A poderosA - Horse Society Lifestyle
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A poderosA - Horse Society Lifestyle
Hipismo em terras cariocas Os melhores momentos de 2009 Prêmio Hipismo Brasil entrega troféu Nelson Pessoa A poderosa indústria do cavalo Hipismo em terras cariocas Os melhores momentos de 2009 Prêmio Hipismo Brasil entrega troféu Nelson Pessoa A PODEROSA INDÚSTRIA DO CAVALO Ed i torial Simplesmente Paixão Para ficar aqui registrado, nesta edição de lançamento, que o real motivo de trazer à tona esta revista, de realizar este sonho, foi simplesmente uma grande paixão... Sem deixar de considerar a necessidade de criar um veículo de comunicação de qualidade, direcionado a um público tão seleto e exigente, admiradores dos cavalos, e, ainda, diante da oportunidade de colocar no mercado um instrumento de integração social e comercial que agregue valor e promova o desenvolvimento deste segmento em vertiginosa ascensão, que é a indústria equina hoje no Brasil, não poderia deixar, entretanto, de explicitar aqui a minha declaração de amor aos cavalos que me trouxeram até aqui. Pois é por causa deles, estes seres graciosos, que transcendem sentimentos em olhares e atitudes, e encantam pela na harmonia e elegância de seus movimentos, que estou aqui hoje escrevendo esta mensagem. Foi por estes animais tão especiais, que mudei a minha vida, que cheguei até aqui, virando o meu mundo de cabeça para baixo para ir atrás de um sonho e atender à esta demanda sedenta de informações sobre este mundo tão lúdico e ao mesmo tempo tão real que gira em torno destes nobres seres. Esta revista é muito mais do que um simples meio de comunicação segmentado. Muito mais do que um mero instrumento de informação para aqueles que, assim como eu, praticam e frequentam o ambiente dos esportes equestres, da indústria equina, e compartilham um pouco deste estilo de vida único, que envolve animais, esportes, medicina, economia, fi- Diretora Executiva: Aida de Mendonça Nunes [email protected] Jornalista Responsável: Daniela Matos [email protected] Fotógrafos: Russo, Alexandre Vidal, Anna Paula Carvalho Tupamaru, Pedro Accioly; nanças, gastronomia, moda, consumo e informação... Tudo isso é muito pouco perto de tudo que aprendemos com estes seres extraordinários que são os cavalos! Não poderia produzir nenhuma das próximas páginas que vocês verão a seguir, se não tivesse aprendido com eles um pouco sobre sentimentos sinceros, sobre atitudes, caráter, lealdade, amizade, força, coragem, determinação, disciplina, cumplicidade, dedicação, respeito, e, acima de tudo, paixão! Quem vive este mundo e não compreende os seus cavalos, nem aprende com eles a identificar e alimentar sentimentos tão simples e ao mesmo tempo tão nobres, não conseguirá compreender também os seres humanos, e não desenvolverá a capacidade de entender as sutilezas da vida sob a perspectiva da sensibilidade e será, portanto, incapaz de lidar com a complexidade do sucesso de viver este estilo de vida com toda a intensidade digna de uma paixão verdadeira. Desejo agora que, assim como eu, declaradamente apaixonada pelos meus cavalos, pela vida que levo junto a eles, e pelo que aprendo com eles a cada dia, vocês, que também fazem parte desta sociedade e compartilham deste estilo de vida, possam sentir a energia dos sentimentos impressos nestas páginas inspiradas nestes sublimes animais. E que se divirtam com as nossas histórias e sejam capazes de se apaixonar pelo que eu, com toda a audácia que me foi ensinada pelo cavalos vencedores, ousei chamar de Horse Society Lifestyle. Aida de Mendonça Nunes. Capa: Modelo: Antônia Campos (Ford Models Brasil) Fotografia: Pedro Accioly Gomes, Juliana Ribas, Henrique Saldanha, Giani Tartari, Ruthe Araújo. Projeto Gráfico e diagramação: Nilmon Filho (2NT), colaboração: Danilo Matos Agradecimento Especial: Márcia e Paulo Roberto Nunes Colaboraram nesta edição: Antônio Carlos Magalhães Júnior, Luiz Augusto Amoedo, Ana Borges, Cristiano Nabuco Dantas, Marcello Servos, Mariana Mattoso, Luiz Fernando Monzon, Mariana Pessoa, Nardele Departamento Comercial: 2NT Comunicação | [email protected] Av. Marechal Floriano 38, sl 307 - Centro - RJ tel. 21 2233 7755 / 2516 8595 A Horse Society Lifestyle é uma publicação da Horse Society Lifestyle. Todos os direitos estão reservados. Fica proibida qualquer reprodução do conteúdo. Os artigos de opinião são de exclusiva responsabilidade dos autores. A Horse Society Lifestyle não se responsabiliza pelos anúncios e mensagens publicitárias incluídos nessa edição. 4 | horse society lifestyle Rua Dr. Altino Teixeira, Porto Seco - Salvador, BA www.cmarinho.com.br horse society lifestyle | 5 Ed i torial sumário Da história ao life style E m sua primeira edição, a Revista Horse Society vem com a inovadora proposta de agregar em páginas de papel couché o fantástico universo do hipismo nacional. O desafio é tão grandioso quanto a própria história do esporte no Brasil, onde a influência militar foi decisiva. Marcante também na trajetória mundial do hipismo quando, mais ou menos no início do que hoje conhecemos por civilização, os ingleses começaram a usar o animal em nobres caçadas pelos campos. mo. No governo do general carioca João Figueiredo, último da dinastia militar, a criação de cavalos deu inclusive um belo salto de qualidade. O fato é que a cavalaria sempre foi uma das principais armas em qualquer tropa. Nesse sentido, ter domínio do cavalo era simplesmente indispensável para o sucesso de uma investida. O Exército Brasileiro, logo após a Primeira Grande Guerra, percebeu a importância de aperfeiçoar os cavaleiros locais e solicitou o apoio da Missão Militar Francesa. Estava fundada a base para a tradicional Escola de Equitação do Exército. A paixão de Figueiredo pelos animais fez com que empresários brasileiros investissem pesado na criação de cavalos. Afinal, quem em sã consciência não queria se aproximar do presidente da república? Foi desse jeito, fazendo política, que o país desenvolveu a raça BH, o cavalo brasileiro de hipismo. O BH é um híbrido com boas características de salto. Um cavalo bonito, geneticamente competitivo e que vem chamando atenção de pesquisadores estrangeiros. Uma grande promessa. Assim se formou uma doutrina de equitação muito importante para a história do hipismo em verde amarelo, não à toa todos os grandes cavaleiros do passado tinham alguma ligação militar. É, só que não parou por aí: depois de duas guerras mundiais e uma longa ditadura Vargas, os militares tomaram de vez o Brasil no Golpe de 64. Foram anos difíceis, sombrios, dignos de serem esquecidos, mas significativos para o hipis- 6 | horse society lifestyle Figueiredo era um amante da montaria. Entre as muitas declarações polêmicas e que pese o fato de ser o presidente de um regime repressor, vale comentar o dia em que foi indagado sobre seu sucessor Tancredo Neves. “No dia da posse vou embora de Brasília levando apenas minhas mulheres”, disse. Detalhe: as mulheres eram os cavalos. Enfim, tudo isso pra dizer, em resumo, que o futuro do hipismo brasileiro está só começando. Ele partiu das mãos de militares, mas é na democracia que vem se estabelecendo em toda a sua elegância. Um futuro que a Revista Horse Society vai acompanhar de perto, entre competições e novidades de bastidores. Afinal, hipismo não é só montar, é viver um completo life style. Seja bem vindo. No Paddock 08 Reportagem 10 Horse Society Tour 14 Rapidinhas 20 Mundo Corporativo 22 Entrevista 24 Galeria 28 Ping Pong 34 Galeria 36 Regulamentos 40 Notas da CBH 41 Especial 42 Galeria 44 Perfil 46 Galeria 48 Veterinária 50 Saúde 52 Cultura 54 Brinquedos de gente grande 55 Galeria 56 Ensaio 60 Galeria 68 Economia 70 Investimento 74 Turismo 76 Wine 78 Gastronomia 80 Comportamento 82 Guia de Serviços 83 14 24 56 68 76 horse society lifestyle | 7 n o paddock O Paddock aqui é para você, leitor da Revista Horse Society Lifestyle! Fique atento e participe da nossa edição, pois você está sendo chamado ao nosso Paddock e esperamos a sua atuação. Aproveite a chance, se apresente, e seja muito bem vindo ao Clube Horse Society! Estaremos esperamos ansiosamente para divulgar o resultado das suas sugestões. Sinta-se à vontade para comentar, criticar, indicar e nos dizer o que quiser, pois este espaço é seu! *Sua mensagem poderá ser publicada Mande a sua correspondência para o endereço: Av. Bartolomeu Mitre, 448 – Leblon, Rio de Janeiro – RJ CEP: 22.431-000 Contato: tel. 011 35671221 [email protected] Ou entre em contato conosco através do e-mail: [email protected] 8 | horse society lifestyle horse society lifestyle | 9 re p ortag e m A poderosa indústria do cavalo no Brasil Poderosa e, diga-se de passagem, promissora. Segundo dados da Comissão Nacional do Cavalo, órgão ligado a Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA), a indústria já bateu a casa dos R$ 7,5 bilhões em faturamento. A pesquisa é de 2006, a última oficial. O que significa dizer que, de lá pra cá, certamente este número já aumentou de forma considerável. É bom levar em conta que, grande parte desse movimento exorbitante é “culpa” do hipismo, afinal estamos falando da Formula 1 da indústria do cavalo. “O hipismo brasileiro é um dos mais respeitados do mundo, nossos cavaleiros estão entre os tops internacionais. Considerando-se a prática esportiva e os setores ligados direta e indiretamente ao esporte podemos dizer que o hipismo é uma das principais molas propulsoras da equinocultura e do agronegócio nacional”, palavra de presidente. Nesse caso o presidente da Confederação Nacional de Hipismo, Luiz Roberto Giugni. As próximas páginas se destinam a traçar um panorama deste quadro, pensado através de números e vivências de pessoas ligadas a uma área ainda em ascensão por estes trópicos. Há apenas um ano o Governo Federal lançou linhas de créditos oficiais para a área, segundo informações do presidente da Comissão Nacional do Cavalo, Pio Guerra. O que, num país de dimensões continentais e ainda notadamente agrário, é um salto gigantesco. Atrasado, mas gigantesco. São poucos os pecuaristas que conseguem investir de forma maciça sem incentivos federais. “ O agronegócio do cavalo emprega mais funcionários que a própria indústria automotiva, com pouco mais de 100 mil empregos no mesmo período” A indústria traduzida em $$ – São quase 27 federações estaduais de agricultura e pecuária, mais de dois mil sindicatos rurais e 1,7 milhões de produtores. De acordo com o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), o país possui quase seis milhões de cabeças, só em equinos. Se comparados com os Estados Unidos, número um no ranking (com 9,5 milhões de cabeças), o Brasil fica na bem colocada quarta posição. A tendência deste quadro é melhorar ainda mais. As pesquisas (ponto a ser abordado com mais calma depois), a profissionalização e, principalmente, o enquadramento da equideocultura como atividade pecuária no Ministério da Agricultura, que torna o setor capaz de receber os mesmos recursos e financiamentos oferecidos a outras criações, são fatores decisivos neste caminho. 10 | horse society lifestyle horse society lifestyle | 11 re p ortag e m “ O setor, por exemplo, não sofreu efeitos da crise mundial do ano passado” Dentro e fora da porteira – Entender a indústria do cavalo é entender as infinitas atividades que a compõe. Esportes como hipismo e pólo são apenas uma pequena parcela do que este setor movimenta em serviços de um modo geral. Não é à toa que foram gerados 642,5 mil empregos diretos e outros 2,6 milhões indiretos até 2006. “O agronegócio do cavalo emprega mais funcionários que a própria indústria automotiva, com pouco mais de 100 mil empregos no mesmo período”, afirma a assessora técnica da CNA, Marina Zimmermann. A indústria é tão ampla e complexa que fica mais fácil compreender os processos se dividirmos em três partes: antes, dentro e fora da porteira. A separação foi proposta pelo próprio Pio Guerra, da CNA, em estudo recente sobre a dinâmica da atividade. 1. Antes da porteira – insumos, produtos e serviços que tornam possíveis a criação do cavalo. Aqui estão reunidos desde medicamentos veterinários até cursos universitários na área, passando pelo comércio de selaria, acessórios, transporte de animais e até a moda country. 2. Dentro da porteira – agentes que dependem diretamente do cavalo no dia a dia. Escolas de equitação, exposições e eventos (como as competições de hipismo) e tudo que jamais existiria sem este belo animal. Cavalos para lida e de uso da polícia e do Exército também entram nesta conta. 12 | horse society lifestyle 3. Fora da Porteira – Basicamente leilões e importações e exportações, tanto de cavalos vivos quanto da carne do animal. A divisão é simplificada, não tem outra forma. A ideia é mostrar, ainda que em linhas gerais, onde estão empregadas todas aquelas pessoas citadas em números na pesquisa comentada antes. E, claro, mostrar a grandiosidade da indústria em questão. “O setor, por exemplo, não sofreu efeitos da crise mundial do ano passado”, comenta Zimmermann. O volume movimentado em feiras e leilões (leia-se: fora das porteiras) foi superior aos anos de 2007 e 2008, ainda segundo a assessora técnica. Mais uma garantia da força do agronegócio equino no Brasil. Cavalos invadem a universidade – Parece uma daquelas notícias bizarras, de jornais sensacionalistas, mas não passa da mais pura verdade. Os cavalos tomaram conta do mundo acadêmico. A PUC do Paraná oferece curso superior em Ciências Eqüinas, da Faculdade de Tecnologia Uirapuru, em São Paulo, saíram inúmeros gestores em equideocultura, já a Associação Nacional de Deficientes Físicos (ANDE-Brasil) lançou a pós-graduação em equoterapia no Rio de Janeiro. Isso sem contar com as tradicionais formações em medicina veterinária, zootecnia, agronomia e etc., também relacionadas ao cavalo. Os cursos específicos são a prova de que existia uma demanda, até pouco tempo reprimida, formada por jo- vens fissurados no mundo do cavalo que não queriam abrir mão nem de uma paixão nem de uma formação acadêmica. É o caso de Tárcio Agostini, hoje treinador, árbitro de provas de andamento e, mais recentemente, gestor em equideocultura. Mineiro da cidade de Ipatinga, é em Patrocínio do Muriaé, também em Minas Gerais, que ele encontra mercado para suas muitas qualificações. “A paixão pelo cavalo é o que move meu trabalho. Vivo numa região muito pobre e fui obrigado a perceber que a maioria dos animais por aqui vale menos do que o que os donos gastavam comigo”, afirma Tárcio. “Tive proposta para morar nos Estados Unidos, no Chile, mas decidi ficar. Nestes lugares seria apenas mais um. Aqui sinto que posso ser pioneiro, criando novas maneiras de lidar com os animais, organizando provas. Sei lá, atraindo mais apaixonados”. “ O Brasil é um dos países que mais realizam transferência de embriões no mundo graças aos estudos na área” A vontade de fazer o mercado mineiro crescer e crescer junto com ele é tanta que, apesar dos coices (literalmente!), Tárcio não pensa em desistir. Em dezembro do ano passado, ele levou uma pancada tão grande que teve que encostar as selas, pelo menos até o fim de 2010, segundo as previsões mais otimistas dos médicos. “Ainda estou me recuperando, foi o primeiro acidente, mas acho que não vai ser o último”, conta. A história de Tárcio tem algo em comum com a trajetória de outra jovem gestora no assunto, Cristiane Oliveira, paulista de Sorocaba. Ambos cultivam a tal paixão por cavalos: “Eu sempre gostei deles, o que é um pré-requisito para entrar nesta área”, afirma. Também formada em Ciências da Computação, Cristiane resolveu unir o útil ao mais útil ainda e criou o portal equinocultura.com.br. “A ideia do site surgiu de uma ‘revolta’ entre amigos. Era difícil achar informações interessantes em um único lugar. Claro que ainda não temos todas as ferramentas, mas aos poucos o projeto está crescendo”. Entre cursos e pesquisas – O bom de todo este cenário, impulsionado pelas universidades, é que a pesquisa no setor cresceu vertiginosamente nos últimos anos. Assim garante Marina Zimmermann: “O Brasil é um dos países que mais realizam transferência de embriões no mundo graças aos estudos na área”. Uma prova disso é que o número de publicações científicas brasileiras foi tão representativo em 2009 que a cidade do Guarujá, São Paulo, foi escolhida para sediar o 11º Congress of the World Equine Veterinary Association (WEVA) que aconteceu no último mês de setembro. Hoje o país tem acordos de exportação de material genético com os Emirados Árabes, Estados Unidos, União Europeia e Mercosul. África do Sul e Chile estão ainda em negociação, mas tudo indica que também devem entrar na lista em breve. Pode-se dizer que o Brasil tem tudo para virar uma superpotência mundial do cavalo. O panorama exposto aqui indica que o caminho está certo: pesquisa e investimentos em qualificação de mão-de-obra são importantes passos rumo a este objetivo. Vale apenas lembrar mais um: a desmistificação da ideia de que o cavalo está relacionado apenas às elites. Estes velhos companheiros do homem são mais populares do que se imagina, do Oiapoque ao Chuí, eles estão por toda parte. horse society lifestyle | 13 H o rs e Society Tour A festa para os melhores do hipismo A entrega do “Prêmio Hipismo Brasil 2009” movimentou o Salão Nobre do Jockey Clube de São Paulo na noite de sexta-feira, 5 de março, quando a Confederação Brasileira de Hipismo (CBH) condecorou amazonas e cavaleiros vencedores do Ranking CBH 2009 em sete diferentes modalidades: Adestramento, Equitação Especial, Concurso Completo de Equitação, Enduro, Rédeas, Salto e Volteio. Entre os homenageados estavam quatro cavaleiros de Salto, medalhistas Olimpicos: Luiz Felipe de Azevedo, Álvaro Afonso de Miranda Neto, o Doda, Rodrigo Pessoa e André Johannpeter. Também foram homenageados o empresário Jorge Gerdau Johannpeter, o presidente do Comitê Olímpico Brasileiro Carlos Nuzman, o cavaleiro olímpico e técnico da equipe de Salto Neco Pessoa e as entidades Clube Hípico de Santo Amaro e Jockey Club de São Paulo representados por seus presidentes, respectivamente Luis Duílio de Oliveira Martins e Márcio Correa de Toledo. Outra novidade na festa do “Prêmio Hipismo Brasil 2009” foi o reconhecimento oficial da Atrelagem como a 8ª modalidade sob supervisão da Confederação Brasileira de Hipismo. 14 | horse society lifestyle horse society lifestyle | 15 H o rs e Society Tour Luiz Felipe e Elizabeth de Azevedo Hortência com João e Antonio Victor Manuel Tavares, Pedro e Thaisa Neco Pessoa, Renata Milani, Aida Nunes, Roberta Milani e Hélio Pessoa Cel. Salim Nigri e Ten. Cel. Jeferson Sgnaolim Marquinhos Fernandes e Marcelo Artiaga de Castro Manuel, Luiza e Gilberta Almeida Jose Carlos Macedo, Carlos Nuzman, Luiz Roberto Giugni e Jorge Gerdau Victor Oliva e Rogerio Clementino Alvaro Coelho da Fonseca e Carol Borja 16 | horse society lifestyle horse society lifestyle | 17 18 | horse society lifestyle horse society lifestyle | 19 rap idinh as CONFIRMADO PAN EM TORONTO O hipismo brasileiro já está confirmado nas Olimpíadas até os Jogos de 2016 no Rio de Janeiro. Na próxima Olimpíada, em 2012, as provas eqüestres devem ser realizadas em Greenwich, na margem sul do rio Tamisa e a 10km do centro de Londres. Devem porque ainda há muita polêmica em torno do local escolhido. A cidade de Toronto, no Canadá, foi eleita sede dos Jogos Pan-Americanos de 2015. Na votação, Toronto recebeu 33 votos, Lima, no Peru, teve 11 e Bogotá, na Colômbia, sete votos. Esta será a terceira vez que o Canadá será palco de um Pan-Americano. A edição de 2011 está prevista para Guadalajara, no México. CRIATIVIDADE Uma professora britânica está fazendo sucesso em aulas de anatomia eqüina. Gillian Higgins pinta no próprio pelo do cavalo toda a divisão do esqueleto e da musculatura do animal. A tinta utilizada é à base de água e sai com facilidade. No curso, a professora inova também com aulas de massagem, alongamento e pilates para cavalos. celebridade A cantora Madonna gastou quase US$ 10 milhões para comprar um haras da ex-mulher do estilista Calvin Klein na luxuosa região dos Hamptons, nos arredores de Nova York. A nova propriedade da artista americana tem 12 hectares de área dedicados à criação de cavalos. Segundo o jornal “The New York Post”, o haras comprado por Madonna não possui instalações de hospedagem, motivo pelo qual a cantora pretende comprar mais 10 hectares de terra de um terreno vizinho, área avaliada em US$ 2,4 milhões. HIPISMO NA MODA Mais uma vez a moda se inspira no Hipismo. No desfile de alta-costura da Dior, na Avenue Montaigne em Paris, amazonas do final do século 19 foram a base da inspiração para a coleção verã0 2010. No desfile as jovens amazonas tinham seus casacos bem cortados, acinturados, luvas, botas e chicote na mão. O estilista da marca John Galliano de casaca, culote e bota apareceu no final do desfile. 