao deles. Não, porque o sofrimento do povo judeu é muito maior que os negros, considerados até hoje uma raça inferior pela maioria das pessoas. Sim, porque eram povos de mesma origem e assim perseguidos pela mesma razão. Não, porque mesmo ocorrido na mesma época cada um deles teve sua dor marcada por particularismos pessoais. RESPOSTA: B COMENTÁRIO 134. http://monitoriacienciapolitica.blogspot.com/2009/08/rousseau.html Considerado um dos mais radicais dos iluministas JeanJacques Rousseau expressou sua linha de pensamento em vários livros e frases. A frase que segue mostra uma das suas formas de pensamento: “Vosso filho nada deve obter porque pede, mas porque precisa, nem fazer nada por obediência, mas por necessidade.” Partindo desta premissa, notamos que as ideias de Rousseau estão ligadas a uma das frases abaixo que norteia o pensamento sobre a sociedade naquela época. No âmbito familiar as concessões feitas pelos pais aos filhos devem ser sempre ligadas ao ato caridoso e pelo pedido fraternal. O preceito da necessidade é sem valor para as teorias de Rousseau. A obediência é fruto da necessidade e, portanto, interligadas de forma que uma valoriza a outra. A necessidade deve ser respeitada como um bem maior que o simples desejo de ter. Tudo que se pede deve ser oferecido para saciar os interesses daqueles que clamam. RESPOSTA: D COMENTÁRIO: 136. Quando a Revista utiliza a frase “Michel Teló traduz os valores da cultura popular para os brasileiros de todas as classes”, podemos afirmar corretamente que: este tipo de “música” que o cantor exprime é unanimidade em todas as classes e todos os gostos musicais. a cultura brasileira realmente tem nessa chamada musicalidade brega seu maior exemplar de difusão de valores sociais, deixando para trás estilos que não se ouvem mais como a Bossa Nova ou o Tropicalismo. sucessos musicais como este são os que passam a se eternizar na memória e serão guardados como um exemplar de revista, que é arquivado pelos dados fundamentais para o indivíduo colecionador. 135. Judeus: retirados de casa... levados a guetos... de lá transportados de trem para campos de concentração... extenuados até a morte! 51 a revista se utiliza de um apelo sensacionalista para se promover e desta forma cria, neste estilo musical, um exemplo a ser seguido por todos com a contextualização de ser o valor da cultura nacional. a onda musical tomada por este estilo de musicalidade tem se perpetuado no Brasil de forma pequena, não se espalhando pelo restante do planeta. RESPOSTA: D COMENTÁRIO: a felicidade e o conforto ao maior número possível de pessoas. a crença no racionalismo, na livre iniciativa no progresso, daí decorrendo a necessidade de manter a menor interferência governamental possível na atividade econômica. a crença de que o bem-estar social seria assegurado pelo respeito aos costumes tradicionalmente aceitos e estabelecidos. a ideia de que a sociedade seria formada por uma teia de relações, tornando necessário ao homem agir em função dos seus semelhantes. a ideia de que só um governo centralizado e forte poderia assegurar a liberdade econômica e a obtenção dos objetivos individuais. RESPOSTA: B COMENTÁRIO: 137. Quando as embarcações de Colombo aportaram na América, de fato não a ‘descobriram’, pois muita gente já vivia em nosso continente. O que de fato ocorreu foi a integração da América ao continente europeu, ou, mais exatamente, à sociedade mercantil. Há quem pense que essa integração foi um favor que os europeus ‘civilizados’ prestaram aos indígenas ‘bárbaros’. Isto não é verdade. As sociedades nativas eram socialmente muito complexas e desenvolvidas e sua incorporação teve custos humanos imensos, graças a massacres cruéis perpetrados pelos cristãos ‘civilizados’ da Europa.” 139. O Artigo 221 da Constituição Federal da República Federativa do Brasil diz que a produção e a programação das emissoras de rádio e televisão atenderão aos seguintes princípios: I. preferência a finalidades educativas, artísticas, culturais e informativas; II. promoção da cultura nacional e regional e estímulo à produção independente que objetive sua divulgação; III. regionalização da produção cultural, artística e jornalística, conforme percentuais estabelecidos em lei; IV. respeito aos valores éticos e sociais da pessoa e da família. Levando-se em consideração tais dados, como podemos observar e afirmar o que ocorre com a programação das emissoras de TV: Obedecem criteriosamente a Constituição. Desobedecem, mas com o respaldo do próprio governo. Não usam de forma nenhuma termos grosseiros nem imagens agressivas para conseguir seguidores e aumentar seu IPOBE. São censuradas diretamente quando exibem algo que foge dos padrões que o artigo 221 da Constituição clama. Desrespeitam a Constituição e agridem os princípios da ética e da moral em vários programas que exibem. RESPOSTA: E COMENTÁRIO: (PINSKY, J. et al. História da América através de textos. São Paulo: Contexto, 1991, p. 11) A leitura do texto nos permite inferir que no processo de conquista da América pelos europeus: teve como maior justificativa ideológica a necessidade de encontrar riquezas e melhorar a economia europeia. a descoberta do continente americano pelos europeus é um fato histórico concreto e incontestável. a colonização europeia foi responsável pela livre assimilação da cultura nativa por parte dos europeus. a tradicional abordagem histórica enfatizava o caráter inferior dos indígenas e os benefícios da colonização. os povos indígenas da América tornaram-se vítimas dos europeus devido à sua desorganização social. RESPOSTA: C COMENTÁRIO: 138. Segundo o historiador Eric Hobsbawn, para o liberalismo clássico o homem era um animal social apenas na medida em que coexistia em grande número. Por isso, considera que o símbolo literário do “homem” dessa corrente de pensamento foi Robinson Crusoé, que conseguiu, após um naufrágio, viver quase três décadas numa ilha deserta, criando, sozinho, as condições de sua sobrevivência. Em consonância com esse perfil, o pensamento liberal pressupõe: a crença no progresso, que deveria assegurar, através da intervenção governamental na atividade econômica, 140. Leia, atentamente, a letra da música “Estudo Errado”, de Gabriel O Pensador e responda o que se pede a seguir: Eu tô aqui pra quê? 52 a complexa formação étnica da sociedade açucareira, misturando raças em detrimento dos costumes portugueses. a natural corrupção do ser humano, que jamais encontra limites, seja na Igreja ou polícia, para a expressão dos instintos. as relações sociais de produção presentes nas estruturas do engenho açucareiro, base da ordem social colonial. RESPOSTA: E COMENTÁRIO: Será que é pra aprender? Ou será que é pra aceitar, me acomodar e obedecer? ... Decorei toda lição Não errei nenhuma questão Não aprendi nada de bom Mas tirei dez (boa filhão!) Quase tudo que aprendi, amanhã eu já esqueci Decorei, copiei, memorizei, mas não entendi Quase tudo que aprendi, amanhã eu já esqueci Decorei, copiei, memorizei, mas não entendi Decoreba: esse é o método de ensino Eles me tratam como ameba e assim eu num raciocino Não aprendo as causas e consequências