índice de autor /author index - Revista Fisioterapia e Pesquisa
Transcrição
índice de autor /author index - Revista Fisioterapia e Pesquisa
SUMÁRI0/C0NTENTS Editorial Artígos/Artícles Eficácia da estimulação elétrica nervosa transcutânea (TENS) e dos exercícios de alongamento no alívio da dor e na melhora da qualidade de vida de pacientes com fibromialgia The efficacy of transcutaneous electrical nerve stimulation (TENS) and stretch exercises in the relief of pain and improvement of quality of life in patients with fibromyalgia Beatriz Michiko Gashu, Amélia Pasqual Marques, Elizabeth Alves Gonçalves Ferreira, Luciana Akemi Matsutani Comparação da atividade elétrica dos músculos vasto medial oblíquo e vasto lateral oblíquo em indivíduos com disfunção fêmoro-patelar A Comparison of the electrical activity of the vastus medialis oblique and vastus lateralis oblique muscles in patients with patellofemoral dysfunction Patricia Horta Andrade, Débora Beviláqua Grosso, Fausto Bérzin, Ivana Gil, Vanessa Monteiro Pedro Efeitos do treinamento e da manutenção da prática de atividade física em quatro idosos sedentários saudáveis Effects of the training and of the maintenance of physical activity in four sedentary healthy elderly Fátima Aparecida C a r o m a n o , Rachel Rodrigues Kerbauy Relato de caso/Case report Abordagem fisioterapêutica no neuroma de Morton Physical therapy approach of Morton's neuroma Adriana de Sousa, Luciana Akemi Matsutani Dissertação de M estrado/Dissertation Caracterização clínico-funcional do equilíbrio em idosos portadores de diabetes mellitus tipo 2 Clinical-functional characterization of balance in elderly with diabetes mellitus type 2 Renata Cereda Cordeiro Monografias/Monographs Avaliação dos modos de ventilação pulmonar mecânica e parâmetros ventilatories utilizados nas Unidades de Terapia Intensiva do Hospital das Clínicas - FMUSP Renata M. Martinelli Relação entre alteração postural e lesões do aparelho locomotor em crianças jogadoras de futsal Cintia Zucareli P. Ribeiro, Paula Marie H. Akashi, Félix R. Andrusaitis, André Pedrinelli, Isabel de Camargo Neves Sacco Avaliação das alterações músculo-esqueléticas em pacientes com DPOC: correlação com a gravidade da doença Silvana Caravaggi, Amélia Pasqual Marques, Alberto Cukier, Rafael Stelmach, Celso Ricardo Fernandes Carvalho Eficácia da massoterapia em pacientes portadores de fibromialgia Susan Lee King Yuan, Luciana Akemi Matsutani, Amélia Pasqual Marques A eficácia da reeducação postural global na melhora da amplitude articular, flexibilidade e funcionalidade dos pacientes com espondilite anquilosante Mariana Vulcano Siqueira, Amélia Pasqual Marques Identificação de critérios para avaliação do comportamento motor espontâneo de crianças prematuras normais Alessandra Palazzin, Odete de Fátima Sallas Durigon 92 Avaliação da incidência e causas da ventilação mecânica e delineamento da população sob esse tipo de tratamento nas unidades de terapia intensiva Suzana Rosa Mendes, Carlos Roberto Ribeiro de Carvalho 93 Observação, identificação e descrição do comportamento motor espontâneo de crianças prematuras normais Andréa Marcondes Palmieri, Odete de Fátima S. Durigon 94 Caracterização da postura, da respiração, do condicionamento físico e da qualidade de vida em pacientes com Lupus Eritematoso Sistêmico Andreia H. Fujita, Lisandra C. Ribeiro, Eduardo F. Borba Neto, Célio R. Gonçalves, Celso R. F. Carvalho, Amélia Pasqual Marques 95 A evolução do comportamento motor espontâneo em crianças prematuras normais nos primeiros seis meses de idade corrigida Ana Lúcia R Brando, Odete de Fátima S. Durigon 96 A influência do treinamento competitivo do futsal na postura de atletas entre 9 e 16 anos Paula Marie Hanai Akash, Dra. Isabel de Camargo Neves Sacco, Cintia Zucareli Pinto Ribeiro, Félix Ricardo Andrusaitis, André Pedrinelli 97 Avaliação das alterações da postura estática em crianças asmáticas submetidas a um programa de condicionamento físico em natação Denis Sakurai, Sylvia Lúcia Freitas, Celso R. Fernandes de Carvalho 98 Estabelecimento de critérios para a utilização da informação visual como estratégia terapêutica na correção postural Célia Hitomi Tao, Odete de Fátima Sallas Durigon 99 Análise cinemática da marcha: comparação entre judocas e sujeitos controle Cláudio Mesquita, Profa. Dra. Isabel de Camargo Neves Sacco 100 Efeitos do treinamento da aquisição da habilidade funcional sedestação mediante intervenção terapêutica facilitatória em crianças portadoras de paralisia cerebral Gianna Carla Cannonieri, Odete de Fátima Sallas Durigon 101 Avaliação da área de sustentação de pacientes com doença de Parkinson Michelle Andrea Hyde, Maria Elisa Pimentel Piemonte Análise dos sistemas de avaliação e classificação do comportamento e funções motoras para pacientes adultos com disfunção neurológica Cynthia Bedeschi de Souza, Odete de Fátima Sallas Durigon 105 Avaliação da força muscular e da amplitude de movimento do grupo abdutor de quadril em pacientes submetidos a artroplastia total de quadril Fernanda Rodrigues, Amélia Pasqual Marques 107 Eficiência dos procedimentos de movimentação passiva na estimulação precoce de crianças prematuras normais Daniela Amano, Carla Mazzitelli, Odete de Fátima Sallas Durigon 108 índice de Autor/Author Index índice de Assunto 103 109 11 o Keywords Index 114 Eventos/E vents H6 Normas para publicação/Standardization nr\|T/^Q|A| L UI I U í l I M L Após longa batalha o Conselho Nacional de Educação (CNE) aprovou as Diretrizes Curriculares p a r a o s C u r s o s de Fisioterapia. A C o m i s s ã o d e E s p e c i a listas d a S E S u / M E C a c o m p a n h o u t o d o o p r o c e s s o e e m b o r a a l g u n s a s p e c t o s p r o p o s t o s p e l a c o m i s s ã o n ã o t e n h a m sido c o n t e m p l a d o s ( c a r g a h o r á r i a e v e t o aos c u r s o s n o t u r n o s ) , d a d a a s u a i m p o r t â n c i a s e r ã o transcritas n a íntegra. DIRETRIZES CURRICULARES NACIONAIS DO CURSO DE GRADUAÇÃO EM FISIOTERAPIA 1. PERFIL DO FORMANDO EGRESSO/PROFISSIONAL Fisioterapeuta, c o m f o r m a ç ã o generalista, h u m a n i s t a , crítica e reflexiva, c a p a c i t a d o a a t u a r e m t o d o s o s níveis d e a t e n ç ã o à saúde, c o m b a s e n o rigor científico e intelectual. D e t é m v i s ã o a m p l a e global, r e s p e i t a n d o os princípios éticos/bioéticos, e culturais d o i n d i v í d u o e d a coletividade. C a p a z d e t e r c o m o objeto d e e s t u d o o m o v i m e n t o h u m a n o e m t o d a s a s s u a s formas d e e x p r e s s ã o e p o t e n c i a l i d a d e s , q u e r n a s alterações p a t o l ó g i c a s , cinético-funcionais, q u e r n a s suas r e p e r c u s s õ e s psíquicas e o r g â n i c a s , o b j e t i v a n d o a preservar, d e s e n v o l v e r , restaurar a integridade d e ó r g ã o s , s i s t e m a s e funções, d e s d e a e l a b o r a ç ã o d o d i a g n ó s t i c o físico e funcional, eleição e e x e c u ç ã o d o s p r o c e d i m e n t o s fisioterapêuticos pertinentes a cada situação. 2. COMPETÊNCIAS E HABILIDADES Competências Gerais • Atenção à saúde: o s profissionais d e s a ú d e , dentro d e seu â m b i t o profissional, d e v e m estar a p t o s a d e s e n v o l v e r a ç õ e s d e p r e v e n ç ã o , p r o m o ç ã o , p r o t e ç ã o e reabilitação d a s a ú d e , tanto e m n í v e l i n d i v i d u a l q u a n t o coletivo. C a d a profissional d e v e a s s e g u r a r q u e s u a p r á t i c a seja r e a l i z a d a d e forma i n t e g r a d a e c o n t í n u a c o m a s d e m a i s instâncias d o s i s t e m a d e s a ú d e , s e n d o c a p a z d e p e n s a r c r i t i c a m e n t e , de analisar os p r o b l e m a s d a s o c i e d a d e e d e p r o c u r a r s o l u ç õ e s p a r a o s m e s m o s . O s profissionais d e v e m realizar seus serviços dentro d o s m a i s altos p a d r õ e s d e q u a l i d a d e e d o s princípios d a ética/bioética, t e n d o e m c o n t a q u e a r e s p o n s a b i l i d a d e d a a t e n ç ã o à s a ú d e n ã o s e e n c e r r a c o m o a t o técnico, m a s sim, c o m a r e s o l u ç ã o d o p r o b l e m a d e s a ú d e , tanto e m nível individual c o m o coletivo; • Tomada de decisões: o trabalho d o s profissionais d e s a ú d e d e v e estar f u n d a m e n t a d o n a c a p a c i d a d e d e t o m a r d e c i s õ e s v i s a n d o o u s o a p r o p r i a d o , eficácia e custo-efetividade, d a força d e trabalho, d e m e d i c a m e n t o s , d e e q u i p a m e n t o s , d e p r o c e d i m e n t o s e d e p r á t i c a s . P a r a este fim, o s m e s m o s d e v e m p o s s u i r c o m p e t ê n c i a s e h a b i l i d a d e s p a r a avaliar, sistematizar e decidir a s c o n d u t a s m a i s a d e q u a d a s , b a s e a d a s e m e v i d ê n c i a s científicas; • Comunicação: os profissionais d e s a ú d e d e v e m ser acessíveis e d e v e m m a n t e r a c o n f i d e n c i a l i d a d e das i n f o r m a ç õ e s a eles confiadas, n a interação c o m outros profissionais d e s a ú d e e o p ú b l i c o e m geral. A c o m u n i c a ç ã o e n v o l v e c o m u n i c a ç ã o v e r b a l , n ã o - v e r b a l e habilidades d e escrita e leitura; o d o m í n i o d e , p e l o m e n o s , u m a l í n g u a e s t r a n g e i r a e d e tecnologias d e c o m u n i c a ç ã o e i n f o r m a ç ã o ; • Liderança: n o trabalho e m e q u i p e multiprofissional, os profissionais d e s a ú d e d e v e r ã o estar aptos a a s s u m i r p o s i ç õ e s de liderança, s e m p r e t e n d o e m vista o b e m estar da c o m u n i d a d e . A liderança e n v o l v e c o m p r o m i s s o , responsabilidade, e m p a t i a , h a b i l i d a d e p a r a t o m a d a d e d e c i s õ e s , c o m u n i c a ç ã o e g e r e n c i a m e n t o d e f o r m a efetiva e eficaz; • Administração e gerenciamento: o s profissionais d e v e m estar aptos a t o m a r iniciativa, fazer o g e r e n c i a m e n t o e a d m i n i s t r a ç ã o tanto d a força d e t r a b a l h o , d o s recursos físicos e materiais e d e i n f o r m a ç ã o , d a m e s m a forma q u e d e v e m estar a p t o s a s e r e m p r e e n d e d o r e s , g e s t o r e s , e m p r e g a d o r e s o u lideranças n a e q u i p e d e s a ú d e ; • Educação permanente: o s profissionais d e v e m ser c a p a z e s d e a p r e n d e r c o n t i n u a m e n t e , tanto n a s u a f o r m a ç ã o , q u a n t o n a s u a prática. D e s t a forma, o s profissionais d e s a ú d e d e v e m a p r e n d e r a a p r e n d e r e t e r r e s p o n s a b i l i d a d e e c o m p r o m i s s o c o m a s u a e d u c a ç ã o e o t r e i n a m e n t o / e s t á g i o s das futuras g e r a ç õ e s d e profissionais, p r o p o r c i o n a n d o c o n d i ç õ e s p a r a q u e haja beneficio m ú t u o entre o s futuros profissionais e o s profissionais d o s s e r v i ç o s , i n c l u s i v e , e s t i m u l a n d o e d e s e n v o l v e n d o a m o b i l i d a d e acadêmico/profissional, a f o r m a ç ã o e a c o o p e r a ç ã o através d e r e d e s n a c i o n a i s e internacionais. Competências e Habilidades Específicas O C u r s o d e G r a d u a ç ã o e m Fisioterapia d e v e assegurar, t a m b é m , a formação d e profissionais c o m competências e habilidades específicas para: • respeitar o s princípios éticos inerentes a o exercício profissional; • atuar e m t o d o s o s níveis d e a t e n ç ã o à s a ú d e , integrando-se e m p r o g r a m a s d e p r o m o ç ã o , m a n u t e n ç ã o , p r e v e n ç ã o , proteção e recuperação d a saúde, sensibilizados e c o m p r o m e t i d o s c o m o ser h u m a n o , respeitando-o e valorizando-o; • atuar multiprofissionalmente, interdisciplinarmente e transdisciplinarmente c o m e x t r e m a p r o d u t i v i d a d e n a p r o m o ç ã o d a s a ú d e b a s e a d o n a c o n v i c ç ã o científica, d e c i d a d a n i a e de ética; • r e c o n h e c e r a s a ú d e c o m o direito e c o n d i ç õ e s dignas d e v i d a e atuar d e f o r m a a garantir a integralidade d a assistência, e n t e n d i d a c o m o conjunto articulado e c o n t í n u o das a ç õ e s e serviços p r e v e n t i v o s e curativos, individuais e coletivos, e x i g i d o s p a r a c a d a caso e m todos os níveis d e c o m p l e x i d a d e d o sistema; • contribuir p a r a a m a n u t e n ç ã o d a saúde, b e m estar e qualidade d e vida das pessoas, famílias e c o m u n i d a d e , considerando suas circunstâncias éticas, políticas, sociais, e c o n ô m i c a s , a m b i e n t a i s e b i o l ó g i c a s ; • realizar consultas, a v a l i a ç õ e s e r e a v a l i a ç õ e s d o p a c i e n t e c o l h e n d o d a d o s , solicitando, e x e c u t a n d o e interpretando e x a m e s p r o p e d ê u t i c o s e c o m p l e m e n t a r e s q u e p e r m i t a m e l a b o r a r u m d i a g n ó s t i c o cinético-funcional, p a r a e l e g e r e quantificar a s i n t e r v e n ç õ e s e c o n d u t a s fisioterapêuticas a p r o p r i a d a s , o b j e t i v a n d o tratar a s disfunções n o c a m p o d a Fisioterapia, e m t o d a sua e x t e n s ã o e c o m p l e x i d a d e , e s t a b e l e c e n d o p r o g n ó s t i c o , r e a v a l i a n d o c o n d u t a s e d e c i d i n d o p e l a alta fisioterapêutica; • elaborar criticamente o diagnóstico cinético funcional e a intervenção fisioterapêutica, c o n s i d e r a n d o o a m p l o espectro d e q u e s t õ e s clínicas, científicas, filosóficas éticas, políticas, sociais e culturais i m p l i c a d a s n a a t u a ç ã o profissional d o fisioterapeuta, s e n d o c a p a z d e intervir nas diversas áreas o n d e sua a t u a ç ã o profissional seja n e c e s s á r i a ; • e x e r c e r s u a profissão d e forma articulada ao c o n t e x t o social, e n t e n d e n d o - a c o m o u m a f o r m a d e p a r t i c i p a ç ã o e c o n t r i b u i ç ã o social; • d e s e m p e n h a r atividades d e p l a n e j a m e n t o , o r g a n i z a ç ã o e gestão d e serviços d e s a ú d e p ú b l i c o s o u p r i v a d o s , a l é m d e assessorar, p r e s t a r consultarias e auditorias n o â m b i t o d e s u a c o m p e t ê n c i a profissional; • emitir l a u d o s , p a r e c e r e s , atestados e relatórios; • p r e s t a r e s c l a r e c i m e n t o s , dirimir d ú v i d a s e orientar o indivíduo e os seus familiares sobre o p r o c e s s o t e r a p ê u t i c o ; • m a n t e r a confidencialidade das informações, n a interação c o m outros profissionais d e s a ú d e e o p ú b l i c o e m geral; • e n c a m i n h a r o paciente, q u a n d o necessário, a outros profissionais relacionando e estabelecendo u m nível de c o o p e r a ç ã o c o m os demais membros da equipe de saúde; • m a n t e r c o n t r o l e s o b r e à eficácia dos recursos tecnológicos pertinentes à a t u a ç ã o fisioterapêutica g a r a n t i n d o sua qualidade e segurança; • c o n h e c e r m é t o d o s e técnicas d e i n v e s t i g a ç ã o e e l a b o r a ç ã o d e trabalhos a c a d ê m i c o s e científicos; • c o n h e c e r o s f u n d a m e n t o s h i s t ó r i c o s , filosóficos e m e t o d o l ó g i c o s d a F i s i o t e r a p i a e s e u s d i f e r e n t e s m o d e l o s d e intervenção. A f o r m a ç ã o d o fisioterapeuta d e v e r á a t e n d e r ao s i s t e m a d e s a ú d e v i g e n t e n o p a í s , a a t e n ç ã o integral d a s a ú d e n o s i s t e m a r e g i o n a l i z a d o e h i e r a r q u i z a d o d e referência e contra-referência e o trabalho e m equipe. 3. CONTEÚDOS CURRICULARES O s c o n t e ú d o s essenciais p a r a o C u r s o d e G r a d u a ç ã o e m Fisioterapia d e v e m estar r e l a c i o n a d o s c o m t o d o o p r o c e s s o s a ú d e d o e n ç a d o c i d a d ã o , d a família e d a c o m u n i d a d e , i n t e g r a d o à r e a l i d a d e e p i d e m i o l ó g i c a e profissional, p r o p o r c i o n a n d o a integralidade d a s a ç õ e s d o cuidar e m fisioterapia. O s c o n t e ú d o s d e v e m c o n t e m p l a r : • Ciências Biológicas e da Saúde - i n c l u e m - s e os c o n t e ú d o s (teóricos e práticos) d e b a s e m o l e c u l a r e s e celulares d o s p r o c e s s o s n o r m a i s e alterados, d a estrutura e função d o s tecidos, ó r g ã o s , sistemas e a p a r e l h o s . • Ciências Sociais e Humanas - a b r a n g e o e s t u d o d o h o m e m e d e suas relações sociais, d o p r o c e s s o s a ú d e - d o e n ç a n a s s u a s m ú l t i p l a s d e t e r m i n a ç õ e s , c o n t e m p l a n d o a i n t e g r a ç ã o dos a s p e c t o s p s i c o - s o c i a i s , c u l t u r a i s , filosóficos, a n t r o p o l ó g i c o s e e p i d e m i o l ó g i c o s n o r t e a d o s p e l o s princípios éticos. T a m b é m d e v e r ã o c o n t e m p l a r c o n h e c i m e n t o s relativos as políticas d e s a ú d e , e d u c a ç ã o , trabalho e a d m i n i s t r a ç ã o . • Conhecimentos Biotecnológicos - abrange conhecimentos que favorecem o acompanhamento dos avanços b i o t e c n o l ó g i c o s utilizados n a s a ç õ e s fisioterapêuticas q u e p e r m i t a m i n c o r p o r a r as i n o v a ç õ e s t e c n o l ó g i c a s inerentes a p e s q u i s a e a p r á t i c a clínica fisioterapêutica. • Conhecimentos Fisioterapêuticos - c o m p r e e n d e a aquisição d e a m p l o s c o n h e c i m e n t o s n a área d e formação específica d a Fisioterapia: a f u n d a m e n t a ç ã o , a história, a ética e o s aspectos filosóficos e m e t o d o l ó g i c o s d a F i s i o t e r a p i a e s e u s diferentes níveis d e intervenção. C o n h e c i m e n t o s d a função e disfunção d o m o v i m e n t o h u m a n o , estudo d a cinesiologia, d a c i n e s i o p a t o l o g i a e d a cinesioterapia, inseridas n u m a a b o r d a g e m sistêmica. O s c o n h e c i m e n t o s d o s r e c u r s o s s e m i o l ó g i c o s , d i a g n ó s t i c o s , p r e v e n t i v o s e terapêuticas q u e i n s t r u m e n t a l i z a m a a ç ã o fisioterapêutica n a s diferentes áreas d e a t u a ç ã o e n o s diferentes n í v e i s d e a t e n ç ã o . C o n h e c i m e n t o s d a i n t e r v e n ç ã o fisioterapêutica n o s diferentes ó r g ã o s e s i s t e m a s b i o l ó g i c o s e m t o d a s as e t a p a s d o d e s e n v o l v i m e n t o h u m a n o . 4. ESTÁGIOS E ATIVIDADES COMPLEMENTARES Estágio Curricular A formação do físioterapeuta d e v e garantir o d e s e n v o l v i m e n t o d e estágios curriculares, s o b s u p e r v i s ã o d o c e n t e . E s t e estágio d e v e r á ser r e a l i z a d o a p ó s c o n c l u s ã o d e t o d a s as disciplinas referentes aos c o n h e c i m e n t o s fisioterapêuticos. A carga horária m í n i m a d o estágio curricular supervisionado d e v e r á atingir 2 0 % d a c a r g a h o r á r i a total d o C u r s o d e G r a d u a ç ã o e m Fisioterapia p r o p o s t o , c o m b a s e n o Parecer/Resolução específico d a C â m a r a de E d u c a ç ã o Superior d o C o n s e l h o N a c i o n a l de Educação. Esta c a r g a h o r á r i a d e v e r á a s s e g u r a r a prática d e i n t e r v e n ç õ e s p r e v e n t i v a e c u r a t i v a n o s diferentes níveis d e a t u a ç ã o : ambulatorial, hospitalar, c o m u n i t á r i o / u n i d a d e s b á s i c a s d e s a ú d e etc. Atividades Complementares A s atividades c o m p l e m e n t a r e s d e v e r ã o ser incrementadas durante t o d o o C u r s o d e G r a d u a ç ã o e m Fisioterapia e as Instituições d e E n s i n o S u p e r i o r d e v e r ã o criar m e c a n i s m o s d e a p r o v e i t a m e n t o d e c o n h e c i m e n t o s , a d q u i r i d o s p e l o e s t u d a n t e , através d e estudos e p r á t i c a s i n d e p e n d e n t e s p r e s e n c i a i s e/ou a distância. P o d e m ser r e c o n h e c i d o s : •Monitorias e Estágios, • P r o g r a m a s d e I n i c i a ç ã o Científica; •Programas de Extensão; •Estudos Complementares; • C u r s o s r e a l i z a d o s e m o u t r a s áreas afins. 5. ORGANIZAÇÃO DO CURSO O C u r s o d e G r a d u a ç ã o e m F i s i o t e r a p i a d e v e r á ter u m projeto p e d a g ó g i c o , c o n s t r u í d o c o l e t i v a m e n t e , c e n t r a d o n o a l u n o c o m o sujeito d a a p r e n d i z a g e m e a p o i a d o n o professor c o m o facilitador e m e d i a d o r d o p r o c e s s o e n s i n o - a p r e n d i z a g e m . E s t e projeto p e d a g ó g i c o d e v e r á b u s c a r a f o r m a ç ã o integral e a d e q u a d a d o e s t u d a n t e a t r a v é s d e u m a a r t i c u l a ç ã o e n t r e o e n s i n o , a p e s q u i s a e a extensão/assistência. A s Diretrizes C u r r i c u l a r e s e Projeto P e d a g ó g i c o d e v e r ã o orientar o currículo d o C u r s o d e G r a d u a ç ã o e m F i s i o t e r a p i a p a r a u m perfil a c a d ê m i c o e profissional d o egresso. Este currículo d e v e r á contribuir, t a m b é m , p a r a a c o m p r e e n s ã o , interpretação, p r e s e r v a ç ã o , reforço, f o m e n t o e difusão d a s culturas n a c i o n a i s e r e g i o n a i s , internacionais e h i s t ó r i c a s , e m u m c o n t e x t o d e p l u r a l i s m o e d i v e r s i d a d e cultural. A o r g a n i z a ç ã o d o C u r s o d e G r a d u a ç ã o e m Fisioterapia d e v e r á ser definida p e l o r e s p e c t i v o c o l e g i a d o d o c u r s o , q u e indicará o r e g i m e : seriado a n u a l , seriado semestral, s i s t e m a d e créditos ou m o d u l a r . P a r a c o n c l u s ã o d o C u r s o d e G r a d u a ç ã o e m Fisioterapia, o a l u n o d e v e r á e l a b o r a r u m t r a b a l h o s o b o r i e n t a ç ã o d o c e n t e . A estrutura d o C u r s o d e G r a d u a ç ã o e m Fisioterapia d e v e r á a s s e g u r a r q u e : • as a t i v i d a d e s p r á t i c a s específicas d a F i s i o t e r a p i a d e v e r ã o ser d e s e n v o l v i d a s g r a d u a l m e n t e d e s d e o início d o C u r s o d e G r a d u a ç ã o e m Fisioterapia, d e v e n d o p o s s u i r c o m p l e x i d a d e c r e s c e n t e , d e s d e a o b s e r v a ç ã o até a prática assistida (atividades clínico-terapêuticas). • estas atividades p r á t i c a s , q u e a n t e c e d e m ao estágio curricular, d e v e r ã o ser realizadas n a I E S o u e m instituições conveniadas e sob a responsabilidade de docente fisioterapeuta. • as Instituições d e E n s i n o S u p e r i o r p o s s a m flexibilizar e o t i m i z a r as suas p r o p o s t a s curriculares p a r a enriquecê-las e c o m p l e m e n t á - l a s , a fim d e p e r m i t i r a o profissional a m a n i p u l a ç ã o d a tecnologia, o a c e s s o a n o v a s i n f o r m a ç õ e s , considerando os valores, os direitos e a realidade sócio-econômica. O s conteúdos curriculares p o d e r ã o ser diversificados, m a s d e v e r á ser a s s e g u r a d o o c o n h e c i m e n t o equilibrado d e diferentes áreas, níveis d e a t u a ç ã o e recursos t e r a p ê u t i c a s p a r a a s s e g u r a r a f o r m a ç ã o generalista. 6. ACOMPANHAMENTO E AVALIAÇÃO A i m p l a n t a ç ã o e d e s e n v o l v i m e n t o d a s diretrizes curriculares d e v e m orientar e p r o p i c i a r c o n c e p ç õ e s curriculares a o C u r s o d e G r a d u a ç ã o e m Fisioterapia q u e d e v e r ã o ser a c o m p a n h a d a s e p e r m a n e n t e m e n t e avaliadas, a fim d e p e r m i t i r os ajustes q u e se fizerem n e c e s s á r i o s a o s e u a p e r f e i ç o a m e n t o . A s a v a l i a ç õ e s d o s a l u n o s d e v e r ã o b a s e a r - s e nas c o m p e t ê n c i a s , habilidades e c o n t e ú d o s curriculares d e s e n v o l v i d o s t e n d o c o m o referência a s Diretrizes Curriculares. O C u r s o d e G r a d u a ç ã o e m Fisioterapia d e v e r á utilizar m e t o d o l o g i a s e critérios p a r a a c o m p a n h a m e n t o e a v a l i a ç ã o d o p r o c e s s o e n s i n o - a p r e n d i z a g e m e d o p r ó p r i o curso, e m c o n s o n â n c i a c o m o s i s t e m a d e a v a l i a ç ã o e a d i n â m i c a curricular definidos p e l a I E S à qual p e r t e n c e . DECISÃO DA CÂMARA A Câmara de Educação Superior aprova por unanimidade o voto do Relator. Sala das Sessões, em 1 2 de setembro de 2001. Conselheiro Arthur Roquete de M a c e d o - Presidente C o n s e l h e i r o J o s é C a r l o s A l m e i d a d a Silva - Vice-Presidente ARTIGOS Eficácia da estimulacão elétrica a nervosa transcutânea (TENS) e dos exercícios de alongamento no alívio da dor e na melhora da qualidade de vida de pacientes com fibromialgia T h e e f f i c a c y of transcutaneous electrical nerve stimulation (TENS) and stretch exercises in the relief of pain and improvement of quality of life in patients with fibromyalgia (1> Beatriz Michiko Gashu Amélia Pasqual Marques' ' Elizabeth Alves Gonçalves Ferreira* ' Luciana Akemi Matsutani' ' 2 3 4 (1> Fisioterapeuta. Bolsista da FAPESP. Docente. Departamento de Fisioterapia, Fonoaudiologia e Terapia Ocupacional da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo. > Docente da UMESP e UNIF1EO. Mestranda em Ciências na Área de Concentração: Fisiopatologia Experimental da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo. Endereço para correspondência: Departamento de Fisioterapia, Fonoaudiologia e Terapia Ocupacional da FMUSP. Rua Cipotânia, 5 1 . Cidade Universitária . 05360-000. São Paulo, SP. e-mail: [email protected] (2) (3 (4) RESUMO: E s t e e s t u d o t e v e c o m o objetivo verificar a eficácia d a Estimulacão Elétrica Nervosa Transcutânea ( T E N S ) e d e exercícios d e alongamento n a diminuição d a dor, n a sensibilidade dolorosa dos tender points e n a m e l h o r a d a qualidade d e vida d e pacientes c o m fibromialgia. Participaram d o estudo 15 pacientes c o m idade m é d i a d e 52,8 ± 11,3 a n o s . P a r a a p l i c a ç ã o d a T E N S foram s e l e c i o n a d o s o s q u a t r o tender points d o s m ú s c u l o s trapézio e supraespinhal bilaterais, sendo realizadas oito sessões. O s resultados m o s t r a r a m q u e a T E N S e o s exercícios d e a l o n g a m e n t o foram eficazes d i m i n u i n d o a d o r e a sensibilidade dolorosa nos tenderpoints tratados, além d a m e l h o r a significativa a v a l i a d a p e l o Fibromyalgia Impact Questionnaire. Sugere-se q u e a T E N S p o d e ser u s a d a p a r a p r o m o v e r alívio d a s i n t o m a t o l o g i a d o l o r o s a e, p a r a , j u n tamente c o m exercícios d e alongamento, melhorar a qualidade de vida de pacientes c o m fibromialgia. DESCRITORES: Estimulacão elétrica transcutânea d o nervo/métodos. Terapia por exercício/métodos. Qualidade de vida. Fibromialgia/reabilitação. ABSTRACT: T h e a i m o f this w o r k w a s to verify t h e effectiveness of Transcutaneous Electrical Nerve Stimulation (TENS) and stretching exercises in decreasing pain, tenderness of the tender points and i m p r o v i n g t h e quality o f life in patients with fibromyalgia. Fifteen patients with mean age 52,8 ± 1 1 , 3 years p a r t i c i p a t e d in t h e study. F o u r t e n d e r p o i n t s w e r e s e l e c t e d for a p p l i c a t i o n o f T E N S o n the t r a p e z i u s a n d s u p r a s p i n a t u s bilateral m u s c l e s in eight sessions o f t r e a t m e n t . T h e results s h o w e d t h a t T E N S a n d s t r e t c h i n g e x e r c i s e s w e r e effective in d e c r e a s i n g p a i n , t e n d e r n e s s o f the t r e a t e d t e n d e r p o i n t s and producing significant positive changes on the Fibromyalgia Impact Questionnaire. T h e p r e s e n t s t u d y INTRODUÇÃO Q ualidade de vida é uma das maiores preocupações da Organização Mundial da Saúde, uma vez que podem ser relacionadas à saúde e entendida como a determinação do impacto pessoal, social, físico e psicológico imposto pela doença. Desta forma, muitos profissionais da saúde passaram a se preocupar com as repercussões das doenças na vida dos indivíduos. A fibromialgia é uma síndrome reumática de etiologia desconhecida, caracterizada por dor musculoesquelética difusa e crônica e por sítios anatômicos específicos dolorosos à palpação, os tender points, sendo freqüentemente associados à fadiga, à rigidez e aos distúrbios do sono . Afeta principalmente mulheres em idade produtiva de trabalho, interferindo em sua qualidade de vida . A principal queixa dos pacientes com fibromialgia é a dor difusa, enquanto, os achados dos exames laboratoriais apresentam-se negativos. As únicas alterações encontradas são os característicos tender points localizados em tendões ou em ventres musculares, tornando-se um dos critérios diagnósticos da fibromialgia, descritos pelo Colégio Americano de Reumatologia . Segundo Masi , o objetivo final do tratamento de pacientes com fibromialgia é melhorar a sua qualidade de vida. O paciente deverá ser informado que embora ainda não se conheça a causa da doença e, portanto, nem a sua cura, o tratamento deve proporcionar maior tolerância ao desconforto, diminuição da dor e menores limitações na realização de atividades funcionais. Para tanto, é necessário apoio multidisciplinar, combinando terapias física e psicológica, associadas a orientações a fim de que o paciente seja capaz de assumir responsabilidades na conduta do seu próprio tratamento. A fisioterapia exerce um papel importante no alívio dos sintomas da fibromialgia através de diferentes recursos e técnicas: alongamento muscular, massagem, calor superficial, conscientização corporal, condicionamento cardiovascular e acupuntura . O alongamento muscular é um importante componente de 1 2,3 1 4 5 s u g g e s t s t h a t T E N S m a y b e b e n e f i c i a l in r e l i e v i n g p a i n and w h e n associated with stretching exercises could also i m p r o v e t h e q u a l i t y o f life o f p a t i e n t s w i t h fibromyalgia. KEYWORDS: T r a n s c u t a n e o u s eletric n e r v e s t i m u l a t i o n / m e t h o d s . E x e r c i s e t h e r a p y / m e t h o d s . Q u a l i t y of life. Fibromyalgia/rehabilitation. um programa de condicionamento físico, pois um músculo encurtado p o d e criar desequilíbrio e instabilidade nas articulações, assim como u m alinhamento postural incorreto pode levar a lesões e a disfunções articulares. Nesse sentido, o alongamento permite que o músculo recupere seu comprimento necessário para manter um alinhamento postural correto, manter a estabilidade articular, garantindo principalmente a integridade e a função muscular. 