20 | horse society lifestyle CASAMENTO Mais uma união. O cavaleiro Rodrigo Pessoa e a amazona Alexa Weeks estão juntos oficialmente desde setembro de 2009. A cerimônia foi realizada em Connecticut, nos Estados Unidos, terra natal da moça. ENCONTRO Já a ex-tenista Martina Hingis, longe das quadras há mais de um ano e meio, está dedicada ao hipismo. Depois de dez anos de carreira, importantes premiações e título de melhor jogadora, Martina quer mesmo montar cavalos. Por enquanto suas disputas são em provas amadores. Mas quem sabe, né? GAME A nintendo teve uma boa idéia! Já foi registrado e patenteado o novo acessório para seus games, o “Wii Horse Riding Saddle”. Trata-se de uma almofada redonda que pode ser usada para os jogos eletrônicos com cavalos. O jogador senta uma almofada como se estivesse montando em um cavalo. master O cavaleiro Jorge Gerdau, presidente do Grupo Gerdau, resolveu deixar as pistas. A despedida ao hipismo, esporte que lhe rendeu orgulho por muito tempo foi em grande estilo, durante o Campeonato Brasileiro de Máster 2009, em Porto Alegre. horse society lifestyle | 21 mundo corpo r ati vo por Antônio Carlos Magalhães Jr. ADAPTAR-SE APENAS PARA SOBREVIVER É PARA OS FRACOS Recentemente fui paraninfo de duas turmas de Administração da Universidade Federal da Bahia, ocasião em que aproveitei para falar àqueles formandos, ex-alunos e agora meus colegas, sobre o mundo que os aguarda, um mundo em transformação, em crise, mas, por isso mesmo, fértil em oportunidades. Cito esse episódio porque, respeitadas as devidas proporções, as inquietações que certamente afligem aqueles novos profissionais, recém chegados ao mercado de trabalho, de certa forma, habitam corações e mentes do empresariado. Há muito se tornou lugar comum associar momentos de crise com oportunidades de investimentos. A doutrina nos ensina isso e as revistas especializadas estão repletas de registros de casos que corroboram a tese. Ainda assim, em momentos de crise, são inúmeras as empresas que recuam em seus planos de investimentos, algumas até mesmo interrompendo projetos já em andamento. Como se vê nesses casos, determinadas “certezas empresa- riais”, - investir em tempos de crise é uma dessas certezas -, costumam ser abaladas ao primeiro sinal concreto de incertezas. Este cenário é preocupante? Sim, é preocupante, mas já foi mais. A economia é um fenômeno extremamente dinâmico e, como disse Cazuza, o tempo não para! não coadjuvantes. Empresas adaptáveis, criativas, saberão enfrentar esses desafios e, estejam certos, saberão vencê-los. Hoje estamos todos melhor preparados. Melhor do que estávamos antes do início dessa crise. Se o mundo atravessou e ainda atravessa momentos de apreensão, principalmente porque assistiu serem derrubados paradigmas e dogmas que pareciam eternos, ele também tem feito surgir grandes oportunidades de negócios, especialmente para aqueles que, sem brigar com os fatos, aceitando que o mundo mudou, estão dispostos também a mudar, a adaptar-se. Há mais ou menos dez anos, Stephen Kanitz escreveu um artigo, cujo título era “O Fim da Incompetência”. Nele, Kanitz defende a tese de que no Brasil moderno, assim como ocorre nos países desenvolvidos, o talento será cada vez mais valorizado e a competência fator determinante de sucesso. Peter Drucker diz que “a melhor maneira de prever o futuro é criá-lo”. Ora, se o futuro é incerto, cabe a nós diminuir o grau dessa incerteza. Tracemos nossos próprios destinos. Sejamos protagonistas e Claro, não há como desconhecer a crise financeira que se abateu mundialmente e da qual o Brasil não poderia estar imune. As variações cambiais, a aguda contração do crédito, a queda nas demandas interna e externa. As empresas precisavam mesmo, - e ainda precisam -, rever seus planos, eventualmente adiando, até paralisando, alguns negócios. Afinal, encomendas foram canceladas e este é um movimento em cascata: cancelamentos de pedidos geram novos cancelamentos na cadeia produtiva e na cadeia comercial em uma espiral indesejável. Em um mundo globalizado, competitivo, extremamente exigente, se não for verdadeiramente boa, uma empresa não sobrevive. De outro lado, neste mesmo mundo hostil, nem tão hipotético assim, a empresa guerreira, criativa, inovadora, que não se abate frente às dificuldades, a elas se adapta, não apenas sobrevive. Essa empresa cresce. Antonio Carlos Magalhães Jr. é empresário, professor de Finanças Empresariais e Mercado Financeiro de Capitais da Escola de Administração da Universidade Federal da Bahia e Senador da República. ! 22 | horse society lifestyle horse society lifestyle | 23 e n trevis ta O hipismo em terras cariocas Se tem uma pessoa apta a falar sobre o cenário atual do esporte no Rio de Janeiro, esta pessoa se chama Pedro Valente. Cavaleiro nato, amante antigo do hipismo e da luta (Valente é da família Gracie, responsável por desenvolver um conjunto de técnicas conhecidas internacionalmente como Gracie Jiu Jitsu e patriarca da modalidade no país), ele está à frente da Federação Equestre do estado, a FEERJ, que reúne mais de 350 filiados, pelo menos 500 cavalos e ainda 20 instituições, entre escolas e núcleos. Um verdadeiro celeiro de jovens e promissores talentos, a Cidade Maravilhosa tem hoje a missão de se tornar referência esportiva. São exatos seis anos até os Jogos Olímpicos de 2016 e Pedro Valente carrega a responsabilidade de alavancar o hipismo ao merecedor patamar de campeão. 24 | horse society lifestyle horse society lifestyle | 25 e n trevis ta Qual é a situação do hipismo no estado hoje? O Rio estava numa situação muito difícil há cerca de quatro anos. O hipismo estava decadente, a federação cheia de dívidas, com problemas, o presidente faleceu (ele está falando de Ibsen Villaça, brutalmente assassinado quando saía de um haras em Vargem Grande, zona oeste do Rio de Janeiro), tudo muito complicado. Foi quando um grupo de amigos da hípica me procurou e perguntou se eu queria assumir novamente a federação (novamente porque ele já havia sido presidente da instituição na década de 70) e eu me achei na obrigação de aceitar, pelo amor que eu tenho aos cavalos e pela minha filha, a Joana, que estava começando no esporte. “ Agora temos um número enorme de jovens que, fatalmente, continuarão honrando o Rio de Janeiro” Pelo visto foi um início difícil... Foi sim. Mas montamos uma equipe boa, trabalhamos muito, pagamos todas as dívidas e fizemos um movimento para recuperar o hipismo. Não só o salto, mas também modalidades como o adestramento. E os torneios? Quais os planos da FEERJ para 2010 e que balanço pode ser feito do ano passado? Hoje temos bons patrocinadores como a Embratel e a OI que, inclusive, é responsável pelo Torneio Oi Serra e Mar. Tivemos no ano passado o primeiro Derby do Rio de Janeiro, o Derby de Palmas, e este ano a final das competições pelo país vai ser aqui, no mês de agosto. Conquistamos o Athina Onassis que, por si só, já trás muita visibilidade ao estado e conseguimos, no calendário da Confederação Brasileira de Hipismo, que a final do brasileiro de amadores seja realizada também no Rio. Tudo isso para dizer que o ano passado foi bom e 2010 vai ser melhor ainda. Brasil (isso porque muitos cavaleiros profissionais se exilam na Europa). A gente tem a vantagem de poder treinar antes e na nossa própria pista. Tem que acabar com essa cultura de que pra ser bom tem ir pra morar em outro continente, eu acho que temos um clima maravilhoso e recursos pra isso, pra cultivar grandes cavaleiros em solo brasileiro. E as Olimpíadas? A FEERJ já está de olho nos jogos de 2016? Ainda é prematuro dizer alguma coisa porque ainda não sabemos quem vai ser o presidente da federação até lá (o mandato dele acaba em 2011), nem quem vai estar no comando da confederação. Agora, é evidente que os cavalos que vão pular a Olimpíada são os cavalos que estão hoje com quatro, cinco anos. Ou seja, a preparação já começou! Nenhum nome em específico? Não vou te dar nenhum, porque poderia acabar cometendo injustiças. Na minha posição de presidente da federação eu tenho que contemplar a todos. Esta é a função de vocês nos jogos? Preparar o campo? Nossa função é incentivar o esporte ao máximo, fazer bons torneios como já estamos fazendo, oferecer boas pistas, bons armadores, bons prêmios... estas são minhas lutas. A Olimpíada vai ser aqui e é importante que até os treinamentos sejam feitos no 26 | horse society lifestyle Quais são nossas promessas? O Rio de Janeiro sempre se notabilizou por ter excelentes cavaleiros. Daqui saíram Eloy Menezes, Neco, Gerson Monteiro, Luiz Felipe Azevedo, Elizabeth Assaf e agora temos um número enorme de jovens que, fatalmente, continuarão honrando o estado. Você chegou a citar rapidamente o adestramento. Geralmente só se fala em saltos quando o assunto é hipismo. Eu, particularmente, sou fã do adestramento. Além de interessante é uma prática de extrema importância no esporte. Acho o adestramento a base da equitação. É ali que se estabelece o domínio do cavalo pelo cavaleiro, a relação dos dois. O passo, o trote, o galope... a preparação para o salto. Sem este domínio o cavaleiro não tem nada. Eu também sempre defendi a teoria de que o adestramento é a musculação do cavalo. É como um jogador de futebol: não se treina só com bola, tem que ter preparação física, o que dá uma tremenda velocidade, que é o que o futebol tem de mais bonito hoje. Quando o cavalo deixou de ser um animal selvagem, parou de fugir das onças, dos leões, das hienas, e veio para o convívio do homem, ele perdeu muito da sua musculatura original. O adestramento consegue mexer com músculos que uma atividade específica como o salto não mexe. Todo cavaleiro de salto deveria ter conhecimento de adestramento, esta é a minha opinião. Nesse caso, que incentivos estão sendo dados a esta modalidade aqui no Rio? O adestramento também estava com problemas quando voltei à federação, muitas brigas entre correntes (técnicas e políticas) diferentes, mas finalmente chegamos a um consenso. Hoje temos bons torneios e até prêmios em dinheiro, o que é um grande incentivo. O esporte é um esporte caro e tem que ter prêmios deste tipo, que garantam algum retorno a quem pratica. O que você tem a dizer sobre o futuro do hipismo no Brasil? Considero bastante promissor por conta da TV, pois esta busca imagens, e o hipismo é um dos esportes mais plásticos que existe. A beleza do conjunto, da harmonia entre cavalo e cavaleiro é algo encantador. Atualmente a transmissão de competições eqüestres é uma realidade nos países desenvolvidos, e acredito que as grandes redes brasileiras não tardarão a descobrir esse efeito fascinante da interação entre um animal e um homem unidos pelo esporte. horse society lifestyle | 27 ga leria Melhores M omen to s 2009 S o c i edade H íp ic a B ra s il e ir a - RJ E o Rio continua lindo... Cristina Harbich, Karina e Jorge Gerdau Jonhannpeter Gabriela e Antônia Gomes Ana Carolina Drummond Rodrigo Marinho Joana Valente Gisele e José Augusto Mesquita Marcela Kromer Bueno Pedro Figueira de Melo e seu filhote Raquel Groissman e Stephanie Macieira Léa Gomes Lourenço Vieira da Silva Edward Amadeo Luiza Leivas Carlos Palermo 28 | horse society lifestyle Marco Antônio Alencar e Luiz Felipe de Azevedo horse society lifestyle | 29 ga leria Melhores M omen to s 2009 Andrea Guzzo Muniz Ferreira Patrick Sterea S o c i edade H íp ic a Caco e Catarina Jonnhanpeter Mariana Osório B ra s il e ir a - RJ Karina Harbich Jonhannpeter Ana Luiza e Rodolfo Figueira de Melo Loisse e Nicole Garcia José Francisco Mesquita Musa Alexandre Gorberg Luiz Francisco de Azevedo Marcos Bobba e César Almeida Renata e Fernando Sterea Hélio de La Pena, Dra. Ana Quintella, Fabio e Marcella Leivas Manuela e Daniel Borges Gomes Dra Laura com Cissa Berckheuser e seu filhote Yuri Mansur Gueiros Equipe SHB 30 | horse society lifestyle horse society lifestyle | 31 32 | horse society lifestyle horse society lifestyle | 33 p i ng pong “O” Musa do Hipismo 2009 foi o ano dele. O cavaleiro Francisco Musa, primeiro no ranking da CBH, vem conquistando títulos por onde passa. A fala mansa e a paixão pelo Cruzeiro (além dos cavalos, claro) não negam: trata-se de um típico mineiro. Conheça a seguir um pouco mais da trajetória desde mais novo grande nome do hipismo no Brasil. Nome completo: Francisco José Mesquita Musa Pretensões para 2010: Espero que seja um ano tão bom quanto 2009. Idade: 31 anos, dezenove deles no hipismo Cidade natal: Sou de Três Corações, interior de Minas gerais Cavalos: Chantree, So Long , Mc Grafite, Xindoctro Metodo e Carthoes BZ Principais conquistas no esporte: (pausa pra pensar) Foram muitas, graças a Deus. Assim de cabeça? Ganhei a prova de 1,35 do Derby da Cidade de São Paulo, fui terceiro lugar do Grande Premio do Derby também em São Paulo, primeiro no torneio Vodka Finlândia. Ao todo, foram quase vinte prêmios só em 2009. Momento inesquecível: Sem dúvida quando venci o Indoor de 2008. Foi meu primeiro Grande Prêmio importante. É muito difícil, poucos cavaleiros ganham... Hobby (não vale dizer montar, é claro): – Não pode ser montar mesmo? (Risos). Não tem outra coisa não... Pode colocar montar, é o que eu gosto de fazer. 34 | horse society lifestyle Sonho ainda não realizado: Participar das Olimpíadas. Estou batalhando pra isso! Sonho já realizado: Ganhar o ranking da CBH, consegui agora. Um ídolo: Meu avô, o cavaleiro e militar José Afonso Musa. Comecei no hipismo por causa dele. Time do coração: Cruzeiro Perfume: Carolina Herrera 212 Uma música: One do U2 Uma frase: Posso pular essa? Não consigo pensar em nenhuma... Um recado pra quem está começando: A única opção é lutar e correr atrás dos seus sonhos. Todos são possíveis, basta dedicação. Acho que vale como frase também (Risos). Acabei de responder a pergunta de cima! horse society lifestyle | 35 ga leria Melhores M omen to s 2009 S o c i edade H íp ic a B ra s il e ir a - RJ Athina Onassis no Brasil Gianni Govoni Patrícia Carvalho e Neco Pessoa Guilherme Sariva de Moraes Floriano Peixoto Livia Neves Athina Onassis de Miranda André Miranda e Joana Valente na platéia Doda e Gustavo El Jaick Flavia Mendonça Cel. Renyldo Ferreira e sua esposa Dra. Mônica, Stephan, Danielle Marco Antonio Alencar 36 | horse society lifestyle horse society lifestyle | 37 ga leria Melhores M omen to s 2009 Luis Felipe de Azevedo Filho Miro Camarão S o c i edade H íp ic a B ra s il e ir a - RJ Joao Pedro Cabral Stephan Barcha Marcelo Blessman e Doda João Roberto Marinho Alfinete, Fabio Leivas, Oscar Metsava Lorenzzo Burguer bem acompanhado Rodrigo Marinho Aida Nunes Princesa Charlotte de Monaco Rodrigo Pessoa Natália Guimarães (Miss Brasil 2007) Alexandre Vidal 38 | horse society lifestyle horse society lifestyle | 39 re gulamento s notas da CBH por Luiz Fernando Monzon por Ruthe Araújo Foto: Ney Messy/Cedida ABPSL Vamos jogar “Catchanga”? U m viajante em desespero, já quase sem dinheiro, resolveu tentar a sorte no jogo de cartas. Aproximou-se de alguns malandros que jogavam baralho. Rapidamente aprendeu o jogo e entrou na roda. Após ganhar algumas apostas, foi desafiado a jogar a “Catchanga”. O jogo, segundo os parceiros, era muito mais lucrativo e emocionante. Meio baralho na mão de cada um... Um contra o outro... O viajante esperou a aposta. - Aposto vinte! Disse o ladino. - Eu pago! Retrucou o viajante, meio sem saber o que fazer com todas aquelas cartas, mas não querendo perder a pose de ganhador. - Catchanga! Gritou o marinheiro abaixando todas as cartas misturadas e recolhendo todo o dinheiro da mesa... O viajante olhou para os lados, sentindo-se enganado, mas todos balançavam suas cabeças afirmativamente, concordando com a vitória do amigo. Irritado, mas em minoria, o viajante desafiou o ganhador para nova rodada. Baralho dividido ao meio, olhar fixo nos olhos do malandro, desafiou: - Aposto tudo! E empilhou tudo que já havia ganho e o pouco com que começou. Seu oponente fez cara de dúvida, mostrou o enorme leque de cartas ao parceiro ao lado... Pensou um pouco e disse: - Eu pago! - Catchanga! Adiantou-se o viajante e, sorrindo, tentou recolher o dinheiro da mesa. - Não tão depressa! Reagiu o marinheiro, abriu o leque de cartas e sentenciou: - Catchanga REAL! Pegou todo o dinheiro e cercado pelos companheiros foi embora. Você jogaria sem conhecer as regras? Investiria seu tempo e trabalho sem dominar o regulamento? Não responda tão rápido... Se você compete no hipismo pode fazer parte de uma grande maioria que nunca leu o regulamento... Lembra de uma ou outra dica A Atrelagem Esportiva é, agora, a 8ª modalidade sob coordenação da Confederação Brasileira de Hipismo. Incluída no final de 2009, foi oficializada pela entidade no dia 5 de março durante o “Prêmio Hipismo Brasil 2009”. que um amigo ou instrutor mencionou em alguma ocasião. É incrível, mas é uma constatação. Afirmo baseado em mais de vinte e cinco anos trabalhando nos júris das provas de salto no Brasil. Isto se soma à velocidade com que nosso regulamento vem mudando, desde o término dos Jogos Olímpicos de Sidney – Austrália 2000 – quando o segundo refugo passou a eliminar o conjunto, o primeiro refugo passou a penalizar como uma falta (4 pontos) e as correções de tempo passaram a ser de 4 segundos, mas não se a prova for “Indoor”. Já não entendeu a última ‘regrinha’? Não fique encabulado, você está na média! Há pouco tivemos uma mudança regulamentar que já causou alguns “estragos”... O uso do chicote. Quando, como e quantas vezes pode ser usado? O que pode ser considerado como uso excessivo e desqualificar o concorrente? Ele pode ser multado por isso? Existe cartão amarelo no hipismo, como no futebol? O regulamento determina: três vezes por evento, que o cavaleiro não pode usar o chicote para descontar sua raiva, define o que é uso excessivo e que depois de eliminado ou depois do último salto da pista o uso do chicote ‘desqualifica’ o conjunto. A critério do Juiz, o concorrente pode sim ser multado, se for reincidente, por exemplo, ou pode receber o cartão amarelo. Conselho de amigo: vá até o Artigo 257, ARREAMENTO, do Regulamento de Salto da CBH. Leia atentamente o item 2.2.1. Ele se refere a outros artigos... Por que não dar uma boa lida também? Com suas dúvidas sanadas, quem sabe você não se anima e continua lendo... Você não precisa decorar, basta ler. Garanto que vai entender coisas que são do seu interesse e vai evitar muitos insucessos. Ou será que prefere continuar jogando ‘Catchanga’ pelas pistas? Luiz Fernando Monzon é Juiz Nacional Oficial da CBH e Juiz Oficial Internacional FEI 40 | horse society lifestyle Elegância e tradição da Atrelagem agora na CBH A Atrelagem animal surgiu há cerca de 4 mil anos a.C. sendo preservada no mundo inteiro para lazer e competição. Reconhecida como modalidade esportiva pela Federação Equestre Internacional (FEI) em 1970, é praticada na Europa e na América do Norte. A Atrelagem é um show de movimentos sincronizados e ritmados - sempre no andamento trotado -, elegância de trajes e carros, beleza plástica dos animais e destreza dos condutores. Em concursos de Atrelagem são realizadas provas diferenciadas, entre elas o Concurso Completo composto por provas de Adestramento, Maratona e Maneabilidade. São realizadas, ainda, provas de “Condução e Elegância” e “Precisão”. Foto: Alexandre Vidal/Divulgação Clean Sport A Confederação Brasileira de Hipismo (CBH) adotou a Campanha “FEI Clean Sport” - Campanha pelo esporte limpo – que se traduz em um esforço coordenado em vários níveis com o objetivo de combater o doping e o uso de substâncias proibidas nos esportes equestres. Para cuidar do tema a CBH constituiu uma Comissão formada por dirigentes, cavaleiros, veterinários, tratadores e organizadores de eventos. A campanha “FEI Clean Sport” abrange todas as modalidades da CBH e seu sucesso depende de todas as pessoas envolvidas com o esporte: veterinários, atletas, treinadores, tratadores, proprietários de cavalos, organizadores de prova e entidades relacionadas ao hipismo. As primeiras ações do “Clean Sport” foram implantadas na abertura da temporada de Salto, o “Torneio de Verão” do Clube Hípico de Santo Amaro, em São Paulo (SP), em fevereiro. Foto: Ney Messy/Cedida ABPSL Brasileira na Final da Copa do Mundo do Adestramento Luiza Tavares de Almeida faz parte do seleto grupo de 15 atletas do Adestramento - modalidade do hipismo -, representantes de 9 países que disputam a Final do FEI World Dressage Cup em ‘s-Hertogenbosch, Holanda, entre 25 e 27 de março. É a primeira vez a América do Sul tem representante na competição. Criada em 1985, a FEI World Dressage Cup reúne os melhores atletas do mundo da modalidade Adestramento. A competição compreende quatro campeonatos realizados na Europa Ocidental, Europa Central, América do Norte (Estados Unidos e Canadá) e no Pacífico (Austrália, Nova Zelândia, Ásia). Para reivindicar vaga na competição o atleta precisa