só decoro os fatos Desse jeito até história fica chato Mas os velhos me disseram que o "porque" é o segredo Então quando eu num entendo nada, eu levanto o dedo Porque eu quero usar a mente pra ficar inteligente. De acordo com a letra da música, assinale o item que corresponde às novas metodologias de ensino de História: a memorização da história amplia a capacidade cognitiva, mas sua eficácia depende de dinâmicas que tornem as aulas menos cansativas. a aprendizagem dos “porquês” da história compreende a história sem verdades prontas e acabadas, contribuindo para a formação do cidadão crítico. a memorização das ações dos heróis e/ou vilões da história proporciona a construção de uma sociedade justa e igualitária. a aprendizagem apenas dos fatos é insuficiente para compreender a história, sendo necessário também decorar as causas, as consequências e as datas. a construção de um conhecimento histórico efetivo não pode acontecer, pois a História necessita de um conteúdo científico. RESPOSTA: B COMENTÁRIO: 142. “A criação de um proletariado despossuído, (...) cultivadores vítimas de expropriações violentas repetidas, foi necessariamente mais rápida que sua absorção pelas nascentes manufaturas. (...) Forma-se uma massa de mendigos, ladrões e vagabundos. Desde o final do século XV e durante todo o século XVI, na Europa Ocidental, foi criada uma legislação sanguinária contra o ócio. Os pais da atual classe operária foram castigados por terem sido reduzidos à situação de vagabundos e pobres. A legislação os tratava como criminosos voluntários; ela pressupunha que dependia de seu livre arbítrio continuar a trabalhar como antes.” (MARX, Karl. O Capital. Paris, Garnier-Flamarion, 1969.) As transformações econômicas e sociais costumam gerar profundas alterações no chamado “mundo do trabalho”. A situação apontada por Marx refere-se ao processo histórico: das revoluções anticapitalistas, ocorridas na Europa, contra as quais a burguesia determinou severa repressão. das revoltas operárias, como o ludismo, voltadas à destruição das máquinas e à exploração por elas causada. da Revolução Francesa, na qual os trabalhadores foram transformados em massa de manobra dos interesses burgueses. de cercamento dos campos, com o deslocamento de um grande contingente de despossuídos da sua área rural de origem. da Revolução Industrial, quando os criminosos eram expulsos das fábricas e proibidos de trabalhar em outra ocupação, pela legislação vigente. RESPOSTA: D COMENTÁRIO: 141. Diz-se geralmente que a negra corrompeu a vida sexual da sociedade brasileira (...). É absurdo responsabilizar-se o negro pelo que não foi obra sua (...), mas do sistema social e econômico em que funcionaram passiva e mecanicamente. Não há escravidão sem depravação sexual. É da essência mesma do regime. (...) Não era o negro (...) o libertino: mas o escravo a serviço do interesse econômico e da ociosidade voluptuosa dos senhores. Não era a ‘raça inferior’ a fonte de corrupção, mas o abuso de uma raça por outra. (FREYRE, Gilberto. Casa-grande & senzala. Rio de Janeiro: Record, 2001. p. 372 e 375.) Considerando o texto, é correto afirmar que a degradação moral da sociedade açucareira do Nordeste brasileiro tinha como eixo: a estrutura frágil da Igreja colonial e seu reduzido trabalho na disseminação dos valores cristãos. as relações de poder entre a metrópole e a colônia, desfavoráveis a essa última quanto aos preços dos seus produtos. 143. A história de todas as sociedades tem sido a história das lutas de classe. Classe oprimida pelo despotismo feudal, a burguesia conquistou a soberania política no Estado moderno, no qual uma exploração aberta e direta substituiu a exploração velada por ilusões religiosas. A 53 estrutura econômica da sociedade condiciona as suas formas jurídicas, políticas, religiosas, artísticas ou filosóficas. Não é a consciência do homem que determina o seu ser, mas, ao contrário, são as relações de produção que ele contrai que determinam a sua consciência. processo histórico que deu origem à exclusão social de parte considerável da população negra e uma de suas consequências, tanto no caso norte-americano quanto no brasileiro: Oficialização do apartheid – acesso a escolas segregadas. Implantação do escravismo nas colônias – desvalorização do trabalho manual. Empreendimento de uma política imperialista moderada – restrição à ocupação de cargos de liderança. Existência de relações escravistas na África – uso diferenciado de meios de transporte coletivos. Declaração dos direitos humanos – manutenção da censura. RESPOSTA: B COMENTÁRIO: (Adaptado de K. Marx e F. Engels, Obras escolhidas. São Paulo: Alfa-Ômega, s./d., vol 1, p. 21-23, 301-302.) As proposições dos enunciados acima podem ser associadas ao pensamento conhecido como: pensamento mítico, ligado à ação de deuses poderosos, dentro de uma perspectiva de tempo cíclico. materialismo histórico, que concebe a História a partir da luta de classes e da determinação das formas ideológicas pelas relações de produção. positivismo, que encara a História como um conjunto de dados quantificáveis e dispostos em ordem cronológica. teocentrismo, reafirmando uma concepção providencialista e linear da História. História social, com ênfase nas mentalidades e cotidiano das civilizações antigas. RESPOSTA: B COMENTÁRIO: 145. O presidente Luiz Inácio Lula da Silva sancionou em Brasília, em 20 de julho, o Estatuto da Igualdade Racial. No texto que foi aprovado pelo Congresso Nacional não há a previsão de cotas para negros em universidades, empresas e candidaturas políticas. O estatuto tem= como objetivo promover políticas públicas de combate à discriminação e igualdade de oportunidades. Entre outros pontos, o estatuto obriga as escolas públicas e privadas de ensino médio e fundamental a ensinar história geral da África e da população negra no Brasil. O texto também reconhece a capoeira como esporte. 144. (Disponível em: http://noticias.terra.com.br/brasil/noticias) A aprovação do Estatuto da Igualdade Racial suscitou debates na opinião pública nacional, com defensores e críticos. Apesar da polêmica, a importância do estatuto pode ser compreendida pelo fato de que: introduziu na legislação brasileira o racismo na categoria de crime inafiançável. garantirá aos afrodescendentes emprego em instituições públicas e privadas. reconhece a existência de racismo e seus efeitos sobre a parcela negra da população buscando ações afirmativas para combatê-lo. prioriza a história do continente africano em detrimento do ensino da história eurocêntrica. permitirá a inserção de políticas raciais baseadas em critérios pautados em estudos científicos. RESPOSTA: C COMENTÁRIO: Martin Luther King A mão na limpeza (...) É, imagina só O que o negro pensava (...) Negra é a mão de quem faz a limpeza Lavando a roupa encardida, esfregando o chão Negra é a mão, é a mão da pureza (...) Limpando as manchas do mundo com água e sabão Negra mão da imaculada nobreza (...) (Gilberto Gil) A luta dos negros pela igualdade de direitos contou, nos Estados Unidos, nas décadas de 1950 e 1960, com a liderança do pacifista Martin Luther King. No Brasil, por meio de sua música, Gilberto Gil é uma das vozes que denunciam as condições precárias de vida de parcela dessa população. Assinale a opção que indica respectivamente o 146. 