índice de autor /author index - Revista Fisioterapia e Pesquisa

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índice de autor /author index - Revista Fisioterapia e Pesquisa
SUMÁRI0/C0NTENTS
Editorial
Artígos/Artícles
Eficácia da estimulação elétrica nervosa transcutânea (TENS) e dos exercícios de alongamento no alívio da dor e na melhora da
qualidade de vida de pacientes com fibromialgia
The efficacy of transcutaneous electrical nerve stimulation (TENS) and stretch exercises in the relief of pain and improvement
of quality of life in patients with fibromyalgia
Beatriz Michiko Gashu, Amélia Pasqual Marques, Elizabeth Alves Gonçalves Ferreira, Luciana Akemi Matsutani
Comparação da atividade elétrica dos músculos vasto medial oblíquo e vasto lateral oblíquo em indivíduos com disfunção
fêmoro-patelar
A Comparison of the electrical activity of the vastus medialis oblique and vastus lateralis oblique muscles in patients with
patellofemoral dysfunction
Patricia Horta Andrade, Débora Beviláqua Grosso, Fausto Bérzin, Ivana Gil, Vanessa Monteiro Pedro
Efeitos do treinamento e da manutenção da prática de atividade física em quatro idosos sedentários saudáveis
Effects of the training and of the maintenance of physical activity in four sedentary healthy elderly
Fátima Aparecida C a r o m a n o , Rachel Rodrigues Kerbauy
Relato de caso/Case report
Abordagem fisioterapêutica no neuroma de Morton
Physical therapy approach of Morton's neuroma
Adriana de Sousa, Luciana Akemi Matsutani
Dissertação de M estrado/Dissertation
Caracterização clínico-funcional do equilíbrio em idosos portadores de diabetes mellitus tipo 2
Clinical-functional characterization of balance in elderly with diabetes mellitus type 2
Renata Cereda Cordeiro
Monografias/Monographs
Avaliação dos modos de ventilação pulmonar mecânica e parâmetros ventilatories utilizados nas Unidades de Terapia
Intensiva do Hospital das Clínicas - FMUSP
Renata M. Martinelli
Relação entre alteração postural e lesões do aparelho locomotor em crianças jogadoras de futsal
Cintia Zucareli P. Ribeiro, Paula Marie H. Akashi, Félix R. Andrusaitis, André Pedrinelli, Isabel de Camargo Neves Sacco
Avaliação das alterações músculo-esqueléticas em pacientes com DPOC: correlação com a gravidade da doença
Silvana Caravaggi, Amélia Pasqual Marques, Alberto Cukier, Rafael Stelmach, Celso Ricardo Fernandes Carvalho
Eficácia da massoterapia em pacientes portadores de fibromialgia
Susan Lee King Yuan, Luciana Akemi Matsutani, Amélia Pasqual Marques
A eficácia da reeducação postural global na melhora da amplitude articular, flexibilidade e funcionalidade dos pacientes com
espondilite anquilosante
Mariana Vulcano Siqueira, Amélia Pasqual Marques
Identificação de critérios para avaliação do comportamento motor espontâneo de crianças prematuras normais
Alessandra Palazzin, Odete de Fátima Sallas Durigon
92
Avaliação da incidência e causas da ventilação mecânica e delineamento da população sob esse tipo de tratamento nas unidades
de terapia intensiva
Suzana Rosa Mendes, Carlos Roberto Ribeiro de Carvalho
93
Observação, identificação e descrição do comportamento motor espontâneo de crianças prematuras normais
Andréa Marcondes Palmieri, Odete de Fátima S. Durigon
94
Caracterização da postura, da respiração, do condicionamento físico e da qualidade de vida em pacientes com Lupus
Eritematoso Sistêmico
Andreia H. Fujita, Lisandra C. Ribeiro, Eduardo F. Borba Neto, Célio R. Gonçalves, Celso R. F. Carvalho,
Amélia Pasqual Marques
95
A evolução do comportamento motor espontâneo em crianças prematuras normais nos primeiros seis meses de idade corrigida
Ana Lúcia R Brando, Odete de Fátima S. Durigon
96
A influência do treinamento competitivo do futsal na postura de atletas entre 9 e 16 anos
Paula Marie Hanai Akash, Dra. Isabel de Camargo Neves Sacco, Cintia Zucareli Pinto Ribeiro, Félix Ricardo Andrusaitis,
André Pedrinelli
97
Avaliação das alterações da postura estática em crianças asmáticas submetidas a um programa de condicionamento físico
em natação
Denis Sakurai, Sylvia Lúcia Freitas, Celso R. Fernandes de Carvalho
98
Estabelecimento de critérios para a utilização da informação visual como estratégia terapêutica na correção postural
Célia Hitomi Tao, Odete de Fátima Sallas Durigon
99
Análise cinemática da marcha: comparação entre judocas e sujeitos controle
Cláudio Mesquita, Profa. Dra. Isabel de Camargo Neves Sacco
100
Efeitos do treinamento da aquisição da habilidade funcional sedestação mediante intervenção terapêutica facilitatória em
crianças portadoras de paralisia cerebral
Gianna Carla Cannonieri, Odete de Fátima Sallas Durigon
101
Avaliação da área de sustentação de pacientes com doença de Parkinson
Michelle Andrea Hyde, Maria Elisa Pimentel Piemonte
Análise dos sistemas de avaliação e classificação do comportamento e funções motoras para pacientes adultos com disfunção
neurológica
Cynthia Bedeschi de Souza, Odete de Fátima Sallas Durigon
105
Avaliação da força muscular e da amplitude de movimento do grupo abdutor de quadril em pacientes submetidos a
artroplastia total de quadril
Fernanda Rodrigues, Amélia Pasqual Marques
107
Eficiência dos procedimentos de movimentação passiva na estimulação precoce de crianças prematuras normais
Daniela Amano, Carla Mazzitelli, Odete de Fátima Sallas Durigon
108
índice de Autor/Author Index
índice de Assunto
103
109
11 o
Keywords Index
114
Eventos/E vents
H6
Normas para publicação/Standardization
nr\|T/^Q|A|
L UI I U í l I M L
Após longa batalha o Conselho Nacional de Educação (CNE) aprovou as
Diretrizes Curriculares p a r a o s C u r s o s de Fisioterapia. A C o m i s s ã o d e E s p e c i a listas d a S E S u / M E C a c o m p a n h o u t o d o o p r o c e s s o e e m b o r a a l g u n s a s p e c t o s
p r o p o s t o s p e l a c o m i s s ã o n ã o t e n h a m sido c o n t e m p l a d o s ( c a r g a h o r á r i a e v e t o
aos c u r s o s n o t u r n o s ) , d a d a a s u a i m p o r t â n c i a s e r ã o transcritas n a íntegra.
DIRETRIZES CURRICULARES NACIONAIS DO CURSO DE GRADUAÇÃO EM FISIOTERAPIA
1. PERFIL DO FORMANDO EGRESSO/PROFISSIONAL
Fisioterapeuta, c o m f o r m a ç ã o generalista, h u m a n i s t a , crítica e reflexiva, c a p a c i t a d o a a t u a r e m t o d o s o s níveis d e a t e n ç ã o
à saúde, c o m b a s e n o rigor científico e intelectual. D e t é m v i s ã o a m p l a e global, r e s p e i t a n d o os princípios éticos/bioéticos,
e culturais d o i n d i v í d u o e d a coletividade. C a p a z d e t e r c o m o objeto d e e s t u d o o m o v i m e n t o h u m a n o e m t o d a s a s s u a s
formas d e e x p r e s s ã o e p o t e n c i a l i d a d e s , q u e r n a s alterações p a t o l ó g i c a s , cinético-funcionais, q u e r n a s suas r e p e r c u s s õ e s
psíquicas e o r g â n i c a s , o b j e t i v a n d o a preservar, d e s e n v o l v e r , restaurar a integridade d e ó r g ã o s , s i s t e m a s e funções, d e s d e a
e l a b o r a ç ã o d o d i a g n ó s t i c o físico e funcional, eleição e e x e c u ç ã o d o s p r o c e d i m e n t o s
fisioterapêuticos
pertinentes a cada
situação.
2. COMPETÊNCIAS E HABILIDADES
Competências Gerais
• Atenção à saúde: o s profissionais d e s a ú d e , dentro d e seu â m b i t o profissional, d e v e m estar a p t o s a d e s e n v o l v e r
a ç õ e s d e p r e v e n ç ã o , p r o m o ç ã o , p r o t e ç ã o e reabilitação d a s a ú d e , tanto e m n í v e l i n d i v i d u a l q u a n t o coletivo. C a d a
profissional d e v e a s s e g u r a r q u e s u a p r á t i c a seja r e a l i z a d a d e forma i n t e g r a d a e c o n t í n u a c o m a s d e m a i s instâncias d o
s i s t e m a d e s a ú d e , s e n d o c a p a z d e p e n s a r c r i t i c a m e n t e , de analisar os p r o b l e m a s d a s o c i e d a d e e d e p r o c u r a r s o l u ç õ e s
p a r a o s m e s m o s . O s profissionais d e v e m realizar seus serviços dentro d o s m a i s altos p a d r õ e s d e q u a l i d a d e e d o s
princípios d a ética/bioética, t e n d o e m c o n t a q u e a r e s p o n s a b i l i d a d e d a a t e n ç ã o à s a ú d e n ã o s e e n c e r r a c o m o a t o
técnico, m a s sim, c o m a r e s o l u ç ã o d o p r o b l e m a d e s a ú d e , tanto e m nível individual c o m o coletivo;
• Tomada de decisões: o trabalho
d o s profissionais d e s a ú d e d e v e estar f u n d a m e n t a d o n a c a p a c i d a d e d e t o m a r d e c i s õ e s
v i s a n d o o u s o a p r o p r i a d o , eficácia e custo-efetividade, d a força d e trabalho, d e m e d i c a m e n t o s , d e e q u i p a m e n t o s , d e
p r o c e d i m e n t o s e d e p r á t i c a s . P a r a este fim, o s m e s m o s d e v e m p o s s u i r c o m p e t ê n c i a s e h a b i l i d a d e s p a r a avaliar,
sistematizar e decidir a s c o n d u t a s m a i s a d e q u a d a s , b a s e a d a s e m e v i d ê n c i a s científicas;
• Comunicação: os profissionais d e s a ú d e d e v e m ser acessíveis e d e v e m m a n t e r a c o n f i d e n c i a l i d a d e das i n f o r m a ç õ e s
a eles confiadas, n a interação c o m outros profissionais d e s a ú d e e o p ú b l i c o e m geral. A c o m u n i c a ç ã o e n v o l v e
c o m u n i c a ç ã o v e r b a l , n ã o - v e r b a l e habilidades d e escrita e leitura; o d o m í n i o d e , p e l o m e n o s , u m a l í n g u a e s t r a n g e i r a
e d e tecnologias d e c o m u n i c a ç ã o e i n f o r m a ç ã o ;
• Liderança: n o
trabalho e m e q u i p e multiprofissional, os profissionais d e s a ú d e d e v e r ã o estar aptos a a s s u m i r p o s i ç õ e s
de liderança, s e m p r e t e n d o e m vista o b e m estar da c o m u n i d a d e . A liderança e n v o l v e c o m p r o m i s s o , responsabilidade,
e m p a t i a , h a b i l i d a d e p a r a t o m a d a d e d e c i s õ e s , c o m u n i c a ç ã o e g e r e n c i a m e n t o d e f o r m a efetiva e eficaz;
• Administração e gerenciamento:
o s profissionais d e v e m estar aptos a t o m a r iniciativa, fazer o g e r e n c i a m e n t o e
a d m i n i s t r a ç ã o tanto d a força d e t r a b a l h o , d o s recursos físicos e materiais e d e i n f o r m a ç ã o , d a m e s m a forma q u e
d e v e m estar a p t o s a s e r e m p r e e n d e d o r e s , g e s t o r e s , e m p r e g a d o r e s o u lideranças n a e q u i p e d e s a ú d e ;
• Educação permanente:
o s profissionais d e v e m ser c a p a z e s d e a p r e n d e r c o n t i n u a m e n t e , tanto n a s u a f o r m a ç ã o ,
q u a n t o n a s u a prática. D e s t a forma, o s profissionais d e s a ú d e d e v e m a p r e n d e r a a p r e n d e r e t e r r e s p o n s a b i l i d a d e e
c o m p r o m i s s o c o m a s u a e d u c a ç ã o e o t r e i n a m e n t o / e s t á g i o s das futuras g e r a ç õ e s d e profissionais, p r o p o r c i o n a n d o
c o n d i ç õ e s p a r a q u e haja beneficio m ú t u o entre o s futuros profissionais e o s profissionais d o s s e r v i ç o s , i n c l u s i v e ,
e s t i m u l a n d o e d e s e n v o l v e n d o a m o b i l i d a d e acadêmico/profissional, a f o r m a ç ã o e a c o o p e r a ç ã o através d e r e d e s
n a c i o n a i s e internacionais.
Competências e Habilidades Específicas
O C u r s o d e G r a d u a ç ã o e m Fisioterapia d e v e assegurar, t a m b é m , a formação d e profissionais c o m competências e habilidades
específicas para:
• respeitar o s princípios éticos inerentes a o exercício profissional;
• atuar e m t o d o s o s níveis d e a t e n ç ã o à s a ú d e , integrando-se e m p r o g r a m a s d e p r o m o ç ã o , m a n u t e n ç ã o , p r e v e n ç ã o ,
proteção e recuperação d a saúde, sensibilizados e c o m p r o m e t i d o s c o m o ser h u m a n o , respeitando-o e valorizando-o;
• atuar multiprofissionalmente, interdisciplinarmente e transdisciplinarmente c o m e x t r e m a p r o d u t i v i d a d e n a p r o m o ç ã o
d a s a ú d e b a s e a d o n a c o n v i c ç ã o científica, d e c i d a d a n i a e de ética;
• r e c o n h e c e r a s a ú d e c o m o direito e c o n d i ç õ e s dignas d e v i d a e atuar d e f o r m a a garantir a integralidade d a assistência,
e n t e n d i d a c o m o conjunto articulado e c o n t í n u o das a ç õ e s e serviços p r e v e n t i v o s e curativos, individuais e coletivos,
e x i g i d o s p a r a c a d a caso e m todos os níveis d e c o m p l e x i d a d e d o sistema;
• contribuir p a r a a m a n u t e n ç ã o d a saúde, b e m estar e qualidade d e vida das pessoas, famílias e c o m u n i d a d e , considerando
suas circunstâncias éticas, políticas, sociais, e c o n ô m i c a s , a m b i e n t a i s e b i o l ó g i c a s ;
• realizar consultas, a v a l i a ç õ e s e r e a v a l i a ç õ e s d o p a c i e n t e c o l h e n d o d a d o s , solicitando, e x e c u t a n d o e interpretando
e x a m e s p r o p e d ê u t i c o s e c o m p l e m e n t a r e s q u e p e r m i t a m e l a b o r a r u m d i a g n ó s t i c o cinético-funcional, p a r a e l e g e r e
quantificar a s i n t e r v e n ç õ e s e c o n d u t a s fisioterapêuticas a p r o p r i a d a s , o b j e t i v a n d o tratar a s disfunções n o c a m p o d a
Fisioterapia, e m t o d a sua e x t e n s ã o e c o m p l e x i d a d e , e s t a b e l e c e n d o p r o g n ó s t i c o , r e a v a l i a n d o c o n d u t a s e d e c i d i n d o
p e l a alta
fisioterapêutica;
• elaborar criticamente o diagnóstico cinético funcional e a intervenção fisioterapêutica, c o n s i d e r a n d o o a m p l o espectro
d e q u e s t õ e s clínicas, científicas, filosóficas éticas, políticas, sociais e culturais i m p l i c a d a s n a a t u a ç ã o profissional d o
fisioterapeuta,
s e n d o c a p a z d e intervir nas diversas áreas o n d e sua a t u a ç ã o profissional seja n e c e s s á r i a ;
• e x e r c e r s u a profissão d e forma articulada ao c o n t e x t o social, e n t e n d e n d o - a c o m o u m a f o r m a d e p a r t i c i p a ç ã o e
c o n t r i b u i ç ã o social;
• d e s e m p e n h a r atividades d e p l a n e j a m e n t o , o r g a n i z a ç ã o e gestão d e serviços d e s a ú d e p ú b l i c o s o u p r i v a d o s , a l é m d e
assessorar, p r e s t a r consultarias e auditorias n o â m b i t o d e s u a c o m p e t ê n c i a profissional;
• emitir l a u d o s , p a r e c e r e s , atestados e relatórios;
• p r e s t a r e s c l a r e c i m e n t o s , dirimir d ú v i d a s e orientar o indivíduo e os seus familiares sobre o p r o c e s s o t e r a p ê u t i c o ;
• m a n t e r a confidencialidade das informações, n a interação c o m outros profissionais d e s a ú d e e o p ú b l i c o e m geral;
• e n c a m i n h a r o paciente, q u a n d o necessário, a outros profissionais relacionando e estabelecendo u m nível de c o o p e r a ç ã o
c o m os demais membros da equipe de saúde;
• m a n t e r c o n t r o l e s o b r e à eficácia dos recursos tecnológicos pertinentes à a t u a ç ã o fisioterapêutica g a r a n t i n d o sua
qualidade e segurança;
• c o n h e c e r m é t o d o s e técnicas d e i n v e s t i g a ç ã o e e l a b o r a ç ã o d e trabalhos a c a d ê m i c o s e científicos;
• c o n h e c e r o s f u n d a m e n t o s h i s t ó r i c o s , filosóficos e m e t o d o l ó g i c o s d a F i s i o t e r a p i a e s e u s d i f e r e n t e s m o d e l o s d e
intervenção.
A f o r m a ç ã o d o fisioterapeuta d e v e r á a t e n d e r ao s i s t e m a d e s a ú d e v i g e n t e n o p a í s , a a t e n ç ã o integral d a s a ú d e n o s i s t e m a
r e g i o n a l i z a d o e h i e r a r q u i z a d o d e referência e contra-referência e o trabalho e m equipe.
3. CONTEÚDOS CURRICULARES
O s c o n t e ú d o s essenciais p a r a o C u r s o d e G r a d u a ç ã o e m Fisioterapia d e v e m estar r e l a c i o n a d o s c o m t o d o o p r o c e s s o s a ú d e d o e n ç a d o c i d a d ã o , d a família e d a c o m u n i d a d e , i n t e g r a d o à r e a l i d a d e e p i d e m i o l ó g i c a e profissional, p r o p o r c i o n a n d o a
integralidade d a s a ç õ e s d o cuidar e m fisioterapia. O s c o n t e ú d o s d e v e m c o n t e m p l a r :
• Ciências Biológicas e da Saúde -
i n c l u e m - s e os c o n t e ú d o s (teóricos e práticos) d e b a s e m o l e c u l a r e s e celulares d o s
p r o c e s s o s n o r m a i s e alterados, d a estrutura e função d o s tecidos, ó r g ã o s , sistemas e a p a r e l h o s .
• Ciências Sociais e Humanas -
a b r a n g e o e s t u d o d o h o m e m e d e suas relações sociais, d o p r o c e s s o s a ú d e - d o e n ç a
n a s s u a s m ú l t i p l a s d e t e r m i n a ç õ e s , c o n t e m p l a n d o a i n t e g r a ç ã o dos a s p e c t o s p s i c o - s o c i a i s , c u l t u r a i s , filosóficos,
a n t r o p o l ó g i c o s e e p i d e m i o l ó g i c o s n o r t e a d o s p e l o s princípios éticos. T a m b é m d e v e r ã o c o n t e m p l a r c o n h e c i m e n t o s
relativos as políticas d e s a ú d e , e d u c a ç ã o , trabalho e a d m i n i s t r a ç ã o .
• Conhecimentos Biotecnológicos
- abrange conhecimentos que favorecem o acompanhamento dos avanços
b i o t e c n o l ó g i c o s utilizados n a s a ç õ e s
fisioterapêuticas
q u e p e r m i t a m i n c o r p o r a r as i n o v a ç õ e s t e c n o l ó g i c a s inerentes
a p e s q u i s a e a p r á t i c a clínica fisioterapêutica.
• Conhecimentos Fisioterapêuticos - c o m p r e e n d e
a aquisição d e a m p l o s c o n h e c i m e n t o s n a área d e formação específica
d a Fisioterapia: a f u n d a m e n t a ç ã o , a história, a ética e o s aspectos filosóficos e m e t o d o l ó g i c o s d a F i s i o t e r a p i a e s e u s
diferentes níveis d e intervenção. C o n h e c i m e n t o s d a função e disfunção d o m o v i m e n t o h u m a n o , estudo d a cinesiologia,
d a c i n e s i o p a t o l o g i a e d a cinesioterapia, inseridas n u m a a b o r d a g e m sistêmica. O s c o n h e c i m e n t o s d o s r e c u r s o s
s e m i o l ó g i c o s , d i a g n ó s t i c o s , p r e v e n t i v o s e terapêuticas q u e i n s t r u m e n t a l i z a m a a ç ã o fisioterapêutica n a s diferentes
áreas d e a t u a ç ã o e n o s diferentes n í v e i s d e a t e n ç ã o . C o n h e c i m e n t o s d a i n t e r v e n ç ã o fisioterapêutica n o s diferentes
ó r g ã o s e s i s t e m a s b i o l ó g i c o s e m t o d a s as e t a p a s d o d e s e n v o l v i m e n t o h u m a n o .
4. ESTÁGIOS E ATIVIDADES COMPLEMENTARES
Estágio Curricular
A formação do
físioterapeuta
d e v e garantir o d e s e n v o l v i m e n t o d e estágios curriculares, s o b s u p e r v i s ã o d o c e n t e . E s t e
estágio d e v e r á ser r e a l i z a d o a p ó s c o n c l u s ã o d e t o d a s as disciplinas referentes aos c o n h e c i m e n t o s
fisioterapêuticos.
A
carga horária m í n i m a d o estágio curricular supervisionado d e v e r á atingir 2 0 % d a c a r g a h o r á r i a total d o C u r s o d e G r a d u a ç ã o
e m Fisioterapia p r o p o s t o , c o m b a s e n o Parecer/Resolução específico d a C â m a r a de E d u c a ç ã o Superior d o C o n s e l h o N a c i o n a l
de Educação.
Esta c a r g a h o r á r i a d e v e r á a s s e g u r a r a prática d e i n t e r v e n ç õ e s p r e v e n t i v a e c u r a t i v a n o s diferentes níveis d e a t u a ç ã o :
ambulatorial, hospitalar, c o m u n i t á r i o / u n i d a d e s b á s i c a s d e s a ú d e etc.
Atividades Complementares
A s atividades c o m p l e m e n t a r e s d e v e r ã o ser incrementadas durante t o d o o C u r s o d e G r a d u a ç ã o e m Fisioterapia e as Instituições
d e E n s i n o S u p e r i o r d e v e r ã o criar m e c a n i s m o s d e a p r o v e i t a m e n t o d e c o n h e c i m e n t o s , a d q u i r i d o s p e l o e s t u d a n t e , através d e
estudos e p r á t i c a s i n d e p e n d e n t e s p r e s e n c i a i s e/ou a distância.
P o d e m ser r e c o n h e c i d o s :
•Monitorias e Estágios,
• P r o g r a m a s d e I n i c i a ç ã o Científica;
•Programas de Extensão;
•Estudos Complementares;
• C u r s o s r e a l i z a d o s e m o u t r a s áreas afins.
5. ORGANIZAÇÃO DO CURSO
O C u r s o d e G r a d u a ç ã o e m F i s i o t e r a p i a d e v e r á ter u m projeto p e d a g ó g i c o , c o n s t r u í d o c o l e t i v a m e n t e , c e n t r a d o n o a l u n o
c o m o sujeito d a a p r e n d i z a g e m e a p o i a d o n o professor c o m o facilitador e m e d i a d o r d o p r o c e s s o e n s i n o - a p r e n d i z a g e m .
E s t e projeto p e d a g ó g i c o d e v e r á b u s c a r a f o r m a ç ã o integral e a d e q u a d a d o e s t u d a n t e a t r a v é s d e u m a a r t i c u l a ç ã o e n t r e o
e n s i n o , a p e s q u i s a e a extensão/assistência.
A s Diretrizes C u r r i c u l a r e s e Projeto P e d a g ó g i c o d e v e r ã o orientar o currículo d o C u r s o d e G r a d u a ç ã o e m F i s i o t e r a p i a p a r a
u m perfil a c a d ê m i c o e profissional d o egresso. Este currículo d e v e r á contribuir, t a m b é m , p a r a a c o m p r e e n s ã o , interpretação,
p r e s e r v a ç ã o , reforço, f o m e n t o e difusão d a s culturas n a c i o n a i s e r e g i o n a i s , internacionais e h i s t ó r i c a s , e m u m c o n t e x t o d e
p l u r a l i s m o e d i v e r s i d a d e cultural.
A o r g a n i z a ç ã o d o C u r s o d e G r a d u a ç ã o e m Fisioterapia d e v e r á ser definida p e l o r e s p e c t i v o c o l e g i a d o d o c u r s o , q u e indicará
o r e g i m e : seriado a n u a l , seriado semestral, s i s t e m a d e créditos ou m o d u l a r .
P a r a c o n c l u s ã o d o C u r s o d e G r a d u a ç ã o e m Fisioterapia, o a l u n o d e v e r á e l a b o r a r u m t r a b a l h o s o b o r i e n t a ç ã o d o c e n t e .
A estrutura d o C u r s o d e G r a d u a ç ã o e m Fisioterapia d e v e r á a s s e g u r a r q u e :
• as a t i v i d a d e s p r á t i c a s específicas d a F i s i o t e r a p i a d e v e r ã o ser d e s e n v o l v i d a s g r a d u a l m e n t e d e s d e o início d o C u r s o d e
G r a d u a ç ã o e m Fisioterapia, d e v e n d o p o s s u i r c o m p l e x i d a d e c r e s c e n t e , d e s d e a o b s e r v a ç ã o até a prática assistida
(atividades clínico-terapêuticas).
• estas atividades p r á t i c a s , q u e a n t e c e d e m ao estágio curricular, d e v e r ã o ser realizadas n a I E S o u e m instituições
conveniadas e sob a responsabilidade de docente
fisioterapeuta.
• as Instituições d e E n s i n o S u p e r i o r p o s s a m flexibilizar e o t i m i z a r as suas p r o p o s t a s curriculares p a r a enriquecê-las e
c o m p l e m e n t á - l a s , a fim d e p e r m i t i r a o profissional a m a n i p u l a ç ã o d a tecnologia, o a c e s s o a n o v a s i n f o r m a ç õ e s ,
considerando os valores, os direitos e a realidade sócio-econômica. O s conteúdos curriculares p o d e r ã o ser
diversificados, m a s d e v e r á ser a s s e g u r a d o o c o n h e c i m e n t o equilibrado d e diferentes áreas, níveis d e a t u a ç ã o e recursos
t e r a p ê u t i c a s p a r a a s s e g u r a r a f o r m a ç ã o generalista.
6. ACOMPANHAMENTO E AVALIAÇÃO
A i m p l a n t a ç ã o e d e s e n v o l v i m e n t o d a s diretrizes curriculares d e v e m orientar e p r o p i c i a r c o n c e p ç õ e s curriculares a o C u r s o
d e G r a d u a ç ã o e m Fisioterapia q u e d e v e r ã o ser a c o m p a n h a d a s e p e r m a n e n t e m e n t e avaliadas, a fim d e p e r m i t i r os ajustes
q u e se fizerem n e c e s s á r i o s a o s e u a p e r f e i ç o a m e n t o .
A s a v a l i a ç õ e s d o s a l u n o s d e v e r ã o b a s e a r - s e nas c o m p e t ê n c i a s , habilidades e c o n t e ú d o s curriculares d e s e n v o l v i d o s t e n d o
c o m o referência a s Diretrizes Curriculares.
O C u r s o d e G r a d u a ç ã o e m Fisioterapia d e v e r á utilizar m e t o d o l o g i a s e critérios p a r a a c o m p a n h a m e n t o e a v a l i a ç ã o d o
p r o c e s s o e n s i n o - a p r e n d i z a g e m e d o p r ó p r i o curso, e m c o n s o n â n c i a c o m o s i s t e m a d e a v a l i a ç ã o e a d i n â m i c a curricular
definidos p e l a I E S à qual p e r t e n c e .
DECISÃO DA CÂMARA
A Câmara de Educação Superior aprova por unanimidade o voto do Relator.
Sala das Sessões, em 1 2 de setembro de 2001.
Conselheiro Arthur Roquete de M a c e d o - Presidente
C o n s e l h e i r o J o s é C a r l o s A l m e i d a d a Silva - Vice-Presidente
ARTIGOS
Eficácia da estimulacão elétrica
a
nervosa transcutânea (TENS) e dos
exercícios de alongamento no alívio da
dor e na melhora da qualidade de vida
de pacientes com fibromialgia
T h e e f f i c a c y of transcutaneous
electrical nerve stimulation (TENS) and
stretch exercises in the relief of pain
and improvement of quality of life in
patients with fibromyalgia
(1>
Beatriz Michiko Gashu
Amélia Pasqual Marques' '
Elizabeth Alves Gonçalves Ferreira* '
Luciana Akemi Matsutani' '
2
3
4
(1>
Fisioterapeuta. Bolsista da FAPESP.
Docente. Departamento de Fisioterapia,
Fonoaudiologia e Terapia Ocupacional da
Faculdade de Medicina da Universidade de
São Paulo.
> Docente da UMESP e UNIF1EO.
Mestranda em Ciências na Área de Concentração: Fisiopatologia Experimental da
Faculdade de Medicina da Universidade de
São Paulo.
Endereço para correspondência:
Departamento de Fisioterapia, Fonoaudiologia e
Terapia Ocupacional da FMUSP. Rua
Cipotânia, 5 1 . Cidade Universitária .
05360-000. São Paulo, SP.
e-mail: [email protected]
(2)
(3
(4)
RESUMO: E s t e e s t u d o t e v e c o m o
objetivo verificar a eficácia d a Estimulacão Elétrica Nervosa Transcutânea
( T E N S ) e d e exercícios d e alongamento
n a diminuição d a dor, n a sensibilidade
dolorosa dos tender points e n a m e l h o r a
d a qualidade d e vida d e pacientes c o m
fibromialgia. Participaram d o estudo 15
pacientes c o m idade m é d i a d e 52,8 ±
11,3 a n o s . P a r a a p l i c a ç ã o d a T E N S
foram s e l e c i o n a d o s o s q u a t r o tender
points d o s m ú s c u l o s trapézio e supraespinhal bilaterais, sendo realizadas oito
sessões. O s resultados m o s t r a r a m q u e a
T E N S e o s exercícios d e a l o n g a m e n t o
foram eficazes d i m i n u i n d o a d o r e a
sensibilidade dolorosa nos tenderpoints
tratados, além d a m e l h o r a significativa
a v a l i a d a p e l o Fibromyalgia Impact
Questionnaire. Sugere-se q u e a T E N S
p o d e ser u s a d a p a r a p r o m o v e r alívio d a
s i n t o m a t o l o g i a d o l o r o s a e, p a r a , j u n tamente c o m exercícios d e alongamento,
melhorar a qualidade de vida de
pacientes c o m fibromialgia.