registrar dois índices acima da 68,000% com juizes de nível olímpico no Freestyle – prova com coreografia e música – em dois Concursos de Dressage Internacional, categoria 3 ou mais estrelas. horse society lifestyle | 41 e sp ecial “ Quando a gente percebe que os pôneis estão enjoados de ficar muito tempo nas concheiras, levamos todos para descansar na fazenda” Falando em personalidade – Os pôneis são animais espertos, bota espertos nisso! Às vezes, um pouco teimosos. “A gente sempre escolhe o pônei certo para cada criança”, garante Françoise. Os meninos e meninas inseguros, por exemplo, começam com os mais mansos e tranquilos, enquanto as crianças levadas (no bom sentido, claro) passam a ter aulas com animais mais ligeiros. Acaba que um influencia na personalidade do outro. É uma relação e, como toda relação, uma troca. Equitação tamanho mirim Aqui tudo é muito pequeno. Dos praticantes de hipismo aos cavalos usados nas aulas. Estamos falando do clube do pônei, mais precisamente, do Pônei Clube Brasil. A proposta surgiu em 2006, quando a belga Françoise Denis resolveu importar o projeto, já muito conhecido na Europa, para o Rio de Janeiro. “Eu já tinha um clube do tipo lá na Bélgica e, com ajuda do meu marido, o Dom, trouxe 24 dos meus pôneis pra cá. Hoje temos mais de 200 alunos entre o Rio e São Paulo”, resume a pioneira realizadora. Autonomia desde cedo – A iniciação ao hipismo é recomendada a partir dos 18 meses de vida. Qualquer criança, próxima dos dois anos pode sim começar a “montar” (desse jeito mesmo, entre aspas!). A ressalva é porque existe todo um trabalho de base, para que os pequeninos sintam, antes de qualquer coisa, firmeza, confiança nos animais. “É surpreendente como a criança desgruda dos braços dos pais para ficar com os pôneis já nos primeiros contatos”, comemora Françoise. Desenvolvimento das coordenações motoras, postura correta e autonomia são alguns dos benefícios posteriores da prática constante, segundo a própria Françoise Denis. “Tem médicos que dizem que montar muito cedo faz mal à coluna. O que, no nosso caso, 42 | horse society lifestyle não é verdade. Não exageramos no trote e procuramos sempre corrigir qualquer desvio de postura. Só a partir dos quatro anos começam as aulas mais ‘avançadas’”. Pelas normas da Federação Equestre Internacional (FEI), a equitação com pônei vai até os 17 anos. Aqui os jovens cavaleiros já aprenderam todas as exigências do hipismo clássico e são capazes de passar para os cavalos o que aprenderam de pequenos. Em resumo, para dissipar de vez qualquer visão preocupada de pais e mães responsáveis, pense que o simples fato de ter a impressão de dominar estes cavalos tão pequenos para a gente, mas tão grande para eles, já é uma prova concreta do que o hipismo pode trazer de bom à personalidade de um bebê. Segundo especialistas, o pônei precisa ser trabalhado. O que significa dizer que quanto mais bem tratado e respeitado menos chucro ele vai ser. Ou seja, é como educar um filho: requer prática. Por isso, eles vivem sob tratamento especial no clube: “Quando a gente percebe que eles estão enjoados de ficar muito tempo nas concheiras, levamos todos para descansar na fazenda”. Esta é a rotina. Equitação lúdica – Vale ressaltar que, no caso do hipismo para crianças, o importante mesmo é a diversão. É brincando que elas aprendem boa parte do que vão levar para o resto da vida. O objetivo de uma escola como esta fundada no Rio e em São Paulo é, basicamente, ensinar de forma lúdica como ter respeito aos animais e às outras crianças, em um ambiente seguro e todo pensado justo para elas. Não é só montar. Dar banho nos pôneis, participar de competições, enfim ter contato com o vasto mundo da equitação. O clube de Françoise desenvolveu ainda os chamados pônei shows. “Eles são o modo que encontrei de mostrar ao público brasileiro que é possível fazer de tudo no dorso dos pôneis”. Corridas, imitações coreográficas de faroeste e até provas de potência são exemplos das muitas maneiras que o grupo encontrou de exibir os pequenos cavalos e cavaleiros. Uma atração e tanto para eventos de hipismo Brasil afora. Como tudo começou – “Eu venho acompanhando o hipismo brasileiro há muitos anos”, confessa a veterana amazona. Ainda na Bélgica, Françoise conheceu o medalhista olímpico carioca Luiz Felipe de Azevedo. Isso foi lá pelos anos 80. Na época, Luiz Felipe importou pôneis da Europa e lançou competições aqui no Brasil, mais ou menos quando Felipe Filho e Francisco, os filhos dele, começaram a montar. “Lembrei disso, da ideia dos pôneis, só que adaptei para uma faixa etária ainda menor quando vim morar no país”, confessa. O modelo tradicional europeu, onde as crianças iniciam na equitação com pôneis, era uma certeza de que o projeto daria certo no Brasil. Não deu outra: hoje o Pônei Clube é mais que uma realidade, é um sucesso. Local para pequenos grandes cavaleiros darem as primeiras passadas rumo ao futuro do hipismo. horse society lifestyle | 43 ga leria Melhores M omen to s 2009 Har a s Va l e da s E st r e l a s - RJ O vale é das estrelas! Hércules e Dra. Nina Gadelha Bartolomeu Bueno de Miranda Neto André Américo de Miranda Vinicius da Motta e Caroline Hugo Drummond e José Carlos Palhares César Faria Francisco Giacomo e Julio Mattos Elizabeth Assaf, Fátima e Luciano Salim Aida Nunes em premiação Júlia Costa José Roberto Reynoso Fernandes Filho Maria Candida Palhares Rodrigo Cunha em premiação Ricardo Pimentel Tiago Mattos, Guilherme Saraiva e Antonio Pimentel 44 | horse society lifestyle horse society lifestyle | 45 p e r fil Novos talentos Ana Carolina Cançado de Andrade Ao primeiro contato, Ana Carolina Cançado de Andrade parece uma garota comum de 15 anos. Um pouco tímida, ar de menina sonhadora e olhar de moça séria e responsável. Mas o que a torna diferente das meninas de sua idade é a experiência de gente grande. Pelo menos no que diz respeito à dedicação ao esporte. C arol começou bem cedo. Aos 6 anos estava na escolinha do Chevals, em Belo Horizonte, Minas Gerais. Nem mesmo as quedas que sofreu quando pequena, a fez desistir de continuar montando cavalos. Contra a vontade do pai, ela decidiu voltar de vez ao hipismo, aos 10 anos. E não parou mais. Em 2005 e 2006, estava disputando na série escolas com obstáculos a 0,60m de altura, por onde brilhou por quase dois anos, sendo campeã do Ranking Chevals e vice-campeã (por equipe) no V Campeonato Brasileiro de Escolas. Em 2007 ainda na série escolas, com obstáculos a 0,80, foi Campeã Mineira de Amazonas. Em 2008, ela iniciou uma nova fase, marcada principalmente pelo encontro com o professor Marquinhos Fernandes, que acreditou no seu talento, passando a tranqüilidade e segurança necessárias para seu desenvolvimento como jovem atleta. Ana Carolina passou a saltar 1,00m, e sagrou-se novamente Campeã Mineira de Amazonas B. Mas, foi após comprar a égua sela francesa “Nuance do Gerezin” que começou a despontar no hipismo, e em 2009 que passou a ser considerada vitoriosa. Começou na IV Copa JK, em Brasília, onde foi pela primeira vez campeã de um torneio nacional, na categoria Jovens Cavaleiros A (1,10m). Parece que tomou gosto pelas vitórias e sagrou-se também campeã no 74º Aniversário CHSA; no concurso Agromen e no Campeonato Brasileiro de 46 | horse society lifestyle Jovens Cavaleiros; foi vice-campeã no Campeonato Mineiro de Jovens Cavaleiros e no 71º Aniversário SHB, desta vez ao dorso de sua segunda montaria, a égua BH Rivabella Jmen, na ocasião, recém adquirida do cavaleiro Nando Miranda, irmão do Doda. Com tantas vitórias, conquistou o primeiro lugar no Ranking Brasileiro e no Ranking Mineiro na temporada de 2009. Com uma largada dessas, a jovem amazona tem todo o suporte para sonhar. E sonhar alto, é claro! Desde já se prepara para as olimpíadas de 2016. São 16 horas de treino por semana. Afinal, foi graças a essa disciplina que ganhou destaque no hipismo. E sem dúvida, junto a isso um pensamento que sempre a acompanha. Ela garante que não fica feliz simplesmente quando vence uma prova, mas quando vai bem. Ana Carolina entende bem que cada passo à frente deve ser dado com muita cautela e prudência, se o objetivo não é apenas ser uma vitoriosa, mas fazer uma história vencedora. História que já começou a construir! horse society lifestyle | 47 ga leria Melhores M omen to s 2009 H e rdade d e Pa l ma s - R J Palmas para o Dia dos Pais Felipe Amaral João Roberto Marinho em premiação Antonio Pimentel Felipe e Hércules Gadelha Gisela Marinho Audifax de Azevedo e Fábio Leivas Pedro Paulo Lacerda Futura geração do hipismo brasileiro Felipe e Rodrigo Marinho Manuel Lopes da Costa Felipe Durval e Yves Sportiello Natália Espírito Santo e Pedro Barbosa Lima Simone e Marcelo Carneiro Equipe Tamborete Nelson, Antônio da Costa, Ricardo Lindgreen e Débora Latouf Luis Carlos Nolasco Marco Alho Natália Sang, Luiz Felipe Neto e Luiz Francisco de Azevedo Paula Cavendish Luciano Blessman Heraldo Grilo 48 | horse society lifestyle Miguel Burlamarqui bem acompanhado horse society lifestyle | 49 v e t erinária por Marcello Servos PREVENIR e PREVENIR Nos esportes eqüestres, temos a particularidade de observar sempre dois atletas agindo em conjunto, homem e animal. Ambos procuram harmonia em seus movimentos e, através de árduo treinamento, atingir determinado objetivo, seja este velocidade (no caso de animais de turfe), potência e altura (no caso de animais de hipismo) ou resistência (no caso de animais de enduro). É de grande importância, portanto, que consideremos os cavalos como verdadeiros atletas. Eles merecem atenção especial desde o seu nascimento até o treinamento diário, pois o exercício ao qual nossos animais serão submetidos não são benéficos para os mesmos e, sim, irão com o tempo promover neles lesões de grande importância. O que podemos fazer para que isso não ocorra ou que ocorra o mais tarde possível? Prevenir, prevenir e prevenir. Desde o início do trabalho dos animais, quando eles ainda são jovens, é muito importante que se pratique alongamento antes e depois dos exercícios diários. Isso pode ser facilmente realizado, iniciando o trabalho com 50 | horse society lifestyle andaduras soltas e amplas, estimulando que seu cavalo estique o pescoço para frente e para baixo, alongando toda a musculatura cervical, lombar e sacral. Este início do trabalho deve durar por volta de 3 a 5 minutos, tempo suficiente para que a musculatura esteja pronta para suportar cargas maiores de exercício. O animal de alta performance deve ter seu trabalho dividido em técnico e físico. No do que diz respeito ao físico, devemos observar a que tipo de exercício o nosso animal vai ser submetido, conforme acima citado (turfe, hipismo ou enduro), qual o objetivo(dificuldade) teremos à frente e quanto tempo temos para alcançar este objetivo. Assim, deve ser criada uma rotina pré- determinada de trabalho diário para nosso animal, minuciosamente elaborada e estrategicamente pensada, para que nosso atleta chegue sempre próximo às competições no seu máximo físico e técnico. Após o exercício, devemos também realizar um alongamento, pratica esta ainda pouco praticada por nossos ginetes. Iremos abordar este tema mais profundamente em outras edições. Devemos também realizar prevenções terapêuticas, a termoterapia, que nada mais é fazer gelo após exercícios de maior intensidade, massagens relaxantes com ou sem substancias anti-inflamatórias e analgésicas e fisioterapias preventivas como o ultrassom terapêutico, laser, tens, etc. Uma conduta que tem se tornado cada vez mais comum - e que é sem duvida de grande importância para a longevidade dos nos atletas - é o cuidado com as articulações dos mesmos através da prescrição de substâncias condroprotetoras (vide fotos). Costumo dizer que tal conduta seria semelhante a “vacinar” as articulações, assunto que também merece ser abordado com maior profundidade a posteriori. Acredito que um dos fatores de maior importância para a longevidade dos nossos atletas é a realização de check-up esporádico nos mesmos, podendo neste momento identificar com antecedência lesões em estágio inicial e tratá-las, evitando assim que as mesmas sejam responsáveis por abreviar a carreira dos nossos atletas. Estas condutas poderão, e com certeza irão, permitir que os atletas eqüinos consigam superar mais facilmente seus limites, tornando-se verdadeiros campeões. Marcello Servos é médico veterinário, especialista em ortopedia equina e medicina esportiva equina horse society lifestyle | 51 s a úde por Cristiano Nabuco Dantas ARTROSCOPIA DE OMBRO Um avanço da medicina no tratamento das luxações Dr. Marcelo Campos, Dr. Cristiano e Dr. Michel Simoni Dr. Cristiano em cirurgia Considerada a doença do século XXI, o trauma vem sendo tratado em diversas áreas com melhores resultados e com menos impacto ao paciente, como era em um passado recente. Quando falamos de trauma estamos nos referindo a acidentes automobilísticos, agressões, acidentes de trabalho, prática esportiva e muitas outras causas. Acredito que cerca de 80 a 90% das pessoas que não são da área de saúde entendam essa patologia de forma absolutamente equivocada. A luxação de uma articulação é definida como a perda da congruência articular de forma permanente, ou seja, no caso o ombro sai do lugar e não volta espontaneamente. A tendência é que os leigos no assunto pensem tratarse de uma contusão, pancada, escoriação, etc. Quando em vigência de uma luxação do ombro, a articulação perde a sua funcionalidade sofrendo quebra da sua estabilidade dinâmica, com lesão de uma série de estruturas estabilizadoras. Para que essa articulação volte a ser funcional é preciso intervenção médica com redução da cabeça umeral na glenoide, ou melhor, colocar o ombro de volta no lugar. Muitas vezes apenas essa medida seguida de tratamento conservador com reabilitação e fisioterapia não é suficiente, principalmente em pacientes jovens e muito ativos, onde essa luxação se torna recidivante. Cerca de 90% dos pacientes com menos de 20 anos com essa patologia voltam a luxar e são sintomáticos, a percentagem cai com o avançar da idade atingindo menos de 80% aos 30 anos. O reparo cirúrgico dessa lesão antigamente era obtida de forma aberta, com grandes incisões cirúrgicas, recuperação mais lenta e maiores índices de complicações. Com o advento da artroscopia do ombro, muita dedicação, estudo e treinamento, temos a possibilidade de tratar quase todas as patologias dessa articulação por essa pequena via, agregando o menor impacto possível ao paciente. Hoje a grande maioria dos casos de instabilidade (luxação) tratados de forma artroscópica, apresenta os mesmos resultados e muitas vezes melhores que as técnicas antigas. Para quem não conhece a artroscopia do ombro, ela é uma cirurgia feita por vídeo assim como no joelho, onde são necessários de 02 a 04 orifícios (1 cm cada) no ombro. Cristiano Nabuco Dantas é médico ortopedista, especialista em cirurgia do ombro e cotovelo. Integra o Grupo de Cirurgia do Ombro e Cotovelo do Laboratório de Artroscopia (HUPE), é Membro Titular da Sociedade Brasileira de Ortopedia e Traumatologia (SBOT) e da Sociedade Brasileira de Cirurgia de Ombro e Cotovelo (SBCOC). 52 | horse society lifestyle Salvador - BA horse society lifestyle | 53 bri nque dos de ge nte grand e c u ltura por Nardele Gomes COM ELE, TUDO PODE DAR CERTO! Fãs de Woody Allen, saudai-vos uns aos outros! O cineasta acerta mais uma vez em Whatever Works, que no Brasil chegou como Tudo Pode Dar Certo. E além do mais, cá pra nós, ter um filme novinho de Allen pronto pra começar é um raro prazer por si só (ok, nem tão raro, já que ele produziu 11 filmes nos últimos 10 anos, mas não importa, é um deleite assim mesmo). Para alegria de uns e tristeza de muitos, Woody Allen mais uma vez não atua. Porém Larry David (co-criador de Seinfeld e protagonista em Whatever Works) veste sua persona. Alguns trejeitos, aquele ar de nada-me-agrada e até uma gagueira ou outra estão em cena através do ator. Boris Yellnikoff, personagem de David, é um coroa que mora sozinho num endereço meio caído em Chinatown (sim, Allen andou filmando novamente em Nova York), é manco por conta de uma tentativa fracassada de suicídio, mal-humorado ao extremo e tem uma visão bem particular do mundo. Para ele, as pessoas são quase todas e quase sempre ignorantes e pouquíssimo interessantes. INDICAÇÃO Para quem não conhece bem a obra de Woody Allen, alguns filmes são simplesmente imperdíveis: Noivo Nervoso, Noiva Neurótica - 1977 Dorminhoco - 1983 Manhattan - 1979 Zellig - 1983 A Rosa Púrpura do Cairo - 1985 Poucas e Boas - 1999 Match Point - 2005 O Sonho de Cassandra - 2007 Vicky Cristina Barcelona - 2008 54 | horse society lifestyle Eis que nesta cinzenta vida aparece Melody (nomezinho sugestivo, hein!), uma garota caipira que tentava a sorte em NY, mas que acabou pedindo comida a Boris na entrada da casa dele. Ele a recebe por uns dias muito a contragosto. Mas toda a “caipirice ignorante”, vamos dizer assim, de Melody, o encantam de certa maneira. E por aí o filme vai e eu não conto mais nada para não estragar o seu doce deleite de descobrir cada desdobramento. Evan Rachel Wood (Melody) a princípio causa restrições com tantos pulinhos, gracejos e o sotaque carregado do sul. Mas aos poucos a gente se acostuma e até gosta. No fim todos torcemos por ela. A atriz parece reunir requisitos para trabalhar com o cineasta outras vezes. Patrícia Clarkson (lembram dela em Vicky Cristina Barcelona?) está brilhante como a mãe de Melody, e tem grande importância na trama. Enfim, todo o elenco está bastante envolvido e funciona como equipe. Whatever Works parece ser o filme mal-humorado mais engraçado do ano. LUXO EM DUAS RODAS A bicicleta mais cara do mundo, criação da empresa sueca Aurumania, é toda feita à mão. E o melhor, banhada a ouro 24 quilates e adornada com 600 cristais Sawarovski. O valor? Cerca de 80 mil euros. Um brinquedinho para poucos, é claro, afinal só foram fabricadas dez unidades! ! HELLO, BABY A marca francesa Christian Dior já está na sua segunda geração de aparelhos celulares de luxo! A nova linha será banhada a ouro, com revestimento PVD preto e cristais de safira. Modelos incrustados com diamantes só serão vendidos sob encomenda: o Zelie, com cobertura vermelha custará US$ 7.900 e o Zenaide, em branco, sairá por US$ 13.400. Valores para quem realmente nem “liga” pra preço! “PRA QUEM PODE” Que mulher não gosta de um sutiã poderoso? Esse é de cair o queixo! Em todos os sentidos, a começar pelo preço. Uma bagatela de dois milhões de euros! Lançamento da Victoria´s Secret, o Harlequin Fantasy Miracle possui 2900 diamantes, 22 rubis e um coração de diamante de 16 quilates no centro. A peça será apresentada em dezembro, no desfile de Marisa Miller. É, admirar, pelo menos, todo mundo pode. ! ESPERANDO CHEGAR Os ansiosos devem estar contando os dias. O novo modelo da MercedesBenz será comercializado ano que vem na Europa. O SLS AMG tem motor 6.3 ! V8, potência de 571cv, sete velocidades de dupla embreagem, e vai de 0 a 100km/h em 3.7 segundos, com velocidade máxima de 317km/h. Preço estimado em 177 mil euros. ! horse society lifestyle | 55 ga leria Na Serra a festa fOi Do Mar... Melhores M omen to s 2009 M an e g e D O MA R - RJ Rodrigo Marinho Luiz Felipe de Azevedo Bernardo Rezende Alves Pedro, Érica Mader e Marcelo Alencar Fabio Leivas, Araújo e Alexandre Rodrigues Rodrigo Marinho 56 | horse society lifestyle horse society lifestyle | 57 ga leria Karina Smith Rodrigo Sarmento Melhores M omen to s 2009 M an e g e D O MA R - RJ Marco Antonio Alencar Camarote Domar Pedro Valente, Marco Antônio Alencar, Rodrigo Marinho e ZK Palhares Salgado Área Vip Jose Roberto Reynoso Fernandes Filho 58 | horse society lifestyle José Mário Osório entre amigos horse society lifestyle | 59 e n s aio Alta costura aos pés do CRISTO REDENTOR 60 | horse society lifestyle horse society lifestyle | 61 e n s aio 62 | horse society lifestyle horse society lifestyle | 63 e n s aio 64 | horse society lifestyle horse society lifestyle | 65 e n s aio Fotografia: Pedro Accioly Modelos: Antônia Campos/Ford Models Brasil e Debby (égua) Produção de Moda: Alex Duprat Cenários: Aida Nunes, Sérgio Rodrigues Local: Sociedade Hípica Brasileira - Rio de Janeiro - RJ 66 | horse society lifestyle horse society lifestyle | 67 ga leria Melhores M omen to s 2009 Har a s M a s s angana - RJ No alto com estilo Lúcia, Vivi Nabuco, Marco Batista, Silvia e Roberto Moura Luiz Francisco de Azevedo Plateia Priscila Luminatti Marco Batista Marcelo Granadeiro João Pedro Neves Cabral Andrea Reginatto Nicole Garcia Bope e Lua Loisse Garcia César Sansão Gustavo Padilha Marco Antônio Alencar em premiação Atração bucólica Eduardo Groissman Antônio Moura Fernanda Conde e Fernanda Oliveira 68 | horse society lifestyle Lúcia Faria Alegria Simões Carina Grael horse society lifestyle | 69 e c o nomia por Mariana