54 147. “É preciso dizer que, com a superioridade excessiva que proporcionam a força, a riqueza, [...] [os muito ricos] não sabem e nem mesmo querem obedecer aos magistrados [...] Ao contrário, aqueles que vivem em extrema penúria desses benefícios tornam-se demasiados humildes e rasteiros. Disso resulta que uns, incapazes de mandar, só sabem mostrar uma obediência servil e que outros, incapazes de se submeter a qualquer poder legítimo, só sabem exercer uma autoridade despótica.” (Escola de Atenas – Rafael Sanzio) (Aristóteles, A Política.) Observe a obra clássica de Rafael Sanzio, em que há uma síntese de vários elementos da fi losofi a grega, e leia atentamente os textos abaixo, respectivamente, de Platão e de Aristóteles: [...] a admiração é a verdadeira característica do filósofo. Não tem outra origem a filosofia. Segundo Aristóteles (384-322 a.C.), que viveu em Atenas e em outras cidades gregas, o bom exercício do poder político pressupõe o confronto social entre ricos e pobres. a coragem e a bondade dos cidadãos. uma eficiente organização militar do Estado. a atenuação das desigualdades entre cidadãos. um pequeno número de habitantes na cidade. RESPOSTA: D COMENTÁRIO: (PLATÃO, Teeteto. Tradução de Carlos Alberto Nunes. Belém: Universidade Federal do Pará, 1973. p. 37.) Com efeito, foi pela admiração que os homens começaram a filosofar tanto no princípio como agora; perplexos, de início, ante as dificuldades mais óbvias, avançaram pouco a pouco e enunciaram problemas a respeito das maiores, como os fenômenos da Lua, do Sol e das estrelas, assim como a gênese do universo. E o homem que é tomado de perplexidade e admiração julga-se ignorante (por isso o amigo dos mitos é, em certo sentido, um filósofo, pois também o mito é tecido de maravilhas); portanto, como filosofavam para fugir à ignorância, é evidente que buscavam a ciência a fim de saber, e não com uma finalidade utilitária. 148. “(...) Quando, pois, Aristóteles define o homem como animal político, ele não se refere à participação do indivíduo nas questões de governo, como algo profissionalizado, tal qual hoje. Ser político era ser cidadão e ser cidadão era ser homem perfeito, realizado.(...) Na Grécia, não existia a democracia representativa, na qual profissionais políticos se tornavam representantes dos cidadãos no governo da sociedade. As grandes decisões eram tomadas na Assembleia de todos os cidadãos.” (ARISTÓTELES. Metafísica. Livro I. Tradução Leonel Vallandro. Porto Alegre: Globo, 1969. p. 40.) Com base no exposto anterior e nos conhecimentos sobre a origem da filosofia, é correto afirmar: A filosofia surgiu, como a mitologia, da capacidade humana de admirar-se com o extraordinário e foi pela utilidade do conhecimento que os homens fugiram da ignorância. A admiração é a característica primordial do filósofo porque ele se espanta diante do mundo das ideias e percebe que o conhecimento sobre este pode ser vantajoso para a aquisição de novas técnicas. Ao se espantarem com o mundo, os homens perceberam os erros inerentes ao mito, além de terem reconhecido a impossibilidade de o conhecimento ser adquirido pela razão. Ao se reconhecerem ignorantes e, ao mesmo tempo, se surpreenderem diante do anseio de conhecer o mundo e as coisas nele contidas, os homens foram tomados de espanto, o que deu início à filosofia. A admiração e a perplexidade diante da realidade fizeram com que a reflexão racional se restringisse às explicações fornecidas pelos mitos, sendo a filosofia uma forma de pensar intrínseca às elaborações mitológicas. RESPOSTA: D COMENTÁRIO: (Lara, Tiago Adão. A filosofia nas suas origens gregas) De acordo com o texto anterior e seus conhecimentos, podemos afirmar que a política na Grécia era pensada em termos míticos, considerando o homem um deus na medida em que era um ser perfeito. o texto mostra a característica igualitária da democracia grega, na medida em que todos os habitantes participavam da vida política da pólis. Aristóteles defendia a profissionalização da política como forma de tornar mais efcientes as estruturas de governo. a democracia grega era direta e não representativa, em que para ser cidadão não bastava votar, era preciso participar da assembleia e da administração da justiça. a democracia grega e a atual são idênticas no que tange ao aspecto da participação política, uma vez que mulheres, estrangeiros e escravos podiam exercer sua cidadania. RESPOSTA: D COMENTÁRIO: 55 Martin Luther King A mão na limpeza (...) É, imagina só O que o negro pensava (...) Negra é a mão de quem faz a limpeza Lavando a roupa encardida, esfregando o chão Negra é a mão, é a mão da pureza (...) Limpando as manchas do mundo com água e sabão Negra mão da imaculada nobreza (...) SOCIOLOGIA 149. (REPETIDA) (Gilberto Gil) A luta dos negros pela igualdade de direitos contou, nos Estados Unidos, nas décadas de 1950 e 1960, com a liderança do pacifista Martin Luther King. No Brasil, or meio de sua música, Gilberto Gil é uma das vozes que denunciam as condições precárias de vida deparcela dessa população. Assinale a opção que indica respectivamente o processo histórico que deu origem à exclusão social de parte considerável da população negra e uma de suas consequências, tanto no caso norte-americano quanto no brasileiro: Oficialização do apartheid – acesso a escolas segregadas. Implantação do escravismo nas colônias – desvalorização do trabalho manual. Empreendimento de uma política imperialista moderada – restrição à ocupação de cargos de liderança. Existência de relações escravistas na África – uso diferenciado de meios de transporte coletivos. Declaração dos direitos humanos – manutenção da censura. COMENTÁRIO: Nos dois casos trata-se de como a escravidão teve efeitos nocivos aos descendentes negros, tantos nos EUA – onde sofreram a privação de direitos políticos por séculos, quanto no Brasil, onde sofreram com o preconceito e a escassez de chances de ascensão social. Na sociedade colonial brasileira os negros foram colocados numa condição de humilhação e degradação que a charge representa de forma clara. Carregavam o mundo do trabalho nas costas, viviam sobre o domínio de outra cultura e, mesmo assim, sobreviveram. Deste legado da cultura negra é forte lembrar: O surgimento de grupos fundamentalistas que usaram de ações de guerrilha para durante a fase colonial brasileira perpetuar a cultura muçulmana forte em território nacional. O radicalismo de greves que chegaram a paralisar totalmente as plantações de açúcar no Nordeste por várias décadas no século XVI. O total abandono de sua cultura natural para reerguêla sobre bases católicas e evangélicas levando inclusive esses novos símbolos místicos para seus descendentes na África. A força da miscigenação que amplamente levou os negros casados com mulheres brancas de grandes posses econômicas a obter cargos de poder nas Câmaras Municipais. As fugas para Quilombos onde mantiveram vivas as tradições de suas raízes tanto culturais quanto religiosas. RESPOSTA: E COMENTÁRIO: A cultura negra conseguiu se preservar embasada na luta de um povo que tentou preservar suas raízes através de formas claras através de vários mecanismos como fugas, assassinatos, cultos, quilombos, etc. 151. Leia o trecho da entrevista com um ex-presidente dos Estados Unidos. Veja – Lucro rima com ONG? Bill Clinton – Sim. Queremos que os investidores tenham lucro. Não existe incompatibilidade. Sem lucro, as operações de microcrédito tendem a não ser sustentáveis. É preciso, porém, que a busca do lucro seja alinhada a objetivos sociais. (…) No nosso caso, recebemos 20 milhões de dólares do milionário mexicano Carlos Slim e do não menos rico Frank Giustra, do Canadá, para emprestar a pequenos empreendedores do Haiti. Eles vão ter lucro nessas operações, mas já se comprometeram a reinvesti-lo nos mesmos moldes. 