DESCRITORES: Estimulacão elétrica
transcutânea d o nervo/métodos. Terapia
por exercício/métodos. Qualidade de
vida. Fibromialgia/reabilitação.
ABSTRACT: T h e a i m o f this w o r k w a s
to verify t h e effectiveness
of
Transcutaneous Electrical Nerve
Stimulation (TENS) and stretching
exercises in decreasing
pain,
tenderness of the tender points and
i m p r o v i n g t h e quality o f life in patients
with fibromyalgia. Fifteen patients
with mean age 52,8 ± 1 1 , 3 years
p a r t i c i p a t e d in t h e study. F o u r t e n d e r p o i n t s w e r e s e l e c t e d
for a p p l i c a t i o n o f T E N S o n the t r a p e z i u s a n d s u p r a s p i n a t u s
bilateral m u s c l e s in eight sessions o f t r e a t m e n t . T h e results
s h o w e d t h a t T E N S a n d s t r e t c h i n g e x e r c i s e s w e r e effective
in d e c r e a s i n g p a i n , t e n d e r n e s s o f the t r e a t e d t e n d e r p o i n t s
and producing significant positive changes on the
Fibromyalgia Impact Questionnaire. T h e p r e s e n t s t u d y
INTRODUÇÃO
Q
ualidade de vida é uma das maiores
preocupações da Organização Mundial
da Saúde, uma vez que podem ser
relacionadas à saúde e entendida como a determinação
do impacto pessoal, social, físico e psicológico imposto
pela doença. Desta forma, muitos profissionais da saúde
passaram a se preocupar com as repercussões das
doenças na vida dos indivíduos.
A fibromialgia é uma síndrome reumática de
etiologia desconhecida, caracterizada por dor
musculoesquelética difusa e crônica e por sítios
anatômicos específicos dolorosos à palpação, os tender
points, sendo freqüentemente associados à fadiga, à
rigidez e aos distúrbios do sono . Afeta principalmente
mulheres em idade produtiva de trabalho, interferindo
em sua qualidade de vida .
A principal queixa dos pacientes com fibromialgia
é a dor difusa, enquanto, os achados dos exames
laboratoriais apresentam-se negativos. As únicas
alterações encontradas são os característicos tender
points localizados em tendões ou em ventres musculares,
tornando-se um dos critérios diagnósticos da
fibromialgia, descritos pelo Colégio Americano de
Reumatologia .
Segundo Masi , o objetivo final do tratamento de
pacientes com fibromialgia é melhorar a sua qualidade
de vida. O paciente deverá ser informado que embora
ainda não se conheça a causa da doença e, portanto,
nem a sua cura, o tratamento deve proporcionar maior
tolerância ao desconforto, diminuição da dor e menores
limitações na realização de atividades funcionais. Para
tanto, é necessário apoio multidisciplinar, combinando
terapias física e psicológica, associadas a orientações a
fim de que o paciente seja capaz de assumir
responsabilidades na conduta do seu próprio tratamento.
A fisioterapia exerce um papel importante no alívio
dos sintomas da fibromialgia através de diferentes
recursos e técnicas: alongamento muscular, massagem,
calor superficial, conscientização corporal,
condicionamento cardiovascular e acupuntura . O
alongamento muscular é um importante componente de
1
2,3
1
4
5
s u g g e s t s t h a t T E N S m a y b e b e n e f i c i a l in r e l i e v i n g p a i n
and w h e n associated with stretching exercises could also
i m p r o v e t h e q u a l i t y o f life o f p a t i e n t s w i t h
fibromyalgia.
KEYWORDS: T r a n s c u t a n e o u s eletric n e r v e s t i m u l a t i o n /
m e t h o d s . E x e r c i s e t h e r a p y / m e t h o d s . Q u a l i t y of life.
Fibromyalgia/rehabilitation.
um programa de condicionamento físico, pois um
músculo encurtado p o d e criar desequilíbrio e
instabilidade nas articulações, assim como u m
alinhamento postural incorreto pode levar a lesões e a
disfunções articulares. Nesse sentido, o alongamento
permite que o músculo recupere seu comprimento
necessário para manter um alinhamento postural correto,
manter a estabilidade articular, garantindo
principalmente a integridade e a função muscular.
6
Em trabalho realizado, M a r q u e s et a l .
comprovaram a eficácia dos exercícios de alongamento
muscular em pacientes com fibromialgia. Os autores
basearam-se em uma avaliação prévia das cadeias
musculares encurtadas para proporem um programa de
alongamento muscular das cadeias mais comprometidas,
associado a orientações de conscientização corporal. Os
resultados mostraram que os pacientes referiram
melhora do sintoma de dor e relataram maior facilidade
para a realização das atividades de vida diária.
A medida que o alongamento muscular promove
melhora da dor, tornando o indivíduo mais apto para
realizar as atividades de vida diária, ainda permanece a
sensibilidade dolorosa nos tender points. Dessa forma,
pensou-se em buscar um recurso fisioterapêutico que,
associado ao alongamento muscular, pudesse melhorar
a sensibilidade dolorosa nesses pontos.
Vários trabalhos documentam a eficácia da
utilização da TENS no alívio da dor . Wolf et al.
utilizaram a Escala Analógica Visual da Dor e o
Questionário McGill de Dor para avaliar as respostas
de 114 pacientes com dor crônica (neuropatia periférica,
lesão do nervo periférico, radiculopatia e dores
musculoesqueléticas) tratados com TENS. Os eletrodos
foram posicionados no sítio de dor, ao longo do nervo
periférico próximo ao local acometido ou na região
p a r a v e r t e b r a l na raiz do r e s p e c t i v o n e r v o . A
intensidade foi aumentada até que o paciente evocasse
uma sensação desconfortável e, então, diminuída e
ajustada em um nível tolerável ao paciente, sendo
reajustada a cada sessão para manter adequada
estimulação. O tratamento consistiu de três a cinco
sessões com duração de 30 a 45 minutos de aplicação
da TENS. Os resultados mostraram que 78% dos
7
8
pacientes Com neuropatia periférica, 38% dos pacientes
com lesão do nervo periférico, 47% dos pacientes com
radiculopatia e 5 1 % dos pacientes com dores
musculoesqueléticas referiram mais de 60% de alívio
da dor. Os autores não encontraram correlação entre
os parâmetros de estimulação ou o posicionamento dos
eletrodos com o alívio da dor.
Moore realizou estudo com 98 pacientes com
dores na região dorsal, cefaléia e uma variedade de
outros sintomas. Os pacientes utilizaram TENS em
casa, colocando os eletrodos no local da dor, ajustando
a intensidade de estimulação a níveis confortáveis.
Após 12 dias de tratamento, 69% dos pacientes com
dorsalgia, 40% com cefaléia, 60% com diferentes
sintomas relataram mais de 50% de alívio de dor.
O desenvolvimento da estimulação nervosa elétrica
transcutânea está baseado diretamente no trabalho de
Melzack e Wall que constitui a teoria da comporta em
que a ativação de axônios mielinizados de grande
diâmetro na periferia, aumenta a intensidade de inibição
que atua sobre as células T na medula espinal via células
de substância gelatinosa. A TENS teria a capacidade de
produzir informações sensitivas a partir de aferentes de
baixo limiar que inibem a transmissão da dor na medula
espinal mediante a inibição da excitabilidade das células
T via células SG .
Esse modelo explica o alívio da dor durante a
aplicação da TENS e o pós-efeito, através da teoria da
liberação de endorfinas que são produzidas pelas
glândulas pituitárias e que têm seu papel na modulação
da d o r .
Uma vez que a fibromialgia caracteriza-se por
dores musculoesqueléticas difusas, o uso do TENS
torna-se limitado, porém a aplicação em pontos
específicos, os tender points, pode aumentar o limiar
de dor e promover analgesia .
9
25
10
11
12
OBJETIVO
CASUÍSTICA E MÉTODOS
Casuística
Participaram do estudo 20 indivíduos, todos do
sexo feminino (média de idade de 52,3 ± 1 1 , 3 anos),
porém somente 15 concluíram o protocolo de
intervenção, com diagnóstico de fibromialgia segundo
os critérios do Colégio Americano de Reumatologia
e encaminhados para a Fisioterapia pelo Ambulatório
de R e u m a t o l o g i a do Hospital das Clínicas da
Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo.
Segundo a formalidade prescrita, após esclarecimentos
d e v i d o s , h o u v e c o n s e n t i m e n t o de t o d o s os
participantes.
1
Situação
O trabalho foi realizado na sala de Fisioterapia
do Ambulatório de Reumatologia do Hospital das
Clínicas dá Faculdade de Medicina da Universidade
de São Paulo.
Procedimento
As p a c i e n t e s e n c a m i n h a d a s à fisioterapia
receberam atendimento individual, uma vez por
semana, durante 8 semanas, sendo que cada sessão
durou, em média, 50 minutos.
Avaliação
Na primeira e última sessões, foi realizada a
avaliação fisioterapêutica que constou da anamnese
completa sobre a dor da paciente, avaliação da
intensidade da dor através da Escala Analógica Visual
da D o r , avaliação do limiar de dor dos tender points
medido com o dolorímetro e avaliação da qualidade
de vida m e d i d a com o Fibromyalgia
Impact
Questionnaire .
A Escala Analógica Visual da Dor (VAS) '
avalia a intensidade da dor, consistindo-se de uma reta
de 10 centímetros de comprimento desprovida de
números, na qual há apenas indicação na extremidade
esquerda de "ausência de dor" e na direita de "dor
insuportável". Quanto maior o escore, maior a
intensidade da dor. A paciente foi instruída a marcar
um ponto que indicava a intensidade da dor que sentia.
Na dolorimetria do limiar de dor dos 18 tender
points , foi utilizado o dolorímetro que é um aparelho
que avalia o limiar de sensibilidade dolorosa à pressão,
possuindo uma extremidade, na qual é aplicada uma
pressão perpendicular à superfície da pele, e um
1314
15
16
13 14
Como o paciente com fibromialgia apresenta dor
difusa crônica e aumento da sensibilidade dolorosa em
pontos anatômicos específicos (tenderpoints), pensouse que a a p l i c a ç ã o da T E N S nestes p o n t o s ,
conjuntamente com a realização de exercícios de
alongamento muscular, possibilitariam diminuição da
dor local nos tender points e geral no corpo, além da
melhora da qualidade de vida dos pacientes. O presente
estudo teve como objetivo verificar o efeito analgésico
da TENS aplicada sobre tender points, associada a
exercícios de alongamento muscular, e a melhora da
qualidade de vida de pacientes com fibromialgia.
115
m a n ô m e t r o que registra esta p r e s s ã o . Para a
mensuração, primeiro foram demarcados com lápis
dermatográfico os 18 tender points', occipital, cervical
baixa anterior entre C5 e Cl, trapézio, supraespinhoso,
segunda articulação costocondral, epicôndilo lateral,
glúteo, trocânter maior e borda mediai dos joelhos,
todos bilaterais. Em seguida, o dolorímetro foi
posicionado em cada tender point e foi aplicada uma
pressão perpendicular à superfície da pele, sendo
aumentada gradativamente a cada 0,1 Kg até o
momento em que a paciente referia dor. As medidas
de todos os limiares de dor foram feitas com a paciente
em sedestação, exceto glúteo e trocânter maior que
foram feitas em bipedestação.
O Fibromyalgia Impact Questionnaire (FIQ) é
um instrumento de avaliação da qualidade de vida
específico para fibromialgia. Este questionário possui
10 itens que medem função física, dificuldades
profissionais, bem-estar geral, distúrbios psicológicos
(como ansiedade e depressão) e sintomas físicos (como
dor, sono, fadiga e rigidez). Quanto maior o escore,
maior é o impacto da fibromialgia na qualidade de vida.
Em seguida, foi realizada a avaliação postural,
em que a paciente permanecia na postura ereta, com
os pés paralelos e juntos, frente ao espelho. O uso do
espelho tinha como objetivo permitir à paciente
observar as alterações posturais apontadas pela
físioterapeuta. Nesta avaliação, foram observadas
alterações das cadeias musculares na seguinte ordem:
respiratória, posterior, ântero-interna da bacia, anterior
do braço e â n t e r o - i n t e r n a do o m b r o . Este
procedimento foi importante para a programação dos
exercícios de alongamento muscular.
16
bilateralmente, utilizando-se gel condutor e fixação
com esparadrapo.
Os parâmetros de modulação utilizados foram:
freqüência de pulso (R) = 15Hz, tempo de pulso
(T) = 150 JIS, intensidade (i); orientação à paciente
para que referisse uma sensação de "formigamento"
durante toda a aplicação da TENS, sendo aumentada
a intensidade em cada diminuição da sensação referida.
O tempo de aplicação da TENS foi de 30 minutos, ao
término da qual foi realizada novamente a dolorimetria
do limiar de dor dos tender points selecionados.
Em seguida, as pacientes realizaram, semanalmente no Ambulatório, exercícios de alongamento
dos músculos encurtados das cadeias avaliadas.
Optou-se por ensinar um n ú m e r o reduzido de
exercícios e de forma gradativa para facilitar a
assimilação dos mesmos. Paralelamente à realização
dos exercícios enfatizava-se a importância da
percepção corporal explicando para que servia cada
um dos exercícios e solicitando para que os mesmos
fossem realizados cuidadosamente. Informações
sobre a doença foram sendo dadas ao longo de toda a
intervenção. As pacientes eram orientadas a realizar os
exercícios em casa diariamente. Foram realizados
exercícios de alongamento dos músculos glúteos,
paravertebrals, isquiotibiais, gastrocnemius, sóleo e
trapézio, além de exercícios respiratórios com ênfase
na expiração e alongamento da cadeia muscular anterior
do braço e ântero-interna do ombro e cada um era
repetido, em média 10 vezes.
6
Tratamento
Foram escolhidos quatro tender points dos mais
sensíveis e próximos para a aplicação da TENS:
trapézio e supra-espinhal bilaterais (Tabela 2). No
início de cada sessão, os tender points selecionados
foram assinalados com lápis dermatográfico para a
dolorimetria do limiar de dor em cada ponto, conforme
o mesmo procedimento descrito na avaliação.
A TENS foi aplicada com a paciente posicionada
em sedestação, tendo a cabeça apoiada frontalmente
sobre lençóis dobrados na maca e os membros
superiores permanecendo ao longo do tronco com as
mãos repousando sobre as coxas, objetivando manter
os ombros relaxados. Os eletrodos com saída do
m e s m o c a n a l foram c o l o c a d o s nos p o n t o s
ANÁLISE ESTATÍSTICA
Foi utilizada análise estatística descritiva da média
e desvio padrão para as variáveis demográficas. Nas
variáveis de dor, limiar de dor e qualidade de vida foi
utilizado o test t-Student para verificar as diferenças
entre antes e após o tratamento. O nível de significância
aceito foi àep <0,05.
RESULTADOS
Vinte pacientes iniciaram o tratamento, mas
somente 15 pacientes finalizaram-no. As demais tiveram
alta por abandono antes de completarem as oito sessões.
A Tabela 1 mostra os dados demográficos,
antropométricos e sintomatológicos das 20 pacientes
iniciais. Todas as pacientes eram do sexo feminino,
com m é d i a de d u r a ç ã o do s i n t o m a de d o r de
14,0 ± 9,5 anos.
Tabela 1 - Média (± DP) dos dados demográficos, antropométricos
e sintomatológico das pacientes com fibromialgia (n = 20)
Os dados obtidos referentes à variação do limiar
de dor dos músculos trapézio e da supra-espinhal ao
l o n g o d a s oito s e s s õ e s a n t e s e a p ó s a a p l i c a ç ã o d a
Variável
Idade (anos)
Peso (Kg)
Altura (cm)
Duração da dor (anos)
Sexo feminino
Cor
Branca
Negra
Estimulação Elétrica Nervosa Transcutânea ( T E N S )
52,8 ± 11,3
66,6 ± 6,5
15715
14 ± 9 , 5
100%
e s t ã o r e p r e s e n t a d o s n a s F i g u r a s 1A e 1B. A m e l h o r a
a p r e s e n t a d a foi s e m e l h a n t e n o s d o i s m ú s c u l o s .
75%
25%
DP: desvio padrão
N a T a b e l a 2 p o d e m ser v i s t o s a m é d i a e o d e s v i o
p a d r ã o d o s d a d o s d a a v a l i a ç ã o i n i c i a l e final d o
l i m i a r d e d o r n o s 18 tender
points.
A TENS
a p l i c a d a s o m e n t e n o s q u a t r o tender points
espinhal e trapézio bilaterais. Como
observar,
houve
melhora
s i g n i f i c a n t e (p < 0,05)
foi a p l i c a d a
se
pode
estatisticamente
n o s tender
a Estimulação
foi
de supra-
points,
Elétrica
Figura I A - Limiar de dor do músculo trapézio antes e após a aplicação da Estimulação Elétrica Nervosa Transcutânea (TENS) (n=l 5)
em que
Nervosa
Transcutânea, e nos demais não houve
melhora
significativa.
T a b e l a 2 - M é d i a (± D P ) e valor d e p d o limiar d e d o r d o s
18 tender points antes e a p ó s o t r a t a m e n t o das p a c i e n t e s
com
fibromialgia
2
(n = 15) (Valores e m K g / c m )
Tender points
Após
Antes
P
Occipital direito
1,94 ± 1,28
2,01 ± 0,74
0,8
Occipital esquerdo
1,90 ± 1,27
1,97 ± 0 , 9 9
0,4
Cervical direita
1,67 ± 1,03
1,73 ± 0,43
0,8
Cervical esquerda
1,72 ± 1,02
1,90 ± 0 , 8 4
0,8
Supraespinhal direito
1,37 ± 0 , 6 8
2,04 ± 0,88
0,008*
Supraespinhal esquerdo
1,36 ± 0 , 7 2
2 , 2 ± 1,15
0,006*
A intensidade da dor medida pela Escala Analógica
Trapézio direito
1,45 ± 0 , 5 3
2,06 ± 0,79
0,005*
Visual de D o r (VAS) antes e após o tratamento p o d e ser
Trapézio esquerdo
1,31 ± 0 , 5 9
1,95 ± 0 , 7 8
0,004*
vista na Figura 2, na qual se p o d e observar m e l h o r a
a
1,30 ± 0 , 7 3
1,48 ± 0 , 4 3
0,38
2 Costocondral esquerda
a
1,17 ± 0 , 6 9
1,48 ± 0 , 4 0
0,13
Epicôndilo direito
1,52 ± 0 , 9 3
1,59 ± 0 5 1
0,8
Epicôndilo esquerdo
1,48 ± 1,12
1,55 ± 0 , 4 0
0,7
Glúteo direito
2,32 ± 1,68
2,32 ± 1,06
0,9
Glúteo esquerdo
2,29 ± 1,58
2,54 ± 1,45
0,6
Trocânter direito
2,25 ± 1,45
2,34 ± 1,12
0,8
Trocânter esquerdo
2,09 ± 1,28
2,42 ± 1,42
0,4
Joelho direito
1,76 ± 1,62
2,15 ± 1,13
0,4
Joelho esquerdo
1,92 ± 1,61
2,06 ± 1,09
0,7
2 Costocondral direita
:
Valores estatisticamente signifícantes (p = 0,05)
F i g u r a 1B - Limiar d e d o r d o m ú s c u l o s u p r a e s p i n h o s o
antes e após a aplicação da Estimulação Elétrica Nervosa Transcutânea (TENS) (n=15)
estatisticamente significante (p
<0,02).
Figura 2 - Média e Desvio Padrão da intensidade da dor medida
pela Escala Analógica. Visual de Dor (VAS) antes e após o tratamento das pacientes com fibromialgia (n=15, p= 0,02)
A Tabela 3 mostra o impacto da Fibromialgia medida pelo FIQ antes e após o tratamento. Houve melhora
Tabela 3 - Média (±DP) e valor de p no Fibromyalgia
fibromialgia (n= 15)
MEDIDAS
Impact Questionnaire
ANTES
Função física
estatisticamente significante nos aspectos: número de
dias que se sentiu bem, dor, fadiga, rigidez e ansiedade.
(FIQ) antes e após o tratamento das pacientes com
APÓS
P
13,90 ± 4 , 9 3
11,80 ± 3 , 2 0
0,17
Sentiu bem (dias/semana)
1,25 ± 1,71
3,00 ± 2,00
0,008*
Dias de trabalho perdidos
1,05 ± 1,39
0,60 ± 1,05
0,3
Dificuldade no trabalho (cm)
6,50 ± 3,09
6,15 ± 2 , 8 5
0,7
Dor (cm)
8,08 ± 1,66
6,09 ± 2 , 1 9
0,004*
Fadiga (cm)
8,50 ± 1,16
6,82 ± 3,06
0,03*
Acorda cansado (cm)
7,34 ± 3 , 1 6
6,03 ± 3,45
0,25
Rigidez (cm)
8,12 ± 1,93
5,74 ± 3,05
0,007*
Ansiedade (cm)
8,09 ± 2,54
6,82 ± 3,87
0,05*
Depressão (cm)
6,70 ± 3,49
6,10 ± 3 , 7 9
0,3
* Valores estatisticamente signifícantes (p= 0,05)
DP: desvio padrão
DISCUSSÃO
Qualidade de vida relacionada à saúde representa
o efeito dos fatores individuais e ambientais na função
e no estado de saúde de um indivíduo . White et al. ,
utilizando o Fibromyalgia Impact Questionnaire (FIQ)
em seu estudo, relatam que a fibromialgia causa um
impacto negativo na qualidade de vida de pacientes
em idade produtiva de trabalho. Isto porque, além da
dor, os sintomas de fadiga e fraqueza subjetiva causam
perda da função, levando à incapacidade para a
realização de atividades de vida diária, refletindo,
assim, na qualidade de vida dessas pessoas.
17
18
Um dos objetivos do tratamento físioterapêutico
é promover o alívio dos sintomas, principalmente da
dor. Assim, o paciente com fibromialgia torna-se mais
apto a realizar as atividades de vida diária,
proporcionando-lhe melhor qualidade de vida.
A diminuição do sintoma de dor difusa e o
aumento dos escores de qualidade de vida foram os
aspectos mais importantes do tratamento das pacientes
no presente estudo. As pacientes com fibromialgia
obtiveram melhora significativa no alívio da dor difusa,
medida pela Escala Analógica Visual, quando
comparada às situações antes e após o tratamento
físioterapêutico (Figura 2). Esta melhora global da dor
pode ser atribuída aos exercícios de alongamento, que
visam recuperar progressivamente o comprimento dos
músculos, através da redução da tensão muscular e
aumento da flexibilidade, permitindo que o indivíduo
realize movimentos mais funcionais e eficientes .
A melhora da qualidade de vida a partir da
realização de programas de atividade física tem sido
descrita na literatura . Neste estudo, foi avaliado o
impacto da fibromialgia na qualidade de vida das
pacientes antes e após o tratamento, medido através
do Fibromyalgia Impact Questionnaire (FIQ). Os
resultados mostraram melhora significativa dos
aspectos "bem-estar geral", "dor", "fadiga", "rigidez"
e "ansiedade" (Tabela 3). Bernard et al. avaliaram a
qualidade de vida de 275 pacientes com fibromialgia,
através de um questionário com diversas questões sobre
os sintomas, aspectos pessoais e profissionais e
expectativas dos pacientes. Quando os pacientes foram
questionados quanto à sua expectativa em relação ao
tratamento da doença, relataram que esperavam que
os profissionais da saúde estivessem mais informados
sobre fibromialgia (50% dos pacientes avaliados). Um
terço (30,3%) referiram que desejavam simplesmente
que estes acreditassem na existência de sua doença.
Neste estudo de caso, houve um processo educativo,
no qual a fisioterapeuta dava informações a respeito
da doença e orientava quanto a melhor forma de
realizar os exercícios e as atividades diárias sem que a
dor aumentasse. Desta forma, as orientações e o apoio
proporcionado durante o tratamento p o d e m ter
6
19 2 3
3
influenciado os níveis de ansiedade das pacientes com
fibromialgia.
Pode-se notar que não houve diferença na função
física antes e após o tratamento. Este item, avaliado
no FIQ, questiona quão freqüente o indivíduo é capaz
de realizar algumas atividades de vida diária, como:
fazer compras, lavar e estender roupas, cozinhar, lavar
louça, passar aspirador no tapete, arrumar a cama,
caminhar vários quarteirões, visitar os amigos,
trabalhar fora e dirigir automóvel. É importante
salientar que a população estudada, em sua maioria,
eram donas-de-casa e, portanto, não trabalhavam fora,
não dirigiam um automóvel porque não possuíam
habilitação e não utilizavam aspirador, pois não o
possuíam e/ou não possuíam tapete em casa! Deste
modo, estes aspectos não foram limitados pela dor,
assim, não influenciaram nas medidas da função física.
Os a s p e c t o s do FIQ " a c o r d a r c a n s a d o " e
"depressão" apresentaram níveis mais baixos após o
t r a t a m e n t o , p o r é m não foram estatisticamente
significantes. Curiosamente, as pacientes referiam
dormir mal em virtude de insônia e não em virtude da
dor. Alguns a u t o r e s sugerem que o sono nãoreparador, associado à dor crônica, pode desencadear
um quadro depressivo.
Os resultados deste estudo mostraram diminuição
significativa da sensibilidade dolorosa apenas nos
tender points em que foi aplicada a TENS (Tabela 2).
O mesmo foi verificado no estudo realizado por Gashu
e Marques , que mostrou melhora da dor nos tender
points t r a t a d o s com a T E N S . B a s s a n et a l .
descreveram o caso de um paciente com fibromialgia
juvenil tratado com a TENS e anestésico no local em
que a dor era mais intensa, mostrando melhora desta
após o tratamento. Offenbacher e Stucki afirmam que
a TENS pode reduzir dores musculoesqueléticas
localizadas nos indivíduos com fibromialgia.
24
12
25
5
O mecanismo exato pela qual a TENS modula a
dor ainda não é totalmente conhecido. Woolfe
s u g e r e que o uso da T E N S p o d e d i s t o r c e r o
funcionamento do sistema nervoso, ao interferir em
algum de seus inputs ou informações, pois as fibras
ocp mielinizadas fornecem caminho para TENS.
Segundo o mesmo autor, a estimulação das fibras
aferentes a|3 de rápida condução podem inibir a
entrada do estímulo doloroso conduzido pelas fibras
C, não-mielinizadas de condução mais lenta, antes
que o estímulo doloroso transite até a medula
espinhal. Sjolund e Eriksson sugerem que a TENS
emitida em baixa freqüência, facilita a elevação dos
níveis de endorfina no líquido cérebro-espinhal.
Naloxone, um antagonista da morfina, reverte a
a n a l g e s i a o b t i d a a t r a v é s da T E N S de b a i x a
freqüência, indicando que a ação da TENS promove
a liberação de opiáceos endógenos. A freqüência é
considerada baixa quando se utilizam os valores no
intervalo de 1 à 20 Hz, sendo indicados normalmente
para dores crônicas a freqüência de 15Hz. Por outro
lado, acredita-se que a TENS de baixa intensidade e
alta freqüência alivie a dor ao ativar os mecanismos
da comporta .
26
27
28
CONCLUSÃO
A associação das terapias de TENS e alongamento muscular, juntamente com as informações sobre a doença e o reconhecimento do próprio corpo
através da consciência corporal, aspecto trabalhado
durante a realização dos exercícios, permitiram melhorar, além da dor, a rigidez e a inflexibilidade encontrada no nível físico e psíquico das pacientes com
fibromialgia, levando o indivíduo a rever suas
atividades de vida diária e introduzir alguma forma
de atividade física.
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Melzack, R.; Wall, P. Pain mechanisms: a new theory. Science,
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à FAPESP a concessão de bolsa de iniciação cientifica vinculada ao projeto integrado
Recebido para publicação: 31/08/2001
Aceito para publicação: 23/12/2001
95/9894-4.
Comparação da atividade elétrica dos
músculos vasto mediai oblíquo e vasto
lateral oblíquo em indivíduos com
disfunção femoro-patelar*
Patrícia Horta Andrade"'
Débora Beviláqua Grosso' '
Fausto Bérzin' '
Ivana Gil'
Vanessa Monteiro Pedro' '
2
3
4)
5
A comparison of the electrical activity
of the vastus medialis oblique and vastus
lateralis oblique muscles in patients with
patellofemoral dysfunction
* Este trabalho faz parte do Projeto Integrado de Pesquisa com apoio financeiro do Conselho Nacional de
Pesquisa - CNPq - Processo n° 524190/96-8.
(1>
Profa. Mestre pelo Programa de Pós-
Graduação em Fisioterapia da Universidade
Federal de São Carlos.
Profa. Dra. do Mestrado em Fisioterapia
<2)
do Centro Universidade do Triângulo UNIT.
0 1
Prof. Titular do Departamento de
Morfologia da Faculdade de Odontologia de
Piracicaba - FOP da Universidade Estadual
de Campinas.
<4)
Profa. Doutora do Departamento de
O d o n t o l o g i a Social da Faculdade d e
O d o n t o l o g i a de Piracicaba - FOP,
Universidade Estadual de Campinas.
Prof. Adjunto III do Departamento de
Fisioterapia da Universidade Federal de São
Carlos - UFSCar, Chefe do Laboratório de
Avaliação e Intervenção em Ortopedia e
Traumatologia - LAIOT.
Endereço para correspondência:
Patrícia
Horta Andrade, Rua Itapeva, 220, Apto. 151.
01332-000.
São Paulo, SP. e-mail:
[email protected]
(5)
RESUMO: A proposta deste trabalho foi
comparar a atividade elétrica dos
músculos vasto mediai oblíquo ( V M O )
e vasto lateral oblíquo ( V L O ) , no
exercício isométrico de extensão do
joelho associado a rotação medial e
lateral da tíbia, e m cadeia cinética
fechada (CCF), n o aparelho Leg Press
e m indivíduos c o m disfunção fêmoropatelar (DFP). Para este estudo foram
avaliados 9 indivíduos c o m DFP, sendo
3 bilateralmente, todos d e sexo ferninino,
c o m idade m é d i a 21,55 ± 1,87 anos. A
análise da atividade elétrica dos músculos
V M O e V L O foi obtida p o r m e i o d e u m
Módulo Condicionador de Sinais
(MSCT000 V 2 ) de 16 canais (Lynx). Para
a captação d o s potenciais d e ação d o s
m ú s c u l o s e s t u d a d o s foram utilizados
eletrodos ativos diferenciais simples d e
superfície (Lynx). A análise estatística
empregada foi a A N O V A ONE-WAY,
(p < 0,05). O s resultados evidenciaram
que a atividade elétrica dos músculos não
foi s i g n i f i c a t i v a m e n t e d i f e r e n t e n o s
exercícios de extensão do joelho
associado a rotação medial e lateral d a
tíbia, inter e intramúsculos. A l é m disso,
sugeriram
que, nas
condições
experimentais utilizadas, os exercícios
propostos para os indivíduos c o m D F P
geram u m padrão de recrutamento similar
dos músculos V M O e V L O .