6 Em trabalho realizado, M a r q u e s et a l . comprovaram a eficácia dos exercícios de alongamento muscular em pacientes com fibromialgia. Os autores basearam-se em uma avaliação prévia das cadeias musculares encurtadas para proporem um programa de alongamento muscular das cadeias mais comprometidas, associado a orientações de conscientização corporal. Os resultados mostraram que os pacientes referiram melhora do sintoma de dor e relataram maior facilidade para a realização das atividades de vida diária. A medida que o alongamento muscular promove melhora da dor, tornando o indivíduo mais apto para realizar as atividades de vida diária, ainda permanece a sensibilidade dolorosa nos tender points. Dessa forma, pensou-se em buscar um recurso fisioterapêutico que, associado ao alongamento muscular, pudesse melhorar a sensibilidade dolorosa nesses pontos. Vários trabalhos documentam a eficácia da utilização da TENS no alívio da dor . Wolf et al. utilizaram a Escala Analógica Visual da Dor e o Questionário McGill de Dor para avaliar as respostas de 114 pacientes com dor crônica (neuropatia periférica, lesão do nervo periférico, radiculopatia e dores musculoesqueléticas) tratados com TENS. Os eletrodos foram posicionados no sítio de dor, ao longo do nervo periférico próximo ao local acometido ou na região p a r a v e r t e b r a l na raiz do r e s p e c t i v o n e r v o . A intensidade foi aumentada até que o paciente evocasse uma sensação desconfortável e, então, diminuída e ajustada em um nível tolerável ao paciente, sendo reajustada a cada sessão para manter adequada estimulação. O tratamento consistiu de três a cinco sessões com duração de 30 a 45 minutos de aplicação da TENS. Os resultados mostraram que 78% dos 7 8 pacientes Com neuropatia periférica, 38% dos pacientes com lesão do nervo periférico, 47% dos pacientes com radiculopatia e 5 1 % dos pacientes com dores musculoesqueléticas referiram mais de 60% de alívio da dor. Os autores não encontraram correlação entre os parâmetros de estimulação ou o posicionamento dos eletrodos com o alívio da dor. Moore realizou estudo com 98 pacientes com dores na região dorsal, cefaléia e uma variedade de outros sintomas. Os pacientes utilizaram TENS em casa, colocando os eletrodos no local da dor, ajustando a intensidade de estimulação a níveis confortáveis. Após 12 dias de tratamento, 69% dos pacientes com dorsalgia, 40% com cefaléia, 60% com diferentes sintomas relataram mais de 50% de alívio de dor. O desenvolvimento da estimulação nervosa elétrica transcutânea está baseado diretamente no trabalho de Melzack e Wall que constitui a teoria da comporta em que a ativação de axônios mielinizados de grande diâmetro na periferia, aumenta a intensidade de inibição que atua sobre as células T na medula espinal via células de substância gelatinosa. A TENS teria a capacidade de produzir informações sensitivas a partir de aferentes de baixo limiar que inibem a transmissão da dor na medula espinal mediante a inibição da excitabilidade das células T via células SG . Esse modelo explica o alívio da dor durante a aplicação da TENS e o pós-efeito, através da teoria da liberação de endorfinas que são produzidas pelas glândulas pituitárias e que têm seu papel na modulação da d o r . Uma vez que a fibromialgia caracteriza-se por dores musculoesqueléticas difusas, o uso do TENS torna-se limitado, porém a aplicação em pontos específicos, os tender points, pode aumentar o limiar de dor e promover analgesia . 9 25 10 11 12 OBJETIVO CASUÍSTICA E MÉTODOS Casuística Participaram do estudo 20 indivíduos, todos do sexo feminino (média de idade de 52,3 ± 1 1 , 3 anos), porém somente 15 concluíram o protocolo de intervenção, com diagnóstico de fibromialgia segundo os critérios do Colégio Americano de Reumatologia e encaminhados para a Fisioterapia pelo Ambulatório de R e u m a t o l o g i a do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo. Segundo a formalidade prescrita, após esclarecimentos d e v i d o s , h o u v e c o n s e n t i m e n t o de t o d o s os participantes. 1 Situação O trabalho foi realizado na sala de Fisioterapia do Ambulatório de Reumatologia do Hospital das Clínicas dá Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo. Procedimento As p a c i e n t e s e n c a m i n h a d a s à fisioterapia receberam atendimento individual, uma vez por semana, durante 8 semanas, sendo que cada sessão durou, em média, 50 minutos. Avaliação Na primeira e última sessões, foi realizada a avaliação fisioterapêutica que constou da anamnese completa sobre a dor da paciente, avaliação da intensidade da dor através da Escala Analógica Visual da D o r , avaliação do limiar de dor dos tender points medido com o dolorímetro e avaliação da qualidade de vida m e d i d a com o Fibromyalgia Impact Questionnaire . A Escala Analógica Visual da Dor (VAS) ' avalia a intensidade da dor, consistindo-se de uma reta de 10 centímetros de comprimento desprovida de números, na qual há apenas indicação na extremidade esquerda de "ausência de dor" e na direita de "dor insuportável". Quanto maior o escore, maior a intensidade da dor. A paciente foi instruída a marcar um ponto que indicava a intensidade da dor que sentia. Na dolorimetria do limiar de dor dos 18 tender points , foi utilizado o dolorímetro que é um aparelho que avalia o limiar de sensibilidade dolorosa à pressão, possuindo uma extremidade, na qual é aplicada uma pressão perpendicular à superfície da pele, e um 1314 15 16 13 14 Como o paciente com fibromialgia apresenta dor difusa crônica e aumento da sensibilidade dolorosa em pontos anatômicos específicos (tenderpoints), pensouse que a a p l i c a ç ã o da T E N S nestes p o n t o s , conjuntamente com a realização de exercícios de alongamento muscular, possibilitariam diminuição da dor local nos tender points e geral no corpo, além da melhora da qualidade de vida dos pacientes. O presente estudo teve como objetivo verificar o efeito analgésico da TENS aplicada sobre tender points, associada a exercícios de alongamento muscular, e a melhora da qualidade de vida de pacientes com fibromialgia. 115 m a n ô m e t r o que registra esta p r e s s ã o . Para a mensuração, primeiro foram demarcados com lápis dermatográfico os 18 tender points', occipital, cervical baixa anterior entre C5 e Cl, trapézio, supraespinhoso, segunda articulação costocondral, epicôndilo lateral, glúteo, trocânter maior e borda mediai dos joelhos, todos bilaterais. Em seguida, o dolorímetro foi posicionado em cada tender point e foi aplicada uma pressão perpendicular à superfície da pele, sendo aumentada gradativamente a cada 0,1 Kg até o momento em que a paciente referia dor. As medidas de todos os limiares de dor foram feitas com a paciente em sedestação, exceto glúteo e trocânter maior que foram feitas em bipedestação. O Fibromyalgia Impact Questionnaire (FIQ) é um instrumento de avaliação da qualidade de vida específico para fibromialgia. Este questionário possui 10 itens que medem função física, dificuldades profissionais, bem-estar geral, distúrbios psicológicos (como ansiedade e depressão) e sintomas físicos (como dor, sono, fadiga e rigidez). Quanto maior o escore, maior é o impacto da fibromialgia na qualidade de vida. Em seguida, foi realizada a avaliação postural, em que a paciente permanecia na postura ereta, com os pés paralelos e juntos, frente ao espelho. O uso do espelho tinha como objetivo permitir à paciente observar as alterações posturais apontadas pela físioterapeuta. Nesta avaliação, foram observadas alterações das cadeias musculares na seguinte ordem: respiratória, posterior, ântero-interna da bacia, anterior do braço e â n t e r o - i n t e r n a do o m b r o . Este procedimento foi importante para a programação dos exercícios de alongamento muscular. 16 bilateralmente, utilizando-se gel condutor e fixação com esparadrapo. Os parâmetros de modulação utilizados foram: freqüência de pulso (R) = 15Hz, tempo de pulso (T) = 150 JIS, intensidade (i); orientação à paciente para que referisse uma sensação de "formigamento" durante toda a aplicação da TENS, sendo aumentada a intensidade em cada diminuição da sensação referida. O tempo de aplicação da TENS foi de 30 minutos, ao término da qual foi realizada novamente a dolorimetria do limiar de dor dos tender points selecionados. Em seguida, as pacientes realizaram, semanalmente no Ambulatório, exercícios de alongamento dos músculos encurtados das cadeias avaliadas. Optou-se por ensinar um n ú m e r o reduzido de exercícios e de forma gradativa para facilitar a assimilação dos mesmos. Paralelamente à realização dos exercícios enfatizava-se a importância da percepção corporal explicando para que servia cada um dos exercícios e solicitando para que os mesmos fossem realizados cuidadosamente. Informações sobre a doença foram sendo dadas ao longo de toda a intervenção. As pacientes eram orientadas a realizar os exercícios em casa diariamente. Foram realizados exercícios de alongamento dos músculos glúteos, paravertebrals, isquiotibiais, gastrocnemius, sóleo e trapézio, além de exercícios respiratórios com ênfase na expiração e alongamento da cadeia muscular anterior do braço e ântero-interna do ombro e cada um era repetido, em média 10 vezes. 6 Tratamento Foram escolhidos quatro tender points dos mais sensíveis e próximos para a aplicação da TENS: trapézio e supra-espinhal bilaterais (Tabela 2). No início de cada sessão, os tender points selecionados foram assinalados com lápis dermatográfico para a dolorimetria do limiar de dor em cada ponto, conforme o mesmo procedimento descrito na avaliação. A TENS foi aplicada com a paciente posicionada em sedestação, tendo a cabeça apoiada frontalmente sobre lençóis dobrados na maca e os membros superiores permanecendo ao longo do tronco com as mãos repousando sobre as coxas, objetivando manter os ombros relaxados. Os eletrodos com saída do m e s m o c a n a l foram c o l o c a d o s nos p o n t o s ANÁLISE ESTATÍSTICA Foi utilizada análise estatística descritiva da média e desvio padrão para as variáveis demográficas. Nas variáveis de dor, limiar de dor e qualidade de vida foi utilizado o test t-Student para verificar as diferenças entre antes e após o tratamento. O nível de significância aceito foi àep <0,05. RESULTADOS Vinte pacientes iniciaram o tratamento, mas somente 15 pacientes finalizaram-no. As demais tiveram alta por abandono antes de completarem as oito sessões. A Tabela 1 mostra os dados demográficos, antropométricos e sintomatológicos das 20 pacientes iniciais. Todas as pacientes eram do sexo feminino, com m é d i a de d u r a ç ã o do s i n t o m a de d o r de 14,0 ± 9,5 anos. Tabela 1 - Média (± DP) dos dados demográficos, antropométricos e sintomatológico das pacientes com fibromialgia (n = 20) Os dados obtidos referentes à variação do limiar de dor dos músculos trapézio e da supra-espinhal ao l o n g o d a s oito s e s s õ e s a n t e s e a p ó s a a p l i c a ç ã o d a Variável Idade (anos) Peso (Kg) Altura (cm) Duração da dor (anos) Sexo feminino Cor Branca Negra Estimulação Elétrica Nervosa Transcutânea ( T E N S ) 52,8 ± 11,3 66,6 ± 6,5 15715 14 ± 9 , 5 100% e s t ã o r e p r e s e n t a d o s n a s F i g u r a s 1A e 1B. A m e l h o r a a p r e s e n t a d a foi s e m e l h a n t e n o s d o i s m ú s c u l o s . 75% 25% DP: desvio padrão N a T a b e l a 2 p o d e m ser v i s t o s a m é d i a e o d e s v i o p a d r ã o d o s d a d o s d a a v a l i a ç ã o i n i c i a l e final d o l i m i a r d e d o r n o s 18 tender points. A TENS a p l i c a d a s o m e n t e n o s q u a t r o tender points espinhal e trapézio bilaterais. Como observar, houve melhora s i g n i f i c a n t e (p < 0,05) foi a p l i c a d a se pode estatisticamente n o s tender a Estimulação foi de supra- points, Elétrica Figura I A - Limiar de dor do músculo trapézio antes e após a aplicação da Estimulação Elétrica Nervosa Transcutânea (TENS) (n=l 5) em que Nervosa Transcutânea, e nos demais não houve melhora significativa. T a b e l a 2 - M é d i a (± D P ) e valor d e p d o limiar d e d o r d o s 18 tender points antes e a p ó s o t r a t a m e n t o das p a c i e n t e s com fibromialgia 2 (n = 15) (Valores e m K g / c m ) Tender points Após Antes P Occipital direito 1,94 ± 1,28 2,01 ± 0,74 0,8 Occipital esquerdo 1,90 ± 1,27 1,97 ± 0 , 9 9 0,4 Cervical direita 1,67 ± 1,03 1,73 ± 0,43 0,8 Cervical esquerda 1,72 ± 1,02 1,90 ± 0 , 8 4 0,8 Supraespinhal direito 1,37 ± 0 , 6 8 2,04 ± 0,88 0,008* Supraespinhal esquerdo 1,36 ± 0 , 7 2 2 , 2 ± 1,15 0,006* A intensidade da dor medida pela Escala Analógica Trapézio direito 1,45 ± 0 , 5 3 2,06 ± 0,79 0,005* Visual de D o r (VAS) antes e após o tratamento p o d e ser Trapézio esquerdo 1,31 ± 0 , 5 9 1,95 ± 0 , 7 8 0,004* vista na Figura 2, na qual se p o d e observar m e l h o r a a 1,30 ± 0 , 7 3 1,48 ± 0 , 4 3 0,38 2 Costocondral esquerda a 1,17 ± 0 , 6 9 1,48 ± 0 , 4 0 0,13 Epicôndilo direito 1,52 ± 0 , 9 3 1,59 ± 0 5 1 0,8 Epicôndilo esquerdo 1,48 ± 1,12 1,55 ± 0 , 4 0 0,7 Glúteo direito 2,32 ± 1,68 2,32 ± 1,06 0,9 Glúteo esquerdo 2,29 ± 1,58 2,54 ± 1,45 0,6 Trocânter direito 2,25 ± 1,45 2,34 ± 1,12 0,8 Trocânter esquerdo 2,09 ± 1,28 2,42 ± 1,42 0,4 Joelho direito 1,76 ± 1,62 2,15 ± 1,13 0,4 Joelho esquerdo 1,92 ± 1,61 2,06 ± 1,09 0,7 2 Costocondral direita : Valores estatisticamente signifícantes (p = 0,05) F i g u r a 1B - Limiar d e d o r d o m ú s c u l o s u p r a e s p i n h o s o antes e após a aplicação da Estimulação Elétrica Nervosa Transcutânea (TENS) (n=15) estatisticamente significante (p <0,02). Figura 2 - Média e Desvio Padrão da intensidade da dor medida pela Escala Analógica. Visual de Dor (VAS) antes e após o tratamento das pacientes com fibromialgia (n=15, p= 0,02) A Tabela 3 mostra o impacto da Fibromialgia medida pelo FIQ antes e após o tratamento. Houve melhora Tabela 3 - Média (±DP) e valor de p no Fibromyalgia fibromialgia (n= 15) MEDIDAS Impact Questionnaire ANTES Função física estatisticamente significante nos aspectos: número de dias que se sentiu bem, dor, fadiga, rigidez e ansiedade. (FIQ) antes e após o tratamento das pacientes com APÓS P 13,90 ± 4 , 9 3 11,80 ± 3 , 2 0 0,17 Sentiu bem (dias/semana) 1,25 ± 1,71 3,00 ± 2,00 0,008* Dias de trabalho perdidos 1,05 ± 1,39 0,60 ± 1,05 0,3 Dificuldade no trabalho (cm) 6,50 ± 3,09 6,15 ± 2 , 8 5 0,7 Dor (cm) 8,08 ± 1,66 6,09 ± 2 , 1 9 0,004* Fadiga (cm) 8,50 ± 1,16 6,82 ± 3,06 0,03* Acorda cansado (cm) 7,34 ± 3 , 1 6 6,03 ± 3,45 0,25 Rigidez (cm) 8,12 ± 1,93 5,74 ± 3,05 0,007* Ansiedade (cm) 8,09 ± 2,54 6,82 ± 3,87 0,05* Depressão (cm) 6,70 ± 3,49 6,10 ± 3 , 7 9 0,3 * Valores estatisticamente signifícantes (p= 0,05) DP: desvio padrão DISCUSSÃO Qualidade de vida relacionada à saúde representa o efeito dos fatores individuais e ambientais na função e no estado de saúde de um indivíduo . White et al. , utilizando o Fibromyalgia Impact Questionnaire (FIQ) em seu estudo, relatam que a fibromialgia causa um impacto negativo na qualidade de vida de pacientes em idade produtiva de trabalho. Isto porque, além da dor, os sintomas de fadiga e fraqueza subjetiva causam perda da função, levando à incapacidade para a realização de atividades de vida diária, refletindo, assim, na qualidade de vida dessas pessoas. 17 18 Um dos objetivos do tratamento físioterapêutico é promover o alívio dos sintomas, principalmente da dor. Assim, o paciente com fibromialgia torna-se mais apto a realizar as atividades de vida diária, proporcionando-lhe melhor qualidade de vida. A diminuição do sintoma de dor difusa e o aumento dos escores de qualidade de vida foram os aspectos mais importantes do tratamento das pacientes no presente estudo. As pacientes com fibromialgia obtiveram melhora significativa no alívio da dor difusa, medida pela Escala Analógica Visual, quando comparada às situações antes e após o tratamento físioterapêutico (Figura 2). Esta melhora global da dor pode ser atribuída aos exercícios de alongamento, que visam recuperar progressivamente o comprimento dos músculos, através da redução da tensão muscular e aumento da flexibilidade, permitindo que o indivíduo realize movimentos mais funcionais e eficientes . A melhora da qualidade de vida a partir da realização de programas de atividade física tem sido descrita na literatura . Neste estudo, foi avaliado o impacto da fibromialgia na qualidade de vida das pacientes antes e após o tratamento, medido através do Fibromyalgia Impact Questionnaire (FIQ). Os resultados mostraram melhora significativa dos aspectos "bem-estar geral", "dor", "fadiga", "rigidez" e "ansiedade" (Tabela 3). Bernard et al. avaliaram a qualidade de vida de 275 pacientes com fibromialgia, através de um questionário com diversas questões sobre os sintomas, aspectos pessoais e profissionais e expectativas dos pacientes. Quando os pacientes foram questionados quanto à sua expectativa em relação ao tratamento da doença, relataram que esperavam que os profissionais da saúde estivessem mais informados sobre fibromialgia (50% dos pacientes avaliados). Um terço (30,3%) referiram que desejavam simplesmente que estes acreditassem na existência de sua doença. Neste estudo de caso, houve um processo educativo, no qual a fisioterapeuta dava informações a respeito da doença e orientava quanto a melhor forma de realizar os exercícios e as atividades diárias sem que a dor aumentasse. Desta forma, as orientações e o apoio proporcionado durante o tratamento p o d e m ter 6 19 2 3 3 influenciado os níveis de ansiedade das pacientes com fibromialgia. Pode-se notar que não houve diferença na função física antes e após o tratamento. Este item, avaliado no FIQ, questiona quão freqüente o indivíduo é capaz de realizar algumas atividades de vida diária, como: fazer compras, lavar e estender roupas, cozinhar, lavar louça, passar aspirador no tapete, arrumar a cama, caminhar vários quarteirões, visitar os amigos, trabalhar fora e dirigir automóvel. É importante salientar que a população estudada, em sua maioria, eram donas-de-casa e, portanto, não trabalhavam fora, não dirigiam um automóvel porque não possuíam habilitação e não utilizavam aspirador, pois não o possuíam e/ou não possuíam tapete em casa! Deste modo, estes aspectos não foram limitados pela dor, assim, não influenciaram nas medidas da função física. Os a s p e c t o s do FIQ " a c o r d a r c a n s a d o " e "depressão" apresentaram níveis mais baixos após o t r a t a m e n t o , p o r é m não foram estatisticamente significantes. Curiosamente, as pacientes referiam dormir mal em virtude de insônia e não em virtude da dor. Alguns a u t o r e s sugerem que o sono nãoreparador, associado à dor crônica, pode desencadear um quadro depressivo. Os resultados deste estudo mostraram diminuição significativa da sensibilidade dolorosa apenas nos tender points em que foi aplicada a TENS (Tabela 2). O mesmo foi verificado no estudo realizado por Gashu e Marques , que mostrou melhora da dor nos tender points t r a t a d o s com a T E N S . B a s s a n et a l . descreveram o caso de um paciente com fibromialgia juvenil tratado com a TENS e anestésico no local em que a dor era mais intensa, mostrando melhora desta após o tratamento. Offenbacher e Stucki afirmam que a TENS pode reduzir dores musculoesqueléticas localizadas nos indivíduos com fibromialgia. 24 12 25 5 O mecanismo exato pela qual a TENS modula a dor ainda não é totalmente conhecido. Woolfe s u g e r e que o uso da T E N S p o d e d i s t o r c e r o funcionamento do sistema nervoso, ao interferir em algum de seus inputs ou informações, pois as fibras ocp mielinizadas fornecem caminho para TENS. Segundo o mesmo autor, a estimulação das fibras aferentes a|3 de rápida condução podem inibir a entrada do estímulo doloroso conduzido pelas fibras C, não-mielinizadas de condução mais lenta, antes que o estímulo doloroso transite até a medula espinhal. Sjolund e Eriksson sugerem que a TENS emitida em baixa freqüência, facilita a elevação dos níveis de endorfina no líquido cérebro-espinhal. Naloxone, um antagonista da morfina, reverte a a n a l g e s i a o b t i d a a t r a v é s da T E N S de b a i x a freqüência, indicando que a ação da TENS promove a liberação de opiáceos endógenos. A freqüência é considerada baixa quando se utilizam os valores no intervalo de 1 à 20 Hz, sendo indicados normalmente para dores crônicas a freqüência de 15Hz. Por outro lado, acredita-se que a TENS de baixa intensidade e alta freqüência alivie a dor ao ativar os mecanismos da comporta . 26 27 28 CONCLUSÃO A associação das terapias de TENS e alongamento muscular, juntamente com as informações sobre a doença e o reconhecimento do próprio corpo através da consciência corporal, aspecto trabalhado durante a realização dos exercícios, permitiram melhorar, além da dor, a rigidez e a inflexibilidade encontrada no nível físico e psíquico das pacientes com fibromialgia, levando o indivíduo a rever suas atividades de vida diária e introduzir alguma forma de atividade física. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS 1. 2. 3. Wolfe, F.; Smythe, H.A.; Yunus, M.B., Bennett, R.M., Bombardier, C ; Goldenberg, D.L. The American College of Rheumatology 1990. Criteria for the classification of fibromyalgia: report of the multicenter criteria committee. Arthritis Rheum., v.33, n.2, p. 160-72, 1990. Smith, W.A. Fibromyalgia Syndrome. Nurs. Clin. North Am., v.33, n.4, p.653-69, 1998. Bernard, A.L.; Prince, A.; Edsall, P. Quality of life issues for fibromyalgia patients. Arthritis Care Res., v. 13, n. 1, p.4250, 2000. 4. 5. 6. Masi, A.T. Fibromyalgia syndrome (FMS): current concepts and approaches to management. Rev. Bras. Reumatoi., v.35, n.2, p.55-7, 1995. Offenbacher, M.; Stucki, G. Physical therapy in the treatment of fibromyalgia. Scand. J. Rheumatol, v.29, p.78-85,2000. Suppl. 113. Marques, A.P.; Mendonça, L.L.F.; Cossermelli, W. Alongamento muscular em pacientes com fibromialgia a partir de um trabalho de reeducação postural global (RPG). Rev. Bras. Reumatoi, v.34, n.5, p.232-4, 1994. 7. 8. 9. 10. 11. 12. 13. 14. 15. 16. 17. 18. Robinson, A.J. Transcutaneous electrical nerve stimulation for the control of pain in musculoskeletal disorders. JOSPT, v.24, n.4, p.208-26, 1996. Wolf, S.L.; Gersh,M.R.; Rao, V.R. Examination of electrode placements and stimulating parameters in treating chronic pain with conventional transcutaneous electrical nerve stimulation (TENS). Pain, v. 11, p.37-47, 1981. Moore, D.E.; Blacker, H.M. How effective is TENS for chronic pain? Am. J. Nurs., v.83, n.8, p. 1175-7, 1983. Kitchen, S.; Bazin, S. Eletroterapia de Clayton. São Paulo, Manole, 1998. Basbaum, A.I.; Fields, H.L. Endogenous pain control mechanisms: review and hypothesis. Ann. Neurol, v.4, n.5, p.451-62, 1978. Gashu, B.M.; Marques, A.R Efeito da estimulação elétrica nervosa transcutânea (TENS) sobre os tender points dos pacientes fibromiálgicos. Estudo preliminar. Rev. Bras. Fisioter., v.2, n.2, p.57-62, 1997. Huskisson, E.C. Measurement of pain. Lancet, v.9, p. 112731, 1974. Revill, S.I.; Robinson, J.O.; Rosen, M.; Hogg, I.J. The reliability of a linear a n a l o g u e for e v a l u a t i n g pain. Anaesthesia, v.31, p. 1191 -8, 1976. Fischer, A.A. Pressure algometry over normal muscle. Standard values, validity and reproducibility of pressure threshold. Pain, v.30, p. 115-26, 1987. Burckhardt, C.S.; Clark, S.R.; Bennett, R.M. The fibromyalgia impact questionnaire: development and validation. J. Rheumatol, v.18, p.728-33, 1991. American Physical Therapy Association (APTA). Guide to physical therapy practice. On what concepts is the guide based? Phys. Then, v.81, n . l , p.S 19-25, 2001. White, K.P.; Speechley, M.; Harm, M.; Ostbye, T. Comparing Agradecimento 19. 20. 21. 22. 23. 24. 25. 26. 27. 28. self-reported function and work disability in lt)0 comunity cases of fibromyalgia syndrome versus controls in London, Ontario. Arthritis Rheum., v.42, n . l , p.76-83, 1999. Walco, G.A.; Ilowite,N.T. Cognitive-behavioral intervention for juvenile primary fibromyalgia syndrome. J. Rheumatol., v.19, n.10, p.1617-9, 1992. Burckhardt, C.S.; Mannerkorpi, K.; Hedenberg, L.; Bjelle, A. A randomized, controlled clinical trial of education and physical training for women with fibromyalgia. J. Rheumatol, v.2 l,p.714-20, 1994. Mengshoel, A.M.; Saugen, E.; Forre, O. e VoLlestad, N.K. Muscle fatigue in early fibromyalgia. J. Rheumatol, v.22, n . l , p. 143-50, 1995. Krsnich-Shriwise, S. Fibromyalgia syndrome: an overview. Phys. Then, v.77, p.68-75, 1997. Henriksson, C ; Burckhardt, C. Impact of fibromyalgia on everyday life: a study of women in the USA and Sweden. Disabil Rehabil, v. 18, n.5, p.241-8, 1996. Atra, E.; Pollak; D.F.; M a r t i n e z , J.E. F i b r o m i a l g i a : etiopatogenia e terapêutica. Rev. Bras. Reumatol, v.33, n.2, p.65-72, 1993. Bassan, H.; Niv, D.; Jourgenson, U.; Wientroub, S.; Spirer, Z. Localized fibromyalgia in a child. Paediatr. Anaesth., v.5, n.4, p.263-5, 1995. Woolfe, C.J. Segmental afferent fibre-induced analgesia. Transcutaneous electrical nerve stimulation (TENS) and vibration. In: Wall, P.D.; Melzack, R., ed. Textbook of pain. Edinburgh, Churchill Livingstone, 1989. p.884-96; 1989. Sjolund, B . ; E r i k s s o n , M. E l e c t r o - a c u p u n c t u r e and endogenous morphines. Lancet, v.2, p. 1085, 1976. Melzack, R.; Wall, P. Pain mechanisms: a new theory. Science, v.150, p.971-9, 1965. à FAPESP a concessão de bolsa de iniciação cientifica vinculada ao projeto integrado Recebido para publicação: 31/08/2001 Aceito para publicação: 23/12/2001 95/9894-4. Comparação da atividade elétrica dos músculos vasto mediai oblíquo e vasto lateral oblíquo em indivíduos com disfunção femoro-patelar* Patrícia Horta Andrade"' Débora Beviláqua Grosso' ' Fausto Bérzin' ' Ivana Gil' Vanessa Monteiro Pedro' ' 2 3 4) 5 A comparison of the electrical activity of the vastus medialis oblique and vastus lateralis oblique muscles in patients with patellofemoral dysfunction * Este trabalho faz parte do Projeto Integrado de Pesquisa com apoio financeiro do Conselho Nacional de Pesquisa - CNPq - Processo n° 524190/96-8. (1> Profa. Mestre pelo Programa de Pós- Graduação em Fisioterapia da Universidade Federal de São Carlos. Profa. Dra. do Mestrado em Fisioterapia <2) do Centro Universidade do Triângulo UNIT. 0 1 Prof. Titular do Departamento de Morfologia da Faculdade de Odontologia de Piracicaba - FOP da Universidade Estadual de Campinas. <4) Profa. Doutora do Departamento de O d o n t o l o g i a Social da Faculdade d e O d o n t o l o g i a de Piracicaba - FOP, Universidade Estadual de Campinas. Prof. Adjunto III do Departamento de Fisioterapia da Universidade Federal de São Carlos - UFSCar, Chefe do Laboratório de Avaliação e Intervenção em Ortopedia e Traumatologia - LAIOT. Endereço para correspondência: Patrícia Horta Andrade, Rua Itapeva, 220, Apto. 151. 01332-000. São Paulo, SP. e-mail: [email protected] (5) RESUMO: A proposta deste trabalho foi comparar a atividade elétrica dos músculos vasto mediai oblíquo ( V M O ) e vasto lateral oblíquo ( V L O ) , no exercício isométrico de extensão do joelho associado a rotação medial e lateral da tíbia, e m cadeia cinética fechada (CCF), n o aparelho Leg Press e m indivíduos c o m disfunção fêmoropatelar (DFP). Para este estudo foram avaliados 9 indivíduos c o m DFP, sendo 3 bilateralmente, todos d e sexo ferninino, c o m idade m é d i a 21,55 ± 1,87 anos. A análise da atividade elétrica dos músculos V M O e V L O foi obtida p o r m e i o d e u m Módulo Condicionador de Sinais (MSCT000 V 2 ) de 16 canais (Lynx). Para a captação d o s potenciais d e ação d o s m ú s c u l o s e s t u d a d o s foram utilizados eletrodos ativos diferenciais simples d e superfície (Lynx). A análise estatística empregada foi a A N O V A ONE-WAY, (p < 0,05). O s resultados evidenciaram que a atividade elétrica dos músculos não foi s i g n i f i c a t i v a m e n t e d i f e r e n t e n o s exercícios de extensão do joelho associado a rotação medial e lateral d a tíbia, inter e intramúsculos. A l é m disso, sugeriram que, nas condições experimentais utilizadas, os exercícios propostos para os indivíduos c o m D F P geram u m padrão de recrutamento similar dos músculos V M O e V L O . DESCRITORES: Condutividade elétrica. Terapia p o r exercício. Músculos/ fisiopatologia. Doenças musculoesqueléticas/reabilitação. Ligamento patelar. ABSTRACT: T h e p r o p o s e o f this s t u d y w a s to c o m p a r e t h e electrical activity o f t h e vastus medialis oblique ( V M O ) a n d vastus lateralis o b l i q u e ( V L O ) i n t h e isometric exercise o f K n e e e x t e n s i o n at 9 0 ° a s s o c i a t e d w i t h m e d i a l a n d lateral tibial rotation, in c l o s e d kinetic c h a i n ( C K C ) p e r f o r m e d in the L e g P r e s s e q u i p m e n t , in patients w i t h Patellofemoral dysfunction ( P F D ) . T h r e e o f t h e m h a d b o t h k n e e s evaluated ( c o m p o s i n g 12 k n e e s at all), b e t w e e n 19 a n d 2 5 years o l d (21,55 ± 1,87). T h e analysis o f the electrical activity o f the V M O and V L O muscles was obtained by the Sign C o n d i t i o n i n g M o d u l e ( M S C 1 0 0 0 - V 2 ) w i t h 16 c h a n n e l s . To t h e caption o f t h e action potentials o f the studied m u s c l e , INTRODUÇÃO surface differential e l e c t r o d e s w e r e u s e d . T h e statistical analysis applied w a s t h e A n o v a O n e Way, p < 0 . 0 5 . T h e result s h o w e d that the electrical activity o f the m u s c l e V M O a n d V L O w a s n o t different significant in t h e lateral tibial rotation inter a n d i n t r a m u s c l e s . T h e r e s u l t o f this research, within the experimental conditions, suggests that the p u r p o s e e x e r c i s e s for t h e s u b j e c t s w i t h P F D g e n e r a t e a s i m i l a r r e c r u i t m e n t s t a n d a r d for b o t h V M O a n d V L O m u s c l e s . KEYWORDS: Electric conductivity. Exercise therapy. Musculoskeletal diseases/rehabilitation. Muscles p h y s i o p a t h o l o g y . Patellar ligament. exercícios em C C F são considerados mais funcionais . Geralmente utilizam cargas fisiológicas, sem isolar u m a articulação e geram feedback proprioceptive . São exemplos de exercícios em CCF: agachamento (squat), subir e descer degraus (step) e os realizados no aparelho Leg Press. Segundo Stiene et al. o treinamento com exercícios em CCF são mais efetivos para a recuperação funcional dos pacientes com DFP. Por outro lado, Laprade et al. revelaram que o músculo VMO é mais ativo do que o VL no exercício isométrico em CCA de extensão e rotação mediai da perna partindo da rotação lateral. Estes autores sugerem o referido exercício, descrito anteriormente, para o fortalecimento seletivo do VMO em indivíduos com DFP. E importante salientar que a literatura consultada evidencia apenas dois trabalhos , que investigaram a atividade elétrica do músculo VMO em relação ao vasto lateral oblíquo (VLO) em exercício de CCA. No entanto, não foi encontrado nenhum trabalho de C C F e associando a extensão do joelho com a rotação mediai e lateral da tíbia partindo da posição oposta que estudaram a atividade destes músculos. Diante do exposto, a proposta deste trabalho foi comparar a atividade elétrica dos músculos VMO e VLO, em indivíduos com DFP, no exercício isométrico de extensão do joelho, associado a rotação medial e lateral da tíbia, em CCF, no aparelho Leg Press Horizontal com o joelho flexionado a 90°. 