150. (REPETIDA) (Veja, 22.06.2011. Adaptado.) Assinale a alternativa que corresponde ao pensamento econômico expresso no texto. 56 O pensamento do ex-presidente reflete concepções próprias de uma economia socialista, caracterizada por forte intervenção e planificação por parte do Estado. Para o ex-presidente, os problemas sociais devem ser resolvidos pelos próprios países, sem o apoio de ajudas externas. Na concepção do ex-presidente, organizações não governamentais devem ser entidades sem fins lucrativos. O ex-presidente defende princípios não liberais na área econômica. Para Bill Clinton, os problemas sociais podem ser resolvidos no interior da lógica da economia capitalista. RESPOSTA: E COMENTÁRIO: A questão apresenta uma visão econômica que manifesta a intenção de que “a busca do lucro seja alinhada a objetivos sociais”. Segundo o ex-presidente norte-americano, não há contradição entre esses dois fatores (econômicos e sociais). Esta visão opõe-se à noção de que os problemas sociais são inerentes à lógica capitalista de produção. Nesse sentido, somente a alternativa [E] está correta. Porque é necessário que se faça uma distinção rigorosa entre consumo e consumismo. Se a sociologia compreender essa diferença, poderá colaborar com outras áreas (como o marketing) para que a sociedade funcione cada vez melhor. RESPOSTA: D COMENTÁRIO: Somente a alternativa [A] está correta. Compreender o consumo das pessoas é uma preocupação das ciências sociais porque revela muitos aspectos da sociedade capitalista contemporânea. Todas as outras alternativas não dizem respeito a preocupações e análises sociológicas. 153. O governo brasileiro está numa situação muito delicada diante do golpe que depôs o presidente paraguaio Fernando Lugo.De um lado existem todos os compromissos com a democracia e o combate à pobreza, tanto com os brasileiros como no plano internacional [...] De outro lado está o agronegócio brasileiro, que se expandiu para o Paraguai em busca de menores custos de produção. [...] O núcleo do conflito é a propriedade da terra. A expansão recente das grandes fazendas e a mecanização no campo multiplicaram o número de agricultores familiares expulsos de suas terras. Uma parte deles se organizou no movimento sem terra, mas não encontra espaço na política para reivindicar seus direitos. 152. Durante muito tempo, boa parte dos cientistas sociais pensava que para entender uma sociedade bastava compreender o processo produtivo. O trabalho era, portanto, uma categoria chave para analisar sociedades. Hoje, cada vez mais, percebe-se que entender uma sociedade significa também compreender o que e como seus membros consomem. Esquecido durante muito tempo pelos cientistas sociais, o consumo se transformou em uma categoria central para entender as modernas sociedades complexas. BAVA, S. C. Golpe de Classe. Le Monde Diplomatique Brasil [Editorial]. Disponível em: <http://www.diplomatique.org.br/editorial.php?edicao...23a12>. Acesso em: 18/07/2012. O texto acima comenta o processo de impeachment sofrido por Fernando Lugo, presidente do Paraguai, deposto em 2012. A partir do texto, assinale a alternativa correta. Muitas vezes, os interesses democráticos e o combate à pobreza são colocados em segundo plano em relação aos interesses econômicos. As classes trabalhadoras são as principais responsáveis pelas mudanças políticas contemporâneas. A democracia no Paraguai continua forte, mesmo após o “golpe” de Estado. Nas relações internacionais, os países com mais poder são os que seguem os tratados de Direitos Humanos mais rigorosamente. O principal problema do Paraguai é o seu regime político instável. Solucionando isso, os seus conflitos internos tenderão a se pacificar. RESPOSTA: A COMENTÁRIO: Somente a alternativa [A] está correta. A democracia contemporânea está inserida em um contexto capitalista. Sendo assim, as relações internacionais são dadas não somente por interesses políticos ou sociais, mas, também, segundo os interesses econômicos de cada país. Esses interesses, muitas vezes, são preponderantes em relação aos outros. OLIVEN, R. G. Prefácio. Consumo, logo existo. In: LEITÃO, D.; MACHADO, R. P.; LIMA, D. (Org.). Antropologia e Consumo: diálogos entre Brasil e Argentina. Porto Alegre: AGE, 2006, p. 7. Tendo em vista o argumento acima descrito, por que é importante compreender a forma das pessoas consumirem? Porque vivemos em uma sociedade capitalista e industrial. Sendo assim, a esfera da produção está intimamente relacionada ao consumo. Nesse tipo de sociedade, as formas de consumo estão relacionadas tanto ao status, quanto à classe social e às relações sociais das pessoas. Porque para sobreviver, as pessoas precisam, antes de tudo, consumirem. Elas já consomem comida e, posteriormente, irão consumir outras coisas, como vestuário e produtos eletrônicos. O consumo, portanto, é uma expressão inerente ao homem. Porque é o consumo que diferencia o homem dos outros animais. Os macacos e os cães, por exemplo, não podem consumir nada. Porque alguém só se torna uma pessoa quando pode consumir bens. É por isso que a expressão “economicamente ativo” é tão importante atualmente. Sendo assim, a análise sociológica do consumo é uma necessidade econômica para ensinar as pessoas a consumirem melhor. 154. A respeito dos estudos sociológicos sobre religiões, é correto afirmar: Quatro características são importantes para conceituar religião: ser monoteísta, identificar preceitos morais, explicar as modificações do mundo e estar relacionada com o sobrenatural. 57 As religiões envolvem um conjunto de símbolos, que invocam sentimentos de reverência ou temor, e estão ligadas a rituais ou cerimônias. A religião, na modernidade, deixou de desempenhar um papel importante, o que refletiu a diminuição do número das igrejas, templos e santuários. A crença no sobrenatural não é universal, existindo grupos sociais que não apresentam nenhuma manifestação de espiritualidade. A religião é chamada magia quando pratica um cerimonial coletivo. RESPOSTA: B COMENTÁRIO: As religiões são objeto de estudo da sociologia praticamente desde a fundação dessa ciência. Tanto Weber quanto Durkheim apresentaram importantes estudos acerca desse fenômeno social. Mesmo tendo visões bastante diferentes, ambos os autores estabeleceram uma relação entre religião e sociedade, não admitindo a existência de sociedades sem religião. Verificase como, na sociologia, a noção de religião é mais ampla do que no senso comum. Sua definição está bem acertada na alternativa [B]. Somente a alternativa [A] está correta. Marx enxergava a religião como um elemento ideológico e alienante. Entretanto, é importante considerar que isso não significa que, para ele, a religião seja fruto da indústria cultural. Esse próprio conceito de indústria cultural não foi elaborado por Karl Marx, mas por seus sucessores da Teoria Crítica. 