DESCRITORES:
Condutividade
elétrica. Terapia p o r exercício. Músculos/
fisiopatologia. Doenças musculoesqueléticas/reabilitação. Ligamento patelar.
ABSTRACT: T h e p r o p o s e o f this s t u d y w a s to c o m p a r e t h e
electrical activity o f t h e vastus medialis oblique ( V M O ) a n d
vastus lateralis o b l i q u e ( V L O ) i n t h e isometric exercise o f
K n e e e x t e n s i o n at 9 0 ° a s s o c i a t e d w i t h m e d i a l a n d lateral
tibial rotation, in c l o s e d kinetic c h a i n ( C K C ) p e r f o r m e d in
the L e g P r e s s e q u i p m e n t , in patients w i t h Patellofemoral
dysfunction ( P F D ) . T h r e e o f t h e m h a d b o t h k n e e s evaluated
( c o m p o s i n g 12 k n e e s at all), b e t w e e n 19 a n d 2 5 years o l d
(21,55 ± 1,87). T h e analysis o f the electrical activity o f the
V M O and V L O muscles was obtained by the Sign
C o n d i t i o n i n g M o d u l e ( M S C 1 0 0 0 - V 2 ) w i t h 16 c h a n n e l s .
To t h e caption o f t h e action potentials o f the studied m u s c l e ,
INTRODUÇÃO
surface differential e l e c t r o d e s w e r e u s e d . T h e statistical
analysis applied w a s t h e A n o v a O n e Way, p < 0 . 0 5 . T h e
result s h o w e d that the electrical activity o f the m u s c l e V M O
a n d V L O w a s n o t different significant in t h e lateral tibial
rotation inter a n d i n t r a m u s c l e s . T h e r e s u l t o f this research,
within the experimental conditions, suggests that the p u r p o s e
e x e r c i s e s for t h e s u b j e c t s w i t h P F D g e n e r a t e a s i m i l a r
r e c r u i t m e n t s t a n d a r d for b o t h V M O a n d V L O m u s c l e s .
KEYWORDS:
Electric conductivity. Exercise therapy.
Musculoskeletal
diseases/rehabilitation.
Muscles
p h y s i o p a t h o l o g y . Patellar ligament.
exercícios em C C F são considerados mais
funcionais . Geralmente utilizam cargas fisiológicas,
sem isolar u m a articulação e geram feedback
proprioceptive . São exemplos de exercícios em CCF:
agachamento (squat), subir e descer degraus (step) e os
realizados no aparelho Leg Press. Segundo Stiene et
al. o treinamento com exercícios em CCF são mais
efetivos para a recuperação funcional dos pacientes com
DFP. Por outro lado, Laprade et al. revelaram que o
músculo VMO é mais ativo do que o VL no exercício
isométrico em CCA de extensão e rotação mediai da
perna partindo da rotação lateral. Estes autores sugerem
o referido exercício, descrito anteriormente, para o
fortalecimento seletivo do VMO em indivíduos com
DFP.
E importante salientar que a literatura consultada
evidencia apenas dois trabalhos , que investigaram a
atividade elétrica do músculo VMO em relação ao vasto
lateral oblíquo (VLO) em exercício de CCA. No entanto,
não foi encontrado nenhum trabalho de C C F e
associando a extensão do joelho com a rotação mediai
e lateral da tíbia partindo da posição oposta que
estudaram a atividade destes músculos.
Diante do exposto, a proposta deste trabalho foi
comparar a atividade elétrica dos músculos VMO e
VLO, em indivíduos com DFP, no exercício isométrico
de extensão do joelho, associado a rotação medial e
lateral da tíbia, em CCF, no aparelho Leg Press
Horizontal com o joelho flexionado a 90°.
6,27,33
A
disfunção fêmoro-patear (DPF) é um
problema comum que afeta um grande
número de atletas e sedentários, atingindo
principalmente adolescentes e adultos jovens do sexo
feminino . Apresenta como característica básica, o
início insidioso da dor peri ou retropatelar pode agravarse com a subida e descida de escadas, o agachamento
ou a permanência na posição sentada por longo tempo .
A etiologia da DFP inclui diversos fatores que
levariam ao mau alinhamento da patela como: o
encurtamento do retináculo lateral e da banda iliotibial,
pronação subtalar excessiva, aumento do ângulo Q,
patela alta e principalmente o desequilíbrio entre os
músculos vasto mediai oblíquo (VMO) e vasto lateral
(VL)
A porção mais oblíqua do músculo quadriceps da
coxa, os músculos VMO e vasto lateral oblíquo (VLO)
pode ser a região anatômica melhor localizada para
exercer o controle do posicionamento da patela na
superfície troclear do fêmur. Segundo Morrish e
Woledge , estes músculos podem trabalhar em oposição
no controle do deslizamento da patela no sulco troclear.
A eletromiografia (EMG) de superfície tem sido
utilizada para investigar a eficiência de métodos de
tratamento das mais variadas patologias, inclusive a DFP,
especialmente para verificar o desequilíbrio dos
músculos VMO e VL e para buscar um exercício que
promova maior ativação do músculo VMO. Existe na
literatura
'
vários protocolos de tratamento da
DFP, em relação ao ângulo de flexão do joelho a ser
trabalhado e ao tipo de exercício, se em cadeia cinética
aberta (CCA) ou se em cadeia cinética fechada (CCF).
Os exercícios em CCA, de extensão da perna, são
usados tradicionalmente para promoverem o
fortalecimento do quadriceps de forma isolada . Já os
13
29
10,11,14,18,22,25
23
33
28
20
3,23
7,1011 16,17
31
MATERIAL E MÉTODOS
Amostra
A atividade elétrica dos músculos VMO e VLO
foi investigada em 9 sujeitos com DFP, sendo 3
avaliados bilateralmente (num total de 12 articulações
avaliadas), todos do sexo feminino, c o m idade de 21,55
± 1,87 anos, p e s o 53,33 ± 8.03 k g e altura 1,62 ± 0,07
m, s e l e c i o n a d o s p o r m e i o d e a v a l i a ç ã o física. O s
voluntários deveriam apresentar pelo m e n o s três sinais
de D F P d e n t r e :
29
o
• ângulo Q m a i o r que 16 ;
• torção tibial externa;
• patela alta;
• p r o n a ç ã o subtalar excessiva;
• teste de c o m p r e s s ã o patelar positivo.
F o r a m excluídos deste estudo os voluntários que
haviam recebido tratamento fisioterápico prévio para
D F P e os q u e p o s s u í a m lesão ou h a v i a m realizado
cirurgia n o sistema osteomioarticular dos m e m b r o s
inferiores.
Todos o s v o l u n t á r i o s a s s i n a r a m u m t e r m o de
consentimento formal, seguindo a Resolução 196/96
d o C o n s e l h o N a c i o n a l d e S a ú d e e a p e s q u i s a foi
aprovada pelo C o m i t ê de Ética da U n i v e r s i d a d e
Federal de São Carlos ( U F S C a r ) .
Procedimentos
Gerais
A análise da atividade elétrica dos músculos V M O
e V L O foi obtida p o r m e i o de u m M ó d u l o C o n d i cionador de Sinais ( M C S 1000-V2) de 16 canais, c o m
u m Conversor Analógico-Digital ( C A D 12/36-60k) e
u m Programa de Aquisição de Dados - Aqdados versão
4.7- (LYNX Tecnologia Eletrônica Ltda.) interfaciados
por u m c o m p u t a d o r 386 D X p a d r ã o . Para a captação
dos potenciais de ação dos músculos estudados, foram
utilizados e l e t r o d o s ativos diferenciais s i m p l e s de
superfície ( L Y N X Tecnologia Eletrônica Ltda.), e m
forma de barras de 1 cm d e c o m p r i m e n t o e 1 m m de
largura, c o m g a n h o de 100, índice de rejeição pela
m o d u l a ç ã o c o m u m i g u a l a 80 d B e 1000 H z d e
freqüência de a m o s t r a g e m . Os dados eletromiográficos foram trabalhados n o software Matlab c o m
filtro Butterworth para eliminar as freqüências e m 60
H z e h a r m ô n i c a s e foram utilizados filtros passa alto
de 10 H z e passa baixa de 450 H z .
U m eletrodo terra u n t a d o c o m gel eletrocondutor
foi fixado c o m velcro na p o r ç ã o anterior d o p u n h o
homolateral ao m e m b r o inferior avaliado para diminuir
possíveis interferências.
P r i m e i r a m e n t e , os voluntários realizaram u m a
série de exercícios c o m três alongamentos ativos, sendo
q u e c a d a u m foi m a n t i d o p o r 3 0 s e g u n d o s e c o m
período de intervalo d e 1 m i n u t o entre eles, para os
m ú s c u l o s quadriceps femoral, isquiotibiais e triceps
sural. Posteriormente, foram posicionados no aparelho
Leg Press Horizontal Top Line* (*Doado pela Vitally
- Indústria d e A p a r e l h o s p a r a G i n á s t i c a Ltda. Av.
Fernando Bovino, 1800. São José do Rio Preto, SP.
C E P : 15034-460), c o m 90° d e flexão d o quadril e d o
joelho.
Posicionamento
exercícios
e forma
de execução
dos
Para a execução do exercício em Contração
Isométrica Voluntária M á x i m a ( C I V M ) de extensão
do j o e l h o associado a rotação medial e lateral da tíbia,
o p é d o M e m b r o I n f e r i o r A v a l i a d o ( M I A ) foi
posicionado a 40° d e rotação lateral, utilizando-se d e
u m G o n i ô m e t r o Universal (Carci) fixo p o r m e i o de
u m a cantoneira especialmente adaptada ao Leg Press
(Figura 1).
9
1
O s eletrodos foram posicionados sobre o ventre
dos m ú s c u l o s V M O e V L O t e n d o c o m o p o n t o s de
referência: 4 cm da borda súpero-medial da p a t e l a e
ângulo de inclinação de 55° e m relação ao eixo do
fêmur e 2,2 cm d o e p i c ô n d i l o lateral d o fêmur e
inclinação de 5 0 , respectivamente.
16
21
o 2 3
F i g u r a 1 - C o l o c a ç ã o da p e r n a a 40° de r o t a ç ã o lateral p a r a
a realização dos exercícios e m C I V M de e x t e n s ã o e r o t a ç ã o
m e d i a i da p e r n a
E para o exercício de C I V M de extensão do joelho
associado à rotação lateral o M I A foi posicionado a
30° d e rotação mediai (Figura 2).
para ser obtido u m valor m é d i o da Raiz Q u a d r a d a da
M é d i a {Root Mean Square - RMS) deste exercício, que
servirá c o m o referência da q u a n t i d a d e m á x i m a de
atividade que estes m ú s c u l o s p o d e m apresentar. Desta
forma, os valores m é d i o s de RJVIS, obtidos nos outros
exercícios, são expressos em p o r c e n t a g e m deste valor
m á x i m o . O exercício escolhido neste trabalho para
obter a m á x i m a atividade dos m ú s c u l o s V M O e V L O
foi a C I V M de extensão do j o e l h o a 90° c o m a tíbia
em posição neutra d e rotação, em CCF, n o aparelho
Leg Press.
ANÁLISE
ESTA
TÍSTICA
O m é t o d o estatístico e m p r e g a d o foi a análise de
variância Anova One-Way c o m nível d e significância
de 0,05.
RESULTADOS
F i g u r a 2 - Colocação da perna a 30° de rotação mediai para
a realização dos exercícios em CIVM de extensão e rotação
lateral da perna
A o r d e m d e e x e c u ç ã o d e s t e s e x e r c í c i o s foi
aleatória, sendo realizadas 3 repetições, c o m duração
de 6 segundos, n o entanto, o início da captação do
sinal eletromiográfico ocorreu a p ó s os 2 s e g u n d o s
iniciais. Desta forma, o registro foi de 4 segundos, com
p e r í o d o de r e p o u s o de 30 s e g u n d o s entre as 3
contrações em cada posicionamento e de 1 minuto entre
as séries de exercícios. Para motivar o voluntário a
executar a C I V M e para controlar o início da captação
do sinal foi u t i l i z a d o o s e g u i n t e c o m a n d o v e r b a l :
" A t e n ç ã o , prepara, vai! U m , dois. Estica o j o e l h o e
roda o p é ! Força! Força! R e l a x a . "
Intramúsculos
N ã o foram observadas diferenças significativas
na atividade elétrica dos músculos V M O e V L O
p = 0.764 e p = 0.061, respectivamente, n o exercício
de extensão do j o e l h o associado a rotação mediai da
tíbia, em relação a atividade destes m e s m o s músculos
no exercício associado à rotação lateral da tíbia
(Figura 3).
O voluntário foi orientado a iniciar a contração
após o "vai", a captação do sinal E M G iniciava-se após
o " U m , dois", do c o m a n d o verbal, que era controlado
por cronômetro, e o restante do c o m a n d o verbal durava
4 segundos.
NORMALIZA
ÇÃO DOS
DADOS
Hanten e Shulthies (1990) sugerem a
n o r m a l i z a ç ã o do sinal e l e t r o m i o g r á f i c o pela
p o r c e n t a g e m da C I V M . Para isso é necessário u m
exercício que requer a C I V M dos músculos e m estudo,
Figura 3 - Médias (x) e Desvios Padrões do sinal eletromiográfico
em RMS, normalizados pela contração isométrica voluntária
máxima em posição neutra, referentes a atividade elétrica dos
músculos vasto mediai oblíquo (VMO) e vasto lateral oblíquo
(VLO), no exercício de extensão do joelho associado a rotação
medial e lateral da tíbia em indivíduos com disfunção fêmoropatelar (n = 12)
20
Intermúsculos
Os resultados deste pesquisa, evidenciaram que
a diferença na atividade elétrica entre os músculos
VMO e VLO não foi significativa (RM p = 0.157 e
RL p = 0.75) nos exercícios de CIVM de extensão do
joelho associado à rotação medial (RM) e lateral (RL)
da tíbia (Figura 3).
DISCUSSÃO
O uso da eletromiografia como sistema de
avaliação da atividade muscular está bem documentado
na literatura . O estudo da atividade elétrica dos
músculos VMO e VL é amplamente realizado em
função da alta incidência das disfunções fêmoropatelares ( D F P )
. No entanto, pouco se sabe a
respeito da porção oblíqua do músculo VL, ou seja, o
músculo VLO.
Neste estudo, não foram observadas diferenças
significativas entre a atividade elétrica dos músculos
VMO e VLO nos exercícios propostos. Entretanto, é
importante salientar a diferença biológica expressa pela
maior atividade do músculo VLO no exercício de
CIVM de extensão do joelho associado à rotação
mediai da tíbia em indivíduos com DFP. Mesmo sem
ter sido observada diferença estatística, este é um fator
relevante em decorrência de não haverem estudos
eletromiográficos com este músculo na situação
proposta neste trabalho, e ainda, principalmente, em
virtude de alguns a u t o r e s
sugerirem que o
desequilíbrio entre os músculos VMO e VL ou
VLO
possa ser o principal fator etiológico
da DFP. De acordo com Mc Connell a insuficiência
do músculo VMO, associado ao aumento do ângulo Q
e a p r o n a ç ã o subtalar e x c e s s i v a , favorece o
desenvolvimento da dor na região anterior do joelho,
caracterizando a DFP. Signorile et al. estão de acordo
com Mc Connell e ainda acrescentam que o mau
alinhamento do mecanismo extensor, associado à
fraqueza do VMO pode promover uma alteração na
biomecânica do mecanismo extensor, com alteração
da distribuição de cargas sobre o joelho, favorecendo
o aparecimento da DFP.
1,30
16,21,22
5,8,25
2,14,17,21,23,26
22
25
22
O tratamento para a DFP mais explorado é o
conservador, visando o fortalecimento seletivo do
músculo VMO. Entretanto, a forma pela qual este objetivo
pode ser alcançado ainda não está estabelecido '
.
5,7 8,11,16,19
Em um estudo eletromiográfico de Laprede et al.
nos músculos VMO e VL, em 8 indivíduos com DFP
e em 19 indivíduos normais atingiu este objetivo. Estes
autores propuseram 5 tipos de exercícios isométricos
em CCA. A atividade elétrica do VMO no exercício
de extensão do joelho associado à rotação mediai da
tíbia posicionada em rotação lateral, mostrou-se
significativamente maior em relação a atividade deste
mesmo músculo nos exercícios puros de extensão, de
rotação medial e de adução, assim como no de extensão
do joelho associado à adução do quadril.
Nossos resultados estão em desacordo com os de
Laprade et a l . , porém é importante considerar
algumas diferenças metodológicas. O presente estudo,
foi realizado em CCF. Foram avaliados 2 tipos de
exercícios associando a extensão do joelho às rotações,
ou seja, da mediai partindo da lateral e da lateral
partindo da mediai investigando a atividade elétrica
dos músculos VMO e VLO. No entanto, o VMO não
apresentou maior atividade em nenhum dos exercícios
propostos.
Por outro lado, Ninos et al. não observaram
diferença significativa ao variar a posição da
articulação do quadril, sendo avaliado aposição neutra
e a de 30° de rotação lateral, no exercício em CCF de
agachamento (squat). Foi avaliada a atividade elétrica
dos músculos VM, VL e isquiotibiais em 24 indivíduos
saudáveis.
Signorile et a l . investigaram exercícios de
extensão do joelho em CCA, nos ângulos de 90°, 30° e
5 de flexão do joelho, variando a posição de rotação
da tíbia, em 23 indivíduos normais. Evidenciaram
maior atividade elétrica dos músculos VMO e VL com
o joelho flexionado a 90° com a tíbia em posição neutra.
Nesta pesquisa, a escolha do exercício em CCF
deu-se a partir de estudos como o de Wilk et al. , que
compararam as forças da articulação tibiofemoral e a
atividade eletromiográfica dos músculos quadriceps,
isquiotibiais, gastrocnêmios, em 10 indivíduos
normais, nos exercícios em CCA (de extensão do
joelho) e em CCF (Leg Press e squat). Os dados
eletromiográficos indicaram que a co-contração dos
músculos quadriceps e isquiotibiais foi maior no squat
quando comparado com os outros dois exercícios. E
encontraram ainda, maior amplitude média do sinal
eletromiográfico dos músculos VMO e VL a 90° de
flexão do joelho nos exercícios em CCF.
Escamila et al. investigaram a força e a atividade
20
20
24
25
o
32
12
elétrica muscular do joelho em exercícios de CCA
(extensão do joelho) e de CCF (Leg Press e squat).
Estudaram 10 indivíduos treinados na execução de 12
repetições com resistência máxima. Seus resultados
mostraram que a força compressiva na articulação
tibiofemoral foi maior nos exercícios em CCF nos
ângulos próximos a flexão total e em CCA próximo a
extensão total. O quadriceps apresentou maior
atividade elétrica em CCF nos ângulos maiores que
83° e em CCA nos ângulos entre 15° e 65°.
C o m o observa-se ainda existe muito a ser
investigado na busca de exercícios eficazes e seguros à
reabilitação do joelho, especialmente na DFP, por meio
de análises detalhadas de diversos tipos de exercícios,
como os realizados no aparelho Leg Press, amplamente
utilizados em clínicas de Fisioterapia e nas academias,
seja para a reabilitação das lesões envolvendo a
articulação do joelho e/ou para o fortalecimento do
músculo quadriceps femoral de uma forma geral.
Limitações do trabalho
Um dos aspectos que poderia ser melhorado é o
tratamento dos dados eletromiográficos, com outros
recursos de processamento digital do sinal.
O s i s t e m a de n o r m a l i z a ç ã o do sinal
eletromiográfico em RMS pela porcentagem da
CIVM é o preferido pela maioria dos autores ' '
para o tratamento, estudo e comparação do sinal
eletromiográfico. No entanto, estão sendo aplicadas
outras análises como: normalização pelo tempo,
análise da densidade espectral de potência e da
freqüência mediana do sinal eletromiográfico.
D e s t a forma, p o d e r i a m ser a b o r d a d o s o u t r a s
variáveis como por exemplo a análise da fadiga
muscular promovida por estes exercícios.
3,4
5
8,10,11,16
CONCLUSÃO
Os r e s u l t a d o s desta p e s q u i s a , d e n t r o das
condições experimentais utilizadas, sugerem que os
exercícios isométricos de extensão do joelho associado
à rotação medial e lateral da tíbia, em cadeia cinética
fechada, executados no aparelho Leg Press Horizontal,
em indivíduos com disfunção fêmoro-patelar geram
um padrão de recrutamento similar nos músculos VMO
eVLO.
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Efeitos do treinamento e da manutenção da prática de atividade física em
quatro idosos sedentários saudáveis
Effects of the training and of the
maintenance of physical activity in four
sedentary healthy elderly
0
Fátima Aparecida
Caromano'
Rachel Rodrigues Kerbauy '
42
( 1 )
Profa. Dra. do Curso de Fisioterapia
da F a c u l d a d e d e M e d i c i n a da
Universidade de São Paulo.
Profa. Titular do Instituto de
Psicologia da Universidade de São Paulo.
Endereço
para
correspondência:
Fátima C a r o m a n o . Rua C i p o t â n e a ,
5 1 . C i d a d e U n i v e r s i t á r i a . Departamento de Fisioterapia, Fonoaudiologia e
Terapia Ocupacional da Faculdade de
Medicina da U n i v e r s i d a d e d e S ã o
P a u l o . S ã o P a u l o , SP. 0 5 3 6 0 - 0 0 0 .
( 2 )
RESUMO: E s t e a r t i g o s e p r o p õ e a
discutir detalhadamente a evolução d o
d e s e m p e n h o físico d e quatro p e s s o a s
i d o s a s , p r e v i a m e n t e sedentárias, q u e
participaram de u m treinamento físico e m
grupo e apresentaram evoluções
significativamente diferentes. D u a s
submeteram-se ao treinamento de
exercícios gerais p o r quatro meses,
posteriormente. Destas u m a a b a n d o n o u
e outra m a n t e v e a prática destes exercícios p o r u m a n o . O u t r o s dois idosos
submeteram-se ao treinamento de
c a m i n h a d a s p o r quatro m e s e s . N o v a mente, u m abandonou e o outro
m a n t e v e a rotina d e c a m i n h a d a p o r u m
ano. Estudaram-se as funções m u s c u l o esquelética, neuromuscular, cardiovascular e respiratória e a composição
corporal. C o n s t a t o u - s e q u e o tipo d e
t r e i n a m e n t o realizado afetou diferentemente a evolução do desempenho
físico e q u e a m e l h o r a foi preservada o u
incrementada com a manutenção da
prática d e exercícios n o período de u m
ano, enquanto o a b a n d o n o resultou n a
piora d a maioria das funções estudadas.
DESCRITORES: Exercício. Envelhecimento. Terapia por exercício. Fisioterapia/
métodos.
ABSTRACTS: T h i s a r t i c l e i n t e n d s a
c o m p r e h e n s i v e follow-up of four
elderly people, previously sedentary,
w h o participated in a group of
p h y s i c a l training ( g e n e r a l e x e r c i s e s o r
walking) w i t h significantly different
outcomes. Two of them underwent a
training of general exercises during
four m o n t h s . O n e o f t h o s e a b a n d o n e d
a n d a n o t h e r m a i n t a i n e d t h e exercising
practice for o n e year. O t h e r t w o elderly
u n d e r w e n t a w a l k i n g training d u r i n g
four m o n t h s . Similarly o n e a b a n d o n e d
a n d t h e other m a i n t a i n e d t h e w a l k i n g
routine
for
one
year.
The
muscleskeletal,
neuromuscular,
cardiovascular
and respiratory
functions, a n d b o d y c o m p o s i t i o n w e r e
studied a n d c o m p a r e d . W e found that
all s u b j e c t s i m p r o v e d t h e p h y s i c a l
performance with training. The
i m p r o v e m e n t d e p e n d e d u p o n t h e type
o f t r a i n i n g a n d it w a s p r e s e r v e d o r
enhanced with the maintenance of
exercising practice during the period o f
o n e year. B o t h s t h e subjects w h o h a v e
dropped out the training did not
a c h i e v e d that g o o d results.
KEYWORDS: Exercise. Aging. Exercise
therapy. Physical therapy/methods.
INTRODUÇÃO
0
envelhecimento do organismo afeta o
d e s e m p e n h o físico l i m i t a n d o sua
interação do homem com o meio ambiente.
A atividade física, quando praticada com freqüência,
diminui a intensidade e a velocidade de implantação de
disfunções musculoesqueléticas, neuromusculares e
cardio-pulmonares decorrentes do envelhecimento do
organismo. Ainda que iniciada em idade avançada, a
prática de exercícios pode melhorar a qualidade do
d e s e m p e n h o físico e reverter p a r c i a l m e n t e as
disfunções instaladas.
O estudo dos efeitos do treinamento de exercícios
físicos de baixa a moderada intensidade pela população
idosa é assunto de investigação científica nas últimas
décadas . Têm-se investigado também, os aspectos
relacionados com a manutenção de práticas físicas
durante longos períodos da vida .
Conhecer os efeitos de programas de treinamentos
básicos permite ao fisioterapeuta trabalhar com as
necessidades e disponibilidades de cada pessoa, além
de planejar e aplicar estratégias adequadas para
evolução do treinamento e manutenção da prática de
atividade física .
Com o objetivo de estudar detalhadamente os
efeitos de dois programas básicos de atividade física:
caminhada e exercícios gerais, planejados para pessoas
idosas, e analisar a evolução do desempenho físico
com a manutenção ou abandono destas práticas,
selecionaram-se quatro participantes de um estudo de
grupo com 30 participantes, com histórico de práticas
físicas diferentes e que ilustram com clareza os efeitos
funcionais da prática de exercícios físicos e sua
manutenção ou abandono .
1
2
3
4
MATERIAL E MÉTODOS
Participantes
Participante 1 - mulher, 67 anos, manteve a
prática de exercícios gerais durante o período de um
ano após o término de 16 semanas de treinamento.
Participante 2 - mulher, 68 anos, abandonou a
prática de exercícios após 16 semanas de treinamento
de exercícios gerais.
Participante 3 - mulher, 69 anos, manteve a
prática de caminhar no período de um ano após o
término de 16 semanas de treinamento.
Participante 4 - mulher, 69 anos, abandonou a
prática de exercícios após 16 semanas de treinamento
de.caminhada.
Os participantes foram selecionados conforme os
seguintes critérios: não fumar, ser socialmente ativo na
comunidade, não ter praticado exercícios físicos ou
caminhadas com percursos superiores a um quilômetro
mais de uma vez por semana nos últimos cinco anos,
não apresentar disfunções de origem musculoesquelética, neuromotora ou cardiopulmonar, nem doença
crônica que impedisse a realização das atividades físicas
a serem treinadas (determinado pela avaliação de um
médico clínico e de um fisioterapeuta). Consideraramse ainda a disponibilidade de tempo, meios de transporte,
a aceitação da rotina de treinamento (que previa um
mínimo de faltas, com necessidade de justificativa e de
reposição de sessão se fosse o caso), a intenção de
completar o treinamento, o conhecimento prévio do
propósito deste estudo e o consentimento formal.
Local
O estudo foi realizado no Laboratório de Recursos
Terapêuticos Manuais e Comportamento do Curso de
Fisioterapia da Faculdade de Medicina da Universidade
de São Paulo e no Laboratório de Comportamento e
Saúde do Instituto de Psicologia da Universidade de
São Paulo.
Materiais
Utilizaram-se: ficha de avaliação de desempenho
para idosos, folha de teste de desempenho motor
manual, caneta esferográfica, miômetro, cronômetro,
esfigmomanômetro, filmadora, televisão, máquina
fotográfica, videocassete, manuvacuômetro, analisador
de composição corporal, balança com antropômetro,
paquímetro, régua, trena, transferidor e esquadro,
adesivos e banco em estrutura metálica.
DELINEAMENTO EXPERIMENTAL
Por tratar-se de uma discussão de casos clínicos,
utilizou-se o estudo de sujeito único, no qual o sujeito é
comparado consigo mesmo, em diferentes tempos de
estudo.
PROCEDIMENTOS
Os quatro p a r t i c i p a n t e s s u b m e t e r a m - s e à
avaliação do desempenho físico (pré-teste). Em
seguida, realizaram o treinamento físico por quatro
meses, duas vezes por semana, em sessões de uma
hora de caminhada ou exercícios físicos gerais. O
programa de exercícios gerais incluiu exercícios de
respiração, alongamento, reeducação postural,
coordenação motora, treino de força muscular e
resistência cardiovascular. A freqüência cardíaca dos
participantes, durante os exercícios gerais e as
caminhadas variou entre 40% e 70% da freqüência
cardíaca máxima calculada (220 - idade em anos)
caracterizando exercícios de baixa a moderada
intensidade. No final do treinamento, os participantes
submeteram-se à avaliação de desempenho físico (pósteste imediato), utilizando o mesmo protocolo do préteste. Um ano após o final do treinamento, os
participantes foram convocados para reavaliação do
desempenho físico, novamente utilizando o mesmo
protocolo de avaliação.
A seguir, descrevemos as rotinas dos programas de
exercícios treinados, as orientações fornecidas e a
avaliação do desempenho físico.
Exercícios
treinados:
a Exercícios físicos gerais: os exercícios tinham
como objetivo melhorar a amplitude de movimento
geral, a postura, a função respiratória, a função
cardiocirculatória, a capacidade de alongamento
muscular; treinar força, equilíbrio e reeducar
movimentos de membros superiores e inferiores;
• Caminhada', as caminhadas foram realizadas em
terreno plano e local coberto. O primeiro mês de
treinamento desenvolveu-se com as seguintes
etapas: os primeiros 15 minutos em passo normal
(sem andar devagar, nem acelerado), associando
e x e r c í c i o s r e s p i r a t ó r i o s ; nos 30 m i n u t o s
subseqüentes intercalavam-se 5 minutos de passo
acelerado com 5 minutos de passo normal, até
completar o tempo; nos últimos 15 minutos,
semelhantes aos iniciais, a caminhada era realizada
com passo normal. Nos demais três meses de
treinamento, o grau de dificuldade foi aumentando
e, no final, os participantes andavam 5 minutos
normalmente no começo e final da atividade,
caminhando rápido por 50 minutos, intercalando
p e r í o d o s de d e s a c e l e r a ç ã o do p a s s o , caso
sentissem necessidade.
Com o objetivo de facilitar a prática de exercícios
gerais após o treinamento, discutiu-se com os
participantes a possibilidade da utilização do banho para
realização dos exercícios respiratórios, uma vez que a
u m i d a d e facilita a limpeza das vias aéreas; e
recomendou-se intercalar seqüências variadas de
exercícios em dias diferentes, evitando a monotonia.