6,27,33 A disfunção fêmoro-patear (DPF) é um problema comum que afeta um grande número de atletas e sedentários, atingindo principalmente adolescentes e adultos jovens do sexo feminino . Apresenta como característica básica, o início insidioso da dor peri ou retropatelar pode agravarse com a subida e descida de escadas, o agachamento ou a permanência na posição sentada por longo tempo . A etiologia da DFP inclui diversos fatores que levariam ao mau alinhamento da patela como: o encurtamento do retináculo lateral e da banda iliotibial, pronação subtalar excessiva, aumento do ângulo Q, patela alta e principalmente o desequilíbrio entre os músculos vasto mediai oblíquo (VMO) e vasto lateral (VL) A porção mais oblíqua do músculo quadriceps da coxa, os músculos VMO e vasto lateral oblíquo (VLO) pode ser a região anatômica melhor localizada para exercer o controle do posicionamento da patela na superfície troclear do fêmur. Segundo Morrish e Woledge , estes músculos podem trabalhar em oposição no controle do deslizamento da patela no sulco troclear. A eletromiografia (EMG) de superfície tem sido utilizada para investigar a eficiência de métodos de tratamento das mais variadas patologias, inclusive a DFP, especialmente para verificar o desequilíbrio dos músculos VMO e VL e para buscar um exercício que promova maior ativação do músculo VMO. Existe na literatura ' vários protocolos de tratamento da DFP, em relação ao ângulo de flexão do joelho a ser trabalhado e ao tipo de exercício, se em cadeia cinética aberta (CCA) ou se em cadeia cinética fechada (CCF). Os exercícios em CCA, de extensão da perna, são usados tradicionalmente para promoverem o fortalecimento do quadriceps de forma isolada . Já os 13 29 10,11,14,18,22,25 23 33 28 20 3,23 7,1011 16,17 31 MATERIAL E MÉTODOS Amostra A atividade elétrica dos músculos VMO e VLO foi investigada em 9 sujeitos com DFP, sendo 3 avaliados bilateralmente (num total de 12 articulações avaliadas), todos do sexo feminino, c o m idade de 21,55 ± 1,87 anos, p e s o 53,33 ± 8.03 k g e altura 1,62 ± 0,07 m, s e l e c i o n a d o s p o r m e i o d e a v a l i a ç ã o física. O s voluntários deveriam apresentar pelo m e n o s três sinais de D F P d e n t r e : 29 o • ângulo Q m a i o r que 16 ; • torção tibial externa; • patela alta; • p r o n a ç ã o subtalar excessiva; • teste de c o m p r e s s ã o patelar positivo. F o r a m excluídos deste estudo os voluntários que haviam recebido tratamento fisioterápico prévio para D F P e os q u e p o s s u í a m lesão ou h a v i a m realizado cirurgia n o sistema osteomioarticular dos m e m b r o s inferiores. Todos o s v o l u n t á r i o s a s s i n a r a m u m t e r m o de consentimento formal, seguindo a Resolução 196/96 d o C o n s e l h o N a c i o n a l d e S a ú d e e a p e s q u i s a foi aprovada pelo C o m i t ê de Ética da U n i v e r s i d a d e Federal de São Carlos ( U F S C a r ) . Procedimentos Gerais A análise da atividade elétrica dos músculos V M O e V L O foi obtida p o r m e i o de u m M ó d u l o C o n d i cionador de Sinais ( M C S 1000-V2) de 16 canais, c o m u m Conversor Analógico-Digital ( C A D 12/36-60k) e u m Programa de Aquisição de Dados - Aqdados versão 4.7- (LYNX Tecnologia Eletrônica Ltda.) interfaciados por u m c o m p u t a d o r 386 D X p a d r ã o . Para a captação dos potenciais de ação dos músculos estudados, foram utilizados e l e t r o d o s ativos diferenciais s i m p l e s de superfície ( L Y N X Tecnologia Eletrônica Ltda.), e m forma de barras de 1 cm d e c o m p r i m e n t o e 1 m m de largura, c o m g a n h o de 100, índice de rejeição pela m o d u l a ç ã o c o m u m i g u a l a 80 d B e 1000 H z d e freqüência de a m o s t r a g e m . Os dados eletromiográficos foram trabalhados n o software Matlab c o m filtro Butterworth para eliminar as freqüências e m 60 H z e h a r m ô n i c a s e foram utilizados filtros passa alto de 10 H z e passa baixa de 450 H z . U m eletrodo terra u n t a d o c o m gel eletrocondutor foi fixado c o m velcro na p o r ç ã o anterior d o p u n h o homolateral ao m e m b r o inferior avaliado para diminuir possíveis interferências. P r i m e i r a m e n t e , os voluntários realizaram u m a série de exercícios c o m três alongamentos ativos, sendo q u e c a d a u m foi m a n t i d o p o r 3 0 s e g u n d o s e c o m período de intervalo d e 1 m i n u t o entre eles, para os m ú s c u l o s quadriceps femoral, isquiotibiais e triceps sural. Posteriormente, foram posicionados no aparelho Leg Press Horizontal Top Line* (*Doado pela Vitally - Indústria d e A p a r e l h o s p a r a G i n á s t i c a Ltda. Av. Fernando Bovino, 1800. São José do Rio Preto, SP. C E P : 15034-460), c o m 90° d e flexão d o quadril e d o joelho. Posicionamento exercícios e forma de execução dos Para a execução do exercício em Contração Isométrica Voluntária M á x i m a ( C I V M ) de extensão do j o e l h o associado a rotação medial e lateral da tíbia, o p é d o M e m b r o I n f e r i o r A v a l i a d o ( M I A ) foi posicionado a 40° d e rotação lateral, utilizando-se d e u m G o n i ô m e t r o Universal (Carci) fixo p o r m e i o de u m a cantoneira especialmente adaptada ao Leg Press (Figura 1). 9 1 O s eletrodos foram posicionados sobre o ventre dos m ú s c u l o s V M O e V L O t e n d o c o m o p o n t o s de referência: 4 cm da borda súpero-medial da p a t e l a e ângulo de inclinação de 55° e m relação ao eixo do fêmur e 2,2 cm d o e p i c ô n d i l o lateral d o fêmur e inclinação de 5 0 , respectivamente. 16 21 o 2 3 F i g u r a 1 - C o l o c a ç ã o da p e r n a a 40° de r o t a ç ã o lateral p a r a a realização dos exercícios e m C I V M de e x t e n s ã o e r o t a ç ã o m e d i a i da p e r n a E para o exercício de C I V M de extensão do joelho associado à rotação lateral o M I A foi posicionado a 30° d e rotação mediai (Figura 2). para ser obtido u m valor m é d i o da Raiz Q u a d r a d a da M é d i a {Root Mean Square - RMS) deste exercício, que servirá c o m o referência da q u a n t i d a d e m á x i m a de atividade que estes m ú s c u l o s p o d e m apresentar. Desta forma, os valores m é d i o s de RJVIS, obtidos nos outros exercícios, são expressos em p o r c e n t a g e m deste valor m á x i m o . O exercício escolhido neste trabalho para obter a m á x i m a atividade dos m ú s c u l o s V M O e V L O foi a C I V M de extensão do j o e l h o a 90° c o m a tíbia em posição neutra d e rotação, em CCF, n o aparelho Leg Press. ANÁLISE ESTA TÍSTICA O m é t o d o estatístico e m p r e g a d o foi a análise de variância Anova One-Way c o m nível d e significância de 0,05. RESULTADOS F i g u r a 2 - Colocação da perna a 30° de rotação mediai para a realização dos exercícios em CIVM de extensão e rotação lateral da perna A o r d e m d e e x e c u ç ã o d e s t e s e x e r c í c i o s foi aleatória, sendo realizadas 3 repetições, c o m duração de 6 segundos, n o entanto, o início da captação do sinal eletromiográfico ocorreu a p ó s os 2 s e g u n d o s iniciais. Desta forma, o registro foi de 4 segundos, com p e r í o d o de r e p o u s o de 30 s e g u n d o s entre as 3 contrações em cada posicionamento e de 1 minuto entre as séries de exercícios. Para motivar o voluntário a executar a C I V M e para controlar o início da captação do sinal foi u t i l i z a d o o s e g u i n t e c o m a n d o v e r b a l : " A t e n ç ã o , prepara, vai! U m , dois. Estica o j o e l h o e roda o p é ! Força! Força! R e l a x a . " Intramúsculos N ã o foram observadas diferenças significativas na atividade elétrica dos músculos V M O e V L O p = 0.764 e p = 0.061, respectivamente, n o exercício de extensão do j o e l h o associado a rotação mediai da tíbia, em relação a atividade destes m e s m o s músculos no exercício associado à rotação lateral da tíbia (Figura 3). O voluntário foi orientado a iniciar a contração após o "vai", a captação do sinal E M G iniciava-se após o " U m , dois", do c o m a n d o verbal, que era controlado por cronômetro, e o restante do c o m a n d o verbal durava 4 segundos. NORMALIZA ÇÃO DOS DADOS Hanten e Shulthies (1990) sugerem a n o r m a l i z a ç ã o do sinal e l e t r o m i o g r á f i c o pela p o r c e n t a g e m da C I V M . Para isso é necessário u m exercício que requer a C I V M dos músculos e m estudo, Figura 3 - Médias (x) e Desvios Padrões do sinal eletromiográfico em RMS, normalizados pela contração isométrica voluntária máxima em posição neutra, referentes a atividade elétrica dos músculos vasto mediai oblíquo (VMO) e vasto lateral oblíquo (VLO), no exercício de extensão do joelho associado a rotação medial e lateral da tíbia em indivíduos com disfunção fêmoropatelar (n = 12) 20 Intermúsculos Os resultados deste pesquisa, evidenciaram que a diferença na atividade elétrica entre os músculos VMO e VLO não foi significativa (RM p = 0.157 e RL p = 0.75) nos exercícios de CIVM de extensão do joelho associado à rotação medial (RM) e lateral (RL) da tíbia (Figura 3). DISCUSSÃO O uso da eletromiografia como sistema de avaliação da atividade muscular está bem documentado na literatura . O estudo da atividade elétrica dos músculos VMO e VL é amplamente realizado em função da alta incidência das disfunções fêmoropatelares ( D F P ) . No entanto, pouco se sabe a respeito da porção oblíqua do músculo VL, ou seja, o músculo VLO. Neste estudo, não foram observadas diferenças significativas entre a atividade elétrica dos músculos VMO e VLO nos exercícios propostos. Entretanto, é importante salientar a diferença biológica expressa pela maior atividade do músculo VLO no exercício de CIVM de extensão do joelho associado à rotação mediai da tíbia em indivíduos com DFP. Mesmo sem ter sido observada diferença estatística, este é um fator relevante em decorrência de não haverem estudos eletromiográficos com este músculo na situação proposta neste trabalho, e ainda, principalmente, em virtude de alguns a u t o r e s sugerirem que o desequilíbrio entre os músculos VMO e VL ou VLO possa ser o principal fator etiológico da DFP. De acordo com Mc Connell a insuficiência do músculo VMO, associado ao aumento do ângulo Q e a p r o n a ç ã o subtalar e x c e s s i v a , favorece o desenvolvimento da dor na região anterior do joelho, caracterizando a DFP. Signorile et al. estão de acordo com Mc Connell e ainda acrescentam que o mau alinhamento do mecanismo extensor, associado à fraqueza do VMO pode promover uma alteração na biomecânica do mecanismo extensor, com alteração da distribuição de cargas sobre o joelho, favorecendo o aparecimento da DFP. 1,30 16,21,22 5,8,25 2,14,17,21,23,26 22 25 22 O tratamento para a DFP mais explorado é o conservador, visando o fortalecimento seletivo do músculo VMO. Entretanto, a forma pela qual este objetivo pode ser alcançado ainda não está estabelecido ' . 5,7 8,11,16,19 Em um estudo eletromiográfico de Laprede et al. nos músculos VMO e VL, em 8 indivíduos com DFP e em 19 indivíduos normais atingiu este objetivo. Estes autores propuseram 5 tipos de exercícios isométricos em CCA. A atividade elétrica do VMO no exercício de extensão do joelho associado à rotação mediai da tíbia posicionada em rotação lateral, mostrou-se significativamente maior em relação a atividade deste mesmo músculo nos exercícios puros de extensão, de rotação medial e de adução, assim como no de extensão do joelho associado à adução do quadril. Nossos resultados estão em desacordo com os de Laprade et a l . , porém é importante considerar algumas diferenças metodológicas. O presente estudo, foi realizado em CCF. Foram avaliados 2 tipos de exercícios associando a extensão do joelho às rotações, ou seja, da mediai partindo da lateral e da lateral partindo da mediai investigando a atividade elétrica dos músculos VMO e VLO. No entanto, o VMO não apresentou maior atividade em nenhum dos exercícios propostos. Por outro lado, Ninos et al. não observaram diferença significativa ao variar a posição da articulação do quadril, sendo avaliado aposição neutra e a de 30° de rotação lateral, no exercício em CCF de agachamento (squat). Foi avaliada a atividade elétrica dos músculos VM, VL e isquiotibiais em 24 indivíduos saudáveis. Signorile et a l . investigaram exercícios de extensão do joelho em CCA, nos ângulos de 90°, 30° e 5 de flexão do joelho, variando a posição de rotação da tíbia, em 23 indivíduos normais. Evidenciaram maior atividade elétrica dos músculos VMO e VL com o joelho flexionado a 90° com a tíbia em posição neutra. Nesta pesquisa, a escolha do exercício em CCF deu-se a partir de estudos como o de Wilk et al. , que compararam as forças da articulação tibiofemoral e a atividade eletromiográfica dos músculos quadriceps, isquiotibiais, gastrocnêmios, em 10 indivíduos normais, nos exercícios em CCA (de extensão do joelho) e em CCF (Leg Press e squat). Os dados eletromiográficos indicaram que a co-contração dos músculos quadriceps e isquiotibiais foi maior no squat quando comparado com os outros dois exercícios. E encontraram ainda, maior amplitude média do sinal eletromiográfico dos músculos VMO e VL a 90° de flexão do joelho nos exercícios em CCF. Escamila et al. investigaram a força e a atividade 20 20 24 25 o 32 12 elétrica muscular do joelho em exercícios de CCA (extensão do joelho) e de CCF (Leg Press e squat). Estudaram 10 indivíduos treinados na execução de 12 repetições com resistência máxima. Seus resultados mostraram que a força compressiva na articulação tibiofemoral foi maior nos exercícios em CCF nos ângulos próximos a flexão total e em CCA próximo a extensão total. O quadriceps apresentou maior atividade elétrica em CCF nos ângulos maiores que 83° e em CCA nos ângulos entre 15° e 65°. C o m o observa-se ainda existe muito a ser investigado na busca de exercícios eficazes e seguros à reabilitação do joelho, especialmente na DFP, por meio de análises detalhadas de diversos tipos de exercícios, como os realizados no aparelho Leg Press, amplamente utilizados em clínicas de Fisioterapia e nas academias, seja para a reabilitação das lesões envolvendo a articulação do joelho e/ou para o fortalecimento do músculo quadriceps femoral de uma forma geral. Limitações do trabalho Um dos aspectos que poderia ser melhorado é o tratamento dos dados eletromiográficos, com outros recursos de processamento digital do sinal. O s i s t e m a de n o r m a l i z a ç ã o do sinal eletromiográfico em RMS pela porcentagem da CIVM é o preferido pela maioria dos autores ' ' para o tratamento, estudo e comparação do sinal eletromiográfico. No entanto, estão sendo aplicadas outras análises como: normalização pelo tempo, análise da densidade espectral de potência e da freqüência mediana do sinal eletromiográfico. D e s t a forma, p o d e r i a m ser a b o r d a d o s o u t r a s variáveis como por exemplo a análise da fadiga muscular promovida por estes exercícios. 3,4 5 8,10,11,16 CONCLUSÃO Os r e s u l t a d o s desta p e s q u i s a , d e n t r o das condições experimentais utilizadas, sugerem que os exercícios isométricos de extensão do joelho associado à rotação medial e lateral da tíbia, em cadeia cinética fechada, executados no aparelho Leg Press Horizontal, em indivíduos com disfunção fêmoro-patelar geram um padrão de recrutamento similar nos músculos VMO eVLO. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS 1. Bamajian, J.V.; DeLuca, C.J. Muscle alive: their Junction revealed by electromyography. 5.ed. Baltimore, Williams & Wilkns, 1985. 2. Bevilaqua-Grosso, D.; Bérzin, F. Vastus lateralis oblíquos muscle - anatomical and clinical correlation. Med. Costa Rica Centro Am., v.2, p. 123-4, 1996. 3. Beviláqua Grosso, D. Análise funcional dos estabilizadores dapatela-estudo eletromiográfico. Piracicaba, 1998. Tese Apresentada ao Curso de Pós-Graduação em Biologia e Patologia B u c o - D e n t a l , Área de A n a t o m i a da FOP UNICAMP. p.55-7. 4. Bose, K.; Kanagasuntherum, R.; Osman, M. Vastus medialis oblique: an anatomical and physiologic study. Orthopedics, v.3,p.880-3, 1980. 5. Boucher, J.P.; 6. Boucher, J.R; King, M.A.; Lefebvre, R. Pepin A. Quadriceps femoris muscle activity in patello femoral pain syndrome. Am. J. Sports Med., v.20, n.5, p.527-32, 1992. 7. Bynum, B.E.; Barrack, R.L.E.; Alexander, A.H. Open versus closed kinetic chain exercises after anterior cruciate ligament reconstruction. Am. J. Sports Med., v.23, p.401-6, 1995. 8. Callaghan, M. J.; Oldham, J.A. The role of quadriceps exercise in the treatment of patellofemoral pain syndrome. Sports Med., v. 2 1 , n.5, p.384-91, 1996. 9. Cerny, K. Vastus medialis oblique I vastus lateralis muscle activity ratios for selected exercises in persons with and without patellofemoral pain syndrome. Phys. Ther., v.75, n.8, p.672-83, 1995. 10. DeLuca, C.J. The use of surface electromyography in biomechanics. J. Appl. Biomech., v.13, p. 135-63, 1997. 11. Doucette, S.A.; Child, D.D. The effect of open and closed chain exercise and knee joint position on patellar tracking in lateral patellar compression syndrome. JOSPT, v.23, n.2, p. 104-10, 1996. 12. Doucette, S. A.; Goble, M. The effect of exercise on patelar tracking in lateral patelar compression syndrome. Am. J. Sports Med., v.20, n.4, p.434-40, 1992. 13. Escamilla, R.F.; Fleisig, G.S.; Zheng, N.; Barrentine, S.W.; Wilk, K.; Andrews, J.R. Biomechanics of the knee during closed kinetic chain open kinetic chain exercises. Med. Sci. Sports Exer., v.30, n.4, p.556-69, 1998. 14. F u l k e r s o n , J.P.; H u n g e r f o r d , D . S . Disorders of the patellofemoral joint. 2.ed. Baltimore, Williams & Wilkins, 1990. 15. Grabiner, M.D.;Koh, T.J.; Draganich, L.F. Neuromechanics of the patellofemoral joint. Med. Sci. Sports Exerc., v.26, p. 10-21, 1994. 16. Haffajce, D.; Moritz, U.; Svantesson, G. Isometric knee extension strengh as a function of the joint angle, muscle length and motor unit activity. Acta Orthop. Scand., v.43, p. 138-47, 1972. 17. H a n t e n , W.P.; S c h u l t i e s , S.S. E x e r c i s e effect on electromyographic activity of the vastus medialis oblique and vastus lateralis muscles. Phys. Ther., v.70, n.9,p.561-5,1990. 18. Insall, J. Current concepts review: patellar pain. J. Bone Joint Surg., v.64A, n . l , p.147- Jenkins, WL.; Munns, SW. E Loudon, J. knee joint acesory motion following anterior cruciate ligament allograft reconstruction: a preliminary report. J. Orthop. Sport Phys Ther., v.28, p.32-9, 1997. 19. Johnson, D.P.; Eastwood, D.M.; Witherow, P.J. Symptomatic synovial plicae of the knee. J. Bone Joint Surg., v. 75 A, n. 10, p. 1485-96, 1993. 20. Karst, G.M.; Jewett, P.D. Eletromyography analysis of exercises proposed for differential activation of medial and lateral quadriceps femoris muscle components. Phys. Ther., v.73, p.289-99, 1993. 21. Laprade, J.; Culhan, E.; Brouwer, B. Comparison of five isometric exercises in the recruitment of the vastus medialis oblique in persons with and without patellofemoral pain syndrome. J. Orthop. Sport Phys. Ther., v.27, p. 197-204, 1998. 22. Lieb, F.J.; Perry, J. Quadriceps function: anatomical and mechanical study using amputated limbs. J. Bone Joint Surg., v.50A, p. 1535-48, 1968. 23. McConnell, J. The management of chondromalacia patellae: a long-term solution. Aust. J. Physiother., v.32, n.4, p.21523, 1986. 24. Morrish, G.M.; Woledge, R.C. A comparison of the activation of muscles moving the patella in normal subjects and in patients with chronic patellofemoral problems. J. Scand. Med.,\29,vAl-%,\991. 25. N i n o s , J.C.; Irrgang, J.J.; Burdett, R.B.; Weiss Jr, E. Electromyographic analysis of the squat performed in selfselcted lower extremity neutral rotation and 30° of lower extremity turn-out from the self-selected neutral position. Recebido para publicação: 03/08/2000 Aceito para publicação: 16/06/2001 26. 27. 28. 29. 30. 31. 32. 33. 34. JOSPT J Orthop. Sports Phys. Then, v.25, n.5, p.307-15, 1997. Signorile, J.F.; Kacsik, D.; Perry, A.; Robertson, B.; Williams, R.; Lowensteyn, I.; Digel, S.; Caruso, J.; LeBlanc, W.G. The effect of knee and foot position on the eletromyographical activity of the superficial quadriceps. JOSPT J Orthop. Sports Phys. Ther., v.22, n . l , p.2-9, 1995. Souza, D.R.; Gross, M.T. Comparison of vastus medialis oblique: vastus lateralis muscle integrated eletromyographic r a t i o s b e t w e e n h e a l t h y s u b j e c t s and p a t i e n t s w i t h patellofemoral pain. Phys. Ther., v.71, p.310-20, 1990. Steinkamp, L.A.; Dillingham, M.F.; Markel, M.D.; Hill, J.A.; K a u f m a n , K.R. B i o m e c h a n i c a l c o n s i d e r a t i o n s in patellofemoral joint rehabilitatioa Am. J. Sports Med., v.21, n.3, p.438-44, 1993. Stiene, H.A.; Brosky, T ; Reinking, M.F.; Nyland, J.; Mason, M.B. A comparison of closed kinetic chain and isokinetic joint isolation exercise in patients with patellofemoral dysfunction. JOSPT J Orthop. Sports Phys. Ther., v.24, n.3, p. 136-41, 1996. T h o m e é , R.; R e s t r o m , P.; K a r l s s o n , J.; G r i m b y , G. Patellofemoral pain syndrome in young women, part ii. muscle functionin patients and healthy controls. Scand. Med. Sci. Sports, v.5, p.245-51, 1995. Turker, K.S. Electromyography: some methodological problems and issues. Phys. Ther., v.73, n.10, p.698-710, 1993. Wild. J.R.; Franklin, T.D.; Woods, G.W. Patellar pain and quadriceps rehabilitation;, Ann. Emerg. Study Am. J. Sports Med.,\.\0, p. 12-5, 1982. Wilk, K.E.; Escamilla, R.F.; Fleising, G.S.; Barrentine, S.W.; A n d r e w s Jr., E.; Boyd, M.L. A comparison of tibiofemoral joint forces and electromyographic activity during open and closed kinetic chain exercises. Am. J. Sports Med., v.24, p.518-27, 1996. Woodall, W.; Welsh, J.A. A biomechanical basis for rehabilitation programs involving the patellofemoral joint. JOSPT J. Orthop. Sports Phys. Ther., v . l l , p.535-42, 1990. Efeitos do treinamento e da manutenção da prática de atividade física em quatro idosos sedentários saudáveis Effects of the training and of the maintenance of physical activity in four sedentary healthy elderly 0 Fátima Aparecida Caromano' Rachel Rodrigues Kerbauy ' 42 ( 1 ) Profa. Dra. do Curso de Fisioterapia da F a c u l d a d e d e M e d i c i n a da Universidade de São Paulo. Profa. Titular do Instituto de Psicologia da Universidade de São Paulo. Endereço para correspondência: Fátima C a r o m a n o . Rua C i p o t â n e a , 5 1 . C i d a d e U n i v e r s i t á r i a . Departamento de Fisioterapia, Fonoaudiologia e Terapia Ocupacional da Faculdade de Medicina da U n i v e r s i d a d e d e S ã o P a u l o . S ã o P a u l o , SP. 0 5 3 6 0 - 0 0 0 . ( 2 ) RESUMO: E s t e a r t i g o s e p r o p õ e a discutir detalhadamente a evolução d o d e s e m p e n h o físico d e quatro p e s s o a s i d o s a s , p r e v i a m e n t e sedentárias, q u e participaram de u m treinamento físico e m grupo e apresentaram evoluções significativamente diferentes. D u a s submeteram-se ao treinamento de exercícios gerais p o r quatro meses, posteriormente. Destas u m a a b a n d o n o u e outra m a n t e v e a prática destes exercícios p o r u m a n o . O u t r o s dois idosos submeteram-se ao treinamento de c a m i n h a d a s p o r quatro m e s e s . N o v a mente, u m abandonou e o outro m a n t e v e a rotina d e c a m i n h a d a p o r u m ano. Estudaram-se as funções m u s c u l o esquelética, neuromuscular, cardiovascular e respiratória e a composição corporal. C o n s t a t o u - s e q u e o tipo d e t r e i n a m e n t o realizado afetou diferentemente a evolução do desempenho físico e q u e a m e l h o r a foi preservada o u incrementada com a manutenção da prática d e exercícios n o período de u m ano, enquanto o a b a n d o n o resultou n a piora d a maioria das funções estudadas. DESCRITORES: Exercício. Envelhecimento. Terapia por exercício. Fisioterapia/ métodos. ABSTRACTS: T h i s a r t i c l e i n t e n d s a c o m p r e h e n s i v e follow-up of four elderly people, previously sedentary, w h o participated in a group of p h y s i c a l training ( g e n e r a l e x e r c i s e s o r walking) w i t h significantly different outcomes. Two of them underwent a training of general exercises during four m o n t h s . O n e o f t h o s e a b a n d o n e d a n d a n o t h e r m a i n t a i n e d t h e exercising practice for o n e year. O t h e r t w o elderly u n d e r w e n t a w a l k i n g training d u r i n g four m o n t h s . Similarly o n e a b a n d o n e d a n d t h e other m a i n t a i n e d t h e w a l k i n g routine for one year. The muscleskeletal, neuromuscular, cardiovascular and respiratory functions, a n d b o d y c o m p o s i t i o n w e r e studied a n d c o m p a r e d . W e found that all s u b j e c t s i m p r o v e d t h e p h y s i c a l performance with training. The i m p r o v e m e n t d e p e n d e d u p o n t h e type o f t r a i n i n g a n d it w a s p r e s e r v e d o r enhanced with the maintenance of exercising practice during the period o f o n e year. B o t h s t h e subjects w h o h a v e dropped out the training did not a c h i e v e d that g o o d results. KEYWORDS: Exercise. Aging. Exercise therapy. Physical therapy/methods. INTRODUÇÃO 0 envelhecimento do organismo afeta o d e s e m p e n h o físico l i m i t a n d o sua interação do homem com o meio ambiente. A atividade física, quando praticada com freqüência, diminui a intensidade e a velocidade de implantação de disfunções musculoesqueléticas, neuromusculares e cardio-pulmonares decorrentes do envelhecimento do organismo. Ainda que iniciada em idade avançada, a prática de exercícios pode melhorar a qualidade do d e s e m p e n h o físico e reverter p a r c i a l m e n t e as disfunções instaladas. O estudo dos efeitos do treinamento de exercícios físicos de baixa a moderada intensidade pela população idosa é assunto de investigação científica nas últimas décadas . Têm-se investigado também, os aspectos relacionados com a manutenção de práticas físicas durante longos períodos da vida . Conhecer os efeitos de programas de treinamentos básicos permite ao fisioterapeuta trabalhar com as necessidades e disponibilidades de cada pessoa, além de planejar e aplicar estratégias adequadas para evolução do treinamento e manutenção da prática de atividade física . Com o objetivo de estudar detalhadamente os efeitos de dois programas básicos de atividade física: caminhada e exercícios gerais, planejados para pessoas idosas, e analisar a evolução do desempenho físico com a manutenção ou abandono destas práticas, selecionaram-se quatro participantes de um estudo de grupo com 30 participantes, com histórico de práticas físicas diferentes e que ilustram com clareza os efeitos funcionais da prática de exercícios físicos e sua manutenção ou abandono . 1 2 3 4 MATERIAL E MÉTODOS Participantes Participante 1 - mulher, 67 anos, manteve a prática de exercícios gerais durante o período de um ano após o término de 16 semanas de treinamento. Participante 2 - mulher, 68 anos, abandonou a prática de exercícios após 16 semanas de treinamento de exercícios gerais. Participante 3 - mulher, 69 anos, manteve a prática de caminhar no período de um ano após o término de 16 semanas de treinamento. Participante 4 - mulher, 69 anos, abandonou a prática de exercícios após 16 semanas de treinamento de.caminhada. Os participantes foram selecionados conforme os seguintes critérios: não fumar, ser socialmente ativo na comunidade, não ter praticado exercícios físicos ou caminhadas com percursos superiores a um quilômetro mais de uma vez por semana nos últimos cinco anos, não apresentar disfunções de origem musculoesquelética, neuromotora ou cardiopulmonar, nem doença crônica que impedisse a realização das atividades físicas a serem treinadas (determinado pela avaliação de um médico clínico e de um fisioterapeuta). Consideraramse ainda a disponibilidade de tempo, meios de transporte, a aceitação da rotina de treinamento (que previa um mínimo de faltas, com necessidade de justificativa e de reposição de sessão se fosse o caso), a intenção de completar o treinamento, o conhecimento prévio do propósito deste estudo e o consentimento formal. Local O estudo foi realizado no Laboratório de Recursos Terapêuticos Manuais e Comportamento do Curso de Fisioterapia da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo e no Laboratório de Comportamento e Saúde do Instituto de Psicologia da Universidade de São Paulo. Materiais Utilizaram-se: ficha de avaliação de desempenho para idosos, folha de teste de desempenho motor manual, caneta esferográfica, miômetro, cronômetro, esfigmomanômetro, filmadora, televisão, máquina fotográfica, videocassete, manuvacuômetro, analisador de composição corporal, balança com antropômetro, paquímetro, régua, trena, transferidor e esquadro, adesivos e banco em estrutura metálica. DELINEAMENTO EXPERIMENTAL Por tratar-se de uma discussão de casos clínicos, utilizou-se o estudo de sujeito único, no qual o sujeito é comparado consigo mesmo, em diferentes tempos de estudo. PROCEDIMENTOS Os quatro p a r t i c i p a n t e s s u b m e t e r a m - s e à avaliação do desempenho físico (pré-teste). Em seguida, realizaram o treinamento físico por quatro meses, duas vezes por semana, em sessões de uma hora de caminhada ou exercícios físicos gerais. O programa de exercícios gerais incluiu exercícios de respiração, alongamento, reeducação postural, coordenação motora, treino de força muscular e resistência cardiovascular. A freqüência cardíaca dos participantes, durante os exercícios gerais e as caminhadas variou entre 40% e 70% da freqüência cardíaca máxima calculada (220 - idade em anos) caracterizando exercícios de baixa a moderada intensidade. No final do treinamento, os participantes submeteram-se à avaliação de desempenho físico (pósteste imediato), utilizando o mesmo protocolo do préteste. Um ano após o final do treinamento, os participantes foram convocados para reavaliação do desempenho físico, novamente utilizando o mesmo protocolo de avaliação. A seguir, descrevemos as rotinas dos programas de exercícios treinados, as orientações fornecidas e a avaliação do desempenho físico. Exercícios treinados: a Exercícios físicos gerais: os exercícios tinham como objetivo melhorar a amplitude de movimento geral, a postura, a função respiratória, a função cardiocirculatória, a capacidade de alongamento muscular; treinar força, equilíbrio e reeducar movimentos de membros superiores e inferiores; • Caminhada', as caminhadas foram realizadas em terreno plano e local coberto. O primeiro mês de treinamento desenvolveu-se com as seguintes etapas: os primeiros 15 minutos em passo normal (sem andar devagar, nem acelerado), associando e x e r c í c i o s r e s p i r a t ó r i o s ; nos 30 m i n u t o s subseqüentes intercalavam-se 5 minutos de passo acelerado com 5 minutos de passo normal, até completar o tempo; nos últimos 15 minutos, semelhantes aos iniciais, a caminhada era realizada com passo normal. Nos demais três meses de treinamento, o grau de dificuldade foi aumentando e, no final, os participantes andavam 5 minutos normalmente no começo e final da atividade, caminhando rápido por 50 minutos, intercalando p e r í o d o s de d e s a c e l e r a ç ã o do p a s s o , caso sentissem necessidade. Com o objetivo de facilitar a prática de exercícios gerais após o treinamento, discutiu-se com os participantes a possibilidade da utilização do banho para realização dos exercícios respiratórios, uma vez que a u m i d a d e facilita a limpeza das vias aéreas; e recomendou-se intercalar seqüências variadas de exercícios em dias diferentes, evitando a monotonia. Para facilitar e estimular a prática de caminhada após o treinamento, discutiu-se com os participantes a possibilidade das caminhadas substituírem rotinas como compras ou visitas. Durante o treinamento, os participantes recebiam orientações quanto ao vestuário adequado, à execução correta dos exercícios e da caminhada, à função para melhor desempenho do organismo e aos sinais e sintomas de inadequação ou excesso de exercícios . Os p a r t i c i p a n t e s foram i n s t r u í d o s p a r a observarem a própria evolução na execução de cada exercício durante o período de treinamento, salientandose as m o d i f i c a ç õ e s físicas o b s e r v a d a s pelo fisioterapeuta em cada idoso, sendo os comentários ouvidos por todos. Aproveitando essas situações, foi esclarecida e relembrada, durante todo o período de treinamento, a importância da manutenção da prática de exercícios. Salientou-se aos participantes que o objetivo do treinamento era ensinar uma modalidade de exercício físico para que p u d e s s e m desenvolvê-la posteriormente, independente da presença de um fisioterapeuta ou treinador, no entanto não foram informados sobre a reavaliação após um ano a contar do final dos treinamentos. Os resultados obtidos com os participantes no pré e no pós-teste foram divulgados ao final do programa de treinamento. No final dos treinamentos, os participantes foram informados sobre os resultados obtidos no pré e no pós-teste. 