Mattoso “ O Brasil pode desviar sua economia da crise mundial através do saneamento do seu sistema financeiro, do acúmulo de reservas em dólares e euros e do ajuste fiscal” em grande parte do Japão e principalmente dos países “em vias de desenvolvimento”. Esse excedente é decorrente de uma mudança significativa da gestão da economia interna. Ao longo dos últimos anos um grande número de países, como o Brasil, colocaram ordem em suas finanças públicas e reforçaram os seus sistemas bancários encorajando reformas estruturais destinadas a aumentar a produtividade de suas economias. Essas ações originaram frutos: o endividamento crônico de alguns foi bastante reduzido pelos excedentes orçamentários de outros e a mudança da taxa de câmbio para um câmbio flexível evitando o retorno da crise de câmbio que por vários anos interromperam o desenvolvimento econômico. PARADOXO NO CENÁRIO FINANCEIRO MUNDIAL A crise financeira desencadeada em agosto de 2008, oriunda da série de erros nos empréstimos hipotecários (subprimes) nos Estados Unidos e a queda brusca de créditos, aconteceu dessa vez nos países ditos “avançados”. Contrariamente as décadas de 1980 e 1990, os países emergentes, como o Brasil, não foram nem os ocasionadores e - salvo exceções - nem as vítimas dessa perturbação. As razões dessa “imunidade” são profundas e podem ser explicadas pela evolução das relações financeiras internacionais dos últimos anos. Mudanças importantes foram sentidas na última década no que diz respeito à repartição dos déficits e dos excedentes das balanças de pagamentos mundiais. Comparando números reais, o déficit dos Estados Unidos foi de 6,2% de seu PIB em 2006 enquanto que o excedente da China representou 9,4% de seu PIB no mesmo ano. São números que representam recordes históricos e refletem uma situação paradoxal. Tradicionalmente os países industrializados detinham os excedentes da balança de pagamentos e exportavam o surplus para o Terceiro Mundo. Hoje, assistimos a um fenômeno inverso. Nos últimos dez anos, a economia norte-americana seguiu uma política monetária de taxa de juros baixa no intuito de encorajar o seu consumo interno. Assim, os depósitos internos não asseguraram o financiamento de necessidades de investimentos do país fazendo com que os Estados Unidos recorressem ao capital externo, oriundos Além disso, a alta dos preços do mercado energético (devido principalmente ao aumento da demanda chinesa) se traduziu em excedentes consideráveis para os países produtores de petróleo. A OPEP dispõe de uma posição de força considerável no mercado internacional diante dos países desenvolvidos. Estes cada vez mais dependentes em energia. Apesar dos excedentes da balança de pagamentos, os países emergentes vivem um paradoxo: recorrem ainda às importações de capitais privados provenientes dos países “ricos”. A transferência de capitais é sentida principalmente na América Latina e África em direção à Ásia através da exportação de matérias primas. Mas, em termos brutos, os países “em desenvolvimento” são grandes importadores de capitais privados. Além disso, o mercado de ações destes são ainda interligados ao mercado de ações das grandes potências mun- diais, principalmente americano. Esta correlação se manifesta através da volatilidade, sentida por exemplo, por diversas empresas brasileiras cotadas na bolsa durante os últimos meses. A priori, as consequências da crise devem ainda ser fortes e mesmo amplificadas. A economia dos EUA é ainda dominante. Ela representa 25% do total das importações mundiais e 20% do PIB global (em termos de paridade de poder de compra). Mas, a integração econômica mundial foi intensificada o que possibilita a transmissão dos reflexos do choque financeiro. A crise financeira e o fechamento dos mercados de créditos podem acentuar os mecanismos de contagio. Essa seria a ordem natural. Porém, observamos que a desaceleração da economia norte americana teve até agora pouco impacto nos paises em transição (com exceção do México). As possíveis explicações são que a desaceleração americana atinge principalmente o mercado imobiliário (que não tem influência direta sobre o comércio exterior) se limitando até então a um fenômeno interno. Isso não isola a possibilidade de um impacto a longo prazo. A crise imobiliária poderá refletir no poder de consumo e, consequentemente, nas importações originárias dos países emergentes. O Brasil pode desviar sua economia da crise mundial através do saneamento do seu sistema financeiro, do acúmulo de reservas em dólares e euros e do ajuste fiscal. Consequências a longo prazo podem ser inevitáveis, mas as respostas a elas podem ser devidamente planejadas e prevenidas desde já. Mariana Mattoso é economista, mestre Relações Internacionais e doutora em Políticas Energéticas pela Universidade Paris IV – Sorbonne, na França ! 70 | horse society lifestyle horse society lifestyle | 71 Salvador-BA 72 | horse society lifestyle horse society lifestyle | 73 i nv e s timento por Luiz Augusto Amoedo A SEGURANÇA DO MERCADO IMOBILIÁRIO DO BRASIL O mercado imobiliário brasileiro tem característica diferentes da apresentada pelo congênere americano, principalmente no que diz respeito ao financiamento. Enquanto nos EUA ele se dá em boa parte com base na rolagem de hipotecas, que pode chegar até 4 ou 5 vezes, em operações de alto risco (o que acarretou a bolha e quebra dos bancos e financeiras), no Brasil o sistema financeiro impõe restrições a esse tipo de operação e mesmo o mercado secundário de recebíveis imobiliário ainda é pouco usado, basicamente em algumas operações de imóveis comerciais As fontes de financiamento do mercado de imóveis no país têm lastro nas operações do Sistema Brasileiro de Poupança e Empréstimos, SBPE, nos recursos do Fundo de Garantia de Garantia do Trabalhador, FGTS, e em recursos livre dos bancos, no âmbito das instituições estatais, como Banco do Brasil e Caixa Econômica, e privadas. As garantias exigidas tanto no que concerne ao financiamento às construtoras e ao adquirente do imóvel dão proteção ao mercado e evitam a formação de bolhas especulativas, como aconteceu nos Estados Unidos. Um dos pilares do sistema é a medição da capacidade de endividamento do consumidor e reais garantias de quitação da dívida. Nesse sentido, usa-se um instrumento valioso que é a alienação fiduciária que assegura à fonte financiadora a retomada do imóvel quando o atraso da prestação ultrapassa o limite estipulado no contrato. No que concerne a garantia de que o comprador receberá seu imóvel, ainda por construir – a maioria das operações imobiliárias no Brasil acontece com o imóvel na planta -, o mecanismo do Patrimônio de Afetação garante que se estabeleça uma comissão tripartite, consumidor, banco e construtora, que vão acompanhar o desenvolvimento da obra, vedando a aplicação dos recursos em qualquer outro empreendimento. No caso da construtora falir a obra pode ser executada por outra empresa, porque os recursos estão assegurados Hoje com os juros baixos, o mercado imobiliário brasileiro alcançou recorde de aplicação pela poupança, e agora em setembro os empréstimos se situaram na casa dos R$3,6 bilhões e nos últimos 12 meses já somam R$ 30,4 bilhões. Mesmo com esse desempenho, o crédito imobiliário no Brasil ainda demanda uma grande expansão, principalmente se olharmos para a relação crédito X PIB. Nos EUA ele é 78%, na Espanha 46%, no Chile15%, no Mexico11% e no Brasil míseros 3%. Luiz Augusto Amoedo é engeheiro civil, é Vice Presidente da Câmara Brasileira da Indústria da Construção 74 | horse society lifestyle horse society lifestyle | 75 t u r is mo por Ana Borges ISTAMBUL, CAPITAL DOS CONTRASTES Mulheres recatadas escondidas por trás dos véus. Homens, quase sempre de bigode, tentando vender tapetes. Sagradas e suntuosas mesquitas celebrando rituais em nome de Alah. É nesse cenário óbvio, até mesmo para quem nem conhece, que está a maior cidade da Turquia. Mas, a grande surpresa para os precipitados é que Istambul é também uma grande metrópole. Toda a tradição da capital dos impérios bizantino e otamano, fundada em 667 antes de Cristo, se mistura às características de um lugar que ferve. Trânsito agitado, lojas internacionais, culinária sofisticada, espetáculos incríveis... A ex Constantinopla não deixa nada a desejar quando comparada aos grandes centros urbanos da Europa. Afinal, ela também é européia. É a única cidade do mundo dividida em dois continentes. Por um fantástico passeio pelo Estreito de Bósforo, apreciamos ao mesmo tempo o Mar Negro e o Mar de Mármara. Inexplicavelmente oriente e ocidente conseguem conviver em paz. Dá pra imaginar mulçumanas usando bolsas Luis Vuitton? Executivos fumando narguilê? Ou até mesmo você apreciando o famoso “chai” de maçã enquanto barganha algum produto? PARA COMER 360- O nome já convence a visita. A bela vista da Hagia Sofia e da Mes quita Azul contemplada junto aos exót icos sabores dos pratos da cozinha contem porânea torna o 360 um dos restaura ntes mais badalados da cidade. Istiklal, 32, B eyoglu. PARA FICAR entes Até os mais freqü Four Seasonsam. O de se impression hóspedes da re cial. l é pra lá de espe hotel em Istambu alquer ida certa, sem qu Requinte na med va e calização exclusi extravagância, lo ifhane a do terraço. Tevk vista privilegiad hmet-Eminönü Sokak, 1, Sultana PARA LEMBRAR Os turcos são hosp italeiros e simpátic os, eradamente que po dem parecer invasivos. Quando precisar pe gar um taksi (táxi), peça o serviço pelo hotel . Alguns motoristas abusam da boa vontade do turista e chegam a cobrar a tarifa noturna, qu eé mais cara, inclusive durante o dia. às vezes tão exag 76 | horse society lifestyle horse society lifestyle | 77 wine por Gianni Tartari Esse processo tem duração de quatro a oito semanas. Logo após este processo o vinho deve ficar em contato com as leveduras por um período mínimo de quinze meses. Quanto maior for esse contato, que pode durar anos, os aromas se desenvolvem e tornam o Champagne cada vez mais complexo. O vinho fica efervescente e forma-se um depósito de sedimentos devido às leveduras mortas. É por isto que se procede à remuage, como uma centrifugação manual. “Merecido na vitória e necessário na derrota” Napoleon I Le Champagne A região da Champagne está localizada no extremo norte da França, no limite de plantio da Vitis vinifera, onde o clima é rigoroso, mas levemente amansado pela influência oceânica. O subsolo é em maioria calcário o que propicia à vinha uma irrigação natural constante. Os vinhedos estão plantados nas encostas, favorecendo uma ótima insolação das vinhas e uma perfeita drenagem do excesso de água. Outra característica desse terroir é a impressionante divisão dos vinhedos. Aproximadamente 260.000 parcelas (digamos, pedaços de terra), tratadas como jardins pelos viticultores, possuem particularidades únicas que se revelarão durante a produção do vinho. Esses pedaços de terra receberam seus nomes há muitos anos: Cotes à Brás, Gouttes D’Or, Côte des Blancs... O vinho da Champagne já era apreciado desde a Idade Média, quando os religiosos cuidavam das vinhas. Desde o século XII o vinho da Champagne atravessa fronteiras e seu prestígio não pára de crescer. Apenas no final do século XVII que o vinho da Champagne, até então claro, leve, fresco e delicadamente frisante, se torna efervescente. A partir daí se tornou o rei incontestável das festas no mundo inteiro. 78 | horse society lifestyle Nessa época também foram introduzidos dois avanços fundamentais na produção: a vinificação em branco das uvas tintas (sem contato das cascas tintas com o mosto – suco - das uvas) e o cuidadoso processo de prise de mousse (ganho de espuma). As uvas utilizadas até hoje são: Pinot Noir, Pinot Meunier, duas uvas tintas e Chardonnay, uma uva branca. O Champagne pode ser produzido apenas com a uva branca, recebendo a menção de Blanc de Blancs. Após a colheita as três uvas são vinificadas separadamente e passam por uma assemblage, dando origem ao vinho-base. Esse vinho é engarrafado com leveduras e um composto de açúcar, o liqueur de tirage, e começa a segunda fermentação para criar espuma, a prise de mousse, e formar o perlage (bolinhas). As garrafas são colocadas na posição horizontal em pupitres, estantes de madeira com buracos para encaixar as garrafas, e diariamente, durante 30 – 40 dias, recebem rotações, levando-a progressivamente à posição vertical. O sedimento desce para o gargalo e acumula-se em uma tampa especial. Procede-se a seguir o dégorgement: o gargalo é congelado a 30ºC negativos em segundos, formando uma pedra de gelo. Basta então destampar a garrafa para que esta pedra de sedimentos congelada seja expulsa pela pressão.Vem então a dosage, adição do liqueur d’expédition à base de açúcar e vinho-base que permite realizar diferentes variedades, sendo as principais Brut, que recebe até 15 gramas de açúcar por litro, e Demi-sec, que recebe açúcar entre 35 e 50 gramas por litro. Para a produção do Champagne Rose, o produtor pode iniciar o processo de elaboração com um vinho rosado ou adicionar um vinho tinto da região no processo de dosage. Finalizado esse processo a garrafa recebe a rolha, a gaiola – uma espécie de presilha da rolha, a cápsula e o rótulo, estando pronta para o mercado. Uma das maiores Maisons de Champagne é a Moët & Chandon, que produz uma série de Champagnes importantes, além de produzir a famosa, e maravilhosa, Dom Pérignon. Outra grande Maison da região é a Ponsardin, que produz os não menos maravilhosos Veuve Clicquot e a cuvée especial La Grande Dame. São muitas Maisons produtoras de Champagne de altíssima qualidade: Gosset, Taittinger, Pol Roger, Bollinger, Ayala, Ruinart, Tsarine, LarmandierBernier, J. Lassalle, Barnaut, De Sousa, Pierre Moncuit, Delamotte, Salon, Billecart-Salmon, Jacquesson, EglyOuriet, Jacques Selosse... Escolha o seu Champagne e celebre, pois estamos chegando ao final do ano e as grandes comemorações já vão começar. E como diz a famosa música de Pepino di Capri, lançada em novembro de 1973, “Cameriere, Champagne!”. Salut... Gianni Tartari é Sommelier, formado e homologado como Sommelier Profissional pela ABS – Associação Brasileira de Sommeliers Seção Rio de Janeiro horse society lifestyle | 79 ga s tronomi a por Henrique Saldanha Você sabe o que é “Hype Molecular”? No Brasil, a maioria da população desconhece essa nova maneira de lidar com a comida. Até para pessoas da área gastronômica esse material pode causar certa confusão e até dividir opiniões. Agora, sem enrolação, vou tentar explicar um pouco sobre o tema. Gastronomia Molecular é o estudo científico dos processos físicos e químicos que ocorrem durante o cozimento, criando novos métodos e técnicas e até aperfeiçoando os já existentes. tos dessa natureza o efeito “ANHHHH???” é inevitável. Para exemplificar, algumas técnicas conseguem mexer na estrutura física de alguns alimentos e, com reações químicas aplicadas a estes, transformam as formas comuns que geralmente vemos nos pratos tradicionais. Hoje, o nome mundialmente conhecido é o do grande Chef Ferran Adrià, proprietário do famoso elBulLi, na Espanha, onde a reserva tem que ser feita com muitos dias e até meses de antecedência. Mas, se formos a fundo na origem da Gastronomia Molecular, veremos que ela teve início através de estudos do físico húngaro Nicholas Kurti e do químico francês Hervé This, que continua até hoje com suas pesquisas nessa área. Um exemplo simples pra começar. Hoje conseguimos transformar uma polpa de fruta em um caviar através da esferificação do líquido. Caviar de frutas, espumas com sabores, spaghetti de morango e esferas de todos os tipos que explodem na boca são alguns dos produtos da cozinha molecular. Sua aplicação em um simples prato é algo que não somente adiciona texturas inusitadas e sabores nunca antes imaginados, mas vai muito além disso. Mexe com a imaginação; nos faz sair do lugar seguro e descobrir que realmente tudo é possível na cozinha, basta criatividade. Okay, okay, você deve estar se perguntando: “mas como isso é aplicado na cozinha? Como isso vira algo palpável para mim?”. Bom, como falei, com essas novas técnicas as possibilidades são infinitas e, geralmente, os resultados são tão inusitados que ao ver alguns produ- Eu sei, parece estranho ou até impossível, mas em breve, tenho certeza, você irá se deparar com um prato desse tipo na mesa e tudo fará mais sentido. Afinal, na maioria das vezes, só acreditamos naquilo que vemos com os próprios olhos. Henrique Saldanha é formado em gastronomia pela Le Cordon Bleu America, além de ter se formado em publicidade e feito MBA em Gestão Empresarial na Fundação Getúlio Vargas. 80 | horse society lifestyle c o mp ortamento gui a de s e rvi ç os Lady Godiva ENTIDADE NACIONAL CBH - Site Oficial da Confederação Brasileira de Hipismo Rua Sete de Setembro, 81 - Ed. Moscoso Castro, 3º andar CEP: 20050-005 Rio de Janeiro (RJ) Tel: (21) 2277-9150 / Fax: (21) 2277-9165 www.cbh-hipismo.com.br “A mulher que mostra o poder do seu intelecto merece mais respeito que a mulher que mostra o poder das suas pernas. Mas os homens preferem sempre as pernas...” (Desconhecido) Já perceberam como os homens ficam hipnotizados com certas partes do corpo de uma mulher? Porque vocês acham que alguns homens têm tara por pés pequenos? No Japão, as mulheres de pés pequenos valem mais... Já repararam como eles olham para a boca de uma mulher? A cor, o tamanho... Por isso é que não tem nada mais excitante que beijo na boca! Ora, imagina o que passa na cabeça deles durante um beijo bem dado... (Certamente estão pensando nos nossos “sentimentos interiores...”) A própria ciência tenta explicar determinadas proporções corporais, como que o tamanho do pé é proporcional ao antebraço etc. (Essa é velha né?) Mas acho que tenho algo novo a dizer sobre este assunto... Algo que talvez choque muito os homens e confira um pouco mais de poder às mulheres! Já repararam nas mãos de um homem? Pois a partir de agora, observem bem os detalhes, principalmente nos dedos. Os dedos de um homem podem revelar muito sobre o seu “interior”... (Não riam! É sério...) Reparem no tamanho, na cor, na espessura e no formato... Depois façam suas comparações e divirtam-se! E já que eles dão tanto poder às pernas de uma mulher, vamos ver se eles terão mãos suficientemente fortes para merecer um pouco mais do nosso respeito... (Aposto que você olhou pras suas mãos agora né?) Acreditem, é IMPRESSIONANTE! 