Para facilitar e estimular a prática de caminhada
após o treinamento, discutiu-se com os participantes a
possibilidade das caminhadas substituírem rotinas como
compras ou visitas.
Durante o treinamento, os participantes recebiam
orientações quanto ao vestuário adequado, à execução
correta dos exercícios e da caminhada, à função para
melhor desempenho do organismo e aos sinais e
sintomas de inadequação ou excesso de exercícios .
Os p a r t i c i p a n t e s foram i n s t r u í d o s p a r a
observarem a própria evolução na execução de cada
exercício durante o período de treinamento, salientandose as m o d i f i c a ç õ e s físicas o b s e r v a d a s pelo
fisioterapeuta em cada idoso, sendo os comentários
ouvidos por todos. Aproveitando essas situações, foi
esclarecida e relembrada, durante todo o período de
treinamento, a importância da manutenção da prática
de exercícios.
Salientou-se aos participantes que o objetivo do
treinamento era ensinar uma modalidade de exercício
físico para que p u d e s s e m
desenvolvê-la
posteriormente, independente da presença de um
fisioterapeuta ou treinador, no entanto não foram
informados sobre a reavaliação após um ano a contar
do final dos treinamentos. Os resultados obtidos com
os participantes no pré e no pós-teste foram divulgados
ao final do programa de treinamento.
No final dos treinamentos, os participantes foram
informados sobre os resultados obtidos no pré e no
pós-teste.
5
Avaliação
do desempenho
físico
Foram coletadas três medidas de cada variável,
exceto para teste de caminhada de doze minutos e
composição corporal, sendo considerada para efeito
de estudo a maior das três medidas. Para análise da
confiabilidade dos dados coletados, os valores obtidos
pelo pesquisador foram comparados com os de dois
observadores independentes. Através da fórmula para
análise de fidedignidade de Johnson, encontrou-se um
índice de acerto de 97%, considerado ótimo.
• Flexibilidade: Após receberem adesivos de um
centímetro de diâmetro em pontos de referência
anatômica, os participantes foram fotografados
sobre uma base de metal, realizando o teste dedochão. Através das fotografias, mediu-se a distância
punho-chão direita e esquerda e os ângulos de
inclinação da pelve e de flexão dos joelhos, com
auxílio de um paquímetro .
6
a Altura e postura: A observação da postura foi
realizada através de fotografias obtidas de cada
participante em bipedestação , ainda com os pontos
de referência anatômica, em vista anterior, posterior
e lateral e s q u e r d a . U t i l i z o u - s e um roteiro
padronizado com critérios de avaliação da postura,
obtendo-se um índice de qualidade de postura, o
índice Postural (IP), desenvolvido para este estudo,
que variou de 0 a 10, em que 0 significou
normalidade e 10 a presença de maior número de
alterações posturais . Mediu-se também a altura
em centímetros, com um antropômetro acoplado a
uma balança.
7
4
• Marcha: Em seguida à sessão de fotografias, e
mantendo os pontos de referência anatômica,
r e a l i z o u - s e a filmagem dos p a r t i c i p a n t e s
caminhando em passo rápido, dentro do confortável
para cada uma das pessoas, numa distância de 10
metros, em vista anterior, posterior e lateral. A
partir da observação da marcha, através do filme,
e utilizando-se um roteiro padronizado com
parâmetros de avaliação da marcha, estabeleceuse o índice de qualidade cinesiológica da marcha,
denominado índice de Marcha (IM), desenvolvido
para este estudo, que representa a qualidade dos
movimentos durante a marcha, cujo incremento
implica na sua melhor perfomance, e variou de zero
até 7, sendo que o primeiro refere-se à marcha
n o r m a l e o ú l t i m o ao m a i o r n ú m e r o de
anormalidades da mesma .
4
o Força muscular: Mediu-se a força isométrica,
bilateralmente, em dois grupos musculares dos
membros superiores - os flexores do cotovelo e
abdutores do ombro - e dois grupos musculares
dos membros inferiores - os flexores dos joelhos e
extensores do quadril - segundo a técnica descrita
por Kendall e McCreary associada à utilização
8
de um miômetro, que forneceu medidas em
quilograma-força ' .
9 10
o Equilíbrio: Avaliou-se o equilíbrio através de uma
seqüência de testes: sustentação do corpo em
equilíbrio sobre u m a perna, com m e m b r o s
superiores ao longo do corpo, em seguida abduzidos
a 90 graus e depois com o membro superior
contralateral à p e r n a de apoio r e a l i z a n d o
movimentos circulares. Em seguida, requisitou-se
a cada participante apoiar-se sobre os artelhos e
sobre os calcâneos, ultrapassar um obstáculo de
80 cm delimitado no chão, sentar-se e levantar de
uma c a d e i r a
. Os testes foram realizados
nesta ordem e gravados em filme, para posterior
observação e análise. Elaboraram-se, para este
estudo, critérios para a avaliação do desempenho
observado durante as tarefas propostas, que
somados, geraram um índice de desempenho em
testes de equilíbrio: índice de Equilíbrio (IEq)
quantificando o desempenho na seqüência de
provas de equilíbrio estático e dinâmico, que variou
de 0 a 44, sendo o primeiro valor referente à
presença de equilíbrio durante os testes e o último,
ao desequilíbrio em todos os testes .
11,1213,14
4
o Desempenho
motor manual: O desempenho
motor manual foi estudado através de uma tarefa
gráfica, em que se mediu o número de traços e a
porcentagem de traços corretos. Foi proposta como
tarefa motora manual a reprodução de um desenho
g e o m é t r i c o em papel q u a d r i c u l a d o . Cada
participante deveria copiar repetidamente (quantas
vezes conseguisse) o desenho do alto da página,
do mesmo tamanho, o mais parecido e rápido
possível, durante três minutos cronometrados .
Um aumento no número de traços revela, portanto,
aumento na velocidade de realização da tarefa.
15
• Teste de caminhada de 12 minutos: Durante a
realização da caminhada, que se caracterizava por
rápida em terreno plano e em local coberto, pelo
tempo de doze minutos , mediu-se a freqüência
cardíaca instantânea de repouso e pós esforço,
através do aparelho O m r o n , assim como a
distância percorrida pelo participante. Para
segurança clínica dos participantes, enquanto
realizava-se o teste, foi feito acompanhamento da
medida de pressão arterial, através de u m
esfigmomanômetro com manguito braquial, e da
16,17
medida instantânea de saturação de oxigênio e
freqüência cardíaca, utilizando-se um oxímetro;
além de haver disponibilidade de um serviço médico
de emergência. As medidas de pressão arterial não
foram utilizadas para avaliação do desempenho,
porque a maioria dos idosos utilizava drogas de
ação cardiovascular que poderiam mascarar os
resultados.
a Pressões respiratórias máximas - inspiratória
(PImáx) e expiratória (PEmáx): Utilizou-se,
para coletar estas medidas, um manuvacuômetro
calibrado, de modo que cada fração de medida
apontada no visor variasse de 6,0 c m H 0 . Os
participantes sentaram-se eretos, sem recostar
na cadeira, com os pés apoiados no chão e
c o l o c a r a m u m a pinça de o b s t r u ç ã o n a s a l .
Registraram-se as medidas de PImáx e PEmáx,
após u m a e x p i r a ç ã o e i n s p i r a ç ã o n o r m a i s
respectivamente, sendo coletadas três medidas
de cada e utilizado, para efeito de estudo, o maior
valor e n c o n t r a d o .
2
1819
Composição corporal: Avaliou-se a composição
corporal através da técnica de bioimpedância . A
técnica não é invasiva, é de aplicação fácil e rápida,
utilizando equipamento fácil de ser transportado e
relativamente barato. Ainda se realizada em condições
padronizadas, fornece dados confiáveis e reprodutíveis
. Registraram-se as medidas da
porcentagem de gordura corporal, peso da massa
magra (em quilogramas), água corporal total (em litros)
e metabolismo basal (em calorias).
(20)
21,22,23,24
Tabela
RESULTADOS
O desempenho dos participantes, nas três
avaliações, será discutido individualmente, considerandose o pré-teste, o pós-teste imediato e o pós-teste tardio.
Participante
1
O participante 1, que treinou exercícios gerais
apresentou melhora funcional observada nos seguintes
testes: flexibilidade, postura, força muscular (tendo
aumentado a força nos quatro grupos musculares
avaliados), equilíbrio, desempenho motor manual
(melhorou a qualidade e a quantidade de traços na
atividade requisitada). Observou-se progresso no teste
de caminhada de 12 minutos, com aumento de 60 metros
na distância percorrida, sem alterações da freqüência
cardíaca de repouso e pós-esforço. As pressões
respiratórias máximas mantiveram-se constantes e a
composição corporal sofreu pequenas alterações,
clinicamente insignificantes (Tabela 1).
Com a manutenção da prática dos exercícios físicos
durante um ano, o participante 1 avançou em relação à
avaliação realizada no final do treinamento nos seguintes
testes: flexibilidade (conseguiu nivelar os membros
superiores durante a flexão anterior do tronco), postura,
desempenho motor manual e teste de caminhada de 12
minutos (aumentando em 270 metros a distância percorrida, com queda da freqüência cardíaca de repouso
e pós-esforço). Preservou os seguintes avanços alcançados com o treinamento: ganho de altura (refletindo
melhora postural), de equilíbrio e de força muscular. Não
observou-se alteração nas pressões respiratórias
máximas e na composição corporal (Tabela 1).
1 - E f e i t o s d o t r e i n a m e n t o e m a n u t e n ç ã o d a p r á t i c a d e a t i v i d a d e física - p a r t i c i p a n t e 1
TESTE
MEDIDAS
Flexibilidade
distância punho-chão (cm)
Nivelamento de membros superiores(cm)
altura (cm)
índice postural
índice de marcha
força- mm extensores dos joelhos (Kgf)
força- mm flexores do quadril (Kgf)
força- mm flexores dos cotovelos (Kgf)
força- mm abdutores dos ombros (Kgf)
índice de equilíbrio
número de traços
porcentagem de traços corretos
distância percorrida - 12 minutos (metros)
freqüência cardíaca pós esforço (bpm)
freqüência cardíaca de repouso (bpm)
pressão inspiratória máxima (cmH20)
pressão expiratória máxima ( c m H 0 )
peso (Kg)
porcentagem de gordura corporal
massa magra (Kg)
Postura
Marcha
Força muscular
Equilíbrio
Desempenho manual
Caminhada - 12 min
Pressões respiratórias
PRÉ-TESTE
2
Composição corporal
23,6
0,8
166
5,1
3,5
15,8
13,5
15,1
12,2
29
213
83
1320
99
80
78
96
62,3
37,6
38,9
PÓS-TESTE IMEDIATO
11,9
0,2
168
4
5,5
22,3
21,2
24,2
19,3
23
230
98
1380
95
78
78
96
62,9
37,9
38,8
PÓS-TESTE TARDIO
7,6
0
168
3,3
5,7
2220
24
16
21
251
97
1670
90
76
78
96
63
32,1
39,5
Participante
2
respiratórias e a composição corporal não sofreram
alterações clínicas (Tabela 2). Com o abandono da
prática de exercícios após o período de treinamento, o
sujeito 2 ainda manteve alguns ganhos obtidos com o
treinamento: flexibilidade e equilíbrio. Apresentou índices
inferiores nos testes de força muscular, marcha,
desempenho motor manual, teste de caminhada e pressão
expiratória máxima. A pressão inspiratória máxima e a
composição corporal mantiveram-se inalteradas.
Após o treinamento de exercícios gerais, apresentou
melhora da flexibilidade, postura, marcha, força muscular
nos quatro grupos avaliados, equilíbrio e desempenho
motor manual. Mostrou uma melhora discreta no teste
de caminhada de 12 minutos, com aumento da distância
percorrida (em 150 m) e diminuição da freqüência
cardíaca de repouso e pós-esforço. As pressões
Tabela 2 - Efeitos do treinamento e abandono da prática de atividade física - participante 2
TESTE
MEDIDAS
Flexibilidade
distância punho-chão (cm)
PRÉ-TESTE
15,6
PÓS-TESTE IMEDIATO
7,6
PÓS-TESTE TARDIO
8,2
Nivelamento de membros superiores(cm)
0,7
0,4
0,6
altura (cm)
174
177
175
índice postural
4,9
4,0
4,6
Marcha
índice de marcha
4,2
5,0
4,4
Força muscular
força- mm extensores dos joelhos (Kgf)
13,8
26,1
15,2
força- mm flexores do quadril (Kgf)
12,9
24,5
12,2
força- mm flexores dos cotovelos (Kgf)
16,9
25,5
20,2
força- m m abdutores dos ombros (Kgf)
9,2
17,5
12,4
Equilíbrio
índice de equilíbrio
24
21
21
Desempenho manual
número de traços
290
320
302
69
84
70
1400
1550
1420
freqüência cardíaca pós esforço (bpm)
96
90
100
freqüência cardíaca de repouso (bpm)
86
83
86
pressão inspiratória máxima ( c m H 0 )
90
90
90
pressão expiratória máxima (CIT1H2O)
120
120
114
peso (Kg)
82,2
82,6
82,0
Postura
Porcentagem de traços corretos
distância percorrida- 12 minutos (metros)
Caminhada - 12 min
Pressões respiratórias
Composição corporal
Participante
2
Porcentagem de gordura corporal
39,7
40
41,1
massa magra (Kg)
49,6
49,6
50,0
3
O participante 3 obteve vários avanços com o
programa de caminhada: flexibilidade, postura,
marcha, força muscular dos grupos musculares dos
membros inferiores, equilíbrio, teste de caminhada
(aumento de 190 m na distância percorrida) e
pressão inspiratória máxima, mantendo a força
muscular dos membros superiores, o desempenho
motor manual, a pressão expiratória máxima e a
c o m p o s i ç ã o corporal. C o m a m a n u t e n ç ã o das
caminhadas, conforme o treino, atingiu índices
superiores em relação às medidas alcançadas no pósteste imediato, aprimorando o equilíbrio, o
desempenho no teste de caminhada de 12 minutos
(aumento de 250 m na distância percorrida) e a
pressão inspiratória máxima e mantendo o
desempenho nos outros testes (Tabela 3).
Tabela 3 - Efeitos
d o t r e i n a m e n t o e m a n u t e n ç ã o d a prática d e atividade física - participante
TESTE
MEDIDAS
Flexibilidade
distância punho-chão (cm)
nivelamento de membros superiores(cm)
altura (cm)
índice postural
índice de marcha
força- mm extensores dos joelhos (Kgf)
força- mm flexores do quadril (Kgf)
força- mm flexores dos cotovelos (Kgf)
força- mm abdutores dos ombros (Kgf)
índice de equilíbrio
número de traços
porcentagem de traços corretos
distância percorrida- 12 minutos (metros)
freqüência cardíaca pós esforço (bpm)
freqüência cardíaca de repouso (bpm)
pressão inspiratória máxima (cmH20)
pressão expiratória máxima (cmFhO)
peso (Kg)
porcentagem de gordura corporal
massa magra (Kg)
Postura
Marcha
Força muscular
Equilíbrio
Desempenho manual
Caminhada - 12 min
Pressões respiratórias
Composição corporal
Participante
4
O participante quatro também treinou caminhada
e obteve melhora na flexibilidade, qualidade da marcha,
força muscular dos membros inferiores, equilíbrio, teste
de caminhada e pressão expiratória máxima, mantendo
a força m u s c u l a r dos m e m b r o s s u p e r i o r e s , o
desempenho motor manual, a pressão inspiratória
máxima e a composição corporal. Apesar de abandonar
Tabela 4 - Efeitos
PRÉ-TESTE
PÓS-TESTE IMEDIATO
49,8
2,5
169
5,9
3,0
19,5
22,5
19,6
7,9
30
231
82
1380
90
136
96
114
55,3
31,3
38,9
45,7
0,9
171
4,8
5,8
31,1
40,1
20,8
8,6
25
234
85
1570
82
124
126
114
56,5
30,3
40,9
TESTE
MEDIDAS
Flexibilidade
distância punho-chão (cm)
nivelamento de membros superiores(cm)
altura (cm)
índice postural
índice de marcha
força- mm extensores dos joelhos (Kgf)
força- mm flexores do quadril (Kgf)
força- mm flexores dos cotovelos (Kgf)
força- mm abdutores dos ombros (Kgf)
índice de equilíbrio
número de traços
porcentagem de traços corretos
distância percorrida - 12 minutos (metros)
freqüência cardíaca pós esforço (bpm)
freqüência cardíaca de repouso (bpm)
pressão inspiratória máxima (cmFhO)
pressão expiratória máxima (cmFhO)
peso (Kg)
porcentagem de gordura corporal
massa magra (Kg)
Marcha
Força muscular
Equilíbrio
Desempenho manual
Caminhada - 12 min
Pressões respiratórias
Composição corporal
PÓS-TESTE TARDIO
46,3
0,5
171
4,9
6,4
32,0
39,8
20,0
8,0
20
232
86
1820
76
100
138
114
55,5
30,6
41,4
a rotina de caminhada, ainda manteve alguns ganhos
obtidos com o treinamento: altura e equilíbrio. Não
ocorreu alteração na força muscular dos membros
superiores nem na composição corporal.
Verificou-se redução no nivelamento dos membros
superiores durante o teste de flexibilidade, postura,
marcha, força muscular dos membros inferiores,
desempenho no teste de caminhada e pressões
respiratórias máximas (Tabela 4).
d o t r e i n a m e n t o e a b a n d o n o d a prática d e atividade física - participante
Postura
3
PRÉ- TESTE
33,3
1,8
168
5,5
2,8
17,5
18,4
16,0
9,3
32
262
74
1400
92
88
102
120
70,0
28,3
57,3
4
PÓS-TESTE IMEDIATO
32,0
0
168
4,5
5,0
32,8
24,6
17,2
9,5
24
268
83
1650
88
83
126
120
70,1
24,2
59,3
PÓS-TESTE TARDIO
33,2
0,5
168
5,1
3,2
21,8
19,0
15,5
9,0
25
260
75
1410
99
87
102
114
70,6
29,0
56,0
CONCLUSÕES
Para o participante 1, conclui-se que a prática de
exercícios gerais produziu melhora nas funções
cardiovascular, neuromuscular e predominante
musculoesquelética. As respostas cardiocirculatórias
foram as que dependeram mais do tempo de prática
de exercícios para se manifestarem. Surpreendentemente, este participante não retrocedeu em nenhum
dos testes, um ano após o término do treinamento.
Verificou-se que, o participante 2 apresentou o
mesmo tipo de desempenho físico no pós-teste imediato, isto é, após o treinamento de exercícios gerais.
Com o abandono da prática de exercícios após o período
de treinamento, o participante 2 ainda manteve alguns
ganhos obtidos com o treinamento, embora com perdas
clinicamente significativas em vários testes funcionais.
No caso do participante 3, encontrou-se que o
treinamento de caminhada foi mais eficiente em
produzir melhora no sistema cardiocirculatório,
conforme esperado, sendo que as melhoras nos sistemas
musculoesquelético e neuromotor também foram
clinicamente significativas. A composição corporal
não se alterou com o treinamento ou com a manutenção
de caminhada. O m e s m o foi observado para o
participante 4.
O abandono da prática de caminhada piorou a
condição física do participante 4, sem que esse atingisse
valores inferiores aos obtidos nos pré-teste.
Para os quatro participantes, o programa de
treinamento produziu melhores índices em várias
m e d i d a s e s t u d a d a s , e m b o r a com i n t e n s i d a d e s
diferentes segundo a modalidade praticada. Os efeitos
da manutenção variaram em intensidade em alguns
testes, mas, de maneira geral, produziram melhora ou
preservação do quadro funcional (fato que durante o
envelhecimento e, pelo tempo que envolveu esse
estudo, pode-se considerar um ganho), enquanto o
abandono piorou o desempenho nas atividades
estudadas, para os participantes 2 e 4.
Os dados sugerem a necessidade de aumento da
intensidade dos exercícios, progressivamente, após o
período de treinamento. Sugerem, também, que as
pessoas idosas necessitam monitoramento e suporte
profissional para alcançar objetivos de condicionamento físico em programas de longa duração.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
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of a group exercise program for elderly women. Phys. Then,
v.69, n.6, p.475-83, 1989.
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we do? The case of moderate amounts and intensities of
physical activities. Res. Q. Exerc. Sports, v.67, n.2, p.93205, 1996.
3. Marcus, B.H. Exercise behavior and strategies for intervention.
Res. Q. Exerc. Sport, v.66, n.4, p.319-23, 1995.
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RELATO DE CASO
CASE REPORT
Abordagem fisioterapêutica no
neuroma de Morton
Physical therapy approach of Morton's
neuroma
Adriana de Sousa"'
Luciana Akemi Matsutani' '
2
( , )
Profa. Colaboradora do Curso de
Fisioterapia - Departamento de Fisioterapia,
Fonoaudiologia e Terapia Ocupacional da
Faculdade de Medicina da Universidade de
São Paulo.
Mestranda em Fisiopatologia Experimental
pela Faculdade de Medicina da Universidade
de São Paulo.
Endereço para correspondência: Adriana
de Sousa. Centro de Docência e Pesquisa
do Departamento de Fisioterapia,
Fonoaudiologia e Terapia Ocupacional da
Faculdade de Medicina da Universidade de
São Paulo. Rua Cipotânea, 51.05508-900.
São Paulo, SP.
(2)
RESUMO: Este artigo descreve o caso
de u m a paciente c o m diagnóstico de
n e u r o m a d e M o r t o n n o terceiro n e r v o
interdigital do pé esquerdo, com
dificuldades para realização das
atividades d e v i d a diária decorrente d e
dor intensa em antepé esquerdo,
encaminhada
para
tratamento
fisioterapêutico. A p ó s o t r a t a m e n t o ,
q u e consistiu d e aplicação d o ultra-som
e cinesioterapia, verificou-se m e l h o r a
d a d o r e d a s atividades d e v i d a diária
da paciente, permanecendo após 6
meses d e tratamento.
ABSTRACT: T h i s article describes a
case of a pacient with diagnosis of
M o r t o n ' s n e u r o m a in the third
interdigital n e r v e o f t h e left foot, w h o
was referred to Physical Therapy
treatment. The patient presented
i n t e n s e left forefoot p a i n , l e a d i n g to
difficulties i n activities o f daily living.
After treatment, which consisted o f
ultrasound
application
and
kinesiotherapy, there w a s a marked
i m p r o v e m e n t in pain relief a n d
activities o f daily living, continuing for
6 months.
DESCRITORES:
Fisioterapia/
métodos. Terapia por ultrassom/
métodos. Neuroma/reabilitação.
KEYWORDS:
Physical therapy/
methods. Ultrasonic therapy/methods.
Neuroma/rehabilitation.
INTRODUÇÃO
0
n e u r o m a de M o r t o n é u m a causa
r e l a t i v a m e n t e freqüente de dor em
antepé . É uma neuropatia degenerativa,
de causa mecânica, que acomete preferencialmente o
terceiro nervo interdigital, mas pode acometer,
também, o segundo nervo .
13
1,2
4
Thomas Morton , em 1876, foi o primeiro a
descrever os sintomas desta afecção. O quadro clínico
caracteriza-se por dor, entorpecimento e/ou a sensação
de "queimação" na região distai, em geral, do terceiro
espaço i n t e r m e t a t a r s i a n o , que p o d e irradiar
transversalmente por todo o antepé. Comumente, a dor
é agravada pela deambulação prolongada ou com o
uso de calçados não-fisiológicos, como os modelos de
salto alto ou com bico fino ' . Geralmente, a incidência
é maior entre as mulheres e, sugere-se que esteja
relacionada com o uso desses calçados femininos .
1,2 5
12,5
Alguns autores atribuem ao papel do ligamento
intermetatarsiano transverso na compressão do nervo
i n t e r d i g i t a l ' e outros acreditam que a bursa
intermetatarsiana também poderia agir neste mesmo
sentido, produzindo a inflamação do nervo . Estudos
histológicos revelam um processo de desmielinização
e fibrose neural, além de fibrose e degeneração
fibrinóide dos tecidos moles perineurais . Outros
autores relatam que este processo reativo fibroblástico
perineural e intraneural estão relacionados aos
microtraumatismos apresentados na marcha .
1
2,6
7,8
2,9,10
pacientes que realizaram o primeiro estágio, 4 1 % (47
pacientes) destes melhoraram com o educativo, não
necessitando da continuação do tratamento. Cinqüenta
e oito pacientes prosseguiram para o estágio dois, no
qual receberam a aplicação de anestésico local e
corticosteróide no espaço afetado, sendo que 27
pacientes obtiveram alívio da dor. Houve 24 pacientes
que prosseguiram para o terceiro estágio por não
obterem melhora significativa da dor através dos dois
estágios anteriores, sendo que 23 pacientes tiveram
alívio dos sintomas através da ação educativa, injeção
de anestésico/corticosteróide local e excisão cirúrgica
do nervo interdigital afetado. Neste sentido, os autores
discutem o tratamento não-cirúrgico prévio como
sendo de significativa importância para pacientes com
neuroma de Morton. Além disso, mostraram que 85%
dos pacientes se beneficiaram com este protocolo de
tratamento, sendo a excisão cirúrgica o método que
mostrou maior eficácia (96% ou 23 de 24 pacientes
que realizaram a cirurgia de excisão do neuroma
obtiveram melhora da dor). Entretanto, este protocolo
não mostrou os resultados a longo prazo.
O objetivo deste trabalho é descrever um relato
de caso de uma paciente com diagnóstico clínico de
Neuroma de Morton no terceiro nervo interdigital do
pé e s q u e r d o s u b m e t i d a apenas a t r a t a m e n t o
físioterapêutico.
CASO
1
Os estudos, encontrados na literatura a respeito
do tratamento do neuroma de Morton, consistem na
orientação a respeito da patologia, no uso de calçados
adequados e de palmilhas para diminuição da
sobrecarga, na aplicação de infiltrações locais de
anestésico ou corticosteróide e na excisão cirúrgica
do neuroma
" .
Bennett et al. realizaram um estudo de avaliação
da eficácia de um protocolo de tratamento em 115
pacientes com neuroma de Morton. O protocolo
consistia em três estágios, sendo o primeiro centrado
na educação do paciente com modificações do tipo de
calçado e o uso de palmilhas para diminuição da
pressão na cabeça dos metatarsals. O segundo estágio
consistia na injeção de anestésico local (Xylocaina
2mL) e corticosteróide (Aristocort 40mg/mL) no local
afetado e, por último, se persistissem os sintomas, seria
realizada a excisão cirúrgica do nervo interdigital
inflamado. Os autores mostraram que dos 115
1,2,5,6,8,10
13
13
Paciente com 36 anos de idade, sexo feminino,
branca, sedentária, técnica contábil financeira foi
encaminhada ao Serviço de Fisioterapia do Centro de
Docência e Pesquisa da FMUSP, com diagnóstico
clínico de neuroma de Morton no terceiro nervo
interdigital do pé e s q u e r d o , referindo dor e
"dormência" na região plantar e dorsal do quarto
pododáctilo até a cabeça do quarto metatarsal do pé
esquerdo. Relatava que a dor era constante, porém,
durante a realização de algumas atividades, como
dirigir o automóvel ou andar por tempo prolongado
utilizando qualquer tipo de calçado fechado, mesmo
os mais confortáveis como tênis, o sintoma doloroso
amplificava-se, irradiando para a região do músculo
triceps da perna do m e m b r o inferior afetado.
Consequentemente, necessitava sentar-se e massagear
a região do quarto metatarsal e pododáctilo para aliviar
a dor e a "dormência".
Na palpação, apresentava dor na região plantar
entre o tefceiro e q u a r t o metatarsals d o p é e s q u e r d o
e referia d i m i n u i ç ã o da sensibilidade tátil d o quarto
pododáctilo do pé esquerdo comparado ao do pé
direito.
A p r e s e n t a v a e n c u r t a m e n t o s m u s c u l a r e s da
cadeia posterior, predominantemente do músculo
triceps da p e r n a e da cadeia ântero-interna da bacia,
além de alterações posturais nos pés c o m hálux
esquerdo valgo e pés planos.
O o b j e t i v o d o t r a t a m e n t o fisioterapêutico foi
d i m i n u i r a dor, m e l h o r a r a sensibilidade local e o
p a d r ã o p o s t u r a l . P a r a i s s o , f o r a m r e a l i z a d a s 12
sessões de fisioterapia, com dois atendimentos
s e m a n a i s e d u r a ç ã o de u m a h o r a cada. O t r a t a m e n t o
consistiu em aplicação do ultra-som, c o m intensidade
de 0,6W7cm , freqüência de 1MHz, de m o d o
contínuo, c o m duração de 5 m i n u t o s na região plantar
entre o terceiro e quarto m e t a t a r s o s d o p é e s q u e r d o
(Figura 1). A p ó s a aplicação d o ultra-som foi realizada
a cinesioterapia, p r i n c i p a l m e n t e c o m o a l o n g a m e n t o
das cadeias m u s c u l a r e s e n c u r t a d a s , c o m correção do
apoio plantar e c o m distribuição d o p e s o , através de
exercícios de p r o p r i o c e p ç ã o n a p o s t u r a ortostática,
associado à c o n s c i e n t i z a ç ã o corporal c o m auxílio de
um espelho.
2
DISCUSSÃO
A literatura d e s c r e v e q u e o t r a t a m e n t o eletivo
do n e u r o m a de M o r t o n consiste, na maioria dos casos,
em excisão cirúrgica do neuroma. Entretanto, o
procedimento cirúrgico n e m s e m p r e p r o m o v e o alívio
dos sintomas, ou seja, h á u m a p r o b a b i l i d a d e d e 1 0 %
a 2 0 % de recorrência dos sintomas em casos primários
e de 2 0 % a 4 0 % de probabilidade em casos
secundários . O insucesso do procedimento pode
ocorrer por falhas técnicas cirúrgicas ou pela
persistência d o fator c a u s a i .
810
8 1 4
N e s t e e s t u d o d e c a s o , foi o b s e r v a d o q u e a
paciente obteve melhora dos sintomas após 10 sessões
de fisioterapia, a qual foi m a n t i d a p o r seis m e s e s após
o término
do t r a t a m e n t o .
O
tratamento
fisioterapêutico
consistiu na a p l i c a ç ã o do ultra-som,
na cinesioterapia c o m a l o n g a m e n t o dos m ú s c u l o s das
cadeias e n c u r t a d a s , c o m c o r r e ç ã o d o a p o i o plantar e
c o m distribuição de p e s o n o s m e m b r o s inferiores na
postura ortostática, associada à conscientização
corporal.