5 Avaliação do desempenho físico Foram coletadas três medidas de cada variável, exceto para teste de caminhada de doze minutos e composição corporal, sendo considerada para efeito de estudo a maior das três medidas. Para análise da confiabilidade dos dados coletados, os valores obtidos pelo pesquisador foram comparados com os de dois observadores independentes. Através da fórmula para análise de fidedignidade de Johnson, encontrou-se um índice de acerto de 97%, considerado ótimo. • Flexibilidade: Após receberem adesivos de um centímetro de diâmetro em pontos de referência anatômica, os participantes foram fotografados sobre uma base de metal, realizando o teste dedochão. Através das fotografias, mediu-se a distância punho-chão direita e esquerda e os ângulos de inclinação da pelve e de flexão dos joelhos, com auxílio de um paquímetro . 6 a Altura e postura: A observação da postura foi realizada através de fotografias obtidas de cada participante em bipedestação , ainda com os pontos de referência anatômica, em vista anterior, posterior e lateral e s q u e r d a . U t i l i z o u - s e um roteiro padronizado com critérios de avaliação da postura, obtendo-se um índice de qualidade de postura, o índice Postural (IP), desenvolvido para este estudo, que variou de 0 a 10, em que 0 significou normalidade e 10 a presença de maior número de alterações posturais . Mediu-se também a altura em centímetros, com um antropômetro acoplado a uma balança. 7 4 • Marcha: Em seguida à sessão de fotografias, e mantendo os pontos de referência anatômica, r e a l i z o u - s e a filmagem dos p a r t i c i p a n t e s caminhando em passo rápido, dentro do confortável para cada uma das pessoas, numa distância de 10 metros, em vista anterior, posterior e lateral. A partir da observação da marcha, através do filme, e utilizando-se um roteiro padronizado com parâmetros de avaliação da marcha, estabeleceuse o índice de qualidade cinesiológica da marcha, denominado índice de Marcha (IM), desenvolvido para este estudo, que representa a qualidade dos movimentos durante a marcha, cujo incremento implica na sua melhor perfomance, e variou de zero até 7, sendo que o primeiro refere-se à marcha n o r m a l e o ú l t i m o ao m a i o r n ú m e r o de anormalidades da mesma . 4 o Força muscular: Mediu-se a força isométrica, bilateralmente, em dois grupos musculares dos membros superiores - os flexores do cotovelo e abdutores do ombro - e dois grupos musculares dos membros inferiores - os flexores dos joelhos e extensores do quadril - segundo a técnica descrita por Kendall e McCreary associada à utilização 8 de um miômetro, que forneceu medidas em quilograma-força ' . 9 10 o Equilíbrio: Avaliou-se o equilíbrio através de uma seqüência de testes: sustentação do corpo em equilíbrio sobre u m a perna, com m e m b r o s superiores ao longo do corpo, em seguida abduzidos a 90 graus e depois com o membro superior contralateral à p e r n a de apoio r e a l i z a n d o movimentos circulares. Em seguida, requisitou-se a cada participante apoiar-se sobre os artelhos e sobre os calcâneos, ultrapassar um obstáculo de 80 cm delimitado no chão, sentar-se e levantar de uma c a d e i r a . Os testes foram realizados nesta ordem e gravados em filme, para posterior observação e análise. Elaboraram-se, para este estudo, critérios para a avaliação do desempenho observado durante as tarefas propostas, que somados, geraram um índice de desempenho em testes de equilíbrio: índice de Equilíbrio (IEq) quantificando o desempenho na seqüência de provas de equilíbrio estático e dinâmico, que variou de 0 a 44, sendo o primeiro valor referente à presença de equilíbrio durante os testes e o último, ao desequilíbrio em todos os testes . 11,1213,14 4 o Desempenho motor manual: O desempenho motor manual foi estudado através de uma tarefa gráfica, em que se mediu o número de traços e a porcentagem de traços corretos. Foi proposta como tarefa motora manual a reprodução de um desenho g e o m é t r i c o em papel q u a d r i c u l a d o . Cada participante deveria copiar repetidamente (quantas vezes conseguisse) o desenho do alto da página, do mesmo tamanho, o mais parecido e rápido possível, durante três minutos cronometrados . Um aumento no número de traços revela, portanto, aumento na velocidade de realização da tarefa. 15 • Teste de caminhada de 12 minutos: Durante a realização da caminhada, que se caracterizava por rápida em terreno plano e em local coberto, pelo tempo de doze minutos , mediu-se a freqüência cardíaca instantânea de repouso e pós esforço, através do aparelho O m r o n , assim como a distância percorrida pelo participante. Para segurança clínica dos participantes, enquanto realizava-se o teste, foi feito acompanhamento da medida de pressão arterial, através de u m esfigmomanômetro com manguito braquial, e da 16,17 medida instantânea de saturação de oxigênio e freqüência cardíaca, utilizando-se um oxímetro; além de haver disponibilidade de um serviço médico de emergência. As medidas de pressão arterial não foram utilizadas para avaliação do desempenho, porque a maioria dos idosos utilizava drogas de ação cardiovascular que poderiam mascarar os resultados. a Pressões respiratórias máximas - inspiratória (PImáx) e expiratória (PEmáx): Utilizou-se, para coletar estas medidas, um manuvacuômetro calibrado, de modo que cada fração de medida apontada no visor variasse de 6,0 c m H 0 . Os participantes sentaram-se eretos, sem recostar na cadeira, com os pés apoiados no chão e c o l o c a r a m u m a pinça de o b s t r u ç ã o n a s a l . Registraram-se as medidas de PImáx e PEmáx, após u m a e x p i r a ç ã o e i n s p i r a ç ã o n o r m a i s respectivamente, sendo coletadas três medidas de cada e utilizado, para efeito de estudo, o maior valor e n c o n t r a d o . 2 1819 Composição corporal: Avaliou-se a composição corporal através da técnica de bioimpedância . A técnica não é invasiva, é de aplicação fácil e rápida, utilizando equipamento fácil de ser transportado e relativamente barato. Ainda se realizada em condições padronizadas, fornece dados confiáveis e reprodutíveis . Registraram-se as medidas da porcentagem de gordura corporal, peso da massa magra (em quilogramas), água corporal total (em litros) e metabolismo basal (em calorias). (20) 21,22,23,24 Tabela RESULTADOS O desempenho dos participantes, nas três avaliações, será discutido individualmente, considerandose o pré-teste, o pós-teste imediato e o pós-teste tardio. Participante 1 O participante 1, que treinou exercícios gerais apresentou melhora funcional observada nos seguintes testes: flexibilidade, postura, força muscular (tendo aumentado a força nos quatro grupos musculares avaliados), equilíbrio, desempenho motor manual (melhorou a qualidade e a quantidade de traços na atividade requisitada). Observou-se progresso no teste de caminhada de 12 minutos, com aumento de 60 metros na distância percorrida, sem alterações da freqüência cardíaca de repouso e pós-esforço. As pressões respiratórias máximas mantiveram-se constantes e a composição corporal sofreu pequenas alterações, clinicamente insignificantes (Tabela 1). Com a manutenção da prática dos exercícios físicos durante um ano, o participante 1 avançou em relação à avaliação realizada no final do treinamento nos seguintes testes: flexibilidade (conseguiu nivelar os membros superiores durante a flexão anterior do tronco), postura, desempenho motor manual e teste de caminhada de 12 minutos (aumentando em 270 metros a distância percorrida, com queda da freqüência cardíaca de repouso e pós-esforço). Preservou os seguintes avanços alcançados com o treinamento: ganho de altura (refletindo melhora postural), de equilíbrio e de força muscular. Não observou-se alteração nas pressões respiratórias máximas e na composição corporal (Tabela 1). 1 - E f e i t o s d o t r e i n a m e n t o e m a n u t e n ç ã o d a p r á t i c a d e a t i v i d a d e física - p a r t i c i p a n t e 1 TESTE MEDIDAS Flexibilidade distância punho-chão (cm) Nivelamento de membros superiores(cm) altura (cm) índice postural índice de marcha força- mm extensores dos joelhos (Kgf) força- mm flexores do quadril (Kgf) força- mm flexores dos cotovelos (Kgf) força- mm abdutores dos ombros (Kgf) índice de equilíbrio número de traços porcentagem de traços corretos distância percorrida - 12 minutos (metros) freqüência cardíaca pós esforço (bpm) freqüência cardíaca de repouso (bpm) pressão inspiratória máxima (cmH20) pressão expiratória máxima ( c m H 0 ) peso (Kg) porcentagem de gordura corporal massa magra (Kg) Postura Marcha Força muscular Equilíbrio Desempenho manual Caminhada - 12 min Pressões respiratórias PRÉ-TESTE 2 Composição corporal 23,6 0,8 166 5,1 3,5 15,8 13,5 15,1 12,2 29 213 83 1320 99 80 78 96 62,3 37,6 38,9 PÓS-TESTE IMEDIATO 11,9 0,2 168 4 5,5 22,3 21,2 24,2 19,3 23 230 98 1380 95 78 78 96 62,9 37,9 38,8 PÓS-TESTE TARDIO 7,6 0 168 3,3 5,7 2220 24 16 21 251 97 1670 90 76 78 96 63 32,1 39,5 Participante 2 respiratórias e a composição corporal não sofreram alterações clínicas (Tabela 2). Com o abandono da prática de exercícios após o período de treinamento, o sujeito 2 ainda manteve alguns ganhos obtidos com o treinamento: flexibilidade e equilíbrio. Apresentou índices inferiores nos testes de força muscular, marcha, desempenho motor manual, teste de caminhada e pressão expiratória máxima. A pressão inspiratória máxima e a composição corporal mantiveram-se inalteradas. Após o treinamento de exercícios gerais, apresentou melhora da flexibilidade, postura, marcha, força muscular nos quatro grupos avaliados, equilíbrio e desempenho motor manual. Mostrou uma melhora discreta no teste de caminhada de 12 minutos, com aumento da distância percorrida (em 150 m) e diminuição da freqüência cardíaca de repouso e pós-esforço. As pressões Tabela 2 - Efeitos do treinamento e abandono da prática de atividade física - participante 2 TESTE MEDIDAS Flexibilidade distância punho-chão (cm) PRÉ-TESTE 15,6 PÓS-TESTE IMEDIATO 7,6 PÓS-TESTE TARDIO 8,2 Nivelamento de membros superiores(cm) 0,7 0,4 0,6 altura (cm) 174 177 175 índice postural 4,9 4,0 4,6 Marcha índice de marcha 4,2 5,0 4,4 Força muscular força- mm extensores dos joelhos (Kgf) 13,8 26,1 15,2 força- mm flexores do quadril (Kgf) 12,9 24,5 12,2 força- mm flexores dos cotovelos (Kgf) 16,9 25,5 20,2 força- m m abdutores dos ombros (Kgf) 9,2 17,5 12,4 Equilíbrio índice de equilíbrio 24 21 21 Desempenho manual número de traços 290 320 302 69 84 70 1400 1550 1420 freqüência cardíaca pós esforço (bpm) 96 90 100 freqüência cardíaca de repouso (bpm) 86 83 86 pressão inspiratória máxima ( c m H 0 ) 90 90 90 pressão expiratória máxima (CIT1H2O) 120 120 114 peso (Kg) 82,2 82,6 82,0 Postura Porcentagem de traços corretos distância percorrida- 12 minutos (metros) Caminhada - 12 min Pressões respiratórias Composição corporal Participante 2 Porcentagem de gordura corporal 39,7 40 41,1 massa magra (Kg) 49,6 49,6 50,0 3 O participante 3 obteve vários avanços com o programa de caminhada: flexibilidade, postura, marcha, força muscular dos grupos musculares dos membros inferiores, equilíbrio, teste de caminhada (aumento de 190 m na distância percorrida) e pressão inspiratória máxima, mantendo a força muscular dos membros superiores, o desempenho motor manual, a pressão expiratória máxima e a c o m p o s i ç ã o corporal. C o m a m a n u t e n ç ã o das caminhadas, conforme o treino, atingiu índices superiores em relação às medidas alcançadas no pósteste imediato, aprimorando o equilíbrio, o desempenho no teste de caminhada de 12 minutos (aumento de 250 m na distância percorrida) e a pressão inspiratória máxima e mantendo o desempenho nos outros testes (Tabela 3). Tabela 3 - Efeitos d o t r e i n a m e n t o e m a n u t e n ç ã o d a prática d e atividade física - participante TESTE MEDIDAS Flexibilidade distância punho-chão (cm) nivelamento de membros superiores(cm) altura (cm) índice postural índice de marcha força- mm extensores dos joelhos (Kgf) força- mm flexores do quadril (Kgf) força- mm flexores dos cotovelos (Kgf) força- mm abdutores dos ombros (Kgf) índice de equilíbrio número de traços porcentagem de traços corretos distância percorrida- 12 minutos (metros) freqüência cardíaca pós esforço (bpm) freqüência cardíaca de repouso (bpm) pressão inspiratória máxima (cmH20) pressão expiratória máxima (cmFhO) peso (Kg) porcentagem de gordura corporal massa magra (Kg) Postura Marcha Força muscular Equilíbrio Desempenho manual Caminhada - 12 min Pressões respiratórias Composição corporal Participante 4 O participante quatro também treinou caminhada e obteve melhora na flexibilidade, qualidade da marcha, força muscular dos membros inferiores, equilíbrio, teste de caminhada e pressão expiratória máxima, mantendo a força m u s c u l a r dos m e m b r o s s u p e r i o r e s , o desempenho motor manual, a pressão inspiratória máxima e a composição corporal. Apesar de abandonar Tabela 4 - Efeitos PRÉ-TESTE PÓS-TESTE IMEDIATO 49,8 2,5 169 5,9 3,0 19,5 22,5 19,6 7,9 30 231 82 1380 90 136 96 114 55,3 31,3 38,9 45,7 0,9 171 4,8 5,8 31,1 40,1 20,8 8,6 25 234 85 1570 82 124 126 114 56,5 30,3 40,9 TESTE MEDIDAS Flexibilidade distância punho-chão (cm) nivelamento de membros superiores(cm) altura (cm) índice postural índice de marcha força- mm extensores dos joelhos (Kgf) força- mm flexores do quadril (Kgf) força- mm flexores dos cotovelos (Kgf) força- mm abdutores dos ombros (Kgf) índice de equilíbrio número de traços porcentagem de traços corretos distância percorrida - 12 minutos (metros) freqüência cardíaca pós esforço (bpm) freqüência cardíaca de repouso (bpm) pressão inspiratória máxima (cmFhO) pressão expiratória máxima (cmFhO) peso (Kg) porcentagem de gordura corporal massa magra (Kg) Marcha Força muscular Equilíbrio Desempenho manual Caminhada - 12 min Pressões respiratórias Composição corporal PÓS-TESTE TARDIO 46,3 0,5 171 4,9 6,4 32,0 39,8 20,0 8,0 20 232 86 1820 76 100 138 114 55,5 30,6 41,4 a rotina de caminhada, ainda manteve alguns ganhos obtidos com o treinamento: altura e equilíbrio. Não ocorreu alteração na força muscular dos membros superiores nem na composição corporal. Verificou-se redução no nivelamento dos membros superiores durante o teste de flexibilidade, postura, marcha, força muscular dos membros inferiores, desempenho no teste de caminhada e pressões respiratórias máximas (Tabela 4). d o t r e i n a m e n t o e a b a n d o n o d a prática d e atividade física - participante Postura 3 PRÉ- TESTE 33,3 1,8 168 5,5 2,8 17,5 18,4 16,0 9,3 32 262 74 1400 92 88 102 120 70,0 28,3 57,3 4 PÓS-TESTE IMEDIATO 32,0 0 168 4,5 5,0 32,8 24,6 17,2 9,5 24 268 83 1650 88 83 126 120 70,1 24,2 59,3 PÓS-TESTE TARDIO 33,2 0,5 168 5,1 3,2 21,8 19,0 15,5 9,0 25 260 75 1410 99 87 102 114 70,6 29,0 56,0 CONCLUSÕES Para o participante 1, conclui-se que a prática de exercícios gerais produziu melhora nas funções cardiovascular, neuromuscular e predominante musculoesquelética. As respostas cardiocirculatórias foram as que dependeram mais do tempo de prática de exercícios para se manifestarem. Surpreendentemente, este participante não retrocedeu em nenhum dos testes, um ano após o término do treinamento. Verificou-se que, o participante 2 apresentou o mesmo tipo de desempenho físico no pós-teste imediato, isto é, após o treinamento de exercícios gerais. Com o abandono da prática de exercícios após o período de treinamento, o participante 2 ainda manteve alguns ganhos obtidos com o treinamento, embora com perdas clinicamente significativas em vários testes funcionais. No caso do participante 3, encontrou-se que o treinamento de caminhada foi mais eficiente em produzir melhora no sistema cardiocirculatório, conforme esperado, sendo que as melhoras nos sistemas musculoesquelético e neuromotor também foram clinicamente significativas. A composição corporal não se alterou com o treinamento ou com a manutenção de caminhada. O m e s m o foi observado para o participante 4. O abandono da prática de caminhada piorou a condição física do participante 4, sem que esse atingisse valores inferiores aos obtidos nos pré-teste. Para os quatro participantes, o programa de treinamento produziu melhores índices em várias m e d i d a s e s t u d a d a s , e m b o r a com i n t e n s i d a d e s diferentes segundo a modalidade praticada. Os efeitos da manutenção variaram em intensidade em alguns testes, mas, de maneira geral, produziram melhora ou preservação do quadro funcional (fato que durante o envelhecimento e, pelo tempo que envolveu esse estudo, pode-se considerar um ganho), enquanto o abandono piorou o desempenho nas atividades estudadas, para os participantes 2 e 4. Os dados sugerem a necessidade de aumento da intensidade dos exercícios, progressivamente, após o período de treinamento. Sugerem, também, que as pessoas idosas necessitam monitoramento e suporte profissional para alcançar objetivos de condicionamento físico em programas de longa duração. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS 1. Amundsen, L.R.; DeVah, J.M.; Ellingham, C.T. Evaluation of a group exercise program for elderly women. Phys. Then, v.69, n.6, p.475-83, 1989. 2. Blair, S.N.; Conelly, A. How much physical therapy should we do? The case of moderate amounts and intensities of physical activities. Res. Q. Exerc. Sports, v.67, n.2, p.93205, 1996. 3. Marcus, B.H. Exercise behavior and strategies for intervention. Res. Q. Exerc. Sport, v.66, n.4, p.319-23, 1995. 4. Caromano, F.A.; Kerbauy, R.R. Efeitos do treinamento e manutenção de exercícios de baixa a moderada intensidade em idosos sedentários saudáveis. São Paulo, 1998. 176p. . Tese (doutorado) - Departamento de Psicologia Experimental, Universidade de São Paulo. 5. Blair, S.N. Physical activity, physical fitness and health. Res. Q. Exerc. Sports, v.64, n.4, p.365-76, 1993. 6. Caromano, F.A.; Ostermayer, E.; Taniguchi, C. Flexibility and posture in elders using analyse photographic method. In: Congresso Pan-Americano de Gerontologia, São Paulo, Brasil, 1995. Programa e abstracts. São Paulo, Sociedade Brasileira de Gerontologia, 1995. p.22. 7. Riehl, O. Fotogrametria humana: um instrumento antropométrico. São Paulo, 1988. Dissertação (mestrado)Escola de Educação Física da Universidade de São Paulo. 8. Kendall, F.P.; McCreary, E.K. Músculos: provas e funções. São Paulo, Manole, 1990. 9. 10. 11. 12. 13. 14. 15. Bohannon, R.W.; Saunders, N. Hand-held dynamometry: a single trial may be adequate for measuring muscle strenght in health individuals. Physiotherapy, v.42, n. 1, p.6-9,1990. Stuberg, W.A.; Metcalf, W.K. Reliability of quantitative muscle testing in healthy children and with Duchenne muscular dystrophy using a hand-held dynamometer. Phys. Ther.,v.6S, p.977-82, 1988. Bologun, J.A.; Akindele, K.A.; Nihinlola, J.O. Age related changes in balance pefonnance. Disabil. Rehabil., v. 16, n.2, p.58-62, 1994. Ikeda, E.R.; Schenkman, M.L.; Riley, P.O. Influence of age in dynamics for rising from chair. Phys. Then, v.71, n.6, p.47381,1991. Jedrychowsky, W.; Mroz, E.; Tobiasz, A. Functional status of the lower extremities in elderly males: a community study. Arch. Gerontol. Geriatr., v. 10, p. 117-22,1990. Nuzik, S., Lamb, R., VanSant, A. Sit-to-stand movement pattern. Phys. Then, v.66, n . l l , p. 1708-13, 1986. Caromano, F.A., Nunes Sobrinho, F.P.N. Análise funcional das posturas induzidas por dois sistemas cadeira- mesa significativamente diferentes e o grau de desempenho na realização de atividades gráficas e testes de função respiratória. São Carlos, 1989. 98p. Dissertação (mestrado) - Departamento de Educação, Universidade Federal de São Carlos. 16. Camargo, R.B. A. Evite o enfarte praticando "Cooper". Rio de Janeiro, Parma, 1982. 17. Cooper, U.K. Aptidão física em qualquer idade. São Paulo, Interamericana, 1972. 18. Sorlie, P., Kannel, W., O'Connor, G. Mortality associated with respiratory function and symptoms in advanced age. Am. Rev. Respir. Dis., v. 140, n.2, p.379-84, 1989. 19. C a m e l o , J . S . , Terra, J.F., M a n c a , J.C. Pressões respiratórias máximas em adultos normais. J. Pneumol., v. 11, n.4, p.181-4, 1985. 20. Biodynamics Corporation. Guidelines biodynamics: body composition analyser. New York, Biodynamics Corporation, 1989. R e c e b i d o p a r a publicação: 23/03/2000 A c e i t o p a r a publicação: 30/08/2001 21. Segal, K.R., Loan, M.V., Fitzgerald, P.I. Lean body mass estimation by bioeletrical impedance analisys: a four-sitevalidation study. Am. J. Clin. Nutr., v.47, n.7, p.7-14, 1988. 22. Lukaski, H.C., Bolonchuk, W.W., Hall, C.B. Validation of tetrapolar bioelectrical impedance method to asses human body composition. J. Appl. Physiol, v.60, n.4, p. 1327-32, 1986. 23. Chunlea, W.C., Baungartner, R.N. Bioelectric impedance methods for estimation of body composition. Can. J. Sport SW.,v.l5,n.3,p.l72-9, 1990. 24. Staton, H . C . How v a l i d are b i o e l e c t r i c i m p e d a n c e measurements in body composition studies? Am. J. Clin. Nutr., v.42, n.l 1, p.889-99, 1985. RELATO DE CASO CASE REPORT Abordagem fisioterapêutica no neuroma de Morton Physical therapy approach of Morton's neuroma Adriana de Sousa"' Luciana Akemi Matsutani' ' 2 ( , ) Profa. Colaboradora do Curso de Fisioterapia - Departamento de Fisioterapia, Fonoaudiologia e Terapia Ocupacional da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo. Mestranda em Fisiopatologia Experimental pela Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo. Endereço para correspondência: Adriana de Sousa. Centro de Docência e Pesquisa do Departamento de Fisioterapia, Fonoaudiologia e Terapia Ocupacional da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo. Rua Cipotânea, 51.05508-900. São Paulo, SP. (2) RESUMO: Este artigo descreve o caso de u m a paciente c o m diagnóstico de n e u r o m a d e M o r t o n n o terceiro n e r v o interdigital do pé esquerdo, com dificuldades para realização das atividades d e v i d a diária decorrente d e dor intensa em antepé esquerdo, encaminhada para tratamento fisioterapêutico. A p ó s o t r a t a m e n t o , q u e consistiu d e aplicação d o ultra-som e cinesioterapia, verificou-se m e l h o r a d a d o r e d a s atividades d e v i d a diária da paciente, permanecendo após 6 meses d e tratamento. ABSTRACT: T h i s article describes a case of a pacient with diagnosis of M o r t o n ' s n e u r o m a in the third interdigital n e r v e o f t h e left foot, w h o was referred to Physical Therapy treatment. The patient presented i n t e n s e left forefoot p a i n , l e a d i n g to difficulties i n activities o f daily living. After treatment, which consisted o f ultrasound application and kinesiotherapy, there w a s a marked i m p r o v e m e n t in pain relief a n d activities o f daily living, continuing for 6 months. DESCRITORES: Fisioterapia/ métodos. Terapia por ultrassom/ métodos. Neuroma/reabilitação. KEYWORDS: Physical therapy/ methods. Ultrasonic therapy/methods. Neuroma/rehabilitation. INTRODUÇÃO 0 n e u r o m a de M o r t o n é u m a causa r e l a t i v a m e n t e freqüente de dor em antepé . É uma neuropatia degenerativa, de causa mecânica, que acomete preferencialmente o terceiro nervo interdigital, mas pode acometer, também, o segundo nervo . 13 1,2 4 Thomas Morton , em 1876, foi o primeiro a descrever os sintomas desta afecção. O quadro clínico caracteriza-se por dor, entorpecimento e/ou a sensação de "queimação" na região distai, em geral, do terceiro espaço i n t e r m e t a t a r s i a n o , que p o d e irradiar transversalmente por todo o antepé. Comumente, a dor é agravada pela deambulação prolongada ou com o uso de calçados não-fisiológicos, como os modelos de salto alto ou com bico fino ' . Geralmente, a incidência é maior entre as mulheres e, sugere-se que esteja relacionada com o uso desses calçados femininos . 1,2 5 12,5 Alguns autores atribuem ao papel do ligamento intermetatarsiano transverso na compressão do nervo i n t e r d i g i t a l ' e outros acreditam que a bursa intermetatarsiana também poderia agir neste mesmo sentido, produzindo a inflamação do nervo . Estudos histológicos revelam um processo de desmielinização e fibrose neural, além de fibrose e degeneração fibrinóide dos tecidos moles perineurais . Outros autores relatam que este processo reativo fibroblástico perineural e intraneural estão relacionados aos microtraumatismos apresentados na marcha . 1 2,6 7,8 2,9,10 pacientes que realizaram o primeiro estágio, 4 1 % (47 pacientes) destes melhoraram com o educativo, não necessitando da continuação do tratamento. Cinqüenta e oito pacientes prosseguiram para o estágio dois, no qual receberam a aplicação de anestésico local e corticosteróide no espaço afetado, sendo que 27 pacientes obtiveram alívio da dor. Houve 24 pacientes que prosseguiram para o terceiro estágio por não obterem melhora significativa da dor através dos dois estágios anteriores, sendo que 23 pacientes tiveram alívio dos sintomas através da ação educativa, injeção de anestésico/corticosteróide local e excisão cirúrgica do nervo interdigital afetado. Neste sentido, os autores discutem o tratamento não-cirúrgico prévio como sendo de significativa importância para pacientes com neuroma de Morton. Além disso, mostraram que 85% dos pacientes se beneficiaram com este protocolo de tratamento, sendo a excisão cirúrgica o método que mostrou maior eficácia (96% ou 23 de 24 pacientes que realizaram a cirurgia de excisão do neuroma obtiveram melhora da dor). Entretanto, este protocolo não mostrou os resultados a longo prazo. O objetivo deste trabalho é descrever um relato de caso de uma paciente com diagnóstico clínico de Neuroma de Morton no terceiro nervo interdigital do pé e s q u e r d o s u b m e t i d a apenas a t r a t a m e n t o físioterapêutico. CASO 1 Os estudos, encontrados na literatura a respeito do tratamento do neuroma de Morton, consistem na orientação a respeito da patologia, no uso de calçados adequados e de palmilhas para diminuição da sobrecarga, na aplicação de infiltrações locais de anestésico ou corticosteróide e na excisão cirúrgica do neuroma " . Bennett et al. realizaram um estudo de avaliação da eficácia de um protocolo de tratamento em 115 pacientes com neuroma de Morton. O protocolo consistia em três estágios, sendo o primeiro centrado na educação do paciente com modificações do tipo de calçado e o uso de palmilhas para diminuição da pressão na cabeça dos metatarsals. O segundo estágio consistia na injeção de anestésico local (Xylocaina 2mL) e corticosteróide (Aristocort 40mg/mL) no local afetado e, por último, se persistissem os sintomas, seria realizada a excisão cirúrgica do nervo interdigital inflamado. Os autores mostraram que dos 115 1,2,5,6,8,10 13 13 Paciente com 36 anos de idade, sexo feminino, branca, sedentária, técnica contábil financeira foi encaminhada ao Serviço de Fisioterapia do Centro de Docência e Pesquisa da FMUSP, com diagnóstico clínico de neuroma de Morton no terceiro nervo interdigital do pé e s q u e r d o , referindo dor e "dormência" na região plantar e dorsal do quarto pododáctilo até a cabeça do quarto metatarsal do pé esquerdo. Relatava que a dor era constante, porém, durante a realização de algumas atividades, como dirigir o automóvel ou andar por tempo prolongado utilizando qualquer tipo de calçado fechado, mesmo os mais confortáveis como tênis, o sintoma doloroso amplificava-se, irradiando para a região do músculo triceps da perna do m e m b r o inferior afetado. Consequentemente, necessitava sentar-se e massagear a região do quarto metatarsal e pododáctilo para aliviar a dor e a "dormência". Na palpação, apresentava dor na região plantar entre o tefceiro e q u a r t o metatarsals d o p é e s q u e r d o e referia d i m i n u i ç ã o da sensibilidade tátil d o quarto pododáctilo do pé esquerdo comparado ao do pé direito. A p r e s e n t a v a e n c u r t a m e n t o s m u s c u l a r e s da cadeia posterior, predominantemente do músculo triceps da p e r n a e da cadeia ântero-interna da bacia, além de alterações posturais nos pés c o m hálux esquerdo valgo e pés planos. O o b j e t i v o d o t r a t a m e n t o fisioterapêutico foi d i m i n u i r a dor, m e l h o r a r a sensibilidade local e o p a d r ã o p o s t u r a l . P a r a i s s o , f o r a m r e a l i z a d a s 12 sessões de fisioterapia, com dois atendimentos s e m a n a i s e d u r a ç ã o de u m a h o r a cada. O t r a t a m e n t o consistiu em aplicação do ultra-som, c o m intensidade de 0,6W7cm , freqüência de 1MHz, de m o d o contínuo, c o m duração de 5 m i n u t o s na região plantar entre o terceiro e quarto m e t a t a r s o s d o p é e s q u e r d o (Figura 1). A p ó s a aplicação d o ultra-som foi realizada a cinesioterapia, p r i n c i p a l m e n t e c o m o a l o n g a m e n t o das cadeias m u s c u l a r e s e n c u r t a d a s , c o m correção do apoio plantar e c o m distribuição d o p e s o , através de exercícios de p r o p r i o c e p ç ã o n a p o s t u r a ortostática, associado à c o n s c i e n t i z a ç ã o corporal c o m auxílio de um espelho. 