82 | horse society lifestyle Federação Hípica do Mato Grosso - FHMT Endereço: Av. Historiador Rubens de Mendonça, nº 1836 Edifício Cuiabá Work Centro - conjunto 1302/1303 , Bosque da Saúde , Cuiabá CEP: 79050-000 Telefone: (65) 3642-5553 ; 9971-0991 Fax: (65) 3642-5553 E-mail: [email protected] ; [email protected] ENTIDADES ESTADUAIS Federação Equestre de Alagoas - FEA Endereço: Av. Siqueira Campos, nº 1.295 , Trapiche da Barra Parque da Pecuária , Maceió CEP: 57010-001 Telefone: (82) 3336-1642 Fax: (82) 3336-8797 ; 3351-8086 E-mail: [email protected] Site: www.feahipismo.com.br Federação Equestre Paraibana - FEPA Endereço: Av. João Maurício, nº 1341 - Sala 1 , Manaira , João Pessoa CEP: 58038-000 Telefone: (83) 3246-8811 Fax: (83) 3246-8811 E-mail: [email protected] Site: www.fepa.com.br Federação Amazonense de Hipismo - FAHI Endereço: Rua Barão de Indaiá, nº 1.700 - Sala 01/A , Manaus CEP: 69048-750 Telefone: (92) 3654-8492 ; 9185-6788 E-mail: [email protected] Federação Equestre do Pernambuco - FEP Endereço: : Av. Caxangá, nº 5362 , Várzea , Recife CEP: 50800-000 Telefone: (81) 3453-1405 Fax: (81) 3272-7172 ; 3271-6896 E-mail: [email protected] Site: www.fep-hipismo.com.br Federação Hípica da Bahia - FHBA Endereço: Av. Praia de Itapuã, sem nº (Equus Clube do Cavalo) Vilas do Atlântico , Lauro de Freitas , Salvador CEP: 42700-000 Telefone: (71) 3379-3499 Fax: (71) 3379-3499 E-mail: [email protected] ; [email protected] Site: www.fhb-ba.com.br Federação Equestre do Ceará - FEC Endereço: Rua Itaboraí, n° 560 , Passaré , Fortaleza CEP: 60861-630 Telefone: (85) 3295-2898 / (85) 3234-7233 Tel: (85) 9927-9243/ (secr. Carol) Fax: (85) 8897-9284 E-mail: [email protected]; [email protected] ; [email protected] Federação Hípica de Brasília - FHBr Endereço: Setor de Áreas Isoladas, nº 12 , Brasília CEP: 70610-000 Telefone: (61) 3245-5870 ; 3445-1864 Fax: (61) 3245-5870 E-mail: [email protected]; [email protected] Site: www.fhbr.com.br Federação Hípica do Espírito Santo - FHES Endereço: Rua Rodoviária do Sol, km 10 - nº 1020 , Itaparica , Vila Velha CEP: 29120-022 Telefone: (27) 3339-1557 - SecretᲩa Bete Firmino: 9241 9727 Fax: (27) 3349-3411 E-mail: [email protected]; [email protected] Federação Hípica de Goiás - FeHGO Endereço: Rua das Gameleiras, Quadra 26-B, lote 09 , Aldeia do Vale , Goiânia CEP: 74680-220 Telefone: (62) 84-16 21-60 nextel (62) 7812 3955 ID 85*29917 E-mail: [email protected] ; [email protected] Site: www.fehgo.com.br Federação de Esportes Equestres do Maranhão - FEEM Endereço: Av. Village Bonanza, nº 6 , Araçagi , São José Ribamar CEP: 65130-000 Telefone: (98) 3248-3533 ; 3235-8395 Fax: (98) 3248-3533 ; 3235-8395 E-mail: [email protected] ; [email protected] Federação Hípica de Minas Gerais - FHMG Endereço: Av. Brasil 283 – salas 707/708 , Santa Efigiênia , Belo Horizonte CEP: 30140-000 Telefone: (31) 3241-1116 / (31) 9981-2241 Fax: (31) 3241-3151 E-mail: [email protected]; [email protected] Site: www.fhmg.com.br Federação Sul Matogrossense de Hipismo - FSMH Endereço: Rua Valério Fabiano, nº 100 , Jd. Alhambra , Dourados CEP: 79843-1333 Telefone: (67) 3331-2158 ; 9971-7773 Fax: (67) 3312-8919 E-mail: [email protected] Site: www.fsmh.com.br Federação Paranaense de Hipismo - FPrH Endereço: Rua Itupava, nº 1299 - sala 11 - Shopping Itupava , Hugo Lage , Curitiba CEP: 80040-000 Telefone: (41) 3363-3406 ; 7815-1895 Fax: (41) 3363-3406 E-mail: [email protected] Site: www.amigosdohipismo.com.br Comissão de Desportos do Exército - CDE Endereço: Estrada Marechal Mallet, nº 1283 , Vlia Militar - Deodoro , Rio de Janeiro CEP: 21615-220 Telefone: (21) 2301-4054 ; 2301-2178 ; 3357-5945 Fax: (21) 2301-4054 E-mail: [email protected] ; [email protected] ; [email protected] Site: www.eseqex.ensino.eb.br Federação Norteriograndense de Hipismo - FNRGH Endereço: Rua Sandoval Cavalcante, n° 3618 - apt° 702 , Candelária , Natal CEP: 59064-735 Telefone: (84) 3234-5048 Fax: (84) 3234-5048 E-mail: [email protected]; [email protected] Federação Equestre do Rio de Janeiro - FEERJ Endereço: Rua Jardim Botânico, nº 421 , Jardim Botânico , Rio de Janeiro CEP: 22470-050 Telefone: (21) 2286-3930 ; 2539-4602 Fax: (21) 2286-9714 E-mail: [email protected] Site: www.feerj.com.br Federação Gaúcha dos Esportes Equestres - FGEE Endereço: Av. Juca Batista, 4931 , Belém Novo , Porto Alegre CEP: 91780-070 Telefone: (51) 3264-1297 Fax: (51) 3264-1334 E-mail: [email protected]; [email protected] Site: www.fgee.com.br Federação Catarinense de Hipismo - FCH Endereço: Rodovia Antônio Heil - km 29,5 - nº 33 - sala 4 , Brusque CEP: 88353-100 Telefone: (47) 3350-6881 ; 7812-8429 ; 9989-1680 Fax: (47) 3350-6881 E-mail: [email protected] ; [email protected] Site: www.fch.com.br Federação Hípica de Sergipe - FHSE Endereço: Rua Poeta José Sales Campos, nº 260 , Atalaia , Aracajú CEP: 49035-650 Telefone: (79) 9134-4236 E-mail: [email protected] Federação Paulista de Hipismo Endereço: Rua Carmo do Rio Verde, nº 241 - 10º andar conjuntos 101 e 102 , Jardim Caravelas , São Paulo CEP: 04729-010 Telefone: (11) 5642-3350 Fax: (11) 5642-3358 E-mail: [email protected] Site: www.fph.com.br horse society lifestyle | 83 E D I TORIAL Simplesmente Paixão Para ficar aqui registrado, nesta edição de lançamento, que o real motivo de trazer à tona esta revista, de realizar este sonho, foi simplesmente uma grande paixão... Sem deixar de considerar a necessidade de criar um veículo de comunicação de qualidade, direcionado a um público tão seleto e exigente, admiradores dos cavalos, e, ainda, diante da oportunidade de colocar no mercado um instrumento de integração social e comercial que agregue valor e promova o desenvolvimento deste segmento em vertiginosa ascensão, que é a indústria equina hoje no Brasil, não poderia deixar, entretanto, de explicitar aqui a minha declaração de amor aos cavalos que me trouxeram até aqui. Pois é por causa deles, estes seres graciosos, que transcendem sentimentos em olhares e atitudes, e encantam pela na harmonia e elegância de seus movimentos, que estou aqui hoje escrevendo esta mensagem. Foi por estes animais tão especiais, que mudei a minha vida, que cheguei até aqui, virando o meu mundo de cabeça para baixo para ir atrás de um sonho e atender à esta demanda sedenta de informações sobre este mundo tão lúdico e ao mesmo tempo tão real que gira em torno destes nobres seres. Esta revista é muito mais do que um simples meio de comunicação segmentado. Muito mais do que um mero instrumento de informação para aqueles que, assim como eu, praticam e frequentam o ambiente dos esportes equestres, da indústria equina, e compartilham um pouco deste estilo de vida único, que envolve animais, esportes, medicina, economia, fi- Diretora Executiva: Aida de Mendonça Nunes [email protected] Jornalista Responsável: Daniela Matos [email protected] Fotógrafos: Russo, Alexandre Vidal, Anna Paula Carvalho Tupamaru, Pedro Accioly; nanças, gastronomia, moda, consumo e informação... Tudo isso é muito pouco perto de tudo que aprendemos com estes seres extraordinários que são os cavalos! Não poderia produzir nenhuma das próximas páginas que vocês verão a seguir, se não tivesse aprendido com eles um pouco sobre sentimentos sinceros, sobre atitudes, caráter, lealdade, amizade, força, coragem, determinação, disciplina, cumplicidade, dedicação, respeito, e, acima de tudo, paixão! Quem vive este mundo e não compreende os seus cavalos, nem aprende com eles a identificar e alimentar sentimentos tão simples e ao mesmo tempo tão nobres, não conseguirá compreender também os seres humanos, e não desenvolverá a capacidade de entender as sutilezas da vida sob a perspectiva da sensibilidade e será, portanto, incapaz de lidar com a complexidade do sucesso de viver este estilo de vida com toda a intensidade digna de uma paixão verdadeira. Desejo agora que, assim como eu, declaradamente apaixonada pelos meus cavalos, pela vida que levo junto a eles, e pelo que aprendo com eles a cada dia, vocês, que também fazem parte desta sociedade e compartilham deste estilo de vida, possam sentir a energia dos sentimentos impressos nestas páginas inspiradas nestes sublimes animais. E que se divirtam com as nossas histórias e sejam capazes de se apaixonar pelo que eu, com toda a audácia que me foi ensinada pelo cavalos vencedores, ousei chamar de Horse Society Lifestyle. Aida de Mendonça Nunes. Capa: Modelo: Antônia Campos (Ford Models Brasil) Fotografia: Pedro Accioly Gomes, Juliana Ribas, Henrique Saldanha, Giani Tartari, Ruthe Araújo. Projeto Gráfico e diagramação: Nilmon Filho (2NT), colaboração: Danilo Matos Agradecimento Especial: Márcia e Paulo Roberto Nunes Colaboraram nesta edição: Antônio Carlos Magalhães Júnior, Luiz Augusto Amoedo, Ana Borges, Cristiano Nabuco Dantas, Marcello Servos, Mariana Mattoso, Luiz Fernando Monzon, Mariana Pessoa, Nardele Departamento Comercial: 2NT Comunicação | [email protected] Av. Marechal Floriano 38, sl 307 - Centro - RJ tel. 21 2233 7755 / 2516 8595 A Horse Society Lifestyle é uma publicação da Horse Society Lifestyle. Todos os direitos estão reservados. Fica proibida qualquer reprodução do conteúdo. Os artigos de opinião são de exclusiva responsabilidade dos autores. A Horse Society Lifestyle não se responsabiliza pelos anúncios e mensagens publicitárias incluídos nessa edição. 4 | HORSE SOCIETY Lifestyle Rua Dr. Altino Teixeira, Porto Seco - Salvador, BA www.cmarinho.com.br HORSE SOCIETY Lifestyle | 5 E D I TORIAL sumário Da história ao LIFE STYLE E m sua primeira edição, a Revista Horse Society vem com a inovadora proposta de agregar em páginas de papel couché o fantástico universo do hipismo nacional. O desafio é tão grandioso quanto a própria história do esporte no Brasil, onde a influência militar foi decisiva. Marcante também na trajetória mundial do hipismo quando, mais ou menos no início do que hoje conhecemos por civilização, os ingleses começaram a usar o animal em nobres caçadas pelos campos. mo. No governo do general carioca João Figueiredo, último da dinastia militar, a criação de cavalos deu inclusive um belo salto de qualidade. O fato é que a cavalaria sempre foi uma das principais armas em qualquer tropa. Nesse sentido, ter domínio do cavalo era simplesmente indispensável para o sucesso de uma investida. O Exército Brasileiro, logo após a Primeira Grande Guerra, percebeu a importância de aperfeiçoar os cavaleiros locais e solicitou o apoio da Missão Militar Francesa. Estava fundada a base para a tradicional Escola de Equitação do Exército. A paixão de Figueiredo pelos animais fez com que empresários brasileiros investissem pesado na criação de cavalos. Afinal, quem em sã consciência não queria se aproximar do presidente da república? Foi desse jeito, fazendo política, que o país desenvolveu a raça BH, o cavalo brasileiro de hipismo. O BH é um híbrido com boas características de salto. Um cavalo bonito, geneticamente competitivo e que vem chamando atenção de pesquisadores estrangeiros. Uma grande promessa. Assim se formou uma doutrina de equitação muito importante para a história do hipismo em verde amarelo, não à toa todos os grandes cavaleiros do passado tinham alguma ligação militar. É, só que não parou por aí: depois de duas guerras mundiais e uma longa ditadura Vargas, os militares tomaram de vez o Brasil no Golpe de 64. Foram anos difíceis, sombrios, dignos de serem esquecidos, mas significativos para o hipis- 6 | HORSE SOCIETY Lifestyle Figueiredo era um amante da montaria. Entre as muitas declarações polêmicas e que pese o fato de ser o presidente de um regime repressor, vale comentar o dia em que foi indagado sobre seu sucessor Tancredo Neves. “No dia da posse vou embora de Brasília levando apenas minhas mulheres”, disse. Detalhe: as mulheres eram os cavalos. Enfim, tudo isso pra dizer, em resumo, que o futuro do hipismo brasileiro está só começando. Ele partiu das mãos de militares, mas é na democracia que vem se estabelecendo em toda a sua elegância. Um futuro que a Revista Horse Society vai acompanhar de perto, entre competições e novidades de bastidores. Afinal, hipismo não é só montar, é viver um completo life style. Seja bem vindo. No Paddock 08 Reportagem 10 Horse Society Tour 14 Rapidinhas 20 Mundo Corporativo 22 Entrevista 24 Galeria 28 Ping Pong 34 Galeria 36 Regulamentos 40 Notas da CBH 41 Especial 42 Galeria 44 Perfil 46 Galeria 48 Veterinária 50 Saúde 52 Cultura 54 Brinquedos de gente grande 55 Galeria 56 Ensaio 60 Galeria 68 Economia 70 Investimento 74 Turismo 76 Wine 78 Gastronomia 80 Comportamento 82 Guia de Serviços 83 14 24 56 68 76 HORSE SOCIETY Lifestyle | 7 N O PADD OCK O Paddock aqui é para você, leitor da Revista Horse Society Lifestyle! Fique atento e participe da nossa edição, pois você está sendo chamado ao nosso Paddock e esperamos a sua atuação. Aproveite a chance, se apresente, e seja muito bem vindo ao Clube Horse Society! Estaremos esperamos ansiosamente para divulgar o resultado das suas sugestões. Sinta-se à vontade para comentar, criticar, indicar e nos dizer o que quiser, pois este espaço é seu! *Sua mensagem poderá ser publicada Mande a sua correspondência para o endereço: Av. Bartolomeu Mitre, 448 – Leblon, Rio de Janeiro – RJ CEP: 22.431-000 CONTATO: TEL. 011 35671221 [email protected] Ou entre em contato conosco através do e-mail: [email protected] 8 | HORSE SOCIETY Lifestyle HORSE SOCIETY Lifestyle | 9 RE P O RTAGEM A PODEROSA INDÚSTRIA DO CAVALO NO BRASIL Poderosa e, diga-se de passagem, promissora. Segundo dados da Comissão Nacional do Cavalo, órgão ligado a Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA), a indústria já bateu a casa dos R$ 7,5 bilhões em faturamento. A pesquisa é de 2006, a última oficial. O que significa dizer que, de lá pra cá, certamente este número já aumentou de forma considerável. É bom levar em conta que, grande parte desse movimento exorbitante é “culpa” do hipismo, afinal estamos falando da Formula 1 da indústria do cavalo. “O hipismo brasileiro é um dos mais respeitados do mundo, nossos cavaleiros estão entre os tops internacionais. Considerando-se a prática esportiva e os setores ligados direta e indiretamente ao esporte podemos dizer que o hipismo é uma das principais molas propulsoras da equinocultura e do agronegócio nacional”, palavra de presidente. Nesse caso o presidente da Confederação Nacional de Hipismo, Luiz Roberto Giugni. As próximas páginas se destinam a traçar um panorama deste quadro, pensado através de números e vivências de pessoas ligadas a uma área ainda em ascensão por estes trópicos. Há apenas um ano o Governo Federal lançou linhas de créditos oficiais para a área, segundo informações do presidente da Comissão Nacional do Cavalo, Pio Guerra. O que, num país de dimensões continentais e ainda notadamente agrário, é um salto gigantesco. Atrasado, mas gigantesco. São poucos os pecuaristas que conseguem investir de forma maciça sem incentivos federais. “ O agronegócio do cavalo emprega mais funcionários que a própria indústria automotiva, com pouco mais de 100 mil empregos no mesmo período” A INDÚSTRIA TRADUZIDA EM $$ – São quase 27 federações estaduais de agricultura e pecuária, mais de dois mil sindicatos rurais e 1,7 milhões de produtores. De acordo com o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), o país possui quase seis milhões de cabeças, só em equinos. Se comparados com os Estados Unidos, número um no ranking (com 9,5 milhões de cabeças), o Brasil fica na bem colocada quarta posição. A tendência deste quadro é melhorar ainda mais. As pesquisas (ponto a ser abordado com mais calma depois), a profissionalização e, principalmente, o enquadramento da equideocultura como atividade pecuária no Ministério da Agricultura, que torna o setor capaz de receber os mesmos recursos e financiamentos oferecidos a outras criações, são fatores decisivos neste caminho. 10 | HORSE SOCIETY Lifestyle HORSE SOCIETY Lifestyle | 11 RE P O RTAGEM “ O setor, por exemplo, não sofreu efeitos da crise mundial do ano passado” DENTRO E FORA DA PORTEIRA – Entender a indústria do cavalo é entender as infinitas atividades que a compõe. Esportes como hipismo e pólo são apenas uma pequena parcela do que este setor movimenta em serviços de um modo geral. Não é à toa que foram gerados 642,5 mil empregos diretos e outros 2,6 milhões indiretos até 2006. “O agronegócio do cavalo emprega mais funcionários que a própria indústria automotiva, com pouco mais de 100 mil empregos no mesmo período”, afirma a assessora técnica da CNA, Marina Zimmermann. A indústria é tão ampla e complexa que fica mais fácil compreender os processos se dividirmos em três partes: antes, dentro e fora da porteira. A separação foi proposta pelo próprio Pio Guerra, da CNA, em estudo recente sobre a dinâmica da atividade. 1. ANTES DA PORTEIRA – insumos, produtos e serviços que tornam possíveis a criação do cavalo. Aqui estão reunidos desde medicamentos veterinários até cursos universitários na área, passando pelo comércio de selaria, acessórios, transporte de animais e até a moda country. 2. DENTRO DA PORTEIRA – agentes que dependem diretamente do cavalo no dia a dia. Escolas de equitação, exposições e eventos (como as competições de hipismo) e tudo que jamais existiria sem este belo animal. Cavalos para lida e de uso da polícia e do Exército também entram nesta conta. 12 | HORSE SOCIETY Lifestyle 3. FORA DA PORTEIRA – Basicamente leilões e importações e exportações, tanto de cavalos vivos quanto da carne do animal. A divisão é simplificada, não tem outra forma. A ideia é mostrar, ainda que em linhas gerais, onde estão empregadas todas aquelas pessoas citadas em números na pesquisa comentada antes. E, claro, mostrar a grandiosidade da indústria em questão. “O setor, por exemplo, não sofreu efeitos da crise mundial do ano passado”, comenta Zimmermann. O volume movimentado em feiras e leilões (leia-se: fora das porteiras) foi superior aos anos de 2007 e 2008, ainda segundo a assessora técnica. Mais uma garantia da força do agronegócio equino no Brasil. CAVALOS INVADEM A UNIVERSIDADE – Parece uma daquelas notícias bizarras, de jornais sensacionalistas, mas não passa da mais pura verdade. Os cavalos tomaram conta do mundo acadêmico. A PUC do Paraná oferece curso superior em Ciências Eqüinas, da Faculdade de Tecnologia Uirapuru, em São Paulo, saíram inúmeros gestores em equideocultura, já a Associação Nacional de Deficientes Físicos (ANDE-Brasil) lançou a pós-graduação em equoterapia no Rio de Janeiro. Isso sem contar com as tradicionais formações em medicina veterinária, zootecnia, agronomia e etc., também relacionadas ao cavalo. Os cursos específicos são a prova de que existia uma demanda, até pouco tempo reprimida, formada por jo- vens fissurados no mundo do cavalo que não queriam abrir mão nem de uma paixão nem de uma formação acadêmica. É o caso de Tárcio Agostini, hoje treinador, árbitro de provas de andamento e, mais recentemente, gestor em equideocultura. Mineiro da cidade de Ipatinga, é em Patrocínio do Muriaé, também em Minas Gerais, que ele encontra mercado para suas muitas qualificações. “A paixão pelo cavalo é o que move meu trabalho. Vivo numa região muito pobre e fui obrigado a perceber que a maioria dos animais por aqui vale menos do que o que os donos gastavam comigo”, afirma Tárcio. “Tive proposta para morar nos Estados Unidos, no Chile, mas decidi ficar. Nestes lugares seria apenas mais um. Aqui sinto que posso ser pioneiro, criando novas maneiras de lidar com os animais, organizando provas. Sei lá, atraindo mais apaixonados”. “ O Brasil é um dos países que mais realizam transferência de embriões no mundo graças aos estudos na área” A vontade de fazer o mercado mineiro crescer e crescer junto com ele é tanta que, apesar dos coices (literalmente!), Tárcio não pensa em desistir. Em dezembro do ano passado, ele levou uma pancada tão grande que teve que encostar as selas, pelo menos até o fim de 2010, segundo as previsões mais otimistas dos médicos. “Ainda estou me recuperando, foi o primeiro acidente, mas acho que não vai ser o último”, conta. A história de Tárcio tem algo em comum com a trajetória de outra jovem gestora no assunto, Cristiane Oliveira, paulista de Sorocaba. Ambos cultivam a tal paixão por cavalos: “Eu sempre gostei deles, o que é um pré-requisito para entrar nesta área”, afirma. Também formada em Ciências da Computação, Cristiane resolveu unir o útil ao mais útil ainda e criou o portal equinocultura.com.br. “A ideia do site surgiu de uma ‘revolta’ entre amigos. Era difícil achar informações interessantes em um único lugar. Claro que ainda não temos todas as ferramentas, mas aos poucos o projeto está crescendo”. ENTRE CURSOS E PESQUISAS – O bom de todo este cenário, impulsionado pelas universidades, é que a pesquisa no setor cresceu vertiginosamente nos últimos anos. Assim garante Marina Zimmermann: “O Brasil é um dos países que mais realizam transferência de embriões no mundo graças aos estudos na área”. Uma prova disso é que o número de publicações científicas brasileiras foi tão representativo em 2009 que a cidade do Guarujá, São Paulo, foi escolhida para sediar o 11º Congress of the World Equine Veterinary Association (WEVA) que aconteceu no último mês de setembro. Hoje o país tem acordos de exportação de material genético com os Emirados Árabes, Estados Unidos, União Europeia e Mercosul. África do Sul e Chile estão ainda em negociação, mas tudo indica que também devem entrar na lista em breve. Pode-se dizer que o Brasil tem tudo para virar uma superpotência mundial do cavalo. O panorama exposto aqui indica que o caminho está certo: pesquisa e investimentos em qualificação de mão-de-obra são importantes passos rumo a este objetivo. Vale apenas lembrar mais um: a desmistificação da ideia de que o cavalo está relacionado apenas às elites. Estes velhos companheiros do homem são mais populares do que se imagina, do Oiapoque ao Chuí, eles estão por toda parte. HORSE SOCIETY Lifestyle | 13 H O RS E S OCIETY TOUR A festa para os MELHORES DO HIPISMO A entrega do “Prêmio Hipismo Brasil 2009” movimentou o Salão Nobre do Jockey Clube de São Paulo na noite de sexta-feira, 5 de março, quando a Confederação Brasileira de Hipismo (CBH) condecorou amazonas e cavaleiros vencedores do Ranking CBH 2009 em sete diferentes modalidades: Adestramento, Equitação Especial, Concurso Completo de Equitação, Enduro, Rédeas, Salto e Volteio. Entre os homenageados estavam quatro cavaleiros de Salto, medalhistas Olimpicos: Luiz Felipe de Azevedo, Álvaro Afonso de Miranda Neto, o Doda, Rodrigo Pessoa e André Johannpeter. Também foram homenageados o empresário Jorge Gerdau Johannpeter, o presidente do Comitê Olímpico Brasileiro Carlos Nuzman, o cavaleiro olímpico e técnico da equipe de Salto Neco Pessoa e as entidades Clube Hípico de Santo Amaro e Jockey Club de São Paulo representados por seus presidentes, respectivamente Luis Duílio de Oliveira Martins e Márcio Correa de Toledo. Outra novidade na festa do “Prêmio Hipismo Brasil 2009” foi o reconhecimento oficial da Atrelagem como a 8ª modalidade sob supervisão da Confederação Brasileira de Hipismo. 