O ultra-som t e m sido u m recurso m u i t o utilizado
n a fisioterapia. O seu e m p r e g o n o t r a t a m e n t o d e
n e u r o m a s de a m p u t a ç õ e s t e m p r o d u z i d o resultados
s i g n i f i c a n t e s ' . U y g u r e S e n e r r e a l i z a r a m estudo
para verificar a eficácia d o u l t r a - s o m n o t r a t a m e n t o
de n e u r o m a s de a m p u t a ç ã o abaixo d o j o e l h o . A o final
de 10 sessões de aplicação, o s r e s u l t a d o s m o s t r a r a m
q u e t o d o s os p a c i e n t e s (n = 7) o b t i v e r a m d i m i n u i ç ã o
significativa da d o r e m e l h o r a n o s p a r â m e t r o s da
marcha com a prótese. Kitchen e Partridge sugerem
que a eficácia do ultra-som no tratamento dos
n e u r o m a s , consiste n a p r o p r i e d a d e d o u l t r a - s o m e m
favorecer a reparação do tecido nervoso lesado,
m o d i f i c a n d o os níveis de dor.
516
16
17
1
S e g u n d o r e l a t o v e r b a l da p a c i e n t e , h o u v e
m e l h o r a p r o g r e s s i v a do q u a d r o álgico e da
sensibilidade ao longo do tratamento, até total
ausência da dor e sensibilidade n o r m a l c o m p a r a d a
ao p é contralateral na d é c i m a sessão. Seis m e s e s após
o t é r m i n o do t r a t a m e n t o fisioterapêutico, a
físioterapeuta
r e s p o n s á v e l ligou à paciente, q u a n d o
através d e relato verbal d a m e s m a , c o n f i r m o u - s e q u e
m a n t i v e r a m - s e os r e s u l t a d o s o b t i d o s n o final da
fisioterapia.
Pericé aponta a possibilidade de que transtornos
esqueléticos, c o m o p é s p l a n o s ou insuficiência d o
arco transverso, p o d e m coexistir e predispor ao
sintoma de dor do n e u r o m a de M o r t o n . N e s t e sentido,
alguns trabalhos s u g e r e m a o r i e n t a ç ã o d o p a c i e n t e
para o uso de palmilhas . Ocasionalmente, o uso
destas p o d e ser desconfortável
e outros
p r o c e d i m e n t o s d e v e m ser a d o t a d o s .
13
A paciente deste estudo a p r e s e n t a v a alteração
postural nos pés - pés planos - e p o r isso, os exercícios
orientados foram d i r e c i o n a d o s t e n d o e m vista esta
alteração a l é m d e outros e n c u r t a m e n t o s m u s c u l a r e s
importantes também presentes. Outro fato observado
neste estudo, foi que a cinesioterapia associada à
conscientização corporal promoveram, também,
m u d a n ç a s nos h á b i t o s de vida da p a c i e n t e .
Curiosamente, após o término do tratamento, a
paciente relatou que continuou a seguir as orientações
feitas pela fisioterapeuta para a realização dos
exercícios ensinados.
Este estudo de caso sugere que, o ultra-som
associado à cinesioterapia e orientações adequadas,
podem ser considerados recursos importantes no
tratamento do neuroma de Morton.
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DISSERTAÇÃO DE MESTRADO
Caracterização clínico-funcional do
equilíbrio em idosos portadores de
diabetes mellitus tipo 2
Clinical-functional characterization of
balance in elderly w i t h diabetes
mellitus type 2
Renata Cereda
(1)
0
Cordeiro '
Mestre em Reabilitação pela Universidade Federal de São Paulo / Escola Paulista
de Medicina.
Endereço para correspondência:
Lar
Escola São Francisco - Setor d e
Reabilitação Gerontológica. Rua dos
Açores,
310.
Jardim
Luzitânia.
04032-060
São
Paulo,
SP.
e-mail: [email protected]
RESUMO: O p r e s e n t e e s t u d o teve p o r
objetivo caracterizar o c o m p o r t a m e n t o
clínico-funcional do equilíbrio em
idosos p o r t a d o r e s d e diabetes m e l l i t u s
tipo 2 residentes n a c o m u n i d a d e e e m
acompanhamento ambulatorial, associando esse desempenho a variáveis
s ó c i o - d e m o g r á f i c a s , clínicas e funcionais. Trata-se d e u m estudo transversal
descritivo, c o m a participação de 91
idosos (voluntários) de dois serviços d e
s a ú d e ligados à atividade universitária,
c o m idades a partir dos 6 5 anos. F o r a m
c o n s i d e r a d o s inelegíveis p a r a o e s t u d o
os idosos que a p r e s e n t a v a m déficit
cognitivo manifesto pela incapacidade
e m c o m p r e e n d e r c o m a n d o s verbais ou
imitar m o v i m e n t o s , acuidades visual ou
auditiva gravemente diminuídas e
incapacitantes, amputações, ausência
de deambulação independente e
l o c o m o ç ã o p o r cadeira d e r o d a s , a l é m
d e etilismo crônico. A avaliação funcional d o equilíbrio foi realizada p o r
m e i o d e instrumentos previamente validados, encontrados na literatura " B a l a n c e Scale ( B S ) " e " T i m e d U p and
G o Test ( T U G T ) " . A análise dos dados
ocorreu através de estatística descritiva
e de grau das associações entre essas duas
variáveis de equilíbrio consideradas
quantitativas (escores totais) e categóricas
e as outras variáveis d o estudo, c o m a
utilização dos testes Qui-quadrado, Exato
de Fisher, A N O VA, teste t para amostras
independentes e Coeficiente de
Correlação de Pearson (p < 0,05). O teste
"Balance
S c a l e " foi
analisado
descritivamente em cinco dimensões
definidas neste estudo: transferências,
provas estáticas, alcance funcional,
componentes rotacionais e base de
sustentação diminuída. C o m o resultados,
encontraram-se comprometimentos
Cordeiro, R.C. Caracterização clínico-funcional do equilíbrio em idosos de diabetes mellitus tipo 2.
p r e d o m i n a n t e m e n t e n a s d i m e n s õ e s relacionadas a o alcance
funcional e à diminuição d a b a s e d e sustentação. Associações
estatisticamente significantes foram encontradas entre os dois
referidos testes e medidas de capacidade funcional
(dificuldade e m atividades cotidianas e u s o d e dispositivo
d e auxílio à m a r c h a ) , m e d i d a s clínicas d e função s o m a tossensorial (sensibilidade proprioceptiva, vibratória e
cutâneo-protetora) e a queixa d e dor e m m e m b r o s inferiores.
A p r e s e n ç a d e q u e d a n o s ú l t i m o s seis m e s e s associou-se às
categorias d a B S , estabelecidas c o n f o r m e a p o n t u a ç ã o d e
corte previamente determinada para risco de queda,
c o r r o b o r a n d o d a d o s d a literatura n o q u e se refere a o idoso
d a c o m u n i d a d e . A ú n i c a d i m e n s ã o d o equilíbrio funcional
a s s o c i a d a a o e v e n t o d e q u e d a n e s s a a m o s t r a foi o a l c a n c e
funcional. O u t r a s m e d i d a s d e s i g n a d a s à avaliação clínica e
f u n c i o n a l d o e q u i l í b r i o ( e s t r a t é g i a s e " C l i n i c a l Test o f
Sensory Interaction and Balance") também mostraram
associar-se à B S e a o T U G T . A s correlações tanto clínica
quanto estatisticamente significantes existentes entre o
equilíbrio funcional e a integração sensorial s u g e r e m u m
c o m p r o m e t i m e n t o m u l t i s s e n s o r i a l d e s s e s sujeitos. C o m o
esperado, as d u a s m e d i d a s funcionais d e equilíbrio funcional
estiveram fortemente correlacionadas, concordando c o m
resultados d e estudos anteriores, o q u e reafirma a utilidade
clínica d e s s e s i n s t r u m e n t o s p a r a e s s a p o p u l a ç ã o .
DESCRITORES: I d o s o . D i a b e t e s mellitus n ã o insulinod e p e n d e n t e / p a t o l o g i a . Equilíbrio. R e a b i l i t a ç ã o .
ABSTRACT: T h e m a i n p u r p o s e o f the p r e s e n t study w a s to
characterize t h e clinical-functional b e h a v i o r o f b a l a n c e in
diabetes mellitus type 2 c o m m u n i t y - d w e l l i n g elders w h o
w e r e b e i n g followed-up in a a m b u l a t o r y basis at a university
setting. T h e balance performance w a s associated to
d e m o g r a p h i c , c l i n i c s a n d f u n c t i o n a l v a r i a b l e s . It is a
inability to understand verbal c o m m a n d s or to imitate
m o v e m e n t s , a very p o o r vision or hearing seriously decreased
and disabled, amputations, absence of independent
ambulation and locomotion depending o n wheelchair or
either c h r o n i c a l c o h o l i s m . T h e functional e v a l u a t i o n o f the
balance w a s accomplished through instruments validated
previously, found in the literature - B a l a n c e s Scale (BS) a n d
T i m e d U p a n d G o Test ( T U G T ) . It w a s u s e d descriptive
statistics analysis a n d a p p r o p r i a t e analysis for t h e d e g r e e o f
the associations a m o n g those t w o balance variables
c o n s i d e r e d quantitative (total scores) a n d categorical, w i t h
use of the follow tests: Chi-square, Fisher's exact,
independent-samples t test, A N O V A and Pearson Correlation
Coefficient ( p £ 0,05). T h e B S w a s descriptively a n a l y z e d
in five defined d i m e n s i o n s in this study: transfers, static
proofs, functional reach, rotatory c o m p o n e n t s a n d r e d u c e d
base of support. A s results, the subjects w e r e impaired mainly
in t h e d i m e n s i o n s related to t h e functional r e a c h a n d to t h e
decrease of the b a s e of support. Significant associations w e r e
found b e t w e e n the t w o referred tests a n d m e a s u r e s o f
functional c a p a c i t y (difficulty in daily activities a n d u s e o f
gait assistive d e v i c e ) , clinical m e a s u r e s o f s o m a t o s e n s o r i a l
function (proprioceptive, vibratory and protective
sensibility) a n d to t h e p a i n c o m p l a i n t i n l o w e r e x t r e m i t i e s .
Fall in t h e last s i x m o n t h s w e r e a s s o c i a t e d t o l o w e r s c o r e s
in B S , e s t a b l i s h e d a c c o r d i n g t o t h e cutoff-point p r e v i o u s l y
c e r t a i n for fall risk, c o r r o b o r a t i n g d a t a o f t h e literature in
w h a t refers t o t h e c o m m u n i t y - d w e l l i n g e l d e r s . F u n c t i o n a l
r e a c h w a s t h e o n l y d i m e n s i o n o f b a l a n c e a s s o c i a t e d t o fall.
Strategies evaluation a n d the Clinical Test o f Sensory
Interaction a n d B a l a n c e also s h o w e d a s s o c i a t i o n to B S a n d
T U G T . T h i s last result s u g g e s t a m u l t i s e n s o r i a l d i s t u r b a n c e
o f these subjects. A s e x p e c t e d , t h e t w o functional m e a s u r e s
o f functional b a l a n c e w e r e s t r o n g l y c o r r e l a t e d , a g r e e i n g
w i t h results o f p r e v i o u s s t u d i e s , that p o i n t s o u t t h e clinical
usefulness o f t h o s e i n s t r u m e n t s for t h a t p o p u l a t i o n .
descriptive cross-sectional study, with the 91 elders
(volunteers), 65 years. T h e senior w e r e considered ineligible
KEYWORDS:
for t h e study if t h e y h a d a cognitive deficit related to t h e
dependent/pathology. E q u i l i b r i u m . Rehabilitation.
Aged. Diabetes Mellitus, non-insulin-
MONOGRAFIAS
Avaliação dos modos de ventilação
M
a
pulmonar mecânica e parâmetros
ventilatórios utilizados nas Unidades de
Terapia Intensiva do Hospital das
Clínicas - FMUSP
n
Renata M. Martinelli'
Carlos Roberto Ribeiro de
0 )
2
Carvalho' '
Acadêmica de Fisioterapia
> Docente. Departamento de Fisioterapia, Fonoaudilogia e Terapia Ocupacional
da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo.
Endereço para correspondência:
Centro de Docência e Pesquisa em Terapia
Ocupacional do Departamento de Fisioterapia, F o n o a u d i o l o g i a e Terapia
Ocupacional da Faculdade de Medicina
da Universidade de São Paulo. Rua
Cipotânea, 51. 0 5 5 0 8 - 9 0 0 . São Paulo,
SP. e-mail: [email protected]
(2
RESUMO: O uso da ventilação mecânica
(VM) vem crescendo de forma acelerada nos
últimos anos, representando atualmente
uma das mais freqüentes modalidades
terapêuticas empregadas nas Unidades de
T e r a p i a I n t e n s i v a ( U T I ) . Os m o d o s
v e n t i l a t ó r i o s têm sido e s t u d a d o s e
comparados a fim de que se encontre uma
maneira menos agressiva, do ponto de vista
fisiológico, e mais eficaz, do ponto de vista
clínico, para o paciente. Este estudo
observacional, prospectivo (estudo de
corte), acompanhou todos os pacientes
adultos que permaneceram sob VM por mais
de 24h nas UTIs do Instituto Central do
Hospital das Clínicas da Faculdade de
Medicina da Universidade de São Paulo, no
período de 1 de maio a 31 de agosto de
2001. Através do preenchimento de uma
ficha de avaliação foram identificados os
modos ventilatórios [limitados à pressão
versus volume assistido/controlado
(VAC)] e os parâmetros do ventilador
utilizados no Hospital. Os resultados
encontrados mostraram que os m o d o s
l i m i t a d o s à p r e s s ã o foram os m a i s
utilizados nas U T I s , sendo a pressão
controlada aplicada 5 5 % das vezes no
primeiro dia de VM e o modo VAC em
10%. Dentre os parâmetros ventilatórios,
verificou-se um volume corrente (VT)
maior nos pacientes ventilados no modo
pressão controlada (cerca de 7 a 8 mL/kg).
Esses dados encontrados vão de acordo
com a atual tendência mundial em limitar
as pressões e reduzir o VT, ou seja, a
"ventilação mecânica protetora". Apesar
disso, ainda observamos uma mortalidade
elevada (66,9%), talvez indicando que
outros fatores, por exemplo a PEEP baixa
utilizada, possam estar interferindo
negativamente num melhor resultado.
DESCRITORES: Estudos de avaliação. Respiração artificial. Ventilação mecânica. Unidades de terapia intensiva.
KEYWORDS:
care units.
Evaluation studies. Respiration artificial. Pulmonary ventilation. Intensive
Relação entre alteração postural e
lesões do aparelho locomotor em
crianças jogadoras de futsal
Cintia Zucareli Pinto Ribeiro'"
Paula Marie Hanai Akashi'
Félix Ricardo Andrusaitis' '
André Pedrinelli' '
Isabel de Camargo Neves
Sacco
(orientadora)' '
n
2
3
4
( , )
Acadêmica de Fisioterapia.
Fisioterapeuta.Instituto de Ortopedia e
Traumatologia da Faculdade de Medicina
da Universidade de São Paulo.
M é d i c o . Instituto de Ortopedia e
Traumatologia da Faculdade de Medicina
da Universidade de São Paulo.
Docente do Departamento de Fisioterapia, Fonoaudiologia e Terapia Ocupacional
da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo.
Endereço para correspondência:
Rua
Cipotânea, 5 1 . Cidade Universitária.
São Paulo, SP. 0 5 3 6 0 - 0 0 0 . e-mail:
[email protected]
(2)
( 3 )
(4)
RESUMO'. A prática esportiva atualmente
tem se iniciado em idades cada vez mais
precoces, o que pode gerar alterações no
alinhamento postural de atletas, decorrentes
do treinamento precoce, uma vez que o
organismo das crianças ainda está em fase
de desenvolvimento, sendo mais suscetíveis
a sobrecargas externas e conseqüentemente
a lesões osteo-mioarticulares. Desta forma,
este estudo teve como objetivo verificar a
relação entre as alterações posturais e as
lesões do aparelho locomotor decorrente da
prática do futsal, em atletas de 9 a 16 anos.
Foram avaliados 50 atletas de futsal do sexo
masculino, voluntários, federados, com
idade entre 9 e 16 anos, da Sociedade
Esportiva Palmeiras. Os atletas e seus
responsáveis tomaram conhecimento do
protocolo de pesquisa através de um termo
de consentimento, assinado posteriormente
pelos seus responsáveis. Estes atletas foram
divididos em 2 grupos: os que sofreram
alguma lesão osteomioarticular decorrente
da prática do futsal (grupo 1), e os que não
sofreram lesão (grupo 2). Foi realizada uma
avaliação inicial, através de um questionário sobre dados antropométricos, posição
em q u e j o g a , t e m p o de t r e i n a m e n t o ,
freqüência de treinamento, lesões prévias
decorrentes do esporte e possíveis seqüelas
dessas lesões. Após esta etapa, foi realizada
uma avaliação postural através de um
protocolo elaborado para avaliar o
alinhamento postural e encurtamentos
musculares, baseado em Kendall (1995).
Observou-se que tanto o grupo 1 quanto o
grupo 2 apresentaram diversas alterações
posturais. Dentre as mais significativas,
observou-se a maior incidência de pés
planos em ambos os grupos, assim como
uma maior incidência de joelhos valgos.
Observou-se ainda um alta incidência de
desalinhamento da coluna lombar, nos
atletas do grupo 1, c o n c o r d a n d o com
Watson (1983) que em estudo de caso com
j o g a d o r e s de futebol, rugby e futebol
americano observou que apenas 2 6 , 5 %
desses atletas apresentavam alinhamento da
coluna lombar preservado. Em relação as
lesões sofridas pelos atletas do grupo 1,
verificou-se que o segmento corpóreo mais
acometido é o tornozelo (45,2% do total
de lesões), seguido do joelho (19% do total
das lesões), sendo o entorse e a fratura/
luxação as lesões mais comuns, ambas com
26,2% do total de lesões, seguidas do
entorse, com 21,4% do total de lesões.
Relacionando as lesões a as alterações
posturais encontradas, pode-se concluir que
a alteração postural predis-põe à lesão
osteomioarticular, uma vez que a alteração
postural gera-uma sobrecarga nas estruturas
periarticulares, favorecendo a ocorrência da
lesão. Sendo assim, u m a intervenção
fisioterapêutica é importante na orientação
postural para estes atletas, diminuindo o
risco da ocorrência de lesões.
DESCRITORES:
T r a u m a t i s m o s em a t l e t a s / p o s t u r a . Esforço físico. C r i a n ç a .
Fisioterapia/métodos.
KEYWORDS:
Athletic injuries/posture. Exertion. Child. Physical therapy/methods.
Avaliação das alterações músculoesqueléticas em pacientes com DPOC:
correlação com a gravidade da doença
(1>
Silvana Caravaggi
Amélia Pasqual Marques
Alberto Cukier^
Rafael Stelmach
Celso Ricardo Fernandes Carvalho
(2)
(3)
(2)
<" Acadêmica de Fisioterapia.
> D o c e n t o s do Departamento de
Fisioterapia Fonoaudiologia e Terapia
Ocupacional da Faculdade de Medicina
da Universidade de São Paulo.
Médico Assistente da Disciplina de
Pneumologia do Hospital das Clínicas da
Faculdade de Medicina da Universidade
de São Paulo.
Endereço para correspondência:
Rua
Cipotânea, 51. Cidade Universitária. São
Paulo,
SP.
05360-000.
e-mail:
[email protected]
(2
RESUMO: Introdução: A obstrução das vias
aéreas leva a uma progressiva sobrecarga
ventilatória e à hiperinsuflação pulmonar que
p o d e o c a s i o n a r alterações m ú s c u l o esqueléticas que acreditamos modificar a
lonogo prazo a postura estática do indivíduo.
Objetivo: O objetivo do presente estudo foi
avaliar as alterações músculo-esqueléticas em
indivíduos com Doença Pulmonar Obstrutiva
C r ô n i c a ( D P O C ) e verificar se estas
alterações estão correlacionadas com a
gravidade da doença. Casuística: Foram
avaliados 47 homens com idade superior a
50 anos, divididos em três grupos: 15
indivíduos saudáveis (gr. controle), 17 com
DPOC leve (gr. DPOCleve) e 15 com DPOC
grave (gr. DPOCgrave). A severidade do
DPOC foi baseada em critérios previamente
estabelecidos (ATS, 1995). Os pacientes eram
oriundos do ambulatório de Pneumologia do
Hospital das Clínicas da FMUSP e todos os
sujeitos foram submetidos a uma avaliação
q u a n t i t a t i v a das cadeias m u s c u l a r e s ,
objetivando quantificar as alterações em cinco
cadeias musculares: ântero-interna do ombro,
anterior do braço, inspiratória, ântero-interna
do quadril e posterior, de acordo com um
0 )
protocolo previamente elaborado baseado
em avaliação goniométrica (Berto, 1999).
Realizaram também uma prova de função
p u l m o n a r c o m p l e t a por m e i o de
pletismografia. Os dados da avaliação
postural foram comparados, utilizando-se
análise de variância (ANOVA) entre os três
grupos. A correlação entre a postura e a
função pulmonar foi avaliada por meio de
análise de correlação linear. Resultados:
Nossos dados mostram que os pacientes
com DPOC não apresentaram nenhuma
alteração nas cadeias ântero-interna do
ombro e ântero-interna do quadril. Porém,
foram encontradas diversas alterações tais
como: diminuição da mobilidade torácica
xifoídea, aumento da lordose cervical,
elevação de ombros, diminuição do ângulo
coxo-femoral e diminuição da mobilidade
da coluna vertebral em pacientes com
DPOC.
85%
destas
alterações
a p r e s e n t a v a m u m a c o r r e l a ç ã o com a
o b s t r u ç ã o das vias a é r e a s ( V E F 1 ) .
Conclusão: Nossos dados sugerem que
pacientes com DPOC apresentam
alterações músculo-esqueléticas que devem
ser decorrente da sobrecarga ventilatória.
DESCRITORES: Obstrução das vias respiratórias. Doenças musculoesqueléticas. Estudos de avaliação.
KEYWORDS:
Airway obstruction. Musculoskeletal diseases. Evaluation studies.
Eficácia da massoterapia em pacientes
portadores de fibromialgia
Susan Lee King Yuan'"
Luciana Akemi Matsutani
Amélia Pasqual Marques' *
<2>
5
(1)
Acadêmica do curso de Fisioterapia.
Fisioterapeuta. Mestranda em Ciências.
Área de Concentração: Fisiopatologia
Experimental.
<> Docente do Departamento de Fisioterapia, F o n o a u d i o l o g i a
e Terapia
Ocupacional da Faculdade de Medicina
da Universidade de São Paulo.
Endereço para correspondência:
Rua
Cipotânea, 51. Cidade Universitária. São
Paulo,
SP.
05360-000.
e-mail:
[email protected]
(2)
3
RESUMO: Introdução: Fibromialgia é uma
síndrome caracterizada por dor difusa e dor
em, no mínino, onze de dezoito tender
points, podendo estar associada a distúrbios
do sono, rigidez muscular, fadiga, estresse
psicológico, entre outros, e uma qualidade
de vida diminuída. Objetivo: Propôs-se
verificar a eficácia da massoterapia no
tratamento da fibromialgia, avaliando seus
efeitos em relação ao limiar de dor nos tender
points, à dor, ansiedade e qualidade de vida.
Metodologia: Participaram desse estudo
quatro sujeitos. Três deles foram submetidos a massagem de fricção de oito tender
points (occipital, trapézio, 2
art
costocondral e supraespinhoso bilateralmente) e um foi submetido a massagem
a
DESCRITORES:
KEYWORDS:
de deslizamento superficial e profundo na
região de cintura escapular e coluna cervical.
Resultados e discussão: Em pacientes com
limiar de dor mais baixo, os dois tipos de
massagem mostraram-se eficientes para
aumentar o limiar de dor nos tender points.
Em pacientes com limiar de dor inicial mais
alto, a massoterapia mostrou-se menos
eficiente para elevar os limiares de dor.
Observou-se que a massoterapia provoca
um aumento gradual e cumulativo do limiar
de dor, além de imediatamente ampliar o
l i m i a r de d o r n o s t e n d e r p o i n t s . A
massoterapia apresentou-se eficiente na
redução da intensidade da dor e melhora da
qualidade de vida. Não foi possível sugerir
efeitos da massoterapia sobre a ansiedade.
Terapias alternativas. Fibromialgia/terapia.
Alternative therapies. Fibromyalgia/therapy.
A eficácia da reeducação postural global na melhora da amplitude articular,
flexibilidade e funcionalidade dos
pacientes com espondilite anquilosante
0
Mariana Vulcano Siqueira'
Amélia Pasqual Marques (Orientadora/ '
2
RESUMO: A espondilite anquilosante é
uma doença crônica, de natureza inflamatória,
que acomete, predominantemente, indivíduos do sexo masculino. Sua etiologia ainda
não é totalmente conhecida. Sabe-se, no
entanto, que componentes genéticos estão
envolvidos. Atinge, principalmente, a coluna
vertebral (além de outras articulações),
levando à progressiva diminuição de seus
movimentos e a deformidades. A gravidade
destas depende da intensidade da doença e
de hábitos posturais do paciente. Logo, o
diagnóstico precoce, seguido de orientações,
é essencial para evitar posturas viciosas que
prejudiquem atividades de vida diária como,
por exemplo, a marcha. O tratamento mais
usual envolve medicamentos e fisioterapia.
Este trabalho teve como objetivo verificar a
influência da fisioterapia na amplitude articular, na flexibilidade e na funcionalidade
dos pacientes com espondilite anquilosante.
Participaram da pesquisa dois sujeitos do
sexo masculino, que foram submetidos a
alongamentos globais, utilizando-se a técnica
de Reeducação Postural Global. Os pacientes
foram avaliados antes do tratamento, após a
quinta sessão e ao final da intervenção. Nestas
avaliações, foram medidas as amplitudes de
movimento do quadril, ombros e coluna vertebral, além de serem aplicados testes de
flexibilidade (Stibor, Schober, Sinal da Flecha
de Forestier e distância do terceiro dedo ao
solo). O t r a t a m e n t o fisioterapêutico
consistiu de sessões de Reeducação Postural
Global, em que foram realizados alongamentos das cadeias musculares encurtadas.
O tratamento fisioterapêutico mostrou-se
eficaz no ganho de amplitude articular de
ombros e quadris, enquanto a flexibilidade
obteve melhora muito discreta e a funcionalidade não sofreu alteração com o tratamento.
Conclusão: o tratamento fisioterapêutico é
eficaz no ganho de amplitude articular de
ombros e quadris, mesmo em pacientes com
maior tempo de doença; a flexibilidade e a
f u n c i o n a l i d a d e não sofrem a l t e r a ç ã o
importante, devido à anquilose óssea e a uma
possível adaptação sofrida pelos pacientes.
(1)
Acadêmica de Fisioterapia.
Docente do Departamento de Fisioterapia, F o n o a u d i o l o g i a
e Terapia
Ocupacional da Faculdade de Medicina
da Universidade de São Paulo.
Endereço para correspondência:
Rua
Cipotânea, 51. Cidade Universitária. São
Paulo,
SP.
05360-000.
e-mail:
[email protected]
(2)
DESCRITORES:
E s p o n d i l i t e a n q u i l o s a n t e / t e r a p i a . M a n i p u l a ç ã o da c o l u n a .
Fisioterapia/métodos.
KEYWORDS:
methods.
Spondylitis ankylosing/ therapy. Manipulation spinal. Physical therapy/
Identificação de critérios para avaliação
do comportamento motor espontâneo de
crianças prematuras normais
Alessandra Palazzin"'
Odete de Fátima Sallas
0 }
<2>
Durigon
Acadêmica de Fisioterapia.
Docente do Departamento de Fisioterapia, F o n o a u d i o l o g i a
e Terapia
Ocupacional da Faculdade de Medicina
da Universidade de São Paulo.
Endereço para correspondência:
Rua
Cipotânea, 51. Cidade Universitária. São
Paulo,
SP.
05360-000.
e-mail:
[email protected]
RESUMO: Considerando-se a dificuldade em
se determinar um instrumento fidedigno de
avaliação do desenvolvimento infantil,
especialmente para crianças pré-termo, o
objetivo deste trabalho foi o de identificar
critérios para a avaliação do comportamento
motor espontâneo de crianças prematuras
normais, tendo como base o repertório motor
e sua evolução observada em trabalhos
anterior. Método: Este trabalho foi realizado
em 3 etapas: Etapa 1: Levantamento das
escalas de desenvolvimento infantil existentes
e dos itens relevantes de cada escala (faixa
etária, proposta central, escore e categorias
avaliadas); Etapa 2: Análise criteriosa dos
dados levantados na etapa 1 com base em
características relevantes para uma avaliação
c o m p l e t a do c o m p o r t a m e n t o motor,
definidas a partir de trabalhos anteriores;
Etapa 3: Identificação de critérios para a
a v a l i a ç ã o do c o m p o r t a m e n t o m o t o r
espontâneo de crianças prematuras normais
com base no repertório motor definido para
esta população. Resultados: Etapa 1: Foram
levantadas 16 escalas de desenvolvimento
infantil e, para cada escala os dados referentes
a faixa etária, proposta central, escore e
categorias avaliadas; Etapa 2: Não foi
encontrada nenhuma escala que avaliasse
todas as características para uma avaliação
c o m p l e t a do c o m p o r t a m e n t o m o t o r
(desenvolvimento infantil, comportamento
motor, crianças pré-termo, repertório motor,
potencial motor, movimento espontâneo,
pequenos progressos, evolução, parâmetros
de intervenção); Etapa 3: A partir do
repertório motor e sua evolução foram
levantadas oito evidências e, a partir destas,
propostas oito hipóteses dentro das quais
identificamos oito critérios de avaliação a
partir das variáveis: emissão de padrões
sinérgicos, combinação entre padrões
sinérgicos, número de membros utilizados,
predominância entre sinergia flexora /
extensora, assimetria e intencionalidade.
Conclusão: As observações de crianças
p r e m a t u r a s r e a l i z a d a s nos trabalhos
anteriores permitiram o estabelecimento de
critérios preliminares, para uma avaliação
mais sensível ao comportamento motor de
crianças pré-termo, baseado em hipóteses
que foram fundamentadas pelas evidências e
atenderam ao conceito de validade de
constructo j á que se encontravam de acordo
com os princípios e concepções que regem a
cinesiologia e fisiologia.
(2)
DESCRITORES:
infantil.
KEYWORDS:
Estudos de avaliação. Prematuro. Atividade motora. Desenvolvimento
Evaluation studies. Infant, premature. Motor activity. Child development.