2 DISCUSSÃO A literatura d e s c r e v e q u e o t r a t a m e n t o eletivo do n e u r o m a de M o r t o n consiste, na maioria dos casos, em excisão cirúrgica do neuroma. Entretanto, o procedimento cirúrgico n e m s e m p r e p r o m o v e o alívio dos sintomas, ou seja, h á u m a p r o b a b i l i d a d e d e 1 0 % a 2 0 % de recorrência dos sintomas em casos primários e de 2 0 % a 4 0 % de probabilidade em casos secundários . O insucesso do procedimento pode ocorrer por falhas técnicas cirúrgicas ou pela persistência d o fator c a u s a i . 810 8 1 4 N e s t e e s t u d o d e c a s o , foi o b s e r v a d o q u e a paciente obteve melhora dos sintomas após 10 sessões de fisioterapia, a qual foi m a n t i d a p o r seis m e s e s após o término do t r a t a m e n t o . O tratamento fisioterapêutico consistiu na a p l i c a ç ã o do ultra-som, na cinesioterapia c o m a l o n g a m e n t o dos m ú s c u l o s das cadeias e n c u r t a d a s , c o m c o r r e ç ã o d o a p o i o plantar e c o m distribuição de p e s o n o s m e m b r o s inferiores na postura ortostática, associada à conscientização corporal. O ultra-som t e m sido u m recurso m u i t o utilizado n a fisioterapia. O seu e m p r e g o n o t r a t a m e n t o d e n e u r o m a s de a m p u t a ç õ e s t e m p r o d u z i d o resultados s i g n i f i c a n t e s ' . U y g u r e S e n e r r e a l i z a r a m estudo para verificar a eficácia d o u l t r a - s o m n o t r a t a m e n t o de n e u r o m a s de a m p u t a ç ã o abaixo d o j o e l h o . A o final de 10 sessões de aplicação, o s r e s u l t a d o s m o s t r a r a m q u e t o d o s os p a c i e n t e s (n = 7) o b t i v e r a m d i m i n u i ç ã o significativa da d o r e m e l h o r a n o s p a r â m e t r o s da marcha com a prótese. Kitchen e Partridge sugerem que a eficácia do ultra-som no tratamento dos n e u r o m a s , consiste n a p r o p r i e d a d e d o u l t r a - s o m e m favorecer a reparação do tecido nervoso lesado, m o d i f i c a n d o os níveis de dor. 516 16 17 1 S e g u n d o r e l a t o v e r b a l da p a c i e n t e , h o u v e m e l h o r a p r o g r e s s i v a do q u a d r o álgico e da sensibilidade ao longo do tratamento, até total ausência da dor e sensibilidade n o r m a l c o m p a r a d a ao p é contralateral na d é c i m a sessão. Seis m e s e s após o t é r m i n o do t r a t a m e n t o fisioterapêutico, a físioterapeuta r e s p o n s á v e l ligou à paciente, q u a n d o através d e relato verbal d a m e s m a , c o n f i r m o u - s e q u e m a n t i v e r a m - s e os r e s u l t a d o s o b t i d o s n o final da fisioterapia. Pericé aponta a possibilidade de que transtornos esqueléticos, c o m o p é s p l a n o s ou insuficiência d o arco transverso, p o d e m coexistir e predispor ao sintoma de dor do n e u r o m a de M o r t o n . N e s t e sentido, alguns trabalhos s u g e r e m a o r i e n t a ç ã o d o p a c i e n t e para o uso de palmilhas . Ocasionalmente, o uso destas p o d e ser desconfortável e outros p r o c e d i m e n t o s d e v e m ser a d o t a d o s . 13 A paciente deste estudo a p r e s e n t a v a alteração postural nos pés - pés planos - e p o r isso, os exercícios orientados foram d i r e c i o n a d o s t e n d o e m vista esta alteração a l é m d e outros e n c u r t a m e n t o s m u s c u l a r e s importantes também presentes. Outro fato observado neste estudo, foi que a cinesioterapia associada à conscientização corporal promoveram, também, m u d a n ç a s nos h á b i t o s de vida da p a c i e n t e . Curiosamente, após o término do tratamento, a paciente relatou que continuou a seguir as orientações feitas pela fisioterapeuta para a realização dos exercícios ensinados. Este estudo de caso sugere que, o ultra-som associado à cinesioterapia e orientações adequadas, podem ser considerados recursos importantes no tratamento do neuroma de Morton. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS 1. Pence, A.V. Patologia do antepé. 3.ed. São Paulo, Roca, 1987. p. 191-6. 2. Wu, K.K. Morton's interdigital neuroma: a clinical review of its etiology, treatment and results. J. Foot Ankle Surg., v J 5 , n.2, p. 112-9, 1996. 3. Van Wyndergarden, T.M. The painful foot. Part I: Common forefoot deformities. Am. Fam. Phys., v.55, n.5, p. 1866-76, 1997. 4. Morton, T.G. A peculiar and painful affection of the fourth metatarsophalangeal articulation. Am. J. Med. Sci., v.71: 37-45, 1876. 5. Mann, R.A.; Reynolds, JC. Interdigital neuroma - a critical clinical analysis. Foot Ankle, v.3, n.4, p.238-43, 1983. 6. Alexander, I.J.; Johnson, K.A.; Parr, J.W. Morton's neuroma: a review of recent concepts. Orthopedics, \.10, n. 1, p. 1036, 1987. 7. Boosley, C.J.; Cairney, P.C. The intermetatarsophalangeal bursa: its significance in Morton's metatarsalgia. J. Bone Joint Surg., v.62B, p. 184-7, 1980. 8. Beskin, J.; Baxter, D.E. Recurrent pain following interdigital neurectomy-a plantar approach. Foot Ankle, v.9,p.34-9,1988. 9. Graham, C.E.; Graham, D.M. M o r t o n ' s neuroma: a microscopic evaluation. Foot Ankle, v.5, p. 150-3, 1984. 10. Levine, S.E.; Myerson, M.S.; Shapiro, P.P.; Shapiro, S.L. Recebido para publicação: 16/05/2001 Aceito para publicação: 19/08/2001 11. 12. 13. 14. 15. 16. 17. Ultrasonographic diagnosis of recurrence after excision of an interdigital neuroma. Foot Ankle Int., v. 19, n.2, p.79-84, 1998. Basadonna, P.T.; Rucco, V.; Gasparini, D.; Onorato, A. Plantar fat pad atrophy after corticosteroid injection for an interdigital neuroma. Am. J. Phys. Med. Rehabil., v.78, p.283-5, 1999. Adams, J.C. Manual de ortopedia. 8 ed. São Paulo, Artes Médicas, 1978. p.435. Bennett, G.L.; Graham, C.E.; Mauldin, D.M. Morton's interdigital neuroma: a comprehensive treatment protocol. Foot Ankle Int., v. 16, n.12, p.760-3, 1995. Younger, A. S.E.; Claridge, R. J. The role of diagnostic block in the management of Morton's neuroma. Can. J. Surg., v.41, n.2, p. 127-30, 1998. Ziskin, M.C.; McDiarmid, T.; Michilovitz, S.L. Therapeutic ultrasound. In: Michlovitz, S.L., ed. Thermal agents in rehabilitation. 2.ed. Philadelphia, F. A. Davis, 1990. p. 13469. Uygur, F.; Sener, G. Application of ultrasound in neuromas: experience with seven below-knee stumps. Physiotherapy, v.81, n.12, p.758-61, 1995. Kitchen, S.S.; Partridge, C.J. A review of therapeutic ultrasound. Physiotherapy, v.76, n.10, p.593-8, 1990.3 DISSERTAÇÃO DE MESTRADO Caracterização clínico-funcional do equilíbrio em idosos portadores de diabetes mellitus tipo 2 Clinical-functional characterization of balance in elderly w i t h diabetes mellitus type 2 Renata Cereda (1) 0 Cordeiro ' Mestre em Reabilitação pela Universidade Federal de São Paulo / Escola Paulista de Medicina. Endereço para correspondência: Lar Escola São Francisco - Setor d e Reabilitação Gerontológica. Rua dos Açores, 310. Jardim Luzitânia. 04032-060 São Paulo, SP. e-mail: [email protected] RESUMO: O p r e s e n t e e s t u d o teve p o r objetivo caracterizar o c o m p o r t a m e n t o clínico-funcional do equilíbrio em idosos p o r t a d o r e s d e diabetes m e l l i t u s tipo 2 residentes n a c o m u n i d a d e e e m acompanhamento ambulatorial, associando esse desempenho a variáveis s ó c i o - d e m o g r á f i c a s , clínicas e funcionais. Trata-se d e u m estudo transversal descritivo, c o m a participação de 91 idosos (voluntários) de dois serviços d e s a ú d e ligados à atividade universitária, c o m idades a partir dos 6 5 anos. F o r a m c o n s i d e r a d o s inelegíveis p a r a o e s t u d o os idosos que a p r e s e n t a v a m déficit cognitivo manifesto pela incapacidade e m c o m p r e e n d e r c o m a n d o s verbais ou imitar m o v i m e n t o s , acuidades visual ou auditiva gravemente diminuídas e incapacitantes, amputações, ausência de deambulação independente e l o c o m o ç ã o p o r cadeira d e r o d a s , a l é m d e etilismo crônico. A avaliação funcional d o equilíbrio foi realizada p o r m e i o d e instrumentos previamente validados, encontrados na literatura " B a l a n c e Scale ( B S ) " e " T i m e d U p and G o Test ( T U G T ) " . A análise dos dados ocorreu através de estatística descritiva e de grau das associações entre essas duas variáveis de equilíbrio consideradas quantitativas (escores totais) e categóricas e as outras variáveis d o estudo, c o m a utilização dos testes Qui-quadrado, Exato de Fisher, A N O VA, teste t para amostras independentes e Coeficiente de Correlação de Pearson (p < 0,05). O teste "Balance S c a l e " foi analisado descritivamente em cinco dimensões definidas neste estudo: transferências, provas estáticas, alcance funcional, componentes rotacionais e base de sustentação diminuída. C o m o resultados, encontraram-se comprometimentos Cordeiro, R.C. Caracterização clínico-funcional do equilíbrio em idosos de diabetes mellitus tipo 2. p r e d o m i n a n t e m e n t e n a s d i m e n s õ e s relacionadas a o alcance funcional e à diminuição d a b a s e d e sustentação. Associações estatisticamente significantes foram encontradas entre os dois referidos testes e medidas de capacidade funcional (dificuldade e m atividades cotidianas e u s o d e dispositivo d e auxílio à m a r c h a ) , m e d i d a s clínicas d e função s o m a tossensorial (sensibilidade proprioceptiva, vibratória e cutâneo-protetora) e a queixa d e dor e m m e m b r o s inferiores. A p r e s e n ç a d e q u e d a n o s ú l t i m o s seis m e s e s associou-se às categorias d a B S , estabelecidas c o n f o r m e a p o n t u a ç ã o d e corte previamente determinada para risco de queda, c o r r o b o r a n d o d a d o s d a literatura n o q u e se refere a o idoso d a c o m u n i d a d e . A ú n i c a d i m e n s ã o d o equilíbrio funcional a s s o c i a d a a o e v e n t o d e q u e d a n e s s a a m o s t r a foi o a l c a n c e funcional. O u t r a s m e d i d a s d e s i g n a d a s à avaliação clínica e f u n c i o n a l d o e q u i l í b r i o ( e s t r a t é g i a s e " C l i n i c a l Test o f Sensory Interaction and Balance") também mostraram associar-se à B S e a o T U G T . A s correlações tanto clínica quanto estatisticamente significantes existentes entre o equilíbrio funcional e a integração sensorial s u g e r e m u m c o m p r o m e t i m e n t o m u l t i s s e n s o r i a l d e s s e s sujeitos. C o m o esperado, as d u a s m e d i d a s funcionais d e equilíbrio funcional estiveram fortemente correlacionadas, concordando c o m resultados d e estudos anteriores, o q u e reafirma a utilidade clínica d e s s e s i n s t r u m e n t o s p a r a e s s a p o p u l a ç ã o . DESCRITORES: I d o s o . D i a b e t e s mellitus n ã o insulinod e p e n d e n t e / p a t o l o g i a . Equilíbrio. R e a b i l i t a ç ã o . ABSTRACT: T h e m a i n p u r p o s e o f the p r e s e n t study w a s to characterize t h e clinical-functional b e h a v i o r o f b a l a n c e in diabetes mellitus type 2 c o m m u n i t y - d w e l l i n g elders w h o w e r e b e i n g followed-up in a a m b u l a t o r y basis at a university setting. T h e balance performance w a s associated to d e m o g r a p h i c , c l i n i c s a n d f u n c t i o n a l v a r i a b l e s . It is a inability to understand verbal c o m m a n d s or to imitate m o v e m e n t s , a very p o o r vision or hearing seriously decreased and disabled, amputations, absence of independent ambulation and locomotion depending o n wheelchair or either c h r o n i c a l c o h o l i s m . T h e functional e v a l u a t i o n o f the balance w a s accomplished through instruments validated previously, found in the literature - B a l a n c e s Scale (BS) a n d T i m e d U p a n d G o Test ( T U G T ) . It w a s u s e d descriptive statistics analysis a n d a p p r o p r i a t e analysis for t h e d e g r e e o f the associations a m o n g those t w o balance variables c o n s i d e r e d quantitative (total scores) a n d categorical, w i t h use of the follow tests: Chi-square, Fisher's exact, independent-samples t test, A N O V A and Pearson Correlation Coefficient ( p £ 0,05). T h e B S w a s descriptively a n a l y z e d in five defined d i m e n s i o n s in this study: transfers, static proofs, functional reach, rotatory c o m p o n e n t s a n d r e d u c e d base of support. A s results, the subjects w e r e impaired mainly in t h e d i m e n s i o n s related to t h e functional r e a c h a n d to t h e decrease of the b a s e of support. Significant associations w e r e found b e t w e e n the t w o referred tests a n d m e a s u r e s o f functional c a p a c i t y (difficulty in daily activities a n d u s e o f gait assistive d e v i c e ) , clinical m e a s u r e s o f s o m a t o s e n s o r i a l function (proprioceptive, vibratory and protective sensibility) a n d to t h e p a i n c o m p l a i n t i n l o w e r e x t r e m i t i e s . Fall in t h e last s i x m o n t h s w e r e a s s o c i a t e d t o l o w e r s c o r e s in B S , e s t a b l i s h e d a c c o r d i n g t o t h e cutoff-point p r e v i o u s l y c e r t a i n for fall risk, c o r r o b o r a t i n g d a t a o f t h e literature in w h a t refers t o t h e c o m m u n i t y - d w e l l i n g e l d e r s . F u n c t i o n a l r e a c h w a s t h e o n l y d i m e n s i o n o f b a l a n c e a s s o c i a t e d t o fall. Strategies evaluation a n d the Clinical Test o f Sensory Interaction a n d B a l a n c e also s h o w e d a s s o c i a t i o n to B S a n d T U G T . T h i s last result s u g g e s t a m u l t i s e n s o r i a l d i s t u r b a n c e o f these subjects. A s e x p e c t e d , t h e t w o functional m e a s u r e s o f functional b a l a n c e w e r e s t r o n g l y c o r r e l a t e d , a g r e e i n g w i t h results o f p r e v i o u s s t u d i e s , that p o i n t s o u t t h e clinical usefulness o f t h o s e i n s t r u m e n t s for t h a t p o p u l a t i o n . descriptive cross-sectional study, with the 91 elders (volunteers), 65 years. T h e senior w e r e considered ineligible KEYWORDS: for t h e study if t h e y h a d a cognitive deficit related to t h e dependent/pathology. E q u i l i b r i u m . Rehabilitation. Aged. Diabetes Mellitus, non-insulin- MONOGRAFIAS Avaliação dos modos de ventilação M a pulmonar mecânica e parâmetros ventilatórios utilizados nas Unidades de Terapia Intensiva do Hospital das Clínicas - FMUSP n Renata M. Martinelli' Carlos Roberto Ribeiro de 0 ) 2 Carvalho' ' Acadêmica de Fisioterapia > Docente. Departamento de Fisioterapia, Fonoaudilogia e Terapia Ocupacional da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo. Endereço para correspondência: Centro de Docência e Pesquisa em Terapia Ocupacional do Departamento de Fisioterapia, F o n o a u d i o l o g i a e Terapia Ocupacional da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo. Rua Cipotânea, 51. 0 5 5 0 8 - 9 0 0 . São Paulo, SP. e-mail: [email protected] (2 RESUMO: O uso da ventilação mecânica (VM) vem crescendo de forma acelerada nos últimos anos, representando atualmente uma das mais freqüentes modalidades terapêuticas empregadas nas Unidades de T e r a p i a I n t e n s i v a ( U T I ) . Os m o d o s v e n t i l a t ó r i o s têm sido e s t u d a d o s e comparados a fim de que se encontre uma maneira menos agressiva, do ponto de vista fisiológico, e mais eficaz, do ponto de vista clínico, para o paciente. Este estudo observacional, prospectivo (estudo de corte), acompanhou todos os pacientes adultos que permaneceram sob VM por mais de 24h nas UTIs do Instituto Central do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo, no período de 1 de maio a 31 de agosto de 2001. Através do preenchimento de uma ficha de avaliação foram identificados os modos ventilatórios [limitados à pressão versus volume assistido/controlado (VAC)] e os parâmetros do ventilador utilizados no Hospital. Os resultados encontrados mostraram que os m o d o s l i m i t a d o s à p r e s s ã o foram os m a i s utilizados nas U T I s , sendo a pressão controlada aplicada 5 5 % das vezes no primeiro dia de VM e o modo VAC em 10%. Dentre os parâmetros ventilatórios, verificou-se um volume corrente (VT) maior nos pacientes ventilados no modo pressão controlada (cerca de 7 a 8 mL/kg). Esses dados encontrados vão de acordo com a atual tendência mundial em limitar as pressões e reduzir o VT, ou seja, a "ventilação mecânica protetora". Apesar disso, ainda observamos uma mortalidade elevada (66,9%), talvez indicando que outros fatores, por exemplo a PEEP baixa utilizada, possam estar interferindo negativamente num melhor resultado. DESCRITORES: Estudos de avaliação. Respiração artificial. Ventilação mecânica. Unidades de terapia intensiva. KEYWORDS: care units. Evaluation studies. Respiration artificial. Pulmonary ventilation. Intensive Relação entre alteração postural e lesões do aparelho locomotor em crianças jogadoras de futsal Cintia Zucareli Pinto Ribeiro'" Paula Marie Hanai Akashi' Félix Ricardo Andrusaitis' ' André Pedrinelli' ' Isabel de Camargo Neves Sacco (orientadora)' ' n 2 3 4 ( , ) Acadêmica de Fisioterapia. Fisioterapeuta.Instituto de Ortopedia e Traumatologia da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo. M é d i c o . Instituto de Ortopedia e Traumatologia da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo. Docente do Departamento de Fisioterapia, Fonoaudiologia e Terapia Ocupacional da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo. Endereço para correspondência: Rua Cipotânea, 5 1 . Cidade Universitária. São Paulo, SP. 0 5 3 6 0 - 0 0 0 . e-mail: [email protected] (2) ( 3 ) (4) RESUMO'. A prática esportiva atualmente tem se iniciado em idades cada vez mais precoces, o que pode gerar alterações no alinhamento postural de atletas, decorrentes do treinamento precoce, uma vez que o organismo das crianças ainda está em fase de desenvolvimento, sendo mais suscetíveis a sobrecargas externas e conseqüentemente a lesões osteo-mioarticulares. Desta forma, este estudo teve como objetivo verificar a relação entre as alterações posturais e as lesões do aparelho locomotor decorrente da prática do futsal, em atletas de 9 a 16 anos. Foram avaliados 50 atletas de futsal do sexo masculino, voluntários, federados, com idade entre 9 e 16 anos, da Sociedade Esportiva Palmeiras. Os atletas e seus responsáveis tomaram conhecimento do protocolo de pesquisa através de um termo de consentimento, assinado posteriormente pelos seus responsáveis. Estes atletas foram divididos em 2 grupos: os que sofreram alguma lesão osteomioarticular decorrente da prática do futsal (grupo 1), e os que não sofreram lesão (grupo 2). Foi realizada uma avaliação inicial, através de um questionário sobre dados antropométricos, posição em q u e j o g a , t e m p o de t r e i n a m e n t o , freqüência de treinamento, lesões prévias decorrentes do esporte e possíveis seqüelas dessas lesões. Após esta etapa, foi realizada uma avaliação postural através de um protocolo elaborado para avaliar o alinhamento postural e encurtamentos musculares, baseado em Kendall (1995). Observou-se que tanto o grupo 1 quanto o grupo 2 apresentaram diversas alterações posturais. Dentre as mais significativas, observou-se a maior incidência de pés planos em ambos os grupos, assim como uma maior incidência de joelhos valgos. Observou-se ainda um alta incidência de desalinhamento da coluna lombar, nos atletas do grupo 1, c o n c o r d a n d o com Watson (1983) que em estudo de caso com j o g a d o r e s de futebol, rugby e futebol americano observou que apenas 2 6 , 5 % desses atletas apresentavam alinhamento da coluna lombar preservado. Em relação as lesões sofridas pelos atletas do grupo 1, verificou-se que o segmento corpóreo mais acometido é o tornozelo (45,2% do total de lesões), seguido do joelho (19% do total das lesões), sendo o entorse e a fratura/ luxação as lesões mais comuns, ambas com 26,2% do total de lesões, seguidas do entorse, com 21,4% do total de lesões. Relacionando as lesões a as alterações posturais encontradas, pode-se concluir que a alteração postural predis-põe à lesão osteomioarticular, uma vez que a alteração postural gera-uma sobrecarga nas estruturas periarticulares, favorecendo a ocorrência da lesão. Sendo assim, u m a intervenção fisioterapêutica é importante na orientação postural para estes atletas, diminuindo o risco da ocorrência de lesões. DESCRITORES: T r a u m a t i s m o s em a t l e t a s / p o s t u r a . Esforço físico. C r i a n ç a . Fisioterapia/métodos. KEYWORDS: Athletic injuries/posture. Exertion. Child. Physical therapy/methods. Avaliação das alterações músculoesqueléticas em pacientes com DPOC: correlação com a gravidade da doença (1> Silvana Caravaggi Amélia Pasqual Marques Alberto Cukier^ Rafael Stelmach Celso Ricardo Fernandes Carvalho (2) (3) (2) <" Acadêmica de Fisioterapia. > D o c e n t o s do Departamento de Fisioterapia Fonoaudiologia e Terapia Ocupacional da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo. Médico Assistente da Disciplina de Pneumologia do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo. Endereço para correspondência: Rua Cipotânea, 51. Cidade Universitária. São Paulo, SP. 05360-000. e-mail: [email protected] (2 RESUMO: Introdução: A obstrução das vias aéreas leva a uma progressiva sobrecarga ventilatória e à hiperinsuflação pulmonar que p o d e o c a s i o n a r alterações m ú s c u l o esqueléticas que acreditamos modificar a lonogo prazo a postura estática do indivíduo. Objetivo: O objetivo do presente estudo foi avaliar as alterações músculo-esqueléticas em indivíduos com Doença Pulmonar Obstrutiva C r ô n i c a ( D P O C ) e verificar se estas alterações estão correlacionadas com a gravidade da doença. Casuística: Foram avaliados 47 homens com idade superior a 50 anos, divididos em três grupos: 15 indivíduos saudáveis (gr. controle), 17 com DPOC leve (gr. DPOCleve) e 15 com DPOC grave (gr. DPOCgrave). A severidade do DPOC foi baseada em critérios previamente estabelecidos (ATS, 1995). Os pacientes eram oriundos do ambulatório de Pneumologia do Hospital das Clínicas da FMUSP e todos os sujeitos foram submetidos a uma avaliação q u a n t i t a t i v a das cadeias m u s c u l a r e s , objetivando quantificar as alterações em cinco cadeias musculares: ântero-interna do ombro, anterior do braço, inspiratória, ântero-interna do quadril e posterior, de acordo com um 0 ) protocolo previamente elaborado baseado em avaliação goniométrica (Berto, 1999). Realizaram também uma prova de função p u l m o n a r c o m p l e t a por m e i o de pletismografia. Os dados da avaliação postural foram comparados, utilizando-se análise de variância (ANOVA) entre os três grupos. A correlação entre a postura e a função pulmonar foi avaliada por meio de análise de correlação linear. Resultados: Nossos dados mostram que os pacientes com DPOC não apresentaram nenhuma alteração nas cadeias ântero-interna do ombro e ântero-interna do quadril. Porém, foram encontradas diversas alterações tais como: diminuição da mobilidade torácica xifoídea, aumento da lordose cervical, elevação de ombros, diminuição do ângulo coxo-femoral e diminuição da mobilidade da coluna vertebral em pacientes com DPOC. 85% destas alterações a p r e s e n t a v a m u m a c o r r e l a ç ã o com a o b s t r u ç ã o das vias a é r e a s ( V E F 1 ) . Conclusão: Nossos dados sugerem que pacientes com DPOC apresentam alterações músculo-esqueléticas que devem ser decorrente da sobrecarga ventilatória. DESCRITORES: Obstrução das vias respiratórias. Doenças musculoesqueléticas. Estudos de avaliação. KEYWORDS: Airway obstruction. Musculoskeletal diseases. Evaluation studies. Eficácia da massoterapia em pacientes portadores de fibromialgia Susan Lee King Yuan'" Luciana Akemi Matsutani Amélia Pasqual Marques' * <2> 5 (1) Acadêmica do curso de Fisioterapia. Fisioterapeuta. Mestranda em Ciências. Área de Concentração: Fisiopatologia Experimental. <> Docente do Departamento de Fisioterapia, F o n o a u d i o l o g i a e Terapia Ocupacional da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo. Endereço para correspondência: Rua Cipotânea, 51. Cidade Universitária. São Paulo, SP. 05360-000. e-mail: [email protected] (2) 3 RESUMO: Introdução: Fibromialgia é uma síndrome caracterizada por dor difusa e dor em, no mínino, onze de dezoito tender points, podendo estar associada a distúrbios do sono, rigidez muscular, fadiga, estresse psicológico, entre outros, e uma qualidade de vida diminuída. Objetivo: Propôs-se verificar a eficácia da massoterapia no tratamento da fibromialgia, avaliando seus efeitos em relação ao limiar de dor nos tender points, à dor, ansiedade e qualidade de vida. Metodologia: Participaram desse estudo quatro sujeitos. Três deles foram submetidos a massagem de fricção de oito tender points (occipital, trapézio, 2 art costocondral e supraespinhoso bilateralmente) e um foi submetido a massagem a DESCRITORES: KEYWORDS: de deslizamento superficial e profundo na região de cintura escapular e coluna cervical. Resultados e discussão: Em pacientes com limiar de dor mais baixo, os dois tipos de massagem mostraram-se eficientes para aumentar o limiar de dor nos tender points. Em pacientes com limiar de dor inicial mais alto, a massoterapia mostrou-se menos eficiente para elevar os limiares de dor. Observou-se que a massoterapia provoca um aumento gradual e cumulativo do limiar de dor, além de imediatamente ampliar o l i m i a r de d o r n o s t e n d e r p o i n t s . A massoterapia apresentou-se eficiente na redução da intensidade da dor e melhora da qualidade de vida. Não foi possível sugerir efeitos da massoterapia sobre a ansiedade. Terapias alternativas. Fibromialgia/terapia. Alternative therapies. Fibromyalgia/therapy. A eficácia da reeducação postural global na melhora da amplitude articular, flexibilidade e funcionalidade dos pacientes com espondilite anquilosante 0 Mariana Vulcano Siqueira' Amélia Pasqual Marques (Orientadora/ ' 2 RESUMO: A espondilite anquilosante é uma doença crônica, de natureza inflamatória, que acomete, predominantemente, indivíduos do sexo masculino. Sua etiologia ainda não é totalmente conhecida. Sabe-se, no entanto, que componentes genéticos estão envolvidos. Atinge, principalmente, a coluna vertebral (além de outras articulações), levando à progressiva diminuição de seus movimentos e a deformidades. A gravidade destas depende da intensidade da doença e de hábitos posturais do paciente. Logo, o diagnóstico precoce, seguido de orientações, é essencial para evitar posturas viciosas que prejudiquem atividades de vida diária como, por exemplo, a marcha. O tratamento mais usual envolve medicamentos e fisioterapia. Este trabalho teve como objetivo verificar a influência da fisioterapia na amplitude articular, na flexibilidade e na funcionalidade dos pacientes com espondilite anquilosante. Participaram da pesquisa dois sujeitos do sexo masculino, que foram submetidos a alongamentos globais, utilizando-se a técnica de Reeducação Postural Global. Os pacientes foram avaliados antes do tratamento, após a quinta sessão e ao final da intervenção. Nestas avaliações, foram medidas as amplitudes de movimento do quadril, ombros e coluna vertebral, além de serem aplicados testes de flexibilidade (Stibor, Schober, Sinal da Flecha de Forestier e distância do terceiro dedo ao solo). O t r a t a m e n t o fisioterapêutico consistiu de sessões de Reeducação Postural Global, em que foram realizados alongamentos das cadeias musculares encurtadas. O tratamento fisioterapêutico mostrou-se eficaz no ganho de amplitude articular de ombros e quadris, enquanto a flexibilidade obteve melhora muito discreta e a funcionalidade não sofreu alteração com o tratamento. Conclusão: o tratamento fisioterapêutico é eficaz no ganho de amplitude articular de ombros e quadris, mesmo em pacientes com maior tempo de doença; a flexibilidade e a f u n c i o n a l i d a d e não sofrem a l t e r a ç ã o importante, devido à anquilose óssea e a uma possível adaptação sofrida pelos pacientes. (1) Acadêmica de Fisioterapia. Docente do Departamento de Fisioterapia, F o n o a u d i o l o g i a e Terapia Ocupacional da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo. Endereço para correspondência: Rua Cipotânea, 51. Cidade Universitária. São Paulo, SP. 05360-000. e-mail: [email protected] (2) DESCRITORES: E s p o n d i l i t e a n q u i l o s a n t e / t e r a p i a . M a n i p u l a ç ã o da c o l u n a . Fisioterapia/métodos. KEYWORDS: methods. Spondylitis ankylosing/ therapy. Manipulation spinal. Physical therapy/ Identificação de critérios para avaliação do comportamento motor espontâneo de crianças prematuras normais Alessandra Palazzin"' Odete de Fátima Sallas 0 } <2> Durigon Acadêmica de Fisioterapia. Docente do Departamento de Fisioterapia, F o n o a u d i o l o g i a e Terapia Ocupacional da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo. Endereço para correspondência: Rua Cipotânea, 51. Cidade Universitária. São Paulo, SP. 05360-000. e-mail: [email protected] RESUMO: Considerando-se a dificuldade em se determinar um instrumento fidedigno de avaliação do desenvolvimento infantil, especialmente para crianças pré-termo, o objetivo deste trabalho foi o de identificar critérios para a avaliação do comportamento motor espontâneo de crianças prematuras normais, tendo como base o repertório motor e sua evolução observada em trabalhos anterior. Método: Este trabalho