156. É um grande erro comparar culturas diferentes. Por exemplo, há indígenas que caçam, pescam, coletam e para isso precisam de uma grande área, enquanto nós podemos escolher nossos produtos industrializados e com conservantes nas prateleiras de qualquer supermercado. SAKAMOTO, Leonardo. Se os índios estão com fome e não têm terras, que comam brioches!. Blog do Sakamoto. 25 jul. 2012. Disponível em: <http://blogdosakamoto.blogosfera.uol.com.br/ 2012/07/25/...brioches/>. Acesso em 26 jul. 2012. O trecho acima apresenta uma recomendação metodológica acerca da análise cultural. A partir dele e de seus conhecimentos sobre diversidade cultural, assinale a alternativa correta. As culturas devem ser analisadas em uma perspectiva comparada, a partir de uma análise estatística. As culturas devem ser estudadas e conhecidas a partir de sua especificidade. O método etnográfico busca fazer exatamente isso. As culturas devem ser estudadas a partir de seu sistema político. O método mais eficaz é o da pesquisa de opinião. As culturas devem ser estudadas a partir da sua saúde. O melhor método é o de entrevistas. As culturas são analisadas a partir de sua produção artística. Para tanto, deve-se utilizar o método de análise bibliográfica. RESPOSTA: D COMENTÁRIO: A alternativa [B] é a mais correta. Uma vez que as ciências sociais não buscam comparar culturas diferentes, mas compreendê-las na sua especificidade, o método mais adequado para esse tipo de análise é a etnografia. Ela corresponde justamente a uma imersão do pesquisador na cultura que pretende analisar. Ele buscará fazer entrevistas, participar de rituais e compreender como a cultura “funciona”, segundo as suas próprias regras. 155. O estudo da religião é uma atividade desafiadora, que impõe demandas muito especiais à imaginação sociológica. Ao analisar práticas religiosas, temos que compreender as muitas crenças e rituais diferentes encontrados nas diversas culturas humanas. GIDDENS, A. Sociologia. 6ª edição. Porto Alegre: Penso, 2012, p. 483. A abordagem sociológica acerca do fenômeno da religião é bastante variada. Karl Marx, ao analisar a função da religião na sociedade capitalista, faz uma interpretação bem diferente daquele de Durkheim e de Weber. Que abordagem é essa adotada por Marx? Marx relaciona a religião com a alienação e a ideologia. Segundo ele, a religião conforma os homens no regime de dominação no qual eles vivem, destituindo-os da sua capacidade de transformação da realidade e justificando desigualdades e injustiças em nome de deuses que são, na verdade, fruto da criação humana. Marx faz uma abordagem otimista acerca da religião. Segundo ele, todas as religiões, em um sistema capitalista mundial, tendem a se sincretizar em um único modelo religioso de valorização do homem enquanto ser fundamental. Marx considera a religião como elemento fundante do capitalismo moderno. Para ele, a religião oferece a base sobre a qual a moral burguesa irá se constituir. A essa base ele deu o nome de espírito do capitalismo. Marx analisa a religião a partir do totemismo australiano. É desse modelo religioso que ele extrai a importância da religião para a solidariedade orgânica no capitalismo. Marx compreende a religião como um produto da indústria cultural. Tal como os produtos culturais de massa, a religião tem a característica de inebriar a população, fazendo com que ela não perceba os problemas sociais. É por isso que ele afirmou que “a religião é o ópio do povo”. RESPOSTA: A COMENTÁRIO: 157. Mesmo o exercício de atividades consideradas como parte da fisiologia humana podem refletir diferenças de cultura. Tomemos, por exemplo, o riso. Rir é uma propriedade do homem e dos primatas superiores. O riso se expressa, primariamente, através da contração de determinados músculos da face e da emissão de um determinado tipo de som vocal. O riso exprime quase sempre um estado de alegria. Todos os homens riem, mas o fazem de maneira diferente por motivos diversos. LARAIA, Roque de Barros. Cultura: um conceito antropológico. Rio de Janeiro, Jorge Zahar Ed., 2003, p. 68-69. A partir do texto acima, é correto afirmar que: I. O riso é universal. Todas as pessoas riem de forma semelhante. II. O riso varia não somente conforme a pessoa, mas também conforme a cultura. Pessoas de culturas diferentes riem de maneiras diferentes e por motivos diferentes. 58 III. Não somente a forma de rir, mas também as formas de comer e de andar variam de cultura para cultura. IV. A cultura é um sistema fechado, que determina como os homens devem agir. Há culturas estáticas e culturas dinâmicas. V. A cultura varia conforme a geografia do lugar. Pessoas de lugares mais quentes são mais acolhedoras, enquanto pessoas de lugares mais frios são mais individualistas. Somente as afirmativas I e II são corretas. Somente as afirmativas II e III são corretas. Somente as afirmativas III e IV são corretas. Somente as afirmativas IV e V são corretas. Somente as afirmativas II e V são corretas. RESPOSTA: D COMENTÁRIO: Somente as afirmativas II e III estão corretas. O riso varia segundo a cultura. Cultura não corresponde a um sistema fechado e definido geograficamente; ela varia conforme uma série de fatores e relações, sendo dinâmica e mutável. outras capacidades e hábitos adquiridos pelo homem na condição de membro da sociedade”. TYLOR, Edward Burnett. A ciência da Cultura. In: CASTRO, Celso (org.) Evolucionismo cultural: textos de Morgan, Tylor e Frazer. Rio de Janeiro: Jorge Zahar, 2005. p.69. Nessa ampla definição, Tylor incorpora, no conceito de cultura, todas as possibilidades de realização humana e enfatiza o aprendizado como um aspecto importante para a formação social do homem. Nessa perspectiva, todas as alternativas abaixo apresentam uma compreensão sociológica do conceito acima, exceto: O aprendizado, como um aspecto cultural, é um conceito, que se opõe à ideia da transmissão genética do conhecimento, pois esta última enfatiza os condicionantes biológicos do homem. A manutenção da sociedade não pode ser compreendida por elementos geneticamente programados, mas, pelas relações estabelecidas entre o homem e a natureza e entre eles. As relações sociais, permeadas pelas crenças, imagens, mitos, ritos e normas, podem ser consideradas como representações simbólicas do convívio social. O conceito citado nos permite localizar a cultura das seguintes formas: intraorgânica, interorgânica e extraorgânica. A discriminação, a violência e a agressividade verbal são formas de expressar um relativismo cultural, pois permitem ao grupo valorizar as competências e as habilidades dos seus membros em interação. RESPOSTA: E COMENTÁRIO: Somente a alternativa [E] é incorreta. A discriminação e a violência não são expressões do relativismo cultural, mas do etnocentrismo, uma vez que, a pessoa que assim age, demonstra acreditar que a sua cultura é superior às demais. 