14 | HORSE SOCIETY Lifestyle HORSE SOCIETY Lifestyle | 15 R A P IDINHAS CONFIRMADO PAN EM TORONTO O hipismo brasileiro já está confirmado nas Olimpíadas até os Jogos de 2016 no Rio de Janeiro. Na próxima Olimpíada, em 2012, as provas eqüestres devem ser realizadas em Greenwich, na margem sul do rio Tamisa e a 10km do centro de Londres. Devem porque ainda há muita polêmica em torno do local escolhido. A cidade de Toronto, no Canadá, foi eleita sede dos Jogos Pan-Americanos de 2015. Na votação, Toronto recebeu 33 votos, Lima, no Peru, teve 11 e Bogotá, na Colômbia, sete votos. Esta será a terceira vez que o Canadá será palco de um Pan-Americano. A edição de 2011 está prevista para Guadalajara, no México. CRIATIVIDADE Uma professora britânica está fazendo sucesso em aulas de anatomia eqüina. Gillian Higgins pinta no próprio pelo do cavalo toda a divisão do esqueleto e da musculatura do animal. A tinta utilizada é à base de água e sai com facilidade. No curso, a professora inova também com aulas de massagem, alongamento e pilates para cavalos. CELEBRIDADE A cantora Madonna gastou quase US$ 10 milhões para comprar um haras da ex-mulher do estilista Calvin Klein na luxuosa região dos Hamptons, nos arredores de Nova York. A nova propriedade da artista americana tem 12 hectares de área dedicados à criação de cavalos. Segundo o jornal “The New York Post”, o haras comprado por Madonna não possui instalações de hospedagem, motivo pelo qual a cantora pretende comprar mais 10 hectares de terra de um terreno vizinho, área avaliada em US$ 2,4 milhões. HIPISMO NA MODA Mais uma vez a moda se inspira no Hipismo. No desfile de alta-costura da Dior, na Avenue Montaigne em Paris, amazonas do final do século 19 foram a base da inspiração para a coleção verã0 2010. No desfile as jovens amazonas tinham seus casacos bem cortados, acinturados, luvas, botas e chicote na mão. O estilista da marca John Galliano de casaca, culote e bota apareceu no final do desfile. 20 | HORSE SOCIETY Lifestyle CASAMENTO Mais uma união. O cavaleiro Rodrigo Pessoa e a amazona Alexa Weeks estão juntos oficialmente desde setembro de 2009. A cerimônia foi realizada em Connecticut, nos Estados Unidos, terra natal da moça. ENCONTRO Já a ex-tenista Martina Hingis, longe das quadras há mais de um ano e meio, está dedicada ao hipismo. Depois de dez anos de carreira, importantes premiações e título de melhor jogadora, Martina quer mesmo montar cavalos. Por enquanto suas disputas são em provas amadores. Mas quem sabe, né? GAME A nintendo teve uma boa idéia! Já foi registrado e patenteado o novo acessório para seus games, o “Wii Horse Riding Saddle”. Trata-se de uma almofada redonda que pode ser usada para os jogos eletrônicos com cavalos. O jogador senta uma almofada como se estivesse montando em um cavalo. MASTER O cavaleiro Jorge Gerdau, presidente do Grupo Gerdau, resolveu deixar as pistas. A despedida ao hipismo, esporte que lhe rendeu orgulho por muito tempo foi em grande estilo, durante o Campeonato Brasileiro de Máster 2009, em Porto Alegre. HORSE SOCIETY Lifestyle | 21 M U NDO CORP OR ATI VO por Antônio Carlos Magalhães Jr. ADAPTAR-SE APENAS PARA SOBREVIVER É PARA OS FRACOS Recentemente fui paraninfo de duas turmas de Administração da Universidade Federal da Bahia, ocasião em que aproveitei para falar àqueles formandos, ex-alunos e agora meus colegas, sobre o mundo que os aguarda, um mundo em transformação, em crise, mas, por isso mesmo, fértil em oportunidades. Cito esse episódio porque, respeitadas as devidas proporções, as inquietações que certamente afligem aqueles novos profissionais, recém chegados ao mercado de trabalho, de certa forma, habitam corações e mentes do empresariado. Há muito se tornou lugar comum associar momentos de crise com oportunidades de investimentos. A doutrina nos ensina isso e as revistas especializadas estão repletas de registros de casos que corroboram a tese. Ainda assim, em momentos de crise, são inúmeras as empresas que recuam em seus planos de investimentos, algumas até mesmo interrompendo projetos já em andamento. Como se vê nesses casos, determinadas “certezas empresa- riais”, - investir em tempos de crise é uma dessas certezas -, costumam ser abaladas ao primeiro sinal concreto de incertezas. Este cenário é preocupante? Sim, é preocupante, mas já foi mais. A economia é um fenômeno extremamente dinâmico e, como disse Cazuza, o tempo não para! não coadjuvantes. Empresas adaptáveis, criativas, saberão enfrentar esses desafios e, estejam certos, saberão vencê-los. Hoje estamos todos melhor preparados. Melhor do que estávamos antes do início dessa crise. Se o mundo atravessou e ainda atravessa momentos de apreensão, principalmente porque assistiu serem derrubados paradigmas e dogmas que pareciam eternos, ele também tem feito surgir grandes oportunidades de negócios, especialmente para aqueles que, sem brigar com os fatos, aceitando que o mundo mudou, estão dispostos também a mudar, a adaptar-se. Há mais ou menos dez anos, Stephen Kanitz escreveu um artigo, cujo título era “O Fim da Incompetência”. Nele, Kanitz defende a tese de que no Brasil moderno, assim como ocorre nos países desenvolvidos, o talento será cada vez mais valorizado e a competência fator determinante de sucesso. Peter Drucker diz que “a melhor maneira de prever o futuro é criá-lo”. Ora, se o futuro é incerto, cabe a nós diminuir o grau dessa incerteza. Tracemos nossos próprios destinos. Sejamos protagonistas e Claro, não há como desconhecer a crise financeira que se abateu mundialmente e da qual o Brasil não poderia estar imune. As variações cambiais, a aguda contração do crédito, a queda nas demandas interna e externa. As empresas precisavam mesmo, - e ainda precisam -, rever seus planos, eventualmente adiando, até paralisando, alguns negócios. Afinal, encomendas foram canceladas e este é um movimento em cascata: cancelamentos de pedidos geram novos cancelamentos na cadeia produtiva e na cadeia comercial em uma espiral indesejável. Em um mundo globalizado, competitivo, extremamente exigente, se não for verdadeiramente boa, uma empresa não sobrevive. De outro lado, neste mesmo mundo hostil, nem tão hipotético assim, a empresa guerreira, criativa, inovadora, que não se abate frente às dificuldades, a elas se adapta, não apenas sobrevive. Essa empresa cresce. Antonio Carlos Magalhães Jr. é empresário, professor de Finanças Empresariais e Mercado Financeiro de Capitais da Escola de Administração da Universidade Federal da Bahia e Senador da República. ! 22 | HORSE SOCIETY Lifestyle HORSE SOCIETY Lifestyle | 23 E NTREV IS TA O hipismo em TERRAS CARIOCAS Se tem uma pessoa apta a falar sobre o cenário atual do esporte no Rio de Janeiro, esta pessoa se chama Pedro Valente. Cavaleiro nato, amante antigo do hipismo e da luta (Valente é da família Gracie, responsável por desenvolver um conjunto de técnicas conhecidas internacionalmente como Gracie Jiu Jitsu e patriarca da modalidade no país), ele está à frente da Federação Equestre do estado, a FEERJ, que reúne mais de 350 filiados, pelo menos 500 cavalos e ainda 20 instituições, entre escolas e núcleos. Um verdadeiro celeiro de jovens e promissores talentos, a Cidade Maravilhosa tem hoje a missão de se tornar referência esportiva. São exatos seis anos até os Jogos Olímpicos de 2016 e Pedro Valente carrega a responsabilidade de alavancar o hipismo ao merecedor patamar de campeão. 24 | HORSE SOCIETY Lifestyle HORSE SOCIETY Lifestyle | 25 E N TREVIS TA QUAL É A SITUAÇÃO DO HIPISMO NO ESTADO HOJE? O Rio estava numa situação muito difícil há cerca de quatro anos. O hipismo estava decadente, a federação cheia de dívidas, com problemas, o presidente faleceu (ele está falando de Ibsen Villaça, brutalmente assassinado quando saía de um haras em Vargem Grande, zona oeste do Rio de Janeiro), tudo muito complicado. Foi quando um grupo de amigos da hípica me procurou e perguntou se eu queria assumir novamente a federação (novamente porque ele já havia sido presidente da instituição na década de 70) e eu me achei na obrigação de aceitar, pelo amor que eu tenho aos cavalos e pela minha filha, a Joana, que estava começando no esporte. “ Agora temos um número enorme de jovens que, fatalmente, continuarão honrando o Rio de Janeiro” PELO VISTO FOI UM INÍCIO DIFÍCIL... Foi sim. Mas montamos uma equipe boa, trabalhamos muito, pagamos todas as dívidas e fizemos um movimento para recuperar o hipismo. Não só o salto, mas também modalidades como o adestramento. E OS TORNEIOS? QUAIS OS PLANOS DA FEERJ PARA 2010 E QUE BALANÇO PODE SER FEITO DO ANO PASSADO? Hoje temos bons patrocinadores como a Embratel e a OI que, inclusive, é responsável pelo Torneio Oi Serra e Mar. Tivemos no ano passado o primeiro Derby do Rio de Janeiro, o Derby de Palmas, e este ano a final das competições pelo país vai ser aqui, no mês de agosto. Conquistamos o Athina Onassis que, por si só, já trás muita visibilidade ao estado e conseguimos, no calendário da Confederação Brasileira de Hipismo, que a final do brasileiro de amadores seja realizada também no Rio. Tudo isso para dizer que o ano passado foi bom e 2010 vai ser melhor ainda. Brasil (isso porque muitos cavaleiros profissionais se exilam na Europa). A gente tem a vantagem de poder treinar antes e na nossa própria pista. Tem que acabar com essa cultura de que pra ser bom tem ir pra morar em outro continente, eu acho que temos um clima maravilhoso e recursos pra isso, pra cultivar grandes cavaleiros em solo brasileiro. E AS OLIMPÍADAS? A FEERJ JÁ ESTÁ DE OLHO NOS JOGOS DE 2016? Ainda é prematuro dizer alguma coisa porque ainda não sabemos quem vai ser o presidente da federação até lá (o mandato dele acaba em 2011), nem quem vai estar no comando da confederação. Agora, é evidente que os cavalos que vão pular a Olimpíada são os cavalos que estão hoje com quatro, cinco anos. Ou seja, a preparação já começou! NENHUM NOME EM ESPECÍFICO? Não vou te dar nenhum, porque poderia acabar cometendo injustiças. Na minha posição de presidente da federação eu tenho que contemplar a todos. ESTA É A FUNÇÃO DE VOCÊS NOS JOGOS? PREPARAR O CAMPO? Nossa função é incentivar o esporte ao máximo, fazer bons torneios como já estamos fazendo, oferecer boas pistas, bons armadores, bons prêmios... estas são minhas lutas. A Olimpíada vai ser aqui e é importante que até os treinamentos sejam feitos no 26 | HORSE SOCIETY Lifestyle QUAIS SÃO NOSSAS PROMESSAS? O Rio de Janeiro sempre se notabilizou por ter excelentes cavaleiros. Daqui saíram Eloy Menezes, Neco, Gerson Monteiro, Luiz Felipe Azevedo, Elizabeth Assaf e agora temos um número enorme de jovens que, fatalmente, continuarão honrando o estado. VOCÊ CHEGOU A CITAR RAPIDAMENTE O ADESTRAMENTO. GERALMENTE SÓ SE FALA EM SALTOS QUANDO O ASSUNTO É HIPISMO. Eu, particularmente, sou fã do adestramento. Além de interessante é uma prática de extrema importância no esporte. Acho o adestramento a base da equitação. É ali que se estabelece o domínio do cavalo pelo cavaleiro, a relação dos dois. O passo, o trote, o galope... a preparação para o salto. Sem este domínio o cavaleiro não tem nada. Eu também sempre defendi a teoria de que o adestramento é a musculação do cavalo. É como um jogador de futebol: não se treina só com bola, tem que ter preparação física, o que dá uma tremenda velocidade, que é o que o futebol tem de mais bonito hoje. Quando o cavalo deixou de ser um animal selvagem, parou de fugir das onças, dos leões, das hienas, e veio para o convívio do homem, ele perdeu muito da sua musculatura original. O adestramento consegue mexer com músculos que uma atividade específica como o salto não mexe. Todo cavaleiro de salto deveria ter conhecimento de adestramento, esta é a minha opinião. NESSE CASO, QUE INCENTIVOS ESTÃO SENDO DADOS A ESTA MODALIDADE AQUI NO RIO? O adestramento também estava com problemas quando voltei à federação, muitas brigas entre correntes (técnicas e políticas) diferentes, mas finalmente chegamos a um consenso. Hoje temos bons torneios e até prêmios em dinheiro, o que é um grande incentivo. O esporte é um esporte caro e tem que ter prêmios deste tipo, que garantam algum retorno a quem pratica. O QUE VOCÊ TEM A DIZER SOBRE O FUTURO DO HIPISMO NO BRASIL? Considero bastante promissor por conta da TV, pois esta busca imagens, e o hipismo é um dos esportes mais plásticos que existe. A beleza do conjunto, da harmonia entre cavalo e cavaleiro é algo encantador. Atualmente a transmissão de competições eqüestres é uma realidade nos países desenvolvidos, e acredito que as grandes redes brasileiras não tardarão a descobrir esse efeito fascinante da interação entre um animal e um homem unidos pelo esporte. HORSE SOCIETY Lifestyle | 27 P I NG PO NG “O” MUSA do Hipismo 2009 foi o ano dele. O cavaleiro Francisco Musa, primeiro no ranking da CBH, vem conquistando títulos por onde passa. A fala mansa e a paixão pelo Cruzeiro (além dos cavalos, claro) não negam: trata-se de um típico mineiro. Conheça a seguir um pouco mais da trajetória desde mais novo grande nome do hipismo no Brasil. NOME COMPLETO: Francisco José Mesquita Musa PRETENSÕES PARA 2010: Espero que seja um ano tão bom quanto 2009. IDADE: 31 anos, dezenove deles no hipismo CIDADE NATAL: Sou de Três Corações, interior de Minas gerais CAVALOS: Chantree, So Long , Mc Grafite, Xindoctro Metodo e Carthoes BZ PRINCIPAIS CONQUISTAS NO ESPORTE: (pausa pra pensar) Foram muitas, graças a Deus. Assim de cabeça? Ganhei a prova de 1,35 do Derby da Cidade de São Paulo, fui terceiro lugar do Grande Premio do Derby também em São Paulo, primeiro no torneio Vodka Finlândia. Ao todo, foram quase vinte prêmios só em 2009. MOMENTO INESQUECÍVEL: Sem dúvida quando venci o Indoor de 2008. Foi meu primeiro Grande Prêmio importante. É muito difícil, poucos cavaleiros ganham... HOBBY (NÃO VALE DIZER MONTAR, É CLARO): – Não pode ser montar mesmo? (Risos). Não tem outra coisa não... Pode colocar montar, é o que eu gosto de fazer. 34 | HORSE SOCIETY Lifestyle SONHO AINDA NÃO REALIZADO: Participar das Olimpíadas. Estou batalhando pra isso! SONHO JÁ REALIZADO: Ganhar o ranking da CBH, consegui agora. UM ÍDOLO: Meu avô, o cavaleiro e militar José Afonso Musa. Comecei no hipismo por causa dele. TIME DO CORAÇÃO: Cruzeiro PERFUME: Carolina Herrera 212 UMA MÚSICA: One do U2 UMA FRASE: Posso pular essa? Não consigo pensar em nenhuma... UM RECADO PRA QUEM ESTÁ COMEÇANDO: A única opção é lutar e correr atrás dos seus sonhos. Todos são possíveis, basta dedicação. Acho que vale como frase também (Risos). Acabei de responder a pergunta de cima! HORSE SOCIETY Lifestyle | 35 RE GU LAMEN TO S N OTA S DA CBH por Luiz Fernando Monzon por Ruthe Araújo Foto: Ney Messy/Cedida ABPSL Vamos jogar “CATCHANGA”? U m viajante em desespero, já quase sem dinheiro, resolveu tentar a sorte no jogo de cartas. Aproximou-se de alguns malandros que jogavam baralho. Rapidamente aprendeu o jogo e entrou na roda. Após ganhar algumas apostas, foi desafiado a jogar a “Catchanga”. O jogo, segundo os parceiros, era muito mais lucrativo e emocionante. Meio baralho na mão de cada um... Um contra o outro... O viajante esperou a aposta. - Aposto vinte! Disse o ladino. - Eu pago! Retrucou o viajante, meio sem saber o que fazer com todas aquelas cartas, mas não querendo perder a pose de ganhador. - Catchanga! Gritou o marinheiro abaixando todas as cartas misturadas e recolhendo todo o dinheiro da mesa... O viajante olhou para os lados, sentindo-se enganado, mas todos balançavam suas cabeças afirmativamente, concordando com a vitória do amigo. Irritado, mas em minoria, o viajante desafiou o ganhador para nova rodada. Baralho dividido ao meio, olhar fixo nos olhos do malandro, desafiou: - Aposto tudo! E empilhou tudo que já havia ganho e o pouco com que começou. Seu oponente fez cara de dúvida, mostrou o enorme leque de cartas ao parceiro ao lado... Pensou um pouco e disse: - Eu pago! - Catchanga! Adiantou-se o viajante e, sorrindo, tentou recolher o dinheiro da mesa. - Não tão depressa! Reagiu o marinheiro, abriu o leque de cartas e sentenciou: - Catchanga REAL! Pegou todo o dinheiro e cercado pelos companheiros foi embora. Você jogaria sem conhecer as regras? Investiria seu tempo e trabalho sem dominar o regulamento? Não responda tão rápido... Se você compete no hipismo pode fazer parte de uma grande maioria que nunca leu o regulamento... Lembra de uma ou outra dica A Atrelagem Esportiva é, agora, a 8ª modalidade sob coordenação da Confederação Brasileira de Hipismo. Incluída no final de 2009, foi oficializada pela entidade no dia 5 de março durante o “Prêmio Hipismo Brasil 2009”. que um amigo ou instrutor mencionou em alguma ocasião. É incrível, mas é uma constatação. Afirmo baseado em mais de vinte e cinco anos trabalhando nos júris das provas de salto no Brasil. Isto se soma à velocidade com que nosso regulamento vem mudando, desde o término dos Jogos Olímpicos de Sidney – Austrália 2000 – quando o segundo refugo passou a eliminar o conjunto, o primeiro refugo passou a penalizar como uma falta (4 pontos) e as correções de tempo passaram a ser de 4 segundos, mas não se a prova for “Indoor”. Já não entendeu a última ‘regrinha’? Não fique encabulado, você está na média! Há pouco tivemos uma mudança regulamentar que já causou alguns “estragos”... O uso do chicote. Quando, como e quantas vezes pode ser usado? O que pode ser considerado como uso excessivo e desqualificar o concorrente? Ele pode ser multado por isso? Existe cartão amarelo no hipismo, como no futebol? O regulamento determina: três vezes por evento, que o cavaleiro não pode usar o chicote para descontar sua raiva, define o que é uso excessivo e que depois de eliminado ou depois do último salto da pista o uso do chicote ‘desqualifica’ o conjunto. A critério do Juiz, o concorrente pode sim ser multado, se for reincidente, por exemplo, ou pode receber o cartão amarelo. Conselho de amigo: vá até o Artigo 257, ARREAMENTO, do Regulamento de Salto da CBH. Leia atentamente o item 2.2.1. Ele se refere a outros artigos... Por que não dar uma boa lida também? Com suas dúvidas sanadas, quem sabe você não se anima e continua lendo... Você não precisa decorar, basta ler. Garanto que vai entender coisas que são do seu interesse e vai evitar muitos insucessos. Ou será que prefere continuar jogando ‘Catchanga’ pelas pistas? Luiz Fernando Monzon é Juiz Nacional Oficial da CBH e Juiz Oficial Internacional FEI 40 | HORSE SOCIETY Lifestyle Elegância e tradição da Atrelagem agora na CBH A Atrelagem animal surgiu há cerca de 4 mil anos a.C. sendo preservada no mundo inteiro para lazer e competição. Reconhecida como modalidade esportiva pela Federação Equestre Internacional (FEI) em 1970, é praticada na Europa e na América do Norte. A Atrelagem é um show de movimentos sincronizados e ritmados - sempre no andamento trotado -, elegância de trajes e carros, beleza plástica dos animais e destreza dos condutores. Em concursos de Atrelagem são realizadas provas diferenciadas, entre elas o Concurso Completo composto por provas de Adestramento, Maratona e Maneabilidade. São realizadas, ainda, provas de “Condução e Elegância” e “Precisão”. Foto: Alexandre Vidal/Divulgação Clean Sport A Confederação Brasileira de Hipismo (CBH) adotou a Campanha “FEI Clean Sport” - Campanha pelo esporte limpo – que se traduz em um esforço coordenado em vários níveis com o objetivo de combater o doping e o uso de substâncias proibidas nos esportes equestres. Para cuidar do tema a CBH constituiu uma Comissão formada por dirigentes, cavaleiros, veterinários, tratadores e organizadores de eventos. A campanha “FEI Clean Sport” abrange todas as modalidades da CBH e seu sucesso depende de todas as pessoas envolvidas com o esporte: veterinários, atletas, treinadores, tratadores, proprietários de cavalos, organizadores de prova e entidades relacionadas ao hipismo. As primeiras ações do “Clean Sport” foram implantadas na abertura da temporada de Salto, o “Torneio de Verão” do Clube Hípico de Santo Amaro, em São Paulo (SP), em fevereiro. Foto: Ney Messy/Cedida ABPSL Brasileira na Final da Copa do Mundo do Adestramento Luiza Tavares de Almeida faz parte do seleto grupo de 15 atletas do Adestramento - modalidade do hipismo -, representantes de 9 países que disputam a Final do FEI World Dressage Cup em ‘s-Hertogenbosch, Holanda, entre 25 e 27 de março. É a primeira vez a América do Sul tem representante na competição. Criada em 1985, a FEI World Dressage Cup reúne os melhores atletas do mundo da modalidade Adestramento. A competição compreende quatro campeonatos realizados na Europa Ocidental, Europa Central, América do Norte (Estados Unidos e Canadá) e no Pacífico (Austrália, Nova Zelândia, Ásia). Para reivindicar vaga na competição o atleta precisa registrar dois índices acima da 68,000% com juizes de nível olímpico no Freestyle – prova com coreografia e música – em dois Concursos de Dressage Internacional, categoria 3 ou mais estrelas. HORSE SOCIETY Lifestyle | 41 E SP ECIAL “ Quando a gente percebe que os pôneis estão enjoados de ficar muito tempo nas concheiras, levamos todos para descansar na fazenda” FALANDO EM PERSONALIDADE – Os pôneis são