foi realizado em 3 etapas: Etapa 1: Levantamento das escalas de desenvolvimento infantil existentes e dos itens relevantes de cada escala (faixa etária, proposta central, escore e categorias avaliadas); Etapa 2: Análise criteriosa dos dados levantados na etapa 1 com base em características relevantes para uma avaliação c o m p l e t a do c o m p o r t a m e n t o motor, definidas a partir de trabalhos anteriores; Etapa 3: Identificação de critérios para a a v a l i a ç ã o do c o m p o r t a m e n t o m o t o r espontâneo de crianças prematuras normais com base no repertório motor definido para esta população. Resultados: Etapa 1: Foram levantadas 16 escalas de desenvolvimento infantil e, para cada escala os dados referentes a faixa etária, proposta central, escore e categorias avaliadas; Etapa 2: Não foi encontrada nenhuma escala que avaliasse todas as características para uma avaliação c o m p l e t a do c o m p o r t a m e n t o m o t o r (desenvolvimento infantil, comportamento motor, crianças pré-termo, repertório motor, potencial motor, movimento espontâneo, pequenos progressos, evolução, parâmetros de intervenção); Etapa 3: A partir do repertório motor e sua evolução foram levantadas oito evidências e, a partir destas, propostas oito hipóteses dentro das quais identificamos oito critérios de avaliação a partir das variáveis: emissão de padrões sinérgicos, combinação entre padrões sinérgicos, número de membros utilizados, predominância entre sinergia flexora / extensora, assimetria e intencionalidade. Conclusão: As observações de crianças p r e m a t u r a s r e a l i z a d a s nos trabalhos anteriores permitiram o estabelecimento de critérios preliminares, para uma avaliação mais sensível ao comportamento motor de crianças pré-termo, baseado em hipóteses que foram fundamentadas pelas evidências e atenderam ao conceito de validade de constructo j á que se encontravam de acordo com os princípios e concepções que regem a cinesiologia e fisiologia. (2) DESCRITORES: infantil. KEYWORDS: Estudos de avaliação. Prematuro. Atividade motora. Desenvolvimento Evaluation studies. Infant, premature. Motor activity. Child development. Avaliação da incidência e causas da ventilação mecânica e delineamento da a população sob esse tipo de tratamento nas unidades de terapia intensiva (1> Suzana Rosa Mendes Carlos Roberto Ribeiro de Carvalho (orientador) 0 RESUMO: Introdução'. Atualmente, a ventilação mecânica é o recurso mais utilizado nas Unidades de Terapia Intensiva (UTIs) da grande maioria dos hospitais como um meio de manutenção das trocas gasosas e para evitar complicações devido à ineficácia do sistema respiratório em p a c i e n t e s c r í t i c o s , t o r n a r a m - s e um importante motivo de estudo devido à intensidade dos cuidados médicos e custos associados aos pacientes sob esse tipo de tratamento. O objetivo deste estudo é descrever a população sob ventilação mecânica nas Unidades de Terapia Intensiva do Instituto Central do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo, identificando as causas que levaram à necessidade da mesma, as vias aéreas utilizadas para tal procedimento e a evolução dos pacientes sob esse tipo de tratamento. Métodos: Trata-se de um estudo observacional prospectivo de pacientes ( i d a d e >16 a n o s ) q u e p e r m a n e c e r a m internados em 9 UTIs do ICHC - FMUSP (entre I de maio a 31 de agosto de 2001) por um período > 24 horas. Os dados são analisados em programa estatístico EpiInfo, versão 6.04. As variáveis categóricas são comparadas através do teste de Quiquadrado e variáveis contínuas através de teste t de Student. Resultados: A partir da observação de 127 pacientes, verificou-se que o sexo masculino prevaleceu sobre o o (1) Acadêmica de Fisioterapia. Docente do Departamento de Fisioterapia, Fonoaudiologia e Terapia Ocupacional da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo. Endereço para correspondência: Rua Cipotânea, 51. Cidade Universitária. São Paulo, SP. 05360-000. e-mail: [email protected] <2) sexo feminino representando 60,6% da população. A idade média dos pacientes foi de 51 anos e os índices prognósticos de mortalidade SAPS II e LODS apresentaramse elevados nos pacientes que foram a óbito (32 e 4,6, respectivamente). O tempo médio de internação no HC-FMUSP foi de 7 dias e o tempo de internação na UTI foi de 11 dias. A maioria (40%) dos pacientes foi proveniente das enfermarias e as condições clínicas foram as causas mais importantes às admissões às UTIs (68%). Dos pacientes que entraram nas UTIs, 65.9% estavam sob antibioticoterapia e o foco pulmonar foi o mais incidente totalizando 4 5 % dos casos. A ventilação mecânica teve duração média de 8 dias e a causa mais freqüente foi a insuficiência respiratória aguda (64.8%). O acesso às vias aéreas mais utilizado foi a intubação oro-traqueal (84.5% dos casos). Dos 127 pacientes observados, 85 evoluíram para o óbito (66.9% do total). Em relação à mortalidade a idade mostrou-se significante (a idade média dos pacientes que foram a óbito era de 53 anos). Conclusão: Apesar dos resultados obtidos estarem relacionados a u m a pequena amostra de pacientes, p o d e m o s concluir que não só a idade cronológica, como também a condição clínica, o comprometimento de múltiplos sistemas e a gravidade da doença são fatores que interferem no prognóstico do paciente e na sua evolução. DESCRITORES: Unidade de terapia intensiva. Estudos de avaliação. Respiração artificial. Estudos prospectivos. KEYWORDS: studies. Intensive care units. Evaluation studies. Respiration artificial. Prospective Observação, identificação e descrição a * a a do comportamento motor espontâneo de crianças prematuras normais Andréa Marcondes Palmier?" Odete de Fátima S. Durigon (2> 0 ) Acadêmica de Fisioterapia. Docente do Departamento de Fisioterapia, Fonoaudiologia e Terapia Ocupacional da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo. Endereço para correspondência: Rua Cipotânea, 51. Cidade Universitária. São Paulo, SP. 05360-000. e-mail: [email protected] (2) RESUMO: Introdução: Este trabalho teve c o m o o b j e t i v o i d e n t i f i c a r e definir parâmetros seguros e funcionais à descrição do comportamento motor espontâneo de crianças prematuras normais, com a finalidade de identificar a existência de um repertório motor que possa ser utilizado como referência de normalidade nesta p o p u l a ç ã o , u m a vez q u e u t i l i z a - s e a c o m p a r a ç ã o do r e p e r t ó r i o m o t o r dos prematuros com o de crianças nascidas a t e r m o . Metodologia: Analisou-se o comportamento motor espontâneo em trinta e uma filmagens, de dez minutos de duração cada, de quatorze crianças prematuras, consideradas normais ao nascimento pelo Serviço de Neuropediatria do Hospital Universitário da Universidade de São Paulo, com idades corrigidas entre um e seis meses. Todas as crianças tiveram o termo de consentimento pós-informado assinado pelos pais. Consideraram-se todos os componentes do comportamento motor destas crianças, excluindo-se aqueles emitidos durante o sono ou em situações de estresse. Adicionalmente, verificou-se a relação existente entre a emissão e objetivo funcional e/ou intencionalidade. Os m o v i m e n t o s e x p r e s s o s foram inicialmente descritos conforme denomin a ç ã o relativa aos p l a n o s e eixos de movimento (adução, abdução, e t c ) , mas, como ocorriam principalmente com c o m b i n a ç õ e s em v á r i a s a r t i c u l a ç õ e s passou-se a denominálos também por DESCRITORES: KEYWORDS: padrões sinérgicos de movimento, em concordância com a concepção utilizada em f i s i o l o g i a ( s i n e r g i a s f l e x o r a s e extensoras); e quando ocorriam, se havia ou não combinação dos mesmos em um ou mais membros ou se eram emitidos de forma simétrica ou assimétrica entre os membros. Todas as observações foram procedidas por quatro examinadores independentes. Resultado: Baseando-se na o b s e r v a ç ã o dos p e s q u i s a d o r e s h o u v e consenso (100%) quanto ao resultado obtido: a existência de dezesseis padrões de movimentos sinérgicos, quatro para cada membro, que ocorriam isolados ou em todas as combinações possíveis, em mais de um membro, simultaneamente. Em todas as observações realizadas houve a correlação do movimento com a intenção de passar do decúbito dorsal para o lateral (rolar). Verificou-se também a emissão de movimentos isolados em extremidades t a n t o nos m e m b r o s s u p e r i o r e s c o m o inferiores. Conclusão: Pôde-se concluir deste trabalho que as crianças prematuras normais possuem um extenso repertório motor, não necessariamente igual para todas elas, porém sempre baseado em sinergias de movimentos, sendo observado a intenção de mudar de decúbito (rolar), desde o primeiro mês de idade corrigida; e que, além destes padrões sinérgicos de m o v i m e n t o , as crianças mostram-se capazes de realizar m o v i m e n t o s analíticos puros desde o primeiro mês de idade corrigida. Prematuro. Atividade motora. Observação. Infant, premature. Motor activity. Observation. Caracterização da postura, da respiração, do condicionamento físico e da qualidade de vida em pacientes com Lupus Eritematoso Sistêmico Andreia Hiromi Fuji to"' Lisandra Cruz Ribeiro' Eduardo F. Borba Neto Célio R. Gonçalves' ' Celso R. Fernandes de Carvalho' ' Amélia Pasqual Marques' ' 0 <2> 2 5 5 ( , ) Acadêmicas de Fisioterapia. Médicos do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo. Docente do Departamento de Fisioterapia, F o n o a u d i o l o g i a e Terapia Ocupacional da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo. Endereço para correspondência: Rua Cipotânea, 51. Cidade Universitária. São Paulo, SP. 05360-000. e-mail: [email protected] (2) (3) RESUMO: Introdução: O Lupus Eritematoso Sistêmico (LES) é uma doença inflamatória crônica, auto-imune, de etiologia d e s c o n h e c i d a , que a c o m e t e o tecido conjuntivo. A t i n g e p r i n c i p a l m e n t e as mulheres, tendo períodos de exacerbações (fase ativa) e de remissão das manifestações clínicas (fase inativa). Por atacar o tecido conjuntivo, ela pode se manifestar nos diversos s i s t e m a s , p r i n c i p a l m e n t e o músculo-esquelético, respiratório e nervoso debilitando a resistência física e a qualidade de vida. Objetivo: O propósito deste estudo é identificar o perfil postural, respiratório e de condicionamento físico, bem como a q u a l i d a d e de vida nos pacientes em acompanhamento médico no Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (HC-FMUSP) com LES na fase inativa. Casuística: Foram avaliados 17 pacientes do sexo feminino, com LES na fase inativa, com idade entre 20 e 60 anos e selecionadas após aplicação do SLEDAI (para constatação da fase inativa). Todas as pacientes foram informadas do objetivo do estudo e assinaram termo de Consentimento de acordo com a Comissão de Ética do HC-FMUSP. Foram avaliadas a postura qualitativa (por cadeias), a função respiratória, a capacidade submáxima ao exercício (teste de 6 minutos) e a qualidade de vida (utilizando-se o questionário SF-36). Resultados: Nossos dados antropométricos mostram que as pacientes tinham o perfil DESCRITORES: patologia. KEYWORDS: pathology. sugestivo de jovens (38,75 ± 10,57 anos), com peso normal (IMC de24,67 ±4,66 kg/m ), tempo de estudo igual a 7,71 ± 4,38 anos ( e q u i v a l e n t e ao e n s i n o fundamental incompleto), tempo de doença prolongado (10,94 ± 6,73 anos), nas quais o relato de dor nos MMSS era o relato mais freqüente (35%). Na avaliação postural as principais alterações se localizam nos MMSS e tronco. A avaliação da função pulmonar apresentou valores dentro da faixa de normalidade (CVF, VEF1 e V E F 1 / C V F acima de 80% do p r e d i t o ) . N o teste de 6 m i n u t o s foi percorrida uma distância de 541,27 ± 115,41 metros e, após estes esforço, as pacientes não relataram grande esforço avaliado pela escala de Borg (2,39 ± 1,03). Com relação à qualidade de vida, foram encontrados valores entre 55 e 75 aproximadamente pontos para cada domínio. Os domínios: vitalidade e saúde mental foram aqueles que apresentaram os valores mais baixos (respectivamente, 56,76 ± 22,77 e 57,65 ± 23,33). Conclusão: Na população estudada, foi observado que as principais alterações posturais se localizam em MMSS e no tronco superior sugerindo uma correlação com a queixa de dor (predominante em MMSS). Esses pacientes apresentam função pulmonar e capacidade submáxima ao exercício com valores dentro dos padrões de normalidade, porém a qualidade de vida apresenta valores mais baixos do que os encontrados na população saudável norte americana. 2 Postura. Qualidade de vida. Aptidão física. Lupus eritematoso sistêmico/ Posture. Quality of life. Physical fitness. Lupus erythematosus systemic/ A evolução do comportamento motor espontâneo em crianças prematuras normais nos primeiros seis meses de idade corrigida Ana Lúcia P. Brando"* Odete de Fátima S. Durigon' ' 2 (1) Acadêmica do curso de Fisioterapia. Docente do Departamento de Fisioterapia, Fonoaudiologia e Terapia Ocupacional da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo. Endereço para correspondência: Rua Cipotânea, 51. Cidade Universitária. São Paulo, SP. 05360-000. e-mail: [email protected] (2) RESUMO: Introdução: Todo comportamento motor é expresso por atos motores que, combinados e em seqüência, formam um vasto r e p e r t ó r i o de p a d r õ e s de movimento. Estudos anteriores especificaram tal repertório e permitiram a realização deste trabalho que tem como objetivo, definir a evolução do comportam e n t o m o t o r e s p o n t â n e o de crianças prematuras normais, até o sexto mês de idade corrigida. Metodologia: Foram analisadas trinta e uma filmagens, de dez minutos de duração cada, de treze crianças prematuras normais entre um e seis meses de idade corrigida. Destas, seis foram filmadas em meses consecutivos: duas (B. e N.) do primeiro aos sexto mês de idade corrigida; uma (M.) do primeiro ao quarto mês de idade corrigida; e três (Na., E. e J.) do segundo ao quarto mês de idade corrigida. Todas as crianças tiveram o consentimento pósinformado assinados pelos p a i s . O comportamento motor espontâneo de cada criança foi analisado e registrado, sendo seus componentes descritos sob a forma de padrões sinérgicos de movimento em MMSS e MMII, isolados ou combinados e sob forma analítica quando ocorriam isoladamente. Os dados foram analisados para as variáveis, freqüência de ocorrência de padrões motores distintos, número de membros envolvidos nos padrões motores, ocorrência de sinergias flexoras e extensoras em membros inferiores, ocorrência de sinergias flexoras e extensoras em m e m b r o s superiores, simetria dos padrões de m o v i m e n t o o b s e r v a d o s , e ocorrência de movimentos distais sendo posteriormente definido um padrão de evolução, mês a mês, do primeiro ao sexto DESCRITORES: KEYWORDS: mês de idade corrigida, do comportamento motor do grupo estudado. Resultados e Conclusões: A partir da observação e análise das 31 filmagens de crianças prematuras n o r m a i s , p o d e - s e concluir, q u a n t o à evolução do comportamento motor do grupo estudado que: 1. a freqüência de ocorrência de padrões motores manteve-se relativamente estável ao longo dos meses; 2. os padrões de movimento, envolvendo apenas um membro, foram mais utilizados que aqueles envolvendo dois ou mais membros, em todos os m e s e s ; 3 . nos p a d r õ e s observados, o membro inferior foi mais utilizado que os superiores, sendo as diferenças entre suas ocorrências bastante acentuadas no segundo e no sexto mês de idade corrigida; 4. em membros inferiores, as sinergias extensoras predominaram sobre as flexoras, exceto no primeiro mês de idade corrigida, quando suas ocorrências foram equivalentes; 5. em membros superiores as sinergias flexoras e extensoras ocorreram com freqüências semelhantes, exceto no segundo mês de idade corrigida, quando predominaram as sinergias extensoras; 6. os padrões de movimento assimétricos p r e d o m i n a r a m sobre os p a d r õ e s simétricos em todos os meses para os p a d r õ e s e n v o l v e n d o d o i s ou m a i s membros; 7. as primeiras ocorrências de passagem de decúbito dorsal para decúbito ventral (rolar) foram observadas aos seis meses de idade corrigida; 8. todas os p a d r õ e s u s a d o s p a r a r o l a r e r a m compostos por sinergias extensoras a s s i m é t r i c a s de m e m b r o s i n f e r i o r e s , acompanhadas ou não de motricidade em membros superiores. Prematuro. Atividade motora. Desenvolvimento infantil. Infant premature. Motor activity. Child development. A influência do treinamento competitivo do futsal na postura de atletas entre 9 e 16 anos w Paula Marie Hanai Akashi Isabel de Camargo Neves Sacco Cintia Zucareli Pinto Ribeiro Félix Ricardo Andrusaitis André Pedrinelli {2) m {3) (4) ( , ) Acadêmica do curso de Fisioterapia. Docente do Departamento de Fisioterapia, Fonoaudiologia e Terapia Ocupacional da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo. Fisioterapeuta do Instituto de Ortopedia da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo. Médico do Instituto de Ortopedia da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo. Endereço para correspondência: Rua Cipotânea, 51. Cidade Universitária. São Paulo, SP. 05360-000. e-mail: [email protected] (2) (3) <4) RESUMO: A prática esportiva atualmente tem se iniciado em idades cada vez mais precoces, o que pode gerar alterações no alinhamento postural de atletas, decorrentes do treinamento precoce, uma vez que o organismo das crianças ainda está em fase de desenvolvimento, sendo mais suscetíveis a sobrecargas externas. Desta forma, este estudo teve como objetivo verificar a influência do treinamento competitivo do futsal na postura de atletas com idade entre 9 e 16 anos. Foram avaliados 50 atletas de futsal do sexo masculino, voluntários, federados de 9 a 16 anos, da Sociedade Esportiva Palmeiras. Os atletas e seus responsáveis tomaram conhecimento do protocolo de pesquisa através de um termo de consentimento, assinado pelos seus responsáveis. Estes atletas foram divididos em 2 grupos: os que treinam o futsal há 6 anos ou menos (grupo 1), e os que praticam há mais de 6 anos (grupo 2). Foi realizada uma avaliação inicial, com um questionário sobre dados antropométricos, posição em que joga, tempo de treinamento, freqüência de treinamento, lesões prévias decorrentes do esporte e seqüelas dessas lesões. Após esta etapa, foi realizada uma avaliação postural através de um protocolo elaborado DESCRITORES: KEYWORDS: para avaliar o alinhamento postural e encurtamentos musculares, baseado em Kendall (1995). Observou-se que tanto o grupo 1 quanto o grupo 2 apresentaram diversas alterações posturais. Dentre as mais significativas, o b s e r v a m o s a m a i o r incidência de joelhos varos em atletas do grupo 2 (mais de 6 anos), concordando com os dados de Abreu et al. (1996), que comprova a tendência de varização dos joelhos após um ano de prática, em atletas jogadores de futebol com 12 a 17 anos. Observamos também a alta incidência de hiperlordose lombar tanto nos atletas do grupo 1 quanto nos atletas do grupo 2, reafirmando estudos de Watson (1983, 1995), nos quais constatou esta alta incidência nos seus atletas estudados, atribuindo a causa ao movimento do chute, que leva a um maior desenvolvimento do músculo ílio-psoas, favorecendo o aumento da hiperlordose lombar. Podemos concluir que o treinamento competitivo do futsal pode influenciar o desalinhamento postural desde o início de sua prática esportiva. Desta forma, o critério de divisão dos grupos pode não ter evidenciado a partir de q u a n d o e x a t a m e n t e j á c o m e ç a m a ocorrer alterações posturais. Criança. Adolescência. Esportes. Exercício. Postura. Child. Adolescence. Sports. Exercise. Posture. Avaliação das alterações da postura estática em crianças asmáticas a submetidas a um programa de condicionamento físico em natação a m Denis Sakurai Sylvia Lúcia Freitas™ Celso R.Fernandes de (1) Carvalho^ Acadêmico de Fisioterapia. Prof, de Educação Física da EEFEUSP. Docente do Departamento de Fisioterapia, Fonoaudiologia e Terapia Ocupacional da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo. Endereço para correspondência: Rua Cipotânea, 51. Cidade Universitária. São Paulo, SP. 05360-000. e-mail: [email protected] (2) <3) RESUMO: Objetivo: avaliar as alterações músculo-esquelético (postura) em crianças asmáticas submetidas a um programa de c o n d i c i o n a m e n t o físico em n a t a ç ã o . Metodologia: foram avaliadas 15 crianças com idade variando entre 9 e 16 anos com os diversos graus da doença. Todas as crianças inclusas neste estudo e seus responsáveis foram orientados de que estariam participando do estudo e deram seu consentimento escrito de acordo com o Comitê de Ética do HCFMUSP. Antes e após o início do tratamento (educação e c o n d i c i o n a m e n t o ) , as crianças foram submetidas a uma avaliação postural e à avaliação espirométrica. O programa de condicionamento foi dividido em duas partes, no total de 18 semanas. Na primeira parte as crianças foram submetidas a um programa educacional em asma (2 semanas, 1 vez por semana, 1 hora cada). Na segunda parte as crianças foram submetidas a um programa de condicionamento físico em natação, realizando duas vezes por semana DESCRITORES: KEYWORDS: durante 18 semanas e cada sessão tinha a duração de 90 minutos. A postura foi avaliada segundo um protocolo previamente elaborado, objetivando quantificar as alterações nas 5 cadeias musculares: posterior, ântero-interna do quadril, anterior do braço, ântero-interna do ombro e repiratória. Analisamos o paciente segundo 3 planos: anterior, lateral e posterior. Resultados: Nossos resultados s u g e r e m que as c r i a n ç a s a s m á t i c a s submetidas a um programa de treinamento em n a t a ç ã o a p r e s e n t a r a m m e l h o r a cardiorrespiratória (teste 12 minutos) e que a natação acarreta em alterações na postura estática, tais como: diminuição daprotração do ombro, aumento da mobilidade da cabeça, m e l h o r a do a l o n g a m e n t o dos músculos isquiotibiais, maior encurtamento dos músculos adutores. Conclusão: Estes resultados sugerem que a natação apresenta benefícios para as crianças asmáticas em alguns parâmetros da postura estática e de função cardiorrespiratória. Criança. Natação. Aptidão física. Postura. Asma/reabilitação. Child. Swimming. Physical futness. Posture. Asma/rehabilitation. Estabelecimento de critérios para a utilização da informação visual como estratégia terapêutica na correção postural a> Célia Hitomi Tao Odete de Fátima Sallas (1) (!> Durígon Acadêmica do curso de Fisioterapia. Docente do Departamento de Fisioterapia, F o n o a u d i o l o g i a e Terapia Ocupacional da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo. Endereço para correspondência: Rua Cipotânea, 51. Cidade Universitária. São Paulo, SP. 05360-000. e-mail: [email protected] (2) RESUMO: Introdução: Os diversos procedimentos/técnicas de intervenção fisioterapêutica utilizados para o tratamento das disfunções da postura incluem a utilização da informação visual para controlar e corrigir voluntariamente o alinhamento segmentar e geral do indivíduo. Contudo, em condições rotineiras, a postura é controlada principalmente por mecanismos automáticos e reflexos que podem ou não estarem de acordo com o comando voluntário que está sendo utilizado. O objetivo deste trabalho foi identificar na literatura, dados relativos ao funcionamento integrado entre os sistemas que controlam a visão e a postura para o estabelecimento de critérios à utilização da informação visual como estratégia terapêutica na correção postural. Metodologia: Procedeuse revisão bibliográfica restrita à base de dados do sistema MEDLINE para artigos na língua inglesa, no período de 1990 a 2001. As palavras-chaves utilizadas foram: posture e vision; posture e visual motion; posture, spatial orientation e vision; posture e vestibular; posture, visual motion e balance; posture control, somatosensory, vestibular e visual; posture, visual control e walking. Os artigos foram triados utilizando-se os seguintes critérios: Referência a dados coletados de indivíduos normais, jovens adultos; metodologia de estudo adequada; dados fornecendo infonnações diretas sobre o funcionamento integrado entre sistemas de controle da Postura e Visão. Resultados: Cento e seis artigos satisfizeram os critérios p r o p o s t o s , dentre os quais dezenove continham conclusões úteis ao objetivo proposto. A análise dos dados contidos nos m e s m o s identificou cinco categorias funcionais de interação entre postura e visão, DESCRITORES: KEYWORDS: a saber: Integração entre os sensores, situação de conflito sensorial, controle postural e visão, orientação espacial e visão e controle visual durante a postura e marcha. A informação visual (luminosidade, fluxo óptico, etc.) geram informações que podem por si só, corrigir a postura e endireitar a cabeça e o corpo e que, em condições de n o r m a l i d a d e , na situação estática, o referencial visual define o ajuste postural da cabeça para manter o sistema de referência espacial que norteia sua interação com o m e i o . Este, p o r sua vez, gera outras adaptações e compensações que podem corrigir os eventuais desequilíbrios, mas sempre priorizando a orientação visual. Assim, o ajuste final pode envolver tantas compensações quantas forem possíveis, desde que não se perca o referencial visual. Conclusão: As intervenções fisioterapêuticas s e m p r e p r o v o c a r ã o u m a distorção do referencial visual construído que será percebido como desequilíbrio e manifestará um ajuste corretivo para o mesmo implicando em que: a intervenção deverá organizar a introdução das correções de modo a controlar a cascata de respostas reflexas que se manifestarão em decorrência da interferência causada no sistema de referência visual e os ajustes reflexos gerados serão resultantes da interação entre os sistemas sensoriais envolvidos e que não necessariamente coincidirão com o comando visual voluntário utilizado pelo terapeuta no sentido de se definir p a d r õ e s de o r i e n t a ç ã o para o alinhamento postural e, portanto, este deverá incluir em suas estratégias medidas para retroalimentar a alteração do referencial visual de forma a não gerar, o que se chama em fisiologia da visão, os conflitos visuais. Postura. Manipulação da coluna. Marcha. Gait. Posture. Manipulation spinal. Análise cinemática da marcha: comparação entre judocas e sujeitos controle Cláudio Mesquita'" Isabel de Camargo (orientador)' ' Neves Sacco 2 (1) Acadêmica do curso de Fisioterapia. Docente do Departamento de Fisioterapia, Fonoaudiologia e Terapia Ocupacional da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo. Endereço para correspondência: Rua Cipotânea, 51. Cidade Universitária. São Paulo, SP. 05360-000. e-mail: [email protected] (2) RESUMO: A prática esportiva (competitiva, amadora ou profissional) acaba por gerar sobrecargas ao sistema músculo-esquelético dos indivíduos, podendo gerar-lhes, além de lesões, alterações em sua expressão motora estática e dinâmica. Este trabalho objetivou evidenciar e analisar as alterações cinemáticas que a prática competitiva do judô traz à marcha dos seus praticantes. Para tanto, contou-se com a participação de 5 judocas, com idade média de 20,7 ± 1,7 anos, massa corporal média de 75,6 ± 15,2 kg, estatura média de 172,8 ± 9,7 cm, tempo de prática médio de 13 ± 1,9 anos, IMC médio de 25 ± 2,8 e índice c ó r m i c o m é d i o d e 53,6 ± 1,9. A amostra do trabalho consistiu em 5 judocas de nível universitário, sendo estes comparados com um Grupo Controle, composto de uma amostra de sujeitos de 21 anos de idade, saudáveis e sedentários (dados provenientes de um banco de dados). O trabalho consistiu em 4 etapas, sendo primeiramente realizada uma avaliação inicial através de um questionário aos judocas, com questões referentes ao seu histórico de treino e de lesões prévias; uma avaliação antropométrica em que obtiveramse a estatura, o IMC e o índice córmico como medidas, buscando uma amostra homogênea de sujeitos; uma avaliação postural, na qual procurou-se observar possíveis desalinhamentos articulares dos indivíduos; e, por último, a análise cinemática da marcha, utilizando o "motion analysis system", sistema que combina o uso de cameras óptico-eletrônicas, as quais captam marcadores localizados em pontos específicos do corpo dos sujeitos, através de luz infravermelha, enviando-os a um microcomputador onde são processados para sua análise DESCRITORES: KEYWORDS: cinemática, através do qual aspectos lineares e angulares do movimento serão descritos. A análise dos resultados obtidos demonstrou: um maior número de lesões dos sujeitos do grupo judoca após o início da prática; uma incidência de alterações posturais no plano sagital que sugere uma anteriorização do C.G., compensada ao nível lombar através de um aumento da lordose; não haver diferenças estatisticamente significantes entre ambos os grupos no que se refere aos parâmetros lineares da marcha, mas houve alterações significantes nos parâmetros angulares, sendo observado um maior ângulo de extensão máxima de quadris e tornozelos e um menor ângulo de flexão máxima de quadris e tornozelos no grupo judoca, tal variação angular está ligada à posição inicial dos segmentos e não à maneira com que os ângulos variam durante a marcha; haver um maior coeficiente de variação dos ângulos durante a marcha. Do trabalho realizado, pôde-se concluir que: a prática sistemática do Judô leva a um aumento da incidência de lesões do sistema músculo-esquelético; auxilia a promoção de alterações da postura, como antepulsão da pelve, aumento da lordose lombar e varismo de joelhos. Embora seja importante mencionar que não são estas alterações exclusivas dos j u d o c a s ; aparentemente existe uma relação entre a estática e a marcha dos judocas, devido às diferenças encontradas estarem relacionadas à posição inicial dos segmentos e, aparentemente, a maior variação dos ângulos articulares dos judocas está relacionada a um maior "repertório motor" devido à prática de inúmeros movimentos durante o treino, permitindo que estes executem diferentes estratégias para a realização da marcha. Marcha. Artes marciais. Esportes. Biomecânica. Gait. Martial arts. Sports. Biomechanics. Efeitos do treinamento da aquisição da habilidade funcional sedestação mediante intervenção terapêutica f acilitatória em crianças portadoras de paralisia cerebral a> Gianna Carla Cannonieri Odete de Fátima Sallas Durigon (2> ( , ) Acadêmica