158. Nosso objetivo político e teórico, como antropologos, era estabelecer definitivamente – não o conseguimos; mas acho que um dia vamos chegar lá – que índio não é uma questão de cocar de pena, urucum e arco e flecha, algo de aparente e evidente nesse sentido estereotipificante, mas sim uma questão de “estado de espírito”. Um modo de ser e não um modo de aparecer. CASTRO, E. V de. No Brasil todo mundo é índio, exceto quem não é. ISA, 2006. Disponível em: <http://pib.socioambiental.org/files/...Dndio.pdf>. Acesso em 18/07/2012. A partir do texto acima e dos seus conhecimentos sobre diversidade cultural, julgue as afirmativas a seguir e assinale a alternativa correta. I. É possível que existam índios sem cocar de pena e urucum. Entretanto, o índio acaba por perder sua cultura quando chega à cidade. II. É importante para todo índio tenha contato com a cidade. III. Os índios devem se manter isolados da cidade, para que assim possam manter suas raízes culturais preservadas. IV. O “estado de espírito” indígena não é uma questão de definição, mas de vivência da própria identidade. Somente as afirmativas I, III e IV são corretas. Somente as afirmativas II e IV são corretas. Somente as afirmativas III e IV são corretas. Somente a afirmativa I é correta. Somente a afirmativa IV é correta. RESPOSTA: D COMENTÁRIO: Somente a afirmativa IV está correta. Da mesma forma que um brasileiro não deixa de se sentir brasileiro quando vai a outro país, um índio não deixa de ser índio por ter contato com a cidade. Sendo assim, quem define se o índio deve ou não ter contato com a cidade é ele mesmo. 160. Observe a figura a seguir. O Super-Homem ganha poderes pelos efeitos dos raios solares, mas tem uma fraqueza: o minério criptonita. O Homem-Aranha adquire habilidades depois da picada de um aracnídeo. O Quarteto-Fantástico nasce dos efeitos de uma tempestade cósmica. Um a um, os elementos da natureza tornam-se importantes para o nascimento de vários super-heróis. Porém, mais do que superpoderosos, esses heróis de Histórias em Quadrinhos (HQ) também “escondem um segredo”: 159. Leia o texto abaixo: “Cultura (...) é aquele todo complexo, que inclui conhecimento, crença, arte, moral, lei, costume e quaisquer 59 I, II e IV, somente. RESPOSTA: E COMENTÁRIO: Somente o argumento III está incorreto. Pode-se dizer que a noção de profissão como dever continua presente em nossa sociedade devido a todos os outros argumentos presentes na questão. I. Reforçam a ideologia de uma nação soberana, a estadunidense, protegida dos inimigos, o que a credenciaria como mantenedora da liberdade mundial. II. Veiculam subliminarmente a crença da supremacia dos brancos, enquanto suposta raça mais forte e inteligente face aos demais grupos étnicos do planeta. III. Defendem a ideologia da igualdade necessária entre as classes, sem a qual o mundo não poderia viver em paz e em harmonia. IV. Reconhecem que os verdadeiros super-heróis não precisam de superpoderes, desde que sejam pessoas boas e altruístas. Assinale a alternativa correta. Somente as afirmativas I e II são corretas. Somente as afirmativas I e III são corretas. Somente as afirmativas III e IV são corretas. Somente as afirmativas I, II e IV são corretas. Somente as afirmativas II, III e IV são corretas. RESPOSTA: A COMENTÁRIO: Somente as alternativas I e II estão corretas. Os super-heróis são americanos e homens que lutam contra a injustiça e o mal. Isso corresponde à exaltação da individualidade e das supostas capacidades sobre-humanas que algumas pessoas possuem. Tal concepção incute no leitor o ideal de um indivíduo que se diferencia da massa. Nessa construção está presente, portanto, a visão liberal e individualista da sociedade dos Estados Unidos, bem como o reforço dos estereótipos sociais. 162. Leia o texto sobre a tragédia de Realengo. É possível que a vida escolar de Wellington, o assassino de Realengo, tenha sido um suplício. Mas a simples vingança pelo bullying sofrido não basta para explicar seu ato. Eis um modelo um pouco mais plausível. A matança, neste caso, é uma maneira de suprimir os objetos de desejo, cuja existência ameaça o ideal de pureza do jovem. Para transformar os fracassos amorosos em glória, o fanatismo religioso é o cúmplice perfeito. Você acha que seu desejo volta e insiste? Nada disso, é o demônio que continua trabalhando para sujar sua pureza. Graças ao fanatismo, em vez de sofrer com a frustração de meus desejos, oponho-me a eles como se fossem tentações externas. As meninas me dão um certo frio na barriga? Nenhum problema, preciso apenas evitar sua sedução – quem sabe, silenciá-las. Fanático (e sempre perigoso) é aquele que, para reprimir suas dúvidas e seus próprios desejos impuros, sai caçando os impuros e os infiéis mundo afora. Há uma lição na história de Realengo – e não é sobre prevenção psiquiátrica nem sobre segurança nas escolas. É uma lição sobre os riscos do aparente consolo que é oferecido pelo fanatismo moral ou religioso. Dito brutalmente, na carta sinistra de Wellington, eu leio isto: minha fé me autorizou a matar meninas (e a me matar) para evitar a frustrante infâmia de pensamentos e atos impuros. 161. Uma obrigação que o indivíduo deve sentir, e sente, com respeito ao conteúdo de sua atividade “profissional”, seja ela qual for. WEBER, Max. A ética protestante e o “espírito” do capitalismo. São Paulo: Companhia das Letras, 2004, p. 48. É isso que Max Weber define como sendo a profissão como dever, característica da “ética social” da cultura capitalista. Leia os argumentos a seguir e julgue-os de acordo com a sociedade moderna. I. Não somente os adultos, mas também as crianças, devem sentir e possuir esse compromisso com a sua “atividade profissional”. Não por acaso, as crianças são responsáveis por fazer o seu “dever de casa” e respeitar as regras da escola. II. Por que consideramos que é errado chegar atrasado ao trabalho? Por que devemos ser leais às empresas? Por que procuramos uma profissão que nos satisfaça? Esses desejos estão relacionados justamente com o que Weber afirmou sobre a profissão como dever. III. A profissão como dever não está mais presente no mundo contemporâneo. Ninguém mais se sente comprometido com o trabalho que realiza. É por isso que existem tantos desempregados e crianças sem escola. IV. A profissão como dever é ensinada em diversas instituições sociais, como na religião, na família e no próprio trabalho. Estão corretos: I e II, somente. II e III, somente. I, II e III, somente. III e IV, somente. (Contardo Calligaris. Folha de S.Paulo, 14.04.2011. Adaptado.) De acordo com o autor, para se evitar tragédias como a ocorrida em Realengo, é necessário investir em prevenção psiquiátrica e segurança pública. o fato ocorrido em Realengo pode ser explicado pela desorientação espiritual de uma pessoa afastada da religião. a ação praticada pelo atirador pode ser adequadamente explicada como possessão demoníaca. o caso de Realengo ilustra o papel do fanatismo religioso no mascaramento de desejos reprimidos. ideais de pureza moral são altamente positivos no processo educativo. RESPOSTA: D COMENTÁRIO: A argumentação de Contardo Calligaris defende a ideia de que a religião, em sua manifestação fanática, é perigosa e corresponde a uma potencial causa de violência. Isso se perceberia claramente no caso Wellington que, tendo desejos afetivos reprimidos, utilizou-se do discurso religioso como forma de sustentar seu ato de “matança”. 