animais espertos, bota espertos nisso! Às vezes, um pouco teimosos. “A gente sempre escolhe o pônei certo para cada criança”, garante Françoise. Os meninos e meninas inseguros, por exemplo, começam com os mais mansos e tranquilos, enquanto as crianças levadas (no bom sentido, claro) passam a ter aulas com animais mais ligeiros. Acaba que um influencia na personalidade do outro. É uma relação e, como toda relação, uma troca. EQUITAÇÃO tamanho mirim Aqui tudo é muito pequeno. Dos praticantes de hipismo aos cavalos usados nas aulas. Estamos falando do clube do pônei, mais precisamente, do Pônei Clube Brasil. A proposta surgiu em 2006, quando a belga Françoise Denis resolveu importar o projeto, já muito conhecido na Europa, para o Rio de Janeiro. “Eu já tinha um clube do tipo lá na Bélgica e, com ajuda do meu marido, o Dom, trouxe 24 dos meus pôneis pra cá. Hoje temos mais de 200 alunos entre o Rio e São Paulo”, resume a pioneira realizadora. AUTONOMIA DESDE CEDO – A iniciação ao hipismo é recomendada a partir dos 18 meses de vida. Qualquer criança, próxima dos dois anos pode sim começar a “montar” (desse jeito mesmo, entre aspas!). A ressalva é porque existe todo um trabalho de base, para que os pequeninos sintam, antes de qualquer coisa, firmeza, confiança nos animais. “É surpreendente como a criança desgruda dos braços dos pais para ficar com os pôneis já nos primeiros contatos”, comemora Françoise. Desenvolvimento das coordenações motoras, postura correta e autonomia são alguns dos benefícios posteriores da prática constante, segundo a própria Françoise Denis. “Tem médicos que dizem que montar muito cedo faz mal à coluna. O que, no nosso caso, 42 | HORSE SOCIETY Lifestyle não é verdade. Não exageramos no trote e procuramos sempre corrigir qualquer desvio de postura. Só a partir dos quatro anos começam as aulas mais ‘avançadas’”. Pelas normas da Federação Equestre Internacional (FEI), a equitação com pônei vai até os 17 anos. Aqui os jovens cavaleiros já aprenderam todas as exigências do hipismo clássico e são capazes de passar para os cavalos o que aprenderam de pequenos. Em resumo, para dissipar de vez qualquer visão preocupada de pais e mães responsáveis, pense que o simples fato de ter a impressão de dominar estes cavalos tão pequenos para a gente, mas tão grande para eles, já é uma prova concreta do que o hipismo pode trazer de bom à personalidade de um bebê. Segundo especialistas, o pônei precisa ser trabalhado. O que significa dizer que quanto mais bem tratado e respeitado menos chucro ele vai ser. Ou seja, é como educar um filho: requer prática. Por isso, eles vivem sob tratamento especial no clube: “Quando a gente percebe que eles estão enjoados de ficar muito tempo nas concheiras, levamos todos para descansar na fazenda”. Esta é a rotina. EQUITAÇÃO LÚDICA – Vale ressaltar que, no caso do hipismo para crianças, o importante mesmo é a diversão. É brincando que elas aprendem boa parte do que vão levar para o resto da vida. O objetivo de uma escola como esta fundada no Rio e em São Paulo é, basicamente, ensinar de forma lúdica como ter respeito aos animais e às outras crianças, em um ambiente seguro e todo pensado justo para elas. Não é só montar. Dar banho nos pôneis, participar de competições, enfim ter contato com o vasto mundo da equitação. O clube de Françoise desenvolveu ainda os chamados pônei shows. “Eles são o modo que encontrei de mostrar ao público brasileiro que é possível fazer de tudo no dorso dos pôneis”. Corridas, imitações coreográficas de faroeste e até provas de potência são exemplos das muitas maneiras que o grupo encontrou de exibir os pequenos cavalos e cavaleiros. Uma atração e tanto para eventos de hipismo Brasil afora. COMO TUDO COMEÇOU – “Eu venho acompanhando o hipismo brasileiro há muitos anos”, confessa a veterana amazona. Ainda na Bélgica, Françoise conheceu o medalhista olímpico carioca Luiz Felipe de Azevedo. Isso foi lá pelos anos 80. Na época, Luiz Felipe importou pôneis da Europa e lançou competições aqui no Brasil, mais ou menos quando Felipe Filho e Francisco, os filhos dele, começaram a montar. “Lembrei disso, da ideia dos pôneis, só que adaptei para uma faixa etária ainda menor quando vim morar no país”, confessa. O modelo tradicional europeu, onde as crianças iniciam na equitação com pôneis, era uma certeza de que o projeto daria certo no Brasil. Não deu outra: hoje o Pônei Clube é mais que uma realidade, é um sucesso. Local para pequenos grandes cavaleiros darem as primeiras passadas rumo ao futuro do hipismo. HORSE SOCIETY Lifestyle | 43 P E RF IL Novos talentos Ana Carolina Cançado de Andrade Ao primeiro contato, Ana Carolina Cançado de Andrade parece uma garota comum de 15 anos. Um pouco tímida, ar de menina sonhadora e olhar de moça séria e responsável. Mas o que a torna diferente das meninas de sua idade é a experiência de gente grande. Pelo menos no que diz respeito à dedicação ao esporte. C arol começou bem cedo. Aos 6 anos estava na escolinha do Chevals, em Belo Horizonte, Minas Gerais. Nem mesmo as quedas que sofreu quando pequena, a fez desistir de continuar montando cavalos. Contra a vontade do pai, ela decidiu voltar de vez ao hipismo, aos 10 anos. E não parou mais. Em 2005 e 2006, estava disputando na série escolas com obstáculos a 0,60m de altura, por onde brilhou por quase dois anos, sendo campeã do Ranking Chevals e vice-campeã (por equipe) no V Campeonato Brasileiro de Escolas. Em 2007 ainda na série escolas, com obstáculos a 0,80, foi Campeã Mineira de Amazonas. Em 2008, ela iniciou uma nova fase, marcada principalmente pelo encontro com o professor Marquinhos Fernandes, que acreditou no seu talento, passando a tranqüilidade e segurança necessárias para seu desenvolvimento como jovem atleta. Ana Carolina passou a saltar 1,00m, e sagrou-se novamente Campeã Mineira de Amazonas B. Mas, foi após comprar a égua sela francesa “Nuance do Gerezin” que começou a despontar no hipismo, e em 2009 que passou a ser considerada vitoriosa. Começou na IV Copa JK, em Brasília, onde foi pela primeira vez campeã de um torneio nacional, na categoria Jovens Cavaleiros A (1,10m). Parece que tomou gosto pelas vitórias e sagrou-se também campeã no 74º Aniversário CHSA; no concurso Agromen e no Campeonato Brasileiro de 46 | HORSE SOCIETY Lifestyle Jovens Cavaleiros; foi vice-campeã no Campeonato Mineiro de Jovens Cavaleiros e no 71º Aniversário SHB, desta vez ao dorso de sua segunda montaria, a égua BH Rivabella Jmen, na ocasião, recém adquirida do cavaleiro Nando Miranda, irmão do Doda. Com tantas vitórias, conquistou o primeiro lugar no Ranking Brasileiro e no Ranking Mineiro na temporada de 2009. Com uma largada dessas, a jovem amazona tem todo o suporte para sonhar. E sonhar alto, é claro! Desde já se prepara para as olimpíadas de 2016. São 16 horas de treino por semana. Afinal, foi graças a essa disciplina que ganhou destaque no hipismo. E sem dúvida, junto a isso um pensamento que sempre a acompanha. Ela garante que não fica feliz simplesmente quando vence uma prova, mas quando vai bem. Ana Carolina entende bem que cada passo à frente deve ser dado com muita cautela e prudência, se o objetivo não é apenas ser uma vitoriosa, mas fazer uma história vencedora. História que já começou a construir! HORSE SOCIETY Lifestyle | 47 V E T ERINÁRIA por Marcello Servos PREVENIR e PREVENIR Nos esportes eqüestres, temos a particularidade de observar sempre dois atletas agindo em conjunto, homem e animal. Ambos procuram harmonia em seus movimentos e, através de árduo treinamento, atingir determinado objetivo, seja este velocidade (no caso de animais de turfe), potência e altura (no caso de animais de hipismo) ou resistência (no caso de animais de enduro). É de grande importância, portanto, que consideremos os cavalos como verdadeiros atletas. Eles merecem atenção especial desde o seu nascimento até o treinamento diário, pois o exercício ao qual nossos animais serão submetidos não são benéficos para os mesmos e, sim, irão com o tempo promover neles lesões de grande importância. O que podemos fazer para que isso não ocorra ou que ocorra o mais tarde possível? Prevenir, prevenir e prevenir. Desde o início do trabalho dos animais, quando eles ainda são jovens, é muito importante que se pratique alongamento antes e depois dos exercícios diários. Isso pode ser facilmente realizado, iniciando o trabalho com 50 | HORSE SOCIETY Lifestyle andaduras soltas e amplas, estimulando que seu cavalo estique o pescoço para frente e para baixo, alongando toda a musculatura cervical, lombar e sacral. Este início do trabalho deve durar por volta de 3 a 5 minutos, tempo suficiente para que a musculatura esteja pronta para suportar cargas maiores de exercício. O animal de alta performance deve ter seu trabalho dividido em técnico e físico. No do que diz respeito ao físico, devemos observar a que tipo de exercício o nosso animal vai ser submetido, conforme acima citado (turfe, hipismo ou enduro), qual o objetivo(dificuldade) teremos à frente e quanto tempo temos para alcançar este objetivo. Assim, deve ser criada uma rotina pré- determinada de trabalho diário para nosso animal, minuciosamente elaborada e estrategicamente pensada, para que nosso atleta chegue sempre próximo às competições no seu máximo físico e técnico. Após o exercício, devemos também realizar um alongamento, pratica esta ainda pouco praticada por nossos ginetes. Iremos abordar este tema mais profundamente em outras edições. Devemos também realizar prevenções terapêuticas, a termoterapia, que nada mais é fazer gelo após exercícios de maior intensidade, massagens relaxantes com ou sem substancias anti-inflamatórias e analgésicas e fisioterapias preventivas como o ultrassom terapêutico, laser, tens, etc. Uma conduta que tem se tornado cada vez mais comum - e que é sem duvida de grande importância para a longevidade dos nos atletas - é o cuidado com as articulações dos mesmos através da prescrição de substâncias condroprotetoras (vide fotos). Costumo dizer que tal conduta seria semelhante a “vacinar” as articulações, assunto que também merece ser abordado com maior profundidade a posteriori. Acredito que um dos fatores de maior importância para a longevidade dos nossos atletas é a realização de check-up esporádico nos mesmos, podendo neste momento identificar com antecedência lesões em estágio inicial e tratá-las, evitando assim que as mesmas sejam responsáveis por abreviar a carreira dos nossos atletas. Estas condutas poderão, e com certeza irão, permitir que os atletas eqüinos consigam superar mais facilmente seus limites, tornando-se verdadeiros campeões. Marcello Servos é médico veterinário, especialista em ortopedia equina e medicina esportiva equina HORSE SOCIETY Lifestyle | 51 S A ÚDE por Cristiano Nabuco Dantas ARTROSCOPIA DE OMBRO Um avanço da medicina no tratamento das luxações Dr. Marcelo Campos, Dr. Cristiano e Dr. Michel Simoni Dr. Cristiano em cirurgia Considerada a doença do século XXI, o trauma vem sendo tratado em diversas áreas com melhores resultados e com menos impacto ao paciente, como era em um passado recente. Quando falamos de trauma estamos nos referindo a acidentes automobilísticos, agressões, acidentes de trabalho, prática esportiva e muitas outras causas. Acredito que cerca de 80 a 90% das pessoas que não são da área de saúde entendam essa patologia de forma absolutamente equivocada. A luxação de uma articulação é definida como a perda da congruência articular de forma permanente, ou seja, no caso o ombro sai do lugar e não volta espontaneamente. A tendência é que os leigos no assunto pensem tratarse de uma contusão, pancada, escoriação, etc. Quando em vigência de uma luxação do ombro, a articulação perde a sua funcionalidade sofrendo quebra da sua estabilidade dinâmica, com lesão de uma série de estruturas estabilizadoras. Para que essa articulação volte a ser funcional é preciso intervenção médica com redução da cabeça umeral na glenoide, ou melhor, colocar o ombro de volta no lugar. Muitas vezes apenas essa medida seguida de tratamento conservador com reabilitação e fisioterapia não é suficiente, principalmente em pacientes jovens e muito ativos, onde essa luxação se torna recidivante. Cerca de 90% dos pacientes com menos de 20 anos com essa patologia voltam a luxar e são sintomáticos, a percentagem cai com o avançar da idade atingindo menos de 80% aos 30 anos. O reparo cirúrgico dessa lesão antigamente era obtida de forma aberta, com grandes incisões cirúrgicas, recuperação mais lenta e maiores índices de complicações. Com o advento da artroscopia do ombro, muita dedicação, estudo e treinamento, temos a possibilidade de tratar quase todas as patologias dessa articulação por essa pequena via, agregando o menor impacto possível ao paciente. Hoje a grande maioria dos casos de instabilidade (luxação) tratados de forma artroscópica, apresenta os mesmos resultados e muitas vezes melhores que as técnicas antigas. Para quem não conhece a artroscopia do ombro, ela é uma cirurgia feita por vídeo assim como no joelho, onde são necessários de 02 a 04 orifícios (1 cm cada) no ombro. Cristiano Nabuco Dantas é médico ortopedista, especialista em cirurgia do ombro e cotovelo. Integra o Grupo de Cirurgia do Ombro e Cotovelo do Laboratório de Artroscopia (HUPE), é Membro Titular da Sociedade Brasileira de Ortopedia e Traumatologia (SBOT) e da Sociedade Brasileira de Cirurgia de Ombro e Cotovelo (SBCOC). 52 | HORSE SOCIETY Lifestyle SALVADOR - BA HORSE SOCIETY Lifestyle | 53 BRI N QU ED OS D E GEN TE GR AN D E C U LT URA por Nardele Gomes COM ELE, TUDO PODE DAR CERTO! Fãs de Woody Allen, saudai-vos uns aos outros! O cineasta acerta mais uma vez em Whatever Works, que no Brasil chegou como Tudo Pode Dar Certo. E além do mais, cá pra nós, ter um filme novinho de Allen pronto pra começar é um raro prazer por si só (ok, nem tão raro, já que ele produziu 11 filmes nos últimos 10 anos, mas não importa, é um deleite assim mesmo). Para alegria de uns e tristeza de muitos, Woody Allen mais uma vez não atua. Porém Larry David (co-criador de Seinfeld e protagonista em Whatever Works) veste sua persona. Alguns trejeitos, aquele ar de nada-me-agrada e até uma gagueira ou outra estão em cena através do ator. Boris Yellnikoff, personagem de David, é um coroa que mora sozinho num endereço meio caído em Chinatown (sim, Allen andou filmando novamente em Nova York), é manco por conta de uma tentativa fracassada de suicídio, mal-humorado ao extremo e tem uma visão bem particular do mundo. Para ele, as pessoas são quase todas e quase sempre ignorantes e pouquíssimo interessantes. INDICAÇÃO Para quem não conhece bem a obra de Woody Allen, alguns filmes são simplesmente imperdíveis: Noivo Nervoso, Noiva Neurótica - 1977 Dorminhoco - 1983 Manhattan - 1979 Zellig - 1983 A Rosa Púrpura do Cairo - 1985 Poucas e Boas - 1999 Match Point - 2005 O Sonho de Cassandra - 2007 Vicky Cristina Barcelona - 2008 54 | HORSE SOCIETY Lifestyle Eis que nesta cinzenta vida aparece Melody (nomezinho sugestivo, hein!), uma garota caipira que tentava a sorte em NY, mas que acabou pedindo comida a Boris na entrada da casa dele. Ele a recebe por uns dias muito a contragosto. Mas toda a “caipirice ignorante”, vamos dizer assim, de Melody, o encantam de certa maneira. E por aí o filme vai e eu não conto mais nada para não estragar o seu doce deleite de descobrir cada desdobramento. Evan Rachel Wood (Melody) a princípio causa restrições com tantos pulinhos, gracejos e o sotaque carregado do sul. Mas aos poucos a gente se acostuma e até gosta. No fim todos torcemos por ela. A atriz parece reunir requisitos para trabalhar com o cineasta outras vezes. Patrícia Clarkson (lembram dela em Vicky Cristina Barcelona?) está brilhante como a mãe de Melody, e tem grande importância na trama. Enfim, todo o elenco está bastante envolvido e funciona como equipe. Whatever Works parece ser o filme mal-humorado mais engraçado do ano. LUXO EM DUAS RODAS A bicicleta mais cara do mundo, criação da empresa sueca Aurumania, é toda feita à mão. E o melhor, banhada a ouro 24 quilates e adornada com 600 cristais Sawarovski. O valor? Cerca de 80 mil euros. Um brinquedinho para poucos, é claro, afinal só foram fabricadas dez unidades! ! HELLO, BABY A marca francesa Christian Dior já está na sua segunda geração de aparelhos celulares de luxo! A nova linha será banhada a ouro, com revestimento PVD preto e cristais de safira. Modelos incrustados com diamantes só serão vendidos sob encomenda: o Zelie, com cobertura vermelha custará US$ 7.900 e o Zenaide, em branco, sairá por US$ 13.400. Valores para quem realmente nem “liga” pra preço! “PRA QUEM PODE” Que mulher não gosta de um sutiã poderoso? Esse é de cair o queixo! Em todos os sentidos, a começar pelo preço. Uma bagatela de dois milhões de euros! Lançamento da Victoria´s Secret, o Harlequin Fantasy Miracle possui 2900 diamantes, 22 rubis e um coração de diamante de 16 quilates no centro. A peça será apresentada em dezembro, no desfile de Marisa Miller. É, admirar, pelo menos, todo mundo pode. ! ESPERANDO CHEGAR Os ansiosos devem estar contando os dias. O novo modelo da MercedesBenz será comercializado ano que vem na Europa. O SLS AMG tem motor 6.3 ! V8, potência de 571cv, sete velocidades de dupla embreagem, e vai de 0 a 100km/h em 3.7 segundos, com velocidade máxima de 317km/h. Preço estimado em 177 mil euros. ! HORSE SOCIETY Lifestyle | 55 GA LERIA Na Serra a festa fOi Do Mar... MELHORES M OM E NTO S 2009 M AN E GE D OMA R - RJ Rodrigo Marinho Luiz Felipe de Azevedo Bernardo Rezende Alves Pedro, Érica Mader e Marcelo Alencar Fabio Leivas, Araújo e Alexandre Rodrigues Rodrigo Marinho 56 | HORSE SOCIETY Lifestyle HORSE SOCIETY Lifestyle | 57 E N SAIO Alta costura aos pés do CRISTO REDENTOR 60 | HORSE SOCIETY Lifestyle HORSE SOCIETY Lifestyle | 61 E N SAIO Fotografia: Pedro Accioly Modelos: Antônia Campos/Ford Models Brasil e Debby (égua) Produção de Moda: Alex Duprat Cenários: Aida Nunes, Sérgio Rodrigues Local: Sociedade Hípica Brasileira - Rio de Janeiro - RJ 66 | HORSE SOCIETY Lifestyle HORSE SOCIETY Lifestyle | 67 E C O NOMIA por Mariana Mattoso “ O Brasil pode desviar sua economia da crise mundial através do saneamento do seu sistema financeiro, do acúmulo de reservas em dólares e euros e do ajuste fiscal” em grande parte do Japão e principalmente dos países “em vias de desenvolvimento”. Esse excedente é decorrente de uma mudança significativa da gestão da economia interna. Ao longo dos últimos anos um grande número de países, como o Brasil, colocaram ordem em suas finanças públicas e reforçaram os seus sistemas bancários encorajando reformas estruturais destinadas a aumentar a produtividade de suas economias. Essas ações originaram frutos: o endividamento crônico de alguns foi bastante reduzido pelos excedentes orçamentários de outros e a mudança da taxa de câmbio para um câmbio flexível evitando o retorno da crise de câmbio que por vários anos interromperam o desenvolvimento econômico. PARADOXO NO CENÁRIO FINANCEIRO MUNDIAL A crise financeira desencadeada em agosto de 2008, oriunda da série de erros nos empréstimos hipotecários (subprimes) nos Estados Unidos e a queda brusca de créditos, aconteceu dessa vez nos países ditos “avançados”. Contrariamente as décadas de 1980 e 1990, os países emergentes, como o Brasil, não foram nem os ocasionadores e - salvo exceções - nem as vítimas dessa perturbação. As razões dessa “imunidade” são profundas e podem ser explicadas pela evolução das relações financeiras internacionais dos últimos anos. Mudanças importantes foram sentidas na última década no que diz respeito à repartição dos déficits e dos excedentes das balanças de pagamentos mundiais. Comparando números reais, o déficit dos Estados Unidos foi de 6,2% de seu PIB em 2006 enquanto que o excedente da China representou 9,4% de seu PIB no mesmo ano. São números que representam recordes históricos e refletem uma situação paradoxal. Tradicionalmente os países industrializados detinham os excedentes da balança de pagamentos e exportavam o surplus para o Terceiro Mundo. Hoje, assistimos a um fenômeno inverso. Nos últimos dez anos, a economia norte-americana seguiu uma política monetária de taxa de juros baixa no intuito de encorajar o seu consumo interno. Assim, os depósitos internos não asseguraram o financiamento de necessidades de investimentos do país fazendo com que os Estados Unidos recorressem ao capital externo, oriundos Além disso, a alta dos preços do mercado energético (devido principalmente ao aumento da demanda chinesa) se traduziu em excedentes consideráveis para os países produtores de petróleo. A OPEP dispõe de uma posição de força considerável no mercado internacional diante dos países desenvolvidos. Estes cada vez mais dependentes em energia. Apesar dos excedentes da balança de pagamentos, os países emergentes vivem um paradoxo: recorrem ainda às importações de capitais privados provenientes dos países “ricos”. A transferência de capitais é sentida principalmente na América Latina e África em direção à Ásia através da exportação de matérias primas. Mas, em termos brutos, os países “em desenvolvimento” são grandes importadores de capitais privados. Além disso, o mercado de ações destes são ainda interligados ao mercado de ações das grandes potências mun- diais, principalmente americano. Esta correlação se manifesta através da volatilidade, sentida por exemplo, por diversas empresas brasileiras cotadas na bolsa durante os últimos meses. A priori, as consequências da crise devem ainda ser fortes e mesmo amplificadas. A economia dos EUA é ainda dominante. Ela representa 25% do total das importações mundiais e 20% do PIB global (em termos de paridade de poder de compra). Mas, a integração econômica mundial foi intensificada o que possibilita a transmissão dos reflexos do choque financeiro. A crise financeira e o fechamento dos mercados de créditos podem acentuar os mecanismos de contagio. Essa seria a ordem natural. Porém, observamos que a desaceleração da economia norte americana teve até agora pouco impacto nos paises em transição (com exceção do México). As possíveis explicações são que a desaceleração americana atinge principalmente o mercado imobiliário (que não tem influência direta sobre o comércio exterior) se limitando até então a um fenômeno interno. Isso não isola a possibilidade de um impacto a longo prazo. A crise imobiliária poderá refletir no poder de consumo e, consequentemente, nas importações originárias dos países emergentes. O Brasil pode desviar sua economia da crise mundial através do saneamento do seu sistema financeiro, do acúmulo de reservas em dólares e euros e do ajuste fiscal. Consequências a longo prazo podem ser inevitáveis, mas as respostas a elas podem ser devidamente planejadas e prevenidas desde já. Mariana Mattoso é economista, mestre Relações Internacionais e doutora em Políticas Energéticas pela Universidade Paris IV – Sorbonne, na França ! 