Avaliação da incidência e causas da
ventilação mecânica e delineamento da
a
população sob esse tipo de tratamento nas unidades de terapia intensiva
(1>
Suzana Rosa Mendes
Carlos Roberto Ribeiro de Carvalho
(orientador)
0
RESUMO: Introdução'. Atualmente, a
ventilação mecânica é o recurso mais
utilizado nas Unidades de Terapia Intensiva
(UTIs) da grande maioria dos hospitais
como um meio de manutenção das trocas
gasosas e para evitar complicações devido
à ineficácia do sistema respiratório em
p a c i e n t e s c r í t i c o s , t o r n a r a m - s e um
importante motivo de estudo devido à
intensidade dos cuidados médicos e custos
associados aos pacientes sob esse tipo de
tratamento. O objetivo deste estudo é
descrever a população sob ventilação
mecânica nas Unidades de Terapia Intensiva
do Instituto Central do Hospital das Clínicas
da Faculdade de Medicina da Universidade
de São Paulo, identificando as causas que
levaram à necessidade da mesma, as vias
aéreas utilizadas para tal procedimento e a
evolução dos pacientes sob esse tipo de
tratamento. Métodos: Trata-se de um estudo
observacional prospectivo de pacientes
( i d a d e >16 a n o s ) q u e p e r m a n e c e r a m
internados em 9 UTIs do ICHC - FMUSP
(entre I de maio a 31 de agosto de 2001)
por um período > 24 horas. Os dados são
analisados em programa estatístico EpiInfo, versão 6.04. As variáveis categóricas
são comparadas através do teste de Quiquadrado e variáveis contínuas através de
teste t de Student. Resultados: A partir da
observação de 127 pacientes, verificou-se
que o sexo masculino prevaleceu sobre o
o
(1)
Acadêmica de Fisioterapia.
Docente do Departamento de Fisioterapia, Fonoaudiologia e Terapia Ocupacional
da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo.
Endereço para correspondência:
Rua
Cipotânea, 51. Cidade Universitária. São
Paulo,
SP.
05360-000.
e-mail:
[email protected]
<2)
sexo feminino representando 60,6% da
população. A idade média dos pacientes foi
de 51 anos e os índices prognósticos de
mortalidade SAPS II e LODS apresentaramse elevados nos pacientes que foram a óbito
(32 e 4,6, respectivamente). O tempo médio
de internação no HC-FMUSP foi de 7 dias
e o tempo de internação na UTI foi de 11
dias. A maioria (40%) dos pacientes foi
proveniente das enfermarias e as condições
clínicas foram as causas mais importantes
às admissões às UTIs (68%). Dos pacientes
que entraram nas UTIs, 65.9% estavam sob
antibioticoterapia e o foco pulmonar foi o
mais incidente totalizando 4 5 % dos casos.
A ventilação mecânica teve duração média
de 8 dias e a causa mais freqüente foi a
insuficiência respiratória aguda (64.8%). O
acesso às vias aéreas mais utilizado foi a
intubação oro-traqueal (84.5% dos casos).
Dos 127 pacientes observados, 85 evoluíram
para o óbito (66.9% do total). Em relação à
mortalidade a idade mostrou-se significante
(a idade média dos pacientes que foram a
óbito era de 53 anos). Conclusão: Apesar
dos resultados obtidos estarem relacionados
a u m a pequena amostra de pacientes,
p o d e m o s concluir que não só a idade
cronológica, como também a condição
clínica, o comprometimento de múltiplos
sistemas e a gravidade da doença são fatores
que interferem no prognóstico do paciente
e na sua evolução.
DESCRITORES: Unidade de terapia intensiva. Estudos de avaliação. Respiração artificial. Estudos prospectivos.
KEYWORDS:
studies.
Intensive care units. Evaluation studies. Respiration artificial. Prospective
Observação, identificação e descrição
a
*
a
a
do comportamento motor espontâneo
de crianças prematuras normais
Andréa Marcondes Palmier?"
Odete de Fátima S. Durigon
(2>
0 )
Acadêmica de Fisioterapia.
Docente do Departamento de Fisioterapia, Fonoaudiologia e Terapia Ocupacional
da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo.
Endereço para correspondência:
Rua
Cipotânea, 51. Cidade Universitária. São
Paulo,
SP.
05360-000.
e-mail:
[email protected]
(2)
RESUMO: Introdução: Este trabalho teve
c o m o o b j e t i v o i d e n t i f i c a r e definir
parâmetros seguros e funcionais à descrição do comportamento motor espontâneo
de crianças prematuras normais, com a
finalidade de identificar a existência de um
repertório motor que possa ser utilizado
como referência de normalidade nesta
p o p u l a ç ã o , u m a vez q u e u t i l i z a - s e a
c o m p a r a ç ã o do r e p e r t ó r i o m o t o r dos
prematuros com o de crianças nascidas a
t e r m o . Metodologia:
Analisou-se o
comportamento motor espontâneo em trinta
e uma filmagens, de dez minutos de duração
cada, de quatorze crianças prematuras,
consideradas normais ao nascimento pelo
Serviço de Neuropediatria do Hospital
Universitário da Universidade de São
Paulo, com idades corrigidas entre um e seis
meses. Todas as crianças tiveram o termo
de consentimento pós-informado assinado
pelos pais. Consideraram-se todos os
componentes do comportamento motor
destas crianças, excluindo-se aqueles
emitidos durante o sono ou em situações
de estresse. Adicionalmente, verificou-se
a relação existente entre a emissão e
objetivo funcional e/ou intencionalidade.
Os m o v i m e n t o s e x p r e s s o s
foram
inicialmente descritos conforme denomin a ç ã o relativa aos p l a n o s e eixos de
movimento (adução, abdução, e t c ) , mas,
como ocorriam principalmente com
c o m b i n a ç õ e s em v á r i a s a r t i c u l a ç õ e s
passou-se a denominálos também por
DESCRITORES:
KEYWORDS:
padrões sinérgicos de movimento, em
concordância com a concepção utilizada
em f i s i o l o g i a ( s i n e r g i a s f l e x o r a s e
extensoras); e quando ocorriam, se havia
ou não combinação dos mesmos em um
ou mais membros ou se eram emitidos de
forma simétrica ou assimétrica entre os
membros. Todas as observações foram
procedidas por quatro examinadores
independentes. Resultado: Baseando-se na
o b s e r v a ç ã o dos p e s q u i s a d o r e s h o u v e
consenso (100%) quanto ao resultado
obtido: a existência de dezesseis padrões
de movimentos sinérgicos, quatro para
cada membro, que ocorriam isolados ou
em todas as combinações possíveis, em
mais de um membro, simultaneamente.
Em todas as observações realizadas houve
a correlação do movimento com a intenção
de passar do decúbito dorsal para o lateral
(rolar). Verificou-se também a emissão de
movimentos isolados em extremidades
t a n t o nos m e m b r o s s u p e r i o r e s c o m o
inferiores. Conclusão: Pôde-se concluir
deste trabalho que as crianças prematuras
normais possuem um extenso repertório
motor, não necessariamente igual para todas
elas, porém sempre baseado em sinergias de
movimentos, sendo observado a intenção de
mudar de decúbito (rolar), desde o primeiro
mês de idade corrigida; e que, além destes
padrões sinérgicos de m o v i m e n t o , as
crianças mostram-se capazes de realizar
m o v i m e n t o s analíticos puros desde o
primeiro mês de idade corrigida.
Prematuro. Atividade motora. Observação.
Infant, premature. Motor activity. Observation.
Caracterização da postura, da
respiração, do condicionamento físico
e da qualidade de vida em pacientes
com Lupus Eritematoso Sistêmico
Andreia Hiromi Fuji to"'
Lisandra Cruz Ribeiro'
Eduardo F. Borba Neto
Célio R. Gonçalves' '
Celso R. Fernandes de Carvalho' '
Amélia Pasqual Marques' '
0
<2>
2
5
5
( , )
Acadêmicas de Fisioterapia.
Médicos do Hospital das Clínicas da
Faculdade de Medicina da Universidade
de São Paulo.
Docente do Departamento de Fisioterapia, F o n o a u d i o l o g i a
e Terapia
Ocupacional da Faculdade de Medicina
da Universidade de São Paulo.
Endereço para correspondência:
Rua
Cipotânea, 51. Cidade Universitária. São
Paulo,
SP.
05360-000.
e-mail:
[email protected]
(2)
(3)
RESUMO:
Introdução:
O Lupus
Eritematoso Sistêmico (LES) é uma doença
inflamatória crônica, auto-imune, de etiologia
d e s c o n h e c i d a , que a c o m e t e o tecido
conjuntivo. A t i n g e p r i n c i p a l m e n t e as
mulheres, tendo períodos de exacerbações
(fase ativa) e de remissão das manifestações
clínicas (fase inativa). Por atacar o tecido
conjuntivo, ela pode se manifestar nos
diversos s i s t e m a s , p r i n c i p a l m e n t e o
músculo-esquelético, respiratório e nervoso
debilitando a resistência física e a qualidade
de vida. Objetivo: O propósito deste estudo
é identificar o perfil postural, respiratório e
de condicionamento físico, bem como a
q u a l i d a d e de vida nos pacientes em
acompanhamento médico no Hospital das
Clínicas da Faculdade de Medicina da
Universidade de São Paulo (HC-FMUSP)
com LES na fase inativa. Casuística: Foram
avaliados 17 pacientes do sexo feminino, com
LES na fase inativa, com idade entre 20 e 60
anos e selecionadas após aplicação do
SLEDAI (para constatação da fase inativa).
Todas as pacientes foram informadas do
objetivo do estudo e assinaram termo de
Consentimento de acordo com a Comissão
de Ética do HC-FMUSP. Foram avaliadas a
postura qualitativa (por cadeias), a função
respiratória, a capacidade submáxima ao
exercício (teste de 6 minutos) e a qualidade
de vida (utilizando-se o questionário SF-36).
Resultados: Nossos dados antropométricos
mostram que as pacientes tinham o perfil
DESCRITORES:
patologia.
KEYWORDS:
pathology.
sugestivo de jovens (38,75 ± 10,57 anos),
com peso normal (IMC de24,67 ±4,66 kg/m ),
tempo de estudo igual a 7,71 ± 4,38 anos
( e q u i v a l e n t e ao e n s i n o fundamental
incompleto), tempo de doença prolongado
(10,94 ± 6,73 anos), nas quais o relato de
dor nos MMSS era o relato mais freqüente
(35%). Na avaliação postural as principais
alterações se localizam nos MMSS e tronco.
A avaliação da função pulmonar apresentou
valores dentro da faixa de normalidade (CVF,
VEF1 e V E F 1 / C V F acima de 80% do
p r e d i t o ) . N o teste de 6 m i n u t o s foi
percorrida uma distância de 541,27 ± 115,41
metros e, após estes esforço, as pacientes
não relataram grande esforço avaliado pela
escala de Borg (2,39 ± 1,03). Com relação à
qualidade de vida, foram encontrados valores
entre 55 e 75 aproximadamente pontos para
cada domínio. Os domínios: vitalidade e saúde
mental foram aqueles que apresentaram os
valores mais baixos (respectivamente, 56,76
± 22,77 e 57,65 ± 23,33). Conclusão: Na
população estudada, foi observado que as
principais alterações posturais se localizam
em MMSS e no tronco superior sugerindo
uma correlação com a queixa de dor
(predominante em MMSS). Esses pacientes
apresentam função pulmonar e capacidade
submáxima ao exercício com valores dentro
dos padrões de normalidade, porém a
qualidade de vida apresenta valores mais
baixos do que os encontrados na população
saudável norte americana.
2
Postura. Qualidade de vida. Aptidão física. Lupus eritematoso sistêmico/
Posture. Quality of life. Physical fitness. Lupus erythematosus systemic/
A evolução do comportamento motor
espontâneo em crianças prematuras
normais nos primeiros seis meses de
idade corrigida
Ana Lúcia P. Brando"*
Odete de Fátima S. Durigon' '
2
(1)
Acadêmica do curso de Fisioterapia.
Docente do Departamento de Fisioterapia, Fonoaudiologia e Terapia Ocupacional
da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo.
Endereço para correspondência:
Rua
Cipotânea, 51. Cidade Universitária. São
Paulo,
SP.
05360-000.
e-mail:
[email protected]
(2)
RESUMO: Introdução: Todo comportamento motor é expresso por atos motores
que, combinados e em seqüência, formam
um vasto r e p e r t ó r i o de p a d r õ e s de
movimento.
Estudos
anteriores
especificaram tal repertório e permitiram a
realização deste trabalho que tem como
objetivo, definir a evolução do comportam e n t o m o t o r e s p o n t â n e o de crianças
prematuras normais, até o sexto mês de idade
corrigida. Metodologia: Foram analisadas
trinta e uma filmagens, de dez minutos de
duração cada, de treze crianças prematuras
normais entre um e seis meses de idade
corrigida. Destas, seis foram filmadas em
meses consecutivos: duas (B. e N.) do
primeiro aos sexto mês de idade corrigida;
uma (M.) do primeiro ao quarto mês de idade
corrigida; e três (Na., E. e J.) do segundo ao
quarto mês de idade corrigida. Todas as
crianças tiveram o consentimento pósinformado assinados pelos p a i s . O
comportamento motor espontâneo de cada
criança foi analisado e registrado, sendo seus
componentes descritos sob a forma de
padrões sinérgicos de movimento em MMSS
e MMII, isolados ou combinados e sob forma
analítica quando ocorriam isoladamente. Os
dados foram analisados para as variáveis,
freqüência de ocorrência de padrões motores
distintos, número de membros envolvidos
nos padrões motores, ocorrência de sinergias
flexoras e extensoras em membros inferiores,
ocorrência de sinergias flexoras e extensoras
em m e m b r o s superiores, simetria dos
padrões de m o v i m e n t o o b s e r v a d o s , e
ocorrência de movimentos distais sendo
posteriormente definido um padrão de
evolução, mês a mês, do primeiro ao sexto
DESCRITORES:
KEYWORDS:
mês de idade corrigida, do comportamento
motor do grupo estudado. Resultados e
Conclusões: A partir da observação e análise
das 31 filmagens de crianças prematuras
n o r m a i s , p o d e - s e concluir, q u a n t o à
evolução do comportamento motor do grupo
estudado que: 1. a freqüência de ocorrência
de padrões motores manteve-se relativamente estável ao longo dos meses; 2. os
padrões de movimento, envolvendo apenas
um membro, foram mais utilizados que
aqueles envolvendo dois ou mais membros,
em todos os m e s e s ; 3 . nos p a d r õ e s
observados, o membro inferior foi mais
utilizado que os superiores, sendo as
diferenças entre suas ocorrências bastante
acentuadas no segundo e no sexto mês de
idade corrigida; 4. em membros inferiores,
as sinergias extensoras predominaram sobre
as flexoras, exceto no primeiro mês de idade
corrigida, quando suas ocorrências foram
equivalentes; 5. em membros superiores as
sinergias flexoras e extensoras ocorreram
com freqüências semelhantes, exceto no
segundo mês de idade corrigida, quando
predominaram as sinergias extensoras; 6.
os padrões de movimento assimétricos
p r e d o m i n a r a m sobre os p a d r õ e s
simétricos em todos os meses para os
p a d r õ e s e n v o l v e n d o d o i s ou m a i s
membros; 7. as primeiras ocorrências de
passagem de decúbito dorsal para
decúbito ventral (rolar) foram observadas
aos seis meses de idade corrigida; 8. todas
os p a d r õ e s u s a d o s p a r a r o l a r e r a m
compostos por sinergias extensoras
a s s i m é t r i c a s de m e m b r o s i n f e r i o r e s ,
acompanhadas ou não de motricidade em
membros superiores.
Prematuro. Atividade motora. Desenvolvimento infantil.
Infant premature. Motor activity. Child development.
A influência do treinamento competitivo
do futsal na postura de atletas entre 9
e 16 anos
w
Paula Marie Hanai
Akashi
Isabel de Camargo Neves Sacco
Cintia Zucareli Pinto Ribeiro
Félix Ricardo
Andrusaitis
André
Pedrinelli
{2)
m
{3)
(4)
( , )
Acadêmica do curso de Fisioterapia.
Docente do Departamento de Fisioterapia, Fonoaudiologia e Terapia Ocupacional
da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo.
Fisioterapeuta do Instituto de Ortopedia
da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo.
Médico do Instituto de Ortopedia da Faculdade de Medicina da Universidade de
São Paulo.
Endereço para correspondência:
Rua
Cipotânea, 51. Cidade Universitária. São
Paulo,
SP.
05360-000.
e-mail:
[email protected]
(2)
(3)
<4)
RESUMO: A prática esportiva atualmente
tem se iniciado em idades cada vez mais
precoces, o que pode gerar alterações no
alinhamento postural de atletas, decorrentes
do treinamento precoce, uma vez que o
organismo das crianças ainda está em fase
de desenvolvimento, sendo mais suscetíveis
a sobrecargas externas. Desta forma, este
estudo teve como objetivo verificar a
influência do treinamento competitivo do
futsal na postura de atletas com idade entre
9 e 16 anos. Foram avaliados 50 atletas de
futsal do sexo masculino, voluntários,
federados de 9 a 16 anos, da Sociedade
Esportiva Palmeiras. Os atletas e seus
responsáveis tomaram conhecimento do
protocolo de pesquisa através de um termo
de consentimento, assinado pelos seus
responsáveis. Estes atletas foram divididos
em 2 grupos: os que treinam o futsal há 6
anos ou menos (grupo 1), e os que praticam
há mais de 6 anos (grupo 2). Foi realizada
uma avaliação inicial, com um questionário
sobre dados antropométricos, posição em
que joga, tempo de treinamento, freqüência
de treinamento, lesões prévias decorrentes
do esporte e seqüelas dessas lesões. Após
esta etapa, foi realizada uma avaliação
postural através de um protocolo elaborado
DESCRITORES:
KEYWORDS:
para avaliar o alinhamento postural e
encurtamentos musculares, baseado em
Kendall (1995). Observou-se que tanto o
grupo 1 quanto o grupo 2 apresentaram
diversas alterações posturais. Dentre as mais
significativas, o b s e r v a m o s a m a i o r
incidência de joelhos varos em atletas do
grupo 2 (mais de 6 anos), concordando com
os dados de Abreu et al. (1996), que
comprova a tendência de varização dos
joelhos após um ano de prática, em atletas
jogadores de futebol com 12 a 17 anos.
Observamos também a alta incidência de
hiperlordose lombar tanto nos atletas do
grupo 1 quanto nos atletas do grupo 2,
reafirmando estudos de Watson (1983,
1995), nos quais constatou esta alta
incidência nos seus atletas estudados,
atribuindo a causa ao movimento do chute,
que leva a um maior desenvolvimento do
músculo ílio-psoas, favorecendo o aumento
da hiperlordose lombar. Podemos concluir
que o treinamento competitivo do futsal
pode influenciar o desalinhamento postural
desde o início de sua prática esportiva.
Desta forma, o critério de divisão dos
grupos pode não ter evidenciado a partir
de q u a n d o e x a t a m e n t e j á c o m e ç a m a
ocorrer alterações posturais.
Criança. Adolescência. Esportes. Exercício. Postura.
Child. Adolescence. Sports. Exercise. Posture.
Avaliação das alterações da postura
estática em crianças asmáticas
a
submetidas a um programa de
condicionamento físico em natação
a
m
Denis
Sakurai
Sylvia Lúcia Freitas™
Celso R.Fernandes de
(1)
Carvalho^
Acadêmico de Fisioterapia.
Prof, de Educação Física da EEFEUSP.
Docente do Departamento de Fisioterapia, Fonoaudiologia e Terapia Ocupacional
da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo.
Endereço para correspondência:
Rua
Cipotânea, 51. Cidade Universitária. São
Paulo,
SP.
05360-000.
e-mail:
[email protected]
(2)
<3)
RESUMO: Objetivo: avaliar as alterações
músculo-esquelético (postura) em crianças
asmáticas submetidas a um programa de
c o n d i c i o n a m e n t o físico em n a t a ç ã o .
Metodologia: foram avaliadas 15 crianças
com idade variando entre 9 e 16 anos com
os diversos graus da doença. Todas as
crianças inclusas neste estudo e seus
responsáveis foram orientados de que
estariam participando do estudo e deram seu
consentimento escrito de acordo com o
Comitê de Ética do HCFMUSP. Antes e
após o início do tratamento (educação e
c o n d i c i o n a m e n t o ) , as crianças foram
submetidas a uma avaliação postural e à
avaliação espirométrica. O programa de
condicionamento foi dividido em duas
partes, no total de 18 semanas. Na primeira
parte as crianças foram submetidas a um
programa educacional em asma (2 semanas,
1 vez por semana, 1 hora cada). Na segunda
parte as crianças foram submetidas a um
programa de condicionamento físico em
natação, realizando duas vezes por semana
DESCRITORES:
KEYWORDS:
durante 18 semanas e cada sessão tinha a
duração de 90 minutos. A postura foi
avaliada
segundo
um
protocolo
previamente elaborado, objetivando
quantificar as alterações nas 5 cadeias
musculares: posterior, ântero-interna do
quadril, anterior do braço, ântero-interna
do ombro e repiratória. Analisamos o
paciente segundo 3 planos: anterior, lateral
e posterior. Resultados: Nossos resultados
s u g e r e m que as c r i a n ç a s a s m á t i c a s
submetidas a um programa de treinamento
em n a t a ç ã o a p r e s e n t a r a m m e l h o r a
cardiorrespiratória (teste 12 minutos) e que
a natação acarreta em alterações na postura
estática, tais como: diminuição daprotração
do ombro, aumento da mobilidade da
cabeça, m e l h o r a do a l o n g a m e n t o dos
músculos isquiotibiais, maior encurtamento
dos músculos adutores. Conclusão: Estes
resultados sugerem que a natação apresenta
benefícios para as crianças asmáticas em
alguns parâmetros da postura estática e de
função cardiorrespiratória.
Criança. Natação. Aptidão física. Postura. Asma/reabilitação.
Child. Swimming. Physical futness. Posture. Asma/rehabilitation.
Estabelecimento de critérios para a
utilização da informação visual como
estratégia terapêutica na correção postural
a>
Célia Hitomi Tao
Odete de Fátima Sallas
(1)
(!>
Durígon
Acadêmica do curso de Fisioterapia.
Docente do Departamento de Fisioterapia, F o n o a u d i o l o g i a
e Terapia
Ocupacional da Faculdade de Medicina
da Universidade de São Paulo.
Endereço para correspondência:
Rua
Cipotânea, 51. Cidade Universitária. São
Paulo,
SP.
05360-000.
e-mail:
[email protected]
(2)
RESUMO:
Introdução:
Os diversos
procedimentos/técnicas de intervenção
fisioterapêutica utilizados para o tratamento
das disfunções da postura incluem a
utilização da informação visual para controlar
e corrigir voluntariamente o alinhamento
segmentar e geral do indivíduo. Contudo, em
condições rotineiras, a postura é controlada
principalmente por mecanismos automáticos
e reflexos que podem ou não estarem de
acordo com o comando voluntário que está
sendo utilizado. O objetivo deste trabalho
foi identificar na literatura, dados relativos
ao funcionamento integrado entre os sistemas
que controlam a visão e a postura para o
estabelecimento de critérios à utilização da
informação visual como estratégia terapêutica
na correção postural. Metodologia: Procedeuse revisão bibliográfica restrita à base de dados
do sistema MEDLINE para artigos na língua
inglesa, no período de 1990 a 2001. As
palavras-chaves utilizadas foram: posture e
vision; posture e visual motion; posture,
spatial orientation e vision; posture e
vestibular; posture, visual motion e balance;
posture control, somatosensory, vestibular
e visual; posture, visual control e walking.
Os artigos foram triados utilizando-se os
seguintes critérios: Referência a dados
coletados de indivíduos normais, jovens
adultos; metodologia de estudo adequada;
dados fornecendo infonnações diretas sobre
o funcionamento integrado entre sistemas de
controle da Postura e Visão. Resultados:
Cento e seis artigos satisfizeram os critérios
p r o p o s t o s , dentre os quais dezenove
continham conclusões úteis ao objetivo
proposto. A análise dos dados contidos nos
m e s m o s identificou cinco categorias
funcionais de interação entre postura e visão,
DESCRITORES:
KEYWORDS:
a saber: Integração entre os sensores, situação
de conflito sensorial, controle postural e
visão, orientação espacial e visão e controle
visual durante a postura e marcha. A
informação visual (luminosidade, fluxo
óptico, etc.) geram informações que podem
por si só, corrigir a postura e endireitar a
cabeça e o corpo e que, em condições de
n o r m a l i d a d e , na situação estática, o
referencial visual define o ajuste postural da
cabeça para manter o sistema de referência
espacial que norteia sua interação com o
m e i o . Este, p o r sua vez, gera outras
adaptações e compensações que podem
corrigir os eventuais desequilíbrios, mas
sempre priorizando a orientação visual.
Assim, o ajuste final pode envolver tantas
compensações quantas forem possíveis,
desde que não se perca o referencial visual.
Conclusão: As intervenções fisioterapêuticas
s e m p r e p r o v o c a r ã o u m a distorção do
referencial visual construído que será
percebido como desequilíbrio e manifestará
um ajuste corretivo para o mesmo implicando
em que: a intervenção deverá organizar a
introdução das correções de modo a controlar
a cascata de respostas reflexas que se
manifestarão em decorrência da interferência
causada no sistema de referência visual e os
ajustes reflexos gerados serão resultantes da
interação entre os sistemas sensoriais
envolvidos e que não necessariamente
coincidirão com o comando visual voluntário
utilizado pelo terapeuta no sentido de se
definir p a d r õ e s de o r i e n t a ç ã o para o
alinhamento postural e, portanto, este deverá
incluir em suas estratégias medidas para
retroalimentar a alteração do referencial
visual de forma a não gerar, o que se chama
em fisiologia da visão, os conflitos visuais.
Postura. Manipulação da coluna. Marcha.
Gait. Posture. Manipulation spinal.
Análise cinemática da marcha: comparação entre judocas e sujeitos controle
Cláudio Mesquita'"
Isabel de Camargo
(orientador)' '
Neves
Sacco
2
(1)
Acadêmica do curso de Fisioterapia.
Docente do Departamento de Fisioterapia, Fonoaudiologia e Terapia Ocupacional
da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo.
Endereço para correspondência:
Rua
Cipotânea, 51. Cidade Universitária. São
Paulo,
SP.
05360-000.
e-mail:
[email protected]
(2)
RESUMO: A prática esportiva (competitiva,
amadora ou profissional) acaba por gerar
sobrecargas ao sistema músculo-esquelético
dos indivíduos, podendo gerar-lhes, além de
lesões, alterações em sua expressão motora
estática e dinâmica. Este trabalho objetivou
evidenciar e analisar as alterações
cinemáticas que a prática competitiva do judô
traz à marcha dos seus praticantes. Para tanto,
contou-se com a participação de 5 judocas,
com idade média de 20,7 ± 1,7 anos, massa
corporal média de 75,6 ± 15,2 kg, estatura
média de 172,8 ± 9,7 cm, tempo de prática
médio de 13 ± 1,9 anos, IMC médio de
25 ± 2,8 e índice c ó r m i c o m é d i o d e
53,6 ± 1,9. A amostra do trabalho consistiu
em 5 judocas de nível universitário, sendo
estes comparados com um Grupo Controle,
composto de uma amostra de sujeitos de 21
anos de idade, saudáveis e sedentários (dados
provenientes de um banco de dados). O
trabalho consistiu em 4 etapas, sendo
primeiramente realizada uma avaliação
inicial através de um questionário aos
judocas, com questões referentes ao seu
histórico de treino e de lesões prévias; uma
avaliação antropométrica em que obtiveramse a estatura, o IMC e o índice córmico como
medidas, buscando uma amostra homogênea
de sujeitos; uma avaliação postural, na qual
procurou-se observar possíveis desalinhamentos articulares dos indivíduos; e, por
último, a análise cinemática da marcha,
utilizando o "motion analysis system",
sistema que combina o uso de cameras
óptico-eletrônicas, as quais captam marcadores localizados em pontos específicos do
corpo dos sujeitos, através de luz infravermelha, enviando-os a um microcomputador
onde são processados para sua análise
DESCRITORES:
KEYWORDS:
cinemática, através do qual aspectos lineares
e angulares do movimento serão descritos. A
análise dos resultados obtidos demonstrou:
um maior número de lesões dos sujeitos do
grupo judoca após o início da prática; uma
incidência de alterações posturais no plano
sagital que sugere uma anteriorização do C.G.,
compensada ao nível lombar através de um
aumento da lordose; não haver diferenças
estatisticamente significantes entre ambos os
grupos no que se refere aos parâmetros
lineares da marcha, mas houve alterações
significantes nos parâmetros angulares, sendo
observado um maior ângulo de extensão
máxima de quadris e tornozelos e um menor
ângulo de flexão máxima de quadris e
tornozelos no grupo judoca, tal variação
angular está ligada à posição inicial dos
segmentos e não à maneira com que os
ângulos variam durante a marcha; haver um
maior coeficiente de variação dos ângulos
durante a marcha. Do trabalho realizado,
pôde-se concluir que: a prática sistemática do
Judô leva a um aumento da incidência de
lesões do sistema músculo-esquelético;
auxilia a promoção de alterações da postura,
como antepulsão da pelve, aumento da
lordose lombar e varismo de joelhos. Embora
seja importante mencionar que não são estas
alterações exclusivas dos j u d o c a s ;
aparentemente existe uma relação entre a
estática e a marcha dos judocas, devido às
diferenças encontradas estarem relacionadas
à posição inicial dos segmentos e,
aparentemente, a maior variação dos ângulos
articulares dos judocas está relacionada a um
maior "repertório motor" devido à prática de
inúmeros movimentos durante o treino,
permitindo que estes executem diferentes
estratégias para a realização da marcha.
Marcha. Artes marciais. Esportes. Biomecânica.
Gait. Martial arts. Sports. Biomechanics.
Efeitos do treinamento da aquisição da
habilidade funcional sedestação
mediante intervenção terapêutica
f acilitatória em crianças portadoras de
paralisia cerebral
a>
Gianna Carla
Cannonieri
Odete de Fátima Sallas Durigon
(2>
( , )
Acadêmica do curso de Fisioterapia.
Docente do Departamento de Fisioterapia, Fonoaudiologia e Terapia Ocupacional
da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo.
Endereço para correspondência:
Rua
Cipotânea, 51. Cidade Universitária. São
Paulo,
SP.
05360-000.
e-mail:
[email protected]
<2)
RESUMO: A paralisia cerebral é descrita,
segundo Nitrine (1991), como um grupo de
afecções do sistema nervoso central da
infância, de caráter não progressivo, que se
traduzem clinica-mente por distúrbios
motores. Estudos fisiológicos mostram que,
nas crianças com PC, há uma desorganização
da seqüência de ativação muscular e um
aumento da freqüência de co-ativação dos
grupos musculares agonistas-antagonistas e
proximais-distais, o que altera os padrões de
movimento, dificultando a aquisição das
atividades motoras estáticas e dinâmicas.