163. No dia 12/07/2012, no Programa “Na Moral”, de Pedro Bial, o ator Pedro Cardoso comentou sobre o trabalho dos paparazzi. Leia abaixo um trecho de seu comentário: 60 Pedro Cardoso – Todo mundo tem curiosidade de saber quem eu sou. [...] E através dessa falsa e ridícula mídia que vende a vida particular das pessoas, ninguém está sabendo verdadeiramente quem eu sou. São falsas notícias. Artistas que programam com seus paparazzi particulares falsos encontros... Tudo isso é mentira. A verdade é aqui, eu aqui e ela ali, você aqui, isso é uma coisa verdadeira. Essa indústria que vende a nossa vida, ela vende a mentira. [...] Há uma demanda, mas a verdadeira demanda é pela verdade, não é pela mentira. Cultura erudita, relacionada às formas de produção estética da elite. Cultura popular, própria das classes econômicas mais baixas. Cultura de massa, produzida pela indústria cultural. RESPOSTA: E COMENTÁRIO: Há, na tirinha, uma crítica à cultura veiculada na televisão. Essa cultura é a cultura de massa que, destituída da sua aura, tem a função de entreter e de alienar a massa da população. Esse tipo de cultura é produzido pela indústria cultural. Programa Na Moral apresentado em 12/07/2012 [transcrição]. Disponível em: <http://tvg.globo.com/programas/ na-moral...i/2038750/>. Acesso em 15/07/2012. 165. Leia o texto a seguir. A educação é a ação exercida, pelas gerações adultas, sobre as gerações que não se encontram ainda preparadas para a vida social; tem por objeto suscitar e desenvolver, na criança, certo número de estados físicos, intelectuais e morais, reclamados pela sociedade política, no seu conjunto, e pelo meio espacial a que a criança, particularmente, se destine. A fala de Pedro Cardoso aproxima-se à abordagem sociológica a respeito da transmissão de cultura em um contexto capitalista. Qual dos conceitos sociológicos abaixo é aquele que serve melhor para a compreensão da crítica de Pedro Cardoso à mídia? Fetichismo da mercadoria. Indústria Cultural. Classe social. Cultura erudita. Cultura burguesa. RESPOSTA: B COMENTÁRIO: Pedro Cardoso afirma que a mídia em questão vende falsas notícias sobre a sua vida particular. Esse é justamente um dos atributos da indústria cultural, que corresponde ao setor capitalista interessado em tornar a cultura uma mercadoria massificada, pouco crítica e descomprometida com a realidade. DURKHEIM, Émile. Educação e sociologia. São Paulo: Melhoramentos, 1972, p.41. Tomando em consideração a definição acima, é correto afirmar que, para Durkheim: a educação está relacionada ao processo de socialização. Através dela, as gerações mais novas internalizam as normas, valores e a moral da sociedade em que estão inseridas. Nesse sentido, é pela educação que a sociedade reproduz-se e se sustenta intergeracionalmente. a educação é essencialmente transformadora. A obra de Paulo Freire demonstra justamente como, através da educação, as gerações mais novas podem se emancipar e pensar autonomamente. a educação não ocorre somente nas escolas, dado que as escolas são uma invenção moderna. Antes dela, a educação ocorria, sobretudo, no ambiente do trabalho. toda forma de educação é contrária aos interesses da criança. A criança naturalmente quer brincar e se divertir. A escola acaba por tolher das crianças a sua pureza, obrigando-as a estudarem e assumirem responsabilidades que não são condizentes à sua faixa etária. a educação tende a fazer com que a sociedade se modifique, uma vez que os valores transmitidos às gerações mais novas são diferentes daqueles que as gerações mais antigas receberam. RESPOSTA: A COMENTÁRIO: Ainda que todas as alternativas apresentem concepções que podem ser consideras como verdadeiras, somente a alternativa [A] está de acordo com a concepção de Durkheim apresentada no texto. Segundo o autor francês, a educação está relacionada ao processo de reprodução da sociedade, que ocorre pelo desenvolvimento, nas gerações mais novas, de estados físicos, intelectuais e morais. 164. Há, na tirinha acima, uma crítica à forma de cultura veiculada pela televisão. Tendo em vista a abordagem sociológica, assinale a alternativa que corresponde ao tipo de cultura que está sendo criticada. Cultura no seu sentido antropológico, relacionada à diversidade das práticas, dos símbolos e das formas de pensar, agir e sentir. Cultura política, relacionada às formas de estabelecimento de relações de poder. 166. Assinale nas opções a seguir aquela que faz parte do ideário neoliberal. 61 de possuírem o mesmo nível de formação que os homens, as mulheres acabam por ganhar menos do que eles. 168. O sertanejo é, antes de tudo, um forte. Não tem o raquitismo exaustivo dos mestiços neurastênicos do litoral. A sua aparência, entretanto, ao primeiro lance de vista, revela o contrário. Falta-lhe a plástica impecável, o desempeno, a estrutura corretíssima das organizações atléticas. [...] Entretanto, toda essa aparência de cansaço ilude. Nada é mais surpreendedor do que vê-la desaparecer de improviso. Naquela organização combalida, operam-se, em segundos, transmutações completas. Basta o aparecimento de qualquer incidente exigindo-lhe o desencadear das energias adormecidas. O homem transfigura-se. Empertigase, estadeando novos relevos, novas linhas na estatura e no gesto; e a cabeça firma-se lhe, alta, sobre os ombros possantes aclarada pelo olhar desassombrado e forte; e corrigem-se-lhe, prestes, numa descarga nervosa instantânea, todos os efeitos do relaxamento habitual dos órgãos; e da figura vulgar do tabaréu canhestro reponta, inesperadamente, o aspecto dominador de um titã acobreado e potente, num desdobramento surpreendente de força e agilidade extraordinárias. Aumento da proteção social a população economicamente ativa. Fortalecimento dos sindicatos. Garantia de pleno emprego. Papel interventor do Estado. Flexibilização das relações trabalhistas. RESPOSTA: E COMENTÁRIO: Somente a alternativa [E] apresenta uma característica do modelo neoliberal. Procurando dar maior liberdade à economia, o neoliberalismo defende a flexibilização das relações trabalhistas, o que acaba por deixar o trabalhador em situação mais precária e insegura a respeito do seu trabalho. CUNHA, Euclides. Os Sertões: campanha de Canudos. 