70 | HORSE SOCIETY Lifestyle HORSE SOCIETY Lifestyle | 71 Salvador-BA 72 | HORSE SOCIETY Lifestyle HORSE SOCIETY Lifestyle | 73 I N V E S TIMENTO por Luiz Augusto Amoedo A SEGURANÇA DO MERCADO IMOBILIÁRIO DO BRASIL O mercado imobiliário brasileiro tem característica diferentes da apresentada pelo congênere americano, principalmente no que diz respeito ao financiamento. Enquanto nos EUA ele se dá em boa parte com base na rolagem de hipotecas, que pode chegar até 4 ou 5 vezes, em operações de alto risco (o que acarretou a bolha e quebra dos bancos e financeiras), no Brasil o sistema financeiro impõe restrições a esse tipo de operação e mesmo o mercado secundário de recebíveis imobiliário ainda é pouco usado, basicamente em algumas operações de imóveis comerciais As fontes de financiamento do mercado de imóveis no país têm lastro nas operações do Sistema Brasileiro de Poupança e Empréstimos, SBPE, nos recursos do Fundo de Garantia de Garantia do Trabalhador, FGTS, e em recursos livre dos bancos, no âmbito das instituições estatais, como Banco do Brasil e Caixa Econômica, e privadas. As garantias exigidas tanto no que concerne ao financiamento às construtoras e ao adquirente do imóvel dão proteção ao mercado e evitam a formação de bolhas especulativas, como aconteceu nos Estados Unidos. Um dos pilares do sistema é a medição da capacidade de endividamento do consumidor e reais garantias de quitação da dívida. Nesse sentido, usa-se um instrumento valioso que é a alienação fiduciária que assegura à fonte financiadora a retomada do imóvel quando o atraso da prestação ultrapassa o limite estipulado no contrato. No que concerne a garantia de que o comprador receberá seu imóvel, ainda por construir – a maioria das operações imobiliárias no Brasil acontece com o imóvel na planta -, o mecanismo do Patrimônio de Afetação garante que se estabeleça uma comissão tripartite, consumidor, banco e construtora, que vão acompanhar o desenvolvimento da obra, vedando a aplicação dos recursos em qualquer outro empreendimento. No caso da construtora falir a obra pode ser executada por outra empresa, porque os recursos estão assegurados Hoje com os juros baixos, o mercado imobiliário brasileiro alcançou recorde de aplicação pela poupança, e agora em setembro os empréstimos se situaram na casa dos R$3,6 bilhões e nos últimos 12 meses já somam R$ 30,4 bilhões. Mesmo com esse desempenho, o crédito imobiliário no Brasil ainda demanda uma grande expansão, principalmente se olharmos para a relação crédito X PIB. Nos EUA ele é 78%, na Espanha 46%, no Chile15%, no Mexico11% e no Brasil míseros 3%. Luiz Augusto Amoedo é engeheiro civil, é Vice Presidente da Câmara Brasileira da Indústria da Construção 74 | HORSE SOCIETY Lifestyle HORSE SOCIETY Lifestyle | 75 T U R IS MO por Ana Borges ISTAMBUL, CAPITAL DOS CONTRASTES Mulheres recatadas escondidas por trás dos véus. Homens, quase sempre de bigode, tentando vender tapetes. Sagradas e suntuosas mesquitas celebrando rituais em nome de Alah. É nesse cenário óbvio, até mesmo para quem nem conhece, que está a maior cidade da Turquia. Mas, a grande surpresa para os precipitados é que Istambul é também uma grande metrópole. Toda a tradição da capital dos impérios bizantino e otamano, fundada em 667 antes de Cristo, se mistura às características de um lugar que ferve. Trânsito agitado, lojas internacionais, culinária sofisticada, espetáculos incríveis... A ex Constantinopla não deixa nada a desejar quando comparada aos grandes centros urbanos da Europa. Afinal, ela também é européia. É a única cidade do mundo dividida em dois continentes. Por um fantástico passeio pelo Estreito de Bósforo, apreciamos ao mesmo tempo o Mar Negro e o Mar de Mármara. Inexplicavelmente oriente e ocidente conseguem conviver em paz. Dá pra imaginar mulçumanas usando bolsas Luis Vuitton? Executivos fumando narguilê? Ou até mesmo você apreciando o famoso “chai” de maçã enquanto barganha algum produto? PARA COMER 360- O nome já convence a visita. A bela vista da Hagia Sofia e da Mes quita Azul contemplada junto aos exót icos sabores dos pratos da cozinha contem porânea torna o 360 um dos restaura ntes mais badalados da cidade. Istiklal, 32, B eyoglu. PARA FICAR entes Até os mais freqü Four Seasonsam. O de se impression hóspedes da re cial. l é pra lá de espe hotel em Istambu alquer ida certa, sem qu Requinte na med va e calização exclusi extravagância, lo ifhane a do terraço. Tevk vista privilegiad hmet-Eminönü Sokak, 1, Sultana PARA LEMBRAR Os turcos são hosp italeiros e simpátic os, eradamente que po dem parecer invasivos. Quando precisar pe gar um taksi (táxi), peça o serviço pelo hotel . Alguns motoristas abusam da boa vontade do turista e chegam a cobrar a tarifa noturna, qu eé mais cara, inclusive durante o dia. às vezes tão exag 76 | HORSE SOCIETY Lifestyle HORSE SOCIETY Lifestyle | 77 WINE por Gianni Tartari Esse processo tem duração de quatro a oito semanas. Logo após este processo o vinho deve ficar em contato com as leveduras por um período mínimo de quinze meses. Quanto maior for esse contato, que pode durar anos, os aromas se desenvolvem e tornam o Champagne cada vez mais complexo. O vinho fica efervescente e forma-se um depósito de sedimentos devido às leveduras mortas. É por isto que se procede à remuage, como uma centrifugação manual. “Merecido na vitória e necessário na derrota” Napoleon I Le Champagne A região da Champagne está localizada no extremo norte da França, no limite de plantio da Vitis vinifera, onde o clima é rigoroso, mas levemente amansado pela influência oceânica. O subsolo é em maioria calcário o que propicia à vinha uma irrigação natural constante. Os vinhedos estão plantados nas encostas, favorecendo uma ótima insolação das vinhas e uma perfeita drenagem do excesso de água. Outra característica desse terroir é a impressionante divisão dos vinhedos. Aproximadamente 260.000 parcelas (digamos, pedaços de terra), tratadas como jardins pelos viticultores, possuem particularidades únicas que se revelarão durante a produção do vinho. Esses pedaços de terra receberam seus nomes há muitos anos: Cotes à Brás, Gouttes D’Or, Côte des Blancs... O vinho da Champagne já era apreciado desde a Idade Média, quando os religiosos cuidavam das vinhas. Desde o século XII o vinho da Champagne atravessa fronteiras e seu prestígio não pára de crescer. Apenas no final do século XVII que o vinho da Champagne, até então claro, leve, fresco e delicadamente frisante, se torna efervescente. A partir daí se tornou o rei incontestável das festas no mundo inteiro. 78 | HORSE SOCIETY Lifestyle Nessa época também foram introduzidos dois avanços fundamentais na produção: a vinificação em branco das uvas tintas (sem contato das cascas tintas com o mosto – suco - das uvas) e o cuidadoso processo de prise de mousse (ganho de espuma). As uvas utilizadas até hoje são: Pinot Noir, Pinot Meunier, duas uvas tintas e Chardonnay, uma uva branca. O Champagne pode ser produzido apenas com a uva branca, recebendo a menção de Blanc de Blancs. Após a colheita as três uvas são vinificadas separadamente e passam por uma assemblage, dando origem ao vinho-base. Esse vinho é engarrafado com leveduras e um composto de açúcar, o liqueur de tirage, e começa a segunda fermentação para criar espuma, a prise de mousse, e formar o perlage (bolinhas). As garrafas são colocadas na posição horizontal em pupitres, estantes de madeira com buracos para encaixar as garrafas, e diariamente, durante 30 – 40 dias, recebem rotações, levando-a progressivamente à posição vertical. O sedimento desce para o gargalo e acumula-se em uma tampa especial. Procede-se a seguir o dégorgement: o gargalo é congelado a 30ºC negativos em segundos, formando uma pedra de gelo. Basta então destampar a garrafa para que esta pedra de sedimentos congelada seja expulsa pela pressão.Vem então a dosage, adição do liqueur d’expédition à base de açúcar e vinho-base que permite realizar diferentes variedades, sendo as principais Brut, que recebe até 15 gramas de açúcar por litro, e Demi-sec, que recebe açúcar entre 35 e 50 gramas por litro. Para a produção do Champagne Rose, o produtor pode iniciar o processo de elaboração com um vinho rosado ou adicionar um vinho tinto da região no processo de dosage. Finalizado esse processo a garrafa recebe a rolha, a gaiola – uma espécie de presilha da rolha, a cápsula e o rótulo, estando pronta para o mercado. Uma das maiores Maisons de Champagne é a Moët & Chandon, que produz uma série de Champagnes importantes, além de produzir a famosa, e maravilhosa, Dom Pérignon. Outra grande Maison da região é a Ponsardin, que produz os não menos maravilhosos Veuve Clicquot e a cuvée especial La Grande Dame. São muitas Maisons produtoras de Champagne de altíssima qualidade: Gosset, Taittinger, Pol Roger, Bollinger, Ayala, Ruinart, Tsarine, LarmandierBernier, J. Lassalle, Barnaut, De Sousa, Pierre Moncuit, Delamotte, Salon, Billecart-Salmon, Jacquesson, EglyOuriet, Jacques Selosse... Escolha o seu Champagne e celebre, pois estamos chegando ao final do ano e as grandes comemorações já vão começar. E como diz a famosa música de Pepino di Capri, lançada em novembro de 1973, “Cameriere, Champagne!”. Salut... Gianni Tartari é Sommelier, formado e homologado como Sommelier Profissional pela ABS – Associação Brasileira de Sommeliers Seção Rio de Janeiro HORSE SOCIETY Lifestyle | 79 GA S TRONOMIA por Henrique Saldanha Você sabe o que é “Hype Molecular”? No Brasil, a maioria da população desconhece essa nova maneira de lidar com a comida. Até para pessoas da área gastronômica esse material pode causar certa confusão e até dividir opiniões. Agora, sem enrolação, vou tentar explicar um pouco sobre o tema. Gastronomia Molecular é o estudo científico dos processos físicos e químicos que ocorrem durante o cozimento, criando novos métodos e técnicas e até aperfeiçoando os já existentes. tos dessa natureza o efeito “ANHHHH???” é inevitável. Para exemplificar, algumas técnicas conseguem mexer na estrutura física de alguns alimentos e, com reações químicas aplicadas a estes, transformam as formas comuns que geralmente vemos nos pratos tradicionais. Hoje, o nome mundialmente conhecido é o do grande Chef Ferran Adrià, proprietário do famoso elBulLi, na Espanha, onde a reserva tem que ser feita com muitos dias e até meses de antecedência. Mas, se formos a fundo na origem da Gastronomia Molecular, veremos que ela teve início através de estudos do físico húngaro Nicholas Kurti e do químico francês Hervé This, que continua até hoje com suas pesquisas nessa área. Um exemplo simples pra começar. Hoje conseguimos transformar uma polpa de fruta em um caviar através da esferificação do líquido. Caviar de frutas, espumas com sabores, spaghetti de morango e esferas de todos os tipos que explodem na boca são alguns dos produtos da cozinha molecular. Sua aplicação em um simples prato é algo que não somente adiciona texturas inusitadas e sabores nunca antes imaginados, mas vai muito além disso. Mexe com a imaginação; nos faz sair do lugar seguro e descobrir que realmente tudo é possível na cozinha, basta criatividade. Okay, okay, você deve estar se perguntando: “mas como isso é aplicado na cozinha? Como isso vira algo palpável para mim?”. Bom, como falei, com essas novas técnicas as possibilidades são infinitas e, geralmente, os resultados são tão inusitados que ao ver alguns produ- Eu sei, parece estranho ou até impossível, mas em breve, tenho certeza, você irá se deparar com um prato desse tipo na mesa e tudo fará mais sentido. Afinal, na maioria das vezes, só acreditamos naquilo que vemos com os próprios olhos. Henrique Saldanha é formado em gastronomia pela Le Cordon Bleu America, além de ter se formado em publicidade e feito MBA em Gestão Empresarial na Fundação Getúlio Vargas. 80 | HORSE SOCIETY Lifestyle C O M PORTAMEN TO GU IA D E S E RVI Ç OS Lady Godiva ENTIDADE NACIONAL CBH - Site Oficial da Confederação Brasileira de Hipismo Rua Sete de Setembro, 81 - Ed. Moscoso Castro, 3º andar CEP: 20050-005 Rio de Janeiro (RJ) Tel: (21) 2277-9150 / Fax: (21) 2277-9165 www.cbh-hipismo.com.br “A mulher que mostra o poder do seu intelecto merece mais respeito que a mulher que mostra o poder das suas pernas. Mas os homens preferem sempre as pernas...” (Desconhecido) Já perceberam como os homens ficam hipnotizados com certas partes do corpo de uma mulher? Porque vocês acham que alguns homens têm tara por pés pequenos? No Japão, as mulheres de pés pequenos valem mais... Já repararam como eles olham para a boca de uma mulher? A cor, o tamanho... Por isso é que não tem nada mais excitante que beijo na boca! Ora, imagina o que passa na cabeça deles durante um beijo bem dado... (Certamente estão pensando nos nossos “sentimentos interiores...”) A própria ciência tenta explicar determinadas proporções corporais, como que o tamanho do pé é proporcional ao antebraço etc. (Essa é velha né?) Mas acho que tenho algo novo a dizer sobre este assunto... Algo que talvez choque muito os homens e confira um pouco mais de poder às mulheres! Já repararam nas mãos de um homem? Pois a partir de agora, observem bem os detalhes, principalmente nos dedos. Os dedos de um homem podem revelar muito sobre o seu “interior”... (Não riam! É sério...) Reparem no tamanho, na cor, na espessura e no formato... Depois façam suas comparações e divirtam-se! E já que eles dão tanto poder às pernas de uma mulher, vamos ver se eles terão mãos suficientemente fortes para merecer um pouco mais do nosso respeito... (Aposto que você olhou pras suas mãos agora né?) Acreditem, é IMPRESSIONANTE! 82 | HORSE SOCIETY Lifestyle Federação Hípica do Mato Grosso - FHMT Endereço: Av. Historiador Rubens de Mendonça, nº 1836 Edifício Cuiabá Work Centro - conjunto 1302/1303 , Bosque da Saúde , Cuiabá CEP: 79050-000 Telefone: (65) 3642-5553 ; 9971-0991 Fax: (65) 3642-5553 E-mail: [email protected] ; [email protected] ENTIDADES ESTADUAIS Federação Equestre de Alagoas - FEA Endereço: Av. Siqueira Campos, nº 1.295 , Trapiche da Barra Parque da Pecuária , Maceió CEP: 57010-001 Telefone: (82) 3336-1642 Fax: (82) 3336-8797 ; 3351-8086 E-mail: [email protected] Site: www.feahipismo.com.br Federação Equestre Paraibana - FEPA Endereço: Av. João Maurício, nº 1341 - Sala 1 , Manaira , João Pessoa CEP: 58038-000 Telefone: (83) 3246-8811 Fax: (83) 3246-8811 E-mail: [email protected] Site: www.fepa.com.br Federação Amazonense de Hipismo - FAHI Endereço: Rua Barão de Indaiá, nº 1.700 - Sala 01/A , Manaus CEP: 69048-750 Telefone: (92) 3654-8492 ; 9185-6788 E-mail: [email protected] Federação Equestre do Pernambuco - FEP Endereço: : Av. Caxangá, nº 5362 , Várzea , Recife CEP: 50800-000 Telefone: (81) 3453-1405 Fax: (81) 3272-7172 ; 3271-6896 E-mail: [email protected] Site: www.fep-hipismo.com.br Federação Hípica da Bahia - FHBA Endereço: Av. Praia de Itapuã, sem nº (Equus Clube do Cavalo) Vilas do Atlântico , Lauro de Freitas , Salvador CEP: 42700-000 Telefone: (71) 3379-3499 Fax: (71) 3379-3499 E-mail: [email protected] ; [email protected] Site: www.fhb-ba.com.br Federação Equestre do Ceará - FEC Endereço: Rua Itaboraí, n° 560 , Passaré , Fortaleza CEP: 60861-630 Telefone: (85) 3295-2898 / (85) 3234-7233 Tel: (85) 9927-9243/ (secr. Carol) Fax: (85) 8897-9284 E-mail: [email protected]; [email protected] ; [email protected] Federação Hípica de Brasília - FHBr Endereço: Setor de Áreas Isoladas, nº 12 , Brasília CEP: 70610-000 Telefone: (61) 3245-5870 ; 3445-1864 Fax: (61) 3245-5870 E-mail: [email protected]; [email protected] Site: www.fhbr.com.br Federação Hípica do Espírito Santo - FHES Endereço: Rua Rodoviária do Sol, km 10 - nº 1020 , Itaparica , Vila Velha CEP: 29120-022 Telefone: (27) 3339-1557 - Secret a Bete Firmino: 9241 9727 Fax: (27) 3349-3411 E-mail: [email protected]; [email protected] Federação Hípica de Goiás - FeHGO Endereço: Rua das Gameleiras, Quadra 26-B, lote 09 , Aldeia do Vale , Goiânia CEP: 74680-220 Telefone: (62) 84-16 21-60 nextel (62) 7812 3955 ID 85*29917 E-mail: [email protected] ; [email protected] Site: www.fehgo.com.br Federação de Esportes Equestres do Maranhão - FEEM Endereço: Av. Village Bonanza, nº 6 , Araçagi , São José Ribamar CEP: 65130-000 Telefone: (98) 3248-3533 ; 3235-8395 Fax: (98) 3248-3533 ; 3235-8395 E-mail: [email protected] ; [email protected] Federação Hípica de Minas Gerais - FHMG Endereço: Av. Brasil 283 – salas 707/708 , Santa Efigiênia , Belo Horizonte CEP: 30140-000 Telefone: (31) 3241-1116 / (31) 9981-2241 Fax: (31) 3241-3151 E-mail: [email protected]; [email protected] Site: www.fhmg.com.br Federação Sul Matogrossense de Hipismo - FSMH Endereço: Rua Valério Fabiano, nº 100 , Jd. Alhambra , Dourados CEP: 79843-1333 Telefone: (67) 3331-2158 ; 9971-7773 Fax: (67) 3312-8919 E-mail: [email protected] Site: www.fsmh.com.br Federação Paranaense de Hipismo - FPrH Endereço: Rua Itupava, nº 1299 - sala 11 - Shopping Itupava , Hugo Lage , Curitiba CEP: 80040-000 Telefone: (41) 3363-3406 ; 7815-1895 Fax: (41) 3363-3406 E-mail: [email protected] Site: www.amigosdohipismo.com.br Comissão de Desportos do Exército - CDE Endereço: Estrada Marechal Mallet, nº 1283 , Vlia Militar - Deodoro , Rio de Janeiro CEP: 21615-220 Telefone: (21) 2301-4054 ; 2301-2178 ; 3357-5945 Fax: (21) 2301-4054 E-mail: [email protected] ; [email protected] ; [email protected] Site: www.eseqex.ensino.eb.br Federação Norteriograndense de Hipismo - FNRGH Endereço: Rua Sandoval Cavalcante, n° 3618 - apt° 702 , Candelária , Natal CEP: 59064-735 Telefone: (84) 3234-5048 Fax: (84) 3234-5048 E-mail: [email protected]; [email protected] Federação Equestre do Rio de Janeiro - FEERJ Endereço: Rua Jardim Botânico, nº 421 , Jardim Botânico , Rio de Janeiro CEP: 22470-050 Telefone: (21) 2286-3930 ; 2539-4602 Fax: (21) 2286-9714 E-mail: [email protected] Site: www.feerj.com.br Federação Gaúcha dos Esportes Equestres - FGEE Endereço: Av. Juca Batista, 4931 , Belém Novo , Porto Alegre CEP: 91780-070 Telefone: (51) 3264-1297 Fax: (51) 3264-1334 E-mail: [email protected]; [email protected] Site: www.fgee.com.br Federação Catarinense de Hipismo - FCH Endereço: Rodovia Antônio Heil - km 29,5 - nº 33 - sala 4 , Brusque CEP: 88353-100 Telefone: (47) 3350-6881 ; 7812-8429 ; 9989-1680 Fax: (47) 3350-6881 E-mail: [email protected] ; [email protected] Site: www.fch.com.br Federação Hípica de Sergipe - FHSE Endereço: Rua Poeta José Sales Campos, nº 260 , Atalaia , Aracajú CEP: 49035-650 Telefone: (79) 9134-4236 E-mail: [email protected] Federação Paulista de Hipismo Endereço: Rua Carmo do Rio Verde, nº 241 - 10º andar conjuntos 101 e 102 , Jardim Caravelas , São Paulo CEP: 04729-010 Telefone: (11) 5642-3350 Fax: (11) 5642-3358 E-mail: [email protected] Site: www.fph.com.br HORSE SOCIETY Lifestyle | 83
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