Assim, a técnica terapêutica de escolha deveria
possuir potencial para interferir nesse tipo de
desorganização motora. Nesse sentido, a
Facilitação Neuromuscular Proprioceptiva
(FNP) pode ser considerada como alternativa
terapêutica por utilizar, entre outras coisas,
um recrutamento seqüencial da atividade
muscular dentro das diagonais. Como seu uso
é controverso, procedemos uma investigação
clínica com a finalidade de verificar o efeito
da utilização de seus procedimentos no
treinamento para aquisição funcional da
sedestação em duas crianças com PC espástica
diparética e observar se a utilização desse tipo
de técnica aumenta a tonicidade muscular. As
crianças selecionadas para este estudo
m o s t r a r a m - s e refratárias as técnicas
convencionais de intervenção e a participação
das mesmas neste estudo foi autorizada pelos
pais m e d i a n t e assinatura do termo de
consentimento pós-informado. Metodologia:
Ambas as crianças foram submetidas ao
mesmo tipo de estimulacão que incluiu
treinamento dos procedimentos para
aquisição da sedestação envolvendo a
utilização das diagonais de ação dos membros
inferiores, superiores, cervical e a resultante
das mesmas no tronco, resguardando-se as
limitações clínicas e mecânicas das mesmas,
duas vezes por semanas em sessões de 60
minutos durante 10 semanas consecutivas. A
funcionalidade e tonicidade muscular foram
avaliadas com a Escala de atividades
funcionais e Escala para graduação do tono
m u s c u l a r em uso no Ambulatório de
disfunções musculares do Curso de
Fisioterapia da USP, desenvolvidas em 1992
e validadas em 1998. Resultados: os dados
obtidos no estudo mostraram que as crianças
submetidas ao treinamento da sedestação,
com base na técnica de FNP, apresentaram
aquisição da atividade treinada passando de
grau 0 para grau 9, demonstrando a
importância de um trabalho fisioterápico
direcionado a um objetivo funcional. Embora
não tenham sido treinadas outras
h a b i l i d a d e s , os g a n h o s m o t o r e s
envolvidos no treino da sedestação
Cannonieri, G.C., Durigon, O.F.S. Efeitos do treinamento da aquisição da habilidade funcional sedestação mediante intervenção.
existentes entre o equilíbrio funcional e a integração sensorial
sugerem um comprometimento multissensorial desses sujeitos.
Como esperado, as duas medidas funcionais de equilíbrio funcional
estiveram fortemente correlacionadas, concordando com resultados
de estudos anteriores, o que reafirma a utilidade clínica desses
instrumentos para essa população.
DESCRITORES:
Paralisia cerebral/reabilitação. Fisioterapia/
métodos. Criança.
ABSTRACT: The main purpose of the present study was to
characterize the clinical-functional behavior of balance in diabetes
mellitus type 2 community-dwelling elders who were being
followed-up in a ambulatory basis at a university setting. The
balance performance was associated to demographic, clinics and
functional variables. It is a descriptive cross-sectional study, with
the 91 elders (volunteers), 65 years. The senior were considered
ineligible for the study if they had a cognitive deficit related to the
inability to understand verbal commands or to imitate movements,
a very poor vision or hearing seriously decreased and disabled,
amputations, absence of independent ambulation and locomotion
depending on wheelchair or either chronic alcoholism. The
functional evaluation of the balance was accomplished through
instruments validated previously, found in the literature - Balances
Scale (BS) and Timed Up and Go Test (TUGT). It was used
descriptive statistics analysis and appropriate analysis for the degree
of the associations among those two balance variables considered
quantitative (total scores) and categorical, with use of the follow
tests: Chi-square, Fisher's Exact, independent-samples t test,
ANOVA and Pearson Correlation Coefficient (p < 0,05). The BS
was descriptively analyzed in five defined dimensions in this study:
transfers, static proofs, functional reach, rotatory components and
reduced base of support. As results, the subjects were impaired
mainly in the dimensions related to the functional reach and to the
decrease of the base of support. Significant associations were found
between the two referred tests and measures of functional capacity
(difficulty in daily activities and use of gait assistive device), clinical
measures of somatosensorial function (proprioceptive, vibratory
and protective sensibility) and to the pain complaint in lower
extremities. Fall in the last six months were associated to lower
scores in BS, established according to the cutoff-point previously
certain for fall risk, corroborating data of the literature in what
refers to the community-dwelling elders. Functional reach was the
only dimension of balance associated to fall. Strategies evaluation
and the Clinical Test of Sensory Interaction and Balance also
showed association to BS and TUGT. This last result suggest a
multisensorial disturbance of these subjects. As expected, the two
functional measures of functional balance were strongly correlated,
agreeing with results of previous studies, that points out the clinical
usefulness of those instruments for that population.
KEYWORDS: Cerebral palsy/rehabilitation. Physical therapy/
methods. Child.
Avaliação da área de sustentação de
pacientes com doença de Parkinson
}
Michelle Andrea Hydé'
Maria Elisa Pimentel
(oreintadora)' '
Piemonte
2
( , )
Acadêmica do curso de Fisioterapia.
Docente do Departamento de Fisioterapia, Fonoaudiologia e Terapia Ocupacional
da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo.
Endereço para correspondência:
Rua
Cipotânea, 51. Cidade Universitária. São
Paulo,
SP.
05360-000.
e-mail:
[email protected]
(2)
RESUMO: O objetivo de estudo é analisar
se os pacientes com doença de Parkinson
realmente apresentam uma diminuição da
base de sustentação quando comparados a
sujeitos normais pareados pela idade e se a
e v e n t u a l d i m i n u i ç ã o da b a s e e s t a r i a
relacionada com alterações da marcha ou
do
equilíbrio
nestes
pacientes.
Metodologia:
Grupo experimental: 22
sujeitos, com idade média de 63 anos que
não h a v i a m
iniciado
tratamento
físioterápico e Grupo controle: 22 sujeitos,
com idade média de 68 anos, sem afecções
neurológicas ou ortopédicas em MMII.
L o c a l : A s s o c i a ç ã o Brasil P a r k i n s o n .
Método de pesquisa: Os pacientes foram
avaliados nos seguintes itens: 1. medida da
área de sustentação de cada sujeito, através
da impressão dos pés em um papel de três
maneiras distintas, medida da altura de cada
sujeito, calculada a relação área média /
altura; 2. ( a p e n a s p a r a o g r u p o
experimental): análise do freezing (questão
14 da UPDRS), avaliação das alterações
presentes na marcha (exame motor 29 da
UPDRS), análise do equilíbrio (questão 13
da UPDRS), avaliação do equilíbrio (exame
motor 30 da UPDRS). Procedimentos: Os
pacientes foram avaliados em uma única
sessão seguindo a metodologia descrita
acima. Análise dos dados: através da análise
de variância ANO VA e curvas de regressão.
Resultados:
C o m p a r a n d o - s e as áreas
médias / altura dos grupos controle e
experimental pôde-se observar que não
houve diferença significativa (p = 0,338)
entre os dois grupos, porém verificou-se que
o valor médio da área para os pacientes com
DP é m e n o r do q u e p a r a os sujeitos
normais. Analisando-se a correlação entre
a área média / altura e a freqüência de
Freezing (Teste 14 da UPDRS), apesar de
n ã o ter sido e n c o n t r a d a d i f e r e n ç a
significativa (p = 0,461) entre as áreas
médias, em relação a sua distribuição nas
diferentes pontuações na freqüência dos
episódios de freezing, verificou-se uma
tendência dos pacientes com maior freezing
de apresentarem uma diminuição na base
de s u s t e n t a ç ã o (R -Sq = 1 7 , 3 % ) .
Analisando-se a correlação entre a área
média / altura e as alterações na marcha
(Teste 29 do exame motor da UPDRS),
apesar de também não ter sido encontrada
diferença significativa (p = 0,132) entre as
áreas médias / altura e a pontuação no
e x a m e m o t o r da m a r c h a da U P D R S ,
observou-se uma tendência dos pacientes
com maior alteração de marcha apresentar
área
de
sustentação
diminuída
(R - Sq = 20,5%). Em relação à correlação
entre a área média / altura e as alterações
de equilíbrio (Teste 30 do exame motor da
UPDRS), não foi encontrada diferença
significativa (p = 0,796) entre as áreas
médias / altura e a pontuação no exame
motor do equilíbrio da U P D R S , como
também não pôde ser considerada nenhuma
tendência na curva de regressão entre área
m é d i a e d e s e m p e n h o de e q u i l í b r i o
(RSq = 2,3). Em relação à correlação entre
a área média / altura e a tendência à quedas
(Teste 13 da UPDRS), não foi encontrada
diferença significativa (p = 0,590) entre as
áreas médias / altura e a pontuação na
freqüência de quedas não relacionadas ao
Hyde, M.A., Piemonte, M.E.P. Avaliação da área de sustentação de pacientes com doença de Parkinson.
freezing da UPDRS, como também a tendência encontrada na
distribuição dos dados na curva de regressão foi muito discreta
(R-Sq = 9,3%). Conclusão: Os pacientes com DP não apresentam
uma diminuição significativa da área da base de sustentação em
relação à altura, quando comparados com um grupo normal pareado
pela idade, embora realmente apresentem maior variabilidade e
menor média, o que sugere que a diminuição da área seja
característica de apenas uma parte dos pacientes, ou de uma fase
da doença. A área de sustentação mostrou uma tendência em ser
inversamente proporcional às alterações da marcha, ou seja,
DESCR1TORES:
KEYWORDS:
conforme sugerido pelo trabalho de Horak, a diminuição da base
de sustentação pode estar relacionada com uma estratégia para
facilitar o início da marcha voluntária. Pode-se então sugerir que
os pacientes usam a estratégia de diminuição da base de sustentação
para melhorar a sua funcionalidade na marcha quando realizada
voluntariamente, sem que para isso comprometa substancialmente
suas condições de equilíbrio. E necessário aumentar o número de
pacientes para que os dados possam ser melhor analisados
estatisticamente, ou restringir melhor os grupos para que a variação
das áreas das bases de sustentação não seja tão grande.
Doença de Parkinson. Estudos de avaliação. Fisioterapia/métodos.
Parkinson disease. Evaluation studies. Physical therapy/methods.
Análise dos sistemas de avaliação e
classificação do comportamento e funções motoras para pacientes adultos
com disfunção neurológica
(1)
Cynthia Bedeschi de Souza
Odete de Fátima Sallas Durigon
(1)
(2)
Acadêmica do curso de Fisioterapia.
Docente do Departamento de Fisioterapia, F o n o a u d i o l o g i a
e Terapia
Ocupacional da Faculdade de Medicina
da Universidade de São Paulo.
Endereço para correspondência:
Rua
Cipotânea, 51. Cidade Universitária. São
Paulo,
SP.
05360-000.
e-mail:
[email protected]
(2)
RESUMO: A avaliação do desempenho
motor é fundamental para a averiguação da
capacidade motora (postura e movimentos),
seja com a finalidade de classificação
d i a g n o s t i c a ou com a f i n a l i d a d e de
a c o m p a n h a m e n t o da e v o l u ç ã o d o
d e s e m p e n h o m o t o r e a q u i s i ç õ e s de
habilidades. Uma escala de avaliação para
ser a d e q u a d a , d e v e f o r n e c e r - n o s um
diagnóstico das possibilidades motoras do
paciente, não devendo, portanto, ser apenas
de caráter "informativo" sobre a atual
situação do paciente. Além do caráter
avaliativo, contudo, considerou-se também
fundamental sua utilização como meio de
se verificar a eficiência dos procedimentos
terapêuticos em uso na prática clínica
fisioterapêutica, comparar a recuperação de
d i v e r s o s p a c i e n t e s com d i a g n ó s t i c o s
semelhantes através do tempo, delinear uma
proposta mais adequada de tratamento e
predizer um prognóstico funcional/motor
mais p r e c i s o para estes p a c i e n t e s . A
literatura relata a existência de várias escalas
de avaliação com abordagens, tamanho,
complexidade de itens e tempo de aplicação
diferentes. O objetivo foi relatar e analisar
as escalas de avaliação motora/funcional para
p a c i e n t e s a d u l t o s com
disfunção
neurológica, levando-se em conta cinco
v a r i á v e i s : t o n o , m o v i m e n t o , função,
equilíbrio e independência. Método: O
m é t o d o foi dividido em duas etapas:
Levantamento de 12 escalas de avaliação
através de revisão bibliográfica (MEDLINE
- 1960-2000); análise e descrição das
características em comum para as cinco
variáveis selecionadas. Resultados: As 12
escalas e n c o n t r a d a s n o l e v a n t a m e n t o
bibliográfico foram: Motor Club - membros
do Motor Club (Inglaterra - 1976); MAS
(Motor Assessment Scale) - Carr, JH;
Shepherd, RB. (1985); Chedoke
McMaster Stroke Assessment - Gowland, C;
Stratford, P; Ward, M; M o r e l a n d , J;
Torresin, W; Hullenaar, SV; Sanford, J;
Barreca, S; Vanspall, B; Plews, N. (1992);
Escala de Avaliação do Tono Muscular Durigon, OFS; Piemonte, MEP (1993);
Fugl-Meyer Assessment- Fugl-Meyer, AR;
Jaasko, L; Leyman, I. (1975); Standard
Clinical Examination
- Prescott, RJ;
G a r r a w a y , W M ; Akhtar, A J . ( 1 9 8 2 ) ;
Escala das Atividades Funcionais - Durigon,
OFS; Sá, CSC; Sita, LV (1996); PASS (Postural Assessment Scale for Stroke
Patients) - Benaim, C; Pérennou, DA; Villy,
J; Rousseaux, M; Pelissier, JY (1999); The
Barthel Index, Mahoney, FI; Barthel, DW.
( 1 9 6 5 ) ; Frenchay
Activities
Index H o l b r o o k , M ; Skilbeck, C E . ( 1 9 8 3 ) ;
Functional Test (MMSS- Wilson, DJ; Baker,
LL; Craddock, JA (Rancho Los Amigos,
1984); SOT (Sensory Organization Test) Shumway-Cook, A; Horak, FB. (1986).
Discussão: Tono: O principal objetivo da
avaliação do tono muscular deriva do fato
de que o mesmo reflete o nível operacional
dos sistemas motores. A compreensão do
mecanismo fisiológico envolvido possibilita
o tratamento voltado ao desenvolvimento
de habilidades e estratégias motoras -
Souza, C.B., Durigon, O.F.S. Análise dos sistemas de avaliação e classificação do comportamento e funções motoras para pacientes.
plasticidade neural - em vez de tratamentos dirigidos para a inibição
dos reflexos patológicos. Escalas mais adequadas: Chedoke McMaster Stroke Assessmenf.Escala de Avaliação do Tono Muscular;
Escala inadequada: MAS (Motor Assessment Scale). Movimento:
A análise do movimento aparece na literatura através da mensuração
de propriedades diferentes do movimento. Assim, torna-se difícil
agrupá-las segundo critérios homogêneos, portanto elas serão
relatadas pelas suas características avaliativas intrínsecas e não
p o d e m ser c o m p a r a d a s . Escalas adequadas:
Fugl-Meyer
Assessment; Motor Club. Função: Para a fisioterapia é importante
avaliar a condição funcional do paciente, mas é crucial saber como
este desempenha as atividades funcionais. Neste contexto importa
analisar as características posturais nas posições de teste, em
conformidade com a maior parte das escalas, mas é fundamental
verificar a sua capacidade de se posicionar, a capacidade de manterse nas diferentes posições e, principalmente do ponto de vista
funcional, a capacidade de realizar movimentos nas referidas
posturas e sua capacidade de se locomover de um ponto a outro a
partir de diferentes posições (Durigon, 2001). Escalas adequadas:
Motor Club; MAS
(Motor Assessment Scale); Escala das
DESCRITORES:
KEYWORDS:
Atividades Funcionais. Escalas inadequadas: Standard Clinicai
Examination; Chedoke Mc-Master Stroke Assessment. Equilíbrio:
Avalia-se a interação (ou a integração) entre os três sistemas que
agem no equilíbrio: somato-sensorial, vestibular, visual que permite
ao fisioterapeuta uma averiguação da atividade sensorial na
manutenção da postura. Escalas adequadas: SOT
(Sensory
Organization Test); Fugl-Meyer Assessment. Escala inadequada:
MAS (Motor Assessment Scale). Independência: Todas as escalas
que dizem respeito às AVDs, apenas abordam a capacidade ou não
do indivíduo realizar determinada tarefa, ou a freqüência por mês
ou ano. O que interessa a terapeutas físicos é a causa destas
limitações de AVDs que pode ser um referencial para uma
identificação rápida das características funcionais, mas não agrega
pistas motoras a respeito das suas possibilidades de evolução
motora. Escala mais usada: The Barthel Index.
Conclusão:
Apresenta-se e analisa-se os pontos mais relevantes, o método de
aplicação e de graduação das escalas em uso para avaliar a
performance motora de pacientes com disfunções neurológicas,
fornecendo uma orientação ao fisioterapeuta na escolha do
instrumento de avaliação mais apropriado ao seu propósito.
Doenças do sistema nervoso. Estudos de avaliação. Adulto. Atividade motora. Transtornos motores.
Nervous system diseases. Evaluation studies. Adult. Motor activity. Mouvement disorders.
Avaliação da forca muscular e da
amplitude de movimento do grupo
abdutor de quadril em pacientes submetidos a artroplastia total de quadril
0
Fernanda
Rodrigues '
Amélia Pasqual Marques' '
2
(1)
Acadêmica de Fisioterapia.
Docente do Departamento de Fisioterapia, Fonoaudiologia e Terapia Ocupacional
da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo.
Endereço para correspondência:
Rua
Cipotânea, 51. Cidade Universitária. São
Paulo,
SP.
05360-000.
e-mail:
[email protected]
(2)
RESUMO: A artroplastia total de quadril
(ATQ) é um procedimento de reconstrução
do quadril, proposto para restaurar o
movimento e a função, e aliviar a dor,
contribuindo para uma melhor qualidade de
vida dos p a c i e n t e s . O objetivo deste
trabalho foi verificar a força muscular do
grupo abdutor e a amplitude de movimento
da abdução do quadril do lado operado e
não operado em pacientes submetidos a
artroplastia total de quadril primária e
unilateral. Para o estudo foram avaliados
20 pacientes, de ambos os sexos, com idade
média de 64,7 ± 9,15, dos quais 7 5 %
t i n h a m d i a g n ó s t i c o de o s t e o a r t r o s e ,
operados há pelo menos um ano e tempo
médio de pós-operatório 58,9 ± 33,9, por
acesso cirúrgico lateral e sem sinais de
complicações da prótese. Foi utilizado
goniômetro para medir a amplitude de
DESCRITORES:
a tração.
KEYWORDS:
strength.
movimento e realizado teste muscular para
verificar a força do grupo abdutor do
quadril. Os resultados obtidos indicam que
há limitação signifícante na amplitude de
m o v i m e n t o (p < 0,05) em relação ao
membro não operado, diminuição da força
m u s c u l a r d e a b d u t o r e s de q u a d r i l
(p < 0,05). Foi observada claudicação, com
t r e n d e l e n b u r g p o s i t i v o em 7 5 % d o s
pacientes avaliados, sendo que 40% do total
utilizam bengala como suporte para a
marcha. A maioria dos pacientes conseguiu
obter marcha independente sem meios
auxiliares
porém
permaneceu
a
claudicação. Sugere-sé tratamento
físioterapêutico após a cirurgia, visando
aumentar a amplitude de movimento do
quadril, com ênfase no fortalecimento da
musculatura abdutora visando melhorar o
padrão de marcha.
Estudos de avaliação. Artroplastia de quadril/reabilitação. Resistência
Evaluation studies. Arthroplasty, replacement hip/rehabilitation. Tensile
Eficiência dos procedimentos de
movimentação passiva na estimulação
precoce de crianças prematuras normais
Daniela Amano'"
Carla Mazzitelli' '
Odeie de Fátima Sallas
2
3
Durigon' '
( , )
Acadêmica de Fisioterapia.
Fisioterapeuta do Centro de Docência
e Pesquisa em Terapia Ocupacional do
Departamento
de
Fisioterapia,
Fonoaudiologia e Terapia Ocupacional
da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo.
(2)
( 1 )
Docente Departamento de Fisioterapia,
Fonoaudiologia
e
Terapia
Ocupacional da Faculdade de Medicina
da Universidade de São Paulo.
Endereço para correspondência: Departamento de Fisioterapia, Fonoaudiologia
e Terapia Ocupacional da Faculdade de
Medicina da Universidade de São Paulo.
Rua Cipotânea, 51. São Paulo, SP.
05508-900. e-mail: [email protected]
RESUMO: Introdução: Os recém-nascidos
prematuros constituem um grupo de risco
para atraso no desenvolvimento neuropsicomotor devido à imaturidade dos sistemas
orgânicos ao nascimento e ao alto índice de
agravos e intercorrências no p e r í o d o
neonatal. Este estudo tem como objetivo
comparar o desenvolvimento neuromotor de
crianças prematuras submetidas a um
p r o g r a m a de e s t i m u l a ç ã o , através da
mobilização passiva, com o desenvolvimento neuromotor de crianças prematuras
que não passaram pelo p r o g r a m a de
estimulação, com a finalidade de estudar
isoladamente o efeito da movimentação
passiva como um procedimento terapêutico
em programas de intervenção precoce.
Metodologia: Foram selecionadas 22 crianças
nascidas com idade gestacional inferior a 37
semanas, clinicamente estáveis, cujos termos
de consentimento foram assinados pelos
pais. Foram divididas em: grupo experimental, ao qual foi aplicado o programa de
estimulação; e grupo controle, ao qual
nenhuma forma de intervenção sistemática e
dirigida foi realizada. Este grupo era
constituído apenas por crianças cujos pais
não possuíam disponibilidade para participar
do estudo na freqüência que o mesmo exigia.
A m b o s os g r u p o s foram a v a l i a d o s
mensalmente até o quarto mês e reavaliados
no sexto e no oitavo mês através da Provas
Comportamentais Específicas para cada faixa
etária, descritas na literatura por Gesell.
Resultados: A análise dos resultados obtidos
revelou superioridade no desempenho motor
das crianças do grupo experimental a partir
do quarto mês de idade corrigida em relação
às crianças do grupo controle. Conclusão:
Tais resultados nos levam a inferir que o
p r o g r a m a de e s t i m u l a ç ã o através de
mobilização passiva contribuiu de forma a
impul-sionar o desenvolvimento neuromotor
das crianças do grupo experimental a partir
do quarto mês de idade corrigida. Assim,
isoladamente, a movimentação passiva não
d e v e r á ser u t i l i z a d a c o m o forma d e
estimulação em crianças abaixo desta idade.
DESCRITORES: Prematuro. Grupos de risco. Transtornos psicomotores/reabilitação.
Transtornos psicomotores/prevenção e controle.
KEYWORDS: Infant, premature. Risk groups. Psychomotor disorders/rehabilitation.
Psychomotor disorders/prevention.