do curso de Fisioterapia. Docente do Departamento de Fisioterapia, Fonoaudiologia e Terapia Ocupacional da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo. Endereço para correspondência: Rua Cipotânea, 51. Cidade Universitária. São Paulo, SP. 05360-000. e-mail: [email protected] <2) RESUMO: A paralisia cerebral é descrita, segundo Nitrine (1991), como um grupo de afecções do sistema nervoso central da infância, de caráter não progressivo, que se traduzem clinica-mente por distúrbios motores. Estudos fisiológicos mostram que, nas crianças com PC, há uma desorganização da seqüência de ativação muscular e um aumento da freqüência de co-ativação dos grupos musculares agonistas-antagonistas e proximais-distais, o que altera os padrões de movimento, dificultando a aquisição das atividades motoras estáticas e dinâmicas. Assim, a técnica terapêutica de escolha deveria possuir potencial para interferir nesse tipo de desorganização motora. Nesse sentido, a Facilitação Neuromuscular Proprioceptiva (FNP) pode ser considerada como alternativa terapêutica por utilizar, entre outras coisas, um recrutamento seqüencial da atividade muscular dentro das diagonais. Como seu uso é controverso, procedemos uma investigação clínica com a finalidade de verificar o efeito da utilização de seus procedimentos no treinamento para aquisição funcional da sedestação em duas crianças com PC espástica diparética e observar se a utilização desse tipo de técnica aumenta a tonicidade muscular. As crianças selecionadas para este estudo m o s t r a r a m - s e refratárias as técnicas convencionais de intervenção e a participação das mesmas neste estudo foi autorizada pelos pais m e d i a n t e assinatura do termo de consentimento pós-informado. Metodologia: Ambas as crianças foram submetidas ao mesmo tipo de estimulacão que incluiu treinamento dos procedimentos para aquisição da sedestação envolvendo a utilização das diagonais de ação dos membros inferiores, superiores, cervical e a resultante das mesmas no tronco, resguardando-se as limitações clínicas e mecânicas das mesmas, duas vezes por semanas em sessões de 60 minutos durante 10 semanas consecutivas. A funcionalidade e tonicidade muscular foram avaliadas com a Escala de atividades funcionais e Escala para graduação do tono m u s c u l a r em uso no Ambulatório de disfunções musculares do Curso de Fisioterapia da USP, desenvolvidas em 1992 e validadas em 1998. Resultados: os dados obtidos no estudo mostraram que as crianças submetidas ao treinamento da sedestação, com base na técnica de FNP, apresentaram aquisição da atividade treinada passando de grau 0 para grau 9, demonstrando a importância de um trabalho fisioterápico direcionado a um objetivo funcional. Embora não tenham sido treinadas outras h a b i l i d a d e s , os g a n h o s m o t o r e s envolvidos no treino da sedestação Cannonieri, G.C., Durigon, O.F.S. Efeitos do treinamento da aquisição da habilidade funcional sedestação mediante intervenção. existentes entre o equilíbrio funcional e a integração sensorial sugerem um comprometimento multissensorial desses sujeitos. Como esperado, as duas medidas funcionais de equilíbrio funcional estiveram fortemente correlacionadas, concordando com resultados de estudos anteriores, o que reafirma a utilidade clínica desses instrumentos para essa população. DESCRITORES: Paralisia cerebral/reabilitação. Fisioterapia/ métodos. Criança. ABSTRACT: The main purpose of the present study was to characterize the clinical-functional behavior of balance in diabetes mellitus type 2 community-dwelling elders who were being followed-up in a ambulatory basis at a university setting. The balance performance was associated to demographic, clinics and functional variables. It is a descriptive cross-sectional study, with the 91 elders (volunteers), 65 years. The senior were considered ineligible for the study if they had a cognitive deficit related to the inability to understand verbal commands or to imitate movements, a very poor vision or hearing seriously decreased and disabled, amputations, absence of independent ambulation and locomotion depending on wheelchair or either chronic alcoholism. The functional evaluation of the balance was accomplished through instruments validated previously, found in the literature - Balances Scale (BS) and Timed Up and Go Test (TUGT). It was used descriptive statistics analysis and appropriate analysis for the degree of the associations among those two balance variables considered quantitative (total scores) and categorical, with use of the follow tests: Chi-square, Fisher's Exact, independent-samples t test, ANOVA and Pearson Correlation Coefficient (p < 0,05). The BS was descriptively analyzed in five defined dimensions in this study: transfers, static proofs, functional reach, rotatory components and reduced base of support. As results, the subjects were impaired mainly in the dimensions related to the functional reach and to the decrease of the base of support. Significant associations were found between the two referred tests and measures of functional capacity (difficulty in daily activities and use of gait assistive device), clinical measures of somatosensorial function (proprioceptive, vibratory and protective sensibility) and to the pain complaint in lower extremities. Fall in the last six months were associated to lower scores in BS, established according to the cutoff-point previously certain for fall risk, corroborating data of the literature in what refers to the community-dwelling elders. Functional reach was the only dimension of balance associated to fall. Strategies evaluation and the Clinical Test of Sensory Interaction and Balance also showed association to BS and TUGT. This last result suggest a multisensorial disturbance of these subjects. As expected, the two functional measures of functional balance were strongly correlated, agreeing with results of previous studies, that points out the clinical usefulness of those instruments for that population. KEYWORDS: Cerebral palsy/rehabilitation. Physical therapy/ methods. Child. Avaliação da área de sustentação de pacientes com doença de Parkinson } Michelle Andrea Hydé' Maria Elisa Pimentel (oreintadora)' ' Piemonte 2 ( , ) Acadêmica do curso de Fisioterapia. Docente do Departamento de Fisioterapia, Fonoaudiologia e Terapia Ocupacional da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo. Endereço para correspondência: Rua Cipotânea, 51. Cidade Universitária. São Paulo, SP. 05360-000. e-mail: [email protected] (2) RESUMO: O objetivo de estudo é analisar se os pacientes com doença de Parkinson realmente apresentam uma diminuição da base de sustentação quando comparados a sujeitos normais pareados pela idade e se a e v e n t u a l d i m i n u i ç ã o da b a s e e s t a r i a relacionada com alterações da marcha ou do equilíbrio nestes pacientes. Metodologia: Grupo experimental: 22 sujeitos, com idade média de 63 anos que não h a v i a m iniciado tratamento físioterápico e Grupo controle: 22 sujeitos, com idade média de 68 anos, sem afecções neurológicas ou ortopédicas em MMII. L o c a l : A s s o c i a ç ã o Brasil P a r k i n s o n . Método de pesquisa: Os pacientes foram avaliados nos seguintes itens: 1. medida da área de sustentação de cada sujeito, através da impressão dos pés em um papel de três maneiras distintas, medida da altura de cada sujeito, calculada a relação área média / altura; 2. ( a p e n a s p a r a o g r u p o experimental): análise do freezing (questão 14 da UPDRS), avaliação das alterações presentes na marcha (exame motor 29 da UPDRS), análise do equilíbrio (questão 13 da UPDRS), avaliação do equilíbrio (exame motor 30 da UPDRS). Procedimentos: Os pacientes foram avaliados em uma única sessão seguindo a metodologia descrita acima. Análise dos dados: através da análise de variância ANO VA e curvas de regressão. Resultados: C o m p a r a n d o - s e as áreas médias / altura dos grupos controle e experimental pôde-se observar que não houve diferença significativa (p = 0,338) entre os dois grupos, porém verificou-se que o valor médio da área para os pacientes com DP é m e n o r do q u e p a r a os sujeitos normais. Analisando-se a correlação entre a área média / altura e a freqüência de Freezing (Teste 14 da UPDRS), apesar de n ã o ter sido e n c o n t r a d a d i f e r e n ç a significativa (p = 0,461) entre as áreas médias, em relação a sua distribuição nas diferentes pontuações na freqüência dos episódios de freezing, verificou-se uma tendência dos pacientes com maior freezing de apresentarem uma diminuição na base de s u s t e n t a ç ã o (R -Sq = 1 7 , 3 % ) . Analisando-se a correlação entre a área média / altura e as alterações na marcha (Teste 29 do exame motor da UPDRS), apesar de também não ter sido encontrada diferença significativa (p = 0,132) entre as áreas médias / altura e a pontuação no e x a m e m o t o r da m a r c h a da U P D R S , observou-se uma tendência dos pacientes com maior alteração de marcha apresentar área de sustentação diminuída (R - Sq = 20,5%). Em relação à correlação entre a área média / altura e as alterações de equilíbrio (Teste 30 do exame motor da UPDRS), não foi encontrada diferença significativa (p = 0,796) entre as áreas médias / altura e a pontuação no exame motor do equilíbrio da U P D R S , como também não pôde ser considerada nenhuma tendência na curva de regressão entre área m é d i a e d e s e m p e n h o de e q u i l í b r i o (RSq = 2,3). Em relação à correlação entre a área média / altura e a tendência à quedas (Teste 13 da UPDRS), não foi encontrada diferença significativa (p = 0,590) entre as áreas médias / altura e a pontuação na freqüência de quedas não relacionadas ao Hyde, M.A., Piemonte, M.E.P. Avaliação da área de sustentação de pacientes com doença de Parkinson. freezing da UPDRS, como também a tendência encontrada na distribuição dos dados na curva de regressão foi muito discreta (R-Sq = 9,3%). Conclusão: Os pacientes com DP não apresentam uma diminuição significativa da área da base de sustentação em relação à altura, quando comparados com um grupo normal pareado pela idade, embora realmente apresentem maior variabilidade e menor média, o que sugere que a diminuição da área seja característica de apenas uma parte dos pacientes, ou de uma fase da doença. A área de sustentação mostrou uma tendência em ser inversamente proporcional às alterações da marcha, ou seja, DESCR1TORES: KEYWORDS: conforme sugerido pelo trabalho de Horak, a diminuição da base de sustentação pode estar relacionada com uma estratégia para facilitar o início da marcha voluntária. Pode-se então sugerir que os pacientes usam a estratégia de diminuição da base de sustentação para melhorar a sua funcionalidade na marcha quando realizada voluntariamente, sem que para isso comprometa substancialmente suas condições de equilíbrio. E necessário aumentar o número de pacientes para que os dados possam ser melhor analisados estatisticamente, ou restringir melhor os grupos para que a variação das áreas das bases de sustentação não seja tão grande. Doença de Parkinson. Estudos de avaliação. Fisioterapia/métodos. Parkinson disease. Evaluation studies. Physical therapy/methods. Análise dos sistemas de avaliação e classificação do comportamento e funções motoras para pacientes adultos com disfunção neurológica (1) Cynthia Bedeschi de Souza Odete de Fátima Sallas Durigon (1) (2) Acadêmica do curso de Fisioterapia. Docente do Departamento de Fisioterapia, F o n o a u d i o l o g i a e Terapia Ocupacional da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo. Endereço para correspondência: Rua Cipotânea, 51. Cidade Universitária. São Paulo, SP. 05360-000. e-mail: [email protected] (2) RESUMO: A avaliação do desempenho motor é fundamental para a averiguação da capacidade motora (postura e movimentos), seja com a finalidade de classificação d i a g n o s t i c a ou com a f i n a l i d a d e de a c o m p a n h a m e n t o da e v o l u ç ã o d o d e s e m p e n h o m o t o r e a q u i s i ç õ e s de habilidades. Uma escala de avaliação para ser a d e q u a d a , d e v e f o r n e c e r - n o s um diagnóstico das possibilidades motoras do paciente, não devendo, portanto, ser apenas de caráter "informativo" sobre a atual situação do paciente. Além do caráter avaliativo, contudo, considerou-se também fundamental sua utilização como meio de se verificar a eficiência dos procedimentos terapêuticos em uso na prática clínica fisioterapêutica, comparar a recuperação de d i v e r s o s p a c i e n t e s com d i a g n ó s t i c o s semelhantes através do tempo, delinear uma proposta mais adequada de tratamento e predizer um prognóstico funcional/motor mais p r e c i s o para estes p a c i e n t e s . A literatura relata a existência de várias escalas de avaliação com abordagens, tamanho, complexidade de itens e tempo de aplicação diferentes. O objetivo foi relatar e analisar as escalas de avaliação motora/funcional para p a c i e n t e s a d u l t o s com disfunção neurológica, levando-se em conta cinco v a r i á v e i s : t o n o , m o v i m e n t o , função, equilíbrio e independência. Método: O m é t o d o foi dividido em duas etapas: Levantamento de 12 escalas de avaliação através de revisão bibliográfica (MEDLINE - 1960-2000); análise e descrição das características em comum para as cinco variáveis selecionadas. Resultados: As 12 escalas e n c o n t r a d a s n o l e v a n t a m e n t o bibliográfico foram: Motor Club - membros do Motor Club (Inglaterra - 1976); MAS (Motor Assessment Scale) - Carr, JH; Shepherd, RB. (1985); Chedoke McMaster Stroke Assessment - Gowland, C; Stratford, P; Ward, M; M o r e l a n d , J; Torresin, W; Hullenaar, SV; Sanford, J; Barreca, S; Vanspall, B; Plews, N. (1992); Escala de Avaliação do Tono Muscular Durigon, OFS; Piemonte, MEP (1993); Fugl-Meyer Assessment- Fugl-Meyer, AR; Jaasko, L; Leyman, I. (1975); Standard Clinical Examination - Prescott, RJ; G a r r a w a y , W M ; Akhtar, A J . ( 1 9 8 2 ) ; Escala das Atividades Funcionais - Durigon, OFS; Sá, CSC; Sita, LV (1996); PASS (Postural Assessment Scale for Stroke Patients) - Benaim, C; Pérennou, DA; Villy, J; Rousseaux, M; Pelissier, JY (1999); The Barthel Index, Mahoney, FI; Barthel, DW. ( 1 9 6 5 ) ; Frenchay Activities Index H o l b r o o k , M ; Skilbeck, C E . ( 1 9 8 3 ) ; Functional Test (MMSS- Wilson, DJ; Baker, LL; Craddock, JA (Rancho Los Amigos, 1984); SOT (Sensory Organization Test) Shumway-Cook, A; Horak, FB. (1986). Discussão: Tono: O principal objetivo da avaliação do tono muscular deriva do fato de que o mesmo reflete o nível operacional dos sistemas motores. A compreensão do mecanismo fisiológico envolvido possibilita o tratamento voltado ao desenvolvimento de habilidades e estratégias motoras - Souza, C.B., Durigon, O.F.S. Análise dos sistemas de avaliação e classificação do comportamento e funções motoras para pacientes. plasticidade neural - em vez de tratamentos dirigidos para a inibição dos reflexos patológicos. Escalas mais adequadas: Chedoke McMaster Stroke Assessmenf.Escala de Avaliação do Tono Muscular; Escala inadequada: MAS (Motor Assessment Scale). Movimento: A análise do movimento aparece na literatura através da mensuração de propriedades diferentes do movimento. Assim, torna-se difícil agrupá-las segundo critérios homogêneos, portanto elas serão relatadas pelas suas características avaliativas intrínsecas e não p o d e m ser c o m p a r a d a s . Escalas adequadas: Fugl-Meyer Assessment; Motor Club. Função: Para a fisioterapia é importante avaliar a condição funcional do paciente, mas é crucial saber como este desempenha as atividades funcionais. Neste contexto importa analisar as características posturais nas posições de teste, em conformidade com a maior parte das escalas, mas é fundamental verificar a sua capacidade de se posicionar, a capacidade de manterse nas diferentes posições e, principalmente do ponto de vista funcional, a capacidade de realizar movimentos nas referidas posturas e sua capacidade de se locomover de um ponto a outro a partir de diferentes posições (Durigon, 2001). Escalas adequadas: Motor Club; MAS (Motor Assessment Scale); Escala das DESCRITORES: KEYWORDS: Atividades Funcionais. Escalas inadequadas: Standard Clinicai Examination; Chedoke Mc-Master Stroke Assessment. Equilíbrio: Avalia-se a interação (ou a integração) entre os três sistemas que agem no equilíbrio: somato-sensorial, vestibular, visual que permite ao fisioterapeuta uma averiguação da atividade sensorial na manutenção da postura. Escalas adequadas: SOT (Sensory Organization Test); Fugl-Meyer Assessment. Escala inadequada: MAS (Motor Assessment Scale). Independência: Todas as escalas que dizem respeito às AVDs, apenas abordam a capacidade ou não do indivíduo realizar determinada tarefa, ou a freqüência por mês ou ano. O que interessa a terapeutas físicos é a causa destas limitações de AVDs que pode ser um referencial para uma identificação rápida das características funcionais, mas não agrega pistas motoras a respeito das suas possibilidades de evolução motora. Escala mais usada: The Barthel Index. Conclusão: Apresenta-se e analisa-se os pontos mais relevantes, o método de aplicação e de graduação das escalas em uso para avaliar a performance motora de pacientes com disfunções neurológicas, fornecendo uma orientação ao fisioterapeuta na escolha do instrumento de avaliação mais apropriado ao seu propósito. Doenças do sistema nervoso. Estudos de avaliação. Adulto. Atividade motora. Transtornos motores. Nervous system diseases. Evaluation studies. Adult. Motor activity. Mouvement disorders. Avaliação da forca muscular e da amplitude de movimento do grupo abdutor de quadril em pacientes submetidos a artroplastia total de quadril 0 Fernanda Rodrigues ' Amélia Pasqual Marques' ' 2 (1) Acadêmica de Fisioterapia. Docente do Departamento de Fisioterapia, Fonoaudiologia e Terapia Ocupacional da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo. Endereço para correspondência: Rua Cipotânea, 51. Cidade Universitária. São Paulo, SP. 05360-000. e-mail: [email protected] (2) RESUMO: A artroplastia total de quadril (ATQ) é um procedimento de reconstrução do quadril, proposto para restaurar o movimento e a função, e aliviar a dor, contribuindo para uma melhor qualidade de vida dos p a c i e n t e s . O objetivo deste trabalho foi verificar a força muscular do grupo abdutor e a amplitude de movimento da abdução do quadril do lado operado e não operado em pacientes submetidos a artroplastia total de quadril primária e unilateral. Para o estudo foram avaliados 20 pacientes, de ambos os sexos, com idade média de 64,7 ± 9,15, dos quais 7 5 % t i n h a m d i a g n ó s t i c o de o s t e o a r t r o s e , operados há pelo menos um ano e tempo médio de pós-operatório 58,9 ± 33,9, por acesso cirúrgico lateral e sem sinais de complicações da prótese. Foi utilizado goniômetro para medir a amplitude de DESCRITORES: a tração. KEYWORDS: strength. movimento e realizado teste muscular para verificar a força do grupo abdutor do quadril. Os resultados obtidos indicam que há limitação signifícante na amplitude de m o v i m e n t o (p < 0,05) em relação ao membro não operado, diminuição da força m u s c u l a r d e a b d u t o r e s de q u a d r i l (p < 0,05). Foi observada claudicação, com t r e n d e l e n b u r g p o s i t i v o em 7 5 % d o s pacientes avaliados, sendo que 40% do total utilizam bengala como suporte para a marcha. A maioria dos pacientes conseguiu obter marcha independente sem meios auxiliares porém permaneceu a claudicação. Sugere-sé tratamento físioterapêutico após a cirurgia, visando aumentar a amplitude de movimento do quadril, com ênfase no fortalecimento da musculatura abdutora visando melhorar o padrão de marcha. Estudos de avaliação. Artroplastia de quadril/reabilitação. Resistência Evaluation studies. Arthroplasty, replacement hip/rehabilitation. Tensile Eficiência dos procedimentos de movimentação passiva na estimulação precoce de crianças prematuras normais Daniela Amano'" Carla Mazzitelli' ' Odeie de Fátima Sallas 2 3 Durigon' ' ( , ) Acadêmica de Fisioterapia. Fisioterapeuta do Centro de Docência e Pesquisa em Terapia Ocupacional do Departamento de Fisioterapia, Fonoaudiologia e Terapia Ocupacional da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo. (2) ( 1 ) Docente Departamento de Fisioterapia, Fonoaudiologia e Terapia Ocupacional da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo. Endereço para correspondência: Departamento de Fisioterapia, Fonoaudiologia e Terapia Ocupacional da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo. Rua Cipotânea, 51. São Paulo, SP. 05508-900. e-mail: [email protected] RESUMO: Introdução: Os recém-nascidos prematuros constituem um grupo de risco para atraso no desenvolvimento neuropsicomotor devido à imaturidade dos sistemas orgânicos ao nascimento e ao alto índice de agravos e intercorrências no p e r í o d o neonatal. Este estudo tem como objetivo comparar o desenvolvimento neuromotor de crianças prematuras submetidas a um p r o g r a m a de e s t i m u l a ç ã o , através da mobilização passiva, com o desenvolvimento neuromotor de crianças prematuras que não passaram pelo p r o g r a m a de estimulação, com a finalidade de estudar isoladamente o efeito da movimentação passiva como um procedimento terapêutico em programas de intervenção precoce. Metodologia: Foram selecionadas 22 crianças nascidas com idade gestacional inferior a 37 semanas, clinicamente estáveis, cujos termos de consentimento foram assinados pelos pais. Foram divididas em: grupo experimental, ao qual foi aplicado o programa de estimulação; e grupo controle, ao qual nenhuma forma de intervenção sistemática e dirigida foi realizada. Este grupo era constituído apenas por crianças cujos pais não possuíam disponibilidade para participar do estudo na freqüência que o mesmo exigia. A m b o s os g r u p o s foram a v a l i a d o s mensalmente até o quarto mês e reavaliados no sexto e no oitavo mês através da Provas Comportamentais Específicas para cada faixa etária, descritas na literatura por Gesell. Resultados: A análise dos resultados obtidos revelou superioridade no desempenho motor das crianças do grupo experimental a partir do quarto mês de idade corrigida em relação às crianças do grupo controle. Conclusão: Tais resultados nos levam a inferir que o p r o g r a m a de e s t i m u l a ç ã o através de mobilização passiva contribuiu de forma a impul-sionar o desenvolvimento neuromotor das crianças do grupo experimental a partir do quarto mês de idade corrigida. Assim, isoladamente, a movimentação passiva não d e v e r á ser u t i l i z a d a c o m o forma d e estimulação em crianças abaixo desta idade. DESCRITORES: Prematuro. Grupos de risco. Transtornos psicomotores/reabilitação. Transtornos psicomotores/prevenção e controle. KEYWORDS: Infant, premature. Risk groups. Psychomotor disorders/rehabilitation. Psychomotor disorders/prevention. ÍNDICE DE AUTOR / A U T H O R INDEX A k a s h i P M H , 88,97 H y d e M A , 103 A m a n o D , 108 KerbauyRR,72 A n d r a d e P H , 65 LimaSS,l A n d r u s a i t i s F R , 88,97 Marques AP, 57,89,90,91,95,107 ArthuriMT,40 M a r t i n e l l i R M , 87 BérzinF,65 MatsutaniLA,57,81,90 Bevilaqua-Grosso D , 3 0 MazzitelliC,108 Borba N e t o EF, 95 Brando ALP, 96 Cannonieri G C , 101 Caravaggi S, 89 C a r o m a n o FA, 11,72 Carvalho CRF, 89,95,98 M e n d e s SR, 9 3 M e s q u i t a C , 100 M o n t e i r o C M S , 19 PalazzinA,92 PalmieriAM,94 PedrinelliA,88,97 Pedro V M , 65 Carvalho C R R , 87,93 P i e m o n t e M E P , 103 Carvalho E M , 53 Ribeiro CZP, 8 8 , 9 7 C h a g a s EF, 4 0 Ribeiro L C , 95 Cordeiro R C , 85 Costa EP, 3 0 Cruz A B C , 1 CukierA,89 Durigon O F S , 92,94,96,99,101,105,108 Rodrigues F, 107 S a c c o I C N , 88,97,100 SakuraiD,98 Sanchez E L , i Santos G A , 11 Ferreira E A G , 57 Seixas A F A M , 1 F o n s e c a ST, 1 Siqueira MV, 91 Freitas SL, 98 S o u s a A , 81 FuC,51 Souza C B , 105 FujitaAH,95 Souza P N , 11 GashuBM,57 StelmachR,89 Gil 1,65 TaoCH,99 Gonçalves C R , 95 Tavares M C G C F , 4 0 Grosso D B , 65 Teixeira-SalmelaLF, 19 G u i n o R, 30 YuanSLK,90 ÍNDICE DE A S S U N T O Adolescência A influência do treinamento competitivo do futsal na postura de atletas entre 9 e 16 anos, 97 Adulto Análise dos sistemas de avaliação e classificação do comportamento e funções motoras para pacientes adultos com disfunção neurológica, 105 Aptidão física Avaliação das alterações da postura estática em crianças asmáticas submetidas a um programa de condicionamento físico em natação, 98 Caracterização da postura, da respiração, do condicionamento físico e da qualidade de vida em pacientes com Lupus Eritematoso Sistêmico, 95 Artes marciais Análise cinemática da marcha: comparação entre judocas e sujeitos controle, 100 Articulação do ombro/lesões Papel do músculo biceps braquial na estabilização da articulação glenoumeral: revisão anatômico-funcional e implicações clínicas, 19 Articulação do cotovelo/lesões Papel do músculo biceps braquial na estabilização da articulação glenoumeral: revisão anatômico-funcional e implicações clínicas, 19 Artroplastia de quadril/reabilitação Avaliação da força muscular e da amplitude de movimento do grupo abdutor de quadril em pacientes submetidos a artroplastia total de quadril, 107 Asma/reabilitação Avaliação das alterações da postura estática em crianças asmáticas submetidas a um programa de condicionamento físico em natação, 98 Atividade motora A evolução do comportamento motor espontâneo em crianças prematuras normais nos primeiros seis meses de idade corrigida, 96 Análise dos sistemas de avaliação e classificação do comportamento e funções motoras para pacientes adultos com disfunção neurológica, 105 A simetria e transferência de peso do hemiplégico: relação dessa c o n d i ç ã o com o d e s e m p e n h o de suas a t i v i d a d e s funcionais, 40 Identificação de critérios para avaliação do comportamento motor espontâneo de crianças prematuras normais, 92 Observação, identificação e descrição do comportamento motor espontâneo de crianças prematuras normais, 94 Biomecânica Análise cinemática da marcha: comparação entre judocas e sujeitos controle, 100 Papel do músculo biceps braquial na estabilização da articulação glenoumeral: revisão anatômico-funcional e implicações clínicas, 19 Condutas terapêuticas Hipertensão arterial leve e exercício físico: o que o fisioterapeuta deve saber, 11 Condutividade elétrica Comparação da atividade elétrica dos músculos vasto mediai oblíquo e vasto lateral oblíquo em indivíduos com disfunção fêmoro-patelar, 65 Criança A influência do treinamento competitivo do futsal na postura de atletas entre 9 e 16 anos, 97 Avaliação das alterações da postura estática em crianças asmáticas submetidas a um programa de condicionamento físico em natação, 98 Efeitos do treinamento da aquisição da habilidade funcional sedestação mediante intervenção terapêutica facilitatória em crianças portadoras de paralisia cerebral, 101 Relação entre alteração postural e lesões do aparelho locomotor em crianças jogadoras de futsal, 88 Depuração mucociliar Filtro higroscópico e hidrofóbico: efeitos no muco brônquico e como barreira de bactérias em pacientes hepatopatas sob ventilação mecânica, 53 Desenvolvimento infantil Identificação de critérios para avaliação do comportamento motor espontâneo de crianças prematuras normais, 92 A evolução do comportamento motor espontâneo em crianças prematuras normais nos primeiros seis meses de idade corrigida, 96 Diabetes mellitus não insulino-dependente/patologia Caracterização clínico-funcional do equilíbrio em idosos portadores de diabetes mellitus tipo 2, 85 Doença de Parkinson Avaliação da área de sustentação de pacientes com doença de Parkinson, 103 Doenças musculoesqueléticas Avaliação das alterações músculo-esqueléticas em pacientes com DPOC: correlação com a gravidade da doença, 89 Doenças musculoesqueléticas/reabilitação Comparação da atividade elétrica dos músculos vasto mediai oblíquo e vasto lateral oblíquo em indivíduos com disfunção fêmoro-patelar, 65 Doenças do sistema nervoso Análise dos sistemas de avaliação e classificação do comportamento e funções motoras para pacientes adultos com disfunção neurológica, 105 Dor P r o p o s t a de u m a ficha d e a v a l i a ç ã o p a r a d e s o r d e m craniomandibular a partir da caracterização dos pacientes atendidos na clínica de fisioterapia da UNIMEP, 30 Dor/reabilitação Análise eletromiográfica dos músculos vasto mediai oblíquo e vasto lateral em exercícios usados no tratamento da síndrome da dor patelofemoral, 1 Eletromiografia Análise eletromiográfica dos músculos vasto mediai oblíquo e vasto lateral em exercícios usados no tratamento da síndrome da dor patelofemoral, 1 Envelhecimento Efeitos do treinamento e da manutenção da prática de atividade física em quatro idosos sedentários saudáveis, 72 Equilíbrio Caracterização clínico-funcional do equilíbrio em idosos portadores de diabetes mellitus tipo 2, 85 Esforço físico Relação entre alteração postural e lesões do aparelho locomotor em crianças jogadoras de futsal, 88 Espondilite anquilosante/terapia A eficácia da reeducação postural global na melhora da amplitude articular, flexibilidade e funcionalidade dos pacientes com espondilite anquilosante, 91 Esportes A influência do treinamento competitivo do futsal na postura de atletas entre 9 e 16 anos, 97 Análise cinemática da marcha: comparação entre judocas e sujeitos controle, 100 Estimulação elétrica transcutânea do nervo/métodos Eficácia da estimulação elétrica nervosa transcutânea (TENS) e dos exercícios de alongamento no alívio da dor e na melhora da qualidade de vida de pacientes com fibromialgia, 57 Estudos de avaliação Análise dos sistemas de avaliação e classificação do comportamento e funções motoras para pacientes adultos com disfunção neurológica, 105 Avaliação da força muscular e da amplitude de movimento do grupo abdutor de quadril em pacientes submetidos a artroplastia total de quadril, 107 Avaliação da área de sustentação de pacientes com doença de Parkinson, 103 Avaliação das alterações músculo-esqueléticas em pacientes com DPOC: correlação com a gravidade da doença, 89 Avaliação da incidência e causas da ventilação mecânica e delineamento da população sob esse tipo de tratamento nas unidades de terapia intensiva, 93 Avaliação dos modos de ventilação pulmonar mecânica e parâmetros ventilatórios utilizados nas Unidades de Terapia Intensiva do Hospital das Clínicas - FMUSP, 87 Identificação de critérios para avaliação do comportamento motor espontâneo de crianças prematuras normais, 