2. ed. São Paulo: Ateliê Editorial, 2001. Adaptado. Sobre a obra da qual foi extraído o fragmento em evidência, muito conhecida pela análise histórica que faz sobre a Guerra de Canudos (1897), mas que realiza um grande exame sobre a terra e o homem do Nordeste, através de uma ótica permeada pelo positivismo, é correto afirmar: Tratou da relação entre o privado e o público como uma peculiaridade do modo de ser brasileiro. Fez, nesse trecho, uma alusão à obra de Sérgio Buarque de Holanda — “Raízes do Brasil”. Analisou a unidade nacional, baseando-se em diferenças regionais, culturais e éticas. Enfatizou a miscigenação como uma novidade cultural da colonização portuguesa. Construiu um perfil psicológico do brasileiro baseado na força dos sertanejos. RESPOSTA: E COMENTÁRIO: A obra de Euclides da Cunha é famosa pela sua análise do sertanejo, pela originalidade que apresenta seu perfil psicológico e pela forma como ele enxerga a sociedade brasileira. Ainda que seja uma obra de grande relevância, ela geralmente não é considerada como obra sociológica (se comparada às obras de Gilberto Freyre e Sérgio Buarque de Holanda, por exemplo) devido à presença marcante da ideologia racial, determinista e evolucionista e, também, ao seu caráter eminentemente literário. 167. Diferença salarial entre homens e mulheres cresceu em 2010, diz IBGE A diferença nos salários pagos a homens e a mulheres aumentou em 2010, segundo dados do Cadastro Central de Empresas, do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística). Se, em 2009, os homens ganhavam, em média, 24,1% a mais que as mulheres, em 2010 essa diferença subiu para 25%. "O que a gente percebe é uma concentração muito grande de mulheres nas empresas menores, que pagam os salários mais baixos", disse Kátia Medeiros de Carvalho, analista das estatísticas do cadastro de empresas do IBGE. Folha de S. Paulo, 16 mar. 2012. Poder. Disponível em: <http://folha.com/no1091087>. Acesso em 25 jul. 2012. Os dados apresentados na reportagem acima fazem referência a qual tipo de desigualdade? Desigualdades de classe, visíveis pelas diferenças de porte das empresas nas quais homens e mulheres trabalham. Desigualdades econômicas, perceptíveis pelos maiores salários das mulheres. Desigualdades de gênero, representadas nas diferenças salariais entre homens e mulheres. Desigualdades regionais, devido à maior concentração de postos de trabalho no Sudeste. Desigualdades sociais, graças à maior quantidade de mulheres beneficiárias do Bolsa Família. RESPOSTA: C COMENTÁRIO: A reportagem faz referência às desigualdades de gênero. A igualdade de gênero depende, também, de um melhor acesso das mulheres aos cargos mais altos, podendo receber o mesmo salário que o dos homens. Essas pesquisas revelam que, apesar 169. A taxa de desemprego brasileira é uma das menores entre as grandes economias mundiais, segundo o gerente da Coordenação de Trabalho e Rendimento do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), Cimar Azeredo. “Em janeiro, a taxa de desocupação ficou em 6,1% — o menor resultado para o mês desde o início da pesquisa do IBGE. Antes da crise, o Brasil tinha a segunda maior taxa de desocupação entre as 20 maiores economias do mundo. 62 Hoje, conseguimos melhorar este índice e estamos em 15º ou 16º lugar no ranking (das maiores taxas de desemprego)”, afirmou Azeredo. “As principais potências ainda sentem os efeitos da crise de 2008, enquanto os avanços em educação, a inserção digital e a formalização do mercado levaram o Brasil a aumentar os postos de trabalho”, acrescentou. Europa moderna, uma ética de valorização do trabalho que ajudou a sustentar o capitalismo enquanto modelo econômico. Dado que a sociedade contemporânea continua vivendo em um sistema capitalista, quais das frases a seguir estão diretamente relacionadas a essa ética de valorização do trabalho? I. “Quem não trabalha também não deve comer”. II. “Tempo é dinheiro”. III. “Antes tarde do que nunca”. IV. “O trabalho dignifica o homem”. V. “A democracia é um trabalho árduo”. TABAK, Bernardo. G1- Economia. Rio de Janeiro, 2011. Disponível em: <http://www.ceao.ufba/2007/leviosirdeos. http>. Acesso em: 2 jul. 2011. Sobre as relações de emprego, desemprego e subemprego, é correto afirmar: O desemprego estrutural é também denominado desemprego temporário, pois ocorre em um curto espaço de tempo. Pessoas que exercem alguma forma de atividade produtiva sempre são consideradas empregadas nas estatísticas. A queda de desemprego entre os jovens pode ser explicada devido ao maior acesso desse grupo às novas tecnologias. O desemprego conjuntural é resultado de grandes mudanças na economia, sendo característica dos países em desenvolvimento. O desemprego pode ser definido como uma situação das pessoas que podem e querem trabalhar, mas não conseguem encontrar um emprego. RESPOSTA: E COMENTÁRIO: Somente a alternativa [E] é correta. A questão exige do aluno um bom domínio dos estudos sobre o desemprego. Desta forma ele perceberá que todas as alternativas, com exceção da [E], são falsas. Esta, ainda que seja sociologicamente mais simples, é a única que não apresenta um erro conceitual e, por isso, é a única alternativa correta. Somente I e IV. Somente II e III. Somente I, II, IV e V. Somente I, II e IV. Somente I e V. COMENTÁRIO: Somente as frases I, II e IV estão relacionadas a essa ética de valorização do trabalho. No caso da frase II, essa valorização do trabalho se transforma também na opção por otimizar o tempo individual, que se torna o tempo da produção. Vale ressaltar que a afirmativa V não se encaixa nessa definição, porque ali não há uma valorização do trabalho propriamente dito, mas a constatação de que construir a democracia é algo que demanda trabalho. Ou seja, o que possui mais valor, nessa frase, é a ideia de democracia, e não de trabalho. 172. No conjunto da sua Sociologia compreensiva, o sociólogo alemão Max Weber define ação social como ação racional em que o agente associa um sentido objetivo aos fatos sociais. desprovida de sentido subjetivo e motivacional. humana associada a um sentido objetivo. cuja intenção fomentada pelos indivíduos se refere à conduta de outros, orientando-se por ela. não orientada significativamente pela conduta do outro em prol de um bem comum. RESPOSTA: D COMENTÁRIO: Ação social é aquela dotada de sentido e orientada pela ação de outros indivíduos, tal como afirma a alternativa [D]. 170. O modo de vestir determina a identidade de grupos sociais, simboliza o poder e comunica o status dos indivíduos. Seu caráter institucional assume grande importância à medida que inclui ou exclui indivíduos de categorias ou estratos sociais. Ele exemplifica bem aquilo que Durkheim afirmava ser o objeto de estudo dos sociólogos: uma representação coletiva que além de ser válida para todos os indivíduos que fazem parte de um determinado grupo, expressa a exterioridade e a coercitividade. Assinale nas opções a seguir aquela que apresenta o objeto de estudo da Sociologia segundo Durkheim. Fatos sociais. Expressões culturais. Ações sociais. Estruturas políticas. Relações sociais. RESPOSTA: A COMENTÁRIO: Somente a alternativa [A] está correta. O objeto da sociologia, segundo Durkheim, é o fato social, que é caracterizado pela sua coercitividade, exterioridade em relação aos indivíduos e pela sua generalidade. 171. Max Weber foi um dos autores que procurou compreender a origem do capitalismo. Segundo sua análise, havia, na 63 64