ÍNDICE DE AUTOR / A U T H O R INDEX
A k a s h i P M H , 88,97
H y d e M A , 103
A m a n o D , 108
KerbauyRR,72
A n d r a d e P H , 65
LimaSS,l
A n d r u s a i t i s F R , 88,97
Marques AP, 57,89,90,91,95,107
ArthuriMT,40
M a r t i n e l l i R M , 87
BérzinF,65
MatsutaniLA,57,81,90
Bevilaqua-Grosso D , 3 0
MazzitelliC,108
Borba N e t o EF, 95
Brando ALP, 96
Cannonieri G C , 101
Caravaggi S, 89
C a r o m a n o FA, 11,72
Carvalho CRF, 89,95,98
M e n d e s SR, 9 3
M e s q u i t a C , 100
M o n t e i r o C M S , 19
PalazzinA,92
PalmieriAM,94
PedrinelliA,88,97
Pedro V M , 65
Carvalho C R R , 87,93
P i e m o n t e M E P , 103
Carvalho E M , 53
Ribeiro CZP, 8 8 , 9 7
C h a g a s EF, 4 0
Ribeiro L C , 95
Cordeiro R C , 85
Costa EP, 3 0
Cruz A B C , 1
CukierA,89
Durigon O F S , 92,94,96,99,101,105,108
Rodrigues F, 107
S a c c o I C N , 88,97,100
SakuraiD,98
Sanchez E L , i
Santos G A , 11
Ferreira E A G , 57
Seixas A F A M , 1
F o n s e c a ST, 1
Siqueira MV, 91
Freitas SL, 98
S o u s a A , 81
FuC,51
Souza C B , 105
FujitaAH,95
Souza P N , 11
GashuBM,57
StelmachR,89
Gil 1,65
TaoCH,99
Gonçalves C R , 95
Tavares M C G C F , 4 0
Grosso D B , 65
Teixeira-SalmelaLF, 19
G u i n o R, 30
YuanSLK,90
ÍNDICE DE A S S U N T O
Adolescência
A influência do treinamento competitivo do futsal na postura
de atletas entre 9 e 16 anos, 97
Adulto
Análise dos sistemas de avaliação e classificação do comportamento e funções motoras para pacientes adultos com disfunção
neurológica, 105
Aptidão física
Avaliação das alterações da postura estática em crianças asmáticas submetidas a um programa de condicionamento físico em
natação, 98
Caracterização da postura, da respiração, do condicionamento
físico e da qualidade de vida em pacientes com Lupus Eritematoso
Sistêmico, 95
Artes marciais
Análise cinemática da marcha: comparação entre judocas e sujeitos controle, 100
Articulação do ombro/lesões
Papel do músculo biceps braquial na estabilização da articulação glenoumeral: revisão anatômico-funcional e implicações clínicas, 19
Articulação do cotovelo/lesões
Papel do músculo biceps braquial na estabilização da articulação glenoumeral: revisão anatômico-funcional e implicações clínicas, 19
Artroplastia de quadril/reabilitação
Avaliação da força muscular e da amplitude de movimento do
grupo abdutor de quadril em pacientes submetidos a artroplastia
total de quadril, 107
Asma/reabilitação
Avaliação das alterações da postura estática em crianças asmáticas submetidas a um programa de condicionamento físico em
natação, 98
Atividade motora
A evolução do comportamento motor espontâneo em crianças
prematuras normais nos primeiros seis meses de idade corrigida, 96
Análise dos sistemas de avaliação e classificação do comportamento e funções motoras para pacientes adultos com disfunção
neurológica, 105
A simetria e transferência de peso do hemiplégico: relação dessa
c o n d i ç ã o com o d e s e m p e n h o de suas a t i v i d a d e s
funcionais, 40
Identificação de critérios para avaliação do comportamento motor
espontâneo de crianças prematuras normais, 92
Observação, identificação e descrição do comportamento motor espontâneo de crianças prematuras normais, 94
Biomecânica
Análise cinemática da marcha: comparação entre judocas e sujeitos controle, 100
Papel do músculo biceps braquial na estabilização da articulação glenoumeral: revisão anatômico-funcional e implicações
clínicas, 19
Condutas terapêuticas
Hipertensão arterial leve e exercício físico: o que o fisioterapeuta deve saber, 11
Condutividade elétrica
Comparação da atividade elétrica dos músculos vasto mediai
oblíquo e vasto lateral oblíquo em indivíduos com disfunção
fêmoro-patelar, 65
Criança
A influência do treinamento competitivo do futsal na postura
de atletas entre 9 e 16 anos, 97
Avaliação das alterações da postura estática em crianças asmáticas submetidas a um programa de condicionamento físico em
natação, 98
Efeitos do treinamento da aquisição da habilidade funcional
sedestação mediante intervenção terapêutica facilitatória em
crianças portadoras de paralisia cerebral, 101
Relação entre alteração postural e lesões do aparelho locomotor
em crianças jogadoras de futsal, 88
Depuração mucociliar
Filtro higroscópico e hidrofóbico: efeitos no muco brônquico e
como barreira de bactérias em pacientes hepatopatas sob ventilação mecânica, 53
Desenvolvimento infantil
Identificação de critérios para avaliação do comportamento motor
espontâneo de crianças prematuras normais, 92
A evolução do comportamento motor espontâneo em crianças
prematuras normais nos primeiros seis meses de idade corrigida, 96
Diabetes mellitus não insulino-dependente/patologia
Caracterização clínico-funcional do equilíbrio em idosos portadores de diabetes mellitus tipo 2, 85
Doença de Parkinson
Avaliação da área de sustentação de pacientes com doença de
Parkinson, 103
Doenças musculoesqueléticas
Avaliação das alterações músculo-esqueléticas em pacientes com
DPOC: correlação com a gravidade da doença, 89
Doenças musculoesqueléticas/reabilitação
Comparação da atividade elétrica dos músculos vasto mediai
oblíquo e vasto lateral oblíquo em indivíduos com disfunção
fêmoro-patelar, 65
Doenças do sistema nervoso
Análise dos sistemas de avaliação e classificação do comportamento e funções motoras para pacientes adultos com disfunção
neurológica, 105
Dor
P r o p o s t a de u m a ficha d e a v a l i a ç ã o p a r a d e s o r d e m
craniomandibular a partir da caracterização dos pacientes atendidos na clínica de fisioterapia da UNIMEP, 30
Dor/reabilitação
Análise eletromiográfica dos músculos vasto mediai oblíquo e
vasto lateral em exercícios usados no tratamento da síndrome da
dor patelofemoral, 1
Eletromiografia
Análise eletromiográfica dos músculos vasto mediai oblíquo e
vasto lateral em exercícios usados no tratamento da síndrome da
dor patelofemoral, 1
Envelhecimento
Efeitos do treinamento e da manutenção da prática de atividade
física em quatro idosos sedentários saudáveis, 72
Equilíbrio
Caracterização clínico-funcional do equilíbrio em idosos portadores de diabetes mellitus tipo 2, 85
Esforço físico
Relação entre alteração postural e lesões do aparelho locomotor
em crianças jogadoras de futsal, 88
Espondilite anquilosante/terapia
A eficácia da reeducação postural global na melhora da amplitude articular, flexibilidade e funcionalidade dos pacientes com
espondilite anquilosante, 91
Esportes
A influência do treinamento competitivo do futsal na postura
de atletas entre 9 e 16 anos, 97
Análise cinemática da marcha: comparação entre judocas e sujeitos controle, 100
Estimulação elétrica transcutânea do nervo/métodos
Eficácia da estimulação elétrica nervosa transcutânea (TENS) e
dos exercícios de alongamento no alívio da dor e na melhora da
qualidade de vida de pacientes com fibromialgia, 57
Estudos de avaliação
Análise dos sistemas de avaliação e classificação do comportamento e funções motoras para pacientes adultos com disfunção
neurológica, 105
Avaliação da força muscular e da amplitude de movimento do
grupo abdutor de quadril em pacientes submetidos a artroplastia
total de quadril, 107
Avaliação da área de sustentação de pacientes com doença de
Parkinson, 103
Avaliação das alterações músculo-esqueléticas em pacientes com
DPOC: correlação com a gravidade da doença, 89
Avaliação da incidência e causas da ventilação mecânica e
delineamento da população sob esse tipo de tratamento nas
unidades de terapia intensiva, 93
Avaliação dos modos de ventilação pulmonar mecânica e
parâmetros ventilatórios utilizados nas Unidades de Terapia
Intensiva do Hospital das Clínicas - FMUSP, 87
Identificação de critérios para avaliação do comportamento motor
espontâneo de crianças prematuras normais, 92
Estudos prospectivos
Avaliação da incidência e causas da ventilação mecânica e delineamento da população sob esse tipo de tratamento nas unidades de terapia intensiva, 93
Exercício
A influência do treinamento competitivo do futsal na postura
de atletas entre 9 e 16 anos, 97
Efeitos do treinamento e da manutenção da prática de atividade
física em quatro idosos sedentários saudáveis, 72
Hipertensão arterial leve e exercício físico: o que o fisioterapeuta deve saber, 11
Fibromialgia/reabilitação
Eficácia da estimulação elétrica nervosa transcutânea (TENS) e
dos exercícios de alongamento no alívio da dor e na melhora da
qualidade de vida de pacientes com fibromialgia, 57
Fibromialgia/terapia
Eficácia da massoterapia em pacientes portadores de fibromialgia,
90
Ficha clínica
P r o p o s t a de u m a ficha de a v a l i a ç ã o p a r a d e s o r d e m
craniomandibular a partir da caracterização dos pacientes atendidos na clínica de fisioterapia da UNIMEP, 30
Fisioterapia
Análise eletromiográfica dos músculos vasto mediai oblíquo e
vasto lateral em exercícios usados no tratamento da síndrome da
dor patelofemoral, 1
P r o p o s t a de u m a ficha d e a v a l i a ç ã o p a r a d e s o r d e m
craniomandibular a partir da caracterização dos pacientes atendidos na clínica de fisioterapia da UNIMEP, 30
Fisioterapia/métodos
A eficácia da reeducação postural global na melhora da amplitude articular, flexibilidade e funcionalidade dos pacientes com
espondilite anquilosante, 91
Abordagem fisioterapêutica no neuroma de Morton, 81
Avaliação da área de sustentação de pacientes com doença de
Parkinson, 103
Efeitos do treinamento da aquisição da habilidade funcional
sedestação mediante intervenção terapêutica facilitatória em
crianças portadoras de paralisia cerebral, 101
Efeitos do treinamento e da manutenção da prática de atividade
física em quatro idosos sedentários saudáveis, 72
Hipertensão arterial leve e exercício físico: o que o fisioterapeuta deve saber, 11
Relação entre alteração postural e lesões do aparelho locomotor
em crianças jogadoras de futsal, 88
Grupos de risco
Eficiência dos procedimentos de movimentação passiva na
estimulação precoce de crianças prematuras normais, 108
Hemiplegia
A Simetria e transferência de peso do hemiplégico: relação dessa
condição com o desempenho de suas atividades funcionais, 40
Hepatopatias/patologia
Filtro higroscópico e hidrofóbico: efeitos no muco brônquico e
como barreira de bactérias em pacientes hepatopatas sob ventilação mecânica, 53
Hipertensão/terapia
Hipertensão arterial leve e exercício físico: o que o fisioterapeuta deve saber, 11
Idoso
Caracterização clínico-funcional do equilíbrio em idosos portadores de diabetes mellitus tipo 2, 85
Infecções respiratórias/diagnóstico
Filtro higroscópico e hidrofóbico: efeitos no muco brônquico e
como barreira de bactérias em pacientes hepatopatas sob ventilação mecânica, 53
Estabelecimento de critérios para a utilização da informação
visual como estratégia terapêutica na correção postural, 99
Marcha
Análise cinemática da marcha: comparação entre judocas e sujeitos controle, 100
Estabelecimento de critérios para a utilização da informação
visual como estratégia terapêutica na correção postural, 99
Modelos biológicos
Análise crítica de simuladores mecânicos de pulmão e sua aplicação na ventilação não invasiva com CPAP, 51
Músculos
Análise eletromiográfica dos músculos vasto mediai oblíquo e
vasto lateral em exercícios usados no tratamento da síndrome da
dor patelofemoral, 1
Músculos/fisiologia
Comparação da atividade elétrica dos músculos vasto mediai
oblíquo e vasto lateral oblíquo em indivíduos com disfunção
fêmoro-patelar, 65
Papel do músculo biceps braquial na estabilização da articulação glenoumeral: revisão anatômico-funcional e implicações clínicas, 19
Natação
Avaliação das alterações da postura estática em crianças asmáticas submetidas a um programa de condicionamento físico em
natação, 98
Neuroma/reabilitação
Abordagem fisioterapêutica no neuroma de Morton, 81
Infecções respiratórias/microbiologia
Filtro higroscópico e hidrofóbico: efeitos no muco brônquico e
como barreira de bactérias em pacientes hepatopatas sob ventilação mecânica, 53
Observação
Observação, identificação e descrição do comportamento motor espontâneo de crianças prematuras normais, 94
Insuficiência respiratória/complicações
Análise crítica de simuladores mecânicos de pulmão e sua aplicação na ventilação não invasiva com CPAP, 51
Obstrução das vias respiratórias
Avaliação das alterações músculo-esqueléticas em pacientes com
DPOC: correlação com a gravidade da doença, 89
Insuficiência respiratória/prevenção & controle
Análise crítica de simuladores mecânicos de pulmão e sua aplicação na ventilação não invasiva com CPAP, 51
Paralisia cerebral/reabilitação
Efeitos do treinamento da aquisição da habilidade funcional
sedestação mediante intervenção terapêutica facilitatória em
crianças portadoras de paralisia cerebral, 101
Ligamento patelar
Análise eletromiográfica dos músculos vasto mediai oblíquo e
vasto lateral em exercícios usados no tratamento da síndrome da
dor patelofemoral, 1
Comparação da atividade elétrica dos músculos vasto mediai
oblíquo e vasto lateral oblíquo em indivíduos com disfunção
fêmoro-patelar, 65
Lupus eritematoso sistêmico/patologia
Caracterização da postura, da respiração, do condicionamento
físico e da qualidade de vida em pacientes com Lupus
Eritematoso Sistêmico, 95
Manipulação da coluna
A eficácia da reeducação postural global na melhora da amplitude articular, flexibilidade e funcionalidade dos pacientes com
espondilite anquilosante, 91
Pessoas deficientes/reabilitação
A Simetria e transferência de peso do hemiplégico: relação dessa
condição com o desempenho de suas atividades funcionais, 40
Postura
A influência do treinamento competitivo do futsal na postura
de atletas entre 9 e 16 anos, 97
A simetria e transferência de peso do hemiplégico: relação dessa
condição com o desempenho de suas atividades funcionais, 40
Avaliação das alterações da postura estática em crianças asmáticas submetidas a um programa de condicionamento físico em
natação, 98
Caracterização da postura, da respiração, do condicionamento
físico e da qualidade de vida em pacientes com Lupus
Eritematoso Sistêmico, 95
Estabelecimento de critérios para a utilização da informação
visual como estratégia terapêutica na correção postural, 99
Prematuro
A evolução do comportamento motor espontâneo em crianças
prematuras normais nos primeiros seis meses de idade corrigida,
96
Eficiência dos procedimentos de movimentação passiva na
estimulacão precoce de crianças prematuras normais, 108
Identificação de critérios para avaliação do comportamento motor
espontâneo de crianças prematuras normais, 92
Observação, identificação e descrição do comportamento motor espontâneo de crianças prematuras normais, 94
Protocolos clínicos
P r o p o s t a de u m a ficha d e a v a l i a ç ã o p a r a d e s o r d e m
craniomandibular à partir da caracterização dos pacientes atendidos na clínica de fisioterapia da UNIMEP, 30
Qualidade de vida
Caracterização da postura, da respiração, do condicionamento
físico e da qualidade de vida em pacientes com Lupus
Eritematoso Sistêmico, 95
Eficácia da estimulacão elétrica nervosa transcutânea (TENS) e
dos exercícios de alongamento no alívio da dor e na melhora da
qualidade de vida de pacientes com fibromialgia, 57
Reabilitação
Caracterização clínico-funcional do equilíbrio em idosos portadores de diabetes mellitus tipo 2, 85
Resistência a tração
Avaliação da força muscular e da amplitude de movimento do
grupo abdutor de quadril em pacientes submetidos a artroplastia
total de quadril, 107
Respiração artificial
Avaliação da incidência e causas da ventilação mecânica e delineamento da população sob esse tipo de tratamento nas unidades de terapia intensiva, 93
Avaliação dos modos de ventilação pulmonar mecânica e
parâmetros ventilatórios utilizados nas Unidades de Terapia
Intensiva do Hospital das Clínicas - FMUSP, 87
Respiração artificial/métodos
Análise crítica de simuladores mecânicos de pulmão e sua aplicação na ventilação não invasiva com CPAP, 51
Filtro higroscópico e hidrofóbico: efeitos no muco brônquico e
como barreira de bactérias em pacientes hepatopatas sob ventilação mecânica, 53
Respiração com pressão positiva/métodos
Análise crítica de simuladores mecânicos de pulmão e sua aplicação na ventilação não invasiva com CPAP, 51
Respiração com pressão positiva/efeitos adversos
Análise crítica de simuladores mecânicos de pulmão e sua aplicação na ventilação não invasiva com CPAP, 51
Terapia por exercício
Comparação da atividade elétrica dos músculos vasto mediai
oblíquo e vasto lateral oblíquo em indivíduos com disfunção
fêmoro-patelar, 65
Efeitos do treinamento e da manutenção da prática de atividade
física em quatro idosos sedentários saudáveis, 72
Terapia por exercício/métodos
Análise eletromiográfica dos músculos vasto mediai oblíquo e
vasto lateral em exercícios usados no tratamento da síndrome da
dor patelofemoral, 1
Eficácia da estimulacão elétrica nervosa transcutânea (TENS) e
dos exercícios de alongamento no alívio da dor e na melhora da
qualidade de vida de pacientes com fibromialgia, 57
Terapia por ultrasom/métodos
Abordagem fisioterapêutica no neuroma de Morton, 81
Terapias alternativas
Eficácia da massoterapia em pacientes portadores de fibromialgia,
90
Transtornos craniomandibulares
P r o p o s t a de u m a ficha d e a v a l i a ç ã o p a r a d e s o r d e m
craniomandibular a partir da caracterização dos pacientes atendidos na clínica de fisioterapia da UNIMEP, 30
Transtornos motores
Análise dos sistemas de avaliação e classificação do comportamento e funções motoras para pacientes adultos com disfunção
neurológica, 105
Transtornos psicomotores/prevenção & controle
Eficiência dos procedimentos de movimentação passiva na
estimulacão precoce de crianças prematuras normais, 108
Transtornos psicomotores/reabilitação
Eficiência dos procedimentos de movimentação passiva na
estimulacão precoce de crianças prematuras normais, 108
Traumatismos em atletas/postura
Relação entre alteração postural e lesões do aparelho locomotor
em crianças jogadoras de futsal, 88
Úmero/lesões
Papel do músculo biceps braquial na estabilização da articulação glenoumeral: revisão anatômico-funcional e implicações clínicas, 19
Unidades de terapia intensiva
Avaliação da incidência e causas da ventilação mecânica e delineamento da população sob esse tipo de tratamento nas unidades de terapia intensiva, 93
Avaliação dos modos de ventilação pulmonar mecânica e
parâmetros ventilatórios utilizados nas Unidades de Terapia
Intensiva do Hospital das Clínicas - FMUSP, 87
Ventilação mecânica
Avaliação dos modos de ventilação pulmonar mecânica e
parâmetros ventilatórios utilizados nas Unidades de Terapia
Intensiva do Hospital das Clínicas - FMUSP, 87
Rev. Fisioter.
Univ. São Paulo, v.8, n.2, p. 114-5, ago./dez., 2001
KEYWORDS INDEX
Aged
Clinical-functional characterization of balance in elderly with
diabetes mellitus type 2, 85
Aging
Effects of the training and of the maintenance of physical activity
in four sedentary healthy elderly, 72
Biomechanics
The role of the biceps braquialis muscle in the stabilization of
the glenohumeral joint: anatomical and functional review and
clinical implications, 19
Clinical protocols
Proposal of an evaluation protocol of for craniomandibular
disfunction at the physiotherapy clinic of UNIMEP, 30
Clinical record
Proposal of an evaluation protocol of for craniomandibular
disfunction at the physiotherapy clinic of UNIMEP, 30
Craniomandibular disorders
Proposal of an evaluation protocol of for craniomandibular
disfunction at the physiotherapy clinic of UNIMEP, 30
Exercise
Arterial hypertension of low intensity and physical exercise:
what the physiotherapist must know, 11
Effects of the training and of the maintenance of physical activity
in four sedentary healthy elderly, 72
Exercise therapy
A comparison of the electrical activity of the vastus medialis
oblique and vastus lateralis oblique muscles in patients with
patellofemoral dysfunction, 65
Effects of the training and of the maintenance of physical activity
in four sedentary healthy elderly, 72
Exercise therapy/methods
Electromyographic analysis of the vastus medialis oblique and
vastus lateralis muscles in patellofemoral pain syndrome
rehabilitation exercises, 1
Effects of the training and of the maintenance of physical activity
in four sedentary healthy elderly, 72
The efficacy of transcutaneous electrical nerve stimulation
(TENS) and stretch exercises in the relief of pain and
improvement of quality of life in patients with fibromyalgia, 57
Diabetes Mellitus, non-insulin-dependent/pathology
Clinical-functional characterization of balance in elderly with
diabetes mellitus type 2, 85
Fibromyalgia/rehabilitation
The efficacy of transcutaneous electrical nerve stimulation
(TENS) and stretch exercises in the relief of pain and
improvement of quality of life in patients with fibromyalgia, 57
Disabled persons/rehabilitation
Symetric and weight-transfer of hemiplegic: its relation with
performance in hemiplegics functional activities, 40
Hemiplegia
Symetric and weight-transfer of hemiplegic: its relation with
performance in hemiplegics functional activities, 40
Elbow joint/injuries
The role of the biceps braquialis muscle in the stabilization of
the glenohumeral joint: anatomical and functional review and
clinical implications, 19
Humerus/injuries
The role of the biceps braquialis muscle in the stabilization of
the glenohumeral joint: anatomical and functional review and
clinical implications, 19
Electric conductivity
A comparison of the electrical activity of the vastus medialis
oblique and vastus lateralis oblique muscles in patients with
patellofemoral dysfunction, 65
Hypertension/therapy
Arterial hypertension of low intensity and physical exercise:
what the physiotherapist must know, 11
Electromyography
Electromyographic analysis of the vastus medialis oblique and
vastus lateralis muscles in patellofemoral pain syndrome
rehabilitation exercises, 1
Liver diseases/pathology
Hygroscopic and hydrofhobic filters: effects in the clearance of
mucus and of bacterial barriers in patients with liver disease
undergoing mechanical ventilation, 53
Equilibrium
Clinical-functional characterization of balance in elderly with
diabetes mellitus type 2, 85
Motor activity
Symetric and weight-transfer of hemiplegic: its relation with
performance in hemiplegics functional activities, 40
Mucociliary clearance
Hygroscopic and hydrofhobic filters: effects in the clearance of
mucus and of bacterial barriers in patients with liver disease
undergoing mechanical ventilation, 53
Muscles
Electromyographic analysis of the vastus medialis oblique and
vastus lateralis muscles in patellofemoral pain syndrome
rehabilitation exercises, 1
Muscles/physiology
The role of the biceps braquialis muscle in the stabilization of
the glenohumeral joint: anatomical and functional review and
clinical implications, 19
Muscles physiopathology
A comparison of the electrical activity of the vastus medialis
oblique and vastus lateralis oblique muscles in patients with
patellofemoral dysfunction, 65
Musculoskeletal diseases/rehabilitation
A comparison of the electrical activity of the vastus medialis
oblique and vastus lateralis oblique muscles in patients with
patellofemoral dysfunction, 65
Neuroma/rehabilitation
Physical therapy approach of Morton's neuroma, 81
Pain
Proposal of an evaluation protocol of for craniomandibular
disfunction at the physiotherapy clinic of UNIMEP, 30
Pain/rehabilitation
Electromyographic analysis of the vastus medialis oblique and
vastus lateralis muscles in patellofemoral pain syndrome
rehabilitation exercises, 1
Patellar ligament
A comparison of the electrical activity of the vastus medialis
oblique and vastus lateralis oblique muscles in patients with
patellofemoral dysfunction, 65
Electromyographic analysis of the vastus medialis oblique and
vastus lateralis muscles in patellofemoral pain syndrome
rehabilitation exercises, 1
Physical therapy
Electromyographic analysis of the vastus medialis oblique and
vastus lateralis muscles in patellofemoral pain syndrome
rehabilitation exercises, 1
Proposal of an evaluation protocol of for craniomandibular
disfunction at the physiotherapy clinic of UNIMEP, 30
Physical therapy/methods
Arterial hypertension of low intensity and physical exercise:
what the physiotherapist must know, 11
Effects of the training and of the maintenance of physical activity
in four sedentary healthy elderly, 72
Physical therapy approach of Morton's neuroma, 81
Positive-pressure respiration/methods
Critical analysis of lung models and its application in noninvasive
ventilation with CPAP, 51
Positive-pressure respiration/adverse effects
Critical analysis of lung models and its application in noninvasive
ventilation with CPAP, 51
Posture
Symetric and weight-transfer of hemiplegic: its relation with
performance in hemiplegics functional activities, 40
Quality of life
The efficacy of transcutaneous electrical nerve stimulation
(TENS) and stretch exercises in the relief of pain and
improvement of quality of life in patients with fibromyalgia, 57
Rehabilitation
Clinical-functional characterization of balance in elderly with
diabetes mellitus type 2, 85
Respiration, artificial/methods
Critical analysis of lung models and its application in noninvasive
ventilation with CPAP, 51
Hygroscopic and hydrofhobic filters: effects in the clearance of
mucus and of bacterial barriers in patients with liver disease
undergoing mechanical ventilation, 53
Respiratory insufficiency/complications
Critical analysis of lung models and its application in noninvasive
ventilation with CPAP, 51
Respiratory insufficiency/prevention & control
Critical analysis of lung models and its application in noninvasive
ventilation with CPAP, 51
Respiratory tract infections/diagnosis
Hygroscopic and hydrofhobic filters: effects in the clearance of
mucus and of bacterial barriers in patients with liver disease
undergoing mechanical ventilation, 53
Respiratory tract infections/microbiology
Hygroscopic and hydrofhobic filters: effects in the clearance of
mucus and of bacterial barriers in patients with liver disease
undergoing mechanical ventilation, 53
Shoulder joint/injuries
The role of the biceps braquialis muscle in the stabilization of
the glenohumeral joint: anatomical and functional review and
clinical implications, 19
Therapeutical approaches
Arterial hypertension of low intensity and physical exercise:
what the physiotherapist must know, 11
Transcutaneous eletric nerve stimulation/methods
The efficacy of transcutaneous electrical nerve stimulation
( T E N S ) and stretch exercises in the relief of pain and
improvement of quality of life in patients with fibromyalgia,
57
Ultrasonic therapy/methods
Physical therapy approach of Morton's neuroma, 81
ri / C M T O Q /C\ / C M T O
C V L I M I U 0 / L V LIM I O
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Data: 30/10 à 01/11/2002
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NORMAS PARA PUBLICAÇÃO DE ARTIGOS
A REVISTA DE FISIOTERAPIA DA UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO é u m a publicação do Curso de Fisioterapia
da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo. A revista p u b l i c a a l é m d e artigos originais, artigos d e revisão
(revisão d e literatura dos ú l t i m o s 10 a n o s ) , relato d e c a s o (relato d e u m ou m a i s casos q u e e v o l u í r a m d e forma crítica),
r e s e n h a d e livro (análise crítica d a o b r a ) , teses, dissertações e m o n o g r a f i a s s o b a f o r m a d e r e s u m o , p o n t o s d e vista (o
p e n s a m e n t o d o autor s o b r e u m t e m a ) e cartas a o Editor (expressão da opinião d o leitor).
O s artigos e outros textos e n v i a d o s p a r a Revista, serão s u b m e t i d o s à a p r e c i a ç ã o p o r 2 pareceristas e x t e r n o s p e r t e n c e n t e s
ao C o n s e l h o C o n s u l t i v o , q u e decidirão sobre sua p u b l i c a ç ã o , p o d e n d o ser d e v o l v i d o s a o s autores p a r a a d a p t a ç ã o às n o r m a s
d e p u b l i c a ç ã o desta Revista.
O s trabalhos d e v e m ser e n v i a d o s para:
CURSO DE FISIOTERAPIA DA FACULDADE DE MEDICINA DA UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO.
2
R u a C i p o t â n e a , N 51 - C i d a d e Universitária " A r m a n d o Salles d e Oliveira"- C E P 0 5 3 6 0 - 0 0 0 - S ã o P a u l o , S P .
O conteúdo e as opiniões expressas são de inteira responsabilidade
de seus autores.
FORMA E CONTEÚDO:
1.
Apresentação dos originais
2.
Página de rosto - D e v e
3.
- O s t r a b a l h o s d e v e r ã o ser e n c a m i n h a d o s e m disquete, e i m p r e s s o s e m três v i a s , d u a s
delas s e n d o c e g a s ( s e m autoria e instituição). Originais digitados e m p r o g r a m a W i n w o r d o u c o m p a t í v e l , e m e s p a ç o
d u p l o , folha A 4 .
constar: a) título d o t r a b a l h o e l a b o r a d o d e f o r m a b r e v e e específica, b ) v e r s ã o d o título p a r a o
inglês; c) n o m e c o m p l e t o d o s autores e r e s p e c t i v o s títulos profissionais e a c a d ê m i c o s ; d) identificação d a s instituições
às quais os autores estão v i n c u l a d o s : e) referência ao trabalho c o m o parte integrante d e d i s s e r t a ç ã o , t e s e ou projeto; f)
referência à a p r e s e n t a ç ã o d o t r a b a l h o e m e v e n t o s , i n d i c a n d o n o m e d o e v e n t o , local e d a t a d e r e a l i z a ç ã o ; g) e n d e r e ç o
para correspondência.
Resumo / Abstract - O s trabalhos enviados
às seções, Artigos, Divulgando Projetos e Experiências, Debates,
Dissertações
e Teses d e v e m apresentar dois r e s u m o s , u m e m p o r t u g u ê s e outro e m inglês. O b s e r v a r as r e c o m e n d a ç õ e s d a N B R - 6 0 2 8 ,
A B N T , p a r a r e d a ç ã o e a p r e s e n t a ç ã o d o s r e s u m o s : a) q u a n t o a e x t e n s ã o , a n o r m a d e t e r m i n a o m á x i m o d e 2 5 0 p a l a v r a s
p a r a o s artigos d e p e r i ó d i c o s ; b ) q u a n t o a o c o n t e ú d o , d e v e r ã o o b s e r v a r a estrutura formal d o t e x t o , isto é, indicar
objetivo d o t r a b a l h o , m e n c i o n a r os p r o c e d i m e n t o s b á s i c o s , relacionar os r e s u l t a d o s m a i s i m p o r t a n t e s e principais
c o n c l u s õ e s ; c) q u a n t o à r e d a ç ã o e estilo, u s a r o v e r b o n a v o z ativa d a 3 . p e s s o a d o singular, evitar l o c u ç õ e s c o m o " o
autor d e s c r e v e " , " n e s t e artigo", e t c , n ã o adjetivar e n ã o u s a r parágrafos. O s t r a b a l h o s e n v i a d o s à s e ç ã o d e
Monografias,
d e v e m a p r e s e n t a r r e s u m o a p e n a s e m p o r t u g u ê s , c o n t e n d o n o m e d o autor e orientador(es).
a
4.
Descritores / Keywords - P a l a v r a s ou e x p r e s s õ e s utilizadas p a r a fins d e i n d e x a ç ã o e q u e r e p r e s e n t a m o c o n t e ú d o d o s
t r a b a l h o s . P a r a o u s o d e descritores e m p o r t u g u ê s , consultar " D e s c r i t o r e s e m C i ê n c i a s d a S a ú d e " ( D e C S ) parte d a
m e t o d o l o g i a L I L A C S - L i t e r a t u r a L a t i n o a m e r i c a n a e d o C a r i b e e m C i ê n c i a s d a S a ú d e , e o M E S H - M e d i c a l Subjets
Headings da National Library of Medicine.
5.
Estrutura do texto -
O caráter interdisciplinar d a p u b l i c a ç ã o permitiu estabelecer u m formato m a i s flexível q u a n t o à
estrutura o r g â n i c a d o s t r a b a l h o s s e m c o m p r o m e t e r o c o n t e ú d o . A p u b l i c a ç ã o s u g e r e q u e os t r a b a l h o s d e i n v e s t i g a ç ã o
científica d e v e m ser organizados mediante a estrutura formal: a) Introdução,
o a outros publicados anteriormente e esclarecendo
Material
e Métodos,
ou, Casuística
e Métodos
estabelecer o objetivo d o artigo, relacionando-
o estado atual e m q u e se e n c o n t r a o objeto i n v e s t i g a d o ; b)
( q u a n d o a p e s q u i s a e n v o l v e seres h u m a n o s ) , d e s c r e v e r p r o c e d i m e n t o s ,
a p r e s e n t a r as variáveis incluídas n a pesquisa, d e t e r m i n a r e caracterizar a p o p u l a ç ã o e a m o s t r a , d e t a l h a r t é c n i c a s e
e q u i p a m e n t o s , indicar q u a n t i d a d e s e x a t a s ; c) Resultados, e x p o s i ç ã o factural d a o b s e r v a ç ã o , a p r e s e n t a d a n a s e q ü ê n c i a
lógica d o t e x t o , a p o i a d o s e m gráficos e t a b e l a s ; d) Discussão, a p r e s e n t a ç ã o d o s d a d o s o b t i d o s e r e s u l t a d o s a l c a n ç a d o s ,
e s t a b e l e c e n d o c o m p a t i b i l i d a d e ou n ã o c o m resultados anteriores d e outros a u t o r e s ; e) Conclusões,
são as d e d u ç õ e s
lógicas e f u n d a m e n t a d a s n o s R e s u l t a d o s e D i s c u s s ã o .
6.
Referências bibliográficas
- O r g a n i z a r as referências e m o r d e m alfabética p e l o ú l t i m o s o b r e n o m e d o p r i m e i r o autor
d o s t r a b a l h o s e n u m e r á - l a s c o n s e c u t i v a m e n t e . D e v e r ã o ser m e n c i o n a d o s t o d o s o s autores d e c a d a referência. O s títulos
d e p e r i ó d i c o s d e v e r ã o ser a b r e v i a d o s p e l a "List of Journals I n d e x e d in Index M e d i c u s " . O b s e r v a r a N o r m a Brasileira
- N B R 6 0 2 3 / 1 9 8 9 q u e estabelece critérios p a r a identificar os e l e m e n t o s q u e c o m p õ e m a referência bibliográfica.
EXEMPLOS:
•
Monografias
V o s s , D E . , Ionta, M.K., M y e r s , B J . Facilitação
neuromuscular
proprioceptive.
3.ed. São Paulo: Panamericana, 1987,
388p.
•
Partes de monografias (com autoria própria)
K a d e k a r o , M . , T i m o - I a r i a , C , V i c e n t e , M . L . M . Control of gastric secretion b y t h e central n e r v o u s s y s t e m . In: B r o o k s ,
F.R., E v e r s , P. Nerves and the gut. Thorafare, N J . : C . B . Slack, 1977. 6 4 2 p . p . 3 7 7 - 4 2 7 .
•
Partes de Monografias (sem autoria especial)
Rothstein, J.M., R o y , S . H . , Wolf, S.L. T h e rehabilitation s p e c i a l i s t s h a n d b o o k . Philadelphia: F . A . D a i r i s , 1 9 9 1 . p . 4 6 5 5 8 5 : V a s c u l a r a n a t o m y , c a r d i o l o g y a n d cardiac rehabilitation.
•
Dissertações, Teses
M a r q u e s , A . P . Um delineamento
de linha da base múltipla para investigar efeitos de procedimentos
de ensino sobre
diferentes comportamentos
envolvidos, uma avaliação goniométrica.
S ã o P a u l o , 1990. D i s s e r t a ç ã o ( M e s t r a d o ) C e n t r o d e E d u c a ç ã o e Ciências H u m a n a s d a U n i v e r s i d a d e F e d e r a l d e S ã o Carlos.
•
Artigos de periódicos
K o z e l k a , J . W . , Christy, G . M . , W u r t o r , R . D . S o m a t o a u t o n o m i c reflexes in anesthetized a n d u n a e s t h e t i z e d dogs. J.
Auton. Nerv. Syst. v . 3 , p . 1 7 1 - 7 5 , 1 9 8 1 .
•
Evento (no todo)
S I M P Ó S I O sobre Fertilizantes n a Agricultura Brasileira, 2., 1984, Brasília. Anais...
Brasília: E M B R A P A , D e p a r t a m e n t o
d e E s t u d o s e P e s q u i s a s , 1984. 6 4 2 p .
•
Eventos (considerados em partes)
O r l a n d o F i l h o , J., L e m e , E.J.A. Utilização agrícola dos resíduos d a agroindústria canavieira. In: S I M P Ó S I O S O B R E
F E R T I L I Z A N T E S N A A G R I C U L T U R A B R A S I L E I R A , 2., 1984, B r a s í l i a . Anais
... B r a s í l i a : E M B R A P A ,
D e p a r t a m e n t o d e E s t u d o s e P e s q u i s a s , 1984. 6 4 2 p . p . 4 5 1 - 7 5 .
Ilustrações e Legendas -
7.
A s tabelas d e v e m ser e l a b o r a d a s e m folhas à p a r t e , n u m e r a d a s c o n s e c u t i v a m e n t e n a o r d e m
d e citação n o t e x t o . O título d e v e constar n a parte superior d a tabela. Evitar o u s o d e linhas n o interior das t a b e l a s , usar
s o m e n t e as linhas laterais e aquelas q u e s e p a r a m o s títulos. A s figuras se referem a t o d a s as ilustrações, fotografias,
d e s e n h o s gráficos, e x c e t u a n d o - s e tabelas e gráficos. Estas d e v e m ser e m p r e t o e b r a n c o e i m p r e s s a s e m p a p e l d e alta
q u a l i d a d e gráfica. P a r a o r g a n i z a ç ã o das figuras observar o m e s m o p r o c e d i m e n t o a d o t a d o p a r a as tabelas.
8.
Agradecimentos
trabalho.
- Q u a n d o pertinentes, dirigidos à p e s s o a s ou instituições q u e c o n t r i b u í r a m p a r a a e l a b o r a ç ã o d o
A R e v i s t a d e Fisioterapia da Universidade de S ã o Paulo é u m a
revista de c u n h o acadêmico-científico produzida pelo C u r s o de Fisioterapia da Faculdade de Medicina - U S P d e s d e 1994 c o m o
objetivo de divulgar a produção de conhecimentos específicos da
á r e a , reciclando e atualizando profissionais e acadêmicos. Foi a
primeira publicação nacional de revista especializada c o m nível
a c a d ê m i c o e científico n o s m o l d e s e p a d r õ e s
internacionais,
dirigida aos acadêmicos, pesquisadores, e d u c a d o r e s e profissionais da área. Esta revista é indexada na base de dados L I L A C S e
sua periodicidade é semestral. Para assiná-la, basta preencher a
ficha abaixo e encaminhar c o m os itens solicitados ao e n d e r e ç o
relacionado. Q u a l q u e r informação adicional:
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