info - ALQUIMIA - Escola Joalharia
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16 · ESCOLA ALQUIMIA 17 . ESCOLA 04 · IBERJOYA ALQUIMIA 2011 Arte de ensinar joalharia junto ao Douro. Situado no Porto, entre o edifício da Alfândega e o palácio da Bolsa com vista para o rio, encontra-se um edifÍcio histórico de fachada do século XVIII, no seu interior a Escola Alquimia. Esta escola, simpAticamente dirigida por Carla e Andreia, amigas de longa data, promete dar uma nova forma de ver e de estar aos interessados no ramo. Na Alquimia podem encontrar uma frescura na imagem do tradicional, o que nos leva a um rápido interesse na descoberta do que está por detrás dos ícones das roldanas, padrões, gifs e site apelativos. A surpresa estÁ quando encontramos duas pessoas com vontade de ensinar e ultrapassar todas as dificuldades impostas, aconteça o que acontecer. As duas contam-nos como foi... Carla Solheiro Vilas Boas Barroso Nasceu em Fafe em 1973 e tirou o curso de Artes Plásticas na escola artística secundaria Soares dos Reis no Porto completando com uma licenciatura em Arquitetura com a especialização em Recuperação Arquitetónica e Urbana, Universidade Lusíada Porto, 1996. Atualmente vive e trabalha no Porto e ocupa o cargo de Diretora e Formadora na escola de Joalharia Alquimia. Expõe desde 2000 na área da joalharia. Trabalha regularmente com clientes particulares. Desenha esporadicamente coleções para marcas de ourivesaria em parceria com Andreia Quelhas Lima. Está representada em várias publicações e catálogos. Andreia Quelhas Lima Nasceu no Porto em 1976 e licenciou-se em Escultura na FBAUP, 2002. Atualmente vive e trabalha no Porto e ocupa o cargo de Diretora e Formadora na escola de Joalharia Alquimia. Andreia expõe individualmente desde 2001 nas áreas da joalharia e fotografia. Anualmente expõe individualmente joalharia em espaços alternativos. Colabora com lojas na área da moda e design de joias tanto na formação de funcionários como na produção de objetos. Desenha esporadicamente coleções para marcas de ourivesaria em parceria com Carla Solheiro. Colabora com o projeto “A Loja do Lopes” desde 2006. Em 2009 produz peças de joalharia, e colabora ao nível de adereços para a curta-metragem de Manoel de Oliveira, “Representação ao vivo do políptico de S. Vicente de Fora”, com o apoio da Fundação de Serralves. Está representada em várias publicações e catálogos bem como em coleções particulares e públicas, em Portugal e na Holanda. 18 · ESCOLA ALQUIMIA Já lá vão cerca de doze anos de partilha de amizade, de ideias, de projetos sólidos e de sonhos concretizáveis. Dez anos passados, e enquanto partilhavam atelier em frente ao Rio Douro onde se produziam objetos por encomenda ou não, comuns ou incomuns; sentadas na esplanada em frente à histórica Igreja de S. Francisco em momento de pausa (possivelmente as mãos já doíam), Andreia em tom de brincadeira aponta para prédio de esquina do Séc. XVIII e esboçando sorriso exclama que um dia aquele andar seria a nossa escola de joalharia, chamemos-lhe o que quisermos; semente plantada; hoje é mesmo nesse andar que vive a nossa escola Alquimia pronta para crescer. possível de edifícios e esculturas habitarem e prolongarem o corpo de forma harmoniosa e coerente. A vontade de inovar de trazer novas formas a uma joalharia cansada, desgastada e repetida. Rapidamente foram surgindo outros projetos para outros futuros mais sólidos numa sinergia quase estranha de entendimento técnico e teórico entre duas pessoas com realidades plásticas diferentes. O projeto apenas ficou adiado. A vida tomou rumos diferentes, Andreia sai do Porto para Lisboa, Alentejo, novamente Lisboa, sempre ligada à área das Artes frequenta o Curso de Fotografia na AR.CO, entre outros workshops; dedica-se à produção para clientes particulares e desenvolve várias parcerias com lojas ligadas à Arte e à Moda. Um percurso que permitiu a versatilidade, da adaptação da peça ao cliente, ao comércio e à tendência. Carla prossegue com carreira de Arquiteta, dividida entre a sua carteira de clientes pessoal, concursos, exposições e a docência durante 5 anos na Escola onde se formou como joalheira e onde se apaixona e descobre a vocação pelo ensino. As Formações Académicas, Carla Solheiro, Arquiteta, e Andreia Quelhas Lima, Escultora. O encontro entre as duas fora na Escola de Joalharia Engenho e Arte onde concluíram o curso de joalharia, apesar de Andreia, em Florença onde estudou um ano, tenha já iniciado a sua atividade em joalharia, trabalhando mesmo em cooperação com os seus docentes em loja atelier. A ideia inicial das duas, aquando da descoberta desta realidade nova que eram as joias, não fugia ao “lugar comum” que se baseava no trabalho manual, na liberdade Mês de maio passado, Andreia recebe um telefonema da sua querida amiga em Lisboa… “E a Escola?” Pensamos cerca de cinco minutos... a nossa experiência já era outra e rica o suficiente. Seguiu-se um trabalho tão intenso que nos é impossível verbalizar ou sequer perceber hoje como é que fomos capazes de em quatro meses no “sítio escolhido” há dez anos atrás fosse possível reunir todas as condições técnicas e teóricas ao ensino da nossa área, tudo isto aliado a uma paisagem maravilhosa sobre o nosso rio, ao toque feminino próprio dos locais onde a mulher habita e à imagem criada por Francisca Torres, nossa designer que tão bem soube perceber como funcionamos. E assim somos uma Escola. O objetivo comum deste projeto é ensinar. Mas principalmente aprendermos todos através da partilha do conhecimento e da experiência sem preconceitos, quebrar barreiras castradoras. Por aqui começamos na procura pela diferença. Um projeto que não pressupõe tendências corretas ou erradas, uma escola que apenas entende como normal o impulsionar das capacidades de cada um e que pretende guiar seres humanos individuais dentro daquele que é o seu mundo e que é com toda a certeza rico e inesgotável, preparar o aluno para o mercado se esse for o objetivo. O programa rege-se entre o ocupacional 19 . ESCOLA ALQUIMIA e o artístico/design, e propomos a quem quiser alargar conhecimentos, workshops contínuos com datas a marcar: modelagem de ceras; lapidação de materiais moles, como o âmbar e azeviche, técnicas em esmaltes; e sem esquecer os mais novos e a sua primeira joia. As inscrições estão abertas todo o ano, e é oferecida uma aula experimental a quem quiser vivenciar o que é fazer um objeto. E por isso, Alquimia, porque tudo são experiências, porque nada é impossível nem limitado.