92 Estudos prospectivos Avaliação da incidência e causas da ventilação mecânica e delineamento da população sob esse tipo de tratamento nas unidades de terapia intensiva, 93 Exercício A influência do treinamento competitivo do futsal na postura de atletas entre 9 e 16 anos, 97 Efeitos do treinamento e da manutenção da prática de atividade física em quatro idosos sedentários saudáveis, 72 Hipertensão arterial leve e exercício físico: o que o fisioterapeuta deve saber, 11 Fibromialgia/reabilitação Eficácia da estimulação elétrica nervosa transcutânea (TENS) e dos exercícios de alongamento no alívio da dor e na melhora da qualidade de vida de pacientes com fibromialgia, 57 Fibromialgia/terapia Eficácia da massoterapia em pacientes portadores de fibromialgia, 90 Ficha clínica P r o p o s t a de u m a ficha de a v a l i a ç ã o p a r a d e s o r d e m craniomandibular a partir da caracterização dos pacientes atendidos na clínica de fisioterapia da UNIMEP, 30 Fisioterapia Análise eletromiográfica dos músculos vasto mediai oblíquo e vasto lateral em exercícios usados no tratamento da síndrome da dor patelofemoral, 1 P r o p o s t a de u m a ficha d e a v a l i a ç ã o p a r a d e s o r d e m craniomandibular a partir da caracterização dos pacientes atendidos na clínica de fisioterapia da UNIMEP, 30 Fisioterapia/métodos A eficácia da reeducação postural global na melhora da amplitude articular, flexibilidade e funcionalidade dos pacientes com espondilite anquilosante, 91 Abordagem fisioterapêutica no neuroma de Morton, 81 Avaliação da área de sustentação de pacientes com doença de Parkinson, 103 Efeitos do treinamento da aquisição da habilidade funcional sedestação mediante intervenção terapêutica facilitatória em crianças portadoras de paralisia cerebral, 101 Efeitos do treinamento e da manutenção da prática de atividade física em quatro idosos sedentários saudáveis, 72 Hipertensão arterial leve e exercício físico: o que o fisioterapeuta deve saber, 11 Relação entre alteração postural e lesões do aparelho locomotor em crianças jogadoras de futsal, 88 Grupos de risco Eficiência dos procedimentos de movimentação passiva na estimulação precoce de crianças prematuras normais, 108 Hemiplegia A Simetria e transferência de peso do hemiplégico: relação dessa condição com o desempenho de suas atividades funcionais, 40 Hepatopatias/patologia Filtro higroscópico e hidrofóbico: efeitos no muco brônquico e como barreira de bactérias em pacientes hepatopatas sob ventilação mecânica, 53 Hipertensão/terapia Hipertensão arterial leve e exercício físico: o que o fisioterapeuta deve saber, 11 Idoso Caracterização clínico-funcional do equilíbrio em idosos portadores de diabetes mellitus tipo 2, 85 Infecções respiratórias/diagnóstico Filtro higroscópico e hidrofóbico: efeitos no muco brônquico e como barreira de bactérias em pacientes hepatopatas sob ventilação mecânica, 53 Estabelecimento de critérios para a utilização da informação visual como estratégia terapêutica na correção postural, 99 Marcha Análise cinemática da marcha: comparação entre judocas e sujeitos controle, 100 Estabelecimento de critérios para a utilização da informação visual como estratégia terapêutica na correção postural, 99 Modelos biológicos Análise crítica de simuladores mecânicos de pulmão e sua aplicação na ventilação não invasiva com CPAP, 51 Músculos Análise eletromiográfica dos músculos vasto mediai oblíquo e vasto lateral em exercícios usados no tratamento da síndrome da dor patelofemoral, 1 Músculos/fisiologia Comparação da atividade elétrica dos músculos vasto mediai oblíquo e vasto lateral oblíquo em indivíduos com disfunção fêmoro-patelar, 65 Papel do músculo biceps braquial na estabilização da articulação glenoumeral: revisão anatômico-funcional e implicações clínicas, 19 Natação Avaliação das alterações da postura estática em crianças asmáticas submetidas a um programa de condicionamento físico em natação, 98 Neuroma/reabilitação Abordagem fisioterapêutica no neuroma de Morton, 81 Infecções respiratórias/microbiologia Filtro higroscópico e hidrofóbico: efeitos no muco brônquico e como barreira de bactérias em pacientes hepatopatas sob ventilação mecânica, 53 Observação Observação, identificação e descrição do comportamento motor espontâneo de crianças prematuras normais, 94 Insuficiência respiratória/complicações Análise crítica de simuladores mecânicos de pulmão e sua aplicação na ventilação não invasiva com CPAP, 51 Obstrução das vias respiratórias Avaliação das alterações músculo-esqueléticas em pacientes com DPOC: correlação com a gravidade da doença, 89 Insuficiência respiratória/prevenção & controle Análise crítica de simuladores mecânicos de pulmão e sua aplicação na ventilação não invasiva com CPAP, 51 Paralisia cerebral/reabilitação Efeitos do treinamento da aquisição da habilidade funcional sedestação mediante intervenção terapêutica facilitatória em crianças portadoras de paralisia cerebral, 101 Ligamento patelar Análise eletromiográfica dos músculos vasto mediai oblíquo e vasto lateral em exercícios usados no tratamento da síndrome da dor patelofemoral, 1 Comparação da atividade elétrica dos músculos vasto mediai oblíquo e vasto lateral oblíquo em indivíduos com disfunção fêmoro-patelar, 65 Lupus eritematoso sistêmico/patologia Caracterização da postura, da respiração, do condicionamento físico e da qualidade de vida em pacientes com Lupus Eritematoso Sistêmico, 95 Manipulação da coluna A eficácia da reeducação postural global na melhora da amplitude articular, flexibilidade e funcionalidade dos pacientes com espondilite anquilosante, 91 Pessoas deficientes/reabilitação A Simetria e transferência de peso do hemiplégico: relação dessa condição com o desempenho de suas atividades funcionais, 40 Postura A influência do treinamento competitivo do futsal na postura de atletas entre 9 e 16 anos, 97 A simetria e transferência de peso do hemiplégico: relação dessa condição com o desempenho de suas atividades funcionais, 40 Avaliação das alterações da postura estática em crianças asmáticas submetidas a um programa de condicionamento físico em natação, 98 Caracterização da postura, da respiração, do condicionamento físico e da qualidade de vida em pacientes com Lupus Eritematoso Sistêmico, 95 Estabelecimento de critérios para a utilização da informação visual como estratégia terapêutica na correção postural, 99 Prematuro A evolução do comportamento motor espontâneo em crianças prematuras normais nos primeiros seis meses de idade corrigida, 96 Eficiência dos procedimentos de movimentação passiva na estimulacão precoce de crianças prematuras normais, 108 Identificação de critérios para avaliação do comportamento motor espontâneo de crianças prematuras normais, 92 Observação, identificação e descrição do comportamento motor espontâneo de crianças prematuras normais, 94 Protocolos clínicos P r o p o s t a de u m a ficha d e a v a l i a ç ã o p a r a d e s o r d e m craniomandibular à partir da caracterização dos pacientes atendidos na clínica de fisioterapia da UNIMEP, 30 Qualidade de vida Caracterização da postura, da respiração, do condicionamento físico e da qualidade de vida em pacientes com Lupus Eritematoso Sistêmico, 95 Eficácia da estimulacão elétrica nervosa transcutânea (TENS) e dos exercícios de alongamento no alívio da dor e na melhora da qualidade de vida de pacientes com fibromialgia, 57 Reabilitação Caracterização clínico-funcional do equilíbrio em idosos portadores de diabetes mellitus tipo 2, 85 Resistência a tração Avaliação da força muscular e da amplitude de movimento do grupo abdutor de quadril em pacientes submetidos a artroplastia total de quadril, 107 Respiração artificial Avaliação da incidência e causas da ventilação mecânica e delineamento da população sob esse tipo de tratamento nas unidades de terapia intensiva, 93 Avaliação dos modos de ventilação pulmonar mecânica e parâmetros ventilatórios utilizados nas Unidades de Terapia Intensiva do Hospital das Clínicas - FMUSP, 87 Respiração artificial/métodos Análise crítica de simuladores mecânicos de pulmão e sua aplicação na ventilação não invasiva com CPAP, 51 Filtro higroscópico e hidrofóbico: efeitos no muco brônquico e como barreira de bactérias em pacientes hepatopatas sob ventilação mecânica, 53 Respiração com pressão positiva/métodos Análise crítica de simuladores mecânicos de pulmão e sua aplicação na ventilação não invasiva com CPAP, 51 Respiração com pressão positiva/efeitos adversos Análise crítica de simuladores mecânicos de pulmão e sua aplicação na ventilação não invasiva com CPAP, 51 Terapia por exercício Comparação da atividade elétrica dos músculos vasto mediai oblíquo e vasto lateral oblíquo em indivíduos com disfunção fêmoro-patelar, 65 Efeitos do treinamento e da manutenção da prática de atividade física em quatro idosos sedentários saudáveis, 72 Terapia por exercício/métodos Análise eletromiográfica dos músculos vasto mediai oblíquo e vasto lateral em exercícios usados no tratamento da síndrome da dor patelofemoral, 1 Eficácia da estimulacão elétrica nervosa transcutânea (TENS) e dos exercícios de alongamento no alívio da dor e na melhora da qualidade de vida de pacientes com fibromialgia, 57 Terapia por ultrasom/métodos Abordagem fisioterapêutica no neuroma de Morton, 81 Terapias alternativas Eficácia da massoterapia em pacientes portadores de fibromialgia, 90 Transtornos craniomandibulares P r o p o s t a de u m a ficha d e a v a l i a ç ã o p a r a d e s o r d e m craniomandibular a partir da caracterização dos pacientes atendidos na clínica de fisioterapia da UNIMEP, 30 Transtornos motores Análise dos sistemas de avaliação e classificação do comportamento e funções motoras para pacientes adultos com disfunção neurológica, 105 Transtornos psicomotores/prevenção & controle Eficiência dos procedimentos de movimentação passiva na estimulacão precoce de crianças prematuras normais, 108 Transtornos psicomotores/reabilitação Eficiência dos procedimentos de movimentação passiva na estimulacão precoce de crianças prematuras normais, 108 Traumatismos em atletas/postura Relação entre alteração postural e lesões do aparelho locomotor em crianças jogadoras de futsal, 88 Úmero/lesões Papel do músculo biceps braquial na estabilização da articulação glenoumeral: revisão anatômico-funcional e implicações clínicas, 19 Unidades de terapia intensiva Avaliação da incidência e causas da ventilação mecânica e delineamento da população sob esse tipo de tratamento nas unidades de terapia intensiva, 93 Avaliação dos modos de ventilação pulmonar mecânica e parâmetros ventilatórios utilizados nas Unidades de Terapia Intensiva do Hospital das Clínicas - FMUSP, 87 Ventilação mecânica Avaliação dos modos de ventilação pulmonar mecânica e parâmetros ventilatórios utilizados nas Unidades de Terapia Intensiva do Hospital das Clínicas - FMUSP, 87 Rev. Fisioter. Univ. São Paulo, v.8, n.2, p. 114-5, ago./dez., 2001 KEYWORDS INDEX Aged Clinical-functional characterization of balance in elderly with diabetes mellitus type 2, 85 Aging Effects of the training and of the maintenance of physical activity in four sedentary healthy elderly, 72 Biomechanics The role of the biceps braquialis muscle in the stabilization of the glenohumeral joint: anatomical and functional review and clinical implications, 19 Clinical protocols Proposal of an evaluation protocol of for craniomandibular disfunction at the physiotherapy clinic of UNIMEP, 30 Clinical record Proposal of an evaluation protocol of for craniomandibular disfunction at the physiotherapy clinic of UNIMEP, 30 Craniomandibular disorders Proposal of an evaluation protocol of for craniomandibular disfunction at the physiotherapy clinic of UNIMEP, 30 Exercise Arterial hypertension of low intensity and physical exercise: what the physiotherapist must know, 11 Effects of the training and of the maintenance of physical activity in four sedentary healthy elderly, 72 Exercise therapy A comparison of the electrical activity of the vastus medialis oblique and vastus lateralis oblique muscles in patients with patellofemoral dysfunction, 65 Effects of the training and of the maintenance of physical activity in four sedentary healthy elderly, 72 Exercise therapy/methods Electromyographic analysis of the vastus medialis oblique and vastus lateralis muscles in patellofemoral pain syndrome rehabilitation exercises, 1 Effects of the training and of the maintenance of physical activity in four sedentary healthy elderly, 72 The efficacy of transcutaneous electrical nerve stimulation (TENS) and stretch exercises in the relief of pain and improvement of quality of life in patients with fibromyalgia, 57 Diabetes Mellitus, non-insulin-dependent/pathology Clinical-functional characterization of balance in elderly with diabetes mellitus type 2, 85 Fibromyalgia/rehabilitation The efficacy of transcutaneous electrical nerve stimulation (TENS) and stretch exercises in the relief of pain and improvement of quality of life in patients with fibromyalgia, 57 Disabled persons/rehabilitation Symetric and weight-transfer of hemiplegic: its relation with performance in hemiplegics functional activities, 40 Hemiplegia Symetric and weight-transfer of hemiplegic: its relation with performance in hemiplegics functional activities, 40 Elbow joint/injuries The role of the biceps braquialis muscle in the stabilization of the glenohumeral joint: anatomical and functional review and clinical implications, 19 Humerus/injuries The role of the biceps braquialis muscle in the stabilization of the glenohumeral joint: anatomical and functional review and clinical implications, 19 Electric conductivity A comparison of the electrical activity of the vastus medialis oblique and vastus lateralis oblique muscles in patients with patellofemoral dysfunction, 65 Hypertension/therapy Arterial hypertension of low intensity and physical exercise: what the physiotherapist must know, 11 Electromyography Electromyographic analysis of the vastus medialis oblique and vastus lateralis muscles in patellofemoral pain syndrome rehabilitation exercises, 1 Liver diseases/pathology Hygroscopic and hydrofhobic filters: effects in the clearance of mucus and of bacterial barriers in patients with liver disease undergoing mechanical ventilation, 53 Equilibrium Clinical-functional characterization of balance in elderly with diabetes mellitus type 2, 85 Motor activity Symetric and weight-transfer of hemiplegic: its relation with performance in hemiplegics functional activities, 40 Mucociliary clearance Hygroscopic and hydrofhobic filters: effects in the clearance of mucus and of bacterial barriers in patients with liver disease undergoing mechanical ventilation, 53 Muscles Electromyographic analysis of the vastus medialis oblique and vastus lateralis muscles in patellofemoral pain syndrome rehabilitation exercises, 1 Muscles/physiology The role of the biceps braquialis muscle in the stabilization of the glenohumeral joint: anatomical and functional review and clinical implications, 19 Muscles physiopathology A comparison of the electrical activity of the vastus medialis oblique and vastus lateralis oblique muscles in patients with patellofemoral dysfunction, 65 Musculoskeletal diseases/rehabilitation A comparison of the electrical activity of the vastus medialis oblique and vastus lateralis oblique muscles in patients with patellofemoral dysfunction, 65 Neuroma/rehabilitation Physical therapy approach of Morton's neuroma, 81 Pain Proposal of an evaluation protocol of for craniomandibular disfunction at the physiotherapy clinic of UNIMEP, 30 Pain/rehabilitation Electromyographic analysis of the vastus medialis oblique and vastus lateralis muscles in patellofemoral pain syndrome rehabilitation exercises, 1 Patellar ligament A comparison of the electrical activity of the vastus medialis oblique and vastus lateralis oblique muscles in patients with patellofemoral dysfunction, 65 Electromyographic analysis of the vastus medialis oblique and vastus lateralis muscles in patellofemoral pain syndrome rehabilitation exercises, 1 Physical therapy Electromyographic analysis of the vastus medialis oblique and vastus lateralis muscles in patellofemoral pain syndrome rehabilitation exercises, 1 Proposal of an evaluation protocol of for craniomandibular disfunction at the physiotherapy clinic of UNIMEP, 30 Physical therapy/methods Arterial hypertension of low intensity and physical exercise: what the physiotherapist must know, 11 Effects of the training and of the maintenance of physical activity in four sedentary healthy elderly, 72 Physical therapy approach of Morton's neuroma, 81 Positive-pressure respiration/methods Critical analysis of lung models and its application in noninvasive ventilation with CPAP, 51 Positive-pressure respiration/adverse effects Critical analysis of lung models and its application in noninvasive ventilation with CPAP, 51 Posture Symetric and weight-transfer of hemiplegic: its relation with performance in hemiplegics functional activities, 40 Quality of life The efficacy of transcutaneous electrical nerve stimulation (TENS) and stretch exercises in the relief of pain and improvement of quality of life in patients with fibromyalgia, 57 Rehabilitation Clinical-functional characterization of balance in elderly with diabetes mellitus type 2, 85 Respiration, artificial/methods Critical analysis of lung models and its application in noninvasive ventilation with CPAP, 51 Hygroscopic and hydrofhobic filters: effects in the clearance of mucus and of bacterial barriers in patients with liver disease undergoing mechanical ventilation, 53 Respiratory insufficiency/complications Critical analysis of lung models and its application in noninvasive ventilation with CPAP, 51 Respiratory insufficiency/prevention & control Critical analysis of lung models and its application in noninvasive ventilation with CPAP, 51 Respiratory tract infections/diagnosis Hygroscopic and hydrofhobic filters: effects in the clearance of mucus and of bacterial barriers in patients with liver disease undergoing mechanical ventilation, 53 Respiratory tract infections/microbiology Hygroscopic and hydrofhobic filters: effects in the clearance of mucus and of bacterial barriers in patients with liver disease undergoing mechanical ventilation, 53 Shoulder joint/injuries The role of the biceps braquialis muscle in the stabilization of the glenohumeral joint: anatomical and functional review and clinical implications, 19 Therapeutical approaches Arterial hypertension of low intensity and physical exercise: what the physiotherapist must know, 11 Transcutaneous eletric nerve stimulation/methods The efficacy of transcutaneous electrical nerve stimulation ( T E N S ) and stretch exercises in the relief of pain and improvement of quality of life in patients with fibromyalgia, 57 Ultrasonic therapy/methods Physical therapy approach of Morton's neuroma, 81 ri / C M T O Q /C\ / C M T O C V L I M I U 0 / L V LIM I O ^ ~ ^ BRASILEIRO DE PNEUMOLOGIA PEDIÁTRICA E I I JORNADA BRASILEIRA DE FISIOLOGIA RESPIRATÓRIA EM PEDIATRIA O N G R E S S O Data: 29/09 à 03/10/2001 Local: Florianópolis/SC Tel. (48) 2 3 1 - 0 3 4 3 ou (48) 2 3 1 - 0 3 2 9 WORLD PHYSICAL THERAPY - 2 0 0 3 D a t a : 7 à 12/06/2001 Local: Barcelona/ES I n s c r i ç ã o d e t r a b a l h o s até d i a 1 5 / 0 9 / 2 0 0 2 . Xi SIMPÓSIO INTERNACIONAL DE FISIOTERAPIA RESPIRATÓRIA Tema: Qualidade de vida - Evidência e Arte D a t a : 2 8 / 0 8 a 1/09/2002 Local: São Paulo/SP X CONGRESSO BRASILEIRO DE BIOMECÂNICA Data: 03 a 06/06/2003 Local: Ouro Preto/MG 3 4 ° CONGRESSO BRASILEIRO DE ORTOPEDIA E TRAUMATOLOGIA SBOT - 2 0 0 2 Data: 30/10 à 01/11/2002 Local: São Paulo/SP I n s c r i ç ã o d e t r a b a l h o s até 3 1 / 0 3 / 2 0 0 2 www.sbot2002.com.br NORMAS PARA PUBLICAÇÃO DE ARTIGOS A REVISTA DE FISIOTERAPIA DA UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO é u m a publicação do Curso de Fisioterapia da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo. A revista p u b l i c a a l é m d e artigos originais, artigos d e revisão (revisão d e literatura dos ú l t i m o s 10 a n o s ) , relato d e c a s o (relato d e u m ou m a i s casos q u e e v o l u í r a m d e forma crítica), r e s e n h a d e livro (análise crítica d a o b r a ) , teses, dissertações e m o n o g r a f i a s s o b a f o r m a d e r e s u m o , p o n t o s d e vista (o p e n s a m e n t o d o autor s o b r e u m t e m a ) e cartas a o Editor (expressão da opinião d o leitor). O s artigos e outros textos e n v i a d o s p a r a Revista, serão s u b m e t i d o s à a p r e c i a ç ã o p o r 2 pareceristas e x t e r n o s p e r t e n c e n t e s ao C o n s e l h o C o n s u l t i v o , q u e decidirão sobre sua p u b l i c a ç ã o , p o d e n d o ser d e v o l v i d o s a o s autores p a r a a d a p t a ç ã o às n o r m a s d e p u b l i c a ç ã o desta Revista. O s trabalhos d e v e m ser e n v i a d o s para: CURSO DE FISIOTERAPIA DA FACULDADE DE MEDICINA DA UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO. 2 R u a C i p o t â n e a , N 51 - C i d a d e Universitária " A r m a n d o Salles d e Oliveira"- C E P 0 5 3 6 0 - 0 0 0 - S ã o P a u l o , S P . O conteúdo e as opiniões expressas são de inteira responsabilidade de seus autores. FORMA E CONTEÚDO: 1. Apresentação dos originais 2. Página de rosto - D e v e 3. - O s t r a b a l h o s d e v e r ã o ser e n c a m i n h a d o s e m disquete, e i m p r e s s o s e m três v i a s , d u a s delas s e n d o c e g a s ( s e m autoria e instituição). Originais digitados e m p r o g r a m a W i n w o r d o u c o m p a t í v e l , e m e s p a ç o d u p l o , folha A 4 . constar: a) título d o t r a b a l h o e l a b o r a d o d e f o r m a b r e v e e específica, b ) v e r s ã o d o título p a r a o inglês; c) n o m e c o m p l e t o d o s autores e r e s p e c t i v o s títulos profissionais e a c a d ê m i c o s ; d) identificação d a s instituições às quais os autores estão v i n c u l a d o s : e) referência ao trabalho c o m o parte integrante d e d i s s e r t a ç ã o , t e s e ou projeto; f) referência à a p r e s e n t a ç ã o d o t r a b a l h o e m e v e n t o s , i n d i c a n d o n o m e d o e v e n t o , local e d a t a d e r e a l i z a ç ã o ; g) e n d e r e ç o para correspondência. Resumo / Abstract - O s trabalhos enviados às seções, Artigos, Divulgando Projetos e Experiências, Debates, Dissertações e Teses d e v e m apresentar dois r e s u m o s , u m e m p o r t u g u ê s e outro e m inglês. O b s e r v a r as r e c o m e n d a ç õ e s d a N B R - 6 0 2 8 , A B N T , p a r a r e d a ç ã o e a p r e s e n t a ç ã o d o s r e s u m o s : a) q u a n t o a e x t e n s ã o , a n o r m a d e t e r m i n a o m á x i m o d e 2 5 0 p a l a v r a s p a r a o s artigos d e p e r i ó d i c o s ; b ) q u a n t o a o c o n t e ú d o , d e v e r ã o o b s e r v a r a estrutura formal d o t e x t o , isto é, indicar objetivo d o t r a b a l h o , m e n c i o n a r os p r o c e d i m e n t o s b á s i c o s , relacionar os r e s u l t a d o s m a i s i m p o r t a n t e s e principais c o n c l u s õ e s ; c) q u a n t o à r e d a ç ã o e estilo, u s a r o v e r b o n a v o z ativa d a 3 . p e s s o a d o singular, evitar l o c u ç õ e s c o m o " o autor d e s c r e v e " , " n e s t e artigo", e t c , n ã o adjetivar e n ã o u s a r parágrafos. O s t r a b a l h o s e n v i a d o s à s e ç ã o d e Monografias, d e v e m a p r e s e n t a r r e s u m o a p e n a s e m p o r t u g u ê s , c o n t e n d o n o m e d o autor e orientador(es). a 4. Descritores / Keywords - P a l a v r a s ou e x p r e s s õ e s utilizadas p a r a fins d e i n d e x a ç ã o e q u e r e p r e s e n t a m o c o n t e ú d o d o s t r a b a l h o s . P a r a o u s o d e descritores e m p o r t u g u ê s , consultar " D e s c r i t o r e s e m C i ê n c i a s d a S a ú d e " ( D e C S ) parte d a m e t o d o l o g i a L I L A C S - L i t e r a t u r a L a t i n o a m e r i c a n a e d o C a r i b e e m C i ê n c i a s d a S a ú d e , e o M E S H - M e d i c a l Subjets Headings da National Library of Medicine. 5. Estrutura do texto - O caráter interdisciplinar d a p u b l i c a ç ã o permitiu estabelecer u m formato m a i s flexível q u a n t o à estrutura o r g â n i c a d o s t r a b a l h o s s e m c o m p r o m e t e r o c o n t e ú d o . A p u b l i c a ç ã o s u g e r e q u e os t r a b a l h o s d e i n v e s t i g a ç ã o científica d e v e m ser organizados mediante a estrutura formal: a) Introdução, o a outros publicados anteriormente e esclarecendo Material e Métodos, ou, Casuística e Métodos estabelecer o objetivo d o artigo, relacionando- o estado atual e m q u e se e n c o n t r a o objeto i n v e s t i g a d o ; b) ( q u a n d o a p e s q u i s a e n v o l v e seres h u m a n o s ) , d e s c r e v e r p r o c e d i m e n t o s , a p r e s e n t a r as variáveis incluídas n a pesquisa, d e t e r m i n a r e caracterizar a p o p u l a ç ã o e a m o s t r a , d e t a l h a r t é c n i c a s e e q u i p a m e n t o s , indicar q u a n t i d a d e s e x a t a s ; c) Resultados, e x p o s i ç ã o factural d a o b s e r v a ç ã o , a p r e s e n t a d a n a s e q ü ê n c i a lógica d o t e x t o , a p o i a d o s e m gráficos e t a b e l a s ; d) Discussão, a p r e s e n t a ç ã o d o s d a d o s o b t i d o s e r e s u l t a d o s a l c a n ç a d o s , e s t a b e l e c e n d o c o m p a t i b i l i d a d e ou n ã o c o m resultados anteriores d e outros a u t o r e s ; e) Conclusões, são as d e d u ç õ e s lógicas e f u n d a m e n t a d a s n o s R e s u l t a d o s e D i s c u s s ã o . 6. Referências bibliográficas - O r g a n i z a r as referências e m o r d e m alfabética p e l o ú l t i m o s o b r e n o m e d o p r i m e i r o autor d o s t r a b a l h o s e n u m e r á - l a s c o n s e c u t i v a m e n t e . D e v e r ã o ser m e n c i o n a d o s t o d o s o s autores d e c a d a referência. O s títulos d e p e r i ó d i c o s d e v e r ã o ser a b r e v i a d o s p e l a "List of Journals I n d e x e d in Index M e d i c u s " . O b s e r v a r a N o r m a Brasileira - N B R 6 0 2 3 / 1 9 8 9 q u e estabelece critérios p a r a identificar os e l e m e n t o s q u e c o m p õ e m a referência bibliográfica. EXEMPLOS: • Monografias V o s s , D E . , Ionta, M.K., M y e r s , B J . Facilitação neuromuscular proprioceptive. 3.ed. São Paulo: Panamericana, 1987, 388p. • Partes de monografias (com autoria própria) K a d e k a r o , M . , T i m o - I a r i a , C , V i c e n t e , M . L . M . Control of gastric secretion b y t h e central n e r v o u s s y s t e m . In: B r o o k s , F.R., E v e r s , P. Nerves and the gut. Thorafare, N J . : C . B . Slack, 1977. 6 4 2 p . p . 3 7 7 - 4 2 7 . • Partes de Monografias (sem autoria especial) Rothstein, J.M., R o y , S . H . , Wolf, S.L. T h e rehabilitation s p e c i a l i s t s h a n d b o o k . Philadelphia: F . A . D a i r i s , 1 9 9 1 . p . 4 6 5 5 8 5 : V a s c u l a r a n a t o m y , c a r d i o l o g y a n d cardiac rehabilitation. • Dissertações, Teses M a r q u e s , A . P . Um delineamento de linha da base múltipla para investigar efeitos de procedimentos de ensino sobre diferentes comportamentos envolvidos, uma avaliação goniométrica. S ã o P a u l o , 1990. D i s s e r t a ç ã o ( M e s t r a d o ) C e n t r o d e E d u c a ç ã o e Ciências H u m a n a s d a U n i v e r s i d a d e F e d e r a l d e S ã o Carlos. • Artigos de periódicos K o z e l k a , J . W . , Christy, G . M . , W u r t o r , R . D . S o m a t o a u t o n o m i c reflexes in anesthetized a n d u n a e s t h e t i z e d dogs. J. Auton. Nerv. Syst. v . 3 , p . 1 7 1 - 7 5 , 1 9 8 1 . • Evento (no todo) S I M P Ó S I O sobre Fertilizantes n a Agricultura Brasileira, 2., 1984, Brasília. Anais... Brasília: E M B R A P A , D e p a r t a m e n t o d e E s t u d o s e P e s q u i s a s , 1984. 6 4 2 p . • Eventos (considerados em partes) O r l a n d o F i l h o , J., L e m e , E.J.A. Utilização agrícola dos resíduos d a agroindústria canavieira. In: S I M P Ó S I O S O B R E F E R T I L I Z A N T E S N A A G R I C U L T U R A B R A S I L E I R A , 2., 1984, B r a s í l i a . Anais ... B r a s í l i a : E M B R A P A , D e p a r t a m e n t o d e E s t u d o s e P e s q u i s a s , 1984. 6 4 2 p . p . 4 5 1 - 7 5 . Ilustrações e Legendas - 7. A s tabelas d e v e m ser e l a b o r a d a s e m folhas à p a r t e , n u m e r a d a s c o n s e c u t i v a m e n t e n a o r d e m d e citação n o t e x t o . O título d e v e constar n a parte superior d a tabela. Evitar o u s o d e linhas n o interior das t a b e l a s , usar s o m e n t e as linhas laterais e aquelas q u e s e p a r a m o s títulos. A s figuras se referem a t o d a s as ilustrações, fotografias, d e s e n h o s gráficos, e x c e t u a n d o - s e tabelas e gráficos. Estas d e v e m ser e m p r e t o e b r a n c o e i m p r e s s a s e m p a p e l d e alta q u a l i d a d e gráfica. P a r a o r g a n i z a ç ã o das figuras observar o m e s m o p r o c e d i m e n t o a d o t a d o p a r a as tabelas. 8. Agradecimentos trabalho. - Q u a n d o pertinentes, dirigidos à p e s s o a s ou instituições q u e c o n t r i b u í r a m p a r a a e l a b o r a ç ã o d o A R e v i s t a d e Fisioterapia da Universidade de S ã o Paulo é u m a revista de c u n h o acadêmico-científico produzida pelo C u r s o de Fisioterapia da Faculdade de Medicina - U S P d e s d e 1994 c o m o objetivo de divulgar a produção de conhecimentos específicos da á r e a , reciclando e atualizando profissionais e acadêmicos. Foi a primeira publicação nacional de revista especializada c o m nível a c a d ê m i c o e científico n o s m o l d e s e p a d r õ e s internacionais, dirigida aos acadêmicos, pesquisadores, e d u c a d o r e s e profissionais da área. Esta revista é indexada na base de dados L I L A C S e sua periodicidade é semestral. Para assiná-la, basta preencher a ficha abaixo e encaminhar c o m os itens solicitados ao e n d e r e ç o relacionado. Q u a l q u e r informação adicional: Homepage: http://www.usp.br/medicina/fisioterapia/frevista.htm E-mail: [email protected] FICHA DE ASSINATURA Assinatura da Revista para o ano de , R$ 20,00. Enviar cheque nominal ao Núcleo de Estudos a v a n ç a d o s e m Fisioterapia ou recibo de depósito e m C / C 0201 - 13 - 003249-9 BANESPA. Nome: Endereço: Bairro: CEP: Cidade: Estado: Telefone: e-mail: R. Cipotânea, 51, Cidade Universitária, S ã o Paulo - SP, C E P 05360-000 Tel (011) 3091-7451 F a x (011) 3091-7462 Obs: caso haja interesse e m adquirir números anteriores, solicite no m e s m o endereço. V a l o r unitário: RS 10,00.